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Os concertos principais são no Parque Linear, o centro nevrálgico das Festas da Cidade de Ourém. É aí que tocam os GNR, Os Quinta do Bill e João Pedro Pais e que estão concentradas as tasquinhas. Mas há dezenas e dezenas de actividades em Escolas, Juntas de Freguesia, Praças, cine-teatro, multiusos, auditório municipal. Aconselha-se o uso do programa como GPS para quem não quer perder pitada.

Uma festa em maré alta que se espalha por todo o lado Ourém com dez dias de actividades e animação entre 17 e 26 de Junho

No exterior do Parque Linear vão ser montados dois palcos, as tasqui-nhas para os comes e bebes, um espaço aventura/infantil. Ali fica o coração das Festas. Mas a seiva da animação corre por todo o lado e toda a gente é desafia-da a participar. As colectividades locais mobilizam-se por completo. O povo sai à rua como acontece sempre que há bons motivos para sair de casa. Começando pelo fim, os GNR tocam domingo à noi-te, dia 26 de Junho, no palco principal. Antes deles, no palco dois quem anima a festa são os “Vice-Versa”. Se há nomes de artistas que alguém não conheça, vale sempre a pena ir espreitar. Há grandes

As iniciativas das escolas

Dia 17 Junho (sexta-feira)20.30h - Festival da Canção do

Agrupamento de Escolas de CaxariasOrganização: Agrupamento de Es-

colas de CaxariasLocal: Escola EB 2,3 Cónego Dr.

Manuel Lopes Perdigão Dia 18 de Junho (sábado)17.00h - Conservatório de Música:

Festa Final de AnoOrganização: Conservatório de

Música de Ourém / FátimaLocal: Cine-Teatro Municipal Dia 20 de Junho (segunda-feira)

- Dia da Cidade de Ourém21.30h - Estágio Orquestra Inter-

-Escolas pela OurearteOrganização: OurearteLocal: Cine-Teatro Municipal Dia 21 de Junho (Terça-feira)14.30 - Chuva de EstrelasOrganização: Agrupamento de Es-

colas Conde de OurémLocal: EB 2,3 D. Afonso IV Conde

de Ourém15.00h - Arraial PopularOrganização: Agrupamento de Es-

colas de FreixiandaLocal: Escola EB 2,3 de Freixianda21.30h - 2º EBSOPALCO (Agrupa-

mento EBSO)Organização: Agrupamento de Es-

colas de OurémLocal: Cine-Teatro Municipal

surpresas que se têm assim.As festas populares valem pelo con-

vívio. Pelo reencontro de amigos. Pe-los encontros mais prolongados para os quais não há tempo ao longo do ano. O ambiente convida a comportamen-tos mais descontraídos. Voltando aos concertos com artistas de nome feito. João Pedro Pais actua na sexta-feira, 24 de Junho. A hora dos grandes concer-tos é sempre a mesma: 23h00. Os “Ca-pitão Ortense” mostram a sua garra no palco 2 duas horas antes. No sábado é a vez dos Quinta do Bill que têm um novo disco para mostrar. Nessa noite, no palco 2, som aberto para a música dos “Drama e Beiço”.

Escrever sobre todo o programa das festas é baralhar quem vai ler. Sexta--feira, dia 17, no auditório dos Paços do Concelho, decorre o seminário in-ternacional SUST - FOREST. O início está marcado para as 09h30. O progra-ma comunitário “Sust-Forest” abarca regiões florestais em três países (Por-tugal, Espanha e França) e tem como objectivo reanimar o negócio das re-sinas naturais, fomentando a criação de postos de trabalho. Em Portugal é desenvolvido em parceria por várias autarquias, entre as quais Ourém. No dia 20 de Ju-nho, segunda-feira, dia da cidade, é apresentado o Festival Internacional de Cinema - “Tolerância e Diálogo de Culturas”, pelas 17h30, também no auditório dos Paços do Concelho.

De entre os programas organizados pelas fregue-

sias valerá a pena mencionar o coló-quio “Espite - Passado, Presente e Fu-turo”, no dia 25 de Junho, sábado, às 18h00 na sede da autarquia. É uma forma de celebrar os 800 anos da ter-ra. No dia anterior, no mesmo local e à mesma hora decorre o espectácu-lo “Noite dos Jovens”. A organização das comemorações dos 800 anos tem um programa próprio que, para além destes dois destaques inclui folclore, teatro e marchas populares.

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Não há volta a dar. A crise está aí mesmo que possa haver quem ainda a não tenha visto. As notícias ~da desgraça são em catadupa e não há muito espaço para as pessoas andarem despreocupadas.

Enquanto os efeitos não se sentem a sério vai-se treinando alguma contenção. As festas de Ourém são um bom local para esquecer por momentos a tempestade que se aproxima. Uma espécie de oásis.

“As notícias da crise nem nos deixam respirar”Jacinta Sá, empresa “Percentagem”, Vilar dos Prazeres, Ourém

Apesar de gostar de praia as férias deste ano vão ser em casa porque há muito trabalho para fazer e sem trabalho não há dinheiro para pagar coisas essen-ciais. Se lhe perguntam qual o seu nível de preocupa-ção quanto às notícias sobre a situação económica do país, afirma que está totalmente assustada. “Está tudo tão difícil. Ficamos tão atrapalhados com o que lemos que por vezes nem acreditamos”. Este ano vai às festas de Ourém. Uma visita que já se tornou habitual. “Vou para espairecer. Para encontrar colegas e amigos. O simples facto de estar fora do escritório é óptimo e há muito espaço para os miúdos andarem por ali a correr e a brincar”. O programa de animação não lhe inte-ressa muito. Confessa que ainda nem viu o deste ano.

Ir à festa para espairecer e esquecer por momentos as más notícias

“Já deixámos de acreditar nos Governos”Filipe Baptista, presidente da Junta de Freguesia de Espite, Ourém

Professor de Físico-Química numa escola em Caxa-rias o tempo que dedica, “com muito gosto” ao traba-lho autárquico é em horário pós-laboral e aos fins de semana. “Vão-se recebendo as pessoas, a aldeia tam-bém é pequena e estamos em comunicação todos os dias”. Como de costume, vai tirar férias este ano, oi-to dias no Algarve. Se lhe perguntam de 0 a 10 qual o seu nível de preocupação relativo às notícias sobre a situação financeira do país, refere um 9. “Acho que todos deixámos de acreditar nos Governos”, afirma. “Estando tudo nas mãos das empresas de rating, não podemos fazer nada”, diz desalentado. Vai visitar as de Ourém deste ano, a título pessoal e enquanto au-tarca. “Vou fazer um esforço para ir, apesar das festas coincidirem com as celebrações dos 800 anos da minha freguesia. Quando vou procuro divertir-me, mas tam-bém estou enquanto autarca eleito porque acho que

“Não se vê uma luz ao fundo do túnel”Jorge Leal, empresa “Percentagem”, Vilar dos Prazeres, Ourém

A “Percentagem” é uma empresa de contabilidade e Jorge Leal passa ali horas e horas. É uma dedicação quase total. Das 08h00 às 22h30. A sua preocupação em relação à crise que o país atravessa é total. Cem por cento, usando a linguagem da percentagem. “As pessoas e as empresas estão a passar muito mal e não se consegue ver uma luz ao fundo do túnel”, lamen-ta. Pensa tirar férias este ano, como habitualmente. Apesar das condições financeiras não serem as melho-res diz que “é sempre bom ir para descontrair. Nem que seja para dar um simples passeio”. Do mesmo modo, não pensa faltar à edição deste ano das Festas de Ourém. “Vou conviver um pouco”, explica. Ainda não conhece bem o cartaz mas ficou interessado ao saber que este ano vão estar presentes alguns nomes sonantes da música nacional.

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