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FICHA PARA CATÁLOGO

PRODUÇÃO DIDÁTICO PEDAGÓGICA

Título: História do Acre: da independência à integração ao

território nacional

Autor Idália Maria dos Santos Dias Buss

Escola de Atuação Escola Estadual Agostinho Stefanello - EF

Município da escola Alto Paraná

Núcleo Regional de Educação Paranavaí

Orientador Ms. Vanderlei Amboni

Instituição de Ensino Superior UNESPAR – Campus Paranavaí

Disciplina/Área (entrada no PDE) História

Produção Didático-pedagógica Unidade Didática

Relação Interdisciplinar

(indicar, caso haja, as diferentes disciplinas compreendidas no trabalho)

Geografia

Público Alvo

(indicar o grupo com o qual o professor PDE desenvolveu o trabalho: professores, alunos, comunidade...)

Alunos da 7ª série

Localização

(identificar nome e endereço da escola de implementação)

Escola Estadual Agostinho Stefanello - EF

Rua Estados Unidos, nº 2533 – Alto Paraná - PR

Apresentação:

(descrever a justificativa, objetivos e metodologia utilizada. A informação deverá conter no máximo 1300 caracteres, ou 200 palavras, fonte Arial ou Times New Roman, tamanho 12 e espaçamento simples)

Esta Produção Didática procura desenvolver o interesse pela

História Regional, contribuindo com atividades metodológicas

com as quais os alunos se sintam estimulados a aprender sobre

a História do Acre de forma crítica, a conhecer diferentes

sujeitos históricos em outro tempo e espaço, a entender e

respeitar a diversidade cultural brasileira. As atividades serão

desenvolvidas através de trabalho com mapas, pesquisas, caça-

palavras, interpretação de textos e documento, lendas do Acre e

região amazônica, visita a um seringal, entrevista, uso de cenas

de minisséries históricas televisivas, vídeos.

Palavras-chave ( 3 a 5 palavras) Diversidade; Crítica; Sujeitos; Tempo; Espaço.

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APRESENTAÇÃO

Fonte: SEED – DIA A DIA EDUCAÇÃO – TV Multimidia

Unidade Didática idealizada pela professora PDE Idália Maria dos Santos Dias Buss,

e coordenada pelo Professor Orientador Ms.Vanderlei Amboni.

Esta proposta privilegia a História do Acre devido ao fato de que a mesma não se

encontra presente nos livros didáticos de História e na formação dos historiadores em geral. A

maioria dos estudantes e até professores, desconhecem a forma como se deu a ocupação dessa

região da Amazônia pelos brasileiros que foi incorporada ao território nacional.

Seu objetivo é contribuir com atividades metodológicas para que os alunos se sintam

estimulados a aprender sobre a História do Acre de forma crítica, dinâmica, a conhecer

diferentes sujeitos históricos em outro tempo e espaço, a entender e respeitar a diversidade

cultural brasileira e a conhecer e valorizar aspectos desconhecidos da história do seu país.

Nesse sentido, esta Unidade Didática pretende auxiliar professores e alunos no estudo

do tema, trabalhando com as mais variadas formas de atividades didáticas sobre a História do

Acre, através de imagens, entrevistas, leitura e interpretação de textos e documentos oficiais,

atividade com mapas sobre a evolução territorial do Brasil, visita a um seringal no município

de Alto Paraná, utilização de recortes de cenas das minisséries históricas televisivas, pesquisa

na Internet com roteiro, caça-palavras, lendas da região amazônica, especialmente do Acre.

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COMO O ACRE SE TORNOU BRASILEIRO

As disputas e os tratados de limites

Para falarmos da história do Acre e de sua incorporação ao Brasil, temos que

esclarecer que este território pertenceu à Bolívia, que por sua vez até à independência

pertencia à Espanha. Como isto se deu? A expansão marítima europeia na última década do

século XV foi palco de intensa disputa entre Portugal e Espanha após o descobrimento da

América. Em 1492, os reis espanhóis Fernando e Isabel iniciaram uma disputa marítima com

os portugueses, que até então detinham a supremacia nas navegações marítimas, ao

financiarem a viagem de Colombo em busca de um caminho marítimo para as Índias.

Para evitar conflitos entre os dois países, em 7 de junho de 1494, na cidade espanhola

de Tordesilhas, é assinado o Tratado de Tordesilhas entre Portugal e Espanha. O Tratado de

Tordesilhas dividiu o Novo Mundo a partir de um meridiano (uma linha imaginária) 370

léguas a oeste do arquipélago de Cabo Verde. As terras a oeste dessa linha demarcatória

pertenciam à Espanha e as terras a leste da linha pertenciam a Portugal.

Anos mais tarde, em 1500, Pedro Álvares Cabral “descobre” o Brasil. Não o Brasil

como o conhecemos hoje, mas o Brasil delimitado pela Linha do Tratado de Tordesilhas. Essa

linha passava pelo Brasil, ao norte, em Belém do Pará, ao sul, em Laguna, Santa Catarina.

Fonte: SEED – DIA A DIA EDUCAÇÃO – TV Multimidia

* Em Laguna existe um marco do Tratado de Tordesilhas. Ver imagem em: museumaconico.com.br, entre

outros.

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Vários tratados de limites territoriais foram assinados entre os governos de Portugal

e Espanha durante o período colonial para fixar novas fronteiras na América, entre eles o

Tratado de Madri (1750) e o de Santo Ildefonso (1777). Assim, levando-se em conta os

acordos firmados entre os dois países, a Bolívia e o Acre pertenciam à Espanha.

Com a independência do Brasil e da Bolívia, a fronteira entre os dois países ficou

indefinida até o Tratado de Ayacucho assinado a 27 de março de 1867, durante o Império,

demarcando as fronteiras brasileiras em favor da Bolívia. O Acre pertencia à Bolívia. Isto se

deu, porque o Brasil estava em guerra com o Paraguai e em troca do acordo, a Bolívia

permaneceria imparcial nessa questão. Novas linhas demarcatórias vieram delinear o mapa do

Brasil.

O desenvolvimento industrial e a procura pela borracha

O grande desenvolvimento industrial dos países europeus e dos Estados Unidos da

América, na segunda fase da Revolução Industrial, gerava uma grande procura por borracha

para a fabricação de pneus para carruagens, bicicletas e carros, entre outros usos. Na Floresta

Amazônica a seringueira nativa era abundante. Graças à borracha, a Amazônia e o Acre

tornaram-se conhecidos mundialmente. O Brasil tornou-se o maior produtor de borracha do

mundo.

Inicialmente a extração da borracha começou no Pará. Sendo o método de extração

do látex descuidado com as árvores, gerava o esgotamento das seringueiras nativas que eram

abandonadas. Em busca de novos locais, os brasileiros foram penetrando no Alto Amazonas

até chegarem ao Acre. Sem saberem, estavam explorando as terras bolivianas.

Fonte: SEED – DIA A DIA EDUCAÇÃO – TV Multimidia

A borracha natural é uma matéria-

prima estratégica, formando com o

aço e o petróleo um dos alicerces da humanidade. Cerca de 80% da

produção mundial é proveniente

de pequenas propriedades rurais

do sudeste asiático (Tailândia,

Indonésia e Malásia), e

aproximadamente 70% vão para a

produção de pneumáticos. O

Brasil, de primeiro e único

exportador de borracha natural no

início do século XX, hoje importa

63% do seu consumo interno, produzindo 1% do total mundial.

Fonte: IAPAR – INSTITUTO

AGRONÔMICO DO PARANÁ

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Para trabalhar na extração do látex das seringueiras, foram para a Amazônia milhares

de nordestinos, principalmente do Ceará, saídos de sua terra pela grande seca e pela falta de

terras para trabalhar. Além dos nordestinos, também foram para o Acre brasileiros de outras

regiões pelos mais variados motivos e até estrangeiros como os sírios e os libaneses. Todos

viajavam durante muitos dias nos gaiolas (barcos) pelos rios da Amazônia, única via de

transporte para se chegar aos seringais. Iam em busca de uma vida melhor, na esperança de

enriquecer e voltar à sua terra natal. No entanto, isso não ocorreu com a grande maioria. O

que os esperava era uma vida solitária e cheia de sofrimento no meio da floresta.

Os governos do Pará e do Amazonas recebiam muitos impostos sobre a venda da

borracha. Também os seringalistas (donos dos seringais) obtinham muita riqueza. As famílias

dos coronéis viviam no luxo em Belém e Manaus. Moravam em casas suntuosas, suas

mulheres usavam roupas finíssimas importadas da Europa, eram cobertas de joias e

mandavam lavar parte de suas roupas em Paris. Os filhos geralmente iam aprimorar seus

estudos na Europa.

pt.wikipedia.org/wiki/categoria:Imagens_domínio_publico

Enquanto isso, o governo boliviano tomou conhecimento do que estava acontecendo

no Acre. Aquela região que produzia tanta riqueza era da Bolívia. O governo boliviano

imediatamente fundou um povoado no Acre, Puerto Alonso, com a intenção de cobrar altos

impostos sobre a borracha acreana. Além disso, também baixou decretos sobre a justiça, a

terra e a navegação. Ao tomar conhecimento dessas medidas os brasileiros sentiram seus

Teatr Belém e Manaus cresceram,

civilizaram-se sob modelo

europeu, a França com a mais

forte inspiração: arquitetura

das casas erguidas em palacetes, nas artes, nos

livros, nas modas. Os belos

teatros da Paz, em Belém, e

Amazonas, em Manaus, obras

de grande suntuosidade,

apresentavam espetáculos das

melhores companhias líricas

italianas.

Leandro Tocantins. Estado do

Acre – Geografia, História e

Sociedade. Rio Branco.

Preview. 1984. p.35.

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interesses ameaçados. O governo do Amazonas preocupado com a situação passou a estimular

e financiar a resistência dos seringalistas aos bolivianos.

Começa a resistência dos brasileiros do Acre contra a Bolívia

Em 1º de maio de 1899, o advogado cearense José Carvalho, secretário da prefeitura

Municipal de Floriano Peixoto (Estado do Amazonas), acompanhado de seringalistas foi ao

Acre e exigiu que os bolivianos se retirassem dali. Como os bolivianos estavam em minoria,

não tiveram escolha e retiraram-se em 10 de maio de 1899. Foi a primeira tentativa de tomar

posse do Acre pelos brasileiros. Na verdade, embora o Acre fosse boliviano, foram os

brasileiros que o colonizaram ao explorarem a borracha, apesar de já ser habitado por índios.

O governo federal não apoiava a tomada do Acre pelos brasileiros, pois como vimos,

em 1867 assinara um tratado com os bolivianos. Mas o governador do Amazonas e os patrões

seringalistas precisavam impedir a volta dos bolivianos ao Acre para evitar prejuízos. Assim,

optaram por confiar uma expedição ao jornalista e diplomata espanhol Luís Galvez Rodrigues

de Arias, que através de amizade no meio jornalístico, fez contatos com representantes do

governador Ramalho Júnior do Amazonas e demonstrou sua vontade de comandar uma

expedição para ir para o Acre tomar posse daquelas terras.

Simpatizante dos ideais da Revolução Francesa, Luís Galvez prestou-lhe homenagem

proclamando em Porto Acre (Puerto Alonso), a República Independente do Acre, no dia 14 de

julho de 1899. O Acre tornou-se um país. Essa foi a solução encontrada pelos seringalistas,

que sem o apoio do governo federal não queriam perder suas fontes de rendimentos. No

entanto, ao assumir o governo, Galvez tomou determinadas medidas que não agradaram aos

seringalistas (donos dos seringais). Entre elas, a de criar um imposto de 10% sobre a borracha

que saísse do Acre e a participação da população nas decisões políticas do país. Galvez foi

tirado do poder pelos seringalistas, mas acabaram lhe devolvendo o cargo.

Os jornais despertavam a consciência nacional a favor dos brasileiros no Acre. Por

outro lado, em 15 de março de 1900, o presidente Campos Sales mandou uma força naval

para acabar com a República do Acre ou a “República de Galvez” que durou cerca de oito

meses. Isso ocorreu pacificamente e Galvez, o “Imperador do Acre”, foi rendido. Os

bolivianos desceram a Cordilheira dos Andes com uma pequena tropa e retomaram sua

posição no rio Acre.

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Safra de borracha de um seringal à espera de embarque.

Fonte: Domínio Público - A conquista da Amazônia – Reflexos na Segurança Nacional

Autor: Rubens Rodrigues Lima

Em 16 de novembro de 1900, uma nova expedição brasileira foi para o Acre. A

Expedição Floriano Peixoto ou “Expedição dos Poetas”, formada por poetas, jornalistas e

escritores. No entanto, esses “bravos” não tinham a mínima noção sobre as artes da guerra e

em poucas horas de combate foram derrotados pelos bolivianos em Puerto Acre. Retiraram-se

para Manaus em 24 de dezembro de 1900.

As autoridades brasileiras consideraram encerrada a questão do Acre. Mas um fato

veio mudar essa situação. Temendo perder o controle que tinha na região, o governo boliviano

assinou em 1901, um contrato com o Bolivian Syndicate, uma empresa internacional, que iria

explorar as riquezas da região e ter acesso de navegação aos nossos rios, entre outros direitos.

O governo brasileiro ficou preocupado com a situação temendo que outros países viessem

para a Amazônia colocando em risco a soberania do país.

No Acre, os donos dos seringais se preparavam para expulsar os bolivianos. José

Plácido de Castro, agrimensor e ex-militar gaúcho, convidado pelos seringalistas para

expulsar os bolivianos do Acre, tornou-se comandante-chefe de um exército improvisado

formado por seringueiros e seringalistas. Em 6 de agosto de 1902, atacou a Vila de Xapuri

cujos habitantes pegos de surpresa foram facilmente dominados. A seguir desceu o rio para

tomar outras posições bolivianas. Na primeira investida para tomar Volta da Empresa (atual

Rio Branco), Plácido de Castro teve que se retirar. Depois voltou e conquistou aquela e outras

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posições bolivianas. Em menos de duas semanas, os bolivianos pediram uma trégua e os dois

países concordaram em cessar fogo.

A diplomacia põe fim à “Questão do Acre”

Nesse contexto, surge a figura de José Maria da Silva Paranhos Júnior, o Barão do

Rio Branco que percebeu o perigo iminente de se instalar na região amazônica o colonialismo

internacional e o afastou a tempo. Não da forma habitual, pelas armas, mas sim pela

diplomacia. Ao assumir o cargo de Ministro do Exterior teve como medida primordial afastar

o Bolivian Syndicate da Amazônia, pagando ao mesmo a quantia de cento e dez mil libras

esterlinas pela desistência do contrato com a Bolívia.

Em 17 de novembro de 1903, o Barão do Rio Branco assinou em nome do presidente

do Brasil, Rodrigues Alves, o Tratado de Petrópolis com o representante da Bolívia, pondo

fim aos conflitos entre os brasileiros do Acre e o governo boliviano. Segundo esse tratado, o

Brasil comprou o Acre à Bolívia por dois milhões de libras esterlinas, terras devolutas de

Mato Grosso, e se comprometia a construir para uso da Bolívia, a Estrada de Ferro Madeira-

Mamoré, entre outros benefícios.

Fonte: SEED – DIA A DIA EDUCAÇÃO – TV Multimidia

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Em maio de 2006, na 4ª Cimeira União Européia – América Latina e Caribe, em Viena, na

Áustria, em entrevista à imprensa, o presidente da Bolívia, Evo Morales, descartou a

possibilidade de indenizar a refinaria da Petrobras na Bolívia, da qual tinha se apoderado

após alguns meses de mandato. Além disso, Morales lembrou que a compra do Acre pelo

Brasil no início do século XX, deu-se em troca de um cavalo e que em seu governo isso não

acontecerá, já que a luta dos povos indígenas é historicamente a defesa do território e dos

recursos naturais. O erro histórico de Morales é contestado pela história do Acre.

Apesar da assinatura do Tratado de Petrópolis, a questão do Acre não se encerrou.

Faltava ainda fixar as fronteiras entre o Peru e o Brasil. Sabendo das compensações

financeiras do Tratado de Petrópolis dadas à Bolívia, o governo do Peru pretendia também

lucrar com os problemas de fronteiras. No entanto, o governo brasileiro alegando que não

havia nenhum tratado de fronteiras entre o Brasil e o Peru, não concordou com um pagamento

em dinheiro, mas sim com terras.

O Acre que depois do acordo com a Bolívia media 181.000 quilômetros quadrados,

ao ceder parte desse território para o Peru passou a ter 152.000 quilômetros quadrados de

território. Conforme Bandeira (2000, p. 8), um território “cinco vezes maior do que a Bélgica

e um pouco maior do que a Inglaterra (com o País de Gales)”. Finalmente o Acre teve seus

limites geográficos definidos e incorporados ao território nacional.

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Atividades

Caça-Palavras e complete sobre o texto “Como o Acre se tornou brasileiro”

P L Á C I D O D E W C B H J S A N T

C A S T R O T P V F W R J O S É Q O

Q W Y P A S E Q C A R V A L H O W I

P A Í S Y Y S D B O L I V I A N Y L

O Q E T A E P R P Ç X Z S Y N V M D

R D C R C M A N A U S Q R D I T A E

T A E W U Y N T W E X Y X C A X D F

U W A P C A H T I W P S G T E K R O

G Q R R H L A Y M W E X Z K F S I N

A Ç Á K O O V T P U D I Ç Ã O D P S

L Q R T W N L X O S K F P D O S R O

B E L É M S U K S T O S B X Y P T P

W Y T E J O Í H F G K D S K V O E B

T R I O E W S G A L V E Z T Y E R O

B R A N C O S D H D H G J K L T R L

Z X A W Q T A M A Z Ô N I C A A A Í

1 4 D E J U L H O R T W I R K S S V

D B O R R A C H A W C A V A L O Y I

X Z H T O R D E S I L H A S W Q Y A

Com o uso do texto procure no Caça-Palavras as palavras pedidas na atividade e circule-as. A

seguir complete o pontilhado com elas.

1 – Países europeus que disputavam as terras do Novo Mundo.....................e..........................

2 – O tratado que delimitou as terras do Novo Mundo foi o Tratado de....................................

3 – No período colonial outros dois tratados fixaram fronteiras na América. Foram o Tratado

de...................... e o Tratado de ...............................................................

4 – Com esses tratados verificamos que a Bolívia e o Acre pertenciam à ..................................

5 - Após a independência de Brasil e Bolívia foi assinado um novo tratado entre os dois

países, o Tratado de................................ em 1867.

6 – Segundo esse tratado o Acre pertencia à...........................

7 - O grande desenvolvimento industrial europeu e dos Estados Unidos da América durante a

segunda fase da Revolução Industrial, desencadeou uma grande procura por.............................

8 – No Brasil, havia muitas seringueiras na Floresta...................................

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9 – Do Nordeste provinham milhares de migrantes para trabalhar na extração do látex das

seringueiras do Acre, principalmente do............................

10 – Os governos do Amazonas e do Pará lucravam muito arrecadando........................sobre a

venda da borracha.

11 – A riqueza dos “coronéis de barranco” (donos dos seringais) vinha das seringueiras do

Acre, mas suas famílias viviam no luxo em capitais de estado como........................ e

........................

12 – Quando o governo da Bolívia soube que a riqueza que lhes pertencia estava sendo

retirada do Acre pelos brasileiros, decidiu fundar um povoado no Acre, Puerto

.............................. para controlar a região.

13 – A primeira tentativa de tomar posse do Acre pelos brasileiros foi comandada pelo

advogado cearense................................................., que apoiado pelos seringalistas fez com

que os bolivianos se retirassem do Acre.

14 – Já que o governo federal não apoiava a tomada do Acre pelos brasileiros, o governo do

Amazonas e os seringalistas decidiram encontrar outro líder para impedir a volta dos

bolivianos ao Acre e garantir seus lucros sobre a borracha. Esse líder

foi................................................

15 – Simpatizante dos ideais da Revolução Francesa, Galvez proclamou a República

Independente do Acre em...................................de 1899.

16 – Dessa forma o Acre tornou-se um ................. . Independente da Bolívia e do Brasil. Após

alguns meses Galvez foi preso pelo governo brasileiro.

17 – Mas os brasileiros não desistiam. Outra expedição foi ao Acre, a

..................................................... Mas foram derrotados pela falta de experiência militar.

18 – Preocupado com a situação na região acreana, o governo boliviano arrendou o Acre para

o.....................................................

19 – Enquanto o governo federal não tomava providências para retirar os bolivianos do Acre,

os seringalistas organizavam uma revolta chamando para comadá-la o gaúcho José

..............................................

20 – Embora Plácido de Castro alcançasse várias vitórias contra os bolivianos, quem resolveu

a situação do Acre foi o Barão do ...........................................................através do Tratado de

Petrópolis.

21 – Segundo Evo Morales (ver box acima), no passado o Brasil trocou o Acre por um............

22 – O Brasil também enfrentou problemas de fronteiras no Acre com o Peru. No entanto,

esse país recebeu o pagamento em......................

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Leitura complementar

Texto de Euclides da Cunha sobre a vida do seringueiro. Leia com atenção.

Atividade

1 – Leia o texto e anote as palavras que você desconhece. A seguir procure o significado delas

no dicionário de Língua Portuguesa.

2 – Explique o conteúdo do texto com suas palavras.

3 – Qual é a ideia principal do texto?

4 – O texto contém alguma opinião sobre a vida do seringueiro? Qual?

5 - Dê um título para o texto.

6 – Debata com os colegas a conclusão a que chegaram sobre o texto.

De feito, o seringueiro, e não designamos o patrão opulento, senão o freguês jungido à

gleba das “estradas”, o seringueiro realiza uma tremenda anomalia: é o homem que

trabalha para escravizar-se.

Demonstra-se esta enormidade precipitando-a com alguns cifrões secamente positivos

e seguros.

Vede esta conta de um homem:

No próprio dia em que parte do Ceará, o seringueiro principia a dever: deve a passagem de

proa até ao Pará (35$000), e o dinheiro que recebeu para preparar-se (150$000). Depois

vem a importância do transporte, num gaiola qualquer, de Belém ao barracão longínquo a

que se destina, e que é, na média, de 150$000. Admitem-se cerca de 800$000 para os

seguintes utensílios invariáveis: um boião de furo, uma bacia, mil tigelinhas, uma

machadinha de ferro, um machado, um terçado, um rifle (carabina Winchester), e duzentas

balas, dois pratos, duas colheres, duas xícaras, duas panelas, uma cafeteira, dois carretéis

de linha e um agulheiro. Nada mais. Aí temos o nosso homem no barracão senhorial,

antes de seguir para a barraca, no centro, que o patrão lhe designará. Ainda é um brabo,

isto é, ainda não aprendeu o corte da madeira e já deve 1:135$000. Segue para o posto

solitário encalçado de um comboio levando-lhe a bagagem e víveres, rigorosamente

marcados, que lhe bastem para três meses: 3 paneiros de farinha d’água, 1 saco de feijão,

outro, pequeno, de sal, 20 quilos de arroz, 30 de charque, 21 de café, 30 de açúcar, 6 latas

de banha, 8 libras de fumo e 20 gramas de quinino. Tudo isto lhe custa cerca de 750$000.

Ainda não deu um talho de machadinha, ainda é o brabo canhestro, de quem chasqueia o

manso experimentado, e já tem o compromisso sério de 2:090$000.

[...] No ano seguinte já é manso: conhece os segredos do serviço e pode tirar de 600 a 700

quilos. Mas considere-se que permaneceu inativo durante todo o período da enchente, de

novembro a maio – sete meses em que a simples subsistência lhe acarreta um excesso

superior ao duplo do que trouxe em víveres, ou seja, em números redondos, 1:500$000 –

admitindo-se ainda que não precisa renovar uma só peça de ferramentas ou de roupa e que

não teve a mais passageira enfermidade. É evidente que, mesmo neste caso especialíssimo,

raro é o seringueiro capaz de emancipar-se pela fortuna.

CUNHA, Euclides. À margem da História. p.8. Disponível em:

WWW.dominiopublico.gov.br/.../DetalheObraForm.do?...

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* Cenas da minissérie histórica televisiva “Amazônia - de Galvez a Chico Mendes” sobre o

conteúdo do texto. Site: You Tube.

Pesquisa sobre a história da borracha, na Internet (site abaixo), seguindo o

roteiro:

1 – Cristóvão Colombo e a borracha.

2 – Os diversos usos da borracha.

3 – O interesse dos franceses pela borracha.

4 – Concentração da produção de artigos emborrachados – Mercado externo.

5 – Porque os artigos de borracha foram perdendo lugar para a exportação de látex.

6 – Quais os problemas apresentados pelos artigos de borracha.

7 – Pesquise o que é vulcanização e que materiais são adicionados à borracha.

8 – Qual a consequência do invento da vulcanização para o Brasil.

9 – A criação do pneu.

10 – A importância da procura por borracha para o Acre.

http://www.educacaopublica.rj.gov.br/biblioteca/geografia/0028.html

* Pesquise em livros ou na Internet quais são os produtos feitos na atualidade com a

utilização da borracha natural.

Fonte: SEED – DIA A DIA EDUCAÇÃO – TV Multimidia

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Trabalho com mapas Elaborados pela autora.

O professor deve ter o mapa do Brasil exposto no quadro para ajudar os alunos na

comparação e na compreensão do aumento territorial do país.

Mapa do Tratado de Tordesilhas – 1494

Atividade

(Utilizar livro didático ou texto que contenha o conteúdo sobre o Tratado de Tordesilhas)

1 – De acordo com o mapa acima, a que país pertenciam as terras situadas a Leste da Linha de

Tordesilhas? E a Oeste?

2 – Coloque no mapa o nome da linha que dividia as terras americanas.

3 - Segundo o mapa do Tratado de Tordesilhas, que país ficou com a maior parte das terras da

América?

4 – Pesquise o nome dos locais (atuais cidades brasileiras) no Brasil, por onde iniciava a linha

do tratado e onde ela terminava.

5 – Pinte de verde as terras pertencentes a Portugal, e de alaranjado as terras pertencentes à

Espanha, e faça as legendas abaixo do mapa com as cores correspondentes.

6 – Por que o Tratado de Tordesilhas recebeu esse nome? Pesquise.

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Tratado de Madri – 1750

Atividade

1 - Pinte de verde escuro a parte do mapa à direita da Linha do Tratado de Tordesilhas;

2 – Pinte de verde claro a parte do mapa à esquerda da Linha do Tratado de Tordesilhas

anexada por Portugal;

3 – Escreva ao lado do pontinho de cima o nome da região cedida pela Espanha a Portugal

pelo Tratado de Madri, Sete Povos das Missões (no atual Rio Grande do Sul);

4 – Escreva ao lado do pontinho de baixo o nome da colônia cedida à Espanha por Portugal

pelo Tratado de Madri, Colônia do Sacramento (no atual Uruguai);

5 – Pinte e nomeie o oceano que banha nosso país;

6 – Pinte de amarelo a parte da América do Sul que aparece no mapa.

7 – Faça as legendas abaixo ou ao lado do mapa e pinte-as com a cor correspondente.

8 – Observando o mapa do Tratado de Madri conclui-se que o Tratado de Tordesilhas foi

respeitado? Justifique sua resposta.

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Mapa do Brasil no final do século XIX

Atividade

1 – Pinte os estados brasileiros com cores variadas, e depois coloque a sigla do nome de cada

um deles no mapa conforme relação abaixo:

AL – Alagoas MA – Maranhão PR - Paraná

AM – Amazonas MG – Minas Gerais RJ - Rio de Janeiro RJ – Rio de Janeiro

BA - Bahia MT - Mato Grosso RN - Rio Grande do Norte

CE – Ceará PA – Pará RS – Rio Grande do Sul RR - Roraima RR R - Roraima

DF – Distrito Federal PB – Paraíba SC – Santa Catarina

ES – Espírito Santo PE - Pernambuco SE - Sergipe

GO - Goiás PI – Piauí SP – São Paulo

2 – Você percebeu que está faltando um “pedaço” no mapa do Brasil? Observe.

3 – Assinale com um X o espaço no mapa onde você percebeu essa diferença em relação ao

mapa do Brasil atual.

4 – Quantas divisões territoriais tinha o Brasil nessa época?

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Mapa do Brasil após o Tratado de Petrópolis -1903

Atividade

1 – O que mudou nesse mapa em relação ao anterior do final do século XIX?

2 – A quem pertencia o território incorporado ao Brasil?

3 – Pinte de amarelo o novo território brasileiro, e os restantes estados de verde.

4 - Faça uma pequena pesquisa sobre as propostas de criação de novos estados no Brasil

atualmente. Qual a sua opinião sobre as vantagens e desvantagens que este tipo de decisão

traria para o Brasil e, consequentemente, para a população que integra estes territórios?

(Você poderá escrever no espaço abaixo ou em folha separada)

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Mapa do Brasil atual

Atividade

1 – Repare que nesse mapa houve o surgimento de novos estados brasileiros. Quais são eles?

2 – Os citados estados tiveram sua origem na divisão de outros estados brasileiros ou de

outros países? Justifique sua resposta.

3 – Por que a origem do Acre como estado brasileiro se diferencia desses estados? Explique.

4 - De acordo com o mapa, quantos estados tem o Brasil atual?

5 – Você sabe o que é um Distrito Federal?

6 - Atualmente, que cidade é o Distrito Federal e em que estado ela se localiza?

6 – Pinte os estados brasileiros em cores variadas.

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Entrevista

Entrevista com o Sr. José Dadalto, pioneiro na cultura da seringueira no Noroeste do Paraná e

responsável pelo viveiro de mudas de seringueiras em Alto Paraná, Paraná.

1 – Por que motivos o Sr. decidiu plantar seringueiras em Alto Paraná?

2 – Em que ano isso ocorreu?

3 – Atualmente a procura pelo látex (borracha) é maior do que na época em que o Sr. plantou

as primeiras seringueiras? Por quê?

4 – Em média qual é a produção mensal em quilos do látex em Alto Paraná?

5 – Qual o destino da borracha produzida em Alto Paraná?

6 – O Sr. acredita que a plantação de seringueiras no Noroeste do Paraná tende a aumentar?

Por quê?

7 – Além de Alto Paraná, em que municípios do Noroeste do Paraná estão sendo plantadas

seringueiras?

8 - O Sr. considera que atualmente a cultura da seringueira é lucrativa? Poderia explicar?

Visita a um seringal em Alto Paraná

Na visita ao seringal, o proprietário explicará aos alunos sobre a cultura da seringueira e serão

tiradas fotos do seringal e da borracha extraída. Posteriormente, os alunos farão uma

discussão em sala acerca da entrevista e da visita ao seringal, destacando pontos positivos e

negativos.

Trabalho com documento – O Tratado de Petrópolis

Conforme vimos no texto sobre o Acre, “Como o Acre se tornou brasileiro”, a

assinatura do Tratado de Petrópolis em 1903, entre os representantes do governo da Bolívia e

do Brasil, pôs fim à disputa que gerou diversos conflitos entre brasileiros e o governo da

Bolívia pela posse do território do Acre. Dessa forma, o Acre passou a integrar o território

brasileiro.

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* Baseado na obra de: MESQUITA JÚNIOR, Geraldo. O Tratado de Petrópolis e o

Congresso Nacional. Brasília: Senado federal, 2003, 70-79.

TRATADO DE PETRÓPOLIS

A República dos Estados Unidos do Brasil e a República da Bolívia, animadas do

desejo de consolidar para sempre a sua antiga amizade, removendo motivos de ulterior

desavença, e querendo ao mesmo tempo facilitar o desenvolvimento das suas relações de

comércio e boa vizinhança, convieram em celebrar um Tratado de Permuta de Territórios e

outras compensações, de conformidade com a estipulação contida no art. 5º do Tratado de

Amizade, Limites, Navegação e Comércio de 27 de março de 1867.

E, para esse fim, nomearam plenipotenciários, a saber:

O Presidente da República dos Estados Unidos do Brasil, os Senhores JOSÉ MARIA

DA SILVA PARANHOS DO RIO BRANCO, Ministro de Estado das Relações Exteriores, e

JOAQUIM FRANCISCO DE ASSIS BRASIL, Enviado Extraordinário e Ministro

Plenipotenciário nos Estados Unidos da América; e

O Presidente da República da Bolívia, os Senhores FERNANDO E. GUACHALLA,

Enviado Extraordinário e Ministro Plenipotenciário em missão especial no Brasil e Senador

da Republica, e CLAUDIO PINILLA, Enviado Extraordinário e Ministro Plenipotenciário no

Brasil, nomeado Ministro das Relações Exteriores da Bolívia;

Os quais, depois de haverem trocado os seus plenos poderes, que acharam em boa e

devida forma, concordaram nos artigos seguintes:

[...]

Artigo III

Por não haver equivalência nas áreas dos territórios permutados entre as duas Nações,

os Estados Unidos do Brasil pagarão uma indenização de £ 2.000.000 (dois milhões de libras

esterlinas), que a República da Bolívia aceita com o propósito de aplicar principalmente na

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construção de caminhos de ferro ou em outras obras tendentes a melhorar as comunicações e

desenvolver o comércio entre os dois países.

O pagamento será feito em duas prestações de um milhão de libras cada uma: a

primeira, dentro do prazo de três meses, contado da troca das ratificações do presente Tratado

e a segunda em 31 de março de 1905.

[...]

Artigo VII

Os Estados Unidos do Brasil obrigam-se a construir em solo brasileiro, por si ou por

empresa particular, uma ferrovia desde o porto Santo António, no rio Madeira, até Guajará-

Mirim no Mamoré, com um ramal que, passando por Vila Murtinho ou outro ponto próximo

(Estado do Mato Grosso), segue a Vila-Bella (Bolívia), na confluência do Beni com o

Mamoré. Dessa ferrovia, que o Brasil se esforçará por concluir no prazo de quatro anos,

usarão ambos os países com direito às mesmas franquezas e tarifas.

Em fé do que, nós, os Plenipotenciários acima nomeados, assinamos o presente

tratado, em dois exemplares, cada um nas línguas portuguesa e castelhana, apondo neles os

nossos selos.

Feito na cidade de Petrópolis, aos dezessete dias do mês de novembro de mil

novecentos e três.

- Rio Branco

- J.F. de Assis Brasil

- Fernando E. Guachalla

- Cláudio Pinilla

Atividade (Inicialmente a professora lerá e explicará o texto).

1 – Leia o texto e a seguir identifique as palavras cujo significado seja desconhecido para

você, sublinhe-as, procure o significado e anote;

2 – Identifique os nomes próprios;

3 – Identifique referências a acontecimentos ou personagens;

4 – Resuma cada um dos dois artigos citados na atividade;

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5 – O texto é contemporâneo do fato citado? Que situação é abordada no texto?

6 – A que espaço e época o texto se refere?

7 – Por que o Tratado de Petrópolis é escrito em dois idiomas?

8 – Quem são os personagens que assinam o texto? A quem eles representam?

9 – O que você aprendeu interpretando o documento?

Pesquisa na Internet sobre a Estrada de Ferro Madeira-Mamoré

Utilizando o Laboratório de Informática da escola, sob a orientação da professora, os alunos

pesquisarão sobre a história referente à construção da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré, e,

em seguida retornarão à sala de aula e apresentarão o resultado de suas pesquisas.

* Cenas da minissérie histórica televisiva Mad-Maria e imagens da TV Multimidia, para

complementarem o conteúdo pesquisado, e a seguir, análise e discussão sobre o vídeo. Site:

You Tube.

Trabalhando a cultura - Lendas da floresta

Cada dupla pesquisará na Internet ou em livros sobre uma lenda designada pela professora e

fará a exposição da mesma à turma.

Lendas: Caboclinho da Mata, Mãe d’água, Mapinguari, Vitória Régia, Boto, Rasga-Mortalha,

Cobra Grande, Matinta Pereira.

Vídeo com duração de 5 minutos: “caboquinho da mata” – site: You Tube.

Cenas da minissérie histórica televisiva “Amazônia – de Galvez a Chico Mendes” sobre o

tema. Site: You Tube.

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REFERÊNCIAS

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do meio Ambiente como instrumento de análise de bens ambientais e culturais. UFRJ/IE,

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Acesso em: 13/092010.

ATTUCH, Leonardo. ISTOÉ Dinheiro. Ed.452. Disponível em:

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em: 30/11/2010.

BANDEIRA, Luiz Alberto Moniz. O Barão de Rotchschild e a questão do Acre. Vol. 43.

Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0034-

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BEZERRA, Maria José. Invenções do Acre – de território a Estado – um olhar social... São

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em História. Instituto de filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo –

SP.

CORRÊA, Ana Carolina et al.Acre: Entre o fuzil e a borracha. Revista Discente Expressões

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