Fisioterapia. Curso de Hidrocinesioterapia, Setorde Ci...

95
INEZITA ROSSA PESSINI DESCRIt;AO DE UM PROCEDIMENTO HIDROTERAplCO UTILIZANDO o METODO BAD RAGAZ APLICADO EM UM PACIENTE COM TRAUMATISMO CRANIO.ENCEFALICO Monografia apresentada como requisito parcial il obten9iio do grau de especialista em Fisioterapia. Curso de Hidrocinesioterapia, Setor de Ci€mciasda Saude da Universidade Tuiuti do Parana. Orientadora: Prof". M. D. Vera Lucia Israel CURITIBA 2000

Transcript of Fisioterapia. Curso de Hidrocinesioterapia, Setorde Ci...

Page 1: Fisioterapia. Curso de Hidrocinesioterapia, Setorde Ci ...tcconline.utp.br/media/tcc/2016/04/DESCRICAO-DE-UM-PROCEDIMENTO.pdf · 2.5 contra indicacljes no tratamento com hidroterapia

INEZITA ROSSA PESSINI

DESCRIt;AO DE UM PROCEDIMENTO HIDROTERAplCO UTILIZANDO

o METODO BAD RAGAZ APLICADO EM UM PACIENTE

COM TRAUMATISMO CRANIO.ENCEFALICO

Monografia apresentada como requisito parcialil obten9iio do grau de especialista em

Fisioterapia. Curso de Hidrocinesioterapia,

Setor de Ci€mciasda Saude da Universidade

Tuiuti do Parana.

Orientadora: Prof".M. D. Vera Lucia Israel

CURITIBA

2000

Page 2: Fisioterapia. Curso de Hidrocinesioterapia, Setorde Ci ...tcconline.utp.br/media/tcc/2016/04/DESCRICAO-DE-UM-PROCEDIMENTO.pdf · 2.5 contra indicacljes no tratamento com hidroterapia

Agradecimentos

Em especial, a Illinha gratidao ao paciente

Alexandre Araldi, sem 0 qual mio teria sido vi<ivel

esse trabalho.

A todas as pessoas que direta Oll indiretamente

contribuiram para a realiza~ao desse trabalho,

ajudando a chegar ao final dessa caminhada e,

acima de tudo, a Deus.

Page 3: Fisioterapia. Curso de Hidrocinesioterapia, Setorde Ci ...tcconline.utp.br/media/tcc/2016/04/DESCRICAO-DE-UM-PROCEDIMENTO.pdf · 2.5 contra indicacljes no tratamento com hidroterapia

"Voce nao obtem pOl·celana delicada expondo argila ao sol.

Voce tern que passar a argila pela calor branco do forno se

quiser fazer porcelana.

o calor quebra alguns peda.-;os.

A deficiencia que bra algumas pessoas.

Mas, uma vez a argila passa pela fogo brallco e sai inteira, ela

nunca sera argila novamente, uma vez que a pessoa supera a

deficiencia com sua pr6pria coragem,

determina.-;ao e trabalho duro, ela tern uma profundidade de

espirilo da qual voce e eu conhecemos muito pouco."

Rusk

iii

Page 4: Fisioterapia. Curso de Hidrocinesioterapia, Setorde Ci ...tcconline.utp.br/media/tcc/2016/04/DESCRICAO-DE-UM-PROCEDIMENTO.pdf · 2.5 contra indicacljes no tratamento com hidroterapia

LlSTA DE ANEXOS

ANEXO 1 - PADROES PASSIVOS DE TRONCO 50

ANEXO 2 - PADROES ISOMETRICOS DE TRONCO 52

ANEXO 3 - PAD ROES ISOCINETICOS DE TRONCO 56

ANEXO 4 - PADROES ISOTONICOS DE TRONCO.. . 57

ANEXO 5 - PADROES PARA MMII ..

ANEXO 6 - PAD ROES PARA MMSS ..

. 60

. 74

ANEXO 7 -AVALlAr:;Ao FISIOTERApICA.. ...77

ANEXO 8 - PROTOCOLO PARA AVALlAr:;Ao DO TONO MUSCULAR 80

ANEXO 9 - PROTOCOLO DAS AVD'S (QUESTIONARIO).. . 81

iv

Page 5: Fisioterapia. Curso de Hidrocinesioterapia, Setorde Ci ...tcconline.utp.br/media/tcc/2016/04/DESCRICAO-DE-UM-PROCEDIMENTO.pdf · 2.5 contra indicacljes no tratamento com hidroterapia

RESUMO

Este estudo aborda a tecnica hidroten'pica Bad Ragaz em paciente com

traumatismo cranio-encefalico, com metodologia de sujeito unico, mediante a

utilizac;ao de procedimentos como: avalia~ao das rea90es posturais de

endireitamento, analise da adaptac;ao ao meio liquido para favorecer na execuyao

da tecnica abordada, urn protocolo para quantificar em graus 0 tono muscular e urn

questionario sobre AVD'S (atividades de vida diaria) para verificar 0 ganho funcional

do paciente.

Foram realizadas 50 sess5es nurn perfodo de 4 meses, numa frequemcia de 3

vezes semanais com 0 tempo de 45 minutos.

Os resultados obtidos indicaram ganho quantitativa e qualitativo relacionado

aD deficit motor do paciente, mostrando ser a Hidroterapia atraves da utilizayao de

uma tecnica especifica como 0 Bad Ragaz, urn recurso importante para a melhora

da qualidade de vida do paciente.

v

Page 6: Fisioterapia. Curso de Hidrocinesioterapia, Setorde Ci ...tcconline.utp.br/media/tcc/2016/04/DESCRICAO-DE-UM-PROCEDIMENTO.pdf · 2.5 contra indicacljes no tratamento com hidroterapia

ABSTRACT

This study it approaches the hidroterapye technique Bad Ragaz in patient with

trauma skullencephalon, with methodology of only citizen, by means of the use of

procedure as: evaluation of the posturais reactions of straightening, analysis of the

adaptation to the half liquid to favor in the execution of the boarded technique, a

protocol to quantify in degrees tonus muscular and a questionnaire on (activtis of the

daily eifel ADL'S to verify the functional profit of the patient.

50 sessions in a period of 4 months hab ben carried though, in a frequency of

3wekly times with the time of 45 minutes.

The gotten results had indicated quantitative profit related to the motor deficit

of the patient, showing to be the hidroterapye trough the use of one specific

technique as the Bad Rgaz, an important feature for the improvement of the quality of

life of the patient.

vi

Page 7: Fisioterapia. Curso de Hidrocinesioterapia, Setorde Ci ...tcconline.utp.br/media/tcc/2016/04/DESCRICAO-DE-UM-PROCEDIMENTO.pdf · 2.5 contra indicacljes no tratamento com hidroterapia

SUMARIO

LlSTA DE ANEXOS iv

RESUMO v

ABSTRACT vi

INTRODUr;:AO 01

TRAUMATISMO CRANIO-ENCEFALICO 02

1.1 CONCEITO ..

1.2 INCIDENCIA ...

1.3 REVISAO ANATOMICA ..

1.3.1 Organizar;ao do sistema nervoso central ....

1.3.1.1 Cerebra ...

1.3.1.1.1 Lobo Frontal ..

1.3.1.1.2 Lobo parietal. ..

1.3.1.1.3 Lobo temporal..

1.3.1.1.4 Lobo occiptal. ..

1.3.1.2 Cerebelo ..

..02

...02

.. 03

..03

. 03

.. 04

...05

..06

..07

1.3.1.3 Tronco cerebral. ..

1.3.1.3.1 Mesencetalo .

1.3.1.3.2 Ponte ..

1.3.1.3.3 Bulbo ...

.. 08

...08

............................................. 08

..................................•......................................................... ~

Page 8: Fisioterapia. Curso de Hidrocinesioterapia, Setorde Ci ...tcconline.utp.br/media/tcc/2016/04/DESCRICAO-DE-UM-PROCEDIMENTO.pdf · 2.5 contra indicacljes no tratamento com hidroterapia

1.3.1.4 Meninges ..

1.4 FISIOPATOLOGIA ..

. 09

.. 10

1.5 CLASSIFICAc;:AO DOS TRAUMATISMOS CRANIO-ENCEFALICO 11

1.5.1 TeE fechado.. . .. 11

1.5.2 TeE com fraturas cranianas com aprofundamento.. . .. 12

1.5.3 TeE com (raturas cranianas composta ... .. 12

1.6 ACHADOS CLiNICOS ....

1.7.1 Lesoes vascu/ares ...

1.7.1.1 Hemorragia extradural ..

1.7.1.2 Hemorragia subdural .

.. 12

.. 12

. 13

. 14

.. 14

. 14

.. 15

1.6.1 Sinais e sintomas ..

1.6.2 Exames comp/ementares .

1.7 COMPLlCAc;:OES .

1.7.1.3 Hemorragia intracerebral.. . 16

1.7.1.4 Trombose cerebral.. .. 16

1.7.1.5 Aneurismas arteriovenosos 16

1.7.2/nfec90es.. . 16

1.7.2.1 Infec90es extradurais 17

1.7.2.2 Abcesso subdural.

1.7.2.3 Meningite ..

1.7.2.4 Abcesso cerebral ..

.. 17

. 17

1.7.2.5 Rinorreia .

1.7.2.6 Otorreia .

. 17

. 18

..18

1.7.2.7 Pneumocele.. .. 18

1.7.2.8 Paralisias dos nervos cranianos 18

1.7.2.9 Les6es cerebrais focais .

1.8 SEQOELAS ..

.. 19

.............................................................................................. 19

1.B.1 Epi/epsia .. .. 19

1.B.2 Psicoses e distUrbios mentais 20

Page 9: Fisioterapia. Curso de Hidrocinesioterapia, Setorde Ci ...tcconline.utp.br/media/tcc/2016/04/DESCRICAO-DE-UM-PROCEDIMENTO.pdf · 2.5 contra indicacljes no tratamento com hidroterapia

1.8.3 Sindrome pos-traumatica .. ......... 20

1.9 EVOLU<;AO E PROGNOSTICO .. .. 21

2 TECNICA DE TRATAMENTO FISIOTERApICO 22

2.1 HISTORICO DA HIDROTERAPIA ..

2.2 PROPRIEDADES FlslCAS DAAGUA ..

2.2.1 Densidade relativa ...

2.2.2 Metacentro ...

2.2.3 Turbuli!ncia ..

2.2.4 Pressao hidrostatica ...

2.2.5 Viscosidade ..

2.2.6 Temperatura ..

2.3 EFEITOS FISIOLOGICOS E TERAP~UTICOS DO EXERCiclO

..22

.. 23

....23

...24

....24

....25

....25

...25

EM AGUA QUENTE ... .. 26

2.3.1 Eteifos fisiologicos durante a imersao .. ...26

2.3.2 Eteifos fisiologicos apos a imersao 27

2.3.3 Efeitos fisiof6gicos durante 0 exercicio .. .. 27

2.4 VANTAGENS E INDICACLJES NO TRATAMENTO COM HIDROTERAPIA 28

2.5 CONTRA INDICACLJES NO TRATAMENTO COM HIDROTERAPIA 29

3 TECNICA BAD RAGAZ 30

3.1 CONCEITO ..

3.2 HISTORICO ..

3.3 CARACTERisTICAS DA TECNICA ....

. ~..... 30

.. ..31

3.4 SEMELHANCAS E DIFERENCAS ENTRE BAD RAGAZ E KABAT (FNP) ..... 32

3.5 INDICA<;LJES DA TECNICA BAD RAGAZ ..

3.6 CONTRA-INDICA<;LJES E PRECAUCLJES.

3.7 OBJETIVOS DA TECNICA BAD RAGAZ ..

. 33

.. 34

.. 34

Page 10: Fisioterapia. Curso de Hidrocinesioterapia, Setorde Ci ...tcconline.utp.br/media/tcc/2016/04/DESCRICAO-DE-UM-PROCEDIMENTO.pdf · 2.5 contra indicacljes no tratamento com hidroterapia

3.8 TECNICAS UTILIZADAS PARA PADRCES DE MEMBROS

SUPERIORES E MEMBROS INFERIORES 35

3.8.1 Passivo ..

3.8.2Isomefrico ..

3.8.3Isocinefico ...

3.8.4 Isof6nico ..

..- .. ~............................................................... 35

. 35

.................... 36

4 MATERIAL E METODOS 37

5 APRESENTAr;AO DOS DADOS 40

6 ANALISE DOS DADOS 44

7 DISCUSSAO 47

8 CONCLUSAO 49

ANEXOS 50

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS 82

BIBLIOGRAFIA 84

Page 11: Fisioterapia. Curso de Hidrocinesioterapia, Setorde Ci ...tcconline.utp.br/media/tcc/2016/04/DESCRICAO-DE-UM-PROCEDIMENTO.pdf · 2.5 contra indicacljes no tratamento com hidroterapia

INTRODUCAO

A Hidroterapia constitui urn conjunto de tecnicas terapeuticas que estao

fundamentadas no movimento humano. Ulilizada com fins terapeuticos. seu

emprego encontra-se fundamentado nos principios fisicos e fisiol6gicos, favorecendo

assim na recupera~o de disturbios neurol6gicos.

o traumatismo cranio-encetaiico (TeE) acompanha a humanidade desde

seus primordios. A incidencia aumenta em relac;ao direta com 0 desenvolvimento

tecnologico e a moderniz8c;ao.

Dessa forma e importante enfatizar as aspectos curativos que saofundamentais para uma recuperayao eficaz. E atraves de um tratamento adequado,

abordando tecnicas precisas, permite-s8 0 retorno as atividades de vida diaria

(AVO'S) em menor tempo.

Sendo assim, esse estudo tem por objetivo abordar a tecnica Bad Ragaz no

tratamento do paciente traumatizado, atraves da utilizayao de protocolos para

verificar as reac;oes posturais de endireitamento, adaptaC;80 ao meio liquido, 0 tono

muscular e 0 ganho funcional na pratica diari8, a tim de pesquisar a eticacia da

mesma.

Page 12: Fisioterapia. Curso de Hidrocinesioterapia, Setorde Ci ...tcconline.utp.br/media/tcc/2016/04/DESCRICAO-DE-UM-PROCEDIMENTO.pdf · 2.5 contra indicacljes no tratamento com hidroterapia

1 TRAUMATISMO CRANIO-ENCEFAuco

1.1 CONCEITO

Traumalismo Cranio-encefalico (TCE) Eo qualquer agressao que acarreta uma

lesao anat6mica au comprometimento funcional do couro cabeludo, cranic e

meninges do encefalo, como fraturas, contus6es cerebra is, hemorragias

subaracn6ideas, hemorragias subdurais e aprofundamento dos assas do crania

(MERRIT, 1977, pag. 263).

1.2INCIDENCIA

Os traumatismos cranianos decorrem de acidentes de transito (vefculos a

motor). ferimentos par projeteis de armas de fogo e arma branca e por quedas e

atropelamentos.

Pode ocorrer em qualquer idade. Na infancia Eo uma complicayao comum do

parto, na primeira infancia como resultado de quedas, e na vida adulta a causa mais

comum sao as acidentes com autom6veis e motocicletas.

Segundo TAVARES (pag. 1, 1997), a incid,mcia dessa afe~ao aumenta

diretamente em relac;ao ao desenvolvimento tecnol6gico e a modernizac;:§o.

Page 13: Fisioterapia. Curso de Hidrocinesioterapia, Setorde Ci ...tcconline.utp.br/media/tcc/2016/04/DESCRICAO-DE-UM-PROCEDIMENTO.pdf · 2.5 contra indicacljes no tratamento com hidroterapia

Atualmente e a maior causa de morbidade e mortalidade nas comunidades; e

a terceira causa mais comum de mortes dos EUA.

SALLUM e KOIZUMI (1999), num estudo sobre a gravidade do trauma cranio-

encefalico em viti mas de acidente de transito, apontam os acidentes de trans ito de

veiculos a motor como causa mais comum de morbidade e mortalidade; a causa

mais frequente de morte entre individuos de 1 a 35 anos de idade; sen do a 2a causa

externa de mortalidade do Brasil com os indices mais elevados do mundo.

1.3 REVISAo ANATOMICA

1.3.1 Organizaqiio do sistema nervoso central

o sistema nervoso central, inclui 0 encefalo e a medula espinhal.

Nesta revisao sera enfatizado 0 encefalo, onde temos cerebro, cerebelo e

tronco encefalico.

o encefalo e a principal area integradora do sistema nervoso. E 0 local on de e

armazenada a memoria, elaborado 0 pensamento, onde sao geradas emo~es e

outras fun~es relacionadas ao psiquismo e controle do corpo.

1.3.1.1 Cerebro

E a poryao mais larga do encefalo, onde estao localizados os centros

nervosos que governam as atividades sensitivas e motoras, como tambem areas

definidas que determinam a razao, a memoria e a inteligencia.

Page 14: Fisioterapia. Curso de Hidrocinesioterapia, Setorde Ci ...tcconline.utp.br/media/tcc/2016/04/DESCRICAO-DE-UM-PROCEDIMENTO.pdf · 2.5 contra indicacljes no tratamento com hidroterapia

4

Apresenta dais hemisferios cerebrais que sao separados par uma fissura

longitudinal, e cujo assoalho e formado par feixes de fibras chamado corpo caloSQ,

que tern a funyao de passar informaey6es de urn hemisferio 80 outro.

Segundo Jacob et al (1982, pag. 2(8), cada hemisferio possui seis suleos

principais:

» Sulco lateral (fissura de Sylvius) vern da parte posterior acima do lobo

temporal e continua sobre a superticie superolateral.

» Suleo central (fissura de Rolando) come9a no ponto medio do bordo

superior e estende-se inferiormente para 0 sulco lateral, separando as

lobos frontal e parietal.

» Sulco do Gingulo, proeminente sobre a supertide medial do hemisferio,

que S8 estende antero-posteriormente ao corpo caloso.

» Suleo calcarino e 0 sulco parieto-occipital atravessam a parte posterior da

superficie medial do hemisferio.

» Suleo colateral, que segue paralelo a borda medial.

Os sulcos ajudam a delimitar os lobos cerebrais.

o cOrtex cerebral e a camada externa cinzenta do cerebra. E dividido em

lobos, que recebem 0 nome dos assos do crania situados aeirna dele.

1.3.1.1.1 Lobo Frontal

Compreende todo 0 cOrtex situ ado anteriormente 80 sulco central e aeirna do

suleo lateral.

Para lela ao sulco central ha a sulco pre-central e entre as dois sulcos existe a

giro pre-central que tern como funyao a motricidade voluntaria.

Page 15: Fisioterapia. Curso de Hidrocinesioterapia, Setorde Ci ...tcconline.utp.br/media/tcc/2016/04/DESCRICAO-DE-UM-PROCEDIMENTO.pdf · 2.5 contra indicacljes no tratamento com hidroterapia

Segundo JACOB et al (pag. 218), em 1909 F. Brodman descreveu seis

camadas celulares do cortex cerebral e dividiu em 52 areas (cada uma designada

par urn numeral.

Assim, as areas 4 e 6 de Brodman, que sao areas motoras principais,

encontram-se situadas nesse lobo.

A area motora principal 4 de Brodman, S8 encontra no giro pre-central.

Movimentos discretos, de precisao, envolvendo musculos isolados ou urn pequeno

numero de musculos sao iniciados pelos estfmulos nessa area.

A area 6 de Brodman esta relacionada aos movimentos grosseiros que

depende da integridade da area 4.

Anteriormente a area 6, corresponde a area 8 de Brodman, conhecida como

campo visual frontal. 0 estimulo causa 0 movimento dos olhos, para 0 lado oposto

estimulado, a abertura e fechamento das palpebras e a dilatac;ilo das pupilas.

No traumatismo cranio-encefalico, com lesac do lobo frontal, pode ocorrer:

plegia (ausencia da motricidade voluntaria), paresia (diminui9aO da 10r98 muscular

voluntaria), parestesia (sofrimento cortical), lesac da microcirculayao.

A area de Broca tambem encontra-se no lobo frontal que corresponde a area

44 de Brodman. Tem como lunc;ilo a motricidade da fala.

Les6es nessa area pode acarretar em afasia motora pura (lesao completa),

disartria, dislalia (Iesao incompleta).

1.3.1.1.2 Lobo parietal

Estende-se do sulco central e une-se ao lobo occiptal na face posterior do

cerebra.

Page 16: Fisioterapia. Curso de Hidrocinesioterapia, Setorde Ci ...tcconline.utp.br/media/tcc/2016/04/DESCRICAO-DE-UM-PROCEDIMENTO.pdf · 2.5 contra indicacljes no tratamento com hidroterapia

As areas 3, 1 e 2 de Brodman estao localizadas nesse lobo, formando uma

faixa de cortex no giro pos-central.

Esta area e conhecida como somestesica, pois recebe impulsos sensitivos de

tato, pressao, temperatura e cinestesia de todas as partes do corpo.

Lesao nessa area pode provocar anestesia (ausemciada sensibilidade geral

como dor, tato, temperatura e pressao).

o Lobo Parietal superior tern como funyao a associativa. Integra as areas

corticais do hemisferio entre si e com outro.

Lesao nessa area ha uma altera~o dissociativa.

1.3.1.1.3 Lobo temporal

Localizado abaixo do sulco lateral.

Area 41 de Brodman, (area sensorial auditiva). E uma area receptora

sensorial primaria dos impulsos auditivos.

Inferior e posterior a area sensorial auditiva, encontram-se as areas

relacionadas aos impulsos auditivos, incluindo a area da linguagem de Wernicke, no

hemisferio dominante.

Les6es nesse lobo, provocam surdez, e no hemisferio dominante (esquerdo),

afasia sensorial, que caracteriza-se par fala fluente, porem comprometida, com

disturbios na escrita e leitura e deficiencia na compreensao da fala oral.

Page 17: Fisioterapia. Curso de Hidrocinesioterapia, Setorde Ci ...tcconline.utp.br/media/tcc/2016/04/DESCRICAO-DE-UM-PROCEDIMENTO.pdf · 2.5 contra indicacljes no tratamento com hidroterapia

7

1.3.1.1.4 Lobo oeciptal

Localiza-se no segmento posterior do hemisferio cerebral.

Neste lobo encontra-se a area 17 (area sensorial visual) e areas adjacentes

18 e 19 que sao correlacionadas a informayao sensorial visual.

Lesao eompleta provoca amaurose, (perda visual). Lesao ineompleta provoca

diminuiyao na acuidade visual.

1.3.1.2 Cerebelo

o cerebelo localiza-s8 na fossa craniana posterior. esta separado dos

hemisferios cerebrais pela fenda do cerebel0.

Esta dividido em 16bulos por fissuras profundas. Os 16bulos anterior e

posterior estao relacionados com a func;ao do movimento e 0 lobulo f1ocunodular

esta relaeionado cam a fun9ao do equilibrio.

o funeionamento do eerebelo oeorre em parte, por camparar

(inconscientemente) impulsos sensitivDs de proprioceptores fornecendo informac;ao

sabre a 8980 de musculos esqueleticos, receptores na orelha interna, detectando

mudan9as na posi9iio e veloeidade de rota9iio da cabe98 e receptores para 0 tata,

visao e audi9ao. E tambern impulsos do c6rtex motor que promove a atividade

motora coordenada e suave.

Ataxia e 0 termo utilizado para descrever a atividade motora descoordenada

manifestada na doen9a eerebelar.

Disturbios causados por mau funcionamento do cerebelo incluem:

desequilfbrio, tremor involuntario, dismetria e hipotonia.

Page 18: Fisioterapia. Curso de Hidrocinesioterapia, Setorde Ci ...tcconline.utp.br/media/tcc/2016/04/DESCRICAO-DE-UM-PROCEDIMENTO.pdf · 2.5 contra indicacljes no tratamento com hidroterapia

1.3.1.3 Tronco cerebral

o troneD encefalico divide-s8 em: mesencefalo, ponte e bulbo.

1.3.1.3.1 Mesencefalo

Localizado entre 0 encefalo anterior e posterior.

Massas nucleares estao localizadas no mesencefalo. Dentre as mesmas,

duas localizam-se superior chamadas coliculos superiores que estao envolvidas nos

reflexos visuais, em especial a coordenac;ao de movimentos de trac;ao.

As duas inferiores au colfculos inferiores estao associadas com a audic;ao.

Os pedunculos cerebrais que formam a paryao anterior do mesencefalo,

constituem a conexao motora principal entre 0 encefalo anterior e 0 rombencefalo.

o nucleo rubro esta conectado aD cerebelo; e importante na atividade motora

e nas situ8goes posturais reflexas.

1.3.1.3.2 Ponte

Situada na parte anterior do telencelalo, entre 0 mesencelalo e 0 bulbo. E

uma estrutura quase que interiormente de sUbstancia branca, que liga varias partes

do telencelalo e apresenta liga,oes entre 0 bulbo com os centr~s corticais

superiores.

1.3.1.3.3 Bulbo

Localizado entre a ponte e a medula espinhal.

Page 19: Fisioterapia. Curso de Hidrocinesioterapia, Setorde Ci ...tcconline.utp.br/media/tcc/2016/04/DESCRICAO-DE-UM-PROCEDIMENTO.pdf · 2.5 contra indicacljes no tratamento com hidroterapia

Na superticie ventral do bulbo, estao as piramides que sao tratos em forma de

piramide.

Os trat05 piramidais sao vias que iniciam as movimentos coord enados dos

mesculos esquelt§ticos.

o bulbo possui centros reguladores e reflexos vitais, inciuindo 0 sistema

circulat6rio, a respira980, a deglutic;ao, 0 v6mito, a tosse e 0 espirro.

1.3.1.4 Meninges

Sao membranas conjuntivas que envolvem 0 sistema nervoso central.

A dura-mater e a rna is superficial, espessa e resistente.

o folheto externo da dura-mater S8 adere aos assos do cranic como

periosteo.

E irrigada pela arteria menfngea media.

Lesoes principalmente na arteria meningea media, resultam em acumulo de

sangue entre a dura-mater e as assos do crania, formando 0 hematoma extradural.

A aracn6ide e uma membrana que esta justaposta it dura-mater, separada

por urn espa90 chamado subdural.

Entre a aracn6ide e a pia-mater, ha 0 espac;o subaracn6ideo que apresenta

urn tecido onde esta contido 0 liquido cerebroespinhal.

o liquor contido nesse espaC;Dtern a funyao de prote~o mecanica do sistema

nervoso central.

Atua como amortecedor dos choques e reduz 0 risco de traumatismos do

encefalo quando em cantato com as ossos do crimio.

Page 20: Fisioterapia. Curso de Hidrocinesioterapia, Setorde Ci ...tcconline.utp.br/media/tcc/2016/04/DESCRICAO-DE-UM-PROCEDIMENTO.pdf · 2.5 contra indicacljes no tratamento com hidroterapia

10

A pia-mater e a mais interna das meninges. E na membrana vascular, da

resistencia aos 6r9805 nervosos.

1.4 FISIOPATOLOGIA

o crania e urn compartimento rigido, contem cerebra, liquido cerebroespinhal,

sangue e fiuido extra celular.

Urna modifica~o na complacemcia cerebral, podera acarretar um aumento da

pressao intracraniana (PIC) e diminuic;ao da perfusao.

o cerebro apresenta inteira afinidade metabolica, 0 que depende da oferta de

glicose e oxigemio. Para obter uma adequada proteyao cerebral e necessario

modificar 0 conteudo do f1uxo sanguineo cerebral atraves da intervenC;8o na oferta

de O2 e regulac;ao da PaC02, reduzindo 0 metabolismo anaerobio e diminuindo

assim 0 edema.

A falencia dos mecanismos de auto-regula980, alteram a pressao de perfusao

o que favoreee a leSaD neuronal, que determinara a aumento do edema,

deslocamentos e herniac;oes.

A pressao intra-craniana (PIC) varia de 10 a 15 mmHg (136 a 204 mm H20.

(TAVARES, 1997, pag. 6 ). Quando os valores estiverem maior ou igual a 20 mmHg,

chama-s8 de hipertensao intra-craniana, que ocorre devido a exaustao dos

mecanismos compensat6rios da pressao fisiol6gica dos liquidos no cerebra.

As injurias primarias representam os efeitos imediatos e/ou irreverslveis da

dissipa~o de energia dentro da substancia cerebral, que podem ocorrer dentra dos

milisegundos do impacto ou penetrac;ao. (TAVARES, 1997, pag. 8).

Page 21: Fisioterapia. Curso de Hidrocinesioterapia, Setorde Ci ...tcconline.utp.br/media/tcc/2016/04/DESCRICAO-DE-UM-PROCEDIMENTO.pdf · 2.5 contra indicacljes no tratamento com hidroterapia

11

Elas podem ser focais (hematomas, contusao, lacerayao, hemorragia) ou

difusas (hemorragias, petequias, edema cerebral, disfunc;ao transit6ria como

confusao, amnesia, inconsciencia e lesao persistente como inconsciemcia longa,

lesao axonal difusa).

Nas injurias cerebrais secundarias, podem ocorrer eventos como hipotensao

e hipoxia, que podem ser resultado de uma injuria primaria au devido a urn trauma

sistemico (aspirayao, rna conduta nas manobras de ressuscitayao.

A hipoxia pode Dcorrer par uma apneia transit6ria ap6s 0 TeE, ande as vias

aereas podem estar obstruida par corpos estranhos, v6mitos.. e tambem par

edema pulmonar neurogemico (raro) devido 0 aumento no shunt pulmonar e

dessatura9ao arterial de 02.

A hipotensao e devida a perda de volume dos fiuidos cerebrais. E necessario

a reposic;ao adequada para restaurar a perfusao cerebral.

1.5 CLASSIFICACiio DO TCE

Os traumatismos cranio-encemlicos sao classificados quanta a natureza da

lesao, importante na conduta a ser seguida: cirurgica ou nao e no tratamento do

paciente.

Assim temos:

1.5. 1 TCE Fechado

Traumatismos em que nao ha lesao do cranio, ou ha apenas uma fratura

linear. Sao subdivididos de acordo com a severidade da lesao da sUbstancia

cerebral.

Page 22: Fisioterapia. Curso de Hidrocinesioterapia, Setorde Ci ...tcconline.utp.br/media/tcc/2016/04/DESCRICAO-DE-UM-PROCEDIMENTO.pdf · 2.5 contra indicacljes no tratamento com hidroterapia

12

1° - Pacientes sem nenhum grau de lesac estrutural encefalica, chamado de

concussao simples;

2° - Les6es com destruir;ao de tecido encefalico, relacionadas a edema,

contusao e hemorragia.

Os TCE fechados podem ser leves, moderados e graves.

1.5.2 TeE com fraturas cranianas com afundamento

Sao fraturas com depressao simples, cnde 0 pericranio esta intacto, mas hi!

urn fragmento de osso fraturado, deprimido, comprimido ou lesanda a substancia

encefalica subjacente.

1.5.3 TeE com fraluras cranianas compostas

Indica que 0$ tecidos pericranianos fcram lesados e hit comunicayao direta

entre 0 crania lacunado e a substancia encefitlica, atraves dos fragmentos 6sseos

deprimidos ou cominutivos e da dura-mater lacerada.

1.6 ACHADOS CLiNICOS

1.6.1 Sinais e sintomas

o disturbio de consciencia e 0 sintoma mais comum do traumatismo craniano.

Uma caracteristica da concussao simples e 0 coma de pequena dura930.

Coma prolongado por varias horas ou dias, ocorre devido as complicac;oes como

edema, hemorragia, dissoluc;aodos neur6nios corticais , cantusao au lacunac;aa do

cortex. A durayao depende da gravidade do traumatismo.

Page 23: Fisioterapia. Curso de Hidrocinesioterapia, Setorde Ci ...tcconline.utp.br/media/tcc/2016/04/DESCRICAO-DE-UM-PROCEDIMENTO.pdf · 2.5 contra indicacljes no tratamento com hidroterapia

13

A perda de consciemcia dos pacientes com feridas perfurantes do crania e do

cerebra esta relacionada ao tamanho do projetil e da area aletada. Nos lobos lrantal

e parietal, geralmente naD ocorre perda da consciencia, porem os que atravessam 0

osso petrosa e atingem a cerebelo e fossa posterior e comurn a coma de alguns

varios dias.

Apos recuperar a consciencia, as manilesta90es clinicas dependem da

severidade da lesac cerebral.

Pacientes com concussao simples podem retarnar aD normal em poucos

minutos; pode haver confusao mental e queixas de cefaleia par 12 a 24 haras.

No sistema neuromuscular, pode acontecer: aumento do tono e libera980 de

reflexos primitivos: RTCA, RTCS, RTL, tremor continuo ou intencional, hipotonia em

TCE com transsec~o medular, ataxia em lesoes do cerebelo, perturba9iio das

reat;:oes de endireitamento, retificac;ao e equilibrio.

o paciente pode apresentar transtorno de linguagem, audi9iio, altera~o da

personalidade e contrale das em090es, epilepsia, transtornos visuais como: diplopia,

deficits cognitivos e incontinencias (mais vesical).

1.6.2 Exames camp/ementares

as exames realizados na avaliat;:8o dos traumatismas crania-encefalicos sao:

a TC, (Tomografta Computadorizada), que mostra os deslocamentos, presen98 de

hemorragias intracerebral, subdural ou extradural. As radiografias de crania que

permitem determinar a gravidade do trauma da caixa craniana , a exame de LCR,

atraves da pun~o 10mbar , 0 EEG, importante no prognostico do paciente, e 0

Page 24: Fisioterapia. Curso de Hidrocinesioterapia, Setorde Ci ...tcconline.utp.br/media/tcc/2016/04/DESCRICAO-DE-UM-PROCEDIMENTO.pdf · 2.5 contra indicacljes no tratamento com hidroterapia

14

angiografia, para verificar hematomas quando naD e passivel realizar a Tomografia

Computadorizada.

Cabe ressaltar que, com a utiliza\'iio da TC, a pun\'iio lombar para fins

diagnosticos diminui consideravelmente.

1.7 COMPLlCA<;:6ES

As complicagoes dos traumatismos crania nos compreendem les5es

vasculares, infecc;;oes.

1.7.1 Lesoes vasculares

1.7.1.1 Hemorragia extradural

A hemorragia extradural geralmente ocorre devido a rotura da parede da

arteria meningea. A dura e afastada do crania pelo sangue extravasado. 0 tamanho

do coagula aumenta ate a formayao ocluir as paredes rotas do vasc.

A remoyao e feita cirurgicamente, pois 0 organismo naD tern capacidade de

reabsoryao.

E urna complicayao relativamente rara, e a sequencia tipica da evolug8o inicia

com a perda da consciencia no momento do trauma, com intervalos de lucidez par

algumas haras, recalda ao coma e a instalayao da hemiplegia. 0 desenvolvimento

dos sintomas se dB devido a aderlmcia da dura ao cranio.

Segundo MERRIT (1977, pag. 270) um achado valioso para 0 diagnostico e a

localiza\'iio da hemorragia extradural e 0 encontro da pupila dilatada que nao reage

it luz au a acamoda9Bo.

Page 25: Fisioterapia. Curso de Hidrocinesioterapia, Setorde Ci ...tcconline.utp.br/media/tcc/2016/04/DESCRICAO-DE-UM-PROCEDIMENTO.pdf · 2.5 contra indicacljes no tratamento com hidroterapia

15

A hemorragia extradural e a complicac;8.o mais fatal do trauma cranio-

encefalico.

1.7.1.2 Hemorragia subdural

E uma coleyao de sangue entre a dura e aracn6ide no espayo subdural que

forma em hematoma.

Secunda rio a traumatismos cranianos, graves au discretos, tern sido

encontrado tambem em recem-nascidos como complicayaes do parto.

A hemorragia ocorre sabre a convexidade do hemisferio, na re9i80 dos lobes

frontal e parietal; geralmente e bilateral.

Os sintomas do hematoma subdural sao divididos em agudos au cr6nicos.

as sintomas agudos geralmente aparecem nos primeiros dias ap6s 0

traumatismo. Apresenta cefaleia, 0 estado de consciemcia depende da lesac

concomitante. Aparece hemiplegia ou paresia facial que pode ser do lado oposto ao

hematoma ou do mesmo lado.

A hemiplegia em geral e do tipo espastico com exaltac;iio dos reflexos

profundos e sinal de Babinsky.

as sinais do hematoma subdural cronico e semelhante aos do agudo.

Diagnostico diffcil, por nao haver sintomatologia.

o tratamento e a evacua9ao do coagulo atraves dos orificios da trepanac;iio

ou craniotomia.

Page 26: Fisioterapia. Curso de Hidrocinesioterapia, Setorde Ci ...tcconline.utp.br/media/tcc/2016/04/DESCRICAO-DE-UM-PROCEDIMENTO.pdf · 2.5 contra indicacljes no tratamento com hidroterapia

16

1.7.1.3 Hemorragia intracerebral

Geralmente sao multiplas e pequenas. Encontradas na vizinhanya do cerebra

contundido ou lacerado.

Aumento da pressao intracraniana, sinais neurol6gicos locais, hemiplegia,

desenvolvem-se dentro de haras ou em poucos dias ap6s 0 acidente.

Diagnostico estabelecido pela ventriculografia e angiografia. E realizado a

remo~o cirlirgica.

1.7.1.4 Trombose cerebral

A trombose dos ramos das arterias cerebrais aparece alguns dias ou

semanas ap6s 0 trauma, em pacientes idosos com arteriosclerose cerebral.

1.7.1.5 Aneurismas arteriovenosos

Os aneurismas acontecem pela lacerac;ao da arteria carotid a interna, quando

ela passa atraves do seio cavernO$O par penetraC;80 de projeteis ou fraturas do OSSO

esfeinodal.

Sintomas como: rufda sincr6nico como pulsa, veias orbitals e periorbitais

distendidas, paralisia dos nervos cranianos, aparecem em pacientes com aneurisma.

1.7.2Infecqoes

As infec~oes padem ser: extradurais, subdurais, subacon6ideas (meningite)

au intracerebrais (abcessos).

Page 27: Fisioterapia. Curso de Hidrocinesioterapia, Setorde Ci ...tcconline.utp.br/media/tcc/2016/04/DESCRICAO-DE-UM-PROCEDIMENTO.pdf · 2.5 contra indicacljes no tratamento com hidroterapia

17

1.7.2.1 Infecy6es extradurais

Acompanhadas pela infecyao da ferida externa e osteomielite do crania. 0

diagnostico S8 da at raves da inspeyao da ferida e radiografias.

o tratamento atraves do debridamento do osso infectado, evacuayao do

abcesso e antibi6tico.

1.7.2.2Abcesso subdural

E uma lesao supurativa rara. Pode ser par compliC8t;ao do hematoma

subdural.

Sintomas como cefaleia, febre, rigidez da nuca e sinais neurol6gicos locais

estao presentes.

1.7.2.3 Meningite

Pode se desenvolver ap6s fraturas compostas, projeteis penetrantes ou

fraluras lineares.

Germes patog€micos como: estafilococos, estreptococos, pneumococo e

bacilo influenza, sao mais ou menes frequentes.

A incidelncia e influenciada pelo grau de cuidados no tratamento das feridas

do couro cabeludo.

Aparece 2 a 8 dias ap6s 0 trauma.

1.7.2.4 Abcesso cerebral

E uma complicac;ao rara e esla relacionada com infeC98.0 do couro cabeludo.

Page 28: Fisioterapia. Curso de Hidrocinesioterapia, Setorde Ci ...tcconline.utp.br/media/tcc/2016/04/DESCRICAO-DE-UM-PROCEDIMENTO.pdf · 2.5 contra indicacljes no tratamento com hidroterapia

18

Os sintomas S8 desenvolvem nas primeiras seman as ap6s 0 traumatismo,

mas podem surgir ap6s varios meses.

1.7.2.5 Rinorreia

Com fratura da lamina crivosa e herniayao da dura-mater e aracn6ide, 0 liquor

drena atraves do nariz. Deve-s8 tomar cuidados pois pode levar a meningite.

1.7.2.60torreia

Eo uma complica9iio rara que acontece quando a drenagem do liquor se faz

atraves do ouvido, devido a fratura do osso temporal.

1.7.2.7 Pneumocele

E presen98 de ar no interior da caixa craniana. Complicayao rara, ande 0 ar

acumula-se geralmente na re9iao frontal em decorrencias da fratura nos selas

frontais.

o ar pade naD estar presente nos primeiros dias ap6s 0 trauma, mas come.;a

a acumular ap6s urn espirro ou 8550ar 0 nariz.

1.7.2.8 Paralisias de nervos cranianos

Complica9iio frequente, em especial 0 nervo olfativo que sofre tra9iio ou

contusao, devido 0 deslocamento do cerebro no interior da caixa craniana.

Page 29: Fisioterapia. Curso de Hidrocinesioterapia, Setorde Ci ...tcconline.utp.br/media/tcc/2016/04/DESCRICAO-DE-UM-PROCEDIMENTO.pdf · 2.5 contra indicacljes no tratamento com hidroterapia

19

1.7.2.9 Les6es cerebrais loeais

A hemiplegia e os disturbios da lala sao os sintomas mais IreqOentes.

A for93 motara e a fala voltam nos casas em que 0 deficit funcional resulta da

compressao do cerebro por um hematoma.

SeqGelas graves aparecem quando 0 parenquima cerebral tiver urn dana

muito grande.

1.8 SEOOELAS

As seqOelas compreendem: epilepsia, psicose e disturbios mentais e a

sindrome p6s-traumatica.

1.8. 1 Epilepsia

Sao crise convulsivas, infreqOentes na fase aguda do traumatismo craniano.

Segundo MERRIT (1997, pag. 284), manilestam-se em alta percentagem nos

casas de abcesso cerebral p6s-traumatico.

o prognostico em relac;ao a remissao das crises e born quando acorrer nos

primeiros dias au primeiras semanas ap6s 0 trauma.

o tratamento e tanto clinico quanta cirurgico.

Os pacientes toleram mais 0 tratamento atraves da administrayao

medicamentosa.

Page 30: Fisioterapia. Curso de Hidrocinesioterapia, Setorde Ci ...tcconline.utp.br/media/tcc/2016/04/DESCRICAO-DE-UM-PROCEDIMENTO.pdf · 2.5 contra indicacljes no tratamento com hidroterapia

20

1.8.2 Psicoses e distumios mentais

Sao freqOentes episodios transit6rios ap6s 0 traumatismo, mas sao raros as

episodios psicoticos de longa dura9ao.

Somente traumatismos graves deixam serias sequelas mentais. As alterayoes

mentais logo ap6s a recuperac;ao da consciencia, passam par fases de semi-

estupor, confusao e euforia.

Nos pacientes que nao S8 recuperam completamente, as sindromes clfnicas

sao classificadas como delirio traumatico, deteriora~o mental e alterac;oes p6s-

traumaticas de personalidade.

1.8.3 Sindrome p6s-traumatica

Menos de 50% dos pacientes que sofreram pequenos ou grandes

traumatismos de crania, queixam-se de cefaleia, vertigern, insonia, irritabilidade,

inquietayao. incapacidade de concentrayao, hiperidrose, depressao.

Esses sintomas podem estar presentes inicialmente, ou perdurar durante

anos.

E fundamental 0 tratamento cHnico, cirurgico e pSicolegico, imediatamente

apes 0 acidente, para a prevencyao da sindrome.

E importante reestabelecer a confian9a do paciente consigo mesmo, atraves

de fisioterapia, trabalhos em grupo e voltar a vida profissional.

Page 31: Fisioterapia. Curso de Hidrocinesioterapia, Setorde Ci ...tcconline.utp.br/media/tcc/2016/04/DESCRICAO-DE-UM-PROCEDIMENTO.pdf · 2.5 contra indicacljes no tratamento com hidroterapia

21

1.9 EVOLU<;:AOE PROGN6STICO

No traumatismo craniano 0 prognostico depende da localizayao e gravidade

da lesao.

Segundo MERRIT (1997, pag. 289), simples concussao, a mortalidade e igual

a zero. Casas com confusao au laceravao do cOrtex cerebral, a mortalidade aumenta

e pode ocorrer imediatamente ap6s 0 trauma au de po is da algumas semanas.

A escala do coma de GLASGOW, apresenta indices uteis na lase inicial do

trauma para avaliar a gravidade do trauma, servindo assim de auxilio no prognostico

do paciente.

Em geral, as sintomas e sinais residuais em pacientes com trauma de crania,

tendem a ser mais extensivos e incapacitantes naquetes com les6es graves.

As predi96es em relayao a evolugao clinica sao rnais acuradas quando

realizadas 6 a 12 meses ap6s a lesao, au quando 0 estado elinicD do paciente

estabilizar.

Page 32: Fisioterapia. Curso de Hidrocinesioterapia, Setorde Ci ...tcconline.utp.br/media/tcc/2016/04/DESCRICAO-DE-UM-PROCEDIMENTO.pdf · 2.5 contra indicacljes no tratamento com hidroterapia

2 TECNICA DE TRATAMENTO FISIOTERAplCO

2.1 HIST6RICO DA HIDROTERAPIA

A hidroterapia e uma modalidade terapeutica em que a agua e usada como

meio para a realizayao da cinesioterapia.

De acordo com a defini,.ao de Nylin, no livro "Fisioterapia Clinica" (p. 297), a

hidroterapia ~e urn ramo da fisioterapia que S9 ocupa do estudo da agua em suas

aplica\Xies com finalidades terapeuticas".

Segundo OUTFIELD, citado por CAMPION (2000), a palavra hidroterapia

deriva das palavras gregas hydor (agua) e therapia (cura).

A importancia atual da hidroterapia esta demon strada em Sua bagagem

historica. Na cultur8 proto-indiana em 2400 a.C., usavam instalayoes higienicas para

banhos terapeuticos e egfpcios, assirios, mw;ulmanos faziam usa das fontes

minerais para fins curativos. as hindus, em 1500 a. C., empregavam a agua para

com bater a febre.

Segundo CAMPION (2000, pag. 3), OS pioneiros na hidroterapia foram Sir.

John Floyer, que escreveu um tratado em 1697. "Um inquerito sobre a utiliza,.ao

correta e 0 abuso dos banhos quentes, frios e temperados"; John Wesley publicou

um livro em 1747, intitulado "Uma forma facil e natural de curar a maioria das

Page 33: Fisioterapia. Curso de Hidrocinesioterapia, Setorde Ci ...tcconline.utp.br/media/tcc/2016/04/DESCRICAO-DE-UM-PROCEDIMENTO.pdf · 2.5 contra indicacljes no tratamento com hidroterapia

23

doen9as·, e 0 Dr. Wright, que publicou em 1779, um trabalho sobre 0 uso do frio no

tratamento da variola.

Os avan9Qsno uso da agua continuaram na Europa. No final do seculo XIX,

as exercicios aquaticos em agua aquecida comeyaram a ser recomendados, porem

s6 foram sistematicamente desenvolvidos na decada de 1920, quando foi construido

o primeiro tanque de Hubbard.

Atualmente a hidroterapia esta ocupando um relativo destaque, sobretudo no

aproveitamento das qualidades terapeuticas da agua, nos principios hidrodinamicos,

devido a busca atraves da pesquisa, favorecendo assim na aceitac;ao da

hidroterapia como urn meio de reabilitac;ao.

2.2 PROPRIEDADES FlslCAS DA AGUA

A fim de compreender os principios da hidroterapia para a atualiio do

fisioterapeuta, faZ-S8 necessaria entender algumas propriedades fisicas da agua,

como: densidade relativa, metacentro, turbu1E~ncia, pressao hidrostatica, viscosidade

e temperatura, par possufrem relevancia especial na tecnica que sera abordad8.

2.2.1 Oensidade relativa

o princfpia de Arquimedes afirma que "quando urn corpo e submerso em urn

liquido, ele sofre uma for9Bde flutuabilidade igual ao peso do liquido deslocado."

A densidade relativa da agua e 1. Portanto, se a densidade relativa do corpo

for men or que 1, ele flutuara; se for maior que 1, ele afundara; e se for igual a 1, ele

flutuara logo abaixo da superficie.

Page 34: Fisioterapia. Curso de Hidrocinesioterapia, Setorde Ci ...tcconline.utp.br/media/tcc/2016/04/DESCRICAO-DE-UM-PROCEDIMENTO.pdf · 2.5 contra indicacljes no tratamento com hidroterapia

24

2.2.2 Metacentro

o principia do metacentro e referente ao equilibria na agua. Um corpo imerso

na agua esta sujeito a duas for91's opostas: gravidade e flutuabilidade.

A gravidade age no sentido para baixo e a flutuabilidade para cima.

Se as forc;as estiverem iguais, entaD 0 corpo sera mantido em equilibrio

estavel. Se as forc;as nao estiverem na mesma linha vertical, 0 corpo sofrera uma

rotac;iio.

Qualquer movimento dos membros, trance ou cabet;:8, que estiver aeirna ou

abaixo da superficie, provoC8ra efeitos rotacionais.

Portanto, e importante 0 controle das rot89085 no atendimento a pacientes

neuro16gicos devido a alteraC;80 do tono muscular, que altera a densidade dos

membros.

2.2.3 Turbu/fmcia

o termo turbulencia indica os redemoinhos que seguem urn objeto que S8

movimentam atraves de um fluido. Envolve a relac;iio entre a pressao e a velocidade

do liquido em fluxo constante.

Qualquer movimento gera turbulemcia e 0 grau de turbul€!ncia depende da

velocidade do movimento.

Dessa forma este principio fisico pode ser utilizado na hidroterapia, tanto para

auxiliar, como para impor uma resistencia aD movimento.

Page 35: Fisioterapia. Curso de Hidrocinesioterapia, Setorde Ci ...tcconline.utp.br/media/tcc/2016/04/DESCRICAO-DE-UM-PROCEDIMENTO.pdf · 2.5 contra indicacljes no tratamento com hidroterapia

25

2.2.4 Pressao hidrostatiea

A Lei de Pascal afirma "A pressao do liquido e exercida igualmente sabre

todas as areas da superffcie de urn corpo, e varia com a profundidade e densidade

do Hquido".

Se 0 corpo S9 encontra na posiyao horizontal (repousa), a pressao e igual e

constante.

A pressao aumenta com a profundidade e a densidade do fiuido. Dessa forma

e indicado no tratamento de edemas, movimentos espasm6dicos e no aumento da

coordenac;ao.

2.2.5 Viseosidade

E urn tipo de atrito que oeorre entre as moleculas de urn Hquido e que causa

resistencia ao fluxo do liquido. Atua como resist€mcia ao movimento.

Quanta maior for a viscosidade do liquido, menor sera sua velocidade e maior

sua resistencia em relac;ao ao movimento.

2.2.6 Temperatura

Segundo SKINNER e THOMPSON (1985), a temperatura da piscina varia de

34°C a 37°C, conforme a necessidade especifica.

A diferenc;a da temperatura do eorpo com a da piseina, pode causar

desconforto ao paciente, eausando uma ligeira queda da temperatura do corpo e

que pode reagir atraves de sintomas como tremor.

Oa mesma forma com a temperatura da agua muito elevada, 0 que dificulta a

dissipac;iio do calor, podera ocasionar fadiga e exaustao.

Page 36: Fisioterapia. Curso de Hidrocinesioterapia, Setorde Ci ...tcconline.utp.br/media/tcc/2016/04/DESCRICAO-DE-UM-PROCEDIMENTO.pdf · 2.5 contra indicacljes no tratamento com hidroterapia

26

Os principios fisicos apresentados sao mostrados com seU$ respectivQs

autores na tabela abaixo.

PRINCiPIOS HIDRODINAMICOS

Pressao hidrostatica

Arquimedes (287 - 212 a.C.)

PRINCiPIO AUTOR

Densidade relativa

Metacentro Bougier (1690 -1758)

Turbulencia Bernaulli (1700 - 1782)

Pascal (1623 - 1662)

Fonte: Campion, 1991

2.3 EFEITOS FISIOL6GICOS E TERAPEUTICOS DO EXERCiclO EM AGUA

QUENTE

A hidroterapia produz efeitos fisiologicos que resultam da combinac;iio dos

efeitos produzidos pela agua quente da piscina e pelos exercicios. A extensao

desses efeitos depende da temperatura da agua, duragao, tratamento e intensidade

do exercicio.

2.3.1 Erei/os fisio/6gicos durante a imersilo

Os efeitos fisiologicos sao semelhantes aos produzidos parqualquer outra forma de calor, porem sao menos localizados.Quando 0 paciente entra na piscina os vases cutaneos S9

contraem momentaneamente, causando uma eleva~o naresistencia periferica e elev8980 momentanea na pressao arterial.Durante a imersao as arteriolas dilatam-se, produzindo umaredu~o na resistemciaperiferica e par essa raz80 uma queda napressao arterial". (SKINNER e THOMPSON, 1985).

Page 37: Fisioterapia. Curso de Hidrocinesioterapia, Setorde Ci ...tcconline.utp.br/media/tcc/2016/04/DESCRICAO-DE-UM-PROCEDIMENTO.pdf · 2.5 contra indicacljes no tratamento com hidroterapia

27

A elevac;ao da temperatura aumenta 0 metabolismo corporal, com i550

aumenta tambem a demanda de oxig€mio e produc;ao de dioxido de carbono,

fazendo com que a frequencia respiratoria aumente proporcionalmente.

2.3.2 Efeitos fisio/6gicos ap6s a imersao

Quando 0 paciente sai da piscina 0 mecanisme de perda de calor S8 inicia e a

temperatura cameg8 a normalizar. Isto ocorre principal mente pela atividade das

glandulas sudoriparas 0 que resulta em perda de liquido do corpo.

A freqCu§ncia cardiaca, respiratoria e a taxa metab6lica e a distribuiyao do

sangue retornam ao normal.

2.3.3 Efeifos fisio/6gicos durante 0 exercicio

Sao semelhantes 80S exercicios feitos fora de agua como: eteito sabre 0

sistema respiratorio, cardiovascular e temperatura corporal.

Os efeitos terapeuticos sao:

~ alivio da dar e do espasmo muscular;

>- relaxamento muscular;

>- aumento da adm das articulagoes;

>- fortalecimento da musculatura e desenvolvimento de sua forc;a e

resistencia;

;;.. melhora das atividades funcionais da marcha;

;;.. melhora da circulatyao san gO inea.

Page 38: Fisioterapia. Curso de Hidrocinesioterapia, Setorde Ci ...tcconline.utp.br/media/tcc/2016/04/DESCRICAO-DE-UM-PROCEDIMENTO.pdf · 2.5 contra indicacljes no tratamento com hidroterapia

28

2.4 VANTAGENS E INDICA90ES NO TRATAMENTO COM HIDROTERAPIA

>- Aquecimento global de um grande numero de articulayoes ao mesmo

tempo;

).> Proporciona alivio da pressao sabre proeminencias 6sseas;

>- Aumento da temperatura global;

>- Acelera 0 metabolismo;

~ Alivio da dor e espasmo muscular - diminui 0 tono;

>- Aumento da flexibilidade - proporciona um trabalho mio-articular global;

>- Estimulayao proprioceptiva global-cinestesica;

>- Estimulayao sensorial (visao, audiyao, equilibrio, exteroceptores e

proprioceptores) ;

>- Treinamento da musculatura respiratoria;

>- Fortalecimento e resistencia muscular;

>- Facilita a manipulac;ao do paciente;

>- Socializayao;

>- Reforyo psicol6gico (seguranya ..).

As vantagens acima mencionadas podem acontecer tanto durante como apos

a tratamento.

A hidroterapia e indicada em todas as suas modalidades.

Page 39: Fisioterapia. Curso de Hidrocinesioterapia, Setorde Ci ...tcconline.utp.br/media/tcc/2016/04/DESCRICAO-DE-UM-PROCEDIMENTO.pdf · 2.5 contra indicacljes no tratamento com hidroterapia

2.5 CONTRA INDICA!;CES NO TRATAMENTO COM HIDROTERAPIA

A hidroterapia e contra indicada em:

~ doen98s contagiosas;

)- infec¢es de pele au urimirias;

~ feridas abertas "escaras";

j;l. insuficiencia cardiaca nao control ada;

~ hipertensao nao controlada;

~ alergia ao claro;

::;.. insuficiencia renal severa;

~ capacidade vital reduzida.

29

Page 40: Fisioterapia. Curso de Hidrocinesioterapia, Setorde Ci ...tcconline.utp.br/media/tcc/2016/04/DESCRICAO-DE-UM-PROCEDIMENTO.pdf · 2.5 contra indicacljes no tratamento com hidroterapia

3 TECNICA BAD RAGAZ

3.1 CONCEITO

-E uma tecnica de terapia per exercicios na agua que utiliza propriedades da

agua, possibilitando a funryao anatomica e fisiologica normal das articula90es e

musculos" (SKINNER e THOMPSON, pag. 77, 1985)

3.2 HIST6RICO

o metodo Bad Ragaz, foi originalmente desenvolvido na Alemanha, mas foi

adaptado e desenvolvido na cidade de Bad Ragaz, Sui"". (CAMPION, pag. 176,

2000).

Na cidade de Bad Ragaz, foi construido urn monasterio, onde as freiras

colocavam as pessoas enfermas dentro da agua quente para tratamento.

Segundo SKINNER e THOMPSON, (1985), "0 metodo foi desenvolvido na

Suic;a em 1950-1960, sendo seus maiores expoentes no desenvolvimento 0 Dr. Zinn

(Diretor Medico), Bridget Davies, Nele Ipsin e Beatrice Egger".

Nos anos 60 a tecnica Kabat (FNP) foi associada ao metodo Bad Ragaz e

desta forma, ficou conhecido como "Metodo dos Aneis de Bad Ragaz".

Page 41: Fisioterapia. Curso de Hidrocinesioterapia, Setorde Ci ...tcconline.utp.br/media/tcc/2016/04/DESCRICAO-DE-UM-PROCEDIMENTO.pdf · 2.5 contra indicacljes no tratamento com hidroterapia

31

Atualmente esta tecnica vem sendo enfatizada nos tratamentos em piscina,

tendo como caracteristica 0 movimento, que permite a mobiliza~o de grandes

grupos musculares e suas articula<;6es envolvidas, favorecendo 0 retorno afuncionalidade.

3.3 CARACTERisTICAS DA TECNICA

A tecnica Bad Ragaz utiliza as propriedades da agua onde 0 empuxo e

necessaria apenas para flutuayao, que e usada como suporte, mais do que como

resistencia ao exercicio.

U A turbulencia e sentida como uma fanya ao longo da superficie de urn

membro atraves da direyao do movimento· (SKINNER, THOMPSON, 1985).

Dessa forma movimentos amplos e rapidos aumentam a turbulemcia,

promovendo maior resistencia, aumentando assim a consciencia da imagem

corporal pelo paciente, desenvolvendo equilibria e coordenac;ao.

Viscosidade: A viscosidade atua como resistemcia ao movimento, devido a

fricyao que ocorre entre as moleculas de um liquido." (SKINNER, THOMPSON,

1985, pag. 17)

)0- E uma tecnica de tratamento na POSiC;80 horizontal, cnde realiza os

padroes em posi9ao: supino, decubito lateral, prono;

)r Os padr6es s6 poderao ser realizados com 0 fisioterapeuta na agua que

tornece a fixay80 enquanto 0 paciente se move na agua e tambem como

tater estabHizante, porem que se move enquanto 0 paciente mantem-se

numa posi~o fixa.

Page 42: Fisioterapia. Curso de Hidrocinesioterapia, Setorde Ci ...tcconline.utp.br/media/tcc/2016/04/DESCRICAO-DE-UM-PROCEDIMENTO.pdf · 2.5 contra indicacljes no tratamento com hidroterapia

32

,.. A tecnica e realizada individualmente na agua, somente paciente e

terapeuta.

" Utiliza9ao dos flutuadores e a marca registrada do metodo tambem

chamado "Aneis de Bad Ragaz" (MAGGIE Knott-Vallego, 1960), sendo

utilizado um minima de 2 flutuadores (cervical e pelvico), podendo ser

adicionado flutuador a nivel dos tornozelos, e nas tecnicas para MMSS,

nos punhos.

A densidade dos flutuadores varia de acordo com 0 tamanho e 0 peso do

paciente e 0 padrao a ser realizado (SKINNER e THOMPSON, 1985, pag.

78).

» Restabelece as movimentos anatomicos, biomecanicos e fisiologicos das

artjcula~6esem padr6es funcionais, atraves de exercfcios resistidos ou

assistidos, estaticamente ou cineticamente dos grupos museu lares em

padr6es de movimento em massa, permitindo que 0 movimento ocarra

segundo todos os eixos das articula90es envolvidas (SKINNER,

THOMPSON, 1985, pag. 77)

" Semelhan9a com 0 metodo Kabat (FNP) em rela9ao a resistencia

aplicada, as cantatas manuais e as comandos precisos.

3.4 SEMELHAN9AS E DIFEREN9AS ENTRE BAD RAGAZ E KABAT (FNP)

As semelhanyas entre 0 metodo Bad Ragaz e a tecnica Kabat (Facilitayao

neuromuscular proprioceptiva), esta diretamente relacionado aos padroes de

movimentos funcionais (padr6es em massa), a que e uma caracteristica da atividade

Page 43: Fisioterapia. Curso de Hidrocinesioterapia, Setorde Ci ...tcconline.utp.br/media/tcc/2016/04/DESCRICAO-DE-UM-PROCEDIMENTO.pdf · 2.5 contra indicacljes no tratamento com hidroterapia

33

motora normal, onde atraves da aplicayao possibilita a fungao anatomica e

fisio16gica normal das articulac;oes.

Ambas oferecem resistencia maxima, com comandos curtos e precisos, e

contatos proximais e distais.

Segundo VOSS et ai, 1987 "Os movimentos em massa quando realizados

contra resistencia promovem irradia90es seletivas~. Sendo assim, os museu los mais

fracas sao recrutados em padrao pelos museu los mais fortes. Sao aplicados tambem

movimentos de trayao e aproximar;ao.

As diferengas entre 0 metodo Bad Ragaz e a tecnica Kabat (FNP) estao

relacionadas com a resistemcia, que na agua e gerada pelo movimento do corpo e

nao aplicada manualmente pelo fisioterapeuta, sendo no metodo Bad Ragaz

controlada pelo paciente e no metodo Kabat, pelo fisioterapeuta.

No metodo Bad Ragaz, 0 terapeuta e 0 ponto fixe e no metodo Kabat 0

terapeuta se move com a parte do corpo que trabalha. (SKINNER e THOMPSON,

1985).

3.5 INDICAC;;6ESDO METODO BAD RAGAZ

~ Les6es do SNC. Tera boa resposta aos movimentos passivos de

alongamento de tronco e inibi980 do tono;

:;. Disfungoes ortopedicas, onde 0 paciente apresenta diminuigao de Adm,

fraqueza QU dar;

A - Lombalgia (pas laminectomia)

B - Artrite reumat6ide, osteoartrite, etc.

;.. Fibromialgia;

Page 44: Fisioterapia. Curso de Hidrocinesioterapia, Setorde Ci ...tcconline.utp.br/media/tcc/2016/04/DESCRICAO-DE-UM-PROCEDIMENTO.pdf · 2.5 contra indicacljes no tratamento com hidroterapia

34

). Distrofia simpatico reflexa;

,. P6s mastectomia;

~ Qualquer condi9iio de fraqueza de tronco, estabilidade proximal diminuida.

Nota: Retirado: apostila do Curso Internacional de Hidroterapia - Londrina, PR,

1998, ministrado por Peggy Schoedinger.

3.6 CONTRA INDICA<;:OES E PRECAU<;:OES

As contra-indica~6es da tecnica sao as mesmas da hidroterapia. 1

3.7 OBJETIVOS DA TECNICA BAD RAGAZ

)- Aumentar a amplitude articular, a mobilidade dos tecidos nervoso e

miofacial.

~ Melhorar a fun9iio muscular;

~ Melhorar a estabilidade do tronco proximal e membros;

~ Restaurar 0 padrao normal de movimento dos MMSS e MMII.

1 Precauc;oes necessarias deverao ser observadas quanta as condic;6es dopaciente em rela9iio a quadros algicos agudos em instabilidades articulares, 0cuidado para nao exercitar excessivamente, como tambem exercicios resistidos empacientes neurologicos.

Page 45: Fisioterapia. Curso de Hidrocinesioterapia, Setorde Ci ...tcconline.utp.br/media/tcc/2016/04/DESCRICAO-DE-UM-PROCEDIMENTO.pdf · 2.5 contra indicacljes no tratamento com hidroterapia

35

3.8 TECNICAS UTILIZADAS PARA PADR6ES DE MEMBROS SUPERIORES E

MEMBROS INFERIORES

3.8. 1 Passivo

o paciente e movido na agua de urn lado para Dutro provocando urn

alongamento passivD do troneo. Os objetivDS deste exercicio sao 0 relaxamento, a

mobilizac;iioe a inibi9ao do tono.

3.8.2Isomefrico

o exercicio na agua e realizado quando 0 paciente mantem determinada

posic;ao enquanto e movido na agua.

A posi9Bo do paciente e fixa, e a agua e que prove a resistemcia para a

contrac;iiosustentada do paciente.

3.8.3Isocinefico

A resistencia e graduada e controlada pelo paciente, 0 terapeula e 0 ponto

fiXD, enquanto 0 paciente S8 movimenta.

o terapeuta estabiliza parte do corpo, enquanto 0 paciente determina a

quantidade de resistencia proporcional a velocidade do movimento.

Page 46: Fisioterapia. Curso de Hidrocinesioterapia, Setorde Ci ...tcconline.utp.br/media/tcc/2016/04/DESCRICAO-DE-UM-PROCEDIMENTO.pdf · 2.5 contra indicacljes no tratamento com hidroterapia

36

3.8.4 /s%nico

A resistencia e graduada e controlada pelo terapeuta. 0 terapeuta e 0 later

estabilizante, porem ele se move assim que 0 paciente e movido na agua. Assim 0

terapeuta pode aumentar au diminuir a quantidade de resistencia atraves da escolha

de mover 0 paciente para a mesma direc;ao au oposta do movimento do paciente.

Page 47: Fisioterapia. Curso de Hidrocinesioterapia, Setorde Ci ...tcconline.utp.br/media/tcc/2016/04/DESCRICAO-DE-UM-PROCEDIMENTO.pdf · 2.5 contra indicacljes no tratamento com hidroterapia

4 MATERIAL E METODOS

o estudo de case tol realizado em paciente com traumatismo cranio-

encefalico, sexo masculine, 27 anos de idade, com tetraparesia espastica moderad8.

Para realizat;;ao desse experimenta, tal necessaria uma piscina termica

aquecida a uma temperatura entre 32°C e 34°C. A mesma apresenta 12 metros de

comprimenlo, 5 melros de largura e 1,3 melros de profundidade.

A tecnica abordada foi Bad Ragaz, que tern como caracteristica 0 movimento

em massa dos grupos musculares e que atraves de pad roes abordados na tecnica,

objetiva restabelecer biomecanicamente e fisiologicamente 0 movimento articular.

Para a execu9Bo da tecnica fez-s8 necessaria flutuadores cervical e pelvico,

par ser uma tecnica de tratamento na posiyao horizontal. Os pad roes utilizados

foram Padr6es Passivas de Tranco atraves do alangamenta pass iva com

empunhadura pelvica e dorsal, objelivando 0 relaxamenlo, a mobiliza9ao articular e

inibi9iio do lono (a descri9iio da lecnica enconlra-se no anexo 1).

Padr6es Isametricos de Tranca com flexaa lateral, rotayaa e flexaa com

cantata pelvica, com a paciente em posi9BO fixa ande a resistEmcia e dada pela agua

(anexo 2).

Page 48: Fisioterapia. Curso de Hidrocinesioterapia, Setorde Ci ...tcconline.utp.br/media/tcc/2016/04/DESCRICAO-DE-UM-PROCEDIMENTO.pdf · 2.5 contra indicacljes no tratamento com hidroterapia

38

Padr6es Isocineticos de Tranco com f1exao lateral, rota<;ao com f1exao e

extensao do trance, ende 0 terapeuta e 0 ponto fixe e a resistencia e graduada pelo

paciente (anexo 3).

Padrees Isotonicos de Tronco, com flexao lateral, rota9i\o com flexao, rota9i\o

com extensao isotonica, onde a resistencia e graduada e controlada pelo terapeuta,

ponjm 0 terapeuta se move assim que 0 paciente e movido na agua (anexo 4).

Padrees para membros inferiores (MMII), com membro inferior com descarga

de peso, simetricos bilaterais de:

Abdu9i\a, adu9ao;

Flexao cam abdu9ao e rota9i\o externa;

Extensao, adu9i\o e rota9ao interna;

Flexao, adu9i\o e rota9ao interna.

Assimetricos bilaterais de:

Extensao, adU9aO, rota9i\a externa e flexao e flexao dos joelhos,

objetivanda a mObilizar;ao articular e fortalecimento muscular (anexo 5)

Padrees para membras superiores (MMSS), unilateral de flexao e extensao e

bilateral de flexao e extensao (anexo 6).

Os padroes aeirna referidos, foram retirados da apostila de ABOO ZEGHBI,

1999.

Os parametros utilizados para verificar a eficacia da tecnica abordada deu-se

atraves de uma avalia9i\o inicial e final para coleta de dados de identifica9ao, relato

do case clinice, analise das rea~6esposturais de endireitamento, considerando as

trocas de decubito de: supin~ para pron~, prono para supin~, decubito dorsal para

Page 49: Fisioterapia. Curso de Hidrocinesioterapia, Setorde Ci ...tcconline.utp.br/media/tcc/2016/04/DESCRICAO-DE-UM-PROCEDIMENTO.pdf · 2.5 contra indicacljes no tratamento com hidroterapia

39

rolar para direita e esquerda, decubito lateral para sentado, sentado para ajoelhado,

ajoelhado para sentado e em marcha (anexo 7).

Um protocolo para avaliac;aodo tone muscular, sendo quantificado em graus,

utilizando 0 sistema de avalia9ao de hipertonia desenvolvido por OURIGON e

PIEMONT (anexo 8), um questionario sobre a AVO'S (anexo 9), com perguntas

relacionadas a pratica do dia-a-dia, e uma avaliac;aoda evolu9ao aquatica atraves

de etapas como entrada na piscina, deslocamentos, submersao, flutuabilidade,

coordena9ao de membros superiores (MMSS) e membros inferiores (MMII),

expira9ao submersa e saida da piscina, objetivando a adaptac;ao e ambientac;ao do

paciente ao meio Iiquido para favorecer na aplicabilidade da tecnica.

o tempo do experimento foi de 3 sess6es de hidroterapia semanais, de 45

minutos, no periodo de 4 meses.

Page 50: Fisioterapia. Curso de Hidrocinesioterapia, Setorde Ci ...tcconline.utp.br/media/tcc/2016/04/DESCRICAO-DE-UM-PROCEDIMENTO.pdf · 2.5 contra indicacljes no tratamento com hidroterapia

5 APRESENTA<;AO DOS DADOS

o principal objetivo deste trabalho foi atraves da abordagem da tecnica Bad

Ragaz, verificar sua eficacl8 em relayao as reayoes posturais de endireitamento, 0

tono muscular e as AVO'S (atividades de vida diaria), para promover a melhora na

qualidade de vida e uma avalia,ao aquatica atraves das eta pas de adapta9ilo ao

meio liquido para favorecer na execuyao da tecnica abordada.

As tabelas e 0 grafico abaixD, apresentam as altera90es ocorridas no final de

50 sessDes de tratamento com hidroterapia abordando a tecnica Bad Ragaz,

Tabela 1 - Analise das rea90es posturais de endireitamento no perfodo inicial e final

do tratamento,

Avalia9ilo Inicial 06109199 Avalia.;ao Final 06101100

Rea90es posturais de NaD Realiza Realiza NaD Realiza Realizaendireitamento realiza cJ auxilio sf auxilio realiza cI auxilio 51 auxilioSupino para prono 1'1!~{'2:'" ",,"''''; '"Prono para supino ''"'"'' <

~Oecubito dorsal para rolar I·~{f~t,:~ , ~/A,;~para direita e esquerda

Decubito lateral para 'i:ifi: ,~,<,'

Jsentado ' ,

Sentado para ajoelhado ,"'~,*Ti'" ':/1 ,~

Ajoelhado para sentadoEm marcha , c," ."",;,

Page 51: Fisioterapia. Curso de Hidrocinesioterapia, Setorde Ci ...tcconline.utp.br/media/tcc/2016/04/DESCRICAO-DE-UM-PROCEDIMENTO.pdf · 2.5 contra indicacljes no tratamento com hidroterapia

41

A tabela 1 mostra 0 ganho funcional em relac;.3.o as trocas de decubito e a

transferencias para a posic;ao ortostatica ap6s 0 termino do experimento.

A avaliayaa aquatica apresentada na tabela 2 mastra as etapas de adaptayaa

ao meio liquido

Tabela 2 - Evoluyao das etapas da avaliayao aquatica

Etapas Avaliayao Inicial Avaliayao Final

Entrada na piscina Com auxilio pela borda Pel a escada com auxflio

Deslocamento Nao consegue deslocar-se Desloca-s8 com apaio

Submersao Parcial Total

Flutuabilidade Nao realizaPermanece por alguns segundos

na posic;ao supine

Coordenayao dos Realiza movimentos alternados

membros superiores Nao realiza de MMSS e dificuldade em

e inferiores relayao ao MMII

Expirayao submersa Realiza Realiza

Saida da piscina Com auxilio pela borda Pel a escada

Atraves da avaliaC;8o inicial pode-s8 observar que 0 paciente nao estava

adaptado ao meio Hquido. No decorrer do tratamento houve urna evoluc;ao

satisfat6ria relacionada a ambientac;ao na agua.

Page 52: Fisioterapia. Curso de Hidrocinesioterapia, Setorde Ci ...tcconline.utp.br/media/tcc/2016/04/DESCRICAO-DE-UM-PROCEDIMENTO.pdf · 2.5 contra indicacljes no tratamento com hidroterapia

42

A hipertonia foi quantifieada em graus, eneontrando-se representada no gr;ofieo1.

CLASSIFICACAO DO TONO MUSCULAR

Avaliagao Inieial Avaliagao Final1a sessao 50a sessao

Fonte: DURIGON, O.F.S., PIEMONTE, M.E.P., Desenvolvimento de protoeolo para

avaliayiio da hipertonia, 1993.

Observa-se uma diferen,a em relayiio ao grau de hipertonia de MMSS e

MMII (anexo 8).

funyiio da intervenyiio da teeniea Sad Ragaz.

a grafico mostra a alterayao do tone muscular ao termino de 50 sess6es em

Page 53: Fisioterapia. Curso de Hidrocinesioterapia, Setorde Ci ...tcconline.utp.br/media/tcc/2016/04/DESCRICAO-DE-UM-PROCEDIMENTO.pdf · 2.5 contra indicacljes no tratamento com hidroterapia

43

Tabela 3: Protocolo das AVD'S

Fonte: FINNI, 1989

A tabela 3 mostra as AVD'S (atividades de vida diaria) do paciente, atraves

da aplica9ao de um questionario (anexo 9), onde observa-se uma melhora na

independencia funcional relacionada it pratica diaria.

Page 54: Fisioterapia. Curso de Hidrocinesioterapia, Setorde Ci ...tcconline.utp.br/media/tcc/2016/04/DESCRICAO-DE-UM-PROCEDIMENTO.pdf · 2.5 contra indicacljes no tratamento com hidroterapia

6 ANALISE DOS DADOS

Do ponto de vista funcional, 0 paciente mostrou ganhos em rela<;ao as tracas

de decubito, as transferencias, vista que no periodo inicial pela falta de controle de

troneD, pouco mobilidade pelvica, associ ado ao encurtamento muscular e a alterar;ao

do tono refietiu diretamente no seu equilibria estatica e dinamico, impossibilitando-o

na restaurac;aodas capacidades motoras, e no processo de evoluty80 para a posic;ao

ortostatica.

Tal recuperayao nas rea90es poslurais de endireitamento, promovem a

facilita<;:ijo da mobilidade do quadril reftetindo na melhora da passagem da cadeira

de rodas para 0 andador, au seja, da posic;aosentada para em pe com auxilio.

Para que essas qualidades adquiridas se sucedessem, priorizamos a

adapta.yao e ambientac;ao ao meio liquido, que atrav8S da evoluyao das eta pas de

adapta<;:ijo (tabela 2), facilitaram para 0 desenvolvimento da tecnica Bad Ragaz

aplicada, consequentemente uma melhora relacionada as atividades funcianais e

auto-canfinac;a do paciente.

As dificuldades apresentadas na tabela 1 estaa diretamente relacionadas aD

grau de hipertonia do paciente na semi-f1exao da coxa-fern ural em membro inferior

esquerda e 0 pe em equino-vara que alteraram a equilibria na agua (metacentro),

Page 55: Fisioterapia. Curso de Hidrocinesioterapia, Setorde Ci ...tcconline.utp.br/media/tcc/2016/04/DESCRICAO-DE-UM-PROCEDIMENTO.pdf · 2.5 contra indicacljes no tratamento com hidroterapia

45

que segundo BOUGIR (1690-1798), este principio esta relacionado ao equilibrio na

agua: "Urn corpo na agua esta sujeito a duas for<;as opostas - gravidade e

flutuagao." Portanto se as for""s forem iguais e opostas, 0 corpo permanecera em

equilibrio, caso houver urna alterac;ao na forma do corpo par urna incapacidade,

pode ocorrer movimentos rotacionais, influenciando diretamente na flutuabilidade do

paciente em posigao supina.

A alterayao do tano interfere na coordenag8.o dos membros superiores e

rnembros inferiores na realiz898.0 dos deslocamentos na agua.

SKINNER e TOMSON (1985, p. 158) afirma: "A coordenagao do movimento

depende da correla980 correta de todas as vias do sistema nervoso e do resultante

trabalho harmonioso dos grupos museu lares. ~

Dessa forma a atitude flexora do membra inferior esquerdo, interferiu no

movimento alternado de pernas em relag8.o aos membros superiores, pela

assimetria apresentada. Porem, no perfodo de 50 sess6es de tratamento em piscina,

utilizando as propriedades fisicas da agua como turbul€mcia, que alterando a

velocidade do movimento, facilitando au resistindo ao movimento, atraves dos

pad roes dos membros inferiores abordados na tecnica Bad Ragaz, auxiliaram para

uma progressao relativa na independencia do paciente na agua.

Para quantificar a tono muscular, foi utilizado uma gradua9ao de 1 a 10,

(anexo 8), desenvolvido por DURIGON e PIEMONT (1993). Ver grafico 1.

No period a de 50 sessoes 0 paciente apresentou uma melhora perceptlvel em

relac;ao as rea90es ao alongamento atraves de um estfmulo que desencadeou 0

tone postural.

Page 56: Fisioterapia. Curso de Hidrocinesioterapia, Setorde Ci ...tcconline.utp.br/media/tcc/2016/04/DESCRICAO-DE-UM-PROCEDIMENTO.pdf · 2.5 contra indicacljes no tratamento com hidroterapia

46

Os membros superiores apresentaram urn tono menes exarcebado do que em

membros inferiores, urna vez que a maior alterayao encontra-se nos membros

inferiores.

Esta evolu9iio permitiu um ganho funcional para sedesta9iio e bipedesta9iio

com auxilio, 0 que significa a capacidade de manuten9iio da postura com

alinhamento do tronco, favorecendo na progressiio da independencia.

Dessa forma, como conseqOencia ocorreu um aumento na frequencia de

movimentay80 ativa voluntaria espontanea, facilitando nas transferemcias, com urn

expressivo ganho na modulac;ao do reflexo de apoio positivD, com melhora no

controle da articula9iio coxo-femural em adu9iio e apoio total do pe esquerdo em

posi9iio ortostatica.

Nos pa,,;metros controlados qualitativamente em rela9iio as AVD'S

(atividades de vida diaria), ver tabela 3, realizado atraves de um questionario (anexo

9) para 0 paciente, pudemos observar: que 0 mesma apresentou urna melhora muito

significativa em rela~o a sua independemcia funcional, principalmente nas

atividades relacionadas com membros superiores, como atividades no leito,

atividades relacionadas ao cuidado pessoal (higiene, vestir-se) e semi-dependencia

na marcha com auxilio no andador.

Page 57: Fisioterapia. Curso de Hidrocinesioterapia, Setorde Ci ...tcconline.utp.br/media/tcc/2016/04/DESCRICAO-DE-UM-PROCEDIMENTO.pdf · 2.5 contra indicacljes no tratamento com hidroterapia

7DISCUSSAO

Os resultados obtidos neste estudo de caso mostraram-se satisfatorias, tendo

sido alcan9ado os objetivos apresentados atraves da abordagem da tecnica Bad

Ragaz.

Considerando as condic;oes motoras do paciente, atraves da avaliayao inicial

e final nurn periodo de 4 meses, tendo realizado 50 sess6es, a aplicaC;8o da tecnica

abordada com a utilizayao de padroes passivos de alongamento isometricos sem co-

contrac;ao, isocineticos, ande a resistencia e a velocidade sao graduadas de acordo

com 0 objetivo proposto durante a intervenc;:iiofisioterapica, tendo como meta final a

produC;8odo movimento, auxiliou para a melhora nas rea¢es posturais de

endireitamento, considerando a semi-independemcia adquirida, 0 que favoreceu na

qualidade de vida do paciente.

Embora tendo apresentado uma alteray80 no tono muscular, 0 que mostrou

urn expressivo ganho qualitativo nas reac;oes de endireitamento como na

transferencia da posi980 sentada para a ortostatica, as membros inferiores,

principalmente esquerdo, interferiu na execut;8o da tecnica pela atitude flexora que

apresenta, uma vez que as propriedades fisicas como metacentro interagem

diretamente no tona muscular.

Page 58: Fisioterapia. Curso de Hidrocinesioterapia, Setorde Ci ...tcconline.utp.br/media/tcc/2016/04/DESCRICAO-DE-UM-PROCEDIMENTO.pdf · 2.5 contra indicacljes no tratamento com hidroterapia

48

Da mesma forma e importante ressaltar que atraves dos ganhos funcionais

apresentados na tabela 3, relacionados as AVD'S, observou-se que 0 paciente

comet;(Oua S8 movimentar com maior grau de dissociar;ao de movimentos da cintura

pelvica e escapular, para a realizayao das atividades na ratina diari8 atraves do

relato do proprio paciente, 0 que demonstrou urn ganho quantitativo e qualitativo em

rela<;lioa movimenta<;liovoluntaria espontanea.

Para que os objetivos propostos fossem alcan9ados, a adapta9iio ao meio

liquido favoreceu na qualidade dos movimentos executados na tecnic8.

Dessa forma, atraves da avalia<;lio aquatica pode-se estabelecer metas

precisas, adequadas para a conduta no tratamento aqu8tico, pOis na agua 0 COrpo

esta sujeito a a<;lioda gravidade e empuxo, 0 que altera 0 movimento articular.

o tratamento com Fisioterapia convencional citado no relata do case clfnico

(anexo 7), nao interferiu na abordagem da tecnica Bad Ragaz, e sim facilitou para 0

treinamento das AVO'S, a que mostrou urn resultado satisfat6rio.

Page 59: Fisioterapia. Curso de Hidrocinesioterapia, Setorde Ci ...tcconline.utp.br/media/tcc/2016/04/DESCRICAO-DE-UM-PROCEDIMENTO.pdf · 2.5 contra indicacljes no tratamento com hidroterapia

8 CONCLUSAO

Ao final da analise sabre as objetivos proposto em rela~o ao paciente com

tetraparesia espastica moderada, pode-s8 investigar no decorrer de 4 meses de

experimento com a tecnica Bad Ragaz atraves de protocolos especificos para

verificar sua eficacia, que 0 paciente apresentou melhora progressiva em relat;ao ao

tono muscular, favorecendo positivamente tanto no ambito postural como na

movimenta980 voluntaria para as atividades desempenhadas no seu dia-a-dia.

A Hidroterapia vern sendo efetivamente utilizada nos programas de

reabilitac;aopara pacientes portadores de les6es neurol6gicas.

Segundo CAMPION (pag. 191, 2000), "a presenya da hipertonia deprime a

habilidade do corpo em utilizar as passos e as reayaes posturais de endireitamenton•

Assim sendo, atraves de urna tecnica apropriada pode-s8 estabelcer e estimular a

contianc;a do paciente para aprender novamente as reac;6es antigravitacionais.

Dessa forma ressalta-se a importiincia da abordagem da tecnica Bad Ragaz

que mostrou sua eficiencia na recuperac;ao do paciente em estudo.

Assim muitos beneficios pode-se alcanc;ar a tim de reintegrar pacientes com

transtornos neurol6gicos a sociedade, proporcionando independencia funcional.

Page 60: Fisioterapia. Curso de Hidrocinesioterapia, Setorde Ci ...tcconline.utp.br/media/tcc/2016/04/DESCRICAO-DE-UM-PROCEDIMENTO.pdf · 2.5 contra indicacljes no tratamento com hidroterapia

50

ANEXO 1 - PAD ROES PASSIVOS DE TRONCO

1. ALONGAMENTO PASSIVO DE TRONCO COM EMPUNHADURA PELVICA

Posiqao:

- Paciente: em supin~, com flutuador cervical e pelvico (se necessario); MMII

com pequena rota9iio externa e MMSS ao lado do corpo relaxados.

- T erapeuta: de pe, entre as coxas do paciente, mantendo uma ampla base de

apaio.

Obs.: para uma melhor mobiliza~ao passiva da articula9iio do ombro, solicita-se para

que os MMSS encontrem-se em abdu~ao.

Empunhadura:

Lateral it pelve, possibilitando boa fixa~ao. Fazer contato mais anterior ou

posterior se 0 objetivo e a rota9iio.

Tecnica:

a) Mover 0 paciente em flexao lateral de troneD de urn lado para Dutro fazendo

com que a resistencia da H20 propicie 0 alongamento do tranco.

b) Para associar flexao de tronco it rota9iio lombar, rodamos por exemplo:

urna pelve anteriormente a esquerda e posteriormente it direita, sendo entao

deslocado it direita.

c) Para associar a extensao a rotayao lambar, posteriorizamos a pelve

esquerda e anteriorizamos a direita e deslocamos 0 paciente para a esquerda

do terapeuta.

Page 61: Fisioterapia. Curso de Hidrocinesioterapia, Setorde Ci ...tcconline.utp.br/media/tcc/2016/04/DESCRICAO-DE-UM-PROCEDIMENTO.pdf · 2.5 contra indicacljes no tratamento com hidroterapia

51

2. ALONGAMENTO PASSIVO DE TRONCO COM EMPUNHADURA DORSAL

Posiqao:

- Padente: em supin~, com flutuador cervical e pelvico (se necessaria);

- terapeuta: de PEl, cranial mente ao paciente.

Empunhadura:

a) Apoio dorsa lateral da regiao toracica alta sabre escapulas e costelas.

b) Para menor alongamento, utilizar empunhadura mais baix8.

Tecnica:

Mover 0 paciente em f1exao lateral de trance de urn lado para Dutro,

alongando-o.

Obs .. leve rotaqao pode ser associada ao alongamento.

Page 62: Fisioterapia. Curso de Hidrocinesioterapia, Setorde Ci ...tcconline.utp.br/media/tcc/2016/04/DESCRICAO-DE-UM-PROCEDIMENTO.pdf · 2.5 contra indicacljes no tratamento com hidroterapia

52

ANEXO 2 - PAD ROES ISOMETRICOS DE TRONCO

1. FLExAO LATERAL ISOMETRICA DE TRONCO COM TRONCO NEUTRO COM

EMPUNHADURA PELVICA

Posigilo:

- Paciente: em supin~, com f1utuadorcervical e pelvico

a) Facil: MMSS ao longo do tronco e maos laterais a pelve.

b) Dificil: MMSS ao longo do tronco, sem contato com a pelve.

c) Mais difidl: MMSS abduzidos a 90' de ombros.

- Terapeuta: de pe, entre as coxas do paciente.

Empunhadura:

Lateral a pelve do paciente.

Tecnica:

Mover 0 padente em flexao lateral de tronco de urn lado para outro. A

resist€mcia aumenta com 0 aumento da velocidade do movimento, as

mudan'Yascurtas e rapidas de direyao sao mais dificeis e tendem a facilitar a

co-contragiio.

Comando:

Mantenha-se retificado, estabilize 0 tronco enquanto eu te movimento, segure,

segure, segure ..

Page 63: Fisioterapia. Curso de Hidrocinesioterapia, Setorde Ci ...tcconline.utp.br/media/tcc/2016/04/DESCRICAO-DE-UM-PROCEDIMENTO.pdf · 2.5 contra indicacljes no tratamento com hidroterapia

53

2. FLExAO ISOMETRICA DE TRONCO COM CONTATO PELVICO

Posiqao:

- Paciente: em supino, com fiutuador cervical e pelvico

a) Facil: rnaos sobre as coxas ou nos ombros do terapeuta, adicionando

estabilidade.

b) Oifieil: paciente mantem posic;ao de f1exao sem apoio nas coxas au corpo

do terapeuta.

c) Mais dificil: idem posiqao anterior, porem com a paciente mais fora da

agua..

- Terapeuta: de pe, entre as coxas do paciente.

Empunhadura:

P6stero lateral a pelve.

Tecnica:

Mover 0 paciente de urn lado para Dutro, para frente e para tras. A resistencia

aumenta com 0 aumento da velocidade do movimento. Mudanc;as curtas e

rapidas de diret;ao dificultam 0 exercicio e tendem a facilitar a co-contra930.

Page 64: Fisioterapia. Curso de Hidrocinesioterapia, Setorde Ci ...tcconline.utp.br/media/tcc/2016/04/DESCRICAO-DE-UM-PROCEDIMENTO.pdf · 2.5 contra indicacljes no tratamento com hidroterapia

54

3. FLExAO ISOMETRICA DE TRONCO COM TRONCO EM POSICAO NEUTRA

Posiqao:

Paciente: supin~, com f1utuador cervical e pelvico e tornozel0 (se

necessaria)

- Terapeuta: de pe, cranial mente ao paciente.

Empunhadura:

a) Facil: cantata lateral ao troneD, proximo au na pelvis.

b) Dificil: contato dorso lateral.

c) Mais dificil: contato nos cotovelos. Paciente entrelaya os dedos e posiciona

as maDS embaixo do colar.

Tecnica:

Mover 0 paciente de urn lado para Dutro. A resist€!ncia pode ser aumentada

com 0 aumento da velocidade do movimento. Mudanyas rapidas e curtas de

direg8.osao mais dificeis e tendem a facilitar a co-contrayao.

Comando:

Pes em dorsi-f1exao. Mantenha 0 tronco e pernas retificadas. Firme, firme,

mantenha a posiyao.

Page 65: Fisioterapia. Curso de Hidrocinesioterapia, Setorde Ci ...tcconline.utp.br/media/tcc/2016/04/DESCRICAO-DE-UM-PROCEDIMENTO.pdf · 2.5 contra indicacljes no tratamento com hidroterapia

55

4. ROTA<;AOE FLExAo ISOMETRICA DE TRONCO

Posi,iio:

Paciente: supino, com fiutuador cervical e pelvico e tornozelo (se

necessario)

a) Facil: fiexiio dos joelhos.

b) Dificil: fiexiio do quadril com extensiio de joelho.

- Terapeuta: de pe, cranialmente ao paciente.

Empunhadura:

a) Faci!: contato lateral ao tronco, proximo ou na pelvis.

b) Dificil: ccntato dorso lateral.

c) Mais dificil: contato nos cotovelos. Paciente com dedos entrela9ados e

maDS embaixo do colar.

Tecnica:

Mover 0 paciente para 0 lado da fiexiio

Comando:

Pes em dorsi-flexao. Mantenha esta posi9c30 na agua. Segura.. segura ..

segura.

Obs.: Manter a cabe9Balinhada ao esterno.

Page 66: Fisioterapia. Curso de Hidrocinesioterapia, Setorde Ci ...tcconline.utp.br/media/tcc/2016/04/DESCRICAO-DE-UM-PROCEDIMENTO.pdf · 2.5 contra indicacljes no tratamento com hidroterapia

56

ANEXO 3 - PADROES ISOCINETICOS DE TRONCO

1. FLExAo LATERAL ISOCINETICA DE TRONCO (ROTAC;AO COM FLExAo OU

EXTENSAO DE TRONCO PODE SER ADICIONADA)

Posiqiio:

Paciente: supin~, com f1utuador cervical e pelvico e tornozel0 (S8 necessario).

Empunhadura:

- paciente: corrimao, escada au bastao 10ngo f1utuante.

- terapeuta: lateral mente ao troneo ou cotovelos.

Tecnica:

o terapeuta estabiliza 0 paciente peto troneo, cotovelos ou par meio de

fixa~o do paciente em corrimao, escada au bastao fiutuanle. Enquanto 0

paciente realiza "flexao lateral dos MMII sobre 0 troneo"

Page 67: Fisioterapia. Curso de Hidrocinesioterapia, Setorde Ci ...tcconline.utp.br/media/tcc/2016/04/DESCRICAO-DE-UM-PROCEDIMENTO.pdf · 2.5 contra indicacljes no tratamento com hidroterapia

57

ANEXO 4 - PADROES ISOTONICOS DE TRONCO

1. FLExAo LATERAL ISOTONICA DE TRONCO

Posi9ao:

Paciente: supin~, com flutuador cervical e pelvico e tornozelo (se necessaria)

Empunhadura:

a) Facil: maos lateral mente a pelvis.

b) Dificil: regiao dorso escapular.

c) Mais dificil: contato nos cotovelos. Paciente entrela9a os dedos e posiciona

as maDS abaixo do colar cervical.

Tecnica:

- para resistir ao movimento: paciente move-se para E e 0 terapeuta puxa-o

para a esquerda.

- para assistir 0 movimento: puxar 0 paciente para direita.

Page 68: Fisioterapia. Curso de Hidrocinesioterapia, Setorde Ci ...tcconline.utp.br/media/tcc/2016/04/DESCRICAO-DE-UM-PROCEDIMENTO.pdf · 2.5 contra indicacljes no tratamento com hidroterapia

58

2. ROTA<;:Ao E FLEAAO ISOTONICA DO TRONCO

Posiqao:

Paciente: supin~, com flutuador cervical e pelvico.

Empunhadura:

a) Facil: maos lateral mente a pelvis.

b) Oificil: regiao dorso-escapular.

c) Mais dificil: Paciente entrelaya as dedos e posicionando as maos embaixa

do colar. Terapeuta segura nos cotovelos.

Tecnica:

Quando 0 paciente roda para 0 lado 0:

- para resistir aD movimento: puxar 0 paciente para O.

- para assistir ao movimento: puxar 0 paciente para E.

Comando:

Paciente retificado em extensao com as pes em dorsi-flexao. 0 quadril D e

abaixado em direc;ao ao chao da piscina e os pes devem estar na diret;ao do

ombro O.

a) Facil: permitir a fiexao dos joelhos.

b) Mais dificil: manter a extensao de joelho.

Obs.: quando 0 contato for pelvico, pedir ao paciente que abaixe 0 ombro 0 em

direqiio ao chao da piscina e puxar 0 t6rax em dire,ao ao joelho.

Page 69: Fisioterapia. Curso de Hidrocinesioterapia, Setorde Ci ...tcconline.utp.br/media/tcc/2016/04/DESCRICAO-DE-UM-PROCEDIMENTO.pdf · 2.5 contra indicacljes no tratamento com hidroterapia

59

3. ROTA~Ao COM EXTENSAo ISOTONICA DO TRONCO

Paciente: supin~, com flutuador cervical e pelvico.

Empunhadura:

a) Facil: maos lateralmente a pelvis.

b) Dificil: maos dorso laterais.

c) Mais dificil: cantato nos cotovelos. Paciente entrela9a os dedos,

posicionando as maDS embaixo do colar. Terapeuta segura nos cotovelos.

Tecnica:

Quando 0 paciente roda para 0:

- para resistir ao movimento: puxar 0 paciente para E.

- para assistir ao movimento: puxar 0 paciente para D.

Comando:

Paciente com as MMI1 unidos, dedos para cima, abaixar 0 quadril 0 em

dire~o ao chao da piscina e puxar as MMII para baixo e para a E. Reverter a

rota9ilo para outro lado.

Mais Facil: permitir a fiexao dos joelhos.

Mais dificil: paciente mantE~m joelhos em extensao.

Page 70: Fisioterapia. Curso de Hidrocinesioterapia, Setorde Ci ...tcconline.utp.br/media/tcc/2016/04/DESCRICAO-DE-UM-PROCEDIMENTO.pdf · 2.5 contra indicacljes no tratamento com hidroterapia

60

ANEXO 5 • PAD ROES PARA MMII

1. MI COM DESCARGA DE PESO

POSi,80:

Paciente em supin~, com flutuador cervical e pelvico, com a extensao de

quadril e joelho e a planta do pe posicionada no abdomen do terapeuta. 0 pe

do MI afetado deve ficar em rota9iio externa. 0 MI nao afetado permanece

em extensao.

Empunhadura:

Terapeuta em pe, estabilizando ° joelho do MI afetado com uma das maos e

a outra e colocada no dorso do pe do MI nao afetado.

Tecnica:

o MI afetado permanece com extensao de joelho e quadril e com descarga de

peso sobre 0 abdomen do terapeuta. 0 MI nao afetado permanece em flexao

de quadril e joelho continua mente flexionado contra a resistencia.

Obs.: manter 0 trance e quadril em extensao.

Comando:

Mantenha seus MMII retificados.

Page 71: Fisioterapia. Curso de Hidrocinesioterapia, Setorde Ci ...tcconline.utp.br/media/tcc/2016/04/DESCRICAO-DE-UM-PROCEDIMENTO.pdf · 2.5 contra indicacljes no tratamento com hidroterapia

61

2. SIMETRICO BILATERAL (DE ABDU<;AO DE MMII)

Posigao:

Paciente em supin~, com fiutuador cervical e pelvico. as MI permanece em

extensao, adugiio e rotagiio interna.

Empunhadura:

Terapeuta em pe, lateralmente ao MI a ser trabalhado. A mao proximal

permanece na superffcie lateral da coxa e a mao distal permanece na borda

lateral do pe ou tornozelo.

Tecnica:

o paciente abduz e roda externamente os MMII estabilizado pelo terapeuta.

Posteriormente, no final da execu980 0 terapeuta da urn passo a frente para

retarnar 0 Ml na posiyao inicial de adw;ao.

Obs.. manter 0 tronco e quadril em extensao.

Comando:

Mantenha-se retificado e separe os MMIL

Page 72: Fisioterapia. Curso de Hidrocinesioterapia, Setorde Ci ...tcconline.utp.br/media/tcc/2016/04/DESCRICAO-DE-UM-PROCEDIMENTO.pdf · 2.5 contra indicacljes no tratamento com hidroterapia

62

3. SIMETRICO BILATERAL (DE ADU<;AO DE MMII)

POSiq80:

Paciente em supino, com flutuador cervical e pelvico. Os MMII em extensao,

aduqao e rotaqao externa.

Empunhadura:

Terapeuta em pe, lateralmente ao MI a ser trabalhado. Mao proximal na

superficie medial da coxa e a mao distal e na borda medial do pe.

Tecnica:

o paciente aduz e roda internamente 0 MI estabilizado pelo terapeuta. 0

terapeuta dil um passo para tras para retornar 0 MI a posiqao inicial abduzida.

Comando:

Mantenha-se retificado, feche os MMII com os pes para dentro.

Page 73: Fisioterapia. Curso de Hidrocinesioterapia, Setorde Ci ...tcconline.utp.br/media/tcc/2016/04/DESCRICAO-DE-UM-PROCEDIMENTO.pdf · 2.5 contra indicacljes no tratamento com hidroterapia

63

4. SIMETRICO BILATERAL (DE FLExAO, ABDU<;AO, ROT. EXTERNA MMII)

POSi,80:

Paciente em supin~, com flutuador cervical e pelvico, com 0 troneD em

extensao, MMII em extensao, adu9iio e rota9iio interna. Os pes permaneeem

em planti-flexao e inversao.

Empunhadura:

Terapeuta de pe posicionado com a maos no dorsa dos pes e dedos nas

bordas mediais dos pes do paeiente.

Tecnica:

o paeiente fiete, abduz e roda externamente os MMII, fiete 0 troneo e realiza

a dorsi-flexao e a eversao dos pes.

Comando:

Mantenha os joelhos e pes para cima e para fora. Sente.

Obs .. 0 terapeuta precisa acompanhar as pes do paciente para baixo, permitindo a

fiexao do tronce.

Page 74: Fisioterapia. Curso de Hidrocinesioterapia, Setorde Ci ...tcconline.utp.br/media/tcc/2016/04/DESCRICAO-DE-UM-PROCEDIMENTO.pdf · 2.5 contra indicacljes no tratamento com hidroterapia

64

5. SIMETRICO BILATERAL (DE EXTENSAO, ADU<;AO, ROT. INTERNA DE MMII)

Paciente em supin~, com flutuador cervical e pelvico, com 0 tronCD e quadril

em Hexao e MMII em Hexao, abdu(:ijo e rota(:ijo exlerna. Os pes permanecem

em dorsi-flexao e inversao.

Empunhadura:

Terapeuta de pe segurando nas bordas laterais e calcanhares dos pes do

paciente.

Tecnica:

o paciente estende 0 troncD, joel has, aduzindo e rodando internamente as

MMII. Os pes permanecem em Hexao plantar e pequena eversao.

Comando:

Cabeya para baixo, pernas retificadas. Empurre os calcanhares para fora.

Page 75: Fisioterapia. Curso de Hidrocinesioterapia, Setorde Ci ...tcconline.utp.br/media/tcc/2016/04/DESCRICAO-DE-UM-PROCEDIMENTO.pdf · 2.5 contra indicacljes no tratamento com hidroterapia

65

6. SIMETRICO BILATERAL (DE FLExAo, ADU<;Ao, ROT. INTERNA DE MMII)

Posiqiio:

Paciente em supin~, com flutuadores cervical e pelvico, com 0 troneD em

extensao e os MMII em extensao, adu9ao e rota9iio externa. Os pes

permanecem em planti-f1exao e inversao.

Empunhadura:

Terapeuta de pe com as maos posicionadas nas bordas laterais dos pes e as

dedos nos calcanhares do paciente.

Tecnica:

° paciente flete, aduz e roda internamente oS MMII. ° tronco tambem e

flexionado. Os pes do paciente permanecem em dorsi-f1exao e eversao.

Coman do:

Mantenha os joelhos e dedos para cima e para fora. Sente.

Page 76: Fisioterapia. Curso de Hidrocinesioterapia, Setorde Ci ...tcconline.utp.br/media/tcc/2016/04/DESCRICAO-DE-UM-PROCEDIMENTO.pdf · 2.5 contra indicacljes no tratamento com hidroterapia

66

7. SIMETRICO BILATERAL

Paciente em supin~, com f1utuadorcervical e pelvico, com 0 tronce em flexeD

e MMII em flexao, aduyiio e rota9ao interna. Os pes permanecem em dorsi-

flexeo e eversao.

Empunhadura:

Terapeuta de pe com as maDS posicionadas nas bordas media is dos

calcanhares.

Tecnica:

o paciente estende, aduz e roda externamente os MMII. 0 tronco eestendido. Os pes do paciente permanecem em fleXaD plantar e inversao.

Comando:

Pernas estendidas com as calcanhares unidos e os dedos dos pes para

baixo. A cabet;;a posiciona-se para tras.

Page 77: Fisioterapia. Curso de Hidrocinesioterapia, Setorde Ci ...tcconline.utp.br/media/tcc/2016/04/DESCRICAO-DE-UM-PROCEDIMENTO.pdf · 2.5 contra indicacljes no tratamento com hidroterapia

67

8. ASSIMETRICO BILATERAL (DE EXTENSAo, ADUC;Ao, ROT. EXTERNA E

FLExAo DO JOELHO DE MI)

Posiqao:

Paciente em supino, com flutuadores cervical e pelvico, com os MMII em

extensao, adu~o, sendo que urn deles inclui-se a rot8980 interna.

Empunhadura:

Terapeuta em pe ao lado de urn dos Ml segurando com uma das maDS em

um dos calcanhares. A outra mao e passada por baixo da perna que esta ao

lade do terapeuta e segura-se no calcanhar contralateral.

Tecnica:

o terapeuta segura um dos MI em extensao, aduqao e 0 MI contralateral e

movido pelo paciente isotonicamente, fazendo a fiexao do joelho juntamente

com a aduc;ao e a reduyao externa.

Comando:

Mantenha 0 MI retificado com os dedos do pe para cima. Puxe 0 calcanhar do

MI contralateral para baixo e por baixo do MI retificado.

Obs.: - abaixar na H20 para permitir a fiexao de joelho, mantendo a extensao do

quadril.

- recuperaC;8o do movimento: 0 terapeuta empurra 0 paciente para tras pelo

MI em extensao.

Page 78: Fisioterapia. Curso de Hidrocinesioterapia, Setorde Ci ...tcconline.utp.br/media/tcc/2016/04/DESCRICAO-DE-UM-PROCEDIMENTO.pdf · 2.5 contra indicacljes no tratamento com hidroterapia

68

9. ASSIMETRICO BILATERAL (DE EXTENSAO, ABDU<;AO, ROT. INTERNA E

FLExAO DE MI)

Posi9ao:

Paciente em supino, com flutuador cervical e pelvico, com os MMII em

extensao, aduyao. Urn deles deve permanecer com rot8yao externa.

Empunhadura:

Terapeuta de pe segurando os pes do paciente. Uma das rnaos deve ser

posicionada no calcanhar oferecendo aproxima9iio do MI contra-lateral. A

Dutra mao e colocada na eminencia tenar na borda lateral do calcanhar na

por9iio posterior.

Tecnica:

o paciente realiza 0 movimento de flexao do joelho com a hiperextensao,

abdu9aO e rota9ao interna do quadril de urn dos MMII. E 0 outro MI

permanece em extensao e adw;;:ao isometricamente.

Comando:

Mantenha 0 MI retificado com as dedos do pe para cima, enquanto issa

flexione 0 outro MI empurrando 0 calcanhar para baixo e para fora.

Obs.: - abaixar na agua, permitindo a flexao de joelho, mantendo a extensao do

quadril.

Page 79: Fisioterapia. Curso de Hidrocinesioterapia, Setorde Ci ...tcconline.utp.br/media/tcc/2016/04/DESCRICAO-DE-UM-PROCEDIMENTO.pdf · 2.5 contra indicacljes no tratamento com hidroterapia

69

10. SIMETRICO BILATERAL (DE EXTENSAO, ABDU<;AO, ROT. INTERNA E

FLExAO DE MMII)

Posir;ao:

Paciente em supino, com flutuadores cervical e pelvico com os MMII em

extensao, aduyao e rotayao externa.

Empunhadura:

Terapeuta de pe segurando nas bordas laterais dos calcanhares do paciente.

Tecnica:

Paciente realiza a abduyiio e a rota9ao interna enquanto que 0 terapeuta

resiste ao movimento.

Comando:

Mantenha os joelhos estendidos. Empurre os calcanhares para fora.

Obs.: - 0 quadril deve ser mantido em extensao.

Page 80: Fisioterapia. Curso de Hidrocinesioterapia, Setorde Ci ...tcconline.utp.br/media/tcc/2016/04/DESCRICAO-DE-UM-PROCEDIMENTO.pdf · 2.5 contra indicacljes no tratamento com hidroterapia

70

11. SIMETRICO BILATERAL (DE EXTENSAO, ADU9AO, ROT. EXTERNA DE

MMII)

Posi,ao:

Paciente em supin~, com ftutuadores cervical e pelvico com os MMII em

abduc;ao e rotac;ao interna.

Empunhadura:

Terapeuta de pe segurando nas bordas mediais dos calcanhares

Tecnica:

Paciente realiza a aduc;aoe a rotac;aoexterna enquanto que 0 terapeuta faz

resistencia 80 movimento.

Comando:

PermaneC;8 com as joelhos retificados. Puxe as calcanhares unidos.

Page 81: Fisioterapia. Curso de Hidrocinesioterapia, Setorde Ci ...tcconline.utp.br/media/tcc/2016/04/DESCRICAO-DE-UM-PROCEDIMENTO.pdf · 2.5 contra indicacljes no tratamento com hidroterapia

71

12. SIMETRICO BILATERAL (DE FLExAo, ABDUCAO, ROT. INTERNA DE MMII E

FLExAo DE TRONCO)

Posiqilo:

Paciente em supin~, com flutuadores cervical e pelvico com os MMII em

extensao e rot8yao externa. 0 tranco permanece em extensao.

Empunhadura:

Terapeuta de pe segurando nas bordas laterais dos calcanhares.

Tecnica:

Paciente realiza a fiexao de tronco, com a fiexao, abduqao e rotaqao interna

dos MMII. Ressaltando que os joelhos devem permanecer em extensao. 0

terapeuta realiza a resistencia ao movimento.

Comando:

Abra as pernas. Empurre os calcanhares para fora. Sente.

Obs.: 0 terapeuta precisa abaixar na H20 permitindo ao paciente 0 movimento de

posiqao sentada.

Page 82: Fisioterapia. Curso de Hidrocinesioterapia, Setorde Ci ...tcconline.utp.br/media/tcc/2016/04/DESCRICAO-DE-UM-PROCEDIMENTO.pdf · 2.5 contra indicacljes no tratamento com hidroterapia

72

13. SIMETRICO BILATERAL (DE EXTENSAO, ADU<;:Ao, ROT. EXTERNA DE

MMII)

Posiqiio:

Paciente em supin~, com f1utuadores cervical e pelvico. Com 0 troneD e a

pelve em fiexao e os MMII em abdugao e rotagao interna.

Empunhadura:

Terapeuta de pe segurando nas bordas mediais dos calcanhares.

Tecnica:

Paciente realiza a extensao de troneD e quadril e a aduc;ao rotac;:ao externa de

MMIL

Comando:

MMII retificados e calcanhares unidos.

Page 83: Fisioterapia. Curso de Hidrocinesioterapia, Setorde Ci ...tcconline.utp.br/media/tcc/2016/04/DESCRICAO-DE-UM-PROCEDIMENTO.pdf · 2.5 contra indicacljes no tratamento com hidroterapia

73

14. ASSIMETRICO BILATERAL

Posiqao:

Paciente em supin~, com f1utuadores cervical e pelvico, com as MMII em

extensao e os pes em planti-fiexao.

Empunhadura:

Terapeuta de pe com as maos ao redor de cada pe na posiqiio em C, com os

dedos nos dorsos e polegares nas cabeqas dos metatarsos.

Comando:

a) Puxe os joelhos na direqiio de urn dos ombros, os dedos devem

permanecer para cima;

b) coloque as pes para baixo e estenda as pernas na minha dire.yao;

c) Realize 0 movimento do outro lado.

Tecnica:

o paciente realiza 0 movimento de flexao de quadril e joelhos rodando ambas

as pernas para urn dos lados. Voltar a posi~o inicial, repetir 0 exercicio

invertendo 0 lado.

Page 84: Fisioterapia. Curso de Hidrocinesioterapia, Setorde Ci ...tcconline.utp.br/media/tcc/2016/04/DESCRICAO-DE-UM-PROCEDIMENTO.pdf · 2.5 contra indicacljes no tratamento com hidroterapia

74

ANEXO 6 - PADI~O PARA MMSS

1. UNILATERAL (DE FLExAo DE MS)

Posi980:

Paciente em supin~, com flutuadores cervical e pelvicQ, com as MMSS em

extensao, adu~o, rotar;ao interna, e pronag8o, as punhos e dedos

permanecem em flexac.

Empunhadura:

Terapeuta de pe proximo ao ombro do paciente, com urna das maos na

regiao dorsal e a outra mao e posicionada sabre a regiao dorsal da mao do

paciente.

Tecnica:

o paciente realiza a flexao, abdu9ao e a rota9ao externa do MS a ser

trabalhado, junta mente com a supina9iio do antebra90 e extensao dos punhos

e dedos.

Obs.: 0 terapeuta age como estabilizador assim que 0 paciente empurra para cima e

para longe. Flutuadores de tornozelo podem ser necessaries.

Page 85: Fisioterapia. Curso de Hidrocinesioterapia, Setorde Ci ...tcconline.utp.br/media/tcc/2016/04/DESCRICAO-DE-UM-PROCEDIMENTO.pdf · 2.5 contra indicacljes no tratamento com hidroterapia

75

2. UNILATERAL (DE EXTENSAO DE MS)

POSi,80:

Paciente em supin~, com fiutuadores cervical e pi!lvice, cem um dos MMSS

em fiexao de ombro, abduqao, rotaqao externa, cem supinaqao e extensao de

punho.

Empunhadura:

Terapeuta de pi! atras da cabeqa e proximo ao MS do paciente, segurando

mao D na regiao dorsal e a mao E colocada na palma da mao E do paciente.

Tecnica:

o paciente realiza a extensao, aduqao e a rotayao interna do MS junto com a

pronayao e a fiexao punhos e dedos. 0 terapeuta age como estabilizador do

movimento assim que 0 paciente movimenta.

Comando:

Permane9a com 0 cotovelo em extensao. Aperte minha mao. Vire a palma da

mao para baixo ao mesma tempo que voce puxa a mao para 0 seu lado.

Page 86: Fisioterapia. Curso de Hidrocinesioterapia, Setorde Ci ...tcconline.utp.br/media/tcc/2016/04/DESCRICAO-DE-UM-PROCEDIMENTO.pdf · 2.5 contra indicacljes no tratamento com hidroterapia

76

3. BILATERAL (DE FLExAo E EXTENSAO DE MMSS)

Posiqiio:

Paciente em supin~, com f1utuadores cervical e pelvico, e tornozelo,

posiciona-se com as duas maos em um dos quadris, os om bros permanecem

em rotaqao interna com pronaqao e fiexao de punhos e dedos.

Empunhadura:

Terapeuta ao lado do paciente, segurando com as suas maDS sabre 0 dorsa

das maDS do paciente.

Tecnica:

o paciente empurra os MMSS para cima e para tras da cabeqa realizando a

rotaqao externa, a supinaqao do antebraqo, e a extensao de punho e dedos.

o paciente sera deslocado de um lado ao outr~ do terapeuta. Quando as

MMSS estao em extensao no quadril E, 0 paciente sera posicionado no lado

direito do terapeuta.

Comando: a) vire as palmas das maDS para cima, empurrando as MMSS para cima

e para tras, as cotovelos permanecem em extensao;

b) aperte minhas maos, vire as palm as das maDS para baixo assim puxando-

as para 0 quadril;

c) empurre as MMSS para cima e para tras e repetir; puxe as maDS para

baixo, no quadril.

Page 87: Fisioterapia. Curso de Hidrocinesioterapia, Setorde Ci ...tcconline.utp.br/media/tcc/2016/04/DESCRICAO-DE-UM-PROCEDIMENTO.pdf · 2.5 contra indicacljes no tratamento com hidroterapia

77

ANEXO 7 - AVALlA<;AO FISIOTERAplCA

1- DADOS DE IDENTIFICA<;AO:

Nome: ............................. Sexo:

Data de Nascimento: Profissao: .

Idade: .

Oia9n6stioo Medico:

Medico Responsavel:

11- RELATO DOCASO CLiNICO:

Paciente A. A., sexo masculino, 27 anos de idade, com diagnostico de

traumatismo cranio-encefalico.

Segundo informa90es colhidas em dezembro de 1997, A A, sofreu um

acidente automobilistico, constando no laude medico, escala Glasgow 4, com

descerebra9ao bilateral. No periodo de interna9ao foi indicado traqueostomia,

monitoriza9ilo metab6lica cerebral, lactato, piruvato, extra9ilo de glicose e oxigenio.

Apresentou infec9ao respirat6ria. Permaneceu em coma 16 dias num total de 38 dias

de hospitaliza9ilo.

Recebeu medicay80 anticonvulsionante e pela rigidez severa apresentada

nos primeiros meses p6s-trauma, relaxante muscular. Atualmente naD utiliza

medica9ao.

A tomografia computadorizada de crimio apresentou: sinais de craniotomia

frontal superior a direita e discreta proeminencia das vias liquoricas.

Iniciou fisioterapia hospitalar 8 dias ap6s internac;a,o. Permanece com

fisioterapia convencional.

Page 88: Fisioterapia. Curso de Hidrocinesioterapia, Setorde Ci ...tcconline.utp.br/media/tcc/2016/04/DESCRICAO-DE-UM-PROCEDIMENTO.pdf · 2.5 contra indicacljes no tratamento com hidroterapia

78

Em 21 de maio de 1998 a familia do paciente procurou a clinica de

hidroterapia para tratamento em piscina.

Na avaliac;ao inieia]do paciente constatou-se urn deficit motor caracterizado

por tetraparesia espatica moderada, associado a um deficit de linguagem

caracterizadopor disartria.

As atividades funcionais apresentaram-se comprometidas pela hipertonia em

padrao flexor de membros superiores e membros interiores, com semi-f1exao coxo-

femural e pe equine vare esquerdo.

Nas atividades relacionadas as reac;oes posturais de endireitamento como:

trocas de decubita, transferemcias, a passagem de sentado para ajoelhado e em

posi920 ortostatica, mostraram-se prejudicadas pela alterayao do tono e

encurtamento muscular, dificultando assim no seu equilibria estatica e dinamico,

comprometendo no seu posicionamento e permanecendo na cadeira de rodas.

Apos a avaliac;:8.o fisioterapica, 0 paciente foi encaminhado para 0

atendimento na piscina, onde foi realizado a avaliac;aona agua.

Avaliou-se 0 paciente quanto a ambienta980 e dominio no meio liquido,

atraves da: entrada do paciente na piscina, deslocamento com au sem apoio, a

flutuac;ao,coordena980 de membros superiores e inferiores, a expirayao submersa e

a saida da piscina.

Nesta fase 0 paciente nao estava adaptado, p~r nao ter contata com 0 meio

liquido anteriormente, realizanda a entrada e saida da piscina com auxilio dos

familiares e do fisioterapeuta.

Page 89: Fisioterapia. Curso de Hidrocinesioterapia, Setorde Ci ...tcconline.utp.br/media/tcc/2016/04/DESCRICAO-DE-UM-PROCEDIMENTO.pdf · 2.5 contra indicacljes no tratamento com hidroterapia

79

Em 6 de setembro de 1999, 0 paciente loi submetido a uma nova avalial'80 e

aplica~o da tecnica Bad Ragaz, a tim de verificar atraves da mesma a performance

motora, aiteral'80 do tono muscular e ganho lundonal nas AVO'S (atividades de vida

diaria), tendo 0 mesmo apresentado melhora nas trocas de decubito de prono para

supine e vice-versa e na agua a expirat;80 submersa, em relac;ao a avaliac;:ao

fisioterapica anterior.

Page 90: Fisioterapia. Curso de Hidrocinesioterapia, Setorde Ci ...tcconline.utp.br/media/tcc/2016/04/DESCRICAO-DE-UM-PROCEDIMENTO.pdf · 2.5 contra indicacljes no tratamento com hidroterapia

80

ANEXO 8 • PROTOCOLO PARA AVALIACAo 00 TO NO MUSCULAR

GRAUS PACIENTE

GRAU 1: Reayao ao alongamento diminuida a mobiliza<;ao passiva.

GRAU 2: Reayao ao alongamento normal a mobilizayao passiva.

GRAU 3: Reayao ao alongamento perceptivel apenas no 113 final

do movimento, manifestando-se exclusivamente a mobilizayao

paSSiY8 subila e rapida.

GRAU 4: Reac;ao ao alongamento perceptivel apenas no 1/3 inicial

do movimento, manifestando-se exclusivamente a mobilizayao

passiva subita e ri3pida.

GRAU 5: Reayao ao alongamento perceptivel apenas no 113 final do

movimento, manifestando~se mesma a mobiliza<;ao passiva

lenta.

GRAU 6: Reayao ao alongamento perceptivel apenas 1/3 inicial do movimento,

manifestando-se mesma a mobilizayao passiva lenta.

GRAU 7. Rea<;ao ao alongamento perceptivel durante todo 0 arco de movimento,

manifestando-se apenas a mobilizagao passiva subila e rapida.

GRAU 8; Reagao ao alongamento perceptivel durante todo 0 area de movimenlo,

manifestando-se mesmo a mobilizagao passiva lenta.

GRAU 9; Reagao de alongamento perceptivel durante todo 0 arco de movimento,

manifestando-se apenas a mobilizag.3o passiva subita e rapida, limilando

a amplitude de movimento.

GRAU 10: Reagao ao alongamento perceptivel durante todo 0 arco de movimento,

manifestando-se a mobilizagao passiva lenta, limitando a amplitude de

movimento.

Page 91: Fisioterapia. Curso de Hidrocinesioterapia, Setorde Ci ...tcconline.utp.br/media/tcc/2016/04/DESCRICAO-DE-UM-PROCEDIMENTO.pdf · 2.5 contra indicacljes no tratamento com hidroterapia

ANEXO 9 - PROTOCOLO OAS AVO'S (QUESTIONARIO)

81

________________ ~P~E~R~G~U~N~T~A~S r_~P~A=CIENTE

Atividades no leita:- Move-se no leito: deitado, sentado- Gira para direita: para esquerda- Vira de barriga para baixo- Manuseia: travesseiros, cobertores- Senta-se- Opera sinais de luzes

Atividades em cadeira de rodas:- Impulsiona; para frente, para tras, gira- Abre, passa atraves e fecha a porta- Para cima e para baixo numa rampa- Do leita para a cadeira de rodas- Oa cadeira de rodas para o Ieita- Da cadeira de rodas para 0 sanitaria- Do sanitaria para a cadeira de rodas- Da cadeira de rodas para 0 chuveiro

Atividades com utiliz8980 de andador:- Locomove-se com 0 andador, com au sem auxiliode pessoas

- Sobe rampas- Oesee rampas

Atividades relacionadas 80 cuidado pessoal:Higiene (atividades de limpeza)- Penteia, escova os cabelos- Escova os dentes- 8arbeia-se (barbeador eletrico, barbeador de laminas)- Lava, seca corpo e extremidades- Toma banho de banheira ou de chuveiro (com cadeira derodas ou andador)

- Usa comadre, urinol

Atividades relacionadas ao ato de comer:- Come com col her- Come com garfo- Corta carne- Manuseia: canudo, xicara, copo

Atividades relacionadas ao ato de vestir-se:- Camiseta com auxilio- Camiseta sem auxilio- Cuecas com auxillo- Cuecas sem auxilio- Da no em gravata- Veste meias com auxilio

Fonte: FINNI, 1969.

Page 92: Fisioterapia. Curso de Hidrocinesioterapia, Setorde Ci ...tcconline.utp.br/media/tcc/2016/04/DESCRICAO-DE-UM-PROCEDIMENTO.pdf · 2.5 contra indicacljes no tratamento com hidroterapia

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

CAMPION, Margaret Reid. Hidroterapia, principios e pratica. 1.ed. Sao Paulo

Manole, 2000.

DURIGON, Odete Fatima. 0 alongamento muscular. Parte I - a interac;:iio

neuromuscular. Revista de Fisioterapia ,Sao Paulo, v. 1, n. 2, p. 40-44, janeiro-

julho 1995.

JACOB, S. ; FRANCONE, CA ; LOSSOW, W. Anatomia e fisiologia humana. 5.ed,

Rio de Janeiro Guanabara, 1990.

MERRIT, H. Houston, Tratado de Neurologia. 5.ed. 1977, Guanabara, cap. 4

Traumatismos.

SALLUM, Ana Maria Kalil; KOIZUMI, Maria Sumie. Gravidade do trauma cranio-

encefaJico em vilimas de acidente de transita. p. 49-53.

SKINNER, A. T.; THOMSON, A. M. Duffield: exercicios na agua. 3.ed. Sao Paulo:

Manole, 1985.

SKINNER Alison; THOMSON Ann. Apostila do curso de Bad Ragaz. Acqua Terapia.

Sao Paulo, agosto. 1999.

TAVARES, Marcio Pessanha. Tratamento clinico no traumatismo cranio-encefalico.

Medstudents - Neurosurgery. www. medstudents.com.br/neuroclneuroc 1. htm.

17 de maio 97. Page size 37k.

Page 93: Fisioterapia. Curso de Hidrocinesioterapia, Setorde Ci ...tcconline.utp.br/media/tcc/2016/04/DESCRICAO-DE-UM-PROCEDIMENTO.pdf · 2.5 contra indicacljes no tratamento com hidroterapia

83

VOSS; IONTA ; HIERS. Facilita980 neuromuscular proprioceptiva - padroes e

tecnicas metodo Kabat. 3.ed. Sao Paulo: Panamericana, 1987.

ZEGHBI, A. A. A facilita980 das rea90es de endireitamento e equilibrio na agua em

pacientes por/adores de paralisia cerebral tipo tetraplegico espastico

moderado. Tuiuti Ciencia e Cultura, 01: (01) p.10-17, 1994.

Page 94: Fisioterapia. Curso de Hidrocinesioterapia, Setorde Ci ...tcconline.utp.br/media/tcc/2016/04/DESCRICAO-DE-UM-PROCEDIMENTO.pdf · 2.5 contra indicacljes no tratamento com hidroterapia

BIBLIOGRAFIA

BATES A. & HANSON N. Aquatic exercise therapy. Philadelphia: Wb Saunders

Company, 1996.

BOBATH, Berta; BOBATH, Karel. Desenvolvimento motor nos diferentes tipos de

parafisia cerebral. 2.ed. Sao Paulo: Manole, 19

BOBATH. Atividade postural reffexa anormal causada por lesi5es cerebrais. 2.ed.

Sao Paulo: Manole, 1983.

___ . Uma base neurofisiol6gica para 0 tratamento da parafisia cerebral. 2.ed.

Sao Paulo: Manole, 1984.

CARDOSO, Jefferson Rosa; CARDOSO, Ana Paula Rossetto Garcia. Hidroterapia

na reabifitaqao infantil. Santa Maria, 1993, p. 3-6.

ECO, Umberto. Como se faz uma tese. Sao Paulo' Perspectiva, 14' ed. 1996.

GOLDIM, Jose Roberto. Manual de iniciagao a pesquisa em saude. Porto Alegre:

DaCasa, 1997.

GUYTON. Fisiologia humana. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara, 1988.

GUSMAo, Sebastiao Silva. Tumefa<;iio cerebral coagula,ao. Arquivos de Neuro-

Psiquiatria. Ed. Ribeiro Artes Graficas Ltda. Sao Paulo, Brasil, v.57, n.4,

dezembro. 1999.

Page 95: Fisioterapia. Curso de Hidrocinesioterapia, Setorde Ci ...tcconline.utp.br/media/tcc/2016/04/DESCRICAO-DE-UM-PROCEDIMENTO.pdf · 2.5 contra indicacljes no tratamento com hidroterapia

85

INSTITUTO DE NEUROLOGIA DEOLINDO COUTO. UNIVERSIDADE FEDERAL -

RJ. Revista brasileira de Neurologia. Ed. Cientifica Nacional l\da. voL3S, n.1,

maioljunho. 1999.

LEIT.A.O, Araujo. Fisioterapia clinica. Rio de Janeiro. Atheneu, 1979.

MACHADO, Angelo. Neuroanatomia funcional. 2.ed. Sao Paulo: Atheneu, 1993.

MARQUES, Amelia PasquaL Manual de goniometria. :Manole. 1 .ed. 1997.

MARTINEZ, F G.; ZEGHBI A. A.; FERNANDES I. D. Curso: abondagens

hidrocinesioterapeuticas. ACQUAVITA - Centro de Atividade Fisica e

Reabilitagao. Porto Alegre, out 1997.

MURDOCH, B. E. Desenvolvimento da fala e disturbios da finguagem: uma

abondagem neuroanatomica e neurofisiol6gica. Rio de Janeiro Revinter, 1997.

PEGGY, Schoedinger. Curso internacional de hidroterapia. Londrina, PR., 1998.

Apostila.

SMITH, Laura K. ; WEISS, Elizabeth L. ; LEHMKUNL, L. Don. Cinesiologia cHnica de

Brunn Strom. S.ed. Sao Paulo. Manole, 1997.

SOUSA, Regina M. C. ; PEDREIRA, Andrea H. ; RIBEIRO, Paula U. C. Vitimas de

trauma com au sem traumatismo cnlnio-encefalico ap6s paradacardiorespirat6ria. Revista brasileira de Neurologia. Ed. Cientifica Nacional

Ltda. voL30, n.6, p.2-7, dezembro. 1999.

STEIN, Jutes M. Roth; ROY, Serge H. ; WOL T, Steven L. Manual do especiafista em

reabilitag80. 1.ed. Sao Paulo: Manole, 1997.

VARGAS, L. O. A seminar on: Aquatic rehabilitation interventions for phisical therapis

Ph. D., P. T.