Finura Do Cimento

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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE GOIÁS CÂMPUS GOIÂNIA DEPARTAMENTO DAS ÁREAS ACADÊMICAS III ÁREA DE CONSTRUÇÃO CIVIL RELATÓRIO DE ENSAIO: DETERMINAÇÃO DA FINURA DO CIMENTO POR MEIO DA PENEIRA Nº 200 DIEGO M. SOARES MARIA D. CARVALHO ALZIRA DA C. SOUZA

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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE GOIÁS

CÂMPUS GOIÂNIADEPARTAMENTO DAS ÁREAS ACADÊMICAS III

ÁREA DE CONSTRUÇÃO CIVIL

RELATÓRIO DE ENSAIO:

DETERMINAÇÃO DA FINURA DO CIMENTO POR MEIO DA PENEIRA Nº 200

DIEGO M. SOARESMARIA D. CARVALHOALZIRA DA C. SOUZA

GOIÂNIA

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D0017C10: Estudo da formação da etringita tardia em concreto por calor de hidratação do cimento. 27 __________________________________________________________________________________________

2012

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Diego M. SoaresMaria D. CarvalhoAlzira da C. Souza

RELATÓRIO DE ENSAIO:

DETERMINAÇÃO DA FINURA DO CIMENTO POR MEIO DA PENEIRA Nº 200

Relatório de ensaio apresentado na disciplina Materiais de Construção I do Curso Superior de Tecnologia em Construção de Edifícios do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás – Campus Goiânia.

Área de concentração: Construção Civil

Professora: MSc. Sandra Kurotusch de Melo

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GOIÂNIA2012

1. INTRODUÇÃO

O presente relatório tem como objetivo apresentar os resultados da avaliação da finura do

cimento Portland CPII F-32 por peneiramento realizado conforme a NBR 11579 (ABNT,

1991), bem como apresentar a metodologia empregada. Os resultados comprovaram que o

cimento atende aos limites especificados pela NBR 11578 (ABNT, 1991) sendo seu índice de

finura de 0,7%.

2. OBJETIVO DO ENSAIO

O objetivo do ensaio é a determinação da finura do cimento Portland utilizando a peneira

de 75m (nº200), pelo procedimento manual, para a verificação da fração retida em

porcentagem, em massa, de cimento cujas dimensões dos grãos são superiores a 75m.

2.1 FUNDAMENTAÇÕES TEÓRICAS

Além de servir para aplicações gerais, o cimento Portland composto CPII F-32 pode ser

usado no preparo de argamassas de assentamento, revestimento, argamassa armada, concreto

simples, armado, protendido, projetado, rolado, magro, concreto-massa, elementos pré-

moldados e artefatos de concreto, pisos e pavimentos de concreto e solo-cimento, dentre

outros. Um dos fatores que indica a qual aplicabilidade o cimento acima pode ser utilizado é o

índice de finura.

O contato da água com os componentes do cimento se dá na superfície dos grãos,

hidratando-os, gradativamente, em direção ao interior. Um cimento mais fino possui maior

número de grãos por unidade de massa, ou seja, possui maior área específica. Com isso, a

água encontrará muito maior área de contato e a reação se fará com maior intensidade,

resultando, assim, em maior resistência mecânica, maior liberação de calor e, também, maior

tendência à retração.

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Neste caso, como a peneira possui dimensões extremamente pequenas, utiliza-se uma

amostra com massa de 50,00 g, o que facilita o processo de peneiramento e evita a diminuição

da vida útil da peneira, uma vez que os poros da mesma podem se entupir com grande

facilidade. Para o cimento Portland composto CPII F-32 o índice de finura deve estar sempre

menor que 10% para a classe 40MPa e menor que 12% para as classes de 25 e 32MPa de

acordo com a NBR 11578/91.

3. MATERIAIS E EQUIPAMENTOS

O cimento avaliado foi o cimento Portland composto com fíler (calcário), CPII F-32. Para

a realização do ensaio pelo procedimento manual, foram utilizados os seguintes

equipamentos:

1. Balança digital com precisão de 0,01g.

2. Conjunto de peneiramento, composto pela peneira de 75μm, do fundo e da tampa.

3. Pincel médio de náilon e um pincel pequeno de cerdas naturais.

4. Flanela seca e limpa.

5. Cronômetro com resolução de 1 s.

6. Recipiente cerâmico para pesagem do material retido.

4. METODOLOGIA DE ENSAIO

O ensaio de finura do cimento Portland foi realizado através do procedimento manual, que

consiste em quatro operações (Eliminação de finos, etapa intermediária, peneiramento final e

transferência do resíduo).

Para o início do ensaio, montou-se o esquema de peneira, tampa e fundo, como mostrado

na figura 2. Uma amostra de 50 g do cimento foi adicionada sobre a tela da peneira. Após

segurar o conjunto (tampa, peneira e fundo) empregou-se movimento de vaivém na horizontal

de modo que o cimento se espalhasse sobre a superfície da tela e a parte fina passasse quase

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que em sua totalidade durante um período de 5 minutos. Esta etapa corresponde à eliminação

dos finos.

Figura 1- Esquema de montagem de tampa, peneira e fundo para o ensaio de peneiramento do

cimento.

A etapa intermediária consistiu na retirada e limpeza do fundo contendo o material fino

que posteriormente foi descartado, e na limpeza da parte inferior da peneira com o pincel

médio. Após a remontagem do esquema da figura 2, continuou-se o peneiramento com suaves

movimentos de vaivém horizontais por um período de 20 minutos, girando o conjunto em

intervalos regulares de tempo. Terminada esta etapa limpou-se a parte inferior da peneira e

descartou-se o material presente no fundo, que também foi limpo posteriormente.

A última etapa consistia no peneiramento final. Segurou-se o conjunto da figura 2

ligeiramente inclinado e imprimiram-se movimentos de vaivém durante cerca de 60s, girando

sempre o conjunto a cerca de 60º a cada intervalo de 10s. Completando-se este período,

limpou-se o fundo da peneira com o pincel médio recolhendo todo o material e transferindo-o

para o fundo. O material depositado no fundo foi então transferido cuidadosamente para o

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recipiente de cerâmica, tarado previamente na balança, onde se registrou uma massa superior

ao limite de 0,1% da amostra original, ou se já, uma massa superior a 0,05g. O procedimento

acima foi repetido até que se obteve um resíduo passante de 0.02g. Procedeu-se então com a

pesagem do material retido na peneira de 75m, obtendo-se uma massa de 0,35g.

5. CÁLCULOS E EXPRESSÃO DOS RESULTADOS

O índice de finura do cimento é obtido pela expressão:

Onde:

F = índice de finura do cimento, em porcentagem.

R = resíduo do cimento na peneira 75m, em g

M = massa inicial do cimento, em g

C = fator de correção da peneira utilizada no ensaio, determinado de acordo com o disposto

na EB-22, devendo estar compreendido no intervalo de 1,00 ± 0,20.

O resíduo que permaneceu na peneira de 75m foi de 0,35g e a massa inicial utilizada no

ensaio foi de 50,00g. Como C é o fator de correção e representa o desvio da idealidade da

peneira, ou seja, seu valor seria 1,00 se a peneira apresentasse todos os seus orifícios

desobstruídos, neste caso ela seria a peneira ideal. O controle da porosidade da peneira é feito

por órgãos certificados que emitem um laudo referente à eficiência da peneira. Neste caso o

valor C se refere a uma correção do estado inicial da peneira. Como a peneira em uso não

passou por nenhum procedimento de medição/verificação de eficiência recentemente adotou-

se o valor de C = 1,00.

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6. CONCLUSÃO

A norma NBR 11579/91 diz que o resultado do ensaio é o valor obtido em uma única

determinação, assim o valor do índice de finura F, do cimento analisado, foi de 0,7%. Este

índice corresponde à porcentagem em massa de material fino presente na amostra inicial.

O ensaio foi realizado uma única vez, assim não há como se ter parâmetros para avaliar a

eficácia do ensaio, pois o teste deveria ter sido realizado pelo menos duas vezes, levando-se

em conta que para cada teste o operador deveria ser o mesmo, assim a repetibilidade do ensaio

não foi garantida. A reprodutibilidade do ensaio é obtida entre a diferença de dois resultados

individuais e independentes realizados por operadores diferentes a partir da mesma amostra,

não podendo ultrapassar 0,8% em valor absoluto. Como não se obtiveram resultados dos

outros grupos para efeito de comparação, não se pode afirmar que o ensaio teve uma boa

reprodutibilidade.

Para o cimento CPII F-32 de acordo com a NBR 11578/91 o índice de finura deve ser

menor que 12%, assim o ensaio realizado comprovou que o cimento está dentro do limite

estabelecido.

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7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Agregados – Determinação do material fino que passa através da peneira 75μm, por lavagem. NBR NM 46: Rio de Janeiro, 2001.

Isaia, Geraldo C.(Editor). Materiais de Construção Civil. 1ªed. IBRACON, 2007

Isaia, Geraldo C.(Editor). Concreto: ensino, pesquisa e realizações. 1ªed. IBRACON, 2005.

Equipe do Laboratório de Furnas. Concretos – Ensaios e Propriedades. PINI 97

Mehta, P.K.Concreto: Estrutura Propriedades e Materiais. PINI 1994

Cimento Portland - Determinação da finura por meio da peneira 75 μm. NBR11579: Rio de Janeiro, 1991.