Filosofia

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Page 1: Filosofia

Filosofia Subjectivismo moral: é uma teoria filosófica segundo a qual o valor de verdade dos

juízos morais ( valor ) depende das crenças , dos sentimentos e opiniões dos sujeitos

que os emitem. Não há verdades morais objectivas e universais. Também se chama de

relativismo individual já que cada individuo julga a situação a partir dos seus próprios

códigos (princípios) morais. O subjectivismo diz-nos que a moralidade é uma questão

de gosto pessoal, isto porque os valores variam em função de cada pessoa – das suas

necessidades , da sua personalidade , da identidade( porque determina as preferências

de cada um ), as vivências , e as experiências na infância, as amizades , a família , o

meio em que se vive , a religião , a formação académica – assim são os factores

individuais que condicionam o modo como cada um encara os acontecimentos e os

valores. Para um subjectivista os valores são individuais e estritamente subjectivos.

Razões que levam a aceitar o subjectivismo :

1. O subjectivismo moral torna possível a liberdade porque agimos livremente

apenas quando damos voz aos nossos sentimentos e agimos de acordo com

eles.

2. O subjectivismo promove a tolerância entre pessoas com convicções morais

diferentes porque tornamo-nos mais capazes de aceitar como legítimas as

opiniões e as acções que vão contra as nossas preferências.

Objecções ao subjectivismo:

O que caracteriza o subjectivismo moral é que os juízos morais descrevem sentimentos

de aprovação ou reprovação do indivíduo que julga. Para um subjectivista os juízos

morais têm valor de verdade mas a sua verdade é relativa a cada sujeito. Por isso, esta

teoria é criticável.

1. O subjectivismo permite qualquer que juízo de valor seja verdadeiro e neste

sentido qualquer ponto de vista por absurdo que seja pode ser considerado

certo ou errado dependendo das crenças dos sentimentos ou dos valores de

quem julga.

2. Para o subjectivista a educação consiste em deixar as pessoas seguir o seu

sentimento de aprovação ou reprovação.

3. Se à partida ambas as partes têm razão então nada há para debater e por isso

este tipo de crítica diz que o subjectivismo tira todo o sentido ao debate

racional sobre questões morais.

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4. O subjectivismo não consegue explicar a existência de desacordos morais

porque os desacordos morais para os subjectivistas são uma ilusão, isto é , duas

afirmações podem ser consistentes mas não traduzem correctamente as

afirmações que anteriormente não aceitavam qualquer desacordo entre eles.

Caracterização do relativismo cultural:

A correcção dos juízos e das normas morais é sempre relativa a uma dada

sociedade e á cultura que nela existe .

Para o relativista cultural o certo e o errado variam de sociedade para

sociedade. Não há nada que esteja certo ou errado , pois há culturas

diferentes e com opiniões diferentes.

Diz-nos que a moralidade os hábitos alimentares as cerimónias de casamento

ou os estilos de vestuário variam de sociedade para sociedade. Sociedades

com culturas diferentes têm uma moralidade diferente e nenhuma está mais

certa ou errada do que outra .

Interpreta os juízos morais em termos de aprovação social. ( os juízos são

correctos ou incorrectos em função da sociedade e da cultura.)

Cada sociedade possui as suas convenções ( normas estabelecidas por cada

grupo social).

MULTICULTURALISMO (diversidade cultural) – é a situação de coexistência de culturas

diferentes ou diversas. Por razões particulares pessoas e espaços culturais diversos são

obrigados a relacionar-se e a ter de conviver.

Etnocentrismo (rejeição): Xenofobia (ódio aos estrangeiros); Chauvinismo (patriotismo

fanático); Racismo (repúdio a determinados grupos sociais).

Relativismo cultural (coexistência): Tolerância, isolamento, racismo, estagnação.

Interculturalismo (diálogo): Convivência, Pluralismo, direitos humanos.

Cultura: a cultura é o modo de vida próprio de uma sociedade e manifesta-se de

formas específicas e divergentes.

A cultura é um modo de adaptação – qualquer ser humano é produto de uma cultura.

A cultura é um conjunto de respostas – os padrões culturais obrigam as pessoas a

comportar-se de determinada forma que permitem que essa pessoa conviva com os

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outros numa determinada sociedade. A cultura é a criação porque a nível artístico as

culturas diferenciam-se umas das outras, a nível gastronómico, a nível de vestuário etc

.

A cultura é um sistema de símbolos. A cultura é um factor de humanização que

permite que cada individua se sinta integrado numa determinada sociedade.

Relacionar a noção de cultura com a necessidade dos valores:

Os valores influenciam as culturas.

o O homem é produto e produtor de cultura.

A cultura é dinâmica e selectiva.

o Quando uma cultura estagna desaparece/ extingue-se.

O bem e o mal são definidos pelos valores que defendemos.

Uma sociedade funciona segundo a hierarquização dos valores.

o Os valores mais elevados para uma sociedade podem constituir os

valores mais baixos para outra e por isso de acordo com os valores

defendidos os vários aspectos de uma sociedade são tratados de

maneiras diferentes.

A cultura é informação porque em cada cultura as pessoas devem saber como

se comportar de acordo com os valores aceites nessa sociedade.

É um sistema de símbolos porque cada símbolo é uma referência a uma

determinada cultura e consequentemente com a hierarquização dos valores .

É uma forma de adaptação porque uma pessoa da cultura ocidental por

exemplo no oriente tem de se adaptar á cultura do local.

É a criação porque em cada cultura diferentes crenças elementos da natureza

são defendidos.

As culturas não são estáticas – uma cultura vai adoptando certos valores de

outras culturas formando assim uma cultura cínica pois adopta apenas aquelas

que acham importantes e interessantes. Desta forma a cultura evolui senão

extingue-se.

A cultura é invenção.