Material Fitoterapia 2013
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Temas abordados 1) Introdução à fitoterapia: Histórico e Conceitos
2) Controle de qualidade dos fitoterápicos
3) Legislação
4) Preparações farmacêuticas fitoterápicas
5) Fitoterápicos usados nas afecções do aparelho digestório:
Dispepsias, anorexia, Diarréias, Constipação intestinal, Gastrite e
úlceras
6) Fitoterápicos usados nas afecções do aparelho Cardiovascular: ICC,
Hipertensão arterial, Insuficiência vascular, Varizes
7) Fitoterápicos usados nas afecções do aparelho geniturinário:
Diuréticos, TPM, menopausa
8) Fitoterápicos usados nas afecções do SNC: Ansioliticos e sedativos,
Antidepressivos
Fitoterapia
“Ramo da ciência médica que utiliza plantas,
drogas vegetais, e preparados, delas obtidos,
para o tratamento de enfermidades”
Origem: (therapeia) (Phyton)
Terapia substitutiva x terapia alternativa
Indicação: PA
Prática inócua?
“ Um veneno pode ser um remédio e um remédio pode ser um
veneno”
Benefícios: Preço e equilíbrio de ação
Farmacopéia
Brasileira
(1ª. edição)
Rodolfo Albino,
1929
280 espécies
botânicas
nacionais e
estrangeiras
Referência nos
aspectos de
controle de
qualidade na
produção de
medicamentos
2ª. Farmacopéia (1959): 64 plantas
3ª. Farmacopéia (época da ditadura): 24 plantas
4ª. Farmacopéia (2005): 52 espécies
5ª. Farmacopéia (2010): revisão das anteriores, mais de
57 espécies
Nome Científico:
- Binomial (espécie epítopo);
- latim, itálico
Nome genérico Nome específico
EX: Maytenus ilicifolia
Sorocea bomplandii
Teoria da Assinatura: Signatura Rerum- Paracelso
“ Tudo que a natureza cria,
recebe a imagem da virtude
que ela pretende esconder ali”.
Como estudar as Plantas
Medicinais?
A. Métodos de seleção
B. Cultivo
C. Coleta
D. Estabilização
E. Secagem
F. Pulverização
G. Extração
H. Concentração
I. Purificação
J. Ensaios farmacológicos
* Coleta
O teor de princípio ativo de uma
planta medicinal varia de órgão para
órgão, com a idade, época de colheita
e mesmo com o período do dia no
qual é efetuado.
%
0,88
0,90
0,42
0,35
0,54
0,53
Cápsula imatura
Sumidade florida
Folha
Fruto
Raiz
Planta inteira
Órgão Vegetal
1,04
1,10
0,43
0,36
0,56
0,56
Tabela 1: Conteúdo em % de alcalóides da Lobelia inflata L. em droga seca
4
9
11
61,7
57,8
66,2
6
5
1
2
3
7
8
10
12
Mês
Folha Caule
escopolamina escopolamina atropina atropina
65,9
67,9
71,0
70,0
58,2
47,3
78,2
68,3
66,6
34,1
32,1
29,0
30,0
41,8
52,7
21,8
31,7
33,4
38,3
42,2
33,8
48,4
63,0
79,0
76,0
73,8
75,4
86,5
80,6
76,0
69,3
73,4
76,6
51,6
37,0
21,0
24,0
26,2
24,6
13,5
13,4
24,0
30,7
26,6
23,4
Proporção percentual entre escopolamina e atropina
Tabela 2: Variação alcaloídica de Datura suaveolens durante um ano
Camomila
Reações Enzimáticas
(Sem Estabilização)
Eritreno
Material
Vegetal
Tipo de
órgão
vegetal
Teor de
umidade
Estabilidade
dos
constituintes To.
Tempo de
secagem
Teor de
umidade
final
Secagem
Manutenção
dos
constituintes
* Secagem
semente
flor
raiz
casca
folha
Órgão
Vegetal
Umidade no órgão
fresco (%)
Umidade permitida
na droga (%)
Teor de umidade em órgãos vegetais
fruto 15-95
50-55
60-98
60-95
10-15
50-85
8 a 15
8 a 14
8 a 14
8 a 15
12 a 13
8 a 14
Tabela 3: Variações do teor de umidade em órgãos frescos e
órgãos transformados em droga
Fungos
Bactérias
Enzimas
Agentes % de umidade
% de água necessária para a ação de agentes
deletérios
40-45
20-25
15-20
Tabela 4: Faixa de teor ideal de água para o
desenvolvimento de agentes deletérios
10%
Tipos:
- Natural (sol e/ou sombra)
- Artificial
- circulação de ar
- aquecimento
- vácuo
- spray dryer (indústria)
Ambiente ideal: seco e Tº. 5-15º.C
* Conservação (Armazenamento)
- Estocagem;
- Própria embalagem;
- Conservação
O
ARMAZENAMENTO
prolongado não é
recomendado
Antranóis
Drogas
armazenadas
devem ser
examinadas
periodicamente-
FUNGOS
- Reduzir mecanicamente o material
vegetal a fragmentos de pequenas
dimensões;
- Facilitar a próxima etapa: EXTRAÇÃO
* Moagem
Solvente
Solvente
Solvente P.A.
Objetivo: obtenção de
extratos, frações purificadas
ou substâncias isoladas, que
possam ser utilizadas
terapeuticamente
-Infusão
-Decocção
-Soxhlet
Metodologia
- Quente - Frio
- Prensagem
(óleo)
-Maceração
- Percolação
- Turbolização
Controle de
qualidade
Principais Problemas de Qualidade
A planta é
diferente da
prescrita na
Farmacopéia
A parte
utilizada é
diferente da
prescrita
Contaminação
microbiana
Matéria
estranha em
quantidade
superior à
prescrita
Teor de
componentes
ativos abaixo
do prescrito
Parte da planta
Época
Solventes
Calor
Natural
Artificial
Tempo mínimo
Droga inteira
Processo
Escolha do solvente
Fatores: influenciam Cultivo da espécie
Estabilização
Secagem
Armazenamento
Extração: solventes
Coleta
Percolação, Maceração
Sol
Sombra
Climatico-edáfico
Clima
Solo
Luz, To. vento
Água, CO2
Adubação, aeração, pH
Tabela 1: Etapas de obtenção de um fitoterápico
Fonte: Plantas Medicinais: Arte e Ciência, 1996
Qualidade e segurança
em fitoterápicos Crescimento do uso de medicamentos fitoterápicos x adulteração e
falsificação x legislação apropriada.
Em 2000: “produtos fitoterápicos” x “medicamentos fitoterápicos”
ANVISA – Fiscalização: procedência, eficácia, segurança de uso e
qualidade desta classe de medicamentos.
Fitoterápico: eficácia e riscos de uso, reprodutibilidade e constância
de sua qualidade
Eficácia e segurança validada
Eficácia e segurança em
fitoterápicos • Atividade da droga vegetal x princípio ativo isolado, é a mesma?
• Sinergismo ou moderação: grupos químicos
• Segurança:
– Efeitos adversos ou tóxicos
– Dose
• Eficácia:
– Comprovação biológica
• Como controlar a produção de medicamentos e garantir
eficácia e segurança ?
– Registro dos medicamentos: Resolução RDC n 48, de
18/03/2004
Primeira Legislação: 31 de janeiro de 1995
OS PRODUTOS FITOTERÁPICOS estavam ISENTOS de registro
do Ministério da Saúde, de acordo com o artigo 28 do Decreto n. 79.094, de
5 de janeiro de 1977
RESOLUÇÃO-RDC Nº. 14, DE 31 DE MARÇO DE 2010.
(Registro de medicamentos fitoterápicos)
ATUALMENTE
RDC 14
Como podemos comprovar a eficácia e segurança,
para posterior registro, segundo a RDC 14 ?
1. Levantamento etnofarmacológico de utilização
2. Documentações técnicocientíficas em publicações
Instrução normativa N° 5 de 31/03/2010
3. Ensaios clínicos (fase 3) e toxicológicos
“Matérias-primas ativas vegetais”
Legislação
Primeira legislação 1977: isentava o registro no Ministério da Saúde de produtos fitoterápicos.
Resolução RDC n 14, de 31/03/2010: registro de medicamentos fitoterápicos no Brasil.
Revoga RDC 48
Instrução Normativa N° 05 de 31/03/2010 – lista de referências bibliográficas para avaliação da segurança e eficácia dos fitoterápicos.
Revoga Resolução -RE 88
Legislação
Instrução Normativa n 05 de 11/12/2008 – lista de registro simplificada de fitoterápicos.
Revoga:RE 89
Instrução Normativa N° 11 de 06/10/2009
– guia para realização de alterações, inclusões,
notificação e cancelamento pós-registro de
fitoterápicos
Legislação
Portaria 971, 03 de maio de 2006 – Aprova a política
nacional de práticas integrativas no sistema único de
Saúde
Decreto 5813, 22 de Junho de 2006 – Aprova a política
nacional de fitoterápico e da outras providências
Resolução CFN 402, 2007 – Regulamenta a prescrição
fitoterápica aos profissionais nutricionistas
Parecer CRN-3 de 29/07/2010: orienta aspectos
técnicos e éticos da pratica do nutricionista
RDC N°10 de 09 de março de 2010: notificação de
drogas vegetais junto à vigilância sanitária – listagem de
plantas
CFN 402/2007
• Incentivo do uso das plantas medicinais
• Municípios: fitoterápicos – SUS
• Portaria 971: atividade multidisciplinar
• Estratégia complementar a atividade do nutricionista
• Prescrição fitoterápica:
– Nomenclatura botânica x nome popular
– Parte usada
– Forma farmacêutica
– Dosagem
– Frequência de uso
– Horários
– Modo de preparo
– Tempo de uso
• Formas farmacêuticas permitidas: Infuso, decocto, tintura,
alcoolatura, pó, extrato seco e macerado
CFN 402/ 2007
• Recomendações de qualidade
“Observar as condições higiênico-sanitárias da espécie vegetal prescrita”
• Plantas medicinais que não podem ser prescritas:
• Prescrição limita-se a indicações terapêuticas relacionadas ao seu
campo de conhecimento específico
CRN -3
• Indicação de drogas vegetais baseada
RDC N° 10, considerando:
– Via de administração
– Contra indicações e efeitos adversos
• Indicação de medicamentos fitoterápicos
constantes na Instrução normativa N° 5
– “Venda sob prescrição médica”
– Contra-indicações e efeitos adversos
Medicamentos fitoterápicos que
podem ser prescritos • Alho (Allium sativum L.)
• Alcachofra (Cynara scolymus L.)
• Camomila (Matricaria recuttia L.)
• Espinheira Santa (Maytenus ilicifolia)
• Melissa (Melissa Officinalis)
• Hortelã-pimenta ( Mentha piperita)
• Boldo (Pneumus boldus Molina)
• Erva-doce (Pimpinella anisum L.)
• Cáscara sagrada (Rhamnus purshiana DC)
• Sene (Senna alexandrina)
Plantas medicinais – Drogas
vegetais • Uso oral ou tópico
• Infusão, decocção e maceração
• Droga vegetal é diferente de medicamento
– Droga Vegetel: planta seca e rasurada Chá
– Medicamento:Cápsula, tintura, comprimido,
extrato e xarope são medicamentos
• Anexo I RDC 10/2010
Plantas medicinais venda sob prescrição médica
• Uva-Ursi: Arctosphylos spreng: ITU
• Cimicifuga: Cimicifuga racemosa: climatério
• Equinácea: Echinacea purpurea: resfriados; ITR, ITU
• Ginkgo:Ginkgo biloba: distúrbios circulatórios (vertigens, insuf.
Vascular)
• Hipérico: Hipéricum perforatum L.: depressão
• Kava-kava: Piper methysticum: ansiolítico
• Saw Palmetto: Serenoa repens: hiperplasia benigna de próstata e
sintomas associados
• Tanaceto: Tanacetum parthenium: profilaxia enxaqueca
• Valeriana:Valeriana officinallis: sedativo e ansiolítico
Formas farmacêuticas
• Infuso: folhas e flores
• Decocto: raizes, cascas e rizomas
– Folha: 2 min
– Raízes e caules: 7 min
– Planta toda: 10 min
• Tintura: Extração hidroalcóolica (planta seca 20%)
– Veículos: álcool, vodca, vinagre, glicerina
• Alcoolatura: Extração hidroalcóolica (planta fresca 50%)
– Veículos: álcool, vodca, vinagre, glicerina
• Pó
• Extrato seco
• Macerado: Estruturas pouco compactas, permeáveis aos líquidos,
solúveis à frio e alterados pela ação do calor
Fitoterápicos usados nas afecções
do Aparelho Digestório
1) Anorexia e dispepsia
Conceito:
• Anorexia
– Causas: • Orgânicas
• Psicossomática
• Induzida por drogas
• Dispepsia: ( gástricas, duodenais, biliares e pancreáticas)
– Sintomas: • Meteorismo, sonolência pré-prandial, acidez,
regurgitações ácidas, dores espamódicas
Plantas Medicinais
Amargas
Mecanismo de ação:
• 30 minutos antes das refeições: – Secreções salivares e gástricas: Receptores do sabor amargo
– Secreções biliares: reflexo vagal
– Acidez do suco gástrico
– Ação reflexa vagal: sistema cardiovarcular
• Efeitos adversos: dor de cabeça, náusea e vômitos
• Indicações:
– Falta de apetite
– Dispepsias
• Contra-indicações
Volume de pulsação cardíaca depois
de engolir o amargo
Planta Medicinal % Vol. Pulsação engolido
imediatamente
% Vol. Pulsação deixado na
boca por 30s
Genciana 8 12
Lúpulo 7 11
Laranjeira-amarga 5 13
Ruibarbo 4 10
Absinto 2 21
Plantas Medicinais
Amargas – RDC 10/2010 N. Botânica Nome
popular
Partes
utilizadas
Forma de
utilização
Posologia Via Efeitos
adversos
A. millefolium Mil folhas Partes aéreas 1-2g (1-2 col
chá) em
150ml
1 xic chá 3 a 4
x ao dia
Infusão – VO Reações
alérgicas
Arctium lappa Bardana Raízes 2,5g em
150ml
1 xic chá 2 a
3x ao dia
Decocção –
VO
--------
Baccharis
trimera
Carqueja Partes aéreas 2,5g em
150ml
1 xic chá 2 a
3x ao dia
Infusão – VO Hipotensão
Curcuma
longa
Curcuma Rizomas 1,5g em
150ml
1 xic chá 1 a
2x ao dia
Decocção –
VO
------
Cynara
scolymus
Alcachofra Folhas 2g em 150ml 1 xic chá 1 a
3x ao dia
Infusão – VO
Flatulência
Pneumus
boldus
Boldo-do-chile Folhas 1 a 2g em
150ml
1 xic chá 2x
ao dia
Infusão – VO ------
Pimpinela
anisum
Erva doce Frutos 1,5g em
150ml
1 xic chá 3x
ao dia
Decocção –
VO
------
Plectranthus
barbatus
Boldo-
nacional
Folhas 1-3g em
150ml
1 xic chá 2 a
3x ao dia
Infusão – VO Hipotensão,
irritação
gástrica
Plantas Medicinais
Amargas – RDC 10/2010
N. Botânica Nome popular Partes
utilizadas
Forma de
utilização
Posologia Via Efeitos
adversos
Rosmarinus
officinalis
Alecrim Folhas 3-6g (1-2 col
chá) em 150ml
1 xic chá 1 a 2
x ao dia
Infusão – VO Irritação
gástrica e
renal
Salvia
Officinalis
Sálvia Folhas 1,5 - 2g em
150ml
1 xic chá 2 a
3x ao dia
infusão – VO
Gargarejo
Não engolir:
Náuseas e
vômitos,
hipertensão,
altas doses
neurotóxica e
hepatotóxica
Solanum
paniculatum
Jurubeba Planta inteira 1g em 150ml 1 xic chá 3 a
4x ao dia
Infusão – VO -----
Flatulência
• Causas
– origem gástrica (dispepsia, úlcera, gastrite)
– intestinais (fermentação excessiva, colite, obstrução
intestinal)
– lesões ateroscleróticas dos vasos sanguíneos
mesentéricos
– disfunções biliares e pancreáticas
• Carminativas – carminare: definição
Drogas Carminativas
• Drogas Carminativas
– Conceito:
• sensação de aquecimento quando ingeridas e
promovem a eliminação pós prandial de gases
digestivos por flato ou eructação.
• Produtos fitoterápicos e extratos
– óleos essenciais voláteis
• cominho, erva-doce e anis, além de hortelã,
camomila, melissa e raiz de angélica.
Drogas Carminativas
• Funções:
– Carminativas
– Antiespasmódica
– Tônus muscular
– Melhora da motilidade intestinal
• Durante ou após as refeições
Drogas Carminativas
Nome Botânico Nome Popular Parte utilizada PA FF Dose
Carum carvi Alcarávia Fruto Óleo essencial Extratos
alcoólicos
Foeniculum
vulgare
Funcho Fruto Funchona
Pimpinella
anisum
Erva-doce Fruto Trans-anetol Extratos e tinturas 0-1 ano: 16 a 45
mg PA
1-4 anos: 32 a 90
mg PA
Adultos: 80-225
mg PA
Plantas Medicinais
Carminativas - RDC 10 N. Botânica Nome
popular
Partes
utilizadas
Forma de
utilização
Posologia Via Efeitos
adversos
Contra-
indicações
Cinnamomu
m verum
Canela,
Canela-do-
Ceilão
Casca 0,5-2g em
150ml
1 xic chá 2
a 6 x ao
dia
Infusão –
VO
Reações
alérgicas
Gravidez
Mentha
piperita
Hortelã-
pimenta
Folhas e
sumidades
floridas
1,5g em
150ml
1 xic chá 2
a 4x ao dia
Infusão –
VO
-------- Obstrução biliar,
lactação,
hepatotoxicidade
Pimpinela
anisum
Erva doce Frutos 1,5g em
150ml
1 xic chá
3x ao dia
Decocção –
VO
------
Gastrite e úlcera
• Desequilíbrio: proteção x produção de secreções digestivas
• Substâncias produzidas pela mucosa gástrica: – HCL (célula parietal)
– Pepsina (células pépticas)
– Muco
• Receptores: – Gastrina
– H2
– Muscarínicos M1 e M3
• Fitoterápicos visam tanto fortalecer o sistema de defesa quanto reduzir a secreção cloridro-péptica
Fitoterápicos usados em
gastrite e úlcera
• ALCAÇUZ (Glycyrrhiza glabra)
– Mecanismo de ação:
• Glicirrizina: – i15-hidroxi-prostaglandina-desidrogenase
– PGE2 e F2α 15-cetoprostaglandinas
– PG x secreção de muco e a proliferação celular no estômago,
– Flavonóides:
• secreção de muco
• produção de pepsinogênio
– Extrato metanólico reduz a produção de secretina -
acidez gástrica
– Efeito antiespasmódico e carminativo
Alcaçuz
– Contra-indicações:
• Ação mineralocorticóide da glicirrizina:
– Ação antinflamatória: i11β-hidroxi-esterol-desidrogenase i cortisol
cortisol nos rins afinidade receptores x aldosterona efeitos
mineralocorticóides: retenção de sódio e água
• pseudo aldosteronismo: retirado o ácido glicirretínico das
formulações comerciais (licor deglicirrinizado)
• Hipertensão arterial
• Diabetes melitus (alta conteúdo de carboidrato)
• Glaucoma
Alcaçuz
– Dose:
• 200-800mg de glicirrina = 5 a 15 gramas de DV
• Extrato seco 10:1 – 0.5 – 1g/dia
• Decocção da raiz: 4-5% (40-50g/litro, 3-5 min fervura/
2 a 3 xic/dia
– Uso prolongado (>4-6semanas) – efeitos adversos:
retenção de sódio e água, aumento da PA, perda de
potássio e edema
Plantas Medicinais -
RDC 10/2010 N. Botânica Nome
popular
Partes
utilizadas
Forma de
utilização
Posologia Via Efeitos
adversos
Contra-
indicações
Glycyrrhiza
glabra
Alcaçuz Raiz 6-7,5g em
150ml
1 xic chá
2 a 3 x ao
dia
Infusão –
VO
Retenção
de Na e
água
Hipertensos,
glaucoma,
diabéticos
Maytenus
ilicifolia
Espinheira
Santa
Folhas 1-2 g em
150ml
1 xic chá 3
a 4x ao dia
Infusão –
VO
Boca seca e
náuseas
Gestantes,
crianças
menores 6anos,
lactantes
Diarréia Aguda
• Diarréia – conceito: líquida ou pastosas
– absorção da água, secreção de água e
eletrólitos.
• Tipos: • Aguda: 3-4 dias (infecções (salmonelas,
estafilococos), medicamentos, toxinas)
• Crônica: sintomas adjacente (colite ulcerativa,
doença de crohn, carcinoma), alergia alimentar,
abuso de laxativos, parasitoses
• Conseqüências: • Desequilíbrio hidro-eletrolítico
Abordagem terapêutica:
– Combater o fator etiológico
– Restabelecer a flora intestinal
– Reequilibrar o meio interno
– Alimentação ( água de arroz, decocto de
maçã ou cenoura e suco de limão diluído)
Antidiarréicos de origem
vegetal
– Plantas com taninos
– Adsorventes e absorventes (pectinas,
mucilagens e combinados)
– Mistos (taninos e mucilagens)
– Modificadores da motilidade
(anticolinérgicos e opiáceos)
– Coadjuvantes (melhoram os sintomas
associados
Plantas com taninos
Mecanismo de ação:
Precipitação com proteínas da alimentação: • Substâncias irritantes;
• Secreção de água e eletrólitos para a luz intestinal;
• Hemorragias
– Taninos hidrolisáveis: • Ácido tânico – galhos do carvalho (Quercus
infectoria)
• Usadas na forma de infusão ou decocção com longo tempo de extração (10 minutos)
Nome
científico
Nome
popular
parte usada %Taninos
Dose
Camellia
sinensis
chá verde ou
preto
(folhas) 4 -10% 3-10g/dia
(infusão)
Quercus
infectoria
Carvalho (casca) 8-20% 2-6 g/ dia
(decocção)
Alchemella
vulgaris
pé-de-leão (parte aérea) 6-8%
Fragaria
vesca
Morango (rizoma, raiz e
folha)
12%
Rubus
fruticosus
amora (folha) 10%
Rubus idaeus framboesa (folha) 10%
Vaccinium
myrtillus
mirtilo (fruto) 1-10% 20-60 g/dia
(macerração +
decocção) ou
doses 5 a 10
vezes maiores
p/p. fresca
Espécies Adsorventes e
absorventes
o Pectina: polissacarídeo obtido de frutas cítricas
(beterraba, maçã, bagaço da laranja, cenoura)
– Mecanismo de ação: Caráter ácido – pectinas:
formam géis.
– No intestino delgado - géis de pectina:
• Capa protetora
• Adsorção de toxinas
• Reabsorção de água
– Quebra bacteriana das pectinas no cólon liberam
ácidos graxos de cadeia curta: ação inibitória na
motilidade do intestino
Espécies Adsorventes e
absorventes
oMucilagens
• capazes de absorver água e formar
suspensões viscosas
• Devem ser administradas com algum líquido
• Contra-indicadas: oclusão intestinal
• Espécies vegetais:
– Semente de ispágula (Plantago ovata)
– Psyllium (Plantago psyllium)
Antidiarréicos
coadjuvantes
– Espécies que melhoram os sintomas
associados à diarréias
– Espécies carminativas (erva-doce, alcarávia,
cominho, funcho)
– Espasmolíticos: camomila menta melissa e
orégano
– Sedativos naturais: laranja amarga, valeriana,
lúpulo
Plantas Medicinais -
RDC 10/2010 N. Botânica Nome
popular
Partes
utilizadas
Forma de
utilização
Posologia Via Efeitos
adversos
Contra-
indicações
Eugenia
uniflora
Pitangueira Folhas 3g em
150ml
1 cálice
(30ml) após
evacuaçao
em no max
10x ao dia
Infusão –
VO
----- -----
Psidium
guajava
Goiabeira Folhas
jovens
2 g em
150ml
1 cálice
(30ml) após
evacuaçao
em no max
10x ao dia
Infusão –
VO
----- Não utilizar
continuamente
Constipação
Intestino grosso: movimentos peristálticos
Menor do que uma vez em 2-3 dias
• Atônica: menor tonicidade ou potência da
musculatura intestinal – Causas:
• Sedentarismo
• Alimentação inadequada
• Déficits de vitamina B1 e K
• Abuso de laxantes
• Insuficiência da musculatura abdominal (pós-
operatório)
Classificação etiológica -
Constipação
• Espástica : hipotonia neurogênia do colon que
• Hipertonia do sistema nervoso simpático
• Hipotonia do sistema nervoso parassimpático
• Discinética: perda da função evacuatória localizada na parte terminal do intestino grosso – Causas:
• Aumento do tônus do esfíncter anal
• Fissuras anais e hemorróidas
• Tumores do reto
• Significância patológica:
– Esforço excessivo ao defecar
– Defecação dolorosa
– Sensação de defecação incompleta
Classificação dos laxantes
vegetais:
• Formadores de massa e volume
• Osmóticos
• Oleosos ou lubrifficantes
• Estimulantes por contato
Formadores de massa
e volume
• Compostos mucilagenosos hidrofílicos
• Carboidratos indigeríveis
•Mecanismo de ação:
– absorvem água
– massa, volume e peso fecal
– Reflexos evacuatórios
– Peso x tempo do trânsito
Formadores de massa
e volume
• Cólon: 400 espécies de bactérias
• Uso inicial bactérias - colon.
• Início: – processos fermentativos bacterianos (flora)
flatulência e inchaço constipação (2 primeiras semanas)
• Nova flora bacteriana melhoram os sintomas
• Metade da dose normal
• VO com muito líquido, sua ação não é imediata (pode demorar entre 12 a 24 horas)
Indicações:
• Constipação crônica sem patologia
associada
• Cólon irritável
• Constipação espástica
• Pacientes que não podem realizar
esforços durante a defecção
Efeitos colaterais:
• flatulência
• bolo obstrutivo intestinal
Contra-indicações:
• obstrução intestinal completa ou parcial
• Dores abdominais de etiologia ainda
desconhecida
Plantas medicinais -
celulose:
• farelos de trigo, grãos inteiros e fibras – Estímulo mecânico:peso
– Estímulo químico: gerador de ácidos orgânicos (ácido succínico e lático) - excitação neuromuscular
– Fibra a porção do vegetal que não é absorvida pelo intestino delgado
• Uso excessivo: – Flatulência
– Redução da absorção de alguns nutrientes (ex. vitaminas lipossolúveis)
– balanço negativo para ferro, cálcio, zinco e magnésio
– Esteatorréia
Plantas medicinais –
Mucilagens:
Espécie Plantago necessidade de alta ingestão de líquido (200-250 ml por tomada)
Espécie Parte
usada
Mucilagem Infusão Decocção Extrato
seco
Extrato
fluido
Plantago
ovata
Semente 10-30% ------ 5-10% 5-10g/dia 2-4ml/dia
Plantago
psyllium
Semente 12-18% ------ 5-10% 5-20g/dia 2-4ml/dia
Malva
sylvestris
Flores e
folhas
15-20% 2% ------ ----- 1-3g/dia
Laxantes de volume
Plantas Medicinais Dose diária Observações
Semente de linho 30-50g Tomar na forma de sementes inteiras
esmagadas
Farelo de trigo 20-40g Não deve ser usado em crianças
pequenas
Plantago 5-10g As cascas tem conteúdo três vezes maior
de fibras do que as sementes (reduzir a
dose diária para 3g)
Ágar (agar-agar) 5-10g Laxante de volume estimula o
peristaltismo
OBS: Deve ser tomado com um volume de líquido cerca de 10 vezes o volume
da dose
Osmóticos:
• Sais altamente solúveis em água, mas fracamente absorvíveis, como sulfato de sódio e magnésio
• Uso de soluções hipertônicas
• Açúcares não absorvíveis (manose) e alcoóis de açúcar (manitol e sorbitol) – Mecanismo primário: ação osmótica
– Mecanismo secundário: • Cólon: ácidos graxos de cadeia curta liberando ácido acético, lático e
butírico peristaltismo e potencializam a ação osmótica
• Produto referência: – manitol – Fraxinus excelsior (freixo): exudato
– Sorbitol – Sorbus aucuparia : dose oral 20-30g
Oleosos ou lubrificantes
• Efeito lubrificante, umidificante e
amolecedor
• Ex: azeite de oliva obtido do fruto da Olea
europaea (oliveira) – dose de 30-60g VO
• Óleo de gergelim obtido da semente de
Sesamun indicum
• Indicado em pacientes com hemorróida e
fissura anal
Estimulantes
por contato
• Laxantes antraquinônicos
(antraquinonas, antronas, antranois
e diantranóis)
• Mecanismo de ação:
– Efeito irritante (estimulação dos terminais nervosos da
parede intestinal): hidroxilas das antraquinonas
– AMPc nos enterócitos concentração de cálcio se
altera íon cloreto entra lúmen intestinal sódio e
água acompanha manter a eletroneutralidade
– O aumento de AMPc Bloqueio na bomba de sódio-
potássio ATPase: ação de antiabsorção
Considerações:
• Indicações: – Constipação ocasional (não habitual)
– Limpeza intestinal prévia a estudos radiológicos
• Uso crônico:Escurecimento da mucosa do cólon (reversível - 4 a 12 meses )
• Contra-indicações: – Obstrução intestinal total ou parcial
– Apendicites
– Dores abdominais de etiologia desconhecida, colite ulcerativa, gravidez, crianças menores que 10 anos, desidratação severa
• Efeitos adversos: – Hipocalcemia (constipação crônica) x antiarrítimos, diuréticos
Plantas medicinais –
RDC 10
Espécie Nome
popular
Parte
utilizada
Forma farmacêutica Dose
Aloe vera Babosa Folha Comprimidos ou
cápsulas
0,1-0,3g/dia
Cássia
angustifólia
Sene-da-índia
Folhas e frutos
secos
Extrato seco (4:1) 0,5-2g/dia
Extrato fluido 0,5-3g/dia
Cássia
acutifólia
Sene-de
Alexandria
Decocção: 1g em
150ml
Utilizar 1 xic. Chá antes
de dormir
Rhamnus
purshiana
Cáscara
sagrada
Casca do
tronco e ramos
velhos
Tintura 1:10 40gtas 1-2 vezes ao dia
Extrato seco 5:1 Pó encapsulado
500mg/dia
0,5g em 150ml
(decocção)
Utilizar ½ ou 1 xic de
chá antes de dormir
Rheum
palmatum
Ruibarbo Rizoma Infusão 5-10g/litro – 1 xic ao
deitar
Pó 2-3g ao deitar
Tintura 1:5 -96 5-15ml/dia
Fitoterápicos usados no sistema
Cardiovascular
Plantas Anti-hipertensivas
(ação vasodilatadora)
– Ação periférica:
• Células ganglionares, terminações nervosas dos
vasos: efeito espasmolítico x resistência vascular
periférica.
• Segurança
– Allium sativum – alho: bulbo (aliína do óleo
essencial que origina vários compostos de enxofre –
alicina, alhoenos – antiagregante plaquetário –
dissulfato de alilo, trissulfato de alilo, entre outros.
Allium sativum
– Compostos de enxofre:
– ação vasodilatadora direta
– Síntese de óxido nítrico
– Polarização de membrana x canal de potássio
– Frutosanos (75% do peso seco) atuam como coadjuvante – efeito diurético
DOSES:
• Maceração: 0,5g (1col de café) em 30 ml – 1 cálice (30ml) 2x ao dia
• 0,5-1g/dia de pó de alho seco ou 1 dente de alho fresco
– Efeitos secundários: • efeito fibrinolítico e inibem a agregação de plaquetas
– Parte da planta: • bulbo cortado ( aliina - alinase - alicina: odor é instável em solução
aquosa ou oleos )
Allium sativum
• Efeitos adversos:
– Desconforto gastrointestinal
• Contraindicações:
– Menores de 3 anos
– Gastrite e úlcera gástricas
– Hipotensão
– Hipoglicemia
– Hemorragias
– Descontinuar 10 dias antes de qualquer
cirurgia
Olea europeae:
o folhas da oliveira – oleoeuropeosídeo
oAtividades:
oEspasmolítica vascular
oAntiarrítimica
oVasodilatadora.
oEstudos recentes: inibidora da enzima
conversora de angiotensina
Olea europeae:
Dose:
– Infusão das folhas a 5%: 1-3 xícaras diárias
– Pó: 1,2 g/dia, durante duas semanas
– Tintura 20%: 15-20 ml
Insufuciência vascular
Classificação:
– Insuficiência vascular cerebral
– Insuficiência venosa superficial (varizes e
hemorróidas)
– Tromboflebite (superficial e profunda)
Varizes
Etiologia: – insuficiência das válvulas venosas x retorno venoso
– suporte da pressão hidorstática da coluna sanguínea x dilatação das paredes venosas.
Sintomas:
• Insuficiência venosa crônica: Peso nas pernas, parestesias, cãibras noturnas e dores
• Varizes: edemas, hiperpigmentação, e nos casos mais graves úlceras varicosas
Tratamento de varizes:
• Antiedematoso
• Venotônicos
• Protetores de parede capilar
• Antioxidante
• Coadjuvantes (diuréticos)
Castanha da índia – RDC 10
• Dose: – Pomada (extrato 20%) aplicações duas vezes ao dia;
– Extrato seco 5:1 200-600mg/dia, 3 vezes ao dia
– Tintura-mãe (20g EF + 80g álcool 60%): 40-60 gtas 3 vezes ao dia
N. Botânica Nome
popular
Partes
utilizadas
Forma de
utilização
Posologia Via Efeitos
adversos
Contra-
indicações
Aesculus
hippocastanum
Castanha
da índia
Sementes
com
cascas
1,5g (1/2
col sopa)
em
150ml
1 xic. 2x
ao dia,
logo após
às
refeições
Decocção
– VO
Irritação
gástrica,
náuseas e
vômitos (altas
doses)
Não utilizar
junto com
anticoagulantes
Gravidez
Lactação
Insuficiência
renal
Úlcera e
gastrite
Hamamélis – RDC 10
• Casca e folhas da hamamelis: hamametitanino (tanino hidrolizável e proantocianidina.
– Atividades: antibacteriana, hemostática, venotônica, vasoconstritora e antinflamatória – hemorróidas (via externa , pode ser associada com arnica) ou para insuficiência venosa (VO, ginkgo)
N. Botânica Nome
popular
Partes
utilizadas
Forma de
utilização
Posologia Via Efeitos
adversos
Contra-
indicações
Hamamelis
virginiana
Hamamelis Casca 3-6g (1-2
col sopa)
em
150ml
Compress
as 2 a 3x
ao dia
Decocção:
Tópico
Não ingerir,
pode provocar
irritação
gástrica e
vômitos
Nunca usar
continuamente
por mais de 4
semanas
Polygonum
punctatum
Erva-de-
bicho
Partes
aéreas
3(1col
sopa) em
150ml
Aplicar na
região
afetada 3x
ao dia
Infusão:
tópico
----- gravidez
Plantas diuréticas
• Coadjuvantes :
– hipertensão arterial
– ICC
– Obesidade
– Edemas.
• Def.:
– a vel. eliminação de água, produtos de excreção e eletrólitos
(sódio e cloreto)
– interferem na reabsorção tubular de sódio procedente do filtrado
glomerular
Plantas Diuréticas -
RDC 10 N. Botânica Nome
popular
Partes
utilizadas
Forma de
utilização
Posologia Via Efeitos
adversos
Contra-
indicações
Arctium
lappa
Bardana Raízes 2,5g em
150ml
1 xic chá 2
a 3x ao dia
Decocção
– VO
-------- Arctium lappa
Echinodorus
macrophylus
Chapéu de
couro
Folhas 1 g (1 col.
Chá) em
150ml
1 xic chá 3x
ao dia
Infusão –
VO
Doses altas
pode causar
diarréia
Insuficiência
renal e cardíaca
Monitoramento
concomitante
com anti-
hipertensivos
Equisetum
arvense
Cavalinha Partes
aéreas
3g (1col.
Sopa) em
150ml
1 xic. chá 2
a 4x ao dia
Infusão –
VO
Pode ocorrer
alergia em
pacientes
sensíveis à
nicotina.
Altas doses: dor
de cabeça,
náuseas,
irritação gástrica
e renal
Ansiolítico sedativos-
hipnóticos
• Substâncias
vegetais:
receptores
GABAa
• Mecanismo de
ação: Canal de
cloro efeito
ansiolítico
Ansiolítico leves – RDC 10
N. Botânica Nome
popular
Partes
utilizadas
Forma de
utilização
Posologia Via Efeitos adversos Contra-
indicações
Achyrocline
satureioides
Marcela Partes
aéreas
1,5g (1/2 col
de sopa) em
150ml
1 xic chá
4x ao dia
Infusão –
VO
-------- ------
Citrus
aurantium
Laranja
Amarga
Flores 1-2 g (1 col.
Chá) em
150ml
1 a 2 xic
chá, antes
de dormir
Maceração
(3 a 4
horas) :
VO
------ Insuficiência
cardíaca,
disfunções
cardíacas
Cymbopogon
citratus
Capim
limão,
capim
santo
Folhas 1-3g (1col.
Sopa) em
150ml
1 xic. chá
2 a 3x ao
dia
Infusão –
VO
------ ------
Erytrina
verna
Mulungu Casca 4-6g
(2 a 3 col.
Sobremesa)
em 150ml
1 xic. chá
2 a 3x ao
dia
Decocção –
VO
------ Não usar por
mais de 3
dias seguidos
Lippia alba Erva
cidreira
Partes
aéreas
1-3g ( 1-3 col
chá) em
150ml
1 xic. chá
3 a 4x ao
dia
Infusão –
VO
Doses altas:
irritação gástrica,
bradicardia, e
hipotensão
Hipotensos
Matricaria
recutia
Camomila Flores 3g
(1col.sopa)
em 150 ml
1 xic. chá
3 a 4x ao
dia
Infusão –
VO
Altas doses:
reações alérgicas,
excitação nervosa e
insônia
Ansiolítico leves - RDC 10
N. Botânica Nome
popular
Partes
utilizadas
Forma de
utilização
Posologia Via Efeitos
adversos
Contra-
indicações
Melissa
officinalis
Melissa,
erva
cidreira
Sumidades
floridas
2-4g ( 1-2
col
sobremesa)
em 150ml
1 xic chá
2 a 3x ao
dia
Infusão –
VO
-------- Hipotensão
Hipotireoidismo
Passiflora
alata
Maracujá Folhas 3g (1col
sopa) em
150ml
1 xic chá 1
a 2x aodia
Infusão-VO Sonolência leve ------
Passiflora
edulis
Maracujá-
azedo
Folhas 3g (1col
sopa) em
150ml
1 xic chá 1
a 2x aodia
Infusão-VO Sonolência leve ------
Passiflora
incarnata
Maracujá Partes
aéreas
3g (1col
sopa) em
150ml
1 xic chá 3
a 4 x aodia
a 2x aodia
Infusão-VO Sonolência leve ------
Tabela de fitoterápicos + vendidos
Nome Apresentação Posologia Indicações
Ágar-Ágar Caps 500mg 1 caps 2x ao dia Obesidade
Alcachofra * Caps 250mg 1 caps após refeições Colagogo, colerético,
diurético, reduz uréia e
colesterol
Berinjela Caps 400mg 1 caps 2x ao dia Reduz níveis de colesterol
Berinjela + alcachofra Caps 300mg + 200mg 1 caps após refeições
Boldo do Chile* Caps 300mg 1 caps 3x ao dia
Colagogo, colerético,
afecções hepáticas, gota
Carqueja Caps 300mg 1 caps 3x ao dia após
as refeições
Má digestão, prisão de
ventre, anti-diarréica,
diurética e antireumática
Cáscara Sagrada * Caps 500mg 1 caps 1 ou 2x ao dia
Laxativo
Castanha da índia * Caps 250 mg 2 a 3 caps ao dia Prevenção de varizes e
hemorróidas, insuficiência
vascular
FITOTERÁPICOS MAIS COMERCIALIZADOS
Tabela de fitoterápicos + vendidos
Nome Apresentação Posologia Indicações
Catuaba Caps 500mg 1 caps 3 a 4x ao dia Nervosismo, impotência
sexual, dificuldade de
raciocínio e concentração
Cavalinha Caps 300mg 1 caps 3 a 4 vezes
ao dia
Afecções dos brônquios e
hipertensão. Diurético,
remineralizante
Centella asiática Caps 300mg 1 caps 2 a 3x ao dia,
após às refeições
Celulite, varizes,
rachaduras de pele,
hematomas e úlceras
varicozas
Erva de São João
(Hipérico)
Caps 300mg 1 caps 3 vezes ao
dia
Antidepressivo, calmante,
antidiarreico,
antinflamatório, sedativo,
diurético suave
Espinheira Santa* Caps 300mg 2 a 3 caps 1 ou 2x ao
dia
Dispepsias, protetor contra
úlceras e gastrites, leve
ação diurética e laxativa
Fuccus vesiculosos Caps 500mg 1 caps 2x ao dia Alto teor de iodo. Auxiliar
no combate da obesidade
(ativa o metabolismo)
FITOTERÁPICOS MAIS COMERCIALIZADOS
Tabela de fitoterápicos + vendidos
Nome Apresentação Posologia Indicações
Garcinia Camboja Caps 300mg 1 caps 2x ao dia Redução de gordura e
colesterol. Diminuem desejo de
comer doces e alimentos
calóricos
Garra do diabo Caps 500mg 1 caps 2 ao dia Antinflamatório (reumatismo,
artrite e gota)
Ginkgo biloba extrato Caps revestidas de
80mg
1 caps 2 x ao dia Úlceras varicosas, cansaço nas
pernas, isquemia cerebral,
vertigens e difilculdade de
concentração
Ginkgo biloba pó Caps 300mg 2 a 3 caps ao dia
após refeiç.
Idem ao anterior
Ginseng Caps 300mg 1 caps 3x ao dia,
após refeições
Imunoestimulante, cicatrizante,
antinflamatório, indicado contra
estresse, anemia, diabetes e
astenia
Guaraná Caps 500mg 1 caps 2 a 3 x ao dia
Esgotamento, astenia,
depressão nervosa, favorece a
atividade mental
Guaraná em pó Frascos 200g Diluir 1 colher(chá) 2
a 3 x dia
Idem ao anterior
FITOTERÁPICOS MAIS COMERCIALIZADOS
Tabela de fitoterápicos + vendidos
Nome Apresentação Posologia Indicações
Levedo de cerveja Caps 500mg 1 caps 3x ao
dia
Carência de vit. Comp B
Óleo de alho* Caps 250mg 1 caps 3x ao
dia, às
refeições
Afecções pulmonares, bronquites,
asma, gripe, tosse, rouquidão,
hipertensão, hiperlipidemia, anti-
radicais livres.
Óleo de Borragem Caps 500mg 1 caps 1 ou 2x
ao dia
Tensão pré-menstrual
Óleo de germen de trigo Caps 250mg 2 caps após
refeições
Alto teor Vit E, previne envelhecimento,
auxiliar no desenvolvimento físico na
infância
Óleo de linhaça Caps 1g 1 caps 2x ao
dia
Reduz LDL, combate aterosclerose e
infarto
Óleo de prímula Caps 500mg 1 caps ao dia
15dias antes
menstruação
Tensão pré-menstrual, acne, psoríase,
danos hepáticos causados pelo álcool
envelhecimento precoce
Passiflora Caps 250mg 1 a 3 caps 3x
ao dia
Ansiedade, nevralgias, taquicardia
nervosa
Pata de Vaca Caps 500 mg 1 caps 2x ao
dia
Auxiliar no tratamento de diabetes
FITOTERÁPICOS MAIS COMERCIALIZADOS
BIBLIOGRAFIA
• Costa, A.F. Farmacognosia. Lisboa: Fundação Calouste
Gulbenkian, v.1-3.
• Farmacopéia brasileira. São Paulo: Atheneu.
• Simões, C.M.O. et al. Farmacognosia: da planta ao
medicamento. 5 ed. Porto Alegre/Florianópolis: Editora da
UFRGS/Editora da UFSC, 2004.1044p
• Schulz,V. Hänsel,R., Tyler, V.E. Fitoterapia Racional:um guia de
fitoterapia para as ciências da saúde. 4 ed.São Paulo:Ed.
Manole, 2002.369p
• Schilcher, H. Fitoterapia na Pediatria. 4 ed. Alfenas, MG: Ed.
Ciência brasilis, 2005. 204p
• Ferro, D. Fitoterapia: conceitos clínicos. São Paulo: Editora
Atheneu, 2006. 488p.