falaí v.1

7

description

Primeira versão do zine #Falaí

Transcript of falaí v.1

Page 1: falaí v.1
Page 2: falaí v.1

# FALAÍ GALERA:# FALAÍ GALERA:

Manda tua colaboração, comentário ou loucura aí também: [email protected] ou tweet para @falaigalera com #falaigalera

"A farda modela o corpo e atrofia a mente."

Ernesto Che Guevara.

"O bom de ser jovem é que podemos escrever nosso futuro sempre lembrando dos erros do

passado. Augusto Braga, 18 anos, morador da Vila Olímpica/Esteio.

"A paciência é a virtude daqueles que tem fé.” João Cony, 33 anos,

músico e morador de POA.

“Não basta sermos felizes, é preciso que os outros não sejam desgraçados.”

(Odete Diogo, moradora do Bairro Novo Esteio e Presidente do Grupo Unir Raças)

“Nós, jovens, temos o direito e obrigação de lutar pelos nossos direitos e fazer valer nosso voto! Não podemos deixar que pessoas sem responsabilidade

social sejam responsáveis pelos nossos desejos, pelas nossas necessidades. Eu não quero que uma pessoa gananciosa decida por mim, que jogue no lixo as

minhas contribuições com a cidade, quero saúde, emprego, segurança, cultura e educação, porque é o mínimo que um governante deve nos dar.”

(Graziele dos Santos, 22 anos, moradora da Primavera/Esteio, Princesa da Expointer 2011 e Secretária Geral da JSB Esteio.)

Por @CacauMaciel Email: [email protected]

A Complexidade ContemporaneaA Complexidade Contemporanea .blogspot.com.blogspot.com

Se a educação é o caminho para o desenvolvimento do país, assim como a saúde é uma ne-cessidade diária de todos seres humanos, porque a cultura é deixada de lado, e, muitas vezes, transformada em mera festividade ou adoração governamental?

A cultura abrange o conteúdo de uma nação - de um país. Nela está a perpetuação dos costu-mes, hábitos, as características mais fortes e comuns, bem como a grande diversidade e as pe-culiaridades. Cultura é enaltecimento, é valorização do todo e é o cuidado ao visualizar e iden-tificar o indivíduo. Cultura é conhecimento, abrangência de significado e compreensão dos pa-radigmas. Cultura é o olhar refinado sobre a produção independente e própria do coletivo. Cultura é um grito de liberdade, uma pintura da realidade e o ato da comunidade. Cultura é vida, momento e, mesmo, quando estática, é veloz e rica.

Desta forma, a Cultura nada mais é que uma necessidade intrínseca do ser humano, assim como o direito à educação e à saúde. Da Cultura exala a criatividade, o pensamento crítico, o olhar compreensivo. Do que adianta, termos acesso à educação, se ficarmos fixados em livros que expressam o que devemos ser?! Temos que escolher o que queremos ser, o que queremos formar, o que queremos que componha nossa sociedade.

A Cultura permite a análise teórica, a liberdade de expressão, a integração social, o tempo do lazer, o aprimoramento dos conhecimentos da sala de aula, o esvaziamento do nada e a apro-priação do conteúdo.

Sejamos mais honestos com nossa cultura. Sejamos mais sinceros com o Brasil e com os bra-sileiros, para que possamos promover e defender a nossa cultura brasileira. Tantas coisas belas são produzidas nas mais longínquas comunidades. Tudo isso é Brasil, é cultura, é nosso!

Enxergar esta realidade é dizer sim à uma tendência que toma conta de nossos bairros e que nos propõe um novo olhar sobre o desenvolvimento do país. As artes plásticas, o teatro, a mú-sica, o audiovisual, a gestão cultural... tomam conta. Nossos jovens ascendem junto com este processo cultural. É oportunidade de crescimento, é valorização do que é nosso e, mais do que isso, é o empoderamento de nossas produções.

Não queremos espetáculos, queremos vivenciar o belo da criação. Queremos um show de emoção e o compartilhamento da sensação e do pensamento, pois a cultura não é tão somen-te uma tendência criativa de eclosão dos sentimentos de seus artistas e agentes, cultura é o movimento e o reflexo da sociedade, é o desenvolvimento desta e o cenário da sua realidade.

Prestigie quem produz cultura e valorize a cultura brasileira. Só assim estaremos valorizando o Brasil e perpetuando sua história. Isso é desenvolvimento!

A Cultura como instrumento de desenvolvimento social

Page 3: falaí v.1

O movimento estudantil está no nosso passado, no nosso presente, e inevitavelmente estará no nosso futuro. Somos um fato revolucionário da história, e uma presença garantida no noticiário internacional, envolvendo a voz ativa de uma sociedade muitas vezes largada a comodidade não cômo-da.

O grêmio estudantil tem grandes representações nessa junção da juven-tude para a conceituação do que está errado e do que ainda pode ser me-lhorado. É responsável tampouco pelo despertar, abrindo uma visão mais minuciosa para com o instituto de educação, envolvendo a comunidade es-colar, direção e principalmente os estudantes.

O Grêmio do Jardim Planalto se formou no fim do ano passado e terá sua concretização maior no final desse mês, com as eleições.

O ano letivo iniciou com grandes lutas e conquistas. Estivemos apoian-do a greve geral da educação, que passa por grandes dificuldades ainda. Entretanto, é bom saber que cada vez mais cresce a massa do manifesto: a descoberta da voz ativa no meio de nós, estudantes.

Por Bruna R. Vargas.

# ATITUDEJÁ

@Gremio_JP

"Ser jovem e não ser revolucionário é uma contradição genética. (Che Guevara)

@coletivotomada [email protected]

Correria, criação, entretenimento, shows, sustentabilidade, música, artes integradas, diversão, cultura, democratiza-ção, projeto, criatividade, vivência, prazer, lazer, V I D A.

Quando se fala em cena independente, muitas pessoas imaginam bandas ruins, aparelha-gem precária, bares sem nenhuma estrutura. Nos últimos anos essa realidade mudou e hoje a cena da musica independente é outra. Surgiram dezenas de festivais, centenas de casas de shows, selos, coletivos, mídias alternativas, e além de todas essas plataformas de divulgação e circulação, a internet veio como uma quebra de barreiras e foi o principal fator para a ruína da indústria fonográfica tradicional.

Destaque-se que toda esta movimentação e as inúmeras produções não teriam nenhum impacto se não fosse o trabalho em rede, ou seja, cada um desses núcleos produtivos traba-lhando de forma isolada. Sem estes núcleos produtivos não haveria mudanças na indústria cul-tural.

Hoje existem vários movimentos que aglutinam estas transformações no cenário indepen-dente, como o Fora do Eixo - uma rede composta por mais de 100 coletivos culturais em todos os estados brasileiros, a Abrafin - Associação Brasileira de Festivais Independentes - com deze-nas de festivais nos mais variados formatos e tamanhos, Casas Associadas - uma associação de casas de shows em todo o Brasil. A partir destes movimentos, diariamente, surgem a discussão sobre a criação de uma rede de selos fonográficos e sobre outras inúmeras manifestações e movimentos, pois não resta dúvida que a melhor alternativa é o trabalho qualificado e em con-junto.

Esteio está cada vez mais inserido e representado dentro dessa nova lógica da música inde-pendente brasileira, visto que a cidade possui três festivais filiados a Abrafin (Grito Rock, Moas-sa Festival e Metro Rock), sendo que eles também estão inseridos na Plataforma RS (programa de estimulo e fomento do governo do estado através do Instituto Estadual de musica). A Cida-de ainda conta com um ponto de articulação da rede Fora do Eixo (Coletivo Tomada), um selo fonográfico surgindo, além de uma circulação cada vez maior de artistas de fora. Só no ano de 2011 foram 64 bandas, de diversos estados e de outros países, como Chile, Argentina e Uru-guai, sem contar, nos diversos artistas locais. Nesta lógica, Esteio está no caminho certo, o que falta ainda é um maior apoio do público, e, principalmente, uma visão mais ampla dos artistas locais, como formadores deste contexto, prestigiando as outras bandas, consumindo cultura, pois só assim vamos construir e fortalecer a cultura local, afinal, cena independente em Esteio? Que porra é essa?

Cena independente, que porra é essa?

Page 4: falaí v.1

O que você anda lendo? Para quem não sabe, na última segunda-feira (23) foi celebrado o Dia Internacional do Livro, marcado por diversos eventos de resgate ao hábito da leitura nas cidades da região Metropolitana. Mas a questão é, o que as pessoas andam lendo? No momen-to atual, os livros de ficcção mais vendidos no Brasil pertencem à trilogia de Suzanne Collins, a que fazem parte os livros “Jogos Vorazes”, “Em chamas” e “A esperança”.

A princípio o que pensamos é que se trata de mais uma saga adolescente que virou filme e ganhou as bilheterias, assim como Harry Potter e a saga Crepúsculo. Mas o que não percebe-mos é como este tipo de entretenimento ganha nossa atenção ao longo do tempo. O que des-taca os livros desta trilogia, é a distopia encontrada em cada palavra de Suzanne Collins, senti-mento caracterizado como uma utopia ao inverso, que negativiza o sonho da sociedade ideal. Portanto, ao mesmo tempo em que os livros conquistam os adolescentes por descreverem um mundo fantástico irreal e repleto de anomalias sociais, acabam por ganhar a crítica dos adul-tos, que se rendem às indiretas da autora para a forma em que vivemos atualmente.

A trilogia Jogos Vorazes fala sobre uma sociedade do futuro que se encontra em um regime totalitário, após ser devastada por uma guerra civil, e onde

a única ação patriota dos regidos é se voluntariar para lutar até a morte em um reality show da chamada “capital”, em que os espectadores são uma minoria da população, que se preocu-pam em aparências exagerada, luxos desnecessários e se divertem com a dor e sofrimento dos participantes, enquanto os jovens de 12 a 18 anos lutam até que sobre apenas um.

Aí que entra o duplo sentido e crítica que Suzanne Collins passa aos leitores sobre nós mes-mos. Enquanto temos problemas sociais graves à que nos preocupar, nos vemos mais interes-sados em questões banais como ferramentas de entretenimento e esquecemos tudo que preci-sou acontecer para que a diversão chegasse até nós.

São inúmeras as vezes que ficamos revoltados por algo que aconteceu na televisão e nas re-des sociais, ou seja, fatos distantes de nós, que não nos fazem a mínima diferença, e acabamos esquecendo de nos revoltar com o que nos afeta diretamente, como crises sociais, preconcei-tos e problemas governamentais.

Portanto, na hora de escolher um livro para ler, recomendo a leitura da trilogia “Jogos Vora-zes”, que além de divertir pessoas de todas as idades, auxilia na percepção de nossa maneira errônia de viver, em que nos preocupamos mais com banalidades do que com coisas de real importância. E além disso, a leitura é muito importante para nossa construção pessoal e social. Então, PÁRA TUDO o que você está fazendo e corra para a livraria ou biblioteca mais próxima!

Por @BiancaSchinoff [email protected]

#Porfólio Cultural:

Dicas e Eventos Culturais

Programação Espaço 711 - O ponto de encontro da galera em Esteio! 28/04 - 20h: Cine Debate com o filme “The Wall”.

05/05 - 22h: Shows das bandas Justina, O Curinga e Os Delirantes. R$ 7,00 06/05 - 23h: Show da Banda Medialunas,

Entrada: 1kg de alimento ou agasalho. 11/05 - 20h: Aniversário da nossa colaboradora Cacau Maciel, Shows de Gisele Bloete + Convidado e Banda SKABOUT. R$ 7,00 *Endereço: Av. Dom Pedro, 711—Centro, Esteio/RS.

Porto Alegre: - 16/04 a 4/06: Oficina de Artes Plásticas, com Cláu Paranhos, na Casa de Cultura Mário Quintana. Informações: 3226-4825 das 11h às 18h. - 28/04 a 06/05: Bhava: Universo do Cinema Indiano, na Cinemateca Paulo Amorim, na Casa de Cultura Mário Quintana. Informações: http://www.bhavacinemaindiano.com/ - 29/04: Claus e Vanessa, no Faro Dining Room (Rua Padre Chagas, 32), às 19h. Informações e Reservas: 3276.7220 ou [email protected] - 02/05: Graforréia Xilarmônica, no Opinião. 22h, 16 anos: classificação. 20 reais (ingresso antecipado). - 10/05: Emicida, Rashid e Projota, no Opinião. 23h - 16 anos - classificação. 2º lote: 40,00 - www.opiniaoingressos.com.br - 12/05: Banda canadense Austra, no Beco, às 22h. R$ 40,00 ou R$ 30,00 an-tecipado no site http://ticketjam.com.br/

Page 5: falaí v.1

Abraço, Romero Britto.

Cantinho: Arte Literária Pensante

Por Cacau Maciel

“Se um dia tiverem que pedir perdão um

ao outro por algum motivo e, em troca,

receber um abraço, um sorriso, um afago nos

cabelos

e os gestos valerem mais que mil palavras, entregue-se: vocês foram feitos um pro outro.”

(Carlos Drummond de Andrade).

A Menina Bárbara,

de Alejandro Ruíz.

“É proibido não rir dos problemas

Não lutar pelo que se quer,

Abandonar tudo por medo (...)”

(Pablo Neruda)

“O segredo da existência não consiste somente

em viver, mas em saber para que se vive.”

(Dostoiévski)

Abaporu, de Tarsila do Amaral.

“A desvalorização do mundo humano

aumenta em proporção direta com a

valorização do mundo das coisas.”

((Karl Marx)

“Se sonhar um pouco é perigoso, a solução para

isso não é sonhar menos — é sonhar mais.”

(Marcel Proust)

Muito silencio é coisa ruim...

Há uns quantos anos fui encantado pelo carnaval, há tempos; ainda nem pen-sava que um dia seria mais um ex-estrangeiro já-brasileiro, e muito menos pensa-va que esse encantamento me levaria aos barracões, às quadras de ensaios, às avenidas.

Anos depois, foram as Escolas de Samba de Esteio que me ensinaram carna-val, e me deram as lições de inclusão que outros desde os governos andavam bradando. Parceiros como o saudoso João, da Mocidade, ou a Tita, da Salgueiro, foram meus mestres.

Mas agora, Esteio viu mutar sua tradição carnavalesca de Escolas de Samba, por um insosso carnaval de blocos, que mais parece um desfile cívico...até secre-tarias da prefeitura desfilam, até grupos sociais... O que isso, heim?

Isso é a vitória dos que sempre desprezaram o democrático carnaval de esco-la, os que sempre chamaram os ensaios das baterias de “barulho”, os que juram zelar pelos bons costumes, mas jamais pisaram numa quadra de escola para ten-tar entender o que é que se faz lá.

Em épocas eleitorais, todos dirão que são “a favor da cultura afro brasileira”. Mas são tão à favor que destruíram sistematicamente as entidades carnavales-cas, onde se preserva um dos patrimônios imateriais da cultura brasileira: o sam-ba. Ah, sim, destruir significa diminuir auxílio, tirar quadra, restar importância.

Há silencio nos meses de ensaio. Não há mais escolhas de tema enredo, nem festivais de samba enredo nem samba de quadra. As baterias e os carnavalescos migraram para outras cidades. Nos encontramos em Sapucaia, Canoas, Porto Alegre...

Aqui, há silencio. Mas silêncio é coisa ruim. O silencio aninha a sensação de distância, de não pertencer à cidade. Quem sabe um dia, uma sensação de brasilidade também gaúcha(por que

também temos tradição no carnaval!!!) desperte na comunidade e voltemos a po-der ter essa alegria “barulhenta” e vital!

#CULTURA POPULAR Por Alejandro Ruíz

Page 6: falaí v.1

COMBO #FALAÍ

Toda edição trazendo uma promoção pra ti

em parceria com o @ColetivoTomada

2 ingressos para o aniver da Cacau, com SKABOUT

e Gisele Bloete + passaporte pro Moassa + Cd da

banda Walverdes + Ep da banda Justina.

Segue @falaigalera até o dia 9/05 e tu concorre!

Conhecendo nosso fanzine #Falaí

Fanzine é uma produção editorial independente que pode trabalhar várias temáti-cas e utilizar meios gráficos para conquistar seu público. Popularmente é conhecida por “zine”, forma de abreviação.

Nosso zine é uma expressão de movimentos sociais e culturais da Cidade de Esteio, mesclando entretenimento, opiniões e a cadeia produtiva cultural da região.

Inicialmente, focamos em apresentações de nossos movimentos, todavia, quere-mos dialogar diretamente com os desejos e anseios da sociedade esteiense.

Nossos colunistas são: - Cacau Maciel, 18 anos, técnica em gestão cultural, acadêmica de Direito e Secretá-

ria de Movimento da JSB Esteio. - Bianca Schinoff, 18 anos, técnica em gestão cultural e acadêmica de Nutrição. - Coletivo Tomada, reúne inúmeros membros e colaboradores na produção cultural

independente e pertence à Rede Fora do Eixo; - Bruna R. Vargas, estudante da Escola Estadual Jardim Planalto e representante do

Grêmio Estudantil da referida escola, além de fotógrafa; - Ramon Alejandro Ruíz, um estrangeiro “abrasileirado”, apaixonado por Carnaval e

manifestações populares, professor estadual e artista plástico.

Asterisco Rock n Roll,,, Por Amanda Porterolla

Page 7: falaí v.1

# Falai

- Qual teu movimento?

- Tua torcida?

- Teu grito?

- Tua liberdade?

- Tua loucura?

- Tua tribo?

@falaigalera

http://falai-galera.blogspot.com