exercícios_genéricos_para_apostilas

download exercícios_genéricos_para_apostilas

If you can't read please download the document

Transcript of exercícios_genéricos_para_apostilas

O BOM SELVAGEM E A SOCIEDADE CRUEL ROBERTO CAMPOS Leia o texto abaixo e responda s questes de 01 a 25. Para fins didticos, exporemos o texto pargrafo por pargrafo. Isso facilitar o seu trabalho: 1 Pargrafo: Uma das perguntas mais intratveis da vida moderna sobre se o indivduo tem precedncia sobre o ente oletivo, ou o contrrio? Prevalecer a preferncia pessoal de cada um, ou a vocao altrusta de se sacrificar pelos demais? Nas sociedades primitivas, o problema era menos complicado porque a sobrevivncia individual estava estreitamente ligada do grupo. Mas por outro lado, o egosmo grupal era implacvel. Na era moderna, o indivduo adquiriu autonomia, tornou-se cidado votante e consumidor soberano. Os conflitos entre egosmo e altrusmo foram complicados pelo anonimato, pela burocracia, e pelo gigantismo das sociedades. Fora do crculo ntimo da famlia nuclear, os laos de solidariedade tornaram-se indiretos e difusos. 01) O primeiro perodo do texto diz que: a)H dvidas quanto a se o indivduo proveio do ente coletivo ou se foi o contrrio. b)No se trata de elaborar perguntas na vida moderna, pois o indivduo tem preferncia sobre o ente coletivo. c)H dvidas, na vida moderna, quanto a quem mais importante: o indivduo ou a sociedade? d) H dvidas, na vida moderna, quanto ao que surgiu antes: o indivduo ou o ente coletivo? e) H dvidas quanto possibilidade de se sacrificar o indivduo, para melhorar a sociedade. 02) H erros de pontuao no primeiro pargrafo do texto. Corrigindo-os, teremos: a) "...da vida moderna, sobre, se o indivduo..."; "...complicado, porque a sobrevivncia..." b) "...complicado, porque a sobrevivncia..."; "...Mas, por outro lado, o egosmo..."; "...burocracia e pelo gigantismo..." c) "...o problema, era menos complicado..."; "...Mas, por outro lado, o egosmo..."; "...burocracia e pelo gigantismo..." d) "...a vocao altrusta, de se sacrificar..." ; "...complicado, porque a sobrevivncia..."; "...Mas, por outro lado, o egosmo..." e) "...sociedades primitivas, o problema..."; "...foram complicados, pelo anonimato..."; "... Fora do crculo ntimo da famlia nuclear..." 03) Indique a afirmao correta em relao ao texto: a) Era mais fcil viver na sociedade primitiva, pois todos se ajudavam mutuamente. b) Os grupos que se formavam, na sociedade primitiva, no eram isolados uns dos outros. c) A burocracia existente na vida moderna arrefeceu os conflitos entre o egosmo e o altrusmo. d) Em toda famlia nuclear, h laos de solidariedade. e) A vida moderna fortaleceu os conflitos entre o individualismo e o altrusmo. 2 Pargrafo: Mas h sempre algum altrusmo nas pessoas. Sero valores embutidos em nossa cultura por um legado religioso? Ou um impulso inato, recebido da natureza ao nascer? Sangue, e rios de tinta, ainda no responderam a essa pergunta. No sculo 18, J. J. Rousseau, invertendo muitos sculos da viso pessimista do homem naturalmente pecador e mau, embutida na tradio crist, substituiu-a por uma ideia oposta: a do homem que nasce virtuoso, e degenera na sociedade. o "bom selvagem", uma das contribuies iniciais da descoberta do Brasil ao pensamento europeu.

04) Segundo o texto, J. J. Rousseau: a) Afirmou que o homem naturalmente pecador e mau, mas, devido tradio cristo, quando nasce virtuoso, degenera na sociedade. b) o bom selvagem que contribuiu para a descoberta do Brasil. c) Errou, ao inverter a viso da Igreja, que sempre acreditou ser o homem virtuoso, mas degenerador da sociedade. d) Contradisse a tradio crist, ao afirmar que o homem nasce virtuoso, e a sociedade o corrompe. e) Contribuiu para a descoberta do Brasil, ao afirmar que o selvagem que aqui habitava era naturalmente bom. 05) O autor do texto: a) Afirma que as pessoas, de alguma maneira, so solidrias com as demais. b) Explica que existe nas pessoas algum conceito que a leva a praticar atos estranhos. c) Discute a validade de se levarem em considerao os ensinamentos da Igreja. d) Mostra o pensamento de um ateu, que escreveu obras contra a Igreja. e) Revela que nossa cultura tem valores embutidos por um cidado, considerado legado religioso. 06) Considerando-se algumas palavras do texto, errado afirmar que: a) Altrusmo est para altrusta assim como escotismo est para escoteiro. b) Embutidos est para embutir assim como vindo est para vir. c) Impulso est para impelir assim como decurso est para decorrer. d) Embutida est para imbutida assim como emigrar est para imigrar. e) Contribuies est para contribuir assim como intuies est para intuir. 07) No texto, foram empregadas em sentido conotativo as seguintes palavras: a) viso e pecador. b) tradio e ideia. c) altrusmo e valores. d) cultura e legado. e) sangue e rios. 3 Pargrafo: A inverso de Rousseau teve conseqncias imprevistas. Se o problema residia na sociedade, bastaria ao homem transformla para voltar ao paraso. Tentao tanto mais irresistvel quanto estava acontecendo a transio do mundo pr-industrial para os horizontes inexplorados da Revoluo Industrial. Durante trs sculos, a Era da Razo vinha abalando os alicerces intelectuais da cosmoviso religiosa que sustentara a grande unidade espiritual da Idade Mdia. E a vitria do racionalismo humanista trazia no bojo o liberalismo poltico e econmico. 08) A frase que altera a ideia bsica do segundo perodo desse pargrafo : a) J que o problema residia na sociedade, bastaria ao homem transform-la para voltar ao paraso. b) Uma vez que o problema residia na sociedade, bastaria ao homem transform-la para voltar ao paraso. c) Como o problema residia na sociedade, bastaria ao homem transform-la para voltar ao paraso. d) Embora o problema residisse na sociedade, bastaria ao homem transform-la para voltar ao paraso. e) Porquanto o problema residisse na sociedade, bastaria ao homem transform-la para voltar ao paraso. 09) Segundo o texto: a) Trs sculos depois de Rousseau, teve incio a Idade Mdia.

b) O liberalismo poltico e econmico era uma das caractersticas do racionalismo humanista. c) A vitria do racionalismo humanista extinguiu o liberalismo poltico e econmico. d) A Era da Razo e a Idade Mdia so nomes para uma mesma poca. e) O problema realmente residia na sociedade. 10) No correto substituir elementos do texto em: a) "...bastaria ao homem transform-la, a fim de voltar ao paraso." b) "...bastaria o homem transform-la, para voltar ao paraso." c) "... a Era da Razo vinha abalando as bases intelectuais da cosmoviso religiosa..." d) "...vinha abalando os alicerces intelectuais da concepo religiosa do mundo..." e) "...E o triunfo do racionalismo humanista trazia no bojo o liberalismo poltico e econmico." 4 Pargrafo: Ao pular-se do pecado original para o "homem naturalmente bom num mundo mau", abriu-se uma grande florescncia de socialismos que, em princpio, se propunham refazer a sociedade segundo uma utopia generosa. Em meados do sculo passado, veio um golpe: a teoria da evoluo das espcies, de Darwin, segundo a qual, na natureza, os seres vivos evoluam pela disputa de uns com outros no jogo da sobrevivncia do mais apto. Essa ideia no foi logo entendida como ameaa pelos socialistas, porque, como os seus coetneos, tinham um profundo temor reverencial pela "cincia". No demorariam, porm, a aparecer extrapolaes como o "darwinismo social", e as ideias racistas supostamente "cientficas". "Ao vencedor as batatas", como diria Machado de Assis. 11) Apesar de o texto estar claro ao leitor leigo, um estudo mais profundo traria tona um erro que modificaria totalmente o sentido do primeiro perodo desse pargrafo, pois: a) Em princpio s aparentemente tem sentido temporal, mas, na verdade, tem valor concessivo, podendo ser substitudo por "apesar de". A expresso que indica tempo "a princpio". b) b) Refazer possui o sentido de "fazer novamente"; isso daria o significado de que a sociedade no mais existia, o que no condiz com a realidade. c) Ao pular-se denota interrupo na ao, como se uma ao abruptamente fosse interrompida, para que outra se iniciasse. O certo seria "Ao se pular". d) Florescncia significa "iluminao", o que denotaria que os socialismos j existiam, mas o autor quis indicar que eles surgiam naquele momento. e) Generosa qualidade que s pode ser admitida em pessoas, portanto no cabe neste texto. 12) Na frase "Essa ideia no foi logo entendida como ameaa pelos socialistas...", a) Deve-se substituir essa por esta, pois os pronomes demonstrativos que indicam algo j apresentado anteriormente no texto so este, esta, isto. b) Deve-se colocar logo depois de entendida, pois no se deve separar os verbos que formam locuo verbal por elemento algum. c) H dois advrbios. d) No h emprego de preposio. e) No se deve substituir essa por esta, pois os advrbios que indicam algo j apresentado anteriormente no texto so esse, essa, isso. 5 Pargrafo:

Ondas ideolgicas se sucederam, sem se decidir de vez quais os fatores determinantes do comportamento humano: a natureza fsica, mais ou menos imutvel, ou a sociedade e a cultura, amoldveis em princpio pela ao poltica? Talvez o mais consistente tenha sido o paladino da "ptria do socialismo", Stalin, que, compreendendo o perigo das ideias, exterminou os hereges bilogos mendelianos, que duvidavam da verdade cientfica socialista, segundo a qual as caractersticas adquiridas pelo indivduo se transmitiam por via hereditria. 13) Segundo o texto: a) Stalin exterminou os bilogos mendelianos, porque estes acreditavam que as caractersticas adquiridas pelo indivduo se transmitiam por via hereditria. b) Os bilogos mendelianos compreenderam o perigo das ideias cientficas socialistas. c) Os bilogos mendelianos no acreditavam que as caractersticas adquiridas pelo indivduo eram transmitidas por via hereditrias. d) Stalin era considerado o paladino da ptria do socialismo, porque compreendeu o perigo das ideias cientficas. e) Os que duvidavam da verdade cientfica socialista compreenderam o perigo das ideias dos bilogos mendelianos. 14) Considere as seguintes afirmaes sobre o texto: I. Houve um perodo frtil, em relao formao de ideias. II. difcil encontrar o fator determinante do comportamento humano. III. Nada muda a natureza fsica do homem. De acordo com o contexto, est(o) correta(s): a) somente I. b) somente II. c) somente III. d)somente I e II. e) I, II e III. 15) Quais os termos do texto que retomam uma ideia j citada anteriormente? a) imutvel e amoldveis, pois so adjetivos que qualificam substantivos anteriores. b) a natureza fsica e ao poltica, pois claramente retomam elementos anteriores, representados por humano e sociedade, respectivamente. c) mais e ideias, pois retomam ao e socialismo. d) Os dois que, pois so pronomes relativos que retomam Stalin e bilogos mendelianos, respectivamente. e) cientfica e hereditria, pois retomam verdade e indivduo 6 Pargrafo: Avanos recentes da gentica trouxeram um complicador, ao sugerir que muitos traos comportamentais tm base fsica nos genes. Naturalmente, nenhum cientista respeitvel chegou ao ponto de afirmar que o homem seja totalmente determinado pelo seu material gentico. Mas certamente ficou enfraquecida a corrente externa que reduzia o indivduo a meras determinaes do contexto social. 16) Segundo esse pargrafo: a) O homem se comporta de acordo com o que aprende no contexto social. b) Apesar de no ser totalmente comprovado, acredita-se que o comportamento do homem seja determinado por seus genes. c) O homem totalmente determinado por seu material gentico. d) Apesar de enfraquecida a ideia, o que se sabe que o homem determinado pelo contexto social.

e)

O comportamento do ser humano depende das correntes externas que o reduz a determinante comportamental.

17) Assinale a letra que no altera a ideia bsica do primeiro perodo do pargrafo: a) Avanos recentes da gentica trouxeram um complicador, no momento em que sugeriram que muitos traos comportamentais tm base fsica nos genes. b) Avanos recentes da gentica trouxeram um complicador, na hora em que sugeriram que muitos traos comportamentais tm base fsica nos genes. c) Avanos recentes da gentica trouxeram um complicador, desde que sugeriram que muitos traos comportamentais tm base fsica nos genes. d) Avanos recentes da gentica trouxeram um complicador, quando sugeriram que muitos traos comportamentais tm base fsica nos genes. e) Avanos recentes da gentica trouxeram um complicador, por sugerir que muitos traos comportamentais tm base fsica nos genes. 18) "Mas certamente ficou enfraquecida a corrente externa que reduzia o indivduo a meras determinaes do contexto social." A palavra grifada no trecho tem o mesmo significado da palavra grifada da letra: a) Trata-se de simples questo gramatical. b) Depois de marcar o meio da linha vamos dividi-la em duas partes iguais. c) O maravilhoso est presente em muitas das histrias infantis. d) O conjunto harmonizava-se ao toque do diretor, que acentuou o aspecto plstico das marcaes e os efeitos de luz. e) Perdia-me a olhar-lhe os cabelos bem arrumados, viajando pelas ondas cadas para trs alisando as mechas irrequietas que saltavam pelas orelhas. 7 Pargrafo: No se est aqui, pretendendo debater a tese do "gene egosta", conforme a polmica expresso de Richard Dawkins. Nem se uma eficiente engenharia social vivel. Penso nessas questes porque me preocupo com o simplismo obtuso de inculpar-se a sociedade por todos os males possveis e imaginveis: da seca do Nordeste ignorncia e s desigualdades. Carncias h, sem dvida. Mas podem ser relativas, criadas pela insaciabilidade das veleidades humanas. Um IKung do deserto de Kalahari contenta-se com muito pouco, ao passo que um americano fica infeliz se tiver um pouco menos do que o vizinho do lado. E em So Paulo, presos condenados tocaram fogo nas celas porque queriam televiso a cabo e ar-condicionado!... 19) Segundo o autor: a) A sociedade a grande culpada pelos males que assolam a nao brasileira. b) errado atribuir sociedade a culpa por todos os males que afligem a nao. c) A sociedade insacivel, por isso ocorrem tantos males na nao. d) As carncias existentes na sociedade so todas relativas, por isso no devem ser levadas a srio. e) H grande preocupao com a simplicidade existente na sociedade, pois isso que cria a ignorncia e as desigualdades. 20) certo afirmar que: a) h, no texto, uma crtica aos americanos, devido inveja que eles tm de seus vizinhos. b) o autor no acredita que haja carncia verdadeira no Nordeste.

Os nicos males possveis e imaginveis do Brasil so a Seca do Nordeste, a ignorncia e as desigualdades. d) Todas as penitencirias de So Paulo deixam de atender os pedidos dos presos condenados. e)Muitas carncias so criadas pelo desejo leviano de o homem querer ter mais do necessrio. 21) A frase que altera a ideia bsica da frase "Um IKung do deserto de Kalahari contenta-se com muito pouco, ao passo que um americano fica infeliz se tiver um pouco menos do que o vizinho do lado." : a) Um IKung do deserto de Kalahari contenta-se com muito pouco, mas um americano fica infeliz se tiver um pouco menos do que o vizinho do lado. b) Um IKung do deserto de Kalahari contenta-se com muito pouco, ao mesmo tempo que um americano fica infeliz se tiver um pouco menos do que o vizinho do lado. c) Um IKung do deserto de Kalahari contenta-se com muito pouco, enquanto um americano fica infeliz se tiver um pouco menos do que o vizinho do lado. d) Um IKung do deserto de Kalahari contenta-se com muito pouco, no entanto um americano fica infeliz se tiver um pouco menos do que o vizinho do lado. e) Um IKung do deserto de Kalahari contenta-se com muito pouco, quando um americano fica infeliz se tiver um pouco menos do que o vizinho do lado. 8 Pargrafo: H sculo e meio, Marx achava que a riqueza Resultava da explorao da mais-valia do trabalho proletrio pela classe burguesa. A ideia no passou no "provo" da histria. As desigualdades nas sociedades modernas provm sobretudo de que alguns conseguem maior produtividade, e acumulam mais, por conta do que produzem. Bill Gates comeou na garagem de casa com talento e informao, e se fez multibilionrio com suas inovaes tecnolgicas. O mistrio do progresso est na inovao e na acumulao. A acumulao aumenta a desigualdade em relao ao que no acumulou. H dois sculos passados, as diferenas de renda per capita entre os pases ricos e os mais pobres eram de duas ou trs vezes. O crescimento da produtividade dos atuais pases industrializados, entre 1820 e 1913, foi quase sete vezes maior do que entre 1700 e 1820, e a renda real per capita cresceu trs vezes no perodo. Hoje, a diferena entre a Sua e o Burundi, de 390 vezes, e entre a mdia dos industrializados e a dos de mais baixa renda, de 74 vezes. Possivelmente, o fator mais perverso ter sido o crescimento populacional descontrolado, que condenou os subdesenvolvidos a carregar gua em peneira. 22) Considerando-se o texto, incorreto afirmar que: a) Entre 1820 e 1913, o crescimento da renda per capita dos atuais pases industrializados foi proporcional ao crescimento da produtividade dos mesmos pases. b) Modernamente a teoria de Marx no mais aceita como verdadeira. c) O fato de que alguns conseguem maior produtividade e, consequentemente, acumulam mais por conta do que produzem fundamental para existir a desigualdade. d) A inovao e a acumulao so fatores preponderantes para a subsistncia do progresso. e) provvel que o crescimento populacional descontrolado seja o fator mais importante para o aumento das desigualdades sociais. 23) "Marx achava que a riqueza resultava da explorao da mais-valia do trabalho proletrio pela classe burguesa." Os elementos destacados tm a mesma funo sinttica que os da frase:

c)

a) O crtico proferiu palavras discordantes das obras do artista. b) O partido desagregado dos fundamentos da Ptria no deve ser respeitado pelo eleitor. c) A abonao de suas faltas pela diretoria foi justssima. d) Luiz da Cunha era estranho s apressadas solicitudes da Viscondessa de Bacelar com o futuro de sua filha. e) A algazarra dos soldados foi interrompida com a chegada do correio. 24) Em relao frase "H dois sculos passados...", retirada do texto, certo afirmar que: a) Est absolutamente certa. b) Est errada, pois o verbo haver deveria estar no plural. c) Est errada, pois, como o verbo haver j indica tempo decorrido, no se deveria usar o adjetivo passado. d) O verbo haver deveria ser substitudo pelo verbo fazer, sem qualquer outra mudana na frase. e) Est errada, pois, como o verbo haver impessoal, o adjetivo passado tambm deveria estar no singular. 9 Pargrafo: Os governos j nos tungam uma proporo altssima do PIB, superior de qualquer pas em desenvolvimento. No entanto, Unio, Estados e municpios esto reduzidos quase indigncia, e no cumprem direito suas funes sociais. preciso que se diga que a carga fiscal reinante em nosso manicmio tributrio exagerada para nosso nvel de renda. A partir de certo patamar, tributar mais reduz a produtividade e a competitividade, piorando ao invs de melhorar as oportunidades de emprego. O problema social brasileiro no se resolve gastando mais e sim gastando melhor. 25) Nesse pargrafo o autor: a) critica a ao do governo em relao ao aumento exagerado dos tributos no pas. b) argumenta favoravelmente ao governo no tocante ao aumento de impostos no pas. c) julga improcedente a discusso acerca do cumprimento das funes sociais do Estado. d) acredita que o patamar mais elevado da produtividade est no tributar mais e reduzir a competitividade no mercado. e) Comenta que o nvel de renda brasileira baixo devido ao aumento de impostos no pas. OUTROS TEXTOS 01) "O princpio que, desde os tempos mais remotos de nossa colonizao, norteara a criao de riqueza no pas no cessou de valer um s momento para a produo agrria. Os portugueses buscavam extrair do solo benefcios desmedidos, sem grandes sacrifcios. Queriam servir-se da terra no como senhores, mas como usufruturios, s para a desfrutarem e a deixarem destruda." De acordo com o texto: a) Porque, pouco rendosa, a atividade agrcola foi desdenhada pelos colonizadores portugueses. b) O colonizador portugus vinha buscar uma riqueza que se originasse do menor trabalho possvel. c) Quando a terra se exauria, os colonos buscavam paragens mais frteis para a atividade agrcola. d) Os portugueses no colonizavam regies onde a atividade agrria se tornasse muito difcil. e) A produo agrcola gerou riqueza suficiente para todo tipo de colonizador, fosse senhor ou apenas usufruturio da terra.

02) " necessrio partir para a dimenso universal, mas levando no bico ou nas patas o gro de terra com que alimentar o vo." Infere-se do texto que: a) As aves do cu e os animais da terra so os verdadeiros proprietrios do grandioso universo que habitamos. b) O homem, em sua desmedida ambio, quer conquistar os cus, a terra e todos os habitantes do universo. c) O homem, ao atirar-se conquista do universo, no deve perder o senso de sua prpria realidade. d) No possvel alar vo para dominar outros mundos antes de resolver os problemas de seu prprio planeta. e) As viagens interplanetrias oferecem ao homem a vastido do universo, mas dificultam-lhe a alimentao adequada a suas necessidades. Com base no texto a seguir responda s questes 03 e 04: Tratava-se de uma orientao pedaggica que acreditava no papel da instruo como base prvia das transformaes sociais. Ela preconizava uma educao rigorosamente leiga em classes mistas, sem religio, com predomnio da cincia, apelando para a iniciativa do aluno e criando para ele condies atraentes de aprendizado, com o fim de formar cidados independentes no submetidos aos preconceitos. Ao mesmo tempo, Ferrer pregava a organizao sindical dos professores e a sua solidariedade com o movimento operrio, como conseqncia lgica do pressuposto segundo o qual a instruo leiga e cientfica leva necessariamente a desejar a transformao da sociedade. (Antnio Cndido, Teresina etc., Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1980) 03 ) Com base no texto, pode-se afirmar que o modelo pedaggico a defendido pretendia aliar: a) cincia, participao do aluno e transformao da sociedade. b) leigos, corpo docente e sindicalizao dos discentes. c) religio, obscurantismo e mudana poltica. d) promiscuidade, nivelamento social e cidadania. e) quebra dos preconceitos, identidade operria e revoluo. 04) Depreende-se do texto que: a) o fim de qualquer educao a iniciao em assuntos sexuais em classes mistas. b) o alvo de uma pedagogia revolucionria consistiria em transformar todo aluno em operrio. c) o intuito desse novo sistema de ensino era buscar conciliar o aprendizado com uma atitude favorvel mudana social. d) o objetivo primeiro desse tipo de instruo era formar quadros militantes para o movimento sindical. e) a preocupao maior dessa postura educacional voltava-se para uma tica leiga, secular e liberal, mas anticientfica. Texto para as questes 05 a 07: "Crnica tem esta vantagem: no obriga ao palet-egravata do editorialista, forado a definir uma posio correta diante dos grandes problemas; no exige de quem a faz o nervosismo saltitante do reprter, responsvel pela apurao do fato na hora mesma em que ele acontece; dispensa a especializao suada em economia, finanas, poltica nacional e internacional, esporte, religio e o mais que imaginar se possa. Sei bem que existem o cronista poltico, o esportivo, o religioso, o econmico, etc, mas a crnica de que estou falando aquela que no precisa entender de nada ao falar de tudo. No se exige do cronista geral a informao ou os comentrios

precisos que cobramos dos outros. O que lhe pedimos uma espcie de loucura mansa, que desenvolva determinado ponto de vista no ortodoxo e no trivial, e desperte em ns a inclinao para o jogo da fantasia, o absurdo e a vadiao de esprito. Claro que ele deve ser um cara confivel, ainda na divagao. No se compreende, ou no compreendo, cronista faccioso, que sirva a interesse pessoal ou de grupo, porque a crnica territrio livre da imaginao, empenhada em circular entre os acontecimentos do dia, sem procurar influir neles. Fazer mais do que isto seria pretenso descabida de sua parte. Ele sabe que seu prazo de atuao limitado: minutos no caf da manh ou espera do coletivo." (Carlos Drummond de Andrade - "Ciao", in Shopping News - City News) 05) Segundo o que se depreende do texto, para Drummond a crnica poderia ser caracterizada como: a) uma atividade literria em prosa, veculo de notcias sobre fatos da atualidade. b) uma atividade jornalstica, isto , noticirio cientfico ou literrio, apresentado em linguagem simples e agradvel. c) uma atividade literria que visa menos especialidade e profundidade do assunto que ao entretenimento do leitor. d) uma reportagem disfarada, pois nela no se nota "o nervosismo saltitante do reprter". e) uma reportagem, embora camuflada em atividade literria, na qual o jornalista no deve ser faccioso. 06) Segundo Drummond, no exato afirmar que: a) A crnica (geral) deve ser fruto da fantasia e da vadiao de esprito do cronista, embora no deva tratar de trivialidade. b) O cronista geral no obrigado a posicionar-se corretamente diante dos grandes problemas. c) Embora haja cronistas especializados em economia, finanas, etc., no se obriga o cronista geral especializao em determinado assunto. d) O cronista geral no pode ser confundido com reprter, porque este visa apurao de fatos, enquanto aquele deve "circular entre os acontecimentos do dia". e) O cronista geral deve ser confivel, embora no precise entender de nada, ao falar de tudo. 07) Assinale a alternativa em que ambas as expresses no se relacionam com o modelo de crnica apresentado por Drummond: a) palet-e-gravata; ponto de vista no ortodoxo. b) nervosismo saltitante; territrio livre da imaginao. c) prazo de atuao limitado; ponto de vista no trivial. d) informao ou comentrio preciso; apurao imediata do fato. e) inclinao para o jogo da fantasia; especializao suada. 08) CONFIDNCIA DO ITABIRANO Alguns anos vivi em Itabira Principalmente nasci em Itabira. Por isso sou triste, orgulhoso: de ferro. Noventa por cento de ferro nas caladas. Oitenta por cento de ferro nas almas. E esse alheamento do que na vida porosidade e comunicao. A vontade de amar, que me paralisa o trabalho, vem de Itabira, de suas noites brancas, sem mulheres e sem horizontes. E o hbito de sofrer, que tanto me diverte, doce herana itabirana.

De Itabira trouxe prendas diversas que ora te ofereo: esta pedra de ferro, futuro ao do Brasil; este So Benedito do velho santeiro Alfredo Duval; este couro de anta, estendido no sof da sala de visitas; este orgulho, esta cabea baixa... Tive ouro, tive gado, tive fazendas. Hoje sou funcionrio pblico. Itabira apenas uma fotografia na parede. Mas como di!(Carlos Drummond de Andrade)

Aps a leitura do poema acima, podemos afirmar que: a) passado e presente se contrapem em toda a extenso do poema: o ontem e o hoje, o l e o aqui so matria-prima da saudade, cujo produto a dor pela perda de um passado que ficou para trs e que no volta mais. b) o passado retorna constantemente memria do poeta, alimentado, com lembranas, o sentimento de paz e serenidade. c) o poeta no continua, no presente, ligado emocionalmente sua cidade natal, Itabira, apesar de orgulhar-se muito dela devido s suas riquezas naturais, como o ferro, o ao e a arte do seu povo. d) as imagens do velho santeiro Alfredo Duval so as nicas lembranas que o prendem ao passado. e) o poeta expressa grande revolta por ter perdido seus bens materiais e encontrar-se hoje na misria. A GRANDE AVENTURA Texto para as questes 09 e 10: Experimentem sair das grandes cidades em que moram, as tais urbs, e embicar o carro rumo a algum lugarejo distante e perdido, onde o tempo tem outra dimenso, um tempo rural e agrcola, governado por chuvas, sis, amanheceres e anoiteceres, granizo ou ventania. As pessoas falam manso e devagar, molham de cuspe o dedo indicador para dar a direo do vento, estudam a forma das nuvens, sabem o que quer dizer um "rabo de galo" (que no seja coquetel), deslizando pelos cus. O hoje aquela leseira de bem aventurana, todas as aflies e encargos so de um amanh que custar muito a chegar. Vinda de longos anos de Londres e suas pontualidades a um Portugal ainda no entrado na CEE, tinha at uma certa graa viver nessa nova dimenso, trazida em portugus castio e camoniano que se encontrava at nas nossas cozinhas e feiras. Tudo bom. Vassoura nova varre bem, sa disparada certa manh do meu quinto andar chamada pelo apito antigo do amolador. Quanta lembrana, meu Deus! Juntei tesouras e facas e desci correndo para encontrar a prpria infncia de So Paulo que me batia porta. At hoje nenhuma daquelas tesouras funcionou mais e descobri, nas compras de televiso, que um jogo delas custava menos do que me custou a "amolao". Televiso havia s duas, ainda antes do "satlite" ser instalado no prdio e que me d a Europa, em vrias lnguas. Quando quero acertar o relgio ligo para a "Sky New", sem medo de errar. s vezes atrasada de uma hora, nos horrios de vero, outono, o que seja. Poucos programas ou em um pouco farta deles, fico muito em casa, leio, abro a tev sem som para me fazer companhia, como a gata Chica. Tanto livro na estante, uma janela em que sobrou um pouco de verde dos "fogos postos" e nos dias claros, no longe horizonte azul do mar, areias do Cabo Espichel. Neste mundo em que ningum acredita em relgio. O que me faz lembrar, seno o Brasil, ao menos o meu Rio de Janeiro, que participa de idntica filosofia existencial, a qual s vezes di muito no p. Pois a noo de tempo, em terras lusas, coisa muito especial.

Elsie Lessa, in O Globo, 25/9/95

09) "(...), tinha at certa graa viver nessa nova dimenso, traduzida em portugus castio e camoniano, (...)". No trecho acima a autora quer dizer que: a) achava cmico o portugus falado naquela terra, originrio de Cames b) gostava de viver com mais espao numa terra onde se falava o portugus provinciano de Cames c) no era bom redimensionar a vida atravs da linguagem clssica e erudita d) era interessante passar pela nova experincia expressa num portugus clssico, Cames e) era interessante viver este novo aspecto vertido para a lngua portuguesa por autor castio e camoniano 10) Indique o trecho que no se relaciona com a idia central do texto: a) "(...) onde o tempo tem outra dimenso, (...)" b) "As pessoas falam manso e devagar, (...)" c) "Quanta lembrana, meu Deus!" d) "Neste mundo em que ningum acredita em relgio." e) "Pois a noo de tempo, em terras lusas, coisa muito especial." APELO Texto para as questes 11 a 18: "Amanh faz um ms que a Senhora est longe de casa. Primeiros dias, para dizer a verdade, no senti falta, bom chegar tarde, esquecido na conversa de esquina. No foi ausncia por uma semana: o batom ainda no leno, o prato na mesa por engano, a imagem de relance no espelho. Com os dias, Senhora, o leite primeira vez coalhou. A notcia de sua perda veio aos poucos: a pilha de jornais ali no cho, ningum os guardou debaixo da escada. Toda a casa era um corredor deserto, e at o canrio ficou mudo. Para no dar parte de fraco, ah, Senhora, fui beber com os amigos. Uma hora da noite e eles se iam e eu ficava s, sem o perdo de sua presena a todas as aflies do dia, como a ltima luz na varanda. E comecei a sentir falta das pequenas brigas por causa do tempero da salada - o meu jeito de querer bem. Acaso saudade, Senhora? s suas violetas, na janela, no lhes poupei gua e elas murcham. No tenho boto na camisa, calo a meia furada. Que fim levou o saca-rolhas? Nenhum de ns sabe, sem a Senhora, conversar com os outros: bocas raivosas mastigando. Venha para casa, Senhora, por favor". (DALTON TREVISAN) 11) Assinale a opo que contm a frase que justifica o ttulo do texto: a) "Com os dias, Senhora, o leite primeira vez coalhou." b) "Toda a casa era um corredor deserto." c) "Acaso saudade, Senhora?" d) "Que fim levou o saca-rolhas?" e) "Venha para casa, Senhora, por favor." 12) Considerando o sentido geral do texto, a significao de esquecido em esquecido na conversa de esquina, : a) no lembrado por Senhora b) entretidos com os companheiros, na esquina c) afastado da sensao de ausncia de Senhora d) absorto pela falta da mulher e) pensativo por causa da conversa na esquina 13) Assinale a opo que justifica a afirmativa Primeiros dias, para dizer a verdade, no senti falta, (...): a) A quebra da rotina traz a sensao de liberdade. b) A relao amorosa estabelece limites para a liberdade de cada um.

c) A sensao de liberdade faz falta a algumas pessoas. d) O estranhamento causado pela ausncia do ser amado acentuado pela rotina. e) O novo tem um apelo encantatrio, que afasta o sentimento de ausncia. 14) Dimensionando-se a questo do tempo em No foi ausncia por uma semana, pode-se afirmar que essa ausncia: a) durou mais de um ms b) tinha durado sempre apenas uma semana c) comeou a ser vivenciada aps uma semana d) s foi percebida durante uma semana e) foi notada a partir do vigsimo nono dia 15) A marca da Senhora est contraditoriamente impressa em fatos que correm na sua ausncia. Assinale a opo imprpria para exemplificar o que se afirma nesta questo: a) "no senti falta" b) "o leite primeira vez coalhou" c) "a pilha de jornais ali no cho, ningum os guardou debaixo da escada." d) "o canrio ficou mudo" e) "No tenho boto na camisa" 16) O caminho do homem pela mulher agora ausente manifestava-se atravs da(s): a) falta de boto na camisa b) bebida partilhada com os amigos c) conversa demorada na esquina d) presena aconchegante ao fim da jornada e) discusses sem importncia s refeies 17) No texto, o primeiro sinal do sentimento da ausncia da mulher indicado pelo trecho: a) "o batom ainda no leno" b) "a imagem de relance no espelho" c) "o leite primeira vez coalhou" d) "o canrio ficou mudo" e) "eu ficava s" 18) O penltimo perodo do texto dimensiona o papel de Senhora na famlia. Assim, ela pode ser definida como: a) sublevadora d) dominadora b) apaziguadora e) impostora c) sofredora 19) Falei-lhe h pouco da excentricidade de certos aumentativos. Usa-se no Cear um gracioso e especial diminutivo, que talvez seja empregado em outras provncias; mas com certeza se h de generalizar, apenas se vulgarize. No permite certamente a rotina etimolgica aplicar o diminutivo ao verbo. Pois em minha provncia o povo teve a lembrana de sujeitar o particpio presente a esta frmula gramatical, e criou de tal sorte uma expresso cheia de encanto. A me diz do filho que acalentou ao colo: "Est dormindinho". Que riqueza de expresso nesta frase to simples e concisa! O mimo e ternura do afeto materno, a delicadeza da criana e sutileza do seu sono de passarinho, at o receio de acord-la com uma palavra menos doce; tudo a est nesse diminutivo verbal. No faltariam, como de outras vezes tem acontecido, crticos de orelha, que depois de medido o livro pela sua bitola, escrevessem com importncia magistral: "Este sujeito no sabe gramtica". E tm razo; gramtica para eles a artinha que aprenderam na escola, ou por outra, uma meia dzia de regras que se afogam nas excees. Ns, os escritores nacionais, se quisermos ser entendidos do nosso povo, havemos de falar-lhes em sua lngua, com os

termos ou locues que ele entende, e que lhe traduzem os usos e sentimentos. No somente no vocabulrio, mas tambm na sintaxe da lngua, que o nosso povo exerce o seu inaufervel direito de imprimir o cunho de sua individualidade, abrasileirando o instrumento das idias. (Jos de Alencar, Posfcio de Iracema, in: Obras Completas, vol. 4, Rio de Janeiro, J. Aguilar, 1964, pp. 965-6) A afirmao que no corresponde ao texto : a) O povo tem o direito de abrasileirar a lngua que recebeu dos portugueses b) Os escritores brasileiros devem usar as expresses do povo para serem entendidos c) A provncia do Cear uma das regies criativas na produo de brasileirismos d) Segundo os crticos, empregar o diminutivo em verbos um erro grave de gramtica e) Uma das crticas que se podem fazer gramtica a sua enorme quantidade de excees 20) Entre os muitos mritos dos nossos livros nem sempre figura o da pureza da linguagem. No raro ver intercalados em bom estilo os solecismos da linguagem comum, defeito grave, a que se junta o da excessiva influncia da lngua francesa. Este ponto objeto de divergncia entre os nossos escritores. Divergncia digo, porque, se alguns caem naqueles defeitos por ignorncia ou preguia, outros h que os adotam por princpio, ou antes por uma exagerao de princpio. No h dvidas que as lnguas se aumentam e alteram com o tempo e as necessidades dos usos e costumes. Querer que a nossa pare no sculo de quinhentos, um erro igual ao de afirmar que a sua transplantao para a Amrica no lhe inseriu riquezas novas. H, portanto, certos modos de dizer locues novas, que de fora entram no domnio do estilo e ganham direito de cidade. Mas se isso um fato incontestvel, e se verdadeiro o princpio que dele se deduz, no me parece aceitvel a opinio que admite todas as alteraes da linguagem, ainda aquelas que destroem as leis da sintaxe e a essencial pureza do idioma. A influncia popular tem um limite; e o escritor no est obrigado a receber e dar curso a tudo o que o abuso, o capricho e a moda inventam e fazem correr. Pelo contrrio, ele exerce tambm uma grande parte de influncia a este respeito, depurando a linguagem do povo e aperfeioando-lhe a razo.(Machado de Assis, Instinto de Nacionalidade. In: Obras Completas, vol. 3, Rio de janeiro, Nova Aguilar, l973, pp. 808-9.)

Em relao ao texto a afirmativa correta : a) A hegemonia do uso popular da lngua deve ser incorporada pelos escritores. b) O equilbrio entre o erudito e o popular deve ser evitado por todo escritor de valor. c) A influncia francesa deve ser incorporada integralmente pelos escritores brasileiros. d) A dedicao do escritor deve ser, sobretudo, valorizar as alteraes morfossintticas da lngua. e) O escritor, embora receba influncia popular, tambm influi no uso do idioma, depurando a linguagem do povo. 21) A literatura no toma o nome da terra, toma o nome da lngua: sempre assim foi desde o princpio do mundo, e sempre h de ser enquanto ele durar.(Jos da Gama e Castro: Jornal do Commercio, 29/01/1842.)

A prevalecer a opinio de Gama e Castro, a literatura produzida no Brasil deveria tomar o seguinte nome: a) literatura ibero-americana b) literatura luso-brasileira c) literatura portuguesa d) literatura brasileira e) literatura universal