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12-01-2010
Cafeína e Controlo do metabolismo
Realizado por:Hugo SeixasInês CondeInês BatistaInês CunhaInês MoraisInês SpencerIolanda CoutinhoIrina RodriguesIsabel Fernandes
Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra1º ano
Bioquímica ISeminário orientado nº25
2009/2010
12-01-2010
Objectivos
Alvos moleculares da cafeína: receptores de adenosina e de fosfodiesterases.Adenosina e regulação metabólica.Adenosina como sinal homeostático de coordenação parácrina.Distribuição dos receptores de adenosina e efeitos fisiológicos de adenosina.Será o consumo da cafeína prejudicial ou benéfico?
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C8H10N4O2 (3,7 dihidro-1,3,7 trimetil-1H-purina-2,6 diona)
Família química dos Alcalóides
Xantina trimetilada nas posições N1,N3 e N7
Existe em mais de 60 espécies de plantas em todo o mundo.
Caracteriza-se como sendo um pó branco, cristalino, com sabor muito amargo, sem cheiro e com aspecto brilhante.
Cafeína
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Adenina + Ribose
Adenosina
A adenosina é libertada por células sujeitas a situações de stress
metabólico
Danos celulares
Modificações do meio extracelular
Comunicação celular parácrina
Manutenção da homeostase
Neuromodulador
Adenosina
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A cafeína diminui a transmissão de adenosina no cérebro ligando-se aos seus receptores. Isto ocorre devido à semelhança entre a cafeína e a adenosina.
A adenosina já não se liga à célula porque os seus receptores estão ocupados pela cafeína
Aumento da taxa de activação espontânea dos neurónios produtores de hormonas libertação da adrenalina pelas
supra-renais.
Aumento da actividade celularAumento da dopaminaConstrição dos vasos sanguíneos da cabeçaAumento da frequência cardíacaAumento da pressão sanguínea Aumento da temperatura corporal.
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Bloqueio das Fosfodiesterases
Fosfodiesterases enzimas responsáveis pela metabolismo intracelular da Adenosina Monofosfato-cíclico (AMPc).
A cafeína bloqueia as Fosfodiesterases.
aumento da concentração de AMPc aumento da actividade neuronal
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a glândula pituitária age como se se tratasse de uma situação anómala libertando grandes quantidades de hormonas libertação de
adrenalina pelas supra-renais:
Taquicardiadilatação das pupilasaumento da pressão arterialabertura dos tubos respiratórios (Dilatação dos brônquios)aumento do metabolismo Aumento da contracção dos músculosdiminuição da afluência sanguínea ao estômagoaumento da secreção da enzima lipase reduz a utilização de glicogénio muscular aumento a resistência à fadiga
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Adenosina e regulação metabólicaExtracelular:
ATP ou ADP AMP + PiAMPc AMPAMP adenosina + Pi
Intracelular:AMP adenosina
E-NTPDases
5’-NT
ectofosfodiesterase
5’-nucleotidase
AMP Adenosina
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Adenosina como sinal homeostático de coordenação parácrina
Coordenação parácrina: é um tipo de comunicação celular, em que o local de produção do sinal está próximo da célula ou órgão alvo, ou seja, o mediador químico da informação tem uma acção local.
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Receptores A1 e A3: acoplados a Gi/Go inibição da adenilil ciclaseReceptores A2A e A2B: acoplados A GS activação da adenilil ciclase
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Distribuição dos receptores de adenosina
A1
Córtex
Hipocampo
Cerebelo
Glândula adrenal
Músculo esquelético
Rins
Tecido adiposo
Glândulas salivares
Esófago
Pulmão
Pâncreas
A3
Mastócitos
Pulmões
Tiróide
Glândula adrenal
Fígado
Rins
Coração
Intestino
Neurónios
Astrócitos
Micróglia
Oligodendrócitos
Neurónios
Astrócitos
Micróglia
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A2a
Timo
Leucócitos
Plaquetas
Coração
Pulmões
Striatum
Bulbo olfactório
Mastócitos
Tecido adiposo
Glândula adrenal
Rins
Fígado
A2b
Neurónios
Astrócitos
Micróglia
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Efeitos fisiológicos da adenosina
Modulação do SNC: regulação da libertação de neurotransmissores (glutamato, GABA, norepinefrina, serotonina; acetilcolina).
Quando activa o receptor A1 ou A2a: inibe a sua libertação
Hiperpolarização de terminais pré-sinápticos através da abertura de canais K+ e encerramento de canais Na+
Limitação de fenómenos inflamatórios
Tratamento com isosina estimula o receptor A3 à degranulação de mastócitos.
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Regulação de funções cardiovasculares: vasodilatação: por activação do receptor A2bdiminuição da pressão sanguínea
Inibição da lipólise, broncoconstrição e citoprotecção (em isquémia, hipóxia e stress oxidativo)
Aumento da contractilidade do miocárdio: por activação do receptor A2b (em estudo)
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CAFEÍNA
do stress oxidativo no cérebro
Da degenerescência, morte neuronal
Perda de memória e lesão no Sistema Nervoso Central
Risco de Doenças Neurodegenerativas, como Doença de Alzheimer
Alteração na produção e depósito do péptido beta-amilóide
BENEFÍCIOS
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Regiões do SNC onde a cafeína actua inibindo o receptor A2A da adenosina, têm grande importância em termos de processamento motor.
No cérebro, os receptores A2A localizam-se principalmente nas zonas ricas em dopamina da gânglia basal que controla a locomoção.
A cafeína actua como um neuroprotector no sentido de evitar o défice dopaminérgico característico da doença de Parkinson.
Doença de Parkinson
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A Cafeína pode também prevenir doenças como:
Diabetes tipo IICompostos de café e chá - incluindo magnésio e antioxidantes conhecidos como lignanas e ácidos clorogénicos - podem estar envolvidos na prevenção da diabetes tipo II (7%).Considera-se que os ácidos clorogénicios inibem uma das enzimas envolvidas na formação de glicose no intestino delgado, método comummente utilizado para controlar altos níveis de glicose no sangue ou hiperglicémia.A cafeína e um outro componente do café, a teofilina, também são fortes estimulantes das células do pâncreas, onde o corpo produz insulina.
CefaleiasA enxaqueca é uma cefaleia vascular. Relaciona-se com a inflamação e dilatação dos vasos sanguíneos da cabeça.Sendo a cafeína um vasoconstritor a administração desta pode ajudar.
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Cancro
A cafeína e cafeína benzoato de sódio são excelentes protectores solares que inibem a carcinogénese quer antes quer após a exposição a raios UV, conduzindo à apoptose das células pré-cancerígenas.
O consumo de cafeína está associado a uma diminuição do risco de cancro nos ovários, particularmente em mulheres sem estar sob o efeito de hormonas.
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Consumo agudo Consumo crónico •Anorexia;
•Tremor;
•Fadiga;
•Náusea;
•Vómito;
•Taquicardia;
•Desorientação;
•Delírio;
•Ataques;
•Taquiarritmias ventriculares e supraventriculares;
•Hipocalémia;
•Hiperglicémia;
•Nervosismo;
•Irritabilidade;
•Ansiedade;
•Espasmos musculares;
•Insónias;
•Palpitações;
•Hiperreflexia;
A DL_50 de cafeína está estimada nos 13 - 19 gramas via oral, no que a chávenas de café estaríamos a falar em números entre 50 a 200.
Prejuízos
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Sistema Urinário e Genital
Doses elevadas de cafeína:
Diminuem a reabsorção de água e de sódio nos túbulos renais
Ligeiro aumento do volume de urina e da excreção urinária de sódio
Desidratação
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A cafeína reduz a reabsorção de cálcio a nível renal, podendo o seu consumo crónico conduzir a uma menor densidade mineral óssea e, por conseguinte, elevar o risco de fracturas.
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Sistema Endócrino
A cafeína provoca a
libertação de maiores
quantidades de epinefrina
Ligação da cafeína a
receptores de adenosina
Aumento da actividade neuronal
Estimulação das glândulas supra-
renais
Libertação de epinefrina
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Entre outros efeitos, a epinefrina induz a lipólise e inibe a síntese de ácidos gordos
• Esta hormona activa a via cAMP / proteína cinase A• A PKA activa a enzima triacilglicerol lipase• Ocorre a estimulação da hidrólise de triglicerídeos nos adipócitos
Sistema Endócrino
12-01-2010
Sistema Endócrino
Devido aos efeitos que provoca, a cafeína é frequentemente usada na
preparação de suplementos para perda de peso, associada a outras substâncias.
Nestes casos, são normalmente administrados 200mg de cafeína.
Pela sua capacidade de mobilizar gorduras, a cafeína é também adicionada
a cremes corporais.
Os efeitos benéficos da cafeína na perda de peso só se farão sentir se associados a uma dieta equilibrada e
à prática regular de exercício físico.
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Recomendação
O café não é a cura milagrosa para tudo!
Aconselha-se não mais do que 2 chávenas de café por dia.
12-01-2010
Bibliografia
STRYER, Lubert Et. Al. Biochemistry, Fifth Edition.
http://www.positivelycoffee.org/docs/public/resources/PCW%20DT2%20M%20P%20Overview.pdfhttp://vidaminha.com.br/beleza-a-saude/48-saude-feminina/401-cafe-e-cha-podem-prevenir-a-diabetes-tipo-2http://www.uff.br/neuroimuno/tese%20Mariana%20Pereira.pdfhttp://www.medicinanet.com.br/conteudos/medicamentos/134/adenosina.htmhttp://www.totalnutrition.com.br/cafeina13.htmhttp://www.portalfarmacia.com.brhttp://www.pubmed.comhttp://www.ncbi.nlm.nih.gov/bookshelf/br.fcgi?book=bnchm&part=A1232http://biblioteca.universia.net/ficha.do?id=45625082