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FACULDADE CAPIVARI – FUCAP
TRABALHO DE CONCLUSÃO DO CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS
A CONTABILIDADE COMO FERRAMENTA AOS NOVOS GESTORES MEI:
ESTUDO DE CASO NA EMPRESA BRAVA TECH
RESUMO
Aluna: Giovana Adriano Maiate
Orientadora: Maria Aparecida Cardozo, Msc.
O artigo apresenta um estudo voltado às dificuldades para se montar uma empresa prestadora
de serviço, os problemas relacionados à abertura da empresa. Para realizar o artigo foi utilizada
a pergunta de pesquisa: Quais os principais desafios encontrados para se montar uma empresa
prestadora de serviço? Com o objetivo geral de identificar os principais desafios encontrados
para se montar uma empresa prestadora de serviço. Como forma de obter as respostas os
objetivos específicos são: identificar as principais etapas na constituição de uma empresa
prestadora de serviço; elaborar um questionário com o proprietário da empresa Brava Tech e
descrever os problemas encontrados na empresa. Quanto à metodologia da pesquisa, trata-se de
uma pesquisa exploratória, no que se refere a natureza da pesquisa é um estudo teórico e prático,
a lógica se dá de forma dedutiva, a coleta de dados se dá a partir de dados secundários sua
abordagem é qualitativa e seu resultado trata-se de um estudo aplicado. Para tanto, foram
demonstradas as etapas para se montar uma prestadora de serviço, uma entrevista
semiestruturada com quatorze perguntas para o proprietário da empresa, e respondendo o último
objetivo foi feito um diagnóstico dos problemas. Como resultado final, demonstra-se as
principais dificuldades da empresa, o que a impediu que abrisse as portas mais cedo, que no
caso da empresa Brava Tech teve haver com a Prefeitura de Pescaria Brava e seus órgãos
competentes.
Palavras-chave: Contabilidade, Dificuldades, Problemas.
1 INTRODUÇÃO
A competição globalizada entre os mercados faz com que as empresas busquem maior
qualidade e melhorem seu desempenho, assim aproveitando melhor os recursos adquiridos.
A contabilidade não pode ser utilizada somente como atendente das necessidades
fiscais, mas como uma importante ferramenta para a gestão e tomada de decisão. As empresas
buscam respostas no tempo certo. Atualmente o serviço de Tecnologia de Informação (TI), vem
auxiliando os gestores e administradores nesta situação.
Nas últimas décadas, graças aos avanços tecnológicos os dados são feitos de forma mais
rápida, segura e confiável, o profissional começou a ocupar lugar de destaque nas empresas.
Qualquer pessoa especializada em determinada área pode montar uma empresa de
prestação de serviços. A vantagem de ter uma empresa é ser seu próprio patrão, gerenciando
sua própria empresa e, ganhando mais por isso. Para enfrentar a realidade das mudanças no
mundo dos negócios, as organizações precisam conhecer o mercado em que estão inseridas,
sabendo que podem enfrentar os obstáculos perante o fisco, as quais necessitam ser gerenciadas.
É importante lembrar que os contadores devem analisar a melhor forma de tributação
para cada empresa. Com as alterações apresentadas no dia a dia, muitas vezes, as empresas
podem estar sendo mal tributadas assim não se enquadrando na situação fiscal mais adequada
ao negócio.
A empresa estudada trata do ramo de Tecnologia de Informação (TI), seu nome é Brava
Tech uma prestadora de serviços, a organização oferece serviços a seus clientes com o uso de
tecnologia. As atividades principais da área desta empresa de Tecnologia de Informação (TI),
estão relacionadas ao suporte de seus clientes, sendo suporte de microinformática, serviços de
manutenção dos computadores, serviços de telecomunicações, instalações de equipamentos
como ar condicionado e câmeras de segurança e vendas de equipamentos de informática e
acessórios.
A Brava Tech está localizada em barreiros, na cidade de Pescaria Brava é composta pelo
proprietário Jonatas Rafael da Rosa.
Desse modo, o estudo envolve a seguinte pergunta de pesquisa: Quais os principais
desafios encontrados para se montar uma empresa prestadora de serviço?
Para responder à pergunta de pesquisa o objetivo geral deste trabalho é identificar os
principais desafios encontrados para se montar uma empresa prestadora de serviço.
Como forma de responder o objetivo geral os objetivos específicos são: Identificar as
principais etapas na constituição de uma empresa prestadora de serviço; Elaborar uma entrevista
semiestruturada com o proprietário da empresa Brava Tech; Descrever os problemas
encontrados na empresa.
A justificativa da pesquisa é a dificuldade que os microempreendedores enfrentam, com
a possibilidade de formalização dos seus empreendimentos, instituída pela legislação, é
verificada a necessidade de orientar os trabalhadores de forma clara e objetiva, para que estes
possam ter noções de como proceder após a formalização e quais os direitos e obrigações que
estes terão após ter seus negócios legalmente estabelecidos. A delimitação da pesquisa é a
empresa Brava Tech.
Esta pesquisa está estruturada em cinco capítulos, o primeiro capítulo apresenta a
introdução, o tema e a pergunta de pesquisa, os objetivos geral e específicos, assim como a
justificativa. Já o segundo capítulo, abrange a embasamento teórico em que estão descritos os
principais conceitos norteadores do trabalho. No terceiro capítulo abrange os métodos e técnicas
da pesquisa que se trata da parte de metodologia da pesquisa. Em seguida o quarto capítulo que
é a apresentação dos resultados toda a parte de caracterização da empresa. Por fim, o quinto
capítulo que abrange a conclusão da pesquisa.
2 EMBASAMENTO TEÓRICO
Essa seção trata do referencial teórico da pesquisa abordando o surgimento da
contabilidade, os conceitos objetivos e finalidades da contabilidade, a contabilidade gerencial,
contabilidade de custos, contabilidade comercial, o conceito de planejamento e suas finalidades,
a definição do microempreendedor e por fim o sistema de informação como ferramenta.
2.1 O SURGIMENTO DA CONTABILIDADE
A contabilidade surge na época em que os homens moravam em cavernas, e através de
desenhos repetitivos seus traços, registravam o controle de seus de suas comidas (SÁ, 2008).
De acordo com Godfrey, Holmes e Tarca (2006), existiu um momento que o homem
percebeu que necessitava ter controle de suas propriedades, uma necessidade de contar o seu
patrimônio de uma forma para representa-lo, por tanto a contabilidade existia antes mesmo da
escrita.
Desde a pré-história século XIX a sociedade estava vivenciando momentos de
transformações econômicas, sociais, políticas que acabaram influenciando em transformações
na contabilidade, um marco desta mesma época em 1494 foi pelo frei Luca Pacioli, do método
das partidas dobradas, assim foram feitas várias pesquisas mais para educação contábil não
senso está mesma que conhecemos (GODFREY, HOLMES; TARCA, 2006).
Godfrey, Holmes e Tarca (2006), ainda destacam que a partir deste momento a
contabilidade vivenciou várias transformações tanto na base de conceitos como na teoria e
também sua atuação profissional.
Conforme Sá (2000), não se sabe quando que ocorreu a contabilidade em si, porém
através de registro arqueológicos encontrados em grutas, ossos e outros materiais, demostrando
uma inteligência e percepção de meios patrimoniais. Sá, alerta que o homem primitivo já
demonstrava uma preocupação saber os meios de controlar o seu patrimônio.
Assim Crepaldi (2011), relata que a contabilidade é uma das ciências mais antigas,
destaca os termos de registro que é a obra de Frei Pacioli publicado em Veneza em 1494, esta
obra descreve o controle das operações dos mercadores de Veneza conhecido como método das
partidas dobradas ou método de Veneza. Porem as informações ficarão restritas ao dono da
empresa, pois os livros contábeis eram considerados sigilosos não existia a troca de informações
entre os profissionais. Com o desenvolvimento do mercado e o fortalecimento da sociedade
anônima e comercial, a contabilidade passou a ser uma ferramenta para a sociedade.
Conforme Silva (2008), as pessoas já tinham contabilidade na sua vida através de suas
compras, com suas vendas, despesas, obtinham lucro, possuíam riquezas, efetuavam transações
em dinheiro, ou seja, havia um patrimônio já, o autor destaca que o período em que viviam era
diferente, porém suas necessidades eram as mesmas do atual século, de uma forma inda
primitiva baseada em experiência, porém exercendo a função de controle.
A contabilidade surge na época em que os homens habitavam cavernas, onde através de
desenhos, pinturas e sinais repetitivos por traços, pontos, grades e similares, registravam o
controle de seus mantimentos (SÁ, 2008).
De acordo com Hendriksen e Van Breda (1999), durante a evolução, existiram registros
contábeis cerca de quatro mil anos atrás mais foi apenas na Itália do século XIV que realmente
se evidenciou a presença técnica da contabilidade com o surgimento do sistema de partidas
dobradas que ainda hoje é utilizado.
Sim, pode-se dizer que a contabilidade conhecida hoje, tecnicamente falando surgiu na
Itália, mais foi evoluindo e tendo uma série de avanços como, por exemplo, a chegada da
matemática, dos números, chegada da Índia à Europa pelos Árabes, juntamente com diversas
variedades de mutações tecnológicas ocorridas em grande parte na China e os distúrbios,
conflitos sofridos na Europa que desmantelou o sistema feudal obrigando a busca por outros
conhecimentos e mais informações que muito contribuíram para a contabilidade continuar no
caminho de sua evolução, como por exemplo, a inovação e divulgação de dados financeiros,
isso sem dúvida foi uma grande transformação para época (HENDRIKSEN; VAN BREDA,
1999).
2.1.1 Conceitos básicos sobre contabilidade: seus objetivos e finalidades
De acordo com Ribeiro (2005), a contabilidade é uma ciência social que tem como
objeto o patrimônio assim controlando-o e verificando suas variações.
Para Basso (2011), contabilidade é uma ciência social, que tem como objeto de estudo
o patrimônio das entidades, seus fenômenos e variações, tanto no aspecto quantitativo quanto
qualitativo. O patrimônio é definido como um conjunto de bens, direitos e obrigações.
Em concordância com Fernandes (2003), a contabilidade é definida como uma ciência
social, pois seu patrimônio é um conjunto que envolve pessoas, dentro de uma sociedade, as
variações nesse patrimônio afetam de alguma forma o meio em que está inserido.
O autor ainda destaca que é uma ciência que cuida da área de finanças de uma
organização por meio de seus registros, informando sobre seu patrimônio e dando auxilio para
tomada de decisão para assim alcançar seus rumos desejados (FERNANDES, 2003).
Sá (2002), define contabilidade como uma ciência que estuda os fenômenos
patrimoniais, preocupando-se com realidades, evidências e comportamentos dos mesmos, em
relação à eficácia funcional das células sociais.
Já Iudícibus (2009), observa que o objetivo principal da contabilidade é fornecer
informação econômica relevante para cada usuário para tomar suas decisões e realizar seus
julgamentos com segurança.
Ainda Iudícibus (2009), relata a finalidade da contabilidade é prover os usuários dos
demonstrativos financeiros com informações que os ajudaram a tomar decisões mais precisas.
De acordo com Santos (2004), os principais fins da contabilidade são os de assegurar o
controle do patrimônio e fornecer informações sobre suas variações patrimoniais, assim sobre
o resultado das atividades econômicas desenvolvidas pelas empresas, um dos objetivos da
contabilidade seria verificar as mutações no patrimônio, fornecendo assim, informações para a
tomada de decisões. Para Iudícibus (2009), o objetivo da contabilidade é fornecer aos
usuários, independentemente de sua natureza, um conjunto básico de informações, para
entendimento de todos os tipos de usuários.
Em concordância com Santos (2004), afirma que o objetivo é o de permitir a cada
usuário a avaliação da situação econômica e financeira da entidade, bem como fazer conclusões
sobre suas tendências futuras.
Segundo Figueiredo (1995), a contabilidade é um sistema de informação e eventos que
afetam a tomada de decisão. Sendo observação, a coleta, o registro, a análise e, finalmente, a
comunicação da informação aos usuários.
Para Basso (2011), os usuários da contabilidade que são todas as pessoas físicas ou
jurídicas que, direta ou indiretamente, tenham interesse no desenvolvimento da entidade, ou seja,
administradores, diretores e executivos; sócios e acionistas da entidade; bancos, financiadores e
investidores; fornecedores; governos federal, estaduais e municipais.
Ribeiro Filho, Lopes e Pederneiras (2009), relatam que o papel da contabilidade é pensar
em conceber um modelo de informação, que auxilie na redução de conflito decorrente a
apropriação de bens ou serviços, os autores ainda relatam que a contabilidade é uma ciência
social e não somente um conjunto de técnicas articuladas para um sistema de informação.
Existem três ações da teoria da contabilidade tais como, compreender a teoria porque
ela é uma ferramenta indispensável para compreender o mundo prático, criticar porque sem
criticar uma teoria fundada a resposta sempre será a mesma e assim sempre será, se haver a
crítica buscaram outros meios de resposta e transformações, o profissional deve estar sempre
atuante não pode se comprometer com o ambiente ao seu redor, através destas três ações o
profissional deve compreender para poder criticar e critica-se para transformar é uma dinâmica
estimuladora o mundo sensível e prático da contabilidade (RIBEIRO FILHO; LOPES;
PEDERNEIRAS, 2009).
Neste período a contabilidade conhece o inventário, os livros mercantis diário e razão,
pois até então, só era lecionada com aula de comércio na corte. São neste período, a era
científica que a contabilidade vai encontra a seus maiores pensadores, depois de Pacioli, grandes
contribuintes que na frente de seu tempo, reescreveram a contabilidade e deram grande
contribuição para a ciência que conhecemos hoje (SÁ, 2004).
A teoria da contabilidade é conjunto de conhecimento com graus variados e
interdisciplinaridade voltada à explicação e significação de fenômenos contábeis auxiliando no
conflito da sociedade também tem esta visão de que a contabilidade recebe influencias das mais
variadas fontes sendo culturais, políticas, sociais, assim a ciência social se liga a contabilidade,
já existiam registros de fundamentos contábeis há cerca de 4.000 a.C., verificados na história
da antiga Suméria, da Mesopotâmia e do Antigo Reino Egípcio, como controle de bens,
verificados nos objetos encontrados de escavações realizadas nas regiões do Oriente (RIBEIRO
FILHO; LOPES; PEDERNEIRAS, 2009).
2.2 CONTABILIDADE GERENCIAL
Segundo Crepaldi (2011), a contabilidade gerencial se tem através das informações, ou
seja, a coleta dos dados, que é processada e armazenada no sistema de informação da empresa
sendo integrada aos outros departamentos. A contabilidade gerencial ajuda os administradores
com informações que permitem avaliar todas as atividades e seus desempenhos de seus produtos
e projeto, assim a situação financeira sendo clara de acordo com as necessidades de seus
usuários.
Padoveze (2010), ainda acrescenta que a contabilidade gerencial tem relação com as
informações dos administradores, ou seja, que estão dentro da empresa e são responsáveis pelo
controle e direção de todas as operações. Ainda destaca que um ponto fundamental para a
contabilidade gerencial é usar a informação contábil como ferramenta para a tomada de decisão
e sua administração.
De acordo com Crepaldi (2011), contabilidade gerencial é o ramo da contabilidade que
tem como objetivo ser uma ferramenta utilizada pelo os administradores de empresas auxiliando
em suas atividades gerenciais e veio para produzir informações objetivas através de seu
conhecimento na área de negócios.
A contabilidade financeira, porem muitas vezes essas informações não são utilizadas,
o autor ainda traz de um modo mais voltado ao custo que os gestores precisam das informações
de lucros e custos, tendo segmento do mercado de cada produto ou cliente. Afirma que os
administradores necessitam de um controle operacional que ajude a melhorar os custos, também
a redução de tempo nas atividades de seus funcionários e a qualidade (CREPALDI, 2011).
Em concordância com Iudícibus (1986), a contabilidade gerencial pode ser definida,
como várias técnicas e procedimentos contábeis que são conhecidos e tratados na contabilidade
de custos, contabilidade financeira, na análise financeira e de balanços, de maneira a auxiliar
os gerentes e administradores das empresas em seu processo decisório.
Crepaldi (2011), o contador gerencial é um pouco diferente do profissional que atua na
contabilidade financeira, pois com a função que ele exercera ou as atividades que foram
solicitadas a ele necessitam de formação diferente precisando de conhecimentos estatístico e
matemático, técnicas em planejamento e pesquisa operacional. O contador ainda deve auxiliar
para que a administração tome as melhores decisões, e deve ultrapassar a informação contábil
sendo proativos nesses fornecimentos.
Para Barbosa (2006), a contabilidade gerencial tem função de auxílio na controladoria
das empresas, para melhorar o controle operacional, assim analisando os custos e melhorando
as estratégias.
Crepaldi (2011), alerta que são poucas as micro e pequenas empresas que conseguem
atingir o sexto ano de vida, tendo uma perda do investimento do proprietário, desempregos,
frustação pessoal, e prejuízo a economia como um todo. Isso acontece por falta de
conhecimento na gestão, por falta de planejamento como um todo. O autor ainda ressalta que é
importante que os gestores consigam identificar as ameaças e oportunidades que todo o
ambiente fornece a empresa.
2.3 CONTABILIDADE DE CUSTOS
Segundo Leone (1985), as técnicas de Contabilidade dos Custos é uma poderosa
ferramenta nas mãos dos gestores para o eficiente desempenho de suas funções e atividades.
Ainda para Leone (2006), a contabilidade de Custos é o ramo da contabilidade que se
produzir informações gerenciais de uma empresa, auxiliando o desempenho, da tomada de
decisão, controle das operações e planejamento.
A contabilidade de custos é uma área que está relacionada à gestão de controle de uma
empresa. Segundo Martins (2009), o conhecimento dos custos é necessário para saber o preço
do produto está correto ou se tem como diminuir o seu custo.
De acordo com Oliveira (2008), a contabilidade de custo passou a ser essencial para as
empresas com suas informações para a contabilidade gerencial em sua tomada de decisão.
Para Silva (2000), a contabilidade de custos, tem como objetivo o fornecimento de
informações sobre produtos ou operações de serviços prestados, auxiliando os administradores
na gestão da empresa. Assim contabilidade de custo é uma atividade que produz informações
de custos para alguém que tem por função a gestão dessas informações.
2.4 CONTABILIDADE COMERCIAL
De acordo com Silva (2002), o surgimento do comércio é quando se iniciou a troca de
mercadorias, onde compravam bens de produtores e revendiam para obter lucro. A atividade
comercial iniciou na idade média onde existiam atividades mercantis, atos de mediação
praticados com a intenção de visar somente o lucro.
Segundo Franco (1984), a contabilidade é um controle do patrimônio das empresas
comerciais, podendo oferecer então informações sobre todas as suas variações e sobre os
resultados de suas atividades, o autor destaca que é para acompanhar a variação quantitativa e
qualitativa do patrimônio e que é importante saber a situação jurídica e econômica no qual a
empresa atua e saber também as características da sua gestão.
Para Iudícibus (1987), a contabilidade comercial é um enfoque especial com várias
técnicas e procedimentos contábeis, assim como já conhecidos nas outras áreas como custos,
financeira, como também nos balaços e análises. Destaca ainda que a contabilidade comercial
é mais detalhada com uma forma diferenciada para gerentes e gestores auxiliando na tomada
de decisão.
Em concordância com Franco (1991), a contabilidade comercial é a interpretação e
controle de todas as variações ocorridas no patrimônio de empresas comerciais, podendo
oferecer o resultado econômico da atividade mercantil. Tem por finalidade verificar o
patrimônio e todos os fatos ocorridos nele mostrando também as operações como compra e
venda assim seus lucros obtidos demostrando cada resultado de atividade comercializada.
De acordo com Iudícibus e Marion (2007), comércio é uma troca de mercadoria por
dinheiro ou pode ser também uma mercadoria pela outra, ainda destacam que o comerciante
aproxima os compradores e vendedores ajudando na operação comercial.
Para Silva (2002), as empresas comerciais servem como mediadoras entre produtor e
consumidor tendo como finalidade o lucro, essas atividades são exercidas pelos agentes do
comercio, ou seja, aqueles que praticam o comercio.
2.5 CONCEITO DE PLANEJAMENTO E SUAS FINALIDADES
No ambiente complexo e de incertezas em que as empresas estão inseridas, planejar é
essencial para a manutenção das organizações. Diante das técnicas colocadas em pratica para
auxiliar a gestão dos negócios (SOUZA; FERREIRA, 2001).
Conforme Braga (1995), o planejamento empresarial é um processo através de tomada
de decisão no presente visando os objetivos no futuro.
Bateman e Snell (2009), ressaltam também que o planejamento é o processo utilizado
para a tomada decisões sobre metas e atividades que um grupo, um indivíduo, uma organização
onde buscarão no futuro.
De acordo com Souza e Ferreira (2001), planejar é saber onde queremos chegar e
analisar as providências que precisam ser tomadas para garantir uma empresa segura e bem-
sucedida.
Segundo Batman e Snell (2009), planejamento estratégico é o conjunto de
procedimentos para a tomada de decisões sobre os objetivos e as estratégias de longo prazo.
Conforme Oliveira (2007), existem três métodos usados de planejamento onde são o
estratégico, tático e operacional. O planejamento estratégico é o processo administrativo que
proporciona sustentação de mercado para se estabelecer a melhor direção a ser seguido pela
empresa, planejamento tático tem por objetivo trazer condições mais favoráveis a determinada
área de resultado não a empresa como um todo e o planejamento operacional pode ser
considerado como a formalização, que pode ser através de documentos escritos, das
metodologias de desenvolvimento.
O planejamento estratégico é um processo que a empresa se compromete para atingir o
sucesso e construir seu futuro, prevendo acontecimentos do mercado, assim considerando seu
ambiente futuro (SAMPAIO, 2004).
2.6 DEFINIÇÕES DO MICROEMPREENDEDOR
De acordo com Dornelas (2001), o empreendedor é aquele que faz as coisas
acontecerem, se antecipa aos fatos e tem visão futura da organização. Já Hermann (2004),
acredita que empreendedor é o indivíduo que consegue perceber e criar oportunidades de
negócios, fazer uso e até mesmo desenvolver uma série de conhecimentos, habilidades e
atitudes utilizados no exercício de uma função para alcançar os objetivos que ele próprio
estabeleceu.
Assim, empreendedor é quem inicia algo inovador, vê alguma coisa nova para criar,
propõe ideias seguidas de ações.
A Lei Complementar 128/2008 criou a figura do Microempreendedor Individual – MEI,
com vigência a partir de 01.07.2009. Considera-se MEI o empresário individual que se refere o
art. 966 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002, Código Civil, que tenha receita bruta, no
ano-calendário anterior, de até R$ 60.000,00 optante pelo Simples Nacional.
De acordo com o Art. 966 o empresário que exerce profissionalmente uma atividade
econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços. Não se considera
empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda
com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir
elemento de empresa. No caso de início de atividades, o limite de receita será de R$ 5.000,00
multiplicados pelo número de meses compreendido entre o início da atividade e o final do ano-
calendário, consideradas as frações de meses como um mês inteiro.
Em concordância com a Lei Complementar 139/2011, estabelece um novo limite até
31.12.2011 considera-se MEI o empresário individual a que se refere o art. 966 da Lei
10.406/2002, que tenha auferido receita bruta, no ano-calendário anterior, de até R$ 36.000,00,
optante pelo Simples Nacional. No caso de início de atividades, o limite de receita
será de R$ 3.000,00 multiplicados pelo número de meses compreendido entre o início da
atividade e o final do respectivo ano-calendário, consideradas as frações de meses como um
mês inteiro.
O Microempreendedor Individual (MEI) poderá optar pelo Sistema de Recolhimento
em Valores Fixos Mensais dos Tributos abrangidos pelo Simples Nacional (SIMEI),
independentemente da receita bruta por ele auferida no mês.
O optante pelo SIMEI recolherá, por meio do Documento de Arrecadação do Simples
Nacional (DAS), valor fixo mensal correspondente à soma das parcelas relativas à contribuição
previdenciária, do ICMS e o ISS, quando cabíveis.
2.7 SISTEMAS DE INFORMAÇÃO COMO FERRAMENTA
Segundo Batista (2006), atualmente o mundo na era da tecnologia sendo fundamental
tanto para a sociedade quanto para economia, exigindo um pouco mais da capacidade humana
sendo uma amplificação do seu poder cerebral chamado automação. Sua função é aumentar a
produtividade humana usando sua criatividade e seu poder de tomada de decisão.
O computador desenvolve cálculos precisos, tendo uma grande área de informação que
permite que as empresas respondam de maneira ágil ao mercado e ainda a tecnologia é uma
ferramenta para desenvolver áreas como comunicação, educação, editoração, medicina, artes
gráficas (BATISTA, 2006).
Tecnologia, segundo Michaelis (2008), é um conjunto de conhecimentos científicos de
determinado ramo de atividade. Assim a tecnologia é utilizada em procedimentos manuais ou
substituições.
Tecnologia da Informação (TI), foi considerada um centro de custo, pois não gerava
nenhum retorno para o a empresa, destacando no caso o valor investindo em equipamentos
eletrônicos porque faziam pouco uso desta tecnologia. Porem ocorreu uma redução do custo
redes de comunicação e dos computadores, isto fez com que as empresas passassem a utilizar a
Tecnologia da Informação (TI) auxiliando a capacidade de uso não apenas nas tarefas, mas no
processamento e acesso a informações dados, controle de equipamentos nos processos de
trabalho e na conexão de pessoas, organizações, escritórios e funções (BEAL, 2001).
Em concordância com Beal (2001), a Tecnologia da Informação (TI) está crescendo em
todo o processo organizacional, auxiliando no processo das atividades, melhorando o processo
decisório e facilitando a comunicação, pois as informações são mais eficientes e eficazes,
chegam ao gestor com mais precisão e auxiliando em sua tomada de decisão.
De acordo com Batista (2004), informação é o resultado consequente de alguma ação,
sendo a base para a tomada de decisão, podendo ser uma informação operacional tendo a
finalidade de controle como pedido de venda, compras, nota fiscal alguma requisição ou pode
ser uma informação gerencial utilizada de um modo mais tático com a finalidade de
planejamento e acompanhamento, como acompanhar uma produção ou fazer um relatório de
vendas.
Alerta Beal (2001), que a informação é um patrimônio, ela agrega valor à empresa ou
indivíduo, é necessário fazer uso de recursos de Tecnologia da Informação (TI) de forma
correta, assim é preciso utilizar sistemas ou outro tipo de ferramenta que ajude a informações
ser uma ferramenta para o mercado competitivo. Então tecnologia da informação é qualquer
sistema usado para fornecer informações, que podem auxiliar os gestores e administradores na
tomada de decisão dentro das organizações.
Para se ter informações é necessário que estas representem a realidade para que não
causem mais problemas do que soluções, de acordo com Maximiano (1995), uma informação
pode causar um efeito pior do que a falta de informação.
De acordo com Rezende e Abreu (2000), a informação tem um valor relevante
representando para quem a tem um poder a quem possui pessoas ou a empresa e está em todas
as atividades que incluem sistemas, processos, pessoas, tecnologia ou recurso.
Conforme Caiçara Junior (2011), a área de tecnologia passou e vem passando por
transformações e mudanças ao longo do tempo, era instalada em uma sala climatizada e isolada,
pois naquela época os equipamentos no caso o computador era muito caro, e sua manutenção
era considerada problemática e causava transtorno à empresa e aos usuários.
Segundo Freitas (1999), com o aparecimento da informática os equipamentos, técnicas
e procedimentos permitem o acesso à informação, apesar de a tecnologia ser uma ferramenta
administrativa a empresa precisa ter metodologia necessária de gestão, sendo eficiente e eficaz
para os negócios da organização.
Batista (2006), relata que o objetivo de contratar um profissional de sistema de
informação, ou de ter um em sua empresa é manter a empresa em um nível competitivo em
nível tecnológico, há necessidade tecnológica para poder controlar informações internas e
externas assim utilizam o computador como ferramenta de trabalho e hoje todas as áreas
basicamente usam é muito comum.
A tecnologia da informação (TI), traz para as empresas uma melhoria dos
relacionamentos com fornecedores e clientes, novos canais de vendas, inovação de produtos e
serviços, e distribuição, promoção de produtos e serviços trazendo novas oportunidades de
negócio e estratégias competitivas (BEAL, 2001).
De acordo com Rezende e Abreu (2000), a informações pode ser definida como o
processo de dados em informações que são utilizadas na tomada decisão da empresa, visando
os resultados esperados.
3 MÉTODOS E TÉCNICAS DA PESQUISA
Essa seção trata do enquadramento e do procedimento metodológico da pesquisa
destacando os métodos utilizados e as técnicas da rotina de sua elaboração.
3.1 ENQUADRAMENTO METODOLÓGICO
Quanto à natureza do objetivo essa pesquisa se enquadra como exploratória, pois
segundo Rodrigues (2007), a pesquisa exploratória tem por objetivo abranger os desafios da
pesquisa científica, abordando e discutindo a questão problema.
No que se refere a natureza da pesquisa trata-se de um estudo teórico e prático. Os
aspectos teóricos ficam a cargo da busca de conceitos e teorias em livros, e demais publicações
que tratam do tema. De acordo com Demo (2000), a pesquisa prática é um termo de
conhecimento científico para fins de intervenção não esconde a ideologia, mas sem perder o
rigor metodológico. Alguns métodos qualitativos seguem esta direção. Já quanto o aspecto
prático o estudo investiga um único objeto em profundidade qual seja a empresa Brava Tech.
A lógica da pesquisa se dá de forma dedutiva pois parte dos conhecimentos gerais para
um estudo específico de Contabilidade. Para Prodanov (2013), com a abordagem dedutiva se
pode iniciar com a formulação de um problema tendo uma descrição clara, para que possa
facilitar um modelo simplificado e a identificação de outros conhecimentos, podendo auxiliar
o pesquisador no trabalho.
A coleta se dá a partir de dados secundários. Os dados secundários são aqueles que
foram coletados para outros propósitos, portanto, a primeira atitude que um pesquisador deve
fazer é buscar esses dados e utilizar para o assunto em questão (RODRIGUES, 2007). De acordo
com Prodanov (2013), existem diversas fontes para dados secundários como por exemplo
jornais, cartas, livros, entre outros, onde a pesquisa com o apoio de dados secundários pode ser
chamada de pesquisa bibliográfica e também a entrevista.
Em relação à abordagem da pesquisa, o estudo se classifica como qualitativo pois não
se utiliza de cálculos estatísticos complexos para que o resultado seja alcançado e possui análise
descritiva de seus resultados. Cabe destacar que a característica quantitativa da pesquisa se
limita aos cálculos simples para efeito de análise dos dados, não se enquadrando, portanto,
como uma pesquisa quantitativa.
Quanto ao resultado da pesquisa pode se afirmar que se trata de um estudo aplicado pois
gera conhecimento em resposta a solução da pergunta: Quais os principais desafios encontrados
para se montar uma empresa prestadora de serviço? Tem como objetivo provocar conhecimento
para a aplicação prática conduzidos à resolução de problemas específicos relaciona verdades e
interesses locais (SILVA, 2001).
Os procedimentos técnicos perpassam por uma pesquisa bibliográfica, pelo estudo de
caso e levantamento. Bibliográfico com o objetivo de enaltecer o conhecimento sobre o tema e
despertar a visão sistêmica na ciência contábil. Estudo de caso pois envolve estudo profundo na
empresa Brava Tech. Trata-se de levantamento pois terá entrevista com o proprietário. A
pesquisa bibliográfica procura explicar e discutir um tema com base em referências teóricas
publicadas em livros, revistas, periódicos e outros. Busca também, conhecer e analisar
conteúdos científicos sobre determinado tema (MARTINS, 2001).
3.2 PROCEDIMENTOS PARA A COLETA E ANÁLISE DOS DADOS
Para responder à pergunta de pesquisa deste artigo, foram coletadas e utilizadas
informações da empresa Brava Tech.
Utilizou-se também a pesquisa bibliográfica e uma entrevista semiestruturada, onde a
finalidade principal foi obter informações sobre as dificuldades presentes na empresa, sendo
assim foi feito um estudo sobre as etapas para se montar uma empresa prestadora de serviço,
para encontrar os dados fundamentais e foi feita uma pesquisa com o proprietário da empresa
Brava Tech.
Essa pesquisa foi desenvolvida em artigos científicos, livros e as leis que abordam o
assunto de como se montar uma empresa. Logo após utilizou-se uma entrevista semiestruturada
com o proprietário.
Para realizar a coleta dos dados foi elaborada uma entrevista semiestruturada aplicada
ao gestor da empresa do estudo, onde foram adquiridos todos os dados necessários para a análise
e elaboração do artigo.
4 APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS
Essa seção tem por irá apresentar a empresa, destacando a sua história, identificando o
máximo possível da empresa, nome, endereço ramo de atividade, regime de tributação, sua
gestão, fornecedores, clientes.
4.1 CARACTERIZAÇÃO DO OBJETO DE ESTUDO1
A empresa teve origem desde quando o seu proprietário Jonatas Rafael da Rosa ganhou
seu primeiro computador, através da sua curiosidade começou a desmontar e tentar arrumar os
eletrônicos, até então fazia a manutenção dos seus equipamentos.
Em 2006 fez um curso de informática sendo básica e avançada, mesmo trabalhando em
outras áreas quando chegava em casa fazia a manutenção de computadores.
Assim em 2013 começou a trabalhar em sua área na Prefeitura de Pescaria Brava como
TI, foram quatro anos sendo suporte de informática, quando terminou o mandato em 2016
resolveu realizar um de seus sonhos montar sua própria loja.
Então logo fechou a garagem de sua casa, fez a inscrição de sua empresa, já entrando
em contato com fornecedores, distribuidoras para assim poder abrir seu negócio. A partir daí
que surgiram os desafios de se montar uma empresa prestadora de serviço.
Este estudo de caso é realizado na empresa Brava Tech, sediada no bairro barreiros, rua
rodovia SC 347 em Pescaria Brava, seu CNPJ 26901434600199, sendo uma empresa MEI,
possui aproximadamente quatro meses de existência. Especializada em formatação de
computadores, acessórios e peças de aparelhos celulares, eletrônicos, assistência técnica,
câmeras, alarmes, interfones, receptores e antenas, elétrica em geral, entre outros. Atende
primeiramente os clientes de forma direta.
A empresa busca o fornecimento de mercadorias, acessórios e serviços de qualidade,
assim buscando sempre a fidelidade e a valorização de seus clientes, e principalmente buscar
repassar a motivação da pratica de exercícios, com isso a empresa buscar fornecer o melhor
para que isso aconteça, buscando sempre influenciar uma melhor qualidade de vida para a
sociedade.
1 As informações que aqui estão possuem como fonte a entrevista do proprietário da empresa do estudo
de caso Brava Tech.
4.1.1 Gestão do empreendedor
A princípio o gestor que atende seus clientes na loja como caixa e na hora vaga o próprio
faz a manutenção dos equipamentos com defeito, não tendo muito tempo para se deslocar e
prestar serviços em outras empresas, seu estoque não está totalmente no sistema perdendo o
controle das saídas e entradas de mercadoria.
Segundo o proprietário da empresa, a gestão é feita com planilhas no Excel, com
controle de entradas e saídas da mercadoria, e um controle das prestações de serviço efetuados,
na manutenção de rede de internet, colocação de câmeras e manutenção das mesmas,
controlando os investimentos e gastos.
A empresa é composta por comércio e prestação de serviço, onde é constituída pelo
proprietário que é responsável pela área de vendas, finanças e administrativo, juntamente com
sua sócia, na área de consertos possui um funcionário responsável.
4.1.2 Modelos de negócio
A empresa se especializou em fornecer acessórios de eletrônicos como capas de
celulares, troca de telas, películas, fone de ouvido, mouse, teclados, caixa de som para
computadores, telas de notebook, câmeras de vigilância, suporte de informática, alarmes,
interfones, receptores e antenas, instalações de ar condicionado, elétrica em geral, porém seu
principal foco é o atendimento a seus clientes com serviços prestados na rua.
Com a atual tendência do mercado voltado para a segurança a expectativa da empresa é
que a procura pelo o produto continue crescendo, com este atual crescimento a empresa está
investindo em inovação no setor de alta tecnologia, onde irão trabalhar com câmeras modernas,
tradicionais, acessórios de segurança e conforto para a sociedade.
Como a cidade de Pescaria Brava é nova o comércio ainda está se adaptando ao
mercado, assim não tendo concorrência para a empresa Brava Tech, podendo a mesma
conquistar seus clientes por sua qualidade no serviço prestado.
A empresa transforma o objetivo em uma das palavras-chave para poder adquirir um
maior crescimento neste mercado, e para almejar esse sucesso busca obter um bom setor de
qualidade adquirindo de seus fornecedores produtos com um alto nível de qualidade, na qual
possa repassar esses produtos sem transtornos aos seus clientes.
4.2 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Essa seção tem por objetivo mostrar os resultados alcançados com a pesquisa a partir do
cumprimento do objetivo geral. Para tanto, os resultados são demonstrados seguindo os
objetivos específicos, quais sejam: Identificar as principais etapas na constituição de uma
empresa prestadora de serviço; Elaborar um questionário com o proprietário da empresa Brava
Tech; Descrever os problemas encontrados na empresa.
4.2.1. As principais etapas para poder montar uma empresa MEI
Como resposta ao primeiro objetivo específico tem-se que o Microempreendedor
Individual de Santa Catarina, poderá inscrever-se de forma gratuita no site
www.portaldoempreendedor.gov.br. Por meio deste portal o Empreendedor receberá a inscrição
na Junta Comercial (NIRE), no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas – CNPJ e Previdência
Social. O empreendedor que não tiver acesso à internet, poderá solicitar auxílio junto aos
escritórios de contabilidade no portal do empreendedor ou SEBRAE para efetuar a inscrição.
Segundo o artigo 966 do Código Civil, que tenha auferido receita bruta, no ano calendário
anterior, de até R$ 60.000,00 (sessenta mil reais), optante pelo Simples Nacional e que não esteja
impedido de optar pela sistemática prevista na Lei Complementar 123/06, a qual foi alterada pela
Lei Complementar 128/08. Só poderá se escrever quem não for titular, sócio ou administrador de
outra empresa, não ter filiais, não tenha mais de um empregado e exercer atividades que constem
do Anexo Único da Resolução CGSN nº 94, de 29/12/2011 ou no site da Receita da Fazenda.
O cadastramento, a inscrição na Junta Comercial, o CNPJ, INSS e Alvará Provisório de
Funcionamento são obtidos imediatamente gerando um documento único que é o Certificado da
Condição de Microempreendedor Individual – CCMEI.
O Microempreendedor não tem taxas para o registro da empresa. Ele deve pagar apenas
5% do salário mínimo de INSS (R$ 33,90), R$ 5 de ISS (Prestadores de Serviço) e R$ 1 de ICMS
(Comércio e Indústria). O custo máximo para quem realiza atividade mista é de R$ 39,90 por mês.
Os valores são recolhidos em conjunto por meio de carnê emitido exclusivamente no Portal do
Empreendedor e o vencimento dos impostos é até o dia 20 de cada mês.
Antes de fazer o registro na junta é preciso verificar se há alguma empresa registrada
com o nome pretendido. Todas as juntas comerciais oferecem esse tipo de consulta pela internet.
Para fazer o registro é preciso apresentar uma série de documentos e formulários e pagar
pelo serviço e pelo valor do cadastro nacional de empresas - CNE. O prazo legal é de dois dias
úteis.
Os documentos são o requerimento padrão (Capa da Junta Comercial), em uma via;
Contrato social ou requerimento de empresário Individual ou ata de assembleia geral de
constituição e estatuto, em três vias (quatro vias, no caso de empresário); Cópia autenticada do
documento de identidade do titular ou dos administradores; FCN (Ficha de Cadastro Nacional)
modelo 1 e 2, em uma via; Pagamento de taxas por meio de guia de recolhimento (JC) e DARF
(CNE).
Na Ficha de Cadastro Nacional, além dos dados cadastrais da empresa, são informados
os códigos de atividade econômica, de acordo com as constantes na Tabela CNAE
(Classificação Nacional de Atividades Econômicas). Esses mesmos códigos devem ser
informados também para os demais órgãos e entidades responsáveis por inscrições fiscais,
emissão de alvarás e concessão de licenças. Registrada a empresa, ela recebe o NIRE (Número
de Identificação do Registro de Empresa), que consta em etiqueta afixada no ato constitutivo.
Com o NIRE em mãos, é hora de obter o CNPJ e registrar a empresa como contribuinte.
O registro é feito pela internet no site da Receita Federal. Os documentos necessários
(informados no site) são enviados por Sedex ou pessoalmente para a Secretaria da Receita
Federal e a resposta é dada pela internet. Entretanto, quase todas as juntas comerciais têm
convênio com a Receita Federal e fazem a emissão do CNPJ integrada com o registro da
empresa.
Obtido o CNPJ, o próximo passo, no caso de empresa com atividade de prestação de
serviços, é fazer a inscrição fiscal na Secretaria de Finanças do município. Normalmente, essa
inscrição é solicitada em conjunto com o a emissão alvará de funcionamento.
O alvará é uma licença que permite o funcionamento de empresas comerciais,
industriais, agrícolas e prestadoras de serviços, bem como de sociedade e associações de
qualquer natureza. Este documento deve ser solicitado à prefeitura ou à administração regional
de cada município. Para a concessão do alvará é necessário que a atividade possa ser exercida
no endereço da empresa, em conformidade com o Código de Posturas do município. Conforme
a natureza de cada atividade, a concessão do alvará de funcionamento pode exigir licenças do
Corpo de Bombeiros, da Vigilância Sanitária, do Meio Ambiente e outros órgãos de segurança
e fiscalização.
Obrigatória para empresas dos setores do comércio, indústria e serviços de transporte
intermunicipal e interestadual, de comunicação e de energia, é necessária para obtenção da
inscrição no ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços).
O cadastro no sistema tributário estadual deve ser feito junto à Secretaria Estadual da
Fazenda. Atualmente alguns estados possuem convênio com a Receita Federal que permite
obter a Inscrição Estadual junto com o CNPJ por meio de um único cadastro.
Toda empresa precisa estar cadastrada na Previdência Social e pagar os respectivos
tributos, mesmo que não possua funcionários e tenha apenas os sócios. Para solicitar o cadastro,
o representante deve dirigir-se à Agência da Previdência de sua jurisdição e solicitar o
cadastramento da empresa e de seus responsáveis legais. O prazo para o cadastramento é de 30
dias após o início das atividades.
Para começar a operar legalmente, agora a empresa precisa preparar o aparato fiscal.
Para isso, ela tem que solicitar a autorização para impressão de notas fiscais e autenticação de
livros fiscais. Isto é feito na prefeitura de cada cidade. Empresas com atividades na indústria e
comércio deverão ir à Secretaria de Estado da Fazenda.
Estados que têm nota fiscal eletrônica não precisam do aparato fiscal. Basta obter uma
senha eletrônica (na própria Prefeitura) e a empresa já estará apta a emitir notas fiscais. O prazo
para obtenção da senha é de no máximo três dias, a partir do protocolo junto à Prefeitura do
formulário assinado e com firma reconhecida, do responsável pela empresa.
4.2.2 Diagnóstico da empresa Brava Tech
O segundo objetivo específico consiste em elaborar uma entrevista semiestruturada com
o proprietário da empresa, para assim poder diagnosticar os problemas que a empresa enfrentou
na sua abertura.
O roteiro da entrevista foi desenvolvido com o objetivo de levantar dados sobre os
desafios encontrados na empresa Brava Tech.
O quadro demonstra dados da pergunta 1 e 2 coletados na entrevista:
Quadro 1: Perguntas e Respostas 1 e 2
1. Qual seu nome completo e sua idade? E onde
você mora cidade e bairro?
R: Meu nome é Jonatas Rafael da rosa, tenho 26
anos de idade. Moro na cidade de Pescaria
Brava no bairro Barreiros.
2. Você tem alguma formação acadêmica? Se
tiver onde você cursou?
R: Sim. Já fiz vários cursos básicos como Word,
Windows, Excel, todos os Microsoft, fiz
também manutenção de computadores e redes na
microlins, atendente de farmácia, eletricista, e
atualmente estou cursando tecnólogo em gestão de TI na Uniasselvi.
Fonte: Elaborado pela autora
O que chama a atenção é a idade do proprietário que tem apenas 26 anos com um
autoconhecimento, pois está sempre se qualificando para o mercado com cursos de
especialização. Outro ponto a destacar é que a cidade que ele mora ainda é muita nova
dificultando todos os procedimentos burocráticos.
No quadro 02 constam as perguntas 3 e 4.
Quadro 2: Pergunta e Resposta 3 e 4.
3. Descreva qual sua profissão atual, e se já teve
outras quais foram?
R: Atualmente sou proprietário da empresa Brava
Tech, mais já trabalhei no Giassi como
empacotador, kleiner schein como operador de
máquinas, na Formus como operador/
programador (cnc), na Digimaccom a
manutenção de computadores relógio ponto e
computadores, e na Prefeitura de Pescaria Brava
que trabalhei como TI fazendo toda a estrutura de
redes e dando a manutenção e suporte a escolas,
posto de saúde, tudo que envolvia a Prefeitura.
4. Faz muito tempo que você exerce essa
profissão?
R: Faz quatorze anos que estou na profissão de
TI, porque sempre trabalhei em casa com isso
mesmo estando trabalhando de dia em outras empresas.
Fonte: Elaborado pela autora
O empresário trabalhou desde muito cedo com outras profissões mais sempre buscando
trabalhar na área que gosta que é TI, sua maior aventura foi encarar trabalhar na Prefeitura de
Pescaria Brava, pois não havia uma sede. A Prefeitura estava sendo criada o que dificultou
exercer sua profissão. O jovem empresário teve que fazer toda a instalação de redes, de suporte
na nova sede instalando os computadores, deixando-os aptos para o uso de um órgão público.
Logo após foi para as outras sedes da Prefeitura como postos de saúde, escolas. Para
entender de tudo um pouco o empresário ia para Florianópolis fazer cursos do E-SUS, e poder
implantar os sistemas necessários para interligar os postos de saúde e ter mais praticidade aos
médicos e seus usuários.
Foram quatro anos de muito aprendizado e desafios diz o empresário, atualmente ele
decidiu abrir seu próprio negócio, uma empresa de tecnologia e exercer o que gosta.
No quadro 03 constam as perguntas 5 e 6.
Quadro 3: Perguntas e Respostas 5 e 6.
5. Como foi que você escolheu trabalhar nesta
área? E porque resolveu abrir seu próprio
negócio?
R: Comecei a trabalhar nesta área quando ganhei
meu primeiro computador e ele veio a estragar, ao
invés de levar em uma assistência para alguém
arrumar eu mesmo o abri e comecei a mexer para
tentar arrumar, assim que consegui comecei a
arrumar para os outros, trocando peças e
formatando. Quando trocou o Prefeito da
Prefeitura de Pescaria Brava resolvi sair e abrir
meu próprio negócio, na verdade eu sempre quis
mais faltava aquela iniciativa até então foi a
melhor escolha que fiz.
6. Qual é o ramo de atividade da sua empresa? R: Prestadora de serviço e comércio, pois tanto
vendo minhas mercadorias e peças, como presto
serviço de assistência
Fonte: Elaborado pela autora
Há quatorze anos atrás o proprietário estragou seu primeiro computador, não tendo
dinheiro para levar a uma assistência resolveu desmonta-lo. Quando conseguiu arrumar
começou a fazer assistência para outras pessoas mais era muito novo e na época não dava muito
recursos.
Ele trabalhava de dia com outras profissões para ter um salário fixo, e quando chegava
em casa à noite trabalhava com assistência de computadores. Quando saiu da Prefeitura montou
sua loja, atualmente não faz assistência só de computadores mais também de celulares, tabletes,
etc. É uma prestadora de serviço na área de tecnologia, portanto também vende suas
mercadorias e peças dando um maior suporte aos seus clientes.
Como por exemplo ele arruma a tela de um celular quebrado, e já vende capas e películas
para ter segurança de que não vai quebrar a mesma novamente.
No quadro 04 constam as perguntas 7 e 8.
Quadro 4: Perguntas e Respostas 7 e 8.
Fonte: Elaborado pela autora
A surpresa é a constante busca de conhecimento do novo empresário, para poder ter seus
fornecedores no começo ele fez seu CNPJ, mesmo não tendo ainda sua empresa física. Buscou
através de amigos contadores as informações necessárias para poder abrir sua empresa.
Sozinho ele fez seu cadastro no portal do empreendedor obtendo seu MEI e alvará
provisório. Para um jovem ele já obtinha bastante conhecimento. Durante a entrevista me
relatou que virava a noite buscando informações para poder abrir a empresa, sem ter que
incomodar outras pessoas com seus assuntos.
No quadro 05 constam as perguntas 9 e 10.
Quadro 5: Perguntas 9 e 10.
9. Em que sentido isso facilitou o processo? R: Eu já tinha meu CNPJ para poder comprar
minhas peças, só não tinha a empresa física, para
isso foram feitas as outras etapas.
10. Levou muito tempo para poder abrir seu
negócio?
R: Levou quatro meses para abrir as portas, pelo
fato do alvará da Prefeitura e vistoria do Corpo de
Bombeiro que demorou muito atrapalhando meus planos.
Fonte: Elaborado pela autora
Já possuía o CNPJ só não tinha a sede da empresa, que foi construída final do ano de
2016, a empresa levou quatro meses para abrir as portas estava toda pronta, só faltava o alvará
de funcionamento da Prefeitura e a vistoria do Corpo de Bombeiros, ´´foi com o que mais se
incomodou´´ diz o proprietário.
No quadro 04 constam as perguntas 11 e 12.
7. O que você conhece para poder abrir uma
empresa? E quem lhe deu auxilio?
R: Eu conhecia algumas etapas e já possuía meu
CNPJ, fui em busca de informações e pedi auxílio
para amigos contadores.
8. Quais as etapas você usou para abrir a mesma?
E qual o conhecimento que você tinha sobre o
assunto?
R: Fiz online, no Portal do empreendedor, sendo
que preenchi um cadastro informando CPF e data
de nascimento, dados pessoais e qual a sua
ocupação. Logo no final da inscrição já tive o
registro como MEI, CNPJ e alvará provisório. É
somente este o conhecimento que eu tinha. O
restante busquei informações para poder efetua- las.
Quadro 4: Perguntas 11 e 12.
Fonte: Elaborado pela autora
Teve uma grande reclamação do proprietário pois ele achava que o que ia mais demorar
eram os procedimentos burocráticos, porém para a sua surpresa o que mais demorou foi o alvará
de funcionamento e vistoria do Corpo de Bombeiros. Como este ano entrou uma nova gestão o
proprietário diz que este fato pode ter afetado os procedimentos para tal liberação e pôr a cidade
ser nova também.
E os desafios não pararam. A empresa não estava emitindo nota fiscal, dificultando suas
compras com fornecedores pois a transportadora não aceita outro tipo de nota. A empresa
também vem tentando trocar seu nome fantasia, mais até o momento não conseguiu pelo fato
de não ter o código para acessar o SIMEI, e com o número do código de recebimento também
não foi possível fazer o processo.
No quadro 07 constam as perguntas 13 e 14.
Quadro 7: Perguntas e Respostas 13 e 14.
13. Relate as dificuldades perante algumas
burocracias?
R: Com burocracias foi tranquilo, no começo
achei que seria a parte mais chata mais me
enganei muito com esse conceito, o que eu achei
que seria o mais fácil foi o que mais me
incomodei.
14. Qual procedimento você acha que mais
demorou?
R: Com certeza o que mais demorou foi a
Prefeitura e os Bombeiros, a justificativa teve
haver com a nova governança, pelo fato de
estarem se adaptando a sede, por ser uma cidade
nova.
Fonte: Elaborado pela autora
11. Na sua opinião foi fácil abrir seu negócio?
R: Em questão dos documentos foi rápido, só a
parte de vistoria e alvará que demorou um pouco
mesmo.
12. Quais os problemas mais frequentes que você
teve que passar?
R: A nota fiscal eletrônica foi com o que mais me
incomodei porque algumas transportadoras me
pediram e eu só tenho nota fiscal avulsa, já pedi
auxilio para vários amigos mais nenhum falou o
que fazer. Atualmente estou tentando trocar o
nome fantasia da empresa e novamente não estou
conseguindo porque não tenho mais o código do
acesso do simples, e fui tentar obter outro só que
o código de recebimento não está batendo, assim
não consigo trocar o nome fantasia.
O resultado mostra que a empresa demorou a abrir as portas pela demora do órgão
público, neste caso a Prefeitura de Pescaria Brava, em dar o alvará e pelo corpo de bombeiros
por demorar a fazer a vistoria. Sendo assim foi diagnosticado que a dificuldade se deu pela falta
de uma contabilidade junto a abertura da empresa.
4.2.3 Problemas encontrados na empresa Brava Tech dificultando a abertura
O último objetivo específico é descrever os problemas encontrados na empresa. Como
resultado tem-se que o proprietário demorou para abrir a empresa devido a atrasos da parte de
alvará de funcionamento da Prefeitura de Pescaria Brava, e demora na vistoria do Corpo de
Bombeiros. A justificativa dos órgãos é de que a nova governança não estava ainda adaptada
aos procedimentos por ser uma cidade nova. Na parte de legislação foi tranquilo, não houve
dificuldade.
No entanto o proprietário deveria ter procurado o auxílio da contabilidade para abrir
empresa, além de ser um processo extremamente burocrático, exige muito planejamento e
paciência de sobra para lidar sem estresse com as exigências dos órgãos administrativos. Por
isso, por mais experiente que um empreendedor seja no assunto, é sempre importante poder
contar com o auxílio gabaritado de um profissional contábil.
O contador pode ajudar o empresário a passar por esses inúmeros e prolongados
processos burocráticos, escolhendo o melhor caminho para assegurar o sucesso dos negócios
no futuro.
Então por conta de atrasos a empresa ficou quatro meses sem poder abrir as portas e o
único retorno que lhe deram foi a troca da governança por parte da prefeitura. A empresa saiu
prejudicada por falta de organização dos órgãos competentes.
Cabe destacar que, mesmo não fazendo parte do processo de abertura e sim das
atividades da empresa, o proprietário relatou outros problemas. Um deles é em relação a nota
fiscal eletrônica, onde não teve auxílio de uma forma clara para poder obter a mesma. De certa
forma isso afetou a empresa porque as transportadoras não aceitam nota fiscal avulsa.
O outro problema destacado foi quanto ao nome fantasia da empresa e novamente não
está conseguindo porque não tem mais o código do acesso do simples. O empresário foi tentar
obter outro, só que o código de recebimento não está batendo, assim não conseguindo trocar o
nome fantasia. A empresa está se adaptando ao mercado e junto com este processo vem as suas
dificuldades no decorrer dos dias.
4.3 VISÃO SISTÊMICA APLICADA AO CASO
Através da Contabilidade a empresa sabe o valor de seus ativos, passivos, receitas,
custos e despesas, a rentabilidade e lucratividade do negócio, produtividade da mão de obra e
através disso pode realizar um bom planejamento tributário. Mais do que alguém que vai cuidar
das contas, o contador também é o profissional que ajuda a abrir, manter e encerrar as empresas.
É através da contabilidade que ocorre a análise, controle e organização de seu
Patrimônio, seja a entidade ou pessoas físicas. E abrir uma empresa é complexo, mas com o
auxílio da contabilidade, a abertura de empresa se torna algo prático e tem maiores chances de
garantir sobrevivência.
As ideias são o primeiro ponto de partida, mas não bastam. É preciso que todos os
detalhes da empresa estejam documentados para o melhor aproveitamento dos recursos que
serão disponibilizados. Ao abrir uma nova empresa é necessário diversos documentos e
conhecimento legal, até mesmo para que você possa ser enquadrado na categoria e tributação
correta. Para isso, a contabilidade faz essa parte para você, auxiliando na escolha do seu CNAE
e o Enquadramento Tributário.
O contador, auxiliará na burocratização para a abertura do seu negócio, inclusive todos
os passos que terá de dar após a emissão do CNPJ, Registros na prefeitura, Cadastramento na
Junta Comercial, Inscrições municipais e estaduais. Para que a empresa não fique parada em
cada processo por não ter o devido registro no órgão competente contabilidade é de suma
importância para uma empresa todo o auxílio necessário ela fornece para que a empresa esteja
dentro dos conformes desde seu início, e é essencial o acompanhamento da contabilidade para
continuidade do negócio.
Abrir uma empresa além de ser um processo extremamente burocrático, exige muito
planejamento e paciência de sobra para lidar sem estresse com as exigências dos órgãos
administrativos. Por isso, por mais experiente que um empreendedor seja no assunto, é sempre
importante poder contar com o auxílio gabaritado de um profissional contábil.
O contador pode ajudar o empresário a passar por esses inúmeros e prolongados
processos burocráticos, escolhendo o melhor caminho para assegurar o sucesso dos negócios
no futuro.
Portanto, é a partir dessa visão geral do papel da contabilidade para as empresas,
independente do seu porte, que essa pesquisa foi constituída. Acredita-se que a contabilidade
poder ir além de mensurar e calcular impostos. A prestação de serviços contábeis pode
contribuir para a orientação e o acompanhamento do surgimento da empresa e seguir no
processo de melhoria dos seus resultados.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com base nesse estudo verifica-se o papel essencial de um contador para auxiliar os
microempreendedores a enfrentar a realidade das mudanças no mundo dos negócios, onde
precisam conhecer o mercado em que estão inseridas.
Diante disso ao longo da pesquisa foram diagnosticados que os empresários de hoje
necessitam de um suporte qualificado para abertura de sua empresa sendo indispensável uma
contabilidade que acompanhe este processo, pois cada detalhe da empresa tem que ser analisado
para tomar decisões seguras.
Para poder atingir o objetivo geral desse artigo que é identificar os principais desafios
encontrados para se montar uma empresa prestadora de serviço. O estudo apresentou as etapas
para a formalização do negócio, para trabalhadores informais que encontram dificuldades na
formalização do seu negócio.
Por meio da pesquisa, foi possível fazer uma entrevista semiestruturada para poder
buscar e analisar informações que mostraram as dificuldades que o proprietário teve.
O estudo realizado demonstrou que a empresa demorou a abrir as portas por meio de
atrasos da governança de Pescaria Brava e não por procedimentos burocráticos, porém se o
empreendedor tivesse procurado o auxílio de uma contabilidade não teria passado tanto
trabalho.
Portanto, conclui-se que a empresa teve seu maior problema na abertura com os órgãos
públicos, porque CNPJ ela já tinha e o proprietário da empresa foi em busca das informações
necessárias para poder efetuar as outras etapas, sem complicações, mais pra melhores resultados
é essencial uma contabilidade para acompanhar todo o processo de abertura.
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