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FACULDADE MARIA MILZA BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO FERNANDA MASCARENHAS DE JESUS ESTRATÉGIA DE MARKETING DE VAREJO: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA DE LITERATURA GOVERNADOR MANGABEIRA BA 2020

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FACULDADE MARIA MILZA

BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO

FERNANDA MASCARENHAS DE JESUS

ESTRATÉGIA DE MARKETING DE VAREJO: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA DE LITERATURA

GOVERNADOR MANGABEIRA – BA 2020

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FERNANDA MASCARENHAS DE JESUS

ESTRATÉGIA DE MARKETING E VAREJO: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA DE LITERATURA

Monografia apresentada ao Curso de Bacharelado em Administração da Faculdade Maria Milza, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel. Orientador(a): Mônica da Silva Machado dos Santos

GOVERNADOR MANGABEIRA – BA 2020

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Ficha catalográfica elaborada pela Faculdade Maria Milza, com os dados fornecidos pelo(a) autor(a)

Bibliotecárias responsáveis pela estrutura de catalogação na publicação: Marise Nascimento Flores Moreira - CRB-5/1289 / Priscila dos Santos Dias - CRB-5/1824

Jesus, Fernanda Mascarenhas de J58e

Estratégia de marketing e varejo: uma revisão sistemática de literatura / Fernanda Mascarenhas de Jesus. - Governador Mangabeira - BA , 2020.

37 f.

Orientadora: Monica da Silva Machado dos Santos.

Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Administração) - Faculdade

Maria Milza, 2020 .

1. Estratégia de Marketing. 2. Organização - Administração. 3. Vantagens

Competitivas. I. Santos, Monica da Silva Machado dos, II. Título.

CCD 658.8

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FERNANDA MASCARENHAS DE JESUS

TÍTULO

Aprovado em _____/_____/_____

BANCA DE APRESENTAÇÃO

________________________________________ ORIENTADOR(A)

FAMAM – Faculdade Maria Milza

________________________________________

Nome do avaliador FAMAM – Faculdade Maria Milza

________________________________________ Nome do avaliador

FAMAM – Faculdade Maria Milza

GOVERNADOR MANGABEIRA – BA

2020

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AGRADECIMENTOS

A Deus, por iluminar meus passos e os meus caminhos, por sempre estar comigo a todo momento inclusive no longo percurso até a faculdade.

À FAMAM, a qual me ajudou no alcance do meu sonho.

À minha vó, que é minha mãe e que sempre esteve ao meu lado em todas as situações, mesmo perdendo suas noites de sono ao me esperar chegar em casa, ela era a pessoa que mais se preocupava comigo. Muito obrigado vó, você é minha vida, Te amo incondicionalmente.

À meu compadre/primo/irmão Neto e a minha comadre/amiga/irmã Alícia, sempre serei muito grata por tudo, sem o apoio de vocês nada disso seria possível. Eu amo os dois!

Minha tia Nete, que sempre esteve disposta a me ajudar e me acolher em sua casa quando não tinha a possibilidade de voltar pra casa chegando muito tarde da faculdade. Como também as minhas tias Deilma e Nega por me apoiarem no que fosse necessário.

Agradeço a meus primos: Dielle, por sempre me incentivar, a Henrique por sempre se manter ativo para o que eu precisasse, e a Luana por me desafiar ser melhor a cada dia, e enfim a Paty e Taís por estarem sempre ao meu lado sem críticas e julgamentos,

me apoiando incansavelmente nos dias em que eu mais estava triste.

A minha atenciosa, amorosa e amada orientadora Mônica Machado, que sempre esteve disposta a me ajudar e orientar no que fosse necessário. Por mais que eu fosse sempre atrasada e atrapalhada, ela sempre esteve de prontidão para me aconselhar.

Agradeço muito a coordenadora e professora Suzane Casas que sempre se dedicou ao máximo para me ajudar, sendo sempre muito atenciosa e disposta. Aproveitando o ensejo para agradecer ao professor João Casas que se tornou um exemplo de ser humano aos meus olhos. Aos professores Warley Dias, Deivisson Leão, e a tão linda professora Andrea, agradeço a vocês pela atenção e amizade não só comigo, mas

com a turma.

As minhas grandes amigas, Lane, Lidi, Renatinha, Lilian e Iolanda, também a Gilmar, Maurício, Marcelo, Daniel e Léo que fizeram de minhas noites mais alegres e descontraídas.

Enfim, agradeço àqueles que participaram direta ou indiretamente na realização deste

sonho.

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RESUMO

O crescimento e a sobrevivência das organizações estão diretamente relacionados aos seus esforços para atingirem e manterem vantagens competitivas no mercado, por meio de ofertas de produtos e serviços que superem os seus concorrentes. Por estes e, entre outros motivos, as empresas buscam constantes melhorias em seus processos produtivos para se sobressaírem. Dessa forma uma das alternativas para melhorar sua organização é implantando estratégias, sendo que o marketing tem como pronto crucial a percepção da visão do consumidor, tendo em razão que para obter maior valor a empresa faz-se necessário a utilização de estratégias e análise de dados por todo o ambiente corporativo da empresa. Portanto, o marketing estratégico tem a função de estudar o ambiente organizacional e suas funcionalidades perante o ambiente social atuante. O presente estudo teve como objetivo geral discutir os conceitos de Marketing de Varejo. Quanto aos objetivos específicos pretendia-se: Identificar os autores que abordam os conceitos de marketing de varejo; Identificar as estratégias de marketing de varejo mais abordadas nas publicações no período proposto; Descrever os conceitos e estratégias citadas pelos autores da área. A metodologia utilizada para a realização desta pesquisa caracteriza- se como um estudo exploratório e descritivo de natureza qualitativa, Nesta pesquisa realizada de 2019 a 2020, obteve-se maior familiaridade e entendimento sobre as técnicas das estratégias de marketing de varejo utilizadas pelas empresas para que estas possam se adquirir de maiores oportunidades de vendas e oferecimento de seus serviços, para um melhor entendimento estruturamos a pesquisa em etapas, sendo que foi utilizado como amostra 10 livros e 22 artigos.

Palavras-chaves: Estratégia de Marketing. Organização. Vantagens Competitivas.

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ABSTRACT

The growth and survival of organizations are directly related to their efforts to achieve and maintain competitive advantages in the market, through offers of products and services that surpass their competitors. For these and, among other reasons, companies seek constant improvements in their production processes to stand out. Thus, one of the alternatives to improve your organization is by implementing strategies, with marketing as the crucial point of view of the consumer's view, considering that in order to obtain greater value the company requires the use of strategies and data analysis throughout the company's corporate environment. Therefore, strategic marketing has the function of studying the organizational environment and its functionalities before the active social environment. The present study aimed to discuss the concepts of Retail Marketing. As for the specific objectives, it was intended to: Identify the authors who address the concepts of retail marketing; Identify the retail marketing strategies most addressed in publications in the proposed period; Describe the concepts and strategies mentioned by the authors of the area. The methodology used to carry out this research is characterized as an exploratory and descriptive study of a qualitative nature. In this research carried out from 2019 to 2020, greater familiarity and understanding of the techniques of retail marketing strategies used by companies were obtained so that these can be acquired from greater sales opportunities and offering their services, for a better understanding we structured the research in stages, using 10 books and 22 articles as a sample. Key Words: Marketing Strategy. Organization. Competitive advantages.

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LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1- Número de empresas segundo o segmento do comércio (em mil)

Brasil 2014.............................................................................................................30

FIGURA 2 – Variação mensal do volume de vendas no comércio varejista

brasileiro................................................................................................................31

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LISTA DE QUADROS

QUADRO 01 - Propósitos do plano de marketing..................................................10

QUADRO 02 - Áreas chaves do planejamento estratégico....................................14

QUADRO 03 - Fatores tomada de decisão............................................................17

QUADRO 04 - Forças psicológicas que determinam o comportamento do

indivíduos................................................................................................................18

QUADRO 05 - Varejo tradicional X Varejo eletrônico.............................................20

QUADRO 06 - Os varejistas podem se posicionar para oferecer um dos quatro

níveis de serviço apresentados a seguir................................................................22

QUADRO 07 - Funções básicas e complementares desenvolvidas pelo

administrador de varejo..........................................................................................24

QUADRO 08 - Palavras chave e configuração de busca......................................26

QUADRO 09 - Análise de alguns dos autores mais citados na monografia..........27

QUADRO 10 - Análise de algumas publicações mais citadas na base de dados.28

QUADRO 11 - Número de empresas segundo o segmento do comércio (em mil) -

Brasil – 2014..........................................................................................................29

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO......................................................................................... 10

2 REFERENCIAL TEÓRICO...................................................................... 12

2.1

2.2

2.2.1

2.3

MARKETING: CONSIDERAÇÕES TEÓRICAS.......................................

ESTRATÉGIAS DE MARKETING...........................................................

Comportamento de cliente ...................................................................

CONCEITOS DE MARKETING DE VAREJO...........................................

12

16

18

21

3 METODOLOGIA....................................................................................... 27

4 RESULDADOS DA PESQUISA............................................................... 29

5 CONCLUSÃO........................................................................................... 34

REFERÊNCIAS........................................................................................ 35

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1 INTRODUÇÃO

O marketing tem como pronto crucial a percepção da visão do consumidor,

tendo em razão que para obter maior valor a empresa faz-se necessário a utilização

de estratégias e análise de dados por todo o ambiente corporativo da empresa.

Portanto, o marketing estratégico tem a função de estudar o ambiente organizacional

e suas funcionalidades perante o ambiente social atuante.

O crescimento e a sobrevivência das organizações estão diretamente

relacionados aos seus esforços para atingirem e manterem vantagens competitivas

no mercado, por meio de ofertas de produtos e serviços que superem os seus

concorrentes. Por estes e, entre outros motivos, as empresas buscam constantes

melhorias em seus processos produtivos para se sobressaírem. Na busca por seu

espaço, é necessária a obtenção de informações atualizadas para poder acompanhar

o mercado competitivo e altamente globalizado. Portanto, é preciso fazer uma triagem

de ideias viáveis para não perder tempo com uma ideia de característica inviável para

cada situação enfrentada. Essas devem ser atraentes o suficiente para saírem do

papel e serem transformadas em conceitos a serem testadas no mercado.

Para uma melhoria de vendas, a propaganda e outros meios de esforço

promocional são estimulantes no processo de comunicação com os clientes. A

propaganda sempre possuiu um papel de fundamental importância no

desenvolvimento dos veículos de comunicação e, atualmente, os meios de

comunicação são de grande utilização e de grande incentivo a vendas e

demonstração de produtos ou serviços. Estes meios se fazem eficazes por meio da

internet, folhetos informativos, anúncios em jornais e/ou revistas, que estimulam o

consumidor-alvo, os mostrando com o máximo de clareza a qualidade da empresa e

de seus serviços. Esses são de uma funcionalidade extraordinária para podermos

buscar ter sempre um passo à frente nas divulgações de seus produtos, tendo em

vista que enfrentamos um surto pandêmico que assolou a todo o mundo no início do

ano de 2020, podemos dizer que os comerciantes souberam utilizar de estratégias

que estiveram em alta no que diz respeito à vendas que foram cada dia mais

crescentes.

É de extrema importância o aprofundamento sobre o tema abordado como

relevância social, pois vem com o intuito de esclarecer dúvidas da população a

respeito das práticas de vendas, utilizadas como poder de atração. E os fazer entender

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por quais motivos os mesmos sentem a necessidade de preferência de compra na

organização, preferências essas que muitas vezes não seja a mais vantajosa para o

cliente, mas que por motivos preferíveis, os levam a essas crenças. Podendo

considerar o fato de que as empresas não só comercializam um tipo de produto, há

diversos itens que incrementam o mix da empresa, o tornando uma verdadeira loja de

conveniência, que têm como principal objetivo atrair os consumidores pela variedade,

fazendo com que esse mix de produtos seja a chave para seu sucesso.

O tema abordado tem como relevância pessoal um melhor entendimento

acerca do assunto, como também de esclarecimento para que possa ser expresso os

diferenciais competitivos sobre a utilização de estratégias de marketing relevantes e

necessárias em almejo de um próspero negócio, possibilitando uma experiência

imprescindível a uma possibilidade de empreendimento já que as estratégias

utilizadas fora expostas no presente estudo.

Torna-se importante um olhar crítico no meio acadêmico, tendo em vista a

grande importância que o marketing oferece, não somente a área administrativa, mas

a todos os setores da empresa que devem buscar inclusive o marketing pessoal como

uma ferramenta indispensável, sabendo que os colaboradores são considerados o

maior patrimônio das organizações, portanto isso deve ser deixado em pauta explícita.

Nesse contexto propõe-se como exemplo o seguinte questionamento: Como as

estratégias de marketing de varejo contribuem para as empresas se manterem no

mercado? O objetivo geral buscou discutir os conceitos de Marketing de Varejo.

Quanto aos objetivos específicos pretendia-se: Identificar os autores que abordam os

conceitos de marketing de varejo; Identificar as estratégias de marketing de varejo

mais abordadas nas publicações no período proposto; Descrever os conceitos e

estratégias citadas pelos autores da área. Pois segundo Allison (1971), a decisão está

intimamente relacionada ao poder que cada indivíduo possui e como essa rede de

relacionamento se desenha no âmbito organizacional.

Para compor a metodologia do trabalho foi feito um estudo exploratório onde foi

possível identificar as estratégias de marketing no cenário do varejo e a pesquisa no

tange ao objetivo caracterizou- se como um estudo exploratório e descritivo de

natureza qualitativa.

Quanto a estrutura no trabalho, no referencial teórico foi dividido em 3 (três tópicos:

2.1 Marketing: Considerações Teóricas; 2.2 Estratégias de Marketing; 2.2.1

Comportamento de cliente; 2.3 Conceitos de Marketing de Varejo.

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2 REVISÃO DE LITERATURA

2.1 MARKETING: CONSIDERAÇÕES TEÓRICAS

O marketing faz parte do contexto organizacional de todos os segmentos do

mercado, dessa forma o seu entendimento é de suma importância para que os

objetivos traçados pelas empresas sejam alcançados, justamente como o

pensamento de Kotler e Keller (2006) o marketing envolve a identificação e a

satisfação das necessidades humanas e sociais, sendo definido de uma maneira

simples pelo autor, como uma forma de suprir lucrativamente as necessidades. O

marketing pensa primeiramente em seus consumidores, em quais as suas

necessidades e como gerar a fidelização do mesmo, bem como trazer o produto ou

serviço certo para o mercado.

Muitos sabem que o marketing é algo essencial a empresa, levando em

questão que ele movimenta e influencia todos os processos organizacionais. Para

Peter (2000, p.4) o “marketing é o processo de planejar e executar a definição do

preço, promoção, distribuição de ideias, bens e serviços com o intuito de criar trocas

que atendam metas individuais e organizacionais”. Deixando assim explícito pelos

autores, podemos apresentar os cinco propósitos de um plano de marketing:

QUADRO 1 - Propósitos do plano de marketing

Propósitos essenciais do planejamento de marketing

Explica as situações atuais e futuras da organização, incluindo análise ambiental, SWOT e análise do desempenho anterior da empresa;

Especifica os resultados esperados (metas e objetivos), de maneira que a organização possa antecipar sua situação no final do período de planejamento;

Descreve as ações específicas que devem ser adotadas, de maneira que possa ser atribuída a responsabilidade por cada ação, o que ajuda a assegurar a implementação das estratégias de marketing;

Identifica os recursos que serão necessários para a execução das ações planejadas;

Permite o monitoramento de cada ação e seus resultados, facilitando assim a implementação dos controles. A avaliação dos resultados alcançados fornece as informações para o reinício do ciclo de planejamento no período seguinte.

Fonte: Adaptado de FERREL (2000, p. 26)

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Os planos de marketing são ferramenta de gestão que deve ser usada

regularmente e sempre atualizada, pois auxilia os empreendedores a se adaptarem

às constantes mudanças do mercado, identificar tendências e, com isso, criar

vantagens competitivas mais adequadas a cada situação onde se deseja obter êxito

e frente em relação aos concorrentes. Se bem aplicadas, possibilitarão aos

empresários a tomar decisões seguras para alcançar objetivos e metas definidas.

A orientação de marketing sustenta que a chave para alcançar as metas organizacionais está no fato de a empresa ser mais efetiva que a concorrência na criação, entrega e comunicação de valor para o cliente de seus mercados-alvo selecionados, (KOTLER, 2000, p.41).

Para tal, podemos analisar que “a tarefa do marketing é analisar por que o

mercado não gosta do produto e avaliar se um programa de marketing que envolva

redesenho do produto, preços mais baixos e promoção positiva pode mudar crenças

e atitudes” (KOTLER, 2000, p.28), desta forma a análise de mercado é um dos

principais aliados no levantamento de dados.

Segundo o Kaikati e Kaikati (2004), o marketing tem o objetivo de atrair pessoas

através da identificação das suas fraquezas, fazendo com que as propagandas afetem

diretamente as essas pessoas que se fazem tão analistas e recuadas a esses

conceitos de propagandas tradicionais. Sabendo-se qual seu público-alvo, o

marketing tem a função de criar estratégias para que essa divulgação seja forte o

bastante para chegar até os consumidores. O conceito do marketing está diretamente

ligado a percepção da organização, que deve ter um olhar atento as necessidades e

desejos dos seus clientes para que ele possa suprir de forma adequada suas

demandas, como também dos consumidores, que são induzidos aos meios utilizados

pelas organizações que por sua vez procura “fixar o produto na mente do consumidor.”

(DIAS, 2003, p. 272)

Cobra (2009, p.39) traz a nos apresentar um conceito mais científico sobre o

conceito de marketing, afirmando que “a essência do marketing é um estado da mente.

E, portanto, as decisões em marketing adotam o ponto de vista do consumidor.” O

profissional tende a se posicionar como consumidor para que possa perceber suas

necessidades e desejos, com esse pensamento ele terá a possibilidade de perceber

por qual caminho seguir e qual estratégia causará mais efeito a seu público.

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A teoria de marketing está longe de ser uma ciência exata, mas guarda preciosas informações de áreas que apoiam de um lado em patamares científicos como estatística, matemática, antropologia, psicologia, sociologia e, de outro lado, usa a arte expressa pelo design de produtos, embalagens,

logotipos, propaganda etc, (COBRA, 2009, p. 40).

Armstrong (2007) descreve sua obra apontando que o marketing tem a função

nos negócios de lidar com os clientes, tendo como principais objetivos atrair novos

clientes, prometendo-lhes valor agregado superior a concorrência, mantendo e

cultivando clientes atuais, proporcionando-lhes satisfação sabendo que este é um

ponto crucial para a captação e retenção de clientes. E muito comum em uma cidade

com poucos habitantes que o favoritismo seja algo inevitável, por esse motivo deve-

se analisar minuciosamente as estratégias que serão utilizadas.

Segundo Casas (2006) o marketing teve origem no Brasil por volta de 1954,

derivando a palavra “marketing” como de origem inglesa, que traduzida para o

português significa, ação no mercado ou mercado em movimento. Para movimentar o

fluxo de clientes é necessário além do estudo do segmento, também estudar o

ambiente organizacional em que deseja inserir-se. O autor ainda trata que em 1960

a Associação Americana de Marketing definiu o termo como um desempenho das

atividades comerciais que dirigem o fluxo de bens e serviços do produtor ao

consumidor ou usuário.

Armstrong (2007, p.4) menciona que de um modo geral, “o marketing é um

processo administrativo e social pelo qual os indivíduos e organizações obtêm o que

necessitam e desejam por meio da criação e troca de valor com os outros”. O autor

corrobora ao tema ao declarar que o marketing é um processo pelo qual as empresas

criam valor para os clientes e constroem relacionamentos ao longo do tempo.

Portanto, além do processo de administrar sua empresa, o gestor tem que se adaptar

a um processo social, entendendo os valores de seus consumidores.

Para Peter Drucker (apud. KOTLER, 1998), o marketing, por ser tão básico,

não pode ser considerado como uma função isolada, marketing é todo o negócio visto

do ponto de vista do resultado final, ou seja, do cliente consumidor se atrairá pelo

produto/serviço e o fará ser adquirido, tornando a venda de certa forma “supérflua”,

conhecendo e entendendo tão bem o consumidor que o produto se molde e se venda

por si mesmo, pois o propósito do negócio é criar e manter clientes, o negócio de uma

empresa tem duas e somente duas funções básicas: marketing e inovação. Marketing

e inovação produzem resultados, e todo o resto é custo. Explica Peter Drucker (1987).

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É essencial que a empresa realize a análise dos fatores e do ambiente que

podem vim a influenciar sua atividade, essa se trata de uma forma de precaução que

se deve ser levada em consideração para que não sejam criadas expectativas em

excesso. Cobra (1992) diz que o plano de marketing identifica a oportunidade mais

satisfatória e promissora no negócio para a empresa. Mostra como penetrar no

mercado com sucesso, obter e manter as posições desejadas nos mercados

identificados. Efetivamente o plano de marketing é a base nas quais os outros planos

da empresa devem estar montados, define as metas, princípios, procedimentos e

métodos que determinam o futuro. Com esses procedimentos de definição das metas

e conhecendo seu público-alvo, há grandes chances de prosperidade em seu meio

empresarial.

Existem autores que estendem a definição de marketing. Assim como para

(LIGHT,1998), que ressalta a satisfação do cliente, expondo que ela deixa de ser o

fim da tarefa do marketing, mas passa a ser o começo de uma oportunidade de

transformar um comprador satisfeito em um cliente leal à empresa. Com essa

transformação de cliente satisfeito em cliente fiel é que se possibilita à empresa a sua

lucratividade e continuidade.

A criação de valor é essencial para a fidelização dos clientes, é necessário

oferecer uma proposta de valor melhor que a da concorrência existente e não

simplesmente a oferta de utilidades imediatas. Esse valor precisa ser também

administrado por meio do gerenciamento da qualidade na empresa. (GALE, 1996).

Para KOTLER, grandes empresas desenvolvem uma capacidade de obter e

manter clientes de uma forma bastante eficiente. Os principais processos envolvidos

são: localizar clientes potenciais; vender pela primeira vez para eles; e mantê-los,

fazendo com que suas compras cresçam, e para sempre. (KOTLER, 1998). Desta

forma, o cliente sentirá a comodidade e prestígios dos atrativos oferecidos pela

empresa para sua fidelização, e terá aquilo como um marco de primeira impressão

favorável a organização.

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2.2 ESTRATÉGIAS DE MARKETING

As estratégias de marketing têm a função e necessidade de estabelecer

ferramentas de atrativos e metas a serem alcançadas, Ferrell e Hartline (2005) citam

que a estratégia de marketing basicamente se define em como a empresa irá

satisfazer as necessidades e desejos de seus clientes. Segundo Kotler e Keller (2006),

a estratégia é um plano de como chegar lá, e cada negócio deve estabelecer sua

própria estratégia para atingir suas metas e se sobressaírem no mercado competitivo.

Cada segmento tem seu público, por este motivo é importante identificar como você

vai estabelecer sua estratégia visando seu percurso e objetivando o mínimo de falha

possível.

Mintzberg, Ahlstrand e Lampel (2000) afirmam que a formulação e

implementação de estratégias na organização são visualizadas como um processo

que possui várias perspectivas, e separar formulação e implementação seria negar

que as estratégias, além de deliberadas, podem ser emergentes, ou seja, novas

estratégias podem surgir por causa de modificações dos ambientes interno e externo

da organização. As estratégias podem se tornar imprevisíveis, nem sempre as

estratégias traçadas no início do planejamento vão ser levadas até o resultado.

Algumas estratégias têm que ser alteradas ou modificadas no percurso para que não

coloque em risco todo o planejamento organizacional.

O planejamento estratégico exige ações em três áreas chaves que devem

desenvolver um plano de ação a fim de atingir os seus objetivos de longo prazo. Kotler

(2006).

QUADRO 2 - Áreas chaves do planejamento estratégico

Áreas chaves do planejamento estratégico

Gerenciar os negócios da empresa como uma carteira de investimento

Avaliar os pontos fortes de cada negócio, considerando a taxa de crescimento do mercado e a posição competitiva da empresa nesse mercado

Estabelecer uma estratégia

Fonte: Adaptado de Kotler (2006, p. 40)

Para implementação das mesmas, deve-se analisar e determinar o público a

ser direcionado, tendo em vista que este é um fator importante para o meio de

divulgação se tornar eficaz. “o plano de marketing estratégico estabelece os

mercados-alvo e a proposta de valor que será oferecida, com base em uma análise

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das melhores oportunidades de mercado”, enfatiza Kotler (2006, p.41), deixando a

imagem de que este é um dos principais fatores a ser definido. Kotler (2006, p.341)

destaca que “grupo estratégico é um conjunto de empresas que adotam a mesma

estratégia em determinado mercado-alvo”. Levando-nos a duas vertentes de

pensamento, ao pensarmos se as estratégias utilizadas são eficientes para todo esse

grupo de empresas, podendo ser questionável a eficácia de um grupo estratégico.

Porter (2000, p. 23), nos traz um pensamento diferente a ser aplicado, onde ele

cita que “estratégia é uma posição única, com base na qual as companhias fazem as

coisas de forma diferente, depois de adaptar suas atividades de marketing, produção,

serviços, logística à sua proposição de valor específica.” Por esse questionamento,

podemos observar que a estratégia deve ser um diferencial em meio a outras

organizações. Poter (2000) diz que o ponto de partida é ter um objetivo correto, que

significa ter um excelente retorno sobre o investimento em longo prazo, que se trata

do objetivo central da companhia. Geralmente contentam-se com objetivos de curto

prazo, fáceis de alcançar, mas que não permitem ver além do amanhã, reforçando

ainda mais o questionamento sobre a eficiência do grupo estratégico citado por Kotler,

em que várias empresas tomam a mesma estratégia, sem criar incentivos e atrativos

para os clientes.

Daft (1999, p. 146), ressalta que Administração Estratégica “É um conjunto de

decisões e ações usadas para formular e implementar estratégias que irão fornecer

um ajuste competitivamente superior entre a organização e o seu ambiente para

atingir as metas da organização”, trazendo um pensamento otimista pois o intuito de

toda organização é justamente se sobressair no mercado competitivo e ser um

diferencial entre os outros. Portanto, Estratégia explícita “é um plano de ação que

descreve a alocação de recursos e outras atividades para lidar com o ambiente e

atingir as metas da organização” (DAFT, 1999, p. 148).

A estrutura segura a estratégia assim como as nossas pernas seguram o nosso

corpo de pé. O desenvolvimento da estratégia e o projeto da estrutura suportam a

organização, bem como apoiam-se mutuamente, explica Mintzberg, Ahlstrand e

Lampel (2000, p.36), citando também que “A formação de estratégia é um sistema

integrado, não uma sequência arbitrária”.

Permanecendo com o pensamento de Mintzberg, Ahlstrand e Lampel (2000,

p.58), os autores enunciam que “O planejamento estratégico requer não só

previsibilidade, depois de formada a estratégia, mas também estabilidade, durante sua

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formação. O mundo tem de ficar parado durante o desenrolar do processo de

planejamento.” Ou seja, a estratégia significa um padrão tirado do passado ou um

plano para o futuro.

Segundo Kotler (2006, p.357), “Muitas empresas menores evitam competir com

as maiores, por isso visam a mercados pequenos, de pouca ou nenhuma importância

para os gigantes.” Por esses e outros pensamentos de medo, as empresas se

estacionam em meio ao mercado, ficando sempre atrás de empresas que um dia por

acaso estiveram em pior estado e que com persistência conseguem se destacar no

mercado. Já outras usam este como fator estratégico para alcançar um público que

não se faz alvo de grandes empresas podendo destacar que “empresas com

pequenas participações no mercado total podem ser extremamente lucrativas graças

a uma estratégia de nicho inteligente.” O autor relata que é preciso continuamente

criar novos nichos, pois a empresa deve fixar em sua ‘atuação de nicho’, mas não

necessariamente em seu nicho. A atividade bem sucedida está na especialização,

especialista em usuário final, de nível vertical, em porte de cliente, em clientes

específicos, em geográfico, em um produto ou uma linha de produtos, em atributos de

produto, em customização, em preço-qualidade, em serviço e em canal. Estes devem

ser aderidos por empresas que estão entrando no mercado, e para uma melhor

chance de sobrevivência devem-se fortalecer dois ou mais nichos preferíveis.

Além de um nicho diferente a ser colocado em vista ou prioridade, Lambin

(2000) nos mostra que os objetivos referentes ao marketing estratégico são a análise

sistemática e permanente das necessidades do mercado, e o desenvolvimento de

conceitos de produtos com bom desempenho destinados a grupos de compradores

específicos e que apresentam qualidades distintivas que os diferenciam dos

concorrentes imediatos que focam apenas no grande público, assegurando deste

modo ao produtor uma vantagem concorrencial duradoura e defensável.

2.2.1 Comportamento do cliente

Estudar o comportamento do consumidor faz-se fundamental quando a

empresa percebe oportunidades para satisfazer ás necessidades de seus clientes.

Saber quem é seu consumidor, por que ele compra em seu estabelecimento e o que

ele busca na organização além do produto/serviço. Para Mowen e Minor (2003), o

comportamento do consumidor é o estudo das unidades compradoras e dos

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processos de trocas envolvidos na aquisição, no consumo e na disposição de

mercadorias, serviços, experiências e ideias. Saber o que seu cliente espera de sua

aquisição na empresa é algo que requer estudo do comportamento, gostos e valores.

Levando em consideração que as pessoas têm gostos e preferências diferentes umas

das outras.

De acordo com Kotler (2000), trata-se de estudar como pessoas, grupos, etnias

e organizações selecionam, compram, usam e descartam produtos para satisfazer às

suas necessidades e aos seus desejos. Motivação de compra é o primeiro impulso

tido pelos clientes, essas que de origina de inúmeras maneiras que segundo

Karsaklian (2004, p.23) “a base das motivações se encontra na questão do equilíbrio

psicológico do indivíduo. A descoberta de uma necessidade leva o indivíduo a uma

situação de desconforto”. Com o entendimento de Karsaklian (2004, p. 36), ele

complementa afirmando que “o processo de motivação inicia-se com a detecção de

uma necessidade”. Complementando assim o pensamento dos autores Kotler e

Armstrong (1993) que fala basicamente dessas necessidades adquirida citando que

as motivações, a personalidade e as percepções são os principais fatores que

incentivam e influenciam a tomada de decisão do consumidor. Portanto eles definem

esses três pontos:

QUADRO 3 – Fatores tomada de decisão

Fatores que influenciam a tomada de decisão

Motivações – a pessoa necessita de um motivo maior para buscar a sua satisfação, que pode ser o atendimento a necessidades fisiológicas, como Fome, frio, sede e sono, ou psicológicas, como reconhecimento, autoestima etc.

Personalidade – existem características psicológicas que determinam o comportamento do indivíduo no ato da compra.

Percepções – o cliente interpreta de maneira específica as informações que o auxiliam a tomar a decisão no momento da compra.

Fonte: Adaptado de Kotler Armstrong (1993)

Cada decisão tomada pelo gestor gera uma consequência para a empresa, seja

ela positiva ou negativa, e por isso ter autocontrole e inteligência emocional é

primordial para conduzir o processo de forma bem sucedida. Esse equilíbrio é

fundamental para que o gestor não acabe fazendo escolhas mal planejadas e

equivocadas, pois seu senso de comprometimento com a missão da empresa é

essencial para um bom desenvolvimento.

Page 21: FACULDADE MARIA MILZA BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO

20

Gade (1998) define personalidade como algo interno e que determina traços,

atitudes e o modo de desempenhar os papéis sociais. Cada indivíduo cria o seu modo

de viver e de enxergar o mundo, o que o diferencia dos animais. No ponto de vista de

Karsaklian (2004, p. 39) “a personalidade é a referência a um atributo ou característica

da pessoa que causa alguma impressão nos outros”. Sendo um fator determinante a

escolha de preferência por determinada loja, atendimento, e entre outros fatores que

determinam a escolha dos cliente com o serviço que mais o agrada e se encaixa com

seu modo de agir. Gade (1998) utiliza as teorias de Segmund Freud para afirmar que

a personalidade é constituída de três forças psicológicas: o id, o ego e o superego, as

quais determinam o comportamento do indivíduo.

QUADRO 4 - Forças psicológicas que determinam o comportamento do indivíduo Forças psicológicas

Id – é a fonte da energia dos impulsos instintivos, a busca pelo prazer

Ego – é um sistema que busca o equilíbrio entre os impulsos do id e as proibições do superego. Exemplo: “Vou beber uma garrafa de vinho ou talvez meia garrafa”

Superego – com a função de um juiz, cabe a ele a representação interna das proibições e dos valores da sociedade.

Fonte: Adaptado de Gade (1998)

As necessidades dos consumidores e a capacidade de satisfazer essas

necessidades mudam de acordo com as influências, cada consumidor reage de forma

distinta sob estímulos idênticos. As necessidades psicológicas surgem de estados de

tensão psicológicos, como necessidades de reconhecimento, valor ou integração, e a

maneira como as pessoas agem é influenciada pela percepção que ela tem da

situação.

A percepção dos clientes como explicam Sheth, Mittal e Newman (2001), é

relevante para todos os aspectos das comunicações de marketing. Isso influencia o

desenho do produto, as marcas, as embalagens, as peças de merchandising, as

propagandas, entre outros aspectos e fatores. Ver e perceber a divulgação do que se

deseja é algo automático para todos os seres, ou seja, a percepção é um processo

pelo qual um indivíduo seleciona, organiza e interpreta a informação que recebe para

criar uma imagem significativa do mundo ao qual já existe o desejo de ser visto, quase

que inconscientemente.

Segundo Cobra (2009, p.351), “Uma empresa não vive sem clientes. E a

empresa precisa acompanhar a evolução de vendas e de lucro para cada cliente. Um

cliente deixa de ser lucrativo, ou mesmo deixa de comprar, se ele não estiver

Page 22: FACULDADE MARIA MILZA BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO

21

satisfeito.” [...] “Quando um cliente reclama é porque ele ainda pretende manter-se

cliente da empresa.” Com seu posicionamento Cobra trás o entendimento que clientes

necessitam de atenção e que de forma alguma um cliente deverá ficar sem

atendimento. Em todas as organizações existem clientes insatisfeitos, cabe ao gestor

perceber as necessidades mais comuns para que possa adaptar-se a elas e saber

lidar com naturalidade com as queixas.

O comportamento do consumidor, para Solomon (2011, p.33) “é o estudo dos

processos envolvidos quando indivíduos ou grupos selecionam, compram, usam ou

descartam produtos, serviços, ideias ou experiências para satisfazer necessidades e

desejos”. Solomon (2001) continua seus pensamentos evidenciando que percepção é

o processo pelo qual as pessoas selecionam, organizam e interpretam as sensações,

que são as reações imediatas dos nossos receptores sensoriais (olhos, ouvidos, nariz,

boca e dedos) a estímulos básicos como a luz, a cor, o som, os odores e as texturas.

2.3 CONCEITOS DE MARKETING DE VAREJO

Para Giuliani (2013, p. 125) o conceito de marketing de varejo é definido pelo

composto de marketing varejista, inglês Retatil Marketing Mix, nada mais é do que a

somatória de todas as variáveis que definem a estratégia e a forma de atuação

mercadológica de um varejo.

As definições de varejo apresentam um aspecto importante em relação a

comercialização. Sendo assim, as negociações entre vendedor e cliente funciona

como uma das bases, envolvendo algum tipo de manifestação e troca afetiva no

relacionamento entre eles (Delpechitre 2013; Guo; Ng, 2012).

Segundo Las Casas (2004) o varejo tem como condição básica de sua prática

a comercialização de produtos ou serviços a consumidores finais, não importando a

natureza da organização que o exerce e tampouco o local em que está sendo

praticado. Existem inúmeras definições para varejo, e segundo Kotler (2000), a

definição para varejo mais utilizada é a fornecida pela American Marketing

Association, na qual o varejo é defendido como uma unidade de negócios, o que

compra a mercadoria de fabricantes, atacadistas e outros distribuidores e vende

diretamente aos consumidores finais ou outros consumidores.

Page 23: FACULDADE MARIA MILZA BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO

22

De acordo com os autores acima, o marketing de varejo auxilia a gestão de

negócio, através dos planos implementos dentro da organização desenvolvendo

estratégias para atingir seus público- alvo.

A definição apresentada por Kotler e Armstrong (1998) é a de que o varejo

engloba todas as atividades de venda de bens ou serviços diretamente para

consumidores finais, para seu uso pessoal, não relacionado a negócios. Parente

(2000) define varejo como todas as atividades que englobam o processo de venda de

produtos e serviços para atender necessidades pessoais dos consumidores finais

destes produtos e serviços. E Jerome McCarthy (1966) enfatiza que o varejo trata das

vendas de produtos de consumo final a famílias e não de mercadorias industriais ou

de mercadorias vendidas por atacadistas a pequenos comerciantes.

A maioria das empresas pratica a orientação de vendas

quando tem excesso de capacidade. Seu objetivo é vender aquilo que

fabrica, em vez de fabricar aquilo que o mercado quer. Em economias

industriais modernas, a capacidade produtiva aumentou até o ponto

em que a maioria dos mercados é de compradores (os compradores

são predominantes), e os vendedores têm de correr atrás de clientes,

(KOTLER, 2000, p.40).

Segundo Parente (2000), “os varejistas compram, recebem e estocam produtos

de fabricantes ou atacadistas para oferecer aos consumidores a conveniência de

tempo e lugar para a aquisição de produtos”. Parente diz que o varejo tradicional pode

ser comparado ao varejo eletrônico, e explica isso em um comparativo.

QUADRO 5 - Varejo tradicional X Varejo eletrônico

Varejo tradicional Varejo eletrônico

Loja Loja

Fachada, decoração externa e interna, letreiros, uniformes dos vendedores.

Layout gráfico das páginas, existência ou não de banners e pop-ups chamando para outras páginas do site.

O cliente percorre os corredores da loja, procurando os produtos em prateleiras, estantes, cabides.

O cliente navega pelas páginas do site, procurando informações sobre os produtos em um catálogo eletrônico.

Espaço geográfico-temporal: a loja está localizada fisicamente em um ponto, com horário de abertura e fechamento delimitando o intervalo de tempo em que o cliente pode realizar suas compras.

Espaço cibernético: o consumidor pode acessar o site de qualquer computador, onde quer que ele esteja, na hora em que desejar, para fazer consultas ou compras.

Page 24: FACULDADE MARIA MILZA BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO

23

Facilidade nas vias de acesso favorece o deslocamento físico do cliente para a loja.

Existência de links em outros sites favorece o aumento do tráfego de visitantes para o site.

Fonte: Adaptada de Parente (2000)

Para Hunter (2004) e Hunter e Goebel (2008), o fenômeno Sobrecarga de

Informação no Vendedor seria um construto que teria duas dimensões: a dimensão

aumento de erros e a dimensão afetiva, que estaria relacionada à confusão e

frustração entre eles. Com isto, o aumento de erros ocorreria pelo que se conhece

tradicionalmente a respeito do processamento de informações nas pessoas. Com

grande quantidade de opções e pouco tempo para uma tomada de decisão, as

pessoas tendem a cometer erros de escolha (Jacoby; Speller; Kohn, 1974).

Portanto, o vendedor constitui uma força de venda das organizações, sendo

uma ligação entre empresa com o cliente. As estratégias dentro desse segmento é

importante para desenvolvimento de habilidade, comunicação e serviços ofertados até

o consumidor.

Como a sobrecarga de informação induziria o vendedor a cometer erros e a

confundir-se devido à limitação natural da capacidade do ser humano de

processamento da informação (Jacoby; Speller; Kohn, 1974; miller, 1956), isso

poderia fazer com que tal profissional tivesse emoções negativas e se sentisse

frustrado e confuso em seu ambiente de trabalho (HUNTER; GOEBEL,2008). Um

vendedor, em meio a uma grande quantidade de opções de produtos e serviços, tendo

que combinar isso com diferentes necessidades dos compradores e com diferentes

técnicas de vendas e sem o preparo constante, poderia cometer erros oferecendo o

produto errado para o cliente errado, ou apresentar informações erradas sobre os

produtos que vende (HUNTER; GOEBEL, 2008).

Em conformidade com os autores, as tarefas dos vendedores variam de acordo

com o cenário econômico da organização que lutam para fidelizar seus clientes, diante

disso, as empresas avaliam seus vendedores não apenas pelo volume de vendas

conquistadas, mais também por criarem a satisfação ao cliente.

Selecionar vendedores seria simples se fossem conhecidos os atributos que

deveriam ser procurados. Um bom começo é perguntar aos clientes quais as

características eles procuram. Muitos dizem que querem que o vendedor seja honesto

e confiável, que conheça o produto e as atividades do setor e que seja prestativo.

(KOTLER 2000). Os vendedores precisam de aprimoramentos diários para se

Page 25: FACULDADE MARIA MILZA BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO

24

familiarizar com o produto ou serviço que está oferecendo a seus clientes. Além disso,

os vendedores podem melhorar sua performance de vendas e aprender mais sobre

seu trabalho para atender às expectativas e conquistar o reconhecimento de colegas

de trabalho, clientes e supervisores (Sujan; Weitz; Kumar, 1994).

QUADRO 6 - Os varejistas podem se posicionar para oferecer um dos quatro níveis de serviço apresentados a seguir

Níveis de serviços

Auto-serviço: Seleção: Serviço limitado: Serviço completo:

O auto-serviço é a base de todas as operações de desconto. Muitos clientes se dispõem a procurar, comprar e selecionar produtos para poupar dinheiro.

Os próprios clientes encontram os produtos que querem comprar, embora possam pedir ajuda. Os clientes completam suas transações pagando a um vendedor pelo item.

São expostas mais mercadorias à venda, e os clientes precisam de mais informações e ajuda. As lojas também oferecem serviços (como crédito e privilégio de devolução de mercadorias).

Os vendedores estão prontos para ajudar em todas as fases do processo de procurar e selecionar. Os clientes que gostam de ser atendidos pessoalmente preferem esse tipo de loja. O alto custo de pessoal, juntamente com o maior número de produtos especializados e itens de menor movimentação e com os muitos serviços, resulta em um varejo de alto custo.

Fonte: Adaptado de Kotler (2000)

Bratnagar e Syam (2013) apontam que, para algumas linhas de mercadorias,

as expectativas de preço, o sortimento de produtos, as condições de pagamento e os

serviços oferecidos são importantes para o consumidor na determinação de quais

lojas serão visitadas e, consequentemente, na tomada de decisão da compra. É nessa

perspectiva sobre a importância do retailing mix na decisão de compra dos

consumidores e nas suas potenciais diferenças de composição em lojas físicas e

virtuais.

O grau de concorrência entre os varejistas não é somente baseado na

diferenciação das mercadorias. O sortimento, a variedades o atendimento são fatores

relevantes de competitividade e diferenciação. Hoch, Bradlow e Wansink (1999)

confirmam que os varejistas reconhecem que os consumidores valorizam o sortimento

como uma variável importante na tomada de decisão de compra.

Page 26: FACULDADE MARIA MILZA BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO

25

A promoção de vendas parece ser mais eficaz quando combinada com a propaganda. Em um estudo, uma promoção de preços produziu, sozinha, um aumento no volume de vendas de apenas 15 por cento. Quando combinada com publicidade de destaque, o volume de vendas cresceu 19 por cento; quando combinada com um display no ponto-de-venda, o volume de vendas cresceu 24 por cento, (KOTLER, 2000, pg.620).

Segundo Las Casas (2004) o comércio virtual é uma grande tendência do setor

de varejo. Por não haver custos adicionais com aluguéis e manutenção com pontos

comerciais, este meio vem tendo um crescimento significativo.

Levy e Weitz (2012) apresentam a componente sortimento como “o número de

itens diferentes em uma categoria de mercadoria, sendo que cada item é denominado

como unidade de manutenção de estoque (stock keeping unit - SKU), e variedade

como o número de categorias diferentes oferecidas por um varejista” (p. 314). O

sortimento deve buscar um equilíbrio entre variedade (número de categorias),

profundidade (número de unidades de estoque - SKUs - dentro de uma categoria), e

nível de serviço (o número de itens individuais de um determinado SKU) (Mantrala et

al., 2009).

O varejo tradicionalmente tem sido classificado como uma indústria de serviços,

mas, para muitos varejistas, a preocupação com a qualidade e com os serviços

oferecidos pela loja é recente” (McGoldrick, 2002, p. 533). McGoldrick (2002, p. 535)

destaca que o princípio fundamental das estratégias em serviços varejistas é garantir

altos níveis de satisfação do cliente.

A relação entre competitividade e inovação contribui para que as organizações

varejistas aperfeiçoem os modelos de negócio ou levam a propor novos modelos que

as tornem mais lucrativas, prósperas e gerem valor aos stakeholders mesmo em

momento adverso.

Os estudos de marketing apresentam que as mudanças nas decisões de compra feitas pelos consumidores são constantes e se relacionam à idade, a renda, à instrução aos sentimentos, aos pensamentos aos valores, aos costumes à família, ao estilo de vida, aos grupos de referências e à tecnologia, (LAS CASAS 2004, p. 33).

O crescimento nos mercados emergentes tem atraído atenção de

consumidores, fabricantes de bens de consumo e varejistas (Kumar, Sunder, &

Sharma, 2015).

Empresas alcançam a vantagem competitiva por meio de iniciativas de

inovação, que são manifestadas em novos produtos, serviços, processos ou novas

Page 27: FACULDADE MARIA MILZA BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO

26

abordagens com base em estratégias e atividades de marketing (Porter, 1990).

Definições tradicionais descrevem o varejo como "negócio que vende produtos e

serviços para consumidores finais" (Rosenberg, 1993; Levy & Weitz, 1996, p. 419).

QUADRO 7 – Funções básicas e complementares desenvolvidas pelo administrador

de varejo

Funções

Básicas Complementares

Obtenção de mercadoria por meio de compras

Registro de mercadoria recebida

Venda pessoal Regulagem da mercadoria

Formação de preço Organização da empresa

Promoção da mercadoria/propaganda e display

Delegação de autoridade e responsabilidade

Oferta de serviços Determinação de procedimentos

Controle/principalmente estoque Seleção de equipamentos Fonte: Adaptado de Las Casas (2004)

Uma das atividades que muitas vezes executivos que atuam no varejo

consideram a mais relevante para a competitividade das organizações internacionais

envolve a gestão de pessoas, incluindo equipes e pessoal para dar suporte a vendas

e ao atendimento ao consumidor final.

Page 28: FACULDADE MARIA MILZA BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO

27

3 METODOLOGIA

A metodologia científica ensina um caminho para se chegar a um fim científico

de uma pesquisa, explicando e expondo métodos e conhecimentos sobre determinado

fenômeno. Segundo Gil (2007), pesquisa é definida como um procedimento racional

e sistemático que tem o objetivo de proporcionar respostas aos problemas que são

propostos pelo pesquisador. A pesquisa é desenvolvida por um processo constituído

de várias fases e etapas, desde a formulação do problema até a apresentação e

discussão dos resultados.

No que tange ao objetivo, esta pesquisa caracteriza- se como um estudo

exploratório e descritivo de natureza qualitativa, pois segundo Silva & Menezes

(2000), a pesquisa descritiva visa descrever as características de determinada

população ou fenômeno, estabelece correlações entre variáveis e define sua

natureza. Assume, em geral, a forma de levantamento de dados e produzindo

descobertas, basicamente sendo produzido e interpretado o estudo sobre a vida e

preferências das pessoas.

Nesta pesquisa realizada de 2019 a 2020, obteve-se maior familiaridade e

entendimento sobre as técnicas das estratégias de marketing de varejo utilizadas

pelas empresas para que estas possam se adquirir de maiores oportunidades de

vendas e oferecimento de seus serviços, para um melhor entendimento estruturamos

a pesquisa em etapas, descrita a seguir:

Etapa 1: O primeiro passo focou em determinar em qual ramo de atuação seria

realizada a pesquisa, desta forma fora escolhido o segmento varejista por ter uma

vasta concorrência e que vem sendo crescente a cada dia mais, não só por meio de

lojas físicas mas também com as lojas online. É uma área que traz as pessoas

atrativos e diferencial para se destacar no mercado por meio das vendas.

Etapa 2: Foi decidido que o estudo seria feito através de livros e artigos

científicos. As buscas executadas foram restritas aos títulos, resumos e palavras-

chave dos artigos e embasaram-se em combinações de um rol de palavras-chave que

foram consideradas oportunas diante de suas frequentes utilizações em pesquisas

endereçando a temática do marketing de varejo e da integração de canais do varejo.

Além das palavras-chave utilizadas foi determinado um espaço temporal para busca,

o qual compreendeu estudos publicados entre 1956 e 2019 para que pudesse ser feita

Page 29: FACULDADE MARIA MILZA BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO

28

uma análise abrangente sobre o assunto. O quadro 7 apresenta palavras-chave que

foram utilizadas como meio de pesquisas no site da Scielo.

QUADRO 8 - Palavras chave e configuração de busca:

Palavras-chave

Marketing; Estratégias; Varejo; Consumidor; Cliente

Fonte: Dados da pesquisa (2020).

Etapa 3: A triagem de livro se delimitou a pesquisa de livros específicos que

tratassem do assunto respaldado. Com isso, foi estudado o quantitativo de 20 livros e

105 artigos para que enfim fosse delimitado o quantitativo, por meio da análise dos

títulos e resumos, eliminar os estudos que demonstrassem não atender os objetivos

estipulados nesta revisão sistemática, persistindo a dúvida, procedia-se à leitura na

íntegra dos trabalhos em questão. Tal etapa permitiu que mais 83 artigos e 10 livros

fossem excluídos, de maneira que a amostra final de estudos para confecção desta

pesquisa findou-se em 10 livros e 22 artigos. Sendo assim, fora finalizada a análise

do segmento varejista através de gráficos representativos e adaptados como

demonstração do sucesso da rede varejista no Brasil.

Page 30: FACULDADE MARIA MILZA BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO

29

4 ANÁLISE DOS RESULTADOS

Torna-se quase impossível determinar qual a melhor forma de administrar, o

processo varejista precisa de uma boa administração, de planejamento e controle,

para que haja um crescimento significativo, garantindo a sobrevivência da

organização, pois cada estrutura organizacional traça as qualidades primordiais de

seus administradores no processo de admissão. No livro Estratégias de Marketing

para Varejo de Las Casas (2004), ele demonstra justamente esse processo de triagem

concebido pelos contratantes, segundo ele é fundamental estar em permanente

processo de melhoria, desenvolvendo e utilizando os mais avançados meios gerencial

e administrativo para conseguir satisfazer as necessidades de seus consumidores.

Precisando estar sempre alerta e pronto para se adaptar aos desafios do mercado,

essa seria a chave para ser bem sucedido.

QUADRO 9 - Análise de alguns dos autores mais citados na monografia

Autores mais citados no artigo Frequência

Kotler 17

Las Casas 06

Cobra 04

Gale 04

Peter 04

Armstrong 03

Karsaklian 03

Hunter 03

Dafit 02

Levi 02

Porter 02

Parente 02

McGoldrick 02

Jacoby 02

Ferral 02

Solomon 02

Fonte: Dados da pesquisa (2020).

Page 31: FACULDADE MARIA MILZA BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO

30

PARENTE, J. Varejo no Brasil: gestão e estratégia. São Paulo: Atlas, 2000.

Citado por 3

As publicações mais citadas sobre o marketing de varejo e estratégias dão um

norte aos pesquisadores sobre os artigos e livros mais utilizados como meio de

referência para confecção de seus estudos pelos profissionais da área e, desse modo,

os resultados da tabela 9 apresentam quais publicações foram citadas com maior

frequência na base de dados.

QUADRO 10 – Análise de algumas publicações mais citadas na base de dados

Estudos mais citados Frequência

SILVA, Edna Lúcia da; MENEZES, Estera Muszkat. Metodologia da

pesquisa e elaboração de dissertação. Florianópolis: UFSC/

PPGEP/LED, 2000.

5985

KOTLER, Philip. Administração de Marketing: análise, planejamento,

implementação e controle. São Paulo: Atlas

1999

ROCHA, A. CHRISTENSEN, C., Marketing, Teoria e prática no

Brasil. 2. Ed. São Paulo: Atlas, 1999.

675

KAIKATI, A.M.; KAIKATI, J.G. Stealth marketing: how to reach

consumers surreptitiously. California Management Review, v. 46 n. 4,

2004

439

COBRA, Marcos. Administração de Marketing, 2. Ed. São Paulo:

Atlas, 1992.

384

BARTLETT, C.; GHOSHAL, S. Going Global: Lessons from Late

Movers. Harvard Business Review, v. 78, n. 2, p. 132-142, mar./apr.

2000.

61

ALLISON, G. T. Essence of decision: explaining the Cuban missile

crisis. Boston: Harper Collins, 1971. 338p

44

GALE, B. T. Gerenciando o valor do cliente. São Paulo: Pioneira,

1996.

239

KARSAKLIAN, E. Comportamento do consumidor. 2. Ed. São Paulo:

Atlas, 2004.

191

Page 32: FACULDADE MARIA MILZA BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO

31

SOLOMON, Michael R. O comportamento do

consumidor: comprando, possuindo e sendo. 9. ed. Porto Alegre:

Bookman, 2011.

23

Porter, M. E. (1990). The Competitive Advantage of Nations. Harvard

Business Review.

21

Rosenberg, J. M. (1993). Dictionary of business and management.

New York, EUA: John Wiley & Sons.

19

DAFT, R. L. Administração. 4. ed. Rio de Janeiro: LTC, 1999. 11

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE realiza, desde 1996, a Pesquisa

Anual de Comércio - PAC, que constitui uma importante fonte de dados sobre a

estrutura produtiva do setor empresarial do comércio no Brasil, e no comércio

varejista, podemos observar um alto número de estabelecimentos de pequeno porte,

em termos de pessoal ocupado, e cujas vendas destinam-se ao consumidor final, para

uso familiar ou pessoal. Para deixar claro e explícito que o varejo, como citado pelos

autores, é basicamente conceituado como a compra e revenda de produtos ou

serviços que tenham a finalidade de satisfazer o cliente. Portanto, a seguir

demonstramos em tabela os números fornecidos pelo IBGE referente ao número de

empresas varejistas no Brasil no ano de 2014.

GUADRO 11 - Número de empresas segundo o segmento do comércio (em mil) - Brasil - 2014

Segmento do comércio

Comércio varejista 1.297.812

Comércio por atacado 197.950

Comércio de veículos, peças e motocicletas 151.442

Total 1.647.204

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Serviços e Comércio, Pesquisa Anual de Comércio, 2014.

Observamos acima que o segmento varejista, embora composto por empresas de

menor tamanho médio, respondeu pela maior parte do pessoal ocupado do comércio

Page 33: FACULDADE MARIA MILZA BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO

32

(7 889 mil ou 73,7% do total), devido ao grande número de empresas (1 298 mil ou

78,8% do total).

Demonstrado graficamente a seguir:

FIGURA 1:

Fonte: Dados da pesquisa (2020).

A importância do mercado varejista brasileiro vem sendo cada vez mais reconhecida

e destacada. Pois além de gerador do maior número de empregos formais no país, o

setor exibe números expressivos de crescimento e consistentes indicadores de

modernização.

Os principais componentes do setor varejista brasileiro são: supermercados,

farmácias, lojas de vestuários, lojas de materiais de construção, lojas de móveis e

decoração, postos de gasolina, lojas de eletroeletrônicos e livrarias.

Após coleta de dados em mais de 5.700 empresas comerciais obtidos pela Pesquisa

Mensal de Comércio (PMC), selecionadas a partir do cadastro das empresas com

vinte ou mais pessoas ocupadas (assalariadas e não assalariadas). Podemos obter

os dados a seguir:

0 500 1000 1500

COMERCIO VEICULOS, PEÇAS EMOTORISTA

COMERCIO POR ATACADO

COMERCIO VAREGISTA

NÚMERO DE EMPRESAS SEGUNDO O SEGMENTO DO COMÉRCIO ( EM MIL) BRASIL 2014

Page 34: FACULDADE MARIA MILZA BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO

33

FIGURA 2:

Fonte: Dados da pesquisa (2020).

-4

-2

0

2

4

6

8

10

Categoria 1

VARIAÇAO MENSAL DO VOLUME DE VENDAS NO COMERCIO VAREGISTA BRASILEIRO

Page 35: FACULDADE MARIA MILZA BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO

34

5 CONCLUSÃO

Analisou-se, através da pesquisa, que o marketing é essencial a empresa. Sem

alguma forma de marketing não há como as organizações conseguirem sobreviver ao

mercado. Não se sabe administrar se não souber traçar e colocar em prática o

marketing no mercado varejista. O marketing deixa explícito as necessidades dos

clientes e seus desejos, ele estuda as pessoas, e deixa claro a forma como as

empresas devem se relacionam com seus clientes.

Em meio ao cenário atual em que estamos passando com o surto pandêmico

que chegou aos brasileiros no início do ano de 2020 pelo COVID-19, as empresas

foram obrigadas a se adaptar ao novo modelo de vendas e administração das

organizações, e através de novas estratégias de marketing muitas empresas estão

conseguindo se adaptar a novas formas de administrar.

Existem muitas técnicas e estratégias de marketing no varejo que devem ser

seguidas pelas empresas, mas, se mal utilizadas, não serão capazes de obtenção de

sucesso na conquista e fidelização de clientes. Para que o marketing de varejo

funcione de forma eficiente, faz-se necessário que seja traçadas estratégias,

estratégias essas que servirão de um ponto inicial para a implementação do processo

de marketing. Além de todas a estratégias traçadas, é importante um trabalho de

conscientização dos funcionários e proprietários das empresas para que essas

técnicas sejam colocadas em prática onde será obtido êxito em sua aplicação.

Portanto, concluímos o presente estudo com a certeza de que toda organização

deve ser apresentada ao marketing.

Page 36: FACULDADE MARIA MILZA BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO

35

REFERÊNCIAS

ALLISON, G. T. Essence of decision: explaining the Cuban missile crisis. Boston: Harper Collins, 1971. 338p. ARMOSTRONG, G. KOTLER, P., Princípios de Marketing. 12. Ed. São Paulo:

Person Prentice Hall, 2007. Atlas, 2007. BARTLETT, C.; GHOSHAL, S. Going Global: Lessons from Late Movers. Harvard Business Review, v. 78, n. 2, p. 132-142, mar./apr. 2000. CASAS, A. L. L., Estratégias de Marketing para Varejo. 2004.

CASAS, A. L. L., Marketing de serviços. 5. Edição. São Paulo: Atlas, 2007, 257p.

CASAS, A. L. L., Marketing, Conceitos exercícios casos. 7. Ed. São Paulo: Atlas,

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