FG Procedimento1
-
Upload
handrevieira2014 -
Category
Documents
-
view
213 -
download
1
description
Transcript of FG Procedimento1
Física Geral – Licenciatura em Eng. Civil ISEL
A.Afilhado / M. Faria / P. Silva Versão de Fev 2013 1/5
FÍSICA GERAL
TRABALHO PRÁTICO 1 – MEDIDAS E ERROS EXPERIMENTAIS
1. INTRODUÇÃO
O objectivo deste trabalho introdutório é familiarizar o aluno com os procedimentos habituais no
processo de medição e apresentação dos respectivos resultados. Alguns tópicos que vão ser objecto de estudo
são:
Instrumentos de medida (a craveira, a balança electrónica) e respectivos erros de leitura.
Cálculo do valor mais provável de uma grandeza física, erro experimental associado (em medidas
directas e indirectas) e apresentação do resultado (medida).
2. CRAVEIRA
A craveira (ou paquímetro) é um instrumento de medição de pequenos comprimentos em geral, e em
particular de diâmetros externos, diâmetros internos e profundidades. É constituído por uma escala principal
(régua graduada) sobre a qual desliza uma peça onde está gravada uma escala auxiliar (nónio) que permite a
leitura de fracções da menor divisão da escala principal.
No caso mais geral, n divisões do nónio correspondem a 1n divisões da régua. Se D for o valor da
menor divisão da régua, e d o valor da menor divisão do nónio, tem-se
Dn
ndDnnd
11
A natureza (N) de um nónio é o valor do menor comprimento que se pode medir exactamente com o
nónio, ou seja
n
DdDN
Então, no caso de um nónio de 10 divisões aplicado a uma régua graduada em milímetros, a natureza do
nónio é
mm 1,010
mm 1N - nónio de décimas
enquanto no caso de um nónio de 20 divisões aplicado a uma régua graduada em milímetros
mm 05,020
mm 1N - nónio de vigésimas
A medição de um comprimento com a craveira é feita, ajustando-se o traço correspondente ao zero
do nónio (linha de fé do nónio) a uma das extremidades do objecto. O valor do comprimento medido será
Física Geral – Licenciatura em Eng. Civil ISEL
A.Afilhado / M. Faria / P. Silva Versão de Fev 2013 2/5
Nyxl
onde x é o número da divisão da escala principal que fica situada antes da linha de fé do nónio, e y o número
da divisão do nónio que melhor coincide com uma das divisões da escala principal.
linha de fé
5x
6y
3. MEDIDAS DIRECTAS
O resultado final da medição de qualquer grandeza física X deve ser apresentado sob a forma
XXX (uX)
onde X representa o valor mais provável da grandeza, X o erro associado à medição e uX é a unidade
adoptada para X. Tratando-se de uma medição directa, adopta-se como valor mais provável resultante de N
medições, de entre vários candidatos, o valor médio definido por
N
iiX
NX
1
1
sendo Xi a leitura i Ni ,2,1 da grandeza X.
Quanto ao erro experimental X ele deve reflectir a precisão da medida e é determinado como o valor
máximo entre o erro de leitura (do instrumento) e o erro de observação (estatístico):
obsleit ,max XXX
Para avaliarmos o erro de leitura do instrumento, é conveniente classificarmos os instrumentos de medição
em duas espécies, os de leitura contínua e os de leitura discreta, usando a seguinte regra:
leitura contínua divisãomenor 2
1leit X
leitura discreta divisãomenor leit X
O erro estatístico é escolhido, de entre vários candidatos (por exemplo o desvio máximo, o desvio médio, o
desvio padrão), dependendo do fim a que se destina a medição bem como das condições em que a
experiência é realizada. Definindo o desvio absoluto iX da leitura Xi em relação à média X como
ii XXX ,
Física Geral – Licenciatura em Eng. Civil ISEL
A.Afilhado / M. Faria / P. Silva Versão de Fev 2013 3/5
usaremos como erro estatístico o desvio médio:
N
iiX
NX
1
1
Finalmente define-se erro relativo por
X
XX
sendo um indicador da precisão da medida pois quanto maior for o erro relativo menor é a precisão da
medida; em geral este valor é apresentado em termos percentuais.
4. MEDIDAS INDIRECTAS
Suponhamos que a grandeza G está relacionada com as grandezas X, Y, através da equação:
,,YXfG
e sejam XXX , YYY , as medidas directas efectuadas. A medida indirecta de G pode ser
obtida a partir da relação funcional entre as várias grandezas:
GGG
em que:
,,YXfG
e G é estimado pela seguinte expressão:
YY
fX
X
fG
YYXX
YYXX
onde se supõe que os erros estatísticos de X, Y, são estimados para os casos em que 10N .
Exemplo: área de uma esfera
Sendo a área de uma esfera dada por 2DA , resulta imediatamente:
2DA DDA 2
Logo a medida da área da esfera em função da medida do respectivo diâmetro é dada por:
DDDAAA 22
5. PROCEDIMENTO
5.1 Medida do diâmetro do cilindro
5.1.1 Registe o erro de leitura da craveira leitX .
5.1.2 Meça o diâmetro do cilindro 5 vezes utilizando a craveira e registe as diversas leituras na Tabela I.
5.1.3 Calcule D , iD e D e registe na Tabela I.
5.2 Medida da altura do cilindro
Meça a altura do cilindro procedendo como em 5.1.2 e 5.1.3 e registe os valores na Tabela II.
Física Geral – Licenciatura em Eng. Civil ISEL
A.Afilhado / M. Faria / P. Silva Versão de Fev 2013 4/5
5.3 Medida da massa do cilindro
5.3.1 Verifique se a balança está nivelada; caso contrário nivele-a.
5.3.2 Registe o erro de leitura da balança leitM .
5.3.3 Coloque cuidadosamente o cilindro sobre o prato da balança e deixe estabilizar.
5.3.4 Sem mexer na balança leia e registe 5 vezes a massa na Tabela III.
5.3.5 Calcule M , iM e M para o cilindro e registe os resultados na Tabela III.
5.4 Apresentação das medidas e conclusões
5.4.1 Faça as conversões de unidades necessárias e apresente o resultado final das medições que efectuou na
Tabela IV.
5.5 Responda às questões.
Física Geral – Licenciatura em Eng. Civil ISEL
A.Afilhado / M. Faria / P. Silva Versão de Fev 2013 5/5
Data Turma Num Nome
/ /
Erro de leitura da craveira: leitX _______ mm
Tabela I – Diâmetro do cilindro
Leitura nº Di (mm) D (mm) Di (mm) D (mm) 1 2 3 4 5
Tabela II – Altura do cilindro
Leitura nº hi (mm) h (mm) hi (mm) h (mm) 1 2 3 4 5
Erro de leitura da balança electrónica: leitM ________ g
Tabela III – Massa do cilindro
Leitura nº Mi (g) M (g) Mi (g) M (g) 1 2 3 4 5
Tabela IV – Medidas das dimensões e massa do cilindro
Diâmetro (m) Altura (m) Massa (kg)
medida
erro relativo
Questões:
1. Estime a medida do volume do cilindro indicando o erro.
2. Determine o erro relativo do volume do cilindro.
3. Estime a medida da massa volúmica do cilindro indicando o erro.
4. Determine o erro relativo da massa volúmica do cilindro.