Excerto futurista

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UI R excerto FUTURISTA Filippo Tommaso Marinei, in “Manifesto Futurista”, 1909

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UI RexcertoFUTURISTA

Filippo Tommaso Marinetti, in “Manifesto Futurista”, 1909

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NÓSqueremos

TARCAN-

Amor a energia

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TARCAN-

e a temeridade.

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audáciaCORAGEM

serão elementos essenciais

na nossa poesia

REVOLTA

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audácia

êxtase,

o sono. Nós queremos exaltar o movimento agres-sivo, a insónia febril, o passo de corrida, o salto mortal, o bofetão e o soco. Nós afirmamos que a magnificência do mundo enriqueceu-se de uma beleza nova: a beleza da velocidade. Um automóvel de corrida com seu cofre enfeita-do com tubos grossos, semelhantes a serpentes de hálito explosivo... um automóvel rugidor, que corre sobre o asfalto, é mais bonito que a Vitória de Samotrácia.

A literatura exaltou até hoje a imobilidade pensativa... oCORAGEMREVOLTA !

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NÓS QUEREMOSENTOAR

hinosao homem que segura o volante, cuja haste idealatravessa a Terra, lançada também numa corrida sobre o circuito da sua órbita.É preciso que o poeta prodigalize com ardor, fausto e munificência,

para aumentar o entusiástico fervor dos elementos primordi-ais. Não há mais beleza, a não ser na luta. Nenhuma obra que não tenha um carácter agressivo pode ser uma obra-prima. A poe-sia deve ser concebida como um violento assalto contra as forças desconhecidas, para obrigá-las a prostar-se diante do homem.Nós estamos no promontório extremo dos s é c u l o s!...Porque haveríamos de olhar para trás, se queremos arrombar as mis-teriosas portas do Impossível?

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NÓS QUEREMOS

ao homem que segura o volante, cuja haste idealatravessa a Terra, lançada também numa corrida sobre o circuito da sua órbita.É preciso que o poeta prodigalize com ardor, fausto e munificência,

para aumentar o entusiástico fervor dos elementos primordi-ais. Não há mais beleza, a não ser na luta. Nenhuma obra que não tenha um carácter agressivo pode ser uma obra-prima. A poe-sia deve ser concebida como um violento assalto contra as forças desconhecidas, para obrigá-las a prostar-se diante do homem.Nós estamos no promontório extremo dos s é c u l o s!...Porque haveríamos de olhar para trás, se queremos arrombar as mis-teriosas portas do Impossível?

O TEMPOE O ESPAÇOmorreram ontem. Nós já estamos a viver no absoluto, pois já criamos aeterna velocidade omnipresente.

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DESTRUI

os museus, as bibliotecas, as academia de toda natureza, ecombater o moralismo, o feminismo e toda vileza oportunista e utilitária.

NÓS queremos