FACULDADE PAN AMAZÔNICA (FAPAN) Curso de Graduação ... · momentos que precisei vocês sempre...
-
Upload
vuongtuong -
Category
Documents
-
view
213 -
download
0
Transcript of FACULDADE PAN AMAZÔNICA (FAPAN) Curso de Graduação ... · momentos que precisei vocês sempre...
FACULDADE PAN AMAZÔNICA (FAPAN) Curso de Graduação Bacharelado em Enfermagem
BIANCA LEAL DE SOUSA BRENDA WANESSA DOS REIS FERREIRA DEUZARINA COUTINHO DE QUEIROZ
EDUCAÇÃO EM SAÚDE: Percepção dos acadêmicos de enfermagem do último semestre sobre as ações educativas do enfermeiro.
Belém- PA 2017
BIANCA LEAL DE SOUZA BRENDA WANESSA DOS REIS FERREIRA
DEUZARINA COUTINHO DE QUEIROZ
EDUCAÇÃO EM SAÚDE: Percepção dos acadêmicos de enfermagem do
último semestre sobre as ações educativas do enfermeiro.
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Faculdade Pan Amazônica como requisito para obtenção do grau de Bacharelado em Enfermagem. Área de concentração: Educação em saúde
Orientadora: Profª MSc Jaíra Ataide
Belém- PA 2017
BIANCA LEAL DE SOUZA BRENDA WANESSA DOS REIS FERREIRA
DEUZARINA COUTINHO DE QUEIROZ EDUCAÇÃO EM SAÚDE: Percepção dos acadêmicos de enfermagem do
último semestre sobre as ações educativas do enfermeiro.
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Faculdade Pan Amazônica como requisito para obtenção do grau de Bacharel em Enfermagem Área de concentração: Educação em saúde Orientadora: Profª MSc Jaíra Ataide dos Santos de Brito
BANCA EXAMINADORA _____________________________ Profª MSc. Jaíra Ataide dos Santos de Brito Orientadora (Faculdade Pan Amazônica - FAPAN) __________________________ ProfºMSc. Camilo Almeida Examinador interno (Faculdade Pan Amazônica - FAPAN)
________________________________ Profº MSc. Mônica O. L. Sá de Souza Examinador interno
Aprovado em: __/__/___ conceito ______________
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus, sem ele nada seria possível. – Senhor, lhe agradeço
infinitamente por ter me dado força e sabedoria para chegar ate o fim desta jornada
e vencer todas as barreiras durante minha trajetória. - Não fui eu que ordenei a
você?- Seja forte e corajoso! “Não se apavore nem desanime, pois o Senhor, o seu
Deus, estará com você por onde você andar". Josué 1:9, sem fé nada seria possível.
Agradeço aos meus pais, Jocimar e Socorro, por muitas vezes renunciarem
seus sonhos para que eu pudesse realizar o meu, por acreditarem na minha
capacidade e confiarem em mim. Dessa forma, agradeço pelo apoio emocional que
me deram, para que eu pudesse enfrentar todas as barreiras, que foram muitas.
Agradeço a minha Irmã, que na minha ausência, dedicada aos estudos, se fez
presente junto a minha mãe no cuidado da minha princesa, Bruna.
Obrigada a minha filha, Bruna. - Meu amor, dedico a você essa vitória! Por
ter suportado tantas coisas na minha ausência. - Minha vida, tudo começou por
você, que sempre foi minha motivação em lhe dar um futuro melhor.
Agradeço pelo apoio que recebi nesse período de graduação, em especial as
minhas tias Izabel, Suely, Sonia e Claudia que sempre me apoiaram nos estudos.
Obrigada, aos meus avós pelo amor, carinho e oração para que tudo desse certo.
Meus sinceros agradecimentos a minha família em geral, a qual sempre torceu pela
minha vitória.
Ao meu namorado Neto, que nos últimos 18 (dezoito), meses esteve ao meu
lado em todos os momentos, agradeço pela paciência e incentivo aos meus ideais e
encorajamento em momentos de medo e dúvidas, que Deus nos abençoe sempre.
Ao nosso amigo Ivan Novaes. - Agradeço a você meu amigo pela confiança
nesses anos em que trabalhamos juntos, pelos incentivos e ensinamentos. E a
equipe. Agradeço, por você ter cedido sua escola para que nosso grupo de pesquisa
pudesse produzir este trabalho de conclusão de curso. Peço a Deus que abençoe
você e sua família.
Agradeço à orientadora Jaira Ataíde. - Querida professora, Jaira Ataide, não
temos palavras para agradecer à senhora pela dedicação, carinho, apoio e tempo
que dedicou quando assumiu contribuir com o nosso trabalho, sem imaginar o
quanto trabalhoso seria, e mesmo assim não desistiu de nossa equipe. Muito
obrigada!. Bianca, Brenda e Deuzarina.
Obrigada, - Dr. Elisa Feitosa apesar de todas as nossas diferenças e
situações no início da graduação, hoje agradeço infinitamente pelo carinho que a
senhora teve comigo em algumas situações nessa jornada. - Que Deus lhe abençoe
e que os graduandos de outros semestres possam aprende a lhe ouvi como eu
aprendi.
Agradeço as minhas amigas Brenda e Deuzarina. -O que dizer da nossa
amizade heim meninas? Um presente de Deus que ganhei na páscoa de 2014.
Enfim, chegamos ate aqui com brigas, abraços e companheirismo. Tudo que
precisávamos para amadurecer nossa amizade e ter certeza que escolhi a equipe
certa e a amizade também. Desta forma, quero agradecer de todo coração por tudo
que vocês fizeram por mim, por todo apoio e incentivo nos momentos difíceis. Perto
ou distante vocês sempre estarão em minha vida e minhas orações.
Bianca Leal de Sousa
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus, a ele todo honra e toda glória por ser meu
sustento de todos os dias, que por sua graça e misericórdia me concedeu o
benefício de acordar todos os dias com saúde e disposição para lutar e ir à busca
dos meus sonhos, que sem sua infinita bondade não teria encontrado forças para
vencer cada dificuldade e obstáculos que encontrei em meu caminho.
Obrigada a minha querida Mãe Nazaré de Belém, por todo incentivo e
paciência que dedicou a mim, durante toda minha vida. - A senhora foi a principal
incentivadora das minhas realizações! Palavras não descrevem o tamanho do meu
amor, gratidão e respeito a que lhe tenho. Obrigada por cada palavra de incentivo,
cada puxão de orelha e principalmente por lhe ter como mãe. Eu te amo!
Agradeço as minhas filhas Maria Luíza e Grazielly. Dedico a vocês esse
momento tão especial, pois tive que abrir mão de algum tempo de estar com vocês
para poder estudar, e mesmo sendo tão pequenas tiveram o entendimento que isso
seria o melhor para nossa família, muitas vezes me esperavam acordadas só para
dizer o quanto estavam com saudades, me mostrando o quanto amo ser mãe de
vocês e que o amor que tenho é a base de tudo em minha vida!
Obrigada ao meu tio Marcos Paulo, que sempre me ajudou nos momentos de
dificuldades. E quando decidi fazer faculdade não hesitou em ser meu fiador, sem
sua ajuda eu não teria conseguido seguir em frente e arcar com todas as despesas
sozinha. - Ao senhor meus sinceros agradecimentos!
Sou grata as minhas amigas Bianca e Deuzarina. - É amigas não foi nada
fácil nossa trajetória, pois durante os quatros anos de nossa graduação tivemos
muitas pedras em nosso caminho, brigamos, rimos, choramos, mas sempre tivemos
umas as outras para aconselhar e dizer que no final tudo daria certo. Graças a Deus
podemos dizer: conseguimos!
Obrigada, ao meu amado esposo Gerson Ferreira. Em minha vida jamais
pensei que poderia ser merecedora de alguém tão especial como você. Agradeço a
cada momento que me apoiou me incentivou, acreditando e me de dizendo que meu
futuro como enfermeira seria promissor, cada vitória, derrota, alegria, tristeza, em
todos esses momentos tive você ao meu lado segurando minha mão e dizendo que
não largaria jamais, pois somos um só. Eu amo você!
Brenda Wanessa dos Reis Ferreira
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus por ter me dado força e sabedoria para
realizar este projeto e jamais ter me abandonado nos momentos difíceis.
Obrigada aos Meus Pais Manoel e Silena, pelo apoio, que em todos os
momentos que precisei vocês sempre estiveram prontos pra me ajudar. Sempre
acreditando em mim, me apoiando durante esses quatro anos e se hoje cheguei até
aqui foi com o apoio de vocês. Faço desta Vitória um presente dedicado a vocês.
Agradeço ao meu esposo Antonio Carlos que de uma forma especial e
carinhosa sempre esteve ao meu lado nos momentos de choro, tristezas e alegrias
me dando força e coragem para seguir em frente em todos os momentos difíceis
Obrigada meu amor pelo incentivo e pelas noites em claros que passamos juntos
estudando e ao mesmo tempo rindo e chorando juntos agradeço pela paciência
nos momentos que tive que me ausentar aos finais de semana e feriados para
estudar deixando você sozinho. Obrigada por sempre me apoiar e me ajudar nos
meus estudos e está sempre comigo.
Ao meu filho Thiago. - Dedico a você meu filho minha formatura! Foi por você
que estou aqui. Hoje não vou dizer que foi fácil, que não foi Mas quando pensava
em desisti você foi minha maior inspiração para continuar.
Pra você filho, dedico meu maior sonho, foi por você que lutei para chegar até
aqui.
A toda a minha família, agradeço a todos pelo apoio que me foi dado e pelas
orações ao longo desses quatros anos.
Em especial aos meus cunhados, Carlos Magno e Margarida Magno, por
me ajudarem nos meus estudos. Dando total apoio e incentivo. Obrigada a minha
sogra pelo carinho, as minhas cunhadas ,sobrinhos e irmãs por todo carinho e apoio.
Agradeço as minhas amigas . É amigas não foi fácil nossa trajetória ao
longo desses quatro anos, enfrentamos muitas dificuldades sim ,mas foi em meio a
tudo isso que hoje estamos aqui. Brigamos sim, rirmos e choramos umas com as
outras, mas sempre tivemos umas às outras para aconselhar. Afinal amizade e isso
né?!
Obrigada minhas amigas por todos os momentos que passamos lado a lado,
momentos esses que jamais vou esquecer. Chegou nosso dia, hoje podemos dizer:
Em fim formadas! Conseguimos!
Obrigada aos colegas de sala, pelos momentos de tristezas, alegrias e
choros compartilhados que passamos durante esses quatros anos. Obrigada.
Deuzarina Coutinho de Queiroz
RESUMO
A atuação do enfermeiro nas ações educativas tem o papel fundamental na formação dos futuros profissionais que estarão atuando nas ações educativas. Frequentemente encontramos o enfermeiro realizando ações educativas em escolas, em unidades de saúde ou hospitais. Objetivo: Dentro dessa conjuntura temos como objetivo de pesquisa compreender a percepção dos acadêmicos de enfermagem do último semestre sobre as ações educativas do enfermeiro sobre a temática Educação em saúde. Método: Os métodos utilizados para um melhor resultado consistiram em uma pesquisa qualitativa exploratória objetivando proporcionar uma maior compreensão a respeito do problema. A pesquisa de campo foi realizada com 15 graduandos de enfermagem do último semestre em uma Instituição de Ensino Superior (IES) particular na região metropolitana de Belém. Os dados foram coletados através de entrevista semi- estruturada, feita de forma individual e gravada durante o momento. As entrevistas foram transcritas e as categorias de análise foram: Educação, saúde, educação em saúde, ações com conteúdo de educação em saúde, disciplinas acadêmicas com conteúdos de ação educativa, discussão a respeito da importância do tema de educação em saúde a partir da visão do discente. Resultado: Nesta pesquisa foi possível observar de acordo com os apontamentos dos acadêmicos que existe uma visão diferenciada a respeito das temáticas abordadas, e os mesmos compreendem a importância de ter o conhecimento sobre o ensino e aprendizagem no desenvolvimento de ações educativas. Desta forma a educação em saúde é fundamental para que os enfermeiros possam trabalhar de maneira didática suas respectivas ações educativas.
PALAVRAS- CHAVE: Ações educativas. Educação em saúde. Promoção da saúde.
ABSTRACT
The role of nurses in educational actions plays a fundamental role in the training of future professionals who will be acting in educational actions. Often we find the nurse performing educational actions in schools, in health units or hospitals. Objective: Within this context, the objective of this research is to understand the nursing students' perception of the last semester on the educational actions of nurses on the theme Health education. Method: The methods used for a better result consisted of a qualitative exploratory research aiming to provide a greater understanding about the problem. Field research was carried out with 15 nursing students from the last semester in a private higher education institution (IES) in the metropolitan area of Belém. Data were collected through a semi-structured interview, individually and recorded during the moment. The interviews were transcribed and the categories of analysis were: Education, health, health education, actions with content of health education, academic disciplines with contents of educational action, discussion about the importance of the topic of health education from the vision of the student. Results: In this research it was possible to observe according to the academic notes that there is a differentiated view regarding the topics addressed, and they understand the importance of having knowledge about teaching and learning in the development of educational actions. In this way, health education is fundamental so that nurses can work in didactic way their respective educational actions.
KEY WORDS: Educational actions. Health education. Health promotion.
LISTA DE SIGLAS
APS - Atividades Práticas Supervisionadas
CNS- Conselho Nacional de Saúde
DST- Doenças Sexualmente Transmissíveis
ED- Estudos Disciplinares
ESF- Estratégia Saúde da Família
OMS- Organização Mundial da Saúde
PNPS- Política Nacional de Promoção da Saúde
SUS- Sistema Único de Saúde
TCLE- Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO..........................................................................................................9
1.1Problematização e objeto do estudo. ..................................................................... 9
1.2 Justificativa e relevância do estudo......................................................................10
1.3 OBJETIVO GERAL ............................................................................................. 11
1.3.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ............................................................................ 11
2 REFERENCIAL TEÓRICO......................................................................................12
2.1 A educação em saúde ........................................................................................12
2.2 A Promoção da Saúde.........................................................................................14
2.3 A Saúde Coletiva..................................................................................................15
2.4 A formação do enfermeiro para atuar como educador em Saúde.......................16
3 METODOLOGIA....................................................................................................19
3.1Tipos de Estudo....................................................................................................19
3.2 Local do Estudo...................................................................................................19
3.3 Participantes do Esutdo.......................................................................................19
3.4 Critérios de inclusão e exclusão..........................................................................20
3.5 Procedimentos de coleta de dados.....................................................................20
3.6 Análise dos Dados..............................................................................................21
3.7 Aspectos éticos e legais.....................................................................................22
3.8 Riscos e benefícios............................................................................................22
4.RESULTADO E DISCUSSÕES............................................................................23
4.1 Perfil da amostra................................................................................................22
4.2 Quadro 1: Categoria Temática: Educação.........................................................23
4.3 Quadro 2: Categoria Temática: Saúde..............................................................24
4.4 Quadro 3: Categoria Temática: Educação em saúde.......................................26
4.5 Quadro 4: Categoria Temática: Ações com conteúdo de educação em
saúde..........................................................................................................................27
4.6 Quadro 5: Categoria Temática: Disciplinas com conteúdo de ações educativas
...................................................................................................................................28
4.7 Quadro 6: Categoria Temática: A importância da educação em Saúde para a
formação acadêmica..................................................................................................29
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS...................................................................................31
REFERÊNCIAS..........................................................................................................33
APÊNDICE A.............................................................................................................36
APÊNDICE B.............................................................................................................37
9
1. INTRODUÇÃO
1.1Problematização e objeto do estudo.
O presente trabalho se propõe a analisar a percepção dos acadêmicos de
enfermagem do último semestre sobre Educação em Saúde, buscando compreender
as práticas de ações educativas desenvolvidas por eles durante a formação. Para
uma melhor compreensão da temática abordada, fizeram-se necessárias várias
pesquisas, de diversos autores que favorecessem um melhor entendimento sobre a
educação em saúde, buscando no embasamento cientifico uma melhor autonomia
para as análises e discussões inseridas dentro da pesquisa.
Partindo do que é observado sobre a percepção dos acadêmicos de
enfermagem do último semestre sobre as ações educativas do enfermeiro, e
levando em consideração que a formação acadêmica deve contribuir decisivamente
com os aspectos pedagógicos de educação em saúde a presente pesquisa reúne
vários elementos coletados, no intuito de responder se a teoria é importante para a
vivência prática de ações educativas? Se esses acadêmicos compreendem que o
enfermeiro é responsável por desenvolver essas ações para promoção, proteção,
manutenção e recuperação da saúde. Neste sentido é fundamental que este
conhecimento seja percebido por tais acadêmicos de enfermagem durante seu
período de formação.
O processo histórico do Brasil veio se modificando ao longo do século, pois
antes, o aparato biomédico era determinante no processo de adoecimento. Desta
forma, primeiro existia a doença, para depois cuidar, sendo assim, nos dias atuais
essa realidade veio se modificando através das várias discussões e ações populares
sobre saúde pública e coletiva, e com isso houve a implementação da portaria n°
687, de 30 de março de 2006 na qual, foi aprovada a Política Nacional de Promoção
da Saúde (PNPS). (MALTA et al, 2016)
A partir deste momento as politicas de saúde foram transformando de
maneira significativa o processo de interpretação e atuação de saúde/doença.
Assim, ações educativas, foram construídas como formas de estratégias que
pudessem abranger não só problemas voltados a saúde, pois, entende-se que para
que o individuo tenha boa saúde, ele deve ter qualidade de vida, bem como,
saneamento básico e habitação (BRASIL, 2010)
10
A PNPS diz que “para o desenvolvimento da promoção da saúde, é
imprescindível intervir em problemas como, violência, desemprego, falta de
saneamento básico, habitação inadequada ou ausente, dificuldade ao acesso a
educação, fome, urbanização desordenada, má qualidade do ar e água”. Esses
pontos estão ligados ao artigo 3° da Lei n° 8.080, de 19 de setembro de 1990, esse
documento estabeleceu o Sistema Único de Saúde (SUS), (BRASIL, 2014).
Ao discutir as ações educativas desenvolvidas por enfermeiros com
adolescente vulneráveis as Doenças Sexualmente Transmissíveis-DST/Aids, Luna
(2012), afirma que o enfermeiro deve exercer o seu papel de educador em saúde,
em todos os locais de atuação; para ele o trabalho em grupo favorece as trocas de
experiência e informações, trabalhando na conscientização do uso da metodologia
de Paulo Freire, para um desenvolvimento melhor de troca de informações com um
grupo em geral, ressaltando também a importância de pesquisas que priorizem as
ações educativas do enfermeiro.
Desta forma, são necessárias múltiplas competências para atuação do
enfermeiro na área da saúde coletiva, pois a formação acadêmica tem importância
indubitável para o desenvolvimento do profissional enfermeiro preparado para a
atuação na saúde coletiva, entendendo que é competência do enfermeiro promover
ações educativas e ações que garantam um olhar integral ao ser humano, na
atenção a saúde (REGIS; BATISTA, 2015).
1.2 Justificativa e Relevância do estudo
A prática do enfermeiro está diretamente relacionada à promoção e a
proteção da saúde. Considerando que a prática é todo fazer contextualizado pela
teoria, percebemos a importância e a necessidade da ação educativa do enfermeiro
junto aos usuários do Sistema Único de Saúde/SUS, ou particulares (Menezes et al,
2011). Logo, é necessária, atual e pertinente a discussão sobre a temática
“Educação em Saúde: percepção dos acadêmicos de enfermagem do último
semestre sobre as ações educativas do enfermeiro".
Neste sentido a educação em saúde do paciente é uma das várias atribuições
do enfermeiro uma vez que reduz custos de atenção básica a saúde, prevenindo
doenças, evitando tratamento médico e reduzindo o tempo de hospitalização. É
através da ação educativa que o enfermeiro promove ações de promoção da saúde
11
no ambiente hospitalar, educar para saúde é disponibilizar aos usuários vários
cursos e oficinas como uma forma de aprendizagem, tanto para o paciente, como
para o seu familiar (SANTOS, 2010).
A atuação acadêmica nas ações educativas tem papel fundamental na
formação dos futuros profissionais que estarão atuando em tais ações.
Frequentemente encontramos o enfermeiro realizando ações educativas em
escolas, em unidades de saúde ou hospitais. Sempre encontramos o paciente ou
usuário ou família ou grupos necessitando aprender ações para promover ou
proteger sua própria saúde ou com necessidade de aprender o auto cuidado. Sendo
assim, questionamos: qual a percepção dos acadêmicos de enfermagem sobre a
educação em saúde? Os acadêmicos já realizaram ações educativas durante a
formação acadêmica? Caso tenham realizado, o que conhecem sobre as ações
educativas? Quais as dificuldades ou facilidades foram sentidas ao realizarem tais
ações?
1.3. OBJETIVO GERAL
Compreender a percepção dos acadêmicos de enfermagem do último semestre
sobre as ações educativas do enfermeiro na educação em saúde.
1.3.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
• Identificar a percepção dos acadêmicos de enfermagem do ultimo semestre
sobre saúde, educação e educação em saúde;
• Entender a importância do conteúdo ministrado na academia que favoreça
as ações educativas em saúde;
• Perceber as facilidades e dificuldades dos discentes no processo de
formação acadêmica.
12
2. REFERÊNCIAL TEÓRICO
2.1 A educação em saúde
A educação em saúde tem como objetivo trabalhar no planejamento e
desenvolvimento para prevenção de doenças, tendo um campo amplo, que envolve
diversas concepções nas áreas da saúde e da educação. Portanto deve esta ligada
na elaboração da educação como potencial para o desenvolvimento dos indivíduos
levando o mesmo a refletir e desenvolver o seu lado crítico (FIGUEIREDO, NETO,
LEITE, 2012).
A educação em saúde vem ampliando os conhecimentos e as práticas
relacionadas à cultura e a reforma de vida que cada indivíduo se permite viver;
considerando dois modelos de educação: o modelo tradicional ou preventivo e o
modelo radical (COLOMÉ, 2012).
Segundo Oliveira (2005) O modelo tradicional é baseado na velha saúde
pública, que enfatiza a prevenção de doenças baseado no individualismo, ou seja,
cada sujeito é responsável por seu modo de vida, e que cada escolha influenciará
nas patologias desencadeadas em seu organismo. Já no modelo Radical a proposta
é atender as complexidades da nova saúde pública, e trabalhar suas perspectivas
mais moderna, não priorizando o individualismo, e sim priorizando as práticas
educativas em saúde em grupos, facilitando assim a convivência crítica das
pessoas, focalizando principalmente na promoção da autonomia, compreendendo
que nesse contexto a educação não esta isento de críticas.
Okazaki (2009) ao refletir sobre o enfermeiro na gestão da saúde da mulher
em atenção básica refere-se que há uma gama de mulheres para atendimento,
tratamento e prevenção da saúde nas diferentes fases do ciclo da vida e cabe ao
profissional enfermeiro realizar tais ações. Desta forma, prossegue afirmando que
além do processo de cuidar, o enfermeiro atua como educador junto a população
como um todo, partindo de visão integral do sujeito.
A educação em saúde e a promoção da saúde são duas propostas distintas,
porém inter-relacionadas, e com o mesmo objetivo, de atrair a atenção das pessoas
para as questões que envolvem a saúde. Desta forma, a educação em saúde
envolve um público-alvo, o próprio sujeito, que através dos conhecimentos de
aprendizagem, se torna conhecedor dos problemas causados a saúde, modificando
13
seu comportamento para melhoria da qualidade de vida; em contra partida a
promoção à saúde procura atingir um padrão de conduta abrangendo o maior
número de grupos ou comunidades, formulando através de leis a disponibilização
gratuita de materiais durante campanhas relacionadas ao bem estar da população,
entre outras medidas (BERBEL; RIGOLIN, 2011).
Por ser a educação em saúde a pedra fundamental no desenvolvimento do
trabalho dos enfermeiros e de sua equipe, ela muitas vezes é realizada seguindo os
conhecimentos adquiridos durante a formação profissional e na experiência de cada
trabalhador, não possuindo uma regulamentação especifica, e uma metodologia
padronizada. Logo, a academia tem papel prioritário em consolidar os
conhecimentos referentes à educação e saúde de forma critica, participativa, e
emancipadora (ROCKER; NUNES; MARCON, 2012).
O enfermeiro promove ações educativas, administrativa, assistências em
todos os momentos do desenvolvimento humano, o que é reafirmado no código de
ética profissional. Por conseguinte, o enfermeiro deve estar presente em todas as
atividade e ações educativas que tem por objetivo a satisfação e as necessidades
dos usuários do serviço de saúde (SILVA, 2012).
Por seguinte, espera-se que a educação em saúde possa atuar sobre o
conhecimento das pessoas, a fim de que elas desenvolvam senso critico e
capacidade de intervenção sobre suas próprias vidas e também sobre o ambiente
com qual interatuam, para que dessa forma possam adquirir condições para se
apropriarem de sua própria existência, bem como a da sua cidadania. (FAGUNDES,
2009).
O enfoque educativo está baseado no princípio de que o usuário, a partir da
compreensão das informações fornecidas pelo serviço de saúde faça livremente
suas escolhas; o enfermeiro é visto como educador, pois leva as informações
respeitando as crenças e valores de cada usuário, levando em consideração o grau
de conhecimento adquirido por ele através das ações educativas, e não a mudança
de comportamento (BECHTLUFFT; ACIOLI, 2009)
Para Roecker (2012) O enfermeiro na Estratégia Saúde da Família (ESF)
precisa conhecer as limitações das práticas educativas e por meio delas buscar
alternativas para desenvolver da melhor forma essas práticas. Essas ações não
devem ser consideradas somente como mais uma atividade realizada nos serviços
de saúde, mas principalmente como prática que alicerça e reorienta a Atenção
14
Primária à Saúde. Desta forma, entende-se que o enfermeiro deve buscar meio de
desenvolver ações de acordo com a realidade de cada indivíduo ou comunidade,
para levar de maneira clara as informações pertinentes para cada usuário.
2.2 A Promoção da Saúde
A promoção em saúde é um conceito amplo que vai em direção ao bem estar
da população geral, associado a diversos valores como, saúde, solidariedade,
equidade, democracia, cidadania e desenvolvimento. Refere-se a um conjunto de
ações que envolvem; as políticas públicas saudáveis, criações de ambientes
adequados, reforço da ação comunitária para desenvolver habilidades pessoais e
formulação do sistema de saúde (SALCI, 2013).
A Organização Mundial de Saúde (OMS) promoveu o conceito mais
contemporâneo de promoção em saúde, surgindo então a 1º Conferência
Internacional sobre este assunto em Ottawa, Canadá. Surgindo então uma nova
concepção de saúde publica no mundo para solucionar os problemas de saúde da
época, cujo entendimento não era mais possível pelo enfoque preventivista
tradicional. Com o resultado da Conferência foi emitida a carta de Ottawa,1986 para
promoção da saúde. (WESTPHAL, 2006): “A Promoção e Proteção da saúde dos
povos é essencial para continuo desenvolvimento econômico e social, contribui para
a melhor qualidade de vida e para a paz mundial (Declaração de Alma-Ata)”.
Com este avanço, os métodos de promoção da saúde, baseados no emprego
de combinações dos cinco campos de ação para a promoção da saúde, Carta de
Ottawa, 1986,que são: Elaboração e implementação de políticas publicas saudáveis,
Criação de ambiente favoráveis a saúde, Reforço da ação comunitária,
Desenvolvimento de habilidades pessoas, e Reorientação do sistema de saúde,
vem com enfoque inovador ao descentralizar a saúde pública em determinado
campo ou doença, e passa a ver a estratégia como um todo, abrangendo diversos
cenários, tais como, cidades, comunidades locais, escolas, lugares de trabalho,
estabelecimento de saúde entre outros.
Segundo Ministério da Saúde (2010) Atenção à saúde no Brasil tem investido
na formulação, implementação e concretização de políticas de promoção, proteção e
recuperação da saúde. A promoção da saúde é uma estratégia de articulação
transversal na qual se confere visibilidade aos fatores que colocam a saúde da
15
população em risco e às diferenças entre necessidades, territórios e culturas
presentes no nosso País. Nesse sentido é importante construir um modelo de
atenção à saúde que priorize ações de melhoria da qualidade de vida dos sujeitos e
coletivos, levando em consideração a realidade de cada população.
Para Berbel (2011) a Promoção da Saúde se assemelha a um processo
humanitário quanto à abordagem junto ao cidadão, que não necessita apenas de
informações para manter os cuidados com a própria saúde, mas também de
estruturas que garantam seus direitos previstos na constituição. Nesse sentido a
oferta de serviços e informações se torna indispensável, e a estratégia é uma forma
para promover a aceitação legítima dos preceitos de saúde. Sendo assim, os meios
de comunicação são os principais divulgadores de campanhas desenvolvidas no
Brasil promovendo às campanhas ligadas a saúde.
2.3 A Saúde Coletiva
A saúde coletiva surgiu no Brasil, na década de 1970 e é fruto de várias
discussões e atitudes iniciadas no século XIX. Intensificou-se na metade do século
XX com o movimento sanitário de caráter social que originou o SUS. Suas origens
foram na medicina social e preventiva, na saúde pública. Buscou-se conceitualizar
por meio de estudos e discussões sobre evidência de sua fronteira, de seu alcance e
sua própria identidade. A saúde coletiva é considerada um campo de conhecimento
de natureza multidisciplinar, buscando através da disciplina básica de epidemiologia
elaborar uma eficiente politica de prevenção de acordo com as características de
cada região (REGIS; BATISTA, 2015).
Segundo Souza (2014) a saúde coletiva é definida como uma área de saber
que toma como objeto as necessidades de saúde, entendendo esse processo de
forma social relacionado à estrutura da sociedade e concebendo as ações de
atenção a saúde como práticas simultâneas, técnicas e sociais. Sendo assim,
percebemos que a saúde coletiva não envolve apenas o processo de saúde e
adoecimento, mas que existe a preocupação da estrutura social dentro da realidade
de cada indivíduo, criando ambientes favoráveis para evitar a doença e prolongar a
vida.
16
Segundo Figueiredo (2015) a reorganização da atenção básica na saúde
coletiva definiu a identidade do profissional enfermeiro como um excelente
profissional que desenvolve suas atribuições com autonomia e planejamento para a
execução das várias ações na saúde coletiva, supervisionando a assistência direta,
mediando ações intersetorias, gerenciando e desenvolvendo educação em saúde e
educação permanente, transformando e qualificando a atenção básica. Desta forma,
é de grande importância a valorização deste profissional de saúde, pois ele esta
sempre em contato com o usuário buscando uma melhor solução para uma melhor
qualidade nos serviços oferecidos.
Segundo Carvalho et al (2012) a Saúde Coletiva privilegia quatro focos de
tomada de decisão: as políticas (formas de distribuição do poder, eleição de
prioridades, perspectivas de inclusão social e visão de saúde); as práticas (ações
institucionais, profissionais e relacionais, permeabilidade às culturas, produção de
conhecimento); as técnicas (organização e regulação dos recursos e processos
produtivos) e os instrumentos (os meios para a intervenção). Desta maneira as
ações da saúde coletiva avalia a necessidade social em saúde, preocupando-se
com cada indivíduo, grupos étnicos, gerações, classes sociais e populações,
buscando de forma efetiva a participação da sociedade nas questões da qualidade
de vida.
2.4 A formação do enfermeiro para atuar como educador em Saúde
A enfermagem é uma profissão que visa assistir, cuidar, pesquisar e educar.
Podemos considerar que o enfermeiro procura se especializar cientificamente todos
os dias para assumir o compromisso e a responsabilidade para cuidar de outras
vidas. Segundo Duarte (2016) a participação do enfermeiro docente na formação do
discente influencia de maneira positiva as práticas educativas a serem
desenvolvidas após sua formação.
O enfermeiro promove ações educativas, administrativa, assistências em
todos os momentos do desenvolvimento humano, o que é reafirmado no código de
ética profissional. Por conseguinte, o enfermeiro deve estar presente em todas as
atividade e ações educativas que tem por objetivo a satisfação e as necessidades
dos usuários do serviço de saúde (SILVA, 2012)
17
Caetano (2009), na discussão sobre a educação permanente na era da
informatização, afirma que ao concluir o curso de graduação, os futuros profissionais
de saúde, recebem a formação básica e essencial para exercerem suas profissões.
Certamente, esta base recebida necessitará de novos conhecimentos de maneira
continuada para assimilação durante o exercício da vida profissional.
A Politica de Atenção Básica preconiza a prática utilizada por meio da
problematização e da ideia critica utilizada por Paulo Freire, pois para ele educação
é comunicação, é dialogo, e não apenas uma transferência de saber, e sim o
encontro de sujeitos interlocutores que buscam a significação dos significados.
Neste conceito critico, a abordagem torna-se um meio ideal para
desenvolver o processo de aprendizagem promovendo autonomia cidadã, isto é, a
educação em saúde é parte das atribuições dos profissionais integrantes das
equipes de saúde da família,mais ainda no trabalho do enfermeiro, que a partir de
uma problematização consegue desenvolver com autonomia ações educativas
(FERNANDES; BACKES, 2010).
Figueiredo (2012) reforça a ideia que a educação em saúde seja
realizada pelos profissionais de forma dialógica e sistemática, valorizada pelos
gestores e profissionais, buscando maior inserção dos usuários, com ações
educativas facilitadoras que considerem a realidade de cada um. Porém para que
isso seja realizado, é necessário que esses profissionais participem de programas
de Educação Permanente, para que estejam capacitados para as práticas de
Educação em Saúde. Neste conceito de uma pedagogia problematizadora
percebemos a importância de uma formulação de estratégias para uma melhor
organização da atenção a saúde, tendo em vista, que o enfermeiro tem um papel de
educador em saúde, pois ele esta capacitado para desenvolver um planejamento
voltado para as práticas educativas, além disso este profissional esta sempre se
qualificando e aperfeiçoando seus conhecimentos para levar as informações de
maneira clara a população, de acordo com a realidade de cada indivíduo.
Para Roecker (2012) O enfermeiro na Estratégia Saúde da Família (ESF)
precisa conhecer as limitações das práticas educativas e por meio delas buscar
alternativas para desenvolver da melhor forma essas práticas. Essas ações não
devem ser consideradas somente como mais uma atividade realizada nos serviços
de saúde, mas principalmente como prática que alicerça e reorienta a Atenção
Primária à Saúde. Desta forma, entende-se que o enfermeiro deve buscar meio de
18
desenvolver ações de acordo com a realidade de cada indivíduo ou comunidade,
para levar de maneira clara as informações pertinentes para cada usuário.
Segundo Coelho (2014) a enfermagem vem se modernizando, atingindo de
maneira positiva a atuação na saúde mundial, segundo ele a presença do
enfermeiro nos três níveis de saúde (primária, secundária e terciária) proporciona o
conhecimento e ações nas detecções ou prevenção de saúde, tanto individual,
quanto coletiva, para ele também não é plausível dissociar saúde das práticas
educativas, pois é através do planejamento de práticas educativas que o enfermeiro
tem a liberdade de intervir no processo de saúde, promovendo o favorecimento da
promoção e condição de saúde do sujeito no processo de adoecimento.
.
19
3. METODOLOGIA
3.1 Tipo de Estudo
Para Ramos (2009) o estudo exploratório visa tornar mais explicito o objeto da
pesquisa para uma maior familiaridade da problemática abordada. Sendo assim, o
estudo exploratório foi a opção das pesquisadoras para discutir a percepção dos
acadêmicos do último semestre de enfermagem sobre a educação em Saúde,
buscando torná-lo mais explicito. A busca pela abordagem qualitativa possibilitou
uma maior aproximação com a subjetividade do pensamento de cada um dos
acadêmicos participantes da pesquisa, possibilitando a aplicação de uma
metodologia de coleta de dados que facilitasse a aproximação possível com o
universo da subjetividade de cada participante, conforme lembra Severino (2016).
Considerando que o universo do enfermeiro presta assistência sistematizada ao
cliente/usuário/ familiares /grupos ou comunidades, realizando ações educativas em
saúde.
3.2 Local do Estudo
A presente pesquisa ocorreu em uma faculdade particular, na região
metropolitana de Belém-PA, no período de 15 de agosto de 2017 a 15 de outubro do
ano corrente. Totalizando 2 ( dois ) meses.
3.3 Participantes do Estudo
Os participantes da pesquisa foram os acadêmicos do último semestre do
curso de bacharelado em enfermagem, que aceitaram participar da pesquisa. E o
universo da pesquisa, foi constituído por 17 (dezessete) acadêmicos que se
encontram cursando o último semestre. Assim, a amostra foi constituída por todos
que aceitaram participar da pesquisa.
20
3.4 Critérios de Inclusão e exclusão
Os critérios de inclusão foram: a) ser acadêmico do último semestre do curso
bacharelado de enfermagem; b) e que aceitaram assinar o TCLE (Termo de
consentimento Livre e esclarecido); c) ser maior de 18 anos.
Os critérios de exclusão são: a) Os acadêmicos que não estavam no último
semestre do curso de bacharelado em enfermagem; b) os não aceitaram participar
do estudo.
3.5 Procedimento de coleta de dados
O procedimento de coletas de dados foi realizado através de um roteiro de
entrevista semi-estruturada possuindo perguntas fechadas e perguntas abertas,
dando ao entrevistado a possibilidade de falar mais livremente sobre a temática
abordada. Que segundo Guerra (2014) contribui diretamente para uma maior
interação com os participantes do estudo e uma aproximação. Desta forma,
desenvolvemos com liberdade cada situação particular de conversa, explorando
mais amplamente, as questões levantadas no qual os participantes responderam as
perguntas pertinentes sobre sua percepção da ação educativa do enfermeiro, junto
aos usuários do SUS - população em geral nos hospitais e ambulatórios.
(APÊNDICE A)
Para a realização das entrevistas os acadêmicos assinaram o TCLE, dessa
forma a entrevista transcorreu de forma ética, justa e sem constrangimento, com
local previamente agendado. Neste sentido, ao iniciarmos as entrevistas, cada
participante ganhou uma numeração. Junto à letra E, de entrevistado- colocamos
uma numeração- indo de 1 a 15 (total de participantes), objetivando identifica-los.
Assim como, cada item da entrevista foi identificado pela letra Q de questão,
seguindo-se do número de cada questão. Desta forma, essa numeração os
acompanhou durante a aplicação da técnica de análise do conteúdo das entrevistas.
21
3.6 Análise dos Dados
Após os dados coletados e transcritos formaram-se o corpus da pesquisa,
que foram submetidos à análise de conteúdo conforme a técnica de Bardin 2009,
que consistiu nas etapas: a pré-análise (com leitura fluente de todas as entrevistas,
para conhecimento de todo o conteúdo apresentado), a exploração do material
(identificando os possíveis eixos temáticos apresentados), e por fim, o tratamento
dos resultados e a interpretação (que consistiu na análise de cada eixo temático).
Na pré análise as entrevistas gravadas foram transcritas e cada uma delas
analisadas objetivando a retomada do objeto e objetivos da pesquisa, com isso
foram feitas leituras flutuantes captando o conteúdo de maneira geral, sem maiores
preocupações técnicas. Transcrevê-las não foi tarefa fácil, pois demandamos de
muito tempo, atenção e cuidado, para não deixar nenhum detalhe de fora. Em
seguida foram submetidas aos critérios da exaustividade, representatividade,
homogeneidade e pertinência, das 17 entrevistas realizadas, somente duas não
passaram pelos critérios acima. Sendo assim, analisamos 15 entrevistas.
Os procedimentos exploratórios da pesquisa foram valorizados no momento,
para que a riqueza do material de campo não fosse reduzido somente às unidades
de registro, isto é, juntamente com a análise, tivemos o cuidado de garantir as
inferências, buscando compreender nas falas os questionamentos levantados pela
pesquisa, possibilitando a correção de rumos interpretativos ou para abertura de
indagações.
A exploração do material consistiu numa operação classificatória visando
alcançar o núcleo de compreensão da unidade de registro. Que são expressões ou
palavras significativas, em função das quais os conteúdos foram organizados.
Dessa forma, essa categorização foi constituída num processo de redução de
texto as palavras e expressões significativas. Assim, ao organizar a mensagem
através dos elementos repetidos, surgiram as categorias temáticas de analise. Isso
é, considerando-se Bardin,”uma das características da análise de conteúdo é o
tema. A análise temática”. A unidade de significação que se liberta naturalmente de
um texto analisado, segundo a teoria que serve de guia a leitura. Sendo assim,
emergiram os temas: tema 1 educação; tema 2: saúde; tema 3: educação em saúde;
tema 4: ações com conteúdo de educação em saúde; tema 5: disciplinas com
22
conteúdo de ação educativa; tema 6: importância para sua formação acadêmica.
Neste sentido, foram feitas analises e inferências do conteúdo coletado.
3.7 Aspectos Éticos e legais
Foram observados os aspectos da Resolução 466/12, do Conselho Nacional
de Saúde, que trata das questões éticas envolvendo pesquisa com seres humanos.
Confiabilidade: As informações obtidas serão confidenciais e em qualquer momento
que a pessoa preferir não participar ou desistir de participar da pesquisa, após a
entrevista, tal atitude será compreendida pelos pesquisadores.
Participação voluntária: a participação dos acadêmicos na pesquisa é
voluntária e isenta de qualquer custo. O mesmo terá plena e total liberdade para
desistir da pesquisa a qualquer momento, sem que isso acarrete qualquer prejuízo
ou constrangimento para o participante.
3.8 Riscos e Benefícios
Riscos: Considerando que mesmos ínfimos, toda pesquisa apresenta riscos,
nesta pesquisa estaremos empenhados em eliminar risco ou desconforto à saúde do
participante, uma vez que será feita a aplicação de entrevista, em que o acadêmico
ficará à vontade para responder ou não. Seus dados podem ser revelados mais para
amenizar cada entrevistado receberá um código numérico 01 a 15, para que não aja
qualquer prejuízo, respeitando-lhes o direito à privacidade e lhes garantindo que as
informações prestadas não serão utilizadas para outras finalidades de acordo com a
Resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde (CNS), que trata de questões
éticas envolvendo pesquisas com seres humanos.
Benefícios: os benefícios, mesmo que não imediatos, poderão surgir através
de reflexão conjunta dos conteúdos ministrados na academia que incentivem cada
vez mais o acadêmico de enfermagem compreender o papel educativo da profissão
junto a cada cliente/usuário/paciente/comunidade, etc. Com os quais o enfermeiro é
levado a interagir.
23
4. RESULTADO E DISCUSSÃO
4.1 Perfil da amostra
No perfil dos participantes destacou-se o sexo feminino com apenas dois
homens entrevistados. A idade média ficou em torno de 45 (quarenta e cinco) anos
de idade.
. A partir das entrevistas feitas com os acadêmicos do curso de enfermagem
do último semestre foi possível buscar aproximação da percepção dos acadêmicos
de enfermagem em relação à educação em saúde, nos momentos proporcionados
pelos entrevistados vimos seus silêncios, falas entusiasmadas ao relembrar de fatos
vivenciados nas práticas educativas, como também observamos vontade de maior
exercício na prática educativa.
Sendo assim, amparados pelas etapas da técnica de análise de conteúdo,
obtivemos as seguintes categorias temáticas: Educação; Saúde; Educação em
Saúde; Ações com conteúdos de educação em saúde; disciplinas com conteúdo de
ação educativa; Importância das ações educativas para a formação dos graduandos
de enfermagem, que a partir deste momento serão apresentados seguidos com as
devidas unidades de registro e discussões.
4.2 Quadro 1: Categoria Temática: Educação
Unidade de Registro Número Registro
Conhecimento 7
Ensina 2
Aprende 2
Disciplina 2
Boas maneiras 1
Caráter 1 Fonte Entrevistas (2017)
De acordo com quadro 1, observamos que a maioria dos acadêmicos
identificam educação como conhecimento. O que se configura como uma visão
diferenciada do conceito de educação, pois educação não é exatamente só
conhecimento. Educação constitui-se por um o processo contínuo de
desenvolvimento das faculdades físicas, intelectuais e morais do ser humano, a fim
de melhor organizar a vida do indivíduo em sociedade ou no grupo ao qual pertence.
24
Conforme Bock, Furtado, Teixeira (2008) é por meio do conjunto dessas faculdades
que a educação se constitui enquanto processo de saber continuo.
„‟ O que eu entendo sobre educação, eu acredito que um ato de instruir, disciplinar e educação e como se fosse um processo continuo, no desenvolvimento das faculdades físicas, intelectuais, morais do ser humano, que melhora a forma de como vai viver na sociedade.‟‟E4Q2
Ainda segundo o autor, conhecimento constitui-se pelo ato de perceber os
acontecimentos baseado pelo uso da razão, que a partir do uso desta faculdade
torna-se possível a interpretação de dados, resultados possivelmente manipuláveis e
interpretação das informações.
E as várias outras identificações, constatadas por meio das entrevistas,
ficaram dispersas, em suas respostas, como:
“Eu acho que é uma junção de conhecimento, que a gente adquiriu durante a vida, com professores é, profissionais de algumas áreas” (E13Q2)
Analisando a resposta do entrevistado E13Q2, observamos que o graduando
conceitua educação como conhecimento, o que nos leva a reflexão que a educação
é um processo contínuo de aprendizagem conforme podemos identificar após varias
leituras de artigos.
Conforme Oliveira (2011), Educação transforma o homem, em um ser social e
histórico possibilitando formar nova geração transmitindo todo conhecimento,
valores e crenças adquiridos por ele durante a vida. Sendo assim, a educação vai
além de apenas ter conhecimento, pois você precisa saber transmitir esse
conhecimento para outras pessoas.
4.3 Quadro 2: Categoria Temática: Saúde
Unidade de Registro Número de Registro
Bem-estar 6
mental 5
Saúde física 2
Espiritual 2 Fonte: Entrevista (2017)
O termo saúde transcende à ausência de doenças e afecções. Definindo a
como nível de eficácia funcional e metabólica de um organismo a nível micro
25
(celular) e macro (social). Neste sentido, a saúde é um estado de normalidade de
funcionamento do organismo humano, ter saúde é viver com boa disposição física e
mental. Conforme a OMS 1964 (organização mundial da saúde) a definição de
saúde inclui o bem- estar social entre o indivíduo (MARQUES, 2002)
Podemos observar que os acadêmicos identificam saúde como Bem-Estar, o
que fica muito vago, pois principalmente na academia o conceito de saúde abrange
um conjunto de fatores que vão desde a normalidade de funcionamento do
organismo até o bem estar social que interfere diretamente na qualidade física e
mental dos indivíduos. Como podemos observar abaixo:
“O que entendo sobre saúde ela não, ela não é apenas você ter alguma enfermidade, mais a saúde e um bem-estar da saúde física, espiritual, social e você esta em harmonia com todos esses, com tudo isso que eu acredito quer o ser humano tenha saúde. Ela não é só você está doente, não é só a ausência da doença, saúde é um conjunto é você sem que esta em paz consigo mesmo físico, mental etc. ”E4Q3 .
“A saúde ela não abrange só o teu corpo físico, ela também tem a saúde mental, a saúde financeira, eu acho quando se falar em saúde do corpo e uma coisa, quando falar em saúde no contexto geral tem que avaliar todas as ares desse indivíduo” E2Q3
A definição de saúde na visão dos acadêmicos mostra que ter saúde vai
muito além da ausência de doenças, e uma serie de fatores que tornam-se
necessários para o ser humano; seu bem-estar físico, mental e social. Desta forma
essa concepção é definida de maneira clara e pertinente, pois para se ter saúde o
indivíduo precisar ter uma boa educação, uma boa qualidade de vida, saneamento
básico e emprego, elementos esses que são essenciais para garantir o bom
funcionamento do corpo e da mente.
4.4 Quadro 3: Categoria Temática:Educação em Saúde
Unidade de Registro Número de Registro
Educação continuada 4
Ações sociais 3
Informação 2
Planejamento 2
Prática 2 Fonte: Entrevista (2017).
26
Conforme quadro acima observamos que a maioria dos participantes da
pesquisa compreendem educação em saúde da seguinte forma com educação
continuada:
” A educação em saúde, e a educação continuada, ela deve existi mesmo após a formação ou até mesmo quando a gente passa uma palestra para usuários do SUS , para pessoas em campanhas e ações sociais, e educação continuada em diversas áreas.”E1Q4
“....Compreendo que os dois tem andar junto, se você tiver educação continuada, isso é totalmente diferente de educação em saúde um treinamento, no ambiente onde trabalha, você vai se prevenir de varias coisas e se também você levar, a tua saúde pra tua educação, e a tua educação pra saúde, muitas coisas vão melhorar...” E12Q4
Segundo Maceno (2013) a educação em saúde é uma importante ferramenta
de promoção da saúde, envolvendo os aspectos teóricos e filosóficos, os quais
devem orientar a prática de todos os profissionais de saúde, isso quer dizer que este
conhecimento se estende tanto ao conceito educação quanto de saúde. Sendo
assim os dois caminham em um mesmo entendimento.
Observamos, a partir das entrevistas, um equívoco entre educação e saúde e
educação continuada. Haja vista que a educação continuada se dá pela educação
aplicada aos profissionais de saúde ou de qualquer outra categoria que tenham por
intenção, já no campo de trabalho, aperfeiçoa-los, objetivando manter os
profissionais atualizados sobre novas formas de conhecimento.
Sendo assim, os pesquisados tem o conhecimento teórico do que é a
categoria saúde, e o que é educação, porém tratando-se na junção desses dois
conceitos esbarramos com pequenas dificuldades de compreensão do assunto.
Segundo Souza 2013 Educação em saúde constitui-se por um conjunto de saberes
e práticas orientados para prevenção de doenças e promoção da saúde. Trata-se de
um recurso por meio do qual o conhecimento cientificamente produzido no campo da
saúde, intermediado pelos profissionais de saúde, atinge a vida cotidiana das
pessoas.
27
4.5 Quadro 4: Categoria Temática: Ações com conteúdo de Educação em Saúde
Unidade de Registro Número de Registro
Participação em palestras 7
Ações sociais 8
Fonte: Entrevistas ( 2017)
Conforme quadro acima observamos que os participantes se fizeram presentes
em ações educativas e:
“Sim participei de palestras, participava de ações sociais, aonde foi explicados é prevenções... vários tipos de palestras, por exemplo, o que esta em alta agora, prevenção do câncer de mama, agora vem o outubro rosa, ta entrando novembro azul o câncer de próstata também é uma maneira de educar e orientar também, então esta relacionado educação em saúde, dificuldades a gente sempre vai ter porque lidar com o público é um pouco complicado. “E16Q5
Segundo Andrade (2013) o planejamento das ações educativas realizadas
pelas equipes da Saúde da Família, é feito com a participação dos profissionais da
equipe, porém nem toda a equipe reúne-se para desenvolvê-lo, o que ocasiona
grandes dificuldades no desenvolvimento das atividades de educação em saúde,
para ele a Educação em Saúde não deve ser individualizado, pois envolve
estratégias, recursos e gestão. Salientando que novas pesquisas e estudos devem
ser realizados para avaliar o desenvolvimento do processo educativo, e a
capacitação dos profissionais.
Os entrevistados afirmam terem participado de várias ações com conteúdos
de educação em saúde, e que tais ações foram desenvolvidas através de palestras
com conteúdos como: prevenção de doenças, lavagem das mãos, prevenção do
câncer de mama, entre outros. Os pesquisados relataram que não sentiram
dificuldades, pois possuíam o conhecimento dos assuntos abordados. Porém os que
encontraram dificuldades afirmaram que essas dificuldades aconteceram pelo fato
do usuário achar que não precisava das informações:
“Acho porque se tu for trabalhar com ações é porque tu sabe o que tu vai explicar, acho que é mais dificuldade sobre aquele paciente de achar que ele não precisa saber sobre aquele determinado assunto, de o paciente aceitar aquela informação...”E13Q5
28
Desta forma, conceituaram o bom desempenho no desenvolvimento das
ações, por terem participado durante a graduação de várias palestras em
comunidades, escolas e postos de saúde. Porém, é preciso bem mais que isso para
desenvolver ou propor práticas educativas, é necessário propor ações
transformadoras que levem o indivíduo a sua autonomia, para que esse indivíduo
tenha a capacidade de propor e opinar nas decisões de saúde para cuidar de si
mesmo.
Sendo assim, não é apenas o conhecimento de determinado conteúdo que
levará a pessoa, grupo ou comunidade mudar de atitude. Mas, sobretudo, a
capacidade do profissional em estimular a reflexão crítica, respeitando-se as crenças
e valores da clientela, para que elas desenvolvam a compreensão das informações
fornecidas pelo serviço de saúde, e livremente façam suas escolhas.
4.6 Quadro 5 : Categoria Temática:Disciplinas com conteúdo de ações educativas
Unidade de Registro Número de Registro
Saúde coletiva 6
ED e APS 5
Política atenção Saúde da Mulher 4 Fonte: Entrevista (2017)
As instituições de ensino têm buscado formas de abranger em seus currículos
os conteúdos necessários para formação dos profissionais que irão atuar no sistema
de saúde, em condições para atuar e planejar suas ações e suas equipes.
(MEDEIROS, 2011)
Conforme quadro acima observamos que os participantes da pesquisa
vivenciaram ações de educação em saúde nas disciplinas citadas:
“Saúde coletiva, Eu acho que essa disciplina tem que ser mais explorada o tempo que a gente fez foi curto, pouco explorado, ela é bem interessante, tem que ser mais explorado, tanto pela instituição, como pelo próprio orientador”. E16Q6
„No período de estagio, onde mais participamos de ações educativas, onde foi mas discutido ... é ótimo participar dessas ações por que a gente ganha uma grande experiência para falar com nossos pacientes no futuro”.. E6Q6
Os entrevistados afirmaram que as disciplinas que mais abordaram o
conteúdo de ações educativas foram: Saúde Coletiva, ED, APS e Saúde da Mulher
conforme o número de registro, porém alguns acham que essas disciplinas,
deveriam ser mais exploradas com práticas e ações educativas, pois o período de
29
aprendizagem é muito curto, quando se possui o conteúdo teórico bem fixado, tona-
se mais fácil desenvolver tais ensinamento e ações no futuro.
Sendo assim, é importante durante a formação acadêmica conteúdos teóricos
sobre educação em saúde, para poder desenvolver as ações educativas durantes as
palestras ministrada em seu local de trabalho, comunidade, ou escola, pois quando
temos o conhecimento do assunto abordado podemos transmitir de maneira clara e
sucinta para os indivíduos.
Segundo Pereira (2015), as escolas de enfermagem de nível superior têm
permeado seus currículos com grande ênfase aos ensinamentos da educação em
saúde, mostrando a importância desse estudo para formação acadêmica. Desta
maneira nasce um olhar voltado para promoção da saúde que busca através das
ações educativas evitar o processo de adoecimento do individuo.
4.7 Quadro 6: Categoria Temática: A importância da Educação em Saúde para a
formação acadêmica.
Unidade de Registro Número de Registro
Conhecimento 8
Planejamento das ações 5
Informação ao usuário 2 Fonte: Entrevista (2017)
Conforme quadro acima observamos que a maioria dos participantes da
pesquisa tiveram as seguintes opiniões sobre a importância da ação educativa para
sua formação:
”Sim é importante as ações educativas, e importante para formação acadêmica por que faz parte das nossas competências, e repassar informações pra sociedade promover a qualidade de vida e bem-estar físico..”E4Q7 “com certeza, por que se eu não souber como agir na minha profissão, que profissional eu vou ser? Então eu preciso ter o conhecimento dessa ação educativa de com fazer, como planejar, onde fazer e pra quem fazer... e preciso ter o conhecimento cientifico em relação a qualquer coisa que eu vá falar para os ouvintes”. E3Q7
Segundo Sardinha (2013) O conhecimento sobre educação em saúde relaciona-se
com a profissão de enfermagem, levando-se em consideração que em todas as
ações desta profissão estão inseridas em práticas educativas.
30
Sendo assim, os entrevistados compreendem que as práticas das ações
educativas são de grande importância para formação acadêmica, pois atribuem que
este conhecimento está interligado ao trabalho que o enfermeiro desenvolve nas
comunidades através das práticas educativas, também compreendem que o saber
científico é fundamental para a completude e o desenvolvimento dessas ações.
Para os graduandos o enfermeiro é um educador que aprende o conceito
teórico na faculdade, levando esse aprendizado para o seu local de trabalho,
escolas, comunidades e usuários do SUS de maneira dinâmica e informativa,
proporcionando assim a melhoria na qualidade de vida para população.
31
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O saber científico é fundamental na formação acadêmica, pois os futuros
profissionais devem formar seu perfil a partir dos conhecimentos e práticas
adquiridos enquanto discentes. E assim, de forma profissional, competente e eficaz,
prestar assistência aos usuários do serviço de saúde. Com esta pesquisa, tivemos a
oportunidade de buscar uma maior aproximação com a percepção dos acadêmicos
de enfermagem, sobre a Educação em Saúde e consequente, ação educativa do
enfermeiro. Interagimos, ouvimos, gravamos, percebemos seus silêncios e sorrisos,
ouvimos suas falas. Dessa forma, foi possível concluir:
Que a percepção dos acadêmicos sobre Educação, Saúde e Educação em
Saúde é conceituada de maneira distintas, cada um deles tem o conhecimento
do que é educação e do que é saúde. Mas, tratando-se da junção da
Educação com Saúde, na perspectiva da Educação em Saúde, temos uma
divergência de pensamentos, idéias contrárias do que realmente se trata essa
temática, confundindo educação em saúde com educação continuada.
Os conteúdos ministrados na academia que favorecem as ações educativas
são contemplados nas disciplinas: Saúde Coletiva, Apresentação de Prática
Supervisionada-APS, Estudos Disciplinares-ED e Saúde da Mulher. Porém, os
acadêmicos apontam que existe uma grande necessidade de ampliar a
discussão e a prática dessa temática na academia, pois compreendem que
tais conteúdos são muito importantes para o desenvolvimento no trabalho do
enfermeiro no seu campo de ação, quer seja no hospital, no ambulatório, nas
escola, comunidades, ou em qualquer lugar que ele possa desenvolver tais
ações educativas.
As dificuldades encontradas no processo de formação estão relacionadas a
levar as informações para o usuário, pois dados aspectos possivelmente de
origem cultural ou hábitos arraigados, em algumas situações, os mesmos
apresentam resistências, desconsiderando em parte, as informações
passadas pelos enfermeiros durantes as palestras ministradas. Possivelmente,
o domínio de dinâmicas problematizadoras estaria contribuindo para o
dinamismo do trabalho em grupo e atraindo a atenção desse usuário, para o
tema de saúde em questão.
32
Compreendemos que existem lacunas na formação acadêmica, relacionadas
a consolidação do grande campo educativo da educação em saúde, que requer
muito mais do que conteúdo a ser informado. Se encaminha para a tendência
pedagógica que direciona a aplicação deste determinado conteúdo. Sendo a ação
educativa uma grande ferramenta da ação profissional do enfermeiro,
recomendamos: Que durante o processo de formação acadêmica as Tendências
Pedagógicas, que explicam um jeito de ensinar e um modo de aprender sejam
trabalhadas na grade curricular; Que as oportunidades das práticas educativas
sejam priorizadas nas várias disciplinas com as quais fazem interface; Que o Campo
de Práticas da faculdade favoreça a ação educativa com os vários grupos e
comunidade.
33
REFERÊNCIAS
ANDRADE, A.C.V; SCHWALM, M.T; CERETTA, L.B; DAGOSTIN, V.S; SORATTO,
M.T. Planejamento das ações educativas pela equipe multiprofissional da
Estratégia Saúde da Família. O mundo da saúde. São Paulo. 2013
BARDIN, L. Análise de Conteúdo. Ed. 70. Lisboa, 2009. BECHTLUFFT,L.S; ACIOLI, S. Produção cientifica dos enfermeiros sobre a educação em saúde: V.12.n4. 2009.p.480. Disponível em: <http://aps.ufjf.emnuvens.com.br/aps/article/article/view/412/272> acesso em 07 maio 2017. BERBEL, D.B; RIGOLIN, C.C.D. Educação e promoção da saúde no brasil através de campanhas públicas. Revista Brasileira de ciência, tecnologia e sociedade. V.2, n1.2011.p. 26. BOCK, Ana Mercês Bahia. FURTADO, Odair. Teixeira, Maria de Lourdes Trassi. Psicologias. Saraiva. São Paulo, 2008. BRASIL. Educação em Saúde, diretrizes. Ministério da Saúde. Brasilia:FUNASA, 2007. BRASIL. Política Nacional de Promoção da Saúde. Ministério da Saúde, 3ª edição, Brasilia-DF,2010. p. 5-9. CAETANO,K., Educação permanente da era da informatização .In Mallagutti, william (Org).Gestão do Serviço de Enfermagem no mundo globalizado. RJ:editora Rubio, 2009. CARNEIRO,A,C,L,L;SOUZA,V;GODINHO,L,K;FARIA.I,C,M;SILVA,K,L;GAZZINELLI,M,F. Educação para Promoção da Saúde no Contexto da Atenção Primária. REV Panam Salud Publica, 2012. COELHO, M. de M. F, Aplicabilidade da CIPE: Fundamentada na Teoria de Papel, REBEn, 2014. COLOMÉ, J. S., Educação em Saúde: Por Quem e para quem, Texto contexto Enferm, Florianópolis, 2012. COSTA,G,M;FIGUEIREDO,R.C; RIBEIRO,M.E. A importância do Enfermeiro Junto ao PSE nas Ações de Educação em Saúde em uma Escola Municipal de Gurupi-TO. VER. CIENTIFICA DO ITAPC. Araguaia,v.6,n2, 2013. DUARTE, C. G., Satisfação e Trabalho do Enfermeiro docente: uma revisão integrativa, 2016.p. 20- 939.
34
FAGUNDES, L.G.S. Abordagens Inovadoras em Educação em Saúde na Perspectiva da Promoção da Saúde. Rev. Aps, 2011. FERNANDES, M.C.P; BACKES, V.M.S. Educação em saúde: perspectiva de uma equipe da estratégia da família sob a óptica de Paulo Freire. Florianópolis, 2010. Disponivel em: <http/www.redalyc.org/html/2610/267019592011> acesso em: 30 de Abril de 2017. FIGUEREDO, R.C;SOARES et al: Saúde Coletiva na graduação em enfermagem: Processo de ensino, articulação ao SUS e formação profissional. Revista Cientifica, 2015.
GUERRA, E.L de.A. Manual de Pesquisa Qualitativa. Belo Horizonte: anima Educação, 2014.p. 15-38.
LOPES, M. Analise do conceito de promoção da saúde. Texto Contexto Enferm, Florianópolis, jul-set. 2010. Disponível em: <http/www,scielo.br/pdf/tce/v19n3/a07v19n3.pdf> acesso em: 30 de Abril de 2017.
LUNA, I.T.Ações educativas desenvolvidas por enfermeiros brasileiros com adolescente vulneráveis as DST/AIDS. Ciência y enfermagem XVIII(1), 2012. Disponível em:<htpp/www.scielo.br/pdf/cunf/v18n1/art_05.pdf> acesso em:30 de Abril de 2017.
MALTA, D,C; NETO,O,L,M; SILVA,M,M,A; ROCHA,D;CASTRO,A,M; REIS,A,A,C; AKERMAN,M. Política Nacional de Promoção da Saúde(PNPS):capítulos de uma caminhada ainda em construção. Ciência e Saúde Coletiv,21(6): 2016. P.1683-1694.
MEDEIROS.V.C; PERES.A.M; Atividades de Formação do Enfermeiro no Âmbito da Atenção Básica à Saúde.Texto Contexo Enferm. Florianópolis, 2011
OKAZAKI, E. L. F. J., O enfermeiro na gestão da saúde da mulher em atenção básica.In Mallagutti, william (Org).Gestão do Serviço de Enfermagem no mundo globalizado.RJ:editora Rubio, 2009
OLIVEIRA, D.L.L.C., A “nova” saúde pública e a promoção da saúde via educação: entre a tradição e a inovação.Revista Latino-am Enferm, 2005. OLIVEIRA, R.L. Educação em saúde na estratégia saúde da família: conhecimentos e práticas do enfermeiro. Revista enfermagem integrada-Ipatinga. MG. 2011.
PEREIRA, F.G.F; CAETANO.J.A;MOREIRA.J.F; ATAIDE.M.B.C, Praticas Educativas em Saúde na Formação de Acadêmicos de Enfermagem. Revista Cogitare. Fortaleza, 2015.p. 333. Acesso em 17de Novembro de 2017.
RAMOS, A. Metodologia da pesquisa científica: como uma monografia pode abrir o horizonte do conhecimento. São Paulo: Atlas, 2009.
35
REGIS, R.G.; BATISTA, N.A.O enfermeiro na área da saúde coletiva: concepções e competências. Revista Brasileira. Set-out; 68 (5):, 2015.p.830- 836
. ROECKER, S; NUNES, E.F.P.A; MARCON, S.S. O trabalho educativo do enfermeiro na estratégia saúde da família. Texto contexto enferm. Florianopolis.2013.
SALCI, M. A., Educação em saúde e suas pespectivas teóricas. Texto contexto Enferm, Florianópolis, 2013.
SANTOS, F.G.,Educação em Saúde: O Papel do Enfermeiro Educador. Texto contexto enferm , 2010. SARDINHA.L.P;CUZARTIS.L.G;DUTRA.T.C;TAVARES.C.M.M;DANTAS.A.C; ANTUNES.E.C. Educação Permanente,Continuada,e em Serviço: desvendando seus conceitos. Revista eletrônica trimestral de Enfermeria. Enero 2013. SILVA, L.D; BECK, C.L.C; DISSEN, C.M; BUDÓ, M.L.D; SILVA, L.S. O enfermeiro e a educação em saúde: um estudo bibliográfico. Revista de enfermagem da UFSM. 2012. SOUZA, L.V.B; MARQUES, D.K.A; FREITAS, F.F.Q; SILVA, P.E; LACERDA,O.R.M. Educação em saúde e enfermagem: revisão integrativa da literaturano. Revista ciência saúde nova esperança.2013. SOUZA, L.E.P.F. Saúde pública ou saúde coletiva?. Revista espaço para saúde Londrina.v.15out/dez.2014 WESTPHAL, M.F. Promoção da Saúde e Prevenção de doenças. IM: CAMPOS G.W.S et al. Tratado de saúde coletiva. São Paulo: Hucitec, 2006. p.635-667.
36
APÊNDICE
APÊNDICE A
ROTEIRO DE ENTREVISTA
1. Código nº, sexo e idade?
2. O que você entende sobre educação?
3. O que você entende sobre saúde?
4. O que você compreende sobre educação em saúde?
5. Durante sua formação acadêmica você participou de ações com conteúdos
de educação em saúde, ou promoção da saúde? Houve dificuldades ou
facilidades?
6. Em que disciplinas Você mais vivenciou ou participou de ações de educação
em saúde?
7. O conhecimento sobre ação educativa do enfermeiro é importante para sua
formação acadêmica? Por quê?
37
APÊNDICE B
FACULDADE PAN AMAZÔNICA TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TCLE)
Viemos, por meio deste, convidá-lo (a) a participar voluntariamente do estudo
sobre “Educação e Saúde: Percepção dos acadêmicos de enfermagem do último
semestre sobre as ações educativas do enfermeiro”. Leia atentamente as
informações abaixo antes de explanar seu consentimento para participar ou não do
estudo. Este estudo tem como participantes a Professora e orientadora Jaíra Ataíde
e as acadêmicos Bianca Leal de Souza, Brenda Wanessa dos Reis Ferreira e
Deuzarina Coutinho de Queiroz.
JUSTIFICATIVA: A questão sobre a ação educativa do enfermeiro tanto no
Brasil quanto no mundo, faz parte da formação profissional e constantemente são
alvos de pesquisas e estudos voltados ao ato do enfermeiro desenvolver ações
educativas, quer sejam individuais, ou em grupos ou para segmentos da sociedade.
Sendo assim, consideramos oportuno ouvir a opinião de futuros enfermeiro, o que
conhecem o que vivenciaram o que aprenderam na academia e nas várias
oportunidades de prática.
PROCEDIMENTOS: Esta pesquisa será desenvolvida através de entrevista
com os acadêmicos de enfermagem do último semestre do Ano de 2017, tendo
como material de coleta de dados uma pesquisa semi-estruturado, com roteiro
previamente elaborado. Desta forma, a entrevista será feita em uma sala reservada,
permitindo a livre conversa para obtenção de dados concretos sobre a temática
“Educação e Saúde: Percepção dos acadêmicos de enfermagem do último
semestre sobre as ações educativas do enfermeiro”.
38
. Neste sentido, as informações obtidas serão confidenciais e em qualquer
momento que a pessoa preferir não participar ou deixar de participar da pesquisa, tal
atitude será compreendida pelos pesquisadores.
BENEFÍCIOS: Os benefícios, mesmo que não imediatos, poderão surgir
através de reflexão conjunta dos conteúdos ministrados na academia que incentivem
cada vez mais o discente de enfermagem a compreender o papel educativo da
profissão junto a cada cliente/usuário/paciente/comunidade, etc, com os quais o
enfermeiro é levado a interagir.
RISCOS: Considerando que mesmos ínfimos, toda pesquisa apresenta riscos,
nesta pesquisa estaremos empenhados em eliminar risco ou desconforto à saúde do
participante, uma vez que será feita a aplicação de entrevista, em sala reservada,
para que o acadêmico fique à vontade para responder ou não. Desta forma, seus
dados serão preservados para que não haja qualquer prejuízo, respeitando o direito
à privacidade e lhes garantindo que as informações prestadas não sejam utilizadas
para outras finalidades, além das prescritas neste acordo baseado na de acordo
Resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde (CNS), que trata de questões
éticas envolvendo pesquisas com seres humanos.
PARTICIPAÇÃO VOLUNTÁRIA: A sua participação nessa pesquisa é
voluntária e isenta de qualquer custo. Você terá plena e total liberdade para desistir
da pesquisa a qualquer momento, sem que isso acarrete qualquer prejuízo ou
constrangimento para você.
DÚVIDAS: Após todas essas informações você poderá fazer perguntas que
julgar necessário antes de concordar em participar da pesquisa e no caso de
qualquer dúvida ou reclamação em relação ao estudo, poderá procurar a Professora
Jaíra Ataíde (orientadora) pelo Tel._______________, ou os pesquisadores
participantes (acadêmicos de enfermagem) Brenda Wanessa dos Reis Ferreira Tel.
_______________, Bianca Leal de Souza Tel.______________, e Deuzarina
Coutinho de Queiroz Tel. ____________ No caso de qualquer problema ou
reclamação em relação à conduta das pesquisadoras procure o Comitê de Ética da
Faculdade Pan Amazônica (FAPAN), localizada na Rua dos Mundurucus, 4010,
Bairro Cremação; CEP 666063-230; Belém/PA; Tel.: (091) 3039-1000.