Exemplo Prático VII

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CURSO DE MONITOR NIVEL 1 AULA 25 Monitor Samsung Sync Master 3 Modelos: CQA4143 - CQA4147 - CQ4153 - CQA4157 CONTROLE DE LARGURA A corrente que atravessa a bobina defletora horizontal, faz o seguinte caminho: É retirada do coletor do transistor de saída horizontal e entra por um terminal da bobina defletora horizontal, saindo então por outro terminal. Depois passa por L401 e C420 de onde poderia ser levada à massa. Porém como queremos controlar a largura não iremos ligar diretamente a massa, e sim através de um transistor. Então a corrente passa por L402, entra pelo coletor do Q406 e vai a massa através do emissor. Com a base deste transistor sem polarização, isto é, sem nenhuma tensão aplicada à mesma, o transistor agiria como uma chave aberta. Com isso teríamos uma largura reduzida. Porém, a partir do momento que aumentamos a tensão na base de Q406, também aumentará a corrente base-emissor e conseqüentemente a corrente coletor-emissor, o que fará com que o transistor tenha uma resistência equivalente cada vez mais baixa, aumentando cada vez mais a largura.

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CURSO DE MONITOR NIVEL 1

AULA 25

Monitor Samsung Sync Master 3Modelos: CQA4143 - CQA4147 - CQ4153 - CQA4157

CONTROLE DE LARGURA

A corrente que atravessa a bobina defletora horizontal, faz o seguinte caminho: É retirada do coletor do transistor de saída horizontal e entra por um terminal da bobina defletora horizontal, saindo então por outro terminal. Depois passa por L401 e C420 de onde poderia ser levada à massa. Porém como queremos controlar a largura não iremos ligar diretamente a massa, e sim através de um transistor. Então a corrente passa por L402, entra pelo coletor do Q406 e vai a massa através do emissor.

Com a base deste transistor sem polarização, isto é, sem nenhuma tensão aplicada à mesma, o transistor agiria como uma chave aberta. Com isso teríamos uma largura reduzida. Porém, a partir do momento que aumentamos a tensão na base de Q406, também aumentará a corrente base-emissor e conseqüentemente a corrente coletor-emissor, o que fará com que o transistor tenha uma resistência equivalente cada vez mais baixa, aumentando cada vez mais a largura.

Então podemos dizer que se colocássemos um fio de emissor para coletor deste transistor, teríamos uma largura máxima. Por outro lado se retiramos o transistor fora do circuito, teríamos uma largura mínima. Notem que retirando o transistor fora da placa, a largura não fecha por inteiro. Isso porque a corrente não é levada a massa apenas através de Q406. Este transistor somente controla parte da corrente. A outra parte da corrente é levada a massa através de D407.

Temos na parte frontal do monitor um controle chamado H-Size, que significa controle de largura. No esquema o mesmo está marcado como VR404. Ele tem o seu cursor central ligado à base de Q405, um transistor PNP que tem seu coletor ligado diretamente à base de Q406, controle de largura.

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É importante observar que Q406 é um transistor tipo darlington, portanto na hora de substituí-lo, caso não se encontre um original, deverá ser colocado outro darlington equivalente em seu lugar.

DEFEITOS NA LARGURA

Defeito 1: Monitor com largura máxima

Caso A Medi a fonte que alimenta o flyback e a mesma estava Ok (97V). Regulando o controle VR404 (H-size)notei que o mesmo não influía na largura. Apliquei um jumper entre base-emissor do transistor Q406 e percebi que a largura não mudou. Troquei Q406 e a largura passou a regular normalmente.

Caso B Neste caso aplicando um jumper emissor-base de Q406, percebi que a largura ficava estreita, o que indicava que Q406 estava bom. Apliquei um

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jumper entre base-emissor de Q405 e a largura não ficou estreita. Trocando Q405 tudo voltou ao normal

Defeito 2: Monitor com largura estreita

Caso A

Apliquei um jumper entre coletor-emissor de Q406, onde a largura deveria abrir ao máximo. Porém a largura não abriu, o que mostra que o defeito não estava no circuito de largura, poupando um monte de trabalho e análises nesse circuito. Poderia ser L402 aberto. Quando fui medir esse indutor percebi que havia uma falha na solda do mesmo. Soldando o indutor L402 a largura abriu normalmente.

Caso B

Apliquei um jumper coletor-emissor de Q406 e a largura abriu ao máximo, o que indicava que o defeito estava no circuito de regulagem de largura. Medi a tensão na base de Q406, onde encontrei 0V. Chequei a tensão no emissor de Q405, onde havia também 0V. Como a tensão nesse ponto vem através de R414, resolvi trocar o mesmo. Trocando R414 a largura passou a regular normalmente.

ABL e contraste

Quando falamos em ABL, estamos falando do controle automático de feixe do cinescópio. Esse circuito de funcionamento automático atua na malha do controle de contraste, pois sempre que diminuímos o contraste na tela, também o brilho tende a diminuir.

Observe na figura 2 que o controle de contraste é feito no pino 12 do integrado LM1203. Na verdade este pino apesar de ser chamado de contraste, também atua no brilho da tela. Portanto quando tivermos 0V no pino 12 do LM1203, teremos o contraste mínimo e consequentemente brilho mínimo.

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O controle de contraste é feito via VR501, um potenciômetro que está localizado na parte frontal do monitor. Notem que o potenciômetro VR501 não está ligado diretamente a massa. Isso para evitar que a tensão chegue a 0V. Como queremos controlar apenas o contraste o ideal e que a tensão mínima no pino do 12 do LM1203 fique em torno de 1,5V. Caso contrário não só teremos um contraste mínimo, como também um brilho zero. A tensão ideal do contraste médio fica em torno de 3,5V

Na parte de cima do potenciômetro, temos 12V aplicados através do resistor R501. Após este resistor, teremos uma tensão máxima de 6V, devido à ação do zener D501.

Então quando o cursor do controle de contraste for movido para cima, teremos uma tensão maior e consequentemente mais contraste e brilho já que a parte de cima do trimpot está ligado à fonte. Porém quando o cursor do potenciômetro for movido para baixo, teremos menos contraste e menos brilho, já que a parte do trimpot está ligada à massa via resistor.

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Se observarmos a parte de cima do potenciômetro VR501, iremos notar que o mesmo está ligado a um transistor PNP (Q501) que tende a levar a fonte de 6V à massa, dependendo da tensão que é aplicada à sua base. É este transistor que faz o controle de ABL.

Por ser um transistor PNP, o mesmo conduz mais quando a tensão em sua base diminui em relação ao emissor. Então quando a tensão em sua base diminuir, a corrente emissor-coletor vai aumentar fazendo que a fonte de 6V que está ligada à massa caia, diminuindo o brilho.

O controle na base do transistor é feito através do diodo D502 que está ligado ao pino 8 do fly-back. Esse pino do fly-back é único pino que não está ligado aos enrolamentos internos. Ele está ligado ao anodo do diodo interno do multiplicador de tensão DC, por isso se medirmos do pino 8 até os outros pinos iremos encontrar alta resistência, ou seja, não há ligação.

Como o mesmo está ligado ao anodo do diodo interno, a tendência é termos uma tensão negativa neste pino.

O conjunto funciona da seguinte forma: Quando aumentamos o brilho ou o contraste, existe um aumento de corrente sobre o tubo de imagem. Com isso a tensão negativa no pino 8 do fly-back tende a aumentar. Com isso a tensão negativa na base de Q501 também aumenta, fazendo com que o transistor conduza mais, levando a fonte de 6v a massa. Isso faz com que a tensão no potenciômetro diminua, e assim diminui também o brilho e o contraste, equilibrando a corrente no tubo.

Também ligado ao pino 8 do fly-back, existe um trimpot chamado sub-bright, que significa sub-brilho. Quando ajustamos este trimpot a fim de aumentarmos a tensão no pino 8 do fly-back, o brilho na tela aumenta pois aumentar a tensão é o mesmo que diminuir a tensão negativa.

A função do transistor Q203 é fazer o mute na tela. Quando o monitor é levado para stand-by opino 16 do micro vai para nível alto. Com isso a base do transistor é polarizada e o mesmo leva o pino 12 à massa, eliminando o brilho na tela.

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DEFEITOS NO ESTÁGIO DE ABL

Defeito 1: Tela totalmente escura

Após medir as tensões de screen e grade 1, pude concluir então que estas estavam normais. Parti então para o estágio de ABL. Medi o pino 12 do LM 1203 onde encontrei 0V. Medi a tensão na parte de cima do potenciômetro onde encontrei 4V. Pude então concluir que o problema não estava na fonte que alimenta o potenciômetro. Girei o cursor do potenciômetro e percebi que a tensão na parte de cima do mesmo caia, indicando que havia um curto em algum componente que estava ligado ao pino central do mesmo. Como havia um resistor de 1k ligado ao pino 12 do LM1203, o curto então não poderia estar no integrado. Tudo indicava que era o Q203 que estava levando a tensão à massa. Trocando Q203 a tensão apareceu e também o brilho voltou ao normal.

Defeito 2: Brilho sem máximo

Medindo as tensões de grade 1 e screen do tubo, as mesmas regulavam normalmente. Parti então para o circuito de ABL. Coloquei o multímetro no pino 8 do fly-back e ajustei ajustei o trimpot VR406 mas a tensão não variava. Testei o trimpot e o mesmo estava ok. Troquei então R434, onde o brilho aumentou até mais que o normal. Ajustei novamente VR406 novamente e obtive um brilho perfeito.

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Questionário

1- Com Q406 em curto teremos

a) Ausência de imagem na telab) Imagem com largura mínimac) Imagem com largura máximad) Muito brilho

2- Aplicando um jumper base-emissor de Q406 teremos:

a) Uma imagem estreitab) Uma imagem muito largac) Não influi nadad) Uma tela escura

3- Aplicando um jumper coletor-emissor de Q203 teremos

a) Imagem com brilho máximob) Imagem estreitac) Imagem muito largad) Brilho e contraste no mínimo

4- O pino de ABL do fly-back:

a) Não tem ligação com os enrolamentos do fly-backb) Tem ligação com os enrolamentos do fly-backc) É ligado ao terra d) Não tem ligação com o bloco retificador do fly-back

5- Se a imagem do monitor estiver muito larga e fizermos um testeretirando Q406 da placa e ainda assim a imagem continuar larga. Podemos então dizer:

a) Que o defeito não está no circuito de largurab) Que o defeito está transistor de largurac) Que o defeito está no potenciômetro de largurad) Que o defeito está em R412