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FILOSOFIA DA CIÊNCIA

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FILOSOFIA

DA CIÊNCIA

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INTRODUÇÃO

1. Definição:Ciência: Conhecimento que inclua, em

qualquer forma ou medida, uma garantia da própria validade;

O oposto à ciência é a opinião, que não garante a sua própria validade;

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As diferentes concepções de ciência podem ser distinguidas conforme a garantia de validade que se lhes atribui;

A garantia pode consistir: demonstração, descrição e na corrigibilidade;

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A) A garantia científica com base na demonstração> é o ideal da ciência clássica.

Platão (Menon) comparava a opinião às estátuas de Dédalo, que estão sempre em atitude de fuga;

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As opiniões desertam da alma humana, de modo que não terão muito valor enquanto alguém não conseguir dar uma ordem de raciocínio causal a elas, isto é, a criação do nexo reflexivo;

As opiniões permanecem opiniões justamente porque não possuem nenhuma ordem lógica;

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Para Aristóteles, a ciência é um conhecimento demonstrativo;

Por demonstrativo se entende o conhecimento da causa de um objeto, isto é, podemos conhecer porque um objeto não pode ser diferente do que é. Logo, o objeto da ciência é o necessário;

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Por isso, Aristóteles exclui que possa haver ciência do não necessário, ou seja da sensação e do acidental;

Identifica o conhecimento científico com o conhecimento da essência necessária;

Os antigos nunca se afastaram de Aristóteles> os estóicos: a ciência é a compreensão segura, certa e imutável fundada na razão;

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S. Tomás vai respeitar as idéias de Aristóteles (S. Th., II, 1, q 57, a 2);

O surgimento da C. moderna não coloca em crise o ideal clássico de ciência. Por ex. a matemática, como ciência perfeita pela sua organização demonstrativa racional;

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Descartes, queria organizar todo o conhecimento humano pelo modelo da aritmética e da geometria, únicas ciências que ele considerava desprovidas de falsidade e de incerteza, porque eram fundadas inteiramente na dedução;

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Kant, rotulava esse velho ideal com um novo termo> sistema;

Para Kant, a unidade sistemática, é o que antes de tudo faz de um conhecimento comum uma ciência, isto é, de um simples agregado, um sistema;

Sistema> unidade de conhecimentos múltiplos reunidos sob uma única idéia (CRP cap. III). É um conceito de C. que é utilizado no sec. XIX. A esse sistema ainda recorrem as filosofias de caráter teológico ou metafísico;

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Quando tomamos Fichte> uma cc. deve ser uma unidade, um todo...as proporções isoladas não são ciências, só se tornam no todo, graças ao seu lugar no todo;

Fichte, Schelling e Hegel consideravam que o único saber sistemático, portanto, a única ciência, era a filosofia;

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Com a ciência moderna, a ciência da natureza se afasta do ideal científico de ciência como sistema;

Como conclusão trabalhar os textos da “Metafísica” de Aristóteles e o “Discurso do método de Descartes” e a “Crítica da Razão Pura de Kant”, modelos da ciência como demonstração;

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b) Concepção descritiva> nasce com Bacon, Newton e os filósofos iluministas.

Seu fundamento é a distinção baconiana entre antecipação e interpretação da natureza.

A interpretação> consiste em conduzir os homens diante dos fatos particulares e das suas ordens (cfr. Nov.Org., I, 26, 36);

Newton> estabelecia o conceito descritivo da ciência, contrapondo o método da análise ao método da síntese;

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A síntese consiste em assumir que as causas foram descobertas, e que devemos colocá-las como princípios e em explicar os fenômenos partindo de tais princípios e considerando como prova essa explicação;

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A análise consiste em fazer experimentos e observações, em deles tirar conclusões gerais por meio da indução e em não admitir, contra as conclusões, objeções que não derivem dos experimentos ou de outras verdades seguras;

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Os iluministas exaltaram esse novo ideal. D´Alembert declara ser inútil seja à ciência e à filosofia o espírito de sistema.

A ciência vai se reduzir à observação dos fatos.

O positivismo de oitocentos, não vai fazer outro que recorrer a essa idéia de ciência.

Vai dizer Conte> que o papel fundamental da filosofia positiva é considerar todos os fenômenos como sujeitos às leis naturais invariáveis (cfr. Cors. De phil. Positive I, 4; vol. I, pp. 26 a 27).

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O positivismo > vai insistir também no caráter de ciência que Bacon havia anunciado: o operacional ou ativo, o que o que faz o homem atuar sobre a natureza, e a domine através da previsão dos fatos, possibilitada por leis;

Uma ciência de observação será uma ciência que raciocina sobre os fatos da observação natural, isto é, sobre os fatos pura e simplesmente constatados;

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Ao passo que a ciência experimental raciocinará sobre os fatos obtidos nas condições que o experimentador criou ou determinou.

Como conclusão ler a obra “O Nuvum organum” de Bacon como conhecimento descritivo;

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A concepção da autocorrigibilidade> Trata-se de uma das concepções mais críticas ou menos dogmáticas da metodologia contemporânea;

Parte do pressuposto da desistência da garantia absoluta da ciência;

Seu pressuposto é o falibilismo, que Peirce atribuía a qualquer conhecimento humano;

A tese do falibilismo foi proposta pela primeira vez por Cohen, ciência como sistema autocorretivo;

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O conhecimento científico pode evoluir justamente porque nenhuma proposição sua é absolutamente certa, e assim o processo de autocorreção pode atuar quando se encontra provas mais adequadas.

Aqui a correção aparece como elo de continuidade no método científico.

Popper, numa linha equivalente, propõe que o instrumental da ciência não está voltado para a verificação, mas para a falsificação das proposições científicas

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Popper pretendeu abandonar o ideal clássico de ciência, o velho ideal científico da episteme, do conhecimento absolutamente certo e demonstrável;

O homem não pode conhecer, só conjecturar;

Como conclusão ler o texto Popper sobre a corrigibilidade;