Expresões Artisticas Contemporâneas

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1 Expressões Artísticas Contemporâneas – “Artistas Contemporâneos” Curso: Educação e Comunicação Multimédia Pós-Laboral Ano: 1º Ano – 2º Semestre; Turma: 1ECMPL Disciplina: Expressões Artísticas Contemporâneas Docente: Célia Barroca Discentes: Carmen Almeida – nº 110236002 Maria João Paulo – nº 110236009 Data: 30 de Maio de 2012 Ano Lectivo: 2011/2012

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comparação entre dois artisticas contemporaneos, Joana Vasconcelos e Claes Oldenburg

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1 Expressões Artísticas Contemporâneas – “Artistas Contemporâneos”

Curso: Educação e Comunicação Multimédia Pós-Laboral Ano: 1º Ano – 2º Semestre; Turma: 1ECMPL

Disciplina: Expressões Artísticas Contemporâneas Docente: Célia Barroca

Discentes: Carmen Almeida – nº 110236002 Maria João Paulo – nº 110236009

Data: 30 de Maio de 2012 Ano Lectivo: 2011/2012

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2 Expressões Artísticas Contemporâneas – “Artistas Contemporâneos”

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3 Expressões Artísticas Contemporâneas – “Artistas Contemporâneos”

Índice

Página

Índice 3

Introdução 4

Capítulo I

1.1 – Pop Art 5

1.2 – Arte Pública 5

1.3 – Arte Pobre 6

Capítulo II

Claes Oldenburg 7

2.1 – Biografia 7

2.2 – Influências Contemporâneas 9

2.3 – Obra 10

Capítulo II

Joana Vasconcelos 13

3.1 – Biografia 13

3.2 – Influências Contemporâneas 15

3.3 – Obra 16

Conclusão 21

Bibliografia 22

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4 Expressões Artísticas Contemporâneas – “Artistas Contemporâneos”

Introdução

Ao longo dos tempos a arte sofreu grandes alterações e evoluções. Com a

modernidade, com a contemporaneidade e com a implementação do Dadaísmo os

movimentos artísticos permitiram-se a uma maior criatividade e irreverência.

O Dadaísmo foi o movimento de viragem da arte que se traduziu numa reacção

contra o tradicionalismo na produção artística. Negou as estéticas conservadoras e os

valores sociais estabelecidos. O movimento traduziu-se num espírito colectivo de

destruição, de angústia e de niilismo.

Desta forma propomo-nos estudar dois artistas contemporâneos que são

influenciados por movimentos como: a Pop Art, a Arte Povera e a Arte Conceptual.

Iremos falar da vida, obra e influências do artista Claes Oldenburg e da artista Joana

Vasconcelos, que primam pela sua irreverência, pelo espírito crítico através das

metáforas e pela obra “gigantesca” que nos apresentam. Com uma obra característica e

vincada pela grandiosidade de tamanho, pela crítica cultural e de costumes e pela

intemporalidade implícita.

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5 Expressões Artísticas Contemporâneas – “Artistas Contemporâneos”

Capítulo I

1.1 – Pop Art

A Pop Art (ou Arte Pop) apareceu no fim da década de 1950 no Reino Unido e

Estados Unidos. O nome atribuído a este movimento artístico deveu-se ao crítico

britânico Lawrence Alloway.

A Pop Art marcou a passagem da modernidade para a pós-modernidade na

cultura ocidental.

Este movimento pretendia demonstrar, através das obras, a massificação da

cultura popular capitalista. Assentava na estética de massas e na busca da definição do

que seria a cultura pop. Tinha como objectivo a crítica à sociedade capitalista pelo

bombardeamento a que sujeitava o indivíduo face aos objectos de consumo, utilizando

signos estéticos de cores massificadas pela publicidade e pelo consumo. Os materiais

utilizados eram essencialmente: gesso, tinta acrílica, poliéster, látex, produtos com cores

intensas, fluorescentes, brilhantes e vibrantes. A Pop Art reproduzia objectos do

quotidiano em tamanho consideravelmente grande.

1.2 – Arte Pública

A arte pública define-se pelas obras que pertencem aos museus ou aos

monumentos nas ruas e praças, que são de acesso livre. A arte pública enquadra-se na

arte contemporânea e volta-se para o espaço, seja na galeria, em ambientes naturais ou

em áreas urbanas. Sendo assim o espectador deixa de ser um mero observador e torna-se

um elemento do trabalho, ou seja, faz parte do trabalho. Este contexto aberto a novas

experiências com o espaço deveu-se ao desenvolvimento da arte pop, do minimalismo,

do pós-minimalismo e da arte conceptual, dividindo-se em instalações, performances,

land art, graffiti etc.

As obras vão ligar e enquadrar diferentes linguagens - dança, música, pintura,

teatro, escultura, literatura etc. - , o que as faz diferir das concepções habituais. Tudo

isto tem objectivos críticos do mercado e do sistema de validação da arte, fazendo uma

denúncia do seu carácter elitista.

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6 Expressões Artísticas Contemporâneas – “Artistas Contemporâneos”

1.3 – Arte Pobre (Arte Povera)

O crítico Germano Celant criou o termo Arte Povera, em 1967. Este movimento

propunha a utilização de materiais inúteis e simples a que no quotidiano comum se dá o

nome de lixo ou sucata: metal, pedras, areia, madeira, trapos, etc.

A Arte Povera pretende empobrecer as obras de arte bem como aproximá-las do

quotidiano. Esta aproximação advém da Pop Art.

Foi na década de 1970 que este movimento se intensificou, devido à grande

influência da arte conceptual.

A escolha e utilização dos materiais nesta arte deve-se ao facto de poderem

sofrer transformações ao longo do tempo, um exemplo disso é a oxidação do metal.

Este movimento também teve uma vertente crítica virada para a economia

capitalista e sociedade de consumo, com o intuito de provocar reflexões sobre o valor da

utilização das coisas.

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7 Expressões Artísticas Contemporâneas – “Artistas Contemporâneos”

Capítulo II

Claes Oldenburg

2.1 – Biografia

Claes Thure Oldenburg nasceu a 21 de Janeiro de 1929 em Estocolmo. Em 1956,

emigrou para Nova York e, no início da década de 1960, causou sensação devido às

suas performances e happenings. Seguidamente dedicou-se aos objectos quotidianos

como tema para as suas criações e como peças para coleccionadores.

É na Pop Art que as suas obras plásticas se enquadram e revelam uma crítica

cultural à nossa civilização. Nesta altura o artista utilizava materiais como: ferro e

aparelhos de uso doméstico  

Em 1962 alterou a sua forma de reconstrução de objectos e começou a utilizar

materiais como serapilheira e lonas cheias. O que tornou as formas das suas obras

instáveis tendo em conta as suas grandes dimensões, de modo que as suas formas não

eram estáveis devido às grandes dimensões. Esta reconstrução de objectos com

materiais macios tinha o intuito de fornecer calor à escultura, o que a iria aproximar do

observador.

Em 1976 iniciou uma pareceria com Coosje Van Brunggen, com quem se casou

em 1977, em engenharia de larga escala aplicadas a zonas urbanas.

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8 Expressões Artísticas Contemporâneas – “Artistas Contemporâneos”

Em 1965, começou a desenhar Monumentos Colossais, que se transformaram na

ideia central do seu trabalho.

A exposição de obras do casal intitulada “Esculturas no

Parque”, foi um dos projectos mais importantes da vida do

escultor. Inicialmente, a composição da exposição passava por

sete esculturas, para além de desenhos e maquetas de várias

peças, todas elas de grandes dimensões. Hoje em dia, a

exposição é composta apenas por uma obra, uma escultura

gigante de uma colher de jardineiro, com aproximadamente

6,40 metros, o “Plantoir” (“Colher de Jardineiro”). Esta obra

pode ser vista como um símbolo do mundo actual, uma

metáfora da estandardização, da massificassão e da

trivialização, à semelhança do que acontece com grande parte

das criações destes artistas. Por outro lado, também se nota

uma tentativa de que o observador não reflicta, apenas

desfrute do prazer de observar.

As obras do casal denotam uma dimensão humorística

que se relaciona com o seu simbolismo. O que é corroborado

por Oldenburg: “Na verdade, não posso imaginar criar alguma

coisa sem, pelo menos, pensar que ela pode ter humor. Algumas vezes, o humor é mais

ironia, sarcasmo ou sátira; noutras, surge por acaso. Este é um ingrediente da arte de

viver.”.

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2.2 – Influências Contemporâneas

Claes Thure Oldenburg, sendo um escultor de origem sueca, tornou-se no mais

importante representante do Pop Art americano.

Com ele desapareceram todos os vestígios de pintura, permanecendo só as

coisas-imagem, de grandes dimensões, exageradas e com cores berrantes. As suas obras

são sempre inseridas num espaço que parece roubar a nossa existência devido a

sentimentos de vazio e de nulidade da consciência.

As suas peças retractam a sociedade de consumo utilizando inúmeras vezes a

comida que implícita a cultura de massas, dando a entender que também ela é uma

espécie de “comida”. Serve de modelo a Oldenburg a comida americana (industrializada

e padronizada: hambúrgueres, cachorros-quentes, gelados) que é diariamente

introduzida no organismo dos cidadãos em quantidades elevadas. Contudo nem é a

comida que é o modelo propriamente dito mas sim a sua publicidade reflectida nas

cores, pois na sociedade de consumo em primeiro lugar chega-nos a imagem

publicitária e só depois o objecto propriamente dito.

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10 Expressões Artísticas Contemporâneas – “Artistas Contemporâneos”

2.3 – Obra

Colher e Cereja,

Floor Cake (1962)

Clothespin (1974)

Free Stamp - Selo Livre (1982)

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11 Expressões Artísticas Contemporâneas – “Artistas Contemporâneos”

Soft pay-telephone (1963)

Soft toilet (1966)

Lipstick (1969)

Chapeu (1979)

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12 Expressões Artísticas Contemporâneas – “Artistas Contemporâneos”

Dropped Cone (2001)

Profiterole (1989)

Big Sweep (2006)

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13 Expressões Artísticas Contemporâneas – “Artistas Contemporâneos”

Capítulo III

Joana Vasconcelos

3.1 – Biografia

Joana Vasconcelos nasceu em Paris no dia 8 de Novembro de 1971. Em 1996

formou-se no AR.CO (Centro de Arte e Comunicação – Lisboa), onde tirou o Curso

Básico de Joalharia e Desenho, bem como o Curso Completo de Artes Plásticas.

A artista vive e trabalha em Lisboa. Frequentemente trabalha com a escultura e a

instalação, sendo que a sua obra mais famosa intitula-se de “Nectar” e pertence à

Colecção Berardo, estando exposta no Museu Colecção Berardo, no CCB. Esta obra,

em 2006, recebeu o prémio The Winner Takes It All, da Fundação Berardo. A destacar

que em 2000 já tinha sido atribuído à artista o prémio EDP Novos Artistas e, em 2003, o

prémio Fundo Tabaqueira Arte Pública relativamente ao seu projecto de intervenção no

Largo da Academia das Belas Artes, em Lisboa.

A sua obra ressalta pela inovação que exerce sobre objectos banais utilizados no

quotidiano, especialmente através do design e da arquitectura, tanto pelas proporções,

como pela sua funcionalidade. A utilização de azulejos azuis, croché e bordados, figuras

religiosas, corações de Viana, garrafões de vinho, etc., conferem à artista uma grande

irreverência na forma de expor e demonstrar ao mundo o que é ser português, bem como

outras temáticas que já não se ligam tanto ao “ser português”. Grande parte dos

trabalhos da artista estão expostos em colecções privadas europeias.

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14 Expressões Artísticas Contemporâneas – “Artistas Contemporâneos”

Em 2012, Joana Vasconcelos realizará a magna exposição anual de arte

contemporânea no Palácio de Versalhes, a convite de Jean-Jacques Aillagon, presidente

da instituição, na sequência do programa de arte contemporânea iniciado em 2008.

Joana Vasconcelos, depois do americano Jeff Koons, dos franceses Xavier

Veilhan e Bernar Venet, e do japonês Takashi Murakami, será a primeira mulher e a

mais jovem artista contemporânea a expor em Versalhes.

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15 Expressões Artísticas Contemporâneas – “Artistas Contemporâneos”

3.2 – Influências Contemporâneas

Joana Vasconcelos, artista contemporânea, tornou-se num nome incontornável

devido ao seu estilo próprio e á utilização de materiais diversificados do quotidiano, a

fim de criar formas com uma certa dualidade pois tornam-se simultaneamente estranhas

e familiares. A artista nas suas obras não abandona as suas referências culturais, utiliza

objectos do quotidiano, bem como materiais e técnicas populares. Sendo assim, através

de uma abordagem inteligente, cruza tradição e modernidade, conseguindo equilibrar

esta dicotomia e mantendo a sua fidelidade à essência da sua origem, do "ser

português". E vai procurar complementar o seu trabalho através da História e dos

costumes lusitanos.

A artista é influenciada pela reminiscência do Ready-made e das gramáticas

nouveau réaliste e pop, oferecendo ao observador uma visão cúmplice, embora crítica

da sociedade contemporânea e dos vários conceitos da identidade colectiva,

preferencialmente os que dizem respeito ao estatuto da mulher ou identidade nacional.

A obra de Joana Vasconcelos consiste na apropriação, descontextualização e

subversão de objectos pré-existentes e realidades do quotidiano. A artista encontra nas

esculturas, instalações, no recurso à performance e aos registos vídeo ou fotográfico, a

colaboração necessária para a materialização de conceitos desafiadores da rotina do

quotidiano.

A arte pública vai assumir grande relevância na obra da artista, das quais se

podem destacar:

Portugal a Banhos, Doca de Santo Amaro, Lisboa (2010);

La Théière, Le Royal Monceau, Paris (2010);

Sr. Vinho, Mercado Municipal de Torres Vedras, Torres Vedras (2010);

Jardim Bordallo Pinheiro, Jardim do Museu da Cidade, Lisboa (2009);

Vitrine, Rua do Alecrim, nº12, Lisboa (2008);

Varina, Ponte D. Luís I, Porto (2008);

A Jóia do Tejo, Torre de Belém, Lisboa (2008).

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16 Expressões Artísticas Contemporâneas – “Artistas Contemporâneos”

3.3 – Obra

Flores do Meu Desejo (1996) – uma das peças

mais antigas da artista, feita no último ano da

escola, tendo marcado o início da sua carreira.

É composta por espanadores, ferro metalizado

pintado e rede tremida metalizada pintada. Gira

em torno da vida de casa, do interior, embora

tenha também um lado público e violento.

Sofá Aspirina (1997) – composto por

aspirinas de 500mg, madeira e vidro. Fala-

nos do consumismo e de como a vida do ser

humano é influenciada por factores externos,

como os fármacos o que confere um grande

valor de actualidade à peça.

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17 Expressões Artísticas Contemporâneas – “Artistas Contemporâneos”

Mundo a Seus Pés (2001) – Peça criada

com globos terrestres em plástico, ferro

metalizado pintado, material eléctrico, MDF

pintado e com um sequenciador. Transporta-

nos para o estado do mundo, para a sua

fragilidade e para a consciencialização de

que pertencemos a ele logo temos de o

preservar e cuidar. É uma peça com

preocupações ambientais mas um pouco

mais fria.

Burka (2002) - é uma das muitas alusões da artista ao

género feminino e onde são utilizados objectos

exclusivamente femininos. A artista apresenta-nos uma

burka com cabeça de mulher, suspensa no ar e que é

atirada velozmente para o chão, o que demonstra uma

brutalidade à qual não se consegue ficar indiferente.

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18 Expressões Artísticas Contemporâneas – “Artistas Contemporâneos”

Coração independente Dourado (2004)

Coração Independente Vermelho

(2005)

Coração Independente Preto (2006) –

peças ligadas à joalharia e às nossas

tradições, compostos por talheres de

plástico moldados.

Falam da tradição gastronómica

portuguesa e do fado ser cantado em

restaurantes e reportam-nos para o luxo

português.

Noiva (2001-2005) – candelabro de grandes

dimensões composto por 20 mil tampões OB.

A nível de design representa o luxo. A ideia da

pureza e virgindade até ao casamento advém da

simbologia das tradições relacionadas com a

mulher.

Sendo assim “A Noiva” tem um carácter

intemporal uma vez que o seu carácter pessoal e

de design não são conceitos que desapareçam da

sociedade.

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19 Expressões Artísticas Contemporâneas – “Artistas Contemporâneos”

Piano Dentelle (2008) - piano de cauda

revestido a croché, preparado, nas teclas e nas

cordas, com precursores, luvas, bolas de

pingue-pongue e objectos acústicos. É uma

obra de arte simultaneamente plástica e

musical.

Contaminação (2008-2010) – emaranhado de tricô

e croché em lã feitos à mão, trapos de cores

berrantes (com texturas e padrões de todo o mundo),

malha industrial, adereços, esferovite, poliéster e

cabos de aço que se estende ao longo de vários

metros de comprimento (ocupa duas salas). Para a

sua construção foram utilizadas diversas técnicas

manuais como patchwork e os bordados. Sendo

assim torna-se uma peça democrática e tolerante.

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20 Expressões Artísticas Contemporâneas – “Artistas Contemporâneos”

Cinderela (2009) – sapato gigantesco

composto por panelas e as respectivas tampas

em aço inox cinzento.

Esta é uma peça ampliada do sapato de Marilyn

Monroe.

Esta peça assenta sobre a dualidade feminina,

um tema transversal na obra da artista. Por um

lado temos a tradição e a reclusão do lar e por

outro a condição pública da mulher,

representada no salto alto.

Jardim do Éden - Labirinto (2010) –

elaborada à base de materiais pobres

como flores de plástico, lycra e tubos

de canalização, embora também tenha

micromotores síncronos, lâmpadas

fluorescentes compactas, sistemas

eléctricos e discos em acrílico

policromados transparentes, PVC e

MDF. Aparece-nos como um jardim

colorido sob um fundo preto. Lança-nos numa perfeição aparente

pois tudo é falso e mecânico, exactamente o oposto de um jardim

natural.

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21 Expressões Artísticas Contemporâneas – “Artistas Contemporâneos”

Conclusão

Com os autores podemos confirmar a irreverência e a abertura de novos

horizontes que o espírito dadaísta conferiu aos artistas contemporâneos, bem como a

diversidade de materiais, técnicas e conceitos.

A arte pobre, a arte conceptual e a pop arte transformaram-se em movimentos

com grande influência na visão do artista. A intenção de provocar reflexão através do

choque conferido pela cor, pela grandiosidade do objecto ou até a sua desmaterialização

face à utilização do objecto no quotidiano são factores importantes para o novo

pensamento do observador. O artista, cada vez mais, que proporcionar ao observador

experiências que lhe permitam reflectir sobre assuntos actuais como a situação cultural,

económica e o “culto das massas” que se faz hoje em dia.

Os dois artistas escolhidos demonstram que as temáticas abordadas são

intemporais visto que as suas obras foram criadas em tempos diferentes, no entanto são

de total actualidade.

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22 Expressões Artísticas Contemporâneas – “Artistas Contemporâneos”

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Page 23: Expresões Artisticas Contemporâneas

 

23 Expressões Artísticas Contemporâneas – “Artistas Contemporâneos”

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