Família Cruz de Malta Jovens Professor 22-12-15 (1)

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    EXPEDIENTE

    Cruz de Malta. 2015.2Estudos Bblicos para Jovens Revista do/aprofessor/a

    Publicada sob a responsabilidade doColgio Episcopal da Igreja Metodista, pelo

    Departamento Nacional de Escola Dominical.Produzida pela Igreja Metodista.

    Colgio EpiscopalAdonias Pereira do Lago Bispo presidente

    Secretaria para Vida e MissoJoana DArc Meireles

    Coordenao Nacional de Educao CristEber Borges da Costa

    Departamento Nacional de Escola Dominical

    Andreia Fernandes OliveiraLuiz Virglio Batista da Rosa Bispo Assessor

    Equipe de RedaoAndreia Fernandes OliveiraFabiana de Oliveira Ferreira

    Colaboradores/asAngela Maria PierangeliBlanches de PaulaFabiano PereiraIvarda Pereira dos Santos

    Josue Adam LazierMarcio Divino de OliveiraMargarida RibeiroMarta Clia Pereira do LagoRosana PiresRoseli OliveiraRicardo Pereira da SilvaRonald da Silva LimaSilvio Cezar Jos Pereira Gomes

    RevisoRachel Colacique

    Projeto Grfico e EditoraoAlixandrino Design

    Departamento Nacional de Escola Dominical:Av. Piassanguaba, 3031 Planalto Pauli sta04060-004 So PauloTel. (11) 2813-8600 Fax. (11) [email protected]: http://ed.metodista.org.br/

    ESTUDOS

    Eu quero Jesus em minha casa.

    E quando a famlia no vai bem?O que falar sobre honrar pai e me?

    Gestos que falam mais que palavras.

    Minha famlia no comparti lha daminha f.

    Estar solteiro/a no um problema.

    E foram felizes para sempre.... Como?

    Estamos grvidos! E agora?

    Adoo: o nascer do corao.

    Uma conversa sobre divrcio.

    Quando quem deveria amar, nosmachuca.

    Acolher mais do que conviver.

    Crise financeira: como administr-la?Superando os processos de perda nafamlia.

    Encontrando a espiritualidade norelacionamento familiar.

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    Unidade 1:Laos e ns de famlia.

    Unidade 2:Anseios da alma

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    Quando parar o passo paracontinuar.

    Eu tenho valor!

    Elias: do medo ao pnico.

    Depresso e estresse: isso podeacontecer comigo?

    A presena de Cristo em nossos lutos.

    A Igreja como comunidadeteraputica.

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    PALAVRA DA REDAOGraa e paz!

    Com o objetivo de alimentar a nossa espiritualidade e nos orientara uma vida de acordo com a Palavra de Deus que lanamos

    mais essa edio que abordar temas relacionados famlia e sade emocional. Para facilitar a abordagem do tema, dividimosessa revista em duas unidades, mas entendemos que estes assun-tos esto intimamente relacionados. Quando a sade emocionalvai mal, os relacionamentos tambm so afetados e vice-versa.

    Seguramente outros assuntos relacionados ao tema surgiro nasdiscusses, ainda que no sejam contemplados na revista, bus-

    que maneiras de discuti-los em sala de aula. Vivemos tempos demudanas paradigmticas em relao famlia, pensar sobre issonos ajuda a seguir crendo e construindo uma famlia segundo ocorao de Deus.

    Ter uma famlia pautada pelo amor e pela solidariedade mui-to importante para a nossa sade mental, no entanto, isso no a garantia de que no experimentaremos problemas emocionaise psquicos. Eles fazem parte da nossa humanidade e precisam

    ser tratados com sinceridade e verdade, foi nessa perspectiva queconstrumos os estudos.

    No existem respostas fceis! Quando a igreja se converte em umespao de acolhida s pessoas e suas complexidades, a partilhados testemunhos, o estudo e entendimento da Palavra de Deus nosauxiliam a lidar com a dureza da vida, mas tambm a perceber aGraa divina e confiar no seu amor e misericrdia. Que os assuntos

    aqui tratados nos ajudem a crescer em graa, sabedoria e santi-dade. Com o corao grato a Deus, desejamos bons encontros departilha e aprendizagem!

    No amor de Cristo,Equipe de Redao da Revista Cruz de Malta

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    ORIENTAES PEDAGGICASCaro/a Professor/a:

    Esperana e paz!

    A revista da Escola Dominical tem o objetivo de colaborar com aeducao crist de cada discpulo e discpula que dela partici-pa. Alm disso, essa literatura uma marca da nossa igreja e aoadot-la, colaboramos com a conexidade e unidade da IgrejaMetodista no Brasil.

    Nosso desejo que ela seja um instrumento no processo de forma-o do povo de Deus. Entendemos que um material nacional, mui-

    tas vezes no contempla, de maneira igual, todas as necessidadeslocais. Nesse sentido, fundamental que o professor ou professorase capacite cada vez mais. Voc ser uma importante ponte entreo contedo aqui apresentado e seus alunos e alunas.

    No intuito de colaborar com a sua prtica, partilhamos algumasdicas:

    1. Leia toda a revista para que voc tenha uma viso total do ma-

    terial, assim poder adapt-la sua igreja local. Caso percebaque preciso inverter a ordem das lies, por exemplo, ministraro estudo 3 antes do 2, no hesite, faa. a viso total do materialque te dar segurana para adapt-lo sua realidade;

    2. Quanto mais tempo dedicado ao planejamento, mais possibili-dades de construir uma aula criativa e bem embasada. Durante asemana, invista tempo para preparar a lio;

    3. Esteja atento(a) s notcias, fatos do cotidiano, situaes da igre-ja, vdeos, msicas, imagens etc. Isso pode contribuir no planeja-mento da aula;

    4. Ao estudar as lies, pode-se ter dvidas sobre o contedo e atmesmo sobre o significado de uma palavra. Diante disso, pesquisee pergunte. Ao planejar a aula, se possvel, tenha um dicionrio deportugus, mais de uma verso da Bblia Sagrada para compara-

    o dos textos e outros materiais de apoio. Dialogue sobre as dvi-

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    das com o ministrio pastoral ou algum da equipe pedaggica.O conhecimento uma construo coletiva.

    5. Aproveite os recursos humanos da sua igreja, convide pessoasque possam contribuir com a exposio da lio, proponha par-cerias com outras classes. Essas experincias, alm de enriquecer

    e dinamizar a aula, promovem comunho;

    6. Escola Dominical relacionamento que se estende para almda sala de aula! O controle de frequncia nos ajuda a buscar ecuidar das pessoas ausentes. Visite, ligue e ore com seus alunose alunas, estreite os laos, proponha atividades de lazer e comu-nho. Utilize as redes sociais ou outro meio que achar adequado.O importante se relacionar;

    7. Cuide do ambiente de sua sala de aula, deixe-a mais aconche-gante. Voc pode envolver o grupo nesse projeto;

    8. Cuidado com a linguagem, seja simples e objetivo(a). Tenha pa-cincia com quem no compreende o contedo da maneira quevoc gostaria, cuidado em como abordar comentrios e dvidas.s vezes, nossos gestos traem as palavras e denunciam nossas ver-dadeiras intenes;

    9. Procure uma pedagogia, um modo de ensinar, que facilite o en-volvimento do grupo no processo de aprendizagem. A Bblia es-tudada para iluminar a vida, utilize-se de exemplos prticos, corri-queiros e, ao final do estudo, proponha desafios de transformaoda vida crist;

    10. Lembre-se: Um contedo nunca est desligado da pessoa queo comunica. A bondade e o amor que transparecem nas palavras,

    precisam fazer parte do contedo total do(a) professor (a), pois sassim ele/a ter possibilidades de estabelecer um relacionamentocom alunos e alunas que facilite a aprendizagem. Bom trabalho!

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    Em Famlia

    Famlia... Ponto de partida.

    Contudo, ponto de chegada.

    Abrigo do corpo e da alma.

    Laos que se estreitam.

    Mas que podem se romper.

    Tanto faz ser de sangue,

    Ou at de considerao.

    coisa de sentimento.

    Envolvendo corao.

    amor.

    cumplicidade. lealdade.

    partilha.

    perdo.

    unio.

    alegria.

    tristeza

    No entanto a belezaQue nos d a certeza do seu real valor

    Famlia tudo...

    No ter uma...

    o vazio... Escurido.

    Um barco sem direo.

    Fim de toda e qualquer estao.

    Porque famlia...

    pra ser cultivada

    Como uma sementinha regada...

    E plantada no jardim do corao.

    Iolanda Brando

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    Estudo 01: Eu queroJesus em minha casa

    Texto bblico: Marcos 1.16-31

    E, saindo eles da sinagoga, foram, com Tiago e Joo,diretamente para a casa de Simo e Andr (v.29).

    A nossa famlia ocupa boa parte das nossas oraes, seja em gra-tido ou intercesso e ns precisamos sim orar por ela. A famlia muito especial para Deus e foi criada como um projeto de exalta-o vida em comunidade. Deus entendeu que no era bom queo ser humano vivesse s.

    A famlia tambm um tema muito precioso para a igreja. Pensarsobre nossas relaes familiares luz da Palavra de Deus o inte-

    resse dessa revista. Desejamos com isso, colaborar para a transfor-mao e o fortalecimento desse ncleo to importante. Para isso, preciso convidar Jesus a entrar em sua casa. Foi isso que Pedrofez logo no incio de sua vida como discpulo de Jesus Cristo.

    Andando ao lado de Jesus

    Simo, tambm conhecido como Pedro, levou Jesus para a suacasa. Em que contexto isso acontece? Aps a priso de Joo Ba-tista, Jesus se dirige para a Galilia e comea o seu ministrio. Aviso de Jesus era um exerccio ministerial comunitrio e, nesse sen-tido, ele comea a chamar pessoas para caminhar ao seu lado noanncio do Reino de Deus (Marcos 1.15).

    Os irmos Simo e Andr so as primeiras pessoas a serem cha-madas, em seguida os irmos Tiago e Joo tambm se unem aoMestre. Comea aqui o projeto de discipulado de Jesus Cristo. A

    chegada de Jesus em suas vidas mudou a rotina, o trabalho como

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    Objetivos

    Apresentar o tema darevista; pensar sobre asconsequncias do chamadode Jesus e destacar o espao

    da igreja e da famlia como lu-gares onde Deus deseja liber-tar, ensinar e curar.

    Para incio de conversa

    Aps um momento de orao,sugerimos que a aula comececom a anlise de uma imagemde Normam Rocwell (disponvelem: http://goo.gl/Jn8yle) e a lei-tura de um texto:

    Uma srie de relacionamentosrompidos - Henri Nouwen

    O material bblico consistenteretrata a famlia no como umgrupo de Normam Rockwell, ir-radiando gratido ao redor doperu do Dia de Ao de Gra-

    as, mas como uma srie de re-

    pescadores de peixes deu lugara um novo propsito: pescarpessoas.

    Aprendendo com Jesus

    Aps chama-los, Jesus os levapara a sinagoga, onde passaa ensinar (v.21). Nesse espaode ensino, os discpulos se de-param com a libertao deuma pessoa endemoninhada.A sinagoga era um espao deeducao e, por meio da edu-

    cao, as mentes e os corposso libertos: e conhecereis averdade, e a verdade vos liber-tar. Joo 8.32. A libertaoocorrida naquela sinagogaatingiu a pessoa endemoninha-da e tambm as pessoas que,maravilhadas, ouviam os ensi-nos de Jesus(Marcos 1.22; 27).

    O projeto discipulador de JesusCristo para alm da rua e dasinagoga, ele quer chegar nossa casa.

    Ao sair da sinagoga, o destino a casa de Pedro (v.29), che-gando l, Jesus se deparoucom a notcia de que a sograde Pedro estava doente (v.30). em direo a ela que Ele semovimenta: se aproxima, toma--a pela mo e a febre passa.Diante disso, a mulher passa aservi-lo. A ao libertadora deJesus, agora acontecia na casa

    de Pedro: a mulher havia sido

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    lacionamentos rompidos,carentes de redeno(...). No mnimo, isso signi-fica que ningum preci-

    sa carregar um fardo de culpaporque sua famlia deficitria

    na doura e na luz que as fa-mlias crists devem exibir. Umavez que faltam modelos de fa-mlias harmoniosas nas Escritu-ras (e por essa omisso eu sougrato ao Esprito Santo), esta-mos livres para prestar ateno

    ao que est l uma promes-sa de uma nova comunidadeque experimenta a vida comoo lar da f. Uma famlia em Cris-to. A vida consiste de relacio-namentos que so criados nopor sangue (ao menos no pelo

    curada. Jesus foi levado para aintimidade da casa, a ponto delhe mostrarem a mulher doente.

    Vem morar em minha

    casa!Assim como Cristo deseja habi-tar o nosso corao, ele querter estadia em nossa casa, emnossa famlia. Por meio dessetexto, alguns desafios so apre-sentados:

    Aceitar o chamado de Jesusmuda a nossa rotina: a opopor uma vida em discipuladocoloca em cheque a nossa roti-na e traz muitas mudanas. Asmudanas propostas por Jesusso sempre visando o nosso

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    nosso sangue), mas pelagraa. Relacionamo-nosbem no porque somosbons, mas porque somosperdoados. Efsios 2.17-22.

    Por dentro do assuntoAps esse exerccio introdutrio,leia o texto bblico e apresenteo tema e os objetivos da lio.A seguir, algumas informaespara agregar aos seus conheci-mentos bblicos:

    -Nos anos 70 da era crist, po-ca em que o Evangelho de Mar-cos foi escrito, as comunidadesnecessitavam de orientaodiante da perseguio vivida.Ao descrever a trajetria de Je-sus, o autor animava a comuni-dade amedrontada e oprimidapelo sistema vigente.

    - O chamado: O chamadodaquelas pessoas foi feito emseu cotidiano, na sua rotina. Aaceitao ao chamado reque-reu sair do lugar seguro, paravivenciar uma prtica transfor-madora. Eles imediatamente

    deixaram a rede. O sentido davida em Jesus Cristo, a partir dasua convocao, nos desafia adeixarmos a nossa segurana eaprender com Ele, para sermosiguais a Ele. Isso se refletir nanossa relao familiar. Aceitaresse chamado ter a certezade que Cristo vai nos transfor-

    crescimento. preciso no te-mer, confiar e ir com Jesus. Eleno nos obriga, nos convida.

    Ser discpulo/a se dispor aaprender com o Mestre: a Pa-

    lavra de Deus libertadora,tem a funo de transformara nossa mente. O primeiro atode Jesus foi leva-los a um lugarde aprendizagem. Qual o valorque damos ao estudo da B-blia? preciso conhec-la parano se deixar dominar (Efsios

    4. 14).

    Jesus em nossa casa: muitasvezes corremos o risco de nolevar para casa o que aprende-mos na igreja. Outras vezes, limi-tamos o espao da presenade Jesus em nossa casa Bbliaem cima da estante, a verscu-

    los bblicos nas paredes e gela-deira e s oraes na hora dasrefeies. Quando Jesus entrounaquela casa, lhe mostraramquem estava doente. Esse opropsito de se convidar Jesuspara casa: mostrar as fragilida-des, enfermidades e angstias.Ele tem poder para curar. E oresultado disso que nos torna-mos mais hbeis para servi-lo.

    Concluindo

    Entre tristezas e alegrias, brigase reconciliao, mgoas e per-do, abandonos e encontros,

    fartura e escassez, ns vivemose nos relacionamos em famlia.

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    mar para melhor!

    - A libertao: No Evan-gelho de Marcos, h

    muitos relatos de libertao.Podemos observar nas narrati-

    vas desse Evangelho, diversasaes demonacas contrriass de Jesus Cristo. Sob essa in-fluncia maligna e opressora,as pessoas tm dificuldades depensar por si prprias, e tornam--se vtimas das aes do diabo(1 Pedro 5.8). Essa libertaoacontece em uma sinagoga,o lugar do ensino da palavra. esse espao de aprendizagemque tira as pessoas da aliena-o da realidade. O conheci-mento da verdade liberta (Joo8.32). Quanto mais conhece-mos e entendemos a Palavrade Deus, mais preparados/as e

    disponveis ficamos para as mu-danas que Ele tem para ns epara nossa casa.

    - A casa:O chamado de Jesus Cristo para transformao totalde nossas vidas e isso inclui a nossa casa, as nossas relaes fami-liares. Jesus promove cura ao ser levado para dentro da casa dePedro. O primeiro passo levar a Palavra libertadora e transforma-dora para nossa casa, o segundo mostrar, sem receios, as enfer-

    midades que precisam ser curadas. Podemos ter a certeza de queJesus nos toma pela mo e nos conduz nesse processo de cura. Oresultado de Jesus em nossa casa transformao, cura e preparopara o servio. Foi isso que aconteceu na casa de Pedro.

    Por fim

    Depois da atividade da seo Pense em grupo, d uma folhapara cada pessoa e pea que escrevam quais as suas dificulda-des familiares que precisam ser tratadas.

    Ao levarmos Jesus Cristo paranossa casa, podemos ter certe-za de que Ele cuidar de nossasmazelas, nos tomar pela moe nos sustentar em meio s di-ficuldades do dia a dia, nos for-

    talecendo para servi-lo.

    A ns, discpulos e discpulas deJesus, esto postos os seguintesdesafios: aprender cada vezmais de Deus, leva-lo para anossa intimidade familiar; apre-sentar as mazelas e enfermida-des, prontos e dispostos curae se levantar para servi-lo.

    Que a partir desses estudos,a sua vida e de sua famlia setransformem cada vez mais!Convide Jesus a ocupar porcompleto a sua casa e a suavida, isso mudar a sua famlia

    e a forma de vocs servirem aDeus.

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    Estudo 02: E quando afamlia no vai bem?

    Texto bblico: 2 Reis 4. 8-37

    ... Vai tudo bem contigo, com teu marido, com o menino? Ela

    respondeu: Tudo bem (v. 26).

    OBA! Tenho uma famlia! , Ai! Tenho uma famlia! , so frasesque podem vir nossa mente quando pensamos em nossa famlia.Sim, porque ao mesmo tempo em que a famlia pode representarum lugar de alegria, crescimento emocional e espiritual, desafios esonhos compartilhados, ela tambm pode representar um lugar deconflitos mal resolvidos, processos de julgamento, crticas e dor, fe-ridas abertas e ausncia de comunicao saudvel e construtiva.

    Por isso, to importante que todas as pessoas crists olhem comcuidado e amor para a famlia e busquem formas de transform-laem um lugar que emana sade, alegria e paz. Vamos pensar umpouco a respeito disso?

    Os encontros

    O texto de 2 Reis 4.8-37relata a histria de dois encontros de uma

    famlia com o profeta Eliseu. No primeiro encontro, esta famlia serevela acolhedora e abenoadora (v.9,10), porm, segundo o con-ceito de famlia daqueles tempos, ela estava incompleta. Faltavaum filho ao casal (v.14). O profeta ento intercede por aquela fa-mlia e este filho vem completar a alegria daquela casa. Tudo ca-minhava bem, at que surge uma circunstncia no esperada: ofilho da sunamita adoece e morre (vv.19-20).

    Tudo to repentino que a mulher s conseguiu reagir ao fato de

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    Objetivos

    Refletir sobre o modocomo olhamos para a fa-mlia e buscar formas de trans-form-la em um lugar de onde

    emana sade, alegria e paz.

    Para incio de conversa

    Inicie com a dinmica: Pen-sando na minha famlia. Peapara que cada aluno/a escrevaem um papel o nome de cadapessoa que convive em casa.Em seguida voc apresentar5 perguntas que devem ser res-pondidas/refletidas em relaoa cada membro da famlia:

    1. Qual foi a ltima vez quevocs tiveram uma conversaagradvel?

    2. Qual a melhor qualidadedessa pessoa?

    3. O que no aceito nessa pes-soa?

    4. Quando foi a ltima vez queeu ajudei essa pessoa?

    5. Quais os medos dessa pes-soa?

    A proposta da dinmica refle-tir sobre o fato de que, quandonos perguntam sobre quem sonossos familiares, geralmenterespondemos com seus nomes,

    forma impulsiva e emocional.Deixou seu filho morto, e semcontar nada a ningum e nemse preocupar com os preparati-vos para o funeral (reaes queseriam racionais), foi ao alcan-

    ce do homem de Deus (v.22).

    Provavelmente, havia uma ni-ca certeza no corao e naalma desta mulher: se algumpoderia reverter esta histria deperda e dor, seria o homem deDeus. Ento no havia necessi-dade de perder tempo na bus-ca de qualquer outra sada.

    Este acontecimento possibili-tou o segundo encontro destamulher com o profeta Eliseu. Aoaproximar-se do local onde eleestava, a sunamita foi recebidapelo moo Geazi que quis sa-

    ber o que estava acontecen-do (vv.25-27). Sem desprez-lo,a mulher evita falar com ele epersiste em sua busca de en-contrar-se com Eliseu. Da mes-ma maneira, ela poderia secontentar com a morte do filho,mas insistiu com o profeta, paraque aquilo que Deus havia co-meado, no terminasse da-quele jeito(v. 28).

    Quando parece no termais jeito

    A sunamita viu a primeira aoa favor de seu filho no ter re-

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    quando na verdade elesso muito mais do quenomes. Pea que cadapessoa analise como

    est a sua relao com a fam-lia, se atentando para os pontos

    fortes e frgeis. Destaque quea busca pela harmonia familiarcomea quando nos dispomosa nos relacionarmos com osmesmos, dedicando-nos a dare receber afeto.

    Por dentro do assunto

    Informaes bblicas

    Sunmera uma cidade do terri-trio de Issacar, que ficava pr-xima a Jezreel. No sabemoso nome dessa mulher, apenasque era rica e que provavel-mente tinha um destaque so-

    cial. Geaziera servo particulardo profeta Eliseu, reconhecidocomo Homem de Deus e envol-vido neste ministrio; junto aoprofeta, buscava o amadureci-mento no servio ao Senhor.

    Quando a sunamita responde aGeazi: habito no meio do povo

    (2 Reis 4.13), sua expresso refle-te que estava tudo bem comela, muito embora no tivessefilhos. Quando Eliseu lhe diz queteria um filho, sua resposta foi:no, meu Senhor(2 Reis 4.16),e denota que havia um medonela de se frustrar, uma vez que

    sultados (v.31). Precisou de umasegunda interveno para queo milagre ocorresse (vv.32-36).A primeira tentativa de ressur-reio foi feita por Geazi, pormeio do bordo do profeta Eli-

    seu (vv.29,31). O bordo (umavara resistente que se leva mo para sustentao do cor-po) era smbolo de apoio, e foicolocado sobre o menino, massem resultados. A ressurreiodo que estava morto se deu apartir do toque de Eliseu sobre

    o menino, da aproximao,mos sobre mos, do olho noolho, e assim, o que estava friofoi se aquecendo e a morte foidando lugar vida (v.34).

    Aps ver a vida de seu filho res-taurada, a sunamita se prostradiante do profeta (atitude co-

    mum na poca, por reconhe-c-lo como Homem de Deus) eagradece a bno alcana-da (v.37).

    E a sua famlia, comovai?

    Muitas vezes vivemos em fam-lia, mas pouco convivemos. Oshorrios no batem, os dilogostambm no, e assim a gentevai deixando coisas preciosasmorrerem. Em muito essa expe-rincia da sunamita pode nosajudar quando o assunto a

    nossa famlia. Vejamos:

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    talvez achasse impossvelengravidar.

    Sobre os desafios familia-res

    Muitas so as situaes quepodem enfraquecer ou atmesmo ameaar as famlias:problemas financeiros, falta deautoridade por parte dos paise mes, enfermidades, falta decarinho e afeto, falta de dilo-go etc. Identificar os problemase reconhecer a necessidadede ajuda e/ou mudanas umfator fundamental para alcan-ar a restaurao familiar. Issono apenas a responsabilida-de de pais e mes. Os filhos efilhas crescidos precisam estarcientes da sua responsabilida-de nisso.

    Nesse processo de ajuda, al-guns passos so fundamentais:

    Aproximar a famlia de Deus:Se o SENHOR no edificar acasa, em vo trabalham osque a edificam...(Salmo 127.1).Toda a dedicao e esforo

    sero vlidos, mas precisamosda bno e orientao divinapara alcanar nosso objetivo.

    Aproximar a famlia da Igre-ja: Sabemos que muitas situa-es so resolvidas somenteno mbito familiar, sem serem

    compartilhadas com pessoas

    Precisamos identificar o queest morto em nossa famlia e irem busca de soluo. Devemosapresentar a Deus todas as ne-cessidades da nossa casa. Almde falar com algum para bus-

    car conselhos, precisamos en-tender que o mais importante colocar tudo, primeiramente,aos ps do Senhor (2 Reis 4.27 eSalmo 55.17).

    preciso perseverar na busca.Em nossa busca pela restaura-o da nossa famlia, muitosobstculos surgiro com o intui-to de nos desanimar ou nos fa-zer parar. No entanto, devemosperseverar no nosso alvo, cren-do que aquele que comeouem ns sua boa obra, tambmh de complet-la (Filipenses1.6; Lucas 18.1).

    Nem sempre nossa busca terresposta imediata. Deus tem otempo determinado para reali-zar todas as coisas (Eclesiastes3.1-3), por isso no podemosdesistir. O Senhor deseja o me-lhor para nossa famlia (Jere-

    mias 29.11-13).

    O processo de restaurao nafamlia se d a partir da oraoe da proximidade. necessrioter a f firmada na presena deDeus e no na f de outras pes-soas. Precisamos de interces-so, mas faz-se necessrio de-

    senvolver a nossa f e, por meioCruz de Malta - 17

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    18 - Cruz de Malta

    de fora da famlia. Entre-tanto, quando a famliade sangue caminha jun-to famlia da f, ela se

    sente amparada diante de suasdificuldades.

    Doar-se famlia: Para termosuma famlia forte preciso umaboa dose de sacrifcio, investin-do tempo, pacincia e procu-rando perceber suas necessi-dades.

    Todas as famlias esto sujeitasa passar por grandes dificul-dades e at mesmo enfrentarmomentos de crises. Estas situ-aes podero enfraquecer afamlia, como tambm fortale-c-la. Para a famlia crist, exis-te um grande diferencial, que a certeza que ela carrega a

    presena consoladora e susten-tadora de Deus em todos essesmomentos.

    Embora reconheamos o quan-to precisamos, como igreja, in-vestir energia e tempo refletin-do sobre a vida familiar, poucotemos feito a respeito disso. semelhana dos valores impos-tos pelo sistema deste mundo,tendemos a pensar no indiv-duo com seus problemas parti-culares e a deixar em segundoplano, as relaes familiares. Ocuidado com a famlia assun-to de todasas pessoas que dela

    fazem parte.

    dela, esperarmos em Deus. Nsdevemos orar muito, mas a pre-sena junto nossa famlia, oestar juntos, o olhar sincero quecompartilha amor, o perdo, aaceitao, so gestos que pos-

    sibilitaro a renovao da vida.

    O processo de restauraoinclui a gratido. Gratido a atitude esperada de todosaqueles e aquelas que forampor Deus abenoados/as.

    De quem a responsabilidadede ir em busca da restauraofamiliar? Apenas dos pais? Emque medida ns, jovens, por jtermos sado de casa, ou estar-mos planejando a nossa sada,no nos importamos?

    Diante dos acontecimentos da

    vida, sejam eles bons ou ruins, muito bom ter uma famliapara contar, para se alegrar etambm para se abrigar. Qualser a nossa resposta diante dapergunta: e a famlia como vai?

    Nos encontros superficiais, ge-ralmente, a nossa resposta a

    essa pergunta : vai tudo bem!Mas agora, aps esse estudo b-blico, como voc responderia?Muitas vezes um tudo bemesconde nossos problemas eo nosso desconhecimento doque realmente tem ocorridodentro de casa. Assim como a

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    Cruz de Malta - 19

    Promover na comunida-de de f reflexes sriasque nos forneam ba-ses slidas para fortalecermosas famlias, deve ser um alvopertinente em nossa caminha-

    da crist. Tambm muito im-portante que testemunhos devida familiar, que sob a graade Deus tem dado certo, sejamtrazidos para a Igreja, afinal,nem tudo est perdido e Deustem se feito presente de muitasformas em meio s famlias, res-

    taurando, abenoando, curan-do e salvando. Bendito sejaDeus!

    Por fim

    Aps a atividade proposta naseo Pense em grupo, reto-me o exerccio realizado no in-

    cio da aula e pea para quecada pessoa eleja uma atitudea ser realizada com cada mem-bro da sua famlia. Ore por isso.

    Fica a dica

    Durante um ms cada pessoada classe deve orar por uma

    famlia. Sorteie as famlias e in-centive o grupo a ligar e visitarquem ser alvo de sua orao.

    sunamita, precisamos manter aateno em nossa casa e nasrelaes estabelecidas comnossos familiares. E quando fornecessrio, ir em busca de aju-da, seja por meio da orao,

    do aconselhamento e at mes-mo da boa interferncia de al-gum. A responsabilidade pelaestabilidade familiar de todomundo.

    bem certo que h situaesque, humanamente falando,no tero o desfecho que es-peramos. Mas ainda assim,continuaremos caminhando,testemunhando e vivendo amanifestao da graa deDeus em meio s desgraasda vida, como nos exorta 2 Co-rntios 4.

    ConcluindoPor vezes, diante das mudan-as circunstanciais que sofre-mos, no estamos preparados/as e nem prontos, como fam-lia, para enfrent-las, assim nosabatemos, perdemos nossos re-

    ferenciais e permitimos que umdesnimo emocional, fsico eat mesmo espiritual, nos domi-ne. Para reagir a isso preciso:sentir-se como parte responsvel para garantir o bem-estar da suafamlia; cultivar e manter um perodo semanal para, em famlia,realizar alguma atividade que fortalea os laos familiares; ter umavida devocional em famlia. A orao e a leitura da Bblia nos forta-lecem para situaes inesperadas que s Deus conhece quando

    e como vir.

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    BibliografiaMACARTHUR, John; Bblia de estudo. Barueri: Sociedade Bblica doBrasil, 2010.

    BBLIA de Jerusalm, nova edio, revista e ampliada. So Paulo: Paulus,2008.

    IGREJA METODISTA. Viver em Famlia. Estudos para classes de Escola Do-minical. So Paulo: Imprensa Metodista, So Paulo, 1994.

    Que possamos buscar caminhos que nos conduzam a processosde maturidade enquanto famlia para que as dificuldades da vidasejam instrumentos de renovao da nossa f e fora em Deus!

    Bate-papo

    Destaque 4 aes fundamentais para que os membros da famlia seajudem mutuamente em tempo difceis.

    Leia durante a semana

    :: Segunda-feira:Salmos 147.13:: Tera-feira: Provrbios 13:: Quarta-feira:1 Corntios 3.1-20:: Quinta-feira: 1 Joo 2.15-17:: Sexta-feira:1 Tessalonicenses 5.21-23:: Sbado:Romanos 8.18-25

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    Honra a teu pai e a tua me, como o Senhor teu Deus te orde-

    nou (v.16a).

    Falar sobre honrar pai e me, em tempos onde as relaes es-to cada vez mais desgastadas e fragilizadas, parece um discursoultrapassado e, em muitas realidades, percebemos um uso equi-vocado ou interesseiro que se faz desse mandamento. Enquanto fi-lhos e filhas, de todas as idades, esvaziam e desmerecem o sentidodesse mandamento, pais e mes se valem dele para estabelecerrelaes opressoras com seus descendentes. Como ns temos nosrelacionado com essa ordenana? O que entendemos sobre isso?

    Um importante mandamento e sua promessa

    Deuteronmio 5.16 faz parte do texto conhecido como os Dezmandamentos que muito significativo para a histria de Israele devem ser entendidos como orientaes para a relao comDeus e com os seres humanos. Pedagogicamente podem ser di-vididos em duas partes: os 4 primeiros considerados como respon-sabilidades para com Deus, e os demais como responsabilidadespara com as pessoas. Oito mandamentos comeam na negativa,s os mandamentos 4 e 5 so afirmativos e apenas o mandamento5, objeto do nosso estudo, agrega uma promessa: (...) para que seprolonguem os teus dias, e para que te v bem na terra que te do Senhor teu Deus.

    A f do Antigo Testamento passou por diversas transformaes ato tempo de Jesus. No passado, a religio oficial possua dogmas

    que, mesmo hoje, no fazem parte do credo judaico. Dois desses

    Estudo 03: O que falarsobre honrar pai e me?

    Texto bblico: Salmo 19.7-11

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    Objetivos

    Pensar as relaes mater-nas e paternas, buscan-

    do, luz da Palavra de Deus,superar os desafios e dar outros

    significados s mesmas.

    Para incio de conversa

    Assim como outros assuntos queesto propostos nessa revista,este no um tema simples.Falar das relaes entre pais,mes, filhos e filhas dar mar-gem para que surjam lembran-as positivas ou no. Por isso,cuide para que a aula no seja

    dogmas podem ser identifica-dos nesse versculo: teologia daretribuio e a crena de que amorte seria o fim porque nocriam em vida eterna.

    O primeiro afirmava que TUDOte iria bem se fosse fiel a Deus.Nenhum mal iria te atingir. Napoca do cativeiro babilnico,os judeus comearam a ques-tionar essa crena. Esses ques-tionamentos podem ser encon-trados nos livros de Eclesiastes

    (7.15)e J

    (22).

    Como no criam na vida eter-na, era coerente entender a

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    um espao de fomentode culpa ou de julga-mentos das relaes es-tabelecidas.

    Esteja atento ao que dito e

    aos silncios tambm. Peaorientao a Deus para quevoc desempenhe o pastoreionecessrio e, se preciso for, es-tenda seus cuidados com ogrupo para alm da sala deaula. Se necessrio, busqueajuda pastoral.

    Sugerimos a seguinte dinmi-ca: rena a turma em dois gru-pos. Um grupo deve construir operfil de pai que consideramadequado, e o outro grupofar o da me. Em seguida,os grupos apresentaro seusperfis que depois sero postos

    em discusso. Quando acharpertinente, destaque que parafazer a construo de um per-fil, nos baseamos em nossasexpectativas e experincias,idealizamos e destacamos asqualidades, nunca levamos emconsiderao as dificuldades.Procure ento refletir com a tur-ma, analisando quais das ca-ractersticas apresentadas elesmesmos possuem (por exem-plo: se algum diz que o paideve ser paciente, essa quali-dade est nele/a?). importan-te que percebam que seus paistambm esto num processo

    Cruz de Malta - 23

    longevidade como retribuioda fidelidade. Contudo, a quan-tidade de pessoas fiis a Deusque morreram por diversos mo-tivos, fizeram com que o povorepensasse sua f. A crena no

    Juzo Final surgiu como revela-o de Deus por volta do II scu-lo a.C. O livro de Daniel foi o pri-meiro a mencionar a esperanada vida eterna, acrescentandoesse dado na f judaica (Daniel12.13).

    Para alm desse contexto, esto valor desse mandamento. Ele atemporal e serve de orienta-o de conduta para alm dacultura e dos dogmas, pois tratade respeito e valorizao do serhumano.

    Engana-se quem acha que a

    relevncia desse tema se restrin-ge s classes de crianas. Ao serapresentado ao povo, esse man-damento no tem restrio et-ria. bem possvel que ele tenhasido escrito para os/as filhos/ascrescidos/as, como alerta contrao abandono dos pais e mes navelhice. Quem cuidou dos filhose filhas, quando j no podemais trabalhar, precisa ser cuida-do por sua descendncia.

    Nessa ordenana se exalta o va-lor da paternidade. A igreja pri-mitiva tambm valorizava mui-to esse mandamento que fazia

    parte das instrues de conduta

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    humano de amadureci-mento. Quando pensa-mos nos pais e mes, pre-cisamos levar em conta

    as fragilidades de ambos. Assimcomo necessitamos que as pes-

    soas sejam tolerantes conosco,precisamos agir de igual formacom elas.

    Isso no significa uma tole-rncia cega ou a passividadediante das injustias. Nos DezMandamentos e em outros prin-cpios da Bblia, encontramossuporte para melhorar as nossasrelaes. Um deles o 5 Man-damento.

    Por dentro do assunto

    Cada mandamento reflete ogrande amor que Deus tem

    para com os seres humanos e oseu cumprimento um desafiopara todos/as ns.

    A Lei de Deus no visa limitarou constranger o ser humano.Pelo contrrio, visa proteger,melhorar e abenoar a vida.No matar, no adulterar, no

    furtar, no dar falso testemunhoe no cobiar, so limites sim,mas no so limites que preju-dicam a liberdade. Pelo contr-rio, foram estabelecidos paraque todas as pessoas tenhampaz e tranquilidade na vida. Es-to na forma negativa quanto

    gramtica, mas so ordens

    (Efsios 6.1-3). Jesus criticou oabandono aos pais e mes(Marcos 7.6-13)e tambm deuum exemplo de cuidado comquem o criou (Joo 19. 25-27).

    A promessa consequente dahonra aos pais e mes nopode ser entendida comoprosperidade material ou au-sncia de dias difceis. in-teressante pensa-la a partirda prosperidade emocional.Honrar para que te v bem,para que estejas livre, em paz,com a certeza de quem tensfeito o melhor.

    H que se ter a Graapara cumprir osmandamentos

    Ao olharmos para os manda-mentos na perspectiva crist,percebemos que apenas agraa de Deus nos auxilia emseu cumprimento. Ns, por nsmesmos, temos muitas dificul-dades em cumpri-los. Assim,eles assumem, desde quandoestabelecidos, a funo pro-

    ftica de denncia das injus-tias e do anncio de pistaspara uma vida saudvel.

    Os pais tm uma importnciamuito maior do que costuma-mos imaginar. E essa impor-tncia independe do quanto

    achamos que essas relaes

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    positivas para promoveruma sociedade melhor.

    O texto da lio faz partedo declogo, como so cha-mado os Dez Mandamentos.

    importante frisar que a religioantiga entendia esse manda-mento de forma literal, pois viaa teologia da retribuio de for-ma irrestrita. Contudo, um olharatento dos sbios de Israel, per-cebeu que tal teologia no cor-respondia verdade da vida.

    Recomendamos a leitura dolivro de Eclesiastes, para vercomo a descoberta disso cau-sou crise no sbio do livro.As retribuies apresentadasquanto ao honrar pai e me, segundo a interpretao ex-posta na revista do/a aluno/a

    refere-se ao ato de no retribuiraos pais alguma dor por elescausada. E, se for possvel poisalguns pais podem j estar mor-tos que se exera o perdo.Ao tocar nesse tema, tenha cui-dado para no desviar o assun-to da aula, j que alguns errospodem ser considerados por

    parte do grupo como imper-doveis. Pontue que o perdofaz bem para quem o recebee principalmente, para quem odoa, porque se liberta de mui-ta coisa que o/a impede de irbem (Deuteronmio 5.26).

    Cruz de Malta - 25

    significam para ns. As marcasdo relacionamento, sejamelas boas ou ruins, ficam emns, e as consequncias sur-gem a partir de como reagimosa elas. Aqui fazemos um des-

    taque para as consequnciasnegativas que podem ocasio-nar marcas e mgoas que po-dem dificultar nossas relaesinterpessoais e com Deus. Noqueremos com isso desmerecero sofrimento da ausncia docuidado e as dores das difceis

    relaes que algumas pessoastm com quem as criou. Masconsideramos importante des-tacar que Cristo nos chamapara uma nova vida onde Elecura nossas feridas e cicatrizes,nos ajudando a seguir em fren-te (2 Corntios 5.17).

    Quando assumimos esse man-damento na perspectiva mo-ralista, ele pouco proveitoso,torna-se opressor e dificlimo decumprir. Tanto para esse, quan-to para qualquer outro man-damento, preciso vive-losna perspectiva da graa, da

    santificao e do discipulado.A graa nos torna conscientesdo amor, do perdo e do aux-lio constante de Deus e a san-tificao o compromisso queassumimos ao nos tornarmosdiscpulas e discpulos que que-rem se parecer com o seu Mes-tre: Jesus Cristo.

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    Bibliografia

    MESTERS, Carlos. Os dez mandamentos: ferramentas para a comu-nidade. So Paulo: Editora Paulus, 2015.

    IGREJA METODISTA. Revista Cruz de Malta: os Dez Mandamentos. SoPaulo: Imprensa Metodista, 1988.

    SCHIMIDT, Werner H. Introduo Ao Antigo Testamento. So Leopoldo: Edi-tora Sinodal, 1994.

    Bate-papo

    1. Quais as maiores dificuldades para honrar o pai e a me? Como

    super-las?2. Eleja 3 importantes princpios na educao e na relao entrepais, mes, filhos e filhas.

    Leia durante a semana

    :: Segunda-feira:Eclesiastes 7:: Tera-feira: J 22

    :: Quarta-feira:J 23:: Quinta-feira: Deuteronmio 5.29:: Sexta-feira:Tiago 1.19-26:: Sbado:Isaias 49.15-16

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    Estudo 04:falam mais que palavras.

    Gestos que

    Texto bblico: Rute 1.15-18

    ... No me solicite para que te deixe e nem me obrigue a no

    seguir-te ... (v. 16).

    Esse o tempo onde a forma de nos relacionarmos parece maiscentralizada em mediaes eletrnicas e digitais. A facilidade emnos comunicarmos e em consumir informaes nos coloca em doisextremos: se estamos em frente televiso ou ao lado de um rdio,podemos absorver um contedo de forma passiva, sem muito cri-trio e sem refletir sobre os perigos que eles representam. Por outrolado, diante dos smartphones, tablets ou computadores, falamosmuito, opinamos muito e corremos o risco de ouvirmos pouco.

    Em nossa rotina h quem frequentemente abra mo do contatodireto, pela comodidade que esses novos recursos tecnolgicospossibilitam. Por incrvel que parea, s vezes, pessoas na mesmacasa se comunicam por mensagens de texto. No so apenas aspalavras que falam, a ausncia delas, os nossos gestos, nosso olhare at nossa postura e entonao de voz, tem o poder de transmitiruma mensagem, reforar um sentimento, dar sentido a uma decla-

    rao.Os encontros

    O livro de Rute uma das belas histrias da Bblia, com as tpi-cas caractersticas de uma novela: as protagonistas, o drama, ahistria de amor, a superao dos empecilhos, o final feliz com onascimento de um beb, fazem dela um texto que anima a vida ereacende a esperana. Engana-se quem pensa que ela apenas

    uma dessas histrias que fariam sucesso como uma comdia ro-

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    Objetivo

    Refletir sobre a importn-cia do convvio e da pre-sena das pessoas em nossasvidas, destacando que muitas

    vezes as aes so mais impor-tantes que as palavras.

    Para incio de conversa

    Para iniciar a discusso, cons-trua, com a ajuda do gru-po, uma linha sequencial dosacontecimentos do livro de

    Rute. Aps a partilha dos fatos,agregue a informao sobre osignificado dos nomes de cadapersonagem no livro (seo Pordentro do assunto). medidaque o texto vai sendo lido peapara que o grupo tenha emmente o significado de cadanome e faa as analogias.Aps esse exerccio, analisecom o grupo a imagem abai-xo. Ela est disponvel em http://goo.gl/0RRKTy Atente-se para olugar da Bblia nessa imagem.

    Por dentro do assunto

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    mntica de Hollywood. Cadapalavra que compe o livro deRute tem uma intencionalida-de bem definida. Ele pode serconsiderado um livro de cele-brao da vitria da famlia.

    Em que essa histria pode ins-pirar as nossas relaes familia-res?

    O texto bblico em destaqueconta o incio da saga de Rute,Noemi e Orfa, que se encontra-ram e formaram uma famlia,viveram excelentes momentos,

    mas que agora, com a perdade seus maridos, viviam temposmuito difceis (vv. 3-5). Noemi,a matriarca da famlia, decidiuvoltar sua terra, Belm, massabia o que significava viver nacondio de viva e, decidiuliberar as suas noras da respon-sabilidade de permaneceremjunto a ela (vv.7-9).

    Enquanto Orfa aceitou a orien-tao da sogra (v.14), Rutedecide ficar com Noemi e secomprometeu a seguir comela, por onde quer que fosse(v.16). Honrando a fidelidade eo zelo, o companheirismo e oamor de Rute, Noemi se empe-nhou para que Rute e seu pa-rente Boaz se aproximassem, oque mudou a sorte da jovemviva (captulos 3 e 4) e, con-sequentemente, a sua, que emmeio amargura (Rute 1.20)voltou a ter motivos para sorrir.

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    Por dentro do as-sunto

    Sobre o texto bblico

    A beleza do Livro de Rute no

    se encerra apenas na saga deduas mulheres que, diante dasangstias e da fome, encon-traram foras na amizade e nocompanheirismo para seguiradiante em busca de seus direi-tos para uma vida digna. Algomuito bonito neste livro o sig-nificado dos nomes dos perso-

    nagens, que mostram o que apessoa e faz. Vejamos:

    Noemi significa graa ou gra-ciosa; seu marido Elimelec, sig-nifica meu Deus Rei; seus fi-lhos Malom, doena e Quilion,fragilidade (Rute 1.2); suas norasOrfa, costas e Rute, amiga (v.4).Diante de tanta tristeza, Noe-mi pede para ser chamada deMara, que significa amargura-da (v.29). Boaz (2.1), marido deRute, significa pela fora e Obe-de (4.17), o filho que nasce doamor de Rute e Boaz, significaservo.

    Alm dos nomes, o trajeto dospersonagens interessante,eles se movimentam sempreem direo terra, casa ou famlia. interessante pensarnum livro que se constri a partirdo movimento da vida que en-volve o trabalho, o sustento, a

    casa, as relaes familiares e a

    Ao se despedir das noras, No-emi demonstrou amor e abne-gao ao afirmar que as jovensteriam mais sorte se seguissemsem a sua companhia, pois jera avanada em idade e en-

    tendia as dificuldades que issotraria para as moas. Rute per-cebeu que no ato de despren-dimento de sua sogra estavauma profunda demonstraode amor e cuidado. Ela leu amensagem de Rute e, paraalm das palavras, se valeu docorao para entender.

    Quando ramos crianas re-cm-nascidas, nossos pais emes frequentemente transmi-tiam amor e carinho com afa-gos, um abrao apertado, umolhar afetuoso, um beijo. Noreconhecamos o significadodas falas, mas por meio dosgestos, das doces entonaesda voz, nos sentamos bem, emsegurana, da mesma manei-ra que quando ouviam nossochoro, imediatamente compre-endiam, nesse gesto, que ne-cessitvamos de algo.

    Desde muito cedo, nos damosconta de que, na comunica-o, outros fatores esto envol-vidos. Somente palavras noso capazes de transmitir comintensidade as nossas mensa-gens, pelo contrrio, s vezes,com palavras, conseguimosomitir a nossa real situao.

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    Para saber mais

    Artigo cientfico O im-pacto da mdia na cons-

    truo dos valores sociais.Disponvel em http://goo.gl/

    QMVCo4Estudo bblico O Que Diz A B-blia Sobre a Comunicao noLar. Disponvel em http://goo.gl/tmFSmi

    BibliografiaMESTERS, Carlos. Rute. So Paulo:Edies Loyola, 2009.

    Bate-papo

    Na correria diria da minha vida, como demonstrar respeito, amor,interesse e ateno pela minha famlia?

    Leia durante a semana

    :: Segunda-feira:Rute 1:: Tera-feira: Rute 2:: Quarta-feira:Rute 3

    :: Quinta-feira: Rute 4:: Sexta-feira:Provrbios 1.8:: Sbado:1 Timteo 5.8

    links para ver mais tarde, navida em famlia essa no umaforma muito saudvel de nos re-lacionarmos.

    Voc provavelmente j entrou

    em um ambiente e se depa-rou com a imagem de um gru-po de pessoas, sentadas fren-te a frente, sem interagir, semolhar umas para as outras, masolhando fixamente para seussmartphones, s vezes at rindoe falando sozinhas.

    Quantas vezes algum de suafamlia tentou lhe falar algo eno conseguiu porque voc es-

    tava preso pelo brilho de uma imagem de TV ou de um post na telado smartphone? Muitas vezes nossas respostas so vazias: sim,ok, t legal, hum, etc. No perca a possibilidade de ouvir edialogar com as pessoas. A despeito de tudo que a tecnologiapode proporcionar, olhar nos olhos, tocar, falar diretamente, ainda muito mais eficaz, proveitoso e prazeroso, alm de poder salvar

    pessoas que precisam de ajuda. Esteja disponvel para ouvir, en-tender alm das palavras e agir em favor da vida. No abra modesse privilgio.

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    At os irmos de Jesus no criam nele. (v.5).

    Nem sempre a nossa famlia compartilha da nossa f, isso pode setornar um problema, ou no. Para muitas pessoas, isso um empe-cilho para a frequncia igreja e para a vida devocional em casa.Quando isso acontece, alguns desafios se apresentam: como serelacionar com a famlia apesar das diferenas religiosas? Qualdeve ser a minha postura diante da hostilidade que possa surgir?

    O meu comportamento tem colaborado para que as pessoas nocompartilhem da minha f? Como a minha famlia enxerga a mi-nha Igreja? Como a minha Igreja enxerga a ausncia da minhafamlia? Estas perguntas se dirigem a quem vive essa situao etambm Igreja, a famlia da f onde a pessoa est inserida.

    s vezes difcil explicar

    O texto de Joo 7.1-9apresenta particularidades da vida de Jesus

    e sua famlia um dilogo entre Jesus e seus irmos. Pouco se sabesobre a vida familiar de Jesus, da um aspecto da preciosidadedesse relato do Evangelho de Joo, que nos permite conhecer umpouco mais sobre Sua famlia. Pelo que se observa, os irmos deJesus no compreendiam muito bem a sua f e ensinos. o quenos indica o evangelista: pois nem mesmo os seus irmos criamnele(v.5). Como Jesus lidava com a incredulidade em sua famlia?

    Estudo 05:no compartilha daminha f.

    Minha famlia

    Texto bblico: Joo 7.1-9

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    38 - Cruz de Malta

    Objetivos

    Pensar sobre as tensesque podem existir em

    famlias, nas quais nem todosprofessam a mesma f; indicar

    algumas atitudes crists quepodem colaborar com o bem--estar familiar.

    Para incio de conversa

    Comece com a msica Fam-lia composta por Joo Alexan-dre. Reflita sobre a mesma e

    em seguida d oportunidadepara que as pessoas falem daexperincia de servir a Deusem famlia ou sozinhas. A par-tir desses testemunhos, aponteque as pessoas, cujas famliasno compartilham a mesma f,muitas vezes se sentem desani-madas e o apoio que no en-contram na famlia de sangue,devero encontrar na famliada f.

    Por dentro do assunto

    Jesus e sua famlia

    Jesus teve pai, me, irmos e

    irms (Mateus 12.46-50; 13.55-56; Joo 2.12; Atos 1.14; 1 Co-rntios 9.5; Glatas 1.19). Apesarda narrativa de nosso estudodescrever que os irmos de Je-sus no criam em seus ensinos(v.5), esses se converteram aoEvangelho depois da morte eressurreio do Senhor Jesus

    O que podemosaprender com Jesus?

    Jesus nos ensina que possvelservir a Deus em um ambientefamiliar hostil f (vv. 2-4). Anarrativa mostra que os irmosde Jesus fazem uma provo-cao a ele, insinuando que,se Jesus era mesmo o Cristo,deveria aproveitar a expecta-tiva messinica da Festa dosTabernculos e se revelar pu-blicamente como Messias em

    Jerusalm Judia. Jesus man-teve-se firme nos propsitos doPai e indicou sabiamente a seusirmos que sua hora ainda nohavia chegado (vv.6-8).

    Jesus nos ensina que nossasconvices religiosas no po-dem ser motivos para hostilizar-

    mos nossos familiares (vv.6-9).Jesus no vai a Jerusalm comseus irmos, Festa dos Taber-nculos, em obedincia aoplano perfeito de Deus: no erasua hora de se revelar comoMessias. Todavia, Jesus no osimpedem de irem festa.

    Jesus ensina que o alimento daespiritualidade suporte vidae centro da vivncia harmo-niosa na famlia (vv.8-9). Jesusera um homem de constantee profunda vida de orao,sempre meditava na Palavrae buscava ter intimidade com

    Deus. Esse alimento espiritual

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    (Glatas 1.18-19). Algunsdeles se tornaram proe-minentes lderes da Igrejana antiguidade (Glatas2.9). Essa informao deve ge-rar em ns confiana de que,

    assim como os irmos de Jesuscreram nele aps sua ressurrei-o, podemos crer que a salva-o tambm alcanar nossosfamiliares. Afinal, acreditamosque a promessa feita ao car-cereiro em Atos, vale tambmpara nossas vidas: Cr no Se-

    nhor Jesus e sers salvo, tu e tuacasa (Atos 16.31).

    A Festa dos Tabernculos, tam-bm conhecida como Festasdas Cabanas/Tendas, era muitopopular em Israel, assim comoa Pscoa e Pentecostes. Acon-tecia no final de setembro e in-

    cio de outubro, com duraode sete dias. Com a chegadadestas Festas, os judeus de dife-rentes lugares se dirigiam a Je-rusalm para sua celebrao epermaneciam em cabanas co-bertas com ramos de rvores,relembrando o xodo, a liberta-o e caminhada do povo nodeserto rumo Terra Prometida.

    Portanto, era uma festa de gran-de regozijo e aes de graaspela salvao do Senhor. Porseu carter messinico, os ju-deus esperavam que o Messiasaparecesse no perodo de sua

    celebrao no Templo, para li-Cruz de Malta - 39

    foi importante para sua vida,ministrio e relacionamentos in-terpessoais. Por isso, no dilogocom seus irmos, Jesus esboaequilbrio emocional, seguran-a e lucidez espiritual para no

    aceitar as provocaes.

    Aguardando o tempocerto!

    comum em lares onde familia-res no professam a mesma fem Cristo, haver provocaes,

    intimidaes ou alguma tensoreligiosa. Isso pode gerar an-gstia e aflio. Aprendemoscom Jesus a no responderagressivamente a esse tipo desituao. Ser fiel a Deus no larno entrar em confuso porquestes de f, mas saber ouvir,dialogar com palavras sbiase demonstrar amor aos nossosfamiliares frente s suas incom-preenses religiosas.

    A falta de discernimento espiri-tual, sabedoria e amor tm le-vado muitas pessoas a daremmau testemunho em seus lares:

    no dia a dia, em reunies fami-liares e datas festivas. Agindoassim, criam enormes confu-ses e abismos para que seusfamiliares aceitem a f em Je-sus.

    A convivncia em casa podeser difcil, sobretudo quando

    colocamos a nossa f acima

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    40 - Cruz de Malta

    bertar sua nao do do-mnio poltico do ImprioRomano. Essa libertaoviria acompanhada da

    manifestao da Glria deDeus, por meio do Messias, que

    haveria de espalhar a Salvaoa toda as naes da terra (Za-carias 14.16-17 e Ezequiel 47.1-12).

    Devido a essa expectativa mes-sinica, as autoridades polti-co-religiosas de Israel ficavamatentas a qualquer manifesta-o, ou apario, de possveisfalsos messias. Isso explica, emparte, a preocupao da lide-rana poltico-religiosa com Je-sus e por que Ele permaneciana regio Galileia (v.1), manten-do-se longe da Judeia, ondeacontecia a Festa dos Tabern-

    culos.O messianismo de Jesus nocombina com espetculo

    Como visto na narrativa deJoo 7.3-4, os irmos de Jesussugerem que Ele v a Jerusalmpara participar da Festa e ser re-

    conhecido publicamente, umavez que, pela tradio, o Mes-sias haveria de se revelar nessafesta. Assim, a ida de Jesus po-deria ser um timo momento derevelao e glorificao.

    Contudo, Jesus no os acom-panha - pois tinha clareza que

    sua hora ainda no havia che-

    do que Cristo nos ensina emseus atos: ...Amars o teu pr-ximo como a ti mesmo...(Mar-cos 12.28-34) ou at mesmocomo Paulo aconselha a igrejaem Corinto: Fiz-me fraco para

    com os fracos, com o fim deganhar os fracos. Fiz-me tudopara com todos, com o fim de,por todos os modos, salvar al-guns... (1Corntios 9.21-23). For-talecidos nestas palavras temosmaior disposio para ouvir edemonstrar amor.

    Concluindo

    O tema da famlia um as-sunto que desafia a Igreja. Porisso, devemos aprofundar maisnosso dilogo sobre esse temae buscar alternativas para pas-torear e ajudar as pessoas cris-

    ts que sofrem pelo drama deseus familiares no abraaremo Evangelho.

    Cremos que Deus ama a fam-lia, e que, portanto, a salvao para toda casa (Atos 16.30-34). No desista de ver sua fa-mlia rendida a Cristo. Enquanto

    isso no acontece, faa comoJesus: 1) sirva a Deus com f,amor e sabedoria em sua fam-lia; 2) no deixe que suas con-vices religiosas sejam motivopara voc hostilizar seus fami-liares; e, 3) medite na palavra,tenha vida devocional e de

    orao.

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    gado - indo festa apenas depois, secretamente, no des-

    pertando nenhuma ateno. Pode parecer estranha essaatitude de Jesus, porm, o que vemos nesse episdio umzelo pela integridade de sua vida, bem como discernimentoespiritual de que a hora de seu confronto s estruturas de poder deJerusalm e o momento de sua Paixo, ainda no haviam chega-do. Por fim, pode-se afirmar que Jesus no vai Festa porque noera sensacionalista ou tinha identificao com espetculo, comoqueriam seus irmos.

    Essa atitude de Jesus nos ensina bastante, sobretudo nesse tempoem que alguns membros e lderes evanglicos buscam holofotes.Nesse contexto, muitos de nossos familiares que no so crentes,por verem alguns exageros, querem nos confundir com essas figu-ras evanglicas ou zombar de ns, comparando nossas atitudescom as deles. Jesus nos ensina a agir com sabedoria frente s in-compreenses de nossos familiares e, alm disso, a fugir da tenta-o da f sensacionalista.

    Cruz de Malta - 41

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    Por fimResponda as perguntas da seo Bate-papo e incentive aimportncia do apoio da famlia da f. Coloque a msica

    de Asaph Borba Somos corpo, famlia de Deus e em seguidaorem pelas pessoas que ainda possuem familiares que no se con-

    verteram a Jesus Cristo.Fica a dicaAnote o nome de alguns familiares de alunos e alunas (os mais pr-ximos: pais, mes irmos e irms) que esto afastados da f crist edistribua na classe, convidando a turma a interceder durante todoo ms por essas pessoas. Incentive o grupo a promover algumaao em favor dessas pessoas, para que se sintam queridas pelaigreja: uma visita, uma gentileza ou outra coisa possvel.

    Msicas: Famlia Joo Alexandre (https://goo.gl/R752bR); Famliade Deus Asaph Borba (https://goo.gl/Oslgdr).

    BibliografiaBORTOLINI, Jos. Como ler o Evangelho de Joo. Srie Como Ler a B-blia. So Paulo: Paulus, 1992.

    CHAMPLIM, R. N. Novo Testamento Interpretado Versculo por Versculo Joo. So Paulo: Hagnos, 2002.

    MACKENZIE, John L. Dicionrio Bblico. So Paulo: Paulus, 1983.

    42 - Cruz de Malta

    Bate-papo

    O que a Igreja pode fazer para ajudar as pessoas que tm familiaresque no compartilham da mesma f?

    Leia durante a semana

    :: Segunda-feira:1 Corntios 7.12-14:: Tera-feira: Salmo 127

    :: Quarta-feira:Salmo 128:: Quinta-feira: Salmo 40.1-5:: Sexta-feira:Filipenses 2.12-14:: Sbado:1 Corntios 6.11

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    Cruz de Malta - 43

    ... Ainda assim, tais pessoas sofrero angstia na carne e eu

    quisera poupar-vos (v.28b).

    Uma pessoa pode estar solteira por vontade prpria ou de formainvoluntria. H pessoas que decidem no formalizar suas rela-es, enquanto h outras que mesmo que desejem ter uma rela-o sria e formal, no encontram algum para ter uma vida emcomum. Para algumas pessoas isso no chega a ser um problema,mas para outras, isso se transforma em angstia. Muitas vezes, sur-gem presses impostas pela prpria famlia, ou at mesmo na Igre-ja, para que a pessoa se case e tenha filhos e filhas.

    Paulo, em uma carta pastoral, tratou sobre esse tema com a Igrejade Corinto. Ainda que em um contexto radicalmente diferente donosso, vale a pena refletirmos sobre a condio de estar solteiro/a luz dos escritos do apstolo.

    Assuntos do corao

    Em assuntos do corao, h um ditado muito usado: se conselhofosse bom, no se daria, se venderia. Isso significa que falar dasrelaes afetivas sempre muito complexo, especialmente por-que em alguns momentos, o corao e a razo esto em desacor-do. Muitas vezes se espera de um pastoreio a palavra definitiva, averdade absoluta, mas nem sempre isso fcil. Diante das ques-tes levantadas pela igreja de Corinto, Paulo buscou orient-los,da melhor maneira possvel, e em alguns momentos destacou quesuas orientaes eram conselhos e no preceitos do Senhor (1 Co-

    rntios 7.6,12,25,32,40).

    Estudo 06:pode no ser umproblema.

    Estar solteiro/a

    Texto bblico: 1Corntios 7. 28b32a

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    44 - Cruz de Malta

    Objetivo

    Pensar e desmistificara condio de se estar

    solteiro/a.

    Para incio de conversaTrataremos de algo que todas aspessoas envolvidas na aula, emalgum momento da sua vida,j experimentaram ou ainda vi-vem. Nesse sentido, a proposta pensar quais so os pontospositivos e negativos de se es-

    tar solteiro/a. Pea que o gru-po levante os pontos positivose negativos de estar casado/a.A ideia com esse exerccio desmistificar uma condio ououtra como a ideal. Cada umatem suas peculiaridades.

    Em seguida, construa com o

    grupo quais so os estereti-pos de quem est casado e dequem est solteiro. Que tipo declassificaes homens e mulhe-res recebem nessas situaes.Para ajudar na discusso apre-sente alguns mitos da condiode solteiro/a que esto na se-

    o Fica a dica.Reflita que ns precocemen-te classificamos as pessoas emesteretipos. O problema queeles estabelecem uma relaoimpessoal com a outra pessoa.Falamos no de quem vive acondio, mas generalizamos e

    enquadramos todas as pessoas

    O captulo 7 da primeira cartaao povo de Corinto so con-selhos referentes s relaesafetivas. Ele trata, entre outrascoisas, de casamento, viuveze sobre estar solteiro/a. Com

    relao s pessoas casadas,destaca que a abstinnciasexual devia ser de comumacordo e apenas por um tem-po, para que se dedicassem orao. A relao entre oscorpos no poderia ser base-ada no domnio ou na opres-

    so, mas no respeito (vv.4-6).Com relao as pessoas vi-vas e solteiras, o apstolo afir-ma a sua opinio: que lhesseria bom se permanecessemno estado em que tambm euvivo. Caso, porm, no se do-minem, que se casem; porque melhor casar do que viver

    abrasado(vv. 8-9).

    Paulo, ao defender a condi-o de viver solteiro/a, norecrimina o casamento, pelocontrrio, essa uma opoque sempre deve ser levadaem conta (vv. 9, 27-28,38). Ele

    destaca que casamento trazpreocupaes, conflitos eajustes peculiares, que quemest solteiro/a no precisa ter,podendo assim dedicar maistempo s coisas do Senhor,tarefa mais que urgente paraele, que tinha em seu horizon-te a volta iminente de Jesus

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    em algo pr-fabricadoque, na maioria das ve-zes, em nada correspon-de realidade. Quandofalamos das pessoas e comas pessoas, alm de respeito,

    precisamos ter em mente a di-versidade de histrias e experi-ncias de vida de cada uma.Estar solteiro/a ou casado/a soresultados decorrentes de ex-perincias de vida, mas umapessoa no se resume apenasa isso.

    Por dentro do assuntoO captulo 7 de Corntios mui-to controverso e, por isso, alvode muitos estudos da pesquisabblica, especialmente porquetraz temas que para a nossasociedade ainda causam mui-to frisson, como o caso dasubmisso da mulher. De formaequivocada, ele vem sendousado para legitimar relaespreconceituosas e opressorasentre homens e mulheres naIgreja. Paulo comea esse ca-ptulo propondo uma relaoigualitria entre ambos: a mu-

    lher no tem poder sobre seuprprio corpo, e sim o marido;e, tambm, semelhantemente,o marido no tem poder sobreo prprio corpo, seno a mu-lher (v.3).

    Paulo, como todos os demaisCruz de Malta - 45

    (vv.28-32). No entanto, no quediz respeito misso, indepen-dentemente do estado civil, to-das as pessoas devem servir aoSenhor.

    Casar ou no casar?Que bom poderescolher!

    A relevncia e a possibilida-de de viver na condio desolteiro/a se configuram emPaulo mediante um dom dado

    por Deus (v.7).Sendo assim, eleabre a possibilidade de que asnossas escolhas em casarmosou no, de modo algum, sejammedidas ou precedidas porpresses sociais, experinciasnegativas de outras pessoas ouprotocolos culturais.

    O tema e os dilemas das nossasrelaes afetivas so parte mui-to importante da nossa vida e,por isso, encontrar na igreja umespao de cuidado e reflexosobre esses, e outros assuntos, muito importante.

    Para alm do tempo e do con-texto, ns nascemos para viverem comunidade e a nossa exis-tncia vai adquirindo sentido, medida que nos relacionamoscom Deus e com as pessoas. Otema das relaes humanas e,em especial, das relaes afe-

    tivas, sempre pertinente na

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    48 - Cruz de Malta

    preciso encarar a con-dio de estar solteiro/acomo um perodo naturalda vida e no como frus-

    trao. No se pode tambmdesejar o casamento como vl-

    vula de escape para comeara viver. Esses so passos impor-tantes para ser feliz, e assim,mais disponvel e tranquilo/a snovidades que surgem na vida.

    Todo relacionamento, inclusiveconsigo mesmo/a, deve ser pos-to diante de Deus. A propostade vida abundante vem primei-ramente da presena de Deusem ns, pois ningum alm deJesus, tem a possibilidade depreencher-nos integralmente.Todo relacionamento deve serconstrudo na perspectiva dapartilha e do companheirismo e

    no na viso de preenchimen-to completo da sua individuali-dade ou resposta s exignciassociais.

    Por fim

    Faa a atividade da seo Ba-te-papo.

    Fica a dicaMitos da condio de solteiro/a:1. Se voc est solteiro/a, tudoo que voc quer arranjar al-gum; 2. Se voc solteiro/a, en-to vive uma vida solitria e tris-te; 3. Pessoas casadas tm uma

    vida mais saudvel e longa;

    qual motivo for, com certezaele no ser uma bno.

    O casamento um projeto deDeus, mas estar solteiro/a no a anttese a esse projeto.

    Viver assim, no deve ser umpeso. Se voc sentir que, pelagraa de Deus, consegue vi-ver de modo equilibrado, notem problema. A possibilidadedo casamento sempre podesurgir, e que seja uma bnose acontecer. Em ambos os

    casos, devemos sempre prio-rizar um tempo para servir aoSenhor (v.35).

    Concluindo

    A maneira do apstolo Paulolidar com a condio de es-tar solteiro/a foi definida comoum dom de Deus. A palavraque ele usou tem como basea graa (charis), supe equil-brio, baseado em amor. Nestesentido, compreendemos queestar solteiro ou solteira no um mal em si, para quemno se casou. No se angus-

    tie se ainda no encontrou apessoa certa para casar-se. Aprecipitao pode trazer mui-tos problemas que no seriamexperimentados se voc esti-vesse sozinho/a, vivendo e es-perando confiantemente emDeus.

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    ObjetivosPensar a vida conjugale as dificuldades queso inerentes a ela; identificaraes que facilitem a harmonia

    da vida a dois.Para incio de conversaApresente o vdeo de 3 minutosque traz uma reportagem so-bre um casal com 54 anos decasamento. A mulher descobreao vivo que ele a traiu. Se porum lado o vdeo engraado,

    por outro ele pode render algu-mas discusses sobre as rela-es que estabelecemos como cnjuge. Se achar prudente,use-o para iniciar a aula. O v-deo est disponvel em https://goo.gl/DRxYGc

    Reflita que a felicidade do ca-

    sal no se baseia apenas emdeclaraes de amor, como ocasal do vdeo procurou fazer,mas sim na fidelidade de am-bos e no compromisso mtuode superar as dificuldades doconvvio dirio.

    Por dentro do assuntoO texto em destaque o inciodo cdigo domstico que seestende at Efsios 6.9. Pauloqueria, mediante o amor de Je-sus Cristo, que as comunidadesrepensassem e fortalecessemsuas relaes familiares e inter-pessoais. Esse cdigo domsti-

    co inicia com a afirmao deCruz de Malta - 51

    Qual o meu papel?

    Nesse trecho da carta igrejaem feso, Paulo trata das rela-es pessoais e inicia por aqui-lo que bsico no relaciona-

    mento familiar: a relao entremarido e esposa. Destaca quetanto um quanto o outro, sejamlembrados de seus deveres eno s de seus direitos. Pode serque, num primeiro momento, asensao que surja ao ler estetexto, que a mulher inferiorao homem. Mas ao aprofundar-mos a pesquisa, percebemosque na relao conjugal, noh maior ou menor, h papisdiferentes. Paulo advoga poruma verdadeira sintonia nessarelao (1Corntios 7.3-4).

    A sujeio, aqui empregada,

    no tem nada a ver com ser-vido ou escravido, mas simcom humildade. voluntria efeita como ao Senhor (Efsios5.22). O propsito cristo de li-derana sempre a lideranaserva (Marcos 10.45). Nele noh competio. Em Cristo te-mos importncias iguais e o pa-

    dro de sujeio de reciproci-dade (Efsios 5. 21).

    O apstolo destaca que o ma-rido e a esposa devem enten-der que seu relacionamento(amor a ser construdo), implicaem seguir o modelo de relacio-namento de Cristo e Sua igreja

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    HAMILTON, James D. Relacionamento Familiar. Campinas:Casa Nazarena de Publicao, 1992.

    Bibliografia:FOULKES, Francis. Introduo e comentrio de Efsios. 2.ed. So Paulo:Editora Nova Vida, 2014.

    LAZIER, Josu Adam. Famlia: relacionamento fundamental. Belo Horizon-te: 4 Regio Eclesistica da Igreja Metodista, Ano 1, n.1. P.15-28, 1998.

    MACARTHUR, John. Bblia de estudo. Barueri: Sociedade Bblica do Brasil,2010.

    PLETSCH, Rosane. Efsios 5.21-31. In: Proclamar a Libertao Auxlios parao anncio do Evangelho. So Leopoldo: EST e Sinodal, 2002, vol. 22. Dispo-nvel em http://www.luteranos.com.br/conteudo/efesios-5-21-31

    Cruz de Malta - 55

    Bate-papo

    No mundo de hoje, quais so os critrios para a constituio de umcasamento? Buscamos a outra pessoa para sermos mutuamente fe-lizes ou para que nos faam felizes?

    Leia durante a semana

    :: Segunda-feira:Salmo 32. 8-10:: Tera-feira: : 1 Pedro 3.15:: Quarta-feira: Isaas 40. 28-31:: Quinta-feira: Efsios 5.17

    :: Sexta-feira:Tiago 1.5:: Sbado:Provrbios 16. 1-3; 9

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    56 - Cruz de Malta

    Estando Maria, sua me, desposada com Jos, sem que tivessem

    antes coabitado, achou-se grvida pelo Esprito Santo (v. 18).

    A gravidez pode ser um dos momentos mais marcantes da vida deum casal, principalmente quando aguardada com muita alegriae expectativa. Porm, quando ela surge em momento inesperadoe em situao inadequada, pode trazer medo e preocupao.Como lidar com a gravidez no planejada?

    Alegria ou medo?

    A notcia de uma gravidez quando surge fora do casamento, noperodo do namoro, pode provocar sentimentos negativos, tantona mulher, quanto no homem. Por mais que no seja muito co-mum abordarmos o nascimento de Jesus nessa perspectiva, Mariae Jos tinham uma relao fiel e de compromisso entre ambos,mas no eram casados quando Jesus nasceu.

    Medo, insegurana, incerteza, desejo de desistir de tudo, foram al-

    guns dos sentimentos que rapidamente atingiram esse jovem ca-sal, mas eles encontraram em Deus a orientao para refazeremsuas vidas e todo o medo deu lugar alegria.

    A notcia da gravidez de Maria pegou ambos de surpresa: Jossabia que ele no era o pai da criana e Maria, por sua vez, sa-bia que nunca tivera relaes sexuais com seu noivo, muito menoscom outro homem.

    Estudo 08:grvidos! E agora?

    Estamos

    Texto bblico: Mateus 1.18-24

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    Objetivos

    Trazer orientaes a res-peito da gravidez fora docasamento e destacar que agraa e a misericrdia de Deus

    nunca cessam sobre nossa vidaquando permanecemos sobsua direo.

    Para incio de conversa

    Esse no um tema simples aser tratado. Caso haja pessoasna classe que tenham viven-

    ciado essa experincia, cuida-do para que as discusses nose direcionem para o juzo devalores. Obviamente que o me-lhor que a gravidez surja emum contexto planejado, ondeseja possvel oferecer crianauma famlia emocionalmente

    estvel e sadia, mas essas nemsempre so as circunstnciasreais dos casais, e a gravidezfora do casamento uma re-alidade, inclusive nas nossasigrejas. Precisamos tratar dessetema para cuidar das pessoasenvolvidas da melhor maneirapossvel, inclusive pensando emaes preventivas que envol-vam jovens e juvenis.

    Para introduzir o tema, sugeri-mos duas dinmicas:

    1. Tempestade de ideias: Peaque a turma diga o que lhesvem cabea quando pen-

    Cruz de Malta - 57

    Sonhos frustrados?

    A jovem, prometida em ca-samento a Jos, foi escolhidapara ser a me de Jesus, o Filhode Deus e, por isso, sua gravidez

    foi gerada pelo dom do EspritoSanto (v.18). Uma notcia mara-vilhosa quando pensamos naao sobrenatural de Deus e nosignificado desse ato, pois Ma-ria geraria o Salvador do mun-do, aquele que livraria o seupovo dos seus pecados (v.21).Porm, a boa notcia trazia con-sigo algumas preocupaes:

    A incerteza: Diante da notciada gravidez de sua noiva, Jospoderia desistir do futuro ca-samento, at mesmo porque aLei lhe dava esse direito de re-pudiar sua mulher (rejeit-la).

    De acordo com o costume dapoca, os casamentos eramarranjados. Os pais do noivo es-colhiam uma pretendente parao filho, muitas vezes ainda nainfncia destes. Ao atingiremuma idade ideal para casarem--se, os noivos contraiam votos eficavam comprometidos, mas

    ainda no casados. Caso en-contrasse motivos que desabo-nassem a conduta da noiva,o noivo poderia desistir do seucompromisso. Foi por essa razoque Jos resolveu deix-la se-cretamente (v.19) e passou a

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    sam em gravidez antesdo casamento. Oua aopinio da turma quanto

    a isso e depois passe a lio.

    2. Documentrio: Meninas-gra-

    videz na adolescnciade San-dra Weeneck. Esse um docu-mentrio muito bom, que dura1h10 minutos, mas voc podedestacar uma parte do mesmoou at investir uma aula paraassisti-lo e a aula seguinte paradiscuti-lo junto com a lio. Ain-da que trate de gravidez naadolescncia, ele traz a reali-dade de quem tem filhos semter um ambiente estruturado.Vale a pena conferir. Est dispo-nvel em https://goo.gl/dcReMD

    Por dentro do assunto

    Lidar com a gravidez fora docasamento no tarefa fcil,principalmente considerandoos preconceitos que ainda pa-recem carregar essa situao.Quando levamos em conside-rao a idade do pai e da meda criana, a famlia dos jovensenvolvidos, a igreja onde esto

    inseridos, as condies finan-ceiras de ambos, a expectativacom relao ao futuro, o fatode querer ou no ser pai e mee etc., percebemos o quantoessas jovens mes e jovens paisprecisaro de apoio, seja emo-cional, espiritual, afetivo e s

    vezes at mesmo financeiro.

    considerar essas coisas em seucorao (v.20a).

    A possibilidade da punio:Ambos sabiam que se essa no-tcia se espalhasse, Maria es-

    taria com graves problemas,pois o filho que ela esperavano era de Jos e convenceras pessoas de que aquilo era aPromessa de Deus se cumprin-do (Isaas 7.14; Mateus 1.22-23),no seria fcil. A Lei determina-va que uma pessoa adlterafosse apedrejada at a morte

    (Deuteronmio 22.23-24), porisso Jos poderia denunciaresse ato ao sacerdote, confor-me indicao da Lei (Nme-ros 5.11-31), para que houvesseuma averiguao da verdadedestes fatos, porm, por ser umhomem justo e no querendo

    difamar Maria, props-se a re-fletir antes de julgar e agir (v.20).

    O que fazer diantedessa notcia?

    Ainda que em situao radi-calmente diferente de Maria e

    Jos, adolescentes e jovens, dedentro e fora da Igreja, viven-ciam essa situao. Como agirquando o exame apresenta oresultado POSITIVO?

    No existe frmula mgica e f-cil diante de muitas circunstn-cias na vida e essa uma de-

    las. Se houver a possibilidade,

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    Sabemos de casos emque jovens, principal-mente mulheres, foramexpulsas de casa porque ospais no aceitaram a gravidez,outros foram at mesmo exclu-

    dos da comunho da igreja.Isso lamentvel, j que esse o momento em que o jovemcasal mais precisa do apoio dafamlia e da comunidade de f.

    A Bblia nos mostra que preocu-paes tambm existiram na

    vida de Jos e Maria ao recebe-rem a notcia dessa gravidez. Sehovesse na Bblia o relato dessejovem casal compartilhandoessa notcia com seus pais, ve-ramos que as preocupaesestariam entre eles tambm.De fato, essa notcia inespera-da traz inmeras inquietaes e

    por essa razo que encontrarapoio nesse momento to im-portante para todas as pessoasenvolvidas, tanto a me e o paida criana, quanto seus fami-liares.

    Entendendo o relato bblico

    Maria era desposada com Jos,ou seja, fora dada em matrim-nio e, por isso, era consideradasua mulher, mas ainda no mo-ravam juntos. De acordo com orelato do anjo, Jos ainda de-veria receb-la como mulher(v.20).

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    conversem e orem juntos, bus-cando a direo de Deus paraesse momento. No tomemdecises por impulso. Abortarpode parecer a deciso maisrpida, mas engana-se quem

    o faz pensando que vai sim-plesmente apagar um erro quecometeu. So muito doloridase perigosas as consequnciasdesse ato. Orem antes de agir eoptem por seguir, com confian-a, a vontade de Deus.

    No pensem que todos os seussonhos foram frustrados porconta da gravidez. verdadeque muitos podem ser inter-rompidos, temporariamenteou no, porm, reorganizandosuas vidas, com o tempo, mui-tos desses sonhos, como o ca-samento, os estudos e etc., po-

    dem ser retomados. Lembre-sesempre que a vida uma d-diva de Deus, um presente. Por-tanto, uma criana nunca serum castigo divino, mesmoque o momento e as circuns-tncias de sua concepo notenham sido os mais adequa-dos, na perspectiva bblica.

    Casar, simplesmente por casar,somente porque surgiu umagravidez, nem sempre a solu-o ideal, investir em permane-cer junto a melhor opo, masno pode ser coao. O casa-mento, com certeza o ideal

    de Deus, porm, se no houver

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    Segundo os costumesdaquela poca, o casa-mento no era uma es-colha dos noivos, mas um

    acordo estabelecido entre suasfamlias. O pai prometia sua fi-

    lha, geralmente ainda criana,a um menino, com o compro-misso de que seriam dados emcasamento em idade oportu-na. Foi o que aconteceu comMaria e Jos, destinados um aooutro, apesar de no convive-rem ainda como marido e mu-

    lher.O fato de estar grvida e sol-teira traria srios problemase punio Maria, e embo-ra Jos no sofresse o mesmodano (o apedrejamento pelopossvel adultrio), no signifi-ca que no tenha sofrido comessa notcia. Foi por essa razoque pensou em deix-la ourepudi-la, separando-se delae cancelando o acordo entresuas famlias. Para desfazer essemal, Deus enviou o seu anjo aJos em sonhos, colocando-oa par dos planos de Deus para

    sua vida e de sua futura espo-sa. Jos encontrou paz paraseu corao e decidiu confiarem Deus e casar-se com Maria(Mateus 1.24-25).

    Por fim

    Encerre a aula incentivando o

    interesse e amor, por parte deambos, no haver garantiasde um relacionamento feliz ouduradouro, o que influencia-r de forma muito negativa nasade emocional da criana.

    Busquem ajuda e aconselha-mento, conversem com algumde sua confiana, dialoguemcom o ministrio pastoral.

    Problemas familiares podemsurgir nesse momento, tentecompreender sua famlia. Dian-te das situaes inesperadastemos mais dificuldades denos adaptarmos. Discussese imposies no ajudam emnada, tenha humildade e paci-ncia nessa situao. E lembre--se que, por mais delicada queseja essa situao, Deus aindaos ama e quer estar com vocs,

    sustendo e guiando seus pas-sos.

    Assuma suas responsabilida-des. Ao longo da vida, vamosaprendendo que as nossas ati-tudes geram consequnciasboas e no to boas. A matu-ridade justamente assumir a

    responsabilidade sobre as suasatitudes. muito importante ternessa hora o apoio da famlia,amigos/as e comunidade def, porm, no se esqueam:os maiores responsveis pelavida dessa criana so a mee o pai.

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    grupo a dialogar sobrea pergunta final da lioda revista do/a aluno/a.Se houver na classe al-gum que tenha vivenciadoessa situao de gravidez an-

    tes do casamento, e quisercompartilhar, pea que pon-tue algumas dificuldades queencontrou nesse tempo. Peatambm que apresente os pon-tos positivos que, mesmo apso nascimento no planejado,a pessoa pde vivenciar. Talvez

    seja importante relembrar o po-der do perdo e amor de Deusque mesmo da dor, faz nasceralegria, e que lana nossos pe-cados no mar do esquecimen-to (Miquias 7.18 - 19). A partirdisso, levante com o grupo queaes seriam pertinentes paraajudar pessoas que esto pas-sando por essa dificuldade, eliste algumas atividades pre-ventivas que a Igreja poderiadesenvolver.

    Fica a dica

    O filme: O amor de um pai

    que conta o drama vivido porJohn (Drew Seeley) e Kathy (BrittIrvin), um casal prestes a ingres-sar na faculdade, e que desco-bre a vinda do primeiro filho. Porno aguentar tamanha respon-sabilidade, Kathy abandona afamlia. Agora, John precisarmanejar a vida de pai solteiro,

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    Se as responsabilidades princi-pais, antes da gestao, eramestudar, trabalhar, sair com agalera, participar de todos oseventos sem ter hora para voltarpara casa, a histria mudou e

    voc ter que mudar tambm.Um ser pequeno e indefeso estchegando, e ele precisar decuidado e afeto. No deixe queo medo, as incertezas e o senti-mento de culpa, roubem a ale-gria desse momento. Olhe parasua vida, seus erros, e procure

    refazer seu caminho frente.O beb que aos poucos se for-ma no ventre, tem o direito deter um espao saudvel ondepossa se desenvolver e nossaa responsabilidade de propiciarisso. Cuidados com a sade,com a alimentao, com o es-

    tado emocional, a organizaode um enxoval, precisam estarno planejamento de agora emdiante. Buscar ajuda mdica einiciar o pr- natal fundamen-tal. Ter um beb um privilgioe uma bno de Deus. E Ele,em sua infinita misericrdia,pode renovar seus sonhos e suavida.

    Concluindo

    Assim como aconteceu com osjovens Jos e Maria, a notciade uma gravidez antes do casa-mento traz muitos sentimentos e

    preocupaes. Algumas vezes

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    estudante e trabalhador.Embora o casal do filmeno sejam pais solteiros,

    o filme retrata alguns proble-mas, medos e inseguranas,tanto para o homem, quanto

    pela mulher, vivenciados pelagravidez. Disponvel em: https://goo.gl/Lhu0uK

    Bibliografia

    ROSA, Luis. Sobre Mateus 1.18.Disponvel em:http://goo.gl/V9CIbA

    MOURA, Paulo. Estamos gr-vidos e agora? Disponvel em:http://goo.gl/HLHxdd

    a moa e/ou o rapaz podem sesentir culpados por terem fugi-do dos propsitos de Deus parasuas vidas. Em outras, os olharesou palavras acusativas e con-denatrias da sociedade, fa-

    mlia ou amigos/as fazem comque essa culpa se torne aindamaior.

    verdade que muita coisa sermodificada a partir dessa not-cia, porm, o amor e o perdode Deus continuam os mesmos.A Graa e a misericrdia divinapodem renovar a vida dessecasal, assim como fez com Jose Maria, quando o anjo do Se-nhor trouxe direo e paz paraambos (Mateus 1.20-24; Lucas1.26-31).

    Bate-papoComo a famlia e a Igreja podem ajudar nesse caso?

    Leia durante a semana:: Segunda-feira:1 Pedro 5.7:: Tera-feira: Jeremias 29.11-13:: Quarta-feira:Salmo 139.13-16:: Quinta-feira: Lamentaes 3.22-25:: Sexta-feira:Salmo 127.3-5:: Sbado:Salmo 103.8-11

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    Objetivo

    Pensar sobre a adooe suas implicaes para

    quem vivencia essa situao erefletir sobre a importncia da

    Igreja no que diz respeito aoincentivo e acompanhamentodas famlias.

    Para incio de conversa

    Pergunte ao grupo o que sa-bem sobre a prtica da ado-o, em seguida proponha aseguinte dinmica:

    Preparar antecipadamente v-rias fotos de crianas. Essas fo-tos devem ser em nmero maiordo que os/as participantes daaula. Atente para a variedadede imagens: crianas brancas,

    negras, indgenas e orientais;meninas e meninos de ida-des diferentes. O grupo devese aproximar e quem desejar,poder escolher uma crianapara adotar.

    Abra um espao para refletiremsobre a experincia. O interes-

    sante que tanto quem resol-veu adotar, quanto quem noadotou se expressem. Em segui-da, sua reflexo pode caminharem duas perspectivas:

    1. Para todo grupo: perguntequais foram os fatores levadosem considerao para adotar

    ou no.

    Ester deixou de ser simplesmen-te uma prima para Mordecai epassou a ser sua filha, a partirdo momento em que ele a re-cebeu como tal (Ester 2.7). Elea adotou no seu corao e sua

    forma de exercer a paternida-de foi determinante para queEster tivesse uma vida bem-su-cedida. Vejamos algumas ca-ractersticas da paternidade deMordecai:

    Orientao e cuidado: Ester foiuma das moas aceitas no Pa-lcio (Ester 2.8-9)e como formade proteo, Mordecai orien-tou-a a no expor a sua origem(Ester 2.10). Alm disso, todosos dias, ele passeava por ondeEster estava hospedada parasaber notcias de sua amada fi-lha, revelando assim, o seu cui-

    dado (Ester 2.11).

    Educao para boa convivn-cia: a cuidadosa assistncia/educao de Mordecai, fez deEster uma pessoa querida quealcanou o favor das pessoas(Ester 2.15)e do rei (Ester 2.17).

    Orientao tica e encoraja-mento:diante do perverso pla-no de Ham para matar o povojudeu, Mordecai orientou a filhapara que agisse em favor dajustia e, diante do medo de Es-ter, a encorajou (Ester 4.13-16).

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    2. Para as pessoas queadotaram: perguntequais os fatores levadosem conta na escolha darespectiva criana.

    Vale destacar que no processode adoo h uma prefernciapor bebs meninos brancos,e depois dos quatro anos aschances de adoo diminuemconsideravelmente. As meninasnegras so as menos requisita-das para adoo.

    Por dentro do assuntoO nome Ester derivado da pa-lavra persa estrela, cujo nomehebraico Hadassa, que sig-nifica mirta (murta), que umramo de um arbusto que nasceno deserto e que era utilizado

    para cobrir as tendas na Festados Tabernculos.

    O rei Assuero, personagemdo livro, tambm conheci-do como Xerxes (486-465 a.C),sendo tambm mencionadoem Esdras 4.6. provvel queos judeus descritos no livro se-

    jam aqueles que no quiseramretornar Palestina no ano 536a.C., desobedecendo ordemdivina. O captulo 10.2 deixabem claro a inteno do Livrode Ester, que foi registrar, pormeio da bravura de Ester e Mor-decai, o livramento e perma-

    nncia do povo judeu.Cruz de Malta - 65

    Educao religiosa: Ester eradescendente dos exilados de-portados de Jerusalm, com oRei Jeconias, para a Babilnia.Mordecai foi um desses exila-dos. No sabemos se ela tam-

    bm veio de l, mas com certe-za a f e a esperana em Deus,mantidas pelo povo no exlio, foipassada a ela por meio de seutio (Ester 2.5-7).

    Mordecai esteve presente emtodo tempo na vida de Ester,nos bons e maus momentos.Isso foi determinante para queela, como rainha, pudesse in-tervir na mediao f