Finanças_públicas_na_fase_de_estabilização_(1994-1998).ppt
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AS FINANÇAS AS FINANÇAS PÚBLICAS NA FASE PÚBLICAS NA FASE
DE ESTABILIZAÇÃO: DE ESTABILIZAÇÃO: 1994/19981994/1998
Panorama das Contas Panorama das Contas Públicas: 1995/1998Públicas: 1995/1998
Queda da inflação no período 1995/1998 está ligada à combinação dos seguintes elementos:
• Fase de transição representada pela adoção da URV, que permitiu acomodação dos preços relativos;
• Maior abertura econômica;• Papel da âncora cambial como balizador de
expectativas;• Nível de reservas cambias suficiente para dar
credibilidade à âncora cambial;• A abundância de capitais na economia
internacional;• Elevadas taxas de juros.
A combinação de um déficit público com o desaparecimento do imposto inflacionário como fonte de financiamento gerou um aumento da dívida líquida do setor público que, incluindo a base monetária, passou de 30% do PIB em 1994 para 39% do PIB em 1998.
As NFSP e as despesas com juros
NFSP – Conceito operacional – Setor Público consolidado (% PIB)
Ano Déficit operacional
Déficit primário
Juros reais
1994 -1,1 -5,2 4,11995 4,6 -0,3 4,91996 3,5 0,1 3,41997 4,0 0,9 3,11998 6,9 0,0 6,9
OS JUROS REAIS E AS NFSP DEPOIS DE 1994
Quando se comparam as médias do período, a variação das despesas de juros não foi a principal responsável pela deterioração nas NFSP. Porém, no final do primeiro governo FHC, tiveram uma participação muito maior na explicação das NFSP.
O resultado primário
O desequilíbrio dos estados e municípios, foi, durante a maior parte do período 1994/1998, o responsável pelo pior resultado primário no conjunto das três unidades de governo consideradas – governo central, estados e municípios e empresas estatais.
Causas mais importantes do aumento do gasto público do governo central entre 1994/1998:
• Aumento da transferência a estados e municípios, diretamente relacionado com a maior receita (0,4% do PIB);
• Aumento dos gastos de benefícios previdenciários do INSS (0,6% do PIB);
• Aumento de “outras despesas de custeio e capital” (OCC – 1,1% do PIB).
A crise dos estadosA situação fiscal posterior à estabilização foi
marcada por uma crise financeira nos estados: no período 1995/1998 o agregado de estados e municípios apresentou déficits primários em todos os anos, sendo eles, na média, 0,4% do PIB.
As crises das finanças de estados e municípios foi, principalmente, uma crise dos estados, pois as maiores facilidades de financiamento permitiram a existência de déficits muito maiores do que os municípios.
Principais fontes da piora fiscal dos estados após 1994:
• Aumento inicial do casto com o funcionalismo;
• Peso crescente dos inativos na composição da folha de pagamento dos estados.
A Criação de Fontes A Criação de Fontes Temporárias de Temporárias de Contenção FiscalContenção Fiscal
Motivo:• Dificuldade de estabelecer um ajuste fiscal em
bases permanentes.Objetivo:• Contração das despesas ou expansão da
receita.Consequências:• Melhora do resultado fiscal;• Análise do desempenho fiscal se tornou mais
complexa.
Fatores de destaque:• Receita do Imposto Provisório sobre
Movimentações Financeiras (IPMF), depois transformado em contribuição (CPMF);
• Fundo Social de Emergência (FSE), depois transformado em Fundo de Estabilização Fiscal (FEF);
• Receita de concessões;• Aumento da receita de IR na fonte sobre
aplicações financeiras.
Receita do IPMF/CPMF
Vigor em 1994 / 1997 – 1998Alíquota incidente sobre todas as transações
financeiras da economia;Receita média: 0,8% do PIBVersão 1997: recursos deveriam ser
vinculados à saúde.
FSE / FEF
Vigorou em 1994 – 1995 / 1996 – 1999;Reduzir temporariamente em 20%:• Receita do PIS/PASEP e do salário educação;• Repasse automático feito pelo governo federal
ao BNDES;• Pagamento de seguro-desemprego.
FSE / FEF
Permitir temporariamente o governo reter IR na fonte sobre salários dos funcionários públicos das representações federais: recursos deveriam ser transferidos a estados e municípios;
Impacto de 0,5% do PIB (em forma de transferências não realizadas);
1998: 0,3% do PIB.
Receita de concessões
Vigorou de 1997 a 2001;Composição:• Concessões da “Banda B” de telefonia celular
(1997/1998);• Leilão das empresas daTelebrás (1998);• Concessão das “empresas espelho” de
telefonia (1999).Total arrecadado: 0,9% do PIB.
Aumento da receita de IR na fonte sobre aplicações financeiras
Aumento dos rendimentos nominais de 15% para 20%;
Tributação das aplicações anteriormente não movimentadas;
Receita bruta de 0,5% do PIB, e líquida de 0,3% em 1998.
Receita total
CPMF 0,8
FEF 0,3
Concessões 0,9
IR 0,3
Total 2,3% do PIB
Críticas:
Solvência do setor público dependia de superávit permanente;
Receitas de concessões não deveriam ser registradas “acima da linha”;
Distinção das receitas da venda da Telebrás.
Os Efeitos Defasados da Os Efeitos Defasados da Constituição de 1988Constituição de 1988
Gerou dois tipos de problemas especificamente:
• Restrição da margem de manobra das autoridades;
• Aumento considerável das despesas previdenciárias.
Consequência: déficit público foi mais expressivo.
Com a perda de margem de manobra das autoridades( federais) pode ser aferida pelos
seguintes indicadores:Entre 1988 e 1993 aparcela da receita de IR e IPI
transferida a estados e municípios teve um aumento relativo de mais de 40%;
Em 1987, conforme as contas nacionais, no universo da soma de (gasto com pessoal + outros gastos corrente + formação bruta de capital), a participação do governo federal nesse tipo de gastos era de 43%,ficando os 57% restantes com os estados e municípios.
Em 1991: Conforme os dados da SPE a participação das despesas OCC do Tesouro Nacional no total das despesas não – financeiras do governo central era de 29 %, em 1995 sofreu uma queda para 24 % devido ao aumento dos demais itens de despesas.
Nas demais rubricas de gasto , o governo central estava sujeito a alguma limitação, notadamente as despesas com pessoal, os benefícios previdenciários e as transferências constitucionais a estados e municípios, em função de interesses de prefeitos e governadores e da influência deste sobre o Congresso Nacional.
No que diz respeito às despesas previdenciárias, interessa-nos frisar os seguintes aspectos:
• A partir de 1991, houve um verdadeiro boom das aposentadorias no meio rural;
• A implantação do RJU, só passou a ter efeito significativo a partir de 1991;
• As possibilidades de aposentadoria por tempo de serviço em uma idade precoce beneficiaram um número crescente de pessoas;
• Servidores optaram pela aposentadoria antecipada.
Qual o impacto dessas questões nas contas do governo federal?
Fatores de aumento do gasto com pessoal – Governo Central (%) / a
Gasto com pessoal
Composição gasto (% PIB) Crescimento real (% a.a.)1995 2006
Civis (A) 75,0 75,8 1,7Ativos (B) 43,6 47,2 2,3
Inativos (C)/b 31,4 28,6 0,7Militares (D) 25,0 24,2 1,3
Ativos (E) 11,5 9,0 -0,7Inativos (F)/c 13,5 15,2 2,8
Total (G) 100,0 100,0 1,6Ativos (H) 55,1 56,2 1,8
Inativos (I)/c 44,9 43,8 1,3C / B 0,72 0,61F / E 1,17 1,69F / I 0,30 0,35
Os Fatores Os Fatores Discricionários de Discricionários de Desajuste FiscalDesajuste Fiscal
Política fiscal expansionista
Há dois elementos que caracterizam a natureza expansionista da política fiscal do governo:
• O reajuste das contas das aposentadorias e pensões em níveis superiores à inflação;
• O incremento das despesas de OCC.
O salário mínimo e o aumento da despesa com benefícios
previdenciários
A desvalorização do salário mínimo e seus reajustes.
Aumento das OCC
Despesa com pessoal;Não intervenção governamental;OCC corresponde a quatro grandes itens:• Pessoal;• Benefícios previdenciários;• Transferências constitucionais;• Juros da dívida pública.Em 1994/1995: aumento de 17 bilhões para 31
bilhões.
A necessidade de respeitar a restrição orçamentária
Aumento das OCC e o reajuste dos benefícios;Existem dois tipos de regime fiscal:• Restrição orçamentária fraca;• Restrição orçamentária rígida.O desafio de transitar de um regime fiscal para
outro.