Fisiologia III 01 - Neurofisiologia - Completa - Med Resumos (Fev-2012)[1]

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    Arli ndo Ugul ino Netto FISIOLOGIA III MEDICINA P3 2008.2

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    MED RESUMOS 2012NETTO, Arlindo Ugulino.

    FISIOLOGIA III

    NEUROFISIOLOGIA(Professor Arnaldo Medeiros)

    O sistema nervoso (SN) um aparelho nico do ponto de vista funcional: o

    sistema nervoso e o sistema endcrino controlam as funes do corpo praticamentesozinhos. Alm das funes comportamentais e motoras, o sistema nervoso recebemilhes de estmulos a partir dos diferentes rgos sensoriais e, ento, integra,todos eles, para determinar respostas a serem dadas pelo corpo, permitindo aoindivduo a percepo e interao com o mundo externo e com o prprio organismo.

    De fato, o sistema nervoso basicamente composto por clulasespecializadas, cuja funo receber os estmulos sensoriais e transmiti-los para osrgos efetores, tanto musculares como glandulares. Os estmulos sensoriais quese originam no exterior ou no interior do corpo so correlacionados dentro dosistema nervoso, e os impulsos eferentes so coordenados, de modo que os rgosefetores atuam harmoniosamente, em conjunto, para o bem estar do indivduo.Ainda mais, o sistema nervoso das espcies superiores tem a capacidade dearmazenar as informaes sensoriais recebidas durante as experincias anteriores.

    Em resumo, dentre as principais funes do sistema nervoso, podemos

    destacar: Receber informaes do meio interno e externo (funo sensorial) Associar e interpretar informaes diversas (funo cognitiva) Ordenar aes e respostas (funo motora) Controle do meio interno (devido a sua relao com o sistema endcrino) Memria e aprendizado (funo cognitiva avanada)

    DIVISES DOSISTEMA NERVOSODo ponto de vista anatmico, podemos dividir o sistema nervoso em duas grandes partes: o sistema nervoso

    central (S.N.C.) e o sistema nervoso perifrico (S.N.P.). O primeiro rene as estruturas situadas dentro do crnio(encfalo) e da coluna vertebral (medula espinal), enquanto o segundo rene as estruturas distribudas pelo organismo(nervos, plexos e gnglios perifricos).

    J do ponto de vista funcional, o sistema nervoso deve ser dividido em sistema nervoso somtico (S.N.S.) e

    sistema nervoso autonmico (S.N.A.), de modo que o primeiro est relacionado com funes submetidas a comandosconscientes (sejam motores ou sensitivos, estando relacionado com receptores sensitivos e com msculos estriadosesquelticos) e o segundo, por sua vez, est relacionado com a inervao inconsciente de glndulas, msculo cardacoe msculo liso.

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    DIVISO ANATMICA DO SISTEMA NERVOSO

    1. Sistema nervoso central (SNC).Anatomicamente, denomina-se sistema nervoso central ou neuroeixo o conjunto representado pelo encfalo e

    pela medula espinhal dos vertebrados. Forma, junto ao sistema nervoso perifrico, o sistema nervoso como um todo, etem papel fundamental no controle dos sistemas do corpo. Denomina-se encfalo a parte do SNC contida no interior dacaixa craniana, e medula espinhal a parte que continua a partir do encfalo no interior do canal vertebral.

    1.1.Encfalo: corresponde ao conjunto de crebro, tronco enceflico e cerebelo (ou seja, todas as estruturas do SNlocalizadas dentro da caixa craniana).1.1.1. Crebro (telencfalo + diencfalo)

    1.1.1.1. Telencfalo: o telencfalo dividido em dois hemisfrios cerebrais bastante desenvolvidos econstitudos por giros e sulcos que abrigam os centros motores, sensitivos e cognitivos. Dentro do crebro,esto os ventrculos cerebrais (ventrculos laterais e terceiro ventrculo), cavidades interrelacionadas (quese comunicam ainda com um quarto ventrculo, localizado ao nvel do tronco enceflico) que servem comoreservatrio do lquido cfalo-raquidiano (lquor ou LCR), participando da nutrio, proteo e excreo dosistema nervoso. Estruturalmente, o telencfalo formado pelo crtex cerebral, sistema lmbico encleos de base. Ncleos da base: conjuntos de corpos de neurnios localizados na base do telencfalo responsveis por modular

    informaes provenientes do crtex e que pra ele se dirigem de volta, principalmente do ponto de vista motor. Sistema Lmbico: conjunto de estruturas telenceflicas relacionadas com emoes, memria e controle do sistema

    nervoso autonmico. Crtex cerebral: consiste no manto de corpos de neurnios que reveste todo o telencfalo perifericamente,

    distribuindo-se ao longo dos dois hemisfrios: direito (no verbal) e esquerdo (verbal). Tais neurnios corticaisesto dispostos em camadas e, a depender de sua localizao no telencfalo, so responsveis pela motricidade,sensibilidade, linguagem (parte motora e compreenso), memria, etc. Cada hemisfrio constitudo de cincolobos: Frontal, Parietal, Temporal, Occipital e Lobo da nsula (esta diviso no se faz do ponto de vista funcional; meramente anatmica, sendo atribuda de acordo com a relao da respectiva regio do telencfalo com osossos do crnio).o Lobo Occipital: recebe, praticamente, apenas estmulos visuais direcionados pelos nervos pticos (II par de

    nervos cranianos). Contm, portanto, o crtex visual primrio. Dele, partem estmulos para os lobostemporais e parietais, onde o estmulo visual ser interpretado.

    o Lobo Temporal: abriga o crtex auditivo primrio (giro temporal transverso anterior), servindo como entradapara a maioria dos estmulos auditivos e visuais (abriga boa parte do crtex visual secundrio, localizado forado lobo occipital). Dele, partem estmulos para o sistema lmbico e ncleos da base. No lobo temporal, estabrigado o hipocampo, importante estrutura do sistema lmbico relacionada com a memria (tardia).

    o Lobo Parietal: sede principal de entrada de mltiplos estmulos sensoriais, pois apresenta o crtexsomatossensorial primrio. Ele estabelece ainda o limite entre o crtex visual e o auditivo, integrandoinformaes afins. No lobo parietal, existe a rea posterior (ou sensitiva) da linguagem (rea de Wernicke,responsvel pela compreenso da linguagem, reconhecimento da fala, reconhecimento da face,

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Enc%C3%A9falohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Medula_espinhalhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Vertebradohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema_nervoso_perif%C3%A9ricohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema_nervosohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema_nervosohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema_nervoso_perif%C3%A9ricohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Vertebradohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Medula_espinhalhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Enc%C3%A9falo
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    reconhecimento da escrita, etc.). Do lobo parietal, partem ainda estmulos para o lobo frontal relacionadoscom coordenao mo-olho, movimento ocular, ateno, etc.

    o Lobo Frontal: maior lobo telenceflico, conhecido por abrigar o crtex motor primrio. Embora no possuaentrada sensorial direta, sua grande poro no-motora (rea pr-frontral) est relacionada com diversosaspectos psicossociais (comportamento, planejamento de atitudes, personalidade, juzo, etc.), sendoimportantes reas de planejamento e aes sequenciadas, e memria (recente). Abriga ainda a rea anterior(ou motora) da linguagem (rea de Broca, que estabelece conexes com a rea de Wernicke do lobotemporal e est relacionada com a articulao de fonemas).

    o Lobo da nsula: pequeno lobo que evolui menos que os demais durante o desenvolvimento embrionrio e, poresta razo, encontra-se encoberto pelo lobo frontal e temporal. Estudos apontam que ele esteja relacionadocom a linguagem.

    OBS1: O corpo caloso formado por um conjunto de fibras (comissura) que estabelece a comunicao entre oshemisfrios, conectando estruturas comparveis de cada lado. Permite que estmulos recebidos em um lado sejamprocessados em ambos os hemisfrios ou exclusivamente no hemisfrio oposto. Alm disso, auxilia na coordenao eharmonia entre os comandos motores oriundos dos dois hemisfrios.OBS: A informao sensorial enviada para hemisfrios opostos. O princpio bsico a organizao contralateral, demodo que a maioria dos estmulos sensoriais chega ao crtex contralateral cruzando ao longo das vias ascendentes queos conduziu. Como na viso, ocorre o crossover visual: o campo de viso esquerdo projetado no lobo occipital direito;o campo visual direito projetado para o lobo esquerdo. Outros sentidos funcionam semelhantemente. Bem como ocorreno que diz respeito s reas motoras: o hemisfrio direito controla o lado esquerdo do corpo e o hemisfrio esquerdocontrola o direito, uma vez que as fibras motoras oriundas do crtex motor de um lado cruzam para o lado oposto aonvel do bulbo na chamada decussao das pirmides.

    1.1.1.2. Diencfalo: rea localizada na transio entre o tronco enceflico e o telencfalo, sendosubdividido em hipotlamo, tlamo, epitlamo e subtlamo . Todas as mensagens sensoriais, com exceodas provenientes dos receptores do olfato, passam pelo tlamo (e metatlamo) antes de atingir o crtexcerebral.

    Tlamo: uma massa ovide predominantemente composta por substncia cinzenta localizada no diencfalo eque corresponde maior parte das paredes laterais do terceiro ventrculo enceflico. O tlamo atua como estaoretransmissora de impulsos nervosos para o crtex cerebral. Ele responsvel pela conduo dos impulsos sregies apropriadas do crebro onde eles devem ser processados. O tlamo tambm est relacionado comalteraes no comportamento emocional; que decorre, no s da prpria atividade, mas tambm de conexes comoutras estruturas do sistema lmbico (que regula as emoes). Em resumo, o tlamo est relacionado com atransferncia da informao sensorial, funo de modulao e retransmisso sensorial, integrao da informaomotora (cerebelo e ncleos da base), transmisso de informaes aos hemisfrios cerebrais envolvidas com omovimento.

    Hipotlamo: tambm constitudo por substncia cinzenta, o principal centro integrador das atividades dos rgosviscerais (sistema nervoso autnomo), sendo um dos principais responsveis pela homeostase corporal. Ele faz

    ligao entre o sistema nervoso/lmbico e o sistema endcrino/visceral, atuando na ativao de diversas glndulasendcrinas. o hipotlamo que controla a temperatura corporal (termoregulao), regula o apetite e o balano degua no corpo, o sono e est envolvido na emoo e no comportamento sexual. Em resumo, o hipotlamo umapequena regio que se situa em posio ventral ao tlamo, compondo o assoalho e parte inferior da parede lateraldo terceiro ventrculo, e est relacionado com a regulao de muitos comportamentos que so essenciais parahomeostase e reproduo.

    Epitlamo: constitui a parede posterior do terceiro ventrculo e nele, est localizada a glndula pineal.

    1.1.2. Cerebelo: situado posteriormente ao tronco enceflico e inferiormente ao lobo occipital, o cerebelo ,primariamente, um centro responsvel pelo controle e aprimoramento (coordenao ) dos movimentosplanejados e iniciados pelo crtex motor (o cerebelo estabelece inmeras conexes com o crtex motor ecom a medula espinhal). Consiste em dois hemisfrios conectados por uma poro mdia, o vrmis.Porm, ao contrrio dos hemisfrios cerebrais, o lado esquerdo do cerebelo est relacionado com osmovimentos do lado esquerdo do corpo, enquanto o lado direito, com os movimentos do lado direito do

    corpo (portanto, h uma correspondncia ipsilateral). O cerebelo recebe informaes do crtex motor edos gnglios da base de todos os estmulos enviados aos msculos. Desta forma, a partir da ativao querecebe do crtex motor referente a movimentos musculares que devem ser executados e de informaesproprioceptivas oriundas de todo o corpo (articulaes, msculos, reas de presso do corpo, aparelhovestibular e olhos, etc.), o cerebelo refina o movimento a ser executado, selecionando quais os gruposmusculares a serem ativados e quais as articulaes a serem exigidas. Aps o incio do movimento, ocerebelo ainda estabelece a comparao entre desempenho e aquilo que se teve em vista realizar. Destaforma, produz estmulos corretivos que so enviados de volta ao crtex para que o desempenho motorreal seja igual ao pretendido. Assim, o cerebelo relaciona-se com os ajustes dos movimentos, equilbrio,postura, tnus muscular e, sobretudo, coordenao motora. O cerebelo, fundamentalmente, apresenta asseguintes estruturas fundamentais: ncleos cerebelares profundos e crtex cerebelar.

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    2. Sistema nervoso p erifrico (SNP)O sistema nervoso perifrico

    constitudo por estruturas localizadas forado neuroeixo, sendo representado pelosnervos (e plexos formados por eles) egnglios nervosos (consiste no conjunto decorpos de neurnios fora do SNC).

    No SNP, os nervos cranianos eespinhais, que consistem em feixes defibras nervosas ou axnios, conduzeminformaes para e a partir do sistemanervoso central. Embora estejam revestidospor capas fibrosas medida que cursampara diferentes partes do corpo, eles sorelativamente desprotegidos e socomumente lesados por traumatismos,trazendo dficits motores/sensitivos paragrupos musculares/pores de peleespecficas.

    OBS3: Um nervo corresponde a um cordoformado por conglomerados de axnios que, aolongo de seu trajeto, pode projetar diversos

    axnios que chegaro s estruturas a sereminverdadas (placa motora ou terminal sensitivo).

    2.1. Gnglios nervosos.D-se o nome de gnglio nervoso para qualquer aglomerado de corpos celulares de neurnios encontrado fora

    do sistema nervoso central (quando um aglomerado est dentro do sistema nervoso central, conhecido como ncleo).Os gnglios podem ser divididos em sensoriais dos nervos espinhais e dos nervos cranianos (V, VII, VIII, IX e X) e emgnglios autonmicos (situados ao longo do curso das fibras nervosas eferentes do SN autnomo).

    2.2. Nervos espi nhais.Nos sulcos lateral anterior e lateral posterior, existem as conexes de pequenos filamentos radiculares, que se

    unem para formar, respectivamente, as razes ventral e dorsal dos nervos espinhais . As duas, por sua vez, se unem

    para formar os nervos espinhais propriamente ditos. a partir dessa conexo com os nervos espinhais que a medulapode ser dividida em segmentos. Estes nervos so importantes por conectar o SNC periferia do corpo.Os nervos espinhais so assim chamados por se relacionarem com a medula espinhal, estabelecendo uma

    ponte de conexo SNC-SNP.

    Existem 31 pares de nervos espinhais aos quais correspondem 31 segmentos medulares assim distribudos: 8cervicais (existe oito nervos cervicais mas apenas sete vrtebras pois o primeiro par cervical se origina entre a 1vrtebra cervical e o osso occipital), 12 torcicos, 5 lombares, 5 sacrais e 1 coccgeo.

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    NEURNIOSOs neurnios so as clulas responsveis pela recepo e

    retransmisso dos estmulos do meio (interno e externo),possibilitando ao organismo a execuo de respostas adequadaspara a manuteno da homeostase. Seu funcionamento depende,exclusivamente, da gliclise (metabolismo aerbio; verOBS9).

    Para exercerem tais funes, contam com duas propriedadesfundamentais: a irritabilidade (tambm denominada excitabilidadeou responsividade) e a condutibilidade. Irritabilidade a capacidadeque permite a uma clula responder a estmulos, sejam eles internosou externos. Portanto, irritabilidade no uma resposta, mas apropriedade que torna a clula apta a responder. Essa propriedade inerente aos vrios tipos celulares do organismo.

    No entanto, as respostas emitidas pelos tipos celulares distintos tambm diferem umas das outras. A respostaemitida pelos neurnios assemelha-se a uma corrente eltrica transmitida ao longo de um fio condutor: uma vezexcitados pelos estmulos, os neurnios transmitem essa onda de excitao - chamada de impulso nervoso - por todaa sua extenso em grande velocidade e em um curto espao de tempo. Este fenmeno deve-se propriedade decondutibilidade.

    Partindo de uma classificao funcional, tm-se trs tipos de neurnios: Sensorial ou aferente: propaga o potencial de ao para o SNC Motor ou eferente: prapaga o potencial de ao a partir do SNC Interneurnios ou neurnios de associao: funcionam dentro do SNC, conectanto um neurnio a outro.

    CLULAS DA GLIA

    As tr c it os .Os astrcitos so as celulas da neurglia que possuem as maiores dimenses. Existem dois tipos de

    astrcitos: os protoplasmasticos (predominantes na substncia cinzenta) e os fibrosos (predominantes na substnciabranca). Estas clulas desempenham funes muito importantes, como a sustentao e a nutrio dos neurnios.

    Outras funes que desempenham so: Preenchimento dos espaos entre os neurnios. Regulao da concentrao de diversas substncias com potencial para interferir nas funes neuronais normais

    (ex.: concentraes extracelulares de potssio). Regulao dos neurotransmissores (restringem a difuso de neurotransmissores liberados e possuem protenas

    especiais em suas membranas que removem os neurotransmissores da fenda sinptica). Regulam a composio extracelular do fludo cerebral. Promovem tight junctions para formar a barreira hemato-enceflica (BHE): sua membrana emite pseudpodes

    que revestem o capilar sanguneo, associando as membranas das clulas endoteliais e dos astrcitos,determinando a BHE, criando uma resistncia para penetrao de substncias txicas atravs do parnquimacerebral. Quanto mais hidrofbica (mais lipdica e menos polar) for a substncia que alcanar a circulaocerebral, mais fcil ser sua difuso atravs da BHE.

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    OBS6: Os atrocitomas, tumores cerebrais oriundos dos astrcitos, constituem o grupo neoplsico mais comum do SN.Infelizmente, o glioblastoma multiforme (GBM) um dos piores tumores do ponto de vista prognstico, mas sendo oastrocitoma mais comum.

    Clulas epidermides (Ependimrias).Recebem esse nome por lembrarem o formato de clulas epiteliais. Margeiam os ventrculos cerebrais e o canal

    central da medula espinhal e ajudam formar o plexo coride, estrutura responsvel por secreta e produzir o lquor(LCR).

    Micrglia.Os microglicitos ou micrglia so as menores clulas da neurglia, mas sendo muito ramificadas. Possuem

    poderfagocitrio e desenvolvem, no tecido nervoso, um papel semelhante ao dos macrfagos.

    Oligodendrcitos.Os oligodendrcitos (ou oligodendrglia) so as clulas da neurglia responsveis pela formao e

    manuteno das bainhas de mielina dos axnios dentro do SNC, funo executada pelas clulas de Schwann no SNP(s que apenas um oligodendrcito contribui para formao de mielina em varios neurnios, ao contrario da clula deSchwann, que mieliniza apenas parte de um axnio).

    Sem os oligodendrcitos, os neurnios no sobrevivem em meio de cultura. Em suas caractersticas fsicas, osoligodendrcitos mostram um corpo celular arredondado e pequeno, com poucos prolongamentos, curtos, finos e poucoramificados (da o termo: oligo= pouco; dendro= ramificao). Assim, como em diversas clulas do corpo humano, osoligodendrcitos podem ser geradores neoplasias (tumores), que neste caso so os oligodedrogliomas.

    Clulas de Schwann.Clulas semelhantes aos oligodendrcitos, mas que se enrolam em torno de uma poro de um axnio de

    neurnios do SNP, formando a bainha de mielina nesta diviso do SN (verOBS7).

    Clulas satlites.Encontradas eventualmente no SNP envolvendo o corpo celular de neurnios nos gnglios, para fornecer

    suporte estrutural e nutricional.

    OBS7: Os axnios atuam como condutores dos impulsos nervosos. Emtoda extenso de alguns neurnios perifricos, o axnio envolvido por umtipo celular denominado clula de Schwann. Em muitos axnios, as clulasde Schwann determinam a formao da bainha de mielina - invlucrolipdico que atua como isolante eltrico e facilita a transmisso do impulsonervoso. Entre uma clula de Schwann e outra, existe uma regio dedescontinuidade da bainha de mielina, que acarreta a existncia de umaconstrio (estrangulamento) denominada ndulo de Ranvier. A partecelular da bainha de mielina, onde esto o citoplasma e o ncleo da clula deSchwann, constitui o neurilema. Portanto, os axnios podem sermielinizados (a mielina protege e isola os axnios) ou amielinizados.OBS8: Por vezes, o axnio sofre degenerao, mas pode realizar regenerao. O crescimento do neurnio se d deforma caudal: na extremidade axnica, existe uma secreo de fatores de crescimento (hormnios como o NCAM) queestimulam a diferenciao dessa regio, partindo ento do soma (corpo) em direo extremidade do axnio. Os

    axnios perifricos tm capacidade regenerativa relativamente maior que os corticais. A neuroexcitotoxicidade umcaso de excitao exacerbada no crescimento do axnio, havendo ento uma destruio dessa extremidade axnica.Isso acontece porque, nestes casos, h uma diminuio do pH na extremidade do axnio.OBS9: Como o SNC depende exclusivamente do metabolismo aerbico, quando o neurnio realiza gliclise pormetabolismo anaerbico, produz grandes concentraes de cido lctico. Por esta razo, ocorre degenerao cida dasclulas nervosas, diminuindo a capacidade de regenerao do axnio. Isso exemplifica os quadros de sequelas por faltade oxigenao cerebral.OBS10: Caso a degenerao seja em nvel de gnglios, a regenerao passa a ser mais precria, uma vez que se tratade uma regio com alta concentrao de corpos neuronais, regio de maior complexidade da clula.OBS11: A oximetria um parmetro fundamental para o SNC, uma vez que suas clulas principais realizam quase queexclusivamente o metabolismo aerbico da glicose, ou seja, via Ciclo de Krebs. Essa a explicao do fato de os

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    neurnios possurem grandes quantidades de mitocndrias. Para que o Ciclo de Krebs (CK) funcione adequadamente eo SNC produza ATP em quantidade ideal, necessria uma grande quantidade de O2, uma vez que o CK produz umagrande quantidade de coenzimas reduzidas que necessitam do oxignio para aceptar seus eltrons e, s assim,oxidarem novamente para participarem de um novo CK. Isso explica o fato de um mbolo na corrente sanguneacerebral (causando um acidente vascularcerebral) poder prejudicar diretamente a funcionalidade de uma determinadaregio: o CK tende a parar devido a carncia de O2 para restaurar as coenzimas. A nica maneira que a clula teria derenovar as coenzimas nessa situao seria transformar piruvato em cido lctico, realizando, assim, gliclise anaerbica,o que uma situao de risco para o SNC.

    FISIOLOGIA DASSINAPSESNERVOSAS ENEUROTRANSMISSORESSinapse a definio para a juno celular que medeia a transferncia de informaes de um neurnio para

    outro neurnio ou para uma clula efetora, como por exemplo, na placa miomotora, que determina a ao da clulamuscular aps um impulso nervoso. As sinapses dependem de duas classes de neurnios: um neurnio pr-sinptico(que conduz o impulso para a sinapse) e um neurnio p s-sinptico (transmite o impulso para alm da sinapse).

    A transmisso do estmulo sinptico pode ocorrer de vrias formas, a depender das estruturas neuronaisenvolvidas na sinapse e da natureza da sinapse (eltrica ou qumica).

    TIPOS DE SINAPSES Axodend rt ic a: sinapse entre

    o axnio de um neurnio e odendrito de outro.

    Axosomti ca: sinapse entreo axnio de um neurnio e asoma (corpo) de outro.

    Outros tipos de sinapsesincluem:

    Axoax n ica (axnio axnio)

    Dendrodendrtica(dendrito dendrito)

    Dendrosomtica(dendritos soma)

    SINAPSES ELTRICASSo menos comuns do que as sinapses qumicas. Neste tipo de sinapse, as clulas possuem um ntimo contato

    atravs junes abertas ou do tipo gap junctions, que permitem o livre trnsito de ons de uma membrana a outra. Destamaneira, o potencial de ao passa de uma clula para outra de um modo muito mais rpido do que na sinapse qumica,mas de uma forma que no pode ser bloqueada.

    Ocorre, por exemplo, em msculos lisos e cardaco, nos quais a contrao ocorre como um todo, em todos ossentidos. No SNC, so importantes para as seguintes funes: despertar do sono; ateno mental; emoo e memria;homeostase da gua e ons; etc.

    SINAPSES QUMICAS caracterizada pela propagao do potencial

    de ao, ou seja, do impulso atravs de um mensageiroqumico, chamado de neurotransmissor, que se liga aum receptor (protena) localizado na membrana ps-

    sinaptica.O impulso transmitido em uma nica direo,

    podendo ser bloqueado, diferentemente do que ocorrecom as sinapses eltricas. Contudo, a sinapse qumica muito mais lenta.

    Em outras palavras, so sinapsesespecializadas em liberar e captar neurotransmissores.Quase todas as sinapses do SNC so qumicas.

    Tipicamente, as sinapses so compostas por duas partes: O terminal axnico do neurnio pr-sinptico contm vesculas sinpticas; Regio receptora no(s) dendrito(s) ou soma do neurnio ps-sinptico.

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    Na sinapse qumica, o potencial de ao se move em ambos os lados da membrana e, quando chega regioadjacente fenda sinptica, ativa canais de clcio que, atravs da despolarizao da membrana, se abrem deslocandoclcio para dentro da clula. Este influxo de clcio nas imediaes da membrana pr-sinptica causar, por atraoinica, o movimento de vesculas com neurotransmissores na direo da membrana pr-sinptica onde osneurotransmissores sero liberados para a fenda sinptica por exocitose. Esse movimento se d a partir da interao docitoesqueleto (microtbulo) do axnio, carreando as vesculas, com os ons clcio. Na membrana ps-sinaptica, existeum grande nmero de protenas receptoras de neurotransmissores; estes receptores sensveis voltagem so canaisinicos permeveis ao on sdio (quando o impulso excitatrio) e/ou ao on cloreto (quando o impulso inibitrio).

    Portanto, se os neurotransmissores ligarem-se aos canais inicos permeveis ao sdio, ocorrer o influxo desdio para dentro da clula. Consequentemente, ser desencadeado um potencial de ao nesta clula. Se oneurotransmissor se ligar a canais inicos permeveis ao cloreto, causar o influxo deste on para dentro da clula.Como o cloreto um nion, ele no deixar que a clula gere um potencial de ao (uma vez que, para isso, o interiorda clula deve estar repleto de ctions, e isento de nions), promovendo, assim, um impulso inibitrio.

    OBS12: Etapas de liberao do neurotransmissor. Despolarizao Entrada de clcio no boto sinptico Clciose liga aos stios de liberao da membrana pr-sinptica Exocitose da vescula com neurotransmissores Receptores deixam os neurotransmissores passarem Reciclagem das vesculas com neurotransmissores Remoodos neurotransmissores do boto sinptico.

    FENDA SINPTICAA fenda sinptica um espao preenchido de fludo que separa os neurnios pr- dos ps-sinpticos. A

    transmisso atravs da fenda sinptica, na maioria das vezes, se faz atravs de um evento qumico (quando emoposio a um evento eltrico) e garante a comunicao unidirecional entre os neurnios.

    A transmisso do impulso se d na seguinte sequncia: O impulso nervoso alcana o terminal axnico do neurnio pr-

    sinptico e abre canais de clcio; O neurotransmissor liberado na fenda via exocitose; O neurotransmissor atravessa a fenda e liga-se ao receptor no

    neurnio ps-sinptico; Mudanas na permeabilidade da membrana ps-sinptica causam

    um efeito excitatrio ou inibitrio.

    CANAIS INICOS Canais livres: sempre abertos e responsveis pela permeabilidade

    da membrana e quase sempre especfico para um tipo de on. Canais inicos c om comporta: uns dependem do ligante (abrem ou

    fecham na presena do ligante); outros dependem de voltagem(abrem ou fecham na presena de pequena variao da voltagem damembrana).

    OBS13: Existem neurotransmissores excitatrios (que quando se liga ao seu receptor, abre canais de sdio quedespolarizam a fibra ps-sinptica, propagando o estmulo nervoso) e inibitrios (que quando se liga ao seu receptor,abrem-se canais voltagem-dependentes de cloreto, hiperpolarizando a fibra ps-sinptica, retardando a propagao doimpulso). O glutamato e o aspartato so aminocidos que funcionam como neurotransmissores excitatrios queaumentam de concentrao nas fendas sinpticas de pessoas epilticas. O GABA e a glicina so os principaisneurotransmissores inibitrios. importante tomar conhecimento disso no estudo de medicamentos como os ansiolticos(calmantes), como os Benzodiazepnicos, pois eles se ligam aos canais de GABA e potencializam a sua ao, fazendocom que o indivduo torne-se menos excitado.

    POTENCIAL DE REPOUSO, DE AO E IMPULSO NERVOSOA membrana plasmtica do neurnio transporta alguns ons ativamente, do lquido extracelular para o interior

    da fibra, e outros, do interior, de volta ao lquido extracelular. Assim funciona a bomba de sdio e potssio , quebombeia ativamente o sdio para fora, enquanto o potssio bombeado ativamente para dentro. Porm essebombeamento no equitativo: para cada trs ons sdio bombeados para o lquido extracelular, apenas dois onspotssio so bombeados para o lquido intracelular.

    Somando-se a esse fato, em repouso a membrana da clula nervosa praticamente impermevel ao sdio,impedindo que esse on se mova a favor de seu gradiente de concentrao (de fora para dentro); porm, muitopermevel ao potssio, que, favorecido pelo gradiente de concentrao e pela permeabilidade da membrana, sedifunde livremente para o meio extracelular.

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    Como a sada de sdio no acompanhada pela entrada depotssio na mesma proporo, estabelece-se uma diferena decargas eltricas entre os meios intra e extracelular: h dficit decargas positivas dentro da clula e as faces da membrana mantm-seeletricamente carregadas.

    O potencial eletronegativo criado no interior da fibra nervosadevido bomba de sdio e potssio chamado potencial derepouso da membrana, ficando o exterior da membrana positivo e ointerior negativo. Dizemos, ento, que a membrana est polarizada.

    Ao ser estimulada, uma pequena regio da membrana torna-se permevel ao sdio (abertura dos canais de sdio). Como aconcentrao desse on maior fora do que dentro da clula, o sdioatravessa a membrana no sentido do interior da clula. A entrada desdio acompanhada pela pequena sada de potssio. Esta inversovai sendo transmitida ao longo do axnio, e todo esse processo denominado onda de despolarizao. Os impulsos nervosos oupotenciais de ao so causados pela despolarizao da membranaalm de um limiar (nvel crtico de despolarizao que deve seralcanado para disparar o potencial de ao). Os potenciais de aoassemelham-se em tamanho e durao e no diminuem na medidaem que so conduzidos ao longo do axnio, ou seja, so de tamanhoe durao fixos. A aplicao de uma despolarizao crescente a umneurnio no tem qualquer efeito at que se cruze o limiar e, ento,surja o potencial de ao. Por esta razo, diz-se que os potenciais deao obedecem "lei do tudo ou nada".

    Imediatamente aps a onda de despolarizao ter se propagado ao longo da fibra nervosa, o interior da fibratorna-se carregado positivamente, uma vez que um grande nmero de ons sdio se difundiu para o interior. Essapositividade determina a parada do fluxo de ons sdio para o interior da fibra, fazendo com que a membrana se tornenovamente impermevel a esses ons. Por outro lado, a membrana torna-se ainda mais permevel ao potssio, quemigra para o meio interno. Devido alta concentrao do Na+ no interior, muitos ons se difundem, ento, para o lado defora. Isso cria novamente eletronegatividade no interior da membrana e positividade no exterior processo chamadorepolarizao, pelo qual se restabelece a polaridade normal da membrana.

    A repolarizao normalmente se inicia no mesmo ponto onde se originou a despolarizao, propagando-se ao

    longo da fibra. Aps a repolarizao, a bomba de sdio bombeia novamente os ons sdio para o exterior da membrana,criando um dficit extra de cargas positivas no interior da membrana, que se torna temporariamente mais negativo doque o normal. A eletronegatividade excessiva no interior atrai ons potssio de volta para o interior (por difuso e portransporte ativo). Assim, o processo traz as diferenas inicas de volta aos seus nveis originais.

    OBS14: Em resumo, tem-se que canais de K+ que so abertos a favor de um gradiente. Com isso, h entrada de K+ (onintracelular) e sada de Na+ (on extracelular). Quando h um potencial de ao, ocorre o inverso: h efluxo de K+ einfluxo de Na+, abrindo tambm, canais de clcio, que so responsveis por causar mudanas conformacionais emmicrotbulos do citoesqueleto do axnio que, por sua vez, movem as vesculas com neurotransmissores em direo membrana pr-sinptica, para ento, serem liberados.

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    CONDUO SALTATRIA

    O axnio envolvido por clulas de Schwann, cuja amembrana rica em uma lipoprotena mielina (um isolanteeltrico). Contudo, entre uma bainha de mielina e outra, encontram-se os nodos de Ranvier, um espao isento de mileina. atravsdesses nodos que ocorre a despolarizao, na forma de impulsossaltatrios. Esta conduo saltatria faz com que o impulso sepropage mais rapidamente, e conserva energia para o axnio.

    Em doenas desmielinizantes (como a esclerose mltiplaou a sndrome de Guillain-Barr), o neurnio perde seu isolamentroeltrico e os nodos de Ranvier, de modo que o trajeto do impulsotorna-se mais alongado e a velocidade de propagao reduzida,trazendo sinais e sintomas clnicos importantes.

    PERODO REFRATRIO

    o perodo de tempo em que a fibra est conduzindo um potencial de ao (e, portanto, se encontradespolarizada). Durante este perodo, a fibra nervosa no poder ser estimulada at que sofra a repolarizao. Ento, operodo refratrio o tempo que a fibra demora para se repolarizar.

    Portanto, em outras palavras, o perodo refratrio o intervalo de tempo correspondente entre as fases em que amembrana do neurnio est sensvel a um novo potencial de ao, sendo esse tempo variavel de neurnio paraneurnio. Durante este perodo, a membrana apresenta-se em um estado mais polarizado possvel.

    EFEITO FINAL DO NEUROTRANSMISSOR E TEMPO SINPTICO (SYNAPTIC DELAY)A quebra da ligao do receptor ps-sinaptico com o seu neurotransmissor deve ser feita de maneira rpida e

    eficiente. A permanncia do neurotransmissor em seu receptor ps-sinptico determina a eficincia da gerao datransmisso desse potencial de ao.

    Para entender a reverso da ligao neurotransmissor-receptor, devemos ter idia do seguinte: oneurotransmissor se adapta a um stio de ligao em seu receptor ps-sinaptico que seja correspondenteespacialmente a sua estrutura tridimensional conformacional. A interao entre os neurotransmissores e os receptoresse d por interaes entre cadeias laterais dos aminocidos destes com grupos qumicos daqueles, e essas interaesnunca so covalente (portanto, so fracas: interaes hidrofbicas, pontes de hidrognio, atraes eletrostticas) e,desta forma, so reversveis.

    Assim, no momento em que o neurotransmissor interage com o receptor, acontece todo o processo jconhecido: este sofre uma mudana conformacional, ativando-se e, por estar associado a canais inicos volt-dependentes, desencadeia um novo potencial de ao atravs da sada de sdio e entrada de potssio e clcio na

    clula. Com isso, a mensagem vai sendo trasmitida. Por fim, como o receptor interage por meio de ligaes fracas como seu receptor, ele facilmente desvencilhado do mesmo, desativando, assim, a mensagem sinptica. O tempo depermanncia do receptor na fenda sinptica fundamental para transmisso da informao.

    Portanto, o neurotransmissor, quando ligado a um neurnio ps-sinptico: Produz um efeito ps-sinptico contnuo; Bloqueia a recepo de mensagens adicionais enquanto ele estiver ligado; Deve ser removido do seu receptor.

    A remoo do neurotransmissor ocorre quando: So degradados por enzimas localizadas na membrana ps-sinptica; So recaptados por astrcitos ou neurnios pr-sinpticos; So difundidos pela fenda sinptica: isso ocorre principalmente com alguns neurotransmissores que

    so de natureza gasosa, que se difundem pelo parnquima cerebral e podem ser captados por outrasclulas que no so, necessariamente, um neurnio.

    OBS15: H drogas (como o antidepressivo Fluoxetina), por exemplo, que funcionam como inibidores seletivos darecaptao de serotonina. Assim como muitos outros neurotransmissores, a serotonina retirada da fenda pr-sinaptica e da membrana ps-sinaptica a partir da recaptao por transportadores da membrana pr-sinaptica. Essesinibidores agem se ligando aos receptores da membrana pr-sinptica que fazem a recaptao desseneurotransmissor e desativando-os, o que aumenta as concentraes do neurotransmissor na fenda sinptica.

    Os neurotransmissores devem ser liberados da membrana pr-sinptica, atravessar a fenda, ligarem-se aoreceptor ps-sinptico e serem desligados logo depois. O tempo sinptico (conhecido como Synaptic Delay) ointervalo de tempo necessrio pra que este fenmeno ocorra (cerca de 0,3 - 5,0 ms). O Synaptic Delay o passolimitante da transmisso neural.

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    OBS17: Partindo deste princpio demonstrado anteriormente, os IPSPs podem somar-se aos EPSPs (e vice-versa),

    cancelando um ao outro, prevalecendo aquele que tiver maior somao.

    NEUROTRANSMISSORESOs neurotransmissores so substncias qumicas sintetizadas pela maioria das clulas nervosas e utilizadas

    para comunicao entre os neurnios que estabelecem sinapses qumicas. Existem cerca de 50 neurotransmissoresconhecidos atualmente que podem ser classificados do ponto de vista qumico (acetilcolina, derivados de aminocidos,prprios aminocidos, peptdeos, ATP e gases dissolvidos como NO e CO) ou funcional (excitatrios ou inibitrios).

    1. Aceti lcol ina (ACh): A acetilcolina um ster que controla aatividade de reas cerebrais relaciondas ateno,aprendizagem e memria. Neurnios que secretam ouproduzem acetilcolina so chamados de colinrgicos. Tambm liberado no SNA e na juno neuromuscular. Ele oneurotransmissor pr-ganglionar do SNA simptico eparassimptico e ps-ganglionar apenas do SNAparassimptico. Alm do SNP, ele atua tambm no SNC. Estehormnio produzido a partir da unio do grupamento cido doacetil-CoA com a funo lcool da colina por meio da ao daenzima acetilcolinasintetase, formando um ster, que pode serdegradado pela enzima acetilcolinesterase (presente namembrana ps-sinptica), liberando acetil e colina (que podeser usada na produo de um novo neurotransmissor).Portadores da doena de Alzheimer apresentam, tipicamente,baixos nveis de ACh no crtex cerebral, e as drogas queaumentam sua ao podem melhorar funes cognitivas emtais pacientes.

    OBS18: A intoxicao por organofosforados (parassimpatomimticos de ao indireta) leva a inibio da enzimaacetilcolinesterase, gerando um efeito parassimptico exacerbado (miose, lacrimejamento, salivao, excesso desecreo brnquica, broncoespasmo, bradicardia, vmitos, diarria e incontinncia urinria) devido ao acmulo deacetilcolina. O tratamento de emergncia do intoxicado vai desde a lavagem gstrica com carvo ativado e hidrataovenosa at a utilizao de drogas parasimpatolticas, sendo tambm necessrio medidas para tratar a sintomatologiaassociada ao quadro clnico do paciente. Os sintomas em nvel de sistema nervoso autonmico so tratados com o usodaAt ropina (atropinizao), um bloqueador muscarnico antagonista competitivo das aes da acetilcolina. Para trataros sintomas de fraqueza muscular, usa-se a Pralidoxima (30mg/kg para adultos e 50mg/kg para crianas), a qual ageremovendo o grupo fosforil da enzima colinesterase inibida, provocando a reativao da enzima.

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    b) Serotonina (5-HT): parece ter funes diversas, como o controle da liberao de alguns hormnios e aregulao do ritmo circadiano, do sono e do apetite. Diversos frmacos que controlam a ao da serotoninacomo neurotransmissor so atualmente utilizados, ou esto sendo testados, em patologias como a ansiedade,depresso, obesidade, enxaqueca e esquizofrenia, entre outras. Drogas como o "ecstasy" e o LSD mimetizamalguns dos efeitos da serotonina em algumas clulas alvo. Por esta razo, um neurotransmissor incrementadopor muitos antidepressivos tais com a Fluoxetina (Prozac), e assim tornou-se conhecido como oneurotransmissor do bem-estar. Ela tem um profundo efeito no humor, na ansiedade e na agresso.

    c) Histidina e Histamina: A histidina um dos aminocidoscodificados pelo cdigo gentico, sendo, portanto, um dos componentesfundamentais das protenas dos seres vivos. Tem muita importncia nasproteinas bsicas, e encontrado na hemoglobina. A histamina aamina biognica envolvida em processos bioqumicos de respostasimunolgicas, assim como desempenhar funo reguladora fisiolgicaintestinal e respiratria, alm de atuar como neurotransmissor.

    3. Aminoc idos : Incluem: cido gama-aminobutrico (GABA), Glicina, Aspartato e Glutamato; sendo elesencontrados apenas no SNC.a) Glutamato e GABA (cido -aminobutrico): o glutamato (cidoglutmico) o principal neurotransmissor excitatrio do sistemanervoso e atua em duas classes de receptores: os ionotrpicos(quando ativados, exibem grande condutividade para correntesinicas) e os metabotrpicos (agem ativando vias de segundosmensageiros). Os receptores ionotrpicos de glutamato do tipo N-metil-D-aspartato (NMDA) so implicados como protagonistas em processos cognitivos que envolvem aaquisio de memria e o aprendizado. J o GABA um neurotransmissor importante, atuando como inibidorneurossinptico, por ligar-se a receptores inibidores especficos. Como neurotransmissor peculiar, o cido gama-aminobutrico induz a inibio do sistema nervoso central (SNC), causando a sedao. Isso porque ele se ligaaos receptores especficos nas clulas neuronais, abrem-se canais por onde entram ons cloreto na clula,fazendo com que a ela fique hiperpolarizada, dificultando a despolarizao e, como consequncia, ocorre a

    diminuio da conduo neuronal, provocando a inibio do SNC.b) Gl icina: a glicina um neurotransmissor inibitrio no sistema nervoso central, especialmente em nvel damedula espinal, tronco cerebral e retina. Quando receptores de glicina so ativados, o nion cloreto entra noneurnio atravs de receptores ionotrpicos, causando um potencial ps-sinptico inibitrio. A estricnina atuacomo antagonista nos receptores ionotrpicos de glicina. A glicina , junto com o glutamato, um co-agonista dereceptores NMDA; esta ao facilita a atividade excitatria dos receptores glutaminrgicos, em contraste com aatividade inibitria da glicina.c) Aspartato: um aminocido no-essencial em mamferos, tendo uma possvel funo de neurotransmissorexcitatrio no crebro. Como tal, existem indicaes que o cido asprtico possa conferir resistncia fadiga. tambm um metabolito do ciclo da ureia e participa na gliconeognese.

    4. Peptdeos:Atuam como opiceos naturais e modulam (como neuromoduladores) a percepo da dor. Incluem:a) Substncia P: mediador do sinal doloroso.

    b) Beta endorfina, dinorfina e encefalinas.c) Peptdeos GI: somatostatina e colecistocinina (atuam como neuromoduladores de reas de saciedade).

    5. Novos mensageiros:a) ATP: encontrado no SNC e SNP e produz resposta excitatria ou inibitria a depender do receptor ps-

    sinptico. Est associado com a sensao de dor.b) NO (xido Ntr ico): alm de ser um potente vasodilatador perifrico, ativa o receptor intracelular da

    guanilato ciclase e est envolvido no processo de aprendizagem e memria.c) Monxido de carbono (CO): o principal regulador do cGMP no crebro. um neuromodulador da

    produo de cido ntrico.

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    OBS20: Classificao funcional dos neurotransmissores: Excitatrios causam despolarizao (Ex: glutamato) Inibitrios causam hiperpolarizao (Ex: GABA e glicina)

    MECANISMO DE AO DOS NEUROTRANSMISSORESOs neurotransmissores so produzidos na clula

    transmissora e so acumulados em vesculas, as vesculassinpticas. O seu funcionamento pode ocorrer por aodireta de uma substncia qumica, como um hormnio,sobre receptores celulares pr-sinpticos ou por aoindireta.

    Ao direta: o neurotransmissor age diretamentesobre um canal inico, o qual se abre logo emseguida (figura a). Promovem respostas rpidasExemplos: ACh e AA

    Ao indireta: atuam por meio de segundosmensageiros (figura b). Promovem efeitos de longadurao. Exemplos: aminas, peptdeos, gasesdissolvidos.

    Desta forma, quando um potencial de ao ocorre, as vesculas se fundem com a membrana plasmtica,liberando os neurotransmissores na fenda sinptica. Estes neurotransmissores agem sobre a clula receptora, atravsde protenas que se situam na membrana plasmtica desta, os receptores celulares ps-sinpticos. Os receptoresativados abrem canais inicos diretamente ou geram modificaes no interior da clula receptora, atravs dos segundosmensageiros (cAMP, cGMP, etc). Estas modificaes so as responsveis pela resposta final desta celula.

    INTEGRAO NEURALUma fibra pr-sinptica pode orientar vrias terminaes

    axnicas, que entram em contato com grupos de neurnios que, a partirde suas funes, podem ser distribuidos em duas zonas: zonafacilitadora (que auxilia na estimulao dos neurnios de descarga pormeio da liberao de mediadores) e zona de descarga (onde o fluxo dopotencial de ao vai realmente fluir).

    A partir da, os neurnios podem se relacionar um com os outrosnos seguintes tipos de circuitos:

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Receptor_celularhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Horm%C3%B4niohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Receptor_celularhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Potencial_de_a%C3%A7%C3%A3ohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Potencial_de_a%C3%A7%C3%A3ohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Receptor_celularhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Horm%C3%B4nio
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    ADA PTAOAdaptao consiste no mecanismo caracterizado pela reduo da sensibilidade na presena de um estmulo

    constante e continuado. Para entender tal mecanismo, observemos os seguintes receptores: Receptores tnicos: Esto sempre ativos para receber estmulos. Receptores fsicos: Normalmente inativos, mas podem ser ativados por um curto tempo quando estimulados.

    Ativam-se quando recebem estmulo suficiente. Receptores de adaptao rpida: Respondem como os receptores fsicos (odor e sabor). Receptores de adaptao lenta: respondem como receptores tnicos (propioceptores e nociceptores), mas

    guardam memria da injria e, mesmo aps longo tempo, passam a funcionam como receptores tnicos poradaptao.

    Os mecanorreceptores, por exemplo, diferem um dos outros de acordo com a sua resposta temporal: Receptor es de adaptao rpida: Com o estmulo continuado, a taxa do PA diminui de maneira rpida e curta. Receptor es de adaptao lenta: Com o estmulo continuado, a taxa do PA diminui de maneira lenta e longa.

    TIPOS DE FIBRAS E RECEPTORES SOMTICOSAs fibras nervosas (ou axnios) podem ser classificadas de acordo com os seguintes parmetros: dimetro, grau

    de mielinizao e velocidade de conduo. Receptor es especializados: baixo limiar de potencial de ao (despolarizam-se mais facilmente).

    Ia, II: Sensrio-muscular: fuso muscular, rgos tendinosos de Golgi. A: Tato (fibras abertas): Merkel, Meissner, Paccini e Ruffini.

    Extremidades nervosas livres: alto limiar de potencial de ao. A: captam dor, temperatura. Levam a sensao de dor rpida e lancinante, como a causada por uma

    injeo ou corte profundo. As sensaes alcanam o SNC rapidamente e frequentemente desencadeiaum reflexo somtico. retransmitida para o crtex sensorial primrio e recebe ateno consciente.

    C: captam dor, temperatura, prurido (coceira). Por no serem mielinizadas, possuem uma conduomais lenta. Levam a sensao de dor lenta ou em queimao e dor contnua. O indivduo torna-seconsciente da dor, mas apenas tem uma idia vaga da localizao precisa da rea afetada.

    OBS26:Tipo de Estmulo Receptor

    Deformado pela fora MecanoreceptorVariao na temperatura Termoreceptor

    Energia luminosa Fotoreceptor Substncias qumicas Quimioreceptor

    Dor Nociceptor

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    rgos t endinosos de Golgi: Presentes na juno msculo-tendo, em srie com as fibras extrafusais. Soproprioceptores que detectam mudanas na tenso muscular. Os ramos aferentes Ib esto distribudos entre asfibras colgenas dos tendes.

    Receptores articulares: terminaes nervosas livres localizadas nas cpsulas articulares, que detectampresso, tenso e movimento em nvel articular. So capazes tambm de realizar nocicepo (captar dor),importante na identificao de degenerao das cartilagens articulares.

    OBS28: A fadiga muscular definida pela incapacidade de contrao da fibra muscular causada pelo cansao da

    mesma, sendo determinada por fatores genticos ou por falta de substrato energtico (falta de glicose, cido graxo ouO2). A cibra um espasmo muscular sustentado que pode ser causado por vrios fatores: concentraes de Clcio ouPotssio no adequadas, inervaes defeituosas (a fibra contraiu e no relaxou por falta de inervao proprioceptoraadequada), etc. Quando o msculo alongado de maneira voluntria, o espasmo motor da cibra , geralmente,relaxado devido estimulao de fusos musculares de natureza sensitiva que inibe o estmulo motor que suporta oespasmo muscular causador da cibra. Isso ocorre porque o alongamento estimula a abertura de canais inicos, queregulam esses espasmos. Por esta razo, atletas que sofrem com cibras aps esforos musculares vigorososcostumam alongar ou estender o membro acometido para aliviar o espasmo muscular.

    SUBSTNCIA BRANCA DA MEDULA ESPINHAL ETRATOS SENSORIAIS (VIAS ASCENDENTES)

    Como sabemos, a medula espinhal, em um cortetransversal, dividida em duas grandes regies:substncia cinzenta (corpos de neurnios) e substnciabranca (axnios).

    As fibras que atravessam a substncia brancacorrem em 3 direes: ascendente, descendente etransversalmente. Essa mesma regio da substnciabranca dividida em 3 funculos: posterior, lateral,anterior. Cada funculo apresenta fibras de vrios tratose fascculos (conjuntos de axnios de mesma funo),cujo nome revela a origem e o destino do mesmo.

    Portanto, enquanto que a substncia cinzenta representa uma regio onde existe uma maior concentrao decorpos de neurnios e fibras amielinizadas, a substncia branca, por sua vez, representa uma regio rica em axniosmielinizados. Na medula espinhal, em especial, a substncia branca representa uma via de passagem para vrios tratose fascculos: a maioria que sobe represetada por tratos sensitivos (vias ascendentes), pois levam informaessensoriais para o crebro; a maioria que desce motora (vias descendentes), pois levam informaes motoras doscentros corticais para os nervos perifricos. As demais vias conectam segmentos da prpria medula.

    OBS29: fato que o comportamento das vias que se encontram na medula espinhal muito mais complexo do que o apresentadoaqui. Alm disso, suas funes e peculiaridades clnicas tambm devem ser melhor detalhadas. Este captulo visa apenas resumir umpouco da neurofisiologia que rege o funcionamento destes tractos. Sugerimos que, para um aprofundamento no assunto, leia livrossobre Neuroanatomia Funcional ou o material de MED RESUMOS NEUROANATOMIA.

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    o As fibras do tracto espino-cerebrelar anterior ganham o funculo lateral do mesmo lado ou do lado oposto epenetram no cerebelo, principalmente pelo pednculo cerebelar superior. Admite-se que as fibras cruzadas namedula tornam a se cruzar ao entrar no cerebelo. O tracto espino-cerebelar anterior informa ao cerebelo e aoscentros corticais dados sobre eventos eletrofisiolgicos que ocorrem dentro da prpria medula relacionados com aatividade eltrica do tracto crtico-espinhal (principal trato motor da medula). Essa informao utilizada pelocerebelo para controle e modulao da motricidade somtica (da a importncia do cerebelo para o comando motor).

    OBS30: A somatotopia define que cada fibra aferente (sensitiva) que chega raiz dorsal da medula responsvel poruma regio especfica do corpo (dermtomos), obedecendo a segmentao medular, assim como mostrado na figuraabaixo. baseando-se neste conhecimento que um neurologista capaz de determinar, por meio de um simples exameclnico, o exato nvel medular acometido por um traumatismo raquimedular, determinando, a partir do nvel da leso, quala perda funcional, motora ou sensitiva, deste paciente.

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    SENTIDOSESPECIAISDo ponto de vista biolgico e de cincias cognitivas, os sentidos representam o meio pelo qual os seres vivos

    percebem e reconhecem outros organismos, alm das caractersticas do meio ambiente em que se encontram,garantindo a melhor adaptao ao mesmo e facilitando a sobrevivncia da espcie.

    Dentre os sentidos especiais e seus respectivos rgos,podemos destacar:

    Audio, relacionada com a captao de ondas sonoraspela cclea, localizada no ouvido interno . O equilbrio,que tambm pode ser considerado como um sentidoespecial, est relacionado ao aparelho vestibular, que estassociado cclea tambm no ouvido interno.

    Olfao, relacionada com a captao de partculasaromticas pelo epitlio olfatrio especial, localizado noteto da cavidade nasal, traduzindo, em nvel do SNC, ocheiro.

    Gustao (paladar), relacionada com a captao departculas qumicas de determinadas substncias ealimentos pelas papilas gustativas da lngua, traduzindo,em nvel central, o gosto.

    Viso, relacionada com a captao de ondas luminosaspelo epitlio neurossensorial da retina, localizada noglobo ocular.

    Observe que existem receptores, altamente especializados, capazes de captar estmulos diversos e localizadosnos respectivos rgos dos sentidos. Tais receptores, chamados receptores sensoriais especiais, so formados porclulas nervosas capazes de traduzir ou converter esses estmulos em impulsos eltricos ou nervosos que seroprocessados e analisados em centros especficos do SNC, onde ser produzida uma resposta (voluntria ouinvoluntria). A estrutura e o modo de funcionamento destes receptores nervosos especializados so diversos.

    AUDIOA audio a capacidade de reconhecer o som emitido pelo ambiente. O rgo responsvel pela audio o

    ouvido e suas estruturas internas (principalmente, a cclea), capaz de captar sons at uma determinada distncia.Uma das funes mais nobres do ser humano a linguagem o nico ser vivo capaz de expressar seus

    sentimentos e vontades atravs de palavras o homem. Contudo, o indivduo incapaz de ouvir perde parte destaconexo com o mundo: ele no perde apenas a audio, mas tambm perde a capacidade de se expressar e de ser

    entendido. At porque a linguagem gestual ou leitura labial trata-se de modalidades de linguagem consideradas frias,incompletas. O indivduo incapaz de ouvir nunca ser capaz, por exemplo, de saber a diferena entre a entonao vocalde gratificao, de negao, de carinho, etc.

    Unidades de Medidas de Som.O som transmitido por ondas sonoras. A intensidade do som determinada pela sua frequncia (distncia

    entre picos consecutivos) da onda: o nmero de ciclos de uma onda sonora. A audio determinada pela amplitude daonda, ou seja, pela altura da onda sonora. O timbre (interao de ondas diferentes) determinado pela complexidade eforma das ondas sonoras, que confere ao som sua qualidade nica.

    A frequncia auditiva (se o som grave ou agudo) medida em Hertz (Hz). A intensidade do som (se o som estalto ou baixo) medida em Decibel (dB).

    Em resumo, temos as seguintes medidas do som: Frequncia (Hertz ou Hz): mede a quantidade de oscilaes por

    segundo que as ondas das molculas de ar fazem em uma onda

    sonora (1 Hz = 1 ciclo/segundo). A frequncia auditiva a grandezaque determina se o som agudo ou grave:

    o Baixa frequncia tons graveso Alta frequncia (relacionada com a discriminao dos sons e

    entendimento dos fonemas) tons agudoso A capacidade mdia da populao de interpretar frequncia

    sonora de 200 a 10000 - 20000 Hz. Intensidade sonora (Decibel ou dB): mede o que chamamos

    vulgarmente de altura do som. Zero dB no quer dizer a ausncia desom, mas sim, a intensidade mnima do som necessria para que oouvido normal perceba o som.

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Ci%C3%AAncia_cognitivahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Seres_vivoshttp://pt.wikipedia.org/wiki/Percep%C3%A7%C3%A3ohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Organismohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Meio_ambientehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Somhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Dist%C3%A2nciahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Ouvidohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Dist%C3%A2nciahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Dist%C3%A2nciahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Ouvidohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Somhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Meio_ambientehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Organismohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Percep%C3%A7%C3%A3ohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Seres_vivoshttp://pt.wikipedia.org/wiki/Ci%C3%AAncia_cognitiva
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    considerado um indivduo de audio normal aquele que consegue captar com intensidade de zero at 25 dB.Zero decibel no significa, portanto, ausncia de som: trata-se da capacidade mnima que o indivduo normal tem dediscriminar a intensidade do som. Acima de 25 dB, passa a existir um limiar doloroso e uma faixa de som potencialmentelesiva para audio (que ocorre por volta de 80 dB).

    OBS32: Ondas sonoras. O som a propagao deuma frente de compresso mecnica ou ondamecnica; esta onda se propaga de formacircuncntrica, apenas em meios materiais - quetm massa e elasticidade, como os slidos, lquidosou gasosos. Os sons naturais so, na sua maiorparte, combinaes de sinais, mas um som puromonotnico, representado por uma senide pura,possui uma velocidade de oscilao ou frequnciaque se mede em hertz (Hz) e uma amplitude ouenergia quese mede em dcibeis. Os sons audveispelo ouvido humano tm uma frequncia entre 20Hz e 20.000 Hz. Acima e abaixo desta faixa estoultra-som e infra-som, respectivamente.

    Diviso Anatmica e Funcional do Ouvido (Orelha).O aparelho auditivo, a grosso modo, composto por trs regies: orelha externa, orelha mdia e orelha interna.

    De um modo geral, todas estas estruturas trabalham no intuito de amplificar o som at ele ser transformado em energianervosa para alcanar o sistema nervoso central.

    A primeira parte, a orelha externa, se estendedesde o pavilho auditivo at a membranatimpnica.

    A segunda parte, a orelha mdia, corresponde auma pequena cavidade no osso temporal, seestendendo desde a membrana timpnica at ochamado promontrio (eminncia marcada pelaespira basal da cclea). formada por uma pequenacmara cheia de ar na poro petrosa do ossotemporal denominada de cavidade do tmpano. Essacavidade comunica-se com a nasofaringe por umcanal osteocartilaginoso chamado tuba auditiva. Emresumo, esto contidos nesta regio: martelo,

    bigorna, estribo, clulas da mastide, msculoestapdio, msculo do martelo, tuba auditiva, etc. A terceira poro, a orelha interna, consiste em um intricado conjunto de cavidades e canais no interior da poro petrosa

    do osso temporal, conhecidos como labirinto sseo, dentro dos quais existem delicados ductos e vesculas membranosas,designadas, no seu conjunto, labirinto membranceo, o qual contm as estruturas vitais da audio e do equilbrio. Emresumo, esto contidos nesta regio: sistema vestbulo-coclear, responsvel pelo equilbrio (canais semicirculares, vestbuloe sculo) e audio (cclea). Destas estruturas, nascem os segmentos aferentes para formar o nervo vestbulo-coclear (VIIIpar craniano).

    No ouvido externo, a pina (pavilho auditivo) coleta e direciona o som atravs do canal auditivo (meato acsticoexterno). O canal auditivo amplifica e afunila o som at a membrana timpnica que, por sua vez, coleta o som e fazvibrar os ossculos do ouvido mdio, obedecendo a seguinte ordem: o martelo bigorna estribo. Este, ento, vibracontra a janela oval da cclea.

    OBS33: Ossculos do Ouvido. A membrana timpnica responsvel por converter a

    propagao rea do som em propagao mecnica, a partir do momento em que elavibra em direo ao martelo, que divido em duas regies: cabea do martelo e corpodo martelo. O martelo faz uma articulao com a bigorna (constituda de corpo, processomaior e processo menor). O processo maior da bigorna faz conexo com o estribo(prolongamento anterior e prolongamento posterior, que se assenta na platina doestribo). A platina do estribo, por sua vez, se conecta com a janela oval da cclea,responsvel por converter a propagao mecnica do som em propagao lquida(graas endolinfa dentro da cclea), que ser convertida, em nvel da cclea, emimpulso eltrico, o qual seguir at o crtex, onde haver a interpretao do impulso.

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Onda_mec%C3%A2nicahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Onda_mec%C3%A2nicahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Onda_mec%C3%A2nicahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Onda_mec%C3%A2nicahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Onda_mec%C3%A2nicahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Massahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Elasticidadehttp://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%B3lidohttp://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADquidohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Gasosohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Sen%C3%B3idehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Sen%C3%B3idehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Velocidadehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Oscila%C3%A7%C3%A3ohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Frequ%C3%AAnciahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Hertzhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Amplitudehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Energiahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Ouvidohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Humanohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Decibelhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Hertzhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Ouvidohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Hzhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Humanohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Hertzhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Hzhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Ultra-somhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Infra-somhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Infra-somhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Ultra-somhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Hzhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Hertzhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Humanohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Ouvidohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Decibelhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Energiahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Amplitudehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Hertzhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Frequ%C3%AAnciahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Oscila%C3%A7%C3%A3ohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Velocidadehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Sen%C3%B3idehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Gasosohttp://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADquidohttp://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%B3lidohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Elasticidadehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Massahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Onda_mec%C3%A2nicahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Mec%C3%A2nica
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    No ouvido interno, tem-se um rgo fundamental audio chamado de cclea. A cclea, na realidade,consiste em um estojo sseo em formato espiral(componente do labirinto sseo) que abriga o chamadoducto coclear (componente do labirinto membranoso)que, por sua vez, abriga o rgo de Corti (unidademorfofuncional do ouvido, responsvel por realizao atransduo do estmulo sonoro em impulso eltrico).

    A cclea (particularmente, a poro em forma deconcha: o corpo da cclea) dividida em trs canais ourampas: rampa vestibular que separada por umamembrana da rampa mdia e a rampa timpnica, que separada pela membrana basilar da rampa mdia. Ela preenchida por um fluido chamado de endolinfa,responsvel por propagar a vibrao que foi transmitidapelos ossculos, de modo que as clulas ciliadas captem apropagao dessa vibrao (ver OBS34). As clulasciliadas no rgo de Corti traduzem as ondas sonoras eas converte em impulsos nervosos.

    OBS34: O labirinto membranoso est presente dentro do labirinto sseo e preenchido por endolinfa (lquido similar aoslquidos intracelulares com alta concentrao de K+ e baixa concentrao de Na+). J, dentro do labirinto sseo, existe aperilinfa (de composio similar ao lquido extracelular, com baixa concentrao de K+ e elevada concentrao de Na+),que banha, por fora, o labirinto membranoso.OBS35: Acoplado cclea, existe ainda o vestbulo e os canais semi-circulares (dispostos em trs planos de direo),que constituem, juntos, o aparelho vestibular (que tambm apresenta clulas ciliadas), estando relacionado aoequilbrio. a este conjunto (cclea, vestbulo e canais semicirculares) que se d o nome de labirinto sseo.

    Hidrodinmica da Audio.O funcionamento da orelha interna praticamente baseado nesta dinmica dos fluidos contidos nos dois

    labirintos e mostrados na OBS34. Assim que o estribo realiza o movimento de pisto sobre a janela oval, ocorre umacompresso da perilinfa, a qual deslocada na forma de uma onda de choque. Esta onda se propaga at o nvel da

    janela redonda, onde o impacto amortecido e, assim, a perilinfa descomprimida.No mecanismo da audio, devemos levar em considerao, neste momento, a perilinfa localizada nas rampas

    cocleares. Esquematicamente, como podemos ver no desenho abaixo, temos a rampa vestibular em contato com ajanela oval e a rampa timpnica em contato com a janela redonda. Entre as duas rampas, est situado o ducto coclear

    (rampa ou escala mdia), componente auditivo do labirinto membranoso, contendo o rgo de Corti.

    Em resumo, a energia sonora, depois de conduzida ao longo da orelha externa, estimula o movimento dosossculos da orelha mdia, fazendo com que o estribo estimule a propagao sonora pela perilinfa, a partir da janelaoval. Como a janela oval se abre na rampa vestibular, este o primeiro espao a receber as vibraes da base doestribo. A rampa mdia (representada pelo prprio ducto coclear) est entre a rampa vestibular e a rampa timpnica eest preenchida por endolinfa, como vimos anteriormente. Esta rampa tem duas fronteiras: membrana de Reissnere amembrana basilar. A membrana de Reissner(vestibular) separa a rampa vestibular da rampa mdia. Atendendo suaespessura (por ser muito fina), no oferece obstculo passagem das ondas sonoras. Deste modo, a compresso epropagao do som ao longo da perilinfa facilmente propagada endolinfa dentro do ducto coclear, onde est contidoo rgo de Corti.

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    rgo de Corti.A figura ao lado mostra um corte axial com

    relao a uma das voltas espeirais da cclea,demonstrando, no detalhe, a unidade antomo-funcionalda orelha: o rgo de Corti.

    O rgo de Corti consiste em: membranabasilar; membrana tectorial; e clulas ciliadas entre asduas membranas, apresentando ainda clulas desuporte. As clulas ciliadas so as receptoras do sinalvibratrio, capazes de transformar a energia sonorapropagada pela endolinfa em impulso nervoso. Esteimpulso ser propagado atravs do componente cocleardo N. vestbulo-coclear, percorrendo a via auditiva, ato crtex auditivo, onde acontecer a interpretao dosom.

    Os clios projetam-se no topo de cada clulaciliada at a membrana tectorial. Portanto, quando asondas sonoras se propagam desde a perilinfa at aendolinfa, a membrana tectorial se move, provocandotambm um movimento ciliar, o que gera um potencialde ao e abertura de canais inicos. Dois tipos declulas ciliadas se encontram no rgo de Cortihumano:

    Clulas ciliadas internas: (~ 3500): formam uma nica camada de clulas ao longo da membrana basilar,estando elas localizadas mais medialmente com relao membrana tectrica.

    Clulas ciliadas externas: (~ 12.000): so organizadas em colunas ao longo da membrana basilar. Estorelacionadas com a poro mais lateral da membrana tectrica, sendo esta poro a que mais se move naocasio de onda de choque sonora. Leso destas clulas causa disacusia neurossensorial grave.

    Transduo Auditiva.As extremidades ciliares so unidas por uma ligao. O movimento ciliar

    gerado pelo deslocamento da membrana tectorial produz tenso nos clios, capazde abrir canais inicos na extremidade adjacente. Desta forma, ons de clcio esdio fluem para dentro dos clios e produzem uma despolarizao e conduo doimpulso nervoso. A intensidade do sinal sonoro determina o sentido da vibraodos clios das clulas ciliadas dos rgos de Corti.

    Em outras palavras, cada clio interligado ao outro por meio de um cross-

    link que, dependendo da intensidade vibratria, esta mesma ligao responsvelpor abrir um canal inico, entrando Na+ e Ca2+, levando a gerao de um potencialde ao e, eventualmente, de um impulso nervoso, que segue pelo nervo coclearat seus respectivos ncleos no tronco enceflico.

    Via auditiva.Depois que o estmulo sonoro na forma mecnica convertido em uma

    transmisso eletroqumica graas ao do clio das clulas ciliadas do rgo deCorti o impulso chega at neurnios de 1 ordem localizados no gnglio espiral (deCorti), os quais formam o componente coclear do nervo vestbulo-coclear (VIII parcraniano).

    O impulso ento levado para neurnios de 2 ordem dos ncleos coclearesdorsal e ventral, localizados na ponte. Os axnios destes neurnios cruzam para o lado

    oposto (constituindo o corpo trapezide), contornam o ncleo olivar superior e inflectem-se cranialmente para formar o lemnisco lateral do lado oposto. As fibras do lemniscolateral terminam fazendo sinapse com os neurnios III no colculo inferior. Existe umcerto nmero de fibras provenientes dos ncleos cocleares que penetram no lemniscolateral do mesmo lado, sendo, por conseguinte, homolaterais.

    A partir do colculo inferior, a via prossegue at o ncleo geniculado medial,onde esto neurnios de 4 ordem. Por fim, o trajeto dessas vias continua pela radiaoauditiva at o crtex auditivo, localizado principalmente no giro temporal transversoanterior (reas 41 e 42 de Brodmann). Conclui-se, portanto, que os sinais a partir deambos os ouvidos so transmitidos para os dois lados do encfalo, com predominnciada transmisso pela via contralateral.

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    OBS36: No sistema auditivo, existe uma representao tonotpica do som, de modo que as clulas ciliadas localizadasmais no topo do espiral da cclea so responsveis por captar mais graves, enquanto que a base da cclea estrelacionada a sons mais agudos. Tambm existe uma representao tonotpica em nvel do crtex auditivo primrio.

    Aparelho Ves ti bu lar .O sistema ou aparelho vestibular o conjunto de rgos do ouvido interno dos vertebrados responsveis pela

    manuteno do equilbrio. No homem, formado pelos trs canais semicirculares (que abrigam os ductos semiciculares)e o vestbulo (que contm o sculo e o utrculo). Ao vestbulo, encontra-se igualmente ligada a cclea que, como vimos, a sede do sentido da audio. Ao conjunto destas estruturas, dar-se o nome labirinto sseo (canais semicirculares,vestbulo e cclea), devido complexidade da sua forma tubular e constituio calcificada (e dentro do labirinto sseo,est presente o labirinto membranoso, representado pelos ductos semicirculares, sculo, utrculo e ducto coclear).

    Portanto, o sistema vestibular constitudo por uma estrutura ssea dentro da qual se encontra um sistema detubos membranosos cheios de lquido (endolinfa) cujo movimento provocado pelo deslocamento da cabea estimulaclulas ciliadas que enviam impulsos nervosos ao crebro ou diretamente a centros que controlam o movimento dosolhos ou os msculos que mantm o corpo numa posio de equilbrio.

    Alm da endolinfa, no sculo e no utrculo encontram-se os otlitos, que so corpsculos rgidos cujo movimentoestimula igualmente os nervos que controlam a postura do animal.

    Podemos, ento, diferenciar trs componentes do aparelho vestibular: Saco vestibular (vestbulo): componente do labirinto sseo que abriga um grupo de rgos receptores (o utrculo e o

    sculo) em cada ouvido interno e que detecta a inclinao da cabea. Canais semicirculares: anis sseos que abrigam ductos semicirculares membranosos dispostos nas trs dimenses do

    plano, sendo capazes de detectar mudanas na rotao da cabea. Ampolas: consiste em dilataes ou alargamento dos canais semicirculares rente ao vestbulo. A ampola contm a cpula

    gelatinosa, que se move em resposta ao movimento da endolinfa no interior dos canais.

    Nas ampolas, existem pequenos ossculos ou cristais denominadosotlitos que circundam livres em uma matriz gelatinosa em contato com aextremidade apical das clulas ciliadas. Estas clulas, como foi visto,produzem um impulso nervoso a partir dos movimentos desses clios, queser propagado por meio do componente vestibular no N. vestbulo-coclearat os ncleos vestibulares localizados na ponte (tronco enceflico).

    As clulas receptoras do aparelho vestibular, portanto, so similaress clulas ciliadas encontradas na cclea, apresentando mecanismo detransduo semelhante. Vale ressaltar que o consumo de glicose (paraproduo de ATP) por estas clulas altssimo. Pacientes que tmresistncia insulina apresentam problemas de vertigem (tontura) devido carncia energtica nessas clulas.

    O gnglio vestibular (de Scarpa) a sede dos corpos dos neurniosbipolares (de 1 ordem) que levam a informao do aparelho vestibular paraos ncleos vestibulares (neurnios de 2 ordem) e, deste, para o crebro ecerebelo (da a relao do cerebelo com o equilbrio).

    OBS37: A labirintite uma desordem que causa desequilbrio, tontura e nusea. Ela est relacionada com processosinflamatrios e infecciosos do labirinto, que contm o aparelho vestibular, relacionado ao equilbrio.

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    OBS38: Outros componentes anatmicos do globo ocular podem ser ressaltados: Conjuntiva bulbar: tecido bastante fino e vascularizado chamado que reveste o globo ocular desde as margens

    do epitlio da crnea, recobrindo a superfcie escleral do olho at a regio onde se rebate na forma de umngulo.

    Esclera: a parte opaca e resistente da tnica fibrosa (camada externa) do bulbo do olho que cobre os cincosextos posteriores do bulbo do olho (o restante revestido anteriormente pela prpria crnea). A parte anteriorda esclera visvel atravs da conjuntiva bulbar transparente como a parte branca do olho.

    r is e Pupila. Se comparssemos o globo ocular a uma mquina fotogrfica, a ris funcionaria como o diafragma

    e sua abertura, a pupila. Isso porque a ris representa um importante componente da tnica mdia do olhodotada de pigmentos e fibras musculares lisas que controlam, atravs da abertura da pupila (orifcio entre asfibras musculares da ris), a quantidade de feixes luminosos que penetram o olho. O dimetro pupilar podevariar de 2 mm (quando a luminosidade intensa) a 8 mm (quando a luminosidade fraca).

    o Msculo circular (esfncter da pupila): um msculo inervado pelo N. oculomotor (III par craniano ecomponente do sistema nervoso parassimptico) que, ao se contrair, promove a miose (contrao dapupila).

    o Msculo radial da ris: inervado por fibras do sistema nervoso simptico que, ao se contrair, promove amidrase (dilatao da pupila).

    vea: no vocabulrio mdico, e o conjunto das seguintes estruturas: ris, corpo ciliar e coride (parte do olhoresponsvel pela vascularizao de vrias estruturas). sede das uvetes, doenas muito relacionadas comtranstornos reumticos.

    Disco ptico: a rea deprimida e circular localizada no fundo do olho denominada de disco do nervo ptico(papila ptica ou, simplesmente, disco ptico), onde os axnios das clulas ganglionares se unem para constituiro N. ptic