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MARCELO HENRIQUE DE ARAUJO
EXPLORANDO MEDIATRIZES, MEDIANAS, BARICENTRO E
CIRCUNCENTRO, UTILIZANDO DOBRADURAS: UMA PROPOSTA
DE ENSINO.
ASSIS – SP
2013
MARCELO HENRIQUE DE ARAUJO
EXPLORANDO MEDIATRIZES, MEDIANAS, BARICENTRO E
CIRCUNCENTRO, UTILIZANDO DOBRADURAS: UMA
PROPOSTA DE ENSINO.
Trabalho apresentado ao Instituto Municipal de Ensino Superior de Assis – IMESA, como requisito de conclusão do curso de Licenciatura Plena em Matemática.
Orientadora: Profª. Ms. Leonor Farcic Fic Menk
Área de Concentração: Ensino de Matemática
ASSIS - SP
2013
FICHA CATALOGRÁFICA
ARAUJO, Marcelo Henrique de Explorando Mediatrizes, Medianas, Baricentro e Circuncentro, Utilizando Dobraduras: Uma Proposta de Ensino / Marcelo Henrique de Araujo Fundação Educacional do Município de Assis – FEMA – Assis, 2013. 46p. Orientadora: Leonor Farcic Fic Menk Trabalho de Conclusão de Curso – Instituto Municipal de Ensino Superior de Assis - IMESA. 1.Mediatriz. 2. Mediana. 3. Baricentro. 4. Circuncentro. 5.Dobraduras. CDD: 510 Biblioteca da FEMA
EXPLORANDO MEDIATRIZES, MEDIANAS, BARICENTRO E
CIRCUNCENTRO, UTILIZANDO DOBRADURAS: UMA
PROPOSTA DE ENSINO.
MARCELO HENRIQUE DE ARAUJO
Trabalho apresentado ao Instituto Municipal de Ensino Superior de Assis – IMESA, como requisito de conclusão do curso de Licenciatura Plena em Matemática, analisado pela seguinte comissão examinadora:
Orientadora: Profª. Ms. Leonor Farcic Fic Menk.
Analisador: Profª Ms. Sarah Rabelo de Souza.
ASSIS - SP
2013
AGRADECIMENTOS
Primeiramente a Deus, por ter dado essa oportunidade, me proporcionando
sabedoria e saúde, estando ao meu lado em todos os momentos, permitindo que
eu alcance meus objetivos.
A meus pais Joaquim Henrique de Araujo (In Memória) e Maria Aparecida de
Lima Araujo, que me deram a vida, ensinamentos, educação, tudo o que uma
pessoa necessita para seguir uma vida digna.
A professora e orientadora Leonor Farcic Fic Menk, pessoa que se dedicou como
nunca e graças a ela consegui terminar esse trabalho, graças ao apoio recebido
do início ao fim, me proporcionando suporte inexplicável. Agradeço muito de
coração. Estendo também ao seu marido Sr Lucas Rogério Menk.
A professora Sarah Rabelo de Souza, a qual participou de minha banca
examinadora, oferecendo força e incentivo.
A minha esposa Silvana Cristina Marcelino de Araujo, pela dedicação,
companheirismo e compreensão, não me deixando desanimar.
Aos meus irmãos, Marcia Donizete de Araujo Cicconi e Marcos Francisco de
Araujo, pelo suporte que deram, me fortalecendo nos momentos de dificuldade.
Aos filhos James Henrique de Araujo, Victor Hugo de Araujo e o Lucas Henrique
de Araujo, por esses anos que passaram, terem compreendido minha ausência
no momento em que me dedicava aos estudos.
Meus amigos de turma, Ediney, Arlindo, Márcio, Polyana, Kelen e Aline, que me
auxiliaram quando perdi aula, tirando as dúvidas e explicando o conteúdo.
Agradeço também a todos os professores da faculdade, principalmente o, José
C. Cavassini, Cleiton J. B. Lattari, Fernando G. Brito, Ébano B. de Oliveira,
Sandra R. Gregório Oliveira e Laudo C. Santos, proporcionando essa nova etapa
de minha vida, pois devido suas dedicações consegui aprender o que não sabia.
Terão meus eternos agradecimentos.
A todos familiares e amigos que me ajudaram de algum modo.
“O que sabemos é uma gota e o que ignoramos é um oceano”
Isaac Newton
RESUMO
Este trabalho foi desenvolvido com o objetivo de sugerir formas e maneiras
diferentes de ensinar e aprender matemática. Mais especificamente,
empregando uma metodologia diferenciada das convencionais, para que alunos
do ensino fundamental pudessem agir de um modo mais dinâmico e que
julgamos mais eficaz. Utilizando dobraduras em triângulos de papel, foi proposta
a exploração do conteúdo de mediatrizes, medianas e pontos de intersecção:
circuncentro e baricentro de um triângulo. Partindo dessa idéia os alunos tiveram
a oportunidade de, visualizando e explorando materiais manipuláveis, formar
suas próprias idéias e conclusões. Com os resultados obtidos das analises
realizadas verificamos que o trabalho produziu resultados positivos.
Palavras Chaves: Mediatriz, Mediana, Circuncentro, Baricentro, Dobraduras.
ABSTRACT
This work aims to suggest different ways to teaching and learning mathematics.
It was used a differentiated approach that the students of the elementary school
might learn in a more dynamic and effective way. To explore the content of the
bisector, median and intersection point, that is, circumcenter and barycenter, it
was built paper folding triangles. Thereby, the students had the opportunity to
visualizing and exploring manipulable material and form their own ideas and
conclusions. The results of the analyses confirm that this work achieved its goals.
Key words: Bisector, Median, Circumcenter, Barycenter, Folds.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1 - Representação de um triângulo.................................................... 13
Figura 2 - Triângulos classificados de acordo com as medidas dos lados.... 14
Figura 3 - Triângulos classificados de acordo com as medidas dos
ângulos........................................................................................................
14
Figura 4 -Triângulo apresentando as medianas e o ponto de intersecção
das mesmas.................................................................................................
15
Figura 5 -Triângulo apresentando as mediatrizes e o ponto de intersecção
das mesmas.................................................................................................
15
Figura 6 - Triângulo a ser recortado............................................................. 20
Figura 7 – Figura obtida após a dobradura determinando o ponto D.......... 20
Figura 8 - Figura obtida após B e C, coincidirem com o ponto D................ 21
Figura 9 - Revisando alguns conceitos........................................................ 25
Figura 10 - Aluno recortando os triângulos recebidos................................ 26
Figura 11 - Alunos recebendo orientações.................................................. 26
Figura 12 - Alunos encontrando as mediatrizes e o circuncentro................ 27
Figura 13 - Alunos encontrando os pontos médios, as medianas e o
baricentro.....................................................................................................
27
Figura 14 - Gráfico mostrando quantidade de alunos que gostam ou não
de estudar Matemática................................................................................
29
Figura 15 - Gráfico mostrando quantidade de alunos que tem sugestões
ou não de como gostariam que fossem suas aulas de Matemática............
30
Figura 16 - Número de acertos e erros nas questões do Pré-Teste........... 33
Figura 17 - Número de acertos e erros nas questões do Pós-Teste........... 34
Figura 18 - Comparando os resultados do Pré-Teste e do Pós-Teste........ 34
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO............................................................................................. 11
CAPÍTULO 1 - REVISÃO DA LITERATURA............................................... 13
1.1 CONCEITUANDO OS OBJETOS DE PESQUISA................................ 13
1.2 O ENSINO DA GEOMETRIA NOS ÚLTIMOS 60 ANOS....................... 16
1.3 TRABALHOS QUE ABORDAM O ASSUNTO ESTUDADO................... 19
CAPÍTULO 2 - DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO............................. 24
2.1 ELABORAÇÃO DAS ATIVIDADES E ESCOLHA DO PÚBLICO ALVO 24
2.2 APLICAÇÃO DAS ATIVIDADES............................................................ 24
CAPÍTULO 3 – ANÁLISE DOS RESULTADOS OBTIDOS......................... 29
3.1 PRÉ-TESTE (APÊNDICE I).................................................................... 29
3.2 PÓS-TESTE (APÊNDICE II).................................................................. 30
3.3 PRÉ-TESTE e PÓS-TESTE (APÊNDICES I e II)........................... 31
CAPÍTULO 4 – CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................ 35
4.1 – SOBRE A PESQUISA.......................................................................... 35
4.2. SUGESTÃO DE NOVOS TRABALHOS................................................ 37
REFERÊNCIAS........................................................................................... 38
APÊNDICE I................................................................................................. 40
APÊNDICE II................................................................................................ 42
APÊNDICE III............................................................................................... 44
11
INTRODUÇÃO
Não é difícil se ouvir comentários do tipo: “A disciplina mais difícil de aprender é
a Matemática”, ou “Estudar Álgebra é mais fácil que Geometria”; entre outras
citações que revelam a dificuldade que os alunos encontram em conceitos
matemáticos, principalmente os que abordam a geometria.
É público e notório as dificuldades que o professor enfrenta para preparar suas
aulas de modo a torná-las mais atraentes e produtivas.
Na tentativa de se minimizar essas dificuldades, várias propostas têm sido
apresentadas: a utilização de materiais concretos e/ou manipuláveis, o uso de
softwares educacionais, jogos, origamis, etc.
Considerando, ainda, que existem professores que trabalham em escolas que
muitas vezes, não tem nem carteira em número suficiente para acomodar todos
os alunos, é fácil supor que a escolha de materiais baratos e que permitam uma
confecção simples, porém criativa, possa ser uma alternativa viável.
Avaliando essa situação, apresentamos uma forma de trabalhar conteúdos
geométricos de uma maneira recreativa. Partindo de atividades com dobraduras
de papel, a intenção é procurar facilitar a aprendizagem dos conceitos
relacionados ao estudo de triângulos e algumas de suas propriedades, com
destaque para as mediatrizes dos lados e as medianas, além dos seus pontos
de intersecção (o circuncentro e o baricentro).
Dessa forma, nos propomos investigar: “Quais contribuições podem ser
observadas, nos processos de ensino e de aprendizagem, quando se utilizam
dobraduras de papel ao se explorar mediatrizes, medianas, circuncentro e
baricentro de um triângulo?”
Acreditamos que as atividades com dobraduras possam criar situações que
permitam aos alunos compreender e discutir melhor esse conteúdo, contribuindo
para obter suas próprias conclusões, além de despertar um maior interesse em
relação a geometria como um todo.
Para o desenvolvimento dessa proposta na qual buscamos verificar se os
procedimentos utilizados permitiriam uma melhor compreensão do conteúdo
12
trabalhado, contamos com a participação de alunos do Ensino Fundamental da
rede pública da cidade de Assis - São Paulo.
No sentido de apresentar o trabalho desenvolvido, o texto está dividido em quatro
capítulos, além da introdução.
O primeiro capítulo descreve a revisão da literatura, o segundo a proposta de
desenvolvimento da pesquisa, o terceiro os dados obtidos e analise dos mesmos
e finalmente o quarto e último capítulo apresenta as conclusões finais.
13
CAPÍTULO 1 - REVISÃO DA LITERATURA
Nesse capítulo são apresentados os resultados obtidos no levantamento
bibliográfico.
1.1 CONCEITUANDO OS OBJETOS DE PESQUISA.
No sentido de melhor detalhar os conceitos que serão explorados nessa
pesquisa optamos por definir os mesmos.
Entre os vários livros que tratam do assunto, escolhemos o volume nove da
coleção Fundamentos da Matemática Elementar (Dolce-1993), que aborda a
geometria plana. Tomando como referência esse material apresentamos as
seguintes definições:
Triângulo: figura plana formada por três pontos que não pertencem a uma
mesma reta e pelos três segmentos determinados por estes pontos.
Fig1.1 -Representação de um triângulo
Na figura acima, os pontos A, B e C, são denominados vértices; os segmentos
AB , BC e CA , lados e os ângulos A, B e C, ângulos internos do triângulo.
Os triângulos podem ser classificados de acordo com as medidas dos lados ou
com as medidas dos ângulos internos.
Em relação aos lados temos: um triângulo é chamado isósceles quando possui
dois lados congruentes, equilátero quando possui os três lados congruentes e
escaleno quando tem dois lados quaisquer não congruentes.
1 -As figuras foram construídas utilizando o software Cabri-Géomètre II
14
Fig. 2- Triângulos classificados de acordo com as medidas dos lados
Em relação aos ângulos internos temos: um triângulo ABC, é chamado
retângulo quando possui um ângulo reto (90º), acutângulo quando possui os
três ângulos agudos (menor que 90º) e obtusângulo quando possui um ângulo
(maior que 90º).
Fig. 3- Triângulos classificados de acordo com as medidas dos ângulos
Para qualquer triângulo podemos definir os seguintes elementos: mediatrizes
dos lados, medianas, bissetrizes e alturas relativas aos lados do triângulo, sendo
que as três últimas são chamadas de cevianas do triângulo.
Porém, considerando que nossa pesquisa trata especificamente das medianas
e das mediatrizes, detalharemos apenas esses dois conceitos.
1- Mediana: Dado um triângulo ABC, e um ponto D tal que D é ponto médio de
BC , o segmento AD , chama-se mediana do triângulo relativa ao lado BC.
Analogamente definimos as medianas relativas aos demais lados.
15
Fig.4 - Triângulo apresentando as medianas e o ponto de intersecção das
mesmas
O ponto de intersecção das medianas recebe o nome de baricentro e divide
cada mediana em duas partes tais que a parte que contém o vértice é o dobro
da outra.
2- Mediatriz: Dado um triângulo ABC, chama-se mediatriz de um lado do
triângulo, a reta perpendicular que passa pelo ponto médio desse lado.
Considerando que um triângulo tem três lados, podemos traçar três mediatrizes.
O ponto de intersecção das mediatrizes dos lados de um triângulo é chamado
de circuncentro e está a igual distância dos vértices do triângulo.
Fig. 5 - Triângulo apresentando as mediatrizes e o ponto de intersecção das
mesmas
Os dois conceitos, talvez, pelo fato de ambos estarem relacionados ao ponto
médio de um lado do triângulo, costumam ser confundidos com muita freqüência.
Esse foi um dos motivos pelo qual eles foram escolhidos como objetos de
pesquisa.
16
1.2 O ENSINO DA GEOMETRIA NOS ÚLTIMOS 60 ANOS
Considerando que acreditamos que os alunos aprendem por meio de diferentes
técnicas, ponderamos que cabe ao professor a responsabilidade de selecionar
atividades que melhor se adaptem aos estudantes, de modo a aumentar a
eficiência dos procedimentos de ensino e de aprendizagem.
Em relação a geometria, nos parece que as dificuldades, não são privilégios dos
alunos, mas atingem também os professores.
Julgamos que uma das ocorrências que contribuiu para essa situação é o
abandono ao qual a geometria foi relegada nos últimos anos.
Segundo Pavanello (1993) o desenvolvimento econômico ocorrido no final das
décadas de 50 e início das de 60, do século XX, influenciaram até mesmo as
diretrizes que norteavam o ensino das diferentes disciplinas, sendo discutido nos
anos 90.
Um estudo do Conselho Federal de Educação, de 1963, sobre o ensino de Matemática no curso secundário2, tendo em vista a lei 4024/61 das Diretrizes e Bases da Educação Nacional, considera que ele “será, nas
três primeiras séries, fundamentalmente de natureza instrumental”, propiciando aos educandos os “conhecimentos de ordem utilitária, exigidos pelas atividades cotidianas”. Nas séries finais, esse ensino deverá ressaltar “não só a unidade da matemática, mas também as suas relações com as demais disciplinas de formação geral, (...) assim como as (que interessam) às técnicas modernas”. Na 4ªSérie deverá ser iniciado o estudo da geometria dedutiva, que deverá ser “limitada, porém, à demonstração dos teoremas mais importantes e sempre com vistas às aplicações de ordem utilitária”. ( PAVANELLO, p.12)
Complementando esse cenário, as idéias da Matemática Moderna, chegam
também ao Brasil, propondo um ensino com predominância algébrica. Surgem
os primeiros livros didáticos, nos quais a geometria é apresentada inicialmente
como um conjunto de pontos, utilizando-se a linguagem da teoria dos conjuntos.
A abordagem intuitiva, se concretiza nos livros didáticos “pela utilização dos
teoremas como postulados, mediante os quais pode-se resolver alguns
problemas”. (PAVANELLO, 1993, p.13).
2 -O Ensino Secundário corresponde ao atual Ensino Fundamental II , e suas séries eram numeradas de 1 a 4.(Observação nossa)
17
E a autora complementa:
Não existe qualquer preocupação com a construção de uma sistematização a partir das noções primitivas e empiricamente elaboradas.
A coerência do movimento exige a proposição de um trabalho com a geometria sob o enfoque das transformações.
Diante desse novo quadro, o professor, que já encontrava dificuldade em abordar
a geometria da forma tradicional, enfrenta um problema ainda maior, ao se
defrontar com a indicação de utilizar a geometria das tranformações.
Desse modo, alguns deles passaram a optar por abordar esse assunto no fim do
ano letivo, quando poderiam promover um estudo superficial de conteúdos
alegando a falta de tempo para conseguir cumprir todo o planejamento, enquanto
outros simplesmente deixaram de trabalhar com a geometria.
Paralelamente:
A lei de Diretrizes e Bases do Ensino de 1º e 2º Graus, a 5692/71, facilita, por sua vez, esse procedimento ao permitir que cada professor monte seu programa “de acordo com a clientela”. A maioria dos alunos do 1º grau deixa, assim, de aprender geometria, pois os professores das quatro séries iniciais do 1º grau limitam-se, em geral, a trabalhar somente a aritmética e as noções de conjunto. O estudo da geometria passa a ser feito – quando não é eliminado – apenas no 2º grau, com o agravante de que os alunos apresentam uma dificuldade ainda maior em lidar com as figuras geométricas e sua representação porque o Desenho Geométrico é substituído, nos dois graus do ensino, pela Educação Artística. (PAVANELLO, p.13)
Lorenzato (1995), também comenta a ausência da geometria, nas salas de aula
argumentando que uma das causas para que isso aconteça, é a falta de
conhecimentos geométricos, dos professores, mas cita também o currículo (que
para o autor tem o significado de conjunto de disciplinas) e a forma como a
geometria é apresentada nos livros didáticos:
[...] apenas como um conjunto de definições, propriedades, nomes e fórmulas, desligado de quaisquer aplicações ou explicações de natureza histórica ou lógica; noutros a Geometria quase sempre é apresentada na última parte do livro,aumentando a probabilidade dela não vir a ser estudada por falta de tempo letivo. (LORENZATO, 1995,p.4)
Por ocasião da promulgação da nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional (LDB/1996), a educação no Brasil passou por novas reformulações, as
propostas dos PCN’s e a conseqüente divulgação das Diretrizes Curriculares
18
Nacionais foram instrumentos que marcaram o acontecimento, principalmente
quando permitiram abertura para debates, dando uma nova roupagem ao
pensamento pedagógico.
Em 1998, com a publicação dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) de
Matemática para o 3º e 4º ciclos do ensino fundamental, nota-se novamente uma
preocupação com o ensino das construções geométricas neste nível de ensino.
De acordo, com Santos (2010) “este volume propõe os traçados geométricos
com régua e compasso, reabilitando uma forma de trabalhar a geometria que
estava esquecida em diversas instituições de ensino básico do país”.
Ao tratar o tema “Espaço e Forma” esses mesmos PCN Brasil (1998), destacam
a importância de ensinar geometria aos alunos, pois:
Situações quotidianas e o exercício de diversas profissões, como a engenharia, a bioquímica, a coreografia, a arquitetura, a mecânica etc., demandam do indivíduo a capacidade de pensar geometricamente. Também é cada vez mais indispensável que as pessoas desenvolvam a capacidade de observar o espaço tridimensional e de elaborar modos de comunicar-se a respeito deles, pois a imagem é um instrumento de informação essencial no mundo moderno. (PCN Brasil, 1998, p.122).
Essa preocupação também pode ser notada ao se verificar o aumento de
pesquisas que, atualmente, têm sido desenvolvidas apontando a importância do
ensino da geometria e das construções geométricas ou as dificuldades
encontradas por alunos de todos os níveis de ensino, em situações em que a
geometria, suas propriedades e construções são consideradas fundamentais
para o bom desenvolvimento de determinados conteúdos.
No entanto, esse quadro não foi constatado somente no Brasil.
Em vários países, inúmeras pesquisas estão sendo realizadas, procurando determinar o “que” ensinar de geometria e “como” fazê-lo. Grandes esforços têm sido empreendidos na capacitação de docentes, visando a permitir-lhes realizar um trabalho de qualidade em relação a esse tema.(PAVANELLO, 1993,p.8).
Entre as formas de “como” fazê-lo, muitas têm sido as sugestões. Entre elas a
utilização de jogos, de ferramentas informática, de utilização de materiais
concretos e/ou manipuláveis, de atividades envolvendo dobraduras, etc.
Nesse contexto, a idéia de trabalhar com dobraduras, estimulando o aluno a
explorar as medianas, as mediatrizes, o baricentro e o circuncentro de um
19
triângulo, nos parece uma forma adequada de se proceder na tentativa de
promover uma real aprendizagem dos conceitos envolvidos.
1.3 TRABALHOS QUE ABORDAM O ASSUNTO ESTUDADO
Definido o objeto de investigação, passamos a buscar por trabalhos que
abordassem o mesmo.
Dentre os textos analisados, destacamos aqueles que julgamos mais adequados
a nossa proposta de pesquisa. Um deles o de Toledo (2007, p.2) afirma:
Verificando as diversas atividades de dobraduras descobri que elas eram riquíssimas em conceitos geométricos e, se exploradas poderiam ajudar os alunos a descobrirem e desenvolverem conceitos de imensa importância no ensino de geometria e medidas.
Ainda de acordo com esse autor, nos dias de hoje, notamos a presença da
matemática em nosso dia a dia, em todos os lugares, mas nem sempre é fácil
de mostrar.
Muitos professores estão buscando aprimorar seu trabalho não se limitando ao
trivial, mas sim inovando suas atividades, buscando algo a mais. Segundo
estudiosos do assunto não é o simples fato de desenvolver conteúdos que
garante uma boa aprendizagem, mas sim as semelhanças que se constroem
partindo de sua resolução. Formar ocorrências onde os alunos precisam adiantar
os resultados, formular justificativas, argumentar, convencer e serem
convencidos. Todo esse procedimento poderá assegurar que, mais do que
aprender a reproduzir um conteúdo, o aluno construíra um conhecimento
concreto, possível de ser utilizado como ferramenta em novas situações, para
novas aprendizagens.
Comenta ainda Toledo (2007, p.2).
Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais de Matemática (1998, p.126), as atividades de geometria são muito propícias para que o professor construa junto com seus alunos um caminho que a partir de experiências concretas leve-os a compreender a importância e a necessidade da prova para legitimar as hipóteses levantadas. Para delinear esse caminho, não se deve esquecer a articulação apropriada entre os três domínios: o espaço físico, as figuras geométricas e as representações gráficas, fazendo-se necessário um trabalho de excelência explorando o tema espaço e forma.
20
Outro trabalho que nos chamou a atenção foi o de Cruz e Gonschorowski (2010),
que discute a utilização de origamis: cuja etimologia significa: ori – dobrar e kami
– papel e quando pronunciadas juntas, a letra “k” passa a ter o som de “g”; nos
procedimentos de ensino da geometria. Segundo os autores esse material de
custo acessível tem fácil manuseio e pode despertar o interesse dos alunos, e
se revelar uma interessante ferramenta didática.
Nesse contexto espera-se que o aluno seja capaz de assimilar melhor o
conteúdo. Como exemplo de utilização de dobraduras em um procedimento de
ensino em geometria, Cruz e Gonschorowski (2010), comentam como se pode
verificar por meio de dobraduras que a soma dos ângulos internos de um
triângulo é 180°.
1º Passo: Recorta-se um triângulo qualquer de papel e nomeiam-se seus
vértices: A, B e C.
Fig. 6 – Triângulo a ser recortado
2° Passo: Partindo do ponto A, faz-se uma dobra paralela ao lado, determinado
pelos pontos B e C, de modo que o ponto A, se sobreponha a esse lado. Essa
intersecção determina o ponto D.
Fig. 7 – Figura obtida após a dobradura, determinando o ponto D
3° Passo: Efetuam-se novas dobras de modo que os pontos B e C coincidam
com o ponto D. A soma dos três ângulos formados, em torno do ponto D é igual
a 180°, pois determinam um ângulo raso.
21
Fig. 8 – Figura obtida após B e C, coincidirem com o ponto D
Além desses dois textos apresentados, salientamos também, o trabalho
realizado numa Oficina de dobraduras, do Projeto Olimpíada Mineira de
Matemática em 2007, apresentado por uma equipe de bolsistas do projeto de
extensão do Departamento de Matemática da Universidade Federal do Estado
de Minas Gerais, projeto este orientado pelos professores, Spira e Carneiro.
Nessa oficina são apresentadas dobraduras que permitem obter construções
que serão utilizadas na nossa pesquisa, tais como, a mediatriz de um segmento.
De acordo com os proponentes das atividades, ao se trabalhar essas
construções não se pretende “apenas que o aluno siga as instruções e execute-
as, mas que experimente e reflita e, sempre que possível, chegue às suas
próprias conclusões verbalizando-as para os seus colegas”.
Destacam também que:
O professor orientador tem um papel importante não só em aprofundar as discussões, trazendo novas situações e problemas, mas também apresentando fatos geométricos e conceitos que possam ser explorados nas justificativas das construções.
Tomamos ainda como base de nossos estudos o texto apresentado por
Abrantes3 (1999), o qual diz.
A ideia de que aprender Matemática é essencialmente fazer Matemática — uma perspectiva sublinhada, nos últimos 10 anos, em numerosos documentos programáticos (por exemplo, nas Normas do NCTM (1991)) — tem contribuído para trazer para primeiro plano o papel que as actividades de natureza exploratória e investigativa podem desempenhar nas aulas e no currículo de Matemática, em todos os níveis escolares.
3Texto publicado no livro de E. Veloso, H. Fonseca, J. P. Ponte & P. Abrantes (Orgs.), Ensino de Geometria
no Virar do Milénio, Lisboa: DEFCUL, 1999.
22
Abrantes também comenta a tendência da revalorização da geometria que, nos
últimos anos, tem marcado a evolução curricular em Matemática em diversos
paises. O autor destaca que (1999, p.3).
Para Freudenthal(1973), a geometria é essencialmente “compreender o espaço” que a criança “deve aprender a conhecer, explorar, conquistar, de modo a poder aí viver, respirar e mover-se melhor”. Nesta perspectiva, a geometria torna-se um campo privilegiado de matematização da realidade e de realização de descobertas. É particularmente interessante que Freudenthal chame a atenção para dois aspectos da riqueza da geometria que poderiam parecer contraditórios mas que na verdade se completam: por um lado, as descobertas geométricas, sendo feitas também “com os próprios olhos e mãos, são mais convincentes e surpreendentes”; por outro lado, salientando a necessidade de explicação lógica das suas conclusões, a geometria pode fazer sentir aos alunos “a forçado espírito humano, ou seja, do seu próprio espírito”.
Nesse aspecto, consideramos que a proposta de se utilizar as dobraduras como
ferramenta pedagogia, em nossa pesquisa, venha ao encontro das idéias de que
se explorar os conceitos “com os próprios olhos e mãos, são mais convincentes
e surpreendentes”.
Segundo o autor, a experiência tem confirmado que a geometria constitui uma
área particularmente propícia à realização de investigações por parte dos alunos.
A sua riqueza e variedade em objectos e tipos de problemas, a sua ligação natural à realidade e a possibilidade de todos os alunos, em diferentes níveis, se envolverem em interessantes explorações e investigações geométricas sem dependerem de um grande número de conhecimentos anteriores são factores que contribuem para este potencial da geometria. (1999, p.4).
Finalmente citamos o documento desenvolvido pelo Instituto de Matemática da
UFRJ, em 2006, em parceria com o Governo do Estado do Rio de Janeiro,
Secretaria de Estado de Educação e Subsecretaria Adjunta de Planejamento
Pedagógico, além de grupos de trabalhos formados por professores da rede.
Esse material, intitulado “Reorientação Curricular” foi oferecido como subsídio
de trabalho para profissionais da rede estadual de ensino.
Dentre os tópicos apresentados, destacamos: “Triângulos e Dobraduras” e
“Dobraduras, Cevianas e Pontos Notáveis”, que também contribuíram para a
elaboração das nossas atividades.
23
Esses textos, também destacam que o professor deve observar atentamente a
forma como os alunos fazem as dobraduras, pois sendo um trabalho
experimental, se não for realizado com bastante cuidado, pode ocorrer
situações, diferentes das esperadas; por exemplo, não ser obtido o ponto de
intersecção das mediatrizes, das medianas ou das demais cevianas.
Considerando as argumentações aqui citadas, e partindo da hipótese de que
acreditamos que as dobraduras e as explorações que podem ser feitas a partir
delas permitem visualizar os conceitos de forma mais concreta do que
simplesmente decorando as definições formais julgamos que os resultados
esperados possam ser satisfatórios e as contribuições significativas, auxiliando
tanto professores como alunos, na construção de um conhecimento sólido em
relação ao conteúdo proposto.
24
CAPÍTULO 2 - DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO
Nesse capítulo apresentamos os procedimentos utilizados para o
desenvolvimento da pesquisa.
2.1. ELABORAÇÃO DAS ATIVIDADES E ESCOLHA DO PÚBLICO ALVO
Para a elaboração das atividades, recorremos a alguns dos textos já citados na
revisão da literatura e que apresentavam sugestões de como as mesmas
poderiam ser feitas e aplicadas. (Apêndice III)
É importante destacar que nesses textos, as sugestões são feitas, mas não
existem, em nenhum deles, comentários em relação à aplicação das mesmas e
consequentemente, resultados obtidos. Esse é o diferencial que pretendemos
apresentar em nosso trabalho.
2.2 APLICAÇÃO DAS ATIVIDADES
No início pretendíamos realizar o trabalho com alunos da sétima ou oitava série,
atuais oitavo e nono ano de uma escola do ensino fundamental da cidade de
Assis/SP. Porém devido a contratempos e barreiras, enfrentadas na época de
aplicação das atividades, as mesmas foram realizadas com grupo de alunos de
um sétimo ano (antiga sexta série) do ensino fundamental, em um encontro com
a duração de duas horas aulas
Inicialmente, os alunos responderam ao Pré-Teste (Apêndice I), sendo
orientados que a essa atividade não seria atribuída, nenhuma “nota”, de modo
que se eles não soubessem responder alguma das questões, poderiam apenas
comentar o fato. Por exemplo: “não lembro como resolve” ou “ainda não
aprendemos esse conteúdo”.
Ao receber a folha de Pré-Teste, alguns alunos foram respondendo outros
ficaram agitados e fazendo perguntas uns aos outros. Nesse instante novamente
eles foram orientados que poderiam responder sem a preocupação de acerto,
pois não haveria nota nem identificação dos participantes. Isso foi o suficiente
para que todos realizassem as atividades tranquilamente.
25
Na sequência, os Pré-Testes foram recolhidos e teve início uma atividade
realizada na forma de perguntas e respostas, no sentido de resgatar o conceito
de triângulo, seus elementos e sua classificação em relação a medidas de lados
e medidas de ângulos internos.
Fig.9 – Revisando alguns conceitos
Após essa breve revisão de conceitos, os participantes desenvolveram
atividades de dobraduras envolvendo o conceito, a identificação e diferenciação
das mediatrizes e medianas e o ponto de intersecção das mesmas (ApêndiceIII).
Para tanto foi entregue aos alunos um material composto por, duas folhas de
papel com impressão de triângulos, duas folhas que apresentavam os passos a
serem desenvolvidos durante a realização das atividades, tesoura e régua.
Após o recebimento do material alguns alunos, não aguardaram nenhum tipo de
orientação e começaram a recortar os triângulos recebidos, porém alguns
recortaram muito próximo ao contorno do triângulo, onde não seria possível a
visualização esperada das atividades. Nesse instante eles foram orientados a
deixarem mais espaço ao recortar, recebendo assim uma nova folha com os
desenhos de triângulos e só então iniciamos as atividades propriamente dita.
26
Fig. 10 – Aluno recortando os triângulos recebidos
A partir das dobraduras, os alunos encontraram as mediatrizes e os pontos
médios dos lados dos triângulos. Foram utilizados triângulos acutângulos e
obtusângulos.
Alguns alunos encontravam dificuldades em realizar essa atividade, assim
muitos se levantavam e solicitavam ajuda para realizar a mesma. Embora um
pouco, conturbada, essa atitude mostrou interesse pelo o que estava sendo
proposto, o que consideramos um fator positivo.
Fig. 11 – Alunos recebendo orientações
Resolvido esse problema, os alunos terminaram a atividade obtendo o ponto de
intersecção das mediatrizes, o circuncentro.
27
Novamente foi necessária a intervenção do professor, pois alguns não
conseguiram encontrar esse ponto. Foram então orientados a verificar suas
dobraduras, o que fez com que eles percebessem que o fato ocorreu, devido a
pequenos descuidos na realização destas.
Outra situação, interessante, foi os alunos perceberem que dependendo do tipo
de triângulo, o circuncentro, poderia estar “dentro” ou “fora” do triângulo
Fig. 12 – Alunos encontrando as mediatrizes e o circuncentro
Na sequência, fazendo uso de novos triângulos, acutângulos e obtusângulos, os
participantes, determinaram os pontos médios dos lados, encontraram as
medianas e o seu ponto de intersecção: o baricentro.
Fig. 13 – Alunos encontrando os pontos médios, as medianas e o baricentro
28
Após essas atividades, os alunos repetiram todos os passos, utilizando agora,
triângulos retângulos. Nesse caso, foi possível observar que o circuncentro,
coincide com o ponto médio da hipotenusa.
Finalizando as atividades ao término do encontro, os alunos responderam o Pós-
Teste (Apêndice II), que apresentava na sua Parte 2, as mesmas questões
matemáticas contidas na segunda parte do Pré-Teste, para que permitissem
avaliar e comparar os resultados.
Após a conclusão dessas atividades teve início as análises, procurando
respostas que permitissem verificar se a hipótese levantada se confirmaria.
Para essa análise, tomamos como base as discussões observadas durante a
realização das atividades, os resultados obtidos pelos alunos durante a
resolução dos exercícios propostos, bem como as opiniões dos mesmos,
coletadas à partir da primeira parte do Pré e do Pós-Teste.
29
CAPÍTULO 3 – ANÁLISE DOS RESULTADOS OBTIDOS
Neste capítulo, são apresentadas e comentadas as análises feitas com os dados
obtidos em nossa pesquisa, mediante os testes e questionário de opinião,
resolvidos pelos alunos durante a realização das atividades. Para assim
obtermos o resultado e chegarmos as nossas considerações finais.
3.1 PRÉ-TESTE (APÊNDICE I)
Iniciou-se o trabalho com quatorze alunos.
Parte um.
Opiniões pessoais dos alunos sobre a matemática.
QA.Tínhamos como objetivo saber se os alunos gostam de estudar matemática
e o resultado obtido foi: onze alunos responderam sim por vários motivos, dentre
eles: “a matemática no futuro será muito importante para minha vida”, “com ela
vou aprender várias coisas”, “no futuro precisarei dela e me dou bem com ela”,
“porque ela é interessante”, “quase tudo no mundo usa a matemática”, “ela é útil
no dia à dia”. Os outros três alunos responderam que depende do conteúdo.
Fig. 14 – Gráfico mostrando quantidade de alunos que gostam ou não de estudar Matemática.
QB. O objetivo era saber se os alunos têm algumas idéias para melhorar as aulas
de matemática e o resultado obtido foi o seguinte: onze alunos responderam não
30
e três sim suas justificativas foram: “que a Matemática fosse como jogos”, “que
ela fosse mais divertida”.
Fig. 15 – Gráfico mostrando quantidade de alunos que tem sugestões ou não de
como gostariam que fossem suas aulas de Matemática.
Analisando os gráficos podemos verificar que de um modo geral os alunos
afirmaram que gostam de matemática por outro lado tem poucas idéias para
buscar melhorias em seu ensino.
3.2 PÓS-TESTE (APÊNDICE II)
Parte um.
QA. Questiona como o aluno avalia sua participação em relação as atividades
desenvolvidas. A maioria respondeu que “foi boa”, “muito boa”, “que foi bem”,
“que prestou atenção e aprendeu bastante conteúdo”; três responderão mais ou
menos e um ficou sem opinar.
QB. Indaga se os alunos acreditam que como foi desenvolvida a aula os auxiliou
no seu entendimento em relação ao conteúdo trabalhado. A resposta foi sim para
treze alunos. Na opinião deles a experiência foi positiva, pois o trabalho “foi
desenvolvido de um jeito muito divertido”, “não foi usado livros didáticos”, “que
aprendeu o que não sabia”, “que o professor ajudou e ensinou bem, pois foi uma
31
boa aula”, “que prestarão bem atenção por isso foi boa”; e um falou que não,
mas não apresentou sua justificativa.
QC. Essa questão tinha como objetivo obter sugestões dos alunos para melhorar
esse trabalho desenvolvido. A resposta foi unânime: todos os alunos
responderão que não, que o trabalho foi muito bom ótimo e teve boa participação
dos alunos.
Considerando as respostas obtidas, podemos chegar a conclusão que as
atividades foram positivas quanto ao aproveitamento do conteúdo. Os alunos
gostaram do que foi realizado porem não trouxeram nenhuma idéia para que
existissem avanços e melhorias no ensino.
3.3 PRÉ-TESTE e PÓS-TESTE (APÊNDICES I e II)
Parte dois.
Nessa parte como já comentamos anteriormente as questões são idênticas no
Pré e Pós Teste. Foram propostas cinco questões as quais, no pré-teste os
alunos responderam sem as atividades e no pós teste as respostas foram obtidas
após as atividades desenvolvidas.
Q1. O que é um triângulo?
No Pré, todos alunos responderam que triângulo é uma figura geométrica e três
deles comentaram além disso que tem três lados acertando corretamente a
questão.
No Pós todos responderam novamente que é uma figura geométrica e agora
sete deles comentaram, além disso, que é uma figura plana de três lados,
acertando assim corretamente a questão.
Q2. A) A lacuna tinha que ser completada por eqüilátero. No Pré doze alunos
responderam que não se lembra, não sabia ou deram respostas erradas, tais
como: Trilátero congruente, dois lados. Dois acertaram. No Pós todos os
quatorze alunos acertaram a questão.
32
B) Nesse caso o complemento era: isósceles. No Pré, novamente o total de, não
se lembra, não sabia ou respostas indevidas, totalizaram doze. Dois acertaram.
No Pós treze acertaram e uma resposta está ilegível.
C) A sentença tinha que ser completada por escaleno. No Pré: não se lembra,
não sabia e erradas, tais como: Dois lados, bilátero e incongruente, doze alunos
e dois acertaram. No Pós oito acertaram e seis erraram ou não sabiam ou
deixaram em branco.
D) Os alunos deviam para completar a questão com, um ângulo reto ou de 90º.
No Pré, não se lembra, não sabia e erradas foram respostas dadas por todos os
quatorze alunos, enquanto no Pós dez alunos acertaram e quatro erraram.
E) Essa questão solicitava que a sentença fosse completada com três ângulos
agudos ou menores que 90º. Novamente não houve acertos no Pré- teste e no
Pós sete alunos acertaram e sete erraram ou não se lembrava.
F) Na questão era necessário completar com, um ângulo maior que 90º ou
obtuso. Não houve acertos no Pré-teste e no Pós seis alunos acertaram e oito
erraram ou não sabiam.
Q3. Os alunos tinham que completar a sentença com mediana e BC . Nenhum
acerto foi no Pré-teste. No Pós sete alunos acertaram, três acertaram
parcialmente, ou seja, ou identificaram a mediana ou o segmento o que
caracteriza erro; quatro não se lembraram, não sabiam, ou deixaram em branco.
Entre os que deixaram a questão sem resposta, houve quem argumentou, que
o tempo não foi suficiente.
Q4. Os alunos tinham que completar a sentença com mediatriz e BC . Nenhum
acerto no Pré-teste. No Pós, houve uma surpresa, poucos acertaram
corretamente apenas quatro alunos, outros cinco identificaram parte do conceito,
não em sua totalidade o que conduz o erro e os outros cinco erraram toda a
questão pois não se lembraram, não sabiam ou deixaram em branco devido a
falta de tempo.
Q5. A) Nessa questão os alunos tinham que completar a sentença com a palavra
mediatrizes. Mais uma vez não houve acertos no Pré-teste. No Pós nove alunos
33
acertaram a questão e cinco não se lembraram não sabiam ou deixaram em
branco. Novamente, ocorreu o comentário sobre a falta de tempo.
B) A sentença tinha que ser completada por medianas. Do mesmo modo que
nas questões anteriores, nenhum aluno respondeu de forma correta. No Pós oito
alunos acertaram e seis não se lembraram, não sabiam ou deixaram em branco
devido a falta de tempo.
Obs. Para efeito de tabulação, respostas incompletas, incorretas, ou “não sei”,
“não lembro”, ou ainda questões sem respostas, foram consideradas como
erradas.
Fig. 16 – Número de acertos e erros nas questões do Pré-Teste.
Examinando o gráfico podemos chegar a conclusão que a grande maioria dos
alunos erraram as questões no pré-teste, existindo poucos acertos o que salienta
precário conhecimento do conteúdo a ser explorado.
34
Fig. 17 – Número de acertos e erros nas questões do Pós-Teste.
Aferindo o gráfico podemos chegar a conclusão que a houve significativa
melhora no número de acertos. Com exceção da questão 4, a grande maioria
dos alunos acertou as questões no pós-teste, havendo poucos erros, o que nos
faz supor que o trabalho desenvolvido produziu um resultado positivo.
Fig. 18 – Comparando os resultados do Pré-Teste e do Pós-Teste.
Esse gráfico destaca ainda mais a significativa melhora que se pode observar
em relação aos resultados. Isso nos faz acreditar, que embora o trabalho tenha
sido desenvolvido em um curto espaço de tempo, o resultado foi positivo, o que
nos encoraja a investir mais em atitudes, como as aqui propostas.
35
CAPÍTULO 4 – CONSIDERAÇÕES FINAIS
Nesse capítulo apresentamos as considerações finais relacionadas a esse
trabalho de pesquisa.
4.1 – SOBRE A PESQUISA
Ao encerrarmos essa pesquisa, retomamos a algumas considerações já feitas.
Por exemplo, relembramos a nossa pergunta de pesquisa: “Quais contribuições
podem ser observadas, nos processos de ensino e de aprendizagem, quando se
utilizam dobraduras de papel ao se explorar mediatrizes, medianas, circuncentro
e baricentro de um triângulo?”
Relembramos também os procedimentos adotados para a realização deste
projeto: inicialmente foi feita uma revisão bibliográfica buscando os conceitos
que seriam trabalhados; o ensino da geometria nos últimos 60 anos e os
trabalhos que abordavam textos relacionados aos nossos objetivos de pesquisa.
Na sequência foram elaboradas as atividades e selecionado um grupo para o
desenvolvimento das mesmas.
Após a análise dos dados pudemos obter algumas respostas.
Quanto as contribuições, que notamos, podemos afirmar que do mesmo modo
que Toledo (2007), também conseguimos perceber que o uso das dobraduras
ajudou os alunos a entenderem melhor os conceitos explorados.
Foi muito gratificante, observar os alunos explorando conceitos, com os próprios
olhos e mãos (Freundenthal, apud Abrantes 1999), como nas situações, nas
quais eles descobriram que o baricentro, poderia estar “dentro” ou “fora” do
triângulo, ou o circuncentro, coincidir com o ponto médio da hipotenusa de um
triângulo retângulo.
Além disso, destacamos que o papel do professor, é de fundamental importância,
pois é visível que os alunos, pelo menos do grupo testado, são muito
36
dependentes, desse profissional. Embora, existisse um material que orientava o
trabalho que deveria ser feito, a maioria não se esforçava em entender as
instruções, preferiam perguntar o que deveria ser feito.
Porém, esse não é o único momento em que o professor, pode colaborar com
os alunos.
Nas realizações das atividades, como já citado, alguns alunos não conseguiram
obter os pontos de intersecção das mediatrizes e/ou das medianas. Essa
ocorrência, já havia sido comentada, no texto que discuti o uso das dobraduras,
na exploração das cevianas, constante do material, intitulado “Reorganização
Curricular”, desse modo, esse fato já era esperado; o que pode propiciar uma
pronta atitude por parte do professor, permitindo uma discussão com o grupo,
que permitiu chegar a conclusão, de que era necessário apenas um pouco mais
de cuidado para que as dobraduras, produzissem o resultado esperado.
Concordamos também com Cruz e Gonschorowski (2010), quando argumentam
que esse tipo de material é de baixo custo e pode produzir bons resultados, o
que é bastante interessante, nas escolas nas quais o poder aquisitivo dos alunos
é pequeno.
Portanto, partindo das considerações feitas, acreditamos que as atividades com
dobraduras possam criar situações que permitam aos alunos compreender e
discutir melhor esse conteúdo, contribuindo para obter suas próprias conclusões,
além de despertar um maior interesse em relação a geometria como um todo.
Desse modo, julgamos que a nossa proposta de trabalho, foi bem sucedida e as
contribuições observadas, foram positivas, ou seja, entendemos que os
resultados obtidos o Pós-Teste, comparando com o Pré-Teste, foram
satisfatórios, na obtenção de conhecimentos dos conceitos abordados nessa
pesquisa.
37
4.2. SUGESTÃO DE NOVOS TRABALHOS
Embora essa pesquisa tenha explorado as medianas, as mediatrizes e suas
intersecções, outras atividades poderiam ser propostas no sentido de se explorar
as propriedades que envolvem esses conceitos, principalmente no que diz
respeito ao baricentro e ao circuncentro.
Em nossa pesquisa, esses fatos não foram abordados, por falta de tempo, mas
com certeza, poderiam enriquecer o trabalho.
Deixamos, então uma sugestão para outros que desejarem realizar pesquisa
referente as cevianas trabalhando com dobraduras, uma vez que investigações
semelhantes podem ser feitas, utilizando as bissetrizes dos ângulos internos, as
alturas dos triângulos e seus pontos de intersecção: incentro e ortocentro.
Para tanto, os proponentes, poderão consultar a revisão de bibliografia,
constantes nesse texto, para obter parte dos subsídios necessários para a
realização dessas novas pesquisas.
38
9. REFERÊNCIAS
ABRANTES, P. Investigações em Geometria na Sala de Aula. Disponível em: http://ia.fc.ul.pt/textos/p_153-167.PDF. Acessado em: 14/05/2012.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: matemática. Brasília: MEC/SEF, 1998.
CRUZ, Graciele Pereira da; GONSCHOROWSKI, Juliano dos Santos. O Origami como Ferramenta de Apoio ao Ensino de Geometria. Disponível
em:http://www.unifafibe.com.br/revistasonline/arquivos/revistafafibeonline/sumario/10/19042010094856.pdf. Acessado em: 08/03/2012. DOLCE, O; POMPEU J. N.. Fundamentos da Matemática Elementar –
geometria plana. São Paulo, Atual. vol. 09, 1993. GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO; Secretária de Estado de Educação; Secretária Adjunta de Planejamento Pedagógico. REORIENTAÇÃO CURRICULAR. Matemática – Ensino fundamental – volume II – Materiais didáticos – 2006 – UFRJ.
LORENZATO, Sérgio. (1995). Revista Zetetiké. Campinas: UNICAMP-FE-CEMPEM, ano 3, nº 4, p.95-102, Nov. 1995 - O Ensino da Geometria - Faculdade de Educação - UFMG.
OBMEP; Oficina do Projeto Olimpíada Mineira de Matemática 2007. Oficina de dobraduras – parte I, disponível em
miltonborba.org/OBMEP/oficina_parte01.pdf, acessado em: 19/04/2012.
PAVANELLO, Regina Maria, O Abandono do Ensino da Geometria no Brasil: causas e conseqüências. Revista Zetetiké – Ano I, 1993. SANTOS, Marcia Regina Ferreira Lima dos. O Ensino de Geometria no Ensino Fundamental, disponível em: http://artigos.globe24h.com, Acessado em:
07/08/2012. TOLEDO, Edney G. de Oliveira. A Geometria das Dobraduras. Cunha, disponível em: http://www.feg.unesp.br/extensao/teia/2007/trab_finais/EF-TrabFinal-Edney.pdf, Acessado em: 06/05/2011 e em 12/04/2012.
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APÊNDICES
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APÊNDICE I
PRÉ – TESTE
Nome:____________________________________________idade:_________Série______
Parte 1
A - Você gosta de estudar Matemática?
Sim ( ) Não ( ) Depende do Conteúdo ( ) Justifique sua resposta:
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
B - Você teria alguma sugestão de como gostaria que fossem suas aulas de Matemática?
Sim ( ) Não ( )
Se sim, diga qual?
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
Parte 2
Responda as questões abaixo:
1 - O que é um triângulo?
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
2 - Complete as sentenças abaixo:
a) Um triângulo que possui três lados congruentes é chamado de _____________________
b) Um triângulo que possui dois lados congruentes é chamado de _____________________
c) Um triângulo que possui dois lados quaisquer não congruentes é chamado
de________________________________
d) Um triângulo é chamado de triângulo retângulo quando possui ___________________
__________________________________________________
e) Um triângulo é chamado de triângulo acutângulo quando possui __________________
__________________________________________________
f) Um triângulo é chamado de triângulo obtusângulo quando possui __________________
__________________________________________________
3 – Considerando que na figura a seguir, D é o ponto médio do BC , complete a sentença:
41
AD é chamado de_________________ relativa ao lado_______ do triângulo ABC.
4 - Considerando que na figura abaixo, D é o ponto médio do BC , complete a sentença:
A reta perpendicular que passa por D é chamado de _________________ relativa ao lado
______ do triângulo ABC.
5 - Complete as sentenças:
a) Chama-se Circuncentro o ponto de encontro das _________________ de um triângulo.
b) Chama-se Baricentro o ponto de encontro das __________________ de um triângulo.
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APÊNDICE II
PÓS– TESTE
Nome:_____________________________________________Idade:_________Série_____
Parte 1
A - Como você avalia a sua participação em relação às atividades desenvolvidas?
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
B - Você acredita que a forma como as atividades foram realizadas, auxiliaram o seu
entendimento em relação ao conteúdo desenvolvido? Se sim, explique como isso
aconteceu.
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
C - Você teria alguma sugestão, que acredita possa contribuir para melhorar esse trabalho?
Se sim, qual?
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
Parte 2
Responda as questões abaixo:
1 - O que é um triângulo?
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
2 - Complete as sentenças abaixo:
a) Um triângulo que possui três lados congruentes é chamado de
____________________________
b) Um triângulo que possui dois lados congruentes é chamado de
____________________________
c) Um triângulo que possui dois lados quaisquer não congruentes é chamado de
_______________________________________________
d) Um triângulo é chamado de triângulo retângulo quando possui
____________________________
43
e) Um triângulo é chamado de triângulo acutângulo quando possui
__________________________________________________________________________
f) Um triângulo é chamado de triângulo obtusângulo quando possui ____________________
__________________________________________________________________________
3 – Considerando que na figura a seguir, D é o ponto médio do BC , complete a sentença:
AD é chamado de_________________ relativa ao lado_______ do triângulo ABC.
4 - Considerando que na figura abaixo, D é o ponto médio do BC , complete a sentença:
A reta perpendicular que passa por D é chamado de _________________ relativa ao lado
______ do triângulo ABC.
5 - Complete as sentenças:
a) Chama-se Circuncentro o ponto de encontro das ____________________ de um
triângulo.
b) Chama-se Baricentro o ponto de encontro das ____________________ de um triângulo.
44
APÊNDICE III
Atividades propostas
Cada aluno recebeu uma coleção de triângulos como os indicados abaixo.
Obs. Os espaços que aparecerem nos itens a seguir foram propostos para
serem discutidos apenas durante a realização das atividades, de modo a não
antecipar nenhuma das respostas esperadas.
1) Determinando as __________________________ de um triângulo.
- Escolha um dos triângulos acutângulos recebidos, e faça uma dobradura de modo
que os pontos A e B se sobreponham.
- Nomeie por M, o ponto de intersecção da reta obtida pela dobradura com o lado AB .
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- Repita a operação para os demais lados e nomeie os pontos de intersecção por M1
e M2.
- Utilizando um lápis, marque as retas obtidas pelas dobraduras e nomeie o ponto de
intersecção dessas retas por O.
- Selecione um dos triângulos obtusângulos recebidos e repita os passos.
- O que você pode afirmar em relação aos pontos M, M1 e M2?
__________________________________________________________________
- Que tipo de ângulo é formado por essas retas e os lados do triângulo?
___________________________________________________________________
- As retas que se interceptam formando um ângulo ___________, recebem o nome
de _______________________________.
- Complete a sentença: A reta ___________________que passa pelo ponto
____________ de um lado do triângulo, recebe o nome de ____________________.
- O ponto de intersecção das _________________ recebe o nome de
____________________
- Retorne ao início e complete o título da atividade.
2) Determinando as ___________________________ de um triângulo.
- Escolha outro triângulo acutângulo e determine o ponto médio de cada lado. (Marque
apenas o ponto, não a reta)
- Nomeie esses pontos por, M, M1 e M2.
- Utilizando dobraduras, determine segmentos que una cada vértice ao ponto médio
do lado oposto.
- Com auxilio de um lápis, trace esses segmentos e nomeie o ponto de intersecção
desses segmentos por G.
- Selecione um triângulo obtusângulo e repita os passos.
- Complete a sentença: O segmento de reta que une um vértice ao ponto médio do
lado oposto a esse vértice recebe o nome de __________________________.
- O ponto de intersecção das _________________ recebe o nome de
____________________
- Retorne ao início e complete o título da atividade.
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3)
- Selecione um dos triângulos retângulos recebidos e refaça os passos indicados na
atividade 1, até obter o ponto O.
- Complete a sentença: Chama-se mediatriz do lado de um triângulo, a reta
__________________ que passa pelo ponto médio desse lado.
- Complete a sentença: O ponto O recebe o nome de ________________ do triângulo.
- Utilize o outro triângulo retângulo e refaça os passos indicados na atividade 2,
determinando o ponto G.
- Complete a sentença: Chama-se mediana de um triângulo, o segmento de reta que
une um vértice ao ___________________ do lado oposto a esse vértice.
- Complete a sentença: O ponto G recebe o nome de ________________ do triângulo.