Exemplos resolvidos
-
Upload
robenil-almeida -
Category
Documents
-
view
317 -
download
11
Transcript of Exemplos resolvidos
Exemplos
24.1 Um capacitor com placas paralelas possui capacitância igual a 1 F. Se a
distância entre as placas for igual a 1,0 mm, qual será a área de cada placa?
Solução:
Sendo C é a capacitância, Q a carga e Vab o potencial.
C= QV ab
Onde
V ab=Ed
Sabemos então que o campo elétrico entre as placas pode ser considerado
uniforme com
E= σε0
, σ=QA
Então, o potencial elétrico fica:
V ab=Q
A ε 0
d
Substituindo em (1), podemos determinar a área A:
C= QQ d
A ε0⟹ A=dCε0
=(1,0 ×10−3 m) (1,0 F )
8,85 × 10−12 F /m=1,1×108 m2
24.2 A distância entre as placas de um capacitor com placas paralelas é igual a 5,0
mm e a área da placa é de 2,0 m2. Uma diferença de potencial de 10000 V é
mantida através do capacitor. Calcule (a) a capacitância: (b) a carga de cada placa
e (c) o módulo do campo elétrico no espaço entre as placas.
Solução:
a) Calculando a capacitância:
C= QV ab
=A ε0
d=
(2,0 m2 ) (8,85 ×10−12 F /m)5,0 × 10−3 m
=3,54 ×10−9 F
b) A carga no capacitor é dada por:
C= QV ab
⟹Q=C V ab=(3,54 ×10−9 F ) (10000 V )=3,54× 10−5 C
(1)
Sendo que na placa com o potencial mais elevado irá possuir carga +3,54×10 -5C,
enquanto que na outra placa possui carga -3,54×10-5C.
c) O módulo do campo elétrico é dado por:
E= σε0
Onde σ=Q / A, então:
E= QAε0
=(3,54 × 10−5 C )
8,85× 10−12 F /m=2,0 ×106 N /C
24.3 Duas cascas esféricas condutoras concêntricas estão separadas pelo vácuo. A
casca esférica interna possui carga total + Q e raio externo ra e a casca esférica
externa possui carga - Q e raio interno ra (Figura 24.5). (A casca interna está ligada
à casca externa por finas varas isolantes, que exercem efeito desprezível sobre a
capacitância) Calcule a capacitância desse capacitor esférico.
Solução:
Usando a lei de Gauss, traçando uma superfície S sobre a casca interna, temos:
∮ E⃗ . d A⃗=Q∫¿
ε 0
¿
Por simetria E⃗ é constante em módulo e paralelo a d A⃗ , então:
EA=Q∫¿
ε0
⟹ E ( 4 π r 2)=Q∫¿
ε0
¿¿
Como a carga interna da casca interna é +Q, então:
E= Q
4 π ε0 r2
A expressão é a mesma que a de uma carga puntiforme Q, de modo que o
potencial coincide com o potencial de uma carga puntiforme, V=Q /4 π ε0 r.
Portanto, o potencial do condutor interno, que é positivo para r=ra em relação
ao condutor externo (negativo) para r=rb é:
V ab=Q
4 π ε0 ra
− Q4 π ε0 rb
= Q4 π ε0 ( 1
ra
− 1rb )= Q
4 π ε0
rb−r a
rb ra
E a capacitância é dada por:
C= QV ab
Substituindo (1) em (2), temos:
C= Qrb−r a
4 π ε0
Q=
ra rb
rb−ra
4 π ε0
Sendo ra=9,5 cm e rb=10,5 cm, temos:
C=0,095 m× 0,15m0,010 m
×4 π (8,85×10−12 F /m)=1,1 ×10−10 F
23.4 Um cilindro condutor longo possui um raio r0 e uma densidade de carga linear
+λ. Ele está circundado por uma casca cilíndrica coaxial condutora com raio
interno rb densidade de carga linear - λ (Figura 24.6). Calcule a capacitância por
unidade de comprimento desse capacitor, supondo que exista vácuo no espaço
entre as superfícies cilíndricas.
Solução:
Para um capacitor cilíndrico situado no interior de um cilindro carregado a uma
distância r do centro, seu potencial será:
V= λ2 πε 0
∫r
r0
drr
= λ2 πε0
¿¿
Sendo r0=rb o raio da superfície interna do cilindro externo, de modo que o
cilindro condutor externo possui potencial V=0. Então, o potencial na superfície
externa do condutor interno (em que r=ra) é igual a diferença de potencial V ab:
V ab=λ
2 π ε0
ln (r b
r a)
(2)
A carga total Q existente no comprimento L é dada por Q= λL. Sendo a
capacitância C=Q /V ab, temos:
C= λL
( λ2π ε 0
) ln( rb
ra)=
2π ε 0 L
ln( rb
ra)⟹ C
L=
2 π ε0
ln( r b
r a)
Então, a capacitância por unidade de comprimento é:
CL
=2π ε 0
ln( rb
r a)=55,6 pF /m
ln( r b
r a)
24.5 Considere, nas figuras 24.8 e 24.9, C1 = 6,0 μF, C2 = 3,0 μF e Vab, = 18 V.
Encontre a capacitância equivalente e calcule a carga e a diferença de potencial
para cada capacitor quando os capacitores são conectados (a) cm série e (b) cm
paralelo.
a) Sendo a capacitância equivalente de um capacitor em série dada por:
1Ceq
=∑i=1
n1C i
= 1C1
+ 1C2
Então, como C1=6,0 μF e C2=3,0 μF :
1Ceq
= 16,0 μF
+ 13,0 μF
⟹C eq=2,0 μF
A carga Q em cada capacitor em série é a mesma que a carga acumulada no
capacitor equivalente, ou seja:
Q=C eq V =(2,0 μF ) (18V )=36 μF
Sendo V=Q /C , então a diferença de potencial é:
V ac=V 1=QC1
= 36 μC6,0 μF
=6,0 V
V cb=V 2=QC2
= 36 μC3,0 μF
=12,0V
b) A capacitância equivalente é dada pelo somatório dos capacitores, então:
C eq=C1+C2=6,0 μF+3,0 μF=9,0 μF
A diferença de potencial de cada um dos dois capacitores é a mesma através do
capacitor equivalente, logo as cargas Q1 e Q2 são diretamente proporcionais,
respectivamente. C1 e C2:
Q1=C1V =(6,0 μF ) (18 V )=108 μC
Q2=C2V =(3,0 μF ) (18 V )=54 μC
24.6 Calcule a capacitância equivalente da combinação de capacitores da Figura
24. 10 a.
Solução:
Inicialmente, substituímos a ligação em série dos capacitores de 12 μF e 6 μF
pela capacitância equivalente, chamando essa capacitância de C’. Usando:
1C '
=∑i=1
n1C i
= 1C1
+ 1C2
= 112 μF
+ 16 μF
⟹C '=4 μF
Encontrando a capacitância equivalente dos três capacitores C’’ em paralelo
usando:
C ' '=∑i=1
n
C i=¿C1+C2+C3=3 μF+11 μF+8 μF=18 μF ¿
Finalmente, determinamos a capacitância equivalente Ceq desses dois novos
capacitores em série:
1Ceq
= 118 μF
+ 19 μF
⟹C eq=6 μF
24.7 Na Figura 24. 12, carregamos um capacitor de carga C1 = 8,0 μF conectando-o
a uma fonte de energia potencial V0= 120 V (não mostrada na figura). A chave S
está inicialmente aberta. Depois ele carregar C1 a fonte da diferença de potencial é
desconectada. (a) Qual é a carga Q0 sobre C1 quando a chave S mantida aberta?(b)
Qual é a energia armazenada em C1 quando a chave S é mantida aberta?(e) O
capacitor de capacitância C2 = 4,0 μF está inicialmente descarregado. Depois de
fechar a chave S, qual é a diferença de potencial através de cada capacitor e qual é
a carga de cada capacitor? (d) Qual é a energia total do sistema depois que
fechamos a chave S?
Solução:
a) A carga Q0 no capacitor de capacitância C1 é:
C1=Q 0
V 0
⟹Q 0=C1V 0= (8,0 μF ) (120V )=960 μC
b) A energia armazenada inicialmente no capacitor é dada por:
U inicial=Q0
2
2 C=1
2Q0 V 2=1
2(9,60 ×10−6 C ) (120 ) V=0,058 J
c) Quando a chave é fechada, a carga positiva Q0 fica distribuída sobre as
placas superiores dos dois capacitores: e a carga negativa -Q fica distribuída
sobre as placas inferiores. Sejam Q1e Q2 os módulos das cargas finais dos
dois capacitores. De acordo com a conservação da carga, temos:
Q1+Q2=Q0⟹Q0=C1V +C2V =V (C1+C2)
Então, o potencial é:
V=Q 0
C1+C2
= 960 μC8,0 μF+4,0 μF
=80 V
Sendo que as cargas serão:
Q1=C1V =8,0 μF ×80 V =640 μC
Q2=C2V =4,0 μF × 80 V=320 μC
d) A energia final do sistema é a soma das energias armazenadas energia cada
capacitor:
U final=V2∑i=1
i
Qi=V2
(Q1+Q2 )=V2
Q 0=( 960 ×10−6C ) (80 V )
2=0,038 J
24.8 Suponha que você queira armazenar 1,0 J de energia potencial elétrica em um
volume de 1,0 m3 no vácuo. (a) Qual é o módulo do campo elétrico necessário?
(b)Caso o módulo do campo clé1rico fosse dez vezes maior qual seria a quantidade
de energia armazenada por metro cúbico?
Solução:
a) Sendo u=1,0J/m³, podemos determinar o campo elétrico:
u=12
ε0 E2⟹ E=√ 2 uε0
=√2×1,0 J ¿m3
8,85× 10−12C2/ N .m2=4,75× 105V /m
b) Segundo a equação da letra (a), u é proporcional a E². Quando o campo elétrico
aumenta de um fator de 10, a densidade de carga aumenta 10²,
matematicamente:
E2=u⟹u=102 J /m ³=100 J /m ³
24.9 O capacitor esférico descrito no Exemplo 24.3 (Seção 24. I) possui cargas +Q e
-Q sobre os condutores do interior e do exterior da esfera. Calcule a energia
potencial elétrica armazenada no capacitor (a) usando a capacitância C
encontrada no Exemplo 24.3; (b) integrando a densidade de energia do campo
elétrico.
Solução:
a) Como um capacitor esférico possui capacitância:
C= Qrb−r a
4 π ε0
Q=4 π ε0
ra rb
rb−ra
Onde ra e rb são, respectivamente, o raio do condutor interno e o raio do
condutor externo. A energia armazenada em um capacitor é dada por:
U= Q 2
2C
Substituindo (1) em (2), temos:
U = Q2
2 ra rb (4 π ε0 ) (r b−ra )= Q2
8 π ε 0
r b−ra
r arb
b) O campo elé1rico no volume entre os dois condutores esfé1icos possui módulo
E= Q
4 π ε0 r2 . O campo elétrico é igual a zero no interior da esfera interna e fora
da superfície interna da esfera externa, visto que uma superfície gaussiana com
raio r<r a ou r>r bengloba uma região com carga elétrica total igual a zero.
Portanto, a densidade de energia só não é nula no espaço entre as esferas
(ra<r<rb). Sendo assim:
u=12
ε0 E2=12
ε 0( Q4 π ε0 r2 )
2
= Q2
32 π2 ε0 r4
A densidade de energia não é uniforme: ela diminui rapidamente à medida que a
distância cm relação ao centro do capacitor aumenta. Para calcularn1os a energia
elétrica total armazenada no campo elétrico, devemos integrar u (a energia por
unidade de volume) sobre o volume entre a esfera condu1ora interna e a esfera
externa. Assim:
U =∫ udV
Substituindo o valor de u, temos:
U =∫r a
r b
( Q2
32 π2 ε0 r4 )4 π r2 dr= Q2
8 π ε0∫ra
rb
dr
r2= Q2
8 π ε 0(−1
rb
+ 1r a
)= Q2
8 π ε0
(r¿¿ a−rb)ra rb
¿
24.10 Suponha que cada uma das placas paralelas na Figura 24.15 possua uma
área igual a 2000 cm² (2.0 ×10-1 m²) e que a distância entre as placas seja igual a
1,0cm (1.0× 10-2 m). O capacitor está conectado a uma fonte de alimentação e é
carregado até que a diferença de potencial atinja um valor V0= 3000 V= 3,0 kV. A
seguir, ele é desconectado da fonte de alimentação e uma camada de um material
plástico isolante é inserida entre as placas do capacitor, preenchendo
completamente o espaço entre elas. Verificamos que a diferença potencial diminui
para 1000 V. enquanto a carga de cada capacitor permanece constante. Calcule (a)
a capacitância original C0; (b) o módulo da carga Q de cada placa; (c) a
capacitância C depois de inserido o dielétrico; (d) a constante dielétrica K do
dielétrico; (e) a permissividade e do dielétrico; (f) o módulo da carga induzida Q;
em cada face do dielétrico; (g) o campo elétrico original E0 entre as placas; e (h) o
campo elétrico E depois que o dielétrico é inserido.
Solução:
a) Na existência de vácuo entre as placas, temos:
C=K C0=K ε0Ad⟹C0=
(8,85× 10−12 F /m ) ( 2,0× 10−1 m2 )1,0 × 10−2 m
=1,77×10−10 F
b) Usando a definição de capacitância:
C0=QV 0
⟹Q=C0V 0=(1,77 ×10−10 F ) (3,0 ×103 V )=5,31 ×10−7C
c) Quando os dielétricos são inseridos. a carga permanece a mesma, mas o
potencial diminui para V= 1000 V. Logo:
C=QV
=5,31 ×10−7C1,0 × 10³ V
=5,31× 10−10 F
d) A constante do dielétrico é:
K= CC0
=(5,31 ×10−10 F )1,77 × 10−10 F
=3,0
e) A permissividade pode ser obtida da seguinte maneira:
ε=K ε0
Como K=3,0, temos:
ε=3,0 ×8,85 ×10−12C2/N . m2=2,66 ×10−11 C2/ N . m2
f) Sendo a carga induzida pela área da placa:
Qi=σ i A
E
Q=σA
Relacionando as duas equações:
Qi=Q σ i
σ
Onde σ i=σ (1− 1K ), substituindo em (1), temos:
Qi=Qσ (1− 1K ) 1
σ=Q(1− 1
K )=(5,31 ×10−7C )(1− 13,0 )=3,54 × 10−7 C
g) Como o campo elétrico entre as placas é uniforme, seu módulo é a diferença de
potencial dividida pela separação entre as placas:
E=V 0
d= 3000 V
1,0 ×10−2m=3,0 ×105 V /m
h) Temos:
E=Vd
= 1000 V
1,0 ×10−2m=1,0 ×105 V /m
24.11 Calcule a energia total acumulada no campo elétrico do capacitor do
Exemplo 24.1 O e a densidade de energia, antes e depois de o dielétrico ser
inserido.
Solução:
Seja U 0 a energia original e U a energia com o dielétrico, temos:
U 0=12
C0 V 02=1
2(1,77 × 10−10 F ) (3000 V )2=7,97 ×10−4 J
U =12
C V 2=12
(5,31 ×10−10 F ) × (1000 V )2=2,66 ×10−4 J
A densidade de energia, com K=1, é dada por:
u0=12
ε0 E02=1
2( 8,85× 10−12C2/ N .m2 ) (3,0 ×105 N /C )2=0,398 J /m3
E com o dielétrico:
(1)
u=12
ε E2=12
(2,66 ×10−12C2/N . m2 ) (1,0 ×105 N /C )2=0,133 J /m3
24.12 No capacitor esférico do Exemplo 24.3 (Seção 24. 1), o volume entre as cascas
esféricas concêntricas está cheio de um óleo isolante com uma constante dielétrica
K. Use a lei de Gauss para calcular a capacitância.
Solução:
A simetria esférica do problema não se altera pela presença do dielétrico, de
modo que temos, podemos usar a lei de Gauss em um dielétrico:
∮K E⃗ . d A⃗=∮KEdA=KE∮ dA=( KE ) ( 4 π r2 )=Qε 0
Isolando E, encontramos:
E= Q
4 πK ε0 r2= Q
4 πεr 2
Sendo o potencial dado por :
V ab=Q
4 π ε0 K r a
− Q4 π ε0 K rb
= Q4 π K ε 0 ( 1
ra
− 1rb )= Q
4 π K ε0
rb−r a
rb ra
E a capacitância é dada por:
C= QV ab
Substituindo (1) em (2), temos:
C= Qrb−r a
4 π K ε0
Q=
4 π ε0 K ra rb
rb−ra
(2)