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Anais do XIII Workshop de Plantas Medicinais de Botucatu: Em busca de produtos naturais bioativos. Filipe Pereira Giardini Bonfim Maria José Queiroz de Freitas Alves Cristiano Soleo de Funari Percília Cardoso Giaquinto (Organizadores) Anais do XIII Workshop de Plantas Medicinais de Botucatu Em busca de produtos naturais bioativos24 e 25 de maio de 2018 - Instituto de Biociências UNESP – Botucatu/SP 2018

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Anais do XIII Workshop de Plantas Medicinais de Botucatu: Em busca de produtos naturais bioativos.

Filipe Pereira Giardini Bonfim

Maria José Queiroz de Freitas Alves

Cristiano Soleo de Funari

Percília Cardoso Giaquinto

(Organizadores)

Anais do XIII Workshop de Plantas Medicinais de Botucatu

“ Em busca de produtos naturais bioativos”

24 e 25 de maio de 2018 - Instituto de Biociências

UNESP – Botucatu/SP

2018

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Anais do XIII Workshop de Plantas Medicinais de Botucatu: Em busca de produtos naturais bioativos.

REALIZAÇÃO:

COMISSÃO ORGANIZADORA:

Profa. Dra. Maria José Queiróz de Freitas Alves (IB-UNESP)

Prof. Dr. Filipe Pereira Giardini Bonfim (FCA-UNESP)

Prof. Dr. Cristiano Soleo de Funari (FCa-UNESP)

Prof. Dr. Luiz Fernando Rolim de Almeida (IB-UNESP)

Profa. Dra. Percília Cardoso Giaquinto (IB-UNESP)

Prof. Dr. Luis Vitor Silva de Sacramanteo (UNESP –FCFAr) COMISSÃO EXECUTIVA

Adriana Beatriz Barretto

Bruno Camargo dos Santos

Gabriela Roque Miranda

Hilbaty Estephany Rodrigues da Silva

Isabella Barbosa Marques

Olívia Pak Campos

Nina Pacheco Capelini Alves

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Anais do XIII Workshop de Plantas Medicinais de Botucatu: Em busca de produtos naturais bioativos.

NATUREZA E IMPORTÂNCIA DO EVENTO

A cada ano o Workshop de Plantas Medicinais de Botucatu se consolida. Proposto desde

1994, a décima terceira edição do evento já o credencia como encontro científico importante no

cenário regional e nacional. Concebido com a marca da interdisciplinaridade, o Workshop visa

oferecer as experiências dos palestrantes convidados para um número maior de pessoas

interessadas nas diversas áreas relacionadas com o trabalho de plantas medicinais, balizando

cientificamente as propostas. A troca de experiência também é contemplada, integrando

conhecimentos para facilitar os avanços no desenvolvimento de pesquisa nesta área.

Diversas instituições de pesquisa e universidades brasileiras têm dedicado esforços no

sentido de desenvolver as mais adequadas tecnologias nas diferentes áreas de pesquisa com

plantas medicinais, visando responder às demandas existentes, que incluem, dentre outras, a

pesquisa de novas fontes de fármacos ou outro material bioativo, biotecnologia, manejo

sustentável, análises fitoquímicas, todas elas em espécies vegetais exóticas ou nativas.

Para este ano, o tema geral será “Em busca de produtos naturais”, uma vez que muito

esforço vem sendo realizado em diversas instituições que trabalham nesta área para tornar esta

área de estudo mais sólida. Serão convidados profissionais e pesquisadores que têm experiência

nessa questão tão importante para a sociedade brasileira.

Como pode ser observado na programação (Figura 1), os pesquisadores participarão do

evento ativamente, seja como participante da mesa redonda ou de Palestras. A permanência dos

mesmos, durante o XIII Workshop, propiciará aos participantes a troca de experiência nas mais

variadas áreas do estudo de plantas medicinais, que com certeza extrapolará o previsto no

programa. Verifica-se, então, um crescente aumento no interesse e na participação nessa área,

nos eventos realizados no Brasil, sejam em nível regional quanto nacional. O grupo responsável

pelo Workshop, motivado pelo sucesso deste evento, idealizou e editorou a revista científica

“Revista Brasileira de Plantas Medicinais”, Qualis “A” – CAPES, periodicidade trimestral a partir de

2006, indexada em 5 bases internacionais e na base de dados SCIELO. Além disso, o grupo

participa da organização da Jornada Paulista de Plantas Medicinais, sempre que é convidado.

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Figura 1 - Folder de divulgação – Programação do Evento.

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RESUMOS

Índice

AÇÃO INSETICIDA DE ÓLEO ESSENCIAL DE AROEIRA-SALSA SOBRE OVOS DE Anticarsia gemmatalis................ 8

AÇÃO INSETICIDA DO ÓLEO ESSENCIAL DE CRAVEIRO-DA-ÍNDIA SOBRE OVOS DE Bemisia tabaci .................... 9

ALTERNATIVA VERDE PARA FINGERPRINTING CROMATOGRÁFICO DAS FOLHAS DE Cynara scolymus L. (Asteraceae) ....................................................................................................................................................................... 10

AMINAS BIOGÊNICAS EM CASCAS DE BANANA AO LONGO DO AMADURECIMENTO E APÓS PROCESSAMENTO TÉRMICO ......................................................................................................................................... 11

ANÁLISE DE FOLHAS DA Vernonia polyanthes Less POR CROMATOGRAFIA LÍQUIDA DE ALTA EFICIÊNCIA ACOPLADA A ESPECTROFOTOMETRIA DE ULTRAVIOLETA/VISÍVEL (HPLC-PAD/UV/Vis) ..................................... 12

ASSEPSIA EM SEMENTES DE Vernonia polyanthes (Spreng.) Less. PARA GERMINAÇÃO IN VITRO ....................... 13

ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA NA GRAVIDEZ E AMAMENTAÇÃO: PROJETO DE EXTENSÃO PARA PROMOVER O AUTOCUIDADO DA GESTANTE .................................................................................................................................. 14

ATIVIDADE ANTIOXIDANTE EM CASCAS DE BANANA “PACHA NADAN” AO LONGO DO AMADURECIMENTO .... 15

ATIVIDADE BACTERICIDA DAS NANOPARTÍCULAS DE AU COM E SEM AROEIRA CONTRA BACTÉRIAS E. coli 16

ATIVIDADE DE ÓLEOS ESSENCIAIS CONTRA Leishmania amazonensis .................................................................... 17

AVALIAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO ORAL DE Eugenia dysenterica (Cagaita) SOBRE A PRESSÃO ARTERIAL E FREQUÊNCIA CARDÍACA DE RATOS ............................................................................................................................ 18

AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIFÚNGICA DE UM SHAMPOO ENRIQUECIDO COM O EXTRATO DE UMA MONOCOTILEDÔNEA DO GÊNERO Agave .................................................................................................................... 19

AVALIAÇÃO DA CINÉTICA BACTERIANA DO EXTRATO HIDROALCOÓLICO DE Croton doctoris CONTRA BACTÉRIAS DE INTERESSE CARIOGÊNICO ................................................................................................................. 20

AVALIAÇÃO DAS PROPRIEDADES ANTI-INFLAMATÓRIAS E ANALGÉSICAS DO EXTRATO DE UMA MONOCOTILEDÔNEA DO GÊNERO Agave .................................................................................................................... 21

AVALIAÇÃO DE MÉTODOS PARA TESTES DE SUSCETIBILIDADE IN VITRO DE EXTRATOS VEGETAIS COM DIFERENTES POLARIDADES PARA Staphylococcus spp. E Enterobactérias/Pseudomonas spp. ............................... 22

AVALIAÇÃO DO CARREGAMENTO DE ISCAS FORMICIDAS DE ORIGEM BOTÂNICA.............................................. 23

AVALIAÇÃO DO EFEITO HIPOMETILANTE DO EXTRATO DE PRÓPOLIS E DO EGCG SOBRE O GENE RASSF1A EM LINHAGENS DERIVADAS DE CARCINOMAS MAMÁRIOS ...................................................................................... 24

AVALIAÇÃO DO TRATAMENTO IN VITRO DE LINHAGENS CELULARES DERIVADAS DE CÂNCER DE MAMA COM PEQUENAS MOLÉCULAS DERIVADAS DA PRÓPOLIS BRASILEIRA .......................................................................... 25

BIOFERTILIZANTE ELIXIR® À BASE DE ÁCIDO HÚMICO E ÁCIDO FÚLVICO NO DESENVOLVIMENTO DE MUDAS DE Allium Schoenoprasum L. ............................................................................................................................................ 26

COMERCIALIZAÇÃO DE PLANTAS MEDICINAIS NOS MERCADOS TRADICIONAIS DE JUAZEIRO NO NORTE/CE27

COMÉRCIO DE PLANTAS ALIMENTÍCIAS NÃO CONVENCIONAIS E PERFIL DOS FEIRANTES EM FEIRAS ORGÂNICAS DA CAPITAL PAULISTA ............................................................................................................................. 27

COMÉRCIO DE PLANTAS MEDICINAIS EM FEIRA AGROECOLÓGICA NO MUNICÍPIO DE CRATO /CE. ................ 29

COMPONENTES QUÍMICOS DO CAULE DE Hylocereus undatus (Haw) Britton & Rose. ............................................. 30

COMPOSIÇÃO NUTRICIONAL DE HORTALIÇAS NEGLIGENCIADAS NA INTERVENÇÃO DE DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS.................................................................................................................................................................. 31

COMPOSIÇÃO QUÍMICA E ATIVIDADE ANTI-CÁRIE DO ÓLEO ESSENCIAL DAS FOLHAS DE Nectandra megapotamica (Spreng) Mez. ............................................................................................................................................ 32

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COMPOSTOS BIOATIVOS E ATIVIDADE ANTIOXIDANTE EM CASCAS DE BANANA “NANWA KHOM”AO LONGO DO PROCESSO DE AMADURECIMENTO ....................................................................................................................... 33

COMPOSTOS BIOATIVOS E CAPACIDADE ANTIOXIDANTE DE CASCAS E POLPAS DE BANANA AO LONGO DO AMADURECIMENTO E APÓS PROCESSAMENTO TÉRMICO ...................................................................................... 34

CONDUTIVIDADE ELÉTRICA E PESO DE MIL SEMENTES DE CALÊNDULA EM FUNÇÃO DO MANEJO DA ADUBAÇÃO ORGÂNICA ................................................................................................................................................... 35

CONJECTURAS SOBRE O EMPREGO DA Cannabis sativa NO TRATAMENTO DA EPILEPSIA NA ATUALIDADE ... 36

DENSIDADE DOS CANAIS SECRETORES DE RESINA EM Copaifera langsdorffii (Leguminosae) EM DIFERENTES ESTAÇÕES DO ANO ........................................................................................................................................................ 37

DESENVOLVIMENTO DE MUDAS DE Ruta graveolens EM FUNÇÃO DE SUBSTRATOS ALTERNATIVOS ............... 38

DESENVOLVIMENTO INICIAL DE MUDAS DE ALCACHOFRA SUBMETIDAS A DIFERENTES SUBSTRATOS ........ 39

DETERMINAÇÃO DE ATIVIDADE ANTIOXIDANTE PELO MÉTODO DPPH DE ASSA-PEIXE, ALECRIM-DO-CAMPO, AROEIRA-PIMENTEIRA E CRAJIRU ................................................................................................................................ 40

DETERMINAÇÃO DE COMPOSTOS FENÓLICOS TOTAIS DAS ESPÉCIES Baccharis dracuncunfolia DC. e Astronium fraxinifolium Schott & Spreng. .......................................................................................................................... 41

DETERMINAÇÃO DOS PRINCIPAIS PARÂMETROS CROMATOGRÁFICOS NA SEPARAÇÃO DOS METABÓLITOS DE Bauhinia forficata Link POR CLAE-DAD, APLICANDO CONCEITOS DE QUÍMICA VERDE .................................... 42

DIVERSIDADE DE PLANTAS MEDICINAIS DE OCORRÊNCIA ESPONTÂNEAS EM UM SISTEMA AGROFLORESTAL DE BOTUCATU-SP ........................................................................................................................... 43

DIVERSIDADE QUÍMICA DO ÓLEO ESSENCIAL DE FOLHAS DE Annona emarginata COLETADAS EM DUAS LOCALIDADES DE SÃO PAULO ...................................................................................................................................... 44

EFEITO DA SECAGEM E FRAGMENTAÇÃO NO RENDIMENTO DO ÓLEO ESSENCIAL DE MIRRA ......................... 45

EFEITO DA TEMPERATURA DE SECAGEM NA ATIVIDADE ANTIOXIDANTE DE INFUSÕES DE MACELA - Achyrocline satureioides (Lam.) DC. ................................................................................................................................. 46

EFEITO DE ÓLEOS ESSENCIAIS EM LAGARTAS DE Spodoptera frugiperda .............................................................. 47

EFEITO DO TRATAMENTO IN VITRO DE LINHAGENS CELULARES DERIVADAS DE CARCINOMAS MAMÁRIOS COM SESQUITERPENOS PRESENTES NO ÓLEO ESSENCIAL DE Hymenaea courbaril ........................................... 48

EFEITO INIBITÓRIO DO CINAMALDEÍDO EM BIOFILMES DE Staphylococcus epidermidis ........................................ 49

EFEITO OVICIDA DE ERVA-BALEEIRA SOBRE OVOS DE Anticarsia gemmatalis (LEPIDOPTERA: EREBIDAE) ...... 50

ESTUDO DAS RELAÇÕES SOCIAIS E JURÍDICAS DO USO DA Cannabis sativa NO TRATAMENTO DE DOENÇAS NO BRASIL ........................................................................................................................................................................ 51

EXTRATOS VEGETAIS: APLICABILIDADE COMO SENSOR DE ACIDEZ PARA LEITE............................................... 52

FITOMASSA E TEOR DE FLAVONOIDES DE Passiflora incarnata L. CULTIVADA COM DIFERENTES LÂMINAS DE IRRIGAÇÃO E DOSES DE FOSFATO .............................................................................................................................. 53

FITOTOXICIDADE DE Emilia sonchifolia L. SOBRE A GERMINAÇÃO DE SEMENTES DE ALFACE EM CONDIÇÕES LABORATORIAIS .............................................................................................................................................................. 54

FLAVONÓIDES EM ORA-PRO-NÓBIS IN NATURA E APÓS PROCESSAMENTO TÉRMICO ...................................... 55

FLORES ALIMENTÍCIAS NÃO CONVENCIONAIS: UMA REVISÃO DE LITERATURA SOBRE TOXICIDADE ............. 56

GERMINAÇÃO E VIGOR DE SEMENTES DE CALÊNDULA EM FUNÇÃO DO MANEJO DA ADUBAÇÃO ORGÂNICA57

GERMINAÇÃO IN VITRO DE SEMENTES DE DIFERENTES POPULAÇÕES DE Vernonia polyanthes (Spreng.) Less....................................................................................................................................................................................58

INCORPORAÇÃO DE ISCAS FORMICIDAS DE ORIGEM BOTÂNICA NO JARDIM DE FUNGO..................................59 INFLUÊNCIA DO HORÁRIO DE COLETA NO RENDIMENTO DE ÓLEO ESSENCIAL DE Schinus Terebinthifolius Raddi.................................................................................................................................................................................60

JARDIM COMESTÍVEL - PLANTANDO SAÚDE COLHENDO FELICIDADE. UM RELATO DE EXPERIÊNCIAS..........61

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LEVANTAMENTO E CARACTERIZAÇÃO DAS PLANTAS CULTIVADAS NO JARDIM COMESTÍVEL DO BAIRRO JARDIM SANTA ELISA, BOTUCATU-SP.........................................................................................................................62

LEVANTAMENTO ETNOBOTÂNICO DE PLANTAS CONDIMENTARES PRODUZIDAS PELOS AGRICULTORES DA REGIÃO DE AVARÉ/SP....................................................................................................................................................63

MORTALIDADE DE Sitophilus zeamais M. EXPOSTOS AO EXTRATO DE HIDROETANÓLICO DE Annona cacans W. ...........................................................................................................................................................................................64

O PERIGO DAS ASSOCIAÇÕES ENTRE PLANTAS MEDICINAIS E MEDICAMENTOS ALOPÁTICOS.......................65

OCORRÊNCIA DE ISOFLAVONAS EM RESÍDUOS DA CULTURA DE SOJA...............................................................66

OCORRÊNCIA DE PLANTAS CONDIMENTARES EM FEIRAS ORGÂNICAS DA CAPITAL PAULISTA: COMÉRCIO E PERFIL DOS FEIRANTES................................................................................................................................................67

PANORAMA QUÍMICO DE CACTOS DA MATA ATLÂNTICA: Rhipsalis Gärtner (Cactaceae).......................................68

PERFIL QUÍMICO DO ÓLEO ESSENCIAL DE Xylopia aromatica (Lam) Mart....................................................................................................................................................................................69

POPULARIZAÇÃO DE PLANTAS ALIMENTÍCIAS NÃO CONVENCIONAIS ATRAVÉS DA EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA ................................................................................................................................................................ 70

POSSIBILIDADE DE DESENVOLVIMENTO DE UM FITOCOSMÉTICO COM PROPRIEDADE ANTIOXIDANTE E FOTOPROTETORA, ENRIQUECIDO COM O EXTRATO DE UMA PLANTA ANGIOSPÉRMICA DO GÊNERO Caryocar71

POTENCIAL ALELOPÁTICO DE EXTRATOS AQUOSOS DE Bidens pilosa L. E Coleus barbatus B. SOBRE GERMINAÇÃO E VIGOR DE SEMENTES DE Glycine max L. ......................................................................................... 72

POTENCIAL ALELOPÁTICO DO EXTRATO AQUOSO DE Cyperus rotundus L. SOBRE GERMINAÇÃO DE Salvia hispanica L. ........................................................................................................................................................................ 73

POTENCIAL ANTICARIOGÊNICO DE PLANTAS MEDICINAIS DA RELAÇÃO NACIONAL DE PLANTAS MEDICINAIS DE INTERESSE AO SUS (RENISUS) ............................................................................................................................... 74

PRODUÇÃO DE MUDAS DE Ocimum basilicum L. COM O USO DE RESÍDUOS ORGÂNICOS .................................. 75

PROMOÇÃO DA SAÚDE PELA INSERÇÃO DE PLANTAS ALIMENTÍCIAS NÃO CONVENCIONAIS: UMA ABORDAGEM NO ENSINO DE FARMACOGNOSIA ....................................................................................................... 76

QUANTIFICAÇÃO DOS TEORES DE ATROPINA E ESCOPOLOMINA EM CULTIVARES DE Brugmansia suaveolens UTILIZANDO PRINCÍPIOS DA QUIMICA VERDE ............................................................................................................ 77

RENDIMENTO DO ÓLEO ESSENCIAL DE Vernonia polyanthes SOB DIFERENTES PROCESSAMENTOS ............... 78

TEMPERATURAS DE SECAGEM DE Vernonia polyanthes NO RENDIMENTO DO ÓLEO ESSENCIAL ...................... 79

TEOR DE PROTEÍNA BRUTA E COMPOSIÇÃO MINERAL DE FOLHAS DE ASSA-PEIXE (Vernonia polyanthes Less.)80

USO DO GENGIBRE (Zingiber officinale) NO TRATAMENTO DA HIPERCOLESTEROLEMIA EM COELHOS ............ 81

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AÇÃO INSETICIDA DE ÓLEO ESSENCIAL DE AROEIRA-SALSA SOBRE OVOS DE Anticarsia gemmatalis

SILVA, C. S.1; BOMFIM, J.P. de A.1;CIRINO, T. S.;1. ; BONFIM, F.P.G.2; BUENO, R.C.O. de F.1

1Departamento de Proteção Vegetal – e-mail:[email protected];

[email protected]; [email protected]; [email protected]; 4Departamento de

Horticultura – e-mail: [email protected]. Faculdade de Ciências Agronômicas - FCA,

Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Campus de Botucatu - São Paulo

Tendo em vista que a espécie Anticarsia gemmatalis (Hueb, 1818) (Lepidoptera: Noctuidae),

lagarta-da-soja, é uma importante praga na cultura da soja e, considerando a importância da

utilização de diferentes táticas do Manejo Integrado de Pragas (MIP), e que a principal tática de

manejo é o controle químico, a utilização de óleos essenciais se configura como uma ferramenta

que pode ser um aliado do MIP visando o controle alternativo desta praga. Desta forma, o estudo

do efeito de óleos essenciais de diferentes espécies vegetais é necessário para a validação desta

ferramenta como aliada ao agricultor. Assim, esse trabalho tem como objetivo avaliar a ação

inseticida de óleo essencial extraído de folhas de aroeira-salsa Schinus molle L., aplicados em

diferentes concentrações sobre ovos de A. gemmatalis, em condição de laboratório. Ovos da

praga, provenientes de criação em laboratório, foram submergidos em solução contendo cada

tratamento e, posteriormente foram dispostos sobre bancada até a secagem dos produtos. Após

secagem, foram acondicionados em placas Petri e mantidas em sala climatizada (26±1ºC, 70±5%

de umidade relativa e fotofase de 12 h) até a eclosão das lagartas. Após sete dias, foi contado o

total de lagartas eclodidas e calculada a viabilidade e o efeito ovicida. As soluções foram

preparadas por meio da diluição do óleo essencial em água mais Tween 20 (0,5%). Foram

utilizadas as concentrações de 0 ppm (testemunha), 0 (água + tween 20), 156,25 ppm, 312,5 ppm,

625 ppm, 1.250 ppm, 2.500 ppm, 5.000 ppm e 10.000 ppm, totalizando nove tratamentos com

cinco repetições e cada repetição foi composta por uma cartela contendo 50 ovos. Os parâmetros

avaliados foram viabilidade dos ovos e efeito ovicida. Foi realizada a análise de variância e teste

Tukey à 5% por meio do software estatístico AgroEstat 1.1.0.712. Todos os tratamentos

apresentaram exerceram baixa mortalidade dos ovos (inferior a 40,0%). No tratamento com a

menor concentração, 156,25 ppm ocorreu menor eclosão de lagartas (62,0%), porém não houve

diferença deste com a testemunha.

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AÇÃO INSETICIDA DO ÓLEO ESSENCIAL DE CRAVEIRO-DA-ÍNDIA SOBRE OVOS DE Bemisia tabaci

BOMFIM, J.P. de A.1; OLIVEIRA, L.A.1; BONFIM, F.P.G.3; BUENO, R.C.O. de F.1

1Departamento de Proteção Vegetal – e-mail:[email protected];

[email protected]; [email protected]; 2Departamento de Horticultura – e-mail:

[email protected]. Faculdade de Ciências Agronômicas - FCA, Universidade Estadual

Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Campus de Botucatu

O craveiro-da-índia, Syzygium aromaticum (L.) Merr. & Perry (Myrtaceae) é uma planta aromática,

rica em óleo essencial, cujo principal componente é o eugenol. Esse óleo tem potencial no controle

de insetos-praga, constituindo uma ferramenta no Manejo Integrado de Pragas (MIP), incluindo o

controle de mosca-branca, Bemisia tabaci (Genn.) (Hemiptera: Aleyrodidae) biótipo B, que é

considerada uma das pragas que mais causam prejuízos à agricultura mundial. Assim, objetivou-se

avaliar a ação inseticida de diferentes concentrações do óleo essencial do craveiro-da-índia sobre

ovos de mosca-branca. Insetos provenientes de criação foram transferidos para plantas de couve e

confinados em gaiolas tipo “clip cage” durante 48 horas, para oviposição. Após esse período, os

adultos foram retirados e as folhas destacadas das plantas. Em microscópio estereoscópico, foi

observado e quantificado o total de ovos depositados em cada folha. As soluções foram

preparadas por meio da diluição do óleo essencial em água mais Tween 20 (0,5%). As

concentrações foram de 0 ppm (testemunha), 625 ppm, 1.250 ppm, 2.500 ppm, 5.000 ppm e

10.000 ppm, totalizando seis tratamentos. As folhas de couve contendo os ovos foram

submergidas, durante 10 segundos e posteriormente, foram acondicionadas em placas de Petri

com papel filtro e tiveram o pecíolo envolto por algodão umedecido com água destilada. As placas

foram acondicionadas em sala climatizada (28±2ºC e fotofase 12 h). O delineamento experimental

foi inteiramente casualizado com seis tratamentos e quatro repetições. Os parâmetros avaliados

foram viabilidade dos ovos, efeito ovicida e eficiência do tratamento. Foi realizada a análise de

variância, teste Tukey à 5% e análise de regressão por meio do software estatístico SisVar5.6. Os

tratamentos que apresentaram maiores efeitos ovicida foram o óleo à 10.000 ppm e 5.000 ppm,

com mortalidades de 100,0% e 72,59%, respectivamente. Os demais tratamentos causaram

mortalidade inferior à 25,0%, sendo que as duas menores concentrações não diferiram da

testemunha. Na análise de regressão, o modelo quadrático foi o que melhor representou o efeito da

concentração do óleo na mortalidade dos ovos de mosca-branca, com ponto de máxima em 8.650

ppm e R2=97,4%.

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ALTERNATIVA VERDE PARA FINGERPRINTING CROMATOGRÁFICO DAS FOLHAS DE Cynara scolymus L. (Asteraceae)

SOUZA, O.A.1; FUNARI, C.S.2; CARNEIRO, R.L.3; RINALDO, D. 1 1FC, Unesp Bauru; 2FCA, Unesp Botucatu; 3DQ, UFScar São Carlos;

E-mail: [email protected])

Os metabólitos secundários presentes nas folhas de Cynara scolymus são considerados

responsáveis pelas suas propriedades hipocolesterolêmicas e antioxidantes. Sua presença na

RENISUS vincula-se ao seu uso consolidado como alternativa terapêutica dentre a população.

Porém, os estudos fitoquímicos da espécie por CLAE-DAD majoritariamente utilizam a acetonitrila

(MeCN), poluidora do meio ambiente e tóxica aos seres vivos. Desse modo, seria viável

desenvolver metodologias analíticas coerentes com a Química Analítica Verde, substituindo MeCN

por solventes ambientalmente amigáveis como água e etanol (EtOH) e simultaneamente visando

confiabilidade analítica com economia de recursos através de uma abordagem heurística no

desenvolvimento do método. Nesse contexto, o extrato hidroetanólico das folhas C. scolymus foi

preparado por maceração com EtOH/H2O (7:3, v/v) durante 144h. 50 mg do extrato seco foram

solubilizados em 1 mL de EtOH/H2O (7:3, v/v) e aplicados em cartucho Sep-Pak C18

(Phenomenex®), previamente ativado com EtOH e condicionado com EtOH/H2O (7:3, v/v).

Realizou-se a eluição com 2 mL de EtOH/H2O 7:3 e posterior filtração em microfiltro de PTFE (0,45

µm). 20 µL foram injetados no sistema CLAE-DAD (Jasco®) e analisados com coluna XBridge®

(150 x 4,6 mm; 5 μm). Realizou-se um planejamento Doehlert para 4 fatores (% inicial de EtOH,

temperatura, % de AcOH em H2O e vazão) com 24 experimentos (de tempo de gradiente e % final

de EtOH fixados em 30 min e 50%, respectivamente) utilizando o número de picos (n) e sua

distribuição pelo cromatograma (GCFR) como respostas a serem maximizadas. Os modelos

estimados por Análise de Variância (a 95% de confiança) indicaram que as melhores condições

cromatográficas seriam 5% de porcentagem inicial de EtOH, 35°C de temperatura de análise, 0,5%

de AcOH em água e vazão de 1 mL min-1. O método desenvolvido mostrou-se até 76% mais

sustentável em relação a métodos de referência da literatura, foi validado segundo recomendações

internacionais e permitiu a aplicação de 8 dos 12 princípios da Química Analítica Verde.

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AMINAS BIOGÊNICAS EM CASCAS DE BANANA AO LONGO DO AMADURECIMENTO E

APÓS PROCESSAMENTO TÉRMICO

Belin, M. A. F.¹*; Borges, C. V.¹; Monar, G. R. S.¹; Amorim, E. P.2; Minatel, I. O.¹; Lima, G. P. P.¹

¹Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Departamento de Química e Bioquímica,

Botucatu, São Paulo, Brasil. 2Embrapa Mandioca e Fruticultura, Cruz das Almas/BA – Rua Embrapa s/n, caixa postal 007, 44380-000, Cruz das Almas, BA. E-mail: [email protected]

Banana (Musa spp) é o quarto alimento mais produzido no mundo. É muito consumida por suas

propriedades organolépticas, baixo custo e fácil acessibilidade. Suas cascas, normalmente descartadas,

possuem mais compostos bioativos que as polpas, e são fontes promissoras de aminas biogênicas (ABs)

como dopamina e serotonina. Compostos que contribuem com a sensação de saciedade e prazer, podendo

auxiliar no controle da obesidade e tratamento de diversas doenças como Parkinson e depressão. Contudo

ABs como a histamina podem ser tóxicas à saúde humana em grande quantidade. Esses compostos variam

com o genótipo, amadurecimento e processamento térmico. O objetivo do trabalho é avaliar o perfil de

aminas biogênicas em cascas de Musa spp, ao longo do amadurecimento e após processamento térmico.

Cascas nos estádios 2, 5 e 7 dos genótipos “Dangola” e “Pelipita” foram analisadas in natura; e o 5 foi

submetido à cocção por imersão e micro-ondas. Dopamina, serotonina e histamina foram quantificadas por

HPLC e expressas em massa seca. As concentrações de ABs variaram de 0,5 a 450,6 mg/100g. O quinto

estádio apresentou os maiores teores de dopamina em Pelipita (204,7 mg/100g) e de histamina nos dois

genótipos (Pelipita: 55,7 mg/100g; Dangola: 212,9 mg/100g). O segundo estádio apresentou maiores níveis

de serotonina para Pelipita (12 mg/100g) e dopamina para Dangola (450,6 mg/100g). O sétimo estádio

apresentou maiores concentrações de serotonina para Dangola (18 mg/100g). O processamento térmico

elevou os teores de dopamina (Pelipita: 288,4 e 297,1; Dangola: 440,4 e 191,4 mg/100g) em relação às

cascas in natura (Pelipita: 204,7; Dangola: 137,6 mg/100g). Em Dangola, a temperatura diminuiu a

serotonina (0,9-0,8 mg/100g), e o micro-ondas a histamina (58,4 mg/100g). Em Pelipita, o micro-ondas

gerou os maiores teores de serotonina (7,1 mg/100g) e os menores de histamina (21,3 mg/100g). As cascas

de Musa spp são interessantes fontes de aminas biogênicas. Níveis elevados de ABs em alimentos são

excelentes para regulação de doenças associadas à saciedade e bem-estar. Uma vez que os processos de

cocção aumentam os teores de dopamina, estas cascas apresentam interessante potencial para aplicação

no tratamento de doenças como obesidade, depressão e Parkinson.

Financiamento: CNPq; FAPESP

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Anais do XIII Workshop de Plantas Medicinais de Botucatu: Em busca de produtos naturais bioativos.

ANÁLISE DE FOLHAS DA Vernonia polyanthes Less POR CROMATOGRAFIA LÍQUIDA DE

ALTA EFICIÊNCIA ACOPLADA A ESPECTROFOTOMETRIA DE ULTRAVIOLETA/VISÍVEL

(HPLC-PAD/UV/Vis)

Callegaro, E.S.1.; Bragagnolo, F.S. 1; Gomes, J.A.O. 1; Bonfim, F. P.G. 1; Funari, C.S. 1

1Faculdade de Ciências Agronômicas da UNESP. E-mail: [email protected]

As plantas medicinais continuam sendo fontes de matérias-primas ou fontes inspiradoras de novos

medicamentos. A espécie Vernonia polyanthes Less é considerada por pecuaristas e agricultores

como uma planta daninha, porém é utilizada na medicina popular brasileira e já teve atividades

relatadas na literatura, tais como antimicrobiana, antiofídica, antiulcerogênica, leishmanicida, etc. É

uma espécie listada na Relação Nacional de Plantas de Interesse do Sistema Único de Saúde

(RENISUS). Há relatos da presença de cumarinas, glicosídeos flavônicos, saponinas, esteroides,

triterpenos, alcaloides, taninos hidrolisáveis, flavonoides e óleos essenciais. Identificar as principais

classes de metabólitos presentes em folhas de V. polyanthes Less por meio de metodologias de

baixo impacto ambiental. 20 g da folha seca e moída foram extraídas por maceração dinâmica com

400 mL de EtOH/H2O 7:3 (v/v), por 24h. Após filtração, o extrato foi concentrado em evaporador

rotativo. Aproximadamente 100 mg do extrato seco obtido foi submetido à extração em fase sólida

(FE: C18, FM: EtOH/H2O 7:3 (v/v). Uma alíquota de 20 µL do eluato, a 20 mg/mL, foi analisada por

HPLC-PAD/UV/vis, nas seguintes condições: FE: C18, 150 x 4,6 mm, 5 µm; FM: HOAc (1%) (A) e

CH3CN-HOAc (1%) (B), no seguinte gradiente: 0-3 min, 3% B; 3-30 min, 3-40% B; 30-35 min, 40-

100% B; 35-40 min, 100% B; 40-45 min, 100-3% B. Vazão: 1,2 ml/mim; Os espectros foram obtidos

entre 200-600 nm [3]. A partir dos espectros de UV/vis obtidos durante a análise, foram observados

compostos com espectros compatíveis com derivados de ácido clorogênico (0-30 min), flavonoides

(10-25 min) e terpenos (25-45 min).

Agradecimento: CNPq

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Anais do XIII Workshop de Plantas Medicinais de Botucatu: Em busca de produtos naturais bioativos.

ASSEPSIA EM SEMENTES DE Vernonia polyanthes (Spreng.) Less. PARA GERMINAÇÃO IN VITRO

Alves, L. F.(1); Gavilan, N. H. (1); Pereira, A. M. S. (1,2); Bonfim, F. P. G. (1)

(1)Faculdade de Ciências Agronômicas da Universidade Estadual Paulista – FCA/UNESP.

(2)Departamento de Biotecnologia da Universidade de Ribeirão Preto – UNAERP.

E-mail: [email protected]

Um dos maiores empecilhos para a propagação de sementes in vitro está na contaminação

endógena que ocorre ao meio de cultura. O uso de sementes de plantas nativas aumenta essa

taxa de contaminação, uma vez que o material de trabalho vem diretamente do campo, como é o

caso de sementes de Assa-peixe (Vernonia polyanthes), planta medicinal e alimentícia, nativa de

regiões de Cerrado. A fim de amenizar a contaminação durante os processos de cultivo in vitro, o

objetivo deste trabalho foi de estudar o efeito da assepsia em sementes de V. polyanthes para

utilização em procedimento de germinação in vitro. O experimento foi conduzido em delineamento

inteiramente casualizado, composto de 2 tratamentos (ausência e presença de assepsia) e 10

repetições com 5 unidades experimentais, onde cada tubo de ensaio correspondeu a uma unidade

experimental. A assepsia das sementes submetidas ao tratamento de presença de assepsia foi

realizada com imersão das sementes em solução de 1% de Cercobin por 3 horas + imersão em

solução de 0,5% hipoclorito de sódio por 30 minutos, com posterior lavagem em água destilada por

3 vezes. As sementes foram inoculadas em tubos de ensaio de 10 mL contendo meio de cultura

MS sem suplementação. Após 15 dias de inoculação, foi avaliada a porcentagem de germinação,

através de contagem de plântulas normais e a porcentagem de contaminação observada ao meio

de cultivo. A porcentagem de germinação de sementes tratadas foi superior à de sementes não

tratadas, correspondendo a 60% e 8% de germinação, respectivamente. Quanto à assepsia, não

houve diferença significativa para os tratamentos utilizados. Dessa forma, recomenda-se que novos

estudos sejam realizados para estabelecer um protocolo adequado de assepsia para sementes de

Assa-peixe, mesmo que a germinação tenha ocorrido em ambiente contaminado, para que a

prática seja eficaz é necessário que sejam obtidas plântulas normais e sadias, livres de qualquer

patógeno para que mudas vigorosas e sadias possam ser transplantadas em campo.

Agradecimento: CNPq – 405953/2016-0

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Anais do XIII Workshop de Plantas Medicinais de Botucatu: Em busca de produtos naturais bioativos.

ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA NA GRAVIDEZ E AMAMENTAÇÃO: PROJETO DE EXTENSÃO PARA PROMOVER O AUTOCUIDADO DA GESTANTE

ROSA, G. S. R 1; STRACI, M. 1; PIERRI, M.E.S. 1; MOREIRA, R.R.M. 1

1Departamento de Princípios Ativos Naturais e Toxicologia, Faculdade de Ciências Farmacêuticas, Campus

de Araraquara, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”

e-mail: [email protected]

A atenção em saúde da mulher no período gestacional é um desafio no que diz respeito à qualidade e no

rompimento do “modelo medicalocêntrico e hospitalocêntrico”. As rodas de conversas viabilizam encontros

dialógicos para produção e ressignificação de saberes, que aproxima o público-alvo (gestantes) dos

dirigentes, oferecendo-as a oportunidade de participar ativamente e de se compreender como agentes no

cuidado com sua saúde. Relatar a experiência de Rodas de Conversa como metodologia de educação em

saúde materno-infantil a fim de estimular o autocuidado e visando a Assistência Farmacêutica na gravidez e

lactação. Relato de experiência de rodas de conversas com 12 grávidas entre 16 e 36 anos participantes da

ONG Bebê a Bordo, Araraquara, São Paulo. Os encontros têm duração de uma (01) hora, duas (02) vezes

ao mês, com atividades educativas e lúdicas nos temas: cuidados no uso de plantas medicinais na

gestação, interações medicamentosas, cuidados no uso de fitoterápicos na gestação e lactação,

complicações na gravidez, alimentação funcional, plantas alimentícias não-convencionais (PANCs), plantas

medicinais na lactação, doulagem, plantas de uso tópico para o bebê, yoga, oficinas de preparo de chás e

escalda-pés, reiki e shantala. Pode-se observar que a desinformação sobre o uso de plantas medicinais,

interações medicamentos fármaco-planta, fármaco-fármaco e fármaco medicamento é uma realidade entre

as gestantes. Vinte por cento (20%) usa plantas medicinais, sob a forma de chá. Mais de 33% relatou que o

único medicamento que toma são os suplementos de sulfato ferroso e ácido fólico indicados pelo médico

durante a gravidez. Uma (01) grávida tem hipertensão e hipotireodismo e faz uso de metildopa e

levotiroxina. Notou-se avanços na participação das gestantes a partir do segundo encontro. Na roda de

conversa sobre interações medicamentosas, as participantes levantaram questionamentos e contaram

casos que conheciam de interações medicamentosas. Na mesma ocasião, participaram de uma oficina de

chá com plantas de uso permitido na gravidez. As rodas de conversa foi uma metodologia que trouxe

melhorias da relação comunicativa entre farmacêutico/paciente. Verificou-se a necessidade de

acompanhamento farmacoterapêutico contundente e pretende-se desenvolver acompanhamento

farmacoterapêutico das participantes utilizando o método Dáder.

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Anais do XIII Workshop de Plantas Medicinais de Botucatu: Em busca de produtos naturais bioativos.

ATIVIDADE ANTIOXIDANTE EM CASCAS DE BANANA “PACHA NADAN” AO LONGO DO AMADURECIMENTO

Monar, G. R. S ¹*; Borges, C. V.¹; Belin, M. A. F.¹; Amorim, E. P. 2 ; Lima, G. P. P.¹

¹Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Departamento de Química e Bioquímica, Botucatu, São Paulo, Brasil. 2 Embrapa Mandioca e Fruticultura, Cruz das Almas/BA- Rua

Embrapa, s/n, caixa postal 007, 44380-000, Cruz das Almas,BA.

E-mail: [email protected]

As frutas apresentam valor nutritivo e efeitos terapêuticos, fatores que estimulam seu alto

consumo. Um exemplo é a banana, com grande importância econômica e social, sendo o quarto

alimento mais produzido no mundo. Muitas vezes, suas cascas são deixadas de lado na

alimentação humana apesar de estudos demonstrarem maiores concentrações de compostos

bioativos que as polpas. Esses compostos podem apresentar atividade antioxidante e

farmacológica, as quais podem variar de acordo com o estádio de maturação dos alimentos. Assim,

o objetivo desse trabalho é avaliar a atividade antioxidante na casca da banana ao longo do

amadurecimento. Para realização das análises foram selecionadas cascas de bananas do genótipo

“Pacha Nadan” (banana do tipo para cozinhar) nos estádios de amadurecimento 2 (verde), 5

(amarelo) e 7 (amarelo com pontos pretos). A atividade antioxidante foi avaliada por

espectrofotometria, via FRAP e ABTS, e expressa em massa seca. A maior atividade antioxidante

foi encontrada no quinto estádio de amadurecimento (ABTS = estádio 5: 6722,8 mmol/100g TEAC;

estádios: 2 e 7: 4216,9 - 5808,0 mmol/100g TEAC; FRAP = estádio 5: 426,8 mmol Fe/Kg;

estádios: 2 e 7: 321,1 - 76,8mmol Fe/Kg). As cascas de Musa spp possuem quantidade apreciável

de atividade antioxidante, essa característica varia conforme o amadurecimento e pode contribuir

no retardo do envelhecimento e prevenção de algumas doenças.

Financiamento: CNPq (Processo: 43058 / 2017-0), FAPESP (Processos: 2016 / 17241-9; 2017/23488-0; 2017/22537-7).

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Anais do XIII Workshop de Plantas Medicinais de Botucatu: Em busca de produtos naturais bioativos.

ATIVIDADE BACTERICIDA DAS NANOPARTÍCULAS DE AU COM E SEM AROEIRA CONTRA BACTÉRIAS E. coli

MACHADO A.C 1, DURANGO L.G.C.1, COELHO S.C.2, COELHO M.2, LOPES M.M.R.3, SALES-

PERES S.H.C.3, ANDREOTTI C.D.3, FORIM M.R.4

1UFSCAR-Universidade Federal de São Carlos/Química de Produtos Naturais; 2Faculdade de

Engenharia, Universidade do Porto/Engenharia Química; 3FOB/USP: Faculdade de Odontologia de Bauru, Universidade de São Paulo/CIP:Centro Integrado de Pesquisa; 4UFSCAR: Universidade

Federal de São Carlos. E-mail: [email protected] M. urundeuva é uma árvore cujas folhas apresentam propriedades biológicas importantes, incluindo

flavonoides, óleos essenciais e taninos condensados e hidrolisáveis. Na medicina, o maior

interesse no uso de nanopartículas para aumentar a liberação do medicamento. A combinação da

medicina herbal com a nanotecnologia é capaz de potencializar a ação do extrato de plantas

reduzindo as doses altas e o efeito colateral e melhorando sua atividade. O objetivo desse estudo

foi avaliar as nanopartículas de Au com e sem o extrato de aroeira e apenas o extrato de aroeira

em diferentes concentrações contra a atividade bacteriana. O extrato de aroeira e as

nanopartículas foram preparados e em seguida a suspensão bacteriana foi padronizada do CMH

(Caldo Mueller Hinton) em cultura por 24 horas para a bactéria E. coli. Para o teste bacteriano foi

realizado nanopartículas de Au sem o extrato de aroeira (0.5nm, 3nm, 5nm) e nanopartículas de Au

com o extrato de aroeira (0.185 µg/mL, 0.073 µg/mL, 0.0363 µg/mL, 0.00363 µg/mL) e apenas o

extrato de aroeira (1 µg/mL, 1:1000 e 0.363 µg/mL,1:1000). As placas de 96 poços em estufa após

24 horas foram realizadas da diluição das amostras até 106 sendo transferida para placas de 96

poços. A diluição das placas nos poços foi colocada 25µL nos 4 quadrantes de cada placa petri em

triplicata para cada diluição (3 placas de petri/por diluição). Na solução A houve atividade

bactericida apenas na concentração de 5nm (73,5%). Na solução B houve atividade bactericida

apenas na concentração 0,185 µg/mL (25%). No extrato de aroeira houve melhor atividade

bactericida apenas na concentração 1 µg/mL (52,42%).

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Anais do XIII Workshop de Plantas Medicinais de Botucatu: Em busca de produtos naturais bioativos.

ATIVIDADE DE ÓLEOS ESSENCIAIS CONTRA Leishmania amazonensis

MOREIRA R.R. D.1, PEREGO C. H. 1, SANTOS A. G. 1, CARVALHO F. A. 1, CAVALEIRO C. 2,

SALGUEIRO L.2, SOUSA M. C. 2, CARDOSO M. L. C. 3, COGO J. 3, NAKAMURA C. V. 3

1UNESP-Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Araraquara, Araraquara, São Paulo, Brasil. 2Universidade de Coimbra, Faculdade de Farmácia, Portugal

3Universidade Estadual de Maringá, Maringá, Paraná, Brasil. *e-mail: [email protected]

Leishmania amazonensis é uma espécie causadora de leishmaniose cutânea, que varia desde

pequenos nódulos cutâneos até a destruição macroscópica do tecido mucoso. As drogas

atualmente recomendadas para tratamento incluem antimoniais pentavalentes, anfotericina B e

miltefosina, porém apresentam toxicidade, falta de eficácia, exigência de hospitalização, ou alto

custo. Medicamentos mais eficazes são urgentemente necessários para tratar pacientes com

doença da leishmaniose. É urgente a busca por novas drogas contra Leishmania spp. Óleos

essenciais (OEs) são uma fonte potencial de novas drogas antiprotozoárias, e podem contribuir

para superar a resistência a drogas de parasitas protozoários. O presente trabalho tem como

objetivo avaliar a ação dos OEs do Melampodium divaricatum (partes aéreas), Polygonum acre

(partes aéreas), Hedychium coronarium (folhas e rizomas), Tagetes patula (partes aéreas) e

Casearia sylvestris (folhas) contra Leishmania. amazonensis (formas promastigotas). E aos óleos

mais ativos contra formas promatigotas testaram-se contra formas de amasitgote. Os OEs foram

obtidos por hidrodestilação. Formas promastigotas de L. amazonensis foram inoculadas em meio

de Warren suplementado com 10% de soro bovino fetal inativado contendo diferentes OEs, as

quais foram adicionadas apenas uma vez às culturas. As células foram cultivadas numa placa de

24 poços com cada poço contendo 1 ml do meio. Após o crescimento celular foi estimado pela

contagem em um hemocitômetro. Os exrimentos foram realizados em duplicado e os resultados

expressos µg/ml e percentagem de inibição do crescimento. OEs testados foram dissolvidos em

DMSO, dos quais a concentração final não excedeu 1%. Culturas amastigotas axênicas, obtidas

por transformação in vitro de promastigotas infectantes, foram mantidas em meio Schneider, pH

4,5, com 20% de soro fetal bovino a 32oC. OEs de M. divaricatum, P. acre, folhas de H.

coronarium, rizomas de H. coronarium, T. patula e C. sylvestris apresentaram valores de IC50 iguais

a 24,2, 27,5, 91,4,> 100 e 29,8 µg / ml, respectivamente, para promastigotas formas. M.

divaricatum, P. acre e C. sylvestris (os óleos mais ativos contra formas promatigotas) apresentaram

valores de IC50 iguais a 10,7, 6,8 e 14,0 µg / ml contra formas amastigotas. Novos estudos

precisam ser realizados, a fim de compreender os mecanismos de ação e avaliar a toxicidade

desses óleos essenciais e dos principais compostos.

Agradecimento: PADC- FCF- UNESP- Araraquara, São Paulo, Brasil.

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Anais do XIII Workshop de Plantas Medicinais de Botucatu: Em busca de produtos naturais bioativos.

AVALIAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO ORAL DE Eugenia dysenterica (Cagaita) SOBRE A PRESSÃO ARTERIAL E FREQUÊNCIA CARDÍACA DE RATOS

ONARY A.S.S.1, BAPTISTA-SILVA B.1, BISPO-DA-SILVA L.B.2; FIDELIS-DE-OLIVEIRA, P.3. 1Curso de graduação em enfermagem, Faculdade de Medicina de Botucatu, UNESP;2 Departamento

de Farmacologia e Toxicologia, Universidade Federal de Uberlândia – UFU; 3Departamento de

Fisiologia, Instituto de Biociências, UNESP/BOTUCATU.

A Eugenia dysenterica (ED), conhecida como "cagaiteira", é uma árvore do cerrado cujo chá das

folhas é descrito popularmente por ter efeito sobre o sistema cardiovascular. Um estudo prévio do

nosso laboratório demonstrou que a administração intravenosa de ED promove redução dose-

dependente de pressão arterial média (PAM) via bloqueio de canais de cálcio. Portanto, o presente

estudo propõe verificar se o efeito hipotensor também se manifesta quando da administração do

extrato aquoso das folhas de ED por via oral. Para tanto, foram utilizados ratos Wistar machos

normotensos (360-400g) os quais foram submetidos à cirurgia (Ketamina, 70 mg/kg; Xilasina 7

mg/kg) de cateterização de arterial e veia femoral, para medida de pressão arterial pulsátil (PAP) e

administração de supradosagem de anestésico para eutanásia, respectivamente. Após 24 horas da

cateterização, foi realizado o registro basal de PA nos animais por meio de transdutor

mecanoelétrico acoplado a sistema de aquisição analógico/digital. Em seguida, os animais foram

desconectados do sistema de registro e submetidos à admnistração vo por gavagem de 1 mL/kg de

NaCl 0,9% (grupo controle) ou extrato aquoso liofilizado de folhas de ED (100 mg/kg).

Imediatamente após a administração vo, os animais foram reconectados ao sistema para

continuidade do registro de PAP. Foram analisadas as variações percentuais de PAM e frequência

cardíaca (FC) nos tempos de 10, 30 e 60 min após gavagem. Os resultados mostram que a

administração aguda vo de ED não promoveu alteração percentual significativa de PAM (10

min:3±8%; 30 min: 4±7%; 60 min: 8±7%) quando comparada à administração de NaCl 0,9% (10

min:12±0,3%; 30 min: 4±5%; 60 min: 4±1%). A FC também não se mostrou diferentes nos animais

que receberam ED (10 min:2±4%; 30 min: 8±8%; 60 min: -8±2%) quando comparados aos

controles (10 min:15±6%; 30 min: 10±1%; 60 min: 12±10%). Conclui-se que a dose de 100 mg/kg

via oral não foi capaz de promover hipotensão em ratos normotensos, fato que motiva um estudo

dose-dependente.

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Anais do XIII Workshop de Plantas Medicinais de Botucatu: Em busca de produtos naturais bioativos.

AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIFÚNGICA DE UM SHAMPOO ENRIQUECIDO COM O

EXTRATO DE UMA MONOCOTILEDÔNEA DO GÊNERO Agave

Fuzaro, C.C.1; Santos, L.1

1Departamento de Biotecnologia, Faculdade de Ciências e Letras, UNESP-Assis. E-mail: [email protected]

As folhas das monocotiledôneas do gênero Agave apresentam altas concentrações de saponinas,

glicosídeos de esteroides que possuem grande importância farmacológica e econômica, por

apresentarem importantes propriedades farmacológicas, entre elas a antifúngica. Sabe-se que as

dermatofitoses estão entre as principais infecções causadas por fungos, e que os medicamentos

disponíveis atualmente para combater essas infecções além de apresentarem vários efeitos

colaterais, estão levando a resistência de algumas espécies de fungos. Nesta direção, diante da

possibilidade do desenvolvimento de uma novo fitoproduto para o tratamento das dermatofitoses, o

objetivo desse estudo foi o de desenvolver um shampoo antifúngico enriquecido com o extrato de

uma planta monocotiledônea do gênero Agave. Para isso, inicialmente, por meio da prensagem de

suas folhas e centrifugação do suco resultante foi preparado o extrato vegetal. Posteriormente, foi

determinada a concentração mínima inibitória (CMI) desse extrato contra o fungo Trichopyton

rubrum. Numa próxima etapa, o shampoo enriquecido com o extrato vegetal foi desenvolvido. A

atividade antifúngica do shampoo foi realizada por meio da introdução da cultura líquida de

Trichophyton rubrum ao shampoo, seguida de sucessivas diluições em água peptonada a 0,1%,

até a obtenção de 3,7x102 células/mL. Na etapa seguinte, foi realizada a inoculação da solução

peptonada em meio de cultura sólido, e este foi incubado em estufa bacteriológica a 35ºC durante

24 horas, para posterior contagem do número de colônias formadas. Nesta análise o shampoo com

cetoconazol (SC) foi usado como controle positivo. Por último, a fim de comprovar a segurança do

shampoo a toxicidade aguda do extrato foi avaliada em ratos fêmeas Wistar (n=5), processo CEUA

– 004/2014. Os resultados mostraram que o extrato apresentou uma CMI de 0,75 mg/mL. Na

análise antifúngica do shampoo enriquecido com o extrato vegetal o número médio de colônias de

Trichopyton rubrum foi semelhante ao do shampoo enriquecido com o cetoconazol. A determinação

da toxidade aguda mostrou que o extrato analisado se apresenta inócuo quanto à incidência de

óbitos e com efeitos colaterais pouco expressivos e de curta duração. Em suma, os resultados

sugerem que a partir desse extrato é possível o desenvolvimento de um shampoo com atividade

antifúngica.

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Anais do XIII Workshop de Plantas Medicinais de Botucatu: Em busca de produtos naturais bioativos.

AVALIAÇÃO DA CINÉTICA BACTERIANA DO EXTRATO HIDROALCOÓLICO DE Croton doctoris CONTRA BACTÉRIAS DE INTERESSE CARIOGÊNICO

OLIVEIRA A.B.1, DELBEM A.C.B.2, SALVADOR M.J.3, DELBEM A.C.B.2, FREITAS L.S.F.4,

OLIVEIRA M.A.C.4, KOGA-ITO C.Y.4, BRIGHENTI F.L.1

1Universidade Estadual Paulista (UNESP), Faculdade de Odontologia, campus Araraquara; 2Universidade Estadual Paulista (UNESP), Faculdade de Odontologia, campus Araçatuba;

3Universidade de Campinas, IB – Unicamp; 4Universidade Estadual Paulista (UNESP), ICT- São José dos Campos. E-mail: [email protected]

Estudos demonstram que extratos obtidos a partir das folhas de Croton doctoris possuem atividade

antimicrobiana. O objetivo deste estudo foi avaliar a cinética bactericida dessa planta contra

bactérias envolvidas na patogenia da cárie dentária. Folhas secas foram maceradas com 70% de

etanol (1:20 w/v; 72 h a 25 ºC). O etanol foi evaporado sob pressão reduzida e o extrato resultante

foi liofilizado. As seguintes cepas de referência foram utilizadas: Actinomyces naeslundii ATCC

19039, Lactobacillus acidophilus ATCC 4356, Streptococcus mutans ATCC 35688, e S. sobrinus

ATCC 33478. Inóculos foram preparados em caldo de BHI a partir de uma suspensão bacteriana

de 106 UFC/mL. As suspensões foram incubadas (37 ºC, 5% CO2) até que os microrganismos

atingissem a metade de sua fase exponencial. O extrato foi adicionado a concentrações de 1, 2 ou

4 vezes o valor da concentração inibitória mínima (CIM) e as suspensões foram tratadas durante 5,

15, 30, 60 e 120 min. Caldo BHI e clorexidina foram usadas como controles. As suspensões foram

diluídas e plaqueadas em ágar de BHI. Após incubação por 48 h a 5% CO2, o número de colônias

formadoras (UFC/mL) foi obtido. Após 2 h de tratamento, a % de morte foi de 55% para S. mutans,

54% para L. acidophilus, 100% para S. sobrinus e 29,7% para A. naeslundii. Em conclusão, o

extrato hidroalcoólico de C. doctoris demonstrou atividade antimicrobiana contra bactérias

cariogênicas.

Apoio financeiro: FAPESP (20008/04114-2 e 2008/53299-5)

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Anais do XIII Workshop de Plantas Medicinais de Botucatu: Em busca de produtos naturais bioativos.

AVALIAÇÃO DAS PROPRIEDADES ANTI-INFLAMATÓRIAS E ANALGÉSICAS DO EXTRATO DE UMA MONOCOTILEDÔNEA DO GÊNERO Agave

Kuae, L. Y.1; Soares, B. A.1; Santos, L.1 1Departamento de Biotecnologia, Faculdade de Ciências e Letras, UNESP-Assis

E-mail: [email protected]

Sabe-se que as monocotiledôneas do gênero Agave apresentam altas concentrações de

sapogeninas esteroidais, moléculas precursoras dos anti-inflamatórios glicocorticóides. Nesta

direção, diante da possibilidade do desenvolvimento de uma novo fitoterápico, o objetivo desse

estudo foi o de avaliar in vivo, em ratos Wistar, os perfis toxicológico, anti-inflamatório e analgésico

da fração alcoólica do extrato da hidrólise ácida (FAEHA) de uma planta monocotiledônea

(Processo CEUA - 003/2014). A FAEHA foi administrada oralmente em ratos machos (n=6/grupo)

nas doses de 25, 50 e 100 mg/kg nos modelos de inflamação, edema de pata induzido por

carragenina, e de dor, teste da formalina. Na avaliação da toxicidade aguda, foram utilizados ratos

fêmeas (n=5) e a FAEHA foi administrada em dose única de 2000 mg/kg. Além da ocorrência de

morte, por 14 dias foi avaliada a manifestação de evidências de toxicidade, referentes ao controle

motor e da consciência. Por fim, com o objetivo de constatar se as atividades farmacológicas

avaliadas estavam relacionadas com a presença de sapogeninas, a existência destes metabólitos

foi analisada através de espectrometria de massas com alta resolução (HRESI-MS). A

determinação da toxidade aguda mostrou que a FAEHA se apresenta inócua quanto à incidência

de óbitos e com efeitos colaterais pouco expressivos e de curta duração. No teste analgésico, a

dose de 25 mg/kg foi capaz de inibir significativamente (p<0.05) a manifestação dos sinais álgicos.

No teste de edema de pata, as doses de 25 e 50 mg/kg apresentaram potente efeito

antiedematogênico (p<0.05). O estudo fitoquímico revelou presença de sapogeninas, sendo que

destas foram identificados dois tipos: hecogenina e tigogenina. Os resultados obtidos durante o

estudo permitem inferir que a FAEHA é capaz de atenuar os mecanismos que resultam nos

processos álgicos e inflamatórios, de modo eficaz e com baixo número de efeitos adversos. Sendo

que, as atividades constatadas devem estar relacionadas com a presença de sapogeninas, como

evidenciou o estudo fitoquímico. Em suma, os resultados sugerem que a partir da FAEHA é

possível o desenvolvimento de um fitoterápico com efeitos anti-inflamatório e analgésico.

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Anais do XIII Workshop de Plantas Medicinais de Botucatu: Em busca de produtos naturais bioativos.

AVALIAÇÃO DE MÉTODOS PARA TESTES DE SUSCETIBILIDADE IN VITRO DE EXTRATOS VEGETAIS COM DIFERENTES POLARIDADES PARA Staphylococcus spp. E

Enterobactérias/Pseudomonas spp.

MARQUES R.S.1; OLIVEIRA A.B. 1; GIRO E.M.A. 1; BRIGHENTI F.L. 1 1Faculdade de Odontologia de Araraquara (Unesp).

E-mail: [email protected]

A busca de novos compostos úteis no tratamento das doenças infecciosas deve-se tanto ao

surgimento de novos patógenos quanto a resistência que muitos micro-organismos apresentam

aos agentes terapêuticos atuais, isso levou ao avanço de técnicas microbiológicas e ao surgimento

de diversos testes de suscetibilidade microbiana in vitro. O objetivo desse trabalho foi avaliar dois

métodos de triagem de atividade antimicrobiana utilizando diferentes polaridades: o teste de

difusão em ágar e o teste de microdiluição em caldo. Sessenta extratos foram preparados a partir

de dez plantas coletadas no Pantanal Brasileiro, utilizando seis diferentes métodos de extração.

Para os testes microbiológicos foram utilizadas as cepas de referência: Staphylococcus aureus

ATCC 6538, Staphylococcus epidermidis ATCC 12228, Escherichia coli ATCC 25922,

Pseudomonas aeruginosa ATCC 9027. Um inóculo em caldo BHI foi preparado contendo 1% de

uma suspensão a 106 UFC/mL. O teste de difusão foi realizado utilizando a técnica de dupla

camada em ágar. O teste de microdiluição em caldo foi realizado para análise da concentração

inibitória mínima (CIM) e concentração bactericida mínima (CBM). Os resultados foram analisados

através do cálculo de sensibilidade do método de difusão em ágar e a correlação entre o diâmetro

do halo de inibição e os valores de CIM e CBM. Tanto a sensibilidade quanto a especificidade

foram maiores que 0,9 considerando os dois grupos. Devido à ausência de falsos negativos no

grupo Enterobactérias / Pseudomonas spp., a sensibilidade foi 1,00 enquanto a sensibilidade para

o grupo Staphylococcus spp. foi 0,89. Por outro lado, o grupo Staphylococcus spp. apresentou

maior especificidade do que o grupo Enterobactérias / Pseudomonas spp. Não foi observada uma

correlação entre o diâmetro do halo de inibição e o valor da CIM. Pode-se concluir que o teste de

difusão em ágar é adequado para a realização de triagem de atividade antimicrobiana.

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Anais do XIII Workshop de Plantas Medicinais de Botucatu: Em busca de produtos naturais bioativos.

AVALIAÇÃO DO CARREGAMENTO DE ISCAS FORMICIDAS DE ORIGEM BOTÂNICA

STEFANELLI, L.E.P.1; FORTI, L.C.1; TRAVAGLINI R.V. 1; FERREIRA L.C.; GALLO C.C.2 1 Departamento de Proteção Vegetal FCA/UNESP. 2 FMVZ – UNESP Botucatu. E-mail

[email protected]

As formigas cortadeiras são um grande problema na agricultura e nas plantações florestais,

atualmente as iscas granuladas funcionam muito bem no controle de formigas pois são de fácil aplicação,

no entanto a busca por novos ativos para o controle das pragas na agricultura é fundamental para evitar a

seleção de populações resistentes. Diante deste cenário os inseticidas botânicos podem representar uma

alternativa ao controle químico, em vista de que alguns extratos botânicos apresentam grande potencial de

utilização. O presente trabalho aferiu o carreamento de diferentes iscas granuladas utilizadas no controle de

formigas cortadeiras e a possibilidade da utilização de óleo de Neem (Azadirachta indica) na formulação das

iscas. Foram utilizados 3 tratamentos com diferentes ativos, sendo eles: sulfuramida (T1), (T2) Azadirachta

indica (4 %) e Tephrosia candida (T3). O experimento foi conduzido em laboratório (T= 25±2° C; UR=

70±10%). A testemunha foi a isca à base de polpa cítrica. Para avaliar o carregamento foram selecionados

15 pellets por tratamento ( com peso médio total de 0,3 g). A avaliação contou com 5 repetições, em

delineamento experimental inteiramente casualizado onde cada ninho representou uma repetição. O período

de avaliação seguiu o cronograma de observações a cada 2 h. Sendo que após o período de 8 horas, as

iscas não carregadas foram retiradas. Além do carregamento foi observada a devolução dos pellets.

Constatou-se o tratamento com sulfuramida e Tephrosia candida tiveram 100% de carregamento com o

período de 6 horas. O tratamento com óleo neem apresentou menor taxa de carregamento e maior taxa de

devolução, o que indicou alguma característica repelente ou deterrrente ao inseto, prejudicando assim seu

carregamento pelas formigas. Este indicativo sugere o potencial inseticida desta substância. O

carregamento é um fator interessante para a formulação adequada de iscas formicidas, mais pesquisas com

outras substâncias devem ser realizadas com compostos de maior atratividade e menor repelência ao

inseto.

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Anais do XIII Workshop de Plantas Medicinais de Botucatu: Em busca de produtos naturais bioativos.

AVALIAÇÃO DO EFEITO HIPOMETILANTE DO EXTRATO DE PRÓPOLIS E DO EGCG SOBRE O GENE RASSF1A EM LINHAGENS DERIVADAS DE CARCINOMAS MAMÁRIOS

ASSUMPÇÃO, J.H.M.1; TAKEDA, A.A.S.1; SFORCIN2, J.M.1; RAINHO, C.A.1

1Departamento de Genética, 2Departamento de Mibrobiologia e Imunologia, Instituto de Biociências de

Botucatu (IBB) – UNESP. E-mail: [email protected]

A inativação do gene RASSF1 (Ras association domain family member 1) pela hipermetilação da região

promotora A é um evento frequente em muitos cânceres humanos. Evidências recentes indicam que

compostos de origem natural como a epigalocatequina-3-galato (EGCG), principal catequina do chá verde

(Camellia sinensis), podem inibir a atividade de DNA metiltransferases (DNMTs) e, consequentemente,

reativar a expressão de genes supressores de tumor silenciados no câncer. A própolis é uma substância de

origem natural, produzida pelas abelhas a partir de diferentes plantas, que resulta em uma composição

complexa e em diversidade de efeitos biológicos e farmacológicos. Portanto, o objetivo do presente estudo

foi investigar o potencial efeito hipometilante do extrato etanólico de própolis (EEP) e do EGCG.

Primeiramente, utilizou-se a abordagem in silico baseada em docking molecular para verificar se moléculas

derivadas da própolis podem interagir com o domínio metiltransferase (MTase) da DNMT1 (DNA

metiltransferase 1) humana. Foram selecionados os seguintes componentes da propolis: benzil benzoato,

ácido cafeico, CAPE (éster de ácido cafeico), ácido dihidrocinâmico, (2E,6Z)-farnesol, ácido ferúlico,

kaempferide, ácido p-cumárico, ácido hidrocinâmico e espatulenol. O modelo cristalográfico da DNMT1

humana e o seu inibidor intrínseco (SAH) foram utilizados como referências. Em paralelo, foram

selecionadas três linhagens celulares derivadas de carcinomas mamários humanos (MDA-MB-231, MDA-

MB436 e BT549) que apresentam 100% de metilação neste locus. As células (1x105) foram expostas ao

EEP (10µg/mL) ou ao EGCG (10µM) durante 96 horas. Em seguida, o DNA genômico foi extraído e

modificado pelo bissulfito de sódio. A análise de metilação do DNA foi baseada na técnica de MS-PCR

(Methylation Specific – Polimerase Chain Reaction. As simulações de docking indicaram que os compostos

CAPE, (2E,6Z)-farnesol e o ácido p-cumárico podem inibir a DNMT1 segundo os parâmetros: energias de

ligação negativa, melhor ocupação do sítio de ligação e interações químicas comuns com o complexo SAH-

DNMT1. No entanto, apenas o efeito hipometilante do EGCG foi confirmando nas linhagens MDA-MB-231 e

BT-459. Em conjunto, os dados obtidos indicam que embora alguns compostos derivados da própolis

potencialmente possam inibir a ação de DNMTs, a presença dos mesmos no EPP não é suficiente para

inibir in vitro a metilação do gene RASSF1.

Auxílio financeiro: CAPES

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Anais do XIII Workshop de Plantas Medicinais de Botucatu: Em busca de produtos naturais bioativos.

AVALIAÇÃO DO TRATAMENTO IN VITRO DE LINHAGENS CELULARES DERIVADAS DE CÂNCER DE MAMA COM PEQUENAS MOLÉCULAS DERIVADAS DA PRÓPOLIS BRASILEIRA

Assumpção, J.H.M.1; Sforcin2 J.M.; Rainho, C.A.1

1Departamento de Genética, 2Departamento de Mibrobiologia e Imunologia, Instituto de Biociências

de Botucatu (IBB) – UNESP. E-mail: [email protected]

A própolis é um produto natural produzido pelas abelhas a partir de exsudatos de origem botânica.

O seu extrato é amplamente utilizado para fins medicinais devido às suas diversas propriedades

biológicas. Porém, estudar o extrato da própolis sob um ponto de vista farmacológico sempre foi

um desafio, já que a sua composição química é dependente da localização geográfica, bem como

da origem botânica das substâncias coletadas pelas abelhas. Devido a essa questão, nos últimos

anos alguns estudos foram conduzidos com o de objetivo descrever a composição química da

própolis brasileira, que inclui flavonóides, terpenos e ácidos fenólicos. O presente estudo teve

como objetivo avaliar o efeito do extrato etanólico de própolis (EPP) e alguns dos seus ácidos

fenólicos sobre a viabilidade de linhagens celulares derivadas de carcinomas mamários humanos.

O efeito do EPP (6.25, 12.5, 25, 50 e 100µg/mL) e do ácidos ácido cafeico, hidrocinâmico e p-

cumárico (6.25, 12.5, 25, 50 e 100µM) foi avaliado pelo teste de MTT [(3-(4,5-dimetiltiazol-2-il) -2,5-

difeniltetrazólio] após exposição in vitro durante 24, 48, 72 e 96 horas. Utilizou-se a análise de

variância (ANOVA) e o teste de Dunnet para comparações entre cada tratamento e seu respectivo

controle. Foi calculado a IC50 relativa pela regressão não linear e o modelo de slope variável (four-

parameter logistic curve). O EEP reduziu a viabilidade celular das linhagens BT-20 e BT-549

(p<0,0002 e p<0,02), com IC50 igual a 18,06 e 25,45µgml, respectivamente; o ácido p-cumárico

reduziu a viabilidade de todas as linhas celulares estudadas com valores de p<0,00001 (BT-20 e

BT-549) e p<0,0002 (MDA-MB-231 e MDA-MB-436) e valores de IC50 iguais a 17.02, 13.94, 22.85

e 23.55µM nas linhagens BT-20, BT-549, MDA-MB-231 e MDA-MB-436, respectivamente. Esses

resultados indicam o efeito antiproliferativo do EEP e do ácido p-cumárico nas linhagens celulares

analisadas. Futuro estudos deverão ser conduzidos para se investigar os mecanismos moleculares

que explicam tais efeitos.

Apoio financeiro: CAPES

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Anais do XIII Workshop de Plantas Medicinais de Botucatu: Em busca de produtos naturais bioativos.

BIOFERTILIZANTE ELIXIR® À BASE DE ÁCIDO HÚMICO E ÁCIDO FÚLVICO NO

DESENVOLVIMENTO DE MUDAS DE Allium Schoenoprasum L.

SANTOS, A. G.1; MARQUES, I. B.1; SILVA, H. E. R1; BOMFIM, F. P. G.1

Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Campus de Botucatu. Email: [email protected]

A cebolinha (Allium schoenoprasum L.) é uma espécie condimentar, com grande potencial para

desenvolvimento da agricultura familiar, comumente adotada como cultura secundária por

produtores de hortaliças, possui valor agregado e de mercado bastante expressivo. A cebolinha

possui ainda propriedades medicinais, logo se sugere que seu cultivo seja feito dentro de normas e

preceitos orgânicos. A adubação orgânica ainda aparece em vários estudos sendo um dos

principais entraves para o avanço desse sistema de produção, sendo inexistentes estudos sobre o

uso de biofertilizantes comerciais sobre o desempenho agronômico de culturas de interesse

econômico. O ELIXIR® é um biofertilizante ainda não comercializado no Brasil, devido à falta de

estudos e pesquisas quanto à eficácia nos parâmetros fitotécnicos das espécies vegetais. Este

produto é comumente extraído de lagoas de sedimentos, ricos em ácidos húmicos e ácidos

fúlvicos, que são ácidos orgânicos responsivos na produtividade de culturas agrícolas. Sendo

assim, objetivou-se com esse estudo avaliar doses crescentes de ácidos húmicos e ácidos fulvicos

nos desenvolvimento de mudas. O experimento foi conduzido no Departamento de Horticultura da

Faculdade de Ciências Agronômicas da UNESP/Botucatu, em casa de sobra. O delineamento

estatístico utilizado foi inteiramente casualizado com cinco tratamentos e quatro repetições, cada

parcela constituída por 10 unidades experimentais. Os tratamentos foram constituídos por doses do

biofertilizante, que foram obtidas através de 0, 24, 48, 60, 96 ml de Elixir® por 20 ml de água,

aplicadas a cada 15 dias sobre as mudas, totalizando 3 aplicações. Ao final foram avaliadas as

seguintes características: número de folhas, comprimento e diâmetro das mudas, peso fresco e

peso seco da parte aérea. Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância e regressão

no software Sisvar 5.6. Pelo intermédio da análise de variância observou-se que não houve

diferença estatística entre os tratamentos, contudo observa-se superioridade nas médias de peso

seco na dose de 60 ml 20L-1.

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Anais do XIII Workshop de Plantas Medicinais de Botucatu: Em busca de produtos naturais bioativos.

COMERCIALIZAÇÃO DE PLANTAS MEDICINAIS NOS MERCADOS TRADICIONAIS DE

JUAZEIRO NO NORTE/CE

Bispo, G. L.1, Marques, I. B.1, Araújo, E. O.1, Chaves, P. P. N.1, Marco, C. A.2. (1) Faculdade de Ciências Agronômicas da Universidade Estadual Paulista – FCA/UNESP.

E-mail: [email protected], [email protected], [email protected], [email protected] (2) Universidade Federal do Cariri

– UFCA/CE. [email protected]. A etnobotânica se ocupa com o estudo das plantas, sendo uma ciência que emprega metodologias de

outras ciências, mas, sobretudo das ciências sociais e da botânica para estudar as interações entre o

homem, o mundo vegetal, o ecossistema e o meio ambiente atingindo assim sua cultura, seus costumes e

suas crenças. A relação entre o homem e as plantas medicinais, é algo muito relevante e digno de estudos

mais aprofundados. Dessa forma, o objetivo deste trabalho foi realizar um estudo etnobotânico acerca da

comercialização de plantas medicinais nos mercados tradicionais de Juazeiro no Norte. O estudo deu-se

através de pesquisa classificada como exploratória, descritiva, de abordagem quali-quantitativa, constituída

por entrevista estruturada e observação “in loco”. O universo da investigação foi representado por 14

comerciantes de ervanarias do Mercado Central e Mercado do Pirajá. Todos os ervanários responderam a

um questionário composto de perguntas objetivas e de múltipla escolha. Entre a diversidade de plantas

medicinais conhecidas, algumas com propriedades comprovadas cientificamente e outras apenas

empiricamente, podem ser encontradas nos mercados tradicionais de Juazeiro do Norte mais de 100

espécies. De acordo com a pesquisa, 57% dos ervanários comercializam entre 50 e 80 espécies, 14,2%

dispõem de mais de 100 espécies, e o restante (28,4%) dos entrevistados vendem menos que 50 espécies.

As mais procuradas são: boldo do chile (Peumus boldus Molina), camomila (Matricaria recutita L.), erva doce

(Pimpinela anisum L.), macela (Achyroclines atureioides (Lam.) DC.) e quixaba (Sideroxylon obtusifolium TD

Penn.). De acordo com as respostas dos comerciantes, nenhum deles cultiva nenhuma planta, as mesmas

são adquiridas de distribuidores. Do total de feirantes, 35,7% afirmou desconhecer a procedência da

mercadoria. Já 64,3% reportaram que grande parte do material vem das regiões Sudeste, Norte e Nordeste,

algumas do Sul e do Centro-Oeste e ainda há espécies importadas de países como Chile e Indonésia. Nos

estabelecimentos podem ser encontradas plantas medicinais em diversas formas, tais como: desidratadas,

in natura, processadas, embaladas e até mesmo em forma de xaropes. Conclui-se que são comercializadas

diversas espécies, adquiridas de várias partes do Brasil e do mundo e que os comerciantes não cultivam as

mesmas

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Anais do XIII Workshop de Plantas Medicinais de Botucatu: Em busca de produtos naturais bioativos.

COMÉRCIO DE PLANTAS ALIMENTÍCIAS NÃO CONVENCIONAIS E PERFIL DOS FEIRANTES EM FEIRAS ORGÂNICAS DA CAPITAL PAULISTA

SANTOS, V.T.1; BONFIM, F.P.G.1; CAMPOS, O.P.2; PAGASSINI, J.A.V.1 1FCA/UNESP; 2UENP – CLM.E-mail: [email protected]

O trabalho teve por objetivo diagnosticar a disponibilidade atual de Plantas Alimentícias Não

Convencionais (PANC), bem como o perfil de seus comerciantes em feiras orgânicas no município

de São Paulo. Foram selecionadas como amostras não aleatórias as maiores feiras orgânicas (em

número de feirantes) de São Paulo: Feira Orgânica do Parque da Água Branca e Feira Orgânica do

Ibirapuera, localizadas nas Zonas Oeste e Sul, respectivamente. Através de questionário

semiestruturado, entrevistaram-se cada feirante com o objetivo de constatar: o conhecimento da

definição de PANC, informações censitárias (gênero, faixa etária, escolaridade, atividade familiar e

conhecimento da origem dos produtos), PANC comercializadas e a porcentagem de representação

delas na receita de vendas de cada um. Dos 52 comerciantes integrantes das duas feiras, 28

trabalham com PANC, sendo esses os entrevistados. Como resultado do perfil dos comerciantes,

observa-se que: 71% são do gênero masculino, 50% têm o ensino médio completo, 21% possuem

formação superior completa e as faixas etárias mais expressivas são: idade superior a 40 anos

(32%) e idade entre 20 a 30 anos (36%). Seguem, quase que em sua totalidade a atividade

familiar, sendo que 78% são produtores rurais, o que reflete na origem dos produtos que

comercializam, visto que a produção própria é o que predomina (89%) e vem seguida de produção

de vizinhos (18%) e vendas via vínculo trabalhista (7%), sendo que nada deste segmento de

plantas vem do CEAGESP. Foram encontradas 48 Plantas Alimentícias não Convencionais nas

feiras do município de São Paulo, sendo que as plantas mais ocorrentes foram: ora-pro-nóbis

(Pereskia aculeata Mill.), taioba (Xanthosoma taioba E.G.Gonç.) e serralha (Sonchus oleraceus L.),

presentes em 71%, 68% e 61% das bancas, respectivamente. Seguidas por mostarda-folha

(Brassica juncea L.) Czern.), capuchinha (Tropaeolum majus L.), caruru (Amaranthus deflexus L.),

peixinho (Stachys byzantina K. Koch) e beldroega (Portulaca oleracea L.), presentes em 57%, 43%,

43%, 39% e 39% das bancas, respectivamente. Pela pesquisa, é possível observar que 71%

conhece o significado do termo PANC. Essa categoria representa até 25% da receita de vendas de

82% dos feirantes e até 50% da mesma receita de 14% dos feirantes, demonstrando a importância

das PANC na geração de renda para estas famílias.

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Anais do XIII Workshop de Plantas Medicinais de Botucatu: Em busca de produtos naturais bioativos.

COMÉRCIO DE PLANTAS MEDICINAIS EM FEIRA AGROECOLÓGICA NO MUNICÍPIO DE

CRATO /CE.

Bispo, G. L.1, Marques, I. B.1, Araújo, E. O.1, Marco, C. A.2, Chaves, J. T. L.3. (1) Faculdade de Ciências Agronômicas da Universidade Estadual Paulista – FCA/UNESP. E-mail:

[email protected], [email protected], [email protected], (2)

Universidade Federal do Cariri – UFCA/CE. [email protected], (3) Universidade Federal de Lavras -

UFV/MG, [email protected].

A etnobotânica é uma ciência que estuda as plantas medicinais e suas interações com o ambiente, as

crenças bem como sua produção e comércio. O sucesso do processo produtivo depende organização e

sistematização da legislação relativa à produção, coleta e comercialização tornando-se imprescindível o

conhecimento por parte dos comerciantes destes processos. Objetivou-se identificar as espécies de plantas

medicinais comercializadas em feiras agroecológicas, assim como o nível de informação dos comerciantes,

acerca da Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos. O estudo foi realizado na Feira

Agroecológica da Associação Cristã de Base (ACB) localizada na cidade de Crato, no Ceará. A pesquisa

classifica-se como exploratória, descritiva e bibliográfica de abordagem quali-quantitativa por meio de

realização de entrevistas estruturadas com aplicação de questionário composto de perguntas objetivas e de

múltipla escolha com participação de 12 comerciantes de ervanários escolhidos de forma aleatória, cujo

propósito era avaliar o nível de satisfação do comerciante no mercado das plantas medicinais e seu

conhecimento das espécies como local de produção, princípio ativo, espécies mais vendidas e em relação à

Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos (PNPMF). De acordo com os dados coletados

observou-se que do total de entrevistados apenas 4 (33%) comercializavam algum tipo de erva. Deste total,

foram citadas 10 espécies entre elas capim santo (Cymbopogon citratus (D.C.) Stapf.), camomila (Matricaria

recutita L), alecrim (Rosmarinus officinalis L.) e hortelã (Mentha suaveolens Ehrh.) que são produzidas pelos

próprios feirantes e algumas coletadas através do extrativismo. Todos os comerciantes possuem

conhecimento em relação à finalidade e uso das plantas medicinais comercializadas, pois verifica-se que

não houve divergência entre o que foi afirmado pelos comerciantes e os dados científicos sobre as plantas

medicinais. Em relação à legislação e a PNPMF até então os feirantes não tinham atentado a este ponto

apresentando como dificuldade a falta de apoio e políticas públicas que favoreça a produção e comércio

desse tipo de produto. Em suma, os comerciantes conhecem as espécies no que diz respeito ao seu uso,

entretanto dispõem de pouca informação acerca da legislação e a PNPMF sendo necessário incentivo e

programas de capacitação no segmento em estudo.

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COMPONENTES QUÍMICOS DO CAULE DE Hylocereus undatus (Haw) Britton & Rose.

CARRARA V.1, KAMIKAWACHI . R.C.1, ALMEIDA O.J. G.1, VILEGAS, W.1

Instituto de Biociências, Campus do Litoral Paulista, Unesp, São Vicente/SP. E-mail:

[email protected]

O gênero Hylocereus (Haw) Britton & Rose (Cactaceae) é originário das regiões tropicais da

América, como América Central e América do Sul4. As características morfológicas que definem

este gênero são: flores alongadas e frutos de formato globuloso com sementes escuras2,6. Nesse

gênero encontram-se 15 espécies6, dentre elas o cacto Hylocereus undatus, conhecido como

Pitaya Vermelha de Poupa Branca, que atualmente vem sendo foco na pesquisa científica devido

ao seu grande potencial nutricional e alto valor de mercado. A família Cactaceae apresenta vários

relatos de uso medicinal por populações tradicionais, apresentando assim, grande potencial

fitoterápico1. Apesar da grande quantidade de estudos com o fruto de H.undatus, avaliando a

atividade biológica e, superficialmente, a composição química3,5, pouco se conhece a respeito da

parte vegetativa deste organismo, a qual, ao contrário do fruto, faz-se presente em todos os

períodos do ano, sendo de fácil acesso. O presente trabalho tem como objetivo elucidar a

composição química dos caules de Hylocereus undatus. Por meio de percolação foi obtido o

extrato hidroalcóolico, o qual foi analisado por infusão direta em modo negativo usando ionização

por Electrospray e analisador de Íon Trap (FIA-ESI-IT-MSn) no modo negativo e por cromatografia

líquida de ultra eficiência acoplada a espectrômetro de massas (UPLC-MS) no modo negativo.

Através análise por UPLC-MS foram observadas oito substâncias: seis flavonoides, uma saponina

e um alcaloide. Através desses resultados, conclui-se que o caule de Hylocereus undatus possui

uma grande diversidade química, sendo uma promissora fonte de substâncias. A próxima etapa

será a de isolar e elucidar a estrutura dessas substâncias.

Agradecimento: CNPq

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Anais do XIII Workshop de Plantas Medicinais de Botucatu: Em busca de produtos naturais bioativos.

COMPOSIÇÃO NUTRICIONAL DE HORTALIÇAS NEGLIGENCIADAS NA INTERVENÇÃO DE DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS

Santos, R.C.¹; Bonfim, F.P.G.²

1Graduanda em Nutrição, UNESP - [email protected]; 2 Doutor em Fitotecnia, Docente UNESP/FCA - [email protected].

O consumo errado dos alimentos ou até mesmo sua ausência são algumas das causas principais

das deficiências nutricionais. Com isso, estudos mostram que, hortaliças negligenciadas,

conhecidas atualmente por plantas alimentícias não convencionais, podem trazer benefícios a

saúde humana, melhorando a inadequação nutricional. O objetivo deste estudo é comparar através

de uma revisão bibliográfica a composição nutricional de algumas Plantas Alimentícias Não

Convencionais de ocorrência espontânea, analisando se estas podem ter quantidades suficientes

para alcançar as necessidades diárias segundo a Ingestão Dietética de Referência (Dietary

Reference Intakes – DRIS) associando- as às enfermidades de origens nutricionais. A análise foi

feita registrando os principais macro e micronutrientes que causam deficiências nutricionais,

observando seu consumo diário através das DRIS, intituladas pela Anvisa. Foram, analisados

artigos científicos que traziam referências da composição nutricional da serralha, beldroega,

bertalha, mostarda, ora-pro-nobis, caruru e maria gorda. Através dos dados encontrados

percebemos a beldroega contem altas concentrações de Ferro e Zinco, 42mg e 34mg

respectivamente, o que demonstra níveis acima da recomendação diária ajudando na prevenção

de anemia, unhas coiloníqueas, dermatite, alopecia, cegueira noturna. A bertalha e o ora-pro-nobis,

possuem níveis elevados de Vitamina C o que permite o combate da deficiência por ferro, por ser

um auxiliador na absorção deste nutriente, além de evitar sintomas como pele e cabelo seco, mau

humor. E por fim, o caruru apresenta altos níveis de Cálcio, cerca de 45% do valor total

recomendado de acordo com as DRIS, o que ajuda na prevenção de cãibras, caries, ossos fracos e

perda de memória. Sendo assim, é possível concluir que as hortaliças não convencionais têm

fatores importantes para o combate de deficiências nutricionais, sendo necessário saber as

quantidades diárias relacionadas com o fator de absorção de cada nutriente. Porém estudos mais

aprofundados e precisos devem ser realizados para se ter uma maior especificidade do valor e

qualidade nutricional de cada planta.

Agradecimento: CNPq – 402855/2017-0

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Anais do XIII Workshop de Plantas Medicinais de Botucatu: Em busca de produtos naturais bioativos.

COMPOSIÇÃO QUÍMICA E ATIVIDADE ANTI-CÁRIE DO ÓLEO ESSENCIAL DAS FOLHAS DE Nectandra megapotamica (Spreng) Mez.

Almeida, K. C. R.1; Silva, B. B.1; Miranda, M. L. D.1

1Instituto Federal do Sul de Minas Gerais, Campus Pouso Alegre, Pouso Alegre-MG. E-mail: [email protected]

Os óleos essenciais são considerados fontes de substâncias naturais, que possuem diversas

atividades biológicas, como por exemplo, propriedade antioxidante, antibacteriana, antifúngica,

inseticida entre outras. Estes óleos essenciais são misturas complexas constituídas por

substâncias de baixo peso molecular, principalmente monoterpenos, sesquiterpenos e

fenilpropanoides. Nectandra megapotamica (Lauraceae), conhecida como canelinha, ocorre nas

regiões sul, sudeste e centro-oeste do Brasil, sendo utilizada na medicina popular para aliviar dores

reumáticas. Esta espécie é caracterizada pela presença de alcaloides indólicos, lignoides,

fenilpropanoides e flavonoides. As folhas frescas de N. megapotamica (300 g) foram coletadas no

município de Limeira – SP e submetidas ao processo de hidrodestilação em aparelho do tipo

Clevenger para obtenção do óleo essencial. O óleo essencial foi analisado por cromatografia

gasosa acoplada a espectrometria de massas (CG-EM) e por cromatografia em fase gasosa com

detector de ionização de chama (CG-DIC). Os constituintes majoritários identificados foram: -

bisabolol (27,0 %, 1) e γ-cadineno (10,8 %, 2) (Figura 1). A atividade antibacteriana foi avaliada

pelo método de microdiluição em caldo utilizando placa de 96 poços e os valores de concentração

inibitória mínima (CIM) foram expressos em µg/mL. O óleo essencial avaliado apresentou forte

atividade anticariogênica contra Streptococcus mutans (CIM = 50 µg/mL) e moderada para S. mitis

(CIM = 200 µg/mL). Em suma, o óleo essencial das folhas de N. megapotâmica apresentou

promissora atividade antibacteriana in vitro, tendo em vista sua ação frente à bactéria S. mutans,

que é considerada agente etiológico da cárie dentária. Outro aspecto digno de menção é que

poucos produtos naturais exibem atividade frente a esta bactéria.

Figura 1. Estrutura química do -bisabolol (1) e do γ-cadineno (2).

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HO

1 2

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Anais do XIII Workshop de Plantas Medicinais de Botucatu: Em busca de produtos naturais bioativos.

COMPOSTOS BIOATIVOS E ATIVIDADE ANTIOXIDANTE EM CASCAS DE BANANA “NANWA KHOM”AO LONGO DO PROCESSO DE AMADURECIMENTO

Monar, G. R. S ¹*; Borges, C. V.¹; Belin, M. A. F.¹; Amorim, E. P. 2 ; Lima, G. P. P.¹

¹Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Departamento de Química e Bioquímica, Botucatu, São Paulo, Brasil.

2 Embrapa Mandioca e Fruticultura, Cruz das Almas/BA- Rua Embrapa, s/n, caixa postal 007, 44380-000, Cruz das Almas,BA. E-mail: [email protected]

A banana possui grande importância econômica e social, sendo o quarto alimento mais produzido

no mundo. Sua grande aceitação é proveniente dos aspectos sensoriais e valor nutricional, sendo

caracterizada como fonte energética e de compostos bioativos. Geralmente, suas cascas não são

utilizadas na alimentação humana, mas possuem elevado teor de bioativos com potencial

antioxidante, principalmente em relação às polpas, podendo ser utilizadas para prevenção e

promoção da saúde. Os níveis desses compostos e suas atividades antioxidantes podem variar de

acordo com a maturação dos alimentos. Assim, o objetivo desse trabalho é analisar as possíveis

alterações nos compostos bioativos e na atividade antioxidante na casca da banana ao longo do

amadurecimento. Foram analisadas cascas de banana do genótipo “Nanwa Khom” (banana tipo

para cozinhar) nos estádios de amadurecimento 2 (verde), 5 (amarelo) e 7 (amarelo com pontos

pretos). Fenóis totais, carotenoides totais e a atividade antioxidante (via FRAP e ABTS) foram

avaliadas por espectrofotometria, e expressas em massa seca. Os maiores níveis de fenóis totais

(599,1 mg.100-1g), carotenoides totais (371,5 mg.100-1g) e atividade antioxidante (FRAP: 830,4

mmol/100g TEAC; ABTS: 5661,3 mmol/100g TEAC) foram encontrados no quinto estádio de

maturação. As cascas de Musa spp possuem quantidade apreciável de fenóis e carotenoides

totais, assim como de capacidade antioxidante, demonstrando seu grande potencial para aplicação

na indústria farmacológica e na alimentação humana, buscando a promoção a saúde.

Financiamento: CNPq; FAPESP

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Anais do XIII Workshop de Plantas Medicinais de Botucatu: Em busca de produtos naturais bioativos.

COMPOSTOS BIOATIVOS E CAPACIDADE ANTIOXIDANTE DE CASCAS E POLPAS DE BANANA AO LONGO DO AMADURECIMENTO E APÓS PROCESSAMENTO TÉRMICO

Belin, M. A. F.¹; Borges, C. V.¹; Monar, G. R. S.¹; Amorim, E. P.2; Lima, G. P. P.¹

¹Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Departamento de Química e Bioquímica, Botucatu, São Paulo, Brasil.

2Embrapa Mandioca e Fruticultura, Cruz das Almas/BA – Rua Embrapa s/n, caixa postal 007, 44380-000, Cruz das Almas, BA. E-mail: [email protected]

Banana (Musa spp) é o quarto alimento mais produzido no mundo. É muito consumida por suas

propriedades organolépticas, baixo custo e fácil acessibilidade. Suas cascas, normalmente descartadas,

apresentam mais compostos bioativos que as polpas, como os compostos fenólicos e carotenoides, com

potencial antioxidante, antibactericida, antiulcerogênica, anti-hipertensiva, antidiabética e anticâncer. Esses

compostos podem variar com genótipo, amadurecimento e processamento térmico. O trabalho objetiva

avaliar os compostos bioativos e capacidade antioxidante de cascas e polpas de banana ao longo do

amadurecimento e após processamento térmico. Frutos nos estádios de maturação 2, 5 e 7 do genótipo

“Dangola” foram analisados in natura; e o 5 foi submetido à cocção por imersão e micro-ondas, ou

fritura/grelha (apenas sem casca). Fenóis, flavonoides e carotenoides totais foram avaliados por

espectrofotometria e expressos em massa seca, assim como a atividade antioxidante via DPPH, FRAP e

ABTS. Os compostos bioativos variaram de 21,9 ug/g a 615,9 mg/100g, sendo sempre maiores nas cascas,

como a capacidade antioxidante. O estádio 7 apresentou maiores teores de fenóis totais na polpa (436,2

mg/100gEAG) e flavonoides totais na casca (221,2 mg/100gEQ), sendo esses compostos maiores no quinto

estádio da polpa (11,8 mg/100gEQ). Na polpa, os carotenoides não variaram com o amadurecimento, mas

diminuíram na casca; como os fenóis totais e capacidade antioxidante via ABTS (2128,1 mmol/100gTEAC).

O estádio 2 da polpa apresentou maior capacidade antioxidante (DPPH: 3mg/100gTEAC; FRAP: 52,7

mmolFe/kg; ABTS: 524,9 mmol/100g TEAC), assim como o estádio 5 da casca (DPPH: 36,3 mg/100gTEAC;

FRAP: 291,3 mmolFe/kg). O calor diminuiu os fenóis totais da polpa, mas não alterou esses compostos e os

carotenoides da casca. A fritura diminui os carotenoides (21,9 ug/g) e aumentou os flavonoides (24,7

mg/100gEQ) na polpa, mas diminuiu esses compostos na casca (105,7-133,7 mg/100gEQ) e a capacidade

antioxidante (ABTS: 4405,4 nmol/100gTEAC; DPPH: 36,3mg/100gTEAC). Na polpa, a capacidade

antioxidante foi maior in natura (DPPH: 3,4 mg/100gTEAC; FRAP: 60,8 mmolFe/kg), e após a imersão com

casca via ABTS (679 mmol/100gTEAC). Os teores de fenóis, flavonoides, carotenoides totais e capacidade

antioxidante dependem do estádio de amadurecimento e processamento térmico dos frutos de Musa spp,

sendo maiores nas cascas que nas polpas.

Financiamento: CNPq (Processo: 43058 / 2017-0), FAPESP (Processos: 2016 / 17241-9; 2017/23488-0;

2017/22537-7).

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Anais do XIII Workshop de Plantas Medicinais de Botucatu: Em busca de produtos naturais bioativos.

CONDUTIVIDADE ELÉTRICA E PESO DE MIL SEMENTES DE CALÊNDULA EM FUNÇÃO DO MANEJO DA ADUBAÇÃO ORGÂNICA

Marques, I. B.1, Santos, A. G.1, Araújo E. O.1, Campos O. P., Bonfim, F. P. G1

(1)Faculdade de Ciências Agronômicas da Universidade Estadual Paulista – FCA/UNESP. E-mail: [email protected]

Utilizada para fins medicinais, os capítulos florais da Calendula officinalis L. são fontes de flavonoides de

grande importância para a fitoterapia, possuindo atividade antiespasmódica, anti-inflamatória, antisséptica e

cicatrizante. O interesse em estudos acerca desta espécie é crescente, deste modo, o objetivo do presente

trabalho foi determinar a condutividade elétrica e peso de mil sementes de calêndula em função do manejo

da adubação orgânica com torta de mamona em campo. O trabalho foi conduzido no Laboratório de Plantas

Medicinais da Faculdade de Ciências Agronômicas da UNESP. O delineamento estatístico utilizado foi

inteiramente casualizado, constituído de três tratamentos, sendo o tratamento 1: sementes advindas de

plantas de calêndula que receberam adubação com torta de mamona no dia do transplantio; o tratamento 2:

sementes advindas de plantas de calêndula que receberam adubação com torta de mamona 14 dias antes

do transplantio e o tratamento 3: sementes advindas de plantas de calêndula que receberam adubação com

torta de mamona 28 dias antes do transplantio. Para o teste de condutividade elétrica foram utilizadas 7

subamostras de 25 sementes, colocadas em copos plásticos contendo 50 ml de água deionizada, com

embebição por 24 horas, conforme Vieira (1994), a leitura foi realizada em condutivímetro portátil. Para peso

de 1000 sementes foram utilizadas oito subamostras de 100 sementes de acordo com Brasil (1992). Os

dados foram submetidos à análise de variância e as médias comparadas pelo teste Tukey a 5% de

probabilidade, no software Sisvar 5.6. Através da análise dos dados de condutividade elétrica observou-se

que os tratamentos diferiram estatisticamente entre si, tendo o tratamento 3 apresentado melhores valores

(157,28 μS/cm), já que menores valores de condutividade elétrica indicam menor degradação das

membranas celulares e processos de deterioração pouco avançados, seguido pelos tratamentos 2 (174,57

μS/cm) e 1(203,42 μS/cm). Para peso de mil sementes também foram observadas diferenças estatísticas

entre os tratamentos, sendo que o tratamento 3 apresentou os maiores valores de peso de mil sementes

(7,21g), seguido dos tratamentos 1 (6,88g) e 2 (6,50g). Assim, conclui-se que torta de mamona incorporada

28 dias antes do transplantio de mudas promove efeito direto na qualidade de sementes de calêndula.

Financiamento: CNPq

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Anais do XIII Workshop de Plantas Medicinais de Botucatu: Em busca de produtos naturais bioativos.

CONJECTURAS SOBRE O EMPREGO DA Cannabis sativa NO TRATAMENTO DA EPILEPSIA NA ATUALIDADE

DE PAULA, D. A. P.1; DESTRO, M. V. 1; SPADOTTO, A. J. 1

1 Biomedicina – Uninove/FMR E-mail: [email protected]; [email protected] ; [email protected])

A Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2015, classificou a epilepsia como doença prioritária

recomendando que cada país coordene ações nas áreas médica e sociais visando seu estudo e controle.

Essa mesma instituição internacional, em 2017, alertou que aproximadamente 50 milhões de pessoas têm

epilepsia no mundo. A partir dessa realidade, e até mesmo antes da divulgação aberta desses dados,

pesquisas têm sido realizadas visando melhorar a qualidade de vida das pessoas acometidas pela epilepsia,

inclusive através do uso de substâncias consideradas proibidas. Existem três espécies de Cannabis a saber:

a sativa, a indica e a ruderalis. Essas três espécies contêm tetrahidrocanabinol (THC), porém em

proporções diferentes. Uma planta é considerada maconha quando apresenta uma concentração de

tetrahidrocanabinol superior a 0,31%, e o THC é o principal responsável pelos conhecidos efeitos

“psíquicos” da Cannabis no organismo. Além desses efeitos, existem relatos científicos do uso da Cannabis

como anticonvulsivante e ansiolítico, sendo que isso interessa, por analogia, para o tratamento da epilepsia.

Esta pesquisa teve como objetivo atualizar e relacionar os avanços biomédicos e sociais do uso da

Cannabis no tratamento da epilepsia no Brasil. Com vistas a esse objetivo realizou-se uma pesquisa

classificada como qualitativa no período de 10/09/2017 até 28/03/2018. Para a obtenção dos dados iniciais

realizou-se uma pesquisa de sondagem que foi sucedida por outra exploratória; os dados foram obtidos em

periódicos especializados e em sites oficiais nacionais e internacionais. Ao final, os resultados foram

colocados em uma matriz organizada em ordem cronológica e por assuntos. Pesquisas recentes apontam

que o canabidiol (CDB) - componente não psicoativo da planta Cannabis sativa (maconha) – pode

representar uma interessante alternativa no tratamento da epilepsia. Quando não atua diretamente nas

reações epiléticas, o CDB pode ajudar a evitar danos cerebrais melhorando a qualidade de vida dos

pacientes. O termo “maconha” não é bem aceito pela sociedade brasileira. Conclusão: Embora o caminho

para o uso da Cannabis sativa (canabidiol) esteja aberto para o tratamento da epilepsia, no Brasil ainda

existem resistências sociais quanto ao seu emprego terapêutico. Uma maior divulgação dessas pesquisas

poderia ajudar a melhorar a qualidade de vida das pessoas acometidas pela epilepsia.

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Anais do XIII Workshop de Plantas Medicinais de Botucatu: Em busca de produtos naturais bioativos.

DENSIDADE DOS CANAIS SECRETORES DE RESINA EM Copaifera langsdorffii (Leguminosae) EM DIFERENTES ESTAÇÕES DO ANO

Palermo, Fernanda H.(¹); Seixas, Diana P.(¹); Piva, Tayeme C.(¹) e Rodrigues, Tatiane M.(¹)

(¹) Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas (Botânica), Universidade Estadual Paulista

(UNESP), Instituto de Biociências de Botucatu, SP, Brasil.

E-mail: [email protected]

Copaifera langsdorffii Desf. é uma leguminosa arbórea conhecida popularmente como copaíba ou

bálsamo. A secreção produzida por suas folhas e caule possui grande potencial medicinal, sendo

muito utilizada em fármacos com ação antimicrobiana, anti-inflamatória, antiulcerogênica,

antitumoral, cicatrizante e diurética, além de possuir importância biológica conferindo proteção à

planta contra herbivoria e infecção por patógenos. No caule desta espécie, canais secretores de

óleo-resina estão presentes em faixas de parênquima marginal ocorrentes no xilema secundário. C.

langsdorffii apresenta ampla distribuição no Brasil, sendo bastante comum no Cerrado, ambiente

caracterizado por forte sazonalidade com verão chuvoso e inverno seco, além de solos arenosos,

distróficos, ácidos e com altas taxas de alumínio. O objetivo deste trabalho foi verificar a densidade

de canais secretores produzidos no xilema secundário de C. langsdorffii nos períodos chuvoso e

seco. Amostras de caule secundário foram coletadas de indivíduos adultos de C. langsdorffii em

remanescente de Cerrado no município de Botucatu/SP, nos meses de julho/2008 e janeiro/2009 e

foram processadas de acordo com técnicas usuais em anatomia vegetal. A densidade de canais

secretores por mm2 formados na zona cambial foi mensurada com auxílio do programa ImageJ.

Dados pluviométricos foram obtidos junto à Estação Meteorológica do Departamento de Solos e

Recursos Ambientais. O mês de julho/2008 apresentou precipitação igual a 0mm; já em

janeiro/2009 a média de precipitação foi de 331,6mm. Nas amostras caulinares coletadas em

janeiro, a média de canais secretores formados na zona cambial foi de 2,5/mm2. Em julho, não

houve formação de canais secretores no câmbio vascular. Nossos resultados mostraram maior

formação de canais secretores na estação chuvosa, o que pode implicar na maior produção de

secreção nessa época. Estes dados contribuem para o manejo desta espécie e a obtenção de

técnicas mais sustentáveis para a extração do óleo-resina de C. langsdorffii.

Financiamento: FAPESP; CNPq

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Anais do XIII Workshop de Plantas Medicinais de Botucatu: Em busca de produtos naturais bioativos.

DESENVOLVIMENTO DE MUDAS DE Ruta graveolens EM FUNÇÃO DE SUBSTRATOS

ALTERNATIVOS

VASQUE H.1;SANTIVAÑEZ A.1; GRASSI FILHO, H.2

1Departamento de Horticultura, FCA-UNESP, Botucatu. [email protected]; ariel_

[email protected]; 2Departamento de Solos e Recursos Ambientais FCA-UNESP,

Botucatu. [email protected]

A produção de mudas é uma das etapas mais importantes do sistema produtivo, capaz de interferir

diretamente no desenvolvimento, no tempo de colheita e na quantidade de compostos bioativos

produzidos pela planta. Visando buscar compostos alternativos para a produção de mudas de

plantas medicinais em substituição aos adubos químicos, objetivou-se com este estudo avaliar o

efeito da adição de cama de frango (CF), fibra de coco (FC), bokashi (BO) e torta de mamona (TM)

ao substrato comercial Carolina (SC) para a formulação de um composto alternativo na produção

de mudas de arruda. O presente estudo foi conduzido em casa de vegetação, no período de março

a abril de 2018. O delineamento experimental utilizado foi em blocos casualizados com quatro

tratamentos e quatro repetições. Os tratamentos foram: T1 (100%) SC; T2 (80%) SC + (20%) CF;

T3 (80%) SC + (20%) FC; T4 (80%) SC + (20%) TM. Após os substratos serem misturados, os

mesmos foram adicionados em bandejas de isopor contendo 200 células e em seguida, realizou-se

a semeadura das sementes. Cada repetição foi constituída por 30 plantas. Avaliou-se a

porcentagem de emergência, a massa do sistema radicular, da parte aérea e o índice de

velocidade de germinação (IVG). O maior IVG foi verificado com o substrato de cama de frango, no

entanto, para a porcentagem de emergência, massa seca do sistema radicular e parte aérea a fibra

de coco mostrou-se melhor, isso pode estar relacionado a uma maior retenção de umidade e um

maior teor de nutrientes nesse substrato, o que contribuiu para um melhor desenvolvimento das

plântulas. A mistura do substrato comercial com a fibra de coco demonstrou ser promissor para a

produção de mudas de arruda.

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Anais do XIII Workshop de Plantas Medicinais de Botucatu: Em busca de produtos naturais bioativos.

DESENVOLVIMENTO INICIAL DE MUDAS DE ALCACHOFRA SUBMETIDAS A DIFERENTES

SUBSTRATOS

MORAES, V.P1; JORGETTO, L.O.; BONFIM, F.P.G.; FERNANDES D.M.; SANCHES, A.C.N.

A Alcachofra (Cynara scolymus L.) é reconhecida por suas propriedades alimentícias e

farmacêuticas, sendo suas folhas, inflorescências e flores as porções utilizáveis (LORENZI E

MATOS, 2002). No aspecto medicinal, apresenta atividade hipolipidêmica, hepatoprotetora,

colerética, colagoga e antioxidante (NOLDIN e CHECHINEL FILHO, 2003). Essa espécie pode

ser propagada assexuadamente, através de divisão de rebentos, ou sexuadamente, via

sementes. Dentre as vantagens no uso de sementes constam a possibilidade de mecanização

dos cultivos, uma redução nos custos de implantação, maior garantia sanitária quando

comparada a propágulos vegetativos, redução do tempo de permanência da cultura na lavoura e

aumento do sistema radicular das plantas (COSTA, 2011). Diante disso, o objetivo do trabalho foi

avaliar o efeito de diferentes substratos na fase inicial de mudas de alcachofra. Foram utilizadas

sementes de alcachofra crioula, com 41% de germinação, as quais foram semeadas em

bandejas de poliestireno preenchidas com os seguintes tratamentos: substrato comercial, areia,

areia + composto orgânico, areia + composto orgânico enriquecido com 3% de P2O5 e areia+

composto orgânico enriquecido com 6% de P2O5. O delineamento experimental empregado foi

de blocos inteiramente casualizados, sendo utilizados 5 tratamentos e 10 repetições. Foram

avaliados, incialmente, o índice de velocidade de emergência (IVE) e o tempo médio de

emergência (TME) das plântulas. A análise estatística indicou que não houve diferença

significativa para os parâmetros avaliados.

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Anais do XIII Workshop de Plantas Medicinais de Botucatu: Em busca de produtos naturais bioativos.

DETERMINAÇÃO DE ATIVIDADE ANTIOXIDANTE PELO MÉTODO DPPH DE ASSA-PEIXE, ALECRIM-DO-CAMPO, AROEIRA-PIMENTEIRA E CRAJIRU

MOREIRA, M. S. 1; SILVA, J.C.R.L. 1; SILVA, H.E.R. 1; TEIXEIRA, D. A. 1; BONFIM, F.P.G. 1 1Faculdade de Ciências Agronômicas da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” –

FCA/UNESP- Botucatu. Email: [email protected]

A procura por alimentos alternativos e produtos benéficos a saúde, é cada vez mais crescente, em

decorrência da mudança dos hábitos alimentares e do estilo de vida dos consumidores. Para esse

novo mercado destacam-se os produtos de origem vegetal com atividade antioxidante. Nesse

contexto, o objetivo desse trabalho foi avaliar o potencial antioxidante de quatro espécies

medicinais. O estudo foi conduzido no Departamento de Horticultura da FCA- UNESP, câmpus de

Botucatu, avaliando as folhas das seguintes espécies: Vernonia polyanthes (Spreng) Less.;

Baccharis dracuncunfolia DC.; Schinus terebinthifolia Radd. e Arrabidaea chica (Humb. & Bonpl.)

B. Verlt, conhecidas popularmente como assa-peixe, alecrim-do-campo, aroeira-pimenteira e

crajiru, respectivamente. Para determinação da atividade antioxidante utilizando método do DPPH

(2,2- difenil-1-picril-hidrazila), pesou-se 0,2 g de material vegetal seco e moído. Adicionou-se 10 mL

de metanol a 100%, em seguida o extrato passou por um banho ultrassônico de 40ºC por 15

minutos e centrifugado por 30 minutos a 4000 rpm. Transferiu-se para tubo de ensaio em triplicata

uma alíquota de 0,3 mL do extrato e posteriormente adicionados 2,7 mL de solução do (DPPH).

Após 45 minutos ao abrigo da luz, realizou-se a leitura a 515 nm em espectrofotômetro. Os

resultados foram expressos em porcentagem de sequestro de radical livre (%SRL), mensurada a

partir do decréscimo da absorbância das amostras analisadas em relação à solução de DPPH. O %

SRL entre as amostras avaliadas foi variável, sendo o maior valor para a espécie Arrabidaea chica

(Humb. & Bonpl.) B. Verlt, com capacidade de sequestro de 80% dos radicais livres presentes no

meio. Já as demais espécies avaliadas apresentaram capacidade de sequestro de radicais livres

abaixo de 50%, com %SRL de 31,36%, 37,00% e 26,44%, referente a Vernonia polyanthes

(Spreng) Less., Baccharis dracuncunfolia DC. e Schinus terebinthifolia Radd. respectivamente. Os

valores obtidos de % SRL, podem ser relacionados aos compostos presentes nas folhas desses

vegetais, tais como os polifenóis. Das espécies analisadas, apenas Arrabidaea chica (Humb. &

Bonpl.) B. Verlt, apresenta capacidade de sequestro de radicais livres satisfatório.

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Anais do XIII Workshop de Plantas Medicinais de Botucatu: Em busca de produtos naturais bioativos.

DETERMINAÇÃO DE COMPOSTOS FENÓLICOS TOTAIS DAS ESPÉCIES Baccharis dracuncunfolia DC. e Astronium fraxinifolium Schott & Spreng.

SILVA, H.E.R. 1; SILVA, J.C.R.L. 1; MOREIRA, M. S. 1; TEIXEIRA, D. A. 1; BONFIM, F.P.G. 1 1Faculdade de Ciências Agronômicas da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” –

FCA/UNESP. Email: [email protected]

As plantas medicinais são fontes promissoras de novas moléculas bioativas, com propriedades não

apenas terapêuticas, mas também funcionais que auxiliam na manutenção da homeostase dos

organismos vivos. Entre os metabolitos produzidos por plantas, com propriedades de interesse,

destacam-se os compostos fenólicos, que apresentam múltiplos efeitos benéficos à saúde humana,

tais como, atividade antioxidante, anti-inflamatória, antimicrobiana e anticarcinogênica. Apesar

disso, a maioria das plantas medicinais ainda não teve seu potencial avaliado ou elucidado. Dessa

forma, o objetivo desse trabalho, consistiu em avaliar o conteúdo de fenólicos totais das espécies

Baccharis dracuncunfolia DC. e Astronium fraxinifolium Schott & Spreng. O estudo foi conduzido no

Laboratório de plantas Medicinais do Departamento de Horticultura da Faculdade de Ciências

Agronômicas da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, câmpus de Botucatu. O

material vegetal utilizado de ambas as espécies foi obtido de espécimes localizados no Horto

Medicinal do departamento. Foram coletados frutos de A. fraxinifolium, conhecida popularmente

como aroeira, e folhas de B. dracuncunfolia DC., vulgarmente conhecida como alecrim-do-campo.

O conteúdo polifenóis foi determinado pelo método espectrofotométrico, a partir da leitura a 760 nm

da reação entre o extrato vegetal e a metodologia utilizada para a determinação dos foi a Folin-

ciocalteu. A reação ocorreu em meio básico devido a adição de bicarbonato de sódio (4%). Para

quantificação dos fenólicos presentes nas amostras foi utilizada a equação da reta, referente a

curva de calibração do padrão comercial ácido gálico (AG). Os resultados obtidos foram

mensurados em mg equivalentes de ácido gálico.100 g-1 de matéria seca. Os valores encontrados

de compostos fenólicos foram 2545,29 e 674,38 para a espécie A. fraxinifolium e B. dracuncunfolia

DC. respectivamente. Ao comparar os resultados com dados da literatura, observa-se que o valor

obtido para os frutos de aroeira e o alecrim-do-campo, apresentam potencial de aplicação de

propriedades funcionais de interesse, como atividade antioxidante, indicando potencial de

aplicação e realização de mais estudo com as espécies visando sua aplicação em setores

industriais, como nutracêutica e farmacêutica.

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Anais do XIII Workshop de Plantas Medicinais de Botucatu: Em busca de produtos naturais bioativos.

DETERMINAÇÃO DOS PRINCIPAIS PARÂMETROS CROMATOGRÁFICOS NA SEPARAÇÃO DOS METABÓLITOS DE Bauhinia forficata Link POR CLAE-DAD, APLICANDO CONCEITOS

DE QUÍMICA VERDE

Oliveira, M. E.1; Pelissari, J. H.2; Funari, C. S.3; Rinaldo, D.1

1Faculdade de Ciências da Unesp Bauru; 2Instituto de Química da Unesp Araraquara; 3Funari, C. S.

Facudade de Ciências Agronômicas da Unesp Botucatu. E-mail: [email protected]

A Bauhinia forficata, popularmente conhecida como “pata-de-vaca”, é uma das plantas pertencentes a lista

de plantas medicinais de interesse do SUS. Na medicina popular o chá das folhas é empregado no

tratamento de diabetes mellitus e estudos comprovam atividade hipogicemiante. Devido a demanda

identificada de B. forficata, métodos de controle de qualidade de extratos e/ou fitoterápicos são

necessários. Nesse contexto, a técnica mais utilizada é a CLAE. Existem vários trabalhos científicos que

aplicam a CLAE para análise de B. forficata, porém todos utilizam solventes tóxicos, como acetonitrila e

metanol, como constituintes da fase móvel. Em análises de rotina, como controle de qualidade, o volume

de resíduos gerados é grande, aumentando os custos das análises, devido ao tratamento desses resíduos,

e também coloca em risco a saúde do analista. Devido a esse fato, este trabalho teve por finalidade

identificar os parâmetros cromatográficos de maior influência na separação dos metabolitos secundários

presentes no extrato hidroalcoólico das folhas de B. forficata por CLAE com água e etanol (EtOH) como

fase móvel, utilizando uma abordagem multiparamétrica por Planejamento Fatorial Fracionário. Para

determinar a influência dos fatores cromatográficos, realizou-se um planejamento fatorial fracionário de 2

níveis e 7 fatores (2v7-2). Os valores dos níveis de cada fator foram atribuídos de acordo com o tempo de

retenção dos constituintes presentes no extrato, após análise por CLAE de modo reverso, com gradiente

exploratório [5:95 a 100:0, EtOH:H2O, v/v, em 30 min em 35°C]. Os parâmetros cromatográficos avaliados

foram: porcentagem inicial de EtOH (X1), porcentagem final de EtOH (X2), temperatura (X3), porcentagem

de ác. acético em H2O (X4), vazão da fase móvel (X5), tempo de análise (X6) e a fase estacionária (X7); a

resposta avaliada foi o número de picos que cada cromatograma apresentou. Com as respostas obtidas

nas análises, foi possível determinar que as variáveis X3, X1 e X7 apresentaram maior influência na

separação dos metabólitos de B. forficata por CLAE, utilizando EtOH e água como fase móvel. Com esses

dados torna-se possível desenvolver um método de análise verde por CLAE, de maneira racional e efetiva,

reduzindo o número de análises no processo de desenvolvimento.

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Anais do XIII Workshop de Plantas Medicinais de Botucatu: Em busca de produtos naturais bioativos.

DIVERSIDADE DE PLANTAS MEDICINAIS DE OCORRÊNCIA ESPONTÂNEAS EM UM SISTEMA AGROFLORESTAL DE BOTUCATU-SP

Cabral, M. N. F.1; Ferreira, M. I.

1; Gonçalves G. G.

1; Souza, H. T.

1; Ming, L. C.

1

1Departamento de Horticultura, UNESP/FCA - Botucatu -SP. [email protected]

Os estudos sobre as plantas medicinais proporcionam o descobrimento de novas espécies e

avanços na ciência farmacêutica, através da produção de novos fármacos. Além disso, expandem

o conhecimento do uso local e tradicional de plantas medicinais e ajudam a promover a

preservação da biodiversidade. Espécies espontâneas são aquelas que ocorrem naturalmente,

sem a necessidade de manejo ou cultivo. Nos Sistemas Agroflorestais (SAFs), a interação entre as

diferentes espécies recria a atividade de ecossistemas naturais, dessa forma, o estrato herbáceo

tende a ser diverso e ter ocorrência de diversas plantas espontâneas, e muitas com uso medicinal.

O objetivo da pesquisa foi realizar um levantamento das plantas medicinais de hábito herbáceo que

ocorrem espontaneamente em um Sistema Agroflorestal. O estudo foi realizado na área de manejo

do Grupo de Estudo em Agroecologia Timbó, da FCA. O levantamento foi realizado pelo método de

caminhamento coletando-se todas as espécies herbáceas espontâneas em estagio fértil, por quatro

vezes ao longo do ano. Todas as espécies coletadas foram preservadas na forma de exsicatas,

identificadas e depositadas no herbário BOTU da UNESP/Botucatu-SP. As plantas com potencial

medicinal foram determinadas por revisão de literatura, e comparação com as principais listas de

politicas publicas com plantas Medicinais no Brasil (RENISUS, ANVISA e Formulário de

Fitoterápico da Farmacopeia Brasileira). Foram levantadas 36 espécies, pertencentes a 13 famílias

e 33 gêneros botânicos, dessas 34 foram classificadas como medicinais. A família mais

representativa foi Asteraceae com 13 espécies, seguida de Euphorbiaceae (5) e Lamiaceae (4). A

maioria das espécies encontradas no SAFs não consta nas listas brasileiras de plantas medicinais,

somente quatro espécies estão presentes: Ageratum conyzoides, Bidens pilosa, Plantago major e

Phyllanthus niruri, as duas ultimas estão representadas nas três listas. Desse modo, podemos

concluir que no total de plantas ocorrentes no SAF, 94,44% são reconhecidas pela literatura como

medicinal, confirmando o potencial desse sistema para a conservação da diversidade de espécies.

No entanto, algumas delas carecem de estudos agronômicos e protocolos farmacológicos que

assegurem seu cultivo e seu consumo, ainda que essas plantas possam oferecer benefícios para a

fitoterapia.

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Anais do XIII Workshop de Plantas Medicinais de Botucatu: Em busca de produtos naturais bioativos.

DIVERSIDADE QUÍMICA DO ÓLEO ESSENCIAL DE FOLHAS DE Annona emarginata COLETADAS EM DUAS LOCALIDADES DE SÃO PAULO

CAMPOS, F. G.1; MONGOLO, A. 1; VIEIRA, M. A. R. 1; MARQUES, M. O. M. 2; BOARO, C. S. F. 1

1Departamento de Botânica, IB, UNESP, Campus de Botucatu, Botucatu, São Paulo; 2Centro de Recursos Genéticos Vegetais, Instituto Agronômico (IA), Campinas, São Paulo. E-mail:

[email protected]

Annona é um importante gênero da Família Annonaceae, principalmente por suas frutas

comestíveis. Espécies dessa família possuem diferentes metabólitos especializados, como os

óleos essenciais, constituídos principalmente por monoterpenos, sesquiterpenos e

fenilpropanoides. Estudos farmacológicos têm confirmado sua atividade biológica e de seus

constituintes, como antimicrobiana, antiinflamatória, analgésica, inseticida, revelando seu potencial

como matéria-prima alternativa para diversos setores industriais, como farmacêutico, alimentício e

cosmético. A síntese dos óleos essenciais pode ser influenciada pela interação entre os fatores

abióticos com a genética e/ou epigenética. (E)-cariofileno (29,29%), (Z)-cariofileno (16,86%), γ-

muuroleno (7,54%), α-pineno (13,86%), e tricicleno (10,04%) foram identificadas como substâncias

majoritárias do óleo essencial das folhas de Annona emarginata, cultivada em casa de vegetação.

Nenhum estudo comparou o perfil químico do óleo essencial de A. emarginata (Schltdl.) H. Rainer

variedade terra-fria, provenientes de diferentes regiões. Deste modo o objetivo foi avaliar a

composição química do óleo essencial de folhas de A. emarginata coletadas em São Bento do

Sapucaí e em Pardinho no estado de São Paulo. O óleo essencial das folhas foi extraído por

hidrodestilação, durante duas horas e analisado por cromatografia gasosa acoplada à

espectrometria de massa (CG-EM). As substâncias majoritárias do óleo essencial das plantas de

São Bento do Sapucaí foram α-pineno (9,0%), limoneno (11,1%), trans-cariofileno (13,7%) e ar-

curcumeno (20,2%), enquanto as de Pardinho foram β-elemeno (9,6%); β-selineno (12,6); α-

selineno (12,2) e espatulenol (7,2%). Conclui-se que o perfil químico do óleo essencial diferiu entre

as localidades avaliadas, mostrando que a importância desta investigação pode contribuir com

informações para a exploração sustentável da espécie.

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Anais do XIII Workshop de Plantas Medicinais de Botucatu: Em busca de produtos naturais bioativos.

EFEITO DA SECAGEM E FRAGMENTAÇÃO NO RENDIMENTO DO ÓLEO ESSENCIAL DE

MIRRA

BOMFIM, J.P. de A.1; CIRINO, T.C.S.1; BONFIM, F.P.G.3; BUENO, R.C.O. de F.1

1Departamento de Proteção Vegetal – e-mail:[email protected]; [email protected];

[email protected]; 2Departamento de Horticultura – e-mail: [email protected].

Faculdade de Ciências Agronômicas - FCA, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita

Filho”, Campus de Botucatu - São Paulo

A espécie Tetradenia riparia (Hochst.) Codd (Lamiaceae), popularmente conhecida por mirra, é uma espécie

arbustiva, com propriedades medicinais, aromática e apresenta óleo essencial em suas folhas. Vários

fatores podem influenciar no rendimento do óleo essencial de uma determinada espécie vegetal. Estes

fatores podem ser desde aqueles relacionados às condições ambientais onde a planta está sendo cultivada,

até fatores de coleta, secagem e conservação. Assim, esse trabalho objetivou verificar o efeito da secagem

e fragmentação de folhas de mirra no rendimento de seu óleo essencial. Ramos de mirra foram coletadas no

Horto de Plantas Medicinais do Departamento de Horticultura da UNESP-Botucatu, SP, e conduzidos ao

Laboratório de Plantas Medicinais do mesmo Departamento, onde as folhas foram destacadas, pesadas e

parte do material foi acondicionado em bolsas de papel e levadas à estufa para secagem. Com a outra parte

da amostra (folhas frescas) foi realizada a extração do óleo imediatamente após a coleta. Os tratamentos

avaliados foram: 1 – folhas frescas; 2 – folhas secas (48 horas, 40ºC) íntegras; 3 – folhas secas (48 horas,

40ºC) trituradas em moinho de facas. Para a extração, 100g de material fresco (ou a massa seca resultante

da secagem de 100g de material fresco) foram colocados em balão de vidro (2L) no qual foi adicionado 1 L

de água deionizada. Ao balão foi acoplado o aparelho Clevenger e levados à manta elétrica para fervura.

Após início da fervura, o material foi mantido por 3 horas no processo de extração e após o término, o óleo

foi retirado, acondicionado em microtubo plástico, pesado e determinado o rendimento com base na matéria

seca. Os dados foram submetidos à análise de variância e teste Tukey para comparação de médias à 5,0%

de probabilidade, pelo software estatístico SisVar5.6. A extração a partir das folhas frescas foi a que

propiciou o maior rendimento de óleo (1,93%), diferindo dos demais tratamentos. Apesar do rendimento das

folhas secas trituradas ter sido maior que o das folhas secas íntegras (1,28% e 1,08%, respectivamente),

não houve diferença estatística entre os tratamentos. Com base nestes resultados, a melhor opção, quando

possível, é a extração a partir de folhas frescas.

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Anais do XIII Workshop de Plantas Medicinais de Botucatu: Em busca de produtos naturais bioativos.

EFEITO DA TEMPERATURA DE SECAGEM NA ATIVIDADE ANTIOXIDANTE DE INFUSÕES DE MACELA - Achyrocline satureioides (Lam.) DC.

SOUZA, H. T1; GONÇALVES, G. G1; MORAES, F.B1; CABRAL, M. N. F. BONFIM F. P. G1, MING L. C1.

1Departamento de Horticultura, UNESP/FCA - Botucatu -SP. [email protected]

Conhecida popularmente por macela ou marcela, a Achyrocline satureioides (Lam.) DC., pertence

à família Asteraceae. Estudos farmacológicos e clínicos vêm sendo realizados com a espécie há

décadas, visando validar seus usos medicinais descritos pelo saber popular do sudeste, sul do

Brasil e de outros países da América do Sul. A infusão de suas folhas, ramos e principalmente

inflorescências são recomendados pela medicina popular como anti-inflamatória, analgésica, para

cólicas nervosas, problemas gástricos, disenterias, entre outros. A pesquisa teve como objetivo

verificar a influência de diferentes temperaturas de secagem na atividade antioxidante de infusões

de inflorescências de macela. A coleta foi realizada em uma região de pastagem com ocorrência

espontânea de macela, próxima à cidade de Botucatu-SP, durante o período da Quaresma, na

sexta-feira santa antes do sol nascer, conforme recomendado pela tradição religiosa, pois acredita-

se que a coleta nessa época traga mais eficiência das propriedades medicinais da espécie. A

secagem foi feita em quatro temperaturas diferentes, sendo elas 40C°, 50C°, 60C° e em

temperatura ambiente, a última de acordo com o método popular de secagem, mantendo-a

protegida da luz. Após secagem, efetuou-se o preparo das infusões com 1,5g de inflorescência

para 100 ml de água fervente por 5 min, como recomendado pelo Formulário de Fitoterápico da

Farmacopeia Brasileira. A atividade antioxidante foi medida através do método DPPH, que consiste

na adição de 0,5 ml das infusões diluídas 1:3 (v/v) em água destilada, 3 ml de etanol e 0,3ml da

solução de radical DPPH 0,5 mM em etanol. Após 45 minutos de incubação no escuro, a

absorbância foi determinada em espectrofotômetro a 517 nm. Os dados foram submetidos à

análise de variância e as médias comparadas pelo teste Tukey a 5% de probabilidade. Os

resultados obtidos nesse estudo demonstraram que as infusões preparadas com macela seca à

temperatura ambiente, apresentaram uma maior capacidade de redução do DPPH com 80,29%,

seguida da seca a 40°C (69%), 50°C (65,52%) e 60°C (49,90%). Desse modo, conclui-se que a

forma tradicional de secagem apresentou maiores concentrações de antioxidante, nos levando a

refletir sobre a necessidade da valorização do conhecimento tradicional e a ciência que o envolve.

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EFEITO DE ÓLEOS ESSENCIAIS EM LAGARTAS DE Spodoptera frugiperda

JUNIOR, C.P. 1; BOMFIM, J.P. de A.1; SILVA, C.S.1; JUNIOR, J.D. 1; BONFIM, F.P.G.3; BUENO, R.C.O. de

F.1

1Departamento de Proteção Vegetal – e-mail: [email protected]; [email protected];

[email protected]; [email protected]; [email protected]; 2Departamento de

Horticultura – e-mail: [email protected]. Faculdade de Ciências Agronômicas - FCA, Universidade

Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Campus de Botucatu - São Paulo

Óleos essenciais de diferentes espécies apresentam efeitos sobre a biologia e sobrevivência de insetos-

praga, podendo ser utilizados como tática no Manejo Integrado de Pragas. Dentre as pragas agrícolas,

Spodoptera frugiperda (J.E. Smith) (Lepidoptera: Noctuidae) tem destaque por possuir grande número de

hospedeiros e apresentar muitas gerações ao ano. Assim, esse trabalho objetivou avaliar o efeito dos óleos

essenciais de alecrim-do-campo, escova-de-garrafa, aroeira-salsa, craveiro-da-índia, mirra, erva-baleeira e

aroeira sobre lagartas de S. frugiperda. Para a montagem do bioensaio, foram preparadas dietas artificiais,

nas quais foram misturados os óleos essenciais referente a cada tratamento, na concentração de 0,2%

(volume:peso). As dietas foram colocadas em recipientes plásticos e dispostas em bancada até atingirem

temperatura ambiente. Em seguida, lagartas recém-eclodidas, provenientes de criação em laboratório,

foram transferidas para os recipientes plásticos e estes foram envoltos por filme plástico para evitar a fuga

dos insetos. Diariamente as lagartas foram observadas até completarem a fase de pupa. Após 24 horas, as

pupas foram pesadas em balança analítica. O bioensaio foi realizado em condição de laboratório, com

temperatura de 26±1ºC, 65±5% de umidade relativa e fotofase de 12 horas. O delineamento experimental foi

inteiramente casualizado, com sete tratamentos mais a testemunha (dieta pura). Cada recipiente contendo

uma lagarta constituiu uma repetição e cada tratamento foi composto por 20 repetições. Foi realizada a

análise de variância e teste Tukey à 5% de probabilidade por meio do software estatístico SisVar5.6. O

tratamento contendo o óleo de escova-de-garrafa foi o que provocou maior período larval, com 15,05±0,17

dias, diferindo apenas do tratamento contendo erva-baleeira (13,70±0,21 dias) e da testemunha (13,75±0,25

dias). Os demais tratamentos não diferiram da testemunha, com fase larval variando de 14,40±0,24 à

14,90±0,23 dias. Quanto menor o período que o inseto leva para completar cada fase, menor será o período

entre as fases de ovo a adulto, aumentando o número de gerações da praga ao ano. Com relação ao peso

de pupa, as lagartas que se desenvolveram em dieta contendo óleo de escova-de-garrafa também

apresentaram pupas mais pesadas (2792±49 mg), diferindo apenas dos tratamentos com erva-baleeira

(2502±33 mg) e aroeira (2504±76 mg).

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EFEITO DO TRATAMENTO IN VITRO DE LINHAGENS CELULARES DERIVADAS DE CARCINOMAS MAMÁRIOS COM SESQUITERPENOS PRESENTES NO ÓLEO ESSENCIAL DE

Hymenaea courbaril

Barbosa, B.M.1; Assumpção, J.H.M.1; Viveiros, M.M.H.2; Costa, J.G.C.3; Oliveira, A.G.4; Schellini,

S.A.2; Rainho, C.A.1

1Departamento de Genética, Instituto de Biociências de Botucatu (IBB); 2Departamento de

Oftalmologia, Faculdade de Medicina de Botucatu (FMB); 4Departamento de Farmacologia,

Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Araraquara (FCFAR) – UNESP; 3Universidade Regional

do Cariri (URCA). E-mail: [email protected]

Os carcinomas mamários são o tipo de câncer mais frequente entre as mulheres, com estimativas

de aumento da sua incidência mundial nas próximas décadas. Aproximadamente 25%-50% dos

medicamentos utilizados na quimioterapia do câncer são derivados diretamente ou indiretamente

de plantas. Este estudo foi delineado para avaliar se os sesquiterpenos predominantes no óleo

essencial de H. courbaril, conhecido popularmente como jatobá e uma das espécies mais

importantes para a medicina popular do nordeste brasileiro, possuem atividade antitumoral em

linhagens derivadas de carcinomas mamários. Os compostos -humuleno e cariofileno foram

selecionados após a caracterização química do óleo essencial de H. courbaril por GC/MS (Gas

chromatography coupled to Mass Spectrometry). O efeito do tratamento in vitro com -humuleno e

cariofileno, isoladamente ou combinados, foi avaliado em quatro linhagens derivadas de

carcinomas mamários humanos do subtipo triplo negativo (MDA-MB-436, MDA-MB-231, BT-20 e

BT-549). A viabilidade celular foi determinada pelo teste de MTT [(3-(4,5-dimetiltiazol-2-il)-2,5-

difeniltetrazólio] após dois experimentos independentes em triplicatas: 2000 células/poço foram

expostas a diferentes concentrações dos compostos (6,25; 12,5; 25; 50 e 100 g/mL) nos tempos

de 24, 48, 72 e 96 horas. Os dados foram avaliados pela análise de variância (ANOVA) e pelo teste

de Dunnet. Um efeito antiproliferativo discreto foi observado apenas na linhagem BT-20 após a

exposição com as maiores doses de -humuleno por 96 horas. Entretanto, um efeito oposto foi

detectado na presença de ambos compostos nessa mesma linhagem (p<0.05). Novos estudos

devem ser realizados para se elucidar o provável efeito biológico de compostos químicos do óleo

essencial de H. courbaril sobre linhagens derivadas de cânceres humanos.

Auxílio financeiro: CNPq

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EFEITO INIBITÓRIO DO CINAMALDEÍDO EM BIOFILMES DE Staphylococcus epidermidis

Albano M.1, Alves F.C.B.

1, Andrade, B.F.M.T.

1, Pereira, A.F.M.

1, Furlanetto, A.

1, Rall, V.L.M.

1, Fernandes

Júnior, A.1

1Departamento de Microbiologia e Imunologia - IBB, UNESP. E-mail: [email protected]

Doenças infecciosas causadas por bactérias são causa de preocupação no mundo todo devido ao

aumento da resistência aos antimicrobianos convencionais. Assim, os produtos naturais

representam uma alternativa para combater tais microrganismos. O objetivo deste trabalho foi

determinar o efeito do cinamaldeído na formação de biofilmes de Staphylococcus epidermidis.

Diferentes concentrações subinibitórias de cinamaldeído foram testadas na formação de biofilme

de S. epidermidis ATCC 35984 e da linhagem isolada H2034590. As cepas foram cultivadas

overnight em meio Tryptic Soy Broth (TSB) contendo 1% de glicose, padronizadas pela escala 0,5

de McFarland e diluídas até 106 CFU/mL. 100 µL foram dispensados uma placa de 96 poços de

fundo chato contendo 100 µL de diferentes concentrações subinibitórias de cinamaldeído (6,25 a

90% da concentração inibitória mínima - CIM) ou 100 µL de TSB (controle). Após incubação

(37ºC/48h), cada poço foi lavado três vezes com tampão PBS estéril e a placa secou a temperatura

ambiente. O biofilme formado no fundo do poço foi fixado com 150 µL de metanol por 15 min,

corado com 150 µL de cristal violeta 1% por 15 min e a placa lavada em água corrente. Após

secagem, os biofilmes foram ressuspendidos em 150 µL de ácido acético 33% e realizada leitura

em espectrofotômetro a 570 nm. A formação de biofilme foi determinada através da fórmula:

(tratamento/ controle) x 100. Cada ensaio foi realizado em triplicata e repetido 3 vezes. As

concentrações de 70%, 80% e 90% da CIM de cinamaldeído foram capazes de reduzir a formação

de biofilme (p<0,05) de S. epidermidis quando comparado ao controle, com reduções de 74%, 84%

e 89% para a linhagem ATCC, e 73%, 80% e 84% para o isolado clínico. O cinamaldeído foi capaz

de reduzir a formação de biofilme de S. epidermidis, sugerindo que o composto poderia ser uma

estratégia alternativa e/ou complementar em tratamentos ou prevenção de contaminações por S.

epidermidis.

Suporte financeiro: FAPESP e CNPQ

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EFEITO OVICIDA DE ERVA-BALEEIRA SOBRE OVOS DE Anticarsia gemmatalis

(LEPIDOPTERA: EREBIDAE)

CIRINO, T. C. S.1; BOMFIM, J. P de A.¹.; SILVA, C. S.¹; BONFIM, F.P.G.²; BUENO, R. C. O. F.¹

¹Departamento de Proteção Vegetal, Pós-Graduação em Agronomia – Proteção de Plantas. E- mails:

[email protected], [email protected], [email protected], [email protected]/

²Departamento de Horticultura. E-mail: [email protected].

¹²Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” – UNESP, FCA – Botucatu- SP.

A lagarta-da-soja, Anticarsia gemmatalis Hübner (Lepidoptera: Eribidae), está entre as principais pragas

da cultura no cenário brasileiro. A praga causa desfolha nas plantas de soja e consequentemente queda

na produtividade e perdas ao produtor (PANIZZI et al., 2004). O método mais empregado atualmente para

o controle de lepidópteros-praga na cultura da soja é o controle químico, fato explicado devido ao fácil

acesso a produtos fitossanitários por parte dos produtores e devido a eficácia comprovada contra pragas.

Essa prática, no entanto, além de aspectos positivos como baixo custo e resposta rápida, também

apresenta pontos negativos como contaminação do ambiente e a resistência de pragas. Devido a esses

problemas, outros métodos de controle para lepidópteros-praga são necessários. Deste modo, o objetivo

deste trabalho foi avaliar o efeito ovicida de diferentes concentrações do óleo essencial da erva-baleeira,

Cordia curassavica (Jacq.) Roem. & Schult, sobre ovos de A. gemmatalis. Os ovos utilizados foram

provenientes de criação, em laboratório, de A. gemmatalis. Os tratamentos foram produzidos a partir da

diluição do óleo essencial, em diferentes concentrações, em água mais Tween 20 (0,5%). As

concentrações foram de 0 (testemunha), 156,25, 312,5, 625, 1.250, 2.500, 5.000 e 10.000 ppm, além de

água + Tween 20. Os ovos foram submergidos por 10 segundos em cada tratamento e foram

acondicionados em placas de Petri. As placas foram acondicionadas em sala climatizada (28±2ºC e

fotofase 12 h). O delineamento experimental foi inteiramente casualizado, com nove tratamentos o

número de tratamentos e cinco repetições, sendo cada repetição formada por uma cartela com 50 ovos.

Os parâmetros avaliados foram efeito ovicida e viabilidade dos ovos. Todos os resultados foram

submetidos a análise de variância e teste Tukey (5%) pelo programa SisVar5.6. Através dos resultados

pôde-se observar que as diferentes concentrações não tiveram efeito ovicida sobre os ovos da lagarta-da-

soja. Apesar da espécie vegetal não ter apresentado efeito sobre o ovo, pode ter efeito em outros estágios

da praga e em outras pragas de importância econômica, uma vez que a interação entre inseto e planta é

muito complexa e varia de acordo com os indivíduos envolvidos.

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ESTUDO DAS RELAÇÕES SOCIAIS E JURÍDICAS DO USO DA Cannabis sativa NO TRATAMENTO DE DOENÇAS NO BRASIL

MARTINS, J. P. M.1; GONÇALVES, L. F. B. 1; SPADOTTO, A. J. 1

1Direito – Uninove/FMR, E-mail: [email protected]; [email protected]; [email protected]

Cannabis sativa é uma espécie de planta do gênero Cannabis. Derivam da Cannabis sativa duas

drogas consideradas ilícitas no Brasil a maconha e o haxixe. A Cannabis sativa e seus derivados

podem ser empregados como para proporcionar efeitos alucinógenos ou no tratamento de doenças

neurológicas, além de possuir efeito relaxante. É justamente essa dualidade de emprego da

Cannabis sativa, quer como medicamento ou como alucinógeno, que tem gerado discussões

sociais e jurídicas que precisam ser aperfeiçoadas visando um melhor equilíbrio social e respeito a

direitos. Essa pesquisa buscou analisar os elementos constituintes do uso da Cannabis sativa e

seus derivados no Brasil atual, visando colaborar com a manutenção de direitos. Esta pesquisa

teve seu início em 11/09/2017 e se estendeu até 26/03/2018, quando foi analisada a matriz de

dados produzida. A pesquisa teve duas fases, uma de sondagem e outra exploratória, ambas

embasadas em periódicos especializados, sites oficiais do Governo Federal e em jurisprudência.

No geral, a pesquisa foi classificada como qualitativa. Nem todo componente da Cannabis sativa

representa perigo ao seu usuário. Sendo uma das 113 substâncias químicas encontradas nessa

planta, o canabidiol (CBD) possui efeitos medicinais interessantes e tem sido empregado como tal.

O CDB não produz intoxicação ou euforia como ocorre com o delta-9-tetraidrocanabinol (THC),

este o principal elemento psicoativo presente na maconha. Os tribunais têm lançado decisões

autorizando o uso medicinal do canabidiol, responsabilizando solidariamente como dever de

tratamento a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios. A Agência Nacional de

Vigilância Sanitária – ANVISA, através da Resolução RDC 17, de 6 de maio de 2015, definiu os

critérios e os procedimentos para a importação de produto à base de canabidiol por pessoa física

para tratamento de saúde. A falta de conhecimento das pessoas sobre a Cannabis sativa, seus

efeitos e seus componentes pode ser um dos motivos para sua restrição de uso medicinal. Mas,

não é somente o desconhecimento por parte das pessoas que tem restringido o uso dessa planta

para melhorar a qualidade de vida das pessoas, a própria jurisprudência precisaria ser mais

divulgada entre a população.

Pag.51

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Anais do XIII Workshop de Plantas Medicinais de Botucatu: Em busca de produtos naturais bioativos.

EXTRATOS VEGETAIS: APLICABILIDADE COMO SENSOR DE ACIDEZ PARA LEITE

ARRUDA, A.A.

1; VEIGA-SANTOS, P.

2; BONFIM, F. P. G.³;

1Graduanda Engenharia Agronômica. Faculdade de Ciências Agronômicas - FCA/UNESP

[email protected] 2Docente da Faculdade de Ciências Agronômicas FCA/UNESP - [email protected]

³Docente da Faculdade de Ciências Agronômicas FCA/UNESP - [email protected]

A acidez do leite é um dos principais indicadores de sua qualidade. Mas como avaliar esta acidez de forma

simples, que possa ser feito rapidamente pelo consumidor ou produtor rural? A estrutura química de

pigmentos naturais pode ser fortemente afetada conforme a acidez do meio, o que lhes confere uma

interessante capacidade quimocrômica. Este estudo visou, portanto, investigar extrato de hibisco, fonte de

pigmentos antocianina, como um sensor de acidez para leites. O fato deste extrato vegetal ser comestível,

atóxico e de baixo custo, facilita sua utilização de forma segura, sem necessidade de destruição da amostra,

diretamente no ponto de venda, local de consumo, ou mesmo de produção. Os extratos foram obtidos de

folhas de hibisco (Hibiscus acetosella) e de flores de hibisco (Hibiscus sabdariffa), e os resultados indicaram

uma alteração visível de coloração do leite conforme sua acidez aumentava, que pode ser notada tanto

visualmente quanto colorimetricamente (L, a, b e Chroma).

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Anais do XIII Workshop de Plantas Medicinais de Botucatu: Em busca de produtos naturais bioativos.

FITOMASSA E TEOR DE FLAVONOIDES DE Passiflora incarnata L. CULTIVADA COM

DIFERENTES LÂMINAS DE IRRIGAÇÃO E DOSES DE FOSFATO

SOARES, E.V.L. 1; GODOY, L.J.G2; PAGASSINI, J.A.V.1; FRANCISCO, D.3; TIBÃES, L.1; LYRA,

R.V.B.1

1Faculdade de Ciências Agronômicas da Unesp –FCA/UNESP; 2UNESP – Registro; 3Grupo

Centroflora. E-mail: [email protected]

Com este trabalho, objetivou-se avaliar a influência da adubação fosfatada e o efeito de quatro

níveis de irrigação sobre o rendimento de fitomassa e o acúmulo de flavonoides em Passiflora

incarnata L. O experimento foi conduzido em casa de vegetação no departamento de Solos e

Recursos Ambientais FCA/ UNESP, em Botucatu. Foram utilizados quatro níveis de irrigação

baseados na evaporação do Tanque Classe A (50%, 75%, 100% e 125% da evapotranspiração da

cultura), além de cinco doses de fosfato reativo natural Bayóvar® (0, 500, 1000, 1500, 2000 mg

dm-3), em 6 repetições. As avaliações foram realizadas em no início de março (2018), sendo esse

um dos períodos de avaliação do primeiro ciclo. As leituras ocorreram antes da colheita, sinalizada

pela abertura de 50% das flores. Os dados obtidos foram: índice de flavonoides (IFLV) com o

Dualex Scientific®, medida indireta de clorofica (MIC) com N-tester®, altura (ALT), diâmetro do

caule (DIAM) e fitomassa seca (FS). Os resultados foram submetidos à análise de variância a 5 %

de confiança, com análise de regressão. Constatou-se que o IFLV foi influenciado

significativamente pelas diferentes doses de fósforo. As medidas de clorofila apresentaram

comportamento linear em relação às doses do adubo, com a tendência crescente em função das

maiores doses do nutriente. A irrigação também influenciou a MIC, porém de maneira quadrática

(ponto máximo do MIC na lâmina de 50%). A matéria seca, a altura e o diâmetro do caule não

foram influenciados por nenhum dos tratamentos, denotando que as doses de fósforo e as lâminas

de irrigação utilizadas nessas condições experimentais influenciaram mais os aspectos fitoquímicos

em relação aos aspectos biométricos. Portanto, sugere-se que a continuidade das investigações

são necessárias para a remodelação das melhores doses de fosfato reativo natural para cada ciclo

da cultura.

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Anais do XIII Workshop de Plantas Medicinais de Botucatu: Em busca de produtos naturais bioativos.

FITOTOXICIDADE DE Emilia sonchifolia L. SOBRE A GERMINAÇÃO DE SEMENTES DE

ALFACE EM CONDIÇÕES LABORATORIAIS

PRADO, M.1; LIZABELLO, L.F.1; SPERA, K.D.2; SANTOS, P.C.2, L.P. Silva3; SILVA R.M.G.1

1 Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Ciências e Letras de Assis, Departamento de Biotecnologia; Laboratório de Fitoterápicos e Produtos Naturais. E-mail [email protected]

2 Universidade Estadual Paulista, Instituto de Química de Araraquara 3 Fundação Educacional do Município de Assis

A fitotoxicidade caracteriza-se pela liberação de diferentes compostos secundários que podem

afetar o crescimento, prejudicar o desenvolvimento e até mesmo inibir a germinação de sementes.

Entre estes compostos estão os aleloquímicos, responsáveis pela ação alelopática de diferentes

plantas. Atualmente, estes compostos estão sendo estudados para serem utilizados no controle de

competidores e/ou patógenos no manejo agrícola. Assim o presente trabalho avaliou a atividade

fitotóxica do extrato hidroetanólico das partes aéreas de Emilia sonchifolia em diferentes

concentrações (5, 10 e 20mg mL-1) por meio dos bioensaios laboratoriais de pré e pós-emergência

em sementes de Lactuca sativa L. No bioensaio de pré-emergência as diferentes concentrações do

extrato reduziram os índices de germinação (5mg/mL=8,37%; 10mg/mL = 72,31% e 20mg mL=

99,3%) quando comparados com o controle água, alterando ainda o tempo médio, velocidade

média e sincronismo da germinação, assim como observado nos bioensaios de pós-emergência,

onde alterações no desenvolvimento de plântulas de alface (radícula e hipocótilo) foram

observadas, apresentando inibição do crescimento da raiz principal e do hipocótilo quando

comparados com o controle. Portanto foi possível verificar que esta espécie possui atividade

fitotóxica, possivelmente causada por compostos aleloquímicos, apresentando assim potencial

para investigação de moléculas alvo de interesse agronômico.

Agradecimento: PIBIC/CNPq.

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Anais do XIII Workshop de Plantas Medicinais de Botucatu: Em busca de produtos naturais bioativos.

FLAVONÓIDES EM ORA-PRO-NÓBIS IN NATURA E APÓS PROCESSAMENTO TÉRMICO

OLIVEIRA¹, D. A. M.; CORAL², M. C.; OLIVEIRA¹, F. M. R.; FENERICH¹, L. O.; BELIN¹, M. A. F.;

SANTOS¹, R. C.; GOMEZ, H. A. G.¹; LIMA¹, G.P.P.;

¹Departamento de Química e Bioquímica, Instituto de Biociências, Unesp, Botucatu, SP. ²Pós-graduanda do

programa de biotecnologia, UNESP, Botucatu, SP. E-mail: [email protected]

Pereskia grandifolia Haworth (PG) e Pereskia aculeata Miller (PA) são classificadas hortaliças não

convencionais, conhecidas popularmente como ora-pro-nóbis. Destacam-se entre as hortaliças

negligenciadas por proporcionar uma alimentação acessível e rica em vitaminais e minerais. Além

disso, essas plantas apresentam compostos bioativos com potencial antioxidante, como por

exemplo, flavonoides, que atuam na redução de radicais livres. Submeter as hortaliças ao

processamento térmico torna o seu consumo mais palatável, entretanto, isso pode gerar alterações

nos teores de bioativos. Avaliar o teor de flavonoides totais de oras-pro-nóbis in natura e suas

possíveis alterações após diferentes processamentos térmicos. Folhas das espécies PG e PA

foram cultivadas sem o uso de agroquímicos, no Banco de Alimentos (Botucatu-SP) e submetidas

à cocção em água em ebulição, vapor e micro-ondas. Após maceração em nitrogênio líquido, os

flavonoides totais foram quantificados por espectrofotometria, segundo o método descrito por

Popova, et al. (2004), e expressos em miligramas equivalente de quercetina (eq. Q) de massa

fresca por 100 gramas mg eq. Q/100 g. O teor de flavonóides totais variou entre 66,5 e 169,9

mg/100g. Os tratamentos térmicos aumentaram os níveis de flavonoides totais, tanto para PA (88,6

- 115,2 mg eq. Q/100 g), quanto para PG (148,4 - 169,9 mg eq. Q/100 g), em relação às plantas in

natura (PA: 66,5 mg eq. Q/100 g e PG: 109,3 mg eq. Q/100 g). Pereskia grandifolia Haworth e

Pereskia aculeata Miller apresentam quantidade apreciável de flavonoides totais e o emprego de

temperatura aumenta a disponibilidade desses compostos, promovendo assim maiores benefícios

à saúde.

Apoio Financeiro: FAPESP (Processo: 2017/23488-0)

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Anais do XIII Workshop de Plantas Medicinais de Botucatu: Em busca de produtos naturais bioativos.

FLORES ALIMENTÍCIAS NÃO CONVENCIONAIS: UMA REVISÃO DE LITERATURA SOBRE

TOXICIDADE

MORET, I. M,1 BONFIM, F. P. G. 1, FUNARI, C.S. 1

Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, campus de Botucatu

E-mail: [email protected]

Plantas alimentícias não convencionais (PANC) são aquelas que possuem uma ou mais partes que podem

ser utilizadas na alimentação. Os pesquisadores Kinupp e Lorenzi (2014) apresentam na sua obra uma lista

de 351 espécies de PANC do Brasil, detalhando modos de preparo culinário. Destas, 52 possuem flores

como elemento alimentício. Flores comestíveis têm ganhado destaque no mercado devido ao grande

marketing em relação à decoração de pratos e à diversidade culinária que elas podem oferecer, haja visto

seus sabores leves e adocicados. Apesar do mercado crescente, as flores não são comumente estudadas

como alimentos, o que indica que o caráter tóxico não é aspecto bem conhecido e pode estar oculto para a

comunidade. Sendo assim, objetivou-se com este estudo realizar, por intermédio de levantamento

bibliográfico, uma consulta sobre a toxicidade das flores comestíveis não convencionais. Por intermédio de

levantamento bibliográfico da obra de Kinupp e Lorenzi (2014) foram elencadas 30 espécies para este

estudo, adotando a exclusão de árvores, arvoretas, arbustos e subarbustos, selecionando as espécies de

desenvolvimento herbáceo, com potencial para consumo em saladas, denominadas também de “Salad

flowers”. O estudo foi realizado por consultas as plataformas Pubmed, Scielo, Web of Sciencie, Scholar e

Capes entre outras bases de dados a partir da busca de palavras-chave como: nome científico das plantas,

estudos toxicológicos e flores, em inglês e português. Das 30 espécies selecionadas, 36,7% foram

comprovadas como não tóxicas, 6,7% apresentaram níveis de toxicidade e 56,6% não foram encontrados

estudos toxicológicos. Dentre as espécies consideradas “não tóxicas”, a maioria dos estudos apresentaram

resultados somente em relação a baixas concentrações do extrato floral. Até a atualidade, poucos estudos

foram feitos em relação à toxicologia de flores alimentícias, visto que os dados são inexistentes para a

maioria das espécies. Muitos estudos avaliam atividade antimicrobiana, antifúngica ou outras propriedades

medicinais. É preocupante que o limite de ingestão diária dessas espécies ainda não seja conhecido, e

efeitos tóxicos podem ou não ser dose-dependentes. Esta falta de conhecimento pode acarretar diversas

implicações negativas, em especial para a saúde da população. Assim sendo, esta carência de conteúdo

confere uma abertura para novas pesquisas toxicológicas, o que enaltece sua importância social.

Apoio: CNPq – 402855/2017-5

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Anais do XIII Workshop de Plantas Medicinais de Botucatu: Em busca de produtos naturais bioativos.

GERMINAÇÃO E VIGOR DE SEMENTES DE CALÊNDULA EM FUNÇÃO DO MANEJO DA ADUBAÇÃO ORGÂNICA

Marques, I. B.1, Santos, A. G.1, Araújo E. O.1, Campos O. P., Bonfim, F. P. G1

(1)Faculdade de Ciências Agronômicas da Universidade Estadual Paulista – FCA/UNESP. E-mail: [email protected], [email protected], [email protected],

[email protected], [email protected]

A Calendula officinalis L. é uma planta medicinal da família das Asteraceas, e seus capítulos florais

são fontes de substâncias de interesse para a fitoterapia. A produção e qualidade de sementes tem

relação direta com o manejo da adubação em campo. Dessa forma, o objetivo do trabalho foi

avaliar a germinação e o vigor de sementes de calêndula em função do tempo de incorporação de

torta de mamona. O experimento foi conduzido no Laboratório de Plantas Medicinais da

FCA/UNESP. O delineamento estatístico foi inteiramente casualizado com três tratamentos e sete

repetições. O tratamento 1 consistiu em sementes de calêndula colhidas de plantas em que a

incorporação de torta de mamona ocorreu no dia do plantio, o tratamento 2 em sementes de

calêndula de plantas matrizes em que a incorporação da torta de mamona foi realizada 14 dias

antes do plantio, e o tratamento 3 em sementes de calêndula de plantas matrizes em que a

incorporação da torta de mamona foi realizada 28 dias antes do plantio. O teste de germinação foi

conduzido conforme Brasil (1992). Ao final do experimento calculou-se o índice de velocidade de

germinação (IVG) segundo Maguire (1962), a porcentagem de germinação e avaliou-se o peso

fresco e seco das plântulas. Os dados foram submetidos à análise de variância e as médias

comparadas pelo Teste Tukey a 5%. Por intermédio da análise de variância é possível observar

que não houve diferença estatística para o comprimento de plântulas nem para o peso seco das

mesmas. O tratamento 3 apresentou maiores valores de peso fresco de plântulas (3,42g) e de

porcentagem de germinação (42,28%), bem como o maior índice de velocidade de germinação

(13,95%). Através dos dados obtidos é possível comprovar que o manejo da adubação com torta

de mamona influencia positivamente a germinação e vigor de sementes de calêndula, fato

relacionado à nutrição das plantas, visto que, a mineralização dos nutrientes se deu de forma

efetiva com a incorporação da torta aos 28 dias antes do transplantio das mudas.

Financiamento: CNPq

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Anais do XIII Workshop de Plantas Medicinais de Botucatu: Em busca de produtos naturais bioativos.

GERMINAÇÃO IN VITRO DE SEMENTES DE DIFERENTES POPULAÇÕES DE Vernonia

polyanthes (Spreng.) Less.

Alves, L. F.(1); Gavilan, N. H. (1); Pereira, A. M. S. (1,2); Bonfim, F. P. G. (1)

(1)Faculdade de Ciências Agronômicas da Universidade Estadual Paulista – FCA/UNESP.

(2)Departamento de Biotecnologia da Universidade de Ribeirão Preto – UNAERP. E-mail:

[email protected], [email protected], [email protected],

[email protected].

Conhecida popularmente como assa-peixe, a Vernonia polyanthes (Spreng.) Less. é uma planta

predominantemente encontrada em regiões de Cerrado, com propriedades medicinais e que está

relacionada na Relação Nacional de Plantas Medicinais de Interesse ao SUS (RENISUS). O

objetivo deste trabalho foi de avaliar a germinação in vitro de sementes coletadas em diferentes

populações naturais de V. polyanthes. O experimento foi conduzido em delineamento inteiramente

casualizado composto por quatro tratamentos correspondentes às diferentes populações

(Nazareno - MG, Botucatu - SP, Cambuí - MG e Ponte Nova - MG) e seis repetições compostas por

dez unidades experimentais. As sementes foram inoculadas em tubos de ensaio de 10 mL

contendo meio de cultura MS sem suplementação. Ao final de 30 dias foi avaliada a porcentagem

de germinação através da contagem de plântulas normais e a porcentagem de contaminação

observada. Quanto a germinação, as sementes provenientes da população de Nazareno

apresentaram o melhor resultado, chegando a 60% de germinação. Ocorreu contaminação do

cultivo em todos os tratamentos, sendo o cultivo de sementes de Ponte Nova o menos afetado,

com 8% de contaminação. A população de Nazareno teve 40% de contaminação, no entanto, não

afetou a germinação das sementes. Dessa forma, recomenda-se o uso de sementes provenientes

de Nazareno para a uma maior germinação de sementes, além da necessidade de protocolos de

assepsia das sementes afim de evitar a contaminação do meio de cultivo.

Financiamento: CNPq – 405953/2016-0

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INCORPORAÇÃO DE ISCAS FORMICIDAS DE ORIGEM BOTÂNICA NO JARDIM DE FUNGO

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Anais do XIII Workshop de Plantas Medicinais de Botucatu: Em busca de produtos naturais bioativos.

STEFANELLI, L.E.P.1; FORTI, L.C.1; TRAVAGLINI R.V. 1; FERREIRA L.C.; GALLO C.C.2 1 Departamento de Proteção Vegetal FCA/UNESP. 2 FMVZ – UNESP Botucatu. E-mail

[email protected]

As formigas cortadeiras podem representar um grande problema na agricultura e

nas plantações florestais, apesar dos esforços de pesquisadores para desenvolver

estratégias e produtos efetivos. O presente trabalho teve por objetivo observar a

incorporação de diferentes iscas formicidas de origem botânica no jardim de fungo. Foram

utilizados 3 tratamentos com diferentes ativos, sendo eles: sulfuramida (T1), Azadirachta indica,

Óleo Neem ( 4%) (T2) e Tephrosia candida (T3). O experimento foi conduzido em laboratório (T=

25 ± 2° C; UR= 70 ± 10%). Na testemunha foi utilizada isca formicida à base de polpa cítrica. Para

avaliar a incorporação foi elaborada uma escala de notas de 1 a 4. Sendo a

nota 1, a taxa de incorporação na faixa de 0-25%; nota 2, 26 -50%; nota 3 51- 75%; e a

nota 4, 76-100 % respectivamente. A avaliação contou com 5 repetições, em

delineamento experimental inteiramente casualisado, onde cada ninho representou uma

repetição. O período de avaliação durou 24 horas, após esse período as iscas não

incorporadas no fungo foram retiradas. Constatou-se o tratamento com sulfuramida teve

boa incorporação, com todas notas 4. As notas de Tephrosia candida variaram entre 3 –

4. O tratamento com Neem, apresentou notas entre 2 e 3 de incorporação, indicando que

este composto apresenta alguma característica inseticida, pois nesta situação ocorreu alguma

deterrência ao inseto e facilidade de reconhecimento pelas formigas. Mais estudos de incorporação

de substâncias devem ser realizados, para avaliar a efetividade da incorporação de substâncias no

controle de formigas cortadeiras.

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Anais do XIII Workshop de Plantas Medicinais de Botucatu: Em busca de produtos naturais bioativos.

INFLUÊNCIA DO HORÁRIO DE COLETA NO RENDIMENTO DE ÓLEO ESSENCIAL DE

Schinus Terebinthifolius Raddi

Nunes, N.S.¹; Guerrero. L.B, ²; Ronchi, H.S.3; Bonfim, F.P.G.4

1Graduanda em Engenharia Agronômica; 2Graduando em Engenharia Agronômica; 3Doutoranda

em Agronomia (Horticultura) da Faculdade de Ciências Agronômicas da Unesp – Botucatu-Brasil; 4Professor Doutor do Departamento de Horticultura da Faculdade de Ciências Agronômicas da

Unesp – Botucatu-Brasil. E-mail: [email protected]

Os rendimentos de óleo essencial de material vegetal foliar de Schinus terebinthifolius Raddi

(Anacardiaceae) foram avaliados sob 05 tratamentos de diferentes horários de coleta. O

experimento foi realizado no Laboratório de Plantas Medicinais do Departamento de Horticultura,

Faculdade de Ciências Agronômicas, UNESP, campus de Botucatu – SP. A coleta das amostras

ocorreu no mês de maio de 2018, em área próxima ao Departamento de Horticultura, sob as

coordenadas geográficas 22°50'33.5"S 48°25'59.2"W. Após a coleta, o material vegetal foi levado

para secagem em estufa de circulação forçada de ar, moído e armazenado até o momento da

extração. O delineamento experimental foi de inteiramente casualizado, apresentando cinco

tratamentos com quatro repetições cada. Os horários de coleta foram: 6h, 9h, 12h, 15h e 18h e as

repetições continham 300g de material vegetal cada. As amostras foram submetidas à

hidrodestilação em aparelho tipo Clevenger durante duas horas após a fervura e o óleo extraído foi

coletado, pesado para o cálculo de rendimento e armazenado. O teor de óleo essencial foi

expresso com base na matéria seca das amostras. As análises demonstram que há diferença

significativa entre os tratamentos para o rendimento do óleo essencial, de forma que o maior teor

de óleo de SchinusterebinthifoliusRaddi foi alcançado as 15:00, com 0,69%.

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Anais do XIII Workshop de Plantas Medicinais de Botucatu: Em busca de produtos naturais bioativos.

JARDIM COMESTÍVEL - PLANTANDO SAÚDE COLHENDO FELICIDADE.

UM RELATO DE EXPERIÊNCIAS

MAGOSSO, B. B1; MELLO, Y. S.2; PAVÃO, K. P.3; BONFIM, F.P.G.4

1 IBB UNESP/Botucatu, [email protected]; 2 FCA UNESP/Botucatu, [email protected]; 3

Departamento de Saúde Pública, FMB UNESP/Botucatu, [email protected]; 4 Departamento de Horticultura, FCA UNESP/Botucatu, [email protected]

O século XXI tem sido marcado por um aumento da procura aos serviços de saúde pela população no

Brasil. Um sistema de saúde que desvaloriza o autocuidado na sociedade, adotando a alopatia e o modelo

biomédico como eficazes e seguros. Nas últimas décadas movimentos sociais e políticas públicas tentam

resgatar os saberes tradicionais de Plantas Medicinais e de Plantas Alimentícias Não Convencionais

(PANC). O objetivo deste projeto é construir um Jardim Comestível dentro de uma Unidade de Saúde da

Família (USF) no bairro Jardim Santa Elisa em Botucatu-SP, resgatando os conhecimentos locais com

pacientes e equipe de saúde criando um espaço de troca, promovendo saúde e bem estar. Trata-se de uma

pesquisação, aprovada pela CEP, com metodologia qualiquantitativa com aplicação de questionário

semiestruturado e escalas. O projeto foi idealizada pela professora Karina Pavão da FMB, e está sendo

realizado pelo grupo Timbó de agroecologia. Inicialmente foram identificadas moradores da área que tem

interesse em participar do projeto e juntos planejamos as ações. Iniciado em novembro de 2016 já foram

realizados mais 50 encontros na USF, com conversas Etnobotânicas, oficinas de autosuficiência, atividades

práticas e artísticas. Em forma de mutirão com a comunidade e estudantes da Universidade construímos

uma horta-mandala, feita de telhas reutilizadas, e uma cisterna para a captação da água da chuva. Temos

como parceiros a FMB, FCA, secretaria de agricultura, secretaria de saúde, INTERSAN e o Instituto

FloraVida. Ao final do projeto será feita a indicação terapêutica e nutricional das plantas presentes no

Jardim, produzindo uma cartilha com as plantas preconizadas pela Relação Nacional de Plantas Medicinais

de Interesse ao SUS (RENISUS). Pretende-se com este projeto promover a saúde, baseando em um

modelo mais vitalista, valorizando a integralidade do cuidado, controle social, educação popular e

empoderando a população no resgate de seus saberes e de seu autocuidado. Acreditamos que a

implantação de Jardins comunitários com o plantio de Plantas Medicinais em unidades de saúde seja uma

alternativa interessante para o SUS, tornando possível a troca de saberes entre a comunidade e a utilização

das plantas pela equipe médica.

Financiamento: CNPq – 402855/2017-0

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Anais do XIII Workshop de Plantas Medicinais de Botucatu: Em busca de produtos naturais bioativos.

LEVANTAMENTO E CARACTERIZAÇÃO DAS PLANTAS CULTIVADAS

NO JARDIM COMESTÍVEL DO BAIRRO JARDIM SANTA ELISA, BOTUCATU-SP

MAGOSSO, B. B1; MELLO, Y. S.

2; PAVÃO, K. P.

3; BONFIM, F. P. G.

4

1 IBB UNESP/Botucatu, [email protected];

2 FCA UNESP/Botucatu, [email protected];

3 Departamento de Saúde Pública, FMB UNESP/Botucatu, [email protected];

4 Departamento de

Horticultura, FCA UNESP/Botucatu, [email protected]

O Jardim Comestível, presente no bairro Jardim Santa Elisa em Botucatu-SP, é um projeto de construção de

um jardim comunitário localizado dentro de uma Unidade de Saúde da Família. É desenvolvido por membros

da comunidade, da equipe de saúde e estudantes do Grupo Timbó de Agroecologia. Tem o objetivo de

resgatar e valorizar o saber popular em relação as PANC e Plantas Medicinais, promovendo uma melhoria na

segurança e soberania alimentar e nutricional, saúde e bem-estar da comunidade. São realizados encontros

semanais de atividades de cultivo e preparo das plantas, com conversas e oficinas práticas, buscando a

autossuficiência e empoderamento. Através de um mutirão construímos uma horta-mandala, com telhas

reutilizadas, de 12 metros de diâmetro e 13 canteiros de diferentes tamanhos, somando aproximadamente 70

m². Inicialmente foi feita a análise do solo para correção da acidez. As plantas são cultivadas de forma

orgânica, com incorporação de esterco, uso de microrganismos eficientes e cobertura morta. O manejo se dá

nas atividades semanais e a irrigação é por conta da comunidade, com uso de mangueira. As plantas foram

trazidas pelos participantes do projeto, retiradas dos quintais ou compradas. O seguinte artigo busca levantar

e caracterizar as espécies vegetais cultivadas na horta-mandala, levantando nome popular, nome científico,

origem, hábito, ciclo, altura, usos e partes utilizadas, pretende, também, avaliar.a potencialidade de cada

planta de acordo com o manejo empregado. Os dados foram coletados durantes os encontros semanais e a

identificação foi feita através de referências na literatura. Foi levantado 53 espécies de diferentes famílias e

origens, de hábitos rasteiros, herbáceos, arbustivo e arbóreos, de ciclos perene, semi perene e anual, com

alturas que variam de 3 a 145cm, com usos medicinais e alimentícios. Avaliando a potencialidade de acordo

com o manejo, criamos uma escala que varia entre alto, médio e baixo, levando em conta seu desempenho

produtivo nos canteiros da horta-mandala, sendo que ainda há plantas em processo de desenvolvimento. Com

o desenvolver das atividades pode-se observar um ganho na biodiversidade da região, oferecendo uma

oportunidade de acesso e uso dessas plantas pela comunidade e equipe médica.

Financiamento: CNPq – 402855/2017-0

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Anais do XIII Workshop de Plantas Medicinais de Botucatu: Em busca de produtos naturais bioativos.

LEVANTAMENTO ETNOBOTÂNICO DE PLANTAS CONDIMENTARES PRODUZIDAS PELOS

AGRICULTORES DA REGIÃO DE AVARÉ/SP

VERTUÃN, V.A. 1; BONFIM, F.P.G. 1 1Faculdade de Ciências Agronômicas– UNESP Campus de Botucatu.

E-mail: [email protected]

A etnobotânica é estudo das sociedades humanas e suas interações ecológicas, genéticas,

evolutivas, simbólicas e culturais com as plantas (Alves et al. 2007). O levantamento etnobotânico

é essencial para a obtenção de características especíbficas de cada local de estudo, baseadas em

seus aspectos socioculturais. O mercado de plantas condimentares é instável, apesar do interesse

crescente e do maior valor agregado, se comparado as culturas tradicionais. Apesar de o mercado

ser limitado, estas plantas apresentam maior rentabilidade (Corrêa Júnior et al. 2006). E segundo

os autores, alguns requisitos básicos podem destacados visando o cultivo rentável, tais como a

identidade botânica assegurada e origem confiável, infraestrutura básica, grande quantidade de ser

mão de obra e uma pessoa experiente para gerenciar, além da formação de grupos de produtores.

O objetivo do presente trabalho foi fazer um levantamento etnobotânico das principais espécies

condimentares produzidas pelos agricultores da região de Avaré/SP.A pesquisa de campo foi

realizada através de entrevistas semiestruturadas para a coleta de informações registradas em

caderno de campo e fotografias. A metodologia utilizada foi a estatística descritiva, com síntese

apresentadas em forma de gráficos e tabelas. O mercado de plantas condimentares é pouco

explorado pelos produtores entrevistados, tendo como principais espécies condimentares

produzidas estão a salsinha (Petroselinum sativum), a cebolinha (Allium schoenoprasum) e

pimenta-dedo-de-moça (Capsicum baccatum). Contudo, há a necessidade da geração e adoção

de tecnologias de cultivo, a fim de torná-la economicamente competitiva a outras culturas e assim

despertar o interesse de produção dos produtores.

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Anais do XIII Workshop de Plantas Medicinais de Botucatu: Em busca de produtos naturais bioativos.

MORTALIDADE DE Sitophilus zeamais M. EXPOSTOS AO EXTRATO DE

HIDROETANÓLICO DE Annona cacans W.

LIZABELLO, L.F.1, PRADO, M.1; SPERA, K.D.2; SANTOS, P.C.2, SILVA L.P.3; SILVA R.M.G.1 1 Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Ciências e Letras de Assis, Departamento de

Biotecnologia; Laboratório de Fitoterápicos e Produtos Naturais, Avenida Dom Antônio 2100, CEP: 19806-900, Assis, São Paulo, Brasil. e-mail [email protected]

2 Universidade Estadual Paulista, Instituto de Química de Araraquara, Avenida Professor Francisco Degni nº55 Jardim Quitandinha, Araraquara, São Paulo CEP 14800-900

3 Fundação Educacional do Município de Assis, Avenida Getúlio Vargas, 1200, Vila Nova Santana, CEP: 19807-634, Assis, São Paulo, Brasil.

E-mail: [email protected]

A utilização frequente e indiscriminada de insumos agrícolas, como adubos e defensivos sintéticos,

pode causar altos níveis de resíduos tóxicos nos alimentos, desequilíbrio biológico, contaminações

ambientais, intoxicações de seres humanos e animais, entre outros efeitos diretos e indiretos. A

utilização de extratos vegetais, como inseticidas alternativos, é uma forma de minimizar os

problemas provocados pelos inseticidas sintéticos. Com o objetivo de verificar a possibilidade do

extrato de Annona cacans ser uma alternativa adequada a utilização de inseticidas sintéticos,

foram delineados bioensaios laboratoriais por meio do teste de mortalidade do inseto. Na avaliação

dos bioensaios inseticidas realizados neste estudo, observou-se o efeito do extrato de A. cacans

sobre adultos de Sitophilus zeamais, em condições laboratoriais. O CL50 diminuiu

progressivamente com o aumento do tempo de exposição e de concentração do extrato para todos

os tratamentos. De acordo com os resultados obtidos é possível concluir que o extrato avaliado é

eficiente quanto à mortalidade dos insetos e que os extrato de A. cacans possuem compostos

fitotóxicos que podem favorecer e expandir sua utilização como fonte de inseticida natural.

Agradecimento: PIBIC/CNPq.

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Anais do XIII Workshop de Plantas Medicinais de Botucatu: Em busca de produtos naturais bioativos.

O PERIGO DAS ASSOCIAÇÕES ENTRE PLANTAS MEDICINAIS E MEDICAMENTOS

ALOPÁTICOS

SANTOS, L.1

; FUZARO, C.C.1

1Departamento de Biotecnologia, Faculdade de Ciências e Letras, UNESP-

Assis. E-mail: [email protected]

Grande parte da população, principalmente de países em desenvolvimento como o Brasil, se utiliza de

plantas medicinais para fins terapêuticos. Desta forma, a Organização Mundial da Saúde (OMS)

preconizou a realização de investigações experimentais, a fim de se estabelecer os princípios ativos

vegetais, a eficácia e segurança das plantas em uso. Nesta direção, em 2006, para atender a essa

determinação da OMS, o Ministério da Saúde brasileiro aprovou o Decreto nº 5.813 que estabelece a

Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos. Entretanto, muito pouco mudou nos últimos anos

no Brasil, e a maioria dos usos populares ainda não é comprovado cientificamente, fazendo com que as

pessoas utilizem as plantas medicinais de forma errônea, acreditando que essas são desprovidas de

efeitos colaterais. Dentro desse contexto, esse projeto teve como objetivo avaliar o uso indevido de plantas

medicinais pela população, em especial, as associações realizadas com os medicamentos alopáticos.

Para isso, foi desenvolvida uma pesquisa junto a duzentas residências do município de Assis-SP, para

definir quais plantas medicinais eram utilizadas em associação aos medicamentos alopáticos e quais

eram as finalidades terapêuticas. Os dados obtidos evidenciaram que a maioria dos respondentes não

conhece o verdadeiro potencial terapêutico das plantas medicinais que são por eles utilizadas, bem como

os efeitos resultantes das interações das plantas com os medicamentos alopáticos. Dessa forma, vinte

perigosas associações foram constatadas, tais como: chá de alho com anticoagulantes orais, aumentando

o risco de hemorragias; babosa com hipoglicemiantes, potencializando o efeito desses medicamentos; chá

de boldo com anti-inflamatórios, aumentando o risco de hemorragias; chá de camomila com ácido

acetilsalicílico, favorecendo a inibição plaquetária e a ocorrência de hemorragias e chá de gengibre

prejudicando a ação hipotensora dos beta-bloqueadores. Enfim, é notável que além dos incentivos para a

realização de estudos etnobotânicos e etnofarmacológicos, que valorizem o conhecimento popular e

comprovem as ações farmacológicas e toxicológicas das plantas medicinais, o governo brasileiro deve,

por meio de medidas educacionais, divulgar os resultados obtidos à população, para que a eficácia e

segurança do uso das plantas sejam efetivamente asseguradas.

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Anais do XIII Workshop de Plantas Medicinais de Botucatu: Em busca de produtos naturais bioativos.

OCORRÊNCIA DE ISOFLAVONAS EM RESÍDUOS DA CULTURA DE SOJA

CARNEIRO, A.M.,¹ PILON, A.,2 BORGES M.,3; RINALDO, D.3; FUNARI, C.S.4

1Instituto de Biociências de Botucatu, UNESP, 2Faculdade de Ciências Farmacêuticas, USP-Ribeirão Preto, 3Instituto de Química, UNESP-Bauru, 4Faculdade de Ciências Agronômicas, UNESP-Botucatu.

E-mail: [email protected]

Aproximadamente 3,7 x 109 toneladas de resíduos agrícolas são produzidos anualmente no mundo,

considerando apenas seis culturas. (BENTSEN et al., 2014). A cultura de soja corresponde a cerca de 57%

da área cultivada no Brasil, sendo que a safra para 2018 está estimada para 118 milhões de toneladas de

grãos, podendo gerar, aproximadamente, 354 milhões de toneladas de resíduos. Além de seu uso na

alimentação animal e humana (THIAGO E DA SILVA, 2003; ZAHEER E HUMAYOUN AKHTAR, 2017), a

soja também desperta interesse do ponto de vista farmacológico, por ser uma das principais fontes de

isoflavonas, uma forma de fitoestrogênio (QUEIROZ et al., 2006). Por isto, é uma das espécies presentes na

lista de fitoterápicos que possuem registrados simplificados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária

(ANVISA) (CARVALHO et al., 2008). Este trabalho teve como objetivo a identificação de isoflavonas em

resíduos da cultura de soja (folhas, caules e vagens). A estratégia de identificação empregada foi baseada

no cruzamento dos dados obtidos por análise por cromatografia líquida de alta eficiência acoplada a

espectrometria de massas, e dados quimiotaxonômicos. Foi possível identificar as isoflavonas não

glicosiladas daidzeína, genisteína e gliciteína, assim como as flavonas apigenina e 7,4’-dihidroxiflavona em

resíduos da cultura de soja. Estes resíduos mostraram-se como fontes destes compostos de interesse

farmacológico.

Agradecimento: CNPq

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Anais do XIII Workshop de Plantas Medicinais de Botucatu: Em busca de produtos naturais bioativos.

OCORRÊNCIA DE PLANTAS CONDIMENTARES EM FEIRAS ORGÂNICAS DA CAPITAL

PAULISTA: COMÉRCIO E PERFIL DOS FEIRANTES

PAGASSINI, J.A.V.1 SANTOS, V.T.1; BONFIM, F.P.G.1; CAMPOS, O.P.2; 1FCA/UNESP; 2UENP – CLM.E-mail: [email protected]

O objetivo foi diagnosticar a ocorrência de plantas condimentares, bem como o perfil de seus comerciantes

em feiras orgânicas da capital paulista. Foram selecionadas como amostras dirigidas as maiores feiras

orgânicas (em número de feirantes) de São Paulo: Feira Orgânica da Água Branca e Feira Orgânica do

Ibirapuera, localizadas nas Zonas Oeste e Sul, respectivamente. Por meio de entrevista semiestruturada,

aplicou-se um questionário a cada feirante para a obtenção de informações sobre: dados censitários

(gênero, faixa etária, escolaridade, atividade familiar e conhecimento da origem dos produtos), plantas

condimentares comercializadas e porcentagem de representação delas na renda de cada um. Dos 52

comerciantes das duas feiras, 29 trabalham com plantas condimentares, sendo esses os entrevistados.

Como resultado do perfil constatou-se que: 72% são do gênero masculino, 48% têm o ensino médio

completo, 21% possuem formação superior completa e as faixas etárias mais expressivas são: idade entre

20 a 30 anos (38%) e idade superior a 40 anos (31%). A maioria segue a atividade familiar, sendo que 72%

são produtores rurais, o que reflete na origem dos produtos comercializados, visto que a produção própria é

o que predomina (83%) e vem seguida de produção de vizinhos (24%) e vendas via vínculo trabalhista

(10%), sendo que nada deste segmento vem da CEAGESP. Foi detectada uma diversidade de espécies de

24 condimentares distintas, sendo a maioria comercializada in natura. As mais ocorrentes foram: manjericão

(Ocimum basilicum L.), cebolinha (Allium schoenoprasum L.), coentro (Coriandrum sativum L.), hortelã

(Mentha piperita L.), salsinha (Petroselinum crispum L.) e gengibre (Zingiber officinale Rosc.), com 86% de

ocorrência para as quatro primeiras, 79% para a salsinha e 55% para o gengibre. Na sequência, constatou-

se grande presença de pimenta (Capsicum spp.), louro (Laurus nobilis L.) e orégano (Origanum vulgare L.),

com níveis de presença de 72%, 45% e 41%, respectivamente. Pela pesquisa observa-se que essa

categoria representa até 25% da receita de vendas de 55% dos feirantes, representando também até 50%

da receita de 34% dos feirantes e até 75% da receita de 10% deles. Assim, é possível observar o impacto

que a venda de plantas condimentares representa para os comerciantes.

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Anais do XIII Workshop de Plantas Medicinais de Botucatu: Em busca de produtos naturais bioativos.

PANORAMA QUÍMICO DE CACTOS DA MATA ATLÂNTICA: Rhipsalis Gärtner (Cactaceae)

Kamikawachi, R. C.1*; Carrara, V.1; Almeida, O. J. G.1; Vilegas, W.1

1Universidade Estadual Paulista – UNESP IB/CLP. E-mail: [email protected]

Os cactos do gênero Rhipsalis Gärtner (Cactacea) distinguem-se dos demais por características

únicas: são epiftos, não apresentam espinhos e habitam florestas ombrófilas. Nesse gênero

ocorrem diversas espécies distribuidas por toda a América Latina com relatos de uso medicinal por

populações tradicionais, incluindo desde propriedades sedativas até o tratamento de doenças

coronárias1-4. No entanto, há lacuna a respeito da composição. Por isso, este trabalho iniciou a

investigação da composição química de seis espécies e uma subespécie de cactos do gênero

Rhipsali: R. cereuscula, R. clavata, R. elliptica, R. floccosa floccosa, R. floccosa hohenauensis, R.

paradoxa e R. teres. Foram coletadas no IB/CLP da UNESP de São Vicente, no período de

novembro de 2017 a março de 2018, secas em estufa de ar circulante a 40°C e em seguida

moidas. O pó resultante (1g) foi extraido com hexano (20 mL) para retirada dos ácidos graxos e em

seguida três vezes com metanol (10 mL), assistido por ultrassom (10 min cada extração). Alíquotas

dos extratos (1 mg) foram submetidas a clean-up em cartuchos de sílica de fase reversa eluídos

com 1 mL de metanol. Os eluatos (5ppm) foram preliminarmente analisados por espectrometria de

massas por infusão direta usando ionização no modo negativo por Electrospray e analisador Íon

Trap (FIA-ESI-IT-MSn). Em seguida, foram também analisados por cromatografia líquida de ultra

eficiência acoplada detector de fotodiiodos e a espectrômetro de massas (UPLC-DAD-MS). Foram

detectadas 39 substâncias: 31 saponinas triterpênicas derivadas dos ácidos oleanólico,

hidroxioleanólico e metoxioleanólico e flavonóides derivados de apigenina, kaempferol e

quercetina. Esses resultados, apesar de preliminares, corroboram os usos populares, uma vez que

as atividades hipocolesterolêmicas e anti-inflamatórias das saponinas5 e a atividade anti-

inflamatória dos flavonóides6 são bem conhecidas. Atualmente estamos procedendo ao isolamento

e identificação dessas substâncias.

Financiamento: CNPq e Capes.

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Anais do XIII Workshop de Plantas Medicinais de Botucatu: Em busca de produtos naturais bioativos.

PERFIL QUÍMICO DO ÓLEO ESSENCIAL DE Xylopia aromatica (Lam.) Mart

Couto, C.1

; Galhardo, L.J.2

; Campos, F.G.2

; Vieira, M.A.R.2

; Marques, M.O.M.3

; Boaro,

C.S.F.2

1ETEC Dr. Domingos Minicucci Filho,

2

UNESP-Botucatu, Instituto de Biociência, 3IAC-Campinas,

Instituto Agronômico

A família Annonaceae possui diversidade de substâncias sintetizadas no metabolismo

especializado, como os óleos essenciais, com atividade na defesa do vegetal contra bactérias,

fungos e herbívoros, além de atuarem na atração de animais para dispersão dos pólens e

sementes. O potencial farmacológico se justifica com base na presença de elevadas quantidades

de sesquiterpenos, que apresentam diferentes atividades, encontrados, por exemplo, no óleo

essencial das folhas de Xylopia frutescens, com atividade antitumoral. Atividade fungicida e

bactericida foi identificada no óleo essencial de frutos de Xylopia aethiopica. Poucos estudos

avaliaram o perfil do óleo de X. aromatica, que também pode apresentar potencial farmacológico.

Dessa forma o objetivo foi caracterizar a composição do óleo essencial de Xylopia aromatica

(Lam.) Mart.. Folhas de 20 indivíduos de Xylopia aromatica (Lam.) Mart. foram coletadas em

cerrado do município de Botucatu, Bairro Rio Bonito - São Paulo, coordenadas geográficas

22º49’ Latitude Sul e 48º25’ Longitude Oeste com altitude de 750 metros, precipitação média

anual ± 1400 mm e temperaturas médias do mês mais quente ≥ 22ºC e do mais frio variando

entre 3 e 18ºC. As folhas coletadas foram secas em temperatura ambiente e posteriormente o

óleo essencial foi extraído por hidrodestilação em aparato tipo Clevenger, por duas horas e

analisado por cromatografia gasosa acoplada à espectrometria de massa (CG\EM). O óleo

essencial de Xylopia aromatica revelou monoterpenos (16,4%) e sesquiterpenos (72,8%). Entre

os monoterpenos, identificou-se β-felandreno (7,8%), como majoritário. Biciclogermacreno

(19,6%) espatulenol (16,9%) e uma substância não identificada (16,8%) revelaram-se entre os

sesquiterpenos majoritários. O único trabalho identificado na literatura e desenvolvido em cerrado

do estado de São Paulo revelou componentes majoritários, representados por α e β – pineno e

limoneno. Biciclogermacreno também majoritário, revelou porcentagens semelhantes nos dois

estudos realizados em São Paulo. Conclui-se que, espécies nativas avaliadas em diferentes

locais apresentam variação no perfil do óleo essencial que pode ter influência na sua atividade

biológica.

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Anais do XIII Workshop de Plantas Medicinais de Botucatu: Em busca de produtos naturais bioativos.

POPULARIZAÇÃO DE PLANTAS ALIMENTÍCIAS NÃO CONVENCIONAIS ATRAVÉS DA EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA

Ferrarini, M.E.H.¹; Bloch, B. L. ¹; Moleiro, G.H.R. ¹; Ronchi, H.S. ¹, Bonfim, F.P.G¹

; Santos, R.C. ¹

Universidade Estadual Paulista (UNESP) E- mail: [email protected]

Plantas Alimentícias não convencionais (PANC) é o termo que se refere às plantas com potencial alimentício

difíceis de ser encontradas em mercados e feiras locais, e o consumo delas na alimentação cotidiana não é usual.

Apesar da vasta diversidade vegetal brasileira, a alimentação humana é restrita a poucas espécies. Nesse

contexto, o consumo das PANC pode ser muito vantajoso, especialmente no aspecto nutricional, sabor e

variedade. Muitas dessas plantas possuem valor nutricional notável comparado às plantas alimentícias

convencionais e, ainda, possuem sabor e textura comparáveis às convencionais, sugerindo aceitabilidade

positiva. A falta de conhecimento e baixa procura por essas espécies, impossibilita que agricultores se

interessem em produzi-las. É notória a necessidade popularização de seus usos e propriedades. O presente

trabalho se trata de um Projeto de Extensão Universitária que acontece com apoio da PROEX (Pró-reitoria de

Extensão Universitária). O projeto iniciou-se em março de 2017, foi idealizado e construído por estudantes e

pesquisadores de graduação e pós-graduação, membros do grupo de pesquisa HorgBio. Atualmente, o projeto

acontece em parceria com a FCA/UNESP e o Banco de Alimentos de Botucatu, local que cede o espaço no qual

as oficinas são desenvolvidas. O objetivo deste projeto é divulgar o potencial alimentício dessas espécies, para

que essa informação chegue à comunidade. Utiliza-se o método de alcance grupal, objetivando que a os

conhecimentos sejam transmitidos por interações e trocas de experiências entre as pessoas no meio social,

buscando alcançar o maior número de pessoas possível. O trabalho é realizado a partir de oficinas teórico-

praticas com enfoque na utilização e cultivo dessas espécies. As oficinas acontecem em módulos temáticos,

baseados na seleção uma ou mais espécies. Em 2017, trabalhamos a ora pro nóbis (Perekia Aculeata),

conhecida por seu alto teor de proteína. As oficinas teórico-práticas abordaram identificação, cultivo e

confecção de receita, buscando que além de conhecer-se o potencial alimentício, que as pessoas aprendam sobre

cultivo e preparo culinário. No presente módulo, do 1º semestre de 2018, trabalhamos o tema “Plantas

Espontâneas”, englobando as espécies capuchinha (Tropaeolum majus), caruru (Amaranthus deflexus), maria

gorda (Talinum paniculatum), physalis (Physalis angulata), serralha (Sonchus oleraceus) e trevinho (Oxalis

latifolia).

Financiamento: PROEX

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Anais do XIII Workshop de Plantas Medicinais de Botucatu: Em busca de produtos naturais bioativos.

POSSIBILIDADE DE DESENVOLVIMENTO DE UM FITOCOSMÉTICO COM PROPRIEDADE ANTIOXIDANTE E FOTOPROTETORA, ENRIQUECIDO COM O EXTRATO DE UMA PLANTA

ANGIOSPÉRMICA DO GÊNERO Caryocar

Machado, A.1; Pegorin, G.S. 1; Mayer, C.R.M. 1; Santos, L. 1

1Departamento de Biotecnologia, Faculdade de Ciências e Letras, UNESP-Assis

Email: [email protected]

Sabe-se que as plantas angiospérmicas do gênero Caryocar são ricas em fenóis, um importante

antioxidante natural e, a quantidade desses compostos presentes em seus frutos mostra-se

muito superior à grande maioria dos frutos encontrados no Brasil. No entanto, com a exploração

extrativista de uma das espécies desse gênero, seu esgotamento já está previsto em um futuro

bem próximo. Assim, o aproveitamento de sua polpa no desenvolvimento de um fitocosmético

pode representar uma importante estratégia para sua preservação. Nesta direção, este estudo

teve por objetivo desenvolver um extrato hidroetanólico da polpa desse fruto (EHPC), e a partir

dele determinar sua toxicidade e suas atividades antioxidante e fotoprotetora. Além disso,

quantificar as concentrações de fenóis totais e flavonoides. O EHPC foi preparado por

maceração estática, adicionando 30g de polpa e 300 ml de solução hidroetanólica. A dosagem

de fenóis foi avaliada pelo método da Folin-Ciocalteau, e a de flavonoides pelo método do AlCl3.

A citoxicidade do extrato foi determinada pelo método do MTT. A atividade antioxidante foi

avaliada pelo método de DPPH, e a atividade fotoprotetora pelo método de Mansur. O EHPC não

afetou a taxa de sobrevivência das células no teste de citoxicidade. Na concentração de 1 mg/mL

o EHPC apresentou altos teores de compostos fenólicos (247 mg ácido gálico/g amostra) e

flavonoides (58,82 mg quercetina/g amostra). Na concentração de 1,75 mg/mL a atividade

antioxidante foi de 82,8%, com um EC50, concentração do extrato necessária para reduzir os

radicais de DPPH à hidrazina em 50% do total, de 0,807 mg/ml. Na avaliação da fotoproteção, o

EHPC surpreendeu, pois na concentração de 1 mg/mL demonstrou um FPS igual a 30. Os

resultados obtidos comprovam que a planta analisada pode ser aproveitada no desenvolvimento

de um fitocosmético, com potentes atividades antioxidante e fotoprotetora, podendo esse uso se

configurar em uma importante estratégia para a preservação dessa espécie.

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Anais do XIII Workshop de Plantas Medicinais de Botucatu: Em busca de produtos naturais bioativos.

POTENCIAL ALELOPÁTICO DE EXTRATOS AQUOSOS DE Bidens pilosa L. E Coleus

barbatus B. SOBRE GERMINAÇÃO E VIGOR DE SEMENTES DE Glycine max L.

Campos, O.P. (UENP – CLM, [email protected]); Sorace, M. A. F. (UENP – CLM,

[email protected]); Cossa, C. A. (UENP – CLM, [email protected]); Neto, P. F. (UENP –

CLM, [email protected]); Cunha, J. P. B. (UENP – CLM, [email protected])

As plantas daninhas competem e/ou interferem no desenvolvimento da cultura de interesse,

provocando diminuição na produção final e na qualidade do produto. No que diz respeito ao

manejo de plantas invasoras e ao controle biológico, a utilização da alelopatia constitui alternativa

ao controle químico sintético. Muitas plantas possuem a capacidade de produzirem substâncias

alelopáticas que apresentam efeito direto ou indireto, benéfico ou maléfico sobre outras espécies.

Essa propriedade passou a ser observada e estudada, uma vez que essas substâncias têm

potencial de controle de outras espécies. Presentemente a soja, especialmente no caso da soja

RR® (resistente ao herbicida glyphosate) apresenta potencial para se tornar uma planta daninha

de difícil controle. Portanto o trabalho teve por objetivo avaliar o efeito alelopático de extratos

aquosos de folhas de Bidens pilosa L. e Coleus barbatus B. no controle na germinação e vigor de

sementes de soja RR®. Obteve-se os extratos na proporção de 10g de folhas frescas para 200 mL

de água. A solução inicial, considerada padrão (100%), foi diluída nas concentrações: 10%, 25% e

50%. Os extratos foram aplicados sobre as sementes de soja, já em ambiente para germinação. O

delineamento experimental foi inteiramente ao acaso, em fatorial (2x4) + 1, 2 tipos de extratos, em

4 concentrações, mais uma testemunha (sem aplicação), contou-se portanto com 9 tratamentos.

Foram avaliados testes de primeira contagem de emergência, porcentagem de germinação e índice

de velocidade de emergência de sementes de soja RR®. As avaliações foram realizadas conforme

critérios estabelecidos pelas Regras para Análise de Sementes. Os dados obtidos foram

submetidos à análise de variância e as médias comparadas pelo teste Tukey a 5% de

probabilidade. A emergência inicial das plântulas de soja RR®, bem como a germinação não foram

negativamente alteradas pelos tratamentos, salientando que os extratos nas diferentes

concentrações mostraram-se ineficientes para controle. A emergência das plântulas de soja foi

estimulada pelos tratamentos com 25 e 50% de extrato de B. pilosa L, evidenciando efeito

alelopático positivo.

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Anais do XIII Workshop de Plantas Medicinais de Botucatu: Em busca de produtos naturais bioativos.

POTENCIAL ALELOPÁTICO DO EXTRATO AQUOSO DE Cyperus rotundus L. SOBRE GERMINAÇÃO DE Salvia hispanica L.

Campos, O.P. (UENP – CLM, [email protected]); Sorace, M. A. F. (UENP – CLM,

[email protected]); Cossa, C. A. (UENP – CLM, [email protected]); Marchi, R. C. S.

(UENP – CLM, [email protected])

As plantas liberam metabólitos que podem influenciar no desenvolvimento da vegetação adjacente,

fenômeno denominado alelopatia. A reação pode ser fitotóxica ou benéfica aos processos de

germinação e desenvolvimento vegetal, gerando assim interesse para manejo agrícola. Salvia

hispanica L. (chia) é uma Lamiaceae, rica fonte de ácidos graxos e antioxidantes naturais, sendo

matéria prima para alimentos funcionais, nutracêuticos e suplementos dietéticos, características

essas, que tem estimulado o aumento do seu consumo. A Cyperus rotundus L. (tiririca) é uma

Cyperaceae que se reproduz quase que exclusivamente por tubérculos. É uma espécie invasora

amplamente distribuída em diversos agroecossistemas conhecida por seus efeitos alelopáticos.

Apresenta elevado nível de AIB (ácido endolbutírico), fitorregulador específico para formação das

raízes das plantas. Estudos monstram que o extrato de tiririca, influenciou positivamente a

germinação de sementes de pinhão manso (Jatropha curcas L.), indicando possíveis influências

sobre germinação de outras espécies. Considerando a necessidade de manejos alternativos,

destinação utilitária para o tubérculo da tiririca e, o aumento do consumo de chia, o objetivou-se

identificar os efeitos alelopáticos de extratos aquosos de C. rotundus L. sobre a germinação de

sementes de S. hispanica L.. O extrato foi obtido a partir de 100g de tubérculos de tiririca para 200

ml de água, concentração inicial (CI) 1g 2 ml-1, que foi diluída em 50% CI e 25% CI. A solução foi

aplicada sobre as sementes de chia já em ambiente para germinação. O delineamento

experimental foi inteiramente casualizado, contou-se com 4 tratamentos e 5 repetições, para as

avaliações foram feitos testes de primeira contagem, porcentagem de germinação e, índice de

velocidade de germinação (IVG). O extrato nas concentrações de 25% e 50% comprometeram a

primeira contagem, a porcentagem de germinação e o IVG das sementes de chia. Este evento

pode ser atribuído ao tipo de extrato e/ou as concentrações utilizadas, a forma de preparo e, o

método de aplicação, que são fatores decisivos, pois princípios ativos vegetais são instáveis e não

se distribuem de forma homogênea na planta.

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Anais do XIII Workshop de Plantas Medicinais de Botucatu: Em busca de produtos naturais bioativos.

POTENCIAL ANTICARIOGÊNICO DE PLANTAS MEDICINAIS DA RELAÇÃO NACIONAL DE PLANTAS MEDICINAIS DE INTERESSE AO SUS (RENISUS)

Albuquerque Y.E.1, Rosselli E.R.2, Brighenti F.L.3

1Departamento de Clínica Infantil, Faculdade de Odontologia de Araraquara – UNESP, 2Departamento de Clínica e Cirurgia, Universidade Federal de Alfenas, 3Departamento de Clínica

Infantil, Faculdade de Odontologia de Araraquara – (UNESP). E-mail: [email protected]

O objetivo do trabalho foi realizar uma revisão narrativa sobre o potencial anticariogênico das

plantas medicinais listadas na Relação Nacional de Plantas Medicinais de Interesse ao SUS

(RENISUS). Foram utilizados descritores pré-selecionados para as buscas nas bases de dados

PubMed e Google Acadêmico de artigos originais que avaliaram extratos de plantas listadas na

RENISUS contra micro-organismos cariogênicos. Os dados dos 30 artigos selecionados foram

apresentados de acordo com o tipo de estudo e o método aplicado. Apenas 17 plantas listadas na

RENISUS foram estudadas. Dos 24 estudos in vitro, apenas 6 realizaram testes com biofilmes.

Apenas Lippia sidoides e Punica granatum foram avaliadas em estudos clínicos randomizados ou

cruzados. A maioria dos estudos apresentaram resultados promissores, entretanto as metodologias

utilizadas são questionáveis. Pode-se concluir que poucas plantas listadas na RENISUS foram

avaliadas quanto ao seu potencial anticariogênico. Há a necessidade de estudos in vitro bem

delineados (avaliações mais completas que possam mimetizar as condições da cavidade bucal) e

de estudos clínicos randomizados que utilizem participantes com características próximas às da

população de interesse, o que poderia ter implicações diretas no desenvolvimento de novos

produtos odontológicos antimicrobianos eficazes.

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Anais do XIII Workshop de Plantas Medicinais de Botucatu: Em busca de produtos naturais bioativos.

PRODUÇÃO DE MUDAS DE Ocimum basilicum L. COM O USO DE RESÍDUOS ORGÂNICOS

VASQUE H.1; SANTIVAÑEZ A.

1; GRASSI FILHO, H.

2

1Departamento de Horticultura, FCA-UNESP, Botucatu. [email protected]; ariel_

[email protected]; 2Departamento de Solos e Recursos Ambientais FCA-UNESP,

Botucatu. [email protected]

O manjericão é uma planta condimentar e medicinal muito cultivado em hortas domésticas em quase todo o

Brasil. No entanto, existem poucas pesquisas agronômicas sobre a produção de mudas realizada para esta

cultura. Além disso, no cultivo de plantas medicinais é preferível utilizar resíduos orgânicos em vez de

minerais, para preservarem suas propriedades naturais e isento de compostos químicos. Objetivou-se avaliar o

efeito da adição de diferentes resíduos orgânicos: esterco de galinha (EG), fibra de coco (FC), bokashi (BO) e

torta de mamona (TM) ao substrato comercial Carolina (SC) para a formulação de um substrato para produção

de mudas de manjericão. O ensaio foi conduzido em casa de vegetação, no período de fevereiro a março de

2018 sendo realizado em blocos casualizados com quatro tratamentos e quatro repetições. Os tratamentos

foram: T1 (100%) SC; T2 (80%) SC + (20%) CF; T3 (80%) SC + (20%) FC; T4 (80%) SC + (20%) TM.

Após os substratos serem misturados, os mesmos foram adicionados em bandejas de isopor contendo 200

células. Posteriormente, realizou-se a semeadura das sementes contendo cada célula uma semente. A parcela

útil foi constituída por 30 plantas. Avaliou-se a porcentagem de emergência, massa do sistema radicular e

parte aérea e o índice de velocidade de germinação (IVG). A mistura do substrato comercial com o bokashi

foi superior entre os tratamentos para a massa seca da parte aérea. Para o IVG, porcentagem de emergência e

massa seca da raiz não constatou diferença significativa em relação às demais combinações de substratos.

Concluiu-se que entre os tratamentos avaliados o bokashi foi a melhor combinação de substrato para a

produção de mudas de manjericão.

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Anais do XIII Workshop de Plantas Medicinais de Botucatu: Em busca de produtos naturais bioativos.

PROMOÇÃO DA SAÚDE PELA INSERÇÃO DE PLANTAS ALIMENTÍCIAS NÃO

CONVENCIONAIS: UMA ABORDAGEM NO ENSINO DE FARMACOGNOSIA

BOLINA, C. O.1; CARDOSO, Y. R. 2; SILVA, A. D. 2; FREITAS, L. M. F. 2; CARMO, J. P. M. 1

1Universidade Estadual de Goiás, Itumbiara, Docentes Curso de Farmácia; 2Universidade Estadual de Goiás, Itumbiara, Discentes Curso de Farmácia;

E-mail: [email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected]

A Farmacognosia é uma ciência multidisciplinar que contempla o estudo de propriedades físicas,

químicas, bioquímicas e biológicas de fármacos de origem natural, assim como busca novos

fármacos a partir destas fontes. Porém, com os avanços no mercado farmacêutico, os problemas

enfrentados pela saúde pública no Brasil, a conscientização da sociedade pela necessidade de

adoção de hábitos mais saudáveis para a promoção da saúde e prevenção de doenças, fez com

que o ensino de Farmacognosia passasse por transformações, permitindo a abordagem e o

resgate de plantas atualmente desconhecidas ou em desuso pela maior parte da população. As

plantas alimentícias não convencionais (PANC) se destacam pelo fácil cultivo e significativo valor

nutricional, tornando uma alternativa importante para complementar a alimentação das pessoas,

diversificar cardápios e nutrientes consumidos e até mesmo como fonte de renda para pequenos

agricultores. Desta forma, aliado ao ensino de Farmacognosia têm-se desenvolvido projetos da

extensão no Campus Itumbiara da Universidade Estadual de Goiás buscando inserir plantas como

ora-prob-nobis, major-gomes, beldroega, hibisco, peixinho-da-horta, jambu, fisalis, entre outros, na

alimentação da comunidade acadêmica por meio do cultivo em uma horta mantida pelos próprios

alunos dentro da instituição, doações de mudas, oferecendo lanches elaborados com as plantas,

tais como pães, bolos e patês, e palestras divulgando a composição nutricional/química destes

alimentos e os benefícios do consumo na promoção da saúde.

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Anais do XIII Workshop de Plantas Medicinais de Botucatu: Em busca de produtos naturais bioativos.

QUANTIFICAÇÃO DOS TEORES DE ATROPINA E ESCOPOLOMINA EM CULTIVARES DE Brugmansia suaveolens UTILIZANDO PRINCÍPIOS DA QUIMICA VERDE

BRAGAGNOLO, F.S. ¹, GIANETI, T.M.R.¹, REIS, R, B. ¹, GONÇALVES, G.G. ¹, RODRIGUES S.A.

¹, MING, L.C. ¹, FUNARI, C. S. ¹

Faculdade de Ciências Agronômicas da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho. E-

mail: [email protected]; [email protected]

Os alcaloides tropânicos atropina e escopolamina são princípios ativos de alguns medicamentos

comerciais. Tais compostos estão presentes na planta Brugmansia suaveolens, popularmente

conhecida como trombeta, dentre outras [1]. A produção destes metabolitos pode variar com

diversos fatores, tais como sazonalidade, herbivoria e variabilidade genética. Porém, não há relatos

na literatura sobre a interferência da adubação sobre a produção de atropina e escopolamina na

espécie B. suaveolens. Portanto, este trabalho busca quantificar estas duas substancias em folhas

obtidas de cultivares de B. suaveolens submetidos a diferentes tratamentos de adubação orgânica

(tratamentos 1-4). Aproximadamente 50 mg de folhas secas foram moídas e umedecidas com 250

µL de solução borato de sódio (pH 9), por 1 h. Em seguida, foram adicionados 3 mL de

diclorometano (solvente de referência) ou 3 mL de acetato de etila (solvente verde alternativo),

extraindo-se por 4 h sob agitação constante. Os extratos foram secados em N2, sobre as quais 100

µL de agente derivatizante BSTFA foram adicionados e aquecidos a 80 °C por 15 min. Dois outros

extratos foram preparados da mesma maneira, mas não passaram por processo de derivatização

com BSTFA. Uma alíquota de cada um dos 4 extratos resultantes foi analisada por Cromatografia à

Gás acoplada a espectrometria de massas (CG-EM) e comparados com padrões de referência dos

alcaloides de interesse [2]. Conclui-se ser o solvente diclorometano mais eficiente no processo de

extração dos alcaloides e que não seria necessária a etapa de derivatização. Em seguida, as

folhas de cada tratamento foram extraídas em quintuplicata (procedimento com tampão borato,

diclorometano e sem derivatização) e analisados por CG-EM. Os teores de atropina e

escopolamina foram calculados por meio de comparação com curvas de calibração obtidas com

padrões de referência. Observou-se maior teor de atropina para o extrato obtido de folhas de

plantas submetidas ao tratamento 4 (0,96 mg/g ± 0,11), com diferença estatisticamente significativa

em relação ao tratamento controle (sem adubação, 0,79 mg/g ± 0,03). Um maior teor de

escopolamina também foi observado para o tratamento 4 (0,86 mg/g ±0,13), porém sem diferença

estatisticamente significativa em relação ao tratamento controle (0,72 mg/g ± 0,05).

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Anais do XIII Workshop de Plantas Medicinais de Botucatu: Em busca de produtos naturais bioativos.

RENDIMENTO DO ÓLEO ESSENCIAL DE Vernonia polyanthes SOB DIFERENTES PROCESSAMENTOS

Miranda G.R.¹, Ferrarini, M.E.H², Moleiro G.H.R.³, Fortuna G. C.4, Bonfim F.G.P. 5 1 Graduanda eng. agronomia, UNESP - [email protected]; 2 Bióloga, UNESP -

[email protected]; 3 Eng. Agrônomo, UNESP – [email protected]; 4 Mestre em Fitotecnia, UNESP –[email protected] ; 5 Doutor em fitotecnia, Docente

FCA/UNESP

Vernonia polyanthes Less, popularmente conhecida como assa-peixe, é uma planta que possui

propriedades farmacológicas, como anti-hipertensivo, diurético e broncodilatadora, e está dentro da

Relação de Plantas Medicinais de Interesse ao Sistema Único de Saúde (RENISUS). No presente

trabalho, buscamos analisar como a forma de processamento das folhas de assa peixe influencia

no rendimento de óleo essencial. O delineamentodo experimento foi inteiramente casualizado (DIC)

com três tratamentos: 1 – Folha Fresca, 2 – Folha Seca e 3 - Folha Seca Triturada (em moinho de

faca), com nove repetições por tratamento. As amostras foram coletadas dia 03 de abril de 2018

(13h00min), na Fazenda Experimental Lageado, pertencente à Faculdade de Ciências

Agronômicas da UNESP - Campus Botucatu. Foram selecionados indivíduos de área nativa,

localizada no pomar didático do Departamento de Horticultura, que possuíam características

morfológicas semelhantes e ausência de insetos e fungos. O material vegetal foi separado em

amostras com 50 gramas de matéria fresca (Trat. 1), depois foram secas (Trat. 2 e Trat. 3) em

estufa de circulação de ar forçada a 45 °C por 48 horas, para quantificação do teor de óleo

essencial. As amostras foram submetidas à técnica de hidrodestilação pelo aparato do tipo

Clevenger. Em análise de matéria fresca obtivemos um rendimento de 0,012 chegamos à

conclusão que não é o método a ser utilizado já que este tem fatores limitantes como, por exemplo:

o volume de planta que comporta dentro do balão volumétrico, pois este, precisa de espaço para

que o vapor circule e arraste o óleo até o condensador, nos limitando em 50g gramas, permitindo

assim um valor ínfimo de óleo essencial. Entre massa seca obtivemos um rendimento de 0.25 e

massa seca triturada o rendimento foi de 0.87, observando assim maiores teores de óleo essencial

na seca e triturado por conta da assa peixe possuir óleo essencial em duas estruturas secretoras:

tricomas e nos ductos foliares, permitindo expor uma maior superfície de contato das folhas para o

processo de hidrodestilação.

Financiamento: CNPq – 405953/2016-0

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Anais do XIII Workshop de Plantas Medicinais de Botucatu: Em busca de produtos naturais bioativos.

TEMPERATURAS DE SECAGEM DE Vernonia polyanthes NO RENDIMENTO DO ÓLEO ESSENCIAL

Ferrarini, M.E.H.1; Miranda, G.R. 1; Moleiro, G.H.R. 1; Fortuna, G.C. 1; Bonfim, F.P.G. 1

1Universidade Estadual Paulista (UNESP) . E-mail: [email protected]

Vernonia polyanthes Less. é uma planta da família Asteraceae que possui propriedades anti

hipertensivas, diuréticas e broncodilatadoras, pertencendo a Relação de Plantas Medicinais de

Interesse ao Sistema Único de Saúde (RENISUS). A secagem de plantas para extração do óleo

essencial é um processo crucial em razão da possibilidade de perdas devido à volatilidade dos

óleos e degradação dos princípios ativos presentes. Portanto, a temperatura de secagem de

plantas para extração de óleos essenciais deve ser criteriosa, tornando-se essencial definir

metodologias mais apropriadas para cada espécie. Com base nesses pressupostos, o objetivo

deste trabalho foi determinar a temperatura de secagem ideal para obtenção de maiores

rendimentos do óleo essencial de Vernonia polyanthes. O delineamento experimental utilizado foi

inteiramente casualizado, com cinco repetições e quatro tratamentos, designados: T1 -

Temperatura Ambiente; T2 - 30 °C; T3 - 50 °C e T4 - 70°C. As folhas foram coletadas

aleatoriamente, no início de Abril, às 13:00h, de indivíduos nativos localizados no campus

Lageado, em Botucatu – SP. Logo após a coleta, as folhas foram colocadas nas estufas de

circulação de ar forçada e área de secagem natural, sendo retiradas após atingirem peso seco

constante. O óleo essencial das folhas foi extraído pelo processo de hidrodestilação em aparato do

tipo de Clevenger, sendo usados 50 gramas de biomassa seca das folhas em 1,5L de água

destilada em balão de 2L, por 120 minutos. As amostras de óleo essencial coletadas foram

pesadas e os dados obtidos foram submetidos à análise de variância com as médias comparadas

pelo teste Tukey, a 5% de probabilidade. Não houve diferenças significativas entre os tratamentos

testados onde obtivemos rendimentos de 0.16, 0.24, 0.14, 0.23 % respectivamente, sendo assim, a

temperatura de secagem na estufa a 70° C é a mais indicadadevido ao menor tempo gasto para a

secagem do material em relação às outras temperaturas testadas em estufa e a secagem natural,

processo lento que aumenta a relação custo/produção.

Financiamento: CNPq – 405953/2016-0

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Anais do XIII Workshop de Plantas Medicinais de Botucatu: Em busca de produtos naturais bioativos.

TEOR DE PROTEÍNA BRUTA E COMPOSIÇÃO MINERAL DE FOLHAS DE ASSA-PEIXE (Vernonia polyanthes Less.)

Sabino, B.C.C.1; Alves, L. F.1; Moleiro, G.H.R1; Bonfim F.G.P.1

1Faculdade de Ciências Agronômicas da Unesp – FCA/UNESP. E-mail: [email protected]

A Vernonia polyanthes Less., conhecida popularmente por assa-peixe, é nativa do Brasil,

considerada uma Planta Alimentícia Não Convencional (PANC), rustica e de fácil reprodução, suas

flores são muito atrativas para abelhas, possui propriedades medicinais, comumemte utilizada para

tratar doenças de pele, dores musculares, bronquite, pneumonia, cálculos renais, entre outras

patologias. Por ser considerada uma PANC, por anos fez parte da alimentação dos cidadãos e

estão sendo redescobertas. Afim de comprovar os benefícios que esta pode trazer para o

organismo, objetivou-se neste estudo determinar o teor de proteína bruta, bem como a composição

mineral de folhas de assa-peixe. Realizou-se a determinação do teor de proteína bruta pelo

método segundo a AOAC (2005); as folhas foram trituradas para obtenção de massa homogênia,

procedeu-se a digestão sulfúrica e a determinação do N total por arraste a vapor, os teores de

proteína bruta (PB) foram obtidos multiplicando-se o N total pelo fator de conversão 6,25 (fator de

transformação de nitrogênio em Proteína), através da formula indicada na metodologia que utiliza:

volume de HCl 0,1 gasto na titulação, volume de HCl 0,1 gasto na prova em branco, constante de

Normalidade, miliequivalente grama do nitrogênio e o peso da amostra em g. Para a determinação

da composição mineral, teores de P, K, Ca, Mg, Cu, Fe, Mn e Zn foram retiradas amostras do

material vegetal, secas em estufa de circulação forçada de ar a 65 ºC, posteriormente, procedeu-se

o peso de massa seca de cada amostra, foram trituradas em moinho tipo Wiley e conduzidas ao

Laboratório de análise química de plantas do Departamento de Solos e Recursos Ambientais da

FCA/UNESP-Botucatu para obtenção dos teores de minerais , onde foram determinados por

digestão Nitro-perclórica, a análise de P foi realizada através do método do espectrofotômetro VIS

e dos minerais K, Ca, Mg, Cu, Fe, Mn e Zn realizou-se através do método espectrofotometria de

absorção atômica. Assim foram obtidos 8, 75% de proteína bruta e as médias dos minerais P, K,

Ca, Mg, S, B, Cu, Fe, Mn e Zn foram respectivamente 6,7 g kg-1; 30 g kg-1; 8 g kg-1; 5,6 g kg-1; 1,2 g

kg-1; 40 g kg-1; 10 mg kg-1; 100 mg kg-1; 116 mg kg-1; 32 g kg-1. Através dos dados obtidos é

possível concluir que o assa-peixe é um alimento protéico e possui altos teores de minerais

importante à saúde humana, destacando nesta ocasião o Fe.

Financiamento: CNPq – 405953/2016-0

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USO DO GENGIBRE (Zingiber officinale) NO TRATAMENTO DA HIPERCOLESTEROLEMIA EM COELHOS

MORAES, M. B.1; SILVA, L.M.F.L.1; ALVES, M. J. Q. F.1 1Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” Departamento de Fisiologia/Instituto

de Biociências de Botucatu/UNESP. Email:[email protected]

O gengibre (Zingiber officinale) é um vegetal nativo da Ásia, raiz tuberosa utilizada tanto na

culinária quanto na medicina como medicamento. Com muitos benefícios à saúde, possui uma

substância chamada gingerol (responsável pelo sabor picante) que atua como propriedade

antioxidante e anti-inflamatória, protegendo o organismo contra fungos e bactérias. O gengibre

também é utilizado como termogênico natural, capaz de acelerar o metabolismo, favorecendo a

queima de gordura corporal, e melhorar o sistema digestivo. O objetivo deste trabalho foi

observar se o gengibre possui efeito em reduzir o nível de colesterol plasmático em coelhos com

hipercolesterolemia. O experimento foi desenvolvido com coelhos, divididos aleatoriamente em

grupo controle (G1) e grupo tratado (G2) e o protocolo experimental era composto de três fases:

na 1ª fase (30 dias), os coelhos recebiam ração normal, na 2ª fase (40 dias), foram alimentados

com ração suplementada com gema de ovo e óleo vegetal (RS) e na 3ª fase (30 dias) os animais

eram alimentados com RS e os coelhos G2 recebiam 5g de gengibre in natura.O valor basal do

colesterol plasmático dos animais na 1ª Fase foi de: 41,38 mg/dL para G1 e de 53,55 mg/dL para

G2; com a suplementação, 2ª fase, os valores aumentaram para 100,13 mg/dL e 104,34 mg/dL,

respectivamente e foram estatisticamente significativos (p<0,05). Na 3ª fase, os coelhos de G1

continuaram elevando o nível de colesterol, 158,32 mg/dL (p<0,05), e os coelhos tratados com

gengibre apresentaram diminuição no nível médio de colesterol, 72,81 mg/dL(p<0,05). Os

resultados aqui apresentados mostraram que o gengibre foi eficiente em reduzir o nível de

colesterol, na ordem de 30%, nos coelhos com hipercolesterolemia experimental. A ação

hipocolesterolêmica pode ser explicada pelo gingerol, pela presença de niacina e/ou por ação

dos flavonoides polifenólicos encontrados no gengibre, embora na presente pesquisa tais

princípios ativos não tenham sido isolados e investigados, motivando outros estudos.

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