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FACULDADE PAN AMAZÔNICA CURSO DE BACHARELADO EM ENFERMAGEM
ENDY AMÁLIA GABRIELA DE ARAÚJO PINTO JULIANA DA SILVA MAGNO
CONHECIMENTO DE ACADÊMICOS DE ENFERMAGEM SOBRE SUA FORMAÇÃO PARA O CUIDADO AO ENVELHECIMENTO EM UMA INSTITUIÇÃO
PRIVADA DE ENSINO
BELÉM 2017
ENDY AMÁLIA GABRIELA DE ARAÚJO PINTO JULIANA DA SILVA MAGNO
CONHECIMENTO DE ACADÊMICOS DE ENFERMAGEM SOBRE SUA FORMAÇÃO PARA O CUIDADO AO ENVELHECIMENTO EM UMA INSTITUIÇÃO
PRIVADA DE ENSINO
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Faculdade Pan Amazônica, como requisito para obtenção do grau de Bacharel Enfermagem. Orientadora: Profa. MSc. Mônica O. L. Sá de Souza. Corientadora: Profa. Me. Viviane Ferraz Ferreira de Aguiar.
Belém / PA 2017
Biblioteca de Graduação – Faculdade Pan Amazônica
_________________________________________________________________________
P659c Pinto, Endy Amália Gabriela de Araújo.
Conhecimento de acadêmicos de enfermagem sobre sua formação para o cuidado ao envelhecimento em uma instituição privada de ensino. / Endy Amália Gabriela de Araújo Pinto, Juliana da Silva Magno. _ Belém, 2017.
73 f.
Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) – Faculdade Pan Amazônica, Belém, 2017.
Orientadora: Prof.ª MSc. Mônica L. Sá de Souza. Co-orientadora: Prof.ª Me. Viviane Ferraz Ferreira de Aguiar.
1. Enfermagem. 2. Conhecimento acadêmico - enfermagem. 3. Idoso. 4.
Gerontologia. I. Título.
CDU 616.083
_________________________________________________________________________
ENDY AMÁLIA GABRIELA DE ARAÚJO PINTO JULIANA DA SILVA MAGNO
CONHECIMENTO DE ACADÊMICOS DE ENFERMAGEM SOBRE SUA FORMAÇÃO PARA O CUIDADO AO ENVELHECIMENTO EM UMA INSTITUIÇÃO
PRIVADA DE ENSINO
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Faculdade Pan Amazônica, como requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel Enfermagem. Orientadora: Profa. MSc. Mônica O. L. Sá de Souza. Corientadora: Profa. Me. Viviane Ferraz Ferreira de Aguiar.
Aprovado em ______ de _______de 2017.
Banca Examinadora
_________________________________________________________
Orientadora: Profa. MSc. Mônica O. L. Sá de Souza.
_________________________________________________________
1º Avaliador - Prof. Tiago Nazareno Coutinho Nogueira
_________________________________________________________
2º Avaliador(a) - Profª.Lanna Xantipa -
Dedicamos este trabalho à Deus, nossos familiares
e colegas de Profissão!
Sobretudo, dedicamos este trabalho a todos aqueles
que já entenderam que “velho é o mundo”; àqueles
que cuidam e preocupam-se com esta temática e
entenderam que o envelhecimento merece hoje
nosso cuidar, nosso saber e nosso carinho!
Dedicamos a todos os idosos que já cruzaram nosso
caminhar e nos despertaram o sentimento que
moveu esta pesquisa! O olhar que hoje temos é fruto
das histórias e dificuldades vividas por cada um de
vocês!
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente à Deus, pela oportunidade de ter chegado até aqui e
por saber que por Sua Vontade ainda vou galgar outros degraus e que a caminhada
de sucesso, glória e vitória está apenas começando!
Aos meus familiares, por todo amor, carinho e amizade sempre, em especial
aos meus pais, pelo cuidado e dedicação que sempre tiveram comigo e à minha
mãe, Aldanísia Araujo, que nunca desistiu de mim, que foi sempre minha amiga,
confidente e inspiração, por sua força e garra e por acreditar que eu seria capaz de
conquistar tudo que sempre quis! Esta vitória é nossa!
Aos meus avós, e em especial meu avó Raimundo Matias (in memorian), que
sempre me deram o amor, o carinho, os ensinamentos, os exemplos e ajudaram a
formar o caráter e a personalidade da mulher que hoje me tornei e que tenho certeza
que se orgulham imensamente por esta etapa vencida!
Ao meu esposo, Orlando Abreu, mais que amor, um amigo, um incentivador,
um parceiro e um divisor de águas em minha vida. Você foi a mola propulsora e o
maior incentivador dos meus sonhos! Com você divido minha vida, nossa casa e
nossa história! Você me ajudou a ser a Enfermeira que tanto sonhei e que por tantas
vezes duvidei de que seria capaz! Esta formação não seria possível sem você!
Obrigada!
Ao meu filho, João Lucas, por ter sido o anjo que Papai do céu me enviou
para crescer, amadurecer e descobrir o amor que havia em mim e a força que eu
tinha guardada aqui! Meus dias e minhas noites são tuas! Todas as conquistas e
realizações serão por ti, por nosso futuro e nossa felicidade!
Aos familiares de meu esposo, que se tornaram mais que meus parentes,
meus companheiros e irmãos! Ao meu cunhado Stélio Abreu, que foi amigo e
companheiro sempre que precisei, que se manteve firme e prestativo sempre que
necessário! A minha sogra, Conceição Abreu, que é incansável em nos ajudar e a
lutar pelo bem de nossa família! A presença materna que hoje tenho no meu dia-a-
dia e que me empresta o ombro nas aflições da vida! Gratidão à vocês!
À FAPAN pela estrutura oferecida; pelo curso como um todo; pelos projetos e
por todas as ações que me tornaram a profissional que daqui saio! Farei Juz ao que
vivi e ao que aprendi aqui!
A Coordenadora do Curso, Prof. Elisa Feitosa que nunca mediu esforços para
fazer o melhor por nós e pelo Curso de Enfermagem. Grata por seu empenho e
dedicação!
Aos professores, pelos ensinamentos, vivências, experiências e trocas feitas
conosco! Isso foi vital! E o que falar da Professora Wanda Martins? A pessoa que
fez a diferença em sala de aula, em nossas vidas e em nossa formação. Serviu de
inspiração e de incentivo! Depois de lhe conhecer tive a certeza que fiz a escolha
certa na vida e na profissão! Meu sincero agradecimento!
A Orientadora, Prof. Mônica, pela leitura e orientação de sempre; pela
credibilidade que sempre nos deu e por tudo que contribuiu para o nosso
aprendizado e para a construção deste trabalho.
Aos colegas de curso, já que chegar até aqui representou um esforço coletivo
e fomos todos responsáveis por quanto contribuímos uns com os outros. Agradeço
pelos anos de convivência, pelas experiências e histórias vividas e pelas amizades
construídas que farão parte de todo nosso caminhar!
Em especial, à amiga de sempre, desde o inicio, Juliana Magno, parceira de
TCC e de vida. Amiga que carregarei ao lado, para sempre e com quem divido as
alegrias e as dificuldades da vida e da profissão! Nossa amizade foi das melhores
coisas que ganhei nestes anos de curso! Este trabalho coroa este momento e nos
consagra profissionais!
E, agradeço, por fim, a todos que foram fundamentais e importantes neste
caminhar! Chegar aqui não foi fácil e muitos contribuíram para que este fim fosse
doce e possível! Obrigada! Obrigada! E obrigada!
Endy Amália G. A. Pinto
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente à Deus, pelo Dom da vida, pelo estudo oportunizado
e pela chance de concluir esta Graduação e saber que esta Graça devo a Ti!
Aos meus pais, pela educação oferecida, por todo amor e cuidado me
ofertado, pelas lições que trago no peito e que me formaram a pessoa que sou. Em
especial à minha Mãe, que foi, entre outros, colega de sala e comigo dividiu medos,
incertezas e muito AMOR!
Às minhas irmãs, que sempre foram presentes e amigas. Que sempre
sonharam junto comigo e sempre quiseram ver minha felicidade, hoje partilham ao
meu lado uma vitória que é nossa!
Ao hoje amigo, Adauto Andrade, com quem vivi anos de alegria e quem me
deu minha joia rara. Adauto você foi fundamental nesta caminhada também! Por
nossa filha e nossa história estaremos para sempre ligados e serei sempre grata a ti,
por teres me ajudado a chegar até aqui!
A minha filha, Juliany Magno, a flor do meu jardim; o sol da minha manhã; a
razão e a inspiração de meus sacrifícios e o bálsamo que preciso todos os dias!
Você representa o amor e a felicidade maior! Esta conquista é pra você; por seus
sonhos e por todas as coisas que conquistaremos ainda, juntas!
À Instituição FAPAN, pelo curso ofertado; e por fazer de mim uma pequena
Enfermeira com grandes sonhos e perspectivas! Minha gratidão!
A Orientadora Mônica Souza, pelo cuidado com que sempre avaliou nosso
trabalho e pelo carinho e atenção que sempre nos orientou, continuando com
maestria o trabalho iniciado pela também querida, Prof. Viviane Ferraz, que foi quem
nos deu os primeiros ensinamentos e puxões de orelha necessários para que
tivéssemos êxito e ritmo nesta conclusão!
A Coordenadora do Curso, Prof. Elisa Feitosa, por tudo que fez ser possível e
por ter dado a este curso ritmo, vida e credibilidade!
Aos colegas de curso, por terem dividido alegrias, tristezas, realizações e
conflitos. Por terem amadurecido junto comigo ao longo destes anos e por muito
terem contribuído em minha formação e na garra necessária para chegar até aqui!
A amiga Endy, que comigo esteve desde o início, colocando-se como parceira
de trabalho e de confidências e que hoje ocupa um lugar especial em meu coração e
em meu dia-a-dia. A convivência diária com você será das coisas que mais sentirei
falta!
Agradeço também aos enfermeiros Vanda Martins, Débora de Souza, Lúcio
Domingues e Gleidson Freire que foram fundamentais nos estágios voluntários,
atuando como preceptores, incentivadores, mestres, direcionadores e parceiros de
profissão e me ajudaram a ter a certeza de realização no caminho escolhido por
mim!
E, a todos que aqui não listei, mas que foram também fundamentais e
importantes, deixo minha gratidão e meu carinho!
Juliana Magno
O sucesso nasce do querer, da
determinação e persistência em se chegar
a um objetivo. Mesmo não atingindo o
alvo, quem busca e vence obstáculos, no
mínimo fará coisas admiráveis.
José de Alencar
RESUMO
Estima-se que atualmente haja aproximadamente 841 milhões de pessoas com
idade superior a 65 anos em todo mundo, no Brasil existe aproximadamente 18
milhões de pessoas de idosas. O envelhecimento é um processo comum a todos os
seres e é influenciado por múltiplos fatores de ordem biológica, econômica,
psicológica, social e cultural. Assim, existe a necessidade de priorizar o
conhecimento sobre a saúde do idoso desde a academia. Sendo assim, a pesquisa
teve como objetivo avaliar o conhecimento dos acadêmicos de enfermagem em
relação a sua formação para o cuidado ao envelhecimento em uma Instituição
privada de ensino no município de Belém do Pará. O estudo caracterizou-se como
exploratório-descritivo de abordagem quantitativa. A população do estudo foi
composta pelos discentes matriculados na IES que cursaram a disciplina
enfermagem do Idoso na IES e que estavam no último semestre de formação. A
coleta de dados foi realizada por meio de um questionário estruturado. Foram
entrevistados 34 discentes, verificou-se que idade dos discentes variou entre 21 e 50
anos, e que 70,6% dos entrevistados eram do sexo feminino e 68% eram solteiros.
Dos discentes que não participaram de atividades voltadas a saúde do idoso 73%
disseram não participar por falta de oportunidade e 13% disseram não gostar desta
área. Destaca-se também que dos 34 discentes apenas 32% pretende fazer uma
especialização na área de gerontologia. Quanto à relevância de se ter uma atividade
curricular sobre a saúde do idoso, 100% acham o tema indispensável. Sugere-se
que mais estudos sejam direcionados à reflexão dos currículos nas IES, preparando
profissionais com visão crítica-reflexiva para construção de melhorias das condições
de saúde da população em geral, incluindo a saúde ao idoso.
Palavras-chave: Enfermagem, Conhecimento, Gerontologia, Idosos.
ABSTRACT
It is estimated that there are currently approximately 841 million people over the age
of 65 worldwide, in Brazil there are approximately 18 million elderly people. Aging is
a process common to all beings and is influenced by multiple biological, economic,
psychological, social and cultural factors. Thus, there is a need to prioritize
knowledge about the health of the elderly from the academy. Therefore, the objective
of the research was to evaluate the nursing students' knowledge regarding their
training for the care of aging in a private educational institution in the city of Belém of
Pará. The study was characterized as an exploratory-descriptive quantitative
approach. The study population was composed of students enrolled in HEI who
attended the Nursing of the Elderly at HEI and who were in the last semester of
training. Data collection was performed through a structured questionnaire. Thirty-
four students were interviewed, and the students' ages ranged from 21 to 50 years,
with 70.6% of the interviewees being female and 68% being single. Of the students
who did not participate in activities focused on the health of the elderly 73% said they
did not participate due to lack of opportunity and 13% said they did not like this area.
It is also worth noting that of the 34 students only 32% intend to do a specialization in
the area of gerontology. Regarding the relevance of having a curricular activity on the
health of the elderly, 100% find the subject indispensable. Regarding the relevance
of having a curricular activity on the health of the elderly, 100% find the subject
indispensable. It is suggested that more studies be directed to the reflection of
curricula in HEI, preparing professionals with a critical-reflexive vision to build
improvements in the health conditions of the general population, including health for
the elderly.
Keywords: Nursing, Knowledge, Gerontology, Elderly.
LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS
ABEN Associação Brasileira de Enfermagem
AGHE Association for Gerontology in Higher Education
DCENF Diretrizes Curriculares para o Curso de Graduação Enfermagem
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
IES Instituição de Ensino Superior
LDB Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional
OMS Organização Mundial da Saúde
OPAS Organização Pan-Americana de Saúde
PCN Parâmetros Curriculares Nacionais
PMDE Programa de Manutenção e Desenvolvimento de Ensino
PNSPI Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa
PPP Projeto Político Pedagógico
SBGG Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia
SENADEN Seminários Nacionais de Diretrizes para a Educação em Enfermagem
SUS Sistema Único de Saúde
UFSCAR Universidade Federal de São Carlos
USP Universidade de São Paulo
LISTA DE ILUSTRAÇÃO
Gráfico 1: Importância de atividades curriculares sobre saúde do idoso. ................ 32
Gráfico 2: Percepção dos Graduandos sobre os idosos após disciplina sobre a
saúde do idoso. ......................................................................................................... 33
Gráfico 3: Principais conteúdos relacionados ao envelhecimento e gerontologia que
houve na instituição. .................................................................................................. 34
Gráfico 4: Percepção dos discentes sobre a carga horária da disciplina saúde do
idoso. ......................................................................................................................... 34
Gráfico 5: Percepção sobre a função da equipe de enfermagem diante do processo
de envelhecimento. ................................................................................................... 35
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 14
1.1 Problematização e Objeto de Estudo .............................................................. 14
1.2 Justificativa e Relevância do Estudo .............................................................. 17
1.3 Objetivos ............................................................................................................ 18
1.3.1 Objetivo Geral .................................................................................................. 18
1.3.2 Objetivos Específicos ....................................................................................... 18
1. 4 Hipótese ............................................................................................................ 18
2 REFERENCIAL TEÓRICO .............................................................................................. 19
2. 1 Envelhecimento Populacional e o Processo do Envelhecer ........................ 19
2. 2 O Surgimento da Graduação em Gerontologia ............................................. 20
2.3 Politicas Públicas a Saúde do Idoso e a Diretriz Nacional Curricular .......... 22
2. 4 A Importância da Formação em Gerontologia Para o Enfermeiro ............... 26
3 METODOLOGIA ............................................................................................................... 28
3.1 Tipo de Estudo .................................................................................................. 28
3. 2 Local do Estudo .............................................................................................. 28
3. 3 População e Amostra do Estudo ................................................................... 29
3. 4 Procedimento de Coleta de Dados ................................................................ 29
3. 5 Análise de Dados ............................................................................................ 30
3. 6 Aspectos Éticos e Legais ................................................................................ 30
3. 7 Riscos e Benefícios da Pesquisa .................................................................... 30
4 RESULTADOS ................................................................................................................. 32
5 DISCUSSÃO .................................................................................................................... 36
6 CONCLUSÃO ................................................................................................................... 41
REFERÊNCIAS ................................................................................................................... 42
APÊNDICE A - QUESTIONÁRIO ........................................................................................ 48
APÊNDICE B - TERMO DE AUTORIZAÇÃO PARA REALIZAÇÃO DA PESQUISA ......... 51
APÊNDICE C - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TCLE) ........... 52
APÊNDICE D - TERMO DE ACEITE DO ORIENTADOR .................................................... 54
APÊNDICE E – ARTIGO ..................................................................................................... 55
ANEXO 1 - COMPROVANTE DE SUBMISSÃO .................................................................. 72
ANEXO 2- PARECER CONSUBSTANCIADO DO CEP ....................................................... 73
14
1 INTRODUÇÃO
1.1 Problematização e Objeto de Estudo
Para países desenvolvidos a Organização Mundial da Saúde (OMS) define
como idoso, pessoas com 65 anos ou mais de idade, contudo, para os países em
desenvolvimento como o Brasil, considera-se idoso a partir de 60 anos. De acordo
com a lei 10.741/03 o idoso é qualquer cidadão com idade igual ou superior a 60
anos (CRUZ; CAETANO; LEITE, 2010; LIMA, 2011).
Estima-se que atualmente haja aproximadamente 841 milhões de pessoas
com idade superior a 65 anos em todo mundo. No Censo Demográfico de 2000,
dados demonstram um percentual de 8,6% de idosos, ou seja, cerca de 14.536.029
de brasileiros com idade igual ou maior que 60 anos. Em 2010, havia 18 milhões de
pessoas de idosas no Brasil, representando 12% da população brasileira (FECHINE;
TROMPIERI, 2015; IBGE, 2010).
Atualmente o Brasil vem passando por grande mudança no seu perfil
demográfico devido a crescente queda de fecundidade ocorrida concomitantemente
com o aumento da expectativa de vida (DALMOLIN et al., 2011).
A partir da análise da população idosa é possível afirmar que o número de
idosos tem aumentado consideravelmente, o que representa uma conquista para a
humanidade, porém traz alguns desafios, especialmente no que diz respeito aos
profissionais de Saúde, como por exemplo, os enfermeiros que prestam assistência
à esta população (ALVES, 2014). De acordo com a (OMS) até 2025 o Brasil ocupará
o sexto lugar no ranking mundial de pessoas com mais de 60 anos (SCHIMIDT;
SILVA, 2012).
Sendo um processo irreversível a que todos estamos sujeitos, o
envelhecimento deve ser melhor compreendido principalmente numa época em que
o país apresenta um crescente número da população de idosos, e que junto a isto
possui uma sociedade despreparada praticamente em todas as suas esferas para
lidar com esta realidade (LIMA, 2010; BRASIL, 2010; ANDRADE, 2011).
De acordo com as particularidades de cada indivíduo o envelhecimento é um
processo comum a todos os seres e é influenciado por múltiplos fatores de ordem
biológica, econômica, psicológica, social e cultural (SANTOS, 2010). Ressalta-se
que modificações morfológicas, funcionais e bioquímicas podem interferir na
15
capacidade de adaptação do indivíduo ao meio social em que vive, tornando-o mais
vulnerável aos agravos e doenças, comprometendo sua qualidade de saúde
(BARBOSA, 2014).
Para a pessoa idosa a maior vulnerabilidade e incidência de processos
patológicos podem ocasionar a diminuição da capacidade funcional, o que na
maioria das vezes, implica em uma necessidade de cuidado diferenciado (FECHINE;
TROMPIERI, 2015).
Para a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), o envelhecimento não
é uma doença, mas uma etapa da vida com características e valores próprios, em
que ocorrem modificações no indivíduo, tanto na estrutura orgânica como no
metabolismo, equilíbrio bioquímico, imunidade, nutrição, mecanismos funcionais,
condições emocionais, intelectuais, e ainda, na própria comunicação (SCHIMIDT;
SILVA, 2012).
Neste contexto, há uma necessidade de priorizar o conhecimento sobre a
saúde do idoso desde a academia. Apesar das características específicas deste
público-alvo os profissionais da saúde ainda não identificam o idoso como um
indivíduo que apresenta necessidades diferentes dos demais adultos. Pode-se inferir
que talvez desde a academia, os estudantes não sejam estimulados a aplicar
conhecimento e conceitos específicos relacionados à gerontologia em sua dinâmica
assistencial (XAVIER; KOIFMAN, 2011).
Para Sousa e Ribeiro (2013) os enfermeiros estão pouco preparados para
enfrentar a complexidade e especificidade do cuidado à pessoa idosa, que envolve
necessidades relacionadas com a família, ética, situação econômica, ligação aos
serviços da comunidade, tratamento e apoio.
Tem-se evidenciado a necessidade da capacitação de recursos humanos
para prestar assistência, tanto no âmbito profissional como junto às comunidades e
famílias. Nesse sentido, as instituições de ensino superior, centros formadores de
opiniões e profissionais, vêm trabalhando por meio de grupos de estudo e
desenvolvimento de pesquisas (SANTOS, 2010). Ainda segundo o mesmo autor os
cursos de graduação e pós-graduação têm investido em pesquisas e estratégias
relacionais com idosos, em diversos contextos da sociedade, tendo em vista ampliar
a abordagem do processo de envelhecer e a velhice.
A Política Nacional do Idoso, criada em 1994, visando a importância de se
discutir sobre o processo de envelhecimento propôs modificações curriculares,
16
eliminando preconceitos. Contudo, só em 2001 a partir das Diretrizes Curriculares
Nacionais para a Enfermagem, foram definidos para a formação dos estudantes
princípios, condições e procedimentos direcionando-os para o cuidado integral em
saúde. Sobre essa perspectiva, Corbelline et al. (2010) ressalta que para a
efetivação da assistência integral em saúde, é essencial uma formação de
qualidade.
De acordo com Guarnieri et al. (2009) é fundamental a existência da disciplina
intitulada “Enfermagem em Saúde dos Idosos”, considerada obrigatória aos alunos
do terceiro ano da graduação em Enfermagem de algumas Faculdades do Brasil.
Todavia, ainda encontra-se faculdades que oferecem a disciplina como optativa em
diversos cursos como enfermagem e medicina (XAVIER; KOIFMAN, 2011).
Tem-se refletido por parte dos docentes sobre temas importantes para a
formação em gerontologia como o debate acerca da Política Nacional do Idoso e
dispositivos legais nacionais e estaduais. Além da discussão sobre as patologias
mais comuns no idoso (Doença de Alzheimer, depressão, osteoporose e quedas,
com ênfase na promoção da saúde e prevenção de incapacidades), assim como a
sistematização da assistência de enfermagem, terapêutica medicamentosa,
violência contra o idoso e avaliação multidimensional (SANTOS, 2010, CARVALHO;
HENNINGTON , 2015).
De acordo com Souza, Zagonel e Maftum (2016) o processo de
envelhecimento traz uma nova abordagem do cuidar, mas, a realidade dos cuidados
do enfermeiro, de uma maneira geral, ainda não refletem mudanças associadas ao
processo de saúde/doença do idoso. Ainda segundo os autores os cuidados de
enfermagem devem estar firmemente associadas as dimensões biológicas,
psicológicas, sociais, econômicas, culturais e políticas do envelhecimento,
proporcionando respostas adequadas às reais necessidades das pessoas idosas.
O profissional deve compreender as questões do processo de
envelhecimento, facilitar o acesso do idoso aos diversos níveis de atenção, estar
qualificado e estabelecer uma relação respeitosa com ele (PROCHET; SILVA,
2011). Assim, é possível estabelecer um modelo de cuidado que permeia as
mudanças próprias do envelhecimento associadas à sua experiência de vida e, com
isso, propor ações cuidativas (MARTINS; SILVA; ALVIM, 2010).
Sendo assim, a pesquisa tem-se como objeto de estudo o conhecimento de
acadêmicos de enfermagem sobre sua formação para o cuidado ao envelhecimento,
17
pois o enfermeiro é responsável pelo cuidado e atenção em saúde, devendo possuir
conhecimento e habilidade para atuar com este grupo etário. Diante da problemática
apresentada e o objeto de estudo foi levantada a seguinte questão de pesquisa:
Qual o conhecimento do acadêmico de enfermagem em relação a sua formação
para o cuidado ao envelhecimento?
1.2 Justificativa e Relevância do Estudo
O aumento na expectativa de vida requer ações urgentes voltadas à
promoção do envelhecimento ativo e produção de conhecimento na área do
envelhecimento humano para contribuir com subsídios no planejamento de políticas
públicas voltadas ao atendimento mais humanizado dos idosos (KURZ, 2009;
FREITAS, 2010).
Neste sentido o entendimento dos graduandos de enfermagem sobre o
processo de envelhecimento é importante para o cuidado específico e qualificado
voltado às pessoas idosas, além de aprimorar o conhecimento e incentivar a
produção sobre essa temática, possibilitando a implementação de uma assistência
diferenciada e mais humanizada.
Sendo assim, abordar sobre a temática é fundamental, pois ainda se torna um
desafio na formação do enfermeiro o reconhecimento das necessidades específicas
do idoso.
Também não se pode deixar de expor a preocupação em procurar aprimorar
os currículos acadêmicos a toda esta problemática que envolve a atuação do
enfermeiro frente ao atendimento de pessoas idosas. A formação acadêmica permite
que os futuros profissionais de saúde, se aproximem da promoção e prevenção da
saúde do idoso, conheçam seus problemas e dificuldades a partir do
desenvolvimento de um sistema de ensino-aprendizagem mais completo.
Em virtude dessa situação, a temática despertou nosso interesse por
entender que as ações voltadas ao idoso devem permitir um atendimento integral a
partir de um profissional capacitado. A pesquisa é relevante, pois o conhecimento
dos acadêmicos de enfermagem sobre a saúde do idoso e o processo de
envelhecimento permitirá reflexão sobre ações específicas que visam à melhora e a
qualidade nos procedimentos executados na saúde dessas pessoas.
18
Neste sentido, este projeto contribuirá para a formação acadêmica, pois
enquanto futuros profissionais da saúde ampliará o conhecimento sobre o assunto
em estudo, em tempos onde a classe de pessoas com mais de 60 anos está em
constante crescimento.
Para os profissionais de enfermagem contribuirá preparando para a
assistência preventiva, como também curativa da população idosa, enfatizando o
planejamento e assistência inerentes ao processo do envelhecimento. Dessa forma,
o projeto também irá contribuir para a sociedade, pois será possível formar recursos
humanos cada vez mais interessados, críticos e qualificados para o cuidado dos
idosos.
1.3 Objetivos
1.3.1 Objetivo Geral
Avaliar o conhecimento dos acadêmicos de enfermagem em relação a sua
formação para o cuidado ao envelhecimento em uma Instituição Privada de Ensino
no município de Belém do Pará.
1.3.2 Objetivos Específicos
Descrever o perfil social e acadêmico de graduandos de enfermagem.
Verificar o conhecimento dos acadêmicos de enfermagem acerca do
processo de envelhecimento na grade curricular da instituição de ensino,
formação extracurricular e o cuidado de enfermagem ao idoso.
.
1. 4 Hipótese
Se os acadêmicos de enfermagem possuem na grade curricular do curso a
disciplina saúde do idoso, então apresentam um bom conhecimento em sua
formação para o cuidado ao envelhecimento.
19
2 REFERENCIAL TEÓRICO
2. 1 Envelhecimento Populacional e o Processo do Envelhecer
O envelhecimento populacional é definido como a mudança na estrutura
etária da população, o que produz um aumento do peso relativo das pessoas acima
de determinada idade. No Brasil, é definida como idosa a pessoa que tem 60 anos
ou mais de idade (BRASIL, 2010). Esse processo vem sendo observado em
diversos países, e a proporção de pessoas acima de 60 anos está crescendo mais
rápido do que qualquer outra faixa etária (OMS, 2011).
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE),
atualmente existem no Brasil, aproximadamente, 20 milhões de idosos, o que
representa pelo menos 10% da população brasileira. Projeções estatísticas da OMS
demonstram que no período de 1950 a 2025, o grupo de idosos no país deverá ter
aumentado em quinze vezes, enquanto a população total em cinco. Assim, o Brasil
ocupará o sexto lugar quanto ao contingente de idosos, alcançando, em 2025, cerca
de 32 milhões de pessoas com idade superior a 60 anos (BRASIL, 2010).
Com o envelhecimento populacional também observa-se as alterações
fisiológicas e patológicas o processo de envelhecimento. Este processo em nossa
sociedade geralmente é rotulado como um período de limitações e incapacidades,
desencadeando adoecimento, perdas, solidão e dependência, tanto funcional como
financeiro. Os estereótipos em relação ao idoso repercutem negativamente sobre a
sua autoestima e podem comprometer o desenvolvimento de competências e de
suportes internos e externos necessários ao enfrentamento destes e de outros
desafios (ALMEIDA et al., 2010).
As modificações biológicas são as morfológicas, reveladas por aparecimento
de rugas, cabelos brancos e outras; as fisiológicas, relacionadas às alterações das
funções orgânicas; as bioquímicas, que estão diretamente ligadas às
transformações das reações químicas que se processam no organismo. As
modificações psicológicas ocorrem quando, ao envelhecer, o ser humano precisa
adaptar-se a cada situação nova do seu cotidiano. Já as modificações sociais são
verificadas quando as relações sociais tornam-se alteradas em função da diminuição
da produtividade e, principalmente, do poder físico e econômico, sendo a alteração
social mais evidente em países de economia capitalista (SANTOS, 2010).
20
De acordo com Elias (2011) as alterações da estrutura e as perdas funcionais
ocorrem em distintos órgãos e sistemas do corpo humano em tempos e ritmos
diferentes, concorrendo para a diminuição das reservas funcionais do organismo, e
os sistemas que sofrem maiores transformações no decurso do envelhecimento são
o sistema nervoso central, o aparelho locomotor, o sistema cardiovascular e o
sistema respiratório.
Ressalta-se que as mudanças decorrentes do avanço da idade são devidas a
fatores naturais e/ou a fatores patológicos, próprios do processo de envelhecimento,
como por exemplos as patologias: artrite, hipertensão, cancro, diabetes, osteoporose
e Alzheimer são alguns exemplos de doenças que ocorrem primariamente nos
idosos. As doenças cardiovasculares, cerebrovasculares, pulmonares e
osteoarticulares são outras situações de saúde que se encontram também em
pessoas idosas (ELIAS, 2011).
Contudo, este envelhecimento populacional pode ser visto como uma história
de sucesso para as políticas de saúde pública e para o desenvolvimento
socioeconômico, contudo gera novos desafios para a sociedade que necessita se
adaptar a esse novo panorama, a fim de maximizar a capacidade funcional e saúde
dos idosos, bem como sua participação social (OMS, 2011).
2. 2 O Surgimento da Graduação em Gerontologia
A Gerontologia (do grego gero = envelhecimento + logia = estudo)
caracteriza-se como um campo multi e interdisciplinar que visa a descrição e a
explicação das mudanças típicas do processo de envelhecimento e dos seus
determinantes genético-biológicos, psicológicos e socioculturais (KURS, 2014).
É o campo de estudos que investiga as experiências de velhice e
envelhecimento em diferentes contextos socioculturais e históricos, abrangendo
aspectos do envelhecimento normal e patológico, também investiga o potencial de
desenvolvimento humano associado ao curso de vida e ao processo de
envelhecimento. Caracteriza-se como um campo de estudos multidisciplinar, que
recebe contribuições metodológicas e conceituais das principais disciplinas como a
biologia, psicologia e ciências sociais (ALMEIDA et al., 2012).
A Association for Gerontology in Higher Education (AGHE) se destaca como
uma organização-referência na área de educação em gerontologia, esta instituição
21
foi criada em 1974 e é formada por faculdades e universidades que ofertam cursos,
treinamentos e dispõe de programas de pesquisa na área do envelhecimento.
Dentre os papéis desenvolvidos estão, principalmente, o de promover encontros e
espaços de cooperação entre as instituições membros, desenvolver a base de
dados de educação superior em Gerontologia nos Estados Unidos e de criar o
Diretório de Programas Educacionais em Gerontologia e Geriatria entre os países-
membros, para estabelecer padrões de qualidade no ensino superior da gerontologia
(OLIVEIRA, 2016).
No Brasil, a Gerontologia tem avançado nos últimos anos graças à crescente
problematização de questões relacionadas ao envelhecimento, bem como ao
aumento dos cursos de pós-graduação e à atuação de sociedades científicas como
a Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG). A Gerontologia vem
solidificando-se enquanto área do saber e inspirando a criação de novos modelos de
atenção na área do envelhecimento (ALMEIDA et al., 2012).
De acordo com Silva et al. (2015) o primeiro curso de Graduação em
Gerontologia foi criado no Brasil em 2004 pela Universidade de São Paulo (USP)
com 40 vagas anuais, oferecido no período diurno, em regime semestral, com
duração mínima de quatro anos e uma carga horária de 3.300 horas, sendo 3.000
horas de disciplinas obrigatórias, 180 horas de atividades complementares e 120
horas de disciplinas optativas. Enfatiza-se que a criação desse curso abriu um
importante caminho para a formação desse profissional em outras instituições de
ensino.
Ainda de acordo com Silva et al. (2015) o curso de graduação em Gerontologia
da UFSCar foi proposto com o objetivo de: Contribuir para o aumento de vagas na
universidade pública federal; Proporcionar a formação de um profissional pautado no
paradigma da interdisciplinaridade e da multiprofissionalidade; Formar um
profissional habilitado para atuar no sistema de saúde e em outros serviços da
comunidade de atendimento ao idoso; Contribuir para um atendimento mais
adequado à população idosa, ante as transformações no perfil demográfico da
população brasileira e no quadro epidemiológico da saúde; melhorar a qualidade da
assistência do serviço de saúde, especialmente, no Sistema Único de Saúde (SUS).
Enfim, busca-se disponibilizar, a curto prazo, profissionais graduados numa área
especialmente carente de pessoas formadas especificamente para compreender e
22
atuar com a gama de necessidades da população idosa e de profissionais capazes
de criar soluções para os problemas que ainda estão por vir.
A Gerontologia é capaz de recombinar, reconstruir, elaborar a síntese dessas
disciplinas do conhecimento, incorporando-lhes aqueles elaborados em sua práxis.
Não se trata de redução das ciências a um denominador único, mas à articulação de
seus conteúdos, configurando um estatuto coerente e científico acerca do
envelhecimento (SILVA, 2014).
Para Almeida (2013) os desafios da Gerontologia enquanto campo integrado
do conhecimento inclui barreiras para a interdisciplinaridade, a adoção de uma
linguagem comum entre os especialistas e estudiosos do envelhecimento, a
integração do conhecimento biopsicossocial e das teorias já produzidas. O autor
alerta ainda que a Gerontologia é vista por alguns estudiosos como uma ciência com
dados ricos e teorias pobres. No campo das práticas, o desafio consiste em articular
as teorias à prática a fim de melhorar as condições de vida e de saúde dos idosos e
da população que envelhece.
O gerontólogo como profissional tem a possibilidade de acompanhar, avaliar,
prevenir e promover um processo de envelhecimento saudável em todas as
vertentes (física, mental, emocional, sexual, espiritual, ambiental, social), e
encaminhar os idosos em situações agudas, de reabilitação e morte, assim o
gerontólogo pode vir a ter um papel de “agente transformador da sociedade”, no
sentido de orientar as ações gerontológicas para uma melhor qualidade de vida. A
intervenção deste profissional é então pautada pelo fato de ver o idoso como um
todo (AZEREDO et al., 2011).
2.3 Politicas Públicas a Saúde do Idoso e a Diretriz Nacional Curricular
Ao adentrar o universo das políticas públicas de saúde para o idoso, nota-se
que estas são construídas a fim de atender e direcionar algumas necessidades dos
sujeitos com idade igual ou superior a sessenta anos. Onde as primeiras políticas
criadas para população idosa são datadas após a promulgação da Constituição da
República Federativa do Brasil de 1988 e na aprovação das Leis Orgânicas da
Saúde (Lei nº 8080/90 e Lei 8.142/90), criando o Sistema Único de Saúde (SUS) e
estabelecendo a integralidade da atenção à saúde como princípio constitucional
norteador da formulação de políticas de saúde (DUARTE; MOREIRA, 2016).
23
Buscando atender as necessidades das pessoas com 60 anos ou mais e
direcionando as ações visando garantir a proteção à vida e à saúde das pessoas
idosas, em 1º de outubro de 2003, o Senado Federal sancionou a Lei 10.741/2003
denominada Estatuto do Idoso, que busca garantir-lhes direitos fundamentais, tais
como a efetivação do direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura,
ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e
à convivência familiar e comunitária, o atendimento integral pelo SUS; atendimento
geriátrico em ambulatórios; atendimento domiciliar; reabilitação; fornecimento de
medicamentos, próteses e órteses; direito de opção pelo tipo de tratamento; direito a
acompanhante e proibição de discriminação em plano de saúde (LIMA et al., 2010).
De acordo com Carvalho e Hennington (2015) é necessário que o
envelhecimento, em sua complexidade, seja incluído nos currículos das diversas
graduações da área e que o conteúdo abordado na formação dos profissionais
enfoque mais do que as doenças comuns ao envelhecimento e contemple, entre
outros, aspectos sociais e políticas públicas direcionadas aos idosos. No Brasil, a
adequação curricular é mencionada na atual Política Nacional de Saúde da Pessoa
Idosa (PNSPI), vigente no país desde 2006 (Portaria nº 2.528, de 19 de outubro de
2006) que propõe que sejam atendidas as especificidades desse grupo e ações que
promovam o envelhecimento saudável, manutenção ou reabilitação da capacidade
funcional. Tal Política provê igualmente assistência às necessidades de saúde,
apoia o desenvolvimento de cuidados informais, capacitação de recursos humanos
especializados, além de estudos e pesquisas na área (COELI et al., 2014).
O ensino de enfermagem no Brasil surgiu influenciado pelas concepções
norte-americanas, especialmente das enfermeiras do grupo Rockefeller que vieram
ao Brasil com a missão de organizar e dirigir a primeira escola de enfermagem. No
final da década de 1890, o ensino de enfermagem foi regulamentado pelo Decreto
de nº. 791, de 27 de setembro de 1890, marcado com o surgimento da Escola de
Enfermagem Alfredo Pinto no Rio de Janeiro, antigo Hospício Nacional de
Alienados, com objetivos voltados principalmente para saúde mental, na figura das
irmãs de caridade (GERMANO, 2011).
O primeiro passo para a profissionalização da enfermeira brasileira foi dado
com a criação do Decreto nº 791, de 27 de setembro de 1890. Inicia-se a partir daí o
processo de laicização da profissão e de constituição de suas bases legais. É nesse
contexto que surge a necessidade de sistematização curricular, cuja noção de
24
currículo, no sentido de ordenar processo de formação, confere-lhe um caráter
científico, metodológico, estruturalmente novo, quando comparamos ao ensino
empirista do momento pré-profissional (DUARTE; VASCONCELOS; SILVA 2017).
A Associação Brasileira de Enfermagem (ABEn), mantendo-se vigilante ao
desenvolvimento do ensino de enfermagem no país, cria, a partir de 1994, os
Seminários Nacionais de Diretrizes para a Educação em Enfermagem (SENADEns),
que trouxeram contribuições significativas para a construção das Diretrizes
Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Enfermagem, além de se
constituírem em espaços para aprofundamento da construção coletiva das políticas
e propostas que dizem respeito à educação em enfermagem (KLOH et al., 2014).
É importante ressaltar que, em virtude da nova Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional (LDB) – Lei n° 9.394 de 20 de dezembro de 1996, houve
inovações e mudanças na educação nacional, sendo prevista uma reestruturação
dos cursos de graduação, com a extinção dos currículos mínimos e a adoção de
diretrizes curriculares específicas para cada curso. A nova LDB assegura às
instituições de ensino superior autonomia didático científica, bem como autonomia
em fixar os currículos dos seus cursos e programas. Assim, as universidades não
teriam a obrigatoriedade em seguir a regulamentação do currículo mínimo
determinada pela Portaria 1721/94. Naquele momento, o currículo não seria mais o
único determinante, mas base para direcionar e orientar o ensino de graduação em
enfermagem (DUARTE; VASCONCELOS; SILVA 2017).
Com a mudança da equipe que integrava a Comissão de Especialistas de
Ensino de Enfermagem do MEC no final da década de 90, surgiu uma nova proposta
curricular, corroborando com os princípios curriculares elaborados pela Associação
Brasileira de Enfermagem (ABEN), originários dos seminários nacionais de Diretrizes
para a Educação em enfermagem no Brasil (SENADEN), que contemplava os
conteúdos de assistência da enfermagem (CARVALHO; HENNINGTON, 2015).
Ainda de Acordo com Carvalho e Hennington (2015) esta proposta está
direcionada à elaboração de um Projeto Político Pedagógico (PPP) que contemple
as dimensões necessárias à formação do enfermeiro. Após sofrer algumas
alterações pelo Conselho Nacional de Educação – Câmara de Educação Superior,
esta se tornou a Resolução CNE/CES n°. 3, de 7 de novembro de 2001, que dita as
Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Enfermagem.
25
A Portaria do MEC n. 1.721, de 15/12/1994, dispõe sobre a duração dos
cursos de graduação em Enfermagem, estabelecendo em seu art. 5º que o curso de
graduação em Enfermagem deverá ter a duração mínima de 4 (quatro) anos ou 8
semestres letivos e tempo máximo de 6 (seis) anos (ou 12 semestres letivos),
compreendendo uma carga horária de 3.500 horas/aula, ao estágio curricular
supervisionado deverá totalizar 20% (vinte por cento) da carga horária total do Curso
de Graduação em Enfermagem. Destaca-se a aprovação da Lei de Diretrizes de
Bases da Educação Nacional - Lei 9.394 – LDB (BRASIL, 1996) que foi um marco
importante, pois deu rumo para a implementação de medidas reformistas nos
diversos níveis do ensino, como a municipalização; definição dos Parâmetros
Curriculares Nacionais - PCN; avaliação educacional e Programa de Manutenção e
Desenvolvimento de Ensino – PMDE (SILVA, 2010).
Com a mesma perspectiva da LDB, foi aprovada a Resolução CNE/CES n°.
03, de 7/11/2001, que veio reforçar a necessidade de articulação entre a saúde e o
ensino superior e, sobretudo, apontar as Diretrizes Curriculares para o Curso de
Graduação Enfermagem (DCENF) para a formação de um (a) enfermeiro (a) com
formação generalista, humanística, reflexiva e crítica, indicando elementos
conceituais, filosóficos e metodológicos que possam fundamentar a mudança no
processo de educação em enfermagem. Neste contexto, a abordagem ao cuidado
ao idoso passa ser um destaque com intuito de repensar conceitos e atitudes,
sobretudo, no que diz respeito ao processo de envelhecimento, para que, no futuro,
os enfermeiros, possam oferecer uma atenção qualificada e especializada para
aqueles que vivenciam esse processo (OLIVEIRA; DOURADO; MENEZES, 2014).
As Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Enfermagem,
segundo alterações estabelecidas pela Resolução do CNE/CES nº 3, de novembro
de 2001, aponta em seu artigo 5º que o enfermeiro deve ser dotado de
competências e habilidades para atuar em diversos programas de assistência a
saúde. Especificamente, formar profissionais capacitados para o cuidado do sujeito
idoso. Segundo a Portaria 2.528 de 2006 que aprova a Política Nacional de Saúde
da Pessoa Idosa (PNSPI) os idosos necessitam de uma avaliação pautada no
conhecimento do processo de envelhecimento e de suas particularidades e
adaptada a realidade sociocultural em que estão inseridos. (ALBERTI; ESPÍNDOLA;
CARVALHO, 2014).
26
A capacitação dos profissionais de saúde é imprescindível para o atendimento
adequado ao idoso. Assim, torna-se necessário voltar a atenção na academia para a
formação e capacitação de recursos humanos de enfermagem, com vistas ao
atendimento do fenômeno do envelhecimento (Gerontologia) e processo saúde-
doença dos idosos (Geriatria) (CORBELLINE et al., 2010).
A temática sobre a formação do enfermeiro para os cuidados à pessoas idosas
também é implementada nos cursos de graduação e pós-graduação que, além de
utilizarem pesquisas, investem em estratégias relacionais com idosos, em diversos
contextos da sociedade, tendo em vista ampliar a abordagem do processo de
envelhecer. (COELHO et al., 2014).
Para Medeiros, Araújo e Barbosa (2009) a percepção sobre a formação
acadêmica em relação ao ato de cuidar de idosos sugere que deve haver um maior
aprofundamento dos profissionais de saúde desde sua formação até o processo de
atuação para que seja garantida uma assistência humanizada e de qualidade
oferecida à faixa etária considerada como idosa, o que estimulam a preocupação do
acadêmico em relação a sua formação desde a academia. Sugerem ainda, que mais
estudos se direcionem na reflexão dos currículos previstos para a atualidade,
preparando profissionais com visão crítica-reflexiva para construção de uma
realidade na qual haja melhoria das condições de saúde da população em geral,
incluindo a saúde ao idoso.
Em relação á prática da enfermagem, torna-se essencial que haja maiores
discussões sobre a saúde do idoso nos projetos políticos pedagógicos com visão
para a transição demográfica vigente, como também para formação de um
enfermeiro apto para cuidar diante das nuances do processo de envelhecimento
(MEDEIROS; ARAÚJO; BARBOSA, 2009).
2. 4 A Importância da Formação em Gerontologia Para o Enfermeiro
Diante do fenômeno demográfico vivenciado no país, é fundamental a
qualificação na formação dos futuros profissionais de enfermagem de todo o Brasil,
permitindo que graduandos desenvolvam, durante a fase de aprendizado, o cuidado
direcionado para os idosos, e dessa maneira, garantindo uma assistência de
qualidade a essa parcela da população (LIMA, 2010).
27
Dentro desse contexto, destaca-se o papel dos diferentes profissionais da área
de saúde, a exemplo do enfermeiro, os quais devem atuar em conjunto para a
construção de uma visão positiva do envelhecimento e valorização da pessoa idosa,
bem como na promoção do processo de envelhecimento de forma ativa, com foco
na manutenção da autonomia e independência dos idosos. Atuar não somente com
o idoso portador de doenças, mas sim em uma perspectiva de promoção, educação,
manutenção e recuperação desse ser (FREITAS et al., 2010).
De acordo com Rocha et al. (2011) a atuação do enfermeiro enquanto
profissional deve incluir ações terapêuticas, respostas afetivas e cognitivas entre o
indivíduo, família e comunidade. O relacionamento com a pessoa idosa deve ser de
confiança, valorização, sensibilidade, atenção e escuta. Para a manutenção do
equilíbrio físico e mental, o idoso deve ter um atendimento humanizado, orientação,
acompanhamento e apoio domiciliar, respeitando a sua cultura.
Para que o atendimento humanizado realmente aconteça é importante que os
serviços de saúde busquem estratégias para incluir as famílias no processo de ciclo
vital envolvendo o envelhecimento, não apenas com foco no idoso, mas ampliando a
visão para as demandas dos familiares, considerando sua estrutura, dinâmica,
expectativas e necessidades (HORTA; FERREIRA; ZHAO, 2010).
Pode-se usar como exemplo de inclusão dos vários atores que cercam o
idoso, o estudo de Boas et al. (2012) que conseguiu confirmar a importância da
realização da atividade de acompanhamento dos familiares nos diversos
atendimentos aos idosos, uma vez que esta permite a formação de vínculo entre o
profissional de saúde, o paciente e a família; bem como contribui para a redução do
número de internações, reintegra o paciente em seu núcleo familiar, estimula maior
participação destes no tratamento e promove a educação em saúde.
Freitas, et al. (2010) em seu estudo afirma a importância de ações de
educação em saúde, bem como a formação de grupos de promoção à saúde como
instrumentos da assistência de enfermagem para a promoção de autonomia e saúde
da população idosa.
É importante ressaltar que, para esta inclusão realmente acontecer faz-se
necessária a participação conjunta de diversos setores da sociedade, incluindo
gestores das diversas esferas de governo e profissionais de saúde, com a
elaboração de novas políticas voltadas para os idosos, bem como promovendo
condições para o êxito na execução de políticas já existentes (BEZERRA , 2012).
28
3 METODOLOGIA
3.1 Tipo de Estudo
O presente estudo caracterizou-se como exploratório-descritivo de
abordagem quantitativa. De acordo com Gil (2008) o estudo descritivo caracteriza-se
em descrever as características de determinadas populações ou fenômenos. Uma
de suas peculiaridades está na utilização de técnicas padronizadas de coleta de
dados, tais como o questionário e a observação sistemática.
A pesquisa exploratória tem como objetivo proporcionar maior familiaridade
com o problema, com vistas a torná-lo mais explícito ou a construir hipóteses. A
grande maioria dessas pesquisas envolve: o levantamento bibliográfico; entrevistas
com pessoas que tiveram experiências práticas com o problema pesquisado e
análise de exemplos que estimulem a compreensão. Essas pesquisas podem ser
classificadas como: pesquisa bibliográfica e estudo de caso (PRODANOV;
FREITAS, 2013).
O método de investigação quantitativo constitui assim um processo
sistemático de colheita de dados observáveis e quantificáveis. Baseia-se na
observação de fatos objetivos, acontecimentos e de fenômenos que existem
independentemente do investigador. Com este tipo de investigação, procura-se
geralmente obter resultados suscetíveis de serem utilizados no plano prático e de
fornecer melhorias em situações particulares (FREIXO, 2009; FORTIN et al., 2009).
De acordo com Prodano e Freitas, Queiroz e Souza (2013) pesquisa em que a
abordagem é quantitativa, o pesquisador busca a descrição factual dos eventos,
buscando a validação das hipóteses mediante a utilização de dados estruturados,
pois neste método busca-se quantificar os dados e generalizar os resultados da
amostra para os interessados.
3. 2 Local do Estudo
A pesquisa foi realizada em uma Instituição Privada de Ensino Superior, na
cidade de Belém do Pará.
29
3. 3 População e Amostra do Estudo
A população de acadêmicos de enfermagem é composta por 99 discentes,
sendo que 53 são da Turma I e 46 da Turma II. Todas as duas turmas são do último
semestre da faculdade. A partir de uma amostragem estratificada proporcional de
pelo menos 20%, delimitou-se então uma amostra de 11 discentes na Turma I e 9 na
Turma II, totalizando 20 acadêmicos que foram escolhidos aleatoriamente.
Teve como critério de inclusão: discentes matriculados na IES que tenha
cursado a disciplina Enfermagem do Idoso na IES, estejam no último semestre de
formação, no período noturno e que aceite a participar da pesquisa. Como critério de
exclusão: discentes não matriculados na IES, que tenha cursado a disciplina
Enfermagem do Idoso em outra IES e que não aceite participar da pesquisa. É
válido ressaltar que, na IES as aulas são apenas desenvolvidas no período noturno,
por esta razão as pesquisadoras terem usado como critério de inclusão apenas esse
período.
3. 4 Procedimento de Coleta de Dados
A coleta de dados foi realizada por meio de um questionário estruturado
(APÊNDICE A) dividido em duas partes: I- Perfil social e acadêmico dos estudantes
de enfermagem e II- Conhecimento dos acadêmicos de enfermagem sobre a sua
formação para o cuidado ao envelhecimento.
O questionário constitui uma técnica de levantamento de dados primários e de
grande importância à descrição verbal de informantes, caracteriza-se ainda como
uma ferramenta essencial de medição de dados específicos. Apresenta vantagens
por dispensar menos tempo e custos, permitindo eficácia e eficiência no controle dos
entrevistados que o pesquisador deve levar em conta no momento em que estiver
escolhendo a técnica a ser aplicada no seu projeto em particular (PRODANO;
FREITAS, 2013).
Antes de iniciar a pesquisa foi encaminhado a Instituição de Ensino Privada
um termo de autorização para realização da pesquisa (APÊNDICE B). A coleta de
dados aconteceu entre setembro e outubro de 2017. O tempo previsto para a
30
aplicação do questionário foi de no mínimo, 20 minutos e, no máximo, 30 minutos.
3. 5 Análise de Dados
Foi utilizada a análise descritiva. Os dados foram organizados e lançados no
Microsoft Office Excel 2014, para calcular a frequência absoluta e relativa. Os dados
foram comparados através de tabelas e gráficos, e em relação às perguntas
referente ao conhecimento dos mesmos frente às ações realizadas, foram
agrupadas as respostas que forem semelhantes e constantes nos questionários
contendo perguntas abertas e fechadas.
3. 6 Aspectos Éticos e Legais
A pesquisa foi encaminhada para a Plataforma Brasil, CAAE:
74563317.0.0000.5701, com parecer aprovado, número 2.324.018, em 01/10/2017.
Seguiu as Diretrizes e Normas Regulamentadas de Pesquisa com Seres Humanos
da Resolução nº. 466/12 do Conselho Nacional de Saúde. Todos os participantes da
pesquisa receberam o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE)
(APÊNDICE C). Seguindo os aspectos éticos para pesquisa envolvendo seres
humanos, os acadêmicos de enfermagem foram informados sobre o objetivo do
estudo.
Ao término da pesquisa foram disponibilizados os resultados obtidos para a
faculdade, e para todos aqueles nos quais possam interessar. Informa-se que está
pesquisa foi orientada pela professora responsável pela pesquisa (APÊNDICE D).
3. 7 Riscos e Benefícios da Pesquisa
A pesquisa ofereceu riscos mínimos aos acadêmicos de enfermagem, como
por exemplo, o desconforto em responder as questões, não entendimento de algum
item do questionário aplicado e exposição, contudo, as pesquisadoras buscaram
utilizar um questionário objetivo e de fácil entendimento e, também, as
pesquisadoras estavam disponíveis para tirar qualquer dúvida. Foi informada a
31
garantia a respeito da confidencialidade das informações. Foi igualmente esclarecido
que a não participação ou abandono do estudo não acarretou nenhum tipo de
prejuízo.
Os pesquisadores poderiam ser mal interpretados, porém, o objetivo da
pesquisa e a aplicação do questionário foram esclarecidos para que o participante
não tenha nenhum tipo de dúvida.
A realização desta pesquisa trará benefícios para os acadêmicos de
enfermagem, pois permitirá identificar a sensibilidade dos mesmos em relação a
importância da gerontologia na formação profissional. De uma forma ampla,
acreditamos que poderá contribuir para o cuidado ao idoso através da elucidação de
algumas lacunas de conhecimento teórico e prático do processo de ensino
aprendizagem.
Para os pesquisadores permitiu conhecer melhor sobre a gerontologia, aplicar
na prática os cuidados necessários ao decorrer do processo de envelhecimento e
incentivar a busca de aperfeiçoamento nesta área.
32
4 RESULTADOS
Foram entrevistados 34 discentes matriculados na IES que cursaram a
disciplina Enfermagem do Idoso na IES, e todos cursavam o último semestre de
formação, curso de enfermagem, de acordo com os critérios de inclusão.
Verificou-se que idade dos discentes variou entre 21 e 50 anos, e que 25
(73,5%) dos entrevistados eram do sexo feminino e 23 (68%) eram solteiros.
Do total de entrevistados, 28 (82%) responderam que sim, quando
perguntados se gostariam de desenvolver atividades com idosos. Contudo, apenas
24 (70,6%) mostraram interesse em atuar na gerontologia. Constatou-se também
que 23 (67,6%) dos entrevistados participou e/ou participaria de atividades voltadas
a saúde do idoso; 11 (32%) discentes responderam que não participariam e destes
08, ou seja, 73% estudantes disseram não participar por falta de oportunidade e 03
(13%) disseram não gostar desta área. Destaca-se também que dos 34 discentes
apenas 11 (32%) pretende fazer uma especialização, mestrado e/ou doutorado na
área de gerontologia.
Todos os entrevistados responderam sim, no que diz respeito à necessidade
da inclusão sobre o conhecimento acerca do envelhecimento na formação
universitária. Quanto à relevância de se ter uma atividade curricular sobre a saúde
do idoso, 18 (53%) muito importante e 16 (47%) acham importante, demostrando
que 100% acham indispensável o tema sobre a saúde do idoso (Gráfico 1).
Gráfico 1: Importância de atividades curriculares sobre saúde do idoso.
33
Verificou-se que após a realização da disciplina sobre a saúde do idoso, a
maioria dos discentes, ou seja, 19 (56%) enxergam o idoso como um ser frágil e/ou
incapaz de desenvolver autocuidado. Contudo, os demais 15 (44%) acreditam que o
idoso tem capacidade funcional e independência como mostra o gráfico 2.
Gráfico 2: Percepção dos Graduandos sobre os idosos após disciplina sobre a saúde do idoso.
A análise dos dados demonstrou, de acordo com os entrevistados que os
principais conteúdos na instituição relacionados ao envelhecimento são: 20 (59%)
referentes à politicas públicas e 6 (17,6%) estão relacionados a agravos e doenças
prevalentes nos idosos, como exposto no gráfico 3.
Outro ponto importante e positivo da pesquisa foi à unanimidade na resposta
sim, quanto à necessidade das atividades extracurriculares como estágios,
congressos, simpósios e outros na área da gerontologia na formação do profissional
de enfermagem.
34
Gráfico 3: Principais conteúdos relacionados ao envelhecimento e gerontologia na instituição.
Contudo, ressalta-se que 21 (62%) dos graduandos acham, regular e/ou ruim
a carga horária de 30 horas disponibilizada para a disciplina saúde do idoso; outros
7 (20,5%) acham boa e somente 6 (17,5%) consideram a carga horária como ótima
(Gráfico 4). Também é importante frisar que menos da metade, ou seja, 16 (47%) da
população estudada nesta pesquisa participaram de visitas técnicas voltadas à
saúde do idoso; os demais (53%) nunca tiveram esse tipo de atividade.
Gráfico 4: Percepção dos discentes sobre a carga horária da disciplina saúde do idoso.
35
No que diz respeito à percepção dos estudantes sobre a função do
profissional de enfermagem diante do processo de envelhecimento, obteve-se um
total de 73 respostas distribuídas em: promoção do envelhecimento ativo e saudável
com 27 (37%), prevenção e manutenção da saúde do idoso com 24 (33%), atenção
integral à saúde da pessoa idosa com 16 (22%) e estímulo a participação e
fortalecimento do controle social com apenas 6 (8%) das respostas como mostra o
gráfico 5.
Gráfico 5: Percepção sobre a função da equipe de enfermagem diante do processo de envelhecimento.
Por fim, constatou-se que todos responderam positivamente quando
perguntados se o acolhimento do idoso na dimensão biopsicossocial é uma
competência do enfermeiro.
36
5 DISCUSSÃO
Com relação à idade e o gênero sexual dos discentes neste estudo, nossos
resultados mostraram-se bem próximos aos dados encontrados por Medeiros,
Araújo e Barbosa (2009) em pesquisa que avaliou a percepção dos acadêmicos de
enfermagem sobre o cuidado do idoso na Universidade Estadual da Paraíba
(UEPB), os autores constataram que dos acadêmicos que participaram deste
estudo, 77% pertencem ao sexo feminino e 23% ao sexo masculino. Os autores
ressaltam ainda que vem ocorrendo um aumento da frequência do gênero masculino
no curso de Enfermagem, fenômeno este, que vem substituindo a imagem social de
que o curso de Enfermagem seria mais voltado ao público feminino.
Diante dos resultados obtidos, quando perguntado aos discentes se gostariam
de desenvolver atividades com idosos; sobre interesse em atuar na gerontologia e
se estes participaram e/ou participaria de atividades voltadas a saúde do idoso,
percebe-se que existe a necessidade de uma reflexão acerca dos currículos de
enfermagem e da sua atuação na prática do ensino, pesquisa e extensão para que
haja inserção dos conteúdos da Gerontologia e Geriatria nos conteúdos
programáticos que possam contemplar uma demanda mais ampla dos discentes do
curso de enfermagem. Para Carvalho e Hennington (2015), a estratégia de
organização e oferta de disciplinas sobre a saúde do idoso é um processo dialético
que permite diferentes ações na formação do profissional para o desenvolvimento de
competências na área de Gerontologia e Geriatria.
Percebe-se inicialmente que a maioria dos estudantes gostaria de
desenvolver atividades com idosos e gostariam de atuar na área da gerontologia.
Contudo, menos 70% destes participaram de atividades voltadas ao idoso e dos que
não participaram de nenhuma atividade a grande maioria não teve oportunidade de
realizar tais atividades.
Este fato é bastante preocupante, pois, acredita-se que uma instituição de
ensino superior deverá ser capaz de criar mecanismos eficientes para que todos os
discentes tenham igual condição na participação das atividades acadêmicas. De
acordo com Medeiros, Araújo e Barbosa (2009) existe escassez de conhecimento
gerontogeriátrico dos profissionais da saúde, pois há ausência de sintonia da maioria
das instituições de ensino superior brasileiras com o atual processo de transição
37
demográfica e suas consequências, além da falta de campos específicos para a
prática e da inexperiência do corpo docente.
No que diz respeito à necessidade da inclusão sobre o conhecimento acerca
do envelhecimento na formação universitária, ressalta-se a unanimidade na resposta
sim o que é um fato muito positivo da pesquisa. Quanto à relevância de se ter uma
atividade curricular sobre a saúde do idoso, exposto no gráfico 1.
Evidencia-se que os resultados deste estudo são bem próximos ao
encontrado por Ferreira-Sae, Soutelho e Ribeiro (2008) no estudo feito no curso de
graduação de enfermagem da Faculdade Comunitária de Campinas e Santa Bárbara
com discentes do 5º e 6º semestres, onde constatou-se que o ensino da saúde do
idoso na graduação de enfermagem foi considerado indispensável por 92% dos
alunos.
Nesse contexto, observa-se que os discentes são bem conscientes no que diz
respeito à importância da inclusão de conteúdos e atividades sobre o conhecimento
acerca do envelhecimento na formação do profissional de enfermagem. Isso é muito
importante, pois, a enfermagem deve estar preparada para lidar com as
necessidades da população idosa, onde o cuidado de enfermagem a idosos como
cuidados especiais relacionados às necessidades vivenciadas por indivíduos
pertencentes à faixa etária.
Contudo, é necessário que as IES ofereçam esses conteúdos e disciplinas
voltados ao processo de envelhecimento e cuidado com o idoso. De acordo com
Medeiros, Rodrigues e Nobrega (2012) estudos revelam que não são todos os
cursos de graduação que, em sua estrutura curricular, oferecem disciplinas
específicas voltadas para as questões relacionadas ao processo de envelhecimento,
à pessoa idosa e à velhice. Para Silva, et al. (2009) na maioria das vezes, o tema é
inserido em disciplinas que dizem respeito à saúde do adulto, sem que se leve em
consideração a singularidade do envelhecimento e a sua importância para a
disciplina que exige atenção especializada.
Verificou-se que após a realização da disciplina sobre a saúde do idoso, a
maioria dos discentes enxergam o idoso como um ser frágil e/ou incapaz de
desenvolver autocuidado, os demais acreditam que o idoso tem capacidade
funcional e independência como mostra o gráfico 2.
Percebe-se que o termo envelhecimento, ainda está relacionado com uma
conotação negativa da velhice, apesar de ser visto como algo alcançável e que deve
38
ser vivido garantindo todo o potencial vital que ainda resta no avançar da idade
(BEZERRA, 2012).
Medeiros, Rodrigues e Nobrega (2012) constataram em seu estudo que o
processo de envelhecimento é percebido como um estado de dependência e de
fragilidade, em que os idosos necessitam de cuidados especiais. Observou-se
também que os entrevistados acham que o estado de envelhecer recorre à
colaboração e ajuda de outras pessoas. Estes autores verificaram também que o
processo de envelhecimento é visto pelos acadêmicos como um conjunto de
alterações fisiológicas, bioquímicas e psicoemocionais e, embora haja perdas que
depreciam as atividades diárias, ao mesmo tempo, há mecanismos de
aproveitamento da capacidade funcional.
O gráfico 3 mostra que de acordo com os entrevistados que os principais
conteúdos na instituição relacionados ao envelhecimento são referentes à politicas
públicas e a agravos e doenças prevalentes nos idosos.
Este é um ponto importante, pois acredita-se que os profissionais de saúde
pública devem demonstrar compreensão sobre a saúde do país e as políticas
nacionais de saúde e assistência aos processos de envelhecimento humano. Para
Leite et al. (2012) a formação de recursos humanos em enfermagem constitui um
fator estratégico das políticas de atenção à população idosa ao contribuir para a
construção do conhecimento no campo do envelhecimento e orientar-se para uma
intervenção compreensiva, centrada na pessoa que envelhece, no seu contexto e,
em especial, quando necessita de cuidado.
De acordo com Witt et al. (2014), o papel das políticas públicas de saúde é o
de reforçar a necessidade da atenção integral a qualidade em saúde, fortalecimento
do controle social pelos idosos e educação permanente dos profissionais de saúde
com a finalidade de recuperar, manter e promover a autonomia e a independência
dos indivíduos idosos, direcionando medidas coletivas e individuais de saúde.
A unanimidade na resposta sim, quanto à necessidade das atividades
extracurriculares como estágios, congressos, simpósios e outros na área da
gerontologia na formação do profissional de enfermagem, são muito importantes.
Infere-se que para os discentes, o ensino da gerontologia, pesquisas e extensão são
elementos essenciais para consolidação das propostas pedagógicas das instituições
de ensino superior é uma boa iniciativa de conhecimento na formação acadêmica.
Pois, além do ensino sobre cuidar de idosos, o ensino superior em saúde
39
deve ser regido por práticas que vão do ensino-aprendizagem, da pesquisa e da
extensão, voltado ao incentivo a práticas com grupos de idosos, importante no
processo de formação acadêmica dos enfermeiros (ALBERTI; ESPÍNDOLA;
CARVALHO, 2014).
Contudo, os resultados mostrados no gráfico 4, sobre a carga horária de 30
horas disponibilizada para a disciplina saúde do idoso, ressaltam um fato importante
frisando que menos da metade dos entrevistados participaram de visitas técnicas
voltadas à saúde do idoso e que a maioria nunca tiveram esse tipo de atividade.
Observa-se pelas respostas dos acadêmicos que há uma necessidade de
aperfeiçoamento específico na carga horária das disciplinas destinadas a
capacitação do profissional de enfermagem para lidar com o idoso tendo em vista
suas necessidades físicas, sociais e psíquicas que extrapolam enormemente o
tempo destinado a disciplina saúde do idoso na instituição, precisa-se de ações
curriculares para formação adequada destes futuros profissionais de enfermagem.
De acordo com Silva et al. (2009) a discussão sobre a formação histórica dos
currículos de enfermagem, trazem à tona que, a partir de 1994, a Comissão de
Especialistas de Enfermagem, em conjunto com a Comissão de Educação da
Associação Brasileira de Enfermagem (ABEn), deram origem à Portaria 1.721/94,
com aprovação do Ministério da Educação, para se inserir, nos currículos de
Enfermagem, a discussão sobre a saúde de idosos, além de outras particularidades
citadas para as diretrizes curriculares de enfermagem.
Em contrapartida aos nossos resultados sobre a carga horária inerente a
atividades sobre a saúde do idoso, a Organização Pan-americana da Saúde (OPAS)
preconiza em especial para o curso de enfermagem, que não sejam oferecidos
conteúdos gerontogeriátricos parciais integrados a outras disciplinas, para não correr
o risco de diluir ou reduzi-los ao longo da grade curricular, bem como que os
conteúdos sobre o cuidado ao idoso, permitindo ao estudante visualizar essa etapa
da vida como um período em que o ser humano sofre limitações da idade, mas que
também pode usufruir de uma fase de bem-estar e desenvolvimento (SCHIMIDT;
SILVA, 2012).
A percepção dos estudantes sobre a função do profissional de enfermagem
diante do processo de envelhecimento, a boa distribuição nas respostas como
mostra o gráfico 5, reflete o quanto os discentes consideram importantes as
atividades do enfermeiro para o cuidado do idoso, importância esta confirmada na
40
concentração das repostas voltadas para a prevenção e manutenção da saúde do
idoso, e atenção integral à saúde da pessoa idosa.
É importante ressaltar que a ação da enfermagem frente ao cuidado do idoso
caracteriza-se por um conjunto de ações no âmbito individual e coletivo, que de
acordo com Leite et al. (2012) abrange a promoção e a proteção da saúde, a
prevenção de doenças, o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação e a manutenção
da saúde.
Quanto aos resultados sobre a competência do enfermeiro no que diz respeito
ao acolhimento do idoso na dimensão biopsicossocial, com todos respondendo sim,
confirma a importância do cuidado do idoso frente as questões inerentes ao
processo de envelhecimento e a saúde do idoso nos mais variados níveis.
Reconhece-se assim, que a formação de profissionais de enfermagem
precisa ser refletida na ação de perceber o contexto do envelhecimento individual e
social, principalmente no que diz respeito ao que está sendo ministrado nas
atividades da graduação em enfermagem, que deve levar aos acadêmicos a
participar do processo de envelhecimento, pois, serão futuros atores sociais na
propagação de um envelhecimento ativo e saudável.
Segundo Witt et al. (2014), é essencial que na graduação haja discussões
sobre a Gerontologia no sentido de não só preparar o acadêmico para a nova
composição demográfica e epidemiológica, como também de modificar a visão
estereotipada negativa em relação ao processo de envelhecimento que muitas
vezes é imposta pela sociedade.
41
6 CONCLUSÃO
Considerando as múltiplas alterações que compõem o processo de
envelhecimento conclui-se que a saúde do idoso é um assunto complexo, pois o
envelhecimento humano não é provocado por uma única causa, algumas teorias
sobre envelhecimento destacam múltiplos aspectos inerentes ao processo de
envelhecimento, levando-se em consideração alterações que englobam aspectos
físicos, emocionais e sociais, motivo pelo qual é necessário que o discente e
futuramente profissional de enfermagem esteja adequadamente preparado para o
atendimentos das pessoas idosas.
De acordo como objetivo proposto constatou-se que a compreensão que os
discentes de enfermagem têm sobre o envelhecimento e a saúde do idos pode
assumir diferentes significados. A percepção sobre a formação acadêmica em
relação ao ato de cuidar de idosos sugere que deve haver um maior
aprofundamento dos profissionais de saúde desde sua formação até o processo de
atuação para que seja garantida uma assistência humanizada e de qualidade.
Outro ponto importante que ressalta-se no conhecimento dos acadêmicos de
enfermagem refere-se à necessidade de capacitação profissional com uma
demanda maior de disciplinas e de serviços na área de gerontologia. Fatos estes,
que estimulam a preocupação do acadêmico em relação a sua formação desde a
academia.
Sugere-se que mais estudos sejam direcionados à reflexão dos currículos nas
IES, preparando profissionais com visão crítica-reflexiva para construção de
melhorias das condições de saúde da população em geral, incluindo a saúde ao
idoso. Em relação á prática da enfermagem, é imprescindível que se façam mais
debates a cerca da saúde do idoso nos projetos políticos pedagógicos, visando a
formação de um enfermeiro apto para cuidar diante das pessoas que passam pelo
processo de envelhecimento.
42
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48
APÊNDICE A - QUESTIONÁRIO
Nº do questionário: __________
Data de aplicação do questionário: ____/____/____
PERFIL SOCIAL E ACADÊMICO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM
1. Nome: ____________________________________________________________
2. Idade: ____________________________________________________________
3. Sexo: ( ) Masculino ( ) Feminino
4- Estado civil:
a) ( ) Solteiro (a)
b) ( ) Viúvo (a)
c) ( ) Casado(a)/companheiro(a)
d) ( ) Desquitado E) separado ( ) F) divorciado ( )
5- Semestre: ( ) 8º semestre. 6- Você gostaria desenvolveria atividades com os idosos? a) ( ) Sim b) ( ) Não 7- Você atuaria na área de gerontogeriatria? A) ( )Sim B) ( ) Não. Porquê: ______________________ 8- Você já participou ou participaria de atividades voltadas a saúde do idoso como congressos, simpósios, cursos de capacitação, dentre outros. SIM ( ) . Vá para questão 9. NÃO ( ). Responda a questão 8. 9- Você nunca participou ou participaria de atividades sobre saúde do idoso em razão de: Não tem tempo para participar ( ) Não gosta desta área ( ) Não teve oportunidade de participar ( ) Outro motivo ( ). Qual: _____________________________________ 10- Você pretende fazer uma especialização, mestrado e/ou doutorado na área de gerontologia:
49
Sim ( ) Não ( )
CONHECIMENTO DOS ACADÊMICOS DE ENFERMAGEM SOBRE SUA
FORMAÇÃO PARA O CUIDADO AO ENVELHECIMENTO 1- A inclusão sobre o conhecimento acerca do envelhecimento na formação universitária é um requisito necessário: ( ) Sim ( ) Não 2- Você acha importante ter uma atividade curricular (disciplina) sobre a saúde do idoso? Importante ( ) Pouco importante ( ) Muito importante ( ) Nada importante ( ) 3- Como você vê o idoso após ter a disciplina específica a esta área? ( ) É um ser Frágil. ( ) É um ser doente. ( ) Incapaz de desenvolver autocuidado. ( ) Tem capacidade funcional e independência. 4- Quais os principais conteúdos relacionados ao envelhecimento você teve sobre gerontologia nesta instituição?
( ) Políticas públicas de atenção ao idoso. ( ) Agravos e doenças prevalentes nos idosos. ( ) Questões sócio-antropológicas relacionadas ao envelhecimento. ( ) Nenhuma dessas. ( ) Todas 5- Você acha que as atividades extracurriculares ( estágios extracurriculares, congressos, simpósios, etc) na área de gerontologia são necessárias na formação profissional: ( ) Sim ( ) Não ( ) Não sei
50
6- Sobre a carga horária de 30 horas da disciplina saúde do idoso de sua instituição de ensino você considera como: Ótima ( ) Boa ( ) Regular ( ) Ruim ( ) 7- Você já participou de visitas técnicas voltadas a saúde do idoso: Sim ( ) Não ( ) 8- Qual o papel da Equipe enfermagem diante do processo de envelhecimento e saúde do idoso? Pode ser marcado mais de uma alternativa. ( ) Promoção do envelhecimento ativo e saudável. ( ) Atenção integral à saúde da pessoa idosa. ( ) Estímulo a participação e fortalecimento do controle social. ( ) Prevenção e manutenção da saúde do idoso. ( ) Nenhuma das alternativas
9- Na sua opinião, a competência do enfermeiro envolve o acolhimento do idoso em sua dimensão biopsicossocial:
Sim ( ) Não ( )
51
APÊNDICE B - TERMO DE AUTORIZAÇÃO PARA REALIZAÇÃO DA PESQUISA
Ilmo. Sr
Nós, Endy Amália Gabriela de Araújo Pinto e Juliana da Silva Magno, alunos
regularmente matriculados no curso de Enfermagem da Faculdade Pan Amazônica
(FAPAN), sob a orientação da Profa. MSc. Mônica O. L. Sá de Souza, viemos
solicitar a V. Sa. a autorização para coleta de dados nessa instituição, com a
finalidade de realizar a pesquisa do Trabalho Conclusão de Curso intitulada:
“CONHECIMENTO DE ACADÊMICOS DE ENFERMAGEM SOBRE SUA
FORMAÇÃO PARA O CUIDADO AO ENVELHECIMENTO EM UMA INSTITUIÇÃO
PRIVADA DE ENSINO ”, cujo objetivo geral é avaliar o conhecimento dos
acadêmicos de enfermagem em relação a sua formação para o cuidado ao
envelhecimento em uma Instituição Privada de Ensino e objetivos específicos
identificar o perfil social e acadêmico de graduandos de enfermagem e verificar o
conhecimento dos acadêmicos de enfermagem acerca do processo de
envelhecimento na grade curricular da instituição de ensino, formação extracurricular
e o cuidado de enfermagem ao idoso. A pesquisa foi desenvolvida em duas etapas:
I- Perfil social e acadêmico dos estudantes de enfermagem e II- Conhecimento dos
acadêmicos de enfermagem sobre sua formação para o cuidado ao envelhecimento.
O público alvo foram os discentes do curso de enfermagem que estejam cursando o
último semestre de formação no período noturno. Igualmente, assumo o
compromisso de utilizar os dados obtidos somente para fins científicos, bem como
de disponibilizar os resultados obtidos para esta instituição. Agradecemos
antecipadamente e esperamos contar com a sua colaboração.
Atenciosamente,
Endy Amália Gabriela de Araújo Pinto Juliana da Silva Magno
Eu, Mônica O. L. Sá de Souza, responsabilizo-me pelo trabalho científico das
discentes Endy Amália Gabriela de Araújo Pinto e Juliana da Silva Magno.
________________________________ Profa. MSc. Mônica O. L. Sá de Souza.
52
APÊNDICE C - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TCLE)
INFORMAÇÕES SOBRE A PESQUISA: Título do Estudo: CONHECIMENTO DE ACADÊMICOS DE ENFERMAGEM SOBRE SUA FORMAÇÃO PARA O CUIDADO AO ENVELHECIMENTO EM UMA INSTITUIÇÃO PRIVADA DE ENSINO
Você está sendo convidado a participar de um estudo de pesquisa que tem
como objetivo geral avaliar o conhecimento dos acadêmicos de enfermagem em
relação a sua formação para o cuidado ao envelhecimento em uma Instituição
Privada de Ensino e objetivos específicos identificar o perfil social e acadêmico de
graduandos de enfermagem e verificar o conhecimento dos acadêmicos de
enfermagem acerca do processo de envelhecimento na grade curricular da
instituição de ensino, formação extracurricular e o cuidado de enfermagem ao idoso.
A pesquisa foi desenvolvida em duas etapas: I- Perfil social e acadêmico dos
estudantes de enfermagem e II- Conhecimento dos acadêmicos de enfermagem
sobre sua formação para o cuidado ao envelhecimento.
A pesquisa poderá oferecer riscos como o desconforto em responder as
questões, não entendimento de algum item do questionário aplicado e exposição,
contudo, as pesquisadoras buscarão utilizar um questionário objetivo e de fácil
entendimento e, também, as pesquisadoras estarão disponíveis para tirar qualquer
dúvida. O instrumento de investigação será arquivado e incinerado após um período
de cinco anos, sendo que até lá ficarão sobre guarda das pesquisadoras.
A realização desta pesquisa trará benefícios para os acadêmicos de
enfermagem, pois permitirá a sensibilidade dos mesmos em relação a importância
da gerontologia na formação profissional. De uma forma ampla, acreditamos que
poderá contribuir para o cuidado ao idoso.
Para os pesquisadores permitirá conhecer melhor sobre a gerontologia e
aplicar na prática os cuidados necessários ao decorrer do processo de
envelhecimento e incentivar a busca de aperfeiçoamento nesta área.
Sua participação é voluntária, a qualquer momento você pode recursar-se a
responder qualquer pergunta ou desistir de participar e retirar seu consentimento.
Sua recusa não trará nenhum prejuízo em sua relação com os pesquisadores e/ou
53
com a instituição. Suas respostas serão tratadas de forma confidencial, isto é, em
nenhum momento será divulgado o seu nome em qualquer fase do estudo.
Ao ser concluído, o estudo poderá beneficiar os acadêmicos de enfermagem,
pois permitirá a sensibilidade dos mesmos em relação a importância da gerontologia
na formação profissional. De uma forma ampla, acreditamos que poderá contribuir
para o cuidado ao idoso. Para os pesquisadores permitirá conhecer melhor sobre a
gerontologia e aplicar na prática os cuidados necessários ao decorrer do processo
de envelhecimento e incentivar a busca de aperfeiçoamento nesta área.
Informamos ainda que, em caso de dano pessoal, diretamente provocado por
alguma das etapas da pesquisa, os participantes terão direito a indenizações
legalmente estabelecidas. É importante ressaltar que não haverá despesas pessoais
nem renumeração para os participantes da pesquisa.
Para isso, podem contatar o principal investigador da pesquisa, professora
MSc. Mônica O. L. Sá de Souza. E-mail: [email protected]. Também
poderão ser contatados os demais realizadores da pesquisa, as alunas: Endy Amália
Gabriela de Araújo Pinto. E-mail: [email protected] Tel.: (91) 988378898 e
Juliana da Silva Magno. E-mail: [email protected] Tel.:(91) 981164915.
Belém, ______/_____/______
______________________________________
Assinatura do sujeito ou responsável.
_____________________________ JULIANA DA SILVA MAGNO
Pesquisadora Acadêmica de enfermagem
_______________________ ENDY AMÁLIA GABRIELA DE
ARAÚJO PINTO Pesquisadora
Acadêmica de enfermagem
______________________ Pesquisadora responsável
Prof. MSc. Mônica O. L. Sá de Souza.
54
APÊNDICE D - TERMO DE ACEITE DO ORIENTADOR
FACULDADE PAN-AMAZÔNICA
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
Eu, professor (a) MÔNICA O. L. SÁ DE SOUZA, do Curso de Graduação em
Enfermagem, da Faculdade Pan-Amazônica, declaro aceitar ser orientadora do
trabalho intitulado “CONHECIMENTO DE ACADÊMICOS DE ENFERMAGEM
SOBRE SUA FORMAÇÃO PARA O CUIDADO AO ENVELHECIMENTO EM UMA
INSTITUIÇÃO PRIVADA DE ENSINO” de autoria dos alunos: ENDY AMÁLIA
GABRIELA DE ARAÚJO PINTO e JULIANA DA SILVA MAGNO.
Declaro, ainda, ter total conhecimento das normas de realização de trabalhos
científicos vigentes, segundo a Comissão Nacional de Ética em Pesquisa - CONEP
e Conselho Nacional de Saúde - CNS Resolução Nº466 de 12/12/2012, estando
inclusive ciente da necessidade de minha participação na banca examinadora por
ocasião da qualificação do projeto e da defesa do Trabalho de Conclusão de Curso.
Belém-PA, ___de____ 2017.
_____________________________________ Profa. MSc. Mônica O. L. Sá de Souza.
Orientadora
E-mail: [email protected]
55
APÊNDICE E – ARTIGO
CONHECIMENTO DE ACADÊMICOS DE ENFERMAGEM SOBRE SUA FORMAÇÃO PARA O CUIDADO AO ENVELHECIMENTO EM UMA INSTITUIÇÃO PRIVADA DE ENSINO
KNOWLEDGE OF ACADEMICS OF NURSING ABOUT ITS EDUCATION FOR THE CARE OF AGING IN A
PRIVATE INSTITUTION OF TEACHING
ENDY AMÁLIA GABRIELA DE ARAÚJO PINTO
Graduada em Enfermagem (FAPAN, 2017)
JULIANA DA SILVA MAGNO
Graduada em Enfermagem (FAPAN, 2017)
MÔNICA OLIVIA LOPES SÁ DE SOUZA
Professora, Mestre em Enfermagem (FAPAN, 2017)
VIVIANE FERRAZ FERREIRA DE AGUIAR
Professora, Mestre em Enfermagem (FAPAN, 2017)
RESUMO
O envelhecimento é um processo comum a todos os seres e é influenciado por múltiplos fatores de ordem biológica, econômica, psicológica, social e cultural. Assim, existe a necessidade de priorizar o conhecimento sobre a saúde do idoso desde a academia. OBJETIVO: avaliar o conhecimento dos acadêmicos de enfermagem em relação a sua formação para o cuidado ao envelhecimento em uma Instituição privada de ensino no município de Belém do Pará. METODOLOGIA: O estudo caracterizou-se como exploratório-descritivo de abordagem quantitativa. A população do estudo foi composta pelos discentes matriculados na IES que cursaram a disciplina enfermagem do Idoso na IES e que estevam no último semestre de formação. A coleta de dados foi realizada por meio de um questionário estruturado. RESULTADOS: Foram entrevistados 34 discentes, verificou-se que idade dos discentes variou entre 21 e 50 anos, e que 70,6% dos entrevistados eram do sexo feminino e 68% eram solteiros. Dos discentes que não participaram de atividades voltadas a saúde do idoso 73% disseram não participar por falta de oportunidade e 13% disseram não gostar desta área. Destaca-se também que dos 34 discentes apenas 32% pretende fazer uma especialização na área de gerontologia. Quanto à relevância de se ter uma atividade curricular sobre a saúde do idoso, 100% acham o tema indispensável. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Sugere-se que mais estudos sejam direcionados à reflexão dos currículos nas IES, preparando profissionais com visão crítica-reflexiva para construção de melhorias das condições de saúde da população em geral, incluindo a saúde ao idoso. Palavras-chave: Enfermagem; Percepção, Gerontologia, Idosos.
56
ABSTRACT
Aging is a process common to all beings and is influenced by multiple biological, economic, psychological, social and cultural factors. Thus, there is a need to prioritize knowledge about the health of the elderly from the academy. OBJECTIVE: to evaluate nursing students' knowledge regarding their training for aging care in a private educational institution in the city of Belém do Pará. METHODOLOGY: The study was characterized as an exploratory-descriptive quantitative approach. The study population was composed of the students enrolled in the HEI who attended the nursing discipline of the Elderly in HEI and who were in the last semester of formation. Data collection was performed through a structured questionnaire. RESULTS: Thirty-four students were interviewed. It was verified that the students' ages ranged from 21 to 50 years, and that 70.6% of the interviewees were female and 68% were single. Of the students who did not participate in activities focused on the health of the elderly 73% said they did not participate due to lack of opportunity and 13% said they did not like this area. It is also worth noting that of the 34 students only 32% intend to specialize in the area of gerontology. Regarding the relevance of having a curricular activity on the health of the elderly, 100% find the subject indispensable. FINAL CONSIDERATIONS: It is suggested that more studies be directed to the reflection of the curricula in HEI, preparing professionals with critical-reflexive vision to build improvements of the health conditions of the population in general, including the health of the elderly. Keywords: Nursing; Perception, Gerontology, Elderly.
1 INTRODUÇÃO
Para países desenvolvidos a Organização Mundial da Saúde (OMS) define
como idoso, pessoas com 65 anos ou mais de idade, contudo, para os países em
desenvolvimento como o Brasil, considera-se idoso a partir de 60 anos (1).
Estima-se que atualmente haja aproximadamente 841 milhões de pessoas
com idade superior a 65 anos em todo mundo. No Censo Demográfico de 2000,
dados demonstram um percentual de 8,6% de idosos, ou seja, cerca de 14.536.029
de brasileiros com idade igual ou maior que 60 anos. Em 2010, havia 18 milhões de
pessoas de idosas no Brasil, representando 12% da população brasileira (2).
Atualmente o Brasil vem passando por grande mudança no seu perfil
demográfico devido a crescente queda de fecundidade ocorrida
concomitantemente com o aumento da expectativa de vida (3).
A partir da análise da população idosa é possível afirmar que o número de
idosos tem aumentado consideravelmente, o que representa uma conquista para a
57
humanidade, porém traz alguns desafios, especialmente no que diz respeito aos
profissionais de Saúde, como por exemplo, os enfermeiros que prestam assistência
à esta população (4). De acordo com a (OMS) até 2025 o Brasil ocupará o sexto lugar
no ranking mundial de pessoas com mais de 60 anos (5).
Sendo um processo irreversível a que todos estamos sujeitos, o
envelhecimento deve ser melhor compreendido principalmente numa época em que
o país apresenta um crescente número da população de idosos, e que junto a isto
possui uma sociedade despreparada praticamente em todas as suas esferas para
lidar com esta realidade (6; 7; 8).
De acordo com as particularidades de cada indivíduo o envelhecimento é um
processo comum a todos os seres e é influenciado por múltiplos fatores de ordem
biológica, econômica, psicológica, social e cultural (9).
Ressalta-se que modificações morfológicas, funcionais e bioquímicas podem
interferir na capacidade de adaptação do indivíduo ao meio social em que vive,
tornando-o mais vulnerável aos agravos e doenças, comprometendo sua qualidade
de saúde (10).
Neste contexto, há uma necessidade de priorizar o conhecimento sobre a
saúde do idoso desde a academia. Apesar das características específicas deste
público-alvo os profissionais da saúde ainda não identificam o idoso como um
indivíduo que apresenta necessidades diferentes dos demais adultos (11).
Os enfermeiros estão pouco preparados para enfrentar a complexidade e
especificidade do cuidado à pessoa idosa, que envolve necessidades relacionadas
com a família, ética, situação econômica, ligação aos serviços da comunidade,
tratamento e apoio (12).
Sobre essa perspectiva, para a efetivação da assistência integral em saúde, é
essencial uma formação de qualidade (13).
É fundamental a existência da disciplina intitulada “Enfermagem em Saúde
dos Idosos”, considerada obrigatória aos alunos do terceiro ano da graduação em
Enfermagem de algumas Faculdades do Brasil (14).
Tem-se refletido por parte dos docentes sobre temas importantes para a
formação em gerontologia como o debate acerca da Política Nacional do Idoso e
58
dispositivos legais nacionais e estaduais. Além da discussão sobre as patologias mais
comuns no idoso (Doença de Alzheimer, depressão, osteoporose e quedas, com
ênfase na promoção da saúde e prevenção de incapacidades), assim como a
sistematização da assistência de enfermagem, terapêutica medicamentosa,
violência contra o idoso e avaliação multidimensional (9; 15).
Os cuidados de enfermagem devem estar firmemente associadas as
dimensões biológicas, psicológicas, sociais, econômicas, culturais e políticas do
envelhecimento, proporcionando respostas adequadas às reais necessidades das
pessoas idosas (16).
O profissional deve compreender as questões do processo de
envelhecimento, facilitar o acesso do idoso aos diversos níveis de atenção, estar
qualificado e estabelecer uma relação respeitosa com ele (17). Assim, é possível
estabelecer um modelo de cuidado que permeia as mudanças próprias do
envelhecimento associadas à sua experiência de vida e, com isso, propor ações
cuidativas (18).
O aumento na expectativa de vida requer ações urgentes voltadas à
promoção do envelhecimento ativo e produção de conhecimento na área do
envelhecimento humano para contribuir com subsídios no planejamento de
políticas públicas voltadas ao atendimento mais humanizado dos idosos (19; 20).
Neste sentido o entendimento dos graduandos de enfermagem sobre o
processo de envelhecimento é importante para o cuidado específico e qualificado
voltado às pessoas idosas, além de aprimorar o conhecimento e incentivar a
produção sobre essa temática, possibilitando a implementação de uma assistência
diferenciada e mais humanizada.
De maneira geral, objetiva-se avaliar o conhecimento dos acadêmicos de
enfermagem em relação a sua formação para o cuidado ao envelhecimento em uma
Instituição Privada de Ensino no município de Belém do Pará.
De modo específico, quer-se Identificar o perfil social e acadêmico de
graduandos de enfermagem; Verificar o conhecimento dos acadêmicos de
enfermagem acerca do processo de envelhecimento na grade curricular da
59
instituição de ensino, formação extracurricular e o cuidado de enfermagem ao
idoso.
2 METODOLOGIA
O presente estudo caracterizou-se como exploratório-descritivo de
abordagem quantitativa (21, 22, 23, 24).
A pesquisa foi realizada em uma Instituição Privada de Ensino Superior, na
cidade de Belém do Pará.
A população de acadêmicos de enfermagem é composta por 99 discentes,
sendo que 53 são da Turma I e 46 da Turma II. Todas as duas turmas são do último
semestre da faculdade. A partir de uma amostragem estratificada proporcional de
20% delimitou uma amostra de 11 discentes na Turma I e 9 na Turma II, totalizando
20 acadêmicos que foram pesquisados.
Teve como critério de inclusão: discentes matriculados na IES que tenha
cursado a disciplina Enfermagem do Idoso na IES, estejam no último semestre de
formação, no período noturno e que aceite a participar da pesquisa. Como critério
de exclusão: discentes não matriculados na IES, que tenha cursado a disciplina
Enfermagem do Idoso em outra IES e que não aceite participar da pesquisa. É
válido ressaltar que, na IES as aulas são apenas desenvolvidas no período noturno,
por esta razão as pesquisadoras terem usado como critério de inclusão apenas esse
período.
A coleta de dados foi realizada por meio de um questionário estruturado
dividido em duas partes: I- Perfil social e acadêmico dos estudantes de
enfermagem e II- Conhecimento dos acadêmicos de enfermagem sobre a sua
formação para o cuidado ao envelhecimento.
O questionário constitui uma técnica de levantamento de dados primários e
da grande importância à descrição verbal de informantes, caracteriza-se ainda
como uma ferramenta essencial de medição dados específicos (22).
60
A coleta de dados aconteceu entre setembro e outubro de 2017. Foi utilizada
a análise descritiva. Os dados foram organizados e lançados no Microsoft Office
Excel 2014, para calcular a frequência absoluta e relativa. Os dados foram
comparados através de tabelas e gráficos, e em relação às perguntas referente à
percepção dos mesmos frente às ações realizadas, foram agrupadas as respostas
que forem semelhantes e constantes nos questionários.
A pesquisa foi encaminhada para a Plataforma Brasil. Seguirá as Diretrizes e
Normas Regulamentadas de Pesquisa com Seres Humanos da Resolução nº. 466/12
do Conselho Nacional de Saúde. Todos os participantes da pesquisa receberão o
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE).
A pesquisa não ofereceu riscos aos acadêmicos de enfermagem como o
desconforto em responder as questões, não entendimento de algum item do
questionário aplicado e exposição, contudo, as pesquisadoras buscarão utilizar um
questionário objetivo e de fácil entendimento e, também, as pesquisadoras estarão
disponíveis para tirar qualquer dúvida. Foi informada a garantia a respeito da
confidencialidade das informações. Foi igualmente esclarecido que a não
participação ou abandono do estudo não acarretou nenhum tipo de prejuízo.
3 RESULTADOS
Foram entrevistados 34 discentes matriculados na IES que cursaram a
disciplina Enfermagem do Idoso na IES, e todos cursavam o último semestre de
formação, curso de enfermagem, de acordo com os critérios de inclusão.
Verificou-se que idade dos discentes variou entre 21 e 50 anos, e que 25
(73,5%) dos entrevistados eram do sexo feminino. Do total de entrevistados 28
responderam que sim, quando perguntados se gostariam de desenvolver atividades
com idosos. Contudo, apenas 24 mostraram interesse em atuar na gerontologia.
Constatou-se também que 23 dos entrevistados participou e/ou participaria
de atividades voltadas a saúde do idoso; 11 (48%) discentes responderam que não
participariam e destes 08, ou seja, 73% estudantes disseram não participar por
falta de oportunidade e 03 (13%) disseram não gostar desta área.
61
Destaca-se que apenas 11 (32%) dos entrevistados pretende fazer uma
especialização, mestrado e/ou doutorado na área de gerontologia.
Todos os entrevistados responderam sim, no que diz respeito a necessidade
da inclusão sobre o conhecimento acerca do envelhecimento na formação
universitária.
Quanto a relevância de se ter uma atividade curricular sobre a saúde do
idoso, 47% acham importante, e 53% muito importante (figura 1).
Figura 1: Importância de atividades curriculares sobre saúde do idoso.
Após a realização da disciplina sobre a saúde do idoso, a maioria dos
discentes ou seja 88%, enxergam o idoso como um ser frágil e/ou tem capacidade
funcional e independência, outros 12% dos entrevistados disseram que os idosos
como incapazes de desenvolver autocuidado como mostra a figura 2.
Figura 2: Percepção dos Graduandos sobre os idosos após disciplina sobre a saúde do idoso.
A análise dos dados demonstrou, de acordo com os entrevistados que os
principais conteúdos na instituição relacionados ao envelhecimento são: politicas
públicas com 59% e agravos e doenças prevalentes nos idosos 17,6% das resposta,
como exposto na figura 3.
62
Figura 3: Principais conteúdos relacionados ao envelhecimento e gerontologia houve na instituição.
Um ponto importante e positivo da pesquisa foi a unanimidade na resposta
sim, quanto à necessidade das atividades extracurriculares como estágios,
congressos, simpósios e outros na área da gerontologia na formação do profissional
de enfermagem.
Contudo, ressalta-se que 62% dos graduandos acham, regular e/ou ruim a
carga horária de 30 horas disponibilizada para a disciplina saúde do idoso; outros
20,5% acham boa e somente 17,6% consideram a carga horária como ótima (figura
4).
Figura 4: Percepção dos discentes sobre a carga horária da disciplina saúde do idoso.
Também é importante frisar que menos da metade, ou seja, 47% da
população estudada nesta pesquisa participaram de visitas técnicas voltadas à
saúde do idoso; os demais 53% nunca tiveram esse tipo de atividade.
No que diz respeito a percepção dos estudantes sobre a função do
profissional de enfermagem diante do processo de envelhecimento, obteve-se um
total de 73 respostas distribuídas em: promoção do envelhecimento ativo e
saudável com 37%, prevenção e manutenção da saúde do idoso com 33%, atenção
integral à saúde da pessoa idosa com 22% e estímulo a participação e
63
fortalecimento do controle social com apenas 8% das respostas como mostra a
figura 5.
Figura 5: Percepção sobre a função da equipe de enfermagem diante do processo de
envelhecimento.
Por fim, constatou-se que todos responderam positivamente quando
perguntados sobre a competência do enfermeiro no que diz respeito ao
acolhimento do idoso na dimensão biopsicossocial.
4 DISCUSSÃO
Com relação à idade e o gênero sexual dos discentes neste estudo, nossos
resultados mostraram-se bem próximo ao que avaliou a percepção dos acadêmicos
de enfermagem sobre o cuidado do idoso na Universidade Estadual da Paraíba
(UEPB), os autores constataram que dos acadêmicos que participaram deste
estudo, 77% pertencem ao sexo feminino e 23% ao sexo masculino (25).
Os autores ressaltam ainda que vem ocorrendo um aumento da frequência do
gênero masculino no curso de Enfermagem, fenômeno este, que vem substituindo a
imagem social de que o curso de Enfermagem seria mais voltado ao público
feminino (25).
Diante dos resultados obtidos, quando perguntado aos discentes se gostariam
de desenvolver atividades com idosos; sobre interesse em atuar na gerontologia e
se estes participaram e/ou participaria de atividades voltadas a saúde do idoso,
percebe-se que existe a necessidade de uma reflexão acerca dos currículos de
enfermagem e da sua atuação na prática do ensino, pesquisa e extensão para que
haja inserção dos conteúdos da Gerontologia e Geriatria nos conteúdos
64
programáticos que possam contemplar uma demanda mais ampla dos discentes do
curso de enfermagem. Pois percebe-se inicialmente que a maioria dos estudantes
gostaria de desenvolver atividades com idosos e gostariam de atuar na área da
gerontologia.
Contudo, menos 70% destes participaram de atividades voltadas ao idoso e
dos que não participaram de nenhuma atividade a grande maioria não teve
oportunidade de realizar tais atividades. Este fato é bastante preocupante, pois,
acredita-se que uma instituição de ensino superior deverá ser capaz de criar
mecanismos eficientes para que todos os discentes tenham igual condição na
participação das atividades acadêmicas.
Existe escassez de conhecimento gerontogeriátrico dos profissionais da
saúde, pois há ausência de sintonia da maioria das instituições de ensino superior
brasileiras com o atual processo de transição demográfica e suas consequências,
além da falta de campos específicos para a prática e da inexperiência do corpo
docente (25).
No que diz respeito à necessidade da inclusão sobre o conhecimento acerca
do envelhecimento na formação universitária, ressalta-se a unanimidade na
resposta sim o que é um fato muito positivo da pesquisa.
Quanto à relevância de se ter uma atividade curricular sobre a saúde do
idoso, exposto no gráfico 1.
Evidencia-se que os resultados deste estudo são bem próximos ao estudo
feito no curso de graduação de enfermagem da Faculdade Comunitária de
Campinas e Santa Bárbara com discentes do 5º e 6º semestres, onde constatou-se
que o ensino da saúde do idoso na graduação de enfermagem foi considerado
indispensável por 92% dos alunos (26).
Nesse contexto, observa-se que os discentes são bem conscientes no que diz
respeito à importância da inclusão de conteúdos e atividades sobre o conhecimento
acerca do envelhecimento na formação do profissional de enfermagem. Isso é
muito importante, pois, a enfermagem deve estar preparada para lidar com as
necessidades da população idosa, onde o cuidado de enfermagem a idosos como
65
cuidados especiais relacionados às necessidades vivenciadas por indivíduos
pertencentes à faixa etária.
Contudo, é necessário que as IES ofereçam esses conteúdos e disciplinas
voltados ao processo de envelhecimento e cuidado com o idoso.
Estudos revelam que não são todos os cursos de graduação que, em sua
estrutura curricular, oferecem disciplinas específicas voltadas para as questões
relacionadas ao processo de envelhecimento, à pessoa idosa e à velhice (25).
Na maioria das vezes, o tema é inserido em disciplinas que dizem respeito à
saúde do adulto, sem que se leve em consideração a singularidade do
envelhecimento e a sua importância para a disciplina que exige atenção
especializada (27).
Verificou-se que após a realização da disciplina sobre a saúde do idoso, a
maioria dos discentes enxergam o idoso como um ser frágil e/ou incapaz de
desenvolver autocuidado, os demais acreditam que o idoso tem capacidade
funcional e independência como mostra o gráfico 2.
Percebe-se que o termo envelhecimento, ainda está relacionado com uma
conotação negativa da velhice, apesar de ser visto como algo alcançável e que
deve ser vivido garantindo todo o potencial vital que ainda resta no avançar da
idade.
O processo de envelhecimento é percebido como um estado de dependência
e de fragilidade, em que os idosos necessitam de cuidados especiais. Observou-se
também que os entrevistados acham que o estado de envelhecer recorre à
colaboração e ajuda de outras pessoas (28). O processo de envelhecimento é visto
pelos acadêmicos como um conjunto de alterações fisiológicas, bioquímicas e
psicoemocionais e, embora haja perdas que depreciam as atividades diárias, ao
mesmo tempo, há mecanismos de aproveitamento da capacidade funcional (27).
O gráfico 3 mostra que de acordo com os entrevistados que os principais
conteúdos na instituição relacionados ao envelhecimento são referentes à politicas
públicas e a agravos e doenças prevalentes nos idosos. Este é um ponto importante,
pois acredita-se que os profissionais de saúde pública devem demonstrar
66
compreensão sobre a saúde do país e as políticas nacionais de saúde e assistência
aos processos de envelhecimento humano.
A formação de recursos humanos em enfermagem constitui um fator
estratégico das políticas de atenção à população idosa ao contribuir para a
construção do conhecimento no campo do envelhecimento e orientar-se para uma
intervenção compreensiva, centrada na pessoa que envelhece, no seu contexto e,
em especial, quando necessita de cuidado (29).
O papel das políticas públicas de saúde é o de reforçar a necessidade da
atenção integral a qualidade em saúde, fortalecimento do controle social pelos
idosos e educação permanente dos profissionais de saúde com a finalidade de
recuperar, manter e promover a autonomia e a independência dos indivíduos
idosos, direcionando medidas coletivas e individuais de saúde (30). A unanimidade
na resposta sim, quanto à necessidade das atividades extracurriculares como
estágios, congressos, simpósios e outros na área da gerontologia na formação do
profissional de enfermagem, são muito importantes. Infere-se que para os
discente, o ensino da gerontologia, pesquisas e extensão são elementos essenciais
para consolidação das propostas pedagógicas das instituições de ensino superior é
uma boa iniciativa de conhecimento na formação acadêmica (30).
Observa-se pelas respostas dos acadêmicos que há uma necessidade de
aperfeiçoamento específico na carga horária das disciplinas destinadas a
capacitação do profissional de enfermagem para lidar com o idoso tendo em vista
suas necessidades físicas, sociais e psíquicas que extrapolam enormemente o
tempo destinado a disciplina saúde do idoso na instituição, precisa-se de ações
curriculares para formação adequada destes futuros profissionais de enfermagem.
A discussão sobre a formação histórica dos currículos de Enfermagem, trazer
à tona que, a partir de 1994, a Comissão de Especialistas de Enfermagem, em
conjunto com a Comissão de Educação da Associação Brasileira de Enfermagem
(ABEn), deu origem à Portaria 1.721/94, com aprovação do Ministério da Educação,
em relação se inserir, nos currículos de Enfermagem, a discussão sobre a saúde de
idosos, além de outras particularidades citadas para as diretrizes curriculares de
enfermagem (28).
67
Em contrapartida aos nossos resultados sobre a carga horária inerente a
atividades sobre a saúde do idoso, a Organização Pan-americana da Saúde (OPAS)
preconiza em especial para o curso de enfermagem, que não sejam oferecidos
conteúdos gerontogeriátricos parciais integrados a outras disciplinas, para não
correr o risco de diluir ou reduzi-los ao longo da grade curricular, bem como que os
conteúdos sobre o cuidado ao idoso, permitindo ao estudante visualizar essa etapa
da vida como um período em que o ser humano sofre limitações da idade, mas que
também pode usufruir de uma fase de bem-estar e desenvolvimento.
A percepção dos estudantes sobre a função do profissional de enfermagem
diante do processo de envelhecimento, a boa distribuição nas respostas como
mostra o gráfico 5, reflete o quanto os discentes consideram importantes as
atividades do enfermeiro para o cuidado do idoso, importância esta confirmada na
concentração das repostas voltadas para a prevenção e manutenção da saúde do
idoso, e atenção integral à saúde da pessoa idosa.
É importante ressaltar que a ação da enfermagem frente ao cuidado do idoso
caracteriza-se por um conjunto de ações no âmbito individual e coletivo, que
abrange a promoção e a proteção da saúde, a prevenção de doenças, o diagnóstico,
o tratamento, a reabilitação e a manutenção da saúde (29).
Quanto aos resultados sobre a competência do enfermeiro no que diz
respeito ao acolhimento do idoso na dimensão biopsicossocial, com todos
respondendo sim, confirma a importância do cuidado do idoso frente as questões
inerentes ao processo de envelhecimento e a saúde do idoso nos mais variados
níveis.
Reconhece-se assim, que a formação de profissionais de enfermagem precisa
ser refletida na ação de perceber o contexto do envelhecimento individual e social,
principalmente no que diz respeito ao que está sendo ministrado nas atividades da
graduação em enfermagem, que deve levar aos acadêmicos a participar do
processo de envelhecimento, pois, serão futuros atores sociais na propagação de
um envelhecimento ativo e saudável.
É essencial que na graduação haja discussões sobre a Gerontologia no
sentido de não só preparar o acadêmico para a nova composição demográfica e
epidemiológica, como também de modificar a visão estereotipada negativa em
68
relação ao processo de envelhecimento que muitas vezes é imposta pela sociedade
(30).
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Considerando as múltiplas alterações que compõem o processo de
envelhecimento conclui-se que a saúde do idoso é um assunto complexo, pois o
envelhecimento humano não é provocado por uma única causa, algumas teorias
sobre envelhecimento destacam múltiplos aspectos inerentes ao processo de
envelhecimento, levando-se em consideração alterações que englobam aspectos
físicos, emocionais e sociais, motivo pelo qual é necessário que discente e
futuramente profissional de enfermagem seja adequadamente preparado para o
atendimentos das pessoas idosas.
De acordo como objetivo proposto constatou-se que a compreensão que os
discentes de enfermagem têm sobre o envelhecimento e a saúde do idos pode
assumir diferentes significados.
A percepção sobre a formação acadêmica em relação ao ato de cuidar de
idosos sugere que deve haver um maior aprofundamento dos profissionais de saúde
desde sua formação até o processo de atuação para que seja garantida uma
assistência humanizada e de qualidade. Outro ponto importante que ressalta-se na
percepção dos acadêmicos de enfermagem refere-se à necessidade de capacitação
profissional com uma demanda maior de disciplinas e de serviços na área
gerontologia. Fatos estes, que estimulam a preocupação do acadêmico em relação
a sua formação desde a academia.
Sugere-se que mais estudos sejam direcionados à reflexão dos currículos nas
IES, preparando profissionais com visão crítica-reflexiva para construção de
melhorias das condições de saúde da população em geral, incluindo a saúde ao
idoso.
Em relação á prática da enfermagem, é imprescindível que se façam mais
debates a cerca da saúde do idoso nos projetos políticos pedagógicos, visando a
69
formação de um enfermeiro apto para cuidar diante das pessoas que passam pelo
processo de envelhecimento.
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72
ANEXO 1 - COMPROVANTE DE SUBMISSÃO
73
ANEXO 2- PARECER CONSUBSTANCIADO DO CEP