Farmacologia - analgesicos
-
Upload
samuel-araujo -
Category
Documents
-
view
828 -
download
5
description
Transcript of Farmacologia - analgesicos
Farmacologia
Drogas Analgésicas
Prof. André Walsh-Monteiro, M.Sc.
Para mais acesse: awmonteiro.blogspot.com
Prof. André Walsh-Monteiro, M.Sc.
Farmacologia – Drogas Analgésicas
awmonteiro.blogspot.com
Agentes analgésicos:
controle da dor é uma grande preocupação
categorias
semelhantes à morfina (opióides)
AINEs
anestésicos locais
fármacos não-opióides de ação central
antidepressivos
afecções dolorosas específicas
Prof. André Walsh-Monteiro, M.Sc.
Farmacologia – Drogas Analgésicas
awmonteiro.blogspot.com
Mecanismos neurais da dor:
neurônios aferentes nociceptivos
ampla distribuição em alguns tecidos
praticamente ou totalmente ausente em outros
elevado limiar de excitabilidade
dor = disparo elétrico de nociceptores estimulados
nociceptores polimodais C (PMN C) fibras tipo-C: lentas
dor aguda
nociceptores Aδ mielinizadas: rápidas
dor vaga
principais moduladores substância P
CGRP (relacionado a calcitonina)
Prof. André Walsh-Monteiro, M.Sc.
Farmacologia – Drogas Analgésicas
awmonteiro.blogspot.com
Mecanismos neurais da dor:
Prof. André Walsh-Monteiro, M.Sc.
Farmacologia – Drogas Analgésicas
awmonteiro.blogspot.com
Modulação nociceptiva:
dor aguda
estímulo nocivo excessivo = intenso e desagradável
dor crônica
aberraçâo fisiológica hiperalgesia (maior intensidade a um estímulo)
alodinia (dor por estímulo não-nocivo)
espasmos de dor sem estímulos
Prof. André Walsh-Monteiro, M.Sc.
Farmacologia – Drogas Analgésicas
awmonteiro.blogspot.com
Modulação nociceptiva:
dor aguda
estímulo nocivo excessivo = intenso e desagradável
dor crônica
aberraçâo fisiológica hiperalgesia (maior intensidade a um estímulo)
alodinia (dor por estímulo não-nocivo)
espasmos de dor sem estímulos
Prof. André Walsh-Monteiro, M.Sc.
Farmacologia – Drogas Analgésicas
awmonteiro.blogspot.com
Mecanismos neurais da dor:
hiperalgesia e alodinia
sensibilização das terminações nociceptoras periféricas
bradicinina, prostaglandinas,...
facilitação da transmissão central
estimulação contínua (potencial de longo prazo, LTP) corno dorsal
Prof. André Walsh-Monteiro, M.Sc.
Farmacologia – Drogas Analgésicas
awmonteiro.blogspot.com
Mecanismos neurais da dor:
hiperalgesia e alodinia
inflamação neurogênica
local da dor
estimulada por CGRP e subst P
amplifica e mantém a reação inflamatória
analgesia preemptiva
anestesia central + local = bloqueio das descargas C
facilita o pós-operatório reduzindo a dor
NGF e NO reforçam o sinal doloroso e facilitam LTP
Prof. André Walsh-Monteiro, M.Sc.
Farmacologia – Drogas Analgésicas
awmonteiro.blogspot.com
Mecanismos neurais da dor:
teoria da comporta da dor
células da lâmina II (inibitórias) = substância gelatinosa
regulam lâmina I e V
via primária e trato espinotalâmico
vias mesencefálicas e do tronco
efeito inibitório à dor
mecanorreceptores próximos
reforço inibitório
Prof. André Walsh-Monteiro, M.Sc.
Farmacologia – Drogas Analgésicas
awmonteiro.blogspot.com
Mecanismos neurais da dor:
controle inibitório descendente (via 5-HT)
PAG (área cinzenta periaquedital)
recebe aferências cerebrais
intenso reforço inibitório
estimula NRM (núcleo da rafe magna)
projeta direto ao corno dorsal
NRM recebe do corno dorsal via NRPG (núlceo reticular paragigantocelular)
Prof. André Walsh-Monteiro, M.Sc.
Farmacologia – Drogas Analgésicas
awmonteiro.blogspot.com
Mecanismos neurais da dor:
dor neuropática
dor crônica e intensa sem qualquer relação tecidual
originada por doenças neurológicas sobre fibras sensoriais
herpes zoster, neuropatia diabética, esclerose múltipla, AVCs,...
dor e nocicepção
percepção da dor é subjetiva (relação com afetivo)
o componente nociceptivo pode ser o mesmo
a percepção dolorosa varia
Prof. André Walsh-Monteiro, M.Sc.
Farmacologia – Drogas Analgésicas
awmonteiro.blogspot.com
Mediadores químicos nociceptivos:
quimiossensibilidade nas terminações nociceptivas
neurotransmissores e neuromoduladores
5-HT mais ativo liberadas
histamina tende a causar prurido na inflamação
cininas
produzidas devido a lesão tecidual
bradicinina libera prostaglandinas (ativa via metabotrópica)
Prof. André Walsh-Monteiro, M.Sc.
Farmacologia – Drogas Analgésicas
awmonteiro.blogspot.com
Mediadores químicos nociceptivos:
quimiossensibilidade nas terminações nociceptivas
metabólitos e substâncias liberadas por células ativas
pH baixo e ATP ativa os canais catiônicos ativados por prótons
prostaglandinas
não causam dor, mas potencializam outros agentes
inibem os canais de K+
outros eicosanóides também têm o mesmo efeito
Prof. André Walsh-Monteiro, M.Sc.
Farmacologia – Drogas Analgésicas
awmonteiro.blogspot.com
Mediadores químicos nociceptivos:
quimiossensibilidade nas terminações nociceptivas
capsaicina e substâncias irritantes
gera a sensação de ardência
estimula seletivamente nociceptores e terminações térmicas
aumenta a permeabilidade ao cálcio
provoca liberação de substância P
Prof. André Walsh-Monteiro, M.Sc.
Farmacologia – Drogas Analgésicas
awmonteiro.blogspot.com
Mediadores químicos nociceptivos:
transmissores e moduladores na via nociceptiva
taquicininas
possuem ação rápida sobre a musculatura lisa
apresentam uma sequência padrão de AA terminais
Prof. André Walsh-Monteiro, M.Sc.
Farmacologia – Drogas Analgésicas
awmonteiro.blogspot.com
Mediadores químicos nociceptivos:
transmissores e moduladores na via nociceptiva
taquicininas
SP (subst P) e NKA (neurocinina A) derivam do mesmo gene
ampla distribuição no SN, principalmente nociceptores
receptores NK1 (SP), NK2 (NKA) e NK3 (NKB)
geram sinais excitatórios lentos e fracos
elevam a forma durante a atividade repetitiva (LTP)
NGF reforça a liberação de SP (hiperalgesia)
podem gerar diferentes respostas com diferentes intensidades
antagonistas atuam contra a algesia, vômitos e enxaqueca
AAs na forma D- (destro)
Prof. André Walsh-Monteiro, M.Sc.
Farmacologia – Drogas Analgésicas
awmonteiro.blogspot.com
Mediadores químicos nociceptivos:
transmissores e moduladores na via nociceptiva
peptídeos opióides
peptídeos que exercem efeitos farmacológicos como opiáceos
genes de origem pré-pró-opiomelanocortina (POMC)
pré-pró-encefalina
pré-pró-dinorfina
ampla distribuição no cérebro
na medula
dinorfina – interneurônios
encefalinas – no tronco ao corno
Prof. André Walsh-Monteiro, M.Sc.
Farmacologia – Drogas Analgésicas
awmonteiro.blogspot.com
Mediadores químicos nociceptivos:
transmissores e moduladores na via nociceptiva
outros mediadores
glutamato atua em AMPA (rápido) e NMDA (lento, LTP)
neuronios aferentes primários
GABA atua em interneurônios do corno dorsal
inibe as transmissões
5-HT NRM até o corno dorsal (inibitório)
NA loco ceruleo até o corno dorsal (inibitório)
adenosina sobre A1 (analgesia), em A2 (reforço da dor)
Prof. André Walsh-Monteiro, M.Sc.
Farmacologia – Drogas Analgésicas
awmonteiro.blogspot.com
Mediadores químicos nociceptivos:
Prof. André Walsh-Monteiro, M.Sc.
Farmacologia – Drogas Analgésicas
awmonteiro.blogspot.com
Fármacos analgésicos:
fármacos semelhantes à morfina
opióide (opiáceo), qualquer substância que atue semelhante à morfina
ópio, extrato de papoula
euforia, analgesia e sono, antidiarréico
extrato de láudano até a invenção das seringas e agulhas hipod.
análogos da morfina
estrutura relacionada à morfina
agonistas, agonistas parciais e antagonistas
Prof. André Walsh-Monteiro, M.Sc.
Farmacologia – Drogas Analgésicas
awmonteiro.blogspot.com
Fármacos analgésicos:
fármacos semelhantes à morfina
derivados sintéticos com estrutura não-relacionada à morfina
série da fenilpiperidina
petidina, estrutura simples e ação semelhante
fentanil e sufentanil, mais potentes e de ação curta
série da metadona
ação prolongada
Prof. André Walsh-Monteiro, M.Sc.
Farmacologia – Drogas Analgésicas
awmonteiro.blogspot.com
Fármacos analgésicos:
fármacos semelhantes à morfina
série benzomorfan
pentazocina e ciclazocina
diferem à morfina no perfil de ligação aos receptores
geram ações e efeitos diferentes
derivados da tebaína (veterinária)
buprenorfina (agonista parcial)
mais potente, porém com efeito máximo menor
Prof. André Walsh-Monteiro, M.Sc.
Farmacologia – Drogas Analgésicas
awmonteiro.blogspot.com
Fármacos analgésicos:
fármacos semelhantes à morfina
receptores opióides
μ, δ, κ
Prof. André Walsh-Monteiro, M.Sc.
Farmacologia – Drogas Analgésicas
awmonteiro.blogspot.com
Fármacos analgésicos:
fármacos semelhantes à morfina
agonistas e antagonistas
agonistas puros
maioria é semelhante à morfina
alta afinidade μ
agonistas parciais e agonistas-antagonistas mistos
podem gerar um efeito sobre um receptor e o inverso em outro
causam mais disforia do que euforia
antagonistas
bloqueiam os efeitos opióides
Prof. André Walsh-Monteiro, M.Sc.
Farmacologia – Drogas Analgésicas
awmonteiro.blogspot.com
Fármacos analgésicos:
fármacos semelhantes à morfina
mecanismos de ação
ações celulares
inibem a adenilato ciclase (reduzem AMPc)
abrem canais e K e inibem os de cálcio (reg volt)
efeitos na via nociceptiva
ampla distribuição de receptores no cérebro
morfina em PAG gera analgesia acentuada
morfina inibe a liberação de SP na medula
podem inibir a descarga aferente em nociceptores
Prof. André Walsh-Monteiro, M.Sc.
Farmacologia – Drogas Analgésicas
awmonteiro.blogspot.com
Fármacos analgésicos:
fármacos semelhantes à morfina
ações farmacológicas
SNC
analgesia eficaz na dor crônica ou aguda
reduz o componente afetivo (sistema límbico)
euforia provoca contentamento e bem-estar
depressão respiratória gerada pela dose analgésica de morfina
reduz a sensibilidade do bulbo a PCO2
depressão do reflexo da tosse: ação antitussiva desconhecida
náusea e vômitos: reforça a zona de gatilho à êmese
constrição pupilar: estimula o núcleo oculomotor
Prof. André Walsh-Monteiro, M.Sc.
Farmacologia – Drogas Analgésicas
awmonteiro.blogspot.com
Fármacos analgésicos:
fármacos semelhantes à morfina
ações farmacológicas
TGI
aumenta o tônus e reduz a motilidade GI (constipação)
aumento da pressão vesicular
outras ações opióides
reforça liberação de histamina por mastócitos
urticária, prurido, broncoconstrição e hipotensão
bradicardia
espasmos em musculatura lisa (ureteres, bexiga, útero,...)
imunossupressão
Prof. André Walsh-Monteiro, M.Sc.
Farmacologia – Drogas Analgésicas
awmonteiro.blogspot.com
Fármacos analgésicos:
fármacos semelhantes à morfina
tolerância e dependência
tolerância surge rápido (perdida poucos dias depois)
regulação adaptativa da adenilato ciclase
dependência física (abstinência de poucos dias)
psicológica (meses ou anos)
gera abstinência física (perdida poucos dias depois)
agressividade, perda de peso, tremores,...
Prof. André Walsh-Monteiro, M.Sc.
Farmacologia – Drogas Analgésicas
awmonteiro.blogspot.com
Fármacos analgésicos:
fármacos semelhantes à morfina
Prof. André Walsh-Monteiro, M.Sc.
Farmacologia – Drogas Analgésicas
awmonteiro.blogspot.com
Fármacos analgésicos:
fármacos semelhantes à morfina
antagonistas
bloqueiam os três tipos de receptores
longa ou curta duração
podem gerar mistura de efeitos
utilizados para reverter certos efeitos da morfina
depressão respiratória
abstinência
Prof. André Walsh-Monteiro, M.Sc.
Farmacologia – Drogas Analgésicas
awmonteiro.blogspot.com
Fármacos analgésicos:
terapia com opióides
Prof. André Walsh-Monteiro, M.Sc.
Farmacologia – Drogas Analgésicas
awmonteiro.blogspot.com
Fármacos analgésicos:
alvos analgésicos
Obrigado!
Prof. André Walsh-Monteiro, M.Sc.
Para mais acesse: awmonteiro.blogspot.com
Créditos pelas Imagens:
1. Rang, H. P. et al. Farmacologia. 6ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2.007.