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Do senso comum ao debate científico
Marçal, Chico, Paulo, Jaime e Dorothy:a vida pela Vida
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Exame de um princípio para fazer a seu respeito um julgamento de apreciação.
O espírito crítico só aceita o argumento se questionar seu valor, seja do ponto de vista do conteúdo (crítica interna), seja quanto à sua origem (crítica externa).
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O pensamento crítico implica em refletir de modo inteligente, cuidadoso e claro.
É o oposto do pensamento confuso. O pensamento crítico é uma forma de reflexão racional
que ajuda a decidir sobre o que é preciso fazer ou crer. O pensamento crítico envolve a capacidade de levantar
questões profundas sobre o que se lê, o que se vê ou o que se ouve.
O pensamento crítico consiste em examinar a informação para formar um julgamento e para tomar uma decisão.
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1.boa vontade para se auto-analisar. 2. a observação do comportamento
próprio e dos outros. 3. só tirar conclusões quando tiver
informação suficiente. 4. concretizar no cotidiano os
conhecimentos obtidos. 5. aprofundar os conhecimentos sobre o
assunto em pauta. 6. analisar e avaliar as novas
informações, buscando expandi-las. 7. dispor-se a mudar a própria maneira
de pensar.
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1. Desenvolver a consciência de si. Conhecer seus próprios desejos,
necessidades, crenças e atitudes. Desenvolver as formas verbais e não
verbais de comunicação.
2. Promover a auto-estima. O que você sente com relação a você
mesmo/a ? Você gosta de você? Você se sente
competente e que tem valor?
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Quando você se sente bem e ama o que você é, você trabalha mais eficazmente. Se você acredita que é incapaz, a própria possibil idade de fracasso é maior.
Praticar a auto-estima (pense mais nas suas possibil idades do que nos seus l imites).
Procure construir relações construtivas e altruístas. Organize uma rede de apoio.
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Manifestações do senso comum1. Vox populi
. Povo: conceito básico nos aspectos político e jurídico (soberania popular) – “governo do povo, pelo povo, para o povo”.. O povo na Declaração de Independência dos EUA e nas declarações de direitos.. Démos (conjunto da comunidade política > polis; assembléia ecclésia; população mais humilde (a multidão); a Constituição democrática (isonômica).. Cícero distingue entre multitudo e populus.. (Povo como fração da comunidade política (vulgo, turba, plebes). – conotação pejorativa. Proletariado. Uma unidade política.
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Vox populi e os DH
“Os direitos humanos só protegem os direitos dos bandidos”.
“Cadê os direitos humanos que não vieram me socorrer quando a minha casa foi assaltada?”
“Essa porcaria dos direitos humanos não deixa a polícia trabalhar”.
“Esse pessoal dos direitos humanos não quer saber da segurança”.
“Depois que inventaram os direitos humanos, nada mais funciona para acabar com a violência”.
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As posições e as campanhas contra os direitos humanos não representam, exatamente, uma novidade histórica. No século XVIII, na Europa, atribuía-se a essa filosofia a permissividade social; no século XIX, alguns de seus opositores consideravam a universalização dos direitos humanos como algo ineficaz e ineficiente; nos séculos XX e XXI ainda há pessoas e grupos que consideram os direitos humanos ou como um fator de "subversão da ordem" ou como os "direitos dos bandidos".
Preconceitos contra os DH vem de longe...
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Verifique sua carga pessoal de
preconceitos.
Marque A - se você considerar a frase preconceituosa .B - se considerá-la não preconceituosa.
1. “O menor deve ser punido pela lei desde pequeno”
2. “ A ignorância é uma das causas do preconceito contra os direitos humanos”
3. “Homem que é homem não chora”
4. “Os homossexuais são pessoas anormais”
5. “DH é um pessoal que defende os bandidos”
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6. “Os DH só servem para os humanos”7. “A maior conquista da mulher no século 20
foi a máquina de lavar roupa” (L’Osservattore Romano).
8. “Se o seu marido for fumante, coloque cinzeiros em todas as partes de sua casa” (Jornal das Moças, Rio de Janeiro, anos 50).
9. “Mulher, menino e cachorro: fim de conversa”.
10. “O deputado denegriu o Congresso e judiou dos eleitores”
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Manifestações - posições pseudo-científicas
Quatro paradigmas ou modelos referenciais, que assumem nuances específicas, de acordo com as circunstâncias históricas, sem que haja mudanças significativas de conteúdo.
Esses modelos são:(5)os direitos humanos como “ direitos dos bandidos" (6)os dos direitos humanos "somente para os humanos“(7) os direitos humanos como "assunto religioso" (8)os direitos humanos "como coisa da esquerda".
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•DH como direitos dos “bandidos” Do italiano bandito.
Malfeitor perigoso. Fora da lei. (Hachette) Indivíduo que se dedica a atividades criminosas. (Larousse) Questões
Quem são os bandidos na sociedade brasileira?
Quais são os critérios utilizados para designar alguém como bandido?
O que diz a CF sobre o ato de acusar? Código Penal?
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2. DH “somente para os humanos”. Distinguir conceitos:
-Humano:- ser pertencente ao gênero humano, à humanidade.- o que faz com que o ser seja chamado de humano.- ser capaz de compaixão.-Hominização: saída da animalidade (homo sapiens)-Humanização: entrada na humanidade (processo civilizatório)-Desumanidade (falta de compaixão, negação do irredutível humano-exclusão do gênero humano)-Crimes contra a humanidade: -Homicídio: um ser humano mata o outro ser humano-Etnocídio: destruição sistemática dos modos de vida das pessoas que comandam essa destruição.(Clastres)-Genocídio: além das marcas do etnocídio, o genocídio inclui a destruição total de um povo. (Raphael Lemkin, 1944)-Shoah: genocídio superior a todos os outros - (Claude Lanzmann, 1985)-Humanicídio: os seres humanos podem destruir o gênero humano.
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3. DH como assunto religioso:
Tese: as religiões nada têm a ver com DH porque é um assuntolaico.
Antítese: tudo o que é humano e tudo o que servirà dignidade humana envolve a missão básica de todas as religiões: unir o ser humano ao Absoluto.
Síntese: durante muitos séculos, as religiões – sobretudoo Cristianismo – agiram contra as liberdades fundamentais.Muitas delas voltaram-se contra os DH.
Muitas, porém, converteram-se e têm tido um papel destacado na promoção e na defesa dos DH.
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4. DH como coisa da esquerdaTese: somente pessoas e organizações de esquerda identificam-se com os direitos humanos.
Antítese: a história desmente essa tese. Exemplo de Sobral Pinto, Teotonio Vilella.
Síntese: As posições ideológicas apresentam-se como algo secundário diante de situações injustas e que atingem a dignidade humana.
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Ignorância – não conhece “direitos humanos: o que é isto?”
Erro – afirma erradamente Direitos Humanos é uma religião”
Má fé - erra propositalmente “Os DH só se ocupam com os direitos dos bandidos”
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1. críticas naturalistas Os DH contradizem a hierarquia natural e
destroem o princípio da autoridade necessária à coesão social.
2. críticas relativistas: Os DH são considerados como direitos
universais, embora sejam o produto de uma tradição política filosófica e cultural do Ocidente.
3.Críticas ao formalismo dos DH Os DH só atendem aos interesses da burguesia
(egoísmo)
Categorias de críticas aos Categorias de críticas aos DHDH
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Críticas de caráter religioso aos DH3.No Cristianismo:É adequado questionar o tema dos DH no interior da Igreja?Os que consideram inadequado, alegam que a Igreja, fundada por Jesus Cristo, é uma instituição de direito divino.Constitui uma sociedade de tipo especial, cuja autoridade vem de Deus. Segue suas próprias normas e não pode ser vista com base em um modelo sócio-político.Seus adeptos não estão autorizados a reivindicar seus direitos, como na sociedade em geral.Inserir essa questão na Igreja implicaria em negar o caráter transcendente de sua missão.
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Direita e esquerda Termos antitéticos. Reciprocamente excludentes: Nenhuma doutrina ou nenhum movimento pode ser, ao mesmo tempo, de esquerda e de direita. Conjuntamente exaustivos: Uma doutrina ou um movimento podem ser apenas ou de direita ou de esquerda.
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No Islamismo: No Ocidente, o ser humano é degradável ao nível de uma máquina. A crença numa causa final e num plano ou desígnio para a natureza, é considerada uma idéia reacionária. Quem luta pelos direitos humanos, deveria acreditar que o homem foi criado para viajar rumo a um destino: «Ó homem! Busca o Senhor com todas as tuas forças e tu o encontrarás » Alcorão, 91: 7-8.
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Filósofo do liberalismo conservador (contra o Estado absolutista e a favor das liberdades individuais).
Tornou-se famoso pela reação à Revolução Francesa, por considerá-la “o exemplo maior dos males da especulação na política”.
Contrário à introdução da teoria na prática política “porque gera um mal moral e político”.
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J.de Maistre - 1753/1821J.de Maistre - 1753/1821
o pensamento reacionário
. O homem é intrinsecamente mau
. Só Deus pode livrá-lo por meio do soberano. Toda forma de autogoverno é impossível. A violência, a injustiça e o ódio são justificáveis. Ultra-montanista
. “Não há o homem no mundo...Eu vi, na minha vida, franceses, italianos, russos...mas nunca encontrei o homem”.
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Louis de Bonald - Louis de Bonald - 1753/17401753/1740
É impossível mudar a sociedade
Os DH conspiram contra a ordem social. A sociedade independe dos indivíduos que a compõem acima de tudo, manter a tradição.
![Page 25: F:\Curso De Direitos Humanos\Aulas\2ª Aula 10 03 2010\Criticas Aos Direitos Humanos Aula Itesp Dia 10 De MarçO 2010](https://reader033.fdocumentos.tips/reader033/viewer/2022060200/55987b351a28ab9d218b486d/html5/thumbnails/25.jpg)
Augusto Comte - 1798/1857 Augusto Comte - 1798/1857 A síntese em favor do
status quo.O indivíduo é uma abstração; só a sociedade é real.Lei dos três estados: teológico ou fictício; metafísico ou abstrato; científico ou positivo.Ordem e progresso.“Todo direito humano é absurdo e imoral”.Inexistem direitos individuais: somente deveres diante da sociedade.Entre indivíduo e humanidade: duas comunidades mediadoras (pátria e família).Religião da humanidade: catolicismo sem cristianismo
![Page 26: F:\Curso De Direitos Humanos\Aulas\2ª Aula 10 03 2010\Criticas Aos Direitos Humanos Aula Itesp Dia 10 De MarçO 2010](https://reader033.fdocumentos.tips/reader033/viewer/2022060200/55987b351a28ab9d218b486d/html5/thumbnails/26.jpg)
Karl Marx Karl Marx
Karl Marx - 1818/1849Karl Marx - 1818/1849
O direito à liberdade individual constitui o fundamento da sociedade burguesa. Cada homem busca no outro, não a realização mas o limite de sua liberdade.
O direito à igualdade representa a idéia de que o homem é considerado como uma mônada (átomo).
Aponta também o direito de propriedade como o direito de usufruir e dispor arbitrariamente da própria fortuna, sem se preocupar com os outros.
A segurança é o conceito social supremo da sociedade burguesa, o conceito de polícia, segundo o qual a sociedade só existe para garantir a cada um de seus membros a conservação de sua pessoa, de seus direitos e de sua propriedade. Através desse conceito, a burguesia garante seu egoísmo.
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KARL MARX. Em toda sociedade, três instâncias hierárquicas: 1. a estrutura econômica (modo de produção)1 2. a articulação das forças produtivas e das relações de produção, 3. a estrutura jurídica e política, à qual correspondem “determinadas formas de consciência social”. As forças produtivas incluem os trabalhadores e seu know how. As relações de produção indicam o relacionamento assimétrico entre os indivíduos na área produtiva. Extorsão da mais-valia/relação de dominação. As relações de produção representam a base oculta da sociedade civil, dividida em classes.. As relações jurídicas – sobretudo de propriedade – e políticas expressam as relações de produção.. As formas de consciência social resultam das condições materiais de vida e das relações estabelecidas na produção.
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As Críticas de Marx2.A crítica de toda filosofia“ser radical é buscar as coisas pela raiz. Ora, para o homem, a raiz é o próprio homem”.2. A crítica da religião: “o ser divino não é outra coisa que o ser do homem liberado dos laços e do limite do indivíduo transformado em objeto que o indivíduo adora e contempla como um ser à parte... Deus é o que o homem quer ser “a sua própria essência”. Feuerbach (A Essência do Cristianismo).
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3. Da crítica do céu à crítica da terra:
“a miséria religiosa é ao mesmo tempo a expressão da miséria real e o protesto contra a miséria real. A religião é o suspiro da criatura atormentada, a alma de um mundo sem coração, assim como o espírito de um mundo desprovido de espírito. Ela é o ópio do povo”.
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4. A crítica da política e do Estado:
“é o interesse privado que constitui o interesse geral – da burguesia – e não o interesse geral que constitui o seu interesse privado”. “o indivíduo privado e o Estado são apenas abstrações e somente o povo é concreto”.Marx critica também a burocracia do Estado: “os burocratas são os jesuítas, os teólogos do Estado... Ela é o contrário da razão... O estado é a sua propriedade privada.”
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5. A crítica ao dinheiro: “o homem emancipado destrói todas as
mediações alienantes, inclusive o dinheiro... O dinheiro humilha todos os deuses dos homens, transformando-os em uma mercadoria, assim como despoja a natureza de seu valor original”. O salário é o que há de mais abjeto ou seja saber que minha atividade se transforma em mercadoria e que eu mesmo me torno, com todo o meu ser, um objeto venal. “ No lugar de todos os sentidos, apareceu o sentido do ter, que é a alienação de todos os sentidos”.
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A crítica da democracia formal:
“a emancipação política constitui um grande progresso, mas ela não é a única forma de emancipação em geral”.
O Estado pode se libertar de um problema, sem que o homem se liberte verdadeiramente desse problema; o Estado pode ser livre sem que o homem seja livre”
![Page 33: F:\Curso De Direitos Humanos\Aulas\2ª Aula 10 03 2010\Criticas Aos Direitos Humanos Aula Itesp Dia 10 De MarçO 2010](https://reader033.fdocumentos.tips/reader033/viewer/2022060200/55987b351a28ab9d218b486d/html5/thumbnails/33.jpg)
As aparências do estado burguês. Justificativas para se manter, sob aparências: direito natural e direitos humanos (mito da justiça).. Instrumentos de legitimação: direito privado e religião.. Os DH, separados dos direitos do cidadão, são os direitos da burguesia.
![Page 34: F:\Curso De Direitos Humanos\Aulas\2ª Aula 10 03 2010\Criticas Aos Direitos Humanos Aula Itesp Dia 10 De MarçO 2010](https://reader033.fdocumentos.tips/reader033/viewer/2022060200/55987b351a28ab9d218b486d/html5/thumbnails/34.jpg)
Que tipo de sociedade temos?
•1 • 1. Uma sociedade sem classes? Karl Marx
• 2. Uma sociedade desencantada? Max Weber
• 3. Uma sociedade democrática? Tocqueville
• 4. Uma sociedade de indivíduos? Durkheim
• 5. Uma sociedade de mercado? Adam Smith
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Duas questões básicas:
1 Em que consiste a especificidade da civilização ocidental moderna?
2 quais são as causas historicamente determinantes no processo de formação dessa civilização?
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Escola de Frankfurt
•. Movimento intelectual iniciado nos anos 20 no Instituto de Estudos Sociais de Frankfurt.•. Max Horkheimer e Theodor Adorno.•. Herbert Marcuse e Walter Benjamin.•. Teoria crítica da sociedade industrial e burguesa.•. Pessimismo em relação à Razão: “dialética negativa”. (Adorno)n
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AXEL HONNETH teoria crítica do reconhecimento. três formas de reconhecimento:o amor, o direito e a solidariedade ou valorização social.Tres formas de negação do reconhecimento:- violação, exclusão social e injúria.conexão entre menosprezo moral e lutas sociais. O motor da mudança social, que tem um sentido moral, é a luta por novas formas de reconhecimento. “Uma gramática moral dos conflitos”.
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HANNAH ARENDT 1906 – 1976.
Aluna de Heidegger e de Karl Jaspers: tese sobre o conceito de amor em Santo Agostinho.A sociedade moderna confunde o privado com o público (a ordem econômica da produção e a ordem política da ação. a confusão das várias espécies de atividades humana, (trabalho, obra e ação) é a fonte daquela mistura. o trabalho não é a atividade especificamente humana. o trabalho (labor)é uma rotina que nos submete e a obra (work) é a “fabricação de um mundo humano de objetos duráveis”. a ação política é a liberdade, a capacidade de debate que resulta em um “espaço público” verdadeiramente humano.
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Pierre Teilhard de Chardin 1881-1955
. Visão integral do ser humano em um universo em constante evolução.. Cosmogênese: nascimento do universo.. Biogênese: nascimento do ser humano.. Noogênese: nascimento do espírito.
“Nos não somos seres humanosque tem uma experiência espiritual. Somos seres espirituais que tem uma experiência humana”
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Faz diálogo transdisciplinar na área de ciências humanas. Autor de “A História da Loucura na Idade Clássica” (1961), “As
palavras e as coisas” (1966) e a “Arqueologia do saber” (1969) e “Vigiar e Punir”(1975).
Duas idéias chaves de seu pensamento: há diversas maneiras de constituição do sujeito e os diversos modos de sua dissolução.
Diante da loucura, a razão tornou-se um instrumento de poder. Excluiu a loucura (Crítica a Descartes).
O ser humano é apenas uma forma frágil e precária, chamada a desaparecer rapidamente.
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Personalidade central e singular na história da Sociologia.
Autor de: Sobre a divisão do trabalho social, As regras do método sociológico, O suicídio, e As formas elementares da vida religiosa.
Suas idéias baseiam-se em dois projetos 1. fazer da Sociologia uma disciplina rigorosa,
autônoma e básica para as ciências sociais. 2. contribuir para a emergência de um sistema
social que, baseado na razão e na ciência, possa assegurar a coesão das sociedades modernas ameaçadas pela anomia.
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ADAM SMITH•. Pergunta chave: após tantas guerras civis e religiosas, como garantir a ordem social?• AS dá uma resposta econômica e não política (contratualista)( .• A sociedade só garante a ordem se cada um buscar o seu interesse individual.• Existe uma harmonia natural (regular a sociedade por meio da mão invisível)p .• Os seres humanos não são nem racionais, nem somente egoístas: as paixões são mais fortes que a razão (Hume).
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É a capacidade de reconhecer as as próprias limitações e erros cometidos seja na vida particular, seja nas atividades púbicas. No caso específico dos DH, é dever dos militantes identificar e combater os seguintes pontos:
1. assumir uma posição excludente, diante de pessoas não militantes, como se a luta pelos direitos humanos só interessasse a guetos.
2. intolerância diante de opções ideológicas e políticas diferentes, mesmo havendo consenso sobre os significados dos direitos humanos.
3. Adotar uma prática ativista, sem criar e usufruir das oportunidades de aprofundamentos sobre o tema.
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4. manter-se num ritmo de atividades sem interrupção, em detrimento de uma ação planejada e de tarefas equitativamente compartilhadas.
5. imaginar às vezes, que o simples fato de já existir uma ampla legislação sobre os DH resultará em sua implementação automática.
6. Desconsiderar, na ação pelos direitos humanos, a realidade dos conflitos e das contradições.
7. identificar e criticar o nosso potencial de intolerância, preconceito, discriminação, estereótipos, priorizando a luta pela sua superação.