EVOLUÇÃO DA PRODUÇÃO MUNDIAL E NACIONAL …...RESUMO O abacateiro, Persea americana, é uma...

55
UNIVERSIDADE DE BRASILIA UnB FACULDADE DE AGRONOMIA E MEDICINA VETERINARIA - FAV EVOLUÇÃO DA PRODUÇÃO MUNDIAL E NACIONAL DE ABACATE. PETERSON ALVES PEREIRA BRASÍLIA - DF 2015

Transcript of EVOLUÇÃO DA PRODUÇÃO MUNDIAL E NACIONAL …...RESUMO O abacateiro, Persea americana, é uma...

Page 1: EVOLUÇÃO DA PRODUÇÃO MUNDIAL E NACIONAL …...RESUMO O abacateiro, Persea americana, é uma cultura muito importante em vários países, devido ao volume comercializado da fruta

UNIVERSIDADE DE BRASILIA ndash UnB

FACULDADE DE AGRONOMIA E MEDICINA VETERINARIA - FAV

EVOLUCcedilAtildeO DA PRODUCcedilAtildeO MUNDIAL E NACIONAL DE

ABACATE

PETERSON ALVES PEREIRA

BRASIacuteLIA - DF

2015

PETERSON ALVES PEREIRA

EVOLUCcedilAtildeO DA PRODUCcedilAtildeO MUNDIAL E NACIONAL DE

ABACATE

Trabalho de conclusatildeo de curso apresentada agrave Banca Examinadora da Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinaacuteria como exigecircncia final para obtenccedilatildeo do tiacutetulo de Engenheiro Agrocircnomo Orientador Prof Dr Osvaldo Kiyoshi Yamanishi

BRASIacuteLIA - DF

2015

EVOLUCcedilAtildeO DA PRODUCcedilAtildeO MUNDIAL E NACIONAL DE ABACATE

PETERSON ALVES PEREIRA

TRABALHO DE CONCLUSAtildeO DE CURSO SUBMETIDO Agrave FACULDADE DE AGRONOMIA E

MEDICINA VETERINAacuteRIA DA UNIVERSIDADE DE BRASIacuteLIA COMO REQUISITO PARCIAL PARA A

OBTENCcedilAtildeO DO GRAU DE ENGENHEIRO AGROcircNOMO

APROVADO PELA COMISSAtildeO EXAMINADORA EM 31122015

BANCA EXAMINADORA

_________________________________________________

OSVALDO KIYOSHI YAMANISHI Universidade de Brasiacutelia

Professor Associado da Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinaacuteria ndash UnB

(ORIENTADOR) CPF 065273838-94 e-mail okyamanishigmailcom

_________________________________________________

JOSEacute RICARDO PEIXOTO Universidade de Brasiacutelia

Professor Titular da Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinaacuteria ndash UnB

(EXAMINADOR) CPF 354456236-34 e-mail peixotounbbr

_________________________________________________

MAacuteRCIO DE CARVALHO PIRES Dr Universidade de Brasiacutelia

Professor Adjunto da Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinaacuteria ndash UnB

(EXAMINADOR) CPF 844256601-53 e-mail mcpiresunbbr

BRASIacuteLIA - DF

Dezembro 2015

Dedicatoacuteria

A Deus Arquiteto Supremo

Agrave minha famiacutelia meus pais e meus irmatildeos pelo amor

AGRADECIMENTOS

A Deus por arquitetar o universo e tudo o que nele haacute

Aos meus pais por compartilharem comigo da labuta do cotidiano e por

proporcionarem momentos de conforto dos quais desfrutamos juntos

Aos meus irmatildeos pelos muitos momentos de alegria e felicidades e tambeacutem pelos

momentos de aprendizado e crescimento

Ao professor Dr Osvaldo Kiyoshi Yamanishi pela orientaccedilatildeo e paciecircncia na

conclusatildeo deste trabalho

Ao professor Dr Maacutercio de Carvalho Pires por ministrar excelentes aulas e fornecer

total apoio para a conclusatildeo deste trabalho

Agrave Universidade de Brasiacutelia que com sua estrutura e corpo discente e docente me

proporcionaram a oportunidade de crescimento e desenvolvimento intelectual e

pessoal

A todos os envolvidos que colaboraram positivamente com minha conclusatildeo de

curso muito obrigado

RESUMO

O abacateiro Persea americana eacute uma cultura muito importante em vaacuterios

paiacuteses devido ao volume comercializado da fruta e a variedade de pratos presentes

no cotidiano nestes paiacuteses A produccedilatildeo mundial de abacate em 2013 foi de

4717102 toneladas Ainda em 2013 os maiores produtores mundiais de abacate

foram Meacutexico com 3112 do montante produzido Repuacuteblica Dominicana 822

Colocircmbia 643 e Peru com 611 A produccedilatildeo mundial de abacate cresceu 19

no periacuteodo de 2006 e 2012 No Distrito Federal a produccedilatildeo da fruta em 2013 foi de

3152 toneladas Em 2011 o maior produtor nacional foi Satildeo Paulo com 524 da

produccedilatildeo seguido de Minas Gerais com 1982 As principais cultivares

comercializadas no paiacutes satildeo Breda Fortuna Geada Margarida e Quintal As

cultivares de abacate mais utilizadas para exportaccedilatildeo satildeo a bdquoFuerte‟ bdquoHass‟

conhecido no Brasil como Avocado sendo mais valorizadas no mercado Os

principais exportadores de abacate satildeo Meacutexico Chile Holanda e Peru Os principais

concorrentes do Brasil em se tratando da exportaccedilatildeo do Avocado satildeo Aacutefrica do

Sul com 3 das exportaccedilotildees Chile com 7 e Peru representando 10 do mercado

internacional Tendo em vista o promissor mercado internacional da cultura do

abacateiro com a cultivar bdquoHass‟ no qual Estados Unidos e Uniatildeo Europeia

representam forte potencial importador objetivou-se com este estudo apresentar a

evoluccedilatildeo da produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo da cultura do abacateiro em niacutevel mundial

Palavras ndash chave Persea americana abacate Hass

ABSTRACT

The avocado Persea americana is an importante culture in many countries

The worldwide production of avocado in 2013 was 4717102 ton Still in 2013 the

biggest worldwide avocado‟s producers was Mexico with 3112 of the produced

amount Dominican Republic with 822 Colombia with 643 and Peru with 611

The avocado‟s worldwide production grows 19 between 2006 and 2012 The

avocado‟s production in Distrito Federal in 2013 was of 3152 ton The biggest

producer in 2011 was Satildeo Paulo with 524 of all production followed by Minas

Gerais with 1982 The main cultivars commercialized on country are Breda

Fortuna Geada Margarida and Quintal The most avocado‟s cultivars used for

exportation are the bdquoFuerte‟ bdquoHass‟ known as avocado are also the most valorized

on market The main exporters of avocado are Mexico Chile Netherlands and Peru

The competitors to Brazil talking about exportation of avocado are South Africa with

3 of all the exportation Chile with 7 and Peru representing 10 of avocado‟s

international market In view of the promising culture‟s international market of

avocado with the Avocado cultivars bdquoFuerte‟ and bdquoHass‟ where US and European

Union representing an strong potential importer it is aimed with this exploratory

study analyze the aspects of production and commercialization of culture of avocado

in Brazil as its participation on the sector of exportation of this fruit comparing with

another countries that participate of this market

Keywords Persea Americana avocado Hass

SUMAacuteRIO

INTRODUCcedilAtildeO 10

OBJETIVO 11

REVISAtildeO BIBLIOGRAacuteFICA 11

A CULTURA DO ABACATE 11

Origem 11

Abacate no Brasil 12

Descriccedilatildeo 12

Aacutervore folhas e fruto 12

Flores 13

Polinizaccedilatildeo 13

Raccedilas 14

Principais cultivares 14

Avocado 15

Clima 16

Solos 17

Doenccedilas e pragas que afetam a cultura do abacate 17

Ponto de colheita 19

Poacutes colheita 20

Consumo 20

Aspectos nutricionais 21

Produtos e subprodutos 22

Melhoramento geneacutetico 23

Certificaccedilatildeo 24

METODOLOGIA 25

RESULTADOS E DISCUSSAtildeO 26

ABACATE NO MUNDO 26

ABACATE NO BRASIL 35

AVOCADO NO BRASIL 41

CERTIFICACcedilAtildeO 44

CONCLUSOtildeES 45

BIBLIOGRAFIA 47

10

INTRODUCcedilAtildeO

A cultura do abacateiro eacute de grande importacircncia para o setor frutiacutecola em

vaacuterias regiotildees de todo o mundo A produccedilatildeo mundial de abacate em 2013 foi de

4717102 toneladas (FACTFISH) No Brasil neste mesmo ano a produccedilatildeo chegou

a 159903 t ocupando uma aacuterea de 9615 ha ficando na oitava posiccedilatildeo no ranking

dos maiores produtores mundiais (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA FRUTICULTURA

2015) Ainda em 2013 os maiores produtores mundiais de abacate foram Meacutexico

disparado na frente com um volume de 1467837 toneladas Repuacuteblica Dominicana

com 387546 t e Colocircmbia com 303304 toneladas (FONTE FACTFISH) De acordo

com Rocha (2014) a produccedilatildeo mundial de abacate cresceu 19 no periacuteodo de

2006 e 2012

Apesar de o Brasil possuir excelentes condiccedilotildees para a produccedilatildeo de abacate

a falta de manejos agronocircmicos adequados durante toda a cadeia produtiva do

abacate tem feito com que o paiacutes natildeo participe de forma mais efetiva no mercado

mundial do abacate A cultura possui elevada suscetibilidade agrave gomose do

abacateiro conhecida como podridatildeo da raiz causada por Phytophthora

cinnamomi considerada a principal doenccedila que afeta esta cultura em todas as

regiotildees do mundo (CANTUARIAS-AVILEacuteS SILVA 2011 citado por SANTOS 2014)

Outro entrave na produccedilatildeo do abacate eacute a broca-do-abacate Stenoma catenifer

que de acordo com WOLFENBARGER amp COLBURN (1979) eacute uma praga

quarentenaacuteria em vaacuterios paiacuteses tem sido marcante para a produccedilatildeo deste produto

sendo vetada a entrada de lotes contaminados por meio de barreiras fitossanitaacuterias

em paiacuteses como os Estados Unidos da Ameacuterica principal importador mundial da

fruta

Em acircmbito internacional os abacates bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ satildeo os mais

apreciados Estes frutos recebem a denominaccedilatildeo de Avocado Estas cultivares tecircm

sido mais valorizadas pelo seu tamanho diferenciado e alto teor de lipiacutedeos

(FRANCISCO e BAPTISTELLA 2005) Estas cultivares satildeo hiacutebridos oriundos das

raccedilas mexicana e guatemalense possuem frutos pequenos com caroccedilo

relativamente grande e com alto teor de oacuteleo (TEIXEIRA 1995)

Para CARVALHO (2015) o Brasil estaacute ainda comeccedilando a participar do

volume de exportaccedilatildeo do abacate bdquoHass‟ cultivar mais produzida em todo o mundo

poreacutem o paiacutes esse ainda tem pouca contribuiccedilatildeo para com este setor do qual os

11

Estados Unidos e Uniatildeo Europeia representam forte potencial importador devido ao

elevado consumo interno que cresce de forma mais acelerada do que a produccedilatildeo

da fruta no paiacutes

Os principais importadores de fruta como como o europeu e o norte

americano impotildeem de um padratildeo de qualidade que observa agraves exigecircncias feitas

pelos consumidores com relaccedilatildeo agrave seguranccedila alimentar Este fator deve ser

considerado elementar pelos paiacuteses que visam exportar quaisquer produtos para

essas regiotildees A certificaccedilatildeo dos produtos eacute de extrema importacircncia para consolidar

paiacuteses exportadores no mercado pois esta leva em consideraccedilatildeo aspectos

ambientais e sociais aleacutem do local de produccedilatildeo Desta forma produtores de fruta

destinadas agrave exportaccedilatildeo precisaram adaptar suas lavouras a fim de atender as

exigecircncias dos mais importantes selos internacionais como o EureGapR e o TNCR

(OLIVEIRA 2005)

Os consumidores atuais estatildeo mais informados no que se refere agrave busca de

qualidade e por isso buscam produtos que atentem agraves questotildees eacuteticas que

abordem temas como meio ambiente tambeacutem o uso indiscriminado de agrotoacutexicos

considerando que a procura por alimentos seguros e saudaacuteveis eacute uma questatildeo

fundamental (SINGER e MASON 2007)

OBJETIVO

O objetivo deste estudo foi apresentar a evoluccedilatildeo da produccedilatildeo e

comercializaccedilatildeo da cultura do abacateiro em niacutevel internacional e mundial por meio

de trabalhos encontrados na literatura

REVISAtildeO BIBLIOGRAacuteFICA

A CULTURA DO ABACATE

Origem

Existem relatos sobre o abacate no iniacutecio do descobrimento das Ameacutericas Na

Colocircmbia o abacate jaacute era conhecido por volta de 1519 e 1526 entre os anos de

1532 e 1550 apareceu no Meacutexico Este nome ldquoabacaterdquo eacute oriundo do dialeto

indiacutegena o que reforccedila a informaccedilatildeo de que esse fruto eacute amplamente conhecido

pelos povos naturais da Ameacuterica (DONADIO 1995)

12

Por ser uma espeacutecie oriunda da Ameacuterica o abacate espalhou-se pelo

continente no seacuteculo XVII sendo mencionado na Jamaica em 1657 e 1969 pelo

nome de Avocado como eacute comumente denominado em paiacuteses de liacutengua inglesa Jaacute

em paiacuteses que tecircm como principal liacutengua o espanhol eacute conhecido como bdquoaguacate‟

exceto na Argentina Chile Peru e Equador onde eacute conhecido como bdquopalta‟

(DONADIO 1995)

O abacate eacute citado na Europa inicialmente em 1601 quando foi introduzido

no jardim botacircnico de Valecircncia Apoacutes isso disseminou-se para outros continentes

chegando na Aacutefrica em 1750 tendo Gana como via de acesso Em 1825 chega no

Havaiacute e em 1833 na Floacuterida Na Aacutesia o abacate chega pela Malaacutesia em 1900

(DONADIO 1995)

Abacate no Brasil

Existem relatos da cultura do abacateiro no Brasil desde 1787 poreacutem a

primeira introduccedilatildeo oficial deu-se em 1893 quando quatro aacutervores provenientes da

Guiana Francesa pertencentes agrave raccedila Antilhana que forneceram as primeiras

sementes da espeacutecie para o Brasil Em Satildeo Paulo acredita-se que a cultura tenha

se iniciado no Vale do Paraiacuteba no seacuteculo XIX predominando plantas da raccedila

Antilhana (Donadio et al 2010)

A safra do abacate gira em torno de 150 toneladas exceto em 2008 que

chegou a 173 mil t (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA FRUTICULTURA 2008) A

produccedilatildeo Brasileira de Abacate foi de 159903 toneladas em 2013 ocupando uma

aacuterea de 9615 ha conferindo a oitava posiccedilatildeo no ranking global do setor (ANUAacuteRIO

BRASILEIRO DA FRUTICULTURA 2015)

Descriccedilatildeo

Aacutervore folhas e fruto

O abacateiro espeacutecie P americana Miller eacute uma planta dicotiledocircnea da

famiacutelia Lauraceae gecircnero Persea A aacutervore possui porte meacutedio-alto variando de 12

a 25 metros O abacateiro se desenvolve bem em regiotildees tropicais e subtropicais A

planta possui caule ciliacutendrico e lenhoso com coloraccedilatildeo cinza escuro Suas folhas satildeo

sem estipulas de peciacuteolo curto e alternadas e podem ter vaacuterios formatos como

eliacuteptico-lanceoladas oblongas oblongo-lanceoladas ou ovais podendo variar de

76 a 410 cm de comprimento A cor da folha vai de bronzeada quando nova e

13

aos poucos vai esverdeando O fruto eacute uma baga com uma semente grande

cercada por uma polpa amanteigada (TEIXEIRA 1995 KOLLER 2002 CRANE

2007)

Flores

As flores do abacateiro satildeo pequenas e hermafroditas podendo ter coloraccedilatildeo

branca ou verde amarelada Satildeo produzidas em abundacircncia e possuem diacircmetro de

variaacutevel de 05 a 15 cm dispostas em paniacuteculas terminais nos ramos mais novos

(ALMEIDA 2013)

O abacateiro possui flores perfeitas com oacutergatildeos masculinos e femininos

capazes de produzir frutos agrave exceccedilatildeo da variedade Collinson por exemplo que natildeo

consegue produzir poacutelen e soacute serve como planta feminina (MARANCA 1980) A

planta apresenta comportamento floral denominado dicogamia protogenica

(KOLLER 1992)

Polinizaccedilatildeo

Apesar de possuir flores hermafroditas a maturidade do pistilo (parte

feminina) natildeo ocorre ao mesmo tempo da deiscecircncia das anteras (parte masculina)

(ALMEIDA 2013)

As flores do abacateiro se comportam de duas formas distintas diferenciando

a classificaccedilatildeo de cultivares em dois grupos A e B No grupo A estatildeo as variedades

onde a primeira abertura da flor ocorre pela manhatilde pronta para receberem o poacutelen

(feminina) reabrindo somente agrave tarde no seguinte poreacutem soltando poacutelen

(masculino) As variedades do grupo B a primeira abertura da flor ocorre apoacutes o

meio dia (feminina) fechando-se pela tarde e reabrindo ao amanhecer no estaacutegio

masculino Conhecer da biologia floral do abacateiro eacute extremamente importante

para se obter boa produccedilatildeo em pomares de abacateiro por conta do fato de suas

flores serem hermafroditas Desta forma para que se tenha uma eficiente

polinizaccedilatildeo das flores eacute imprescindiacutevel que os pomares sejam formados com

variedades pertencentes aos dois diferentes grupos para se ter uma produccedilatildeo

economicamente viaacutevel A proporccedilatildeo entre as variedades pode variar de acordo com

a demanda do mercado (MONTENEGRO 1951 citado por FRANCISCO E

BAPTISTELLA 2005)

14

Raccedilas

O abacateiro Persea americana pertence agrave famiacutelia Lauraceae que engloba

cerca de 50 gecircneros Existem trecircs grupos ou raccedilas que representam o abacate

comercial satildeo elas Mexicana ndash Persea americana var drymifolia Antilhana ndash P

americana var americana e Guatemalense ou guatemalteca ndash P nubigena var

guatemalensis (WILLIAMS 79 citado por DONADIO 1995)

Principais cultivares

Dentre as cultivares mais produzidas no estado de Satildeo Paulo estatildeo a

bdquoFortuna‟ bdquoGeada‟ bdquoQuintal‟ e bdquoMargarida‟ (DORIZZOTTO 2011) A produccedilatildeo

concentra-se na regiatildeo de Campinas Ribeiratildeo Preto e Bauru (ALMEIDA 2013)

Levantamentos feitos na regiatildeo nordeste por CORREIA et al (2010) indicam

que as principais cultivares nos CEASAS de Pernambuco e Cearaacute satildeo Quintal

Fortuna Geada e Margarida Jaacute em Satildeo Paulo as principais cultivares

comercializadas no CEAGESP citadas por ALMEIDA (2013) satildeo bdquoBreda‟ Fortuna

Geada Margarida e Quintal (CEAGESP 2013)

ILUSTRACcedilAtildeO DAS PRINCIPAIS CULTIVARES DE ABACATE

FIGURA 1 - Ilustraccedilatildeo das principais cultivares de abacate brasileira fonte HORTIESCOLHA DISPONIacuteVEL EM httpwwwhortiescolhacombrhortipediaprodutoabacate (adaptado)

A cultivar BREDA possui formato piriforme poreacutem se formaccedilatildeo de ldquopescoccedilordquo

(WATANABE 2013 citado por ALMEIDA 2013)

A variedade FORTUNA tem como uma de suas caracteriacutesticas frutos

piriformes muito grandes com peso variando entre 600 e 1Kg de casca lisa e verde

escuro polpa amarela e caroccedilo solto (KOLLER 2002) O teor de oacuteleo da cultivar

15

FORTUNA eacute de aproximadamente 8 (SIMAtildeO 1998 DONADIO et al 2010) No

CEASA do Recife esta cultivar eacute a preferida devido ao fato de ser uma fruta

carnuda com preccedilo acessiacutevel excelente sabor entre outros fatores

A cultivar GEADA tambeacutem possui fruto piriforme podendo ser ovalado sem

ldquopescoccedilordquo com coloraccedilatildeo verde mais claro que o FORTUNA sua polpa eacute amarela

com a semente aderente seu conteuacutedo de oacuteleo eacute bastante baixo por volta de 35

e a maturaccedilatildeo bastante precoce (TEIXEIRA 1995 KOLLER 2002)

A cultivar MARGARIDA apresenta as caracteriacutesticas da raccedila Guatemalense

como folhas novas com coloraccedilatildeo arroxeada frutos redondos e de casca rugosa

sua polpa eacute verde clara e o caroccedilo eacute pequeno (KOLLER 2002) Segundo BONELLA

(2013) (citado por ALMEIDA 2013) a cultivar MARGARIDA eacute a preferida por

compradores que visam transportar longas distacircncias pois apresenta oacutetima

resistecircncia poacutes-colheita

A QUINTAL eacute outro hiacutebrido das raccedilas Antilhana e Guatemalense seus frutos

satildeo grandes pesam entre 500 e 900 g possui casca verde clara lisa a polpa eacute

amarela e o caroccedilo aderente agrave polpa (TEIXEIRA 1995 KOLLER 2002 DONADIO

2010) O formato da QUINTAL eacute bem piriforme com ldquopescoccedilordquo bastante

proeminente Esta cultivar eacute a preferida no CEASA de Fortaleza por possuir

aparecircncia bonita e brilhosa casca livre de manchas polpa saborosa e etc

Avocado

A denominaccedilatildeo bdquoAvocado‟ tem sido utilizada no paiacutes para identificar as

cultivares de abacate bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ estas cultivares tecircm sido mais valorizadas

pelo seu tamanho diferenciado e alto teor de lipiacutedeos (FRANCISCO e

BAPTISTELLA 2005) apesar de suas reduzidas dimensotildees Contudo sendo fruto

climateacuterico eacute altamente pereciacutevel podendo ser um obstaacuteculo agrave comercializaccedilatildeo

(DAIUTO et al 2010)

As cultivares bdquoFuerte‟ e bdquoHass‟ satildeo oriundas do possiacutevel cruzamento natural

de variedades das raccedilas guatemalense e mexicana (DONADIO 1995) O tipo ‟Hass‟

possui casca aacutespera e formato arredondado Quando estaacute maduro sua casca

apresenta coloraccedilatildeo escurecida Jaacute o tipo ‟Fuerte‟ possui casca verde brilhante e lisa

com formato alongado (JAGUACYR)

16

A cultivar bdquoHass‟ eacute a mais valorizada no mundo apesar de seu tamanho

reduzido o fruto possui alta concentraccedilatildeo de lipiacutedeos Seus frutos podem pesar

entre 149 e 300 gramas (MICKELBART et al 2007 CRIZEL 2008)

Na Califoacuternia adota-se para as cultivares bdquoFuerte‟ e bdquoHass‟ o ponto miacutenimo de

mateacuteria seca adotada para a colheita eacute de 19 e 208 respectivamente (KADER amp

ARPIA 2013) O teor de mateacuteria seca possui elevada correlaccedilatildeo com o niacutevel de oacuteleo

da fruta Essas cultivares satildeo reconhecidas pelos altos niacuteveis de oacuteleo - fator que

possui forte influecircncia na conservaccedilatildeo do sabor

A tabela a seguir apresenta as informaccedilotildees nutricionais obtidas em 50g de

Avocado (JAGUACYR)

TABELA 1 - Informaccedilotildees nutricionais em 50g de avocado FONTE

JAGUACYR

INFORMACcedilOtildeES NUTRICIONAIS AVOCADO (50g)

ENERGIA 301 kj 72 kcal

CARBOIDRATOS 853 g

PROTEIacuteNAS 1 g

GORDURAS TOTAIS 8 g

GORDURA SATURADA 18 g

FIBRA ALIMENTAR 16 g

SOacuteDIO 75 mg

POTAacuteSSIO 485 mg

O Avocado tem 5 vezes menos aacutegua que o abacate comum o que lhe

confere concentraccedilatildeo muito maior de nutrientes A fruta eacute considerada pelos

nutricionistas como sendo uma das que possui maior valor nutricional devido ao fato

de possuir elevadas concentraccedilotildees de vitaminas antioxidantes como A C e E Em

comparaccedilatildeo com a banana a fruta conteacutem ainda trecircs vezes mais vitamina B6 Em

meacutedia o Avocado possui niacutevel de gordura em aproximadamente 20 sendo a

maioria monoinsaturada A gordura monoinsaturada auxilia na reduccedilatildeo no LDL e

promove aumento no HDL o ldquocolesterol bomrdquo (JAGUACYR)

Clima

As variedades da Iacutendia Ocidental e alguns hiacutebridos satildeo melhores adaptados a

regiotildees planas de clima tropical e regiotildees tropicais onde natildeo haacute ocorrecircncia de

17

geadas Por outro lado variedades Mexicanas satildeo mais adaptadas a regiotildees com

temperaturas mais baixas Hiacutebridos de raccedilas Mexicanas x Guatemaltecas

geralmente satildeo mais resistentes ao frio do que as raccedilas hiacutebridas Iacutendias Ocidentais x

Guatemaltecas (CRANE et al 2007)

Solos

O abacateiro eacute uma planta muito sensiacutevel a este fator em especial no que se

refere agrave drenagem e profundidade dos solos (KOLLER 1984) Para esta cultura

recomenda-se solos feacuterteis bem drenados pouco aacutecidos e profundos (SIMAtildeO

1971)

A cultura do abacateiro natildeo tolera solos inundados ou mal drenados

Condiccedilotildees de umidade elevada constante comprometem o desenvolvimento

adequado das plantas pois resultam em deficiecircncia nutricional e em alguns casos

pode provocar a morte da planta devido ao fato de estarem altamente suscetiacuteveis a

infecccedilatildeo por fungos (CRANE et al 2007)

Outro aspecto que deve ser considerado na cultura do abacate eacute a salinidade

devido agrave alta sensibilidade da cultura a este fator que pode provocar a queima da

ponta e borda das folhas e queda da produccedilatildeo (DONADIO 1995)

Doenccedilas e pragas que afetam a cultura do abacate

Apesar de o Brasil possuir excelentes condiccedilotildees para a produccedilatildeo de abacate

a falta de manejos agronocircmicos adequados durante toda a cadeia produtiva do

abacate tem feito com que o Brasil natildeo participe de forma mais eficiente no mercado

mundial do abacate A cultura possui elevada suscetibilidade agrave gomose do

abacateiro podridatildeo da raiz causada por Phytophthora cinnamomi

No Brasil a podridatildeo radicular causada por Phytophthora cinnamomi tem

dizimado plantaccedilotildees de abacateiro reduzindo a longevidade dos pomares

(DONADIO 1995) A doenccedila eacute considerada a mais importante para a cultura do

abacateiro sendo fator limitante para a cultura em todo o mundo (CAMPOS 1988

KOLLER 2002) A seleccedilatildeo de cultivares porta-enxertos resistentes ou tolerantes

controle quiacutemico e manejo do solo satildeo estrateacutegias que reduzem os danos e o

controle desta doenccedila (PEGG et al 2002)

A ocorrecircncia de Phytophthora cinnamomi juntamente com estresses

ambientais faz com que o abacateiro da cultivar ‟Hass‟ produza frutos com

18

dimensotildees muito reduzidas Esses frutos subdimensionados natildeo satildeo

comercializaacuteveis resultando em elevadas perdas financeiras para os produtores

(BRUWER 2007) Empresas como a Westfalia situada na proviacutencia de Limpopo na

Aacutefrica do Sul tecircm testado cultivares de abacate bdquoHass-like‟ para se obter maior

produtividade em regiotildees afetadas pelo P cinnamomi

Algumas das estrateacutegias que visam agrave minimizaccedilatildeo dos danos e o controle da

podridatildeo radicular satildeo por exemplo a utilizaccedilatildeo de cultivares porta-enxertos

resistentes ou tolerantes o uso de controle quiacutemico e praacuteticas especiacuteficas de manejo

do solo (PEGG et al 2002)

No que se refere a barreiras agrave exportaccedilatildeo do abacate a broca-do-abacate

Stenoma catenifer que de acordo com WOLFENBARGER amp COLBURN (1979) eacute

uma praga quarentenaacuteria em vaacuterios paiacuteses tem sido marcante para a produccedilatildeo

deste produto sendo vetada a entrada de lotes contaminados por meio de barreiras

fitossanitaacuterias em paiacuteses como os Estados Unidos da Ameacuterica principal importador

mundial Esta praga tem sido uma ameaccedila extremamente relevante para a produccedilatildeo

nacional de abacate chegando a causar perda de toda a produccedilatildeo (HOHMANN amp

MENEGUIM 1993) De acordo com informaccedilotildees da Universidade da Califoacuternia

(HODDLE UCR) os EUA tecircm desenvolvido protocolos de seguranccedila para impedir

que a doenccedila tenha acesso ao paiacutes por meio de importaccedilotildees de paiacuteses onde a

doenccedila eacute endecircmica Algumas regiotildees brasileiras de cultivo de abacate 100 da

colheita pode estar infestado com S catenifer (Nava et al 2005a) Mesmo com a

aplicaccedilatildeo de inseticidas de largo espectro sendo feitas de 7 a 11 vezes durante uma

uacutenica estaccedilatildeo de crescimento ateacute 60 de frutas podem ser infestados com larvas S

catenifer (Nava et al 2005b)

Para CARVALHO (2015) a exportaccedilatildeo para os EUA pela JAGUACYR eacute

dificultada devido agrave ocorrecircncia de doenccedilas que ocorrem em territoacuterio nacional e que

podem ser exportadas com os produtos

Ocorrida a eclosatildeo a lagarta de primeiro instar desloca-se ao longo do fruto

ateacute encontrar o local adequado para iniciar o ataque As fecircmeas procuram depositar

os ovos no peduacutenculo contudo haacute maior incidecircncia de orifiacutecios na parte inferior do

abacate Ao passo que as lagartas se desenvolvem e vatildeo se alimentando da polpa

do abacate indo em direccedilatildeo ao caroccedilo onde este inseto se aloja e finaliza a fase

larval construindo galerias no interior A lagarta se desenvolve no fruto e transforma-

se em pupa no solo numa profundidade de 05 a 15 cm ou ateacute mesmo no interior

19

dos frutos caiacutedos Dentre as medidas preventivas de controle destaca-se o uso

adequado das cultivares considerando que quanto mais tempo os frutos

permanecem nas plantas maiores seratildeo as perdas O planejamento da colheita deve

ser considerado pois colheitas tardias proporcionam condiccedilotildees favoraacuteveis para o

desenvolvimento da praga no pomar Outra medida preventiva principalmente para

pomares orgacircnicos eacute a cataccedilatildeo e destruiccedilatildeo dos frutos caiacutedos (HOHMANN amp

MENEGUIM 2005)

A verrugose ou sarna do abacateiro causada pelo fungo Sphaceloma

perseae conhecida em 1918 na Floacuterida foi encontrada no Brasil pela primeira vez

em 1938 em Limeira Eacute uma das doenccedilas de elevada importacircncia na cultura do

abacateiro visto que esta doenccedila deprecia a aparecircncia do fruto e pode provocar

tambeacutem queda dos frutos jovens bem como o subdesenvolvimento O fungo ataca

as folhas e os frutos e se desenvolve em condiccedilotildees de umidade elevada Para o

controle desta doenccedila eacute recomendado a utilizaccedilatildeo de variedades que apresentem

resistecircncia sendo necessaacuterio evitar variedades do grupo Guatemalense (PICCININ

amp PASCHOLATI 1997)

Ponto de colheita

O fruto do abacate eacute conhecido por ser climateacuterico isso significa que pode

completar o amadurecimento depois de colhido e apresenta um pico de produccedilatildeo de

etileno sucedido por um pico respiratoacuterio durante o amadurecimento O melhor

indicador de maturidade fisioloacutegica para se concluir se os frutos estatildeo aptos agrave

colheita eacute a porcentagem de mateacuteria seca que possui relaccedilatildeo com o acuacutemulo de

oacuteleo (KADER amp ARPIA 2013 citado por ALMEIDA 2013)

No Brasil a observaccedilatildeo em campo da perda do brilho na casca eacute uma praacutetica

comum para identificar o ponto ideal de colheita (ALMEIDA 2013) Jaacute na Floacuterida

contabilizam-se os dias apoacutes a floraccedilatildeo para se determinar o ponto de colheita

Na cultura do abacateiro os principais iacutendices de qualidade satildeo tamanho cor

da casca formato danos mecacircnicos recentes ou cicatrizados causados por insetos

podridotildees embalagens e transporte inadequados alteraccedilatildeo de sabor devido a

longos periacuteodos de armazenagem na aacutervore ou por colheita antes da maturidade

fisioloacutegica (KADER amp ARPIA 2013 CANTILLANO 2013) No que se refere agrave

alteraccedilatildeo de sabor KADER (2007) comenta que este fator estaacute diretamente ligado

20

ao teor de oacuteleo no fruto Neste sentido cultivares mais tardias oriundas das raccedilas

Guatemalenses e Mexicana possuem maiores teores de oacuteleo

Poacutes colheita

Por ser um fruto climateacuterico com alta taxa respiratoacuteria e elevada produccedilatildeo de

etileno apoacutes a colheita o fruto do abacate eacute altamente pereciacutevel (KADER 1992)

Neste sentido o controle do amadurecimento eacute de extrema importacircncia para se

prolongar a vida uacutetil no poacutes-colheita de frutas objetivando-se a comercializaccedilatildeo no

mercado interno ou externo (KLUGE et al 2002)

Tratando-se de maturaccedilatildeo no poacutes-colheita a manipulaccedilatildeo do etileno eacute uma

teacutecnica utilizada para antecipar ou adiar o processo de maturaccedilatildeo dos frutos O

etileno eacute um gaacutes que se comporta como hormocircnio

No Brasil a comercializaccedilatildeo do abacate em varejo ocorre na maioria das

vezes sem a utilizaccedilatildeo de refrigeraccedilatildeo portanto a utilizaccedilatildeo de tecnologias que

possibilitem a conservaccedilatildeo agrave temperatura ambiente eacute de grande relevacircncia para se

permitir a comercializaccedilatildeo durante um maior tempo apoacutes a colheita atrasando o

amadurecimento dos frutos (KLUGE et al 2002) Daiuto 2010 concluiu que a

refrigeraccedilatildeo foi efetiva na conservaccedilatildeo de frutos de abacate bdquoHass‟

Aleacutem do uso de refrigeraccedilatildeo para retardar o amadurecimento dos frutos

tambeacutem se utiliza o revestimento dos frutos com cera para se reduzir o processo de

respiraccedilatildeo e uso de metilciclopropeno para inibir a produccedilatildeo de etileno gaacutes que

funciona como hormocircnio na maturaccedilatildeo de frutos (Gayet et al 1995 Oliveira et al

2000 KLUGE et al 2002)

A utilizaccedilatildeo de radiaccedilotildees gama em baixos niacuteveis associada a outros

procedimentos no poacutes-colheita eacute mencionada na literatura como excelente meacutetodo

para prolongar a periacuteodo de prateleira das frutas por retardar os processos de

senescecircncia e amadurecimento reduzindo os iacutendices de apodrecimento provocados

por fungos e bacteacuterias (Kaumlferstein e Moy 1993) O problema do uso da radiaccedilatildeo eacute

que esta teacutecnica provoca o escurecimento perda de firmeza do fruto e o surgimento

de depressotildees superficiais (CHITARRA e CHITARRA 2005)

Consumo

Em relaccedilatildeo ao consumo per capita do abacate em 2013 o Meacutexico foi de 90

Kghab enquanto que no Brasil o consumo girava em torno de 301 gramashab

21

por ano em De acordo com dados de 2011 o consumo per capita da fruta em Israel

foi de 50 Kghab o Chile ficou logo atraacutes com 45Kghab por ano e os Estados

Unidos apesar de maior importador apenas 20 Kghab por ano (NAAMANI 2011)

Em alguns paiacuteses da Uniatildeo Europeia chega a ser 1500 gramashab por ano (BNET

2011) De acordo com PUTTI (2014) esta diferenccedila se deve ao fato de que o

consumo do abacate em paiacuteses da Europa vai aleacutem da forma in natura sendo

consumido principalmente na forma de salada aleacutem disso os benefiacutecios da fruta satildeo

mais difundidos do que no Brasil

A fruta eacute consumida de forma diferente ao redor do mundo podendo ser sob

a forma de doce como no Brasil ou em saladas e patecircs como o guacamole

(JAGUACYR) Aleacutem de ser amplamente explorada na induacutestria

Aspectos nutricionais

A tabela a seguir apresenta as informaccedilotildees nutricionais do abacate a partir de

100g da fruta

TABELA 2 - Informaccedilotildees nutricionais do abacate obtidas a partir de 100g

da fruta fonte (FATSECRET)

INFORMACcedilOtildeES NUTRICIONAIS ABACATE

ENERGIA 669 kj 160kal

CARBOIDRATOS 853 g

ACcedilUacuteCAR 066 g

PROTEIacuteNAS 2g

GORDURAS 1466g

GORDURA SATURADA 2126G

GORDURA MONOINSATURADA

9799G

GORDURA POLIINSATURADA 1816

COLESTEROL 0 mg

FIBRAS 77 g

SOacuteDIO 7 mg

POTAacuteSSIO 485 mg

Uma das principais caracteriacutesticas que qualificam o abacate eacute a elevada

quantidade de mateacuteria graxa em sua composiccedilatildeo O fruto eacute conhecido como uma

fruta de alto valor energeacutetico Os aacutecidos graxos (AG) podem ser encontrados na

semente em sua maioria insaturados estes aacutecidos tambeacutem estatildeo presentes no

mesocarpo contudo em concentraccedilotildees diferentes O oacuteleo do abacate eacute um produto

22

explorado na induacutestria farmacecircutica devido ao elevado teor de vitamina E O

produto possui bom valor comercial apesar de natildeo ser tatildeo produzido mundialmente

A quantidade de oacuteleo encontrada no mesocarpo eacute superior ao teor de oacuteleo

encontrado na semente No mesocarpo os teores de aacutecido oleico variam entre

3177 a 5030 jaacute na semente o teor desse aacutecido graxo monoinsaturado varia de

1169 a 3583 (MASSAFERA 2010)

O abacate eacute um alimento rico em aacutecido graxo monoinsaturado oleico Estudos

realizados com aacutecidos graxos monoinsaturados revelam sua importacircncia na

prevenccedilatildeo e tratamento de dislipidemias que estatildeo relacionadas ao

desenvolvimento de doenccedilas cardiovasculares e coronarianas (SOARES e ITO

2000) Os aacutecidos graxos monoinsaturados representados principalmente pelo aacutecido

oleico presente em oacuteleo de oliva e canola possui efeito significativos na prevenccedilatildeo e

tratamento de doenccedilas crocircnicas (LARSEN et al 1999)

Produtos e subprodutos

O oacuteleo obtido a partir da fruta do abacate possui propriedades fiacutesico-quiacutemicas

semelhantes ao oacuteleo de oliva principalmente pela composiccedilatildeo de seus aacutecidos

graxos salientando o aacutecido oleico O oacuteleo de oliva eacute um produto altamente

consumido no paiacutes poreacutem de origem importada e o oacuteleo de abacate possui forte

potencial para substituiacute-lo (MASSAFERA 2010)

Outra forma de aproveitamento do oacuteleo do abacate eacute para a produccedilatildeo de

biodiesel O professor do departamento de Quiacutemica da UNESP Manoel Lima de

Menezes afirma que o abacate tem o teor de oacuteleo que varia entre 5 a 30

proacuteximo ao encontrado na extraccedilatildeo da soja de 18 Segundo o pesquisador um

dos obstaacuteculos eacute ainda o teor de umidade da semente (BIODIESELBR 2013)

Dentre as vantagens do abacate em comparaccedilatildeo com a soja eacute que da fruta eacute

possiacutevel extrair oacuteleo e etanol dois ingredientes baacutesicos para a produccedilatildeo do

biodiesel Outra vantagem eacute que de acordo com Menezes o abacate pode render

ateacute 2800 litros de oacuteleo por hectare contra 400 da soja aleacutem do fato do abacateiro

ser uma planta perene (GIRARDI 2009)

A madeira tambeacutem eacute um produto explorado na cultura do abacateiro na

produccedilatildeo de energia como combustiacutevel (MAISNATUREZA) Outra forma de

aproveitamento de resiacuteduos da cultura eacute a utilizaccedilatildeo do caroccedilo para a produccedilatildeo de

23

tintas a partir do caroccedilo usado para tingir roupas produzindo uma tinta castanho-

arroxeada (TEIXEIRA 1991)

Melhoramento geneacutetico

O desenvolvimento floral bem como a eacutepoca de floraccedilatildeo e o amadurecimento

da fruta satildeo diretamente influenciados por caracteriacutesticas geneacuteticas Essas

caracteriacutesticas podem ser manipuladas com a utilizaccedilatildeo de enxertos porta enxertos

ou a interaccedilatildeo entre eles Neste sentido podem ser utilizados genoacutetipo Mexicano

que pode antecipar a floraccedilatildeo ou Guatemalenses que manteacutem uma floraccedilatildeo meacutedia

ou porta-enxerto das Iacutendias Ocidentais que promovem floraccedilatildeo tardia Estudos tecircm

comprovado que a utilizaccedilatildeo de porta-enxertos do grupo Mexicano antecipam a

floraccedilatildeo entre 4 a 8 semanas antes de pomares de clones de bdquoHass‟ Contudo a

antecipaccedilatildeo de 8 semanas na eacutepoca de floraccedilatildeo promoveu o a antecipaccedilatildeo de

maturaccedilatildeo dos frutos em apenas 3 semanas Como existe uma alta demanda pelo

abacate ‟Hass‟ em todo mundo o uso de cultivares do abacate bdquoHass-like‟ pode ser

de grande interesse para os paiacuteses produtores uma vez que a cultivar bdquoLamb-Hass‟

por exemplo possui a caracteriacutestica de estender a eacutepoca de colheita aumentando

assim a janela de produccedilatildeo da fruta (SCHAFFER et al 2012)

No final dos anos 80 Carlos Meacutendez observou um abacate diferenciado na

regiatildeo de Urupan estado de Michocaacuten Meacutexico A planta encontrada exibia uma

floraccedilatildeo com um comportamento distinto das demais Este abacate bdquoHass-like‟ foi

nomeado localmente de bdquoHass-Mendez‟ e agora eacute conhecido comercialmente como

bdquoHass Carmen‟ (Illsley-Granich 2011) Uma das cultivares de bdquoHass-like‟ que tem

sido utilizada em programas de melhoramento eacute a ldquoSir Prizerdquo

Outra cultivar bdquoHass-like‟ muito importante eacute a bdquoMaluma‟ na Aacutefrica do Sul

Dentre as vantagens desta cultivar em relaccedilatildeo ao bdquoHass‟ apresentadas por ERNST

amp ERNST (2015) estatildeo rendimento elevado precocidade e possibilidade de

aumento na densidade de plantas no pomar de abacateiro

Programas de melhoramento satildeo criados a fim de se incorporar

caracteriacutesticas de resistecircncia a doenccedilas - como os desenvolvidos na Universidade

da Califoacuternia que deram origem a cultivares como por exemplo bdquoGem‟ e bdquoHarvest‟

que possuem excelentes caracteriacutesticas agronocircmicas Dentre estas caracteriacutesticas

se tem aumento da produtividade e resistecircncia agrave podridatildeo radicular

24

A utilizaccedilatildeo de porta-enxertos eacute de suma importacircncia para se aproveitar

melhor o potencial das diferentes culturas seja por aumentar a produtividade ou por

conferir resistecircncia a doenccedilas No final dos anos 70 a podridatildeo causada por

Phytophthora cinnamomi causou grandes prejuiacutezos para a cultura do abacate na

Aacutefrica do Sul Com isso foi necessaacuterio importar da Califoacuternia porta-enxertos

tolerantes agrave podridatildeo radicular propagados vegetativamente a fim de se ter maior

uniformidade geneacutetica para estabelecer novos pomares de abacateiro Durante

muitos anos a cultivar bdquoDuke 7‟ era o uacutenico porta-enxerto que produzia plantas

uniformes produtivas e razoavelmente produtivas era a cultivar bdquoDuke 7‟ Nos anos

80 foi desenvolvida a cultivar bdquoDusa‟ a partir de plantas sobreviventes em pomares

doentes A cultivar desenvolvida pela WESTFALIA apresentou toleracircncia agrave podridatildeo

superior a bdquoDuke 7‟ (KREMER-KOumlHNE 2007)

Na Floacuterida as cultivares mais utilizadas como porta-enxerto satildeo a bdquoLula‟ e

bdquoWaldin‟ devido ao fato dessas variedades conferirem aos pomares de abacate

uniformidade aumentar o vigor e pela produccedilatildeo de sementes (CRANE et al 2007)

No Brasil os pomares comerciais de abacate satildeo implantados sobre porta-

enxertos oriundos de sementes este fator faz com que o tamanho da copa das

plantas seja desuniforme a produccedilatildeo seja afetada bem como a qualidade dos frutos

e a susceptibilidade aos patoacutegenos do solo no qual se destaca Phytophthora

cinnamomi Contudo outros paiacuteses produtores da fruta utilizam porta-enxertos de

melhor qualidade obtidos a partir de clones que possuem resistecircncia a doenccedilas e

tambeacutem conferem uniformidade ao pomar (MORAES 2014)

Certificaccedilatildeo

Devido agrave exigecircncia cada vez maior feita pelos mercados internacionais natildeo eacute

possiacutevel exportar frutas e outros produtos agropecuaacuterios sem que se tenha a

certificaccedilatildeo Um das finalidades da certificaccedilatildeo eacute proteger o diferencial de qualidade

(AGRIANUAL 2012)

A certificaccedilatildeo eacute uma forma de se adquirir vantagem competitiva sustentaacutevel

para concorrer com os grandes produtores mundiais Tendo em vista a exigecircncia de

produtos de qualidade por consumidores cada vez mais frequente eacute necessaacuterio que

o mercado mundial se atente ao alto padratildeo de qualidade fornecido por seus

produtos Com isso programas de qualidade tecircm sido desenvolvidos visando agrave

aplicaccedilatildeo direta nas cadeias de produccedilatildeo em especial na aacuterea de produtos

25

pereciacuteveis como eacute o caso da fruticultura objetivando a aceitaccedilatildeo internacional

(GUEDES et al 2007)

Vaacuterias pesquisas e estudos recentes vecircm colaborando para compreensatildeo da

formaccedilatildeo organizaccedilatildeo e influecircncia das cadeias produtivas de onde surgem

produtos que seguem os padrotildees de qualidade reconhecidos internacionalmente

onde os sistemas de certificaccedilatildeo tecircm papel fundamental

Tratando-se de qualidade os consumidores atuais buscam produtos que

atentem agraves questotildees eacuteticas que abordem temas como meio ambiente e uso de

agrotoacutexicos considerando que a procura por alimentos seguros e saudaacuteveis uma

questatildeo elementar (SINGER e MASON 2007)

Considerando que a sauacutede dos consumidores de alimentos in natura pode ser

afetada a seguranccedila alimentar bem como a qualidade dos produtos deve receber

atenccedilatildeo especial A qualidade dos produtos estaacute vinculada aos procedimentos que

satildeo conduzidos durante cada etapa de produccedilatildeo como por exemplo plantio

colheita processamento industrializaccedilatildeo e comeacutercio (OLIVEIRA 2005)

METODOLOGIA

Tipo de Estudo

Pesquisa Bibliograacutefica eacute desenvolvida a partir de material jaacute elaborado

constituiacutedo de livros e artigos cientiacuteficos (Gil 2008) Portanto o presente trabalho

utilizou-se das ideias do estudo exploratoacuterio feito a partir de pesquisa bibliograacutefica

Com isso este trabalho desenvolveu-se seguindo

1deg FONTES

Foram utilizados artigos que fornecessem informaccedilotildees sobre a cultura do

abacate bem como dados de produccedilatildeo poacutes-colheita e comercializaccedilatildeo e que

abordassem o tema de exportaccedilatildeo

2deg COLETA DE DADOS

Primeiramente foi feita leitura de trabalhos jaacute disponiacuteveis na literatura que

abordassem aspectos de produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo de forma raacutepida e objetiva a

fim de se selecionar o material a ser incluiacutedo no presente trabalho

26

Em seguida foi feita uma leitura seletiva agrupando as informaccedilotildees dos

artigos preacute-selecionados de acordo com o tema registrando as informaccedilotildees

extraiacutedas das fontes em instrumento especiacutefico

3deg ANAacuteLISE E INTERPRETACcedilAtildeO DOS RESULTADOS

Nesta etapa foi realizada uma leitura analiacutetica com a finalidade de ordenar as

informaccedilotildees contidas na literatura disponiacutevel utilizados como fonte para o

desenvolvimento deste trabalho a fim de se elaborar informaccedilotildees que resumissem

as questotildees abordadas nesta pesquisa

RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

ABACATE NO MUNDO

A figura a seguir apresenta dados de produccedilatildeo mundial de abacate (t) em 21

paiacuteses indo de 2004 a 2013 com base nos dados da FAO ndash Organizaccedilatildeo das

Naccedilotildees Unidas para Alimentaccedilatildeo e Agricultura (Food and Agriculture Organization of

the United Nations para a sigla em inglecircs)

27

Figura 2 Produccedilatildeo mundial do abacate (em t) elaborado pelo autor FONTE NOVAGRIM adaptado com dados da FAO

Os paiacuteses produtores de abacate satildeo representados no mapa abaixo onde a

intensidade da coloraccedilatildeo vermelha representa o volume de abacate produzido no

paiacutes quanto mais intenso maior o volume produzido como estaacute destacado o

Meacutexico maior produtor mundial participando com aproximadamente 31 12 de toda

a produccedilatildeo mundial da fruta

Figura 3 - Paiacuteses produtores de abacate ao redor do mundo FONTE FACTFISH

100000

300000

500000

700000

900000

1100000

1300000

1500000

1700000

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013

PRODUCcedilAtildeO MUNDIAL DE ABACATE

MEacuteXICO

INDONEacuteSIA

REP DOM

COLOcircMBIA

BRASIL

EUA

CHILE

PERU

CHINA

28

Em 2004 o maior produtor mundial de abacate foi o Meacutexico participando com

307 de todo o volume produzido mundialmente com cerca de 987000 t Em

segundo lugar poreacutem muito atraacutes com um volume de 221774 t segue a Indoneacutesia

representando apenas 689 Na terceira posiccedilatildeo Repuacuteblica Dominicana 68 e

218790 t e em quarto produzindo 170985 t estava a Colocircmbia com 53

De acordo com os dados de 2013 o Meacutexico continuou liderando o setor

participando com 3112 do total produzido agora com um volume de 1467837 t

Em segundo lugar a Repuacuteblica Dominicana com 821 Colocircmbia 643 e Peru

611 em ordem decrescente (FAOSTAT) Nos uacuteltimos 10 anos a Repuacuteblica

Dominicana saltou para o segundo lugar graccedilas a um aumento de 771 em sua

produccedilatildeo Neste sentido a Colocircmbia alcanccedila a posiccedilatildeo de 3deg colocado devido ao

aumento similar ao da Repuacuteblica Dominicana (774)

O Peru foi o paiacutes que obteve maior destaque pois saiu da oitava posiccedilatildeo

participando com apenas 337 da produccedilatildeo mundial o que representava um

volume de 108460 t em 2004 para a quarta posiccedilatildeo no ranking mundial em 2013

com 611 quando produziu 288387 t a sua participaccedilatildeo no mercado mundial

quase que dobrou nesse periacuteodo O aumento da produccedilatildeo mundial foi de 467

enquanto que o aumento do volume de abacate produzido no Peru foi de 1659

Segundo CARVALHO (2015) a formaccedilatildeo de associaccedilotildees como a PROHASS que

investe no desenvolvimento de tecnologia e marketing para estimular inclusive o

consumo interno podendo ateacute ser um exportador para o Brasil

Aos poucos a China vem participando do mercado do abacate A populaccedilatildeo

do paiacutes ultrapassa 15 bilhotildees de pessoas em algumas aacutereas metropolitanas a

populaccedilatildeo vai de 12 a 45 milhotildees de habitantes Em 2000 a classe meacutedia da China

representava 4 da populaccedilatildeo e hoje chega a 66 Os gastos com alimentaccedilatildeo

tambeacutem acompanham essa mudanccedila de comportamento pois existe nesta classe a

procura por alimentos mais saudaacuteveis Esses fatores tecircm estimulado uma mudanccedila

no consumo de abacate em toda a China (MILLER et al 2015)

Quanto agrave produccedilatildeo do Brasil no Ranking global ocorreu justamente o

contraacuterio o paiacutes saiu da quinta posiccedilatildeo para a oitava ao reduzir 765 da produccedilatildeo

que era de 170895 t em 2004 para 157428 t em 2013 Em 2011 o abacate ficou na

17deg posiccedilatildeo no ranking da produccedilatildeo nacional da fruta ocupando apenas 03 do

montante da produccedilatildeo de frutas frescas muito atraacutes das principais culturas

29

produzidas como a laranja mais produzida participando com 416 do setor

Banana segunda mais importante com 154 e Melancia com 46 em quarto

(IBGEPAM 2011)

O volume de abacate fresco brasileiro exportado foi de 4313 t em 2013 para

5806 toneladas em 2014 resultando num aumento de mais de 37 na receita com

este setor que em 2014 foi de mais de nove milhotildees e meio de doacutelares

(AGRIANUAL 2015)

O graacutefico abaixo apresenta o comportamento do volume em toneladas de

abacate exportado pelos paiacuteses que participam do setor

Figura 4 Volume de abacate (t) exportado pelos paiacuteses exportadores da fruta Elaborado pelo autor FONTE FAO

Em 2013 Meacutexico liderou o setor de exportaccedilatildeo do abacate com um volume

de 563492 toneladas cerca 463 do total exportado no mundo Em segundo lugar

a Holanda com 99 A Holanda eacute um grande importador contudo o paiacutes reexporta

grande parte do volume comprado O Peru merece destaque pois saiu de um

volume exportado de 2209 t (06) em 2000 para 114515 t em 2013 ocupando

94 do volume de abacate exportado o que lhe conferiu a 3deg posiccedilatildeo no ranking

global Em quarto lugar o Chile com 73

A figura a seguir apresenta o comportamento dos principais importadores de

abacate do mundo em 14 anos

0

100000

200000

300000

400000

500000

600000

20002001200220032004200520062007200820092010201120122013

EVOLUCcedilAtildeO DA EXPORTACcedilAtildeO MUNDIAL EM t

MEacuteXICO

CHILE

ESPANHA

AacuteFRICA DO SUL

ISRAEL

HOLANDA

PERU

30

Figura 5 Evoluccedilatildeo do volume (t) importado pelos principais paiacuteses importadores de abacate ELABORADA PELO AUTOR FONTE FAOSTAT

Os principais importadores de fruta como por exemplo o europeu e o norte

americano exigem um padratildeo de qualidade que observem as demandas impostas

pelos consumidores com relaccedilatildeo agrave seguranccedila alimentar e tambeacutem agraves exigecircncias

para certificaccedilatildeo do produto levando em consideraccedilatildeo aspectos ambientais e

sociais aleacutem do local de produccedilatildeo Desta forma produtores de fruta destinadas agrave

exportaccedilatildeo precisaram adaptar suas lavouras para atender agraves exigecircncias dos mais

importantes selos internacionais como o EureGapR e o TNCR (OLIVEIRA 2005) O

maior importador de abacate do mundo satildeo os Estados Unidos (ROCHA 2014)

O volume de abacate importado ao redor do mundo vem crescendo na uacuteltima

deacutecada Os Estados Unidos lideram o montante desde 2007 mais ainda que toda a

Uniatildeo Europeia o volume importado pelo paiacutes cresceu cerca de sete vezes entre

2000 e 2013 Em segundo lugar a Uniatildeo Europeia importando quase 23 menos

A Holanda tambeacutem cresceu muito e hoje ocupa a terceira colocaccedilatildeo no ranking O

Japatildeo e o Canadaacute tiveram consideraacutevel crescimento contudo mantiveram-se na 5deg

e 6deg posiccedilatildeo durante esse periacuteodo

Nos EUA a demanda cresce mais acelerado do que a oferta segundo

CARVALHO (2015) a demanda cresce 12 ao ano enquanto a produccedilatildeo cresce

apenas 4 O paiacutes possui uma poliacutetica de retornar parte dos lucros oriundos da

-

100000

200000

300000

400000

500000

600000

700000

IMPORTACcedilAtildeO DE ABACATE NO MUNDO EM t

EUA

UE

HOLANDA

FRANCcedilA

CANADAacute

REINO UNIDO

31

comercializaccedilatildeo do Avocado no paiacutes com a elaboraccedilatildeo de marketing e o

desenvolvimento de pesquisas que incentivem o aumento do consumo interno

promovendo alimentos como por exemplo o GUACAMOLE alimento muito popular

no paiacutes

Em 2002 os EUA impunham a Lei do Bioterrorismo exigindo que as

empresas que produzem processem armazenem ou processem alimentos voltados

ao consumo humano ou animal devem cumprir normas para comercializar seus

produtos voltados ao consumo humano ou animal precisam cumprir normas para

comercializar seus produtos nos Estados Unidos Eacute necessaacuterio que essas mesmas

empresas possuam registro junto ao governo norte-americano atualizando estas

informaccedilotildees e comunicarem agraves autoridades a chegada de novos carregamentos

alimentares O natildeo cumprimento dessas exigecircncias acarreta na proibiccedilatildeo do

ingresso da carga e possiacutevel retenccedilatildeo da mercadoria com multa para o responsaacutevel

pelo carregamento (MDIC 2006)

Os principais compradores de abacate ‟Hass‟ satildeo os Estados Unidos (20 a

50) UE AUS e o Meacutexico maior produtor e exportador do Avocado participando

com 20 do mercado de Avocado (CARVALHO 2015)

O Brasil participa com apenas 031 do mercado internacional exportando

para o Canadaacute e Holanda CARVALHO (2015) comenta que o Brasil natildeo aproveita

seu potencial de se tornar grande produtor e exportador de Avocado o paiacutes possui

extensa aacuterea e clima variado entre outros fatores que favorecem a produccedilatildeo de

Avocado contudo a produccedilatildeo ainda eacute muito pequena quando comparado com

outros paiacuteses que participam do mercado internacional da fruta

Quanto agrave contribuiccedilatildeo do desenvolvimento de programas de melhoramento

geneacutetico para a consolidaccedilatildeo do Brasil como grande produtor mundial de abacate a

utilizaccedilatildeo de cultivares de bdquoHass-like‟ representa uma excelente opccedilatildeo para

aumentar a safra da cultura no paiacutes devido agrave caracteriacutestica que esta variedade tem

de antecipar a florada ampliando desta forma a janela de produccedilatildeo e aumentando

a competitividade do paiacutes em relaccedilatildeo a outros paiacuteses exportadores da fruta

O graacutefico a seguir ilustra o comportamento das exportaccedilotildees e importaccedilotildees

Brasileiras em 14 anos

32

Figura 6 - Evoluccedilatildeo da exportaccedilatildeo e importaccedilatildeo do abacate (em t) no Brasil em 14 anos Elaborado pelo autor FONTE FAO

Alguns dos principais concorrentes do Brasil tratando-se da exportaccedilatildeo do

Avocado satildeo Aacutefrica do Sul com 3 das exportaccedilotildees Chile com 7 e Peru

representando 10 do mercado internacional de Avocado A safra do Chile ocorre

em eacutepoca proacutexima a do Brasil comeccedilando em agosto e terminando em fevereiro

(CARVALHO 2015) A Boliacutevia apesar de participar com apenas 012 do volume

exportado tem a vantagem de possibilidade de produccedilatildeo o ano todo

O elevado padratildeo de qualidade dos produtos eacute sem duacutevida um fator que

pode fazer com que o Brasil se estabeleccedila no mercado mundial de abacate Esta

praacutetica tem qualificado a Aacutefrica do Sul como um dos principais fornecedores para

paiacuteses da Europa a partir do intenso trabalho desenvolvido pela empresa sem fins

lucrativos WESTFALIA situada no municiacutepio de Limpopo por meio de investimentos

em tecnologia

A tabela a seguir apresenta o periacuteodo do ano em que cada paiacutes exportador de

abacate embarca seus produtos ao redor do mundo

0

500

1000

1500

2000

2500

3000

3500

4000

4500

5000

EXPORTACcedilAtildeO

IMPORTACcedilAtildeO

33

TABELA 3 - Janela de exportaccedilatildeo dos paiacuteses exportadores de abacate

adaptada FONTE WESTFALIASUBSOLE

CALENDAacuteRIO DE EXPORTACcedilAtildeO DE ABACATE lsquoHASSrsquo

jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

BRASIL X X X X X X X X

ARGENTINA X X X

EUA X X X X X X X X X X X X

CHILE X X X X X X X X X X

AFRICA DO SUL X X X X X X X

REP DOMINICANA X X X X X

ISRAEL X X X X X X

PERU X X X X X X X

NOVA ZELAcircNDIA X X X

MEacuteXICO X X X X X X X X X X X X

ESPANHA X X X X X X X

QUEcircNIA X X X X X

AUSTRAacuteLIA X X X X X X X

Os principais destinos do abacate ‟Hass‟ exportado pelo Brasil satildeo Espanha

Itaacutelia Holanda Alemanha e Dinamarca O material exportado segue de navio do

porto de Santos a uma temperatura de 5degC levando ateacute 16 dias no maacuteximo ateacute os

destinos Esse material exportado pelo Brasil possui os certificados GlobalGapR ndash

BRCR ndash BSCIR ndash SedexR ndash SmetaR

Os graacuteficos a seguir apresentam informaccedilotildees sobre a evoluccedilatildeo do da

exportaccedilatildeo do abacate feitos a partir de informaccedilotildees apresentadas no Anuaacuterio

Brasileiro de fruticultura (2004 a 2015) obtidos a partir de dados do Instituto

Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica

34

Figura 7 - Evoluccedilatildeo do volume de abacate exportado pelo brasil (2003 a 2014) Elaborado pelo autor com dados DO ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE AGRICULTURA DE 2004 a 2015 (IBGE)

Figura 8 - Receita com exportaccedilatildeo brasileira de abacate (2003 a 2014) Elaborado pelo autor com dado do ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE AGRICULTURA DE 2004 a 2015 (IBGE)

O volume de abacate exportado pelo Brasil vem crescendo nos uacuteltimos anos

revelando assim a importacircncia do setor para o paiacutes A variaccedilatildeo do volume

exportado de 2008 para 2009 foi de 6282 jaacute de 2009 para 2010 a exportaccedilatildeo

sofreu uma queda de 793 Em 2014 houve um aumento de 3462 no setor em

relaccedilatildeo ao ano anterior (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE FRUTICULTURA) A receita

-

100000

200000

300000

400000

500000

600000

700000

20

03

20

04

20

05

20

06

20

07

20

08

20

09

20

10

20

11

20

12

20

13

20

14

EVOLUCcedilAtildeO DO VOLUME DE ABACATE EXPORTADO PELO BRASIL (2003 a 2014)

VOLUME EXPORTADO (t)

-

20000000

40000000

60000000

80000000

100000000

120000000

20

03

20

04

20

05

20

06

20

07

20

08

20

09

20

10

20

11

20

12

20

13

20

14

RECEITA COM EXPORTACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ABACATE (2003 a 2014)

RECEITA (em USS FOB)

35

obtida a partir da exportaccedilatildeo do abacate tambeacutem acompanha os iacutendices de

crescimento

A Aacutefrica do Sul um dos principais concorrentes do Brasil no setor de

exportaccedilatildeo do Avocado eacute reconhecida por exportar material de alta qualidade para

Europa onde possui escritoacuterios contudo sua produccedilatildeo estaacute estagnada A Westfalia

eacute uma empresa sem fins lucrativos produtora de Avocado na Aacutefrica do Sul

responsaacutevel por desenvolver o mercado de Avocado no paiacutes e investe fortemente

em tecnologia o que colaborou para a atual situaccedilatildeo da Aacutefrica do Sul no setor de

exportaccedilatildeo de Avocado (CARVALHO 2015)

ABACATE NO BRASIL

O Brasil favorecido quando comparado com outros paiacuteses produtores devido

agrave suas dimensotildees continentais o que lhe possibilita ampla variaccedilatildeo de temperaturas

e solos estes fator unido agraves caracteriacutesticas individuais de cada variedade como por

exemplo sazonalidade e exigecircncias nutricionais e de horas de luz Contudo apesar

da aacuterea destinada agrave produccedilatildeo do abacate no Brasil ter reduzido passando de

11605 ha em 2005 para 9559 ha em 2014 reduccedilatildeo de 176 a produccedilatildeo natildeo foi

tatildeo alterada o que evidencia a possibilidade de um aumento na produtividade destas

aacutereas

Atualmente o Brasil ocupa a oitava posiccedilatildeo no ranking global do setor de

produccedilatildeo de abacate E apesar de possuir crescente produtividade o paiacutes ainda

possui excelente potencial produtor e tambeacutem como exportador da fruta Para

aproveitar melhor esse potencial deveriam ser feitos mais investimentos tanto no

que se refere agrave produccedilatildeo como por exemplo melhoramento geneacutetico e adoccedilatildeo de

protocolos de boas praacuteticas agriacutecolas para a obtenccedilatildeo de certificaccedilatildeo quanto no

setor de comercializaccedilatildeo desenvolvendo elevado padratildeo de qualidade da fruta

A tabela a seguir (TABELA 4) apresenta a aacuterea destinada agrave colheita de todas

as variedades de abacate nos principais produtores de abacate e o Distrito Federal

TABELA 4 - Aacuterea destinada agrave colheita (em ha) Elaborada pelo autor

DADOS (IBGE-SIDRA)

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Brasil 11605 10515 9892 9596 8509 11125 10768 9615 9707 9559

Satildeo Paulo 4266 3688 3583 3437 3267 5530 5642 4192 4374 4337

36

Minas Gerais 2865 2254 2326 2223 1854 2202 2134 2309 2416 2373

Paranaacute 1492 1467 1306 1009 1085 1000 944 922 958 930

Cearaacute 493 475 498 497 490 484 477 480 483 498

Rio Grande do Sul 626 619 613 602 584 575 552 499 470 444

Distrito Federal 119 122 109 124 108 111 - 295 160 134

A tabela 5 abaixo apresenta a produccedilatildeo de todas as variedades de abacate

em toneladas dos uacuteltimos 10 anos para os principais estados produtores e o Distrito

Federal

TABELA 5 - Produccedilatildeo nacional de abacate em 10 anos (em t) Elaborada pelo

autor FONTE (IBGESIDRA)

UFANO 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Brasil 169335 164441 154096 147214 139089 153189 160376 159903 157482 156669 1000

Satildeo Paulo 77107 78085 70812 69904 74193 83002 91909 82780 85101 79316 506

Minas Gerais 38777 32812 33436 28016 24772 28522 30975 36669 36571 41259 263

Paranaacute 22265 22575 20425 16537 15919 15824 17304 16705 16309 15784 101

Rio Grande do Sul

8167 7905 7804 7602 6824 6769 6907 5719 5584 5277 34

Cearaacute 5202 4231 4706 4520 4336 4163 3985 2717 2640 3637 23

Distrito Federal 2596 3081 2690 3019 2666 2415 - 6914 3152 3151 20

Em 2014 a aacuterea destinada agrave colheita do abacate no estado do Cearaacute era

superior agrave aacuterea do Rio Grande do Sul contudo a produccedilatildeo no estado do Cearaacute no

mesmo ano foi de 3637 t enquanto que a produccedilatildeo do Rio Grande do Sul foi de

5277 45 maior reforccedilando assim a ideia de que a produtividade no Sul pode ser

maior em relaccedilatildeo agrave regiatildeo Nordeste Este fator pode ser decorrente do uso de

cultivares inadequadas para as condiccedilotildees climaacuteticas da regiatildeo eou pela falta de

adoccedilatildeo de tecnologias modernas e teacutecnicas avanccediladas de produccedilatildeo

No Distrito Federal a produccedilatildeo cresceu 21 nos uacuteltimos 10 anos e hoje

representa 2 da produccedilatildeo nacional Por outro lado Satildeo Paulo que lidera o ranking

com 506 de toda a produccedilatildeo obteve crescimento de apenas 286 Jaacute a

produccedilatildeo do Paranaacute sofreu uma reduccedilatildeo de -291 neste mesmo periacuteodo poreacutem

manteve-se como quarto produtor nacional de abacate Os estados do Cearaacute e Rio

Grande do Sul tambeacutem reduziram sua produtividade nos uacuteltimos 10 anos

acompanhando a reduccedilatildeo nacional que reduziu -74

37

A variaccedilatildeo da produtividade de todas as variedades de abacate dos principais

estados produtores de abacate do Brasil eacute apresentada na TABELA 6 a seguir

TABELA 6 - Variaccedilatildeo (em) da produtividade (t) no Brasil em 10 anos

Elaborada pelo autor FONTE (IBGESIDRA)

VARIACcedilAtildeO () DA PRODUTIVIDADE (t) EM 10 ANOS

ESTADOANO 2005 2014 VARIACcedilAtildeO

PAIacuteS 146 164 123

SAtildeO PAULO 181 183 11

MINAS GERAIS 135 174 289

PARANAacute 149 17 141

RIO GRANDE DO SUL 13 119 -85

CEARAacute 106 73 -311

DISTRITO FEDERAL 218 235 78

De acordo com os dados do IBGE Satildeo Paulo eacute o maior produtor de abacate

do paiacutes Dentre as variedades mais produzidas no estado de Satildeo Paulo estatildeo

bdquoFortuna‟ bdquoGeada‟ bdquoQuintal‟ e bdquoMargarida‟ (DORIZZOTTO 2011)

Abaixo segue TABELA 11 contendo os nuacutemeros de plantas novas e o

nuacutemero de plantas em produccedilatildeo bem como a produccedilatildeo (caixas de 22Kg) no estado

de Satildeo Paulo ao longo de 15 anos

TABELA 7 - Quantidade de peacutes novos peacutes em produccedilatildeo e produccedilatildeo (cx 22kg)

no estado de Satildeo Paulo entre 2000 e 2015 Elaborada pelo autor FONTE

INSTITUTO DE ECONOMIA AGRIacuteCOLA

ANO PEacuteS

NOVOS PEacuteS EM

PRODUCcedilAtildeO

2000 4859400 66157100

2001 4617700 62883700

2002 4742500 55421300

2003 6095000 49740300

2004 5969500 48339500

2005 5131100 46596200

2006 5325600 45869000

2007 3412800 47668000

2008 5007100 40617400

2009 12068600 49971400

2010 8190000 53239000

38

2011 6904500 54780100

2012 7704100 51341600

2013 7002100 59149400

2014 8419800 60996100

2015 9040200 67073800

O graacutefico abaixo apresenta a curva da produtividade obtida a partir da relaccedilatildeo

feita entre a produccedilatildeo e a quantidade de peacutes em produccedilatildeo no estado de Satildeo Paulo

Figura 9 - Produtividade (kgplanta) no estado de Satildeo Paulo desde 2000 elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE ECONOMIA AGRIacuteCOLA

Os dados foram obtidos a partir da relaccedilatildeo feita entre a quantidade de planta

em produccedilatildeo e a quantidade de caixas de 22 Kg produzidas no estado de Satildeo Paulo

desde 2000 Esses dados revelam crescente aumento da produtividade ateacute o ano de

2010 onde a produtividade ultrapassou 168 Kgplanta Jaacute em relaccedilatildeo ao ano de

2011 a produtividade sofreu uma reduccedilatildeo de 10 Depois disso a curva de

produtividade continuou ascendente

A seguinte tabela apresenta a evoluccedilatildeo do preccedilo do abacate comercializado

na CEAGESP durante o ano no periacuteodo de nove anos

90

110

130

150

170

190

20

00

20

01

20

02

20

03

20

04

20

05

20

06

20

07

20

08

20

09

20

10

20

11

20

12

20

13

20

14

20

15

PRODUTIVIDADE DOS PEacuteS DE ABACATE (Kgplanta) EM SP

PRODUTIVIDADE

39

TABELA 8 - Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio (em R$Kg) do abacate FONTE

CEAGESP 2008

ANOMEcircS JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

2007 105 101 1 118 107 109 129 151 159 181 228 279

2008 119 081 084 097 102 11 122 137 149 208 296 326

2009 169 122 132 133 141 141 152 177 217 213 212 235

2010 17 161 165 154 151 151 164 173 202 262 406 316

2011 185 182 183 203 186 204 231 278 308 317 359 369

2012 207 155 151 141 153 164 192 218 242 268 429 485

2013 263 209 216 215 244 265 258 304 347 403 566 498

2014 228 206 231 239 198 2 256 267 301 305 403 538

2015 406 403 386 349 367 397 394 43 - - - -

O graacutefico a seguir resume o comportamento da quantidade de peacutes novos e

em produccedilatildeo no estado de Satildeo Paulo desde o ano 2000

Figura 10 - Evoluccedilatildeo do nuacutemeros de peacutes novos e em produccedilatildeo ao longo de 15 anos no estado de Satildeo Paulo elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE

ECONOMIA AGRIacuteCOLA

A produccedilatildeo (em caixas de 22 Kg) eacute demonstrada no graacutefico abaixo para esse

mesmo periacuteodo

000

10000000

20000000

30000000

40000000

50000000

60000000

70000000

80000000

20002002200420062008201020122014

EVOLUCcedilAtildeO DOS DADOS DO ABACATE EM SAtildeO PAULO

PEacuteS NOVOS

PEacuteS EM PRODUCcedilAtildeO

40

Figura 11 - Evoluccedilatildeo da produccedilatildeo de abacate em caixas de 22kg no estado de Satildeo Paulo em 15 anos elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE

ECONOMIA AGRIacuteCOLA

A sazonalidade do abacate comercial na CEAGESP em Satildeo Paulo

demonstram que o abacate pode ser comercializado praticamente todas as eacutepocas

do ano como apresentado pela tabela

TABELA 9 - Sazonalidade do abacate FONTE CEAGESP 2008

VARIEDADE JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

GEADA X X X X X

FORTUNA X X X X X X X

QUINTAL X X X X X X X

MARGARIDA X X X X X X X X X X

BREDA X X X X X X X X

HASS X X X X X X X X

O Estado de Minas Gerais eacute o segundo maior produtor nacional de abacate

participando do setor com 229 do total produzido A aacuterea no Estado destinada agrave

produccedilatildeo da fruta foi de 23 mil ha A produtividade do estado de Minas em 2012 foi

de 15881 (hgha) (PERFIL DA FRUTA) A produccedilatildeo de abacate no Distrito Federal

em 2013 foi de 3152 toneladas (IBGE) Em Minas a produccedilatildeo concentra-se nas

regiotildees Sul e Sudeste do estado (ALMEIDA 2013)

200000000

250000000

300000000

350000000

400000000

450000000

500000000

550000000

20002002200420062008201020122014

EVOLUCcedilAtildeO NA PRODUCcedilAtildeO DE ABACATE EM SAtildeO PAULO (22Kgcx)

PRODUCcedilAtildeO CX 22Kg

41

Em 2003 o Paranaacute foi o terceiro maior produtor nacional de abacate com uma

aacuterea de aproximadamente 1600ha onde se produziu 26 mil toneladas gerando uma

receita de cerca de R$ 85 milhotildees (HOHMANN amp MENEGUIM 2005)

De acordo com a relaccedilatildeo feita entre os dados de volume de abacate colhido e

de aacuterea destinada agrave produccedilatildeo do IBGESIDRA em 10 anos (2005 agrave 2014) o estado

que sofreu maior reduccedilatildeo da produtividade foi o estado do CEARAacute reduzindo em

31 aproximadamente enquanto que o estado de minas aumentou 289 sua

produtividade O DF apresentou os melhores niacuteveis de produtividade a partir desses

dados

AVOCADO NO BRASIL

A regiatildeo de Bauru em Satildeo Paulo especializou-se na produccedilatildeo dos abacates

‟Hass‟ e bdquoFuerte‟ conhecidos comercialmente como Avocado e satildeo os mais

apreciados pelo mercado internacional (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA

FRUTICULTURA 2008)

O Avocado variedades ‟Hass‟ e bdquoFuerte‟ possui excelentes caracteriacutesticas

nutricionais como por exemplo seu alto teor de lipiacutedeos Aleacutem disso o fruto possui

tamanho reduzido o que facilita o consumo evitando que parte natildeo consumida seja

armazenada Uma das possibilidades de se estimular o consumo interno seria

promover o produto a partir do uso de marketing setor no qual a empresa

JAGUACYR situada no municiacutepio de Bauru ndash SP tem se destacado fornecendo

informaccedilotildees nutricionais e apresentando o alto padratildeo de qualidade da fruta Outro

fator que reduz a oferta do produto no mercado interno eacute a demanda internacional

apesar de impor barreiras e exigirem alto padratildeo de qualidade o produto de

qualidade recebe os melhores preccedilos este fator tambeacutem limita o consumo interno

porque o preccedilo oferecido pelos importadores reflete no preccedilo interno

Outro ponto que deve ser observado para se manter qualidade elevada dos

frutos eacute a escolha adequada do ponto de colheita pois este fator reflete diretamente

no teor de oacuteleo dos frutos que por sua vez eacute responsaacutevel pela conservaccedilatildeo do

sabor Os melhores teores de oacuteleo encontram-se em frutos tardios como nas

variedades obtidas a partir das raccedilas Guatemalenses e Mexicana sendo maior nas

raccedilas Mexicana e menor em cultivares oriunda de raccedilas Guatemalenses como por

exemplo a bdquoHass‟

42

A exportaccedilatildeo brasileira do abacate bdquoHass‟ variedade mais produzida no

mundo era de 100 toneladas por ha em 2004 para 2186 toneladas em 2010

(DORIZZOTTO 2011) Contudo este dado representa apenas 143 do volume de

todo o abacate produzido no paiacutes nesta mesma data mesmo com seus atributos

nutricionais e comerciais

Quando se trata do segmento do mercado do Avocado brasileiro em acircmbito

global a empresa JAGUACYR situada no municiacutepio de Bauru ndash SP com sede na

Holanda eacute de extrema relevacircncia contribuindo com 90 das exportaccedilotildees brasileiras

deste produto com o qual o Brasil ainda comeccedila a participar poreacutem possui

condiccedilotildees favoraacuteveis para crescer no setor (CARVALHO 2015)

O graacutefico a seguir apresentado na Figura 2 demonstra a evoluccedilatildeo da

participaccedilatildeo do Avocado no setor de fruticultura no estado de Satildeo Paulo

Figura 12 - Elaborado pelo autor FONTE CEAGESPSEDES GABRIEL V BITENCOURT DE ALMEIDA

Como apresentado no graacutefico acima o volume de Avocado comercializado na

CEAGESP tem crescido rapidamente vertiginosamente chegando a quase

quadruplicar seu valor em apenas 7 anos

Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio de atacado (R$Kg) de Avocado na CEAGESP de

Satildeo Paulo durante o ano (SP) (Figura 3)

81 74 90

106 133

208

365 378

0

50

100

150

200

250

300

350

400

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

EVOLUCcedilAtildeO DA QUANTIDADE COMERCIALIZADA (T) DE AVOCADO NA CEAGESP DE SAtildeO PAULO (SP)

QUANTIDADE(toneladas)

43

Figura 13 - Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio do avocado na CEAGESP (R$Kg) Elaborado pelo autor FONTES CEAGESP

O graacutefico a seguir demonstra um comparativo da variaccedilatildeo do preccedilo meacutedio do

abacate em relaccedilatildeo ao Avocado durante o ano com base nos dados de nove anos

da CEAGESP (R$Kg)

Figura 14 - Comparativo do preccedilo meacutedio do abacate e do avocado comercializado na ceagesp durante o ano elaborado pelo autor FONTE

CEAGESP

A partir dos dados de 7 anos com a variaccedilatildeo do preccedilo meacutedio do Avocado por

quilo durante o ano pocircde-se observar que os menores valores encontram-se entre

maio e agosto A variaccedilatildeo de preccedilo meacutedio durante o ano chega a ser de R$ 581 o

quilo mais que o dobro entre o maior e menor valor meacutedio encontrado

O graacutefico com o comparativo do preccedilo do abacate com o Avocado (Figura 11)

revela a discrepacircncia da valorizaccedilatildeo entre os dois grupos O valor miacutenimo do

4

6

8

10

12

jan

fev

mar

abr

mai

jun jul

ago

set

ou

t

no

v

dez

EVOLUCcedilAtildeO DO PRECcedilO MEacuteDIO DO AVOCADO NA CEAGESP (R$Kg)

PRECcedilO MEacuteDIO

0

2

4

6

8

10

12

JAN

FEV

MA

R

AB

R

MA

I

JUN

JUL

AG

O

SET

OU

T

NO

V

DEZ

PRECcedilO AVOCADO

PRECcedilO DO ABACATE

44

Avocado eacute de R$ 554 por quilo enquanto que o maior valor encontrado do abacate

chega a R$ 381 uma diferenccedila de quase 50

O CEASA-DF registrou em 2014 um volume comercializado de 397 toneladas

de Avocado enquanto que no ano anterior o volume registrado natildeo passou de 07

toneladas (CEASA-DF)

Apesar de jaacute haver teacutecnicas eficientes e tecnologias modernas disponiacuteveis

para se aperfeiccediloar a produccedilatildeo do abacate a exploraccedilatildeo de novas regiotildees com

potencial produtor para a implantaccedilatildeo de pomares de abacateiro no Brasil eacute um dos

fatores que podem aumentar mais ainda a produccedilatildeo nacional No DF por exemplo

a aacuterea destinada agrave colheita do abacate sofreu uma reduccedilatildeo de mais da metade de

2012 para 2014 muito diferente da forma como havia se comportando desde 2000

quando a aacuterea passou de 85 ha para 111 em 2010 O DF representa apenas 2 da

produccedilatildeo nacional do abacate contudo sua produtividade vem aumentando e de

acordo com os dados do IBGE o DF possui os melhores iacutendices de produtividade do

paiacutes o que pode representar forte potencial da regiatildeo no setor Este fato corrobora

com a ideia de que o Brasil pode aproveitar melhor sua extensatildeo territorial

explorando regiotildees com potencial produtor como o DF por exemplo

CERTIFICACcedilAtildeO

CARVALHO (2015) afirma que para participar do mercado internacional os

produtores devem se atentar agraves exigecircncias internacionais de qualidade e seguranccedila

garantidas por meio de certificaccedilatildeo como GlobalGapR BRCR BRCIR FAIRDRADER

e SEDEX-SMETAR Outro ponto que deve ser adotado pelo Brasil no comeacutercio do

Avocado eacute manter um mercado com preccedilo linear e contiacutenuo Ainda segundo

CARVALHO (2015) produtores que natildeo possuem certificaccedilatildeo no GlobalgapR

recebem menos 10

PRECcedilO PAGO PELA JAGUACYR AO PRODUTOR COM GLOBALGAPR

TABELA 10 - (CARVALHO 2015)

CAT CALIBRE MAR ABR MAI JUN

1 12 A 24 315 322 205 205

2 26 A 32 131 129 130 130

2 12 A 24 284 350 187 187

45

Para o consumidor final o selo GLOBALGAPR natildeo eacute tatildeo notado pois o uso

desta marca eacute praticado entre empresas Contudo sua em sua elaboraccedilatildeo

considerou-se a reduccedilatildeo dos impactos negativos das operaccedilotildees agriacutecolas no meio

ambiente reduzir o uso de insumos quiacutemicos e garantir que assuntos de sauacutede e

seguranccedila dos empregados e bem estar animal sejam observados (GLOBALGAPR

2008)

A GLOBALGAPR serve como um manual no comeacutercio mundial de produtos

agriacutecolas estabelecendo normas voluntaacuterias para sua certificaccedilatildeo Este conjunto de

normas estabelece serve de molde para a conduccedilatildeo de boas praacuteticas agriacutecolas

(BPA) nas atividades agriacutecolas (GLOBALGAPR 2008)

Um dos pontos positivos em se adotar os protocolos de boas praacuteticas

agriacutecolas eacute a prevenccedilatildeo de perdas Pesquisas feitas no setor da fruticultura

concluem que maior parte do desperdiacutecio ocorre no percurso que vai do manuseio

no campo ateacute as centrais de produccedilatildeo (AGRIANUAL 2012) Os iacutendices de perdas da

abaticultura chegam a 34 ao ano (AGRIANUAL 2015)

Eacute de extrema importacircncia desenvolver soacutelidos e eficientes sistemas de

certificaccedilatildeo a fim de assegurar qualidade que atenda as expectativas dos

consumidores permitindo que as empresas ingressem nos mercados globais com

seus produtos (ZEIDAN et al 2008)

A difusatildeo de praacuteticas recomendadas para a obtenccedilatildeo da certificaccedilatildeo

GLOBALGAPR por parte dos produtores de abacate principalmente as variedades

bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ pode estimular o consumo interno por meio da oferta de produtos

de maior qualidade aleacutem de reduzindo perdas e promover o produto no comeacutercio

internacional da fruta Fazendo com que o potencial produtor seja aproveitado ao

maacuteximo uma vez que seguir os protocolos de boas praacuteticas agriacutecolas represente a

reduccedilatildeo de perdas no processo de produccedilatildeo de colheita e de transporte seja por

meio da reduccedilatildeo da incidecircncia de pragas ou por adoccedilatildeo de teacutecnicas e evitem perdas

na conduccedilatildeo da produccedilatildeo dos pomares de abacate

CONCLUSOtildeES

A produccedilatildeo de Avocado cultivares bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ superiores em vaacuterios

aspectos agraves cultivares mais populares no paiacutes tem condiccedilotildees de se desenvolver

amplamente no Brasil tornando-o grande consumidor e exportador da fruta Essa

46

mudanccedila pode ocorrer por meio de incentivos governamentais que incentivem o

registro de produtos para a cultura do abacateiro favorecendo a obtenccedilatildeo de

certificaccedilatildeo bem como o desenvolvimento de centros de pesquisas que

desenvolvam estudos sobre a cultura do abacateiro que promovam a difusatildeo de

tecnologia e com isso estimule a utilizaccedilatildeo de novas aacutereas com potencial produtivo

A transferecircncia de tecnologia tambeacutem pode ser feita por parte de empresas da aacuterea

privada que possuem domiacutenio de teacutecnicas e tecnologias modernas principalmente

por meio da popularizaccedilatildeo da produccedilatildeo de mudas clonais para porta-enxerto Aleacutem

disso devem ser feitas accedilotildees por parte de instituiccedilotildees privadas como o

desenvolvimento do marketing da fruta a fim de divulgar os benefiacutecios do consumo

e a exposiccedilatildeo de novas formas de consumo de abacate pode ser crucial para a

mudanccedila do comportamento do consumidor nacional uma vez que este se atenta

principalmente aos aspectos visuais do abacate

Na poacutes-colheita o controle sobre os processos de maturaccedilatildeo poderia ser

mais bem aproveitado No Brasil a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas de conservaccedilatildeo no poacutes-

colheita de frutas objetiva na maioria das vezes estender o tempo de prateleira

destes produtos Para se aproveitar os elevados preccedilos ofertados em determinadas

eacutepocas os produtores colhem os frutos antes do recomendado para a fruta do

abacateiro o que reduz sua qualidade pois a eacutepoca da colheita influencia

diretamente no teor de oacuteleo fator altamente relacionado com o sabor da fruta Por

outro lado a aceleraccedilatildeo do processo de maturaccedilatildeo por meio do controle de

maturaccedilatildeo permite fornecimento de frutos maduros prontos para o consumo

estimulando assim o consumo no paiacutes Com a entrega regular de frutos maduros

nos supermercados e restaurantes novas formas de consumo da fruta como patecircs

e em saladas poderiam ser facilmente introduzidas no cardaacutepio nacional

47

BIBLIOGRAFIA

ALMEIDA G V B Mercado Atacadista de Abacate e Avocado (CEAGESP) III

Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado Bauru 2015

ALMEIDA G V B O Abacate no mundo e na CEAGESP Todafruta notiacutecia 2011

DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwtodafrutacombrnoticia28119O+ABACATE+NO+MUNDO+NO+BRASIL

+E+NA+CEAGESP gt

ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA FRUTICULTURA 2004 a 2015 DISPONIacuteVEL EM

httpwwwgrupogazcombrtratadaseo_edicao420150320150301_106c8c2f1pdf

4718_2015fruticulturapdfgt

BIODIESELBR DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwbiodieselbrcomnoticiasmateria-

primaoutrasvideo-unesp-transforma-oleo-abacate-biodiesel-060313htm gt

BONELLA J A Classificaccedilatildeo de abacates na CEAGESP Joseacute Alcides Bonella ME

2013

BRUWER T ROOYEN Z VAN PERFORMANCE AND MARKET ACCEPTIBILITY

OF THE HASS-LIKE CULTIVARS GEM AND HARVEST IN SOUTH AFRICA Vi

World Avocado Congress (Actas VI Confreso Mundial del Aguacate) 2007 Vintildea Del

Mar Chile 12 ndash 16 nov 2007 ISBN n 978-956-17-0413-8 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwAvocadosourcecomWAC6enExtenso1b-36pdf gt

CAMPOS J A Cultura racional do abacateiro Satildeo Paulo Iacutecone 1988 150 p

CANTUAacuteRIAS-AVILEacuteS T SILVA S R La induacutestria del aguacate em el Estado de

Satildeo Paulo Brasil actualidad y perspectivas futuras In CONGRESO MUNDIAL DEL

AGUACATE 7 2011 Caims Resuacutemenes Caims Avocado Australia 2011

48

CORREIA R C ARAUJO J L P MOUCO M A do C BRAGA C A

MENDONCcedilA R F de Abacate preferecircncias e mercado CONGRESSO

BRASILEIRO DE FRUTICULTURA 21 2010 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwalicecnptiaembrapabralicebitstreamdoc8700181Moucopdf gt

CARVALHO L F Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado realizaccedilatildeo Jaguacy

Sindicato Rural de Bauru Serviccedilo Nacional de Aprendizagem Rural - SENAR

Faculdades Integradas de Bauru ndash SP 2015

CHITARRA M I F CHITARA A B 2005 Poacutes colheita de frutos e hortaliccedilas

Fiiologia e Manuseio Lavras ESALFAEPE

CRANE J H BALERDI C F MAGUIRE I Avocado Growing in the Florida Home

Landscape University of Florida Circular 1034 one of a series of the Horticultural

Sciences Department Florida Cooperative Extension Service Institute of Food and

Agricultural Sciences University of Florida 1983 Revised 2007

CRIZEL G R MOURA R S OLIVEIRA I R MENDONCcedilA C R B

Caracteriacutesticas fiacutesicas e quiacutemicas de abacates das variedades bdquoQuintal‟ e bdquoHass‟ In

CONGRESSO DE INICIACcedilAtildeO CIENTIacuteFICA 17 ENCONTRO DE POacuteS-

GRADUACcedilAtildeO 10 2008 Pelotas Resumos Pelotas UFPEL 2008

DAIUTO E R VIEITES R L TREMOCOLDI M A RUSSO V C Taxa

respiratoacuteria de abacate bdquoHass‟ submetido a diferentes tratamentos fiacutesicos Revista

Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha Meacutexico v 10 n 2 p 101-109

2010

DAIUTO E R TREMOCOLDI M A VIEITES R L Conservaccedilatildeo poacutes colheita de

abacate bdquoHass‟ irradiado Revista Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha vol

10 n 2 2010

DONADIO L C Abacate para exportaccedilatildeo aspectos teacutecnicos da produccedilatildeo

Brasiacutelia Frupex MAPA 1995 53 p

49

DONADIO L C FERRARI L AVILEacuteS T C Abacate In DONADIO L C (Ed)

Histoacuteria da Fruticultura Paulista Jaboticabal SBF ndash Sociedade Brasileira de

Fruticultura 2010 P 33-63

DORIZZOTTO C D A SAMPAIO A C ICUMA I M et al Avocado production

chain in the state of Satildeo Paulo (Brazil) In Proceedings VII World Avocado Congress

2011 Cairns Anaishellip Cairns Internacional Avocado Society 2011 DISPONIacuteVEL

EM lt

httpworldAvocadocongress2011comuserfilesfileOsvaldo20Kioshi20Yamanis

hi201400-1420pdf gt

ERNST Z R ERNST A A The strategic role of new cultivars A case study of

bdquoMaluma‟ VIII Congreso Mundial de la Palta 2015 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwavocadosourcecomWAC8Section_02EarnstZander2015pdf gt

FACTFISH Avocados production quantity (tons) ndash for all countries DISPONIacuteVEL

EM lt httpwwwfactfishcomstatisticAvocados20production20quantity gt

FAOSTAT 2000 a 2013 DISPONIacuteVEL EM lt httpfaostat3faoorgbrowseTTPE gt

FER B WOLSTENHOLME B N (Ed) The Avocado botany production and

uses Oxon CABI Publ 2002 chap 12 p 299-338

FRANCISCO V L F dos S BAPTISTELLA C S L CULTURA DO ABACATE NO

ESTADO DE SAtildeO PAULO Informaccedilotildees Econocircmicas SP v 35 n5 2005

DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwieaspgovbroutpublicacoespdftec3-0505pdf gt

GAYET J P et al 1995 Abacate para exportaccedilatildeo procedimentos de colheita e

poacutes-colheita FRUPEX Brasiacutelia 37p

GIRARDI G Abacate uma nova opccedilatildeo de biocombustiacutevel Jornal UNESP Bauru

2009 DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwunespbracijornal248energia_bauruphp gt

50

GUEDES M S B SENA M TOLEDO S Certificaccedilatildeo como estrateacutegia competitiva

internacional dos produtores de frutas no Brasil VII Encontro da Sociedade

Brasileira de Economia Ecoloacutegica (ECO-ECO) 28 a 30 de novembro de 2007

Fortaleza Cearaacute

HODDLE M The Avocado Seed Moth Stenoma cateniver Walsingham (Lepdoptera

Elachistidae) Department of Entomology Applied Biological Control Research

DISPONIacuteVEL EM lt httpbiocontrolucredustenomastenomahtml gt

HOHMANN C L MENEGUIM A M A BROCA-DO-ABACATE (Stenoma catenifer)

Aspectos bioloacutegicos comportamento danos e manejo Instituto Agronocircmico do

Paranaacute ndash Londrina ndashPR Informe da Pesquisa n 147 2005

HOHMANN C L MENEGUIM A M Observaccedilotildees preliminares sobre a ocorrecircncia

da broca-do-abacate Stenoma catenifer Wals no Estado do Paranaacute Anais da

Sociedade Entomoloacutegica do Brasil v 22 p 417-419 1993

ILLSLEY-GRANICH C‟Hass‟Carmenrega precocious flowering avocado tree

Agrovim AS de CV Uruapan Michocan Mexico Rob Brokaw Brokaw Nursery Inc

Saticoy California USA Dr Salvador Ochoa-Ascencio University of Michoacan

Uruapan Michoacan Mexico 2011 DISPONIacuteVEL EM lt

httpworldavocadocongress2011comuserfilesfileCarlos20Illsley201410-

1430pdf gt

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA ESTATIacuteSTICA (IBGE) IBGE CIDADES

DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwcidadesibgegovbrcartogramamapaphplang=ampcoduf=53ampcodmun=53

0010ampidtema=136ampcodv=v01ampsearch=distrito-federal|brasilia|sintese-das-

informacoes-2013 gt

KADER A A 1992 Postharvest technology of horticultural crops Okland Univertisy

of California 292p

51

KADER A A ARPIA M L Avocado Recommendations for Maintaining

Postharvest Quality 2013

KADER A A Biologiacutea y Tecnologiacutea Postcosecha un Panorama In KADER A A

Tecnologiacutea Postcosecha de Cultivos Hortofrutiacutecolas 3 Ed Davis University Of

Califoacuternia 2007 Cap 4 p 43-53

KLUGE R A et al Inibiccedilatildeo do amadurecimento de abacate com 1-

metilciclopropeno Pesquisa Agropecuaacuteria Brasileira 37(7)895-901

KOOLER O C Abacaticultura Porto Alegre UFRGS 1992 138p

KOOLER O C ABACATICULTURA Porto Alegre UFRGS 1984 138p

KOLLER O C Abacate produccedilatildeo de mudas instalaccedilatildeo e manejo de pomares

colheita e poacutes-colheita Porto Alegre Cinco Continentes 2002 145 p

KREMER-KOumlHNE S KOumlHNE J S 25 YEARS OF AVOCADO ROOTSTOCK

DEVELOPMENT IN SOUTH AFRICA VI World Avocado Congress Chile 2007

DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwavocadosourcecomWAC6enExtenso1a-8pdf gt

LIPPERT C ALLAMAND M (WESTFALIASUBSOLE) A hystory of

collaboration Rev Subsole Santiago 2007

MAIS NATUREZA ABACATEIRO DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwmaisnaturezacomplantasarvoresabacateiro gt

MARANCA G Fruticultura comercial Manga e Abacate Satildeo Paulo Nobel 1980

p 81-133

MASSAFERA G COSTA T M B OLIVEIRA J E D COMPOSICcedilAtildeO DE AacuteCIDOS

GRAXOS DO OacuteLEO DO MESOCARPO E DA SEMENTE DE CULTIVARES DE

ABACATE (Persea americana MILL) DA REGIAtildeO DE RIBEIRAtildeO PRETO SP)

52

Alim Nutr Araraquara V 21 n 2 p 325-331 abrjun 2010 DISPONIacuteVEL EM lt

http20014571150seerindexphpalimentosarticleview940a20v21n2pdf gt

MDIC Negociaccedilotildees internacionais DISPONIacuteVEL EM

httpwwwdesenvolvimentogovbrsitiosecexnegInternacionaisMedTerrorismoLei

ph p gt

MICKELBART M V BENDER G S WITNEY G W ADAMS C ARPAIA M L

Effects of clonal rootstocks on bdquoHass‟ avocado yield components alternate bearing

and nutrition Journal of Horticultural Schience amp Biotechnology Ashford v 82

n 3 p 460-466 2007

MILLER B BERTELS R PADILLA T WILEMAN R THOMSEN L China the

new frontier VIII World Avocado Congress 2015

MONTENEGRO H W S A cultura do abacateiro Satildeo Paulo Melhoramentos

1951 102p (Criaccedilatildeo e Lavoura n 11)

MORAES A F G Desenvolvimento produccedilatildeo e qualidade de frutos de abacateiro

cv bdquoHass‟ sobre dois porta-enxertos nas condiccedilotildees edafoclimaacuteticas da regiatildeo central

do Estado de Satildeo Paulo Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Ciecircncias Piracicaba 2014

NAAMANI G Global Trends in main Avocado Markets VII World Avocado

Congress Australia 2011

NAVA DE DE LARA HADDAD M PARRA JRP 2005 Exigecircncias teacutermicas

estimativa do nuacutemero de geroccedilotildees de Stenoma catenifer e comprovaccedilatildeo de modelo

em campo Pesq Agropec Bras Brasilia v 40 p 961-967

NAVA DE PARRA JRP COSTA VA GUERRA TM COcircNSOLI FL (2005b)

Population dynamics of Stenoma catenifer(Lepidoptera Elachistidae) and related

larval parasitoids in Minas Gerais Brazil Florida Entomologistv 88p 441-446

53

NOVAGRIM ndash FRESH FRUITS IMPORTER amp VEGETABLE SUPPLIER SINCE

1999 2001-2013 WORLD AVOCADO PRODUCTION DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwnovagrimcomPages2000_2011_Avocado_statistics_ENaspx gt

OLIVEIRA LA A importacircncia das Normas Internacionais para o Comeacutercio da

Fruticultura Brasileira Piracicaba Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Economia Escola

Superior de Agricultura ldquoLuiz de Queirozrdquo Universidade de Satildeo Paulo Piracicaba

2005

OLIVEIRA M A de et al 2000 Ceras para conservaccedilatildeo poacutes colheita de frutos de

abacateiro cultivar Fuerte armazenados em temperatura ambiente Scientia Agriacutecola

Piracicaba 57 (4) 777-780

PASSONI A D NEVES M C M RODRIGUES B B BOTEON M Anaacutelise dos

principais entraves na exportaccedilatildeo de frutas brasileiras CENTRO DE ESTUDOS

AVANCcedilADOS EM ECONOMIA APLICADA (CEPEAESALQ-USP) XLIV

CONGRESSO DA SOBER ndash ldquoQuestotildees Agraacuterias Educaccedilatildeo no Campo e

Desenvolvimentordquo Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia Rural Fortaleza

2006

PEGG K G COATES L M KORSTEN L HARDING R M Foliar fruit and

soilborne diseases In WHILEY A W SCHAF

PERFIL DA FRUTICULTURA 2014 Base de dados 2012 a 2013 Governo de Minas

Gerais Agricultura Pecuaacuteria e Abastecimento 2014

PICCININ E PASCHOLATI S F ldquoDOENCcedilAS DO ABACATEIRO‟ em MANUAL DE

FITOPATOLOGIA Vol 2 Doenccedilas das Plantas Cultivadas Editora Agronocircmica

Ceres Ltda Satildeo Paulo 1997 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwifcursoscombrsistemaadminarquivos07-33-29-

manualfitopatologiapdfpage=10 gt

54

PUTT F F GOacuteES B C CATANEO P F Anaacutelise econocircmica de oferta e demanda

do abacate na alta paulista X Foacuterum Ambiental da Alta Paulista v 10 n 7 2014

pp 158-169

ROCHA I L Nuacutemeros do abacate HORTIESCOLHA Instituto Brasileiro de

Qualidade em Horticultura DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwhortibrasilorgbrjnwindexphpoption=com_contentampview=articleampid=120

9numeros-do-abacate-ampcatid=50comercializacaoampItemid=82 gt

SANTO N T Manejo da vegetaccedilatildeo intercalar para obtenccedilatildeo de cobertura morta na

cultura do abacateiro visando minimizar os danos causados por Phytophthora

cinnamomi Dissertaccedilatildeo de mestrado em Fitotecnia Piracicaba 2014

SCHAFFER B WOLSTENJOLME B N WHILEY A W The avocado botany

production and uses 560 p 2012 DISPONIacuteVEL EM lt

httpsbooksgooglecombrbooksid=r0hpRJca3zECamppg=PA83amplpg=PA83ampdq=Th

e+Avocado+botany+production+and+uses+hass-

likeampsource=blampots=oqc5OBsbmVampsig=5gDWWPIMYRBW9cH3yYuWh-ldd-8amphl=pt-

BRampsa=Xampved=0ahUKEwj_yPbgsoTKAhUGDpAKHZTrCWEQ6AEIPDADv=onepag

eampqampf=false gt

SCIENCIA I Certificaccedilatildeo GLOBALGAP e impactos ambientais em agroinduacutestrias de

alimentos Dissertaccedilatildeo de Poacutes-Graduaccedilatildeo Araraquara SP 2010 lt

mlthttpwwwecoecoorgbrconteudopublicacoesencontrosvii_envii_enc_ecohtm

gt

SIMAtildeO S Manual de Fruticultura Satildeo Paulo Editora Agronocircmica Ceres 1971

530p p 147-169

SINGER P MASON J Eacutetica da alimentaccedilatildeo como nossos haacutebitos alimentares

influenciam o meio ambiente e o nosso bem estar Rio de Janeiro Elsevier 2007

SOARES H F ITO M K O AacuteCIDO GRAXO MONOINSATURADO DO ABACATE

NO CONTROLE DE DISLIPIDEMIAS Ver Ciecircnc Meacuted Campinas P 47-51 2000

55

DISPONIacuteVEL EM lt httpperiodicospuc-

campinasedubrseerindexphpcienciasmedicasarticleviewFile13301304 gt

TEIXEIRA C G Cultura In ITAL ndash INSTITUTO DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS

(Campinas) Abacate Cultura mateacuteria-prima processamento e aspectos

econocircmicos 2 Ed Campinas Instituto Campineiro de Ensino Agriacutecola 1995 Cap 1

p 1-54 (Frutas Tropicais)

TEIXEIRA C G Cultura do abacate In TEIXEIRA C G et al ABACATE cultura

mateacuteria prima processamento e aspectos econocircmicos 2deg ed Seacuterie Fruas Tropicais

ndeg8 ITAL Campinas 1991 250p

WATANABE H S Caracteriacutesticas de cultivares de abacate CEAGESPS ndash

Companhia de Entrepostos e Armazeacutens Gerais de Satildeo Paulo 2013

WOLFENBARGER D O COLBURN B The Stenoma catenifer a serious Avocado

pest Proceedings of Florida State Horticulture Society v 92 p 315-318 1979

ZEIDAN R SEIXAS P ABRANCHES L COSTA D MEIRELLES F Certificaccedilatildeo

na cadeia produtiva de alimentos e as barreiras teacutecnicas agrave exportaccedilatildeo Simpoacutesio de

excelecircncia e gestatildeo e tecnologia ndash SEGeT 2008 Resende

Page 2: EVOLUÇÃO DA PRODUÇÃO MUNDIAL E NACIONAL …...RESUMO O abacateiro, Persea americana, é uma cultura muito importante em vários países, devido ao volume comercializado da fruta

PETERSON ALVES PEREIRA

EVOLUCcedilAtildeO DA PRODUCcedilAtildeO MUNDIAL E NACIONAL DE

ABACATE

Trabalho de conclusatildeo de curso apresentada agrave Banca Examinadora da Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinaacuteria como exigecircncia final para obtenccedilatildeo do tiacutetulo de Engenheiro Agrocircnomo Orientador Prof Dr Osvaldo Kiyoshi Yamanishi

BRASIacuteLIA - DF

2015

EVOLUCcedilAtildeO DA PRODUCcedilAtildeO MUNDIAL E NACIONAL DE ABACATE

PETERSON ALVES PEREIRA

TRABALHO DE CONCLUSAtildeO DE CURSO SUBMETIDO Agrave FACULDADE DE AGRONOMIA E

MEDICINA VETERINAacuteRIA DA UNIVERSIDADE DE BRASIacuteLIA COMO REQUISITO PARCIAL PARA A

OBTENCcedilAtildeO DO GRAU DE ENGENHEIRO AGROcircNOMO

APROVADO PELA COMISSAtildeO EXAMINADORA EM 31122015

BANCA EXAMINADORA

_________________________________________________

OSVALDO KIYOSHI YAMANISHI Universidade de Brasiacutelia

Professor Associado da Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinaacuteria ndash UnB

(ORIENTADOR) CPF 065273838-94 e-mail okyamanishigmailcom

_________________________________________________

JOSEacute RICARDO PEIXOTO Universidade de Brasiacutelia

Professor Titular da Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinaacuteria ndash UnB

(EXAMINADOR) CPF 354456236-34 e-mail peixotounbbr

_________________________________________________

MAacuteRCIO DE CARVALHO PIRES Dr Universidade de Brasiacutelia

Professor Adjunto da Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinaacuteria ndash UnB

(EXAMINADOR) CPF 844256601-53 e-mail mcpiresunbbr

BRASIacuteLIA - DF

Dezembro 2015

Dedicatoacuteria

A Deus Arquiteto Supremo

Agrave minha famiacutelia meus pais e meus irmatildeos pelo amor

AGRADECIMENTOS

A Deus por arquitetar o universo e tudo o que nele haacute

Aos meus pais por compartilharem comigo da labuta do cotidiano e por

proporcionarem momentos de conforto dos quais desfrutamos juntos

Aos meus irmatildeos pelos muitos momentos de alegria e felicidades e tambeacutem pelos

momentos de aprendizado e crescimento

Ao professor Dr Osvaldo Kiyoshi Yamanishi pela orientaccedilatildeo e paciecircncia na

conclusatildeo deste trabalho

Ao professor Dr Maacutercio de Carvalho Pires por ministrar excelentes aulas e fornecer

total apoio para a conclusatildeo deste trabalho

Agrave Universidade de Brasiacutelia que com sua estrutura e corpo discente e docente me

proporcionaram a oportunidade de crescimento e desenvolvimento intelectual e

pessoal

A todos os envolvidos que colaboraram positivamente com minha conclusatildeo de

curso muito obrigado

RESUMO

O abacateiro Persea americana eacute uma cultura muito importante em vaacuterios

paiacuteses devido ao volume comercializado da fruta e a variedade de pratos presentes

no cotidiano nestes paiacuteses A produccedilatildeo mundial de abacate em 2013 foi de

4717102 toneladas Ainda em 2013 os maiores produtores mundiais de abacate

foram Meacutexico com 3112 do montante produzido Repuacuteblica Dominicana 822

Colocircmbia 643 e Peru com 611 A produccedilatildeo mundial de abacate cresceu 19

no periacuteodo de 2006 e 2012 No Distrito Federal a produccedilatildeo da fruta em 2013 foi de

3152 toneladas Em 2011 o maior produtor nacional foi Satildeo Paulo com 524 da

produccedilatildeo seguido de Minas Gerais com 1982 As principais cultivares

comercializadas no paiacutes satildeo Breda Fortuna Geada Margarida e Quintal As

cultivares de abacate mais utilizadas para exportaccedilatildeo satildeo a bdquoFuerte‟ bdquoHass‟

conhecido no Brasil como Avocado sendo mais valorizadas no mercado Os

principais exportadores de abacate satildeo Meacutexico Chile Holanda e Peru Os principais

concorrentes do Brasil em se tratando da exportaccedilatildeo do Avocado satildeo Aacutefrica do

Sul com 3 das exportaccedilotildees Chile com 7 e Peru representando 10 do mercado

internacional Tendo em vista o promissor mercado internacional da cultura do

abacateiro com a cultivar bdquoHass‟ no qual Estados Unidos e Uniatildeo Europeia

representam forte potencial importador objetivou-se com este estudo apresentar a

evoluccedilatildeo da produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo da cultura do abacateiro em niacutevel mundial

Palavras ndash chave Persea americana abacate Hass

ABSTRACT

The avocado Persea americana is an importante culture in many countries

The worldwide production of avocado in 2013 was 4717102 ton Still in 2013 the

biggest worldwide avocado‟s producers was Mexico with 3112 of the produced

amount Dominican Republic with 822 Colombia with 643 and Peru with 611

The avocado‟s worldwide production grows 19 between 2006 and 2012 The

avocado‟s production in Distrito Federal in 2013 was of 3152 ton The biggest

producer in 2011 was Satildeo Paulo with 524 of all production followed by Minas

Gerais with 1982 The main cultivars commercialized on country are Breda

Fortuna Geada Margarida and Quintal The most avocado‟s cultivars used for

exportation are the bdquoFuerte‟ bdquoHass‟ known as avocado are also the most valorized

on market The main exporters of avocado are Mexico Chile Netherlands and Peru

The competitors to Brazil talking about exportation of avocado are South Africa with

3 of all the exportation Chile with 7 and Peru representing 10 of avocado‟s

international market In view of the promising culture‟s international market of

avocado with the Avocado cultivars bdquoFuerte‟ and bdquoHass‟ where US and European

Union representing an strong potential importer it is aimed with this exploratory

study analyze the aspects of production and commercialization of culture of avocado

in Brazil as its participation on the sector of exportation of this fruit comparing with

another countries that participate of this market

Keywords Persea Americana avocado Hass

SUMAacuteRIO

INTRODUCcedilAtildeO 10

OBJETIVO 11

REVISAtildeO BIBLIOGRAacuteFICA 11

A CULTURA DO ABACATE 11

Origem 11

Abacate no Brasil 12

Descriccedilatildeo 12

Aacutervore folhas e fruto 12

Flores 13

Polinizaccedilatildeo 13

Raccedilas 14

Principais cultivares 14

Avocado 15

Clima 16

Solos 17

Doenccedilas e pragas que afetam a cultura do abacate 17

Ponto de colheita 19

Poacutes colheita 20

Consumo 20

Aspectos nutricionais 21

Produtos e subprodutos 22

Melhoramento geneacutetico 23

Certificaccedilatildeo 24

METODOLOGIA 25

RESULTADOS E DISCUSSAtildeO 26

ABACATE NO MUNDO 26

ABACATE NO BRASIL 35

AVOCADO NO BRASIL 41

CERTIFICACcedilAtildeO 44

CONCLUSOtildeES 45

BIBLIOGRAFIA 47

10

INTRODUCcedilAtildeO

A cultura do abacateiro eacute de grande importacircncia para o setor frutiacutecola em

vaacuterias regiotildees de todo o mundo A produccedilatildeo mundial de abacate em 2013 foi de

4717102 toneladas (FACTFISH) No Brasil neste mesmo ano a produccedilatildeo chegou

a 159903 t ocupando uma aacuterea de 9615 ha ficando na oitava posiccedilatildeo no ranking

dos maiores produtores mundiais (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA FRUTICULTURA

2015) Ainda em 2013 os maiores produtores mundiais de abacate foram Meacutexico

disparado na frente com um volume de 1467837 toneladas Repuacuteblica Dominicana

com 387546 t e Colocircmbia com 303304 toneladas (FONTE FACTFISH) De acordo

com Rocha (2014) a produccedilatildeo mundial de abacate cresceu 19 no periacuteodo de

2006 e 2012

Apesar de o Brasil possuir excelentes condiccedilotildees para a produccedilatildeo de abacate

a falta de manejos agronocircmicos adequados durante toda a cadeia produtiva do

abacate tem feito com que o paiacutes natildeo participe de forma mais efetiva no mercado

mundial do abacate A cultura possui elevada suscetibilidade agrave gomose do

abacateiro conhecida como podridatildeo da raiz causada por Phytophthora

cinnamomi considerada a principal doenccedila que afeta esta cultura em todas as

regiotildees do mundo (CANTUARIAS-AVILEacuteS SILVA 2011 citado por SANTOS 2014)

Outro entrave na produccedilatildeo do abacate eacute a broca-do-abacate Stenoma catenifer

que de acordo com WOLFENBARGER amp COLBURN (1979) eacute uma praga

quarentenaacuteria em vaacuterios paiacuteses tem sido marcante para a produccedilatildeo deste produto

sendo vetada a entrada de lotes contaminados por meio de barreiras fitossanitaacuterias

em paiacuteses como os Estados Unidos da Ameacuterica principal importador mundial da

fruta

Em acircmbito internacional os abacates bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ satildeo os mais

apreciados Estes frutos recebem a denominaccedilatildeo de Avocado Estas cultivares tecircm

sido mais valorizadas pelo seu tamanho diferenciado e alto teor de lipiacutedeos

(FRANCISCO e BAPTISTELLA 2005) Estas cultivares satildeo hiacutebridos oriundos das

raccedilas mexicana e guatemalense possuem frutos pequenos com caroccedilo

relativamente grande e com alto teor de oacuteleo (TEIXEIRA 1995)

Para CARVALHO (2015) o Brasil estaacute ainda comeccedilando a participar do

volume de exportaccedilatildeo do abacate bdquoHass‟ cultivar mais produzida em todo o mundo

poreacutem o paiacutes esse ainda tem pouca contribuiccedilatildeo para com este setor do qual os

11

Estados Unidos e Uniatildeo Europeia representam forte potencial importador devido ao

elevado consumo interno que cresce de forma mais acelerada do que a produccedilatildeo

da fruta no paiacutes

Os principais importadores de fruta como como o europeu e o norte

americano impotildeem de um padratildeo de qualidade que observa agraves exigecircncias feitas

pelos consumidores com relaccedilatildeo agrave seguranccedila alimentar Este fator deve ser

considerado elementar pelos paiacuteses que visam exportar quaisquer produtos para

essas regiotildees A certificaccedilatildeo dos produtos eacute de extrema importacircncia para consolidar

paiacuteses exportadores no mercado pois esta leva em consideraccedilatildeo aspectos

ambientais e sociais aleacutem do local de produccedilatildeo Desta forma produtores de fruta

destinadas agrave exportaccedilatildeo precisaram adaptar suas lavouras a fim de atender as

exigecircncias dos mais importantes selos internacionais como o EureGapR e o TNCR

(OLIVEIRA 2005)

Os consumidores atuais estatildeo mais informados no que se refere agrave busca de

qualidade e por isso buscam produtos que atentem agraves questotildees eacuteticas que

abordem temas como meio ambiente tambeacutem o uso indiscriminado de agrotoacutexicos

considerando que a procura por alimentos seguros e saudaacuteveis eacute uma questatildeo

fundamental (SINGER e MASON 2007)

OBJETIVO

O objetivo deste estudo foi apresentar a evoluccedilatildeo da produccedilatildeo e

comercializaccedilatildeo da cultura do abacateiro em niacutevel internacional e mundial por meio

de trabalhos encontrados na literatura

REVISAtildeO BIBLIOGRAacuteFICA

A CULTURA DO ABACATE

Origem

Existem relatos sobre o abacate no iniacutecio do descobrimento das Ameacutericas Na

Colocircmbia o abacate jaacute era conhecido por volta de 1519 e 1526 entre os anos de

1532 e 1550 apareceu no Meacutexico Este nome ldquoabacaterdquo eacute oriundo do dialeto

indiacutegena o que reforccedila a informaccedilatildeo de que esse fruto eacute amplamente conhecido

pelos povos naturais da Ameacuterica (DONADIO 1995)

12

Por ser uma espeacutecie oriunda da Ameacuterica o abacate espalhou-se pelo

continente no seacuteculo XVII sendo mencionado na Jamaica em 1657 e 1969 pelo

nome de Avocado como eacute comumente denominado em paiacuteses de liacutengua inglesa Jaacute

em paiacuteses que tecircm como principal liacutengua o espanhol eacute conhecido como bdquoaguacate‟

exceto na Argentina Chile Peru e Equador onde eacute conhecido como bdquopalta‟

(DONADIO 1995)

O abacate eacute citado na Europa inicialmente em 1601 quando foi introduzido

no jardim botacircnico de Valecircncia Apoacutes isso disseminou-se para outros continentes

chegando na Aacutefrica em 1750 tendo Gana como via de acesso Em 1825 chega no

Havaiacute e em 1833 na Floacuterida Na Aacutesia o abacate chega pela Malaacutesia em 1900

(DONADIO 1995)

Abacate no Brasil

Existem relatos da cultura do abacateiro no Brasil desde 1787 poreacutem a

primeira introduccedilatildeo oficial deu-se em 1893 quando quatro aacutervores provenientes da

Guiana Francesa pertencentes agrave raccedila Antilhana que forneceram as primeiras

sementes da espeacutecie para o Brasil Em Satildeo Paulo acredita-se que a cultura tenha

se iniciado no Vale do Paraiacuteba no seacuteculo XIX predominando plantas da raccedila

Antilhana (Donadio et al 2010)

A safra do abacate gira em torno de 150 toneladas exceto em 2008 que

chegou a 173 mil t (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA FRUTICULTURA 2008) A

produccedilatildeo Brasileira de Abacate foi de 159903 toneladas em 2013 ocupando uma

aacuterea de 9615 ha conferindo a oitava posiccedilatildeo no ranking global do setor (ANUAacuteRIO

BRASILEIRO DA FRUTICULTURA 2015)

Descriccedilatildeo

Aacutervore folhas e fruto

O abacateiro espeacutecie P americana Miller eacute uma planta dicotiledocircnea da

famiacutelia Lauraceae gecircnero Persea A aacutervore possui porte meacutedio-alto variando de 12

a 25 metros O abacateiro se desenvolve bem em regiotildees tropicais e subtropicais A

planta possui caule ciliacutendrico e lenhoso com coloraccedilatildeo cinza escuro Suas folhas satildeo

sem estipulas de peciacuteolo curto e alternadas e podem ter vaacuterios formatos como

eliacuteptico-lanceoladas oblongas oblongo-lanceoladas ou ovais podendo variar de

76 a 410 cm de comprimento A cor da folha vai de bronzeada quando nova e

13

aos poucos vai esverdeando O fruto eacute uma baga com uma semente grande

cercada por uma polpa amanteigada (TEIXEIRA 1995 KOLLER 2002 CRANE

2007)

Flores

As flores do abacateiro satildeo pequenas e hermafroditas podendo ter coloraccedilatildeo

branca ou verde amarelada Satildeo produzidas em abundacircncia e possuem diacircmetro de

variaacutevel de 05 a 15 cm dispostas em paniacuteculas terminais nos ramos mais novos

(ALMEIDA 2013)

O abacateiro possui flores perfeitas com oacutergatildeos masculinos e femininos

capazes de produzir frutos agrave exceccedilatildeo da variedade Collinson por exemplo que natildeo

consegue produzir poacutelen e soacute serve como planta feminina (MARANCA 1980) A

planta apresenta comportamento floral denominado dicogamia protogenica

(KOLLER 1992)

Polinizaccedilatildeo

Apesar de possuir flores hermafroditas a maturidade do pistilo (parte

feminina) natildeo ocorre ao mesmo tempo da deiscecircncia das anteras (parte masculina)

(ALMEIDA 2013)

As flores do abacateiro se comportam de duas formas distintas diferenciando

a classificaccedilatildeo de cultivares em dois grupos A e B No grupo A estatildeo as variedades

onde a primeira abertura da flor ocorre pela manhatilde pronta para receberem o poacutelen

(feminina) reabrindo somente agrave tarde no seguinte poreacutem soltando poacutelen

(masculino) As variedades do grupo B a primeira abertura da flor ocorre apoacutes o

meio dia (feminina) fechando-se pela tarde e reabrindo ao amanhecer no estaacutegio

masculino Conhecer da biologia floral do abacateiro eacute extremamente importante

para se obter boa produccedilatildeo em pomares de abacateiro por conta do fato de suas

flores serem hermafroditas Desta forma para que se tenha uma eficiente

polinizaccedilatildeo das flores eacute imprescindiacutevel que os pomares sejam formados com

variedades pertencentes aos dois diferentes grupos para se ter uma produccedilatildeo

economicamente viaacutevel A proporccedilatildeo entre as variedades pode variar de acordo com

a demanda do mercado (MONTENEGRO 1951 citado por FRANCISCO E

BAPTISTELLA 2005)

14

Raccedilas

O abacateiro Persea americana pertence agrave famiacutelia Lauraceae que engloba

cerca de 50 gecircneros Existem trecircs grupos ou raccedilas que representam o abacate

comercial satildeo elas Mexicana ndash Persea americana var drymifolia Antilhana ndash P

americana var americana e Guatemalense ou guatemalteca ndash P nubigena var

guatemalensis (WILLIAMS 79 citado por DONADIO 1995)

Principais cultivares

Dentre as cultivares mais produzidas no estado de Satildeo Paulo estatildeo a

bdquoFortuna‟ bdquoGeada‟ bdquoQuintal‟ e bdquoMargarida‟ (DORIZZOTTO 2011) A produccedilatildeo

concentra-se na regiatildeo de Campinas Ribeiratildeo Preto e Bauru (ALMEIDA 2013)

Levantamentos feitos na regiatildeo nordeste por CORREIA et al (2010) indicam

que as principais cultivares nos CEASAS de Pernambuco e Cearaacute satildeo Quintal

Fortuna Geada e Margarida Jaacute em Satildeo Paulo as principais cultivares

comercializadas no CEAGESP citadas por ALMEIDA (2013) satildeo bdquoBreda‟ Fortuna

Geada Margarida e Quintal (CEAGESP 2013)

ILUSTRACcedilAtildeO DAS PRINCIPAIS CULTIVARES DE ABACATE

FIGURA 1 - Ilustraccedilatildeo das principais cultivares de abacate brasileira fonte HORTIESCOLHA DISPONIacuteVEL EM httpwwwhortiescolhacombrhortipediaprodutoabacate (adaptado)

A cultivar BREDA possui formato piriforme poreacutem se formaccedilatildeo de ldquopescoccedilordquo

(WATANABE 2013 citado por ALMEIDA 2013)

A variedade FORTUNA tem como uma de suas caracteriacutesticas frutos

piriformes muito grandes com peso variando entre 600 e 1Kg de casca lisa e verde

escuro polpa amarela e caroccedilo solto (KOLLER 2002) O teor de oacuteleo da cultivar

15

FORTUNA eacute de aproximadamente 8 (SIMAtildeO 1998 DONADIO et al 2010) No

CEASA do Recife esta cultivar eacute a preferida devido ao fato de ser uma fruta

carnuda com preccedilo acessiacutevel excelente sabor entre outros fatores

A cultivar GEADA tambeacutem possui fruto piriforme podendo ser ovalado sem

ldquopescoccedilordquo com coloraccedilatildeo verde mais claro que o FORTUNA sua polpa eacute amarela

com a semente aderente seu conteuacutedo de oacuteleo eacute bastante baixo por volta de 35

e a maturaccedilatildeo bastante precoce (TEIXEIRA 1995 KOLLER 2002)

A cultivar MARGARIDA apresenta as caracteriacutesticas da raccedila Guatemalense

como folhas novas com coloraccedilatildeo arroxeada frutos redondos e de casca rugosa

sua polpa eacute verde clara e o caroccedilo eacute pequeno (KOLLER 2002) Segundo BONELLA

(2013) (citado por ALMEIDA 2013) a cultivar MARGARIDA eacute a preferida por

compradores que visam transportar longas distacircncias pois apresenta oacutetima

resistecircncia poacutes-colheita

A QUINTAL eacute outro hiacutebrido das raccedilas Antilhana e Guatemalense seus frutos

satildeo grandes pesam entre 500 e 900 g possui casca verde clara lisa a polpa eacute

amarela e o caroccedilo aderente agrave polpa (TEIXEIRA 1995 KOLLER 2002 DONADIO

2010) O formato da QUINTAL eacute bem piriforme com ldquopescoccedilordquo bastante

proeminente Esta cultivar eacute a preferida no CEASA de Fortaleza por possuir

aparecircncia bonita e brilhosa casca livre de manchas polpa saborosa e etc

Avocado

A denominaccedilatildeo bdquoAvocado‟ tem sido utilizada no paiacutes para identificar as

cultivares de abacate bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ estas cultivares tecircm sido mais valorizadas

pelo seu tamanho diferenciado e alto teor de lipiacutedeos (FRANCISCO e

BAPTISTELLA 2005) apesar de suas reduzidas dimensotildees Contudo sendo fruto

climateacuterico eacute altamente pereciacutevel podendo ser um obstaacuteculo agrave comercializaccedilatildeo

(DAIUTO et al 2010)

As cultivares bdquoFuerte‟ e bdquoHass‟ satildeo oriundas do possiacutevel cruzamento natural

de variedades das raccedilas guatemalense e mexicana (DONADIO 1995) O tipo ‟Hass‟

possui casca aacutespera e formato arredondado Quando estaacute maduro sua casca

apresenta coloraccedilatildeo escurecida Jaacute o tipo ‟Fuerte‟ possui casca verde brilhante e lisa

com formato alongado (JAGUACYR)

16

A cultivar bdquoHass‟ eacute a mais valorizada no mundo apesar de seu tamanho

reduzido o fruto possui alta concentraccedilatildeo de lipiacutedeos Seus frutos podem pesar

entre 149 e 300 gramas (MICKELBART et al 2007 CRIZEL 2008)

Na Califoacuternia adota-se para as cultivares bdquoFuerte‟ e bdquoHass‟ o ponto miacutenimo de

mateacuteria seca adotada para a colheita eacute de 19 e 208 respectivamente (KADER amp

ARPIA 2013) O teor de mateacuteria seca possui elevada correlaccedilatildeo com o niacutevel de oacuteleo

da fruta Essas cultivares satildeo reconhecidas pelos altos niacuteveis de oacuteleo - fator que

possui forte influecircncia na conservaccedilatildeo do sabor

A tabela a seguir apresenta as informaccedilotildees nutricionais obtidas em 50g de

Avocado (JAGUACYR)

TABELA 1 - Informaccedilotildees nutricionais em 50g de avocado FONTE

JAGUACYR

INFORMACcedilOtildeES NUTRICIONAIS AVOCADO (50g)

ENERGIA 301 kj 72 kcal

CARBOIDRATOS 853 g

PROTEIacuteNAS 1 g

GORDURAS TOTAIS 8 g

GORDURA SATURADA 18 g

FIBRA ALIMENTAR 16 g

SOacuteDIO 75 mg

POTAacuteSSIO 485 mg

O Avocado tem 5 vezes menos aacutegua que o abacate comum o que lhe

confere concentraccedilatildeo muito maior de nutrientes A fruta eacute considerada pelos

nutricionistas como sendo uma das que possui maior valor nutricional devido ao fato

de possuir elevadas concentraccedilotildees de vitaminas antioxidantes como A C e E Em

comparaccedilatildeo com a banana a fruta conteacutem ainda trecircs vezes mais vitamina B6 Em

meacutedia o Avocado possui niacutevel de gordura em aproximadamente 20 sendo a

maioria monoinsaturada A gordura monoinsaturada auxilia na reduccedilatildeo no LDL e

promove aumento no HDL o ldquocolesterol bomrdquo (JAGUACYR)

Clima

As variedades da Iacutendia Ocidental e alguns hiacutebridos satildeo melhores adaptados a

regiotildees planas de clima tropical e regiotildees tropicais onde natildeo haacute ocorrecircncia de

17

geadas Por outro lado variedades Mexicanas satildeo mais adaptadas a regiotildees com

temperaturas mais baixas Hiacutebridos de raccedilas Mexicanas x Guatemaltecas

geralmente satildeo mais resistentes ao frio do que as raccedilas hiacutebridas Iacutendias Ocidentais x

Guatemaltecas (CRANE et al 2007)

Solos

O abacateiro eacute uma planta muito sensiacutevel a este fator em especial no que se

refere agrave drenagem e profundidade dos solos (KOLLER 1984) Para esta cultura

recomenda-se solos feacuterteis bem drenados pouco aacutecidos e profundos (SIMAtildeO

1971)

A cultura do abacateiro natildeo tolera solos inundados ou mal drenados

Condiccedilotildees de umidade elevada constante comprometem o desenvolvimento

adequado das plantas pois resultam em deficiecircncia nutricional e em alguns casos

pode provocar a morte da planta devido ao fato de estarem altamente suscetiacuteveis a

infecccedilatildeo por fungos (CRANE et al 2007)

Outro aspecto que deve ser considerado na cultura do abacate eacute a salinidade

devido agrave alta sensibilidade da cultura a este fator que pode provocar a queima da

ponta e borda das folhas e queda da produccedilatildeo (DONADIO 1995)

Doenccedilas e pragas que afetam a cultura do abacate

Apesar de o Brasil possuir excelentes condiccedilotildees para a produccedilatildeo de abacate

a falta de manejos agronocircmicos adequados durante toda a cadeia produtiva do

abacate tem feito com que o Brasil natildeo participe de forma mais eficiente no mercado

mundial do abacate A cultura possui elevada suscetibilidade agrave gomose do

abacateiro podridatildeo da raiz causada por Phytophthora cinnamomi

No Brasil a podridatildeo radicular causada por Phytophthora cinnamomi tem

dizimado plantaccedilotildees de abacateiro reduzindo a longevidade dos pomares

(DONADIO 1995) A doenccedila eacute considerada a mais importante para a cultura do

abacateiro sendo fator limitante para a cultura em todo o mundo (CAMPOS 1988

KOLLER 2002) A seleccedilatildeo de cultivares porta-enxertos resistentes ou tolerantes

controle quiacutemico e manejo do solo satildeo estrateacutegias que reduzem os danos e o

controle desta doenccedila (PEGG et al 2002)

A ocorrecircncia de Phytophthora cinnamomi juntamente com estresses

ambientais faz com que o abacateiro da cultivar ‟Hass‟ produza frutos com

18

dimensotildees muito reduzidas Esses frutos subdimensionados natildeo satildeo

comercializaacuteveis resultando em elevadas perdas financeiras para os produtores

(BRUWER 2007) Empresas como a Westfalia situada na proviacutencia de Limpopo na

Aacutefrica do Sul tecircm testado cultivares de abacate bdquoHass-like‟ para se obter maior

produtividade em regiotildees afetadas pelo P cinnamomi

Algumas das estrateacutegias que visam agrave minimizaccedilatildeo dos danos e o controle da

podridatildeo radicular satildeo por exemplo a utilizaccedilatildeo de cultivares porta-enxertos

resistentes ou tolerantes o uso de controle quiacutemico e praacuteticas especiacuteficas de manejo

do solo (PEGG et al 2002)

No que se refere a barreiras agrave exportaccedilatildeo do abacate a broca-do-abacate

Stenoma catenifer que de acordo com WOLFENBARGER amp COLBURN (1979) eacute

uma praga quarentenaacuteria em vaacuterios paiacuteses tem sido marcante para a produccedilatildeo

deste produto sendo vetada a entrada de lotes contaminados por meio de barreiras

fitossanitaacuterias em paiacuteses como os Estados Unidos da Ameacuterica principal importador

mundial Esta praga tem sido uma ameaccedila extremamente relevante para a produccedilatildeo

nacional de abacate chegando a causar perda de toda a produccedilatildeo (HOHMANN amp

MENEGUIM 1993) De acordo com informaccedilotildees da Universidade da Califoacuternia

(HODDLE UCR) os EUA tecircm desenvolvido protocolos de seguranccedila para impedir

que a doenccedila tenha acesso ao paiacutes por meio de importaccedilotildees de paiacuteses onde a

doenccedila eacute endecircmica Algumas regiotildees brasileiras de cultivo de abacate 100 da

colheita pode estar infestado com S catenifer (Nava et al 2005a) Mesmo com a

aplicaccedilatildeo de inseticidas de largo espectro sendo feitas de 7 a 11 vezes durante uma

uacutenica estaccedilatildeo de crescimento ateacute 60 de frutas podem ser infestados com larvas S

catenifer (Nava et al 2005b)

Para CARVALHO (2015) a exportaccedilatildeo para os EUA pela JAGUACYR eacute

dificultada devido agrave ocorrecircncia de doenccedilas que ocorrem em territoacuterio nacional e que

podem ser exportadas com os produtos

Ocorrida a eclosatildeo a lagarta de primeiro instar desloca-se ao longo do fruto

ateacute encontrar o local adequado para iniciar o ataque As fecircmeas procuram depositar

os ovos no peduacutenculo contudo haacute maior incidecircncia de orifiacutecios na parte inferior do

abacate Ao passo que as lagartas se desenvolvem e vatildeo se alimentando da polpa

do abacate indo em direccedilatildeo ao caroccedilo onde este inseto se aloja e finaliza a fase

larval construindo galerias no interior A lagarta se desenvolve no fruto e transforma-

se em pupa no solo numa profundidade de 05 a 15 cm ou ateacute mesmo no interior

19

dos frutos caiacutedos Dentre as medidas preventivas de controle destaca-se o uso

adequado das cultivares considerando que quanto mais tempo os frutos

permanecem nas plantas maiores seratildeo as perdas O planejamento da colheita deve

ser considerado pois colheitas tardias proporcionam condiccedilotildees favoraacuteveis para o

desenvolvimento da praga no pomar Outra medida preventiva principalmente para

pomares orgacircnicos eacute a cataccedilatildeo e destruiccedilatildeo dos frutos caiacutedos (HOHMANN amp

MENEGUIM 2005)

A verrugose ou sarna do abacateiro causada pelo fungo Sphaceloma

perseae conhecida em 1918 na Floacuterida foi encontrada no Brasil pela primeira vez

em 1938 em Limeira Eacute uma das doenccedilas de elevada importacircncia na cultura do

abacateiro visto que esta doenccedila deprecia a aparecircncia do fruto e pode provocar

tambeacutem queda dos frutos jovens bem como o subdesenvolvimento O fungo ataca

as folhas e os frutos e se desenvolve em condiccedilotildees de umidade elevada Para o

controle desta doenccedila eacute recomendado a utilizaccedilatildeo de variedades que apresentem

resistecircncia sendo necessaacuterio evitar variedades do grupo Guatemalense (PICCININ

amp PASCHOLATI 1997)

Ponto de colheita

O fruto do abacate eacute conhecido por ser climateacuterico isso significa que pode

completar o amadurecimento depois de colhido e apresenta um pico de produccedilatildeo de

etileno sucedido por um pico respiratoacuterio durante o amadurecimento O melhor

indicador de maturidade fisioloacutegica para se concluir se os frutos estatildeo aptos agrave

colheita eacute a porcentagem de mateacuteria seca que possui relaccedilatildeo com o acuacutemulo de

oacuteleo (KADER amp ARPIA 2013 citado por ALMEIDA 2013)

No Brasil a observaccedilatildeo em campo da perda do brilho na casca eacute uma praacutetica

comum para identificar o ponto ideal de colheita (ALMEIDA 2013) Jaacute na Floacuterida

contabilizam-se os dias apoacutes a floraccedilatildeo para se determinar o ponto de colheita

Na cultura do abacateiro os principais iacutendices de qualidade satildeo tamanho cor

da casca formato danos mecacircnicos recentes ou cicatrizados causados por insetos

podridotildees embalagens e transporte inadequados alteraccedilatildeo de sabor devido a

longos periacuteodos de armazenagem na aacutervore ou por colheita antes da maturidade

fisioloacutegica (KADER amp ARPIA 2013 CANTILLANO 2013) No que se refere agrave

alteraccedilatildeo de sabor KADER (2007) comenta que este fator estaacute diretamente ligado

20

ao teor de oacuteleo no fruto Neste sentido cultivares mais tardias oriundas das raccedilas

Guatemalenses e Mexicana possuem maiores teores de oacuteleo

Poacutes colheita

Por ser um fruto climateacuterico com alta taxa respiratoacuteria e elevada produccedilatildeo de

etileno apoacutes a colheita o fruto do abacate eacute altamente pereciacutevel (KADER 1992)

Neste sentido o controle do amadurecimento eacute de extrema importacircncia para se

prolongar a vida uacutetil no poacutes-colheita de frutas objetivando-se a comercializaccedilatildeo no

mercado interno ou externo (KLUGE et al 2002)

Tratando-se de maturaccedilatildeo no poacutes-colheita a manipulaccedilatildeo do etileno eacute uma

teacutecnica utilizada para antecipar ou adiar o processo de maturaccedilatildeo dos frutos O

etileno eacute um gaacutes que se comporta como hormocircnio

No Brasil a comercializaccedilatildeo do abacate em varejo ocorre na maioria das

vezes sem a utilizaccedilatildeo de refrigeraccedilatildeo portanto a utilizaccedilatildeo de tecnologias que

possibilitem a conservaccedilatildeo agrave temperatura ambiente eacute de grande relevacircncia para se

permitir a comercializaccedilatildeo durante um maior tempo apoacutes a colheita atrasando o

amadurecimento dos frutos (KLUGE et al 2002) Daiuto 2010 concluiu que a

refrigeraccedilatildeo foi efetiva na conservaccedilatildeo de frutos de abacate bdquoHass‟

Aleacutem do uso de refrigeraccedilatildeo para retardar o amadurecimento dos frutos

tambeacutem se utiliza o revestimento dos frutos com cera para se reduzir o processo de

respiraccedilatildeo e uso de metilciclopropeno para inibir a produccedilatildeo de etileno gaacutes que

funciona como hormocircnio na maturaccedilatildeo de frutos (Gayet et al 1995 Oliveira et al

2000 KLUGE et al 2002)

A utilizaccedilatildeo de radiaccedilotildees gama em baixos niacuteveis associada a outros

procedimentos no poacutes-colheita eacute mencionada na literatura como excelente meacutetodo

para prolongar a periacuteodo de prateleira das frutas por retardar os processos de

senescecircncia e amadurecimento reduzindo os iacutendices de apodrecimento provocados

por fungos e bacteacuterias (Kaumlferstein e Moy 1993) O problema do uso da radiaccedilatildeo eacute

que esta teacutecnica provoca o escurecimento perda de firmeza do fruto e o surgimento

de depressotildees superficiais (CHITARRA e CHITARRA 2005)

Consumo

Em relaccedilatildeo ao consumo per capita do abacate em 2013 o Meacutexico foi de 90

Kghab enquanto que no Brasil o consumo girava em torno de 301 gramashab

21

por ano em De acordo com dados de 2011 o consumo per capita da fruta em Israel

foi de 50 Kghab o Chile ficou logo atraacutes com 45Kghab por ano e os Estados

Unidos apesar de maior importador apenas 20 Kghab por ano (NAAMANI 2011)

Em alguns paiacuteses da Uniatildeo Europeia chega a ser 1500 gramashab por ano (BNET

2011) De acordo com PUTTI (2014) esta diferenccedila se deve ao fato de que o

consumo do abacate em paiacuteses da Europa vai aleacutem da forma in natura sendo

consumido principalmente na forma de salada aleacutem disso os benefiacutecios da fruta satildeo

mais difundidos do que no Brasil

A fruta eacute consumida de forma diferente ao redor do mundo podendo ser sob

a forma de doce como no Brasil ou em saladas e patecircs como o guacamole

(JAGUACYR) Aleacutem de ser amplamente explorada na induacutestria

Aspectos nutricionais

A tabela a seguir apresenta as informaccedilotildees nutricionais do abacate a partir de

100g da fruta

TABELA 2 - Informaccedilotildees nutricionais do abacate obtidas a partir de 100g

da fruta fonte (FATSECRET)

INFORMACcedilOtildeES NUTRICIONAIS ABACATE

ENERGIA 669 kj 160kal

CARBOIDRATOS 853 g

ACcedilUacuteCAR 066 g

PROTEIacuteNAS 2g

GORDURAS 1466g

GORDURA SATURADA 2126G

GORDURA MONOINSATURADA

9799G

GORDURA POLIINSATURADA 1816

COLESTEROL 0 mg

FIBRAS 77 g

SOacuteDIO 7 mg

POTAacuteSSIO 485 mg

Uma das principais caracteriacutesticas que qualificam o abacate eacute a elevada

quantidade de mateacuteria graxa em sua composiccedilatildeo O fruto eacute conhecido como uma

fruta de alto valor energeacutetico Os aacutecidos graxos (AG) podem ser encontrados na

semente em sua maioria insaturados estes aacutecidos tambeacutem estatildeo presentes no

mesocarpo contudo em concentraccedilotildees diferentes O oacuteleo do abacate eacute um produto

22

explorado na induacutestria farmacecircutica devido ao elevado teor de vitamina E O

produto possui bom valor comercial apesar de natildeo ser tatildeo produzido mundialmente

A quantidade de oacuteleo encontrada no mesocarpo eacute superior ao teor de oacuteleo

encontrado na semente No mesocarpo os teores de aacutecido oleico variam entre

3177 a 5030 jaacute na semente o teor desse aacutecido graxo monoinsaturado varia de

1169 a 3583 (MASSAFERA 2010)

O abacate eacute um alimento rico em aacutecido graxo monoinsaturado oleico Estudos

realizados com aacutecidos graxos monoinsaturados revelam sua importacircncia na

prevenccedilatildeo e tratamento de dislipidemias que estatildeo relacionadas ao

desenvolvimento de doenccedilas cardiovasculares e coronarianas (SOARES e ITO

2000) Os aacutecidos graxos monoinsaturados representados principalmente pelo aacutecido

oleico presente em oacuteleo de oliva e canola possui efeito significativos na prevenccedilatildeo e

tratamento de doenccedilas crocircnicas (LARSEN et al 1999)

Produtos e subprodutos

O oacuteleo obtido a partir da fruta do abacate possui propriedades fiacutesico-quiacutemicas

semelhantes ao oacuteleo de oliva principalmente pela composiccedilatildeo de seus aacutecidos

graxos salientando o aacutecido oleico O oacuteleo de oliva eacute um produto altamente

consumido no paiacutes poreacutem de origem importada e o oacuteleo de abacate possui forte

potencial para substituiacute-lo (MASSAFERA 2010)

Outra forma de aproveitamento do oacuteleo do abacate eacute para a produccedilatildeo de

biodiesel O professor do departamento de Quiacutemica da UNESP Manoel Lima de

Menezes afirma que o abacate tem o teor de oacuteleo que varia entre 5 a 30

proacuteximo ao encontrado na extraccedilatildeo da soja de 18 Segundo o pesquisador um

dos obstaacuteculos eacute ainda o teor de umidade da semente (BIODIESELBR 2013)

Dentre as vantagens do abacate em comparaccedilatildeo com a soja eacute que da fruta eacute

possiacutevel extrair oacuteleo e etanol dois ingredientes baacutesicos para a produccedilatildeo do

biodiesel Outra vantagem eacute que de acordo com Menezes o abacate pode render

ateacute 2800 litros de oacuteleo por hectare contra 400 da soja aleacutem do fato do abacateiro

ser uma planta perene (GIRARDI 2009)

A madeira tambeacutem eacute um produto explorado na cultura do abacateiro na

produccedilatildeo de energia como combustiacutevel (MAISNATUREZA) Outra forma de

aproveitamento de resiacuteduos da cultura eacute a utilizaccedilatildeo do caroccedilo para a produccedilatildeo de

23

tintas a partir do caroccedilo usado para tingir roupas produzindo uma tinta castanho-

arroxeada (TEIXEIRA 1991)

Melhoramento geneacutetico

O desenvolvimento floral bem como a eacutepoca de floraccedilatildeo e o amadurecimento

da fruta satildeo diretamente influenciados por caracteriacutesticas geneacuteticas Essas

caracteriacutesticas podem ser manipuladas com a utilizaccedilatildeo de enxertos porta enxertos

ou a interaccedilatildeo entre eles Neste sentido podem ser utilizados genoacutetipo Mexicano

que pode antecipar a floraccedilatildeo ou Guatemalenses que manteacutem uma floraccedilatildeo meacutedia

ou porta-enxerto das Iacutendias Ocidentais que promovem floraccedilatildeo tardia Estudos tecircm

comprovado que a utilizaccedilatildeo de porta-enxertos do grupo Mexicano antecipam a

floraccedilatildeo entre 4 a 8 semanas antes de pomares de clones de bdquoHass‟ Contudo a

antecipaccedilatildeo de 8 semanas na eacutepoca de floraccedilatildeo promoveu o a antecipaccedilatildeo de

maturaccedilatildeo dos frutos em apenas 3 semanas Como existe uma alta demanda pelo

abacate ‟Hass‟ em todo mundo o uso de cultivares do abacate bdquoHass-like‟ pode ser

de grande interesse para os paiacuteses produtores uma vez que a cultivar bdquoLamb-Hass‟

por exemplo possui a caracteriacutestica de estender a eacutepoca de colheita aumentando

assim a janela de produccedilatildeo da fruta (SCHAFFER et al 2012)

No final dos anos 80 Carlos Meacutendez observou um abacate diferenciado na

regiatildeo de Urupan estado de Michocaacuten Meacutexico A planta encontrada exibia uma

floraccedilatildeo com um comportamento distinto das demais Este abacate bdquoHass-like‟ foi

nomeado localmente de bdquoHass-Mendez‟ e agora eacute conhecido comercialmente como

bdquoHass Carmen‟ (Illsley-Granich 2011) Uma das cultivares de bdquoHass-like‟ que tem

sido utilizada em programas de melhoramento eacute a ldquoSir Prizerdquo

Outra cultivar bdquoHass-like‟ muito importante eacute a bdquoMaluma‟ na Aacutefrica do Sul

Dentre as vantagens desta cultivar em relaccedilatildeo ao bdquoHass‟ apresentadas por ERNST

amp ERNST (2015) estatildeo rendimento elevado precocidade e possibilidade de

aumento na densidade de plantas no pomar de abacateiro

Programas de melhoramento satildeo criados a fim de se incorporar

caracteriacutesticas de resistecircncia a doenccedilas - como os desenvolvidos na Universidade

da Califoacuternia que deram origem a cultivares como por exemplo bdquoGem‟ e bdquoHarvest‟

que possuem excelentes caracteriacutesticas agronocircmicas Dentre estas caracteriacutesticas

se tem aumento da produtividade e resistecircncia agrave podridatildeo radicular

24

A utilizaccedilatildeo de porta-enxertos eacute de suma importacircncia para se aproveitar

melhor o potencial das diferentes culturas seja por aumentar a produtividade ou por

conferir resistecircncia a doenccedilas No final dos anos 70 a podridatildeo causada por

Phytophthora cinnamomi causou grandes prejuiacutezos para a cultura do abacate na

Aacutefrica do Sul Com isso foi necessaacuterio importar da Califoacuternia porta-enxertos

tolerantes agrave podridatildeo radicular propagados vegetativamente a fim de se ter maior

uniformidade geneacutetica para estabelecer novos pomares de abacateiro Durante

muitos anos a cultivar bdquoDuke 7‟ era o uacutenico porta-enxerto que produzia plantas

uniformes produtivas e razoavelmente produtivas era a cultivar bdquoDuke 7‟ Nos anos

80 foi desenvolvida a cultivar bdquoDusa‟ a partir de plantas sobreviventes em pomares

doentes A cultivar desenvolvida pela WESTFALIA apresentou toleracircncia agrave podridatildeo

superior a bdquoDuke 7‟ (KREMER-KOumlHNE 2007)

Na Floacuterida as cultivares mais utilizadas como porta-enxerto satildeo a bdquoLula‟ e

bdquoWaldin‟ devido ao fato dessas variedades conferirem aos pomares de abacate

uniformidade aumentar o vigor e pela produccedilatildeo de sementes (CRANE et al 2007)

No Brasil os pomares comerciais de abacate satildeo implantados sobre porta-

enxertos oriundos de sementes este fator faz com que o tamanho da copa das

plantas seja desuniforme a produccedilatildeo seja afetada bem como a qualidade dos frutos

e a susceptibilidade aos patoacutegenos do solo no qual se destaca Phytophthora

cinnamomi Contudo outros paiacuteses produtores da fruta utilizam porta-enxertos de

melhor qualidade obtidos a partir de clones que possuem resistecircncia a doenccedilas e

tambeacutem conferem uniformidade ao pomar (MORAES 2014)

Certificaccedilatildeo

Devido agrave exigecircncia cada vez maior feita pelos mercados internacionais natildeo eacute

possiacutevel exportar frutas e outros produtos agropecuaacuterios sem que se tenha a

certificaccedilatildeo Um das finalidades da certificaccedilatildeo eacute proteger o diferencial de qualidade

(AGRIANUAL 2012)

A certificaccedilatildeo eacute uma forma de se adquirir vantagem competitiva sustentaacutevel

para concorrer com os grandes produtores mundiais Tendo em vista a exigecircncia de

produtos de qualidade por consumidores cada vez mais frequente eacute necessaacuterio que

o mercado mundial se atente ao alto padratildeo de qualidade fornecido por seus

produtos Com isso programas de qualidade tecircm sido desenvolvidos visando agrave

aplicaccedilatildeo direta nas cadeias de produccedilatildeo em especial na aacuterea de produtos

25

pereciacuteveis como eacute o caso da fruticultura objetivando a aceitaccedilatildeo internacional

(GUEDES et al 2007)

Vaacuterias pesquisas e estudos recentes vecircm colaborando para compreensatildeo da

formaccedilatildeo organizaccedilatildeo e influecircncia das cadeias produtivas de onde surgem

produtos que seguem os padrotildees de qualidade reconhecidos internacionalmente

onde os sistemas de certificaccedilatildeo tecircm papel fundamental

Tratando-se de qualidade os consumidores atuais buscam produtos que

atentem agraves questotildees eacuteticas que abordem temas como meio ambiente e uso de

agrotoacutexicos considerando que a procura por alimentos seguros e saudaacuteveis uma

questatildeo elementar (SINGER e MASON 2007)

Considerando que a sauacutede dos consumidores de alimentos in natura pode ser

afetada a seguranccedila alimentar bem como a qualidade dos produtos deve receber

atenccedilatildeo especial A qualidade dos produtos estaacute vinculada aos procedimentos que

satildeo conduzidos durante cada etapa de produccedilatildeo como por exemplo plantio

colheita processamento industrializaccedilatildeo e comeacutercio (OLIVEIRA 2005)

METODOLOGIA

Tipo de Estudo

Pesquisa Bibliograacutefica eacute desenvolvida a partir de material jaacute elaborado

constituiacutedo de livros e artigos cientiacuteficos (Gil 2008) Portanto o presente trabalho

utilizou-se das ideias do estudo exploratoacuterio feito a partir de pesquisa bibliograacutefica

Com isso este trabalho desenvolveu-se seguindo

1deg FONTES

Foram utilizados artigos que fornecessem informaccedilotildees sobre a cultura do

abacate bem como dados de produccedilatildeo poacutes-colheita e comercializaccedilatildeo e que

abordassem o tema de exportaccedilatildeo

2deg COLETA DE DADOS

Primeiramente foi feita leitura de trabalhos jaacute disponiacuteveis na literatura que

abordassem aspectos de produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo de forma raacutepida e objetiva a

fim de se selecionar o material a ser incluiacutedo no presente trabalho

26

Em seguida foi feita uma leitura seletiva agrupando as informaccedilotildees dos

artigos preacute-selecionados de acordo com o tema registrando as informaccedilotildees

extraiacutedas das fontes em instrumento especiacutefico

3deg ANAacuteLISE E INTERPRETACcedilAtildeO DOS RESULTADOS

Nesta etapa foi realizada uma leitura analiacutetica com a finalidade de ordenar as

informaccedilotildees contidas na literatura disponiacutevel utilizados como fonte para o

desenvolvimento deste trabalho a fim de se elaborar informaccedilotildees que resumissem

as questotildees abordadas nesta pesquisa

RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

ABACATE NO MUNDO

A figura a seguir apresenta dados de produccedilatildeo mundial de abacate (t) em 21

paiacuteses indo de 2004 a 2013 com base nos dados da FAO ndash Organizaccedilatildeo das

Naccedilotildees Unidas para Alimentaccedilatildeo e Agricultura (Food and Agriculture Organization of

the United Nations para a sigla em inglecircs)

27

Figura 2 Produccedilatildeo mundial do abacate (em t) elaborado pelo autor FONTE NOVAGRIM adaptado com dados da FAO

Os paiacuteses produtores de abacate satildeo representados no mapa abaixo onde a

intensidade da coloraccedilatildeo vermelha representa o volume de abacate produzido no

paiacutes quanto mais intenso maior o volume produzido como estaacute destacado o

Meacutexico maior produtor mundial participando com aproximadamente 31 12 de toda

a produccedilatildeo mundial da fruta

Figura 3 - Paiacuteses produtores de abacate ao redor do mundo FONTE FACTFISH

100000

300000

500000

700000

900000

1100000

1300000

1500000

1700000

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013

PRODUCcedilAtildeO MUNDIAL DE ABACATE

MEacuteXICO

INDONEacuteSIA

REP DOM

COLOcircMBIA

BRASIL

EUA

CHILE

PERU

CHINA

28

Em 2004 o maior produtor mundial de abacate foi o Meacutexico participando com

307 de todo o volume produzido mundialmente com cerca de 987000 t Em

segundo lugar poreacutem muito atraacutes com um volume de 221774 t segue a Indoneacutesia

representando apenas 689 Na terceira posiccedilatildeo Repuacuteblica Dominicana 68 e

218790 t e em quarto produzindo 170985 t estava a Colocircmbia com 53

De acordo com os dados de 2013 o Meacutexico continuou liderando o setor

participando com 3112 do total produzido agora com um volume de 1467837 t

Em segundo lugar a Repuacuteblica Dominicana com 821 Colocircmbia 643 e Peru

611 em ordem decrescente (FAOSTAT) Nos uacuteltimos 10 anos a Repuacuteblica

Dominicana saltou para o segundo lugar graccedilas a um aumento de 771 em sua

produccedilatildeo Neste sentido a Colocircmbia alcanccedila a posiccedilatildeo de 3deg colocado devido ao

aumento similar ao da Repuacuteblica Dominicana (774)

O Peru foi o paiacutes que obteve maior destaque pois saiu da oitava posiccedilatildeo

participando com apenas 337 da produccedilatildeo mundial o que representava um

volume de 108460 t em 2004 para a quarta posiccedilatildeo no ranking mundial em 2013

com 611 quando produziu 288387 t a sua participaccedilatildeo no mercado mundial

quase que dobrou nesse periacuteodo O aumento da produccedilatildeo mundial foi de 467

enquanto que o aumento do volume de abacate produzido no Peru foi de 1659

Segundo CARVALHO (2015) a formaccedilatildeo de associaccedilotildees como a PROHASS que

investe no desenvolvimento de tecnologia e marketing para estimular inclusive o

consumo interno podendo ateacute ser um exportador para o Brasil

Aos poucos a China vem participando do mercado do abacate A populaccedilatildeo

do paiacutes ultrapassa 15 bilhotildees de pessoas em algumas aacutereas metropolitanas a

populaccedilatildeo vai de 12 a 45 milhotildees de habitantes Em 2000 a classe meacutedia da China

representava 4 da populaccedilatildeo e hoje chega a 66 Os gastos com alimentaccedilatildeo

tambeacutem acompanham essa mudanccedila de comportamento pois existe nesta classe a

procura por alimentos mais saudaacuteveis Esses fatores tecircm estimulado uma mudanccedila

no consumo de abacate em toda a China (MILLER et al 2015)

Quanto agrave produccedilatildeo do Brasil no Ranking global ocorreu justamente o

contraacuterio o paiacutes saiu da quinta posiccedilatildeo para a oitava ao reduzir 765 da produccedilatildeo

que era de 170895 t em 2004 para 157428 t em 2013 Em 2011 o abacate ficou na

17deg posiccedilatildeo no ranking da produccedilatildeo nacional da fruta ocupando apenas 03 do

montante da produccedilatildeo de frutas frescas muito atraacutes das principais culturas

29

produzidas como a laranja mais produzida participando com 416 do setor

Banana segunda mais importante com 154 e Melancia com 46 em quarto

(IBGEPAM 2011)

O volume de abacate fresco brasileiro exportado foi de 4313 t em 2013 para

5806 toneladas em 2014 resultando num aumento de mais de 37 na receita com

este setor que em 2014 foi de mais de nove milhotildees e meio de doacutelares

(AGRIANUAL 2015)

O graacutefico abaixo apresenta o comportamento do volume em toneladas de

abacate exportado pelos paiacuteses que participam do setor

Figura 4 Volume de abacate (t) exportado pelos paiacuteses exportadores da fruta Elaborado pelo autor FONTE FAO

Em 2013 Meacutexico liderou o setor de exportaccedilatildeo do abacate com um volume

de 563492 toneladas cerca 463 do total exportado no mundo Em segundo lugar

a Holanda com 99 A Holanda eacute um grande importador contudo o paiacutes reexporta

grande parte do volume comprado O Peru merece destaque pois saiu de um

volume exportado de 2209 t (06) em 2000 para 114515 t em 2013 ocupando

94 do volume de abacate exportado o que lhe conferiu a 3deg posiccedilatildeo no ranking

global Em quarto lugar o Chile com 73

A figura a seguir apresenta o comportamento dos principais importadores de

abacate do mundo em 14 anos

0

100000

200000

300000

400000

500000

600000

20002001200220032004200520062007200820092010201120122013

EVOLUCcedilAtildeO DA EXPORTACcedilAtildeO MUNDIAL EM t

MEacuteXICO

CHILE

ESPANHA

AacuteFRICA DO SUL

ISRAEL

HOLANDA

PERU

30

Figura 5 Evoluccedilatildeo do volume (t) importado pelos principais paiacuteses importadores de abacate ELABORADA PELO AUTOR FONTE FAOSTAT

Os principais importadores de fruta como por exemplo o europeu e o norte

americano exigem um padratildeo de qualidade que observem as demandas impostas

pelos consumidores com relaccedilatildeo agrave seguranccedila alimentar e tambeacutem agraves exigecircncias

para certificaccedilatildeo do produto levando em consideraccedilatildeo aspectos ambientais e

sociais aleacutem do local de produccedilatildeo Desta forma produtores de fruta destinadas agrave

exportaccedilatildeo precisaram adaptar suas lavouras para atender agraves exigecircncias dos mais

importantes selos internacionais como o EureGapR e o TNCR (OLIVEIRA 2005) O

maior importador de abacate do mundo satildeo os Estados Unidos (ROCHA 2014)

O volume de abacate importado ao redor do mundo vem crescendo na uacuteltima

deacutecada Os Estados Unidos lideram o montante desde 2007 mais ainda que toda a

Uniatildeo Europeia o volume importado pelo paiacutes cresceu cerca de sete vezes entre

2000 e 2013 Em segundo lugar a Uniatildeo Europeia importando quase 23 menos

A Holanda tambeacutem cresceu muito e hoje ocupa a terceira colocaccedilatildeo no ranking O

Japatildeo e o Canadaacute tiveram consideraacutevel crescimento contudo mantiveram-se na 5deg

e 6deg posiccedilatildeo durante esse periacuteodo

Nos EUA a demanda cresce mais acelerado do que a oferta segundo

CARVALHO (2015) a demanda cresce 12 ao ano enquanto a produccedilatildeo cresce

apenas 4 O paiacutes possui uma poliacutetica de retornar parte dos lucros oriundos da

-

100000

200000

300000

400000

500000

600000

700000

IMPORTACcedilAtildeO DE ABACATE NO MUNDO EM t

EUA

UE

HOLANDA

FRANCcedilA

CANADAacute

REINO UNIDO

31

comercializaccedilatildeo do Avocado no paiacutes com a elaboraccedilatildeo de marketing e o

desenvolvimento de pesquisas que incentivem o aumento do consumo interno

promovendo alimentos como por exemplo o GUACAMOLE alimento muito popular

no paiacutes

Em 2002 os EUA impunham a Lei do Bioterrorismo exigindo que as

empresas que produzem processem armazenem ou processem alimentos voltados

ao consumo humano ou animal devem cumprir normas para comercializar seus

produtos voltados ao consumo humano ou animal precisam cumprir normas para

comercializar seus produtos nos Estados Unidos Eacute necessaacuterio que essas mesmas

empresas possuam registro junto ao governo norte-americano atualizando estas

informaccedilotildees e comunicarem agraves autoridades a chegada de novos carregamentos

alimentares O natildeo cumprimento dessas exigecircncias acarreta na proibiccedilatildeo do

ingresso da carga e possiacutevel retenccedilatildeo da mercadoria com multa para o responsaacutevel

pelo carregamento (MDIC 2006)

Os principais compradores de abacate ‟Hass‟ satildeo os Estados Unidos (20 a

50) UE AUS e o Meacutexico maior produtor e exportador do Avocado participando

com 20 do mercado de Avocado (CARVALHO 2015)

O Brasil participa com apenas 031 do mercado internacional exportando

para o Canadaacute e Holanda CARVALHO (2015) comenta que o Brasil natildeo aproveita

seu potencial de se tornar grande produtor e exportador de Avocado o paiacutes possui

extensa aacuterea e clima variado entre outros fatores que favorecem a produccedilatildeo de

Avocado contudo a produccedilatildeo ainda eacute muito pequena quando comparado com

outros paiacuteses que participam do mercado internacional da fruta

Quanto agrave contribuiccedilatildeo do desenvolvimento de programas de melhoramento

geneacutetico para a consolidaccedilatildeo do Brasil como grande produtor mundial de abacate a

utilizaccedilatildeo de cultivares de bdquoHass-like‟ representa uma excelente opccedilatildeo para

aumentar a safra da cultura no paiacutes devido agrave caracteriacutestica que esta variedade tem

de antecipar a florada ampliando desta forma a janela de produccedilatildeo e aumentando

a competitividade do paiacutes em relaccedilatildeo a outros paiacuteses exportadores da fruta

O graacutefico a seguir ilustra o comportamento das exportaccedilotildees e importaccedilotildees

Brasileiras em 14 anos

32

Figura 6 - Evoluccedilatildeo da exportaccedilatildeo e importaccedilatildeo do abacate (em t) no Brasil em 14 anos Elaborado pelo autor FONTE FAO

Alguns dos principais concorrentes do Brasil tratando-se da exportaccedilatildeo do

Avocado satildeo Aacutefrica do Sul com 3 das exportaccedilotildees Chile com 7 e Peru

representando 10 do mercado internacional de Avocado A safra do Chile ocorre

em eacutepoca proacutexima a do Brasil comeccedilando em agosto e terminando em fevereiro

(CARVALHO 2015) A Boliacutevia apesar de participar com apenas 012 do volume

exportado tem a vantagem de possibilidade de produccedilatildeo o ano todo

O elevado padratildeo de qualidade dos produtos eacute sem duacutevida um fator que

pode fazer com que o Brasil se estabeleccedila no mercado mundial de abacate Esta

praacutetica tem qualificado a Aacutefrica do Sul como um dos principais fornecedores para

paiacuteses da Europa a partir do intenso trabalho desenvolvido pela empresa sem fins

lucrativos WESTFALIA situada no municiacutepio de Limpopo por meio de investimentos

em tecnologia

A tabela a seguir apresenta o periacuteodo do ano em que cada paiacutes exportador de

abacate embarca seus produtos ao redor do mundo

0

500

1000

1500

2000

2500

3000

3500

4000

4500

5000

EXPORTACcedilAtildeO

IMPORTACcedilAtildeO

33

TABELA 3 - Janela de exportaccedilatildeo dos paiacuteses exportadores de abacate

adaptada FONTE WESTFALIASUBSOLE

CALENDAacuteRIO DE EXPORTACcedilAtildeO DE ABACATE lsquoHASSrsquo

jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

BRASIL X X X X X X X X

ARGENTINA X X X

EUA X X X X X X X X X X X X

CHILE X X X X X X X X X X

AFRICA DO SUL X X X X X X X

REP DOMINICANA X X X X X

ISRAEL X X X X X X

PERU X X X X X X X

NOVA ZELAcircNDIA X X X

MEacuteXICO X X X X X X X X X X X X

ESPANHA X X X X X X X

QUEcircNIA X X X X X

AUSTRAacuteLIA X X X X X X X

Os principais destinos do abacate ‟Hass‟ exportado pelo Brasil satildeo Espanha

Itaacutelia Holanda Alemanha e Dinamarca O material exportado segue de navio do

porto de Santos a uma temperatura de 5degC levando ateacute 16 dias no maacuteximo ateacute os

destinos Esse material exportado pelo Brasil possui os certificados GlobalGapR ndash

BRCR ndash BSCIR ndash SedexR ndash SmetaR

Os graacuteficos a seguir apresentam informaccedilotildees sobre a evoluccedilatildeo do da

exportaccedilatildeo do abacate feitos a partir de informaccedilotildees apresentadas no Anuaacuterio

Brasileiro de fruticultura (2004 a 2015) obtidos a partir de dados do Instituto

Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica

34

Figura 7 - Evoluccedilatildeo do volume de abacate exportado pelo brasil (2003 a 2014) Elaborado pelo autor com dados DO ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE AGRICULTURA DE 2004 a 2015 (IBGE)

Figura 8 - Receita com exportaccedilatildeo brasileira de abacate (2003 a 2014) Elaborado pelo autor com dado do ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE AGRICULTURA DE 2004 a 2015 (IBGE)

O volume de abacate exportado pelo Brasil vem crescendo nos uacuteltimos anos

revelando assim a importacircncia do setor para o paiacutes A variaccedilatildeo do volume

exportado de 2008 para 2009 foi de 6282 jaacute de 2009 para 2010 a exportaccedilatildeo

sofreu uma queda de 793 Em 2014 houve um aumento de 3462 no setor em

relaccedilatildeo ao ano anterior (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE FRUTICULTURA) A receita

-

100000

200000

300000

400000

500000

600000

700000

20

03

20

04

20

05

20

06

20

07

20

08

20

09

20

10

20

11

20

12

20

13

20

14

EVOLUCcedilAtildeO DO VOLUME DE ABACATE EXPORTADO PELO BRASIL (2003 a 2014)

VOLUME EXPORTADO (t)

-

20000000

40000000

60000000

80000000

100000000

120000000

20

03

20

04

20

05

20

06

20

07

20

08

20

09

20

10

20

11

20

12

20

13

20

14

RECEITA COM EXPORTACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ABACATE (2003 a 2014)

RECEITA (em USS FOB)

35

obtida a partir da exportaccedilatildeo do abacate tambeacutem acompanha os iacutendices de

crescimento

A Aacutefrica do Sul um dos principais concorrentes do Brasil no setor de

exportaccedilatildeo do Avocado eacute reconhecida por exportar material de alta qualidade para

Europa onde possui escritoacuterios contudo sua produccedilatildeo estaacute estagnada A Westfalia

eacute uma empresa sem fins lucrativos produtora de Avocado na Aacutefrica do Sul

responsaacutevel por desenvolver o mercado de Avocado no paiacutes e investe fortemente

em tecnologia o que colaborou para a atual situaccedilatildeo da Aacutefrica do Sul no setor de

exportaccedilatildeo de Avocado (CARVALHO 2015)

ABACATE NO BRASIL

O Brasil favorecido quando comparado com outros paiacuteses produtores devido

agrave suas dimensotildees continentais o que lhe possibilita ampla variaccedilatildeo de temperaturas

e solos estes fator unido agraves caracteriacutesticas individuais de cada variedade como por

exemplo sazonalidade e exigecircncias nutricionais e de horas de luz Contudo apesar

da aacuterea destinada agrave produccedilatildeo do abacate no Brasil ter reduzido passando de

11605 ha em 2005 para 9559 ha em 2014 reduccedilatildeo de 176 a produccedilatildeo natildeo foi

tatildeo alterada o que evidencia a possibilidade de um aumento na produtividade destas

aacutereas

Atualmente o Brasil ocupa a oitava posiccedilatildeo no ranking global do setor de

produccedilatildeo de abacate E apesar de possuir crescente produtividade o paiacutes ainda

possui excelente potencial produtor e tambeacutem como exportador da fruta Para

aproveitar melhor esse potencial deveriam ser feitos mais investimentos tanto no

que se refere agrave produccedilatildeo como por exemplo melhoramento geneacutetico e adoccedilatildeo de

protocolos de boas praacuteticas agriacutecolas para a obtenccedilatildeo de certificaccedilatildeo quanto no

setor de comercializaccedilatildeo desenvolvendo elevado padratildeo de qualidade da fruta

A tabela a seguir (TABELA 4) apresenta a aacuterea destinada agrave colheita de todas

as variedades de abacate nos principais produtores de abacate e o Distrito Federal

TABELA 4 - Aacuterea destinada agrave colheita (em ha) Elaborada pelo autor

DADOS (IBGE-SIDRA)

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Brasil 11605 10515 9892 9596 8509 11125 10768 9615 9707 9559

Satildeo Paulo 4266 3688 3583 3437 3267 5530 5642 4192 4374 4337

36

Minas Gerais 2865 2254 2326 2223 1854 2202 2134 2309 2416 2373

Paranaacute 1492 1467 1306 1009 1085 1000 944 922 958 930

Cearaacute 493 475 498 497 490 484 477 480 483 498

Rio Grande do Sul 626 619 613 602 584 575 552 499 470 444

Distrito Federal 119 122 109 124 108 111 - 295 160 134

A tabela 5 abaixo apresenta a produccedilatildeo de todas as variedades de abacate

em toneladas dos uacuteltimos 10 anos para os principais estados produtores e o Distrito

Federal

TABELA 5 - Produccedilatildeo nacional de abacate em 10 anos (em t) Elaborada pelo

autor FONTE (IBGESIDRA)

UFANO 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Brasil 169335 164441 154096 147214 139089 153189 160376 159903 157482 156669 1000

Satildeo Paulo 77107 78085 70812 69904 74193 83002 91909 82780 85101 79316 506

Minas Gerais 38777 32812 33436 28016 24772 28522 30975 36669 36571 41259 263

Paranaacute 22265 22575 20425 16537 15919 15824 17304 16705 16309 15784 101

Rio Grande do Sul

8167 7905 7804 7602 6824 6769 6907 5719 5584 5277 34

Cearaacute 5202 4231 4706 4520 4336 4163 3985 2717 2640 3637 23

Distrito Federal 2596 3081 2690 3019 2666 2415 - 6914 3152 3151 20

Em 2014 a aacuterea destinada agrave colheita do abacate no estado do Cearaacute era

superior agrave aacuterea do Rio Grande do Sul contudo a produccedilatildeo no estado do Cearaacute no

mesmo ano foi de 3637 t enquanto que a produccedilatildeo do Rio Grande do Sul foi de

5277 45 maior reforccedilando assim a ideia de que a produtividade no Sul pode ser

maior em relaccedilatildeo agrave regiatildeo Nordeste Este fator pode ser decorrente do uso de

cultivares inadequadas para as condiccedilotildees climaacuteticas da regiatildeo eou pela falta de

adoccedilatildeo de tecnologias modernas e teacutecnicas avanccediladas de produccedilatildeo

No Distrito Federal a produccedilatildeo cresceu 21 nos uacuteltimos 10 anos e hoje

representa 2 da produccedilatildeo nacional Por outro lado Satildeo Paulo que lidera o ranking

com 506 de toda a produccedilatildeo obteve crescimento de apenas 286 Jaacute a

produccedilatildeo do Paranaacute sofreu uma reduccedilatildeo de -291 neste mesmo periacuteodo poreacutem

manteve-se como quarto produtor nacional de abacate Os estados do Cearaacute e Rio

Grande do Sul tambeacutem reduziram sua produtividade nos uacuteltimos 10 anos

acompanhando a reduccedilatildeo nacional que reduziu -74

37

A variaccedilatildeo da produtividade de todas as variedades de abacate dos principais

estados produtores de abacate do Brasil eacute apresentada na TABELA 6 a seguir

TABELA 6 - Variaccedilatildeo (em) da produtividade (t) no Brasil em 10 anos

Elaborada pelo autor FONTE (IBGESIDRA)

VARIACcedilAtildeO () DA PRODUTIVIDADE (t) EM 10 ANOS

ESTADOANO 2005 2014 VARIACcedilAtildeO

PAIacuteS 146 164 123

SAtildeO PAULO 181 183 11

MINAS GERAIS 135 174 289

PARANAacute 149 17 141

RIO GRANDE DO SUL 13 119 -85

CEARAacute 106 73 -311

DISTRITO FEDERAL 218 235 78

De acordo com os dados do IBGE Satildeo Paulo eacute o maior produtor de abacate

do paiacutes Dentre as variedades mais produzidas no estado de Satildeo Paulo estatildeo

bdquoFortuna‟ bdquoGeada‟ bdquoQuintal‟ e bdquoMargarida‟ (DORIZZOTTO 2011)

Abaixo segue TABELA 11 contendo os nuacutemeros de plantas novas e o

nuacutemero de plantas em produccedilatildeo bem como a produccedilatildeo (caixas de 22Kg) no estado

de Satildeo Paulo ao longo de 15 anos

TABELA 7 - Quantidade de peacutes novos peacutes em produccedilatildeo e produccedilatildeo (cx 22kg)

no estado de Satildeo Paulo entre 2000 e 2015 Elaborada pelo autor FONTE

INSTITUTO DE ECONOMIA AGRIacuteCOLA

ANO PEacuteS

NOVOS PEacuteS EM

PRODUCcedilAtildeO

2000 4859400 66157100

2001 4617700 62883700

2002 4742500 55421300

2003 6095000 49740300

2004 5969500 48339500

2005 5131100 46596200

2006 5325600 45869000

2007 3412800 47668000

2008 5007100 40617400

2009 12068600 49971400

2010 8190000 53239000

38

2011 6904500 54780100

2012 7704100 51341600

2013 7002100 59149400

2014 8419800 60996100

2015 9040200 67073800

O graacutefico abaixo apresenta a curva da produtividade obtida a partir da relaccedilatildeo

feita entre a produccedilatildeo e a quantidade de peacutes em produccedilatildeo no estado de Satildeo Paulo

Figura 9 - Produtividade (kgplanta) no estado de Satildeo Paulo desde 2000 elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE ECONOMIA AGRIacuteCOLA

Os dados foram obtidos a partir da relaccedilatildeo feita entre a quantidade de planta

em produccedilatildeo e a quantidade de caixas de 22 Kg produzidas no estado de Satildeo Paulo

desde 2000 Esses dados revelam crescente aumento da produtividade ateacute o ano de

2010 onde a produtividade ultrapassou 168 Kgplanta Jaacute em relaccedilatildeo ao ano de

2011 a produtividade sofreu uma reduccedilatildeo de 10 Depois disso a curva de

produtividade continuou ascendente

A seguinte tabela apresenta a evoluccedilatildeo do preccedilo do abacate comercializado

na CEAGESP durante o ano no periacuteodo de nove anos

90

110

130

150

170

190

20

00

20

01

20

02

20

03

20

04

20

05

20

06

20

07

20

08

20

09

20

10

20

11

20

12

20

13

20

14

20

15

PRODUTIVIDADE DOS PEacuteS DE ABACATE (Kgplanta) EM SP

PRODUTIVIDADE

39

TABELA 8 - Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio (em R$Kg) do abacate FONTE

CEAGESP 2008

ANOMEcircS JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

2007 105 101 1 118 107 109 129 151 159 181 228 279

2008 119 081 084 097 102 11 122 137 149 208 296 326

2009 169 122 132 133 141 141 152 177 217 213 212 235

2010 17 161 165 154 151 151 164 173 202 262 406 316

2011 185 182 183 203 186 204 231 278 308 317 359 369

2012 207 155 151 141 153 164 192 218 242 268 429 485

2013 263 209 216 215 244 265 258 304 347 403 566 498

2014 228 206 231 239 198 2 256 267 301 305 403 538

2015 406 403 386 349 367 397 394 43 - - - -

O graacutefico a seguir resume o comportamento da quantidade de peacutes novos e

em produccedilatildeo no estado de Satildeo Paulo desde o ano 2000

Figura 10 - Evoluccedilatildeo do nuacutemeros de peacutes novos e em produccedilatildeo ao longo de 15 anos no estado de Satildeo Paulo elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE

ECONOMIA AGRIacuteCOLA

A produccedilatildeo (em caixas de 22 Kg) eacute demonstrada no graacutefico abaixo para esse

mesmo periacuteodo

000

10000000

20000000

30000000

40000000

50000000

60000000

70000000

80000000

20002002200420062008201020122014

EVOLUCcedilAtildeO DOS DADOS DO ABACATE EM SAtildeO PAULO

PEacuteS NOVOS

PEacuteS EM PRODUCcedilAtildeO

40

Figura 11 - Evoluccedilatildeo da produccedilatildeo de abacate em caixas de 22kg no estado de Satildeo Paulo em 15 anos elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE

ECONOMIA AGRIacuteCOLA

A sazonalidade do abacate comercial na CEAGESP em Satildeo Paulo

demonstram que o abacate pode ser comercializado praticamente todas as eacutepocas

do ano como apresentado pela tabela

TABELA 9 - Sazonalidade do abacate FONTE CEAGESP 2008

VARIEDADE JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

GEADA X X X X X

FORTUNA X X X X X X X

QUINTAL X X X X X X X

MARGARIDA X X X X X X X X X X

BREDA X X X X X X X X

HASS X X X X X X X X

O Estado de Minas Gerais eacute o segundo maior produtor nacional de abacate

participando do setor com 229 do total produzido A aacuterea no Estado destinada agrave

produccedilatildeo da fruta foi de 23 mil ha A produtividade do estado de Minas em 2012 foi

de 15881 (hgha) (PERFIL DA FRUTA) A produccedilatildeo de abacate no Distrito Federal

em 2013 foi de 3152 toneladas (IBGE) Em Minas a produccedilatildeo concentra-se nas

regiotildees Sul e Sudeste do estado (ALMEIDA 2013)

200000000

250000000

300000000

350000000

400000000

450000000

500000000

550000000

20002002200420062008201020122014

EVOLUCcedilAtildeO NA PRODUCcedilAtildeO DE ABACATE EM SAtildeO PAULO (22Kgcx)

PRODUCcedilAtildeO CX 22Kg

41

Em 2003 o Paranaacute foi o terceiro maior produtor nacional de abacate com uma

aacuterea de aproximadamente 1600ha onde se produziu 26 mil toneladas gerando uma

receita de cerca de R$ 85 milhotildees (HOHMANN amp MENEGUIM 2005)

De acordo com a relaccedilatildeo feita entre os dados de volume de abacate colhido e

de aacuterea destinada agrave produccedilatildeo do IBGESIDRA em 10 anos (2005 agrave 2014) o estado

que sofreu maior reduccedilatildeo da produtividade foi o estado do CEARAacute reduzindo em

31 aproximadamente enquanto que o estado de minas aumentou 289 sua

produtividade O DF apresentou os melhores niacuteveis de produtividade a partir desses

dados

AVOCADO NO BRASIL

A regiatildeo de Bauru em Satildeo Paulo especializou-se na produccedilatildeo dos abacates

‟Hass‟ e bdquoFuerte‟ conhecidos comercialmente como Avocado e satildeo os mais

apreciados pelo mercado internacional (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA

FRUTICULTURA 2008)

O Avocado variedades ‟Hass‟ e bdquoFuerte‟ possui excelentes caracteriacutesticas

nutricionais como por exemplo seu alto teor de lipiacutedeos Aleacutem disso o fruto possui

tamanho reduzido o que facilita o consumo evitando que parte natildeo consumida seja

armazenada Uma das possibilidades de se estimular o consumo interno seria

promover o produto a partir do uso de marketing setor no qual a empresa

JAGUACYR situada no municiacutepio de Bauru ndash SP tem se destacado fornecendo

informaccedilotildees nutricionais e apresentando o alto padratildeo de qualidade da fruta Outro

fator que reduz a oferta do produto no mercado interno eacute a demanda internacional

apesar de impor barreiras e exigirem alto padratildeo de qualidade o produto de

qualidade recebe os melhores preccedilos este fator tambeacutem limita o consumo interno

porque o preccedilo oferecido pelos importadores reflete no preccedilo interno

Outro ponto que deve ser observado para se manter qualidade elevada dos

frutos eacute a escolha adequada do ponto de colheita pois este fator reflete diretamente

no teor de oacuteleo dos frutos que por sua vez eacute responsaacutevel pela conservaccedilatildeo do

sabor Os melhores teores de oacuteleo encontram-se em frutos tardios como nas

variedades obtidas a partir das raccedilas Guatemalenses e Mexicana sendo maior nas

raccedilas Mexicana e menor em cultivares oriunda de raccedilas Guatemalenses como por

exemplo a bdquoHass‟

42

A exportaccedilatildeo brasileira do abacate bdquoHass‟ variedade mais produzida no

mundo era de 100 toneladas por ha em 2004 para 2186 toneladas em 2010

(DORIZZOTTO 2011) Contudo este dado representa apenas 143 do volume de

todo o abacate produzido no paiacutes nesta mesma data mesmo com seus atributos

nutricionais e comerciais

Quando se trata do segmento do mercado do Avocado brasileiro em acircmbito

global a empresa JAGUACYR situada no municiacutepio de Bauru ndash SP com sede na

Holanda eacute de extrema relevacircncia contribuindo com 90 das exportaccedilotildees brasileiras

deste produto com o qual o Brasil ainda comeccedila a participar poreacutem possui

condiccedilotildees favoraacuteveis para crescer no setor (CARVALHO 2015)

O graacutefico a seguir apresentado na Figura 2 demonstra a evoluccedilatildeo da

participaccedilatildeo do Avocado no setor de fruticultura no estado de Satildeo Paulo

Figura 12 - Elaborado pelo autor FONTE CEAGESPSEDES GABRIEL V BITENCOURT DE ALMEIDA

Como apresentado no graacutefico acima o volume de Avocado comercializado na

CEAGESP tem crescido rapidamente vertiginosamente chegando a quase

quadruplicar seu valor em apenas 7 anos

Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio de atacado (R$Kg) de Avocado na CEAGESP de

Satildeo Paulo durante o ano (SP) (Figura 3)

81 74 90

106 133

208

365 378

0

50

100

150

200

250

300

350

400

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

EVOLUCcedilAtildeO DA QUANTIDADE COMERCIALIZADA (T) DE AVOCADO NA CEAGESP DE SAtildeO PAULO (SP)

QUANTIDADE(toneladas)

43

Figura 13 - Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio do avocado na CEAGESP (R$Kg) Elaborado pelo autor FONTES CEAGESP

O graacutefico a seguir demonstra um comparativo da variaccedilatildeo do preccedilo meacutedio do

abacate em relaccedilatildeo ao Avocado durante o ano com base nos dados de nove anos

da CEAGESP (R$Kg)

Figura 14 - Comparativo do preccedilo meacutedio do abacate e do avocado comercializado na ceagesp durante o ano elaborado pelo autor FONTE

CEAGESP

A partir dos dados de 7 anos com a variaccedilatildeo do preccedilo meacutedio do Avocado por

quilo durante o ano pocircde-se observar que os menores valores encontram-se entre

maio e agosto A variaccedilatildeo de preccedilo meacutedio durante o ano chega a ser de R$ 581 o

quilo mais que o dobro entre o maior e menor valor meacutedio encontrado

O graacutefico com o comparativo do preccedilo do abacate com o Avocado (Figura 11)

revela a discrepacircncia da valorizaccedilatildeo entre os dois grupos O valor miacutenimo do

4

6

8

10

12

jan

fev

mar

abr

mai

jun jul

ago

set

ou

t

no

v

dez

EVOLUCcedilAtildeO DO PRECcedilO MEacuteDIO DO AVOCADO NA CEAGESP (R$Kg)

PRECcedilO MEacuteDIO

0

2

4

6

8

10

12

JAN

FEV

MA

R

AB

R

MA

I

JUN

JUL

AG

O

SET

OU

T

NO

V

DEZ

PRECcedilO AVOCADO

PRECcedilO DO ABACATE

44

Avocado eacute de R$ 554 por quilo enquanto que o maior valor encontrado do abacate

chega a R$ 381 uma diferenccedila de quase 50

O CEASA-DF registrou em 2014 um volume comercializado de 397 toneladas

de Avocado enquanto que no ano anterior o volume registrado natildeo passou de 07

toneladas (CEASA-DF)

Apesar de jaacute haver teacutecnicas eficientes e tecnologias modernas disponiacuteveis

para se aperfeiccediloar a produccedilatildeo do abacate a exploraccedilatildeo de novas regiotildees com

potencial produtor para a implantaccedilatildeo de pomares de abacateiro no Brasil eacute um dos

fatores que podem aumentar mais ainda a produccedilatildeo nacional No DF por exemplo

a aacuterea destinada agrave colheita do abacate sofreu uma reduccedilatildeo de mais da metade de

2012 para 2014 muito diferente da forma como havia se comportando desde 2000

quando a aacuterea passou de 85 ha para 111 em 2010 O DF representa apenas 2 da

produccedilatildeo nacional do abacate contudo sua produtividade vem aumentando e de

acordo com os dados do IBGE o DF possui os melhores iacutendices de produtividade do

paiacutes o que pode representar forte potencial da regiatildeo no setor Este fato corrobora

com a ideia de que o Brasil pode aproveitar melhor sua extensatildeo territorial

explorando regiotildees com potencial produtor como o DF por exemplo

CERTIFICACcedilAtildeO

CARVALHO (2015) afirma que para participar do mercado internacional os

produtores devem se atentar agraves exigecircncias internacionais de qualidade e seguranccedila

garantidas por meio de certificaccedilatildeo como GlobalGapR BRCR BRCIR FAIRDRADER

e SEDEX-SMETAR Outro ponto que deve ser adotado pelo Brasil no comeacutercio do

Avocado eacute manter um mercado com preccedilo linear e contiacutenuo Ainda segundo

CARVALHO (2015) produtores que natildeo possuem certificaccedilatildeo no GlobalgapR

recebem menos 10

PRECcedilO PAGO PELA JAGUACYR AO PRODUTOR COM GLOBALGAPR

TABELA 10 - (CARVALHO 2015)

CAT CALIBRE MAR ABR MAI JUN

1 12 A 24 315 322 205 205

2 26 A 32 131 129 130 130

2 12 A 24 284 350 187 187

45

Para o consumidor final o selo GLOBALGAPR natildeo eacute tatildeo notado pois o uso

desta marca eacute praticado entre empresas Contudo sua em sua elaboraccedilatildeo

considerou-se a reduccedilatildeo dos impactos negativos das operaccedilotildees agriacutecolas no meio

ambiente reduzir o uso de insumos quiacutemicos e garantir que assuntos de sauacutede e

seguranccedila dos empregados e bem estar animal sejam observados (GLOBALGAPR

2008)

A GLOBALGAPR serve como um manual no comeacutercio mundial de produtos

agriacutecolas estabelecendo normas voluntaacuterias para sua certificaccedilatildeo Este conjunto de

normas estabelece serve de molde para a conduccedilatildeo de boas praacuteticas agriacutecolas

(BPA) nas atividades agriacutecolas (GLOBALGAPR 2008)

Um dos pontos positivos em se adotar os protocolos de boas praacuteticas

agriacutecolas eacute a prevenccedilatildeo de perdas Pesquisas feitas no setor da fruticultura

concluem que maior parte do desperdiacutecio ocorre no percurso que vai do manuseio

no campo ateacute as centrais de produccedilatildeo (AGRIANUAL 2012) Os iacutendices de perdas da

abaticultura chegam a 34 ao ano (AGRIANUAL 2015)

Eacute de extrema importacircncia desenvolver soacutelidos e eficientes sistemas de

certificaccedilatildeo a fim de assegurar qualidade que atenda as expectativas dos

consumidores permitindo que as empresas ingressem nos mercados globais com

seus produtos (ZEIDAN et al 2008)

A difusatildeo de praacuteticas recomendadas para a obtenccedilatildeo da certificaccedilatildeo

GLOBALGAPR por parte dos produtores de abacate principalmente as variedades

bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ pode estimular o consumo interno por meio da oferta de produtos

de maior qualidade aleacutem de reduzindo perdas e promover o produto no comeacutercio

internacional da fruta Fazendo com que o potencial produtor seja aproveitado ao

maacuteximo uma vez que seguir os protocolos de boas praacuteticas agriacutecolas represente a

reduccedilatildeo de perdas no processo de produccedilatildeo de colheita e de transporte seja por

meio da reduccedilatildeo da incidecircncia de pragas ou por adoccedilatildeo de teacutecnicas e evitem perdas

na conduccedilatildeo da produccedilatildeo dos pomares de abacate

CONCLUSOtildeES

A produccedilatildeo de Avocado cultivares bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ superiores em vaacuterios

aspectos agraves cultivares mais populares no paiacutes tem condiccedilotildees de se desenvolver

amplamente no Brasil tornando-o grande consumidor e exportador da fruta Essa

46

mudanccedila pode ocorrer por meio de incentivos governamentais que incentivem o

registro de produtos para a cultura do abacateiro favorecendo a obtenccedilatildeo de

certificaccedilatildeo bem como o desenvolvimento de centros de pesquisas que

desenvolvam estudos sobre a cultura do abacateiro que promovam a difusatildeo de

tecnologia e com isso estimule a utilizaccedilatildeo de novas aacutereas com potencial produtivo

A transferecircncia de tecnologia tambeacutem pode ser feita por parte de empresas da aacuterea

privada que possuem domiacutenio de teacutecnicas e tecnologias modernas principalmente

por meio da popularizaccedilatildeo da produccedilatildeo de mudas clonais para porta-enxerto Aleacutem

disso devem ser feitas accedilotildees por parte de instituiccedilotildees privadas como o

desenvolvimento do marketing da fruta a fim de divulgar os benefiacutecios do consumo

e a exposiccedilatildeo de novas formas de consumo de abacate pode ser crucial para a

mudanccedila do comportamento do consumidor nacional uma vez que este se atenta

principalmente aos aspectos visuais do abacate

Na poacutes-colheita o controle sobre os processos de maturaccedilatildeo poderia ser

mais bem aproveitado No Brasil a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas de conservaccedilatildeo no poacutes-

colheita de frutas objetiva na maioria das vezes estender o tempo de prateleira

destes produtos Para se aproveitar os elevados preccedilos ofertados em determinadas

eacutepocas os produtores colhem os frutos antes do recomendado para a fruta do

abacateiro o que reduz sua qualidade pois a eacutepoca da colheita influencia

diretamente no teor de oacuteleo fator altamente relacionado com o sabor da fruta Por

outro lado a aceleraccedilatildeo do processo de maturaccedilatildeo por meio do controle de

maturaccedilatildeo permite fornecimento de frutos maduros prontos para o consumo

estimulando assim o consumo no paiacutes Com a entrega regular de frutos maduros

nos supermercados e restaurantes novas formas de consumo da fruta como patecircs

e em saladas poderiam ser facilmente introduzidas no cardaacutepio nacional

47

BIBLIOGRAFIA

ALMEIDA G V B Mercado Atacadista de Abacate e Avocado (CEAGESP) III

Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado Bauru 2015

ALMEIDA G V B O Abacate no mundo e na CEAGESP Todafruta notiacutecia 2011

DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwtodafrutacombrnoticia28119O+ABACATE+NO+MUNDO+NO+BRASIL

+E+NA+CEAGESP gt

ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA FRUTICULTURA 2004 a 2015 DISPONIacuteVEL EM

httpwwwgrupogazcombrtratadaseo_edicao420150320150301_106c8c2f1pdf

4718_2015fruticulturapdfgt

BIODIESELBR DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwbiodieselbrcomnoticiasmateria-

primaoutrasvideo-unesp-transforma-oleo-abacate-biodiesel-060313htm gt

BONELLA J A Classificaccedilatildeo de abacates na CEAGESP Joseacute Alcides Bonella ME

2013

BRUWER T ROOYEN Z VAN PERFORMANCE AND MARKET ACCEPTIBILITY

OF THE HASS-LIKE CULTIVARS GEM AND HARVEST IN SOUTH AFRICA Vi

World Avocado Congress (Actas VI Confreso Mundial del Aguacate) 2007 Vintildea Del

Mar Chile 12 ndash 16 nov 2007 ISBN n 978-956-17-0413-8 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwAvocadosourcecomWAC6enExtenso1b-36pdf gt

CAMPOS J A Cultura racional do abacateiro Satildeo Paulo Iacutecone 1988 150 p

CANTUAacuteRIAS-AVILEacuteS T SILVA S R La induacutestria del aguacate em el Estado de

Satildeo Paulo Brasil actualidad y perspectivas futuras In CONGRESO MUNDIAL DEL

AGUACATE 7 2011 Caims Resuacutemenes Caims Avocado Australia 2011

48

CORREIA R C ARAUJO J L P MOUCO M A do C BRAGA C A

MENDONCcedilA R F de Abacate preferecircncias e mercado CONGRESSO

BRASILEIRO DE FRUTICULTURA 21 2010 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwalicecnptiaembrapabralicebitstreamdoc8700181Moucopdf gt

CARVALHO L F Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado realizaccedilatildeo Jaguacy

Sindicato Rural de Bauru Serviccedilo Nacional de Aprendizagem Rural - SENAR

Faculdades Integradas de Bauru ndash SP 2015

CHITARRA M I F CHITARA A B 2005 Poacutes colheita de frutos e hortaliccedilas

Fiiologia e Manuseio Lavras ESALFAEPE

CRANE J H BALERDI C F MAGUIRE I Avocado Growing in the Florida Home

Landscape University of Florida Circular 1034 one of a series of the Horticultural

Sciences Department Florida Cooperative Extension Service Institute of Food and

Agricultural Sciences University of Florida 1983 Revised 2007

CRIZEL G R MOURA R S OLIVEIRA I R MENDONCcedilA C R B

Caracteriacutesticas fiacutesicas e quiacutemicas de abacates das variedades bdquoQuintal‟ e bdquoHass‟ In

CONGRESSO DE INICIACcedilAtildeO CIENTIacuteFICA 17 ENCONTRO DE POacuteS-

GRADUACcedilAtildeO 10 2008 Pelotas Resumos Pelotas UFPEL 2008

DAIUTO E R VIEITES R L TREMOCOLDI M A RUSSO V C Taxa

respiratoacuteria de abacate bdquoHass‟ submetido a diferentes tratamentos fiacutesicos Revista

Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha Meacutexico v 10 n 2 p 101-109

2010

DAIUTO E R TREMOCOLDI M A VIEITES R L Conservaccedilatildeo poacutes colheita de

abacate bdquoHass‟ irradiado Revista Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha vol

10 n 2 2010

DONADIO L C Abacate para exportaccedilatildeo aspectos teacutecnicos da produccedilatildeo

Brasiacutelia Frupex MAPA 1995 53 p

49

DONADIO L C FERRARI L AVILEacuteS T C Abacate In DONADIO L C (Ed)

Histoacuteria da Fruticultura Paulista Jaboticabal SBF ndash Sociedade Brasileira de

Fruticultura 2010 P 33-63

DORIZZOTTO C D A SAMPAIO A C ICUMA I M et al Avocado production

chain in the state of Satildeo Paulo (Brazil) In Proceedings VII World Avocado Congress

2011 Cairns Anaishellip Cairns Internacional Avocado Society 2011 DISPONIacuteVEL

EM lt

httpworldAvocadocongress2011comuserfilesfileOsvaldo20Kioshi20Yamanis

hi201400-1420pdf gt

ERNST Z R ERNST A A The strategic role of new cultivars A case study of

bdquoMaluma‟ VIII Congreso Mundial de la Palta 2015 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwavocadosourcecomWAC8Section_02EarnstZander2015pdf gt

FACTFISH Avocados production quantity (tons) ndash for all countries DISPONIacuteVEL

EM lt httpwwwfactfishcomstatisticAvocados20production20quantity gt

FAOSTAT 2000 a 2013 DISPONIacuteVEL EM lt httpfaostat3faoorgbrowseTTPE gt

FER B WOLSTENHOLME B N (Ed) The Avocado botany production and

uses Oxon CABI Publ 2002 chap 12 p 299-338

FRANCISCO V L F dos S BAPTISTELLA C S L CULTURA DO ABACATE NO

ESTADO DE SAtildeO PAULO Informaccedilotildees Econocircmicas SP v 35 n5 2005

DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwieaspgovbroutpublicacoespdftec3-0505pdf gt

GAYET J P et al 1995 Abacate para exportaccedilatildeo procedimentos de colheita e

poacutes-colheita FRUPEX Brasiacutelia 37p

GIRARDI G Abacate uma nova opccedilatildeo de biocombustiacutevel Jornal UNESP Bauru

2009 DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwunespbracijornal248energia_bauruphp gt

50

GUEDES M S B SENA M TOLEDO S Certificaccedilatildeo como estrateacutegia competitiva

internacional dos produtores de frutas no Brasil VII Encontro da Sociedade

Brasileira de Economia Ecoloacutegica (ECO-ECO) 28 a 30 de novembro de 2007

Fortaleza Cearaacute

HODDLE M The Avocado Seed Moth Stenoma cateniver Walsingham (Lepdoptera

Elachistidae) Department of Entomology Applied Biological Control Research

DISPONIacuteVEL EM lt httpbiocontrolucredustenomastenomahtml gt

HOHMANN C L MENEGUIM A M A BROCA-DO-ABACATE (Stenoma catenifer)

Aspectos bioloacutegicos comportamento danos e manejo Instituto Agronocircmico do

Paranaacute ndash Londrina ndashPR Informe da Pesquisa n 147 2005

HOHMANN C L MENEGUIM A M Observaccedilotildees preliminares sobre a ocorrecircncia

da broca-do-abacate Stenoma catenifer Wals no Estado do Paranaacute Anais da

Sociedade Entomoloacutegica do Brasil v 22 p 417-419 1993

ILLSLEY-GRANICH C‟Hass‟Carmenrega precocious flowering avocado tree

Agrovim AS de CV Uruapan Michocan Mexico Rob Brokaw Brokaw Nursery Inc

Saticoy California USA Dr Salvador Ochoa-Ascencio University of Michoacan

Uruapan Michoacan Mexico 2011 DISPONIacuteVEL EM lt

httpworldavocadocongress2011comuserfilesfileCarlos20Illsley201410-

1430pdf gt

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA ESTATIacuteSTICA (IBGE) IBGE CIDADES

DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwcidadesibgegovbrcartogramamapaphplang=ampcoduf=53ampcodmun=53

0010ampidtema=136ampcodv=v01ampsearch=distrito-federal|brasilia|sintese-das-

informacoes-2013 gt

KADER A A 1992 Postharvest technology of horticultural crops Okland Univertisy

of California 292p

51

KADER A A ARPIA M L Avocado Recommendations for Maintaining

Postharvest Quality 2013

KADER A A Biologiacutea y Tecnologiacutea Postcosecha un Panorama In KADER A A

Tecnologiacutea Postcosecha de Cultivos Hortofrutiacutecolas 3 Ed Davis University Of

Califoacuternia 2007 Cap 4 p 43-53

KLUGE R A et al Inibiccedilatildeo do amadurecimento de abacate com 1-

metilciclopropeno Pesquisa Agropecuaacuteria Brasileira 37(7)895-901

KOOLER O C Abacaticultura Porto Alegre UFRGS 1992 138p

KOOLER O C ABACATICULTURA Porto Alegre UFRGS 1984 138p

KOLLER O C Abacate produccedilatildeo de mudas instalaccedilatildeo e manejo de pomares

colheita e poacutes-colheita Porto Alegre Cinco Continentes 2002 145 p

KREMER-KOumlHNE S KOumlHNE J S 25 YEARS OF AVOCADO ROOTSTOCK

DEVELOPMENT IN SOUTH AFRICA VI World Avocado Congress Chile 2007

DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwavocadosourcecomWAC6enExtenso1a-8pdf gt

LIPPERT C ALLAMAND M (WESTFALIASUBSOLE) A hystory of

collaboration Rev Subsole Santiago 2007

MAIS NATUREZA ABACATEIRO DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwmaisnaturezacomplantasarvoresabacateiro gt

MARANCA G Fruticultura comercial Manga e Abacate Satildeo Paulo Nobel 1980

p 81-133

MASSAFERA G COSTA T M B OLIVEIRA J E D COMPOSICcedilAtildeO DE AacuteCIDOS

GRAXOS DO OacuteLEO DO MESOCARPO E DA SEMENTE DE CULTIVARES DE

ABACATE (Persea americana MILL) DA REGIAtildeO DE RIBEIRAtildeO PRETO SP)

52

Alim Nutr Araraquara V 21 n 2 p 325-331 abrjun 2010 DISPONIacuteVEL EM lt

http20014571150seerindexphpalimentosarticleview940a20v21n2pdf gt

MDIC Negociaccedilotildees internacionais DISPONIacuteVEL EM

httpwwwdesenvolvimentogovbrsitiosecexnegInternacionaisMedTerrorismoLei

ph p gt

MICKELBART M V BENDER G S WITNEY G W ADAMS C ARPAIA M L

Effects of clonal rootstocks on bdquoHass‟ avocado yield components alternate bearing

and nutrition Journal of Horticultural Schience amp Biotechnology Ashford v 82

n 3 p 460-466 2007

MILLER B BERTELS R PADILLA T WILEMAN R THOMSEN L China the

new frontier VIII World Avocado Congress 2015

MONTENEGRO H W S A cultura do abacateiro Satildeo Paulo Melhoramentos

1951 102p (Criaccedilatildeo e Lavoura n 11)

MORAES A F G Desenvolvimento produccedilatildeo e qualidade de frutos de abacateiro

cv bdquoHass‟ sobre dois porta-enxertos nas condiccedilotildees edafoclimaacuteticas da regiatildeo central

do Estado de Satildeo Paulo Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Ciecircncias Piracicaba 2014

NAAMANI G Global Trends in main Avocado Markets VII World Avocado

Congress Australia 2011

NAVA DE DE LARA HADDAD M PARRA JRP 2005 Exigecircncias teacutermicas

estimativa do nuacutemero de geroccedilotildees de Stenoma catenifer e comprovaccedilatildeo de modelo

em campo Pesq Agropec Bras Brasilia v 40 p 961-967

NAVA DE PARRA JRP COSTA VA GUERRA TM COcircNSOLI FL (2005b)

Population dynamics of Stenoma catenifer(Lepidoptera Elachistidae) and related

larval parasitoids in Minas Gerais Brazil Florida Entomologistv 88p 441-446

53

NOVAGRIM ndash FRESH FRUITS IMPORTER amp VEGETABLE SUPPLIER SINCE

1999 2001-2013 WORLD AVOCADO PRODUCTION DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwnovagrimcomPages2000_2011_Avocado_statistics_ENaspx gt

OLIVEIRA LA A importacircncia das Normas Internacionais para o Comeacutercio da

Fruticultura Brasileira Piracicaba Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Economia Escola

Superior de Agricultura ldquoLuiz de Queirozrdquo Universidade de Satildeo Paulo Piracicaba

2005

OLIVEIRA M A de et al 2000 Ceras para conservaccedilatildeo poacutes colheita de frutos de

abacateiro cultivar Fuerte armazenados em temperatura ambiente Scientia Agriacutecola

Piracicaba 57 (4) 777-780

PASSONI A D NEVES M C M RODRIGUES B B BOTEON M Anaacutelise dos

principais entraves na exportaccedilatildeo de frutas brasileiras CENTRO DE ESTUDOS

AVANCcedilADOS EM ECONOMIA APLICADA (CEPEAESALQ-USP) XLIV

CONGRESSO DA SOBER ndash ldquoQuestotildees Agraacuterias Educaccedilatildeo no Campo e

Desenvolvimentordquo Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia Rural Fortaleza

2006

PEGG K G COATES L M KORSTEN L HARDING R M Foliar fruit and

soilborne diseases In WHILEY A W SCHAF

PERFIL DA FRUTICULTURA 2014 Base de dados 2012 a 2013 Governo de Minas

Gerais Agricultura Pecuaacuteria e Abastecimento 2014

PICCININ E PASCHOLATI S F ldquoDOENCcedilAS DO ABACATEIRO‟ em MANUAL DE

FITOPATOLOGIA Vol 2 Doenccedilas das Plantas Cultivadas Editora Agronocircmica

Ceres Ltda Satildeo Paulo 1997 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwifcursoscombrsistemaadminarquivos07-33-29-

manualfitopatologiapdfpage=10 gt

54

PUTT F F GOacuteES B C CATANEO P F Anaacutelise econocircmica de oferta e demanda

do abacate na alta paulista X Foacuterum Ambiental da Alta Paulista v 10 n 7 2014

pp 158-169

ROCHA I L Nuacutemeros do abacate HORTIESCOLHA Instituto Brasileiro de

Qualidade em Horticultura DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwhortibrasilorgbrjnwindexphpoption=com_contentampview=articleampid=120

9numeros-do-abacate-ampcatid=50comercializacaoampItemid=82 gt

SANTO N T Manejo da vegetaccedilatildeo intercalar para obtenccedilatildeo de cobertura morta na

cultura do abacateiro visando minimizar os danos causados por Phytophthora

cinnamomi Dissertaccedilatildeo de mestrado em Fitotecnia Piracicaba 2014

SCHAFFER B WOLSTENJOLME B N WHILEY A W The avocado botany

production and uses 560 p 2012 DISPONIacuteVEL EM lt

httpsbooksgooglecombrbooksid=r0hpRJca3zECamppg=PA83amplpg=PA83ampdq=Th

e+Avocado+botany+production+and+uses+hass-

likeampsource=blampots=oqc5OBsbmVampsig=5gDWWPIMYRBW9cH3yYuWh-ldd-8amphl=pt-

BRampsa=Xampved=0ahUKEwj_yPbgsoTKAhUGDpAKHZTrCWEQ6AEIPDADv=onepag

eampqampf=false gt

SCIENCIA I Certificaccedilatildeo GLOBALGAP e impactos ambientais em agroinduacutestrias de

alimentos Dissertaccedilatildeo de Poacutes-Graduaccedilatildeo Araraquara SP 2010 lt

mlthttpwwwecoecoorgbrconteudopublicacoesencontrosvii_envii_enc_ecohtm

gt

SIMAtildeO S Manual de Fruticultura Satildeo Paulo Editora Agronocircmica Ceres 1971

530p p 147-169

SINGER P MASON J Eacutetica da alimentaccedilatildeo como nossos haacutebitos alimentares

influenciam o meio ambiente e o nosso bem estar Rio de Janeiro Elsevier 2007

SOARES H F ITO M K O AacuteCIDO GRAXO MONOINSATURADO DO ABACATE

NO CONTROLE DE DISLIPIDEMIAS Ver Ciecircnc Meacuted Campinas P 47-51 2000

55

DISPONIacuteVEL EM lt httpperiodicospuc-

campinasedubrseerindexphpcienciasmedicasarticleviewFile13301304 gt

TEIXEIRA C G Cultura In ITAL ndash INSTITUTO DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS

(Campinas) Abacate Cultura mateacuteria-prima processamento e aspectos

econocircmicos 2 Ed Campinas Instituto Campineiro de Ensino Agriacutecola 1995 Cap 1

p 1-54 (Frutas Tropicais)

TEIXEIRA C G Cultura do abacate In TEIXEIRA C G et al ABACATE cultura

mateacuteria prima processamento e aspectos econocircmicos 2deg ed Seacuterie Fruas Tropicais

ndeg8 ITAL Campinas 1991 250p

WATANABE H S Caracteriacutesticas de cultivares de abacate CEAGESPS ndash

Companhia de Entrepostos e Armazeacutens Gerais de Satildeo Paulo 2013

WOLFENBARGER D O COLBURN B The Stenoma catenifer a serious Avocado

pest Proceedings of Florida State Horticulture Society v 92 p 315-318 1979

ZEIDAN R SEIXAS P ABRANCHES L COSTA D MEIRELLES F Certificaccedilatildeo

na cadeia produtiva de alimentos e as barreiras teacutecnicas agrave exportaccedilatildeo Simpoacutesio de

excelecircncia e gestatildeo e tecnologia ndash SEGeT 2008 Resende

Page 3: EVOLUÇÃO DA PRODUÇÃO MUNDIAL E NACIONAL …...RESUMO O abacateiro, Persea americana, é uma cultura muito importante em vários países, devido ao volume comercializado da fruta

EVOLUCcedilAtildeO DA PRODUCcedilAtildeO MUNDIAL E NACIONAL DE ABACATE

PETERSON ALVES PEREIRA

TRABALHO DE CONCLUSAtildeO DE CURSO SUBMETIDO Agrave FACULDADE DE AGRONOMIA E

MEDICINA VETERINAacuteRIA DA UNIVERSIDADE DE BRASIacuteLIA COMO REQUISITO PARCIAL PARA A

OBTENCcedilAtildeO DO GRAU DE ENGENHEIRO AGROcircNOMO

APROVADO PELA COMISSAtildeO EXAMINADORA EM 31122015

BANCA EXAMINADORA

_________________________________________________

OSVALDO KIYOSHI YAMANISHI Universidade de Brasiacutelia

Professor Associado da Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinaacuteria ndash UnB

(ORIENTADOR) CPF 065273838-94 e-mail okyamanishigmailcom

_________________________________________________

JOSEacute RICARDO PEIXOTO Universidade de Brasiacutelia

Professor Titular da Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinaacuteria ndash UnB

(EXAMINADOR) CPF 354456236-34 e-mail peixotounbbr

_________________________________________________

MAacuteRCIO DE CARVALHO PIRES Dr Universidade de Brasiacutelia

Professor Adjunto da Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinaacuteria ndash UnB

(EXAMINADOR) CPF 844256601-53 e-mail mcpiresunbbr

BRASIacuteLIA - DF

Dezembro 2015

Dedicatoacuteria

A Deus Arquiteto Supremo

Agrave minha famiacutelia meus pais e meus irmatildeos pelo amor

AGRADECIMENTOS

A Deus por arquitetar o universo e tudo o que nele haacute

Aos meus pais por compartilharem comigo da labuta do cotidiano e por

proporcionarem momentos de conforto dos quais desfrutamos juntos

Aos meus irmatildeos pelos muitos momentos de alegria e felicidades e tambeacutem pelos

momentos de aprendizado e crescimento

Ao professor Dr Osvaldo Kiyoshi Yamanishi pela orientaccedilatildeo e paciecircncia na

conclusatildeo deste trabalho

Ao professor Dr Maacutercio de Carvalho Pires por ministrar excelentes aulas e fornecer

total apoio para a conclusatildeo deste trabalho

Agrave Universidade de Brasiacutelia que com sua estrutura e corpo discente e docente me

proporcionaram a oportunidade de crescimento e desenvolvimento intelectual e

pessoal

A todos os envolvidos que colaboraram positivamente com minha conclusatildeo de

curso muito obrigado

RESUMO

O abacateiro Persea americana eacute uma cultura muito importante em vaacuterios

paiacuteses devido ao volume comercializado da fruta e a variedade de pratos presentes

no cotidiano nestes paiacuteses A produccedilatildeo mundial de abacate em 2013 foi de

4717102 toneladas Ainda em 2013 os maiores produtores mundiais de abacate

foram Meacutexico com 3112 do montante produzido Repuacuteblica Dominicana 822

Colocircmbia 643 e Peru com 611 A produccedilatildeo mundial de abacate cresceu 19

no periacuteodo de 2006 e 2012 No Distrito Federal a produccedilatildeo da fruta em 2013 foi de

3152 toneladas Em 2011 o maior produtor nacional foi Satildeo Paulo com 524 da

produccedilatildeo seguido de Minas Gerais com 1982 As principais cultivares

comercializadas no paiacutes satildeo Breda Fortuna Geada Margarida e Quintal As

cultivares de abacate mais utilizadas para exportaccedilatildeo satildeo a bdquoFuerte‟ bdquoHass‟

conhecido no Brasil como Avocado sendo mais valorizadas no mercado Os

principais exportadores de abacate satildeo Meacutexico Chile Holanda e Peru Os principais

concorrentes do Brasil em se tratando da exportaccedilatildeo do Avocado satildeo Aacutefrica do

Sul com 3 das exportaccedilotildees Chile com 7 e Peru representando 10 do mercado

internacional Tendo em vista o promissor mercado internacional da cultura do

abacateiro com a cultivar bdquoHass‟ no qual Estados Unidos e Uniatildeo Europeia

representam forte potencial importador objetivou-se com este estudo apresentar a

evoluccedilatildeo da produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo da cultura do abacateiro em niacutevel mundial

Palavras ndash chave Persea americana abacate Hass

ABSTRACT

The avocado Persea americana is an importante culture in many countries

The worldwide production of avocado in 2013 was 4717102 ton Still in 2013 the

biggest worldwide avocado‟s producers was Mexico with 3112 of the produced

amount Dominican Republic with 822 Colombia with 643 and Peru with 611

The avocado‟s worldwide production grows 19 between 2006 and 2012 The

avocado‟s production in Distrito Federal in 2013 was of 3152 ton The biggest

producer in 2011 was Satildeo Paulo with 524 of all production followed by Minas

Gerais with 1982 The main cultivars commercialized on country are Breda

Fortuna Geada Margarida and Quintal The most avocado‟s cultivars used for

exportation are the bdquoFuerte‟ bdquoHass‟ known as avocado are also the most valorized

on market The main exporters of avocado are Mexico Chile Netherlands and Peru

The competitors to Brazil talking about exportation of avocado are South Africa with

3 of all the exportation Chile with 7 and Peru representing 10 of avocado‟s

international market In view of the promising culture‟s international market of

avocado with the Avocado cultivars bdquoFuerte‟ and bdquoHass‟ where US and European

Union representing an strong potential importer it is aimed with this exploratory

study analyze the aspects of production and commercialization of culture of avocado

in Brazil as its participation on the sector of exportation of this fruit comparing with

another countries that participate of this market

Keywords Persea Americana avocado Hass

SUMAacuteRIO

INTRODUCcedilAtildeO 10

OBJETIVO 11

REVISAtildeO BIBLIOGRAacuteFICA 11

A CULTURA DO ABACATE 11

Origem 11

Abacate no Brasil 12

Descriccedilatildeo 12

Aacutervore folhas e fruto 12

Flores 13

Polinizaccedilatildeo 13

Raccedilas 14

Principais cultivares 14

Avocado 15

Clima 16

Solos 17

Doenccedilas e pragas que afetam a cultura do abacate 17

Ponto de colheita 19

Poacutes colheita 20

Consumo 20

Aspectos nutricionais 21

Produtos e subprodutos 22

Melhoramento geneacutetico 23

Certificaccedilatildeo 24

METODOLOGIA 25

RESULTADOS E DISCUSSAtildeO 26

ABACATE NO MUNDO 26

ABACATE NO BRASIL 35

AVOCADO NO BRASIL 41

CERTIFICACcedilAtildeO 44

CONCLUSOtildeES 45

BIBLIOGRAFIA 47

10

INTRODUCcedilAtildeO

A cultura do abacateiro eacute de grande importacircncia para o setor frutiacutecola em

vaacuterias regiotildees de todo o mundo A produccedilatildeo mundial de abacate em 2013 foi de

4717102 toneladas (FACTFISH) No Brasil neste mesmo ano a produccedilatildeo chegou

a 159903 t ocupando uma aacuterea de 9615 ha ficando na oitava posiccedilatildeo no ranking

dos maiores produtores mundiais (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA FRUTICULTURA

2015) Ainda em 2013 os maiores produtores mundiais de abacate foram Meacutexico

disparado na frente com um volume de 1467837 toneladas Repuacuteblica Dominicana

com 387546 t e Colocircmbia com 303304 toneladas (FONTE FACTFISH) De acordo

com Rocha (2014) a produccedilatildeo mundial de abacate cresceu 19 no periacuteodo de

2006 e 2012

Apesar de o Brasil possuir excelentes condiccedilotildees para a produccedilatildeo de abacate

a falta de manejos agronocircmicos adequados durante toda a cadeia produtiva do

abacate tem feito com que o paiacutes natildeo participe de forma mais efetiva no mercado

mundial do abacate A cultura possui elevada suscetibilidade agrave gomose do

abacateiro conhecida como podridatildeo da raiz causada por Phytophthora

cinnamomi considerada a principal doenccedila que afeta esta cultura em todas as

regiotildees do mundo (CANTUARIAS-AVILEacuteS SILVA 2011 citado por SANTOS 2014)

Outro entrave na produccedilatildeo do abacate eacute a broca-do-abacate Stenoma catenifer

que de acordo com WOLFENBARGER amp COLBURN (1979) eacute uma praga

quarentenaacuteria em vaacuterios paiacuteses tem sido marcante para a produccedilatildeo deste produto

sendo vetada a entrada de lotes contaminados por meio de barreiras fitossanitaacuterias

em paiacuteses como os Estados Unidos da Ameacuterica principal importador mundial da

fruta

Em acircmbito internacional os abacates bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ satildeo os mais

apreciados Estes frutos recebem a denominaccedilatildeo de Avocado Estas cultivares tecircm

sido mais valorizadas pelo seu tamanho diferenciado e alto teor de lipiacutedeos

(FRANCISCO e BAPTISTELLA 2005) Estas cultivares satildeo hiacutebridos oriundos das

raccedilas mexicana e guatemalense possuem frutos pequenos com caroccedilo

relativamente grande e com alto teor de oacuteleo (TEIXEIRA 1995)

Para CARVALHO (2015) o Brasil estaacute ainda comeccedilando a participar do

volume de exportaccedilatildeo do abacate bdquoHass‟ cultivar mais produzida em todo o mundo

poreacutem o paiacutes esse ainda tem pouca contribuiccedilatildeo para com este setor do qual os

11

Estados Unidos e Uniatildeo Europeia representam forte potencial importador devido ao

elevado consumo interno que cresce de forma mais acelerada do que a produccedilatildeo

da fruta no paiacutes

Os principais importadores de fruta como como o europeu e o norte

americano impotildeem de um padratildeo de qualidade que observa agraves exigecircncias feitas

pelos consumidores com relaccedilatildeo agrave seguranccedila alimentar Este fator deve ser

considerado elementar pelos paiacuteses que visam exportar quaisquer produtos para

essas regiotildees A certificaccedilatildeo dos produtos eacute de extrema importacircncia para consolidar

paiacuteses exportadores no mercado pois esta leva em consideraccedilatildeo aspectos

ambientais e sociais aleacutem do local de produccedilatildeo Desta forma produtores de fruta

destinadas agrave exportaccedilatildeo precisaram adaptar suas lavouras a fim de atender as

exigecircncias dos mais importantes selos internacionais como o EureGapR e o TNCR

(OLIVEIRA 2005)

Os consumidores atuais estatildeo mais informados no que se refere agrave busca de

qualidade e por isso buscam produtos que atentem agraves questotildees eacuteticas que

abordem temas como meio ambiente tambeacutem o uso indiscriminado de agrotoacutexicos

considerando que a procura por alimentos seguros e saudaacuteveis eacute uma questatildeo

fundamental (SINGER e MASON 2007)

OBJETIVO

O objetivo deste estudo foi apresentar a evoluccedilatildeo da produccedilatildeo e

comercializaccedilatildeo da cultura do abacateiro em niacutevel internacional e mundial por meio

de trabalhos encontrados na literatura

REVISAtildeO BIBLIOGRAacuteFICA

A CULTURA DO ABACATE

Origem

Existem relatos sobre o abacate no iniacutecio do descobrimento das Ameacutericas Na

Colocircmbia o abacate jaacute era conhecido por volta de 1519 e 1526 entre os anos de

1532 e 1550 apareceu no Meacutexico Este nome ldquoabacaterdquo eacute oriundo do dialeto

indiacutegena o que reforccedila a informaccedilatildeo de que esse fruto eacute amplamente conhecido

pelos povos naturais da Ameacuterica (DONADIO 1995)

12

Por ser uma espeacutecie oriunda da Ameacuterica o abacate espalhou-se pelo

continente no seacuteculo XVII sendo mencionado na Jamaica em 1657 e 1969 pelo

nome de Avocado como eacute comumente denominado em paiacuteses de liacutengua inglesa Jaacute

em paiacuteses que tecircm como principal liacutengua o espanhol eacute conhecido como bdquoaguacate‟

exceto na Argentina Chile Peru e Equador onde eacute conhecido como bdquopalta‟

(DONADIO 1995)

O abacate eacute citado na Europa inicialmente em 1601 quando foi introduzido

no jardim botacircnico de Valecircncia Apoacutes isso disseminou-se para outros continentes

chegando na Aacutefrica em 1750 tendo Gana como via de acesso Em 1825 chega no

Havaiacute e em 1833 na Floacuterida Na Aacutesia o abacate chega pela Malaacutesia em 1900

(DONADIO 1995)

Abacate no Brasil

Existem relatos da cultura do abacateiro no Brasil desde 1787 poreacutem a

primeira introduccedilatildeo oficial deu-se em 1893 quando quatro aacutervores provenientes da

Guiana Francesa pertencentes agrave raccedila Antilhana que forneceram as primeiras

sementes da espeacutecie para o Brasil Em Satildeo Paulo acredita-se que a cultura tenha

se iniciado no Vale do Paraiacuteba no seacuteculo XIX predominando plantas da raccedila

Antilhana (Donadio et al 2010)

A safra do abacate gira em torno de 150 toneladas exceto em 2008 que

chegou a 173 mil t (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA FRUTICULTURA 2008) A

produccedilatildeo Brasileira de Abacate foi de 159903 toneladas em 2013 ocupando uma

aacuterea de 9615 ha conferindo a oitava posiccedilatildeo no ranking global do setor (ANUAacuteRIO

BRASILEIRO DA FRUTICULTURA 2015)

Descriccedilatildeo

Aacutervore folhas e fruto

O abacateiro espeacutecie P americana Miller eacute uma planta dicotiledocircnea da

famiacutelia Lauraceae gecircnero Persea A aacutervore possui porte meacutedio-alto variando de 12

a 25 metros O abacateiro se desenvolve bem em regiotildees tropicais e subtropicais A

planta possui caule ciliacutendrico e lenhoso com coloraccedilatildeo cinza escuro Suas folhas satildeo

sem estipulas de peciacuteolo curto e alternadas e podem ter vaacuterios formatos como

eliacuteptico-lanceoladas oblongas oblongo-lanceoladas ou ovais podendo variar de

76 a 410 cm de comprimento A cor da folha vai de bronzeada quando nova e

13

aos poucos vai esverdeando O fruto eacute uma baga com uma semente grande

cercada por uma polpa amanteigada (TEIXEIRA 1995 KOLLER 2002 CRANE

2007)

Flores

As flores do abacateiro satildeo pequenas e hermafroditas podendo ter coloraccedilatildeo

branca ou verde amarelada Satildeo produzidas em abundacircncia e possuem diacircmetro de

variaacutevel de 05 a 15 cm dispostas em paniacuteculas terminais nos ramos mais novos

(ALMEIDA 2013)

O abacateiro possui flores perfeitas com oacutergatildeos masculinos e femininos

capazes de produzir frutos agrave exceccedilatildeo da variedade Collinson por exemplo que natildeo

consegue produzir poacutelen e soacute serve como planta feminina (MARANCA 1980) A

planta apresenta comportamento floral denominado dicogamia protogenica

(KOLLER 1992)

Polinizaccedilatildeo

Apesar de possuir flores hermafroditas a maturidade do pistilo (parte

feminina) natildeo ocorre ao mesmo tempo da deiscecircncia das anteras (parte masculina)

(ALMEIDA 2013)

As flores do abacateiro se comportam de duas formas distintas diferenciando

a classificaccedilatildeo de cultivares em dois grupos A e B No grupo A estatildeo as variedades

onde a primeira abertura da flor ocorre pela manhatilde pronta para receberem o poacutelen

(feminina) reabrindo somente agrave tarde no seguinte poreacutem soltando poacutelen

(masculino) As variedades do grupo B a primeira abertura da flor ocorre apoacutes o

meio dia (feminina) fechando-se pela tarde e reabrindo ao amanhecer no estaacutegio

masculino Conhecer da biologia floral do abacateiro eacute extremamente importante

para se obter boa produccedilatildeo em pomares de abacateiro por conta do fato de suas

flores serem hermafroditas Desta forma para que se tenha uma eficiente

polinizaccedilatildeo das flores eacute imprescindiacutevel que os pomares sejam formados com

variedades pertencentes aos dois diferentes grupos para se ter uma produccedilatildeo

economicamente viaacutevel A proporccedilatildeo entre as variedades pode variar de acordo com

a demanda do mercado (MONTENEGRO 1951 citado por FRANCISCO E

BAPTISTELLA 2005)

14

Raccedilas

O abacateiro Persea americana pertence agrave famiacutelia Lauraceae que engloba

cerca de 50 gecircneros Existem trecircs grupos ou raccedilas que representam o abacate

comercial satildeo elas Mexicana ndash Persea americana var drymifolia Antilhana ndash P

americana var americana e Guatemalense ou guatemalteca ndash P nubigena var

guatemalensis (WILLIAMS 79 citado por DONADIO 1995)

Principais cultivares

Dentre as cultivares mais produzidas no estado de Satildeo Paulo estatildeo a

bdquoFortuna‟ bdquoGeada‟ bdquoQuintal‟ e bdquoMargarida‟ (DORIZZOTTO 2011) A produccedilatildeo

concentra-se na regiatildeo de Campinas Ribeiratildeo Preto e Bauru (ALMEIDA 2013)

Levantamentos feitos na regiatildeo nordeste por CORREIA et al (2010) indicam

que as principais cultivares nos CEASAS de Pernambuco e Cearaacute satildeo Quintal

Fortuna Geada e Margarida Jaacute em Satildeo Paulo as principais cultivares

comercializadas no CEAGESP citadas por ALMEIDA (2013) satildeo bdquoBreda‟ Fortuna

Geada Margarida e Quintal (CEAGESP 2013)

ILUSTRACcedilAtildeO DAS PRINCIPAIS CULTIVARES DE ABACATE

FIGURA 1 - Ilustraccedilatildeo das principais cultivares de abacate brasileira fonte HORTIESCOLHA DISPONIacuteVEL EM httpwwwhortiescolhacombrhortipediaprodutoabacate (adaptado)

A cultivar BREDA possui formato piriforme poreacutem se formaccedilatildeo de ldquopescoccedilordquo

(WATANABE 2013 citado por ALMEIDA 2013)

A variedade FORTUNA tem como uma de suas caracteriacutesticas frutos

piriformes muito grandes com peso variando entre 600 e 1Kg de casca lisa e verde

escuro polpa amarela e caroccedilo solto (KOLLER 2002) O teor de oacuteleo da cultivar

15

FORTUNA eacute de aproximadamente 8 (SIMAtildeO 1998 DONADIO et al 2010) No

CEASA do Recife esta cultivar eacute a preferida devido ao fato de ser uma fruta

carnuda com preccedilo acessiacutevel excelente sabor entre outros fatores

A cultivar GEADA tambeacutem possui fruto piriforme podendo ser ovalado sem

ldquopescoccedilordquo com coloraccedilatildeo verde mais claro que o FORTUNA sua polpa eacute amarela

com a semente aderente seu conteuacutedo de oacuteleo eacute bastante baixo por volta de 35

e a maturaccedilatildeo bastante precoce (TEIXEIRA 1995 KOLLER 2002)

A cultivar MARGARIDA apresenta as caracteriacutesticas da raccedila Guatemalense

como folhas novas com coloraccedilatildeo arroxeada frutos redondos e de casca rugosa

sua polpa eacute verde clara e o caroccedilo eacute pequeno (KOLLER 2002) Segundo BONELLA

(2013) (citado por ALMEIDA 2013) a cultivar MARGARIDA eacute a preferida por

compradores que visam transportar longas distacircncias pois apresenta oacutetima

resistecircncia poacutes-colheita

A QUINTAL eacute outro hiacutebrido das raccedilas Antilhana e Guatemalense seus frutos

satildeo grandes pesam entre 500 e 900 g possui casca verde clara lisa a polpa eacute

amarela e o caroccedilo aderente agrave polpa (TEIXEIRA 1995 KOLLER 2002 DONADIO

2010) O formato da QUINTAL eacute bem piriforme com ldquopescoccedilordquo bastante

proeminente Esta cultivar eacute a preferida no CEASA de Fortaleza por possuir

aparecircncia bonita e brilhosa casca livre de manchas polpa saborosa e etc

Avocado

A denominaccedilatildeo bdquoAvocado‟ tem sido utilizada no paiacutes para identificar as

cultivares de abacate bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ estas cultivares tecircm sido mais valorizadas

pelo seu tamanho diferenciado e alto teor de lipiacutedeos (FRANCISCO e

BAPTISTELLA 2005) apesar de suas reduzidas dimensotildees Contudo sendo fruto

climateacuterico eacute altamente pereciacutevel podendo ser um obstaacuteculo agrave comercializaccedilatildeo

(DAIUTO et al 2010)

As cultivares bdquoFuerte‟ e bdquoHass‟ satildeo oriundas do possiacutevel cruzamento natural

de variedades das raccedilas guatemalense e mexicana (DONADIO 1995) O tipo ‟Hass‟

possui casca aacutespera e formato arredondado Quando estaacute maduro sua casca

apresenta coloraccedilatildeo escurecida Jaacute o tipo ‟Fuerte‟ possui casca verde brilhante e lisa

com formato alongado (JAGUACYR)

16

A cultivar bdquoHass‟ eacute a mais valorizada no mundo apesar de seu tamanho

reduzido o fruto possui alta concentraccedilatildeo de lipiacutedeos Seus frutos podem pesar

entre 149 e 300 gramas (MICKELBART et al 2007 CRIZEL 2008)

Na Califoacuternia adota-se para as cultivares bdquoFuerte‟ e bdquoHass‟ o ponto miacutenimo de

mateacuteria seca adotada para a colheita eacute de 19 e 208 respectivamente (KADER amp

ARPIA 2013) O teor de mateacuteria seca possui elevada correlaccedilatildeo com o niacutevel de oacuteleo

da fruta Essas cultivares satildeo reconhecidas pelos altos niacuteveis de oacuteleo - fator que

possui forte influecircncia na conservaccedilatildeo do sabor

A tabela a seguir apresenta as informaccedilotildees nutricionais obtidas em 50g de

Avocado (JAGUACYR)

TABELA 1 - Informaccedilotildees nutricionais em 50g de avocado FONTE

JAGUACYR

INFORMACcedilOtildeES NUTRICIONAIS AVOCADO (50g)

ENERGIA 301 kj 72 kcal

CARBOIDRATOS 853 g

PROTEIacuteNAS 1 g

GORDURAS TOTAIS 8 g

GORDURA SATURADA 18 g

FIBRA ALIMENTAR 16 g

SOacuteDIO 75 mg

POTAacuteSSIO 485 mg

O Avocado tem 5 vezes menos aacutegua que o abacate comum o que lhe

confere concentraccedilatildeo muito maior de nutrientes A fruta eacute considerada pelos

nutricionistas como sendo uma das que possui maior valor nutricional devido ao fato

de possuir elevadas concentraccedilotildees de vitaminas antioxidantes como A C e E Em

comparaccedilatildeo com a banana a fruta conteacutem ainda trecircs vezes mais vitamina B6 Em

meacutedia o Avocado possui niacutevel de gordura em aproximadamente 20 sendo a

maioria monoinsaturada A gordura monoinsaturada auxilia na reduccedilatildeo no LDL e

promove aumento no HDL o ldquocolesterol bomrdquo (JAGUACYR)

Clima

As variedades da Iacutendia Ocidental e alguns hiacutebridos satildeo melhores adaptados a

regiotildees planas de clima tropical e regiotildees tropicais onde natildeo haacute ocorrecircncia de

17

geadas Por outro lado variedades Mexicanas satildeo mais adaptadas a regiotildees com

temperaturas mais baixas Hiacutebridos de raccedilas Mexicanas x Guatemaltecas

geralmente satildeo mais resistentes ao frio do que as raccedilas hiacutebridas Iacutendias Ocidentais x

Guatemaltecas (CRANE et al 2007)

Solos

O abacateiro eacute uma planta muito sensiacutevel a este fator em especial no que se

refere agrave drenagem e profundidade dos solos (KOLLER 1984) Para esta cultura

recomenda-se solos feacuterteis bem drenados pouco aacutecidos e profundos (SIMAtildeO

1971)

A cultura do abacateiro natildeo tolera solos inundados ou mal drenados

Condiccedilotildees de umidade elevada constante comprometem o desenvolvimento

adequado das plantas pois resultam em deficiecircncia nutricional e em alguns casos

pode provocar a morte da planta devido ao fato de estarem altamente suscetiacuteveis a

infecccedilatildeo por fungos (CRANE et al 2007)

Outro aspecto que deve ser considerado na cultura do abacate eacute a salinidade

devido agrave alta sensibilidade da cultura a este fator que pode provocar a queima da

ponta e borda das folhas e queda da produccedilatildeo (DONADIO 1995)

Doenccedilas e pragas que afetam a cultura do abacate

Apesar de o Brasil possuir excelentes condiccedilotildees para a produccedilatildeo de abacate

a falta de manejos agronocircmicos adequados durante toda a cadeia produtiva do

abacate tem feito com que o Brasil natildeo participe de forma mais eficiente no mercado

mundial do abacate A cultura possui elevada suscetibilidade agrave gomose do

abacateiro podridatildeo da raiz causada por Phytophthora cinnamomi

No Brasil a podridatildeo radicular causada por Phytophthora cinnamomi tem

dizimado plantaccedilotildees de abacateiro reduzindo a longevidade dos pomares

(DONADIO 1995) A doenccedila eacute considerada a mais importante para a cultura do

abacateiro sendo fator limitante para a cultura em todo o mundo (CAMPOS 1988

KOLLER 2002) A seleccedilatildeo de cultivares porta-enxertos resistentes ou tolerantes

controle quiacutemico e manejo do solo satildeo estrateacutegias que reduzem os danos e o

controle desta doenccedila (PEGG et al 2002)

A ocorrecircncia de Phytophthora cinnamomi juntamente com estresses

ambientais faz com que o abacateiro da cultivar ‟Hass‟ produza frutos com

18

dimensotildees muito reduzidas Esses frutos subdimensionados natildeo satildeo

comercializaacuteveis resultando em elevadas perdas financeiras para os produtores

(BRUWER 2007) Empresas como a Westfalia situada na proviacutencia de Limpopo na

Aacutefrica do Sul tecircm testado cultivares de abacate bdquoHass-like‟ para se obter maior

produtividade em regiotildees afetadas pelo P cinnamomi

Algumas das estrateacutegias que visam agrave minimizaccedilatildeo dos danos e o controle da

podridatildeo radicular satildeo por exemplo a utilizaccedilatildeo de cultivares porta-enxertos

resistentes ou tolerantes o uso de controle quiacutemico e praacuteticas especiacuteficas de manejo

do solo (PEGG et al 2002)

No que se refere a barreiras agrave exportaccedilatildeo do abacate a broca-do-abacate

Stenoma catenifer que de acordo com WOLFENBARGER amp COLBURN (1979) eacute

uma praga quarentenaacuteria em vaacuterios paiacuteses tem sido marcante para a produccedilatildeo

deste produto sendo vetada a entrada de lotes contaminados por meio de barreiras

fitossanitaacuterias em paiacuteses como os Estados Unidos da Ameacuterica principal importador

mundial Esta praga tem sido uma ameaccedila extremamente relevante para a produccedilatildeo

nacional de abacate chegando a causar perda de toda a produccedilatildeo (HOHMANN amp

MENEGUIM 1993) De acordo com informaccedilotildees da Universidade da Califoacuternia

(HODDLE UCR) os EUA tecircm desenvolvido protocolos de seguranccedila para impedir

que a doenccedila tenha acesso ao paiacutes por meio de importaccedilotildees de paiacuteses onde a

doenccedila eacute endecircmica Algumas regiotildees brasileiras de cultivo de abacate 100 da

colheita pode estar infestado com S catenifer (Nava et al 2005a) Mesmo com a

aplicaccedilatildeo de inseticidas de largo espectro sendo feitas de 7 a 11 vezes durante uma

uacutenica estaccedilatildeo de crescimento ateacute 60 de frutas podem ser infestados com larvas S

catenifer (Nava et al 2005b)

Para CARVALHO (2015) a exportaccedilatildeo para os EUA pela JAGUACYR eacute

dificultada devido agrave ocorrecircncia de doenccedilas que ocorrem em territoacuterio nacional e que

podem ser exportadas com os produtos

Ocorrida a eclosatildeo a lagarta de primeiro instar desloca-se ao longo do fruto

ateacute encontrar o local adequado para iniciar o ataque As fecircmeas procuram depositar

os ovos no peduacutenculo contudo haacute maior incidecircncia de orifiacutecios na parte inferior do

abacate Ao passo que as lagartas se desenvolvem e vatildeo se alimentando da polpa

do abacate indo em direccedilatildeo ao caroccedilo onde este inseto se aloja e finaliza a fase

larval construindo galerias no interior A lagarta se desenvolve no fruto e transforma-

se em pupa no solo numa profundidade de 05 a 15 cm ou ateacute mesmo no interior

19

dos frutos caiacutedos Dentre as medidas preventivas de controle destaca-se o uso

adequado das cultivares considerando que quanto mais tempo os frutos

permanecem nas plantas maiores seratildeo as perdas O planejamento da colheita deve

ser considerado pois colheitas tardias proporcionam condiccedilotildees favoraacuteveis para o

desenvolvimento da praga no pomar Outra medida preventiva principalmente para

pomares orgacircnicos eacute a cataccedilatildeo e destruiccedilatildeo dos frutos caiacutedos (HOHMANN amp

MENEGUIM 2005)

A verrugose ou sarna do abacateiro causada pelo fungo Sphaceloma

perseae conhecida em 1918 na Floacuterida foi encontrada no Brasil pela primeira vez

em 1938 em Limeira Eacute uma das doenccedilas de elevada importacircncia na cultura do

abacateiro visto que esta doenccedila deprecia a aparecircncia do fruto e pode provocar

tambeacutem queda dos frutos jovens bem como o subdesenvolvimento O fungo ataca

as folhas e os frutos e se desenvolve em condiccedilotildees de umidade elevada Para o

controle desta doenccedila eacute recomendado a utilizaccedilatildeo de variedades que apresentem

resistecircncia sendo necessaacuterio evitar variedades do grupo Guatemalense (PICCININ

amp PASCHOLATI 1997)

Ponto de colheita

O fruto do abacate eacute conhecido por ser climateacuterico isso significa que pode

completar o amadurecimento depois de colhido e apresenta um pico de produccedilatildeo de

etileno sucedido por um pico respiratoacuterio durante o amadurecimento O melhor

indicador de maturidade fisioloacutegica para se concluir se os frutos estatildeo aptos agrave

colheita eacute a porcentagem de mateacuteria seca que possui relaccedilatildeo com o acuacutemulo de

oacuteleo (KADER amp ARPIA 2013 citado por ALMEIDA 2013)

No Brasil a observaccedilatildeo em campo da perda do brilho na casca eacute uma praacutetica

comum para identificar o ponto ideal de colheita (ALMEIDA 2013) Jaacute na Floacuterida

contabilizam-se os dias apoacutes a floraccedilatildeo para se determinar o ponto de colheita

Na cultura do abacateiro os principais iacutendices de qualidade satildeo tamanho cor

da casca formato danos mecacircnicos recentes ou cicatrizados causados por insetos

podridotildees embalagens e transporte inadequados alteraccedilatildeo de sabor devido a

longos periacuteodos de armazenagem na aacutervore ou por colheita antes da maturidade

fisioloacutegica (KADER amp ARPIA 2013 CANTILLANO 2013) No que se refere agrave

alteraccedilatildeo de sabor KADER (2007) comenta que este fator estaacute diretamente ligado

20

ao teor de oacuteleo no fruto Neste sentido cultivares mais tardias oriundas das raccedilas

Guatemalenses e Mexicana possuem maiores teores de oacuteleo

Poacutes colheita

Por ser um fruto climateacuterico com alta taxa respiratoacuteria e elevada produccedilatildeo de

etileno apoacutes a colheita o fruto do abacate eacute altamente pereciacutevel (KADER 1992)

Neste sentido o controle do amadurecimento eacute de extrema importacircncia para se

prolongar a vida uacutetil no poacutes-colheita de frutas objetivando-se a comercializaccedilatildeo no

mercado interno ou externo (KLUGE et al 2002)

Tratando-se de maturaccedilatildeo no poacutes-colheita a manipulaccedilatildeo do etileno eacute uma

teacutecnica utilizada para antecipar ou adiar o processo de maturaccedilatildeo dos frutos O

etileno eacute um gaacutes que se comporta como hormocircnio

No Brasil a comercializaccedilatildeo do abacate em varejo ocorre na maioria das

vezes sem a utilizaccedilatildeo de refrigeraccedilatildeo portanto a utilizaccedilatildeo de tecnologias que

possibilitem a conservaccedilatildeo agrave temperatura ambiente eacute de grande relevacircncia para se

permitir a comercializaccedilatildeo durante um maior tempo apoacutes a colheita atrasando o

amadurecimento dos frutos (KLUGE et al 2002) Daiuto 2010 concluiu que a

refrigeraccedilatildeo foi efetiva na conservaccedilatildeo de frutos de abacate bdquoHass‟

Aleacutem do uso de refrigeraccedilatildeo para retardar o amadurecimento dos frutos

tambeacutem se utiliza o revestimento dos frutos com cera para se reduzir o processo de

respiraccedilatildeo e uso de metilciclopropeno para inibir a produccedilatildeo de etileno gaacutes que

funciona como hormocircnio na maturaccedilatildeo de frutos (Gayet et al 1995 Oliveira et al

2000 KLUGE et al 2002)

A utilizaccedilatildeo de radiaccedilotildees gama em baixos niacuteveis associada a outros

procedimentos no poacutes-colheita eacute mencionada na literatura como excelente meacutetodo

para prolongar a periacuteodo de prateleira das frutas por retardar os processos de

senescecircncia e amadurecimento reduzindo os iacutendices de apodrecimento provocados

por fungos e bacteacuterias (Kaumlferstein e Moy 1993) O problema do uso da radiaccedilatildeo eacute

que esta teacutecnica provoca o escurecimento perda de firmeza do fruto e o surgimento

de depressotildees superficiais (CHITARRA e CHITARRA 2005)

Consumo

Em relaccedilatildeo ao consumo per capita do abacate em 2013 o Meacutexico foi de 90

Kghab enquanto que no Brasil o consumo girava em torno de 301 gramashab

21

por ano em De acordo com dados de 2011 o consumo per capita da fruta em Israel

foi de 50 Kghab o Chile ficou logo atraacutes com 45Kghab por ano e os Estados

Unidos apesar de maior importador apenas 20 Kghab por ano (NAAMANI 2011)

Em alguns paiacuteses da Uniatildeo Europeia chega a ser 1500 gramashab por ano (BNET

2011) De acordo com PUTTI (2014) esta diferenccedila se deve ao fato de que o

consumo do abacate em paiacuteses da Europa vai aleacutem da forma in natura sendo

consumido principalmente na forma de salada aleacutem disso os benefiacutecios da fruta satildeo

mais difundidos do que no Brasil

A fruta eacute consumida de forma diferente ao redor do mundo podendo ser sob

a forma de doce como no Brasil ou em saladas e patecircs como o guacamole

(JAGUACYR) Aleacutem de ser amplamente explorada na induacutestria

Aspectos nutricionais

A tabela a seguir apresenta as informaccedilotildees nutricionais do abacate a partir de

100g da fruta

TABELA 2 - Informaccedilotildees nutricionais do abacate obtidas a partir de 100g

da fruta fonte (FATSECRET)

INFORMACcedilOtildeES NUTRICIONAIS ABACATE

ENERGIA 669 kj 160kal

CARBOIDRATOS 853 g

ACcedilUacuteCAR 066 g

PROTEIacuteNAS 2g

GORDURAS 1466g

GORDURA SATURADA 2126G

GORDURA MONOINSATURADA

9799G

GORDURA POLIINSATURADA 1816

COLESTEROL 0 mg

FIBRAS 77 g

SOacuteDIO 7 mg

POTAacuteSSIO 485 mg

Uma das principais caracteriacutesticas que qualificam o abacate eacute a elevada

quantidade de mateacuteria graxa em sua composiccedilatildeo O fruto eacute conhecido como uma

fruta de alto valor energeacutetico Os aacutecidos graxos (AG) podem ser encontrados na

semente em sua maioria insaturados estes aacutecidos tambeacutem estatildeo presentes no

mesocarpo contudo em concentraccedilotildees diferentes O oacuteleo do abacate eacute um produto

22

explorado na induacutestria farmacecircutica devido ao elevado teor de vitamina E O

produto possui bom valor comercial apesar de natildeo ser tatildeo produzido mundialmente

A quantidade de oacuteleo encontrada no mesocarpo eacute superior ao teor de oacuteleo

encontrado na semente No mesocarpo os teores de aacutecido oleico variam entre

3177 a 5030 jaacute na semente o teor desse aacutecido graxo monoinsaturado varia de

1169 a 3583 (MASSAFERA 2010)

O abacate eacute um alimento rico em aacutecido graxo monoinsaturado oleico Estudos

realizados com aacutecidos graxos monoinsaturados revelam sua importacircncia na

prevenccedilatildeo e tratamento de dislipidemias que estatildeo relacionadas ao

desenvolvimento de doenccedilas cardiovasculares e coronarianas (SOARES e ITO

2000) Os aacutecidos graxos monoinsaturados representados principalmente pelo aacutecido

oleico presente em oacuteleo de oliva e canola possui efeito significativos na prevenccedilatildeo e

tratamento de doenccedilas crocircnicas (LARSEN et al 1999)

Produtos e subprodutos

O oacuteleo obtido a partir da fruta do abacate possui propriedades fiacutesico-quiacutemicas

semelhantes ao oacuteleo de oliva principalmente pela composiccedilatildeo de seus aacutecidos

graxos salientando o aacutecido oleico O oacuteleo de oliva eacute um produto altamente

consumido no paiacutes poreacutem de origem importada e o oacuteleo de abacate possui forte

potencial para substituiacute-lo (MASSAFERA 2010)

Outra forma de aproveitamento do oacuteleo do abacate eacute para a produccedilatildeo de

biodiesel O professor do departamento de Quiacutemica da UNESP Manoel Lima de

Menezes afirma que o abacate tem o teor de oacuteleo que varia entre 5 a 30

proacuteximo ao encontrado na extraccedilatildeo da soja de 18 Segundo o pesquisador um

dos obstaacuteculos eacute ainda o teor de umidade da semente (BIODIESELBR 2013)

Dentre as vantagens do abacate em comparaccedilatildeo com a soja eacute que da fruta eacute

possiacutevel extrair oacuteleo e etanol dois ingredientes baacutesicos para a produccedilatildeo do

biodiesel Outra vantagem eacute que de acordo com Menezes o abacate pode render

ateacute 2800 litros de oacuteleo por hectare contra 400 da soja aleacutem do fato do abacateiro

ser uma planta perene (GIRARDI 2009)

A madeira tambeacutem eacute um produto explorado na cultura do abacateiro na

produccedilatildeo de energia como combustiacutevel (MAISNATUREZA) Outra forma de

aproveitamento de resiacuteduos da cultura eacute a utilizaccedilatildeo do caroccedilo para a produccedilatildeo de

23

tintas a partir do caroccedilo usado para tingir roupas produzindo uma tinta castanho-

arroxeada (TEIXEIRA 1991)

Melhoramento geneacutetico

O desenvolvimento floral bem como a eacutepoca de floraccedilatildeo e o amadurecimento

da fruta satildeo diretamente influenciados por caracteriacutesticas geneacuteticas Essas

caracteriacutesticas podem ser manipuladas com a utilizaccedilatildeo de enxertos porta enxertos

ou a interaccedilatildeo entre eles Neste sentido podem ser utilizados genoacutetipo Mexicano

que pode antecipar a floraccedilatildeo ou Guatemalenses que manteacutem uma floraccedilatildeo meacutedia

ou porta-enxerto das Iacutendias Ocidentais que promovem floraccedilatildeo tardia Estudos tecircm

comprovado que a utilizaccedilatildeo de porta-enxertos do grupo Mexicano antecipam a

floraccedilatildeo entre 4 a 8 semanas antes de pomares de clones de bdquoHass‟ Contudo a

antecipaccedilatildeo de 8 semanas na eacutepoca de floraccedilatildeo promoveu o a antecipaccedilatildeo de

maturaccedilatildeo dos frutos em apenas 3 semanas Como existe uma alta demanda pelo

abacate ‟Hass‟ em todo mundo o uso de cultivares do abacate bdquoHass-like‟ pode ser

de grande interesse para os paiacuteses produtores uma vez que a cultivar bdquoLamb-Hass‟

por exemplo possui a caracteriacutestica de estender a eacutepoca de colheita aumentando

assim a janela de produccedilatildeo da fruta (SCHAFFER et al 2012)

No final dos anos 80 Carlos Meacutendez observou um abacate diferenciado na

regiatildeo de Urupan estado de Michocaacuten Meacutexico A planta encontrada exibia uma

floraccedilatildeo com um comportamento distinto das demais Este abacate bdquoHass-like‟ foi

nomeado localmente de bdquoHass-Mendez‟ e agora eacute conhecido comercialmente como

bdquoHass Carmen‟ (Illsley-Granich 2011) Uma das cultivares de bdquoHass-like‟ que tem

sido utilizada em programas de melhoramento eacute a ldquoSir Prizerdquo

Outra cultivar bdquoHass-like‟ muito importante eacute a bdquoMaluma‟ na Aacutefrica do Sul

Dentre as vantagens desta cultivar em relaccedilatildeo ao bdquoHass‟ apresentadas por ERNST

amp ERNST (2015) estatildeo rendimento elevado precocidade e possibilidade de

aumento na densidade de plantas no pomar de abacateiro

Programas de melhoramento satildeo criados a fim de se incorporar

caracteriacutesticas de resistecircncia a doenccedilas - como os desenvolvidos na Universidade

da Califoacuternia que deram origem a cultivares como por exemplo bdquoGem‟ e bdquoHarvest‟

que possuem excelentes caracteriacutesticas agronocircmicas Dentre estas caracteriacutesticas

se tem aumento da produtividade e resistecircncia agrave podridatildeo radicular

24

A utilizaccedilatildeo de porta-enxertos eacute de suma importacircncia para se aproveitar

melhor o potencial das diferentes culturas seja por aumentar a produtividade ou por

conferir resistecircncia a doenccedilas No final dos anos 70 a podridatildeo causada por

Phytophthora cinnamomi causou grandes prejuiacutezos para a cultura do abacate na

Aacutefrica do Sul Com isso foi necessaacuterio importar da Califoacuternia porta-enxertos

tolerantes agrave podridatildeo radicular propagados vegetativamente a fim de se ter maior

uniformidade geneacutetica para estabelecer novos pomares de abacateiro Durante

muitos anos a cultivar bdquoDuke 7‟ era o uacutenico porta-enxerto que produzia plantas

uniformes produtivas e razoavelmente produtivas era a cultivar bdquoDuke 7‟ Nos anos

80 foi desenvolvida a cultivar bdquoDusa‟ a partir de plantas sobreviventes em pomares

doentes A cultivar desenvolvida pela WESTFALIA apresentou toleracircncia agrave podridatildeo

superior a bdquoDuke 7‟ (KREMER-KOumlHNE 2007)

Na Floacuterida as cultivares mais utilizadas como porta-enxerto satildeo a bdquoLula‟ e

bdquoWaldin‟ devido ao fato dessas variedades conferirem aos pomares de abacate

uniformidade aumentar o vigor e pela produccedilatildeo de sementes (CRANE et al 2007)

No Brasil os pomares comerciais de abacate satildeo implantados sobre porta-

enxertos oriundos de sementes este fator faz com que o tamanho da copa das

plantas seja desuniforme a produccedilatildeo seja afetada bem como a qualidade dos frutos

e a susceptibilidade aos patoacutegenos do solo no qual se destaca Phytophthora

cinnamomi Contudo outros paiacuteses produtores da fruta utilizam porta-enxertos de

melhor qualidade obtidos a partir de clones que possuem resistecircncia a doenccedilas e

tambeacutem conferem uniformidade ao pomar (MORAES 2014)

Certificaccedilatildeo

Devido agrave exigecircncia cada vez maior feita pelos mercados internacionais natildeo eacute

possiacutevel exportar frutas e outros produtos agropecuaacuterios sem que se tenha a

certificaccedilatildeo Um das finalidades da certificaccedilatildeo eacute proteger o diferencial de qualidade

(AGRIANUAL 2012)

A certificaccedilatildeo eacute uma forma de se adquirir vantagem competitiva sustentaacutevel

para concorrer com os grandes produtores mundiais Tendo em vista a exigecircncia de

produtos de qualidade por consumidores cada vez mais frequente eacute necessaacuterio que

o mercado mundial se atente ao alto padratildeo de qualidade fornecido por seus

produtos Com isso programas de qualidade tecircm sido desenvolvidos visando agrave

aplicaccedilatildeo direta nas cadeias de produccedilatildeo em especial na aacuterea de produtos

25

pereciacuteveis como eacute o caso da fruticultura objetivando a aceitaccedilatildeo internacional

(GUEDES et al 2007)

Vaacuterias pesquisas e estudos recentes vecircm colaborando para compreensatildeo da

formaccedilatildeo organizaccedilatildeo e influecircncia das cadeias produtivas de onde surgem

produtos que seguem os padrotildees de qualidade reconhecidos internacionalmente

onde os sistemas de certificaccedilatildeo tecircm papel fundamental

Tratando-se de qualidade os consumidores atuais buscam produtos que

atentem agraves questotildees eacuteticas que abordem temas como meio ambiente e uso de

agrotoacutexicos considerando que a procura por alimentos seguros e saudaacuteveis uma

questatildeo elementar (SINGER e MASON 2007)

Considerando que a sauacutede dos consumidores de alimentos in natura pode ser

afetada a seguranccedila alimentar bem como a qualidade dos produtos deve receber

atenccedilatildeo especial A qualidade dos produtos estaacute vinculada aos procedimentos que

satildeo conduzidos durante cada etapa de produccedilatildeo como por exemplo plantio

colheita processamento industrializaccedilatildeo e comeacutercio (OLIVEIRA 2005)

METODOLOGIA

Tipo de Estudo

Pesquisa Bibliograacutefica eacute desenvolvida a partir de material jaacute elaborado

constituiacutedo de livros e artigos cientiacuteficos (Gil 2008) Portanto o presente trabalho

utilizou-se das ideias do estudo exploratoacuterio feito a partir de pesquisa bibliograacutefica

Com isso este trabalho desenvolveu-se seguindo

1deg FONTES

Foram utilizados artigos que fornecessem informaccedilotildees sobre a cultura do

abacate bem como dados de produccedilatildeo poacutes-colheita e comercializaccedilatildeo e que

abordassem o tema de exportaccedilatildeo

2deg COLETA DE DADOS

Primeiramente foi feita leitura de trabalhos jaacute disponiacuteveis na literatura que

abordassem aspectos de produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo de forma raacutepida e objetiva a

fim de se selecionar o material a ser incluiacutedo no presente trabalho

26

Em seguida foi feita uma leitura seletiva agrupando as informaccedilotildees dos

artigos preacute-selecionados de acordo com o tema registrando as informaccedilotildees

extraiacutedas das fontes em instrumento especiacutefico

3deg ANAacuteLISE E INTERPRETACcedilAtildeO DOS RESULTADOS

Nesta etapa foi realizada uma leitura analiacutetica com a finalidade de ordenar as

informaccedilotildees contidas na literatura disponiacutevel utilizados como fonte para o

desenvolvimento deste trabalho a fim de se elaborar informaccedilotildees que resumissem

as questotildees abordadas nesta pesquisa

RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

ABACATE NO MUNDO

A figura a seguir apresenta dados de produccedilatildeo mundial de abacate (t) em 21

paiacuteses indo de 2004 a 2013 com base nos dados da FAO ndash Organizaccedilatildeo das

Naccedilotildees Unidas para Alimentaccedilatildeo e Agricultura (Food and Agriculture Organization of

the United Nations para a sigla em inglecircs)

27

Figura 2 Produccedilatildeo mundial do abacate (em t) elaborado pelo autor FONTE NOVAGRIM adaptado com dados da FAO

Os paiacuteses produtores de abacate satildeo representados no mapa abaixo onde a

intensidade da coloraccedilatildeo vermelha representa o volume de abacate produzido no

paiacutes quanto mais intenso maior o volume produzido como estaacute destacado o

Meacutexico maior produtor mundial participando com aproximadamente 31 12 de toda

a produccedilatildeo mundial da fruta

Figura 3 - Paiacuteses produtores de abacate ao redor do mundo FONTE FACTFISH

100000

300000

500000

700000

900000

1100000

1300000

1500000

1700000

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013

PRODUCcedilAtildeO MUNDIAL DE ABACATE

MEacuteXICO

INDONEacuteSIA

REP DOM

COLOcircMBIA

BRASIL

EUA

CHILE

PERU

CHINA

28

Em 2004 o maior produtor mundial de abacate foi o Meacutexico participando com

307 de todo o volume produzido mundialmente com cerca de 987000 t Em

segundo lugar poreacutem muito atraacutes com um volume de 221774 t segue a Indoneacutesia

representando apenas 689 Na terceira posiccedilatildeo Repuacuteblica Dominicana 68 e

218790 t e em quarto produzindo 170985 t estava a Colocircmbia com 53

De acordo com os dados de 2013 o Meacutexico continuou liderando o setor

participando com 3112 do total produzido agora com um volume de 1467837 t

Em segundo lugar a Repuacuteblica Dominicana com 821 Colocircmbia 643 e Peru

611 em ordem decrescente (FAOSTAT) Nos uacuteltimos 10 anos a Repuacuteblica

Dominicana saltou para o segundo lugar graccedilas a um aumento de 771 em sua

produccedilatildeo Neste sentido a Colocircmbia alcanccedila a posiccedilatildeo de 3deg colocado devido ao

aumento similar ao da Repuacuteblica Dominicana (774)

O Peru foi o paiacutes que obteve maior destaque pois saiu da oitava posiccedilatildeo

participando com apenas 337 da produccedilatildeo mundial o que representava um

volume de 108460 t em 2004 para a quarta posiccedilatildeo no ranking mundial em 2013

com 611 quando produziu 288387 t a sua participaccedilatildeo no mercado mundial

quase que dobrou nesse periacuteodo O aumento da produccedilatildeo mundial foi de 467

enquanto que o aumento do volume de abacate produzido no Peru foi de 1659

Segundo CARVALHO (2015) a formaccedilatildeo de associaccedilotildees como a PROHASS que

investe no desenvolvimento de tecnologia e marketing para estimular inclusive o

consumo interno podendo ateacute ser um exportador para o Brasil

Aos poucos a China vem participando do mercado do abacate A populaccedilatildeo

do paiacutes ultrapassa 15 bilhotildees de pessoas em algumas aacutereas metropolitanas a

populaccedilatildeo vai de 12 a 45 milhotildees de habitantes Em 2000 a classe meacutedia da China

representava 4 da populaccedilatildeo e hoje chega a 66 Os gastos com alimentaccedilatildeo

tambeacutem acompanham essa mudanccedila de comportamento pois existe nesta classe a

procura por alimentos mais saudaacuteveis Esses fatores tecircm estimulado uma mudanccedila

no consumo de abacate em toda a China (MILLER et al 2015)

Quanto agrave produccedilatildeo do Brasil no Ranking global ocorreu justamente o

contraacuterio o paiacutes saiu da quinta posiccedilatildeo para a oitava ao reduzir 765 da produccedilatildeo

que era de 170895 t em 2004 para 157428 t em 2013 Em 2011 o abacate ficou na

17deg posiccedilatildeo no ranking da produccedilatildeo nacional da fruta ocupando apenas 03 do

montante da produccedilatildeo de frutas frescas muito atraacutes das principais culturas

29

produzidas como a laranja mais produzida participando com 416 do setor

Banana segunda mais importante com 154 e Melancia com 46 em quarto

(IBGEPAM 2011)

O volume de abacate fresco brasileiro exportado foi de 4313 t em 2013 para

5806 toneladas em 2014 resultando num aumento de mais de 37 na receita com

este setor que em 2014 foi de mais de nove milhotildees e meio de doacutelares

(AGRIANUAL 2015)

O graacutefico abaixo apresenta o comportamento do volume em toneladas de

abacate exportado pelos paiacuteses que participam do setor

Figura 4 Volume de abacate (t) exportado pelos paiacuteses exportadores da fruta Elaborado pelo autor FONTE FAO

Em 2013 Meacutexico liderou o setor de exportaccedilatildeo do abacate com um volume

de 563492 toneladas cerca 463 do total exportado no mundo Em segundo lugar

a Holanda com 99 A Holanda eacute um grande importador contudo o paiacutes reexporta

grande parte do volume comprado O Peru merece destaque pois saiu de um

volume exportado de 2209 t (06) em 2000 para 114515 t em 2013 ocupando

94 do volume de abacate exportado o que lhe conferiu a 3deg posiccedilatildeo no ranking

global Em quarto lugar o Chile com 73

A figura a seguir apresenta o comportamento dos principais importadores de

abacate do mundo em 14 anos

0

100000

200000

300000

400000

500000

600000

20002001200220032004200520062007200820092010201120122013

EVOLUCcedilAtildeO DA EXPORTACcedilAtildeO MUNDIAL EM t

MEacuteXICO

CHILE

ESPANHA

AacuteFRICA DO SUL

ISRAEL

HOLANDA

PERU

30

Figura 5 Evoluccedilatildeo do volume (t) importado pelos principais paiacuteses importadores de abacate ELABORADA PELO AUTOR FONTE FAOSTAT

Os principais importadores de fruta como por exemplo o europeu e o norte

americano exigem um padratildeo de qualidade que observem as demandas impostas

pelos consumidores com relaccedilatildeo agrave seguranccedila alimentar e tambeacutem agraves exigecircncias

para certificaccedilatildeo do produto levando em consideraccedilatildeo aspectos ambientais e

sociais aleacutem do local de produccedilatildeo Desta forma produtores de fruta destinadas agrave

exportaccedilatildeo precisaram adaptar suas lavouras para atender agraves exigecircncias dos mais

importantes selos internacionais como o EureGapR e o TNCR (OLIVEIRA 2005) O

maior importador de abacate do mundo satildeo os Estados Unidos (ROCHA 2014)

O volume de abacate importado ao redor do mundo vem crescendo na uacuteltima

deacutecada Os Estados Unidos lideram o montante desde 2007 mais ainda que toda a

Uniatildeo Europeia o volume importado pelo paiacutes cresceu cerca de sete vezes entre

2000 e 2013 Em segundo lugar a Uniatildeo Europeia importando quase 23 menos

A Holanda tambeacutem cresceu muito e hoje ocupa a terceira colocaccedilatildeo no ranking O

Japatildeo e o Canadaacute tiveram consideraacutevel crescimento contudo mantiveram-se na 5deg

e 6deg posiccedilatildeo durante esse periacuteodo

Nos EUA a demanda cresce mais acelerado do que a oferta segundo

CARVALHO (2015) a demanda cresce 12 ao ano enquanto a produccedilatildeo cresce

apenas 4 O paiacutes possui uma poliacutetica de retornar parte dos lucros oriundos da

-

100000

200000

300000

400000

500000

600000

700000

IMPORTACcedilAtildeO DE ABACATE NO MUNDO EM t

EUA

UE

HOLANDA

FRANCcedilA

CANADAacute

REINO UNIDO

31

comercializaccedilatildeo do Avocado no paiacutes com a elaboraccedilatildeo de marketing e o

desenvolvimento de pesquisas que incentivem o aumento do consumo interno

promovendo alimentos como por exemplo o GUACAMOLE alimento muito popular

no paiacutes

Em 2002 os EUA impunham a Lei do Bioterrorismo exigindo que as

empresas que produzem processem armazenem ou processem alimentos voltados

ao consumo humano ou animal devem cumprir normas para comercializar seus

produtos voltados ao consumo humano ou animal precisam cumprir normas para

comercializar seus produtos nos Estados Unidos Eacute necessaacuterio que essas mesmas

empresas possuam registro junto ao governo norte-americano atualizando estas

informaccedilotildees e comunicarem agraves autoridades a chegada de novos carregamentos

alimentares O natildeo cumprimento dessas exigecircncias acarreta na proibiccedilatildeo do

ingresso da carga e possiacutevel retenccedilatildeo da mercadoria com multa para o responsaacutevel

pelo carregamento (MDIC 2006)

Os principais compradores de abacate ‟Hass‟ satildeo os Estados Unidos (20 a

50) UE AUS e o Meacutexico maior produtor e exportador do Avocado participando

com 20 do mercado de Avocado (CARVALHO 2015)

O Brasil participa com apenas 031 do mercado internacional exportando

para o Canadaacute e Holanda CARVALHO (2015) comenta que o Brasil natildeo aproveita

seu potencial de se tornar grande produtor e exportador de Avocado o paiacutes possui

extensa aacuterea e clima variado entre outros fatores que favorecem a produccedilatildeo de

Avocado contudo a produccedilatildeo ainda eacute muito pequena quando comparado com

outros paiacuteses que participam do mercado internacional da fruta

Quanto agrave contribuiccedilatildeo do desenvolvimento de programas de melhoramento

geneacutetico para a consolidaccedilatildeo do Brasil como grande produtor mundial de abacate a

utilizaccedilatildeo de cultivares de bdquoHass-like‟ representa uma excelente opccedilatildeo para

aumentar a safra da cultura no paiacutes devido agrave caracteriacutestica que esta variedade tem

de antecipar a florada ampliando desta forma a janela de produccedilatildeo e aumentando

a competitividade do paiacutes em relaccedilatildeo a outros paiacuteses exportadores da fruta

O graacutefico a seguir ilustra o comportamento das exportaccedilotildees e importaccedilotildees

Brasileiras em 14 anos

32

Figura 6 - Evoluccedilatildeo da exportaccedilatildeo e importaccedilatildeo do abacate (em t) no Brasil em 14 anos Elaborado pelo autor FONTE FAO

Alguns dos principais concorrentes do Brasil tratando-se da exportaccedilatildeo do

Avocado satildeo Aacutefrica do Sul com 3 das exportaccedilotildees Chile com 7 e Peru

representando 10 do mercado internacional de Avocado A safra do Chile ocorre

em eacutepoca proacutexima a do Brasil comeccedilando em agosto e terminando em fevereiro

(CARVALHO 2015) A Boliacutevia apesar de participar com apenas 012 do volume

exportado tem a vantagem de possibilidade de produccedilatildeo o ano todo

O elevado padratildeo de qualidade dos produtos eacute sem duacutevida um fator que

pode fazer com que o Brasil se estabeleccedila no mercado mundial de abacate Esta

praacutetica tem qualificado a Aacutefrica do Sul como um dos principais fornecedores para

paiacuteses da Europa a partir do intenso trabalho desenvolvido pela empresa sem fins

lucrativos WESTFALIA situada no municiacutepio de Limpopo por meio de investimentos

em tecnologia

A tabela a seguir apresenta o periacuteodo do ano em que cada paiacutes exportador de

abacate embarca seus produtos ao redor do mundo

0

500

1000

1500

2000

2500

3000

3500

4000

4500

5000

EXPORTACcedilAtildeO

IMPORTACcedilAtildeO

33

TABELA 3 - Janela de exportaccedilatildeo dos paiacuteses exportadores de abacate

adaptada FONTE WESTFALIASUBSOLE

CALENDAacuteRIO DE EXPORTACcedilAtildeO DE ABACATE lsquoHASSrsquo

jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

BRASIL X X X X X X X X

ARGENTINA X X X

EUA X X X X X X X X X X X X

CHILE X X X X X X X X X X

AFRICA DO SUL X X X X X X X

REP DOMINICANA X X X X X

ISRAEL X X X X X X

PERU X X X X X X X

NOVA ZELAcircNDIA X X X

MEacuteXICO X X X X X X X X X X X X

ESPANHA X X X X X X X

QUEcircNIA X X X X X

AUSTRAacuteLIA X X X X X X X

Os principais destinos do abacate ‟Hass‟ exportado pelo Brasil satildeo Espanha

Itaacutelia Holanda Alemanha e Dinamarca O material exportado segue de navio do

porto de Santos a uma temperatura de 5degC levando ateacute 16 dias no maacuteximo ateacute os

destinos Esse material exportado pelo Brasil possui os certificados GlobalGapR ndash

BRCR ndash BSCIR ndash SedexR ndash SmetaR

Os graacuteficos a seguir apresentam informaccedilotildees sobre a evoluccedilatildeo do da

exportaccedilatildeo do abacate feitos a partir de informaccedilotildees apresentadas no Anuaacuterio

Brasileiro de fruticultura (2004 a 2015) obtidos a partir de dados do Instituto

Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica

34

Figura 7 - Evoluccedilatildeo do volume de abacate exportado pelo brasil (2003 a 2014) Elaborado pelo autor com dados DO ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE AGRICULTURA DE 2004 a 2015 (IBGE)

Figura 8 - Receita com exportaccedilatildeo brasileira de abacate (2003 a 2014) Elaborado pelo autor com dado do ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE AGRICULTURA DE 2004 a 2015 (IBGE)

O volume de abacate exportado pelo Brasil vem crescendo nos uacuteltimos anos

revelando assim a importacircncia do setor para o paiacutes A variaccedilatildeo do volume

exportado de 2008 para 2009 foi de 6282 jaacute de 2009 para 2010 a exportaccedilatildeo

sofreu uma queda de 793 Em 2014 houve um aumento de 3462 no setor em

relaccedilatildeo ao ano anterior (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE FRUTICULTURA) A receita

-

100000

200000

300000

400000

500000

600000

700000

20

03

20

04

20

05

20

06

20

07

20

08

20

09

20

10

20

11

20

12

20

13

20

14

EVOLUCcedilAtildeO DO VOLUME DE ABACATE EXPORTADO PELO BRASIL (2003 a 2014)

VOLUME EXPORTADO (t)

-

20000000

40000000

60000000

80000000

100000000

120000000

20

03

20

04

20

05

20

06

20

07

20

08

20

09

20

10

20

11

20

12

20

13

20

14

RECEITA COM EXPORTACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ABACATE (2003 a 2014)

RECEITA (em USS FOB)

35

obtida a partir da exportaccedilatildeo do abacate tambeacutem acompanha os iacutendices de

crescimento

A Aacutefrica do Sul um dos principais concorrentes do Brasil no setor de

exportaccedilatildeo do Avocado eacute reconhecida por exportar material de alta qualidade para

Europa onde possui escritoacuterios contudo sua produccedilatildeo estaacute estagnada A Westfalia

eacute uma empresa sem fins lucrativos produtora de Avocado na Aacutefrica do Sul

responsaacutevel por desenvolver o mercado de Avocado no paiacutes e investe fortemente

em tecnologia o que colaborou para a atual situaccedilatildeo da Aacutefrica do Sul no setor de

exportaccedilatildeo de Avocado (CARVALHO 2015)

ABACATE NO BRASIL

O Brasil favorecido quando comparado com outros paiacuteses produtores devido

agrave suas dimensotildees continentais o que lhe possibilita ampla variaccedilatildeo de temperaturas

e solos estes fator unido agraves caracteriacutesticas individuais de cada variedade como por

exemplo sazonalidade e exigecircncias nutricionais e de horas de luz Contudo apesar

da aacuterea destinada agrave produccedilatildeo do abacate no Brasil ter reduzido passando de

11605 ha em 2005 para 9559 ha em 2014 reduccedilatildeo de 176 a produccedilatildeo natildeo foi

tatildeo alterada o que evidencia a possibilidade de um aumento na produtividade destas

aacutereas

Atualmente o Brasil ocupa a oitava posiccedilatildeo no ranking global do setor de

produccedilatildeo de abacate E apesar de possuir crescente produtividade o paiacutes ainda

possui excelente potencial produtor e tambeacutem como exportador da fruta Para

aproveitar melhor esse potencial deveriam ser feitos mais investimentos tanto no

que se refere agrave produccedilatildeo como por exemplo melhoramento geneacutetico e adoccedilatildeo de

protocolos de boas praacuteticas agriacutecolas para a obtenccedilatildeo de certificaccedilatildeo quanto no

setor de comercializaccedilatildeo desenvolvendo elevado padratildeo de qualidade da fruta

A tabela a seguir (TABELA 4) apresenta a aacuterea destinada agrave colheita de todas

as variedades de abacate nos principais produtores de abacate e o Distrito Federal

TABELA 4 - Aacuterea destinada agrave colheita (em ha) Elaborada pelo autor

DADOS (IBGE-SIDRA)

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Brasil 11605 10515 9892 9596 8509 11125 10768 9615 9707 9559

Satildeo Paulo 4266 3688 3583 3437 3267 5530 5642 4192 4374 4337

36

Minas Gerais 2865 2254 2326 2223 1854 2202 2134 2309 2416 2373

Paranaacute 1492 1467 1306 1009 1085 1000 944 922 958 930

Cearaacute 493 475 498 497 490 484 477 480 483 498

Rio Grande do Sul 626 619 613 602 584 575 552 499 470 444

Distrito Federal 119 122 109 124 108 111 - 295 160 134

A tabela 5 abaixo apresenta a produccedilatildeo de todas as variedades de abacate

em toneladas dos uacuteltimos 10 anos para os principais estados produtores e o Distrito

Federal

TABELA 5 - Produccedilatildeo nacional de abacate em 10 anos (em t) Elaborada pelo

autor FONTE (IBGESIDRA)

UFANO 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Brasil 169335 164441 154096 147214 139089 153189 160376 159903 157482 156669 1000

Satildeo Paulo 77107 78085 70812 69904 74193 83002 91909 82780 85101 79316 506

Minas Gerais 38777 32812 33436 28016 24772 28522 30975 36669 36571 41259 263

Paranaacute 22265 22575 20425 16537 15919 15824 17304 16705 16309 15784 101

Rio Grande do Sul

8167 7905 7804 7602 6824 6769 6907 5719 5584 5277 34

Cearaacute 5202 4231 4706 4520 4336 4163 3985 2717 2640 3637 23

Distrito Federal 2596 3081 2690 3019 2666 2415 - 6914 3152 3151 20

Em 2014 a aacuterea destinada agrave colheita do abacate no estado do Cearaacute era

superior agrave aacuterea do Rio Grande do Sul contudo a produccedilatildeo no estado do Cearaacute no

mesmo ano foi de 3637 t enquanto que a produccedilatildeo do Rio Grande do Sul foi de

5277 45 maior reforccedilando assim a ideia de que a produtividade no Sul pode ser

maior em relaccedilatildeo agrave regiatildeo Nordeste Este fator pode ser decorrente do uso de

cultivares inadequadas para as condiccedilotildees climaacuteticas da regiatildeo eou pela falta de

adoccedilatildeo de tecnologias modernas e teacutecnicas avanccediladas de produccedilatildeo

No Distrito Federal a produccedilatildeo cresceu 21 nos uacuteltimos 10 anos e hoje

representa 2 da produccedilatildeo nacional Por outro lado Satildeo Paulo que lidera o ranking

com 506 de toda a produccedilatildeo obteve crescimento de apenas 286 Jaacute a

produccedilatildeo do Paranaacute sofreu uma reduccedilatildeo de -291 neste mesmo periacuteodo poreacutem

manteve-se como quarto produtor nacional de abacate Os estados do Cearaacute e Rio

Grande do Sul tambeacutem reduziram sua produtividade nos uacuteltimos 10 anos

acompanhando a reduccedilatildeo nacional que reduziu -74

37

A variaccedilatildeo da produtividade de todas as variedades de abacate dos principais

estados produtores de abacate do Brasil eacute apresentada na TABELA 6 a seguir

TABELA 6 - Variaccedilatildeo (em) da produtividade (t) no Brasil em 10 anos

Elaborada pelo autor FONTE (IBGESIDRA)

VARIACcedilAtildeO () DA PRODUTIVIDADE (t) EM 10 ANOS

ESTADOANO 2005 2014 VARIACcedilAtildeO

PAIacuteS 146 164 123

SAtildeO PAULO 181 183 11

MINAS GERAIS 135 174 289

PARANAacute 149 17 141

RIO GRANDE DO SUL 13 119 -85

CEARAacute 106 73 -311

DISTRITO FEDERAL 218 235 78

De acordo com os dados do IBGE Satildeo Paulo eacute o maior produtor de abacate

do paiacutes Dentre as variedades mais produzidas no estado de Satildeo Paulo estatildeo

bdquoFortuna‟ bdquoGeada‟ bdquoQuintal‟ e bdquoMargarida‟ (DORIZZOTTO 2011)

Abaixo segue TABELA 11 contendo os nuacutemeros de plantas novas e o

nuacutemero de plantas em produccedilatildeo bem como a produccedilatildeo (caixas de 22Kg) no estado

de Satildeo Paulo ao longo de 15 anos

TABELA 7 - Quantidade de peacutes novos peacutes em produccedilatildeo e produccedilatildeo (cx 22kg)

no estado de Satildeo Paulo entre 2000 e 2015 Elaborada pelo autor FONTE

INSTITUTO DE ECONOMIA AGRIacuteCOLA

ANO PEacuteS

NOVOS PEacuteS EM

PRODUCcedilAtildeO

2000 4859400 66157100

2001 4617700 62883700

2002 4742500 55421300

2003 6095000 49740300

2004 5969500 48339500

2005 5131100 46596200

2006 5325600 45869000

2007 3412800 47668000

2008 5007100 40617400

2009 12068600 49971400

2010 8190000 53239000

38

2011 6904500 54780100

2012 7704100 51341600

2013 7002100 59149400

2014 8419800 60996100

2015 9040200 67073800

O graacutefico abaixo apresenta a curva da produtividade obtida a partir da relaccedilatildeo

feita entre a produccedilatildeo e a quantidade de peacutes em produccedilatildeo no estado de Satildeo Paulo

Figura 9 - Produtividade (kgplanta) no estado de Satildeo Paulo desde 2000 elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE ECONOMIA AGRIacuteCOLA

Os dados foram obtidos a partir da relaccedilatildeo feita entre a quantidade de planta

em produccedilatildeo e a quantidade de caixas de 22 Kg produzidas no estado de Satildeo Paulo

desde 2000 Esses dados revelam crescente aumento da produtividade ateacute o ano de

2010 onde a produtividade ultrapassou 168 Kgplanta Jaacute em relaccedilatildeo ao ano de

2011 a produtividade sofreu uma reduccedilatildeo de 10 Depois disso a curva de

produtividade continuou ascendente

A seguinte tabela apresenta a evoluccedilatildeo do preccedilo do abacate comercializado

na CEAGESP durante o ano no periacuteodo de nove anos

90

110

130

150

170

190

20

00

20

01

20

02

20

03

20

04

20

05

20

06

20

07

20

08

20

09

20

10

20

11

20

12

20

13

20

14

20

15

PRODUTIVIDADE DOS PEacuteS DE ABACATE (Kgplanta) EM SP

PRODUTIVIDADE

39

TABELA 8 - Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio (em R$Kg) do abacate FONTE

CEAGESP 2008

ANOMEcircS JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

2007 105 101 1 118 107 109 129 151 159 181 228 279

2008 119 081 084 097 102 11 122 137 149 208 296 326

2009 169 122 132 133 141 141 152 177 217 213 212 235

2010 17 161 165 154 151 151 164 173 202 262 406 316

2011 185 182 183 203 186 204 231 278 308 317 359 369

2012 207 155 151 141 153 164 192 218 242 268 429 485

2013 263 209 216 215 244 265 258 304 347 403 566 498

2014 228 206 231 239 198 2 256 267 301 305 403 538

2015 406 403 386 349 367 397 394 43 - - - -

O graacutefico a seguir resume o comportamento da quantidade de peacutes novos e

em produccedilatildeo no estado de Satildeo Paulo desde o ano 2000

Figura 10 - Evoluccedilatildeo do nuacutemeros de peacutes novos e em produccedilatildeo ao longo de 15 anos no estado de Satildeo Paulo elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE

ECONOMIA AGRIacuteCOLA

A produccedilatildeo (em caixas de 22 Kg) eacute demonstrada no graacutefico abaixo para esse

mesmo periacuteodo

000

10000000

20000000

30000000

40000000

50000000

60000000

70000000

80000000

20002002200420062008201020122014

EVOLUCcedilAtildeO DOS DADOS DO ABACATE EM SAtildeO PAULO

PEacuteS NOVOS

PEacuteS EM PRODUCcedilAtildeO

40

Figura 11 - Evoluccedilatildeo da produccedilatildeo de abacate em caixas de 22kg no estado de Satildeo Paulo em 15 anos elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE

ECONOMIA AGRIacuteCOLA

A sazonalidade do abacate comercial na CEAGESP em Satildeo Paulo

demonstram que o abacate pode ser comercializado praticamente todas as eacutepocas

do ano como apresentado pela tabela

TABELA 9 - Sazonalidade do abacate FONTE CEAGESP 2008

VARIEDADE JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

GEADA X X X X X

FORTUNA X X X X X X X

QUINTAL X X X X X X X

MARGARIDA X X X X X X X X X X

BREDA X X X X X X X X

HASS X X X X X X X X

O Estado de Minas Gerais eacute o segundo maior produtor nacional de abacate

participando do setor com 229 do total produzido A aacuterea no Estado destinada agrave

produccedilatildeo da fruta foi de 23 mil ha A produtividade do estado de Minas em 2012 foi

de 15881 (hgha) (PERFIL DA FRUTA) A produccedilatildeo de abacate no Distrito Federal

em 2013 foi de 3152 toneladas (IBGE) Em Minas a produccedilatildeo concentra-se nas

regiotildees Sul e Sudeste do estado (ALMEIDA 2013)

200000000

250000000

300000000

350000000

400000000

450000000

500000000

550000000

20002002200420062008201020122014

EVOLUCcedilAtildeO NA PRODUCcedilAtildeO DE ABACATE EM SAtildeO PAULO (22Kgcx)

PRODUCcedilAtildeO CX 22Kg

41

Em 2003 o Paranaacute foi o terceiro maior produtor nacional de abacate com uma

aacuterea de aproximadamente 1600ha onde se produziu 26 mil toneladas gerando uma

receita de cerca de R$ 85 milhotildees (HOHMANN amp MENEGUIM 2005)

De acordo com a relaccedilatildeo feita entre os dados de volume de abacate colhido e

de aacuterea destinada agrave produccedilatildeo do IBGESIDRA em 10 anos (2005 agrave 2014) o estado

que sofreu maior reduccedilatildeo da produtividade foi o estado do CEARAacute reduzindo em

31 aproximadamente enquanto que o estado de minas aumentou 289 sua

produtividade O DF apresentou os melhores niacuteveis de produtividade a partir desses

dados

AVOCADO NO BRASIL

A regiatildeo de Bauru em Satildeo Paulo especializou-se na produccedilatildeo dos abacates

‟Hass‟ e bdquoFuerte‟ conhecidos comercialmente como Avocado e satildeo os mais

apreciados pelo mercado internacional (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA

FRUTICULTURA 2008)

O Avocado variedades ‟Hass‟ e bdquoFuerte‟ possui excelentes caracteriacutesticas

nutricionais como por exemplo seu alto teor de lipiacutedeos Aleacutem disso o fruto possui

tamanho reduzido o que facilita o consumo evitando que parte natildeo consumida seja

armazenada Uma das possibilidades de se estimular o consumo interno seria

promover o produto a partir do uso de marketing setor no qual a empresa

JAGUACYR situada no municiacutepio de Bauru ndash SP tem se destacado fornecendo

informaccedilotildees nutricionais e apresentando o alto padratildeo de qualidade da fruta Outro

fator que reduz a oferta do produto no mercado interno eacute a demanda internacional

apesar de impor barreiras e exigirem alto padratildeo de qualidade o produto de

qualidade recebe os melhores preccedilos este fator tambeacutem limita o consumo interno

porque o preccedilo oferecido pelos importadores reflete no preccedilo interno

Outro ponto que deve ser observado para se manter qualidade elevada dos

frutos eacute a escolha adequada do ponto de colheita pois este fator reflete diretamente

no teor de oacuteleo dos frutos que por sua vez eacute responsaacutevel pela conservaccedilatildeo do

sabor Os melhores teores de oacuteleo encontram-se em frutos tardios como nas

variedades obtidas a partir das raccedilas Guatemalenses e Mexicana sendo maior nas

raccedilas Mexicana e menor em cultivares oriunda de raccedilas Guatemalenses como por

exemplo a bdquoHass‟

42

A exportaccedilatildeo brasileira do abacate bdquoHass‟ variedade mais produzida no

mundo era de 100 toneladas por ha em 2004 para 2186 toneladas em 2010

(DORIZZOTTO 2011) Contudo este dado representa apenas 143 do volume de

todo o abacate produzido no paiacutes nesta mesma data mesmo com seus atributos

nutricionais e comerciais

Quando se trata do segmento do mercado do Avocado brasileiro em acircmbito

global a empresa JAGUACYR situada no municiacutepio de Bauru ndash SP com sede na

Holanda eacute de extrema relevacircncia contribuindo com 90 das exportaccedilotildees brasileiras

deste produto com o qual o Brasil ainda comeccedila a participar poreacutem possui

condiccedilotildees favoraacuteveis para crescer no setor (CARVALHO 2015)

O graacutefico a seguir apresentado na Figura 2 demonstra a evoluccedilatildeo da

participaccedilatildeo do Avocado no setor de fruticultura no estado de Satildeo Paulo

Figura 12 - Elaborado pelo autor FONTE CEAGESPSEDES GABRIEL V BITENCOURT DE ALMEIDA

Como apresentado no graacutefico acima o volume de Avocado comercializado na

CEAGESP tem crescido rapidamente vertiginosamente chegando a quase

quadruplicar seu valor em apenas 7 anos

Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio de atacado (R$Kg) de Avocado na CEAGESP de

Satildeo Paulo durante o ano (SP) (Figura 3)

81 74 90

106 133

208

365 378

0

50

100

150

200

250

300

350

400

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

EVOLUCcedilAtildeO DA QUANTIDADE COMERCIALIZADA (T) DE AVOCADO NA CEAGESP DE SAtildeO PAULO (SP)

QUANTIDADE(toneladas)

43

Figura 13 - Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio do avocado na CEAGESP (R$Kg) Elaborado pelo autor FONTES CEAGESP

O graacutefico a seguir demonstra um comparativo da variaccedilatildeo do preccedilo meacutedio do

abacate em relaccedilatildeo ao Avocado durante o ano com base nos dados de nove anos

da CEAGESP (R$Kg)

Figura 14 - Comparativo do preccedilo meacutedio do abacate e do avocado comercializado na ceagesp durante o ano elaborado pelo autor FONTE

CEAGESP

A partir dos dados de 7 anos com a variaccedilatildeo do preccedilo meacutedio do Avocado por

quilo durante o ano pocircde-se observar que os menores valores encontram-se entre

maio e agosto A variaccedilatildeo de preccedilo meacutedio durante o ano chega a ser de R$ 581 o

quilo mais que o dobro entre o maior e menor valor meacutedio encontrado

O graacutefico com o comparativo do preccedilo do abacate com o Avocado (Figura 11)

revela a discrepacircncia da valorizaccedilatildeo entre os dois grupos O valor miacutenimo do

4

6

8

10

12

jan

fev

mar

abr

mai

jun jul

ago

set

ou

t

no

v

dez

EVOLUCcedilAtildeO DO PRECcedilO MEacuteDIO DO AVOCADO NA CEAGESP (R$Kg)

PRECcedilO MEacuteDIO

0

2

4

6

8

10

12

JAN

FEV

MA

R

AB

R

MA

I

JUN

JUL

AG

O

SET

OU

T

NO

V

DEZ

PRECcedilO AVOCADO

PRECcedilO DO ABACATE

44

Avocado eacute de R$ 554 por quilo enquanto que o maior valor encontrado do abacate

chega a R$ 381 uma diferenccedila de quase 50

O CEASA-DF registrou em 2014 um volume comercializado de 397 toneladas

de Avocado enquanto que no ano anterior o volume registrado natildeo passou de 07

toneladas (CEASA-DF)

Apesar de jaacute haver teacutecnicas eficientes e tecnologias modernas disponiacuteveis

para se aperfeiccediloar a produccedilatildeo do abacate a exploraccedilatildeo de novas regiotildees com

potencial produtor para a implantaccedilatildeo de pomares de abacateiro no Brasil eacute um dos

fatores que podem aumentar mais ainda a produccedilatildeo nacional No DF por exemplo

a aacuterea destinada agrave colheita do abacate sofreu uma reduccedilatildeo de mais da metade de

2012 para 2014 muito diferente da forma como havia se comportando desde 2000

quando a aacuterea passou de 85 ha para 111 em 2010 O DF representa apenas 2 da

produccedilatildeo nacional do abacate contudo sua produtividade vem aumentando e de

acordo com os dados do IBGE o DF possui os melhores iacutendices de produtividade do

paiacutes o que pode representar forte potencial da regiatildeo no setor Este fato corrobora

com a ideia de que o Brasil pode aproveitar melhor sua extensatildeo territorial

explorando regiotildees com potencial produtor como o DF por exemplo

CERTIFICACcedilAtildeO

CARVALHO (2015) afirma que para participar do mercado internacional os

produtores devem se atentar agraves exigecircncias internacionais de qualidade e seguranccedila

garantidas por meio de certificaccedilatildeo como GlobalGapR BRCR BRCIR FAIRDRADER

e SEDEX-SMETAR Outro ponto que deve ser adotado pelo Brasil no comeacutercio do

Avocado eacute manter um mercado com preccedilo linear e contiacutenuo Ainda segundo

CARVALHO (2015) produtores que natildeo possuem certificaccedilatildeo no GlobalgapR

recebem menos 10

PRECcedilO PAGO PELA JAGUACYR AO PRODUTOR COM GLOBALGAPR

TABELA 10 - (CARVALHO 2015)

CAT CALIBRE MAR ABR MAI JUN

1 12 A 24 315 322 205 205

2 26 A 32 131 129 130 130

2 12 A 24 284 350 187 187

45

Para o consumidor final o selo GLOBALGAPR natildeo eacute tatildeo notado pois o uso

desta marca eacute praticado entre empresas Contudo sua em sua elaboraccedilatildeo

considerou-se a reduccedilatildeo dos impactos negativos das operaccedilotildees agriacutecolas no meio

ambiente reduzir o uso de insumos quiacutemicos e garantir que assuntos de sauacutede e

seguranccedila dos empregados e bem estar animal sejam observados (GLOBALGAPR

2008)

A GLOBALGAPR serve como um manual no comeacutercio mundial de produtos

agriacutecolas estabelecendo normas voluntaacuterias para sua certificaccedilatildeo Este conjunto de

normas estabelece serve de molde para a conduccedilatildeo de boas praacuteticas agriacutecolas

(BPA) nas atividades agriacutecolas (GLOBALGAPR 2008)

Um dos pontos positivos em se adotar os protocolos de boas praacuteticas

agriacutecolas eacute a prevenccedilatildeo de perdas Pesquisas feitas no setor da fruticultura

concluem que maior parte do desperdiacutecio ocorre no percurso que vai do manuseio

no campo ateacute as centrais de produccedilatildeo (AGRIANUAL 2012) Os iacutendices de perdas da

abaticultura chegam a 34 ao ano (AGRIANUAL 2015)

Eacute de extrema importacircncia desenvolver soacutelidos e eficientes sistemas de

certificaccedilatildeo a fim de assegurar qualidade que atenda as expectativas dos

consumidores permitindo que as empresas ingressem nos mercados globais com

seus produtos (ZEIDAN et al 2008)

A difusatildeo de praacuteticas recomendadas para a obtenccedilatildeo da certificaccedilatildeo

GLOBALGAPR por parte dos produtores de abacate principalmente as variedades

bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ pode estimular o consumo interno por meio da oferta de produtos

de maior qualidade aleacutem de reduzindo perdas e promover o produto no comeacutercio

internacional da fruta Fazendo com que o potencial produtor seja aproveitado ao

maacuteximo uma vez que seguir os protocolos de boas praacuteticas agriacutecolas represente a

reduccedilatildeo de perdas no processo de produccedilatildeo de colheita e de transporte seja por

meio da reduccedilatildeo da incidecircncia de pragas ou por adoccedilatildeo de teacutecnicas e evitem perdas

na conduccedilatildeo da produccedilatildeo dos pomares de abacate

CONCLUSOtildeES

A produccedilatildeo de Avocado cultivares bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ superiores em vaacuterios

aspectos agraves cultivares mais populares no paiacutes tem condiccedilotildees de se desenvolver

amplamente no Brasil tornando-o grande consumidor e exportador da fruta Essa

46

mudanccedila pode ocorrer por meio de incentivos governamentais que incentivem o

registro de produtos para a cultura do abacateiro favorecendo a obtenccedilatildeo de

certificaccedilatildeo bem como o desenvolvimento de centros de pesquisas que

desenvolvam estudos sobre a cultura do abacateiro que promovam a difusatildeo de

tecnologia e com isso estimule a utilizaccedilatildeo de novas aacutereas com potencial produtivo

A transferecircncia de tecnologia tambeacutem pode ser feita por parte de empresas da aacuterea

privada que possuem domiacutenio de teacutecnicas e tecnologias modernas principalmente

por meio da popularizaccedilatildeo da produccedilatildeo de mudas clonais para porta-enxerto Aleacutem

disso devem ser feitas accedilotildees por parte de instituiccedilotildees privadas como o

desenvolvimento do marketing da fruta a fim de divulgar os benefiacutecios do consumo

e a exposiccedilatildeo de novas formas de consumo de abacate pode ser crucial para a

mudanccedila do comportamento do consumidor nacional uma vez que este se atenta

principalmente aos aspectos visuais do abacate

Na poacutes-colheita o controle sobre os processos de maturaccedilatildeo poderia ser

mais bem aproveitado No Brasil a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas de conservaccedilatildeo no poacutes-

colheita de frutas objetiva na maioria das vezes estender o tempo de prateleira

destes produtos Para se aproveitar os elevados preccedilos ofertados em determinadas

eacutepocas os produtores colhem os frutos antes do recomendado para a fruta do

abacateiro o que reduz sua qualidade pois a eacutepoca da colheita influencia

diretamente no teor de oacuteleo fator altamente relacionado com o sabor da fruta Por

outro lado a aceleraccedilatildeo do processo de maturaccedilatildeo por meio do controle de

maturaccedilatildeo permite fornecimento de frutos maduros prontos para o consumo

estimulando assim o consumo no paiacutes Com a entrega regular de frutos maduros

nos supermercados e restaurantes novas formas de consumo da fruta como patecircs

e em saladas poderiam ser facilmente introduzidas no cardaacutepio nacional

47

BIBLIOGRAFIA

ALMEIDA G V B Mercado Atacadista de Abacate e Avocado (CEAGESP) III

Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado Bauru 2015

ALMEIDA G V B O Abacate no mundo e na CEAGESP Todafruta notiacutecia 2011

DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwtodafrutacombrnoticia28119O+ABACATE+NO+MUNDO+NO+BRASIL

+E+NA+CEAGESP gt

ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA FRUTICULTURA 2004 a 2015 DISPONIacuteVEL EM

httpwwwgrupogazcombrtratadaseo_edicao420150320150301_106c8c2f1pdf

4718_2015fruticulturapdfgt

BIODIESELBR DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwbiodieselbrcomnoticiasmateria-

primaoutrasvideo-unesp-transforma-oleo-abacate-biodiesel-060313htm gt

BONELLA J A Classificaccedilatildeo de abacates na CEAGESP Joseacute Alcides Bonella ME

2013

BRUWER T ROOYEN Z VAN PERFORMANCE AND MARKET ACCEPTIBILITY

OF THE HASS-LIKE CULTIVARS GEM AND HARVEST IN SOUTH AFRICA Vi

World Avocado Congress (Actas VI Confreso Mundial del Aguacate) 2007 Vintildea Del

Mar Chile 12 ndash 16 nov 2007 ISBN n 978-956-17-0413-8 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwAvocadosourcecomWAC6enExtenso1b-36pdf gt

CAMPOS J A Cultura racional do abacateiro Satildeo Paulo Iacutecone 1988 150 p

CANTUAacuteRIAS-AVILEacuteS T SILVA S R La induacutestria del aguacate em el Estado de

Satildeo Paulo Brasil actualidad y perspectivas futuras In CONGRESO MUNDIAL DEL

AGUACATE 7 2011 Caims Resuacutemenes Caims Avocado Australia 2011

48

CORREIA R C ARAUJO J L P MOUCO M A do C BRAGA C A

MENDONCcedilA R F de Abacate preferecircncias e mercado CONGRESSO

BRASILEIRO DE FRUTICULTURA 21 2010 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwalicecnptiaembrapabralicebitstreamdoc8700181Moucopdf gt

CARVALHO L F Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado realizaccedilatildeo Jaguacy

Sindicato Rural de Bauru Serviccedilo Nacional de Aprendizagem Rural - SENAR

Faculdades Integradas de Bauru ndash SP 2015

CHITARRA M I F CHITARA A B 2005 Poacutes colheita de frutos e hortaliccedilas

Fiiologia e Manuseio Lavras ESALFAEPE

CRANE J H BALERDI C F MAGUIRE I Avocado Growing in the Florida Home

Landscape University of Florida Circular 1034 one of a series of the Horticultural

Sciences Department Florida Cooperative Extension Service Institute of Food and

Agricultural Sciences University of Florida 1983 Revised 2007

CRIZEL G R MOURA R S OLIVEIRA I R MENDONCcedilA C R B

Caracteriacutesticas fiacutesicas e quiacutemicas de abacates das variedades bdquoQuintal‟ e bdquoHass‟ In

CONGRESSO DE INICIACcedilAtildeO CIENTIacuteFICA 17 ENCONTRO DE POacuteS-

GRADUACcedilAtildeO 10 2008 Pelotas Resumos Pelotas UFPEL 2008

DAIUTO E R VIEITES R L TREMOCOLDI M A RUSSO V C Taxa

respiratoacuteria de abacate bdquoHass‟ submetido a diferentes tratamentos fiacutesicos Revista

Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha Meacutexico v 10 n 2 p 101-109

2010

DAIUTO E R TREMOCOLDI M A VIEITES R L Conservaccedilatildeo poacutes colheita de

abacate bdquoHass‟ irradiado Revista Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha vol

10 n 2 2010

DONADIO L C Abacate para exportaccedilatildeo aspectos teacutecnicos da produccedilatildeo

Brasiacutelia Frupex MAPA 1995 53 p

49

DONADIO L C FERRARI L AVILEacuteS T C Abacate In DONADIO L C (Ed)

Histoacuteria da Fruticultura Paulista Jaboticabal SBF ndash Sociedade Brasileira de

Fruticultura 2010 P 33-63

DORIZZOTTO C D A SAMPAIO A C ICUMA I M et al Avocado production

chain in the state of Satildeo Paulo (Brazil) In Proceedings VII World Avocado Congress

2011 Cairns Anaishellip Cairns Internacional Avocado Society 2011 DISPONIacuteVEL

EM lt

httpworldAvocadocongress2011comuserfilesfileOsvaldo20Kioshi20Yamanis

hi201400-1420pdf gt

ERNST Z R ERNST A A The strategic role of new cultivars A case study of

bdquoMaluma‟ VIII Congreso Mundial de la Palta 2015 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwavocadosourcecomWAC8Section_02EarnstZander2015pdf gt

FACTFISH Avocados production quantity (tons) ndash for all countries DISPONIacuteVEL

EM lt httpwwwfactfishcomstatisticAvocados20production20quantity gt

FAOSTAT 2000 a 2013 DISPONIacuteVEL EM lt httpfaostat3faoorgbrowseTTPE gt

FER B WOLSTENHOLME B N (Ed) The Avocado botany production and

uses Oxon CABI Publ 2002 chap 12 p 299-338

FRANCISCO V L F dos S BAPTISTELLA C S L CULTURA DO ABACATE NO

ESTADO DE SAtildeO PAULO Informaccedilotildees Econocircmicas SP v 35 n5 2005

DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwieaspgovbroutpublicacoespdftec3-0505pdf gt

GAYET J P et al 1995 Abacate para exportaccedilatildeo procedimentos de colheita e

poacutes-colheita FRUPEX Brasiacutelia 37p

GIRARDI G Abacate uma nova opccedilatildeo de biocombustiacutevel Jornal UNESP Bauru

2009 DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwunespbracijornal248energia_bauruphp gt

50

GUEDES M S B SENA M TOLEDO S Certificaccedilatildeo como estrateacutegia competitiva

internacional dos produtores de frutas no Brasil VII Encontro da Sociedade

Brasileira de Economia Ecoloacutegica (ECO-ECO) 28 a 30 de novembro de 2007

Fortaleza Cearaacute

HODDLE M The Avocado Seed Moth Stenoma cateniver Walsingham (Lepdoptera

Elachistidae) Department of Entomology Applied Biological Control Research

DISPONIacuteVEL EM lt httpbiocontrolucredustenomastenomahtml gt

HOHMANN C L MENEGUIM A M A BROCA-DO-ABACATE (Stenoma catenifer)

Aspectos bioloacutegicos comportamento danos e manejo Instituto Agronocircmico do

Paranaacute ndash Londrina ndashPR Informe da Pesquisa n 147 2005

HOHMANN C L MENEGUIM A M Observaccedilotildees preliminares sobre a ocorrecircncia

da broca-do-abacate Stenoma catenifer Wals no Estado do Paranaacute Anais da

Sociedade Entomoloacutegica do Brasil v 22 p 417-419 1993

ILLSLEY-GRANICH C‟Hass‟Carmenrega precocious flowering avocado tree

Agrovim AS de CV Uruapan Michocan Mexico Rob Brokaw Brokaw Nursery Inc

Saticoy California USA Dr Salvador Ochoa-Ascencio University of Michoacan

Uruapan Michoacan Mexico 2011 DISPONIacuteVEL EM lt

httpworldavocadocongress2011comuserfilesfileCarlos20Illsley201410-

1430pdf gt

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA ESTATIacuteSTICA (IBGE) IBGE CIDADES

DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwcidadesibgegovbrcartogramamapaphplang=ampcoduf=53ampcodmun=53

0010ampidtema=136ampcodv=v01ampsearch=distrito-federal|brasilia|sintese-das-

informacoes-2013 gt

KADER A A 1992 Postharvest technology of horticultural crops Okland Univertisy

of California 292p

51

KADER A A ARPIA M L Avocado Recommendations for Maintaining

Postharvest Quality 2013

KADER A A Biologiacutea y Tecnologiacutea Postcosecha un Panorama In KADER A A

Tecnologiacutea Postcosecha de Cultivos Hortofrutiacutecolas 3 Ed Davis University Of

Califoacuternia 2007 Cap 4 p 43-53

KLUGE R A et al Inibiccedilatildeo do amadurecimento de abacate com 1-

metilciclopropeno Pesquisa Agropecuaacuteria Brasileira 37(7)895-901

KOOLER O C Abacaticultura Porto Alegre UFRGS 1992 138p

KOOLER O C ABACATICULTURA Porto Alegre UFRGS 1984 138p

KOLLER O C Abacate produccedilatildeo de mudas instalaccedilatildeo e manejo de pomares

colheita e poacutes-colheita Porto Alegre Cinco Continentes 2002 145 p

KREMER-KOumlHNE S KOumlHNE J S 25 YEARS OF AVOCADO ROOTSTOCK

DEVELOPMENT IN SOUTH AFRICA VI World Avocado Congress Chile 2007

DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwavocadosourcecomWAC6enExtenso1a-8pdf gt

LIPPERT C ALLAMAND M (WESTFALIASUBSOLE) A hystory of

collaboration Rev Subsole Santiago 2007

MAIS NATUREZA ABACATEIRO DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwmaisnaturezacomplantasarvoresabacateiro gt

MARANCA G Fruticultura comercial Manga e Abacate Satildeo Paulo Nobel 1980

p 81-133

MASSAFERA G COSTA T M B OLIVEIRA J E D COMPOSICcedilAtildeO DE AacuteCIDOS

GRAXOS DO OacuteLEO DO MESOCARPO E DA SEMENTE DE CULTIVARES DE

ABACATE (Persea americana MILL) DA REGIAtildeO DE RIBEIRAtildeO PRETO SP)

52

Alim Nutr Araraquara V 21 n 2 p 325-331 abrjun 2010 DISPONIacuteVEL EM lt

http20014571150seerindexphpalimentosarticleview940a20v21n2pdf gt

MDIC Negociaccedilotildees internacionais DISPONIacuteVEL EM

httpwwwdesenvolvimentogovbrsitiosecexnegInternacionaisMedTerrorismoLei

ph p gt

MICKELBART M V BENDER G S WITNEY G W ADAMS C ARPAIA M L

Effects of clonal rootstocks on bdquoHass‟ avocado yield components alternate bearing

and nutrition Journal of Horticultural Schience amp Biotechnology Ashford v 82

n 3 p 460-466 2007

MILLER B BERTELS R PADILLA T WILEMAN R THOMSEN L China the

new frontier VIII World Avocado Congress 2015

MONTENEGRO H W S A cultura do abacateiro Satildeo Paulo Melhoramentos

1951 102p (Criaccedilatildeo e Lavoura n 11)

MORAES A F G Desenvolvimento produccedilatildeo e qualidade de frutos de abacateiro

cv bdquoHass‟ sobre dois porta-enxertos nas condiccedilotildees edafoclimaacuteticas da regiatildeo central

do Estado de Satildeo Paulo Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Ciecircncias Piracicaba 2014

NAAMANI G Global Trends in main Avocado Markets VII World Avocado

Congress Australia 2011

NAVA DE DE LARA HADDAD M PARRA JRP 2005 Exigecircncias teacutermicas

estimativa do nuacutemero de geroccedilotildees de Stenoma catenifer e comprovaccedilatildeo de modelo

em campo Pesq Agropec Bras Brasilia v 40 p 961-967

NAVA DE PARRA JRP COSTA VA GUERRA TM COcircNSOLI FL (2005b)

Population dynamics of Stenoma catenifer(Lepidoptera Elachistidae) and related

larval parasitoids in Minas Gerais Brazil Florida Entomologistv 88p 441-446

53

NOVAGRIM ndash FRESH FRUITS IMPORTER amp VEGETABLE SUPPLIER SINCE

1999 2001-2013 WORLD AVOCADO PRODUCTION DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwnovagrimcomPages2000_2011_Avocado_statistics_ENaspx gt

OLIVEIRA LA A importacircncia das Normas Internacionais para o Comeacutercio da

Fruticultura Brasileira Piracicaba Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Economia Escola

Superior de Agricultura ldquoLuiz de Queirozrdquo Universidade de Satildeo Paulo Piracicaba

2005

OLIVEIRA M A de et al 2000 Ceras para conservaccedilatildeo poacutes colheita de frutos de

abacateiro cultivar Fuerte armazenados em temperatura ambiente Scientia Agriacutecola

Piracicaba 57 (4) 777-780

PASSONI A D NEVES M C M RODRIGUES B B BOTEON M Anaacutelise dos

principais entraves na exportaccedilatildeo de frutas brasileiras CENTRO DE ESTUDOS

AVANCcedilADOS EM ECONOMIA APLICADA (CEPEAESALQ-USP) XLIV

CONGRESSO DA SOBER ndash ldquoQuestotildees Agraacuterias Educaccedilatildeo no Campo e

Desenvolvimentordquo Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia Rural Fortaleza

2006

PEGG K G COATES L M KORSTEN L HARDING R M Foliar fruit and

soilborne diseases In WHILEY A W SCHAF

PERFIL DA FRUTICULTURA 2014 Base de dados 2012 a 2013 Governo de Minas

Gerais Agricultura Pecuaacuteria e Abastecimento 2014

PICCININ E PASCHOLATI S F ldquoDOENCcedilAS DO ABACATEIRO‟ em MANUAL DE

FITOPATOLOGIA Vol 2 Doenccedilas das Plantas Cultivadas Editora Agronocircmica

Ceres Ltda Satildeo Paulo 1997 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwifcursoscombrsistemaadminarquivos07-33-29-

manualfitopatologiapdfpage=10 gt

54

PUTT F F GOacuteES B C CATANEO P F Anaacutelise econocircmica de oferta e demanda

do abacate na alta paulista X Foacuterum Ambiental da Alta Paulista v 10 n 7 2014

pp 158-169

ROCHA I L Nuacutemeros do abacate HORTIESCOLHA Instituto Brasileiro de

Qualidade em Horticultura DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwhortibrasilorgbrjnwindexphpoption=com_contentampview=articleampid=120

9numeros-do-abacate-ampcatid=50comercializacaoampItemid=82 gt

SANTO N T Manejo da vegetaccedilatildeo intercalar para obtenccedilatildeo de cobertura morta na

cultura do abacateiro visando minimizar os danos causados por Phytophthora

cinnamomi Dissertaccedilatildeo de mestrado em Fitotecnia Piracicaba 2014

SCHAFFER B WOLSTENJOLME B N WHILEY A W The avocado botany

production and uses 560 p 2012 DISPONIacuteVEL EM lt

httpsbooksgooglecombrbooksid=r0hpRJca3zECamppg=PA83amplpg=PA83ampdq=Th

e+Avocado+botany+production+and+uses+hass-

likeampsource=blampots=oqc5OBsbmVampsig=5gDWWPIMYRBW9cH3yYuWh-ldd-8amphl=pt-

BRampsa=Xampved=0ahUKEwj_yPbgsoTKAhUGDpAKHZTrCWEQ6AEIPDADv=onepag

eampqampf=false gt

SCIENCIA I Certificaccedilatildeo GLOBALGAP e impactos ambientais em agroinduacutestrias de

alimentos Dissertaccedilatildeo de Poacutes-Graduaccedilatildeo Araraquara SP 2010 lt

mlthttpwwwecoecoorgbrconteudopublicacoesencontrosvii_envii_enc_ecohtm

gt

SIMAtildeO S Manual de Fruticultura Satildeo Paulo Editora Agronocircmica Ceres 1971

530p p 147-169

SINGER P MASON J Eacutetica da alimentaccedilatildeo como nossos haacutebitos alimentares

influenciam o meio ambiente e o nosso bem estar Rio de Janeiro Elsevier 2007

SOARES H F ITO M K O AacuteCIDO GRAXO MONOINSATURADO DO ABACATE

NO CONTROLE DE DISLIPIDEMIAS Ver Ciecircnc Meacuted Campinas P 47-51 2000

55

DISPONIacuteVEL EM lt httpperiodicospuc-

campinasedubrseerindexphpcienciasmedicasarticleviewFile13301304 gt

TEIXEIRA C G Cultura In ITAL ndash INSTITUTO DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS

(Campinas) Abacate Cultura mateacuteria-prima processamento e aspectos

econocircmicos 2 Ed Campinas Instituto Campineiro de Ensino Agriacutecola 1995 Cap 1

p 1-54 (Frutas Tropicais)

TEIXEIRA C G Cultura do abacate In TEIXEIRA C G et al ABACATE cultura

mateacuteria prima processamento e aspectos econocircmicos 2deg ed Seacuterie Fruas Tropicais

ndeg8 ITAL Campinas 1991 250p

WATANABE H S Caracteriacutesticas de cultivares de abacate CEAGESPS ndash

Companhia de Entrepostos e Armazeacutens Gerais de Satildeo Paulo 2013

WOLFENBARGER D O COLBURN B The Stenoma catenifer a serious Avocado

pest Proceedings of Florida State Horticulture Society v 92 p 315-318 1979

ZEIDAN R SEIXAS P ABRANCHES L COSTA D MEIRELLES F Certificaccedilatildeo

na cadeia produtiva de alimentos e as barreiras teacutecnicas agrave exportaccedilatildeo Simpoacutesio de

excelecircncia e gestatildeo e tecnologia ndash SEGeT 2008 Resende

Page 4: EVOLUÇÃO DA PRODUÇÃO MUNDIAL E NACIONAL …...RESUMO O abacateiro, Persea americana, é uma cultura muito importante em vários países, devido ao volume comercializado da fruta

Dedicatoacuteria

A Deus Arquiteto Supremo

Agrave minha famiacutelia meus pais e meus irmatildeos pelo amor

AGRADECIMENTOS

A Deus por arquitetar o universo e tudo o que nele haacute

Aos meus pais por compartilharem comigo da labuta do cotidiano e por

proporcionarem momentos de conforto dos quais desfrutamos juntos

Aos meus irmatildeos pelos muitos momentos de alegria e felicidades e tambeacutem pelos

momentos de aprendizado e crescimento

Ao professor Dr Osvaldo Kiyoshi Yamanishi pela orientaccedilatildeo e paciecircncia na

conclusatildeo deste trabalho

Ao professor Dr Maacutercio de Carvalho Pires por ministrar excelentes aulas e fornecer

total apoio para a conclusatildeo deste trabalho

Agrave Universidade de Brasiacutelia que com sua estrutura e corpo discente e docente me

proporcionaram a oportunidade de crescimento e desenvolvimento intelectual e

pessoal

A todos os envolvidos que colaboraram positivamente com minha conclusatildeo de

curso muito obrigado

RESUMO

O abacateiro Persea americana eacute uma cultura muito importante em vaacuterios

paiacuteses devido ao volume comercializado da fruta e a variedade de pratos presentes

no cotidiano nestes paiacuteses A produccedilatildeo mundial de abacate em 2013 foi de

4717102 toneladas Ainda em 2013 os maiores produtores mundiais de abacate

foram Meacutexico com 3112 do montante produzido Repuacuteblica Dominicana 822

Colocircmbia 643 e Peru com 611 A produccedilatildeo mundial de abacate cresceu 19

no periacuteodo de 2006 e 2012 No Distrito Federal a produccedilatildeo da fruta em 2013 foi de

3152 toneladas Em 2011 o maior produtor nacional foi Satildeo Paulo com 524 da

produccedilatildeo seguido de Minas Gerais com 1982 As principais cultivares

comercializadas no paiacutes satildeo Breda Fortuna Geada Margarida e Quintal As

cultivares de abacate mais utilizadas para exportaccedilatildeo satildeo a bdquoFuerte‟ bdquoHass‟

conhecido no Brasil como Avocado sendo mais valorizadas no mercado Os

principais exportadores de abacate satildeo Meacutexico Chile Holanda e Peru Os principais

concorrentes do Brasil em se tratando da exportaccedilatildeo do Avocado satildeo Aacutefrica do

Sul com 3 das exportaccedilotildees Chile com 7 e Peru representando 10 do mercado

internacional Tendo em vista o promissor mercado internacional da cultura do

abacateiro com a cultivar bdquoHass‟ no qual Estados Unidos e Uniatildeo Europeia

representam forte potencial importador objetivou-se com este estudo apresentar a

evoluccedilatildeo da produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo da cultura do abacateiro em niacutevel mundial

Palavras ndash chave Persea americana abacate Hass

ABSTRACT

The avocado Persea americana is an importante culture in many countries

The worldwide production of avocado in 2013 was 4717102 ton Still in 2013 the

biggest worldwide avocado‟s producers was Mexico with 3112 of the produced

amount Dominican Republic with 822 Colombia with 643 and Peru with 611

The avocado‟s worldwide production grows 19 between 2006 and 2012 The

avocado‟s production in Distrito Federal in 2013 was of 3152 ton The biggest

producer in 2011 was Satildeo Paulo with 524 of all production followed by Minas

Gerais with 1982 The main cultivars commercialized on country are Breda

Fortuna Geada Margarida and Quintal The most avocado‟s cultivars used for

exportation are the bdquoFuerte‟ bdquoHass‟ known as avocado are also the most valorized

on market The main exporters of avocado are Mexico Chile Netherlands and Peru

The competitors to Brazil talking about exportation of avocado are South Africa with

3 of all the exportation Chile with 7 and Peru representing 10 of avocado‟s

international market In view of the promising culture‟s international market of

avocado with the Avocado cultivars bdquoFuerte‟ and bdquoHass‟ where US and European

Union representing an strong potential importer it is aimed with this exploratory

study analyze the aspects of production and commercialization of culture of avocado

in Brazil as its participation on the sector of exportation of this fruit comparing with

another countries that participate of this market

Keywords Persea Americana avocado Hass

SUMAacuteRIO

INTRODUCcedilAtildeO 10

OBJETIVO 11

REVISAtildeO BIBLIOGRAacuteFICA 11

A CULTURA DO ABACATE 11

Origem 11

Abacate no Brasil 12

Descriccedilatildeo 12

Aacutervore folhas e fruto 12

Flores 13

Polinizaccedilatildeo 13

Raccedilas 14

Principais cultivares 14

Avocado 15

Clima 16

Solos 17

Doenccedilas e pragas que afetam a cultura do abacate 17

Ponto de colheita 19

Poacutes colheita 20

Consumo 20

Aspectos nutricionais 21

Produtos e subprodutos 22

Melhoramento geneacutetico 23

Certificaccedilatildeo 24

METODOLOGIA 25

RESULTADOS E DISCUSSAtildeO 26

ABACATE NO MUNDO 26

ABACATE NO BRASIL 35

AVOCADO NO BRASIL 41

CERTIFICACcedilAtildeO 44

CONCLUSOtildeES 45

BIBLIOGRAFIA 47

10

INTRODUCcedilAtildeO

A cultura do abacateiro eacute de grande importacircncia para o setor frutiacutecola em

vaacuterias regiotildees de todo o mundo A produccedilatildeo mundial de abacate em 2013 foi de

4717102 toneladas (FACTFISH) No Brasil neste mesmo ano a produccedilatildeo chegou

a 159903 t ocupando uma aacuterea de 9615 ha ficando na oitava posiccedilatildeo no ranking

dos maiores produtores mundiais (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA FRUTICULTURA

2015) Ainda em 2013 os maiores produtores mundiais de abacate foram Meacutexico

disparado na frente com um volume de 1467837 toneladas Repuacuteblica Dominicana

com 387546 t e Colocircmbia com 303304 toneladas (FONTE FACTFISH) De acordo

com Rocha (2014) a produccedilatildeo mundial de abacate cresceu 19 no periacuteodo de

2006 e 2012

Apesar de o Brasil possuir excelentes condiccedilotildees para a produccedilatildeo de abacate

a falta de manejos agronocircmicos adequados durante toda a cadeia produtiva do

abacate tem feito com que o paiacutes natildeo participe de forma mais efetiva no mercado

mundial do abacate A cultura possui elevada suscetibilidade agrave gomose do

abacateiro conhecida como podridatildeo da raiz causada por Phytophthora

cinnamomi considerada a principal doenccedila que afeta esta cultura em todas as

regiotildees do mundo (CANTUARIAS-AVILEacuteS SILVA 2011 citado por SANTOS 2014)

Outro entrave na produccedilatildeo do abacate eacute a broca-do-abacate Stenoma catenifer

que de acordo com WOLFENBARGER amp COLBURN (1979) eacute uma praga

quarentenaacuteria em vaacuterios paiacuteses tem sido marcante para a produccedilatildeo deste produto

sendo vetada a entrada de lotes contaminados por meio de barreiras fitossanitaacuterias

em paiacuteses como os Estados Unidos da Ameacuterica principal importador mundial da

fruta

Em acircmbito internacional os abacates bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ satildeo os mais

apreciados Estes frutos recebem a denominaccedilatildeo de Avocado Estas cultivares tecircm

sido mais valorizadas pelo seu tamanho diferenciado e alto teor de lipiacutedeos

(FRANCISCO e BAPTISTELLA 2005) Estas cultivares satildeo hiacutebridos oriundos das

raccedilas mexicana e guatemalense possuem frutos pequenos com caroccedilo

relativamente grande e com alto teor de oacuteleo (TEIXEIRA 1995)

Para CARVALHO (2015) o Brasil estaacute ainda comeccedilando a participar do

volume de exportaccedilatildeo do abacate bdquoHass‟ cultivar mais produzida em todo o mundo

poreacutem o paiacutes esse ainda tem pouca contribuiccedilatildeo para com este setor do qual os

11

Estados Unidos e Uniatildeo Europeia representam forte potencial importador devido ao

elevado consumo interno que cresce de forma mais acelerada do que a produccedilatildeo

da fruta no paiacutes

Os principais importadores de fruta como como o europeu e o norte

americano impotildeem de um padratildeo de qualidade que observa agraves exigecircncias feitas

pelos consumidores com relaccedilatildeo agrave seguranccedila alimentar Este fator deve ser

considerado elementar pelos paiacuteses que visam exportar quaisquer produtos para

essas regiotildees A certificaccedilatildeo dos produtos eacute de extrema importacircncia para consolidar

paiacuteses exportadores no mercado pois esta leva em consideraccedilatildeo aspectos

ambientais e sociais aleacutem do local de produccedilatildeo Desta forma produtores de fruta

destinadas agrave exportaccedilatildeo precisaram adaptar suas lavouras a fim de atender as

exigecircncias dos mais importantes selos internacionais como o EureGapR e o TNCR

(OLIVEIRA 2005)

Os consumidores atuais estatildeo mais informados no que se refere agrave busca de

qualidade e por isso buscam produtos que atentem agraves questotildees eacuteticas que

abordem temas como meio ambiente tambeacutem o uso indiscriminado de agrotoacutexicos

considerando que a procura por alimentos seguros e saudaacuteveis eacute uma questatildeo

fundamental (SINGER e MASON 2007)

OBJETIVO

O objetivo deste estudo foi apresentar a evoluccedilatildeo da produccedilatildeo e

comercializaccedilatildeo da cultura do abacateiro em niacutevel internacional e mundial por meio

de trabalhos encontrados na literatura

REVISAtildeO BIBLIOGRAacuteFICA

A CULTURA DO ABACATE

Origem

Existem relatos sobre o abacate no iniacutecio do descobrimento das Ameacutericas Na

Colocircmbia o abacate jaacute era conhecido por volta de 1519 e 1526 entre os anos de

1532 e 1550 apareceu no Meacutexico Este nome ldquoabacaterdquo eacute oriundo do dialeto

indiacutegena o que reforccedila a informaccedilatildeo de que esse fruto eacute amplamente conhecido

pelos povos naturais da Ameacuterica (DONADIO 1995)

12

Por ser uma espeacutecie oriunda da Ameacuterica o abacate espalhou-se pelo

continente no seacuteculo XVII sendo mencionado na Jamaica em 1657 e 1969 pelo

nome de Avocado como eacute comumente denominado em paiacuteses de liacutengua inglesa Jaacute

em paiacuteses que tecircm como principal liacutengua o espanhol eacute conhecido como bdquoaguacate‟

exceto na Argentina Chile Peru e Equador onde eacute conhecido como bdquopalta‟

(DONADIO 1995)

O abacate eacute citado na Europa inicialmente em 1601 quando foi introduzido

no jardim botacircnico de Valecircncia Apoacutes isso disseminou-se para outros continentes

chegando na Aacutefrica em 1750 tendo Gana como via de acesso Em 1825 chega no

Havaiacute e em 1833 na Floacuterida Na Aacutesia o abacate chega pela Malaacutesia em 1900

(DONADIO 1995)

Abacate no Brasil

Existem relatos da cultura do abacateiro no Brasil desde 1787 poreacutem a

primeira introduccedilatildeo oficial deu-se em 1893 quando quatro aacutervores provenientes da

Guiana Francesa pertencentes agrave raccedila Antilhana que forneceram as primeiras

sementes da espeacutecie para o Brasil Em Satildeo Paulo acredita-se que a cultura tenha

se iniciado no Vale do Paraiacuteba no seacuteculo XIX predominando plantas da raccedila

Antilhana (Donadio et al 2010)

A safra do abacate gira em torno de 150 toneladas exceto em 2008 que

chegou a 173 mil t (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA FRUTICULTURA 2008) A

produccedilatildeo Brasileira de Abacate foi de 159903 toneladas em 2013 ocupando uma

aacuterea de 9615 ha conferindo a oitava posiccedilatildeo no ranking global do setor (ANUAacuteRIO

BRASILEIRO DA FRUTICULTURA 2015)

Descriccedilatildeo

Aacutervore folhas e fruto

O abacateiro espeacutecie P americana Miller eacute uma planta dicotiledocircnea da

famiacutelia Lauraceae gecircnero Persea A aacutervore possui porte meacutedio-alto variando de 12

a 25 metros O abacateiro se desenvolve bem em regiotildees tropicais e subtropicais A

planta possui caule ciliacutendrico e lenhoso com coloraccedilatildeo cinza escuro Suas folhas satildeo

sem estipulas de peciacuteolo curto e alternadas e podem ter vaacuterios formatos como

eliacuteptico-lanceoladas oblongas oblongo-lanceoladas ou ovais podendo variar de

76 a 410 cm de comprimento A cor da folha vai de bronzeada quando nova e

13

aos poucos vai esverdeando O fruto eacute uma baga com uma semente grande

cercada por uma polpa amanteigada (TEIXEIRA 1995 KOLLER 2002 CRANE

2007)

Flores

As flores do abacateiro satildeo pequenas e hermafroditas podendo ter coloraccedilatildeo

branca ou verde amarelada Satildeo produzidas em abundacircncia e possuem diacircmetro de

variaacutevel de 05 a 15 cm dispostas em paniacuteculas terminais nos ramos mais novos

(ALMEIDA 2013)

O abacateiro possui flores perfeitas com oacutergatildeos masculinos e femininos

capazes de produzir frutos agrave exceccedilatildeo da variedade Collinson por exemplo que natildeo

consegue produzir poacutelen e soacute serve como planta feminina (MARANCA 1980) A

planta apresenta comportamento floral denominado dicogamia protogenica

(KOLLER 1992)

Polinizaccedilatildeo

Apesar de possuir flores hermafroditas a maturidade do pistilo (parte

feminina) natildeo ocorre ao mesmo tempo da deiscecircncia das anteras (parte masculina)

(ALMEIDA 2013)

As flores do abacateiro se comportam de duas formas distintas diferenciando

a classificaccedilatildeo de cultivares em dois grupos A e B No grupo A estatildeo as variedades

onde a primeira abertura da flor ocorre pela manhatilde pronta para receberem o poacutelen

(feminina) reabrindo somente agrave tarde no seguinte poreacutem soltando poacutelen

(masculino) As variedades do grupo B a primeira abertura da flor ocorre apoacutes o

meio dia (feminina) fechando-se pela tarde e reabrindo ao amanhecer no estaacutegio

masculino Conhecer da biologia floral do abacateiro eacute extremamente importante

para se obter boa produccedilatildeo em pomares de abacateiro por conta do fato de suas

flores serem hermafroditas Desta forma para que se tenha uma eficiente

polinizaccedilatildeo das flores eacute imprescindiacutevel que os pomares sejam formados com

variedades pertencentes aos dois diferentes grupos para se ter uma produccedilatildeo

economicamente viaacutevel A proporccedilatildeo entre as variedades pode variar de acordo com

a demanda do mercado (MONTENEGRO 1951 citado por FRANCISCO E

BAPTISTELLA 2005)

14

Raccedilas

O abacateiro Persea americana pertence agrave famiacutelia Lauraceae que engloba

cerca de 50 gecircneros Existem trecircs grupos ou raccedilas que representam o abacate

comercial satildeo elas Mexicana ndash Persea americana var drymifolia Antilhana ndash P

americana var americana e Guatemalense ou guatemalteca ndash P nubigena var

guatemalensis (WILLIAMS 79 citado por DONADIO 1995)

Principais cultivares

Dentre as cultivares mais produzidas no estado de Satildeo Paulo estatildeo a

bdquoFortuna‟ bdquoGeada‟ bdquoQuintal‟ e bdquoMargarida‟ (DORIZZOTTO 2011) A produccedilatildeo

concentra-se na regiatildeo de Campinas Ribeiratildeo Preto e Bauru (ALMEIDA 2013)

Levantamentos feitos na regiatildeo nordeste por CORREIA et al (2010) indicam

que as principais cultivares nos CEASAS de Pernambuco e Cearaacute satildeo Quintal

Fortuna Geada e Margarida Jaacute em Satildeo Paulo as principais cultivares

comercializadas no CEAGESP citadas por ALMEIDA (2013) satildeo bdquoBreda‟ Fortuna

Geada Margarida e Quintal (CEAGESP 2013)

ILUSTRACcedilAtildeO DAS PRINCIPAIS CULTIVARES DE ABACATE

FIGURA 1 - Ilustraccedilatildeo das principais cultivares de abacate brasileira fonte HORTIESCOLHA DISPONIacuteVEL EM httpwwwhortiescolhacombrhortipediaprodutoabacate (adaptado)

A cultivar BREDA possui formato piriforme poreacutem se formaccedilatildeo de ldquopescoccedilordquo

(WATANABE 2013 citado por ALMEIDA 2013)

A variedade FORTUNA tem como uma de suas caracteriacutesticas frutos

piriformes muito grandes com peso variando entre 600 e 1Kg de casca lisa e verde

escuro polpa amarela e caroccedilo solto (KOLLER 2002) O teor de oacuteleo da cultivar

15

FORTUNA eacute de aproximadamente 8 (SIMAtildeO 1998 DONADIO et al 2010) No

CEASA do Recife esta cultivar eacute a preferida devido ao fato de ser uma fruta

carnuda com preccedilo acessiacutevel excelente sabor entre outros fatores

A cultivar GEADA tambeacutem possui fruto piriforme podendo ser ovalado sem

ldquopescoccedilordquo com coloraccedilatildeo verde mais claro que o FORTUNA sua polpa eacute amarela

com a semente aderente seu conteuacutedo de oacuteleo eacute bastante baixo por volta de 35

e a maturaccedilatildeo bastante precoce (TEIXEIRA 1995 KOLLER 2002)

A cultivar MARGARIDA apresenta as caracteriacutesticas da raccedila Guatemalense

como folhas novas com coloraccedilatildeo arroxeada frutos redondos e de casca rugosa

sua polpa eacute verde clara e o caroccedilo eacute pequeno (KOLLER 2002) Segundo BONELLA

(2013) (citado por ALMEIDA 2013) a cultivar MARGARIDA eacute a preferida por

compradores que visam transportar longas distacircncias pois apresenta oacutetima

resistecircncia poacutes-colheita

A QUINTAL eacute outro hiacutebrido das raccedilas Antilhana e Guatemalense seus frutos

satildeo grandes pesam entre 500 e 900 g possui casca verde clara lisa a polpa eacute

amarela e o caroccedilo aderente agrave polpa (TEIXEIRA 1995 KOLLER 2002 DONADIO

2010) O formato da QUINTAL eacute bem piriforme com ldquopescoccedilordquo bastante

proeminente Esta cultivar eacute a preferida no CEASA de Fortaleza por possuir

aparecircncia bonita e brilhosa casca livre de manchas polpa saborosa e etc

Avocado

A denominaccedilatildeo bdquoAvocado‟ tem sido utilizada no paiacutes para identificar as

cultivares de abacate bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ estas cultivares tecircm sido mais valorizadas

pelo seu tamanho diferenciado e alto teor de lipiacutedeos (FRANCISCO e

BAPTISTELLA 2005) apesar de suas reduzidas dimensotildees Contudo sendo fruto

climateacuterico eacute altamente pereciacutevel podendo ser um obstaacuteculo agrave comercializaccedilatildeo

(DAIUTO et al 2010)

As cultivares bdquoFuerte‟ e bdquoHass‟ satildeo oriundas do possiacutevel cruzamento natural

de variedades das raccedilas guatemalense e mexicana (DONADIO 1995) O tipo ‟Hass‟

possui casca aacutespera e formato arredondado Quando estaacute maduro sua casca

apresenta coloraccedilatildeo escurecida Jaacute o tipo ‟Fuerte‟ possui casca verde brilhante e lisa

com formato alongado (JAGUACYR)

16

A cultivar bdquoHass‟ eacute a mais valorizada no mundo apesar de seu tamanho

reduzido o fruto possui alta concentraccedilatildeo de lipiacutedeos Seus frutos podem pesar

entre 149 e 300 gramas (MICKELBART et al 2007 CRIZEL 2008)

Na Califoacuternia adota-se para as cultivares bdquoFuerte‟ e bdquoHass‟ o ponto miacutenimo de

mateacuteria seca adotada para a colheita eacute de 19 e 208 respectivamente (KADER amp

ARPIA 2013) O teor de mateacuteria seca possui elevada correlaccedilatildeo com o niacutevel de oacuteleo

da fruta Essas cultivares satildeo reconhecidas pelos altos niacuteveis de oacuteleo - fator que

possui forte influecircncia na conservaccedilatildeo do sabor

A tabela a seguir apresenta as informaccedilotildees nutricionais obtidas em 50g de

Avocado (JAGUACYR)

TABELA 1 - Informaccedilotildees nutricionais em 50g de avocado FONTE

JAGUACYR

INFORMACcedilOtildeES NUTRICIONAIS AVOCADO (50g)

ENERGIA 301 kj 72 kcal

CARBOIDRATOS 853 g

PROTEIacuteNAS 1 g

GORDURAS TOTAIS 8 g

GORDURA SATURADA 18 g

FIBRA ALIMENTAR 16 g

SOacuteDIO 75 mg

POTAacuteSSIO 485 mg

O Avocado tem 5 vezes menos aacutegua que o abacate comum o que lhe

confere concentraccedilatildeo muito maior de nutrientes A fruta eacute considerada pelos

nutricionistas como sendo uma das que possui maior valor nutricional devido ao fato

de possuir elevadas concentraccedilotildees de vitaminas antioxidantes como A C e E Em

comparaccedilatildeo com a banana a fruta conteacutem ainda trecircs vezes mais vitamina B6 Em

meacutedia o Avocado possui niacutevel de gordura em aproximadamente 20 sendo a

maioria monoinsaturada A gordura monoinsaturada auxilia na reduccedilatildeo no LDL e

promove aumento no HDL o ldquocolesterol bomrdquo (JAGUACYR)

Clima

As variedades da Iacutendia Ocidental e alguns hiacutebridos satildeo melhores adaptados a

regiotildees planas de clima tropical e regiotildees tropicais onde natildeo haacute ocorrecircncia de

17

geadas Por outro lado variedades Mexicanas satildeo mais adaptadas a regiotildees com

temperaturas mais baixas Hiacutebridos de raccedilas Mexicanas x Guatemaltecas

geralmente satildeo mais resistentes ao frio do que as raccedilas hiacutebridas Iacutendias Ocidentais x

Guatemaltecas (CRANE et al 2007)

Solos

O abacateiro eacute uma planta muito sensiacutevel a este fator em especial no que se

refere agrave drenagem e profundidade dos solos (KOLLER 1984) Para esta cultura

recomenda-se solos feacuterteis bem drenados pouco aacutecidos e profundos (SIMAtildeO

1971)

A cultura do abacateiro natildeo tolera solos inundados ou mal drenados

Condiccedilotildees de umidade elevada constante comprometem o desenvolvimento

adequado das plantas pois resultam em deficiecircncia nutricional e em alguns casos

pode provocar a morte da planta devido ao fato de estarem altamente suscetiacuteveis a

infecccedilatildeo por fungos (CRANE et al 2007)

Outro aspecto que deve ser considerado na cultura do abacate eacute a salinidade

devido agrave alta sensibilidade da cultura a este fator que pode provocar a queima da

ponta e borda das folhas e queda da produccedilatildeo (DONADIO 1995)

Doenccedilas e pragas que afetam a cultura do abacate

Apesar de o Brasil possuir excelentes condiccedilotildees para a produccedilatildeo de abacate

a falta de manejos agronocircmicos adequados durante toda a cadeia produtiva do

abacate tem feito com que o Brasil natildeo participe de forma mais eficiente no mercado

mundial do abacate A cultura possui elevada suscetibilidade agrave gomose do

abacateiro podridatildeo da raiz causada por Phytophthora cinnamomi

No Brasil a podridatildeo radicular causada por Phytophthora cinnamomi tem

dizimado plantaccedilotildees de abacateiro reduzindo a longevidade dos pomares

(DONADIO 1995) A doenccedila eacute considerada a mais importante para a cultura do

abacateiro sendo fator limitante para a cultura em todo o mundo (CAMPOS 1988

KOLLER 2002) A seleccedilatildeo de cultivares porta-enxertos resistentes ou tolerantes

controle quiacutemico e manejo do solo satildeo estrateacutegias que reduzem os danos e o

controle desta doenccedila (PEGG et al 2002)

A ocorrecircncia de Phytophthora cinnamomi juntamente com estresses

ambientais faz com que o abacateiro da cultivar ‟Hass‟ produza frutos com

18

dimensotildees muito reduzidas Esses frutos subdimensionados natildeo satildeo

comercializaacuteveis resultando em elevadas perdas financeiras para os produtores

(BRUWER 2007) Empresas como a Westfalia situada na proviacutencia de Limpopo na

Aacutefrica do Sul tecircm testado cultivares de abacate bdquoHass-like‟ para se obter maior

produtividade em regiotildees afetadas pelo P cinnamomi

Algumas das estrateacutegias que visam agrave minimizaccedilatildeo dos danos e o controle da

podridatildeo radicular satildeo por exemplo a utilizaccedilatildeo de cultivares porta-enxertos

resistentes ou tolerantes o uso de controle quiacutemico e praacuteticas especiacuteficas de manejo

do solo (PEGG et al 2002)

No que se refere a barreiras agrave exportaccedilatildeo do abacate a broca-do-abacate

Stenoma catenifer que de acordo com WOLFENBARGER amp COLBURN (1979) eacute

uma praga quarentenaacuteria em vaacuterios paiacuteses tem sido marcante para a produccedilatildeo

deste produto sendo vetada a entrada de lotes contaminados por meio de barreiras

fitossanitaacuterias em paiacuteses como os Estados Unidos da Ameacuterica principal importador

mundial Esta praga tem sido uma ameaccedila extremamente relevante para a produccedilatildeo

nacional de abacate chegando a causar perda de toda a produccedilatildeo (HOHMANN amp

MENEGUIM 1993) De acordo com informaccedilotildees da Universidade da Califoacuternia

(HODDLE UCR) os EUA tecircm desenvolvido protocolos de seguranccedila para impedir

que a doenccedila tenha acesso ao paiacutes por meio de importaccedilotildees de paiacuteses onde a

doenccedila eacute endecircmica Algumas regiotildees brasileiras de cultivo de abacate 100 da

colheita pode estar infestado com S catenifer (Nava et al 2005a) Mesmo com a

aplicaccedilatildeo de inseticidas de largo espectro sendo feitas de 7 a 11 vezes durante uma

uacutenica estaccedilatildeo de crescimento ateacute 60 de frutas podem ser infestados com larvas S

catenifer (Nava et al 2005b)

Para CARVALHO (2015) a exportaccedilatildeo para os EUA pela JAGUACYR eacute

dificultada devido agrave ocorrecircncia de doenccedilas que ocorrem em territoacuterio nacional e que

podem ser exportadas com os produtos

Ocorrida a eclosatildeo a lagarta de primeiro instar desloca-se ao longo do fruto

ateacute encontrar o local adequado para iniciar o ataque As fecircmeas procuram depositar

os ovos no peduacutenculo contudo haacute maior incidecircncia de orifiacutecios na parte inferior do

abacate Ao passo que as lagartas se desenvolvem e vatildeo se alimentando da polpa

do abacate indo em direccedilatildeo ao caroccedilo onde este inseto se aloja e finaliza a fase

larval construindo galerias no interior A lagarta se desenvolve no fruto e transforma-

se em pupa no solo numa profundidade de 05 a 15 cm ou ateacute mesmo no interior

19

dos frutos caiacutedos Dentre as medidas preventivas de controle destaca-se o uso

adequado das cultivares considerando que quanto mais tempo os frutos

permanecem nas plantas maiores seratildeo as perdas O planejamento da colheita deve

ser considerado pois colheitas tardias proporcionam condiccedilotildees favoraacuteveis para o

desenvolvimento da praga no pomar Outra medida preventiva principalmente para

pomares orgacircnicos eacute a cataccedilatildeo e destruiccedilatildeo dos frutos caiacutedos (HOHMANN amp

MENEGUIM 2005)

A verrugose ou sarna do abacateiro causada pelo fungo Sphaceloma

perseae conhecida em 1918 na Floacuterida foi encontrada no Brasil pela primeira vez

em 1938 em Limeira Eacute uma das doenccedilas de elevada importacircncia na cultura do

abacateiro visto que esta doenccedila deprecia a aparecircncia do fruto e pode provocar

tambeacutem queda dos frutos jovens bem como o subdesenvolvimento O fungo ataca

as folhas e os frutos e se desenvolve em condiccedilotildees de umidade elevada Para o

controle desta doenccedila eacute recomendado a utilizaccedilatildeo de variedades que apresentem

resistecircncia sendo necessaacuterio evitar variedades do grupo Guatemalense (PICCININ

amp PASCHOLATI 1997)

Ponto de colheita

O fruto do abacate eacute conhecido por ser climateacuterico isso significa que pode

completar o amadurecimento depois de colhido e apresenta um pico de produccedilatildeo de

etileno sucedido por um pico respiratoacuterio durante o amadurecimento O melhor

indicador de maturidade fisioloacutegica para se concluir se os frutos estatildeo aptos agrave

colheita eacute a porcentagem de mateacuteria seca que possui relaccedilatildeo com o acuacutemulo de

oacuteleo (KADER amp ARPIA 2013 citado por ALMEIDA 2013)

No Brasil a observaccedilatildeo em campo da perda do brilho na casca eacute uma praacutetica

comum para identificar o ponto ideal de colheita (ALMEIDA 2013) Jaacute na Floacuterida

contabilizam-se os dias apoacutes a floraccedilatildeo para se determinar o ponto de colheita

Na cultura do abacateiro os principais iacutendices de qualidade satildeo tamanho cor

da casca formato danos mecacircnicos recentes ou cicatrizados causados por insetos

podridotildees embalagens e transporte inadequados alteraccedilatildeo de sabor devido a

longos periacuteodos de armazenagem na aacutervore ou por colheita antes da maturidade

fisioloacutegica (KADER amp ARPIA 2013 CANTILLANO 2013) No que se refere agrave

alteraccedilatildeo de sabor KADER (2007) comenta que este fator estaacute diretamente ligado

20

ao teor de oacuteleo no fruto Neste sentido cultivares mais tardias oriundas das raccedilas

Guatemalenses e Mexicana possuem maiores teores de oacuteleo

Poacutes colheita

Por ser um fruto climateacuterico com alta taxa respiratoacuteria e elevada produccedilatildeo de

etileno apoacutes a colheita o fruto do abacate eacute altamente pereciacutevel (KADER 1992)

Neste sentido o controle do amadurecimento eacute de extrema importacircncia para se

prolongar a vida uacutetil no poacutes-colheita de frutas objetivando-se a comercializaccedilatildeo no

mercado interno ou externo (KLUGE et al 2002)

Tratando-se de maturaccedilatildeo no poacutes-colheita a manipulaccedilatildeo do etileno eacute uma

teacutecnica utilizada para antecipar ou adiar o processo de maturaccedilatildeo dos frutos O

etileno eacute um gaacutes que se comporta como hormocircnio

No Brasil a comercializaccedilatildeo do abacate em varejo ocorre na maioria das

vezes sem a utilizaccedilatildeo de refrigeraccedilatildeo portanto a utilizaccedilatildeo de tecnologias que

possibilitem a conservaccedilatildeo agrave temperatura ambiente eacute de grande relevacircncia para se

permitir a comercializaccedilatildeo durante um maior tempo apoacutes a colheita atrasando o

amadurecimento dos frutos (KLUGE et al 2002) Daiuto 2010 concluiu que a

refrigeraccedilatildeo foi efetiva na conservaccedilatildeo de frutos de abacate bdquoHass‟

Aleacutem do uso de refrigeraccedilatildeo para retardar o amadurecimento dos frutos

tambeacutem se utiliza o revestimento dos frutos com cera para se reduzir o processo de

respiraccedilatildeo e uso de metilciclopropeno para inibir a produccedilatildeo de etileno gaacutes que

funciona como hormocircnio na maturaccedilatildeo de frutos (Gayet et al 1995 Oliveira et al

2000 KLUGE et al 2002)

A utilizaccedilatildeo de radiaccedilotildees gama em baixos niacuteveis associada a outros

procedimentos no poacutes-colheita eacute mencionada na literatura como excelente meacutetodo

para prolongar a periacuteodo de prateleira das frutas por retardar os processos de

senescecircncia e amadurecimento reduzindo os iacutendices de apodrecimento provocados

por fungos e bacteacuterias (Kaumlferstein e Moy 1993) O problema do uso da radiaccedilatildeo eacute

que esta teacutecnica provoca o escurecimento perda de firmeza do fruto e o surgimento

de depressotildees superficiais (CHITARRA e CHITARRA 2005)

Consumo

Em relaccedilatildeo ao consumo per capita do abacate em 2013 o Meacutexico foi de 90

Kghab enquanto que no Brasil o consumo girava em torno de 301 gramashab

21

por ano em De acordo com dados de 2011 o consumo per capita da fruta em Israel

foi de 50 Kghab o Chile ficou logo atraacutes com 45Kghab por ano e os Estados

Unidos apesar de maior importador apenas 20 Kghab por ano (NAAMANI 2011)

Em alguns paiacuteses da Uniatildeo Europeia chega a ser 1500 gramashab por ano (BNET

2011) De acordo com PUTTI (2014) esta diferenccedila se deve ao fato de que o

consumo do abacate em paiacuteses da Europa vai aleacutem da forma in natura sendo

consumido principalmente na forma de salada aleacutem disso os benefiacutecios da fruta satildeo

mais difundidos do que no Brasil

A fruta eacute consumida de forma diferente ao redor do mundo podendo ser sob

a forma de doce como no Brasil ou em saladas e patecircs como o guacamole

(JAGUACYR) Aleacutem de ser amplamente explorada na induacutestria

Aspectos nutricionais

A tabela a seguir apresenta as informaccedilotildees nutricionais do abacate a partir de

100g da fruta

TABELA 2 - Informaccedilotildees nutricionais do abacate obtidas a partir de 100g

da fruta fonte (FATSECRET)

INFORMACcedilOtildeES NUTRICIONAIS ABACATE

ENERGIA 669 kj 160kal

CARBOIDRATOS 853 g

ACcedilUacuteCAR 066 g

PROTEIacuteNAS 2g

GORDURAS 1466g

GORDURA SATURADA 2126G

GORDURA MONOINSATURADA

9799G

GORDURA POLIINSATURADA 1816

COLESTEROL 0 mg

FIBRAS 77 g

SOacuteDIO 7 mg

POTAacuteSSIO 485 mg

Uma das principais caracteriacutesticas que qualificam o abacate eacute a elevada

quantidade de mateacuteria graxa em sua composiccedilatildeo O fruto eacute conhecido como uma

fruta de alto valor energeacutetico Os aacutecidos graxos (AG) podem ser encontrados na

semente em sua maioria insaturados estes aacutecidos tambeacutem estatildeo presentes no

mesocarpo contudo em concentraccedilotildees diferentes O oacuteleo do abacate eacute um produto

22

explorado na induacutestria farmacecircutica devido ao elevado teor de vitamina E O

produto possui bom valor comercial apesar de natildeo ser tatildeo produzido mundialmente

A quantidade de oacuteleo encontrada no mesocarpo eacute superior ao teor de oacuteleo

encontrado na semente No mesocarpo os teores de aacutecido oleico variam entre

3177 a 5030 jaacute na semente o teor desse aacutecido graxo monoinsaturado varia de

1169 a 3583 (MASSAFERA 2010)

O abacate eacute um alimento rico em aacutecido graxo monoinsaturado oleico Estudos

realizados com aacutecidos graxos monoinsaturados revelam sua importacircncia na

prevenccedilatildeo e tratamento de dislipidemias que estatildeo relacionadas ao

desenvolvimento de doenccedilas cardiovasculares e coronarianas (SOARES e ITO

2000) Os aacutecidos graxos monoinsaturados representados principalmente pelo aacutecido

oleico presente em oacuteleo de oliva e canola possui efeito significativos na prevenccedilatildeo e

tratamento de doenccedilas crocircnicas (LARSEN et al 1999)

Produtos e subprodutos

O oacuteleo obtido a partir da fruta do abacate possui propriedades fiacutesico-quiacutemicas

semelhantes ao oacuteleo de oliva principalmente pela composiccedilatildeo de seus aacutecidos

graxos salientando o aacutecido oleico O oacuteleo de oliva eacute um produto altamente

consumido no paiacutes poreacutem de origem importada e o oacuteleo de abacate possui forte

potencial para substituiacute-lo (MASSAFERA 2010)

Outra forma de aproveitamento do oacuteleo do abacate eacute para a produccedilatildeo de

biodiesel O professor do departamento de Quiacutemica da UNESP Manoel Lima de

Menezes afirma que o abacate tem o teor de oacuteleo que varia entre 5 a 30

proacuteximo ao encontrado na extraccedilatildeo da soja de 18 Segundo o pesquisador um

dos obstaacuteculos eacute ainda o teor de umidade da semente (BIODIESELBR 2013)

Dentre as vantagens do abacate em comparaccedilatildeo com a soja eacute que da fruta eacute

possiacutevel extrair oacuteleo e etanol dois ingredientes baacutesicos para a produccedilatildeo do

biodiesel Outra vantagem eacute que de acordo com Menezes o abacate pode render

ateacute 2800 litros de oacuteleo por hectare contra 400 da soja aleacutem do fato do abacateiro

ser uma planta perene (GIRARDI 2009)

A madeira tambeacutem eacute um produto explorado na cultura do abacateiro na

produccedilatildeo de energia como combustiacutevel (MAISNATUREZA) Outra forma de

aproveitamento de resiacuteduos da cultura eacute a utilizaccedilatildeo do caroccedilo para a produccedilatildeo de

23

tintas a partir do caroccedilo usado para tingir roupas produzindo uma tinta castanho-

arroxeada (TEIXEIRA 1991)

Melhoramento geneacutetico

O desenvolvimento floral bem como a eacutepoca de floraccedilatildeo e o amadurecimento

da fruta satildeo diretamente influenciados por caracteriacutesticas geneacuteticas Essas

caracteriacutesticas podem ser manipuladas com a utilizaccedilatildeo de enxertos porta enxertos

ou a interaccedilatildeo entre eles Neste sentido podem ser utilizados genoacutetipo Mexicano

que pode antecipar a floraccedilatildeo ou Guatemalenses que manteacutem uma floraccedilatildeo meacutedia

ou porta-enxerto das Iacutendias Ocidentais que promovem floraccedilatildeo tardia Estudos tecircm

comprovado que a utilizaccedilatildeo de porta-enxertos do grupo Mexicano antecipam a

floraccedilatildeo entre 4 a 8 semanas antes de pomares de clones de bdquoHass‟ Contudo a

antecipaccedilatildeo de 8 semanas na eacutepoca de floraccedilatildeo promoveu o a antecipaccedilatildeo de

maturaccedilatildeo dos frutos em apenas 3 semanas Como existe uma alta demanda pelo

abacate ‟Hass‟ em todo mundo o uso de cultivares do abacate bdquoHass-like‟ pode ser

de grande interesse para os paiacuteses produtores uma vez que a cultivar bdquoLamb-Hass‟

por exemplo possui a caracteriacutestica de estender a eacutepoca de colheita aumentando

assim a janela de produccedilatildeo da fruta (SCHAFFER et al 2012)

No final dos anos 80 Carlos Meacutendez observou um abacate diferenciado na

regiatildeo de Urupan estado de Michocaacuten Meacutexico A planta encontrada exibia uma

floraccedilatildeo com um comportamento distinto das demais Este abacate bdquoHass-like‟ foi

nomeado localmente de bdquoHass-Mendez‟ e agora eacute conhecido comercialmente como

bdquoHass Carmen‟ (Illsley-Granich 2011) Uma das cultivares de bdquoHass-like‟ que tem

sido utilizada em programas de melhoramento eacute a ldquoSir Prizerdquo

Outra cultivar bdquoHass-like‟ muito importante eacute a bdquoMaluma‟ na Aacutefrica do Sul

Dentre as vantagens desta cultivar em relaccedilatildeo ao bdquoHass‟ apresentadas por ERNST

amp ERNST (2015) estatildeo rendimento elevado precocidade e possibilidade de

aumento na densidade de plantas no pomar de abacateiro

Programas de melhoramento satildeo criados a fim de se incorporar

caracteriacutesticas de resistecircncia a doenccedilas - como os desenvolvidos na Universidade

da Califoacuternia que deram origem a cultivares como por exemplo bdquoGem‟ e bdquoHarvest‟

que possuem excelentes caracteriacutesticas agronocircmicas Dentre estas caracteriacutesticas

se tem aumento da produtividade e resistecircncia agrave podridatildeo radicular

24

A utilizaccedilatildeo de porta-enxertos eacute de suma importacircncia para se aproveitar

melhor o potencial das diferentes culturas seja por aumentar a produtividade ou por

conferir resistecircncia a doenccedilas No final dos anos 70 a podridatildeo causada por

Phytophthora cinnamomi causou grandes prejuiacutezos para a cultura do abacate na

Aacutefrica do Sul Com isso foi necessaacuterio importar da Califoacuternia porta-enxertos

tolerantes agrave podridatildeo radicular propagados vegetativamente a fim de se ter maior

uniformidade geneacutetica para estabelecer novos pomares de abacateiro Durante

muitos anos a cultivar bdquoDuke 7‟ era o uacutenico porta-enxerto que produzia plantas

uniformes produtivas e razoavelmente produtivas era a cultivar bdquoDuke 7‟ Nos anos

80 foi desenvolvida a cultivar bdquoDusa‟ a partir de plantas sobreviventes em pomares

doentes A cultivar desenvolvida pela WESTFALIA apresentou toleracircncia agrave podridatildeo

superior a bdquoDuke 7‟ (KREMER-KOumlHNE 2007)

Na Floacuterida as cultivares mais utilizadas como porta-enxerto satildeo a bdquoLula‟ e

bdquoWaldin‟ devido ao fato dessas variedades conferirem aos pomares de abacate

uniformidade aumentar o vigor e pela produccedilatildeo de sementes (CRANE et al 2007)

No Brasil os pomares comerciais de abacate satildeo implantados sobre porta-

enxertos oriundos de sementes este fator faz com que o tamanho da copa das

plantas seja desuniforme a produccedilatildeo seja afetada bem como a qualidade dos frutos

e a susceptibilidade aos patoacutegenos do solo no qual se destaca Phytophthora

cinnamomi Contudo outros paiacuteses produtores da fruta utilizam porta-enxertos de

melhor qualidade obtidos a partir de clones que possuem resistecircncia a doenccedilas e

tambeacutem conferem uniformidade ao pomar (MORAES 2014)

Certificaccedilatildeo

Devido agrave exigecircncia cada vez maior feita pelos mercados internacionais natildeo eacute

possiacutevel exportar frutas e outros produtos agropecuaacuterios sem que se tenha a

certificaccedilatildeo Um das finalidades da certificaccedilatildeo eacute proteger o diferencial de qualidade

(AGRIANUAL 2012)

A certificaccedilatildeo eacute uma forma de se adquirir vantagem competitiva sustentaacutevel

para concorrer com os grandes produtores mundiais Tendo em vista a exigecircncia de

produtos de qualidade por consumidores cada vez mais frequente eacute necessaacuterio que

o mercado mundial se atente ao alto padratildeo de qualidade fornecido por seus

produtos Com isso programas de qualidade tecircm sido desenvolvidos visando agrave

aplicaccedilatildeo direta nas cadeias de produccedilatildeo em especial na aacuterea de produtos

25

pereciacuteveis como eacute o caso da fruticultura objetivando a aceitaccedilatildeo internacional

(GUEDES et al 2007)

Vaacuterias pesquisas e estudos recentes vecircm colaborando para compreensatildeo da

formaccedilatildeo organizaccedilatildeo e influecircncia das cadeias produtivas de onde surgem

produtos que seguem os padrotildees de qualidade reconhecidos internacionalmente

onde os sistemas de certificaccedilatildeo tecircm papel fundamental

Tratando-se de qualidade os consumidores atuais buscam produtos que

atentem agraves questotildees eacuteticas que abordem temas como meio ambiente e uso de

agrotoacutexicos considerando que a procura por alimentos seguros e saudaacuteveis uma

questatildeo elementar (SINGER e MASON 2007)

Considerando que a sauacutede dos consumidores de alimentos in natura pode ser

afetada a seguranccedila alimentar bem como a qualidade dos produtos deve receber

atenccedilatildeo especial A qualidade dos produtos estaacute vinculada aos procedimentos que

satildeo conduzidos durante cada etapa de produccedilatildeo como por exemplo plantio

colheita processamento industrializaccedilatildeo e comeacutercio (OLIVEIRA 2005)

METODOLOGIA

Tipo de Estudo

Pesquisa Bibliograacutefica eacute desenvolvida a partir de material jaacute elaborado

constituiacutedo de livros e artigos cientiacuteficos (Gil 2008) Portanto o presente trabalho

utilizou-se das ideias do estudo exploratoacuterio feito a partir de pesquisa bibliograacutefica

Com isso este trabalho desenvolveu-se seguindo

1deg FONTES

Foram utilizados artigos que fornecessem informaccedilotildees sobre a cultura do

abacate bem como dados de produccedilatildeo poacutes-colheita e comercializaccedilatildeo e que

abordassem o tema de exportaccedilatildeo

2deg COLETA DE DADOS

Primeiramente foi feita leitura de trabalhos jaacute disponiacuteveis na literatura que

abordassem aspectos de produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo de forma raacutepida e objetiva a

fim de se selecionar o material a ser incluiacutedo no presente trabalho

26

Em seguida foi feita uma leitura seletiva agrupando as informaccedilotildees dos

artigos preacute-selecionados de acordo com o tema registrando as informaccedilotildees

extraiacutedas das fontes em instrumento especiacutefico

3deg ANAacuteLISE E INTERPRETACcedilAtildeO DOS RESULTADOS

Nesta etapa foi realizada uma leitura analiacutetica com a finalidade de ordenar as

informaccedilotildees contidas na literatura disponiacutevel utilizados como fonte para o

desenvolvimento deste trabalho a fim de se elaborar informaccedilotildees que resumissem

as questotildees abordadas nesta pesquisa

RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

ABACATE NO MUNDO

A figura a seguir apresenta dados de produccedilatildeo mundial de abacate (t) em 21

paiacuteses indo de 2004 a 2013 com base nos dados da FAO ndash Organizaccedilatildeo das

Naccedilotildees Unidas para Alimentaccedilatildeo e Agricultura (Food and Agriculture Organization of

the United Nations para a sigla em inglecircs)

27

Figura 2 Produccedilatildeo mundial do abacate (em t) elaborado pelo autor FONTE NOVAGRIM adaptado com dados da FAO

Os paiacuteses produtores de abacate satildeo representados no mapa abaixo onde a

intensidade da coloraccedilatildeo vermelha representa o volume de abacate produzido no

paiacutes quanto mais intenso maior o volume produzido como estaacute destacado o

Meacutexico maior produtor mundial participando com aproximadamente 31 12 de toda

a produccedilatildeo mundial da fruta

Figura 3 - Paiacuteses produtores de abacate ao redor do mundo FONTE FACTFISH

100000

300000

500000

700000

900000

1100000

1300000

1500000

1700000

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013

PRODUCcedilAtildeO MUNDIAL DE ABACATE

MEacuteXICO

INDONEacuteSIA

REP DOM

COLOcircMBIA

BRASIL

EUA

CHILE

PERU

CHINA

28

Em 2004 o maior produtor mundial de abacate foi o Meacutexico participando com

307 de todo o volume produzido mundialmente com cerca de 987000 t Em

segundo lugar poreacutem muito atraacutes com um volume de 221774 t segue a Indoneacutesia

representando apenas 689 Na terceira posiccedilatildeo Repuacuteblica Dominicana 68 e

218790 t e em quarto produzindo 170985 t estava a Colocircmbia com 53

De acordo com os dados de 2013 o Meacutexico continuou liderando o setor

participando com 3112 do total produzido agora com um volume de 1467837 t

Em segundo lugar a Repuacuteblica Dominicana com 821 Colocircmbia 643 e Peru

611 em ordem decrescente (FAOSTAT) Nos uacuteltimos 10 anos a Repuacuteblica

Dominicana saltou para o segundo lugar graccedilas a um aumento de 771 em sua

produccedilatildeo Neste sentido a Colocircmbia alcanccedila a posiccedilatildeo de 3deg colocado devido ao

aumento similar ao da Repuacuteblica Dominicana (774)

O Peru foi o paiacutes que obteve maior destaque pois saiu da oitava posiccedilatildeo

participando com apenas 337 da produccedilatildeo mundial o que representava um

volume de 108460 t em 2004 para a quarta posiccedilatildeo no ranking mundial em 2013

com 611 quando produziu 288387 t a sua participaccedilatildeo no mercado mundial

quase que dobrou nesse periacuteodo O aumento da produccedilatildeo mundial foi de 467

enquanto que o aumento do volume de abacate produzido no Peru foi de 1659

Segundo CARVALHO (2015) a formaccedilatildeo de associaccedilotildees como a PROHASS que

investe no desenvolvimento de tecnologia e marketing para estimular inclusive o

consumo interno podendo ateacute ser um exportador para o Brasil

Aos poucos a China vem participando do mercado do abacate A populaccedilatildeo

do paiacutes ultrapassa 15 bilhotildees de pessoas em algumas aacutereas metropolitanas a

populaccedilatildeo vai de 12 a 45 milhotildees de habitantes Em 2000 a classe meacutedia da China

representava 4 da populaccedilatildeo e hoje chega a 66 Os gastos com alimentaccedilatildeo

tambeacutem acompanham essa mudanccedila de comportamento pois existe nesta classe a

procura por alimentos mais saudaacuteveis Esses fatores tecircm estimulado uma mudanccedila

no consumo de abacate em toda a China (MILLER et al 2015)

Quanto agrave produccedilatildeo do Brasil no Ranking global ocorreu justamente o

contraacuterio o paiacutes saiu da quinta posiccedilatildeo para a oitava ao reduzir 765 da produccedilatildeo

que era de 170895 t em 2004 para 157428 t em 2013 Em 2011 o abacate ficou na

17deg posiccedilatildeo no ranking da produccedilatildeo nacional da fruta ocupando apenas 03 do

montante da produccedilatildeo de frutas frescas muito atraacutes das principais culturas

29

produzidas como a laranja mais produzida participando com 416 do setor

Banana segunda mais importante com 154 e Melancia com 46 em quarto

(IBGEPAM 2011)

O volume de abacate fresco brasileiro exportado foi de 4313 t em 2013 para

5806 toneladas em 2014 resultando num aumento de mais de 37 na receita com

este setor que em 2014 foi de mais de nove milhotildees e meio de doacutelares

(AGRIANUAL 2015)

O graacutefico abaixo apresenta o comportamento do volume em toneladas de

abacate exportado pelos paiacuteses que participam do setor

Figura 4 Volume de abacate (t) exportado pelos paiacuteses exportadores da fruta Elaborado pelo autor FONTE FAO

Em 2013 Meacutexico liderou o setor de exportaccedilatildeo do abacate com um volume

de 563492 toneladas cerca 463 do total exportado no mundo Em segundo lugar

a Holanda com 99 A Holanda eacute um grande importador contudo o paiacutes reexporta

grande parte do volume comprado O Peru merece destaque pois saiu de um

volume exportado de 2209 t (06) em 2000 para 114515 t em 2013 ocupando

94 do volume de abacate exportado o que lhe conferiu a 3deg posiccedilatildeo no ranking

global Em quarto lugar o Chile com 73

A figura a seguir apresenta o comportamento dos principais importadores de

abacate do mundo em 14 anos

0

100000

200000

300000

400000

500000

600000

20002001200220032004200520062007200820092010201120122013

EVOLUCcedilAtildeO DA EXPORTACcedilAtildeO MUNDIAL EM t

MEacuteXICO

CHILE

ESPANHA

AacuteFRICA DO SUL

ISRAEL

HOLANDA

PERU

30

Figura 5 Evoluccedilatildeo do volume (t) importado pelos principais paiacuteses importadores de abacate ELABORADA PELO AUTOR FONTE FAOSTAT

Os principais importadores de fruta como por exemplo o europeu e o norte

americano exigem um padratildeo de qualidade que observem as demandas impostas

pelos consumidores com relaccedilatildeo agrave seguranccedila alimentar e tambeacutem agraves exigecircncias

para certificaccedilatildeo do produto levando em consideraccedilatildeo aspectos ambientais e

sociais aleacutem do local de produccedilatildeo Desta forma produtores de fruta destinadas agrave

exportaccedilatildeo precisaram adaptar suas lavouras para atender agraves exigecircncias dos mais

importantes selos internacionais como o EureGapR e o TNCR (OLIVEIRA 2005) O

maior importador de abacate do mundo satildeo os Estados Unidos (ROCHA 2014)

O volume de abacate importado ao redor do mundo vem crescendo na uacuteltima

deacutecada Os Estados Unidos lideram o montante desde 2007 mais ainda que toda a

Uniatildeo Europeia o volume importado pelo paiacutes cresceu cerca de sete vezes entre

2000 e 2013 Em segundo lugar a Uniatildeo Europeia importando quase 23 menos

A Holanda tambeacutem cresceu muito e hoje ocupa a terceira colocaccedilatildeo no ranking O

Japatildeo e o Canadaacute tiveram consideraacutevel crescimento contudo mantiveram-se na 5deg

e 6deg posiccedilatildeo durante esse periacuteodo

Nos EUA a demanda cresce mais acelerado do que a oferta segundo

CARVALHO (2015) a demanda cresce 12 ao ano enquanto a produccedilatildeo cresce

apenas 4 O paiacutes possui uma poliacutetica de retornar parte dos lucros oriundos da

-

100000

200000

300000

400000

500000

600000

700000

IMPORTACcedilAtildeO DE ABACATE NO MUNDO EM t

EUA

UE

HOLANDA

FRANCcedilA

CANADAacute

REINO UNIDO

31

comercializaccedilatildeo do Avocado no paiacutes com a elaboraccedilatildeo de marketing e o

desenvolvimento de pesquisas que incentivem o aumento do consumo interno

promovendo alimentos como por exemplo o GUACAMOLE alimento muito popular

no paiacutes

Em 2002 os EUA impunham a Lei do Bioterrorismo exigindo que as

empresas que produzem processem armazenem ou processem alimentos voltados

ao consumo humano ou animal devem cumprir normas para comercializar seus

produtos voltados ao consumo humano ou animal precisam cumprir normas para

comercializar seus produtos nos Estados Unidos Eacute necessaacuterio que essas mesmas

empresas possuam registro junto ao governo norte-americano atualizando estas

informaccedilotildees e comunicarem agraves autoridades a chegada de novos carregamentos

alimentares O natildeo cumprimento dessas exigecircncias acarreta na proibiccedilatildeo do

ingresso da carga e possiacutevel retenccedilatildeo da mercadoria com multa para o responsaacutevel

pelo carregamento (MDIC 2006)

Os principais compradores de abacate ‟Hass‟ satildeo os Estados Unidos (20 a

50) UE AUS e o Meacutexico maior produtor e exportador do Avocado participando

com 20 do mercado de Avocado (CARVALHO 2015)

O Brasil participa com apenas 031 do mercado internacional exportando

para o Canadaacute e Holanda CARVALHO (2015) comenta que o Brasil natildeo aproveita

seu potencial de se tornar grande produtor e exportador de Avocado o paiacutes possui

extensa aacuterea e clima variado entre outros fatores que favorecem a produccedilatildeo de

Avocado contudo a produccedilatildeo ainda eacute muito pequena quando comparado com

outros paiacuteses que participam do mercado internacional da fruta

Quanto agrave contribuiccedilatildeo do desenvolvimento de programas de melhoramento

geneacutetico para a consolidaccedilatildeo do Brasil como grande produtor mundial de abacate a

utilizaccedilatildeo de cultivares de bdquoHass-like‟ representa uma excelente opccedilatildeo para

aumentar a safra da cultura no paiacutes devido agrave caracteriacutestica que esta variedade tem

de antecipar a florada ampliando desta forma a janela de produccedilatildeo e aumentando

a competitividade do paiacutes em relaccedilatildeo a outros paiacuteses exportadores da fruta

O graacutefico a seguir ilustra o comportamento das exportaccedilotildees e importaccedilotildees

Brasileiras em 14 anos

32

Figura 6 - Evoluccedilatildeo da exportaccedilatildeo e importaccedilatildeo do abacate (em t) no Brasil em 14 anos Elaborado pelo autor FONTE FAO

Alguns dos principais concorrentes do Brasil tratando-se da exportaccedilatildeo do

Avocado satildeo Aacutefrica do Sul com 3 das exportaccedilotildees Chile com 7 e Peru

representando 10 do mercado internacional de Avocado A safra do Chile ocorre

em eacutepoca proacutexima a do Brasil comeccedilando em agosto e terminando em fevereiro

(CARVALHO 2015) A Boliacutevia apesar de participar com apenas 012 do volume

exportado tem a vantagem de possibilidade de produccedilatildeo o ano todo

O elevado padratildeo de qualidade dos produtos eacute sem duacutevida um fator que

pode fazer com que o Brasil se estabeleccedila no mercado mundial de abacate Esta

praacutetica tem qualificado a Aacutefrica do Sul como um dos principais fornecedores para

paiacuteses da Europa a partir do intenso trabalho desenvolvido pela empresa sem fins

lucrativos WESTFALIA situada no municiacutepio de Limpopo por meio de investimentos

em tecnologia

A tabela a seguir apresenta o periacuteodo do ano em que cada paiacutes exportador de

abacate embarca seus produtos ao redor do mundo

0

500

1000

1500

2000

2500

3000

3500

4000

4500

5000

EXPORTACcedilAtildeO

IMPORTACcedilAtildeO

33

TABELA 3 - Janela de exportaccedilatildeo dos paiacuteses exportadores de abacate

adaptada FONTE WESTFALIASUBSOLE

CALENDAacuteRIO DE EXPORTACcedilAtildeO DE ABACATE lsquoHASSrsquo

jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

BRASIL X X X X X X X X

ARGENTINA X X X

EUA X X X X X X X X X X X X

CHILE X X X X X X X X X X

AFRICA DO SUL X X X X X X X

REP DOMINICANA X X X X X

ISRAEL X X X X X X

PERU X X X X X X X

NOVA ZELAcircNDIA X X X

MEacuteXICO X X X X X X X X X X X X

ESPANHA X X X X X X X

QUEcircNIA X X X X X

AUSTRAacuteLIA X X X X X X X

Os principais destinos do abacate ‟Hass‟ exportado pelo Brasil satildeo Espanha

Itaacutelia Holanda Alemanha e Dinamarca O material exportado segue de navio do

porto de Santos a uma temperatura de 5degC levando ateacute 16 dias no maacuteximo ateacute os

destinos Esse material exportado pelo Brasil possui os certificados GlobalGapR ndash

BRCR ndash BSCIR ndash SedexR ndash SmetaR

Os graacuteficos a seguir apresentam informaccedilotildees sobre a evoluccedilatildeo do da

exportaccedilatildeo do abacate feitos a partir de informaccedilotildees apresentadas no Anuaacuterio

Brasileiro de fruticultura (2004 a 2015) obtidos a partir de dados do Instituto

Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica

34

Figura 7 - Evoluccedilatildeo do volume de abacate exportado pelo brasil (2003 a 2014) Elaborado pelo autor com dados DO ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE AGRICULTURA DE 2004 a 2015 (IBGE)

Figura 8 - Receita com exportaccedilatildeo brasileira de abacate (2003 a 2014) Elaborado pelo autor com dado do ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE AGRICULTURA DE 2004 a 2015 (IBGE)

O volume de abacate exportado pelo Brasil vem crescendo nos uacuteltimos anos

revelando assim a importacircncia do setor para o paiacutes A variaccedilatildeo do volume

exportado de 2008 para 2009 foi de 6282 jaacute de 2009 para 2010 a exportaccedilatildeo

sofreu uma queda de 793 Em 2014 houve um aumento de 3462 no setor em

relaccedilatildeo ao ano anterior (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE FRUTICULTURA) A receita

-

100000

200000

300000

400000

500000

600000

700000

20

03

20

04

20

05

20

06

20

07

20

08

20

09

20

10

20

11

20

12

20

13

20

14

EVOLUCcedilAtildeO DO VOLUME DE ABACATE EXPORTADO PELO BRASIL (2003 a 2014)

VOLUME EXPORTADO (t)

-

20000000

40000000

60000000

80000000

100000000

120000000

20

03

20

04

20

05

20

06

20

07

20

08

20

09

20

10

20

11

20

12

20

13

20

14

RECEITA COM EXPORTACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ABACATE (2003 a 2014)

RECEITA (em USS FOB)

35

obtida a partir da exportaccedilatildeo do abacate tambeacutem acompanha os iacutendices de

crescimento

A Aacutefrica do Sul um dos principais concorrentes do Brasil no setor de

exportaccedilatildeo do Avocado eacute reconhecida por exportar material de alta qualidade para

Europa onde possui escritoacuterios contudo sua produccedilatildeo estaacute estagnada A Westfalia

eacute uma empresa sem fins lucrativos produtora de Avocado na Aacutefrica do Sul

responsaacutevel por desenvolver o mercado de Avocado no paiacutes e investe fortemente

em tecnologia o que colaborou para a atual situaccedilatildeo da Aacutefrica do Sul no setor de

exportaccedilatildeo de Avocado (CARVALHO 2015)

ABACATE NO BRASIL

O Brasil favorecido quando comparado com outros paiacuteses produtores devido

agrave suas dimensotildees continentais o que lhe possibilita ampla variaccedilatildeo de temperaturas

e solos estes fator unido agraves caracteriacutesticas individuais de cada variedade como por

exemplo sazonalidade e exigecircncias nutricionais e de horas de luz Contudo apesar

da aacuterea destinada agrave produccedilatildeo do abacate no Brasil ter reduzido passando de

11605 ha em 2005 para 9559 ha em 2014 reduccedilatildeo de 176 a produccedilatildeo natildeo foi

tatildeo alterada o que evidencia a possibilidade de um aumento na produtividade destas

aacutereas

Atualmente o Brasil ocupa a oitava posiccedilatildeo no ranking global do setor de

produccedilatildeo de abacate E apesar de possuir crescente produtividade o paiacutes ainda

possui excelente potencial produtor e tambeacutem como exportador da fruta Para

aproveitar melhor esse potencial deveriam ser feitos mais investimentos tanto no

que se refere agrave produccedilatildeo como por exemplo melhoramento geneacutetico e adoccedilatildeo de

protocolos de boas praacuteticas agriacutecolas para a obtenccedilatildeo de certificaccedilatildeo quanto no

setor de comercializaccedilatildeo desenvolvendo elevado padratildeo de qualidade da fruta

A tabela a seguir (TABELA 4) apresenta a aacuterea destinada agrave colheita de todas

as variedades de abacate nos principais produtores de abacate e o Distrito Federal

TABELA 4 - Aacuterea destinada agrave colheita (em ha) Elaborada pelo autor

DADOS (IBGE-SIDRA)

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Brasil 11605 10515 9892 9596 8509 11125 10768 9615 9707 9559

Satildeo Paulo 4266 3688 3583 3437 3267 5530 5642 4192 4374 4337

36

Minas Gerais 2865 2254 2326 2223 1854 2202 2134 2309 2416 2373

Paranaacute 1492 1467 1306 1009 1085 1000 944 922 958 930

Cearaacute 493 475 498 497 490 484 477 480 483 498

Rio Grande do Sul 626 619 613 602 584 575 552 499 470 444

Distrito Federal 119 122 109 124 108 111 - 295 160 134

A tabela 5 abaixo apresenta a produccedilatildeo de todas as variedades de abacate

em toneladas dos uacuteltimos 10 anos para os principais estados produtores e o Distrito

Federal

TABELA 5 - Produccedilatildeo nacional de abacate em 10 anos (em t) Elaborada pelo

autor FONTE (IBGESIDRA)

UFANO 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Brasil 169335 164441 154096 147214 139089 153189 160376 159903 157482 156669 1000

Satildeo Paulo 77107 78085 70812 69904 74193 83002 91909 82780 85101 79316 506

Minas Gerais 38777 32812 33436 28016 24772 28522 30975 36669 36571 41259 263

Paranaacute 22265 22575 20425 16537 15919 15824 17304 16705 16309 15784 101

Rio Grande do Sul

8167 7905 7804 7602 6824 6769 6907 5719 5584 5277 34

Cearaacute 5202 4231 4706 4520 4336 4163 3985 2717 2640 3637 23

Distrito Federal 2596 3081 2690 3019 2666 2415 - 6914 3152 3151 20

Em 2014 a aacuterea destinada agrave colheita do abacate no estado do Cearaacute era

superior agrave aacuterea do Rio Grande do Sul contudo a produccedilatildeo no estado do Cearaacute no

mesmo ano foi de 3637 t enquanto que a produccedilatildeo do Rio Grande do Sul foi de

5277 45 maior reforccedilando assim a ideia de que a produtividade no Sul pode ser

maior em relaccedilatildeo agrave regiatildeo Nordeste Este fator pode ser decorrente do uso de

cultivares inadequadas para as condiccedilotildees climaacuteticas da regiatildeo eou pela falta de

adoccedilatildeo de tecnologias modernas e teacutecnicas avanccediladas de produccedilatildeo

No Distrito Federal a produccedilatildeo cresceu 21 nos uacuteltimos 10 anos e hoje

representa 2 da produccedilatildeo nacional Por outro lado Satildeo Paulo que lidera o ranking

com 506 de toda a produccedilatildeo obteve crescimento de apenas 286 Jaacute a

produccedilatildeo do Paranaacute sofreu uma reduccedilatildeo de -291 neste mesmo periacuteodo poreacutem

manteve-se como quarto produtor nacional de abacate Os estados do Cearaacute e Rio

Grande do Sul tambeacutem reduziram sua produtividade nos uacuteltimos 10 anos

acompanhando a reduccedilatildeo nacional que reduziu -74

37

A variaccedilatildeo da produtividade de todas as variedades de abacate dos principais

estados produtores de abacate do Brasil eacute apresentada na TABELA 6 a seguir

TABELA 6 - Variaccedilatildeo (em) da produtividade (t) no Brasil em 10 anos

Elaborada pelo autor FONTE (IBGESIDRA)

VARIACcedilAtildeO () DA PRODUTIVIDADE (t) EM 10 ANOS

ESTADOANO 2005 2014 VARIACcedilAtildeO

PAIacuteS 146 164 123

SAtildeO PAULO 181 183 11

MINAS GERAIS 135 174 289

PARANAacute 149 17 141

RIO GRANDE DO SUL 13 119 -85

CEARAacute 106 73 -311

DISTRITO FEDERAL 218 235 78

De acordo com os dados do IBGE Satildeo Paulo eacute o maior produtor de abacate

do paiacutes Dentre as variedades mais produzidas no estado de Satildeo Paulo estatildeo

bdquoFortuna‟ bdquoGeada‟ bdquoQuintal‟ e bdquoMargarida‟ (DORIZZOTTO 2011)

Abaixo segue TABELA 11 contendo os nuacutemeros de plantas novas e o

nuacutemero de plantas em produccedilatildeo bem como a produccedilatildeo (caixas de 22Kg) no estado

de Satildeo Paulo ao longo de 15 anos

TABELA 7 - Quantidade de peacutes novos peacutes em produccedilatildeo e produccedilatildeo (cx 22kg)

no estado de Satildeo Paulo entre 2000 e 2015 Elaborada pelo autor FONTE

INSTITUTO DE ECONOMIA AGRIacuteCOLA

ANO PEacuteS

NOVOS PEacuteS EM

PRODUCcedilAtildeO

2000 4859400 66157100

2001 4617700 62883700

2002 4742500 55421300

2003 6095000 49740300

2004 5969500 48339500

2005 5131100 46596200

2006 5325600 45869000

2007 3412800 47668000

2008 5007100 40617400

2009 12068600 49971400

2010 8190000 53239000

38

2011 6904500 54780100

2012 7704100 51341600

2013 7002100 59149400

2014 8419800 60996100

2015 9040200 67073800

O graacutefico abaixo apresenta a curva da produtividade obtida a partir da relaccedilatildeo

feita entre a produccedilatildeo e a quantidade de peacutes em produccedilatildeo no estado de Satildeo Paulo

Figura 9 - Produtividade (kgplanta) no estado de Satildeo Paulo desde 2000 elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE ECONOMIA AGRIacuteCOLA

Os dados foram obtidos a partir da relaccedilatildeo feita entre a quantidade de planta

em produccedilatildeo e a quantidade de caixas de 22 Kg produzidas no estado de Satildeo Paulo

desde 2000 Esses dados revelam crescente aumento da produtividade ateacute o ano de

2010 onde a produtividade ultrapassou 168 Kgplanta Jaacute em relaccedilatildeo ao ano de

2011 a produtividade sofreu uma reduccedilatildeo de 10 Depois disso a curva de

produtividade continuou ascendente

A seguinte tabela apresenta a evoluccedilatildeo do preccedilo do abacate comercializado

na CEAGESP durante o ano no periacuteodo de nove anos

90

110

130

150

170

190

20

00

20

01

20

02

20

03

20

04

20

05

20

06

20

07

20

08

20

09

20

10

20

11

20

12

20

13

20

14

20

15

PRODUTIVIDADE DOS PEacuteS DE ABACATE (Kgplanta) EM SP

PRODUTIVIDADE

39

TABELA 8 - Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio (em R$Kg) do abacate FONTE

CEAGESP 2008

ANOMEcircS JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

2007 105 101 1 118 107 109 129 151 159 181 228 279

2008 119 081 084 097 102 11 122 137 149 208 296 326

2009 169 122 132 133 141 141 152 177 217 213 212 235

2010 17 161 165 154 151 151 164 173 202 262 406 316

2011 185 182 183 203 186 204 231 278 308 317 359 369

2012 207 155 151 141 153 164 192 218 242 268 429 485

2013 263 209 216 215 244 265 258 304 347 403 566 498

2014 228 206 231 239 198 2 256 267 301 305 403 538

2015 406 403 386 349 367 397 394 43 - - - -

O graacutefico a seguir resume o comportamento da quantidade de peacutes novos e

em produccedilatildeo no estado de Satildeo Paulo desde o ano 2000

Figura 10 - Evoluccedilatildeo do nuacutemeros de peacutes novos e em produccedilatildeo ao longo de 15 anos no estado de Satildeo Paulo elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE

ECONOMIA AGRIacuteCOLA

A produccedilatildeo (em caixas de 22 Kg) eacute demonstrada no graacutefico abaixo para esse

mesmo periacuteodo

000

10000000

20000000

30000000

40000000

50000000

60000000

70000000

80000000

20002002200420062008201020122014

EVOLUCcedilAtildeO DOS DADOS DO ABACATE EM SAtildeO PAULO

PEacuteS NOVOS

PEacuteS EM PRODUCcedilAtildeO

40

Figura 11 - Evoluccedilatildeo da produccedilatildeo de abacate em caixas de 22kg no estado de Satildeo Paulo em 15 anos elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE

ECONOMIA AGRIacuteCOLA

A sazonalidade do abacate comercial na CEAGESP em Satildeo Paulo

demonstram que o abacate pode ser comercializado praticamente todas as eacutepocas

do ano como apresentado pela tabela

TABELA 9 - Sazonalidade do abacate FONTE CEAGESP 2008

VARIEDADE JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

GEADA X X X X X

FORTUNA X X X X X X X

QUINTAL X X X X X X X

MARGARIDA X X X X X X X X X X

BREDA X X X X X X X X

HASS X X X X X X X X

O Estado de Minas Gerais eacute o segundo maior produtor nacional de abacate

participando do setor com 229 do total produzido A aacuterea no Estado destinada agrave

produccedilatildeo da fruta foi de 23 mil ha A produtividade do estado de Minas em 2012 foi

de 15881 (hgha) (PERFIL DA FRUTA) A produccedilatildeo de abacate no Distrito Federal

em 2013 foi de 3152 toneladas (IBGE) Em Minas a produccedilatildeo concentra-se nas

regiotildees Sul e Sudeste do estado (ALMEIDA 2013)

200000000

250000000

300000000

350000000

400000000

450000000

500000000

550000000

20002002200420062008201020122014

EVOLUCcedilAtildeO NA PRODUCcedilAtildeO DE ABACATE EM SAtildeO PAULO (22Kgcx)

PRODUCcedilAtildeO CX 22Kg

41

Em 2003 o Paranaacute foi o terceiro maior produtor nacional de abacate com uma

aacuterea de aproximadamente 1600ha onde se produziu 26 mil toneladas gerando uma

receita de cerca de R$ 85 milhotildees (HOHMANN amp MENEGUIM 2005)

De acordo com a relaccedilatildeo feita entre os dados de volume de abacate colhido e

de aacuterea destinada agrave produccedilatildeo do IBGESIDRA em 10 anos (2005 agrave 2014) o estado

que sofreu maior reduccedilatildeo da produtividade foi o estado do CEARAacute reduzindo em

31 aproximadamente enquanto que o estado de minas aumentou 289 sua

produtividade O DF apresentou os melhores niacuteveis de produtividade a partir desses

dados

AVOCADO NO BRASIL

A regiatildeo de Bauru em Satildeo Paulo especializou-se na produccedilatildeo dos abacates

‟Hass‟ e bdquoFuerte‟ conhecidos comercialmente como Avocado e satildeo os mais

apreciados pelo mercado internacional (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA

FRUTICULTURA 2008)

O Avocado variedades ‟Hass‟ e bdquoFuerte‟ possui excelentes caracteriacutesticas

nutricionais como por exemplo seu alto teor de lipiacutedeos Aleacutem disso o fruto possui

tamanho reduzido o que facilita o consumo evitando que parte natildeo consumida seja

armazenada Uma das possibilidades de se estimular o consumo interno seria

promover o produto a partir do uso de marketing setor no qual a empresa

JAGUACYR situada no municiacutepio de Bauru ndash SP tem se destacado fornecendo

informaccedilotildees nutricionais e apresentando o alto padratildeo de qualidade da fruta Outro

fator que reduz a oferta do produto no mercado interno eacute a demanda internacional

apesar de impor barreiras e exigirem alto padratildeo de qualidade o produto de

qualidade recebe os melhores preccedilos este fator tambeacutem limita o consumo interno

porque o preccedilo oferecido pelos importadores reflete no preccedilo interno

Outro ponto que deve ser observado para se manter qualidade elevada dos

frutos eacute a escolha adequada do ponto de colheita pois este fator reflete diretamente

no teor de oacuteleo dos frutos que por sua vez eacute responsaacutevel pela conservaccedilatildeo do

sabor Os melhores teores de oacuteleo encontram-se em frutos tardios como nas

variedades obtidas a partir das raccedilas Guatemalenses e Mexicana sendo maior nas

raccedilas Mexicana e menor em cultivares oriunda de raccedilas Guatemalenses como por

exemplo a bdquoHass‟

42

A exportaccedilatildeo brasileira do abacate bdquoHass‟ variedade mais produzida no

mundo era de 100 toneladas por ha em 2004 para 2186 toneladas em 2010

(DORIZZOTTO 2011) Contudo este dado representa apenas 143 do volume de

todo o abacate produzido no paiacutes nesta mesma data mesmo com seus atributos

nutricionais e comerciais

Quando se trata do segmento do mercado do Avocado brasileiro em acircmbito

global a empresa JAGUACYR situada no municiacutepio de Bauru ndash SP com sede na

Holanda eacute de extrema relevacircncia contribuindo com 90 das exportaccedilotildees brasileiras

deste produto com o qual o Brasil ainda comeccedila a participar poreacutem possui

condiccedilotildees favoraacuteveis para crescer no setor (CARVALHO 2015)

O graacutefico a seguir apresentado na Figura 2 demonstra a evoluccedilatildeo da

participaccedilatildeo do Avocado no setor de fruticultura no estado de Satildeo Paulo

Figura 12 - Elaborado pelo autor FONTE CEAGESPSEDES GABRIEL V BITENCOURT DE ALMEIDA

Como apresentado no graacutefico acima o volume de Avocado comercializado na

CEAGESP tem crescido rapidamente vertiginosamente chegando a quase

quadruplicar seu valor em apenas 7 anos

Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio de atacado (R$Kg) de Avocado na CEAGESP de

Satildeo Paulo durante o ano (SP) (Figura 3)

81 74 90

106 133

208

365 378

0

50

100

150

200

250

300

350

400

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

EVOLUCcedilAtildeO DA QUANTIDADE COMERCIALIZADA (T) DE AVOCADO NA CEAGESP DE SAtildeO PAULO (SP)

QUANTIDADE(toneladas)

43

Figura 13 - Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio do avocado na CEAGESP (R$Kg) Elaborado pelo autor FONTES CEAGESP

O graacutefico a seguir demonstra um comparativo da variaccedilatildeo do preccedilo meacutedio do

abacate em relaccedilatildeo ao Avocado durante o ano com base nos dados de nove anos

da CEAGESP (R$Kg)

Figura 14 - Comparativo do preccedilo meacutedio do abacate e do avocado comercializado na ceagesp durante o ano elaborado pelo autor FONTE

CEAGESP

A partir dos dados de 7 anos com a variaccedilatildeo do preccedilo meacutedio do Avocado por

quilo durante o ano pocircde-se observar que os menores valores encontram-se entre

maio e agosto A variaccedilatildeo de preccedilo meacutedio durante o ano chega a ser de R$ 581 o

quilo mais que o dobro entre o maior e menor valor meacutedio encontrado

O graacutefico com o comparativo do preccedilo do abacate com o Avocado (Figura 11)

revela a discrepacircncia da valorizaccedilatildeo entre os dois grupos O valor miacutenimo do

4

6

8

10

12

jan

fev

mar

abr

mai

jun jul

ago

set

ou

t

no

v

dez

EVOLUCcedilAtildeO DO PRECcedilO MEacuteDIO DO AVOCADO NA CEAGESP (R$Kg)

PRECcedilO MEacuteDIO

0

2

4

6

8

10

12

JAN

FEV

MA

R

AB

R

MA

I

JUN

JUL

AG

O

SET

OU

T

NO

V

DEZ

PRECcedilO AVOCADO

PRECcedilO DO ABACATE

44

Avocado eacute de R$ 554 por quilo enquanto que o maior valor encontrado do abacate

chega a R$ 381 uma diferenccedila de quase 50

O CEASA-DF registrou em 2014 um volume comercializado de 397 toneladas

de Avocado enquanto que no ano anterior o volume registrado natildeo passou de 07

toneladas (CEASA-DF)

Apesar de jaacute haver teacutecnicas eficientes e tecnologias modernas disponiacuteveis

para se aperfeiccediloar a produccedilatildeo do abacate a exploraccedilatildeo de novas regiotildees com

potencial produtor para a implantaccedilatildeo de pomares de abacateiro no Brasil eacute um dos

fatores que podem aumentar mais ainda a produccedilatildeo nacional No DF por exemplo

a aacuterea destinada agrave colheita do abacate sofreu uma reduccedilatildeo de mais da metade de

2012 para 2014 muito diferente da forma como havia se comportando desde 2000

quando a aacuterea passou de 85 ha para 111 em 2010 O DF representa apenas 2 da

produccedilatildeo nacional do abacate contudo sua produtividade vem aumentando e de

acordo com os dados do IBGE o DF possui os melhores iacutendices de produtividade do

paiacutes o que pode representar forte potencial da regiatildeo no setor Este fato corrobora

com a ideia de que o Brasil pode aproveitar melhor sua extensatildeo territorial

explorando regiotildees com potencial produtor como o DF por exemplo

CERTIFICACcedilAtildeO

CARVALHO (2015) afirma que para participar do mercado internacional os

produtores devem se atentar agraves exigecircncias internacionais de qualidade e seguranccedila

garantidas por meio de certificaccedilatildeo como GlobalGapR BRCR BRCIR FAIRDRADER

e SEDEX-SMETAR Outro ponto que deve ser adotado pelo Brasil no comeacutercio do

Avocado eacute manter um mercado com preccedilo linear e contiacutenuo Ainda segundo

CARVALHO (2015) produtores que natildeo possuem certificaccedilatildeo no GlobalgapR

recebem menos 10

PRECcedilO PAGO PELA JAGUACYR AO PRODUTOR COM GLOBALGAPR

TABELA 10 - (CARVALHO 2015)

CAT CALIBRE MAR ABR MAI JUN

1 12 A 24 315 322 205 205

2 26 A 32 131 129 130 130

2 12 A 24 284 350 187 187

45

Para o consumidor final o selo GLOBALGAPR natildeo eacute tatildeo notado pois o uso

desta marca eacute praticado entre empresas Contudo sua em sua elaboraccedilatildeo

considerou-se a reduccedilatildeo dos impactos negativos das operaccedilotildees agriacutecolas no meio

ambiente reduzir o uso de insumos quiacutemicos e garantir que assuntos de sauacutede e

seguranccedila dos empregados e bem estar animal sejam observados (GLOBALGAPR

2008)

A GLOBALGAPR serve como um manual no comeacutercio mundial de produtos

agriacutecolas estabelecendo normas voluntaacuterias para sua certificaccedilatildeo Este conjunto de

normas estabelece serve de molde para a conduccedilatildeo de boas praacuteticas agriacutecolas

(BPA) nas atividades agriacutecolas (GLOBALGAPR 2008)

Um dos pontos positivos em se adotar os protocolos de boas praacuteticas

agriacutecolas eacute a prevenccedilatildeo de perdas Pesquisas feitas no setor da fruticultura

concluem que maior parte do desperdiacutecio ocorre no percurso que vai do manuseio

no campo ateacute as centrais de produccedilatildeo (AGRIANUAL 2012) Os iacutendices de perdas da

abaticultura chegam a 34 ao ano (AGRIANUAL 2015)

Eacute de extrema importacircncia desenvolver soacutelidos e eficientes sistemas de

certificaccedilatildeo a fim de assegurar qualidade que atenda as expectativas dos

consumidores permitindo que as empresas ingressem nos mercados globais com

seus produtos (ZEIDAN et al 2008)

A difusatildeo de praacuteticas recomendadas para a obtenccedilatildeo da certificaccedilatildeo

GLOBALGAPR por parte dos produtores de abacate principalmente as variedades

bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ pode estimular o consumo interno por meio da oferta de produtos

de maior qualidade aleacutem de reduzindo perdas e promover o produto no comeacutercio

internacional da fruta Fazendo com que o potencial produtor seja aproveitado ao

maacuteximo uma vez que seguir os protocolos de boas praacuteticas agriacutecolas represente a

reduccedilatildeo de perdas no processo de produccedilatildeo de colheita e de transporte seja por

meio da reduccedilatildeo da incidecircncia de pragas ou por adoccedilatildeo de teacutecnicas e evitem perdas

na conduccedilatildeo da produccedilatildeo dos pomares de abacate

CONCLUSOtildeES

A produccedilatildeo de Avocado cultivares bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ superiores em vaacuterios

aspectos agraves cultivares mais populares no paiacutes tem condiccedilotildees de se desenvolver

amplamente no Brasil tornando-o grande consumidor e exportador da fruta Essa

46

mudanccedila pode ocorrer por meio de incentivos governamentais que incentivem o

registro de produtos para a cultura do abacateiro favorecendo a obtenccedilatildeo de

certificaccedilatildeo bem como o desenvolvimento de centros de pesquisas que

desenvolvam estudos sobre a cultura do abacateiro que promovam a difusatildeo de

tecnologia e com isso estimule a utilizaccedilatildeo de novas aacutereas com potencial produtivo

A transferecircncia de tecnologia tambeacutem pode ser feita por parte de empresas da aacuterea

privada que possuem domiacutenio de teacutecnicas e tecnologias modernas principalmente

por meio da popularizaccedilatildeo da produccedilatildeo de mudas clonais para porta-enxerto Aleacutem

disso devem ser feitas accedilotildees por parte de instituiccedilotildees privadas como o

desenvolvimento do marketing da fruta a fim de divulgar os benefiacutecios do consumo

e a exposiccedilatildeo de novas formas de consumo de abacate pode ser crucial para a

mudanccedila do comportamento do consumidor nacional uma vez que este se atenta

principalmente aos aspectos visuais do abacate

Na poacutes-colheita o controle sobre os processos de maturaccedilatildeo poderia ser

mais bem aproveitado No Brasil a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas de conservaccedilatildeo no poacutes-

colheita de frutas objetiva na maioria das vezes estender o tempo de prateleira

destes produtos Para se aproveitar os elevados preccedilos ofertados em determinadas

eacutepocas os produtores colhem os frutos antes do recomendado para a fruta do

abacateiro o que reduz sua qualidade pois a eacutepoca da colheita influencia

diretamente no teor de oacuteleo fator altamente relacionado com o sabor da fruta Por

outro lado a aceleraccedilatildeo do processo de maturaccedilatildeo por meio do controle de

maturaccedilatildeo permite fornecimento de frutos maduros prontos para o consumo

estimulando assim o consumo no paiacutes Com a entrega regular de frutos maduros

nos supermercados e restaurantes novas formas de consumo da fruta como patecircs

e em saladas poderiam ser facilmente introduzidas no cardaacutepio nacional

47

BIBLIOGRAFIA

ALMEIDA G V B Mercado Atacadista de Abacate e Avocado (CEAGESP) III

Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado Bauru 2015

ALMEIDA G V B O Abacate no mundo e na CEAGESP Todafruta notiacutecia 2011

DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwtodafrutacombrnoticia28119O+ABACATE+NO+MUNDO+NO+BRASIL

+E+NA+CEAGESP gt

ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA FRUTICULTURA 2004 a 2015 DISPONIacuteVEL EM

httpwwwgrupogazcombrtratadaseo_edicao420150320150301_106c8c2f1pdf

4718_2015fruticulturapdfgt

BIODIESELBR DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwbiodieselbrcomnoticiasmateria-

primaoutrasvideo-unesp-transforma-oleo-abacate-biodiesel-060313htm gt

BONELLA J A Classificaccedilatildeo de abacates na CEAGESP Joseacute Alcides Bonella ME

2013

BRUWER T ROOYEN Z VAN PERFORMANCE AND MARKET ACCEPTIBILITY

OF THE HASS-LIKE CULTIVARS GEM AND HARVEST IN SOUTH AFRICA Vi

World Avocado Congress (Actas VI Confreso Mundial del Aguacate) 2007 Vintildea Del

Mar Chile 12 ndash 16 nov 2007 ISBN n 978-956-17-0413-8 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwAvocadosourcecomWAC6enExtenso1b-36pdf gt

CAMPOS J A Cultura racional do abacateiro Satildeo Paulo Iacutecone 1988 150 p

CANTUAacuteRIAS-AVILEacuteS T SILVA S R La induacutestria del aguacate em el Estado de

Satildeo Paulo Brasil actualidad y perspectivas futuras In CONGRESO MUNDIAL DEL

AGUACATE 7 2011 Caims Resuacutemenes Caims Avocado Australia 2011

48

CORREIA R C ARAUJO J L P MOUCO M A do C BRAGA C A

MENDONCcedilA R F de Abacate preferecircncias e mercado CONGRESSO

BRASILEIRO DE FRUTICULTURA 21 2010 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwalicecnptiaembrapabralicebitstreamdoc8700181Moucopdf gt

CARVALHO L F Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado realizaccedilatildeo Jaguacy

Sindicato Rural de Bauru Serviccedilo Nacional de Aprendizagem Rural - SENAR

Faculdades Integradas de Bauru ndash SP 2015

CHITARRA M I F CHITARA A B 2005 Poacutes colheita de frutos e hortaliccedilas

Fiiologia e Manuseio Lavras ESALFAEPE

CRANE J H BALERDI C F MAGUIRE I Avocado Growing in the Florida Home

Landscape University of Florida Circular 1034 one of a series of the Horticultural

Sciences Department Florida Cooperative Extension Service Institute of Food and

Agricultural Sciences University of Florida 1983 Revised 2007

CRIZEL G R MOURA R S OLIVEIRA I R MENDONCcedilA C R B

Caracteriacutesticas fiacutesicas e quiacutemicas de abacates das variedades bdquoQuintal‟ e bdquoHass‟ In

CONGRESSO DE INICIACcedilAtildeO CIENTIacuteFICA 17 ENCONTRO DE POacuteS-

GRADUACcedilAtildeO 10 2008 Pelotas Resumos Pelotas UFPEL 2008

DAIUTO E R VIEITES R L TREMOCOLDI M A RUSSO V C Taxa

respiratoacuteria de abacate bdquoHass‟ submetido a diferentes tratamentos fiacutesicos Revista

Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha Meacutexico v 10 n 2 p 101-109

2010

DAIUTO E R TREMOCOLDI M A VIEITES R L Conservaccedilatildeo poacutes colheita de

abacate bdquoHass‟ irradiado Revista Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha vol

10 n 2 2010

DONADIO L C Abacate para exportaccedilatildeo aspectos teacutecnicos da produccedilatildeo

Brasiacutelia Frupex MAPA 1995 53 p

49

DONADIO L C FERRARI L AVILEacuteS T C Abacate In DONADIO L C (Ed)

Histoacuteria da Fruticultura Paulista Jaboticabal SBF ndash Sociedade Brasileira de

Fruticultura 2010 P 33-63

DORIZZOTTO C D A SAMPAIO A C ICUMA I M et al Avocado production

chain in the state of Satildeo Paulo (Brazil) In Proceedings VII World Avocado Congress

2011 Cairns Anaishellip Cairns Internacional Avocado Society 2011 DISPONIacuteVEL

EM lt

httpworldAvocadocongress2011comuserfilesfileOsvaldo20Kioshi20Yamanis

hi201400-1420pdf gt

ERNST Z R ERNST A A The strategic role of new cultivars A case study of

bdquoMaluma‟ VIII Congreso Mundial de la Palta 2015 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwavocadosourcecomWAC8Section_02EarnstZander2015pdf gt

FACTFISH Avocados production quantity (tons) ndash for all countries DISPONIacuteVEL

EM lt httpwwwfactfishcomstatisticAvocados20production20quantity gt

FAOSTAT 2000 a 2013 DISPONIacuteVEL EM lt httpfaostat3faoorgbrowseTTPE gt

FER B WOLSTENHOLME B N (Ed) The Avocado botany production and

uses Oxon CABI Publ 2002 chap 12 p 299-338

FRANCISCO V L F dos S BAPTISTELLA C S L CULTURA DO ABACATE NO

ESTADO DE SAtildeO PAULO Informaccedilotildees Econocircmicas SP v 35 n5 2005

DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwieaspgovbroutpublicacoespdftec3-0505pdf gt

GAYET J P et al 1995 Abacate para exportaccedilatildeo procedimentos de colheita e

poacutes-colheita FRUPEX Brasiacutelia 37p

GIRARDI G Abacate uma nova opccedilatildeo de biocombustiacutevel Jornal UNESP Bauru

2009 DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwunespbracijornal248energia_bauruphp gt

50

GUEDES M S B SENA M TOLEDO S Certificaccedilatildeo como estrateacutegia competitiva

internacional dos produtores de frutas no Brasil VII Encontro da Sociedade

Brasileira de Economia Ecoloacutegica (ECO-ECO) 28 a 30 de novembro de 2007

Fortaleza Cearaacute

HODDLE M The Avocado Seed Moth Stenoma cateniver Walsingham (Lepdoptera

Elachistidae) Department of Entomology Applied Biological Control Research

DISPONIacuteVEL EM lt httpbiocontrolucredustenomastenomahtml gt

HOHMANN C L MENEGUIM A M A BROCA-DO-ABACATE (Stenoma catenifer)

Aspectos bioloacutegicos comportamento danos e manejo Instituto Agronocircmico do

Paranaacute ndash Londrina ndashPR Informe da Pesquisa n 147 2005

HOHMANN C L MENEGUIM A M Observaccedilotildees preliminares sobre a ocorrecircncia

da broca-do-abacate Stenoma catenifer Wals no Estado do Paranaacute Anais da

Sociedade Entomoloacutegica do Brasil v 22 p 417-419 1993

ILLSLEY-GRANICH C‟Hass‟Carmenrega precocious flowering avocado tree

Agrovim AS de CV Uruapan Michocan Mexico Rob Brokaw Brokaw Nursery Inc

Saticoy California USA Dr Salvador Ochoa-Ascencio University of Michoacan

Uruapan Michoacan Mexico 2011 DISPONIacuteVEL EM lt

httpworldavocadocongress2011comuserfilesfileCarlos20Illsley201410-

1430pdf gt

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA ESTATIacuteSTICA (IBGE) IBGE CIDADES

DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwcidadesibgegovbrcartogramamapaphplang=ampcoduf=53ampcodmun=53

0010ampidtema=136ampcodv=v01ampsearch=distrito-federal|brasilia|sintese-das-

informacoes-2013 gt

KADER A A 1992 Postharvest technology of horticultural crops Okland Univertisy

of California 292p

51

KADER A A ARPIA M L Avocado Recommendations for Maintaining

Postharvest Quality 2013

KADER A A Biologiacutea y Tecnologiacutea Postcosecha un Panorama In KADER A A

Tecnologiacutea Postcosecha de Cultivos Hortofrutiacutecolas 3 Ed Davis University Of

Califoacuternia 2007 Cap 4 p 43-53

KLUGE R A et al Inibiccedilatildeo do amadurecimento de abacate com 1-

metilciclopropeno Pesquisa Agropecuaacuteria Brasileira 37(7)895-901

KOOLER O C Abacaticultura Porto Alegre UFRGS 1992 138p

KOOLER O C ABACATICULTURA Porto Alegre UFRGS 1984 138p

KOLLER O C Abacate produccedilatildeo de mudas instalaccedilatildeo e manejo de pomares

colheita e poacutes-colheita Porto Alegre Cinco Continentes 2002 145 p

KREMER-KOumlHNE S KOumlHNE J S 25 YEARS OF AVOCADO ROOTSTOCK

DEVELOPMENT IN SOUTH AFRICA VI World Avocado Congress Chile 2007

DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwavocadosourcecomWAC6enExtenso1a-8pdf gt

LIPPERT C ALLAMAND M (WESTFALIASUBSOLE) A hystory of

collaboration Rev Subsole Santiago 2007

MAIS NATUREZA ABACATEIRO DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwmaisnaturezacomplantasarvoresabacateiro gt

MARANCA G Fruticultura comercial Manga e Abacate Satildeo Paulo Nobel 1980

p 81-133

MASSAFERA G COSTA T M B OLIVEIRA J E D COMPOSICcedilAtildeO DE AacuteCIDOS

GRAXOS DO OacuteLEO DO MESOCARPO E DA SEMENTE DE CULTIVARES DE

ABACATE (Persea americana MILL) DA REGIAtildeO DE RIBEIRAtildeO PRETO SP)

52

Alim Nutr Araraquara V 21 n 2 p 325-331 abrjun 2010 DISPONIacuteVEL EM lt

http20014571150seerindexphpalimentosarticleview940a20v21n2pdf gt

MDIC Negociaccedilotildees internacionais DISPONIacuteVEL EM

httpwwwdesenvolvimentogovbrsitiosecexnegInternacionaisMedTerrorismoLei

ph p gt

MICKELBART M V BENDER G S WITNEY G W ADAMS C ARPAIA M L

Effects of clonal rootstocks on bdquoHass‟ avocado yield components alternate bearing

and nutrition Journal of Horticultural Schience amp Biotechnology Ashford v 82

n 3 p 460-466 2007

MILLER B BERTELS R PADILLA T WILEMAN R THOMSEN L China the

new frontier VIII World Avocado Congress 2015

MONTENEGRO H W S A cultura do abacateiro Satildeo Paulo Melhoramentos

1951 102p (Criaccedilatildeo e Lavoura n 11)

MORAES A F G Desenvolvimento produccedilatildeo e qualidade de frutos de abacateiro

cv bdquoHass‟ sobre dois porta-enxertos nas condiccedilotildees edafoclimaacuteticas da regiatildeo central

do Estado de Satildeo Paulo Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Ciecircncias Piracicaba 2014

NAAMANI G Global Trends in main Avocado Markets VII World Avocado

Congress Australia 2011

NAVA DE DE LARA HADDAD M PARRA JRP 2005 Exigecircncias teacutermicas

estimativa do nuacutemero de geroccedilotildees de Stenoma catenifer e comprovaccedilatildeo de modelo

em campo Pesq Agropec Bras Brasilia v 40 p 961-967

NAVA DE PARRA JRP COSTA VA GUERRA TM COcircNSOLI FL (2005b)

Population dynamics of Stenoma catenifer(Lepidoptera Elachistidae) and related

larval parasitoids in Minas Gerais Brazil Florida Entomologistv 88p 441-446

53

NOVAGRIM ndash FRESH FRUITS IMPORTER amp VEGETABLE SUPPLIER SINCE

1999 2001-2013 WORLD AVOCADO PRODUCTION DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwnovagrimcomPages2000_2011_Avocado_statistics_ENaspx gt

OLIVEIRA LA A importacircncia das Normas Internacionais para o Comeacutercio da

Fruticultura Brasileira Piracicaba Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Economia Escola

Superior de Agricultura ldquoLuiz de Queirozrdquo Universidade de Satildeo Paulo Piracicaba

2005

OLIVEIRA M A de et al 2000 Ceras para conservaccedilatildeo poacutes colheita de frutos de

abacateiro cultivar Fuerte armazenados em temperatura ambiente Scientia Agriacutecola

Piracicaba 57 (4) 777-780

PASSONI A D NEVES M C M RODRIGUES B B BOTEON M Anaacutelise dos

principais entraves na exportaccedilatildeo de frutas brasileiras CENTRO DE ESTUDOS

AVANCcedilADOS EM ECONOMIA APLICADA (CEPEAESALQ-USP) XLIV

CONGRESSO DA SOBER ndash ldquoQuestotildees Agraacuterias Educaccedilatildeo no Campo e

Desenvolvimentordquo Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia Rural Fortaleza

2006

PEGG K G COATES L M KORSTEN L HARDING R M Foliar fruit and

soilborne diseases In WHILEY A W SCHAF

PERFIL DA FRUTICULTURA 2014 Base de dados 2012 a 2013 Governo de Minas

Gerais Agricultura Pecuaacuteria e Abastecimento 2014

PICCININ E PASCHOLATI S F ldquoDOENCcedilAS DO ABACATEIRO‟ em MANUAL DE

FITOPATOLOGIA Vol 2 Doenccedilas das Plantas Cultivadas Editora Agronocircmica

Ceres Ltda Satildeo Paulo 1997 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwifcursoscombrsistemaadminarquivos07-33-29-

manualfitopatologiapdfpage=10 gt

54

PUTT F F GOacuteES B C CATANEO P F Anaacutelise econocircmica de oferta e demanda

do abacate na alta paulista X Foacuterum Ambiental da Alta Paulista v 10 n 7 2014

pp 158-169

ROCHA I L Nuacutemeros do abacate HORTIESCOLHA Instituto Brasileiro de

Qualidade em Horticultura DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwhortibrasilorgbrjnwindexphpoption=com_contentampview=articleampid=120

9numeros-do-abacate-ampcatid=50comercializacaoampItemid=82 gt

SANTO N T Manejo da vegetaccedilatildeo intercalar para obtenccedilatildeo de cobertura morta na

cultura do abacateiro visando minimizar os danos causados por Phytophthora

cinnamomi Dissertaccedilatildeo de mestrado em Fitotecnia Piracicaba 2014

SCHAFFER B WOLSTENJOLME B N WHILEY A W The avocado botany

production and uses 560 p 2012 DISPONIacuteVEL EM lt

httpsbooksgooglecombrbooksid=r0hpRJca3zECamppg=PA83amplpg=PA83ampdq=Th

e+Avocado+botany+production+and+uses+hass-

likeampsource=blampots=oqc5OBsbmVampsig=5gDWWPIMYRBW9cH3yYuWh-ldd-8amphl=pt-

BRampsa=Xampved=0ahUKEwj_yPbgsoTKAhUGDpAKHZTrCWEQ6AEIPDADv=onepag

eampqampf=false gt

SCIENCIA I Certificaccedilatildeo GLOBALGAP e impactos ambientais em agroinduacutestrias de

alimentos Dissertaccedilatildeo de Poacutes-Graduaccedilatildeo Araraquara SP 2010 lt

mlthttpwwwecoecoorgbrconteudopublicacoesencontrosvii_envii_enc_ecohtm

gt

SIMAtildeO S Manual de Fruticultura Satildeo Paulo Editora Agronocircmica Ceres 1971

530p p 147-169

SINGER P MASON J Eacutetica da alimentaccedilatildeo como nossos haacutebitos alimentares

influenciam o meio ambiente e o nosso bem estar Rio de Janeiro Elsevier 2007

SOARES H F ITO M K O AacuteCIDO GRAXO MONOINSATURADO DO ABACATE

NO CONTROLE DE DISLIPIDEMIAS Ver Ciecircnc Meacuted Campinas P 47-51 2000

55

DISPONIacuteVEL EM lt httpperiodicospuc-

campinasedubrseerindexphpcienciasmedicasarticleviewFile13301304 gt

TEIXEIRA C G Cultura In ITAL ndash INSTITUTO DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS

(Campinas) Abacate Cultura mateacuteria-prima processamento e aspectos

econocircmicos 2 Ed Campinas Instituto Campineiro de Ensino Agriacutecola 1995 Cap 1

p 1-54 (Frutas Tropicais)

TEIXEIRA C G Cultura do abacate In TEIXEIRA C G et al ABACATE cultura

mateacuteria prima processamento e aspectos econocircmicos 2deg ed Seacuterie Fruas Tropicais

ndeg8 ITAL Campinas 1991 250p

WATANABE H S Caracteriacutesticas de cultivares de abacate CEAGESPS ndash

Companhia de Entrepostos e Armazeacutens Gerais de Satildeo Paulo 2013

WOLFENBARGER D O COLBURN B The Stenoma catenifer a serious Avocado

pest Proceedings of Florida State Horticulture Society v 92 p 315-318 1979

ZEIDAN R SEIXAS P ABRANCHES L COSTA D MEIRELLES F Certificaccedilatildeo

na cadeia produtiva de alimentos e as barreiras teacutecnicas agrave exportaccedilatildeo Simpoacutesio de

excelecircncia e gestatildeo e tecnologia ndash SEGeT 2008 Resende

Page 5: EVOLUÇÃO DA PRODUÇÃO MUNDIAL E NACIONAL …...RESUMO O abacateiro, Persea americana, é uma cultura muito importante em vários países, devido ao volume comercializado da fruta

AGRADECIMENTOS

A Deus por arquitetar o universo e tudo o que nele haacute

Aos meus pais por compartilharem comigo da labuta do cotidiano e por

proporcionarem momentos de conforto dos quais desfrutamos juntos

Aos meus irmatildeos pelos muitos momentos de alegria e felicidades e tambeacutem pelos

momentos de aprendizado e crescimento

Ao professor Dr Osvaldo Kiyoshi Yamanishi pela orientaccedilatildeo e paciecircncia na

conclusatildeo deste trabalho

Ao professor Dr Maacutercio de Carvalho Pires por ministrar excelentes aulas e fornecer

total apoio para a conclusatildeo deste trabalho

Agrave Universidade de Brasiacutelia que com sua estrutura e corpo discente e docente me

proporcionaram a oportunidade de crescimento e desenvolvimento intelectual e

pessoal

A todos os envolvidos que colaboraram positivamente com minha conclusatildeo de

curso muito obrigado

RESUMO

O abacateiro Persea americana eacute uma cultura muito importante em vaacuterios

paiacuteses devido ao volume comercializado da fruta e a variedade de pratos presentes

no cotidiano nestes paiacuteses A produccedilatildeo mundial de abacate em 2013 foi de

4717102 toneladas Ainda em 2013 os maiores produtores mundiais de abacate

foram Meacutexico com 3112 do montante produzido Repuacuteblica Dominicana 822

Colocircmbia 643 e Peru com 611 A produccedilatildeo mundial de abacate cresceu 19

no periacuteodo de 2006 e 2012 No Distrito Federal a produccedilatildeo da fruta em 2013 foi de

3152 toneladas Em 2011 o maior produtor nacional foi Satildeo Paulo com 524 da

produccedilatildeo seguido de Minas Gerais com 1982 As principais cultivares

comercializadas no paiacutes satildeo Breda Fortuna Geada Margarida e Quintal As

cultivares de abacate mais utilizadas para exportaccedilatildeo satildeo a bdquoFuerte‟ bdquoHass‟

conhecido no Brasil como Avocado sendo mais valorizadas no mercado Os

principais exportadores de abacate satildeo Meacutexico Chile Holanda e Peru Os principais

concorrentes do Brasil em se tratando da exportaccedilatildeo do Avocado satildeo Aacutefrica do

Sul com 3 das exportaccedilotildees Chile com 7 e Peru representando 10 do mercado

internacional Tendo em vista o promissor mercado internacional da cultura do

abacateiro com a cultivar bdquoHass‟ no qual Estados Unidos e Uniatildeo Europeia

representam forte potencial importador objetivou-se com este estudo apresentar a

evoluccedilatildeo da produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo da cultura do abacateiro em niacutevel mundial

Palavras ndash chave Persea americana abacate Hass

ABSTRACT

The avocado Persea americana is an importante culture in many countries

The worldwide production of avocado in 2013 was 4717102 ton Still in 2013 the

biggest worldwide avocado‟s producers was Mexico with 3112 of the produced

amount Dominican Republic with 822 Colombia with 643 and Peru with 611

The avocado‟s worldwide production grows 19 between 2006 and 2012 The

avocado‟s production in Distrito Federal in 2013 was of 3152 ton The biggest

producer in 2011 was Satildeo Paulo with 524 of all production followed by Minas

Gerais with 1982 The main cultivars commercialized on country are Breda

Fortuna Geada Margarida and Quintal The most avocado‟s cultivars used for

exportation are the bdquoFuerte‟ bdquoHass‟ known as avocado are also the most valorized

on market The main exporters of avocado are Mexico Chile Netherlands and Peru

The competitors to Brazil talking about exportation of avocado are South Africa with

3 of all the exportation Chile with 7 and Peru representing 10 of avocado‟s

international market In view of the promising culture‟s international market of

avocado with the Avocado cultivars bdquoFuerte‟ and bdquoHass‟ where US and European

Union representing an strong potential importer it is aimed with this exploratory

study analyze the aspects of production and commercialization of culture of avocado

in Brazil as its participation on the sector of exportation of this fruit comparing with

another countries that participate of this market

Keywords Persea Americana avocado Hass

SUMAacuteRIO

INTRODUCcedilAtildeO 10

OBJETIVO 11

REVISAtildeO BIBLIOGRAacuteFICA 11

A CULTURA DO ABACATE 11

Origem 11

Abacate no Brasil 12

Descriccedilatildeo 12

Aacutervore folhas e fruto 12

Flores 13

Polinizaccedilatildeo 13

Raccedilas 14

Principais cultivares 14

Avocado 15

Clima 16

Solos 17

Doenccedilas e pragas que afetam a cultura do abacate 17

Ponto de colheita 19

Poacutes colheita 20

Consumo 20

Aspectos nutricionais 21

Produtos e subprodutos 22

Melhoramento geneacutetico 23

Certificaccedilatildeo 24

METODOLOGIA 25

RESULTADOS E DISCUSSAtildeO 26

ABACATE NO MUNDO 26

ABACATE NO BRASIL 35

AVOCADO NO BRASIL 41

CERTIFICACcedilAtildeO 44

CONCLUSOtildeES 45

BIBLIOGRAFIA 47

10

INTRODUCcedilAtildeO

A cultura do abacateiro eacute de grande importacircncia para o setor frutiacutecola em

vaacuterias regiotildees de todo o mundo A produccedilatildeo mundial de abacate em 2013 foi de

4717102 toneladas (FACTFISH) No Brasil neste mesmo ano a produccedilatildeo chegou

a 159903 t ocupando uma aacuterea de 9615 ha ficando na oitava posiccedilatildeo no ranking

dos maiores produtores mundiais (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA FRUTICULTURA

2015) Ainda em 2013 os maiores produtores mundiais de abacate foram Meacutexico

disparado na frente com um volume de 1467837 toneladas Repuacuteblica Dominicana

com 387546 t e Colocircmbia com 303304 toneladas (FONTE FACTFISH) De acordo

com Rocha (2014) a produccedilatildeo mundial de abacate cresceu 19 no periacuteodo de

2006 e 2012

Apesar de o Brasil possuir excelentes condiccedilotildees para a produccedilatildeo de abacate

a falta de manejos agronocircmicos adequados durante toda a cadeia produtiva do

abacate tem feito com que o paiacutes natildeo participe de forma mais efetiva no mercado

mundial do abacate A cultura possui elevada suscetibilidade agrave gomose do

abacateiro conhecida como podridatildeo da raiz causada por Phytophthora

cinnamomi considerada a principal doenccedila que afeta esta cultura em todas as

regiotildees do mundo (CANTUARIAS-AVILEacuteS SILVA 2011 citado por SANTOS 2014)

Outro entrave na produccedilatildeo do abacate eacute a broca-do-abacate Stenoma catenifer

que de acordo com WOLFENBARGER amp COLBURN (1979) eacute uma praga

quarentenaacuteria em vaacuterios paiacuteses tem sido marcante para a produccedilatildeo deste produto

sendo vetada a entrada de lotes contaminados por meio de barreiras fitossanitaacuterias

em paiacuteses como os Estados Unidos da Ameacuterica principal importador mundial da

fruta

Em acircmbito internacional os abacates bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ satildeo os mais

apreciados Estes frutos recebem a denominaccedilatildeo de Avocado Estas cultivares tecircm

sido mais valorizadas pelo seu tamanho diferenciado e alto teor de lipiacutedeos

(FRANCISCO e BAPTISTELLA 2005) Estas cultivares satildeo hiacutebridos oriundos das

raccedilas mexicana e guatemalense possuem frutos pequenos com caroccedilo

relativamente grande e com alto teor de oacuteleo (TEIXEIRA 1995)

Para CARVALHO (2015) o Brasil estaacute ainda comeccedilando a participar do

volume de exportaccedilatildeo do abacate bdquoHass‟ cultivar mais produzida em todo o mundo

poreacutem o paiacutes esse ainda tem pouca contribuiccedilatildeo para com este setor do qual os

11

Estados Unidos e Uniatildeo Europeia representam forte potencial importador devido ao

elevado consumo interno que cresce de forma mais acelerada do que a produccedilatildeo

da fruta no paiacutes

Os principais importadores de fruta como como o europeu e o norte

americano impotildeem de um padratildeo de qualidade que observa agraves exigecircncias feitas

pelos consumidores com relaccedilatildeo agrave seguranccedila alimentar Este fator deve ser

considerado elementar pelos paiacuteses que visam exportar quaisquer produtos para

essas regiotildees A certificaccedilatildeo dos produtos eacute de extrema importacircncia para consolidar

paiacuteses exportadores no mercado pois esta leva em consideraccedilatildeo aspectos

ambientais e sociais aleacutem do local de produccedilatildeo Desta forma produtores de fruta

destinadas agrave exportaccedilatildeo precisaram adaptar suas lavouras a fim de atender as

exigecircncias dos mais importantes selos internacionais como o EureGapR e o TNCR

(OLIVEIRA 2005)

Os consumidores atuais estatildeo mais informados no que se refere agrave busca de

qualidade e por isso buscam produtos que atentem agraves questotildees eacuteticas que

abordem temas como meio ambiente tambeacutem o uso indiscriminado de agrotoacutexicos

considerando que a procura por alimentos seguros e saudaacuteveis eacute uma questatildeo

fundamental (SINGER e MASON 2007)

OBJETIVO

O objetivo deste estudo foi apresentar a evoluccedilatildeo da produccedilatildeo e

comercializaccedilatildeo da cultura do abacateiro em niacutevel internacional e mundial por meio

de trabalhos encontrados na literatura

REVISAtildeO BIBLIOGRAacuteFICA

A CULTURA DO ABACATE

Origem

Existem relatos sobre o abacate no iniacutecio do descobrimento das Ameacutericas Na

Colocircmbia o abacate jaacute era conhecido por volta de 1519 e 1526 entre os anos de

1532 e 1550 apareceu no Meacutexico Este nome ldquoabacaterdquo eacute oriundo do dialeto

indiacutegena o que reforccedila a informaccedilatildeo de que esse fruto eacute amplamente conhecido

pelos povos naturais da Ameacuterica (DONADIO 1995)

12

Por ser uma espeacutecie oriunda da Ameacuterica o abacate espalhou-se pelo

continente no seacuteculo XVII sendo mencionado na Jamaica em 1657 e 1969 pelo

nome de Avocado como eacute comumente denominado em paiacuteses de liacutengua inglesa Jaacute

em paiacuteses que tecircm como principal liacutengua o espanhol eacute conhecido como bdquoaguacate‟

exceto na Argentina Chile Peru e Equador onde eacute conhecido como bdquopalta‟

(DONADIO 1995)

O abacate eacute citado na Europa inicialmente em 1601 quando foi introduzido

no jardim botacircnico de Valecircncia Apoacutes isso disseminou-se para outros continentes

chegando na Aacutefrica em 1750 tendo Gana como via de acesso Em 1825 chega no

Havaiacute e em 1833 na Floacuterida Na Aacutesia o abacate chega pela Malaacutesia em 1900

(DONADIO 1995)

Abacate no Brasil

Existem relatos da cultura do abacateiro no Brasil desde 1787 poreacutem a

primeira introduccedilatildeo oficial deu-se em 1893 quando quatro aacutervores provenientes da

Guiana Francesa pertencentes agrave raccedila Antilhana que forneceram as primeiras

sementes da espeacutecie para o Brasil Em Satildeo Paulo acredita-se que a cultura tenha

se iniciado no Vale do Paraiacuteba no seacuteculo XIX predominando plantas da raccedila

Antilhana (Donadio et al 2010)

A safra do abacate gira em torno de 150 toneladas exceto em 2008 que

chegou a 173 mil t (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA FRUTICULTURA 2008) A

produccedilatildeo Brasileira de Abacate foi de 159903 toneladas em 2013 ocupando uma

aacuterea de 9615 ha conferindo a oitava posiccedilatildeo no ranking global do setor (ANUAacuteRIO

BRASILEIRO DA FRUTICULTURA 2015)

Descriccedilatildeo

Aacutervore folhas e fruto

O abacateiro espeacutecie P americana Miller eacute uma planta dicotiledocircnea da

famiacutelia Lauraceae gecircnero Persea A aacutervore possui porte meacutedio-alto variando de 12

a 25 metros O abacateiro se desenvolve bem em regiotildees tropicais e subtropicais A

planta possui caule ciliacutendrico e lenhoso com coloraccedilatildeo cinza escuro Suas folhas satildeo

sem estipulas de peciacuteolo curto e alternadas e podem ter vaacuterios formatos como

eliacuteptico-lanceoladas oblongas oblongo-lanceoladas ou ovais podendo variar de

76 a 410 cm de comprimento A cor da folha vai de bronzeada quando nova e

13

aos poucos vai esverdeando O fruto eacute uma baga com uma semente grande

cercada por uma polpa amanteigada (TEIXEIRA 1995 KOLLER 2002 CRANE

2007)

Flores

As flores do abacateiro satildeo pequenas e hermafroditas podendo ter coloraccedilatildeo

branca ou verde amarelada Satildeo produzidas em abundacircncia e possuem diacircmetro de

variaacutevel de 05 a 15 cm dispostas em paniacuteculas terminais nos ramos mais novos

(ALMEIDA 2013)

O abacateiro possui flores perfeitas com oacutergatildeos masculinos e femininos

capazes de produzir frutos agrave exceccedilatildeo da variedade Collinson por exemplo que natildeo

consegue produzir poacutelen e soacute serve como planta feminina (MARANCA 1980) A

planta apresenta comportamento floral denominado dicogamia protogenica

(KOLLER 1992)

Polinizaccedilatildeo

Apesar de possuir flores hermafroditas a maturidade do pistilo (parte

feminina) natildeo ocorre ao mesmo tempo da deiscecircncia das anteras (parte masculina)

(ALMEIDA 2013)

As flores do abacateiro se comportam de duas formas distintas diferenciando

a classificaccedilatildeo de cultivares em dois grupos A e B No grupo A estatildeo as variedades

onde a primeira abertura da flor ocorre pela manhatilde pronta para receberem o poacutelen

(feminina) reabrindo somente agrave tarde no seguinte poreacutem soltando poacutelen

(masculino) As variedades do grupo B a primeira abertura da flor ocorre apoacutes o

meio dia (feminina) fechando-se pela tarde e reabrindo ao amanhecer no estaacutegio

masculino Conhecer da biologia floral do abacateiro eacute extremamente importante

para se obter boa produccedilatildeo em pomares de abacateiro por conta do fato de suas

flores serem hermafroditas Desta forma para que se tenha uma eficiente

polinizaccedilatildeo das flores eacute imprescindiacutevel que os pomares sejam formados com

variedades pertencentes aos dois diferentes grupos para se ter uma produccedilatildeo

economicamente viaacutevel A proporccedilatildeo entre as variedades pode variar de acordo com

a demanda do mercado (MONTENEGRO 1951 citado por FRANCISCO E

BAPTISTELLA 2005)

14

Raccedilas

O abacateiro Persea americana pertence agrave famiacutelia Lauraceae que engloba

cerca de 50 gecircneros Existem trecircs grupos ou raccedilas que representam o abacate

comercial satildeo elas Mexicana ndash Persea americana var drymifolia Antilhana ndash P

americana var americana e Guatemalense ou guatemalteca ndash P nubigena var

guatemalensis (WILLIAMS 79 citado por DONADIO 1995)

Principais cultivares

Dentre as cultivares mais produzidas no estado de Satildeo Paulo estatildeo a

bdquoFortuna‟ bdquoGeada‟ bdquoQuintal‟ e bdquoMargarida‟ (DORIZZOTTO 2011) A produccedilatildeo

concentra-se na regiatildeo de Campinas Ribeiratildeo Preto e Bauru (ALMEIDA 2013)

Levantamentos feitos na regiatildeo nordeste por CORREIA et al (2010) indicam

que as principais cultivares nos CEASAS de Pernambuco e Cearaacute satildeo Quintal

Fortuna Geada e Margarida Jaacute em Satildeo Paulo as principais cultivares

comercializadas no CEAGESP citadas por ALMEIDA (2013) satildeo bdquoBreda‟ Fortuna

Geada Margarida e Quintal (CEAGESP 2013)

ILUSTRACcedilAtildeO DAS PRINCIPAIS CULTIVARES DE ABACATE

FIGURA 1 - Ilustraccedilatildeo das principais cultivares de abacate brasileira fonte HORTIESCOLHA DISPONIacuteVEL EM httpwwwhortiescolhacombrhortipediaprodutoabacate (adaptado)

A cultivar BREDA possui formato piriforme poreacutem se formaccedilatildeo de ldquopescoccedilordquo

(WATANABE 2013 citado por ALMEIDA 2013)

A variedade FORTUNA tem como uma de suas caracteriacutesticas frutos

piriformes muito grandes com peso variando entre 600 e 1Kg de casca lisa e verde

escuro polpa amarela e caroccedilo solto (KOLLER 2002) O teor de oacuteleo da cultivar

15

FORTUNA eacute de aproximadamente 8 (SIMAtildeO 1998 DONADIO et al 2010) No

CEASA do Recife esta cultivar eacute a preferida devido ao fato de ser uma fruta

carnuda com preccedilo acessiacutevel excelente sabor entre outros fatores

A cultivar GEADA tambeacutem possui fruto piriforme podendo ser ovalado sem

ldquopescoccedilordquo com coloraccedilatildeo verde mais claro que o FORTUNA sua polpa eacute amarela

com a semente aderente seu conteuacutedo de oacuteleo eacute bastante baixo por volta de 35

e a maturaccedilatildeo bastante precoce (TEIXEIRA 1995 KOLLER 2002)

A cultivar MARGARIDA apresenta as caracteriacutesticas da raccedila Guatemalense

como folhas novas com coloraccedilatildeo arroxeada frutos redondos e de casca rugosa

sua polpa eacute verde clara e o caroccedilo eacute pequeno (KOLLER 2002) Segundo BONELLA

(2013) (citado por ALMEIDA 2013) a cultivar MARGARIDA eacute a preferida por

compradores que visam transportar longas distacircncias pois apresenta oacutetima

resistecircncia poacutes-colheita

A QUINTAL eacute outro hiacutebrido das raccedilas Antilhana e Guatemalense seus frutos

satildeo grandes pesam entre 500 e 900 g possui casca verde clara lisa a polpa eacute

amarela e o caroccedilo aderente agrave polpa (TEIXEIRA 1995 KOLLER 2002 DONADIO

2010) O formato da QUINTAL eacute bem piriforme com ldquopescoccedilordquo bastante

proeminente Esta cultivar eacute a preferida no CEASA de Fortaleza por possuir

aparecircncia bonita e brilhosa casca livre de manchas polpa saborosa e etc

Avocado

A denominaccedilatildeo bdquoAvocado‟ tem sido utilizada no paiacutes para identificar as

cultivares de abacate bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ estas cultivares tecircm sido mais valorizadas

pelo seu tamanho diferenciado e alto teor de lipiacutedeos (FRANCISCO e

BAPTISTELLA 2005) apesar de suas reduzidas dimensotildees Contudo sendo fruto

climateacuterico eacute altamente pereciacutevel podendo ser um obstaacuteculo agrave comercializaccedilatildeo

(DAIUTO et al 2010)

As cultivares bdquoFuerte‟ e bdquoHass‟ satildeo oriundas do possiacutevel cruzamento natural

de variedades das raccedilas guatemalense e mexicana (DONADIO 1995) O tipo ‟Hass‟

possui casca aacutespera e formato arredondado Quando estaacute maduro sua casca

apresenta coloraccedilatildeo escurecida Jaacute o tipo ‟Fuerte‟ possui casca verde brilhante e lisa

com formato alongado (JAGUACYR)

16

A cultivar bdquoHass‟ eacute a mais valorizada no mundo apesar de seu tamanho

reduzido o fruto possui alta concentraccedilatildeo de lipiacutedeos Seus frutos podem pesar

entre 149 e 300 gramas (MICKELBART et al 2007 CRIZEL 2008)

Na Califoacuternia adota-se para as cultivares bdquoFuerte‟ e bdquoHass‟ o ponto miacutenimo de

mateacuteria seca adotada para a colheita eacute de 19 e 208 respectivamente (KADER amp

ARPIA 2013) O teor de mateacuteria seca possui elevada correlaccedilatildeo com o niacutevel de oacuteleo

da fruta Essas cultivares satildeo reconhecidas pelos altos niacuteveis de oacuteleo - fator que

possui forte influecircncia na conservaccedilatildeo do sabor

A tabela a seguir apresenta as informaccedilotildees nutricionais obtidas em 50g de

Avocado (JAGUACYR)

TABELA 1 - Informaccedilotildees nutricionais em 50g de avocado FONTE

JAGUACYR

INFORMACcedilOtildeES NUTRICIONAIS AVOCADO (50g)

ENERGIA 301 kj 72 kcal

CARBOIDRATOS 853 g

PROTEIacuteNAS 1 g

GORDURAS TOTAIS 8 g

GORDURA SATURADA 18 g

FIBRA ALIMENTAR 16 g

SOacuteDIO 75 mg

POTAacuteSSIO 485 mg

O Avocado tem 5 vezes menos aacutegua que o abacate comum o que lhe

confere concentraccedilatildeo muito maior de nutrientes A fruta eacute considerada pelos

nutricionistas como sendo uma das que possui maior valor nutricional devido ao fato

de possuir elevadas concentraccedilotildees de vitaminas antioxidantes como A C e E Em

comparaccedilatildeo com a banana a fruta conteacutem ainda trecircs vezes mais vitamina B6 Em

meacutedia o Avocado possui niacutevel de gordura em aproximadamente 20 sendo a

maioria monoinsaturada A gordura monoinsaturada auxilia na reduccedilatildeo no LDL e

promove aumento no HDL o ldquocolesterol bomrdquo (JAGUACYR)

Clima

As variedades da Iacutendia Ocidental e alguns hiacutebridos satildeo melhores adaptados a

regiotildees planas de clima tropical e regiotildees tropicais onde natildeo haacute ocorrecircncia de

17

geadas Por outro lado variedades Mexicanas satildeo mais adaptadas a regiotildees com

temperaturas mais baixas Hiacutebridos de raccedilas Mexicanas x Guatemaltecas

geralmente satildeo mais resistentes ao frio do que as raccedilas hiacutebridas Iacutendias Ocidentais x

Guatemaltecas (CRANE et al 2007)

Solos

O abacateiro eacute uma planta muito sensiacutevel a este fator em especial no que se

refere agrave drenagem e profundidade dos solos (KOLLER 1984) Para esta cultura

recomenda-se solos feacuterteis bem drenados pouco aacutecidos e profundos (SIMAtildeO

1971)

A cultura do abacateiro natildeo tolera solos inundados ou mal drenados

Condiccedilotildees de umidade elevada constante comprometem o desenvolvimento

adequado das plantas pois resultam em deficiecircncia nutricional e em alguns casos

pode provocar a morte da planta devido ao fato de estarem altamente suscetiacuteveis a

infecccedilatildeo por fungos (CRANE et al 2007)

Outro aspecto que deve ser considerado na cultura do abacate eacute a salinidade

devido agrave alta sensibilidade da cultura a este fator que pode provocar a queima da

ponta e borda das folhas e queda da produccedilatildeo (DONADIO 1995)

Doenccedilas e pragas que afetam a cultura do abacate

Apesar de o Brasil possuir excelentes condiccedilotildees para a produccedilatildeo de abacate

a falta de manejos agronocircmicos adequados durante toda a cadeia produtiva do

abacate tem feito com que o Brasil natildeo participe de forma mais eficiente no mercado

mundial do abacate A cultura possui elevada suscetibilidade agrave gomose do

abacateiro podridatildeo da raiz causada por Phytophthora cinnamomi

No Brasil a podridatildeo radicular causada por Phytophthora cinnamomi tem

dizimado plantaccedilotildees de abacateiro reduzindo a longevidade dos pomares

(DONADIO 1995) A doenccedila eacute considerada a mais importante para a cultura do

abacateiro sendo fator limitante para a cultura em todo o mundo (CAMPOS 1988

KOLLER 2002) A seleccedilatildeo de cultivares porta-enxertos resistentes ou tolerantes

controle quiacutemico e manejo do solo satildeo estrateacutegias que reduzem os danos e o

controle desta doenccedila (PEGG et al 2002)

A ocorrecircncia de Phytophthora cinnamomi juntamente com estresses

ambientais faz com que o abacateiro da cultivar ‟Hass‟ produza frutos com

18

dimensotildees muito reduzidas Esses frutos subdimensionados natildeo satildeo

comercializaacuteveis resultando em elevadas perdas financeiras para os produtores

(BRUWER 2007) Empresas como a Westfalia situada na proviacutencia de Limpopo na

Aacutefrica do Sul tecircm testado cultivares de abacate bdquoHass-like‟ para se obter maior

produtividade em regiotildees afetadas pelo P cinnamomi

Algumas das estrateacutegias que visam agrave minimizaccedilatildeo dos danos e o controle da

podridatildeo radicular satildeo por exemplo a utilizaccedilatildeo de cultivares porta-enxertos

resistentes ou tolerantes o uso de controle quiacutemico e praacuteticas especiacuteficas de manejo

do solo (PEGG et al 2002)

No que se refere a barreiras agrave exportaccedilatildeo do abacate a broca-do-abacate

Stenoma catenifer que de acordo com WOLFENBARGER amp COLBURN (1979) eacute

uma praga quarentenaacuteria em vaacuterios paiacuteses tem sido marcante para a produccedilatildeo

deste produto sendo vetada a entrada de lotes contaminados por meio de barreiras

fitossanitaacuterias em paiacuteses como os Estados Unidos da Ameacuterica principal importador

mundial Esta praga tem sido uma ameaccedila extremamente relevante para a produccedilatildeo

nacional de abacate chegando a causar perda de toda a produccedilatildeo (HOHMANN amp

MENEGUIM 1993) De acordo com informaccedilotildees da Universidade da Califoacuternia

(HODDLE UCR) os EUA tecircm desenvolvido protocolos de seguranccedila para impedir

que a doenccedila tenha acesso ao paiacutes por meio de importaccedilotildees de paiacuteses onde a

doenccedila eacute endecircmica Algumas regiotildees brasileiras de cultivo de abacate 100 da

colheita pode estar infestado com S catenifer (Nava et al 2005a) Mesmo com a

aplicaccedilatildeo de inseticidas de largo espectro sendo feitas de 7 a 11 vezes durante uma

uacutenica estaccedilatildeo de crescimento ateacute 60 de frutas podem ser infestados com larvas S

catenifer (Nava et al 2005b)

Para CARVALHO (2015) a exportaccedilatildeo para os EUA pela JAGUACYR eacute

dificultada devido agrave ocorrecircncia de doenccedilas que ocorrem em territoacuterio nacional e que

podem ser exportadas com os produtos

Ocorrida a eclosatildeo a lagarta de primeiro instar desloca-se ao longo do fruto

ateacute encontrar o local adequado para iniciar o ataque As fecircmeas procuram depositar

os ovos no peduacutenculo contudo haacute maior incidecircncia de orifiacutecios na parte inferior do

abacate Ao passo que as lagartas se desenvolvem e vatildeo se alimentando da polpa

do abacate indo em direccedilatildeo ao caroccedilo onde este inseto se aloja e finaliza a fase

larval construindo galerias no interior A lagarta se desenvolve no fruto e transforma-

se em pupa no solo numa profundidade de 05 a 15 cm ou ateacute mesmo no interior

19

dos frutos caiacutedos Dentre as medidas preventivas de controle destaca-se o uso

adequado das cultivares considerando que quanto mais tempo os frutos

permanecem nas plantas maiores seratildeo as perdas O planejamento da colheita deve

ser considerado pois colheitas tardias proporcionam condiccedilotildees favoraacuteveis para o

desenvolvimento da praga no pomar Outra medida preventiva principalmente para

pomares orgacircnicos eacute a cataccedilatildeo e destruiccedilatildeo dos frutos caiacutedos (HOHMANN amp

MENEGUIM 2005)

A verrugose ou sarna do abacateiro causada pelo fungo Sphaceloma

perseae conhecida em 1918 na Floacuterida foi encontrada no Brasil pela primeira vez

em 1938 em Limeira Eacute uma das doenccedilas de elevada importacircncia na cultura do

abacateiro visto que esta doenccedila deprecia a aparecircncia do fruto e pode provocar

tambeacutem queda dos frutos jovens bem como o subdesenvolvimento O fungo ataca

as folhas e os frutos e se desenvolve em condiccedilotildees de umidade elevada Para o

controle desta doenccedila eacute recomendado a utilizaccedilatildeo de variedades que apresentem

resistecircncia sendo necessaacuterio evitar variedades do grupo Guatemalense (PICCININ

amp PASCHOLATI 1997)

Ponto de colheita

O fruto do abacate eacute conhecido por ser climateacuterico isso significa que pode

completar o amadurecimento depois de colhido e apresenta um pico de produccedilatildeo de

etileno sucedido por um pico respiratoacuterio durante o amadurecimento O melhor

indicador de maturidade fisioloacutegica para se concluir se os frutos estatildeo aptos agrave

colheita eacute a porcentagem de mateacuteria seca que possui relaccedilatildeo com o acuacutemulo de

oacuteleo (KADER amp ARPIA 2013 citado por ALMEIDA 2013)

No Brasil a observaccedilatildeo em campo da perda do brilho na casca eacute uma praacutetica

comum para identificar o ponto ideal de colheita (ALMEIDA 2013) Jaacute na Floacuterida

contabilizam-se os dias apoacutes a floraccedilatildeo para se determinar o ponto de colheita

Na cultura do abacateiro os principais iacutendices de qualidade satildeo tamanho cor

da casca formato danos mecacircnicos recentes ou cicatrizados causados por insetos

podridotildees embalagens e transporte inadequados alteraccedilatildeo de sabor devido a

longos periacuteodos de armazenagem na aacutervore ou por colheita antes da maturidade

fisioloacutegica (KADER amp ARPIA 2013 CANTILLANO 2013) No que se refere agrave

alteraccedilatildeo de sabor KADER (2007) comenta que este fator estaacute diretamente ligado

20

ao teor de oacuteleo no fruto Neste sentido cultivares mais tardias oriundas das raccedilas

Guatemalenses e Mexicana possuem maiores teores de oacuteleo

Poacutes colheita

Por ser um fruto climateacuterico com alta taxa respiratoacuteria e elevada produccedilatildeo de

etileno apoacutes a colheita o fruto do abacate eacute altamente pereciacutevel (KADER 1992)

Neste sentido o controle do amadurecimento eacute de extrema importacircncia para se

prolongar a vida uacutetil no poacutes-colheita de frutas objetivando-se a comercializaccedilatildeo no

mercado interno ou externo (KLUGE et al 2002)

Tratando-se de maturaccedilatildeo no poacutes-colheita a manipulaccedilatildeo do etileno eacute uma

teacutecnica utilizada para antecipar ou adiar o processo de maturaccedilatildeo dos frutos O

etileno eacute um gaacutes que se comporta como hormocircnio

No Brasil a comercializaccedilatildeo do abacate em varejo ocorre na maioria das

vezes sem a utilizaccedilatildeo de refrigeraccedilatildeo portanto a utilizaccedilatildeo de tecnologias que

possibilitem a conservaccedilatildeo agrave temperatura ambiente eacute de grande relevacircncia para se

permitir a comercializaccedilatildeo durante um maior tempo apoacutes a colheita atrasando o

amadurecimento dos frutos (KLUGE et al 2002) Daiuto 2010 concluiu que a

refrigeraccedilatildeo foi efetiva na conservaccedilatildeo de frutos de abacate bdquoHass‟

Aleacutem do uso de refrigeraccedilatildeo para retardar o amadurecimento dos frutos

tambeacutem se utiliza o revestimento dos frutos com cera para se reduzir o processo de

respiraccedilatildeo e uso de metilciclopropeno para inibir a produccedilatildeo de etileno gaacutes que

funciona como hormocircnio na maturaccedilatildeo de frutos (Gayet et al 1995 Oliveira et al

2000 KLUGE et al 2002)

A utilizaccedilatildeo de radiaccedilotildees gama em baixos niacuteveis associada a outros

procedimentos no poacutes-colheita eacute mencionada na literatura como excelente meacutetodo

para prolongar a periacuteodo de prateleira das frutas por retardar os processos de

senescecircncia e amadurecimento reduzindo os iacutendices de apodrecimento provocados

por fungos e bacteacuterias (Kaumlferstein e Moy 1993) O problema do uso da radiaccedilatildeo eacute

que esta teacutecnica provoca o escurecimento perda de firmeza do fruto e o surgimento

de depressotildees superficiais (CHITARRA e CHITARRA 2005)

Consumo

Em relaccedilatildeo ao consumo per capita do abacate em 2013 o Meacutexico foi de 90

Kghab enquanto que no Brasil o consumo girava em torno de 301 gramashab

21

por ano em De acordo com dados de 2011 o consumo per capita da fruta em Israel

foi de 50 Kghab o Chile ficou logo atraacutes com 45Kghab por ano e os Estados

Unidos apesar de maior importador apenas 20 Kghab por ano (NAAMANI 2011)

Em alguns paiacuteses da Uniatildeo Europeia chega a ser 1500 gramashab por ano (BNET

2011) De acordo com PUTTI (2014) esta diferenccedila se deve ao fato de que o

consumo do abacate em paiacuteses da Europa vai aleacutem da forma in natura sendo

consumido principalmente na forma de salada aleacutem disso os benefiacutecios da fruta satildeo

mais difundidos do que no Brasil

A fruta eacute consumida de forma diferente ao redor do mundo podendo ser sob

a forma de doce como no Brasil ou em saladas e patecircs como o guacamole

(JAGUACYR) Aleacutem de ser amplamente explorada na induacutestria

Aspectos nutricionais

A tabela a seguir apresenta as informaccedilotildees nutricionais do abacate a partir de

100g da fruta

TABELA 2 - Informaccedilotildees nutricionais do abacate obtidas a partir de 100g

da fruta fonte (FATSECRET)

INFORMACcedilOtildeES NUTRICIONAIS ABACATE

ENERGIA 669 kj 160kal

CARBOIDRATOS 853 g

ACcedilUacuteCAR 066 g

PROTEIacuteNAS 2g

GORDURAS 1466g

GORDURA SATURADA 2126G

GORDURA MONOINSATURADA

9799G

GORDURA POLIINSATURADA 1816

COLESTEROL 0 mg

FIBRAS 77 g

SOacuteDIO 7 mg

POTAacuteSSIO 485 mg

Uma das principais caracteriacutesticas que qualificam o abacate eacute a elevada

quantidade de mateacuteria graxa em sua composiccedilatildeo O fruto eacute conhecido como uma

fruta de alto valor energeacutetico Os aacutecidos graxos (AG) podem ser encontrados na

semente em sua maioria insaturados estes aacutecidos tambeacutem estatildeo presentes no

mesocarpo contudo em concentraccedilotildees diferentes O oacuteleo do abacate eacute um produto

22

explorado na induacutestria farmacecircutica devido ao elevado teor de vitamina E O

produto possui bom valor comercial apesar de natildeo ser tatildeo produzido mundialmente

A quantidade de oacuteleo encontrada no mesocarpo eacute superior ao teor de oacuteleo

encontrado na semente No mesocarpo os teores de aacutecido oleico variam entre

3177 a 5030 jaacute na semente o teor desse aacutecido graxo monoinsaturado varia de

1169 a 3583 (MASSAFERA 2010)

O abacate eacute um alimento rico em aacutecido graxo monoinsaturado oleico Estudos

realizados com aacutecidos graxos monoinsaturados revelam sua importacircncia na

prevenccedilatildeo e tratamento de dislipidemias que estatildeo relacionadas ao

desenvolvimento de doenccedilas cardiovasculares e coronarianas (SOARES e ITO

2000) Os aacutecidos graxos monoinsaturados representados principalmente pelo aacutecido

oleico presente em oacuteleo de oliva e canola possui efeito significativos na prevenccedilatildeo e

tratamento de doenccedilas crocircnicas (LARSEN et al 1999)

Produtos e subprodutos

O oacuteleo obtido a partir da fruta do abacate possui propriedades fiacutesico-quiacutemicas

semelhantes ao oacuteleo de oliva principalmente pela composiccedilatildeo de seus aacutecidos

graxos salientando o aacutecido oleico O oacuteleo de oliva eacute um produto altamente

consumido no paiacutes poreacutem de origem importada e o oacuteleo de abacate possui forte

potencial para substituiacute-lo (MASSAFERA 2010)

Outra forma de aproveitamento do oacuteleo do abacate eacute para a produccedilatildeo de

biodiesel O professor do departamento de Quiacutemica da UNESP Manoel Lima de

Menezes afirma que o abacate tem o teor de oacuteleo que varia entre 5 a 30

proacuteximo ao encontrado na extraccedilatildeo da soja de 18 Segundo o pesquisador um

dos obstaacuteculos eacute ainda o teor de umidade da semente (BIODIESELBR 2013)

Dentre as vantagens do abacate em comparaccedilatildeo com a soja eacute que da fruta eacute

possiacutevel extrair oacuteleo e etanol dois ingredientes baacutesicos para a produccedilatildeo do

biodiesel Outra vantagem eacute que de acordo com Menezes o abacate pode render

ateacute 2800 litros de oacuteleo por hectare contra 400 da soja aleacutem do fato do abacateiro

ser uma planta perene (GIRARDI 2009)

A madeira tambeacutem eacute um produto explorado na cultura do abacateiro na

produccedilatildeo de energia como combustiacutevel (MAISNATUREZA) Outra forma de

aproveitamento de resiacuteduos da cultura eacute a utilizaccedilatildeo do caroccedilo para a produccedilatildeo de

23

tintas a partir do caroccedilo usado para tingir roupas produzindo uma tinta castanho-

arroxeada (TEIXEIRA 1991)

Melhoramento geneacutetico

O desenvolvimento floral bem como a eacutepoca de floraccedilatildeo e o amadurecimento

da fruta satildeo diretamente influenciados por caracteriacutesticas geneacuteticas Essas

caracteriacutesticas podem ser manipuladas com a utilizaccedilatildeo de enxertos porta enxertos

ou a interaccedilatildeo entre eles Neste sentido podem ser utilizados genoacutetipo Mexicano

que pode antecipar a floraccedilatildeo ou Guatemalenses que manteacutem uma floraccedilatildeo meacutedia

ou porta-enxerto das Iacutendias Ocidentais que promovem floraccedilatildeo tardia Estudos tecircm

comprovado que a utilizaccedilatildeo de porta-enxertos do grupo Mexicano antecipam a

floraccedilatildeo entre 4 a 8 semanas antes de pomares de clones de bdquoHass‟ Contudo a

antecipaccedilatildeo de 8 semanas na eacutepoca de floraccedilatildeo promoveu o a antecipaccedilatildeo de

maturaccedilatildeo dos frutos em apenas 3 semanas Como existe uma alta demanda pelo

abacate ‟Hass‟ em todo mundo o uso de cultivares do abacate bdquoHass-like‟ pode ser

de grande interesse para os paiacuteses produtores uma vez que a cultivar bdquoLamb-Hass‟

por exemplo possui a caracteriacutestica de estender a eacutepoca de colheita aumentando

assim a janela de produccedilatildeo da fruta (SCHAFFER et al 2012)

No final dos anos 80 Carlos Meacutendez observou um abacate diferenciado na

regiatildeo de Urupan estado de Michocaacuten Meacutexico A planta encontrada exibia uma

floraccedilatildeo com um comportamento distinto das demais Este abacate bdquoHass-like‟ foi

nomeado localmente de bdquoHass-Mendez‟ e agora eacute conhecido comercialmente como

bdquoHass Carmen‟ (Illsley-Granich 2011) Uma das cultivares de bdquoHass-like‟ que tem

sido utilizada em programas de melhoramento eacute a ldquoSir Prizerdquo

Outra cultivar bdquoHass-like‟ muito importante eacute a bdquoMaluma‟ na Aacutefrica do Sul

Dentre as vantagens desta cultivar em relaccedilatildeo ao bdquoHass‟ apresentadas por ERNST

amp ERNST (2015) estatildeo rendimento elevado precocidade e possibilidade de

aumento na densidade de plantas no pomar de abacateiro

Programas de melhoramento satildeo criados a fim de se incorporar

caracteriacutesticas de resistecircncia a doenccedilas - como os desenvolvidos na Universidade

da Califoacuternia que deram origem a cultivares como por exemplo bdquoGem‟ e bdquoHarvest‟

que possuem excelentes caracteriacutesticas agronocircmicas Dentre estas caracteriacutesticas

se tem aumento da produtividade e resistecircncia agrave podridatildeo radicular

24

A utilizaccedilatildeo de porta-enxertos eacute de suma importacircncia para se aproveitar

melhor o potencial das diferentes culturas seja por aumentar a produtividade ou por

conferir resistecircncia a doenccedilas No final dos anos 70 a podridatildeo causada por

Phytophthora cinnamomi causou grandes prejuiacutezos para a cultura do abacate na

Aacutefrica do Sul Com isso foi necessaacuterio importar da Califoacuternia porta-enxertos

tolerantes agrave podridatildeo radicular propagados vegetativamente a fim de se ter maior

uniformidade geneacutetica para estabelecer novos pomares de abacateiro Durante

muitos anos a cultivar bdquoDuke 7‟ era o uacutenico porta-enxerto que produzia plantas

uniformes produtivas e razoavelmente produtivas era a cultivar bdquoDuke 7‟ Nos anos

80 foi desenvolvida a cultivar bdquoDusa‟ a partir de plantas sobreviventes em pomares

doentes A cultivar desenvolvida pela WESTFALIA apresentou toleracircncia agrave podridatildeo

superior a bdquoDuke 7‟ (KREMER-KOumlHNE 2007)

Na Floacuterida as cultivares mais utilizadas como porta-enxerto satildeo a bdquoLula‟ e

bdquoWaldin‟ devido ao fato dessas variedades conferirem aos pomares de abacate

uniformidade aumentar o vigor e pela produccedilatildeo de sementes (CRANE et al 2007)

No Brasil os pomares comerciais de abacate satildeo implantados sobre porta-

enxertos oriundos de sementes este fator faz com que o tamanho da copa das

plantas seja desuniforme a produccedilatildeo seja afetada bem como a qualidade dos frutos

e a susceptibilidade aos patoacutegenos do solo no qual se destaca Phytophthora

cinnamomi Contudo outros paiacuteses produtores da fruta utilizam porta-enxertos de

melhor qualidade obtidos a partir de clones que possuem resistecircncia a doenccedilas e

tambeacutem conferem uniformidade ao pomar (MORAES 2014)

Certificaccedilatildeo

Devido agrave exigecircncia cada vez maior feita pelos mercados internacionais natildeo eacute

possiacutevel exportar frutas e outros produtos agropecuaacuterios sem que se tenha a

certificaccedilatildeo Um das finalidades da certificaccedilatildeo eacute proteger o diferencial de qualidade

(AGRIANUAL 2012)

A certificaccedilatildeo eacute uma forma de se adquirir vantagem competitiva sustentaacutevel

para concorrer com os grandes produtores mundiais Tendo em vista a exigecircncia de

produtos de qualidade por consumidores cada vez mais frequente eacute necessaacuterio que

o mercado mundial se atente ao alto padratildeo de qualidade fornecido por seus

produtos Com isso programas de qualidade tecircm sido desenvolvidos visando agrave

aplicaccedilatildeo direta nas cadeias de produccedilatildeo em especial na aacuterea de produtos

25

pereciacuteveis como eacute o caso da fruticultura objetivando a aceitaccedilatildeo internacional

(GUEDES et al 2007)

Vaacuterias pesquisas e estudos recentes vecircm colaborando para compreensatildeo da

formaccedilatildeo organizaccedilatildeo e influecircncia das cadeias produtivas de onde surgem

produtos que seguem os padrotildees de qualidade reconhecidos internacionalmente

onde os sistemas de certificaccedilatildeo tecircm papel fundamental

Tratando-se de qualidade os consumidores atuais buscam produtos que

atentem agraves questotildees eacuteticas que abordem temas como meio ambiente e uso de

agrotoacutexicos considerando que a procura por alimentos seguros e saudaacuteveis uma

questatildeo elementar (SINGER e MASON 2007)

Considerando que a sauacutede dos consumidores de alimentos in natura pode ser

afetada a seguranccedila alimentar bem como a qualidade dos produtos deve receber

atenccedilatildeo especial A qualidade dos produtos estaacute vinculada aos procedimentos que

satildeo conduzidos durante cada etapa de produccedilatildeo como por exemplo plantio

colheita processamento industrializaccedilatildeo e comeacutercio (OLIVEIRA 2005)

METODOLOGIA

Tipo de Estudo

Pesquisa Bibliograacutefica eacute desenvolvida a partir de material jaacute elaborado

constituiacutedo de livros e artigos cientiacuteficos (Gil 2008) Portanto o presente trabalho

utilizou-se das ideias do estudo exploratoacuterio feito a partir de pesquisa bibliograacutefica

Com isso este trabalho desenvolveu-se seguindo

1deg FONTES

Foram utilizados artigos que fornecessem informaccedilotildees sobre a cultura do

abacate bem como dados de produccedilatildeo poacutes-colheita e comercializaccedilatildeo e que

abordassem o tema de exportaccedilatildeo

2deg COLETA DE DADOS

Primeiramente foi feita leitura de trabalhos jaacute disponiacuteveis na literatura que

abordassem aspectos de produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo de forma raacutepida e objetiva a

fim de se selecionar o material a ser incluiacutedo no presente trabalho

26

Em seguida foi feita uma leitura seletiva agrupando as informaccedilotildees dos

artigos preacute-selecionados de acordo com o tema registrando as informaccedilotildees

extraiacutedas das fontes em instrumento especiacutefico

3deg ANAacuteLISE E INTERPRETACcedilAtildeO DOS RESULTADOS

Nesta etapa foi realizada uma leitura analiacutetica com a finalidade de ordenar as

informaccedilotildees contidas na literatura disponiacutevel utilizados como fonte para o

desenvolvimento deste trabalho a fim de se elaborar informaccedilotildees que resumissem

as questotildees abordadas nesta pesquisa

RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

ABACATE NO MUNDO

A figura a seguir apresenta dados de produccedilatildeo mundial de abacate (t) em 21

paiacuteses indo de 2004 a 2013 com base nos dados da FAO ndash Organizaccedilatildeo das

Naccedilotildees Unidas para Alimentaccedilatildeo e Agricultura (Food and Agriculture Organization of

the United Nations para a sigla em inglecircs)

27

Figura 2 Produccedilatildeo mundial do abacate (em t) elaborado pelo autor FONTE NOVAGRIM adaptado com dados da FAO

Os paiacuteses produtores de abacate satildeo representados no mapa abaixo onde a

intensidade da coloraccedilatildeo vermelha representa o volume de abacate produzido no

paiacutes quanto mais intenso maior o volume produzido como estaacute destacado o

Meacutexico maior produtor mundial participando com aproximadamente 31 12 de toda

a produccedilatildeo mundial da fruta

Figura 3 - Paiacuteses produtores de abacate ao redor do mundo FONTE FACTFISH

100000

300000

500000

700000

900000

1100000

1300000

1500000

1700000

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013

PRODUCcedilAtildeO MUNDIAL DE ABACATE

MEacuteXICO

INDONEacuteSIA

REP DOM

COLOcircMBIA

BRASIL

EUA

CHILE

PERU

CHINA

28

Em 2004 o maior produtor mundial de abacate foi o Meacutexico participando com

307 de todo o volume produzido mundialmente com cerca de 987000 t Em

segundo lugar poreacutem muito atraacutes com um volume de 221774 t segue a Indoneacutesia

representando apenas 689 Na terceira posiccedilatildeo Repuacuteblica Dominicana 68 e

218790 t e em quarto produzindo 170985 t estava a Colocircmbia com 53

De acordo com os dados de 2013 o Meacutexico continuou liderando o setor

participando com 3112 do total produzido agora com um volume de 1467837 t

Em segundo lugar a Repuacuteblica Dominicana com 821 Colocircmbia 643 e Peru

611 em ordem decrescente (FAOSTAT) Nos uacuteltimos 10 anos a Repuacuteblica

Dominicana saltou para o segundo lugar graccedilas a um aumento de 771 em sua

produccedilatildeo Neste sentido a Colocircmbia alcanccedila a posiccedilatildeo de 3deg colocado devido ao

aumento similar ao da Repuacuteblica Dominicana (774)

O Peru foi o paiacutes que obteve maior destaque pois saiu da oitava posiccedilatildeo

participando com apenas 337 da produccedilatildeo mundial o que representava um

volume de 108460 t em 2004 para a quarta posiccedilatildeo no ranking mundial em 2013

com 611 quando produziu 288387 t a sua participaccedilatildeo no mercado mundial

quase que dobrou nesse periacuteodo O aumento da produccedilatildeo mundial foi de 467

enquanto que o aumento do volume de abacate produzido no Peru foi de 1659

Segundo CARVALHO (2015) a formaccedilatildeo de associaccedilotildees como a PROHASS que

investe no desenvolvimento de tecnologia e marketing para estimular inclusive o

consumo interno podendo ateacute ser um exportador para o Brasil

Aos poucos a China vem participando do mercado do abacate A populaccedilatildeo

do paiacutes ultrapassa 15 bilhotildees de pessoas em algumas aacutereas metropolitanas a

populaccedilatildeo vai de 12 a 45 milhotildees de habitantes Em 2000 a classe meacutedia da China

representava 4 da populaccedilatildeo e hoje chega a 66 Os gastos com alimentaccedilatildeo

tambeacutem acompanham essa mudanccedila de comportamento pois existe nesta classe a

procura por alimentos mais saudaacuteveis Esses fatores tecircm estimulado uma mudanccedila

no consumo de abacate em toda a China (MILLER et al 2015)

Quanto agrave produccedilatildeo do Brasil no Ranking global ocorreu justamente o

contraacuterio o paiacutes saiu da quinta posiccedilatildeo para a oitava ao reduzir 765 da produccedilatildeo

que era de 170895 t em 2004 para 157428 t em 2013 Em 2011 o abacate ficou na

17deg posiccedilatildeo no ranking da produccedilatildeo nacional da fruta ocupando apenas 03 do

montante da produccedilatildeo de frutas frescas muito atraacutes das principais culturas

29

produzidas como a laranja mais produzida participando com 416 do setor

Banana segunda mais importante com 154 e Melancia com 46 em quarto

(IBGEPAM 2011)

O volume de abacate fresco brasileiro exportado foi de 4313 t em 2013 para

5806 toneladas em 2014 resultando num aumento de mais de 37 na receita com

este setor que em 2014 foi de mais de nove milhotildees e meio de doacutelares

(AGRIANUAL 2015)

O graacutefico abaixo apresenta o comportamento do volume em toneladas de

abacate exportado pelos paiacuteses que participam do setor

Figura 4 Volume de abacate (t) exportado pelos paiacuteses exportadores da fruta Elaborado pelo autor FONTE FAO

Em 2013 Meacutexico liderou o setor de exportaccedilatildeo do abacate com um volume

de 563492 toneladas cerca 463 do total exportado no mundo Em segundo lugar

a Holanda com 99 A Holanda eacute um grande importador contudo o paiacutes reexporta

grande parte do volume comprado O Peru merece destaque pois saiu de um

volume exportado de 2209 t (06) em 2000 para 114515 t em 2013 ocupando

94 do volume de abacate exportado o que lhe conferiu a 3deg posiccedilatildeo no ranking

global Em quarto lugar o Chile com 73

A figura a seguir apresenta o comportamento dos principais importadores de

abacate do mundo em 14 anos

0

100000

200000

300000

400000

500000

600000

20002001200220032004200520062007200820092010201120122013

EVOLUCcedilAtildeO DA EXPORTACcedilAtildeO MUNDIAL EM t

MEacuteXICO

CHILE

ESPANHA

AacuteFRICA DO SUL

ISRAEL

HOLANDA

PERU

30

Figura 5 Evoluccedilatildeo do volume (t) importado pelos principais paiacuteses importadores de abacate ELABORADA PELO AUTOR FONTE FAOSTAT

Os principais importadores de fruta como por exemplo o europeu e o norte

americano exigem um padratildeo de qualidade que observem as demandas impostas

pelos consumidores com relaccedilatildeo agrave seguranccedila alimentar e tambeacutem agraves exigecircncias

para certificaccedilatildeo do produto levando em consideraccedilatildeo aspectos ambientais e

sociais aleacutem do local de produccedilatildeo Desta forma produtores de fruta destinadas agrave

exportaccedilatildeo precisaram adaptar suas lavouras para atender agraves exigecircncias dos mais

importantes selos internacionais como o EureGapR e o TNCR (OLIVEIRA 2005) O

maior importador de abacate do mundo satildeo os Estados Unidos (ROCHA 2014)

O volume de abacate importado ao redor do mundo vem crescendo na uacuteltima

deacutecada Os Estados Unidos lideram o montante desde 2007 mais ainda que toda a

Uniatildeo Europeia o volume importado pelo paiacutes cresceu cerca de sete vezes entre

2000 e 2013 Em segundo lugar a Uniatildeo Europeia importando quase 23 menos

A Holanda tambeacutem cresceu muito e hoje ocupa a terceira colocaccedilatildeo no ranking O

Japatildeo e o Canadaacute tiveram consideraacutevel crescimento contudo mantiveram-se na 5deg

e 6deg posiccedilatildeo durante esse periacuteodo

Nos EUA a demanda cresce mais acelerado do que a oferta segundo

CARVALHO (2015) a demanda cresce 12 ao ano enquanto a produccedilatildeo cresce

apenas 4 O paiacutes possui uma poliacutetica de retornar parte dos lucros oriundos da

-

100000

200000

300000

400000

500000

600000

700000

IMPORTACcedilAtildeO DE ABACATE NO MUNDO EM t

EUA

UE

HOLANDA

FRANCcedilA

CANADAacute

REINO UNIDO

31

comercializaccedilatildeo do Avocado no paiacutes com a elaboraccedilatildeo de marketing e o

desenvolvimento de pesquisas que incentivem o aumento do consumo interno

promovendo alimentos como por exemplo o GUACAMOLE alimento muito popular

no paiacutes

Em 2002 os EUA impunham a Lei do Bioterrorismo exigindo que as

empresas que produzem processem armazenem ou processem alimentos voltados

ao consumo humano ou animal devem cumprir normas para comercializar seus

produtos voltados ao consumo humano ou animal precisam cumprir normas para

comercializar seus produtos nos Estados Unidos Eacute necessaacuterio que essas mesmas

empresas possuam registro junto ao governo norte-americano atualizando estas

informaccedilotildees e comunicarem agraves autoridades a chegada de novos carregamentos

alimentares O natildeo cumprimento dessas exigecircncias acarreta na proibiccedilatildeo do

ingresso da carga e possiacutevel retenccedilatildeo da mercadoria com multa para o responsaacutevel

pelo carregamento (MDIC 2006)

Os principais compradores de abacate ‟Hass‟ satildeo os Estados Unidos (20 a

50) UE AUS e o Meacutexico maior produtor e exportador do Avocado participando

com 20 do mercado de Avocado (CARVALHO 2015)

O Brasil participa com apenas 031 do mercado internacional exportando

para o Canadaacute e Holanda CARVALHO (2015) comenta que o Brasil natildeo aproveita

seu potencial de se tornar grande produtor e exportador de Avocado o paiacutes possui

extensa aacuterea e clima variado entre outros fatores que favorecem a produccedilatildeo de

Avocado contudo a produccedilatildeo ainda eacute muito pequena quando comparado com

outros paiacuteses que participam do mercado internacional da fruta

Quanto agrave contribuiccedilatildeo do desenvolvimento de programas de melhoramento

geneacutetico para a consolidaccedilatildeo do Brasil como grande produtor mundial de abacate a

utilizaccedilatildeo de cultivares de bdquoHass-like‟ representa uma excelente opccedilatildeo para

aumentar a safra da cultura no paiacutes devido agrave caracteriacutestica que esta variedade tem

de antecipar a florada ampliando desta forma a janela de produccedilatildeo e aumentando

a competitividade do paiacutes em relaccedilatildeo a outros paiacuteses exportadores da fruta

O graacutefico a seguir ilustra o comportamento das exportaccedilotildees e importaccedilotildees

Brasileiras em 14 anos

32

Figura 6 - Evoluccedilatildeo da exportaccedilatildeo e importaccedilatildeo do abacate (em t) no Brasil em 14 anos Elaborado pelo autor FONTE FAO

Alguns dos principais concorrentes do Brasil tratando-se da exportaccedilatildeo do

Avocado satildeo Aacutefrica do Sul com 3 das exportaccedilotildees Chile com 7 e Peru

representando 10 do mercado internacional de Avocado A safra do Chile ocorre

em eacutepoca proacutexima a do Brasil comeccedilando em agosto e terminando em fevereiro

(CARVALHO 2015) A Boliacutevia apesar de participar com apenas 012 do volume

exportado tem a vantagem de possibilidade de produccedilatildeo o ano todo

O elevado padratildeo de qualidade dos produtos eacute sem duacutevida um fator que

pode fazer com que o Brasil se estabeleccedila no mercado mundial de abacate Esta

praacutetica tem qualificado a Aacutefrica do Sul como um dos principais fornecedores para

paiacuteses da Europa a partir do intenso trabalho desenvolvido pela empresa sem fins

lucrativos WESTFALIA situada no municiacutepio de Limpopo por meio de investimentos

em tecnologia

A tabela a seguir apresenta o periacuteodo do ano em que cada paiacutes exportador de

abacate embarca seus produtos ao redor do mundo

0

500

1000

1500

2000

2500

3000

3500

4000

4500

5000

EXPORTACcedilAtildeO

IMPORTACcedilAtildeO

33

TABELA 3 - Janela de exportaccedilatildeo dos paiacuteses exportadores de abacate

adaptada FONTE WESTFALIASUBSOLE

CALENDAacuteRIO DE EXPORTACcedilAtildeO DE ABACATE lsquoHASSrsquo

jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

BRASIL X X X X X X X X

ARGENTINA X X X

EUA X X X X X X X X X X X X

CHILE X X X X X X X X X X

AFRICA DO SUL X X X X X X X

REP DOMINICANA X X X X X

ISRAEL X X X X X X

PERU X X X X X X X

NOVA ZELAcircNDIA X X X

MEacuteXICO X X X X X X X X X X X X

ESPANHA X X X X X X X

QUEcircNIA X X X X X

AUSTRAacuteLIA X X X X X X X

Os principais destinos do abacate ‟Hass‟ exportado pelo Brasil satildeo Espanha

Itaacutelia Holanda Alemanha e Dinamarca O material exportado segue de navio do

porto de Santos a uma temperatura de 5degC levando ateacute 16 dias no maacuteximo ateacute os

destinos Esse material exportado pelo Brasil possui os certificados GlobalGapR ndash

BRCR ndash BSCIR ndash SedexR ndash SmetaR

Os graacuteficos a seguir apresentam informaccedilotildees sobre a evoluccedilatildeo do da

exportaccedilatildeo do abacate feitos a partir de informaccedilotildees apresentadas no Anuaacuterio

Brasileiro de fruticultura (2004 a 2015) obtidos a partir de dados do Instituto

Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica

34

Figura 7 - Evoluccedilatildeo do volume de abacate exportado pelo brasil (2003 a 2014) Elaborado pelo autor com dados DO ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE AGRICULTURA DE 2004 a 2015 (IBGE)

Figura 8 - Receita com exportaccedilatildeo brasileira de abacate (2003 a 2014) Elaborado pelo autor com dado do ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE AGRICULTURA DE 2004 a 2015 (IBGE)

O volume de abacate exportado pelo Brasil vem crescendo nos uacuteltimos anos

revelando assim a importacircncia do setor para o paiacutes A variaccedilatildeo do volume

exportado de 2008 para 2009 foi de 6282 jaacute de 2009 para 2010 a exportaccedilatildeo

sofreu uma queda de 793 Em 2014 houve um aumento de 3462 no setor em

relaccedilatildeo ao ano anterior (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE FRUTICULTURA) A receita

-

100000

200000

300000

400000

500000

600000

700000

20

03

20

04

20

05

20

06

20

07

20

08

20

09

20

10

20

11

20

12

20

13

20

14

EVOLUCcedilAtildeO DO VOLUME DE ABACATE EXPORTADO PELO BRASIL (2003 a 2014)

VOLUME EXPORTADO (t)

-

20000000

40000000

60000000

80000000

100000000

120000000

20

03

20

04

20

05

20

06

20

07

20

08

20

09

20

10

20

11

20

12

20

13

20

14

RECEITA COM EXPORTACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ABACATE (2003 a 2014)

RECEITA (em USS FOB)

35

obtida a partir da exportaccedilatildeo do abacate tambeacutem acompanha os iacutendices de

crescimento

A Aacutefrica do Sul um dos principais concorrentes do Brasil no setor de

exportaccedilatildeo do Avocado eacute reconhecida por exportar material de alta qualidade para

Europa onde possui escritoacuterios contudo sua produccedilatildeo estaacute estagnada A Westfalia

eacute uma empresa sem fins lucrativos produtora de Avocado na Aacutefrica do Sul

responsaacutevel por desenvolver o mercado de Avocado no paiacutes e investe fortemente

em tecnologia o que colaborou para a atual situaccedilatildeo da Aacutefrica do Sul no setor de

exportaccedilatildeo de Avocado (CARVALHO 2015)

ABACATE NO BRASIL

O Brasil favorecido quando comparado com outros paiacuteses produtores devido

agrave suas dimensotildees continentais o que lhe possibilita ampla variaccedilatildeo de temperaturas

e solos estes fator unido agraves caracteriacutesticas individuais de cada variedade como por

exemplo sazonalidade e exigecircncias nutricionais e de horas de luz Contudo apesar

da aacuterea destinada agrave produccedilatildeo do abacate no Brasil ter reduzido passando de

11605 ha em 2005 para 9559 ha em 2014 reduccedilatildeo de 176 a produccedilatildeo natildeo foi

tatildeo alterada o que evidencia a possibilidade de um aumento na produtividade destas

aacutereas

Atualmente o Brasil ocupa a oitava posiccedilatildeo no ranking global do setor de

produccedilatildeo de abacate E apesar de possuir crescente produtividade o paiacutes ainda

possui excelente potencial produtor e tambeacutem como exportador da fruta Para

aproveitar melhor esse potencial deveriam ser feitos mais investimentos tanto no

que se refere agrave produccedilatildeo como por exemplo melhoramento geneacutetico e adoccedilatildeo de

protocolos de boas praacuteticas agriacutecolas para a obtenccedilatildeo de certificaccedilatildeo quanto no

setor de comercializaccedilatildeo desenvolvendo elevado padratildeo de qualidade da fruta

A tabela a seguir (TABELA 4) apresenta a aacuterea destinada agrave colheita de todas

as variedades de abacate nos principais produtores de abacate e o Distrito Federal

TABELA 4 - Aacuterea destinada agrave colheita (em ha) Elaborada pelo autor

DADOS (IBGE-SIDRA)

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Brasil 11605 10515 9892 9596 8509 11125 10768 9615 9707 9559

Satildeo Paulo 4266 3688 3583 3437 3267 5530 5642 4192 4374 4337

36

Minas Gerais 2865 2254 2326 2223 1854 2202 2134 2309 2416 2373

Paranaacute 1492 1467 1306 1009 1085 1000 944 922 958 930

Cearaacute 493 475 498 497 490 484 477 480 483 498

Rio Grande do Sul 626 619 613 602 584 575 552 499 470 444

Distrito Federal 119 122 109 124 108 111 - 295 160 134

A tabela 5 abaixo apresenta a produccedilatildeo de todas as variedades de abacate

em toneladas dos uacuteltimos 10 anos para os principais estados produtores e o Distrito

Federal

TABELA 5 - Produccedilatildeo nacional de abacate em 10 anos (em t) Elaborada pelo

autor FONTE (IBGESIDRA)

UFANO 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Brasil 169335 164441 154096 147214 139089 153189 160376 159903 157482 156669 1000

Satildeo Paulo 77107 78085 70812 69904 74193 83002 91909 82780 85101 79316 506

Minas Gerais 38777 32812 33436 28016 24772 28522 30975 36669 36571 41259 263

Paranaacute 22265 22575 20425 16537 15919 15824 17304 16705 16309 15784 101

Rio Grande do Sul

8167 7905 7804 7602 6824 6769 6907 5719 5584 5277 34

Cearaacute 5202 4231 4706 4520 4336 4163 3985 2717 2640 3637 23

Distrito Federal 2596 3081 2690 3019 2666 2415 - 6914 3152 3151 20

Em 2014 a aacuterea destinada agrave colheita do abacate no estado do Cearaacute era

superior agrave aacuterea do Rio Grande do Sul contudo a produccedilatildeo no estado do Cearaacute no

mesmo ano foi de 3637 t enquanto que a produccedilatildeo do Rio Grande do Sul foi de

5277 45 maior reforccedilando assim a ideia de que a produtividade no Sul pode ser

maior em relaccedilatildeo agrave regiatildeo Nordeste Este fator pode ser decorrente do uso de

cultivares inadequadas para as condiccedilotildees climaacuteticas da regiatildeo eou pela falta de

adoccedilatildeo de tecnologias modernas e teacutecnicas avanccediladas de produccedilatildeo

No Distrito Federal a produccedilatildeo cresceu 21 nos uacuteltimos 10 anos e hoje

representa 2 da produccedilatildeo nacional Por outro lado Satildeo Paulo que lidera o ranking

com 506 de toda a produccedilatildeo obteve crescimento de apenas 286 Jaacute a

produccedilatildeo do Paranaacute sofreu uma reduccedilatildeo de -291 neste mesmo periacuteodo poreacutem

manteve-se como quarto produtor nacional de abacate Os estados do Cearaacute e Rio

Grande do Sul tambeacutem reduziram sua produtividade nos uacuteltimos 10 anos

acompanhando a reduccedilatildeo nacional que reduziu -74

37

A variaccedilatildeo da produtividade de todas as variedades de abacate dos principais

estados produtores de abacate do Brasil eacute apresentada na TABELA 6 a seguir

TABELA 6 - Variaccedilatildeo (em) da produtividade (t) no Brasil em 10 anos

Elaborada pelo autor FONTE (IBGESIDRA)

VARIACcedilAtildeO () DA PRODUTIVIDADE (t) EM 10 ANOS

ESTADOANO 2005 2014 VARIACcedilAtildeO

PAIacuteS 146 164 123

SAtildeO PAULO 181 183 11

MINAS GERAIS 135 174 289

PARANAacute 149 17 141

RIO GRANDE DO SUL 13 119 -85

CEARAacute 106 73 -311

DISTRITO FEDERAL 218 235 78

De acordo com os dados do IBGE Satildeo Paulo eacute o maior produtor de abacate

do paiacutes Dentre as variedades mais produzidas no estado de Satildeo Paulo estatildeo

bdquoFortuna‟ bdquoGeada‟ bdquoQuintal‟ e bdquoMargarida‟ (DORIZZOTTO 2011)

Abaixo segue TABELA 11 contendo os nuacutemeros de plantas novas e o

nuacutemero de plantas em produccedilatildeo bem como a produccedilatildeo (caixas de 22Kg) no estado

de Satildeo Paulo ao longo de 15 anos

TABELA 7 - Quantidade de peacutes novos peacutes em produccedilatildeo e produccedilatildeo (cx 22kg)

no estado de Satildeo Paulo entre 2000 e 2015 Elaborada pelo autor FONTE

INSTITUTO DE ECONOMIA AGRIacuteCOLA

ANO PEacuteS

NOVOS PEacuteS EM

PRODUCcedilAtildeO

2000 4859400 66157100

2001 4617700 62883700

2002 4742500 55421300

2003 6095000 49740300

2004 5969500 48339500

2005 5131100 46596200

2006 5325600 45869000

2007 3412800 47668000

2008 5007100 40617400

2009 12068600 49971400

2010 8190000 53239000

38

2011 6904500 54780100

2012 7704100 51341600

2013 7002100 59149400

2014 8419800 60996100

2015 9040200 67073800

O graacutefico abaixo apresenta a curva da produtividade obtida a partir da relaccedilatildeo

feita entre a produccedilatildeo e a quantidade de peacutes em produccedilatildeo no estado de Satildeo Paulo

Figura 9 - Produtividade (kgplanta) no estado de Satildeo Paulo desde 2000 elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE ECONOMIA AGRIacuteCOLA

Os dados foram obtidos a partir da relaccedilatildeo feita entre a quantidade de planta

em produccedilatildeo e a quantidade de caixas de 22 Kg produzidas no estado de Satildeo Paulo

desde 2000 Esses dados revelam crescente aumento da produtividade ateacute o ano de

2010 onde a produtividade ultrapassou 168 Kgplanta Jaacute em relaccedilatildeo ao ano de

2011 a produtividade sofreu uma reduccedilatildeo de 10 Depois disso a curva de

produtividade continuou ascendente

A seguinte tabela apresenta a evoluccedilatildeo do preccedilo do abacate comercializado

na CEAGESP durante o ano no periacuteodo de nove anos

90

110

130

150

170

190

20

00

20

01

20

02

20

03

20

04

20

05

20

06

20

07

20

08

20

09

20

10

20

11

20

12

20

13

20

14

20

15

PRODUTIVIDADE DOS PEacuteS DE ABACATE (Kgplanta) EM SP

PRODUTIVIDADE

39

TABELA 8 - Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio (em R$Kg) do abacate FONTE

CEAGESP 2008

ANOMEcircS JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

2007 105 101 1 118 107 109 129 151 159 181 228 279

2008 119 081 084 097 102 11 122 137 149 208 296 326

2009 169 122 132 133 141 141 152 177 217 213 212 235

2010 17 161 165 154 151 151 164 173 202 262 406 316

2011 185 182 183 203 186 204 231 278 308 317 359 369

2012 207 155 151 141 153 164 192 218 242 268 429 485

2013 263 209 216 215 244 265 258 304 347 403 566 498

2014 228 206 231 239 198 2 256 267 301 305 403 538

2015 406 403 386 349 367 397 394 43 - - - -

O graacutefico a seguir resume o comportamento da quantidade de peacutes novos e

em produccedilatildeo no estado de Satildeo Paulo desde o ano 2000

Figura 10 - Evoluccedilatildeo do nuacutemeros de peacutes novos e em produccedilatildeo ao longo de 15 anos no estado de Satildeo Paulo elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE

ECONOMIA AGRIacuteCOLA

A produccedilatildeo (em caixas de 22 Kg) eacute demonstrada no graacutefico abaixo para esse

mesmo periacuteodo

000

10000000

20000000

30000000

40000000

50000000

60000000

70000000

80000000

20002002200420062008201020122014

EVOLUCcedilAtildeO DOS DADOS DO ABACATE EM SAtildeO PAULO

PEacuteS NOVOS

PEacuteS EM PRODUCcedilAtildeO

40

Figura 11 - Evoluccedilatildeo da produccedilatildeo de abacate em caixas de 22kg no estado de Satildeo Paulo em 15 anos elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE

ECONOMIA AGRIacuteCOLA

A sazonalidade do abacate comercial na CEAGESP em Satildeo Paulo

demonstram que o abacate pode ser comercializado praticamente todas as eacutepocas

do ano como apresentado pela tabela

TABELA 9 - Sazonalidade do abacate FONTE CEAGESP 2008

VARIEDADE JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

GEADA X X X X X

FORTUNA X X X X X X X

QUINTAL X X X X X X X

MARGARIDA X X X X X X X X X X

BREDA X X X X X X X X

HASS X X X X X X X X

O Estado de Minas Gerais eacute o segundo maior produtor nacional de abacate

participando do setor com 229 do total produzido A aacuterea no Estado destinada agrave

produccedilatildeo da fruta foi de 23 mil ha A produtividade do estado de Minas em 2012 foi

de 15881 (hgha) (PERFIL DA FRUTA) A produccedilatildeo de abacate no Distrito Federal

em 2013 foi de 3152 toneladas (IBGE) Em Minas a produccedilatildeo concentra-se nas

regiotildees Sul e Sudeste do estado (ALMEIDA 2013)

200000000

250000000

300000000

350000000

400000000

450000000

500000000

550000000

20002002200420062008201020122014

EVOLUCcedilAtildeO NA PRODUCcedilAtildeO DE ABACATE EM SAtildeO PAULO (22Kgcx)

PRODUCcedilAtildeO CX 22Kg

41

Em 2003 o Paranaacute foi o terceiro maior produtor nacional de abacate com uma

aacuterea de aproximadamente 1600ha onde se produziu 26 mil toneladas gerando uma

receita de cerca de R$ 85 milhotildees (HOHMANN amp MENEGUIM 2005)

De acordo com a relaccedilatildeo feita entre os dados de volume de abacate colhido e

de aacuterea destinada agrave produccedilatildeo do IBGESIDRA em 10 anos (2005 agrave 2014) o estado

que sofreu maior reduccedilatildeo da produtividade foi o estado do CEARAacute reduzindo em

31 aproximadamente enquanto que o estado de minas aumentou 289 sua

produtividade O DF apresentou os melhores niacuteveis de produtividade a partir desses

dados

AVOCADO NO BRASIL

A regiatildeo de Bauru em Satildeo Paulo especializou-se na produccedilatildeo dos abacates

‟Hass‟ e bdquoFuerte‟ conhecidos comercialmente como Avocado e satildeo os mais

apreciados pelo mercado internacional (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA

FRUTICULTURA 2008)

O Avocado variedades ‟Hass‟ e bdquoFuerte‟ possui excelentes caracteriacutesticas

nutricionais como por exemplo seu alto teor de lipiacutedeos Aleacutem disso o fruto possui

tamanho reduzido o que facilita o consumo evitando que parte natildeo consumida seja

armazenada Uma das possibilidades de se estimular o consumo interno seria

promover o produto a partir do uso de marketing setor no qual a empresa

JAGUACYR situada no municiacutepio de Bauru ndash SP tem se destacado fornecendo

informaccedilotildees nutricionais e apresentando o alto padratildeo de qualidade da fruta Outro

fator que reduz a oferta do produto no mercado interno eacute a demanda internacional

apesar de impor barreiras e exigirem alto padratildeo de qualidade o produto de

qualidade recebe os melhores preccedilos este fator tambeacutem limita o consumo interno

porque o preccedilo oferecido pelos importadores reflete no preccedilo interno

Outro ponto que deve ser observado para se manter qualidade elevada dos

frutos eacute a escolha adequada do ponto de colheita pois este fator reflete diretamente

no teor de oacuteleo dos frutos que por sua vez eacute responsaacutevel pela conservaccedilatildeo do

sabor Os melhores teores de oacuteleo encontram-se em frutos tardios como nas

variedades obtidas a partir das raccedilas Guatemalenses e Mexicana sendo maior nas

raccedilas Mexicana e menor em cultivares oriunda de raccedilas Guatemalenses como por

exemplo a bdquoHass‟

42

A exportaccedilatildeo brasileira do abacate bdquoHass‟ variedade mais produzida no

mundo era de 100 toneladas por ha em 2004 para 2186 toneladas em 2010

(DORIZZOTTO 2011) Contudo este dado representa apenas 143 do volume de

todo o abacate produzido no paiacutes nesta mesma data mesmo com seus atributos

nutricionais e comerciais

Quando se trata do segmento do mercado do Avocado brasileiro em acircmbito

global a empresa JAGUACYR situada no municiacutepio de Bauru ndash SP com sede na

Holanda eacute de extrema relevacircncia contribuindo com 90 das exportaccedilotildees brasileiras

deste produto com o qual o Brasil ainda comeccedila a participar poreacutem possui

condiccedilotildees favoraacuteveis para crescer no setor (CARVALHO 2015)

O graacutefico a seguir apresentado na Figura 2 demonstra a evoluccedilatildeo da

participaccedilatildeo do Avocado no setor de fruticultura no estado de Satildeo Paulo

Figura 12 - Elaborado pelo autor FONTE CEAGESPSEDES GABRIEL V BITENCOURT DE ALMEIDA

Como apresentado no graacutefico acima o volume de Avocado comercializado na

CEAGESP tem crescido rapidamente vertiginosamente chegando a quase

quadruplicar seu valor em apenas 7 anos

Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio de atacado (R$Kg) de Avocado na CEAGESP de

Satildeo Paulo durante o ano (SP) (Figura 3)

81 74 90

106 133

208

365 378

0

50

100

150

200

250

300

350

400

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

EVOLUCcedilAtildeO DA QUANTIDADE COMERCIALIZADA (T) DE AVOCADO NA CEAGESP DE SAtildeO PAULO (SP)

QUANTIDADE(toneladas)

43

Figura 13 - Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio do avocado na CEAGESP (R$Kg) Elaborado pelo autor FONTES CEAGESP

O graacutefico a seguir demonstra um comparativo da variaccedilatildeo do preccedilo meacutedio do

abacate em relaccedilatildeo ao Avocado durante o ano com base nos dados de nove anos

da CEAGESP (R$Kg)

Figura 14 - Comparativo do preccedilo meacutedio do abacate e do avocado comercializado na ceagesp durante o ano elaborado pelo autor FONTE

CEAGESP

A partir dos dados de 7 anos com a variaccedilatildeo do preccedilo meacutedio do Avocado por

quilo durante o ano pocircde-se observar que os menores valores encontram-se entre

maio e agosto A variaccedilatildeo de preccedilo meacutedio durante o ano chega a ser de R$ 581 o

quilo mais que o dobro entre o maior e menor valor meacutedio encontrado

O graacutefico com o comparativo do preccedilo do abacate com o Avocado (Figura 11)

revela a discrepacircncia da valorizaccedilatildeo entre os dois grupos O valor miacutenimo do

4

6

8

10

12

jan

fev

mar

abr

mai

jun jul

ago

set

ou

t

no

v

dez

EVOLUCcedilAtildeO DO PRECcedilO MEacuteDIO DO AVOCADO NA CEAGESP (R$Kg)

PRECcedilO MEacuteDIO

0

2

4

6

8

10

12

JAN

FEV

MA

R

AB

R

MA

I

JUN

JUL

AG

O

SET

OU

T

NO

V

DEZ

PRECcedilO AVOCADO

PRECcedilO DO ABACATE

44

Avocado eacute de R$ 554 por quilo enquanto que o maior valor encontrado do abacate

chega a R$ 381 uma diferenccedila de quase 50

O CEASA-DF registrou em 2014 um volume comercializado de 397 toneladas

de Avocado enquanto que no ano anterior o volume registrado natildeo passou de 07

toneladas (CEASA-DF)

Apesar de jaacute haver teacutecnicas eficientes e tecnologias modernas disponiacuteveis

para se aperfeiccediloar a produccedilatildeo do abacate a exploraccedilatildeo de novas regiotildees com

potencial produtor para a implantaccedilatildeo de pomares de abacateiro no Brasil eacute um dos

fatores que podem aumentar mais ainda a produccedilatildeo nacional No DF por exemplo

a aacuterea destinada agrave colheita do abacate sofreu uma reduccedilatildeo de mais da metade de

2012 para 2014 muito diferente da forma como havia se comportando desde 2000

quando a aacuterea passou de 85 ha para 111 em 2010 O DF representa apenas 2 da

produccedilatildeo nacional do abacate contudo sua produtividade vem aumentando e de

acordo com os dados do IBGE o DF possui os melhores iacutendices de produtividade do

paiacutes o que pode representar forte potencial da regiatildeo no setor Este fato corrobora

com a ideia de que o Brasil pode aproveitar melhor sua extensatildeo territorial

explorando regiotildees com potencial produtor como o DF por exemplo

CERTIFICACcedilAtildeO

CARVALHO (2015) afirma que para participar do mercado internacional os

produtores devem se atentar agraves exigecircncias internacionais de qualidade e seguranccedila

garantidas por meio de certificaccedilatildeo como GlobalGapR BRCR BRCIR FAIRDRADER

e SEDEX-SMETAR Outro ponto que deve ser adotado pelo Brasil no comeacutercio do

Avocado eacute manter um mercado com preccedilo linear e contiacutenuo Ainda segundo

CARVALHO (2015) produtores que natildeo possuem certificaccedilatildeo no GlobalgapR

recebem menos 10

PRECcedilO PAGO PELA JAGUACYR AO PRODUTOR COM GLOBALGAPR

TABELA 10 - (CARVALHO 2015)

CAT CALIBRE MAR ABR MAI JUN

1 12 A 24 315 322 205 205

2 26 A 32 131 129 130 130

2 12 A 24 284 350 187 187

45

Para o consumidor final o selo GLOBALGAPR natildeo eacute tatildeo notado pois o uso

desta marca eacute praticado entre empresas Contudo sua em sua elaboraccedilatildeo

considerou-se a reduccedilatildeo dos impactos negativos das operaccedilotildees agriacutecolas no meio

ambiente reduzir o uso de insumos quiacutemicos e garantir que assuntos de sauacutede e

seguranccedila dos empregados e bem estar animal sejam observados (GLOBALGAPR

2008)

A GLOBALGAPR serve como um manual no comeacutercio mundial de produtos

agriacutecolas estabelecendo normas voluntaacuterias para sua certificaccedilatildeo Este conjunto de

normas estabelece serve de molde para a conduccedilatildeo de boas praacuteticas agriacutecolas

(BPA) nas atividades agriacutecolas (GLOBALGAPR 2008)

Um dos pontos positivos em se adotar os protocolos de boas praacuteticas

agriacutecolas eacute a prevenccedilatildeo de perdas Pesquisas feitas no setor da fruticultura

concluem que maior parte do desperdiacutecio ocorre no percurso que vai do manuseio

no campo ateacute as centrais de produccedilatildeo (AGRIANUAL 2012) Os iacutendices de perdas da

abaticultura chegam a 34 ao ano (AGRIANUAL 2015)

Eacute de extrema importacircncia desenvolver soacutelidos e eficientes sistemas de

certificaccedilatildeo a fim de assegurar qualidade que atenda as expectativas dos

consumidores permitindo que as empresas ingressem nos mercados globais com

seus produtos (ZEIDAN et al 2008)

A difusatildeo de praacuteticas recomendadas para a obtenccedilatildeo da certificaccedilatildeo

GLOBALGAPR por parte dos produtores de abacate principalmente as variedades

bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ pode estimular o consumo interno por meio da oferta de produtos

de maior qualidade aleacutem de reduzindo perdas e promover o produto no comeacutercio

internacional da fruta Fazendo com que o potencial produtor seja aproveitado ao

maacuteximo uma vez que seguir os protocolos de boas praacuteticas agriacutecolas represente a

reduccedilatildeo de perdas no processo de produccedilatildeo de colheita e de transporte seja por

meio da reduccedilatildeo da incidecircncia de pragas ou por adoccedilatildeo de teacutecnicas e evitem perdas

na conduccedilatildeo da produccedilatildeo dos pomares de abacate

CONCLUSOtildeES

A produccedilatildeo de Avocado cultivares bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ superiores em vaacuterios

aspectos agraves cultivares mais populares no paiacutes tem condiccedilotildees de se desenvolver

amplamente no Brasil tornando-o grande consumidor e exportador da fruta Essa

46

mudanccedila pode ocorrer por meio de incentivos governamentais que incentivem o

registro de produtos para a cultura do abacateiro favorecendo a obtenccedilatildeo de

certificaccedilatildeo bem como o desenvolvimento de centros de pesquisas que

desenvolvam estudos sobre a cultura do abacateiro que promovam a difusatildeo de

tecnologia e com isso estimule a utilizaccedilatildeo de novas aacutereas com potencial produtivo

A transferecircncia de tecnologia tambeacutem pode ser feita por parte de empresas da aacuterea

privada que possuem domiacutenio de teacutecnicas e tecnologias modernas principalmente

por meio da popularizaccedilatildeo da produccedilatildeo de mudas clonais para porta-enxerto Aleacutem

disso devem ser feitas accedilotildees por parte de instituiccedilotildees privadas como o

desenvolvimento do marketing da fruta a fim de divulgar os benefiacutecios do consumo

e a exposiccedilatildeo de novas formas de consumo de abacate pode ser crucial para a

mudanccedila do comportamento do consumidor nacional uma vez que este se atenta

principalmente aos aspectos visuais do abacate

Na poacutes-colheita o controle sobre os processos de maturaccedilatildeo poderia ser

mais bem aproveitado No Brasil a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas de conservaccedilatildeo no poacutes-

colheita de frutas objetiva na maioria das vezes estender o tempo de prateleira

destes produtos Para se aproveitar os elevados preccedilos ofertados em determinadas

eacutepocas os produtores colhem os frutos antes do recomendado para a fruta do

abacateiro o que reduz sua qualidade pois a eacutepoca da colheita influencia

diretamente no teor de oacuteleo fator altamente relacionado com o sabor da fruta Por

outro lado a aceleraccedilatildeo do processo de maturaccedilatildeo por meio do controle de

maturaccedilatildeo permite fornecimento de frutos maduros prontos para o consumo

estimulando assim o consumo no paiacutes Com a entrega regular de frutos maduros

nos supermercados e restaurantes novas formas de consumo da fruta como patecircs

e em saladas poderiam ser facilmente introduzidas no cardaacutepio nacional

47

BIBLIOGRAFIA

ALMEIDA G V B Mercado Atacadista de Abacate e Avocado (CEAGESP) III

Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado Bauru 2015

ALMEIDA G V B O Abacate no mundo e na CEAGESP Todafruta notiacutecia 2011

DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwtodafrutacombrnoticia28119O+ABACATE+NO+MUNDO+NO+BRASIL

+E+NA+CEAGESP gt

ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA FRUTICULTURA 2004 a 2015 DISPONIacuteVEL EM

httpwwwgrupogazcombrtratadaseo_edicao420150320150301_106c8c2f1pdf

4718_2015fruticulturapdfgt

BIODIESELBR DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwbiodieselbrcomnoticiasmateria-

primaoutrasvideo-unesp-transforma-oleo-abacate-biodiesel-060313htm gt

BONELLA J A Classificaccedilatildeo de abacates na CEAGESP Joseacute Alcides Bonella ME

2013

BRUWER T ROOYEN Z VAN PERFORMANCE AND MARKET ACCEPTIBILITY

OF THE HASS-LIKE CULTIVARS GEM AND HARVEST IN SOUTH AFRICA Vi

World Avocado Congress (Actas VI Confreso Mundial del Aguacate) 2007 Vintildea Del

Mar Chile 12 ndash 16 nov 2007 ISBN n 978-956-17-0413-8 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwAvocadosourcecomWAC6enExtenso1b-36pdf gt

CAMPOS J A Cultura racional do abacateiro Satildeo Paulo Iacutecone 1988 150 p

CANTUAacuteRIAS-AVILEacuteS T SILVA S R La induacutestria del aguacate em el Estado de

Satildeo Paulo Brasil actualidad y perspectivas futuras In CONGRESO MUNDIAL DEL

AGUACATE 7 2011 Caims Resuacutemenes Caims Avocado Australia 2011

48

CORREIA R C ARAUJO J L P MOUCO M A do C BRAGA C A

MENDONCcedilA R F de Abacate preferecircncias e mercado CONGRESSO

BRASILEIRO DE FRUTICULTURA 21 2010 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwalicecnptiaembrapabralicebitstreamdoc8700181Moucopdf gt

CARVALHO L F Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado realizaccedilatildeo Jaguacy

Sindicato Rural de Bauru Serviccedilo Nacional de Aprendizagem Rural - SENAR

Faculdades Integradas de Bauru ndash SP 2015

CHITARRA M I F CHITARA A B 2005 Poacutes colheita de frutos e hortaliccedilas

Fiiologia e Manuseio Lavras ESALFAEPE

CRANE J H BALERDI C F MAGUIRE I Avocado Growing in the Florida Home

Landscape University of Florida Circular 1034 one of a series of the Horticultural

Sciences Department Florida Cooperative Extension Service Institute of Food and

Agricultural Sciences University of Florida 1983 Revised 2007

CRIZEL G R MOURA R S OLIVEIRA I R MENDONCcedilA C R B

Caracteriacutesticas fiacutesicas e quiacutemicas de abacates das variedades bdquoQuintal‟ e bdquoHass‟ In

CONGRESSO DE INICIACcedilAtildeO CIENTIacuteFICA 17 ENCONTRO DE POacuteS-

GRADUACcedilAtildeO 10 2008 Pelotas Resumos Pelotas UFPEL 2008

DAIUTO E R VIEITES R L TREMOCOLDI M A RUSSO V C Taxa

respiratoacuteria de abacate bdquoHass‟ submetido a diferentes tratamentos fiacutesicos Revista

Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha Meacutexico v 10 n 2 p 101-109

2010

DAIUTO E R TREMOCOLDI M A VIEITES R L Conservaccedilatildeo poacutes colheita de

abacate bdquoHass‟ irradiado Revista Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha vol

10 n 2 2010

DONADIO L C Abacate para exportaccedilatildeo aspectos teacutecnicos da produccedilatildeo

Brasiacutelia Frupex MAPA 1995 53 p

49

DONADIO L C FERRARI L AVILEacuteS T C Abacate In DONADIO L C (Ed)

Histoacuteria da Fruticultura Paulista Jaboticabal SBF ndash Sociedade Brasileira de

Fruticultura 2010 P 33-63

DORIZZOTTO C D A SAMPAIO A C ICUMA I M et al Avocado production

chain in the state of Satildeo Paulo (Brazil) In Proceedings VII World Avocado Congress

2011 Cairns Anaishellip Cairns Internacional Avocado Society 2011 DISPONIacuteVEL

EM lt

httpworldAvocadocongress2011comuserfilesfileOsvaldo20Kioshi20Yamanis

hi201400-1420pdf gt

ERNST Z R ERNST A A The strategic role of new cultivars A case study of

bdquoMaluma‟ VIII Congreso Mundial de la Palta 2015 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwavocadosourcecomWAC8Section_02EarnstZander2015pdf gt

FACTFISH Avocados production quantity (tons) ndash for all countries DISPONIacuteVEL

EM lt httpwwwfactfishcomstatisticAvocados20production20quantity gt

FAOSTAT 2000 a 2013 DISPONIacuteVEL EM lt httpfaostat3faoorgbrowseTTPE gt

FER B WOLSTENHOLME B N (Ed) The Avocado botany production and

uses Oxon CABI Publ 2002 chap 12 p 299-338

FRANCISCO V L F dos S BAPTISTELLA C S L CULTURA DO ABACATE NO

ESTADO DE SAtildeO PAULO Informaccedilotildees Econocircmicas SP v 35 n5 2005

DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwieaspgovbroutpublicacoespdftec3-0505pdf gt

GAYET J P et al 1995 Abacate para exportaccedilatildeo procedimentos de colheita e

poacutes-colheita FRUPEX Brasiacutelia 37p

GIRARDI G Abacate uma nova opccedilatildeo de biocombustiacutevel Jornal UNESP Bauru

2009 DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwunespbracijornal248energia_bauruphp gt

50

GUEDES M S B SENA M TOLEDO S Certificaccedilatildeo como estrateacutegia competitiva

internacional dos produtores de frutas no Brasil VII Encontro da Sociedade

Brasileira de Economia Ecoloacutegica (ECO-ECO) 28 a 30 de novembro de 2007

Fortaleza Cearaacute

HODDLE M The Avocado Seed Moth Stenoma cateniver Walsingham (Lepdoptera

Elachistidae) Department of Entomology Applied Biological Control Research

DISPONIacuteVEL EM lt httpbiocontrolucredustenomastenomahtml gt

HOHMANN C L MENEGUIM A M A BROCA-DO-ABACATE (Stenoma catenifer)

Aspectos bioloacutegicos comportamento danos e manejo Instituto Agronocircmico do

Paranaacute ndash Londrina ndashPR Informe da Pesquisa n 147 2005

HOHMANN C L MENEGUIM A M Observaccedilotildees preliminares sobre a ocorrecircncia

da broca-do-abacate Stenoma catenifer Wals no Estado do Paranaacute Anais da

Sociedade Entomoloacutegica do Brasil v 22 p 417-419 1993

ILLSLEY-GRANICH C‟Hass‟Carmenrega precocious flowering avocado tree

Agrovim AS de CV Uruapan Michocan Mexico Rob Brokaw Brokaw Nursery Inc

Saticoy California USA Dr Salvador Ochoa-Ascencio University of Michoacan

Uruapan Michoacan Mexico 2011 DISPONIacuteVEL EM lt

httpworldavocadocongress2011comuserfilesfileCarlos20Illsley201410-

1430pdf gt

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA ESTATIacuteSTICA (IBGE) IBGE CIDADES

DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwcidadesibgegovbrcartogramamapaphplang=ampcoduf=53ampcodmun=53

0010ampidtema=136ampcodv=v01ampsearch=distrito-federal|brasilia|sintese-das-

informacoes-2013 gt

KADER A A 1992 Postharvest technology of horticultural crops Okland Univertisy

of California 292p

51

KADER A A ARPIA M L Avocado Recommendations for Maintaining

Postharvest Quality 2013

KADER A A Biologiacutea y Tecnologiacutea Postcosecha un Panorama In KADER A A

Tecnologiacutea Postcosecha de Cultivos Hortofrutiacutecolas 3 Ed Davis University Of

Califoacuternia 2007 Cap 4 p 43-53

KLUGE R A et al Inibiccedilatildeo do amadurecimento de abacate com 1-

metilciclopropeno Pesquisa Agropecuaacuteria Brasileira 37(7)895-901

KOOLER O C Abacaticultura Porto Alegre UFRGS 1992 138p

KOOLER O C ABACATICULTURA Porto Alegre UFRGS 1984 138p

KOLLER O C Abacate produccedilatildeo de mudas instalaccedilatildeo e manejo de pomares

colheita e poacutes-colheita Porto Alegre Cinco Continentes 2002 145 p

KREMER-KOumlHNE S KOumlHNE J S 25 YEARS OF AVOCADO ROOTSTOCK

DEVELOPMENT IN SOUTH AFRICA VI World Avocado Congress Chile 2007

DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwavocadosourcecomWAC6enExtenso1a-8pdf gt

LIPPERT C ALLAMAND M (WESTFALIASUBSOLE) A hystory of

collaboration Rev Subsole Santiago 2007

MAIS NATUREZA ABACATEIRO DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwmaisnaturezacomplantasarvoresabacateiro gt

MARANCA G Fruticultura comercial Manga e Abacate Satildeo Paulo Nobel 1980

p 81-133

MASSAFERA G COSTA T M B OLIVEIRA J E D COMPOSICcedilAtildeO DE AacuteCIDOS

GRAXOS DO OacuteLEO DO MESOCARPO E DA SEMENTE DE CULTIVARES DE

ABACATE (Persea americana MILL) DA REGIAtildeO DE RIBEIRAtildeO PRETO SP)

52

Alim Nutr Araraquara V 21 n 2 p 325-331 abrjun 2010 DISPONIacuteVEL EM lt

http20014571150seerindexphpalimentosarticleview940a20v21n2pdf gt

MDIC Negociaccedilotildees internacionais DISPONIacuteVEL EM

httpwwwdesenvolvimentogovbrsitiosecexnegInternacionaisMedTerrorismoLei

ph p gt

MICKELBART M V BENDER G S WITNEY G W ADAMS C ARPAIA M L

Effects of clonal rootstocks on bdquoHass‟ avocado yield components alternate bearing

and nutrition Journal of Horticultural Schience amp Biotechnology Ashford v 82

n 3 p 460-466 2007

MILLER B BERTELS R PADILLA T WILEMAN R THOMSEN L China the

new frontier VIII World Avocado Congress 2015

MONTENEGRO H W S A cultura do abacateiro Satildeo Paulo Melhoramentos

1951 102p (Criaccedilatildeo e Lavoura n 11)

MORAES A F G Desenvolvimento produccedilatildeo e qualidade de frutos de abacateiro

cv bdquoHass‟ sobre dois porta-enxertos nas condiccedilotildees edafoclimaacuteticas da regiatildeo central

do Estado de Satildeo Paulo Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Ciecircncias Piracicaba 2014

NAAMANI G Global Trends in main Avocado Markets VII World Avocado

Congress Australia 2011

NAVA DE DE LARA HADDAD M PARRA JRP 2005 Exigecircncias teacutermicas

estimativa do nuacutemero de geroccedilotildees de Stenoma catenifer e comprovaccedilatildeo de modelo

em campo Pesq Agropec Bras Brasilia v 40 p 961-967

NAVA DE PARRA JRP COSTA VA GUERRA TM COcircNSOLI FL (2005b)

Population dynamics of Stenoma catenifer(Lepidoptera Elachistidae) and related

larval parasitoids in Minas Gerais Brazil Florida Entomologistv 88p 441-446

53

NOVAGRIM ndash FRESH FRUITS IMPORTER amp VEGETABLE SUPPLIER SINCE

1999 2001-2013 WORLD AVOCADO PRODUCTION DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwnovagrimcomPages2000_2011_Avocado_statistics_ENaspx gt

OLIVEIRA LA A importacircncia das Normas Internacionais para o Comeacutercio da

Fruticultura Brasileira Piracicaba Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Economia Escola

Superior de Agricultura ldquoLuiz de Queirozrdquo Universidade de Satildeo Paulo Piracicaba

2005

OLIVEIRA M A de et al 2000 Ceras para conservaccedilatildeo poacutes colheita de frutos de

abacateiro cultivar Fuerte armazenados em temperatura ambiente Scientia Agriacutecola

Piracicaba 57 (4) 777-780

PASSONI A D NEVES M C M RODRIGUES B B BOTEON M Anaacutelise dos

principais entraves na exportaccedilatildeo de frutas brasileiras CENTRO DE ESTUDOS

AVANCcedilADOS EM ECONOMIA APLICADA (CEPEAESALQ-USP) XLIV

CONGRESSO DA SOBER ndash ldquoQuestotildees Agraacuterias Educaccedilatildeo no Campo e

Desenvolvimentordquo Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia Rural Fortaleza

2006

PEGG K G COATES L M KORSTEN L HARDING R M Foliar fruit and

soilborne diseases In WHILEY A W SCHAF

PERFIL DA FRUTICULTURA 2014 Base de dados 2012 a 2013 Governo de Minas

Gerais Agricultura Pecuaacuteria e Abastecimento 2014

PICCININ E PASCHOLATI S F ldquoDOENCcedilAS DO ABACATEIRO‟ em MANUAL DE

FITOPATOLOGIA Vol 2 Doenccedilas das Plantas Cultivadas Editora Agronocircmica

Ceres Ltda Satildeo Paulo 1997 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwifcursoscombrsistemaadminarquivos07-33-29-

manualfitopatologiapdfpage=10 gt

54

PUTT F F GOacuteES B C CATANEO P F Anaacutelise econocircmica de oferta e demanda

do abacate na alta paulista X Foacuterum Ambiental da Alta Paulista v 10 n 7 2014

pp 158-169

ROCHA I L Nuacutemeros do abacate HORTIESCOLHA Instituto Brasileiro de

Qualidade em Horticultura DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwhortibrasilorgbrjnwindexphpoption=com_contentampview=articleampid=120

9numeros-do-abacate-ampcatid=50comercializacaoampItemid=82 gt

SANTO N T Manejo da vegetaccedilatildeo intercalar para obtenccedilatildeo de cobertura morta na

cultura do abacateiro visando minimizar os danos causados por Phytophthora

cinnamomi Dissertaccedilatildeo de mestrado em Fitotecnia Piracicaba 2014

SCHAFFER B WOLSTENJOLME B N WHILEY A W The avocado botany

production and uses 560 p 2012 DISPONIacuteVEL EM lt

httpsbooksgooglecombrbooksid=r0hpRJca3zECamppg=PA83amplpg=PA83ampdq=Th

e+Avocado+botany+production+and+uses+hass-

likeampsource=blampots=oqc5OBsbmVampsig=5gDWWPIMYRBW9cH3yYuWh-ldd-8amphl=pt-

BRampsa=Xampved=0ahUKEwj_yPbgsoTKAhUGDpAKHZTrCWEQ6AEIPDADv=onepag

eampqampf=false gt

SCIENCIA I Certificaccedilatildeo GLOBALGAP e impactos ambientais em agroinduacutestrias de

alimentos Dissertaccedilatildeo de Poacutes-Graduaccedilatildeo Araraquara SP 2010 lt

mlthttpwwwecoecoorgbrconteudopublicacoesencontrosvii_envii_enc_ecohtm

gt

SIMAtildeO S Manual de Fruticultura Satildeo Paulo Editora Agronocircmica Ceres 1971

530p p 147-169

SINGER P MASON J Eacutetica da alimentaccedilatildeo como nossos haacutebitos alimentares

influenciam o meio ambiente e o nosso bem estar Rio de Janeiro Elsevier 2007

SOARES H F ITO M K O AacuteCIDO GRAXO MONOINSATURADO DO ABACATE

NO CONTROLE DE DISLIPIDEMIAS Ver Ciecircnc Meacuted Campinas P 47-51 2000

55

DISPONIacuteVEL EM lt httpperiodicospuc-

campinasedubrseerindexphpcienciasmedicasarticleviewFile13301304 gt

TEIXEIRA C G Cultura In ITAL ndash INSTITUTO DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS

(Campinas) Abacate Cultura mateacuteria-prima processamento e aspectos

econocircmicos 2 Ed Campinas Instituto Campineiro de Ensino Agriacutecola 1995 Cap 1

p 1-54 (Frutas Tropicais)

TEIXEIRA C G Cultura do abacate In TEIXEIRA C G et al ABACATE cultura

mateacuteria prima processamento e aspectos econocircmicos 2deg ed Seacuterie Fruas Tropicais

ndeg8 ITAL Campinas 1991 250p

WATANABE H S Caracteriacutesticas de cultivares de abacate CEAGESPS ndash

Companhia de Entrepostos e Armazeacutens Gerais de Satildeo Paulo 2013

WOLFENBARGER D O COLBURN B The Stenoma catenifer a serious Avocado

pest Proceedings of Florida State Horticulture Society v 92 p 315-318 1979

ZEIDAN R SEIXAS P ABRANCHES L COSTA D MEIRELLES F Certificaccedilatildeo

na cadeia produtiva de alimentos e as barreiras teacutecnicas agrave exportaccedilatildeo Simpoacutesio de

excelecircncia e gestatildeo e tecnologia ndash SEGeT 2008 Resende

Page 6: EVOLUÇÃO DA PRODUÇÃO MUNDIAL E NACIONAL …...RESUMO O abacateiro, Persea americana, é uma cultura muito importante em vários países, devido ao volume comercializado da fruta

RESUMO

O abacateiro Persea americana eacute uma cultura muito importante em vaacuterios

paiacuteses devido ao volume comercializado da fruta e a variedade de pratos presentes

no cotidiano nestes paiacuteses A produccedilatildeo mundial de abacate em 2013 foi de

4717102 toneladas Ainda em 2013 os maiores produtores mundiais de abacate

foram Meacutexico com 3112 do montante produzido Repuacuteblica Dominicana 822

Colocircmbia 643 e Peru com 611 A produccedilatildeo mundial de abacate cresceu 19

no periacuteodo de 2006 e 2012 No Distrito Federal a produccedilatildeo da fruta em 2013 foi de

3152 toneladas Em 2011 o maior produtor nacional foi Satildeo Paulo com 524 da

produccedilatildeo seguido de Minas Gerais com 1982 As principais cultivares

comercializadas no paiacutes satildeo Breda Fortuna Geada Margarida e Quintal As

cultivares de abacate mais utilizadas para exportaccedilatildeo satildeo a bdquoFuerte‟ bdquoHass‟

conhecido no Brasil como Avocado sendo mais valorizadas no mercado Os

principais exportadores de abacate satildeo Meacutexico Chile Holanda e Peru Os principais

concorrentes do Brasil em se tratando da exportaccedilatildeo do Avocado satildeo Aacutefrica do

Sul com 3 das exportaccedilotildees Chile com 7 e Peru representando 10 do mercado

internacional Tendo em vista o promissor mercado internacional da cultura do

abacateiro com a cultivar bdquoHass‟ no qual Estados Unidos e Uniatildeo Europeia

representam forte potencial importador objetivou-se com este estudo apresentar a

evoluccedilatildeo da produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo da cultura do abacateiro em niacutevel mundial

Palavras ndash chave Persea americana abacate Hass

ABSTRACT

The avocado Persea americana is an importante culture in many countries

The worldwide production of avocado in 2013 was 4717102 ton Still in 2013 the

biggest worldwide avocado‟s producers was Mexico with 3112 of the produced

amount Dominican Republic with 822 Colombia with 643 and Peru with 611

The avocado‟s worldwide production grows 19 between 2006 and 2012 The

avocado‟s production in Distrito Federal in 2013 was of 3152 ton The biggest

producer in 2011 was Satildeo Paulo with 524 of all production followed by Minas

Gerais with 1982 The main cultivars commercialized on country are Breda

Fortuna Geada Margarida and Quintal The most avocado‟s cultivars used for

exportation are the bdquoFuerte‟ bdquoHass‟ known as avocado are also the most valorized

on market The main exporters of avocado are Mexico Chile Netherlands and Peru

The competitors to Brazil talking about exportation of avocado are South Africa with

3 of all the exportation Chile with 7 and Peru representing 10 of avocado‟s

international market In view of the promising culture‟s international market of

avocado with the Avocado cultivars bdquoFuerte‟ and bdquoHass‟ where US and European

Union representing an strong potential importer it is aimed with this exploratory

study analyze the aspects of production and commercialization of culture of avocado

in Brazil as its participation on the sector of exportation of this fruit comparing with

another countries that participate of this market

Keywords Persea Americana avocado Hass

SUMAacuteRIO

INTRODUCcedilAtildeO 10

OBJETIVO 11

REVISAtildeO BIBLIOGRAacuteFICA 11

A CULTURA DO ABACATE 11

Origem 11

Abacate no Brasil 12

Descriccedilatildeo 12

Aacutervore folhas e fruto 12

Flores 13

Polinizaccedilatildeo 13

Raccedilas 14

Principais cultivares 14

Avocado 15

Clima 16

Solos 17

Doenccedilas e pragas que afetam a cultura do abacate 17

Ponto de colheita 19

Poacutes colheita 20

Consumo 20

Aspectos nutricionais 21

Produtos e subprodutos 22

Melhoramento geneacutetico 23

Certificaccedilatildeo 24

METODOLOGIA 25

RESULTADOS E DISCUSSAtildeO 26

ABACATE NO MUNDO 26

ABACATE NO BRASIL 35

AVOCADO NO BRASIL 41

CERTIFICACcedilAtildeO 44

CONCLUSOtildeES 45

BIBLIOGRAFIA 47

10

INTRODUCcedilAtildeO

A cultura do abacateiro eacute de grande importacircncia para o setor frutiacutecola em

vaacuterias regiotildees de todo o mundo A produccedilatildeo mundial de abacate em 2013 foi de

4717102 toneladas (FACTFISH) No Brasil neste mesmo ano a produccedilatildeo chegou

a 159903 t ocupando uma aacuterea de 9615 ha ficando na oitava posiccedilatildeo no ranking

dos maiores produtores mundiais (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA FRUTICULTURA

2015) Ainda em 2013 os maiores produtores mundiais de abacate foram Meacutexico

disparado na frente com um volume de 1467837 toneladas Repuacuteblica Dominicana

com 387546 t e Colocircmbia com 303304 toneladas (FONTE FACTFISH) De acordo

com Rocha (2014) a produccedilatildeo mundial de abacate cresceu 19 no periacuteodo de

2006 e 2012

Apesar de o Brasil possuir excelentes condiccedilotildees para a produccedilatildeo de abacate

a falta de manejos agronocircmicos adequados durante toda a cadeia produtiva do

abacate tem feito com que o paiacutes natildeo participe de forma mais efetiva no mercado

mundial do abacate A cultura possui elevada suscetibilidade agrave gomose do

abacateiro conhecida como podridatildeo da raiz causada por Phytophthora

cinnamomi considerada a principal doenccedila que afeta esta cultura em todas as

regiotildees do mundo (CANTUARIAS-AVILEacuteS SILVA 2011 citado por SANTOS 2014)

Outro entrave na produccedilatildeo do abacate eacute a broca-do-abacate Stenoma catenifer

que de acordo com WOLFENBARGER amp COLBURN (1979) eacute uma praga

quarentenaacuteria em vaacuterios paiacuteses tem sido marcante para a produccedilatildeo deste produto

sendo vetada a entrada de lotes contaminados por meio de barreiras fitossanitaacuterias

em paiacuteses como os Estados Unidos da Ameacuterica principal importador mundial da

fruta

Em acircmbito internacional os abacates bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ satildeo os mais

apreciados Estes frutos recebem a denominaccedilatildeo de Avocado Estas cultivares tecircm

sido mais valorizadas pelo seu tamanho diferenciado e alto teor de lipiacutedeos

(FRANCISCO e BAPTISTELLA 2005) Estas cultivares satildeo hiacutebridos oriundos das

raccedilas mexicana e guatemalense possuem frutos pequenos com caroccedilo

relativamente grande e com alto teor de oacuteleo (TEIXEIRA 1995)

Para CARVALHO (2015) o Brasil estaacute ainda comeccedilando a participar do

volume de exportaccedilatildeo do abacate bdquoHass‟ cultivar mais produzida em todo o mundo

poreacutem o paiacutes esse ainda tem pouca contribuiccedilatildeo para com este setor do qual os

11

Estados Unidos e Uniatildeo Europeia representam forte potencial importador devido ao

elevado consumo interno que cresce de forma mais acelerada do que a produccedilatildeo

da fruta no paiacutes

Os principais importadores de fruta como como o europeu e o norte

americano impotildeem de um padratildeo de qualidade que observa agraves exigecircncias feitas

pelos consumidores com relaccedilatildeo agrave seguranccedila alimentar Este fator deve ser

considerado elementar pelos paiacuteses que visam exportar quaisquer produtos para

essas regiotildees A certificaccedilatildeo dos produtos eacute de extrema importacircncia para consolidar

paiacuteses exportadores no mercado pois esta leva em consideraccedilatildeo aspectos

ambientais e sociais aleacutem do local de produccedilatildeo Desta forma produtores de fruta

destinadas agrave exportaccedilatildeo precisaram adaptar suas lavouras a fim de atender as

exigecircncias dos mais importantes selos internacionais como o EureGapR e o TNCR

(OLIVEIRA 2005)

Os consumidores atuais estatildeo mais informados no que se refere agrave busca de

qualidade e por isso buscam produtos que atentem agraves questotildees eacuteticas que

abordem temas como meio ambiente tambeacutem o uso indiscriminado de agrotoacutexicos

considerando que a procura por alimentos seguros e saudaacuteveis eacute uma questatildeo

fundamental (SINGER e MASON 2007)

OBJETIVO

O objetivo deste estudo foi apresentar a evoluccedilatildeo da produccedilatildeo e

comercializaccedilatildeo da cultura do abacateiro em niacutevel internacional e mundial por meio

de trabalhos encontrados na literatura

REVISAtildeO BIBLIOGRAacuteFICA

A CULTURA DO ABACATE

Origem

Existem relatos sobre o abacate no iniacutecio do descobrimento das Ameacutericas Na

Colocircmbia o abacate jaacute era conhecido por volta de 1519 e 1526 entre os anos de

1532 e 1550 apareceu no Meacutexico Este nome ldquoabacaterdquo eacute oriundo do dialeto

indiacutegena o que reforccedila a informaccedilatildeo de que esse fruto eacute amplamente conhecido

pelos povos naturais da Ameacuterica (DONADIO 1995)

12

Por ser uma espeacutecie oriunda da Ameacuterica o abacate espalhou-se pelo

continente no seacuteculo XVII sendo mencionado na Jamaica em 1657 e 1969 pelo

nome de Avocado como eacute comumente denominado em paiacuteses de liacutengua inglesa Jaacute

em paiacuteses que tecircm como principal liacutengua o espanhol eacute conhecido como bdquoaguacate‟

exceto na Argentina Chile Peru e Equador onde eacute conhecido como bdquopalta‟

(DONADIO 1995)

O abacate eacute citado na Europa inicialmente em 1601 quando foi introduzido

no jardim botacircnico de Valecircncia Apoacutes isso disseminou-se para outros continentes

chegando na Aacutefrica em 1750 tendo Gana como via de acesso Em 1825 chega no

Havaiacute e em 1833 na Floacuterida Na Aacutesia o abacate chega pela Malaacutesia em 1900

(DONADIO 1995)

Abacate no Brasil

Existem relatos da cultura do abacateiro no Brasil desde 1787 poreacutem a

primeira introduccedilatildeo oficial deu-se em 1893 quando quatro aacutervores provenientes da

Guiana Francesa pertencentes agrave raccedila Antilhana que forneceram as primeiras

sementes da espeacutecie para o Brasil Em Satildeo Paulo acredita-se que a cultura tenha

se iniciado no Vale do Paraiacuteba no seacuteculo XIX predominando plantas da raccedila

Antilhana (Donadio et al 2010)

A safra do abacate gira em torno de 150 toneladas exceto em 2008 que

chegou a 173 mil t (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA FRUTICULTURA 2008) A

produccedilatildeo Brasileira de Abacate foi de 159903 toneladas em 2013 ocupando uma

aacuterea de 9615 ha conferindo a oitava posiccedilatildeo no ranking global do setor (ANUAacuteRIO

BRASILEIRO DA FRUTICULTURA 2015)

Descriccedilatildeo

Aacutervore folhas e fruto

O abacateiro espeacutecie P americana Miller eacute uma planta dicotiledocircnea da

famiacutelia Lauraceae gecircnero Persea A aacutervore possui porte meacutedio-alto variando de 12

a 25 metros O abacateiro se desenvolve bem em regiotildees tropicais e subtropicais A

planta possui caule ciliacutendrico e lenhoso com coloraccedilatildeo cinza escuro Suas folhas satildeo

sem estipulas de peciacuteolo curto e alternadas e podem ter vaacuterios formatos como

eliacuteptico-lanceoladas oblongas oblongo-lanceoladas ou ovais podendo variar de

76 a 410 cm de comprimento A cor da folha vai de bronzeada quando nova e

13

aos poucos vai esverdeando O fruto eacute uma baga com uma semente grande

cercada por uma polpa amanteigada (TEIXEIRA 1995 KOLLER 2002 CRANE

2007)

Flores

As flores do abacateiro satildeo pequenas e hermafroditas podendo ter coloraccedilatildeo

branca ou verde amarelada Satildeo produzidas em abundacircncia e possuem diacircmetro de

variaacutevel de 05 a 15 cm dispostas em paniacuteculas terminais nos ramos mais novos

(ALMEIDA 2013)

O abacateiro possui flores perfeitas com oacutergatildeos masculinos e femininos

capazes de produzir frutos agrave exceccedilatildeo da variedade Collinson por exemplo que natildeo

consegue produzir poacutelen e soacute serve como planta feminina (MARANCA 1980) A

planta apresenta comportamento floral denominado dicogamia protogenica

(KOLLER 1992)

Polinizaccedilatildeo

Apesar de possuir flores hermafroditas a maturidade do pistilo (parte

feminina) natildeo ocorre ao mesmo tempo da deiscecircncia das anteras (parte masculina)

(ALMEIDA 2013)

As flores do abacateiro se comportam de duas formas distintas diferenciando

a classificaccedilatildeo de cultivares em dois grupos A e B No grupo A estatildeo as variedades

onde a primeira abertura da flor ocorre pela manhatilde pronta para receberem o poacutelen

(feminina) reabrindo somente agrave tarde no seguinte poreacutem soltando poacutelen

(masculino) As variedades do grupo B a primeira abertura da flor ocorre apoacutes o

meio dia (feminina) fechando-se pela tarde e reabrindo ao amanhecer no estaacutegio

masculino Conhecer da biologia floral do abacateiro eacute extremamente importante

para se obter boa produccedilatildeo em pomares de abacateiro por conta do fato de suas

flores serem hermafroditas Desta forma para que se tenha uma eficiente

polinizaccedilatildeo das flores eacute imprescindiacutevel que os pomares sejam formados com

variedades pertencentes aos dois diferentes grupos para se ter uma produccedilatildeo

economicamente viaacutevel A proporccedilatildeo entre as variedades pode variar de acordo com

a demanda do mercado (MONTENEGRO 1951 citado por FRANCISCO E

BAPTISTELLA 2005)

14

Raccedilas

O abacateiro Persea americana pertence agrave famiacutelia Lauraceae que engloba

cerca de 50 gecircneros Existem trecircs grupos ou raccedilas que representam o abacate

comercial satildeo elas Mexicana ndash Persea americana var drymifolia Antilhana ndash P

americana var americana e Guatemalense ou guatemalteca ndash P nubigena var

guatemalensis (WILLIAMS 79 citado por DONADIO 1995)

Principais cultivares

Dentre as cultivares mais produzidas no estado de Satildeo Paulo estatildeo a

bdquoFortuna‟ bdquoGeada‟ bdquoQuintal‟ e bdquoMargarida‟ (DORIZZOTTO 2011) A produccedilatildeo

concentra-se na regiatildeo de Campinas Ribeiratildeo Preto e Bauru (ALMEIDA 2013)

Levantamentos feitos na regiatildeo nordeste por CORREIA et al (2010) indicam

que as principais cultivares nos CEASAS de Pernambuco e Cearaacute satildeo Quintal

Fortuna Geada e Margarida Jaacute em Satildeo Paulo as principais cultivares

comercializadas no CEAGESP citadas por ALMEIDA (2013) satildeo bdquoBreda‟ Fortuna

Geada Margarida e Quintal (CEAGESP 2013)

ILUSTRACcedilAtildeO DAS PRINCIPAIS CULTIVARES DE ABACATE

FIGURA 1 - Ilustraccedilatildeo das principais cultivares de abacate brasileira fonte HORTIESCOLHA DISPONIacuteVEL EM httpwwwhortiescolhacombrhortipediaprodutoabacate (adaptado)

A cultivar BREDA possui formato piriforme poreacutem se formaccedilatildeo de ldquopescoccedilordquo

(WATANABE 2013 citado por ALMEIDA 2013)

A variedade FORTUNA tem como uma de suas caracteriacutesticas frutos

piriformes muito grandes com peso variando entre 600 e 1Kg de casca lisa e verde

escuro polpa amarela e caroccedilo solto (KOLLER 2002) O teor de oacuteleo da cultivar

15

FORTUNA eacute de aproximadamente 8 (SIMAtildeO 1998 DONADIO et al 2010) No

CEASA do Recife esta cultivar eacute a preferida devido ao fato de ser uma fruta

carnuda com preccedilo acessiacutevel excelente sabor entre outros fatores

A cultivar GEADA tambeacutem possui fruto piriforme podendo ser ovalado sem

ldquopescoccedilordquo com coloraccedilatildeo verde mais claro que o FORTUNA sua polpa eacute amarela

com a semente aderente seu conteuacutedo de oacuteleo eacute bastante baixo por volta de 35

e a maturaccedilatildeo bastante precoce (TEIXEIRA 1995 KOLLER 2002)

A cultivar MARGARIDA apresenta as caracteriacutesticas da raccedila Guatemalense

como folhas novas com coloraccedilatildeo arroxeada frutos redondos e de casca rugosa

sua polpa eacute verde clara e o caroccedilo eacute pequeno (KOLLER 2002) Segundo BONELLA

(2013) (citado por ALMEIDA 2013) a cultivar MARGARIDA eacute a preferida por

compradores que visam transportar longas distacircncias pois apresenta oacutetima

resistecircncia poacutes-colheita

A QUINTAL eacute outro hiacutebrido das raccedilas Antilhana e Guatemalense seus frutos

satildeo grandes pesam entre 500 e 900 g possui casca verde clara lisa a polpa eacute

amarela e o caroccedilo aderente agrave polpa (TEIXEIRA 1995 KOLLER 2002 DONADIO

2010) O formato da QUINTAL eacute bem piriforme com ldquopescoccedilordquo bastante

proeminente Esta cultivar eacute a preferida no CEASA de Fortaleza por possuir

aparecircncia bonita e brilhosa casca livre de manchas polpa saborosa e etc

Avocado

A denominaccedilatildeo bdquoAvocado‟ tem sido utilizada no paiacutes para identificar as

cultivares de abacate bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ estas cultivares tecircm sido mais valorizadas

pelo seu tamanho diferenciado e alto teor de lipiacutedeos (FRANCISCO e

BAPTISTELLA 2005) apesar de suas reduzidas dimensotildees Contudo sendo fruto

climateacuterico eacute altamente pereciacutevel podendo ser um obstaacuteculo agrave comercializaccedilatildeo

(DAIUTO et al 2010)

As cultivares bdquoFuerte‟ e bdquoHass‟ satildeo oriundas do possiacutevel cruzamento natural

de variedades das raccedilas guatemalense e mexicana (DONADIO 1995) O tipo ‟Hass‟

possui casca aacutespera e formato arredondado Quando estaacute maduro sua casca

apresenta coloraccedilatildeo escurecida Jaacute o tipo ‟Fuerte‟ possui casca verde brilhante e lisa

com formato alongado (JAGUACYR)

16

A cultivar bdquoHass‟ eacute a mais valorizada no mundo apesar de seu tamanho

reduzido o fruto possui alta concentraccedilatildeo de lipiacutedeos Seus frutos podem pesar

entre 149 e 300 gramas (MICKELBART et al 2007 CRIZEL 2008)

Na Califoacuternia adota-se para as cultivares bdquoFuerte‟ e bdquoHass‟ o ponto miacutenimo de

mateacuteria seca adotada para a colheita eacute de 19 e 208 respectivamente (KADER amp

ARPIA 2013) O teor de mateacuteria seca possui elevada correlaccedilatildeo com o niacutevel de oacuteleo

da fruta Essas cultivares satildeo reconhecidas pelos altos niacuteveis de oacuteleo - fator que

possui forte influecircncia na conservaccedilatildeo do sabor

A tabela a seguir apresenta as informaccedilotildees nutricionais obtidas em 50g de

Avocado (JAGUACYR)

TABELA 1 - Informaccedilotildees nutricionais em 50g de avocado FONTE

JAGUACYR

INFORMACcedilOtildeES NUTRICIONAIS AVOCADO (50g)

ENERGIA 301 kj 72 kcal

CARBOIDRATOS 853 g

PROTEIacuteNAS 1 g

GORDURAS TOTAIS 8 g

GORDURA SATURADA 18 g

FIBRA ALIMENTAR 16 g

SOacuteDIO 75 mg

POTAacuteSSIO 485 mg

O Avocado tem 5 vezes menos aacutegua que o abacate comum o que lhe

confere concentraccedilatildeo muito maior de nutrientes A fruta eacute considerada pelos

nutricionistas como sendo uma das que possui maior valor nutricional devido ao fato

de possuir elevadas concentraccedilotildees de vitaminas antioxidantes como A C e E Em

comparaccedilatildeo com a banana a fruta conteacutem ainda trecircs vezes mais vitamina B6 Em

meacutedia o Avocado possui niacutevel de gordura em aproximadamente 20 sendo a

maioria monoinsaturada A gordura monoinsaturada auxilia na reduccedilatildeo no LDL e

promove aumento no HDL o ldquocolesterol bomrdquo (JAGUACYR)

Clima

As variedades da Iacutendia Ocidental e alguns hiacutebridos satildeo melhores adaptados a

regiotildees planas de clima tropical e regiotildees tropicais onde natildeo haacute ocorrecircncia de

17

geadas Por outro lado variedades Mexicanas satildeo mais adaptadas a regiotildees com

temperaturas mais baixas Hiacutebridos de raccedilas Mexicanas x Guatemaltecas

geralmente satildeo mais resistentes ao frio do que as raccedilas hiacutebridas Iacutendias Ocidentais x

Guatemaltecas (CRANE et al 2007)

Solos

O abacateiro eacute uma planta muito sensiacutevel a este fator em especial no que se

refere agrave drenagem e profundidade dos solos (KOLLER 1984) Para esta cultura

recomenda-se solos feacuterteis bem drenados pouco aacutecidos e profundos (SIMAtildeO

1971)

A cultura do abacateiro natildeo tolera solos inundados ou mal drenados

Condiccedilotildees de umidade elevada constante comprometem o desenvolvimento

adequado das plantas pois resultam em deficiecircncia nutricional e em alguns casos

pode provocar a morte da planta devido ao fato de estarem altamente suscetiacuteveis a

infecccedilatildeo por fungos (CRANE et al 2007)

Outro aspecto que deve ser considerado na cultura do abacate eacute a salinidade

devido agrave alta sensibilidade da cultura a este fator que pode provocar a queima da

ponta e borda das folhas e queda da produccedilatildeo (DONADIO 1995)

Doenccedilas e pragas que afetam a cultura do abacate

Apesar de o Brasil possuir excelentes condiccedilotildees para a produccedilatildeo de abacate

a falta de manejos agronocircmicos adequados durante toda a cadeia produtiva do

abacate tem feito com que o Brasil natildeo participe de forma mais eficiente no mercado

mundial do abacate A cultura possui elevada suscetibilidade agrave gomose do

abacateiro podridatildeo da raiz causada por Phytophthora cinnamomi

No Brasil a podridatildeo radicular causada por Phytophthora cinnamomi tem

dizimado plantaccedilotildees de abacateiro reduzindo a longevidade dos pomares

(DONADIO 1995) A doenccedila eacute considerada a mais importante para a cultura do

abacateiro sendo fator limitante para a cultura em todo o mundo (CAMPOS 1988

KOLLER 2002) A seleccedilatildeo de cultivares porta-enxertos resistentes ou tolerantes

controle quiacutemico e manejo do solo satildeo estrateacutegias que reduzem os danos e o

controle desta doenccedila (PEGG et al 2002)

A ocorrecircncia de Phytophthora cinnamomi juntamente com estresses

ambientais faz com que o abacateiro da cultivar ‟Hass‟ produza frutos com

18

dimensotildees muito reduzidas Esses frutos subdimensionados natildeo satildeo

comercializaacuteveis resultando em elevadas perdas financeiras para os produtores

(BRUWER 2007) Empresas como a Westfalia situada na proviacutencia de Limpopo na

Aacutefrica do Sul tecircm testado cultivares de abacate bdquoHass-like‟ para se obter maior

produtividade em regiotildees afetadas pelo P cinnamomi

Algumas das estrateacutegias que visam agrave minimizaccedilatildeo dos danos e o controle da

podridatildeo radicular satildeo por exemplo a utilizaccedilatildeo de cultivares porta-enxertos

resistentes ou tolerantes o uso de controle quiacutemico e praacuteticas especiacuteficas de manejo

do solo (PEGG et al 2002)

No que se refere a barreiras agrave exportaccedilatildeo do abacate a broca-do-abacate

Stenoma catenifer que de acordo com WOLFENBARGER amp COLBURN (1979) eacute

uma praga quarentenaacuteria em vaacuterios paiacuteses tem sido marcante para a produccedilatildeo

deste produto sendo vetada a entrada de lotes contaminados por meio de barreiras

fitossanitaacuterias em paiacuteses como os Estados Unidos da Ameacuterica principal importador

mundial Esta praga tem sido uma ameaccedila extremamente relevante para a produccedilatildeo

nacional de abacate chegando a causar perda de toda a produccedilatildeo (HOHMANN amp

MENEGUIM 1993) De acordo com informaccedilotildees da Universidade da Califoacuternia

(HODDLE UCR) os EUA tecircm desenvolvido protocolos de seguranccedila para impedir

que a doenccedila tenha acesso ao paiacutes por meio de importaccedilotildees de paiacuteses onde a

doenccedila eacute endecircmica Algumas regiotildees brasileiras de cultivo de abacate 100 da

colheita pode estar infestado com S catenifer (Nava et al 2005a) Mesmo com a

aplicaccedilatildeo de inseticidas de largo espectro sendo feitas de 7 a 11 vezes durante uma

uacutenica estaccedilatildeo de crescimento ateacute 60 de frutas podem ser infestados com larvas S

catenifer (Nava et al 2005b)

Para CARVALHO (2015) a exportaccedilatildeo para os EUA pela JAGUACYR eacute

dificultada devido agrave ocorrecircncia de doenccedilas que ocorrem em territoacuterio nacional e que

podem ser exportadas com os produtos

Ocorrida a eclosatildeo a lagarta de primeiro instar desloca-se ao longo do fruto

ateacute encontrar o local adequado para iniciar o ataque As fecircmeas procuram depositar

os ovos no peduacutenculo contudo haacute maior incidecircncia de orifiacutecios na parte inferior do

abacate Ao passo que as lagartas se desenvolvem e vatildeo se alimentando da polpa

do abacate indo em direccedilatildeo ao caroccedilo onde este inseto se aloja e finaliza a fase

larval construindo galerias no interior A lagarta se desenvolve no fruto e transforma-

se em pupa no solo numa profundidade de 05 a 15 cm ou ateacute mesmo no interior

19

dos frutos caiacutedos Dentre as medidas preventivas de controle destaca-se o uso

adequado das cultivares considerando que quanto mais tempo os frutos

permanecem nas plantas maiores seratildeo as perdas O planejamento da colheita deve

ser considerado pois colheitas tardias proporcionam condiccedilotildees favoraacuteveis para o

desenvolvimento da praga no pomar Outra medida preventiva principalmente para

pomares orgacircnicos eacute a cataccedilatildeo e destruiccedilatildeo dos frutos caiacutedos (HOHMANN amp

MENEGUIM 2005)

A verrugose ou sarna do abacateiro causada pelo fungo Sphaceloma

perseae conhecida em 1918 na Floacuterida foi encontrada no Brasil pela primeira vez

em 1938 em Limeira Eacute uma das doenccedilas de elevada importacircncia na cultura do

abacateiro visto que esta doenccedila deprecia a aparecircncia do fruto e pode provocar

tambeacutem queda dos frutos jovens bem como o subdesenvolvimento O fungo ataca

as folhas e os frutos e se desenvolve em condiccedilotildees de umidade elevada Para o

controle desta doenccedila eacute recomendado a utilizaccedilatildeo de variedades que apresentem

resistecircncia sendo necessaacuterio evitar variedades do grupo Guatemalense (PICCININ

amp PASCHOLATI 1997)

Ponto de colheita

O fruto do abacate eacute conhecido por ser climateacuterico isso significa que pode

completar o amadurecimento depois de colhido e apresenta um pico de produccedilatildeo de

etileno sucedido por um pico respiratoacuterio durante o amadurecimento O melhor

indicador de maturidade fisioloacutegica para se concluir se os frutos estatildeo aptos agrave

colheita eacute a porcentagem de mateacuteria seca que possui relaccedilatildeo com o acuacutemulo de

oacuteleo (KADER amp ARPIA 2013 citado por ALMEIDA 2013)

No Brasil a observaccedilatildeo em campo da perda do brilho na casca eacute uma praacutetica

comum para identificar o ponto ideal de colheita (ALMEIDA 2013) Jaacute na Floacuterida

contabilizam-se os dias apoacutes a floraccedilatildeo para se determinar o ponto de colheita

Na cultura do abacateiro os principais iacutendices de qualidade satildeo tamanho cor

da casca formato danos mecacircnicos recentes ou cicatrizados causados por insetos

podridotildees embalagens e transporte inadequados alteraccedilatildeo de sabor devido a

longos periacuteodos de armazenagem na aacutervore ou por colheita antes da maturidade

fisioloacutegica (KADER amp ARPIA 2013 CANTILLANO 2013) No que se refere agrave

alteraccedilatildeo de sabor KADER (2007) comenta que este fator estaacute diretamente ligado

20

ao teor de oacuteleo no fruto Neste sentido cultivares mais tardias oriundas das raccedilas

Guatemalenses e Mexicana possuem maiores teores de oacuteleo

Poacutes colheita

Por ser um fruto climateacuterico com alta taxa respiratoacuteria e elevada produccedilatildeo de

etileno apoacutes a colheita o fruto do abacate eacute altamente pereciacutevel (KADER 1992)

Neste sentido o controle do amadurecimento eacute de extrema importacircncia para se

prolongar a vida uacutetil no poacutes-colheita de frutas objetivando-se a comercializaccedilatildeo no

mercado interno ou externo (KLUGE et al 2002)

Tratando-se de maturaccedilatildeo no poacutes-colheita a manipulaccedilatildeo do etileno eacute uma

teacutecnica utilizada para antecipar ou adiar o processo de maturaccedilatildeo dos frutos O

etileno eacute um gaacutes que se comporta como hormocircnio

No Brasil a comercializaccedilatildeo do abacate em varejo ocorre na maioria das

vezes sem a utilizaccedilatildeo de refrigeraccedilatildeo portanto a utilizaccedilatildeo de tecnologias que

possibilitem a conservaccedilatildeo agrave temperatura ambiente eacute de grande relevacircncia para se

permitir a comercializaccedilatildeo durante um maior tempo apoacutes a colheita atrasando o

amadurecimento dos frutos (KLUGE et al 2002) Daiuto 2010 concluiu que a

refrigeraccedilatildeo foi efetiva na conservaccedilatildeo de frutos de abacate bdquoHass‟

Aleacutem do uso de refrigeraccedilatildeo para retardar o amadurecimento dos frutos

tambeacutem se utiliza o revestimento dos frutos com cera para se reduzir o processo de

respiraccedilatildeo e uso de metilciclopropeno para inibir a produccedilatildeo de etileno gaacutes que

funciona como hormocircnio na maturaccedilatildeo de frutos (Gayet et al 1995 Oliveira et al

2000 KLUGE et al 2002)

A utilizaccedilatildeo de radiaccedilotildees gama em baixos niacuteveis associada a outros

procedimentos no poacutes-colheita eacute mencionada na literatura como excelente meacutetodo

para prolongar a periacuteodo de prateleira das frutas por retardar os processos de

senescecircncia e amadurecimento reduzindo os iacutendices de apodrecimento provocados

por fungos e bacteacuterias (Kaumlferstein e Moy 1993) O problema do uso da radiaccedilatildeo eacute

que esta teacutecnica provoca o escurecimento perda de firmeza do fruto e o surgimento

de depressotildees superficiais (CHITARRA e CHITARRA 2005)

Consumo

Em relaccedilatildeo ao consumo per capita do abacate em 2013 o Meacutexico foi de 90

Kghab enquanto que no Brasil o consumo girava em torno de 301 gramashab

21

por ano em De acordo com dados de 2011 o consumo per capita da fruta em Israel

foi de 50 Kghab o Chile ficou logo atraacutes com 45Kghab por ano e os Estados

Unidos apesar de maior importador apenas 20 Kghab por ano (NAAMANI 2011)

Em alguns paiacuteses da Uniatildeo Europeia chega a ser 1500 gramashab por ano (BNET

2011) De acordo com PUTTI (2014) esta diferenccedila se deve ao fato de que o

consumo do abacate em paiacuteses da Europa vai aleacutem da forma in natura sendo

consumido principalmente na forma de salada aleacutem disso os benefiacutecios da fruta satildeo

mais difundidos do que no Brasil

A fruta eacute consumida de forma diferente ao redor do mundo podendo ser sob

a forma de doce como no Brasil ou em saladas e patecircs como o guacamole

(JAGUACYR) Aleacutem de ser amplamente explorada na induacutestria

Aspectos nutricionais

A tabela a seguir apresenta as informaccedilotildees nutricionais do abacate a partir de

100g da fruta

TABELA 2 - Informaccedilotildees nutricionais do abacate obtidas a partir de 100g

da fruta fonte (FATSECRET)

INFORMACcedilOtildeES NUTRICIONAIS ABACATE

ENERGIA 669 kj 160kal

CARBOIDRATOS 853 g

ACcedilUacuteCAR 066 g

PROTEIacuteNAS 2g

GORDURAS 1466g

GORDURA SATURADA 2126G

GORDURA MONOINSATURADA

9799G

GORDURA POLIINSATURADA 1816

COLESTEROL 0 mg

FIBRAS 77 g

SOacuteDIO 7 mg

POTAacuteSSIO 485 mg

Uma das principais caracteriacutesticas que qualificam o abacate eacute a elevada

quantidade de mateacuteria graxa em sua composiccedilatildeo O fruto eacute conhecido como uma

fruta de alto valor energeacutetico Os aacutecidos graxos (AG) podem ser encontrados na

semente em sua maioria insaturados estes aacutecidos tambeacutem estatildeo presentes no

mesocarpo contudo em concentraccedilotildees diferentes O oacuteleo do abacate eacute um produto

22

explorado na induacutestria farmacecircutica devido ao elevado teor de vitamina E O

produto possui bom valor comercial apesar de natildeo ser tatildeo produzido mundialmente

A quantidade de oacuteleo encontrada no mesocarpo eacute superior ao teor de oacuteleo

encontrado na semente No mesocarpo os teores de aacutecido oleico variam entre

3177 a 5030 jaacute na semente o teor desse aacutecido graxo monoinsaturado varia de

1169 a 3583 (MASSAFERA 2010)

O abacate eacute um alimento rico em aacutecido graxo monoinsaturado oleico Estudos

realizados com aacutecidos graxos monoinsaturados revelam sua importacircncia na

prevenccedilatildeo e tratamento de dislipidemias que estatildeo relacionadas ao

desenvolvimento de doenccedilas cardiovasculares e coronarianas (SOARES e ITO

2000) Os aacutecidos graxos monoinsaturados representados principalmente pelo aacutecido

oleico presente em oacuteleo de oliva e canola possui efeito significativos na prevenccedilatildeo e

tratamento de doenccedilas crocircnicas (LARSEN et al 1999)

Produtos e subprodutos

O oacuteleo obtido a partir da fruta do abacate possui propriedades fiacutesico-quiacutemicas

semelhantes ao oacuteleo de oliva principalmente pela composiccedilatildeo de seus aacutecidos

graxos salientando o aacutecido oleico O oacuteleo de oliva eacute um produto altamente

consumido no paiacutes poreacutem de origem importada e o oacuteleo de abacate possui forte

potencial para substituiacute-lo (MASSAFERA 2010)

Outra forma de aproveitamento do oacuteleo do abacate eacute para a produccedilatildeo de

biodiesel O professor do departamento de Quiacutemica da UNESP Manoel Lima de

Menezes afirma que o abacate tem o teor de oacuteleo que varia entre 5 a 30

proacuteximo ao encontrado na extraccedilatildeo da soja de 18 Segundo o pesquisador um

dos obstaacuteculos eacute ainda o teor de umidade da semente (BIODIESELBR 2013)

Dentre as vantagens do abacate em comparaccedilatildeo com a soja eacute que da fruta eacute

possiacutevel extrair oacuteleo e etanol dois ingredientes baacutesicos para a produccedilatildeo do

biodiesel Outra vantagem eacute que de acordo com Menezes o abacate pode render

ateacute 2800 litros de oacuteleo por hectare contra 400 da soja aleacutem do fato do abacateiro

ser uma planta perene (GIRARDI 2009)

A madeira tambeacutem eacute um produto explorado na cultura do abacateiro na

produccedilatildeo de energia como combustiacutevel (MAISNATUREZA) Outra forma de

aproveitamento de resiacuteduos da cultura eacute a utilizaccedilatildeo do caroccedilo para a produccedilatildeo de

23

tintas a partir do caroccedilo usado para tingir roupas produzindo uma tinta castanho-

arroxeada (TEIXEIRA 1991)

Melhoramento geneacutetico

O desenvolvimento floral bem como a eacutepoca de floraccedilatildeo e o amadurecimento

da fruta satildeo diretamente influenciados por caracteriacutesticas geneacuteticas Essas

caracteriacutesticas podem ser manipuladas com a utilizaccedilatildeo de enxertos porta enxertos

ou a interaccedilatildeo entre eles Neste sentido podem ser utilizados genoacutetipo Mexicano

que pode antecipar a floraccedilatildeo ou Guatemalenses que manteacutem uma floraccedilatildeo meacutedia

ou porta-enxerto das Iacutendias Ocidentais que promovem floraccedilatildeo tardia Estudos tecircm

comprovado que a utilizaccedilatildeo de porta-enxertos do grupo Mexicano antecipam a

floraccedilatildeo entre 4 a 8 semanas antes de pomares de clones de bdquoHass‟ Contudo a

antecipaccedilatildeo de 8 semanas na eacutepoca de floraccedilatildeo promoveu o a antecipaccedilatildeo de

maturaccedilatildeo dos frutos em apenas 3 semanas Como existe uma alta demanda pelo

abacate ‟Hass‟ em todo mundo o uso de cultivares do abacate bdquoHass-like‟ pode ser

de grande interesse para os paiacuteses produtores uma vez que a cultivar bdquoLamb-Hass‟

por exemplo possui a caracteriacutestica de estender a eacutepoca de colheita aumentando

assim a janela de produccedilatildeo da fruta (SCHAFFER et al 2012)

No final dos anos 80 Carlos Meacutendez observou um abacate diferenciado na

regiatildeo de Urupan estado de Michocaacuten Meacutexico A planta encontrada exibia uma

floraccedilatildeo com um comportamento distinto das demais Este abacate bdquoHass-like‟ foi

nomeado localmente de bdquoHass-Mendez‟ e agora eacute conhecido comercialmente como

bdquoHass Carmen‟ (Illsley-Granich 2011) Uma das cultivares de bdquoHass-like‟ que tem

sido utilizada em programas de melhoramento eacute a ldquoSir Prizerdquo

Outra cultivar bdquoHass-like‟ muito importante eacute a bdquoMaluma‟ na Aacutefrica do Sul

Dentre as vantagens desta cultivar em relaccedilatildeo ao bdquoHass‟ apresentadas por ERNST

amp ERNST (2015) estatildeo rendimento elevado precocidade e possibilidade de

aumento na densidade de plantas no pomar de abacateiro

Programas de melhoramento satildeo criados a fim de se incorporar

caracteriacutesticas de resistecircncia a doenccedilas - como os desenvolvidos na Universidade

da Califoacuternia que deram origem a cultivares como por exemplo bdquoGem‟ e bdquoHarvest‟

que possuem excelentes caracteriacutesticas agronocircmicas Dentre estas caracteriacutesticas

se tem aumento da produtividade e resistecircncia agrave podridatildeo radicular

24

A utilizaccedilatildeo de porta-enxertos eacute de suma importacircncia para se aproveitar

melhor o potencial das diferentes culturas seja por aumentar a produtividade ou por

conferir resistecircncia a doenccedilas No final dos anos 70 a podridatildeo causada por

Phytophthora cinnamomi causou grandes prejuiacutezos para a cultura do abacate na

Aacutefrica do Sul Com isso foi necessaacuterio importar da Califoacuternia porta-enxertos

tolerantes agrave podridatildeo radicular propagados vegetativamente a fim de se ter maior

uniformidade geneacutetica para estabelecer novos pomares de abacateiro Durante

muitos anos a cultivar bdquoDuke 7‟ era o uacutenico porta-enxerto que produzia plantas

uniformes produtivas e razoavelmente produtivas era a cultivar bdquoDuke 7‟ Nos anos

80 foi desenvolvida a cultivar bdquoDusa‟ a partir de plantas sobreviventes em pomares

doentes A cultivar desenvolvida pela WESTFALIA apresentou toleracircncia agrave podridatildeo

superior a bdquoDuke 7‟ (KREMER-KOumlHNE 2007)

Na Floacuterida as cultivares mais utilizadas como porta-enxerto satildeo a bdquoLula‟ e

bdquoWaldin‟ devido ao fato dessas variedades conferirem aos pomares de abacate

uniformidade aumentar o vigor e pela produccedilatildeo de sementes (CRANE et al 2007)

No Brasil os pomares comerciais de abacate satildeo implantados sobre porta-

enxertos oriundos de sementes este fator faz com que o tamanho da copa das

plantas seja desuniforme a produccedilatildeo seja afetada bem como a qualidade dos frutos

e a susceptibilidade aos patoacutegenos do solo no qual se destaca Phytophthora

cinnamomi Contudo outros paiacuteses produtores da fruta utilizam porta-enxertos de

melhor qualidade obtidos a partir de clones que possuem resistecircncia a doenccedilas e

tambeacutem conferem uniformidade ao pomar (MORAES 2014)

Certificaccedilatildeo

Devido agrave exigecircncia cada vez maior feita pelos mercados internacionais natildeo eacute

possiacutevel exportar frutas e outros produtos agropecuaacuterios sem que se tenha a

certificaccedilatildeo Um das finalidades da certificaccedilatildeo eacute proteger o diferencial de qualidade

(AGRIANUAL 2012)

A certificaccedilatildeo eacute uma forma de se adquirir vantagem competitiva sustentaacutevel

para concorrer com os grandes produtores mundiais Tendo em vista a exigecircncia de

produtos de qualidade por consumidores cada vez mais frequente eacute necessaacuterio que

o mercado mundial se atente ao alto padratildeo de qualidade fornecido por seus

produtos Com isso programas de qualidade tecircm sido desenvolvidos visando agrave

aplicaccedilatildeo direta nas cadeias de produccedilatildeo em especial na aacuterea de produtos

25

pereciacuteveis como eacute o caso da fruticultura objetivando a aceitaccedilatildeo internacional

(GUEDES et al 2007)

Vaacuterias pesquisas e estudos recentes vecircm colaborando para compreensatildeo da

formaccedilatildeo organizaccedilatildeo e influecircncia das cadeias produtivas de onde surgem

produtos que seguem os padrotildees de qualidade reconhecidos internacionalmente

onde os sistemas de certificaccedilatildeo tecircm papel fundamental

Tratando-se de qualidade os consumidores atuais buscam produtos que

atentem agraves questotildees eacuteticas que abordem temas como meio ambiente e uso de

agrotoacutexicos considerando que a procura por alimentos seguros e saudaacuteveis uma

questatildeo elementar (SINGER e MASON 2007)

Considerando que a sauacutede dos consumidores de alimentos in natura pode ser

afetada a seguranccedila alimentar bem como a qualidade dos produtos deve receber

atenccedilatildeo especial A qualidade dos produtos estaacute vinculada aos procedimentos que

satildeo conduzidos durante cada etapa de produccedilatildeo como por exemplo plantio

colheita processamento industrializaccedilatildeo e comeacutercio (OLIVEIRA 2005)

METODOLOGIA

Tipo de Estudo

Pesquisa Bibliograacutefica eacute desenvolvida a partir de material jaacute elaborado

constituiacutedo de livros e artigos cientiacuteficos (Gil 2008) Portanto o presente trabalho

utilizou-se das ideias do estudo exploratoacuterio feito a partir de pesquisa bibliograacutefica

Com isso este trabalho desenvolveu-se seguindo

1deg FONTES

Foram utilizados artigos que fornecessem informaccedilotildees sobre a cultura do

abacate bem como dados de produccedilatildeo poacutes-colheita e comercializaccedilatildeo e que

abordassem o tema de exportaccedilatildeo

2deg COLETA DE DADOS

Primeiramente foi feita leitura de trabalhos jaacute disponiacuteveis na literatura que

abordassem aspectos de produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo de forma raacutepida e objetiva a

fim de se selecionar o material a ser incluiacutedo no presente trabalho

26

Em seguida foi feita uma leitura seletiva agrupando as informaccedilotildees dos

artigos preacute-selecionados de acordo com o tema registrando as informaccedilotildees

extraiacutedas das fontes em instrumento especiacutefico

3deg ANAacuteLISE E INTERPRETACcedilAtildeO DOS RESULTADOS

Nesta etapa foi realizada uma leitura analiacutetica com a finalidade de ordenar as

informaccedilotildees contidas na literatura disponiacutevel utilizados como fonte para o

desenvolvimento deste trabalho a fim de se elaborar informaccedilotildees que resumissem

as questotildees abordadas nesta pesquisa

RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

ABACATE NO MUNDO

A figura a seguir apresenta dados de produccedilatildeo mundial de abacate (t) em 21

paiacuteses indo de 2004 a 2013 com base nos dados da FAO ndash Organizaccedilatildeo das

Naccedilotildees Unidas para Alimentaccedilatildeo e Agricultura (Food and Agriculture Organization of

the United Nations para a sigla em inglecircs)

27

Figura 2 Produccedilatildeo mundial do abacate (em t) elaborado pelo autor FONTE NOVAGRIM adaptado com dados da FAO

Os paiacuteses produtores de abacate satildeo representados no mapa abaixo onde a

intensidade da coloraccedilatildeo vermelha representa o volume de abacate produzido no

paiacutes quanto mais intenso maior o volume produzido como estaacute destacado o

Meacutexico maior produtor mundial participando com aproximadamente 31 12 de toda

a produccedilatildeo mundial da fruta

Figura 3 - Paiacuteses produtores de abacate ao redor do mundo FONTE FACTFISH

100000

300000

500000

700000

900000

1100000

1300000

1500000

1700000

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013

PRODUCcedilAtildeO MUNDIAL DE ABACATE

MEacuteXICO

INDONEacuteSIA

REP DOM

COLOcircMBIA

BRASIL

EUA

CHILE

PERU

CHINA

28

Em 2004 o maior produtor mundial de abacate foi o Meacutexico participando com

307 de todo o volume produzido mundialmente com cerca de 987000 t Em

segundo lugar poreacutem muito atraacutes com um volume de 221774 t segue a Indoneacutesia

representando apenas 689 Na terceira posiccedilatildeo Repuacuteblica Dominicana 68 e

218790 t e em quarto produzindo 170985 t estava a Colocircmbia com 53

De acordo com os dados de 2013 o Meacutexico continuou liderando o setor

participando com 3112 do total produzido agora com um volume de 1467837 t

Em segundo lugar a Repuacuteblica Dominicana com 821 Colocircmbia 643 e Peru

611 em ordem decrescente (FAOSTAT) Nos uacuteltimos 10 anos a Repuacuteblica

Dominicana saltou para o segundo lugar graccedilas a um aumento de 771 em sua

produccedilatildeo Neste sentido a Colocircmbia alcanccedila a posiccedilatildeo de 3deg colocado devido ao

aumento similar ao da Repuacuteblica Dominicana (774)

O Peru foi o paiacutes que obteve maior destaque pois saiu da oitava posiccedilatildeo

participando com apenas 337 da produccedilatildeo mundial o que representava um

volume de 108460 t em 2004 para a quarta posiccedilatildeo no ranking mundial em 2013

com 611 quando produziu 288387 t a sua participaccedilatildeo no mercado mundial

quase que dobrou nesse periacuteodo O aumento da produccedilatildeo mundial foi de 467

enquanto que o aumento do volume de abacate produzido no Peru foi de 1659

Segundo CARVALHO (2015) a formaccedilatildeo de associaccedilotildees como a PROHASS que

investe no desenvolvimento de tecnologia e marketing para estimular inclusive o

consumo interno podendo ateacute ser um exportador para o Brasil

Aos poucos a China vem participando do mercado do abacate A populaccedilatildeo

do paiacutes ultrapassa 15 bilhotildees de pessoas em algumas aacutereas metropolitanas a

populaccedilatildeo vai de 12 a 45 milhotildees de habitantes Em 2000 a classe meacutedia da China

representava 4 da populaccedilatildeo e hoje chega a 66 Os gastos com alimentaccedilatildeo

tambeacutem acompanham essa mudanccedila de comportamento pois existe nesta classe a

procura por alimentos mais saudaacuteveis Esses fatores tecircm estimulado uma mudanccedila

no consumo de abacate em toda a China (MILLER et al 2015)

Quanto agrave produccedilatildeo do Brasil no Ranking global ocorreu justamente o

contraacuterio o paiacutes saiu da quinta posiccedilatildeo para a oitava ao reduzir 765 da produccedilatildeo

que era de 170895 t em 2004 para 157428 t em 2013 Em 2011 o abacate ficou na

17deg posiccedilatildeo no ranking da produccedilatildeo nacional da fruta ocupando apenas 03 do

montante da produccedilatildeo de frutas frescas muito atraacutes das principais culturas

29

produzidas como a laranja mais produzida participando com 416 do setor

Banana segunda mais importante com 154 e Melancia com 46 em quarto

(IBGEPAM 2011)

O volume de abacate fresco brasileiro exportado foi de 4313 t em 2013 para

5806 toneladas em 2014 resultando num aumento de mais de 37 na receita com

este setor que em 2014 foi de mais de nove milhotildees e meio de doacutelares

(AGRIANUAL 2015)

O graacutefico abaixo apresenta o comportamento do volume em toneladas de

abacate exportado pelos paiacuteses que participam do setor

Figura 4 Volume de abacate (t) exportado pelos paiacuteses exportadores da fruta Elaborado pelo autor FONTE FAO

Em 2013 Meacutexico liderou o setor de exportaccedilatildeo do abacate com um volume

de 563492 toneladas cerca 463 do total exportado no mundo Em segundo lugar

a Holanda com 99 A Holanda eacute um grande importador contudo o paiacutes reexporta

grande parte do volume comprado O Peru merece destaque pois saiu de um

volume exportado de 2209 t (06) em 2000 para 114515 t em 2013 ocupando

94 do volume de abacate exportado o que lhe conferiu a 3deg posiccedilatildeo no ranking

global Em quarto lugar o Chile com 73

A figura a seguir apresenta o comportamento dos principais importadores de

abacate do mundo em 14 anos

0

100000

200000

300000

400000

500000

600000

20002001200220032004200520062007200820092010201120122013

EVOLUCcedilAtildeO DA EXPORTACcedilAtildeO MUNDIAL EM t

MEacuteXICO

CHILE

ESPANHA

AacuteFRICA DO SUL

ISRAEL

HOLANDA

PERU

30

Figura 5 Evoluccedilatildeo do volume (t) importado pelos principais paiacuteses importadores de abacate ELABORADA PELO AUTOR FONTE FAOSTAT

Os principais importadores de fruta como por exemplo o europeu e o norte

americano exigem um padratildeo de qualidade que observem as demandas impostas

pelos consumidores com relaccedilatildeo agrave seguranccedila alimentar e tambeacutem agraves exigecircncias

para certificaccedilatildeo do produto levando em consideraccedilatildeo aspectos ambientais e

sociais aleacutem do local de produccedilatildeo Desta forma produtores de fruta destinadas agrave

exportaccedilatildeo precisaram adaptar suas lavouras para atender agraves exigecircncias dos mais

importantes selos internacionais como o EureGapR e o TNCR (OLIVEIRA 2005) O

maior importador de abacate do mundo satildeo os Estados Unidos (ROCHA 2014)

O volume de abacate importado ao redor do mundo vem crescendo na uacuteltima

deacutecada Os Estados Unidos lideram o montante desde 2007 mais ainda que toda a

Uniatildeo Europeia o volume importado pelo paiacutes cresceu cerca de sete vezes entre

2000 e 2013 Em segundo lugar a Uniatildeo Europeia importando quase 23 menos

A Holanda tambeacutem cresceu muito e hoje ocupa a terceira colocaccedilatildeo no ranking O

Japatildeo e o Canadaacute tiveram consideraacutevel crescimento contudo mantiveram-se na 5deg

e 6deg posiccedilatildeo durante esse periacuteodo

Nos EUA a demanda cresce mais acelerado do que a oferta segundo

CARVALHO (2015) a demanda cresce 12 ao ano enquanto a produccedilatildeo cresce

apenas 4 O paiacutes possui uma poliacutetica de retornar parte dos lucros oriundos da

-

100000

200000

300000

400000

500000

600000

700000

IMPORTACcedilAtildeO DE ABACATE NO MUNDO EM t

EUA

UE

HOLANDA

FRANCcedilA

CANADAacute

REINO UNIDO

31

comercializaccedilatildeo do Avocado no paiacutes com a elaboraccedilatildeo de marketing e o

desenvolvimento de pesquisas que incentivem o aumento do consumo interno

promovendo alimentos como por exemplo o GUACAMOLE alimento muito popular

no paiacutes

Em 2002 os EUA impunham a Lei do Bioterrorismo exigindo que as

empresas que produzem processem armazenem ou processem alimentos voltados

ao consumo humano ou animal devem cumprir normas para comercializar seus

produtos voltados ao consumo humano ou animal precisam cumprir normas para

comercializar seus produtos nos Estados Unidos Eacute necessaacuterio que essas mesmas

empresas possuam registro junto ao governo norte-americano atualizando estas

informaccedilotildees e comunicarem agraves autoridades a chegada de novos carregamentos

alimentares O natildeo cumprimento dessas exigecircncias acarreta na proibiccedilatildeo do

ingresso da carga e possiacutevel retenccedilatildeo da mercadoria com multa para o responsaacutevel

pelo carregamento (MDIC 2006)

Os principais compradores de abacate ‟Hass‟ satildeo os Estados Unidos (20 a

50) UE AUS e o Meacutexico maior produtor e exportador do Avocado participando

com 20 do mercado de Avocado (CARVALHO 2015)

O Brasil participa com apenas 031 do mercado internacional exportando

para o Canadaacute e Holanda CARVALHO (2015) comenta que o Brasil natildeo aproveita

seu potencial de se tornar grande produtor e exportador de Avocado o paiacutes possui

extensa aacuterea e clima variado entre outros fatores que favorecem a produccedilatildeo de

Avocado contudo a produccedilatildeo ainda eacute muito pequena quando comparado com

outros paiacuteses que participam do mercado internacional da fruta

Quanto agrave contribuiccedilatildeo do desenvolvimento de programas de melhoramento

geneacutetico para a consolidaccedilatildeo do Brasil como grande produtor mundial de abacate a

utilizaccedilatildeo de cultivares de bdquoHass-like‟ representa uma excelente opccedilatildeo para

aumentar a safra da cultura no paiacutes devido agrave caracteriacutestica que esta variedade tem

de antecipar a florada ampliando desta forma a janela de produccedilatildeo e aumentando

a competitividade do paiacutes em relaccedilatildeo a outros paiacuteses exportadores da fruta

O graacutefico a seguir ilustra o comportamento das exportaccedilotildees e importaccedilotildees

Brasileiras em 14 anos

32

Figura 6 - Evoluccedilatildeo da exportaccedilatildeo e importaccedilatildeo do abacate (em t) no Brasil em 14 anos Elaborado pelo autor FONTE FAO

Alguns dos principais concorrentes do Brasil tratando-se da exportaccedilatildeo do

Avocado satildeo Aacutefrica do Sul com 3 das exportaccedilotildees Chile com 7 e Peru

representando 10 do mercado internacional de Avocado A safra do Chile ocorre

em eacutepoca proacutexima a do Brasil comeccedilando em agosto e terminando em fevereiro

(CARVALHO 2015) A Boliacutevia apesar de participar com apenas 012 do volume

exportado tem a vantagem de possibilidade de produccedilatildeo o ano todo

O elevado padratildeo de qualidade dos produtos eacute sem duacutevida um fator que

pode fazer com que o Brasil se estabeleccedila no mercado mundial de abacate Esta

praacutetica tem qualificado a Aacutefrica do Sul como um dos principais fornecedores para

paiacuteses da Europa a partir do intenso trabalho desenvolvido pela empresa sem fins

lucrativos WESTFALIA situada no municiacutepio de Limpopo por meio de investimentos

em tecnologia

A tabela a seguir apresenta o periacuteodo do ano em que cada paiacutes exportador de

abacate embarca seus produtos ao redor do mundo

0

500

1000

1500

2000

2500

3000

3500

4000

4500

5000

EXPORTACcedilAtildeO

IMPORTACcedilAtildeO

33

TABELA 3 - Janela de exportaccedilatildeo dos paiacuteses exportadores de abacate

adaptada FONTE WESTFALIASUBSOLE

CALENDAacuteRIO DE EXPORTACcedilAtildeO DE ABACATE lsquoHASSrsquo

jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

BRASIL X X X X X X X X

ARGENTINA X X X

EUA X X X X X X X X X X X X

CHILE X X X X X X X X X X

AFRICA DO SUL X X X X X X X

REP DOMINICANA X X X X X

ISRAEL X X X X X X

PERU X X X X X X X

NOVA ZELAcircNDIA X X X

MEacuteXICO X X X X X X X X X X X X

ESPANHA X X X X X X X

QUEcircNIA X X X X X

AUSTRAacuteLIA X X X X X X X

Os principais destinos do abacate ‟Hass‟ exportado pelo Brasil satildeo Espanha

Itaacutelia Holanda Alemanha e Dinamarca O material exportado segue de navio do

porto de Santos a uma temperatura de 5degC levando ateacute 16 dias no maacuteximo ateacute os

destinos Esse material exportado pelo Brasil possui os certificados GlobalGapR ndash

BRCR ndash BSCIR ndash SedexR ndash SmetaR

Os graacuteficos a seguir apresentam informaccedilotildees sobre a evoluccedilatildeo do da

exportaccedilatildeo do abacate feitos a partir de informaccedilotildees apresentadas no Anuaacuterio

Brasileiro de fruticultura (2004 a 2015) obtidos a partir de dados do Instituto

Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica

34

Figura 7 - Evoluccedilatildeo do volume de abacate exportado pelo brasil (2003 a 2014) Elaborado pelo autor com dados DO ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE AGRICULTURA DE 2004 a 2015 (IBGE)

Figura 8 - Receita com exportaccedilatildeo brasileira de abacate (2003 a 2014) Elaborado pelo autor com dado do ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE AGRICULTURA DE 2004 a 2015 (IBGE)

O volume de abacate exportado pelo Brasil vem crescendo nos uacuteltimos anos

revelando assim a importacircncia do setor para o paiacutes A variaccedilatildeo do volume

exportado de 2008 para 2009 foi de 6282 jaacute de 2009 para 2010 a exportaccedilatildeo

sofreu uma queda de 793 Em 2014 houve um aumento de 3462 no setor em

relaccedilatildeo ao ano anterior (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE FRUTICULTURA) A receita

-

100000

200000

300000

400000

500000

600000

700000

20

03

20

04

20

05

20

06

20

07

20

08

20

09

20

10

20

11

20

12

20

13

20

14

EVOLUCcedilAtildeO DO VOLUME DE ABACATE EXPORTADO PELO BRASIL (2003 a 2014)

VOLUME EXPORTADO (t)

-

20000000

40000000

60000000

80000000

100000000

120000000

20

03

20

04

20

05

20

06

20

07

20

08

20

09

20

10

20

11

20

12

20

13

20

14

RECEITA COM EXPORTACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ABACATE (2003 a 2014)

RECEITA (em USS FOB)

35

obtida a partir da exportaccedilatildeo do abacate tambeacutem acompanha os iacutendices de

crescimento

A Aacutefrica do Sul um dos principais concorrentes do Brasil no setor de

exportaccedilatildeo do Avocado eacute reconhecida por exportar material de alta qualidade para

Europa onde possui escritoacuterios contudo sua produccedilatildeo estaacute estagnada A Westfalia

eacute uma empresa sem fins lucrativos produtora de Avocado na Aacutefrica do Sul

responsaacutevel por desenvolver o mercado de Avocado no paiacutes e investe fortemente

em tecnologia o que colaborou para a atual situaccedilatildeo da Aacutefrica do Sul no setor de

exportaccedilatildeo de Avocado (CARVALHO 2015)

ABACATE NO BRASIL

O Brasil favorecido quando comparado com outros paiacuteses produtores devido

agrave suas dimensotildees continentais o que lhe possibilita ampla variaccedilatildeo de temperaturas

e solos estes fator unido agraves caracteriacutesticas individuais de cada variedade como por

exemplo sazonalidade e exigecircncias nutricionais e de horas de luz Contudo apesar

da aacuterea destinada agrave produccedilatildeo do abacate no Brasil ter reduzido passando de

11605 ha em 2005 para 9559 ha em 2014 reduccedilatildeo de 176 a produccedilatildeo natildeo foi

tatildeo alterada o que evidencia a possibilidade de um aumento na produtividade destas

aacutereas

Atualmente o Brasil ocupa a oitava posiccedilatildeo no ranking global do setor de

produccedilatildeo de abacate E apesar de possuir crescente produtividade o paiacutes ainda

possui excelente potencial produtor e tambeacutem como exportador da fruta Para

aproveitar melhor esse potencial deveriam ser feitos mais investimentos tanto no

que se refere agrave produccedilatildeo como por exemplo melhoramento geneacutetico e adoccedilatildeo de

protocolos de boas praacuteticas agriacutecolas para a obtenccedilatildeo de certificaccedilatildeo quanto no

setor de comercializaccedilatildeo desenvolvendo elevado padratildeo de qualidade da fruta

A tabela a seguir (TABELA 4) apresenta a aacuterea destinada agrave colheita de todas

as variedades de abacate nos principais produtores de abacate e o Distrito Federal

TABELA 4 - Aacuterea destinada agrave colheita (em ha) Elaborada pelo autor

DADOS (IBGE-SIDRA)

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Brasil 11605 10515 9892 9596 8509 11125 10768 9615 9707 9559

Satildeo Paulo 4266 3688 3583 3437 3267 5530 5642 4192 4374 4337

36

Minas Gerais 2865 2254 2326 2223 1854 2202 2134 2309 2416 2373

Paranaacute 1492 1467 1306 1009 1085 1000 944 922 958 930

Cearaacute 493 475 498 497 490 484 477 480 483 498

Rio Grande do Sul 626 619 613 602 584 575 552 499 470 444

Distrito Federal 119 122 109 124 108 111 - 295 160 134

A tabela 5 abaixo apresenta a produccedilatildeo de todas as variedades de abacate

em toneladas dos uacuteltimos 10 anos para os principais estados produtores e o Distrito

Federal

TABELA 5 - Produccedilatildeo nacional de abacate em 10 anos (em t) Elaborada pelo

autor FONTE (IBGESIDRA)

UFANO 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Brasil 169335 164441 154096 147214 139089 153189 160376 159903 157482 156669 1000

Satildeo Paulo 77107 78085 70812 69904 74193 83002 91909 82780 85101 79316 506

Minas Gerais 38777 32812 33436 28016 24772 28522 30975 36669 36571 41259 263

Paranaacute 22265 22575 20425 16537 15919 15824 17304 16705 16309 15784 101

Rio Grande do Sul

8167 7905 7804 7602 6824 6769 6907 5719 5584 5277 34

Cearaacute 5202 4231 4706 4520 4336 4163 3985 2717 2640 3637 23

Distrito Federal 2596 3081 2690 3019 2666 2415 - 6914 3152 3151 20

Em 2014 a aacuterea destinada agrave colheita do abacate no estado do Cearaacute era

superior agrave aacuterea do Rio Grande do Sul contudo a produccedilatildeo no estado do Cearaacute no

mesmo ano foi de 3637 t enquanto que a produccedilatildeo do Rio Grande do Sul foi de

5277 45 maior reforccedilando assim a ideia de que a produtividade no Sul pode ser

maior em relaccedilatildeo agrave regiatildeo Nordeste Este fator pode ser decorrente do uso de

cultivares inadequadas para as condiccedilotildees climaacuteticas da regiatildeo eou pela falta de

adoccedilatildeo de tecnologias modernas e teacutecnicas avanccediladas de produccedilatildeo

No Distrito Federal a produccedilatildeo cresceu 21 nos uacuteltimos 10 anos e hoje

representa 2 da produccedilatildeo nacional Por outro lado Satildeo Paulo que lidera o ranking

com 506 de toda a produccedilatildeo obteve crescimento de apenas 286 Jaacute a

produccedilatildeo do Paranaacute sofreu uma reduccedilatildeo de -291 neste mesmo periacuteodo poreacutem

manteve-se como quarto produtor nacional de abacate Os estados do Cearaacute e Rio

Grande do Sul tambeacutem reduziram sua produtividade nos uacuteltimos 10 anos

acompanhando a reduccedilatildeo nacional que reduziu -74

37

A variaccedilatildeo da produtividade de todas as variedades de abacate dos principais

estados produtores de abacate do Brasil eacute apresentada na TABELA 6 a seguir

TABELA 6 - Variaccedilatildeo (em) da produtividade (t) no Brasil em 10 anos

Elaborada pelo autor FONTE (IBGESIDRA)

VARIACcedilAtildeO () DA PRODUTIVIDADE (t) EM 10 ANOS

ESTADOANO 2005 2014 VARIACcedilAtildeO

PAIacuteS 146 164 123

SAtildeO PAULO 181 183 11

MINAS GERAIS 135 174 289

PARANAacute 149 17 141

RIO GRANDE DO SUL 13 119 -85

CEARAacute 106 73 -311

DISTRITO FEDERAL 218 235 78

De acordo com os dados do IBGE Satildeo Paulo eacute o maior produtor de abacate

do paiacutes Dentre as variedades mais produzidas no estado de Satildeo Paulo estatildeo

bdquoFortuna‟ bdquoGeada‟ bdquoQuintal‟ e bdquoMargarida‟ (DORIZZOTTO 2011)

Abaixo segue TABELA 11 contendo os nuacutemeros de plantas novas e o

nuacutemero de plantas em produccedilatildeo bem como a produccedilatildeo (caixas de 22Kg) no estado

de Satildeo Paulo ao longo de 15 anos

TABELA 7 - Quantidade de peacutes novos peacutes em produccedilatildeo e produccedilatildeo (cx 22kg)

no estado de Satildeo Paulo entre 2000 e 2015 Elaborada pelo autor FONTE

INSTITUTO DE ECONOMIA AGRIacuteCOLA

ANO PEacuteS

NOVOS PEacuteS EM

PRODUCcedilAtildeO

2000 4859400 66157100

2001 4617700 62883700

2002 4742500 55421300

2003 6095000 49740300

2004 5969500 48339500

2005 5131100 46596200

2006 5325600 45869000

2007 3412800 47668000

2008 5007100 40617400

2009 12068600 49971400

2010 8190000 53239000

38

2011 6904500 54780100

2012 7704100 51341600

2013 7002100 59149400

2014 8419800 60996100

2015 9040200 67073800

O graacutefico abaixo apresenta a curva da produtividade obtida a partir da relaccedilatildeo

feita entre a produccedilatildeo e a quantidade de peacutes em produccedilatildeo no estado de Satildeo Paulo

Figura 9 - Produtividade (kgplanta) no estado de Satildeo Paulo desde 2000 elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE ECONOMIA AGRIacuteCOLA

Os dados foram obtidos a partir da relaccedilatildeo feita entre a quantidade de planta

em produccedilatildeo e a quantidade de caixas de 22 Kg produzidas no estado de Satildeo Paulo

desde 2000 Esses dados revelam crescente aumento da produtividade ateacute o ano de

2010 onde a produtividade ultrapassou 168 Kgplanta Jaacute em relaccedilatildeo ao ano de

2011 a produtividade sofreu uma reduccedilatildeo de 10 Depois disso a curva de

produtividade continuou ascendente

A seguinte tabela apresenta a evoluccedilatildeo do preccedilo do abacate comercializado

na CEAGESP durante o ano no periacuteodo de nove anos

90

110

130

150

170

190

20

00

20

01

20

02

20

03

20

04

20

05

20

06

20

07

20

08

20

09

20

10

20

11

20

12

20

13

20

14

20

15

PRODUTIVIDADE DOS PEacuteS DE ABACATE (Kgplanta) EM SP

PRODUTIVIDADE

39

TABELA 8 - Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio (em R$Kg) do abacate FONTE

CEAGESP 2008

ANOMEcircS JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

2007 105 101 1 118 107 109 129 151 159 181 228 279

2008 119 081 084 097 102 11 122 137 149 208 296 326

2009 169 122 132 133 141 141 152 177 217 213 212 235

2010 17 161 165 154 151 151 164 173 202 262 406 316

2011 185 182 183 203 186 204 231 278 308 317 359 369

2012 207 155 151 141 153 164 192 218 242 268 429 485

2013 263 209 216 215 244 265 258 304 347 403 566 498

2014 228 206 231 239 198 2 256 267 301 305 403 538

2015 406 403 386 349 367 397 394 43 - - - -

O graacutefico a seguir resume o comportamento da quantidade de peacutes novos e

em produccedilatildeo no estado de Satildeo Paulo desde o ano 2000

Figura 10 - Evoluccedilatildeo do nuacutemeros de peacutes novos e em produccedilatildeo ao longo de 15 anos no estado de Satildeo Paulo elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE

ECONOMIA AGRIacuteCOLA

A produccedilatildeo (em caixas de 22 Kg) eacute demonstrada no graacutefico abaixo para esse

mesmo periacuteodo

000

10000000

20000000

30000000

40000000

50000000

60000000

70000000

80000000

20002002200420062008201020122014

EVOLUCcedilAtildeO DOS DADOS DO ABACATE EM SAtildeO PAULO

PEacuteS NOVOS

PEacuteS EM PRODUCcedilAtildeO

40

Figura 11 - Evoluccedilatildeo da produccedilatildeo de abacate em caixas de 22kg no estado de Satildeo Paulo em 15 anos elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE

ECONOMIA AGRIacuteCOLA

A sazonalidade do abacate comercial na CEAGESP em Satildeo Paulo

demonstram que o abacate pode ser comercializado praticamente todas as eacutepocas

do ano como apresentado pela tabela

TABELA 9 - Sazonalidade do abacate FONTE CEAGESP 2008

VARIEDADE JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

GEADA X X X X X

FORTUNA X X X X X X X

QUINTAL X X X X X X X

MARGARIDA X X X X X X X X X X

BREDA X X X X X X X X

HASS X X X X X X X X

O Estado de Minas Gerais eacute o segundo maior produtor nacional de abacate

participando do setor com 229 do total produzido A aacuterea no Estado destinada agrave

produccedilatildeo da fruta foi de 23 mil ha A produtividade do estado de Minas em 2012 foi

de 15881 (hgha) (PERFIL DA FRUTA) A produccedilatildeo de abacate no Distrito Federal

em 2013 foi de 3152 toneladas (IBGE) Em Minas a produccedilatildeo concentra-se nas

regiotildees Sul e Sudeste do estado (ALMEIDA 2013)

200000000

250000000

300000000

350000000

400000000

450000000

500000000

550000000

20002002200420062008201020122014

EVOLUCcedilAtildeO NA PRODUCcedilAtildeO DE ABACATE EM SAtildeO PAULO (22Kgcx)

PRODUCcedilAtildeO CX 22Kg

41

Em 2003 o Paranaacute foi o terceiro maior produtor nacional de abacate com uma

aacuterea de aproximadamente 1600ha onde se produziu 26 mil toneladas gerando uma

receita de cerca de R$ 85 milhotildees (HOHMANN amp MENEGUIM 2005)

De acordo com a relaccedilatildeo feita entre os dados de volume de abacate colhido e

de aacuterea destinada agrave produccedilatildeo do IBGESIDRA em 10 anos (2005 agrave 2014) o estado

que sofreu maior reduccedilatildeo da produtividade foi o estado do CEARAacute reduzindo em

31 aproximadamente enquanto que o estado de minas aumentou 289 sua

produtividade O DF apresentou os melhores niacuteveis de produtividade a partir desses

dados

AVOCADO NO BRASIL

A regiatildeo de Bauru em Satildeo Paulo especializou-se na produccedilatildeo dos abacates

‟Hass‟ e bdquoFuerte‟ conhecidos comercialmente como Avocado e satildeo os mais

apreciados pelo mercado internacional (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA

FRUTICULTURA 2008)

O Avocado variedades ‟Hass‟ e bdquoFuerte‟ possui excelentes caracteriacutesticas

nutricionais como por exemplo seu alto teor de lipiacutedeos Aleacutem disso o fruto possui

tamanho reduzido o que facilita o consumo evitando que parte natildeo consumida seja

armazenada Uma das possibilidades de se estimular o consumo interno seria

promover o produto a partir do uso de marketing setor no qual a empresa

JAGUACYR situada no municiacutepio de Bauru ndash SP tem se destacado fornecendo

informaccedilotildees nutricionais e apresentando o alto padratildeo de qualidade da fruta Outro

fator que reduz a oferta do produto no mercado interno eacute a demanda internacional

apesar de impor barreiras e exigirem alto padratildeo de qualidade o produto de

qualidade recebe os melhores preccedilos este fator tambeacutem limita o consumo interno

porque o preccedilo oferecido pelos importadores reflete no preccedilo interno

Outro ponto que deve ser observado para se manter qualidade elevada dos

frutos eacute a escolha adequada do ponto de colheita pois este fator reflete diretamente

no teor de oacuteleo dos frutos que por sua vez eacute responsaacutevel pela conservaccedilatildeo do

sabor Os melhores teores de oacuteleo encontram-se em frutos tardios como nas

variedades obtidas a partir das raccedilas Guatemalenses e Mexicana sendo maior nas

raccedilas Mexicana e menor em cultivares oriunda de raccedilas Guatemalenses como por

exemplo a bdquoHass‟

42

A exportaccedilatildeo brasileira do abacate bdquoHass‟ variedade mais produzida no

mundo era de 100 toneladas por ha em 2004 para 2186 toneladas em 2010

(DORIZZOTTO 2011) Contudo este dado representa apenas 143 do volume de

todo o abacate produzido no paiacutes nesta mesma data mesmo com seus atributos

nutricionais e comerciais

Quando se trata do segmento do mercado do Avocado brasileiro em acircmbito

global a empresa JAGUACYR situada no municiacutepio de Bauru ndash SP com sede na

Holanda eacute de extrema relevacircncia contribuindo com 90 das exportaccedilotildees brasileiras

deste produto com o qual o Brasil ainda comeccedila a participar poreacutem possui

condiccedilotildees favoraacuteveis para crescer no setor (CARVALHO 2015)

O graacutefico a seguir apresentado na Figura 2 demonstra a evoluccedilatildeo da

participaccedilatildeo do Avocado no setor de fruticultura no estado de Satildeo Paulo

Figura 12 - Elaborado pelo autor FONTE CEAGESPSEDES GABRIEL V BITENCOURT DE ALMEIDA

Como apresentado no graacutefico acima o volume de Avocado comercializado na

CEAGESP tem crescido rapidamente vertiginosamente chegando a quase

quadruplicar seu valor em apenas 7 anos

Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio de atacado (R$Kg) de Avocado na CEAGESP de

Satildeo Paulo durante o ano (SP) (Figura 3)

81 74 90

106 133

208

365 378

0

50

100

150

200

250

300

350

400

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

EVOLUCcedilAtildeO DA QUANTIDADE COMERCIALIZADA (T) DE AVOCADO NA CEAGESP DE SAtildeO PAULO (SP)

QUANTIDADE(toneladas)

43

Figura 13 - Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio do avocado na CEAGESP (R$Kg) Elaborado pelo autor FONTES CEAGESP

O graacutefico a seguir demonstra um comparativo da variaccedilatildeo do preccedilo meacutedio do

abacate em relaccedilatildeo ao Avocado durante o ano com base nos dados de nove anos

da CEAGESP (R$Kg)

Figura 14 - Comparativo do preccedilo meacutedio do abacate e do avocado comercializado na ceagesp durante o ano elaborado pelo autor FONTE

CEAGESP

A partir dos dados de 7 anos com a variaccedilatildeo do preccedilo meacutedio do Avocado por

quilo durante o ano pocircde-se observar que os menores valores encontram-se entre

maio e agosto A variaccedilatildeo de preccedilo meacutedio durante o ano chega a ser de R$ 581 o

quilo mais que o dobro entre o maior e menor valor meacutedio encontrado

O graacutefico com o comparativo do preccedilo do abacate com o Avocado (Figura 11)

revela a discrepacircncia da valorizaccedilatildeo entre os dois grupos O valor miacutenimo do

4

6

8

10

12

jan

fev

mar

abr

mai

jun jul

ago

set

ou

t

no

v

dez

EVOLUCcedilAtildeO DO PRECcedilO MEacuteDIO DO AVOCADO NA CEAGESP (R$Kg)

PRECcedilO MEacuteDIO

0

2

4

6

8

10

12

JAN

FEV

MA

R

AB

R

MA

I

JUN

JUL

AG

O

SET

OU

T

NO

V

DEZ

PRECcedilO AVOCADO

PRECcedilO DO ABACATE

44

Avocado eacute de R$ 554 por quilo enquanto que o maior valor encontrado do abacate

chega a R$ 381 uma diferenccedila de quase 50

O CEASA-DF registrou em 2014 um volume comercializado de 397 toneladas

de Avocado enquanto que no ano anterior o volume registrado natildeo passou de 07

toneladas (CEASA-DF)

Apesar de jaacute haver teacutecnicas eficientes e tecnologias modernas disponiacuteveis

para se aperfeiccediloar a produccedilatildeo do abacate a exploraccedilatildeo de novas regiotildees com

potencial produtor para a implantaccedilatildeo de pomares de abacateiro no Brasil eacute um dos

fatores que podem aumentar mais ainda a produccedilatildeo nacional No DF por exemplo

a aacuterea destinada agrave colheita do abacate sofreu uma reduccedilatildeo de mais da metade de

2012 para 2014 muito diferente da forma como havia se comportando desde 2000

quando a aacuterea passou de 85 ha para 111 em 2010 O DF representa apenas 2 da

produccedilatildeo nacional do abacate contudo sua produtividade vem aumentando e de

acordo com os dados do IBGE o DF possui os melhores iacutendices de produtividade do

paiacutes o que pode representar forte potencial da regiatildeo no setor Este fato corrobora

com a ideia de que o Brasil pode aproveitar melhor sua extensatildeo territorial

explorando regiotildees com potencial produtor como o DF por exemplo

CERTIFICACcedilAtildeO

CARVALHO (2015) afirma que para participar do mercado internacional os

produtores devem se atentar agraves exigecircncias internacionais de qualidade e seguranccedila

garantidas por meio de certificaccedilatildeo como GlobalGapR BRCR BRCIR FAIRDRADER

e SEDEX-SMETAR Outro ponto que deve ser adotado pelo Brasil no comeacutercio do

Avocado eacute manter um mercado com preccedilo linear e contiacutenuo Ainda segundo

CARVALHO (2015) produtores que natildeo possuem certificaccedilatildeo no GlobalgapR

recebem menos 10

PRECcedilO PAGO PELA JAGUACYR AO PRODUTOR COM GLOBALGAPR

TABELA 10 - (CARVALHO 2015)

CAT CALIBRE MAR ABR MAI JUN

1 12 A 24 315 322 205 205

2 26 A 32 131 129 130 130

2 12 A 24 284 350 187 187

45

Para o consumidor final o selo GLOBALGAPR natildeo eacute tatildeo notado pois o uso

desta marca eacute praticado entre empresas Contudo sua em sua elaboraccedilatildeo

considerou-se a reduccedilatildeo dos impactos negativos das operaccedilotildees agriacutecolas no meio

ambiente reduzir o uso de insumos quiacutemicos e garantir que assuntos de sauacutede e

seguranccedila dos empregados e bem estar animal sejam observados (GLOBALGAPR

2008)

A GLOBALGAPR serve como um manual no comeacutercio mundial de produtos

agriacutecolas estabelecendo normas voluntaacuterias para sua certificaccedilatildeo Este conjunto de

normas estabelece serve de molde para a conduccedilatildeo de boas praacuteticas agriacutecolas

(BPA) nas atividades agriacutecolas (GLOBALGAPR 2008)

Um dos pontos positivos em se adotar os protocolos de boas praacuteticas

agriacutecolas eacute a prevenccedilatildeo de perdas Pesquisas feitas no setor da fruticultura

concluem que maior parte do desperdiacutecio ocorre no percurso que vai do manuseio

no campo ateacute as centrais de produccedilatildeo (AGRIANUAL 2012) Os iacutendices de perdas da

abaticultura chegam a 34 ao ano (AGRIANUAL 2015)

Eacute de extrema importacircncia desenvolver soacutelidos e eficientes sistemas de

certificaccedilatildeo a fim de assegurar qualidade que atenda as expectativas dos

consumidores permitindo que as empresas ingressem nos mercados globais com

seus produtos (ZEIDAN et al 2008)

A difusatildeo de praacuteticas recomendadas para a obtenccedilatildeo da certificaccedilatildeo

GLOBALGAPR por parte dos produtores de abacate principalmente as variedades

bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ pode estimular o consumo interno por meio da oferta de produtos

de maior qualidade aleacutem de reduzindo perdas e promover o produto no comeacutercio

internacional da fruta Fazendo com que o potencial produtor seja aproveitado ao

maacuteximo uma vez que seguir os protocolos de boas praacuteticas agriacutecolas represente a

reduccedilatildeo de perdas no processo de produccedilatildeo de colheita e de transporte seja por

meio da reduccedilatildeo da incidecircncia de pragas ou por adoccedilatildeo de teacutecnicas e evitem perdas

na conduccedilatildeo da produccedilatildeo dos pomares de abacate

CONCLUSOtildeES

A produccedilatildeo de Avocado cultivares bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ superiores em vaacuterios

aspectos agraves cultivares mais populares no paiacutes tem condiccedilotildees de se desenvolver

amplamente no Brasil tornando-o grande consumidor e exportador da fruta Essa

46

mudanccedila pode ocorrer por meio de incentivos governamentais que incentivem o

registro de produtos para a cultura do abacateiro favorecendo a obtenccedilatildeo de

certificaccedilatildeo bem como o desenvolvimento de centros de pesquisas que

desenvolvam estudos sobre a cultura do abacateiro que promovam a difusatildeo de

tecnologia e com isso estimule a utilizaccedilatildeo de novas aacutereas com potencial produtivo

A transferecircncia de tecnologia tambeacutem pode ser feita por parte de empresas da aacuterea

privada que possuem domiacutenio de teacutecnicas e tecnologias modernas principalmente

por meio da popularizaccedilatildeo da produccedilatildeo de mudas clonais para porta-enxerto Aleacutem

disso devem ser feitas accedilotildees por parte de instituiccedilotildees privadas como o

desenvolvimento do marketing da fruta a fim de divulgar os benefiacutecios do consumo

e a exposiccedilatildeo de novas formas de consumo de abacate pode ser crucial para a

mudanccedila do comportamento do consumidor nacional uma vez que este se atenta

principalmente aos aspectos visuais do abacate

Na poacutes-colheita o controle sobre os processos de maturaccedilatildeo poderia ser

mais bem aproveitado No Brasil a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas de conservaccedilatildeo no poacutes-

colheita de frutas objetiva na maioria das vezes estender o tempo de prateleira

destes produtos Para se aproveitar os elevados preccedilos ofertados em determinadas

eacutepocas os produtores colhem os frutos antes do recomendado para a fruta do

abacateiro o que reduz sua qualidade pois a eacutepoca da colheita influencia

diretamente no teor de oacuteleo fator altamente relacionado com o sabor da fruta Por

outro lado a aceleraccedilatildeo do processo de maturaccedilatildeo por meio do controle de

maturaccedilatildeo permite fornecimento de frutos maduros prontos para o consumo

estimulando assim o consumo no paiacutes Com a entrega regular de frutos maduros

nos supermercados e restaurantes novas formas de consumo da fruta como patecircs

e em saladas poderiam ser facilmente introduzidas no cardaacutepio nacional

47

BIBLIOGRAFIA

ALMEIDA G V B Mercado Atacadista de Abacate e Avocado (CEAGESP) III

Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado Bauru 2015

ALMEIDA G V B O Abacate no mundo e na CEAGESP Todafruta notiacutecia 2011

DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwtodafrutacombrnoticia28119O+ABACATE+NO+MUNDO+NO+BRASIL

+E+NA+CEAGESP gt

ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA FRUTICULTURA 2004 a 2015 DISPONIacuteVEL EM

httpwwwgrupogazcombrtratadaseo_edicao420150320150301_106c8c2f1pdf

4718_2015fruticulturapdfgt

BIODIESELBR DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwbiodieselbrcomnoticiasmateria-

primaoutrasvideo-unesp-transforma-oleo-abacate-biodiesel-060313htm gt

BONELLA J A Classificaccedilatildeo de abacates na CEAGESP Joseacute Alcides Bonella ME

2013

BRUWER T ROOYEN Z VAN PERFORMANCE AND MARKET ACCEPTIBILITY

OF THE HASS-LIKE CULTIVARS GEM AND HARVEST IN SOUTH AFRICA Vi

World Avocado Congress (Actas VI Confreso Mundial del Aguacate) 2007 Vintildea Del

Mar Chile 12 ndash 16 nov 2007 ISBN n 978-956-17-0413-8 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwAvocadosourcecomWAC6enExtenso1b-36pdf gt

CAMPOS J A Cultura racional do abacateiro Satildeo Paulo Iacutecone 1988 150 p

CANTUAacuteRIAS-AVILEacuteS T SILVA S R La induacutestria del aguacate em el Estado de

Satildeo Paulo Brasil actualidad y perspectivas futuras In CONGRESO MUNDIAL DEL

AGUACATE 7 2011 Caims Resuacutemenes Caims Avocado Australia 2011

48

CORREIA R C ARAUJO J L P MOUCO M A do C BRAGA C A

MENDONCcedilA R F de Abacate preferecircncias e mercado CONGRESSO

BRASILEIRO DE FRUTICULTURA 21 2010 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwalicecnptiaembrapabralicebitstreamdoc8700181Moucopdf gt

CARVALHO L F Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado realizaccedilatildeo Jaguacy

Sindicato Rural de Bauru Serviccedilo Nacional de Aprendizagem Rural - SENAR

Faculdades Integradas de Bauru ndash SP 2015

CHITARRA M I F CHITARA A B 2005 Poacutes colheita de frutos e hortaliccedilas

Fiiologia e Manuseio Lavras ESALFAEPE

CRANE J H BALERDI C F MAGUIRE I Avocado Growing in the Florida Home

Landscape University of Florida Circular 1034 one of a series of the Horticultural

Sciences Department Florida Cooperative Extension Service Institute of Food and

Agricultural Sciences University of Florida 1983 Revised 2007

CRIZEL G R MOURA R S OLIVEIRA I R MENDONCcedilA C R B

Caracteriacutesticas fiacutesicas e quiacutemicas de abacates das variedades bdquoQuintal‟ e bdquoHass‟ In

CONGRESSO DE INICIACcedilAtildeO CIENTIacuteFICA 17 ENCONTRO DE POacuteS-

GRADUACcedilAtildeO 10 2008 Pelotas Resumos Pelotas UFPEL 2008

DAIUTO E R VIEITES R L TREMOCOLDI M A RUSSO V C Taxa

respiratoacuteria de abacate bdquoHass‟ submetido a diferentes tratamentos fiacutesicos Revista

Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha Meacutexico v 10 n 2 p 101-109

2010

DAIUTO E R TREMOCOLDI M A VIEITES R L Conservaccedilatildeo poacutes colheita de

abacate bdquoHass‟ irradiado Revista Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha vol

10 n 2 2010

DONADIO L C Abacate para exportaccedilatildeo aspectos teacutecnicos da produccedilatildeo

Brasiacutelia Frupex MAPA 1995 53 p

49

DONADIO L C FERRARI L AVILEacuteS T C Abacate In DONADIO L C (Ed)

Histoacuteria da Fruticultura Paulista Jaboticabal SBF ndash Sociedade Brasileira de

Fruticultura 2010 P 33-63

DORIZZOTTO C D A SAMPAIO A C ICUMA I M et al Avocado production

chain in the state of Satildeo Paulo (Brazil) In Proceedings VII World Avocado Congress

2011 Cairns Anaishellip Cairns Internacional Avocado Society 2011 DISPONIacuteVEL

EM lt

httpworldAvocadocongress2011comuserfilesfileOsvaldo20Kioshi20Yamanis

hi201400-1420pdf gt

ERNST Z R ERNST A A The strategic role of new cultivars A case study of

bdquoMaluma‟ VIII Congreso Mundial de la Palta 2015 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwavocadosourcecomWAC8Section_02EarnstZander2015pdf gt

FACTFISH Avocados production quantity (tons) ndash for all countries DISPONIacuteVEL

EM lt httpwwwfactfishcomstatisticAvocados20production20quantity gt

FAOSTAT 2000 a 2013 DISPONIacuteVEL EM lt httpfaostat3faoorgbrowseTTPE gt

FER B WOLSTENHOLME B N (Ed) The Avocado botany production and

uses Oxon CABI Publ 2002 chap 12 p 299-338

FRANCISCO V L F dos S BAPTISTELLA C S L CULTURA DO ABACATE NO

ESTADO DE SAtildeO PAULO Informaccedilotildees Econocircmicas SP v 35 n5 2005

DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwieaspgovbroutpublicacoespdftec3-0505pdf gt

GAYET J P et al 1995 Abacate para exportaccedilatildeo procedimentos de colheita e

poacutes-colheita FRUPEX Brasiacutelia 37p

GIRARDI G Abacate uma nova opccedilatildeo de biocombustiacutevel Jornal UNESP Bauru

2009 DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwunespbracijornal248energia_bauruphp gt

50

GUEDES M S B SENA M TOLEDO S Certificaccedilatildeo como estrateacutegia competitiva

internacional dos produtores de frutas no Brasil VII Encontro da Sociedade

Brasileira de Economia Ecoloacutegica (ECO-ECO) 28 a 30 de novembro de 2007

Fortaleza Cearaacute

HODDLE M The Avocado Seed Moth Stenoma cateniver Walsingham (Lepdoptera

Elachistidae) Department of Entomology Applied Biological Control Research

DISPONIacuteVEL EM lt httpbiocontrolucredustenomastenomahtml gt

HOHMANN C L MENEGUIM A M A BROCA-DO-ABACATE (Stenoma catenifer)

Aspectos bioloacutegicos comportamento danos e manejo Instituto Agronocircmico do

Paranaacute ndash Londrina ndashPR Informe da Pesquisa n 147 2005

HOHMANN C L MENEGUIM A M Observaccedilotildees preliminares sobre a ocorrecircncia

da broca-do-abacate Stenoma catenifer Wals no Estado do Paranaacute Anais da

Sociedade Entomoloacutegica do Brasil v 22 p 417-419 1993

ILLSLEY-GRANICH C‟Hass‟Carmenrega precocious flowering avocado tree

Agrovim AS de CV Uruapan Michocan Mexico Rob Brokaw Brokaw Nursery Inc

Saticoy California USA Dr Salvador Ochoa-Ascencio University of Michoacan

Uruapan Michoacan Mexico 2011 DISPONIacuteVEL EM lt

httpworldavocadocongress2011comuserfilesfileCarlos20Illsley201410-

1430pdf gt

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA ESTATIacuteSTICA (IBGE) IBGE CIDADES

DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwcidadesibgegovbrcartogramamapaphplang=ampcoduf=53ampcodmun=53

0010ampidtema=136ampcodv=v01ampsearch=distrito-federal|brasilia|sintese-das-

informacoes-2013 gt

KADER A A 1992 Postharvest technology of horticultural crops Okland Univertisy

of California 292p

51

KADER A A ARPIA M L Avocado Recommendations for Maintaining

Postharvest Quality 2013

KADER A A Biologiacutea y Tecnologiacutea Postcosecha un Panorama In KADER A A

Tecnologiacutea Postcosecha de Cultivos Hortofrutiacutecolas 3 Ed Davis University Of

Califoacuternia 2007 Cap 4 p 43-53

KLUGE R A et al Inibiccedilatildeo do amadurecimento de abacate com 1-

metilciclopropeno Pesquisa Agropecuaacuteria Brasileira 37(7)895-901

KOOLER O C Abacaticultura Porto Alegre UFRGS 1992 138p

KOOLER O C ABACATICULTURA Porto Alegre UFRGS 1984 138p

KOLLER O C Abacate produccedilatildeo de mudas instalaccedilatildeo e manejo de pomares

colheita e poacutes-colheita Porto Alegre Cinco Continentes 2002 145 p

KREMER-KOumlHNE S KOumlHNE J S 25 YEARS OF AVOCADO ROOTSTOCK

DEVELOPMENT IN SOUTH AFRICA VI World Avocado Congress Chile 2007

DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwavocadosourcecomWAC6enExtenso1a-8pdf gt

LIPPERT C ALLAMAND M (WESTFALIASUBSOLE) A hystory of

collaboration Rev Subsole Santiago 2007

MAIS NATUREZA ABACATEIRO DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwmaisnaturezacomplantasarvoresabacateiro gt

MARANCA G Fruticultura comercial Manga e Abacate Satildeo Paulo Nobel 1980

p 81-133

MASSAFERA G COSTA T M B OLIVEIRA J E D COMPOSICcedilAtildeO DE AacuteCIDOS

GRAXOS DO OacuteLEO DO MESOCARPO E DA SEMENTE DE CULTIVARES DE

ABACATE (Persea americana MILL) DA REGIAtildeO DE RIBEIRAtildeO PRETO SP)

52

Alim Nutr Araraquara V 21 n 2 p 325-331 abrjun 2010 DISPONIacuteVEL EM lt

http20014571150seerindexphpalimentosarticleview940a20v21n2pdf gt

MDIC Negociaccedilotildees internacionais DISPONIacuteVEL EM

httpwwwdesenvolvimentogovbrsitiosecexnegInternacionaisMedTerrorismoLei

ph p gt

MICKELBART M V BENDER G S WITNEY G W ADAMS C ARPAIA M L

Effects of clonal rootstocks on bdquoHass‟ avocado yield components alternate bearing

and nutrition Journal of Horticultural Schience amp Biotechnology Ashford v 82

n 3 p 460-466 2007

MILLER B BERTELS R PADILLA T WILEMAN R THOMSEN L China the

new frontier VIII World Avocado Congress 2015

MONTENEGRO H W S A cultura do abacateiro Satildeo Paulo Melhoramentos

1951 102p (Criaccedilatildeo e Lavoura n 11)

MORAES A F G Desenvolvimento produccedilatildeo e qualidade de frutos de abacateiro

cv bdquoHass‟ sobre dois porta-enxertos nas condiccedilotildees edafoclimaacuteticas da regiatildeo central

do Estado de Satildeo Paulo Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Ciecircncias Piracicaba 2014

NAAMANI G Global Trends in main Avocado Markets VII World Avocado

Congress Australia 2011

NAVA DE DE LARA HADDAD M PARRA JRP 2005 Exigecircncias teacutermicas

estimativa do nuacutemero de geroccedilotildees de Stenoma catenifer e comprovaccedilatildeo de modelo

em campo Pesq Agropec Bras Brasilia v 40 p 961-967

NAVA DE PARRA JRP COSTA VA GUERRA TM COcircNSOLI FL (2005b)

Population dynamics of Stenoma catenifer(Lepidoptera Elachistidae) and related

larval parasitoids in Minas Gerais Brazil Florida Entomologistv 88p 441-446

53

NOVAGRIM ndash FRESH FRUITS IMPORTER amp VEGETABLE SUPPLIER SINCE

1999 2001-2013 WORLD AVOCADO PRODUCTION DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwnovagrimcomPages2000_2011_Avocado_statistics_ENaspx gt

OLIVEIRA LA A importacircncia das Normas Internacionais para o Comeacutercio da

Fruticultura Brasileira Piracicaba Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Economia Escola

Superior de Agricultura ldquoLuiz de Queirozrdquo Universidade de Satildeo Paulo Piracicaba

2005

OLIVEIRA M A de et al 2000 Ceras para conservaccedilatildeo poacutes colheita de frutos de

abacateiro cultivar Fuerte armazenados em temperatura ambiente Scientia Agriacutecola

Piracicaba 57 (4) 777-780

PASSONI A D NEVES M C M RODRIGUES B B BOTEON M Anaacutelise dos

principais entraves na exportaccedilatildeo de frutas brasileiras CENTRO DE ESTUDOS

AVANCcedilADOS EM ECONOMIA APLICADA (CEPEAESALQ-USP) XLIV

CONGRESSO DA SOBER ndash ldquoQuestotildees Agraacuterias Educaccedilatildeo no Campo e

Desenvolvimentordquo Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia Rural Fortaleza

2006

PEGG K G COATES L M KORSTEN L HARDING R M Foliar fruit and

soilborne diseases In WHILEY A W SCHAF

PERFIL DA FRUTICULTURA 2014 Base de dados 2012 a 2013 Governo de Minas

Gerais Agricultura Pecuaacuteria e Abastecimento 2014

PICCININ E PASCHOLATI S F ldquoDOENCcedilAS DO ABACATEIRO‟ em MANUAL DE

FITOPATOLOGIA Vol 2 Doenccedilas das Plantas Cultivadas Editora Agronocircmica

Ceres Ltda Satildeo Paulo 1997 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwifcursoscombrsistemaadminarquivos07-33-29-

manualfitopatologiapdfpage=10 gt

54

PUTT F F GOacuteES B C CATANEO P F Anaacutelise econocircmica de oferta e demanda

do abacate na alta paulista X Foacuterum Ambiental da Alta Paulista v 10 n 7 2014

pp 158-169

ROCHA I L Nuacutemeros do abacate HORTIESCOLHA Instituto Brasileiro de

Qualidade em Horticultura DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwhortibrasilorgbrjnwindexphpoption=com_contentampview=articleampid=120

9numeros-do-abacate-ampcatid=50comercializacaoampItemid=82 gt

SANTO N T Manejo da vegetaccedilatildeo intercalar para obtenccedilatildeo de cobertura morta na

cultura do abacateiro visando minimizar os danos causados por Phytophthora

cinnamomi Dissertaccedilatildeo de mestrado em Fitotecnia Piracicaba 2014

SCHAFFER B WOLSTENJOLME B N WHILEY A W The avocado botany

production and uses 560 p 2012 DISPONIacuteVEL EM lt

httpsbooksgooglecombrbooksid=r0hpRJca3zECamppg=PA83amplpg=PA83ampdq=Th

e+Avocado+botany+production+and+uses+hass-

likeampsource=blampots=oqc5OBsbmVampsig=5gDWWPIMYRBW9cH3yYuWh-ldd-8amphl=pt-

BRampsa=Xampved=0ahUKEwj_yPbgsoTKAhUGDpAKHZTrCWEQ6AEIPDADv=onepag

eampqampf=false gt

SCIENCIA I Certificaccedilatildeo GLOBALGAP e impactos ambientais em agroinduacutestrias de

alimentos Dissertaccedilatildeo de Poacutes-Graduaccedilatildeo Araraquara SP 2010 lt

mlthttpwwwecoecoorgbrconteudopublicacoesencontrosvii_envii_enc_ecohtm

gt

SIMAtildeO S Manual de Fruticultura Satildeo Paulo Editora Agronocircmica Ceres 1971

530p p 147-169

SINGER P MASON J Eacutetica da alimentaccedilatildeo como nossos haacutebitos alimentares

influenciam o meio ambiente e o nosso bem estar Rio de Janeiro Elsevier 2007

SOARES H F ITO M K O AacuteCIDO GRAXO MONOINSATURADO DO ABACATE

NO CONTROLE DE DISLIPIDEMIAS Ver Ciecircnc Meacuted Campinas P 47-51 2000

55

DISPONIacuteVEL EM lt httpperiodicospuc-

campinasedubrseerindexphpcienciasmedicasarticleviewFile13301304 gt

TEIXEIRA C G Cultura In ITAL ndash INSTITUTO DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS

(Campinas) Abacate Cultura mateacuteria-prima processamento e aspectos

econocircmicos 2 Ed Campinas Instituto Campineiro de Ensino Agriacutecola 1995 Cap 1

p 1-54 (Frutas Tropicais)

TEIXEIRA C G Cultura do abacate In TEIXEIRA C G et al ABACATE cultura

mateacuteria prima processamento e aspectos econocircmicos 2deg ed Seacuterie Fruas Tropicais

ndeg8 ITAL Campinas 1991 250p

WATANABE H S Caracteriacutesticas de cultivares de abacate CEAGESPS ndash

Companhia de Entrepostos e Armazeacutens Gerais de Satildeo Paulo 2013

WOLFENBARGER D O COLBURN B The Stenoma catenifer a serious Avocado

pest Proceedings of Florida State Horticulture Society v 92 p 315-318 1979

ZEIDAN R SEIXAS P ABRANCHES L COSTA D MEIRELLES F Certificaccedilatildeo

na cadeia produtiva de alimentos e as barreiras teacutecnicas agrave exportaccedilatildeo Simpoacutesio de

excelecircncia e gestatildeo e tecnologia ndash SEGeT 2008 Resende

Page 7: EVOLUÇÃO DA PRODUÇÃO MUNDIAL E NACIONAL …...RESUMO O abacateiro, Persea americana, é uma cultura muito importante em vários países, devido ao volume comercializado da fruta

ABSTRACT

The avocado Persea americana is an importante culture in many countries

The worldwide production of avocado in 2013 was 4717102 ton Still in 2013 the

biggest worldwide avocado‟s producers was Mexico with 3112 of the produced

amount Dominican Republic with 822 Colombia with 643 and Peru with 611

The avocado‟s worldwide production grows 19 between 2006 and 2012 The

avocado‟s production in Distrito Federal in 2013 was of 3152 ton The biggest

producer in 2011 was Satildeo Paulo with 524 of all production followed by Minas

Gerais with 1982 The main cultivars commercialized on country are Breda

Fortuna Geada Margarida and Quintal The most avocado‟s cultivars used for

exportation are the bdquoFuerte‟ bdquoHass‟ known as avocado are also the most valorized

on market The main exporters of avocado are Mexico Chile Netherlands and Peru

The competitors to Brazil talking about exportation of avocado are South Africa with

3 of all the exportation Chile with 7 and Peru representing 10 of avocado‟s

international market In view of the promising culture‟s international market of

avocado with the Avocado cultivars bdquoFuerte‟ and bdquoHass‟ where US and European

Union representing an strong potential importer it is aimed with this exploratory

study analyze the aspects of production and commercialization of culture of avocado

in Brazil as its participation on the sector of exportation of this fruit comparing with

another countries that participate of this market

Keywords Persea Americana avocado Hass

SUMAacuteRIO

INTRODUCcedilAtildeO 10

OBJETIVO 11

REVISAtildeO BIBLIOGRAacuteFICA 11

A CULTURA DO ABACATE 11

Origem 11

Abacate no Brasil 12

Descriccedilatildeo 12

Aacutervore folhas e fruto 12

Flores 13

Polinizaccedilatildeo 13

Raccedilas 14

Principais cultivares 14

Avocado 15

Clima 16

Solos 17

Doenccedilas e pragas que afetam a cultura do abacate 17

Ponto de colheita 19

Poacutes colheita 20

Consumo 20

Aspectos nutricionais 21

Produtos e subprodutos 22

Melhoramento geneacutetico 23

Certificaccedilatildeo 24

METODOLOGIA 25

RESULTADOS E DISCUSSAtildeO 26

ABACATE NO MUNDO 26

ABACATE NO BRASIL 35

AVOCADO NO BRASIL 41

CERTIFICACcedilAtildeO 44

CONCLUSOtildeES 45

BIBLIOGRAFIA 47

10

INTRODUCcedilAtildeO

A cultura do abacateiro eacute de grande importacircncia para o setor frutiacutecola em

vaacuterias regiotildees de todo o mundo A produccedilatildeo mundial de abacate em 2013 foi de

4717102 toneladas (FACTFISH) No Brasil neste mesmo ano a produccedilatildeo chegou

a 159903 t ocupando uma aacuterea de 9615 ha ficando na oitava posiccedilatildeo no ranking

dos maiores produtores mundiais (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA FRUTICULTURA

2015) Ainda em 2013 os maiores produtores mundiais de abacate foram Meacutexico

disparado na frente com um volume de 1467837 toneladas Repuacuteblica Dominicana

com 387546 t e Colocircmbia com 303304 toneladas (FONTE FACTFISH) De acordo

com Rocha (2014) a produccedilatildeo mundial de abacate cresceu 19 no periacuteodo de

2006 e 2012

Apesar de o Brasil possuir excelentes condiccedilotildees para a produccedilatildeo de abacate

a falta de manejos agronocircmicos adequados durante toda a cadeia produtiva do

abacate tem feito com que o paiacutes natildeo participe de forma mais efetiva no mercado

mundial do abacate A cultura possui elevada suscetibilidade agrave gomose do

abacateiro conhecida como podridatildeo da raiz causada por Phytophthora

cinnamomi considerada a principal doenccedila que afeta esta cultura em todas as

regiotildees do mundo (CANTUARIAS-AVILEacuteS SILVA 2011 citado por SANTOS 2014)

Outro entrave na produccedilatildeo do abacate eacute a broca-do-abacate Stenoma catenifer

que de acordo com WOLFENBARGER amp COLBURN (1979) eacute uma praga

quarentenaacuteria em vaacuterios paiacuteses tem sido marcante para a produccedilatildeo deste produto

sendo vetada a entrada de lotes contaminados por meio de barreiras fitossanitaacuterias

em paiacuteses como os Estados Unidos da Ameacuterica principal importador mundial da

fruta

Em acircmbito internacional os abacates bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ satildeo os mais

apreciados Estes frutos recebem a denominaccedilatildeo de Avocado Estas cultivares tecircm

sido mais valorizadas pelo seu tamanho diferenciado e alto teor de lipiacutedeos

(FRANCISCO e BAPTISTELLA 2005) Estas cultivares satildeo hiacutebridos oriundos das

raccedilas mexicana e guatemalense possuem frutos pequenos com caroccedilo

relativamente grande e com alto teor de oacuteleo (TEIXEIRA 1995)

Para CARVALHO (2015) o Brasil estaacute ainda comeccedilando a participar do

volume de exportaccedilatildeo do abacate bdquoHass‟ cultivar mais produzida em todo o mundo

poreacutem o paiacutes esse ainda tem pouca contribuiccedilatildeo para com este setor do qual os

11

Estados Unidos e Uniatildeo Europeia representam forte potencial importador devido ao

elevado consumo interno que cresce de forma mais acelerada do que a produccedilatildeo

da fruta no paiacutes

Os principais importadores de fruta como como o europeu e o norte

americano impotildeem de um padratildeo de qualidade que observa agraves exigecircncias feitas

pelos consumidores com relaccedilatildeo agrave seguranccedila alimentar Este fator deve ser

considerado elementar pelos paiacuteses que visam exportar quaisquer produtos para

essas regiotildees A certificaccedilatildeo dos produtos eacute de extrema importacircncia para consolidar

paiacuteses exportadores no mercado pois esta leva em consideraccedilatildeo aspectos

ambientais e sociais aleacutem do local de produccedilatildeo Desta forma produtores de fruta

destinadas agrave exportaccedilatildeo precisaram adaptar suas lavouras a fim de atender as

exigecircncias dos mais importantes selos internacionais como o EureGapR e o TNCR

(OLIVEIRA 2005)

Os consumidores atuais estatildeo mais informados no que se refere agrave busca de

qualidade e por isso buscam produtos que atentem agraves questotildees eacuteticas que

abordem temas como meio ambiente tambeacutem o uso indiscriminado de agrotoacutexicos

considerando que a procura por alimentos seguros e saudaacuteveis eacute uma questatildeo

fundamental (SINGER e MASON 2007)

OBJETIVO

O objetivo deste estudo foi apresentar a evoluccedilatildeo da produccedilatildeo e

comercializaccedilatildeo da cultura do abacateiro em niacutevel internacional e mundial por meio

de trabalhos encontrados na literatura

REVISAtildeO BIBLIOGRAacuteFICA

A CULTURA DO ABACATE

Origem

Existem relatos sobre o abacate no iniacutecio do descobrimento das Ameacutericas Na

Colocircmbia o abacate jaacute era conhecido por volta de 1519 e 1526 entre os anos de

1532 e 1550 apareceu no Meacutexico Este nome ldquoabacaterdquo eacute oriundo do dialeto

indiacutegena o que reforccedila a informaccedilatildeo de que esse fruto eacute amplamente conhecido

pelos povos naturais da Ameacuterica (DONADIO 1995)

12

Por ser uma espeacutecie oriunda da Ameacuterica o abacate espalhou-se pelo

continente no seacuteculo XVII sendo mencionado na Jamaica em 1657 e 1969 pelo

nome de Avocado como eacute comumente denominado em paiacuteses de liacutengua inglesa Jaacute

em paiacuteses que tecircm como principal liacutengua o espanhol eacute conhecido como bdquoaguacate‟

exceto na Argentina Chile Peru e Equador onde eacute conhecido como bdquopalta‟

(DONADIO 1995)

O abacate eacute citado na Europa inicialmente em 1601 quando foi introduzido

no jardim botacircnico de Valecircncia Apoacutes isso disseminou-se para outros continentes

chegando na Aacutefrica em 1750 tendo Gana como via de acesso Em 1825 chega no

Havaiacute e em 1833 na Floacuterida Na Aacutesia o abacate chega pela Malaacutesia em 1900

(DONADIO 1995)

Abacate no Brasil

Existem relatos da cultura do abacateiro no Brasil desde 1787 poreacutem a

primeira introduccedilatildeo oficial deu-se em 1893 quando quatro aacutervores provenientes da

Guiana Francesa pertencentes agrave raccedila Antilhana que forneceram as primeiras

sementes da espeacutecie para o Brasil Em Satildeo Paulo acredita-se que a cultura tenha

se iniciado no Vale do Paraiacuteba no seacuteculo XIX predominando plantas da raccedila

Antilhana (Donadio et al 2010)

A safra do abacate gira em torno de 150 toneladas exceto em 2008 que

chegou a 173 mil t (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA FRUTICULTURA 2008) A

produccedilatildeo Brasileira de Abacate foi de 159903 toneladas em 2013 ocupando uma

aacuterea de 9615 ha conferindo a oitava posiccedilatildeo no ranking global do setor (ANUAacuteRIO

BRASILEIRO DA FRUTICULTURA 2015)

Descriccedilatildeo

Aacutervore folhas e fruto

O abacateiro espeacutecie P americana Miller eacute uma planta dicotiledocircnea da

famiacutelia Lauraceae gecircnero Persea A aacutervore possui porte meacutedio-alto variando de 12

a 25 metros O abacateiro se desenvolve bem em regiotildees tropicais e subtropicais A

planta possui caule ciliacutendrico e lenhoso com coloraccedilatildeo cinza escuro Suas folhas satildeo

sem estipulas de peciacuteolo curto e alternadas e podem ter vaacuterios formatos como

eliacuteptico-lanceoladas oblongas oblongo-lanceoladas ou ovais podendo variar de

76 a 410 cm de comprimento A cor da folha vai de bronzeada quando nova e

13

aos poucos vai esverdeando O fruto eacute uma baga com uma semente grande

cercada por uma polpa amanteigada (TEIXEIRA 1995 KOLLER 2002 CRANE

2007)

Flores

As flores do abacateiro satildeo pequenas e hermafroditas podendo ter coloraccedilatildeo

branca ou verde amarelada Satildeo produzidas em abundacircncia e possuem diacircmetro de

variaacutevel de 05 a 15 cm dispostas em paniacuteculas terminais nos ramos mais novos

(ALMEIDA 2013)

O abacateiro possui flores perfeitas com oacutergatildeos masculinos e femininos

capazes de produzir frutos agrave exceccedilatildeo da variedade Collinson por exemplo que natildeo

consegue produzir poacutelen e soacute serve como planta feminina (MARANCA 1980) A

planta apresenta comportamento floral denominado dicogamia protogenica

(KOLLER 1992)

Polinizaccedilatildeo

Apesar de possuir flores hermafroditas a maturidade do pistilo (parte

feminina) natildeo ocorre ao mesmo tempo da deiscecircncia das anteras (parte masculina)

(ALMEIDA 2013)

As flores do abacateiro se comportam de duas formas distintas diferenciando

a classificaccedilatildeo de cultivares em dois grupos A e B No grupo A estatildeo as variedades

onde a primeira abertura da flor ocorre pela manhatilde pronta para receberem o poacutelen

(feminina) reabrindo somente agrave tarde no seguinte poreacutem soltando poacutelen

(masculino) As variedades do grupo B a primeira abertura da flor ocorre apoacutes o

meio dia (feminina) fechando-se pela tarde e reabrindo ao amanhecer no estaacutegio

masculino Conhecer da biologia floral do abacateiro eacute extremamente importante

para se obter boa produccedilatildeo em pomares de abacateiro por conta do fato de suas

flores serem hermafroditas Desta forma para que se tenha uma eficiente

polinizaccedilatildeo das flores eacute imprescindiacutevel que os pomares sejam formados com

variedades pertencentes aos dois diferentes grupos para se ter uma produccedilatildeo

economicamente viaacutevel A proporccedilatildeo entre as variedades pode variar de acordo com

a demanda do mercado (MONTENEGRO 1951 citado por FRANCISCO E

BAPTISTELLA 2005)

14

Raccedilas

O abacateiro Persea americana pertence agrave famiacutelia Lauraceae que engloba

cerca de 50 gecircneros Existem trecircs grupos ou raccedilas que representam o abacate

comercial satildeo elas Mexicana ndash Persea americana var drymifolia Antilhana ndash P

americana var americana e Guatemalense ou guatemalteca ndash P nubigena var

guatemalensis (WILLIAMS 79 citado por DONADIO 1995)

Principais cultivares

Dentre as cultivares mais produzidas no estado de Satildeo Paulo estatildeo a

bdquoFortuna‟ bdquoGeada‟ bdquoQuintal‟ e bdquoMargarida‟ (DORIZZOTTO 2011) A produccedilatildeo

concentra-se na regiatildeo de Campinas Ribeiratildeo Preto e Bauru (ALMEIDA 2013)

Levantamentos feitos na regiatildeo nordeste por CORREIA et al (2010) indicam

que as principais cultivares nos CEASAS de Pernambuco e Cearaacute satildeo Quintal

Fortuna Geada e Margarida Jaacute em Satildeo Paulo as principais cultivares

comercializadas no CEAGESP citadas por ALMEIDA (2013) satildeo bdquoBreda‟ Fortuna

Geada Margarida e Quintal (CEAGESP 2013)

ILUSTRACcedilAtildeO DAS PRINCIPAIS CULTIVARES DE ABACATE

FIGURA 1 - Ilustraccedilatildeo das principais cultivares de abacate brasileira fonte HORTIESCOLHA DISPONIacuteVEL EM httpwwwhortiescolhacombrhortipediaprodutoabacate (adaptado)

A cultivar BREDA possui formato piriforme poreacutem se formaccedilatildeo de ldquopescoccedilordquo

(WATANABE 2013 citado por ALMEIDA 2013)

A variedade FORTUNA tem como uma de suas caracteriacutesticas frutos

piriformes muito grandes com peso variando entre 600 e 1Kg de casca lisa e verde

escuro polpa amarela e caroccedilo solto (KOLLER 2002) O teor de oacuteleo da cultivar

15

FORTUNA eacute de aproximadamente 8 (SIMAtildeO 1998 DONADIO et al 2010) No

CEASA do Recife esta cultivar eacute a preferida devido ao fato de ser uma fruta

carnuda com preccedilo acessiacutevel excelente sabor entre outros fatores

A cultivar GEADA tambeacutem possui fruto piriforme podendo ser ovalado sem

ldquopescoccedilordquo com coloraccedilatildeo verde mais claro que o FORTUNA sua polpa eacute amarela

com a semente aderente seu conteuacutedo de oacuteleo eacute bastante baixo por volta de 35

e a maturaccedilatildeo bastante precoce (TEIXEIRA 1995 KOLLER 2002)

A cultivar MARGARIDA apresenta as caracteriacutesticas da raccedila Guatemalense

como folhas novas com coloraccedilatildeo arroxeada frutos redondos e de casca rugosa

sua polpa eacute verde clara e o caroccedilo eacute pequeno (KOLLER 2002) Segundo BONELLA

(2013) (citado por ALMEIDA 2013) a cultivar MARGARIDA eacute a preferida por

compradores que visam transportar longas distacircncias pois apresenta oacutetima

resistecircncia poacutes-colheita

A QUINTAL eacute outro hiacutebrido das raccedilas Antilhana e Guatemalense seus frutos

satildeo grandes pesam entre 500 e 900 g possui casca verde clara lisa a polpa eacute

amarela e o caroccedilo aderente agrave polpa (TEIXEIRA 1995 KOLLER 2002 DONADIO

2010) O formato da QUINTAL eacute bem piriforme com ldquopescoccedilordquo bastante

proeminente Esta cultivar eacute a preferida no CEASA de Fortaleza por possuir

aparecircncia bonita e brilhosa casca livre de manchas polpa saborosa e etc

Avocado

A denominaccedilatildeo bdquoAvocado‟ tem sido utilizada no paiacutes para identificar as

cultivares de abacate bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ estas cultivares tecircm sido mais valorizadas

pelo seu tamanho diferenciado e alto teor de lipiacutedeos (FRANCISCO e

BAPTISTELLA 2005) apesar de suas reduzidas dimensotildees Contudo sendo fruto

climateacuterico eacute altamente pereciacutevel podendo ser um obstaacuteculo agrave comercializaccedilatildeo

(DAIUTO et al 2010)

As cultivares bdquoFuerte‟ e bdquoHass‟ satildeo oriundas do possiacutevel cruzamento natural

de variedades das raccedilas guatemalense e mexicana (DONADIO 1995) O tipo ‟Hass‟

possui casca aacutespera e formato arredondado Quando estaacute maduro sua casca

apresenta coloraccedilatildeo escurecida Jaacute o tipo ‟Fuerte‟ possui casca verde brilhante e lisa

com formato alongado (JAGUACYR)

16

A cultivar bdquoHass‟ eacute a mais valorizada no mundo apesar de seu tamanho

reduzido o fruto possui alta concentraccedilatildeo de lipiacutedeos Seus frutos podem pesar

entre 149 e 300 gramas (MICKELBART et al 2007 CRIZEL 2008)

Na Califoacuternia adota-se para as cultivares bdquoFuerte‟ e bdquoHass‟ o ponto miacutenimo de

mateacuteria seca adotada para a colheita eacute de 19 e 208 respectivamente (KADER amp

ARPIA 2013) O teor de mateacuteria seca possui elevada correlaccedilatildeo com o niacutevel de oacuteleo

da fruta Essas cultivares satildeo reconhecidas pelos altos niacuteveis de oacuteleo - fator que

possui forte influecircncia na conservaccedilatildeo do sabor

A tabela a seguir apresenta as informaccedilotildees nutricionais obtidas em 50g de

Avocado (JAGUACYR)

TABELA 1 - Informaccedilotildees nutricionais em 50g de avocado FONTE

JAGUACYR

INFORMACcedilOtildeES NUTRICIONAIS AVOCADO (50g)

ENERGIA 301 kj 72 kcal

CARBOIDRATOS 853 g

PROTEIacuteNAS 1 g

GORDURAS TOTAIS 8 g

GORDURA SATURADA 18 g

FIBRA ALIMENTAR 16 g

SOacuteDIO 75 mg

POTAacuteSSIO 485 mg

O Avocado tem 5 vezes menos aacutegua que o abacate comum o que lhe

confere concentraccedilatildeo muito maior de nutrientes A fruta eacute considerada pelos

nutricionistas como sendo uma das que possui maior valor nutricional devido ao fato

de possuir elevadas concentraccedilotildees de vitaminas antioxidantes como A C e E Em

comparaccedilatildeo com a banana a fruta conteacutem ainda trecircs vezes mais vitamina B6 Em

meacutedia o Avocado possui niacutevel de gordura em aproximadamente 20 sendo a

maioria monoinsaturada A gordura monoinsaturada auxilia na reduccedilatildeo no LDL e

promove aumento no HDL o ldquocolesterol bomrdquo (JAGUACYR)

Clima

As variedades da Iacutendia Ocidental e alguns hiacutebridos satildeo melhores adaptados a

regiotildees planas de clima tropical e regiotildees tropicais onde natildeo haacute ocorrecircncia de

17

geadas Por outro lado variedades Mexicanas satildeo mais adaptadas a regiotildees com

temperaturas mais baixas Hiacutebridos de raccedilas Mexicanas x Guatemaltecas

geralmente satildeo mais resistentes ao frio do que as raccedilas hiacutebridas Iacutendias Ocidentais x

Guatemaltecas (CRANE et al 2007)

Solos

O abacateiro eacute uma planta muito sensiacutevel a este fator em especial no que se

refere agrave drenagem e profundidade dos solos (KOLLER 1984) Para esta cultura

recomenda-se solos feacuterteis bem drenados pouco aacutecidos e profundos (SIMAtildeO

1971)

A cultura do abacateiro natildeo tolera solos inundados ou mal drenados

Condiccedilotildees de umidade elevada constante comprometem o desenvolvimento

adequado das plantas pois resultam em deficiecircncia nutricional e em alguns casos

pode provocar a morte da planta devido ao fato de estarem altamente suscetiacuteveis a

infecccedilatildeo por fungos (CRANE et al 2007)

Outro aspecto que deve ser considerado na cultura do abacate eacute a salinidade

devido agrave alta sensibilidade da cultura a este fator que pode provocar a queima da

ponta e borda das folhas e queda da produccedilatildeo (DONADIO 1995)

Doenccedilas e pragas que afetam a cultura do abacate

Apesar de o Brasil possuir excelentes condiccedilotildees para a produccedilatildeo de abacate

a falta de manejos agronocircmicos adequados durante toda a cadeia produtiva do

abacate tem feito com que o Brasil natildeo participe de forma mais eficiente no mercado

mundial do abacate A cultura possui elevada suscetibilidade agrave gomose do

abacateiro podridatildeo da raiz causada por Phytophthora cinnamomi

No Brasil a podridatildeo radicular causada por Phytophthora cinnamomi tem

dizimado plantaccedilotildees de abacateiro reduzindo a longevidade dos pomares

(DONADIO 1995) A doenccedila eacute considerada a mais importante para a cultura do

abacateiro sendo fator limitante para a cultura em todo o mundo (CAMPOS 1988

KOLLER 2002) A seleccedilatildeo de cultivares porta-enxertos resistentes ou tolerantes

controle quiacutemico e manejo do solo satildeo estrateacutegias que reduzem os danos e o

controle desta doenccedila (PEGG et al 2002)

A ocorrecircncia de Phytophthora cinnamomi juntamente com estresses

ambientais faz com que o abacateiro da cultivar ‟Hass‟ produza frutos com

18

dimensotildees muito reduzidas Esses frutos subdimensionados natildeo satildeo

comercializaacuteveis resultando em elevadas perdas financeiras para os produtores

(BRUWER 2007) Empresas como a Westfalia situada na proviacutencia de Limpopo na

Aacutefrica do Sul tecircm testado cultivares de abacate bdquoHass-like‟ para se obter maior

produtividade em regiotildees afetadas pelo P cinnamomi

Algumas das estrateacutegias que visam agrave minimizaccedilatildeo dos danos e o controle da

podridatildeo radicular satildeo por exemplo a utilizaccedilatildeo de cultivares porta-enxertos

resistentes ou tolerantes o uso de controle quiacutemico e praacuteticas especiacuteficas de manejo

do solo (PEGG et al 2002)

No que se refere a barreiras agrave exportaccedilatildeo do abacate a broca-do-abacate

Stenoma catenifer que de acordo com WOLFENBARGER amp COLBURN (1979) eacute

uma praga quarentenaacuteria em vaacuterios paiacuteses tem sido marcante para a produccedilatildeo

deste produto sendo vetada a entrada de lotes contaminados por meio de barreiras

fitossanitaacuterias em paiacuteses como os Estados Unidos da Ameacuterica principal importador

mundial Esta praga tem sido uma ameaccedila extremamente relevante para a produccedilatildeo

nacional de abacate chegando a causar perda de toda a produccedilatildeo (HOHMANN amp

MENEGUIM 1993) De acordo com informaccedilotildees da Universidade da Califoacuternia

(HODDLE UCR) os EUA tecircm desenvolvido protocolos de seguranccedila para impedir

que a doenccedila tenha acesso ao paiacutes por meio de importaccedilotildees de paiacuteses onde a

doenccedila eacute endecircmica Algumas regiotildees brasileiras de cultivo de abacate 100 da

colheita pode estar infestado com S catenifer (Nava et al 2005a) Mesmo com a

aplicaccedilatildeo de inseticidas de largo espectro sendo feitas de 7 a 11 vezes durante uma

uacutenica estaccedilatildeo de crescimento ateacute 60 de frutas podem ser infestados com larvas S

catenifer (Nava et al 2005b)

Para CARVALHO (2015) a exportaccedilatildeo para os EUA pela JAGUACYR eacute

dificultada devido agrave ocorrecircncia de doenccedilas que ocorrem em territoacuterio nacional e que

podem ser exportadas com os produtos

Ocorrida a eclosatildeo a lagarta de primeiro instar desloca-se ao longo do fruto

ateacute encontrar o local adequado para iniciar o ataque As fecircmeas procuram depositar

os ovos no peduacutenculo contudo haacute maior incidecircncia de orifiacutecios na parte inferior do

abacate Ao passo que as lagartas se desenvolvem e vatildeo se alimentando da polpa

do abacate indo em direccedilatildeo ao caroccedilo onde este inseto se aloja e finaliza a fase

larval construindo galerias no interior A lagarta se desenvolve no fruto e transforma-

se em pupa no solo numa profundidade de 05 a 15 cm ou ateacute mesmo no interior

19

dos frutos caiacutedos Dentre as medidas preventivas de controle destaca-se o uso

adequado das cultivares considerando que quanto mais tempo os frutos

permanecem nas plantas maiores seratildeo as perdas O planejamento da colheita deve

ser considerado pois colheitas tardias proporcionam condiccedilotildees favoraacuteveis para o

desenvolvimento da praga no pomar Outra medida preventiva principalmente para

pomares orgacircnicos eacute a cataccedilatildeo e destruiccedilatildeo dos frutos caiacutedos (HOHMANN amp

MENEGUIM 2005)

A verrugose ou sarna do abacateiro causada pelo fungo Sphaceloma

perseae conhecida em 1918 na Floacuterida foi encontrada no Brasil pela primeira vez

em 1938 em Limeira Eacute uma das doenccedilas de elevada importacircncia na cultura do

abacateiro visto que esta doenccedila deprecia a aparecircncia do fruto e pode provocar

tambeacutem queda dos frutos jovens bem como o subdesenvolvimento O fungo ataca

as folhas e os frutos e se desenvolve em condiccedilotildees de umidade elevada Para o

controle desta doenccedila eacute recomendado a utilizaccedilatildeo de variedades que apresentem

resistecircncia sendo necessaacuterio evitar variedades do grupo Guatemalense (PICCININ

amp PASCHOLATI 1997)

Ponto de colheita

O fruto do abacate eacute conhecido por ser climateacuterico isso significa que pode

completar o amadurecimento depois de colhido e apresenta um pico de produccedilatildeo de

etileno sucedido por um pico respiratoacuterio durante o amadurecimento O melhor

indicador de maturidade fisioloacutegica para se concluir se os frutos estatildeo aptos agrave

colheita eacute a porcentagem de mateacuteria seca que possui relaccedilatildeo com o acuacutemulo de

oacuteleo (KADER amp ARPIA 2013 citado por ALMEIDA 2013)

No Brasil a observaccedilatildeo em campo da perda do brilho na casca eacute uma praacutetica

comum para identificar o ponto ideal de colheita (ALMEIDA 2013) Jaacute na Floacuterida

contabilizam-se os dias apoacutes a floraccedilatildeo para se determinar o ponto de colheita

Na cultura do abacateiro os principais iacutendices de qualidade satildeo tamanho cor

da casca formato danos mecacircnicos recentes ou cicatrizados causados por insetos

podridotildees embalagens e transporte inadequados alteraccedilatildeo de sabor devido a

longos periacuteodos de armazenagem na aacutervore ou por colheita antes da maturidade

fisioloacutegica (KADER amp ARPIA 2013 CANTILLANO 2013) No que se refere agrave

alteraccedilatildeo de sabor KADER (2007) comenta que este fator estaacute diretamente ligado

20

ao teor de oacuteleo no fruto Neste sentido cultivares mais tardias oriundas das raccedilas

Guatemalenses e Mexicana possuem maiores teores de oacuteleo

Poacutes colheita

Por ser um fruto climateacuterico com alta taxa respiratoacuteria e elevada produccedilatildeo de

etileno apoacutes a colheita o fruto do abacate eacute altamente pereciacutevel (KADER 1992)

Neste sentido o controle do amadurecimento eacute de extrema importacircncia para se

prolongar a vida uacutetil no poacutes-colheita de frutas objetivando-se a comercializaccedilatildeo no

mercado interno ou externo (KLUGE et al 2002)

Tratando-se de maturaccedilatildeo no poacutes-colheita a manipulaccedilatildeo do etileno eacute uma

teacutecnica utilizada para antecipar ou adiar o processo de maturaccedilatildeo dos frutos O

etileno eacute um gaacutes que se comporta como hormocircnio

No Brasil a comercializaccedilatildeo do abacate em varejo ocorre na maioria das

vezes sem a utilizaccedilatildeo de refrigeraccedilatildeo portanto a utilizaccedilatildeo de tecnologias que

possibilitem a conservaccedilatildeo agrave temperatura ambiente eacute de grande relevacircncia para se

permitir a comercializaccedilatildeo durante um maior tempo apoacutes a colheita atrasando o

amadurecimento dos frutos (KLUGE et al 2002) Daiuto 2010 concluiu que a

refrigeraccedilatildeo foi efetiva na conservaccedilatildeo de frutos de abacate bdquoHass‟

Aleacutem do uso de refrigeraccedilatildeo para retardar o amadurecimento dos frutos

tambeacutem se utiliza o revestimento dos frutos com cera para se reduzir o processo de

respiraccedilatildeo e uso de metilciclopropeno para inibir a produccedilatildeo de etileno gaacutes que

funciona como hormocircnio na maturaccedilatildeo de frutos (Gayet et al 1995 Oliveira et al

2000 KLUGE et al 2002)

A utilizaccedilatildeo de radiaccedilotildees gama em baixos niacuteveis associada a outros

procedimentos no poacutes-colheita eacute mencionada na literatura como excelente meacutetodo

para prolongar a periacuteodo de prateleira das frutas por retardar os processos de

senescecircncia e amadurecimento reduzindo os iacutendices de apodrecimento provocados

por fungos e bacteacuterias (Kaumlferstein e Moy 1993) O problema do uso da radiaccedilatildeo eacute

que esta teacutecnica provoca o escurecimento perda de firmeza do fruto e o surgimento

de depressotildees superficiais (CHITARRA e CHITARRA 2005)

Consumo

Em relaccedilatildeo ao consumo per capita do abacate em 2013 o Meacutexico foi de 90

Kghab enquanto que no Brasil o consumo girava em torno de 301 gramashab

21

por ano em De acordo com dados de 2011 o consumo per capita da fruta em Israel

foi de 50 Kghab o Chile ficou logo atraacutes com 45Kghab por ano e os Estados

Unidos apesar de maior importador apenas 20 Kghab por ano (NAAMANI 2011)

Em alguns paiacuteses da Uniatildeo Europeia chega a ser 1500 gramashab por ano (BNET

2011) De acordo com PUTTI (2014) esta diferenccedila se deve ao fato de que o

consumo do abacate em paiacuteses da Europa vai aleacutem da forma in natura sendo

consumido principalmente na forma de salada aleacutem disso os benefiacutecios da fruta satildeo

mais difundidos do que no Brasil

A fruta eacute consumida de forma diferente ao redor do mundo podendo ser sob

a forma de doce como no Brasil ou em saladas e patecircs como o guacamole

(JAGUACYR) Aleacutem de ser amplamente explorada na induacutestria

Aspectos nutricionais

A tabela a seguir apresenta as informaccedilotildees nutricionais do abacate a partir de

100g da fruta

TABELA 2 - Informaccedilotildees nutricionais do abacate obtidas a partir de 100g

da fruta fonte (FATSECRET)

INFORMACcedilOtildeES NUTRICIONAIS ABACATE

ENERGIA 669 kj 160kal

CARBOIDRATOS 853 g

ACcedilUacuteCAR 066 g

PROTEIacuteNAS 2g

GORDURAS 1466g

GORDURA SATURADA 2126G

GORDURA MONOINSATURADA

9799G

GORDURA POLIINSATURADA 1816

COLESTEROL 0 mg

FIBRAS 77 g

SOacuteDIO 7 mg

POTAacuteSSIO 485 mg

Uma das principais caracteriacutesticas que qualificam o abacate eacute a elevada

quantidade de mateacuteria graxa em sua composiccedilatildeo O fruto eacute conhecido como uma

fruta de alto valor energeacutetico Os aacutecidos graxos (AG) podem ser encontrados na

semente em sua maioria insaturados estes aacutecidos tambeacutem estatildeo presentes no

mesocarpo contudo em concentraccedilotildees diferentes O oacuteleo do abacate eacute um produto

22

explorado na induacutestria farmacecircutica devido ao elevado teor de vitamina E O

produto possui bom valor comercial apesar de natildeo ser tatildeo produzido mundialmente

A quantidade de oacuteleo encontrada no mesocarpo eacute superior ao teor de oacuteleo

encontrado na semente No mesocarpo os teores de aacutecido oleico variam entre

3177 a 5030 jaacute na semente o teor desse aacutecido graxo monoinsaturado varia de

1169 a 3583 (MASSAFERA 2010)

O abacate eacute um alimento rico em aacutecido graxo monoinsaturado oleico Estudos

realizados com aacutecidos graxos monoinsaturados revelam sua importacircncia na

prevenccedilatildeo e tratamento de dislipidemias que estatildeo relacionadas ao

desenvolvimento de doenccedilas cardiovasculares e coronarianas (SOARES e ITO

2000) Os aacutecidos graxos monoinsaturados representados principalmente pelo aacutecido

oleico presente em oacuteleo de oliva e canola possui efeito significativos na prevenccedilatildeo e

tratamento de doenccedilas crocircnicas (LARSEN et al 1999)

Produtos e subprodutos

O oacuteleo obtido a partir da fruta do abacate possui propriedades fiacutesico-quiacutemicas

semelhantes ao oacuteleo de oliva principalmente pela composiccedilatildeo de seus aacutecidos

graxos salientando o aacutecido oleico O oacuteleo de oliva eacute um produto altamente

consumido no paiacutes poreacutem de origem importada e o oacuteleo de abacate possui forte

potencial para substituiacute-lo (MASSAFERA 2010)

Outra forma de aproveitamento do oacuteleo do abacate eacute para a produccedilatildeo de

biodiesel O professor do departamento de Quiacutemica da UNESP Manoel Lima de

Menezes afirma que o abacate tem o teor de oacuteleo que varia entre 5 a 30

proacuteximo ao encontrado na extraccedilatildeo da soja de 18 Segundo o pesquisador um

dos obstaacuteculos eacute ainda o teor de umidade da semente (BIODIESELBR 2013)

Dentre as vantagens do abacate em comparaccedilatildeo com a soja eacute que da fruta eacute

possiacutevel extrair oacuteleo e etanol dois ingredientes baacutesicos para a produccedilatildeo do

biodiesel Outra vantagem eacute que de acordo com Menezes o abacate pode render

ateacute 2800 litros de oacuteleo por hectare contra 400 da soja aleacutem do fato do abacateiro

ser uma planta perene (GIRARDI 2009)

A madeira tambeacutem eacute um produto explorado na cultura do abacateiro na

produccedilatildeo de energia como combustiacutevel (MAISNATUREZA) Outra forma de

aproveitamento de resiacuteduos da cultura eacute a utilizaccedilatildeo do caroccedilo para a produccedilatildeo de

23

tintas a partir do caroccedilo usado para tingir roupas produzindo uma tinta castanho-

arroxeada (TEIXEIRA 1991)

Melhoramento geneacutetico

O desenvolvimento floral bem como a eacutepoca de floraccedilatildeo e o amadurecimento

da fruta satildeo diretamente influenciados por caracteriacutesticas geneacuteticas Essas

caracteriacutesticas podem ser manipuladas com a utilizaccedilatildeo de enxertos porta enxertos

ou a interaccedilatildeo entre eles Neste sentido podem ser utilizados genoacutetipo Mexicano

que pode antecipar a floraccedilatildeo ou Guatemalenses que manteacutem uma floraccedilatildeo meacutedia

ou porta-enxerto das Iacutendias Ocidentais que promovem floraccedilatildeo tardia Estudos tecircm

comprovado que a utilizaccedilatildeo de porta-enxertos do grupo Mexicano antecipam a

floraccedilatildeo entre 4 a 8 semanas antes de pomares de clones de bdquoHass‟ Contudo a

antecipaccedilatildeo de 8 semanas na eacutepoca de floraccedilatildeo promoveu o a antecipaccedilatildeo de

maturaccedilatildeo dos frutos em apenas 3 semanas Como existe uma alta demanda pelo

abacate ‟Hass‟ em todo mundo o uso de cultivares do abacate bdquoHass-like‟ pode ser

de grande interesse para os paiacuteses produtores uma vez que a cultivar bdquoLamb-Hass‟

por exemplo possui a caracteriacutestica de estender a eacutepoca de colheita aumentando

assim a janela de produccedilatildeo da fruta (SCHAFFER et al 2012)

No final dos anos 80 Carlos Meacutendez observou um abacate diferenciado na

regiatildeo de Urupan estado de Michocaacuten Meacutexico A planta encontrada exibia uma

floraccedilatildeo com um comportamento distinto das demais Este abacate bdquoHass-like‟ foi

nomeado localmente de bdquoHass-Mendez‟ e agora eacute conhecido comercialmente como

bdquoHass Carmen‟ (Illsley-Granich 2011) Uma das cultivares de bdquoHass-like‟ que tem

sido utilizada em programas de melhoramento eacute a ldquoSir Prizerdquo

Outra cultivar bdquoHass-like‟ muito importante eacute a bdquoMaluma‟ na Aacutefrica do Sul

Dentre as vantagens desta cultivar em relaccedilatildeo ao bdquoHass‟ apresentadas por ERNST

amp ERNST (2015) estatildeo rendimento elevado precocidade e possibilidade de

aumento na densidade de plantas no pomar de abacateiro

Programas de melhoramento satildeo criados a fim de se incorporar

caracteriacutesticas de resistecircncia a doenccedilas - como os desenvolvidos na Universidade

da Califoacuternia que deram origem a cultivares como por exemplo bdquoGem‟ e bdquoHarvest‟

que possuem excelentes caracteriacutesticas agronocircmicas Dentre estas caracteriacutesticas

se tem aumento da produtividade e resistecircncia agrave podridatildeo radicular

24

A utilizaccedilatildeo de porta-enxertos eacute de suma importacircncia para se aproveitar

melhor o potencial das diferentes culturas seja por aumentar a produtividade ou por

conferir resistecircncia a doenccedilas No final dos anos 70 a podridatildeo causada por

Phytophthora cinnamomi causou grandes prejuiacutezos para a cultura do abacate na

Aacutefrica do Sul Com isso foi necessaacuterio importar da Califoacuternia porta-enxertos

tolerantes agrave podridatildeo radicular propagados vegetativamente a fim de se ter maior

uniformidade geneacutetica para estabelecer novos pomares de abacateiro Durante

muitos anos a cultivar bdquoDuke 7‟ era o uacutenico porta-enxerto que produzia plantas

uniformes produtivas e razoavelmente produtivas era a cultivar bdquoDuke 7‟ Nos anos

80 foi desenvolvida a cultivar bdquoDusa‟ a partir de plantas sobreviventes em pomares

doentes A cultivar desenvolvida pela WESTFALIA apresentou toleracircncia agrave podridatildeo

superior a bdquoDuke 7‟ (KREMER-KOumlHNE 2007)

Na Floacuterida as cultivares mais utilizadas como porta-enxerto satildeo a bdquoLula‟ e

bdquoWaldin‟ devido ao fato dessas variedades conferirem aos pomares de abacate

uniformidade aumentar o vigor e pela produccedilatildeo de sementes (CRANE et al 2007)

No Brasil os pomares comerciais de abacate satildeo implantados sobre porta-

enxertos oriundos de sementes este fator faz com que o tamanho da copa das

plantas seja desuniforme a produccedilatildeo seja afetada bem como a qualidade dos frutos

e a susceptibilidade aos patoacutegenos do solo no qual se destaca Phytophthora

cinnamomi Contudo outros paiacuteses produtores da fruta utilizam porta-enxertos de

melhor qualidade obtidos a partir de clones que possuem resistecircncia a doenccedilas e

tambeacutem conferem uniformidade ao pomar (MORAES 2014)

Certificaccedilatildeo

Devido agrave exigecircncia cada vez maior feita pelos mercados internacionais natildeo eacute

possiacutevel exportar frutas e outros produtos agropecuaacuterios sem que se tenha a

certificaccedilatildeo Um das finalidades da certificaccedilatildeo eacute proteger o diferencial de qualidade

(AGRIANUAL 2012)

A certificaccedilatildeo eacute uma forma de se adquirir vantagem competitiva sustentaacutevel

para concorrer com os grandes produtores mundiais Tendo em vista a exigecircncia de

produtos de qualidade por consumidores cada vez mais frequente eacute necessaacuterio que

o mercado mundial se atente ao alto padratildeo de qualidade fornecido por seus

produtos Com isso programas de qualidade tecircm sido desenvolvidos visando agrave

aplicaccedilatildeo direta nas cadeias de produccedilatildeo em especial na aacuterea de produtos

25

pereciacuteveis como eacute o caso da fruticultura objetivando a aceitaccedilatildeo internacional

(GUEDES et al 2007)

Vaacuterias pesquisas e estudos recentes vecircm colaborando para compreensatildeo da

formaccedilatildeo organizaccedilatildeo e influecircncia das cadeias produtivas de onde surgem

produtos que seguem os padrotildees de qualidade reconhecidos internacionalmente

onde os sistemas de certificaccedilatildeo tecircm papel fundamental

Tratando-se de qualidade os consumidores atuais buscam produtos que

atentem agraves questotildees eacuteticas que abordem temas como meio ambiente e uso de

agrotoacutexicos considerando que a procura por alimentos seguros e saudaacuteveis uma

questatildeo elementar (SINGER e MASON 2007)

Considerando que a sauacutede dos consumidores de alimentos in natura pode ser

afetada a seguranccedila alimentar bem como a qualidade dos produtos deve receber

atenccedilatildeo especial A qualidade dos produtos estaacute vinculada aos procedimentos que

satildeo conduzidos durante cada etapa de produccedilatildeo como por exemplo plantio

colheita processamento industrializaccedilatildeo e comeacutercio (OLIVEIRA 2005)

METODOLOGIA

Tipo de Estudo

Pesquisa Bibliograacutefica eacute desenvolvida a partir de material jaacute elaborado

constituiacutedo de livros e artigos cientiacuteficos (Gil 2008) Portanto o presente trabalho

utilizou-se das ideias do estudo exploratoacuterio feito a partir de pesquisa bibliograacutefica

Com isso este trabalho desenvolveu-se seguindo

1deg FONTES

Foram utilizados artigos que fornecessem informaccedilotildees sobre a cultura do

abacate bem como dados de produccedilatildeo poacutes-colheita e comercializaccedilatildeo e que

abordassem o tema de exportaccedilatildeo

2deg COLETA DE DADOS

Primeiramente foi feita leitura de trabalhos jaacute disponiacuteveis na literatura que

abordassem aspectos de produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo de forma raacutepida e objetiva a

fim de se selecionar o material a ser incluiacutedo no presente trabalho

26

Em seguida foi feita uma leitura seletiva agrupando as informaccedilotildees dos

artigos preacute-selecionados de acordo com o tema registrando as informaccedilotildees

extraiacutedas das fontes em instrumento especiacutefico

3deg ANAacuteLISE E INTERPRETACcedilAtildeO DOS RESULTADOS

Nesta etapa foi realizada uma leitura analiacutetica com a finalidade de ordenar as

informaccedilotildees contidas na literatura disponiacutevel utilizados como fonte para o

desenvolvimento deste trabalho a fim de se elaborar informaccedilotildees que resumissem

as questotildees abordadas nesta pesquisa

RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

ABACATE NO MUNDO

A figura a seguir apresenta dados de produccedilatildeo mundial de abacate (t) em 21

paiacuteses indo de 2004 a 2013 com base nos dados da FAO ndash Organizaccedilatildeo das

Naccedilotildees Unidas para Alimentaccedilatildeo e Agricultura (Food and Agriculture Organization of

the United Nations para a sigla em inglecircs)

27

Figura 2 Produccedilatildeo mundial do abacate (em t) elaborado pelo autor FONTE NOVAGRIM adaptado com dados da FAO

Os paiacuteses produtores de abacate satildeo representados no mapa abaixo onde a

intensidade da coloraccedilatildeo vermelha representa o volume de abacate produzido no

paiacutes quanto mais intenso maior o volume produzido como estaacute destacado o

Meacutexico maior produtor mundial participando com aproximadamente 31 12 de toda

a produccedilatildeo mundial da fruta

Figura 3 - Paiacuteses produtores de abacate ao redor do mundo FONTE FACTFISH

100000

300000

500000

700000

900000

1100000

1300000

1500000

1700000

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013

PRODUCcedilAtildeO MUNDIAL DE ABACATE

MEacuteXICO

INDONEacuteSIA

REP DOM

COLOcircMBIA

BRASIL

EUA

CHILE

PERU

CHINA

28

Em 2004 o maior produtor mundial de abacate foi o Meacutexico participando com

307 de todo o volume produzido mundialmente com cerca de 987000 t Em

segundo lugar poreacutem muito atraacutes com um volume de 221774 t segue a Indoneacutesia

representando apenas 689 Na terceira posiccedilatildeo Repuacuteblica Dominicana 68 e

218790 t e em quarto produzindo 170985 t estava a Colocircmbia com 53

De acordo com os dados de 2013 o Meacutexico continuou liderando o setor

participando com 3112 do total produzido agora com um volume de 1467837 t

Em segundo lugar a Repuacuteblica Dominicana com 821 Colocircmbia 643 e Peru

611 em ordem decrescente (FAOSTAT) Nos uacuteltimos 10 anos a Repuacuteblica

Dominicana saltou para o segundo lugar graccedilas a um aumento de 771 em sua

produccedilatildeo Neste sentido a Colocircmbia alcanccedila a posiccedilatildeo de 3deg colocado devido ao

aumento similar ao da Repuacuteblica Dominicana (774)

O Peru foi o paiacutes que obteve maior destaque pois saiu da oitava posiccedilatildeo

participando com apenas 337 da produccedilatildeo mundial o que representava um

volume de 108460 t em 2004 para a quarta posiccedilatildeo no ranking mundial em 2013

com 611 quando produziu 288387 t a sua participaccedilatildeo no mercado mundial

quase que dobrou nesse periacuteodo O aumento da produccedilatildeo mundial foi de 467

enquanto que o aumento do volume de abacate produzido no Peru foi de 1659

Segundo CARVALHO (2015) a formaccedilatildeo de associaccedilotildees como a PROHASS que

investe no desenvolvimento de tecnologia e marketing para estimular inclusive o

consumo interno podendo ateacute ser um exportador para o Brasil

Aos poucos a China vem participando do mercado do abacate A populaccedilatildeo

do paiacutes ultrapassa 15 bilhotildees de pessoas em algumas aacutereas metropolitanas a

populaccedilatildeo vai de 12 a 45 milhotildees de habitantes Em 2000 a classe meacutedia da China

representava 4 da populaccedilatildeo e hoje chega a 66 Os gastos com alimentaccedilatildeo

tambeacutem acompanham essa mudanccedila de comportamento pois existe nesta classe a

procura por alimentos mais saudaacuteveis Esses fatores tecircm estimulado uma mudanccedila

no consumo de abacate em toda a China (MILLER et al 2015)

Quanto agrave produccedilatildeo do Brasil no Ranking global ocorreu justamente o

contraacuterio o paiacutes saiu da quinta posiccedilatildeo para a oitava ao reduzir 765 da produccedilatildeo

que era de 170895 t em 2004 para 157428 t em 2013 Em 2011 o abacate ficou na

17deg posiccedilatildeo no ranking da produccedilatildeo nacional da fruta ocupando apenas 03 do

montante da produccedilatildeo de frutas frescas muito atraacutes das principais culturas

29

produzidas como a laranja mais produzida participando com 416 do setor

Banana segunda mais importante com 154 e Melancia com 46 em quarto

(IBGEPAM 2011)

O volume de abacate fresco brasileiro exportado foi de 4313 t em 2013 para

5806 toneladas em 2014 resultando num aumento de mais de 37 na receita com

este setor que em 2014 foi de mais de nove milhotildees e meio de doacutelares

(AGRIANUAL 2015)

O graacutefico abaixo apresenta o comportamento do volume em toneladas de

abacate exportado pelos paiacuteses que participam do setor

Figura 4 Volume de abacate (t) exportado pelos paiacuteses exportadores da fruta Elaborado pelo autor FONTE FAO

Em 2013 Meacutexico liderou o setor de exportaccedilatildeo do abacate com um volume

de 563492 toneladas cerca 463 do total exportado no mundo Em segundo lugar

a Holanda com 99 A Holanda eacute um grande importador contudo o paiacutes reexporta

grande parte do volume comprado O Peru merece destaque pois saiu de um

volume exportado de 2209 t (06) em 2000 para 114515 t em 2013 ocupando

94 do volume de abacate exportado o que lhe conferiu a 3deg posiccedilatildeo no ranking

global Em quarto lugar o Chile com 73

A figura a seguir apresenta o comportamento dos principais importadores de

abacate do mundo em 14 anos

0

100000

200000

300000

400000

500000

600000

20002001200220032004200520062007200820092010201120122013

EVOLUCcedilAtildeO DA EXPORTACcedilAtildeO MUNDIAL EM t

MEacuteXICO

CHILE

ESPANHA

AacuteFRICA DO SUL

ISRAEL

HOLANDA

PERU

30

Figura 5 Evoluccedilatildeo do volume (t) importado pelos principais paiacuteses importadores de abacate ELABORADA PELO AUTOR FONTE FAOSTAT

Os principais importadores de fruta como por exemplo o europeu e o norte

americano exigem um padratildeo de qualidade que observem as demandas impostas

pelos consumidores com relaccedilatildeo agrave seguranccedila alimentar e tambeacutem agraves exigecircncias

para certificaccedilatildeo do produto levando em consideraccedilatildeo aspectos ambientais e

sociais aleacutem do local de produccedilatildeo Desta forma produtores de fruta destinadas agrave

exportaccedilatildeo precisaram adaptar suas lavouras para atender agraves exigecircncias dos mais

importantes selos internacionais como o EureGapR e o TNCR (OLIVEIRA 2005) O

maior importador de abacate do mundo satildeo os Estados Unidos (ROCHA 2014)

O volume de abacate importado ao redor do mundo vem crescendo na uacuteltima

deacutecada Os Estados Unidos lideram o montante desde 2007 mais ainda que toda a

Uniatildeo Europeia o volume importado pelo paiacutes cresceu cerca de sete vezes entre

2000 e 2013 Em segundo lugar a Uniatildeo Europeia importando quase 23 menos

A Holanda tambeacutem cresceu muito e hoje ocupa a terceira colocaccedilatildeo no ranking O

Japatildeo e o Canadaacute tiveram consideraacutevel crescimento contudo mantiveram-se na 5deg

e 6deg posiccedilatildeo durante esse periacuteodo

Nos EUA a demanda cresce mais acelerado do que a oferta segundo

CARVALHO (2015) a demanda cresce 12 ao ano enquanto a produccedilatildeo cresce

apenas 4 O paiacutes possui uma poliacutetica de retornar parte dos lucros oriundos da

-

100000

200000

300000

400000

500000

600000

700000

IMPORTACcedilAtildeO DE ABACATE NO MUNDO EM t

EUA

UE

HOLANDA

FRANCcedilA

CANADAacute

REINO UNIDO

31

comercializaccedilatildeo do Avocado no paiacutes com a elaboraccedilatildeo de marketing e o

desenvolvimento de pesquisas que incentivem o aumento do consumo interno

promovendo alimentos como por exemplo o GUACAMOLE alimento muito popular

no paiacutes

Em 2002 os EUA impunham a Lei do Bioterrorismo exigindo que as

empresas que produzem processem armazenem ou processem alimentos voltados

ao consumo humano ou animal devem cumprir normas para comercializar seus

produtos voltados ao consumo humano ou animal precisam cumprir normas para

comercializar seus produtos nos Estados Unidos Eacute necessaacuterio que essas mesmas

empresas possuam registro junto ao governo norte-americano atualizando estas

informaccedilotildees e comunicarem agraves autoridades a chegada de novos carregamentos

alimentares O natildeo cumprimento dessas exigecircncias acarreta na proibiccedilatildeo do

ingresso da carga e possiacutevel retenccedilatildeo da mercadoria com multa para o responsaacutevel

pelo carregamento (MDIC 2006)

Os principais compradores de abacate ‟Hass‟ satildeo os Estados Unidos (20 a

50) UE AUS e o Meacutexico maior produtor e exportador do Avocado participando

com 20 do mercado de Avocado (CARVALHO 2015)

O Brasil participa com apenas 031 do mercado internacional exportando

para o Canadaacute e Holanda CARVALHO (2015) comenta que o Brasil natildeo aproveita

seu potencial de se tornar grande produtor e exportador de Avocado o paiacutes possui

extensa aacuterea e clima variado entre outros fatores que favorecem a produccedilatildeo de

Avocado contudo a produccedilatildeo ainda eacute muito pequena quando comparado com

outros paiacuteses que participam do mercado internacional da fruta

Quanto agrave contribuiccedilatildeo do desenvolvimento de programas de melhoramento

geneacutetico para a consolidaccedilatildeo do Brasil como grande produtor mundial de abacate a

utilizaccedilatildeo de cultivares de bdquoHass-like‟ representa uma excelente opccedilatildeo para

aumentar a safra da cultura no paiacutes devido agrave caracteriacutestica que esta variedade tem

de antecipar a florada ampliando desta forma a janela de produccedilatildeo e aumentando

a competitividade do paiacutes em relaccedilatildeo a outros paiacuteses exportadores da fruta

O graacutefico a seguir ilustra o comportamento das exportaccedilotildees e importaccedilotildees

Brasileiras em 14 anos

32

Figura 6 - Evoluccedilatildeo da exportaccedilatildeo e importaccedilatildeo do abacate (em t) no Brasil em 14 anos Elaborado pelo autor FONTE FAO

Alguns dos principais concorrentes do Brasil tratando-se da exportaccedilatildeo do

Avocado satildeo Aacutefrica do Sul com 3 das exportaccedilotildees Chile com 7 e Peru

representando 10 do mercado internacional de Avocado A safra do Chile ocorre

em eacutepoca proacutexima a do Brasil comeccedilando em agosto e terminando em fevereiro

(CARVALHO 2015) A Boliacutevia apesar de participar com apenas 012 do volume

exportado tem a vantagem de possibilidade de produccedilatildeo o ano todo

O elevado padratildeo de qualidade dos produtos eacute sem duacutevida um fator que

pode fazer com que o Brasil se estabeleccedila no mercado mundial de abacate Esta

praacutetica tem qualificado a Aacutefrica do Sul como um dos principais fornecedores para

paiacuteses da Europa a partir do intenso trabalho desenvolvido pela empresa sem fins

lucrativos WESTFALIA situada no municiacutepio de Limpopo por meio de investimentos

em tecnologia

A tabela a seguir apresenta o periacuteodo do ano em que cada paiacutes exportador de

abacate embarca seus produtos ao redor do mundo

0

500

1000

1500

2000

2500

3000

3500

4000

4500

5000

EXPORTACcedilAtildeO

IMPORTACcedilAtildeO

33

TABELA 3 - Janela de exportaccedilatildeo dos paiacuteses exportadores de abacate

adaptada FONTE WESTFALIASUBSOLE

CALENDAacuteRIO DE EXPORTACcedilAtildeO DE ABACATE lsquoHASSrsquo

jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

BRASIL X X X X X X X X

ARGENTINA X X X

EUA X X X X X X X X X X X X

CHILE X X X X X X X X X X

AFRICA DO SUL X X X X X X X

REP DOMINICANA X X X X X

ISRAEL X X X X X X

PERU X X X X X X X

NOVA ZELAcircNDIA X X X

MEacuteXICO X X X X X X X X X X X X

ESPANHA X X X X X X X

QUEcircNIA X X X X X

AUSTRAacuteLIA X X X X X X X

Os principais destinos do abacate ‟Hass‟ exportado pelo Brasil satildeo Espanha

Itaacutelia Holanda Alemanha e Dinamarca O material exportado segue de navio do

porto de Santos a uma temperatura de 5degC levando ateacute 16 dias no maacuteximo ateacute os

destinos Esse material exportado pelo Brasil possui os certificados GlobalGapR ndash

BRCR ndash BSCIR ndash SedexR ndash SmetaR

Os graacuteficos a seguir apresentam informaccedilotildees sobre a evoluccedilatildeo do da

exportaccedilatildeo do abacate feitos a partir de informaccedilotildees apresentadas no Anuaacuterio

Brasileiro de fruticultura (2004 a 2015) obtidos a partir de dados do Instituto

Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica

34

Figura 7 - Evoluccedilatildeo do volume de abacate exportado pelo brasil (2003 a 2014) Elaborado pelo autor com dados DO ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE AGRICULTURA DE 2004 a 2015 (IBGE)

Figura 8 - Receita com exportaccedilatildeo brasileira de abacate (2003 a 2014) Elaborado pelo autor com dado do ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE AGRICULTURA DE 2004 a 2015 (IBGE)

O volume de abacate exportado pelo Brasil vem crescendo nos uacuteltimos anos

revelando assim a importacircncia do setor para o paiacutes A variaccedilatildeo do volume

exportado de 2008 para 2009 foi de 6282 jaacute de 2009 para 2010 a exportaccedilatildeo

sofreu uma queda de 793 Em 2014 houve um aumento de 3462 no setor em

relaccedilatildeo ao ano anterior (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE FRUTICULTURA) A receita

-

100000

200000

300000

400000

500000

600000

700000

20

03

20

04

20

05

20

06

20

07

20

08

20

09

20

10

20

11

20

12

20

13

20

14

EVOLUCcedilAtildeO DO VOLUME DE ABACATE EXPORTADO PELO BRASIL (2003 a 2014)

VOLUME EXPORTADO (t)

-

20000000

40000000

60000000

80000000

100000000

120000000

20

03

20

04

20

05

20

06

20

07

20

08

20

09

20

10

20

11

20

12

20

13

20

14

RECEITA COM EXPORTACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ABACATE (2003 a 2014)

RECEITA (em USS FOB)

35

obtida a partir da exportaccedilatildeo do abacate tambeacutem acompanha os iacutendices de

crescimento

A Aacutefrica do Sul um dos principais concorrentes do Brasil no setor de

exportaccedilatildeo do Avocado eacute reconhecida por exportar material de alta qualidade para

Europa onde possui escritoacuterios contudo sua produccedilatildeo estaacute estagnada A Westfalia

eacute uma empresa sem fins lucrativos produtora de Avocado na Aacutefrica do Sul

responsaacutevel por desenvolver o mercado de Avocado no paiacutes e investe fortemente

em tecnologia o que colaborou para a atual situaccedilatildeo da Aacutefrica do Sul no setor de

exportaccedilatildeo de Avocado (CARVALHO 2015)

ABACATE NO BRASIL

O Brasil favorecido quando comparado com outros paiacuteses produtores devido

agrave suas dimensotildees continentais o que lhe possibilita ampla variaccedilatildeo de temperaturas

e solos estes fator unido agraves caracteriacutesticas individuais de cada variedade como por

exemplo sazonalidade e exigecircncias nutricionais e de horas de luz Contudo apesar

da aacuterea destinada agrave produccedilatildeo do abacate no Brasil ter reduzido passando de

11605 ha em 2005 para 9559 ha em 2014 reduccedilatildeo de 176 a produccedilatildeo natildeo foi

tatildeo alterada o que evidencia a possibilidade de um aumento na produtividade destas

aacutereas

Atualmente o Brasil ocupa a oitava posiccedilatildeo no ranking global do setor de

produccedilatildeo de abacate E apesar de possuir crescente produtividade o paiacutes ainda

possui excelente potencial produtor e tambeacutem como exportador da fruta Para

aproveitar melhor esse potencial deveriam ser feitos mais investimentos tanto no

que se refere agrave produccedilatildeo como por exemplo melhoramento geneacutetico e adoccedilatildeo de

protocolos de boas praacuteticas agriacutecolas para a obtenccedilatildeo de certificaccedilatildeo quanto no

setor de comercializaccedilatildeo desenvolvendo elevado padratildeo de qualidade da fruta

A tabela a seguir (TABELA 4) apresenta a aacuterea destinada agrave colheita de todas

as variedades de abacate nos principais produtores de abacate e o Distrito Federal

TABELA 4 - Aacuterea destinada agrave colheita (em ha) Elaborada pelo autor

DADOS (IBGE-SIDRA)

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Brasil 11605 10515 9892 9596 8509 11125 10768 9615 9707 9559

Satildeo Paulo 4266 3688 3583 3437 3267 5530 5642 4192 4374 4337

36

Minas Gerais 2865 2254 2326 2223 1854 2202 2134 2309 2416 2373

Paranaacute 1492 1467 1306 1009 1085 1000 944 922 958 930

Cearaacute 493 475 498 497 490 484 477 480 483 498

Rio Grande do Sul 626 619 613 602 584 575 552 499 470 444

Distrito Federal 119 122 109 124 108 111 - 295 160 134

A tabela 5 abaixo apresenta a produccedilatildeo de todas as variedades de abacate

em toneladas dos uacuteltimos 10 anos para os principais estados produtores e o Distrito

Federal

TABELA 5 - Produccedilatildeo nacional de abacate em 10 anos (em t) Elaborada pelo

autor FONTE (IBGESIDRA)

UFANO 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Brasil 169335 164441 154096 147214 139089 153189 160376 159903 157482 156669 1000

Satildeo Paulo 77107 78085 70812 69904 74193 83002 91909 82780 85101 79316 506

Minas Gerais 38777 32812 33436 28016 24772 28522 30975 36669 36571 41259 263

Paranaacute 22265 22575 20425 16537 15919 15824 17304 16705 16309 15784 101

Rio Grande do Sul

8167 7905 7804 7602 6824 6769 6907 5719 5584 5277 34

Cearaacute 5202 4231 4706 4520 4336 4163 3985 2717 2640 3637 23

Distrito Federal 2596 3081 2690 3019 2666 2415 - 6914 3152 3151 20

Em 2014 a aacuterea destinada agrave colheita do abacate no estado do Cearaacute era

superior agrave aacuterea do Rio Grande do Sul contudo a produccedilatildeo no estado do Cearaacute no

mesmo ano foi de 3637 t enquanto que a produccedilatildeo do Rio Grande do Sul foi de

5277 45 maior reforccedilando assim a ideia de que a produtividade no Sul pode ser

maior em relaccedilatildeo agrave regiatildeo Nordeste Este fator pode ser decorrente do uso de

cultivares inadequadas para as condiccedilotildees climaacuteticas da regiatildeo eou pela falta de

adoccedilatildeo de tecnologias modernas e teacutecnicas avanccediladas de produccedilatildeo

No Distrito Federal a produccedilatildeo cresceu 21 nos uacuteltimos 10 anos e hoje

representa 2 da produccedilatildeo nacional Por outro lado Satildeo Paulo que lidera o ranking

com 506 de toda a produccedilatildeo obteve crescimento de apenas 286 Jaacute a

produccedilatildeo do Paranaacute sofreu uma reduccedilatildeo de -291 neste mesmo periacuteodo poreacutem

manteve-se como quarto produtor nacional de abacate Os estados do Cearaacute e Rio

Grande do Sul tambeacutem reduziram sua produtividade nos uacuteltimos 10 anos

acompanhando a reduccedilatildeo nacional que reduziu -74

37

A variaccedilatildeo da produtividade de todas as variedades de abacate dos principais

estados produtores de abacate do Brasil eacute apresentada na TABELA 6 a seguir

TABELA 6 - Variaccedilatildeo (em) da produtividade (t) no Brasil em 10 anos

Elaborada pelo autor FONTE (IBGESIDRA)

VARIACcedilAtildeO () DA PRODUTIVIDADE (t) EM 10 ANOS

ESTADOANO 2005 2014 VARIACcedilAtildeO

PAIacuteS 146 164 123

SAtildeO PAULO 181 183 11

MINAS GERAIS 135 174 289

PARANAacute 149 17 141

RIO GRANDE DO SUL 13 119 -85

CEARAacute 106 73 -311

DISTRITO FEDERAL 218 235 78

De acordo com os dados do IBGE Satildeo Paulo eacute o maior produtor de abacate

do paiacutes Dentre as variedades mais produzidas no estado de Satildeo Paulo estatildeo

bdquoFortuna‟ bdquoGeada‟ bdquoQuintal‟ e bdquoMargarida‟ (DORIZZOTTO 2011)

Abaixo segue TABELA 11 contendo os nuacutemeros de plantas novas e o

nuacutemero de plantas em produccedilatildeo bem como a produccedilatildeo (caixas de 22Kg) no estado

de Satildeo Paulo ao longo de 15 anos

TABELA 7 - Quantidade de peacutes novos peacutes em produccedilatildeo e produccedilatildeo (cx 22kg)

no estado de Satildeo Paulo entre 2000 e 2015 Elaborada pelo autor FONTE

INSTITUTO DE ECONOMIA AGRIacuteCOLA

ANO PEacuteS

NOVOS PEacuteS EM

PRODUCcedilAtildeO

2000 4859400 66157100

2001 4617700 62883700

2002 4742500 55421300

2003 6095000 49740300

2004 5969500 48339500

2005 5131100 46596200

2006 5325600 45869000

2007 3412800 47668000

2008 5007100 40617400

2009 12068600 49971400

2010 8190000 53239000

38

2011 6904500 54780100

2012 7704100 51341600

2013 7002100 59149400

2014 8419800 60996100

2015 9040200 67073800

O graacutefico abaixo apresenta a curva da produtividade obtida a partir da relaccedilatildeo

feita entre a produccedilatildeo e a quantidade de peacutes em produccedilatildeo no estado de Satildeo Paulo

Figura 9 - Produtividade (kgplanta) no estado de Satildeo Paulo desde 2000 elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE ECONOMIA AGRIacuteCOLA

Os dados foram obtidos a partir da relaccedilatildeo feita entre a quantidade de planta

em produccedilatildeo e a quantidade de caixas de 22 Kg produzidas no estado de Satildeo Paulo

desde 2000 Esses dados revelam crescente aumento da produtividade ateacute o ano de

2010 onde a produtividade ultrapassou 168 Kgplanta Jaacute em relaccedilatildeo ao ano de

2011 a produtividade sofreu uma reduccedilatildeo de 10 Depois disso a curva de

produtividade continuou ascendente

A seguinte tabela apresenta a evoluccedilatildeo do preccedilo do abacate comercializado

na CEAGESP durante o ano no periacuteodo de nove anos

90

110

130

150

170

190

20

00

20

01

20

02

20

03

20

04

20

05

20

06

20

07

20

08

20

09

20

10

20

11

20

12

20

13

20

14

20

15

PRODUTIVIDADE DOS PEacuteS DE ABACATE (Kgplanta) EM SP

PRODUTIVIDADE

39

TABELA 8 - Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio (em R$Kg) do abacate FONTE

CEAGESP 2008

ANOMEcircS JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

2007 105 101 1 118 107 109 129 151 159 181 228 279

2008 119 081 084 097 102 11 122 137 149 208 296 326

2009 169 122 132 133 141 141 152 177 217 213 212 235

2010 17 161 165 154 151 151 164 173 202 262 406 316

2011 185 182 183 203 186 204 231 278 308 317 359 369

2012 207 155 151 141 153 164 192 218 242 268 429 485

2013 263 209 216 215 244 265 258 304 347 403 566 498

2014 228 206 231 239 198 2 256 267 301 305 403 538

2015 406 403 386 349 367 397 394 43 - - - -

O graacutefico a seguir resume o comportamento da quantidade de peacutes novos e

em produccedilatildeo no estado de Satildeo Paulo desde o ano 2000

Figura 10 - Evoluccedilatildeo do nuacutemeros de peacutes novos e em produccedilatildeo ao longo de 15 anos no estado de Satildeo Paulo elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE

ECONOMIA AGRIacuteCOLA

A produccedilatildeo (em caixas de 22 Kg) eacute demonstrada no graacutefico abaixo para esse

mesmo periacuteodo

000

10000000

20000000

30000000

40000000

50000000

60000000

70000000

80000000

20002002200420062008201020122014

EVOLUCcedilAtildeO DOS DADOS DO ABACATE EM SAtildeO PAULO

PEacuteS NOVOS

PEacuteS EM PRODUCcedilAtildeO

40

Figura 11 - Evoluccedilatildeo da produccedilatildeo de abacate em caixas de 22kg no estado de Satildeo Paulo em 15 anos elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE

ECONOMIA AGRIacuteCOLA

A sazonalidade do abacate comercial na CEAGESP em Satildeo Paulo

demonstram que o abacate pode ser comercializado praticamente todas as eacutepocas

do ano como apresentado pela tabela

TABELA 9 - Sazonalidade do abacate FONTE CEAGESP 2008

VARIEDADE JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

GEADA X X X X X

FORTUNA X X X X X X X

QUINTAL X X X X X X X

MARGARIDA X X X X X X X X X X

BREDA X X X X X X X X

HASS X X X X X X X X

O Estado de Minas Gerais eacute o segundo maior produtor nacional de abacate

participando do setor com 229 do total produzido A aacuterea no Estado destinada agrave

produccedilatildeo da fruta foi de 23 mil ha A produtividade do estado de Minas em 2012 foi

de 15881 (hgha) (PERFIL DA FRUTA) A produccedilatildeo de abacate no Distrito Federal

em 2013 foi de 3152 toneladas (IBGE) Em Minas a produccedilatildeo concentra-se nas

regiotildees Sul e Sudeste do estado (ALMEIDA 2013)

200000000

250000000

300000000

350000000

400000000

450000000

500000000

550000000

20002002200420062008201020122014

EVOLUCcedilAtildeO NA PRODUCcedilAtildeO DE ABACATE EM SAtildeO PAULO (22Kgcx)

PRODUCcedilAtildeO CX 22Kg

41

Em 2003 o Paranaacute foi o terceiro maior produtor nacional de abacate com uma

aacuterea de aproximadamente 1600ha onde se produziu 26 mil toneladas gerando uma

receita de cerca de R$ 85 milhotildees (HOHMANN amp MENEGUIM 2005)

De acordo com a relaccedilatildeo feita entre os dados de volume de abacate colhido e

de aacuterea destinada agrave produccedilatildeo do IBGESIDRA em 10 anos (2005 agrave 2014) o estado

que sofreu maior reduccedilatildeo da produtividade foi o estado do CEARAacute reduzindo em

31 aproximadamente enquanto que o estado de minas aumentou 289 sua

produtividade O DF apresentou os melhores niacuteveis de produtividade a partir desses

dados

AVOCADO NO BRASIL

A regiatildeo de Bauru em Satildeo Paulo especializou-se na produccedilatildeo dos abacates

‟Hass‟ e bdquoFuerte‟ conhecidos comercialmente como Avocado e satildeo os mais

apreciados pelo mercado internacional (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA

FRUTICULTURA 2008)

O Avocado variedades ‟Hass‟ e bdquoFuerte‟ possui excelentes caracteriacutesticas

nutricionais como por exemplo seu alto teor de lipiacutedeos Aleacutem disso o fruto possui

tamanho reduzido o que facilita o consumo evitando que parte natildeo consumida seja

armazenada Uma das possibilidades de se estimular o consumo interno seria

promover o produto a partir do uso de marketing setor no qual a empresa

JAGUACYR situada no municiacutepio de Bauru ndash SP tem se destacado fornecendo

informaccedilotildees nutricionais e apresentando o alto padratildeo de qualidade da fruta Outro

fator que reduz a oferta do produto no mercado interno eacute a demanda internacional

apesar de impor barreiras e exigirem alto padratildeo de qualidade o produto de

qualidade recebe os melhores preccedilos este fator tambeacutem limita o consumo interno

porque o preccedilo oferecido pelos importadores reflete no preccedilo interno

Outro ponto que deve ser observado para se manter qualidade elevada dos

frutos eacute a escolha adequada do ponto de colheita pois este fator reflete diretamente

no teor de oacuteleo dos frutos que por sua vez eacute responsaacutevel pela conservaccedilatildeo do

sabor Os melhores teores de oacuteleo encontram-se em frutos tardios como nas

variedades obtidas a partir das raccedilas Guatemalenses e Mexicana sendo maior nas

raccedilas Mexicana e menor em cultivares oriunda de raccedilas Guatemalenses como por

exemplo a bdquoHass‟

42

A exportaccedilatildeo brasileira do abacate bdquoHass‟ variedade mais produzida no

mundo era de 100 toneladas por ha em 2004 para 2186 toneladas em 2010

(DORIZZOTTO 2011) Contudo este dado representa apenas 143 do volume de

todo o abacate produzido no paiacutes nesta mesma data mesmo com seus atributos

nutricionais e comerciais

Quando se trata do segmento do mercado do Avocado brasileiro em acircmbito

global a empresa JAGUACYR situada no municiacutepio de Bauru ndash SP com sede na

Holanda eacute de extrema relevacircncia contribuindo com 90 das exportaccedilotildees brasileiras

deste produto com o qual o Brasil ainda comeccedila a participar poreacutem possui

condiccedilotildees favoraacuteveis para crescer no setor (CARVALHO 2015)

O graacutefico a seguir apresentado na Figura 2 demonstra a evoluccedilatildeo da

participaccedilatildeo do Avocado no setor de fruticultura no estado de Satildeo Paulo

Figura 12 - Elaborado pelo autor FONTE CEAGESPSEDES GABRIEL V BITENCOURT DE ALMEIDA

Como apresentado no graacutefico acima o volume de Avocado comercializado na

CEAGESP tem crescido rapidamente vertiginosamente chegando a quase

quadruplicar seu valor em apenas 7 anos

Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio de atacado (R$Kg) de Avocado na CEAGESP de

Satildeo Paulo durante o ano (SP) (Figura 3)

81 74 90

106 133

208

365 378

0

50

100

150

200

250

300

350

400

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

EVOLUCcedilAtildeO DA QUANTIDADE COMERCIALIZADA (T) DE AVOCADO NA CEAGESP DE SAtildeO PAULO (SP)

QUANTIDADE(toneladas)

43

Figura 13 - Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio do avocado na CEAGESP (R$Kg) Elaborado pelo autor FONTES CEAGESP

O graacutefico a seguir demonstra um comparativo da variaccedilatildeo do preccedilo meacutedio do

abacate em relaccedilatildeo ao Avocado durante o ano com base nos dados de nove anos

da CEAGESP (R$Kg)

Figura 14 - Comparativo do preccedilo meacutedio do abacate e do avocado comercializado na ceagesp durante o ano elaborado pelo autor FONTE

CEAGESP

A partir dos dados de 7 anos com a variaccedilatildeo do preccedilo meacutedio do Avocado por

quilo durante o ano pocircde-se observar que os menores valores encontram-se entre

maio e agosto A variaccedilatildeo de preccedilo meacutedio durante o ano chega a ser de R$ 581 o

quilo mais que o dobro entre o maior e menor valor meacutedio encontrado

O graacutefico com o comparativo do preccedilo do abacate com o Avocado (Figura 11)

revela a discrepacircncia da valorizaccedilatildeo entre os dois grupos O valor miacutenimo do

4

6

8

10

12

jan

fev

mar

abr

mai

jun jul

ago

set

ou

t

no

v

dez

EVOLUCcedilAtildeO DO PRECcedilO MEacuteDIO DO AVOCADO NA CEAGESP (R$Kg)

PRECcedilO MEacuteDIO

0

2

4

6

8

10

12

JAN

FEV

MA

R

AB

R

MA

I

JUN

JUL

AG

O

SET

OU

T

NO

V

DEZ

PRECcedilO AVOCADO

PRECcedilO DO ABACATE

44

Avocado eacute de R$ 554 por quilo enquanto que o maior valor encontrado do abacate

chega a R$ 381 uma diferenccedila de quase 50

O CEASA-DF registrou em 2014 um volume comercializado de 397 toneladas

de Avocado enquanto que no ano anterior o volume registrado natildeo passou de 07

toneladas (CEASA-DF)

Apesar de jaacute haver teacutecnicas eficientes e tecnologias modernas disponiacuteveis

para se aperfeiccediloar a produccedilatildeo do abacate a exploraccedilatildeo de novas regiotildees com

potencial produtor para a implantaccedilatildeo de pomares de abacateiro no Brasil eacute um dos

fatores que podem aumentar mais ainda a produccedilatildeo nacional No DF por exemplo

a aacuterea destinada agrave colheita do abacate sofreu uma reduccedilatildeo de mais da metade de

2012 para 2014 muito diferente da forma como havia se comportando desde 2000

quando a aacuterea passou de 85 ha para 111 em 2010 O DF representa apenas 2 da

produccedilatildeo nacional do abacate contudo sua produtividade vem aumentando e de

acordo com os dados do IBGE o DF possui os melhores iacutendices de produtividade do

paiacutes o que pode representar forte potencial da regiatildeo no setor Este fato corrobora

com a ideia de que o Brasil pode aproveitar melhor sua extensatildeo territorial

explorando regiotildees com potencial produtor como o DF por exemplo

CERTIFICACcedilAtildeO

CARVALHO (2015) afirma que para participar do mercado internacional os

produtores devem se atentar agraves exigecircncias internacionais de qualidade e seguranccedila

garantidas por meio de certificaccedilatildeo como GlobalGapR BRCR BRCIR FAIRDRADER

e SEDEX-SMETAR Outro ponto que deve ser adotado pelo Brasil no comeacutercio do

Avocado eacute manter um mercado com preccedilo linear e contiacutenuo Ainda segundo

CARVALHO (2015) produtores que natildeo possuem certificaccedilatildeo no GlobalgapR

recebem menos 10

PRECcedilO PAGO PELA JAGUACYR AO PRODUTOR COM GLOBALGAPR

TABELA 10 - (CARVALHO 2015)

CAT CALIBRE MAR ABR MAI JUN

1 12 A 24 315 322 205 205

2 26 A 32 131 129 130 130

2 12 A 24 284 350 187 187

45

Para o consumidor final o selo GLOBALGAPR natildeo eacute tatildeo notado pois o uso

desta marca eacute praticado entre empresas Contudo sua em sua elaboraccedilatildeo

considerou-se a reduccedilatildeo dos impactos negativos das operaccedilotildees agriacutecolas no meio

ambiente reduzir o uso de insumos quiacutemicos e garantir que assuntos de sauacutede e

seguranccedila dos empregados e bem estar animal sejam observados (GLOBALGAPR

2008)

A GLOBALGAPR serve como um manual no comeacutercio mundial de produtos

agriacutecolas estabelecendo normas voluntaacuterias para sua certificaccedilatildeo Este conjunto de

normas estabelece serve de molde para a conduccedilatildeo de boas praacuteticas agriacutecolas

(BPA) nas atividades agriacutecolas (GLOBALGAPR 2008)

Um dos pontos positivos em se adotar os protocolos de boas praacuteticas

agriacutecolas eacute a prevenccedilatildeo de perdas Pesquisas feitas no setor da fruticultura

concluem que maior parte do desperdiacutecio ocorre no percurso que vai do manuseio

no campo ateacute as centrais de produccedilatildeo (AGRIANUAL 2012) Os iacutendices de perdas da

abaticultura chegam a 34 ao ano (AGRIANUAL 2015)

Eacute de extrema importacircncia desenvolver soacutelidos e eficientes sistemas de

certificaccedilatildeo a fim de assegurar qualidade que atenda as expectativas dos

consumidores permitindo que as empresas ingressem nos mercados globais com

seus produtos (ZEIDAN et al 2008)

A difusatildeo de praacuteticas recomendadas para a obtenccedilatildeo da certificaccedilatildeo

GLOBALGAPR por parte dos produtores de abacate principalmente as variedades

bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ pode estimular o consumo interno por meio da oferta de produtos

de maior qualidade aleacutem de reduzindo perdas e promover o produto no comeacutercio

internacional da fruta Fazendo com que o potencial produtor seja aproveitado ao

maacuteximo uma vez que seguir os protocolos de boas praacuteticas agriacutecolas represente a

reduccedilatildeo de perdas no processo de produccedilatildeo de colheita e de transporte seja por

meio da reduccedilatildeo da incidecircncia de pragas ou por adoccedilatildeo de teacutecnicas e evitem perdas

na conduccedilatildeo da produccedilatildeo dos pomares de abacate

CONCLUSOtildeES

A produccedilatildeo de Avocado cultivares bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ superiores em vaacuterios

aspectos agraves cultivares mais populares no paiacutes tem condiccedilotildees de se desenvolver

amplamente no Brasil tornando-o grande consumidor e exportador da fruta Essa

46

mudanccedila pode ocorrer por meio de incentivos governamentais que incentivem o

registro de produtos para a cultura do abacateiro favorecendo a obtenccedilatildeo de

certificaccedilatildeo bem como o desenvolvimento de centros de pesquisas que

desenvolvam estudos sobre a cultura do abacateiro que promovam a difusatildeo de

tecnologia e com isso estimule a utilizaccedilatildeo de novas aacutereas com potencial produtivo

A transferecircncia de tecnologia tambeacutem pode ser feita por parte de empresas da aacuterea

privada que possuem domiacutenio de teacutecnicas e tecnologias modernas principalmente

por meio da popularizaccedilatildeo da produccedilatildeo de mudas clonais para porta-enxerto Aleacutem

disso devem ser feitas accedilotildees por parte de instituiccedilotildees privadas como o

desenvolvimento do marketing da fruta a fim de divulgar os benefiacutecios do consumo

e a exposiccedilatildeo de novas formas de consumo de abacate pode ser crucial para a

mudanccedila do comportamento do consumidor nacional uma vez que este se atenta

principalmente aos aspectos visuais do abacate

Na poacutes-colheita o controle sobre os processos de maturaccedilatildeo poderia ser

mais bem aproveitado No Brasil a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas de conservaccedilatildeo no poacutes-

colheita de frutas objetiva na maioria das vezes estender o tempo de prateleira

destes produtos Para se aproveitar os elevados preccedilos ofertados em determinadas

eacutepocas os produtores colhem os frutos antes do recomendado para a fruta do

abacateiro o que reduz sua qualidade pois a eacutepoca da colheita influencia

diretamente no teor de oacuteleo fator altamente relacionado com o sabor da fruta Por

outro lado a aceleraccedilatildeo do processo de maturaccedilatildeo por meio do controle de

maturaccedilatildeo permite fornecimento de frutos maduros prontos para o consumo

estimulando assim o consumo no paiacutes Com a entrega regular de frutos maduros

nos supermercados e restaurantes novas formas de consumo da fruta como patecircs

e em saladas poderiam ser facilmente introduzidas no cardaacutepio nacional

47

BIBLIOGRAFIA

ALMEIDA G V B Mercado Atacadista de Abacate e Avocado (CEAGESP) III

Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado Bauru 2015

ALMEIDA G V B O Abacate no mundo e na CEAGESP Todafruta notiacutecia 2011

DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwtodafrutacombrnoticia28119O+ABACATE+NO+MUNDO+NO+BRASIL

+E+NA+CEAGESP gt

ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA FRUTICULTURA 2004 a 2015 DISPONIacuteVEL EM

httpwwwgrupogazcombrtratadaseo_edicao420150320150301_106c8c2f1pdf

4718_2015fruticulturapdfgt

BIODIESELBR DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwbiodieselbrcomnoticiasmateria-

primaoutrasvideo-unesp-transforma-oleo-abacate-biodiesel-060313htm gt

BONELLA J A Classificaccedilatildeo de abacates na CEAGESP Joseacute Alcides Bonella ME

2013

BRUWER T ROOYEN Z VAN PERFORMANCE AND MARKET ACCEPTIBILITY

OF THE HASS-LIKE CULTIVARS GEM AND HARVEST IN SOUTH AFRICA Vi

World Avocado Congress (Actas VI Confreso Mundial del Aguacate) 2007 Vintildea Del

Mar Chile 12 ndash 16 nov 2007 ISBN n 978-956-17-0413-8 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwAvocadosourcecomWAC6enExtenso1b-36pdf gt

CAMPOS J A Cultura racional do abacateiro Satildeo Paulo Iacutecone 1988 150 p

CANTUAacuteRIAS-AVILEacuteS T SILVA S R La induacutestria del aguacate em el Estado de

Satildeo Paulo Brasil actualidad y perspectivas futuras In CONGRESO MUNDIAL DEL

AGUACATE 7 2011 Caims Resuacutemenes Caims Avocado Australia 2011

48

CORREIA R C ARAUJO J L P MOUCO M A do C BRAGA C A

MENDONCcedilA R F de Abacate preferecircncias e mercado CONGRESSO

BRASILEIRO DE FRUTICULTURA 21 2010 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwalicecnptiaembrapabralicebitstreamdoc8700181Moucopdf gt

CARVALHO L F Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado realizaccedilatildeo Jaguacy

Sindicato Rural de Bauru Serviccedilo Nacional de Aprendizagem Rural - SENAR

Faculdades Integradas de Bauru ndash SP 2015

CHITARRA M I F CHITARA A B 2005 Poacutes colheita de frutos e hortaliccedilas

Fiiologia e Manuseio Lavras ESALFAEPE

CRANE J H BALERDI C F MAGUIRE I Avocado Growing in the Florida Home

Landscape University of Florida Circular 1034 one of a series of the Horticultural

Sciences Department Florida Cooperative Extension Service Institute of Food and

Agricultural Sciences University of Florida 1983 Revised 2007

CRIZEL G R MOURA R S OLIVEIRA I R MENDONCcedilA C R B

Caracteriacutesticas fiacutesicas e quiacutemicas de abacates das variedades bdquoQuintal‟ e bdquoHass‟ In

CONGRESSO DE INICIACcedilAtildeO CIENTIacuteFICA 17 ENCONTRO DE POacuteS-

GRADUACcedilAtildeO 10 2008 Pelotas Resumos Pelotas UFPEL 2008

DAIUTO E R VIEITES R L TREMOCOLDI M A RUSSO V C Taxa

respiratoacuteria de abacate bdquoHass‟ submetido a diferentes tratamentos fiacutesicos Revista

Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha Meacutexico v 10 n 2 p 101-109

2010

DAIUTO E R TREMOCOLDI M A VIEITES R L Conservaccedilatildeo poacutes colheita de

abacate bdquoHass‟ irradiado Revista Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha vol

10 n 2 2010

DONADIO L C Abacate para exportaccedilatildeo aspectos teacutecnicos da produccedilatildeo

Brasiacutelia Frupex MAPA 1995 53 p

49

DONADIO L C FERRARI L AVILEacuteS T C Abacate In DONADIO L C (Ed)

Histoacuteria da Fruticultura Paulista Jaboticabal SBF ndash Sociedade Brasileira de

Fruticultura 2010 P 33-63

DORIZZOTTO C D A SAMPAIO A C ICUMA I M et al Avocado production

chain in the state of Satildeo Paulo (Brazil) In Proceedings VII World Avocado Congress

2011 Cairns Anaishellip Cairns Internacional Avocado Society 2011 DISPONIacuteVEL

EM lt

httpworldAvocadocongress2011comuserfilesfileOsvaldo20Kioshi20Yamanis

hi201400-1420pdf gt

ERNST Z R ERNST A A The strategic role of new cultivars A case study of

bdquoMaluma‟ VIII Congreso Mundial de la Palta 2015 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwavocadosourcecomWAC8Section_02EarnstZander2015pdf gt

FACTFISH Avocados production quantity (tons) ndash for all countries DISPONIacuteVEL

EM lt httpwwwfactfishcomstatisticAvocados20production20quantity gt

FAOSTAT 2000 a 2013 DISPONIacuteVEL EM lt httpfaostat3faoorgbrowseTTPE gt

FER B WOLSTENHOLME B N (Ed) The Avocado botany production and

uses Oxon CABI Publ 2002 chap 12 p 299-338

FRANCISCO V L F dos S BAPTISTELLA C S L CULTURA DO ABACATE NO

ESTADO DE SAtildeO PAULO Informaccedilotildees Econocircmicas SP v 35 n5 2005

DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwieaspgovbroutpublicacoespdftec3-0505pdf gt

GAYET J P et al 1995 Abacate para exportaccedilatildeo procedimentos de colheita e

poacutes-colheita FRUPEX Brasiacutelia 37p

GIRARDI G Abacate uma nova opccedilatildeo de biocombustiacutevel Jornal UNESP Bauru

2009 DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwunespbracijornal248energia_bauruphp gt

50

GUEDES M S B SENA M TOLEDO S Certificaccedilatildeo como estrateacutegia competitiva

internacional dos produtores de frutas no Brasil VII Encontro da Sociedade

Brasileira de Economia Ecoloacutegica (ECO-ECO) 28 a 30 de novembro de 2007

Fortaleza Cearaacute

HODDLE M The Avocado Seed Moth Stenoma cateniver Walsingham (Lepdoptera

Elachistidae) Department of Entomology Applied Biological Control Research

DISPONIacuteVEL EM lt httpbiocontrolucredustenomastenomahtml gt

HOHMANN C L MENEGUIM A M A BROCA-DO-ABACATE (Stenoma catenifer)

Aspectos bioloacutegicos comportamento danos e manejo Instituto Agronocircmico do

Paranaacute ndash Londrina ndashPR Informe da Pesquisa n 147 2005

HOHMANN C L MENEGUIM A M Observaccedilotildees preliminares sobre a ocorrecircncia

da broca-do-abacate Stenoma catenifer Wals no Estado do Paranaacute Anais da

Sociedade Entomoloacutegica do Brasil v 22 p 417-419 1993

ILLSLEY-GRANICH C‟Hass‟Carmenrega precocious flowering avocado tree

Agrovim AS de CV Uruapan Michocan Mexico Rob Brokaw Brokaw Nursery Inc

Saticoy California USA Dr Salvador Ochoa-Ascencio University of Michoacan

Uruapan Michoacan Mexico 2011 DISPONIacuteVEL EM lt

httpworldavocadocongress2011comuserfilesfileCarlos20Illsley201410-

1430pdf gt

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA ESTATIacuteSTICA (IBGE) IBGE CIDADES

DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwcidadesibgegovbrcartogramamapaphplang=ampcoduf=53ampcodmun=53

0010ampidtema=136ampcodv=v01ampsearch=distrito-federal|brasilia|sintese-das-

informacoes-2013 gt

KADER A A 1992 Postharvest technology of horticultural crops Okland Univertisy

of California 292p

51

KADER A A ARPIA M L Avocado Recommendations for Maintaining

Postharvest Quality 2013

KADER A A Biologiacutea y Tecnologiacutea Postcosecha un Panorama In KADER A A

Tecnologiacutea Postcosecha de Cultivos Hortofrutiacutecolas 3 Ed Davis University Of

Califoacuternia 2007 Cap 4 p 43-53

KLUGE R A et al Inibiccedilatildeo do amadurecimento de abacate com 1-

metilciclopropeno Pesquisa Agropecuaacuteria Brasileira 37(7)895-901

KOOLER O C Abacaticultura Porto Alegre UFRGS 1992 138p

KOOLER O C ABACATICULTURA Porto Alegre UFRGS 1984 138p

KOLLER O C Abacate produccedilatildeo de mudas instalaccedilatildeo e manejo de pomares

colheita e poacutes-colheita Porto Alegre Cinco Continentes 2002 145 p

KREMER-KOumlHNE S KOumlHNE J S 25 YEARS OF AVOCADO ROOTSTOCK

DEVELOPMENT IN SOUTH AFRICA VI World Avocado Congress Chile 2007

DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwavocadosourcecomWAC6enExtenso1a-8pdf gt

LIPPERT C ALLAMAND M (WESTFALIASUBSOLE) A hystory of

collaboration Rev Subsole Santiago 2007

MAIS NATUREZA ABACATEIRO DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwmaisnaturezacomplantasarvoresabacateiro gt

MARANCA G Fruticultura comercial Manga e Abacate Satildeo Paulo Nobel 1980

p 81-133

MASSAFERA G COSTA T M B OLIVEIRA J E D COMPOSICcedilAtildeO DE AacuteCIDOS

GRAXOS DO OacuteLEO DO MESOCARPO E DA SEMENTE DE CULTIVARES DE

ABACATE (Persea americana MILL) DA REGIAtildeO DE RIBEIRAtildeO PRETO SP)

52

Alim Nutr Araraquara V 21 n 2 p 325-331 abrjun 2010 DISPONIacuteVEL EM lt

http20014571150seerindexphpalimentosarticleview940a20v21n2pdf gt

MDIC Negociaccedilotildees internacionais DISPONIacuteVEL EM

httpwwwdesenvolvimentogovbrsitiosecexnegInternacionaisMedTerrorismoLei

ph p gt

MICKELBART M V BENDER G S WITNEY G W ADAMS C ARPAIA M L

Effects of clonal rootstocks on bdquoHass‟ avocado yield components alternate bearing

and nutrition Journal of Horticultural Schience amp Biotechnology Ashford v 82

n 3 p 460-466 2007

MILLER B BERTELS R PADILLA T WILEMAN R THOMSEN L China the

new frontier VIII World Avocado Congress 2015

MONTENEGRO H W S A cultura do abacateiro Satildeo Paulo Melhoramentos

1951 102p (Criaccedilatildeo e Lavoura n 11)

MORAES A F G Desenvolvimento produccedilatildeo e qualidade de frutos de abacateiro

cv bdquoHass‟ sobre dois porta-enxertos nas condiccedilotildees edafoclimaacuteticas da regiatildeo central

do Estado de Satildeo Paulo Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Ciecircncias Piracicaba 2014

NAAMANI G Global Trends in main Avocado Markets VII World Avocado

Congress Australia 2011

NAVA DE DE LARA HADDAD M PARRA JRP 2005 Exigecircncias teacutermicas

estimativa do nuacutemero de geroccedilotildees de Stenoma catenifer e comprovaccedilatildeo de modelo

em campo Pesq Agropec Bras Brasilia v 40 p 961-967

NAVA DE PARRA JRP COSTA VA GUERRA TM COcircNSOLI FL (2005b)

Population dynamics of Stenoma catenifer(Lepidoptera Elachistidae) and related

larval parasitoids in Minas Gerais Brazil Florida Entomologistv 88p 441-446

53

NOVAGRIM ndash FRESH FRUITS IMPORTER amp VEGETABLE SUPPLIER SINCE

1999 2001-2013 WORLD AVOCADO PRODUCTION DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwnovagrimcomPages2000_2011_Avocado_statistics_ENaspx gt

OLIVEIRA LA A importacircncia das Normas Internacionais para o Comeacutercio da

Fruticultura Brasileira Piracicaba Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Economia Escola

Superior de Agricultura ldquoLuiz de Queirozrdquo Universidade de Satildeo Paulo Piracicaba

2005

OLIVEIRA M A de et al 2000 Ceras para conservaccedilatildeo poacutes colheita de frutos de

abacateiro cultivar Fuerte armazenados em temperatura ambiente Scientia Agriacutecola

Piracicaba 57 (4) 777-780

PASSONI A D NEVES M C M RODRIGUES B B BOTEON M Anaacutelise dos

principais entraves na exportaccedilatildeo de frutas brasileiras CENTRO DE ESTUDOS

AVANCcedilADOS EM ECONOMIA APLICADA (CEPEAESALQ-USP) XLIV

CONGRESSO DA SOBER ndash ldquoQuestotildees Agraacuterias Educaccedilatildeo no Campo e

Desenvolvimentordquo Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia Rural Fortaleza

2006

PEGG K G COATES L M KORSTEN L HARDING R M Foliar fruit and

soilborne diseases In WHILEY A W SCHAF

PERFIL DA FRUTICULTURA 2014 Base de dados 2012 a 2013 Governo de Minas

Gerais Agricultura Pecuaacuteria e Abastecimento 2014

PICCININ E PASCHOLATI S F ldquoDOENCcedilAS DO ABACATEIRO‟ em MANUAL DE

FITOPATOLOGIA Vol 2 Doenccedilas das Plantas Cultivadas Editora Agronocircmica

Ceres Ltda Satildeo Paulo 1997 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwifcursoscombrsistemaadminarquivos07-33-29-

manualfitopatologiapdfpage=10 gt

54

PUTT F F GOacuteES B C CATANEO P F Anaacutelise econocircmica de oferta e demanda

do abacate na alta paulista X Foacuterum Ambiental da Alta Paulista v 10 n 7 2014

pp 158-169

ROCHA I L Nuacutemeros do abacate HORTIESCOLHA Instituto Brasileiro de

Qualidade em Horticultura DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwhortibrasilorgbrjnwindexphpoption=com_contentampview=articleampid=120

9numeros-do-abacate-ampcatid=50comercializacaoampItemid=82 gt

SANTO N T Manejo da vegetaccedilatildeo intercalar para obtenccedilatildeo de cobertura morta na

cultura do abacateiro visando minimizar os danos causados por Phytophthora

cinnamomi Dissertaccedilatildeo de mestrado em Fitotecnia Piracicaba 2014

SCHAFFER B WOLSTENJOLME B N WHILEY A W The avocado botany

production and uses 560 p 2012 DISPONIacuteVEL EM lt

httpsbooksgooglecombrbooksid=r0hpRJca3zECamppg=PA83amplpg=PA83ampdq=Th

e+Avocado+botany+production+and+uses+hass-

likeampsource=blampots=oqc5OBsbmVampsig=5gDWWPIMYRBW9cH3yYuWh-ldd-8amphl=pt-

BRampsa=Xampved=0ahUKEwj_yPbgsoTKAhUGDpAKHZTrCWEQ6AEIPDADv=onepag

eampqampf=false gt

SCIENCIA I Certificaccedilatildeo GLOBALGAP e impactos ambientais em agroinduacutestrias de

alimentos Dissertaccedilatildeo de Poacutes-Graduaccedilatildeo Araraquara SP 2010 lt

mlthttpwwwecoecoorgbrconteudopublicacoesencontrosvii_envii_enc_ecohtm

gt

SIMAtildeO S Manual de Fruticultura Satildeo Paulo Editora Agronocircmica Ceres 1971

530p p 147-169

SINGER P MASON J Eacutetica da alimentaccedilatildeo como nossos haacutebitos alimentares

influenciam o meio ambiente e o nosso bem estar Rio de Janeiro Elsevier 2007

SOARES H F ITO M K O AacuteCIDO GRAXO MONOINSATURADO DO ABACATE

NO CONTROLE DE DISLIPIDEMIAS Ver Ciecircnc Meacuted Campinas P 47-51 2000

55

DISPONIacuteVEL EM lt httpperiodicospuc-

campinasedubrseerindexphpcienciasmedicasarticleviewFile13301304 gt

TEIXEIRA C G Cultura In ITAL ndash INSTITUTO DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS

(Campinas) Abacate Cultura mateacuteria-prima processamento e aspectos

econocircmicos 2 Ed Campinas Instituto Campineiro de Ensino Agriacutecola 1995 Cap 1

p 1-54 (Frutas Tropicais)

TEIXEIRA C G Cultura do abacate In TEIXEIRA C G et al ABACATE cultura

mateacuteria prima processamento e aspectos econocircmicos 2deg ed Seacuterie Fruas Tropicais

ndeg8 ITAL Campinas 1991 250p

WATANABE H S Caracteriacutesticas de cultivares de abacate CEAGESPS ndash

Companhia de Entrepostos e Armazeacutens Gerais de Satildeo Paulo 2013

WOLFENBARGER D O COLBURN B The Stenoma catenifer a serious Avocado

pest Proceedings of Florida State Horticulture Society v 92 p 315-318 1979

ZEIDAN R SEIXAS P ABRANCHES L COSTA D MEIRELLES F Certificaccedilatildeo

na cadeia produtiva de alimentos e as barreiras teacutecnicas agrave exportaccedilatildeo Simpoacutesio de

excelecircncia e gestatildeo e tecnologia ndash SEGeT 2008 Resende

Page 8: EVOLUÇÃO DA PRODUÇÃO MUNDIAL E NACIONAL …...RESUMO O abacateiro, Persea americana, é uma cultura muito importante em vários países, devido ao volume comercializado da fruta

SUMAacuteRIO

INTRODUCcedilAtildeO 10

OBJETIVO 11

REVISAtildeO BIBLIOGRAacuteFICA 11

A CULTURA DO ABACATE 11

Origem 11

Abacate no Brasil 12

Descriccedilatildeo 12

Aacutervore folhas e fruto 12

Flores 13

Polinizaccedilatildeo 13

Raccedilas 14

Principais cultivares 14

Avocado 15

Clima 16

Solos 17

Doenccedilas e pragas que afetam a cultura do abacate 17

Ponto de colheita 19

Poacutes colheita 20

Consumo 20

Aspectos nutricionais 21

Produtos e subprodutos 22

Melhoramento geneacutetico 23

Certificaccedilatildeo 24

METODOLOGIA 25

RESULTADOS E DISCUSSAtildeO 26

ABACATE NO MUNDO 26

ABACATE NO BRASIL 35

AVOCADO NO BRASIL 41

CERTIFICACcedilAtildeO 44

CONCLUSOtildeES 45

BIBLIOGRAFIA 47

10

INTRODUCcedilAtildeO

A cultura do abacateiro eacute de grande importacircncia para o setor frutiacutecola em

vaacuterias regiotildees de todo o mundo A produccedilatildeo mundial de abacate em 2013 foi de

4717102 toneladas (FACTFISH) No Brasil neste mesmo ano a produccedilatildeo chegou

a 159903 t ocupando uma aacuterea de 9615 ha ficando na oitava posiccedilatildeo no ranking

dos maiores produtores mundiais (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA FRUTICULTURA

2015) Ainda em 2013 os maiores produtores mundiais de abacate foram Meacutexico

disparado na frente com um volume de 1467837 toneladas Repuacuteblica Dominicana

com 387546 t e Colocircmbia com 303304 toneladas (FONTE FACTFISH) De acordo

com Rocha (2014) a produccedilatildeo mundial de abacate cresceu 19 no periacuteodo de

2006 e 2012

Apesar de o Brasil possuir excelentes condiccedilotildees para a produccedilatildeo de abacate

a falta de manejos agronocircmicos adequados durante toda a cadeia produtiva do

abacate tem feito com que o paiacutes natildeo participe de forma mais efetiva no mercado

mundial do abacate A cultura possui elevada suscetibilidade agrave gomose do

abacateiro conhecida como podridatildeo da raiz causada por Phytophthora

cinnamomi considerada a principal doenccedila que afeta esta cultura em todas as

regiotildees do mundo (CANTUARIAS-AVILEacuteS SILVA 2011 citado por SANTOS 2014)

Outro entrave na produccedilatildeo do abacate eacute a broca-do-abacate Stenoma catenifer

que de acordo com WOLFENBARGER amp COLBURN (1979) eacute uma praga

quarentenaacuteria em vaacuterios paiacuteses tem sido marcante para a produccedilatildeo deste produto

sendo vetada a entrada de lotes contaminados por meio de barreiras fitossanitaacuterias

em paiacuteses como os Estados Unidos da Ameacuterica principal importador mundial da

fruta

Em acircmbito internacional os abacates bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ satildeo os mais

apreciados Estes frutos recebem a denominaccedilatildeo de Avocado Estas cultivares tecircm

sido mais valorizadas pelo seu tamanho diferenciado e alto teor de lipiacutedeos

(FRANCISCO e BAPTISTELLA 2005) Estas cultivares satildeo hiacutebridos oriundos das

raccedilas mexicana e guatemalense possuem frutos pequenos com caroccedilo

relativamente grande e com alto teor de oacuteleo (TEIXEIRA 1995)

Para CARVALHO (2015) o Brasil estaacute ainda comeccedilando a participar do

volume de exportaccedilatildeo do abacate bdquoHass‟ cultivar mais produzida em todo o mundo

poreacutem o paiacutes esse ainda tem pouca contribuiccedilatildeo para com este setor do qual os

11

Estados Unidos e Uniatildeo Europeia representam forte potencial importador devido ao

elevado consumo interno que cresce de forma mais acelerada do que a produccedilatildeo

da fruta no paiacutes

Os principais importadores de fruta como como o europeu e o norte

americano impotildeem de um padratildeo de qualidade que observa agraves exigecircncias feitas

pelos consumidores com relaccedilatildeo agrave seguranccedila alimentar Este fator deve ser

considerado elementar pelos paiacuteses que visam exportar quaisquer produtos para

essas regiotildees A certificaccedilatildeo dos produtos eacute de extrema importacircncia para consolidar

paiacuteses exportadores no mercado pois esta leva em consideraccedilatildeo aspectos

ambientais e sociais aleacutem do local de produccedilatildeo Desta forma produtores de fruta

destinadas agrave exportaccedilatildeo precisaram adaptar suas lavouras a fim de atender as

exigecircncias dos mais importantes selos internacionais como o EureGapR e o TNCR

(OLIVEIRA 2005)

Os consumidores atuais estatildeo mais informados no que se refere agrave busca de

qualidade e por isso buscam produtos que atentem agraves questotildees eacuteticas que

abordem temas como meio ambiente tambeacutem o uso indiscriminado de agrotoacutexicos

considerando que a procura por alimentos seguros e saudaacuteveis eacute uma questatildeo

fundamental (SINGER e MASON 2007)

OBJETIVO

O objetivo deste estudo foi apresentar a evoluccedilatildeo da produccedilatildeo e

comercializaccedilatildeo da cultura do abacateiro em niacutevel internacional e mundial por meio

de trabalhos encontrados na literatura

REVISAtildeO BIBLIOGRAacuteFICA

A CULTURA DO ABACATE

Origem

Existem relatos sobre o abacate no iniacutecio do descobrimento das Ameacutericas Na

Colocircmbia o abacate jaacute era conhecido por volta de 1519 e 1526 entre os anos de

1532 e 1550 apareceu no Meacutexico Este nome ldquoabacaterdquo eacute oriundo do dialeto

indiacutegena o que reforccedila a informaccedilatildeo de que esse fruto eacute amplamente conhecido

pelos povos naturais da Ameacuterica (DONADIO 1995)

12

Por ser uma espeacutecie oriunda da Ameacuterica o abacate espalhou-se pelo

continente no seacuteculo XVII sendo mencionado na Jamaica em 1657 e 1969 pelo

nome de Avocado como eacute comumente denominado em paiacuteses de liacutengua inglesa Jaacute

em paiacuteses que tecircm como principal liacutengua o espanhol eacute conhecido como bdquoaguacate‟

exceto na Argentina Chile Peru e Equador onde eacute conhecido como bdquopalta‟

(DONADIO 1995)

O abacate eacute citado na Europa inicialmente em 1601 quando foi introduzido

no jardim botacircnico de Valecircncia Apoacutes isso disseminou-se para outros continentes

chegando na Aacutefrica em 1750 tendo Gana como via de acesso Em 1825 chega no

Havaiacute e em 1833 na Floacuterida Na Aacutesia o abacate chega pela Malaacutesia em 1900

(DONADIO 1995)

Abacate no Brasil

Existem relatos da cultura do abacateiro no Brasil desde 1787 poreacutem a

primeira introduccedilatildeo oficial deu-se em 1893 quando quatro aacutervores provenientes da

Guiana Francesa pertencentes agrave raccedila Antilhana que forneceram as primeiras

sementes da espeacutecie para o Brasil Em Satildeo Paulo acredita-se que a cultura tenha

se iniciado no Vale do Paraiacuteba no seacuteculo XIX predominando plantas da raccedila

Antilhana (Donadio et al 2010)

A safra do abacate gira em torno de 150 toneladas exceto em 2008 que

chegou a 173 mil t (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA FRUTICULTURA 2008) A

produccedilatildeo Brasileira de Abacate foi de 159903 toneladas em 2013 ocupando uma

aacuterea de 9615 ha conferindo a oitava posiccedilatildeo no ranking global do setor (ANUAacuteRIO

BRASILEIRO DA FRUTICULTURA 2015)

Descriccedilatildeo

Aacutervore folhas e fruto

O abacateiro espeacutecie P americana Miller eacute uma planta dicotiledocircnea da

famiacutelia Lauraceae gecircnero Persea A aacutervore possui porte meacutedio-alto variando de 12

a 25 metros O abacateiro se desenvolve bem em regiotildees tropicais e subtropicais A

planta possui caule ciliacutendrico e lenhoso com coloraccedilatildeo cinza escuro Suas folhas satildeo

sem estipulas de peciacuteolo curto e alternadas e podem ter vaacuterios formatos como

eliacuteptico-lanceoladas oblongas oblongo-lanceoladas ou ovais podendo variar de

76 a 410 cm de comprimento A cor da folha vai de bronzeada quando nova e

13

aos poucos vai esverdeando O fruto eacute uma baga com uma semente grande

cercada por uma polpa amanteigada (TEIXEIRA 1995 KOLLER 2002 CRANE

2007)

Flores

As flores do abacateiro satildeo pequenas e hermafroditas podendo ter coloraccedilatildeo

branca ou verde amarelada Satildeo produzidas em abundacircncia e possuem diacircmetro de

variaacutevel de 05 a 15 cm dispostas em paniacuteculas terminais nos ramos mais novos

(ALMEIDA 2013)

O abacateiro possui flores perfeitas com oacutergatildeos masculinos e femininos

capazes de produzir frutos agrave exceccedilatildeo da variedade Collinson por exemplo que natildeo

consegue produzir poacutelen e soacute serve como planta feminina (MARANCA 1980) A

planta apresenta comportamento floral denominado dicogamia protogenica

(KOLLER 1992)

Polinizaccedilatildeo

Apesar de possuir flores hermafroditas a maturidade do pistilo (parte

feminina) natildeo ocorre ao mesmo tempo da deiscecircncia das anteras (parte masculina)

(ALMEIDA 2013)

As flores do abacateiro se comportam de duas formas distintas diferenciando

a classificaccedilatildeo de cultivares em dois grupos A e B No grupo A estatildeo as variedades

onde a primeira abertura da flor ocorre pela manhatilde pronta para receberem o poacutelen

(feminina) reabrindo somente agrave tarde no seguinte poreacutem soltando poacutelen

(masculino) As variedades do grupo B a primeira abertura da flor ocorre apoacutes o

meio dia (feminina) fechando-se pela tarde e reabrindo ao amanhecer no estaacutegio

masculino Conhecer da biologia floral do abacateiro eacute extremamente importante

para se obter boa produccedilatildeo em pomares de abacateiro por conta do fato de suas

flores serem hermafroditas Desta forma para que se tenha uma eficiente

polinizaccedilatildeo das flores eacute imprescindiacutevel que os pomares sejam formados com

variedades pertencentes aos dois diferentes grupos para se ter uma produccedilatildeo

economicamente viaacutevel A proporccedilatildeo entre as variedades pode variar de acordo com

a demanda do mercado (MONTENEGRO 1951 citado por FRANCISCO E

BAPTISTELLA 2005)

14

Raccedilas

O abacateiro Persea americana pertence agrave famiacutelia Lauraceae que engloba

cerca de 50 gecircneros Existem trecircs grupos ou raccedilas que representam o abacate

comercial satildeo elas Mexicana ndash Persea americana var drymifolia Antilhana ndash P

americana var americana e Guatemalense ou guatemalteca ndash P nubigena var

guatemalensis (WILLIAMS 79 citado por DONADIO 1995)

Principais cultivares

Dentre as cultivares mais produzidas no estado de Satildeo Paulo estatildeo a

bdquoFortuna‟ bdquoGeada‟ bdquoQuintal‟ e bdquoMargarida‟ (DORIZZOTTO 2011) A produccedilatildeo

concentra-se na regiatildeo de Campinas Ribeiratildeo Preto e Bauru (ALMEIDA 2013)

Levantamentos feitos na regiatildeo nordeste por CORREIA et al (2010) indicam

que as principais cultivares nos CEASAS de Pernambuco e Cearaacute satildeo Quintal

Fortuna Geada e Margarida Jaacute em Satildeo Paulo as principais cultivares

comercializadas no CEAGESP citadas por ALMEIDA (2013) satildeo bdquoBreda‟ Fortuna

Geada Margarida e Quintal (CEAGESP 2013)

ILUSTRACcedilAtildeO DAS PRINCIPAIS CULTIVARES DE ABACATE

FIGURA 1 - Ilustraccedilatildeo das principais cultivares de abacate brasileira fonte HORTIESCOLHA DISPONIacuteVEL EM httpwwwhortiescolhacombrhortipediaprodutoabacate (adaptado)

A cultivar BREDA possui formato piriforme poreacutem se formaccedilatildeo de ldquopescoccedilordquo

(WATANABE 2013 citado por ALMEIDA 2013)

A variedade FORTUNA tem como uma de suas caracteriacutesticas frutos

piriformes muito grandes com peso variando entre 600 e 1Kg de casca lisa e verde

escuro polpa amarela e caroccedilo solto (KOLLER 2002) O teor de oacuteleo da cultivar

15

FORTUNA eacute de aproximadamente 8 (SIMAtildeO 1998 DONADIO et al 2010) No

CEASA do Recife esta cultivar eacute a preferida devido ao fato de ser uma fruta

carnuda com preccedilo acessiacutevel excelente sabor entre outros fatores

A cultivar GEADA tambeacutem possui fruto piriforme podendo ser ovalado sem

ldquopescoccedilordquo com coloraccedilatildeo verde mais claro que o FORTUNA sua polpa eacute amarela

com a semente aderente seu conteuacutedo de oacuteleo eacute bastante baixo por volta de 35

e a maturaccedilatildeo bastante precoce (TEIXEIRA 1995 KOLLER 2002)

A cultivar MARGARIDA apresenta as caracteriacutesticas da raccedila Guatemalense

como folhas novas com coloraccedilatildeo arroxeada frutos redondos e de casca rugosa

sua polpa eacute verde clara e o caroccedilo eacute pequeno (KOLLER 2002) Segundo BONELLA

(2013) (citado por ALMEIDA 2013) a cultivar MARGARIDA eacute a preferida por

compradores que visam transportar longas distacircncias pois apresenta oacutetima

resistecircncia poacutes-colheita

A QUINTAL eacute outro hiacutebrido das raccedilas Antilhana e Guatemalense seus frutos

satildeo grandes pesam entre 500 e 900 g possui casca verde clara lisa a polpa eacute

amarela e o caroccedilo aderente agrave polpa (TEIXEIRA 1995 KOLLER 2002 DONADIO

2010) O formato da QUINTAL eacute bem piriforme com ldquopescoccedilordquo bastante

proeminente Esta cultivar eacute a preferida no CEASA de Fortaleza por possuir

aparecircncia bonita e brilhosa casca livre de manchas polpa saborosa e etc

Avocado

A denominaccedilatildeo bdquoAvocado‟ tem sido utilizada no paiacutes para identificar as

cultivares de abacate bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ estas cultivares tecircm sido mais valorizadas

pelo seu tamanho diferenciado e alto teor de lipiacutedeos (FRANCISCO e

BAPTISTELLA 2005) apesar de suas reduzidas dimensotildees Contudo sendo fruto

climateacuterico eacute altamente pereciacutevel podendo ser um obstaacuteculo agrave comercializaccedilatildeo

(DAIUTO et al 2010)

As cultivares bdquoFuerte‟ e bdquoHass‟ satildeo oriundas do possiacutevel cruzamento natural

de variedades das raccedilas guatemalense e mexicana (DONADIO 1995) O tipo ‟Hass‟

possui casca aacutespera e formato arredondado Quando estaacute maduro sua casca

apresenta coloraccedilatildeo escurecida Jaacute o tipo ‟Fuerte‟ possui casca verde brilhante e lisa

com formato alongado (JAGUACYR)

16

A cultivar bdquoHass‟ eacute a mais valorizada no mundo apesar de seu tamanho

reduzido o fruto possui alta concentraccedilatildeo de lipiacutedeos Seus frutos podem pesar

entre 149 e 300 gramas (MICKELBART et al 2007 CRIZEL 2008)

Na Califoacuternia adota-se para as cultivares bdquoFuerte‟ e bdquoHass‟ o ponto miacutenimo de

mateacuteria seca adotada para a colheita eacute de 19 e 208 respectivamente (KADER amp

ARPIA 2013) O teor de mateacuteria seca possui elevada correlaccedilatildeo com o niacutevel de oacuteleo

da fruta Essas cultivares satildeo reconhecidas pelos altos niacuteveis de oacuteleo - fator que

possui forte influecircncia na conservaccedilatildeo do sabor

A tabela a seguir apresenta as informaccedilotildees nutricionais obtidas em 50g de

Avocado (JAGUACYR)

TABELA 1 - Informaccedilotildees nutricionais em 50g de avocado FONTE

JAGUACYR

INFORMACcedilOtildeES NUTRICIONAIS AVOCADO (50g)

ENERGIA 301 kj 72 kcal

CARBOIDRATOS 853 g

PROTEIacuteNAS 1 g

GORDURAS TOTAIS 8 g

GORDURA SATURADA 18 g

FIBRA ALIMENTAR 16 g

SOacuteDIO 75 mg

POTAacuteSSIO 485 mg

O Avocado tem 5 vezes menos aacutegua que o abacate comum o que lhe

confere concentraccedilatildeo muito maior de nutrientes A fruta eacute considerada pelos

nutricionistas como sendo uma das que possui maior valor nutricional devido ao fato

de possuir elevadas concentraccedilotildees de vitaminas antioxidantes como A C e E Em

comparaccedilatildeo com a banana a fruta conteacutem ainda trecircs vezes mais vitamina B6 Em

meacutedia o Avocado possui niacutevel de gordura em aproximadamente 20 sendo a

maioria monoinsaturada A gordura monoinsaturada auxilia na reduccedilatildeo no LDL e

promove aumento no HDL o ldquocolesterol bomrdquo (JAGUACYR)

Clima

As variedades da Iacutendia Ocidental e alguns hiacutebridos satildeo melhores adaptados a

regiotildees planas de clima tropical e regiotildees tropicais onde natildeo haacute ocorrecircncia de

17

geadas Por outro lado variedades Mexicanas satildeo mais adaptadas a regiotildees com

temperaturas mais baixas Hiacutebridos de raccedilas Mexicanas x Guatemaltecas

geralmente satildeo mais resistentes ao frio do que as raccedilas hiacutebridas Iacutendias Ocidentais x

Guatemaltecas (CRANE et al 2007)

Solos

O abacateiro eacute uma planta muito sensiacutevel a este fator em especial no que se

refere agrave drenagem e profundidade dos solos (KOLLER 1984) Para esta cultura

recomenda-se solos feacuterteis bem drenados pouco aacutecidos e profundos (SIMAtildeO

1971)

A cultura do abacateiro natildeo tolera solos inundados ou mal drenados

Condiccedilotildees de umidade elevada constante comprometem o desenvolvimento

adequado das plantas pois resultam em deficiecircncia nutricional e em alguns casos

pode provocar a morte da planta devido ao fato de estarem altamente suscetiacuteveis a

infecccedilatildeo por fungos (CRANE et al 2007)

Outro aspecto que deve ser considerado na cultura do abacate eacute a salinidade

devido agrave alta sensibilidade da cultura a este fator que pode provocar a queima da

ponta e borda das folhas e queda da produccedilatildeo (DONADIO 1995)

Doenccedilas e pragas que afetam a cultura do abacate

Apesar de o Brasil possuir excelentes condiccedilotildees para a produccedilatildeo de abacate

a falta de manejos agronocircmicos adequados durante toda a cadeia produtiva do

abacate tem feito com que o Brasil natildeo participe de forma mais eficiente no mercado

mundial do abacate A cultura possui elevada suscetibilidade agrave gomose do

abacateiro podridatildeo da raiz causada por Phytophthora cinnamomi

No Brasil a podridatildeo radicular causada por Phytophthora cinnamomi tem

dizimado plantaccedilotildees de abacateiro reduzindo a longevidade dos pomares

(DONADIO 1995) A doenccedila eacute considerada a mais importante para a cultura do

abacateiro sendo fator limitante para a cultura em todo o mundo (CAMPOS 1988

KOLLER 2002) A seleccedilatildeo de cultivares porta-enxertos resistentes ou tolerantes

controle quiacutemico e manejo do solo satildeo estrateacutegias que reduzem os danos e o

controle desta doenccedila (PEGG et al 2002)

A ocorrecircncia de Phytophthora cinnamomi juntamente com estresses

ambientais faz com que o abacateiro da cultivar ‟Hass‟ produza frutos com

18

dimensotildees muito reduzidas Esses frutos subdimensionados natildeo satildeo

comercializaacuteveis resultando em elevadas perdas financeiras para os produtores

(BRUWER 2007) Empresas como a Westfalia situada na proviacutencia de Limpopo na

Aacutefrica do Sul tecircm testado cultivares de abacate bdquoHass-like‟ para se obter maior

produtividade em regiotildees afetadas pelo P cinnamomi

Algumas das estrateacutegias que visam agrave minimizaccedilatildeo dos danos e o controle da

podridatildeo radicular satildeo por exemplo a utilizaccedilatildeo de cultivares porta-enxertos

resistentes ou tolerantes o uso de controle quiacutemico e praacuteticas especiacuteficas de manejo

do solo (PEGG et al 2002)

No que se refere a barreiras agrave exportaccedilatildeo do abacate a broca-do-abacate

Stenoma catenifer que de acordo com WOLFENBARGER amp COLBURN (1979) eacute

uma praga quarentenaacuteria em vaacuterios paiacuteses tem sido marcante para a produccedilatildeo

deste produto sendo vetada a entrada de lotes contaminados por meio de barreiras

fitossanitaacuterias em paiacuteses como os Estados Unidos da Ameacuterica principal importador

mundial Esta praga tem sido uma ameaccedila extremamente relevante para a produccedilatildeo

nacional de abacate chegando a causar perda de toda a produccedilatildeo (HOHMANN amp

MENEGUIM 1993) De acordo com informaccedilotildees da Universidade da Califoacuternia

(HODDLE UCR) os EUA tecircm desenvolvido protocolos de seguranccedila para impedir

que a doenccedila tenha acesso ao paiacutes por meio de importaccedilotildees de paiacuteses onde a

doenccedila eacute endecircmica Algumas regiotildees brasileiras de cultivo de abacate 100 da

colheita pode estar infestado com S catenifer (Nava et al 2005a) Mesmo com a

aplicaccedilatildeo de inseticidas de largo espectro sendo feitas de 7 a 11 vezes durante uma

uacutenica estaccedilatildeo de crescimento ateacute 60 de frutas podem ser infestados com larvas S

catenifer (Nava et al 2005b)

Para CARVALHO (2015) a exportaccedilatildeo para os EUA pela JAGUACYR eacute

dificultada devido agrave ocorrecircncia de doenccedilas que ocorrem em territoacuterio nacional e que

podem ser exportadas com os produtos

Ocorrida a eclosatildeo a lagarta de primeiro instar desloca-se ao longo do fruto

ateacute encontrar o local adequado para iniciar o ataque As fecircmeas procuram depositar

os ovos no peduacutenculo contudo haacute maior incidecircncia de orifiacutecios na parte inferior do

abacate Ao passo que as lagartas se desenvolvem e vatildeo se alimentando da polpa

do abacate indo em direccedilatildeo ao caroccedilo onde este inseto se aloja e finaliza a fase

larval construindo galerias no interior A lagarta se desenvolve no fruto e transforma-

se em pupa no solo numa profundidade de 05 a 15 cm ou ateacute mesmo no interior

19

dos frutos caiacutedos Dentre as medidas preventivas de controle destaca-se o uso

adequado das cultivares considerando que quanto mais tempo os frutos

permanecem nas plantas maiores seratildeo as perdas O planejamento da colheita deve

ser considerado pois colheitas tardias proporcionam condiccedilotildees favoraacuteveis para o

desenvolvimento da praga no pomar Outra medida preventiva principalmente para

pomares orgacircnicos eacute a cataccedilatildeo e destruiccedilatildeo dos frutos caiacutedos (HOHMANN amp

MENEGUIM 2005)

A verrugose ou sarna do abacateiro causada pelo fungo Sphaceloma

perseae conhecida em 1918 na Floacuterida foi encontrada no Brasil pela primeira vez

em 1938 em Limeira Eacute uma das doenccedilas de elevada importacircncia na cultura do

abacateiro visto que esta doenccedila deprecia a aparecircncia do fruto e pode provocar

tambeacutem queda dos frutos jovens bem como o subdesenvolvimento O fungo ataca

as folhas e os frutos e se desenvolve em condiccedilotildees de umidade elevada Para o

controle desta doenccedila eacute recomendado a utilizaccedilatildeo de variedades que apresentem

resistecircncia sendo necessaacuterio evitar variedades do grupo Guatemalense (PICCININ

amp PASCHOLATI 1997)

Ponto de colheita

O fruto do abacate eacute conhecido por ser climateacuterico isso significa que pode

completar o amadurecimento depois de colhido e apresenta um pico de produccedilatildeo de

etileno sucedido por um pico respiratoacuterio durante o amadurecimento O melhor

indicador de maturidade fisioloacutegica para se concluir se os frutos estatildeo aptos agrave

colheita eacute a porcentagem de mateacuteria seca que possui relaccedilatildeo com o acuacutemulo de

oacuteleo (KADER amp ARPIA 2013 citado por ALMEIDA 2013)

No Brasil a observaccedilatildeo em campo da perda do brilho na casca eacute uma praacutetica

comum para identificar o ponto ideal de colheita (ALMEIDA 2013) Jaacute na Floacuterida

contabilizam-se os dias apoacutes a floraccedilatildeo para se determinar o ponto de colheita

Na cultura do abacateiro os principais iacutendices de qualidade satildeo tamanho cor

da casca formato danos mecacircnicos recentes ou cicatrizados causados por insetos

podridotildees embalagens e transporte inadequados alteraccedilatildeo de sabor devido a

longos periacuteodos de armazenagem na aacutervore ou por colheita antes da maturidade

fisioloacutegica (KADER amp ARPIA 2013 CANTILLANO 2013) No que se refere agrave

alteraccedilatildeo de sabor KADER (2007) comenta que este fator estaacute diretamente ligado

20

ao teor de oacuteleo no fruto Neste sentido cultivares mais tardias oriundas das raccedilas

Guatemalenses e Mexicana possuem maiores teores de oacuteleo

Poacutes colheita

Por ser um fruto climateacuterico com alta taxa respiratoacuteria e elevada produccedilatildeo de

etileno apoacutes a colheita o fruto do abacate eacute altamente pereciacutevel (KADER 1992)

Neste sentido o controle do amadurecimento eacute de extrema importacircncia para se

prolongar a vida uacutetil no poacutes-colheita de frutas objetivando-se a comercializaccedilatildeo no

mercado interno ou externo (KLUGE et al 2002)

Tratando-se de maturaccedilatildeo no poacutes-colheita a manipulaccedilatildeo do etileno eacute uma

teacutecnica utilizada para antecipar ou adiar o processo de maturaccedilatildeo dos frutos O

etileno eacute um gaacutes que se comporta como hormocircnio

No Brasil a comercializaccedilatildeo do abacate em varejo ocorre na maioria das

vezes sem a utilizaccedilatildeo de refrigeraccedilatildeo portanto a utilizaccedilatildeo de tecnologias que

possibilitem a conservaccedilatildeo agrave temperatura ambiente eacute de grande relevacircncia para se

permitir a comercializaccedilatildeo durante um maior tempo apoacutes a colheita atrasando o

amadurecimento dos frutos (KLUGE et al 2002) Daiuto 2010 concluiu que a

refrigeraccedilatildeo foi efetiva na conservaccedilatildeo de frutos de abacate bdquoHass‟

Aleacutem do uso de refrigeraccedilatildeo para retardar o amadurecimento dos frutos

tambeacutem se utiliza o revestimento dos frutos com cera para se reduzir o processo de

respiraccedilatildeo e uso de metilciclopropeno para inibir a produccedilatildeo de etileno gaacutes que

funciona como hormocircnio na maturaccedilatildeo de frutos (Gayet et al 1995 Oliveira et al

2000 KLUGE et al 2002)

A utilizaccedilatildeo de radiaccedilotildees gama em baixos niacuteveis associada a outros

procedimentos no poacutes-colheita eacute mencionada na literatura como excelente meacutetodo

para prolongar a periacuteodo de prateleira das frutas por retardar os processos de

senescecircncia e amadurecimento reduzindo os iacutendices de apodrecimento provocados

por fungos e bacteacuterias (Kaumlferstein e Moy 1993) O problema do uso da radiaccedilatildeo eacute

que esta teacutecnica provoca o escurecimento perda de firmeza do fruto e o surgimento

de depressotildees superficiais (CHITARRA e CHITARRA 2005)

Consumo

Em relaccedilatildeo ao consumo per capita do abacate em 2013 o Meacutexico foi de 90

Kghab enquanto que no Brasil o consumo girava em torno de 301 gramashab

21

por ano em De acordo com dados de 2011 o consumo per capita da fruta em Israel

foi de 50 Kghab o Chile ficou logo atraacutes com 45Kghab por ano e os Estados

Unidos apesar de maior importador apenas 20 Kghab por ano (NAAMANI 2011)

Em alguns paiacuteses da Uniatildeo Europeia chega a ser 1500 gramashab por ano (BNET

2011) De acordo com PUTTI (2014) esta diferenccedila se deve ao fato de que o

consumo do abacate em paiacuteses da Europa vai aleacutem da forma in natura sendo

consumido principalmente na forma de salada aleacutem disso os benefiacutecios da fruta satildeo

mais difundidos do que no Brasil

A fruta eacute consumida de forma diferente ao redor do mundo podendo ser sob

a forma de doce como no Brasil ou em saladas e patecircs como o guacamole

(JAGUACYR) Aleacutem de ser amplamente explorada na induacutestria

Aspectos nutricionais

A tabela a seguir apresenta as informaccedilotildees nutricionais do abacate a partir de

100g da fruta

TABELA 2 - Informaccedilotildees nutricionais do abacate obtidas a partir de 100g

da fruta fonte (FATSECRET)

INFORMACcedilOtildeES NUTRICIONAIS ABACATE

ENERGIA 669 kj 160kal

CARBOIDRATOS 853 g

ACcedilUacuteCAR 066 g

PROTEIacuteNAS 2g

GORDURAS 1466g

GORDURA SATURADA 2126G

GORDURA MONOINSATURADA

9799G

GORDURA POLIINSATURADA 1816

COLESTEROL 0 mg

FIBRAS 77 g

SOacuteDIO 7 mg

POTAacuteSSIO 485 mg

Uma das principais caracteriacutesticas que qualificam o abacate eacute a elevada

quantidade de mateacuteria graxa em sua composiccedilatildeo O fruto eacute conhecido como uma

fruta de alto valor energeacutetico Os aacutecidos graxos (AG) podem ser encontrados na

semente em sua maioria insaturados estes aacutecidos tambeacutem estatildeo presentes no

mesocarpo contudo em concentraccedilotildees diferentes O oacuteleo do abacate eacute um produto

22

explorado na induacutestria farmacecircutica devido ao elevado teor de vitamina E O

produto possui bom valor comercial apesar de natildeo ser tatildeo produzido mundialmente

A quantidade de oacuteleo encontrada no mesocarpo eacute superior ao teor de oacuteleo

encontrado na semente No mesocarpo os teores de aacutecido oleico variam entre

3177 a 5030 jaacute na semente o teor desse aacutecido graxo monoinsaturado varia de

1169 a 3583 (MASSAFERA 2010)

O abacate eacute um alimento rico em aacutecido graxo monoinsaturado oleico Estudos

realizados com aacutecidos graxos monoinsaturados revelam sua importacircncia na

prevenccedilatildeo e tratamento de dislipidemias que estatildeo relacionadas ao

desenvolvimento de doenccedilas cardiovasculares e coronarianas (SOARES e ITO

2000) Os aacutecidos graxos monoinsaturados representados principalmente pelo aacutecido

oleico presente em oacuteleo de oliva e canola possui efeito significativos na prevenccedilatildeo e

tratamento de doenccedilas crocircnicas (LARSEN et al 1999)

Produtos e subprodutos

O oacuteleo obtido a partir da fruta do abacate possui propriedades fiacutesico-quiacutemicas

semelhantes ao oacuteleo de oliva principalmente pela composiccedilatildeo de seus aacutecidos

graxos salientando o aacutecido oleico O oacuteleo de oliva eacute um produto altamente

consumido no paiacutes poreacutem de origem importada e o oacuteleo de abacate possui forte

potencial para substituiacute-lo (MASSAFERA 2010)

Outra forma de aproveitamento do oacuteleo do abacate eacute para a produccedilatildeo de

biodiesel O professor do departamento de Quiacutemica da UNESP Manoel Lima de

Menezes afirma que o abacate tem o teor de oacuteleo que varia entre 5 a 30

proacuteximo ao encontrado na extraccedilatildeo da soja de 18 Segundo o pesquisador um

dos obstaacuteculos eacute ainda o teor de umidade da semente (BIODIESELBR 2013)

Dentre as vantagens do abacate em comparaccedilatildeo com a soja eacute que da fruta eacute

possiacutevel extrair oacuteleo e etanol dois ingredientes baacutesicos para a produccedilatildeo do

biodiesel Outra vantagem eacute que de acordo com Menezes o abacate pode render

ateacute 2800 litros de oacuteleo por hectare contra 400 da soja aleacutem do fato do abacateiro

ser uma planta perene (GIRARDI 2009)

A madeira tambeacutem eacute um produto explorado na cultura do abacateiro na

produccedilatildeo de energia como combustiacutevel (MAISNATUREZA) Outra forma de

aproveitamento de resiacuteduos da cultura eacute a utilizaccedilatildeo do caroccedilo para a produccedilatildeo de

23

tintas a partir do caroccedilo usado para tingir roupas produzindo uma tinta castanho-

arroxeada (TEIXEIRA 1991)

Melhoramento geneacutetico

O desenvolvimento floral bem como a eacutepoca de floraccedilatildeo e o amadurecimento

da fruta satildeo diretamente influenciados por caracteriacutesticas geneacuteticas Essas

caracteriacutesticas podem ser manipuladas com a utilizaccedilatildeo de enxertos porta enxertos

ou a interaccedilatildeo entre eles Neste sentido podem ser utilizados genoacutetipo Mexicano

que pode antecipar a floraccedilatildeo ou Guatemalenses que manteacutem uma floraccedilatildeo meacutedia

ou porta-enxerto das Iacutendias Ocidentais que promovem floraccedilatildeo tardia Estudos tecircm

comprovado que a utilizaccedilatildeo de porta-enxertos do grupo Mexicano antecipam a

floraccedilatildeo entre 4 a 8 semanas antes de pomares de clones de bdquoHass‟ Contudo a

antecipaccedilatildeo de 8 semanas na eacutepoca de floraccedilatildeo promoveu o a antecipaccedilatildeo de

maturaccedilatildeo dos frutos em apenas 3 semanas Como existe uma alta demanda pelo

abacate ‟Hass‟ em todo mundo o uso de cultivares do abacate bdquoHass-like‟ pode ser

de grande interesse para os paiacuteses produtores uma vez que a cultivar bdquoLamb-Hass‟

por exemplo possui a caracteriacutestica de estender a eacutepoca de colheita aumentando

assim a janela de produccedilatildeo da fruta (SCHAFFER et al 2012)

No final dos anos 80 Carlos Meacutendez observou um abacate diferenciado na

regiatildeo de Urupan estado de Michocaacuten Meacutexico A planta encontrada exibia uma

floraccedilatildeo com um comportamento distinto das demais Este abacate bdquoHass-like‟ foi

nomeado localmente de bdquoHass-Mendez‟ e agora eacute conhecido comercialmente como

bdquoHass Carmen‟ (Illsley-Granich 2011) Uma das cultivares de bdquoHass-like‟ que tem

sido utilizada em programas de melhoramento eacute a ldquoSir Prizerdquo

Outra cultivar bdquoHass-like‟ muito importante eacute a bdquoMaluma‟ na Aacutefrica do Sul

Dentre as vantagens desta cultivar em relaccedilatildeo ao bdquoHass‟ apresentadas por ERNST

amp ERNST (2015) estatildeo rendimento elevado precocidade e possibilidade de

aumento na densidade de plantas no pomar de abacateiro

Programas de melhoramento satildeo criados a fim de se incorporar

caracteriacutesticas de resistecircncia a doenccedilas - como os desenvolvidos na Universidade

da Califoacuternia que deram origem a cultivares como por exemplo bdquoGem‟ e bdquoHarvest‟

que possuem excelentes caracteriacutesticas agronocircmicas Dentre estas caracteriacutesticas

se tem aumento da produtividade e resistecircncia agrave podridatildeo radicular

24

A utilizaccedilatildeo de porta-enxertos eacute de suma importacircncia para se aproveitar

melhor o potencial das diferentes culturas seja por aumentar a produtividade ou por

conferir resistecircncia a doenccedilas No final dos anos 70 a podridatildeo causada por

Phytophthora cinnamomi causou grandes prejuiacutezos para a cultura do abacate na

Aacutefrica do Sul Com isso foi necessaacuterio importar da Califoacuternia porta-enxertos

tolerantes agrave podridatildeo radicular propagados vegetativamente a fim de se ter maior

uniformidade geneacutetica para estabelecer novos pomares de abacateiro Durante

muitos anos a cultivar bdquoDuke 7‟ era o uacutenico porta-enxerto que produzia plantas

uniformes produtivas e razoavelmente produtivas era a cultivar bdquoDuke 7‟ Nos anos

80 foi desenvolvida a cultivar bdquoDusa‟ a partir de plantas sobreviventes em pomares

doentes A cultivar desenvolvida pela WESTFALIA apresentou toleracircncia agrave podridatildeo

superior a bdquoDuke 7‟ (KREMER-KOumlHNE 2007)

Na Floacuterida as cultivares mais utilizadas como porta-enxerto satildeo a bdquoLula‟ e

bdquoWaldin‟ devido ao fato dessas variedades conferirem aos pomares de abacate

uniformidade aumentar o vigor e pela produccedilatildeo de sementes (CRANE et al 2007)

No Brasil os pomares comerciais de abacate satildeo implantados sobre porta-

enxertos oriundos de sementes este fator faz com que o tamanho da copa das

plantas seja desuniforme a produccedilatildeo seja afetada bem como a qualidade dos frutos

e a susceptibilidade aos patoacutegenos do solo no qual se destaca Phytophthora

cinnamomi Contudo outros paiacuteses produtores da fruta utilizam porta-enxertos de

melhor qualidade obtidos a partir de clones que possuem resistecircncia a doenccedilas e

tambeacutem conferem uniformidade ao pomar (MORAES 2014)

Certificaccedilatildeo

Devido agrave exigecircncia cada vez maior feita pelos mercados internacionais natildeo eacute

possiacutevel exportar frutas e outros produtos agropecuaacuterios sem que se tenha a

certificaccedilatildeo Um das finalidades da certificaccedilatildeo eacute proteger o diferencial de qualidade

(AGRIANUAL 2012)

A certificaccedilatildeo eacute uma forma de se adquirir vantagem competitiva sustentaacutevel

para concorrer com os grandes produtores mundiais Tendo em vista a exigecircncia de

produtos de qualidade por consumidores cada vez mais frequente eacute necessaacuterio que

o mercado mundial se atente ao alto padratildeo de qualidade fornecido por seus

produtos Com isso programas de qualidade tecircm sido desenvolvidos visando agrave

aplicaccedilatildeo direta nas cadeias de produccedilatildeo em especial na aacuterea de produtos

25

pereciacuteveis como eacute o caso da fruticultura objetivando a aceitaccedilatildeo internacional

(GUEDES et al 2007)

Vaacuterias pesquisas e estudos recentes vecircm colaborando para compreensatildeo da

formaccedilatildeo organizaccedilatildeo e influecircncia das cadeias produtivas de onde surgem

produtos que seguem os padrotildees de qualidade reconhecidos internacionalmente

onde os sistemas de certificaccedilatildeo tecircm papel fundamental

Tratando-se de qualidade os consumidores atuais buscam produtos que

atentem agraves questotildees eacuteticas que abordem temas como meio ambiente e uso de

agrotoacutexicos considerando que a procura por alimentos seguros e saudaacuteveis uma

questatildeo elementar (SINGER e MASON 2007)

Considerando que a sauacutede dos consumidores de alimentos in natura pode ser

afetada a seguranccedila alimentar bem como a qualidade dos produtos deve receber

atenccedilatildeo especial A qualidade dos produtos estaacute vinculada aos procedimentos que

satildeo conduzidos durante cada etapa de produccedilatildeo como por exemplo plantio

colheita processamento industrializaccedilatildeo e comeacutercio (OLIVEIRA 2005)

METODOLOGIA

Tipo de Estudo

Pesquisa Bibliograacutefica eacute desenvolvida a partir de material jaacute elaborado

constituiacutedo de livros e artigos cientiacuteficos (Gil 2008) Portanto o presente trabalho

utilizou-se das ideias do estudo exploratoacuterio feito a partir de pesquisa bibliograacutefica

Com isso este trabalho desenvolveu-se seguindo

1deg FONTES

Foram utilizados artigos que fornecessem informaccedilotildees sobre a cultura do

abacate bem como dados de produccedilatildeo poacutes-colheita e comercializaccedilatildeo e que

abordassem o tema de exportaccedilatildeo

2deg COLETA DE DADOS

Primeiramente foi feita leitura de trabalhos jaacute disponiacuteveis na literatura que

abordassem aspectos de produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo de forma raacutepida e objetiva a

fim de se selecionar o material a ser incluiacutedo no presente trabalho

26

Em seguida foi feita uma leitura seletiva agrupando as informaccedilotildees dos

artigos preacute-selecionados de acordo com o tema registrando as informaccedilotildees

extraiacutedas das fontes em instrumento especiacutefico

3deg ANAacuteLISE E INTERPRETACcedilAtildeO DOS RESULTADOS

Nesta etapa foi realizada uma leitura analiacutetica com a finalidade de ordenar as

informaccedilotildees contidas na literatura disponiacutevel utilizados como fonte para o

desenvolvimento deste trabalho a fim de se elaborar informaccedilotildees que resumissem

as questotildees abordadas nesta pesquisa

RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

ABACATE NO MUNDO

A figura a seguir apresenta dados de produccedilatildeo mundial de abacate (t) em 21

paiacuteses indo de 2004 a 2013 com base nos dados da FAO ndash Organizaccedilatildeo das

Naccedilotildees Unidas para Alimentaccedilatildeo e Agricultura (Food and Agriculture Organization of

the United Nations para a sigla em inglecircs)

27

Figura 2 Produccedilatildeo mundial do abacate (em t) elaborado pelo autor FONTE NOVAGRIM adaptado com dados da FAO

Os paiacuteses produtores de abacate satildeo representados no mapa abaixo onde a

intensidade da coloraccedilatildeo vermelha representa o volume de abacate produzido no

paiacutes quanto mais intenso maior o volume produzido como estaacute destacado o

Meacutexico maior produtor mundial participando com aproximadamente 31 12 de toda

a produccedilatildeo mundial da fruta

Figura 3 - Paiacuteses produtores de abacate ao redor do mundo FONTE FACTFISH

100000

300000

500000

700000

900000

1100000

1300000

1500000

1700000

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013

PRODUCcedilAtildeO MUNDIAL DE ABACATE

MEacuteXICO

INDONEacuteSIA

REP DOM

COLOcircMBIA

BRASIL

EUA

CHILE

PERU

CHINA

28

Em 2004 o maior produtor mundial de abacate foi o Meacutexico participando com

307 de todo o volume produzido mundialmente com cerca de 987000 t Em

segundo lugar poreacutem muito atraacutes com um volume de 221774 t segue a Indoneacutesia

representando apenas 689 Na terceira posiccedilatildeo Repuacuteblica Dominicana 68 e

218790 t e em quarto produzindo 170985 t estava a Colocircmbia com 53

De acordo com os dados de 2013 o Meacutexico continuou liderando o setor

participando com 3112 do total produzido agora com um volume de 1467837 t

Em segundo lugar a Repuacuteblica Dominicana com 821 Colocircmbia 643 e Peru

611 em ordem decrescente (FAOSTAT) Nos uacuteltimos 10 anos a Repuacuteblica

Dominicana saltou para o segundo lugar graccedilas a um aumento de 771 em sua

produccedilatildeo Neste sentido a Colocircmbia alcanccedila a posiccedilatildeo de 3deg colocado devido ao

aumento similar ao da Repuacuteblica Dominicana (774)

O Peru foi o paiacutes que obteve maior destaque pois saiu da oitava posiccedilatildeo

participando com apenas 337 da produccedilatildeo mundial o que representava um

volume de 108460 t em 2004 para a quarta posiccedilatildeo no ranking mundial em 2013

com 611 quando produziu 288387 t a sua participaccedilatildeo no mercado mundial

quase que dobrou nesse periacuteodo O aumento da produccedilatildeo mundial foi de 467

enquanto que o aumento do volume de abacate produzido no Peru foi de 1659

Segundo CARVALHO (2015) a formaccedilatildeo de associaccedilotildees como a PROHASS que

investe no desenvolvimento de tecnologia e marketing para estimular inclusive o

consumo interno podendo ateacute ser um exportador para o Brasil

Aos poucos a China vem participando do mercado do abacate A populaccedilatildeo

do paiacutes ultrapassa 15 bilhotildees de pessoas em algumas aacutereas metropolitanas a

populaccedilatildeo vai de 12 a 45 milhotildees de habitantes Em 2000 a classe meacutedia da China

representava 4 da populaccedilatildeo e hoje chega a 66 Os gastos com alimentaccedilatildeo

tambeacutem acompanham essa mudanccedila de comportamento pois existe nesta classe a

procura por alimentos mais saudaacuteveis Esses fatores tecircm estimulado uma mudanccedila

no consumo de abacate em toda a China (MILLER et al 2015)

Quanto agrave produccedilatildeo do Brasil no Ranking global ocorreu justamente o

contraacuterio o paiacutes saiu da quinta posiccedilatildeo para a oitava ao reduzir 765 da produccedilatildeo

que era de 170895 t em 2004 para 157428 t em 2013 Em 2011 o abacate ficou na

17deg posiccedilatildeo no ranking da produccedilatildeo nacional da fruta ocupando apenas 03 do

montante da produccedilatildeo de frutas frescas muito atraacutes das principais culturas

29

produzidas como a laranja mais produzida participando com 416 do setor

Banana segunda mais importante com 154 e Melancia com 46 em quarto

(IBGEPAM 2011)

O volume de abacate fresco brasileiro exportado foi de 4313 t em 2013 para

5806 toneladas em 2014 resultando num aumento de mais de 37 na receita com

este setor que em 2014 foi de mais de nove milhotildees e meio de doacutelares

(AGRIANUAL 2015)

O graacutefico abaixo apresenta o comportamento do volume em toneladas de

abacate exportado pelos paiacuteses que participam do setor

Figura 4 Volume de abacate (t) exportado pelos paiacuteses exportadores da fruta Elaborado pelo autor FONTE FAO

Em 2013 Meacutexico liderou o setor de exportaccedilatildeo do abacate com um volume

de 563492 toneladas cerca 463 do total exportado no mundo Em segundo lugar

a Holanda com 99 A Holanda eacute um grande importador contudo o paiacutes reexporta

grande parte do volume comprado O Peru merece destaque pois saiu de um

volume exportado de 2209 t (06) em 2000 para 114515 t em 2013 ocupando

94 do volume de abacate exportado o que lhe conferiu a 3deg posiccedilatildeo no ranking

global Em quarto lugar o Chile com 73

A figura a seguir apresenta o comportamento dos principais importadores de

abacate do mundo em 14 anos

0

100000

200000

300000

400000

500000

600000

20002001200220032004200520062007200820092010201120122013

EVOLUCcedilAtildeO DA EXPORTACcedilAtildeO MUNDIAL EM t

MEacuteXICO

CHILE

ESPANHA

AacuteFRICA DO SUL

ISRAEL

HOLANDA

PERU

30

Figura 5 Evoluccedilatildeo do volume (t) importado pelos principais paiacuteses importadores de abacate ELABORADA PELO AUTOR FONTE FAOSTAT

Os principais importadores de fruta como por exemplo o europeu e o norte

americano exigem um padratildeo de qualidade que observem as demandas impostas

pelos consumidores com relaccedilatildeo agrave seguranccedila alimentar e tambeacutem agraves exigecircncias

para certificaccedilatildeo do produto levando em consideraccedilatildeo aspectos ambientais e

sociais aleacutem do local de produccedilatildeo Desta forma produtores de fruta destinadas agrave

exportaccedilatildeo precisaram adaptar suas lavouras para atender agraves exigecircncias dos mais

importantes selos internacionais como o EureGapR e o TNCR (OLIVEIRA 2005) O

maior importador de abacate do mundo satildeo os Estados Unidos (ROCHA 2014)

O volume de abacate importado ao redor do mundo vem crescendo na uacuteltima

deacutecada Os Estados Unidos lideram o montante desde 2007 mais ainda que toda a

Uniatildeo Europeia o volume importado pelo paiacutes cresceu cerca de sete vezes entre

2000 e 2013 Em segundo lugar a Uniatildeo Europeia importando quase 23 menos

A Holanda tambeacutem cresceu muito e hoje ocupa a terceira colocaccedilatildeo no ranking O

Japatildeo e o Canadaacute tiveram consideraacutevel crescimento contudo mantiveram-se na 5deg

e 6deg posiccedilatildeo durante esse periacuteodo

Nos EUA a demanda cresce mais acelerado do que a oferta segundo

CARVALHO (2015) a demanda cresce 12 ao ano enquanto a produccedilatildeo cresce

apenas 4 O paiacutes possui uma poliacutetica de retornar parte dos lucros oriundos da

-

100000

200000

300000

400000

500000

600000

700000

IMPORTACcedilAtildeO DE ABACATE NO MUNDO EM t

EUA

UE

HOLANDA

FRANCcedilA

CANADAacute

REINO UNIDO

31

comercializaccedilatildeo do Avocado no paiacutes com a elaboraccedilatildeo de marketing e o

desenvolvimento de pesquisas que incentivem o aumento do consumo interno

promovendo alimentos como por exemplo o GUACAMOLE alimento muito popular

no paiacutes

Em 2002 os EUA impunham a Lei do Bioterrorismo exigindo que as

empresas que produzem processem armazenem ou processem alimentos voltados

ao consumo humano ou animal devem cumprir normas para comercializar seus

produtos voltados ao consumo humano ou animal precisam cumprir normas para

comercializar seus produtos nos Estados Unidos Eacute necessaacuterio que essas mesmas

empresas possuam registro junto ao governo norte-americano atualizando estas

informaccedilotildees e comunicarem agraves autoridades a chegada de novos carregamentos

alimentares O natildeo cumprimento dessas exigecircncias acarreta na proibiccedilatildeo do

ingresso da carga e possiacutevel retenccedilatildeo da mercadoria com multa para o responsaacutevel

pelo carregamento (MDIC 2006)

Os principais compradores de abacate ‟Hass‟ satildeo os Estados Unidos (20 a

50) UE AUS e o Meacutexico maior produtor e exportador do Avocado participando

com 20 do mercado de Avocado (CARVALHO 2015)

O Brasil participa com apenas 031 do mercado internacional exportando

para o Canadaacute e Holanda CARVALHO (2015) comenta que o Brasil natildeo aproveita

seu potencial de se tornar grande produtor e exportador de Avocado o paiacutes possui

extensa aacuterea e clima variado entre outros fatores que favorecem a produccedilatildeo de

Avocado contudo a produccedilatildeo ainda eacute muito pequena quando comparado com

outros paiacuteses que participam do mercado internacional da fruta

Quanto agrave contribuiccedilatildeo do desenvolvimento de programas de melhoramento

geneacutetico para a consolidaccedilatildeo do Brasil como grande produtor mundial de abacate a

utilizaccedilatildeo de cultivares de bdquoHass-like‟ representa uma excelente opccedilatildeo para

aumentar a safra da cultura no paiacutes devido agrave caracteriacutestica que esta variedade tem

de antecipar a florada ampliando desta forma a janela de produccedilatildeo e aumentando

a competitividade do paiacutes em relaccedilatildeo a outros paiacuteses exportadores da fruta

O graacutefico a seguir ilustra o comportamento das exportaccedilotildees e importaccedilotildees

Brasileiras em 14 anos

32

Figura 6 - Evoluccedilatildeo da exportaccedilatildeo e importaccedilatildeo do abacate (em t) no Brasil em 14 anos Elaborado pelo autor FONTE FAO

Alguns dos principais concorrentes do Brasil tratando-se da exportaccedilatildeo do

Avocado satildeo Aacutefrica do Sul com 3 das exportaccedilotildees Chile com 7 e Peru

representando 10 do mercado internacional de Avocado A safra do Chile ocorre

em eacutepoca proacutexima a do Brasil comeccedilando em agosto e terminando em fevereiro

(CARVALHO 2015) A Boliacutevia apesar de participar com apenas 012 do volume

exportado tem a vantagem de possibilidade de produccedilatildeo o ano todo

O elevado padratildeo de qualidade dos produtos eacute sem duacutevida um fator que

pode fazer com que o Brasil se estabeleccedila no mercado mundial de abacate Esta

praacutetica tem qualificado a Aacutefrica do Sul como um dos principais fornecedores para

paiacuteses da Europa a partir do intenso trabalho desenvolvido pela empresa sem fins

lucrativos WESTFALIA situada no municiacutepio de Limpopo por meio de investimentos

em tecnologia

A tabela a seguir apresenta o periacuteodo do ano em que cada paiacutes exportador de

abacate embarca seus produtos ao redor do mundo

0

500

1000

1500

2000

2500

3000

3500

4000

4500

5000

EXPORTACcedilAtildeO

IMPORTACcedilAtildeO

33

TABELA 3 - Janela de exportaccedilatildeo dos paiacuteses exportadores de abacate

adaptada FONTE WESTFALIASUBSOLE

CALENDAacuteRIO DE EXPORTACcedilAtildeO DE ABACATE lsquoHASSrsquo

jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

BRASIL X X X X X X X X

ARGENTINA X X X

EUA X X X X X X X X X X X X

CHILE X X X X X X X X X X

AFRICA DO SUL X X X X X X X

REP DOMINICANA X X X X X

ISRAEL X X X X X X

PERU X X X X X X X

NOVA ZELAcircNDIA X X X

MEacuteXICO X X X X X X X X X X X X

ESPANHA X X X X X X X

QUEcircNIA X X X X X

AUSTRAacuteLIA X X X X X X X

Os principais destinos do abacate ‟Hass‟ exportado pelo Brasil satildeo Espanha

Itaacutelia Holanda Alemanha e Dinamarca O material exportado segue de navio do

porto de Santos a uma temperatura de 5degC levando ateacute 16 dias no maacuteximo ateacute os

destinos Esse material exportado pelo Brasil possui os certificados GlobalGapR ndash

BRCR ndash BSCIR ndash SedexR ndash SmetaR

Os graacuteficos a seguir apresentam informaccedilotildees sobre a evoluccedilatildeo do da

exportaccedilatildeo do abacate feitos a partir de informaccedilotildees apresentadas no Anuaacuterio

Brasileiro de fruticultura (2004 a 2015) obtidos a partir de dados do Instituto

Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica

34

Figura 7 - Evoluccedilatildeo do volume de abacate exportado pelo brasil (2003 a 2014) Elaborado pelo autor com dados DO ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE AGRICULTURA DE 2004 a 2015 (IBGE)

Figura 8 - Receita com exportaccedilatildeo brasileira de abacate (2003 a 2014) Elaborado pelo autor com dado do ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE AGRICULTURA DE 2004 a 2015 (IBGE)

O volume de abacate exportado pelo Brasil vem crescendo nos uacuteltimos anos

revelando assim a importacircncia do setor para o paiacutes A variaccedilatildeo do volume

exportado de 2008 para 2009 foi de 6282 jaacute de 2009 para 2010 a exportaccedilatildeo

sofreu uma queda de 793 Em 2014 houve um aumento de 3462 no setor em

relaccedilatildeo ao ano anterior (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE FRUTICULTURA) A receita

-

100000

200000

300000

400000

500000

600000

700000

20

03

20

04

20

05

20

06

20

07

20

08

20

09

20

10

20

11

20

12

20

13

20

14

EVOLUCcedilAtildeO DO VOLUME DE ABACATE EXPORTADO PELO BRASIL (2003 a 2014)

VOLUME EXPORTADO (t)

-

20000000

40000000

60000000

80000000

100000000

120000000

20

03

20

04

20

05

20

06

20

07

20

08

20

09

20

10

20

11

20

12

20

13

20

14

RECEITA COM EXPORTACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ABACATE (2003 a 2014)

RECEITA (em USS FOB)

35

obtida a partir da exportaccedilatildeo do abacate tambeacutem acompanha os iacutendices de

crescimento

A Aacutefrica do Sul um dos principais concorrentes do Brasil no setor de

exportaccedilatildeo do Avocado eacute reconhecida por exportar material de alta qualidade para

Europa onde possui escritoacuterios contudo sua produccedilatildeo estaacute estagnada A Westfalia

eacute uma empresa sem fins lucrativos produtora de Avocado na Aacutefrica do Sul

responsaacutevel por desenvolver o mercado de Avocado no paiacutes e investe fortemente

em tecnologia o que colaborou para a atual situaccedilatildeo da Aacutefrica do Sul no setor de

exportaccedilatildeo de Avocado (CARVALHO 2015)

ABACATE NO BRASIL

O Brasil favorecido quando comparado com outros paiacuteses produtores devido

agrave suas dimensotildees continentais o que lhe possibilita ampla variaccedilatildeo de temperaturas

e solos estes fator unido agraves caracteriacutesticas individuais de cada variedade como por

exemplo sazonalidade e exigecircncias nutricionais e de horas de luz Contudo apesar

da aacuterea destinada agrave produccedilatildeo do abacate no Brasil ter reduzido passando de

11605 ha em 2005 para 9559 ha em 2014 reduccedilatildeo de 176 a produccedilatildeo natildeo foi

tatildeo alterada o que evidencia a possibilidade de um aumento na produtividade destas

aacutereas

Atualmente o Brasil ocupa a oitava posiccedilatildeo no ranking global do setor de

produccedilatildeo de abacate E apesar de possuir crescente produtividade o paiacutes ainda

possui excelente potencial produtor e tambeacutem como exportador da fruta Para

aproveitar melhor esse potencial deveriam ser feitos mais investimentos tanto no

que se refere agrave produccedilatildeo como por exemplo melhoramento geneacutetico e adoccedilatildeo de

protocolos de boas praacuteticas agriacutecolas para a obtenccedilatildeo de certificaccedilatildeo quanto no

setor de comercializaccedilatildeo desenvolvendo elevado padratildeo de qualidade da fruta

A tabela a seguir (TABELA 4) apresenta a aacuterea destinada agrave colheita de todas

as variedades de abacate nos principais produtores de abacate e o Distrito Federal

TABELA 4 - Aacuterea destinada agrave colheita (em ha) Elaborada pelo autor

DADOS (IBGE-SIDRA)

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Brasil 11605 10515 9892 9596 8509 11125 10768 9615 9707 9559

Satildeo Paulo 4266 3688 3583 3437 3267 5530 5642 4192 4374 4337

36

Minas Gerais 2865 2254 2326 2223 1854 2202 2134 2309 2416 2373

Paranaacute 1492 1467 1306 1009 1085 1000 944 922 958 930

Cearaacute 493 475 498 497 490 484 477 480 483 498

Rio Grande do Sul 626 619 613 602 584 575 552 499 470 444

Distrito Federal 119 122 109 124 108 111 - 295 160 134

A tabela 5 abaixo apresenta a produccedilatildeo de todas as variedades de abacate

em toneladas dos uacuteltimos 10 anos para os principais estados produtores e o Distrito

Federal

TABELA 5 - Produccedilatildeo nacional de abacate em 10 anos (em t) Elaborada pelo

autor FONTE (IBGESIDRA)

UFANO 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Brasil 169335 164441 154096 147214 139089 153189 160376 159903 157482 156669 1000

Satildeo Paulo 77107 78085 70812 69904 74193 83002 91909 82780 85101 79316 506

Minas Gerais 38777 32812 33436 28016 24772 28522 30975 36669 36571 41259 263

Paranaacute 22265 22575 20425 16537 15919 15824 17304 16705 16309 15784 101

Rio Grande do Sul

8167 7905 7804 7602 6824 6769 6907 5719 5584 5277 34

Cearaacute 5202 4231 4706 4520 4336 4163 3985 2717 2640 3637 23

Distrito Federal 2596 3081 2690 3019 2666 2415 - 6914 3152 3151 20

Em 2014 a aacuterea destinada agrave colheita do abacate no estado do Cearaacute era

superior agrave aacuterea do Rio Grande do Sul contudo a produccedilatildeo no estado do Cearaacute no

mesmo ano foi de 3637 t enquanto que a produccedilatildeo do Rio Grande do Sul foi de

5277 45 maior reforccedilando assim a ideia de que a produtividade no Sul pode ser

maior em relaccedilatildeo agrave regiatildeo Nordeste Este fator pode ser decorrente do uso de

cultivares inadequadas para as condiccedilotildees climaacuteticas da regiatildeo eou pela falta de

adoccedilatildeo de tecnologias modernas e teacutecnicas avanccediladas de produccedilatildeo

No Distrito Federal a produccedilatildeo cresceu 21 nos uacuteltimos 10 anos e hoje

representa 2 da produccedilatildeo nacional Por outro lado Satildeo Paulo que lidera o ranking

com 506 de toda a produccedilatildeo obteve crescimento de apenas 286 Jaacute a

produccedilatildeo do Paranaacute sofreu uma reduccedilatildeo de -291 neste mesmo periacuteodo poreacutem

manteve-se como quarto produtor nacional de abacate Os estados do Cearaacute e Rio

Grande do Sul tambeacutem reduziram sua produtividade nos uacuteltimos 10 anos

acompanhando a reduccedilatildeo nacional que reduziu -74

37

A variaccedilatildeo da produtividade de todas as variedades de abacate dos principais

estados produtores de abacate do Brasil eacute apresentada na TABELA 6 a seguir

TABELA 6 - Variaccedilatildeo (em) da produtividade (t) no Brasil em 10 anos

Elaborada pelo autor FONTE (IBGESIDRA)

VARIACcedilAtildeO () DA PRODUTIVIDADE (t) EM 10 ANOS

ESTADOANO 2005 2014 VARIACcedilAtildeO

PAIacuteS 146 164 123

SAtildeO PAULO 181 183 11

MINAS GERAIS 135 174 289

PARANAacute 149 17 141

RIO GRANDE DO SUL 13 119 -85

CEARAacute 106 73 -311

DISTRITO FEDERAL 218 235 78

De acordo com os dados do IBGE Satildeo Paulo eacute o maior produtor de abacate

do paiacutes Dentre as variedades mais produzidas no estado de Satildeo Paulo estatildeo

bdquoFortuna‟ bdquoGeada‟ bdquoQuintal‟ e bdquoMargarida‟ (DORIZZOTTO 2011)

Abaixo segue TABELA 11 contendo os nuacutemeros de plantas novas e o

nuacutemero de plantas em produccedilatildeo bem como a produccedilatildeo (caixas de 22Kg) no estado

de Satildeo Paulo ao longo de 15 anos

TABELA 7 - Quantidade de peacutes novos peacutes em produccedilatildeo e produccedilatildeo (cx 22kg)

no estado de Satildeo Paulo entre 2000 e 2015 Elaborada pelo autor FONTE

INSTITUTO DE ECONOMIA AGRIacuteCOLA

ANO PEacuteS

NOVOS PEacuteS EM

PRODUCcedilAtildeO

2000 4859400 66157100

2001 4617700 62883700

2002 4742500 55421300

2003 6095000 49740300

2004 5969500 48339500

2005 5131100 46596200

2006 5325600 45869000

2007 3412800 47668000

2008 5007100 40617400

2009 12068600 49971400

2010 8190000 53239000

38

2011 6904500 54780100

2012 7704100 51341600

2013 7002100 59149400

2014 8419800 60996100

2015 9040200 67073800

O graacutefico abaixo apresenta a curva da produtividade obtida a partir da relaccedilatildeo

feita entre a produccedilatildeo e a quantidade de peacutes em produccedilatildeo no estado de Satildeo Paulo

Figura 9 - Produtividade (kgplanta) no estado de Satildeo Paulo desde 2000 elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE ECONOMIA AGRIacuteCOLA

Os dados foram obtidos a partir da relaccedilatildeo feita entre a quantidade de planta

em produccedilatildeo e a quantidade de caixas de 22 Kg produzidas no estado de Satildeo Paulo

desde 2000 Esses dados revelam crescente aumento da produtividade ateacute o ano de

2010 onde a produtividade ultrapassou 168 Kgplanta Jaacute em relaccedilatildeo ao ano de

2011 a produtividade sofreu uma reduccedilatildeo de 10 Depois disso a curva de

produtividade continuou ascendente

A seguinte tabela apresenta a evoluccedilatildeo do preccedilo do abacate comercializado

na CEAGESP durante o ano no periacuteodo de nove anos

90

110

130

150

170

190

20

00

20

01

20

02

20

03

20

04

20

05

20

06

20

07

20

08

20

09

20

10

20

11

20

12

20

13

20

14

20

15

PRODUTIVIDADE DOS PEacuteS DE ABACATE (Kgplanta) EM SP

PRODUTIVIDADE

39

TABELA 8 - Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio (em R$Kg) do abacate FONTE

CEAGESP 2008

ANOMEcircS JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

2007 105 101 1 118 107 109 129 151 159 181 228 279

2008 119 081 084 097 102 11 122 137 149 208 296 326

2009 169 122 132 133 141 141 152 177 217 213 212 235

2010 17 161 165 154 151 151 164 173 202 262 406 316

2011 185 182 183 203 186 204 231 278 308 317 359 369

2012 207 155 151 141 153 164 192 218 242 268 429 485

2013 263 209 216 215 244 265 258 304 347 403 566 498

2014 228 206 231 239 198 2 256 267 301 305 403 538

2015 406 403 386 349 367 397 394 43 - - - -

O graacutefico a seguir resume o comportamento da quantidade de peacutes novos e

em produccedilatildeo no estado de Satildeo Paulo desde o ano 2000

Figura 10 - Evoluccedilatildeo do nuacutemeros de peacutes novos e em produccedilatildeo ao longo de 15 anos no estado de Satildeo Paulo elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE

ECONOMIA AGRIacuteCOLA

A produccedilatildeo (em caixas de 22 Kg) eacute demonstrada no graacutefico abaixo para esse

mesmo periacuteodo

000

10000000

20000000

30000000

40000000

50000000

60000000

70000000

80000000

20002002200420062008201020122014

EVOLUCcedilAtildeO DOS DADOS DO ABACATE EM SAtildeO PAULO

PEacuteS NOVOS

PEacuteS EM PRODUCcedilAtildeO

40

Figura 11 - Evoluccedilatildeo da produccedilatildeo de abacate em caixas de 22kg no estado de Satildeo Paulo em 15 anos elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE

ECONOMIA AGRIacuteCOLA

A sazonalidade do abacate comercial na CEAGESP em Satildeo Paulo

demonstram que o abacate pode ser comercializado praticamente todas as eacutepocas

do ano como apresentado pela tabela

TABELA 9 - Sazonalidade do abacate FONTE CEAGESP 2008

VARIEDADE JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

GEADA X X X X X

FORTUNA X X X X X X X

QUINTAL X X X X X X X

MARGARIDA X X X X X X X X X X

BREDA X X X X X X X X

HASS X X X X X X X X

O Estado de Minas Gerais eacute o segundo maior produtor nacional de abacate

participando do setor com 229 do total produzido A aacuterea no Estado destinada agrave

produccedilatildeo da fruta foi de 23 mil ha A produtividade do estado de Minas em 2012 foi

de 15881 (hgha) (PERFIL DA FRUTA) A produccedilatildeo de abacate no Distrito Federal

em 2013 foi de 3152 toneladas (IBGE) Em Minas a produccedilatildeo concentra-se nas

regiotildees Sul e Sudeste do estado (ALMEIDA 2013)

200000000

250000000

300000000

350000000

400000000

450000000

500000000

550000000

20002002200420062008201020122014

EVOLUCcedilAtildeO NA PRODUCcedilAtildeO DE ABACATE EM SAtildeO PAULO (22Kgcx)

PRODUCcedilAtildeO CX 22Kg

41

Em 2003 o Paranaacute foi o terceiro maior produtor nacional de abacate com uma

aacuterea de aproximadamente 1600ha onde se produziu 26 mil toneladas gerando uma

receita de cerca de R$ 85 milhotildees (HOHMANN amp MENEGUIM 2005)

De acordo com a relaccedilatildeo feita entre os dados de volume de abacate colhido e

de aacuterea destinada agrave produccedilatildeo do IBGESIDRA em 10 anos (2005 agrave 2014) o estado

que sofreu maior reduccedilatildeo da produtividade foi o estado do CEARAacute reduzindo em

31 aproximadamente enquanto que o estado de minas aumentou 289 sua

produtividade O DF apresentou os melhores niacuteveis de produtividade a partir desses

dados

AVOCADO NO BRASIL

A regiatildeo de Bauru em Satildeo Paulo especializou-se na produccedilatildeo dos abacates

‟Hass‟ e bdquoFuerte‟ conhecidos comercialmente como Avocado e satildeo os mais

apreciados pelo mercado internacional (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA

FRUTICULTURA 2008)

O Avocado variedades ‟Hass‟ e bdquoFuerte‟ possui excelentes caracteriacutesticas

nutricionais como por exemplo seu alto teor de lipiacutedeos Aleacutem disso o fruto possui

tamanho reduzido o que facilita o consumo evitando que parte natildeo consumida seja

armazenada Uma das possibilidades de se estimular o consumo interno seria

promover o produto a partir do uso de marketing setor no qual a empresa

JAGUACYR situada no municiacutepio de Bauru ndash SP tem se destacado fornecendo

informaccedilotildees nutricionais e apresentando o alto padratildeo de qualidade da fruta Outro

fator que reduz a oferta do produto no mercado interno eacute a demanda internacional

apesar de impor barreiras e exigirem alto padratildeo de qualidade o produto de

qualidade recebe os melhores preccedilos este fator tambeacutem limita o consumo interno

porque o preccedilo oferecido pelos importadores reflete no preccedilo interno

Outro ponto que deve ser observado para se manter qualidade elevada dos

frutos eacute a escolha adequada do ponto de colheita pois este fator reflete diretamente

no teor de oacuteleo dos frutos que por sua vez eacute responsaacutevel pela conservaccedilatildeo do

sabor Os melhores teores de oacuteleo encontram-se em frutos tardios como nas

variedades obtidas a partir das raccedilas Guatemalenses e Mexicana sendo maior nas

raccedilas Mexicana e menor em cultivares oriunda de raccedilas Guatemalenses como por

exemplo a bdquoHass‟

42

A exportaccedilatildeo brasileira do abacate bdquoHass‟ variedade mais produzida no

mundo era de 100 toneladas por ha em 2004 para 2186 toneladas em 2010

(DORIZZOTTO 2011) Contudo este dado representa apenas 143 do volume de

todo o abacate produzido no paiacutes nesta mesma data mesmo com seus atributos

nutricionais e comerciais

Quando se trata do segmento do mercado do Avocado brasileiro em acircmbito

global a empresa JAGUACYR situada no municiacutepio de Bauru ndash SP com sede na

Holanda eacute de extrema relevacircncia contribuindo com 90 das exportaccedilotildees brasileiras

deste produto com o qual o Brasil ainda comeccedila a participar poreacutem possui

condiccedilotildees favoraacuteveis para crescer no setor (CARVALHO 2015)

O graacutefico a seguir apresentado na Figura 2 demonstra a evoluccedilatildeo da

participaccedilatildeo do Avocado no setor de fruticultura no estado de Satildeo Paulo

Figura 12 - Elaborado pelo autor FONTE CEAGESPSEDES GABRIEL V BITENCOURT DE ALMEIDA

Como apresentado no graacutefico acima o volume de Avocado comercializado na

CEAGESP tem crescido rapidamente vertiginosamente chegando a quase

quadruplicar seu valor em apenas 7 anos

Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio de atacado (R$Kg) de Avocado na CEAGESP de

Satildeo Paulo durante o ano (SP) (Figura 3)

81 74 90

106 133

208

365 378

0

50

100

150

200

250

300

350

400

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

EVOLUCcedilAtildeO DA QUANTIDADE COMERCIALIZADA (T) DE AVOCADO NA CEAGESP DE SAtildeO PAULO (SP)

QUANTIDADE(toneladas)

43

Figura 13 - Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio do avocado na CEAGESP (R$Kg) Elaborado pelo autor FONTES CEAGESP

O graacutefico a seguir demonstra um comparativo da variaccedilatildeo do preccedilo meacutedio do

abacate em relaccedilatildeo ao Avocado durante o ano com base nos dados de nove anos

da CEAGESP (R$Kg)

Figura 14 - Comparativo do preccedilo meacutedio do abacate e do avocado comercializado na ceagesp durante o ano elaborado pelo autor FONTE

CEAGESP

A partir dos dados de 7 anos com a variaccedilatildeo do preccedilo meacutedio do Avocado por

quilo durante o ano pocircde-se observar que os menores valores encontram-se entre

maio e agosto A variaccedilatildeo de preccedilo meacutedio durante o ano chega a ser de R$ 581 o

quilo mais que o dobro entre o maior e menor valor meacutedio encontrado

O graacutefico com o comparativo do preccedilo do abacate com o Avocado (Figura 11)

revela a discrepacircncia da valorizaccedilatildeo entre os dois grupos O valor miacutenimo do

4

6

8

10

12

jan

fev

mar

abr

mai

jun jul

ago

set

ou

t

no

v

dez

EVOLUCcedilAtildeO DO PRECcedilO MEacuteDIO DO AVOCADO NA CEAGESP (R$Kg)

PRECcedilO MEacuteDIO

0

2

4

6

8

10

12

JAN

FEV

MA

R

AB

R

MA

I

JUN

JUL

AG

O

SET

OU

T

NO

V

DEZ

PRECcedilO AVOCADO

PRECcedilO DO ABACATE

44

Avocado eacute de R$ 554 por quilo enquanto que o maior valor encontrado do abacate

chega a R$ 381 uma diferenccedila de quase 50

O CEASA-DF registrou em 2014 um volume comercializado de 397 toneladas

de Avocado enquanto que no ano anterior o volume registrado natildeo passou de 07

toneladas (CEASA-DF)

Apesar de jaacute haver teacutecnicas eficientes e tecnologias modernas disponiacuteveis

para se aperfeiccediloar a produccedilatildeo do abacate a exploraccedilatildeo de novas regiotildees com

potencial produtor para a implantaccedilatildeo de pomares de abacateiro no Brasil eacute um dos

fatores que podem aumentar mais ainda a produccedilatildeo nacional No DF por exemplo

a aacuterea destinada agrave colheita do abacate sofreu uma reduccedilatildeo de mais da metade de

2012 para 2014 muito diferente da forma como havia se comportando desde 2000

quando a aacuterea passou de 85 ha para 111 em 2010 O DF representa apenas 2 da

produccedilatildeo nacional do abacate contudo sua produtividade vem aumentando e de

acordo com os dados do IBGE o DF possui os melhores iacutendices de produtividade do

paiacutes o que pode representar forte potencial da regiatildeo no setor Este fato corrobora

com a ideia de que o Brasil pode aproveitar melhor sua extensatildeo territorial

explorando regiotildees com potencial produtor como o DF por exemplo

CERTIFICACcedilAtildeO

CARVALHO (2015) afirma que para participar do mercado internacional os

produtores devem se atentar agraves exigecircncias internacionais de qualidade e seguranccedila

garantidas por meio de certificaccedilatildeo como GlobalGapR BRCR BRCIR FAIRDRADER

e SEDEX-SMETAR Outro ponto que deve ser adotado pelo Brasil no comeacutercio do

Avocado eacute manter um mercado com preccedilo linear e contiacutenuo Ainda segundo

CARVALHO (2015) produtores que natildeo possuem certificaccedilatildeo no GlobalgapR

recebem menos 10

PRECcedilO PAGO PELA JAGUACYR AO PRODUTOR COM GLOBALGAPR

TABELA 10 - (CARVALHO 2015)

CAT CALIBRE MAR ABR MAI JUN

1 12 A 24 315 322 205 205

2 26 A 32 131 129 130 130

2 12 A 24 284 350 187 187

45

Para o consumidor final o selo GLOBALGAPR natildeo eacute tatildeo notado pois o uso

desta marca eacute praticado entre empresas Contudo sua em sua elaboraccedilatildeo

considerou-se a reduccedilatildeo dos impactos negativos das operaccedilotildees agriacutecolas no meio

ambiente reduzir o uso de insumos quiacutemicos e garantir que assuntos de sauacutede e

seguranccedila dos empregados e bem estar animal sejam observados (GLOBALGAPR

2008)

A GLOBALGAPR serve como um manual no comeacutercio mundial de produtos

agriacutecolas estabelecendo normas voluntaacuterias para sua certificaccedilatildeo Este conjunto de

normas estabelece serve de molde para a conduccedilatildeo de boas praacuteticas agriacutecolas

(BPA) nas atividades agriacutecolas (GLOBALGAPR 2008)

Um dos pontos positivos em se adotar os protocolos de boas praacuteticas

agriacutecolas eacute a prevenccedilatildeo de perdas Pesquisas feitas no setor da fruticultura

concluem que maior parte do desperdiacutecio ocorre no percurso que vai do manuseio

no campo ateacute as centrais de produccedilatildeo (AGRIANUAL 2012) Os iacutendices de perdas da

abaticultura chegam a 34 ao ano (AGRIANUAL 2015)

Eacute de extrema importacircncia desenvolver soacutelidos e eficientes sistemas de

certificaccedilatildeo a fim de assegurar qualidade que atenda as expectativas dos

consumidores permitindo que as empresas ingressem nos mercados globais com

seus produtos (ZEIDAN et al 2008)

A difusatildeo de praacuteticas recomendadas para a obtenccedilatildeo da certificaccedilatildeo

GLOBALGAPR por parte dos produtores de abacate principalmente as variedades

bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ pode estimular o consumo interno por meio da oferta de produtos

de maior qualidade aleacutem de reduzindo perdas e promover o produto no comeacutercio

internacional da fruta Fazendo com que o potencial produtor seja aproveitado ao

maacuteximo uma vez que seguir os protocolos de boas praacuteticas agriacutecolas represente a

reduccedilatildeo de perdas no processo de produccedilatildeo de colheita e de transporte seja por

meio da reduccedilatildeo da incidecircncia de pragas ou por adoccedilatildeo de teacutecnicas e evitem perdas

na conduccedilatildeo da produccedilatildeo dos pomares de abacate

CONCLUSOtildeES

A produccedilatildeo de Avocado cultivares bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ superiores em vaacuterios

aspectos agraves cultivares mais populares no paiacutes tem condiccedilotildees de se desenvolver

amplamente no Brasil tornando-o grande consumidor e exportador da fruta Essa

46

mudanccedila pode ocorrer por meio de incentivos governamentais que incentivem o

registro de produtos para a cultura do abacateiro favorecendo a obtenccedilatildeo de

certificaccedilatildeo bem como o desenvolvimento de centros de pesquisas que

desenvolvam estudos sobre a cultura do abacateiro que promovam a difusatildeo de

tecnologia e com isso estimule a utilizaccedilatildeo de novas aacutereas com potencial produtivo

A transferecircncia de tecnologia tambeacutem pode ser feita por parte de empresas da aacuterea

privada que possuem domiacutenio de teacutecnicas e tecnologias modernas principalmente

por meio da popularizaccedilatildeo da produccedilatildeo de mudas clonais para porta-enxerto Aleacutem

disso devem ser feitas accedilotildees por parte de instituiccedilotildees privadas como o

desenvolvimento do marketing da fruta a fim de divulgar os benefiacutecios do consumo

e a exposiccedilatildeo de novas formas de consumo de abacate pode ser crucial para a

mudanccedila do comportamento do consumidor nacional uma vez que este se atenta

principalmente aos aspectos visuais do abacate

Na poacutes-colheita o controle sobre os processos de maturaccedilatildeo poderia ser

mais bem aproveitado No Brasil a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas de conservaccedilatildeo no poacutes-

colheita de frutas objetiva na maioria das vezes estender o tempo de prateleira

destes produtos Para se aproveitar os elevados preccedilos ofertados em determinadas

eacutepocas os produtores colhem os frutos antes do recomendado para a fruta do

abacateiro o que reduz sua qualidade pois a eacutepoca da colheita influencia

diretamente no teor de oacuteleo fator altamente relacionado com o sabor da fruta Por

outro lado a aceleraccedilatildeo do processo de maturaccedilatildeo por meio do controle de

maturaccedilatildeo permite fornecimento de frutos maduros prontos para o consumo

estimulando assim o consumo no paiacutes Com a entrega regular de frutos maduros

nos supermercados e restaurantes novas formas de consumo da fruta como patecircs

e em saladas poderiam ser facilmente introduzidas no cardaacutepio nacional

47

BIBLIOGRAFIA

ALMEIDA G V B Mercado Atacadista de Abacate e Avocado (CEAGESP) III

Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado Bauru 2015

ALMEIDA G V B O Abacate no mundo e na CEAGESP Todafruta notiacutecia 2011

DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwtodafrutacombrnoticia28119O+ABACATE+NO+MUNDO+NO+BRASIL

+E+NA+CEAGESP gt

ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA FRUTICULTURA 2004 a 2015 DISPONIacuteVEL EM

httpwwwgrupogazcombrtratadaseo_edicao420150320150301_106c8c2f1pdf

4718_2015fruticulturapdfgt

BIODIESELBR DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwbiodieselbrcomnoticiasmateria-

primaoutrasvideo-unesp-transforma-oleo-abacate-biodiesel-060313htm gt

BONELLA J A Classificaccedilatildeo de abacates na CEAGESP Joseacute Alcides Bonella ME

2013

BRUWER T ROOYEN Z VAN PERFORMANCE AND MARKET ACCEPTIBILITY

OF THE HASS-LIKE CULTIVARS GEM AND HARVEST IN SOUTH AFRICA Vi

World Avocado Congress (Actas VI Confreso Mundial del Aguacate) 2007 Vintildea Del

Mar Chile 12 ndash 16 nov 2007 ISBN n 978-956-17-0413-8 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwAvocadosourcecomWAC6enExtenso1b-36pdf gt

CAMPOS J A Cultura racional do abacateiro Satildeo Paulo Iacutecone 1988 150 p

CANTUAacuteRIAS-AVILEacuteS T SILVA S R La induacutestria del aguacate em el Estado de

Satildeo Paulo Brasil actualidad y perspectivas futuras In CONGRESO MUNDIAL DEL

AGUACATE 7 2011 Caims Resuacutemenes Caims Avocado Australia 2011

48

CORREIA R C ARAUJO J L P MOUCO M A do C BRAGA C A

MENDONCcedilA R F de Abacate preferecircncias e mercado CONGRESSO

BRASILEIRO DE FRUTICULTURA 21 2010 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwalicecnptiaembrapabralicebitstreamdoc8700181Moucopdf gt

CARVALHO L F Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado realizaccedilatildeo Jaguacy

Sindicato Rural de Bauru Serviccedilo Nacional de Aprendizagem Rural - SENAR

Faculdades Integradas de Bauru ndash SP 2015

CHITARRA M I F CHITARA A B 2005 Poacutes colheita de frutos e hortaliccedilas

Fiiologia e Manuseio Lavras ESALFAEPE

CRANE J H BALERDI C F MAGUIRE I Avocado Growing in the Florida Home

Landscape University of Florida Circular 1034 one of a series of the Horticultural

Sciences Department Florida Cooperative Extension Service Institute of Food and

Agricultural Sciences University of Florida 1983 Revised 2007

CRIZEL G R MOURA R S OLIVEIRA I R MENDONCcedilA C R B

Caracteriacutesticas fiacutesicas e quiacutemicas de abacates das variedades bdquoQuintal‟ e bdquoHass‟ In

CONGRESSO DE INICIACcedilAtildeO CIENTIacuteFICA 17 ENCONTRO DE POacuteS-

GRADUACcedilAtildeO 10 2008 Pelotas Resumos Pelotas UFPEL 2008

DAIUTO E R VIEITES R L TREMOCOLDI M A RUSSO V C Taxa

respiratoacuteria de abacate bdquoHass‟ submetido a diferentes tratamentos fiacutesicos Revista

Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha Meacutexico v 10 n 2 p 101-109

2010

DAIUTO E R TREMOCOLDI M A VIEITES R L Conservaccedilatildeo poacutes colheita de

abacate bdquoHass‟ irradiado Revista Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha vol

10 n 2 2010

DONADIO L C Abacate para exportaccedilatildeo aspectos teacutecnicos da produccedilatildeo

Brasiacutelia Frupex MAPA 1995 53 p

49

DONADIO L C FERRARI L AVILEacuteS T C Abacate In DONADIO L C (Ed)

Histoacuteria da Fruticultura Paulista Jaboticabal SBF ndash Sociedade Brasileira de

Fruticultura 2010 P 33-63

DORIZZOTTO C D A SAMPAIO A C ICUMA I M et al Avocado production

chain in the state of Satildeo Paulo (Brazil) In Proceedings VII World Avocado Congress

2011 Cairns Anaishellip Cairns Internacional Avocado Society 2011 DISPONIacuteVEL

EM lt

httpworldAvocadocongress2011comuserfilesfileOsvaldo20Kioshi20Yamanis

hi201400-1420pdf gt

ERNST Z R ERNST A A The strategic role of new cultivars A case study of

bdquoMaluma‟ VIII Congreso Mundial de la Palta 2015 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwavocadosourcecomWAC8Section_02EarnstZander2015pdf gt

FACTFISH Avocados production quantity (tons) ndash for all countries DISPONIacuteVEL

EM lt httpwwwfactfishcomstatisticAvocados20production20quantity gt

FAOSTAT 2000 a 2013 DISPONIacuteVEL EM lt httpfaostat3faoorgbrowseTTPE gt

FER B WOLSTENHOLME B N (Ed) The Avocado botany production and

uses Oxon CABI Publ 2002 chap 12 p 299-338

FRANCISCO V L F dos S BAPTISTELLA C S L CULTURA DO ABACATE NO

ESTADO DE SAtildeO PAULO Informaccedilotildees Econocircmicas SP v 35 n5 2005

DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwieaspgovbroutpublicacoespdftec3-0505pdf gt

GAYET J P et al 1995 Abacate para exportaccedilatildeo procedimentos de colheita e

poacutes-colheita FRUPEX Brasiacutelia 37p

GIRARDI G Abacate uma nova opccedilatildeo de biocombustiacutevel Jornal UNESP Bauru

2009 DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwunespbracijornal248energia_bauruphp gt

50

GUEDES M S B SENA M TOLEDO S Certificaccedilatildeo como estrateacutegia competitiva

internacional dos produtores de frutas no Brasil VII Encontro da Sociedade

Brasileira de Economia Ecoloacutegica (ECO-ECO) 28 a 30 de novembro de 2007

Fortaleza Cearaacute

HODDLE M The Avocado Seed Moth Stenoma cateniver Walsingham (Lepdoptera

Elachistidae) Department of Entomology Applied Biological Control Research

DISPONIacuteVEL EM lt httpbiocontrolucredustenomastenomahtml gt

HOHMANN C L MENEGUIM A M A BROCA-DO-ABACATE (Stenoma catenifer)

Aspectos bioloacutegicos comportamento danos e manejo Instituto Agronocircmico do

Paranaacute ndash Londrina ndashPR Informe da Pesquisa n 147 2005

HOHMANN C L MENEGUIM A M Observaccedilotildees preliminares sobre a ocorrecircncia

da broca-do-abacate Stenoma catenifer Wals no Estado do Paranaacute Anais da

Sociedade Entomoloacutegica do Brasil v 22 p 417-419 1993

ILLSLEY-GRANICH C‟Hass‟Carmenrega precocious flowering avocado tree

Agrovim AS de CV Uruapan Michocan Mexico Rob Brokaw Brokaw Nursery Inc

Saticoy California USA Dr Salvador Ochoa-Ascencio University of Michoacan

Uruapan Michoacan Mexico 2011 DISPONIacuteVEL EM lt

httpworldavocadocongress2011comuserfilesfileCarlos20Illsley201410-

1430pdf gt

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA ESTATIacuteSTICA (IBGE) IBGE CIDADES

DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwcidadesibgegovbrcartogramamapaphplang=ampcoduf=53ampcodmun=53

0010ampidtema=136ampcodv=v01ampsearch=distrito-federal|brasilia|sintese-das-

informacoes-2013 gt

KADER A A 1992 Postharvest technology of horticultural crops Okland Univertisy

of California 292p

51

KADER A A ARPIA M L Avocado Recommendations for Maintaining

Postharvest Quality 2013

KADER A A Biologiacutea y Tecnologiacutea Postcosecha un Panorama In KADER A A

Tecnologiacutea Postcosecha de Cultivos Hortofrutiacutecolas 3 Ed Davis University Of

Califoacuternia 2007 Cap 4 p 43-53

KLUGE R A et al Inibiccedilatildeo do amadurecimento de abacate com 1-

metilciclopropeno Pesquisa Agropecuaacuteria Brasileira 37(7)895-901

KOOLER O C Abacaticultura Porto Alegre UFRGS 1992 138p

KOOLER O C ABACATICULTURA Porto Alegre UFRGS 1984 138p

KOLLER O C Abacate produccedilatildeo de mudas instalaccedilatildeo e manejo de pomares

colheita e poacutes-colheita Porto Alegre Cinco Continentes 2002 145 p

KREMER-KOumlHNE S KOumlHNE J S 25 YEARS OF AVOCADO ROOTSTOCK

DEVELOPMENT IN SOUTH AFRICA VI World Avocado Congress Chile 2007

DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwavocadosourcecomWAC6enExtenso1a-8pdf gt

LIPPERT C ALLAMAND M (WESTFALIASUBSOLE) A hystory of

collaboration Rev Subsole Santiago 2007

MAIS NATUREZA ABACATEIRO DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwmaisnaturezacomplantasarvoresabacateiro gt

MARANCA G Fruticultura comercial Manga e Abacate Satildeo Paulo Nobel 1980

p 81-133

MASSAFERA G COSTA T M B OLIVEIRA J E D COMPOSICcedilAtildeO DE AacuteCIDOS

GRAXOS DO OacuteLEO DO MESOCARPO E DA SEMENTE DE CULTIVARES DE

ABACATE (Persea americana MILL) DA REGIAtildeO DE RIBEIRAtildeO PRETO SP)

52

Alim Nutr Araraquara V 21 n 2 p 325-331 abrjun 2010 DISPONIacuteVEL EM lt

http20014571150seerindexphpalimentosarticleview940a20v21n2pdf gt

MDIC Negociaccedilotildees internacionais DISPONIacuteVEL EM

httpwwwdesenvolvimentogovbrsitiosecexnegInternacionaisMedTerrorismoLei

ph p gt

MICKELBART M V BENDER G S WITNEY G W ADAMS C ARPAIA M L

Effects of clonal rootstocks on bdquoHass‟ avocado yield components alternate bearing

and nutrition Journal of Horticultural Schience amp Biotechnology Ashford v 82

n 3 p 460-466 2007

MILLER B BERTELS R PADILLA T WILEMAN R THOMSEN L China the

new frontier VIII World Avocado Congress 2015

MONTENEGRO H W S A cultura do abacateiro Satildeo Paulo Melhoramentos

1951 102p (Criaccedilatildeo e Lavoura n 11)

MORAES A F G Desenvolvimento produccedilatildeo e qualidade de frutos de abacateiro

cv bdquoHass‟ sobre dois porta-enxertos nas condiccedilotildees edafoclimaacuteticas da regiatildeo central

do Estado de Satildeo Paulo Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Ciecircncias Piracicaba 2014

NAAMANI G Global Trends in main Avocado Markets VII World Avocado

Congress Australia 2011

NAVA DE DE LARA HADDAD M PARRA JRP 2005 Exigecircncias teacutermicas

estimativa do nuacutemero de geroccedilotildees de Stenoma catenifer e comprovaccedilatildeo de modelo

em campo Pesq Agropec Bras Brasilia v 40 p 961-967

NAVA DE PARRA JRP COSTA VA GUERRA TM COcircNSOLI FL (2005b)

Population dynamics of Stenoma catenifer(Lepidoptera Elachistidae) and related

larval parasitoids in Minas Gerais Brazil Florida Entomologistv 88p 441-446

53

NOVAGRIM ndash FRESH FRUITS IMPORTER amp VEGETABLE SUPPLIER SINCE

1999 2001-2013 WORLD AVOCADO PRODUCTION DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwnovagrimcomPages2000_2011_Avocado_statistics_ENaspx gt

OLIVEIRA LA A importacircncia das Normas Internacionais para o Comeacutercio da

Fruticultura Brasileira Piracicaba Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Economia Escola

Superior de Agricultura ldquoLuiz de Queirozrdquo Universidade de Satildeo Paulo Piracicaba

2005

OLIVEIRA M A de et al 2000 Ceras para conservaccedilatildeo poacutes colheita de frutos de

abacateiro cultivar Fuerte armazenados em temperatura ambiente Scientia Agriacutecola

Piracicaba 57 (4) 777-780

PASSONI A D NEVES M C M RODRIGUES B B BOTEON M Anaacutelise dos

principais entraves na exportaccedilatildeo de frutas brasileiras CENTRO DE ESTUDOS

AVANCcedilADOS EM ECONOMIA APLICADA (CEPEAESALQ-USP) XLIV

CONGRESSO DA SOBER ndash ldquoQuestotildees Agraacuterias Educaccedilatildeo no Campo e

Desenvolvimentordquo Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia Rural Fortaleza

2006

PEGG K G COATES L M KORSTEN L HARDING R M Foliar fruit and

soilborne diseases In WHILEY A W SCHAF

PERFIL DA FRUTICULTURA 2014 Base de dados 2012 a 2013 Governo de Minas

Gerais Agricultura Pecuaacuteria e Abastecimento 2014

PICCININ E PASCHOLATI S F ldquoDOENCcedilAS DO ABACATEIRO‟ em MANUAL DE

FITOPATOLOGIA Vol 2 Doenccedilas das Plantas Cultivadas Editora Agronocircmica

Ceres Ltda Satildeo Paulo 1997 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwifcursoscombrsistemaadminarquivos07-33-29-

manualfitopatologiapdfpage=10 gt

54

PUTT F F GOacuteES B C CATANEO P F Anaacutelise econocircmica de oferta e demanda

do abacate na alta paulista X Foacuterum Ambiental da Alta Paulista v 10 n 7 2014

pp 158-169

ROCHA I L Nuacutemeros do abacate HORTIESCOLHA Instituto Brasileiro de

Qualidade em Horticultura DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwhortibrasilorgbrjnwindexphpoption=com_contentampview=articleampid=120

9numeros-do-abacate-ampcatid=50comercializacaoampItemid=82 gt

SANTO N T Manejo da vegetaccedilatildeo intercalar para obtenccedilatildeo de cobertura morta na

cultura do abacateiro visando minimizar os danos causados por Phytophthora

cinnamomi Dissertaccedilatildeo de mestrado em Fitotecnia Piracicaba 2014

SCHAFFER B WOLSTENJOLME B N WHILEY A W The avocado botany

production and uses 560 p 2012 DISPONIacuteVEL EM lt

httpsbooksgooglecombrbooksid=r0hpRJca3zECamppg=PA83amplpg=PA83ampdq=Th

e+Avocado+botany+production+and+uses+hass-

likeampsource=blampots=oqc5OBsbmVampsig=5gDWWPIMYRBW9cH3yYuWh-ldd-8amphl=pt-

BRampsa=Xampved=0ahUKEwj_yPbgsoTKAhUGDpAKHZTrCWEQ6AEIPDADv=onepag

eampqampf=false gt

SCIENCIA I Certificaccedilatildeo GLOBALGAP e impactos ambientais em agroinduacutestrias de

alimentos Dissertaccedilatildeo de Poacutes-Graduaccedilatildeo Araraquara SP 2010 lt

mlthttpwwwecoecoorgbrconteudopublicacoesencontrosvii_envii_enc_ecohtm

gt

SIMAtildeO S Manual de Fruticultura Satildeo Paulo Editora Agronocircmica Ceres 1971

530p p 147-169

SINGER P MASON J Eacutetica da alimentaccedilatildeo como nossos haacutebitos alimentares

influenciam o meio ambiente e o nosso bem estar Rio de Janeiro Elsevier 2007

SOARES H F ITO M K O AacuteCIDO GRAXO MONOINSATURADO DO ABACATE

NO CONTROLE DE DISLIPIDEMIAS Ver Ciecircnc Meacuted Campinas P 47-51 2000

55

DISPONIacuteVEL EM lt httpperiodicospuc-

campinasedubrseerindexphpcienciasmedicasarticleviewFile13301304 gt

TEIXEIRA C G Cultura In ITAL ndash INSTITUTO DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS

(Campinas) Abacate Cultura mateacuteria-prima processamento e aspectos

econocircmicos 2 Ed Campinas Instituto Campineiro de Ensino Agriacutecola 1995 Cap 1

p 1-54 (Frutas Tropicais)

TEIXEIRA C G Cultura do abacate In TEIXEIRA C G et al ABACATE cultura

mateacuteria prima processamento e aspectos econocircmicos 2deg ed Seacuterie Fruas Tropicais

ndeg8 ITAL Campinas 1991 250p

WATANABE H S Caracteriacutesticas de cultivares de abacate CEAGESPS ndash

Companhia de Entrepostos e Armazeacutens Gerais de Satildeo Paulo 2013

WOLFENBARGER D O COLBURN B The Stenoma catenifer a serious Avocado

pest Proceedings of Florida State Horticulture Society v 92 p 315-318 1979

ZEIDAN R SEIXAS P ABRANCHES L COSTA D MEIRELLES F Certificaccedilatildeo

na cadeia produtiva de alimentos e as barreiras teacutecnicas agrave exportaccedilatildeo Simpoacutesio de

excelecircncia e gestatildeo e tecnologia ndash SEGeT 2008 Resende

Page 9: EVOLUÇÃO DA PRODUÇÃO MUNDIAL E NACIONAL …...RESUMO O abacateiro, Persea americana, é uma cultura muito importante em vários países, devido ao volume comercializado da fruta

ABACATE NO MUNDO 26

ABACATE NO BRASIL 35

AVOCADO NO BRASIL 41

CERTIFICACcedilAtildeO 44

CONCLUSOtildeES 45

BIBLIOGRAFIA 47

10

INTRODUCcedilAtildeO

A cultura do abacateiro eacute de grande importacircncia para o setor frutiacutecola em

vaacuterias regiotildees de todo o mundo A produccedilatildeo mundial de abacate em 2013 foi de

4717102 toneladas (FACTFISH) No Brasil neste mesmo ano a produccedilatildeo chegou

a 159903 t ocupando uma aacuterea de 9615 ha ficando na oitava posiccedilatildeo no ranking

dos maiores produtores mundiais (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA FRUTICULTURA

2015) Ainda em 2013 os maiores produtores mundiais de abacate foram Meacutexico

disparado na frente com um volume de 1467837 toneladas Repuacuteblica Dominicana

com 387546 t e Colocircmbia com 303304 toneladas (FONTE FACTFISH) De acordo

com Rocha (2014) a produccedilatildeo mundial de abacate cresceu 19 no periacuteodo de

2006 e 2012

Apesar de o Brasil possuir excelentes condiccedilotildees para a produccedilatildeo de abacate

a falta de manejos agronocircmicos adequados durante toda a cadeia produtiva do

abacate tem feito com que o paiacutes natildeo participe de forma mais efetiva no mercado

mundial do abacate A cultura possui elevada suscetibilidade agrave gomose do

abacateiro conhecida como podridatildeo da raiz causada por Phytophthora

cinnamomi considerada a principal doenccedila que afeta esta cultura em todas as

regiotildees do mundo (CANTUARIAS-AVILEacuteS SILVA 2011 citado por SANTOS 2014)

Outro entrave na produccedilatildeo do abacate eacute a broca-do-abacate Stenoma catenifer

que de acordo com WOLFENBARGER amp COLBURN (1979) eacute uma praga

quarentenaacuteria em vaacuterios paiacuteses tem sido marcante para a produccedilatildeo deste produto

sendo vetada a entrada de lotes contaminados por meio de barreiras fitossanitaacuterias

em paiacuteses como os Estados Unidos da Ameacuterica principal importador mundial da

fruta

Em acircmbito internacional os abacates bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ satildeo os mais

apreciados Estes frutos recebem a denominaccedilatildeo de Avocado Estas cultivares tecircm

sido mais valorizadas pelo seu tamanho diferenciado e alto teor de lipiacutedeos

(FRANCISCO e BAPTISTELLA 2005) Estas cultivares satildeo hiacutebridos oriundos das

raccedilas mexicana e guatemalense possuem frutos pequenos com caroccedilo

relativamente grande e com alto teor de oacuteleo (TEIXEIRA 1995)

Para CARVALHO (2015) o Brasil estaacute ainda comeccedilando a participar do

volume de exportaccedilatildeo do abacate bdquoHass‟ cultivar mais produzida em todo o mundo

poreacutem o paiacutes esse ainda tem pouca contribuiccedilatildeo para com este setor do qual os

11

Estados Unidos e Uniatildeo Europeia representam forte potencial importador devido ao

elevado consumo interno que cresce de forma mais acelerada do que a produccedilatildeo

da fruta no paiacutes

Os principais importadores de fruta como como o europeu e o norte

americano impotildeem de um padratildeo de qualidade que observa agraves exigecircncias feitas

pelos consumidores com relaccedilatildeo agrave seguranccedila alimentar Este fator deve ser

considerado elementar pelos paiacuteses que visam exportar quaisquer produtos para

essas regiotildees A certificaccedilatildeo dos produtos eacute de extrema importacircncia para consolidar

paiacuteses exportadores no mercado pois esta leva em consideraccedilatildeo aspectos

ambientais e sociais aleacutem do local de produccedilatildeo Desta forma produtores de fruta

destinadas agrave exportaccedilatildeo precisaram adaptar suas lavouras a fim de atender as

exigecircncias dos mais importantes selos internacionais como o EureGapR e o TNCR

(OLIVEIRA 2005)

Os consumidores atuais estatildeo mais informados no que se refere agrave busca de

qualidade e por isso buscam produtos que atentem agraves questotildees eacuteticas que

abordem temas como meio ambiente tambeacutem o uso indiscriminado de agrotoacutexicos

considerando que a procura por alimentos seguros e saudaacuteveis eacute uma questatildeo

fundamental (SINGER e MASON 2007)

OBJETIVO

O objetivo deste estudo foi apresentar a evoluccedilatildeo da produccedilatildeo e

comercializaccedilatildeo da cultura do abacateiro em niacutevel internacional e mundial por meio

de trabalhos encontrados na literatura

REVISAtildeO BIBLIOGRAacuteFICA

A CULTURA DO ABACATE

Origem

Existem relatos sobre o abacate no iniacutecio do descobrimento das Ameacutericas Na

Colocircmbia o abacate jaacute era conhecido por volta de 1519 e 1526 entre os anos de

1532 e 1550 apareceu no Meacutexico Este nome ldquoabacaterdquo eacute oriundo do dialeto

indiacutegena o que reforccedila a informaccedilatildeo de que esse fruto eacute amplamente conhecido

pelos povos naturais da Ameacuterica (DONADIO 1995)

12

Por ser uma espeacutecie oriunda da Ameacuterica o abacate espalhou-se pelo

continente no seacuteculo XVII sendo mencionado na Jamaica em 1657 e 1969 pelo

nome de Avocado como eacute comumente denominado em paiacuteses de liacutengua inglesa Jaacute

em paiacuteses que tecircm como principal liacutengua o espanhol eacute conhecido como bdquoaguacate‟

exceto na Argentina Chile Peru e Equador onde eacute conhecido como bdquopalta‟

(DONADIO 1995)

O abacate eacute citado na Europa inicialmente em 1601 quando foi introduzido

no jardim botacircnico de Valecircncia Apoacutes isso disseminou-se para outros continentes

chegando na Aacutefrica em 1750 tendo Gana como via de acesso Em 1825 chega no

Havaiacute e em 1833 na Floacuterida Na Aacutesia o abacate chega pela Malaacutesia em 1900

(DONADIO 1995)

Abacate no Brasil

Existem relatos da cultura do abacateiro no Brasil desde 1787 poreacutem a

primeira introduccedilatildeo oficial deu-se em 1893 quando quatro aacutervores provenientes da

Guiana Francesa pertencentes agrave raccedila Antilhana que forneceram as primeiras

sementes da espeacutecie para o Brasil Em Satildeo Paulo acredita-se que a cultura tenha

se iniciado no Vale do Paraiacuteba no seacuteculo XIX predominando plantas da raccedila

Antilhana (Donadio et al 2010)

A safra do abacate gira em torno de 150 toneladas exceto em 2008 que

chegou a 173 mil t (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA FRUTICULTURA 2008) A

produccedilatildeo Brasileira de Abacate foi de 159903 toneladas em 2013 ocupando uma

aacuterea de 9615 ha conferindo a oitava posiccedilatildeo no ranking global do setor (ANUAacuteRIO

BRASILEIRO DA FRUTICULTURA 2015)

Descriccedilatildeo

Aacutervore folhas e fruto

O abacateiro espeacutecie P americana Miller eacute uma planta dicotiledocircnea da

famiacutelia Lauraceae gecircnero Persea A aacutervore possui porte meacutedio-alto variando de 12

a 25 metros O abacateiro se desenvolve bem em regiotildees tropicais e subtropicais A

planta possui caule ciliacutendrico e lenhoso com coloraccedilatildeo cinza escuro Suas folhas satildeo

sem estipulas de peciacuteolo curto e alternadas e podem ter vaacuterios formatos como

eliacuteptico-lanceoladas oblongas oblongo-lanceoladas ou ovais podendo variar de

76 a 410 cm de comprimento A cor da folha vai de bronzeada quando nova e

13

aos poucos vai esverdeando O fruto eacute uma baga com uma semente grande

cercada por uma polpa amanteigada (TEIXEIRA 1995 KOLLER 2002 CRANE

2007)

Flores

As flores do abacateiro satildeo pequenas e hermafroditas podendo ter coloraccedilatildeo

branca ou verde amarelada Satildeo produzidas em abundacircncia e possuem diacircmetro de

variaacutevel de 05 a 15 cm dispostas em paniacuteculas terminais nos ramos mais novos

(ALMEIDA 2013)

O abacateiro possui flores perfeitas com oacutergatildeos masculinos e femininos

capazes de produzir frutos agrave exceccedilatildeo da variedade Collinson por exemplo que natildeo

consegue produzir poacutelen e soacute serve como planta feminina (MARANCA 1980) A

planta apresenta comportamento floral denominado dicogamia protogenica

(KOLLER 1992)

Polinizaccedilatildeo

Apesar de possuir flores hermafroditas a maturidade do pistilo (parte

feminina) natildeo ocorre ao mesmo tempo da deiscecircncia das anteras (parte masculina)

(ALMEIDA 2013)

As flores do abacateiro se comportam de duas formas distintas diferenciando

a classificaccedilatildeo de cultivares em dois grupos A e B No grupo A estatildeo as variedades

onde a primeira abertura da flor ocorre pela manhatilde pronta para receberem o poacutelen

(feminina) reabrindo somente agrave tarde no seguinte poreacutem soltando poacutelen

(masculino) As variedades do grupo B a primeira abertura da flor ocorre apoacutes o

meio dia (feminina) fechando-se pela tarde e reabrindo ao amanhecer no estaacutegio

masculino Conhecer da biologia floral do abacateiro eacute extremamente importante

para se obter boa produccedilatildeo em pomares de abacateiro por conta do fato de suas

flores serem hermafroditas Desta forma para que se tenha uma eficiente

polinizaccedilatildeo das flores eacute imprescindiacutevel que os pomares sejam formados com

variedades pertencentes aos dois diferentes grupos para se ter uma produccedilatildeo

economicamente viaacutevel A proporccedilatildeo entre as variedades pode variar de acordo com

a demanda do mercado (MONTENEGRO 1951 citado por FRANCISCO E

BAPTISTELLA 2005)

14

Raccedilas

O abacateiro Persea americana pertence agrave famiacutelia Lauraceae que engloba

cerca de 50 gecircneros Existem trecircs grupos ou raccedilas que representam o abacate

comercial satildeo elas Mexicana ndash Persea americana var drymifolia Antilhana ndash P

americana var americana e Guatemalense ou guatemalteca ndash P nubigena var

guatemalensis (WILLIAMS 79 citado por DONADIO 1995)

Principais cultivares

Dentre as cultivares mais produzidas no estado de Satildeo Paulo estatildeo a

bdquoFortuna‟ bdquoGeada‟ bdquoQuintal‟ e bdquoMargarida‟ (DORIZZOTTO 2011) A produccedilatildeo

concentra-se na regiatildeo de Campinas Ribeiratildeo Preto e Bauru (ALMEIDA 2013)

Levantamentos feitos na regiatildeo nordeste por CORREIA et al (2010) indicam

que as principais cultivares nos CEASAS de Pernambuco e Cearaacute satildeo Quintal

Fortuna Geada e Margarida Jaacute em Satildeo Paulo as principais cultivares

comercializadas no CEAGESP citadas por ALMEIDA (2013) satildeo bdquoBreda‟ Fortuna

Geada Margarida e Quintal (CEAGESP 2013)

ILUSTRACcedilAtildeO DAS PRINCIPAIS CULTIVARES DE ABACATE

FIGURA 1 - Ilustraccedilatildeo das principais cultivares de abacate brasileira fonte HORTIESCOLHA DISPONIacuteVEL EM httpwwwhortiescolhacombrhortipediaprodutoabacate (adaptado)

A cultivar BREDA possui formato piriforme poreacutem se formaccedilatildeo de ldquopescoccedilordquo

(WATANABE 2013 citado por ALMEIDA 2013)

A variedade FORTUNA tem como uma de suas caracteriacutesticas frutos

piriformes muito grandes com peso variando entre 600 e 1Kg de casca lisa e verde

escuro polpa amarela e caroccedilo solto (KOLLER 2002) O teor de oacuteleo da cultivar

15

FORTUNA eacute de aproximadamente 8 (SIMAtildeO 1998 DONADIO et al 2010) No

CEASA do Recife esta cultivar eacute a preferida devido ao fato de ser uma fruta

carnuda com preccedilo acessiacutevel excelente sabor entre outros fatores

A cultivar GEADA tambeacutem possui fruto piriforme podendo ser ovalado sem

ldquopescoccedilordquo com coloraccedilatildeo verde mais claro que o FORTUNA sua polpa eacute amarela

com a semente aderente seu conteuacutedo de oacuteleo eacute bastante baixo por volta de 35

e a maturaccedilatildeo bastante precoce (TEIXEIRA 1995 KOLLER 2002)

A cultivar MARGARIDA apresenta as caracteriacutesticas da raccedila Guatemalense

como folhas novas com coloraccedilatildeo arroxeada frutos redondos e de casca rugosa

sua polpa eacute verde clara e o caroccedilo eacute pequeno (KOLLER 2002) Segundo BONELLA

(2013) (citado por ALMEIDA 2013) a cultivar MARGARIDA eacute a preferida por

compradores que visam transportar longas distacircncias pois apresenta oacutetima

resistecircncia poacutes-colheita

A QUINTAL eacute outro hiacutebrido das raccedilas Antilhana e Guatemalense seus frutos

satildeo grandes pesam entre 500 e 900 g possui casca verde clara lisa a polpa eacute

amarela e o caroccedilo aderente agrave polpa (TEIXEIRA 1995 KOLLER 2002 DONADIO

2010) O formato da QUINTAL eacute bem piriforme com ldquopescoccedilordquo bastante

proeminente Esta cultivar eacute a preferida no CEASA de Fortaleza por possuir

aparecircncia bonita e brilhosa casca livre de manchas polpa saborosa e etc

Avocado

A denominaccedilatildeo bdquoAvocado‟ tem sido utilizada no paiacutes para identificar as

cultivares de abacate bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ estas cultivares tecircm sido mais valorizadas

pelo seu tamanho diferenciado e alto teor de lipiacutedeos (FRANCISCO e

BAPTISTELLA 2005) apesar de suas reduzidas dimensotildees Contudo sendo fruto

climateacuterico eacute altamente pereciacutevel podendo ser um obstaacuteculo agrave comercializaccedilatildeo

(DAIUTO et al 2010)

As cultivares bdquoFuerte‟ e bdquoHass‟ satildeo oriundas do possiacutevel cruzamento natural

de variedades das raccedilas guatemalense e mexicana (DONADIO 1995) O tipo ‟Hass‟

possui casca aacutespera e formato arredondado Quando estaacute maduro sua casca

apresenta coloraccedilatildeo escurecida Jaacute o tipo ‟Fuerte‟ possui casca verde brilhante e lisa

com formato alongado (JAGUACYR)

16

A cultivar bdquoHass‟ eacute a mais valorizada no mundo apesar de seu tamanho

reduzido o fruto possui alta concentraccedilatildeo de lipiacutedeos Seus frutos podem pesar

entre 149 e 300 gramas (MICKELBART et al 2007 CRIZEL 2008)

Na Califoacuternia adota-se para as cultivares bdquoFuerte‟ e bdquoHass‟ o ponto miacutenimo de

mateacuteria seca adotada para a colheita eacute de 19 e 208 respectivamente (KADER amp

ARPIA 2013) O teor de mateacuteria seca possui elevada correlaccedilatildeo com o niacutevel de oacuteleo

da fruta Essas cultivares satildeo reconhecidas pelos altos niacuteveis de oacuteleo - fator que

possui forte influecircncia na conservaccedilatildeo do sabor

A tabela a seguir apresenta as informaccedilotildees nutricionais obtidas em 50g de

Avocado (JAGUACYR)

TABELA 1 - Informaccedilotildees nutricionais em 50g de avocado FONTE

JAGUACYR

INFORMACcedilOtildeES NUTRICIONAIS AVOCADO (50g)

ENERGIA 301 kj 72 kcal

CARBOIDRATOS 853 g

PROTEIacuteNAS 1 g

GORDURAS TOTAIS 8 g

GORDURA SATURADA 18 g

FIBRA ALIMENTAR 16 g

SOacuteDIO 75 mg

POTAacuteSSIO 485 mg

O Avocado tem 5 vezes menos aacutegua que o abacate comum o que lhe

confere concentraccedilatildeo muito maior de nutrientes A fruta eacute considerada pelos

nutricionistas como sendo uma das que possui maior valor nutricional devido ao fato

de possuir elevadas concentraccedilotildees de vitaminas antioxidantes como A C e E Em

comparaccedilatildeo com a banana a fruta conteacutem ainda trecircs vezes mais vitamina B6 Em

meacutedia o Avocado possui niacutevel de gordura em aproximadamente 20 sendo a

maioria monoinsaturada A gordura monoinsaturada auxilia na reduccedilatildeo no LDL e

promove aumento no HDL o ldquocolesterol bomrdquo (JAGUACYR)

Clima

As variedades da Iacutendia Ocidental e alguns hiacutebridos satildeo melhores adaptados a

regiotildees planas de clima tropical e regiotildees tropicais onde natildeo haacute ocorrecircncia de

17

geadas Por outro lado variedades Mexicanas satildeo mais adaptadas a regiotildees com

temperaturas mais baixas Hiacutebridos de raccedilas Mexicanas x Guatemaltecas

geralmente satildeo mais resistentes ao frio do que as raccedilas hiacutebridas Iacutendias Ocidentais x

Guatemaltecas (CRANE et al 2007)

Solos

O abacateiro eacute uma planta muito sensiacutevel a este fator em especial no que se

refere agrave drenagem e profundidade dos solos (KOLLER 1984) Para esta cultura

recomenda-se solos feacuterteis bem drenados pouco aacutecidos e profundos (SIMAtildeO

1971)

A cultura do abacateiro natildeo tolera solos inundados ou mal drenados

Condiccedilotildees de umidade elevada constante comprometem o desenvolvimento

adequado das plantas pois resultam em deficiecircncia nutricional e em alguns casos

pode provocar a morte da planta devido ao fato de estarem altamente suscetiacuteveis a

infecccedilatildeo por fungos (CRANE et al 2007)

Outro aspecto que deve ser considerado na cultura do abacate eacute a salinidade

devido agrave alta sensibilidade da cultura a este fator que pode provocar a queima da

ponta e borda das folhas e queda da produccedilatildeo (DONADIO 1995)

Doenccedilas e pragas que afetam a cultura do abacate

Apesar de o Brasil possuir excelentes condiccedilotildees para a produccedilatildeo de abacate

a falta de manejos agronocircmicos adequados durante toda a cadeia produtiva do

abacate tem feito com que o Brasil natildeo participe de forma mais eficiente no mercado

mundial do abacate A cultura possui elevada suscetibilidade agrave gomose do

abacateiro podridatildeo da raiz causada por Phytophthora cinnamomi

No Brasil a podridatildeo radicular causada por Phytophthora cinnamomi tem

dizimado plantaccedilotildees de abacateiro reduzindo a longevidade dos pomares

(DONADIO 1995) A doenccedila eacute considerada a mais importante para a cultura do

abacateiro sendo fator limitante para a cultura em todo o mundo (CAMPOS 1988

KOLLER 2002) A seleccedilatildeo de cultivares porta-enxertos resistentes ou tolerantes

controle quiacutemico e manejo do solo satildeo estrateacutegias que reduzem os danos e o

controle desta doenccedila (PEGG et al 2002)

A ocorrecircncia de Phytophthora cinnamomi juntamente com estresses

ambientais faz com que o abacateiro da cultivar ‟Hass‟ produza frutos com

18

dimensotildees muito reduzidas Esses frutos subdimensionados natildeo satildeo

comercializaacuteveis resultando em elevadas perdas financeiras para os produtores

(BRUWER 2007) Empresas como a Westfalia situada na proviacutencia de Limpopo na

Aacutefrica do Sul tecircm testado cultivares de abacate bdquoHass-like‟ para se obter maior

produtividade em regiotildees afetadas pelo P cinnamomi

Algumas das estrateacutegias que visam agrave minimizaccedilatildeo dos danos e o controle da

podridatildeo radicular satildeo por exemplo a utilizaccedilatildeo de cultivares porta-enxertos

resistentes ou tolerantes o uso de controle quiacutemico e praacuteticas especiacuteficas de manejo

do solo (PEGG et al 2002)

No que se refere a barreiras agrave exportaccedilatildeo do abacate a broca-do-abacate

Stenoma catenifer que de acordo com WOLFENBARGER amp COLBURN (1979) eacute

uma praga quarentenaacuteria em vaacuterios paiacuteses tem sido marcante para a produccedilatildeo

deste produto sendo vetada a entrada de lotes contaminados por meio de barreiras

fitossanitaacuterias em paiacuteses como os Estados Unidos da Ameacuterica principal importador

mundial Esta praga tem sido uma ameaccedila extremamente relevante para a produccedilatildeo

nacional de abacate chegando a causar perda de toda a produccedilatildeo (HOHMANN amp

MENEGUIM 1993) De acordo com informaccedilotildees da Universidade da Califoacuternia

(HODDLE UCR) os EUA tecircm desenvolvido protocolos de seguranccedila para impedir

que a doenccedila tenha acesso ao paiacutes por meio de importaccedilotildees de paiacuteses onde a

doenccedila eacute endecircmica Algumas regiotildees brasileiras de cultivo de abacate 100 da

colheita pode estar infestado com S catenifer (Nava et al 2005a) Mesmo com a

aplicaccedilatildeo de inseticidas de largo espectro sendo feitas de 7 a 11 vezes durante uma

uacutenica estaccedilatildeo de crescimento ateacute 60 de frutas podem ser infestados com larvas S

catenifer (Nava et al 2005b)

Para CARVALHO (2015) a exportaccedilatildeo para os EUA pela JAGUACYR eacute

dificultada devido agrave ocorrecircncia de doenccedilas que ocorrem em territoacuterio nacional e que

podem ser exportadas com os produtos

Ocorrida a eclosatildeo a lagarta de primeiro instar desloca-se ao longo do fruto

ateacute encontrar o local adequado para iniciar o ataque As fecircmeas procuram depositar

os ovos no peduacutenculo contudo haacute maior incidecircncia de orifiacutecios na parte inferior do

abacate Ao passo que as lagartas se desenvolvem e vatildeo se alimentando da polpa

do abacate indo em direccedilatildeo ao caroccedilo onde este inseto se aloja e finaliza a fase

larval construindo galerias no interior A lagarta se desenvolve no fruto e transforma-

se em pupa no solo numa profundidade de 05 a 15 cm ou ateacute mesmo no interior

19

dos frutos caiacutedos Dentre as medidas preventivas de controle destaca-se o uso

adequado das cultivares considerando que quanto mais tempo os frutos

permanecem nas plantas maiores seratildeo as perdas O planejamento da colheita deve

ser considerado pois colheitas tardias proporcionam condiccedilotildees favoraacuteveis para o

desenvolvimento da praga no pomar Outra medida preventiva principalmente para

pomares orgacircnicos eacute a cataccedilatildeo e destruiccedilatildeo dos frutos caiacutedos (HOHMANN amp

MENEGUIM 2005)

A verrugose ou sarna do abacateiro causada pelo fungo Sphaceloma

perseae conhecida em 1918 na Floacuterida foi encontrada no Brasil pela primeira vez

em 1938 em Limeira Eacute uma das doenccedilas de elevada importacircncia na cultura do

abacateiro visto que esta doenccedila deprecia a aparecircncia do fruto e pode provocar

tambeacutem queda dos frutos jovens bem como o subdesenvolvimento O fungo ataca

as folhas e os frutos e se desenvolve em condiccedilotildees de umidade elevada Para o

controle desta doenccedila eacute recomendado a utilizaccedilatildeo de variedades que apresentem

resistecircncia sendo necessaacuterio evitar variedades do grupo Guatemalense (PICCININ

amp PASCHOLATI 1997)

Ponto de colheita

O fruto do abacate eacute conhecido por ser climateacuterico isso significa que pode

completar o amadurecimento depois de colhido e apresenta um pico de produccedilatildeo de

etileno sucedido por um pico respiratoacuterio durante o amadurecimento O melhor

indicador de maturidade fisioloacutegica para se concluir se os frutos estatildeo aptos agrave

colheita eacute a porcentagem de mateacuteria seca que possui relaccedilatildeo com o acuacutemulo de

oacuteleo (KADER amp ARPIA 2013 citado por ALMEIDA 2013)

No Brasil a observaccedilatildeo em campo da perda do brilho na casca eacute uma praacutetica

comum para identificar o ponto ideal de colheita (ALMEIDA 2013) Jaacute na Floacuterida

contabilizam-se os dias apoacutes a floraccedilatildeo para se determinar o ponto de colheita

Na cultura do abacateiro os principais iacutendices de qualidade satildeo tamanho cor

da casca formato danos mecacircnicos recentes ou cicatrizados causados por insetos

podridotildees embalagens e transporte inadequados alteraccedilatildeo de sabor devido a

longos periacuteodos de armazenagem na aacutervore ou por colheita antes da maturidade

fisioloacutegica (KADER amp ARPIA 2013 CANTILLANO 2013) No que se refere agrave

alteraccedilatildeo de sabor KADER (2007) comenta que este fator estaacute diretamente ligado

20

ao teor de oacuteleo no fruto Neste sentido cultivares mais tardias oriundas das raccedilas

Guatemalenses e Mexicana possuem maiores teores de oacuteleo

Poacutes colheita

Por ser um fruto climateacuterico com alta taxa respiratoacuteria e elevada produccedilatildeo de

etileno apoacutes a colheita o fruto do abacate eacute altamente pereciacutevel (KADER 1992)

Neste sentido o controle do amadurecimento eacute de extrema importacircncia para se

prolongar a vida uacutetil no poacutes-colheita de frutas objetivando-se a comercializaccedilatildeo no

mercado interno ou externo (KLUGE et al 2002)

Tratando-se de maturaccedilatildeo no poacutes-colheita a manipulaccedilatildeo do etileno eacute uma

teacutecnica utilizada para antecipar ou adiar o processo de maturaccedilatildeo dos frutos O

etileno eacute um gaacutes que se comporta como hormocircnio

No Brasil a comercializaccedilatildeo do abacate em varejo ocorre na maioria das

vezes sem a utilizaccedilatildeo de refrigeraccedilatildeo portanto a utilizaccedilatildeo de tecnologias que

possibilitem a conservaccedilatildeo agrave temperatura ambiente eacute de grande relevacircncia para se

permitir a comercializaccedilatildeo durante um maior tempo apoacutes a colheita atrasando o

amadurecimento dos frutos (KLUGE et al 2002) Daiuto 2010 concluiu que a

refrigeraccedilatildeo foi efetiva na conservaccedilatildeo de frutos de abacate bdquoHass‟

Aleacutem do uso de refrigeraccedilatildeo para retardar o amadurecimento dos frutos

tambeacutem se utiliza o revestimento dos frutos com cera para se reduzir o processo de

respiraccedilatildeo e uso de metilciclopropeno para inibir a produccedilatildeo de etileno gaacutes que

funciona como hormocircnio na maturaccedilatildeo de frutos (Gayet et al 1995 Oliveira et al

2000 KLUGE et al 2002)

A utilizaccedilatildeo de radiaccedilotildees gama em baixos niacuteveis associada a outros

procedimentos no poacutes-colheita eacute mencionada na literatura como excelente meacutetodo

para prolongar a periacuteodo de prateleira das frutas por retardar os processos de

senescecircncia e amadurecimento reduzindo os iacutendices de apodrecimento provocados

por fungos e bacteacuterias (Kaumlferstein e Moy 1993) O problema do uso da radiaccedilatildeo eacute

que esta teacutecnica provoca o escurecimento perda de firmeza do fruto e o surgimento

de depressotildees superficiais (CHITARRA e CHITARRA 2005)

Consumo

Em relaccedilatildeo ao consumo per capita do abacate em 2013 o Meacutexico foi de 90

Kghab enquanto que no Brasil o consumo girava em torno de 301 gramashab

21

por ano em De acordo com dados de 2011 o consumo per capita da fruta em Israel

foi de 50 Kghab o Chile ficou logo atraacutes com 45Kghab por ano e os Estados

Unidos apesar de maior importador apenas 20 Kghab por ano (NAAMANI 2011)

Em alguns paiacuteses da Uniatildeo Europeia chega a ser 1500 gramashab por ano (BNET

2011) De acordo com PUTTI (2014) esta diferenccedila se deve ao fato de que o

consumo do abacate em paiacuteses da Europa vai aleacutem da forma in natura sendo

consumido principalmente na forma de salada aleacutem disso os benefiacutecios da fruta satildeo

mais difundidos do que no Brasil

A fruta eacute consumida de forma diferente ao redor do mundo podendo ser sob

a forma de doce como no Brasil ou em saladas e patecircs como o guacamole

(JAGUACYR) Aleacutem de ser amplamente explorada na induacutestria

Aspectos nutricionais

A tabela a seguir apresenta as informaccedilotildees nutricionais do abacate a partir de

100g da fruta

TABELA 2 - Informaccedilotildees nutricionais do abacate obtidas a partir de 100g

da fruta fonte (FATSECRET)

INFORMACcedilOtildeES NUTRICIONAIS ABACATE

ENERGIA 669 kj 160kal

CARBOIDRATOS 853 g

ACcedilUacuteCAR 066 g

PROTEIacuteNAS 2g

GORDURAS 1466g

GORDURA SATURADA 2126G

GORDURA MONOINSATURADA

9799G

GORDURA POLIINSATURADA 1816

COLESTEROL 0 mg

FIBRAS 77 g

SOacuteDIO 7 mg

POTAacuteSSIO 485 mg

Uma das principais caracteriacutesticas que qualificam o abacate eacute a elevada

quantidade de mateacuteria graxa em sua composiccedilatildeo O fruto eacute conhecido como uma

fruta de alto valor energeacutetico Os aacutecidos graxos (AG) podem ser encontrados na

semente em sua maioria insaturados estes aacutecidos tambeacutem estatildeo presentes no

mesocarpo contudo em concentraccedilotildees diferentes O oacuteleo do abacate eacute um produto

22

explorado na induacutestria farmacecircutica devido ao elevado teor de vitamina E O

produto possui bom valor comercial apesar de natildeo ser tatildeo produzido mundialmente

A quantidade de oacuteleo encontrada no mesocarpo eacute superior ao teor de oacuteleo

encontrado na semente No mesocarpo os teores de aacutecido oleico variam entre

3177 a 5030 jaacute na semente o teor desse aacutecido graxo monoinsaturado varia de

1169 a 3583 (MASSAFERA 2010)

O abacate eacute um alimento rico em aacutecido graxo monoinsaturado oleico Estudos

realizados com aacutecidos graxos monoinsaturados revelam sua importacircncia na

prevenccedilatildeo e tratamento de dislipidemias que estatildeo relacionadas ao

desenvolvimento de doenccedilas cardiovasculares e coronarianas (SOARES e ITO

2000) Os aacutecidos graxos monoinsaturados representados principalmente pelo aacutecido

oleico presente em oacuteleo de oliva e canola possui efeito significativos na prevenccedilatildeo e

tratamento de doenccedilas crocircnicas (LARSEN et al 1999)

Produtos e subprodutos

O oacuteleo obtido a partir da fruta do abacate possui propriedades fiacutesico-quiacutemicas

semelhantes ao oacuteleo de oliva principalmente pela composiccedilatildeo de seus aacutecidos

graxos salientando o aacutecido oleico O oacuteleo de oliva eacute um produto altamente

consumido no paiacutes poreacutem de origem importada e o oacuteleo de abacate possui forte

potencial para substituiacute-lo (MASSAFERA 2010)

Outra forma de aproveitamento do oacuteleo do abacate eacute para a produccedilatildeo de

biodiesel O professor do departamento de Quiacutemica da UNESP Manoel Lima de

Menezes afirma que o abacate tem o teor de oacuteleo que varia entre 5 a 30

proacuteximo ao encontrado na extraccedilatildeo da soja de 18 Segundo o pesquisador um

dos obstaacuteculos eacute ainda o teor de umidade da semente (BIODIESELBR 2013)

Dentre as vantagens do abacate em comparaccedilatildeo com a soja eacute que da fruta eacute

possiacutevel extrair oacuteleo e etanol dois ingredientes baacutesicos para a produccedilatildeo do

biodiesel Outra vantagem eacute que de acordo com Menezes o abacate pode render

ateacute 2800 litros de oacuteleo por hectare contra 400 da soja aleacutem do fato do abacateiro

ser uma planta perene (GIRARDI 2009)

A madeira tambeacutem eacute um produto explorado na cultura do abacateiro na

produccedilatildeo de energia como combustiacutevel (MAISNATUREZA) Outra forma de

aproveitamento de resiacuteduos da cultura eacute a utilizaccedilatildeo do caroccedilo para a produccedilatildeo de

23

tintas a partir do caroccedilo usado para tingir roupas produzindo uma tinta castanho-

arroxeada (TEIXEIRA 1991)

Melhoramento geneacutetico

O desenvolvimento floral bem como a eacutepoca de floraccedilatildeo e o amadurecimento

da fruta satildeo diretamente influenciados por caracteriacutesticas geneacuteticas Essas

caracteriacutesticas podem ser manipuladas com a utilizaccedilatildeo de enxertos porta enxertos

ou a interaccedilatildeo entre eles Neste sentido podem ser utilizados genoacutetipo Mexicano

que pode antecipar a floraccedilatildeo ou Guatemalenses que manteacutem uma floraccedilatildeo meacutedia

ou porta-enxerto das Iacutendias Ocidentais que promovem floraccedilatildeo tardia Estudos tecircm

comprovado que a utilizaccedilatildeo de porta-enxertos do grupo Mexicano antecipam a

floraccedilatildeo entre 4 a 8 semanas antes de pomares de clones de bdquoHass‟ Contudo a

antecipaccedilatildeo de 8 semanas na eacutepoca de floraccedilatildeo promoveu o a antecipaccedilatildeo de

maturaccedilatildeo dos frutos em apenas 3 semanas Como existe uma alta demanda pelo

abacate ‟Hass‟ em todo mundo o uso de cultivares do abacate bdquoHass-like‟ pode ser

de grande interesse para os paiacuteses produtores uma vez que a cultivar bdquoLamb-Hass‟

por exemplo possui a caracteriacutestica de estender a eacutepoca de colheita aumentando

assim a janela de produccedilatildeo da fruta (SCHAFFER et al 2012)

No final dos anos 80 Carlos Meacutendez observou um abacate diferenciado na

regiatildeo de Urupan estado de Michocaacuten Meacutexico A planta encontrada exibia uma

floraccedilatildeo com um comportamento distinto das demais Este abacate bdquoHass-like‟ foi

nomeado localmente de bdquoHass-Mendez‟ e agora eacute conhecido comercialmente como

bdquoHass Carmen‟ (Illsley-Granich 2011) Uma das cultivares de bdquoHass-like‟ que tem

sido utilizada em programas de melhoramento eacute a ldquoSir Prizerdquo

Outra cultivar bdquoHass-like‟ muito importante eacute a bdquoMaluma‟ na Aacutefrica do Sul

Dentre as vantagens desta cultivar em relaccedilatildeo ao bdquoHass‟ apresentadas por ERNST

amp ERNST (2015) estatildeo rendimento elevado precocidade e possibilidade de

aumento na densidade de plantas no pomar de abacateiro

Programas de melhoramento satildeo criados a fim de se incorporar

caracteriacutesticas de resistecircncia a doenccedilas - como os desenvolvidos na Universidade

da Califoacuternia que deram origem a cultivares como por exemplo bdquoGem‟ e bdquoHarvest‟

que possuem excelentes caracteriacutesticas agronocircmicas Dentre estas caracteriacutesticas

se tem aumento da produtividade e resistecircncia agrave podridatildeo radicular

24

A utilizaccedilatildeo de porta-enxertos eacute de suma importacircncia para se aproveitar

melhor o potencial das diferentes culturas seja por aumentar a produtividade ou por

conferir resistecircncia a doenccedilas No final dos anos 70 a podridatildeo causada por

Phytophthora cinnamomi causou grandes prejuiacutezos para a cultura do abacate na

Aacutefrica do Sul Com isso foi necessaacuterio importar da Califoacuternia porta-enxertos

tolerantes agrave podridatildeo radicular propagados vegetativamente a fim de se ter maior

uniformidade geneacutetica para estabelecer novos pomares de abacateiro Durante

muitos anos a cultivar bdquoDuke 7‟ era o uacutenico porta-enxerto que produzia plantas

uniformes produtivas e razoavelmente produtivas era a cultivar bdquoDuke 7‟ Nos anos

80 foi desenvolvida a cultivar bdquoDusa‟ a partir de plantas sobreviventes em pomares

doentes A cultivar desenvolvida pela WESTFALIA apresentou toleracircncia agrave podridatildeo

superior a bdquoDuke 7‟ (KREMER-KOumlHNE 2007)

Na Floacuterida as cultivares mais utilizadas como porta-enxerto satildeo a bdquoLula‟ e

bdquoWaldin‟ devido ao fato dessas variedades conferirem aos pomares de abacate

uniformidade aumentar o vigor e pela produccedilatildeo de sementes (CRANE et al 2007)

No Brasil os pomares comerciais de abacate satildeo implantados sobre porta-

enxertos oriundos de sementes este fator faz com que o tamanho da copa das

plantas seja desuniforme a produccedilatildeo seja afetada bem como a qualidade dos frutos

e a susceptibilidade aos patoacutegenos do solo no qual se destaca Phytophthora

cinnamomi Contudo outros paiacuteses produtores da fruta utilizam porta-enxertos de

melhor qualidade obtidos a partir de clones que possuem resistecircncia a doenccedilas e

tambeacutem conferem uniformidade ao pomar (MORAES 2014)

Certificaccedilatildeo

Devido agrave exigecircncia cada vez maior feita pelos mercados internacionais natildeo eacute

possiacutevel exportar frutas e outros produtos agropecuaacuterios sem que se tenha a

certificaccedilatildeo Um das finalidades da certificaccedilatildeo eacute proteger o diferencial de qualidade

(AGRIANUAL 2012)

A certificaccedilatildeo eacute uma forma de se adquirir vantagem competitiva sustentaacutevel

para concorrer com os grandes produtores mundiais Tendo em vista a exigecircncia de

produtos de qualidade por consumidores cada vez mais frequente eacute necessaacuterio que

o mercado mundial se atente ao alto padratildeo de qualidade fornecido por seus

produtos Com isso programas de qualidade tecircm sido desenvolvidos visando agrave

aplicaccedilatildeo direta nas cadeias de produccedilatildeo em especial na aacuterea de produtos

25

pereciacuteveis como eacute o caso da fruticultura objetivando a aceitaccedilatildeo internacional

(GUEDES et al 2007)

Vaacuterias pesquisas e estudos recentes vecircm colaborando para compreensatildeo da

formaccedilatildeo organizaccedilatildeo e influecircncia das cadeias produtivas de onde surgem

produtos que seguem os padrotildees de qualidade reconhecidos internacionalmente

onde os sistemas de certificaccedilatildeo tecircm papel fundamental

Tratando-se de qualidade os consumidores atuais buscam produtos que

atentem agraves questotildees eacuteticas que abordem temas como meio ambiente e uso de

agrotoacutexicos considerando que a procura por alimentos seguros e saudaacuteveis uma

questatildeo elementar (SINGER e MASON 2007)

Considerando que a sauacutede dos consumidores de alimentos in natura pode ser

afetada a seguranccedila alimentar bem como a qualidade dos produtos deve receber

atenccedilatildeo especial A qualidade dos produtos estaacute vinculada aos procedimentos que

satildeo conduzidos durante cada etapa de produccedilatildeo como por exemplo plantio

colheita processamento industrializaccedilatildeo e comeacutercio (OLIVEIRA 2005)

METODOLOGIA

Tipo de Estudo

Pesquisa Bibliograacutefica eacute desenvolvida a partir de material jaacute elaborado

constituiacutedo de livros e artigos cientiacuteficos (Gil 2008) Portanto o presente trabalho

utilizou-se das ideias do estudo exploratoacuterio feito a partir de pesquisa bibliograacutefica

Com isso este trabalho desenvolveu-se seguindo

1deg FONTES

Foram utilizados artigos que fornecessem informaccedilotildees sobre a cultura do

abacate bem como dados de produccedilatildeo poacutes-colheita e comercializaccedilatildeo e que

abordassem o tema de exportaccedilatildeo

2deg COLETA DE DADOS

Primeiramente foi feita leitura de trabalhos jaacute disponiacuteveis na literatura que

abordassem aspectos de produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo de forma raacutepida e objetiva a

fim de se selecionar o material a ser incluiacutedo no presente trabalho

26

Em seguida foi feita uma leitura seletiva agrupando as informaccedilotildees dos

artigos preacute-selecionados de acordo com o tema registrando as informaccedilotildees

extraiacutedas das fontes em instrumento especiacutefico

3deg ANAacuteLISE E INTERPRETACcedilAtildeO DOS RESULTADOS

Nesta etapa foi realizada uma leitura analiacutetica com a finalidade de ordenar as

informaccedilotildees contidas na literatura disponiacutevel utilizados como fonte para o

desenvolvimento deste trabalho a fim de se elaborar informaccedilotildees que resumissem

as questotildees abordadas nesta pesquisa

RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

ABACATE NO MUNDO

A figura a seguir apresenta dados de produccedilatildeo mundial de abacate (t) em 21

paiacuteses indo de 2004 a 2013 com base nos dados da FAO ndash Organizaccedilatildeo das

Naccedilotildees Unidas para Alimentaccedilatildeo e Agricultura (Food and Agriculture Organization of

the United Nations para a sigla em inglecircs)

27

Figura 2 Produccedilatildeo mundial do abacate (em t) elaborado pelo autor FONTE NOVAGRIM adaptado com dados da FAO

Os paiacuteses produtores de abacate satildeo representados no mapa abaixo onde a

intensidade da coloraccedilatildeo vermelha representa o volume de abacate produzido no

paiacutes quanto mais intenso maior o volume produzido como estaacute destacado o

Meacutexico maior produtor mundial participando com aproximadamente 31 12 de toda

a produccedilatildeo mundial da fruta

Figura 3 - Paiacuteses produtores de abacate ao redor do mundo FONTE FACTFISH

100000

300000

500000

700000

900000

1100000

1300000

1500000

1700000

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013

PRODUCcedilAtildeO MUNDIAL DE ABACATE

MEacuteXICO

INDONEacuteSIA

REP DOM

COLOcircMBIA

BRASIL

EUA

CHILE

PERU

CHINA

28

Em 2004 o maior produtor mundial de abacate foi o Meacutexico participando com

307 de todo o volume produzido mundialmente com cerca de 987000 t Em

segundo lugar poreacutem muito atraacutes com um volume de 221774 t segue a Indoneacutesia

representando apenas 689 Na terceira posiccedilatildeo Repuacuteblica Dominicana 68 e

218790 t e em quarto produzindo 170985 t estava a Colocircmbia com 53

De acordo com os dados de 2013 o Meacutexico continuou liderando o setor

participando com 3112 do total produzido agora com um volume de 1467837 t

Em segundo lugar a Repuacuteblica Dominicana com 821 Colocircmbia 643 e Peru

611 em ordem decrescente (FAOSTAT) Nos uacuteltimos 10 anos a Repuacuteblica

Dominicana saltou para o segundo lugar graccedilas a um aumento de 771 em sua

produccedilatildeo Neste sentido a Colocircmbia alcanccedila a posiccedilatildeo de 3deg colocado devido ao

aumento similar ao da Repuacuteblica Dominicana (774)

O Peru foi o paiacutes que obteve maior destaque pois saiu da oitava posiccedilatildeo

participando com apenas 337 da produccedilatildeo mundial o que representava um

volume de 108460 t em 2004 para a quarta posiccedilatildeo no ranking mundial em 2013

com 611 quando produziu 288387 t a sua participaccedilatildeo no mercado mundial

quase que dobrou nesse periacuteodo O aumento da produccedilatildeo mundial foi de 467

enquanto que o aumento do volume de abacate produzido no Peru foi de 1659

Segundo CARVALHO (2015) a formaccedilatildeo de associaccedilotildees como a PROHASS que

investe no desenvolvimento de tecnologia e marketing para estimular inclusive o

consumo interno podendo ateacute ser um exportador para o Brasil

Aos poucos a China vem participando do mercado do abacate A populaccedilatildeo

do paiacutes ultrapassa 15 bilhotildees de pessoas em algumas aacutereas metropolitanas a

populaccedilatildeo vai de 12 a 45 milhotildees de habitantes Em 2000 a classe meacutedia da China

representava 4 da populaccedilatildeo e hoje chega a 66 Os gastos com alimentaccedilatildeo

tambeacutem acompanham essa mudanccedila de comportamento pois existe nesta classe a

procura por alimentos mais saudaacuteveis Esses fatores tecircm estimulado uma mudanccedila

no consumo de abacate em toda a China (MILLER et al 2015)

Quanto agrave produccedilatildeo do Brasil no Ranking global ocorreu justamente o

contraacuterio o paiacutes saiu da quinta posiccedilatildeo para a oitava ao reduzir 765 da produccedilatildeo

que era de 170895 t em 2004 para 157428 t em 2013 Em 2011 o abacate ficou na

17deg posiccedilatildeo no ranking da produccedilatildeo nacional da fruta ocupando apenas 03 do

montante da produccedilatildeo de frutas frescas muito atraacutes das principais culturas

29

produzidas como a laranja mais produzida participando com 416 do setor

Banana segunda mais importante com 154 e Melancia com 46 em quarto

(IBGEPAM 2011)

O volume de abacate fresco brasileiro exportado foi de 4313 t em 2013 para

5806 toneladas em 2014 resultando num aumento de mais de 37 na receita com

este setor que em 2014 foi de mais de nove milhotildees e meio de doacutelares

(AGRIANUAL 2015)

O graacutefico abaixo apresenta o comportamento do volume em toneladas de

abacate exportado pelos paiacuteses que participam do setor

Figura 4 Volume de abacate (t) exportado pelos paiacuteses exportadores da fruta Elaborado pelo autor FONTE FAO

Em 2013 Meacutexico liderou o setor de exportaccedilatildeo do abacate com um volume

de 563492 toneladas cerca 463 do total exportado no mundo Em segundo lugar

a Holanda com 99 A Holanda eacute um grande importador contudo o paiacutes reexporta

grande parte do volume comprado O Peru merece destaque pois saiu de um

volume exportado de 2209 t (06) em 2000 para 114515 t em 2013 ocupando

94 do volume de abacate exportado o que lhe conferiu a 3deg posiccedilatildeo no ranking

global Em quarto lugar o Chile com 73

A figura a seguir apresenta o comportamento dos principais importadores de

abacate do mundo em 14 anos

0

100000

200000

300000

400000

500000

600000

20002001200220032004200520062007200820092010201120122013

EVOLUCcedilAtildeO DA EXPORTACcedilAtildeO MUNDIAL EM t

MEacuteXICO

CHILE

ESPANHA

AacuteFRICA DO SUL

ISRAEL

HOLANDA

PERU

30

Figura 5 Evoluccedilatildeo do volume (t) importado pelos principais paiacuteses importadores de abacate ELABORADA PELO AUTOR FONTE FAOSTAT

Os principais importadores de fruta como por exemplo o europeu e o norte

americano exigem um padratildeo de qualidade que observem as demandas impostas

pelos consumidores com relaccedilatildeo agrave seguranccedila alimentar e tambeacutem agraves exigecircncias

para certificaccedilatildeo do produto levando em consideraccedilatildeo aspectos ambientais e

sociais aleacutem do local de produccedilatildeo Desta forma produtores de fruta destinadas agrave

exportaccedilatildeo precisaram adaptar suas lavouras para atender agraves exigecircncias dos mais

importantes selos internacionais como o EureGapR e o TNCR (OLIVEIRA 2005) O

maior importador de abacate do mundo satildeo os Estados Unidos (ROCHA 2014)

O volume de abacate importado ao redor do mundo vem crescendo na uacuteltima

deacutecada Os Estados Unidos lideram o montante desde 2007 mais ainda que toda a

Uniatildeo Europeia o volume importado pelo paiacutes cresceu cerca de sete vezes entre

2000 e 2013 Em segundo lugar a Uniatildeo Europeia importando quase 23 menos

A Holanda tambeacutem cresceu muito e hoje ocupa a terceira colocaccedilatildeo no ranking O

Japatildeo e o Canadaacute tiveram consideraacutevel crescimento contudo mantiveram-se na 5deg

e 6deg posiccedilatildeo durante esse periacuteodo

Nos EUA a demanda cresce mais acelerado do que a oferta segundo

CARVALHO (2015) a demanda cresce 12 ao ano enquanto a produccedilatildeo cresce

apenas 4 O paiacutes possui uma poliacutetica de retornar parte dos lucros oriundos da

-

100000

200000

300000

400000

500000

600000

700000

IMPORTACcedilAtildeO DE ABACATE NO MUNDO EM t

EUA

UE

HOLANDA

FRANCcedilA

CANADAacute

REINO UNIDO

31

comercializaccedilatildeo do Avocado no paiacutes com a elaboraccedilatildeo de marketing e o

desenvolvimento de pesquisas que incentivem o aumento do consumo interno

promovendo alimentos como por exemplo o GUACAMOLE alimento muito popular

no paiacutes

Em 2002 os EUA impunham a Lei do Bioterrorismo exigindo que as

empresas que produzem processem armazenem ou processem alimentos voltados

ao consumo humano ou animal devem cumprir normas para comercializar seus

produtos voltados ao consumo humano ou animal precisam cumprir normas para

comercializar seus produtos nos Estados Unidos Eacute necessaacuterio que essas mesmas

empresas possuam registro junto ao governo norte-americano atualizando estas

informaccedilotildees e comunicarem agraves autoridades a chegada de novos carregamentos

alimentares O natildeo cumprimento dessas exigecircncias acarreta na proibiccedilatildeo do

ingresso da carga e possiacutevel retenccedilatildeo da mercadoria com multa para o responsaacutevel

pelo carregamento (MDIC 2006)

Os principais compradores de abacate ‟Hass‟ satildeo os Estados Unidos (20 a

50) UE AUS e o Meacutexico maior produtor e exportador do Avocado participando

com 20 do mercado de Avocado (CARVALHO 2015)

O Brasil participa com apenas 031 do mercado internacional exportando

para o Canadaacute e Holanda CARVALHO (2015) comenta que o Brasil natildeo aproveita

seu potencial de se tornar grande produtor e exportador de Avocado o paiacutes possui

extensa aacuterea e clima variado entre outros fatores que favorecem a produccedilatildeo de

Avocado contudo a produccedilatildeo ainda eacute muito pequena quando comparado com

outros paiacuteses que participam do mercado internacional da fruta

Quanto agrave contribuiccedilatildeo do desenvolvimento de programas de melhoramento

geneacutetico para a consolidaccedilatildeo do Brasil como grande produtor mundial de abacate a

utilizaccedilatildeo de cultivares de bdquoHass-like‟ representa uma excelente opccedilatildeo para

aumentar a safra da cultura no paiacutes devido agrave caracteriacutestica que esta variedade tem

de antecipar a florada ampliando desta forma a janela de produccedilatildeo e aumentando

a competitividade do paiacutes em relaccedilatildeo a outros paiacuteses exportadores da fruta

O graacutefico a seguir ilustra o comportamento das exportaccedilotildees e importaccedilotildees

Brasileiras em 14 anos

32

Figura 6 - Evoluccedilatildeo da exportaccedilatildeo e importaccedilatildeo do abacate (em t) no Brasil em 14 anos Elaborado pelo autor FONTE FAO

Alguns dos principais concorrentes do Brasil tratando-se da exportaccedilatildeo do

Avocado satildeo Aacutefrica do Sul com 3 das exportaccedilotildees Chile com 7 e Peru

representando 10 do mercado internacional de Avocado A safra do Chile ocorre

em eacutepoca proacutexima a do Brasil comeccedilando em agosto e terminando em fevereiro

(CARVALHO 2015) A Boliacutevia apesar de participar com apenas 012 do volume

exportado tem a vantagem de possibilidade de produccedilatildeo o ano todo

O elevado padratildeo de qualidade dos produtos eacute sem duacutevida um fator que

pode fazer com que o Brasil se estabeleccedila no mercado mundial de abacate Esta

praacutetica tem qualificado a Aacutefrica do Sul como um dos principais fornecedores para

paiacuteses da Europa a partir do intenso trabalho desenvolvido pela empresa sem fins

lucrativos WESTFALIA situada no municiacutepio de Limpopo por meio de investimentos

em tecnologia

A tabela a seguir apresenta o periacuteodo do ano em que cada paiacutes exportador de

abacate embarca seus produtos ao redor do mundo

0

500

1000

1500

2000

2500

3000

3500

4000

4500

5000

EXPORTACcedilAtildeO

IMPORTACcedilAtildeO

33

TABELA 3 - Janela de exportaccedilatildeo dos paiacuteses exportadores de abacate

adaptada FONTE WESTFALIASUBSOLE

CALENDAacuteRIO DE EXPORTACcedilAtildeO DE ABACATE lsquoHASSrsquo

jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

BRASIL X X X X X X X X

ARGENTINA X X X

EUA X X X X X X X X X X X X

CHILE X X X X X X X X X X

AFRICA DO SUL X X X X X X X

REP DOMINICANA X X X X X

ISRAEL X X X X X X

PERU X X X X X X X

NOVA ZELAcircNDIA X X X

MEacuteXICO X X X X X X X X X X X X

ESPANHA X X X X X X X

QUEcircNIA X X X X X

AUSTRAacuteLIA X X X X X X X

Os principais destinos do abacate ‟Hass‟ exportado pelo Brasil satildeo Espanha

Itaacutelia Holanda Alemanha e Dinamarca O material exportado segue de navio do

porto de Santos a uma temperatura de 5degC levando ateacute 16 dias no maacuteximo ateacute os

destinos Esse material exportado pelo Brasil possui os certificados GlobalGapR ndash

BRCR ndash BSCIR ndash SedexR ndash SmetaR

Os graacuteficos a seguir apresentam informaccedilotildees sobre a evoluccedilatildeo do da

exportaccedilatildeo do abacate feitos a partir de informaccedilotildees apresentadas no Anuaacuterio

Brasileiro de fruticultura (2004 a 2015) obtidos a partir de dados do Instituto

Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica

34

Figura 7 - Evoluccedilatildeo do volume de abacate exportado pelo brasil (2003 a 2014) Elaborado pelo autor com dados DO ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE AGRICULTURA DE 2004 a 2015 (IBGE)

Figura 8 - Receita com exportaccedilatildeo brasileira de abacate (2003 a 2014) Elaborado pelo autor com dado do ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE AGRICULTURA DE 2004 a 2015 (IBGE)

O volume de abacate exportado pelo Brasil vem crescendo nos uacuteltimos anos

revelando assim a importacircncia do setor para o paiacutes A variaccedilatildeo do volume

exportado de 2008 para 2009 foi de 6282 jaacute de 2009 para 2010 a exportaccedilatildeo

sofreu uma queda de 793 Em 2014 houve um aumento de 3462 no setor em

relaccedilatildeo ao ano anterior (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE FRUTICULTURA) A receita

-

100000

200000

300000

400000

500000

600000

700000

20

03

20

04

20

05

20

06

20

07

20

08

20

09

20

10

20

11

20

12

20

13

20

14

EVOLUCcedilAtildeO DO VOLUME DE ABACATE EXPORTADO PELO BRASIL (2003 a 2014)

VOLUME EXPORTADO (t)

-

20000000

40000000

60000000

80000000

100000000

120000000

20

03

20

04

20

05

20

06

20

07

20

08

20

09

20

10

20

11

20

12

20

13

20

14

RECEITA COM EXPORTACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ABACATE (2003 a 2014)

RECEITA (em USS FOB)

35

obtida a partir da exportaccedilatildeo do abacate tambeacutem acompanha os iacutendices de

crescimento

A Aacutefrica do Sul um dos principais concorrentes do Brasil no setor de

exportaccedilatildeo do Avocado eacute reconhecida por exportar material de alta qualidade para

Europa onde possui escritoacuterios contudo sua produccedilatildeo estaacute estagnada A Westfalia

eacute uma empresa sem fins lucrativos produtora de Avocado na Aacutefrica do Sul

responsaacutevel por desenvolver o mercado de Avocado no paiacutes e investe fortemente

em tecnologia o que colaborou para a atual situaccedilatildeo da Aacutefrica do Sul no setor de

exportaccedilatildeo de Avocado (CARVALHO 2015)

ABACATE NO BRASIL

O Brasil favorecido quando comparado com outros paiacuteses produtores devido

agrave suas dimensotildees continentais o que lhe possibilita ampla variaccedilatildeo de temperaturas

e solos estes fator unido agraves caracteriacutesticas individuais de cada variedade como por

exemplo sazonalidade e exigecircncias nutricionais e de horas de luz Contudo apesar

da aacuterea destinada agrave produccedilatildeo do abacate no Brasil ter reduzido passando de

11605 ha em 2005 para 9559 ha em 2014 reduccedilatildeo de 176 a produccedilatildeo natildeo foi

tatildeo alterada o que evidencia a possibilidade de um aumento na produtividade destas

aacutereas

Atualmente o Brasil ocupa a oitava posiccedilatildeo no ranking global do setor de

produccedilatildeo de abacate E apesar de possuir crescente produtividade o paiacutes ainda

possui excelente potencial produtor e tambeacutem como exportador da fruta Para

aproveitar melhor esse potencial deveriam ser feitos mais investimentos tanto no

que se refere agrave produccedilatildeo como por exemplo melhoramento geneacutetico e adoccedilatildeo de

protocolos de boas praacuteticas agriacutecolas para a obtenccedilatildeo de certificaccedilatildeo quanto no

setor de comercializaccedilatildeo desenvolvendo elevado padratildeo de qualidade da fruta

A tabela a seguir (TABELA 4) apresenta a aacuterea destinada agrave colheita de todas

as variedades de abacate nos principais produtores de abacate e o Distrito Federal

TABELA 4 - Aacuterea destinada agrave colheita (em ha) Elaborada pelo autor

DADOS (IBGE-SIDRA)

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Brasil 11605 10515 9892 9596 8509 11125 10768 9615 9707 9559

Satildeo Paulo 4266 3688 3583 3437 3267 5530 5642 4192 4374 4337

36

Minas Gerais 2865 2254 2326 2223 1854 2202 2134 2309 2416 2373

Paranaacute 1492 1467 1306 1009 1085 1000 944 922 958 930

Cearaacute 493 475 498 497 490 484 477 480 483 498

Rio Grande do Sul 626 619 613 602 584 575 552 499 470 444

Distrito Federal 119 122 109 124 108 111 - 295 160 134

A tabela 5 abaixo apresenta a produccedilatildeo de todas as variedades de abacate

em toneladas dos uacuteltimos 10 anos para os principais estados produtores e o Distrito

Federal

TABELA 5 - Produccedilatildeo nacional de abacate em 10 anos (em t) Elaborada pelo

autor FONTE (IBGESIDRA)

UFANO 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Brasil 169335 164441 154096 147214 139089 153189 160376 159903 157482 156669 1000

Satildeo Paulo 77107 78085 70812 69904 74193 83002 91909 82780 85101 79316 506

Minas Gerais 38777 32812 33436 28016 24772 28522 30975 36669 36571 41259 263

Paranaacute 22265 22575 20425 16537 15919 15824 17304 16705 16309 15784 101

Rio Grande do Sul

8167 7905 7804 7602 6824 6769 6907 5719 5584 5277 34

Cearaacute 5202 4231 4706 4520 4336 4163 3985 2717 2640 3637 23

Distrito Federal 2596 3081 2690 3019 2666 2415 - 6914 3152 3151 20

Em 2014 a aacuterea destinada agrave colheita do abacate no estado do Cearaacute era

superior agrave aacuterea do Rio Grande do Sul contudo a produccedilatildeo no estado do Cearaacute no

mesmo ano foi de 3637 t enquanto que a produccedilatildeo do Rio Grande do Sul foi de

5277 45 maior reforccedilando assim a ideia de que a produtividade no Sul pode ser

maior em relaccedilatildeo agrave regiatildeo Nordeste Este fator pode ser decorrente do uso de

cultivares inadequadas para as condiccedilotildees climaacuteticas da regiatildeo eou pela falta de

adoccedilatildeo de tecnologias modernas e teacutecnicas avanccediladas de produccedilatildeo

No Distrito Federal a produccedilatildeo cresceu 21 nos uacuteltimos 10 anos e hoje

representa 2 da produccedilatildeo nacional Por outro lado Satildeo Paulo que lidera o ranking

com 506 de toda a produccedilatildeo obteve crescimento de apenas 286 Jaacute a

produccedilatildeo do Paranaacute sofreu uma reduccedilatildeo de -291 neste mesmo periacuteodo poreacutem

manteve-se como quarto produtor nacional de abacate Os estados do Cearaacute e Rio

Grande do Sul tambeacutem reduziram sua produtividade nos uacuteltimos 10 anos

acompanhando a reduccedilatildeo nacional que reduziu -74

37

A variaccedilatildeo da produtividade de todas as variedades de abacate dos principais

estados produtores de abacate do Brasil eacute apresentada na TABELA 6 a seguir

TABELA 6 - Variaccedilatildeo (em) da produtividade (t) no Brasil em 10 anos

Elaborada pelo autor FONTE (IBGESIDRA)

VARIACcedilAtildeO () DA PRODUTIVIDADE (t) EM 10 ANOS

ESTADOANO 2005 2014 VARIACcedilAtildeO

PAIacuteS 146 164 123

SAtildeO PAULO 181 183 11

MINAS GERAIS 135 174 289

PARANAacute 149 17 141

RIO GRANDE DO SUL 13 119 -85

CEARAacute 106 73 -311

DISTRITO FEDERAL 218 235 78

De acordo com os dados do IBGE Satildeo Paulo eacute o maior produtor de abacate

do paiacutes Dentre as variedades mais produzidas no estado de Satildeo Paulo estatildeo

bdquoFortuna‟ bdquoGeada‟ bdquoQuintal‟ e bdquoMargarida‟ (DORIZZOTTO 2011)

Abaixo segue TABELA 11 contendo os nuacutemeros de plantas novas e o

nuacutemero de plantas em produccedilatildeo bem como a produccedilatildeo (caixas de 22Kg) no estado

de Satildeo Paulo ao longo de 15 anos

TABELA 7 - Quantidade de peacutes novos peacutes em produccedilatildeo e produccedilatildeo (cx 22kg)

no estado de Satildeo Paulo entre 2000 e 2015 Elaborada pelo autor FONTE

INSTITUTO DE ECONOMIA AGRIacuteCOLA

ANO PEacuteS

NOVOS PEacuteS EM

PRODUCcedilAtildeO

2000 4859400 66157100

2001 4617700 62883700

2002 4742500 55421300

2003 6095000 49740300

2004 5969500 48339500

2005 5131100 46596200

2006 5325600 45869000

2007 3412800 47668000

2008 5007100 40617400

2009 12068600 49971400

2010 8190000 53239000

38

2011 6904500 54780100

2012 7704100 51341600

2013 7002100 59149400

2014 8419800 60996100

2015 9040200 67073800

O graacutefico abaixo apresenta a curva da produtividade obtida a partir da relaccedilatildeo

feita entre a produccedilatildeo e a quantidade de peacutes em produccedilatildeo no estado de Satildeo Paulo

Figura 9 - Produtividade (kgplanta) no estado de Satildeo Paulo desde 2000 elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE ECONOMIA AGRIacuteCOLA

Os dados foram obtidos a partir da relaccedilatildeo feita entre a quantidade de planta

em produccedilatildeo e a quantidade de caixas de 22 Kg produzidas no estado de Satildeo Paulo

desde 2000 Esses dados revelam crescente aumento da produtividade ateacute o ano de

2010 onde a produtividade ultrapassou 168 Kgplanta Jaacute em relaccedilatildeo ao ano de

2011 a produtividade sofreu uma reduccedilatildeo de 10 Depois disso a curva de

produtividade continuou ascendente

A seguinte tabela apresenta a evoluccedilatildeo do preccedilo do abacate comercializado

na CEAGESP durante o ano no periacuteodo de nove anos

90

110

130

150

170

190

20

00

20

01

20

02

20

03

20

04

20

05

20

06

20

07

20

08

20

09

20

10

20

11

20

12

20

13

20

14

20

15

PRODUTIVIDADE DOS PEacuteS DE ABACATE (Kgplanta) EM SP

PRODUTIVIDADE

39

TABELA 8 - Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio (em R$Kg) do abacate FONTE

CEAGESP 2008

ANOMEcircS JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

2007 105 101 1 118 107 109 129 151 159 181 228 279

2008 119 081 084 097 102 11 122 137 149 208 296 326

2009 169 122 132 133 141 141 152 177 217 213 212 235

2010 17 161 165 154 151 151 164 173 202 262 406 316

2011 185 182 183 203 186 204 231 278 308 317 359 369

2012 207 155 151 141 153 164 192 218 242 268 429 485

2013 263 209 216 215 244 265 258 304 347 403 566 498

2014 228 206 231 239 198 2 256 267 301 305 403 538

2015 406 403 386 349 367 397 394 43 - - - -

O graacutefico a seguir resume o comportamento da quantidade de peacutes novos e

em produccedilatildeo no estado de Satildeo Paulo desde o ano 2000

Figura 10 - Evoluccedilatildeo do nuacutemeros de peacutes novos e em produccedilatildeo ao longo de 15 anos no estado de Satildeo Paulo elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE

ECONOMIA AGRIacuteCOLA

A produccedilatildeo (em caixas de 22 Kg) eacute demonstrada no graacutefico abaixo para esse

mesmo periacuteodo

000

10000000

20000000

30000000

40000000

50000000

60000000

70000000

80000000

20002002200420062008201020122014

EVOLUCcedilAtildeO DOS DADOS DO ABACATE EM SAtildeO PAULO

PEacuteS NOVOS

PEacuteS EM PRODUCcedilAtildeO

40

Figura 11 - Evoluccedilatildeo da produccedilatildeo de abacate em caixas de 22kg no estado de Satildeo Paulo em 15 anos elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE

ECONOMIA AGRIacuteCOLA

A sazonalidade do abacate comercial na CEAGESP em Satildeo Paulo

demonstram que o abacate pode ser comercializado praticamente todas as eacutepocas

do ano como apresentado pela tabela

TABELA 9 - Sazonalidade do abacate FONTE CEAGESP 2008

VARIEDADE JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

GEADA X X X X X

FORTUNA X X X X X X X

QUINTAL X X X X X X X

MARGARIDA X X X X X X X X X X

BREDA X X X X X X X X

HASS X X X X X X X X

O Estado de Minas Gerais eacute o segundo maior produtor nacional de abacate

participando do setor com 229 do total produzido A aacuterea no Estado destinada agrave

produccedilatildeo da fruta foi de 23 mil ha A produtividade do estado de Minas em 2012 foi

de 15881 (hgha) (PERFIL DA FRUTA) A produccedilatildeo de abacate no Distrito Federal

em 2013 foi de 3152 toneladas (IBGE) Em Minas a produccedilatildeo concentra-se nas

regiotildees Sul e Sudeste do estado (ALMEIDA 2013)

200000000

250000000

300000000

350000000

400000000

450000000

500000000

550000000

20002002200420062008201020122014

EVOLUCcedilAtildeO NA PRODUCcedilAtildeO DE ABACATE EM SAtildeO PAULO (22Kgcx)

PRODUCcedilAtildeO CX 22Kg

41

Em 2003 o Paranaacute foi o terceiro maior produtor nacional de abacate com uma

aacuterea de aproximadamente 1600ha onde se produziu 26 mil toneladas gerando uma

receita de cerca de R$ 85 milhotildees (HOHMANN amp MENEGUIM 2005)

De acordo com a relaccedilatildeo feita entre os dados de volume de abacate colhido e

de aacuterea destinada agrave produccedilatildeo do IBGESIDRA em 10 anos (2005 agrave 2014) o estado

que sofreu maior reduccedilatildeo da produtividade foi o estado do CEARAacute reduzindo em

31 aproximadamente enquanto que o estado de minas aumentou 289 sua

produtividade O DF apresentou os melhores niacuteveis de produtividade a partir desses

dados

AVOCADO NO BRASIL

A regiatildeo de Bauru em Satildeo Paulo especializou-se na produccedilatildeo dos abacates

‟Hass‟ e bdquoFuerte‟ conhecidos comercialmente como Avocado e satildeo os mais

apreciados pelo mercado internacional (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA

FRUTICULTURA 2008)

O Avocado variedades ‟Hass‟ e bdquoFuerte‟ possui excelentes caracteriacutesticas

nutricionais como por exemplo seu alto teor de lipiacutedeos Aleacutem disso o fruto possui

tamanho reduzido o que facilita o consumo evitando que parte natildeo consumida seja

armazenada Uma das possibilidades de se estimular o consumo interno seria

promover o produto a partir do uso de marketing setor no qual a empresa

JAGUACYR situada no municiacutepio de Bauru ndash SP tem se destacado fornecendo

informaccedilotildees nutricionais e apresentando o alto padratildeo de qualidade da fruta Outro

fator que reduz a oferta do produto no mercado interno eacute a demanda internacional

apesar de impor barreiras e exigirem alto padratildeo de qualidade o produto de

qualidade recebe os melhores preccedilos este fator tambeacutem limita o consumo interno

porque o preccedilo oferecido pelos importadores reflete no preccedilo interno

Outro ponto que deve ser observado para se manter qualidade elevada dos

frutos eacute a escolha adequada do ponto de colheita pois este fator reflete diretamente

no teor de oacuteleo dos frutos que por sua vez eacute responsaacutevel pela conservaccedilatildeo do

sabor Os melhores teores de oacuteleo encontram-se em frutos tardios como nas

variedades obtidas a partir das raccedilas Guatemalenses e Mexicana sendo maior nas

raccedilas Mexicana e menor em cultivares oriunda de raccedilas Guatemalenses como por

exemplo a bdquoHass‟

42

A exportaccedilatildeo brasileira do abacate bdquoHass‟ variedade mais produzida no

mundo era de 100 toneladas por ha em 2004 para 2186 toneladas em 2010

(DORIZZOTTO 2011) Contudo este dado representa apenas 143 do volume de

todo o abacate produzido no paiacutes nesta mesma data mesmo com seus atributos

nutricionais e comerciais

Quando se trata do segmento do mercado do Avocado brasileiro em acircmbito

global a empresa JAGUACYR situada no municiacutepio de Bauru ndash SP com sede na

Holanda eacute de extrema relevacircncia contribuindo com 90 das exportaccedilotildees brasileiras

deste produto com o qual o Brasil ainda comeccedila a participar poreacutem possui

condiccedilotildees favoraacuteveis para crescer no setor (CARVALHO 2015)

O graacutefico a seguir apresentado na Figura 2 demonstra a evoluccedilatildeo da

participaccedilatildeo do Avocado no setor de fruticultura no estado de Satildeo Paulo

Figura 12 - Elaborado pelo autor FONTE CEAGESPSEDES GABRIEL V BITENCOURT DE ALMEIDA

Como apresentado no graacutefico acima o volume de Avocado comercializado na

CEAGESP tem crescido rapidamente vertiginosamente chegando a quase

quadruplicar seu valor em apenas 7 anos

Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio de atacado (R$Kg) de Avocado na CEAGESP de

Satildeo Paulo durante o ano (SP) (Figura 3)

81 74 90

106 133

208

365 378

0

50

100

150

200

250

300

350

400

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

EVOLUCcedilAtildeO DA QUANTIDADE COMERCIALIZADA (T) DE AVOCADO NA CEAGESP DE SAtildeO PAULO (SP)

QUANTIDADE(toneladas)

43

Figura 13 - Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio do avocado na CEAGESP (R$Kg) Elaborado pelo autor FONTES CEAGESP

O graacutefico a seguir demonstra um comparativo da variaccedilatildeo do preccedilo meacutedio do

abacate em relaccedilatildeo ao Avocado durante o ano com base nos dados de nove anos

da CEAGESP (R$Kg)

Figura 14 - Comparativo do preccedilo meacutedio do abacate e do avocado comercializado na ceagesp durante o ano elaborado pelo autor FONTE

CEAGESP

A partir dos dados de 7 anos com a variaccedilatildeo do preccedilo meacutedio do Avocado por

quilo durante o ano pocircde-se observar que os menores valores encontram-se entre

maio e agosto A variaccedilatildeo de preccedilo meacutedio durante o ano chega a ser de R$ 581 o

quilo mais que o dobro entre o maior e menor valor meacutedio encontrado

O graacutefico com o comparativo do preccedilo do abacate com o Avocado (Figura 11)

revela a discrepacircncia da valorizaccedilatildeo entre os dois grupos O valor miacutenimo do

4

6

8

10

12

jan

fev

mar

abr

mai

jun jul

ago

set

ou

t

no

v

dez

EVOLUCcedilAtildeO DO PRECcedilO MEacuteDIO DO AVOCADO NA CEAGESP (R$Kg)

PRECcedilO MEacuteDIO

0

2

4

6

8

10

12

JAN

FEV

MA

R

AB

R

MA

I

JUN

JUL

AG

O

SET

OU

T

NO

V

DEZ

PRECcedilO AVOCADO

PRECcedilO DO ABACATE

44

Avocado eacute de R$ 554 por quilo enquanto que o maior valor encontrado do abacate

chega a R$ 381 uma diferenccedila de quase 50

O CEASA-DF registrou em 2014 um volume comercializado de 397 toneladas

de Avocado enquanto que no ano anterior o volume registrado natildeo passou de 07

toneladas (CEASA-DF)

Apesar de jaacute haver teacutecnicas eficientes e tecnologias modernas disponiacuteveis

para se aperfeiccediloar a produccedilatildeo do abacate a exploraccedilatildeo de novas regiotildees com

potencial produtor para a implantaccedilatildeo de pomares de abacateiro no Brasil eacute um dos

fatores que podem aumentar mais ainda a produccedilatildeo nacional No DF por exemplo

a aacuterea destinada agrave colheita do abacate sofreu uma reduccedilatildeo de mais da metade de

2012 para 2014 muito diferente da forma como havia se comportando desde 2000

quando a aacuterea passou de 85 ha para 111 em 2010 O DF representa apenas 2 da

produccedilatildeo nacional do abacate contudo sua produtividade vem aumentando e de

acordo com os dados do IBGE o DF possui os melhores iacutendices de produtividade do

paiacutes o que pode representar forte potencial da regiatildeo no setor Este fato corrobora

com a ideia de que o Brasil pode aproveitar melhor sua extensatildeo territorial

explorando regiotildees com potencial produtor como o DF por exemplo

CERTIFICACcedilAtildeO

CARVALHO (2015) afirma que para participar do mercado internacional os

produtores devem se atentar agraves exigecircncias internacionais de qualidade e seguranccedila

garantidas por meio de certificaccedilatildeo como GlobalGapR BRCR BRCIR FAIRDRADER

e SEDEX-SMETAR Outro ponto que deve ser adotado pelo Brasil no comeacutercio do

Avocado eacute manter um mercado com preccedilo linear e contiacutenuo Ainda segundo

CARVALHO (2015) produtores que natildeo possuem certificaccedilatildeo no GlobalgapR

recebem menos 10

PRECcedilO PAGO PELA JAGUACYR AO PRODUTOR COM GLOBALGAPR

TABELA 10 - (CARVALHO 2015)

CAT CALIBRE MAR ABR MAI JUN

1 12 A 24 315 322 205 205

2 26 A 32 131 129 130 130

2 12 A 24 284 350 187 187

45

Para o consumidor final o selo GLOBALGAPR natildeo eacute tatildeo notado pois o uso

desta marca eacute praticado entre empresas Contudo sua em sua elaboraccedilatildeo

considerou-se a reduccedilatildeo dos impactos negativos das operaccedilotildees agriacutecolas no meio

ambiente reduzir o uso de insumos quiacutemicos e garantir que assuntos de sauacutede e

seguranccedila dos empregados e bem estar animal sejam observados (GLOBALGAPR

2008)

A GLOBALGAPR serve como um manual no comeacutercio mundial de produtos

agriacutecolas estabelecendo normas voluntaacuterias para sua certificaccedilatildeo Este conjunto de

normas estabelece serve de molde para a conduccedilatildeo de boas praacuteticas agriacutecolas

(BPA) nas atividades agriacutecolas (GLOBALGAPR 2008)

Um dos pontos positivos em se adotar os protocolos de boas praacuteticas

agriacutecolas eacute a prevenccedilatildeo de perdas Pesquisas feitas no setor da fruticultura

concluem que maior parte do desperdiacutecio ocorre no percurso que vai do manuseio

no campo ateacute as centrais de produccedilatildeo (AGRIANUAL 2012) Os iacutendices de perdas da

abaticultura chegam a 34 ao ano (AGRIANUAL 2015)

Eacute de extrema importacircncia desenvolver soacutelidos e eficientes sistemas de

certificaccedilatildeo a fim de assegurar qualidade que atenda as expectativas dos

consumidores permitindo que as empresas ingressem nos mercados globais com

seus produtos (ZEIDAN et al 2008)

A difusatildeo de praacuteticas recomendadas para a obtenccedilatildeo da certificaccedilatildeo

GLOBALGAPR por parte dos produtores de abacate principalmente as variedades

bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ pode estimular o consumo interno por meio da oferta de produtos

de maior qualidade aleacutem de reduzindo perdas e promover o produto no comeacutercio

internacional da fruta Fazendo com que o potencial produtor seja aproveitado ao

maacuteximo uma vez que seguir os protocolos de boas praacuteticas agriacutecolas represente a

reduccedilatildeo de perdas no processo de produccedilatildeo de colheita e de transporte seja por

meio da reduccedilatildeo da incidecircncia de pragas ou por adoccedilatildeo de teacutecnicas e evitem perdas

na conduccedilatildeo da produccedilatildeo dos pomares de abacate

CONCLUSOtildeES

A produccedilatildeo de Avocado cultivares bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ superiores em vaacuterios

aspectos agraves cultivares mais populares no paiacutes tem condiccedilotildees de se desenvolver

amplamente no Brasil tornando-o grande consumidor e exportador da fruta Essa

46

mudanccedila pode ocorrer por meio de incentivos governamentais que incentivem o

registro de produtos para a cultura do abacateiro favorecendo a obtenccedilatildeo de

certificaccedilatildeo bem como o desenvolvimento de centros de pesquisas que

desenvolvam estudos sobre a cultura do abacateiro que promovam a difusatildeo de

tecnologia e com isso estimule a utilizaccedilatildeo de novas aacutereas com potencial produtivo

A transferecircncia de tecnologia tambeacutem pode ser feita por parte de empresas da aacuterea

privada que possuem domiacutenio de teacutecnicas e tecnologias modernas principalmente

por meio da popularizaccedilatildeo da produccedilatildeo de mudas clonais para porta-enxerto Aleacutem

disso devem ser feitas accedilotildees por parte de instituiccedilotildees privadas como o

desenvolvimento do marketing da fruta a fim de divulgar os benefiacutecios do consumo

e a exposiccedilatildeo de novas formas de consumo de abacate pode ser crucial para a

mudanccedila do comportamento do consumidor nacional uma vez que este se atenta

principalmente aos aspectos visuais do abacate

Na poacutes-colheita o controle sobre os processos de maturaccedilatildeo poderia ser

mais bem aproveitado No Brasil a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas de conservaccedilatildeo no poacutes-

colheita de frutas objetiva na maioria das vezes estender o tempo de prateleira

destes produtos Para se aproveitar os elevados preccedilos ofertados em determinadas

eacutepocas os produtores colhem os frutos antes do recomendado para a fruta do

abacateiro o que reduz sua qualidade pois a eacutepoca da colheita influencia

diretamente no teor de oacuteleo fator altamente relacionado com o sabor da fruta Por

outro lado a aceleraccedilatildeo do processo de maturaccedilatildeo por meio do controle de

maturaccedilatildeo permite fornecimento de frutos maduros prontos para o consumo

estimulando assim o consumo no paiacutes Com a entrega regular de frutos maduros

nos supermercados e restaurantes novas formas de consumo da fruta como patecircs

e em saladas poderiam ser facilmente introduzidas no cardaacutepio nacional

47

BIBLIOGRAFIA

ALMEIDA G V B Mercado Atacadista de Abacate e Avocado (CEAGESP) III

Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado Bauru 2015

ALMEIDA G V B O Abacate no mundo e na CEAGESP Todafruta notiacutecia 2011

DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwtodafrutacombrnoticia28119O+ABACATE+NO+MUNDO+NO+BRASIL

+E+NA+CEAGESP gt

ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA FRUTICULTURA 2004 a 2015 DISPONIacuteVEL EM

httpwwwgrupogazcombrtratadaseo_edicao420150320150301_106c8c2f1pdf

4718_2015fruticulturapdfgt

BIODIESELBR DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwbiodieselbrcomnoticiasmateria-

primaoutrasvideo-unesp-transforma-oleo-abacate-biodiesel-060313htm gt

BONELLA J A Classificaccedilatildeo de abacates na CEAGESP Joseacute Alcides Bonella ME

2013

BRUWER T ROOYEN Z VAN PERFORMANCE AND MARKET ACCEPTIBILITY

OF THE HASS-LIKE CULTIVARS GEM AND HARVEST IN SOUTH AFRICA Vi

World Avocado Congress (Actas VI Confreso Mundial del Aguacate) 2007 Vintildea Del

Mar Chile 12 ndash 16 nov 2007 ISBN n 978-956-17-0413-8 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwAvocadosourcecomWAC6enExtenso1b-36pdf gt

CAMPOS J A Cultura racional do abacateiro Satildeo Paulo Iacutecone 1988 150 p

CANTUAacuteRIAS-AVILEacuteS T SILVA S R La induacutestria del aguacate em el Estado de

Satildeo Paulo Brasil actualidad y perspectivas futuras In CONGRESO MUNDIAL DEL

AGUACATE 7 2011 Caims Resuacutemenes Caims Avocado Australia 2011

48

CORREIA R C ARAUJO J L P MOUCO M A do C BRAGA C A

MENDONCcedilA R F de Abacate preferecircncias e mercado CONGRESSO

BRASILEIRO DE FRUTICULTURA 21 2010 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwalicecnptiaembrapabralicebitstreamdoc8700181Moucopdf gt

CARVALHO L F Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado realizaccedilatildeo Jaguacy

Sindicato Rural de Bauru Serviccedilo Nacional de Aprendizagem Rural - SENAR

Faculdades Integradas de Bauru ndash SP 2015

CHITARRA M I F CHITARA A B 2005 Poacutes colheita de frutos e hortaliccedilas

Fiiologia e Manuseio Lavras ESALFAEPE

CRANE J H BALERDI C F MAGUIRE I Avocado Growing in the Florida Home

Landscape University of Florida Circular 1034 one of a series of the Horticultural

Sciences Department Florida Cooperative Extension Service Institute of Food and

Agricultural Sciences University of Florida 1983 Revised 2007

CRIZEL G R MOURA R S OLIVEIRA I R MENDONCcedilA C R B

Caracteriacutesticas fiacutesicas e quiacutemicas de abacates das variedades bdquoQuintal‟ e bdquoHass‟ In

CONGRESSO DE INICIACcedilAtildeO CIENTIacuteFICA 17 ENCONTRO DE POacuteS-

GRADUACcedilAtildeO 10 2008 Pelotas Resumos Pelotas UFPEL 2008

DAIUTO E R VIEITES R L TREMOCOLDI M A RUSSO V C Taxa

respiratoacuteria de abacate bdquoHass‟ submetido a diferentes tratamentos fiacutesicos Revista

Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha Meacutexico v 10 n 2 p 101-109

2010

DAIUTO E R TREMOCOLDI M A VIEITES R L Conservaccedilatildeo poacutes colheita de

abacate bdquoHass‟ irradiado Revista Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha vol

10 n 2 2010

DONADIO L C Abacate para exportaccedilatildeo aspectos teacutecnicos da produccedilatildeo

Brasiacutelia Frupex MAPA 1995 53 p

49

DONADIO L C FERRARI L AVILEacuteS T C Abacate In DONADIO L C (Ed)

Histoacuteria da Fruticultura Paulista Jaboticabal SBF ndash Sociedade Brasileira de

Fruticultura 2010 P 33-63

DORIZZOTTO C D A SAMPAIO A C ICUMA I M et al Avocado production

chain in the state of Satildeo Paulo (Brazil) In Proceedings VII World Avocado Congress

2011 Cairns Anaishellip Cairns Internacional Avocado Society 2011 DISPONIacuteVEL

EM lt

httpworldAvocadocongress2011comuserfilesfileOsvaldo20Kioshi20Yamanis

hi201400-1420pdf gt

ERNST Z R ERNST A A The strategic role of new cultivars A case study of

bdquoMaluma‟ VIII Congreso Mundial de la Palta 2015 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwavocadosourcecomWAC8Section_02EarnstZander2015pdf gt

FACTFISH Avocados production quantity (tons) ndash for all countries DISPONIacuteVEL

EM lt httpwwwfactfishcomstatisticAvocados20production20quantity gt

FAOSTAT 2000 a 2013 DISPONIacuteVEL EM lt httpfaostat3faoorgbrowseTTPE gt

FER B WOLSTENHOLME B N (Ed) The Avocado botany production and

uses Oxon CABI Publ 2002 chap 12 p 299-338

FRANCISCO V L F dos S BAPTISTELLA C S L CULTURA DO ABACATE NO

ESTADO DE SAtildeO PAULO Informaccedilotildees Econocircmicas SP v 35 n5 2005

DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwieaspgovbroutpublicacoespdftec3-0505pdf gt

GAYET J P et al 1995 Abacate para exportaccedilatildeo procedimentos de colheita e

poacutes-colheita FRUPEX Brasiacutelia 37p

GIRARDI G Abacate uma nova opccedilatildeo de biocombustiacutevel Jornal UNESP Bauru

2009 DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwunespbracijornal248energia_bauruphp gt

50

GUEDES M S B SENA M TOLEDO S Certificaccedilatildeo como estrateacutegia competitiva

internacional dos produtores de frutas no Brasil VII Encontro da Sociedade

Brasileira de Economia Ecoloacutegica (ECO-ECO) 28 a 30 de novembro de 2007

Fortaleza Cearaacute

HODDLE M The Avocado Seed Moth Stenoma cateniver Walsingham (Lepdoptera

Elachistidae) Department of Entomology Applied Biological Control Research

DISPONIacuteVEL EM lt httpbiocontrolucredustenomastenomahtml gt

HOHMANN C L MENEGUIM A M A BROCA-DO-ABACATE (Stenoma catenifer)

Aspectos bioloacutegicos comportamento danos e manejo Instituto Agronocircmico do

Paranaacute ndash Londrina ndashPR Informe da Pesquisa n 147 2005

HOHMANN C L MENEGUIM A M Observaccedilotildees preliminares sobre a ocorrecircncia

da broca-do-abacate Stenoma catenifer Wals no Estado do Paranaacute Anais da

Sociedade Entomoloacutegica do Brasil v 22 p 417-419 1993

ILLSLEY-GRANICH C‟Hass‟Carmenrega precocious flowering avocado tree

Agrovim AS de CV Uruapan Michocan Mexico Rob Brokaw Brokaw Nursery Inc

Saticoy California USA Dr Salvador Ochoa-Ascencio University of Michoacan

Uruapan Michoacan Mexico 2011 DISPONIacuteVEL EM lt

httpworldavocadocongress2011comuserfilesfileCarlos20Illsley201410-

1430pdf gt

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA ESTATIacuteSTICA (IBGE) IBGE CIDADES

DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwcidadesibgegovbrcartogramamapaphplang=ampcoduf=53ampcodmun=53

0010ampidtema=136ampcodv=v01ampsearch=distrito-federal|brasilia|sintese-das-

informacoes-2013 gt

KADER A A 1992 Postharvest technology of horticultural crops Okland Univertisy

of California 292p

51

KADER A A ARPIA M L Avocado Recommendations for Maintaining

Postharvest Quality 2013

KADER A A Biologiacutea y Tecnologiacutea Postcosecha un Panorama In KADER A A

Tecnologiacutea Postcosecha de Cultivos Hortofrutiacutecolas 3 Ed Davis University Of

Califoacuternia 2007 Cap 4 p 43-53

KLUGE R A et al Inibiccedilatildeo do amadurecimento de abacate com 1-

metilciclopropeno Pesquisa Agropecuaacuteria Brasileira 37(7)895-901

KOOLER O C Abacaticultura Porto Alegre UFRGS 1992 138p

KOOLER O C ABACATICULTURA Porto Alegre UFRGS 1984 138p

KOLLER O C Abacate produccedilatildeo de mudas instalaccedilatildeo e manejo de pomares

colheita e poacutes-colheita Porto Alegre Cinco Continentes 2002 145 p

KREMER-KOumlHNE S KOumlHNE J S 25 YEARS OF AVOCADO ROOTSTOCK

DEVELOPMENT IN SOUTH AFRICA VI World Avocado Congress Chile 2007

DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwavocadosourcecomWAC6enExtenso1a-8pdf gt

LIPPERT C ALLAMAND M (WESTFALIASUBSOLE) A hystory of

collaboration Rev Subsole Santiago 2007

MAIS NATUREZA ABACATEIRO DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwmaisnaturezacomplantasarvoresabacateiro gt

MARANCA G Fruticultura comercial Manga e Abacate Satildeo Paulo Nobel 1980

p 81-133

MASSAFERA G COSTA T M B OLIVEIRA J E D COMPOSICcedilAtildeO DE AacuteCIDOS

GRAXOS DO OacuteLEO DO MESOCARPO E DA SEMENTE DE CULTIVARES DE

ABACATE (Persea americana MILL) DA REGIAtildeO DE RIBEIRAtildeO PRETO SP)

52

Alim Nutr Araraquara V 21 n 2 p 325-331 abrjun 2010 DISPONIacuteVEL EM lt

http20014571150seerindexphpalimentosarticleview940a20v21n2pdf gt

MDIC Negociaccedilotildees internacionais DISPONIacuteVEL EM

httpwwwdesenvolvimentogovbrsitiosecexnegInternacionaisMedTerrorismoLei

ph p gt

MICKELBART M V BENDER G S WITNEY G W ADAMS C ARPAIA M L

Effects of clonal rootstocks on bdquoHass‟ avocado yield components alternate bearing

and nutrition Journal of Horticultural Schience amp Biotechnology Ashford v 82

n 3 p 460-466 2007

MILLER B BERTELS R PADILLA T WILEMAN R THOMSEN L China the

new frontier VIII World Avocado Congress 2015

MONTENEGRO H W S A cultura do abacateiro Satildeo Paulo Melhoramentos

1951 102p (Criaccedilatildeo e Lavoura n 11)

MORAES A F G Desenvolvimento produccedilatildeo e qualidade de frutos de abacateiro

cv bdquoHass‟ sobre dois porta-enxertos nas condiccedilotildees edafoclimaacuteticas da regiatildeo central

do Estado de Satildeo Paulo Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Ciecircncias Piracicaba 2014

NAAMANI G Global Trends in main Avocado Markets VII World Avocado

Congress Australia 2011

NAVA DE DE LARA HADDAD M PARRA JRP 2005 Exigecircncias teacutermicas

estimativa do nuacutemero de geroccedilotildees de Stenoma catenifer e comprovaccedilatildeo de modelo

em campo Pesq Agropec Bras Brasilia v 40 p 961-967

NAVA DE PARRA JRP COSTA VA GUERRA TM COcircNSOLI FL (2005b)

Population dynamics of Stenoma catenifer(Lepidoptera Elachistidae) and related

larval parasitoids in Minas Gerais Brazil Florida Entomologistv 88p 441-446

53

NOVAGRIM ndash FRESH FRUITS IMPORTER amp VEGETABLE SUPPLIER SINCE

1999 2001-2013 WORLD AVOCADO PRODUCTION DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwnovagrimcomPages2000_2011_Avocado_statistics_ENaspx gt

OLIVEIRA LA A importacircncia das Normas Internacionais para o Comeacutercio da

Fruticultura Brasileira Piracicaba Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Economia Escola

Superior de Agricultura ldquoLuiz de Queirozrdquo Universidade de Satildeo Paulo Piracicaba

2005

OLIVEIRA M A de et al 2000 Ceras para conservaccedilatildeo poacutes colheita de frutos de

abacateiro cultivar Fuerte armazenados em temperatura ambiente Scientia Agriacutecola

Piracicaba 57 (4) 777-780

PASSONI A D NEVES M C M RODRIGUES B B BOTEON M Anaacutelise dos

principais entraves na exportaccedilatildeo de frutas brasileiras CENTRO DE ESTUDOS

AVANCcedilADOS EM ECONOMIA APLICADA (CEPEAESALQ-USP) XLIV

CONGRESSO DA SOBER ndash ldquoQuestotildees Agraacuterias Educaccedilatildeo no Campo e

Desenvolvimentordquo Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia Rural Fortaleza

2006

PEGG K G COATES L M KORSTEN L HARDING R M Foliar fruit and

soilborne diseases In WHILEY A W SCHAF

PERFIL DA FRUTICULTURA 2014 Base de dados 2012 a 2013 Governo de Minas

Gerais Agricultura Pecuaacuteria e Abastecimento 2014

PICCININ E PASCHOLATI S F ldquoDOENCcedilAS DO ABACATEIRO‟ em MANUAL DE

FITOPATOLOGIA Vol 2 Doenccedilas das Plantas Cultivadas Editora Agronocircmica

Ceres Ltda Satildeo Paulo 1997 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwifcursoscombrsistemaadminarquivos07-33-29-

manualfitopatologiapdfpage=10 gt

54

PUTT F F GOacuteES B C CATANEO P F Anaacutelise econocircmica de oferta e demanda

do abacate na alta paulista X Foacuterum Ambiental da Alta Paulista v 10 n 7 2014

pp 158-169

ROCHA I L Nuacutemeros do abacate HORTIESCOLHA Instituto Brasileiro de

Qualidade em Horticultura DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwhortibrasilorgbrjnwindexphpoption=com_contentampview=articleampid=120

9numeros-do-abacate-ampcatid=50comercializacaoampItemid=82 gt

SANTO N T Manejo da vegetaccedilatildeo intercalar para obtenccedilatildeo de cobertura morta na

cultura do abacateiro visando minimizar os danos causados por Phytophthora

cinnamomi Dissertaccedilatildeo de mestrado em Fitotecnia Piracicaba 2014

SCHAFFER B WOLSTENJOLME B N WHILEY A W The avocado botany

production and uses 560 p 2012 DISPONIacuteVEL EM lt

httpsbooksgooglecombrbooksid=r0hpRJca3zECamppg=PA83amplpg=PA83ampdq=Th

e+Avocado+botany+production+and+uses+hass-

likeampsource=blampots=oqc5OBsbmVampsig=5gDWWPIMYRBW9cH3yYuWh-ldd-8amphl=pt-

BRampsa=Xampved=0ahUKEwj_yPbgsoTKAhUGDpAKHZTrCWEQ6AEIPDADv=onepag

eampqampf=false gt

SCIENCIA I Certificaccedilatildeo GLOBALGAP e impactos ambientais em agroinduacutestrias de

alimentos Dissertaccedilatildeo de Poacutes-Graduaccedilatildeo Araraquara SP 2010 lt

mlthttpwwwecoecoorgbrconteudopublicacoesencontrosvii_envii_enc_ecohtm

gt

SIMAtildeO S Manual de Fruticultura Satildeo Paulo Editora Agronocircmica Ceres 1971

530p p 147-169

SINGER P MASON J Eacutetica da alimentaccedilatildeo como nossos haacutebitos alimentares

influenciam o meio ambiente e o nosso bem estar Rio de Janeiro Elsevier 2007

SOARES H F ITO M K O AacuteCIDO GRAXO MONOINSATURADO DO ABACATE

NO CONTROLE DE DISLIPIDEMIAS Ver Ciecircnc Meacuted Campinas P 47-51 2000

55

DISPONIacuteVEL EM lt httpperiodicospuc-

campinasedubrseerindexphpcienciasmedicasarticleviewFile13301304 gt

TEIXEIRA C G Cultura In ITAL ndash INSTITUTO DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS

(Campinas) Abacate Cultura mateacuteria-prima processamento e aspectos

econocircmicos 2 Ed Campinas Instituto Campineiro de Ensino Agriacutecola 1995 Cap 1

p 1-54 (Frutas Tropicais)

TEIXEIRA C G Cultura do abacate In TEIXEIRA C G et al ABACATE cultura

mateacuteria prima processamento e aspectos econocircmicos 2deg ed Seacuterie Fruas Tropicais

ndeg8 ITAL Campinas 1991 250p

WATANABE H S Caracteriacutesticas de cultivares de abacate CEAGESPS ndash

Companhia de Entrepostos e Armazeacutens Gerais de Satildeo Paulo 2013

WOLFENBARGER D O COLBURN B The Stenoma catenifer a serious Avocado

pest Proceedings of Florida State Horticulture Society v 92 p 315-318 1979

ZEIDAN R SEIXAS P ABRANCHES L COSTA D MEIRELLES F Certificaccedilatildeo

na cadeia produtiva de alimentos e as barreiras teacutecnicas agrave exportaccedilatildeo Simpoacutesio de

excelecircncia e gestatildeo e tecnologia ndash SEGeT 2008 Resende

Page 10: EVOLUÇÃO DA PRODUÇÃO MUNDIAL E NACIONAL …...RESUMO O abacateiro, Persea americana, é uma cultura muito importante em vários países, devido ao volume comercializado da fruta

10

INTRODUCcedilAtildeO

A cultura do abacateiro eacute de grande importacircncia para o setor frutiacutecola em

vaacuterias regiotildees de todo o mundo A produccedilatildeo mundial de abacate em 2013 foi de

4717102 toneladas (FACTFISH) No Brasil neste mesmo ano a produccedilatildeo chegou

a 159903 t ocupando uma aacuterea de 9615 ha ficando na oitava posiccedilatildeo no ranking

dos maiores produtores mundiais (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA FRUTICULTURA

2015) Ainda em 2013 os maiores produtores mundiais de abacate foram Meacutexico

disparado na frente com um volume de 1467837 toneladas Repuacuteblica Dominicana

com 387546 t e Colocircmbia com 303304 toneladas (FONTE FACTFISH) De acordo

com Rocha (2014) a produccedilatildeo mundial de abacate cresceu 19 no periacuteodo de

2006 e 2012

Apesar de o Brasil possuir excelentes condiccedilotildees para a produccedilatildeo de abacate

a falta de manejos agronocircmicos adequados durante toda a cadeia produtiva do

abacate tem feito com que o paiacutes natildeo participe de forma mais efetiva no mercado

mundial do abacate A cultura possui elevada suscetibilidade agrave gomose do

abacateiro conhecida como podridatildeo da raiz causada por Phytophthora

cinnamomi considerada a principal doenccedila que afeta esta cultura em todas as

regiotildees do mundo (CANTUARIAS-AVILEacuteS SILVA 2011 citado por SANTOS 2014)

Outro entrave na produccedilatildeo do abacate eacute a broca-do-abacate Stenoma catenifer

que de acordo com WOLFENBARGER amp COLBURN (1979) eacute uma praga

quarentenaacuteria em vaacuterios paiacuteses tem sido marcante para a produccedilatildeo deste produto

sendo vetada a entrada de lotes contaminados por meio de barreiras fitossanitaacuterias

em paiacuteses como os Estados Unidos da Ameacuterica principal importador mundial da

fruta

Em acircmbito internacional os abacates bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ satildeo os mais

apreciados Estes frutos recebem a denominaccedilatildeo de Avocado Estas cultivares tecircm

sido mais valorizadas pelo seu tamanho diferenciado e alto teor de lipiacutedeos

(FRANCISCO e BAPTISTELLA 2005) Estas cultivares satildeo hiacutebridos oriundos das

raccedilas mexicana e guatemalense possuem frutos pequenos com caroccedilo

relativamente grande e com alto teor de oacuteleo (TEIXEIRA 1995)

Para CARVALHO (2015) o Brasil estaacute ainda comeccedilando a participar do

volume de exportaccedilatildeo do abacate bdquoHass‟ cultivar mais produzida em todo o mundo

poreacutem o paiacutes esse ainda tem pouca contribuiccedilatildeo para com este setor do qual os

11

Estados Unidos e Uniatildeo Europeia representam forte potencial importador devido ao

elevado consumo interno que cresce de forma mais acelerada do que a produccedilatildeo

da fruta no paiacutes

Os principais importadores de fruta como como o europeu e o norte

americano impotildeem de um padratildeo de qualidade que observa agraves exigecircncias feitas

pelos consumidores com relaccedilatildeo agrave seguranccedila alimentar Este fator deve ser

considerado elementar pelos paiacuteses que visam exportar quaisquer produtos para

essas regiotildees A certificaccedilatildeo dos produtos eacute de extrema importacircncia para consolidar

paiacuteses exportadores no mercado pois esta leva em consideraccedilatildeo aspectos

ambientais e sociais aleacutem do local de produccedilatildeo Desta forma produtores de fruta

destinadas agrave exportaccedilatildeo precisaram adaptar suas lavouras a fim de atender as

exigecircncias dos mais importantes selos internacionais como o EureGapR e o TNCR

(OLIVEIRA 2005)

Os consumidores atuais estatildeo mais informados no que se refere agrave busca de

qualidade e por isso buscam produtos que atentem agraves questotildees eacuteticas que

abordem temas como meio ambiente tambeacutem o uso indiscriminado de agrotoacutexicos

considerando que a procura por alimentos seguros e saudaacuteveis eacute uma questatildeo

fundamental (SINGER e MASON 2007)

OBJETIVO

O objetivo deste estudo foi apresentar a evoluccedilatildeo da produccedilatildeo e

comercializaccedilatildeo da cultura do abacateiro em niacutevel internacional e mundial por meio

de trabalhos encontrados na literatura

REVISAtildeO BIBLIOGRAacuteFICA

A CULTURA DO ABACATE

Origem

Existem relatos sobre o abacate no iniacutecio do descobrimento das Ameacutericas Na

Colocircmbia o abacate jaacute era conhecido por volta de 1519 e 1526 entre os anos de

1532 e 1550 apareceu no Meacutexico Este nome ldquoabacaterdquo eacute oriundo do dialeto

indiacutegena o que reforccedila a informaccedilatildeo de que esse fruto eacute amplamente conhecido

pelos povos naturais da Ameacuterica (DONADIO 1995)

12

Por ser uma espeacutecie oriunda da Ameacuterica o abacate espalhou-se pelo

continente no seacuteculo XVII sendo mencionado na Jamaica em 1657 e 1969 pelo

nome de Avocado como eacute comumente denominado em paiacuteses de liacutengua inglesa Jaacute

em paiacuteses que tecircm como principal liacutengua o espanhol eacute conhecido como bdquoaguacate‟

exceto na Argentina Chile Peru e Equador onde eacute conhecido como bdquopalta‟

(DONADIO 1995)

O abacate eacute citado na Europa inicialmente em 1601 quando foi introduzido

no jardim botacircnico de Valecircncia Apoacutes isso disseminou-se para outros continentes

chegando na Aacutefrica em 1750 tendo Gana como via de acesso Em 1825 chega no

Havaiacute e em 1833 na Floacuterida Na Aacutesia o abacate chega pela Malaacutesia em 1900

(DONADIO 1995)

Abacate no Brasil

Existem relatos da cultura do abacateiro no Brasil desde 1787 poreacutem a

primeira introduccedilatildeo oficial deu-se em 1893 quando quatro aacutervores provenientes da

Guiana Francesa pertencentes agrave raccedila Antilhana que forneceram as primeiras

sementes da espeacutecie para o Brasil Em Satildeo Paulo acredita-se que a cultura tenha

se iniciado no Vale do Paraiacuteba no seacuteculo XIX predominando plantas da raccedila

Antilhana (Donadio et al 2010)

A safra do abacate gira em torno de 150 toneladas exceto em 2008 que

chegou a 173 mil t (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA FRUTICULTURA 2008) A

produccedilatildeo Brasileira de Abacate foi de 159903 toneladas em 2013 ocupando uma

aacuterea de 9615 ha conferindo a oitava posiccedilatildeo no ranking global do setor (ANUAacuteRIO

BRASILEIRO DA FRUTICULTURA 2015)

Descriccedilatildeo

Aacutervore folhas e fruto

O abacateiro espeacutecie P americana Miller eacute uma planta dicotiledocircnea da

famiacutelia Lauraceae gecircnero Persea A aacutervore possui porte meacutedio-alto variando de 12

a 25 metros O abacateiro se desenvolve bem em regiotildees tropicais e subtropicais A

planta possui caule ciliacutendrico e lenhoso com coloraccedilatildeo cinza escuro Suas folhas satildeo

sem estipulas de peciacuteolo curto e alternadas e podem ter vaacuterios formatos como

eliacuteptico-lanceoladas oblongas oblongo-lanceoladas ou ovais podendo variar de

76 a 410 cm de comprimento A cor da folha vai de bronzeada quando nova e

13

aos poucos vai esverdeando O fruto eacute uma baga com uma semente grande

cercada por uma polpa amanteigada (TEIXEIRA 1995 KOLLER 2002 CRANE

2007)

Flores

As flores do abacateiro satildeo pequenas e hermafroditas podendo ter coloraccedilatildeo

branca ou verde amarelada Satildeo produzidas em abundacircncia e possuem diacircmetro de

variaacutevel de 05 a 15 cm dispostas em paniacuteculas terminais nos ramos mais novos

(ALMEIDA 2013)

O abacateiro possui flores perfeitas com oacutergatildeos masculinos e femininos

capazes de produzir frutos agrave exceccedilatildeo da variedade Collinson por exemplo que natildeo

consegue produzir poacutelen e soacute serve como planta feminina (MARANCA 1980) A

planta apresenta comportamento floral denominado dicogamia protogenica

(KOLLER 1992)

Polinizaccedilatildeo

Apesar de possuir flores hermafroditas a maturidade do pistilo (parte

feminina) natildeo ocorre ao mesmo tempo da deiscecircncia das anteras (parte masculina)

(ALMEIDA 2013)

As flores do abacateiro se comportam de duas formas distintas diferenciando

a classificaccedilatildeo de cultivares em dois grupos A e B No grupo A estatildeo as variedades

onde a primeira abertura da flor ocorre pela manhatilde pronta para receberem o poacutelen

(feminina) reabrindo somente agrave tarde no seguinte poreacutem soltando poacutelen

(masculino) As variedades do grupo B a primeira abertura da flor ocorre apoacutes o

meio dia (feminina) fechando-se pela tarde e reabrindo ao amanhecer no estaacutegio

masculino Conhecer da biologia floral do abacateiro eacute extremamente importante

para se obter boa produccedilatildeo em pomares de abacateiro por conta do fato de suas

flores serem hermafroditas Desta forma para que se tenha uma eficiente

polinizaccedilatildeo das flores eacute imprescindiacutevel que os pomares sejam formados com

variedades pertencentes aos dois diferentes grupos para se ter uma produccedilatildeo

economicamente viaacutevel A proporccedilatildeo entre as variedades pode variar de acordo com

a demanda do mercado (MONTENEGRO 1951 citado por FRANCISCO E

BAPTISTELLA 2005)

14

Raccedilas

O abacateiro Persea americana pertence agrave famiacutelia Lauraceae que engloba

cerca de 50 gecircneros Existem trecircs grupos ou raccedilas que representam o abacate

comercial satildeo elas Mexicana ndash Persea americana var drymifolia Antilhana ndash P

americana var americana e Guatemalense ou guatemalteca ndash P nubigena var

guatemalensis (WILLIAMS 79 citado por DONADIO 1995)

Principais cultivares

Dentre as cultivares mais produzidas no estado de Satildeo Paulo estatildeo a

bdquoFortuna‟ bdquoGeada‟ bdquoQuintal‟ e bdquoMargarida‟ (DORIZZOTTO 2011) A produccedilatildeo

concentra-se na regiatildeo de Campinas Ribeiratildeo Preto e Bauru (ALMEIDA 2013)

Levantamentos feitos na regiatildeo nordeste por CORREIA et al (2010) indicam

que as principais cultivares nos CEASAS de Pernambuco e Cearaacute satildeo Quintal

Fortuna Geada e Margarida Jaacute em Satildeo Paulo as principais cultivares

comercializadas no CEAGESP citadas por ALMEIDA (2013) satildeo bdquoBreda‟ Fortuna

Geada Margarida e Quintal (CEAGESP 2013)

ILUSTRACcedilAtildeO DAS PRINCIPAIS CULTIVARES DE ABACATE

FIGURA 1 - Ilustraccedilatildeo das principais cultivares de abacate brasileira fonte HORTIESCOLHA DISPONIacuteVEL EM httpwwwhortiescolhacombrhortipediaprodutoabacate (adaptado)

A cultivar BREDA possui formato piriforme poreacutem se formaccedilatildeo de ldquopescoccedilordquo

(WATANABE 2013 citado por ALMEIDA 2013)

A variedade FORTUNA tem como uma de suas caracteriacutesticas frutos

piriformes muito grandes com peso variando entre 600 e 1Kg de casca lisa e verde

escuro polpa amarela e caroccedilo solto (KOLLER 2002) O teor de oacuteleo da cultivar

15

FORTUNA eacute de aproximadamente 8 (SIMAtildeO 1998 DONADIO et al 2010) No

CEASA do Recife esta cultivar eacute a preferida devido ao fato de ser uma fruta

carnuda com preccedilo acessiacutevel excelente sabor entre outros fatores

A cultivar GEADA tambeacutem possui fruto piriforme podendo ser ovalado sem

ldquopescoccedilordquo com coloraccedilatildeo verde mais claro que o FORTUNA sua polpa eacute amarela

com a semente aderente seu conteuacutedo de oacuteleo eacute bastante baixo por volta de 35

e a maturaccedilatildeo bastante precoce (TEIXEIRA 1995 KOLLER 2002)

A cultivar MARGARIDA apresenta as caracteriacutesticas da raccedila Guatemalense

como folhas novas com coloraccedilatildeo arroxeada frutos redondos e de casca rugosa

sua polpa eacute verde clara e o caroccedilo eacute pequeno (KOLLER 2002) Segundo BONELLA

(2013) (citado por ALMEIDA 2013) a cultivar MARGARIDA eacute a preferida por

compradores que visam transportar longas distacircncias pois apresenta oacutetima

resistecircncia poacutes-colheita

A QUINTAL eacute outro hiacutebrido das raccedilas Antilhana e Guatemalense seus frutos

satildeo grandes pesam entre 500 e 900 g possui casca verde clara lisa a polpa eacute

amarela e o caroccedilo aderente agrave polpa (TEIXEIRA 1995 KOLLER 2002 DONADIO

2010) O formato da QUINTAL eacute bem piriforme com ldquopescoccedilordquo bastante

proeminente Esta cultivar eacute a preferida no CEASA de Fortaleza por possuir

aparecircncia bonita e brilhosa casca livre de manchas polpa saborosa e etc

Avocado

A denominaccedilatildeo bdquoAvocado‟ tem sido utilizada no paiacutes para identificar as

cultivares de abacate bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ estas cultivares tecircm sido mais valorizadas

pelo seu tamanho diferenciado e alto teor de lipiacutedeos (FRANCISCO e

BAPTISTELLA 2005) apesar de suas reduzidas dimensotildees Contudo sendo fruto

climateacuterico eacute altamente pereciacutevel podendo ser um obstaacuteculo agrave comercializaccedilatildeo

(DAIUTO et al 2010)

As cultivares bdquoFuerte‟ e bdquoHass‟ satildeo oriundas do possiacutevel cruzamento natural

de variedades das raccedilas guatemalense e mexicana (DONADIO 1995) O tipo ‟Hass‟

possui casca aacutespera e formato arredondado Quando estaacute maduro sua casca

apresenta coloraccedilatildeo escurecida Jaacute o tipo ‟Fuerte‟ possui casca verde brilhante e lisa

com formato alongado (JAGUACYR)

16

A cultivar bdquoHass‟ eacute a mais valorizada no mundo apesar de seu tamanho

reduzido o fruto possui alta concentraccedilatildeo de lipiacutedeos Seus frutos podem pesar

entre 149 e 300 gramas (MICKELBART et al 2007 CRIZEL 2008)

Na Califoacuternia adota-se para as cultivares bdquoFuerte‟ e bdquoHass‟ o ponto miacutenimo de

mateacuteria seca adotada para a colheita eacute de 19 e 208 respectivamente (KADER amp

ARPIA 2013) O teor de mateacuteria seca possui elevada correlaccedilatildeo com o niacutevel de oacuteleo

da fruta Essas cultivares satildeo reconhecidas pelos altos niacuteveis de oacuteleo - fator que

possui forte influecircncia na conservaccedilatildeo do sabor

A tabela a seguir apresenta as informaccedilotildees nutricionais obtidas em 50g de

Avocado (JAGUACYR)

TABELA 1 - Informaccedilotildees nutricionais em 50g de avocado FONTE

JAGUACYR

INFORMACcedilOtildeES NUTRICIONAIS AVOCADO (50g)

ENERGIA 301 kj 72 kcal

CARBOIDRATOS 853 g

PROTEIacuteNAS 1 g

GORDURAS TOTAIS 8 g

GORDURA SATURADA 18 g

FIBRA ALIMENTAR 16 g

SOacuteDIO 75 mg

POTAacuteSSIO 485 mg

O Avocado tem 5 vezes menos aacutegua que o abacate comum o que lhe

confere concentraccedilatildeo muito maior de nutrientes A fruta eacute considerada pelos

nutricionistas como sendo uma das que possui maior valor nutricional devido ao fato

de possuir elevadas concentraccedilotildees de vitaminas antioxidantes como A C e E Em

comparaccedilatildeo com a banana a fruta conteacutem ainda trecircs vezes mais vitamina B6 Em

meacutedia o Avocado possui niacutevel de gordura em aproximadamente 20 sendo a

maioria monoinsaturada A gordura monoinsaturada auxilia na reduccedilatildeo no LDL e

promove aumento no HDL o ldquocolesterol bomrdquo (JAGUACYR)

Clima

As variedades da Iacutendia Ocidental e alguns hiacutebridos satildeo melhores adaptados a

regiotildees planas de clima tropical e regiotildees tropicais onde natildeo haacute ocorrecircncia de

17

geadas Por outro lado variedades Mexicanas satildeo mais adaptadas a regiotildees com

temperaturas mais baixas Hiacutebridos de raccedilas Mexicanas x Guatemaltecas

geralmente satildeo mais resistentes ao frio do que as raccedilas hiacutebridas Iacutendias Ocidentais x

Guatemaltecas (CRANE et al 2007)

Solos

O abacateiro eacute uma planta muito sensiacutevel a este fator em especial no que se

refere agrave drenagem e profundidade dos solos (KOLLER 1984) Para esta cultura

recomenda-se solos feacuterteis bem drenados pouco aacutecidos e profundos (SIMAtildeO

1971)

A cultura do abacateiro natildeo tolera solos inundados ou mal drenados

Condiccedilotildees de umidade elevada constante comprometem o desenvolvimento

adequado das plantas pois resultam em deficiecircncia nutricional e em alguns casos

pode provocar a morte da planta devido ao fato de estarem altamente suscetiacuteveis a

infecccedilatildeo por fungos (CRANE et al 2007)

Outro aspecto que deve ser considerado na cultura do abacate eacute a salinidade

devido agrave alta sensibilidade da cultura a este fator que pode provocar a queima da

ponta e borda das folhas e queda da produccedilatildeo (DONADIO 1995)

Doenccedilas e pragas que afetam a cultura do abacate

Apesar de o Brasil possuir excelentes condiccedilotildees para a produccedilatildeo de abacate

a falta de manejos agronocircmicos adequados durante toda a cadeia produtiva do

abacate tem feito com que o Brasil natildeo participe de forma mais eficiente no mercado

mundial do abacate A cultura possui elevada suscetibilidade agrave gomose do

abacateiro podridatildeo da raiz causada por Phytophthora cinnamomi

No Brasil a podridatildeo radicular causada por Phytophthora cinnamomi tem

dizimado plantaccedilotildees de abacateiro reduzindo a longevidade dos pomares

(DONADIO 1995) A doenccedila eacute considerada a mais importante para a cultura do

abacateiro sendo fator limitante para a cultura em todo o mundo (CAMPOS 1988

KOLLER 2002) A seleccedilatildeo de cultivares porta-enxertos resistentes ou tolerantes

controle quiacutemico e manejo do solo satildeo estrateacutegias que reduzem os danos e o

controle desta doenccedila (PEGG et al 2002)

A ocorrecircncia de Phytophthora cinnamomi juntamente com estresses

ambientais faz com que o abacateiro da cultivar ‟Hass‟ produza frutos com

18

dimensotildees muito reduzidas Esses frutos subdimensionados natildeo satildeo

comercializaacuteveis resultando em elevadas perdas financeiras para os produtores

(BRUWER 2007) Empresas como a Westfalia situada na proviacutencia de Limpopo na

Aacutefrica do Sul tecircm testado cultivares de abacate bdquoHass-like‟ para se obter maior

produtividade em regiotildees afetadas pelo P cinnamomi

Algumas das estrateacutegias que visam agrave minimizaccedilatildeo dos danos e o controle da

podridatildeo radicular satildeo por exemplo a utilizaccedilatildeo de cultivares porta-enxertos

resistentes ou tolerantes o uso de controle quiacutemico e praacuteticas especiacuteficas de manejo

do solo (PEGG et al 2002)

No que se refere a barreiras agrave exportaccedilatildeo do abacate a broca-do-abacate

Stenoma catenifer que de acordo com WOLFENBARGER amp COLBURN (1979) eacute

uma praga quarentenaacuteria em vaacuterios paiacuteses tem sido marcante para a produccedilatildeo

deste produto sendo vetada a entrada de lotes contaminados por meio de barreiras

fitossanitaacuterias em paiacuteses como os Estados Unidos da Ameacuterica principal importador

mundial Esta praga tem sido uma ameaccedila extremamente relevante para a produccedilatildeo

nacional de abacate chegando a causar perda de toda a produccedilatildeo (HOHMANN amp

MENEGUIM 1993) De acordo com informaccedilotildees da Universidade da Califoacuternia

(HODDLE UCR) os EUA tecircm desenvolvido protocolos de seguranccedila para impedir

que a doenccedila tenha acesso ao paiacutes por meio de importaccedilotildees de paiacuteses onde a

doenccedila eacute endecircmica Algumas regiotildees brasileiras de cultivo de abacate 100 da

colheita pode estar infestado com S catenifer (Nava et al 2005a) Mesmo com a

aplicaccedilatildeo de inseticidas de largo espectro sendo feitas de 7 a 11 vezes durante uma

uacutenica estaccedilatildeo de crescimento ateacute 60 de frutas podem ser infestados com larvas S

catenifer (Nava et al 2005b)

Para CARVALHO (2015) a exportaccedilatildeo para os EUA pela JAGUACYR eacute

dificultada devido agrave ocorrecircncia de doenccedilas que ocorrem em territoacuterio nacional e que

podem ser exportadas com os produtos

Ocorrida a eclosatildeo a lagarta de primeiro instar desloca-se ao longo do fruto

ateacute encontrar o local adequado para iniciar o ataque As fecircmeas procuram depositar

os ovos no peduacutenculo contudo haacute maior incidecircncia de orifiacutecios na parte inferior do

abacate Ao passo que as lagartas se desenvolvem e vatildeo se alimentando da polpa

do abacate indo em direccedilatildeo ao caroccedilo onde este inseto se aloja e finaliza a fase

larval construindo galerias no interior A lagarta se desenvolve no fruto e transforma-

se em pupa no solo numa profundidade de 05 a 15 cm ou ateacute mesmo no interior

19

dos frutos caiacutedos Dentre as medidas preventivas de controle destaca-se o uso

adequado das cultivares considerando que quanto mais tempo os frutos

permanecem nas plantas maiores seratildeo as perdas O planejamento da colheita deve

ser considerado pois colheitas tardias proporcionam condiccedilotildees favoraacuteveis para o

desenvolvimento da praga no pomar Outra medida preventiva principalmente para

pomares orgacircnicos eacute a cataccedilatildeo e destruiccedilatildeo dos frutos caiacutedos (HOHMANN amp

MENEGUIM 2005)

A verrugose ou sarna do abacateiro causada pelo fungo Sphaceloma

perseae conhecida em 1918 na Floacuterida foi encontrada no Brasil pela primeira vez

em 1938 em Limeira Eacute uma das doenccedilas de elevada importacircncia na cultura do

abacateiro visto que esta doenccedila deprecia a aparecircncia do fruto e pode provocar

tambeacutem queda dos frutos jovens bem como o subdesenvolvimento O fungo ataca

as folhas e os frutos e se desenvolve em condiccedilotildees de umidade elevada Para o

controle desta doenccedila eacute recomendado a utilizaccedilatildeo de variedades que apresentem

resistecircncia sendo necessaacuterio evitar variedades do grupo Guatemalense (PICCININ

amp PASCHOLATI 1997)

Ponto de colheita

O fruto do abacate eacute conhecido por ser climateacuterico isso significa que pode

completar o amadurecimento depois de colhido e apresenta um pico de produccedilatildeo de

etileno sucedido por um pico respiratoacuterio durante o amadurecimento O melhor

indicador de maturidade fisioloacutegica para se concluir se os frutos estatildeo aptos agrave

colheita eacute a porcentagem de mateacuteria seca que possui relaccedilatildeo com o acuacutemulo de

oacuteleo (KADER amp ARPIA 2013 citado por ALMEIDA 2013)

No Brasil a observaccedilatildeo em campo da perda do brilho na casca eacute uma praacutetica

comum para identificar o ponto ideal de colheita (ALMEIDA 2013) Jaacute na Floacuterida

contabilizam-se os dias apoacutes a floraccedilatildeo para se determinar o ponto de colheita

Na cultura do abacateiro os principais iacutendices de qualidade satildeo tamanho cor

da casca formato danos mecacircnicos recentes ou cicatrizados causados por insetos

podridotildees embalagens e transporte inadequados alteraccedilatildeo de sabor devido a

longos periacuteodos de armazenagem na aacutervore ou por colheita antes da maturidade

fisioloacutegica (KADER amp ARPIA 2013 CANTILLANO 2013) No que se refere agrave

alteraccedilatildeo de sabor KADER (2007) comenta que este fator estaacute diretamente ligado

20

ao teor de oacuteleo no fruto Neste sentido cultivares mais tardias oriundas das raccedilas

Guatemalenses e Mexicana possuem maiores teores de oacuteleo

Poacutes colheita

Por ser um fruto climateacuterico com alta taxa respiratoacuteria e elevada produccedilatildeo de

etileno apoacutes a colheita o fruto do abacate eacute altamente pereciacutevel (KADER 1992)

Neste sentido o controle do amadurecimento eacute de extrema importacircncia para se

prolongar a vida uacutetil no poacutes-colheita de frutas objetivando-se a comercializaccedilatildeo no

mercado interno ou externo (KLUGE et al 2002)

Tratando-se de maturaccedilatildeo no poacutes-colheita a manipulaccedilatildeo do etileno eacute uma

teacutecnica utilizada para antecipar ou adiar o processo de maturaccedilatildeo dos frutos O

etileno eacute um gaacutes que se comporta como hormocircnio

No Brasil a comercializaccedilatildeo do abacate em varejo ocorre na maioria das

vezes sem a utilizaccedilatildeo de refrigeraccedilatildeo portanto a utilizaccedilatildeo de tecnologias que

possibilitem a conservaccedilatildeo agrave temperatura ambiente eacute de grande relevacircncia para se

permitir a comercializaccedilatildeo durante um maior tempo apoacutes a colheita atrasando o

amadurecimento dos frutos (KLUGE et al 2002) Daiuto 2010 concluiu que a

refrigeraccedilatildeo foi efetiva na conservaccedilatildeo de frutos de abacate bdquoHass‟

Aleacutem do uso de refrigeraccedilatildeo para retardar o amadurecimento dos frutos

tambeacutem se utiliza o revestimento dos frutos com cera para se reduzir o processo de

respiraccedilatildeo e uso de metilciclopropeno para inibir a produccedilatildeo de etileno gaacutes que

funciona como hormocircnio na maturaccedilatildeo de frutos (Gayet et al 1995 Oliveira et al

2000 KLUGE et al 2002)

A utilizaccedilatildeo de radiaccedilotildees gama em baixos niacuteveis associada a outros

procedimentos no poacutes-colheita eacute mencionada na literatura como excelente meacutetodo

para prolongar a periacuteodo de prateleira das frutas por retardar os processos de

senescecircncia e amadurecimento reduzindo os iacutendices de apodrecimento provocados

por fungos e bacteacuterias (Kaumlferstein e Moy 1993) O problema do uso da radiaccedilatildeo eacute

que esta teacutecnica provoca o escurecimento perda de firmeza do fruto e o surgimento

de depressotildees superficiais (CHITARRA e CHITARRA 2005)

Consumo

Em relaccedilatildeo ao consumo per capita do abacate em 2013 o Meacutexico foi de 90

Kghab enquanto que no Brasil o consumo girava em torno de 301 gramashab

21

por ano em De acordo com dados de 2011 o consumo per capita da fruta em Israel

foi de 50 Kghab o Chile ficou logo atraacutes com 45Kghab por ano e os Estados

Unidos apesar de maior importador apenas 20 Kghab por ano (NAAMANI 2011)

Em alguns paiacuteses da Uniatildeo Europeia chega a ser 1500 gramashab por ano (BNET

2011) De acordo com PUTTI (2014) esta diferenccedila se deve ao fato de que o

consumo do abacate em paiacuteses da Europa vai aleacutem da forma in natura sendo

consumido principalmente na forma de salada aleacutem disso os benefiacutecios da fruta satildeo

mais difundidos do que no Brasil

A fruta eacute consumida de forma diferente ao redor do mundo podendo ser sob

a forma de doce como no Brasil ou em saladas e patecircs como o guacamole

(JAGUACYR) Aleacutem de ser amplamente explorada na induacutestria

Aspectos nutricionais

A tabela a seguir apresenta as informaccedilotildees nutricionais do abacate a partir de

100g da fruta

TABELA 2 - Informaccedilotildees nutricionais do abacate obtidas a partir de 100g

da fruta fonte (FATSECRET)

INFORMACcedilOtildeES NUTRICIONAIS ABACATE

ENERGIA 669 kj 160kal

CARBOIDRATOS 853 g

ACcedilUacuteCAR 066 g

PROTEIacuteNAS 2g

GORDURAS 1466g

GORDURA SATURADA 2126G

GORDURA MONOINSATURADA

9799G

GORDURA POLIINSATURADA 1816

COLESTEROL 0 mg

FIBRAS 77 g

SOacuteDIO 7 mg

POTAacuteSSIO 485 mg

Uma das principais caracteriacutesticas que qualificam o abacate eacute a elevada

quantidade de mateacuteria graxa em sua composiccedilatildeo O fruto eacute conhecido como uma

fruta de alto valor energeacutetico Os aacutecidos graxos (AG) podem ser encontrados na

semente em sua maioria insaturados estes aacutecidos tambeacutem estatildeo presentes no

mesocarpo contudo em concentraccedilotildees diferentes O oacuteleo do abacate eacute um produto

22

explorado na induacutestria farmacecircutica devido ao elevado teor de vitamina E O

produto possui bom valor comercial apesar de natildeo ser tatildeo produzido mundialmente

A quantidade de oacuteleo encontrada no mesocarpo eacute superior ao teor de oacuteleo

encontrado na semente No mesocarpo os teores de aacutecido oleico variam entre

3177 a 5030 jaacute na semente o teor desse aacutecido graxo monoinsaturado varia de

1169 a 3583 (MASSAFERA 2010)

O abacate eacute um alimento rico em aacutecido graxo monoinsaturado oleico Estudos

realizados com aacutecidos graxos monoinsaturados revelam sua importacircncia na

prevenccedilatildeo e tratamento de dislipidemias que estatildeo relacionadas ao

desenvolvimento de doenccedilas cardiovasculares e coronarianas (SOARES e ITO

2000) Os aacutecidos graxos monoinsaturados representados principalmente pelo aacutecido

oleico presente em oacuteleo de oliva e canola possui efeito significativos na prevenccedilatildeo e

tratamento de doenccedilas crocircnicas (LARSEN et al 1999)

Produtos e subprodutos

O oacuteleo obtido a partir da fruta do abacate possui propriedades fiacutesico-quiacutemicas

semelhantes ao oacuteleo de oliva principalmente pela composiccedilatildeo de seus aacutecidos

graxos salientando o aacutecido oleico O oacuteleo de oliva eacute um produto altamente

consumido no paiacutes poreacutem de origem importada e o oacuteleo de abacate possui forte

potencial para substituiacute-lo (MASSAFERA 2010)

Outra forma de aproveitamento do oacuteleo do abacate eacute para a produccedilatildeo de

biodiesel O professor do departamento de Quiacutemica da UNESP Manoel Lima de

Menezes afirma que o abacate tem o teor de oacuteleo que varia entre 5 a 30

proacuteximo ao encontrado na extraccedilatildeo da soja de 18 Segundo o pesquisador um

dos obstaacuteculos eacute ainda o teor de umidade da semente (BIODIESELBR 2013)

Dentre as vantagens do abacate em comparaccedilatildeo com a soja eacute que da fruta eacute

possiacutevel extrair oacuteleo e etanol dois ingredientes baacutesicos para a produccedilatildeo do

biodiesel Outra vantagem eacute que de acordo com Menezes o abacate pode render

ateacute 2800 litros de oacuteleo por hectare contra 400 da soja aleacutem do fato do abacateiro

ser uma planta perene (GIRARDI 2009)

A madeira tambeacutem eacute um produto explorado na cultura do abacateiro na

produccedilatildeo de energia como combustiacutevel (MAISNATUREZA) Outra forma de

aproveitamento de resiacuteduos da cultura eacute a utilizaccedilatildeo do caroccedilo para a produccedilatildeo de

23

tintas a partir do caroccedilo usado para tingir roupas produzindo uma tinta castanho-

arroxeada (TEIXEIRA 1991)

Melhoramento geneacutetico

O desenvolvimento floral bem como a eacutepoca de floraccedilatildeo e o amadurecimento

da fruta satildeo diretamente influenciados por caracteriacutesticas geneacuteticas Essas

caracteriacutesticas podem ser manipuladas com a utilizaccedilatildeo de enxertos porta enxertos

ou a interaccedilatildeo entre eles Neste sentido podem ser utilizados genoacutetipo Mexicano

que pode antecipar a floraccedilatildeo ou Guatemalenses que manteacutem uma floraccedilatildeo meacutedia

ou porta-enxerto das Iacutendias Ocidentais que promovem floraccedilatildeo tardia Estudos tecircm

comprovado que a utilizaccedilatildeo de porta-enxertos do grupo Mexicano antecipam a

floraccedilatildeo entre 4 a 8 semanas antes de pomares de clones de bdquoHass‟ Contudo a

antecipaccedilatildeo de 8 semanas na eacutepoca de floraccedilatildeo promoveu o a antecipaccedilatildeo de

maturaccedilatildeo dos frutos em apenas 3 semanas Como existe uma alta demanda pelo

abacate ‟Hass‟ em todo mundo o uso de cultivares do abacate bdquoHass-like‟ pode ser

de grande interesse para os paiacuteses produtores uma vez que a cultivar bdquoLamb-Hass‟

por exemplo possui a caracteriacutestica de estender a eacutepoca de colheita aumentando

assim a janela de produccedilatildeo da fruta (SCHAFFER et al 2012)

No final dos anos 80 Carlos Meacutendez observou um abacate diferenciado na

regiatildeo de Urupan estado de Michocaacuten Meacutexico A planta encontrada exibia uma

floraccedilatildeo com um comportamento distinto das demais Este abacate bdquoHass-like‟ foi

nomeado localmente de bdquoHass-Mendez‟ e agora eacute conhecido comercialmente como

bdquoHass Carmen‟ (Illsley-Granich 2011) Uma das cultivares de bdquoHass-like‟ que tem

sido utilizada em programas de melhoramento eacute a ldquoSir Prizerdquo

Outra cultivar bdquoHass-like‟ muito importante eacute a bdquoMaluma‟ na Aacutefrica do Sul

Dentre as vantagens desta cultivar em relaccedilatildeo ao bdquoHass‟ apresentadas por ERNST

amp ERNST (2015) estatildeo rendimento elevado precocidade e possibilidade de

aumento na densidade de plantas no pomar de abacateiro

Programas de melhoramento satildeo criados a fim de se incorporar

caracteriacutesticas de resistecircncia a doenccedilas - como os desenvolvidos na Universidade

da Califoacuternia que deram origem a cultivares como por exemplo bdquoGem‟ e bdquoHarvest‟

que possuem excelentes caracteriacutesticas agronocircmicas Dentre estas caracteriacutesticas

se tem aumento da produtividade e resistecircncia agrave podridatildeo radicular

24

A utilizaccedilatildeo de porta-enxertos eacute de suma importacircncia para se aproveitar

melhor o potencial das diferentes culturas seja por aumentar a produtividade ou por

conferir resistecircncia a doenccedilas No final dos anos 70 a podridatildeo causada por

Phytophthora cinnamomi causou grandes prejuiacutezos para a cultura do abacate na

Aacutefrica do Sul Com isso foi necessaacuterio importar da Califoacuternia porta-enxertos

tolerantes agrave podridatildeo radicular propagados vegetativamente a fim de se ter maior

uniformidade geneacutetica para estabelecer novos pomares de abacateiro Durante

muitos anos a cultivar bdquoDuke 7‟ era o uacutenico porta-enxerto que produzia plantas

uniformes produtivas e razoavelmente produtivas era a cultivar bdquoDuke 7‟ Nos anos

80 foi desenvolvida a cultivar bdquoDusa‟ a partir de plantas sobreviventes em pomares

doentes A cultivar desenvolvida pela WESTFALIA apresentou toleracircncia agrave podridatildeo

superior a bdquoDuke 7‟ (KREMER-KOumlHNE 2007)

Na Floacuterida as cultivares mais utilizadas como porta-enxerto satildeo a bdquoLula‟ e

bdquoWaldin‟ devido ao fato dessas variedades conferirem aos pomares de abacate

uniformidade aumentar o vigor e pela produccedilatildeo de sementes (CRANE et al 2007)

No Brasil os pomares comerciais de abacate satildeo implantados sobre porta-

enxertos oriundos de sementes este fator faz com que o tamanho da copa das

plantas seja desuniforme a produccedilatildeo seja afetada bem como a qualidade dos frutos

e a susceptibilidade aos patoacutegenos do solo no qual se destaca Phytophthora

cinnamomi Contudo outros paiacuteses produtores da fruta utilizam porta-enxertos de

melhor qualidade obtidos a partir de clones que possuem resistecircncia a doenccedilas e

tambeacutem conferem uniformidade ao pomar (MORAES 2014)

Certificaccedilatildeo

Devido agrave exigecircncia cada vez maior feita pelos mercados internacionais natildeo eacute

possiacutevel exportar frutas e outros produtos agropecuaacuterios sem que se tenha a

certificaccedilatildeo Um das finalidades da certificaccedilatildeo eacute proteger o diferencial de qualidade

(AGRIANUAL 2012)

A certificaccedilatildeo eacute uma forma de se adquirir vantagem competitiva sustentaacutevel

para concorrer com os grandes produtores mundiais Tendo em vista a exigecircncia de

produtos de qualidade por consumidores cada vez mais frequente eacute necessaacuterio que

o mercado mundial se atente ao alto padratildeo de qualidade fornecido por seus

produtos Com isso programas de qualidade tecircm sido desenvolvidos visando agrave

aplicaccedilatildeo direta nas cadeias de produccedilatildeo em especial na aacuterea de produtos

25

pereciacuteveis como eacute o caso da fruticultura objetivando a aceitaccedilatildeo internacional

(GUEDES et al 2007)

Vaacuterias pesquisas e estudos recentes vecircm colaborando para compreensatildeo da

formaccedilatildeo organizaccedilatildeo e influecircncia das cadeias produtivas de onde surgem

produtos que seguem os padrotildees de qualidade reconhecidos internacionalmente

onde os sistemas de certificaccedilatildeo tecircm papel fundamental

Tratando-se de qualidade os consumidores atuais buscam produtos que

atentem agraves questotildees eacuteticas que abordem temas como meio ambiente e uso de

agrotoacutexicos considerando que a procura por alimentos seguros e saudaacuteveis uma

questatildeo elementar (SINGER e MASON 2007)

Considerando que a sauacutede dos consumidores de alimentos in natura pode ser

afetada a seguranccedila alimentar bem como a qualidade dos produtos deve receber

atenccedilatildeo especial A qualidade dos produtos estaacute vinculada aos procedimentos que

satildeo conduzidos durante cada etapa de produccedilatildeo como por exemplo plantio

colheita processamento industrializaccedilatildeo e comeacutercio (OLIVEIRA 2005)

METODOLOGIA

Tipo de Estudo

Pesquisa Bibliograacutefica eacute desenvolvida a partir de material jaacute elaborado

constituiacutedo de livros e artigos cientiacuteficos (Gil 2008) Portanto o presente trabalho

utilizou-se das ideias do estudo exploratoacuterio feito a partir de pesquisa bibliograacutefica

Com isso este trabalho desenvolveu-se seguindo

1deg FONTES

Foram utilizados artigos que fornecessem informaccedilotildees sobre a cultura do

abacate bem como dados de produccedilatildeo poacutes-colheita e comercializaccedilatildeo e que

abordassem o tema de exportaccedilatildeo

2deg COLETA DE DADOS

Primeiramente foi feita leitura de trabalhos jaacute disponiacuteveis na literatura que

abordassem aspectos de produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo de forma raacutepida e objetiva a

fim de se selecionar o material a ser incluiacutedo no presente trabalho

26

Em seguida foi feita uma leitura seletiva agrupando as informaccedilotildees dos

artigos preacute-selecionados de acordo com o tema registrando as informaccedilotildees

extraiacutedas das fontes em instrumento especiacutefico

3deg ANAacuteLISE E INTERPRETACcedilAtildeO DOS RESULTADOS

Nesta etapa foi realizada uma leitura analiacutetica com a finalidade de ordenar as

informaccedilotildees contidas na literatura disponiacutevel utilizados como fonte para o

desenvolvimento deste trabalho a fim de se elaborar informaccedilotildees que resumissem

as questotildees abordadas nesta pesquisa

RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

ABACATE NO MUNDO

A figura a seguir apresenta dados de produccedilatildeo mundial de abacate (t) em 21

paiacuteses indo de 2004 a 2013 com base nos dados da FAO ndash Organizaccedilatildeo das

Naccedilotildees Unidas para Alimentaccedilatildeo e Agricultura (Food and Agriculture Organization of

the United Nations para a sigla em inglecircs)

27

Figura 2 Produccedilatildeo mundial do abacate (em t) elaborado pelo autor FONTE NOVAGRIM adaptado com dados da FAO

Os paiacuteses produtores de abacate satildeo representados no mapa abaixo onde a

intensidade da coloraccedilatildeo vermelha representa o volume de abacate produzido no

paiacutes quanto mais intenso maior o volume produzido como estaacute destacado o

Meacutexico maior produtor mundial participando com aproximadamente 31 12 de toda

a produccedilatildeo mundial da fruta

Figura 3 - Paiacuteses produtores de abacate ao redor do mundo FONTE FACTFISH

100000

300000

500000

700000

900000

1100000

1300000

1500000

1700000

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013

PRODUCcedilAtildeO MUNDIAL DE ABACATE

MEacuteXICO

INDONEacuteSIA

REP DOM

COLOcircMBIA

BRASIL

EUA

CHILE

PERU

CHINA

28

Em 2004 o maior produtor mundial de abacate foi o Meacutexico participando com

307 de todo o volume produzido mundialmente com cerca de 987000 t Em

segundo lugar poreacutem muito atraacutes com um volume de 221774 t segue a Indoneacutesia

representando apenas 689 Na terceira posiccedilatildeo Repuacuteblica Dominicana 68 e

218790 t e em quarto produzindo 170985 t estava a Colocircmbia com 53

De acordo com os dados de 2013 o Meacutexico continuou liderando o setor

participando com 3112 do total produzido agora com um volume de 1467837 t

Em segundo lugar a Repuacuteblica Dominicana com 821 Colocircmbia 643 e Peru

611 em ordem decrescente (FAOSTAT) Nos uacuteltimos 10 anos a Repuacuteblica

Dominicana saltou para o segundo lugar graccedilas a um aumento de 771 em sua

produccedilatildeo Neste sentido a Colocircmbia alcanccedila a posiccedilatildeo de 3deg colocado devido ao

aumento similar ao da Repuacuteblica Dominicana (774)

O Peru foi o paiacutes que obteve maior destaque pois saiu da oitava posiccedilatildeo

participando com apenas 337 da produccedilatildeo mundial o que representava um

volume de 108460 t em 2004 para a quarta posiccedilatildeo no ranking mundial em 2013

com 611 quando produziu 288387 t a sua participaccedilatildeo no mercado mundial

quase que dobrou nesse periacuteodo O aumento da produccedilatildeo mundial foi de 467

enquanto que o aumento do volume de abacate produzido no Peru foi de 1659

Segundo CARVALHO (2015) a formaccedilatildeo de associaccedilotildees como a PROHASS que

investe no desenvolvimento de tecnologia e marketing para estimular inclusive o

consumo interno podendo ateacute ser um exportador para o Brasil

Aos poucos a China vem participando do mercado do abacate A populaccedilatildeo

do paiacutes ultrapassa 15 bilhotildees de pessoas em algumas aacutereas metropolitanas a

populaccedilatildeo vai de 12 a 45 milhotildees de habitantes Em 2000 a classe meacutedia da China

representava 4 da populaccedilatildeo e hoje chega a 66 Os gastos com alimentaccedilatildeo

tambeacutem acompanham essa mudanccedila de comportamento pois existe nesta classe a

procura por alimentos mais saudaacuteveis Esses fatores tecircm estimulado uma mudanccedila

no consumo de abacate em toda a China (MILLER et al 2015)

Quanto agrave produccedilatildeo do Brasil no Ranking global ocorreu justamente o

contraacuterio o paiacutes saiu da quinta posiccedilatildeo para a oitava ao reduzir 765 da produccedilatildeo

que era de 170895 t em 2004 para 157428 t em 2013 Em 2011 o abacate ficou na

17deg posiccedilatildeo no ranking da produccedilatildeo nacional da fruta ocupando apenas 03 do

montante da produccedilatildeo de frutas frescas muito atraacutes das principais culturas

29

produzidas como a laranja mais produzida participando com 416 do setor

Banana segunda mais importante com 154 e Melancia com 46 em quarto

(IBGEPAM 2011)

O volume de abacate fresco brasileiro exportado foi de 4313 t em 2013 para

5806 toneladas em 2014 resultando num aumento de mais de 37 na receita com

este setor que em 2014 foi de mais de nove milhotildees e meio de doacutelares

(AGRIANUAL 2015)

O graacutefico abaixo apresenta o comportamento do volume em toneladas de

abacate exportado pelos paiacuteses que participam do setor

Figura 4 Volume de abacate (t) exportado pelos paiacuteses exportadores da fruta Elaborado pelo autor FONTE FAO

Em 2013 Meacutexico liderou o setor de exportaccedilatildeo do abacate com um volume

de 563492 toneladas cerca 463 do total exportado no mundo Em segundo lugar

a Holanda com 99 A Holanda eacute um grande importador contudo o paiacutes reexporta

grande parte do volume comprado O Peru merece destaque pois saiu de um

volume exportado de 2209 t (06) em 2000 para 114515 t em 2013 ocupando

94 do volume de abacate exportado o que lhe conferiu a 3deg posiccedilatildeo no ranking

global Em quarto lugar o Chile com 73

A figura a seguir apresenta o comportamento dos principais importadores de

abacate do mundo em 14 anos

0

100000

200000

300000

400000

500000

600000

20002001200220032004200520062007200820092010201120122013

EVOLUCcedilAtildeO DA EXPORTACcedilAtildeO MUNDIAL EM t

MEacuteXICO

CHILE

ESPANHA

AacuteFRICA DO SUL

ISRAEL

HOLANDA

PERU

30

Figura 5 Evoluccedilatildeo do volume (t) importado pelos principais paiacuteses importadores de abacate ELABORADA PELO AUTOR FONTE FAOSTAT

Os principais importadores de fruta como por exemplo o europeu e o norte

americano exigem um padratildeo de qualidade que observem as demandas impostas

pelos consumidores com relaccedilatildeo agrave seguranccedila alimentar e tambeacutem agraves exigecircncias

para certificaccedilatildeo do produto levando em consideraccedilatildeo aspectos ambientais e

sociais aleacutem do local de produccedilatildeo Desta forma produtores de fruta destinadas agrave

exportaccedilatildeo precisaram adaptar suas lavouras para atender agraves exigecircncias dos mais

importantes selos internacionais como o EureGapR e o TNCR (OLIVEIRA 2005) O

maior importador de abacate do mundo satildeo os Estados Unidos (ROCHA 2014)

O volume de abacate importado ao redor do mundo vem crescendo na uacuteltima

deacutecada Os Estados Unidos lideram o montante desde 2007 mais ainda que toda a

Uniatildeo Europeia o volume importado pelo paiacutes cresceu cerca de sete vezes entre

2000 e 2013 Em segundo lugar a Uniatildeo Europeia importando quase 23 menos

A Holanda tambeacutem cresceu muito e hoje ocupa a terceira colocaccedilatildeo no ranking O

Japatildeo e o Canadaacute tiveram consideraacutevel crescimento contudo mantiveram-se na 5deg

e 6deg posiccedilatildeo durante esse periacuteodo

Nos EUA a demanda cresce mais acelerado do que a oferta segundo

CARVALHO (2015) a demanda cresce 12 ao ano enquanto a produccedilatildeo cresce

apenas 4 O paiacutes possui uma poliacutetica de retornar parte dos lucros oriundos da

-

100000

200000

300000

400000

500000

600000

700000

IMPORTACcedilAtildeO DE ABACATE NO MUNDO EM t

EUA

UE

HOLANDA

FRANCcedilA

CANADAacute

REINO UNIDO

31

comercializaccedilatildeo do Avocado no paiacutes com a elaboraccedilatildeo de marketing e o

desenvolvimento de pesquisas que incentivem o aumento do consumo interno

promovendo alimentos como por exemplo o GUACAMOLE alimento muito popular

no paiacutes

Em 2002 os EUA impunham a Lei do Bioterrorismo exigindo que as

empresas que produzem processem armazenem ou processem alimentos voltados

ao consumo humano ou animal devem cumprir normas para comercializar seus

produtos voltados ao consumo humano ou animal precisam cumprir normas para

comercializar seus produtos nos Estados Unidos Eacute necessaacuterio que essas mesmas

empresas possuam registro junto ao governo norte-americano atualizando estas

informaccedilotildees e comunicarem agraves autoridades a chegada de novos carregamentos

alimentares O natildeo cumprimento dessas exigecircncias acarreta na proibiccedilatildeo do

ingresso da carga e possiacutevel retenccedilatildeo da mercadoria com multa para o responsaacutevel

pelo carregamento (MDIC 2006)

Os principais compradores de abacate ‟Hass‟ satildeo os Estados Unidos (20 a

50) UE AUS e o Meacutexico maior produtor e exportador do Avocado participando

com 20 do mercado de Avocado (CARVALHO 2015)

O Brasil participa com apenas 031 do mercado internacional exportando

para o Canadaacute e Holanda CARVALHO (2015) comenta que o Brasil natildeo aproveita

seu potencial de se tornar grande produtor e exportador de Avocado o paiacutes possui

extensa aacuterea e clima variado entre outros fatores que favorecem a produccedilatildeo de

Avocado contudo a produccedilatildeo ainda eacute muito pequena quando comparado com

outros paiacuteses que participam do mercado internacional da fruta

Quanto agrave contribuiccedilatildeo do desenvolvimento de programas de melhoramento

geneacutetico para a consolidaccedilatildeo do Brasil como grande produtor mundial de abacate a

utilizaccedilatildeo de cultivares de bdquoHass-like‟ representa uma excelente opccedilatildeo para

aumentar a safra da cultura no paiacutes devido agrave caracteriacutestica que esta variedade tem

de antecipar a florada ampliando desta forma a janela de produccedilatildeo e aumentando

a competitividade do paiacutes em relaccedilatildeo a outros paiacuteses exportadores da fruta

O graacutefico a seguir ilustra o comportamento das exportaccedilotildees e importaccedilotildees

Brasileiras em 14 anos

32

Figura 6 - Evoluccedilatildeo da exportaccedilatildeo e importaccedilatildeo do abacate (em t) no Brasil em 14 anos Elaborado pelo autor FONTE FAO

Alguns dos principais concorrentes do Brasil tratando-se da exportaccedilatildeo do

Avocado satildeo Aacutefrica do Sul com 3 das exportaccedilotildees Chile com 7 e Peru

representando 10 do mercado internacional de Avocado A safra do Chile ocorre

em eacutepoca proacutexima a do Brasil comeccedilando em agosto e terminando em fevereiro

(CARVALHO 2015) A Boliacutevia apesar de participar com apenas 012 do volume

exportado tem a vantagem de possibilidade de produccedilatildeo o ano todo

O elevado padratildeo de qualidade dos produtos eacute sem duacutevida um fator que

pode fazer com que o Brasil se estabeleccedila no mercado mundial de abacate Esta

praacutetica tem qualificado a Aacutefrica do Sul como um dos principais fornecedores para

paiacuteses da Europa a partir do intenso trabalho desenvolvido pela empresa sem fins

lucrativos WESTFALIA situada no municiacutepio de Limpopo por meio de investimentos

em tecnologia

A tabela a seguir apresenta o periacuteodo do ano em que cada paiacutes exportador de

abacate embarca seus produtos ao redor do mundo

0

500

1000

1500

2000

2500

3000

3500

4000

4500

5000

EXPORTACcedilAtildeO

IMPORTACcedilAtildeO

33

TABELA 3 - Janela de exportaccedilatildeo dos paiacuteses exportadores de abacate

adaptada FONTE WESTFALIASUBSOLE

CALENDAacuteRIO DE EXPORTACcedilAtildeO DE ABACATE lsquoHASSrsquo

jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

BRASIL X X X X X X X X

ARGENTINA X X X

EUA X X X X X X X X X X X X

CHILE X X X X X X X X X X

AFRICA DO SUL X X X X X X X

REP DOMINICANA X X X X X

ISRAEL X X X X X X

PERU X X X X X X X

NOVA ZELAcircNDIA X X X

MEacuteXICO X X X X X X X X X X X X

ESPANHA X X X X X X X

QUEcircNIA X X X X X

AUSTRAacuteLIA X X X X X X X

Os principais destinos do abacate ‟Hass‟ exportado pelo Brasil satildeo Espanha

Itaacutelia Holanda Alemanha e Dinamarca O material exportado segue de navio do

porto de Santos a uma temperatura de 5degC levando ateacute 16 dias no maacuteximo ateacute os

destinos Esse material exportado pelo Brasil possui os certificados GlobalGapR ndash

BRCR ndash BSCIR ndash SedexR ndash SmetaR

Os graacuteficos a seguir apresentam informaccedilotildees sobre a evoluccedilatildeo do da

exportaccedilatildeo do abacate feitos a partir de informaccedilotildees apresentadas no Anuaacuterio

Brasileiro de fruticultura (2004 a 2015) obtidos a partir de dados do Instituto

Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica

34

Figura 7 - Evoluccedilatildeo do volume de abacate exportado pelo brasil (2003 a 2014) Elaborado pelo autor com dados DO ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE AGRICULTURA DE 2004 a 2015 (IBGE)

Figura 8 - Receita com exportaccedilatildeo brasileira de abacate (2003 a 2014) Elaborado pelo autor com dado do ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE AGRICULTURA DE 2004 a 2015 (IBGE)

O volume de abacate exportado pelo Brasil vem crescendo nos uacuteltimos anos

revelando assim a importacircncia do setor para o paiacutes A variaccedilatildeo do volume

exportado de 2008 para 2009 foi de 6282 jaacute de 2009 para 2010 a exportaccedilatildeo

sofreu uma queda de 793 Em 2014 houve um aumento de 3462 no setor em

relaccedilatildeo ao ano anterior (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE FRUTICULTURA) A receita

-

100000

200000

300000

400000

500000

600000

700000

20

03

20

04

20

05

20

06

20

07

20

08

20

09

20

10

20

11

20

12

20

13

20

14

EVOLUCcedilAtildeO DO VOLUME DE ABACATE EXPORTADO PELO BRASIL (2003 a 2014)

VOLUME EXPORTADO (t)

-

20000000

40000000

60000000

80000000

100000000

120000000

20

03

20

04

20

05

20

06

20

07

20

08

20

09

20

10

20

11

20

12

20

13

20

14

RECEITA COM EXPORTACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ABACATE (2003 a 2014)

RECEITA (em USS FOB)

35

obtida a partir da exportaccedilatildeo do abacate tambeacutem acompanha os iacutendices de

crescimento

A Aacutefrica do Sul um dos principais concorrentes do Brasil no setor de

exportaccedilatildeo do Avocado eacute reconhecida por exportar material de alta qualidade para

Europa onde possui escritoacuterios contudo sua produccedilatildeo estaacute estagnada A Westfalia

eacute uma empresa sem fins lucrativos produtora de Avocado na Aacutefrica do Sul

responsaacutevel por desenvolver o mercado de Avocado no paiacutes e investe fortemente

em tecnologia o que colaborou para a atual situaccedilatildeo da Aacutefrica do Sul no setor de

exportaccedilatildeo de Avocado (CARVALHO 2015)

ABACATE NO BRASIL

O Brasil favorecido quando comparado com outros paiacuteses produtores devido

agrave suas dimensotildees continentais o que lhe possibilita ampla variaccedilatildeo de temperaturas

e solos estes fator unido agraves caracteriacutesticas individuais de cada variedade como por

exemplo sazonalidade e exigecircncias nutricionais e de horas de luz Contudo apesar

da aacuterea destinada agrave produccedilatildeo do abacate no Brasil ter reduzido passando de

11605 ha em 2005 para 9559 ha em 2014 reduccedilatildeo de 176 a produccedilatildeo natildeo foi

tatildeo alterada o que evidencia a possibilidade de um aumento na produtividade destas

aacutereas

Atualmente o Brasil ocupa a oitava posiccedilatildeo no ranking global do setor de

produccedilatildeo de abacate E apesar de possuir crescente produtividade o paiacutes ainda

possui excelente potencial produtor e tambeacutem como exportador da fruta Para

aproveitar melhor esse potencial deveriam ser feitos mais investimentos tanto no

que se refere agrave produccedilatildeo como por exemplo melhoramento geneacutetico e adoccedilatildeo de

protocolos de boas praacuteticas agriacutecolas para a obtenccedilatildeo de certificaccedilatildeo quanto no

setor de comercializaccedilatildeo desenvolvendo elevado padratildeo de qualidade da fruta

A tabela a seguir (TABELA 4) apresenta a aacuterea destinada agrave colheita de todas

as variedades de abacate nos principais produtores de abacate e o Distrito Federal

TABELA 4 - Aacuterea destinada agrave colheita (em ha) Elaborada pelo autor

DADOS (IBGE-SIDRA)

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Brasil 11605 10515 9892 9596 8509 11125 10768 9615 9707 9559

Satildeo Paulo 4266 3688 3583 3437 3267 5530 5642 4192 4374 4337

36

Minas Gerais 2865 2254 2326 2223 1854 2202 2134 2309 2416 2373

Paranaacute 1492 1467 1306 1009 1085 1000 944 922 958 930

Cearaacute 493 475 498 497 490 484 477 480 483 498

Rio Grande do Sul 626 619 613 602 584 575 552 499 470 444

Distrito Federal 119 122 109 124 108 111 - 295 160 134

A tabela 5 abaixo apresenta a produccedilatildeo de todas as variedades de abacate

em toneladas dos uacuteltimos 10 anos para os principais estados produtores e o Distrito

Federal

TABELA 5 - Produccedilatildeo nacional de abacate em 10 anos (em t) Elaborada pelo

autor FONTE (IBGESIDRA)

UFANO 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Brasil 169335 164441 154096 147214 139089 153189 160376 159903 157482 156669 1000

Satildeo Paulo 77107 78085 70812 69904 74193 83002 91909 82780 85101 79316 506

Minas Gerais 38777 32812 33436 28016 24772 28522 30975 36669 36571 41259 263

Paranaacute 22265 22575 20425 16537 15919 15824 17304 16705 16309 15784 101

Rio Grande do Sul

8167 7905 7804 7602 6824 6769 6907 5719 5584 5277 34

Cearaacute 5202 4231 4706 4520 4336 4163 3985 2717 2640 3637 23

Distrito Federal 2596 3081 2690 3019 2666 2415 - 6914 3152 3151 20

Em 2014 a aacuterea destinada agrave colheita do abacate no estado do Cearaacute era

superior agrave aacuterea do Rio Grande do Sul contudo a produccedilatildeo no estado do Cearaacute no

mesmo ano foi de 3637 t enquanto que a produccedilatildeo do Rio Grande do Sul foi de

5277 45 maior reforccedilando assim a ideia de que a produtividade no Sul pode ser

maior em relaccedilatildeo agrave regiatildeo Nordeste Este fator pode ser decorrente do uso de

cultivares inadequadas para as condiccedilotildees climaacuteticas da regiatildeo eou pela falta de

adoccedilatildeo de tecnologias modernas e teacutecnicas avanccediladas de produccedilatildeo

No Distrito Federal a produccedilatildeo cresceu 21 nos uacuteltimos 10 anos e hoje

representa 2 da produccedilatildeo nacional Por outro lado Satildeo Paulo que lidera o ranking

com 506 de toda a produccedilatildeo obteve crescimento de apenas 286 Jaacute a

produccedilatildeo do Paranaacute sofreu uma reduccedilatildeo de -291 neste mesmo periacuteodo poreacutem

manteve-se como quarto produtor nacional de abacate Os estados do Cearaacute e Rio

Grande do Sul tambeacutem reduziram sua produtividade nos uacuteltimos 10 anos

acompanhando a reduccedilatildeo nacional que reduziu -74

37

A variaccedilatildeo da produtividade de todas as variedades de abacate dos principais

estados produtores de abacate do Brasil eacute apresentada na TABELA 6 a seguir

TABELA 6 - Variaccedilatildeo (em) da produtividade (t) no Brasil em 10 anos

Elaborada pelo autor FONTE (IBGESIDRA)

VARIACcedilAtildeO () DA PRODUTIVIDADE (t) EM 10 ANOS

ESTADOANO 2005 2014 VARIACcedilAtildeO

PAIacuteS 146 164 123

SAtildeO PAULO 181 183 11

MINAS GERAIS 135 174 289

PARANAacute 149 17 141

RIO GRANDE DO SUL 13 119 -85

CEARAacute 106 73 -311

DISTRITO FEDERAL 218 235 78

De acordo com os dados do IBGE Satildeo Paulo eacute o maior produtor de abacate

do paiacutes Dentre as variedades mais produzidas no estado de Satildeo Paulo estatildeo

bdquoFortuna‟ bdquoGeada‟ bdquoQuintal‟ e bdquoMargarida‟ (DORIZZOTTO 2011)

Abaixo segue TABELA 11 contendo os nuacutemeros de plantas novas e o

nuacutemero de plantas em produccedilatildeo bem como a produccedilatildeo (caixas de 22Kg) no estado

de Satildeo Paulo ao longo de 15 anos

TABELA 7 - Quantidade de peacutes novos peacutes em produccedilatildeo e produccedilatildeo (cx 22kg)

no estado de Satildeo Paulo entre 2000 e 2015 Elaborada pelo autor FONTE

INSTITUTO DE ECONOMIA AGRIacuteCOLA

ANO PEacuteS

NOVOS PEacuteS EM

PRODUCcedilAtildeO

2000 4859400 66157100

2001 4617700 62883700

2002 4742500 55421300

2003 6095000 49740300

2004 5969500 48339500

2005 5131100 46596200

2006 5325600 45869000

2007 3412800 47668000

2008 5007100 40617400

2009 12068600 49971400

2010 8190000 53239000

38

2011 6904500 54780100

2012 7704100 51341600

2013 7002100 59149400

2014 8419800 60996100

2015 9040200 67073800

O graacutefico abaixo apresenta a curva da produtividade obtida a partir da relaccedilatildeo

feita entre a produccedilatildeo e a quantidade de peacutes em produccedilatildeo no estado de Satildeo Paulo

Figura 9 - Produtividade (kgplanta) no estado de Satildeo Paulo desde 2000 elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE ECONOMIA AGRIacuteCOLA

Os dados foram obtidos a partir da relaccedilatildeo feita entre a quantidade de planta

em produccedilatildeo e a quantidade de caixas de 22 Kg produzidas no estado de Satildeo Paulo

desde 2000 Esses dados revelam crescente aumento da produtividade ateacute o ano de

2010 onde a produtividade ultrapassou 168 Kgplanta Jaacute em relaccedilatildeo ao ano de

2011 a produtividade sofreu uma reduccedilatildeo de 10 Depois disso a curva de

produtividade continuou ascendente

A seguinte tabela apresenta a evoluccedilatildeo do preccedilo do abacate comercializado

na CEAGESP durante o ano no periacuteodo de nove anos

90

110

130

150

170

190

20

00

20

01

20

02

20

03

20

04

20

05

20

06

20

07

20

08

20

09

20

10

20

11

20

12

20

13

20

14

20

15

PRODUTIVIDADE DOS PEacuteS DE ABACATE (Kgplanta) EM SP

PRODUTIVIDADE

39

TABELA 8 - Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio (em R$Kg) do abacate FONTE

CEAGESP 2008

ANOMEcircS JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

2007 105 101 1 118 107 109 129 151 159 181 228 279

2008 119 081 084 097 102 11 122 137 149 208 296 326

2009 169 122 132 133 141 141 152 177 217 213 212 235

2010 17 161 165 154 151 151 164 173 202 262 406 316

2011 185 182 183 203 186 204 231 278 308 317 359 369

2012 207 155 151 141 153 164 192 218 242 268 429 485

2013 263 209 216 215 244 265 258 304 347 403 566 498

2014 228 206 231 239 198 2 256 267 301 305 403 538

2015 406 403 386 349 367 397 394 43 - - - -

O graacutefico a seguir resume o comportamento da quantidade de peacutes novos e

em produccedilatildeo no estado de Satildeo Paulo desde o ano 2000

Figura 10 - Evoluccedilatildeo do nuacutemeros de peacutes novos e em produccedilatildeo ao longo de 15 anos no estado de Satildeo Paulo elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE

ECONOMIA AGRIacuteCOLA

A produccedilatildeo (em caixas de 22 Kg) eacute demonstrada no graacutefico abaixo para esse

mesmo periacuteodo

000

10000000

20000000

30000000

40000000

50000000

60000000

70000000

80000000

20002002200420062008201020122014

EVOLUCcedilAtildeO DOS DADOS DO ABACATE EM SAtildeO PAULO

PEacuteS NOVOS

PEacuteS EM PRODUCcedilAtildeO

40

Figura 11 - Evoluccedilatildeo da produccedilatildeo de abacate em caixas de 22kg no estado de Satildeo Paulo em 15 anos elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE

ECONOMIA AGRIacuteCOLA

A sazonalidade do abacate comercial na CEAGESP em Satildeo Paulo

demonstram que o abacate pode ser comercializado praticamente todas as eacutepocas

do ano como apresentado pela tabela

TABELA 9 - Sazonalidade do abacate FONTE CEAGESP 2008

VARIEDADE JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

GEADA X X X X X

FORTUNA X X X X X X X

QUINTAL X X X X X X X

MARGARIDA X X X X X X X X X X

BREDA X X X X X X X X

HASS X X X X X X X X

O Estado de Minas Gerais eacute o segundo maior produtor nacional de abacate

participando do setor com 229 do total produzido A aacuterea no Estado destinada agrave

produccedilatildeo da fruta foi de 23 mil ha A produtividade do estado de Minas em 2012 foi

de 15881 (hgha) (PERFIL DA FRUTA) A produccedilatildeo de abacate no Distrito Federal

em 2013 foi de 3152 toneladas (IBGE) Em Minas a produccedilatildeo concentra-se nas

regiotildees Sul e Sudeste do estado (ALMEIDA 2013)

200000000

250000000

300000000

350000000

400000000

450000000

500000000

550000000

20002002200420062008201020122014

EVOLUCcedilAtildeO NA PRODUCcedilAtildeO DE ABACATE EM SAtildeO PAULO (22Kgcx)

PRODUCcedilAtildeO CX 22Kg

41

Em 2003 o Paranaacute foi o terceiro maior produtor nacional de abacate com uma

aacuterea de aproximadamente 1600ha onde se produziu 26 mil toneladas gerando uma

receita de cerca de R$ 85 milhotildees (HOHMANN amp MENEGUIM 2005)

De acordo com a relaccedilatildeo feita entre os dados de volume de abacate colhido e

de aacuterea destinada agrave produccedilatildeo do IBGESIDRA em 10 anos (2005 agrave 2014) o estado

que sofreu maior reduccedilatildeo da produtividade foi o estado do CEARAacute reduzindo em

31 aproximadamente enquanto que o estado de minas aumentou 289 sua

produtividade O DF apresentou os melhores niacuteveis de produtividade a partir desses

dados

AVOCADO NO BRASIL

A regiatildeo de Bauru em Satildeo Paulo especializou-se na produccedilatildeo dos abacates

‟Hass‟ e bdquoFuerte‟ conhecidos comercialmente como Avocado e satildeo os mais

apreciados pelo mercado internacional (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA

FRUTICULTURA 2008)

O Avocado variedades ‟Hass‟ e bdquoFuerte‟ possui excelentes caracteriacutesticas

nutricionais como por exemplo seu alto teor de lipiacutedeos Aleacutem disso o fruto possui

tamanho reduzido o que facilita o consumo evitando que parte natildeo consumida seja

armazenada Uma das possibilidades de se estimular o consumo interno seria

promover o produto a partir do uso de marketing setor no qual a empresa

JAGUACYR situada no municiacutepio de Bauru ndash SP tem se destacado fornecendo

informaccedilotildees nutricionais e apresentando o alto padratildeo de qualidade da fruta Outro

fator que reduz a oferta do produto no mercado interno eacute a demanda internacional

apesar de impor barreiras e exigirem alto padratildeo de qualidade o produto de

qualidade recebe os melhores preccedilos este fator tambeacutem limita o consumo interno

porque o preccedilo oferecido pelos importadores reflete no preccedilo interno

Outro ponto que deve ser observado para se manter qualidade elevada dos

frutos eacute a escolha adequada do ponto de colheita pois este fator reflete diretamente

no teor de oacuteleo dos frutos que por sua vez eacute responsaacutevel pela conservaccedilatildeo do

sabor Os melhores teores de oacuteleo encontram-se em frutos tardios como nas

variedades obtidas a partir das raccedilas Guatemalenses e Mexicana sendo maior nas

raccedilas Mexicana e menor em cultivares oriunda de raccedilas Guatemalenses como por

exemplo a bdquoHass‟

42

A exportaccedilatildeo brasileira do abacate bdquoHass‟ variedade mais produzida no

mundo era de 100 toneladas por ha em 2004 para 2186 toneladas em 2010

(DORIZZOTTO 2011) Contudo este dado representa apenas 143 do volume de

todo o abacate produzido no paiacutes nesta mesma data mesmo com seus atributos

nutricionais e comerciais

Quando se trata do segmento do mercado do Avocado brasileiro em acircmbito

global a empresa JAGUACYR situada no municiacutepio de Bauru ndash SP com sede na

Holanda eacute de extrema relevacircncia contribuindo com 90 das exportaccedilotildees brasileiras

deste produto com o qual o Brasil ainda comeccedila a participar poreacutem possui

condiccedilotildees favoraacuteveis para crescer no setor (CARVALHO 2015)

O graacutefico a seguir apresentado na Figura 2 demonstra a evoluccedilatildeo da

participaccedilatildeo do Avocado no setor de fruticultura no estado de Satildeo Paulo

Figura 12 - Elaborado pelo autor FONTE CEAGESPSEDES GABRIEL V BITENCOURT DE ALMEIDA

Como apresentado no graacutefico acima o volume de Avocado comercializado na

CEAGESP tem crescido rapidamente vertiginosamente chegando a quase

quadruplicar seu valor em apenas 7 anos

Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio de atacado (R$Kg) de Avocado na CEAGESP de

Satildeo Paulo durante o ano (SP) (Figura 3)

81 74 90

106 133

208

365 378

0

50

100

150

200

250

300

350

400

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

EVOLUCcedilAtildeO DA QUANTIDADE COMERCIALIZADA (T) DE AVOCADO NA CEAGESP DE SAtildeO PAULO (SP)

QUANTIDADE(toneladas)

43

Figura 13 - Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio do avocado na CEAGESP (R$Kg) Elaborado pelo autor FONTES CEAGESP

O graacutefico a seguir demonstra um comparativo da variaccedilatildeo do preccedilo meacutedio do

abacate em relaccedilatildeo ao Avocado durante o ano com base nos dados de nove anos

da CEAGESP (R$Kg)

Figura 14 - Comparativo do preccedilo meacutedio do abacate e do avocado comercializado na ceagesp durante o ano elaborado pelo autor FONTE

CEAGESP

A partir dos dados de 7 anos com a variaccedilatildeo do preccedilo meacutedio do Avocado por

quilo durante o ano pocircde-se observar que os menores valores encontram-se entre

maio e agosto A variaccedilatildeo de preccedilo meacutedio durante o ano chega a ser de R$ 581 o

quilo mais que o dobro entre o maior e menor valor meacutedio encontrado

O graacutefico com o comparativo do preccedilo do abacate com o Avocado (Figura 11)

revela a discrepacircncia da valorizaccedilatildeo entre os dois grupos O valor miacutenimo do

4

6

8

10

12

jan

fev

mar

abr

mai

jun jul

ago

set

ou

t

no

v

dez

EVOLUCcedilAtildeO DO PRECcedilO MEacuteDIO DO AVOCADO NA CEAGESP (R$Kg)

PRECcedilO MEacuteDIO

0

2

4

6

8

10

12

JAN

FEV

MA

R

AB

R

MA

I

JUN

JUL

AG

O

SET

OU

T

NO

V

DEZ

PRECcedilO AVOCADO

PRECcedilO DO ABACATE

44

Avocado eacute de R$ 554 por quilo enquanto que o maior valor encontrado do abacate

chega a R$ 381 uma diferenccedila de quase 50

O CEASA-DF registrou em 2014 um volume comercializado de 397 toneladas

de Avocado enquanto que no ano anterior o volume registrado natildeo passou de 07

toneladas (CEASA-DF)

Apesar de jaacute haver teacutecnicas eficientes e tecnologias modernas disponiacuteveis

para se aperfeiccediloar a produccedilatildeo do abacate a exploraccedilatildeo de novas regiotildees com

potencial produtor para a implantaccedilatildeo de pomares de abacateiro no Brasil eacute um dos

fatores que podem aumentar mais ainda a produccedilatildeo nacional No DF por exemplo

a aacuterea destinada agrave colheita do abacate sofreu uma reduccedilatildeo de mais da metade de

2012 para 2014 muito diferente da forma como havia se comportando desde 2000

quando a aacuterea passou de 85 ha para 111 em 2010 O DF representa apenas 2 da

produccedilatildeo nacional do abacate contudo sua produtividade vem aumentando e de

acordo com os dados do IBGE o DF possui os melhores iacutendices de produtividade do

paiacutes o que pode representar forte potencial da regiatildeo no setor Este fato corrobora

com a ideia de que o Brasil pode aproveitar melhor sua extensatildeo territorial

explorando regiotildees com potencial produtor como o DF por exemplo

CERTIFICACcedilAtildeO

CARVALHO (2015) afirma que para participar do mercado internacional os

produtores devem se atentar agraves exigecircncias internacionais de qualidade e seguranccedila

garantidas por meio de certificaccedilatildeo como GlobalGapR BRCR BRCIR FAIRDRADER

e SEDEX-SMETAR Outro ponto que deve ser adotado pelo Brasil no comeacutercio do

Avocado eacute manter um mercado com preccedilo linear e contiacutenuo Ainda segundo

CARVALHO (2015) produtores que natildeo possuem certificaccedilatildeo no GlobalgapR

recebem menos 10

PRECcedilO PAGO PELA JAGUACYR AO PRODUTOR COM GLOBALGAPR

TABELA 10 - (CARVALHO 2015)

CAT CALIBRE MAR ABR MAI JUN

1 12 A 24 315 322 205 205

2 26 A 32 131 129 130 130

2 12 A 24 284 350 187 187

45

Para o consumidor final o selo GLOBALGAPR natildeo eacute tatildeo notado pois o uso

desta marca eacute praticado entre empresas Contudo sua em sua elaboraccedilatildeo

considerou-se a reduccedilatildeo dos impactos negativos das operaccedilotildees agriacutecolas no meio

ambiente reduzir o uso de insumos quiacutemicos e garantir que assuntos de sauacutede e

seguranccedila dos empregados e bem estar animal sejam observados (GLOBALGAPR

2008)

A GLOBALGAPR serve como um manual no comeacutercio mundial de produtos

agriacutecolas estabelecendo normas voluntaacuterias para sua certificaccedilatildeo Este conjunto de

normas estabelece serve de molde para a conduccedilatildeo de boas praacuteticas agriacutecolas

(BPA) nas atividades agriacutecolas (GLOBALGAPR 2008)

Um dos pontos positivos em se adotar os protocolos de boas praacuteticas

agriacutecolas eacute a prevenccedilatildeo de perdas Pesquisas feitas no setor da fruticultura

concluem que maior parte do desperdiacutecio ocorre no percurso que vai do manuseio

no campo ateacute as centrais de produccedilatildeo (AGRIANUAL 2012) Os iacutendices de perdas da

abaticultura chegam a 34 ao ano (AGRIANUAL 2015)

Eacute de extrema importacircncia desenvolver soacutelidos e eficientes sistemas de

certificaccedilatildeo a fim de assegurar qualidade que atenda as expectativas dos

consumidores permitindo que as empresas ingressem nos mercados globais com

seus produtos (ZEIDAN et al 2008)

A difusatildeo de praacuteticas recomendadas para a obtenccedilatildeo da certificaccedilatildeo

GLOBALGAPR por parte dos produtores de abacate principalmente as variedades

bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ pode estimular o consumo interno por meio da oferta de produtos

de maior qualidade aleacutem de reduzindo perdas e promover o produto no comeacutercio

internacional da fruta Fazendo com que o potencial produtor seja aproveitado ao

maacuteximo uma vez que seguir os protocolos de boas praacuteticas agriacutecolas represente a

reduccedilatildeo de perdas no processo de produccedilatildeo de colheita e de transporte seja por

meio da reduccedilatildeo da incidecircncia de pragas ou por adoccedilatildeo de teacutecnicas e evitem perdas

na conduccedilatildeo da produccedilatildeo dos pomares de abacate

CONCLUSOtildeES

A produccedilatildeo de Avocado cultivares bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ superiores em vaacuterios

aspectos agraves cultivares mais populares no paiacutes tem condiccedilotildees de se desenvolver

amplamente no Brasil tornando-o grande consumidor e exportador da fruta Essa

46

mudanccedila pode ocorrer por meio de incentivos governamentais que incentivem o

registro de produtos para a cultura do abacateiro favorecendo a obtenccedilatildeo de

certificaccedilatildeo bem como o desenvolvimento de centros de pesquisas que

desenvolvam estudos sobre a cultura do abacateiro que promovam a difusatildeo de

tecnologia e com isso estimule a utilizaccedilatildeo de novas aacutereas com potencial produtivo

A transferecircncia de tecnologia tambeacutem pode ser feita por parte de empresas da aacuterea

privada que possuem domiacutenio de teacutecnicas e tecnologias modernas principalmente

por meio da popularizaccedilatildeo da produccedilatildeo de mudas clonais para porta-enxerto Aleacutem

disso devem ser feitas accedilotildees por parte de instituiccedilotildees privadas como o

desenvolvimento do marketing da fruta a fim de divulgar os benefiacutecios do consumo

e a exposiccedilatildeo de novas formas de consumo de abacate pode ser crucial para a

mudanccedila do comportamento do consumidor nacional uma vez que este se atenta

principalmente aos aspectos visuais do abacate

Na poacutes-colheita o controle sobre os processos de maturaccedilatildeo poderia ser

mais bem aproveitado No Brasil a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas de conservaccedilatildeo no poacutes-

colheita de frutas objetiva na maioria das vezes estender o tempo de prateleira

destes produtos Para se aproveitar os elevados preccedilos ofertados em determinadas

eacutepocas os produtores colhem os frutos antes do recomendado para a fruta do

abacateiro o que reduz sua qualidade pois a eacutepoca da colheita influencia

diretamente no teor de oacuteleo fator altamente relacionado com o sabor da fruta Por

outro lado a aceleraccedilatildeo do processo de maturaccedilatildeo por meio do controle de

maturaccedilatildeo permite fornecimento de frutos maduros prontos para o consumo

estimulando assim o consumo no paiacutes Com a entrega regular de frutos maduros

nos supermercados e restaurantes novas formas de consumo da fruta como patecircs

e em saladas poderiam ser facilmente introduzidas no cardaacutepio nacional

47

BIBLIOGRAFIA

ALMEIDA G V B Mercado Atacadista de Abacate e Avocado (CEAGESP) III

Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado Bauru 2015

ALMEIDA G V B O Abacate no mundo e na CEAGESP Todafruta notiacutecia 2011

DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwtodafrutacombrnoticia28119O+ABACATE+NO+MUNDO+NO+BRASIL

+E+NA+CEAGESP gt

ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA FRUTICULTURA 2004 a 2015 DISPONIacuteVEL EM

httpwwwgrupogazcombrtratadaseo_edicao420150320150301_106c8c2f1pdf

4718_2015fruticulturapdfgt

BIODIESELBR DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwbiodieselbrcomnoticiasmateria-

primaoutrasvideo-unesp-transforma-oleo-abacate-biodiesel-060313htm gt

BONELLA J A Classificaccedilatildeo de abacates na CEAGESP Joseacute Alcides Bonella ME

2013

BRUWER T ROOYEN Z VAN PERFORMANCE AND MARKET ACCEPTIBILITY

OF THE HASS-LIKE CULTIVARS GEM AND HARVEST IN SOUTH AFRICA Vi

World Avocado Congress (Actas VI Confreso Mundial del Aguacate) 2007 Vintildea Del

Mar Chile 12 ndash 16 nov 2007 ISBN n 978-956-17-0413-8 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwAvocadosourcecomWAC6enExtenso1b-36pdf gt

CAMPOS J A Cultura racional do abacateiro Satildeo Paulo Iacutecone 1988 150 p

CANTUAacuteRIAS-AVILEacuteS T SILVA S R La induacutestria del aguacate em el Estado de

Satildeo Paulo Brasil actualidad y perspectivas futuras In CONGRESO MUNDIAL DEL

AGUACATE 7 2011 Caims Resuacutemenes Caims Avocado Australia 2011

48

CORREIA R C ARAUJO J L P MOUCO M A do C BRAGA C A

MENDONCcedilA R F de Abacate preferecircncias e mercado CONGRESSO

BRASILEIRO DE FRUTICULTURA 21 2010 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwalicecnptiaembrapabralicebitstreamdoc8700181Moucopdf gt

CARVALHO L F Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado realizaccedilatildeo Jaguacy

Sindicato Rural de Bauru Serviccedilo Nacional de Aprendizagem Rural - SENAR

Faculdades Integradas de Bauru ndash SP 2015

CHITARRA M I F CHITARA A B 2005 Poacutes colheita de frutos e hortaliccedilas

Fiiologia e Manuseio Lavras ESALFAEPE

CRANE J H BALERDI C F MAGUIRE I Avocado Growing in the Florida Home

Landscape University of Florida Circular 1034 one of a series of the Horticultural

Sciences Department Florida Cooperative Extension Service Institute of Food and

Agricultural Sciences University of Florida 1983 Revised 2007

CRIZEL G R MOURA R S OLIVEIRA I R MENDONCcedilA C R B

Caracteriacutesticas fiacutesicas e quiacutemicas de abacates das variedades bdquoQuintal‟ e bdquoHass‟ In

CONGRESSO DE INICIACcedilAtildeO CIENTIacuteFICA 17 ENCONTRO DE POacuteS-

GRADUACcedilAtildeO 10 2008 Pelotas Resumos Pelotas UFPEL 2008

DAIUTO E R VIEITES R L TREMOCOLDI M A RUSSO V C Taxa

respiratoacuteria de abacate bdquoHass‟ submetido a diferentes tratamentos fiacutesicos Revista

Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha Meacutexico v 10 n 2 p 101-109

2010

DAIUTO E R TREMOCOLDI M A VIEITES R L Conservaccedilatildeo poacutes colheita de

abacate bdquoHass‟ irradiado Revista Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha vol

10 n 2 2010

DONADIO L C Abacate para exportaccedilatildeo aspectos teacutecnicos da produccedilatildeo

Brasiacutelia Frupex MAPA 1995 53 p

49

DONADIO L C FERRARI L AVILEacuteS T C Abacate In DONADIO L C (Ed)

Histoacuteria da Fruticultura Paulista Jaboticabal SBF ndash Sociedade Brasileira de

Fruticultura 2010 P 33-63

DORIZZOTTO C D A SAMPAIO A C ICUMA I M et al Avocado production

chain in the state of Satildeo Paulo (Brazil) In Proceedings VII World Avocado Congress

2011 Cairns Anaishellip Cairns Internacional Avocado Society 2011 DISPONIacuteVEL

EM lt

httpworldAvocadocongress2011comuserfilesfileOsvaldo20Kioshi20Yamanis

hi201400-1420pdf gt

ERNST Z R ERNST A A The strategic role of new cultivars A case study of

bdquoMaluma‟ VIII Congreso Mundial de la Palta 2015 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwavocadosourcecomWAC8Section_02EarnstZander2015pdf gt

FACTFISH Avocados production quantity (tons) ndash for all countries DISPONIacuteVEL

EM lt httpwwwfactfishcomstatisticAvocados20production20quantity gt

FAOSTAT 2000 a 2013 DISPONIacuteVEL EM lt httpfaostat3faoorgbrowseTTPE gt

FER B WOLSTENHOLME B N (Ed) The Avocado botany production and

uses Oxon CABI Publ 2002 chap 12 p 299-338

FRANCISCO V L F dos S BAPTISTELLA C S L CULTURA DO ABACATE NO

ESTADO DE SAtildeO PAULO Informaccedilotildees Econocircmicas SP v 35 n5 2005

DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwieaspgovbroutpublicacoespdftec3-0505pdf gt

GAYET J P et al 1995 Abacate para exportaccedilatildeo procedimentos de colheita e

poacutes-colheita FRUPEX Brasiacutelia 37p

GIRARDI G Abacate uma nova opccedilatildeo de biocombustiacutevel Jornal UNESP Bauru

2009 DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwunespbracijornal248energia_bauruphp gt

50

GUEDES M S B SENA M TOLEDO S Certificaccedilatildeo como estrateacutegia competitiva

internacional dos produtores de frutas no Brasil VII Encontro da Sociedade

Brasileira de Economia Ecoloacutegica (ECO-ECO) 28 a 30 de novembro de 2007

Fortaleza Cearaacute

HODDLE M The Avocado Seed Moth Stenoma cateniver Walsingham (Lepdoptera

Elachistidae) Department of Entomology Applied Biological Control Research

DISPONIacuteVEL EM lt httpbiocontrolucredustenomastenomahtml gt

HOHMANN C L MENEGUIM A M A BROCA-DO-ABACATE (Stenoma catenifer)

Aspectos bioloacutegicos comportamento danos e manejo Instituto Agronocircmico do

Paranaacute ndash Londrina ndashPR Informe da Pesquisa n 147 2005

HOHMANN C L MENEGUIM A M Observaccedilotildees preliminares sobre a ocorrecircncia

da broca-do-abacate Stenoma catenifer Wals no Estado do Paranaacute Anais da

Sociedade Entomoloacutegica do Brasil v 22 p 417-419 1993

ILLSLEY-GRANICH C‟Hass‟Carmenrega precocious flowering avocado tree

Agrovim AS de CV Uruapan Michocan Mexico Rob Brokaw Brokaw Nursery Inc

Saticoy California USA Dr Salvador Ochoa-Ascencio University of Michoacan

Uruapan Michoacan Mexico 2011 DISPONIacuteVEL EM lt

httpworldavocadocongress2011comuserfilesfileCarlos20Illsley201410-

1430pdf gt

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA ESTATIacuteSTICA (IBGE) IBGE CIDADES

DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwcidadesibgegovbrcartogramamapaphplang=ampcoduf=53ampcodmun=53

0010ampidtema=136ampcodv=v01ampsearch=distrito-federal|brasilia|sintese-das-

informacoes-2013 gt

KADER A A 1992 Postharvest technology of horticultural crops Okland Univertisy

of California 292p

51

KADER A A ARPIA M L Avocado Recommendations for Maintaining

Postharvest Quality 2013

KADER A A Biologiacutea y Tecnologiacutea Postcosecha un Panorama In KADER A A

Tecnologiacutea Postcosecha de Cultivos Hortofrutiacutecolas 3 Ed Davis University Of

Califoacuternia 2007 Cap 4 p 43-53

KLUGE R A et al Inibiccedilatildeo do amadurecimento de abacate com 1-

metilciclopropeno Pesquisa Agropecuaacuteria Brasileira 37(7)895-901

KOOLER O C Abacaticultura Porto Alegre UFRGS 1992 138p

KOOLER O C ABACATICULTURA Porto Alegre UFRGS 1984 138p

KOLLER O C Abacate produccedilatildeo de mudas instalaccedilatildeo e manejo de pomares

colheita e poacutes-colheita Porto Alegre Cinco Continentes 2002 145 p

KREMER-KOumlHNE S KOumlHNE J S 25 YEARS OF AVOCADO ROOTSTOCK

DEVELOPMENT IN SOUTH AFRICA VI World Avocado Congress Chile 2007

DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwavocadosourcecomWAC6enExtenso1a-8pdf gt

LIPPERT C ALLAMAND M (WESTFALIASUBSOLE) A hystory of

collaboration Rev Subsole Santiago 2007

MAIS NATUREZA ABACATEIRO DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwmaisnaturezacomplantasarvoresabacateiro gt

MARANCA G Fruticultura comercial Manga e Abacate Satildeo Paulo Nobel 1980

p 81-133

MASSAFERA G COSTA T M B OLIVEIRA J E D COMPOSICcedilAtildeO DE AacuteCIDOS

GRAXOS DO OacuteLEO DO MESOCARPO E DA SEMENTE DE CULTIVARES DE

ABACATE (Persea americana MILL) DA REGIAtildeO DE RIBEIRAtildeO PRETO SP)

52

Alim Nutr Araraquara V 21 n 2 p 325-331 abrjun 2010 DISPONIacuteVEL EM lt

http20014571150seerindexphpalimentosarticleview940a20v21n2pdf gt

MDIC Negociaccedilotildees internacionais DISPONIacuteVEL EM

httpwwwdesenvolvimentogovbrsitiosecexnegInternacionaisMedTerrorismoLei

ph p gt

MICKELBART M V BENDER G S WITNEY G W ADAMS C ARPAIA M L

Effects of clonal rootstocks on bdquoHass‟ avocado yield components alternate bearing

and nutrition Journal of Horticultural Schience amp Biotechnology Ashford v 82

n 3 p 460-466 2007

MILLER B BERTELS R PADILLA T WILEMAN R THOMSEN L China the

new frontier VIII World Avocado Congress 2015

MONTENEGRO H W S A cultura do abacateiro Satildeo Paulo Melhoramentos

1951 102p (Criaccedilatildeo e Lavoura n 11)

MORAES A F G Desenvolvimento produccedilatildeo e qualidade de frutos de abacateiro

cv bdquoHass‟ sobre dois porta-enxertos nas condiccedilotildees edafoclimaacuteticas da regiatildeo central

do Estado de Satildeo Paulo Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Ciecircncias Piracicaba 2014

NAAMANI G Global Trends in main Avocado Markets VII World Avocado

Congress Australia 2011

NAVA DE DE LARA HADDAD M PARRA JRP 2005 Exigecircncias teacutermicas

estimativa do nuacutemero de geroccedilotildees de Stenoma catenifer e comprovaccedilatildeo de modelo

em campo Pesq Agropec Bras Brasilia v 40 p 961-967

NAVA DE PARRA JRP COSTA VA GUERRA TM COcircNSOLI FL (2005b)

Population dynamics of Stenoma catenifer(Lepidoptera Elachistidae) and related

larval parasitoids in Minas Gerais Brazil Florida Entomologistv 88p 441-446

53

NOVAGRIM ndash FRESH FRUITS IMPORTER amp VEGETABLE SUPPLIER SINCE

1999 2001-2013 WORLD AVOCADO PRODUCTION DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwnovagrimcomPages2000_2011_Avocado_statistics_ENaspx gt

OLIVEIRA LA A importacircncia das Normas Internacionais para o Comeacutercio da

Fruticultura Brasileira Piracicaba Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Economia Escola

Superior de Agricultura ldquoLuiz de Queirozrdquo Universidade de Satildeo Paulo Piracicaba

2005

OLIVEIRA M A de et al 2000 Ceras para conservaccedilatildeo poacutes colheita de frutos de

abacateiro cultivar Fuerte armazenados em temperatura ambiente Scientia Agriacutecola

Piracicaba 57 (4) 777-780

PASSONI A D NEVES M C M RODRIGUES B B BOTEON M Anaacutelise dos

principais entraves na exportaccedilatildeo de frutas brasileiras CENTRO DE ESTUDOS

AVANCcedilADOS EM ECONOMIA APLICADA (CEPEAESALQ-USP) XLIV

CONGRESSO DA SOBER ndash ldquoQuestotildees Agraacuterias Educaccedilatildeo no Campo e

Desenvolvimentordquo Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia Rural Fortaleza

2006

PEGG K G COATES L M KORSTEN L HARDING R M Foliar fruit and

soilborne diseases In WHILEY A W SCHAF

PERFIL DA FRUTICULTURA 2014 Base de dados 2012 a 2013 Governo de Minas

Gerais Agricultura Pecuaacuteria e Abastecimento 2014

PICCININ E PASCHOLATI S F ldquoDOENCcedilAS DO ABACATEIRO‟ em MANUAL DE

FITOPATOLOGIA Vol 2 Doenccedilas das Plantas Cultivadas Editora Agronocircmica

Ceres Ltda Satildeo Paulo 1997 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwifcursoscombrsistemaadminarquivos07-33-29-

manualfitopatologiapdfpage=10 gt

54

PUTT F F GOacuteES B C CATANEO P F Anaacutelise econocircmica de oferta e demanda

do abacate na alta paulista X Foacuterum Ambiental da Alta Paulista v 10 n 7 2014

pp 158-169

ROCHA I L Nuacutemeros do abacate HORTIESCOLHA Instituto Brasileiro de

Qualidade em Horticultura DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwhortibrasilorgbrjnwindexphpoption=com_contentampview=articleampid=120

9numeros-do-abacate-ampcatid=50comercializacaoampItemid=82 gt

SANTO N T Manejo da vegetaccedilatildeo intercalar para obtenccedilatildeo de cobertura morta na

cultura do abacateiro visando minimizar os danos causados por Phytophthora

cinnamomi Dissertaccedilatildeo de mestrado em Fitotecnia Piracicaba 2014

SCHAFFER B WOLSTENJOLME B N WHILEY A W The avocado botany

production and uses 560 p 2012 DISPONIacuteVEL EM lt

httpsbooksgooglecombrbooksid=r0hpRJca3zECamppg=PA83amplpg=PA83ampdq=Th

e+Avocado+botany+production+and+uses+hass-

likeampsource=blampots=oqc5OBsbmVampsig=5gDWWPIMYRBW9cH3yYuWh-ldd-8amphl=pt-

BRampsa=Xampved=0ahUKEwj_yPbgsoTKAhUGDpAKHZTrCWEQ6AEIPDADv=onepag

eampqampf=false gt

SCIENCIA I Certificaccedilatildeo GLOBALGAP e impactos ambientais em agroinduacutestrias de

alimentos Dissertaccedilatildeo de Poacutes-Graduaccedilatildeo Araraquara SP 2010 lt

mlthttpwwwecoecoorgbrconteudopublicacoesencontrosvii_envii_enc_ecohtm

gt

SIMAtildeO S Manual de Fruticultura Satildeo Paulo Editora Agronocircmica Ceres 1971

530p p 147-169

SINGER P MASON J Eacutetica da alimentaccedilatildeo como nossos haacutebitos alimentares

influenciam o meio ambiente e o nosso bem estar Rio de Janeiro Elsevier 2007

SOARES H F ITO M K O AacuteCIDO GRAXO MONOINSATURADO DO ABACATE

NO CONTROLE DE DISLIPIDEMIAS Ver Ciecircnc Meacuted Campinas P 47-51 2000

55

DISPONIacuteVEL EM lt httpperiodicospuc-

campinasedubrseerindexphpcienciasmedicasarticleviewFile13301304 gt

TEIXEIRA C G Cultura In ITAL ndash INSTITUTO DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS

(Campinas) Abacate Cultura mateacuteria-prima processamento e aspectos

econocircmicos 2 Ed Campinas Instituto Campineiro de Ensino Agriacutecola 1995 Cap 1

p 1-54 (Frutas Tropicais)

TEIXEIRA C G Cultura do abacate In TEIXEIRA C G et al ABACATE cultura

mateacuteria prima processamento e aspectos econocircmicos 2deg ed Seacuterie Fruas Tropicais

ndeg8 ITAL Campinas 1991 250p

WATANABE H S Caracteriacutesticas de cultivares de abacate CEAGESPS ndash

Companhia de Entrepostos e Armazeacutens Gerais de Satildeo Paulo 2013

WOLFENBARGER D O COLBURN B The Stenoma catenifer a serious Avocado

pest Proceedings of Florida State Horticulture Society v 92 p 315-318 1979

ZEIDAN R SEIXAS P ABRANCHES L COSTA D MEIRELLES F Certificaccedilatildeo

na cadeia produtiva de alimentos e as barreiras teacutecnicas agrave exportaccedilatildeo Simpoacutesio de

excelecircncia e gestatildeo e tecnologia ndash SEGeT 2008 Resende

Page 11: EVOLUÇÃO DA PRODUÇÃO MUNDIAL E NACIONAL …...RESUMO O abacateiro, Persea americana, é uma cultura muito importante em vários países, devido ao volume comercializado da fruta

11

Estados Unidos e Uniatildeo Europeia representam forte potencial importador devido ao

elevado consumo interno que cresce de forma mais acelerada do que a produccedilatildeo

da fruta no paiacutes

Os principais importadores de fruta como como o europeu e o norte

americano impotildeem de um padratildeo de qualidade que observa agraves exigecircncias feitas

pelos consumidores com relaccedilatildeo agrave seguranccedila alimentar Este fator deve ser

considerado elementar pelos paiacuteses que visam exportar quaisquer produtos para

essas regiotildees A certificaccedilatildeo dos produtos eacute de extrema importacircncia para consolidar

paiacuteses exportadores no mercado pois esta leva em consideraccedilatildeo aspectos

ambientais e sociais aleacutem do local de produccedilatildeo Desta forma produtores de fruta

destinadas agrave exportaccedilatildeo precisaram adaptar suas lavouras a fim de atender as

exigecircncias dos mais importantes selos internacionais como o EureGapR e o TNCR

(OLIVEIRA 2005)

Os consumidores atuais estatildeo mais informados no que se refere agrave busca de

qualidade e por isso buscam produtos que atentem agraves questotildees eacuteticas que

abordem temas como meio ambiente tambeacutem o uso indiscriminado de agrotoacutexicos

considerando que a procura por alimentos seguros e saudaacuteveis eacute uma questatildeo

fundamental (SINGER e MASON 2007)

OBJETIVO

O objetivo deste estudo foi apresentar a evoluccedilatildeo da produccedilatildeo e

comercializaccedilatildeo da cultura do abacateiro em niacutevel internacional e mundial por meio

de trabalhos encontrados na literatura

REVISAtildeO BIBLIOGRAacuteFICA

A CULTURA DO ABACATE

Origem

Existem relatos sobre o abacate no iniacutecio do descobrimento das Ameacutericas Na

Colocircmbia o abacate jaacute era conhecido por volta de 1519 e 1526 entre os anos de

1532 e 1550 apareceu no Meacutexico Este nome ldquoabacaterdquo eacute oriundo do dialeto

indiacutegena o que reforccedila a informaccedilatildeo de que esse fruto eacute amplamente conhecido

pelos povos naturais da Ameacuterica (DONADIO 1995)

12

Por ser uma espeacutecie oriunda da Ameacuterica o abacate espalhou-se pelo

continente no seacuteculo XVII sendo mencionado na Jamaica em 1657 e 1969 pelo

nome de Avocado como eacute comumente denominado em paiacuteses de liacutengua inglesa Jaacute

em paiacuteses que tecircm como principal liacutengua o espanhol eacute conhecido como bdquoaguacate‟

exceto na Argentina Chile Peru e Equador onde eacute conhecido como bdquopalta‟

(DONADIO 1995)

O abacate eacute citado na Europa inicialmente em 1601 quando foi introduzido

no jardim botacircnico de Valecircncia Apoacutes isso disseminou-se para outros continentes

chegando na Aacutefrica em 1750 tendo Gana como via de acesso Em 1825 chega no

Havaiacute e em 1833 na Floacuterida Na Aacutesia o abacate chega pela Malaacutesia em 1900

(DONADIO 1995)

Abacate no Brasil

Existem relatos da cultura do abacateiro no Brasil desde 1787 poreacutem a

primeira introduccedilatildeo oficial deu-se em 1893 quando quatro aacutervores provenientes da

Guiana Francesa pertencentes agrave raccedila Antilhana que forneceram as primeiras

sementes da espeacutecie para o Brasil Em Satildeo Paulo acredita-se que a cultura tenha

se iniciado no Vale do Paraiacuteba no seacuteculo XIX predominando plantas da raccedila

Antilhana (Donadio et al 2010)

A safra do abacate gira em torno de 150 toneladas exceto em 2008 que

chegou a 173 mil t (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA FRUTICULTURA 2008) A

produccedilatildeo Brasileira de Abacate foi de 159903 toneladas em 2013 ocupando uma

aacuterea de 9615 ha conferindo a oitava posiccedilatildeo no ranking global do setor (ANUAacuteRIO

BRASILEIRO DA FRUTICULTURA 2015)

Descriccedilatildeo

Aacutervore folhas e fruto

O abacateiro espeacutecie P americana Miller eacute uma planta dicotiledocircnea da

famiacutelia Lauraceae gecircnero Persea A aacutervore possui porte meacutedio-alto variando de 12

a 25 metros O abacateiro se desenvolve bem em regiotildees tropicais e subtropicais A

planta possui caule ciliacutendrico e lenhoso com coloraccedilatildeo cinza escuro Suas folhas satildeo

sem estipulas de peciacuteolo curto e alternadas e podem ter vaacuterios formatos como

eliacuteptico-lanceoladas oblongas oblongo-lanceoladas ou ovais podendo variar de

76 a 410 cm de comprimento A cor da folha vai de bronzeada quando nova e

13

aos poucos vai esverdeando O fruto eacute uma baga com uma semente grande

cercada por uma polpa amanteigada (TEIXEIRA 1995 KOLLER 2002 CRANE

2007)

Flores

As flores do abacateiro satildeo pequenas e hermafroditas podendo ter coloraccedilatildeo

branca ou verde amarelada Satildeo produzidas em abundacircncia e possuem diacircmetro de

variaacutevel de 05 a 15 cm dispostas em paniacuteculas terminais nos ramos mais novos

(ALMEIDA 2013)

O abacateiro possui flores perfeitas com oacutergatildeos masculinos e femininos

capazes de produzir frutos agrave exceccedilatildeo da variedade Collinson por exemplo que natildeo

consegue produzir poacutelen e soacute serve como planta feminina (MARANCA 1980) A

planta apresenta comportamento floral denominado dicogamia protogenica

(KOLLER 1992)

Polinizaccedilatildeo

Apesar de possuir flores hermafroditas a maturidade do pistilo (parte

feminina) natildeo ocorre ao mesmo tempo da deiscecircncia das anteras (parte masculina)

(ALMEIDA 2013)

As flores do abacateiro se comportam de duas formas distintas diferenciando

a classificaccedilatildeo de cultivares em dois grupos A e B No grupo A estatildeo as variedades

onde a primeira abertura da flor ocorre pela manhatilde pronta para receberem o poacutelen

(feminina) reabrindo somente agrave tarde no seguinte poreacutem soltando poacutelen

(masculino) As variedades do grupo B a primeira abertura da flor ocorre apoacutes o

meio dia (feminina) fechando-se pela tarde e reabrindo ao amanhecer no estaacutegio

masculino Conhecer da biologia floral do abacateiro eacute extremamente importante

para se obter boa produccedilatildeo em pomares de abacateiro por conta do fato de suas

flores serem hermafroditas Desta forma para que se tenha uma eficiente

polinizaccedilatildeo das flores eacute imprescindiacutevel que os pomares sejam formados com

variedades pertencentes aos dois diferentes grupos para se ter uma produccedilatildeo

economicamente viaacutevel A proporccedilatildeo entre as variedades pode variar de acordo com

a demanda do mercado (MONTENEGRO 1951 citado por FRANCISCO E

BAPTISTELLA 2005)

14

Raccedilas

O abacateiro Persea americana pertence agrave famiacutelia Lauraceae que engloba

cerca de 50 gecircneros Existem trecircs grupos ou raccedilas que representam o abacate

comercial satildeo elas Mexicana ndash Persea americana var drymifolia Antilhana ndash P

americana var americana e Guatemalense ou guatemalteca ndash P nubigena var

guatemalensis (WILLIAMS 79 citado por DONADIO 1995)

Principais cultivares

Dentre as cultivares mais produzidas no estado de Satildeo Paulo estatildeo a

bdquoFortuna‟ bdquoGeada‟ bdquoQuintal‟ e bdquoMargarida‟ (DORIZZOTTO 2011) A produccedilatildeo

concentra-se na regiatildeo de Campinas Ribeiratildeo Preto e Bauru (ALMEIDA 2013)

Levantamentos feitos na regiatildeo nordeste por CORREIA et al (2010) indicam

que as principais cultivares nos CEASAS de Pernambuco e Cearaacute satildeo Quintal

Fortuna Geada e Margarida Jaacute em Satildeo Paulo as principais cultivares

comercializadas no CEAGESP citadas por ALMEIDA (2013) satildeo bdquoBreda‟ Fortuna

Geada Margarida e Quintal (CEAGESP 2013)

ILUSTRACcedilAtildeO DAS PRINCIPAIS CULTIVARES DE ABACATE

FIGURA 1 - Ilustraccedilatildeo das principais cultivares de abacate brasileira fonte HORTIESCOLHA DISPONIacuteVEL EM httpwwwhortiescolhacombrhortipediaprodutoabacate (adaptado)

A cultivar BREDA possui formato piriforme poreacutem se formaccedilatildeo de ldquopescoccedilordquo

(WATANABE 2013 citado por ALMEIDA 2013)

A variedade FORTUNA tem como uma de suas caracteriacutesticas frutos

piriformes muito grandes com peso variando entre 600 e 1Kg de casca lisa e verde

escuro polpa amarela e caroccedilo solto (KOLLER 2002) O teor de oacuteleo da cultivar

15

FORTUNA eacute de aproximadamente 8 (SIMAtildeO 1998 DONADIO et al 2010) No

CEASA do Recife esta cultivar eacute a preferida devido ao fato de ser uma fruta

carnuda com preccedilo acessiacutevel excelente sabor entre outros fatores

A cultivar GEADA tambeacutem possui fruto piriforme podendo ser ovalado sem

ldquopescoccedilordquo com coloraccedilatildeo verde mais claro que o FORTUNA sua polpa eacute amarela

com a semente aderente seu conteuacutedo de oacuteleo eacute bastante baixo por volta de 35

e a maturaccedilatildeo bastante precoce (TEIXEIRA 1995 KOLLER 2002)

A cultivar MARGARIDA apresenta as caracteriacutesticas da raccedila Guatemalense

como folhas novas com coloraccedilatildeo arroxeada frutos redondos e de casca rugosa

sua polpa eacute verde clara e o caroccedilo eacute pequeno (KOLLER 2002) Segundo BONELLA

(2013) (citado por ALMEIDA 2013) a cultivar MARGARIDA eacute a preferida por

compradores que visam transportar longas distacircncias pois apresenta oacutetima

resistecircncia poacutes-colheita

A QUINTAL eacute outro hiacutebrido das raccedilas Antilhana e Guatemalense seus frutos

satildeo grandes pesam entre 500 e 900 g possui casca verde clara lisa a polpa eacute

amarela e o caroccedilo aderente agrave polpa (TEIXEIRA 1995 KOLLER 2002 DONADIO

2010) O formato da QUINTAL eacute bem piriforme com ldquopescoccedilordquo bastante

proeminente Esta cultivar eacute a preferida no CEASA de Fortaleza por possuir

aparecircncia bonita e brilhosa casca livre de manchas polpa saborosa e etc

Avocado

A denominaccedilatildeo bdquoAvocado‟ tem sido utilizada no paiacutes para identificar as

cultivares de abacate bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ estas cultivares tecircm sido mais valorizadas

pelo seu tamanho diferenciado e alto teor de lipiacutedeos (FRANCISCO e

BAPTISTELLA 2005) apesar de suas reduzidas dimensotildees Contudo sendo fruto

climateacuterico eacute altamente pereciacutevel podendo ser um obstaacuteculo agrave comercializaccedilatildeo

(DAIUTO et al 2010)

As cultivares bdquoFuerte‟ e bdquoHass‟ satildeo oriundas do possiacutevel cruzamento natural

de variedades das raccedilas guatemalense e mexicana (DONADIO 1995) O tipo ‟Hass‟

possui casca aacutespera e formato arredondado Quando estaacute maduro sua casca

apresenta coloraccedilatildeo escurecida Jaacute o tipo ‟Fuerte‟ possui casca verde brilhante e lisa

com formato alongado (JAGUACYR)

16

A cultivar bdquoHass‟ eacute a mais valorizada no mundo apesar de seu tamanho

reduzido o fruto possui alta concentraccedilatildeo de lipiacutedeos Seus frutos podem pesar

entre 149 e 300 gramas (MICKELBART et al 2007 CRIZEL 2008)

Na Califoacuternia adota-se para as cultivares bdquoFuerte‟ e bdquoHass‟ o ponto miacutenimo de

mateacuteria seca adotada para a colheita eacute de 19 e 208 respectivamente (KADER amp

ARPIA 2013) O teor de mateacuteria seca possui elevada correlaccedilatildeo com o niacutevel de oacuteleo

da fruta Essas cultivares satildeo reconhecidas pelos altos niacuteveis de oacuteleo - fator que

possui forte influecircncia na conservaccedilatildeo do sabor

A tabela a seguir apresenta as informaccedilotildees nutricionais obtidas em 50g de

Avocado (JAGUACYR)

TABELA 1 - Informaccedilotildees nutricionais em 50g de avocado FONTE

JAGUACYR

INFORMACcedilOtildeES NUTRICIONAIS AVOCADO (50g)

ENERGIA 301 kj 72 kcal

CARBOIDRATOS 853 g

PROTEIacuteNAS 1 g

GORDURAS TOTAIS 8 g

GORDURA SATURADA 18 g

FIBRA ALIMENTAR 16 g

SOacuteDIO 75 mg

POTAacuteSSIO 485 mg

O Avocado tem 5 vezes menos aacutegua que o abacate comum o que lhe

confere concentraccedilatildeo muito maior de nutrientes A fruta eacute considerada pelos

nutricionistas como sendo uma das que possui maior valor nutricional devido ao fato

de possuir elevadas concentraccedilotildees de vitaminas antioxidantes como A C e E Em

comparaccedilatildeo com a banana a fruta conteacutem ainda trecircs vezes mais vitamina B6 Em

meacutedia o Avocado possui niacutevel de gordura em aproximadamente 20 sendo a

maioria monoinsaturada A gordura monoinsaturada auxilia na reduccedilatildeo no LDL e

promove aumento no HDL o ldquocolesterol bomrdquo (JAGUACYR)

Clima

As variedades da Iacutendia Ocidental e alguns hiacutebridos satildeo melhores adaptados a

regiotildees planas de clima tropical e regiotildees tropicais onde natildeo haacute ocorrecircncia de

17

geadas Por outro lado variedades Mexicanas satildeo mais adaptadas a regiotildees com

temperaturas mais baixas Hiacutebridos de raccedilas Mexicanas x Guatemaltecas

geralmente satildeo mais resistentes ao frio do que as raccedilas hiacutebridas Iacutendias Ocidentais x

Guatemaltecas (CRANE et al 2007)

Solos

O abacateiro eacute uma planta muito sensiacutevel a este fator em especial no que se

refere agrave drenagem e profundidade dos solos (KOLLER 1984) Para esta cultura

recomenda-se solos feacuterteis bem drenados pouco aacutecidos e profundos (SIMAtildeO

1971)

A cultura do abacateiro natildeo tolera solos inundados ou mal drenados

Condiccedilotildees de umidade elevada constante comprometem o desenvolvimento

adequado das plantas pois resultam em deficiecircncia nutricional e em alguns casos

pode provocar a morte da planta devido ao fato de estarem altamente suscetiacuteveis a

infecccedilatildeo por fungos (CRANE et al 2007)

Outro aspecto que deve ser considerado na cultura do abacate eacute a salinidade

devido agrave alta sensibilidade da cultura a este fator que pode provocar a queima da

ponta e borda das folhas e queda da produccedilatildeo (DONADIO 1995)

Doenccedilas e pragas que afetam a cultura do abacate

Apesar de o Brasil possuir excelentes condiccedilotildees para a produccedilatildeo de abacate

a falta de manejos agronocircmicos adequados durante toda a cadeia produtiva do

abacate tem feito com que o Brasil natildeo participe de forma mais eficiente no mercado

mundial do abacate A cultura possui elevada suscetibilidade agrave gomose do

abacateiro podridatildeo da raiz causada por Phytophthora cinnamomi

No Brasil a podridatildeo radicular causada por Phytophthora cinnamomi tem

dizimado plantaccedilotildees de abacateiro reduzindo a longevidade dos pomares

(DONADIO 1995) A doenccedila eacute considerada a mais importante para a cultura do

abacateiro sendo fator limitante para a cultura em todo o mundo (CAMPOS 1988

KOLLER 2002) A seleccedilatildeo de cultivares porta-enxertos resistentes ou tolerantes

controle quiacutemico e manejo do solo satildeo estrateacutegias que reduzem os danos e o

controle desta doenccedila (PEGG et al 2002)

A ocorrecircncia de Phytophthora cinnamomi juntamente com estresses

ambientais faz com que o abacateiro da cultivar ‟Hass‟ produza frutos com

18

dimensotildees muito reduzidas Esses frutos subdimensionados natildeo satildeo

comercializaacuteveis resultando em elevadas perdas financeiras para os produtores

(BRUWER 2007) Empresas como a Westfalia situada na proviacutencia de Limpopo na

Aacutefrica do Sul tecircm testado cultivares de abacate bdquoHass-like‟ para se obter maior

produtividade em regiotildees afetadas pelo P cinnamomi

Algumas das estrateacutegias que visam agrave minimizaccedilatildeo dos danos e o controle da

podridatildeo radicular satildeo por exemplo a utilizaccedilatildeo de cultivares porta-enxertos

resistentes ou tolerantes o uso de controle quiacutemico e praacuteticas especiacuteficas de manejo

do solo (PEGG et al 2002)

No que se refere a barreiras agrave exportaccedilatildeo do abacate a broca-do-abacate

Stenoma catenifer que de acordo com WOLFENBARGER amp COLBURN (1979) eacute

uma praga quarentenaacuteria em vaacuterios paiacuteses tem sido marcante para a produccedilatildeo

deste produto sendo vetada a entrada de lotes contaminados por meio de barreiras

fitossanitaacuterias em paiacuteses como os Estados Unidos da Ameacuterica principal importador

mundial Esta praga tem sido uma ameaccedila extremamente relevante para a produccedilatildeo

nacional de abacate chegando a causar perda de toda a produccedilatildeo (HOHMANN amp

MENEGUIM 1993) De acordo com informaccedilotildees da Universidade da Califoacuternia

(HODDLE UCR) os EUA tecircm desenvolvido protocolos de seguranccedila para impedir

que a doenccedila tenha acesso ao paiacutes por meio de importaccedilotildees de paiacuteses onde a

doenccedila eacute endecircmica Algumas regiotildees brasileiras de cultivo de abacate 100 da

colheita pode estar infestado com S catenifer (Nava et al 2005a) Mesmo com a

aplicaccedilatildeo de inseticidas de largo espectro sendo feitas de 7 a 11 vezes durante uma

uacutenica estaccedilatildeo de crescimento ateacute 60 de frutas podem ser infestados com larvas S

catenifer (Nava et al 2005b)

Para CARVALHO (2015) a exportaccedilatildeo para os EUA pela JAGUACYR eacute

dificultada devido agrave ocorrecircncia de doenccedilas que ocorrem em territoacuterio nacional e que

podem ser exportadas com os produtos

Ocorrida a eclosatildeo a lagarta de primeiro instar desloca-se ao longo do fruto

ateacute encontrar o local adequado para iniciar o ataque As fecircmeas procuram depositar

os ovos no peduacutenculo contudo haacute maior incidecircncia de orifiacutecios na parte inferior do

abacate Ao passo que as lagartas se desenvolvem e vatildeo se alimentando da polpa

do abacate indo em direccedilatildeo ao caroccedilo onde este inseto se aloja e finaliza a fase

larval construindo galerias no interior A lagarta se desenvolve no fruto e transforma-

se em pupa no solo numa profundidade de 05 a 15 cm ou ateacute mesmo no interior

19

dos frutos caiacutedos Dentre as medidas preventivas de controle destaca-se o uso

adequado das cultivares considerando que quanto mais tempo os frutos

permanecem nas plantas maiores seratildeo as perdas O planejamento da colheita deve

ser considerado pois colheitas tardias proporcionam condiccedilotildees favoraacuteveis para o

desenvolvimento da praga no pomar Outra medida preventiva principalmente para

pomares orgacircnicos eacute a cataccedilatildeo e destruiccedilatildeo dos frutos caiacutedos (HOHMANN amp

MENEGUIM 2005)

A verrugose ou sarna do abacateiro causada pelo fungo Sphaceloma

perseae conhecida em 1918 na Floacuterida foi encontrada no Brasil pela primeira vez

em 1938 em Limeira Eacute uma das doenccedilas de elevada importacircncia na cultura do

abacateiro visto que esta doenccedila deprecia a aparecircncia do fruto e pode provocar

tambeacutem queda dos frutos jovens bem como o subdesenvolvimento O fungo ataca

as folhas e os frutos e se desenvolve em condiccedilotildees de umidade elevada Para o

controle desta doenccedila eacute recomendado a utilizaccedilatildeo de variedades que apresentem

resistecircncia sendo necessaacuterio evitar variedades do grupo Guatemalense (PICCININ

amp PASCHOLATI 1997)

Ponto de colheita

O fruto do abacate eacute conhecido por ser climateacuterico isso significa que pode

completar o amadurecimento depois de colhido e apresenta um pico de produccedilatildeo de

etileno sucedido por um pico respiratoacuterio durante o amadurecimento O melhor

indicador de maturidade fisioloacutegica para se concluir se os frutos estatildeo aptos agrave

colheita eacute a porcentagem de mateacuteria seca que possui relaccedilatildeo com o acuacutemulo de

oacuteleo (KADER amp ARPIA 2013 citado por ALMEIDA 2013)

No Brasil a observaccedilatildeo em campo da perda do brilho na casca eacute uma praacutetica

comum para identificar o ponto ideal de colheita (ALMEIDA 2013) Jaacute na Floacuterida

contabilizam-se os dias apoacutes a floraccedilatildeo para se determinar o ponto de colheita

Na cultura do abacateiro os principais iacutendices de qualidade satildeo tamanho cor

da casca formato danos mecacircnicos recentes ou cicatrizados causados por insetos

podridotildees embalagens e transporte inadequados alteraccedilatildeo de sabor devido a

longos periacuteodos de armazenagem na aacutervore ou por colheita antes da maturidade

fisioloacutegica (KADER amp ARPIA 2013 CANTILLANO 2013) No que se refere agrave

alteraccedilatildeo de sabor KADER (2007) comenta que este fator estaacute diretamente ligado

20

ao teor de oacuteleo no fruto Neste sentido cultivares mais tardias oriundas das raccedilas

Guatemalenses e Mexicana possuem maiores teores de oacuteleo

Poacutes colheita

Por ser um fruto climateacuterico com alta taxa respiratoacuteria e elevada produccedilatildeo de

etileno apoacutes a colheita o fruto do abacate eacute altamente pereciacutevel (KADER 1992)

Neste sentido o controle do amadurecimento eacute de extrema importacircncia para se

prolongar a vida uacutetil no poacutes-colheita de frutas objetivando-se a comercializaccedilatildeo no

mercado interno ou externo (KLUGE et al 2002)

Tratando-se de maturaccedilatildeo no poacutes-colheita a manipulaccedilatildeo do etileno eacute uma

teacutecnica utilizada para antecipar ou adiar o processo de maturaccedilatildeo dos frutos O

etileno eacute um gaacutes que se comporta como hormocircnio

No Brasil a comercializaccedilatildeo do abacate em varejo ocorre na maioria das

vezes sem a utilizaccedilatildeo de refrigeraccedilatildeo portanto a utilizaccedilatildeo de tecnologias que

possibilitem a conservaccedilatildeo agrave temperatura ambiente eacute de grande relevacircncia para se

permitir a comercializaccedilatildeo durante um maior tempo apoacutes a colheita atrasando o

amadurecimento dos frutos (KLUGE et al 2002) Daiuto 2010 concluiu que a

refrigeraccedilatildeo foi efetiva na conservaccedilatildeo de frutos de abacate bdquoHass‟

Aleacutem do uso de refrigeraccedilatildeo para retardar o amadurecimento dos frutos

tambeacutem se utiliza o revestimento dos frutos com cera para se reduzir o processo de

respiraccedilatildeo e uso de metilciclopropeno para inibir a produccedilatildeo de etileno gaacutes que

funciona como hormocircnio na maturaccedilatildeo de frutos (Gayet et al 1995 Oliveira et al

2000 KLUGE et al 2002)

A utilizaccedilatildeo de radiaccedilotildees gama em baixos niacuteveis associada a outros

procedimentos no poacutes-colheita eacute mencionada na literatura como excelente meacutetodo

para prolongar a periacuteodo de prateleira das frutas por retardar os processos de

senescecircncia e amadurecimento reduzindo os iacutendices de apodrecimento provocados

por fungos e bacteacuterias (Kaumlferstein e Moy 1993) O problema do uso da radiaccedilatildeo eacute

que esta teacutecnica provoca o escurecimento perda de firmeza do fruto e o surgimento

de depressotildees superficiais (CHITARRA e CHITARRA 2005)

Consumo

Em relaccedilatildeo ao consumo per capita do abacate em 2013 o Meacutexico foi de 90

Kghab enquanto que no Brasil o consumo girava em torno de 301 gramashab

21

por ano em De acordo com dados de 2011 o consumo per capita da fruta em Israel

foi de 50 Kghab o Chile ficou logo atraacutes com 45Kghab por ano e os Estados

Unidos apesar de maior importador apenas 20 Kghab por ano (NAAMANI 2011)

Em alguns paiacuteses da Uniatildeo Europeia chega a ser 1500 gramashab por ano (BNET

2011) De acordo com PUTTI (2014) esta diferenccedila se deve ao fato de que o

consumo do abacate em paiacuteses da Europa vai aleacutem da forma in natura sendo

consumido principalmente na forma de salada aleacutem disso os benefiacutecios da fruta satildeo

mais difundidos do que no Brasil

A fruta eacute consumida de forma diferente ao redor do mundo podendo ser sob

a forma de doce como no Brasil ou em saladas e patecircs como o guacamole

(JAGUACYR) Aleacutem de ser amplamente explorada na induacutestria

Aspectos nutricionais

A tabela a seguir apresenta as informaccedilotildees nutricionais do abacate a partir de

100g da fruta

TABELA 2 - Informaccedilotildees nutricionais do abacate obtidas a partir de 100g

da fruta fonte (FATSECRET)

INFORMACcedilOtildeES NUTRICIONAIS ABACATE

ENERGIA 669 kj 160kal

CARBOIDRATOS 853 g

ACcedilUacuteCAR 066 g

PROTEIacuteNAS 2g

GORDURAS 1466g

GORDURA SATURADA 2126G

GORDURA MONOINSATURADA

9799G

GORDURA POLIINSATURADA 1816

COLESTEROL 0 mg

FIBRAS 77 g

SOacuteDIO 7 mg

POTAacuteSSIO 485 mg

Uma das principais caracteriacutesticas que qualificam o abacate eacute a elevada

quantidade de mateacuteria graxa em sua composiccedilatildeo O fruto eacute conhecido como uma

fruta de alto valor energeacutetico Os aacutecidos graxos (AG) podem ser encontrados na

semente em sua maioria insaturados estes aacutecidos tambeacutem estatildeo presentes no

mesocarpo contudo em concentraccedilotildees diferentes O oacuteleo do abacate eacute um produto

22

explorado na induacutestria farmacecircutica devido ao elevado teor de vitamina E O

produto possui bom valor comercial apesar de natildeo ser tatildeo produzido mundialmente

A quantidade de oacuteleo encontrada no mesocarpo eacute superior ao teor de oacuteleo

encontrado na semente No mesocarpo os teores de aacutecido oleico variam entre

3177 a 5030 jaacute na semente o teor desse aacutecido graxo monoinsaturado varia de

1169 a 3583 (MASSAFERA 2010)

O abacate eacute um alimento rico em aacutecido graxo monoinsaturado oleico Estudos

realizados com aacutecidos graxos monoinsaturados revelam sua importacircncia na

prevenccedilatildeo e tratamento de dislipidemias que estatildeo relacionadas ao

desenvolvimento de doenccedilas cardiovasculares e coronarianas (SOARES e ITO

2000) Os aacutecidos graxos monoinsaturados representados principalmente pelo aacutecido

oleico presente em oacuteleo de oliva e canola possui efeito significativos na prevenccedilatildeo e

tratamento de doenccedilas crocircnicas (LARSEN et al 1999)

Produtos e subprodutos

O oacuteleo obtido a partir da fruta do abacate possui propriedades fiacutesico-quiacutemicas

semelhantes ao oacuteleo de oliva principalmente pela composiccedilatildeo de seus aacutecidos

graxos salientando o aacutecido oleico O oacuteleo de oliva eacute um produto altamente

consumido no paiacutes poreacutem de origem importada e o oacuteleo de abacate possui forte

potencial para substituiacute-lo (MASSAFERA 2010)

Outra forma de aproveitamento do oacuteleo do abacate eacute para a produccedilatildeo de

biodiesel O professor do departamento de Quiacutemica da UNESP Manoel Lima de

Menezes afirma que o abacate tem o teor de oacuteleo que varia entre 5 a 30

proacuteximo ao encontrado na extraccedilatildeo da soja de 18 Segundo o pesquisador um

dos obstaacuteculos eacute ainda o teor de umidade da semente (BIODIESELBR 2013)

Dentre as vantagens do abacate em comparaccedilatildeo com a soja eacute que da fruta eacute

possiacutevel extrair oacuteleo e etanol dois ingredientes baacutesicos para a produccedilatildeo do

biodiesel Outra vantagem eacute que de acordo com Menezes o abacate pode render

ateacute 2800 litros de oacuteleo por hectare contra 400 da soja aleacutem do fato do abacateiro

ser uma planta perene (GIRARDI 2009)

A madeira tambeacutem eacute um produto explorado na cultura do abacateiro na

produccedilatildeo de energia como combustiacutevel (MAISNATUREZA) Outra forma de

aproveitamento de resiacuteduos da cultura eacute a utilizaccedilatildeo do caroccedilo para a produccedilatildeo de

23

tintas a partir do caroccedilo usado para tingir roupas produzindo uma tinta castanho-

arroxeada (TEIXEIRA 1991)

Melhoramento geneacutetico

O desenvolvimento floral bem como a eacutepoca de floraccedilatildeo e o amadurecimento

da fruta satildeo diretamente influenciados por caracteriacutesticas geneacuteticas Essas

caracteriacutesticas podem ser manipuladas com a utilizaccedilatildeo de enxertos porta enxertos

ou a interaccedilatildeo entre eles Neste sentido podem ser utilizados genoacutetipo Mexicano

que pode antecipar a floraccedilatildeo ou Guatemalenses que manteacutem uma floraccedilatildeo meacutedia

ou porta-enxerto das Iacutendias Ocidentais que promovem floraccedilatildeo tardia Estudos tecircm

comprovado que a utilizaccedilatildeo de porta-enxertos do grupo Mexicano antecipam a

floraccedilatildeo entre 4 a 8 semanas antes de pomares de clones de bdquoHass‟ Contudo a

antecipaccedilatildeo de 8 semanas na eacutepoca de floraccedilatildeo promoveu o a antecipaccedilatildeo de

maturaccedilatildeo dos frutos em apenas 3 semanas Como existe uma alta demanda pelo

abacate ‟Hass‟ em todo mundo o uso de cultivares do abacate bdquoHass-like‟ pode ser

de grande interesse para os paiacuteses produtores uma vez que a cultivar bdquoLamb-Hass‟

por exemplo possui a caracteriacutestica de estender a eacutepoca de colheita aumentando

assim a janela de produccedilatildeo da fruta (SCHAFFER et al 2012)

No final dos anos 80 Carlos Meacutendez observou um abacate diferenciado na

regiatildeo de Urupan estado de Michocaacuten Meacutexico A planta encontrada exibia uma

floraccedilatildeo com um comportamento distinto das demais Este abacate bdquoHass-like‟ foi

nomeado localmente de bdquoHass-Mendez‟ e agora eacute conhecido comercialmente como

bdquoHass Carmen‟ (Illsley-Granich 2011) Uma das cultivares de bdquoHass-like‟ que tem

sido utilizada em programas de melhoramento eacute a ldquoSir Prizerdquo

Outra cultivar bdquoHass-like‟ muito importante eacute a bdquoMaluma‟ na Aacutefrica do Sul

Dentre as vantagens desta cultivar em relaccedilatildeo ao bdquoHass‟ apresentadas por ERNST

amp ERNST (2015) estatildeo rendimento elevado precocidade e possibilidade de

aumento na densidade de plantas no pomar de abacateiro

Programas de melhoramento satildeo criados a fim de se incorporar

caracteriacutesticas de resistecircncia a doenccedilas - como os desenvolvidos na Universidade

da Califoacuternia que deram origem a cultivares como por exemplo bdquoGem‟ e bdquoHarvest‟

que possuem excelentes caracteriacutesticas agronocircmicas Dentre estas caracteriacutesticas

se tem aumento da produtividade e resistecircncia agrave podridatildeo radicular

24

A utilizaccedilatildeo de porta-enxertos eacute de suma importacircncia para se aproveitar

melhor o potencial das diferentes culturas seja por aumentar a produtividade ou por

conferir resistecircncia a doenccedilas No final dos anos 70 a podridatildeo causada por

Phytophthora cinnamomi causou grandes prejuiacutezos para a cultura do abacate na

Aacutefrica do Sul Com isso foi necessaacuterio importar da Califoacuternia porta-enxertos

tolerantes agrave podridatildeo radicular propagados vegetativamente a fim de se ter maior

uniformidade geneacutetica para estabelecer novos pomares de abacateiro Durante

muitos anos a cultivar bdquoDuke 7‟ era o uacutenico porta-enxerto que produzia plantas

uniformes produtivas e razoavelmente produtivas era a cultivar bdquoDuke 7‟ Nos anos

80 foi desenvolvida a cultivar bdquoDusa‟ a partir de plantas sobreviventes em pomares

doentes A cultivar desenvolvida pela WESTFALIA apresentou toleracircncia agrave podridatildeo

superior a bdquoDuke 7‟ (KREMER-KOumlHNE 2007)

Na Floacuterida as cultivares mais utilizadas como porta-enxerto satildeo a bdquoLula‟ e

bdquoWaldin‟ devido ao fato dessas variedades conferirem aos pomares de abacate

uniformidade aumentar o vigor e pela produccedilatildeo de sementes (CRANE et al 2007)

No Brasil os pomares comerciais de abacate satildeo implantados sobre porta-

enxertos oriundos de sementes este fator faz com que o tamanho da copa das

plantas seja desuniforme a produccedilatildeo seja afetada bem como a qualidade dos frutos

e a susceptibilidade aos patoacutegenos do solo no qual se destaca Phytophthora

cinnamomi Contudo outros paiacuteses produtores da fruta utilizam porta-enxertos de

melhor qualidade obtidos a partir de clones que possuem resistecircncia a doenccedilas e

tambeacutem conferem uniformidade ao pomar (MORAES 2014)

Certificaccedilatildeo

Devido agrave exigecircncia cada vez maior feita pelos mercados internacionais natildeo eacute

possiacutevel exportar frutas e outros produtos agropecuaacuterios sem que se tenha a

certificaccedilatildeo Um das finalidades da certificaccedilatildeo eacute proteger o diferencial de qualidade

(AGRIANUAL 2012)

A certificaccedilatildeo eacute uma forma de se adquirir vantagem competitiva sustentaacutevel

para concorrer com os grandes produtores mundiais Tendo em vista a exigecircncia de

produtos de qualidade por consumidores cada vez mais frequente eacute necessaacuterio que

o mercado mundial se atente ao alto padratildeo de qualidade fornecido por seus

produtos Com isso programas de qualidade tecircm sido desenvolvidos visando agrave

aplicaccedilatildeo direta nas cadeias de produccedilatildeo em especial na aacuterea de produtos

25

pereciacuteveis como eacute o caso da fruticultura objetivando a aceitaccedilatildeo internacional

(GUEDES et al 2007)

Vaacuterias pesquisas e estudos recentes vecircm colaborando para compreensatildeo da

formaccedilatildeo organizaccedilatildeo e influecircncia das cadeias produtivas de onde surgem

produtos que seguem os padrotildees de qualidade reconhecidos internacionalmente

onde os sistemas de certificaccedilatildeo tecircm papel fundamental

Tratando-se de qualidade os consumidores atuais buscam produtos que

atentem agraves questotildees eacuteticas que abordem temas como meio ambiente e uso de

agrotoacutexicos considerando que a procura por alimentos seguros e saudaacuteveis uma

questatildeo elementar (SINGER e MASON 2007)

Considerando que a sauacutede dos consumidores de alimentos in natura pode ser

afetada a seguranccedila alimentar bem como a qualidade dos produtos deve receber

atenccedilatildeo especial A qualidade dos produtos estaacute vinculada aos procedimentos que

satildeo conduzidos durante cada etapa de produccedilatildeo como por exemplo plantio

colheita processamento industrializaccedilatildeo e comeacutercio (OLIVEIRA 2005)

METODOLOGIA

Tipo de Estudo

Pesquisa Bibliograacutefica eacute desenvolvida a partir de material jaacute elaborado

constituiacutedo de livros e artigos cientiacuteficos (Gil 2008) Portanto o presente trabalho

utilizou-se das ideias do estudo exploratoacuterio feito a partir de pesquisa bibliograacutefica

Com isso este trabalho desenvolveu-se seguindo

1deg FONTES

Foram utilizados artigos que fornecessem informaccedilotildees sobre a cultura do

abacate bem como dados de produccedilatildeo poacutes-colheita e comercializaccedilatildeo e que

abordassem o tema de exportaccedilatildeo

2deg COLETA DE DADOS

Primeiramente foi feita leitura de trabalhos jaacute disponiacuteveis na literatura que

abordassem aspectos de produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo de forma raacutepida e objetiva a

fim de se selecionar o material a ser incluiacutedo no presente trabalho

26

Em seguida foi feita uma leitura seletiva agrupando as informaccedilotildees dos

artigos preacute-selecionados de acordo com o tema registrando as informaccedilotildees

extraiacutedas das fontes em instrumento especiacutefico

3deg ANAacuteLISE E INTERPRETACcedilAtildeO DOS RESULTADOS

Nesta etapa foi realizada uma leitura analiacutetica com a finalidade de ordenar as

informaccedilotildees contidas na literatura disponiacutevel utilizados como fonte para o

desenvolvimento deste trabalho a fim de se elaborar informaccedilotildees que resumissem

as questotildees abordadas nesta pesquisa

RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

ABACATE NO MUNDO

A figura a seguir apresenta dados de produccedilatildeo mundial de abacate (t) em 21

paiacuteses indo de 2004 a 2013 com base nos dados da FAO ndash Organizaccedilatildeo das

Naccedilotildees Unidas para Alimentaccedilatildeo e Agricultura (Food and Agriculture Organization of

the United Nations para a sigla em inglecircs)

27

Figura 2 Produccedilatildeo mundial do abacate (em t) elaborado pelo autor FONTE NOVAGRIM adaptado com dados da FAO

Os paiacuteses produtores de abacate satildeo representados no mapa abaixo onde a

intensidade da coloraccedilatildeo vermelha representa o volume de abacate produzido no

paiacutes quanto mais intenso maior o volume produzido como estaacute destacado o

Meacutexico maior produtor mundial participando com aproximadamente 31 12 de toda

a produccedilatildeo mundial da fruta

Figura 3 - Paiacuteses produtores de abacate ao redor do mundo FONTE FACTFISH

100000

300000

500000

700000

900000

1100000

1300000

1500000

1700000

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013

PRODUCcedilAtildeO MUNDIAL DE ABACATE

MEacuteXICO

INDONEacuteSIA

REP DOM

COLOcircMBIA

BRASIL

EUA

CHILE

PERU

CHINA

28

Em 2004 o maior produtor mundial de abacate foi o Meacutexico participando com

307 de todo o volume produzido mundialmente com cerca de 987000 t Em

segundo lugar poreacutem muito atraacutes com um volume de 221774 t segue a Indoneacutesia

representando apenas 689 Na terceira posiccedilatildeo Repuacuteblica Dominicana 68 e

218790 t e em quarto produzindo 170985 t estava a Colocircmbia com 53

De acordo com os dados de 2013 o Meacutexico continuou liderando o setor

participando com 3112 do total produzido agora com um volume de 1467837 t

Em segundo lugar a Repuacuteblica Dominicana com 821 Colocircmbia 643 e Peru

611 em ordem decrescente (FAOSTAT) Nos uacuteltimos 10 anos a Repuacuteblica

Dominicana saltou para o segundo lugar graccedilas a um aumento de 771 em sua

produccedilatildeo Neste sentido a Colocircmbia alcanccedila a posiccedilatildeo de 3deg colocado devido ao

aumento similar ao da Repuacuteblica Dominicana (774)

O Peru foi o paiacutes que obteve maior destaque pois saiu da oitava posiccedilatildeo

participando com apenas 337 da produccedilatildeo mundial o que representava um

volume de 108460 t em 2004 para a quarta posiccedilatildeo no ranking mundial em 2013

com 611 quando produziu 288387 t a sua participaccedilatildeo no mercado mundial

quase que dobrou nesse periacuteodo O aumento da produccedilatildeo mundial foi de 467

enquanto que o aumento do volume de abacate produzido no Peru foi de 1659

Segundo CARVALHO (2015) a formaccedilatildeo de associaccedilotildees como a PROHASS que

investe no desenvolvimento de tecnologia e marketing para estimular inclusive o

consumo interno podendo ateacute ser um exportador para o Brasil

Aos poucos a China vem participando do mercado do abacate A populaccedilatildeo

do paiacutes ultrapassa 15 bilhotildees de pessoas em algumas aacutereas metropolitanas a

populaccedilatildeo vai de 12 a 45 milhotildees de habitantes Em 2000 a classe meacutedia da China

representava 4 da populaccedilatildeo e hoje chega a 66 Os gastos com alimentaccedilatildeo

tambeacutem acompanham essa mudanccedila de comportamento pois existe nesta classe a

procura por alimentos mais saudaacuteveis Esses fatores tecircm estimulado uma mudanccedila

no consumo de abacate em toda a China (MILLER et al 2015)

Quanto agrave produccedilatildeo do Brasil no Ranking global ocorreu justamente o

contraacuterio o paiacutes saiu da quinta posiccedilatildeo para a oitava ao reduzir 765 da produccedilatildeo

que era de 170895 t em 2004 para 157428 t em 2013 Em 2011 o abacate ficou na

17deg posiccedilatildeo no ranking da produccedilatildeo nacional da fruta ocupando apenas 03 do

montante da produccedilatildeo de frutas frescas muito atraacutes das principais culturas

29

produzidas como a laranja mais produzida participando com 416 do setor

Banana segunda mais importante com 154 e Melancia com 46 em quarto

(IBGEPAM 2011)

O volume de abacate fresco brasileiro exportado foi de 4313 t em 2013 para

5806 toneladas em 2014 resultando num aumento de mais de 37 na receita com

este setor que em 2014 foi de mais de nove milhotildees e meio de doacutelares

(AGRIANUAL 2015)

O graacutefico abaixo apresenta o comportamento do volume em toneladas de

abacate exportado pelos paiacuteses que participam do setor

Figura 4 Volume de abacate (t) exportado pelos paiacuteses exportadores da fruta Elaborado pelo autor FONTE FAO

Em 2013 Meacutexico liderou o setor de exportaccedilatildeo do abacate com um volume

de 563492 toneladas cerca 463 do total exportado no mundo Em segundo lugar

a Holanda com 99 A Holanda eacute um grande importador contudo o paiacutes reexporta

grande parte do volume comprado O Peru merece destaque pois saiu de um

volume exportado de 2209 t (06) em 2000 para 114515 t em 2013 ocupando

94 do volume de abacate exportado o que lhe conferiu a 3deg posiccedilatildeo no ranking

global Em quarto lugar o Chile com 73

A figura a seguir apresenta o comportamento dos principais importadores de

abacate do mundo em 14 anos

0

100000

200000

300000

400000

500000

600000

20002001200220032004200520062007200820092010201120122013

EVOLUCcedilAtildeO DA EXPORTACcedilAtildeO MUNDIAL EM t

MEacuteXICO

CHILE

ESPANHA

AacuteFRICA DO SUL

ISRAEL

HOLANDA

PERU

30

Figura 5 Evoluccedilatildeo do volume (t) importado pelos principais paiacuteses importadores de abacate ELABORADA PELO AUTOR FONTE FAOSTAT

Os principais importadores de fruta como por exemplo o europeu e o norte

americano exigem um padratildeo de qualidade que observem as demandas impostas

pelos consumidores com relaccedilatildeo agrave seguranccedila alimentar e tambeacutem agraves exigecircncias

para certificaccedilatildeo do produto levando em consideraccedilatildeo aspectos ambientais e

sociais aleacutem do local de produccedilatildeo Desta forma produtores de fruta destinadas agrave

exportaccedilatildeo precisaram adaptar suas lavouras para atender agraves exigecircncias dos mais

importantes selos internacionais como o EureGapR e o TNCR (OLIVEIRA 2005) O

maior importador de abacate do mundo satildeo os Estados Unidos (ROCHA 2014)

O volume de abacate importado ao redor do mundo vem crescendo na uacuteltima

deacutecada Os Estados Unidos lideram o montante desde 2007 mais ainda que toda a

Uniatildeo Europeia o volume importado pelo paiacutes cresceu cerca de sete vezes entre

2000 e 2013 Em segundo lugar a Uniatildeo Europeia importando quase 23 menos

A Holanda tambeacutem cresceu muito e hoje ocupa a terceira colocaccedilatildeo no ranking O

Japatildeo e o Canadaacute tiveram consideraacutevel crescimento contudo mantiveram-se na 5deg

e 6deg posiccedilatildeo durante esse periacuteodo

Nos EUA a demanda cresce mais acelerado do que a oferta segundo

CARVALHO (2015) a demanda cresce 12 ao ano enquanto a produccedilatildeo cresce

apenas 4 O paiacutes possui uma poliacutetica de retornar parte dos lucros oriundos da

-

100000

200000

300000

400000

500000

600000

700000

IMPORTACcedilAtildeO DE ABACATE NO MUNDO EM t

EUA

UE

HOLANDA

FRANCcedilA

CANADAacute

REINO UNIDO

31

comercializaccedilatildeo do Avocado no paiacutes com a elaboraccedilatildeo de marketing e o

desenvolvimento de pesquisas que incentivem o aumento do consumo interno

promovendo alimentos como por exemplo o GUACAMOLE alimento muito popular

no paiacutes

Em 2002 os EUA impunham a Lei do Bioterrorismo exigindo que as

empresas que produzem processem armazenem ou processem alimentos voltados

ao consumo humano ou animal devem cumprir normas para comercializar seus

produtos voltados ao consumo humano ou animal precisam cumprir normas para

comercializar seus produtos nos Estados Unidos Eacute necessaacuterio que essas mesmas

empresas possuam registro junto ao governo norte-americano atualizando estas

informaccedilotildees e comunicarem agraves autoridades a chegada de novos carregamentos

alimentares O natildeo cumprimento dessas exigecircncias acarreta na proibiccedilatildeo do

ingresso da carga e possiacutevel retenccedilatildeo da mercadoria com multa para o responsaacutevel

pelo carregamento (MDIC 2006)

Os principais compradores de abacate ‟Hass‟ satildeo os Estados Unidos (20 a

50) UE AUS e o Meacutexico maior produtor e exportador do Avocado participando

com 20 do mercado de Avocado (CARVALHO 2015)

O Brasil participa com apenas 031 do mercado internacional exportando

para o Canadaacute e Holanda CARVALHO (2015) comenta que o Brasil natildeo aproveita

seu potencial de se tornar grande produtor e exportador de Avocado o paiacutes possui

extensa aacuterea e clima variado entre outros fatores que favorecem a produccedilatildeo de

Avocado contudo a produccedilatildeo ainda eacute muito pequena quando comparado com

outros paiacuteses que participam do mercado internacional da fruta

Quanto agrave contribuiccedilatildeo do desenvolvimento de programas de melhoramento

geneacutetico para a consolidaccedilatildeo do Brasil como grande produtor mundial de abacate a

utilizaccedilatildeo de cultivares de bdquoHass-like‟ representa uma excelente opccedilatildeo para

aumentar a safra da cultura no paiacutes devido agrave caracteriacutestica que esta variedade tem

de antecipar a florada ampliando desta forma a janela de produccedilatildeo e aumentando

a competitividade do paiacutes em relaccedilatildeo a outros paiacuteses exportadores da fruta

O graacutefico a seguir ilustra o comportamento das exportaccedilotildees e importaccedilotildees

Brasileiras em 14 anos

32

Figura 6 - Evoluccedilatildeo da exportaccedilatildeo e importaccedilatildeo do abacate (em t) no Brasil em 14 anos Elaborado pelo autor FONTE FAO

Alguns dos principais concorrentes do Brasil tratando-se da exportaccedilatildeo do

Avocado satildeo Aacutefrica do Sul com 3 das exportaccedilotildees Chile com 7 e Peru

representando 10 do mercado internacional de Avocado A safra do Chile ocorre

em eacutepoca proacutexima a do Brasil comeccedilando em agosto e terminando em fevereiro

(CARVALHO 2015) A Boliacutevia apesar de participar com apenas 012 do volume

exportado tem a vantagem de possibilidade de produccedilatildeo o ano todo

O elevado padratildeo de qualidade dos produtos eacute sem duacutevida um fator que

pode fazer com que o Brasil se estabeleccedila no mercado mundial de abacate Esta

praacutetica tem qualificado a Aacutefrica do Sul como um dos principais fornecedores para

paiacuteses da Europa a partir do intenso trabalho desenvolvido pela empresa sem fins

lucrativos WESTFALIA situada no municiacutepio de Limpopo por meio de investimentos

em tecnologia

A tabela a seguir apresenta o periacuteodo do ano em que cada paiacutes exportador de

abacate embarca seus produtos ao redor do mundo

0

500

1000

1500

2000

2500

3000

3500

4000

4500

5000

EXPORTACcedilAtildeO

IMPORTACcedilAtildeO

33

TABELA 3 - Janela de exportaccedilatildeo dos paiacuteses exportadores de abacate

adaptada FONTE WESTFALIASUBSOLE

CALENDAacuteRIO DE EXPORTACcedilAtildeO DE ABACATE lsquoHASSrsquo

jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

BRASIL X X X X X X X X

ARGENTINA X X X

EUA X X X X X X X X X X X X

CHILE X X X X X X X X X X

AFRICA DO SUL X X X X X X X

REP DOMINICANA X X X X X

ISRAEL X X X X X X

PERU X X X X X X X

NOVA ZELAcircNDIA X X X

MEacuteXICO X X X X X X X X X X X X

ESPANHA X X X X X X X

QUEcircNIA X X X X X

AUSTRAacuteLIA X X X X X X X

Os principais destinos do abacate ‟Hass‟ exportado pelo Brasil satildeo Espanha

Itaacutelia Holanda Alemanha e Dinamarca O material exportado segue de navio do

porto de Santos a uma temperatura de 5degC levando ateacute 16 dias no maacuteximo ateacute os

destinos Esse material exportado pelo Brasil possui os certificados GlobalGapR ndash

BRCR ndash BSCIR ndash SedexR ndash SmetaR

Os graacuteficos a seguir apresentam informaccedilotildees sobre a evoluccedilatildeo do da

exportaccedilatildeo do abacate feitos a partir de informaccedilotildees apresentadas no Anuaacuterio

Brasileiro de fruticultura (2004 a 2015) obtidos a partir de dados do Instituto

Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica

34

Figura 7 - Evoluccedilatildeo do volume de abacate exportado pelo brasil (2003 a 2014) Elaborado pelo autor com dados DO ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE AGRICULTURA DE 2004 a 2015 (IBGE)

Figura 8 - Receita com exportaccedilatildeo brasileira de abacate (2003 a 2014) Elaborado pelo autor com dado do ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE AGRICULTURA DE 2004 a 2015 (IBGE)

O volume de abacate exportado pelo Brasil vem crescendo nos uacuteltimos anos

revelando assim a importacircncia do setor para o paiacutes A variaccedilatildeo do volume

exportado de 2008 para 2009 foi de 6282 jaacute de 2009 para 2010 a exportaccedilatildeo

sofreu uma queda de 793 Em 2014 houve um aumento de 3462 no setor em

relaccedilatildeo ao ano anterior (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE FRUTICULTURA) A receita

-

100000

200000

300000

400000

500000

600000

700000

20

03

20

04

20

05

20

06

20

07

20

08

20

09

20

10

20

11

20

12

20

13

20

14

EVOLUCcedilAtildeO DO VOLUME DE ABACATE EXPORTADO PELO BRASIL (2003 a 2014)

VOLUME EXPORTADO (t)

-

20000000

40000000

60000000

80000000

100000000

120000000

20

03

20

04

20

05

20

06

20

07

20

08

20

09

20

10

20

11

20

12

20

13

20

14

RECEITA COM EXPORTACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ABACATE (2003 a 2014)

RECEITA (em USS FOB)

35

obtida a partir da exportaccedilatildeo do abacate tambeacutem acompanha os iacutendices de

crescimento

A Aacutefrica do Sul um dos principais concorrentes do Brasil no setor de

exportaccedilatildeo do Avocado eacute reconhecida por exportar material de alta qualidade para

Europa onde possui escritoacuterios contudo sua produccedilatildeo estaacute estagnada A Westfalia

eacute uma empresa sem fins lucrativos produtora de Avocado na Aacutefrica do Sul

responsaacutevel por desenvolver o mercado de Avocado no paiacutes e investe fortemente

em tecnologia o que colaborou para a atual situaccedilatildeo da Aacutefrica do Sul no setor de

exportaccedilatildeo de Avocado (CARVALHO 2015)

ABACATE NO BRASIL

O Brasil favorecido quando comparado com outros paiacuteses produtores devido

agrave suas dimensotildees continentais o que lhe possibilita ampla variaccedilatildeo de temperaturas

e solos estes fator unido agraves caracteriacutesticas individuais de cada variedade como por

exemplo sazonalidade e exigecircncias nutricionais e de horas de luz Contudo apesar

da aacuterea destinada agrave produccedilatildeo do abacate no Brasil ter reduzido passando de

11605 ha em 2005 para 9559 ha em 2014 reduccedilatildeo de 176 a produccedilatildeo natildeo foi

tatildeo alterada o que evidencia a possibilidade de um aumento na produtividade destas

aacutereas

Atualmente o Brasil ocupa a oitava posiccedilatildeo no ranking global do setor de

produccedilatildeo de abacate E apesar de possuir crescente produtividade o paiacutes ainda

possui excelente potencial produtor e tambeacutem como exportador da fruta Para

aproveitar melhor esse potencial deveriam ser feitos mais investimentos tanto no

que se refere agrave produccedilatildeo como por exemplo melhoramento geneacutetico e adoccedilatildeo de

protocolos de boas praacuteticas agriacutecolas para a obtenccedilatildeo de certificaccedilatildeo quanto no

setor de comercializaccedilatildeo desenvolvendo elevado padratildeo de qualidade da fruta

A tabela a seguir (TABELA 4) apresenta a aacuterea destinada agrave colheita de todas

as variedades de abacate nos principais produtores de abacate e o Distrito Federal

TABELA 4 - Aacuterea destinada agrave colheita (em ha) Elaborada pelo autor

DADOS (IBGE-SIDRA)

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Brasil 11605 10515 9892 9596 8509 11125 10768 9615 9707 9559

Satildeo Paulo 4266 3688 3583 3437 3267 5530 5642 4192 4374 4337

36

Minas Gerais 2865 2254 2326 2223 1854 2202 2134 2309 2416 2373

Paranaacute 1492 1467 1306 1009 1085 1000 944 922 958 930

Cearaacute 493 475 498 497 490 484 477 480 483 498

Rio Grande do Sul 626 619 613 602 584 575 552 499 470 444

Distrito Federal 119 122 109 124 108 111 - 295 160 134

A tabela 5 abaixo apresenta a produccedilatildeo de todas as variedades de abacate

em toneladas dos uacuteltimos 10 anos para os principais estados produtores e o Distrito

Federal

TABELA 5 - Produccedilatildeo nacional de abacate em 10 anos (em t) Elaborada pelo

autor FONTE (IBGESIDRA)

UFANO 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Brasil 169335 164441 154096 147214 139089 153189 160376 159903 157482 156669 1000

Satildeo Paulo 77107 78085 70812 69904 74193 83002 91909 82780 85101 79316 506

Minas Gerais 38777 32812 33436 28016 24772 28522 30975 36669 36571 41259 263

Paranaacute 22265 22575 20425 16537 15919 15824 17304 16705 16309 15784 101

Rio Grande do Sul

8167 7905 7804 7602 6824 6769 6907 5719 5584 5277 34

Cearaacute 5202 4231 4706 4520 4336 4163 3985 2717 2640 3637 23

Distrito Federal 2596 3081 2690 3019 2666 2415 - 6914 3152 3151 20

Em 2014 a aacuterea destinada agrave colheita do abacate no estado do Cearaacute era

superior agrave aacuterea do Rio Grande do Sul contudo a produccedilatildeo no estado do Cearaacute no

mesmo ano foi de 3637 t enquanto que a produccedilatildeo do Rio Grande do Sul foi de

5277 45 maior reforccedilando assim a ideia de que a produtividade no Sul pode ser

maior em relaccedilatildeo agrave regiatildeo Nordeste Este fator pode ser decorrente do uso de

cultivares inadequadas para as condiccedilotildees climaacuteticas da regiatildeo eou pela falta de

adoccedilatildeo de tecnologias modernas e teacutecnicas avanccediladas de produccedilatildeo

No Distrito Federal a produccedilatildeo cresceu 21 nos uacuteltimos 10 anos e hoje

representa 2 da produccedilatildeo nacional Por outro lado Satildeo Paulo que lidera o ranking

com 506 de toda a produccedilatildeo obteve crescimento de apenas 286 Jaacute a

produccedilatildeo do Paranaacute sofreu uma reduccedilatildeo de -291 neste mesmo periacuteodo poreacutem

manteve-se como quarto produtor nacional de abacate Os estados do Cearaacute e Rio

Grande do Sul tambeacutem reduziram sua produtividade nos uacuteltimos 10 anos

acompanhando a reduccedilatildeo nacional que reduziu -74

37

A variaccedilatildeo da produtividade de todas as variedades de abacate dos principais

estados produtores de abacate do Brasil eacute apresentada na TABELA 6 a seguir

TABELA 6 - Variaccedilatildeo (em) da produtividade (t) no Brasil em 10 anos

Elaborada pelo autor FONTE (IBGESIDRA)

VARIACcedilAtildeO () DA PRODUTIVIDADE (t) EM 10 ANOS

ESTADOANO 2005 2014 VARIACcedilAtildeO

PAIacuteS 146 164 123

SAtildeO PAULO 181 183 11

MINAS GERAIS 135 174 289

PARANAacute 149 17 141

RIO GRANDE DO SUL 13 119 -85

CEARAacute 106 73 -311

DISTRITO FEDERAL 218 235 78

De acordo com os dados do IBGE Satildeo Paulo eacute o maior produtor de abacate

do paiacutes Dentre as variedades mais produzidas no estado de Satildeo Paulo estatildeo

bdquoFortuna‟ bdquoGeada‟ bdquoQuintal‟ e bdquoMargarida‟ (DORIZZOTTO 2011)

Abaixo segue TABELA 11 contendo os nuacutemeros de plantas novas e o

nuacutemero de plantas em produccedilatildeo bem como a produccedilatildeo (caixas de 22Kg) no estado

de Satildeo Paulo ao longo de 15 anos

TABELA 7 - Quantidade de peacutes novos peacutes em produccedilatildeo e produccedilatildeo (cx 22kg)

no estado de Satildeo Paulo entre 2000 e 2015 Elaborada pelo autor FONTE

INSTITUTO DE ECONOMIA AGRIacuteCOLA

ANO PEacuteS

NOVOS PEacuteS EM

PRODUCcedilAtildeO

2000 4859400 66157100

2001 4617700 62883700

2002 4742500 55421300

2003 6095000 49740300

2004 5969500 48339500

2005 5131100 46596200

2006 5325600 45869000

2007 3412800 47668000

2008 5007100 40617400

2009 12068600 49971400

2010 8190000 53239000

38

2011 6904500 54780100

2012 7704100 51341600

2013 7002100 59149400

2014 8419800 60996100

2015 9040200 67073800

O graacutefico abaixo apresenta a curva da produtividade obtida a partir da relaccedilatildeo

feita entre a produccedilatildeo e a quantidade de peacutes em produccedilatildeo no estado de Satildeo Paulo

Figura 9 - Produtividade (kgplanta) no estado de Satildeo Paulo desde 2000 elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE ECONOMIA AGRIacuteCOLA

Os dados foram obtidos a partir da relaccedilatildeo feita entre a quantidade de planta

em produccedilatildeo e a quantidade de caixas de 22 Kg produzidas no estado de Satildeo Paulo

desde 2000 Esses dados revelam crescente aumento da produtividade ateacute o ano de

2010 onde a produtividade ultrapassou 168 Kgplanta Jaacute em relaccedilatildeo ao ano de

2011 a produtividade sofreu uma reduccedilatildeo de 10 Depois disso a curva de

produtividade continuou ascendente

A seguinte tabela apresenta a evoluccedilatildeo do preccedilo do abacate comercializado

na CEAGESP durante o ano no periacuteodo de nove anos

90

110

130

150

170

190

20

00

20

01

20

02

20

03

20

04

20

05

20

06

20

07

20

08

20

09

20

10

20

11

20

12

20

13

20

14

20

15

PRODUTIVIDADE DOS PEacuteS DE ABACATE (Kgplanta) EM SP

PRODUTIVIDADE

39

TABELA 8 - Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio (em R$Kg) do abacate FONTE

CEAGESP 2008

ANOMEcircS JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

2007 105 101 1 118 107 109 129 151 159 181 228 279

2008 119 081 084 097 102 11 122 137 149 208 296 326

2009 169 122 132 133 141 141 152 177 217 213 212 235

2010 17 161 165 154 151 151 164 173 202 262 406 316

2011 185 182 183 203 186 204 231 278 308 317 359 369

2012 207 155 151 141 153 164 192 218 242 268 429 485

2013 263 209 216 215 244 265 258 304 347 403 566 498

2014 228 206 231 239 198 2 256 267 301 305 403 538

2015 406 403 386 349 367 397 394 43 - - - -

O graacutefico a seguir resume o comportamento da quantidade de peacutes novos e

em produccedilatildeo no estado de Satildeo Paulo desde o ano 2000

Figura 10 - Evoluccedilatildeo do nuacutemeros de peacutes novos e em produccedilatildeo ao longo de 15 anos no estado de Satildeo Paulo elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE

ECONOMIA AGRIacuteCOLA

A produccedilatildeo (em caixas de 22 Kg) eacute demonstrada no graacutefico abaixo para esse

mesmo periacuteodo

000

10000000

20000000

30000000

40000000

50000000

60000000

70000000

80000000

20002002200420062008201020122014

EVOLUCcedilAtildeO DOS DADOS DO ABACATE EM SAtildeO PAULO

PEacuteS NOVOS

PEacuteS EM PRODUCcedilAtildeO

40

Figura 11 - Evoluccedilatildeo da produccedilatildeo de abacate em caixas de 22kg no estado de Satildeo Paulo em 15 anos elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE

ECONOMIA AGRIacuteCOLA

A sazonalidade do abacate comercial na CEAGESP em Satildeo Paulo

demonstram que o abacate pode ser comercializado praticamente todas as eacutepocas

do ano como apresentado pela tabela

TABELA 9 - Sazonalidade do abacate FONTE CEAGESP 2008

VARIEDADE JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

GEADA X X X X X

FORTUNA X X X X X X X

QUINTAL X X X X X X X

MARGARIDA X X X X X X X X X X

BREDA X X X X X X X X

HASS X X X X X X X X

O Estado de Minas Gerais eacute o segundo maior produtor nacional de abacate

participando do setor com 229 do total produzido A aacuterea no Estado destinada agrave

produccedilatildeo da fruta foi de 23 mil ha A produtividade do estado de Minas em 2012 foi

de 15881 (hgha) (PERFIL DA FRUTA) A produccedilatildeo de abacate no Distrito Federal

em 2013 foi de 3152 toneladas (IBGE) Em Minas a produccedilatildeo concentra-se nas

regiotildees Sul e Sudeste do estado (ALMEIDA 2013)

200000000

250000000

300000000

350000000

400000000

450000000

500000000

550000000

20002002200420062008201020122014

EVOLUCcedilAtildeO NA PRODUCcedilAtildeO DE ABACATE EM SAtildeO PAULO (22Kgcx)

PRODUCcedilAtildeO CX 22Kg

41

Em 2003 o Paranaacute foi o terceiro maior produtor nacional de abacate com uma

aacuterea de aproximadamente 1600ha onde se produziu 26 mil toneladas gerando uma

receita de cerca de R$ 85 milhotildees (HOHMANN amp MENEGUIM 2005)

De acordo com a relaccedilatildeo feita entre os dados de volume de abacate colhido e

de aacuterea destinada agrave produccedilatildeo do IBGESIDRA em 10 anos (2005 agrave 2014) o estado

que sofreu maior reduccedilatildeo da produtividade foi o estado do CEARAacute reduzindo em

31 aproximadamente enquanto que o estado de minas aumentou 289 sua

produtividade O DF apresentou os melhores niacuteveis de produtividade a partir desses

dados

AVOCADO NO BRASIL

A regiatildeo de Bauru em Satildeo Paulo especializou-se na produccedilatildeo dos abacates

‟Hass‟ e bdquoFuerte‟ conhecidos comercialmente como Avocado e satildeo os mais

apreciados pelo mercado internacional (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA

FRUTICULTURA 2008)

O Avocado variedades ‟Hass‟ e bdquoFuerte‟ possui excelentes caracteriacutesticas

nutricionais como por exemplo seu alto teor de lipiacutedeos Aleacutem disso o fruto possui

tamanho reduzido o que facilita o consumo evitando que parte natildeo consumida seja

armazenada Uma das possibilidades de se estimular o consumo interno seria

promover o produto a partir do uso de marketing setor no qual a empresa

JAGUACYR situada no municiacutepio de Bauru ndash SP tem se destacado fornecendo

informaccedilotildees nutricionais e apresentando o alto padratildeo de qualidade da fruta Outro

fator que reduz a oferta do produto no mercado interno eacute a demanda internacional

apesar de impor barreiras e exigirem alto padratildeo de qualidade o produto de

qualidade recebe os melhores preccedilos este fator tambeacutem limita o consumo interno

porque o preccedilo oferecido pelos importadores reflete no preccedilo interno

Outro ponto que deve ser observado para se manter qualidade elevada dos

frutos eacute a escolha adequada do ponto de colheita pois este fator reflete diretamente

no teor de oacuteleo dos frutos que por sua vez eacute responsaacutevel pela conservaccedilatildeo do

sabor Os melhores teores de oacuteleo encontram-se em frutos tardios como nas

variedades obtidas a partir das raccedilas Guatemalenses e Mexicana sendo maior nas

raccedilas Mexicana e menor em cultivares oriunda de raccedilas Guatemalenses como por

exemplo a bdquoHass‟

42

A exportaccedilatildeo brasileira do abacate bdquoHass‟ variedade mais produzida no

mundo era de 100 toneladas por ha em 2004 para 2186 toneladas em 2010

(DORIZZOTTO 2011) Contudo este dado representa apenas 143 do volume de

todo o abacate produzido no paiacutes nesta mesma data mesmo com seus atributos

nutricionais e comerciais

Quando se trata do segmento do mercado do Avocado brasileiro em acircmbito

global a empresa JAGUACYR situada no municiacutepio de Bauru ndash SP com sede na

Holanda eacute de extrema relevacircncia contribuindo com 90 das exportaccedilotildees brasileiras

deste produto com o qual o Brasil ainda comeccedila a participar poreacutem possui

condiccedilotildees favoraacuteveis para crescer no setor (CARVALHO 2015)

O graacutefico a seguir apresentado na Figura 2 demonstra a evoluccedilatildeo da

participaccedilatildeo do Avocado no setor de fruticultura no estado de Satildeo Paulo

Figura 12 - Elaborado pelo autor FONTE CEAGESPSEDES GABRIEL V BITENCOURT DE ALMEIDA

Como apresentado no graacutefico acima o volume de Avocado comercializado na

CEAGESP tem crescido rapidamente vertiginosamente chegando a quase

quadruplicar seu valor em apenas 7 anos

Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio de atacado (R$Kg) de Avocado na CEAGESP de

Satildeo Paulo durante o ano (SP) (Figura 3)

81 74 90

106 133

208

365 378

0

50

100

150

200

250

300

350

400

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

EVOLUCcedilAtildeO DA QUANTIDADE COMERCIALIZADA (T) DE AVOCADO NA CEAGESP DE SAtildeO PAULO (SP)

QUANTIDADE(toneladas)

43

Figura 13 - Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio do avocado na CEAGESP (R$Kg) Elaborado pelo autor FONTES CEAGESP

O graacutefico a seguir demonstra um comparativo da variaccedilatildeo do preccedilo meacutedio do

abacate em relaccedilatildeo ao Avocado durante o ano com base nos dados de nove anos

da CEAGESP (R$Kg)

Figura 14 - Comparativo do preccedilo meacutedio do abacate e do avocado comercializado na ceagesp durante o ano elaborado pelo autor FONTE

CEAGESP

A partir dos dados de 7 anos com a variaccedilatildeo do preccedilo meacutedio do Avocado por

quilo durante o ano pocircde-se observar que os menores valores encontram-se entre

maio e agosto A variaccedilatildeo de preccedilo meacutedio durante o ano chega a ser de R$ 581 o

quilo mais que o dobro entre o maior e menor valor meacutedio encontrado

O graacutefico com o comparativo do preccedilo do abacate com o Avocado (Figura 11)

revela a discrepacircncia da valorizaccedilatildeo entre os dois grupos O valor miacutenimo do

4

6

8

10

12

jan

fev

mar

abr

mai

jun jul

ago

set

ou

t

no

v

dez

EVOLUCcedilAtildeO DO PRECcedilO MEacuteDIO DO AVOCADO NA CEAGESP (R$Kg)

PRECcedilO MEacuteDIO

0

2

4

6

8

10

12

JAN

FEV

MA

R

AB

R

MA

I

JUN

JUL

AG

O

SET

OU

T

NO

V

DEZ

PRECcedilO AVOCADO

PRECcedilO DO ABACATE

44

Avocado eacute de R$ 554 por quilo enquanto que o maior valor encontrado do abacate

chega a R$ 381 uma diferenccedila de quase 50

O CEASA-DF registrou em 2014 um volume comercializado de 397 toneladas

de Avocado enquanto que no ano anterior o volume registrado natildeo passou de 07

toneladas (CEASA-DF)

Apesar de jaacute haver teacutecnicas eficientes e tecnologias modernas disponiacuteveis

para se aperfeiccediloar a produccedilatildeo do abacate a exploraccedilatildeo de novas regiotildees com

potencial produtor para a implantaccedilatildeo de pomares de abacateiro no Brasil eacute um dos

fatores que podem aumentar mais ainda a produccedilatildeo nacional No DF por exemplo

a aacuterea destinada agrave colheita do abacate sofreu uma reduccedilatildeo de mais da metade de

2012 para 2014 muito diferente da forma como havia se comportando desde 2000

quando a aacuterea passou de 85 ha para 111 em 2010 O DF representa apenas 2 da

produccedilatildeo nacional do abacate contudo sua produtividade vem aumentando e de

acordo com os dados do IBGE o DF possui os melhores iacutendices de produtividade do

paiacutes o que pode representar forte potencial da regiatildeo no setor Este fato corrobora

com a ideia de que o Brasil pode aproveitar melhor sua extensatildeo territorial

explorando regiotildees com potencial produtor como o DF por exemplo

CERTIFICACcedilAtildeO

CARVALHO (2015) afirma que para participar do mercado internacional os

produtores devem se atentar agraves exigecircncias internacionais de qualidade e seguranccedila

garantidas por meio de certificaccedilatildeo como GlobalGapR BRCR BRCIR FAIRDRADER

e SEDEX-SMETAR Outro ponto que deve ser adotado pelo Brasil no comeacutercio do

Avocado eacute manter um mercado com preccedilo linear e contiacutenuo Ainda segundo

CARVALHO (2015) produtores que natildeo possuem certificaccedilatildeo no GlobalgapR

recebem menos 10

PRECcedilO PAGO PELA JAGUACYR AO PRODUTOR COM GLOBALGAPR

TABELA 10 - (CARVALHO 2015)

CAT CALIBRE MAR ABR MAI JUN

1 12 A 24 315 322 205 205

2 26 A 32 131 129 130 130

2 12 A 24 284 350 187 187

45

Para o consumidor final o selo GLOBALGAPR natildeo eacute tatildeo notado pois o uso

desta marca eacute praticado entre empresas Contudo sua em sua elaboraccedilatildeo

considerou-se a reduccedilatildeo dos impactos negativos das operaccedilotildees agriacutecolas no meio

ambiente reduzir o uso de insumos quiacutemicos e garantir que assuntos de sauacutede e

seguranccedila dos empregados e bem estar animal sejam observados (GLOBALGAPR

2008)

A GLOBALGAPR serve como um manual no comeacutercio mundial de produtos

agriacutecolas estabelecendo normas voluntaacuterias para sua certificaccedilatildeo Este conjunto de

normas estabelece serve de molde para a conduccedilatildeo de boas praacuteticas agriacutecolas

(BPA) nas atividades agriacutecolas (GLOBALGAPR 2008)

Um dos pontos positivos em se adotar os protocolos de boas praacuteticas

agriacutecolas eacute a prevenccedilatildeo de perdas Pesquisas feitas no setor da fruticultura

concluem que maior parte do desperdiacutecio ocorre no percurso que vai do manuseio

no campo ateacute as centrais de produccedilatildeo (AGRIANUAL 2012) Os iacutendices de perdas da

abaticultura chegam a 34 ao ano (AGRIANUAL 2015)

Eacute de extrema importacircncia desenvolver soacutelidos e eficientes sistemas de

certificaccedilatildeo a fim de assegurar qualidade que atenda as expectativas dos

consumidores permitindo que as empresas ingressem nos mercados globais com

seus produtos (ZEIDAN et al 2008)

A difusatildeo de praacuteticas recomendadas para a obtenccedilatildeo da certificaccedilatildeo

GLOBALGAPR por parte dos produtores de abacate principalmente as variedades

bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ pode estimular o consumo interno por meio da oferta de produtos

de maior qualidade aleacutem de reduzindo perdas e promover o produto no comeacutercio

internacional da fruta Fazendo com que o potencial produtor seja aproveitado ao

maacuteximo uma vez que seguir os protocolos de boas praacuteticas agriacutecolas represente a

reduccedilatildeo de perdas no processo de produccedilatildeo de colheita e de transporte seja por

meio da reduccedilatildeo da incidecircncia de pragas ou por adoccedilatildeo de teacutecnicas e evitem perdas

na conduccedilatildeo da produccedilatildeo dos pomares de abacate

CONCLUSOtildeES

A produccedilatildeo de Avocado cultivares bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ superiores em vaacuterios

aspectos agraves cultivares mais populares no paiacutes tem condiccedilotildees de se desenvolver

amplamente no Brasil tornando-o grande consumidor e exportador da fruta Essa

46

mudanccedila pode ocorrer por meio de incentivos governamentais que incentivem o

registro de produtos para a cultura do abacateiro favorecendo a obtenccedilatildeo de

certificaccedilatildeo bem como o desenvolvimento de centros de pesquisas que

desenvolvam estudos sobre a cultura do abacateiro que promovam a difusatildeo de

tecnologia e com isso estimule a utilizaccedilatildeo de novas aacutereas com potencial produtivo

A transferecircncia de tecnologia tambeacutem pode ser feita por parte de empresas da aacuterea

privada que possuem domiacutenio de teacutecnicas e tecnologias modernas principalmente

por meio da popularizaccedilatildeo da produccedilatildeo de mudas clonais para porta-enxerto Aleacutem

disso devem ser feitas accedilotildees por parte de instituiccedilotildees privadas como o

desenvolvimento do marketing da fruta a fim de divulgar os benefiacutecios do consumo

e a exposiccedilatildeo de novas formas de consumo de abacate pode ser crucial para a

mudanccedila do comportamento do consumidor nacional uma vez que este se atenta

principalmente aos aspectos visuais do abacate

Na poacutes-colheita o controle sobre os processos de maturaccedilatildeo poderia ser

mais bem aproveitado No Brasil a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas de conservaccedilatildeo no poacutes-

colheita de frutas objetiva na maioria das vezes estender o tempo de prateleira

destes produtos Para se aproveitar os elevados preccedilos ofertados em determinadas

eacutepocas os produtores colhem os frutos antes do recomendado para a fruta do

abacateiro o que reduz sua qualidade pois a eacutepoca da colheita influencia

diretamente no teor de oacuteleo fator altamente relacionado com o sabor da fruta Por

outro lado a aceleraccedilatildeo do processo de maturaccedilatildeo por meio do controle de

maturaccedilatildeo permite fornecimento de frutos maduros prontos para o consumo

estimulando assim o consumo no paiacutes Com a entrega regular de frutos maduros

nos supermercados e restaurantes novas formas de consumo da fruta como patecircs

e em saladas poderiam ser facilmente introduzidas no cardaacutepio nacional

47

BIBLIOGRAFIA

ALMEIDA G V B Mercado Atacadista de Abacate e Avocado (CEAGESP) III

Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado Bauru 2015

ALMEIDA G V B O Abacate no mundo e na CEAGESP Todafruta notiacutecia 2011

DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwtodafrutacombrnoticia28119O+ABACATE+NO+MUNDO+NO+BRASIL

+E+NA+CEAGESP gt

ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA FRUTICULTURA 2004 a 2015 DISPONIacuteVEL EM

httpwwwgrupogazcombrtratadaseo_edicao420150320150301_106c8c2f1pdf

4718_2015fruticulturapdfgt

BIODIESELBR DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwbiodieselbrcomnoticiasmateria-

primaoutrasvideo-unesp-transforma-oleo-abacate-biodiesel-060313htm gt

BONELLA J A Classificaccedilatildeo de abacates na CEAGESP Joseacute Alcides Bonella ME

2013

BRUWER T ROOYEN Z VAN PERFORMANCE AND MARKET ACCEPTIBILITY

OF THE HASS-LIKE CULTIVARS GEM AND HARVEST IN SOUTH AFRICA Vi

World Avocado Congress (Actas VI Confreso Mundial del Aguacate) 2007 Vintildea Del

Mar Chile 12 ndash 16 nov 2007 ISBN n 978-956-17-0413-8 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwAvocadosourcecomWAC6enExtenso1b-36pdf gt

CAMPOS J A Cultura racional do abacateiro Satildeo Paulo Iacutecone 1988 150 p

CANTUAacuteRIAS-AVILEacuteS T SILVA S R La induacutestria del aguacate em el Estado de

Satildeo Paulo Brasil actualidad y perspectivas futuras In CONGRESO MUNDIAL DEL

AGUACATE 7 2011 Caims Resuacutemenes Caims Avocado Australia 2011

48

CORREIA R C ARAUJO J L P MOUCO M A do C BRAGA C A

MENDONCcedilA R F de Abacate preferecircncias e mercado CONGRESSO

BRASILEIRO DE FRUTICULTURA 21 2010 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwalicecnptiaembrapabralicebitstreamdoc8700181Moucopdf gt

CARVALHO L F Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado realizaccedilatildeo Jaguacy

Sindicato Rural de Bauru Serviccedilo Nacional de Aprendizagem Rural - SENAR

Faculdades Integradas de Bauru ndash SP 2015

CHITARRA M I F CHITARA A B 2005 Poacutes colheita de frutos e hortaliccedilas

Fiiologia e Manuseio Lavras ESALFAEPE

CRANE J H BALERDI C F MAGUIRE I Avocado Growing in the Florida Home

Landscape University of Florida Circular 1034 one of a series of the Horticultural

Sciences Department Florida Cooperative Extension Service Institute of Food and

Agricultural Sciences University of Florida 1983 Revised 2007

CRIZEL G R MOURA R S OLIVEIRA I R MENDONCcedilA C R B

Caracteriacutesticas fiacutesicas e quiacutemicas de abacates das variedades bdquoQuintal‟ e bdquoHass‟ In

CONGRESSO DE INICIACcedilAtildeO CIENTIacuteFICA 17 ENCONTRO DE POacuteS-

GRADUACcedilAtildeO 10 2008 Pelotas Resumos Pelotas UFPEL 2008

DAIUTO E R VIEITES R L TREMOCOLDI M A RUSSO V C Taxa

respiratoacuteria de abacate bdquoHass‟ submetido a diferentes tratamentos fiacutesicos Revista

Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha Meacutexico v 10 n 2 p 101-109

2010

DAIUTO E R TREMOCOLDI M A VIEITES R L Conservaccedilatildeo poacutes colheita de

abacate bdquoHass‟ irradiado Revista Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha vol

10 n 2 2010

DONADIO L C Abacate para exportaccedilatildeo aspectos teacutecnicos da produccedilatildeo

Brasiacutelia Frupex MAPA 1995 53 p

49

DONADIO L C FERRARI L AVILEacuteS T C Abacate In DONADIO L C (Ed)

Histoacuteria da Fruticultura Paulista Jaboticabal SBF ndash Sociedade Brasileira de

Fruticultura 2010 P 33-63

DORIZZOTTO C D A SAMPAIO A C ICUMA I M et al Avocado production

chain in the state of Satildeo Paulo (Brazil) In Proceedings VII World Avocado Congress

2011 Cairns Anaishellip Cairns Internacional Avocado Society 2011 DISPONIacuteVEL

EM lt

httpworldAvocadocongress2011comuserfilesfileOsvaldo20Kioshi20Yamanis

hi201400-1420pdf gt

ERNST Z R ERNST A A The strategic role of new cultivars A case study of

bdquoMaluma‟ VIII Congreso Mundial de la Palta 2015 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwavocadosourcecomWAC8Section_02EarnstZander2015pdf gt

FACTFISH Avocados production quantity (tons) ndash for all countries DISPONIacuteVEL

EM lt httpwwwfactfishcomstatisticAvocados20production20quantity gt

FAOSTAT 2000 a 2013 DISPONIacuteVEL EM lt httpfaostat3faoorgbrowseTTPE gt

FER B WOLSTENHOLME B N (Ed) The Avocado botany production and

uses Oxon CABI Publ 2002 chap 12 p 299-338

FRANCISCO V L F dos S BAPTISTELLA C S L CULTURA DO ABACATE NO

ESTADO DE SAtildeO PAULO Informaccedilotildees Econocircmicas SP v 35 n5 2005

DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwieaspgovbroutpublicacoespdftec3-0505pdf gt

GAYET J P et al 1995 Abacate para exportaccedilatildeo procedimentos de colheita e

poacutes-colheita FRUPEX Brasiacutelia 37p

GIRARDI G Abacate uma nova opccedilatildeo de biocombustiacutevel Jornal UNESP Bauru

2009 DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwunespbracijornal248energia_bauruphp gt

50

GUEDES M S B SENA M TOLEDO S Certificaccedilatildeo como estrateacutegia competitiva

internacional dos produtores de frutas no Brasil VII Encontro da Sociedade

Brasileira de Economia Ecoloacutegica (ECO-ECO) 28 a 30 de novembro de 2007

Fortaleza Cearaacute

HODDLE M The Avocado Seed Moth Stenoma cateniver Walsingham (Lepdoptera

Elachistidae) Department of Entomology Applied Biological Control Research

DISPONIacuteVEL EM lt httpbiocontrolucredustenomastenomahtml gt

HOHMANN C L MENEGUIM A M A BROCA-DO-ABACATE (Stenoma catenifer)

Aspectos bioloacutegicos comportamento danos e manejo Instituto Agronocircmico do

Paranaacute ndash Londrina ndashPR Informe da Pesquisa n 147 2005

HOHMANN C L MENEGUIM A M Observaccedilotildees preliminares sobre a ocorrecircncia

da broca-do-abacate Stenoma catenifer Wals no Estado do Paranaacute Anais da

Sociedade Entomoloacutegica do Brasil v 22 p 417-419 1993

ILLSLEY-GRANICH C‟Hass‟Carmenrega precocious flowering avocado tree

Agrovim AS de CV Uruapan Michocan Mexico Rob Brokaw Brokaw Nursery Inc

Saticoy California USA Dr Salvador Ochoa-Ascencio University of Michoacan

Uruapan Michoacan Mexico 2011 DISPONIacuteVEL EM lt

httpworldavocadocongress2011comuserfilesfileCarlos20Illsley201410-

1430pdf gt

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA ESTATIacuteSTICA (IBGE) IBGE CIDADES

DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwcidadesibgegovbrcartogramamapaphplang=ampcoduf=53ampcodmun=53

0010ampidtema=136ampcodv=v01ampsearch=distrito-federal|brasilia|sintese-das-

informacoes-2013 gt

KADER A A 1992 Postharvest technology of horticultural crops Okland Univertisy

of California 292p

51

KADER A A ARPIA M L Avocado Recommendations for Maintaining

Postharvest Quality 2013

KADER A A Biologiacutea y Tecnologiacutea Postcosecha un Panorama In KADER A A

Tecnologiacutea Postcosecha de Cultivos Hortofrutiacutecolas 3 Ed Davis University Of

Califoacuternia 2007 Cap 4 p 43-53

KLUGE R A et al Inibiccedilatildeo do amadurecimento de abacate com 1-

metilciclopropeno Pesquisa Agropecuaacuteria Brasileira 37(7)895-901

KOOLER O C Abacaticultura Porto Alegre UFRGS 1992 138p

KOOLER O C ABACATICULTURA Porto Alegre UFRGS 1984 138p

KOLLER O C Abacate produccedilatildeo de mudas instalaccedilatildeo e manejo de pomares

colheita e poacutes-colheita Porto Alegre Cinco Continentes 2002 145 p

KREMER-KOumlHNE S KOumlHNE J S 25 YEARS OF AVOCADO ROOTSTOCK

DEVELOPMENT IN SOUTH AFRICA VI World Avocado Congress Chile 2007

DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwavocadosourcecomWAC6enExtenso1a-8pdf gt

LIPPERT C ALLAMAND M (WESTFALIASUBSOLE) A hystory of

collaboration Rev Subsole Santiago 2007

MAIS NATUREZA ABACATEIRO DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwmaisnaturezacomplantasarvoresabacateiro gt

MARANCA G Fruticultura comercial Manga e Abacate Satildeo Paulo Nobel 1980

p 81-133

MASSAFERA G COSTA T M B OLIVEIRA J E D COMPOSICcedilAtildeO DE AacuteCIDOS

GRAXOS DO OacuteLEO DO MESOCARPO E DA SEMENTE DE CULTIVARES DE

ABACATE (Persea americana MILL) DA REGIAtildeO DE RIBEIRAtildeO PRETO SP)

52

Alim Nutr Araraquara V 21 n 2 p 325-331 abrjun 2010 DISPONIacuteVEL EM lt

http20014571150seerindexphpalimentosarticleview940a20v21n2pdf gt

MDIC Negociaccedilotildees internacionais DISPONIacuteVEL EM

httpwwwdesenvolvimentogovbrsitiosecexnegInternacionaisMedTerrorismoLei

ph p gt

MICKELBART M V BENDER G S WITNEY G W ADAMS C ARPAIA M L

Effects of clonal rootstocks on bdquoHass‟ avocado yield components alternate bearing

and nutrition Journal of Horticultural Schience amp Biotechnology Ashford v 82

n 3 p 460-466 2007

MILLER B BERTELS R PADILLA T WILEMAN R THOMSEN L China the

new frontier VIII World Avocado Congress 2015

MONTENEGRO H W S A cultura do abacateiro Satildeo Paulo Melhoramentos

1951 102p (Criaccedilatildeo e Lavoura n 11)

MORAES A F G Desenvolvimento produccedilatildeo e qualidade de frutos de abacateiro

cv bdquoHass‟ sobre dois porta-enxertos nas condiccedilotildees edafoclimaacuteticas da regiatildeo central

do Estado de Satildeo Paulo Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Ciecircncias Piracicaba 2014

NAAMANI G Global Trends in main Avocado Markets VII World Avocado

Congress Australia 2011

NAVA DE DE LARA HADDAD M PARRA JRP 2005 Exigecircncias teacutermicas

estimativa do nuacutemero de geroccedilotildees de Stenoma catenifer e comprovaccedilatildeo de modelo

em campo Pesq Agropec Bras Brasilia v 40 p 961-967

NAVA DE PARRA JRP COSTA VA GUERRA TM COcircNSOLI FL (2005b)

Population dynamics of Stenoma catenifer(Lepidoptera Elachistidae) and related

larval parasitoids in Minas Gerais Brazil Florida Entomologistv 88p 441-446

53

NOVAGRIM ndash FRESH FRUITS IMPORTER amp VEGETABLE SUPPLIER SINCE

1999 2001-2013 WORLD AVOCADO PRODUCTION DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwnovagrimcomPages2000_2011_Avocado_statistics_ENaspx gt

OLIVEIRA LA A importacircncia das Normas Internacionais para o Comeacutercio da

Fruticultura Brasileira Piracicaba Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Economia Escola

Superior de Agricultura ldquoLuiz de Queirozrdquo Universidade de Satildeo Paulo Piracicaba

2005

OLIVEIRA M A de et al 2000 Ceras para conservaccedilatildeo poacutes colheita de frutos de

abacateiro cultivar Fuerte armazenados em temperatura ambiente Scientia Agriacutecola

Piracicaba 57 (4) 777-780

PASSONI A D NEVES M C M RODRIGUES B B BOTEON M Anaacutelise dos

principais entraves na exportaccedilatildeo de frutas brasileiras CENTRO DE ESTUDOS

AVANCcedilADOS EM ECONOMIA APLICADA (CEPEAESALQ-USP) XLIV

CONGRESSO DA SOBER ndash ldquoQuestotildees Agraacuterias Educaccedilatildeo no Campo e

Desenvolvimentordquo Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia Rural Fortaleza

2006

PEGG K G COATES L M KORSTEN L HARDING R M Foliar fruit and

soilborne diseases In WHILEY A W SCHAF

PERFIL DA FRUTICULTURA 2014 Base de dados 2012 a 2013 Governo de Minas

Gerais Agricultura Pecuaacuteria e Abastecimento 2014

PICCININ E PASCHOLATI S F ldquoDOENCcedilAS DO ABACATEIRO‟ em MANUAL DE

FITOPATOLOGIA Vol 2 Doenccedilas das Plantas Cultivadas Editora Agronocircmica

Ceres Ltda Satildeo Paulo 1997 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwifcursoscombrsistemaadminarquivos07-33-29-

manualfitopatologiapdfpage=10 gt

54

PUTT F F GOacuteES B C CATANEO P F Anaacutelise econocircmica de oferta e demanda

do abacate na alta paulista X Foacuterum Ambiental da Alta Paulista v 10 n 7 2014

pp 158-169

ROCHA I L Nuacutemeros do abacate HORTIESCOLHA Instituto Brasileiro de

Qualidade em Horticultura DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwhortibrasilorgbrjnwindexphpoption=com_contentampview=articleampid=120

9numeros-do-abacate-ampcatid=50comercializacaoampItemid=82 gt

SANTO N T Manejo da vegetaccedilatildeo intercalar para obtenccedilatildeo de cobertura morta na

cultura do abacateiro visando minimizar os danos causados por Phytophthora

cinnamomi Dissertaccedilatildeo de mestrado em Fitotecnia Piracicaba 2014

SCHAFFER B WOLSTENJOLME B N WHILEY A W The avocado botany

production and uses 560 p 2012 DISPONIacuteVEL EM lt

httpsbooksgooglecombrbooksid=r0hpRJca3zECamppg=PA83amplpg=PA83ampdq=Th

e+Avocado+botany+production+and+uses+hass-

likeampsource=blampots=oqc5OBsbmVampsig=5gDWWPIMYRBW9cH3yYuWh-ldd-8amphl=pt-

BRampsa=Xampved=0ahUKEwj_yPbgsoTKAhUGDpAKHZTrCWEQ6AEIPDADv=onepag

eampqampf=false gt

SCIENCIA I Certificaccedilatildeo GLOBALGAP e impactos ambientais em agroinduacutestrias de

alimentos Dissertaccedilatildeo de Poacutes-Graduaccedilatildeo Araraquara SP 2010 lt

mlthttpwwwecoecoorgbrconteudopublicacoesencontrosvii_envii_enc_ecohtm

gt

SIMAtildeO S Manual de Fruticultura Satildeo Paulo Editora Agronocircmica Ceres 1971

530p p 147-169

SINGER P MASON J Eacutetica da alimentaccedilatildeo como nossos haacutebitos alimentares

influenciam o meio ambiente e o nosso bem estar Rio de Janeiro Elsevier 2007

SOARES H F ITO M K O AacuteCIDO GRAXO MONOINSATURADO DO ABACATE

NO CONTROLE DE DISLIPIDEMIAS Ver Ciecircnc Meacuted Campinas P 47-51 2000

55

DISPONIacuteVEL EM lt httpperiodicospuc-

campinasedubrseerindexphpcienciasmedicasarticleviewFile13301304 gt

TEIXEIRA C G Cultura In ITAL ndash INSTITUTO DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS

(Campinas) Abacate Cultura mateacuteria-prima processamento e aspectos

econocircmicos 2 Ed Campinas Instituto Campineiro de Ensino Agriacutecola 1995 Cap 1

p 1-54 (Frutas Tropicais)

TEIXEIRA C G Cultura do abacate In TEIXEIRA C G et al ABACATE cultura

mateacuteria prima processamento e aspectos econocircmicos 2deg ed Seacuterie Fruas Tropicais

ndeg8 ITAL Campinas 1991 250p

WATANABE H S Caracteriacutesticas de cultivares de abacate CEAGESPS ndash

Companhia de Entrepostos e Armazeacutens Gerais de Satildeo Paulo 2013

WOLFENBARGER D O COLBURN B The Stenoma catenifer a serious Avocado

pest Proceedings of Florida State Horticulture Society v 92 p 315-318 1979

ZEIDAN R SEIXAS P ABRANCHES L COSTA D MEIRELLES F Certificaccedilatildeo

na cadeia produtiva de alimentos e as barreiras teacutecnicas agrave exportaccedilatildeo Simpoacutesio de

excelecircncia e gestatildeo e tecnologia ndash SEGeT 2008 Resende

Page 12: EVOLUÇÃO DA PRODUÇÃO MUNDIAL E NACIONAL …...RESUMO O abacateiro, Persea americana, é uma cultura muito importante em vários países, devido ao volume comercializado da fruta

12

Por ser uma espeacutecie oriunda da Ameacuterica o abacate espalhou-se pelo

continente no seacuteculo XVII sendo mencionado na Jamaica em 1657 e 1969 pelo

nome de Avocado como eacute comumente denominado em paiacuteses de liacutengua inglesa Jaacute

em paiacuteses que tecircm como principal liacutengua o espanhol eacute conhecido como bdquoaguacate‟

exceto na Argentina Chile Peru e Equador onde eacute conhecido como bdquopalta‟

(DONADIO 1995)

O abacate eacute citado na Europa inicialmente em 1601 quando foi introduzido

no jardim botacircnico de Valecircncia Apoacutes isso disseminou-se para outros continentes

chegando na Aacutefrica em 1750 tendo Gana como via de acesso Em 1825 chega no

Havaiacute e em 1833 na Floacuterida Na Aacutesia o abacate chega pela Malaacutesia em 1900

(DONADIO 1995)

Abacate no Brasil

Existem relatos da cultura do abacateiro no Brasil desde 1787 poreacutem a

primeira introduccedilatildeo oficial deu-se em 1893 quando quatro aacutervores provenientes da

Guiana Francesa pertencentes agrave raccedila Antilhana que forneceram as primeiras

sementes da espeacutecie para o Brasil Em Satildeo Paulo acredita-se que a cultura tenha

se iniciado no Vale do Paraiacuteba no seacuteculo XIX predominando plantas da raccedila

Antilhana (Donadio et al 2010)

A safra do abacate gira em torno de 150 toneladas exceto em 2008 que

chegou a 173 mil t (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA FRUTICULTURA 2008) A

produccedilatildeo Brasileira de Abacate foi de 159903 toneladas em 2013 ocupando uma

aacuterea de 9615 ha conferindo a oitava posiccedilatildeo no ranking global do setor (ANUAacuteRIO

BRASILEIRO DA FRUTICULTURA 2015)

Descriccedilatildeo

Aacutervore folhas e fruto

O abacateiro espeacutecie P americana Miller eacute uma planta dicotiledocircnea da

famiacutelia Lauraceae gecircnero Persea A aacutervore possui porte meacutedio-alto variando de 12

a 25 metros O abacateiro se desenvolve bem em regiotildees tropicais e subtropicais A

planta possui caule ciliacutendrico e lenhoso com coloraccedilatildeo cinza escuro Suas folhas satildeo

sem estipulas de peciacuteolo curto e alternadas e podem ter vaacuterios formatos como

eliacuteptico-lanceoladas oblongas oblongo-lanceoladas ou ovais podendo variar de

76 a 410 cm de comprimento A cor da folha vai de bronzeada quando nova e

13

aos poucos vai esverdeando O fruto eacute uma baga com uma semente grande

cercada por uma polpa amanteigada (TEIXEIRA 1995 KOLLER 2002 CRANE

2007)

Flores

As flores do abacateiro satildeo pequenas e hermafroditas podendo ter coloraccedilatildeo

branca ou verde amarelada Satildeo produzidas em abundacircncia e possuem diacircmetro de

variaacutevel de 05 a 15 cm dispostas em paniacuteculas terminais nos ramos mais novos

(ALMEIDA 2013)

O abacateiro possui flores perfeitas com oacutergatildeos masculinos e femininos

capazes de produzir frutos agrave exceccedilatildeo da variedade Collinson por exemplo que natildeo

consegue produzir poacutelen e soacute serve como planta feminina (MARANCA 1980) A

planta apresenta comportamento floral denominado dicogamia protogenica

(KOLLER 1992)

Polinizaccedilatildeo

Apesar de possuir flores hermafroditas a maturidade do pistilo (parte

feminina) natildeo ocorre ao mesmo tempo da deiscecircncia das anteras (parte masculina)

(ALMEIDA 2013)

As flores do abacateiro se comportam de duas formas distintas diferenciando

a classificaccedilatildeo de cultivares em dois grupos A e B No grupo A estatildeo as variedades

onde a primeira abertura da flor ocorre pela manhatilde pronta para receberem o poacutelen

(feminina) reabrindo somente agrave tarde no seguinte poreacutem soltando poacutelen

(masculino) As variedades do grupo B a primeira abertura da flor ocorre apoacutes o

meio dia (feminina) fechando-se pela tarde e reabrindo ao amanhecer no estaacutegio

masculino Conhecer da biologia floral do abacateiro eacute extremamente importante

para se obter boa produccedilatildeo em pomares de abacateiro por conta do fato de suas

flores serem hermafroditas Desta forma para que se tenha uma eficiente

polinizaccedilatildeo das flores eacute imprescindiacutevel que os pomares sejam formados com

variedades pertencentes aos dois diferentes grupos para se ter uma produccedilatildeo

economicamente viaacutevel A proporccedilatildeo entre as variedades pode variar de acordo com

a demanda do mercado (MONTENEGRO 1951 citado por FRANCISCO E

BAPTISTELLA 2005)

14

Raccedilas

O abacateiro Persea americana pertence agrave famiacutelia Lauraceae que engloba

cerca de 50 gecircneros Existem trecircs grupos ou raccedilas que representam o abacate

comercial satildeo elas Mexicana ndash Persea americana var drymifolia Antilhana ndash P

americana var americana e Guatemalense ou guatemalteca ndash P nubigena var

guatemalensis (WILLIAMS 79 citado por DONADIO 1995)

Principais cultivares

Dentre as cultivares mais produzidas no estado de Satildeo Paulo estatildeo a

bdquoFortuna‟ bdquoGeada‟ bdquoQuintal‟ e bdquoMargarida‟ (DORIZZOTTO 2011) A produccedilatildeo

concentra-se na regiatildeo de Campinas Ribeiratildeo Preto e Bauru (ALMEIDA 2013)

Levantamentos feitos na regiatildeo nordeste por CORREIA et al (2010) indicam

que as principais cultivares nos CEASAS de Pernambuco e Cearaacute satildeo Quintal

Fortuna Geada e Margarida Jaacute em Satildeo Paulo as principais cultivares

comercializadas no CEAGESP citadas por ALMEIDA (2013) satildeo bdquoBreda‟ Fortuna

Geada Margarida e Quintal (CEAGESP 2013)

ILUSTRACcedilAtildeO DAS PRINCIPAIS CULTIVARES DE ABACATE

FIGURA 1 - Ilustraccedilatildeo das principais cultivares de abacate brasileira fonte HORTIESCOLHA DISPONIacuteVEL EM httpwwwhortiescolhacombrhortipediaprodutoabacate (adaptado)

A cultivar BREDA possui formato piriforme poreacutem se formaccedilatildeo de ldquopescoccedilordquo

(WATANABE 2013 citado por ALMEIDA 2013)

A variedade FORTUNA tem como uma de suas caracteriacutesticas frutos

piriformes muito grandes com peso variando entre 600 e 1Kg de casca lisa e verde

escuro polpa amarela e caroccedilo solto (KOLLER 2002) O teor de oacuteleo da cultivar

15

FORTUNA eacute de aproximadamente 8 (SIMAtildeO 1998 DONADIO et al 2010) No

CEASA do Recife esta cultivar eacute a preferida devido ao fato de ser uma fruta

carnuda com preccedilo acessiacutevel excelente sabor entre outros fatores

A cultivar GEADA tambeacutem possui fruto piriforme podendo ser ovalado sem

ldquopescoccedilordquo com coloraccedilatildeo verde mais claro que o FORTUNA sua polpa eacute amarela

com a semente aderente seu conteuacutedo de oacuteleo eacute bastante baixo por volta de 35

e a maturaccedilatildeo bastante precoce (TEIXEIRA 1995 KOLLER 2002)

A cultivar MARGARIDA apresenta as caracteriacutesticas da raccedila Guatemalense

como folhas novas com coloraccedilatildeo arroxeada frutos redondos e de casca rugosa

sua polpa eacute verde clara e o caroccedilo eacute pequeno (KOLLER 2002) Segundo BONELLA

(2013) (citado por ALMEIDA 2013) a cultivar MARGARIDA eacute a preferida por

compradores que visam transportar longas distacircncias pois apresenta oacutetima

resistecircncia poacutes-colheita

A QUINTAL eacute outro hiacutebrido das raccedilas Antilhana e Guatemalense seus frutos

satildeo grandes pesam entre 500 e 900 g possui casca verde clara lisa a polpa eacute

amarela e o caroccedilo aderente agrave polpa (TEIXEIRA 1995 KOLLER 2002 DONADIO

2010) O formato da QUINTAL eacute bem piriforme com ldquopescoccedilordquo bastante

proeminente Esta cultivar eacute a preferida no CEASA de Fortaleza por possuir

aparecircncia bonita e brilhosa casca livre de manchas polpa saborosa e etc

Avocado

A denominaccedilatildeo bdquoAvocado‟ tem sido utilizada no paiacutes para identificar as

cultivares de abacate bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ estas cultivares tecircm sido mais valorizadas

pelo seu tamanho diferenciado e alto teor de lipiacutedeos (FRANCISCO e

BAPTISTELLA 2005) apesar de suas reduzidas dimensotildees Contudo sendo fruto

climateacuterico eacute altamente pereciacutevel podendo ser um obstaacuteculo agrave comercializaccedilatildeo

(DAIUTO et al 2010)

As cultivares bdquoFuerte‟ e bdquoHass‟ satildeo oriundas do possiacutevel cruzamento natural

de variedades das raccedilas guatemalense e mexicana (DONADIO 1995) O tipo ‟Hass‟

possui casca aacutespera e formato arredondado Quando estaacute maduro sua casca

apresenta coloraccedilatildeo escurecida Jaacute o tipo ‟Fuerte‟ possui casca verde brilhante e lisa

com formato alongado (JAGUACYR)

16

A cultivar bdquoHass‟ eacute a mais valorizada no mundo apesar de seu tamanho

reduzido o fruto possui alta concentraccedilatildeo de lipiacutedeos Seus frutos podem pesar

entre 149 e 300 gramas (MICKELBART et al 2007 CRIZEL 2008)

Na Califoacuternia adota-se para as cultivares bdquoFuerte‟ e bdquoHass‟ o ponto miacutenimo de

mateacuteria seca adotada para a colheita eacute de 19 e 208 respectivamente (KADER amp

ARPIA 2013) O teor de mateacuteria seca possui elevada correlaccedilatildeo com o niacutevel de oacuteleo

da fruta Essas cultivares satildeo reconhecidas pelos altos niacuteveis de oacuteleo - fator que

possui forte influecircncia na conservaccedilatildeo do sabor

A tabela a seguir apresenta as informaccedilotildees nutricionais obtidas em 50g de

Avocado (JAGUACYR)

TABELA 1 - Informaccedilotildees nutricionais em 50g de avocado FONTE

JAGUACYR

INFORMACcedilOtildeES NUTRICIONAIS AVOCADO (50g)

ENERGIA 301 kj 72 kcal

CARBOIDRATOS 853 g

PROTEIacuteNAS 1 g

GORDURAS TOTAIS 8 g

GORDURA SATURADA 18 g

FIBRA ALIMENTAR 16 g

SOacuteDIO 75 mg

POTAacuteSSIO 485 mg

O Avocado tem 5 vezes menos aacutegua que o abacate comum o que lhe

confere concentraccedilatildeo muito maior de nutrientes A fruta eacute considerada pelos

nutricionistas como sendo uma das que possui maior valor nutricional devido ao fato

de possuir elevadas concentraccedilotildees de vitaminas antioxidantes como A C e E Em

comparaccedilatildeo com a banana a fruta conteacutem ainda trecircs vezes mais vitamina B6 Em

meacutedia o Avocado possui niacutevel de gordura em aproximadamente 20 sendo a

maioria monoinsaturada A gordura monoinsaturada auxilia na reduccedilatildeo no LDL e

promove aumento no HDL o ldquocolesterol bomrdquo (JAGUACYR)

Clima

As variedades da Iacutendia Ocidental e alguns hiacutebridos satildeo melhores adaptados a

regiotildees planas de clima tropical e regiotildees tropicais onde natildeo haacute ocorrecircncia de

17

geadas Por outro lado variedades Mexicanas satildeo mais adaptadas a regiotildees com

temperaturas mais baixas Hiacutebridos de raccedilas Mexicanas x Guatemaltecas

geralmente satildeo mais resistentes ao frio do que as raccedilas hiacutebridas Iacutendias Ocidentais x

Guatemaltecas (CRANE et al 2007)

Solos

O abacateiro eacute uma planta muito sensiacutevel a este fator em especial no que se

refere agrave drenagem e profundidade dos solos (KOLLER 1984) Para esta cultura

recomenda-se solos feacuterteis bem drenados pouco aacutecidos e profundos (SIMAtildeO

1971)

A cultura do abacateiro natildeo tolera solos inundados ou mal drenados

Condiccedilotildees de umidade elevada constante comprometem o desenvolvimento

adequado das plantas pois resultam em deficiecircncia nutricional e em alguns casos

pode provocar a morte da planta devido ao fato de estarem altamente suscetiacuteveis a

infecccedilatildeo por fungos (CRANE et al 2007)

Outro aspecto que deve ser considerado na cultura do abacate eacute a salinidade

devido agrave alta sensibilidade da cultura a este fator que pode provocar a queima da

ponta e borda das folhas e queda da produccedilatildeo (DONADIO 1995)

Doenccedilas e pragas que afetam a cultura do abacate

Apesar de o Brasil possuir excelentes condiccedilotildees para a produccedilatildeo de abacate

a falta de manejos agronocircmicos adequados durante toda a cadeia produtiva do

abacate tem feito com que o Brasil natildeo participe de forma mais eficiente no mercado

mundial do abacate A cultura possui elevada suscetibilidade agrave gomose do

abacateiro podridatildeo da raiz causada por Phytophthora cinnamomi

No Brasil a podridatildeo radicular causada por Phytophthora cinnamomi tem

dizimado plantaccedilotildees de abacateiro reduzindo a longevidade dos pomares

(DONADIO 1995) A doenccedila eacute considerada a mais importante para a cultura do

abacateiro sendo fator limitante para a cultura em todo o mundo (CAMPOS 1988

KOLLER 2002) A seleccedilatildeo de cultivares porta-enxertos resistentes ou tolerantes

controle quiacutemico e manejo do solo satildeo estrateacutegias que reduzem os danos e o

controle desta doenccedila (PEGG et al 2002)

A ocorrecircncia de Phytophthora cinnamomi juntamente com estresses

ambientais faz com que o abacateiro da cultivar ‟Hass‟ produza frutos com

18

dimensotildees muito reduzidas Esses frutos subdimensionados natildeo satildeo

comercializaacuteveis resultando em elevadas perdas financeiras para os produtores

(BRUWER 2007) Empresas como a Westfalia situada na proviacutencia de Limpopo na

Aacutefrica do Sul tecircm testado cultivares de abacate bdquoHass-like‟ para se obter maior

produtividade em regiotildees afetadas pelo P cinnamomi

Algumas das estrateacutegias que visam agrave minimizaccedilatildeo dos danos e o controle da

podridatildeo radicular satildeo por exemplo a utilizaccedilatildeo de cultivares porta-enxertos

resistentes ou tolerantes o uso de controle quiacutemico e praacuteticas especiacuteficas de manejo

do solo (PEGG et al 2002)

No que se refere a barreiras agrave exportaccedilatildeo do abacate a broca-do-abacate

Stenoma catenifer que de acordo com WOLFENBARGER amp COLBURN (1979) eacute

uma praga quarentenaacuteria em vaacuterios paiacuteses tem sido marcante para a produccedilatildeo

deste produto sendo vetada a entrada de lotes contaminados por meio de barreiras

fitossanitaacuterias em paiacuteses como os Estados Unidos da Ameacuterica principal importador

mundial Esta praga tem sido uma ameaccedila extremamente relevante para a produccedilatildeo

nacional de abacate chegando a causar perda de toda a produccedilatildeo (HOHMANN amp

MENEGUIM 1993) De acordo com informaccedilotildees da Universidade da Califoacuternia

(HODDLE UCR) os EUA tecircm desenvolvido protocolos de seguranccedila para impedir

que a doenccedila tenha acesso ao paiacutes por meio de importaccedilotildees de paiacuteses onde a

doenccedila eacute endecircmica Algumas regiotildees brasileiras de cultivo de abacate 100 da

colheita pode estar infestado com S catenifer (Nava et al 2005a) Mesmo com a

aplicaccedilatildeo de inseticidas de largo espectro sendo feitas de 7 a 11 vezes durante uma

uacutenica estaccedilatildeo de crescimento ateacute 60 de frutas podem ser infestados com larvas S

catenifer (Nava et al 2005b)

Para CARVALHO (2015) a exportaccedilatildeo para os EUA pela JAGUACYR eacute

dificultada devido agrave ocorrecircncia de doenccedilas que ocorrem em territoacuterio nacional e que

podem ser exportadas com os produtos

Ocorrida a eclosatildeo a lagarta de primeiro instar desloca-se ao longo do fruto

ateacute encontrar o local adequado para iniciar o ataque As fecircmeas procuram depositar

os ovos no peduacutenculo contudo haacute maior incidecircncia de orifiacutecios na parte inferior do

abacate Ao passo que as lagartas se desenvolvem e vatildeo se alimentando da polpa

do abacate indo em direccedilatildeo ao caroccedilo onde este inseto se aloja e finaliza a fase

larval construindo galerias no interior A lagarta se desenvolve no fruto e transforma-

se em pupa no solo numa profundidade de 05 a 15 cm ou ateacute mesmo no interior

19

dos frutos caiacutedos Dentre as medidas preventivas de controle destaca-se o uso

adequado das cultivares considerando que quanto mais tempo os frutos

permanecem nas plantas maiores seratildeo as perdas O planejamento da colheita deve

ser considerado pois colheitas tardias proporcionam condiccedilotildees favoraacuteveis para o

desenvolvimento da praga no pomar Outra medida preventiva principalmente para

pomares orgacircnicos eacute a cataccedilatildeo e destruiccedilatildeo dos frutos caiacutedos (HOHMANN amp

MENEGUIM 2005)

A verrugose ou sarna do abacateiro causada pelo fungo Sphaceloma

perseae conhecida em 1918 na Floacuterida foi encontrada no Brasil pela primeira vez

em 1938 em Limeira Eacute uma das doenccedilas de elevada importacircncia na cultura do

abacateiro visto que esta doenccedila deprecia a aparecircncia do fruto e pode provocar

tambeacutem queda dos frutos jovens bem como o subdesenvolvimento O fungo ataca

as folhas e os frutos e se desenvolve em condiccedilotildees de umidade elevada Para o

controle desta doenccedila eacute recomendado a utilizaccedilatildeo de variedades que apresentem

resistecircncia sendo necessaacuterio evitar variedades do grupo Guatemalense (PICCININ

amp PASCHOLATI 1997)

Ponto de colheita

O fruto do abacate eacute conhecido por ser climateacuterico isso significa que pode

completar o amadurecimento depois de colhido e apresenta um pico de produccedilatildeo de

etileno sucedido por um pico respiratoacuterio durante o amadurecimento O melhor

indicador de maturidade fisioloacutegica para se concluir se os frutos estatildeo aptos agrave

colheita eacute a porcentagem de mateacuteria seca que possui relaccedilatildeo com o acuacutemulo de

oacuteleo (KADER amp ARPIA 2013 citado por ALMEIDA 2013)

No Brasil a observaccedilatildeo em campo da perda do brilho na casca eacute uma praacutetica

comum para identificar o ponto ideal de colheita (ALMEIDA 2013) Jaacute na Floacuterida

contabilizam-se os dias apoacutes a floraccedilatildeo para se determinar o ponto de colheita

Na cultura do abacateiro os principais iacutendices de qualidade satildeo tamanho cor

da casca formato danos mecacircnicos recentes ou cicatrizados causados por insetos

podridotildees embalagens e transporte inadequados alteraccedilatildeo de sabor devido a

longos periacuteodos de armazenagem na aacutervore ou por colheita antes da maturidade

fisioloacutegica (KADER amp ARPIA 2013 CANTILLANO 2013) No que se refere agrave

alteraccedilatildeo de sabor KADER (2007) comenta que este fator estaacute diretamente ligado

20

ao teor de oacuteleo no fruto Neste sentido cultivares mais tardias oriundas das raccedilas

Guatemalenses e Mexicana possuem maiores teores de oacuteleo

Poacutes colheita

Por ser um fruto climateacuterico com alta taxa respiratoacuteria e elevada produccedilatildeo de

etileno apoacutes a colheita o fruto do abacate eacute altamente pereciacutevel (KADER 1992)

Neste sentido o controle do amadurecimento eacute de extrema importacircncia para se

prolongar a vida uacutetil no poacutes-colheita de frutas objetivando-se a comercializaccedilatildeo no

mercado interno ou externo (KLUGE et al 2002)

Tratando-se de maturaccedilatildeo no poacutes-colheita a manipulaccedilatildeo do etileno eacute uma

teacutecnica utilizada para antecipar ou adiar o processo de maturaccedilatildeo dos frutos O

etileno eacute um gaacutes que se comporta como hormocircnio

No Brasil a comercializaccedilatildeo do abacate em varejo ocorre na maioria das

vezes sem a utilizaccedilatildeo de refrigeraccedilatildeo portanto a utilizaccedilatildeo de tecnologias que

possibilitem a conservaccedilatildeo agrave temperatura ambiente eacute de grande relevacircncia para se

permitir a comercializaccedilatildeo durante um maior tempo apoacutes a colheita atrasando o

amadurecimento dos frutos (KLUGE et al 2002) Daiuto 2010 concluiu que a

refrigeraccedilatildeo foi efetiva na conservaccedilatildeo de frutos de abacate bdquoHass‟

Aleacutem do uso de refrigeraccedilatildeo para retardar o amadurecimento dos frutos

tambeacutem se utiliza o revestimento dos frutos com cera para se reduzir o processo de

respiraccedilatildeo e uso de metilciclopropeno para inibir a produccedilatildeo de etileno gaacutes que

funciona como hormocircnio na maturaccedilatildeo de frutos (Gayet et al 1995 Oliveira et al

2000 KLUGE et al 2002)

A utilizaccedilatildeo de radiaccedilotildees gama em baixos niacuteveis associada a outros

procedimentos no poacutes-colheita eacute mencionada na literatura como excelente meacutetodo

para prolongar a periacuteodo de prateleira das frutas por retardar os processos de

senescecircncia e amadurecimento reduzindo os iacutendices de apodrecimento provocados

por fungos e bacteacuterias (Kaumlferstein e Moy 1993) O problema do uso da radiaccedilatildeo eacute

que esta teacutecnica provoca o escurecimento perda de firmeza do fruto e o surgimento

de depressotildees superficiais (CHITARRA e CHITARRA 2005)

Consumo

Em relaccedilatildeo ao consumo per capita do abacate em 2013 o Meacutexico foi de 90

Kghab enquanto que no Brasil o consumo girava em torno de 301 gramashab

21

por ano em De acordo com dados de 2011 o consumo per capita da fruta em Israel

foi de 50 Kghab o Chile ficou logo atraacutes com 45Kghab por ano e os Estados

Unidos apesar de maior importador apenas 20 Kghab por ano (NAAMANI 2011)

Em alguns paiacuteses da Uniatildeo Europeia chega a ser 1500 gramashab por ano (BNET

2011) De acordo com PUTTI (2014) esta diferenccedila se deve ao fato de que o

consumo do abacate em paiacuteses da Europa vai aleacutem da forma in natura sendo

consumido principalmente na forma de salada aleacutem disso os benefiacutecios da fruta satildeo

mais difundidos do que no Brasil

A fruta eacute consumida de forma diferente ao redor do mundo podendo ser sob

a forma de doce como no Brasil ou em saladas e patecircs como o guacamole

(JAGUACYR) Aleacutem de ser amplamente explorada na induacutestria

Aspectos nutricionais

A tabela a seguir apresenta as informaccedilotildees nutricionais do abacate a partir de

100g da fruta

TABELA 2 - Informaccedilotildees nutricionais do abacate obtidas a partir de 100g

da fruta fonte (FATSECRET)

INFORMACcedilOtildeES NUTRICIONAIS ABACATE

ENERGIA 669 kj 160kal

CARBOIDRATOS 853 g

ACcedilUacuteCAR 066 g

PROTEIacuteNAS 2g

GORDURAS 1466g

GORDURA SATURADA 2126G

GORDURA MONOINSATURADA

9799G

GORDURA POLIINSATURADA 1816

COLESTEROL 0 mg

FIBRAS 77 g

SOacuteDIO 7 mg

POTAacuteSSIO 485 mg

Uma das principais caracteriacutesticas que qualificam o abacate eacute a elevada

quantidade de mateacuteria graxa em sua composiccedilatildeo O fruto eacute conhecido como uma

fruta de alto valor energeacutetico Os aacutecidos graxos (AG) podem ser encontrados na

semente em sua maioria insaturados estes aacutecidos tambeacutem estatildeo presentes no

mesocarpo contudo em concentraccedilotildees diferentes O oacuteleo do abacate eacute um produto

22

explorado na induacutestria farmacecircutica devido ao elevado teor de vitamina E O

produto possui bom valor comercial apesar de natildeo ser tatildeo produzido mundialmente

A quantidade de oacuteleo encontrada no mesocarpo eacute superior ao teor de oacuteleo

encontrado na semente No mesocarpo os teores de aacutecido oleico variam entre

3177 a 5030 jaacute na semente o teor desse aacutecido graxo monoinsaturado varia de

1169 a 3583 (MASSAFERA 2010)

O abacate eacute um alimento rico em aacutecido graxo monoinsaturado oleico Estudos

realizados com aacutecidos graxos monoinsaturados revelam sua importacircncia na

prevenccedilatildeo e tratamento de dislipidemias que estatildeo relacionadas ao

desenvolvimento de doenccedilas cardiovasculares e coronarianas (SOARES e ITO

2000) Os aacutecidos graxos monoinsaturados representados principalmente pelo aacutecido

oleico presente em oacuteleo de oliva e canola possui efeito significativos na prevenccedilatildeo e

tratamento de doenccedilas crocircnicas (LARSEN et al 1999)

Produtos e subprodutos

O oacuteleo obtido a partir da fruta do abacate possui propriedades fiacutesico-quiacutemicas

semelhantes ao oacuteleo de oliva principalmente pela composiccedilatildeo de seus aacutecidos

graxos salientando o aacutecido oleico O oacuteleo de oliva eacute um produto altamente

consumido no paiacutes poreacutem de origem importada e o oacuteleo de abacate possui forte

potencial para substituiacute-lo (MASSAFERA 2010)

Outra forma de aproveitamento do oacuteleo do abacate eacute para a produccedilatildeo de

biodiesel O professor do departamento de Quiacutemica da UNESP Manoel Lima de

Menezes afirma que o abacate tem o teor de oacuteleo que varia entre 5 a 30

proacuteximo ao encontrado na extraccedilatildeo da soja de 18 Segundo o pesquisador um

dos obstaacuteculos eacute ainda o teor de umidade da semente (BIODIESELBR 2013)

Dentre as vantagens do abacate em comparaccedilatildeo com a soja eacute que da fruta eacute

possiacutevel extrair oacuteleo e etanol dois ingredientes baacutesicos para a produccedilatildeo do

biodiesel Outra vantagem eacute que de acordo com Menezes o abacate pode render

ateacute 2800 litros de oacuteleo por hectare contra 400 da soja aleacutem do fato do abacateiro

ser uma planta perene (GIRARDI 2009)

A madeira tambeacutem eacute um produto explorado na cultura do abacateiro na

produccedilatildeo de energia como combustiacutevel (MAISNATUREZA) Outra forma de

aproveitamento de resiacuteduos da cultura eacute a utilizaccedilatildeo do caroccedilo para a produccedilatildeo de

23

tintas a partir do caroccedilo usado para tingir roupas produzindo uma tinta castanho-

arroxeada (TEIXEIRA 1991)

Melhoramento geneacutetico

O desenvolvimento floral bem como a eacutepoca de floraccedilatildeo e o amadurecimento

da fruta satildeo diretamente influenciados por caracteriacutesticas geneacuteticas Essas

caracteriacutesticas podem ser manipuladas com a utilizaccedilatildeo de enxertos porta enxertos

ou a interaccedilatildeo entre eles Neste sentido podem ser utilizados genoacutetipo Mexicano

que pode antecipar a floraccedilatildeo ou Guatemalenses que manteacutem uma floraccedilatildeo meacutedia

ou porta-enxerto das Iacutendias Ocidentais que promovem floraccedilatildeo tardia Estudos tecircm

comprovado que a utilizaccedilatildeo de porta-enxertos do grupo Mexicano antecipam a

floraccedilatildeo entre 4 a 8 semanas antes de pomares de clones de bdquoHass‟ Contudo a

antecipaccedilatildeo de 8 semanas na eacutepoca de floraccedilatildeo promoveu o a antecipaccedilatildeo de

maturaccedilatildeo dos frutos em apenas 3 semanas Como existe uma alta demanda pelo

abacate ‟Hass‟ em todo mundo o uso de cultivares do abacate bdquoHass-like‟ pode ser

de grande interesse para os paiacuteses produtores uma vez que a cultivar bdquoLamb-Hass‟

por exemplo possui a caracteriacutestica de estender a eacutepoca de colheita aumentando

assim a janela de produccedilatildeo da fruta (SCHAFFER et al 2012)

No final dos anos 80 Carlos Meacutendez observou um abacate diferenciado na

regiatildeo de Urupan estado de Michocaacuten Meacutexico A planta encontrada exibia uma

floraccedilatildeo com um comportamento distinto das demais Este abacate bdquoHass-like‟ foi

nomeado localmente de bdquoHass-Mendez‟ e agora eacute conhecido comercialmente como

bdquoHass Carmen‟ (Illsley-Granich 2011) Uma das cultivares de bdquoHass-like‟ que tem

sido utilizada em programas de melhoramento eacute a ldquoSir Prizerdquo

Outra cultivar bdquoHass-like‟ muito importante eacute a bdquoMaluma‟ na Aacutefrica do Sul

Dentre as vantagens desta cultivar em relaccedilatildeo ao bdquoHass‟ apresentadas por ERNST

amp ERNST (2015) estatildeo rendimento elevado precocidade e possibilidade de

aumento na densidade de plantas no pomar de abacateiro

Programas de melhoramento satildeo criados a fim de se incorporar

caracteriacutesticas de resistecircncia a doenccedilas - como os desenvolvidos na Universidade

da Califoacuternia que deram origem a cultivares como por exemplo bdquoGem‟ e bdquoHarvest‟

que possuem excelentes caracteriacutesticas agronocircmicas Dentre estas caracteriacutesticas

se tem aumento da produtividade e resistecircncia agrave podridatildeo radicular

24

A utilizaccedilatildeo de porta-enxertos eacute de suma importacircncia para se aproveitar

melhor o potencial das diferentes culturas seja por aumentar a produtividade ou por

conferir resistecircncia a doenccedilas No final dos anos 70 a podridatildeo causada por

Phytophthora cinnamomi causou grandes prejuiacutezos para a cultura do abacate na

Aacutefrica do Sul Com isso foi necessaacuterio importar da Califoacuternia porta-enxertos

tolerantes agrave podridatildeo radicular propagados vegetativamente a fim de se ter maior

uniformidade geneacutetica para estabelecer novos pomares de abacateiro Durante

muitos anos a cultivar bdquoDuke 7‟ era o uacutenico porta-enxerto que produzia plantas

uniformes produtivas e razoavelmente produtivas era a cultivar bdquoDuke 7‟ Nos anos

80 foi desenvolvida a cultivar bdquoDusa‟ a partir de plantas sobreviventes em pomares

doentes A cultivar desenvolvida pela WESTFALIA apresentou toleracircncia agrave podridatildeo

superior a bdquoDuke 7‟ (KREMER-KOumlHNE 2007)

Na Floacuterida as cultivares mais utilizadas como porta-enxerto satildeo a bdquoLula‟ e

bdquoWaldin‟ devido ao fato dessas variedades conferirem aos pomares de abacate

uniformidade aumentar o vigor e pela produccedilatildeo de sementes (CRANE et al 2007)

No Brasil os pomares comerciais de abacate satildeo implantados sobre porta-

enxertos oriundos de sementes este fator faz com que o tamanho da copa das

plantas seja desuniforme a produccedilatildeo seja afetada bem como a qualidade dos frutos

e a susceptibilidade aos patoacutegenos do solo no qual se destaca Phytophthora

cinnamomi Contudo outros paiacuteses produtores da fruta utilizam porta-enxertos de

melhor qualidade obtidos a partir de clones que possuem resistecircncia a doenccedilas e

tambeacutem conferem uniformidade ao pomar (MORAES 2014)

Certificaccedilatildeo

Devido agrave exigecircncia cada vez maior feita pelos mercados internacionais natildeo eacute

possiacutevel exportar frutas e outros produtos agropecuaacuterios sem que se tenha a

certificaccedilatildeo Um das finalidades da certificaccedilatildeo eacute proteger o diferencial de qualidade

(AGRIANUAL 2012)

A certificaccedilatildeo eacute uma forma de se adquirir vantagem competitiva sustentaacutevel

para concorrer com os grandes produtores mundiais Tendo em vista a exigecircncia de

produtos de qualidade por consumidores cada vez mais frequente eacute necessaacuterio que

o mercado mundial se atente ao alto padratildeo de qualidade fornecido por seus

produtos Com isso programas de qualidade tecircm sido desenvolvidos visando agrave

aplicaccedilatildeo direta nas cadeias de produccedilatildeo em especial na aacuterea de produtos

25

pereciacuteveis como eacute o caso da fruticultura objetivando a aceitaccedilatildeo internacional

(GUEDES et al 2007)

Vaacuterias pesquisas e estudos recentes vecircm colaborando para compreensatildeo da

formaccedilatildeo organizaccedilatildeo e influecircncia das cadeias produtivas de onde surgem

produtos que seguem os padrotildees de qualidade reconhecidos internacionalmente

onde os sistemas de certificaccedilatildeo tecircm papel fundamental

Tratando-se de qualidade os consumidores atuais buscam produtos que

atentem agraves questotildees eacuteticas que abordem temas como meio ambiente e uso de

agrotoacutexicos considerando que a procura por alimentos seguros e saudaacuteveis uma

questatildeo elementar (SINGER e MASON 2007)

Considerando que a sauacutede dos consumidores de alimentos in natura pode ser

afetada a seguranccedila alimentar bem como a qualidade dos produtos deve receber

atenccedilatildeo especial A qualidade dos produtos estaacute vinculada aos procedimentos que

satildeo conduzidos durante cada etapa de produccedilatildeo como por exemplo plantio

colheita processamento industrializaccedilatildeo e comeacutercio (OLIVEIRA 2005)

METODOLOGIA

Tipo de Estudo

Pesquisa Bibliograacutefica eacute desenvolvida a partir de material jaacute elaborado

constituiacutedo de livros e artigos cientiacuteficos (Gil 2008) Portanto o presente trabalho

utilizou-se das ideias do estudo exploratoacuterio feito a partir de pesquisa bibliograacutefica

Com isso este trabalho desenvolveu-se seguindo

1deg FONTES

Foram utilizados artigos que fornecessem informaccedilotildees sobre a cultura do

abacate bem como dados de produccedilatildeo poacutes-colheita e comercializaccedilatildeo e que

abordassem o tema de exportaccedilatildeo

2deg COLETA DE DADOS

Primeiramente foi feita leitura de trabalhos jaacute disponiacuteveis na literatura que

abordassem aspectos de produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo de forma raacutepida e objetiva a

fim de se selecionar o material a ser incluiacutedo no presente trabalho

26

Em seguida foi feita uma leitura seletiva agrupando as informaccedilotildees dos

artigos preacute-selecionados de acordo com o tema registrando as informaccedilotildees

extraiacutedas das fontes em instrumento especiacutefico

3deg ANAacuteLISE E INTERPRETACcedilAtildeO DOS RESULTADOS

Nesta etapa foi realizada uma leitura analiacutetica com a finalidade de ordenar as

informaccedilotildees contidas na literatura disponiacutevel utilizados como fonte para o

desenvolvimento deste trabalho a fim de se elaborar informaccedilotildees que resumissem

as questotildees abordadas nesta pesquisa

RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

ABACATE NO MUNDO

A figura a seguir apresenta dados de produccedilatildeo mundial de abacate (t) em 21

paiacuteses indo de 2004 a 2013 com base nos dados da FAO ndash Organizaccedilatildeo das

Naccedilotildees Unidas para Alimentaccedilatildeo e Agricultura (Food and Agriculture Organization of

the United Nations para a sigla em inglecircs)

27

Figura 2 Produccedilatildeo mundial do abacate (em t) elaborado pelo autor FONTE NOVAGRIM adaptado com dados da FAO

Os paiacuteses produtores de abacate satildeo representados no mapa abaixo onde a

intensidade da coloraccedilatildeo vermelha representa o volume de abacate produzido no

paiacutes quanto mais intenso maior o volume produzido como estaacute destacado o

Meacutexico maior produtor mundial participando com aproximadamente 31 12 de toda

a produccedilatildeo mundial da fruta

Figura 3 - Paiacuteses produtores de abacate ao redor do mundo FONTE FACTFISH

100000

300000

500000

700000

900000

1100000

1300000

1500000

1700000

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013

PRODUCcedilAtildeO MUNDIAL DE ABACATE

MEacuteXICO

INDONEacuteSIA

REP DOM

COLOcircMBIA

BRASIL

EUA

CHILE

PERU

CHINA

28

Em 2004 o maior produtor mundial de abacate foi o Meacutexico participando com

307 de todo o volume produzido mundialmente com cerca de 987000 t Em

segundo lugar poreacutem muito atraacutes com um volume de 221774 t segue a Indoneacutesia

representando apenas 689 Na terceira posiccedilatildeo Repuacuteblica Dominicana 68 e

218790 t e em quarto produzindo 170985 t estava a Colocircmbia com 53

De acordo com os dados de 2013 o Meacutexico continuou liderando o setor

participando com 3112 do total produzido agora com um volume de 1467837 t

Em segundo lugar a Repuacuteblica Dominicana com 821 Colocircmbia 643 e Peru

611 em ordem decrescente (FAOSTAT) Nos uacuteltimos 10 anos a Repuacuteblica

Dominicana saltou para o segundo lugar graccedilas a um aumento de 771 em sua

produccedilatildeo Neste sentido a Colocircmbia alcanccedila a posiccedilatildeo de 3deg colocado devido ao

aumento similar ao da Repuacuteblica Dominicana (774)

O Peru foi o paiacutes que obteve maior destaque pois saiu da oitava posiccedilatildeo

participando com apenas 337 da produccedilatildeo mundial o que representava um

volume de 108460 t em 2004 para a quarta posiccedilatildeo no ranking mundial em 2013

com 611 quando produziu 288387 t a sua participaccedilatildeo no mercado mundial

quase que dobrou nesse periacuteodo O aumento da produccedilatildeo mundial foi de 467

enquanto que o aumento do volume de abacate produzido no Peru foi de 1659

Segundo CARVALHO (2015) a formaccedilatildeo de associaccedilotildees como a PROHASS que

investe no desenvolvimento de tecnologia e marketing para estimular inclusive o

consumo interno podendo ateacute ser um exportador para o Brasil

Aos poucos a China vem participando do mercado do abacate A populaccedilatildeo

do paiacutes ultrapassa 15 bilhotildees de pessoas em algumas aacutereas metropolitanas a

populaccedilatildeo vai de 12 a 45 milhotildees de habitantes Em 2000 a classe meacutedia da China

representava 4 da populaccedilatildeo e hoje chega a 66 Os gastos com alimentaccedilatildeo

tambeacutem acompanham essa mudanccedila de comportamento pois existe nesta classe a

procura por alimentos mais saudaacuteveis Esses fatores tecircm estimulado uma mudanccedila

no consumo de abacate em toda a China (MILLER et al 2015)

Quanto agrave produccedilatildeo do Brasil no Ranking global ocorreu justamente o

contraacuterio o paiacutes saiu da quinta posiccedilatildeo para a oitava ao reduzir 765 da produccedilatildeo

que era de 170895 t em 2004 para 157428 t em 2013 Em 2011 o abacate ficou na

17deg posiccedilatildeo no ranking da produccedilatildeo nacional da fruta ocupando apenas 03 do

montante da produccedilatildeo de frutas frescas muito atraacutes das principais culturas

29

produzidas como a laranja mais produzida participando com 416 do setor

Banana segunda mais importante com 154 e Melancia com 46 em quarto

(IBGEPAM 2011)

O volume de abacate fresco brasileiro exportado foi de 4313 t em 2013 para

5806 toneladas em 2014 resultando num aumento de mais de 37 na receita com

este setor que em 2014 foi de mais de nove milhotildees e meio de doacutelares

(AGRIANUAL 2015)

O graacutefico abaixo apresenta o comportamento do volume em toneladas de

abacate exportado pelos paiacuteses que participam do setor

Figura 4 Volume de abacate (t) exportado pelos paiacuteses exportadores da fruta Elaborado pelo autor FONTE FAO

Em 2013 Meacutexico liderou o setor de exportaccedilatildeo do abacate com um volume

de 563492 toneladas cerca 463 do total exportado no mundo Em segundo lugar

a Holanda com 99 A Holanda eacute um grande importador contudo o paiacutes reexporta

grande parte do volume comprado O Peru merece destaque pois saiu de um

volume exportado de 2209 t (06) em 2000 para 114515 t em 2013 ocupando

94 do volume de abacate exportado o que lhe conferiu a 3deg posiccedilatildeo no ranking

global Em quarto lugar o Chile com 73

A figura a seguir apresenta o comportamento dos principais importadores de

abacate do mundo em 14 anos

0

100000

200000

300000

400000

500000

600000

20002001200220032004200520062007200820092010201120122013

EVOLUCcedilAtildeO DA EXPORTACcedilAtildeO MUNDIAL EM t

MEacuteXICO

CHILE

ESPANHA

AacuteFRICA DO SUL

ISRAEL

HOLANDA

PERU

30

Figura 5 Evoluccedilatildeo do volume (t) importado pelos principais paiacuteses importadores de abacate ELABORADA PELO AUTOR FONTE FAOSTAT

Os principais importadores de fruta como por exemplo o europeu e o norte

americano exigem um padratildeo de qualidade que observem as demandas impostas

pelos consumidores com relaccedilatildeo agrave seguranccedila alimentar e tambeacutem agraves exigecircncias

para certificaccedilatildeo do produto levando em consideraccedilatildeo aspectos ambientais e

sociais aleacutem do local de produccedilatildeo Desta forma produtores de fruta destinadas agrave

exportaccedilatildeo precisaram adaptar suas lavouras para atender agraves exigecircncias dos mais

importantes selos internacionais como o EureGapR e o TNCR (OLIVEIRA 2005) O

maior importador de abacate do mundo satildeo os Estados Unidos (ROCHA 2014)

O volume de abacate importado ao redor do mundo vem crescendo na uacuteltima

deacutecada Os Estados Unidos lideram o montante desde 2007 mais ainda que toda a

Uniatildeo Europeia o volume importado pelo paiacutes cresceu cerca de sete vezes entre

2000 e 2013 Em segundo lugar a Uniatildeo Europeia importando quase 23 menos

A Holanda tambeacutem cresceu muito e hoje ocupa a terceira colocaccedilatildeo no ranking O

Japatildeo e o Canadaacute tiveram consideraacutevel crescimento contudo mantiveram-se na 5deg

e 6deg posiccedilatildeo durante esse periacuteodo

Nos EUA a demanda cresce mais acelerado do que a oferta segundo

CARVALHO (2015) a demanda cresce 12 ao ano enquanto a produccedilatildeo cresce

apenas 4 O paiacutes possui uma poliacutetica de retornar parte dos lucros oriundos da

-

100000

200000

300000

400000

500000

600000

700000

IMPORTACcedilAtildeO DE ABACATE NO MUNDO EM t

EUA

UE

HOLANDA

FRANCcedilA

CANADAacute

REINO UNIDO

31

comercializaccedilatildeo do Avocado no paiacutes com a elaboraccedilatildeo de marketing e o

desenvolvimento de pesquisas que incentivem o aumento do consumo interno

promovendo alimentos como por exemplo o GUACAMOLE alimento muito popular

no paiacutes

Em 2002 os EUA impunham a Lei do Bioterrorismo exigindo que as

empresas que produzem processem armazenem ou processem alimentos voltados

ao consumo humano ou animal devem cumprir normas para comercializar seus

produtos voltados ao consumo humano ou animal precisam cumprir normas para

comercializar seus produtos nos Estados Unidos Eacute necessaacuterio que essas mesmas

empresas possuam registro junto ao governo norte-americano atualizando estas

informaccedilotildees e comunicarem agraves autoridades a chegada de novos carregamentos

alimentares O natildeo cumprimento dessas exigecircncias acarreta na proibiccedilatildeo do

ingresso da carga e possiacutevel retenccedilatildeo da mercadoria com multa para o responsaacutevel

pelo carregamento (MDIC 2006)

Os principais compradores de abacate ‟Hass‟ satildeo os Estados Unidos (20 a

50) UE AUS e o Meacutexico maior produtor e exportador do Avocado participando

com 20 do mercado de Avocado (CARVALHO 2015)

O Brasil participa com apenas 031 do mercado internacional exportando

para o Canadaacute e Holanda CARVALHO (2015) comenta que o Brasil natildeo aproveita

seu potencial de se tornar grande produtor e exportador de Avocado o paiacutes possui

extensa aacuterea e clima variado entre outros fatores que favorecem a produccedilatildeo de

Avocado contudo a produccedilatildeo ainda eacute muito pequena quando comparado com

outros paiacuteses que participam do mercado internacional da fruta

Quanto agrave contribuiccedilatildeo do desenvolvimento de programas de melhoramento

geneacutetico para a consolidaccedilatildeo do Brasil como grande produtor mundial de abacate a

utilizaccedilatildeo de cultivares de bdquoHass-like‟ representa uma excelente opccedilatildeo para

aumentar a safra da cultura no paiacutes devido agrave caracteriacutestica que esta variedade tem

de antecipar a florada ampliando desta forma a janela de produccedilatildeo e aumentando

a competitividade do paiacutes em relaccedilatildeo a outros paiacuteses exportadores da fruta

O graacutefico a seguir ilustra o comportamento das exportaccedilotildees e importaccedilotildees

Brasileiras em 14 anos

32

Figura 6 - Evoluccedilatildeo da exportaccedilatildeo e importaccedilatildeo do abacate (em t) no Brasil em 14 anos Elaborado pelo autor FONTE FAO

Alguns dos principais concorrentes do Brasil tratando-se da exportaccedilatildeo do

Avocado satildeo Aacutefrica do Sul com 3 das exportaccedilotildees Chile com 7 e Peru

representando 10 do mercado internacional de Avocado A safra do Chile ocorre

em eacutepoca proacutexima a do Brasil comeccedilando em agosto e terminando em fevereiro

(CARVALHO 2015) A Boliacutevia apesar de participar com apenas 012 do volume

exportado tem a vantagem de possibilidade de produccedilatildeo o ano todo

O elevado padratildeo de qualidade dos produtos eacute sem duacutevida um fator que

pode fazer com que o Brasil se estabeleccedila no mercado mundial de abacate Esta

praacutetica tem qualificado a Aacutefrica do Sul como um dos principais fornecedores para

paiacuteses da Europa a partir do intenso trabalho desenvolvido pela empresa sem fins

lucrativos WESTFALIA situada no municiacutepio de Limpopo por meio de investimentos

em tecnologia

A tabela a seguir apresenta o periacuteodo do ano em que cada paiacutes exportador de

abacate embarca seus produtos ao redor do mundo

0

500

1000

1500

2000

2500

3000

3500

4000

4500

5000

EXPORTACcedilAtildeO

IMPORTACcedilAtildeO

33

TABELA 3 - Janela de exportaccedilatildeo dos paiacuteses exportadores de abacate

adaptada FONTE WESTFALIASUBSOLE

CALENDAacuteRIO DE EXPORTACcedilAtildeO DE ABACATE lsquoHASSrsquo

jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

BRASIL X X X X X X X X

ARGENTINA X X X

EUA X X X X X X X X X X X X

CHILE X X X X X X X X X X

AFRICA DO SUL X X X X X X X

REP DOMINICANA X X X X X

ISRAEL X X X X X X

PERU X X X X X X X

NOVA ZELAcircNDIA X X X

MEacuteXICO X X X X X X X X X X X X

ESPANHA X X X X X X X

QUEcircNIA X X X X X

AUSTRAacuteLIA X X X X X X X

Os principais destinos do abacate ‟Hass‟ exportado pelo Brasil satildeo Espanha

Itaacutelia Holanda Alemanha e Dinamarca O material exportado segue de navio do

porto de Santos a uma temperatura de 5degC levando ateacute 16 dias no maacuteximo ateacute os

destinos Esse material exportado pelo Brasil possui os certificados GlobalGapR ndash

BRCR ndash BSCIR ndash SedexR ndash SmetaR

Os graacuteficos a seguir apresentam informaccedilotildees sobre a evoluccedilatildeo do da

exportaccedilatildeo do abacate feitos a partir de informaccedilotildees apresentadas no Anuaacuterio

Brasileiro de fruticultura (2004 a 2015) obtidos a partir de dados do Instituto

Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica

34

Figura 7 - Evoluccedilatildeo do volume de abacate exportado pelo brasil (2003 a 2014) Elaborado pelo autor com dados DO ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE AGRICULTURA DE 2004 a 2015 (IBGE)

Figura 8 - Receita com exportaccedilatildeo brasileira de abacate (2003 a 2014) Elaborado pelo autor com dado do ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE AGRICULTURA DE 2004 a 2015 (IBGE)

O volume de abacate exportado pelo Brasil vem crescendo nos uacuteltimos anos

revelando assim a importacircncia do setor para o paiacutes A variaccedilatildeo do volume

exportado de 2008 para 2009 foi de 6282 jaacute de 2009 para 2010 a exportaccedilatildeo

sofreu uma queda de 793 Em 2014 houve um aumento de 3462 no setor em

relaccedilatildeo ao ano anterior (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE FRUTICULTURA) A receita

-

100000

200000

300000

400000

500000

600000

700000

20

03

20

04

20

05

20

06

20

07

20

08

20

09

20

10

20

11

20

12

20

13

20

14

EVOLUCcedilAtildeO DO VOLUME DE ABACATE EXPORTADO PELO BRASIL (2003 a 2014)

VOLUME EXPORTADO (t)

-

20000000

40000000

60000000

80000000

100000000

120000000

20

03

20

04

20

05

20

06

20

07

20

08

20

09

20

10

20

11

20

12

20

13

20

14

RECEITA COM EXPORTACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ABACATE (2003 a 2014)

RECEITA (em USS FOB)

35

obtida a partir da exportaccedilatildeo do abacate tambeacutem acompanha os iacutendices de

crescimento

A Aacutefrica do Sul um dos principais concorrentes do Brasil no setor de

exportaccedilatildeo do Avocado eacute reconhecida por exportar material de alta qualidade para

Europa onde possui escritoacuterios contudo sua produccedilatildeo estaacute estagnada A Westfalia

eacute uma empresa sem fins lucrativos produtora de Avocado na Aacutefrica do Sul

responsaacutevel por desenvolver o mercado de Avocado no paiacutes e investe fortemente

em tecnologia o que colaborou para a atual situaccedilatildeo da Aacutefrica do Sul no setor de

exportaccedilatildeo de Avocado (CARVALHO 2015)

ABACATE NO BRASIL

O Brasil favorecido quando comparado com outros paiacuteses produtores devido

agrave suas dimensotildees continentais o que lhe possibilita ampla variaccedilatildeo de temperaturas

e solos estes fator unido agraves caracteriacutesticas individuais de cada variedade como por

exemplo sazonalidade e exigecircncias nutricionais e de horas de luz Contudo apesar

da aacuterea destinada agrave produccedilatildeo do abacate no Brasil ter reduzido passando de

11605 ha em 2005 para 9559 ha em 2014 reduccedilatildeo de 176 a produccedilatildeo natildeo foi

tatildeo alterada o que evidencia a possibilidade de um aumento na produtividade destas

aacutereas

Atualmente o Brasil ocupa a oitava posiccedilatildeo no ranking global do setor de

produccedilatildeo de abacate E apesar de possuir crescente produtividade o paiacutes ainda

possui excelente potencial produtor e tambeacutem como exportador da fruta Para

aproveitar melhor esse potencial deveriam ser feitos mais investimentos tanto no

que se refere agrave produccedilatildeo como por exemplo melhoramento geneacutetico e adoccedilatildeo de

protocolos de boas praacuteticas agriacutecolas para a obtenccedilatildeo de certificaccedilatildeo quanto no

setor de comercializaccedilatildeo desenvolvendo elevado padratildeo de qualidade da fruta

A tabela a seguir (TABELA 4) apresenta a aacuterea destinada agrave colheita de todas

as variedades de abacate nos principais produtores de abacate e o Distrito Federal

TABELA 4 - Aacuterea destinada agrave colheita (em ha) Elaborada pelo autor

DADOS (IBGE-SIDRA)

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Brasil 11605 10515 9892 9596 8509 11125 10768 9615 9707 9559

Satildeo Paulo 4266 3688 3583 3437 3267 5530 5642 4192 4374 4337

36

Minas Gerais 2865 2254 2326 2223 1854 2202 2134 2309 2416 2373

Paranaacute 1492 1467 1306 1009 1085 1000 944 922 958 930

Cearaacute 493 475 498 497 490 484 477 480 483 498

Rio Grande do Sul 626 619 613 602 584 575 552 499 470 444

Distrito Federal 119 122 109 124 108 111 - 295 160 134

A tabela 5 abaixo apresenta a produccedilatildeo de todas as variedades de abacate

em toneladas dos uacuteltimos 10 anos para os principais estados produtores e o Distrito

Federal

TABELA 5 - Produccedilatildeo nacional de abacate em 10 anos (em t) Elaborada pelo

autor FONTE (IBGESIDRA)

UFANO 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Brasil 169335 164441 154096 147214 139089 153189 160376 159903 157482 156669 1000

Satildeo Paulo 77107 78085 70812 69904 74193 83002 91909 82780 85101 79316 506

Minas Gerais 38777 32812 33436 28016 24772 28522 30975 36669 36571 41259 263

Paranaacute 22265 22575 20425 16537 15919 15824 17304 16705 16309 15784 101

Rio Grande do Sul

8167 7905 7804 7602 6824 6769 6907 5719 5584 5277 34

Cearaacute 5202 4231 4706 4520 4336 4163 3985 2717 2640 3637 23

Distrito Federal 2596 3081 2690 3019 2666 2415 - 6914 3152 3151 20

Em 2014 a aacuterea destinada agrave colheita do abacate no estado do Cearaacute era

superior agrave aacuterea do Rio Grande do Sul contudo a produccedilatildeo no estado do Cearaacute no

mesmo ano foi de 3637 t enquanto que a produccedilatildeo do Rio Grande do Sul foi de

5277 45 maior reforccedilando assim a ideia de que a produtividade no Sul pode ser

maior em relaccedilatildeo agrave regiatildeo Nordeste Este fator pode ser decorrente do uso de

cultivares inadequadas para as condiccedilotildees climaacuteticas da regiatildeo eou pela falta de

adoccedilatildeo de tecnologias modernas e teacutecnicas avanccediladas de produccedilatildeo

No Distrito Federal a produccedilatildeo cresceu 21 nos uacuteltimos 10 anos e hoje

representa 2 da produccedilatildeo nacional Por outro lado Satildeo Paulo que lidera o ranking

com 506 de toda a produccedilatildeo obteve crescimento de apenas 286 Jaacute a

produccedilatildeo do Paranaacute sofreu uma reduccedilatildeo de -291 neste mesmo periacuteodo poreacutem

manteve-se como quarto produtor nacional de abacate Os estados do Cearaacute e Rio

Grande do Sul tambeacutem reduziram sua produtividade nos uacuteltimos 10 anos

acompanhando a reduccedilatildeo nacional que reduziu -74

37

A variaccedilatildeo da produtividade de todas as variedades de abacate dos principais

estados produtores de abacate do Brasil eacute apresentada na TABELA 6 a seguir

TABELA 6 - Variaccedilatildeo (em) da produtividade (t) no Brasil em 10 anos

Elaborada pelo autor FONTE (IBGESIDRA)

VARIACcedilAtildeO () DA PRODUTIVIDADE (t) EM 10 ANOS

ESTADOANO 2005 2014 VARIACcedilAtildeO

PAIacuteS 146 164 123

SAtildeO PAULO 181 183 11

MINAS GERAIS 135 174 289

PARANAacute 149 17 141

RIO GRANDE DO SUL 13 119 -85

CEARAacute 106 73 -311

DISTRITO FEDERAL 218 235 78

De acordo com os dados do IBGE Satildeo Paulo eacute o maior produtor de abacate

do paiacutes Dentre as variedades mais produzidas no estado de Satildeo Paulo estatildeo

bdquoFortuna‟ bdquoGeada‟ bdquoQuintal‟ e bdquoMargarida‟ (DORIZZOTTO 2011)

Abaixo segue TABELA 11 contendo os nuacutemeros de plantas novas e o

nuacutemero de plantas em produccedilatildeo bem como a produccedilatildeo (caixas de 22Kg) no estado

de Satildeo Paulo ao longo de 15 anos

TABELA 7 - Quantidade de peacutes novos peacutes em produccedilatildeo e produccedilatildeo (cx 22kg)

no estado de Satildeo Paulo entre 2000 e 2015 Elaborada pelo autor FONTE

INSTITUTO DE ECONOMIA AGRIacuteCOLA

ANO PEacuteS

NOVOS PEacuteS EM

PRODUCcedilAtildeO

2000 4859400 66157100

2001 4617700 62883700

2002 4742500 55421300

2003 6095000 49740300

2004 5969500 48339500

2005 5131100 46596200

2006 5325600 45869000

2007 3412800 47668000

2008 5007100 40617400

2009 12068600 49971400

2010 8190000 53239000

38

2011 6904500 54780100

2012 7704100 51341600

2013 7002100 59149400

2014 8419800 60996100

2015 9040200 67073800

O graacutefico abaixo apresenta a curva da produtividade obtida a partir da relaccedilatildeo

feita entre a produccedilatildeo e a quantidade de peacutes em produccedilatildeo no estado de Satildeo Paulo

Figura 9 - Produtividade (kgplanta) no estado de Satildeo Paulo desde 2000 elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE ECONOMIA AGRIacuteCOLA

Os dados foram obtidos a partir da relaccedilatildeo feita entre a quantidade de planta

em produccedilatildeo e a quantidade de caixas de 22 Kg produzidas no estado de Satildeo Paulo

desde 2000 Esses dados revelam crescente aumento da produtividade ateacute o ano de

2010 onde a produtividade ultrapassou 168 Kgplanta Jaacute em relaccedilatildeo ao ano de

2011 a produtividade sofreu uma reduccedilatildeo de 10 Depois disso a curva de

produtividade continuou ascendente

A seguinte tabela apresenta a evoluccedilatildeo do preccedilo do abacate comercializado

na CEAGESP durante o ano no periacuteodo de nove anos

90

110

130

150

170

190

20

00

20

01

20

02

20

03

20

04

20

05

20

06

20

07

20

08

20

09

20

10

20

11

20

12

20

13

20

14

20

15

PRODUTIVIDADE DOS PEacuteS DE ABACATE (Kgplanta) EM SP

PRODUTIVIDADE

39

TABELA 8 - Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio (em R$Kg) do abacate FONTE

CEAGESP 2008

ANOMEcircS JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

2007 105 101 1 118 107 109 129 151 159 181 228 279

2008 119 081 084 097 102 11 122 137 149 208 296 326

2009 169 122 132 133 141 141 152 177 217 213 212 235

2010 17 161 165 154 151 151 164 173 202 262 406 316

2011 185 182 183 203 186 204 231 278 308 317 359 369

2012 207 155 151 141 153 164 192 218 242 268 429 485

2013 263 209 216 215 244 265 258 304 347 403 566 498

2014 228 206 231 239 198 2 256 267 301 305 403 538

2015 406 403 386 349 367 397 394 43 - - - -

O graacutefico a seguir resume o comportamento da quantidade de peacutes novos e

em produccedilatildeo no estado de Satildeo Paulo desde o ano 2000

Figura 10 - Evoluccedilatildeo do nuacutemeros de peacutes novos e em produccedilatildeo ao longo de 15 anos no estado de Satildeo Paulo elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE

ECONOMIA AGRIacuteCOLA

A produccedilatildeo (em caixas de 22 Kg) eacute demonstrada no graacutefico abaixo para esse

mesmo periacuteodo

000

10000000

20000000

30000000

40000000

50000000

60000000

70000000

80000000

20002002200420062008201020122014

EVOLUCcedilAtildeO DOS DADOS DO ABACATE EM SAtildeO PAULO

PEacuteS NOVOS

PEacuteS EM PRODUCcedilAtildeO

40

Figura 11 - Evoluccedilatildeo da produccedilatildeo de abacate em caixas de 22kg no estado de Satildeo Paulo em 15 anos elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE

ECONOMIA AGRIacuteCOLA

A sazonalidade do abacate comercial na CEAGESP em Satildeo Paulo

demonstram que o abacate pode ser comercializado praticamente todas as eacutepocas

do ano como apresentado pela tabela

TABELA 9 - Sazonalidade do abacate FONTE CEAGESP 2008

VARIEDADE JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

GEADA X X X X X

FORTUNA X X X X X X X

QUINTAL X X X X X X X

MARGARIDA X X X X X X X X X X

BREDA X X X X X X X X

HASS X X X X X X X X

O Estado de Minas Gerais eacute o segundo maior produtor nacional de abacate

participando do setor com 229 do total produzido A aacuterea no Estado destinada agrave

produccedilatildeo da fruta foi de 23 mil ha A produtividade do estado de Minas em 2012 foi

de 15881 (hgha) (PERFIL DA FRUTA) A produccedilatildeo de abacate no Distrito Federal

em 2013 foi de 3152 toneladas (IBGE) Em Minas a produccedilatildeo concentra-se nas

regiotildees Sul e Sudeste do estado (ALMEIDA 2013)

200000000

250000000

300000000

350000000

400000000

450000000

500000000

550000000

20002002200420062008201020122014

EVOLUCcedilAtildeO NA PRODUCcedilAtildeO DE ABACATE EM SAtildeO PAULO (22Kgcx)

PRODUCcedilAtildeO CX 22Kg

41

Em 2003 o Paranaacute foi o terceiro maior produtor nacional de abacate com uma

aacuterea de aproximadamente 1600ha onde se produziu 26 mil toneladas gerando uma

receita de cerca de R$ 85 milhotildees (HOHMANN amp MENEGUIM 2005)

De acordo com a relaccedilatildeo feita entre os dados de volume de abacate colhido e

de aacuterea destinada agrave produccedilatildeo do IBGESIDRA em 10 anos (2005 agrave 2014) o estado

que sofreu maior reduccedilatildeo da produtividade foi o estado do CEARAacute reduzindo em

31 aproximadamente enquanto que o estado de minas aumentou 289 sua

produtividade O DF apresentou os melhores niacuteveis de produtividade a partir desses

dados

AVOCADO NO BRASIL

A regiatildeo de Bauru em Satildeo Paulo especializou-se na produccedilatildeo dos abacates

‟Hass‟ e bdquoFuerte‟ conhecidos comercialmente como Avocado e satildeo os mais

apreciados pelo mercado internacional (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA

FRUTICULTURA 2008)

O Avocado variedades ‟Hass‟ e bdquoFuerte‟ possui excelentes caracteriacutesticas

nutricionais como por exemplo seu alto teor de lipiacutedeos Aleacutem disso o fruto possui

tamanho reduzido o que facilita o consumo evitando que parte natildeo consumida seja

armazenada Uma das possibilidades de se estimular o consumo interno seria

promover o produto a partir do uso de marketing setor no qual a empresa

JAGUACYR situada no municiacutepio de Bauru ndash SP tem se destacado fornecendo

informaccedilotildees nutricionais e apresentando o alto padratildeo de qualidade da fruta Outro

fator que reduz a oferta do produto no mercado interno eacute a demanda internacional

apesar de impor barreiras e exigirem alto padratildeo de qualidade o produto de

qualidade recebe os melhores preccedilos este fator tambeacutem limita o consumo interno

porque o preccedilo oferecido pelos importadores reflete no preccedilo interno

Outro ponto que deve ser observado para se manter qualidade elevada dos

frutos eacute a escolha adequada do ponto de colheita pois este fator reflete diretamente

no teor de oacuteleo dos frutos que por sua vez eacute responsaacutevel pela conservaccedilatildeo do

sabor Os melhores teores de oacuteleo encontram-se em frutos tardios como nas

variedades obtidas a partir das raccedilas Guatemalenses e Mexicana sendo maior nas

raccedilas Mexicana e menor em cultivares oriunda de raccedilas Guatemalenses como por

exemplo a bdquoHass‟

42

A exportaccedilatildeo brasileira do abacate bdquoHass‟ variedade mais produzida no

mundo era de 100 toneladas por ha em 2004 para 2186 toneladas em 2010

(DORIZZOTTO 2011) Contudo este dado representa apenas 143 do volume de

todo o abacate produzido no paiacutes nesta mesma data mesmo com seus atributos

nutricionais e comerciais

Quando se trata do segmento do mercado do Avocado brasileiro em acircmbito

global a empresa JAGUACYR situada no municiacutepio de Bauru ndash SP com sede na

Holanda eacute de extrema relevacircncia contribuindo com 90 das exportaccedilotildees brasileiras

deste produto com o qual o Brasil ainda comeccedila a participar poreacutem possui

condiccedilotildees favoraacuteveis para crescer no setor (CARVALHO 2015)

O graacutefico a seguir apresentado na Figura 2 demonstra a evoluccedilatildeo da

participaccedilatildeo do Avocado no setor de fruticultura no estado de Satildeo Paulo

Figura 12 - Elaborado pelo autor FONTE CEAGESPSEDES GABRIEL V BITENCOURT DE ALMEIDA

Como apresentado no graacutefico acima o volume de Avocado comercializado na

CEAGESP tem crescido rapidamente vertiginosamente chegando a quase

quadruplicar seu valor em apenas 7 anos

Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio de atacado (R$Kg) de Avocado na CEAGESP de

Satildeo Paulo durante o ano (SP) (Figura 3)

81 74 90

106 133

208

365 378

0

50

100

150

200

250

300

350

400

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

EVOLUCcedilAtildeO DA QUANTIDADE COMERCIALIZADA (T) DE AVOCADO NA CEAGESP DE SAtildeO PAULO (SP)

QUANTIDADE(toneladas)

43

Figura 13 - Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio do avocado na CEAGESP (R$Kg) Elaborado pelo autor FONTES CEAGESP

O graacutefico a seguir demonstra um comparativo da variaccedilatildeo do preccedilo meacutedio do

abacate em relaccedilatildeo ao Avocado durante o ano com base nos dados de nove anos

da CEAGESP (R$Kg)

Figura 14 - Comparativo do preccedilo meacutedio do abacate e do avocado comercializado na ceagesp durante o ano elaborado pelo autor FONTE

CEAGESP

A partir dos dados de 7 anos com a variaccedilatildeo do preccedilo meacutedio do Avocado por

quilo durante o ano pocircde-se observar que os menores valores encontram-se entre

maio e agosto A variaccedilatildeo de preccedilo meacutedio durante o ano chega a ser de R$ 581 o

quilo mais que o dobro entre o maior e menor valor meacutedio encontrado

O graacutefico com o comparativo do preccedilo do abacate com o Avocado (Figura 11)

revela a discrepacircncia da valorizaccedilatildeo entre os dois grupos O valor miacutenimo do

4

6

8

10

12

jan

fev

mar

abr

mai

jun jul

ago

set

ou

t

no

v

dez

EVOLUCcedilAtildeO DO PRECcedilO MEacuteDIO DO AVOCADO NA CEAGESP (R$Kg)

PRECcedilO MEacuteDIO

0

2

4

6

8

10

12

JAN

FEV

MA

R

AB

R

MA

I

JUN

JUL

AG

O

SET

OU

T

NO

V

DEZ

PRECcedilO AVOCADO

PRECcedilO DO ABACATE

44

Avocado eacute de R$ 554 por quilo enquanto que o maior valor encontrado do abacate

chega a R$ 381 uma diferenccedila de quase 50

O CEASA-DF registrou em 2014 um volume comercializado de 397 toneladas

de Avocado enquanto que no ano anterior o volume registrado natildeo passou de 07

toneladas (CEASA-DF)

Apesar de jaacute haver teacutecnicas eficientes e tecnologias modernas disponiacuteveis

para se aperfeiccediloar a produccedilatildeo do abacate a exploraccedilatildeo de novas regiotildees com

potencial produtor para a implantaccedilatildeo de pomares de abacateiro no Brasil eacute um dos

fatores que podem aumentar mais ainda a produccedilatildeo nacional No DF por exemplo

a aacuterea destinada agrave colheita do abacate sofreu uma reduccedilatildeo de mais da metade de

2012 para 2014 muito diferente da forma como havia se comportando desde 2000

quando a aacuterea passou de 85 ha para 111 em 2010 O DF representa apenas 2 da

produccedilatildeo nacional do abacate contudo sua produtividade vem aumentando e de

acordo com os dados do IBGE o DF possui os melhores iacutendices de produtividade do

paiacutes o que pode representar forte potencial da regiatildeo no setor Este fato corrobora

com a ideia de que o Brasil pode aproveitar melhor sua extensatildeo territorial

explorando regiotildees com potencial produtor como o DF por exemplo

CERTIFICACcedilAtildeO

CARVALHO (2015) afirma que para participar do mercado internacional os

produtores devem se atentar agraves exigecircncias internacionais de qualidade e seguranccedila

garantidas por meio de certificaccedilatildeo como GlobalGapR BRCR BRCIR FAIRDRADER

e SEDEX-SMETAR Outro ponto que deve ser adotado pelo Brasil no comeacutercio do

Avocado eacute manter um mercado com preccedilo linear e contiacutenuo Ainda segundo

CARVALHO (2015) produtores que natildeo possuem certificaccedilatildeo no GlobalgapR

recebem menos 10

PRECcedilO PAGO PELA JAGUACYR AO PRODUTOR COM GLOBALGAPR

TABELA 10 - (CARVALHO 2015)

CAT CALIBRE MAR ABR MAI JUN

1 12 A 24 315 322 205 205

2 26 A 32 131 129 130 130

2 12 A 24 284 350 187 187

45

Para o consumidor final o selo GLOBALGAPR natildeo eacute tatildeo notado pois o uso

desta marca eacute praticado entre empresas Contudo sua em sua elaboraccedilatildeo

considerou-se a reduccedilatildeo dos impactos negativos das operaccedilotildees agriacutecolas no meio

ambiente reduzir o uso de insumos quiacutemicos e garantir que assuntos de sauacutede e

seguranccedila dos empregados e bem estar animal sejam observados (GLOBALGAPR

2008)

A GLOBALGAPR serve como um manual no comeacutercio mundial de produtos

agriacutecolas estabelecendo normas voluntaacuterias para sua certificaccedilatildeo Este conjunto de

normas estabelece serve de molde para a conduccedilatildeo de boas praacuteticas agriacutecolas

(BPA) nas atividades agriacutecolas (GLOBALGAPR 2008)

Um dos pontos positivos em se adotar os protocolos de boas praacuteticas

agriacutecolas eacute a prevenccedilatildeo de perdas Pesquisas feitas no setor da fruticultura

concluem que maior parte do desperdiacutecio ocorre no percurso que vai do manuseio

no campo ateacute as centrais de produccedilatildeo (AGRIANUAL 2012) Os iacutendices de perdas da

abaticultura chegam a 34 ao ano (AGRIANUAL 2015)

Eacute de extrema importacircncia desenvolver soacutelidos e eficientes sistemas de

certificaccedilatildeo a fim de assegurar qualidade que atenda as expectativas dos

consumidores permitindo que as empresas ingressem nos mercados globais com

seus produtos (ZEIDAN et al 2008)

A difusatildeo de praacuteticas recomendadas para a obtenccedilatildeo da certificaccedilatildeo

GLOBALGAPR por parte dos produtores de abacate principalmente as variedades

bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ pode estimular o consumo interno por meio da oferta de produtos

de maior qualidade aleacutem de reduzindo perdas e promover o produto no comeacutercio

internacional da fruta Fazendo com que o potencial produtor seja aproveitado ao

maacuteximo uma vez que seguir os protocolos de boas praacuteticas agriacutecolas represente a

reduccedilatildeo de perdas no processo de produccedilatildeo de colheita e de transporte seja por

meio da reduccedilatildeo da incidecircncia de pragas ou por adoccedilatildeo de teacutecnicas e evitem perdas

na conduccedilatildeo da produccedilatildeo dos pomares de abacate

CONCLUSOtildeES

A produccedilatildeo de Avocado cultivares bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ superiores em vaacuterios

aspectos agraves cultivares mais populares no paiacutes tem condiccedilotildees de se desenvolver

amplamente no Brasil tornando-o grande consumidor e exportador da fruta Essa

46

mudanccedila pode ocorrer por meio de incentivos governamentais que incentivem o

registro de produtos para a cultura do abacateiro favorecendo a obtenccedilatildeo de

certificaccedilatildeo bem como o desenvolvimento de centros de pesquisas que

desenvolvam estudos sobre a cultura do abacateiro que promovam a difusatildeo de

tecnologia e com isso estimule a utilizaccedilatildeo de novas aacutereas com potencial produtivo

A transferecircncia de tecnologia tambeacutem pode ser feita por parte de empresas da aacuterea

privada que possuem domiacutenio de teacutecnicas e tecnologias modernas principalmente

por meio da popularizaccedilatildeo da produccedilatildeo de mudas clonais para porta-enxerto Aleacutem

disso devem ser feitas accedilotildees por parte de instituiccedilotildees privadas como o

desenvolvimento do marketing da fruta a fim de divulgar os benefiacutecios do consumo

e a exposiccedilatildeo de novas formas de consumo de abacate pode ser crucial para a

mudanccedila do comportamento do consumidor nacional uma vez que este se atenta

principalmente aos aspectos visuais do abacate

Na poacutes-colheita o controle sobre os processos de maturaccedilatildeo poderia ser

mais bem aproveitado No Brasil a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas de conservaccedilatildeo no poacutes-

colheita de frutas objetiva na maioria das vezes estender o tempo de prateleira

destes produtos Para se aproveitar os elevados preccedilos ofertados em determinadas

eacutepocas os produtores colhem os frutos antes do recomendado para a fruta do

abacateiro o que reduz sua qualidade pois a eacutepoca da colheita influencia

diretamente no teor de oacuteleo fator altamente relacionado com o sabor da fruta Por

outro lado a aceleraccedilatildeo do processo de maturaccedilatildeo por meio do controle de

maturaccedilatildeo permite fornecimento de frutos maduros prontos para o consumo

estimulando assim o consumo no paiacutes Com a entrega regular de frutos maduros

nos supermercados e restaurantes novas formas de consumo da fruta como patecircs

e em saladas poderiam ser facilmente introduzidas no cardaacutepio nacional

47

BIBLIOGRAFIA

ALMEIDA G V B Mercado Atacadista de Abacate e Avocado (CEAGESP) III

Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado Bauru 2015

ALMEIDA G V B O Abacate no mundo e na CEAGESP Todafruta notiacutecia 2011

DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwtodafrutacombrnoticia28119O+ABACATE+NO+MUNDO+NO+BRASIL

+E+NA+CEAGESP gt

ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA FRUTICULTURA 2004 a 2015 DISPONIacuteVEL EM

httpwwwgrupogazcombrtratadaseo_edicao420150320150301_106c8c2f1pdf

4718_2015fruticulturapdfgt

BIODIESELBR DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwbiodieselbrcomnoticiasmateria-

primaoutrasvideo-unesp-transforma-oleo-abacate-biodiesel-060313htm gt

BONELLA J A Classificaccedilatildeo de abacates na CEAGESP Joseacute Alcides Bonella ME

2013

BRUWER T ROOYEN Z VAN PERFORMANCE AND MARKET ACCEPTIBILITY

OF THE HASS-LIKE CULTIVARS GEM AND HARVEST IN SOUTH AFRICA Vi

World Avocado Congress (Actas VI Confreso Mundial del Aguacate) 2007 Vintildea Del

Mar Chile 12 ndash 16 nov 2007 ISBN n 978-956-17-0413-8 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwAvocadosourcecomWAC6enExtenso1b-36pdf gt

CAMPOS J A Cultura racional do abacateiro Satildeo Paulo Iacutecone 1988 150 p

CANTUAacuteRIAS-AVILEacuteS T SILVA S R La induacutestria del aguacate em el Estado de

Satildeo Paulo Brasil actualidad y perspectivas futuras In CONGRESO MUNDIAL DEL

AGUACATE 7 2011 Caims Resuacutemenes Caims Avocado Australia 2011

48

CORREIA R C ARAUJO J L P MOUCO M A do C BRAGA C A

MENDONCcedilA R F de Abacate preferecircncias e mercado CONGRESSO

BRASILEIRO DE FRUTICULTURA 21 2010 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwalicecnptiaembrapabralicebitstreamdoc8700181Moucopdf gt

CARVALHO L F Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado realizaccedilatildeo Jaguacy

Sindicato Rural de Bauru Serviccedilo Nacional de Aprendizagem Rural - SENAR

Faculdades Integradas de Bauru ndash SP 2015

CHITARRA M I F CHITARA A B 2005 Poacutes colheita de frutos e hortaliccedilas

Fiiologia e Manuseio Lavras ESALFAEPE

CRANE J H BALERDI C F MAGUIRE I Avocado Growing in the Florida Home

Landscape University of Florida Circular 1034 one of a series of the Horticultural

Sciences Department Florida Cooperative Extension Service Institute of Food and

Agricultural Sciences University of Florida 1983 Revised 2007

CRIZEL G R MOURA R S OLIVEIRA I R MENDONCcedilA C R B

Caracteriacutesticas fiacutesicas e quiacutemicas de abacates das variedades bdquoQuintal‟ e bdquoHass‟ In

CONGRESSO DE INICIACcedilAtildeO CIENTIacuteFICA 17 ENCONTRO DE POacuteS-

GRADUACcedilAtildeO 10 2008 Pelotas Resumos Pelotas UFPEL 2008

DAIUTO E R VIEITES R L TREMOCOLDI M A RUSSO V C Taxa

respiratoacuteria de abacate bdquoHass‟ submetido a diferentes tratamentos fiacutesicos Revista

Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha Meacutexico v 10 n 2 p 101-109

2010

DAIUTO E R TREMOCOLDI M A VIEITES R L Conservaccedilatildeo poacutes colheita de

abacate bdquoHass‟ irradiado Revista Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha vol

10 n 2 2010

DONADIO L C Abacate para exportaccedilatildeo aspectos teacutecnicos da produccedilatildeo

Brasiacutelia Frupex MAPA 1995 53 p

49

DONADIO L C FERRARI L AVILEacuteS T C Abacate In DONADIO L C (Ed)

Histoacuteria da Fruticultura Paulista Jaboticabal SBF ndash Sociedade Brasileira de

Fruticultura 2010 P 33-63

DORIZZOTTO C D A SAMPAIO A C ICUMA I M et al Avocado production

chain in the state of Satildeo Paulo (Brazil) In Proceedings VII World Avocado Congress

2011 Cairns Anaishellip Cairns Internacional Avocado Society 2011 DISPONIacuteVEL

EM lt

httpworldAvocadocongress2011comuserfilesfileOsvaldo20Kioshi20Yamanis

hi201400-1420pdf gt

ERNST Z R ERNST A A The strategic role of new cultivars A case study of

bdquoMaluma‟ VIII Congreso Mundial de la Palta 2015 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwavocadosourcecomWAC8Section_02EarnstZander2015pdf gt

FACTFISH Avocados production quantity (tons) ndash for all countries DISPONIacuteVEL

EM lt httpwwwfactfishcomstatisticAvocados20production20quantity gt

FAOSTAT 2000 a 2013 DISPONIacuteVEL EM lt httpfaostat3faoorgbrowseTTPE gt

FER B WOLSTENHOLME B N (Ed) The Avocado botany production and

uses Oxon CABI Publ 2002 chap 12 p 299-338

FRANCISCO V L F dos S BAPTISTELLA C S L CULTURA DO ABACATE NO

ESTADO DE SAtildeO PAULO Informaccedilotildees Econocircmicas SP v 35 n5 2005

DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwieaspgovbroutpublicacoespdftec3-0505pdf gt

GAYET J P et al 1995 Abacate para exportaccedilatildeo procedimentos de colheita e

poacutes-colheita FRUPEX Brasiacutelia 37p

GIRARDI G Abacate uma nova opccedilatildeo de biocombustiacutevel Jornal UNESP Bauru

2009 DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwunespbracijornal248energia_bauruphp gt

50

GUEDES M S B SENA M TOLEDO S Certificaccedilatildeo como estrateacutegia competitiva

internacional dos produtores de frutas no Brasil VII Encontro da Sociedade

Brasileira de Economia Ecoloacutegica (ECO-ECO) 28 a 30 de novembro de 2007

Fortaleza Cearaacute

HODDLE M The Avocado Seed Moth Stenoma cateniver Walsingham (Lepdoptera

Elachistidae) Department of Entomology Applied Biological Control Research

DISPONIacuteVEL EM lt httpbiocontrolucredustenomastenomahtml gt

HOHMANN C L MENEGUIM A M A BROCA-DO-ABACATE (Stenoma catenifer)

Aspectos bioloacutegicos comportamento danos e manejo Instituto Agronocircmico do

Paranaacute ndash Londrina ndashPR Informe da Pesquisa n 147 2005

HOHMANN C L MENEGUIM A M Observaccedilotildees preliminares sobre a ocorrecircncia

da broca-do-abacate Stenoma catenifer Wals no Estado do Paranaacute Anais da

Sociedade Entomoloacutegica do Brasil v 22 p 417-419 1993

ILLSLEY-GRANICH C‟Hass‟Carmenrega precocious flowering avocado tree

Agrovim AS de CV Uruapan Michocan Mexico Rob Brokaw Brokaw Nursery Inc

Saticoy California USA Dr Salvador Ochoa-Ascencio University of Michoacan

Uruapan Michoacan Mexico 2011 DISPONIacuteVEL EM lt

httpworldavocadocongress2011comuserfilesfileCarlos20Illsley201410-

1430pdf gt

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA ESTATIacuteSTICA (IBGE) IBGE CIDADES

DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwcidadesibgegovbrcartogramamapaphplang=ampcoduf=53ampcodmun=53

0010ampidtema=136ampcodv=v01ampsearch=distrito-federal|brasilia|sintese-das-

informacoes-2013 gt

KADER A A 1992 Postharvest technology of horticultural crops Okland Univertisy

of California 292p

51

KADER A A ARPIA M L Avocado Recommendations for Maintaining

Postharvest Quality 2013

KADER A A Biologiacutea y Tecnologiacutea Postcosecha un Panorama In KADER A A

Tecnologiacutea Postcosecha de Cultivos Hortofrutiacutecolas 3 Ed Davis University Of

Califoacuternia 2007 Cap 4 p 43-53

KLUGE R A et al Inibiccedilatildeo do amadurecimento de abacate com 1-

metilciclopropeno Pesquisa Agropecuaacuteria Brasileira 37(7)895-901

KOOLER O C Abacaticultura Porto Alegre UFRGS 1992 138p

KOOLER O C ABACATICULTURA Porto Alegre UFRGS 1984 138p

KOLLER O C Abacate produccedilatildeo de mudas instalaccedilatildeo e manejo de pomares

colheita e poacutes-colheita Porto Alegre Cinco Continentes 2002 145 p

KREMER-KOumlHNE S KOumlHNE J S 25 YEARS OF AVOCADO ROOTSTOCK

DEVELOPMENT IN SOUTH AFRICA VI World Avocado Congress Chile 2007

DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwavocadosourcecomWAC6enExtenso1a-8pdf gt

LIPPERT C ALLAMAND M (WESTFALIASUBSOLE) A hystory of

collaboration Rev Subsole Santiago 2007

MAIS NATUREZA ABACATEIRO DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwmaisnaturezacomplantasarvoresabacateiro gt

MARANCA G Fruticultura comercial Manga e Abacate Satildeo Paulo Nobel 1980

p 81-133

MASSAFERA G COSTA T M B OLIVEIRA J E D COMPOSICcedilAtildeO DE AacuteCIDOS

GRAXOS DO OacuteLEO DO MESOCARPO E DA SEMENTE DE CULTIVARES DE

ABACATE (Persea americana MILL) DA REGIAtildeO DE RIBEIRAtildeO PRETO SP)

52

Alim Nutr Araraquara V 21 n 2 p 325-331 abrjun 2010 DISPONIacuteVEL EM lt

http20014571150seerindexphpalimentosarticleview940a20v21n2pdf gt

MDIC Negociaccedilotildees internacionais DISPONIacuteVEL EM

httpwwwdesenvolvimentogovbrsitiosecexnegInternacionaisMedTerrorismoLei

ph p gt

MICKELBART M V BENDER G S WITNEY G W ADAMS C ARPAIA M L

Effects of clonal rootstocks on bdquoHass‟ avocado yield components alternate bearing

and nutrition Journal of Horticultural Schience amp Biotechnology Ashford v 82

n 3 p 460-466 2007

MILLER B BERTELS R PADILLA T WILEMAN R THOMSEN L China the

new frontier VIII World Avocado Congress 2015

MONTENEGRO H W S A cultura do abacateiro Satildeo Paulo Melhoramentos

1951 102p (Criaccedilatildeo e Lavoura n 11)

MORAES A F G Desenvolvimento produccedilatildeo e qualidade de frutos de abacateiro

cv bdquoHass‟ sobre dois porta-enxertos nas condiccedilotildees edafoclimaacuteticas da regiatildeo central

do Estado de Satildeo Paulo Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Ciecircncias Piracicaba 2014

NAAMANI G Global Trends in main Avocado Markets VII World Avocado

Congress Australia 2011

NAVA DE DE LARA HADDAD M PARRA JRP 2005 Exigecircncias teacutermicas

estimativa do nuacutemero de geroccedilotildees de Stenoma catenifer e comprovaccedilatildeo de modelo

em campo Pesq Agropec Bras Brasilia v 40 p 961-967

NAVA DE PARRA JRP COSTA VA GUERRA TM COcircNSOLI FL (2005b)

Population dynamics of Stenoma catenifer(Lepidoptera Elachistidae) and related

larval parasitoids in Minas Gerais Brazil Florida Entomologistv 88p 441-446

53

NOVAGRIM ndash FRESH FRUITS IMPORTER amp VEGETABLE SUPPLIER SINCE

1999 2001-2013 WORLD AVOCADO PRODUCTION DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwnovagrimcomPages2000_2011_Avocado_statistics_ENaspx gt

OLIVEIRA LA A importacircncia das Normas Internacionais para o Comeacutercio da

Fruticultura Brasileira Piracicaba Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Economia Escola

Superior de Agricultura ldquoLuiz de Queirozrdquo Universidade de Satildeo Paulo Piracicaba

2005

OLIVEIRA M A de et al 2000 Ceras para conservaccedilatildeo poacutes colheita de frutos de

abacateiro cultivar Fuerte armazenados em temperatura ambiente Scientia Agriacutecola

Piracicaba 57 (4) 777-780

PASSONI A D NEVES M C M RODRIGUES B B BOTEON M Anaacutelise dos

principais entraves na exportaccedilatildeo de frutas brasileiras CENTRO DE ESTUDOS

AVANCcedilADOS EM ECONOMIA APLICADA (CEPEAESALQ-USP) XLIV

CONGRESSO DA SOBER ndash ldquoQuestotildees Agraacuterias Educaccedilatildeo no Campo e

Desenvolvimentordquo Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia Rural Fortaleza

2006

PEGG K G COATES L M KORSTEN L HARDING R M Foliar fruit and

soilborne diseases In WHILEY A W SCHAF

PERFIL DA FRUTICULTURA 2014 Base de dados 2012 a 2013 Governo de Minas

Gerais Agricultura Pecuaacuteria e Abastecimento 2014

PICCININ E PASCHOLATI S F ldquoDOENCcedilAS DO ABACATEIRO‟ em MANUAL DE

FITOPATOLOGIA Vol 2 Doenccedilas das Plantas Cultivadas Editora Agronocircmica

Ceres Ltda Satildeo Paulo 1997 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwifcursoscombrsistemaadminarquivos07-33-29-

manualfitopatologiapdfpage=10 gt

54

PUTT F F GOacuteES B C CATANEO P F Anaacutelise econocircmica de oferta e demanda

do abacate na alta paulista X Foacuterum Ambiental da Alta Paulista v 10 n 7 2014

pp 158-169

ROCHA I L Nuacutemeros do abacate HORTIESCOLHA Instituto Brasileiro de

Qualidade em Horticultura DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwhortibrasilorgbrjnwindexphpoption=com_contentampview=articleampid=120

9numeros-do-abacate-ampcatid=50comercializacaoampItemid=82 gt

SANTO N T Manejo da vegetaccedilatildeo intercalar para obtenccedilatildeo de cobertura morta na

cultura do abacateiro visando minimizar os danos causados por Phytophthora

cinnamomi Dissertaccedilatildeo de mestrado em Fitotecnia Piracicaba 2014

SCHAFFER B WOLSTENJOLME B N WHILEY A W The avocado botany

production and uses 560 p 2012 DISPONIacuteVEL EM lt

httpsbooksgooglecombrbooksid=r0hpRJca3zECamppg=PA83amplpg=PA83ampdq=Th

e+Avocado+botany+production+and+uses+hass-

likeampsource=blampots=oqc5OBsbmVampsig=5gDWWPIMYRBW9cH3yYuWh-ldd-8amphl=pt-

BRampsa=Xampved=0ahUKEwj_yPbgsoTKAhUGDpAKHZTrCWEQ6AEIPDADv=onepag

eampqampf=false gt

SCIENCIA I Certificaccedilatildeo GLOBALGAP e impactos ambientais em agroinduacutestrias de

alimentos Dissertaccedilatildeo de Poacutes-Graduaccedilatildeo Araraquara SP 2010 lt

mlthttpwwwecoecoorgbrconteudopublicacoesencontrosvii_envii_enc_ecohtm

gt

SIMAtildeO S Manual de Fruticultura Satildeo Paulo Editora Agronocircmica Ceres 1971

530p p 147-169

SINGER P MASON J Eacutetica da alimentaccedilatildeo como nossos haacutebitos alimentares

influenciam o meio ambiente e o nosso bem estar Rio de Janeiro Elsevier 2007

SOARES H F ITO M K O AacuteCIDO GRAXO MONOINSATURADO DO ABACATE

NO CONTROLE DE DISLIPIDEMIAS Ver Ciecircnc Meacuted Campinas P 47-51 2000

55

DISPONIacuteVEL EM lt httpperiodicospuc-

campinasedubrseerindexphpcienciasmedicasarticleviewFile13301304 gt

TEIXEIRA C G Cultura In ITAL ndash INSTITUTO DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS

(Campinas) Abacate Cultura mateacuteria-prima processamento e aspectos

econocircmicos 2 Ed Campinas Instituto Campineiro de Ensino Agriacutecola 1995 Cap 1

p 1-54 (Frutas Tropicais)

TEIXEIRA C G Cultura do abacate In TEIXEIRA C G et al ABACATE cultura

mateacuteria prima processamento e aspectos econocircmicos 2deg ed Seacuterie Fruas Tropicais

ndeg8 ITAL Campinas 1991 250p

WATANABE H S Caracteriacutesticas de cultivares de abacate CEAGESPS ndash

Companhia de Entrepostos e Armazeacutens Gerais de Satildeo Paulo 2013

WOLFENBARGER D O COLBURN B The Stenoma catenifer a serious Avocado

pest Proceedings of Florida State Horticulture Society v 92 p 315-318 1979

ZEIDAN R SEIXAS P ABRANCHES L COSTA D MEIRELLES F Certificaccedilatildeo

na cadeia produtiva de alimentos e as barreiras teacutecnicas agrave exportaccedilatildeo Simpoacutesio de

excelecircncia e gestatildeo e tecnologia ndash SEGeT 2008 Resende

Page 13: EVOLUÇÃO DA PRODUÇÃO MUNDIAL E NACIONAL …...RESUMO O abacateiro, Persea americana, é uma cultura muito importante em vários países, devido ao volume comercializado da fruta

13

aos poucos vai esverdeando O fruto eacute uma baga com uma semente grande

cercada por uma polpa amanteigada (TEIXEIRA 1995 KOLLER 2002 CRANE

2007)

Flores

As flores do abacateiro satildeo pequenas e hermafroditas podendo ter coloraccedilatildeo

branca ou verde amarelada Satildeo produzidas em abundacircncia e possuem diacircmetro de

variaacutevel de 05 a 15 cm dispostas em paniacuteculas terminais nos ramos mais novos

(ALMEIDA 2013)

O abacateiro possui flores perfeitas com oacutergatildeos masculinos e femininos

capazes de produzir frutos agrave exceccedilatildeo da variedade Collinson por exemplo que natildeo

consegue produzir poacutelen e soacute serve como planta feminina (MARANCA 1980) A

planta apresenta comportamento floral denominado dicogamia protogenica

(KOLLER 1992)

Polinizaccedilatildeo

Apesar de possuir flores hermafroditas a maturidade do pistilo (parte

feminina) natildeo ocorre ao mesmo tempo da deiscecircncia das anteras (parte masculina)

(ALMEIDA 2013)

As flores do abacateiro se comportam de duas formas distintas diferenciando

a classificaccedilatildeo de cultivares em dois grupos A e B No grupo A estatildeo as variedades

onde a primeira abertura da flor ocorre pela manhatilde pronta para receberem o poacutelen

(feminina) reabrindo somente agrave tarde no seguinte poreacutem soltando poacutelen

(masculino) As variedades do grupo B a primeira abertura da flor ocorre apoacutes o

meio dia (feminina) fechando-se pela tarde e reabrindo ao amanhecer no estaacutegio

masculino Conhecer da biologia floral do abacateiro eacute extremamente importante

para se obter boa produccedilatildeo em pomares de abacateiro por conta do fato de suas

flores serem hermafroditas Desta forma para que se tenha uma eficiente

polinizaccedilatildeo das flores eacute imprescindiacutevel que os pomares sejam formados com

variedades pertencentes aos dois diferentes grupos para se ter uma produccedilatildeo

economicamente viaacutevel A proporccedilatildeo entre as variedades pode variar de acordo com

a demanda do mercado (MONTENEGRO 1951 citado por FRANCISCO E

BAPTISTELLA 2005)

14

Raccedilas

O abacateiro Persea americana pertence agrave famiacutelia Lauraceae que engloba

cerca de 50 gecircneros Existem trecircs grupos ou raccedilas que representam o abacate

comercial satildeo elas Mexicana ndash Persea americana var drymifolia Antilhana ndash P

americana var americana e Guatemalense ou guatemalteca ndash P nubigena var

guatemalensis (WILLIAMS 79 citado por DONADIO 1995)

Principais cultivares

Dentre as cultivares mais produzidas no estado de Satildeo Paulo estatildeo a

bdquoFortuna‟ bdquoGeada‟ bdquoQuintal‟ e bdquoMargarida‟ (DORIZZOTTO 2011) A produccedilatildeo

concentra-se na regiatildeo de Campinas Ribeiratildeo Preto e Bauru (ALMEIDA 2013)

Levantamentos feitos na regiatildeo nordeste por CORREIA et al (2010) indicam

que as principais cultivares nos CEASAS de Pernambuco e Cearaacute satildeo Quintal

Fortuna Geada e Margarida Jaacute em Satildeo Paulo as principais cultivares

comercializadas no CEAGESP citadas por ALMEIDA (2013) satildeo bdquoBreda‟ Fortuna

Geada Margarida e Quintal (CEAGESP 2013)

ILUSTRACcedilAtildeO DAS PRINCIPAIS CULTIVARES DE ABACATE

FIGURA 1 - Ilustraccedilatildeo das principais cultivares de abacate brasileira fonte HORTIESCOLHA DISPONIacuteVEL EM httpwwwhortiescolhacombrhortipediaprodutoabacate (adaptado)

A cultivar BREDA possui formato piriforme poreacutem se formaccedilatildeo de ldquopescoccedilordquo

(WATANABE 2013 citado por ALMEIDA 2013)

A variedade FORTUNA tem como uma de suas caracteriacutesticas frutos

piriformes muito grandes com peso variando entre 600 e 1Kg de casca lisa e verde

escuro polpa amarela e caroccedilo solto (KOLLER 2002) O teor de oacuteleo da cultivar

15

FORTUNA eacute de aproximadamente 8 (SIMAtildeO 1998 DONADIO et al 2010) No

CEASA do Recife esta cultivar eacute a preferida devido ao fato de ser uma fruta

carnuda com preccedilo acessiacutevel excelente sabor entre outros fatores

A cultivar GEADA tambeacutem possui fruto piriforme podendo ser ovalado sem

ldquopescoccedilordquo com coloraccedilatildeo verde mais claro que o FORTUNA sua polpa eacute amarela

com a semente aderente seu conteuacutedo de oacuteleo eacute bastante baixo por volta de 35

e a maturaccedilatildeo bastante precoce (TEIXEIRA 1995 KOLLER 2002)

A cultivar MARGARIDA apresenta as caracteriacutesticas da raccedila Guatemalense

como folhas novas com coloraccedilatildeo arroxeada frutos redondos e de casca rugosa

sua polpa eacute verde clara e o caroccedilo eacute pequeno (KOLLER 2002) Segundo BONELLA

(2013) (citado por ALMEIDA 2013) a cultivar MARGARIDA eacute a preferida por

compradores que visam transportar longas distacircncias pois apresenta oacutetima

resistecircncia poacutes-colheita

A QUINTAL eacute outro hiacutebrido das raccedilas Antilhana e Guatemalense seus frutos

satildeo grandes pesam entre 500 e 900 g possui casca verde clara lisa a polpa eacute

amarela e o caroccedilo aderente agrave polpa (TEIXEIRA 1995 KOLLER 2002 DONADIO

2010) O formato da QUINTAL eacute bem piriforme com ldquopescoccedilordquo bastante

proeminente Esta cultivar eacute a preferida no CEASA de Fortaleza por possuir

aparecircncia bonita e brilhosa casca livre de manchas polpa saborosa e etc

Avocado

A denominaccedilatildeo bdquoAvocado‟ tem sido utilizada no paiacutes para identificar as

cultivares de abacate bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ estas cultivares tecircm sido mais valorizadas

pelo seu tamanho diferenciado e alto teor de lipiacutedeos (FRANCISCO e

BAPTISTELLA 2005) apesar de suas reduzidas dimensotildees Contudo sendo fruto

climateacuterico eacute altamente pereciacutevel podendo ser um obstaacuteculo agrave comercializaccedilatildeo

(DAIUTO et al 2010)

As cultivares bdquoFuerte‟ e bdquoHass‟ satildeo oriundas do possiacutevel cruzamento natural

de variedades das raccedilas guatemalense e mexicana (DONADIO 1995) O tipo ‟Hass‟

possui casca aacutespera e formato arredondado Quando estaacute maduro sua casca

apresenta coloraccedilatildeo escurecida Jaacute o tipo ‟Fuerte‟ possui casca verde brilhante e lisa

com formato alongado (JAGUACYR)

16

A cultivar bdquoHass‟ eacute a mais valorizada no mundo apesar de seu tamanho

reduzido o fruto possui alta concentraccedilatildeo de lipiacutedeos Seus frutos podem pesar

entre 149 e 300 gramas (MICKELBART et al 2007 CRIZEL 2008)

Na Califoacuternia adota-se para as cultivares bdquoFuerte‟ e bdquoHass‟ o ponto miacutenimo de

mateacuteria seca adotada para a colheita eacute de 19 e 208 respectivamente (KADER amp

ARPIA 2013) O teor de mateacuteria seca possui elevada correlaccedilatildeo com o niacutevel de oacuteleo

da fruta Essas cultivares satildeo reconhecidas pelos altos niacuteveis de oacuteleo - fator que

possui forte influecircncia na conservaccedilatildeo do sabor

A tabela a seguir apresenta as informaccedilotildees nutricionais obtidas em 50g de

Avocado (JAGUACYR)

TABELA 1 - Informaccedilotildees nutricionais em 50g de avocado FONTE

JAGUACYR

INFORMACcedilOtildeES NUTRICIONAIS AVOCADO (50g)

ENERGIA 301 kj 72 kcal

CARBOIDRATOS 853 g

PROTEIacuteNAS 1 g

GORDURAS TOTAIS 8 g

GORDURA SATURADA 18 g

FIBRA ALIMENTAR 16 g

SOacuteDIO 75 mg

POTAacuteSSIO 485 mg

O Avocado tem 5 vezes menos aacutegua que o abacate comum o que lhe

confere concentraccedilatildeo muito maior de nutrientes A fruta eacute considerada pelos

nutricionistas como sendo uma das que possui maior valor nutricional devido ao fato

de possuir elevadas concentraccedilotildees de vitaminas antioxidantes como A C e E Em

comparaccedilatildeo com a banana a fruta conteacutem ainda trecircs vezes mais vitamina B6 Em

meacutedia o Avocado possui niacutevel de gordura em aproximadamente 20 sendo a

maioria monoinsaturada A gordura monoinsaturada auxilia na reduccedilatildeo no LDL e

promove aumento no HDL o ldquocolesterol bomrdquo (JAGUACYR)

Clima

As variedades da Iacutendia Ocidental e alguns hiacutebridos satildeo melhores adaptados a

regiotildees planas de clima tropical e regiotildees tropicais onde natildeo haacute ocorrecircncia de

17

geadas Por outro lado variedades Mexicanas satildeo mais adaptadas a regiotildees com

temperaturas mais baixas Hiacutebridos de raccedilas Mexicanas x Guatemaltecas

geralmente satildeo mais resistentes ao frio do que as raccedilas hiacutebridas Iacutendias Ocidentais x

Guatemaltecas (CRANE et al 2007)

Solos

O abacateiro eacute uma planta muito sensiacutevel a este fator em especial no que se

refere agrave drenagem e profundidade dos solos (KOLLER 1984) Para esta cultura

recomenda-se solos feacuterteis bem drenados pouco aacutecidos e profundos (SIMAtildeO

1971)

A cultura do abacateiro natildeo tolera solos inundados ou mal drenados

Condiccedilotildees de umidade elevada constante comprometem o desenvolvimento

adequado das plantas pois resultam em deficiecircncia nutricional e em alguns casos

pode provocar a morte da planta devido ao fato de estarem altamente suscetiacuteveis a

infecccedilatildeo por fungos (CRANE et al 2007)

Outro aspecto que deve ser considerado na cultura do abacate eacute a salinidade

devido agrave alta sensibilidade da cultura a este fator que pode provocar a queima da

ponta e borda das folhas e queda da produccedilatildeo (DONADIO 1995)

Doenccedilas e pragas que afetam a cultura do abacate

Apesar de o Brasil possuir excelentes condiccedilotildees para a produccedilatildeo de abacate

a falta de manejos agronocircmicos adequados durante toda a cadeia produtiva do

abacate tem feito com que o Brasil natildeo participe de forma mais eficiente no mercado

mundial do abacate A cultura possui elevada suscetibilidade agrave gomose do

abacateiro podridatildeo da raiz causada por Phytophthora cinnamomi

No Brasil a podridatildeo radicular causada por Phytophthora cinnamomi tem

dizimado plantaccedilotildees de abacateiro reduzindo a longevidade dos pomares

(DONADIO 1995) A doenccedila eacute considerada a mais importante para a cultura do

abacateiro sendo fator limitante para a cultura em todo o mundo (CAMPOS 1988

KOLLER 2002) A seleccedilatildeo de cultivares porta-enxertos resistentes ou tolerantes

controle quiacutemico e manejo do solo satildeo estrateacutegias que reduzem os danos e o

controle desta doenccedila (PEGG et al 2002)

A ocorrecircncia de Phytophthora cinnamomi juntamente com estresses

ambientais faz com que o abacateiro da cultivar ‟Hass‟ produza frutos com

18

dimensotildees muito reduzidas Esses frutos subdimensionados natildeo satildeo

comercializaacuteveis resultando em elevadas perdas financeiras para os produtores

(BRUWER 2007) Empresas como a Westfalia situada na proviacutencia de Limpopo na

Aacutefrica do Sul tecircm testado cultivares de abacate bdquoHass-like‟ para se obter maior

produtividade em regiotildees afetadas pelo P cinnamomi

Algumas das estrateacutegias que visam agrave minimizaccedilatildeo dos danos e o controle da

podridatildeo radicular satildeo por exemplo a utilizaccedilatildeo de cultivares porta-enxertos

resistentes ou tolerantes o uso de controle quiacutemico e praacuteticas especiacuteficas de manejo

do solo (PEGG et al 2002)

No que se refere a barreiras agrave exportaccedilatildeo do abacate a broca-do-abacate

Stenoma catenifer que de acordo com WOLFENBARGER amp COLBURN (1979) eacute

uma praga quarentenaacuteria em vaacuterios paiacuteses tem sido marcante para a produccedilatildeo

deste produto sendo vetada a entrada de lotes contaminados por meio de barreiras

fitossanitaacuterias em paiacuteses como os Estados Unidos da Ameacuterica principal importador

mundial Esta praga tem sido uma ameaccedila extremamente relevante para a produccedilatildeo

nacional de abacate chegando a causar perda de toda a produccedilatildeo (HOHMANN amp

MENEGUIM 1993) De acordo com informaccedilotildees da Universidade da Califoacuternia

(HODDLE UCR) os EUA tecircm desenvolvido protocolos de seguranccedila para impedir

que a doenccedila tenha acesso ao paiacutes por meio de importaccedilotildees de paiacuteses onde a

doenccedila eacute endecircmica Algumas regiotildees brasileiras de cultivo de abacate 100 da

colheita pode estar infestado com S catenifer (Nava et al 2005a) Mesmo com a

aplicaccedilatildeo de inseticidas de largo espectro sendo feitas de 7 a 11 vezes durante uma

uacutenica estaccedilatildeo de crescimento ateacute 60 de frutas podem ser infestados com larvas S

catenifer (Nava et al 2005b)

Para CARVALHO (2015) a exportaccedilatildeo para os EUA pela JAGUACYR eacute

dificultada devido agrave ocorrecircncia de doenccedilas que ocorrem em territoacuterio nacional e que

podem ser exportadas com os produtos

Ocorrida a eclosatildeo a lagarta de primeiro instar desloca-se ao longo do fruto

ateacute encontrar o local adequado para iniciar o ataque As fecircmeas procuram depositar

os ovos no peduacutenculo contudo haacute maior incidecircncia de orifiacutecios na parte inferior do

abacate Ao passo que as lagartas se desenvolvem e vatildeo se alimentando da polpa

do abacate indo em direccedilatildeo ao caroccedilo onde este inseto se aloja e finaliza a fase

larval construindo galerias no interior A lagarta se desenvolve no fruto e transforma-

se em pupa no solo numa profundidade de 05 a 15 cm ou ateacute mesmo no interior

19

dos frutos caiacutedos Dentre as medidas preventivas de controle destaca-se o uso

adequado das cultivares considerando que quanto mais tempo os frutos

permanecem nas plantas maiores seratildeo as perdas O planejamento da colheita deve

ser considerado pois colheitas tardias proporcionam condiccedilotildees favoraacuteveis para o

desenvolvimento da praga no pomar Outra medida preventiva principalmente para

pomares orgacircnicos eacute a cataccedilatildeo e destruiccedilatildeo dos frutos caiacutedos (HOHMANN amp

MENEGUIM 2005)

A verrugose ou sarna do abacateiro causada pelo fungo Sphaceloma

perseae conhecida em 1918 na Floacuterida foi encontrada no Brasil pela primeira vez

em 1938 em Limeira Eacute uma das doenccedilas de elevada importacircncia na cultura do

abacateiro visto que esta doenccedila deprecia a aparecircncia do fruto e pode provocar

tambeacutem queda dos frutos jovens bem como o subdesenvolvimento O fungo ataca

as folhas e os frutos e se desenvolve em condiccedilotildees de umidade elevada Para o

controle desta doenccedila eacute recomendado a utilizaccedilatildeo de variedades que apresentem

resistecircncia sendo necessaacuterio evitar variedades do grupo Guatemalense (PICCININ

amp PASCHOLATI 1997)

Ponto de colheita

O fruto do abacate eacute conhecido por ser climateacuterico isso significa que pode

completar o amadurecimento depois de colhido e apresenta um pico de produccedilatildeo de

etileno sucedido por um pico respiratoacuterio durante o amadurecimento O melhor

indicador de maturidade fisioloacutegica para se concluir se os frutos estatildeo aptos agrave

colheita eacute a porcentagem de mateacuteria seca que possui relaccedilatildeo com o acuacutemulo de

oacuteleo (KADER amp ARPIA 2013 citado por ALMEIDA 2013)

No Brasil a observaccedilatildeo em campo da perda do brilho na casca eacute uma praacutetica

comum para identificar o ponto ideal de colheita (ALMEIDA 2013) Jaacute na Floacuterida

contabilizam-se os dias apoacutes a floraccedilatildeo para se determinar o ponto de colheita

Na cultura do abacateiro os principais iacutendices de qualidade satildeo tamanho cor

da casca formato danos mecacircnicos recentes ou cicatrizados causados por insetos

podridotildees embalagens e transporte inadequados alteraccedilatildeo de sabor devido a

longos periacuteodos de armazenagem na aacutervore ou por colheita antes da maturidade

fisioloacutegica (KADER amp ARPIA 2013 CANTILLANO 2013) No que se refere agrave

alteraccedilatildeo de sabor KADER (2007) comenta que este fator estaacute diretamente ligado

20

ao teor de oacuteleo no fruto Neste sentido cultivares mais tardias oriundas das raccedilas

Guatemalenses e Mexicana possuem maiores teores de oacuteleo

Poacutes colheita

Por ser um fruto climateacuterico com alta taxa respiratoacuteria e elevada produccedilatildeo de

etileno apoacutes a colheita o fruto do abacate eacute altamente pereciacutevel (KADER 1992)

Neste sentido o controle do amadurecimento eacute de extrema importacircncia para se

prolongar a vida uacutetil no poacutes-colheita de frutas objetivando-se a comercializaccedilatildeo no

mercado interno ou externo (KLUGE et al 2002)

Tratando-se de maturaccedilatildeo no poacutes-colheita a manipulaccedilatildeo do etileno eacute uma

teacutecnica utilizada para antecipar ou adiar o processo de maturaccedilatildeo dos frutos O

etileno eacute um gaacutes que se comporta como hormocircnio

No Brasil a comercializaccedilatildeo do abacate em varejo ocorre na maioria das

vezes sem a utilizaccedilatildeo de refrigeraccedilatildeo portanto a utilizaccedilatildeo de tecnologias que

possibilitem a conservaccedilatildeo agrave temperatura ambiente eacute de grande relevacircncia para se

permitir a comercializaccedilatildeo durante um maior tempo apoacutes a colheita atrasando o

amadurecimento dos frutos (KLUGE et al 2002) Daiuto 2010 concluiu que a

refrigeraccedilatildeo foi efetiva na conservaccedilatildeo de frutos de abacate bdquoHass‟

Aleacutem do uso de refrigeraccedilatildeo para retardar o amadurecimento dos frutos

tambeacutem se utiliza o revestimento dos frutos com cera para se reduzir o processo de

respiraccedilatildeo e uso de metilciclopropeno para inibir a produccedilatildeo de etileno gaacutes que

funciona como hormocircnio na maturaccedilatildeo de frutos (Gayet et al 1995 Oliveira et al

2000 KLUGE et al 2002)

A utilizaccedilatildeo de radiaccedilotildees gama em baixos niacuteveis associada a outros

procedimentos no poacutes-colheita eacute mencionada na literatura como excelente meacutetodo

para prolongar a periacuteodo de prateleira das frutas por retardar os processos de

senescecircncia e amadurecimento reduzindo os iacutendices de apodrecimento provocados

por fungos e bacteacuterias (Kaumlferstein e Moy 1993) O problema do uso da radiaccedilatildeo eacute

que esta teacutecnica provoca o escurecimento perda de firmeza do fruto e o surgimento

de depressotildees superficiais (CHITARRA e CHITARRA 2005)

Consumo

Em relaccedilatildeo ao consumo per capita do abacate em 2013 o Meacutexico foi de 90

Kghab enquanto que no Brasil o consumo girava em torno de 301 gramashab

21

por ano em De acordo com dados de 2011 o consumo per capita da fruta em Israel

foi de 50 Kghab o Chile ficou logo atraacutes com 45Kghab por ano e os Estados

Unidos apesar de maior importador apenas 20 Kghab por ano (NAAMANI 2011)

Em alguns paiacuteses da Uniatildeo Europeia chega a ser 1500 gramashab por ano (BNET

2011) De acordo com PUTTI (2014) esta diferenccedila se deve ao fato de que o

consumo do abacate em paiacuteses da Europa vai aleacutem da forma in natura sendo

consumido principalmente na forma de salada aleacutem disso os benefiacutecios da fruta satildeo

mais difundidos do que no Brasil

A fruta eacute consumida de forma diferente ao redor do mundo podendo ser sob

a forma de doce como no Brasil ou em saladas e patecircs como o guacamole

(JAGUACYR) Aleacutem de ser amplamente explorada na induacutestria

Aspectos nutricionais

A tabela a seguir apresenta as informaccedilotildees nutricionais do abacate a partir de

100g da fruta

TABELA 2 - Informaccedilotildees nutricionais do abacate obtidas a partir de 100g

da fruta fonte (FATSECRET)

INFORMACcedilOtildeES NUTRICIONAIS ABACATE

ENERGIA 669 kj 160kal

CARBOIDRATOS 853 g

ACcedilUacuteCAR 066 g

PROTEIacuteNAS 2g

GORDURAS 1466g

GORDURA SATURADA 2126G

GORDURA MONOINSATURADA

9799G

GORDURA POLIINSATURADA 1816

COLESTEROL 0 mg

FIBRAS 77 g

SOacuteDIO 7 mg

POTAacuteSSIO 485 mg

Uma das principais caracteriacutesticas que qualificam o abacate eacute a elevada

quantidade de mateacuteria graxa em sua composiccedilatildeo O fruto eacute conhecido como uma

fruta de alto valor energeacutetico Os aacutecidos graxos (AG) podem ser encontrados na

semente em sua maioria insaturados estes aacutecidos tambeacutem estatildeo presentes no

mesocarpo contudo em concentraccedilotildees diferentes O oacuteleo do abacate eacute um produto

22

explorado na induacutestria farmacecircutica devido ao elevado teor de vitamina E O

produto possui bom valor comercial apesar de natildeo ser tatildeo produzido mundialmente

A quantidade de oacuteleo encontrada no mesocarpo eacute superior ao teor de oacuteleo

encontrado na semente No mesocarpo os teores de aacutecido oleico variam entre

3177 a 5030 jaacute na semente o teor desse aacutecido graxo monoinsaturado varia de

1169 a 3583 (MASSAFERA 2010)

O abacate eacute um alimento rico em aacutecido graxo monoinsaturado oleico Estudos

realizados com aacutecidos graxos monoinsaturados revelam sua importacircncia na

prevenccedilatildeo e tratamento de dislipidemias que estatildeo relacionadas ao

desenvolvimento de doenccedilas cardiovasculares e coronarianas (SOARES e ITO

2000) Os aacutecidos graxos monoinsaturados representados principalmente pelo aacutecido

oleico presente em oacuteleo de oliva e canola possui efeito significativos na prevenccedilatildeo e

tratamento de doenccedilas crocircnicas (LARSEN et al 1999)

Produtos e subprodutos

O oacuteleo obtido a partir da fruta do abacate possui propriedades fiacutesico-quiacutemicas

semelhantes ao oacuteleo de oliva principalmente pela composiccedilatildeo de seus aacutecidos

graxos salientando o aacutecido oleico O oacuteleo de oliva eacute um produto altamente

consumido no paiacutes poreacutem de origem importada e o oacuteleo de abacate possui forte

potencial para substituiacute-lo (MASSAFERA 2010)

Outra forma de aproveitamento do oacuteleo do abacate eacute para a produccedilatildeo de

biodiesel O professor do departamento de Quiacutemica da UNESP Manoel Lima de

Menezes afirma que o abacate tem o teor de oacuteleo que varia entre 5 a 30

proacuteximo ao encontrado na extraccedilatildeo da soja de 18 Segundo o pesquisador um

dos obstaacuteculos eacute ainda o teor de umidade da semente (BIODIESELBR 2013)

Dentre as vantagens do abacate em comparaccedilatildeo com a soja eacute que da fruta eacute

possiacutevel extrair oacuteleo e etanol dois ingredientes baacutesicos para a produccedilatildeo do

biodiesel Outra vantagem eacute que de acordo com Menezes o abacate pode render

ateacute 2800 litros de oacuteleo por hectare contra 400 da soja aleacutem do fato do abacateiro

ser uma planta perene (GIRARDI 2009)

A madeira tambeacutem eacute um produto explorado na cultura do abacateiro na

produccedilatildeo de energia como combustiacutevel (MAISNATUREZA) Outra forma de

aproveitamento de resiacuteduos da cultura eacute a utilizaccedilatildeo do caroccedilo para a produccedilatildeo de

23

tintas a partir do caroccedilo usado para tingir roupas produzindo uma tinta castanho-

arroxeada (TEIXEIRA 1991)

Melhoramento geneacutetico

O desenvolvimento floral bem como a eacutepoca de floraccedilatildeo e o amadurecimento

da fruta satildeo diretamente influenciados por caracteriacutesticas geneacuteticas Essas

caracteriacutesticas podem ser manipuladas com a utilizaccedilatildeo de enxertos porta enxertos

ou a interaccedilatildeo entre eles Neste sentido podem ser utilizados genoacutetipo Mexicano

que pode antecipar a floraccedilatildeo ou Guatemalenses que manteacutem uma floraccedilatildeo meacutedia

ou porta-enxerto das Iacutendias Ocidentais que promovem floraccedilatildeo tardia Estudos tecircm

comprovado que a utilizaccedilatildeo de porta-enxertos do grupo Mexicano antecipam a

floraccedilatildeo entre 4 a 8 semanas antes de pomares de clones de bdquoHass‟ Contudo a

antecipaccedilatildeo de 8 semanas na eacutepoca de floraccedilatildeo promoveu o a antecipaccedilatildeo de

maturaccedilatildeo dos frutos em apenas 3 semanas Como existe uma alta demanda pelo

abacate ‟Hass‟ em todo mundo o uso de cultivares do abacate bdquoHass-like‟ pode ser

de grande interesse para os paiacuteses produtores uma vez que a cultivar bdquoLamb-Hass‟

por exemplo possui a caracteriacutestica de estender a eacutepoca de colheita aumentando

assim a janela de produccedilatildeo da fruta (SCHAFFER et al 2012)

No final dos anos 80 Carlos Meacutendez observou um abacate diferenciado na

regiatildeo de Urupan estado de Michocaacuten Meacutexico A planta encontrada exibia uma

floraccedilatildeo com um comportamento distinto das demais Este abacate bdquoHass-like‟ foi

nomeado localmente de bdquoHass-Mendez‟ e agora eacute conhecido comercialmente como

bdquoHass Carmen‟ (Illsley-Granich 2011) Uma das cultivares de bdquoHass-like‟ que tem

sido utilizada em programas de melhoramento eacute a ldquoSir Prizerdquo

Outra cultivar bdquoHass-like‟ muito importante eacute a bdquoMaluma‟ na Aacutefrica do Sul

Dentre as vantagens desta cultivar em relaccedilatildeo ao bdquoHass‟ apresentadas por ERNST

amp ERNST (2015) estatildeo rendimento elevado precocidade e possibilidade de

aumento na densidade de plantas no pomar de abacateiro

Programas de melhoramento satildeo criados a fim de se incorporar

caracteriacutesticas de resistecircncia a doenccedilas - como os desenvolvidos na Universidade

da Califoacuternia que deram origem a cultivares como por exemplo bdquoGem‟ e bdquoHarvest‟

que possuem excelentes caracteriacutesticas agronocircmicas Dentre estas caracteriacutesticas

se tem aumento da produtividade e resistecircncia agrave podridatildeo radicular

24

A utilizaccedilatildeo de porta-enxertos eacute de suma importacircncia para se aproveitar

melhor o potencial das diferentes culturas seja por aumentar a produtividade ou por

conferir resistecircncia a doenccedilas No final dos anos 70 a podridatildeo causada por

Phytophthora cinnamomi causou grandes prejuiacutezos para a cultura do abacate na

Aacutefrica do Sul Com isso foi necessaacuterio importar da Califoacuternia porta-enxertos

tolerantes agrave podridatildeo radicular propagados vegetativamente a fim de se ter maior

uniformidade geneacutetica para estabelecer novos pomares de abacateiro Durante

muitos anos a cultivar bdquoDuke 7‟ era o uacutenico porta-enxerto que produzia plantas

uniformes produtivas e razoavelmente produtivas era a cultivar bdquoDuke 7‟ Nos anos

80 foi desenvolvida a cultivar bdquoDusa‟ a partir de plantas sobreviventes em pomares

doentes A cultivar desenvolvida pela WESTFALIA apresentou toleracircncia agrave podridatildeo

superior a bdquoDuke 7‟ (KREMER-KOumlHNE 2007)

Na Floacuterida as cultivares mais utilizadas como porta-enxerto satildeo a bdquoLula‟ e

bdquoWaldin‟ devido ao fato dessas variedades conferirem aos pomares de abacate

uniformidade aumentar o vigor e pela produccedilatildeo de sementes (CRANE et al 2007)

No Brasil os pomares comerciais de abacate satildeo implantados sobre porta-

enxertos oriundos de sementes este fator faz com que o tamanho da copa das

plantas seja desuniforme a produccedilatildeo seja afetada bem como a qualidade dos frutos

e a susceptibilidade aos patoacutegenos do solo no qual se destaca Phytophthora

cinnamomi Contudo outros paiacuteses produtores da fruta utilizam porta-enxertos de

melhor qualidade obtidos a partir de clones que possuem resistecircncia a doenccedilas e

tambeacutem conferem uniformidade ao pomar (MORAES 2014)

Certificaccedilatildeo

Devido agrave exigecircncia cada vez maior feita pelos mercados internacionais natildeo eacute

possiacutevel exportar frutas e outros produtos agropecuaacuterios sem que se tenha a

certificaccedilatildeo Um das finalidades da certificaccedilatildeo eacute proteger o diferencial de qualidade

(AGRIANUAL 2012)

A certificaccedilatildeo eacute uma forma de se adquirir vantagem competitiva sustentaacutevel

para concorrer com os grandes produtores mundiais Tendo em vista a exigecircncia de

produtos de qualidade por consumidores cada vez mais frequente eacute necessaacuterio que

o mercado mundial se atente ao alto padratildeo de qualidade fornecido por seus

produtos Com isso programas de qualidade tecircm sido desenvolvidos visando agrave

aplicaccedilatildeo direta nas cadeias de produccedilatildeo em especial na aacuterea de produtos

25

pereciacuteveis como eacute o caso da fruticultura objetivando a aceitaccedilatildeo internacional

(GUEDES et al 2007)

Vaacuterias pesquisas e estudos recentes vecircm colaborando para compreensatildeo da

formaccedilatildeo organizaccedilatildeo e influecircncia das cadeias produtivas de onde surgem

produtos que seguem os padrotildees de qualidade reconhecidos internacionalmente

onde os sistemas de certificaccedilatildeo tecircm papel fundamental

Tratando-se de qualidade os consumidores atuais buscam produtos que

atentem agraves questotildees eacuteticas que abordem temas como meio ambiente e uso de

agrotoacutexicos considerando que a procura por alimentos seguros e saudaacuteveis uma

questatildeo elementar (SINGER e MASON 2007)

Considerando que a sauacutede dos consumidores de alimentos in natura pode ser

afetada a seguranccedila alimentar bem como a qualidade dos produtos deve receber

atenccedilatildeo especial A qualidade dos produtos estaacute vinculada aos procedimentos que

satildeo conduzidos durante cada etapa de produccedilatildeo como por exemplo plantio

colheita processamento industrializaccedilatildeo e comeacutercio (OLIVEIRA 2005)

METODOLOGIA

Tipo de Estudo

Pesquisa Bibliograacutefica eacute desenvolvida a partir de material jaacute elaborado

constituiacutedo de livros e artigos cientiacuteficos (Gil 2008) Portanto o presente trabalho

utilizou-se das ideias do estudo exploratoacuterio feito a partir de pesquisa bibliograacutefica

Com isso este trabalho desenvolveu-se seguindo

1deg FONTES

Foram utilizados artigos que fornecessem informaccedilotildees sobre a cultura do

abacate bem como dados de produccedilatildeo poacutes-colheita e comercializaccedilatildeo e que

abordassem o tema de exportaccedilatildeo

2deg COLETA DE DADOS

Primeiramente foi feita leitura de trabalhos jaacute disponiacuteveis na literatura que

abordassem aspectos de produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo de forma raacutepida e objetiva a

fim de se selecionar o material a ser incluiacutedo no presente trabalho

26

Em seguida foi feita uma leitura seletiva agrupando as informaccedilotildees dos

artigos preacute-selecionados de acordo com o tema registrando as informaccedilotildees

extraiacutedas das fontes em instrumento especiacutefico

3deg ANAacuteLISE E INTERPRETACcedilAtildeO DOS RESULTADOS

Nesta etapa foi realizada uma leitura analiacutetica com a finalidade de ordenar as

informaccedilotildees contidas na literatura disponiacutevel utilizados como fonte para o

desenvolvimento deste trabalho a fim de se elaborar informaccedilotildees que resumissem

as questotildees abordadas nesta pesquisa

RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

ABACATE NO MUNDO

A figura a seguir apresenta dados de produccedilatildeo mundial de abacate (t) em 21

paiacuteses indo de 2004 a 2013 com base nos dados da FAO ndash Organizaccedilatildeo das

Naccedilotildees Unidas para Alimentaccedilatildeo e Agricultura (Food and Agriculture Organization of

the United Nations para a sigla em inglecircs)

27

Figura 2 Produccedilatildeo mundial do abacate (em t) elaborado pelo autor FONTE NOVAGRIM adaptado com dados da FAO

Os paiacuteses produtores de abacate satildeo representados no mapa abaixo onde a

intensidade da coloraccedilatildeo vermelha representa o volume de abacate produzido no

paiacutes quanto mais intenso maior o volume produzido como estaacute destacado o

Meacutexico maior produtor mundial participando com aproximadamente 31 12 de toda

a produccedilatildeo mundial da fruta

Figura 3 - Paiacuteses produtores de abacate ao redor do mundo FONTE FACTFISH

100000

300000

500000

700000

900000

1100000

1300000

1500000

1700000

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013

PRODUCcedilAtildeO MUNDIAL DE ABACATE

MEacuteXICO

INDONEacuteSIA

REP DOM

COLOcircMBIA

BRASIL

EUA

CHILE

PERU

CHINA

28

Em 2004 o maior produtor mundial de abacate foi o Meacutexico participando com

307 de todo o volume produzido mundialmente com cerca de 987000 t Em

segundo lugar poreacutem muito atraacutes com um volume de 221774 t segue a Indoneacutesia

representando apenas 689 Na terceira posiccedilatildeo Repuacuteblica Dominicana 68 e

218790 t e em quarto produzindo 170985 t estava a Colocircmbia com 53

De acordo com os dados de 2013 o Meacutexico continuou liderando o setor

participando com 3112 do total produzido agora com um volume de 1467837 t

Em segundo lugar a Repuacuteblica Dominicana com 821 Colocircmbia 643 e Peru

611 em ordem decrescente (FAOSTAT) Nos uacuteltimos 10 anos a Repuacuteblica

Dominicana saltou para o segundo lugar graccedilas a um aumento de 771 em sua

produccedilatildeo Neste sentido a Colocircmbia alcanccedila a posiccedilatildeo de 3deg colocado devido ao

aumento similar ao da Repuacuteblica Dominicana (774)

O Peru foi o paiacutes que obteve maior destaque pois saiu da oitava posiccedilatildeo

participando com apenas 337 da produccedilatildeo mundial o que representava um

volume de 108460 t em 2004 para a quarta posiccedilatildeo no ranking mundial em 2013

com 611 quando produziu 288387 t a sua participaccedilatildeo no mercado mundial

quase que dobrou nesse periacuteodo O aumento da produccedilatildeo mundial foi de 467

enquanto que o aumento do volume de abacate produzido no Peru foi de 1659

Segundo CARVALHO (2015) a formaccedilatildeo de associaccedilotildees como a PROHASS que

investe no desenvolvimento de tecnologia e marketing para estimular inclusive o

consumo interno podendo ateacute ser um exportador para o Brasil

Aos poucos a China vem participando do mercado do abacate A populaccedilatildeo

do paiacutes ultrapassa 15 bilhotildees de pessoas em algumas aacutereas metropolitanas a

populaccedilatildeo vai de 12 a 45 milhotildees de habitantes Em 2000 a classe meacutedia da China

representava 4 da populaccedilatildeo e hoje chega a 66 Os gastos com alimentaccedilatildeo

tambeacutem acompanham essa mudanccedila de comportamento pois existe nesta classe a

procura por alimentos mais saudaacuteveis Esses fatores tecircm estimulado uma mudanccedila

no consumo de abacate em toda a China (MILLER et al 2015)

Quanto agrave produccedilatildeo do Brasil no Ranking global ocorreu justamente o

contraacuterio o paiacutes saiu da quinta posiccedilatildeo para a oitava ao reduzir 765 da produccedilatildeo

que era de 170895 t em 2004 para 157428 t em 2013 Em 2011 o abacate ficou na

17deg posiccedilatildeo no ranking da produccedilatildeo nacional da fruta ocupando apenas 03 do

montante da produccedilatildeo de frutas frescas muito atraacutes das principais culturas

29

produzidas como a laranja mais produzida participando com 416 do setor

Banana segunda mais importante com 154 e Melancia com 46 em quarto

(IBGEPAM 2011)

O volume de abacate fresco brasileiro exportado foi de 4313 t em 2013 para

5806 toneladas em 2014 resultando num aumento de mais de 37 na receita com

este setor que em 2014 foi de mais de nove milhotildees e meio de doacutelares

(AGRIANUAL 2015)

O graacutefico abaixo apresenta o comportamento do volume em toneladas de

abacate exportado pelos paiacuteses que participam do setor

Figura 4 Volume de abacate (t) exportado pelos paiacuteses exportadores da fruta Elaborado pelo autor FONTE FAO

Em 2013 Meacutexico liderou o setor de exportaccedilatildeo do abacate com um volume

de 563492 toneladas cerca 463 do total exportado no mundo Em segundo lugar

a Holanda com 99 A Holanda eacute um grande importador contudo o paiacutes reexporta

grande parte do volume comprado O Peru merece destaque pois saiu de um

volume exportado de 2209 t (06) em 2000 para 114515 t em 2013 ocupando

94 do volume de abacate exportado o que lhe conferiu a 3deg posiccedilatildeo no ranking

global Em quarto lugar o Chile com 73

A figura a seguir apresenta o comportamento dos principais importadores de

abacate do mundo em 14 anos

0

100000

200000

300000

400000

500000

600000

20002001200220032004200520062007200820092010201120122013

EVOLUCcedilAtildeO DA EXPORTACcedilAtildeO MUNDIAL EM t

MEacuteXICO

CHILE

ESPANHA

AacuteFRICA DO SUL

ISRAEL

HOLANDA

PERU

30

Figura 5 Evoluccedilatildeo do volume (t) importado pelos principais paiacuteses importadores de abacate ELABORADA PELO AUTOR FONTE FAOSTAT

Os principais importadores de fruta como por exemplo o europeu e o norte

americano exigem um padratildeo de qualidade que observem as demandas impostas

pelos consumidores com relaccedilatildeo agrave seguranccedila alimentar e tambeacutem agraves exigecircncias

para certificaccedilatildeo do produto levando em consideraccedilatildeo aspectos ambientais e

sociais aleacutem do local de produccedilatildeo Desta forma produtores de fruta destinadas agrave

exportaccedilatildeo precisaram adaptar suas lavouras para atender agraves exigecircncias dos mais

importantes selos internacionais como o EureGapR e o TNCR (OLIVEIRA 2005) O

maior importador de abacate do mundo satildeo os Estados Unidos (ROCHA 2014)

O volume de abacate importado ao redor do mundo vem crescendo na uacuteltima

deacutecada Os Estados Unidos lideram o montante desde 2007 mais ainda que toda a

Uniatildeo Europeia o volume importado pelo paiacutes cresceu cerca de sete vezes entre

2000 e 2013 Em segundo lugar a Uniatildeo Europeia importando quase 23 menos

A Holanda tambeacutem cresceu muito e hoje ocupa a terceira colocaccedilatildeo no ranking O

Japatildeo e o Canadaacute tiveram consideraacutevel crescimento contudo mantiveram-se na 5deg

e 6deg posiccedilatildeo durante esse periacuteodo

Nos EUA a demanda cresce mais acelerado do que a oferta segundo

CARVALHO (2015) a demanda cresce 12 ao ano enquanto a produccedilatildeo cresce

apenas 4 O paiacutes possui uma poliacutetica de retornar parte dos lucros oriundos da

-

100000

200000

300000

400000

500000

600000

700000

IMPORTACcedilAtildeO DE ABACATE NO MUNDO EM t

EUA

UE

HOLANDA

FRANCcedilA

CANADAacute

REINO UNIDO

31

comercializaccedilatildeo do Avocado no paiacutes com a elaboraccedilatildeo de marketing e o

desenvolvimento de pesquisas que incentivem o aumento do consumo interno

promovendo alimentos como por exemplo o GUACAMOLE alimento muito popular

no paiacutes

Em 2002 os EUA impunham a Lei do Bioterrorismo exigindo que as

empresas que produzem processem armazenem ou processem alimentos voltados

ao consumo humano ou animal devem cumprir normas para comercializar seus

produtos voltados ao consumo humano ou animal precisam cumprir normas para

comercializar seus produtos nos Estados Unidos Eacute necessaacuterio que essas mesmas

empresas possuam registro junto ao governo norte-americano atualizando estas

informaccedilotildees e comunicarem agraves autoridades a chegada de novos carregamentos

alimentares O natildeo cumprimento dessas exigecircncias acarreta na proibiccedilatildeo do

ingresso da carga e possiacutevel retenccedilatildeo da mercadoria com multa para o responsaacutevel

pelo carregamento (MDIC 2006)

Os principais compradores de abacate ‟Hass‟ satildeo os Estados Unidos (20 a

50) UE AUS e o Meacutexico maior produtor e exportador do Avocado participando

com 20 do mercado de Avocado (CARVALHO 2015)

O Brasil participa com apenas 031 do mercado internacional exportando

para o Canadaacute e Holanda CARVALHO (2015) comenta que o Brasil natildeo aproveita

seu potencial de se tornar grande produtor e exportador de Avocado o paiacutes possui

extensa aacuterea e clima variado entre outros fatores que favorecem a produccedilatildeo de

Avocado contudo a produccedilatildeo ainda eacute muito pequena quando comparado com

outros paiacuteses que participam do mercado internacional da fruta

Quanto agrave contribuiccedilatildeo do desenvolvimento de programas de melhoramento

geneacutetico para a consolidaccedilatildeo do Brasil como grande produtor mundial de abacate a

utilizaccedilatildeo de cultivares de bdquoHass-like‟ representa uma excelente opccedilatildeo para

aumentar a safra da cultura no paiacutes devido agrave caracteriacutestica que esta variedade tem

de antecipar a florada ampliando desta forma a janela de produccedilatildeo e aumentando

a competitividade do paiacutes em relaccedilatildeo a outros paiacuteses exportadores da fruta

O graacutefico a seguir ilustra o comportamento das exportaccedilotildees e importaccedilotildees

Brasileiras em 14 anos

32

Figura 6 - Evoluccedilatildeo da exportaccedilatildeo e importaccedilatildeo do abacate (em t) no Brasil em 14 anos Elaborado pelo autor FONTE FAO

Alguns dos principais concorrentes do Brasil tratando-se da exportaccedilatildeo do

Avocado satildeo Aacutefrica do Sul com 3 das exportaccedilotildees Chile com 7 e Peru

representando 10 do mercado internacional de Avocado A safra do Chile ocorre

em eacutepoca proacutexima a do Brasil comeccedilando em agosto e terminando em fevereiro

(CARVALHO 2015) A Boliacutevia apesar de participar com apenas 012 do volume

exportado tem a vantagem de possibilidade de produccedilatildeo o ano todo

O elevado padratildeo de qualidade dos produtos eacute sem duacutevida um fator que

pode fazer com que o Brasil se estabeleccedila no mercado mundial de abacate Esta

praacutetica tem qualificado a Aacutefrica do Sul como um dos principais fornecedores para

paiacuteses da Europa a partir do intenso trabalho desenvolvido pela empresa sem fins

lucrativos WESTFALIA situada no municiacutepio de Limpopo por meio de investimentos

em tecnologia

A tabela a seguir apresenta o periacuteodo do ano em que cada paiacutes exportador de

abacate embarca seus produtos ao redor do mundo

0

500

1000

1500

2000

2500

3000

3500

4000

4500

5000

EXPORTACcedilAtildeO

IMPORTACcedilAtildeO

33

TABELA 3 - Janela de exportaccedilatildeo dos paiacuteses exportadores de abacate

adaptada FONTE WESTFALIASUBSOLE

CALENDAacuteRIO DE EXPORTACcedilAtildeO DE ABACATE lsquoHASSrsquo

jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

BRASIL X X X X X X X X

ARGENTINA X X X

EUA X X X X X X X X X X X X

CHILE X X X X X X X X X X

AFRICA DO SUL X X X X X X X

REP DOMINICANA X X X X X

ISRAEL X X X X X X

PERU X X X X X X X

NOVA ZELAcircNDIA X X X

MEacuteXICO X X X X X X X X X X X X

ESPANHA X X X X X X X

QUEcircNIA X X X X X

AUSTRAacuteLIA X X X X X X X

Os principais destinos do abacate ‟Hass‟ exportado pelo Brasil satildeo Espanha

Itaacutelia Holanda Alemanha e Dinamarca O material exportado segue de navio do

porto de Santos a uma temperatura de 5degC levando ateacute 16 dias no maacuteximo ateacute os

destinos Esse material exportado pelo Brasil possui os certificados GlobalGapR ndash

BRCR ndash BSCIR ndash SedexR ndash SmetaR

Os graacuteficos a seguir apresentam informaccedilotildees sobre a evoluccedilatildeo do da

exportaccedilatildeo do abacate feitos a partir de informaccedilotildees apresentadas no Anuaacuterio

Brasileiro de fruticultura (2004 a 2015) obtidos a partir de dados do Instituto

Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica

34

Figura 7 - Evoluccedilatildeo do volume de abacate exportado pelo brasil (2003 a 2014) Elaborado pelo autor com dados DO ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE AGRICULTURA DE 2004 a 2015 (IBGE)

Figura 8 - Receita com exportaccedilatildeo brasileira de abacate (2003 a 2014) Elaborado pelo autor com dado do ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE AGRICULTURA DE 2004 a 2015 (IBGE)

O volume de abacate exportado pelo Brasil vem crescendo nos uacuteltimos anos

revelando assim a importacircncia do setor para o paiacutes A variaccedilatildeo do volume

exportado de 2008 para 2009 foi de 6282 jaacute de 2009 para 2010 a exportaccedilatildeo

sofreu uma queda de 793 Em 2014 houve um aumento de 3462 no setor em

relaccedilatildeo ao ano anterior (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE FRUTICULTURA) A receita

-

100000

200000

300000

400000

500000

600000

700000

20

03

20

04

20

05

20

06

20

07

20

08

20

09

20

10

20

11

20

12

20

13

20

14

EVOLUCcedilAtildeO DO VOLUME DE ABACATE EXPORTADO PELO BRASIL (2003 a 2014)

VOLUME EXPORTADO (t)

-

20000000

40000000

60000000

80000000

100000000

120000000

20

03

20

04

20

05

20

06

20

07

20

08

20

09

20

10

20

11

20

12

20

13

20

14

RECEITA COM EXPORTACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ABACATE (2003 a 2014)

RECEITA (em USS FOB)

35

obtida a partir da exportaccedilatildeo do abacate tambeacutem acompanha os iacutendices de

crescimento

A Aacutefrica do Sul um dos principais concorrentes do Brasil no setor de

exportaccedilatildeo do Avocado eacute reconhecida por exportar material de alta qualidade para

Europa onde possui escritoacuterios contudo sua produccedilatildeo estaacute estagnada A Westfalia

eacute uma empresa sem fins lucrativos produtora de Avocado na Aacutefrica do Sul

responsaacutevel por desenvolver o mercado de Avocado no paiacutes e investe fortemente

em tecnologia o que colaborou para a atual situaccedilatildeo da Aacutefrica do Sul no setor de

exportaccedilatildeo de Avocado (CARVALHO 2015)

ABACATE NO BRASIL

O Brasil favorecido quando comparado com outros paiacuteses produtores devido

agrave suas dimensotildees continentais o que lhe possibilita ampla variaccedilatildeo de temperaturas

e solos estes fator unido agraves caracteriacutesticas individuais de cada variedade como por

exemplo sazonalidade e exigecircncias nutricionais e de horas de luz Contudo apesar

da aacuterea destinada agrave produccedilatildeo do abacate no Brasil ter reduzido passando de

11605 ha em 2005 para 9559 ha em 2014 reduccedilatildeo de 176 a produccedilatildeo natildeo foi

tatildeo alterada o que evidencia a possibilidade de um aumento na produtividade destas

aacutereas

Atualmente o Brasil ocupa a oitava posiccedilatildeo no ranking global do setor de

produccedilatildeo de abacate E apesar de possuir crescente produtividade o paiacutes ainda

possui excelente potencial produtor e tambeacutem como exportador da fruta Para

aproveitar melhor esse potencial deveriam ser feitos mais investimentos tanto no

que se refere agrave produccedilatildeo como por exemplo melhoramento geneacutetico e adoccedilatildeo de

protocolos de boas praacuteticas agriacutecolas para a obtenccedilatildeo de certificaccedilatildeo quanto no

setor de comercializaccedilatildeo desenvolvendo elevado padratildeo de qualidade da fruta

A tabela a seguir (TABELA 4) apresenta a aacuterea destinada agrave colheita de todas

as variedades de abacate nos principais produtores de abacate e o Distrito Federal

TABELA 4 - Aacuterea destinada agrave colheita (em ha) Elaborada pelo autor

DADOS (IBGE-SIDRA)

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Brasil 11605 10515 9892 9596 8509 11125 10768 9615 9707 9559

Satildeo Paulo 4266 3688 3583 3437 3267 5530 5642 4192 4374 4337

36

Minas Gerais 2865 2254 2326 2223 1854 2202 2134 2309 2416 2373

Paranaacute 1492 1467 1306 1009 1085 1000 944 922 958 930

Cearaacute 493 475 498 497 490 484 477 480 483 498

Rio Grande do Sul 626 619 613 602 584 575 552 499 470 444

Distrito Federal 119 122 109 124 108 111 - 295 160 134

A tabela 5 abaixo apresenta a produccedilatildeo de todas as variedades de abacate

em toneladas dos uacuteltimos 10 anos para os principais estados produtores e o Distrito

Federal

TABELA 5 - Produccedilatildeo nacional de abacate em 10 anos (em t) Elaborada pelo

autor FONTE (IBGESIDRA)

UFANO 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Brasil 169335 164441 154096 147214 139089 153189 160376 159903 157482 156669 1000

Satildeo Paulo 77107 78085 70812 69904 74193 83002 91909 82780 85101 79316 506

Minas Gerais 38777 32812 33436 28016 24772 28522 30975 36669 36571 41259 263

Paranaacute 22265 22575 20425 16537 15919 15824 17304 16705 16309 15784 101

Rio Grande do Sul

8167 7905 7804 7602 6824 6769 6907 5719 5584 5277 34

Cearaacute 5202 4231 4706 4520 4336 4163 3985 2717 2640 3637 23

Distrito Federal 2596 3081 2690 3019 2666 2415 - 6914 3152 3151 20

Em 2014 a aacuterea destinada agrave colheita do abacate no estado do Cearaacute era

superior agrave aacuterea do Rio Grande do Sul contudo a produccedilatildeo no estado do Cearaacute no

mesmo ano foi de 3637 t enquanto que a produccedilatildeo do Rio Grande do Sul foi de

5277 45 maior reforccedilando assim a ideia de que a produtividade no Sul pode ser

maior em relaccedilatildeo agrave regiatildeo Nordeste Este fator pode ser decorrente do uso de

cultivares inadequadas para as condiccedilotildees climaacuteticas da regiatildeo eou pela falta de

adoccedilatildeo de tecnologias modernas e teacutecnicas avanccediladas de produccedilatildeo

No Distrito Federal a produccedilatildeo cresceu 21 nos uacuteltimos 10 anos e hoje

representa 2 da produccedilatildeo nacional Por outro lado Satildeo Paulo que lidera o ranking

com 506 de toda a produccedilatildeo obteve crescimento de apenas 286 Jaacute a

produccedilatildeo do Paranaacute sofreu uma reduccedilatildeo de -291 neste mesmo periacuteodo poreacutem

manteve-se como quarto produtor nacional de abacate Os estados do Cearaacute e Rio

Grande do Sul tambeacutem reduziram sua produtividade nos uacuteltimos 10 anos

acompanhando a reduccedilatildeo nacional que reduziu -74

37

A variaccedilatildeo da produtividade de todas as variedades de abacate dos principais

estados produtores de abacate do Brasil eacute apresentada na TABELA 6 a seguir

TABELA 6 - Variaccedilatildeo (em) da produtividade (t) no Brasil em 10 anos

Elaborada pelo autor FONTE (IBGESIDRA)

VARIACcedilAtildeO () DA PRODUTIVIDADE (t) EM 10 ANOS

ESTADOANO 2005 2014 VARIACcedilAtildeO

PAIacuteS 146 164 123

SAtildeO PAULO 181 183 11

MINAS GERAIS 135 174 289

PARANAacute 149 17 141

RIO GRANDE DO SUL 13 119 -85

CEARAacute 106 73 -311

DISTRITO FEDERAL 218 235 78

De acordo com os dados do IBGE Satildeo Paulo eacute o maior produtor de abacate

do paiacutes Dentre as variedades mais produzidas no estado de Satildeo Paulo estatildeo

bdquoFortuna‟ bdquoGeada‟ bdquoQuintal‟ e bdquoMargarida‟ (DORIZZOTTO 2011)

Abaixo segue TABELA 11 contendo os nuacutemeros de plantas novas e o

nuacutemero de plantas em produccedilatildeo bem como a produccedilatildeo (caixas de 22Kg) no estado

de Satildeo Paulo ao longo de 15 anos

TABELA 7 - Quantidade de peacutes novos peacutes em produccedilatildeo e produccedilatildeo (cx 22kg)

no estado de Satildeo Paulo entre 2000 e 2015 Elaborada pelo autor FONTE

INSTITUTO DE ECONOMIA AGRIacuteCOLA

ANO PEacuteS

NOVOS PEacuteS EM

PRODUCcedilAtildeO

2000 4859400 66157100

2001 4617700 62883700

2002 4742500 55421300

2003 6095000 49740300

2004 5969500 48339500

2005 5131100 46596200

2006 5325600 45869000

2007 3412800 47668000

2008 5007100 40617400

2009 12068600 49971400

2010 8190000 53239000

38

2011 6904500 54780100

2012 7704100 51341600

2013 7002100 59149400

2014 8419800 60996100

2015 9040200 67073800

O graacutefico abaixo apresenta a curva da produtividade obtida a partir da relaccedilatildeo

feita entre a produccedilatildeo e a quantidade de peacutes em produccedilatildeo no estado de Satildeo Paulo

Figura 9 - Produtividade (kgplanta) no estado de Satildeo Paulo desde 2000 elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE ECONOMIA AGRIacuteCOLA

Os dados foram obtidos a partir da relaccedilatildeo feita entre a quantidade de planta

em produccedilatildeo e a quantidade de caixas de 22 Kg produzidas no estado de Satildeo Paulo

desde 2000 Esses dados revelam crescente aumento da produtividade ateacute o ano de

2010 onde a produtividade ultrapassou 168 Kgplanta Jaacute em relaccedilatildeo ao ano de

2011 a produtividade sofreu uma reduccedilatildeo de 10 Depois disso a curva de

produtividade continuou ascendente

A seguinte tabela apresenta a evoluccedilatildeo do preccedilo do abacate comercializado

na CEAGESP durante o ano no periacuteodo de nove anos

90

110

130

150

170

190

20

00

20

01

20

02

20

03

20

04

20

05

20

06

20

07

20

08

20

09

20

10

20

11

20

12

20

13

20

14

20

15

PRODUTIVIDADE DOS PEacuteS DE ABACATE (Kgplanta) EM SP

PRODUTIVIDADE

39

TABELA 8 - Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio (em R$Kg) do abacate FONTE

CEAGESP 2008

ANOMEcircS JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

2007 105 101 1 118 107 109 129 151 159 181 228 279

2008 119 081 084 097 102 11 122 137 149 208 296 326

2009 169 122 132 133 141 141 152 177 217 213 212 235

2010 17 161 165 154 151 151 164 173 202 262 406 316

2011 185 182 183 203 186 204 231 278 308 317 359 369

2012 207 155 151 141 153 164 192 218 242 268 429 485

2013 263 209 216 215 244 265 258 304 347 403 566 498

2014 228 206 231 239 198 2 256 267 301 305 403 538

2015 406 403 386 349 367 397 394 43 - - - -

O graacutefico a seguir resume o comportamento da quantidade de peacutes novos e

em produccedilatildeo no estado de Satildeo Paulo desde o ano 2000

Figura 10 - Evoluccedilatildeo do nuacutemeros de peacutes novos e em produccedilatildeo ao longo de 15 anos no estado de Satildeo Paulo elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE

ECONOMIA AGRIacuteCOLA

A produccedilatildeo (em caixas de 22 Kg) eacute demonstrada no graacutefico abaixo para esse

mesmo periacuteodo

000

10000000

20000000

30000000

40000000

50000000

60000000

70000000

80000000

20002002200420062008201020122014

EVOLUCcedilAtildeO DOS DADOS DO ABACATE EM SAtildeO PAULO

PEacuteS NOVOS

PEacuteS EM PRODUCcedilAtildeO

40

Figura 11 - Evoluccedilatildeo da produccedilatildeo de abacate em caixas de 22kg no estado de Satildeo Paulo em 15 anos elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE

ECONOMIA AGRIacuteCOLA

A sazonalidade do abacate comercial na CEAGESP em Satildeo Paulo

demonstram que o abacate pode ser comercializado praticamente todas as eacutepocas

do ano como apresentado pela tabela

TABELA 9 - Sazonalidade do abacate FONTE CEAGESP 2008

VARIEDADE JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

GEADA X X X X X

FORTUNA X X X X X X X

QUINTAL X X X X X X X

MARGARIDA X X X X X X X X X X

BREDA X X X X X X X X

HASS X X X X X X X X

O Estado de Minas Gerais eacute o segundo maior produtor nacional de abacate

participando do setor com 229 do total produzido A aacuterea no Estado destinada agrave

produccedilatildeo da fruta foi de 23 mil ha A produtividade do estado de Minas em 2012 foi

de 15881 (hgha) (PERFIL DA FRUTA) A produccedilatildeo de abacate no Distrito Federal

em 2013 foi de 3152 toneladas (IBGE) Em Minas a produccedilatildeo concentra-se nas

regiotildees Sul e Sudeste do estado (ALMEIDA 2013)

200000000

250000000

300000000

350000000

400000000

450000000

500000000

550000000

20002002200420062008201020122014

EVOLUCcedilAtildeO NA PRODUCcedilAtildeO DE ABACATE EM SAtildeO PAULO (22Kgcx)

PRODUCcedilAtildeO CX 22Kg

41

Em 2003 o Paranaacute foi o terceiro maior produtor nacional de abacate com uma

aacuterea de aproximadamente 1600ha onde se produziu 26 mil toneladas gerando uma

receita de cerca de R$ 85 milhotildees (HOHMANN amp MENEGUIM 2005)

De acordo com a relaccedilatildeo feita entre os dados de volume de abacate colhido e

de aacuterea destinada agrave produccedilatildeo do IBGESIDRA em 10 anos (2005 agrave 2014) o estado

que sofreu maior reduccedilatildeo da produtividade foi o estado do CEARAacute reduzindo em

31 aproximadamente enquanto que o estado de minas aumentou 289 sua

produtividade O DF apresentou os melhores niacuteveis de produtividade a partir desses

dados

AVOCADO NO BRASIL

A regiatildeo de Bauru em Satildeo Paulo especializou-se na produccedilatildeo dos abacates

‟Hass‟ e bdquoFuerte‟ conhecidos comercialmente como Avocado e satildeo os mais

apreciados pelo mercado internacional (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA

FRUTICULTURA 2008)

O Avocado variedades ‟Hass‟ e bdquoFuerte‟ possui excelentes caracteriacutesticas

nutricionais como por exemplo seu alto teor de lipiacutedeos Aleacutem disso o fruto possui

tamanho reduzido o que facilita o consumo evitando que parte natildeo consumida seja

armazenada Uma das possibilidades de se estimular o consumo interno seria

promover o produto a partir do uso de marketing setor no qual a empresa

JAGUACYR situada no municiacutepio de Bauru ndash SP tem se destacado fornecendo

informaccedilotildees nutricionais e apresentando o alto padratildeo de qualidade da fruta Outro

fator que reduz a oferta do produto no mercado interno eacute a demanda internacional

apesar de impor barreiras e exigirem alto padratildeo de qualidade o produto de

qualidade recebe os melhores preccedilos este fator tambeacutem limita o consumo interno

porque o preccedilo oferecido pelos importadores reflete no preccedilo interno

Outro ponto que deve ser observado para se manter qualidade elevada dos

frutos eacute a escolha adequada do ponto de colheita pois este fator reflete diretamente

no teor de oacuteleo dos frutos que por sua vez eacute responsaacutevel pela conservaccedilatildeo do

sabor Os melhores teores de oacuteleo encontram-se em frutos tardios como nas

variedades obtidas a partir das raccedilas Guatemalenses e Mexicana sendo maior nas

raccedilas Mexicana e menor em cultivares oriunda de raccedilas Guatemalenses como por

exemplo a bdquoHass‟

42

A exportaccedilatildeo brasileira do abacate bdquoHass‟ variedade mais produzida no

mundo era de 100 toneladas por ha em 2004 para 2186 toneladas em 2010

(DORIZZOTTO 2011) Contudo este dado representa apenas 143 do volume de

todo o abacate produzido no paiacutes nesta mesma data mesmo com seus atributos

nutricionais e comerciais

Quando se trata do segmento do mercado do Avocado brasileiro em acircmbito

global a empresa JAGUACYR situada no municiacutepio de Bauru ndash SP com sede na

Holanda eacute de extrema relevacircncia contribuindo com 90 das exportaccedilotildees brasileiras

deste produto com o qual o Brasil ainda comeccedila a participar poreacutem possui

condiccedilotildees favoraacuteveis para crescer no setor (CARVALHO 2015)

O graacutefico a seguir apresentado na Figura 2 demonstra a evoluccedilatildeo da

participaccedilatildeo do Avocado no setor de fruticultura no estado de Satildeo Paulo

Figura 12 - Elaborado pelo autor FONTE CEAGESPSEDES GABRIEL V BITENCOURT DE ALMEIDA

Como apresentado no graacutefico acima o volume de Avocado comercializado na

CEAGESP tem crescido rapidamente vertiginosamente chegando a quase

quadruplicar seu valor em apenas 7 anos

Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio de atacado (R$Kg) de Avocado na CEAGESP de

Satildeo Paulo durante o ano (SP) (Figura 3)

81 74 90

106 133

208

365 378

0

50

100

150

200

250

300

350

400

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

EVOLUCcedilAtildeO DA QUANTIDADE COMERCIALIZADA (T) DE AVOCADO NA CEAGESP DE SAtildeO PAULO (SP)

QUANTIDADE(toneladas)

43

Figura 13 - Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio do avocado na CEAGESP (R$Kg) Elaborado pelo autor FONTES CEAGESP

O graacutefico a seguir demonstra um comparativo da variaccedilatildeo do preccedilo meacutedio do

abacate em relaccedilatildeo ao Avocado durante o ano com base nos dados de nove anos

da CEAGESP (R$Kg)

Figura 14 - Comparativo do preccedilo meacutedio do abacate e do avocado comercializado na ceagesp durante o ano elaborado pelo autor FONTE

CEAGESP

A partir dos dados de 7 anos com a variaccedilatildeo do preccedilo meacutedio do Avocado por

quilo durante o ano pocircde-se observar que os menores valores encontram-se entre

maio e agosto A variaccedilatildeo de preccedilo meacutedio durante o ano chega a ser de R$ 581 o

quilo mais que o dobro entre o maior e menor valor meacutedio encontrado

O graacutefico com o comparativo do preccedilo do abacate com o Avocado (Figura 11)

revela a discrepacircncia da valorizaccedilatildeo entre os dois grupos O valor miacutenimo do

4

6

8

10

12

jan

fev

mar

abr

mai

jun jul

ago

set

ou

t

no

v

dez

EVOLUCcedilAtildeO DO PRECcedilO MEacuteDIO DO AVOCADO NA CEAGESP (R$Kg)

PRECcedilO MEacuteDIO

0

2

4

6

8

10

12

JAN

FEV

MA

R

AB

R

MA

I

JUN

JUL

AG

O

SET

OU

T

NO

V

DEZ

PRECcedilO AVOCADO

PRECcedilO DO ABACATE

44

Avocado eacute de R$ 554 por quilo enquanto que o maior valor encontrado do abacate

chega a R$ 381 uma diferenccedila de quase 50

O CEASA-DF registrou em 2014 um volume comercializado de 397 toneladas

de Avocado enquanto que no ano anterior o volume registrado natildeo passou de 07

toneladas (CEASA-DF)

Apesar de jaacute haver teacutecnicas eficientes e tecnologias modernas disponiacuteveis

para se aperfeiccediloar a produccedilatildeo do abacate a exploraccedilatildeo de novas regiotildees com

potencial produtor para a implantaccedilatildeo de pomares de abacateiro no Brasil eacute um dos

fatores que podem aumentar mais ainda a produccedilatildeo nacional No DF por exemplo

a aacuterea destinada agrave colheita do abacate sofreu uma reduccedilatildeo de mais da metade de

2012 para 2014 muito diferente da forma como havia se comportando desde 2000

quando a aacuterea passou de 85 ha para 111 em 2010 O DF representa apenas 2 da

produccedilatildeo nacional do abacate contudo sua produtividade vem aumentando e de

acordo com os dados do IBGE o DF possui os melhores iacutendices de produtividade do

paiacutes o que pode representar forte potencial da regiatildeo no setor Este fato corrobora

com a ideia de que o Brasil pode aproveitar melhor sua extensatildeo territorial

explorando regiotildees com potencial produtor como o DF por exemplo

CERTIFICACcedilAtildeO

CARVALHO (2015) afirma que para participar do mercado internacional os

produtores devem se atentar agraves exigecircncias internacionais de qualidade e seguranccedila

garantidas por meio de certificaccedilatildeo como GlobalGapR BRCR BRCIR FAIRDRADER

e SEDEX-SMETAR Outro ponto que deve ser adotado pelo Brasil no comeacutercio do

Avocado eacute manter um mercado com preccedilo linear e contiacutenuo Ainda segundo

CARVALHO (2015) produtores que natildeo possuem certificaccedilatildeo no GlobalgapR

recebem menos 10

PRECcedilO PAGO PELA JAGUACYR AO PRODUTOR COM GLOBALGAPR

TABELA 10 - (CARVALHO 2015)

CAT CALIBRE MAR ABR MAI JUN

1 12 A 24 315 322 205 205

2 26 A 32 131 129 130 130

2 12 A 24 284 350 187 187

45

Para o consumidor final o selo GLOBALGAPR natildeo eacute tatildeo notado pois o uso

desta marca eacute praticado entre empresas Contudo sua em sua elaboraccedilatildeo

considerou-se a reduccedilatildeo dos impactos negativos das operaccedilotildees agriacutecolas no meio

ambiente reduzir o uso de insumos quiacutemicos e garantir que assuntos de sauacutede e

seguranccedila dos empregados e bem estar animal sejam observados (GLOBALGAPR

2008)

A GLOBALGAPR serve como um manual no comeacutercio mundial de produtos

agriacutecolas estabelecendo normas voluntaacuterias para sua certificaccedilatildeo Este conjunto de

normas estabelece serve de molde para a conduccedilatildeo de boas praacuteticas agriacutecolas

(BPA) nas atividades agriacutecolas (GLOBALGAPR 2008)

Um dos pontos positivos em se adotar os protocolos de boas praacuteticas

agriacutecolas eacute a prevenccedilatildeo de perdas Pesquisas feitas no setor da fruticultura

concluem que maior parte do desperdiacutecio ocorre no percurso que vai do manuseio

no campo ateacute as centrais de produccedilatildeo (AGRIANUAL 2012) Os iacutendices de perdas da

abaticultura chegam a 34 ao ano (AGRIANUAL 2015)

Eacute de extrema importacircncia desenvolver soacutelidos e eficientes sistemas de

certificaccedilatildeo a fim de assegurar qualidade que atenda as expectativas dos

consumidores permitindo que as empresas ingressem nos mercados globais com

seus produtos (ZEIDAN et al 2008)

A difusatildeo de praacuteticas recomendadas para a obtenccedilatildeo da certificaccedilatildeo

GLOBALGAPR por parte dos produtores de abacate principalmente as variedades

bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ pode estimular o consumo interno por meio da oferta de produtos

de maior qualidade aleacutem de reduzindo perdas e promover o produto no comeacutercio

internacional da fruta Fazendo com que o potencial produtor seja aproveitado ao

maacuteximo uma vez que seguir os protocolos de boas praacuteticas agriacutecolas represente a

reduccedilatildeo de perdas no processo de produccedilatildeo de colheita e de transporte seja por

meio da reduccedilatildeo da incidecircncia de pragas ou por adoccedilatildeo de teacutecnicas e evitem perdas

na conduccedilatildeo da produccedilatildeo dos pomares de abacate

CONCLUSOtildeES

A produccedilatildeo de Avocado cultivares bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ superiores em vaacuterios

aspectos agraves cultivares mais populares no paiacutes tem condiccedilotildees de se desenvolver

amplamente no Brasil tornando-o grande consumidor e exportador da fruta Essa

46

mudanccedila pode ocorrer por meio de incentivos governamentais que incentivem o

registro de produtos para a cultura do abacateiro favorecendo a obtenccedilatildeo de

certificaccedilatildeo bem como o desenvolvimento de centros de pesquisas que

desenvolvam estudos sobre a cultura do abacateiro que promovam a difusatildeo de

tecnologia e com isso estimule a utilizaccedilatildeo de novas aacutereas com potencial produtivo

A transferecircncia de tecnologia tambeacutem pode ser feita por parte de empresas da aacuterea

privada que possuem domiacutenio de teacutecnicas e tecnologias modernas principalmente

por meio da popularizaccedilatildeo da produccedilatildeo de mudas clonais para porta-enxerto Aleacutem

disso devem ser feitas accedilotildees por parte de instituiccedilotildees privadas como o

desenvolvimento do marketing da fruta a fim de divulgar os benefiacutecios do consumo

e a exposiccedilatildeo de novas formas de consumo de abacate pode ser crucial para a

mudanccedila do comportamento do consumidor nacional uma vez que este se atenta

principalmente aos aspectos visuais do abacate

Na poacutes-colheita o controle sobre os processos de maturaccedilatildeo poderia ser

mais bem aproveitado No Brasil a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas de conservaccedilatildeo no poacutes-

colheita de frutas objetiva na maioria das vezes estender o tempo de prateleira

destes produtos Para se aproveitar os elevados preccedilos ofertados em determinadas

eacutepocas os produtores colhem os frutos antes do recomendado para a fruta do

abacateiro o que reduz sua qualidade pois a eacutepoca da colheita influencia

diretamente no teor de oacuteleo fator altamente relacionado com o sabor da fruta Por

outro lado a aceleraccedilatildeo do processo de maturaccedilatildeo por meio do controle de

maturaccedilatildeo permite fornecimento de frutos maduros prontos para o consumo

estimulando assim o consumo no paiacutes Com a entrega regular de frutos maduros

nos supermercados e restaurantes novas formas de consumo da fruta como patecircs

e em saladas poderiam ser facilmente introduzidas no cardaacutepio nacional

47

BIBLIOGRAFIA

ALMEIDA G V B Mercado Atacadista de Abacate e Avocado (CEAGESP) III

Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado Bauru 2015

ALMEIDA G V B O Abacate no mundo e na CEAGESP Todafruta notiacutecia 2011

DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwtodafrutacombrnoticia28119O+ABACATE+NO+MUNDO+NO+BRASIL

+E+NA+CEAGESP gt

ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA FRUTICULTURA 2004 a 2015 DISPONIacuteVEL EM

httpwwwgrupogazcombrtratadaseo_edicao420150320150301_106c8c2f1pdf

4718_2015fruticulturapdfgt

BIODIESELBR DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwbiodieselbrcomnoticiasmateria-

primaoutrasvideo-unesp-transforma-oleo-abacate-biodiesel-060313htm gt

BONELLA J A Classificaccedilatildeo de abacates na CEAGESP Joseacute Alcides Bonella ME

2013

BRUWER T ROOYEN Z VAN PERFORMANCE AND MARKET ACCEPTIBILITY

OF THE HASS-LIKE CULTIVARS GEM AND HARVEST IN SOUTH AFRICA Vi

World Avocado Congress (Actas VI Confreso Mundial del Aguacate) 2007 Vintildea Del

Mar Chile 12 ndash 16 nov 2007 ISBN n 978-956-17-0413-8 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwAvocadosourcecomWAC6enExtenso1b-36pdf gt

CAMPOS J A Cultura racional do abacateiro Satildeo Paulo Iacutecone 1988 150 p

CANTUAacuteRIAS-AVILEacuteS T SILVA S R La induacutestria del aguacate em el Estado de

Satildeo Paulo Brasil actualidad y perspectivas futuras In CONGRESO MUNDIAL DEL

AGUACATE 7 2011 Caims Resuacutemenes Caims Avocado Australia 2011

48

CORREIA R C ARAUJO J L P MOUCO M A do C BRAGA C A

MENDONCcedilA R F de Abacate preferecircncias e mercado CONGRESSO

BRASILEIRO DE FRUTICULTURA 21 2010 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwalicecnptiaembrapabralicebitstreamdoc8700181Moucopdf gt

CARVALHO L F Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado realizaccedilatildeo Jaguacy

Sindicato Rural de Bauru Serviccedilo Nacional de Aprendizagem Rural - SENAR

Faculdades Integradas de Bauru ndash SP 2015

CHITARRA M I F CHITARA A B 2005 Poacutes colheita de frutos e hortaliccedilas

Fiiologia e Manuseio Lavras ESALFAEPE

CRANE J H BALERDI C F MAGUIRE I Avocado Growing in the Florida Home

Landscape University of Florida Circular 1034 one of a series of the Horticultural

Sciences Department Florida Cooperative Extension Service Institute of Food and

Agricultural Sciences University of Florida 1983 Revised 2007

CRIZEL G R MOURA R S OLIVEIRA I R MENDONCcedilA C R B

Caracteriacutesticas fiacutesicas e quiacutemicas de abacates das variedades bdquoQuintal‟ e bdquoHass‟ In

CONGRESSO DE INICIACcedilAtildeO CIENTIacuteFICA 17 ENCONTRO DE POacuteS-

GRADUACcedilAtildeO 10 2008 Pelotas Resumos Pelotas UFPEL 2008

DAIUTO E R VIEITES R L TREMOCOLDI M A RUSSO V C Taxa

respiratoacuteria de abacate bdquoHass‟ submetido a diferentes tratamentos fiacutesicos Revista

Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha Meacutexico v 10 n 2 p 101-109

2010

DAIUTO E R TREMOCOLDI M A VIEITES R L Conservaccedilatildeo poacutes colheita de

abacate bdquoHass‟ irradiado Revista Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha vol

10 n 2 2010

DONADIO L C Abacate para exportaccedilatildeo aspectos teacutecnicos da produccedilatildeo

Brasiacutelia Frupex MAPA 1995 53 p

49

DONADIO L C FERRARI L AVILEacuteS T C Abacate In DONADIO L C (Ed)

Histoacuteria da Fruticultura Paulista Jaboticabal SBF ndash Sociedade Brasileira de

Fruticultura 2010 P 33-63

DORIZZOTTO C D A SAMPAIO A C ICUMA I M et al Avocado production

chain in the state of Satildeo Paulo (Brazil) In Proceedings VII World Avocado Congress

2011 Cairns Anaishellip Cairns Internacional Avocado Society 2011 DISPONIacuteVEL

EM lt

httpworldAvocadocongress2011comuserfilesfileOsvaldo20Kioshi20Yamanis

hi201400-1420pdf gt

ERNST Z R ERNST A A The strategic role of new cultivars A case study of

bdquoMaluma‟ VIII Congreso Mundial de la Palta 2015 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwavocadosourcecomWAC8Section_02EarnstZander2015pdf gt

FACTFISH Avocados production quantity (tons) ndash for all countries DISPONIacuteVEL

EM lt httpwwwfactfishcomstatisticAvocados20production20quantity gt

FAOSTAT 2000 a 2013 DISPONIacuteVEL EM lt httpfaostat3faoorgbrowseTTPE gt

FER B WOLSTENHOLME B N (Ed) The Avocado botany production and

uses Oxon CABI Publ 2002 chap 12 p 299-338

FRANCISCO V L F dos S BAPTISTELLA C S L CULTURA DO ABACATE NO

ESTADO DE SAtildeO PAULO Informaccedilotildees Econocircmicas SP v 35 n5 2005

DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwieaspgovbroutpublicacoespdftec3-0505pdf gt

GAYET J P et al 1995 Abacate para exportaccedilatildeo procedimentos de colheita e

poacutes-colheita FRUPEX Brasiacutelia 37p

GIRARDI G Abacate uma nova opccedilatildeo de biocombustiacutevel Jornal UNESP Bauru

2009 DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwunespbracijornal248energia_bauruphp gt

50

GUEDES M S B SENA M TOLEDO S Certificaccedilatildeo como estrateacutegia competitiva

internacional dos produtores de frutas no Brasil VII Encontro da Sociedade

Brasileira de Economia Ecoloacutegica (ECO-ECO) 28 a 30 de novembro de 2007

Fortaleza Cearaacute

HODDLE M The Avocado Seed Moth Stenoma cateniver Walsingham (Lepdoptera

Elachistidae) Department of Entomology Applied Biological Control Research

DISPONIacuteVEL EM lt httpbiocontrolucredustenomastenomahtml gt

HOHMANN C L MENEGUIM A M A BROCA-DO-ABACATE (Stenoma catenifer)

Aspectos bioloacutegicos comportamento danos e manejo Instituto Agronocircmico do

Paranaacute ndash Londrina ndashPR Informe da Pesquisa n 147 2005

HOHMANN C L MENEGUIM A M Observaccedilotildees preliminares sobre a ocorrecircncia

da broca-do-abacate Stenoma catenifer Wals no Estado do Paranaacute Anais da

Sociedade Entomoloacutegica do Brasil v 22 p 417-419 1993

ILLSLEY-GRANICH C‟Hass‟Carmenrega precocious flowering avocado tree

Agrovim AS de CV Uruapan Michocan Mexico Rob Brokaw Brokaw Nursery Inc

Saticoy California USA Dr Salvador Ochoa-Ascencio University of Michoacan

Uruapan Michoacan Mexico 2011 DISPONIacuteVEL EM lt

httpworldavocadocongress2011comuserfilesfileCarlos20Illsley201410-

1430pdf gt

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA ESTATIacuteSTICA (IBGE) IBGE CIDADES

DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwcidadesibgegovbrcartogramamapaphplang=ampcoduf=53ampcodmun=53

0010ampidtema=136ampcodv=v01ampsearch=distrito-federal|brasilia|sintese-das-

informacoes-2013 gt

KADER A A 1992 Postharvest technology of horticultural crops Okland Univertisy

of California 292p

51

KADER A A ARPIA M L Avocado Recommendations for Maintaining

Postharvest Quality 2013

KADER A A Biologiacutea y Tecnologiacutea Postcosecha un Panorama In KADER A A

Tecnologiacutea Postcosecha de Cultivos Hortofrutiacutecolas 3 Ed Davis University Of

Califoacuternia 2007 Cap 4 p 43-53

KLUGE R A et al Inibiccedilatildeo do amadurecimento de abacate com 1-

metilciclopropeno Pesquisa Agropecuaacuteria Brasileira 37(7)895-901

KOOLER O C Abacaticultura Porto Alegre UFRGS 1992 138p

KOOLER O C ABACATICULTURA Porto Alegre UFRGS 1984 138p

KOLLER O C Abacate produccedilatildeo de mudas instalaccedilatildeo e manejo de pomares

colheita e poacutes-colheita Porto Alegre Cinco Continentes 2002 145 p

KREMER-KOumlHNE S KOumlHNE J S 25 YEARS OF AVOCADO ROOTSTOCK

DEVELOPMENT IN SOUTH AFRICA VI World Avocado Congress Chile 2007

DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwavocadosourcecomWAC6enExtenso1a-8pdf gt

LIPPERT C ALLAMAND M (WESTFALIASUBSOLE) A hystory of

collaboration Rev Subsole Santiago 2007

MAIS NATUREZA ABACATEIRO DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwmaisnaturezacomplantasarvoresabacateiro gt

MARANCA G Fruticultura comercial Manga e Abacate Satildeo Paulo Nobel 1980

p 81-133

MASSAFERA G COSTA T M B OLIVEIRA J E D COMPOSICcedilAtildeO DE AacuteCIDOS

GRAXOS DO OacuteLEO DO MESOCARPO E DA SEMENTE DE CULTIVARES DE

ABACATE (Persea americana MILL) DA REGIAtildeO DE RIBEIRAtildeO PRETO SP)

52

Alim Nutr Araraquara V 21 n 2 p 325-331 abrjun 2010 DISPONIacuteVEL EM lt

http20014571150seerindexphpalimentosarticleview940a20v21n2pdf gt

MDIC Negociaccedilotildees internacionais DISPONIacuteVEL EM

httpwwwdesenvolvimentogovbrsitiosecexnegInternacionaisMedTerrorismoLei

ph p gt

MICKELBART M V BENDER G S WITNEY G W ADAMS C ARPAIA M L

Effects of clonal rootstocks on bdquoHass‟ avocado yield components alternate bearing

and nutrition Journal of Horticultural Schience amp Biotechnology Ashford v 82

n 3 p 460-466 2007

MILLER B BERTELS R PADILLA T WILEMAN R THOMSEN L China the

new frontier VIII World Avocado Congress 2015

MONTENEGRO H W S A cultura do abacateiro Satildeo Paulo Melhoramentos

1951 102p (Criaccedilatildeo e Lavoura n 11)

MORAES A F G Desenvolvimento produccedilatildeo e qualidade de frutos de abacateiro

cv bdquoHass‟ sobre dois porta-enxertos nas condiccedilotildees edafoclimaacuteticas da regiatildeo central

do Estado de Satildeo Paulo Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Ciecircncias Piracicaba 2014

NAAMANI G Global Trends in main Avocado Markets VII World Avocado

Congress Australia 2011

NAVA DE DE LARA HADDAD M PARRA JRP 2005 Exigecircncias teacutermicas

estimativa do nuacutemero de geroccedilotildees de Stenoma catenifer e comprovaccedilatildeo de modelo

em campo Pesq Agropec Bras Brasilia v 40 p 961-967

NAVA DE PARRA JRP COSTA VA GUERRA TM COcircNSOLI FL (2005b)

Population dynamics of Stenoma catenifer(Lepidoptera Elachistidae) and related

larval parasitoids in Minas Gerais Brazil Florida Entomologistv 88p 441-446

53

NOVAGRIM ndash FRESH FRUITS IMPORTER amp VEGETABLE SUPPLIER SINCE

1999 2001-2013 WORLD AVOCADO PRODUCTION DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwnovagrimcomPages2000_2011_Avocado_statistics_ENaspx gt

OLIVEIRA LA A importacircncia das Normas Internacionais para o Comeacutercio da

Fruticultura Brasileira Piracicaba Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Economia Escola

Superior de Agricultura ldquoLuiz de Queirozrdquo Universidade de Satildeo Paulo Piracicaba

2005

OLIVEIRA M A de et al 2000 Ceras para conservaccedilatildeo poacutes colheita de frutos de

abacateiro cultivar Fuerte armazenados em temperatura ambiente Scientia Agriacutecola

Piracicaba 57 (4) 777-780

PASSONI A D NEVES M C M RODRIGUES B B BOTEON M Anaacutelise dos

principais entraves na exportaccedilatildeo de frutas brasileiras CENTRO DE ESTUDOS

AVANCcedilADOS EM ECONOMIA APLICADA (CEPEAESALQ-USP) XLIV

CONGRESSO DA SOBER ndash ldquoQuestotildees Agraacuterias Educaccedilatildeo no Campo e

Desenvolvimentordquo Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia Rural Fortaleza

2006

PEGG K G COATES L M KORSTEN L HARDING R M Foliar fruit and

soilborne diseases In WHILEY A W SCHAF

PERFIL DA FRUTICULTURA 2014 Base de dados 2012 a 2013 Governo de Minas

Gerais Agricultura Pecuaacuteria e Abastecimento 2014

PICCININ E PASCHOLATI S F ldquoDOENCcedilAS DO ABACATEIRO‟ em MANUAL DE

FITOPATOLOGIA Vol 2 Doenccedilas das Plantas Cultivadas Editora Agronocircmica

Ceres Ltda Satildeo Paulo 1997 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwifcursoscombrsistemaadminarquivos07-33-29-

manualfitopatologiapdfpage=10 gt

54

PUTT F F GOacuteES B C CATANEO P F Anaacutelise econocircmica de oferta e demanda

do abacate na alta paulista X Foacuterum Ambiental da Alta Paulista v 10 n 7 2014

pp 158-169

ROCHA I L Nuacutemeros do abacate HORTIESCOLHA Instituto Brasileiro de

Qualidade em Horticultura DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwhortibrasilorgbrjnwindexphpoption=com_contentampview=articleampid=120

9numeros-do-abacate-ampcatid=50comercializacaoampItemid=82 gt

SANTO N T Manejo da vegetaccedilatildeo intercalar para obtenccedilatildeo de cobertura morta na

cultura do abacateiro visando minimizar os danos causados por Phytophthora

cinnamomi Dissertaccedilatildeo de mestrado em Fitotecnia Piracicaba 2014

SCHAFFER B WOLSTENJOLME B N WHILEY A W The avocado botany

production and uses 560 p 2012 DISPONIacuteVEL EM lt

httpsbooksgooglecombrbooksid=r0hpRJca3zECamppg=PA83amplpg=PA83ampdq=Th

e+Avocado+botany+production+and+uses+hass-

likeampsource=blampots=oqc5OBsbmVampsig=5gDWWPIMYRBW9cH3yYuWh-ldd-8amphl=pt-

BRampsa=Xampved=0ahUKEwj_yPbgsoTKAhUGDpAKHZTrCWEQ6AEIPDADv=onepag

eampqampf=false gt

SCIENCIA I Certificaccedilatildeo GLOBALGAP e impactos ambientais em agroinduacutestrias de

alimentos Dissertaccedilatildeo de Poacutes-Graduaccedilatildeo Araraquara SP 2010 lt

mlthttpwwwecoecoorgbrconteudopublicacoesencontrosvii_envii_enc_ecohtm

gt

SIMAtildeO S Manual de Fruticultura Satildeo Paulo Editora Agronocircmica Ceres 1971

530p p 147-169

SINGER P MASON J Eacutetica da alimentaccedilatildeo como nossos haacutebitos alimentares

influenciam o meio ambiente e o nosso bem estar Rio de Janeiro Elsevier 2007

SOARES H F ITO M K O AacuteCIDO GRAXO MONOINSATURADO DO ABACATE

NO CONTROLE DE DISLIPIDEMIAS Ver Ciecircnc Meacuted Campinas P 47-51 2000

55

DISPONIacuteVEL EM lt httpperiodicospuc-

campinasedubrseerindexphpcienciasmedicasarticleviewFile13301304 gt

TEIXEIRA C G Cultura In ITAL ndash INSTITUTO DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS

(Campinas) Abacate Cultura mateacuteria-prima processamento e aspectos

econocircmicos 2 Ed Campinas Instituto Campineiro de Ensino Agriacutecola 1995 Cap 1

p 1-54 (Frutas Tropicais)

TEIXEIRA C G Cultura do abacate In TEIXEIRA C G et al ABACATE cultura

mateacuteria prima processamento e aspectos econocircmicos 2deg ed Seacuterie Fruas Tropicais

ndeg8 ITAL Campinas 1991 250p

WATANABE H S Caracteriacutesticas de cultivares de abacate CEAGESPS ndash

Companhia de Entrepostos e Armazeacutens Gerais de Satildeo Paulo 2013

WOLFENBARGER D O COLBURN B The Stenoma catenifer a serious Avocado

pest Proceedings of Florida State Horticulture Society v 92 p 315-318 1979

ZEIDAN R SEIXAS P ABRANCHES L COSTA D MEIRELLES F Certificaccedilatildeo

na cadeia produtiva de alimentos e as barreiras teacutecnicas agrave exportaccedilatildeo Simpoacutesio de

excelecircncia e gestatildeo e tecnologia ndash SEGeT 2008 Resende

Page 14: EVOLUÇÃO DA PRODUÇÃO MUNDIAL E NACIONAL …...RESUMO O abacateiro, Persea americana, é uma cultura muito importante em vários países, devido ao volume comercializado da fruta

14

Raccedilas

O abacateiro Persea americana pertence agrave famiacutelia Lauraceae que engloba

cerca de 50 gecircneros Existem trecircs grupos ou raccedilas que representam o abacate

comercial satildeo elas Mexicana ndash Persea americana var drymifolia Antilhana ndash P

americana var americana e Guatemalense ou guatemalteca ndash P nubigena var

guatemalensis (WILLIAMS 79 citado por DONADIO 1995)

Principais cultivares

Dentre as cultivares mais produzidas no estado de Satildeo Paulo estatildeo a

bdquoFortuna‟ bdquoGeada‟ bdquoQuintal‟ e bdquoMargarida‟ (DORIZZOTTO 2011) A produccedilatildeo

concentra-se na regiatildeo de Campinas Ribeiratildeo Preto e Bauru (ALMEIDA 2013)

Levantamentos feitos na regiatildeo nordeste por CORREIA et al (2010) indicam

que as principais cultivares nos CEASAS de Pernambuco e Cearaacute satildeo Quintal

Fortuna Geada e Margarida Jaacute em Satildeo Paulo as principais cultivares

comercializadas no CEAGESP citadas por ALMEIDA (2013) satildeo bdquoBreda‟ Fortuna

Geada Margarida e Quintal (CEAGESP 2013)

ILUSTRACcedilAtildeO DAS PRINCIPAIS CULTIVARES DE ABACATE

FIGURA 1 - Ilustraccedilatildeo das principais cultivares de abacate brasileira fonte HORTIESCOLHA DISPONIacuteVEL EM httpwwwhortiescolhacombrhortipediaprodutoabacate (adaptado)

A cultivar BREDA possui formato piriforme poreacutem se formaccedilatildeo de ldquopescoccedilordquo

(WATANABE 2013 citado por ALMEIDA 2013)

A variedade FORTUNA tem como uma de suas caracteriacutesticas frutos

piriformes muito grandes com peso variando entre 600 e 1Kg de casca lisa e verde

escuro polpa amarela e caroccedilo solto (KOLLER 2002) O teor de oacuteleo da cultivar

15

FORTUNA eacute de aproximadamente 8 (SIMAtildeO 1998 DONADIO et al 2010) No

CEASA do Recife esta cultivar eacute a preferida devido ao fato de ser uma fruta

carnuda com preccedilo acessiacutevel excelente sabor entre outros fatores

A cultivar GEADA tambeacutem possui fruto piriforme podendo ser ovalado sem

ldquopescoccedilordquo com coloraccedilatildeo verde mais claro que o FORTUNA sua polpa eacute amarela

com a semente aderente seu conteuacutedo de oacuteleo eacute bastante baixo por volta de 35

e a maturaccedilatildeo bastante precoce (TEIXEIRA 1995 KOLLER 2002)

A cultivar MARGARIDA apresenta as caracteriacutesticas da raccedila Guatemalense

como folhas novas com coloraccedilatildeo arroxeada frutos redondos e de casca rugosa

sua polpa eacute verde clara e o caroccedilo eacute pequeno (KOLLER 2002) Segundo BONELLA

(2013) (citado por ALMEIDA 2013) a cultivar MARGARIDA eacute a preferida por

compradores que visam transportar longas distacircncias pois apresenta oacutetima

resistecircncia poacutes-colheita

A QUINTAL eacute outro hiacutebrido das raccedilas Antilhana e Guatemalense seus frutos

satildeo grandes pesam entre 500 e 900 g possui casca verde clara lisa a polpa eacute

amarela e o caroccedilo aderente agrave polpa (TEIXEIRA 1995 KOLLER 2002 DONADIO

2010) O formato da QUINTAL eacute bem piriforme com ldquopescoccedilordquo bastante

proeminente Esta cultivar eacute a preferida no CEASA de Fortaleza por possuir

aparecircncia bonita e brilhosa casca livre de manchas polpa saborosa e etc

Avocado

A denominaccedilatildeo bdquoAvocado‟ tem sido utilizada no paiacutes para identificar as

cultivares de abacate bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ estas cultivares tecircm sido mais valorizadas

pelo seu tamanho diferenciado e alto teor de lipiacutedeos (FRANCISCO e

BAPTISTELLA 2005) apesar de suas reduzidas dimensotildees Contudo sendo fruto

climateacuterico eacute altamente pereciacutevel podendo ser um obstaacuteculo agrave comercializaccedilatildeo

(DAIUTO et al 2010)

As cultivares bdquoFuerte‟ e bdquoHass‟ satildeo oriundas do possiacutevel cruzamento natural

de variedades das raccedilas guatemalense e mexicana (DONADIO 1995) O tipo ‟Hass‟

possui casca aacutespera e formato arredondado Quando estaacute maduro sua casca

apresenta coloraccedilatildeo escurecida Jaacute o tipo ‟Fuerte‟ possui casca verde brilhante e lisa

com formato alongado (JAGUACYR)

16

A cultivar bdquoHass‟ eacute a mais valorizada no mundo apesar de seu tamanho

reduzido o fruto possui alta concentraccedilatildeo de lipiacutedeos Seus frutos podem pesar

entre 149 e 300 gramas (MICKELBART et al 2007 CRIZEL 2008)

Na Califoacuternia adota-se para as cultivares bdquoFuerte‟ e bdquoHass‟ o ponto miacutenimo de

mateacuteria seca adotada para a colheita eacute de 19 e 208 respectivamente (KADER amp

ARPIA 2013) O teor de mateacuteria seca possui elevada correlaccedilatildeo com o niacutevel de oacuteleo

da fruta Essas cultivares satildeo reconhecidas pelos altos niacuteveis de oacuteleo - fator que

possui forte influecircncia na conservaccedilatildeo do sabor

A tabela a seguir apresenta as informaccedilotildees nutricionais obtidas em 50g de

Avocado (JAGUACYR)

TABELA 1 - Informaccedilotildees nutricionais em 50g de avocado FONTE

JAGUACYR

INFORMACcedilOtildeES NUTRICIONAIS AVOCADO (50g)

ENERGIA 301 kj 72 kcal

CARBOIDRATOS 853 g

PROTEIacuteNAS 1 g

GORDURAS TOTAIS 8 g

GORDURA SATURADA 18 g

FIBRA ALIMENTAR 16 g

SOacuteDIO 75 mg

POTAacuteSSIO 485 mg

O Avocado tem 5 vezes menos aacutegua que o abacate comum o que lhe

confere concentraccedilatildeo muito maior de nutrientes A fruta eacute considerada pelos

nutricionistas como sendo uma das que possui maior valor nutricional devido ao fato

de possuir elevadas concentraccedilotildees de vitaminas antioxidantes como A C e E Em

comparaccedilatildeo com a banana a fruta conteacutem ainda trecircs vezes mais vitamina B6 Em

meacutedia o Avocado possui niacutevel de gordura em aproximadamente 20 sendo a

maioria monoinsaturada A gordura monoinsaturada auxilia na reduccedilatildeo no LDL e

promove aumento no HDL o ldquocolesterol bomrdquo (JAGUACYR)

Clima

As variedades da Iacutendia Ocidental e alguns hiacutebridos satildeo melhores adaptados a

regiotildees planas de clima tropical e regiotildees tropicais onde natildeo haacute ocorrecircncia de

17

geadas Por outro lado variedades Mexicanas satildeo mais adaptadas a regiotildees com

temperaturas mais baixas Hiacutebridos de raccedilas Mexicanas x Guatemaltecas

geralmente satildeo mais resistentes ao frio do que as raccedilas hiacutebridas Iacutendias Ocidentais x

Guatemaltecas (CRANE et al 2007)

Solos

O abacateiro eacute uma planta muito sensiacutevel a este fator em especial no que se

refere agrave drenagem e profundidade dos solos (KOLLER 1984) Para esta cultura

recomenda-se solos feacuterteis bem drenados pouco aacutecidos e profundos (SIMAtildeO

1971)

A cultura do abacateiro natildeo tolera solos inundados ou mal drenados

Condiccedilotildees de umidade elevada constante comprometem o desenvolvimento

adequado das plantas pois resultam em deficiecircncia nutricional e em alguns casos

pode provocar a morte da planta devido ao fato de estarem altamente suscetiacuteveis a

infecccedilatildeo por fungos (CRANE et al 2007)

Outro aspecto que deve ser considerado na cultura do abacate eacute a salinidade

devido agrave alta sensibilidade da cultura a este fator que pode provocar a queima da

ponta e borda das folhas e queda da produccedilatildeo (DONADIO 1995)

Doenccedilas e pragas que afetam a cultura do abacate

Apesar de o Brasil possuir excelentes condiccedilotildees para a produccedilatildeo de abacate

a falta de manejos agronocircmicos adequados durante toda a cadeia produtiva do

abacate tem feito com que o Brasil natildeo participe de forma mais eficiente no mercado

mundial do abacate A cultura possui elevada suscetibilidade agrave gomose do

abacateiro podridatildeo da raiz causada por Phytophthora cinnamomi

No Brasil a podridatildeo radicular causada por Phytophthora cinnamomi tem

dizimado plantaccedilotildees de abacateiro reduzindo a longevidade dos pomares

(DONADIO 1995) A doenccedila eacute considerada a mais importante para a cultura do

abacateiro sendo fator limitante para a cultura em todo o mundo (CAMPOS 1988

KOLLER 2002) A seleccedilatildeo de cultivares porta-enxertos resistentes ou tolerantes

controle quiacutemico e manejo do solo satildeo estrateacutegias que reduzem os danos e o

controle desta doenccedila (PEGG et al 2002)

A ocorrecircncia de Phytophthora cinnamomi juntamente com estresses

ambientais faz com que o abacateiro da cultivar ‟Hass‟ produza frutos com

18

dimensotildees muito reduzidas Esses frutos subdimensionados natildeo satildeo

comercializaacuteveis resultando em elevadas perdas financeiras para os produtores

(BRUWER 2007) Empresas como a Westfalia situada na proviacutencia de Limpopo na

Aacutefrica do Sul tecircm testado cultivares de abacate bdquoHass-like‟ para se obter maior

produtividade em regiotildees afetadas pelo P cinnamomi

Algumas das estrateacutegias que visam agrave minimizaccedilatildeo dos danos e o controle da

podridatildeo radicular satildeo por exemplo a utilizaccedilatildeo de cultivares porta-enxertos

resistentes ou tolerantes o uso de controle quiacutemico e praacuteticas especiacuteficas de manejo

do solo (PEGG et al 2002)

No que se refere a barreiras agrave exportaccedilatildeo do abacate a broca-do-abacate

Stenoma catenifer que de acordo com WOLFENBARGER amp COLBURN (1979) eacute

uma praga quarentenaacuteria em vaacuterios paiacuteses tem sido marcante para a produccedilatildeo

deste produto sendo vetada a entrada de lotes contaminados por meio de barreiras

fitossanitaacuterias em paiacuteses como os Estados Unidos da Ameacuterica principal importador

mundial Esta praga tem sido uma ameaccedila extremamente relevante para a produccedilatildeo

nacional de abacate chegando a causar perda de toda a produccedilatildeo (HOHMANN amp

MENEGUIM 1993) De acordo com informaccedilotildees da Universidade da Califoacuternia

(HODDLE UCR) os EUA tecircm desenvolvido protocolos de seguranccedila para impedir

que a doenccedila tenha acesso ao paiacutes por meio de importaccedilotildees de paiacuteses onde a

doenccedila eacute endecircmica Algumas regiotildees brasileiras de cultivo de abacate 100 da

colheita pode estar infestado com S catenifer (Nava et al 2005a) Mesmo com a

aplicaccedilatildeo de inseticidas de largo espectro sendo feitas de 7 a 11 vezes durante uma

uacutenica estaccedilatildeo de crescimento ateacute 60 de frutas podem ser infestados com larvas S

catenifer (Nava et al 2005b)

Para CARVALHO (2015) a exportaccedilatildeo para os EUA pela JAGUACYR eacute

dificultada devido agrave ocorrecircncia de doenccedilas que ocorrem em territoacuterio nacional e que

podem ser exportadas com os produtos

Ocorrida a eclosatildeo a lagarta de primeiro instar desloca-se ao longo do fruto

ateacute encontrar o local adequado para iniciar o ataque As fecircmeas procuram depositar

os ovos no peduacutenculo contudo haacute maior incidecircncia de orifiacutecios na parte inferior do

abacate Ao passo que as lagartas se desenvolvem e vatildeo se alimentando da polpa

do abacate indo em direccedilatildeo ao caroccedilo onde este inseto se aloja e finaliza a fase

larval construindo galerias no interior A lagarta se desenvolve no fruto e transforma-

se em pupa no solo numa profundidade de 05 a 15 cm ou ateacute mesmo no interior

19

dos frutos caiacutedos Dentre as medidas preventivas de controle destaca-se o uso

adequado das cultivares considerando que quanto mais tempo os frutos

permanecem nas plantas maiores seratildeo as perdas O planejamento da colheita deve

ser considerado pois colheitas tardias proporcionam condiccedilotildees favoraacuteveis para o

desenvolvimento da praga no pomar Outra medida preventiva principalmente para

pomares orgacircnicos eacute a cataccedilatildeo e destruiccedilatildeo dos frutos caiacutedos (HOHMANN amp

MENEGUIM 2005)

A verrugose ou sarna do abacateiro causada pelo fungo Sphaceloma

perseae conhecida em 1918 na Floacuterida foi encontrada no Brasil pela primeira vez

em 1938 em Limeira Eacute uma das doenccedilas de elevada importacircncia na cultura do

abacateiro visto que esta doenccedila deprecia a aparecircncia do fruto e pode provocar

tambeacutem queda dos frutos jovens bem como o subdesenvolvimento O fungo ataca

as folhas e os frutos e se desenvolve em condiccedilotildees de umidade elevada Para o

controle desta doenccedila eacute recomendado a utilizaccedilatildeo de variedades que apresentem

resistecircncia sendo necessaacuterio evitar variedades do grupo Guatemalense (PICCININ

amp PASCHOLATI 1997)

Ponto de colheita

O fruto do abacate eacute conhecido por ser climateacuterico isso significa que pode

completar o amadurecimento depois de colhido e apresenta um pico de produccedilatildeo de

etileno sucedido por um pico respiratoacuterio durante o amadurecimento O melhor

indicador de maturidade fisioloacutegica para se concluir se os frutos estatildeo aptos agrave

colheita eacute a porcentagem de mateacuteria seca que possui relaccedilatildeo com o acuacutemulo de

oacuteleo (KADER amp ARPIA 2013 citado por ALMEIDA 2013)

No Brasil a observaccedilatildeo em campo da perda do brilho na casca eacute uma praacutetica

comum para identificar o ponto ideal de colheita (ALMEIDA 2013) Jaacute na Floacuterida

contabilizam-se os dias apoacutes a floraccedilatildeo para se determinar o ponto de colheita

Na cultura do abacateiro os principais iacutendices de qualidade satildeo tamanho cor

da casca formato danos mecacircnicos recentes ou cicatrizados causados por insetos

podridotildees embalagens e transporte inadequados alteraccedilatildeo de sabor devido a

longos periacuteodos de armazenagem na aacutervore ou por colheita antes da maturidade

fisioloacutegica (KADER amp ARPIA 2013 CANTILLANO 2013) No que se refere agrave

alteraccedilatildeo de sabor KADER (2007) comenta que este fator estaacute diretamente ligado

20

ao teor de oacuteleo no fruto Neste sentido cultivares mais tardias oriundas das raccedilas

Guatemalenses e Mexicana possuem maiores teores de oacuteleo

Poacutes colheita

Por ser um fruto climateacuterico com alta taxa respiratoacuteria e elevada produccedilatildeo de

etileno apoacutes a colheita o fruto do abacate eacute altamente pereciacutevel (KADER 1992)

Neste sentido o controle do amadurecimento eacute de extrema importacircncia para se

prolongar a vida uacutetil no poacutes-colheita de frutas objetivando-se a comercializaccedilatildeo no

mercado interno ou externo (KLUGE et al 2002)

Tratando-se de maturaccedilatildeo no poacutes-colheita a manipulaccedilatildeo do etileno eacute uma

teacutecnica utilizada para antecipar ou adiar o processo de maturaccedilatildeo dos frutos O

etileno eacute um gaacutes que se comporta como hormocircnio

No Brasil a comercializaccedilatildeo do abacate em varejo ocorre na maioria das

vezes sem a utilizaccedilatildeo de refrigeraccedilatildeo portanto a utilizaccedilatildeo de tecnologias que

possibilitem a conservaccedilatildeo agrave temperatura ambiente eacute de grande relevacircncia para se

permitir a comercializaccedilatildeo durante um maior tempo apoacutes a colheita atrasando o

amadurecimento dos frutos (KLUGE et al 2002) Daiuto 2010 concluiu que a

refrigeraccedilatildeo foi efetiva na conservaccedilatildeo de frutos de abacate bdquoHass‟

Aleacutem do uso de refrigeraccedilatildeo para retardar o amadurecimento dos frutos

tambeacutem se utiliza o revestimento dos frutos com cera para se reduzir o processo de

respiraccedilatildeo e uso de metilciclopropeno para inibir a produccedilatildeo de etileno gaacutes que

funciona como hormocircnio na maturaccedilatildeo de frutos (Gayet et al 1995 Oliveira et al

2000 KLUGE et al 2002)

A utilizaccedilatildeo de radiaccedilotildees gama em baixos niacuteveis associada a outros

procedimentos no poacutes-colheita eacute mencionada na literatura como excelente meacutetodo

para prolongar a periacuteodo de prateleira das frutas por retardar os processos de

senescecircncia e amadurecimento reduzindo os iacutendices de apodrecimento provocados

por fungos e bacteacuterias (Kaumlferstein e Moy 1993) O problema do uso da radiaccedilatildeo eacute

que esta teacutecnica provoca o escurecimento perda de firmeza do fruto e o surgimento

de depressotildees superficiais (CHITARRA e CHITARRA 2005)

Consumo

Em relaccedilatildeo ao consumo per capita do abacate em 2013 o Meacutexico foi de 90

Kghab enquanto que no Brasil o consumo girava em torno de 301 gramashab

21

por ano em De acordo com dados de 2011 o consumo per capita da fruta em Israel

foi de 50 Kghab o Chile ficou logo atraacutes com 45Kghab por ano e os Estados

Unidos apesar de maior importador apenas 20 Kghab por ano (NAAMANI 2011)

Em alguns paiacuteses da Uniatildeo Europeia chega a ser 1500 gramashab por ano (BNET

2011) De acordo com PUTTI (2014) esta diferenccedila se deve ao fato de que o

consumo do abacate em paiacuteses da Europa vai aleacutem da forma in natura sendo

consumido principalmente na forma de salada aleacutem disso os benefiacutecios da fruta satildeo

mais difundidos do que no Brasil

A fruta eacute consumida de forma diferente ao redor do mundo podendo ser sob

a forma de doce como no Brasil ou em saladas e patecircs como o guacamole

(JAGUACYR) Aleacutem de ser amplamente explorada na induacutestria

Aspectos nutricionais

A tabela a seguir apresenta as informaccedilotildees nutricionais do abacate a partir de

100g da fruta

TABELA 2 - Informaccedilotildees nutricionais do abacate obtidas a partir de 100g

da fruta fonte (FATSECRET)

INFORMACcedilOtildeES NUTRICIONAIS ABACATE

ENERGIA 669 kj 160kal

CARBOIDRATOS 853 g

ACcedilUacuteCAR 066 g

PROTEIacuteNAS 2g

GORDURAS 1466g

GORDURA SATURADA 2126G

GORDURA MONOINSATURADA

9799G

GORDURA POLIINSATURADA 1816

COLESTEROL 0 mg

FIBRAS 77 g

SOacuteDIO 7 mg

POTAacuteSSIO 485 mg

Uma das principais caracteriacutesticas que qualificam o abacate eacute a elevada

quantidade de mateacuteria graxa em sua composiccedilatildeo O fruto eacute conhecido como uma

fruta de alto valor energeacutetico Os aacutecidos graxos (AG) podem ser encontrados na

semente em sua maioria insaturados estes aacutecidos tambeacutem estatildeo presentes no

mesocarpo contudo em concentraccedilotildees diferentes O oacuteleo do abacate eacute um produto

22

explorado na induacutestria farmacecircutica devido ao elevado teor de vitamina E O

produto possui bom valor comercial apesar de natildeo ser tatildeo produzido mundialmente

A quantidade de oacuteleo encontrada no mesocarpo eacute superior ao teor de oacuteleo

encontrado na semente No mesocarpo os teores de aacutecido oleico variam entre

3177 a 5030 jaacute na semente o teor desse aacutecido graxo monoinsaturado varia de

1169 a 3583 (MASSAFERA 2010)

O abacate eacute um alimento rico em aacutecido graxo monoinsaturado oleico Estudos

realizados com aacutecidos graxos monoinsaturados revelam sua importacircncia na

prevenccedilatildeo e tratamento de dislipidemias que estatildeo relacionadas ao

desenvolvimento de doenccedilas cardiovasculares e coronarianas (SOARES e ITO

2000) Os aacutecidos graxos monoinsaturados representados principalmente pelo aacutecido

oleico presente em oacuteleo de oliva e canola possui efeito significativos na prevenccedilatildeo e

tratamento de doenccedilas crocircnicas (LARSEN et al 1999)

Produtos e subprodutos

O oacuteleo obtido a partir da fruta do abacate possui propriedades fiacutesico-quiacutemicas

semelhantes ao oacuteleo de oliva principalmente pela composiccedilatildeo de seus aacutecidos

graxos salientando o aacutecido oleico O oacuteleo de oliva eacute um produto altamente

consumido no paiacutes poreacutem de origem importada e o oacuteleo de abacate possui forte

potencial para substituiacute-lo (MASSAFERA 2010)

Outra forma de aproveitamento do oacuteleo do abacate eacute para a produccedilatildeo de

biodiesel O professor do departamento de Quiacutemica da UNESP Manoel Lima de

Menezes afirma que o abacate tem o teor de oacuteleo que varia entre 5 a 30

proacuteximo ao encontrado na extraccedilatildeo da soja de 18 Segundo o pesquisador um

dos obstaacuteculos eacute ainda o teor de umidade da semente (BIODIESELBR 2013)

Dentre as vantagens do abacate em comparaccedilatildeo com a soja eacute que da fruta eacute

possiacutevel extrair oacuteleo e etanol dois ingredientes baacutesicos para a produccedilatildeo do

biodiesel Outra vantagem eacute que de acordo com Menezes o abacate pode render

ateacute 2800 litros de oacuteleo por hectare contra 400 da soja aleacutem do fato do abacateiro

ser uma planta perene (GIRARDI 2009)

A madeira tambeacutem eacute um produto explorado na cultura do abacateiro na

produccedilatildeo de energia como combustiacutevel (MAISNATUREZA) Outra forma de

aproveitamento de resiacuteduos da cultura eacute a utilizaccedilatildeo do caroccedilo para a produccedilatildeo de

23

tintas a partir do caroccedilo usado para tingir roupas produzindo uma tinta castanho-

arroxeada (TEIXEIRA 1991)

Melhoramento geneacutetico

O desenvolvimento floral bem como a eacutepoca de floraccedilatildeo e o amadurecimento

da fruta satildeo diretamente influenciados por caracteriacutesticas geneacuteticas Essas

caracteriacutesticas podem ser manipuladas com a utilizaccedilatildeo de enxertos porta enxertos

ou a interaccedilatildeo entre eles Neste sentido podem ser utilizados genoacutetipo Mexicano

que pode antecipar a floraccedilatildeo ou Guatemalenses que manteacutem uma floraccedilatildeo meacutedia

ou porta-enxerto das Iacutendias Ocidentais que promovem floraccedilatildeo tardia Estudos tecircm

comprovado que a utilizaccedilatildeo de porta-enxertos do grupo Mexicano antecipam a

floraccedilatildeo entre 4 a 8 semanas antes de pomares de clones de bdquoHass‟ Contudo a

antecipaccedilatildeo de 8 semanas na eacutepoca de floraccedilatildeo promoveu o a antecipaccedilatildeo de

maturaccedilatildeo dos frutos em apenas 3 semanas Como existe uma alta demanda pelo

abacate ‟Hass‟ em todo mundo o uso de cultivares do abacate bdquoHass-like‟ pode ser

de grande interesse para os paiacuteses produtores uma vez que a cultivar bdquoLamb-Hass‟

por exemplo possui a caracteriacutestica de estender a eacutepoca de colheita aumentando

assim a janela de produccedilatildeo da fruta (SCHAFFER et al 2012)

No final dos anos 80 Carlos Meacutendez observou um abacate diferenciado na

regiatildeo de Urupan estado de Michocaacuten Meacutexico A planta encontrada exibia uma

floraccedilatildeo com um comportamento distinto das demais Este abacate bdquoHass-like‟ foi

nomeado localmente de bdquoHass-Mendez‟ e agora eacute conhecido comercialmente como

bdquoHass Carmen‟ (Illsley-Granich 2011) Uma das cultivares de bdquoHass-like‟ que tem

sido utilizada em programas de melhoramento eacute a ldquoSir Prizerdquo

Outra cultivar bdquoHass-like‟ muito importante eacute a bdquoMaluma‟ na Aacutefrica do Sul

Dentre as vantagens desta cultivar em relaccedilatildeo ao bdquoHass‟ apresentadas por ERNST

amp ERNST (2015) estatildeo rendimento elevado precocidade e possibilidade de

aumento na densidade de plantas no pomar de abacateiro

Programas de melhoramento satildeo criados a fim de se incorporar

caracteriacutesticas de resistecircncia a doenccedilas - como os desenvolvidos na Universidade

da Califoacuternia que deram origem a cultivares como por exemplo bdquoGem‟ e bdquoHarvest‟

que possuem excelentes caracteriacutesticas agronocircmicas Dentre estas caracteriacutesticas

se tem aumento da produtividade e resistecircncia agrave podridatildeo radicular

24

A utilizaccedilatildeo de porta-enxertos eacute de suma importacircncia para se aproveitar

melhor o potencial das diferentes culturas seja por aumentar a produtividade ou por

conferir resistecircncia a doenccedilas No final dos anos 70 a podridatildeo causada por

Phytophthora cinnamomi causou grandes prejuiacutezos para a cultura do abacate na

Aacutefrica do Sul Com isso foi necessaacuterio importar da Califoacuternia porta-enxertos

tolerantes agrave podridatildeo radicular propagados vegetativamente a fim de se ter maior

uniformidade geneacutetica para estabelecer novos pomares de abacateiro Durante

muitos anos a cultivar bdquoDuke 7‟ era o uacutenico porta-enxerto que produzia plantas

uniformes produtivas e razoavelmente produtivas era a cultivar bdquoDuke 7‟ Nos anos

80 foi desenvolvida a cultivar bdquoDusa‟ a partir de plantas sobreviventes em pomares

doentes A cultivar desenvolvida pela WESTFALIA apresentou toleracircncia agrave podridatildeo

superior a bdquoDuke 7‟ (KREMER-KOumlHNE 2007)

Na Floacuterida as cultivares mais utilizadas como porta-enxerto satildeo a bdquoLula‟ e

bdquoWaldin‟ devido ao fato dessas variedades conferirem aos pomares de abacate

uniformidade aumentar o vigor e pela produccedilatildeo de sementes (CRANE et al 2007)

No Brasil os pomares comerciais de abacate satildeo implantados sobre porta-

enxertos oriundos de sementes este fator faz com que o tamanho da copa das

plantas seja desuniforme a produccedilatildeo seja afetada bem como a qualidade dos frutos

e a susceptibilidade aos patoacutegenos do solo no qual se destaca Phytophthora

cinnamomi Contudo outros paiacuteses produtores da fruta utilizam porta-enxertos de

melhor qualidade obtidos a partir de clones que possuem resistecircncia a doenccedilas e

tambeacutem conferem uniformidade ao pomar (MORAES 2014)

Certificaccedilatildeo

Devido agrave exigecircncia cada vez maior feita pelos mercados internacionais natildeo eacute

possiacutevel exportar frutas e outros produtos agropecuaacuterios sem que se tenha a

certificaccedilatildeo Um das finalidades da certificaccedilatildeo eacute proteger o diferencial de qualidade

(AGRIANUAL 2012)

A certificaccedilatildeo eacute uma forma de se adquirir vantagem competitiva sustentaacutevel

para concorrer com os grandes produtores mundiais Tendo em vista a exigecircncia de

produtos de qualidade por consumidores cada vez mais frequente eacute necessaacuterio que

o mercado mundial se atente ao alto padratildeo de qualidade fornecido por seus

produtos Com isso programas de qualidade tecircm sido desenvolvidos visando agrave

aplicaccedilatildeo direta nas cadeias de produccedilatildeo em especial na aacuterea de produtos

25

pereciacuteveis como eacute o caso da fruticultura objetivando a aceitaccedilatildeo internacional

(GUEDES et al 2007)

Vaacuterias pesquisas e estudos recentes vecircm colaborando para compreensatildeo da

formaccedilatildeo organizaccedilatildeo e influecircncia das cadeias produtivas de onde surgem

produtos que seguem os padrotildees de qualidade reconhecidos internacionalmente

onde os sistemas de certificaccedilatildeo tecircm papel fundamental

Tratando-se de qualidade os consumidores atuais buscam produtos que

atentem agraves questotildees eacuteticas que abordem temas como meio ambiente e uso de

agrotoacutexicos considerando que a procura por alimentos seguros e saudaacuteveis uma

questatildeo elementar (SINGER e MASON 2007)

Considerando que a sauacutede dos consumidores de alimentos in natura pode ser

afetada a seguranccedila alimentar bem como a qualidade dos produtos deve receber

atenccedilatildeo especial A qualidade dos produtos estaacute vinculada aos procedimentos que

satildeo conduzidos durante cada etapa de produccedilatildeo como por exemplo plantio

colheita processamento industrializaccedilatildeo e comeacutercio (OLIVEIRA 2005)

METODOLOGIA

Tipo de Estudo

Pesquisa Bibliograacutefica eacute desenvolvida a partir de material jaacute elaborado

constituiacutedo de livros e artigos cientiacuteficos (Gil 2008) Portanto o presente trabalho

utilizou-se das ideias do estudo exploratoacuterio feito a partir de pesquisa bibliograacutefica

Com isso este trabalho desenvolveu-se seguindo

1deg FONTES

Foram utilizados artigos que fornecessem informaccedilotildees sobre a cultura do

abacate bem como dados de produccedilatildeo poacutes-colheita e comercializaccedilatildeo e que

abordassem o tema de exportaccedilatildeo

2deg COLETA DE DADOS

Primeiramente foi feita leitura de trabalhos jaacute disponiacuteveis na literatura que

abordassem aspectos de produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo de forma raacutepida e objetiva a

fim de se selecionar o material a ser incluiacutedo no presente trabalho

26

Em seguida foi feita uma leitura seletiva agrupando as informaccedilotildees dos

artigos preacute-selecionados de acordo com o tema registrando as informaccedilotildees

extraiacutedas das fontes em instrumento especiacutefico

3deg ANAacuteLISE E INTERPRETACcedilAtildeO DOS RESULTADOS

Nesta etapa foi realizada uma leitura analiacutetica com a finalidade de ordenar as

informaccedilotildees contidas na literatura disponiacutevel utilizados como fonte para o

desenvolvimento deste trabalho a fim de se elaborar informaccedilotildees que resumissem

as questotildees abordadas nesta pesquisa

RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

ABACATE NO MUNDO

A figura a seguir apresenta dados de produccedilatildeo mundial de abacate (t) em 21

paiacuteses indo de 2004 a 2013 com base nos dados da FAO ndash Organizaccedilatildeo das

Naccedilotildees Unidas para Alimentaccedilatildeo e Agricultura (Food and Agriculture Organization of

the United Nations para a sigla em inglecircs)

27

Figura 2 Produccedilatildeo mundial do abacate (em t) elaborado pelo autor FONTE NOVAGRIM adaptado com dados da FAO

Os paiacuteses produtores de abacate satildeo representados no mapa abaixo onde a

intensidade da coloraccedilatildeo vermelha representa o volume de abacate produzido no

paiacutes quanto mais intenso maior o volume produzido como estaacute destacado o

Meacutexico maior produtor mundial participando com aproximadamente 31 12 de toda

a produccedilatildeo mundial da fruta

Figura 3 - Paiacuteses produtores de abacate ao redor do mundo FONTE FACTFISH

100000

300000

500000

700000

900000

1100000

1300000

1500000

1700000

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013

PRODUCcedilAtildeO MUNDIAL DE ABACATE

MEacuteXICO

INDONEacuteSIA

REP DOM

COLOcircMBIA

BRASIL

EUA

CHILE

PERU

CHINA

28

Em 2004 o maior produtor mundial de abacate foi o Meacutexico participando com

307 de todo o volume produzido mundialmente com cerca de 987000 t Em

segundo lugar poreacutem muito atraacutes com um volume de 221774 t segue a Indoneacutesia

representando apenas 689 Na terceira posiccedilatildeo Repuacuteblica Dominicana 68 e

218790 t e em quarto produzindo 170985 t estava a Colocircmbia com 53

De acordo com os dados de 2013 o Meacutexico continuou liderando o setor

participando com 3112 do total produzido agora com um volume de 1467837 t

Em segundo lugar a Repuacuteblica Dominicana com 821 Colocircmbia 643 e Peru

611 em ordem decrescente (FAOSTAT) Nos uacuteltimos 10 anos a Repuacuteblica

Dominicana saltou para o segundo lugar graccedilas a um aumento de 771 em sua

produccedilatildeo Neste sentido a Colocircmbia alcanccedila a posiccedilatildeo de 3deg colocado devido ao

aumento similar ao da Repuacuteblica Dominicana (774)

O Peru foi o paiacutes que obteve maior destaque pois saiu da oitava posiccedilatildeo

participando com apenas 337 da produccedilatildeo mundial o que representava um

volume de 108460 t em 2004 para a quarta posiccedilatildeo no ranking mundial em 2013

com 611 quando produziu 288387 t a sua participaccedilatildeo no mercado mundial

quase que dobrou nesse periacuteodo O aumento da produccedilatildeo mundial foi de 467

enquanto que o aumento do volume de abacate produzido no Peru foi de 1659

Segundo CARVALHO (2015) a formaccedilatildeo de associaccedilotildees como a PROHASS que

investe no desenvolvimento de tecnologia e marketing para estimular inclusive o

consumo interno podendo ateacute ser um exportador para o Brasil

Aos poucos a China vem participando do mercado do abacate A populaccedilatildeo

do paiacutes ultrapassa 15 bilhotildees de pessoas em algumas aacutereas metropolitanas a

populaccedilatildeo vai de 12 a 45 milhotildees de habitantes Em 2000 a classe meacutedia da China

representava 4 da populaccedilatildeo e hoje chega a 66 Os gastos com alimentaccedilatildeo

tambeacutem acompanham essa mudanccedila de comportamento pois existe nesta classe a

procura por alimentos mais saudaacuteveis Esses fatores tecircm estimulado uma mudanccedila

no consumo de abacate em toda a China (MILLER et al 2015)

Quanto agrave produccedilatildeo do Brasil no Ranking global ocorreu justamente o

contraacuterio o paiacutes saiu da quinta posiccedilatildeo para a oitava ao reduzir 765 da produccedilatildeo

que era de 170895 t em 2004 para 157428 t em 2013 Em 2011 o abacate ficou na

17deg posiccedilatildeo no ranking da produccedilatildeo nacional da fruta ocupando apenas 03 do

montante da produccedilatildeo de frutas frescas muito atraacutes das principais culturas

29

produzidas como a laranja mais produzida participando com 416 do setor

Banana segunda mais importante com 154 e Melancia com 46 em quarto

(IBGEPAM 2011)

O volume de abacate fresco brasileiro exportado foi de 4313 t em 2013 para

5806 toneladas em 2014 resultando num aumento de mais de 37 na receita com

este setor que em 2014 foi de mais de nove milhotildees e meio de doacutelares

(AGRIANUAL 2015)

O graacutefico abaixo apresenta o comportamento do volume em toneladas de

abacate exportado pelos paiacuteses que participam do setor

Figura 4 Volume de abacate (t) exportado pelos paiacuteses exportadores da fruta Elaborado pelo autor FONTE FAO

Em 2013 Meacutexico liderou o setor de exportaccedilatildeo do abacate com um volume

de 563492 toneladas cerca 463 do total exportado no mundo Em segundo lugar

a Holanda com 99 A Holanda eacute um grande importador contudo o paiacutes reexporta

grande parte do volume comprado O Peru merece destaque pois saiu de um

volume exportado de 2209 t (06) em 2000 para 114515 t em 2013 ocupando

94 do volume de abacate exportado o que lhe conferiu a 3deg posiccedilatildeo no ranking

global Em quarto lugar o Chile com 73

A figura a seguir apresenta o comportamento dos principais importadores de

abacate do mundo em 14 anos

0

100000

200000

300000

400000

500000

600000

20002001200220032004200520062007200820092010201120122013

EVOLUCcedilAtildeO DA EXPORTACcedilAtildeO MUNDIAL EM t

MEacuteXICO

CHILE

ESPANHA

AacuteFRICA DO SUL

ISRAEL

HOLANDA

PERU

30

Figura 5 Evoluccedilatildeo do volume (t) importado pelos principais paiacuteses importadores de abacate ELABORADA PELO AUTOR FONTE FAOSTAT

Os principais importadores de fruta como por exemplo o europeu e o norte

americano exigem um padratildeo de qualidade que observem as demandas impostas

pelos consumidores com relaccedilatildeo agrave seguranccedila alimentar e tambeacutem agraves exigecircncias

para certificaccedilatildeo do produto levando em consideraccedilatildeo aspectos ambientais e

sociais aleacutem do local de produccedilatildeo Desta forma produtores de fruta destinadas agrave

exportaccedilatildeo precisaram adaptar suas lavouras para atender agraves exigecircncias dos mais

importantes selos internacionais como o EureGapR e o TNCR (OLIVEIRA 2005) O

maior importador de abacate do mundo satildeo os Estados Unidos (ROCHA 2014)

O volume de abacate importado ao redor do mundo vem crescendo na uacuteltima

deacutecada Os Estados Unidos lideram o montante desde 2007 mais ainda que toda a

Uniatildeo Europeia o volume importado pelo paiacutes cresceu cerca de sete vezes entre

2000 e 2013 Em segundo lugar a Uniatildeo Europeia importando quase 23 menos

A Holanda tambeacutem cresceu muito e hoje ocupa a terceira colocaccedilatildeo no ranking O

Japatildeo e o Canadaacute tiveram consideraacutevel crescimento contudo mantiveram-se na 5deg

e 6deg posiccedilatildeo durante esse periacuteodo

Nos EUA a demanda cresce mais acelerado do que a oferta segundo

CARVALHO (2015) a demanda cresce 12 ao ano enquanto a produccedilatildeo cresce

apenas 4 O paiacutes possui uma poliacutetica de retornar parte dos lucros oriundos da

-

100000

200000

300000

400000

500000

600000

700000

IMPORTACcedilAtildeO DE ABACATE NO MUNDO EM t

EUA

UE

HOLANDA

FRANCcedilA

CANADAacute

REINO UNIDO

31

comercializaccedilatildeo do Avocado no paiacutes com a elaboraccedilatildeo de marketing e o

desenvolvimento de pesquisas que incentivem o aumento do consumo interno

promovendo alimentos como por exemplo o GUACAMOLE alimento muito popular

no paiacutes

Em 2002 os EUA impunham a Lei do Bioterrorismo exigindo que as

empresas que produzem processem armazenem ou processem alimentos voltados

ao consumo humano ou animal devem cumprir normas para comercializar seus

produtos voltados ao consumo humano ou animal precisam cumprir normas para

comercializar seus produtos nos Estados Unidos Eacute necessaacuterio que essas mesmas

empresas possuam registro junto ao governo norte-americano atualizando estas

informaccedilotildees e comunicarem agraves autoridades a chegada de novos carregamentos

alimentares O natildeo cumprimento dessas exigecircncias acarreta na proibiccedilatildeo do

ingresso da carga e possiacutevel retenccedilatildeo da mercadoria com multa para o responsaacutevel

pelo carregamento (MDIC 2006)

Os principais compradores de abacate ‟Hass‟ satildeo os Estados Unidos (20 a

50) UE AUS e o Meacutexico maior produtor e exportador do Avocado participando

com 20 do mercado de Avocado (CARVALHO 2015)

O Brasil participa com apenas 031 do mercado internacional exportando

para o Canadaacute e Holanda CARVALHO (2015) comenta que o Brasil natildeo aproveita

seu potencial de se tornar grande produtor e exportador de Avocado o paiacutes possui

extensa aacuterea e clima variado entre outros fatores que favorecem a produccedilatildeo de

Avocado contudo a produccedilatildeo ainda eacute muito pequena quando comparado com

outros paiacuteses que participam do mercado internacional da fruta

Quanto agrave contribuiccedilatildeo do desenvolvimento de programas de melhoramento

geneacutetico para a consolidaccedilatildeo do Brasil como grande produtor mundial de abacate a

utilizaccedilatildeo de cultivares de bdquoHass-like‟ representa uma excelente opccedilatildeo para

aumentar a safra da cultura no paiacutes devido agrave caracteriacutestica que esta variedade tem

de antecipar a florada ampliando desta forma a janela de produccedilatildeo e aumentando

a competitividade do paiacutes em relaccedilatildeo a outros paiacuteses exportadores da fruta

O graacutefico a seguir ilustra o comportamento das exportaccedilotildees e importaccedilotildees

Brasileiras em 14 anos

32

Figura 6 - Evoluccedilatildeo da exportaccedilatildeo e importaccedilatildeo do abacate (em t) no Brasil em 14 anos Elaborado pelo autor FONTE FAO

Alguns dos principais concorrentes do Brasil tratando-se da exportaccedilatildeo do

Avocado satildeo Aacutefrica do Sul com 3 das exportaccedilotildees Chile com 7 e Peru

representando 10 do mercado internacional de Avocado A safra do Chile ocorre

em eacutepoca proacutexima a do Brasil comeccedilando em agosto e terminando em fevereiro

(CARVALHO 2015) A Boliacutevia apesar de participar com apenas 012 do volume

exportado tem a vantagem de possibilidade de produccedilatildeo o ano todo

O elevado padratildeo de qualidade dos produtos eacute sem duacutevida um fator que

pode fazer com que o Brasil se estabeleccedila no mercado mundial de abacate Esta

praacutetica tem qualificado a Aacutefrica do Sul como um dos principais fornecedores para

paiacuteses da Europa a partir do intenso trabalho desenvolvido pela empresa sem fins

lucrativos WESTFALIA situada no municiacutepio de Limpopo por meio de investimentos

em tecnologia

A tabela a seguir apresenta o periacuteodo do ano em que cada paiacutes exportador de

abacate embarca seus produtos ao redor do mundo

0

500

1000

1500

2000

2500

3000

3500

4000

4500

5000

EXPORTACcedilAtildeO

IMPORTACcedilAtildeO

33

TABELA 3 - Janela de exportaccedilatildeo dos paiacuteses exportadores de abacate

adaptada FONTE WESTFALIASUBSOLE

CALENDAacuteRIO DE EXPORTACcedilAtildeO DE ABACATE lsquoHASSrsquo

jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

BRASIL X X X X X X X X

ARGENTINA X X X

EUA X X X X X X X X X X X X

CHILE X X X X X X X X X X

AFRICA DO SUL X X X X X X X

REP DOMINICANA X X X X X

ISRAEL X X X X X X

PERU X X X X X X X

NOVA ZELAcircNDIA X X X

MEacuteXICO X X X X X X X X X X X X

ESPANHA X X X X X X X

QUEcircNIA X X X X X

AUSTRAacuteLIA X X X X X X X

Os principais destinos do abacate ‟Hass‟ exportado pelo Brasil satildeo Espanha

Itaacutelia Holanda Alemanha e Dinamarca O material exportado segue de navio do

porto de Santos a uma temperatura de 5degC levando ateacute 16 dias no maacuteximo ateacute os

destinos Esse material exportado pelo Brasil possui os certificados GlobalGapR ndash

BRCR ndash BSCIR ndash SedexR ndash SmetaR

Os graacuteficos a seguir apresentam informaccedilotildees sobre a evoluccedilatildeo do da

exportaccedilatildeo do abacate feitos a partir de informaccedilotildees apresentadas no Anuaacuterio

Brasileiro de fruticultura (2004 a 2015) obtidos a partir de dados do Instituto

Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica

34

Figura 7 - Evoluccedilatildeo do volume de abacate exportado pelo brasil (2003 a 2014) Elaborado pelo autor com dados DO ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE AGRICULTURA DE 2004 a 2015 (IBGE)

Figura 8 - Receita com exportaccedilatildeo brasileira de abacate (2003 a 2014) Elaborado pelo autor com dado do ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE AGRICULTURA DE 2004 a 2015 (IBGE)

O volume de abacate exportado pelo Brasil vem crescendo nos uacuteltimos anos

revelando assim a importacircncia do setor para o paiacutes A variaccedilatildeo do volume

exportado de 2008 para 2009 foi de 6282 jaacute de 2009 para 2010 a exportaccedilatildeo

sofreu uma queda de 793 Em 2014 houve um aumento de 3462 no setor em

relaccedilatildeo ao ano anterior (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE FRUTICULTURA) A receita

-

100000

200000

300000

400000

500000

600000

700000

20

03

20

04

20

05

20

06

20

07

20

08

20

09

20

10

20

11

20

12

20

13

20

14

EVOLUCcedilAtildeO DO VOLUME DE ABACATE EXPORTADO PELO BRASIL (2003 a 2014)

VOLUME EXPORTADO (t)

-

20000000

40000000

60000000

80000000

100000000

120000000

20

03

20

04

20

05

20

06

20

07

20

08

20

09

20

10

20

11

20

12

20

13

20

14

RECEITA COM EXPORTACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ABACATE (2003 a 2014)

RECEITA (em USS FOB)

35

obtida a partir da exportaccedilatildeo do abacate tambeacutem acompanha os iacutendices de

crescimento

A Aacutefrica do Sul um dos principais concorrentes do Brasil no setor de

exportaccedilatildeo do Avocado eacute reconhecida por exportar material de alta qualidade para

Europa onde possui escritoacuterios contudo sua produccedilatildeo estaacute estagnada A Westfalia

eacute uma empresa sem fins lucrativos produtora de Avocado na Aacutefrica do Sul

responsaacutevel por desenvolver o mercado de Avocado no paiacutes e investe fortemente

em tecnologia o que colaborou para a atual situaccedilatildeo da Aacutefrica do Sul no setor de

exportaccedilatildeo de Avocado (CARVALHO 2015)

ABACATE NO BRASIL

O Brasil favorecido quando comparado com outros paiacuteses produtores devido

agrave suas dimensotildees continentais o que lhe possibilita ampla variaccedilatildeo de temperaturas

e solos estes fator unido agraves caracteriacutesticas individuais de cada variedade como por

exemplo sazonalidade e exigecircncias nutricionais e de horas de luz Contudo apesar

da aacuterea destinada agrave produccedilatildeo do abacate no Brasil ter reduzido passando de

11605 ha em 2005 para 9559 ha em 2014 reduccedilatildeo de 176 a produccedilatildeo natildeo foi

tatildeo alterada o que evidencia a possibilidade de um aumento na produtividade destas

aacutereas

Atualmente o Brasil ocupa a oitava posiccedilatildeo no ranking global do setor de

produccedilatildeo de abacate E apesar de possuir crescente produtividade o paiacutes ainda

possui excelente potencial produtor e tambeacutem como exportador da fruta Para

aproveitar melhor esse potencial deveriam ser feitos mais investimentos tanto no

que se refere agrave produccedilatildeo como por exemplo melhoramento geneacutetico e adoccedilatildeo de

protocolos de boas praacuteticas agriacutecolas para a obtenccedilatildeo de certificaccedilatildeo quanto no

setor de comercializaccedilatildeo desenvolvendo elevado padratildeo de qualidade da fruta

A tabela a seguir (TABELA 4) apresenta a aacuterea destinada agrave colheita de todas

as variedades de abacate nos principais produtores de abacate e o Distrito Federal

TABELA 4 - Aacuterea destinada agrave colheita (em ha) Elaborada pelo autor

DADOS (IBGE-SIDRA)

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Brasil 11605 10515 9892 9596 8509 11125 10768 9615 9707 9559

Satildeo Paulo 4266 3688 3583 3437 3267 5530 5642 4192 4374 4337

36

Minas Gerais 2865 2254 2326 2223 1854 2202 2134 2309 2416 2373

Paranaacute 1492 1467 1306 1009 1085 1000 944 922 958 930

Cearaacute 493 475 498 497 490 484 477 480 483 498

Rio Grande do Sul 626 619 613 602 584 575 552 499 470 444

Distrito Federal 119 122 109 124 108 111 - 295 160 134

A tabela 5 abaixo apresenta a produccedilatildeo de todas as variedades de abacate

em toneladas dos uacuteltimos 10 anos para os principais estados produtores e o Distrito

Federal

TABELA 5 - Produccedilatildeo nacional de abacate em 10 anos (em t) Elaborada pelo

autor FONTE (IBGESIDRA)

UFANO 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Brasil 169335 164441 154096 147214 139089 153189 160376 159903 157482 156669 1000

Satildeo Paulo 77107 78085 70812 69904 74193 83002 91909 82780 85101 79316 506

Minas Gerais 38777 32812 33436 28016 24772 28522 30975 36669 36571 41259 263

Paranaacute 22265 22575 20425 16537 15919 15824 17304 16705 16309 15784 101

Rio Grande do Sul

8167 7905 7804 7602 6824 6769 6907 5719 5584 5277 34

Cearaacute 5202 4231 4706 4520 4336 4163 3985 2717 2640 3637 23

Distrito Federal 2596 3081 2690 3019 2666 2415 - 6914 3152 3151 20

Em 2014 a aacuterea destinada agrave colheita do abacate no estado do Cearaacute era

superior agrave aacuterea do Rio Grande do Sul contudo a produccedilatildeo no estado do Cearaacute no

mesmo ano foi de 3637 t enquanto que a produccedilatildeo do Rio Grande do Sul foi de

5277 45 maior reforccedilando assim a ideia de que a produtividade no Sul pode ser

maior em relaccedilatildeo agrave regiatildeo Nordeste Este fator pode ser decorrente do uso de

cultivares inadequadas para as condiccedilotildees climaacuteticas da regiatildeo eou pela falta de

adoccedilatildeo de tecnologias modernas e teacutecnicas avanccediladas de produccedilatildeo

No Distrito Federal a produccedilatildeo cresceu 21 nos uacuteltimos 10 anos e hoje

representa 2 da produccedilatildeo nacional Por outro lado Satildeo Paulo que lidera o ranking

com 506 de toda a produccedilatildeo obteve crescimento de apenas 286 Jaacute a

produccedilatildeo do Paranaacute sofreu uma reduccedilatildeo de -291 neste mesmo periacuteodo poreacutem

manteve-se como quarto produtor nacional de abacate Os estados do Cearaacute e Rio

Grande do Sul tambeacutem reduziram sua produtividade nos uacuteltimos 10 anos

acompanhando a reduccedilatildeo nacional que reduziu -74

37

A variaccedilatildeo da produtividade de todas as variedades de abacate dos principais

estados produtores de abacate do Brasil eacute apresentada na TABELA 6 a seguir

TABELA 6 - Variaccedilatildeo (em) da produtividade (t) no Brasil em 10 anos

Elaborada pelo autor FONTE (IBGESIDRA)

VARIACcedilAtildeO () DA PRODUTIVIDADE (t) EM 10 ANOS

ESTADOANO 2005 2014 VARIACcedilAtildeO

PAIacuteS 146 164 123

SAtildeO PAULO 181 183 11

MINAS GERAIS 135 174 289

PARANAacute 149 17 141

RIO GRANDE DO SUL 13 119 -85

CEARAacute 106 73 -311

DISTRITO FEDERAL 218 235 78

De acordo com os dados do IBGE Satildeo Paulo eacute o maior produtor de abacate

do paiacutes Dentre as variedades mais produzidas no estado de Satildeo Paulo estatildeo

bdquoFortuna‟ bdquoGeada‟ bdquoQuintal‟ e bdquoMargarida‟ (DORIZZOTTO 2011)

Abaixo segue TABELA 11 contendo os nuacutemeros de plantas novas e o

nuacutemero de plantas em produccedilatildeo bem como a produccedilatildeo (caixas de 22Kg) no estado

de Satildeo Paulo ao longo de 15 anos

TABELA 7 - Quantidade de peacutes novos peacutes em produccedilatildeo e produccedilatildeo (cx 22kg)

no estado de Satildeo Paulo entre 2000 e 2015 Elaborada pelo autor FONTE

INSTITUTO DE ECONOMIA AGRIacuteCOLA

ANO PEacuteS

NOVOS PEacuteS EM

PRODUCcedilAtildeO

2000 4859400 66157100

2001 4617700 62883700

2002 4742500 55421300

2003 6095000 49740300

2004 5969500 48339500

2005 5131100 46596200

2006 5325600 45869000

2007 3412800 47668000

2008 5007100 40617400

2009 12068600 49971400

2010 8190000 53239000

38

2011 6904500 54780100

2012 7704100 51341600

2013 7002100 59149400

2014 8419800 60996100

2015 9040200 67073800

O graacutefico abaixo apresenta a curva da produtividade obtida a partir da relaccedilatildeo

feita entre a produccedilatildeo e a quantidade de peacutes em produccedilatildeo no estado de Satildeo Paulo

Figura 9 - Produtividade (kgplanta) no estado de Satildeo Paulo desde 2000 elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE ECONOMIA AGRIacuteCOLA

Os dados foram obtidos a partir da relaccedilatildeo feita entre a quantidade de planta

em produccedilatildeo e a quantidade de caixas de 22 Kg produzidas no estado de Satildeo Paulo

desde 2000 Esses dados revelam crescente aumento da produtividade ateacute o ano de

2010 onde a produtividade ultrapassou 168 Kgplanta Jaacute em relaccedilatildeo ao ano de

2011 a produtividade sofreu uma reduccedilatildeo de 10 Depois disso a curva de

produtividade continuou ascendente

A seguinte tabela apresenta a evoluccedilatildeo do preccedilo do abacate comercializado

na CEAGESP durante o ano no periacuteodo de nove anos

90

110

130

150

170

190

20

00

20

01

20

02

20

03

20

04

20

05

20

06

20

07

20

08

20

09

20

10

20

11

20

12

20

13

20

14

20

15

PRODUTIVIDADE DOS PEacuteS DE ABACATE (Kgplanta) EM SP

PRODUTIVIDADE

39

TABELA 8 - Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio (em R$Kg) do abacate FONTE

CEAGESP 2008

ANOMEcircS JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

2007 105 101 1 118 107 109 129 151 159 181 228 279

2008 119 081 084 097 102 11 122 137 149 208 296 326

2009 169 122 132 133 141 141 152 177 217 213 212 235

2010 17 161 165 154 151 151 164 173 202 262 406 316

2011 185 182 183 203 186 204 231 278 308 317 359 369

2012 207 155 151 141 153 164 192 218 242 268 429 485

2013 263 209 216 215 244 265 258 304 347 403 566 498

2014 228 206 231 239 198 2 256 267 301 305 403 538

2015 406 403 386 349 367 397 394 43 - - - -

O graacutefico a seguir resume o comportamento da quantidade de peacutes novos e

em produccedilatildeo no estado de Satildeo Paulo desde o ano 2000

Figura 10 - Evoluccedilatildeo do nuacutemeros de peacutes novos e em produccedilatildeo ao longo de 15 anos no estado de Satildeo Paulo elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE

ECONOMIA AGRIacuteCOLA

A produccedilatildeo (em caixas de 22 Kg) eacute demonstrada no graacutefico abaixo para esse

mesmo periacuteodo

000

10000000

20000000

30000000

40000000

50000000

60000000

70000000

80000000

20002002200420062008201020122014

EVOLUCcedilAtildeO DOS DADOS DO ABACATE EM SAtildeO PAULO

PEacuteS NOVOS

PEacuteS EM PRODUCcedilAtildeO

40

Figura 11 - Evoluccedilatildeo da produccedilatildeo de abacate em caixas de 22kg no estado de Satildeo Paulo em 15 anos elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE

ECONOMIA AGRIacuteCOLA

A sazonalidade do abacate comercial na CEAGESP em Satildeo Paulo

demonstram que o abacate pode ser comercializado praticamente todas as eacutepocas

do ano como apresentado pela tabela

TABELA 9 - Sazonalidade do abacate FONTE CEAGESP 2008

VARIEDADE JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

GEADA X X X X X

FORTUNA X X X X X X X

QUINTAL X X X X X X X

MARGARIDA X X X X X X X X X X

BREDA X X X X X X X X

HASS X X X X X X X X

O Estado de Minas Gerais eacute o segundo maior produtor nacional de abacate

participando do setor com 229 do total produzido A aacuterea no Estado destinada agrave

produccedilatildeo da fruta foi de 23 mil ha A produtividade do estado de Minas em 2012 foi

de 15881 (hgha) (PERFIL DA FRUTA) A produccedilatildeo de abacate no Distrito Federal

em 2013 foi de 3152 toneladas (IBGE) Em Minas a produccedilatildeo concentra-se nas

regiotildees Sul e Sudeste do estado (ALMEIDA 2013)

200000000

250000000

300000000

350000000

400000000

450000000

500000000

550000000

20002002200420062008201020122014

EVOLUCcedilAtildeO NA PRODUCcedilAtildeO DE ABACATE EM SAtildeO PAULO (22Kgcx)

PRODUCcedilAtildeO CX 22Kg

41

Em 2003 o Paranaacute foi o terceiro maior produtor nacional de abacate com uma

aacuterea de aproximadamente 1600ha onde se produziu 26 mil toneladas gerando uma

receita de cerca de R$ 85 milhotildees (HOHMANN amp MENEGUIM 2005)

De acordo com a relaccedilatildeo feita entre os dados de volume de abacate colhido e

de aacuterea destinada agrave produccedilatildeo do IBGESIDRA em 10 anos (2005 agrave 2014) o estado

que sofreu maior reduccedilatildeo da produtividade foi o estado do CEARAacute reduzindo em

31 aproximadamente enquanto que o estado de minas aumentou 289 sua

produtividade O DF apresentou os melhores niacuteveis de produtividade a partir desses

dados

AVOCADO NO BRASIL

A regiatildeo de Bauru em Satildeo Paulo especializou-se na produccedilatildeo dos abacates

‟Hass‟ e bdquoFuerte‟ conhecidos comercialmente como Avocado e satildeo os mais

apreciados pelo mercado internacional (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA

FRUTICULTURA 2008)

O Avocado variedades ‟Hass‟ e bdquoFuerte‟ possui excelentes caracteriacutesticas

nutricionais como por exemplo seu alto teor de lipiacutedeos Aleacutem disso o fruto possui

tamanho reduzido o que facilita o consumo evitando que parte natildeo consumida seja

armazenada Uma das possibilidades de se estimular o consumo interno seria

promover o produto a partir do uso de marketing setor no qual a empresa

JAGUACYR situada no municiacutepio de Bauru ndash SP tem se destacado fornecendo

informaccedilotildees nutricionais e apresentando o alto padratildeo de qualidade da fruta Outro

fator que reduz a oferta do produto no mercado interno eacute a demanda internacional

apesar de impor barreiras e exigirem alto padratildeo de qualidade o produto de

qualidade recebe os melhores preccedilos este fator tambeacutem limita o consumo interno

porque o preccedilo oferecido pelos importadores reflete no preccedilo interno

Outro ponto que deve ser observado para se manter qualidade elevada dos

frutos eacute a escolha adequada do ponto de colheita pois este fator reflete diretamente

no teor de oacuteleo dos frutos que por sua vez eacute responsaacutevel pela conservaccedilatildeo do

sabor Os melhores teores de oacuteleo encontram-se em frutos tardios como nas

variedades obtidas a partir das raccedilas Guatemalenses e Mexicana sendo maior nas

raccedilas Mexicana e menor em cultivares oriunda de raccedilas Guatemalenses como por

exemplo a bdquoHass‟

42

A exportaccedilatildeo brasileira do abacate bdquoHass‟ variedade mais produzida no

mundo era de 100 toneladas por ha em 2004 para 2186 toneladas em 2010

(DORIZZOTTO 2011) Contudo este dado representa apenas 143 do volume de

todo o abacate produzido no paiacutes nesta mesma data mesmo com seus atributos

nutricionais e comerciais

Quando se trata do segmento do mercado do Avocado brasileiro em acircmbito

global a empresa JAGUACYR situada no municiacutepio de Bauru ndash SP com sede na

Holanda eacute de extrema relevacircncia contribuindo com 90 das exportaccedilotildees brasileiras

deste produto com o qual o Brasil ainda comeccedila a participar poreacutem possui

condiccedilotildees favoraacuteveis para crescer no setor (CARVALHO 2015)

O graacutefico a seguir apresentado na Figura 2 demonstra a evoluccedilatildeo da

participaccedilatildeo do Avocado no setor de fruticultura no estado de Satildeo Paulo

Figura 12 - Elaborado pelo autor FONTE CEAGESPSEDES GABRIEL V BITENCOURT DE ALMEIDA

Como apresentado no graacutefico acima o volume de Avocado comercializado na

CEAGESP tem crescido rapidamente vertiginosamente chegando a quase

quadruplicar seu valor em apenas 7 anos

Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio de atacado (R$Kg) de Avocado na CEAGESP de

Satildeo Paulo durante o ano (SP) (Figura 3)

81 74 90

106 133

208

365 378

0

50

100

150

200

250

300

350

400

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

EVOLUCcedilAtildeO DA QUANTIDADE COMERCIALIZADA (T) DE AVOCADO NA CEAGESP DE SAtildeO PAULO (SP)

QUANTIDADE(toneladas)

43

Figura 13 - Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio do avocado na CEAGESP (R$Kg) Elaborado pelo autor FONTES CEAGESP

O graacutefico a seguir demonstra um comparativo da variaccedilatildeo do preccedilo meacutedio do

abacate em relaccedilatildeo ao Avocado durante o ano com base nos dados de nove anos

da CEAGESP (R$Kg)

Figura 14 - Comparativo do preccedilo meacutedio do abacate e do avocado comercializado na ceagesp durante o ano elaborado pelo autor FONTE

CEAGESP

A partir dos dados de 7 anos com a variaccedilatildeo do preccedilo meacutedio do Avocado por

quilo durante o ano pocircde-se observar que os menores valores encontram-se entre

maio e agosto A variaccedilatildeo de preccedilo meacutedio durante o ano chega a ser de R$ 581 o

quilo mais que o dobro entre o maior e menor valor meacutedio encontrado

O graacutefico com o comparativo do preccedilo do abacate com o Avocado (Figura 11)

revela a discrepacircncia da valorizaccedilatildeo entre os dois grupos O valor miacutenimo do

4

6

8

10

12

jan

fev

mar

abr

mai

jun jul

ago

set

ou

t

no

v

dez

EVOLUCcedilAtildeO DO PRECcedilO MEacuteDIO DO AVOCADO NA CEAGESP (R$Kg)

PRECcedilO MEacuteDIO

0

2

4

6

8

10

12

JAN

FEV

MA

R

AB

R

MA

I

JUN

JUL

AG

O

SET

OU

T

NO

V

DEZ

PRECcedilO AVOCADO

PRECcedilO DO ABACATE

44

Avocado eacute de R$ 554 por quilo enquanto que o maior valor encontrado do abacate

chega a R$ 381 uma diferenccedila de quase 50

O CEASA-DF registrou em 2014 um volume comercializado de 397 toneladas

de Avocado enquanto que no ano anterior o volume registrado natildeo passou de 07

toneladas (CEASA-DF)

Apesar de jaacute haver teacutecnicas eficientes e tecnologias modernas disponiacuteveis

para se aperfeiccediloar a produccedilatildeo do abacate a exploraccedilatildeo de novas regiotildees com

potencial produtor para a implantaccedilatildeo de pomares de abacateiro no Brasil eacute um dos

fatores que podem aumentar mais ainda a produccedilatildeo nacional No DF por exemplo

a aacuterea destinada agrave colheita do abacate sofreu uma reduccedilatildeo de mais da metade de

2012 para 2014 muito diferente da forma como havia se comportando desde 2000

quando a aacuterea passou de 85 ha para 111 em 2010 O DF representa apenas 2 da

produccedilatildeo nacional do abacate contudo sua produtividade vem aumentando e de

acordo com os dados do IBGE o DF possui os melhores iacutendices de produtividade do

paiacutes o que pode representar forte potencial da regiatildeo no setor Este fato corrobora

com a ideia de que o Brasil pode aproveitar melhor sua extensatildeo territorial

explorando regiotildees com potencial produtor como o DF por exemplo

CERTIFICACcedilAtildeO

CARVALHO (2015) afirma que para participar do mercado internacional os

produtores devem se atentar agraves exigecircncias internacionais de qualidade e seguranccedila

garantidas por meio de certificaccedilatildeo como GlobalGapR BRCR BRCIR FAIRDRADER

e SEDEX-SMETAR Outro ponto que deve ser adotado pelo Brasil no comeacutercio do

Avocado eacute manter um mercado com preccedilo linear e contiacutenuo Ainda segundo

CARVALHO (2015) produtores que natildeo possuem certificaccedilatildeo no GlobalgapR

recebem menos 10

PRECcedilO PAGO PELA JAGUACYR AO PRODUTOR COM GLOBALGAPR

TABELA 10 - (CARVALHO 2015)

CAT CALIBRE MAR ABR MAI JUN

1 12 A 24 315 322 205 205

2 26 A 32 131 129 130 130

2 12 A 24 284 350 187 187

45

Para o consumidor final o selo GLOBALGAPR natildeo eacute tatildeo notado pois o uso

desta marca eacute praticado entre empresas Contudo sua em sua elaboraccedilatildeo

considerou-se a reduccedilatildeo dos impactos negativos das operaccedilotildees agriacutecolas no meio

ambiente reduzir o uso de insumos quiacutemicos e garantir que assuntos de sauacutede e

seguranccedila dos empregados e bem estar animal sejam observados (GLOBALGAPR

2008)

A GLOBALGAPR serve como um manual no comeacutercio mundial de produtos

agriacutecolas estabelecendo normas voluntaacuterias para sua certificaccedilatildeo Este conjunto de

normas estabelece serve de molde para a conduccedilatildeo de boas praacuteticas agriacutecolas

(BPA) nas atividades agriacutecolas (GLOBALGAPR 2008)

Um dos pontos positivos em se adotar os protocolos de boas praacuteticas

agriacutecolas eacute a prevenccedilatildeo de perdas Pesquisas feitas no setor da fruticultura

concluem que maior parte do desperdiacutecio ocorre no percurso que vai do manuseio

no campo ateacute as centrais de produccedilatildeo (AGRIANUAL 2012) Os iacutendices de perdas da

abaticultura chegam a 34 ao ano (AGRIANUAL 2015)

Eacute de extrema importacircncia desenvolver soacutelidos e eficientes sistemas de

certificaccedilatildeo a fim de assegurar qualidade que atenda as expectativas dos

consumidores permitindo que as empresas ingressem nos mercados globais com

seus produtos (ZEIDAN et al 2008)

A difusatildeo de praacuteticas recomendadas para a obtenccedilatildeo da certificaccedilatildeo

GLOBALGAPR por parte dos produtores de abacate principalmente as variedades

bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ pode estimular o consumo interno por meio da oferta de produtos

de maior qualidade aleacutem de reduzindo perdas e promover o produto no comeacutercio

internacional da fruta Fazendo com que o potencial produtor seja aproveitado ao

maacuteximo uma vez que seguir os protocolos de boas praacuteticas agriacutecolas represente a

reduccedilatildeo de perdas no processo de produccedilatildeo de colheita e de transporte seja por

meio da reduccedilatildeo da incidecircncia de pragas ou por adoccedilatildeo de teacutecnicas e evitem perdas

na conduccedilatildeo da produccedilatildeo dos pomares de abacate

CONCLUSOtildeES

A produccedilatildeo de Avocado cultivares bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ superiores em vaacuterios

aspectos agraves cultivares mais populares no paiacutes tem condiccedilotildees de se desenvolver

amplamente no Brasil tornando-o grande consumidor e exportador da fruta Essa

46

mudanccedila pode ocorrer por meio de incentivos governamentais que incentivem o

registro de produtos para a cultura do abacateiro favorecendo a obtenccedilatildeo de

certificaccedilatildeo bem como o desenvolvimento de centros de pesquisas que

desenvolvam estudos sobre a cultura do abacateiro que promovam a difusatildeo de

tecnologia e com isso estimule a utilizaccedilatildeo de novas aacutereas com potencial produtivo

A transferecircncia de tecnologia tambeacutem pode ser feita por parte de empresas da aacuterea

privada que possuem domiacutenio de teacutecnicas e tecnologias modernas principalmente

por meio da popularizaccedilatildeo da produccedilatildeo de mudas clonais para porta-enxerto Aleacutem

disso devem ser feitas accedilotildees por parte de instituiccedilotildees privadas como o

desenvolvimento do marketing da fruta a fim de divulgar os benefiacutecios do consumo

e a exposiccedilatildeo de novas formas de consumo de abacate pode ser crucial para a

mudanccedila do comportamento do consumidor nacional uma vez que este se atenta

principalmente aos aspectos visuais do abacate

Na poacutes-colheita o controle sobre os processos de maturaccedilatildeo poderia ser

mais bem aproveitado No Brasil a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas de conservaccedilatildeo no poacutes-

colheita de frutas objetiva na maioria das vezes estender o tempo de prateleira

destes produtos Para se aproveitar os elevados preccedilos ofertados em determinadas

eacutepocas os produtores colhem os frutos antes do recomendado para a fruta do

abacateiro o que reduz sua qualidade pois a eacutepoca da colheita influencia

diretamente no teor de oacuteleo fator altamente relacionado com o sabor da fruta Por

outro lado a aceleraccedilatildeo do processo de maturaccedilatildeo por meio do controle de

maturaccedilatildeo permite fornecimento de frutos maduros prontos para o consumo

estimulando assim o consumo no paiacutes Com a entrega regular de frutos maduros

nos supermercados e restaurantes novas formas de consumo da fruta como patecircs

e em saladas poderiam ser facilmente introduzidas no cardaacutepio nacional

47

BIBLIOGRAFIA

ALMEIDA G V B Mercado Atacadista de Abacate e Avocado (CEAGESP) III

Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado Bauru 2015

ALMEIDA G V B O Abacate no mundo e na CEAGESP Todafruta notiacutecia 2011

DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwtodafrutacombrnoticia28119O+ABACATE+NO+MUNDO+NO+BRASIL

+E+NA+CEAGESP gt

ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA FRUTICULTURA 2004 a 2015 DISPONIacuteVEL EM

httpwwwgrupogazcombrtratadaseo_edicao420150320150301_106c8c2f1pdf

4718_2015fruticulturapdfgt

BIODIESELBR DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwbiodieselbrcomnoticiasmateria-

primaoutrasvideo-unesp-transforma-oleo-abacate-biodiesel-060313htm gt

BONELLA J A Classificaccedilatildeo de abacates na CEAGESP Joseacute Alcides Bonella ME

2013

BRUWER T ROOYEN Z VAN PERFORMANCE AND MARKET ACCEPTIBILITY

OF THE HASS-LIKE CULTIVARS GEM AND HARVEST IN SOUTH AFRICA Vi

World Avocado Congress (Actas VI Confreso Mundial del Aguacate) 2007 Vintildea Del

Mar Chile 12 ndash 16 nov 2007 ISBN n 978-956-17-0413-8 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwAvocadosourcecomWAC6enExtenso1b-36pdf gt

CAMPOS J A Cultura racional do abacateiro Satildeo Paulo Iacutecone 1988 150 p

CANTUAacuteRIAS-AVILEacuteS T SILVA S R La induacutestria del aguacate em el Estado de

Satildeo Paulo Brasil actualidad y perspectivas futuras In CONGRESO MUNDIAL DEL

AGUACATE 7 2011 Caims Resuacutemenes Caims Avocado Australia 2011

48

CORREIA R C ARAUJO J L P MOUCO M A do C BRAGA C A

MENDONCcedilA R F de Abacate preferecircncias e mercado CONGRESSO

BRASILEIRO DE FRUTICULTURA 21 2010 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwalicecnptiaembrapabralicebitstreamdoc8700181Moucopdf gt

CARVALHO L F Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado realizaccedilatildeo Jaguacy

Sindicato Rural de Bauru Serviccedilo Nacional de Aprendizagem Rural - SENAR

Faculdades Integradas de Bauru ndash SP 2015

CHITARRA M I F CHITARA A B 2005 Poacutes colheita de frutos e hortaliccedilas

Fiiologia e Manuseio Lavras ESALFAEPE

CRANE J H BALERDI C F MAGUIRE I Avocado Growing in the Florida Home

Landscape University of Florida Circular 1034 one of a series of the Horticultural

Sciences Department Florida Cooperative Extension Service Institute of Food and

Agricultural Sciences University of Florida 1983 Revised 2007

CRIZEL G R MOURA R S OLIVEIRA I R MENDONCcedilA C R B

Caracteriacutesticas fiacutesicas e quiacutemicas de abacates das variedades bdquoQuintal‟ e bdquoHass‟ In

CONGRESSO DE INICIACcedilAtildeO CIENTIacuteFICA 17 ENCONTRO DE POacuteS-

GRADUACcedilAtildeO 10 2008 Pelotas Resumos Pelotas UFPEL 2008

DAIUTO E R VIEITES R L TREMOCOLDI M A RUSSO V C Taxa

respiratoacuteria de abacate bdquoHass‟ submetido a diferentes tratamentos fiacutesicos Revista

Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha Meacutexico v 10 n 2 p 101-109

2010

DAIUTO E R TREMOCOLDI M A VIEITES R L Conservaccedilatildeo poacutes colheita de

abacate bdquoHass‟ irradiado Revista Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha vol

10 n 2 2010

DONADIO L C Abacate para exportaccedilatildeo aspectos teacutecnicos da produccedilatildeo

Brasiacutelia Frupex MAPA 1995 53 p

49

DONADIO L C FERRARI L AVILEacuteS T C Abacate In DONADIO L C (Ed)

Histoacuteria da Fruticultura Paulista Jaboticabal SBF ndash Sociedade Brasileira de

Fruticultura 2010 P 33-63

DORIZZOTTO C D A SAMPAIO A C ICUMA I M et al Avocado production

chain in the state of Satildeo Paulo (Brazil) In Proceedings VII World Avocado Congress

2011 Cairns Anaishellip Cairns Internacional Avocado Society 2011 DISPONIacuteVEL

EM lt

httpworldAvocadocongress2011comuserfilesfileOsvaldo20Kioshi20Yamanis

hi201400-1420pdf gt

ERNST Z R ERNST A A The strategic role of new cultivars A case study of

bdquoMaluma‟ VIII Congreso Mundial de la Palta 2015 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwavocadosourcecomWAC8Section_02EarnstZander2015pdf gt

FACTFISH Avocados production quantity (tons) ndash for all countries DISPONIacuteVEL

EM lt httpwwwfactfishcomstatisticAvocados20production20quantity gt

FAOSTAT 2000 a 2013 DISPONIacuteVEL EM lt httpfaostat3faoorgbrowseTTPE gt

FER B WOLSTENHOLME B N (Ed) The Avocado botany production and

uses Oxon CABI Publ 2002 chap 12 p 299-338

FRANCISCO V L F dos S BAPTISTELLA C S L CULTURA DO ABACATE NO

ESTADO DE SAtildeO PAULO Informaccedilotildees Econocircmicas SP v 35 n5 2005

DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwieaspgovbroutpublicacoespdftec3-0505pdf gt

GAYET J P et al 1995 Abacate para exportaccedilatildeo procedimentos de colheita e

poacutes-colheita FRUPEX Brasiacutelia 37p

GIRARDI G Abacate uma nova opccedilatildeo de biocombustiacutevel Jornal UNESP Bauru

2009 DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwunespbracijornal248energia_bauruphp gt

50

GUEDES M S B SENA M TOLEDO S Certificaccedilatildeo como estrateacutegia competitiva

internacional dos produtores de frutas no Brasil VII Encontro da Sociedade

Brasileira de Economia Ecoloacutegica (ECO-ECO) 28 a 30 de novembro de 2007

Fortaleza Cearaacute

HODDLE M The Avocado Seed Moth Stenoma cateniver Walsingham (Lepdoptera

Elachistidae) Department of Entomology Applied Biological Control Research

DISPONIacuteVEL EM lt httpbiocontrolucredustenomastenomahtml gt

HOHMANN C L MENEGUIM A M A BROCA-DO-ABACATE (Stenoma catenifer)

Aspectos bioloacutegicos comportamento danos e manejo Instituto Agronocircmico do

Paranaacute ndash Londrina ndashPR Informe da Pesquisa n 147 2005

HOHMANN C L MENEGUIM A M Observaccedilotildees preliminares sobre a ocorrecircncia

da broca-do-abacate Stenoma catenifer Wals no Estado do Paranaacute Anais da

Sociedade Entomoloacutegica do Brasil v 22 p 417-419 1993

ILLSLEY-GRANICH C‟Hass‟Carmenrega precocious flowering avocado tree

Agrovim AS de CV Uruapan Michocan Mexico Rob Brokaw Brokaw Nursery Inc

Saticoy California USA Dr Salvador Ochoa-Ascencio University of Michoacan

Uruapan Michoacan Mexico 2011 DISPONIacuteVEL EM lt

httpworldavocadocongress2011comuserfilesfileCarlos20Illsley201410-

1430pdf gt

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA ESTATIacuteSTICA (IBGE) IBGE CIDADES

DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwcidadesibgegovbrcartogramamapaphplang=ampcoduf=53ampcodmun=53

0010ampidtema=136ampcodv=v01ampsearch=distrito-federal|brasilia|sintese-das-

informacoes-2013 gt

KADER A A 1992 Postharvest technology of horticultural crops Okland Univertisy

of California 292p

51

KADER A A ARPIA M L Avocado Recommendations for Maintaining

Postharvest Quality 2013

KADER A A Biologiacutea y Tecnologiacutea Postcosecha un Panorama In KADER A A

Tecnologiacutea Postcosecha de Cultivos Hortofrutiacutecolas 3 Ed Davis University Of

Califoacuternia 2007 Cap 4 p 43-53

KLUGE R A et al Inibiccedilatildeo do amadurecimento de abacate com 1-

metilciclopropeno Pesquisa Agropecuaacuteria Brasileira 37(7)895-901

KOOLER O C Abacaticultura Porto Alegre UFRGS 1992 138p

KOOLER O C ABACATICULTURA Porto Alegre UFRGS 1984 138p

KOLLER O C Abacate produccedilatildeo de mudas instalaccedilatildeo e manejo de pomares

colheita e poacutes-colheita Porto Alegre Cinco Continentes 2002 145 p

KREMER-KOumlHNE S KOumlHNE J S 25 YEARS OF AVOCADO ROOTSTOCK

DEVELOPMENT IN SOUTH AFRICA VI World Avocado Congress Chile 2007

DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwavocadosourcecomWAC6enExtenso1a-8pdf gt

LIPPERT C ALLAMAND M (WESTFALIASUBSOLE) A hystory of

collaboration Rev Subsole Santiago 2007

MAIS NATUREZA ABACATEIRO DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwmaisnaturezacomplantasarvoresabacateiro gt

MARANCA G Fruticultura comercial Manga e Abacate Satildeo Paulo Nobel 1980

p 81-133

MASSAFERA G COSTA T M B OLIVEIRA J E D COMPOSICcedilAtildeO DE AacuteCIDOS

GRAXOS DO OacuteLEO DO MESOCARPO E DA SEMENTE DE CULTIVARES DE

ABACATE (Persea americana MILL) DA REGIAtildeO DE RIBEIRAtildeO PRETO SP)

52

Alim Nutr Araraquara V 21 n 2 p 325-331 abrjun 2010 DISPONIacuteVEL EM lt

http20014571150seerindexphpalimentosarticleview940a20v21n2pdf gt

MDIC Negociaccedilotildees internacionais DISPONIacuteVEL EM

httpwwwdesenvolvimentogovbrsitiosecexnegInternacionaisMedTerrorismoLei

ph p gt

MICKELBART M V BENDER G S WITNEY G W ADAMS C ARPAIA M L

Effects of clonal rootstocks on bdquoHass‟ avocado yield components alternate bearing

and nutrition Journal of Horticultural Schience amp Biotechnology Ashford v 82

n 3 p 460-466 2007

MILLER B BERTELS R PADILLA T WILEMAN R THOMSEN L China the

new frontier VIII World Avocado Congress 2015

MONTENEGRO H W S A cultura do abacateiro Satildeo Paulo Melhoramentos

1951 102p (Criaccedilatildeo e Lavoura n 11)

MORAES A F G Desenvolvimento produccedilatildeo e qualidade de frutos de abacateiro

cv bdquoHass‟ sobre dois porta-enxertos nas condiccedilotildees edafoclimaacuteticas da regiatildeo central

do Estado de Satildeo Paulo Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Ciecircncias Piracicaba 2014

NAAMANI G Global Trends in main Avocado Markets VII World Avocado

Congress Australia 2011

NAVA DE DE LARA HADDAD M PARRA JRP 2005 Exigecircncias teacutermicas

estimativa do nuacutemero de geroccedilotildees de Stenoma catenifer e comprovaccedilatildeo de modelo

em campo Pesq Agropec Bras Brasilia v 40 p 961-967

NAVA DE PARRA JRP COSTA VA GUERRA TM COcircNSOLI FL (2005b)

Population dynamics of Stenoma catenifer(Lepidoptera Elachistidae) and related

larval parasitoids in Minas Gerais Brazil Florida Entomologistv 88p 441-446

53

NOVAGRIM ndash FRESH FRUITS IMPORTER amp VEGETABLE SUPPLIER SINCE

1999 2001-2013 WORLD AVOCADO PRODUCTION DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwnovagrimcomPages2000_2011_Avocado_statistics_ENaspx gt

OLIVEIRA LA A importacircncia das Normas Internacionais para o Comeacutercio da

Fruticultura Brasileira Piracicaba Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Economia Escola

Superior de Agricultura ldquoLuiz de Queirozrdquo Universidade de Satildeo Paulo Piracicaba

2005

OLIVEIRA M A de et al 2000 Ceras para conservaccedilatildeo poacutes colheita de frutos de

abacateiro cultivar Fuerte armazenados em temperatura ambiente Scientia Agriacutecola

Piracicaba 57 (4) 777-780

PASSONI A D NEVES M C M RODRIGUES B B BOTEON M Anaacutelise dos

principais entraves na exportaccedilatildeo de frutas brasileiras CENTRO DE ESTUDOS

AVANCcedilADOS EM ECONOMIA APLICADA (CEPEAESALQ-USP) XLIV

CONGRESSO DA SOBER ndash ldquoQuestotildees Agraacuterias Educaccedilatildeo no Campo e

Desenvolvimentordquo Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia Rural Fortaleza

2006

PEGG K G COATES L M KORSTEN L HARDING R M Foliar fruit and

soilborne diseases In WHILEY A W SCHAF

PERFIL DA FRUTICULTURA 2014 Base de dados 2012 a 2013 Governo de Minas

Gerais Agricultura Pecuaacuteria e Abastecimento 2014

PICCININ E PASCHOLATI S F ldquoDOENCcedilAS DO ABACATEIRO‟ em MANUAL DE

FITOPATOLOGIA Vol 2 Doenccedilas das Plantas Cultivadas Editora Agronocircmica

Ceres Ltda Satildeo Paulo 1997 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwifcursoscombrsistemaadminarquivos07-33-29-

manualfitopatologiapdfpage=10 gt

54

PUTT F F GOacuteES B C CATANEO P F Anaacutelise econocircmica de oferta e demanda

do abacate na alta paulista X Foacuterum Ambiental da Alta Paulista v 10 n 7 2014

pp 158-169

ROCHA I L Nuacutemeros do abacate HORTIESCOLHA Instituto Brasileiro de

Qualidade em Horticultura DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwhortibrasilorgbrjnwindexphpoption=com_contentampview=articleampid=120

9numeros-do-abacate-ampcatid=50comercializacaoampItemid=82 gt

SANTO N T Manejo da vegetaccedilatildeo intercalar para obtenccedilatildeo de cobertura morta na

cultura do abacateiro visando minimizar os danos causados por Phytophthora

cinnamomi Dissertaccedilatildeo de mestrado em Fitotecnia Piracicaba 2014

SCHAFFER B WOLSTENJOLME B N WHILEY A W The avocado botany

production and uses 560 p 2012 DISPONIacuteVEL EM lt

httpsbooksgooglecombrbooksid=r0hpRJca3zECamppg=PA83amplpg=PA83ampdq=Th

e+Avocado+botany+production+and+uses+hass-

likeampsource=blampots=oqc5OBsbmVampsig=5gDWWPIMYRBW9cH3yYuWh-ldd-8amphl=pt-

BRampsa=Xampved=0ahUKEwj_yPbgsoTKAhUGDpAKHZTrCWEQ6AEIPDADv=onepag

eampqampf=false gt

SCIENCIA I Certificaccedilatildeo GLOBALGAP e impactos ambientais em agroinduacutestrias de

alimentos Dissertaccedilatildeo de Poacutes-Graduaccedilatildeo Araraquara SP 2010 lt

mlthttpwwwecoecoorgbrconteudopublicacoesencontrosvii_envii_enc_ecohtm

gt

SIMAtildeO S Manual de Fruticultura Satildeo Paulo Editora Agronocircmica Ceres 1971

530p p 147-169

SINGER P MASON J Eacutetica da alimentaccedilatildeo como nossos haacutebitos alimentares

influenciam o meio ambiente e o nosso bem estar Rio de Janeiro Elsevier 2007

SOARES H F ITO M K O AacuteCIDO GRAXO MONOINSATURADO DO ABACATE

NO CONTROLE DE DISLIPIDEMIAS Ver Ciecircnc Meacuted Campinas P 47-51 2000

55

DISPONIacuteVEL EM lt httpperiodicospuc-

campinasedubrseerindexphpcienciasmedicasarticleviewFile13301304 gt

TEIXEIRA C G Cultura In ITAL ndash INSTITUTO DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS

(Campinas) Abacate Cultura mateacuteria-prima processamento e aspectos

econocircmicos 2 Ed Campinas Instituto Campineiro de Ensino Agriacutecola 1995 Cap 1

p 1-54 (Frutas Tropicais)

TEIXEIRA C G Cultura do abacate In TEIXEIRA C G et al ABACATE cultura

mateacuteria prima processamento e aspectos econocircmicos 2deg ed Seacuterie Fruas Tropicais

ndeg8 ITAL Campinas 1991 250p

WATANABE H S Caracteriacutesticas de cultivares de abacate CEAGESPS ndash

Companhia de Entrepostos e Armazeacutens Gerais de Satildeo Paulo 2013

WOLFENBARGER D O COLBURN B The Stenoma catenifer a serious Avocado

pest Proceedings of Florida State Horticulture Society v 92 p 315-318 1979

ZEIDAN R SEIXAS P ABRANCHES L COSTA D MEIRELLES F Certificaccedilatildeo

na cadeia produtiva de alimentos e as barreiras teacutecnicas agrave exportaccedilatildeo Simpoacutesio de

excelecircncia e gestatildeo e tecnologia ndash SEGeT 2008 Resende

Page 15: EVOLUÇÃO DA PRODUÇÃO MUNDIAL E NACIONAL …...RESUMO O abacateiro, Persea americana, é uma cultura muito importante em vários países, devido ao volume comercializado da fruta

15

FORTUNA eacute de aproximadamente 8 (SIMAtildeO 1998 DONADIO et al 2010) No

CEASA do Recife esta cultivar eacute a preferida devido ao fato de ser uma fruta

carnuda com preccedilo acessiacutevel excelente sabor entre outros fatores

A cultivar GEADA tambeacutem possui fruto piriforme podendo ser ovalado sem

ldquopescoccedilordquo com coloraccedilatildeo verde mais claro que o FORTUNA sua polpa eacute amarela

com a semente aderente seu conteuacutedo de oacuteleo eacute bastante baixo por volta de 35

e a maturaccedilatildeo bastante precoce (TEIXEIRA 1995 KOLLER 2002)

A cultivar MARGARIDA apresenta as caracteriacutesticas da raccedila Guatemalense

como folhas novas com coloraccedilatildeo arroxeada frutos redondos e de casca rugosa

sua polpa eacute verde clara e o caroccedilo eacute pequeno (KOLLER 2002) Segundo BONELLA

(2013) (citado por ALMEIDA 2013) a cultivar MARGARIDA eacute a preferida por

compradores que visam transportar longas distacircncias pois apresenta oacutetima

resistecircncia poacutes-colheita

A QUINTAL eacute outro hiacutebrido das raccedilas Antilhana e Guatemalense seus frutos

satildeo grandes pesam entre 500 e 900 g possui casca verde clara lisa a polpa eacute

amarela e o caroccedilo aderente agrave polpa (TEIXEIRA 1995 KOLLER 2002 DONADIO

2010) O formato da QUINTAL eacute bem piriforme com ldquopescoccedilordquo bastante

proeminente Esta cultivar eacute a preferida no CEASA de Fortaleza por possuir

aparecircncia bonita e brilhosa casca livre de manchas polpa saborosa e etc

Avocado

A denominaccedilatildeo bdquoAvocado‟ tem sido utilizada no paiacutes para identificar as

cultivares de abacate bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ estas cultivares tecircm sido mais valorizadas

pelo seu tamanho diferenciado e alto teor de lipiacutedeos (FRANCISCO e

BAPTISTELLA 2005) apesar de suas reduzidas dimensotildees Contudo sendo fruto

climateacuterico eacute altamente pereciacutevel podendo ser um obstaacuteculo agrave comercializaccedilatildeo

(DAIUTO et al 2010)

As cultivares bdquoFuerte‟ e bdquoHass‟ satildeo oriundas do possiacutevel cruzamento natural

de variedades das raccedilas guatemalense e mexicana (DONADIO 1995) O tipo ‟Hass‟

possui casca aacutespera e formato arredondado Quando estaacute maduro sua casca

apresenta coloraccedilatildeo escurecida Jaacute o tipo ‟Fuerte‟ possui casca verde brilhante e lisa

com formato alongado (JAGUACYR)

16

A cultivar bdquoHass‟ eacute a mais valorizada no mundo apesar de seu tamanho

reduzido o fruto possui alta concentraccedilatildeo de lipiacutedeos Seus frutos podem pesar

entre 149 e 300 gramas (MICKELBART et al 2007 CRIZEL 2008)

Na Califoacuternia adota-se para as cultivares bdquoFuerte‟ e bdquoHass‟ o ponto miacutenimo de

mateacuteria seca adotada para a colheita eacute de 19 e 208 respectivamente (KADER amp

ARPIA 2013) O teor de mateacuteria seca possui elevada correlaccedilatildeo com o niacutevel de oacuteleo

da fruta Essas cultivares satildeo reconhecidas pelos altos niacuteveis de oacuteleo - fator que

possui forte influecircncia na conservaccedilatildeo do sabor

A tabela a seguir apresenta as informaccedilotildees nutricionais obtidas em 50g de

Avocado (JAGUACYR)

TABELA 1 - Informaccedilotildees nutricionais em 50g de avocado FONTE

JAGUACYR

INFORMACcedilOtildeES NUTRICIONAIS AVOCADO (50g)

ENERGIA 301 kj 72 kcal

CARBOIDRATOS 853 g

PROTEIacuteNAS 1 g

GORDURAS TOTAIS 8 g

GORDURA SATURADA 18 g

FIBRA ALIMENTAR 16 g

SOacuteDIO 75 mg

POTAacuteSSIO 485 mg

O Avocado tem 5 vezes menos aacutegua que o abacate comum o que lhe

confere concentraccedilatildeo muito maior de nutrientes A fruta eacute considerada pelos

nutricionistas como sendo uma das que possui maior valor nutricional devido ao fato

de possuir elevadas concentraccedilotildees de vitaminas antioxidantes como A C e E Em

comparaccedilatildeo com a banana a fruta conteacutem ainda trecircs vezes mais vitamina B6 Em

meacutedia o Avocado possui niacutevel de gordura em aproximadamente 20 sendo a

maioria monoinsaturada A gordura monoinsaturada auxilia na reduccedilatildeo no LDL e

promove aumento no HDL o ldquocolesterol bomrdquo (JAGUACYR)

Clima

As variedades da Iacutendia Ocidental e alguns hiacutebridos satildeo melhores adaptados a

regiotildees planas de clima tropical e regiotildees tropicais onde natildeo haacute ocorrecircncia de

17

geadas Por outro lado variedades Mexicanas satildeo mais adaptadas a regiotildees com

temperaturas mais baixas Hiacutebridos de raccedilas Mexicanas x Guatemaltecas

geralmente satildeo mais resistentes ao frio do que as raccedilas hiacutebridas Iacutendias Ocidentais x

Guatemaltecas (CRANE et al 2007)

Solos

O abacateiro eacute uma planta muito sensiacutevel a este fator em especial no que se

refere agrave drenagem e profundidade dos solos (KOLLER 1984) Para esta cultura

recomenda-se solos feacuterteis bem drenados pouco aacutecidos e profundos (SIMAtildeO

1971)

A cultura do abacateiro natildeo tolera solos inundados ou mal drenados

Condiccedilotildees de umidade elevada constante comprometem o desenvolvimento

adequado das plantas pois resultam em deficiecircncia nutricional e em alguns casos

pode provocar a morte da planta devido ao fato de estarem altamente suscetiacuteveis a

infecccedilatildeo por fungos (CRANE et al 2007)

Outro aspecto que deve ser considerado na cultura do abacate eacute a salinidade

devido agrave alta sensibilidade da cultura a este fator que pode provocar a queima da

ponta e borda das folhas e queda da produccedilatildeo (DONADIO 1995)

Doenccedilas e pragas que afetam a cultura do abacate

Apesar de o Brasil possuir excelentes condiccedilotildees para a produccedilatildeo de abacate

a falta de manejos agronocircmicos adequados durante toda a cadeia produtiva do

abacate tem feito com que o Brasil natildeo participe de forma mais eficiente no mercado

mundial do abacate A cultura possui elevada suscetibilidade agrave gomose do

abacateiro podridatildeo da raiz causada por Phytophthora cinnamomi

No Brasil a podridatildeo radicular causada por Phytophthora cinnamomi tem

dizimado plantaccedilotildees de abacateiro reduzindo a longevidade dos pomares

(DONADIO 1995) A doenccedila eacute considerada a mais importante para a cultura do

abacateiro sendo fator limitante para a cultura em todo o mundo (CAMPOS 1988

KOLLER 2002) A seleccedilatildeo de cultivares porta-enxertos resistentes ou tolerantes

controle quiacutemico e manejo do solo satildeo estrateacutegias que reduzem os danos e o

controle desta doenccedila (PEGG et al 2002)

A ocorrecircncia de Phytophthora cinnamomi juntamente com estresses

ambientais faz com que o abacateiro da cultivar ‟Hass‟ produza frutos com

18

dimensotildees muito reduzidas Esses frutos subdimensionados natildeo satildeo

comercializaacuteveis resultando em elevadas perdas financeiras para os produtores

(BRUWER 2007) Empresas como a Westfalia situada na proviacutencia de Limpopo na

Aacutefrica do Sul tecircm testado cultivares de abacate bdquoHass-like‟ para se obter maior

produtividade em regiotildees afetadas pelo P cinnamomi

Algumas das estrateacutegias que visam agrave minimizaccedilatildeo dos danos e o controle da

podridatildeo radicular satildeo por exemplo a utilizaccedilatildeo de cultivares porta-enxertos

resistentes ou tolerantes o uso de controle quiacutemico e praacuteticas especiacuteficas de manejo

do solo (PEGG et al 2002)

No que se refere a barreiras agrave exportaccedilatildeo do abacate a broca-do-abacate

Stenoma catenifer que de acordo com WOLFENBARGER amp COLBURN (1979) eacute

uma praga quarentenaacuteria em vaacuterios paiacuteses tem sido marcante para a produccedilatildeo

deste produto sendo vetada a entrada de lotes contaminados por meio de barreiras

fitossanitaacuterias em paiacuteses como os Estados Unidos da Ameacuterica principal importador

mundial Esta praga tem sido uma ameaccedila extremamente relevante para a produccedilatildeo

nacional de abacate chegando a causar perda de toda a produccedilatildeo (HOHMANN amp

MENEGUIM 1993) De acordo com informaccedilotildees da Universidade da Califoacuternia

(HODDLE UCR) os EUA tecircm desenvolvido protocolos de seguranccedila para impedir

que a doenccedila tenha acesso ao paiacutes por meio de importaccedilotildees de paiacuteses onde a

doenccedila eacute endecircmica Algumas regiotildees brasileiras de cultivo de abacate 100 da

colheita pode estar infestado com S catenifer (Nava et al 2005a) Mesmo com a

aplicaccedilatildeo de inseticidas de largo espectro sendo feitas de 7 a 11 vezes durante uma

uacutenica estaccedilatildeo de crescimento ateacute 60 de frutas podem ser infestados com larvas S

catenifer (Nava et al 2005b)

Para CARVALHO (2015) a exportaccedilatildeo para os EUA pela JAGUACYR eacute

dificultada devido agrave ocorrecircncia de doenccedilas que ocorrem em territoacuterio nacional e que

podem ser exportadas com os produtos

Ocorrida a eclosatildeo a lagarta de primeiro instar desloca-se ao longo do fruto

ateacute encontrar o local adequado para iniciar o ataque As fecircmeas procuram depositar

os ovos no peduacutenculo contudo haacute maior incidecircncia de orifiacutecios na parte inferior do

abacate Ao passo que as lagartas se desenvolvem e vatildeo se alimentando da polpa

do abacate indo em direccedilatildeo ao caroccedilo onde este inseto se aloja e finaliza a fase

larval construindo galerias no interior A lagarta se desenvolve no fruto e transforma-

se em pupa no solo numa profundidade de 05 a 15 cm ou ateacute mesmo no interior

19

dos frutos caiacutedos Dentre as medidas preventivas de controle destaca-se o uso

adequado das cultivares considerando que quanto mais tempo os frutos

permanecem nas plantas maiores seratildeo as perdas O planejamento da colheita deve

ser considerado pois colheitas tardias proporcionam condiccedilotildees favoraacuteveis para o

desenvolvimento da praga no pomar Outra medida preventiva principalmente para

pomares orgacircnicos eacute a cataccedilatildeo e destruiccedilatildeo dos frutos caiacutedos (HOHMANN amp

MENEGUIM 2005)

A verrugose ou sarna do abacateiro causada pelo fungo Sphaceloma

perseae conhecida em 1918 na Floacuterida foi encontrada no Brasil pela primeira vez

em 1938 em Limeira Eacute uma das doenccedilas de elevada importacircncia na cultura do

abacateiro visto que esta doenccedila deprecia a aparecircncia do fruto e pode provocar

tambeacutem queda dos frutos jovens bem como o subdesenvolvimento O fungo ataca

as folhas e os frutos e se desenvolve em condiccedilotildees de umidade elevada Para o

controle desta doenccedila eacute recomendado a utilizaccedilatildeo de variedades que apresentem

resistecircncia sendo necessaacuterio evitar variedades do grupo Guatemalense (PICCININ

amp PASCHOLATI 1997)

Ponto de colheita

O fruto do abacate eacute conhecido por ser climateacuterico isso significa que pode

completar o amadurecimento depois de colhido e apresenta um pico de produccedilatildeo de

etileno sucedido por um pico respiratoacuterio durante o amadurecimento O melhor

indicador de maturidade fisioloacutegica para se concluir se os frutos estatildeo aptos agrave

colheita eacute a porcentagem de mateacuteria seca que possui relaccedilatildeo com o acuacutemulo de

oacuteleo (KADER amp ARPIA 2013 citado por ALMEIDA 2013)

No Brasil a observaccedilatildeo em campo da perda do brilho na casca eacute uma praacutetica

comum para identificar o ponto ideal de colheita (ALMEIDA 2013) Jaacute na Floacuterida

contabilizam-se os dias apoacutes a floraccedilatildeo para se determinar o ponto de colheita

Na cultura do abacateiro os principais iacutendices de qualidade satildeo tamanho cor

da casca formato danos mecacircnicos recentes ou cicatrizados causados por insetos

podridotildees embalagens e transporte inadequados alteraccedilatildeo de sabor devido a

longos periacuteodos de armazenagem na aacutervore ou por colheita antes da maturidade

fisioloacutegica (KADER amp ARPIA 2013 CANTILLANO 2013) No que se refere agrave

alteraccedilatildeo de sabor KADER (2007) comenta que este fator estaacute diretamente ligado

20

ao teor de oacuteleo no fruto Neste sentido cultivares mais tardias oriundas das raccedilas

Guatemalenses e Mexicana possuem maiores teores de oacuteleo

Poacutes colheita

Por ser um fruto climateacuterico com alta taxa respiratoacuteria e elevada produccedilatildeo de

etileno apoacutes a colheita o fruto do abacate eacute altamente pereciacutevel (KADER 1992)

Neste sentido o controle do amadurecimento eacute de extrema importacircncia para se

prolongar a vida uacutetil no poacutes-colheita de frutas objetivando-se a comercializaccedilatildeo no

mercado interno ou externo (KLUGE et al 2002)

Tratando-se de maturaccedilatildeo no poacutes-colheita a manipulaccedilatildeo do etileno eacute uma

teacutecnica utilizada para antecipar ou adiar o processo de maturaccedilatildeo dos frutos O

etileno eacute um gaacutes que se comporta como hormocircnio

No Brasil a comercializaccedilatildeo do abacate em varejo ocorre na maioria das

vezes sem a utilizaccedilatildeo de refrigeraccedilatildeo portanto a utilizaccedilatildeo de tecnologias que

possibilitem a conservaccedilatildeo agrave temperatura ambiente eacute de grande relevacircncia para se

permitir a comercializaccedilatildeo durante um maior tempo apoacutes a colheita atrasando o

amadurecimento dos frutos (KLUGE et al 2002) Daiuto 2010 concluiu que a

refrigeraccedilatildeo foi efetiva na conservaccedilatildeo de frutos de abacate bdquoHass‟

Aleacutem do uso de refrigeraccedilatildeo para retardar o amadurecimento dos frutos

tambeacutem se utiliza o revestimento dos frutos com cera para se reduzir o processo de

respiraccedilatildeo e uso de metilciclopropeno para inibir a produccedilatildeo de etileno gaacutes que

funciona como hormocircnio na maturaccedilatildeo de frutos (Gayet et al 1995 Oliveira et al

2000 KLUGE et al 2002)

A utilizaccedilatildeo de radiaccedilotildees gama em baixos niacuteveis associada a outros

procedimentos no poacutes-colheita eacute mencionada na literatura como excelente meacutetodo

para prolongar a periacuteodo de prateleira das frutas por retardar os processos de

senescecircncia e amadurecimento reduzindo os iacutendices de apodrecimento provocados

por fungos e bacteacuterias (Kaumlferstein e Moy 1993) O problema do uso da radiaccedilatildeo eacute

que esta teacutecnica provoca o escurecimento perda de firmeza do fruto e o surgimento

de depressotildees superficiais (CHITARRA e CHITARRA 2005)

Consumo

Em relaccedilatildeo ao consumo per capita do abacate em 2013 o Meacutexico foi de 90

Kghab enquanto que no Brasil o consumo girava em torno de 301 gramashab

21

por ano em De acordo com dados de 2011 o consumo per capita da fruta em Israel

foi de 50 Kghab o Chile ficou logo atraacutes com 45Kghab por ano e os Estados

Unidos apesar de maior importador apenas 20 Kghab por ano (NAAMANI 2011)

Em alguns paiacuteses da Uniatildeo Europeia chega a ser 1500 gramashab por ano (BNET

2011) De acordo com PUTTI (2014) esta diferenccedila se deve ao fato de que o

consumo do abacate em paiacuteses da Europa vai aleacutem da forma in natura sendo

consumido principalmente na forma de salada aleacutem disso os benefiacutecios da fruta satildeo

mais difundidos do que no Brasil

A fruta eacute consumida de forma diferente ao redor do mundo podendo ser sob

a forma de doce como no Brasil ou em saladas e patecircs como o guacamole

(JAGUACYR) Aleacutem de ser amplamente explorada na induacutestria

Aspectos nutricionais

A tabela a seguir apresenta as informaccedilotildees nutricionais do abacate a partir de

100g da fruta

TABELA 2 - Informaccedilotildees nutricionais do abacate obtidas a partir de 100g

da fruta fonte (FATSECRET)

INFORMACcedilOtildeES NUTRICIONAIS ABACATE

ENERGIA 669 kj 160kal

CARBOIDRATOS 853 g

ACcedilUacuteCAR 066 g

PROTEIacuteNAS 2g

GORDURAS 1466g

GORDURA SATURADA 2126G

GORDURA MONOINSATURADA

9799G

GORDURA POLIINSATURADA 1816

COLESTEROL 0 mg

FIBRAS 77 g

SOacuteDIO 7 mg

POTAacuteSSIO 485 mg

Uma das principais caracteriacutesticas que qualificam o abacate eacute a elevada

quantidade de mateacuteria graxa em sua composiccedilatildeo O fruto eacute conhecido como uma

fruta de alto valor energeacutetico Os aacutecidos graxos (AG) podem ser encontrados na

semente em sua maioria insaturados estes aacutecidos tambeacutem estatildeo presentes no

mesocarpo contudo em concentraccedilotildees diferentes O oacuteleo do abacate eacute um produto

22

explorado na induacutestria farmacecircutica devido ao elevado teor de vitamina E O

produto possui bom valor comercial apesar de natildeo ser tatildeo produzido mundialmente

A quantidade de oacuteleo encontrada no mesocarpo eacute superior ao teor de oacuteleo

encontrado na semente No mesocarpo os teores de aacutecido oleico variam entre

3177 a 5030 jaacute na semente o teor desse aacutecido graxo monoinsaturado varia de

1169 a 3583 (MASSAFERA 2010)

O abacate eacute um alimento rico em aacutecido graxo monoinsaturado oleico Estudos

realizados com aacutecidos graxos monoinsaturados revelam sua importacircncia na

prevenccedilatildeo e tratamento de dislipidemias que estatildeo relacionadas ao

desenvolvimento de doenccedilas cardiovasculares e coronarianas (SOARES e ITO

2000) Os aacutecidos graxos monoinsaturados representados principalmente pelo aacutecido

oleico presente em oacuteleo de oliva e canola possui efeito significativos na prevenccedilatildeo e

tratamento de doenccedilas crocircnicas (LARSEN et al 1999)

Produtos e subprodutos

O oacuteleo obtido a partir da fruta do abacate possui propriedades fiacutesico-quiacutemicas

semelhantes ao oacuteleo de oliva principalmente pela composiccedilatildeo de seus aacutecidos

graxos salientando o aacutecido oleico O oacuteleo de oliva eacute um produto altamente

consumido no paiacutes poreacutem de origem importada e o oacuteleo de abacate possui forte

potencial para substituiacute-lo (MASSAFERA 2010)

Outra forma de aproveitamento do oacuteleo do abacate eacute para a produccedilatildeo de

biodiesel O professor do departamento de Quiacutemica da UNESP Manoel Lima de

Menezes afirma que o abacate tem o teor de oacuteleo que varia entre 5 a 30

proacuteximo ao encontrado na extraccedilatildeo da soja de 18 Segundo o pesquisador um

dos obstaacuteculos eacute ainda o teor de umidade da semente (BIODIESELBR 2013)

Dentre as vantagens do abacate em comparaccedilatildeo com a soja eacute que da fruta eacute

possiacutevel extrair oacuteleo e etanol dois ingredientes baacutesicos para a produccedilatildeo do

biodiesel Outra vantagem eacute que de acordo com Menezes o abacate pode render

ateacute 2800 litros de oacuteleo por hectare contra 400 da soja aleacutem do fato do abacateiro

ser uma planta perene (GIRARDI 2009)

A madeira tambeacutem eacute um produto explorado na cultura do abacateiro na

produccedilatildeo de energia como combustiacutevel (MAISNATUREZA) Outra forma de

aproveitamento de resiacuteduos da cultura eacute a utilizaccedilatildeo do caroccedilo para a produccedilatildeo de

23

tintas a partir do caroccedilo usado para tingir roupas produzindo uma tinta castanho-

arroxeada (TEIXEIRA 1991)

Melhoramento geneacutetico

O desenvolvimento floral bem como a eacutepoca de floraccedilatildeo e o amadurecimento

da fruta satildeo diretamente influenciados por caracteriacutesticas geneacuteticas Essas

caracteriacutesticas podem ser manipuladas com a utilizaccedilatildeo de enxertos porta enxertos

ou a interaccedilatildeo entre eles Neste sentido podem ser utilizados genoacutetipo Mexicano

que pode antecipar a floraccedilatildeo ou Guatemalenses que manteacutem uma floraccedilatildeo meacutedia

ou porta-enxerto das Iacutendias Ocidentais que promovem floraccedilatildeo tardia Estudos tecircm

comprovado que a utilizaccedilatildeo de porta-enxertos do grupo Mexicano antecipam a

floraccedilatildeo entre 4 a 8 semanas antes de pomares de clones de bdquoHass‟ Contudo a

antecipaccedilatildeo de 8 semanas na eacutepoca de floraccedilatildeo promoveu o a antecipaccedilatildeo de

maturaccedilatildeo dos frutos em apenas 3 semanas Como existe uma alta demanda pelo

abacate ‟Hass‟ em todo mundo o uso de cultivares do abacate bdquoHass-like‟ pode ser

de grande interesse para os paiacuteses produtores uma vez que a cultivar bdquoLamb-Hass‟

por exemplo possui a caracteriacutestica de estender a eacutepoca de colheita aumentando

assim a janela de produccedilatildeo da fruta (SCHAFFER et al 2012)

No final dos anos 80 Carlos Meacutendez observou um abacate diferenciado na

regiatildeo de Urupan estado de Michocaacuten Meacutexico A planta encontrada exibia uma

floraccedilatildeo com um comportamento distinto das demais Este abacate bdquoHass-like‟ foi

nomeado localmente de bdquoHass-Mendez‟ e agora eacute conhecido comercialmente como

bdquoHass Carmen‟ (Illsley-Granich 2011) Uma das cultivares de bdquoHass-like‟ que tem

sido utilizada em programas de melhoramento eacute a ldquoSir Prizerdquo

Outra cultivar bdquoHass-like‟ muito importante eacute a bdquoMaluma‟ na Aacutefrica do Sul

Dentre as vantagens desta cultivar em relaccedilatildeo ao bdquoHass‟ apresentadas por ERNST

amp ERNST (2015) estatildeo rendimento elevado precocidade e possibilidade de

aumento na densidade de plantas no pomar de abacateiro

Programas de melhoramento satildeo criados a fim de se incorporar

caracteriacutesticas de resistecircncia a doenccedilas - como os desenvolvidos na Universidade

da Califoacuternia que deram origem a cultivares como por exemplo bdquoGem‟ e bdquoHarvest‟

que possuem excelentes caracteriacutesticas agronocircmicas Dentre estas caracteriacutesticas

se tem aumento da produtividade e resistecircncia agrave podridatildeo radicular

24

A utilizaccedilatildeo de porta-enxertos eacute de suma importacircncia para se aproveitar

melhor o potencial das diferentes culturas seja por aumentar a produtividade ou por

conferir resistecircncia a doenccedilas No final dos anos 70 a podridatildeo causada por

Phytophthora cinnamomi causou grandes prejuiacutezos para a cultura do abacate na

Aacutefrica do Sul Com isso foi necessaacuterio importar da Califoacuternia porta-enxertos

tolerantes agrave podridatildeo radicular propagados vegetativamente a fim de se ter maior

uniformidade geneacutetica para estabelecer novos pomares de abacateiro Durante

muitos anos a cultivar bdquoDuke 7‟ era o uacutenico porta-enxerto que produzia plantas

uniformes produtivas e razoavelmente produtivas era a cultivar bdquoDuke 7‟ Nos anos

80 foi desenvolvida a cultivar bdquoDusa‟ a partir de plantas sobreviventes em pomares

doentes A cultivar desenvolvida pela WESTFALIA apresentou toleracircncia agrave podridatildeo

superior a bdquoDuke 7‟ (KREMER-KOumlHNE 2007)

Na Floacuterida as cultivares mais utilizadas como porta-enxerto satildeo a bdquoLula‟ e

bdquoWaldin‟ devido ao fato dessas variedades conferirem aos pomares de abacate

uniformidade aumentar o vigor e pela produccedilatildeo de sementes (CRANE et al 2007)

No Brasil os pomares comerciais de abacate satildeo implantados sobre porta-

enxertos oriundos de sementes este fator faz com que o tamanho da copa das

plantas seja desuniforme a produccedilatildeo seja afetada bem como a qualidade dos frutos

e a susceptibilidade aos patoacutegenos do solo no qual se destaca Phytophthora

cinnamomi Contudo outros paiacuteses produtores da fruta utilizam porta-enxertos de

melhor qualidade obtidos a partir de clones que possuem resistecircncia a doenccedilas e

tambeacutem conferem uniformidade ao pomar (MORAES 2014)

Certificaccedilatildeo

Devido agrave exigecircncia cada vez maior feita pelos mercados internacionais natildeo eacute

possiacutevel exportar frutas e outros produtos agropecuaacuterios sem que se tenha a

certificaccedilatildeo Um das finalidades da certificaccedilatildeo eacute proteger o diferencial de qualidade

(AGRIANUAL 2012)

A certificaccedilatildeo eacute uma forma de se adquirir vantagem competitiva sustentaacutevel

para concorrer com os grandes produtores mundiais Tendo em vista a exigecircncia de

produtos de qualidade por consumidores cada vez mais frequente eacute necessaacuterio que

o mercado mundial se atente ao alto padratildeo de qualidade fornecido por seus

produtos Com isso programas de qualidade tecircm sido desenvolvidos visando agrave

aplicaccedilatildeo direta nas cadeias de produccedilatildeo em especial na aacuterea de produtos

25

pereciacuteveis como eacute o caso da fruticultura objetivando a aceitaccedilatildeo internacional

(GUEDES et al 2007)

Vaacuterias pesquisas e estudos recentes vecircm colaborando para compreensatildeo da

formaccedilatildeo organizaccedilatildeo e influecircncia das cadeias produtivas de onde surgem

produtos que seguem os padrotildees de qualidade reconhecidos internacionalmente

onde os sistemas de certificaccedilatildeo tecircm papel fundamental

Tratando-se de qualidade os consumidores atuais buscam produtos que

atentem agraves questotildees eacuteticas que abordem temas como meio ambiente e uso de

agrotoacutexicos considerando que a procura por alimentos seguros e saudaacuteveis uma

questatildeo elementar (SINGER e MASON 2007)

Considerando que a sauacutede dos consumidores de alimentos in natura pode ser

afetada a seguranccedila alimentar bem como a qualidade dos produtos deve receber

atenccedilatildeo especial A qualidade dos produtos estaacute vinculada aos procedimentos que

satildeo conduzidos durante cada etapa de produccedilatildeo como por exemplo plantio

colheita processamento industrializaccedilatildeo e comeacutercio (OLIVEIRA 2005)

METODOLOGIA

Tipo de Estudo

Pesquisa Bibliograacutefica eacute desenvolvida a partir de material jaacute elaborado

constituiacutedo de livros e artigos cientiacuteficos (Gil 2008) Portanto o presente trabalho

utilizou-se das ideias do estudo exploratoacuterio feito a partir de pesquisa bibliograacutefica

Com isso este trabalho desenvolveu-se seguindo

1deg FONTES

Foram utilizados artigos que fornecessem informaccedilotildees sobre a cultura do

abacate bem como dados de produccedilatildeo poacutes-colheita e comercializaccedilatildeo e que

abordassem o tema de exportaccedilatildeo

2deg COLETA DE DADOS

Primeiramente foi feita leitura de trabalhos jaacute disponiacuteveis na literatura que

abordassem aspectos de produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo de forma raacutepida e objetiva a

fim de se selecionar o material a ser incluiacutedo no presente trabalho

26

Em seguida foi feita uma leitura seletiva agrupando as informaccedilotildees dos

artigos preacute-selecionados de acordo com o tema registrando as informaccedilotildees

extraiacutedas das fontes em instrumento especiacutefico

3deg ANAacuteLISE E INTERPRETACcedilAtildeO DOS RESULTADOS

Nesta etapa foi realizada uma leitura analiacutetica com a finalidade de ordenar as

informaccedilotildees contidas na literatura disponiacutevel utilizados como fonte para o

desenvolvimento deste trabalho a fim de se elaborar informaccedilotildees que resumissem

as questotildees abordadas nesta pesquisa

RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

ABACATE NO MUNDO

A figura a seguir apresenta dados de produccedilatildeo mundial de abacate (t) em 21

paiacuteses indo de 2004 a 2013 com base nos dados da FAO ndash Organizaccedilatildeo das

Naccedilotildees Unidas para Alimentaccedilatildeo e Agricultura (Food and Agriculture Organization of

the United Nations para a sigla em inglecircs)

27

Figura 2 Produccedilatildeo mundial do abacate (em t) elaborado pelo autor FONTE NOVAGRIM adaptado com dados da FAO

Os paiacuteses produtores de abacate satildeo representados no mapa abaixo onde a

intensidade da coloraccedilatildeo vermelha representa o volume de abacate produzido no

paiacutes quanto mais intenso maior o volume produzido como estaacute destacado o

Meacutexico maior produtor mundial participando com aproximadamente 31 12 de toda

a produccedilatildeo mundial da fruta

Figura 3 - Paiacuteses produtores de abacate ao redor do mundo FONTE FACTFISH

100000

300000

500000

700000

900000

1100000

1300000

1500000

1700000

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013

PRODUCcedilAtildeO MUNDIAL DE ABACATE

MEacuteXICO

INDONEacuteSIA

REP DOM

COLOcircMBIA

BRASIL

EUA

CHILE

PERU

CHINA

28

Em 2004 o maior produtor mundial de abacate foi o Meacutexico participando com

307 de todo o volume produzido mundialmente com cerca de 987000 t Em

segundo lugar poreacutem muito atraacutes com um volume de 221774 t segue a Indoneacutesia

representando apenas 689 Na terceira posiccedilatildeo Repuacuteblica Dominicana 68 e

218790 t e em quarto produzindo 170985 t estava a Colocircmbia com 53

De acordo com os dados de 2013 o Meacutexico continuou liderando o setor

participando com 3112 do total produzido agora com um volume de 1467837 t

Em segundo lugar a Repuacuteblica Dominicana com 821 Colocircmbia 643 e Peru

611 em ordem decrescente (FAOSTAT) Nos uacuteltimos 10 anos a Repuacuteblica

Dominicana saltou para o segundo lugar graccedilas a um aumento de 771 em sua

produccedilatildeo Neste sentido a Colocircmbia alcanccedila a posiccedilatildeo de 3deg colocado devido ao

aumento similar ao da Repuacuteblica Dominicana (774)

O Peru foi o paiacutes que obteve maior destaque pois saiu da oitava posiccedilatildeo

participando com apenas 337 da produccedilatildeo mundial o que representava um

volume de 108460 t em 2004 para a quarta posiccedilatildeo no ranking mundial em 2013

com 611 quando produziu 288387 t a sua participaccedilatildeo no mercado mundial

quase que dobrou nesse periacuteodo O aumento da produccedilatildeo mundial foi de 467

enquanto que o aumento do volume de abacate produzido no Peru foi de 1659

Segundo CARVALHO (2015) a formaccedilatildeo de associaccedilotildees como a PROHASS que

investe no desenvolvimento de tecnologia e marketing para estimular inclusive o

consumo interno podendo ateacute ser um exportador para o Brasil

Aos poucos a China vem participando do mercado do abacate A populaccedilatildeo

do paiacutes ultrapassa 15 bilhotildees de pessoas em algumas aacutereas metropolitanas a

populaccedilatildeo vai de 12 a 45 milhotildees de habitantes Em 2000 a classe meacutedia da China

representava 4 da populaccedilatildeo e hoje chega a 66 Os gastos com alimentaccedilatildeo

tambeacutem acompanham essa mudanccedila de comportamento pois existe nesta classe a

procura por alimentos mais saudaacuteveis Esses fatores tecircm estimulado uma mudanccedila

no consumo de abacate em toda a China (MILLER et al 2015)

Quanto agrave produccedilatildeo do Brasil no Ranking global ocorreu justamente o

contraacuterio o paiacutes saiu da quinta posiccedilatildeo para a oitava ao reduzir 765 da produccedilatildeo

que era de 170895 t em 2004 para 157428 t em 2013 Em 2011 o abacate ficou na

17deg posiccedilatildeo no ranking da produccedilatildeo nacional da fruta ocupando apenas 03 do

montante da produccedilatildeo de frutas frescas muito atraacutes das principais culturas

29

produzidas como a laranja mais produzida participando com 416 do setor

Banana segunda mais importante com 154 e Melancia com 46 em quarto

(IBGEPAM 2011)

O volume de abacate fresco brasileiro exportado foi de 4313 t em 2013 para

5806 toneladas em 2014 resultando num aumento de mais de 37 na receita com

este setor que em 2014 foi de mais de nove milhotildees e meio de doacutelares

(AGRIANUAL 2015)

O graacutefico abaixo apresenta o comportamento do volume em toneladas de

abacate exportado pelos paiacuteses que participam do setor

Figura 4 Volume de abacate (t) exportado pelos paiacuteses exportadores da fruta Elaborado pelo autor FONTE FAO

Em 2013 Meacutexico liderou o setor de exportaccedilatildeo do abacate com um volume

de 563492 toneladas cerca 463 do total exportado no mundo Em segundo lugar

a Holanda com 99 A Holanda eacute um grande importador contudo o paiacutes reexporta

grande parte do volume comprado O Peru merece destaque pois saiu de um

volume exportado de 2209 t (06) em 2000 para 114515 t em 2013 ocupando

94 do volume de abacate exportado o que lhe conferiu a 3deg posiccedilatildeo no ranking

global Em quarto lugar o Chile com 73

A figura a seguir apresenta o comportamento dos principais importadores de

abacate do mundo em 14 anos

0

100000

200000

300000

400000

500000

600000

20002001200220032004200520062007200820092010201120122013

EVOLUCcedilAtildeO DA EXPORTACcedilAtildeO MUNDIAL EM t

MEacuteXICO

CHILE

ESPANHA

AacuteFRICA DO SUL

ISRAEL

HOLANDA

PERU

30

Figura 5 Evoluccedilatildeo do volume (t) importado pelos principais paiacuteses importadores de abacate ELABORADA PELO AUTOR FONTE FAOSTAT

Os principais importadores de fruta como por exemplo o europeu e o norte

americano exigem um padratildeo de qualidade que observem as demandas impostas

pelos consumidores com relaccedilatildeo agrave seguranccedila alimentar e tambeacutem agraves exigecircncias

para certificaccedilatildeo do produto levando em consideraccedilatildeo aspectos ambientais e

sociais aleacutem do local de produccedilatildeo Desta forma produtores de fruta destinadas agrave

exportaccedilatildeo precisaram adaptar suas lavouras para atender agraves exigecircncias dos mais

importantes selos internacionais como o EureGapR e o TNCR (OLIVEIRA 2005) O

maior importador de abacate do mundo satildeo os Estados Unidos (ROCHA 2014)

O volume de abacate importado ao redor do mundo vem crescendo na uacuteltima

deacutecada Os Estados Unidos lideram o montante desde 2007 mais ainda que toda a

Uniatildeo Europeia o volume importado pelo paiacutes cresceu cerca de sete vezes entre

2000 e 2013 Em segundo lugar a Uniatildeo Europeia importando quase 23 menos

A Holanda tambeacutem cresceu muito e hoje ocupa a terceira colocaccedilatildeo no ranking O

Japatildeo e o Canadaacute tiveram consideraacutevel crescimento contudo mantiveram-se na 5deg

e 6deg posiccedilatildeo durante esse periacuteodo

Nos EUA a demanda cresce mais acelerado do que a oferta segundo

CARVALHO (2015) a demanda cresce 12 ao ano enquanto a produccedilatildeo cresce

apenas 4 O paiacutes possui uma poliacutetica de retornar parte dos lucros oriundos da

-

100000

200000

300000

400000

500000

600000

700000

IMPORTACcedilAtildeO DE ABACATE NO MUNDO EM t

EUA

UE

HOLANDA

FRANCcedilA

CANADAacute

REINO UNIDO

31

comercializaccedilatildeo do Avocado no paiacutes com a elaboraccedilatildeo de marketing e o

desenvolvimento de pesquisas que incentivem o aumento do consumo interno

promovendo alimentos como por exemplo o GUACAMOLE alimento muito popular

no paiacutes

Em 2002 os EUA impunham a Lei do Bioterrorismo exigindo que as

empresas que produzem processem armazenem ou processem alimentos voltados

ao consumo humano ou animal devem cumprir normas para comercializar seus

produtos voltados ao consumo humano ou animal precisam cumprir normas para

comercializar seus produtos nos Estados Unidos Eacute necessaacuterio que essas mesmas

empresas possuam registro junto ao governo norte-americano atualizando estas

informaccedilotildees e comunicarem agraves autoridades a chegada de novos carregamentos

alimentares O natildeo cumprimento dessas exigecircncias acarreta na proibiccedilatildeo do

ingresso da carga e possiacutevel retenccedilatildeo da mercadoria com multa para o responsaacutevel

pelo carregamento (MDIC 2006)

Os principais compradores de abacate ‟Hass‟ satildeo os Estados Unidos (20 a

50) UE AUS e o Meacutexico maior produtor e exportador do Avocado participando

com 20 do mercado de Avocado (CARVALHO 2015)

O Brasil participa com apenas 031 do mercado internacional exportando

para o Canadaacute e Holanda CARVALHO (2015) comenta que o Brasil natildeo aproveita

seu potencial de se tornar grande produtor e exportador de Avocado o paiacutes possui

extensa aacuterea e clima variado entre outros fatores que favorecem a produccedilatildeo de

Avocado contudo a produccedilatildeo ainda eacute muito pequena quando comparado com

outros paiacuteses que participam do mercado internacional da fruta

Quanto agrave contribuiccedilatildeo do desenvolvimento de programas de melhoramento

geneacutetico para a consolidaccedilatildeo do Brasil como grande produtor mundial de abacate a

utilizaccedilatildeo de cultivares de bdquoHass-like‟ representa uma excelente opccedilatildeo para

aumentar a safra da cultura no paiacutes devido agrave caracteriacutestica que esta variedade tem

de antecipar a florada ampliando desta forma a janela de produccedilatildeo e aumentando

a competitividade do paiacutes em relaccedilatildeo a outros paiacuteses exportadores da fruta

O graacutefico a seguir ilustra o comportamento das exportaccedilotildees e importaccedilotildees

Brasileiras em 14 anos

32

Figura 6 - Evoluccedilatildeo da exportaccedilatildeo e importaccedilatildeo do abacate (em t) no Brasil em 14 anos Elaborado pelo autor FONTE FAO

Alguns dos principais concorrentes do Brasil tratando-se da exportaccedilatildeo do

Avocado satildeo Aacutefrica do Sul com 3 das exportaccedilotildees Chile com 7 e Peru

representando 10 do mercado internacional de Avocado A safra do Chile ocorre

em eacutepoca proacutexima a do Brasil comeccedilando em agosto e terminando em fevereiro

(CARVALHO 2015) A Boliacutevia apesar de participar com apenas 012 do volume

exportado tem a vantagem de possibilidade de produccedilatildeo o ano todo

O elevado padratildeo de qualidade dos produtos eacute sem duacutevida um fator que

pode fazer com que o Brasil se estabeleccedila no mercado mundial de abacate Esta

praacutetica tem qualificado a Aacutefrica do Sul como um dos principais fornecedores para

paiacuteses da Europa a partir do intenso trabalho desenvolvido pela empresa sem fins

lucrativos WESTFALIA situada no municiacutepio de Limpopo por meio de investimentos

em tecnologia

A tabela a seguir apresenta o periacuteodo do ano em que cada paiacutes exportador de

abacate embarca seus produtos ao redor do mundo

0

500

1000

1500

2000

2500

3000

3500

4000

4500

5000

EXPORTACcedilAtildeO

IMPORTACcedilAtildeO

33

TABELA 3 - Janela de exportaccedilatildeo dos paiacuteses exportadores de abacate

adaptada FONTE WESTFALIASUBSOLE

CALENDAacuteRIO DE EXPORTACcedilAtildeO DE ABACATE lsquoHASSrsquo

jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

BRASIL X X X X X X X X

ARGENTINA X X X

EUA X X X X X X X X X X X X

CHILE X X X X X X X X X X

AFRICA DO SUL X X X X X X X

REP DOMINICANA X X X X X

ISRAEL X X X X X X

PERU X X X X X X X

NOVA ZELAcircNDIA X X X

MEacuteXICO X X X X X X X X X X X X

ESPANHA X X X X X X X

QUEcircNIA X X X X X

AUSTRAacuteLIA X X X X X X X

Os principais destinos do abacate ‟Hass‟ exportado pelo Brasil satildeo Espanha

Itaacutelia Holanda Alemanha e Dinamarca O material exportado segue de navio do

porto de Santos a uma temperatura de 5degC levando ateacute 16 dias no maacuteximo ateacute os

destinos Esse material exportado pelo Brasil possui os certificados GlobalGapR ndash

BRCR ndash BSCIR ndash SedexR ndash SmetaR

Os graacuteficos a seguir apresentam informaccedilotildees sobre a evoluccedilatildeo do da

exportaccedilatildeo do abacate feitos a partir de informaccedilotildees apresentadas no Anuaacuterio

Brasileiro de fruticultura (2004 a 2015) obtidos a partir de dados do Instituto

Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica

34

Figura 7 - Evoluccedilatildeo do volume de abacate exportado pelo brasil (2003 a 2014) Elaborado pelo autor com dados DO ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE AGRICULTURA DE 2004 a 2015 (IBGE)

Figura 8 - Receita com exportaccedilatildeo brasileira de abacate (2003 a 2014) Elaborado pelo autor com dado do ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE AGRICULTURA DE 2004 a 2015 (IBGE)

O volume de abacate exportado pelo Brasil vem crescendo nos uacuteltimos anos

revelando assim a importacircncia do setor para o paiacutes A variaccedilatildeo do volume

exportado de 2008 para 2009 foi de 6282 jaacute de 2009 para 2010 a exportaccedilatildeo

sofreu uma queda de 793 Em 2014 houve um aumento de 3462 no setor em

relaccedilatildeo ao ano anterior (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE FRUTICULTURA) A receita

-

100000

200000

300000

400000

500000

600000

700000

20

03

20

04

20

05

20

06

20

07

20

08

20

09

20

10

20

11

20

12

20

13

20

14

EVOLUCcedilAtildeO DO VOLUME DE ABACATE EXPORTADO PELO BRASIL (2003 a 2014)

VOLUME EXPORTADO (t)

-

20000000

40000000

60000000

80000000

100000000

120000000

20

03

20

04

20

05

20

06

20

07

20

08

20

09

20

10

20

11

20

12

20

13

20

14

RECEITA COM EXPORTACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ABACATE (2003 a 2014)

RECEITA (em USS FOB)

35

obtida a partir da exportaccedilatildeo do abacate tambeacutem acompanha os iacutendices de

crescimento

A Aacutefrica do Sul um dos principais concorrentes do Brasil no setor de

exportaccedilatildeo do Avocado eacute reconhecida por exportar material de alta qualidade para

Europa onde possui escritoacuterios contudo sua produccedilatildeo estaacute estagnada A Westfalia

eacute uma empresa sem fins lucrativos produtora de Avocado na Aacutefrica do Sul

responsaacutevel por desenvolver o mercado de Avocado no paiacutes e investe fortemente

em tecnologia o que colaborou para a atual situaccedilatildeo da Aacutefrica do Sul no setor de

exportaccedilatildeo de Avocado (CARVALHO 2015)

ABACATE NO BRASIL

O Brasil favorecido quando comparado com outros paiacuteses produtores devido

agrave suas dimensotildees continentais o que lhe possibilita ampla variaccedilatildeo de temperaturas

e solos estes fator unido agraves caracteriacutesticas individuais de cada variedade como por

exemplo sazonalidade e exigecircncias nutricionais e de horas de luz Contudo apesar

da aacuterea destinada agrave produccedilatildeo do abacate no Brasil ter reduzido passando de

11605 ha em 2005 para 9559 ha em 2014 reduccedilatildeo de 176 a produccedilatildeo natildeo foi

tatildeo alterada o que evidencia a possibilidade de um aumento na produtividade destas

aacutereas

Atualmente o Brasil ocupa a oitava posiccedilatildeo no ranking global do setor de

produccedilatildeo de abacate E apesar de possuir crescente produtividade o paiacutes ainda

possui excelente potencial produtor e tambeacutem como exportador da fruta Para

aproveitar melhor esse potencial deveriam ser feitos mais investimentos tanto no

que se refere agrave produccedilatildeo como por exemplo melhoramento geneacutetico e adoccedilatildeo de

protocolos de boas praacuteticas agriacutecolas para a obtenccedilatildeo de certificaccedilatildeo quanto no

setor de comercializaccedilatildeo desenvolvendo elevado padratildeo de qualidade da fruta

A tabela a seguir (TABELA 4) apresenta a aacuterea destinada agrave colheita de todas

as variedades de abacate nos principais produtores de abacate e o Distrito Federal

TABELA 4 - Aacuterea destinada agrave colheita (em ha) Elaborada pelo autor

DADOS (IBGE-SIDRA)

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Brasil 11605 10515 9892 9596 8509 11125 10768 9615 9707 9559

Satildeo Paulo 4266 3688 3583 3437 3267 5530 5642 4192 4374 4337

36

Minas Gerais 2865 2254 2326 2223 1854 2202 2134 2309 2416 2373

Paranaacute 1492 1467 1306 1009 1085 1000 944 922 958 930

Cearaacute 493 475 498 497 490 484 477 480 483 498

Rio Grande do Sul 626 619 613 602 584 575 552 499 470 444

Distrito Federal 119 122 109 124 108 111 - 295 160 134

A tabela 5 abaixo apresenta a produccedilatildeo de todas as variedades de abacate

em toneladas dos uacuteltimos 10 anos para os principais estados produtores e o Distrito

Federal

TABELA 5 - Produccedilatildeo nacional de abacate em 10 anos (em t) Elaborada pelo

autor FONTE (IBGESIDRA)

UFANO 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Brasil 169335 164441 154096 147214 139089 153189 160376 159903 157482 156669 1000

Satildeo Paulo 77107 78085 70812 69904 74193 83002 91909 82780 85101 79316 506

Minas Gerais 38777 32812 33436 28016 24772 28522 30975 36669 36571 41259 263

Paranaacute 22265 22575 20425 16537 15919 15824 17304 16705 16309 15784 101

Rio Grande do Sul

8167 7905 7804 7602 6824 6769 6907 5719 5584 5277 34

Cearaacute 5202 4231 4706 4520 4336 4163 3985 2717 2640 3637 23

Distrito Federal 2596 3081 2690 3019 2666 2415 - 6914 3152 3151 20

Em 2014 a aacuterea destinada agrave colheita do abacate no estado do Cearaacute era

superior agrave aacuterea do Rio Grande do Sul contudo a produccedilatildeo no estado do Cearaacute no

mesmo ano foi de 3637 t enquanto que a produccedilatildeo do Rio Grande do Sul foi de

5277 45 maior reforccedilando assim a ideia de que a produtividade no Sul pode ser

maior em relaccedilatildeo agrave regiatildeo Nordeste Este fator pode ser decorrente do uso de

cultivares inadequadas para as condiccedilotildees climaacuteticas da regiatildeo eou pela falta de

adoccedilatildeo de tecnologias modernas e teacutecnicas avanccediladas de produccedilatildeo

No Distrito Federal a produccedilatildeo cresceu 21 nos uacuteltimos 10 anos e hoje

representa 2 da produccedilatildeo nacional Por outro lado Satildeo Paulo que lidera o ranking

com 506 de toda a produccedilatildeo obteve crescimento de apenas 286 Jaacute a

produccedilatildeo do Paranaacute sofreu uma reduccedilatildeo de -291 neste mesmo periacuteodo poreacutem

manteve-se como quarto produtor nacional de abacate Os estados do Cearaacute e Rio

Grande do Sul tambeacutem reduziram sua produtividade nos uacuteltimos 10 anos

acompanhando a reduccedilatildeo nacional que reduziu -74

37

A variaccedilatildeo da produtividade de todas as variedades de abacate dos principais

estados produtores de abacate do Brasil eacute apresentada na TABELA 6 a seguir

TABELA 6 - Variaccedilatildeo (em) da produtividade (t) no Brasil em 10 anos

Elaborada pelo autor FONTE (IBGESIDRA)

VARIACcedilAtildeO () DA PRODUTIVIDADE (t) EM 10 ANOS

ESTADOANO 2005 2014 VARIACcedilAtildeO

PAIacuteS 146 164 123

SAtildeO PAULO 181 183 11

MINAS GERAIS 135 174 289

PARANAacute 149 17 141

RIO GRANDE DO SUL 13 119 -85

CEARAacute 106 73 -311

DISTRITO FEDERAL 218 235 78

De acordo com os dados do IBGE Satildeo Paulo eacute o maior produtor de abacate

do paiacutes Dentre as variedades mais produzidas no estado de Satildeo Paulo estatildeo

bdquoFortuna‟ bdquoGeada‟ bdquoQuintal‟ e bdquoMargarida‟ (DORIZZOTTO 2011)

Abaixo segue TABELA 11 contendo os nuacutemeros de plantas novas e o

nuacutemero de plantas em produccedilatildeo bem como a produccedilatildeo (caixas de 22Kg) no estado

de Satildeo Paulo ao longo de 15 anos

TABELA 7 - Quantidade de peacutes novos peacutes em produccedilatildeo e produccedilatildeo (cx 22kg)

no estado de Satildeo Paulo entre 2000 e 2015 Elaborada pelo autor FONTE

INSTITUTO DE ECONOMIA AGRIacuteCOLA

ANO PEacuteS

NOVOS PEacuteS EM

PRODUCcedilAtildeO

2000 4859400 66157100

2001 4617700 62883700

2002 4742500 55421300

2003 6095000 49740300

2004 5969500 48339500

2005 5131100 46596200

2006 5325600 45869000

2007 3412800 47668000

2008 5007100 40617400

2009 12068600 49971400

2010 8190000 53239000

38

2011 6904500 54780100

2012 7704100 51341600

2013 7002100 59149400

2014 8419800 60996100

2015 9040200 67073800

O graacutefico abaixo apresenta a curva da produtividade obtida a partir da relaccedilatildeo

feita entre a produccedilatildeo e a quantidade de peacutes em produccedilatildeo no estado de Satildeo Paulo

Figura 9 - Produtividade (kgplanta) no estado de Satildeo Paulo desde 2000 elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE ECONOMIA AGRIacuteCOLA

Os dados foram obtidos a partir da relaccedilatildeo feita entre a quantidade de planta

em produccedilatildeo e a quantidade de caixas de 22 Kg produzidas no estado de Satildeo Paulo

desde 2000 Esses dados revelam crescente aumento da produtividade ateacute o ano de

2010 onde a produtividade ultrapassou 168 Kgplanta Jaacute em relaccedilatildeo ao ano de

2011 a produtividade sofreu uma reduccedilatildeo de 10 Depois disso a curva de

produtividade continuou ascendente

A seguinte tabela apresenta a evoluccedilatildeo do preccedilo do abacate comercializado

na CEAGESP durante o ano no periacuteodo de nove anos

90

110

130

150

170

190

20

00

20

01

20

02

20

03

20

04

20

05

20

06

20

07

20

08

20

09

20

10

20

11

20

12

20

13

20

14

20

15

PRODUTIVIDADE DOS PEacuteS DE ABACATE (Kgplanta) EM SP

PRODUTIVIDADE

39

TABELA 8 - Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio (em R$Kg) do abacate FONTE

CEAGESP 2008

ANOMEcircS JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

2007 105 101 1 118 107 109 129 151 159 181 228 279

2008 119 081 084 097 102 11 122 137 149 208 296 326

2009 169 122 132 133 141 141 152 177 217 213 212 235

2010 17 161 165 154 151 151 164 173 202 262 406 316

2011 185 182 183 203 186 204 231 278 308 317 359 369

2012 207 155 151 141 153 164 192 218 242 268 429 485

2013 263 209 216 215 244 265 258 304 347 403 566 498

2014 228 206 231 239 198 2 256 267 301 305 403 538

2015 406 403 386 349 367 397 394 43 - - - -

O graacutefico a seguir resume o comportamento da quantidade de peacutes novos e

em produccedilatildeo no estado de Satildeo Paulo desde o ano 2000

Figura 10 - Evoluccedilatildeo do nuacutemeros de peacutes novos e em produccedilatildeo ao longo de 15 anos no estado de Satildeo Paulo elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE

ECONOMIA AGRIacuteCOLA

A produccedilatildeo (em caixas de 22 Kg) eacute demonstrada no graacutefico abaixo para esse

mesmo periacuteodo

000

10000000

20000000

30000000

40000000

50000000

60000000

70000000

80000000

20002002200420062008201020122014

EVOLUCcedilAtildeO DOS DADOS DO ABACATE EM SAtildeO PAULO

PEacuteS NOVOS

PEacuteS EM PRODUCcedilAtildeO

40

Figura 11 - Evoluccedilatildeo da produccedilatildeo de abacate em caixas de 22kg no estado de Satildeo Paulo em 15 anos elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE

ECONOMIA AGRIacuteCOLA

A sazonalidade do abacate comercial na CEAGESP em Satildeo Paulo

demonstram que o abacate pode ser comercializado praticamente todas as eacutepocas

do ano como apresentado pela tabela

TABELA 9 - Sazonalidade do abacate FONTE CEAGESP 2008

VARIEDADE JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

GEADA X X X X X

FORTUNA X X X X X X X

QUINTAL X X X X X X X

MARGARIDA X X X X X X X X X X

BREDA X X X X X X X X

HASS X X X X X X X X

O Estado de Minas Gerais eacute o segundo maior produtor nacional de abacate

participando do setor com 229 do total produzido A aacuterea no Estado destinada agrave

produccedilatildeo da fruta foi de 23 mil ha A produtividade do estado de Minas em 2012 foi

de 15881 (hgha) (PERFIL DA FRUTA) A produccedilatildeo de abacate no Distrito Federal

em 2013 foi de 3152 toneladas (IBGE) Em Minas a produccedilatildeo concentra-se nas

regiotildees Sul e Sudeste do estado (ALMEIDA 2013)

200000000

250000000

300000000

350000000

400000000

450000000

500000000

550000000

20002002200420062008201020122014

EVOLUCcedilAtildeO NA PRODUCcedilAtildeO DE ABACATE EM SAtildeO PAULO (22Kgcx)

PRODUCcedilAtildeO CX 22Kg

41

Em 2003 o Paranaacute foi o terceiro maior produtor nacional de abacate com uma

aacuterea de aproximadamente 1600ha onde se produziu 26 mil toneladas gerando uma

receita de cerca de R$ 85 milhotildees (HOHMANN amp MENEGUIM 2005)

De acordo com a relaccedilatildeo feita entre os dados de volume de abacate colhido e

de aacuterea destinada agrave produccedilatildeo do IBGESIDRA em 10 anos (2005 agrave 2014) o estado

que sofreu maior reduccedilatildeo da produtividade foi o estado do CEARAacute reduzindo em

31 aproximadamente enquanto que o estado de minas aumentou 289 sua

produtividade O DF apresentou os melhores niacuteveis de produtividade a partir desses

dados

AVOCADO NO BRASIL

A regiatildeo de Bauru em Satildeo Paulo especializou-se na produccedilatildeo dos abacates

‟Hass‟ e bdquoFuerte‟ conhecidos comercialmente como Avocado e satildeo os mais

apreciados pelo mercado internacional (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA

FRUTICULTURA 2008)

O Avocado variedades ‟Hass‟ e bdquoFuerte‟ possui excelentes caracteriacutesticas

nutricionais como por exemplo seu alto teor de lipiacutedeos Aleacutem disso o fruto possui

tamanho reduzido o que facilita o consumo evitando que parte natildeo consumida seja

armazenada Uma das possibilidades de se estimular o consumo interno seria

promover o produto a partir do uso de marketing setor no qual a empresa

JAGUACYR situada no municiacutepio de Bauru ndash SP tem se destacado fornecendo

informaccedilotildees nutricionais e apresentando o alto padratildeo de qualidade da fruta Outro

fator que reduz a oferta do produto no mercado interno eacute a demanda internacional

apesar de impor barreiras e exigirem alto padratildeo de qualidade o produto de

qualidade recebe os melhores preccedilos este fator tambeacutem limita o consumo interno

porque o preccedilo oferecido pelos importadores reflete no preccedilo interno

Outro ponto que deve ser observado para se manter qualidade elevada dos

frutos eacute a escolha adequada do ponto de colheita pois este fator reflete diretamente

no teor de oacuteleo dos frutos que por sua vez eacute responsaacutevel pela conservaccedilatildeo do

sabor Os melhores teores de oacuteleo encontram-se em frutos tardios como nas

variedades obtidas a partir das raccedilas Guatemalenses e Mexicana sendo maior nas

raccedilas Mexicana e menor em cultivares oriunda de raccedilas Guatemalenses como por

exemplo a bdquoHass‟

42

A exportaccedilatildeo brasileira do abacate bdquoHass‟ variedade mais produzida no

mundo era de 100 toneladas por ha em 2004 para 2186 toneladas em 2010

(DORIZZOTTO 2011) Contudo este dado representa apenas 143 do volume de

todo o abacate produzido no paiacutes nesta mesma data mesmo com seus atributos

nutricionais e comerciais

Quando se trata do segmento do mercado do Avocado brasileiro em acircmbito

global a empresa JAGUACYR situada no municiacutepio de Bauru ndash SP com sede na

Holanda eacute de extrema relevacircncia contribuindo com 90 das exportaccedilotildees brasileiras

deste produto com o qual o Brasil ainda comeccedila a participar poreacutem possui

condiccedilotildees favoraacuteveis para crescer no setor (CARVALHO 2015)

O graacutefico a seguir apresentado na Figura 2 demonstra a evoluccedilatildeo da

participaccedilatildeo do Avocado no setor de fruticultura no estado de Satildeo Paulo

Figura 12 - Elaborado pelo autor FONTE CEAGESPSEDES GABRIEL V BITENCOURT DE ALMEIDA

Como apresentado no graacutefico acima o volume de Avocado comercializado na

CEAGESP tem crescido rapidamente vertiginosamente chegando a quase

quadruplicar seu valor em apenas 7 anos

Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio de atacado (R$Kg) de Avocado na CEAGESP de

Satildeo Paulo durante o ano (SP) (Figura 3)

81 74 90

106 133

208

365 378

0

50

100

150

200

250

300

350

400

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

EVOLUCcedilAtildeO DA QUANTIDADE COMERCIALIZADA (T) DE AVOCADO NA CEAGESP DE SAtildeO PAULO (SP)

QUANTIDADE(toneladas)

43

Figura 13 - Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio do avocado na CEAGESP (R$Kg) Elaborado pelo autor FONTES CEAGESP

O graacutefico a seguir demonstra um comparativo da variaccedilatildeo do preccedilo meacutedio do

abacate em relaccedilatildeo ao Avocado durante o ano com base nos dados de nove anos

da CEAGESP (R$Kg)

Figura 14 - Comparativo do preccedilo meacutedio do abacate e do avocado comercializado na ceagesp durante o ano elaborado pelo autor FONTE

CEAGESP

A partir dos dados de 7 anos com a variaccedilatildeo do preccedilo meacutedio do Avocado por

quilo durante o ano pocircde-se observar que os menores valores encontram-se entre

maio e agosto A variaccedilatildeo de preccedilo meacutedio durante o ano chega a ser de R$ 581 o

quilo mais que o dobro entre o maior e menor valor meacutedio encontrado

O graacutefico com o comparativo do preccedilo do abacate com o Avocado (Figura 11)

revela a discrepacircncia da valorizaccedilatildeo entre os dois grupos O valor miacutenimo do

4

6

8

10

12

jan

fev

mar

abr

mai

jun jul

ago

set

ou

t

no

v

dez

EVOLUCcedilAtildeO DO PRECcedilO MEacuteDIO DO AVOCADO NA CEAGESP (R$Kg)

PRECcedilO MEacuteDIO

0

2

4

6

8

10

12

JAN

FEV

MA

R

AB

R

MA

I

JUN

JUL

AG

O

SET

OU

T

NO

V

DEZ

PRECcedilO AVOCADO

PRECcedilO DO ABACATE

44

Avocado eacute de R$ 554 por quilo enquanto que o maior valor encontrado do abacate

chega a R$ 381 uma diferenccedila de quase 50

O CEASA-DF registrou em 2014 um volume comercializado de 397 toneladas

de Avocado enquanto que no ano anterior o volume registrado natildeo passou de 07

toneladas (CEASA-DF)

Apesar de jaacute haver teacutecnicas eficientes e tecnologias modernas disponiacuteveis

para se aperfeiccediloar a produccedilatildeo do abacate a exploraccedilatildeo de novas regiotildees com

potencial produtor para a implantaccedilatildeo de pomares de abacateiro no Brasil eacute um dos

fatores que podem aumentar mais ainda a produccedilatildeo nacional No DF por exemplo

a aacuterea destinada agrave colheita do abacate sofreu uma reduccedilatildeo de mais da metade de

2012 para 2014 muito diferente da forma como havia se comportando desde 2000

quando a aacuterea passou de 85 ha para 111 em 2010 O DF representa apenas 2 da

produccedilatildeo nacional do abacate contudo sua produtividade vem aumentando e de

acordo com os dados do IBGE o DF possui os melhores iacutendices de produtividade do

paiacutes o que pode representar forte potencial da regiatildeo no setor Este fato corrobora

com a ideia de que o Brasil pode aproveitar melhor sua extensatildeo territorial

explorando regiotildees com potencial produtor como o DF por exemplo

CERTIFICACcedilAtildeO

CARVALHO (2015) afirma que para participar do mercado internacional os

produtores devem se atentar agraves exigecircncias internacionais de qualidade e seguranccedila

garantidas por meio de certificaccedilatildeo como GlobalGapR BRCR BRCIR FAIRDRADER

e SEDEX-SMETAR Outro ponto que deve ser adotado pelo Brasil no comeacutercio do

Avocado eacute manter um mercado com preccedilo linear e contiacutenuo Ainda segundo

CARVALHO (2015) produtores que natildeo possuem certificaccedilatildeo no GlobalgapR

recebem menos 10

PRECcedilO PAGO PELA JAGUACYR AO PRODUTOR COM GLOBALGAPR

TABELA 10 - (CARVALHO 2015)

CAT CALIBRE MAR ABR MAI JUN

1 12 A 24 315 322 205 205

2 26 A 32 131 129 130 130

2 12 A 24 284 350 187 187

45

Para o consumidor final o selo GLOBALGAPR natildeo eacute tatildeo notado pois o uso

desta marca eacute praticado entre empresas Contudo sua em sua elaboraccedilatildeo

considerou-se a reduccedilatildeo dos impactos negativos das operaccedilotildees agriacutecolas no meio

ambiente reduzir o uso de insumos quiacutemicos e garantir que assuntos de sauacutede e

seguranccedila dos empregados e bem estar animal sejam observados (GLOBALGAPR

2008)

A GLOBALGAPR serve como um manual no comeacutercio mundial de produtos

agriacutecolas estabelecendo normas voluntaacuterias para sua certificaccedilatildeo Este conjunto de

normas estabelece serve de molde para a conduccedilatildeo de boas praacuteticas agriacutecolas

(BPA) nas atividades agriacutecolas (GLOBALGAPR 2008)

Um dos pontos positivos em se adotar os protocolos de boas praacuteticas

agriacutecolas eacute a prevenccedilatildeo de perdas Pesquisas feitas no setor da fruticultura

concluem que maior parte do desperdiacutecio ocorre no percurso que vai do manuseio

no campo ateacute as centrais de produccedilatildeo (AGRIANUAL 2012) Os iacutendices de perdas da

abaticultura chegam a 34 ao ano (AGRIANUAL 2015)

Eacute de extrema importacircncia desenvolver soacutelidos e eficientes sistemas de

certificaccedilatildeo a fim de assegurar qualidade que atenda as expectativas dos

consumidores permitindo que as empresas ingressem nos mercados globais com

seus produtos (ZEIDAN et al 2008)

A difusatildeo de praacuteticas recomendadas para a obtenccedilatildeo da certificaccedilatildeo

GLOBALGAPR por parte dos produtores de abacate principalmente as variedades

bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ pode estimular o consumo interno por meio da oferta de produtos

de maior qualidade aleacutem de reduzindo perdas e promover o produto no comeacutercio

internacional da fruta Fazendo com que o potencial produtor seja aproveitado ao

maacuteximo uma vez que seguir os protocolos de boas praacuteticas agriacutecolas represente a

reduccedilatildeo de perdas no processo de produccedilatildeo de colheita e de transporte seja por

meio da reduccedilatildeo da incidecircncia de pragas ou por adoccedilatildeo de teacutecnicas e evitem perdas

na conduccedilatildeo da produccedilatildeo dos pomares de abacate

CONCLUSOtildeES

A produccedilatildeo de Avocado cultivares bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ superiores em vaacuterios

aspectos agraves cultivares mais populares no paiacutes tem condiccedilotildees de se desenvolver

amplamente no Brasil tornando-o grande consumidor e exportador da fruta Essa

46

mudanccedila pode ocorrer por meio de incentivos governamentais que incentivem o

registro de produtos para a cultura do abacateiro favorecendo a obtenccedilatildeo de

certificaccedilatildeo bem como o desenvolvimento de centros de pesquisas que

desenvolvam estudos sobre a cultura do abacateiro que promovam a difusatildeo de

tecnologia e com isso estimule a utilizaccedilatildeo de novas aacutereas com potencial produtivo

A transferecircncia de tecnologia tambeacutem pode ser feita por parte de empresas da aacuterea

privada que possuem domiacutenio de teacutecnicas e tecnologias modernas principalmente

por meio da popularizaccedilatildeo da produccedilatildeo de mudas clonais para porta-enxerto Aleacutem

disso devem ser feitas accedilotildees por parte de instituiccedilotildees privadas como o

desenvolvimento do marketing da fruta a fim de divulgar os benefiacutecios do consumo

e a exposiccedilatildeo de novas formas de consumo de abacate pode ser crucial para a

mudanccedila do comportamento do consumidor nacional uma vez que este se atenta

principalmente aos aspectos visuais do abacate

Na poacutes-colheita o controle sobre os processos de maturaccedilatildeo poderia ser

mais bem aproveitado No Brasil a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas de conservaccedilatildeo no poacutes-

colheita de frutas objetiva na maioria das vezes estender o tempo de prateleira

destes produtos Para se aproveitar os elevados preccedilos ofertados em determinadas

eacutepocas os produtores colhem os frutos antes do recomendado para a fruta do

abacateiro o que reduz sua qualidade pois a eacutepoca da colheita influencia

diretamente no teor de oacuteleo fator altamente relacionado com o sabor da fruta Por

outro lado a aceleraccedilatildeo do processo de maturaccedilatildeo por meio do controle de

maturaccedilatildeo permite fornecimento de frutos maduros prontos para o consumo

estimulando assim o consumo no paiacutes Com a entrega regular de frutos maduros

nos supermercados e restaurantes novas formas de consumo da fruta como patecircs

e em saladas poderiam ser facilmente introduzidas no cardaacutepio nacional

47

BIBLIOGRAFIA

ALMEIDA G V B Mercado Atacadista de Abacate e Avocado (CEAGESP) III

Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado Bauru 2015

ALMEIDA G V B O Abacate no mundo e na CEAGESP Todafruta notiacutecia 2011

DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwtodafrutacombrnoticia28119O+ABACATE+NO+MUNDO+NO+BRASIL

+E+NA+CEAGESP gt

ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA FRUTICULTURA 2004 a 2015 DISPONIacuteVEL EM

httpwwwgrupogazcombrtratadaseo_edicao420150320150301_106c8c2f1pdf

4718_2015fruticulturapdfgt

BIODIESELBR DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwbiodieselbrcomnoticiasmateria-

primaoutrasvideo-unesp-transforma-oleo-abacate-biodiesel-060313htm gt

BONELLA J A Classificaccedilatildeo de abacates na CEAGESP Joseacute Alcides Bonella ME

2013

BRUWER T ROOYEN Z VAN PERFORMANCE AND MARKET ACCEPTIBILITY

OF THE HASS-LIKE CULTIVARS GEM AND HARVEST IN SOUTH AFRICA Vi

World Avocado Congress (Actas VI Confreso Mundial del Aguacate) 2007 Vintildea Del

Mar Chile 12 ndash 16 nov 2007 ISBN n 978-956-17-0413-8 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwAvocadosourcecomWAC6enExtenso1b-36pdf gt

CAMPOS J A Cultura racional do abacateiro Satildeo Paulo Iacutecone 1988 150 p

CANTUAacuteRIAS-AVILEacuteS T SILVA S R La induacutestria del aguacate em el Estado de

Satildeo Paulo Brasil actualidad y perspectivas futuras In CONGRESO MUNDIAL DEL

AGUACATE 7 2011 Caims Resuacutemenes Caims Avocado Australia 2011

48

CORREIA R C ARAUJO J L P MOUCO M A do C BRAGA C A

MENDONCcedilA R F de Abacate preferecircncias e mercado CONGRESSO

BRASILEIRO DE FRUTICULTURA 21 2010 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwalicecnptiaembrapabralicebitstreamdoc8700181Moucopdf gt

CARVALHO L F Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado realizaccedilatildeo Jaguacy

Sindicato Rural de Bauru Serviccedilo Nacional de Aprendizagem Rural - SENAR

Faculdades Integradas de Bauru ndash SP 2015

CHITARRA M I F CHITARA A B 2005 Poacutes colheita de frutos e hortaliccedilas

Fiiologia e Manuseio Lavras ESALFAEPE

CRANE J H BALERDI C F MAGUIRE I Avocado Growing in the Florida Home

Landscape University of Florida Circular 1034 one of a series of the Horticultural

Sciences Department Florida Cooperative Extension Service Institute of Food and

Agricultural Sciences University of Florida 1983 Revised 2007

CRIZEL G R MOURA R S OLIVEIRA I R MENDONCcedilA C R B

Caracteriacutesticas fiacutesicas e quiacutemicas de abacates das variedades bdquoQuintal‟ e bdquoHass‟ In

CONGRESSO DE INICIACcedilAtildeO CIENTIacuteFICA 17 ENCONTRO DE POacuteS-

GRADUACcedilAtildeO 10 2008 Pelotas Resumos Pelotas UFPEL 2008

DAIUTO E R VIEITES R L TREMOCOLDI M A RUSSO V C Taxa

respiratoacuteria de abacate bdquoHass‟ submetido a diferentes tratamentos fiacutesicos Revista

Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha Meacutexico v 10 n 2 p 101-109

2010

DAIUTO E R TREMOCOLDI M A VIEITES R L Conservaccedilatildeo poacutes colheita de

abacate bdquoHass‟ irradiado Revista Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha vol

10 n 2 2010

DONADIO L C Abacate para exportaccedilatildeo aspectos teacutecnicos da produccedilatildeo

Brasiacutelia Frupex MAPA 1995 53 p

49

DONADIO L C FERRARI L AVILEacuteS T C Abacate In DONADIO L C (Ed)

Histoacuteria da Fruticultura Paulista Jaboticabal SBF ndash Sociedade Brasileira de

Fruticultura 2010 P 33-63

DORIZZOTTO C D A SAMPAIO A C ICUMA I M et al Avocado production

chain in the state of Satildeo Paulo (Brazil) In Proceedings VII World Avocado Congress

2011 Cairns Anaishellip Cairns Internacional Avocado Society 2011 DISPONIacuteVEL

EM lt

httpworldAvocadocongress2011comuserfilesfileOsvaldo20Kioshi20Yamanis

hi201400-1420pdf gt

ERNST Z R ERNST A A The strategic role of new cultivars A case study of

bdquoMaluma‟ VIII Congreso Mundial de la Palta 2015 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwavocadosourcecomWAC8Section_02EarnstZander2015pdf gt

FACTFISH Avocados production quantity (tons) ndash for all countries DISPONIacuteVEL

EM lt httpwwwfactfishcomstatisticAvocados20production20quantity gt

FAOSTAT 2000 a 2013 DISPONIacuteVEL EM lt httpfaostat3faoorgbrowseTTPE gt

FER B WOLSTENHOLME B N (Ed) The Avocado botany production and

uses Oxon CABI Publ 2002 chap 12 p 299-338

FRANCISCO V L F dos S BAPTISTELLA C S L CULTURA DO ABACATE NO

ESTADO DE SAtildeO PAULO Informaccedilotildees Econocircmicas SP v 35 n5 2005

DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwieaspgovbroutpublicacoespdftec3-0505pdf gt

GAYET J P et al 1995 Abacate para exportaccedilatildeo procedimentos de colheita e

poacutes-colheita FRUPEX Brasiacutelia 37p

GIRARDI G Abacate uma nova opccedilatildeo de biocombustiacutevel Jornal UNESP Bauru

2009 DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwunespbracijornal248energia_bauruphp gt

50

GUEDES M S B SENA M TOLEDO S Certificaccedilatildeo como estrateacutegia competitiva

internacional dos produtores de frutas no Brasil VII Encontro da Sociedade

Brasileira de Economia Ecoloacutegica (ECO-ECO) 28 a 30 de novembro de 2007

Fortaleza Cearaacute

HODDLE M The Avocado Seed Moth Stenoma cateniver Walsingham (Lepdoptera

Elachistidae) Department of Entomology Applied Biological Control Research

DISPONIacuteVEL EM lt httpbiocontrolucredustenomastenomahtml gt

HOHMANN C L MENEGUIM A M A BROCA-DO-ABACATE (Stenoma catenifer)

Aspectos bioloacutegicos comportamento danos e manejo Instituto Agronocircmico do

Paranaacute ndash Londrina ndashPR Informe da Pesquisa n 147 2005

HOHMANN C L MENEGUIM A M Observaccedilotildees preliminares sobre a ocorrecircncia

da broca-do-abacate Stenoma catenifer Wals no Estado do Paranaacute Anais da

Sociedade Entomoloacutegica do Brasil v 22 p 417-419 1993

ILLSLEY-GRANICH C‟Hass‟Carmenrega precocious flowering avocado tree

Agrovim AS de CV Uruapan Michocan Mexico Rob Brokaw Brokaw Nursery Inc

Saticoy California USA Dr Salvador Ochoa-Ascencio University of Michoacan

Uruapan Michoacan Mexico 2011 DISPONIacuteVEL EM lt

httpworldavocadocongress2011comuserfilesfileCarlos20Illsley201410-

1430pdf gt

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA ESTATIacuteSTICA (IBGE) IBGE CIDADES

DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwcidadesibgegovbrcartogramamapaphplang=ampcoduf=53ampcodmun=53

0010ampidtema=136ampcodv=v01ampsearch=distrito-federal|brasilia|sintese-das-

informacoes-2013 gt

KADER A A 1992 Postharvest technology of horticultural crops Okland Univertisy

of California 292p

51

KADER A A ARPIA M L Avocado Recommendations for Maintaining

Postharvest Quality 2013

KADER A A Biologiacutea y Tecnologiacutea Postcosecha un Panorama In KADER A A

Tecnologiacutea Postcosecha de Cultivos Hortofrutiacutecolas 3 Ed Davis University Of

Califoacuternia 2007 Cap 4 p 43-53

KLUGE R A et al Inibiccedilatildeo do amadurecimento de abacate com 1-

metilciclopropeno Pesquisa Agropecuaacuteria Brasileira 37(7)895-901

KOOLER O C Abacaticultura Porto Alegre UFRGS 1992 138p

KOOLER O C ABACATICULTURA Porto Alegre UFRGS 1984 138p

KOLLER O C Abacate produccedilatildeo de mudas instalaccedilatildeo e manejo de pomares

colheita e poacutes-colheita Porto Alegre Cinco Continentes 2002 145 p

KREMER-KOumlHNE S KOumlHNE J S 25 YEARS OF AVOCADO ROOTSTOCK

DEVELOPMENT IN SOUTH AFRICA VI World Avocado Congress Chile 2007

DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwavocadosourcecomWAC6enExtenso1a-8pdf gt

LIPPERT C ALLAMAND M (WESTFALIASUBSOLE) A hystory of

collaboration Rev Subsole Santiago 2007

MAIS NATUREZA ABACATEIRO DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwmaisnaturezacomplantasarvoresabacateiro gt

MARANCA G Fruticultura comercial Manga e Abacate Satildeo Paulo Nobel 1980

p 81-133

MASSAFERA G COSTA T M B OLIVEIRA J E D COMPOSICcedilAtildeO DE AacuteCIDOS

GRAXOS DO OacuteLEO DO MESOCARPO E DA SEMENTE DE CULTIVARES DE

ABACATE (Persea americana MILL) DA REGIAtildeO DE RIBEIRAtildeO PRETO SP)

52

Alim Nutr Araraquara V 21 n 2 p 325-331 abrjun 2010 DISPONIacuteVEL EM lt

http20014571150seerindexphpalimentosarticleview940a20v21n2pdf gt

MDIC Negociaccedilotildees internacionais DISPONIacuteVEL EM

httpwwwdesenvolvimentogovbrsitiosecexnegInternacionaisMedTerrorismoLei

ph p gt

MICKELBART M V BENDER G S WITNEY G W ADAMS C ARPAIA M L

Effects of clonal rootstocks on bdquoHass‟ avocado yield components alternate bearing

and nutrition Journal of Horticultural Schience amp Biotechnology Ashford v 82

n 3 p 460-466 2007

MILLER B BERTELS R PADILLA T WILEMAN R THOMSEN L China the

new frontier VIII World Avocado Congress 2015

MONTENEGRO H W S A cultura do abacateiro Satildeo Paulo Melhoramentos

1951 102p (Criaccedilatildeo e Lavoura n 11)

MORAES A F G Desenvolvimento produccedilatildeo e qualidade de frutos de abacateiro

cv bdquoHass‟ sobre dois porta-enxertos nas condiccedilotildees edafoclimaacuteticas da regiatildeo central

do Estado de Satildeo Paulo Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Ciecircncias Piracicaba 2014

NAAMANI G Global Trends in main Avocado Markets VII World Avocado

Congress Australia 2011

NAVA DE DE LARA HADDAD M PARRA JRP 2005 Exigecircncias teacutermicas

estimativa do nuacutemero de geroccedilotildees de Stenoma catenifer e comprovaccedilatildeo de modelo

em campo Pesq Agropec Bras Brasilia v 40 p 961-967

NAVA DE PARRA JRP COSTA VA GUERRA TM COcircNSOLI FL (2005b)

Population dynamics of Stenoma catenifer(Lepidoptera Elachistidae) and related

larval parasitoids in Minas Gerais Brazil Florida Entomologistv 88p 441-446

53

NOVAGRIM ndash FRESH FRUITS IMPORTER amp VEGETABLE SUPPLIER SINCE

1999 2001-2013 WORLD AVOCADO PRODUCTION DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwnovagrimcomPages2000_2011_Avocado_statistics_ENaspx gt

OLIVEIRA LA A importacircncia das Normas Internacionais para o Comeacutercio da

Fruticultura Brasileira Piracicaba Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Economia Escola

Superior de Agricultura ldquoLuiz de Queirozrdquo Universidade de Satildeo Paulo Piracicaba

2005

OLIVEIRA M A de et al 2000 Ceras para conservaccedilatildeo poacutes colheita de frutos de

abacateiro cultivar Fuerte armazenados em temperatura ambiente Scientia Agriacutecola

Piracicaba 57 (4) 777-780

PASSONI A D NEVES M C M RODRIGUES B B BOTEON M Anaacutelise dos

principais entraves na exportaccedilatildeo de frutas brasileiras CENTRO DE ESTUDOS

AVANCcedilADOS EM ECONOMIA APLICADA (CEPEAESALQ-USP) XLIV

CONGRESSO DA SOBER ndash ldquoQuestotildees Agraacuterias Educaccedilatildeo no Campo e

Desenvolvimentordquo Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia Rural Fortaleza

2006

PEGG K G COATES L M KORSTEN L HARDING R M Foliar fruit and

soilborne diseases In WHILEY A W SCHAF

PERFIL DA FRUTICULTURA 2014 Base de dados 2012 a 2013 Governo de Minas

Gerais Agricultura Pecuaacuteria e Abastecimento 2014

PICCININ E PASCHOLATI S F ldquoDOENCcedilAS DO ABACATEIRO‟ em MANUAL DE

FITOPATOLOGIA Vol 2 Doenccedilas das Plantas Cultivadas Editora Agronocircmica

Ceres Ltda Satildeo Paulo 1997 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwifcursoscombrsistemaadminarquivos07-33-29-

manualfitopatologiapdfpage=10 gt

54

PUTT F F GOacuteES B C CATANEO P F Anaacutelise econocircmica de oferta e demanda

do abacate na alta paulista X Foacuterum Ambiental da Alta Paulista v 10 n 7 2014

pp 158-169

ROCHA I L Nuacutemeros do abacate HORTIESCOLHA Instituto Brasileiro de

Qualidade em Horticultura DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwhortibrasilorgbrjnwindexphpoption=com_contentampview=articleampid=120

9numeros-do-abacate-ampcatid=50comercializacaoampItemid=82 gt

SANTO N T Manejo da vegetaccedilatildeo intercalar para obtenccedilatildeo de cobertura morta na

cultura do abacateiro visando minimizar os danos causados por Phytophthora

cinnamomi Dissertaccedilatildeo de mestrado em Fitotecnia Piracicaba 2014

SCHAFFER B WOLSTENJOLME B N WHILEY A W The avocado botany

production and uses 560 p 2012 DISPONIacuteVEL EM lt

httpsbooksgooglecombrbooksid=r0hpRJca3zECamppg=PA83amplpg=PA83ampdq=Th

e+Avocado+botany+production+and+uses+hass-

likeampsource=blampots=oqc5OBsbmVampsig=5gDWWPIMYRBW9cH3yYuWh-ldd-8amphl=pt-

BRampsa=Xampved=0ahUKEwj_yPbgsoTKAhUGDpAKHZTrCWEQ6AEIPDADv=onepag

eampqampf=false gt

SCIENCIA I Certificaccedilatildeo GLOBALGAP e impactos ambientais em agroinduacutestrias de

alimentos Dissertaccedilatildeo de Poacutes-Graduaccedilatildeo Araraquara SP 2010 lt

mlthttpwwwecoecoorgbrconteudopublicacoesencontrosvii_envii_enc_ecohtm

gt

SIMAtildeO S Manual de Fruticultura Satildeo Paulo Editora Agronocircmica Ceres 1971

530p p 147-169

SINGER P MASON J Eacutetica da alimentaccedilatildeo como nossos haacutebitos alimentares

influenciam o meio ambiente e o nosso bem estar Rio de Janeiro Elsevier 2007

SOARES H F ITO M K O AacuteCIDO GRAXO MONOINSATURADO DO ABACATE

NO CONTROLE DE DISLIPIDEMIAS Ver Ciecircnc Meacuted Campinas P 47-51 2000

55

DISPONIacuteVEL EM lt httpperiodicospuc-

campinasedubrseerindexphpcienciasmedicasarticleviewFile13301304 gt

TEIXEIRA C G Cultura In ITAL ndash INSTITUTO DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS

(Campinas) Abacate Cultura mateacuteria-prima processamento e aspectos

econocircmicos 2 Ed Campinas Instituto Campineiro de Ensino Agriacutecola 1995 Cap 1

p 1-54 (Frutas Tropicais)

TEIXEIRA C G Cultura do abacate In TEIXEIRA C G et al ABACATE cultura

mateacuteria prima processamento e aspectos econocircmicos 2deg ed Seacuterie Fruas Tropicais

ndeg8 ITAL Campinas 1991 250p

WATANABE H S Caracteriacutesticas de cultivares de abacate CEAGESPS ndash

Companhia de Entrepostos e Armazeacutens Gerais de Satildeo Paulo 2013

WOLFENBARGER D O COLBURN B The Stenoma catenifer a serious Avocado

pest Proceedings of Florida State Horticulture Society v 92 p 315-318 1979

ZEIDAN R SEIXAS P ABRANCHES L COSTA D MEIRELLES F Certificaccedilatildeo

na cadeia produtiva de alimentos e as barreiras teacutecnicas agrave exportaccedilatildeo Simpoacutesio de

excelecircncia e gestatildeo e tecnologia ndash SEGeT 2008 Resende

Page 16: EVOLUÇÃO DA PRODUÇÃO MUNDIAL E NACIONAL …...RESUMO O abacateiro, Persea americana, é uma cultura muito importante em vários países, devido ao volume comercializado da fruta

16

A cultivar bdquoHass‟ eacute a mais valorizada no mundo apesar de seu tamanho

reduzido o fruto possui alta concentraccedilatildeo de lipiacutedeos Seus frutos podem pesar

entre 149 e 300 gramas (MICKELBART et al 2007 CRIZEL 2008)

Na Califoacuternia adota-se para as cultivares bdquoFuerte‟ e bdquoHass‟ o ponto miacutenimo de

mateacuteria seca adotada para a colheita eacute de 19 e 208 respectivamente (KADER amp

ARPIA 2013) O teor de mateacuteria seca possui elevada correlaccedilatildeo com o niacutevel de oacuteleo

da fruta Essas cultivares satildeo reconhecidas pelos altos niacuteveis de oacuteleo - fator que

possui forte influecircncia na conservaccedilatildeo do sabor

A tabela a seguir apresenta as informaccedilotildees nutricionais obtidas em 50g de

Avocado (JAGUACYR)

TABELA 1 - Informaccedilotildees nutricionais em 50g de avocado FONTE

JAGUACYR

INFORMACcedilOtildeES NUTRICIONAIS AVOCADO (50g)

ENERGIA 301 kj 72 kcal

CARBOIDRATOS 853 g

PROTEIacuteNAS 1 g

GORDURAS TOTAIS 8 g

GORDURA SATURADA 18 g

FIBRA ALIMENTAR 16 g

SOacuteDIO 75 mg

POTAacuteSSIO 485 mg

O Avocado tem 5 vezes menos aacutegua que o abacate comum o que lhe

confere concentraccedilatildeo muito maior de nutrientes A fruta eacute considerada pelos

nutricionistas como sendo uma das que possui maior valor nutricional devido ao fato

de possuir elevadas concentraccedilotildees de vitaminas antioxidantes como A C e E Em

comparaccedilatildeo com a banana a fruta conteacutem ainda trecircs vezes mais vitamina B6 Em

meacutedia o Avocado possui niacutevel de gordura em aproximadamente 20 sendo a

maioria monoinsaturada A gordura monoinsaturada auxilia na reduccedilatildeo no LDL e

promove aumento no HDL o ldquocolesterol bomrdquo (JAGUACYR)

Clima

As variedades da Iacutendia Ocidental e alguns hiacutebridos satildeo melhores adaptados a

regiotildees planas de clima tropical e regiotildees tropicais onde natildeo haacute ocorrecircncia de

17

geadas Por outro lado variedades Mexicanas satildeo mais adaptadas a regiotildees com

temperaturas mais baixas Hiacutebridos de raccedilas Mexicanas x Guatemaltecas

geralmente satildeo mais resistentes ao frio do que as raccedilas hiacutebridas Iacutendias Ocidentais x

Guatemaltecas (CRANE et al 2007)

Solos

O abacateiro eacute uma planta muito sensiacutevel a este fator em especial no que se

refere agrave drenagem e profundidade dos solos (KOLLER 1984) Para esta cultura

recomenda-se solos feacuterteis bem drenados pouco aacutecidos e profundos (SIMAtildeO

1971)

A cultura do abacateiro natildeo tolera solos inundados ou mal drenados

Condiccedilotildees de umidade elevada constante comprometem o desenvolvimento

adequado das plantas pois resultam em deficiecircncia nutricional e em alguns casos

pode provocar a morte da planta devido ao fato de estarem altamente suscetiacuteveis a

infecccedilatildeo por fungos (CRANE et al 2007)

Outro aspecto que deve ser considerado na cultura do abacate eacute a salinidade

devido agrave alta sensibilidade da cultura a este fator que pode provocar a queima da

ponta e borda das folhas e queda da produccedilatildeo (DONADIO 1995)

Doenccedilas e pragas que afetam a cultura do abacate

Apesar de o Brasil possuir excelentes condiccedilotildees para a produccedilatildeo de abacate

a falta de manejos agronocircmicos adequados durante toda a cadeia produtiva do

abacate tem feito com que o Brasil natildeo participe de forma mais eficiente no mercado

mundial do abacate A cultura possui elevada suscetibilidade agrave gomose do

abacateiro podridatildeo da raiz causada por Phytophthora cinnamomi

No Brasil a podridatildeo radicular causada por Phytophthora cinnamomi tem

dizimado plantaccedilotildees de abacateiro reduzindo a longevidade dos pomares

(DONADIO 1995) A doenccedila eacute considerada a mais importante para a cultura do

abacateiro sendo fator limitante para a cultura em todo o mundo (CAMPOS 1988

KOLLER 2002) A seleccedilatildeo de cultivares porta-enxertos resistentes ou tolerantes

controle quiacutemico e manejo do solo satildeo estrateacutegias que reduzem os danos e o

controle desta doenccedila (PEGG et al 2002)

A ocorrecircncia de Phytophthora cinnamomi juntamente com estresses

ambientais faz com que o abacateiro da cultivar ‟Hass‟ produza frutos com

18

dimensotildees muito reduzidas Esses frutos subdimensionados natildeo satildeo

comercializaacuteveis resultando em elevadas perdas financeiras para os produtores

(BRUWER 2007) Empresas como a Westfalia situada na proviacutencia de Limpopo na

Aacutefrica do Sul tecircm testado cultivares de abacate bdquoHass-like‟ para se obter maior

produtividade em regiotildees afetadas pelo P cinnamomi

Algumas das estrateacutegias que visam agrave minimizaccedilatildeo dos danos e o controle da

podridatildeo radicular satildeo por exemplo a utilizaccedilatildeo de cultivares porta-enxertos

resistentes ou tolerantes o uso de controle quiacutemico e praacuteticas especiacuteficas de manejo

do solo (PEGG et al 2002)

No que se refere a barreiras agrave exportaccedilatildeo do abacate a broca-do-abacate

Stenoma catenifer que de acordo com WOLFENBARGER amp COLBURN (1979) eacute

uma praga quarentenaacuteria em vaacuterios paiacuteses tem sido marcante para a produccedilatildeo

deste produto sendo vetada a entrada de lotes contaminados por meio de barreiras

fitossanitaacuterias em paiacuteses como os Estados Unidos da Ameacuterica principal importador

mundial Esta praga tem sido uma ameaccedila extremamente relevante para a produccedilatildeo

nacional de abacate chegando a causar perda de toda a produccedilatildeo (HOHMANN amp

MENEGUIM 1993) De acordo com informaccedilotildees da Universidade da Califoacuternia

(HODDLE UCR) os EUA tecircm desenvolvido protocolos de seguranccedila para impedir

que a doenccedila tenha acesso ao paiacutes por meio de importaccedilotildees de paiacuteses onde a

doenccedila eacute endecircmica Algumas regiotildees brasileiras de cultivo de abacate 100 da

colheita pode estar infestado com S catenifer (Nava et al 2005a) Mesmo com a

aplicaccedilatildeo de inseticidas de largo espectro sendo feitas de 7 a 11 vezes durante uma

uacutenica estaccedilatildeo de crescimento ateacute 60 de frutas podem ser infestados com larvas S

catenifer (Nava et al 2005b)

Para CARVALHO (2015) a exportaccedilatildeo para os EUA pela JAGUACYR eacute

dificultada devido agrave ocorrecircncia de doenccedilas que ocorrem em territoacuterio nacional e que

podem ser exportadas com os produtos

Ocorrida a eclosatildeo a lagarta de primeiro instar desloca-se ao longo do fruto

ateacute encontrar o local adequado para iniciar o ataque As fecircmeas procuram depositar

os ovos no peduacutenculo contudo haacute maior incidecircncia de orifiacutecios na parte inferior do

abacate Ao passo que as lagartas se desenvolvem e vatildeo se alimentando da polpa

do abacate indo em direccedilatildeo ao caroccedilo onde este inseto se aloja e finaliza a fase

larval construindo galerias no interior A lagarta se desenvolve no fruto e transforma-

se em pupa no solo numa profundidade de 05 a 15 cm ou ateacute mesmo no interior

19

dos frutos caiacutedos Dentre as medidas preventivas de controle destaca-se o uso

adequado das cultivares considerando que quanto mais tempo os frutos

permanecem nas plantas maiores seratildeo as perdas O planejamento da colheita deve

ser considerado pois colheitas tardias proporcionam condiccedilotildees favoraacuteveis para o

desenvolvimento da praga no pomar Outra medida preventiva principalmente para

pomares orgacircnicos eacute a cataccedilatildeo e destruiccedilatildeo dos frutos caiacutedos (HOHMANN amp

MENEGUIM 2005)

A verrugose ou sarna do abacateiro causada pelo fungo Sphaceloma

perseae conhecida em 1918 na Floacuterida foi encontrada no Brasil pela primeira vez

em 1938 em Limeira Eacute uma das doenccedilas de elevada importacircncia na cultura do

abacateiro visto que esta doenccedila deprecia a aparecircncia do fruto e pode provocar

tambeacutem queda dos frutos jovens bem como o subdesenvolvimento O fungo ataca

as folhas e os frutos e se desenvolve em condiccedilotildees de umidade elevada Para o

controle desta doenccedila eacute recomendado a utilizaccedilatildeo de variedades que apresentem

resistecircncia sendo necessaacuterio evitar variedades do grupo Guatemalense (PICCININ

amp PASCHOLATI 1997)

Ponto de colheita

O fruto do abacate eacute conhecido por ser climateacuterico isso significa que pode

completar o amadurecimento depois de colhido e apresenta um pico de produccedilatildeo de

etileno sucedido por um pico respiratoacuterio durante o amadurecimento O melhor

indicador de maturidade fisioloacutegica para se concluir se os frutos estatildeo aptos agrave

colheita eacute a porcentagem de mateacuteria seca que possui relaccedilatildeo com o acuacutemulo de

oacuteleo (KADER amp ARPIA 2013 citado por ALMEIDA 2013)

No Brasil a observaccedilatildeo em campo da perda do brilho na casca eacute uma praacutetica

comum para identificar o ponto ideal de colheita (ALMEIDA 2013) Jaacute na Floacuterida

contabilizam-se os dias apoacutes a floraccedilatildeo para se determinar o ponto de colheita

Na cultura do abacateiro os principais iacutendices de qualidade satildeo tamanho cor

da casca formato danos mecacircnicos recentes ou cicatrizados causados por insetos

podridotildees embalagens e transporte inadequados alteraccedilatildeo de sabor devido a

longos periacuteodos de armazenagem na aacutervore ou por colheita antes da maturidade

fisioloacutegica (KADER amp ARPIA 2013 CANTILLANO 2013) No que se refere agrave

alteraccedilatildeo de sabor KADER (2007) comenta que este fator estaacute diretamente ligado

20

ao teor de oacuteleo no fruto Neste sentido cultivares mais tardias oriundas das raccedilas

Guatemalenses e Mexicana possuem maiores teores de oacuteleo

Poacutes colheita

Por ser um fruto climateacuterico com alta taxa respiratoacuteria e elevada produccedilatildeo de

etileno apoacutes a colheita o fruto do abacate eacute altamente pereciacutevel (KADER 1992)

Neste sentido o controle do amadurecimento eacute de extrema importacircncia para se

prolongar a vida uacutetil no poacutes-colheita de frutas objetivando-se a comercializaccedilatildeo no

mercado interno ou externo (KLUGE et al 2002)

Tratando-se de maturaccedilatildeo no poacutes-colheita a manipulaccedilatildeo do etileno eacute uma

teacutecnica utilizada para antecipar ou adiar o processo de maturaccedilatildeo dos frutos O

etileno eacute um gaacutes que se comporta como hormocircnio

No Brasil a comercializaccedilatildeo do abacate em varejo ocorre na maioria das

vezes sem a utilizaccedilatildeo de refrigeraccedilatildeo portanto a utilizaccedilatildeo de tecnologias que

possibilitem a conservaccedilatildeo agrave temperatura ambiente eacute de grande relevacircncia para se

permitir a comercializaccedilatildeo durante um maior tempo apoacutes a colheita atrasando o

amadurecimento dos frutos (KLUGE et al 2002) Daiuto 2010 concluiu que a

refrigeraccedilatildeo foi efetiva na conservaccedilatildeo de frutos de abacate bdquoHass‟

Aleacutem do uso de refrigeraccedilatildeo para retardar o amadurecimento dos frutos

tambeacutem se utiliza o revestimento dos frutos com cera para se reduzir o processo de

respiraccedilatildeo e uso de metilciclopropeno para inibir a produccedilatildeo de etileno gaacutes que

funciona como hormocircnio na maturaccedilatildeo de frutos (Gayet et al 1995 Oliveira et al

2000 KLUGE et al 2002)

A utilizaccedilatildeo de radiaccedilotildees gama em baixos niacuteveis associada a outros

procedimentos no poacutes-colheita eacute mencionada na literatura como excelente meacutetodo

para prolongar a periacuteodo de prateleira das frutas por retardar os processos de

senescecircncia e amadurecimento reduzindo os iacutendices de apodrecimento provocados

por fungos e bacteacuterias (Kaumlferstein e Moy 1993) O problema do uso da radiaccedilatildeo eacute

que esta teacutecnica provoca o escurecimento perda de firmeza do fruto e o surgimento

de depressotildees superficiais (CHITARRA e CHITARRA 2005)

Consumo

Em relaccedilatildeo ao consumo per capita do abacate em 2013 o Meacutexico foi de 90

Kghab enquanto que no Brasil o consumo girava em torno de 301 gramashab

21

por ano em De acordo com dados de 2011 o consumo per capita da fruta em Israel

foi de 50 Kghab o Chile ficou logo atraacutes com 45Kghab por ano e os Estados

Unidos apesar de maior importador apenas 20 Kghab por ano (NAAMANI 2011)

Em alguns paiacuteses da Uniatildeo Europeia chega a ser 1500 gramashab por ano (BNET

2011) De acordo com PUTTI (2014) esta diferenccedila se deve ao fato de que o

consumo do abacate em paiacuteses da Europa vai aleacutem da forma in natura sendo

consumido principalmente na forma de salada aleacutem disso os benefiacutecios da fruta satildeo

mais difundidos do que no Brasil

A fruta eacute consumida de forma diferente ao redor do mundo podendo ser sob

a forma de doce como no Brasil ou em saladas e patecircs como o guacamole

(JAGUACYR) Aleacutem de ser amplamente explorada na induacutestria

Aspectos nutricionais

A tabela a seguir apresenta as informaccedilotildees nutricionais do abacate a partir de

100g da fruta

TABELA 2 - Informaccedilotildees nutricionais do abacate obtidas a partir de 100g

da fruta fonte (FATSECRET)

INFORMACcedilOtildeES NUTRICIONAIS ABACATE

ENERGIA 669 kj 160kal

CARBOIDRATOS 853 g

ACcedilUacuteCAR 066 g

PROTEIacuteNAS 2g

GORDURAS 1466g

GORDURA SATURADA 2126G

GORDURA MONOINSATURADA

9799G

GORDURA POLIINSATURADA 1816

COLESTEROL 0 mg

FIBRAS 77 g

SOacuteDIO 7 mg

POTAacuteSSIO 485 mg

Uma das principais caracteriacutesticas que qualificam o abacate eacute a elevada

quantidade de mateacuteria graxa em sua composiccedilatildeo O fruto eacute conhecido como uma

fruta de alto valor energeacutetico Os aacutecidos graxos (AG) podem ser encontrados na

semente em sua maioria insaturados estes aacutecidos tambeacutem estatildeo presentes no

mesocarpo contudo em concentraccedilotildees diferentes O oacuteleo do abacate eacute um produto

22

explorado na induacutestria farmacecircutica devido ao elevado teor de vitamina E O

produto possui bom valor comercial apesar de natildeo ser tatildeo produzido mundialmente

A quantidade de oacuteleo encontrada no mesocarpo eacute superior ao teor de oacuteleo

encontrado na semente No mesocarpo os teores de aacutecido oleico variam entre

3177 a 5030 jaacute na semente o teor desse aacutecido graxo monoinsaturado varia de

1169 a 3583 (MASSAFERA 2010)

O abacate eacute um alimento rico em aacutecido graxo monoinsaturado oleico Estudos

realizados com aacutecidos graxos monoinsaturados revelam sua importacircncia na

prevenccedilatildeo e tratamento de dislipidemias que estatildeo relacionadas ao

desenvolvimento de doenccedilas cardiovasculares e coronarianas (SOARES e ITO

2000) Os aacutecidos graxos monoinsaturados representados principalmente pelo aacutecido

oleico presente em oacuteleo de oliva e canola possui efeito significativos na prevenccedilatildeo e

tratamento de doenccedilas crocircnicas (LARSEN et al 1999)

Produtos e subprodutos

O oacuteleo obtido a partir da fruta do abacate possui propriedades fiacutesico-quiacutemicas

semelhantes ao oacuteleo de oliva principalmente pela composiccedilatildeo de seus aacutecidos

graxos salientando o aacutecido oleico O oacuteleo de oliva eacute um produto altamente

consumido no paiacutes poreacutem de origem importada e o oacuteleo de abacate possui forte

potencial para substituiacute-lo (MASSAFERA 2010)

Outra forma de aproveitamento do oacuteleo do abacate eacute para a produccedilatildeo de

biodiesel O professor do departamento de Quiacutemica da UNESP Manoel Lima de

Menezes afirma que o abacate tem o teor de oacuteleo que varia entre 5 a 30

proacuteximo ao encontrado na extraccedilatildeo da soja de 18 Segundo o pesquisador um

dos obstaacuteculos eacute ainda o teor de umidade da semente (BIODIESELBR 2013)

Dentre as vantagens do abacate em comparaccedilatildeo com a soja eacute que da fruta eacute

possiacutevel extrair oacuteleo e etanol dois ingredientes baacutesicos para a produccedilatildeo do

biodiesel Outra vantagem eacute que de acordo com Menezes o abacate pode render

ateacute 2800 litros de oacuteleo por hectare contra 400 da soja aleacutem do fato do abacateiro

ser uma planta perene (GIRARDI 2009)

A madeira tambeacutem eacute um produto explorado na cultura do abacateiro na

produccedilatildeo de energia como combustiacutevel (MAISNATUREZA) Outra forma de

aproveitamento de resiacuteduos da cultura eacute a utilizaccedilatildeo do caroccedilo para a produccedilatildeo de

23

tintas a partir do caroccedilo usado para tingir roupas produzindo uma tinta castanho-

arroxeada (TEIXEIRA 1991)

Melhoramento geneacutetico

O desenvolvimento floral bem como a eacutepoca de floraccedilatildeo e o amadurecimento

da fruta satildeo diretamente influenciados por caracteriacutesticas geneacuteticas Essas

caracteriacutesticas podem ser manipuladas com a utilizaccedilatildeo de enxertos porta enxertos

ou a interaccedilatildeo entre eles Neste sentido podem ser utilizados genoacutetipo Mexicano

que pode antecipar a floraccedilatildeo ou Guatemalenses que manteacutem uma floraccedilatildeo meacutedia

ou porta-enxerto das Iacutendias Ocidentais que promovem floraccedilatildeo tardia Estudos tecircm

comprovado que a utilizaccedilatildeo de porta-enxertos do grupo Mexicano antecipam a

floraccedilatildeo entre 4 a 8 semanas antes de pomares de clones de bdquoHass‟ Contudo a

antecipaccedilatildeo de 8 semanas na eacutepoca de floraccedilatildeo promoveu o a antecipaccedilatildeo de

maturaccedilatildeo dos frutos em apenas 3 semanas Como existe uma alta demanda pelo

abacate ‟Hass‟ em todo mundo o uso de cultivares do abacate bdquoHass-like‟ pode ser

de grande interesse para os paiacuteses produtores uma vez que a cultivar bdquoLamb-Hass‟

por exemplo possui a caracteriacutestica de estender a eacutepoca de colheita aumentando

assim a janela de produccedilatildeo da fruta (SCHAFFER et al 2012)

No final dos anos 80 Carlos Meacutendez observou um abacate diferenciado na

regiatildeo de Urupan estado de Michocaacuten Meacutexico A planta encontrada exibia uma

floraccedilatildeo com um comportamento distinto das demais Este abacate bdquoHass-like‟ foi

nomeado localmente de bdquoHass-Mendez‟ e agora eacute conhecido comercialmente como

bdquoHass Carmen‟ (Illsley-Granich 2011) Uma das cultivares de bdquoHass-like‟ que tem

sido utilizada em programas de melhoramento eacute a ldquoSir Prizerdquo

Outra cultivar bdquoHass-like‟ muito importante eacute a bdquoMaluma‟ na Aacutefrica do Sul

Dentre as vantagens desta cultivar em relaccedilatildeo ao bdquoHass‟ apresentadas por ERNST

amp ERNST (2015) estatildeo rendimento elevado precocidade e possibilidade de

aumento na densidade de plantas no pomar de abacateiro

Programas de melhoramento satildeo criados a fim de se incorporar

caracteriacutesticas de resistecircncia a doenccedilas - como os desenvolvidos na Universidade

da Califoacuternia que deram origem a cultivares como por exemplo bdquoGem‟ e bdquoHarvest‟

que possuem excelentes caracteriacutesticas agronocircmicas Dentre estas caracteriacutesticas

se tem aumento da produtividade e resistecircncia agrave podridatildeo radicular

24

A utilizaccedilatildeo de porta-enxertos eacute de suma importacircncia para se aproveitar

melhor o potencial das diferentes culturas seja por aumentar a produtividade ou por

conferir resistecircncia a doenccedilas No final dos anos 70 a podridatildeo causada por

Phytophthora cinnamomi causou grandes prejuiacutezos para a cultura do abacate na

Aacutefrica do Sul Com isso foi necessaacuterio importar da Califoacuternia porta-enxertos

tolerantes agrave podridatildeo radicular propagados vegetativamente a fim de se ter maior

uniformidade geneacutetica para estabelecer novos pomares de abacateiro Durante

muitos anos a cultivar bdquoDuke 7‟ era o uacutenico porta-enxerto que produzia plantas

uniformes produtivas e razoavelmente produtivas era a cultivar bdquoDuke 7‟ Nos anos

80 foi desenvolvida a cultivar bdquoDusa‟ a partir de plantas sobreviventes em pomares

doentes A cultivar desenvolvida pela WESTFALIA apresentou toleracircncia agrave podridatildeo

superior a bdquoDuke 7‟ (KREMER-KOumlHNE 2007)

Na Floacuterida as cultivares mais utilizadas como porta-enxerto satildeo a bdquoLula‟ e

bdquoWaldin‟ devido ao fato dessas variedades conferirem aos pomares de abacate

uniformidade aumentar o vigor e pela produccedilatildeo de sementes (CRANE et al 2007)

No Brasil os pomares comerciais de abacate satildeo implantados sobre porta-

enxertos oriundos de sementes este fator faz com que o tamanho da copa das

plantas seja desuniforme a produccedilatildeo seja afetada bem como a qualidade dos frutos

e a susceptibilidade aos patoacutegenos do solo no qual se destaca Phytophthora

cinnamomi Contudo outros paiacuteses produtores da fruta utilizam porta-enxertos de

melhor qualidade obtidos a partir de clones que possuem resistecircncia a doenccedilas e

tambeacutem conferem uniformidade ao pomar (MORAES 2014)

Certificaccedilatildeo

Devido agrave exigecircncia cada vez maior feita pelos mercados internacionais natildeo eacute

possiacutevel exportar frutas e outros produtos agropecuaacuterios sem que se tenha a

certificaccedilatildeo Um das finalidades da certificaccedilatildeo eacute proteger o diferencial de qualidade

(AGRIANUAL 2012)

A certificaccedilatildeo eacute uma forma de se adquirir vantagem competitiva sustentaacutevel

para concorrer com os grandes produtores mundiais Tendo em vista a exigecircncia de

produtos de qualidade por consumidores cada vez mais frequente eacute necessaacuterio que

o mercado mundial se atente ao alto padratildeo de qualidade fornecido por seus

produtos Com isso programas de qualidade tecircm sido desenvolvidos visando agrave

aplicaccedilatildeo direta nas cadeias de produccedilatildeo em especial na aacuterea de produtos

25

pereciacuteveis como eacute o caso da fruticultura objetivando a aceitaccedilatildeo internacional

(GUEDES et al 2007)

Vaacuterias pesquisas e estudos recentes vecircm colaborando para compreensatildeo da

formaccedilatildeo organizaccedilatildeo e influecircncia das cadeias produtivas de onde surgem

produtos que seguem os padrotildees de qualidade reconhecidos internacionalmente

onde os sistemas de certificaccedilatildeo tecircm papel fundamental

Tratando-se de qualidade os consumidores atuais buscam produtos que

atentem agraves questotildees eacuteticas que abordem temas como meio ambiente e uso de

agrotoacutexicos considerando que a procura por alimentos seguros e saudaacuteveis uma

questatildeo elementar (SINGER e MASON 2007)

Considerando que a sauacutede dos consumidores de alimentos in natura pode ser

afetada a seguranccedila alimentar bem como a qualidade dos produtos deve receber

atenccedilatildeo especial A qualidade dos produtos estaacute vinculada aos procedimentos que

satildeo conduzidos durante cada etapa de produccedilatildeo como por exemplo plantio

colheita processamento industrializaccedilatildeo e comeacutercio (OLIVEIRA 2005)

METODOLOGIA

Tipo de Estudo

Pesquisa Bibliograacutefica eacute desenvolvida a partir de material jaacute elaborado

constituiacutedo de livros e artigos cientiacuteficos (Gil 2008) Portanto o presente trabalho

utilizou-se das ideias do estudo exploratoacuterio feito a partir de pesquisa bibliograacutefica

Com isso este trabalho desenvolveu-se seguindo

1deg FONTES

Foram utilizados artigos que fornecessem informaccedilotildees sobre a cultura do

abacate bem como dados de produccedilatildeo poacutes-colheita e comercializaccedilatildeo e que

abordassem o tema de exportaccedilatildeo

2deg COLETA DE DADOS

Primeiramente foi feita leitura de trabalhos jaacute disponiacuteveis na literatura que

abordassem aspectos de produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo de forma raacutepida e objetiva a

fim de se selecionar o material a ser incluiacutedo no presente trabalho

26

Em seguida foi feita uma leitura seletiva agrupando as informaccedilotildees dos

artigos preacute-selecionados de acordo com o tema registrando as informaccedilotildees

extraiacutedas das fontes em instrumento especiacutefico

3deg ANAacuteLISE E INTERPRETACcedilAtildeO DOS RESULTADOS

Nesta etapa foi realizada uma leitura analiacutetica com a finalidade de ordenar as

informaccedilotildees contidas na literatura disponiacutevel utilizados como fonte para o

desenvolvimento deste trabalho a fim de se elaborar informaccedilotildees que resumissem

as questotildees abordadas nesta pesquisa

RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

ABACATE NO MUNDO

A figura a seguir apresenta dados de produccedilatildeo mundial de abacate (t) em 21

paiacuteses indo de 2004 a 2013 com base nos dados da FAO ndash Organizaccedilatildeo das

Naccedilotildees Unidas para Alimentaccedilatildeo e Agricultura (Food and Agriculture Organization of

the United Nations para a sigla em inglecircs)

27

Figura 2 Produccedilatildeo mundial do abacate (em t) elaborado pelo autor FONTE NOVAGRIM adaptado com dados da FAO

Os paiacuteses produtores de abacate satildeo representados no mapa abaixo onde a

intensidade da coloraccedilatildeo vermelha representa o volume de abacate produzido no

paiacutes quanto mais intenso maior o volume produzido como estaacute destacado o

Meacutexico maior produtor mundial participando com aproximadamente 31 12 de toda

a produccedilatildeo mundial da fruta

Figura 3 - Paiacuteses produtores de abacate ao redor do mundo FONTE FACTFISH

100000

300000

500000

700000

900000

1100000

1300000

1500000

1700000

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013

PRODUCcedilAtildeO MUNDIAL DE ABACATE

MEacuteXICO

INDONEacuteSIA

REP DOM

COLOcircMBIA

BRASIL

EUA

CHILE

PERU

CHINA

28

Em 2004 o maior produtor mundial de abacate foi o Meacutexico participando com

307 de todo o volume produzido mundialmente com cerca de 987000 t Em

segundo lugar poreacutem muito atraacutes com um volume de 221774 t segue a Indoneacutesia

representando apenas 689 Na terceira posiccedilatildeo Repuacuteblica Dominicana 68 e

218790 t e em quarto produzindo 170985 t estava a Colocircmbia com 53

De acordo com os dados de 2013 o Meacutexico continuou liderando o setor

participando com 3112 do total produzido agora com um volume de 1467837 t

Em segundo lugar a Repuacuteblica Dominicana com 821 Colocircmbia 643 e Peru

611 em ordem decrescente (FAOSTAT) Nos uacuteltimos 10 anos a Repuacuteblica

Dominicana saltou para o segundo lugar graccedilas a um aumento de 771 em sua

produccedilatildeo Neste sentido a Colocircmbia alcanccedila a posiccedilatildeo de 3deg colocado devido ao

aumento similar ao da Repuacuteblica Dominicana (774)

O Peru foi o paiacutes que obteve maior destaque pois saiu da oitava posiccedilatildeo

participando com apenas 337 da produccedilatildeo mundial o que representava um

volume de 108460 t em 2004 para a quarta posiccedilatildeo no ranking mundial em 2013

com 611 quando produziu 288387 t a sua participaccedilatildeo no mercado mundial

quase que dobrou nesse periacuteodo O aumento da produccedilatildeo mundial foi de 467

enquanto que o aumento do volume de abacate produzido no Peru foi de 1659

Segundo CARVALHO (2015) a formaccedilatildeo de associaccedilotildees como a PROHASS que

investe no desenvolvimento de tecnologia e marketing para estimular inclusive o

consumo interno podendo ateacute ser um exportador para o Brasil

Aos poucos a China vem participando do mercado do abacate A populaccedilatildeo

do paiacutes ultrapassa 15 bilhotildees de pessoas em algumas aacutereas metropolitanas a

populaccedilatildeo vai de 12 a 45 milhotildees de habitantes Em 2000 a classe meacutedia da China

representava 4 da populaccedilatildeo e hoje chega a 66 Os gastos com alimentaccedilatildeo

tambeacutem acompanham essa mudanccedila de comportamento pois existe nesta classe a

procura por alimentos mais saudaacuteveis Esses fatores tecircm estimulado uma mudanccedila

no consumo de abacate em toda a China (MILLER et al 2015)

Quanto agrave produccedilatildeo do Brasil no Ranking global ocorreu justamente o

contraacuterio o paiacutes saiu da quinta posiccedilatildeo para a oitava ao reduzir 765 da produccedilatildeo

que era de 170895 t em 2004 para 157428 t em 2013 Em 2011 o abacate ficou na

17deg posiccedilatildeo no ranking da produccedilatildeo nacional da fruta ocupando apenas 03 do

montante da produccedilatildeo de frutas frescas muito atraacutes das principais culturas

29

produzidas como a laranja mais produzida participando com 416 do setor

Banana segunda mais importante com 154 e Melancia com 46 em quarto

(IBGEPAM 2011)

O volume de abacate fresco brasileiro exportado foi de 4313 t em 2013 para

5806 toneladas em 2014 resultando num aumento de mais de 37 na receita com

este setor que em 2014 foi de mais de nove milhotildees e meio de doacutelares

(AGRIANUAL 2015)

O graacutefico abaixo apresenta o comportamento do volume em toneladas de

abacate exportado pelos paiacuteses que participam do setor

Figura 4 Volume de abacate (t) exportado pelos paiacuteses exportadores da fruta Elaborado pelo autor FONTE FAO

Em 2013 Meacutexico liderou o setor de exportaccedilatildeo do abacate com um volume

de 563492 toneladas cerca 463 do total exportado no mundo Em segundo lugar

a Holanda com 99 A Holanda eacute um grande importador contudo o paiacutes reexporta

grande parte do volume comprado O Peru merece destaque pois saiu de um

volume exportado de 2209 t (06) em 2000 para 114515 t em 2013 ocupando

94 do volume de abacate exportado o que lhe conferiu a 3deg posiccedilatildeo no ranking

global Em quarto lugar o Chile com 73

A figura a seguir apresenta o comportamento dos principais importadores de

abacate do mundo em 14 anos

0

100000

200000

300000

400000

500000

600000

20002001200220032004200520062007200820092010201120122013

EVOLUCcedilAtildeO DA EXPORTACcedilAtildeO MUNDIAL EM t

MEacuteXICO

CHILE

ESPANHA

AacuteFRICA DO SUL

ISRAEL

HOLANDA

PERU

30

Figura 5 Evoluccedilatildeo do volume (t) importado pelos principais paiacuteses importadores de abacate ELABORADA PELO AUTOR FONTE FAOSTAT

Os principais importadores de fruta como por exemplo o europeu e o norte

americano exigem um padratildeo de qualidade que observem as demandas impostas

pelos consumidores com relaccedilatildeo agrave seguranccedila alimentar e tambeacutem agraves exigecircncias

para certificaccedilatildeo do produto levando em consideraccedilatildeo aspectos ambientais e

sociais aleacutem do local de produccedilatildeo Desta forma produtores de fruta destinadas agrave

exportaccedilatildeo precisaram adaptar suas lavouras para atender agraves exigecircncias dos mais

importantes selos internacionais como o EureGapR e o TNCR (OLIVEIRA 2005) O

maior importador de abacate do mundo satildeo os Estados Unidos (ROCHA 2014)

O volume de abacate importado ao redor do mundo vem crescendo na uacuteltima

deacutecada Os Estados Unidos lideram o montante desde 2007 mais ainda que toda a

Uniatildeo Europeia o volume importado pelo paiacutes cresceu cerca de sete vezes entre

2000 e 2013 Em segundo lugar a Uniatildeo Europeia importando quase 23 menos

A Holanda tambeacutem cresceu muito e hoje ocupa a terceira colocaccedilatildeo no ranking O

Japatildeo e o Canadaacute tiveram consideraacutevel crescimento contudo mantiveram-se na 5deg

e 6deg posiccedilatildeo durante esse periacuteodo

Nos EUA a demanda cresce mais acelerado do que a oferta segundo

CARVALHO (2015) a demanda cresce 12 ao ano enquanto a produccedilatildeo cresce

apenas 4 O paiacutes possui uma poliacutetica de retornar parte dos lucros oriundos da

-

100000

200000

300000

400000

500000

600000

700000

IMPORTACcedilAtildeO DE ABACATE NO MUNDO EM t

EUA

UE

HOLANDA

FRANCcedilA

CANADAacute

REINO UNIDO

31

comercializaccedilatildeo do Avocado no paiacutes com a elaboraccedilatildeo de marketing e o

desenvolvimento de pesquisas que incentivem o aumento do consumo interno

promovendo alimentos como por exemplo o GUACAMOLE alimento muito popular

no paiacutes

Em 2002 os EUA impunham a Lei do Bioterrorismo exigindo que as

empresas que produzem processem armazenem ou processem alimentos voltados

ao consumo humano ou animal devem cumprir normas para comercializar seus

produtos voltados ao consumo humano ou animal precisam cumprir normas para

comercializar seus produtos nos Estados Unidos Eacute necessaacuterio que essas mesmas

empresas possuam registro junto ao governo norte-americano atualizando estas

informaccedilotildees e comunicarem agraves autoridades a chegada de novos carregamentos

alimentares O natildeo cumprimento dessas exigecircncias acarreta na proibiccedilatildeo do

ingresso da carga e possiacutevel retenccedilatildeo da mercadoria com multa para o responsaacutevel

pelo carregamento (MDIC 2006)

Os principais compradores de abacate ‟Hass‟ satildeo os Estados Unidos (20 a

50) UE AUS e o Meacutexico maior produtor e exportador do Avocado participando

com 20 do mercado de Avocado (CARVALHO 2015)

O Brasil participa com apenas 031 do mercado internacional exportando

para o Canadaacute e Holanda CARVALHO (2015) comenta que o Brasil natildeo aproveita

seu potencial de se tornar grande produtor e exportador de Avocado o paiacutes possui

extensa aacuterea e clima variado entre outros fatores que favorecem a produccedilatildeo de

Avocado contudo a produccedilatildeo ainda eacute muito pequena quando comparado com

outros paiacuteses que participam do mercado internacional da fruta

Quanto agrave contribuiccedilatildeo do desenvolvimento de programas de melhoramento

geneacutetico para a consolidaccedilatildeo do Brasil como grande produtor mundial de abacate a

utilizaccedilatildeo de cultivares de bdquoHass-like‟ representa uma excelente opccedilatildeo para

aumentar a safra da cultura no paiacutes devido agrave caracteriacutestica que esta variedade tem

de antecipar a florada ampliando desta forma a janela de produccedilatildeo e aumentando

a competitividade do paiacutes em relaccedilatildeo a outros paiacuteses exportadores da fruta

O graacutefico a seguir ilustra o comportamento das exportaccedilotildees e importaccedilotildees

Brasileiras em 14 anos

32

Figura 6 - Evoluccedilatildeo da exportaccedilatildeo e importaccedilatildeo do abacate (em t) no Brasil em 14 anos Elaborado pelo autor FONTE FAO

Alguns dos principais concorrentes do Brasil tratando-se da exportaccedilatildeo do

Avocado satildeo Aacutefrica do Sul com 3 das exportaccedilotildees Chile com 7 e Peru

representando 10 do mercado internacional de Avocado A safra do Chile ocorre

em eacutepoca proacutexima a do Brasil comeccedilando em agosto e terminando em fevereiro

(CARVALHO 2015) A Boliacutevia apesar de participar com apenas 012 do volume

exportado tem a vantagem de possibilidade de produccedilatildeo o ano todo

O elevado padratildeo de qualidade dos produtos eacute sem duacutevida um fator que

pode fazer com que o Brasil se estabeleccedila no mercado mundial de abacate Esta

praacutetica tem qualificado a Aacutefrica do Sul como um dos principais fornecedores para

paiacuteses da Europa a partir do intenso trabalho desenvolvido pela empresa sem fins

lucrativos WESTFALIA situada no municiacutepio de Limpopo por meio de investimentos

em tecnologia

A tabela a seguir apresenta o periacuteodo do ano em que cada paiacutes exportador de

abacate embarca seus produtos ao redor do mundo

0

500

1000

1500

2000

2500

3000

3500

4000

4500

5000

EXPORTACcedilAtildeO

IMPORTACcedilAtildeO

33

TABELA 3 - Janela de exportaccedilatildeo dos paiacuteses exportadores de abacate

adaptada FONTE WESTFALIASUBSOLE

CALENDAacuteRIO DE EXPORTACcedilAtildeO DE ABACATE lsquoHASSrsquo

jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

BRASIL X X X X X X X X

ARGENTINA X X X

EUA X X X X X X X X X X X X

CHILE X X X X X X X X X X

AFRICA DO SUL X X X X X X X

REP DOMINICANA X X X X X

ISRAEL X X X X X X

PERU X X X X X X X

NOVA ZELAcircNDIA X X X

MEacuteXICO X X X X X X X X X X X X

ESPANHA X X X X X X X

QUEcircNIA X X X X X

AUSTRAacuteLIA X X X X X X X

Os principais destinos do abacate ‟Hass‟ exportado pelo Brasil satildeo Espanha

Itaacutelia Holanda Alemanha e Dinamarca O material exportado segue de navio do

porto de Santos a uma temperatura de 5degC levando ateacute 16 dias no maacuteximo ateacute os

destinos Esse material exportado pelo Brasil possui os certificados GlobalGapR ndash

BRCR ndash BSCIR ndash SedexR ndash SmetaR

Os graacuteficos a seguir apresentam informaccedilotildees sobre a evoluccedilatildeo do da

exportaccedilatildeo do abacate feitos a partir de informaccedilotildees apresentadas no Anuaacuterio

Brasileiro de fruticultura (2004 a 2015) obtidos a partir de dados do Instituto

Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica

34

Figura 7 - Evoluccedilatildeo do volume de abacate exportado pelo brasil (2003 a 2014) Elaborado pelo autor com dados DO ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE AGRICULTURA DE 2004 a 2015 (IBGE)

Figura 8 - Receita com exportaccedilatildeo brasileira de abacate (2003 a 2014) Elaborado pelo autor com dado do ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE AGRICULTURA DE 2004 a 2015 (IBGE)

O volume de abacate exportado pelo Brasil vem crescendo nos uacuteltimos anos

revelando assim a importacircncia do setor para o paiacutes A variaccedilatildeo do volume

exportado de 2008 para 2009 foi de 6282 jaacute de 2009 para 2010 a exportaccedilatildeo

sofreu uma queda de 793 Em 2014 houve um aumento de 3462 no setor em

relaccedilatildeo ao ano anterior (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE FRUTICULTURA) A receita

-

100000

200000

300000

400000

500000

600000

700000

20

03

20

04

20

05

20

06

20

07

20

08

20

09

20

10

20

11

20

12

20

13

20

14

EVOLUCcedilAtildeO DO VOLUME DE ABACATE EXPORTADO PELO BRASIL (2003 a 2014)

VOLUME EXPORTADO (t)

-

20000000

40000000

60000000

80000000

100000000

120000000

20

03

20

04

20

05

20

06

20

07

20

08

20

09

20

10

20

11

20

12

20

13

20

14

RECEITA COM EXPORTACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ABACATE (2003 a 2014)

RECEITA (em USS FOB)

35

obtida a partir da exportaccedilatildeo do abacate tambeacutem acompanha os iacutendices de

crescimento

A Aacutefrica do Sul um dos principais concorrentes do Brasil no setor de

exportaccedilatildeo do Avocado eacute reconhecida por exportar material de alta qualidade para

Europa onde possui escritoacuterios contudo sua produccedilatildeo estaacute estagnada A Westfalia

eacute uma empresa sem fins lucrativos produtora de Avocado na Aacutefrica do Sul

responsaacutevel por desenvolver o mercado de Avocado no paiacutes e investe fortemente

em tecnologia o que colaborou para a atual situaccedilatildeo da Aacutefrica do Sul no setor de

exportaccedilatildeo de Avocado (CARVALHO 2015)

ABACATE NO BRASIL

O Brasil favorecido quando comparado com outros paiacuteses produtores devido

agrave suas dimensotildees continentais o que lhe possibilita ampla variaccedilatildeo de temperaturas

e solos estes fator unido agraves caracteriacutesticas individuais de cada variedade como por

exemplo sazonalidade e exigecircncias nutricionais e de horas de luz Contudo apesar

da aacuterea destinada agrave produccedilatildeo do abacate no Brasil ter reduzido passando de

11605 ha em 2005 para 9559 ha em 2014 reduccedilatildeo de 176 a produccedilatildeo natildeo foi

tatildeo alterada o que evidencia a possibilidade de um aumento na produtividade destas

aacutereas

Atualmente o Brasil ocupa a oitava posiccedilatildeo no ranking global do setor de

produccedilatildeo de abacate E apesar de possuir crescente produtividade o paiacutes ainda

possui excelente potencial produtor e tambeacutem como exportador da fruta Para

aproveitar melhor esse potencial deveriam ser feitos mais investimentos tanto no

que se refere agrave produccedilatildeo como por exemplo melhoramento geneacutetico e adoccedilatildeo de

protocolos de boas praacuteticas agriacutecolas para a obtenccedilatildeo de certificaccedilatildeo quanto no

setor de comercializaccedilatildeo desenvolvendo elevado padratildeo de qualidade da fruta

A tabela a seguir (TABELA 4) apresenta a aacuterea destinada agrave colheita de todas

as variedades de abacate nos principais produtores de abacate e o Distrito Federal

TABELA 4 - Aacuterea destinada agrave colheita (em ha) Elaborada pelo autor

DADOS (IBGE-SIDRA)

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Brasil 11605 10515 9892 9596 8509 11125 10768 9615 9707 9559

Satildeo Paulo 4266 3688 3583 3437 3267 5530 5642 4192 4374 4337

36

Minas Gerais 2865 2254 2326 2223 1854 2202 2134 2309 2416 2373

Paranaacute 1492 1467 1306 1009 1085 1000 944 922 958 930

Cearaacute 493 475 498 497 490 484 477 480 483 498

Rio Grande do Sul 626 619 613 602 584 575 552 499 470 444

Distrito Federal 119 122 109 124 108 111 - 295 160 134

A tabela 5 abaixo apresenta a produccedilatildeo de todas as variedades de abacate

em toneladas dos uacuteltimos 10 anos para os principais estados produtores e o Distrito

Federal

TABELA 5 - Produccedilatildeo nacional de abacate em 10 anos (em t) Elaborada pelo

autor FONTE (IBGESIDRA)

UFANO 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Brasil 169335 164441 154096 147214 139089 153189 160376 159903 157482 156669 1000

Satildeo Paulo 77107 78085 70812 69904 74193 83002 91909 82780 85101 79316 506

Minas Gerais 38777 32812 33436 28016 24772 28522 30975 36669 36571 41259 263

Paranaacute 22265 22575 20425 16537 15919 15824 17304 16705 16309 15784 101

Rio Grande do Sul

8167 7905 7804 7602 6824 6769 6907 5719 5584 5277 34

Cearaacute 5202 4231 4706 4520 4336 4163 3985 2717 2640 3637 23

Distrito Federal 2596 3081 2690 3019 2666 2415 - 6914 3152 3151 20

Em 2014 a aacuterea destinada agrave colheita do abacate no estado do Cearaacute era

superior agrave aacuterea do Rio Grande do Sul contudo a produccedilatildeo no estado do Cearaacute no

mesmo ano foi de 3637 t enquanto que a produccedilatildeo do Rio Grande do Sul foi de

5277 45 maior reforccedilando assim a ideia de que a produtividade no Sul pode ser

maior em relaccedilatildeo agrave regiatildeo Nordeste Este fator pode ser decorrente do uso de

cultivares inadequadas para as condiccedilotildees climaacuteticas da regiatildeo eou pela falta de

adoccedilatildeo de tecnologias modernas e teacutecnicas avanccediladas de produccedilatildeo

No Distrito Federal a produccedilatildeo cresceu 21 nos uacuteltimos 10 anos e hoje

representa 2 da produccedilatildeo nacional Por outro lado Satildeo Paulo que lidera o ranking

com 506 de toda a produccedilatildeo obteve crescimento de apenas 286 Jaacute a

produccedilatildeo do Paranaacute sofreu uma reduccedilatildeo de -291 neste mesmo periacuteodo poreacutem

manteve-se como quarto produtor nacional de abacate Os estados do Cearaacute e Rio

Grande do Sul tambeacutem reduziram sua produtividade nos uacuteltimos 10 anos

acompanhando a reduccedilatildeo nacional que reduziu -74

37

A variaccedilatildeo da produtividade de todas as variedades de abacate dos principais

estados produtores de abacate do Brasil eacute apresentada na TABELA 6 a seguir

TABELA 6 - Variaccedilatildeo (em) da produtividade (t) no Brasil em 10 anos

Elaborada pelo autor FONTE (IBGESIDRA)

VARIACcedilAtildeO () DA PRODUTIVIDADE (t) EM 10 ANOS

ESTADOANO 2005 2014 VARIACcedilAtildeO

PAIacuteS 146 164 123

SAtildeO PAULO 181 183 11

MINAS GERAIS 135 174 289

PARANAacute 149 17 141

RIO GRANDE DO SUL 13 119 -85

CEARAacute 106 73 -311

DISTRITO FEDERAL 218 235 78

De acordo com os dados do IBGE Satildeo Paulo eacute o maior produtor de abacate

do paiacutes Dentre as variedades mais produzidas no estado de Satildeo Paulo estatildeo

bdquoFortuna‟ bdquoGeada‟ bdquoQuintal‟ e bdquoMargarida‟ (DORIZZOTTO 2011)

Abaixo segue TABELA 11 contendo os nuacutemeros de plantas novas e o

nuacutemero de plantas em produccedilatildeo bem como a produccedilatildeo (caixas de 22Kg) no estado

de Satildeo Paulo ao longo de 15 anos

TABELA 7 - Quantidade de peacutes novos peacutes em produccedilatildeo e produccedilatildeo (cx 22kg)

no estado de Satildeo Paulo entre 2000 e 2015 Elaborada pelo autor FONTE

INSTITUTO DE ECONOMIA AGRIacuteCOLA

ANO PEacuteS

NOVOS PEacuteS EM

PRODUCcedilAtildeO

2000 4859400 66157100

2001 4617700 62883700

2002 4742500 55421300

2003 6095000 49740300

2004 5969500 48339500

2005 5131100 46596200

2006 5325600 45869000

2007 3412800 47668000

2008 5007100 40617400

2009 12068600 49971400

2010 8190000 53239000

38

2011 6904500 54780100

2012 7704100 51341600

2013 7002100 59149400

2014 8419800 60996100

2015 9040200 67073800

O graacutefico abaixo apresenta a curva da produtividade obtida a partir da relaccedilatildeo

feita entre a produccedilatildeo e a quantidade de peacutes em produccedilatildeo no estado de Satildeo Paulo

Figura 9 - Produtividade (kgplanta) no estado de Satildeo Paulo desde 2000 elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE ECONOMIA AGRIacuteCOLA

Os dados foram obtidos a partir da relaccedilatildeo feita entre a quantidade de planta

em produccedilatildeo e a quantidade de caixas de 22 Kg produzidas no estado de Satildeo Paulo

desde 2000 Esses dados revelam crescente aumento da produtividade ateacute o ano de

2010 onde a produtividade ultrapassou 168 Kgplanta Jaacute em relaccedilatildeo ao ano de

2011 a produtividade sofreu uma reduccedilatildeo de 10 Depois disso a curva de

produtividade continuou ascendente

A seguinte tabela apresenta a evoluccedilatildeo do preccedilo do abacate comercializado

na CEAGESP durante o ano no periacuteodo de nove anos

90

110

130

150

170

190

20

00

20

01

20

02

20

03

20

04

20

05

20

06

20

07

20

08

20

09

20

10

20

11

20

12

20

13

20

14

20

15

PRODUTIVIDADE DOS PEacuteS DE ABACATE (Kgplanta) EM SP

PRODUTIVIDADE

39

TABELA 8 - Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio (em R$Kg) do abacate FONTE

CEAGESP 2008

ANOMEcircS JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

2007 105 101 1 118 107 109 129 151 159 181 228 279

2008 119 081 084 097 102 11 122 137 149 208 296 326

2009 169 122 132 133 141 141 152 177 217 213 212 235

2010 17 161 165 154 151 151 164 173 202 262 406 316

2011 185 182 183 203 186 204 231 278 308 317 359 369

2012 207 155 151 141 153 164 192 218 242 268 429 485

2013 263 209 216 215 244 265 258 304 347 403 566 498

2014 228 206 231 239 198 2 256 267 301 305 403 538

2015 406 403 386 349 367 397 394 43 - - - -

O graacutefico a seguir resume o comportamento da quantidade de peacutes novos e

em produccedilatildeo no estado de Satildeo Paulo desde o ano 2000

Figura 10 - Evoluccedilatildeo do nuacutemeros de peacutes novos e em produccedilatildeo ao longo de 15 anos no estado de Satildeo Paulo elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE

ECONOMIA AGRIacuteCOLA

A produccedilatildeo (em caixas de 22 Kg) eacute demonstrada no graacutefico abaixo para esse

mesmo periacuteodo

000

10000000

20000000

30000000

40000000

50000000

60000000

70000000

80000000

20002002200420062008201020122014

EVOLUCcedilAtildeO DOS DADOS DO ABACATE EM SAtildeO PAULO

PEacuteS NOVOS

PEacuteS EM PRODUCcedilAtildeO

40

Figura 11 - Evoluccedilatildeo da produccedilatildeo de abacate em caixas de 22kg no estado de Satildeo Paulo em 15 anos elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE

ECONOMIA AGRIacuteCOLA

A sazonalidade do abacate comercial na CEAGESP em Satildeo Paulo

demonstram que o abacate pode ser comercializado praticamente todas as eacutepocas

do ano como apresentado pela tabela

TABELA 9 - Sazonalidade do abacate FONTE CEAGESP 2008

VARIEDADE JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

GEADA X X X X X

FORTUNA X X X X X X X

QUINTAL X X X X X X X

MARGARIDA X X X X X X X X X X

BREDA X X X X X X X X

HASS X X X X X X X X

O Estado de Minas Gerais eacute o segundo maior produtor nacional de abacate

participando do setor com 229 do total produzido A aacuterea no Estado destinada agrave

produccedilatildeo da fruta foi de 23 mil ha A produtividade do estado de Minas em 2012 foi

de 15881 (hgha) (PERFIL DA FRUTA) A produccedilatildeo de abacate no Distrito Federal

em 2013 foi de 3152 toneladas (IBGE) Em Minas a produccedilatildeo concentra-se nas

regiotildees Sul e Sudeste do estado (ALMEIDA 2013)

200000000

250000000

300000000

350000000

400000000

450000000

500000000

550000000

20002002200420062008201020122014

EVOLUCcedilAtildeO NA PRODUCcedilAtildeO DE ABACATE EM SAtildeO PAULO (22Kgcx)

PRODUCcedilAtildeO CX 22Kg

41

Em 2003 o Paranaacute foi o terceiro maior produtor nacional de abacate com uma

aacuterea de aproximadamente 1600ha onde se produziu 26 mil toneladas gerando uma

receita de cerca de R$ 85 milhotildees (HOHMANN amp MENEGUIM 2005)

De acordo com a relaccedilatildeo feita entre os dados de volume de abacate colhido e

de aacuterea destinada agrave produccedilatildeo do IBGESIDRA em 10 anos (2005 agrave 2014) o estado

que sofreu maior reduccedilatildeo da produtividade foi o estado do CEARAacute reduzindo em

31 aproximadamente enquanto que o estado de minas aumentou 289 sua

produtividade O DF apresentou os melhores niacuteveis de produtividade a partir desses

dados

AVOCADO NO BRASIL

A regiatildeo de Bauru em Satildeo Paulo especializou-se na produccedilatildeo dos abacates

‟Hass‟ e bdquoFuerte‟ conhecidos comercialmente como Avocado e satildeo os mais

apreciados pelo mercado internacional (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA

FRUTICULTURA 2008)

O Avocado variedades ‟Hass‟ e bdquoFuerte‟ possui excelentes caracteriacutesticas

nutricionais como por exemplo seu alto teor de lipiacutedeos Aleacutem disso o fruto possui

tamanho reduzido o que facilita o consumo evitando que parte natildeo consumida seja

armazenada Uma das possibilidades de se estimular o consumo interno seria

promover o produto a partir do uso de marketing setor no qual a empresa

JAGUACYR situada no municiacutepio de Bauru ndash SP tem se destacado fornecendo

informaccedilotildees nutricionais e apresentando o alto padratildeo de qualidade da fruta Outro

fator que reduz a oferta do produto no mercado interno eacute a demanda internacional

apesar de impor barreiras e exigirem alto padratildeo de qualidade o produto de

qualidade recebe os melhores preccedilos este fator tambeacutem limita o consumo interno

porque o preccedilo oferecido pelos importadores reflete no preccedilo interno

Outro ponto que deve ser observado para se manter qualidade elevada dos

frutos eacute a escolha adequada do ponto de colheita pois este fator reflete diretamente

no teor de oacuteleo dos frutos que por sua vez eacute responsaacutevel pela conservaccedilatildeo do

sabor Os melhores teores de oacuteleo encontram-se em frutos tardios como nas

variedades obtidas a partir das raccedilas Guatemalenses e Mexicana sendo maior nas

raccedilas Mexicana e menor em cultivares oriunda de raccedilas Guatemalenses como por

exemplo a bdquoHass‟

42

A exportaccedilatildeo brasileira do abacate bdquoHass‟ variedade mais produzida no

mundo era de 100 toneladas por ha em 2004 para 2186 toneladas em 2010

(DORIZZOTTO 2011) Contudo este dado representa apenas 143 do volume de

todo o abacate produzido no paiacutes nesta mesma data mesmo com seus atributos

nutricionais e comerciais

Quando se trata do segmento do mercado do Avocado brasileiro em acircmbito

global a empresa JAGUACYR situada no municiacutepio de Bauru ndash SP com sede na

Holanda eacute de extrema relevacircncia contribuindo com 90 das exportaccedilotildees brasileiras

deste produto com o qual o Brasil ainda comeccedila a participar poreacutem possui

condiccedilotildees favoraacuteveis para crescer no setor (CARVALHO 2015)

O graacutefico a seguir apresentado na Figura 2 demonstra a evoluccedilatildeo da

participaccedilatildeo do Avocado no setor de fruticultura no estado de Satildeo Paulo

Figura 12 - Elaborado pelo autor FONTE CEAGESPSEDES GABRIEL V BITENCOURT DE ALMEIDA

Como apresentado no graacutefico acima o volume de Avocado comercializado na

CEAGESP tem crescido rapidamente vertiginosamente chegando a quase

quadruplicar seu valor em apenas 7 anos

Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio de atacado (R$Kg) de Avocado na CEAGESP de

Satildeo Paulo durante o ano (SP) (Figura 3)

81 74 90

106 133

208

365 378

0

50

100

150

200

250

300

350

400

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

EVOLUCcedilAtildeO DA QUANTIDADE COMERCIALIZADA (T) DE AVOCADO NA CEAGESP DE SAtildeO PAULO (SP)

QUANTIDADE(toneladas)

43

Figura 13 - Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio do avocado na CEAGESP (R$Kg) Elaborado pelo autor FONTES CEAGESP

O graacutefico a seguir demonstra um comparativo da variaccedilatildeo do preccedilo meacutedio do

abacate em relaccedilatildeo ao Avocado durante o ano com base nos dados de nove anos

da CEAGESP (R$Kg)

Figura 14 - Comparativo do preccedilo meacutedio do abacate e do avocado comercializado na ceagesp durante o ano elaborado pelo autor FONTE

CEAGESP

A partir dos dados de 7 anos com a variaccedilatildeo do preccedilo meacutedio do Avocado por

quilo durante o ano pocircde-se observar que os menores valores encontram-se entre

maio e agosto A variaccedilatildeo de preccedilo meacutedio durante o ano chega a ser de R$ 581 o

quilo mais que o dobro entre o maior e menor valor meacutedio encontrado

O graacutefico com o comparativo do preccedilo do abacate com o Avocado (Figura 11)

revela a discrepacircncia da valorizaccedilatildeo entre os dois grupos O valor miacutenimo do

4

6

8

10

12

jan

fev

mar

abr

mai

jun jul

ago

set

ou

t

no

v

dez

EVOLUCcedilAtildeO DO PRECcedilO MEacuteDIO DO AVOCADO NA CEAGESP (R$Kg)

PRECcedilO MEacuteDIO

0

2

4

6

8

10

12

JAN

FEV

MA

R

AB

R

MA

I

JUN

JUL

AG

O

SET

OU

T

NO

V

DEZ

PRECcedilO AVOCADO

PRECcedilO DO ABACATE

44

Avocado eacute de R$ 554 por quilo enquanto que o maior valor encontrado do abacate

chega a R$ 381 uma diferenccedila de quase 50

O CEASA-DF registrou em 2014 um volume comercializado de 397 toneladas

de Avocado enquanto que no ano anterior o volume registrado natildeo passou de 07

toneladas (CEASA-DF)

Apesar de jaacute haver teacutecnicas eficientes e tecnologias modernas disponiacuteveis

para se aperfeiccediloar a produccedilatildeo do abacate a exploraccedilatildeo de novas regiotildees com

potencial produtor para a implantaccedilatildeo de pomares de abacateiro no Brasil eacute um dos

fatores que podem aumentar mais ainda a produccedilatildeo nacional No DF por exemplo

a aacuterea destinada agrave colheita do abacate sofreu uma reduccedilatildeo de mais da metade de

2012 para 2014 muito diferente da forma como havia se comportando desde 2000

quando a aacuterea passou de 85 ha para 111 em 2010 O DF representa apenas 2 da

produccedilatildeo nacional do abacate contudo sua produtividade vem aumentando e de

acordo com os dados do IBGE o DF possui os melhores iacutendices de produtividade do

paiacutes o que pode representar forte potencial da regiatildeo no setor Este fato corrobora

com a ideia de que o Brasil pode aproveitar melhor sua extensatildeo territorial

explorando regiotildees com potencial produtor como o DF por exemplo

CERTIFICACcedilAtildeO

CARVALHO (2015) afirma que para participar do mercado internacional os

produtores devem se atentar agraves exigecircncias internacionais de qualidade e seguranccedila

garantidas por meio de certificaccedilatildeo como GlobalGapR BRCR BRCIR FAIRDRADER

e SEDEX-SMETAR Outro ponto que deve ser adotado pelo Brasil no comeacutercio do

Avocado eacute manter um mercado com preccedilo linear e contiacutenuo Ainda segundo

CARVALHO (2015) produtores que natildeo possuem certificaccedilatildeo no GlobalgapR

recebem menos 10

PRECcedilO PAGO PELA JAGUACYR AO PRODUTOR COM GLOBALGAPR

TABELA 10 - (CARVALHO 2015)

CAT CALIBRE MAR ABR MAI JUN

1 12 A 24 315 322 205 205

2 26 A 32 131 129 130 130

2 12 A 24 284 350 187 187

45

Para o consumidor final o selo GLOBALGAPR natildeo eacute tatildeo notado pois o uso

desta marca eacute praticado entre empresas Contudo sua em sua elaboraccedilatildeo

considerou-se a reduccedilatildeo dos impactos negativos das operaccedilotildees agriacutecolas no meio

ambiente reduzir o uso de insumos quiacutemicos e garantir que assuntos de sauacutede e

seguranccedila dos empregados e bem estar animal sejam observados (GLOBALGAPR

2008)

A GLOBALGAPR serve como um manual no comeacutercio mundial de produtos

agriacutecolas estabelecendo normas voluntaacuterias para sua certificaccedilatildeo Este conjunto de

normas estabelece serve de molde para a conduccedilatildeo de boas praacuteticas agriacutecolas

(BPA) nas atividades agriacutecolas (GLOBALGAPR 2008)

Um dos pontos positivos em se adotar os protocolos de boas praacuteticas

agriacutecolas eacute a prevenccedilatildeo de perdas Pesquisas feitas no setor da fruticultura

concluem que maior parte do desperdiacutecio ocorre no percurso que vai do manuseio

no campo ateacute as centrais de produccedilatildeo (AGRIANUAL 2012) Os iacutendices de perdas da

abaticultura chegam a 34 ao ano (AGRIANUAL 2015)

Eacute de extrema importacircncia desenvolver soacutelidos e eficientes sistemas de

certificaccedilatildeo a fim de assegurar qualidade que atenda as expectativas dos

consumidores permitindo que as empresas ingressem nos mercados globais com

seus produtos (ZEIDAN et al 2008)

A difusatildeo de praacuteticas recomendadas para a obtenccedilatildeo da certificaccedilatildeo

GLOBALGAPR por parte dos produtores de abacate principalmente as variedades

bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ pode estimular o consumo interno por meio da oferta de produtos

de maior qualidade aleacutem de reduzindo perdas e promover o produto no comeacutercio

internacional da fruta Fazendo com que o potencial produtor seja aproveitado ao

maacuteximo uma vez que seguir os protocolos de boas praacuteticas agriacutecolas represente a

reduccedilatildeo de perdas no processo de produccedilatildeo de colheita e de transporte seja por

meio da reduccedilatildeo da incidecircncia de pragas ou por adoccedilatildeo de teacutecnicas e evitem perdas

na conduccedilatildeo da produccedilatildeo dos pomares de abacate

CONCLUSOtildeES

A produccedilatildeo de Avocado cultivares bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ superiores em vaacuterios

aspectos agraves cultivares mais populares no paiacutes tem condiccedilotildees de se desenvolver

amplamente no Brasil tornando-o grande consumidor e exportador da fruta Essa

46

mudanccedila pode ocorrer por meio de incentivos governamentais que incentivem o

registro de produtos para a cultura do abacateiro favorecendo a obtenccedilatildeo de

certificaccedilatildeo bem como o desenvolvimento de centros de pesquisas que

desenvolvam estudos sobre a cultura do abacateiro que promovam a difusatildeo de

tecnologia e com isso estimule a utilizaccedilatildeo de novas aacutereas com potencial produtivo

A transferecircncia de tecnologia tambeacutem pode ser feita por parte de empresas da aacuterea

privada que possuem domiacutenio de teacutecnicas e tecnologias modernas principalmente

por meio da popularizaccedilatildeo da produccedilatildeo de mudas clonais para porta-enxerto Aleacutem

disso devem ser feitas accedilotildees por parte de instituiccedilotildees privadas como o

desenvolvimento do marketing da fruta a fim de divulgar os benefiacutecios do consumo

e a exposiccedilatildeo de novas formas de consumo de abacate pode ser crucial para a

mudanccedila do comportamento do consumidor nacional uma vez que este se atenta

principalmente aos aspectos visuais do abacate

Na poacutes-colheita o controle sobre os processos de maturaccedilatildeo poderia ser

mais bem aproveitado No Brasil a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas de conservaccedilatildeo no poacutes-

colheita de frutas objetiva na maioria das vezes estender o tempo de prateleira

destes produtos Para se aproveitar os elevados preccedilos ofertados em determinadas

eacutepocas os produtores colhem os frutos antes do recomendado para a fruta do

abacateiro o que reduz sua qualidade pois a eacutepoca da colheita influencia

diretamente no teor de oacuteleo fator altamente relacionado com o sabor da fruta Por

outro lado a aceleraccedilatildeo do processo de maturaccedilatildeo por meio do controle de

maturaccedilatildeo permite fornecimento de frutos maduros prontos para o consumo

estimulando assim o consumo no paiacutes Com a entrega regular de frutos maduros

nos supermercados e restaurantes novas formas de consumo da fruta como patecircs

e em saladas poderiam ser facilmente introduzidas no cardaacutepio nacional

47

BIBLIOGRAFIA

ALMEIDA G V B Mercado Atacadista de Abacate e Avocado (CEAGESP) III

Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado Bauru 2015

ALMEIDA G V B O Abacate no mundo e na CEAGESP Todafruta notiacutecia 2011

DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwtodafrutacombrnoticia28119O+ABACATE+NO+MUNDO+NO+BRASIL

+E+NA+CEAGESP gt

ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA FRUTICULTURA 2004 a 2015 DISPONIacuteVEL EM

httpwwwgrupogazcombrtratadaseo_edicao420150320150301_106c8c2f1pdf

4718_2015fruticulturapdfgt

BIODIESELBR DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwbiodieselbrcomnoticiasmateria-

primaoutrasvideo-unesp-transforma-oleo-abacate-biodiesel-060313htm gt

BONELLA J A Classificaccedilatildeo de abacates na CEAGESP Joseacute Alcides Bonella ME

2013

BRUWER T ROOYEN Z VAN PERFORMANCE AND MARKET ACCEPTIBILITY

OF THE HASS-LIKE CULTIVARS GEM AND HARVEST IN SOUTH AFRICA Vi

World Avocado Congress (Actas VI Confreso Mundial del Aguacate) 2007 Vintildea Del

Mar Chile 12 ndash 16 nov 2007 ISBN n 978-956-17-0413-8 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwAvocadosourcecomWAC6enExtenso1b-36pdf gt

CAMPOS J A Cultura racional do abacateiro Satildeo Paulo Iacutecone 1988 150 p

CANTUAacuteRIAS-AVILEacuteS T SILVA S R La induacutestria del aguacate em el Estado de

Satildeo Paulo Brasil actualidad y perspectivas futuras In CONGRESO MUNDIAL DEL

AGUACATE 7 2011 Caims Resuacutemenes Caims Avocado Australia 2011

48

CORREIA R C ARAUJO J L P MOUCO M A do C BRAGA C A

MENDONCcedilA R F de Abacate preferecircncias e mercado CONGRESSO

BRASILEIRO DE FRUTICULTURA 21 2010 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwalicecnptiaembrapabralicebitstreamdoc8700181Moucopdf gt

CARVALHO L F Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado realizaccedilatildeo Jaguacy

Sindicato Rural de Bauru Serviccedilo Nacional de Aprendizagem Rural - SENAR

Faculdades Integradas de Bauru ndash SP 2015

CHITARRA M I F CHITARA A B 2005 Poacutes colheita de frutos e hortaliccedilas

Fiiologia e Manuseio Lavras ESALFAEPE

CRANE J H BALERDI C F MAGUIRE I Avocado Growing in the Florida Home

Landscape University of Florida Circular 1034 one of a series of the Horticultural

Sciences Department Florida Cooperative Extension Service Institute of Food and

Agricultural Sciences University of Florida 1983 Revised 2007

CRIZEL G R MOURA R S OLIVEIRA I R MENDONCcedilA C R B

Caracteriacutesticas fiacutesicas e quiacutemicas de abacates das variedades bdquoQuintal‟ e bdquoHass‟ In

CONGRESSO DE INICIACcedilAtildeO CIENTIacuteFICA 17 ENCONTRO DE POacuteS-

GRADUACcedilAtildeO 10 2008 Pelotas Resumos Pelotas UFPEL 2008

DAIUTO E R VIEITES R L TREMOCOLDI M A RUSSO V C Taxa

respiratoacuteria de abacate bdquoHass‟ submetido a diferentes tratamentos fiacutesicos Revista

Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha Meacutexico v 10 n 2 p 101-109

2010

DAIUTO E R TREMOCOLDI M A VIEITES R L Conservaccedilatildeo poacutes colheita de

abacate bdquoHass‟ irradiado Revista Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha vol

10 n 2 2010

DONADIO L C Abacate para exportaccedilatildeo aspectos teacutecnicos da produccedilatildeo

Brasiacutelia Frupex MAPA 1995 53 p

49

DONADIO L C FERRARI L AVILEacuteS T C Abacate In DONADIO L C (Ed)

Histoacuteria da Fruticultura Paulista Jaboticabal SBF ndash Sociedade Brasileira de

Fruticultura 2010 P 33-63

DORIZZOTTO C D A SAMPAIO A C ICUMA I M et al Avocado production

chain in the state of Satildeo Paulo (Brazil) In Proceedings VII World Avocado Congress

2011 Cairns Anaishellip Cairns Internacional Avocado Society 2011 DISPONIacuteVEL

EM lt

httpworldAvocadocongress2011comuserfilesfileOsvaldo20Kioshi20Yamanis

hi201400-1420pdf gt

ERNST Z R ERNST A A The strategic role of new cultivars A case study of

bdquoMaluma‟ VIII Congreso Mundial de la Palta 2015 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwavocadosourcecomWAC8Section_02EarnstZander2015pdf gt

FACTFISH Avocados production quantity (tons) ndash for all countries DISPONIacuteVEL

EM lt httpwwwfactfishcomstatisticAvocados20production20quantity gt

FAOSTAT 2000 a 2013 DISPONIacuteVEL EM lt httpfaostat3faoorgbrowseTTPE gt

FER B WOLSTENHOLME B N (Ed) The Avocado botany production and

uses Oxon CABI Publ 2002 chap 12 p 299-338

FRANCISCO V L F dos S BAPTISTELLA C S L CULTURA DO ABACATE NO

ESTADO DE SAtildeO PAULO Informaccedilotildees Econocircmicas SP v 35 n5 2005

DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwieaspgovbroutpublicacoespdftec3-0505pdf gt

GAYET J P et al 1995 Abacate para exportaccedilatildeo procedimentos de colheita e

poacutes-colheita FRUPEX Brasiacutelia 37p

GIRARDI G Abacate uma nova opccedilatildeo de biocombustiacutevel Jornal UNESP Bauru

2009 DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwunespbracijornal248energia_bauruphp gt

50

GUEDES M S B SENA M TOLEDO S Certificaccedilatildeo como estrateacutegia competitiva

internacional dos produtores de frutas no Brasil VII Encontro da Sociedade

Brasileira de Economia Ecoloacutegica (ECO-ECO) 28 a 30 de novembro de 2007

Fortaleza Cearaacute

HODDLE M The Avocado Seed Moth Stenoma cateniver Walsingham (Lepdoptera

Elachistidae) Department of Entomology Applied Biological Control Research

DISPONIacuteVEL EM lt httpbiocontrolucredustenomastenomahtml gt

HOHMANN C L MENEGUIM A M A BROCA-DO-ABACATE (Stenoma catenifer)

Aspectos bioloacutegicos comportamento danos e manejo Instituto Agronocircmico do

Paranaacute ndash Londrina ndashPR Informe da Pesquisa n 147 2005

HOHMANN C L MENEGUIM A M Observaccedilotildees preliminares sobre a ocorrecircncia

da broca-do-abacate Stenoma catenifer Wals no Estado do Paranaacute Anais da

Sociedade Entomoloacutegica do Brasil v 22 p 417-419 1993

ILLSLEY-GRANICH C‟Hass‟Carmenrega precocious flowering avocado tree

Agrovim AS de CV Uruapan Michocan Mexico Rob Brokaw Brokaw Nursery Inc

Saticoy California USA Dr Salvador Ochoa-Ascencio University of Michoacan

Uruapan Michoacan Mexico 2011 DISPONIacuteVEL EM lt

httpworldavocadocongress2011comuserfilesfileCarlos20Illsley201410-

1430pdf gt

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA ESTATIacuteSTICA (IBGE) IBGE CIDADES

DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwcidadesibgegovbrcartogramamapaphplang=ampcoduf=53ampcodmun=53

0010ampidtema=136ampcodv=v01ampsearch=distrito-federal|brasilia|sintese-das-

informacoes-2013 gt

KADER A A 1992 Postharvest technology of horticultural crops Okland Univertisy

of California 292p

51

KADER A A ARPIA M L Avocado Recommendations for Maintaining

Postharvest Quality 2013

KADER A A Biologiacutea y Tecnologiacutea Postcosecha un Panorama In KADER A A

Tecnologiacutea Postcosecha de Cultivos Hortofrutiacutecolas 3 Ed Davis University Of

Califoacuternia 2007 Cap 4 p 43-53

KLUGE R A et al Inibiccedilatildeo do amadurecimento de abacate com 1-

metilciclopropeno Pesquisa Agropecuaacuteria Brasileira 37(7)895-901

KOOLER O C Abacaticultura Porto Alegre UFRGS 1992 138p

KOOLER O C ABACATICULTURA Porto Alegre UFRGS 1984 138p

KOLLER O C Abacate produccedilatildeo de mudas instalaccedilatildeo e manejo de pomares

colheita e poacutes-colheita Porto Alegre Cinco Continentes 2002 145 p

KREMER-KOumlHNE S KOumlHNE J S 25 YEARS OF AVOCADO ROOTSTOCK

DEVELOPMENT IN SOUTH AFRICA VI World Avocado Congress Chile 2007

DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwavocadosourcecomWAC6enExtenso1a-8pdf gt

LIPPERT C ALLAMAND M (WESTFALIASUBSOLE) A hystory of

collaboration Rev Subsole Santiago 2007

MAIS NATUREZA ABACATEIRO DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwmaisnaturezacomplantasarvoresabacateiro gt

MARANCA G Fruticultura comercial Manga e Abacate Satildeo Paulo Nobel 1980

p 81-133

MASSAFERA G COSTA T M B OLIVEIRA J E D COMPOSICcedilAtildeO DE AacuteCIDOS

GRAXOS DO OacuteLEO DO MESOCARPO E DA SEMENTE DE CULTIVARES DE

ABACATE (Persea americana MILL) DA REGIAtildeO DE RIBEIRAtildeO PRETO SP)

52

Alim Nutr Araraquara V 21 n 2 p 325-331 abrjun 2010 DISPONIacuteVEL EM lt

http20014571150seerindexphpalimentosarticleview940a20v21n2pdf gt

MDIC Negociaccedilotildees internacionais DISPONIacuteVEL EM

httpwwwdesenvolvimentogovbrsitiosecexnegInternacionaisMedTerrorismoLei

ph p gt

MICKELBART M V BENDER G S WITNEY G W ADAMS C ARPAIA M L

Effects of clonal rootstocks on bdquoHass‟ avocado yield components alternate bearing

and nutrition Journal of Horticultural Schience amp Biotechnology Ashford v 82

n 3 p 460-466 2007

MILLER B BERTELS R PADILLA T WILEMAN R THOMSEN L China the

new frontier VIII World Avocado Congress 2015

MONTENEGRO H W S A cultura do abacateiro Satildeo Paulo Melhoramentos

1951 102p (Criaccedilatildeo e Lavoura n 11)

MORAES A F G Desenvolvimento produccedilatildeo e qualidade de frutos de abacateiro

cv bdquoHass‟ sobre dois porta-enxertos nas condiccedilotildees edafoclimaacuteticas da regiatildeo central

do Estado de Satildeo Paulo Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Ciecircncias Piracicaba 2014

NAAMANI G Global Trends in main Avocado Markets VII World Avocado

Congress Australia 2011

NAVA DE DE LARA HADDAD M PARRA JRP 2005 Exigecircncias teacutermicas

estimativa do nuacutemero de geroccedilotildees de Stenoma catenifer e comprovaccedilatildeo de modelo

em campo Pesq Agropec Bras Brasilia v 40 p 961-967

NAVA DE PARRA JRP COSTA VA GUERRA TM COcircNSOLI FL (2005b)

Population dynamics of Stenoma catenifer(Lepidoptera Elachistidae) and related

larval parasitoids in Minas Gerais Brazil Florida Entomologistv 88p 441-446

53

NOVAGRIM ndash FRESH FRUITS IMPORTER amp VEGETABLE SUPPLIER SINCE

1999 2001-2013 WORLD AVOCADO PRODUCTION DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwnovagrimcomPages2000_2011_Avocado_statistics_ENaspx gt

OLIVEIRA LA A importacircncia das Normas Internacionais para o Comeacutercio da

Fruticultura Brasileira Piracicaba Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Economia Escola

Superior de Agricultura ldquoLuiz de Queirozrdquo Universidade de Satildeo Paulo Piracicaba

2005

OLIVEIRA M A de et al 2000 Ceras para conservaccedilatildeo poacutes colheita de frutos de

abacateiro cultivar Fuerte armazenados em temperatura ambiente Scientia Agriacutecola

Piracicaba 57 (4) 777-780

PASSONI A D NEVES M C M RODRIGUES B B BOTEON M Anaacutelise dos

principais entraves na exportaccedilatildeo de frutas brasileiras CENTRO DE ESTUDOS

AVANCcedilADOS EM ECONOMIA APLICADA (CEPEAESALQ-USP) XLIV

CONGRESSO DA SOBER ndash ldquoQuestotildees Agraacuterias Educaccedilatildeo no Campo e

Desenvolvimentordquo Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia Rural Fortaleza

2006

PEGG K G COATES L M KORSTEN L HARDING R M Foliar fruit and

soilborne diseases In WHILEY A W SCHAF

PERFIL DA FRUTICULTURA 2014 Base de dados 2012 a 2013 Governo de Minas

Gerais Agricultura Pecuaacuteria e Abastecimento 2014

PICCININ E PASCHOLATI S F ldquoDOENCcedilAS DO ABACATEIRO‟ em MANUAL DE

FITOPATOLOGIA Vol 2 Doenccedilas das Plantas Cultivadas Editora Agronocircmica

Ceres Ltda Satildeo Paulo 1997 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwifcursoscombrsistemaadminarquivos07-33-29-

manualfitopatologiapdfpage=10 gt

54

PUTT F F GOacuteES B C CATANEO P F Anaacutelise econocircmica de oferta e demanda

do abacate na alta paulista X Foacuterum Ambiental da Alta Paulista v 10 n 7 2014

pp 158-169

ROCHA I L Nuacutemeros do abacate HORTIESCOLHA Instituto Brasileiro de

Qualidade em Horticultura DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwhortibrasilorgbrjnwindexphpoption=com_contentampview=articleampid=120

9numeros-do-abacate-ampcatid=50comercializacaoampItemid=82 gt

SANTO N T Manejo da vegetaccedilatildeo intercalar para obtenccedilatildeo de cobertura morta na

cultura do abacateiro visando minimizar os danos causados por Phytophthora

cinnamomi Dissertaccedilatildeo de mestrado em Fitotecnia Piracicaba 2014

SCHAFFER B WOLSTENJOLME B N WHILEY A W The avocado botany

production and uses 560 p 2012 DISPONIacuteVEL EM lt

httpsbooksgooglecombrbooksid=r0hpRJca3zECamppg=PA83amplpg=PA83ampdq=Th

e+Avocado+botany+production+and+uses+hass-

likeampsource=blampots=oqc5OBsbmVampsig=5gDWWPIMYRBW9cH3yYuWh-ldd-8amphl=pt-

BRampsa=Xampved=0ahUKEwj_yPbgsoTKAhUGDpAKHZTrCWEQ6AEIPDADv=onepag

eampqampf=false gt

SCIENCIA I Certificaccedilatildeo GLOBALGAP e impactos ambientais em agroinduacutestrias de

alimentos Dissertaccedilatildeo de Poacutes-Graduaccedilatildeo Araraquara SP 2010 lt

mlthttpwwwecoecoorgbrconteudopublicacoesencontrosvii_envii_enc_ecohtm

gt

SIMAtildeO S Manual de Fruticultura Satildeo Paulo Editora Agronocircmica Ceres 1971

530p p 147-169

SINGER P MASON J Eacutetica da alimentaccedilatildeo como nossos haacutebitos alimentares

influenciam o meio ambiente e o nosso bem estar Rio de Janeiro Elsevier 2007

SOARES H F ITO M K O AacuteCIDO GRAXO MONOINSATURADO DO ABACATE

NO CONTROLE DE DISLIPIDEMIAS Ver Ciecircnc Meacuted Campinas P 47-51 2000

55

DISPONIacuteVEL EM lt httpperiodicospuc-

campinasedubrseerindexphpcienciasmedicasarticleviewFile13301304 gt

TEIXEIRA C G Cultura In ITAL ndash INSTITUTO DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS

(Campinas) Abacate Cultura mateacuteria-prima processamento e aspectos

econocircmicos 2 Ed Campinas Instituto Campineiro de Ensino Agriacutecola 1995 Cap 1

p 1-54 (Frutas Tropicais)

TEIXEIRA C G Cultura do abacate In TEIXEIRA C G et al ABACATE cultura

mateacuteria prima processamento e aspectos econocircmicos 2deg ed Seacuterie Fruas Tropicais

ndeg8 ITAL Campinas 1991 250p

WATANABE H S Caracteriacutesticas de cultivares de abacate CEAGESPS ndash

Companhia de Entrepostos e Armazeacutens Gerais de Satildeo Paulo 2013

WOLFENBARGER D O COLBURN B The Stenoma catenifer a serious Avocado

pest Proceedings of Florida State Horticulture Society v 92 p 315-318 1979

ZEIDAN R SEIXAS P ABRANCHES L COSTA D MEIRELLES F Certificaccedilatildeo

na cadeia produtiva de alimentos e as barreiras teacutecnicas agrave exportaccedilatildeo Simpoacutesio de

excelecircncia e gestatildeo e tecnologia ndash SEGeT 2008 Resende

Page 17: EVOLUÇÃO DA PRODUÇÃO MUNDIAL E NACIONAL …...RESUMO O abacateiro, Persea americana, é uma cultura muito importante em vários países, devido ao volume comercializado da fruta

17

geadas Por outro lado variedades Mexicanas satildeo mais adaptadas a regiotildees com

temperaturas mais baixas Hiacutebridos de raccedilas Mexicanas x Guatemaltecas

geralmente satildeo mais resistentes ao frio do que as raccedilas hiacutebridas Iacutendias Ocidentais x

Guatemaltecas (CRANE et al 2007)

Solos

O abacateiro eacute uma planta muito sensiacutevel a este fator em especial no que se

refere agrave drenagem e profundidade dos solos (KOLLER 1984) Para esta cultura

recomenda-se solos feacuterteis bem drenados pouco aacutecidos e profundos (SIMAtildeO

1971)

A cultura do abacateiro natildeo tolera solos inundados ou mal drenados

Condiccedilotildees de umidade elevada constante comprometem o desenvolvimento

adequado das plantas pois resultam em deficiecircncia nutricional e em alguns casos

pode provocar a morte da planta devido ao fato de estarem altamente suscetiacuteveis a

infecccedilatildeo por fungos (CRANE et al 2007)

Outro aspecto que deve ser considerado na cultura do abacate eacute a salinidade

devido agrave alta sensibilidade da cultura a este fator que pode provocar a queima da

ponta e borda das folhas e queda da produccedilatildeo (DONADIO 1995)

Doenccedilas e pragas que afetam a cultura do abacate

Apesar de o Brasil possuir excelentes condiccedilotildees para a produccedilatildeo de abacate

a falta de manejos agronocircmicos adequados durante toda a cadeia produtiva do

abacate tem feito com que o Brasil natildeo participe de forma mais eficiente no mercado

mundial do abacate A cultura possui elevada suscetibilidade agrave gomose do

abacateiro podridatildeo da raiz causada por Phytophthora cinnamomi

No Brasil a podridatildeo radicular causada por Phytophthora cinnamomi tem

dizimado plantaccedilotildees de abacateiro reduzindo a longevidade dos pomares

(DONADIO 1995) A doenccedila eacute considerada a mais importante para a cultura do

abacateiro sendo fator limitante para a cultura em todo o mundo (CAMPOS 1988

KOLLER 2002) A seleccedilatildeo de cultivares porta-enxertos resistentes ou tolerantes

controle quiacutemico e manejo do solo satildeo estrateacutegias que reduzem os danos e o

controle desta doenccedila (PEGG et al 2002)

A ocorrecircncia de Phytophthora cinnamomi juntamente com estresses

ambientais faz com que o abacateiro da cultivar ‟Hass‟ produza frutos com

18

dimensotildees muito reduzidas Esses frutos subdimensionados natildeo satildeo

comercializaacuteveis resultando em elevadas perdas financeiras para os produtores

(BRUWER 2007) Empresas como a Westfalia situada na proviacutencia de Limpopo na

Aacutefrica do Sul tecircm testado cultivares de abacate bdquoHass-like‟ para se obter maior

produtividade em regiotildees afetadas pelo P cinnamomi

Algumas das estrateacutegias que visam agrave minimizaccedilatildeo dos danos e o controle da

podridatildeo radicular satildeo por exemplo a utilizaccedilatildeo de cultivares porta-enxertos

resistentes ou tolerantes o uso de controle quiacutemico e praacuteticas especiacuteficas de manejo

do solo (PEGG et al 2002)

No que se refere a barreiras agrave exportaccedilatildeo do abacate a broca-do-abacate

Stenoma catenifer que de acordo com WOLFENBARGER amp COLBURN (1979) eacute

uma praga quarentenaacuteria em vaacuterios paiacuteses tem sido marcante para a produccedilatildeo

deste produto sendo vetada a entrada de lotes contaminados por meio de barreiras

fitossanitaacuterias em paiacuteses como os Estados Unidos da Ameacuterica principal importador

mundial Esta praga tem sido uma ameaccedila extremamente relevante para a produccedilatildeo

nacional de abacate chegando a causar perda de toda a produccedilatildeo (HOHMANN amp

MENEGUIM 1993) De acordo com informaccedilotildees da Universidade da Califoacuternia

(HODDLE UCR) os EUA tecircm desenvolvido protocolos de seguranccedila para impedir

que a doenccedila tenha acesso ao paiacutes por meio de importaccedilotildees de paiacuteses onde a

doenccedila eacute endecircmica Algumas regiotildees brasileiras de cultivo de abacate 100 da

colheita pode estar infestado com S catenifer (Nava et al 2005a) Mesmo com a

aplicaccedilatildeo de inseticidas de largo espectro sendo feitas de 7 a 11 vezes durante uma

uacutenica estaccedilatildeo de crescimento ateacute 60 de frutas podem ser infestados com larvas S

catenifer (Nava et al 2005b)

Para CARVALHO (2015) a exportaccedilatildeo para os EUA pela JAGUACYR eacute

dificultada devido agrave ocorrecircncia de doenccedilas que ocorrem em territoacuterio nacional e que

podem ser exportadas com os produtos

Ocorrida a eclosatildeo a lagarta de primeiro instar desloca-se ao longo do fruto

ateacute encontrar o local adequado para iniciar o ataque As fecircmeas procuram depositar

os ovos no peduacutenculo contudo haacute maior incidecircncia de orifiacutecios na parte inferior do

abacate Ao passo que as lagartas se desenvolvem e vatildeo se alimentando da polpa

do abacate indo em direccedilatildeo ao caroccedilo onde este inseto se aloja e finaliza a fase

larval construindo galerias no interior A lagarta se desenvolve no fruto e transforma-

se em pupa no solo numa profundidade de 05 a 15 cm ou ateacute mesmo no interior

19

dos frutos caiacutedos Dentre as medidas preventivas de controle destaca-se o uso

adequado das cultivares considerando que quanto mais tempo os frutos

permanecem nas plantas maiores seratildeo as perdas O planejamento da colheita deve

ser considerado pois colheitas tardias proporcionam condiccedilotildees favoraacuteveis para o

desenvolvimento da praga no pomar Outra medida preventiva principalmente para

pomares orgacircnicos eacute a cataccedilatildeo e destruiccedilatildeo dos frutos caiacutedos (HOHMANN amp

MENEGUIM 2005)

A verrugose ou sarna do abacateiro causada pelo fungo Sphaceloma

perseae conhecida em 1918 na Floacuterida foi encontrada no Brasil pela primeira vez

em 1938 em Limeira Eacute uma das doenccedilas de elevada importacircncia na cultura do

abacateiro visto que esta doenccedila deprecia a aparecircncia do fruto e pode provocar

tambeacutem queda dos frutos jovens bem como o subdesenvolvimento O fungo ataca

as folhas e os frutos e se desenvolve em condiccedilotildees de umidade elevada Para o

controle desta doenccedila eacute recomendado a utilizaccedilatildeo de variedades que apresentem

resistecircncia sendo necessaacuterio evitar variedades do grupo Guatemalense (PICCININ

amp PASCHOLATI 1997)

Ponto de colheita

O fruto do abacate eacute conhecido por ser climateacuterico isso significa que pode

completar o amadurecimento depois de colhido e apresenta um pico de produccedilatildeo de

etileno sucedido por um pico respiratoacuterio durante o amadurecimento O melhor

indicador de maturidade fisioloacutegica para se concluir se os frutos estatildeo aptos agrave

colheita eacute a porcentagem de mateacuteria seca que possui relaccedilatildeo com o acuacutemulo de

oacuteleo (KADER amp ARPIA 2013 citado por ALMEIDA 2013)

No Brasil a observaccedilatildeo em campo da perda do brilho na casca eacute uma praacutetica

comum para identificar o ponto ideal de colheita (ALMEIDA 2013) Jaacute na Floacuterida

contabilizam-se os dias apoacutes a floraccedilatildeo para se determinar o ponto de colheita

Na cultura do abacateiro os principais iacutendices de qualidade satildeo tamanho cor

da casca formato danos mecacircnicos recentes ou cicatrizados causados por insetos

podridotildees embalagens e transporte inadequados alteraccedilatildeo de sabor devido a

longos periacuteodos de armazenagem na aacutervore ou por colheita antes da maturidade

fisioloacutegica (KADER amp ARPIA 2013 CANTILLANO 2013) No que se refere agrave

alteraccedilatildeo de sabor KADER (2007) comenta que este fator estaacute diretamente ligado

20

ao teor de oacuteleo no fruto Neste sentido cultivares mais tardias oriundas das raccedilas

Guatemalenses e Mexicana possuem maiores teores de oacuteleo

Poacutes colheita

Por ser um fruto climateacuterico com alta taxa respiratoacuteria e elevada produccedilatildeo de

etileno apoacutes a colheita o fruto do abacate eacute altamente pereciacutevel (KADER 1992)

Neste sentido o controle do amadurecimento eacute de extrema importacircncia para se

prolongar a vida uacutetil no poacutes-colheita de frutas objetivando-se a comercializaccedilatildeo no

mercado interno ou externo (KLUGE et al 2002)

Tratando-se de maturaccedilatildeo no poacutes-colheita a manipulaccedilatildeo do etileno eacute uma

teacutecnica utilizada para antecipar ou adiar o processo de maturaccedilatildeo dos frutos O

etileno eacute um gaacutes que se comporta como hormocircnio

No Brasil a comercializaccedilatildeo do abacate em varejo ocorre na maioria das

vezes sem a utilizaccedilatildeo de refrigeraccedilatildeo portanto a utilizaccedilatildeo de tecnologias que

possibilitem a conservaccedilatildeo agrave temperatura ambiente eacute de grande relevacircncia para se

permitir a comercializaccedilatildeo durante um maior tempo apoacutes a colheita atrasando o

amadurecimento dos frutos (KLUGE et al 2002) Daiuto 2010 concluiu que a

refrigeraccedilatildeo foi efetiva na conservaccedilatildeo de frutos de abacate bdquoHass‟

Aleacutem do uso de refrigeraccedilatildeo para retardar o amadurecimento dos frutos

tambeacutem se utiliza o revestimento dos frutos com cera para se reduzir o processo de

respiraccedilatildeo e uso de metilciclopropeno para inibir a produccedilatildeo de etileno gaacutes que

funciona como hormocircnio na maturaccedilatildeo de frutos (Gayet et al 1995 Oliveira et al

2000 KLUGE et al 2002)

A utilizaccedilatildeo de radiaccedilotildees gama em baixos niacuteveis associada a outros

procedimentos no poacutes-colheita eacute mencionada na literatura como excelente meacutetodo

para prolongar a periacuteodo de prateleira das frutas por retardar os processos de

senescecircncia e amadurecimento reduzindo os iacutendices de apodrecimento provocados

por fungos e bacteacuterias (Kaumlferstein e Moy 1993) O problema do uso da radiaccedilatildeo eacute

que esta teacutecnica provoca o escurecimento perda de firmeza do fruto e o surgimento

de depressotildees superficiais (CHITARRA e CHITARRA 2005)

Consumo

Em relaccedilatildeo ao consumo per capita do abacate em 2013 o Meacutexico foi de 90

Kghab enquanto que no Brasil o consumo girava em torno de 301 gramashab

21

por ano em De acordo com dados de 2011 o consumo per capita da fruta em Israel

foi de 50 Kghab o Chile ficou logo atraacutes com 45Kghab por ano e os Estados

Unidos apesar de maior importador apenas 20 Kghab por ano (NAAMANI 2011)

Em alguns paiacuteses da Uniatildeo Europeia chega a ser 1500 gramashab por ano (BNET

2011) De acordo com PUTTI (2014) esta diferenccedila se deve ao fato de que o

consumo do abacate em paiacuteses da Europa vai aleacutem da forma in natura sendo

consumido principalmente na forma de salada aleacutem disso os benefiacutecios da fruta satildeo

mais difundidos do que no Brasil

A fruta eacute consumida de forma diferente ao redor do mundo podendo ser sob

a forma de doce como no Brasil ou em saladas e patecircs como o guacamole

(JAGUACYR) Aleacutem de ser amplamente explorada na induacutestria

Aspectos nutricionais

A tabela a seguir apresenta as informaccedilotildees nutricionais do abacate a partir de

100g da fruta

TABELA 2 - Informaccedilotildees nutricionais do abacate obtidas a partir de 100g

da fruta fonte (FATSECRET)

INFORMACcedilOtildeES NUTRICIONAIS ABACATE

ENERGIA 669 kj 160kal

CARBOIDRATOS 853 g

ACcedilUacuteCAR 066 g

PROTEIacuteNAS 2g

GORDURAS 1466g

GORDURA SATURADA 2126G

GORDURA MONOINSATURADA

9799G

GORDURA POLIINSATURADA 1816

COLESTEROL 0 mg

FIBRAS 77 g

SOacuteDIO 7 mg

POTAacuteSSIO 485 mg

Uma das principais caracteriacutesticas que qualificam o abacate eacute a elevada

quantidade de mateacuteria graxa em sua composiccedilatildeo O fruto eacute conhecido como uma

fruta de alto valor energeacutetico Os aacutecidos graxos (AG) podem ser encontrados na

semente em sua maioria insaturados estes aacutecidos tambeacutem estatildeo presentes no

mesocarpo contudo em concentraccedilotildees diferentes O oacuteleo do abacate eacute um produto

22

explorado na induacutestria farmacecircutica devido ao elevado teor de vitamina E O

produto possui bom valor comercial apesar de natildeo ser tatildeo produzido mundialmente

A quantidade de oacuteleo encontrada no mesocarpo eacute superior ao teor de oacuteleo

encontrado na semente No mesocarpo os teores de aacutecido oleico variam entre

3177 a 5030 jaacute na semente o teor desse aacutecido graxo monoinsaturado varia de

1169 a 3583 (MASSAFERA 2010)

O abacate eacute um alimento rico em aacutecido graxo monoinsaturado oleico Estudos

realizados com aacutecidos graxos monoinsaturados revelam sua importacircncia na

prevenccedilatildeo e tratamento de dislipidemias que estatildeo relacionadas ao

desenvolvimento de doenccedilas cardiovasculares e coronarianas (SOARES e ITO

2000) Os aacutecidos graxos monoinsaturados representados principalmente pelo aacutecido

oleico presente em oacuteleo de oliva e canola possui efeito significativos na prevenccedilatildeo e

tratamento de doenccedilas crocircnicas (LARSEN et al 1999)

Produtos e subprodutos

O oacuteleo obtido a partir da fruta do abacate possui propriedades fiacutesico-quiacutemicas

semelhantes ao oacuteleo de oliva principalmente pela composiccedilatildeo de seus aacutecidos

graxos salientando o aacutecido oleico O oacuteleo de oliva eacute um produto altamente

consumido no paiacutes poreacutem de origem importada e o oacuteleo de abacate possui forte

potencial para substituiacute-lo (MASSAFERA 2010)

Outra forma de aproveitamento do oacuteleo do abacate eacute para a produccedilatildeo de

biodiesel O professor do departamento de Quiacutemica da UNESP Manoel Lima de

Menezes afirma que o abacate tem o teor de oacuteleo que varia entre 5 a 30

proacuteximo ao encontrado na extraccedilatildeo da soja de 18 Segundo o pesquisador um

dos obstaacuteculos eacute ainda o teor de umidade da semente (BIODIESELBR 2013)

Dentre as vantagens do abacate em comparaccedilatildeo com a soja eacute que da fruta eacute

possiacutevel extrair oacuteleo e etanol dois ingredientes baacutesicos para a produccedilatildeo do

biodiesel Outra vantagem eacute que de acordo com Menezes o abacate pode render

ateacute 2800 litros de oacuteleo por hectare contra 400 da soja aleacutem do fato do abacateiro

ser uma planta perene (GIRARDI 2009)

A madeira tambeacutem eacute um produto explorado na cultura do abacateiro na

produccedilatildeo de energia como combustiacutevel (MAISNATUREZA) Outra forma de

aproveitamento de resiacuteduos da cultura eacute a utilizaccedilatildeo do caroccedilo para a produccedilatildeo de

23

tintas a partir do caroccedilo usado para tingir roupas produzindo uma tinta castanho-

arroxeada (TEIXEIRA 1991)

Melhoramento geneacutetico

O desenvolvimento floral bem como a eacutepoca de floraccedilatildeo e o amadurecimento

da fruta satildeo diretamente influenciados por caracteriacutesticas geneacuteticas Essas

caracteriacutesticas podem ser manipuladas com a utilizaccedilatildeo de enxertos porta enxertos

ou a interaccedilatildeo entre eles Neste sentido podem ser utilizados genoacutetipo Mexicano

que pode antecipar a floraccedilatildeo ou Guatemalenses que manteacutem uma floraccedilatildeo meacutedia

ou porta-enxerto das Iacutendias Ocidentais que promovem floraccedilatildeo tardia Estudos tecircm

comprovado que a utilizaccedilatildeo de porta-enxertos do grupo Mexicano antecipam a

floraccedilatildeo entre 4 a 8 semanas antes de pomares de clones de bdquoHass‟ Contudo a

antecipaccedilatildeo de 8 semanas na eacutepoca de floraccedilatildeo promoveu o a antecipaccedilatildeo de

maturaccedilatildeo dos frutos em apenas 3 semanas Como existe uma alta demanda pelo

abacate ‟Hass‟ em todo mundo o uso de cultivares do abacate bdquoHass-like‟ pode ser

de grande interesse para os paiacuteses produtores uma vez que a cultivar bdquoLamb-Hass‟

por exemplo possui a caracteriacutestica de estender a eacutepoca de colheita aumentando

assim a janela de produccedilatildeo da fruta (SCHAFFER et al 2012)

No final dos anos 80 Carlos Meacutendez observou um abacate diferenciado na

regiatildeo de Urupan estado de Michocaacuten Meacutexico A planta encontrada exibia uma

floraccedilatildeo com um comportamento distinto das demais Este abacate bdquoHass-like‟ foi

nomeado localmente de bdquoHass-Mendez‟ e agora eacute conhecido comercialmente como

bdquoHass Carmen‟ (Illsley-Granich 2011) Uma das cultivares de bdquoHass-like‟ que tem

sido utilizada em programas de melhoramento eacute a ldquoSir Prizerdquo

Outra cultivar bdquoHass-like‟ muito importante eacute a bdquoMaluma‟ na Aacutefrica do Sul

Dentre as vantagens desta cultivar em relaccedilatildeo ao bdquoHass‟ apresentadas por ERNST

amp ERNST (2015) estatildeo rendimento elevado precocidade e possibilidade de

aumento na densidade de plantas no pomar de abacateiro

Programas de melhoramento satildeo criados a fim de se incorporar

caracteriacutesticas de resistecircncia a doenccedilas - como os desenvolvidos na Universidade

da Califoacuternia que deram origem a cultivares como por exemplo bdquoGem‟ e bdquoHarvest‟

que possuem excelentes caracteriacutesticas agronocircmicas Dentre estas caracteriacutesticas

se tem aumento da produtividade e resistecircncia agrave podridatildeo radicular

24

A utilizaccedilatildeo de porta-enxertos eacute de suma importacircncia para se aproveitar

melhor o potencial das diferentes culturas seja por aumentar a produtividade ou por

conferir resistecircncia a doenccedilas No final dos anos 70 a podridatildeo causada por

Phytophthora cinnamomi causou grandes prejuiacutezos para a cultura do abacate na

Aacutefrica do Sul Com isso foi necessaacuterio importar da Califoacuternia porta-enxertos

tolerantes agrave podridatildeo radicular propagados vegetativamente a fim de se ter maior

uniformidade geneacutetica para estabelecer novos pomares de abacateiro Durante

muitos anos a cultivar bdquoDuke 7‟ era o uacutenico porta-enxerto que produzia plantas

uniformes produtivas e razoavelmente produtivas era a cultivar bdquoDuke 7‟ Nos anos

80 foi desenvolvida a cultivar bdquoDusa‟ a partir de plantas sobreviventes em pomares

doentes A cultivar desenvolvida pela WESTFALIA apresentou toleracircncia agrave podridatildeo

superior a bdquoDuke 7‟ (KREMER-KOumlHNE 2007)

Na Floacuterida as cultivares mais utilizadas como porta-enxerto satildeo a bdquoLula‟ e

bdquoWaldin‟ devido ao fato dessas variedades conferirem aos pomares de abacate

uniformidade aumentar o vigor e pela produccedilatildeo de sementes (CRANE et al 2007)

No Brasil os pomares comerciais de abacate satildeo implantados sobre porta-

enxertos oriundos de sementes este fator faz com que o tamanho da copa das

plantas seja desuniforme a produccedilatildeo seja afetada bem como a qualidade dos frutos

e a susceptibilidade aos patoacutegenos do solo no qual se destaca Phytophthora

cinnamomi Contudo outros paiacuteses produtores da fruta utilizam porta-enxertos de

melhor qualidade obtidos a partir de clones que possuem resistecircncia a doenccedilas e

tambeacutem conferem uniformidade ao pomar (MORAES 2014)

Certificaccedilatildeo

Devido agrave exigecircncia cada vez maior feita pelos mercados internacionais natildeo eacute

possiacutevel exportar frutas e outros produtos agropecuaacuterios sem que se tenha a

certificaccedilatildeo Um das finalidades da certificaccedilatildeo eacute proteger o diferencial de qualidade

(AGRIANUAL 2012)

A certificaccedilatildeo eacute uma forma de se adquirir vantagem competitiva sustentaacutevel

para concorrer com os grandes produtores mundiais Tendo em vista a exigecircncia de

produtos de qualidade por consumidores cada vez mais frequente eacute necessaacuterio que

o mercado mundial se atente ao alto padratildeo de qualidade fornecido por seus

produtos Com isso programas de qualidade tecircm sido desenvolvidos visando agrave

aplicaccedilatildeo direta nas cadeias de produccedilatildeo em especial na aacuterea de produtos

25

pereciacuteveis como eacute o caso da fruticultura objetivando a aceitaccedilatildeo internacional

(GUEDES et al 2007)

Vaacuterias pesquisas e estudos recentes vecircm colaborando para compreensatildeo da

formaccedilatildeo organizaccedilatildeo e influecircncia das cadeias produtivas de onde surgem

produtos que seguem os padrotildees de qualidade reconhecidos internacionalmente

onde os sistemas de certificaccedilatildeo tecircm papel fundamental

Tratando-se de qualidade os consumidores atuais buscam produtos que

atentem agraves questotildees eacuteticas que abordem temas como meio ambiente e uso de

agrotoacutexicos considerando que a procura por alimentos seguros e saudaacuteveis uma

questatildeo elementar (SINGER e MASON 2007)

Considerando que a sauacutede dos consumidores de alimentos in natura pode ser

afetada a seguranccedila alimentar bem como a qualidade dos produtos deve receber

atenccedilatildeo especial A qualidade dos produtos estaacute vinculada aos procedimentos que

satildeo conduzidos durante cada etapa de produccedilatildeo como por exemplo plantio

colheita processamento industrializaccedilatildeo e comeacutercio (OLIVEIRA 2005)

METODOLOGIA

Tipo de Estudo

Pesquisa Bibliograacutefica eacute desenvolvida a partir de material jaacute elaborado

constituiacutedo de livros e artigos cientiacuteficos (Gil 2008) Portanto o presente trabalho

utilizou-se das ideias do estudo exploratoacuterio feito a partir de pesquisa bibliograacutefica

Com isso este trabalho desenvolveu-se seguindo

1deg FONTES

Foram utilizados artigos que fornecessem informaccedilotildees sobre a cultura do

abacate bem como dados de produccedilatildeo poacutes-colheita e comercializaccedilatildeo e que

abordassem o tema de exportaccedilatildeo

2deg COLETA DE DADOS

Primeiramente foi feita leitura de trabalhos jaacute disponiacuteveis na literatura que

abordassem aspectos de produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo de forma raacutepida e objetiva a

fim de se selecionar o material a ser incluiacutedo no presente trabalho

26

Em seguida foi feita uma leitura seletiva agrupando as informaccedilotildees dos

artigos preacute-selecionados de acordo com o tema registrando as informaccedilotildees

extraiacutedas das fontes em instrumento especiacutefico

3deg ANAacuteLISE E INTERPRETACcedilAtildeO DOS RESULTADOS

Nesta etapa foi realizada uma leitura analiacutetica com a finalidade de ordenar as

informaccedilotildees contidas na literatura disponiacutevel utilizados como fonte para o

desenvolvimento deste trabalho a fim de se elaborar informaccedilotildees que resumissem

as questotildees abordadas nesta pesquisa

RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

ABACATE NO MUNDO

A figura a seguir apresenta dados de produccedilatildeo mundial de abacate (t) em 21

paiacuteses indo de 2004 a 2013 com base nos dados da FAO ndash Organizaccedilatildeo das

Naccedilotildees Unidas para Alimentaccedilatildeo e Agricultura (Food and Agriculture Organization of

the United Nations para a sigla em inglecircs)

27

Figura 2 Produccedilatildeo mundial do abacate (em t) elaborado pelo autor FONTE NOVAGRIM adaptado com dados da FAO

Os paiacuteses produtores de abacate satildeo representados no mapa abaixo onde a

intensidade da coloraccedilatildeo vermelha representa o volume de abacate produzido no

paiacutes quanto mais intenso maior o volume produzido como estaacute destacado o

Meacutexico maior produtor mundial participando com aproximadamente 31 12 de toda

a produccedilatildeo mundial da fruta

Figura 3 - Paiacuteses produtores de abacate ao redor do mundo FONTE FACTFISH

100000

300000

500000

700000

900000

1100000

1300000

1500000

1700000

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013

PRODUCcedilAtildeO MUNDIAL DE ABACATE

MEacuteXICO

INDONEacuteSIA

REP DOM

COLOcircMBIA

BRASIL

EUA

CHILE

PERU

CHINA

28

Em 2004 o maior produtor mundial de abacate foi o Meacutexico participando com

307 de todo o volume produzido mundialmente com cerca de 987000 t Em

segundo lugar poreacutem muito atraacutes com um volume de 221774 t segue a Indoneacutesia

representando apenas 689 Na terceira posiccedilatildeo Repuacuteblica Dominicana 68 e

218790 t e em quarto produzindo 170985 t estava a Colocircmbia com 53

De acordo com os dados de 2013 o Meacutexico continuou liderando o setor

participando com 3112 do total produzido agora com um volume de 1467837 t

Em segundo lugar a Repuacuteblica Dominicana com 821 Colocircmbia 643 e Peru

611 em ordem decrescente (FAOSTAT) Nos uacuteltimos 10 anos a Repuacuteblica

Dominicana saltou para o segundo lugar graccedilas a um aumento de 771 em sua

produccedilatildeo Neste sentido a Colocircmbia alcanccedila a posiccedilatildeo de 3deg colocado devido ao

aumento similar ao da Repuacuteblica Dominicana (774)

O Peru foi o paiacutes que obteve maior destaque pois saiu da oitava posiccedilatildeo

participando com apenas 337 da produccedilatildeo mundial o que representava um

volume de 108460 t em 2004 para a quarta posiccedilatildeo no ranking mundial em 2013

com 611 quando produziu 288387 t a sua participaccedilatildeo no mercado mundial

quase que dobrou nesse periacuteodo O aumento da produccedilatildeo mundial foi de 467

enquanto que o aumento do volume de abacate produzido no Peru foi de 1659

Segundo CARVALHO (2015) a formaccedilatildeo de associaccedilotildees como a PROHASS que

investe no desenvolvimento de tecnologia e marketing para estimular inclusive o

consumo interno podendo ateacute ser um exportador para o Brasil

Aos poucos a China vem participando do mercado do abacate A populaccedilatildeo

do paiacutes ultrapassa 15 bilhotildees de pessoas em algumas aacutereas metropolitanas a

populaccedilatildeo vai de 12 a 45 milhotildees de habitantes Em 2000 a classe meacutedia da China

representava 4 da populaccedilatildeo e hoje chega a 66 Os gastos com alimentaccedilatildeo

tambeacutem acompanham essa mudanccedila de comportamento pois existe nesta classe a

procura por alimentos mais saudaacuteveis Esses fatores tecircm estimulado uma mudanccedila

no consumo de abacate em toda a China (MILLER et al 2015)

Quanto agrave produccedilatildeo do Brasil no Ranking global ocorreu justamente o

contraacuterio o paiacutes saiu da quinta posiccedilatildeo para a oitava ao reduzir 765 da produccedilatildeo

que era de 170895 t em 2004 para 157428 t em 2013 Em 2011 o abacate ficou na

17deg posiccedilatildeo no ranking da produccedilatildeo nacional da fruta ocupando apenas 03 do

montante da produccedilatildeo de frutas frescas muito atraacutes das principais culturas

29

produzidas como a laranja mais produzida participando com 416 do setor

Banana segunda mais importante com 154 e Melancia com 46 em quarto

(IBGEPAM 2011)

O volume de abacate fresco brasileiro exportado foi de 4313 t em 2013 para

5806 toneladas em 2014 resultando num aumento de mais de 37 na receita com

este setor que em 2014 foi de mais de nove milhotildees e meio de doacutelares

(AGRIANUAL 2015)

O graacutefico abaixo apresenta o comportamento do volume em toneladas de

abacate exportado pelos paiacuteses que participam do setor

Figura 4 Volume de abacate (t) exportado pelos paiacuteses exportadores da fruta Elaborado pelo autor FONTE FAO

Em 2013 Meacutexico liderou o setor de exportaccedilatildeo do abacate com um volume

de 563492 toneladas cerca 463 do total exportado no mundo Em segundo lugar

a Holanda com 99 A Holanda eacute um grande importador contudo o paiacutes reexporta

grande parte do volume comprado O Peru merece destaque pois saiu de um

volume exportado de 2209 t (06) em 2000 para 114515 t em 2013 ocupando

94 do volume de abacate exportado o que lhe conferiu a 3deg posiccedilatildeo no ranking

global Em quarto lugar o Chile com 73

A figura a seguir apresenta o comportamento dos principais importadores de

abacate do mundo em 14 anos

0

100000

200000

300000

400000

500000

600000

20002001200220032004200520062007200820092010201120122013

EVOLUCcedilAtildeO DA EXPORTACcedilAtildeO MUNDIAL EM t

MEacuteXICO

CHILE

ESPANHA

AacuteFRICA DO SUL

ISRAEL

HOLANDA

PERU

30

Figura 5 Evoluccedilatildeo do volume (t) importado pelos principais paiacuteses importadores de abacate ELABORADA PELO AUTOR FONTE FAOSTAT

Os principais importadores de fruta como por exemplo o europeu e o norte

americano exigem um padratildeo de qualidade que observem as demandas impostas

pelos consumidores com relaccedilatildeo agrave seguranccedila alimentar e tambeacutem agraves exigecircncias

para certificaccedilatildeo do produto levando em consideraccedilatildeo aspectos ambientais e

sociais aleacutem do local de produccedilatildeo Desta forma produtores de fruta destinadas agrave

exportaccedilatildeo precisaram adaptar suas lavouras para atender agraves exigecircncias dos mais

importantes selos internacionais como o EureGapR e o TNCR (OLIVEIRA 2005) O

maior importador de abacate do mundo satildeo os Estados Unidos (ROCHA 2014)

O volume de abacate importado ao redor do mundo vem crescendo na uacuteltima

deacutecada Os Estados Unidos lideram o montante desde 2007 mais ainda que toda a

Uniatildeo Europeia o volume importado pelo paiacutes cresceu cerca de sete vezes entre

2000 e 2013 Em segundo lugar a Uniatildeo Europeia importando quase 23 menos

A Holanda tambeacutem cresceu muito e hoje ocupa a terceira colocaccedilatildeo no ranking O

Japatildeo e o Canadaacute tiveram consideraacutevel crescimento contudo mantiveram-se na 5deg

e 6deg posiccedilatildeo durante esse periacuteodo

Nos EUA a demanda cresce mais acelerado do que a oferta segundo

CARVALHO (2015) a demanda cresce 12 ao ano enquanto a produccedilatildeo cresce

apenas 4 O paiacutes possui uma poliacutetica de retornar parte dos lucros oriundos da

-

100000

200000

300000

400000

500000

600000

700000

IMPORTACcedilAtildeO DE ABACATE NO MUNDO EM t

EUA

UE

HOLANDA

FRANCcedilA

CANADAacute

REINO UNIDO

31

comercializaccedilatildeo do Avocado no paiacutes com a elaboraccedilatildeo de marketing e o

desenvolvimento de pesquisas que incentivem o aumento do consumo interno

promovendo alimentos como por exemplo o GUACAMOLE alimento muito popular

no paiacutes

Em 2002 os EUA impunham a Lei do Bioterrorismo exigindo que as

empresas que produzem processem armazenem ou processem alimentos voltados

ao consumo humano ou animal devem cumprir normas para comercializar seus

produtos voltados ao consumo humano ou animal precisam cumprir normas para

comercializar seus produtos nos Estados Unidos Eacute necessaacuterio que essas mesmas

empresas possuam registro junto ao governo norte-americano atualizando estas

informaccedilotildees e comunicarem agraves autoridades a chegada de novos carregamentos

alimentares O natildeo cumprimento dessas exigecircncias acarreta na proibiccedilatildeo do

ingresso da carga e possiacutevel retenccedilatildeo da mercadoria com multa para o responsaacutevel

pelo carregamento (MDIC 2006)

Os principais compradores de abacate ‟Hass‟ satildeo os Estados Unidos (20 a

50) UE AUS e o Meacutexico maior produtor e exportador do Avocado participando

com 20 do mercado de Avocado (CARVALHO 2015)

O Brasil participa com apenas 031 do mercado internacional exportando

para o Canadaacute e Holanda CARVALHO (2015) comenta que o Brasil natildeo aproveita

seu potencial de se tornar grande produtor e exportador de Avocado o paiacutes possui

extensa aacuterea e clima variado entre outros fatores que favorecem a produccedilatildeo de

Avocado contudo a produccedilatildeo ainda eacute muito pequena quando comparado com

outros paiacuteses que participam do mercado internacional da fruta

Quanto agrave contribuiccedilatildeo do desenvolvimento de programas de melhoramento

geneacutetico para a consolidaccedilatildeo do Brasil como grande produtor mundial de abacate a

utilizaccedilatildeo de cultivares de bdquoHass-like‟ representa uma excelente opccedilatildeo para

aumentar a safra da cultura no paiacutes devido agrave caracteriacutestica que esta variedade tem

de antecipar a florada ampliando desta forma a janela de produccedilatildeo e aumentando

a competitividade do paiacutes em relaccedilatildeo a outros paiacuteses exportadores da fruta

O graacutefico a seguir ilustra o comportamento das exportaccedilotildees e importaccedilotildees

Brasileiras em 14 anos

32

Figura 6 - Evoluccedilatildeo da exportaccedilatildeo e importaccedilatildeo do abacate (em t) no Brasil em 14 anos Elaborado pelo autor FONTE FAO

Alguns dos principais concorrentes do Brasil tratando-se da exportaccedilatildeo do

Avocado satildeo Aacutefrica do Sul com 3 das exportaccedilotildees Chile com 7 e Peru

representando 10 do mercado internacional de Avocado A safra do Chile ocorre

em eacutepoca proacutexima a do Brasil comeccedilando em agosto e terminando em fevereiro

(CARVALHO 2015) A Boliacutevia apesar de participar com apenas 012 do volume

exportado tem a vantagem de possibilidade de produccedilatildeo o ano todo

O elevado padratildeo de qualidade dos produtos eacute sem duacutevida um fator que

pode fazer com que o Brasil se estabeleccedila no mercado mundial de abacate Esta

praacutetica tem qualificado a Aacutefrica do Sul como um dos principais fornecedores para

paiacuteses da Europa a partir do intenso trabalho desenvolvido pela empresa sem fins

lucrativos WESTFALIA situada no municiacutepio de Limpopo por meio de investimentos

em tecnologia

A tabela a seguir apresenta o periacuteodo do ano em que cada paiacutes exportador de

abacate embarca seus produtos ao redor do mundo

0

500

1000

1500

2000

2500

3000

3500

4000

4500

5000

EXPORTACcedilAtildeO

IMPORTACcedilAtildeO

33

TABELA 3 - Janela de exportaccedilatildeo dos paiacuteses exportadores de abacate

adaptada FONTE WESTFALIASUBSOLE

CALENDAacuteRIO DE EXPORTACcedilAtildeO DE ABACATE lsquoHASSrsquo

jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

BRASIL X X X X X X X X

ARGENTINA X X X

EUA X X X X X X X X X X X X

CHILE X X X X X X X X X X

AFRICA DO SUL X X X X X X X

REP DOMINICANA X X X X X

ISRAEL X X X X X X

PERU X X X X X X X

NOVA ZELAcircNDIA X X X

MEacuteXICO X X X X X X X X X X X X

ESPANHA X X X X X X X

QUEcircNIA X X X X X

AUSTRAacuteLIA X X X X X X X

Os principais destinos do abacate ‟Hass‟ exportado pelo Brasil satildeo Espanha

Itaacutelia Holanda Alemanha e Dinamarca O material exportado segue de navio do

porto de Santos a uma temperatura de 5degC levando ateacute 16 dias no maacuteximo ateacute os

destinos Esse material exportado pelo Brasil possui os certificados GlobalGapR ndash

BRCR ndash BSCIR ndash SedexR ndash SmetaR

Os graacuteficos a seguir apresentam informaccedilotildees sobre a evoluccedilatildeo do da

exportaccedilatildeo do abacate feitos a partir de informaccedilotildees apresentadas no Anuaacuterio

Brasileiro de fruticultura (2004 a 2015) obtidos a partir de dados do Instituto

Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica

34

Figura 7 - Evoluccedilatildeo do volume de abacate exportado pelo brasil (2003 a 2014) Elaborado pelo autor com dados DO ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE AGRICULTURA DE 2004 a 2015 (IBGE)

Figura 8 - Receita com exportaccedilatildeo brasileira de abacate (2003 a 2014) Elaborado pelo autor com dado do ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE AGRICULTURA DE 2004 a 2015 (IBGE)

O volume de abacate exportado pelo Brasil vem crescendo nos uacuteltimos anos

revelando assim a importacircncia do setor para o paiacutes A variaccedilatildeo do volume

exportado de 2008 para 2009 foi de 6282 jaacute de 2009 para 2010 a exportaccedilatildeo

sofreu uma queda de 793 Em 2014 houve um aumento de 3462 no setor em

relaccedilatildeo ao ano anterior (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE FRUTICULTURA) A receita

-

100000

200000

300000

400000

500000

600000

700000

20

03

20

04

20

05

20

06

20

07

20

08

20

09

20

10

20

11

20

12

20

13

20

14

EVOLUCcedilAtildeO DO VOLUME DE ABACATE EXPORTADO PELO BRASIL (2003 a 2014)

VOLUME EXPORTADO (t)

-

20000000

40000000

60000000

80000000

100000000

120000000

20

03

20

04

20

05

20

06

20

07

20

08

20

09

20

10

20

11

20

12

20

13

20

14

RECEITA COM EXPORTACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ABACATE (2003 a 2014)

RECEITA (em USS FOB)

35

obtida a partir da exportaccedilatildeo do abacate tambeacutem acompanha os iacutendices de

crescimento

A Aacutefrica do Sul um dos principais concorrentes do Brasil no setor de

exportaccedilatildeo do Avocado eacute reconhecida por exportar material de alta qualidade para

Europa onde possui escritoacuterios contudo sua produccedilatildeo estaacute estagnada A Westfalia

eacute uma empresa sem fins lucrativos produtora de Avocado na Aacutefrica do Sul

responsaacutevel por desenvolver o mercado de Avocado no paiacutes e investe fortemente

em tecnologia o que colaborou para a atual situaccedilatildeo da Aacutefrica do Sul no setor de

exportaccedilatildeo de Avocado (CARVALHO 2015)

ABACATE NO BRASIL

O Brasil favorecido quando comparado com outros paiacuteses produtores devido

agrave suas dimensotildees continentais o que lhe possibilita ampla variaccedilatildeo de temperaturas

e solos estes fator unido agraves caracteriacutesticas individuais de cada variedade como por

exemplo sazonalidade e exigecircncias nutricionais e de horas de luz Contudo apesar

da aacuterea destinada agrave produccedilatildeo do abacate no Brasil ter reduzido passando de

11605 ha em 2005 para 9559 ha em 2014 reduccedilatildeo de 176 a produccedilatildeo natildeo foi

tatildeo alterada o que evidencia a possibilidade de um aumento na produtividade destas

aacutereas

Atualmente o Brasil ocupa a oitava posiccedilatildeo no ranking global do setor de

produccedilatildeo de abacate E apesar de possuir crescente produtividade o paiacutes ainda

possui excelente potencial produtor e tambeacutem como exportador da fruta Para

aproveitar melhor esse potencial deveriam ser feitos mais investimentos tanto no

que se refere agrave produccedilatildeo como por exemplo melhoramento geneacutetico e adoccedilatildeo de

protocolos de boas praacuteticas agriacutecolas para a obtenccedilatildeo de certificaccedilatildeo quanto no

setor de comercializaccedilatildeo desenvolvendo elevado padratildeo de qualidade da fruta

A tabela a seguir (TABELA 4) apresenta a aacuterea destinada agrave colheita de todas

as variedades de abacate nos principais produtores de abacate e o Distrito Federal

TABELA 4 - Aacuterea destinada agrave colheita (em ha) Elaborada pelo autor

DADOS (IBGE-SIDRA)

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Brasil 11605 10515 9892 9596 8509 11125 10768 9615 9707 9559

Satildeo Paulo 4266 3688 3583 3437 3267 5530 5642 4192 4374 4337

36

Minas Gerais 2865 2254 2326 2223 1854 2202 2134 2309 2416 2373

Paranaacute 1492 1467 1306 1009 1085 1000 944 922 958 930

Cearaacute 493 475 498 497 490 484 477 480 483 498

Rio Grande do Sul 626 619 613 602 584 575 552 499 470 444

Distrito Federal 119 122 109 124 108 111 - 295 160 134

A tabela 5 abaixo apresenta a produccedilatildeo de todas as variedades de abacate

em toneladas dos uacuteltimos 10 anos para os principais estados produtores e o Distrito

Federal

TABELA 5 - Produccedilatildeo nacional de abacate em 10 anos (em t) Elaborada pelo

autor FONTE (IBGESIDRA)

UFANO 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Brasil 169335 164441 154096 147214 139089 153189 160376 159903 157482 156669 1000

Satildeo Paulo 77107 78085 70812 69904 74193 83002 91909 82780 85101 79316 506

Minas Gerais 38777 32812 33436 28016 24772 28522 30975 36669 36571 41259 263

Paranaacute 22265 22575 20425 16537 15919 15824 17304 16705 16309 15784 101

Rio Grande do Sul

8167 7905 7804 7602 6824 6769 6907 5719 5584 5277 34

Cearaacute 5202 4231 4706 4520 4336 4163 3985 2717 2640 3637 23

Distrito Federal 2596 3081 2690 3019 2666 2415 - 6914 3152 3151 20

Em 2014 a aacuterea destinada agrave colheita do abacate no estado do Cearaacute era

superior agrave aacuterea do Rio Grande do Sul contudo a produccedilatildeo no estado do Cearaacute no

mesmo ano foi de 3637 t enquanto que a produccedilatildeo do Rio Grande do Sul foi de

5277 45 maior reforccedilando assim a ideia de que a produtividade no Sul pode ser

maior em relaccedilatildeo agrave regiatildeo Nordeste Este fator pode ser decorrente do uso de

cultivares inadequadas para as condiccedilotildees climaacuteticas da regiatildeo eou pela falta de

adoccedilatildeo de tecnologias modernas e teacutecnicas avanccediladas de produccedilatildeo

No Distrito Federal a produccedilatildeo cresceu 21 nos uacuteltimos 10 anos e hoje

representa 2 da produccedilatildeo nacional Por outro lado Satildeo Paulo que lidera o ranking

com 506 de toda a produccedilatildeo obteve crescimento de apenas 286 Jaacute a

produccedilatildeo do Paranaacute sofreu uma reduccedilatildeo de -291 neste mesmo periacuteodo poreacutem

manteve-se como quarto produtor nacional de abacate Os estados do Cearaacute e Rio

Grande do Sul tambeacutem reduziram sua produtividade nos uacuteltimos 10 anos

acompanhando a reduccedilatildeo nacional que reduziu -74

37

A variaccedilatildeo da produtividade de todas as variedades de abacate dos principais

estados produtores de abacate do Brasil eacute apresentada na TABELA 6 a seguir

TABELA 6 - Variaccedilatildeo (em) da produtividade (t) no Brasil em 10 anos

Elaborada pelo autor FONTE (IBGESIDRA)

VARIACcedilAtildeO () DA PRODUTIVIDADE (t) EM 10 ANOS

ESTADOANO 2005 2014 VARIACcedilAtildeO

PAIacuteS 146 164 123

SAtildeO PAULO 181 183 11

MINAS GERAIS 135 174 289

PARANAacute 149 17 141

RIO GRANDE DO SUL 13 119 -85

CEARAacute 106 73 -311

DISTRITO FEDERAL 218 235 78

De acordo com os dados do IBGE Satildeo Paulo eacute o maior produtor de abacate

do paiacutes Dentre as variedades mais produzidas no estado de Satildeo Paulo estatildeo

bdquoFortuna‟ bdquoGeada‟ bdquoQuintal‟ e bdquoMargarida‟ (DORIZZOTTO 2011)

Abaixo segue TABELA 11 contendo os nuacutemeros de plantas novas e o

nuacutemero de plantas em produccedilatildeo bem como a produccedilatildeo (caixas de 22Kg) no estado

de Satildeo Paulo ao longo de 15 anos

TABELA 7 - Quantidade de peacutes novos peacutes em produccedilatildeo e produccedilatildeo (cx 22kg)

no estado de Satildeo Paulo entre 2000 e 2015 Elaborada pelo autor FONTE

INSTITUTO DE ECONOMIA AGRIacuteCOLA

ANO PEacuteS

NOVOS PEacuteS EM

PRODUCcedilAtildeO

2000 4859400 66157100

2001 4617700 62883700

2002 4742500 55421300

2003 6095000 49740300

2004 5969500 48339500

2005 5131100 46596200

2006 5325600 45869000

2007 3412800 47668000

2008 5007100 40617400

2009 12068600 49971400

2010 8190000 53239000

38

2011 6904500 54780100

2012 7704100 51341600

2013 7002100 59149400

2014 8419800 60996100

2015 9040200 67073800

O graacutefico abaixo apresenta a curva da produtividade obtida a partir da relaccedilatildeo

feita entre a produccedilatildeo e a quantidade de peacutes em produccedilatildeo no estado de Satildeo Paulo

Figura 9 - Produtividade (kgplanta) no estado de Satildeo Paulo desde 2000 elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE ECONOMIA AGRIacuteCOLA

Os dados foram obtidos a partir da relaccedilatildeo feita entre a quantidade de planta

em produccedilatildeo e a quantidade de caixas de 22 Kg produzidas no estado de Satildeo Paulo

desde 2000 Esses dados revelam crescente aumento da produtividade ateacute o ano de

2010 onde a produtividade ultrapassou 168 Kgplanta Jaacute em relaccedilatildeo ao ano de

2011 a produtividade sofreu uma reduccedilatildeo de 10 Depois disso a curva de

produtividade continuou ascendente

A seguinte tabela apresenta a evoluccedilatildeo do preccedilo do abacate comercializado

na CEAGESP durante o ano no periacuteodo de nove anos

90

110

130

150

170

190

20

00

20

01

20

02

20

03

20

04

20

05

20

06

20

07

20

08

20

09

20

10

20

11

20

12

20

13

20

14

20

15

PRODUTIVIDADE DOS PEacuteS DE ABACATE (Kgplanta) EM SP

PRODUTIVIDADE

39

TABELA 8 - Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio (em R$Kg) do abacate FONTE

CEAGESP 2008

ANOMEcircS JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

2007 105 101 1 118 107 109 129 151 159 181 228 279

2008 119 081 084 097 102 11 122 137 149 208 296 326

2009 169 122 132 133 141 141 152 177 217 213 212 235

2010 17 161 165 154 151 151 164 173 202 262 406 316

2011 185 182 183 203 186 204 231 278 308 317 359 369

2012 207 155 151 141 153 164 192 218 242 268 429 485

2013 263 209 216 215 244 265 258 304 347 403 566 498

2014 228 206 231 239 198 2 256 267 301 305 403 538

2015 406 403 386 349 367 397 394 43 - - - -

O graacutefico a seguir resume o comportamento da quantidade de peacutes novos e

em produccedilatildeo no estado de Satildeo Paulo desde o ano 2000

Figura 10 - Evoluccedilatildeo do nuacutemeros de peacutes novos e em produccedilatildeo ao longo de 15 anos no estado de Satildeo Paulo elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE

ECONOMIA AGRIacuteCOLA

A produccedilatildeo (em caixas de 22 Kg) eacute demonstrada no graacutefico abaixo para esse

mesmo periacuteodo

000

10000000

20000000

30000000

40000000

50000000

60000000

70000000

80000000

20002002200420062008201020122014

EVOLUCcedilAtildeO DOS DADOS DO ABACATE EM SAtildeO PAULO

PEacuteS NOVOS

PEacuteS EM PRODUCcedilAtildeO

40

Figura 11 - Evoluccedilatildeo da produccedilatildeo de abacate em caixas de 22kg no estado de Satildeo Paulo em 15 anos elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE

ECONOMIA AGRIacuteCOLA

A sazonalidade do abacate comercial na CEAGESP em Satildeo Paulo

demonstram que o abacate pode ser comercializado praticamente todas as eacutepocas

do ano como apresentado pela tabela

TABELA 9 - Sazonalidade do abacate FONTE CEAGESP 2008

VARIEDADE JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

GEADA X X X X X

FORTUNA X X X X X X X

QUINTAL X X X X X X X

MARGARIDA X X X X X X X X X X

BREDA X X X X X X X X

HASS X X X X X X X X

O Estado de Minas Gerais eacute o segundo maior produtor nacional de abacate

participando do setor com 229 do total produzido A aacuterea no Estado destinada agrave

produccedilatildeo da fruta foi de 23 mil ha A produtividade do estado de Minas em 2012 foi

de 15881 (hgha) (PERFIL DA FRUTA) A produccedilatildeo de abacate no Distrito Federal

em 2013 foi de 3152 toneladas (IBGE) Em Minas a produccedilatildeo concentra-se nas

regiotildees Sul e Sudeste do estado (ALMEIDA 2013)

200000000

250000000

300000000

350000000

400000000

450000000

500000000

550000000

20002002200420062008201020122014

EVOLUCcedilAtildeO NA PRODUCcedilAtildeO DE ABACATE EM SAtildeO PAULO (22Kgcx)

PRODUCcedilAtildeO CX 22Kg

41

Em 2003 o Paranaacute foi o terceiro maior produtor nacional de abacate com uma

aacuterea de aproximadamente 1600ha onde se produziu 26 mil toneladas gerando uma

receita de cerca de R$ 85 milhotildees (HOHMANN amp MENEGUIM 2005)

De acordo com a relaccedilatildeo feita entre os dados de volume de abacate colhido e

de aacuterea destinada agrave produccedilatildeo do IBGESIDRA em 10 anos (2005 agrave 2014) o estado

que sofreu maior reduccedilatildeo da produtividade foi o estado do CEARAacute reduzindo em

31 aproximadamente enquanto que o estado de minas aumentou 289 sua

produtividade O DF apresentou os melhores niacuteveis de produtividade a partir desses

dados

AVOCADO NO BRASIL

A regiatildeo de Bauru em Satildeo Paulo especializou-se na produccedilatildeo dos abacates

‟Hass‟ e bdquoFuerte‟ conhecidos comercialmente como Avocado e satildeo os mais

apreciados pelo mercado internacional (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA

FRUTICULTURA 2008)

O Avocado variedades ‟Hass‟ e bdquoFuerte‟ possui excelentes caracteriacutesticas

nutricionais como por exemplo seu alto teor de lipiacutedeos Aleacutem disso o fruto possui

tamanho reduzido o que facilita o consumo evitando que parte natildeo consumida seja

armazenada Uma das possibilidades de se estimular o consumo interno seria

promover o produto a partir do uso de marketing setor no qual a empresa

JAGUACYR situada no municiacutepio de Bauru ndash SP tem se destacado fornecendo

informaccedilotildees nutricionais e apresentando o alto padratildeo de qualidade da fruta Outro

fator que reduz a oferta do produto no mercado interno eacute a demanda internacional

apesar de impor barreiras e exigirem alto padratildeo de qualidade o produto de

qualidade recebe os melhores preccedilos este fator tambeacutem limita o consumo interno

porque o preccedilo oferecido pelos importadores reflete no preccedilo interno

Outro ponto que deve ser observado para se manter qualidade elevada dos

frutos eacute a escolha adequada do ponto de colheita pois este fator reflete diretamente

no teor de oacuteleo dos frutos que por sua vez eacute responsaacutevel pela conservaccedilatildeo do

sabor Os melhores teores de oacuteleo encontram-se em frutos tardios como nas

variedades obtidas a partir das raccedilas Guatemalenses e Mexicana sendo maior nas

raccedilas Mexicana e menor em cultivares oriunda de raccedilas Guatemalenses como por

exemplo a bdquoHass‟

42

A exportaccedilatildeo brasileira do abacate bdquoHass‟ variedade mais produzida no

mundo era de 100 toneladas por ha em 2004 para 2186 toneladas em 2010

(DORIZZOTTO 2011) Contudo este dado representa apenas 143 do volume de

todo o abacate produzido no paiacutes nesta mesma data mesmo com seus atributos

nutricionais e comerciais

Quando se trata do segmento do mercado do Avocado brasileiro em acircmbito

global a empresa JAGUACYR situada no municiacutepio de Bauru ndash SP com sede na

Holanda eacute de extrema relevacircncia contribuindo com 90 das exportaccedilotildees brasileiras

deste produto com o qual o Brasil ainda comeccedila a participar poreacutem possui

condiccedilotildees favoraacuteveis para crescer no setor (CARVALHO 2015)

O graacutefico a seguir apresentado na Figura 2 demonstra a evoluccedilatildeo da

participaccedilatildeo do Avocado no setor de fruticultura no estado de Satildeo Paulo

Figura 12 - Elaborado pelo autor FONTE CEAGESPSEDES GABRIEL V BITENCOURT DE ALMEIDA

Como apresentado no graacutefico acima o volume de Avocado comercializado na

CEAGESP tem crescido rapidamente vertiginosamente chegando a quase

quadruplicar seu valor em apenas 7 anos

Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio de atacado (R$Kg) de Avocado na CEAGESP de

Satildeo Paulo durante o ano (SP) (Figura 3)

81 74 90

106 133

208

365 378

0

50

100

150

200

250

300

350

400

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

EVOLUCcedilAtildeO DA QUANTIDADE COMERCIALIZADA (T) DE AVOCADO NA CEAGESP DE SAtildeO PAULO (SP)

QUANTIDADE(toneladas)

43

Figura 13 - Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio do avocado na CEAGESP (R$Kg) Elaborado pelo autor FONTES CEAGESP

O graacutefico a seguir demonstra um comparativo da variaccedilatildeo do preccedilo meacutedio do

abacate em relaccedilatildeo ao Avocado durante o ano com base nos dados de nove anos

da CEAGESP (R$Kg)

Figura 14 - Comparativo do preccedilo meacutedio do abacate e do avocado comercializado na ceagesp durante o ano elaborado pelo autor FONTE

CEAGESP

A partir dos dados de 7 anos com a variaccedilatildeo do preccedilo meacutedio do Avocado por

quilo durante o ano pocircde-se observar que os menores valores encontram-se entre

maio e agosto A variaccedilatildeo de preccedilo meacutedio durante o ano chega a ser de R$ 581 o

quilo mais que o dobro entre o maior e menor valor meacutedio encontrado

O graacutefico com o comparativo do preccedilo do abacate com o Avocado (Figura 11)

revela a discrepacircncia da valorizaccedilatildeo entre os dois grupos O valor miacutenimo do

4

6

8

10

12

jan

fev

mar

abr

mai

jun jul

ago

set

ou

t

no

v

dez

EVOLUCcedilAtildeO DO PRECcedilO MEacuteDIO DO AVOCADO NA CEAGESP (R$Kg)

PRECcedilO MEacuteDIO

0

2

4

6

8

10

12

JAN

FEV

MA

R

AB

R

MA

I

JUN

JUL

AG

O

SET

OU

T

NO

V

DEZ

PRECcedilO AVOCADO

PRECcedilO DO ABACATE

44

Avocado eacute de R$ 554 por quilo enquanto que o maior valor encontrado do abacate

chega a R$ 381 uma diferenccedila de quase 50

O CEASA-DF registrou em 2014 um volume comercializado de 397 toneladas

de Avocado enquanto que no ano anterior o volume registrado natildeo passou de 07

toneladas (CEASA-DF)

Apesar de jaacute haver teacutecnicas eficientes e tecnologias modernas disponiacuteveis

para se aperfeiccediloar a produccedilatildeo do abacate a exploraccedilatildeo de novas regiotildees com

potencial produtor para a implantaccedilatildeo de pomares de abacateiro no Brasil eacute um dos

fatores que podem aumentar mais ainda a produccedilatildeo nacional No DF por exemplo

a aacuterea destinada agrave colheita do abacate sofreu uma reduccedilatildeo de mais da metade de

2012 para 2014 muito diferente da forma como havia se comportando desde 2000

quando a aacuterea passou de 85 ha para 111 em 2010 O DF representa apenas 2 da

produccedilatildeo nacional do abacate contudo sua produtividade vem aumentando e de

acordo com os dados do IBGE o DF possui os melhores iacutendices de produtividade do

paiacutes o que pode representar forte potencial da regiatildeo no setor Este fato corrobora

com a ideia de que o Brasil pode aproveitar melhor sua extensatildeo territorial

explorando regiotildees com potencial produtor como o DF por exemplo

CERTIFICACcedilAtildeO

CARVALHO (2015) afirma que para participar do mercado internacional os

produtores devem se atentar agraves exigecircncias internacionais de qualidade e seguranccedila

garantidas por meio de certificaccedilatildeo como GlobalGapR BRCR BRCIR FAIRDRADER

e SEDEX-SMETAR Outro ponto que deve ser adotado pelo Brasil no comeacutercio do

Avocado eacute manter um mercado com preccedilo linear e contiacutenuo Ainda segundo

CARVALHO (2015) produtores que natildeo possuem certificaccedilatildeo no GlobalgapR

recebem menos 10

PRECcedilO PAGO PELA JAGUACYR AO PRODUTOR COM GLOBALGAPR

TABELA 10 - (CARVALHO 2015)

CAT CALIBRE MAR ABR MAI JUN

1 12 A 24 315 322 205 205

2 26 A 32 131 129 130 130

2 12 A 24 284 350 187 187

45

Para o consumidor final o selo GLOBALGAPR natildeo eacute tatildeo notado pois o uso

desta marca eacute praticado entre empresas Contudo sua em sua elaboraccedilatildeo

considerou-se a reduccedilatildeo dos impactos negativos das operaccedilotildees agriacutecolas no meio

ambiente reduzir o uso de insumos quiacutemicos e garantir que assuntos de sauacutede e

seguranccedila dos empregados e bem estar animal sejam observados (GLOBALGAPR

2008)

A GLOBALGAPR serve como um manual no comeacutercio mundial de produtos

agriacutecolas estabelecendo normas voluntaacuterias para sua certificaccedilatildeo Este conjunto de

normas estabelece serve de molde para a conduccedilatildeo de boas praacuteticas agriacutecolas

(BPA) nas atividades agriacutecolas (GLOBALGAPR 2008)

Um dos pontos positivos em se adotar os protocolos de boas praacuteticas

agriacutecolas eacute a prevenccedilatildeo de perdas Pesquisas feitas no setor da fruticultura

concluem que maior parte do desperdiacutecio ocorre no percurso que vai do manuseio

no campo ateacute as centrais de produccedilatildeo (AGRIANUAL 2012) Os iacutendices de perdas da

abaticultura chegam a 34 ao ano (AGRIANUAL 2015)

Eacute de extrema importacircncia desenvolver soacutelidos e eficientes sistemas de

certificaccedilatildeo a fim de assegurar qualidade que atenda as expectativas dos

consumidores permitindo que as empresas ingressem nos mercados globais com

seus produtos (ZEIDAN et al 2008)

A difusatildeo de praacuteticas recomendadas para a obtenccedilatildeo da certificaccedilatildeo

GLOBALGAPR por parte dos produtores de abacate principalmente as variedades

bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ pode estimular o consumo interno por meio da oferta de produtos

de maior qualidade aleacutem de reduzindo perdas e promover o produto no comeacutercio

internacional da fruta Fazendo com que o potencial produtor seja aproveitado ao

maacuteximo uma vez que seguir os protocolos de boas praacuteticas agriacutecolas represente a

reduccedilatildeo de perdas no processo de produccedilatildeo de colheita e de transporte seja por

meio da reduccedilatildeo da incidecircncia de pragas ou por adoccedilatildeo de teacutecnicas e evitem perdas

na conduccedilatildeo da produccedilatildeo dos pomares de abacate

CONCLUSOtildeES

A produccedilatildeo de Avocado cultivares bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ superiores em vaacuterios

aspectos agraves cultivares mais populares no paiacutes tem condiccedilotildees de se desenvolver

amplamente no Brasil tornando-o grande consumidor e exportador da fruta Essa

46

mudanccedila pode ocorrer por meio de incentivos governamentais que incentivem o

registro de produtos para a cultura do abacateiro favorecendo a obtenccedilatildeo de

certificaccedilatildeo bem como o desenvolvimento de centros de pesquisas que

desenvolvam estudos sobre a cultura do abacateiro que promovam a difusatildeo de

tecnologia e com isso estimule a utilizaccedilatildeo de novas aacutereas com potencial produtivo

A transferecircncia de tecnologia tambeacutem pode ser feita por parte de empresas da aacuterea

privada que possuem domiacutenio de teacutecnicas e tecnologias modernas principalmente

por meio da popularizaccedilatildeo da produccedilatildeo de mudas clonais para porta-enxerto Aleacutem

disso devem ser feitas accedilotildees por parte de instituiccedilotildees privadas como o

desenvolvimento do marketing da fruta a fim de divulgar os benefiacutecios do consumo

e a exposiccedilatildeo de novas formas de consumo de abacate pode ser crucial para a

mudanccedila do comportamento do consumidor nacional uma vez que este se atenta

principalmente aos aspectos visuais do abacate

Na poacutes-colheita o controle sobre os processos de maturaccedilatildeo poderia ser

mais bem aproveitado No Brasil a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas de conservaccedilatildeo no poacutes-

colheita de frutas objetiva na maioria das vezes estender o tempo de prateleira

destes produtos Para se aproveitar os elevados preccedilos ofertados em determinadas

eacutepocas os produtores colhem os frutos antes do recomendado para a fruta do

abacateiro o que reduz sua qualidade pois a eacutepoca da colheita influencia

diretamente no teor de oacuteleo fator altamente relacionado com o sabor da fruta Por

outro lado a aceleraccedilatildeo do processo de maturaccedilatildeo por meio do controle de

maturaccedilatildeo permite fornecimento de frutos maduros prontos para o consumo

estimulando assim o consumo no paiacutes Com a entrega regular de frutos maduros

nos supermercados e restaurantes novas formas de consumo da fruta como patecircs

e em saladas poderiam ser facilmente introduzidas no cardaacutepio nacional

47

BIBLIOGRAFIA

ALMEIDA G V B Mercado Atacadista de Abacate e Avocado (CEAGESP) III

Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado Bauru 2015

ALMEIDA G V B O Abacate no mundo e na CEAGESP Todafruta notiacutecia 2011

DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwtodafrutacombrnoticia28119O+ABACATE+NO+MUNDO+NO+BRASIL

+E+NA+CEAGESP gt

ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA FRUTICULTURA 2004 a 2015 DISPONIacuteVEL EM

httpwwwgrupogazcombrtratadaseo_edicao420150320150301_106c8c2f1pdf

4718_2015fruticulturapdfgt

BIODIESELBR DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwbiodieselbrcomnoticiasmateria-

primaoutrasvideo-unesp-transforma-oleo-abacate-biodiesel-060313htm gt

BONELLA J A Classificaccedilatildeo de abacates na CEAGESP Joseacute Alcides Bonella ME

2013

BRUWER T ROOYEN Z VAN PERFORMANCE AND MARKET ACCEPTIBILITY

OF THE HASS-LIKE CULTIVARS GEM AND HARVEST IN SOUTH AFRICA Vi

World Avocado Congress (Actas VI Confreso Mundial del Aguacate) 2007 Vintildea Del

Mar Chile 12 ndash 16 nov 2007 ISBN n 978-956-17-0413-8 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwAvocadosourcecomWAC6enExtenso1b-36pdf gt

CAMPOS J A Cultura racional do abacateiro Satildeo Paulo Iacutecone 1988 150 p

CANTUAacuteRIAS-AVILEacuteS T SILVA S R La induacutestria del aguacate em el Estado de

Satildeo Paulo Brasil actualidad y perspectivas futuras In CONGRESO MUNDIAL DEL

AGUACATE 7 2011 Caims Resuacutemenes Caims Avocado Australia 2011

48

CORREIA R C ARAUJO J L P MOUCO M A do C BRAGA C A

MENDONCcedilA R F de Abacate preferecircncias e mercado CONGRESSO

BRASILEIRO DE FRUTICULTURA 21 2010 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwalicecnptiaembrapabralicebitstreamdoc8700181Moucopdf gt

CARVALHO L F Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado realizaccedilatildeo Jaguacy

Sindicato Rural de Bauru Serviccedilo Nacional de Aprendizagem Rural - SENAR

Faculdades Integradas de Bauru ndash SP 2015

CHITARRA M I F CHITARA A B 2005 Poacutes colheita de frutos e hortaliccedilas

Fiiologia e Manuseio Lavras ESALFAEPE

CRANE J H BALERDI C F MAGUIRE I Avocado Growing in the Florida Home

Landscape University of Florida Circular 1034 one of a series of the Horticultural

Sciences Department Florida Cooperative Extension Service Institute of Food and

Agricultural Sciences University of Florida 1983 Revised 2007

CRIZEL G R MOURA R S OLIVEIRA I R MENDONCcedilA C R B

Caracteriacutesticas fiacutesicas e quiacutemicas de abacates das variedades bdquoQuintal‟ e bdquoHass‟ In

CONGRESSO DE INICIACcedilAtildeO CIENTIacuteFICA 17 ENCONTRO DE POacuteS-

GRADUACcedilAtildeO 10 2008 Pelotas Resumos Pelotas UFPEL 2008

DAIUTO E R VIEITES R L TREMOCOLDI M A RUSSO V C Taxa

respiratoacuteria de abacate bdquoHass‟ submetido a diferentes tratamentos fiacutesicos Revista

Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha Meacutexico v 10 n 2 p 101-109

2010

DAIUTO E R TREMOCOLDI M A VIEITES R L Conservaccedilatildeo poacutes colheita de

abacate bdquoHass‟ irradiado Revista Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha vol

10 n 2 2010

DONADIO L C Abacate para exportaccedilatildeo aspectos teacutecnicos da produccedilatildeo

Brasiacutelia Frupex MAPA 1995 53 p

49

DONADIO L C FERRARI L AVILEacuteS T C Abacate In DONADIO L C (Ed)

Histoacuteria da Fruticultura Paulista Jaboticabal SBF ndash Sociedade Brasileira de

Fruticultura 2010 P 33-63

DORIZZOTTO C D A SAMPAIO A C ICUMA I M et al Avocado production

chain in the state of Satildeo Paulo (Brazil) In Proceedings VII World Avocado Congress

2011 Cairns Anaishellip Cairns Internacional Avocado Society 2011 DISPONIacuteVEL

EM lt

httpworldAvocadocongress2011comuserfilesfileOsvaldo20Kioshi20Yamanis

hi201400-1420pdf gt

ERNST Z R ERNST A A The strategic role of new cultivars A case study of

bdquoMaluma‟ VIII Congreso Mundial de la Palta 2015 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwavocadosourcecomWAC8Section_02EarnstZander2015pdf gt

FACTFISH Avocados production quantity (tons) ndash for all countries DISPONIacuteVEL

EM lt httpwwwfactfishcomstatisticAvocados20production20quantity gt

FAOSTAT 2000 a 2013 DISPONIacuteVEL EM lt httpfaostat3faoorgbrowseTTPE gt

FER B WOLSTENHOLME B N (Ed) The Avocado botany production and

uses Oxon CABI Publ 2002 chap 12 p 299-338

FRANCISCO V L F dos S BAPTISTELLA C S L CULTURA DO ABACATE NO

ESTADO DE SAtildeO PAULO Informaccedilotildees Econocircmicas SP v 35 n5 2005

DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwieaspgovbroutpublicacoespdftec3-0505pdf gt

GAYET J P et al 1995 Abacate para exportaccedilatildeo procedimentos de colheita e

poacutes-colheita FRUPEX Brasiacutelia 37p

GIRARDI G Abacate uma nova opccedilatildeo de biocombustiacutevel Jornal UNESP Bauru

2009 DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwunespbracijornal248energia_bauruphp gt

50

GUEDES M S B SENA M TOLEDO S Certificaccedilatildeo como estrateacutegia competitiva

internacional dos produtores de frutas no Brasil VII Encontro da Sociedade

Brasileira de Economia Ecoloacutegica (ECO-ECO) 28 a 30 de novembro de 2007

Fortaleza Cearaacute

HODDLE M The Avocado Seed Moth Stenoma cateniver Walsingham (Lepdoptera

Elachistidae) Department of Entomology Applied Biological Control Research

DISPONIacuteVEL EM lt httpbiocontrolucredustenomastenomahtml gt

HOHMANN C L MENEGUIM A M A BROCA-DO-ABACATE (Stenoma catenifer)

Aspectos bioloacutegicos comportamento danos e manejo Instituto Agronocircmico do

Paranaacute ndash Londrina ndashPR Informe da Pesquisa n 147 2005

HOHMANN C L MENEGUIM A M Observaccedilotildees preliminares sobre a ocorrecircncia

da broca-do-abacate Stenoma catenifer Wals no Estado do Paranaacute Anais da

Sociedade Entomoloacutegica do Brasil v 22 p 417-419 1993

ILLSLEY-GRANICH C‟Hass‟Carmenrega precocious flowering avocado tree

Agrovim AS de CV Uruapan Michocan Mexico Rob Brokaw Brokaw Nursery Inc

Saticoy California USA Dr Salvador Ochoa-Ascencio University of Michoacan

Uruapan Michoacan Mexico 2011 DISPONIacuteVEL EM lt

httpworldavocadocongress2011comuserfilesfileCarlos20Illsley201410-

1430pdf gt

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA ESTATIacuteSTICA (IBGE) IBGE CIDADES

DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwcidadesibgegovbrcartogramamapaphplang=ampcoduf=53ampcodmun=53

0010ampidtema=136ampcodv=v01ampsearch=distrito-federal|brasilia|sintese-das-

informacoes-2013 gt

KADER A A 1992 Postharvest technology of horticultural crops Okland Univertisy

of California 292p

51

KADER A A ARPIA M L Avocado Recommendations for Maintaining

Postharvest Quality 2013

KADER A A Biologiacutea y Tecnologiacutea Postcosecha un Panorama In KADER A A

Tecnologiacutea Postcosecha de Cultivos Hortofrutiacutecolas 3 Ed Davis University Of

Califoacuternia 2007 Cap 4 p 43-53

KLUGE R A et al Inibiccedilatildeo do amadurecimento de abacate com 1-

metilciclopropeno Pesquisa Agropecuaacuteria Brasileira 37(7)895-901

KOOLER O C Abacaticultura Porto Alegre UFRGS 1992 138p

KOOLER O C ABACATICULTURA Porto Alegre UFRGS 1984 138p

KOLLER O C Abacate produccedilatildeo de mudas instalaccedilatildeo e manejo de pomares

colheita e poacutes-colheita Porto Alegre Cinco Continentes 2002 145 p

KREMER-KOumlHNE S KOumlHNE J S 25 YEARS OF AVOCADO ROOTSTOCK

DEVELOPMENT IN SOUTH AFRICA VI World Avocado Congress Chile 2007

DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwavocadosourcecomWAC6enExtenso1a-8pdf gt

LIPPERT C ALLAMAND M (WESTFALIASUBSOLE) A hystory of

collaboration Rev Subsole Santiago 2007

MAIS NATUREZA ABACATEIRO DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwmaisnaturezacomplantasarvoresabacateiro gt

MARANCA G Fruticultura comercial Manga e Abacate Satildeo Paulo Nobel 1980

p 81-133

MASSAFERA G COSTA T M B OLIVEIRA J E D COMPOSICcedilAtildeO DE AacuteCIDOS

GRAXOS DO OacuteLEO DO MESOCARPO E DA SEMENTE DE CULTIVARES DE

ABACATE (Persea americana MILL) DA REGIAtildeO DE RIBEIRAtildeO PRETO SP)

52

Alim Nutr Araraquara V 21 n 2 p 325-331 abrjun 2010 DISPONIacuteVEL EM lt

http20014571150seerindexphpalimentosarticleview940a20v21n2pdf gt

MDIC Negociaccedilotildees internacionais DISPONIacuteVEL EM

httpwwwdesenvolvimentogovbrsitiosecexnegInternacionaisMedTerrorismoLei

ph p gt

MICKELBART M V BENDER G S WITNEY G W ADAMS C ARPAIA M L

Effects of clonal rootstocks on bdquoHass‟ avocado yield components alternate bearing

and nutrition Journal of Horticultural Schience amp Biotechnology Ashford v 82

n 3 p 460-466 2007

MILLER B BERTELS R PADILLA T WILEMAN R THOMSEN L China the

new frontier VIII World Avocado Congress 2015

MONTENEGRO H W S A cultura do abacateiro Satildeo Paulo Melhoramentos

1951 102p (Criaccedilatildeo e Lavoura n 11)

MORAES A F G Desenvolvimento produccedilatildeo e qualidade de frutos de abacateiro

cv bdquoHass‟ sobre dois porta-enxertos nas condiccedilotildees edafoclimaacuteticas da regiatildeo central

do Estado de Satildeo Paulo Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Ciecircncias Piracicaba 2014

NAAMANI G Global Trends in main Avocado Markets VII World Avocado

Congress Australia 2011

NAVA DE DE LARA HADDAD M PARRA JRP 2005 Exigecircncias teacutermicas

estimativa do nuacutemero de geroccedilotildees de Stenoma catenifer e comprovaccedilatildeo de modelo

em campo Pesq Agropec Bras Brasilia v 40 p 961-967

NAVA DE PARRA JRP COSTA VA GUERRA TM COcircNSOLI FL (2005b)

Population dynamics of Stenoma catenifer(Lepidoptera Elachistidae) and related

larval parasitoids in Minas Gerais Brazil Florida Entomologistv 88p 441-446

53

NOVAGRIM ndash FRESH FRUITS IMPORTER amp VEGETABLE SUPPLIER SINCE

1999 2001-2013 WORLD AVOCADO PRODUCTION DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwnovagrimcomPages2000_2011_Avocado_statistics_ENaspx gt

OLIVEIRA LA A importacircncia das Normas Internacionais para o Comeacutercio da

Fruticultura Brasileira Piracicaba Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Economia Escola

Superior de Agricultura ldquoLuiz de Queirozrdquo Universidade de Satildeo Paulo Piracicaba

2005

OLIVEIRA M A de et al 2000 Ceras para conservaccedilatildeo poacutes colheita de frutos de

abacateiro cultivar Fuerte armazenados em temperatura ambiente Scientia Agriacutecola

Piracicaba 57 (4) 777-780

PASSONI A D NEVES M C M RODRIGUES B B BOTEON M Anaacutelise dos

principais entraves na exportaccedilatildeo de frutas brasileiras CENTRO DE ESTUDOS

AVANCcedilADOS EM ECONOMIA APLICADA (CEPEAESALQ-USP) XLIV

CONGRESSO DA SOBER ndash ldquoQuestotildees Agraacuterias Educaccedilatildeo no Campo e

Desenvolvimentordquo Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia Rural Fortaleza

2006

PEGG K G COATES L M KORSTEN L HARDING R M Foliar fruit and

soilborne diseases In WHILEY A W SCHAF

PERFIL DA FRUTICULTURA 2014 Base de dados 2012 a 2013 Governo de Minas

Gerais Agricultura Pecuaacuteria e Abastecimento 2014

PICCININ E PASCHOLATI S F ldquoDOENCcedilAS DO ABACATEIRO‟ em MANUAL DE

FITOPATOLOGIA Vol 2 Doenccedilas das Plantas Cultivadas Editora Agronocircmica

Ceres Ltda Satildeo Paulo 1997 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwifcursoscombrsistemaadminarquivos07-33-29-

manualfitopatologiapdfpage=10 gt

54

PUTT F F GOacuteES B C CATANEO P F Anaacutelise econocircmica de oferta e demanda

do abacate na alta paulista X Foacuterum Ambiental da Alta Paulista v 10 n 7 2014

pp 158-169

ROCHA I L Nuacutemeros do abacate HORTIESCOLHA Instituto Brasileiro de

Qualidade em Horticultura DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwhortibrasilorgbrjnwindexphpoption=com_contentampview=articleampid=120

9numeros-do-abacate-ampcatid=50comercializacaoampItemid=82 gt

SANTO N T Manejo da vegetaccedilatildeo intercalar para obtenccedilatildeo de cobertura morta na

cultura do abacateiro visando minimizar os danos causados por Phytophthora

cinnamomi Dissertaccedilatildeo de mestrado em Fitotecnia Piracicaba 2014

SCHAFFER B WOLSTENJOLME B N WHILEY A W The avocado botany

production and uses 560 p 2012 DISPONIacuteVEL EM lt

httpsbooksgooglecombrbooksid=r0hpRJca3zECamppg=PA83amplpg=PA83ampdq=Th

e+Avocado+botany+production+and+uses+hass-

likeampsource=blampots=oqc5OBsbmVampsig=5gDWWPIMYRBW9cH3yYuWh-ldd-8amphl=pt-

BRampsa=Xampved=0ahUKEwj_yPbgsoTKAhUGDpAKHZTrCWEQ6AEIPDADv=onepag

eampqampf=false gt

SCIENCIA I Certificaccedilatildeo GLOBALGAP e impactos ambientais em agroinduacutestrias de

alimentos Dissertaccedilatildeo de Poacutes-Graduaccedilatildeo Araraquara SP 2010 lt

mlthttpwwwecoecoorgbrconteudopublicacoesencontrosvii_envii_enc_ecohtm

gt

SIMAtildeO S Manual de Fruticultura Satildeo Paulo Editora Agronocircmica Ceres 1971

530p p 147-169

SINGER P MASON J Eacutetica da alimentaccedilatildeo como nossos haacutebitos alimentares

influenciam o meio ambiente e o nosso bem estar Rio de Janeiro Elsevier 2007

SOARES H F ITO M K O AacuteCIDO GRAXO MONOINSATURADO DO ABACATE

NO CONTROLE DE DISLIPIDEMIAS Ver Ciecircnc Meacuted Campinas P 47-51 2000

55

DISPONIacuteVEL EM lt httpperiodicospuc-

campinasedubrseerindexphpcienciasmedicasarticleviewFile13301304 gt

TEIXEIRA C G Cultura In ITAL ndash INSTITUTO DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS

(Campinas) Abacate Cultura mateacuteria-prima processamento e aspectos

econocircmicos 2 Ed Campinas Instituto Campineiro de Ensino Agriacutecola 1995 Cap 1

p 1-54 (Frutas Tropicais)

TEIXEIRA C G Cultura do abacate In TEIXEIRA C G et al ABACATE cultura

mateacuteria prima processamento e aspectos econocircmicos 2deg ed Seacuterie Fruas Tropicais

ndeg8 ITAL Campinas 1991 250p

WATANABE H S Caracteriacutesticas de cultivares de abacate CEAGESPS ndash

Companhia de Entrepostos e Armazeacutens Gerais de Satildeo Paulo 2013

WOLFENBARGER D O COLBURN B The Stenoma catenifer a serious Avocado

pest Proceedings of Florida State Horticulture Society v 92 p 315-318 1979

ZEIDAN R SEIXAS P ABRANCHES L COSTA D MEIRELLES F Certificaccedilatildeo

na cadeia produtiva de alimentos e as barreiras teacutecnicas agrave exportaccedilatildeo Simpoacutesio de

excelecircncia e gestatildeo e tecnologia ndash SEGeT 2008 Resende

Page 18: EVOLUÇÃO DA PRODUÇÃO MUNDIAL E NACIONAL …...RESUMO O abacateiro, Persea americana, é uma cultura muito importante em vários países, devido ao volume comercializado da fruta

18

dimensotildees muito reduzidas Esses frutos subdimensionados natildeo satildeo

comercializaacuteveis resultando em elevadas perdas financeiras para os produtores

(BRUWER 2007) Empresas como a Westfalia situada na proviacutencia de Limpopo na

Aacutefrica do Sul tecircm testado cultivares de abacate bdquoHass-like‟ para se obter maior

produtividade em regiotildees afetadas pelo P cinnamomi

Algumas das estrateacutegias que visam agrave minimizaccedilatildeo dos danos e o controle da

podridatildeo radicular satildeo por exemplo a utilizaccedilatildeo de cultivares porta-enxertos

resistentes ou tolerantes o uso de controle quiacutemico e praacuteticas especiacuteficas de manejo

do solo (PEGG et al 2002)

No que se refere a barreiras agrave exportaccedilatildeo do abacate a broca-do-abacate

Stenoma catenifer que de acordo com WOLFENBARGER amp COLBURN (1979) eacute

uma praga quarentenaacuteria em vaacuterios paiacuteses tem sido marcante para a produccedilatildeo

deste produto sendo vetada a entrada de lotes contaminados por meio de barreiras

fitossanitaacuterias em paiacuteses como os Estados Unidos da Ameacuterica principal importador

mundial Esta praga tem sido uma ameaccedila extremamente relevante para a produccedilatildeo

nacional de abacate chegando a causar perda de toda a produccedilatildeo (HOHMANN amp

MENEGUIM 1993) De acordo com informaccedilotildees da Universidade da Califoacuternia

(HODDLE UCR) os EUA tecircm desenvolvido protocolos de seguranccedila para impedir

que a doenccedila tenha acesso ao paiacutes por meio de importaccedilotildees de paiacuteses onde a

doenccedila eacute endecircmica Algumas regiotildees brasileiras de cultivo de abacate 100 da

colheita pode estar infestado com S catenifer (Nava et al 2005a) Mesmo com a

aplicaccedilatildeo de inseticidas de largo espectro sendo feitas de 7 a 11 vezes durante uma

uacutenica estaccedilatildeo de crescimento ateacute 60 de frutas podem ser infestados com larvas S

catenifer (Nava et al 2005b)

Para CARVALHO (2015) a exportaccedilatildeo para os EUA pela JAGUACYR eacute

dificultada devido agrave ocorrecircncia de doenccedilas que ocorrem em territoacuterio nacional e que

podem ser exportadas com os produtos

Ocorrida a eclosatildeo a lagarta de primeiro instar desloca-se ao longo do fruto

ateacute encontrar o local adequado para iniciar o ataque As fecircmeas procuram depositar

os ovos no peduacutenculo contudo haacute maior incidecircncia de orifiacutecios na parte inferior do

abacate Ao passo que as lagartas se desenvolvem e vatildeo se alimentando da polpa

do abacate indo em direccedilatildeo ao caroccedilo onde este inseto se aloja e finaliza a fase

larval construindo galerias no interior A lagarta se desenvolve no fruto e transforma-

se em pupa no solo numa profundidade de 05 a 15 cm ou ateacute mesmo no interior

19

dos frutos caiacutedos Dentre as medidas preventivas de controle destaca-se o uso

adequado das cultivares considerando que quanto mais tempo os frutos

permanecem nas plantas maiores seratildeo as perdas O planejamento da colheita deve

ser considerado pois colheitas tardias proporcionam condiccedilotildees favoraacuteveis para o

desenvolvimento da praga no pomar Outra medida preventiva principalmente para

pomares orgacircnicos eacute a cataccedilatildeo e destruiccedilatildeo dos frutos caiacutedos (HOHMANN amp

MENEGUIM 2005)

A verrugose ou sarna do abacateiro causada pelo fungo Sphaceloma

perseae conhecida em 1918 na Floacuterida foi encontrada no Brasil pela primeira vez

em 1938 em Limeira Eacute uma das doenccedilas de elevada importacircncia na cultura do

abacateiro visto que esta doenccedila deprecia a aparecircncia do fruto e pode provocar

tambeacutem queda dos frutos jovens bem como o subdesenvolvimento O fungo ataca

as folhas e os frutos e se desenvolve em condiccedilotildees de umidade elevada Para o

controle desta doenccedila eacute recomendado a utilizaccedilatildeo de variedades que apresentem

resistecircncia sendo necessaacuterio evitar variedades do grupo Guatemalense (PICCININ

amp PASCHOLATI 1997)

Ponto de colheita

O fruto do abacate eacute conhecido por ser climateacuterico isso significa que pode

completar o amadurecimento depois de colhido e apresenta um pico de produccedilatildeo de

etileno sucedido por um pico respiratoacuterio durante o amadurecimento O melhor

indicador de maturidade fisioloacutegica para se concluir se os frutos estatildeo aptos agrave

colheita eacute a porcentagem de mateacuteria seca que possui relaccedilatildeo com o acuacutemulo de

oacuteleo (KADER amp ARPIA 2013 citado por ALMEIDA 2013)

No Brasil a observaccedilatildeo em campo da perda do brilho na casca eacute uma praacutetica

comum para identificar o ponto ideal de colheita (ALMEIDA 2013) Jaacute na Floacuterida

contabilizam-se os dias apoacutes a floraccedilatildeo para se determinar o ponto de colheita

Na cultura do abacateiro os principais iacutendices de qualidade satildeo tamanho cor

da casca formato danos mecacircnicos recentes ou cicatrizados causados por insetos

podridotildees embalagens e transporte inadequados alteraccedilatildeo de sabor devido a

longos periacuteodos de armazenagem na aacutervore ou por colheita antes da maturidade

fisioloacutegica (KADER amp ARPIA 2013 CANTILLANO 2013) No que se refere agrave

alteraccedilatildeo de sabor KADER (2007) comenta que este fator estaacute diretamente ligado

20

ao teor de oacuteleo no fruto Neste sentido cultivares mais tardias oriundas das raccedilas

Guatemalenses e Mexicana possuem maiores teores de oacuteleo

Poacutes colheita

Por ser um fruto climateacuterico com alta taxa respiratoacuteria e elevada produccedilatildeo de

etileno apoacutes a colheita o fruto do abacate eacute altamente pereciacutevel (KADER 1992)

Neste sentido o controle do amadurecimento eacute de extrema importacircncia para se

prolongar a vida uacutetil no poacutes-colheita de frutas objetivando-se a comercializaccedilatildeo no

mercado interno ou externo (KLUGE et al 2002)

Tratando-se de maturaccedilatildeo no poacutes-colheita a manipulaccedilatildeo do etileno eacute uma

teacutecnica utilizada para antecipar ou adiar o processo de maturaccedilatildeo dos frutos O

etileno eacute um gaacutes que se comporta como hormocircnio

No Brasil a comercializaccedilatildeo do abacate em varejo ocorre na maioria das

vezes sem a utilizaccedilatildeo de refrigeraccedilatildeo portanto a utilizaccedilatildeo de tecnologias que

possibilitem a conservaccedilatildeo agrave temperatura ambiente eacute de grande relevacircncia para se

permitir a comercializaccedilatildeo durante um maior tempo apoacutes a colheita atrasando o

amadurecimento dos frutos (KLUGE et al 2002) Daiuto 2010 concluiu que a

refrigeraccedilatildeo foi efetiva na conservaccedilatildeo de frutos de abacate bdquoHass‟

Aleacutem do uso de refrigeraccedilatildeo para retardar o amadurecimento dos frutos

tambeacutem se utiliza o revestimento dos frutos com cera para se reduzir o processo de

respiraccedilatildeo e uso de metilciclopropeno para inibir a produccedilatildeo de etileno gaacutes que

funciona como hormocircnio na maturaccedilatildeo de frutos (Gayet et al 1995 Oliveira et al

2000 KLUGE et al 2002)

A utilizaccedilatildeo de radiaccedilotildees gama em baixos niacuteveis associada a outros

procedimentos no poacutes-colheita eacute mencionada na literatura como excelente meacutetodo

para prolongar a periacuteodo de prateleira das frutas por retardar os processos de

senescecircncia e amadurecimento reduzindo os iacutendices de apodrecimento provocados

por fungos e bacteacuterias (Kaumlferstein e Moy 1993) O problema do uso da radiaccedilatildeo eacute

que esta teacutecnica provoca o escurecimento perda de firmeza do fruto e o surgimento

de depressotildees superficiais (CHITARRA e CHITARRA 2005)

Consumo

Em relaccedilatildeo ao consumo per capita do abacate em 2013 o Meacutexico foi de 90

Kghab enquanto que no Brasil o consumo girava em torno de 301 gramashab

21

por ano em De acordo com dados de 2011 o consumo per capita da fruta em Israel

foi de 50 Kghab o Chile ficou logo atraacutes com 45Kghab por ano e os Estados

Unidos apesar de maior importador apenas 20 Kghab por ano (NAAMANI 2011)

Em alguns paiacuteses da Uniatildeo Europeia chega a ser 1500 gramashab por ano (BNET

2011) De acordo com PUTTI (2014) esta diferenccedila se deve ao fato de que o

consumo do abacate em paiacuteses da Europa vai aleacutem da forma in natura sendo

consumido principalmente na forma de salada aleacutem disso os benefiacutecios da fruta satildeo

mais difundidos do que no Brasil

A fruta eacute consumida de forma diferente ao redor do mundo podendo ser sob

a forma de doce como no Brasil ou em saladas e patecircs como o guacamole

(JAGUACYR) Aleacutem de ser amplamente explorada na induacutestria

Aspectos nutricionais

A tabela a seguir apresenta as informaccedilotildees nutricionais do abacate a partir de

100g da fruta

TABELA 2 - Informaccedilotildees nutricionais do abacate obtidas a partir de 100g

da fruta fonte (FATSECRET)

INFORMACcedilOtildeES NUTRICIONAIS ABACATE

ENERGIA 669 kj 160kal

CARBOIDRATOS 853 g

ACcedilUacuteCAR 066 g

PROTEIacuteNAS 2g

GORDURAS 1466g

GORDURA SATURADA 2126G

GORDURA MONOINSATURADA

9799G

GORDURA POLIINSATURADA 1816

COLESTEROL 0 mg

FIBRAS 77 g

SOacuteDIO 7 mg

POTAacuteSSIO 485 mg

Uma das principais caracteriacutesticas que qualificam o abacate eacute a elevada

quantidade de mateacuteria graxa em sua composiccedilatildeo O fruto eacute conhecido como uma

fruta de alto valor energeacutetico Os aacutecidos graxos (AG) podem ser encontrados na

semente em sua maioria insaturados estes aacutecidos tambeacutem estatildeo presentes no

mesocarpo contudo em concentraccedilotildees diferentes O oacuteleo do abacate eacute um produto

22

explorado na induacutestria farmacecircutica devido ao elevado teor de vitamina E O

produto possui bom valor comercial apesar de natildeo ser tatildeo produzido mundialmente

A quantidade de oacuteleo encontrada no mesocarpo eacute superior ao teor de oacuteleo

encontrado na semente No mesocarpo os teores de aacutecido oleico variam entre

3177 a 5030 jaacute na semente o teor desse aacutecido graxo monoinsaturado varia de

1169 a 3583 (MASSAFERA 2010)

O abacate eacute um alimento rico em aacutecido graxo monoinsaturado oleico Estudos

realizados com aacutecidos graxos monoinsaturados revelam sua importacircncia na

prevenccedilatildeo e tratamento de dislipidemias que estatildeo relacionadas ao

desenvolvimento de doenccedilas cardiovasculares e coronarianas (SOARES e ITO

2000) Os aacutecidos graxos monoinsaturados representados principalmente pelo aacutecido

oleico presente em oacuteleo de oliva e canola possui efeito significativos na prevenccedilatildeo e

tratamento de doenccedilas crocircnicas (LARSEN et al 1999)

Produtos e subprodutos

O oacuteleo obtido a partir da fruta do abacate possui propriedades fiacutesico-quiacutemicas

semelhantes ao oacuteleo de oliva principalmente pela composiccedilatildeo de seus aacutecidos

graxos salientando o aacutecido oleico O oacuteleo de oliva eacute um produto altamente

consumido no paiacutes poreacutem de origem importada e o oacuteleo de abacate possui forte

potencial para substituiacute-lo (MASSAFERA 2010)

Outra forma de aproveitamento do oacuteleo do abacate eacute para a produccedilatildeo de

biodiesel O professor do departamento de Quiacutemica da UNESP Manoel Lima de

Menezes afirma que o abacate tem o teor de oacuteleo que varia entre 5 a 30

proacuteximo ao encontrado na extraccedilatildeo da soja de 18 Segundo o pesquisador um

dos obstaacuteculos eacute ainda o teor de umidade da semente (BIODIESELBR 2013)

Dentre as vantagens do abacate em comparaccedilatildeo com a soja eacute que da fruta eacute

possiacutevel extrair oacuteleo e etanol dois ingredientes baacutesicos para a produccedilatildeo do

biodiesel Outra vantagem eacute que de acordo com Menezes o abacate pode render

ateacute 2800 litros de oacuteleo por hectare contra 400 da soja aleacutem do fato do abacateiro

ser uma planta perene (GIRARDI 2009)

A madeira tambeacutem eacute um produto explorado na cultura do abacateiro na

produccedilatildeo de energia como combustiacutevel (MAISNATUREZA) Outra forma de

aproveitamento de resiacuteduos da cultura eacute a utilizaccedilatildeo do caroccedilo para a produccedilatildeo de

23

tintas a partir do caroccedilo usado para tingir roupas produzindo uma tinta castanho-

arroxeada (TEIXEIRA 1991)

Melhoramento geneacutetico

O desenvolvimento floral bem como a eacutepoca de floraccedilatildeo e o amadurecimento

da fruta satildeo diretamente influenciados por caracteriacutesticas geneacuteticas Essas

caracteriacutesticas podem ser manipuladas com a utilizaccedilatildeo de enxertos porta enxertos

ou a interaccedilatildeo entre eles Neste sentido podem ser utilizados genoacutetipo Mexicano

que pode antecipar a floraccedilatildeo ou Guatemalenses que manteacutem uma floraccedilatildeo meacutedia

ou porta-enxerto das Iacutendias Ocidentais que promovem floraccedilatildeo tardia Estudos tecircm

comprovado que a utilizaccedilatildeo de porta-enxertos do grupo Mexicano antecipam a

floraccedilatildeo entre 4 a 8 semanas antes de pomares de clones de bdquoHass‟ Contudo a

antecipaccedilatildeo de 8 semanas na eacutepoca de floraccedilatildeo promoveu o a antecipaccedilatildeo de

maturaccedilatildeo dos frutos em apenas 3 semanas Como existe uma alta demanda pelo

abacate ‟Hass‟ em todo mundo o uso de cultivares do abacate bdquoHass-like‟ pode ser

de grande interesse para os paiacuteses produtores uma vez que a cultivar bdquoLamb-Hass‟

por exemplo possui a caracteriacutestica de estender a eacutepoca de colheita aumentando

assim a janela de produccedilatildeo da fruta (SCHAFFER et al 2012)

No final dos anos 80 Carlos Meacutendez observou um abacate diferenciado na

regiatildeo de Urupan estado de Michocaacuten Meacutexico A planta encontrada exibia uma

floraccedilatildeo com um comportamento distinto das demais Este abacate bdquoHass-like‟ foi

nomeado localmente de bdquoHass-Mendez‟ e agora eacute conhecido comercialmente como

bdquoHass Carmen‟ (Illsley-Granich 2011) Uma das cultivares de bdquoHass-like‟ que tem

sido utilizada em programas de melhoramento eacute a ldquoSir Prizerdquo

Outra cultivar bdquoHass-like‟ muito importante eacute a bdquoMaluma‟ na Aacutefrica do Sul

Dentre as vantagens desta cultivar em relaccedilatildeo ao bdquoHass‟ apresentadas por ERNST

amp ERNST (2015) estatildeo rendimento elevado precocidade e possibilidade de

aumento na densidade de plantas no pomar de abacateiro

Programas de melhoramento satildeo criados a fim de se incorporar

caracteriacutesticas de resistecircncia a doenccedilas - como os desenvolvidos na Universidade

da Califoacuternia que deram origem a cultivares como por exemplo bdquoGem‟ e bdquoHarvest‟

que possuem excelentes caracteriacutesticas agronocircmicas Dentre estas caracteriacutesticas

se tem aumento da produtividade e resistecircncia agrave podridatildeo radicular

24

A utilizaccedilatildeo de porta-enxertos eacute de suma importacircncia para se aproveitar

melhor o potencial das diferentes culturas seja por aumentar a produtividade ou por

conferir resistecircncia a doenccedilas No final dos anos 70 a podridatildeo causada por

Phytophthora cinnamomi causou grandes prejuiacutezos para a cultura do abacate na

Aacutefrica do Sul Com isso foi necessaacuterio importar da Califoacuternia porta-enxertos

tolerantes agrave podridatildeo radicular propagados vegetativamente a fim de se ter maior

uniformidade geneacutetica para estabelecer novos pomares de abacateiro Durante

muitos anos a cultivar bdquoDuke 7‟ era o uacutenico porta-enxerto que produzia plantas

uniformes produtivas e razoavelmente produtivas era a cultivar bdquoDuke 7‟ Nos anos

80 foi desenvolvida a cultivar bdquoDusa‟ a partir de plantas sobreviventes em pomares

doentes A cultivar desenvolvida pela WESTFALIA apresentou toleracircncia agrave podridatildeo

superior a bdquoDuke 7‟ (KREMER-KOumlHNE 2007)

Na Floacuterida as cultivares mais utilizadas como porta-enxerto satildeo a bdquoLula‟ e

bdquoWaldin‟ devido ao fato dessas variedades conferirem aos pomares de abacate

uniformidade aumentar o vigor e pela produccedilatildeo de sementes (CRANE et al 2007)

No Brasil os pomares comerciais de abacate satildeo implantados sobre porta-

enxertos oriundos de sementes este fator faz com que o tamanho da copa das

plantas seja desuniforme a produccedilatildeo seja afetada bem como a qualidade dos frutos

e a susceptibilidade aos patoacutegenos do solo no qual se destaca Phytophthora

cinnamomi Contudo outros paiacuteses produtores da fruta utilizam porta-enxertos de

melhor qualidade obtidos a partir de clones que possuem resistecircncia a doenccedilas e

tambeacutem conferem uniformidade ao pomar (MORAES 2014)

Certificaccedilatildeo

Devido agrave exigecircncia cada vez maior feita pelos mercados internacionais natildeo eacute

possiacutevel exportar frutas e outros produtos agropecuaacuterios sem que se tenha a

certificaccedilatildeo Um das finalidades da certificaccedilatildeo eacute proteger o diferencial de qualidade

(AGRIANUAL 2012)

A certificaccedilatildeo eacute uma forma de se adquirir vantagem competitiva sustentaacutevel

para concorrer com os grandes produtores mundiais Tendo em vista a exigecircncia de

produtos de qualidade por consumidores cada vez mais frequente eacute necessaacuterio que

o mercado mundial se atente ao alto padratildeo de qualidade fornecido por seus

produtos Com isso programas de qualidade tecircm sido desenvolvidos visando agrave

aplicaccedilatildeo direta nas cadeias de produccedilatildeo em especial na aacuterea de produtos

25

pereciacuteveis como eacute o caso da fruticultura objetivando a aceitaccedilatildeo internacional

(GUEDES et al 2007)

Vaacuterias pesquisas e estudos recentes vecircm colaborando para compreensatildeo da

formaccedilatildeo organizaccedilatildeo e influecircncia das cadeias produtivas de onde surgem

produtos que seguem os padrotildees de qualidade reconhecidos internacionalmente

onde os sistemas de certificaccedilatildeo tecircm papel fundamental

Tratando-se de qualidade os consumidores atuais buscam produtos que

atentem agraves questotildees eacuteticas que abordem temas como meio ambiente e uso de

agrotoacutexicos considerando que a procura por alimentos seguros e saudaacuteveis uma

questatildeo elementar (SINGER e MASON 2007)

Considerando que a sauacutede dos consumidores de alimentos in natura pode ser

afetada a seguranccedila alimentar bem como a qualidade dos produtos deve receber

atenccedilatildeo especial A qualidade dos produtos estaacute vinculada aos procedimentos que

satildeo conduzidos durante cada etapa de produccedilatildeo como por exemplo plantio

colheita processamento industrializaccedilatildeo e comeacutercio (OLIVEIRA 2005)

METODOLOGIA

Tipo de Estudo

Pesquisa Bibliograacutefica eacute desenvolvida a partir de material jaacute elaborado

constituiacutedo de livros e artigos cientiacuteficos (Gil 2008) Portanto o presente trabalho

utilizou-se das ideias do estudo exploratoacuterio feito a partir de pesquisa bibliograacutefica

Com isso este trabalho desenvolveu-se seguindo

1deg FONTES

Foram utilizados artigos que fornecessem informaccedilotildees sobre a cultura do

abacate bem como dados de produccedilatildeo poacutes-colheita e comercializaccedilatildeo e que

abordassem o tema de exportaccedilatildeo

2deg COLETA DE DADOS

Primeiramente foi feita leitura de trabalhos jaacute disponiacuteveis na literatura que

abordassem aspectos de produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo de forma raacutepida e objetiva a

fim de se selecionar o material a ser incluiacutedo no presente trabalho

26

Em seguida foi feita uma leitura seletiva agrupando as informaccedilotildees dos

artigos preacute-selecionados de acordo com o tema registrando as informaccedilotildees

extraiacutedas das fontes em instrumento especiacutefico

3deg ANAacuteLISE E INTERPRETACcedilAtildeO DOS RESULTADOS

Nesta etapa foi realizada uma leitura analiacutetica com a finalidade de ordenar as

informaccedilotildees contidas na literatura disponiacutevel utilizados como fonte para o

desenvolvimento deste trabalho a fim de se elaborar informaccedilotildees que resumissem

as questotildees abordadas nesta pesquisa

RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

ABACATE NO MUNDO

A figura a seguir apresenta dados de produccedilatildeo mundial de abacate (t) em 21

paiacuteses indo de 2004 a 2013 com base nos dados da FAO ndash Organizaccedilatildeo das

Naccedilotildees Unidas para Alimentaccedilatildeo e Agricultura (Food and Agriculture Organization of

the United Nations para a sigla em inglecircs)

27

Figura 2 Produccedilatildeo mundial do abacate (em t) elaborado pelo autor FONTE NOVAGRIM adaptado com dados da FAO

Os paiacuteses produtores de abacate satildeo representados no mapa abaixo onde a

intensidade da coloraccedilatildeo vermelha representa o volume de abacate produzido no

paiacutes quanto mais intenso maior o volume produzido como estaacute destacado o

Meacutexico maior produtor mundial participando com aproximadamente 31 12 de toda

a produccedilatildeo mundial da fruta

Figura 3 - Paiacuteses produtores de abacate ao redor do mundo FONTE FACTFISH

100000

300000

500000

700000

900000

1100000

1300000

1500000

1700000

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013

PRODUCcedilAtildeO MUNDIAL DE ABACATE

MEacuteXICO

INDONEacuteSIA

REP DOM

COLOcircMBIA

BRASIL

EUA

CHILE

PERU

CHINA

28

Em 2004 o maior produtor mundial de abacate foi o Meacutexico participando com

307 de todo o volume produzido mundialmente com cerca de 987000 t Em

segundo lugar poreacutem muito atraacutes com um volume de 221774 t segue a Indoneacutesia

representando apenas 689 Na terceira posiccedilatildeo Repuacuteblica Dominicana 68 e

218790 t e em quarto produzindo 170985 t estava a Colocircmbia com 53

De acordo com os dados de 2013 o Meacutexico continuou liderando o setor

participando com 3112 do total produzido agora com um volume de 1467837 t

Em segundo lugar a Repuacuteblica Dominicana com 821 Colocircmbia 643 e Peru

611 em ordem decrescente (FAOSTAT) Nos uacuteltimos 10 anos a Repuacuteblica

Dominicana saltou para o segundo lugar graccedilas a um aumento de 771 em sua

produccedilatildeo Neste sentido a Colocircmbia alcanccedila a posiccedilatildeo de 3deg colocado devido ao

aumento similar ao da Repuacuteblica Dominicana (774)

O Peru foi o paiacutes que obteve maior destaque pois saiu da oitava posiccedilatildeo

participando com apenas 337 da produccedilatildeo mundial o que representava um

volume de 108460 t em 2004 para a quarta posiccedilatildeo no ranking mundial em 2013

com 611 quando produziu 288387 t a sua participaccedilatildeo no mercado mundial

quase que dobrou nesse periacuteodo O aumento da produccedilatildeo mundial foi de 467

enquanto que o aumento do volume de abacate produzido no Peru foi de 1659

Segundo CARVALHO (2015) a formaccedilatildeo de associaccedilotildees como a PROHASS que

investe no desenvolvimento de tecnologia e marketing para estimular inclusive o

consumo interno podendo ateacute ser um exportador para o Brasil

Aos poucos a China vem participando do mercado do abacate A populaccedilatildeo

do paiacutes ultrapassa 15 bilhotildees de pessoas em algumas aacutereas metropolitanas a

populaccedilatildeo vai de 12 a 45 milhotildees de habitantes Em 2000 a classe meacutedia da China

representava 4 da populaccedilatildeo e hoje chega a 66 Os gastos com alimentaccedilatildeo

tambeacutem acompanham essa mudanccedila de comportamento pois existe nesta classe a

procura por alimentos mais saudaacuteveis Esses fatores tecircm estimulado uma mudanccedila

no consumo de abacate em toda a China (MILLER et al 2015)

Quanto agrave produccedilatildeo do Brasil no Ranking global ocorreu justamente o

contraacuterio o paiacutes saiu da quinta posiccedilatildeo para a oitava ao reduzir 765 da produccedilatildeo

que era de 170895 t em 2004 para 157428 t em 2013 Em 2011 o abacate ficou na

17deg posiccedilatildeo no ranking da produccedilatildeo nacional da fruta ocupando apenas 03 do

montante da produccedilatildeo de frutas frescas muito atraacutes das principais culturas

29

produzidas como a laranja mais produzida participando com 416 do setor

Banana segunda mais importante com 154 e Melancia com 46 em quarto

(IBGEPAM 2011)

O volume de abacate fresco brasileiro exportado foi de 4313 t em 2013 para

5806 toneladas em 2014 resultando num aumento de mais de 37 na receita com

este setor que em 2014 foi de mais de nove milhotildees e meio de doacutelares

(AGRIANUAL 2015)

O graacutefico abaixo apresenta o comportamento do volume em toneladas de

abacate exportado pelos paiacuteses que participam do setor

Figura 4 Volume de abacate (t) exportado pelos paiacuteses exportadores da fruta Elaborado pelo autor FONTE FAO

Em 2013 Meacutexico liderou o setor de exportaccedilatildeo do abacate com um volume

de 563492 toneladas cerca 463 do total exportado no mundo Em segundo lugar

a Holanda com 99 A Holanda eacute um grande importador contudo o paiacutes reexporta

grande parte do volume comprado O Peru merece destaque pois saiu de um

volume exportado de 2209 t (06) em 2000 para 114515 t em 2013 ocupando

94 do volume de abacate exportado o que lhe conferiu a 3deg posiccedilatildeo no ranking

global Em quarto lugar o Chile com 73

A figura a seguir apresenta o comportamento dos principais importadores de

abacate do mundo em 14 anos

0

100000

200000

300000

400000

500000

600000

20002001200220032004200520062007200820092010201120122013

EVOLUCcedilAtildeO DA EXPORTACcedilAtildeO MUNDIAL EM t

MEacuteXICO

CHILE

ESPANHA

AacuteFRICA DO SUL

ISRAEL

HOLANDA

PERU

30

Figura 5 Evoluccedilatildeo do volume (t) importado pelos principais paiacuteses importadores de abacate ELABORADA PELO AUTOR FONTE FAOSTAT

Os principais importadores de fruta como por exemplo o europeu e o norte

americano exigem um padratildeo de qualidade que observem as demandas impostas

pelos consumidores com relaccedilatildeo agrave seguranccedila alimentar e tambeacutem agraves exigecircncias

para certificaccedilatildeo do produto levando em consideraccedilatildeo aspectos ambientais e

sociais aleacutem do local de produccedilatildeo Desta forma produtores de fruta destinadas agrave

exportaccedilatildeo precisaram adaptar suas lavouras para atender agraves exigecircncias dos mais

importantes selos internacionais como o EureGapR e o TNCR (OLIVEIRA 2005) O

maior importador de abacate do mundo satildeo os Estados Unidos (ROCHA 2014)

O volume de abacate importado ao redor do mundo vem crescendo na uacuteltima

deacutecada Os Estados Unidos lideram o montante desde 2007 mais ainda que toda a

Uniatildeo Europeia o volume importado pelo paiacutes cresceu cerca de sete vezes entre

2000 e 2013 Em segundo lugar a Uniatildeo Europeia importando quase 23 menos

A Holanda tambeacutem cresceu muito e hoje ocupa a terceira colocaccedilatildeo no ranking O

Japatildeo e o Canadaacute tiveram consideraacutevel crescimento contudo mantiveram-se na 5deg

e 6deg posiccedilatildeo durante esse periacuteodo

Nos EUA a demanda cresce mais acelerado do que a oferta segundo

CARVALHO (2015) a demanda cresce 12 ao ano enquanto a produccedilatildeo cresce

apenas 4 O paiacutes possui uma poliacutetica de retornar parte dos lucros oriundos da

-

100000

200000

300000

400000

500000

600000

700000

IMPORTACcedilAtildeO DE ABACATE NO MUNDO EM t

EUA

UE

HOLANDA

FRANCcedilA

CANADAacute

REINO UNIDO

31

comercializaccedilatildeo do Avocado no paiacutes com a elaboraccedilatildeo de marketing e o

desenvolvimento de pesquisas que incentivem o aumento do consumo interno

promovendo alimentos como por exemplo o GUACAMOLE alimento muito popular

no paiacutes

Em 2002 os EUA impunham a Lei do Bioterrorismo exigindo que as

empresas que produzem processem armazenem ou processem alimentos voltados

ao consumo humano ou animal devem cumprir normas para comercializar seus

produtos voltados ao consumo humano ou animal precisam cumprir normas para

comercializar seus produtos nos Estados Unidos Eacute necessaacuterio que essas mesmas

empresas possuam registro junto ao governo norte-americano atualizando estas

informaccedilotildees e comunicarem agraves autoridades a chegada de novos carregamentos

alimentares O natildeo cumprimento dessas exigecircncias acarreta na proibiccedilatildeo do

ingresso da carga e possiacutevel retenccedilatildeo da mercadoria com multa para o responsaacutevel

pelo carregamento (MDIC 2006)

Os principais compradores de abacate ‟Hass‟ satildeo os Estados Unidos (20 a

50) UE AUS e o Meacutexico maior produtor e exportador do Avocado participando

com 20 do mercado de Avocado (CARVALHO 2015)

O Brasil participa com apenas 031 do mercado internacional exportando

para o Canadaacute e Holanda CARVALHO (2015) comenta que o Brasil natildeo aproveita

seu potencial de se tornar grande produtor e exportador de Avocado o paiacutes possui

extensa aacuterea e clima variado entre outros fatores que favorecem a produccedilatildeo de

Avocado contudo a produccedilatildeo ainda eacute muito pequena quando comparado com

outros paiacuteses que participam do mercado internacional da fruta

Quanto agrave contribuiccedilatildeo do desenvolvimento de programas de melhoramento

geneacutetico para a consolidaccedilatildeo do Brasil como grande produtor mundial de abacate a

utilizaccedilatildeo de cultivares de bdquoHass-like‟ representa uma excelente opccedilatildeo para

aumentar a safra da cultura no paiacutes devido agrave caracteriacutestica que esta variedade tem

de antecipar a florada ampliando desta forma a janela de produccedilatildeo e aumentando

a competitividade do paiacutes em relaccedilatildeo a outros paiacuteses exportadores da fruta

O graacutefico a seguir ilustra o comportamento das exportaccedilotildees e importaccedilotildees

Brasileiras em 14 anos

32

Figura 6 - Evoluccedilatildeo da exportaccedilatildeo e importaccedilatildeo do abacate (em t) no Brasil em 14 anos Elaborado pelo autor FONTE FAO

Alguns dos principais concorrentes do Brasil tratando-se da exportaccedilatildeo do

Avocado satildeo Aacutefrica do Sul com 3 das exportaccedilotildees Chile com 7 e Peru

representando 10 do mercado internacional de Avocado A safra do Chile ocorre

em eacutepoca proacutexima a do Brasil comeccedilando em agosto e terminando em fevereiro

(CARVALHO 2015) A Boliacutevia apesar de participar com apenas 012 do volume

exportado tem a vantagem de possibilidade de produccedilatildeo o ano todo

O elevado padratildeo de qualidade dos produtos eacute sem duacutevida um fator que

pode fazer com que o Brasil se estabeleccedila no mercado mundial de abacate Esta

praacutetica tem qualificado a Aacutefrica do Sul como um dos principais fornecedores para

paiacuteses da Europa a partir do intenso trabalho desenvolvido pela empresa sem fins

lucrativos WESTFALIA situada no municiacutepio de Limpopo por meio de investimentos

em tecnologia

A tabela a seguir apresenta o periacuteodo do ano em que cada paiacutes exportador de

abacate embarca seus produtos ao redor do mundo

0

500

1000

1500

2000

2500

3000

3500

4000

4500

5000

EXPORTACcedilAtildeO

IMPORTACcedilAtildeO

33

TABELA 3 - Janela de exportaccedilatildeo dos paiacuteses exportadores de abacate

adaptada FONTE WESTFALIASUBSOLE

CALENDAacuteRIO DE EXPORTACcedilAtildeO DE ABACATE lsquoHASSrsquo

jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

BRASIL X X X X X X X X

ARGENTINA X X X

EUA X X X X X X X X X X X X

CHILE X X X X X X X X X X

AFRICA DO SUL X X X X X X X

REP DOMINICANA X X X X X

ISRAEL X X X X X X

PERU X X X X X X X

NOVA ZELAcircNDIA X X X

MEacuteXICO X X X X X X X X X X X X

ESPANHA X X X X X X X

QUEcircNIA X X X X X

AUSTRAacuteLIA X X X X X X X

Os principais destinos do abacate ‟Hass‟ exportado pelo Brasil satildeo Espanha

Itaacutelia Holanda Alemanha e Dinamarca O material exportado segue de navio do

porto de Santos a uma temperatura de 5degC levando ateacute 16 dias no maacuteximo ateacute os

destinos Esse material exportado pelo Brasil possui os certificados GlobalGapR ndash

BRCR ndash BSCIR ndash SedexR ndash SmetaR

Os graacuteficos a seguir apresentam informaccedilotildees sobre a evoluccedilatildeo do da

exportaccedilatildeo do abacate feitos a partir de informaccedilotildees apresentadas no Anuaacuterio

Brasileiro de fruticultura (2004 a 2015) obtidos a partir de dados do Instituto

Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica

34

Figura 7 - Evoluccedilatildeo do volume de abacate exportado pelo brasil (2003 a 2014) Elaborado pelo autor com dados DO ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE AGRICULTURA DE 2004 a 2015 (IBGE)

Figura 8 - Receita com exportaccedilatildeo brasileira de abacate (2003 a 2014) Elaborado pelo autor com dado do ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE AGRICULTURA DE 2004 a 2015 (IBGE)

O volume de abacate exportado pelo Brasil vem crescendo nos uacuteltimos anos

revelando assim a importacircncia do setor para o paiacutes A variaccedilatildeo do volume

exportado de 2008 para 2009 foi de 6282 jaacute de 2009 para 2010 a exportaccedilatildeo

sofreu uma queda de 793 Em 2014 houve um aumento de 3462 no setor em

relaccedilatildeo ao ano anterior (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE FRUTICULTURA) A receita

-

100000

200000

300000

400000

500000

600000

700000

20

03

20

04

20

05

20

06

20

07

20

08

20

09

20

10

20

11

20

12

20

13

20

14

EVOLUCcedilAtildeO DO VOLUME DE ABACATE EXPORTADO PELO BRASIL (2003 a 2014)

VOLUME EXPORTADO (t)

-

20000000

40000000

60000000

80000000

100000000

120000000

20

03

20

04

20

05

20

06

20

07

20

08

20

09

20

10

20

11

20

12

20

13

20

14

RECEITA COM EXPORTACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ABACATE (2003 a 2014)

RECEITA (em USS FOB)

35

obtida a partir da exportaccedilatildeo do abacate tambeacutem acompanha os iacutendices de

crescimento

A Aacutefrica do Sul um dos principais concorrentes do Brasil no setor de

exportaccedilatildeo do Avocado eacute reconhecida por exportar material de alta qualidade para

Europa onde possui escritoacuterios contudo sua produccedilatildeo estaacute estagnada A Westfalia

eacute uma empresa sem fins lucrativos produtora de Avocado na Aacutefrica do Sul

responsaacutevel por desenvolver o mercado de Avocado no paiacutes e investe fortemente

em tecnologia o que colaborou para a atual situaccedilatildeo da Aacutefrica do Sul no setor de

exportaccedilatildeo de Avocado (CARVALHO 2015)

ABACATE NO BRASIL

O Brasil favorecido quando comparado com outros paiacuteses produtores devido

agrave suas dimensotildees continentais o que lhe possibilita ampla variaccedilatildeo de temperaturas

e solos estes fator unido agraves caracteriacutesticas individuais de cada variedade como por

exemplo sazonalidade e exigecircncias nutricionais e de horas de luz Contudo apesar

da aacuterea destinada agrave produccedilatildeo do abacate no Brasil ter reduzido passando de

11605 ha em 2005 para 9559 ha em 2014 reduccedilatildeo de 176 a produccedilatildeo natildeo foi

tatildeo alterada o que evidencia a possibilidade de um aumento na produtividade destas

aacutereas

Atualmente o Brasil ocupa a oitava posiccedilatildeo no ranking global do setor de

produccedilatildeo de abacate E apesar de possuir crescente produtividade o paiacutes ainda

possui excelente potencial produtor e tambeacutem como exportador da fruta Para

aproveitar melhor esse potencial deveriam ser feitos mais investimentos tanto no

que se refere agrave produccedilatildeo como por exemplo melhoramento geneacutetico e adoccedilatildeo de

protocolos de boas praacuteticas agriacutecolas para a obtenccedilatildeo de certificaccedilatildeo quanto no

setor de comercializaccedilatildeo desenvolvendo elevado padratildeo de qualidade da fruta

A tabela a seguir (TABELA 4) apresenta a aacuterea destinada agrave colheita de todas

as variedades de abacate nos principais produtores de abacate e o Distrito Federal

TABELA 4 - Aacuterea destinada agrave colheita (em ha) Elaborada pelo autor

DADOS (IBGE-SIDRA)

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Brasil 11605 10515 9892 9596 8509 11125 10768 9615 9707 9559

Satildeo Paulo 4266 3688 3583 3437 3267 5530 5642 4192 4374 4337

36

Minas Gerais 2865 2254 2326 2223 1854 2202 2134 2309 2416 2373

Paranaacute 1492 1467 1306 1009 1085 1000 944 922 958 930

Cearaacute 493 475 498 497 490 484 477 480 483 498

Rio Grande do Sul 626 619 613 602 584 575 552 499 470 444

Distrito Federal 119 122 109 124 108 111 - 295 160 134

A tabela 5 abaixo apresenta a produccedilatildeo de todas as variedades de abacate

em toneladas dos uacuteltimos 10 anos para os principais estados produtores e o Distrito

Federal

TABELA 5 - Produccedilatildeo nacional de abacate em 10 anos (em t) Elaborada pelo

autor FONTE (IBGESIDRA)

UFANO 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Brasil 169335 164441 154096 147214 139089 153189 160376 159903 157482 156669 1000

Satildeo Paulo 77107 78085 70812 69904 74193 83002 91909 82780 85101 79316 506

Minas Gerais 38777 32812 33436 28016 24772 28522 30975 36669 36571 41259 263

Paranaacute 22265 22575 20425 16537 15919 15824 17304 16705 16309 15784 101

Rio Grande do Sul

8167 7905 7804 7602 6824 6769 6907 5719 5584 5277 34

Cearaacute 5202 4231 4706 4520 4336 4163 3985 2717 2640 3637 23

Distrito Federal 2596 3081 2690 3019 2666 2415 - 6914 3152 3151 20

Em 2014 a aacuterea destinada agrave colheita do abacate no estado do Cearaacute era

superior agrave aacuterea do Rio Grande do Sul contudo a produccedilatildeo no estado do Cearaacute no

mesmo ano foi de 3637 t enquanto que a produccedilatildeo do Rio Grande do Sul foi de

5277 45 maior reforccedilando assim a ideia de que a produtividade no Sul pode ser

maior em relaccedilatildeo agrave regiatildeo Nordeste Este fator pode ser decorrente do uso de

cultivares inadequadas para as condiccedilotildees climaacuteticas da regiatildeo eou pela falta de

adoccedilatildeo de tecnologias modernas e teacutecnicas avanccediladas de produccedilatildeo

No Distrito Federal a produccedilatildeo cresceu 21 nos uacuteltimos 10 anos e hoje

representa 2 da produccedilatildeo nacional Por outro lado Satildeo Paulo que lidera o ranking

com 506 de toda a produccedilatildeo obteve crescimento de apenas 286 Jaacute a

produccedilatildeo do Paranaacute sofreu uma reduccedilatildeo de -291 neste mesmo periacuteodo poreacutem

manteve-se como quarto produtor nacional de abacate Os estados do Cearaacute e Rio

Grande do Sul tambeacutem reduziram sua produtividade nos uacuteltimos 10 anos

acompanhando a reduccedilatildeo nacional que reduziu -74

37

A variaccedilatildeo da produtividade de todas as variedades de abacate dos principais

estados produtores de abacate do Brasil eacute apresentada na TABELA 6 a seguir

TABELA 6 - Variaccedilatildeo (em) da produtividade (t) no Brasil em 10 anos

Elaborada pelo autor FONTE (IBGESIDRA)

VARIACcedilAtildeO () DA PRODUTIVIDADE (t) EM 10 ANOS

ESTADOANO 2005 2014 VARIACcedilAtildeO

PAIacuteS 146 164 123

SAtildeO PAULO 181 183 11

MINAS GERAIS 135 174 289

PARANAacute 149 17 141

RIO GRANDE DO SUL 13 119 -85

CEARAacute 106 73 -311

DISTRITO FEDERAL 218 235 78

De acordo com os dados do IBGE Satildeo Paulo eacute o maior produtor de abacate

do paiacutes Dentre as variedades mais produzidas no estado de Satildeo Paulo estatildeo

bdquoFortuna‟ bdquoGeada‟ bdquoQuintal‟ e bdquoMargarida‟ (DORIZZOTTO 2011)

Abaixo segue TABELA 11 contendo os nuacutemeros de plantas novas e o

nuacutemero de plantas em produccedilatildeo bem como a produccedilatildeo (caixas de 22Kg) no estado

de Satildeo Paulo ao longo de 15 anos

TABELA 7 - Quantidade de peacutes novos peacutes em produccedilatildeo e produccedilatildeo (cx 22kg)

no estado de Satildeo Paulo entre 2000 e 2015 Elaborada pelo autor FONTE

INSTITUTO DE ECONOMIA AGRIacuteCOLA

ANO PEacuteS

NOVOS PEacuteS EM

PRODUCcedilAtildeO

2000 4859400 66157100

2001 4617700 62883700

2002 4742500 55421300

2003 6095000 49740300

2004 5969500 48339500

2005 5131100 46596200

2006 5325600 45869000

2007 3412800 47668000

2008 5007100 40617400

2009 12068600 49971400

2010 8190000 53239000

38

2011 6904500 54780100

2012 7704100 51341600

2013 7002100 59149400

2014 8419800 60996100

2015 9040200 67073800

O graacutefico abaixo apresenta a curva da produtividade obtida a partir da relaccedilatildeo

feita entre a produccedilatildeo e a quantidade de peacutes em produccedilatildeo no estado de Satildeo Paulo

Figura 9 - Produtividade (kgplanta) no estado de Satildeo Paulo desde 2000 elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE ECONOMIA AGRIacuteCOLA

Os dados foram obtidos a partir da relaccedilatildeo feita entre a quantidade de planta

em produccedilatildeo e a quantidade de caixas de 22 Kg produzidas no estado de Satildeo Paulo

desde 2000 Esses dados revelam crescente aumento da produtividade ateacute o ano de

2010 onde a produtividade ultrapassou 168 Kgplanta Jaacute em relaccedilatildeo ao ano de

2011 a produtividade sofreu uma reduccedilatildeo de 10 Depois disso a curva de

produtividade continuou ascendente

A seguinte tabela apresenta a evoluccedilatildeo do preccedilo do abacate comercializado

na CEAGESP durante o ano no periacuteodo de nove anos

90

110

130

150

170

190

20

00

20

01

20

02

20

03

20

04

20

05

20

06

20

07

20

08

20

09

20

10

20

11

20

12

20

13

20

14

20

15

PRODUTIVIDADE DOS PEacuteS DE ABACATE (Kgplanta) EM SP

PRODUTIVIDADE

39

TABELA 8 - Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio (em R$Kg) do abacate FONTE

CEAGESP 2008

ANOMEcircS JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

2007 105 101 1 118 107 109 129 151 159 181 228 279

2008 119 081 084 097 102 11 122 137 149 208 296 326

2009 169 122 132 133 141 141 152 177 217 213 212 235

2010 17 161 165 154 151 151 164 173 202 262 406 316

2011 185 182 183 203 186 204 231 278 308 317 359 369

2012 207 155 151 141 153 164 192 218 242 268 429 485

2013 263 209 216 215 244 265 258 304 347 403 566 498

2014 228 206 231 239 198 2 256 267 301 305 403 538

2015 406 403 386 349 367 397 394 43 - - - -

O graacutefico a seguir resume o comportamento da quantidade de peacutes novos e

em produccedilatildeo no estado de Satildeo Paulo desde o ano 2000

Figura 10 - Evoluccedilatildeo do nuacutemeros de peacutes novos e em produccedilatildeo ao longo de 15 anos no estado de Satildeo Paulo elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE

ECONOMIA AGRIacuteCOLA

A produccedilatildeo (em caixas de 22 Kg) eacute demonstrada no graacutefico abaixo para esse

mesmo periacuteodo

000

10000000

20000000

30000000

40000000

50000000

60000000

70000000

80000000

20002002200420062008201020122014

EVOLUCcedilAtildeO DOS DADOS DO ABACATE EM SAtildeO PAULO

PEacuteS NOVOS

PEacuteS EM PRODUCcedilAtildeO

40

Figura 11 - Evoluccedilatildeo da produccedilatildeo de abacate em caixas de 22kg no estado de Satildeo Paulo em 15 anos elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE

ECONOMIA AGRIacuteCOLA

A sazonalidade do abacate comercial na CEAGESP em Satildeo Paulo

demonstram que o abacate pode ser comercializado praticamente todas as eacutepocas

do ano como apresentado pela tabela

TABELA 9 - Sazonalidade do abacate FONTE CEAGESP 2008

VARIEDADE JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

GEADA X X X X X

FORTUNA X X X X X X X

QUINTAL X X X X X X X

MARGARIDA X X X X X X X X X X

BREDA X X X X X X X X

HASS X X X X X X X X

O Estado de Minas Gerais eacute o segundo maior produtor nacional de abacate

participando do setor com 229 do total produzido A aacuterea no Estado destinada agrave

produccedilatildeo da fruta foi de 23 mil ha A produtividade do estado de Minas em 2012 foi

de 15881 (hgha) (PERFIL DA FRUTA) A produccedilatildeo de abacate no Distrito Federal

em 2013 foi de 3152 toneladas (IBGE) Em Minas a produccedilatildeo concentra-se nas

regiotildees Sul e Sudeste do estado (ALMEIDA 2013)

200000000

250000000

300000000

350000000

400000000

450000000

500000000

550000000

20002002200420062008201020122014

EVOLUCcedilAtildeO NA PRODUCcedilAtildeO DE ABACATE EM SAtildeO PAULO (22Kgcx)

PRODUCcedilAtildeO CX 22Kg

41

Em 2003 o Paranaacute foi o terceiro maior produtor nacional de abacate com uma

aacuterea de aproximadamente 1600ha onde se produziu 26 mil toneladas gerando uma

receita de cerca de R$ 85 milhotildees (HOHMANN amp MENEGUIM 2005)

De acordo com a relaccedilatildeo feita entre os dados de volume de abacate colhido e

de aacuterea destinada agrave produccedilatildeo do IBGESIDRA em 10 anos (2005 agrave 2014) o estado

que sofreu maior reduccedilatildeo da produtividade foi o estado do CEARAacute reduzindo em

31 aproximadamente enquanto que o estado de minas aumentou 289 sua

produtividade O DF apresentou os melhores niacuteveis de produtividade a partir desses

dados

AVOCADO NO BRASIL

A regiatildeo de Bauru em Satildeo Paulo especializou-se na produccedilatildeo dos abacates

‟Hass‟ e bdquoFuerte‟ conhecidos comercialmente como Avocado e satildeo os mais

apreciados pelo mercado internacional (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA

FRUTICULTURA 2008)

O Avocado variedades ‟Hass‟ e bdquoFuerte‟ possui excelentes caracteriacutesticas

nutricionais como por exemplo seu alto teor de lipiacutedeos Aleacutem disso o fruto possui

tamanho reduzido o que facilita o consumo evitando que parte natildeo consumida seja

armazenada Uma das possibilidades de se estimular o consumo interno seria

promover o produto a partir do uso de marketing setor no qual a empresa

JAGUACYR situada no municiacutepio de Bauru ndash SP tem se destacado fornecendo

informaccedilotildees nutricionais e apresentando o alto padratildeo de qualidade da fruta Outro

fator que reduz a oferta do produto no mercado interno eacute a demanda internacional

apesar de impor barreiras e exigirem alto padratildeo de qualidade o produto de

qualidade recebe os melhores preccedilos este fator tambeacutem limita o consumo interno

porque o preccedilo oferecido pelos importadores reflete no preccedilo interno

Outro ponto que deve ser observado para se manter qualidade elevada dos

frutos eacute a escolha adequada do ponto de colheita pois este fator reflete diretamente

no teor de oacuteleo dos frutos que por sua vez eacute responsaacutevel pela conservaccedilatildeo do

sabor Os melhores teores de oacuteleo encontram-se em frutos tardios como nas

variedades obtidas a partir das raccedilas Guatemalenses e Mexicana sendo maior nas

raccedilas Mexicana e menor em cultivares oriunda de raccedilas Guatemalenses como por

exemplo a bdquoHass‟

42

A exportaccedilatildeo brasileira do abacate bdquoHass‟ variedade mais produzida no

mundo era de 100 toneladas por ha em 2004 para 2186 toneladas em 2010

(DORIZZOTTO 2011) Contudo este dado representa apenas 143 do volume de

todo o abacate produzido no paiacutes nesta mesma data mesmo com seus atributos

nutricionais e comerciais

Quando se trata do segmento do mercado do Avocado brasileiro em acircmbito

global a empresa JAGUACYR situada no municiacutepio de Bauru ndash SP com sede na

Holanda eacute de extrema relevacircncia contribuindo com 90 das exportaccedilotildees brasileiras

deste produto com o qual o Brasil ainda comeccedila a participar poreacutem possui

condiccedilotildees favoraacuteveis para crescer no setor (CARVALHO 2015)

O graacutefico a seguir apresentado na Figura 2 demonstra a evoluccedilatildeo da

participaccedilatildeo do Avocado no setor de fruticultura no estado de Satildeo Paulo

Figura 12 - Elaborado pelo autor FONTE CEAGESPSEDES GABRIEL V BITENCOURT DE ALMEIDA

Como apresentado no graacutefico acima o volume de Avocado comercializado na

CEAGESP tem crescido rapidamente vertiginosamente chegando a quase

quadruplicar seu valor em apenas 7 anos

Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio de atacado (R$Kg) de Avocado na CEAGESP de

Satildeo Paulo durante o ano (SP) (Figura 3)

81 74 90

106 133

208

365 378

0

50

100

150

200

250

300

350

400

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

EVOLUCcedilAtildeO DA QUANTIDADE COMERCIALIZADA (T) DE AVOCADO NA CEAGESP DE SAtildeO PAULO (SP)

QUANTIDADE(toneladas)

43

Figura 13 - Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio do avocado na CEAGESP (R$Kg) Elaborado pelo autor FONTES CEAGESP

O graacutefico a seguir demonstra um comparativo da variaccedilatildeo do preccedilo meacutedio do

abacate em relaccedilatildeo ao Avocado durante o ano com base nos dados de nove anos

da CEAGESP (R$Kg)

Figura 14 - Comparativo do preccedilo meacutedio do abacate e do avocado comercializado na ceagesp durante o ano elaborado pelo autor FONTE

CEAGESP

A partir dos dados de 7 anos com a variaccedilatildeo do preccedilo meacutedio do Avocado por

quilo durante o ano pocircde-se observar que os menores valores encontram-se entre

maio e agosto A variaccedilatildeo de preccedilo meacutedio durante o ano chega a ser de R$ 581 o

quilo mais que o dobro entre o maior e menor valor meacutedio encontrado

O graacutefico com o comparativo do preccedilo do abacate com o Avocado (Figura 11)

revela a discrepacircncia da valorizaccedilatildeo entre os dois grupos O valor miacutenimo do

4

6

8

10

12

jan

fev

mar

abr

mai

jun jul

ago

set

ou

t

no

v

dez

EVOLUCcedilAtildeO DO PRECcedilO MEacuteDIO DO AVOCADO NA CEAGESP (R$Kg)

PRECcedilO MEacuteDIO

0

2

4

6

8

10

12

JAN

FEV

MA

R

AB

R

MA

I

JUN

JUL

AG

O

SET

OU

T

NO

V

DEZ

PRECcedilO AVOCADO

PRECcedilO DO ABACATE

44

Avocado eacute de R$ 554 por quilo enquanto que o maior valor encontrado do abacate

chega a R$ 381 uma diferenccedila de quase 50

O CEASA-DF registrou em 2014 um volume comercializado de 397 toneladas

de Avocado enquanto que no ano anterior o volume registrado natildeo passou de 07

toneladas (CEASA-DF)

Apesar de jaacute haver teacutecnicas eficientes e tecnologias modernas disponiacuteveis

para se aperfeiccediloar a produccedilatildeo do abacate a exploraccedilatildeo de novas regiotildees com

potencial produtor para a implantaccedilatildeo de pomares de abacateiro no Brasil eacute um dos

fatores que podem aumentar mais ainda a produccedilatildeo nacional No DF por exemplo

a aacuterea destinada agrave colheita do abacate sofreu uma reduccedilatildeo de mais da metade de

2012 para 2014 muito diferente da forma como havia se comportando desde 2000

quando a aacuterea passou de 85 ha para 111 em 2010 O DF representa apenas 2 da

produccedilatildeo nacional do abacate contudo sua produtividade vem aumentando e de

acordo com os dados do IBGE o DF possui os melhores iacutendices de produtividade do

paiacutes o que pode representar forte potencial da regiatildeo no setor Este fato corrobora

com a ideia de que o Brasil pode aproveitar melhor sua extensatildeo territorial

explorando regiotildees com potencial produtor como o DF por exemplo

CERTIFICACcedilAtildeO

CARVALHO (2015) afirma que para participar do mercado internacional os

produtores devem se atentar agraves exigecircncias internacionais de qualidade e seguranccedila

garantidas por meio de certificaccedilatildeo como GlobalGapR BRCR BRCIR FAIRDRADER

e SEDEX-SMETAR Outro ponto que deve ser adotado pelo Brasil no comeacutercio do

Avocado eacute manter um mercado com preccedilo linear e contiacutenuo Ainda segundo

CARVALHO (2015) produtores que natildeo possuem certificaccedilatildeo no GlobalgapR

recebem menos 10

PRECcedilO PAGO PELA JAGUACYR AO PRODUTOR COM GLOBALGAPR

TABELA 10 - (CARVALHO 2015)

CAT CALIBRE MAR ABR MAI JUN

1 12 A 24 315 322 205 205

2 26 A 32 131 129 130 130

2 12 A 24 284 350 187 187

45

Para o consumidor final o selo GLOBALGAPR natildeo eacute tatildeo notado pois o uso

desta marca eacute praticado entre empresas Contudo sua em sua elaboraccedilatildeo

considerou-se a reduccedilatildeo dos impactos negativos das operaccedilotildees agriacutecolas no meio

ambiente reduzir o uso de insumos quiacutemicos e garantir que assuntos de sauacutede e

seguranccedila dos empregados e bem estar animal sejam observados (GLOBALGAPR

2008)

A GLOBALGAPR serve como um manual no comeacutercio mundial de produtos

agriacutecolas estabelecendo normas voluntaacuterias para sua certificaccedilatildeo Este conjunto de

normas estabelece serve de molde para a conduccedilatildeo de boas praacuteticas agriacutecolas

(BPA) nas atividades agriacutecolas (GLOBALGAPR 2008)

Um dos pontos positivos em se adotar os protocolos de boas praacuteticas

agriacutecolas eacute a prevenccedilatildeo de perdas Pesquisas feitas no setor da fruticultura

concluem que maior parte do desperdiacutecio ocorre no percurso que vai do manuseio

no campo ateacute as centrais de produccedilatildeo (AGRIANUAL 2012) Os iacutendices de perdas da

abaticultura chegam a 34 ao ano (AGRIANUAL 2015)

Eacute de extrema importacircncia desenvolver soacutelidos e eficientes sistemas de

certificaccedilatildeo a fim de assegurar qualidade que atenda as expectativas dos

consumidores permitindo que as empresas ingressem nos mercados globais com

seus produtos (ZEIDAN et al 2008)

A difusatildeo de praacuteticas recomendadas para a obtenccedilatildeo da certificaccedilatildeo

GLOBALGAPR por parte dos produtores de abacate principalmente as variedades

bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ pode estimular o consumo interno por meio da oferta de produtos

de maior qualidade aleacutem de reduzindo perdas e promover o produto no comeacutercio

internacional da fruta Fazendo com que o potencial produtor seja aproveitado ao

maacuteximo uma vez que seguir os protocolos de boas praacuteticas agriacutecolas represente a

reduccedilatildeo de perdas no processo de produccedilatildeo de colheita e de transporte seja por

meio da reduccedilatildeo da incidecircncia de pragas ou por adoccedilatildeo de teacutecnicas e evitem perdas

na conduccedilatildeo da produccedilatildeo dos pomares de abacate

CONCLUSOtildeES

A produccedilatildeo de Avocado cultivares bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ superiores em vaacuterios

aspectos agraves cultivares mais populares no paiacutes tem condiccedilotildees de se desenvolver

amplamente no Brasil tornando-o grande consumidor e exportador da fruta Essa

46

mudanccedila pode ocorrer por meio de incentivos governamentais que incentivem o

registro de produtos para a cultura do abacateiro favorecendo a obtenccedilatildeo de

certificaccedilatildeo bem como o desenvolvimento de centros de pesquisas que

desenvolvam estudos sobre a cultura do abacateiro que promovam a difusatildeo de

tecnologia e com isso estimule a utilizaccedilatildeo de novas aacutereas com potencial produtivo

A transferecircncia de tecnologia tambeacutem pode ser feita por parte de empresas da aacuterea

privada que possuem domiacutenio de teacutecnicas e tecnologias modernas principalmente

por meio da popularizaccedilatildeo da produccedilatildeo de mudas clonais para porta-enxerto Aleacutem

disso devem ser feitas accedilotildees por parte de instituiccedilotildees privadas como o

desenvolvimento do marketing da fruta a fim de divulgar os benefiacutecios do consumo

e a exposiccedilatildeo de novas formas de consumo de abacate pode ser crucial para a

mudanccedila do comportamento do consumidor nacional uma vez que este se atenta

principalmente aos aspectos visuais do abacate

Na poacutes-colheita o controle sobre os processos de maturaccedilatildeo poderia ser

mais bem aproveitado No Brasil a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas de conservaccedilatildeo no poacutes-

colheita de frutas objetiva na maioria das vezes estender o tempo de prateleira

destes produtos Para se aproveitar os elevados preccedilos ofertados em determinadas

eacutepocas os produtores colhem os frutos antes do recomendado para a fruta do

abacateiro o que reduz sua qualidade pois a eacutepoca da colheita influencia

diretamente no teor de oacuteleo fator altamente relacionado com o sabor da fruta Por

outro lado a aceleraccedilatildeo do processo de maturaccedilatildeo por meio do controle de

maturaccedilatildeo permite fornecimento de frutos maduros prontos para o consumo

estimulando assim o consumo no paiacutes Com a entrega regular de frutos maduros

nos supermercados e restaurantes novas formas de consumo da fruta como patecircs

e em saladas poderiam ser facilmente introduzidas no cardaacutepio nacional

47

BIBLIOGRAFIA

ALMEIDA G V B Mercado Atacadista de Abacate e Avocado (CEAGESP) III

Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado Bauru 2015

ALMEIDA G V B O Abacate no mundo e na CEAGESP Todafruta notiacutecia 2011

DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwtodafrutacombrnoticia28119O+ABACATE+NO+MUNDO+NO+BRASIL

+E+NA+CEAGESP gt

ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA FRUTICULTURA 2004 a 2015 DISPONIacuteVEL EM

httpwwwgrupogazcombrtratadaseo_edicao420150320150301_106c8c2f1pdf

4718_2015fruticulturapdfgt

BIODIESELBR DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwbiodieselbrcomnoticiasmateria-

primaoutrasvideo-unesp-transforma-oleo-abacate-biodiesel-060313htm gt

BONELLA J A Classificaccedilatildeo de abacates na CEAGESP Joseacute Alcides Bonella ME

2013

BRUWER T ROOYEN Z VAN PERFORMANCE AND MARKET ACCEPTIBILITY

OF THE HASS-LIKE CULTIVARS GEM AND HARVEST IN SOUTH AFRICA Vi

World Avocado Congress (Actas VI Confreso Mundial del Aguacate) 2007 Vintildea Del

Mar Chile 12 ndash 16 nov 2007 ISBN n 978-956-17-0413-8 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwAvocadosourcecomWAC6enExtenso1b-36pdf gt

CAMPOS J A Cultura racional do abacateiro Satildeo Paulo Iacutecone 1988 150 p

CANTUAacuteRIAS-AVILEacuteS T SILVA S R La induacutestria del aguacate em el Estado de

Satildeo Paulo Brasil actualidad y perspectivas futuras In CONGRESO MUNDIAL DEL

AGUACATE 7 2011 Caims Resuacutemenes Caims Avocado Australia 2011

48

CORREIA R C ARAUJO J L P MOUCO M A do C BRAGA C A

MENDONCcedilA R F de Abacate preferecircncias e mercado CONGRESSO

BRASILEIRO DE FRUTICULTURA 21 2010 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwalicecnptiaembrapabralicebitstreamdoc8700181Moucopdf gt

CARVALHO L F Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado realizaccedilatildeo Jaguacy

Sindicato Rural de Bauru Serviccedilo Nacional de Aprendizagem Rural - SENAR

Faculdades Integradas de Bauru ndash SP 2015

CHITARRA M I F CHITARA A B 2005 Poacutes colheita de frutos e hortaliccedilas

Fiiologia e Manuseio Lavras ESALFAEPE

CRANE J H BALERDI C F MAGUIRE I Avocado Growing in the Florida Home

Landscape University of Florida Circular 1034 one of a series of the Horticultural

Sciences Department Florida Cooperative Extension Service Institute of Food and

Agricultural Sciences University of Florida 1983 Revised 2007

CRIZEL G R MOURA R S OLIVEIRA I R MENDONCcedilA C R B

Caracteriacutesticas fiacutesicas e quiacutemicas de abacates das variedades bdquoQuintal‟ e bdquoHass‟ In

CONGRESSO DE INICIACcedilAtildeO CIENTIacuteFICA 17 ENCONTRO DE POacuteS-

GRADUACcedilAtildeO 10 2008 Pelotas Resumos Pelotas UFPEL 2008

DAIUTO E R VIEITES R L TREMOCOLDI M A RUSSO V C Taxa

respiratoacuteria de abacate bdquoHass‟ submetido a diferentes tratamentos fiacutesicos Revista

Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha Meacutexico v 10 n 2 p 101-109

2010

DAIUTO E R TREMOCOLDI M A VIEITES R L Conservaccedilatildeo poacutes colheita de

abacate bdquoHass‟ irradiado Revista Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha vol

10 n 2 2010

DONADIO L C Abacate para exportaccedilatildeo aspectos teacutecnicos da produccedilatildeo

Brasiacutelia Frupex MAPA 1995 53 p

49

DONADIO L C FERRARI L AVILEacuteS T C Abacate In DONADIO L C (Ed)

Histoacuteria da Fruticultura Paulista Jaboticabal SBF ndash Sociedade Brasileira de

Fruticultura 2010 P 33-63

DORIZZOTTO C D A SAMPAIO A C ICUMA I M et al Avocado production

chain in the state of Satildeo Paulo (Brazil) In Proceedings VII World Avocado Congress

2011 Cairns Anaishellip Cairns Internacional Avocado Society 2011 DISPONIacuteVEL

EM lt

httpworldAvocadocongress2011comuserfilesfileOsvaldo20Kioshi20Yamanis

hi201400-1420pdf gt

ERNST Z R ERNST A A The strategic role of new cultivars A case study of

bdquoMaluma‟ VIII Congreso Mundial de la Palta 2015 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwavocadosourcecomWAC8Section_02EarnstZander2015pdf gt

FACTFISH Avocados production quantity (tons) ndash for all countries DISPONIacuteVEL

EM lt httpwwwfactfishcomstatisticAvocados20production20quantity gt

FAOSTAT 2000 a 2013 DISPONIacuteVEL EM lt httpfaostat3faoorgbrowseTTPE gt

FER B WOLSTENHOLME B N (Ed) The Avocado botany production and

uses Oxon CABI Publ 2002 chap 12 p 299-338

FRANCISCO V L F dos S BAPTISTELLA C S L CULTURA DO ABACATE NO

ESTADO DE SAtildeO PAULO Informaccedilotildees Econocircmicas SP v 35 n5 2005

DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwieaspgovbroutpublicacoespdftec3-0505pdf gt

GAYET J P et al 1995 Abacate para exportaccedilatildeo procedimentos de colheita e

poacutes-colheita FRUPEX Brasiacutelia 37p

GIRARDI G Abacate uma nova opccedilatildeo de biocombustiacutevel Jornal UNESP Bauru

2009 DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwunespbracijornal248energia_bauruphp gt

50

GUEDES M S B SENA M TOLEDO S Certificaccedilatildeo como estrateacutegia competitiva

internacional dos produtores de frutas no Brasil VII Encontro da Sociedade

Brasileira de Economia Ecoloacutegica (ECO-ECO) 28 a 30 de novembro de 2007

Fortaleza Cearaacute

HODDLE M The Avocado Seed Moth Stenoma cateniver Walsingham (Lepdoptera

Elachistidae) Department of Entomology Applied Biological Control Research

DISPONIacuteVEL EM lt httpbiocontrolucredustenomastenomahtml gt

HOHMANN C L MENEGUIM A M A BROCA-DO-ABACATE (Stenoma catenifer)

Aspectos bioloacutegicos comportamento danos e manejo Instituto Agronocircmico do

Paranaacute ndash Londrina ndashPR Informe da Pesquisa n 147 2005

HOHMANN C L MENEGUIM A M Observaccedilotildees preliminares sobre a ocorrecircncia

da broca-do-abacate Stenoma catenifer Wals no Estado do Paranaacute Anais da

Sociedade Entomoloacutegica do Brasil v 22 p 417-419 1993

ILLSLEY-GRANICH C‟Hass‟Carmenrega precocious flowering avocado tree

Agrovim AS de CV Uruapan Michocan Mexico Rob Brokaw Brokaw Nursery Inc

Saticoy California USA Dr Salvador Ochoa-Ascencio University of Michoacan

Uruapan Michoacan Mexico 2011 DISPONIacuteVEL EM lt

httpworldavocadocongress2011comuserfilesfileCarlos20Illsley201410-

1430pdf gt

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA ESTATIacuteSTICA (IBGE) IBGE CIDADES

DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwcidadesibgegovbrcartogramamapaphplang=ampcoduf=53ampcodmun=53

0010ampidtema=136ampcodv=v01ampsearch=distrito-federal|brasilia|sintese-das-

informacoes-2013 gt

KADER A A 1992 Postharvest technology of horticultural crops Okland Univertisy

of California 292p

51

KADER A A ARPIA M L Avocado Recommendations for Maintaining

Postharvest Quality 2013

KADER A A Biologiacutea y Tecnologiacutea Postcosecha un Panorama In KADER A A

Tecnologiacutea Postcosecha de Cultivos Hortofrutiacutecolas 3 Ed Davis University Of

Califoacuternia 2007 Cap 4 p 43-53

KLUGE R A et al Inibiccedilatildeo do amadurecimento de abacate com 1-

metilciclopropeno Pesquisa Agropecuaacuteria Brasileira 37(7)895-901

KOOLER O C Abacaticultura Porto Alegre UFRGS 1992 138p

KOOLER O C ABACATICULTURA Porto Alegre UFRGS 1984 138p

KOLLER O C Abacate produccedilatildeo de mudas instalaccedilatildeo e manejo de pomares

colheita e poacutes-colheita Porto Alegre Cinco Continentes 2002 145 p

KREMER-KOumlHNE S KOumlHNE J S 25 YEARS OF AVOCADO ROOTSTOCK

DEVELOPMENT IN SOUTH AFRICA VI World Avocado Congress Chile 2007

DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwavocadosourcecomWAC6enExtenso1a-8pdf gt

LIPPERT C ALLAMAND M (WESTFALIASUBSOLE) A hystory of

collaboration Rev Subsole Santiago 2007

MAIS NATUREZA ABACATEIRO DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwmaisnaturezacomplantasarvoresabacateiro gt

MARANCA G Fruticultura comercial Manga e Abacate Satildeo Paulo Nobel 1980

p 81-133

MASSAFERA G COSTA T M B OLIVEIRA J E D COMPOSICcedilAtildeO DE AacuteCIDOS

GRAXOS DO OacuteLEO DO MESOCARPO E DA SEMENTE DE CULTIVARES DE

ABACATE (Persea americana MILL) DA REGIAtildeO DE RIBEIRAtildeO PRETO SP)

52

Alim Nutr Araraquara V 21 n 2 p 325-331 abrjun 2010 DISPONIacuteVEL EM lt

http20014571150seerindexphpalimentosarticleview940a20v21n2pdf gt

MDIC Negociaccedilotildees internacionais DISPONIacuteVEL EM

httpwwwdesenvolvimentogovbrsitiosecexnegInternacionaisMedTerrorismoLei

ph p gt

MICKELBART M V BENDER G S WITNEY G W ADAMS C ARPAIA M L

Effects of clonal rootstocks on bdquoHass‟ avocado yield components alternate bearing

and nutrition Journal of Horticultural Schience amp Biotechnology Ashford v 82

n 3 p 460-466 2007

MILLER B BERTELS R PADILLA T WILEMAN R THOMSEN L China the

new frontier VIII World Avocado Congress 2015

MONTENEGRO H W S A cultura do abacateiro Satildeo Paulo Melhoramentos

1951 102p (Criaccedilatildeo e Lavoura n 11)

MORAES A F G Desenvolvimento produccedilatildeo e qualidade de frutos de abacateiro

cv bdquoHass‟ sobre dois porta-enxertos nas condiccedilotildees edafoclimaacuteticas da regiatildeo central

do Estado de Satildeo Paulo Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Ciecircncias Piracicaba 2014

NAAMANI G Global Trends in main Avocado Markets VII World Avocado

Congress Australia 2011

NAVA DE DE LARA HADDAD M PARRA JRP 2005 Exigecircncias teacutermicas

estimativa do nuacutemero de geroccedilotildees de Stenoma catenifer e comprovaccedilatildeo de modelo

em campo Pesq Agropec Bras Brasilia v 40 p 961-967

NAVA DE PARRA JRP COSTA VA GUERRA TM COcircNSOLI FL (2005b)

Population dynamics of Stenoma catenifer(Lepidoptera Elachistidae) and related

larval parasitoids in Minas Gerais Brazil Florida Entomologistv 88p 441-446

53

NOVAGRIM ndash FRESH FRUITS IMPORTER amp VEGETABLE SUPPLIER SINCE

1999 2001-2013 WORLD AVOCADO PRODUCTION DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwnovagrimcomPages2000_2011_Avocado_statistics_ENaspx gt

OLIVEIRA LA A importacircncia das Normas Internacionais para o Comeacutercio da

Fruticultura Brasileira Piracicaba Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Economia Escola

Superior de Agricultura ldquoLuiz de Queirozrdquo Universidade de Satildeo Paulo Piracicaba

2005

OLIVEIRA M A de et al 2000 Ceras para conservaccedilatildeo poacutes colheita de frutos de

abacateiro cultivar Fuerte armazenados em temperatura ambiente Scientia Agriacutecola

Piracicaba 57 (4) 777-780

PASSONI A D NEVES M C M RODRIGUES B B BOTEON M Anaacutelise dos

principais entraves na exportaccedilatildeo de frutas brasileiras CENTRO DE ESTUDOS

AVANCcedilADOS EM ECONOMIA APLICADA (CEPEAESALQ-USP) XLIV

CONGRESSO DA SOBER ndash ldquoQuestotildees Agraacuterias Educaccedilatildeo no Campo e

Desenvolvimentordquo Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia Rural Fortaleza

2006

PEGG K G COATES L M KORSTEN L HARDING R M Foliar fruit and

soilborne diseases In WHILEY A W SCHAF

PERFIL DA FRUTICULTURA 2014 Base de dados 2012 a 2013 Governo de Minas

Gerais Agricultura Pecuaacuteria e Abastecimento 2014

PICCININ E PASCHOLATI S F ldquoDOENCcedilAS DO ABACATEIRO‟ em MANUAL DE

FITOPATOLOGIA Vol 2 Doenccedilas das Plantas Cultivadas Editora Agronocircmica

Ceres Ltda Satildeo Paulo 1997 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwifcursoscombrsistemaadminarquivos07-33-29-

manualfitopatologiapdfpage=10 gt

54

PUTT F F GOacuteES B C CATANEO P F Anaacutelise econocircmica de oferta e demanda

do abacate na alta paulista X Foacuterum Ambiental da Alta Paulista v 10 n 7 2014

pp 158-169

ROCHA I L Nuacutemeros do abacate HORTIESCOLHA Instituto Brasileiro de

Qualidade em Horticultura DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwhortibrasilorgbrjnwindexphpoption=com_contentampview=articleampid=120

9numeros-do-abacate-ampcatid=50comercializacaoampItemid=82 gt

SANTO N T Manejo da vegetaccedilatildeo intercalar para obtenccedilatildeo de cobertura morta na

cultura do abacateiro visando minimizar os danos causados por Phytophthora

cinnamomi Dissertaccedilatildeo de mestrado em Fitotecnia Piracicaba 2014

SCHAFFER B WOLSTENJOLME B N WHILEY A W The avocado botany

production and uses 560 p 2012 DISPONIacuteVEL EM lt

httpsbooksgooglecombrbooksid=r0hpRJca3zECamppg=PA83amplpg=PA83ampdq=Th

e+Avocado+botany+production+and+uses+hass-

likeampsource=blampots=oqc5OBsbmVampsig=5gDWWPIMYRBW9cH3yYuWh-ldd-8amphl=pt-

BRampsa=Xampved=0ahUKEwj_yPbgsoTKAhUGDpAKHZTrCWEQ6AEIPDADv=onepag

eampqampf=false gt

SCIENCIA I Certificaccedilatildeo GLOBALGAP e impactos ambientais em agroinduacutestrias de

alimentos Dissertaccedilatildeo de Poacutes-Graduaccedilatildeo Araraquara SP 2010 lt

mlthttpwwwecoecoorgbrconteudopublicacoesencontrosvii_envii_enc_ecohtm

gt

SIMAtildeO S Manual de Fruticultura Satildeo Paulo Editora Agronocircmica Ceres 1971

530p p 147-169

SINGER P MASON J Eacutetica da alimentaccedilatildeo como nossos haacutebitos alimentares

influenciam o meio ambiente e o nosso bem estar Rio de Janeiro Elsevier 2007

SOARES H F ITO M K O AacuteCIDO GRAXO MONOINSATURADO DO ABACATE

NO CONTROLE DE DISLIPIDEMIAS Ver Ciecircnc Meacuted Campinas P 47-51 2000

55

DISPONIacuteVEL EM lt httpperiodicospuc-

campinasedubrseerindexphpcienciasmedicasarticleviewFile13301304 gt

TEIXEIRA C G Cultura In ITAL ndash INSTITUTO DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS

(Campinas) Abacate Cultura mateacuteria-prima processamento e aspectos

econocircmicos 2 Ed Campinas Instituto Campineiro de Ensino Agriacutecola 1995 Cap 1

p 1-54 (Frutas Tropicais)

TEIXEIRA C G Cultura do abacate In TEIXEIRA C G et al ABACATE cultura

mateacuteria prima processamento e aspectos econocircmicos 2deg ed Seacuterie Fruas Tropicais

ndeg8 ITAL Campinas 1991 250p

WATANABE H S Caracteriacutesticas de cultivares de abacate CEAGESPS ndash

Companhia de Entrepostos e Armazeacutens Gerais de Satildeo Paulo 2013

WOLFENBARGER D O COLBURN B The Stenoma catenifer a serious Avocado

pest Proceedings of Florida State Horticulture Society v 92 p 315-318 1979

ZEIDAN R SEIXAS P ABRANCHES L COSTA D MEIRELLES F Certificaccedilatildeo

na cadeia produtiva de alimentos e as barreiras teacutecnicas agrave exportaccedilatildeo Simpoacutesio de

excelecircncia e gestatildeo e tecnologia ndash SEGeT 2008 Resende

Page 19: EVOLUÇÃO DA PRODUÇÃO MUNDIAL E NACIONAL …...RESUMO O abacateiro, Persea americana, é uma cultura muito importante em vários países, devido ao volume comercializado da fruta

19

dos frutos caiacutedos Dentre as medidas preventivas de controle destaca-se o uso

adequado das cultivares considerando que quanto mais tempo os frutos

permanecem nas plantas maiores seratildeo as perdas O planejamento da colheita deve

ser considerado pois colheitas tardias proporcionam condiccedilotildees favoraacuteveis para o

desenvolvimento da praga no pomar Outra medida preventiva principalmente para

pomares orgacircnicos eacute a cataccedilatildeo e destruiccedilatildeo dos frutos caiacutedos (HOHMANN amp

MENEGUIM 2005)

A verrugose ou sarna do abacateiro causada pelo fungo Sphaceloma

perseae conhecida em 1918 na Floacuterida foi encontrada no Brasil pela primeira vez

em 1938 em Limeira Eacute uma das doenccedilas de elevada importacircncia na cultura do

abacateiro visto que esta doenccedila deprecia a aparecircncia do fruto e pode provocar

tambeacutem queda dos frutos jovens bem como o subdesenvolvimento O fungo ataca

as folhas e os frutos e se desenvolve em condiccedilotildees de umidade elevada Para o

controle desta doenccedila eacute recomendado a utilizaccedilatildeo de variedades que apresentem

resistecircncia sendo necessaacuterio evitar variedades do grupo Guatemalense (PICCININ

amp PASCHOLATI 1997)

Ponto de colheita

O fruto do abacate eacute conhecido por ser climateacuterico isso significa que pode

completar o amadurecimento depois de colhido e apresenta um pico de produccedilatildeo de

etileno sucedido por um pico respiratoacuterio durante o amadurecimento O melhor

indicador de maturidade fisioloacutegica para se concluir se os frutos estatildeo aptos agrave

colheita eacute a porcentagem de mateacuteria seca que possui relaccedilatildeo com o acuacutemulo de

oacuteleo (KADER amp ARPIA 2013 citado por ALMEIDA 2013)

No Brasil a observaccedilatildeo em campo da perda do brilho na casca eacute uma praacutetica

comum para identificar o ponto ideal de colheita (ALMEIDA 2013) Jaacute na Floacuterida

contabilizam-se os dias apoacutes a floraccedilatildeo para se determinar o ponto de colheita

Na cultura do abacateiro os principais iacutendices de qualidade satildeo tamanho cor

da casca formato danos mecacircnicos recentes ou cicatrizados causados por insetos

podridotildees embalagens e transporte inadequados alteraccedilatildeo de sabor devido a

longos periacuteodos de armazenagem na aacutervore ou por colheita antes da maturidade

fisioloacutegica (KADER amp ARPIA 2013 CANTILLANO 2013) No que se refere agrave

alteraccedilatildeo de sabor KADER (2007) comenta que este fator estaacute diretamente ligado

20

ao teor de oacuteleo no fruto Neste sentido cultivares mais tardias oriundas das raccedilas

Guatemalenses e Mexicana possuem maiores teores de oacuteleo

Poacutes colheita

Por ser um fruto climateacuterico com alta taxa respiratoacuteria e elevada produccedilatildeo de

etileno apoacutes a colheita o fruto do abacate eacute altamente pereciacutevel (KADER 1992)

Neste sentido o controle do amadurecimento eacute de extrema importacircncia para se

prolongar a vida uacutetil no poacutes-colheita de frutas objetivando-se a comercializaccedilatildeo no

mercado interno ou externo (KLUGE et al 2002)

Tratando-se de maturaccedilatildeo no poacutes-colheita a manipulaccedilatildeo do etileno eacute uma

teacutecnica utilizada para antecipar ou adiar o processo de maturaccedilatildeo dos frutos O

etileno eacute um gaacutes que se comporta como hormocircnio

No Brasil a comercializaccedilatildeo do abacate em varejo ocorre na maioria das

vezes sem a utilizaccedilatildeo de refrigeraccedilatildeo portanto a utilizaccedilatildeo de tecnologias que

possibilitem a conservaccedilatildeo agrave temperatura ambiente eacute de grande relevacircncia para se

permitir a comercializaccedilatildeo durante um maior tempo apoacutes a colheita atrasando o

amadurecimento dos frutos (KLUGE et al 2002) Daiuto 2010 concluiu que a

refrigeraccedilatildeo foi efetiva na conservaccedilatildeo de frutos de abacate bdquoHass‟

Aleacutem do uso de refrigeraccedilatildeo para retardar o amadurecimento dos frutos

tambeacutem se utiliza o revestimento dos frutos com cera para se reduzir o processo de

respiraccedilatildeo e uso de metilciclopropeno para inibir a produccedilatildeo de etileno gaacutes que

funciona como hormocircnio na maturaccedilatildeo de frutos (Gayet et al 1995 Oliveira et al

2000 KLUGE et al 2002)

A utilizaccedilatildeo de radiaccedilotildees gama em baixos niacuteveis associada a outros

procedimentos no poacutes-colheita eacute mencionada na literatura como excelente meacutetodo

para prolongar a periacuteodo de prateleira das frutas por retardar os processos de

senescecircncia e amadurecimento reduzindo os iacutendices de apodrecimento provocados

por fungos e bacteacuterias (Kaumlferstein e Moy 1993) O problema do uso da radiaccedilatildeo eacute

que esta teacutecnica provoca o escurecimento perda de firmeza do fruto e o surgimento

de depressotildees superficiais (CHITARRA e CHITARRA 2005)

Consumo

Em relaccedilatildeo ao consumo per capita do abacate em 2013 o Meacutexico foi de 90

Kghab enquanto que no Brasil o consumo girava em torno de 301 gramashab

21

por ano em De acordo com dados de 2011 o consumo per capita da fruta em Israel

foi de 50 Kghab o Chile ficou logo atraacutes com 45Kghab por ano e os Estados

Unidos apesar de maior importador apenas 20 Kghab por ano (NAAMANI 2011)

Em alguns paiacuteses da Uniatildeo Europeia chega a ser 1500 gramashab por ano (BNET

2011) De acordo com PUTTI (2014) esta diferenccedila se deve ao fato de que o

consumo do abacate em paiacuteses da Europa vai aleacutem da forma in natura sendo

consumido principalmente na forma de salada aleacutem disso os benefiacutecios da fruta satildeo

mais difundidos do que no Brasil

A fruta eacute consumida de forma diferente ao redor do mundo podendo ser sob

a forma de doce como no Brasil ou em saladas e patecircs como o guacamole

(JAGUACYR) Aleacutem de ser amplamente explorada na induacutestria

Aspectos nutricionais

A tabela a seguir apresenta as informaccedilotildees nutricionais do abacate a partir de

100g da fruta

TABELA 2 - Informaccedilotildees nutricionais do abacate obtidas a partir de 100g

da fruta fonte (FATSECRET)

INFORMACcedilOtildeES NUTRICIONAIS ABACATE

ENERGIA 669 kj 160kal

CARBOIDRATOS 853 g

ACcedilUacuteCAR 066 g

PROTEIacuteNAS 2g

GORDURAS 1466g

GORDURA SATURADA 2126G

GORDURA MONOINSATURADA

9799G

GORDURA POLIINSATURADA 1816

COLESTEROL 0 mg

FIBRAS 77 g

SOacuteDIO 7 mg

POTAacuteSSIO 485 mg

Uma das principais caracteriacutesticas que qualificam o abacate eacute a elevada

quantidade de mateacuteria graxa em sua composiccedilatildeo O fruto eacute conhecido como uma

fruta de alto valor energeacutetico Os aacutecidos graxos (AG) podem ser encontrados na

semente em sua maioria insaturados estes aacutecidos tambeacutem estatildeo presentes no

mesocarpo contudo em concentraccedilotildees diferentes O oacuteleo do abacate eacute um produto

22

explorado na induacutestria farmacecircutica devido ao elevado teor de vitamina E O

produto possui bom valor comercial apesar de natildeo ser tatildeo produzido mundialmente

A quantidade de oacuteleo encontrada no mesocarpo eacute superior ao teor de oacuteleo

encontrado na semente No mesocarpo os teores de aacutecido oleico variam entre

3177 a 5030 jaacute na semente o teor desse aacutecido graxo monoinsaturado varia de

1169 a 3583 (MASSAFERA 2010)

O abacate eacute um alimento rico em aacutecido graxo monoinsaturado oleico Estudos

realizados com aacutecidos graxos monoinsaturados revelam sua importacircncia na

prevenccedilatildeo e tratamento de dislipidemias que estatildeo relacionadas ao

desenvolvimento de doenccedilas cardiovasculares e coronarianas (SOARES e ITO

2000) Os aacutecidos graxos monoinsaturados representados principalmente pelo aacutecido

oleico presente em oacuteleo de oliva e canola possui efeito significativos na prevenccedilatildeo e

tratamento de doenccedilas crocircnicas (LARSEN et al 1999)

Produtos e subprodutos

O oacuteleo obtido a partir da fruta do abacate possui propriedades fiacutesico-quiacutemicas

semelhantes ao oacuteleo de oliva principalmente pela composiccedilatildeo de seus aacutecidos

graxos salientando o aacutecido oleico O oacuteleo de oliva eacute um produto altamente

consumido no paiacutes poreacutem de origem importada e o oacuteleo de abacate possui forte

potencial para substituiacute-lo (MASSAFERA 2010)

Outra forma de aproveitamento do oacuteleo do abacate eacute para a produccedilatildeo de

biodiesel O professor do departamento de Quiacutemica da UNESP Manoel Lima de

Menezes afirma que o abacate tem o teor de oacuteleo que varia entre 5 a 30

proacuteximo ao encontrado na extraccedilatildeo da soja de 18 Segundo o pesquisador um

dos obstaacuteculos eacute ainda o teor de umidade da semente (BIODIESELBR 2013)

Dentre as vantagens do abacate em comparaccedilatildeo com a soja eacute que da fruta eacute

possiacutevel extrair oacuteleo e etanol dois ingredientes baacutesicos para a produccedilatildeo do

biodiesel Outra vantagem eacute que de acordo com Menezes o abacate pode render

ateacute 2800 litros de oacuteleo por hectare contra 400 da soja aleacutem do fato do abacateiro

ser uma planta perene (GIRARDI 2009)

A madeira tambeacutem eacute um produto explorado na cultura do abacateiro na

produccedilatildeo de energia como combustiacutevel (MAISNATUREZA) Outra forma de

aproveitamento de resiacuteduos da cultura eacute a utilizaccedilatildeo do caroccedilo para a produccedilatildeo de

23

tintas a partir do caroccedilo usado para tingir roupas produzindo uma tinta castanho-

arroxeada (TEIXEIRA 1991)

Melhoramento geneacutetico

O desenvolvimento floral bem como a eacutepoca de floraccedilatildeo e o amadurecimento

da fruta satildeo diretamente influenciados por caracteriacutesticas geneacuteticas Essas

caracteriacutesticas podem ser manipuladas com a utilizaccedilatildeo de enxertos porta enxertos

ou a interaccedilatildeo entre eles Neste sentido podem ser utilizados genoacutetipo Mexicano

que pode antecipar a floraccedilatildeo ou Guatemalenses que manteacutem uma floraccedilatildeo meacutedia

ou porta-enxerto das Iacutendias Ocidentais que promovem floraccedilatildeo tardia Estudos tecircm

comprovado que a utilizaccedilatildeo de porta-enxertos do grupo Mexicano antecipam a

floraccedilatildeo entre 4 a 8 semanas antes de pomares de clones de bdquoHass‟ Contudo a

antecipaccedilatildeo de 8 semanas na eacutepoca de floraccedilatildeo promoveu o a antecipaccedilatildeo de

maturaccedilatildeo dos frutos em apenas 3 semanas Como existe uma alta demanda pelo

abacate ‟Hass‟ em todo mundo o uso de cultivares do abacate bdquoHass-like‟ pode ser

de grande interesse para os paiacuteses produtores uma vez que a cultivar bdquoLamb-Hass‟

por exemplo possui a caracteriacutestica de estender a eacutepoca de colheita aumentando

assim a janela de produccedilatildeo da fruta (SCHAFFER et al 2012)

No final dos anos 80 Carlos Meacutendez observou um abacate diferenciado na

regiatildeo de Urupan estado de Michocaacuten Meacutexico A planta encontrada exibia uma

floraccedilatildeo com um comportamento distinto das demais Este abacate bdquoHass-like‟ foi

nomeado localmente de bdquoHass-Mendez‟ e agora eacute conhecido comercialmente como

bdquoHass Carmen‟ (Illsley-Granich 2011) Uma das cultivares de bdquoHass-like‟ que tem

sido utilizada em programas de melhoramento eacute a ldquoSir Prizerdquo

Outra cultivar bdquoHass-like‟ muito importante eacute a bdquoMaluma‟ na Aacutefrica do Sul

Dentre as vantagens desta cultivar em relaccedilatildeo ao bdquoHass‟ apresentadas por ERNST

amp ERNST (2015) estatildeo rendimento elevado precocidade e possibilidade de

aumento na densidade de plantas no pomar de abacateiro

Programas de melhoramento satildeo criados a fim de se incorporar

caracteriacutesticas de resistecircncia a doenccedilas - como os desenvolvidos na Universidade

da Califoacuternia que deram origem a cultivares como por exemplo bdquoGem‟ e bdquoHarvest‟

que possuem excelentes caracteriacutesticas agronocircmicas Dentre estas caracteriacutesticas

se tem aumento da produtividade e resistecircncia agrave podridatildeo radicular

24

A utilizaccedilatildeo de porta-enxertos eacute de suma importacircncia para se aproveitar

melhor o potencial das diferentes culturas seja por aumentar a produtividade ou por

conferir resistecircncia a doenccedilas No final dos anos 70 a podridatildeo causada por

Phytophthora cinnamomi causou grandes prejuiacutezos para a cultura do abacate na

Aacutefrica do Sul Com isso foi necessaacuterio importar da Califoacuternia porta-enxertos

tolerantes agrave podridatildeo radicular propagados vegetativamente a fim de se ter maior

uniformidade geneacutetica para estabelecer novos pomares de abacateiro Durante

muitos anos a cultivar bdquoDuke 7‟ era o uacutenico porta-enxerto que produzia plantas

uniformes produtivas e razoavelmente produtivas era a cultivar bdquoDuke 7‟ Nos anos

80 foi desenvolvida a cultivar bdquoDusa‟ a partir de plantas sobreviventes em pomares

doentes A cultivar desenvolvida pela WESTFALIA apresentou toleracircncia agrave podridatildeo

superior a bdquoDuke 7‟ (KREMER-KOumlHNE 2007)

Na Floacuterida as cultivares mais utilizadas como porta-enxerto satildeo a bdquoLula‟ e

bdquoWaldin‟ devido ao fato dessas variedades conferirem aos pomares de abacate

uniformidade aumentar o vigor e pela produccedilatildeo de sementes (CRANE et al 2007)

No Brasil os pomares comerciais de abacate satildeo implantados sobre porta-

enxertos oriundos de sementes este fator faz com que o tamanho da copa das

plantas seja desuniforme a produccedilatildeo seja afetada bem como a qualidade dos frutos

e a susceptibilidade aos patoacutegenos do solo no qual se destaca Phytophthora

cinnamomi Contudo outros paiacuteses produtores da fruta utilizam porta-enxertos de

melhor qualidade obtidos a partir de clones que possuem resistecircncia a doenccedilas e

tambeacutem conferem uniformidade ao pomar (MORAES 2014)

Certificaccedilatildeo

Devido agrave exigecircncia cada vez maior feita pelos mercados internacionais natildeo eacute

possiacutevel exportar frutas e outros produtos agropecuaacuterios sem que se tenha a

certificaccedilatildeo Um das finalidades da certificaccedilatildeo eacute proteger o diferencial de qualidade

(AGRIANUAL 2012)

A certificaccedilatildeo eacute uma forma de se adquirir vantagem competitiva sustentaacutevel

para concorrer com os grandes produtores mundiais Tendo em vista a exigecircncia de

produtos de qualidade por consumidores cada vez mais frequente eacute necessaacuterio que

o mercado mundial se atente ao alto padratildeo de qualidade fornecido por seus

produtos Com isso programas de qualidade tecircm sido desenvolvidos visando agrave

aplicaccedilatildeo direta nas cadeias de produccedilatildeo em especial na aacuterea de produtos

25

pereciacuteveis como eacute o caso da fruticultura objetivando a aceitaccedilatildeo internacional

(GUEDES et al 2007)

Vaacuterias pesquisas e estudos recentes vecircm colaborando para compreensatildeo da

formaccedilatildeo organizaccedilatildeo e influecircncia das cadeias produtivas de onde surgem

produtos que seguem os padrotildees de qualidade reconhecidos internacionalmente

onde os sistemas de certificaccedilatildeo tecircm papel fundamental

Tratando-se de qualidade os consumidores atuais buscam produtos que

atentem agraves questotildees eacuteticas que abordem temas como meio ambiente e uso de

agrotoacutexicos considerando que a procura por alimentos seguros e saudaacuteveis uma

questatildeo elementar (SINGER e MASON 2007)

Considerando que a sauacutede dos consumidores de alimentos in natura pode ser

afetada a seguranccedila alimentar bem como a qualidade dos produtos deve receber

atenccedilatildeo especial A qualidade dos produtos estaacute vinculada aos procedimentos que

satildeo conduzidos durante cada etapa de produccedilatildeo como por exemplo plantio

colheita processamento industrializaccedilatildeo e comeacutercio (OLIVEIRA 2005)

METODOLOGIA

Tipo de Estudo

Pesquisa Bibliograacutefica eacute desenvolvida a partir de material jaacute elaborado

constituiacutedo de livros e artigos cientiacuteficos (Gil 2008) Portanto o presente trabalho

utilizou-se das ideias do estudo exploratoacuterio feito a partir de pesquisa bibliograacutefica

Com isso este trabalho desenvolveu-se seguindo

1deg FONTES

Foram utilizados artigos que fornecessem informaccedilotildees sobre a cultura do

abacate bem como dados de produccedilatildeo poacutes-colheita e comercializaccedilatildeo e que

abordassem o tema de exportaccedilatildeo

2deg COLETA DE DADOS

Primeiramente foi feita leitura de trabalhos jaacute disponiacuteveis na literatura que

abordassem aspectos de produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo de forma raacutepida e objetiva a

fim de se selecionar o material a ser incluiacutedo no presente trabalho

26

Em seguida foi feita uma leitura seletiva agrupando as informaccedilotildees dos

artigos preacute-selecionados de acordo com o tema registrando as informaccedilotildees

extraiacutedas das fontes em instrumento especiacutefico

3deg ANAacuteLISE E INTERPRETACcedilAtildeO DOS RESULTADOS

Nesta etapa foi realizada uma leitura analiacutetica com a finalidade de ordenar as

informaccedilotildees contidas na literatura disponiacutevel utilizados como fonte para o

desenvolvimento deste trabalho a fim de se elaborar informaccedilotildees que resumissem

as questotildees abordadas nesta pesquisa

RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

ABACATE NO MUNDO

A figura a seguir apresenta dados de produccedilatildeo mundial de abacate (t) em 21

paiacuteses indo de 2004 a 2013 com base nos dados da FAO ndash Organizaccedilatildeo das

Naccedilotildees Unidas para Alimentaccedilatildeo e Agricultura (Food and Agriculture Organization of

the United Nations para a sigla em inglecircs)

27

Figura 2 Produccedilatildeo mundial do abacate (em t) elaborado pelo autor FONTE NOVAGRIM adaptado com dados da FAO

Os paiacuteses produtores de abacate satildeo representados no mapa abaixo onde a

intensidade da coloraccedilatildeo vermelha representa o volume de abacate produzido no

paiacutes quanto mais intenso maior o volume produzido como estaacute destacado o

Meacutexico maior produtor mundial participando com aproximadamente 31 12 de toda

a produccedilatildeo mundial da fruta

Figura 3 - Paiacuteses produtores de abacate ao redor do mundo FONTE FACTFISH

100000

300000

500000

700000

900000

1100000

1300000

1500000

1700000

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013

PRODUCcedilAtildeO MUNDIAL DE ABACATE

MEacuteXICO

INDONEacuteSIA

REP DOM

COLOcircMBIA

BRASIL

EUA

CHILE

PERU

CHINA

28

Em 2004 o maior produtor mundial de abacate foi o Meacutexico participando com

307 de todo o volume produzido mundialmente com cerca de 987000 t Em

segundo lugar poreacutem muito atraacutes com um volume de 221774 t segue a Indoneacutesia

representando apenas 689 Na terceira posiccedilatildeo Repuacuteblica Dominicana 68 e

218790 t e em quarto produzindo 170985 t estava a Colocircmbia com 53

De acordo com os dados de 2013 o Meacutexico continuou liderando o setor

participando com 3112 do total produzido agora com um volume de 1467837 t

Em segundo lugar a Repuacuteblica Dominicana com 821 Colocircmbia 643 e Peru

611 em ordem decrescente (FAOSTAT) Nos uacuteltimos 10 anos a Repuacuteblica

Dominicana saltou para o segundo lugar graccedilas a um aumento de 771 em sua

produccedilatildeo Neste sentido a Colocircmbia alcanccedila a posiccedilatildeo de 3deg colocado devido ao

aumento similar ao da Repuacuteblica Dominicana (774)

O Peru foi o paiacutes que obteve maior destaque pois saiu da oitava posiccedilatildeo

participando com apenas 337 da produccedilatildeo mundial o que representava um

volume de 108460 t em 2004 para a quarta posiccedilatildeo no ranking mundial em 2013

com 611 quando produziu 288387 t a sua participaccedilatildeo no mercado mundial

quase que dobrou nesse periacuteodo O aumento da produccedilatildeo mundial foi de 467

enquanto que o aumento do volume de abacate produzido no Peru foi de 1659

Segundo CARVALHO (2015) a formaccedilatildeo de associaccedilotildees como a PROHASS que

investe no desenvolvimento de tecnologia e marketing para estimular inclusive o

consumo interno podendo ateacute ser um exportador para o Brasil

Aos poucos a China vem participando do mercado do abacate A populaccedilatildeo

do paiacutes ultrapassa 15 bilhotildees de pessoas em algumas aacutereas metropolitanas a

populaccedilatildeo vai de 12 a 45 milhotildees de habitantes Em 2000 a classe meacutedia da China

representava 4 da populaccedilatildeo e hoje chega a 66 Os gastos com alimentaccedilatildeo

tambeacutem acompanham essa mudanccedila de comportamento pois existe nesta classe a

procura por alimentos mais saudaacuteveis Esses fatores tecircm estimulado uma mudanccedila

no consumo de abacate em toda a China (MILLER et al 2015)

Quanto agrave produccedilatildeo do Brasil no Ranking global ocorreu justamente o

contraacuterio o paiacutes saiu da quinta posiccedilatildeo para a oitava ao reduzir 765 da produccedilatildeo

que era de 170895 t em 2004 para 157428 t em 2013 Em 2011 o abacate ficou na

17deg posiccedilatildeo no ranking da produccedilatildeo nacional da fruta ocupando apenas 03 do

montante da produccedilatildeo de frutas frescas muito atraacutes das principais culturas

29

produzidas como a laranja mais produzida participando com 416 do setor

Banana segunda mais importante com 154 e Melancia com 46 em quarto

(IBGEPAM 2011)

O volume de abacate fresco brasileiro exportado foi de 4313 t em 2013 para

5806 toneladas em 2014 resultando num aumento de mais de 37 na receita com

este setor que em 2014 foi de mais de nove milhotildees e meio de doacutelares

(AGRIANUAL 2015)

O graacutefico abaixo apresenta o comportamento do volume em toneladas de

abacate exportado pelos paiacuteses que participam do setor

Figura 4 Volume de abacate (t) exportado pelos paiacuteses exportadores da fruta Elaborado pelo autor FONTE FAO

Em 2013 Meacutexico liderou o setor de exportaccedilatildeo do abacate com um volume

de 563492 toneladas cerca 463 do total exportado no mundo Em segundo lugar

a Holanda com 99 A Holanda eacute um grande importador contudo o paiacutes reexporta

grande parte do volume comprado O Peru merece destaque pois saiu de um

volume exportado de 2209 t (06) em 2000 para 114515 t em 2013 ocupando

94 do volume de abacate exportado o que lhe conferiu a 3deg posiccedilatildeo no ranking

global Em quarto lugar o Chile com 73

A figura a seguir apresenta o comportamento dos principais importadores de

abacate do mundo em 14 anos

0

100000

200000

300000

400000

500000

600000

20002001200220032004200520062007200820092010201120122013

EVOLUCcedilAtildeO DA EXPORTACcedilAtildeO MUNDIAL EM t

MEacuteXICO

CHILE

ESPANHA

AacuteFRICA DO SUL

ISRAEL

HOLANDA

PERU

30

Figura 5 Evoluccedilatildeo do volume (t) importado pelos principais paiacuteses importadores de abacate ELABORADA PELO AUTOR FONTE FAOSTAT

Os principais importadores de fruta como por exemplo o europeu e o norte

americano exigem um padratildeo de qualidade que observem as demandas impostas

pelos consumidores com relaccedilatildeo agrave seguranccedila alimentar e tambeacutem agraves exigecircncias

para certificaccedilatildeo do produto levando em consideraccedilatildeo aspectos ambientais e

sociais aleacutem do local de produccedilatildeo Desta forma produtores de fruta destinadas agrave

exportaccedilatildeo precisaram adaptar suas lavouras para atender agraves exigecircncias dos mais

importantes selos internacionais como o EureGapR e o TNCR (OLIVEIRA 2005) O

maior importador de abacate do mundo satildeo os Estados Unidos (ROCHA 2014)

O volume de abacate importado ao redor do mundo vem crescendo na uacuteltima

deacutecada Os Estados Unidos lideram o montante desde 2007 mais ainda que toda a

Uniatildeo Europeia o volume importado pelo paiacutes cresceu cerca de sete vezes entre

2000 e 2013 Em segundo lugar a Uniatildeo Europeia importando quase 23 menos

A Holanda tambeacutem cresceu muito e hoje ocupa a terceira colocaccedilatildeo no ranking O

Japatildeo e o Canadaacute tiveram consideraacutevel crescimento contudo mantiveram-se na 5deg

e 6deg posiccedilatildeo durante esse periacuteodo

Nos EUA a demanda cresce mais acelerado do que a oferta segundo

CARVALHO (2015) a demanda cresce 12 ao ano enquanto a produccedilatildeo cresce

apenas 4 O paiacutes possui uma poliacutetica de retornar parte dos lucros oriundos da

-

100000

200000

300000

400000

500000

600000

700000

IMPORTACcedilAtildeO DE ABACATE NO MUNDO EM t

EUA

UE

HOLANDA

FRANCcedilA

CANADAacute

REINO UNIDO

31

comercializaccedilatildeo do Avocado no paiacutes com a elaboraccedilatildeo de marketing e o

desenvolvimento de pesquisas que incentivem o aumento do consumo interno

promovendo alimentos como por exemplo o GUACAMOLE alimento muito popular

no paiacutes

Em 2002 os EUA impunham a Lei do Bioterrorismo exigindo que as

empresas que produzem processem armazenem ou processem alimentos voltados

ao consumo humano ou animal devem cumprir normas para comercializar seus

produtos voltados ao consumo humano ou animal precisam cumprir normas para

comercializar seus produtos nos Estados Unidos Eacute necessaacuterio que essas mesmas

empresas possuam registro junto ao governo norte-americano atualizando estas

informaccedilotildees e comunicarem agraves autoridades a chegada de novos carregamentos

alimentares O natildeo cumprimento dessas exigecircncias acarreta na proibiccedilatildeo do

ingresso da carga e possiacutevel retenccedilatildeo da mercadoria com multa para o responsaacutevel

pelo carregamento (MDIC 2006)

Os principais compradores de abacate ‟Hass‟ satildeo os Estados Unidos (20 a

50) UE AUS e o Meacutexico maior produtor e exportador do Avocado participando

com 20 do mercado de Avocado (CARVALHO 2015)

O Brasil participa com apenas 031 do mercado internacional exportando

para o Canadaacute e Holanda CARVALHO (2015) comenta que o Brasil natildeo aproveita

seu potencial de se tornar grande produtor e exportador de Avocado o paiacutes possui

extensa aacuterea e clima variado entre outros fatores que favorecem a produccedilatildeo de

Avocado contudo a produccedilatildeo ainda eacute muito pequena quando comparado com

outros paiacuteses que participam do mercado internacional da fruta

Quanto agrave contribuiccedilatildeo do desenvolvimento de programas de melhoramento

geneacutetico para a consolidaccedilatildeo do Brasil como grande produtor mundial de abacate a

utilizaccedilatildeo de cultivares de bdquoHass-like‟ representa uma excelente opccedilatildeo para

aumentar a safra da cultura no paiacutes devido agrave caracteriacutestica que esta variedade tem

de antecipar a florada ampliando desta forma a janela de produccedilatildeo e aumentando

a competitividade do paiacutes em relaccedilatildeo a outros paiacuteses exportadores da fruta

O graacutefico a seguir ilustra o comportamento das exportaccedilotildees e importaccedilotildees

Brasileiras em 14 anos

32

Figura 6 - Evoluccedilatildeo da exportaccedilatildeo e importaccedilatildeo do abacate (em t) no Brasil em 14 anos Elaborado pelo autor FONTE FAO

Alguns dos principais concorrentes do Brasil tratando-se da exportaccedilatildeo do

Avocado satildeo Aacutefrica do Sul com 3 das exportaccedilotildees Chile com 7 e Peru

representando 10 do mercado internacional de Avocado A safra do Chile ocorre

em eacutepoca proacutexima a do Brasil comeccedilando em agosto e terminando em fevereiro

(CARVALHO 2015) A Boliacutevia apesar de participar com apenas 012 do volume

exportado tem a vantagem de possibilidade de produccedilatildeo o ano todo

O elevado padratildeo de qualidade dos produtos eacute sem duacutevida um fator que

pode fazer com que o Brasil se estabeleccedila no mercado mundial de abacate Esta

praacutetica tem qualificado a Aacutefrica do Sul como um dos principais fornecedores para

paiacuteses da Europa a partir do intenso trabalho desenvolvido pela empresa sem fins

lucrativos WESTFALIA situada no municiacutepio de Limpopo por meio de investimentos

em tecnologia

A tabela a seguir apresenta o periacuteodo do ano em que cada paiacutes exportador de

abacate embarca seus produtos ao redor do mundo

0

500

1000

1500

2000

2500

3000

3500

4000

4500

5000

EXPORTACcedilAtildeO

IMPORTACcedilAtildeO

33

TABELA 3 - Janela de exportaccedilatildeo dos paiacuteses exportadores de abacate

adaptada FONTE WESTFALIASUBSOLE

CALENDAacuteRIO DE EXPORTACcedilAtildeO DE ABACATE lsquoHASSrsquo

jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

BRASIL X X X X X X X X

ARGENTINA X X X

EUA X X X X X X X X X X X X

CHILE X X X X X X X X X X

AFRICA DO SUL X X X X X X X

REP DOMINICANA X X X X X

ISRAEL X X X X X X

PERU X X X X X X X

NOVA ZELAcircNDIA X X X

MEacuteXICO X X X X X X X X X X X X

ESPANHA X X X X X X X

QUEcircNIA X X X X X

AUSTRAacuteLIA X X X X X X X

Os principais destinos do abacate ‟Hass‟ exportado pelo Brasil satildeo Espanha

Itaacutelia Holanda Alemanha e Dinamarca O material exportado segue de navio do

porto de Santos a uma temperatura de 5degC levando ateacute 16 dias no maacuteximo ateacute os

destinos Esse material exportado pelo Brasil possui os certificados GlobalGapR ndash

BRCR ndash BSCIR ndash SedexR ndash SmetaR

Os graacuteficos a seguir apresentam informaccedilotildees sobre a evoluccedilatildeo do da

exportaccedilatildeo do abacate feitos a partir de informaccedilotildees apresentadas no Anuaacuterio

Brasileiro de fruticultura (2004 a 2015) obtidos a partir de dados do Instituto

Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica

34

Figura 7 - Evoluccedilatildeo do volume de abacate exportado pelo brasil (2003 a 2014) Elaborado pelo autor com dados DO ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE AGRICULTURA DE 2004 a 2015 (IBGE)

Figura 8 - Receita com exportaccedilatildeo brasileira de abacate (2003 a 2014) Elaborado pelo autor com dado do ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE AGRICULTURA DE 2004 a 2015 (IBGE)

O volume de abacate exportado pelo Brasil vem crescendo nos uacuteltimos anos

revelando assim a importacircncia do setor para o paiacutes A variaccedilatildeo do volume

exportado de 2008 para 2009 foi de 6282 jaacute de 2009 para 2010 a exportaccedilatildeo

sofreu uma queda de 793 Em 2014 houve um aumento de 3462 no setor em

relaccedilatildeo ao ano anterior (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE FRUTICULTURA) A receita

-

100000

200000

300000

400000

500000

600000

700000

20

03

20

04

20

05

20

06

20

07

20

08

20

09

20

10

20

11

20

12

20

13

20

14

EVOLUCcedilAtildeO DO VOLUME DE ABACATE EXPORTADO PELO BRASIL (2003 a 2014)

VOLUME EXPORTADO (t)

-

20000000

40000000

60000000

80000000

100000000

120000000

20

03

20

04

20

05

20

06

20

07

20

08

20

09

20

10

20

11

20

12

20

13

20

14

RECEITA COM EXPORTACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ABACATE (2003 a 2014)

RECEITA (em USS FOB)

35

obtida a partir da exportaccedilatildeo do abacate tambeacutem acompanha os iacutendices de

crescimento

A Aacutefrica do Sul um dos principais concorrentes do Brasil no setor de

exportaccedilatildeo do Avocado eacute reconhecida por exportar material de alta qualidade para

Europa onde possui escritoacuterios contudo sua produccedilatildeo estaacute estagnada A Westfalia

eacute uma empresa sem fins lucrativos produtora de Avocado na Aacutefrica do Sul

responsaacutevel por desenvolver o mercado de Avocado no paiacutes e investe fortemente

em tecnologia o que colaborou para a atual situaccedilatildeo da Aacutefrica do Sul no setor de

exportaccedilatildeo de Avocado (CARVALHO 2015)

ABACATE NO BRASIL

O Brasil favorecido quando comparado com outros paiacuteses produtores devido

agrave suas dimensotildees continentais o que lhe possibilita ampla variaccedilatildeo de temperaturas

e solos estes fator unido agraves caracteriacutesticas individuais de cada variedade como por

exemplo sazonalidade e exigecircncias nutricionais e de horas de luz Contudo apesar

da aacuterea destinada agrave produccedilatildeo do abacate no Brasil ter reduzido passando de

11605 ha em 2005 para 9559 ha em 2014 reduccedilatildeo de 176 a produccedilatildeo natildeo foi

tatildeo alterada o que evidencia a possibilidade de um aumento na produtividade destas

aacutereas

Atualmente o Brasil ocupa a oitava posiccedilatildeo no ranking global do setor de

produccedilatildeo de abacate E apesar de possuir crescente produtividade o paiacutes ainda

possui excelente potencial produtor e tambeacutem como exportador da fruta Para

aproveitar melhor esse potencial deveriam ser feitos mais investimentos tanto no

que se refere agrave produccedilatildeo como por exemplo melhoramento geneacutetico e adoccedilatildeo de

protocolos de boas praacuteticas agriacutecolas para a obtenccedilatildeo de certificaccedilatildeo quanto no

setor de comercializaccedilatildeo desenvolvendo elevado padratildeo de qualidade da fruta

A tabela a seguir (TABELA 4) apresenta a aacuterea destinada agrave colheita de todas

as variedades de abacate nos principais produtores de abacate e o Distrito Federal

TABELA 4 - Aacuterea destinada agrave colheita (em ha) Elaborada pelo autor

DADOS (IBGE-SIDRA)

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Brasil 11605 10515 9892 9596 8509 11125 10768 9615 9707 9559

Satildeo Paulo 4266 3688 3583 3437 3267 5530 5642 4192 4374 4337

36

Minas Gerais 2865 2254 2326 2223 1854 2202 2134 2309 2416 2373

Paranaacute 1492 1467 1306 1009 1085 1000 944 922 958 930

Cearaacute 493 475 498 497 490 484 477 480 483 498

Rio Grande do Sul 626 619 613 602 584 575 552 499 470 444

Distrito Federal 119 122 109 124 108 111 - 295 160 134

A tabela 5 abaixo apresenta a produccedilatildeo de todas as variedades de abacate

em toneladas dos uacuteltimos 10 anos para os principais estados produtores e o Distrito

Federal

TABELA 5 - Produccedilatildeo nacional de abacate em 10 anos (em t) Elaborada pelo

autor FONTE (IBGESIDRA)

UFANO 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Brasil 169335 164441 154096 147214 139089 153189 160376 159903 157482 156669 1000

Satildeo Paulo 77107 78085 70812 69904 74193 83002 91909 82780 85101 79316 506

Minas Gerais 38777 32812 33436 28016 24772 28522 30975 36669 36571 41259 263

Paranaacute 22265 22575 20425 16537 15919 15824 17304 16705 16309 15784 101

Rio Grande do Sul

8167 7905 7804 7602 6824 6769 6907 5719 5584 5277 34

Cearaacute 5202 4231 4706 4520 4336 4163 3985 2717 2640 3637 23

Distrito Federal 2596 3081 2690 3019 2666 2415 - 6914 3152 3151 20

Em 2014 a aacuterea destinada agrave colheita do abacate no estado do Cearaacute era

superior agrave aacuterea do Rio Grande do Sul contudo a produccedilatildeo no estado do Cearaacute no

mesmo ano foi de 3637 t enquanto que a produccedilatildeo do Rio Grande do Sul foi de

5277 45 maior reforccedilando assim a ideia de que a produtividade no Sul pode ser

maior em relaccedilatildeo agrave regiatildeo Nordeste Este fator pode ser decorrente do uso de

cultivares inadequadas para as condiccedilotildees climaacuteticas da regiatildeo eou pela falta de

adoccedilatildeo de tecnologias modernas e teacutecnicas avanccediladas de produccedilatildeo

No Distrito Federal a produccedilatildeo cresceu 21 nos uacuteltimos 10 anos e hoje

representa 2 da produccedilatildeo nacional Por outro lado Satildeo Paulo que lidera o ranking

com 506 de toda a produccedilatildeo obteve crescimento de apenas 286 Jaacute a

produccedilatildeo do Paranaacute sofreu uma reduccedilatildeo de -291 neste mesmo periacuteodo poreacutem

manteve-se como quarto produtor nacional de abacate Os estados do Cearaacute e Rio

Grande do Sul tambeacutem reduziram sua produtividade nos uacuteltimos 10 anos

acompanhando a reduccedilatildeo nacional que reduziu -74

37

A variaccedilatildeo da produtividade de todas as variedades de abacate dos principais

estados produtores de abacate do Brasil eacute apresentada na TABELA 6 a seguir

TABELA 6 - Variaccedilatildeo (em) da produtividade (t) no Brasil em 10 anos

Elaborada pelo autor FONTE (IBGESIDRA)

VARIACcedilAtildeO () DA PRODUTIVIDADE (t) EM 10 ANOS

ESTADOANO 2005 2014 VARIACcedilAtildeO

PAIacuteS 146 164 123

SAtildeO PAULO 181 183 11

MINAS GERAIS 135 174 289

PARANAacute 149 17 141

RIO GRANDE DO SUL 13 119 -85

CEARAacute 106 73 -311

DISTRITO FEDERAL 218 235 78

De acordo com os dados do IBGE Satildeo Paulo eacute o maior produtor de abacate

do paiacutes Dentre as variedades mais produzidas no estado de Satildeo Paulo estatildeo

bdquoFortuna‟ bdquoGeada‟ bdquoQuintal‟ e bdquoMargarida‟ (DORIZZOTTO 2011)

Abaixo segue TABELA 11 contendo os nuacutemeros de plantas novas e o

nuacutemero de plantas em produccedilatildeo bem como a produccedilatildeo (caixas de 22Kg) no estado

de Satildeo Paulo ao longo de 15 anos

TABELA 7 - Quantidade de peacutes novos peacutes em produccedilatildeo e produccedilatildeo (cx 22kg)

no estado de Satildeo Paulo entre 2000 e 2015 Elaborada pelo autor FONTE

INSTITUTO DE ECONOMIA AGRIacuteCOLA

ANO PEacuteS

NOVOS PEacuteS EM

PRODUCcedilAtildeO

2000 4859400 66157100

2001 4617700 62883700

2002 4742500 55421300

2003 6095000 49740300

2004 5969500 48339500

2005 5131100 46596200

2006 5325600 45869000

2007 3412800 47668000

2008 5007100 40617400

2009 12068600 49971400

2010 8190000 53239000

38

2011 6904500 54780100

2012 7704100 51341600

2013 7002100 59149400

2014 8419800 60996100

2015 9040200 67073800

O graacutefico abaixo apresenta a curva da produtividade obtida a partir da relaccedilatildeo

feita entre a produccedilatildeo e a quantidade de peacutes em produccedilatildeo no estado de Satildeo Paulo

Figura 9 - Produtividade (kgplanta) no estado de Satildeo Paulo desde 2000 elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE ECONOMIA AGRIacuteCOLA

Os dados foram obtidos a partir da relaccedilatildeo feita entre a quantidade de planta

em produccedilatildeo e a quantidade de caixas de 22 Kg produzidas no estado de Satildeo Paulo

desde 2000 Esses dados revelam crescente aumento da produtividade ateacute o ano de

2010 onde a produtividade ultrapassou 168 Kgplanta Jaacute em relaccedilatildeo ao ano de

2011 a produtividade sofreu uma reduccedilatildeo de 10 Depois disso a curva de

produtividade continuou ascendente

A seguinte tabela apresenta a evoluccedilatildeo do preccedilo do abacate comercializado

na CEAGESP durante o ano no periacuteodo de nove anos

90

110

130

150

170

190

20

00

20

01

20

02

20

03

20

04

20

05

20

06

20

07

20

08

20

09

20

10

20

11

20

12

20

13

20

14

20

15

PRODUTIVIDADE DOS PEacuteS DE ABACATE (Kgplanta) EM SP

PRODUTIVIDADE

39

TABELA 8 - Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio (em R$Kg) do abacate FONTE

CEAGESP 2008

ANOMEcircS JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

2007 105 101 1 118 107 109 129 151 159 181 228 279

2008 119 081 084 097 102 11 122 137 149 208 296 326

2009 169 122 132 133 141 141 152 177 217 213 212 235

2010 17 161 165 154 151 151 164 173 202 262 406 316

2011 185 182 183 203 186 204 231 278 308 317 359 369

2012 207 155 151 141 153 164 192 218 242 268 429 485

2013 263 209 216 215 244 265 258 304 347 403 566 498

2014 228 206 231 239 198 2 256 267 301 305 403 538

2015 406 403 386 349 367 397 394 43 - - - -

O graacutefico a seguir resume o comportamento da quantidade de peacutes novos e

em produccedilatildeo no estado de Satildeo Paulo desde o ano 2000

Figura 10 - Evoluccedilatildeo do nuacutemeros de peacutes novos e em produccedilatildeo ao longo de 15 anos no estado de Satildeo Paulo elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE

ECONOMIA AGRIacuteCOLA

A produccedilatildeo (em caixas de 22 Kg) eacute demonstrada no graacutefico abaixo para esse

mesmo periacuteodo

000

10000000

20000000

30000000

40000000

50000000

60000000

70000000

80000000

20002002200420062008201020122014

EVOLUCcedilAtildeO DOS DADOS DO ABACATE EM SAtildeO PAULO

PEacuteS NOVOS

PEacuteS EM PRODUCcedilAtildeO

40

Figura 11 - Evoluccedilatildeo da produccedilatildeo de abacate em caixas de 22kg no estado de Satildeo Paulo em 15 anos elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE

ECONOMIA AGRIacuteCOLA

A sazonalidade do abacate comercial na CEAGESP em Satildeo Paulo

demonstram que o abacate pode ser comercializado praticamente todas as eacutepocas

do ano como apresentado pela tabela

TABELA 9 - Sazonalidade do abacate FONTE CEAGESP 2008

VARIEDADE JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

GEADA X X X X X

FORTUNA X X X X X X X

QUINTAL X X X X X X X

MARGARIDA X X X X X X X X X X

BREDA X X X X X X X X

HASS X X X X X X X X

O Estado de Minas Gerais eacute o segundo maior produtor nacional de abacate

participando do setor com 229 do total produzido A aacuterea no Estado destinada agrave

produccedilatildeo da fruta foi de 23 mil ha A produtividade do estado de Minas em 2012 foi

de 15881 (hgha) (PERFIL DA FRUTA) A produccedilatildeo de abacate no Distrito Federal

em 2013 foi de 3152 toneladas (IBGE) Em Minas a produccedilatildeo concentra-se nas

regiotildees Sul e Sudeste do estado (ALMEIDA 2013)

200000000

250000000

300000000

350000000

400000000

450000000

500000000

550000000

20002002200420062008201020122014

EVOLUCcedilAtildeO NA PRODUCcedilAtildeO DE ABACATE EM SAtildeO PAULO (22Kgcx)

PRODUCcedilAtildeO CX 22Kg

41

Em 2003 o Paranaacute foi o terceiro maior produtor nacional de abacate com uma

aacuterea de aproximadamente 1600ha onde se produziu 26 mil toneladas gerando uma

receita de cerca de R$ 85 milhotildees (HOHMANN amp MENEGUIM 2005)

De acordo com a relaccedilatildeo feita entre os dados de volume de abacate colhido e

de aacuterea destinada agrave produccedilatildeo do IBGESIDRA em 10 anos (2005 agrave 2014) o estado

que sofreu maior reduccedilatildeo da produtividade foi o estado do CEARAacute reduzindo em

31 aproximadamente enquanto que o estado de minas aumentou 289 sua

produtividade O DF apresentou os melhores niacuteveis de produtividade a partir desses

dados

AVOCADO NO BRASIL

A regiatildeo de Bauru em Satildeo Paulo especializou-se na produccedilatildeo dos abacates

‟Hass‟ e bdquoFuerte‟ conhecidos comercialmente como Avocado e satildeo os mais

apreciados pelo mercado internacional (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA

FRUTICULTURA 2008)

O Avocado variedades ‟Hass‟ e bdquoFuerte‟ possui excelentes caracteriacutesticas

nutricionais como por exemplo seu alto teor de lipiacutedeos Aleacutem disso o fruto possui

tamanho reduzido o que facilita o consumo evitando que parte natildeo consumida seja

armazenada Uma das possibilidades de se estimular o consumo interno seria

promover o produto a partir do uso de marketing setor no qual a empresa

JAGUACYR situada no municiacutepio de Bauru ndash SP tem se destacado fornecendo

informaccedilotildees nutricionais e apresentando o alto padratildeo de qualidade da fruta Outro

fator que reduz a oferta do produto no mercado interno eacute a demanda internacional

apesar de impor barreiras e exigirem alto padratildeo de qualidade o produto de

qualidade recebe os melhores preccedilos este fator tambeacutem limita o consumo interno

porque o preccedilo oferecido pelos importadores reflete no preccedilo interno

Outro ponto que deve ser observado para se manter qualidade elevada dos

frutos eacute a escolha adequada do ponto de colheita pois este fator reflete diretamente

no teor de oacuteleo dos frutos que por sua vez eacute responsaacutevel pela conservaccedilatildeo do

sabor Os melhores teores de oacuteleo encontram-se em frutos tardios como nas

variedades obtidas a partir das raccedilas Guatemalenses e Mexicana sendo maior nas

raccedilas Mexicana e menor em cultivares oriunda de raccedilas Guatemalenses como por

exemplo a bdquoHass‟

42

A exportaccedilatildeo brasileira do abacate bdquoHass‟ variedade mais produzida no

mundo era de 100 toneladas por ha em 2004 para 2186 toneladas em 2010

(DORIZZOTTO 2011) Contudo este dado representa apenas 143 do volume de

todo o abacate produzido no paiacutes nesta mesma data mesmo com seus atributos

nutricionais e comerciais

Quando se trata do segmento do mercado do Avocado brasileiro em acircmbito

global a empresa JAGUACYR situada no municiacutepio de Bauru ndash SP com sede na

Holanda eacute de extrema relevacircncia contribuindo com 90 das exportaccedilotildees brasileiras

deste produto com o qual o Brasil ainda comeccedila a participar poreacutem possui

condiccedilotildees favoraacuteveis para crescer no setor (CARVALHO 2015)

O graacutefico a seguir apresentado na Figura 2 demonstra a evoluccedilatildeo da

participaccedilatildeo do Avocado no setor de fruticultura no estado de Satildeo Paulo

Figura 12 - Elaborado pelo autor FONTE CEAGESPSEDES GABRIEL V BITENCOURT DE ALMEIDA

Como apresentado no graacutefico acima o volume de Avocado comercializado na

CEAGESP tem crescido rapidamente vertiginosamente chegando a quase

quadruplicar seu valor em apenas 7 anos

Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio de atacado (R$Kg) de Avocado na CEAGESP de

Satildeo Paulo durante o ano (SP) (Figura 3)

81 74 90

106 133

208

365 378

0

50

100

150

200

250

300

350

400

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

EVOLUCcedilAtildeO DA QUANTIDADE COMERCIALIZADA (T) DE AVOCADO NA CEAGESP DE SAtildeO PAULO (SP)

QUANTIDADE(toneladas)

43

Figura 13 - Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio do avocado na CEAGESP (R$Kg) Elaborado pelo autor FONTES CEAGESP

O graacutefico a seguir demonstra um comparativo da variaccedilatildeo do preccedilo meacutedio do

abacate em relaccedilatildeo ao Avocado durante o ano com base nos dados de nove anos

da CEAGESP (R$Kg)

Figura 14 - Comparativo do preccedilo meacutedio do abacate e do avocado comercializado na ceagesp durante o ano elaborado pelo autor FONTE

CEAGESP

A partir dos dados de 7 anos com a variaccedilatildeo do preccedilo meacutedio do Avocado por

quilo durante o ano pocircde-se observar que os menores valores encontram-se entre

maio e agosto A variaccedilatildeo de preccedilo meacutedio durante o ano chega a ser de R$ 581 o

quilo mais que o dobro entre o maior e menor valor meacutedio encontrado

O graacutefico com o comparativo do preccedilo do abacate com o Avocado (Figura 11)

revela a discrepacircncia da valorizaccedilatildeo entre os dois grupos O valor miacutenimo do

4

6

8

10

12

jan

fev

mar

abr

mai

jun jul

ago

set

ou

t

no

v

dez

EVOLUCcedilAtildeO DO PRECcedilO MEacuteDIO DO AVOCADO NA CEAGESP (R$Kg)

PRECcedilO MEacuteDIO

0

2

4

6

8

10

12

JAN

FEV

MA

R

AB

R

MA

I

JUN

JUL

AG

O

SET

OU

T

NO

V

DEZ

PRECcedilO AVOCADO

PRECcedilO DO ABACATE

44

Avocado eacute de R$ 554 por quilo enquanto que o maior valor encontrado do abacate

chega a R$ 381 uma diferenccedila de quase 50

O CEASA-DF registrou em 2014 um volume comercializado de 397 toneladas

de Avocado enquanto que no ano anterior o volume registrado natildeo passou de 07

toneladas (CEASA-DF)

Apesar de jaacute haver teacutecnicas eficientes e tecnologias modernas disponiacuteveis

para se aperfeiccediloar a produccedilatildeo do abacate a exploraccedilatildeo de novas regiotildees com

potencial produtor para a implantaccedilatildeo de pomares de abacateiro no Brasil eacute um dos

fatores que podem aumentar mais ainda a produccedilatildeo nacional No DF por exemplo

a aacuterea destinada agrave colheita do abacate sofreu uma reduccedilatildeo de mais da metade de

2012 para 2014 muito diferente da forma como havia se comportando desde 2000

quando a aacuterea passou de 85 ha para 111 em 2010 O DF representa apenas 2 da

produccedilatildeo nacional do abacate contudo sua produtividade vem aumentando e de

acordo com os dados do IBGE o DF possui os melhores iacutendices de produtividade do

paiacutes o que pode representar forte potencial da regiatildeo no setor Este fato corrobora

com a ideia de que o Brasil pode aproveitar melhor sua extensatildeo territorial

explorando regiotildees com potencial produtor como o DF por exemplo

CERTIFICACcedilAtildeO

CARVALHO (2015) afirma que para participar do mercado internacional os

produtores devem se atentar agraves exigecircncias internacionais de qualidade e seguranccedila

garantidas por meio de certificaccedilatildeo como GlobalGapR BRCR BRCIR FAIRDRADER

e SEDEX-SMETAR Outro ponto que deve ser adotado pelo Brasil no comeacutercio do

Avocado eacute manter um mercado com preccedilo linear e contiacutenuo Ainda segundo

CARVALHO (2015) produtores que natildeo possuem certificaccedilatildeo no GlobalgapR

recebem menos 10

PRECcedilO PAGO PELA JAGUACYR AO PRODUTOR COM GLOBALGAPR

TABELA 10 - (CARVALHO 2015)

CAT CALIBRE MAR ABR MAI JUN

1 12 A 24 315 322 205 205

2 26 A 32 131 129 130 130

2 12 A 24 284 350 187 187

45

Para o consumidor final o selo GLOBALGAPR natildeo eacute tatildeo notado pois o uso

desta marca eacute praticado entre empresas Contudo sua em sua elaboraccedilatildeo

considerou-se a reduccedilatildeo dos impactos negativos das operaccedilotildees agriacutecolas no meio

ambiente reduzir o uso de insumos quiacutemicos e garantir que assuntos de sauacutede e

seguranccedila dos empregados e bem estar animal sejam observados (GLOBALGAPR

2008)

A GLOBALGAPR serve como um manual no comeacutercio mundial de produtos

agriacutecolas estabelecendo normas voluntaacuterias para sua certificaccedilatildeo Este conjunto de

normas estabelece serve de molde para a conduccedilatildeo de boas praacuteticas agriacutecolas

(BPA) nas atividades agriacutecolas (GLOBALGAPR 2008)

Um dos pontos positivos em se adotar os protocolos de boas praacuteticas

agriacutecolas eacute a prevenccedilatildeo de perdas Pesquisas feitas no setor da fruticultura

concluem que maior parte do desperdiacutecio ocorre no percurso que vai do manuseio

no campo ateacute as centrais de produccedilatildeo (AGRIANUAL 2012) Os iacutendices de perdas da

abaticultura chegam a 34 ao ano (AGRIANUAL 2015)

Eacute de extrema importacircncia desenvolver soacutelidos e eficientes sistemas de

certificaccedilatildeo a fim de assegurar qualidade que atenda as expectativas dos

consumidores permitindo que as empresas ingressem nos mercados globais com

seus produtos (ZEIDAN et al 2008)

A difusatildeo de praacuteticas recomendadas para a obtenccedilatildeo da certificaccedilatildeo

GLOBALGAPR por parte dos produtores de abacate principalmente as variedades

bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ pode estimular o consumo interno por meio da oferta de produtos

de maior qualidade aleacutem de reduzindo perdas e promover o produto no comeacutercio

internacional da fruta Fazendo com que o potencial produtor seja aproveitado ao

maacuteximo uma vez que seguir os protocolos de boas praacuteticas agriacutecolas represente a

reduccedilatildeo de perdas no processo de produccedilatildeo de colheita e de transporte seja por

meio da reduccedilatildeo da incidecircncia de pragas ou por adoccedilatildeo de teacutecnicas e evitem perdas

na conduccedilatildeo da produccedilatildeo dos pomares de abacate

CONCLUSOtildeES

A produccedilatildeo de Avocado cultivares bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ superiores em vaacuterios

aspectos agraves cultivares mais populares no paiacutes tem condiccedilotildees de se desenvolver

amplamente no Brasil tornando-o grande consumidor e exportador da fruta Essa

46

mudanccedila pode ocorrer por meio de incentivos governamentais que incentivem o

registro de produtos para a cultura do abacateiro favorecendo a obtenccedilatildeo de

certificaccedilatildeo bem como o desenvolvimento de centros de pesquisas que

desenvolvam estudos sobre a cultura do abacateiro que promovam a difusatildeo de

tecnologia e com isso estimule a utilizaccedilatildeo de novas aacutereas com potencial produtivo

A transferecircncia de tecnologia tambeacutem pode ser feita por parte de empresas da aacuterea

privada que possuem domiacutenio de teacutecnicas e tecnologias modernas principalmente

por meio da popularizaccedilatildeo da produccedilatildeo de mudas clonais para porta-enxerto Aleacutem

disso devem ser feitas accedilotildees por parte de instituiccedilotildees privadas como o

desenvolvimento do marketing da fruta a fim de divulgar os benefiacutecios do consumo

e a exposiccedilatildeo de novas formas de consumo de abacate pode ser crucial para a

mudanccedila do comportamento do consumidor nacional uma vez que este se atenta

principalmente aos aspectos visuais do abacate

Na poacutes-colheita o controle sobre os processos de maturaccedilatildeo poderia ser

mais bem aproveitado No Brasil a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas de conservaccedilatildeo no poacutes-

colheita de frutas objetiva na maioria das vezes estender o tempo de prateleira

destes produtos Para se aproveitar os elevados preccedilos ofertados em determinadas

eacutepocas os produtores colhem os frutos antes do recomendado para a fruta do

abacateiro o que reduz sua qualidade pois a eacutepoca da colheita influencia

diretamente no teor de oacuteleo fator altamente relacionado com o sabor da fruta Por

outro lado a aceleraccedilatildeo do processo de maturaccedilatildeo por meio do controle de

maturaccedilatildeo permite fornecimento de frutos maduros prontos para o consumo

estimulando assim o consumo no paiacutes Com a entrega regular de frutos maduros

nos supermercados e restaurantes novas formas de consumo da fruta como patecircs

e em saladas poderiam ser facilmente introduzidas no cardaacutepio nacional

47

BIBLIOGRAFIA

ALMEIDA G V B Mercado Atacadista de Abacate e Avocado (CEAGESP) III

Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado Bauru 2015

ALMEIDA G V B O Abacate no mundo e na CEAGESP Todafruta notiacutecia 2011

DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwtodafrutacombrnoticia28119O+ABACATE+NO+MUNDO+NO+BRASIL

+E+NA+CEAGESP gt

ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA FRUTICULTURA 2004 a 2015 DISPONIacuteVEL EM

httpwwwgrupogazcombrtratadaseo_edicao420150320150301_106c8c2f1pdf

4718_2015fruticulturapdfgt

BIODIESELBR DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwbiodieselbrcomnoticiasmateria-

primaoutrasvideo-unesp-transforma-oleo-abacate-biodiesel-060313htm gt

BONELLA J A Classificaccedilatildeo de abacates na CEAGESP Joseacute Alcides Bonella ME

2013

BRUWER T ROOYEN Z VAN PERFORMANCE AND MARKET ACCEPTIBILITY

OF THE HASS-LIKE CULTIVARS GEM AND HARVEST IN SOUTH AFRICA Vi

World Avocado Congress (Actas VI Confreso Mundial del Aguacate) 2007 Vintildea Del

Mar Chile 12 ndash 16 nov 2007 ISBN n 978-956-17-0413-8 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwAvocadosourcecomWAC6enExtenso1b-36pdf gt

CAMPOS J A Cultura racional do abacateiro Satildeo Paulo Iacutecone 1988 150 p

CANTUAacuteRIAS-AVILEacuteS T SILVA S R La induacutestria del aguacate em el Estado de

Satildeo Paulo Brasil actualidad y perspectivas futuras In CONGRESO MUNDIAL DEL

AGUACATE 7 2011 Caims Resuacutemenes Caims Avocado Australia 2011

48

CORREIA R C ARAUJO J L P MOUCO M A do C BRAGA C A

MENDONCcedilA R F de Abacate preferecircncias e mercado CONGRESSO

BRASILEIRO DE FRUTICULTURA 21 2010 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwalicecnptiaembrapabralicebitstreamdoc8700181Moucopdf gt

CARVALHO L F Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado realizaccedilatildeo Jaguacy

Sindicato Rural de Bauru Serviccedilo Nacional de Aprendizagem Rural - SENAR

Faculdades Integradas de Bauru ndash SP 2015

CHITARRA M I F CHITARA A B 2005 Poacutes colheita de frutos e hortaliccedilas

Fiiologia e Manuseio Lavras ESALFAEPE

CRANE J H BALERDI C F MAGUIRE I Avocado Growing in the Florida Home

Landscape University of Florida Circular 1034 one of a series of the Horticultural

Sciences Department Florida Cooperative Extension Service Institute of Food and

Agricultural Sciences University of Florida 1983 Revised 2007

CRIZEL G R MOURA R S OLIVEIRA I R MENDONCcedilA C R B

Caracteriacutesticas fiacutesicas e quiacutemicas de abacates das variedades bdquoQuintal‟ e bdquoHass‟ In

CONGRESSO DE INICIACcedilAtildeO CIENTIacuteFICA 17 ENCONTRO DE POacuteS-

GRADUACcedilAtildeO 10 2008 Pelotas Resumos Pelotas UFPEL 2008

DAIUTO E R VIEITES R L TREMOCOLDI M A RUSSO V C Taxa

respiratoacuteria de abacate bdquoHass‟ submetido a diferentes tratamentos fiacutesicos Revista

Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha Meacutexico v 10 n 2 p 101-109

2010

DAIUTO E R TREMOCOLDI M A VIEITES R L Conservaccedilatildeo poacutes colheita de

abacate bdquoHass‟ irradiado Revista Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha vol

10 n 2 2010

DONADIO L C Abacate para exportaccedilatildeo aspectos teacutecnicos da produccedilatildeo

Brasiacutelia Frupex MAPA 1995 53 p

49

DONADIO L C FERRARI L AVILEacuteS T C Abacate In DONADIO L C (Ed)

Histoacuteria da Fruticultura Paulista Jaboticabal SBF ndash Sociedade Brasileira de

Fruticultura 2010 P 33-63

DORIZZOTTO C D A SAMPAIO A C ICUMA I M et al Avocado production

chain in the state of Satildeo Paulo (Brazil) In Proceedings VII World Avocado Congress

2011 Cairns Anaishellip Cairns Internacional Avocado Society 2011 DISPONIacuteVEL

EM lt

httpworldAvocadocongress2011comuserfilesfileOsvaldo20Kioshi20Yamanis

hi201400-1420pdf gt

ERNST Z R ERNST A A The strategic role of new cultivars A case study of

bdquoMaluma‟ VIII Congreso Mundial de la Palta 2015 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwavocadosourcecomWAC8Section_02EarnstZander2015pdf gt

FACTFISH Avocados production quantity (tons) ndash for all countries DISPONIacuteVEL

EM lt httpwwwfactfishcomstatisticAvocados20production20quantity gt

FAOSTAT 2000 a 2013 DISPONIacuteVEL EM lt httpfaostat3faoorgbrowseTTPE gt

FER B WOLSTENHOLME B N (Ed) The Avocado botany production and

uses Oxon CABI Publ 2002 chap 12 p 299-338

FRANCISCO V L F dos S BAPTISTELLA C S L CULTURA DO ABACATE NO

ESTADO DE SAtildeO PAULO Informaccedilotildees Econocircmicas SP v 35 n5 2005

DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwieaspgovbroutpublicacoespdftec3-0505pdf gt

GAYET J P et al 1995 Abacate para exportaccedilatildeo procedimentos de colheita e

poacutes-colheita FRUPEX Brasiacutelia 37p

GIRARDI G Abacate uma nova opccedilatildeo de biocombustiacutevel Jornal UNESP Bauru

2009 DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwunespbracijornal248energia_bauruphp gt

50

GUEDES M S B SENA M TOLEDO S Certificaccedilatildeo como estrateacutegia competitiva

internacional dos produtores de frutas no Brasil VII Encontro da Sociedade

Brasileira de Economia Ecoloacutegica (ECO-ECO) 28 a 30 de novembro de 2007

Fortaleza Cearaacute

HODDLE M The Avocado Seed Moth Stenoma cateniver Walsingham (Lepdoptera

Elachistidae) Department of Entomology Applied Biological Control Research

DISPONIacuteVEL EM lt httpbiocontrolucredustenomastenomahtml gt

HOHMANN C L MENEGUIM A M A BROCA-DO-ABACATE (Stenoma catenifer)

Aspectos bioloacutegicos comportamento danos e manejo Instituto Agronocircmico do

Paranaacute ndash Londrina ndashPR Informe da Pesquisa n 147 2005

HOHMANN C L MENEGUIM A M Observaccedilotildees preliminares sobre a ocorrecircncia

da broca-do-abacate Stenoma catenifer Wals no Estado do Paranaacute Anais da

Sociedade Entomoloacutegica do Brasil v 22 p 417-419 1993

ILLSLEY-GRANICH C‟Hass‟Carmenrega precocious flowering avocado tree

Agrovim AS de CV Uruapan Michocan Mexico Rob Brokaw Brokaw Nursery Inc

Saticoy California USA Dr Salvador Ochoa-Ascencio University of Michoacan

Uruapan Michoacan Mexico 2011 DISPONIacuteVEL EM lt

httpworldavocadocongress2011comuserfilesfileCarlos20Illsley201410-

1430pdf gt

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA ESTATIacuteSTICA (IBGE) IBGE CIDADES

DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwcidadesibgegovbrcartogramamapaphplang=ampcoduf=53ampcodmun=53

0010ampidtema=136ampcodv=v01ampsearch=distrito-federal|brasilia|sintese-das-

informacoes-2013 gt

KADER A A 1992 Postharvest technology of horticultural crops Okland Univertisy

of California 292p

51

KADER A A ARPIA M L Avocado Recommendations for Maintaining

Postharvest Quality 2013

KADER A A Biologiacutea y Tecnologiacutea Postcosecha un Panorama In KADER A A

Tecnologiacutea Postcosecha de Cultivos Hortofrutiacutecolas 3 Ed Davis University Of

Califoacuternia 2007 Cap 4 p 43-53

KLUGE R A et al Inibiccedilatildeo do amadurecimento de abacate com 1-

metilciclopropeno Pesquisa Agropecuaacuteria Brasileira 37(7)895-901

KOOLER O C Abacaticultura Porto Alegre UFRGS 1992 138p

KOOLER O C ABACATICULTURA Porto Alegre UFRGS 1984 138p

KOLLER O C Abacate produccedilatildeo de mudas instalaccedilatildeo e manejo de pomares

colheita e poacutes-colheita Porto Alegre Cinco Continentes 2002 145 p

KREMER-KOumlHNE S KOumlHNE J S 25 YEARS OF AVOCADO ROOTSTOCK

DEVELOPMENT IN SOUTH AFRICA VI World Avocado Congress Chile 2007

DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwavocadosourcecomWAC6enExtenso1a-8pdf gt

LIPPERT C ALLAMAND M (WESTFALIASUBSOLE) A hystory of

collaboration Rev Subsole Santiago 2007

MAIS NATUREZA ABACATEIRO DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwmaisnaturezacomplantasarvoresabacateiro gt

MARANCA G Fruticultura comercial Manga e Abacate Satildeo Paulo Nobel 1980

p 81-133

MASSAFERA G COSTA T M B OLIVEIRA J E D COMPOSICcedilAtildeO DE AacuteCIDOS

GRAXOS DO OacuteLEO DO MESOCARPO E DA SEMENTE DE CULTIVARES DE

ABACATE (Persea americana MILL) DA REGIAtildeO DE RIBEIRAtildeO PRETO SP)

52

Alim Nutr Araraquara V 21 n 2 p 325-331 abrjun 2010 DISPONIacuteVEL EM lt

http20014571150seerindexphpalimentosarticleview940a20v21n2pdf gt

MDIC Negociaccedilotildees internacionais DISPONIacuteVEL EM

httpwwwdesenvolvimentogovbrsitiosecexnegInternacionaisMedTerrorismoLei

ph p gt

MICKELBART M V BENDER G S WITNEY G W ADAMS C ARPAIA M L

Effects of clonal rootstocks on bdquoHass‟ avocado yield components alternate bearing

and nutrition Journal of Horticultural Schience amp Biotechnology Ashford v 82

n 3 p 460-466 2007

MILLER B BERTELS R PADILLA T WILEMAN R THOMSEN L China the

new frontier VIII World Avocado Congress 2015

MONTENEGRO H W S A cultura do abacateiro Satildeo Paulo Melhoramentos

1951 102p (Criaccedilatildeo e Lavoura n 11)

MORAES A F G Desenvolvimento produccedilatildeo e qualidade de frutos de abacateiro

cv bdquoHass‟ sobre dois porta-enxertos nas condiccedilotildees edafoclimaacuteticas da regiatildeo central

do Estado de Satildeo Paulo Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Ciecircncias Piracicaba 2014

NAAMANI G Global Trends in main Avocado Markets VII World Avocado

Congress Australia 2011

NAVA DE DE LARA HADDAD M PARRA JRP 2005 Exigecircncias teacutermicas

estimativa do nuacutemero de geroccedilotildees de Stenoma catenifer e comprovaccedilatildeo de modelo

em campo Pesq Agropec Bras Brasilia v 40 p 961-967

NAVA DE PARRA JRP COSTA VA GUERRA TM COcircNSOLI FL (2005b)

Population dynamics of Stenoma catenifer(Lepidoptera Elachistidae) and related

larval parasitoids in Minas Gerais Brazil Florida Entomologistv 88p 441-446

53

NOVAGRIM ndash FRESH FRUITS IMPORTER amp VEGETABLE SUPPLIER SINCE

1999 2001-2013 WORLD AVOCADO PRODUCTION DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwnovagrimcomPages2000_2011_Avocado_statistics_ENaspx gt

OLIVEIRA LA A importacircncia das Normas Internacionais para o Comeacutercio da

Fruticultura Brasileira Piracicaba Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Economia Escola

Superior de Agricultura ldquoLuiz de Queirozrdquo Universidade de Satildeo Paulo Piracicaba

2005

OLIVEIRA M A de et al 2000 Ceras para conservaccedilatildeo poacutes colheita de frutos de

abacateiro cultivar Fuerte armazenados em temperatura ambiente Scientia Agriacutecola

Piracicaba 57 (4) 777-780

PASSONI A D NEVES M C M RODRIGUES B B BOTEON M Anaacutelise dos

principais entraves na exportaccedilatildeo de frutas brasileiras CENTRO DE ESTUDOS

AVANCcedilADOS EM ECONOMIA APLICADA (CEPEAESALQ-USP) XLIV

CONGRESSO DA SOBER ndash ldquoQuestotildees Agraacuterias Educaccedilatildeo no Campo e

Desenvolvimentordquo Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia Rural Fortaleza

2006

PEGG K G COATES L M KORSTEN L HARDING R M Foliar fruit and

soilborne diseases In WHILEY A W SCHAF

PERFIL DA FRUTICULTURA 2014 Base de dados 2012 a 2013 Governo de Minas

Gerais Agricultura Pecuaacuteria e Abastecimento 2014

PICCININ E PASCHOLATI S F ldquoDOENCcedilAS DO ABACATEIRO‟ em MANUAL DE

FITOPATOLOGIA Vol 2 Doenccedilas das Plantas Cultivadas Editora Agronocircmica

Ceres Ltda Satildeo Paulo 1997 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwifcursoscombrsistemaadminarquivos07-33-29-

manualfitopatologiapdfpage=10 gt

54

PUTT F F GOacuteES B C CATANEO P F Anaacutelise econocircmica de oferta e demanda

do abacate na alta paulista X Foacuterum Ambiental da Alta Paulista v 10 n 7 2014

pp 158-169

ROCHA I L Nuacutemeros do abacate HORTIESCOLHA Instituto Brasileiro de

Qualidade em Horticultura DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwhortibrasilorgbrjnwindexphpoption=com_contentampview=articleampid=120

9numeros-do-abacate-ampcatid=50comercializacaoampItemid=82 gt

SANTO N T Manejo da vegetaccedilatildeo intercalar para obtenccedilatildeo de cobertura morta na

cultura do abacateiro visando minimizar os danos causados por Phytophthora

cinnamomi Dissertaccedilatildeo de mestrado em Fitotecnia Piracicaba 2014

SCHAFFER B WOLSTENJOLME B N WHILEY A W The avocado botany

production and uses 560 p 2012 DISPONIacuteVEL EM lt

httpsbooksgooglecombrbooksid=r0hpRJca3zECamppg=PA83amplpg=PA83ampdq=Th

e+Avocado+botany+production+and+uses+hass-

likeampsource=blampots=oqc5OBsbmVampsig=5gDWWPIMYRBW9cH3yYuWh-ldd-8amphl=pt-

BRampsa=Xampved=0ahUKEwj_yPbgsoTKAhUGDpAKHZTrCWEQ6AEIPDADv=onepag

eampqampf=false gt

SCIENCIA I Certificaccedilatildeo GLOBALGAP e impactos ambientais em agroinduacutestrias de

alimentos Dissertaccedilatildeo de Poacutes-Graduaccedilatildeo Araraquara SP 2010 lt

mlthttpwwwecoecoorgbrconteudopublicacoesencontrosvii_envii_enc_ecohtm

gt

SIMAtildeO S Manual de Fruticultura Satildeo Paulo Editora Agronocircmica Ceres 1971

530p p 147-169

SINGER P MASON J Eacutetica da alimentaccedilatildeo como nossos haacutebitos alimentares

influenciam o meio ambiente e o nosso bem estar Rio de Janeiro Elsevier 2007

SOARES H F ITO M K O AacuteCIDO GRAXO MONOINSATURADO DO ABACATE

NO CONTROLE DE DISLIPIDEMIAS Ver Ciecircnc Meacuted Campinas P 47-51 2000

55

DISPONIacuteVEL EM lt httpperiodicospuc-

campinasedubrseerindexphpcienciasmedicasarticleviewFile13301304 gt

TEIXEIRA C G Cultura In ITAL ndash INSTITUTO DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS

(Campinas) Abacate Cultura mateacuteria-prima processamento e aspectos

econocircmicos 2 Ed Campinas Instituto Campineiro de Ensino Agriacutecola 1995 Cap 1

p 1-54 (Frutas Tropicais)

TEIXEIRA C G Cultura do abacate In TEIXEIRA C G et al ABACATE cultura

mateacuteria prima processamento e aspectos econocircmicos 2deg ed Seacuterie Fruas Tropicais

ndeg8 ITAL Campinas 1991 250p

WATANABE H S Caracteriacutesticas de cultivares de abacate CEAGESPS ndash

Companhia de Entrepostos e Armazeacutens Gerais de Satildeo Paulo 2013

WOLFENBARGER D O COLBURN B The Stenoma catenifer a serious Avocado

pest Proceedings of Florida State Horticulture Society v 92 p 315-318 1979

ZEIDAN R SEIXAS P ABRANCHES L COSTA D MEIRELLES F Certificaccedilatildeo

na cadeia produtiva de alimentos e as barreiras teacutecnicas agrave exportaccedilatildeo Simpoacutesio de

excelecircncia e gestatildeo e tecnologia ndash SEGeT 2008 Resende

Page 20: EVOLUÇÃO DA PRODUÇÃO MUNDIAL E NACIONAL …...RESUMO O abacateiro, Persea americana, é uma cultura muito importante em vários países, devido ao volume comercializado da fruta

20

ao teor de oacuteleo no fruto Neste sentido cultivares mais tardias oriundas das raccedilas

Guatemalenses e Mexicana possuem maiores teores de oacuteleo

Poacutes colheita

Por ser um fruto climateacuterico com alta taxa respiratoacuteria e elevada produccedilatildeo de

etileno apoacutes a colheita o fruto do abacate eacute altamente pereciacutevel (KADER 1992)

Neste sentido o controle do amadurecimento eacute de extrema importacircncia para se

prolongar a vida uacutetil no poacutes-colheita de frutas objetivando-se a comercializaccedilatildeo no

mercado interno ou externo (KLUGE et al 2002)

Tratando-se de maturaccedilatildeo no poacutes-colheita a manipulaccedilatildeo do etileno eacute uma

teacutecnica utilizada para antecipar ou adiar o processo de maturaccedilatildeo dos frutos O

etileno eacute um gaacutes que se comporta como hormocircnio

No Brasil a comercializaccedilatildeo do abacate em varejo ocorre na maioria das

vezes sem a utilizaccedilatildeo de refrigeraccedilatildeo portanto a utilizaccedilatildeo de tecnologias que

possibilitem a conservaccedilatildeo agrave temperatura ambiente eacute de grande relevacircncia para se

permitir a comercializaccedilatildeo durante um maior tempo apoacutes a colheita atrasando o

amadurecimento dos frutos (KLUGE et al 2002) Daiuto 2010 concluiu que a

refrigeraccedilatildeo foi efetiva na conservaccedilatildeo de frutos de abacate bdquoHass‟

Aleacutem do uso de refrigeraccedilatildeo para retardar o amadurecimento dos frutos

tambeacutem se utiliza o revestimento dos frutos com cera para se reduzir o processo de

respiraccedilatildeo e uso de metilciclopropeno para inibir a produccedilatildeo de etileno gaacutes que

funciona como hormocircnio na maturaccedilatildeo de frutos (Gayet et al 1995 Oliveira et al

2000 KLUGE et al 2002)

A utilizaccedilatildeo de radiaccedilotildees gama em baixos niacuteveis associada a outros

procedimentos no poacutes-colheita eacute mencionada na literatura como excelente meacutetodo

para prolongar a periacuteodo de prateleira das frutas por retardar os processos de

senescecircncia e amadurecimento reduzindo os iacutendices de apodrecimento provocados

por fungos e bacteacuterias (Kaumlferstein e Moy 1993) O problema do uso da radiaccedilatildeo eacute

que esta teacutecnica provoca o escurecimento perda de firmeza do fruto e o surgimento

de depressotildees superficiais (CHITARRA e CHITARRA 2005)

Consumo

Em relaccedilatildeo ao consumo per capita do abacate em 2013 o Meacutexico foi de 90

Kghab enquanto que no Brasil o consumo girava em torno de 301 gramashab

21

por ano em De acordo com dados de 2011 o consumo per capita da fruta em Israel

foi de 50 Kghab o Chile ficou logo atraacutes com 45Kghab por ano e os Estados

Unidos apesar de maior importador apenas 20 Kghab por ano (NAAMANI 2011)

Em alguns paiacuteses da Uniatildeo Europeia chega a ser 1500 gramashab por ano (BNET

2011) De acordo com PUTTI (2014) esta diferenccedila se deve ao fato de que o

consumo do abacate em paiacuteses da Europa vai aleacutem da forma in natura sendo

consumido principalmente na forma de salada aleacutem disso os benefiacutecios da fruta satildeo

mais difundidos do que no Brasil

A fruta eacute consumida de forma diferente ao redor do mundo podendo ser sob

a forma de doce como no Brasil ou em saladas e patecircs como o guacamole

(JAGUACYR) Aleacutem de ser amplamente explorada na induacutestria

Aspectos nutricionais

A tabela a seguir apresenta as informaccedilotildees nutricionais do abacate a partir de

100g da fruta

TABELA 2 - Informaccedilotildees nutricionais do abacate obtidas a partir de 100g

da fruta fonte (FATSECRET)

INFORMACcedilOtildeES NUTRICIONAIS ABACATE

ENERGIA 669 kj 160kal

CARBOIDRATOS 853 g

ACcedilUacuteCAR 066 g

PROTEIacuteNAS 2g

GORDURAS 1466g

GORDURA SATURADA 2126G

GORDURA MONOINSATURADA

9799G

GORDURA POLIINSATURADA 1816

COLESTEROL 0 mg

FIBRAS 77 g

SOacuteDIO 7 mg

POTAacuteSSIO 485 mg

Uma das principais caracteriacutesticas que qualificam o abacate eacute a elevada

quantidade de mateacuteria graxa em sua composiccedilatildeo O fruto eacute conhecido como uma

fruta de alto valor energeacutetico Os aacutecidos graxos (AG) podem ser encontrados na

semente em sua maioria insaturados estes aacutecidos tambeacutem estatildeo presentes no

mesocarpo contudo em concentraccedilotildees diferentes O oacuteleo do abacate eacute um produto

22

explorado na induacutestria farmacecircutica devido ao elevado teor de vitamina E O

produto possui bom valor comercial apesar de natildeo ser tatildeo produzido mundialmente

A quantidade de oacuteleo encontrada no mesocarpo eacute superior ao teor de oacuteleo

encontrado na semente No mesocarpo os teores de aacutecido oleico variam entre

3177 a 5030 jaacute na semente o teor desse aacutecido graxo monoinsaturado varia de

1169 a 3583 (MASSAFERA 2010)

O abacate eacute um alimento rico em aacutecido graxo monoinsaturado oleico Estudos

realizados com aacutecidos graxos monoinsaturados revelam sua importacircncia na

prevenccedilatildeo e tratamento de dislipidemias que estatildeo relacionadas ao

desenvolvimento de doenccedilas cardiovasculares e coronarianas (SOARES e ITO

2000) Os aacutecidos graxos monoinsaturados representados principalmente pelo aacutecido

oleico presente em oacuteleo de oliva e canola possui efeito significativos na prevenccedilatildeo e

tratamento de doenccedilas crocircnicas (LARSEN et al 1999)

Produtos e subprodutos

O oacuteleo obtido a partir da fruta do abacate possui propriedades fiacutesico-quiacutemicas

semelhantes ao oacuteleo de oliva principalmente pela composiccedilatildeo de seus aacutecidos

graxos salientando o aacutecido oleico O oacuteleo de oliva eacute um produto altamente

consumido no paiacutes poreacutem de origem importada e o oacuteleo de abacate possui forte

potencial para substituiacute-lo (MASSAFERA 2010)

Outra forma de aproveitamento do oacuteleo do abacate eacute para a produccedilatildeo de

biodiesel O professor do departamento de Quiacutemica da UNESP Manoel Lima de

Menezes afirma que o abacate tem o teor de oacuteleo que varia entre 5 a 30

proacuteximo ao encontrado na extraccedilatildeo da soja de 18 Segundo o pesquisador um

dos obstaacuteculos eacute ainda o teor de umidade da semente (BIODIESELBR 2013)

Dentre as vantagens do abacate em comparaccedilatildeo com a soja eacute que da fruta eacute

possiacutevel extrair oacuteleo e etanol dois ingredientes baacutesicos para a produccedilatildeo do

biodiesel Outra vantagem eacute que de acordo com Menezes o abacate pode render

ateacute 2800 litros de oacuteleo por hectare contra 400 da soja aleacutem do fato do abacateiro

ser uma planta perene (GIRARDI 2009)

A madeira tambeacutem eacute um produto explorado na cultura do abacateiro na

produccedilatildeo de energia como combustiacutevel (MAISNATUREZA) Outra forma de

aproveitamento de resiacuteduos da cultura eacute a utilizaccedilatildeo do caroccedilo para a produccedilatildeo de

23

tintas a partir do caroccedilo usado para tingir roupas produzindo uma tinta castanho-

arroxeada (TEIXEIRA 1991)

Melhoramento geneacutetico

O desenvolvimento floral bem como a eacutepoca de floraccedilatildeo e o amadurecimento

da fruta satildeo diretamente influenciados por caracteriacutesticas geneacuteticas Essas

caracteriacutesticas podem ser manipuladas com a utilizaccedilatildeo de enxertos porta enxertos

ou a interaccedilatildeo entre eles Neste sentido podem ser utilizados genoacutetipo Mexicano

que pode antecipar a floraccedilatildeo ou Guatemalenses que manteacutem uma floraccedilatildeo meacutedia

ou porta-enxerto das Iacutendias Ocidentais que promovem floraccedilatildeo tardia Estudos tecircm

comprovado que a utilizaccedilatildeo de porta-enxertos do grupo Mexicano antecipam a

floraccedilatildeo entre 4 a 8 semanas antes de pomares de clones de bdquoHass‟ Contudo a

antecipaccedilatildeo de 8 semanas na eacutepoca de floraccedilatildeo promoveu o a antecipaccedilatildeo de

maturaccedilatildeo dos frutos em apenas 3 semanas Como existe uma alta demanda pelo

abacate ‟Hass‟ em todo mundo o uso de cultivares do abacate bdquoHass-like‟ pode ser

de grande interesse para os paiacuteses produtores uma vez que a cultivar bdquoLamb-Hass‟

por exemplo possui a caracteriacutestica de estender a eacutepoca de colheita aumentando

assim a janela de produccedilatildeo da fruta (SCHAFFER et al 2012)

No final dos anos 80 Carlos Meacutendez observou um abacate diferenciado na

regiatildeo de Urupan estado de Michocaacuten Meacutexico A planta encontrada exibia uma

floraccedilatildeo com um comportamento distinto das demais Este abacate bdquoHass-like‟ foi

nomeado localmente de bdquoHass-Mendez‟ e agora eacute conhecido comercialmente como

bdquoHass Carmen‟ (Illsley-Granich 2011) Uma das cultivares de bdquoHass-like‟ que tem

sido utilizada em programas de melhoramento eacute a ldquoSir Prizerdquo

Outra cultivar bdquoHass-like‟ muito importante eacute a bdquoMaluma‟ na Aacutefrica do Sul

Dentre as vantagens desta cultivar em relaccedilatildeo ao bdquoHass‟ apresentadas por ERNST

amp ERNST (2015) estatildeo rendimento elevado precocidade e possibilidade de

aumento na densidade de plantas no pomar de abacateiro

Programas de melhoramento satildeo criados a fim de se incorporar

caracteriacutesticas de resistecircncia a doenccedilas - como os desenvolvidos na Universidade

da Califoacuternia que deram origem a cultivares como por exemplo bdquoGem‟ e bdquoHarvest‟

que possuem excelentes caracteriacutesticas agronocircmicas Dentre estas caracteriacutesticas

se tem aumento da produtividade e resistecircncia agrave podridatildeo radicular

24

A utilizaccedilatildeo de porta-enxertos eacute de suma importacircncia para se aproveitar

melhor o potencial das diferentes culturas seja por aumentar a produtividade ou por

conferir resistecircncia a doenccedilas No final dos anos 70 a podridatildeo causada por

Phytophthora cinnamomi causou grandes prejuiacutezos para a cultura do abacate na

Aacutefrica do Sul Com isso foi necessaacuterio importar da Califoacuternia porta-enxertos

tolerantes agrave podridatildeo radicular propagados vegetativamente a fim de se ter maior

uniformidade geneacutetica para estabelecer novos pomares de abacateiro Durante

muitos anos a cultivar bdquoDuke 7‟ era o uacutenico porta-enxerto que produzia plantas

uniformes produtivas e razoavelmente produtivas era a cultivar bdquoDuke 7‟ Nos anos

80 foi desenvolvida a cultivar bdquoDusa‟ a partir de plantas sobreviventes em pomares

doentes A cultivar desenvolvida pela WESTFALIA apresentou toleracircncia agrave podridatildeo

superior a bdquoDuke 7‟ (KREMER-KOumlHNE 2007)

Na Floacuterida as cultivares mais utilizadas como porta-enxerto satildeo a bdquoLula‟ e

bdquoWaldin‟ devido ao fato dessas variedades conferirem aos pomares de abacate

uniformidade aumentar o vigor e pela produccedilatildeo de sementes (CRANE et al 2007)

No Brasil os pomares comerciais de abacate satildeo implantados sobre porta-

enxertos oriundos de sementes este fator faz com que o tamanho da copa das

plantas seja desuniforme a produccedilatildeo seja afetada bem como a qualidade dos frutos

e a susceptibilidade aos patoacutegenos do solo no qual se destaca Phytophthora

cinnamomi Contudo outros paiacuteses produtores da fruta utilizam porta-enxertos de

melhor qualidade obtidos a partir de clones que possuem resistecircncia a doenccedilas e

tambeacutem conferem uniformidade ao pomar (MORAES 2014)

Certificaccedilatildeo

Devido agrave exigecircncia cada vez maior feita pelos mercados internacionais natildeo eacute

possiacutevel exportar frutas e outros produtos agropecuaacuterios sem que se tenha a

certificaccedilatildeo Um das finalidades da certificaccedilatildeo eacute proteger o diferencial de qualidade

(AGRIANUAL 2012)

A certificaccedilatildeo eacute uma forma de se adquirir vantagem competitiva sustentaacutevel

para concorrer com os grandes produtores mundiais Tendo em vista a exigecircncia de

produtos de qualidade por consumidores cada vez mais frequente eacute necessaacuterio que

o mercado mundial se atente ao alto padratildeo de qualidade fornecido por seus

produtos Com isso programas de qualidade tecircm sido desenvolvidos visando agrave

aplicaccedilatildeo direta nas cadeias de produccedilatildeo em especial na aacuterea de produtos

25

pereciacuteveis como eacute o caso da fruticultura objetivando a aceitaccedilatildeo internacional

(GUEDES et al 2007)

Vaacuterias pesquisas e estudos recentes vecircm colaborando para compreensatildeo da

formaccedilatildeo organizaccedilatildeo e influecircncia das cadeias produtivas de onde surgem

produtos que seguem os padrotildees de qualidade reconhecidos internacionalmente

onde os sistemas de certificaccedilatildeo tecircm papel fundamental

Tratando-se de qualidade os consumidores atuais buscam produtos que

atentem agraves questotildees eacuteticas que abordem temas como meio ambiente e uso de

agrotoacutexicos considerando que a procura por alimentos seguros e saudaacuteveis uma

questatildeo elementar (SINGER e MASON 2007)

Considerando que a sauacutede dos consumidores de alimentos in natura pode ser

afetada a seguranccedila alimentar bem como a qualidade dos produtos deve receber

atenccedilatildeo especial A qualidade dos produtos estaacute vinculada aos procedimentos que

satildeo conduzidos durante cada etapa de produccedilatildeo como por exemplo plantio

colheita processamento industrializaccedilatildeo e comeacutercio (OLIVEIRA 2005)

METODOLOGIA

Tipo de Estudo

Pesquisa Bibliograacutefica eacute desenvolvida a partir de material jaacute elaborado

constituiacutedo de livros e artigos cientiacuteficos (Gil 2008) Portanto o presente trabalho

utilizou-se das ideias do estudo exploratoacuterio feito a partir de pesquisa bibliograacutefica

Com isso este trabalho desenvolveu-se seguindo

1deg FONTES

Foram utilizados artigos que fornecessem informaccedilotildees sobre a cultura do

abacate bem como dados de produccedilatildeo poacutes-colheita e comercializaccedilatildeo e que

abordassem o tema de exportaccedilatildeo

2deg COLETA DE DADOS

Primeiramente foi feita leitura de trabalhos jaacute disponiacuteveis na literatura que

abordassem aspectos de produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo de forma raacutepida e objetiva a

fim de se selecionar o material a ser incluiacutedo no presente trabalho

26

Em seguida foi feita uma leitura seletiva agrupando as informaccedilotildees dos

artigos preacute-selecionados de acordo com o tema registrando as informaccedilotildees

extraiacutedas das fontes em instrumento especiacutefico

3deg ANAacuteLISE E INTERPRETACcedilAtildeO DOS RESULTADOS

Nesta etapa foi realizada uma leitura analiacutetica com a finalidade de ordenar as

informaccedilotildees contidas na literatura disponiacutevel utilizados como fonte para o

desenvolvimento deste trabalho a fim de se elaborar informaccedilotildees que resumissem

as questotildees abordadas nesta pesquisa

RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

ABACATE NO MUNDO

A figura a seguir apresenta dados de produccedilatildeo mundial de abacate (t) em 21

paiacuteses indo de 2004 a 2013 com base nos dados da FAO ndash Organizaccedilatildeo das

Naccedilotildees Unidas para Alimentaccedilatildeo e Agricultura (Food and Agriculture Organization of

the United Nations para a sigla em inglecircs)

27

Figura 2 Produccedilatildeo mundial do abacate (em t) elaborado pelo autor FONTE NOVAGRIM adaptado com dados da FAO

Os paiacuteses produtores de abacate satildeo representados no mapa abaixo onde a

intensidade da coloraccedilatildeo vermelha representa o volume de abacate produzido no

paiacutes quanto mais intenso maior o volume produzido como estaacute destacado o

Meacutexico maior produtor mundial participando com aproximadamente 31 12 de toda

a produccedilatildeo mundial da fruta

Figura 3 - Paiacuteses produtores de abacate ao redor do mundo FONTE FACTFISH

100000

300000

500000

700000

900000

1100000

1300000

1500000

1700000

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013

PRODUCcedilAtildeO MUNDIAL DE ABACATE

MEacuteXICO

INDONEacuteSIA

REP DOM

COLOcircMBIA

BRASIL

EUA

CHILE

PERU

CHINA

28

Em 2004 o maior produtor mundial de abacate foi o Meacutexico participando com

307 de todo o volume produzido mundialmente com cerca de 987000 t Em

segundo lugar poreacutem muito atraacutes com um volume de 221774 t segue a Indoneacutesia

representando apenas 689 Na terceira posiccedilatildeo Repuacuteblica Dominicana 68 e

218790 t e em quarto produzindo 170985 t estava a Colocircmbia com 53

De acordo com os dados de 2013 o Meacutexico continuou liderando o setor

participando com 3112 do total produzido agora com um volume de 1467837 t

Em segundo lugar a Repuacuteblica Dominicana com 821 Colocircmbia 643 e Peru

611 em ordem decrescente (FAOSTAT) Nos uacuteltimos 10 anos a Repuacuteblica

Dominicana saltou para o segundo lugar graccedilas a um aumento de 771 em sua

produccedilatildeo Neste sentido a Colocircmbia alcanccedila a posiccedilatildeo de 3deg colocado devido ao

aumento similar ao da Repuacuteblica Dominicana (774)

O Peru foi o paiacutes que obteve maior destaque pois saiu da oitava posiccedilatildeo

participando com apenas 337 da produccedilatildeo mundial o que representava um

volume de 108460 t em 2004 para a quarta posiccedilatildeo no ranking mundial em 2013

com 611 quando produziu 288387 t a sua participaccedilatildeo no mercado mundial

quase que dobrou nesse periacuteodo O aumento da produccedilatildeo mundial foi de 467

enquanto que o aumento do volume de abacate produzido no Peru foi de 1659

Segundo CARVALHO (2015) a formaccedilatildeo de associaccedilotildees como a PROHASS que

investe no desenvolvimento de tecnologia e marketing para estimular inclusive o

consumo interno podendo ateacute ser um exportador para o Brasil

Aos poucos a China vem participando do mercado do abacate A populaccedilatildeo

do paiacutes ultrapassa 15 bilhotildees de pessoas em algumas aacutereas metropolitanas a

populaccedilatildeo vai de 12 a 45 milhotildees de habitantes Em 2000 a classe meacutedia da China

representava 4 da populaccedilatildeo e hoje chega a 66 Os gastos com alimentaccedilatildeo

tambeacutem acompanham essa mudanccedila de comportamento pois existe nesta classe a

procura por alimentos mais saudaacuteveis Esses fatores tecircm estimulado uma mudanccedila

no consumo de abacate em toda a China (MILLER et al 2015)

Quanto agrave produccedilatildeo do Brasil no Ranking global ocorreu justamente o

contraacuterio o paiacutes saiu da quinta posiccedilatildeo para a oitava ao reduzir 765 da produccedilatildeo

que era de 170895 t em 2004 para 157428 t em 2013 Em 2011 o abacate ficou na

17deg posiccedilatildeo no ranking da produccedilatildeo nacional da fruta ocupando apenas 03 do

montante da produccedilatildeo de frutas frescas muito atraacutes das principais culturas

29

produzidas como a laranja mais produzida participando com 416 do setor

Banana segunda mais importante com 154 e Melancia com 46 em quarto

(IBGEPAM 2011)

O volume de abacate fresco brasileiro exportado foi de 4313 t em 2013 para

5806 toneladas em 2014 resultando num aumento de mais de 37 na receita com

este setor que em 2014 foi de mais de nove milhotildees e meio de doacutelares

(AGRIANUAL 2015)

O graacutefico abaixo apresenta o comportamento do volume em toneladas de

abacate exportado pelos paiacuteses que participam do setor

Figura 4 Volume de abacate (t) exportado pelos paiacuteses exportadores da fruta Elaborado pelo autor FONTE FAO

Em 2013 Meacutexico liderou o setor de exportaccedilatildeo do abacate com um volume

de 563492 toneladas cerca 463 do total exportado no mundo Em segundo lugar

a Holanda com 99 A Holanda eacute um grande importador contudo o paiacutes reexporta

grande parte do volume comprado O Peru merece destaque pois saiu de um

volume exportado de 2209 t (06) em 2000 para 114515 t em 2013 ocupando

94 do volume de abacate exportado o que lhe conferiu a 3deg posiccedilatildeo no ranking

global Em quarto lugar o Chile com 73

A figura a seguir apresenta o comportamento dos principais importadores de

abacate do mundo em 14 anos

0

100000

200000

300000

400000

500000

600000

20002001200220032004200520062007200820092010201120122013

EVOLUCcedilAtildeO DA EXPORTACcedilAtildeO MUNDIAL EM t

MEacuteXICO

CHILE

ESPANHA

AacuteFRICA DO SUL

ISRAEL

HOLANDA

PERU

30

Figura 5 Evoluccedilatildeo do volume (t) importado pelos principais paiacuteses importadores de abacate ELABORADA PELO AUTOR FONTE FAOSTAT

Os principais importadores de fruta como por exemplo o europeu e o norte

americano exigem um padratildeo de qualidade que observem as demandas impostas

pelos consumidores com relaccedilatildeo agrave seguranccedila alimentar e tambeacutem agraves exigecircncias

para certificaccedilatildeo do produto levando em consideraccedilatildeo aspectos ambientais e

sociais aleacutem do local de produccedilatildeo Desta forma produtores de fruta destinadas agrave

exportaccedilatildeo precisaram adaptar suas lavouras para atender agraves exigecircncias dos mais

importantes selos internacionais como o EureGapR e o TNCR (OLIVEIRA 2005) O

maior importador de abacate do mundo satildeo os Estados Unidos (ROCHA 2014)

O volume de abacate importado ao redor do mundo vem crescendo na uacuteltima

deacutecada Os Estados Unidos lideram o montante desde 2007 mais ainda que toda a

Uniatildeo Europeia o volume importado pelo paiacutes cresceu cerca de sete vezes entre

2000 e 2013 Em segundo lugar a Uniatildeo Europeia importando quase 23 menos

A Holanda tambeacutem cresceu muito e hoje ocupa a terceira colocaccedilatildeo no ranking O

Japatildeo e o Canadaacute tiveram consideraacutevel crescimento contudo mantiveram-se na 5deg

e 6deg posiccedilatildeo durante esse periacuteodo

Nos EUA a demanda cresce mais acelerado do que a oferta segundo

CARVALHO (2015) a demanda cresce 12 ao ano enquanto a produccedilatildeo cresce

apenas 4 O paiacutes possui uma poliacutetica de retornar parte dos lucros oriundos da

-

100000

200000

300000

400000

500000

600000

700000

IMPORTACcedilAtildeO DE ABACATE NO MUNDO EM t

EUA

UE

HOLANDA

FRANCcedilA

CANADAacute

REINO UNIDO

31

comercializaccedilatildeo do Avocado no paiacutes com a elaboraccedilatildeo de marketing e o

desenvolvimento de pesquisas que incentivem o aumento do consumo interno

promovendo alimentos como por exemplo o GUACAMOLE alimento muito popular

no paiacutes

Em 2002 os EUA impunham a Lei do Bioterrorismo exigindo que as

empresas que produzem processem armazenem ou processem alimentos voltados

ao consumo humano ou animal devem cumprir normas para comercializar seus

produtos voltados ao consumo humano ou animal precisam cumprir normas para

comercializar seus produtos nos Estados Unidos Eacute necessaacuterio que essas mesmas

empresas possuam registro junto ao governo norte-americano atualizando estas

informaccedilotildees e comunicarem agraves autoridades a chegada de novos carregamentos

alimentares O natildeo cumprimento dessas exigecircncias acarreta na proibiccedilatildeo do

ingresso da carga e possiacutevel retenccedilatildeo da mercadoria com multa para o responsaacutevel

pelo carregamento (MDIC 2006)

Os principais compradores de abacate ‟Hass‟ satildeo os Estados Unidos (20 a

50) UE AUS e o Meacutexico maior produtor e exportador do Avocado participando

com 20 do mercado de Avocado (CARVALHO 2015)

O Brasil participa com apenas 031 do mercado internacional exportando

para o Canadaacute e Holanda CARVALHO (2015) comenta que o Brasil natildeo aproveita

seu potencial de se tornar grande produtor e exportador de Avocado o paiacutes possui

extensa aacuterea e clima variado entre outros fatores que favorecem a produccedilatildeo de

Avocado contudo a produccedilatildeo ainda eacute muito pequena quando comparado com

outros paiacuteses que participam do mercado internacional da fruta

Quanto agrave contribuiccedilatildeo do desenvolvimento de programas de melhoramento

geneacutetico para a consolidaccedilatildeo do Brasil como grande produtor mundial de abacate a

utilizaccedilatildeo de cultivares de bdquoHass-like‟ representa uma excelente opccedilatildeo para

aumentar a safra da cultura no paiacutes devido agrave caracteriacutestica que esta variedade tem

de antecipar a florada ampliando desta forma a janela de produccedilatildeo e aumentando

a competitividade do paiacutes em relaccedilatildeo a outros paiacuteses exportadores da fruta

O graacutefico a seguir ilustra o comportamento das exportaccedilotildees e importaccedilotildees

Brasileiras em 14 anos

32

Figura 6 - Evoluccedilatildeo da exportaccedilatildeo e importaccedilatildeo do abacate (em t) no Brasil em 14 anos Elaborado pelo autor FONTE FAO

Alguns dos principais concorrentes do Brasil tratando-se da exportaccedilatildeo do

Avocado satildeo Aacutefrica do Sul com 3 das exportaccedilotildees Chile com 7 e Peru

representando 10 do mercado internacional de Avocado A safra do Chile ocorre

em eacutepoca proacutexima a do Brasil comeccedilando em agosto e terminando em fevereiro

(CARVALHO 2015) A Boliacutevia apesar de participar com apenas 012 do volume

exportado tem a vantagem de possibilidade de produccedilatildeo o ano todo

O elevado padratildeo de qualidade dos produtos eacute sem duacutevida um fator que

pode fazer com que o Brasil se estabeleccedila no mercado mundial de abacate Esta

praacutetica tem qualificado a Aacutefrica do Sul como um dos principais fornecedores para

paiacuteses da Europa a partir do intenso trabalho desenvolvido pela empresa sem fins

lucrativos WESTFALIA situada no municiacutepio de Limpopo por meio de investimentos

em tecnologia

A tabela a seguir apresenta o periacuteodo do ano em que cada paiacutes exportador de

abacate embarca seus produtos ao redor do mundo

0

500

1000

1500

2000

2500

3000

3500

4000

4500

5000

EXPORTACcedilAtildeO

IMPORTACcedilAtildeO

33

TABELA 3 - Janela de exportaccedilatildeo dos paiacuteses exportadores de abacate

adaptada FONTE WESTFALIASUBSOLE

CALENDAacuteRIO DE EXPORTACcedilAtildeO DE ABACATE lsquoHASSrsquo

jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

BRASIL X X X X X X X X

ARGENTINA X X X

EUA X X X X X X X X X X X X

CHILE X X X X X X X X X X

AFRICA DO SUL X X X X X X X

REP DOMINICANA X X X X X

ISRAEL X X X X X X

PERU X X X X X X X

NOVA ZELAcircNDIA X X X

MEacuteXICO X X X X X X X X X X X X

ESPANHA X X X X X X X

QUEcircNIA X X X X X

AUSTRAacuteLIA X X X X X X X

Os principais destinos do abacate ‟Hass‟ exportado pelo Brasil satildeo Espanha

Itaacutelia Holanda Alemanha e Dinamarca O material exportado segue de navio do

porto de Santos a uma temperatura de 5degC levando ateacute 16 dias no maacuteximo ateacute os

destinos Esse material exportado pelo Brasil possui os certificados GlobalGapR ndash

BRCR ndash BSCIR ndash SedexR ndash SmetaR

Os graacuteficos a seguir apresentam informaccedilotildees sobre a evoluccedilatildeo do da

exportaccedilatildeo do abacate feitos a partir de informaccedilotildees apresentadas no Anuaacuterio

Brasileiro de fruticultura (2004 a 2015) obtidos a partir de dados do Instituto

Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica

34

Figura 7 - Evoluccedilatildeo do volume de abacate exportado pelo brasil (2003 a 2014) Elaborado pelo autor com dados DO ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE AGRICULTURA DE 2004 a 2015 (IBGE)

Figura 8 - Receita com exportaccedilatildeo brasileira de abacate (2003 a 2014) Elaborado pelo autor com dado do ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE AGRICULTURA DE 2004 a 2015 (IBGE)

O volume de abacate exportado pelo Brasil vem crescendo nos uacuteltimos anos

revelando assim a importacircncia do setor para o paiacutes A variaccedilatildeo do volume

exportado de 2008 para 2009 foi de 6282 jaacute de 2009 para 2010 a exportaccedilatildeo

sofreu uma queda de 793 Em 2014 houve um aumento de 3462 no setor em

relaccedilatildeo ao ano anterior (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE FRUTICULTURA) A receita

-

100000

200000

300000

400000

500000

600000

700000

20

03

20

04

20

05

20

06

20

07

20

08

20

09

20

10

20

11

20

12

20

13

20

14

EVOLUCcedilAtildeO DO VOLUME DE ABACATE EXPORTADO PELO BRASIL (2003 a 2014)

VOLUME EXPORTADO (t)

-

20000000

40000000

60000000

80000000

100000000

120000000

20

03

20

04

20

05

20

06

20

07

20

08

20

09

20

10

20

11

20

12

20

13

20

14

RECEITA COM EXPORTACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ABACATE (2003 a 2014)

RECEITA (em USS FOB)

35

obtida a partir da exportaccedilatildeo do abacate tambeacutem acompanha os iacutendices de

crescimento

A Aacutefrica do Sul um dos principais concorrentes do Brasil no setor de

exportaccedilatildeo do Avocado eacute reconhecida por exportar material de alta qualidade para

Europa onde possui escritoacuterios contudo sua produccedilatildeo estaacute estagnada A Westfalia

eacute uma empresa sem fins lucrativos produtora de Avocado na Aacutefrica do Sul

responsaacutevel por desenvolver o mercado de Avocado no paiacutes e investe fortemente

em tecnologia o que colaborou para a atual situaccedilatildeo da Aacutefrica do Sul no setor de

exportaccedilatildeo de Avocado (CARVALHO 2015)

ABACATE NO BRASIL

O Brasil favorecido quando comparado com outros paiacuteses produtores devido

agrave suas dimensotildees continentais o que lhe possibilita ampla variaccedilatildeo de temperaturas

e solos estes fator unido agraves caracteriacutesticas individuais de cada variedade como por

exemplo sazonalidade e exigecircncias nutricionais e de horas de luz Contudo apesar

da aacuterea destinada agrave produccedilatildeo do abacate no Brasil ter reduzido passando de

11605 ha em 2005 para 9559 ha em 2014 reduccedilatildeo de 176 a produccedilatildeo natildeo foi

tatildeo alterada o que evidencia a possibilidade de um aumento na produtividade destas

aacutereas

Atualmente o Brasil ocupa a oitava posiccedilatildeo no ranking global do setor de

produccedilatildeo de abacate E apesar de possuir crescente produtividade o paiacutes ainda

possui excelente potencial produtor e tambeacutem como exportador da fruta Para

aproveitar melhor esse potencial deveriam ser feitos mais investimentos tanto no

que se refere agrave produccedilatildeo como por exemplo melhoramento geneacutetico e adoccedilatildeo de

protocolos de boas praacuteticas agriacutecolas para a obtenccedilatildeo de certificaccedilatildeo quanto no

setor de comercializaccedilatildeo desenvolvendo elevado padratildeo de qualidade da fruta

A tabela a seguir (TABELA 4) apresenta a aacuterea destinada agrave colheita de todas

as variedades de abacate nos principais produtores de abacate e o Distrito Federal

TABELA 4 - Aacuterea destinada agrave colheita (em ha) Elaborada pelo autor

DADOS (IBGE-SIDRA)

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Brasil 11605 10515 9892 9596 8509 11125 10768 9615 9707 9559

Satildeo Paulo 4266 3688 3583 3437 3267 5530 5642 4192 4374 4337

36

Minas Gerais 2865 2254 2326 2223 1854 2202 2134 2309 2416 2373

Paranaacute 1492 1467 1306 1009 1085 1000 944 922 958 930

Cearaacute 493 475 498 497 490 484 477 480 483 498

Rio Grande do Sul 626 619 613 602 584 575 552 499 470 444

Distrito Federal 119 122 109 124 108 111 - 295 160 134

A tabela 5 abaixo apresenta a produccedilatildeo de todas as variedades de abacate

em toneladas dos uacuteltimos 10 anos para os principais estados produtores e o Distrito

Federal

TABELA 5 - Produccedilatildeo nacional de abacate em 10 anos (em t) Elaborada pelo

autor FONTE (IBGESIDRA)

UFANO 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Brasil 169335 164441 154096 147214 139089 153189 160376 159903 157482 156669 1000

Satildeo Paulo 77107 78085 70812 69904 74193 83002 91909 82780 85101 79316 506

Minas Gerais 38777 32812 33436 28016 24772 28522 30975 36669 36571 41259 263

Paranaacute 22265 22575 20425 16537 15919 15824 17304 16705 16309 15784 101

Rio Grande do Sul

8167 7905 7804 7602 6824 6769 6907 5719 5584 5277 34

Cearaacute 5202 4231 4706 4520 4336 4163 3985 2717 2640 3637 23

Distrito Federal 2596 3081 2690 3019 2666 2415 - 6914 3152 3151 20

Em 2014 a aacuterea destinada agrave colheita do abacate no estado do Cearaacute era

superior agrave aacuterea do Rio Grande do Sul contudo a produccedilatildeo no estado do Cearaacute no

mesmo ano foi de 3637 t enquanto que a produccedilatildeo do Rio Grande do Sul foi de

5277 45 maior reforccedilando assim a ideia de que a produtividade no Sul pode ser

maior em relaccedilatildeo agrave regiatildeo Nordeste Este fator pode ser decorrente do uso de

cultivares inadequadas para as condiccedilotildees climaacuteticas da regiatildeo eou pela falta de

adoccedilatildeo de tecnologias modernas e teacutecnicas avanccediladas de produccedilatildeo

No Distrito Federal a produccedilatildeo cresceu 21 nos uacuteltimos 10 anos e hoje

representa 2 da produccedilatildeo nacional Por outro lado Satildeo Paulo que lidera o ranking

com 506 de toda a produccedilatildeo obteve crescimento de apenas 286 Jaacute a

produccedilatildeo do Paranaacute sofreu uma reduccedilatildeo de -291 neste mesmo periacuteodo poreacutem

manteve-se como quarto produtor nacional de abacate Os estados do Cearaacute e Rio

Grande do Sul tambeacutem reduziram sua produtividade nos uacuteltimos 10 anos

acompanhando a reduccedilatildeo nacional que reduziu -74

37

A variaccedilatildeo da produtividade de todas as variedades de abacate dos principais

estados produtores de abacate do Brasil eacute apresentada na TABELA 6 a seguir

TABELA 6 - Variaccedilatildeo (em) da produtividade (t) no Brasil em 10 anos

Elaborada pelo autor FONTE (IBGESIDRA)

VARIACcedilAtildeO () DA PRODUTIVIDADE (t) EM 10 ANOS

ESTADOANO 2005 2014 VARIACcedilAtildeO

PAIacuteS 146 164 123

SAtildeO PAULO 181 183 11

MINAS GERAIS 135 174 289

PARANAacute 149 17 141

RIO GRANDE DO SUL 13 119 -85

CEARAacute 106 73 -311

DISTRITO FEDERAL 218 235 78

De acordo com os dados do IBGE Satildeo Paulo eacute o maior produtor de abacate

do paiacutes Dentre as variedades mais produzidas no estado de Satildeo Paulo estatildeo

bdquoFortuna‟ bdquoGeada‟ bdquoQuintal‟ e bdquoMargarida‟ (DORIZZOTTO 2011)

Abaixo segue TABELA 11 contendo os nuacutemeros de plantas novas e o

nuacutemero de plantas em produccedilatildeo bem como a produccedilatildeo (caixas de 22Kg) no estado

de Satildeo Paulo ao longo de 15 anos

TABELA 7 - Quantidade de peacutes novos peacutes em produccedilatildeo e produccedilatildeo (cx 22kg)

no estado de Satildeo Paulo entre 2000 e 2015 Elaborada pelo autor FONTE

INSTITUTO DE ECONOMIA AGRIacuteCOLA

ANO PEacuteS

NOVOS PEacuteS EM

PRODUCcedilAtildeO

2000 4859400 66157100

2001 4617700 62883700

2002 4742500 55421300

2003 6095000 49740300

2004 5969500 48339500

2005 5131100 46596200

2006 5325600 45869000

2007 3412800 47668000

2008 5007100 40617400

2009 12068600 49971400

2010 8190000 53239000

38

2011 6904500 54780100

2012 7704100 51341600

2013 7002100 59149400

2014 8419800 60996100

2015 9040200 67073800

O graacutefico abaixo apresenta a curva da produtividade obtida a partir da relaccedilatildeo

feita entre a produccedilatildeo e a quantidade de peacutes em produccedilatildeo no estado de Satildeo Paulo

Figura 9 - Produtividade (kgplanta) no estado de Satildeo Paulo desde 2000 elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE ECONOMIA AGRIacuteCOLA

Os dados foram obtidos a partir da relaccedilatildeo feita entre a quantidade de planta

em produccedilatildeo e a quantidade de caixas de 22 Kg produzidas no estado de Satildeo Paulo

desde 2000 Esses dados revelam crescente aumento da produtividade ateacute o ano de

2010 onde a produtividade ultrapassou 168 Kgplanta Jaacute em relaccedilatildeo ao ano de

2011 a produtividade sofreu uma reduccedilatildeo de 10 Depois disso a curva de

produtividade continuou ascendente

A seguinte tabela apresenta a evoluccedilatildeo do preccedilo do abacate comercializado

na CEAGESP durante o ano no periacuteodo de nove anos

90

110

130

150

170

190

20

00

20

01

20

02

20

03

20

04

20

05

20

06

20

07

20

08

20

09

20

10

20

11

20

12

20

13

20

14

20

15

PRODUTIVIDADE DOS PEacuteS DE ABACATE (Kgplanta) EM SP

PRODUTIVIDADE

39

TABELA 8 - Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio (em R$Kg) do abacate FONTE

CEAGESP 2008

ANOMEcircS JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

2007 105 101 1 118 107 109 129 151 159 181 228 279

2008 119 081 084 097 102 11 122 137 149 208 296 326

2009 169 122 132 133 141 141 152 177 217 213 212 235

2010 17 161 165 154 151 151 164 173 202 262 406 316

2011 185 182 183 203 186 204 231 278 308 317 359 369

2012 207 155 151 141 153 164 192 218 242 268 429 485

2013 263 209 216 215 244 265 258 304 347 403 566 498

2014 228 206 231 239 198 2 256 267 301 305 403 538

2015 406 403 386 349 367 397 394 43 - - - -

O graacutefico a seguir resume o comportamento da quantidade de peacutes novos e

em produccedilatildeo no estado de Satildeo Paulo desde o ano 2000

Figura 10 - Evoluccedilatildeo do nuacutemeros de peacutes novos e em produccedilatildeo ao longo de 15 anos no estado de Satildeo Paulo elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE

ECONOMIA AGRIacuteCOLA

A produccedilatildeo (em caixas de 22 Kg) eacute demonstrada no graacutefico abaixo para esse

mesmo periacuteodo

000

10000000

20000000

30000000

40000000

50000000

60000000

70000000

80000000

20002002200420062008201020122014

EVOLUCcedilAtildeO DOS DADOS DO ABACATE EM SAtildeO PAULO

PEacuteS NOVOS

PEacuteS EM PRODUCcedilAtildeO

40

Figura 11 - Evoluccedilatildeo da produccedilatildeo de abacate em caixas de 22kg no estado de Satildeo Paulo em 15 anos elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE

ECONOMIA AGRIacuteCOLA

A sazonalidade do abacate comercial na CEAGESP em Satildeo Paulo

demonstram que o abacate pode ser comercializado praticamente todas as eacutepocas

do ano como apresentado pela tabela

TABELA 9 - Sazonalidade do abacate FONTE CEAGESP 2008

VARIEDADE JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

GEADA X X X X X

FORTUNA X X X X X X X

QUINTAL X X X X X X X

MARGARIDA X X X X X X X X X X

BREDA X X X X X X X X

HASS X X X X X X X X

O Estado de Minas Gerais eacute o segundo maior produtor nacional de abacate

participando do setor com 229 do total produzido A aacuterea no Estado destinada agrave

produccedilatildeo da fruta foi de 23 mil ha A produtividade do estado de Minas em 2012 foi

de 15881 (hgha) (PERFIL DA FRUTA) A produccedilatildeo de abacate no Distrito Federal

em 2013 foi de 3152 toneladas (IBGE) Em Minas a produccedilatildeo concentra-se nas

regiotildees Sul e Sudeste do estado (ALMEIDA 2013)

200000000

250000000

300000000

350000000

400000000

450000000

500000000

550000000

20002002200420062008201020122014

EVOLUCcedilAtildeO NA PRODUCcedilAtildeO DE ABACATE EM SAtildeO PAULO (22Kgcx)

PRODUCcedilAtildeO CX 22Kg

41

Em 2003 o Paranaacute foi o terceiro maior produtor nacional de abacate com uma

aacuterea de aproximadamente 1600ha onde se produziu 26 mil toneladas gerando uma

receita de cerca de R$ 85 milhotildees (HOHMANN amp MENEGUIM 2005)

De acordo com a relaccedilatildeo feita entre os dados de volume de abacate colhido e

de aacuterea destinada agrave produccedilatildeo do IBGESIDRA em 10 anos (2005 agrave 2014) o estado

que sofreu maior reduccedilatildeo da produtividade foi o estado do CEARAacute reduzindo em

31 aproximadamente enquanto que o estado de minas aumentou 289 sua

produtividade O DF apresentou os melhores niacuteveis de produtividade a partir desses

dados

AVOCADO NO BRASIL

A regiatildeo de Bauru em Satildeo Paulo especializou-se na produccedilatildeo dos abacates

‟Hass‟ e bdquoFuerte‟ conhecidos comercialmente como Avocado e satildeo os mais

apreciados pelo mercado internacional (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA

FRUTICULTURA 2008)

O Avocado variedades ‟Hass‟ e bdquoFuerte‟ possui excelentes caracteriacutesticas

nutricionais como por exemplo seu alto teor de lipiacutedeos Aleacutem disso o fruto possui

tamanho reduzido o que facilita o consumo evitando que parte natildeo consumida seja

armazenada Uma das possibilidades de se estimular o consumo interno seria

promover o produto a partir do uso de marketing setor no qual a empresa

JAGUACYR situada no municiacutepio de Bauru ndash SP tem se destacado fornecendo

informaccedilotildees nutricionais e apresentando o alto padratildeo de qualidade da fruta Outro

fator que reduz a oferta do produto no mercado interno eacute a demanda internacional

apesar de impor barreiras e exigirem alto padratildeo de qualidade o produto de

qualidade recebe os melhores preccedilos este fator tambeacutem limita o consumo interno

porque o preccedilo oferecido pelos importadores reflete no preccedilo interno

Outro ponto que deve ser observado para se manter qualidade elevada dos

frutos eacute a escolha adequada do ponto de colheita pois este fator reflete diretamente

no teor de oacuteleo dos frutos que por sua vez eacute responsaacutevel pela conservaccedilatildeo do

sabor Os melhores teores de oacuteleo encontram-se em frutos tardios como nas

variedades obtidas a partir das raccedilas Guatemalenses e Mexicana sendo maior nas

raccedilas Mexicana e menor em cultivares oriunda de raccedilas Guatemalenses como por

exemplo a bdquoHass‟

42

A exportaccedilatildeo brasileira do abacate bdquoHass‟ variedade mais produzida no

mundo era de 100 toneladas por ha em 2004 para 2186 toneladas em 2010

(DORIZZOTTO 2011) Contudo este dado representa apenas 143 do volume de

todo o abacate produzido no paiacutes nesta mesma data mesmo com seus atributos

nutricionais e comerciais

Quando se trata do segmento do mercado do Avocado brasileiro em acircmbito

global a empresa JAGUACYR situada no municiacutepio de Bauru ndash SP com sede na

Holanda eacute de extrema relevacircncia contribuindo com 90 das exportaccedilotildees brasileiras

deste produto com o qual o Brasil ainda comeccedila a participar poreacutem possui

condiccedilotildees favoraacuteveis para crescer no setor (CARVALHO 2015)

O graacutefico a seguir apresentado na Figura 2 demonstra a evoluccedilatildeo da

participaccedilatildeo do Avocado no setor de fruticultura no estado de Satildeo Paulo

Figura 12 - Elaborado pelo autor FONTE CEAGESPSEDES GABRIEL V BITENCOURT DE ALMEIDA

Como apresentado no graacutefico acima o volume de Avocado comercializado na

CEAGESP tem crescido rapidamente vertiginosamente chegando a quase

quadruplicar seu valor em apenas 7 anos

Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio de atacado (R$Kg) de Avocado na CEAGESP de

Satildeo Paulo durante o ano (SP) (Figura 3)

81 74 90

106 133

208

365 378

0

50

100

150

200

250

300

350

400

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

EVOLUCcedilAtildeO DA QUANTIDADE COMERCIALIZADA (T) DE AVOCADO NA CEAGESP DE SAtildeO PAULO (SP)

QUANTIDADE(toneladas)

43

Figura 13 - Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio do avocado na CEAGESP (R$Kg) Elaborado pelo autor FONTES CEAGESP

O graacutefico a seguir demonstra um comparativo da variaccedilatildeo do preccedilo meacutedio do

abacate em relaccedilatildeo ao Avocado durante o ano com base nos dados de nove anos

da CEAGESP (R$Kg)

Figura 14 - Comparativo do preccedilo meacutedio do abacate e do avocado comercializado na ceagesp durante o ano elaborado pelo autor FONTE

CEAGESP

A partir dos dados de 7 anos com a variaccedilatildeo do preccedilo meacutedio do Avocado por

quilo durante o ano pocircde-se observar que os menores valores encontram-se entre

maio e agosto A variaccedilatildeo de preccedilo meacutedio durante o ano chega a ser de R$ 581 o

quilo mais que o dobro entre o maior e menor valor meacutedio encontrado

O graacutefico com o comparativo do preccedilo do abacate com o Avocado (Figura 11)

revela a discrepacircncia da valorizaccedilatildeo entre os dois grupos O valor miacutenimo do

4

6

8

10

12

jan

fev

mar

abr

mai

jun jul

ago

set

ou

t

no

v

dez

EVOLUCcedilAtildeO DO PRECcedilO MEacuteDIO DO AVOCADO NA CEAGESP (R$Kg)

PRECcedilO MEacuteDIO

0

2

4

6

8

10

12

JAN

FEV

MA

R

AB

R

MA

I

JUN

JUL

AG

O

SET

OU

T

NO

V

DEZ

PRECcedilO AVOCADO

PRECcedilO DO ABACATE

44

Avocado eacute de R$ 554 por quilo enquanto que o maior valor encontrado do abacate

chega a R$ 381 uma diferenccedila de quase 50

O CEASA-DF registrou em 2014 um volume comercializado de 397 toneladas

de Avocado enquanto que no ano anterior o volume registrado natildeo passou de 07

toneladas (CEASA-DF)

Apesar de jaacute haver teacutecnicas eficientes e tecnologias modernas disponiacuteveis

para se aperfeiccediloar a produccedilatildeo do abacate a exploraccedilatildeo de novas regiotildees com

potencial produtor para a implantaccedilatildeo de pomares de abacateiro no Brasil eacute um dos

fatores que podem aumentar mais ainda a produccedilatildeo nacional No DF por exemplo

a aacuterea destinada agrave colheita do abacate sofreu uma reduccedilatildeo de mais da metade de

2012 para 2014 muito diferente da forma como havia se comportando desde 2000

quando a aacuterea passou de 85 ha para 111 em 2010 O DF representa apenas 2 da

produccedilatildeo nacional do abacate contudo sua produtividade vem aumentando e de

acordo com os dados do IBGE o DF possui os melhores iacutendices de produtividade do

paiacutes o que pode representar forte potencial da regiatildeo no setor Este fato corrobora

com a ideia de que o Brasil pode aproveitar melhor sua extensatildeo territorial

explorando regiotildees com potencial produtor como o DF por exemplo

CERTIFICACcedilAtildeO

CARVALHO (2015) afirma que para participar do mercado internacional os

produtores devem se atentar agraves exigecircncias internacionais de qualidade e seguranccedila

garantidas por meio de certificaccedilatildeo como GlobalGapR BRCR BRCIR FAIRDRADER

e SEDEX-SMETAR Outro ponto que deve ser adotado pelo Brasil no comeacutercio do

Avocado eacute manter um mercado com preccedilo linear e contiacutenuo Ainda segundo

CARVALHO (2015) produtores que natildeo possuem certificaccedilatildeo no GlobalgapR

recebem menos 10

PRECcedilO PAGO PELA JAGUACYR AO PRODUTOR COM GLOBALGAPR

TABELA 10 - (CARVALHO 2015)

CAT CALIBRE MAR ABR MAI JUN

1 12 A 24 315 322 205 205

2 26 A 32 131 129 130 130

2 12 A 24 284 350 187 187

45

Para o consumidor final o selo GLOBALGAPR natildeo eacute tatildeo notado pois o uso

desta marca eacute praticado entre empresas Contudo sua em sua elaboraccedilatildeo

considerou-se a reduccedilatildeo dos impactos negativos das operaccedilotildees agriacutecolas no meio

ambiente reduzir o uso de insumos quiacutemicos e garantir que assuntos de sauacutede e

seguranccedila dos empregados e bem estar animal sejam observados (GLOBALGAPR

2008)

A GLOBALGAPR serve como um manual no comeacutercio mundial de produtos

agriacutecolas estabelecendo normas voluntaacuterias para sua certificaccedilatildeo Este conjunto de

normas estabelece serve de molde para a conduccedilatildeo de boas praacuteticas agriacutecolas

(BPA) nas atividades agriacutecolas (GLOBALGAPR 2008)

Um dos pontos positivos em se adotar os protocolos de boas praacuteticas

agriacutecolas eacute a prevenccedilatildeo de perdas Pesquisas feitas no setor da fruticultura

concluem que maior parte do desperdiacutecio ocorre no percurso que vai do manuseio

no campo ateacute as centrais de produccedilatildeo (AGRIANUAL 2012) Os iacutendices de perdas da

abaticultura chegam a 34 ao ano (AGRIANUAL 2015)

Eacute de extrema importacircncia desenvolver soacutelidos e eficientes sistemas de

certificaccedilatildeo a fim de assegurar qualidade que atenda as expectativas dos

consumidores permitindo que as empresas ingressem nos mercados globais com

seus produtos (ZEIDAN et al 2008)

A difusatildeo de praacuteticas recomendadas para a obtenccedilatildeo da certificaccedilatildeo

GLOBALGAPR por parte dos produtores de abacate principalmente as variedades

bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ pode estimular o consumo interno por meio da oferta de produtos

de maior qualidade aleacutem de reduzindo perdas e promover o produto no comeacutercio

internacional da fruta Fazendo com que o potencial produtor seja aproveitado ao

maacuteximo uma vez que seguir os protocolos de boas praacuteticas agriacutecolas represente a

reduccedilatildeo de perdas no processo de produccedilatildeo de colheita e de transporte seja por

meio da reduccedilatildeo da incidecircncia de pragas ou por adoccedilatildeo de teacutecnicas e evitem perdas

na conduccedilatildeo da produccedilatildeo dos pomares de abacate

CONCLUSOtildeES

A produccedilatildeo de Avocado cultivares bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ superiores em vaacuterios

aspectos agraves cultivares mais populares no paiacutes tem condiccedilotildees de se desenvolver

amplamente no Brasil tornando-o grande consumidor e exportador da fruta Essa

46

mudanccedila pode ocorrer por meio de incentivos governamentais que incentivem o

registro de produtos para a cultura do abacateiro favorecendo a obtenccedilatildeo de

certificaccedilatildeo bem como o desenvolvimento de centros de pesquisas que

desenvolvam estudos sobre a cultura do abacateiro que promovam a difusatildeo de

tecnologia e com isso estimule a utilizaccedilatildeo de novas aacutereas com potencial produtivo

A transferecircncia de tecnologia tambeacutem pode ser feita por parte de empresas da aacuterea

privada que possuem domiacutenio de teacutecnicas e tecnologias modernas principalmente

por meio da popularizaccedilatildeo da produccedilatildeo de mudas clonais para porta-enxerto Aleacutem

disso devem ser feitas accedilotildees por parte de instituiccedilotildees privadas como o

desenvolvimento do marketing da fruta a fim de divulgar os benefiacutecios do consumo

e a exposiccedilatildeo de novas formas de consumo de abacate pode ser crucial para a

mudanccedila do comportamento do consumidor nacional uma vez que este se atenta

principalmente aos aspectos visuais do abacate

Na poacutes-colheita o controle sobre os processos de maturaccedilatildeo poderia ser

mais bem aproveitado No Brasil a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas de conservaccedilatildeo no poacutes-

colheita de frutas objetiva na maioria das vezes estender o tempo de prateleira

destes produtos Para se aproveitar os elevados preccedilos ofertados em determinadas

eacutepocas os produtores colhem os frutos antes do recomendado para a fruta do

abacateiro o que reduz sua qualidade pois a eacutepoca da colheita influencia

diretamente no teor de oacuteleo fator altamente relacionado com o sabor da fruta Por

outro lado a aceleraccedilatildeo do processo de maturaccedilatildeo por meio do controle de

maturaccedilatildeo permite fornecimento de frutos maduros prontos para o consumo

estimulando assim o consumo no paiacutes Com a entrega regular de frutos maduros

nos supermercados e restaurantes novas formas de consumo da fruta como patecircs

e em saladas poderiam ser facilmente introduzidas no cardaacutepio nacional

47

BIBLIOGRAFIA

ALMEIDA G V B Mercado Atacadista de Abacate e Avocado (CEAGESP) III

Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado Bauru 2015

ALMEIDA G V B O Abacate no mundo e na CEAGESP Todafruta notiacutecia 2011

DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwtodafrutacombrnoticia28119O+ABACATE+NO+MUNDO+NO+BRASIL

+E+NA+CEAGESP gt

ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA FRUTICULTURA 2004 a 2015 DISPONIacuteVEL EM

httpwwwgrupogazcombrtratadaseo_edicao420150320150301_106c8c2f1pdf

4718_2015fruticulturapdfgt

BIODIESELBR DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwbiodieselbrcomnoticiasmateria-

primaoutrasvideo-unesp-transforma-oleo-abacate-biodiesel-060313htm gt

BONELLA J A Classificaccedilatildeo de abacates na CEAGESP Joseacute Alcides Bonella ME

2013

BRUWER T ROOYEN Z VAN PERFORMANCE AND MARKET ACCEPTIBILITY

OF THE HASS-LIKE CULTIVARS GEM AND HARVEST IN SOUTH AFRICA Vi

World Avocado Congress (Actas VI Confreso Mundial del Aguacate) 2007 Vintildea Del

Mar Chile 12 ndash 16 nov 2007 ISBN n 978-956-17-0413-8 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwAvocadosourcecomWAC6enExtenso1b-36pdf gt

CAMPOS J A Cultura racional do abacateiro Satildeo Paulo Iacutecone 1988 150 p

CANTUAacuteRIAS-AVILEacuteS T SILVA S R La induacutestria del aguacate em el Estado de

Satildeo Paulo Brasil actualidad y perspectivas futuras In CONGRESO MUNDIAL DEL

AGUACATE 7 2011 Caims Resuacutemenes Caims Avocado Australia 2011

48

CORREIA R C ARAUJO J L P MOUCO M A do C BRAGA C A

MENDONCcedilA R F de Abacate preferecircncias e mercado CONGRESSO

BRASILEIRO DE FRUTICULTURA 21 2010 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwalicecnptiaembrapabralicebitstreamdoc8700181Moucopdf gt

CARVALHO L F Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado realizaccedilatildeo Jaguacy

Sindicato Rural de Bauru Serviccedilo Nacional de Aprendizagem Rural - SENAR

Faculdades Integradas de Bauru ndash SP 2015

CHITARRA M I F CHITARA A B 2005 Poacutes colheita de frutos e hortaliccedilas

Fiiologia e Manuseio Lavras ESALFAEPE

CRANE J H BALERDI C F MAGUIRE I Avocado Growing in the Florida Home

Landscape University of Florida Circular 1034 one of a series of the Horticultural

Sciences Department Florida Cooperative Extension Service Institute of Food and

Agricultural Sciences University of Florida 1983 Revised 2007

CRIZEL G R MOURA R S OLIVEIRA I R MENDONCcedilA C R B

Caracteriacutesticas fiacutesicas e quiacutemicas de abacates das variedades bdquoQuintal‟ e bdquoHass‟ In

CONGRESSO DE INICIACcedilAtildeO CIENTIacuteFICA 17 ENCONTRO DE POacuteS-

GRADUACcedilAtildeO 10 2008 Pelotas Resumos Pelotas UFPEL 2008

DAIUTO E R VIEITES R L TREMOCOLDI M A RUSSO V C Taxa

respiratoacuteria de abacate bdquoHass‟ submetido a diferentes tratamentos fiacutesicos Revista

Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha Meacutexico v 10 n 2 p 101-109

2010

DAIUTO E R TREMOCOLDI M A VIEITES R L Conservaccedilatildeo poacutes colheita de

abacate bdquoHass‟ irradiado Revista Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha vol

10 n 2 2010

DONADIO L C Abacate para exportaccedilatildeo aspectos teacutecnicos da produccedilatildeo

Brasiacutelia Frupex MAPA 1995 53 p

49

DONADIO L C FERRARI L AVILEacuteS T C Abacate In DONADIO L C (Ed)

Histoacuteria da Fruticultura Paulista Jaboticabal SBF ndash Sociedade Brasileira de

Fruticultura 2010 P 33-63

DORIZZOTTO C D A SAMPAIO A C ICUMA I M et al Avocado production

chain in the state of Satildeo Paulo (Brazil) In Proceedings VII World Avocado Congress

2011 Cairns Anaishellip Cairns Internacional Avocado Society 2011 DISPONIacuteVEL

EM lt

httpworldAvocadocongress2011comuserfilesfileOsvaldo20Kioshi20Yamanis

hi201400-1420pdf gt

ERNST Z R ERNST A A The strategic role of new cultivars A case study of

bdquoMaluma‟ VIII Congreso Mundial de la Palta 2015 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwavocadosourcecomWAC8Section_02EarnstZander2015pdf gt

FACTFISH Avocados production quantity (tons) ndash for all countries DISPONIacuteVEL

EM lt httpwwwfactfishcomstatisticAvocados20production20quantity gt

FAOSTAT 2000 a 2013 DISPONIacuteVEL EM lt httpfaostat3faoorgbrowseTTPE gt

FER B WOLSTENHOLME B N (Ed) The Avocado botany production and

uses Oxon CABI Publ 2002 chap 12 p 299-338

FRANCISCO V L F dos S BAPTISTELLA C S L CULTURA DO ABACATE NO

ESTADO DE SAtildeO PAULO Informaccedilotildees Econocircmicas SP v 35 n5 2005

DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwieaspgovbroutpublicacoespdftec3-0505pdf gt

GAYET J P et al 1995 Abacate para exportaccedilatildeo procedimentos de colheita e

poacutes-colheita FRUPEX Brasiacutelia 37p

GIRARDI G Abacate uma nova opccedilatildeo de biocombustiacutevel Jornal UNESP Bauru

2009 DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwunespbracijornal248energia_bauruphp gt

50

GUEDES M S B SENA M TOLEDO S Certificaccedilatildeo como estrateacutegia competitiva

internacional dos produtores de frutas no Brasil VII Encontro da Sociedade

Brasileira de Economia Ecoloacutegica (ECO-ECO) 28 a 30 de novembro de 2007

Fortaleza Cearaacute

HODDLE M The Avocado Seed Moth Stenoma cateniver Walsingham (Lepdoptera

Elachistidae) Department of Entomology Applied Biological Control Research

DISPONIacuteVEL EM lt httpbiocontrolucredustenomastenomahtml gt

HOHMANN C L MENEGUIM A M A BROCA-DO-ABACATE (Stenoma catenifer)

Aspectos bioloacutegicos comportamento danos e manejo Instituto Agronocircmico do

Paranaacute ndash Londrina ndashPR Informe da Pesquisa n 147 2005

HOHMANN C L MENEGUIM A M Observaccedilotildees preliminares sobre a ocorrecircncia

da broca-do-abacate Stenoma catenifer Wals no Estado do Paranaacute Anais da

Sociedade Entomoloacutegica do Brasil v 22 p 417-419 1993

ILLSLEY-GRANICH C‟Hass‟Carmenrega precocious flowering avocado tree

Agrovim AS de CV Uruapan Michocan Mexico Rob Brokaw Brokaw Nursery Inc

Saticoy California USA Dr Salvador Ochoa-Ascencio University of Michoacan

Uruapan Michoacan Mexico 2011 DISPONIacuteVEL EM lt

httpworldavocadocongress2011comuserfilesfileCarlos20Illsley201410-

1430pdf gt

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA ESTATIacuteSTICA (IBGE) IBGE CIDADES

DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwcidadesibgegovbrcartogramamapaphplang=ampcoduf=53ampcodmun=53

0010ampidtema=136ampcodv=v01ampsearch=distrito-federal|brasilia|sintese-das-

informacoes-2013 gt

KADER A A 1992 Postharvest technology of horticultural crops Okland Univertisy

of California 292p

51

KADER A A ARPIA M L Avocado Recommendations for Maintaining

Postharvest Quality 2013

KADER A A Biologiacutea y Tecnologiacutea Postcosecha un Panorama In KADER A A

Tecnologiacutea Postcosecha de Cultivos Hortofrutiacutecolas 3 Ed Davis University Of

Califoacuternia 2007 Cap 4 p 43-53

KLUGE R A et al Inibiccedilatildeo do amadurecimento de abacate com 1-

metilciclopropeno Pesquisa Agropecuaacuteria Brasileira 37(7)895-901

KOOLER O C Abacaticultura Porto Alegre UFRGS 1992 138p

KOOLER O C ABACATICULTURA Porto Alegre UFRGS 1984 138p

KOLLER O C Abacate produccedilatildeo de mudas instalaccedilatildeo e manejo de pomares

colheita e poacutes-colheita Porto Alegre Cinco Continentes 2002 145 p

KREMER-KOumlHNE S KOumlHNE J S 25 YEARS OF AVOCADO ROOTSTOCK

DEVELOPMENT IN SOUTH AFRICA VI World Avocado Congress Chile 2007

DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwavocadosourcecomWAC6enExtenso1a-8pdf gt

LIPPERT C ALLAMAND M (WESTFALIASUBSOLE) A hystory of

collaboration Rev Subsole Santiago 2007

MAIS NATUREZA ABACATEIRO DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwmaisnaturezacomplantasarvoresabacateiro gt

MARANCA G Fruticultura comercial Manga e Abacate Satildeo Paulo Nobel 1980

p 81-133

MASSAFERA G COSTA T M B OLIVEIRA J E D COMPOSICcedilAtildeO DE AacuteCIDOS

GRAXOS DO OacuteLEO DO MESOCARPO E DA SEMENTE DE CULTIVARES DE

ABACATE (Persea americana MILL) DA REGIAtildeO DE RIBEIRAtildeO PRETO SP)

52

Alim Nutr Araraquara V 21 n 2 p 325-331 abrjun 2010 DISPONIacuteVEL EM lt

http20014571150seerindexphpalimentosarticleview940a20v21n2pdf gt

MDIC Negociaccedilotildees internacionais DISPONIacuteVEL EM

httpwwwdesenvolvimentogovbrsitiosecexnegInternacionaisMedTerrorismoLei

ph p gt

MICKELBART M V BENDER G S WITNEY G W ADAMS C ARPAIA M L

Effects of clonal rootstocks on bdquoHass‟ avocado yield components alternate bearing

and nutrition Journal of Horticultural Schience amp Biotechnology Ashford v 82

n 3 p 460-466 2007

MILLER B BERTELS R PADILLA T WILEMAN R THOMSEN L China the

new frontier VIII World Avocado Congress 2015

MONTENEGRO H W S A cultura do abacateiro Satildeo Paulo Melhoramentos

1951 102p (Criaccedilatildeo e Lavoura n 11)

MORAES A F G Desenvolvimento produccedilatildeo e qualidade de frutos de abacateiro

cv bdquoHass‟ sobre dois porta-enxertos nas condiccedilotildees edafoclimaacuteticas da regiatildeo central

do Estado de Satildeo Paulo Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Ciecircncias Piracicaba 2014

NAAMANI G Global Trends in main Avocado Markets VII World Avocado

Congress Australia 2011

NAVA DE DE LARA HADDAD M PARRA JRP 2005 Exigecircncias teacutermicas

estimativa do nuacutemero de geroccedilotildees de Stenoma catenifer e comprovaccedilatildeo de modelo

em campo Pesq Agropec Bras Brasilia v 40 p 961-967

NAVA DE PARRA JRP COSTA VA GUERRA TM COcircNSOLI FL (2005b)

Population dynamics of Stenoma catenifer(Lepidoptera Elachistidae) and related

larval parasitoids in Minas Gerais Brazil Florida Entomologistv 88p 441-446

53

NOVAGRIM ndash FRESH FRUITS IMPORTER amp VEGETABLE SUPPLIER SINCE

1999 2001-2013 WORLD AVOCADO PRODUCTION DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwnovagrimcomPages2000_2011_Avocado_statistics_ENaspx gt

OLIVEIRA LA A importacircncia das Normas Internacionais para o Comeacutercio da

Fruticultura Brasileira Piracicaba Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Economia Escola

Superior de Agricultura ldquoLuiz de Queirozrdquo Universidade de Satildeo Paulo Piracicaba

2005

OLIVEIRA M A de et al 2000 Ceras para conservaccedilatildeo poacutes colheita de frutos de

abacateiro cultivar Fuerte armazenados em temperatura ambiente Scientia Agriacutecola

Piracicaba 57 (4) 777-780

PASSONI A D NEVES M C M RODRIGUES B B BOTEON M Anaacutelise dos

principais entraves na exportaccedilatildeo de frutas brasileiras CENTRO DE ESTUDOS

AVANCcedilADOS EM ECONOMIA APLICADA (CEPEAESALQ-USP) XLIV

CONGRESSO DA SOBER ndash ldquoQuestotildees Agraacuterias Educaccedilatildeo no Campo e

Desenvolvimentordquo Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia Rural Fortaleza

2006

PEGG K G COATES L M KORSTEN L HARDING R M Foliar fruit and

soilborne diseases In WHILEY A W SCHAF

PERFIL DA FRUTICULTURA 2014 Base de dados 2012 a 2013 Governo de Minas

Gerais Agricultura Pecuaacuteria e Abastecimento 2014

PICCININ E PASCHOLATI S F ldquoDOENCcedilAS DO ABACATEIRO‟ em MANUAL DE

FITOPATOLOGIA Vol 2 Doenccedilas das Plantas Cultivadas Editora Agronocircmica

Ceres Ltda Satildeo Paulo 1997 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwifcursoscombrsistemaadminarquivos07-33-29-

manualfitopatologiapdfpage=10 gt

54

PUTT F F GOacuteES B C CATANEO P F Anaacutelise econocircmica de oferta e demanda

do abacate na alta paulista X Foacuterum Ambiental da Alta Paulista v 10 n 7 2014

pp 158-169

ROCHA I L Nuacutemeros do abacate HORTIESCOLHA Instituto Brasileiro de

Qualidade em Horticultura DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwhortibrasilorgbrjnwindexphpoption=com_contentampview=articleampid=120

9numeros-do-abacate-ampcatid=50comercializacaoampItemid=82 gt

SANTO N T Manejo da vegetaccedilatildeo intercalar para obtenccedilatildeo de cobertura morta na

cultura do abacateiro visando minimizar os danos causados por Phytophthora

cinnamomi Dissertaccedilatildeo de mestrado em Fitotecnia Piracicaba 2014

SCHAFFER B WOLSTENJOLME B N WHILEY A W The avocado botany

production and uses 560 p 2012 DISPONIacuteVEL EM lt

httpsbooksgooglecombrbooksid=r0hpRJca3zECamppg=PA83amplpg=PA83ampdq=Th

e+Avocado+botany+production+and+uses+hass-

likeampsource=blampots=oqc5OBsbmVampsig=5gDWWPIMYRBW9cH3yYuWh-ldd-8amphl=pt-

BRampsa=Xampved=0ahUKEwj_yPbgsoTKAhUGDpAKHZTrCWEQ6AEIPDADv=onepag

eampqampf=false gt

SCIENCIA I Certificaccedilatildeo GLOBALGAP e impactos ambientais em agroinduacutestrias de

alimentos Dissertaccedilatildeo de Poacutes-Graduaccedilatildeo Araraquara SP 2010 lt

mlthttpwwwecoecoorgbrconteudopublicacoesencontrosvii_envii_enc_ecohtm

gt

SIMAtildeO S Manual de Fruticultura Satildeo Paulo Editora Agronocircmica Ceres 1971

530p p 147-169

SINGER P MASON J Eacutetica da alimentaccedilatildeo como nossos haacutebitos alimentares

influenciam o meio ambiente e o nosso bem estar Rio de Janeiro Elsevier 2007

SOARES H F ITO M K O AacuteCIDO GRAXO MONOINSATURADO DO ABACATE

NO CONTROLE DE DISLIPIDEMIAS Ver Ciecircnc Meacuted Campinas P 47-51 2000

55

DISPONIacuteVEL EM lt httpperiodicospuc-

campinasedubrseerindexphpcienciasmedicasarticleviewFile13301304 gt

TEIXEIRA C G Cultura In ITAL ndash INSTITUTO DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS

(Campinas) Abacate Cultura mateacuteria-prima processamento e aspectos

econocircmicos 2 Ed Campinas Instituto Campineiro de Ensino Agriacutecola 1995 Cap 1

p 1-54 (Frutas Tropicais)

TEIXEIRA C G Cultura do abacate In TEIXEIRA C G et al ABACATE cultura

mateacuteria prima processamento e aspectos econocircmicos 2deg ed Seacuterie Fruas Tropicais

ndeg8 ITAL Campinas 1991 250p

WATANABE H S Caracteriacutesticas de cultivares de abacate CEAGESPS ndash

Companhia de Entrepostos e Armazeacutens Gerais de Satildeo Paulo 2013

WOLFENBARGER D O COLBURN B The Stenoma catenifer a serious Avocado

pest Proceedings of Florida State Horticulture Society v 92 p 315-318 1979

ZEIDAN R SEIXAS P ABRANCHES L COSTA D MEIRELLES F Certificaccedilatildeo

na cadeia produtiva de alimentos e as barreiras teacutecnicas agrave exportaccedilatildeo Simpoacutesio de

excelecircncia e gestatildeo e tecnologia ndash SEGeT 2008 Resende

Page 21: EVOLUÇÃO DA PRODUÇÃO MUNDIAL E NACIONAL …...RESUMO O abacateiro, Persea americana, é uma cultura muito importante em vários países, devido ao volume comercializado da fruta

21

por ano em De acordo com dados de 2011 o consumo per capita da fruta em Israel

foi de 50 Kghab o Chile ficou logo atraacutes com 45Kghab por ano e os Estados

Unidos apesar de maior importador apenas 20 Kghab por ano (NAAMANI 2011)

Em alguns paiacuteses da Uniatildeo Europeia chega a ser 1500 gramashab por ano (BNET

2011) De acordo com PUTTI (2014) esta diferenccedila se deve ao fato de que o

consumo do abacate em paiacuteses da Europa vai aleacutem da forma in natura sendo

consumido principalmente na forma de salada aleacutem disso os benefiacutecios da fruta satildeo

mais difundidos do que no Brasil

A fruta eacute consumida de forma diferente ao redor do mundo podendo ser sob

a forma de doce como no Brasil ou em saladas e patecircs como o guacamole

(JAGUACYR) Aleacutem de ser amplamente explorada na induacutestria

Aspectos nutricionais

A tabela a seguir apresenta as informaccedilotildees nutricionais do abacate a partir de

100g da fruta

TABELA 2 - Informaccedilotildees nutricionais do abacate obtidas a partir de 100g

da fruta fonte (FATSECRET)

INFORMACcedilOtildeES NUTRICIONAIS ABACATE

ENERGIA 669 kj 160kal

CARBOIDRATOS 853 g

ACcedilUacuteCAR 066 g

PROTEIacuteNAS 2g

GORDURAS 1466g

GORDURA SATURADA 2126G

GORDURA MONOINSATURADA

9799G

GORDURA POLIINSATURADA 1816

COLESTEROL 0 mg

FIBRAS 77 g

SOacuteDIO 7 mg

POTAacuteSSIO 485 mg

Uma das principais caracteriacutesticas que qualificam o abacate eacute a elevada

quantidade de mateacuteria graxa em sua composiccedilatildeo O fruto eacute conhecido como uma

fruta de alto valor energeacutetico Os aacutecidos graxos (AG) podem ser encontrados na

semente em sua maioria insaturados estes aacutecidos tambeacutem estatildeo presentes no

mesocarpo contudo em concentraccedilotildees diferentes O oacuteleo do abacate eacute um produto

22

explorado na induacutestria farmacecircutica devido ao elevado teor de vitamina E O

produto possui bom valor comercial apesar de natildeo ser tatildeo produzido mundialmente

A quantidade de oacuteleo encontrada no mesocarpo eacute superior ao teor de oacuteleo

encontrado na semente No mesocarpo os teores de aacutecido oleico variam entre

3177 a 5030 jaacute na semente o teor desse aacutecido graxo monoinsaturado varia de

1169 a 3583 (MASSAFERA 2010)

O abacate eacute um alimento rico em aacutecido graxo monoinsaturado oleico Estudos

realizados com aacutecidos graxos monoinsaturados revelam sua importacircncia na

prevenccedilatildeo e tratamento de dislipidemias que estatildeo relacionadas ao

desenvolvimento de doenccedilas cardiovasculares e coronarianas (SOARES e ITO

2000) Os aacutecidos graxos monoinsaturados representados principalmente pelo aacutecido

oleico presente em oacuteleo de oliva e canola possui efeito significativos na prevenccedilatildeo e

tratamento de doenccedilas crocircnicas (LARSEN et al 1999)

Produtos e subprodutos

O oacuteleo obtido a partir da fruta do abacate possui propriedades fiacutesico-quiacutemicas

semelhantes ao oacuteleo de oliva principalmente pela composiccedilatildeo de seus aacutecidos

graxos salientando o aacutecido oleico O oacuteleo de oliva eacute um produto altamente

consumido no paiacutes poreacutem de origem importada e o oacuteleo de abacate possui forte

potencial para substituiacute-lo (MASSAFERA 2010)

Outra forma de aproveitamento do oacuteleo do abacate eacute para a produccedilatildeo de

biodiesel O professor do departamento de Quiacutemica da UNESP Manoel Lima de

Menezes afirma que o abacate tem o teor de oacuteleo que varia entre 5 a 30

proacuteximo ao encontrado na extraccedilatildeo da soja de 18 Segundo o pesquisador um

dos obstaacuteculos eacute ainda o teor de umidade da semente (BIODIESELBR 2013)

Dentre as vantagens do abacate em comparaccedilatildeo com a soja eacute que da fruta eacute

possiacutevel extrair oacuteleo e etanol dois ingredientes baacutesicos para a produccedilatildeo do

biodiesel Outra vantagem eacute que de acordo com Menezes o abacate pode render

ateacute 2800 litros de oacuteleo por hectare contra 400 da soja aleacutem do fato do abacateiro

ser uma planta perene (GIRARDI 2009)

A madeira tambeacutem eacute um produto explorado na cultura do abacateiro na

produccedilatildeo de energia como combustiacutevel (MAISNATUREZA) Outra forma de

aproveitamento de resiacuteduos da cultura eacute a utilizaccedilatildeo do caroccedilo para a produccedilatildeo de

23

tintas a partir do caroccedilo usado para tingir roupas produzindo uma tinta castanho-

arroxeada (TEIXEIRA 1991)

Melhoramento geneacutetico

O desenvolvimento floral bem como a eacutepoca de floraccedilatildeo e o amadurecimento

da fruta satildeo diretamente influenciados por caracteriacutesticas geneacuteticas Essas

caracteriacutesticas podem ser manipuladas com a utilizaccedilatildeo de enxertos porta enxertos

ou a interaccedilatildeo entre eles Neste sentido podem ser utilizados genoacutetipo Mexicano

que pode antecipar a floraccedilatildeo ou Guatemalenses que manteacutem uma floraccedilatildeo meacutedia

ou porta-enxerto das Iacutendias Ocidentais que promovem floraccedilatildeo tardia Estudos tecircm

comprovado que a utilizaccedilatildeo de porta-enxertos do grupo Mexicano antecipam a

floraccedilatildeo entre 4 a 8 semanas antes de pomares de clones de bdquoHass‟ Contudo a

antecipaccedilatildeo de 8 semanas na eacutepoca de floraccedilatildeo promoveu o a antecipaccedilatildeo de

maturaccedilatildeo dos frutos em apenas 3 semanas Como existe uma alta demanda pelo

abacate ‟Hass‟ em todo mundo o uso de cultivares do abacate bdquoHass-like‟ pode ser

de grande interesse para os paiacuteses produtores uma vez que a cultivar bdquoLamb-Hass‟

por exemplo possui a caracteriacutestica de estender a eacutepoca de colheita aumentando

assim a janela de produccedilatildeo da fruta (SCHAFFER et al 2012)

No final dos anos 80 Carlos Meacutendez observou um abacate diferenciado na

regiatildeo de Urupan estado de Michocaacuten Meacutexico A planta encontrada exibia uma

floraccedilatildeo com um comportamento distinto das demais Este abacate bdquoHass-like‟ foi

nomeado localmente de bdquoHass-Mendez‟ e agora eacute conhecido comercialmente como

bdquoHass Carmen‟ (Illsley-Granich 2011) Uma das cultivares de bdquoHass-like‟ que tem

sido utilizada em programas de melhoramento eacute a ldquoSir Prizerdquo

Outra cultivar bdquoHass-like‟ muito importante eacute a bdquoMaluma‟ na Aacutefrica do Sul

Dentre as vantagens desta cultivar em relaccedilatildeo ao bdquoHass‟ apresentadas por ERNST

amp ERNST (2015) estatildeo rendimento elevado precocidade e possibilidade de

aumento na densidade de plantas no pomar de abacateiro

Programas de melhoramento satildeo criados a fim de se incorporar

caracteriacutesticas de resistecircncia a doenccedilas - como os desenvolvidos na Universidade

da Califoacuternia que deram origem a cultivares como por exemplo bdquoGem‟ e bdquoHarvest‟

que possuem excelentes caracteriacutesticas agronocircmicas Dentre estas caracteriacutesticas

se tem aumento da produtividade e resistecircncia agrave podridatildeo radicular

24

A utilizaccedilatildeo de porta-enxertos eacute de suma importacircncia para se aproveitar

melhor o potencial das diferentes culturas seja por aumentar a produtividade ou por

conferir resistecircncia a doenccedilas No final dos anos 70 a podridatildeo causada por

Phytophthora cinnamomi causou grandes prejuiacutezos para a cultura do abacate na

Aacutefrica do Sul Com isso foi necessaacuterio importar da Califoacuternia porta-enxertos

tolerantes agrave podridatildeo radicular propagados vegetativamente a fim de se ter maior

uniformidade geneacutetica para estabelecer novos pomares de abacateiro Durante

muitos anos a cultivar bdquoDuke 7‟ era o uacutenico porta-enxerto que produzia plantas

uniformes produtivas e razoavelmente produtivas era a cultivar bdquoDuke 7‟ Nos anos

80 foi desenvolvida a cultivar bdquoDusa‟ a partir de plantas sobreviventes em pomares

doentes A cultivar desenvolvida pela WESTFALIA apresentou toleracircncia agrave podridatildeo

superior a bdquoDuke 7‟ (KREMER-KOumlHNE 2007)

Na Floacuterida as cultivares mais utilizadas como porta-enxerto satildeo a bdquoLula‟ e

bdquoWaldin‟ devido ao fato dessas variedades conferirem aos pomares de abacate

uniformidade aumentar o vigor e pela produccedilatildeo de sementes (CRANE et al 2007)

No Brasil os pomares comerciais de abacate satildeo implantados sobre porta-

enxertos oriundos de sementes este fator faz com que o tamanho da copa das

plantas seja desuniforme a produccedilatildeo seja afetada bem como a qualidade dos frutos

e a susceptibilidade aos patoacutegenos do solo no qual se destaca Phytophthora

cinnamomi Contudo outros paiacuteses produtores da fruta utilizam porta-enxertos de

melhor qualidade obtidos a partir de clones que possuem resistecircncia a doenccedilas e

tambeacutem conferem uniformidade ao pomar (MORAES 2014)

Certificaccedilatildeo

Devido agrave exigecircncia cada vez maior feita pelos mercados internacionais natildeo eacute

possiacutevel exportar frutas e outros produtos agropecuaacuterios sem que se tenha a

certificaccedilatildeo Um das finalidades da certificaccedilatildeo eacute proteger o diferencial de qualidade

(AGRIANUAL 2012)

A certificaccedilatildeo eacute uma forma de se adquirir vantagem competitiva sustentaacutevel

para concorrer com os grandes produtores mundiais Tendo em vista a exigecircncia de

produtos de qualidade por consumidores cada vez mais frequente eacute necessaacuterio que

o mercado mundial se atente ao alto padratildeo de qualidade fornecido por seus

produtos Com isso programas de qualidade tecircm sido desenvolvidos visando agrave

aplicaccedilatildeo direta nas cadeias de produccedilatildeo em especial na aacuterea de produtos

25

pereciacuteveis como eacute o caso da fruticultura objetivando a aceitaccedilatildeo internacional

(GUEDES et al 2007)

Vaacuterias pesquisas e estudos recentes vecircm colaborando para compreensatildeo da

formaccedilatildeo organizaccedilatildeo e influecircncia das cadeias produtivas de onde surgem

produtos que seguem os padrotildees de qualidade reconhecidos internacionalmente

onde os sistemas de certificaccedilatildeo tecircm papel fundamental

Tratando-se de qualidade os consumidores atuais buscam produtos que

atentem agraves questotildees eacuteticas que abordem temas como meio ambiente e uso de

agrotoacutexicos considerando que a procura por alimentos seguros e saudaacuteveis uma

questatildeo elementar (SINGER e MASON 2007)

Considerando que a sauacutede dos consumidores de alimentos in natura pode ser

afetada a seguranccedila alimentar bem como a qualidade dos produtos deve receber

atenccedilatildeo especial A qualidade dos produtos estaacute vinculada aos procedimentos que

satildeo conduzidos durante cada etapa de produccedilatildeo como por exemplo plantio

colheita processamento industrializaccedilatildeo e comeacutercio (OLIVEIRA 2005)

METODOLOGIA

Tipo de Estudo

Pesquisa Bibliograacutefica eacute desenvolvida a partir de material jaacute elaborado

constituiacutedo de livros e artigos cientiacuteficos (Gil 2008) Portanto o presente trabalho

utilizou-se das ideias do estudo exploratoacuterio feito a partir de pesquisa bibliograacutefica

Com isso este trabalho desenvolveu-se seguindo

1deg FONTES

Foram utilizados artigos que fornecessem informaccedilotildees sobre a cultura do

abacate bem como dados de produccedilatildeo poacutes-colheita e comercializaccedilatildeo e que

abordassem o tema de exportaccedilatildeo

2deg COLETA DE DADOS

Primeiramente foi feita leitura de trabalhos jaacute disponiacuteveis na literatura que

abordassem aspectos de produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo de forma raacutepida e objetiva a

fim de se selecionar o material a ser incluiacutedo no presente trabalho

26

Em seguida foi feita uma leitura seletiva agrupando as informaccedilotildees dos

artigos preacute-selecionados de acordo com o tema registrando as informaccedilotildees

extraiacutedas das fontes em instrumento especiacutefico

3deg ANAacuteLISE E INTERPRETACcedilAtildeO DOS RESULTADOS

Nesta etapa foi realizada uma leitura analiacutetica com a finalidade de ordenar as

informaccedilotildees contidas na literatura disponiacutevel utilizados como fonte para o

desenvolvimento deste trabalho a fim de se elaborar informaccedilotildees que resumissem

as questotildees abordadas nesta pesquisa

RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

ABACATE NO MUNDO

A figura a seguir apresenta dados de produccedilatildeo mundial de abacate (t) em 21

paiacuteses indo de 2004 a 2013 com base nos dados da FAO ndash Organizaccedilatildeo das

Naccedilotildees Unidas para Alimentaccedilatildeo e Agricultura (Food and Agriculture Organization of

the United Nations para a sigla em inglecircs)

27

Figura 2 Produccedilatildeo mundial do abacate (em t) elaborado pelo autor FONTE NOVAGRIM adaptado com dados da FAO

Os paiacuteses produtores de abacate satildeo representados no mapa abaixo onde a

intensidade da coloraccedilatildeo vermelha representa o volume de abacate produzido no

paiacutes quanto mais intenso maior o volume produzido como estaacute destacado o

Meacutexico maior produtor mundial participando com aproximadamente 31 12 de toda

a produccedilatildeo mundial da fruta

Figura 3 - Paiacuteses produtores de abacate ao redor do mundo FONTE FACTFISH

100000

300000

500000

700000

900000

1100000

1300000

1500000

1700000

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013

PRODUCcedilAtildeO MUNDIAL DE ABACATE

MEacuteXICO

INDONEacuteSIA

REP DOM

COLOcircMBIA

BRASIL

EUA

CHILE

PERU

CHINA

28

Em 2004 o maior produtor mundial de abacate foi o Meacutexico participando com

307 de todo o volume produzido mundialmente com cerca de 987000 t Em

segundo lugar poreacutem muito atraacutes com um volume de 221774 t segue a Indoneacutesia

representando apenas 689 Na terceira posiccedilatildeo Repuacuteblica Dominicana 68 e

218790 t e em quarto produzindo 170985 t estava a Colocircmbia com 53

De acordo com os dados de 2013 o Meacutexico continuou liderando o setor

participando com 3112 do total produzido agora com um volume de 1467837 t

Em segundo lugar a Repuacuteblica Dominicana com 821 Colocircmbia 643 e Peru

611 em ordem decrescente (FAOSTAT) Nos uacuteltimos 10 anos a Repuacuteblica

Dominicana saltou para o segundo lugar graccedilas a um aumento de 771 em sua

produccedilatildeo Neste sentido a Colocircmbia alcanccedila a posiccedilatildeo de 3deg colocado devido ao

aumento similar ao da Repuacuteblica Dominicana (774)

O Peru foi o paiacutes que obteve maior destaque pois saiu da oitava posiccedilatildeo

participando com apenas 337 da produccedilatildeo mundial o que representava um

volume de 108460 t em 2004 para a quarta posiccedilatildeo no ranking mundial em 2013

com 611 quando produziu 288387 t a sua participaccedilatildeo no mercado mundial

quase que dobrou nesse periacuteodo O aumento da produccedilatildeo mundial foi de 467

enquanto que o aumento do volume de abacate produzido no Peru foi de 1659

Segundo CARVALHO (2015) a formaccedilatildeo de associaccedilotildees como a PROHASS que

investe no desenvolvimento de tecnologia e marketing para estimular inclusive o

consumo interno podendo ateacute ser um exportador para o Brasil

Aos poucos a China vem participando do mercado do abacate A populaccedilatildeo

do paiacutes ultrapassa 15 bilhotildees de pessoas em algumas aacutereas metropolitanas a

populaccedilatildeo vai de 12 a 45 milhotildees de habitantes Em 2000 a classe meacutedia da China

representava 4 da populaccedilatildeo e hoje chega a 66 Os gastos com alimentaccedilatildeo

tambeacutem acompanham essa mudanccedila de comportamento pois existe nesta classe a

procura por alimentos mais saudaacuteveis Esses fatores tecircm estimulado uma mudanccedila

no consumo de abacate em toda a China (MILLER et al 2015)

Quanto agrave produccedilatildeo do Brasil no Ranking global ocorreu justamente o

contraacuterio o paiacutes saiu da quinta posiccedilatildeo para a oitava ao reduzir 765 da produccedilatildeo

que era de 170895 t em 2004 para 157428 t em 2013 Em 2011 o abacate ficou na

17deg posiccedilatildeo no ranking da produccedilatildeo nacional da fruta ocupando apenas 03 do

montante da produccedilatildeo de frutas frescas muito atraacutes das principais culturas

29

produzidas como a laranja mais produzida participando com 416 do setor

Banana segunda mais importante com 154 e Melancia com 46 em quarto

(IBGEPAM 2011)

O volume de abacate fresco brasileiro exportado foi de 4313 t em 2013 para

5806 toneladas em 2014 resultando num aumento de mais de 37 na receita com

este setor que em 2014 foi de mais de nove milhotildees e meio de doacutelares

(AGRIANUAL 2015)

O graacutefico abaixo apresenta o comportamento do volume em toneladas de

abacate exportado pelos paiacuteses que participam do setor

Figura 4 Volume de abacate (t) exportado pelos paiacuteses exportadores da fruta Elaborado pelo autor FONTE FAO

Em 2013 Meacutexico liderou o setor de exportaccedilatildeo do abacate com um volume

de 563492 toneladas cerca 463 do total exportado no mundo Em segundo lugar

a Holanda com 99 A Holanda eacute um grande importador contudo o paiacutes reexporta

grande parte do volume comprado O Peru merece destaque pois saiu de um

volume exportado de 2209 t (06) em 2000 para 114515 t em 2013 ocupando

94 do volume de abacate exportado o que lhe conferiu a 3deg posiccedilatildeo no ranking

global Em quarto lugar o Chile com 73

A figura a seguir apresenta o comportamento dos principais importadores de

abacate do mundo em 14 anos

0

100000

200000

300000

400000

500000

600000

20002001200220032004200520062007200820092010201120122013

EVOLUCcedilAtildeO DA EXPORTACcedilAtildeO MUNDIAL EM t

MEacuteXICO

CHILE

ESPANHA

AacuteFRICA DO SUL

ISRAEL

HOLANDA

PERU

30

Figura 5 Evoluccedilatildeo do volume (t) importado pelos principais paiacuteses importadores de abacate ELABORADA PELO AUTOR FONTE FAOSTAT

Os principais importadores de fruta como por exemplo o europeu e o norte

americano exigem um padratildeo de qualidade que observem as demandas impostas

pelos consumidores com relaccedilatildeo agrave seguranccedila alimentar e tambeacutem agraves exigecircncias

para certificaccedilatildeo do produto levando em consideraccedilatildeo aspectos ambientais e

sociais aleacutem do local de produccedilatildeo Desta forma produtores de fruta destinadas agrave

exportaccedilatildeo precisaram adaptar suas lavouras para atender agraves exigecircncias dos mais

importantes selos internacionais como o EureGapR e o TNCR (OLIVEIRA 2005) O

maior importador de abacate do mundo satildeo os Estados Unidos (ROCHA 2014)

O volume de abacate importado ao redor do mundo vem crescendo na uacuteltima

deacutecada Os Estados Unidos lideram o montante desde 2007 mais ainda que toda a

Uniatildeo Europeia o volume importado pelo paiacutes cresceu cerca de sete vezes entre

2000 e 2013 Em segundo lugar a Uniatildeo Europeia importando quase 23 menos

A Holanda tambeacutem cresceu muito e hoje ocupa a terceira colocaccedilatildeo no ranking O

Japatildeo e o Canadaacute tiveram consideraacutevel crescimento contudo mantiveram-se na 5deg

e 6deg posiccedilatildeo durante esse periacuteodo

Nos EUA a demanda cresce mais acelerado do que a oferta segundo

CARVALHO (2015) a demanda cresce 12 ao ano enquanto a produccedilatildeo cresce

apenas 4 O paiacutes possui uma poliacutetica de retornar parte dos lucros oriundos da

-

100000

200000

300000

400000

500000

600000

700000

IMPORTACcedilAtildeO DE ABACATE NO MUNDO EM t

EUA

UE

HOLANDA

FRANCcedilA

CANADAacute

REINO UNIDO

31

comercializaccedilatildeo do Avocado no paiacutes com a elaboraccedilatildeo de marketing e o

desenvolvimento de pesquisas que incentivem o aumento do consumo interno

promovendo alimentos como por exemplo o GUACAMOLE alimento muito popular

no paiacutes

Em 2002 os EUA impunham a Lei do Bioterrorismo exigindo que as

empresas que produzem processem armazenem ou processem alimentos voltados

ao consumo humano ou animal devem cumprir normas para comercializar seus

produtos voltados ao consumo humano ou animal precisam cumprir normas para

comercializar seus produtos nos Estados Unidos Eacute necessaacuterio que essas mesmas

empresas possuam registro junto ao governo norte-americano atualizando estas

informaccedilotildees e comunicarem agraves autoridades a chegada de novos carregamentos

alimentares O natildeo cumprimento dessas exigecircncias acarreta na proibiccedilatildeo do

ingresso da carga e possiacutevel retenccedilatildeo da mercadoria com multa para o responsaacutevel

pelo carregamento (MDIC 2006)

Os principais compradores de abacate ‟Hass‟ satildeo os Estados Unidos (20 a

50) UE AUS e o Meacutexico maior produtor e exportador do Avocado participando

com 20 do mercado de Avocado (CARVALHO 2015)

O Brasil participa com apenas 031 do mercado internacional exportando

para o Canadaacute e Holanda CARVALHO (2015) comenta que o Brasil natildeo aproveita

seu potencial de se tornar grande produtor e exportador de Avocado o paiacutes possui

extensa aacuterea e clima variado entre outros fatores que favorecem a produccedilatildeo de

Avocado contudo a produccedilatildeo ainda eacute muito pequena quando comparado com

outros paiacuteses que participam do mercado internacional da fruta

Quanto agrave contribuiccedilatildeo do desenvolvimento de programas de melhoramento

geneacutetico para a consolidaccedilatildeo do Brasil como grande produtor mundial de abacate a

utilizaccedilatildeo de cultivares de bdquoHass-like‟ representa uma excelente opccedilatildeo para

aumentar a safra da cultura no paiacutes devido agrave caracteriacutestica que esta variedade tem

de antecipar a florada ampliando desta forma a janela de produccedilatildeo e aumentando

a competitividade do paiacutes em relaccedilatildeo a outros paiacuteses exportadores da fruta

O graacutefico a seguir ilustra o comportamento das exportaccedilotildees e importaccedilotildees

Brasileiras em 14 anos

32

Figura 6 - Evoluccedilatildeo da exportaccedilatildeo e importaccedilatildeo do abacate (em t) no Brasil em 14 anos Elaborado pelo autor FONTE FAO

Alguns dos principais concorrentes do Brasil tratando-se da exportaccedilatildeo do

Avocado satildeo Aacutefrica do Sul com 3 das exportaccedilotildees Chile com 7 e Peru

representando 10 do mercado internacional de Avocado A safra do Chile ocorre

em eacutepoca proacutexima a do Brasil comeccedilando em agosto e terminando em fevereiro

(CARVALHO 2015) A Boliacutevia apesar de participar com apenas 012 do volume

exportado tem a vantagem de possibilidade de produccedilatildeo o ano todo

O elevado padratildeo de qualidade dos produtos eacute sem duacutevida um fator que

pode fazer com que o Brasil se estabeleccedila no mercado mundial de abacate Esta

praacutetica tem qualificado a Aacutefrica do Sul como um dos principais fornecedores para

paiacuteses da Europa a partir do intenso trabalho desenvolvido pela empresa sem fins

lucrativos WESTFALIA situada no municiacutepio de Limpopo por meio de investimentos

em tecnologia

A tabela a seguir apresenta o periacuteodo do ano em que cada paiacutes exportador de

abacate embarca seus produtos ao redor do mundo

0

500

1000

1500

2000

2500

3000

3500

4000

4500

5000

EXPORTACcedilAtildeO

IMPORTACcedilAtildeO

33

TABELA 3 - Janela de exportaccedilatildeo dos paiacuteses exportadores de abacate

adaptada FONTE WESTFALIASUBSOLE

CALENDAacuteRIO DE EXPORTACcedilAtildeO DE ABACATE lsquoHASSrsquo

jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

BRASIL X X X X X X X X

ARGENTINA X X X

EUA X X X X X X X X X X X X

CHILE X X X X X X X X X X

AFRICA DO SUL X X X X X X X

REP DOMINICANA X X X X X

ISRAEL X X X X X X

PERU X X X X X X X

NOVA ZELAcircNDIA X X X

MEacuteXICO X X X X X X X X X X X X

ESPANHA X X X X X X X

QUEcircNIA X X X X X

AUSTRAacuteLIA X X X X X X X

Os principais destinos do abacate ‟Hass‟ exportado pelo Brasil satildeo Espanha

Itaacutelia Holanda Alemanha e Dinamarca O material exportado segue de navio do

porto de Santos a uma temperatura de 5degC levando ateacute 16 dias no maacuteximo ateacute os

destinos Esse material exportado pelo Brasil possui os certificados GlobalGapR ndash

BRCR ndash BSCIR ndash SedexR ndash SmetaR

Os graacuteficos a seguir apresentam informaccedilotildees sobre a evoluccedilatildeo do da

exportaccedilatildeo do abacate feitos a partir de informaccedilotildees apresentadas no Anuaacuterio

Brasileiro de fruticultura (2004 a 2015) obtidos a partir de dados do Instituto

Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica

34

Figura 7 - Evoluccedilatildeo do volume de abacate exportado pelo brasil (2003 a 2014) Elaborado pelo autor com dados DO ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE AGRICULTURA DE 2004 a 2015 (IBGE)

Figura 8 - Receita com exportaccedilatildeo brasileira de abacate (2003 a 2014) Elaborado pelo autor com dado do ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE AGRICULTURA DE 2004 a 2015 (IBGE)

O volume de abacate exportado pelo Brasil vem crescendo nos uacuteltimos anos

revelando assim a importacircncia do setor para o paiacutes A variaccedilatildeo do volume

exportado de 2008 para 2009 foi de 6282 jaacute de 2009 para 2010 a exportaccedilatildeo

sofreu uma queda de 793 Em 2014 houve um aumento de 3462 no setor em

relaccedilatildeo ao ano anterior (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE FRUTICULTURA) A receita

-

100000

200000

300000

400000

500000

600000

700000

20

03

20

04

20

05

20

06

20

07

20

08

20

09

20

10

20

11

20

12

20

13

20

14

EVOLUCcedilAtildeO DO VOLUME DE ABACATE EXPORTADO PELO BRASIL (2003 a 2014)

VOLUME EXPORTADO (t)

-

20000000

40000000

60000000

80000000

100000000

120000000

20

03

20

04

20

05

20

06

20

07

20

08

20

09

20

10

20

11

20

12

20

13

20

14

RECEITA COM EXPORTACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ABACATE (2003 a 2014)

RECEITA (em USS FOB)

35

obtida a partir da exportaccedilatildeo do abacate tambeacutem acompanha os iacutendices de

crescimento

A Aacutefrica do Sul um dos principais concorrentes do Brasil no setor de

exportaccedilatildeo do Avocado eacute reconhecida por exportar material de alta qualidade para

Europa onde possui escritoacuterios contudo sua produccedilatildeo estaacute estagnada A Westfalia

eacute uma empresa sem fins lucrativos produtora de Avocado na Aacutefrica do Sul

responsaacutevel por desenvolver o mercado de Avocado no paiacutes e investe fortemente

em tecnologia o que colaborou para a atual situaccedilatildeo da Aacutefrica do Sul no setor de

exportaccedilatildeo de Avocado (CARVALHO 2015)

ABACATE NO BRASIL

O Brasil favorecido quando comparado com outros paiacuteses produtores devido

agrave suas dimensotildees continentais o que lhe possibilita ampla variaccedilatildeo de temperaturas

e solos estes fator unido agraves caracteriacutesticas individuais de cada variedade como por

exemplo sazonalidade e exigecircncias nutricionais e de horas de luz Contudo apesar

da aacuterea destinada agrave produccedilatildeo do abacate no Brasil ter reduzido passando de

11605 ha em 2005 para 9559 ha em 2014 reduccedilatildeo de 176 a produccedilatildeo natildeo foi

tatildeo alterada o que evidencia a possibilidade de um aumento na produtividade destas

aacutereas

Atualmente o Brasil ocupa a oitava posiccedilatildeo no ranking global do setor de

produccedilatildeo de abacate E apesar de possuir crescente produtividade o paiacutes ainda

possui excelente potencial produtor e tambeacutem como exportador da fruta Para

aproveitar melhor esse potencial deveriam ser feitos mais investimentos tanto no

que se refere agrave produccedilatildeo como por exemplo melhoramento geneacutetico e adoccedilatildeo de

protocolos de boas praacuteticas agriacutecolas para a obtenccedilatildeo de certificaccedilatildeo quanto no

setor de comercializaccedilatildeo desenvolvendo elevado padratildeo de qualidade da fruta

A tabela a seguir (TABELA 4) apresenta a aacuterea destinada agrave colheita de todas

as variedades de abacate nos principais produtores de abacate e o Distrito Federal

TABELA 4 - Aacuterea destinada agrave colheita (em ha) Elaborada pelo autor

DADOS (IBGE-SIDRA)

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Brasil 11605 10515 9892 9596 8509 11125 10768 9615 9707 9559

Satildeo Paulo 4266 3688 3583 3437 3267 5530 5642 4192 4374 4337

36

Minas Gerais 2865 2254 2326 2223 1854 2202 2134 2309 2416 2373

Paranaacute 1492 1467 1306 1009 1085 1000 944 922 958 930

Cearaacute 493 475 498 497 490 484 477 480 483 498

Rio Grande do Sul 626 619 613 602 584 575 552 499 470 444

Distrito Federal 119 122 109 124 108 111 - 295 160 134

A tabela 5 abaixo apresenta a produccedilatildeo de todas as variedades de abacate

em toneladas dos uacuteltimos 10 anos para os principais estados produtores e o Distrito

Federal

TABELA 5 - Produccedilatildeo nacional de abacate em 10 anos (em t) Elaborada pelo

autor FONTE (IBGESIDRA)

UFANO 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Brasil 169335 164441 154096 147214 139089 153189 160376 159903 157482 156669 1000

Satildeo Paulo 77107 78085 70812 69904 74193 83002 91909 82780 85101 79316 506

Minas Gerais 38777 32812 33436 28016 24772 28522 30975 36669 36571 41259 263

Paranaacute 22265 22575 20425 16537 15919 15824 17304 16705 16309 15784 101

Rio Grande do Sul

8167 7905 7804 7602 6824 6769 6907 5719 5584 5277 34

Cearaacute 5202 4231 4706 4520 4336 4163 3985 2717 2640 3637 23

Distrito Federal 2596 3081 2690 3019 2666 2415 - 6914 3152 3151 20

Em 2014 a aacuterea destinada agrave colheita do abacate no estado do Cearaacute era

superior agrave aacuterea do Rio Grande do Sul contudo a produccedilatildeo no estado do Cearaacute no

mesmo ano foi de 3637 t enquanto que a produccedilatildeo do Rio Grande do Sul foi de

5277 45 maior reforccedilando assim a ideia de que a produtividade no Sul pode ser

maior em relaccedilatildeo agrave regiatildeo Nordeste Este fator pode ser decorrente do uso de

cultivares inadequadas para as condiccedilotildees climaacuteticas da regiatildeo eou pela falta de

adoccedilatildeo de tecnologias modernas e teacutecnicas avanccediladas de produccedilatildeo

No Distrito Federal a produccedilatildeo cresceu 21 nos uacuteltimos 10 anos e hoje

representa 2 da produccedilatildeo nacional Por outro lado Satildeo Paulo que lidera o ranking

com 506 de toda a produccedilatildeo obteve crescimento de apenas 286 Jaacute a

produccedilatildeo do Paranaacute sofreu uma reduccedilatildeo de -291 neste mesmo periacuteodo poreacutem

manteve-se como quarto produtor nacional de abacate Os estados do Cearaacute e Rio

Grande do Sul tambeacutem reduziram sua produtividade nos uacuteltimos 10 anos

acompanhando a reduccedilatildeo nacional que reduziu -74

37

A variaccedilatildeo da produtividade de todas as variedades de abacate dos principais

estados produtores de abacate do Brasil eacute apresentada na TABELA 6 a seguir

TABELA 6 - Variaccedilatildeo (em) da produtividade (t) no Brasil em 10 anos

Elaborada pelo autor FONTE (IBGESIDRA)

VARIACcedilAtildeO () DA PRODUTIVIDADE (t) EM 10 ANOS

ESTADOANO 2005 2014 VARIACcedilAtildeO

PAIacuteS 146 164 123

SAtildeO PAULO 181 183 11

MINAS GERAIS 135 174 289

PARANAacute 149 17 141

RIO GRANDE DO SUL 13 119 -85

CEARAacute 106 73 -311

DISTRITO FEDERAL 218 235 78

De acordo com os dados do IBGE Satildeo Paulo eacute o maior produtor de abacate

do paiacutes Dentre as variedades mais produzidas no estado de Satildeo Paulo estatildeo

bdquoFortuna‟ bdquoGeada‟ bdquoQuintal‟ e bdquoMargarida‟ (DORIZZOTTO 2011)

Abaixo segue TABELA 11 contendo os nuacutemeros de plantas novas e o

nuacutemero de plantas em produccedilatildeo bem como a produccedilatildeo (caixas de 22Kg) no estado

de Satildeo Paulo ao longo de 15 anos

TABELA 7 - Quantidade de peacutes novos peacutes em produccedilatildeo e produccedilatildeo (cx 22kg)

no estado de Satildeo Paulo entre 2000 e 2015 Elaborada pelo autor FONTE

INSTITUTO DE ECONOMIA AGRIacuteCOLA

ANO PEacuteS

NOVOS PEacuteS EM

PRODUCcedilAtildeO

2000 4859400 66157100

2001 4617700 62883700

2002 4742500 55421300

2003 6095000 49740300

2004 5969500 48339500

2005 5131100 46596200

2006 5325600 45869000

2007 3412800 47668000

2008 5007100 40617400

2009 12068600 49971400

2010 8190000 53239000

38

2011 6904500 54780100

2012 7704100 51341600

2013 7002100 59149400

2014 8419800 60996100

2015 9040200 67073800

O graacutefico abaixo apresenta a curva da produtividade obtida a partir da relaccedilatildeo

feita entre a produccedilatildeo e a quantidade de peacutes em produccedilatildeo no estado de Satildeo Paulo

Figura 9 - Produtividade (kgplanta) no estado de Satildeo Paulo desde 2000 elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE ECONOMIA AGRIacuteCOLA

Os dados foram obtidos a partir da relaccedilatildeo feita entre a quantidade de planta

em produccedilatildeo e a quantidade de caixas de 22 Kg produzidas no estado de Satildeo Paulo

desde 2000 Esses dados revelam crescente aumento da produtividade ateacute o ano de

2010 onde a produtividade ultrapassou 168 Kgplanta Jaacute em relaccedilatildeo ao ano de

2011 a produtividade sofreu uma reduccedilatildeo de 10 Depois disso a curva de

produtividade continuou ascendente

A seguinte tabela apresenta a evoluccedilatildeo do preccedilo do abacate comercializado

na CEAGESP durante o ano no periacuteodo de nove anos

90

110

130

150

170

190

20

00

20

01

20

02

20

03

20

04

20

05

20

06

20

07

20

08

20

09

20

10

20

11

20

12

20

13

20

14

20

15

PRODUTIVIDADE DOS PEacuteS DE ABACATE (Kgplanta) EM SP

PRODUTIVIDADE

39

TABELA 8 - Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio (em R$Kg) do abacate FONTE

CEAGESP 2008

ANOMEcircS JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

2007 105 101 1 118 107 109 129 151 159 181 228 279

2008 119 081 084 097 102 11 122 137 149 208 296 326

2009 169 122 132 133 141 141 152 177 217 213 212 235

2010 17 161 165 154 151 151 164 173 202 262 406 316

2011 185 182 183 203 186 204 231 278 308 317 359 369

2012 207 155 151 141 153 164 192 218 242 268 429 485

2013 263 209 216 215 244 265 258 304 347 403 566 498

2014 228 206 231 239 198 2 256 267 301 305 403 538

2015 406 403 386 349 367 397 394 43 - - - -

O graacutefico a seguir resume o comportamento da quantidade de peacutes novos e

em produccedilatildeo no estado de Satildeo Paulo desde o ano 2000

Figura 10 - Evoluccedilatildeo do nuacutemeros de peacutes novos e em produccedilatildeo ao longo de 15 anos no estado de Satildeo Paulo elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE

ECONOMIA AGRIacuteCOLA

A produccedilatildeo (em caixas de 22 Kg) eacute demonstrada no graacutefico abaixo para esse

mesmo periacuteodo

000

10000000

20000000

30000000

40000000

50000000

60000000

70000000

80000000

20002002200420062008201020122014

EVOLUCcedilAtildeO DOS DADOS DO ABACATE EM SAtildeO PAULO

PEacuteS NOVOS

PEacuteS EM PRODUCcedilAtildeO

40

Figura 11 - Evoluccedilatildeo da produccedilatildeo de abacate em caixas de 22kg no estado de Satildeo Paulo em 15 anos elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE

ECONOMIA AGRIacuteCOLA

A sazonalidade do abacate comercial na CEAGESP em Satildeo Paulo

demonstram que o abacate pode ser comercializado praticamente todas as eacutepocas

do ano como apresentado pela tabela

TABELA 9 - Sazonalidade do abacate FONTE CEAGESP 2008

VARIEDADE JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

GEADA X X X X X

FORTUNA X X X X X X X

QUINTAL X X X X X X X

MARGARIDA X X X X X X X X X X

BREDA X X X X X X X X

HASS X X X X X X X X

O Estado de Minas Gerais eacute o segundo maior produtor nacional de abacate

participando do setor com 229 do total produzido A aacuterea no Estado destinada agrave

produccedilatildeo da fruta foi de 23 mil ha A produtividade do estado de Minas em 2012 foi

de 15881 (hgha) (PERFIL DA FRUTA) A produccedilatildeo de abacate no Distrito Federal

em 2013 foi de 3152 toneladas (IBGE) Em Minas a produccedilatildeo concentra-se nas

regiotildees Sul e Sudeste do estado (ALMEIDA 2013)

200000000

250000000

300000000

350000000

400000000

450000000

500000000

550000000

20002002200420062008201020122014

EVOLUCcedilAtildeO NA PRODUCcedilAtildeO DE ABACATE EM SAtildeO PAULO (22Kgcx)

PRODUCcedilAtildeO CX 22Kg

41

Em 2003 o Paranaacute foi o terceiro maior produtor nacional de abacate com uma

aacuterea de aproximadamente 1600ha onde se produziu 26 mil toneladas gerando uma

receita de cerca de R$ 85 milhotildees (HOHMANN amp MENEGUIM 2005)

De acordo com a relaccedilatildeo feita entre os dados de volume de abacate colhido e

de aacuterea destinada agrave produccedilatildeo do IBGESIDRA em 10 anos (2005 agrave 2014) o estado

que sofreu maior reduccedilatildeo da produtividade foi o estado do CEARAacute reduzindo em

31 aproximadamente enquanto que o estado de minas aumentou 289 sua

produtividade O DF apresentou os melhores niacuteveis de produtividade a partir desses

dados

AVOCADO NO BRASIL

A regiatildeo de Bauru em Satildeo Paulo especializou-se na produccedilatildeo dos abacates

‟Hass‟ e bdquoFuerte‟ conhecidos comercialmente como Avocado e satildeo os mais

apreciados pelo mercado internacional (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA

FRUTICULTURA 2008)

O Avocado variedades ‟Hass‟ e bdquoFuerte‟ possui excelentes caracteriacutesticas

nutricionais como por exemplo seu alto teor de lipiacutedeos Aleacutem disso o fruto possui

tamanho reduzido o que facilita o consumo evitando que parte natildeo consumida seja

armazenada Uma das possibilidades de se estimular o consumo interno seria

promover o produto a partir do uso de marketing setor no qual a empresa

JAGUACYR situada no municiacutepio de Bauru ndash SP tem se destacado fornecendo

informaccedilotildees nutricionais e apresentando o alto padratildeo de qualidade da fruta Outro

fator que reduz a oferta do produto no mercado interno eacute a demanda internacional

apesar de impor barreiras e exigirem alto padratildeo de qualidade o produto de

qualidade recebe os melhores preccedilos este fator tambeacutem limita o consumo interno

porque o preccedilo oferecido pelos importadores reflete no preccedilo interno

Outro ponto que deve ser observado para se manter qualidade elevada dos

frutos eacute a escolha adequada do ponto de colheita pois este fator reflete diretamente

no teor de oacuteleo dos frutos que por sua vez eacute responsaacutevel pela conservaccedilatildeo do

sabor Os melhores teores de oacuteleo encontram-se em frutos tardios como nas

variedades obtidas a partir das raccedilas Guatemalenses e Mexicana sendo maior nas

raccedilas Mexicana e menor em cultivares oriunda de raccedilas Guatemalenses como por

exemplo a bdquoHass‟

42

A exportaccedilatildeo brasileira do abacate bdquoHass‟ variedade mais produzida no

mundo era de 100 toneladas por ha em 2004 para 2186 toneladas em 2010

(DORIZZOTTO 2011) Contudo este dado representa apenas 143 do volume de

todo o abacate produzido no paiacutes nesta mesma data mesmo com seus atributos

nutricionais e comerciais

Quando se trata do segmento do mercado do Avocado brasileiro em acircmbito

global a empresa JAGUACYR situada no municiacutepio de Bauru ndash SP com sede na

Holanda eacute de extrema relevacircncia contribuindo com 90 das exportaccedilotildees brasileiras

deste produto com o qual o Brasil ainda comeccedila a participar poreacutem possui

condiccedilotildees favoraacuteveis para crescer no setor (CARVALHO 2015)

O graacutefico a seguir apresentado na Figura 2 demonstra a evoluccedilatildeo da

participaccedilatildeo do Avocado no setor de fruticultura no estado de Satildeo Paulo

Figura 12 - Elaborado pelo autor FONTE CEAGESPSEDES GABRIEL V BITENCOURT DE ALMEIDA

Como apresentado no graacutefico acima o volume de Avocado comercializado na

CEAGESP tem crescido rapidamente vertiginosamente chegando a quase

quadruplicar seu valor em apenas 7 anos

Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio de atacado (R$Kg) de Avocado na CEAGESP de

Satildeo Paulo durante o ano (SP) (Figura 3)

81 74 90

106 133

208

365 378

0

50

100

150

200

250

300

350

400

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

EVOLUCcedilAtildeO DA QUANTIDADE COMERCIALIZADA (T) DE AVOCADO NA CEAGESP DE SAtildeO PAULO (SP)

QUANTIDADE(toneladas)

43

Figura 13 - Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio do avocado na CEAGESP (R$Kg) Elaborado pelo autor FONTES CEAGESP

O graacutefico a seguir demonstra um comparativo da variaccedilatildeo do preccedilo meacutedio do

abacate em relaccedilatildeo ao Avocado durante o ano com base nos dados de nove anos

da CEAGESP (R$Kg)

Figura 14 - Comparativo do preccedilo meacutedio do abacate e do avocado comercializado na ceagesp durante o ano elaborado pelo autor FONTE

CEAGESP

A partir dos dados de 7 anos com a variaccedilatildeo do preccedilo meacutedio do Avocado por

quilo durante o ano pocircde-se observar que os menores valores encontram-se entre

maio e agosto A variaccedilatildeo de preccedilo meacutedio durante o ano chega a ser de R$ 581 o

quilo mais que o dobro entre o maior e menor valor meacutedio encontrado

O graacutefico com o comparativo do preccedilo do abacate com o Avocado (Figura 11)

revela a discrepacircncia da valorizaccedilatildeo entre os dois grupos O valor miacutenimo do

4

6

8

10

12

jan

fev

mar

abr

mai

jun jul

ago

set

ou

t

no

v

dez

EVOLUCcedilAtildeO DO PRECcedilO MEacuteDIO DO AVOCADO NA CEAGESP (R$Kg)

PRECcedilO MEacuteDIO

0

2

4

6

8

10

12

JAN

FEV

MA

R

AB

R

MA

I

JUN

JUL

AG

O

SET

OU

T

NO

V

DEZ

PRECcedilO AVOCADO

PRECcedilO DO ABACATE

44

Avocado eacute de R$ 554 por quilo enquanto que o maior valor encontrado do abacate

chega a R$ 381 uma diferenccedila de quase 50

O CEASA-DF registrou em 2014 um volume comercializado de 397 toneladas

de Avocado enquanto que no ano anterior o volume registrado natildeo passou de 07

toneladas (CEASA-DF)

Apesar de jaacute haver teacutecnicas eficientes e tecnologias modernas disponiacuteveis

para se aperfeiccediloar a produccedilatildeo do abacate a exploraccedilatildeo de novas regiotildees com

potencial produtor para a implantaccedilatildeo de pomares de abacateiro no Brasil eacute um dos

fatores que podem aumentar mais ainda a produccedilatildeo nacional No DF por exemplo

a aacuterea destinada agrave colheita do abacate sofreu uma reduccedilatildeo de mais da metade de

2012 para 2014 muito diferente da forma como havia se comportando desde 2000

quando a aacuterea passou de 85 ha para 111 em 2010 O DF representa apenas 2 da

produccedilatildeo nacional do abacate contudo sua produtividade vem aumentando e de

acordo com os dados do IBGE o DF possui os melhores iacutendices de produtividade do

paiacutes o que pode representar forte potencial da regiatildeo no setor Este fato corrobora

com a ideia de que o Brasil pode aproveitar melhor sua extensatildeo territorial

explorando regiotildees com potencial produtor como o DF por exemplo

CERTIFICACcedilAtildeO

CARVALHO (2015) afirma que para participar do mercado internacional os

produtores devem se atentar agraves exigecircncias internacionais de qualidade e seguranccedila

garantidas por meio de certificaccedilatildeo como GlobalGapR BRCR BRCIR FAIRDRADER

e SEDEX-SMETAR Outro ponto que deve ser adotado pelo Brasil no comeacutercio do

Avocado eacute manter um mercado com preccedilo linear e contiacutenuo Ainda segundo

CARVALHO (2015) produtores que natildeo possuem certificaccedilatildeo no GlobalgapR

recebem menos 10

PRECcedilO PAGO PELA JAGUACYR AO PRODUTOR COM GLOBALGAPR

TABELA 10 - (CARVALHO 2015)

CAT CALIBRE MAR ABR MAI JUN

1 12 A 24 315 322 205 205

2 26 A 32 131 129 130 130

2 12 A 24 284 350 187 187

45

Para o consumidor final o selo GLOBALGAPR natildeo eacute tatildeo notado pois o uso

desta marca eacute praticado entre empresas Contudo sua em sua elaboraccedilatildeo

considerou-se a reduccedilatildeo dos impactos negativos das operaccedilotildees agriacutecolas no meio

ambiente reduzir o uso de insumos quiacutemicos e garantir que assuntos de sauacutede e

seguranccedila dos empregados e bem estar animal sejam observados (GLOBALGAPR

2008)

A GLOBALGAPR serve como um manual no comeacutercio mundial de produtos

agriacutecolas estabelecendo normas voluntaacuterias para sua certificaccedilatildeo Este conjunto de

normas estabelece serve de molde para a conduccedilatildeo de boas praacuteticas agriacutecolas

(BPA) nas atividades agriacutecolas (GLOBALGAPR 2008)

Um dos pontos positivos em se adotar os protocolos de boas praacuteticas

agriacutecolas eacute a prevenccedilatildeo de perdas Pesquisas feitas no setor da fruticultura

concluem que maior parte do desperdiacutecio ocorre no percurso que vai do manuseio

no campo ateacute as centrais de produccedilatildeo (AGRIANUAL 2012) Os iacutendices de perdas da

abaticultura chegam a 34 ao ano (AGRIANUAL 2015)

Eacute de extrema importacircncia desenvolver soacutelidos e eficientes sistemas de

certificaccedilatildeo a fim de assegurar qualidade que atenda as expectativas dos

consumidores permitindo que as empresas ingressem nos mercados globais com

seus produtos (ZEIDAN et al 2008)

A difusatildeo de praacuteticas recomendadas para a obtenccedilatildeo da certificaccedilatildeo

GLOBALGAPR por parte dos produtores de abacate principalmente as variedades

bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ pode estimular o consumo interno por meio da oferta de produtos

de maior qualidade aleacutem de reduzindo perdas e promover o produto no comeacutercio

internacional da fruta Fazendo com que o potencial produtor seja aproveitado ao

maacuteximo uma vez que seguir os protocolos de boas praacuteticas agriacutecolas represente a

reduccedilatildeo de perdas no processo de produccedilatildeo de colheita e de transporte seja por

meio da reduccedilatildeo da incidecircncia de pragas ou por adoccedilatildeo de teacutecnicas e evitem perdas

na conduccedilatildeo da produccedilatildeo dos pomares de abacate

CONCLUSOtildeES

A produccedilatildeo de Avocado cultivares bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ superiores em vaacuterios

aspectos agraves cultivares mais populares no paiacutes tem condiccedilotildees de se desenvolver

amplamente no Brasil tornando-o grande consumidor e exportador da fruta Essa

46

mudanccedila pode ocorrer por meio de incentivos governamentais que incentivem o

registro de produtos para a cultura do abacateiro favorecendo a obtenccedilatildeo de

certificaccedilatildeo bem como o desenvolvimento de centros de pesquisas que

desenvolvam estudos sobre a cultura do abacateiro que promovam a difusatildeo de

tecnologia e com isso estimule a utilizaccedilatildeo de novas aacutereas com potencial produtivo

A transferecircncia de tecnologia tambeacutem pode ser feita por parte de empresas da aacuterea

privada que possuem domiacutenio de teacutecnicas e tecnologias modernas principalmente

por meio da popularizaccedilatildeo da produccedilatildeo de mudas clonais para porta-enxerto Aleacutem

disso devem ser feitas accedilotildees por parte de instituiccedilotildees privadas como o

desenvolvimento do marketing da fruta a fim de divulgar os benefiacutecios do consumo

e a exposiccedilatildeo de novas formas de consumo de abacate pode ser crucial para a

mudanccedila do comportamento do consumidor nacional uma vez que este se atenta

principalmente aos aspectos visuais do abacate

Na poacutes-colheita o controle sobre os processos de maturaccedilatildeo poderia ser

mais bem aproveitado No Brasil a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas de conservaccedilatildeo no poacutes-

colheita de frutas objetiva na maioria das vezes estender o tempo de prateleira

destes produtos Para se aproveitar os elevados preccedilos ofertados em determinadas

eacutepocas os produtores colhem os frutos antes do recomendado para a fruta do

abacateiro o que reduz sua qualidade pois a eacutepoca da colheita influencia

diretamente no teor de oacuteleo fator altamente relacionado com o sabor da fruta Por

outro lado a aceleraccedilatildeo do processo de maturaccedilatildeo por meio do controle de

maturaccedilatildeo permite fornecimento de frutos maduros prontos para o consumo

estimulando assim o consumo no paiacutes Com a entrega regular de frutos maduros

nos supermercados e restaurantes novas formas de consumo da fruta como patecircs

e em saladas poderiam ser facilmente introduzidas no cardaacutepio nacional

47

BIBLIOGRAFIA

ALMEIDA G V B Mercado Atacadista de Abacate e Avocado (CEAGESP) III

Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado Bauru 2015

ALMEIDA G V B O Abacate no mundo e na CEAGESP Todafruta notiacutecia 2011

DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwtodafrutacombrnoticia28119O+ABACATE+NO+MUNDO+NO+BRASIL

+E+NA+CEAGESP gt

ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA FRUTICULTURA 2004 a 2015 DISPONIacuteVEL EM

httpwwwgrupogazcombrtratadaseo_edicao420150320150301_106c8c2f1pdf

4718_2015fruticulturapdfgt

BIODIESELBR DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwbiodieselbrcomnoticiasmateria-

primaoutrasvideo-unesp-transforma-oleo-abacate-biodiesel-060313htm gt

BONELLA J A Classificaccedilatildeo de abacates na CEAGESP Joseacute Alcides Bonella ME

2013

BRUWER T ROOYEN Z VAN PERFORMANCE AND MARKET ACCEPTIBILITY

OF THE HASS-LIKE CULTIVARS GEM AND HARVEST IN SOUTH AFRICA Vi

World Avocado Congress (Actas VI Confreso Mundial del Aguacate) 2007 Vintildea Del

Mar Chile 12 ndash 16 nov 2007 ISBN n 978-956-17-0413-8 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwAvocadosourcecomWAC6enExtenso1b-36pdf gt

CAMPOS J A Cultura racional do abacateiro Satildeo Paulo Iacutecone 1988 150 p

CANTUAacuteRIAS-AVILEacuteS T SILVA S R La induacutestria del aguacate em el Estado de

Satildeo Paulo Brasil actualidad y perspectivas futuras In CONGRESO MUNDIAL DEL

AGUACATE 7 2011 Caims Resuacutemenes Caims Avocado Australia 2011

48

CORREIA R C ARAUJO J L P MOUCO M A do C BRAGA C A

MENDONCcedilA R F de Abacate preferecircncias e mercado CONGRESSO

BRASILEIRO DE FRUTICULTURA 21 2010 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwalicecnptiaembrapabralicebitstreamdoc8700181Moucopdf gt

CARVALHO L F Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado realizaccedilatildeo Jaguacy

Sindicato Rural de Bauru Serviccedilo Nacional de Aprendizagem Rural - SENAR

Faculdades Integradas de Bauru ndash SP 2015

CHITARRA M I F CHITARA A B 2005 Poacutes colheita de frutos e hortaliccedilas

Fiiologia e Manuseio Lavras ESALFAEPE

CRANE J H BALERDI C F MAGUIRE I Avocado Growing in the Florida Home

Landscape University of Florida Circular 1034 one of a series of the Horticultural

Sciences Department Florida Cooperative Extension Service Institute of Food and

Agricultural Sciences University of Florida 1983 Revised 2007

CRIZEL G R MOURA R S OLIVEIRA I R MENDONCcedilA C R B

Caracteriacutesticas fiacutesicas e quiacutemicas de abacates das variedades bdquoQuintal‟ e bdquoHass‟ In

CONGRESSO DE INICIACcedilAtildeO CIENTIacuteFICA 17 ENCONTRO DE POacuteS-

GRADUACcedilAtildeO 10 2008 Pelotas Resumos Pelotas UFPEL 2008

DAIUTO E R VIEITES R L TREMOCOLDI M A RUSSO V C Taxa

respiratoacuteria de abacate bdquoHass‟ submetido a diferentes tratamentos fiacutesicos Revista

Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha Meacutexico v 10 n 2 p 101-109

2010

DAIUTO E R TREMOCOLDI M A VIEITES R L Conservaccedilatildeo poacutes colheita de

abacate bdquoHass‟ irradiado Revista Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha vol

10 n 2 2010

DONADIO L C Abacate para exportaccedilatildeo aspectos teacutecnicos da produccedilatildeo

Brasiacutelia Frupex MAPA 1995 53 p

49

DONADIO L C FERRARI L AVILEacuteS T C Abacate In DONADIO L C (Ed)

Histoacuteria da Fruticultura Paulista Jaboticabal SBF ndash Sociedade Brasileira de

Fruticultura 2010 P 33-63

DORIZZOTTO C D A SAMPAIO A C ICUMA I M et al Avocado production

chain in the state of Satildeo Paulo (Brazil) In Proceedings VII World Avocado Congress

2011 Cairns Anaishellip Cairns Internacional Avocado Society 2011 DISPONIacuteVEL

EM lt

httpworldAvocadocongress2011comuserfilesfileOsvaldo20Kioshi20Yamanis

hi201400-1420pdf gt

ERNST Z R ERNST A A The strategic role of new cultivars A case study of

bdquoMaluma‟ VIII Congreso Mundial de la Palta 2015 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwavocadosourcecomWAC8Section_02EarnstZander2015pdf gt

FACTFISH Avocados production quantity (tons) ndash for all countries DISPONIacuteVEL

EM lt httpwwwfactfishcomstatisticAvocados20production20quantity gt

FAOSTAT 2000 a 2013 DISPONIacuteVEL EM lt httpfaostat3faoorgbrowseTTPE gt

FER B WOLSTENHOLME B N (Ed) The Avocado botany production and

uses Oxon CABI Publ 2002 chap 12 p 299-338

FRANCISCO V L F dos S BAPTISTELLA C S L CULTURA DO ABACATE NO

ESTADO DE SAtildeO PAULO Informaccedilotildees Econocircmicas SP v 35 n5 2005

DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwieaspgovbroutpublicacoespdftec3-0505pdf gt

GAYET J P et al 1995 Abacate para exportaccedilatildeo procedimentos de colheita e

poacutes-colheita FRUPEX Brasiacutelia 37p

GIRARDI G Abacate uma nova opccedilatildeo de biocombustiacutevel Jornal UNESP Bauru

2009 DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwunespbracijornal248energia_bauruphp gt

50

GUEDES M S B SENA M TOLEDO S Certificaccedilatildeo como estrateacutegia competitiva

internacional dos produtores de frutas no Brasil VII Encontro da Sociedade

Brasileira de Economia Ecoloacutegica (ECO-ECO) 28 a 30 de novembro de 2007

Fortaleza Cearaacute

HODDLE M The Avocado Seed Moth Stenoma cateniver Walsingham (Lepdoptera

Elachistidae) Department of Entomology Applied Biological Control Research

DISPONIacuteVEL EM lt httpbiocontrolucredustenomastenomahtml gt

HOHMANN C L MENEGUIM A M A BROCA-DO-ABACATE (Stenoma catenifer)

Aspectos bioloacutegicos comportamento danos e manejo Instituto Agronocircmico do

Paranaacute ndash Londrina ndashPR Informe da Pesquisa n 147 2005

HOHMANN C L MENEGUIM A M Observaccedilotildees preliminares sobre a ocorrecircncia

da broca-do-abacate Stenoma catenifer Wals no Estado do Paranaacute Anais da

Sociedade Entomoloacutegica do Brasil v 22 p 417-419 1993

ILLSLEY-GRANICH C‟Hass‟Carmenrega precocious flowering avocado tree

Agrovim AS de CV Uruapan Michocan Mexico Rob Brokaw Brokaw Nursery Inc

Saticoy California USA Dr Salvador Ochoa-Ascencio University of Michoacan

Uruapan Michoacan Mexico 2011 DISPONIacuteVEL EM lt

httpworldavocadocongress2011comuserfilesfileCarlos20Illsley201410-

1430pdf gt

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA ESTATIacuteSTICA (IBGE) IBGE CIDADES

DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwcidadesibgegovbrcartogramamapaphplang=ampcoduf=53ampcodmun=53

0010ampidtema=136ampcodv=v01ampsearch=distrito-federal|brasilia|sintese-das-

informacoes-2013 gt

KADER A A 1992 Postharvest technology of horticultural crops Okland Univertisy

of California 292p

51

KADER A A ARPIA M L Avocado Recommendations for Maintaining

Postharvest Quality 2013

KADER A A Biologiacutea y Tecnologiacutea Postcosecha un Panorama In KADER A A

Tecnologiacutea Postcosecha de Cultivos Hortofrutiacutecolas 3 Ed Davis University Of

Califoacuternia 2007 Cap 4 p 43-53

KLUGE R A et al Inibiccedilatildeo do amadurecimento de abacate com 1-

metilciclopropeno Pesquisa Agropecuaacuteria Brasileira 37(7)895-901

KOOLER O C Abacaticultura Porto Alegre UFRGS 1992 138p

KOOLER O C ABACATICULTURA Porto Alegre UFRGS 1984 138p

KOLLER O C Abacate produccedilatildeo de mudas instalaccedilatildeo e manejo de pomares

colheita e poacutes-colheita Porto Alegre Cinco Continentes 2002 145 p

KREMER-KOumlHNE S KOumlHNE J S 25 YEARS OF AVOCADO ROOTSTOCK

DEVELOPMENT IN SOUTH AFRICA VI World Avocado Congress Chile 2007

DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwavocadosourcecomWAC6enExtenso1a-8pdf gt

LIPPERT C ALLAMAND M (WESTFALIASUBSOLE) A hystory of

collaboration Rev Subsole Santiago 2007

MAIS NATUREZA ABACATEIRO DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwmaisnaturezacomplantasarvoresabacateiro gt

MARANCA G Fruticultura comercial Manga e Abacate Satildeo Paulo Nobel 1980

p 81-133

MASSAFERA G COSTA T M B OLIVEIRA J E D COMPOSICcedilAtildeO DE AacuteCIDOS

GRAXOS DO OacuteLEO DO MESOCARPO E DA SEMENTE DE CULTIVARES DE

ABACATE (Persea americana MILL) DA REGIAtildeO DE RIBEIRAtildeO PRETO SP)

52

Alim Nutr Araraquara V 21 n 2 p 325-331 abrjun 2010 DISPONIacuteVEL EM lt

http20014571150seerindexphpalimentosarticleview940a20v21n2pdf gt

MDIC Negociaccedilotildees internacionais DISPONIacuteVEL EM

httpwwwdesenvolvimentogovbrsitiosecexnegInternacionaisMedTerrorismoLei

ph p gt

MICKELBART M V BENDER G S WITNEY G W ADAMS C ARPAIA M L

Effects of clonal rootstocks on bdquoHass‟ avocado yield components alternate bearing

and nutrition Journal of Horticultural Schience amp Biotechnology Ashford v 82

n 3 p 460-466 2007

MILLER B BERTELS R PADILLA T WILEMAN R THOMSEN L China the

new frontier VIII World Avocado Congress 2015

MONTENEGRO H W S A cultura do abacateiro Satildeo Paulo Melhoramentos

1951 102p (Criaccedilatildeo e Lavoura n 11)

MORAES A F G Desenvolvimento produccedilatildeo e qualidade de frutos de abacateiro

cv bdquoHass‟ sobre dois porta-enxertos nas condiccedilotildees edafoclimaacuteticas da regiatildeo central

do Estado de Satildeo Paulo Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Ciecircncias Piracicaba 2014

NAAMANI G Global Trends in main Avocado Markets VII World Avocado

Congress Australia 2011

NAVA DE DE LARA HADDAD M PARRA JRP 2005 Exigecircncias teacutermicas

estimativa do nuacutemero de geroccedilotildees de Stenoma catenifer e comprovaccedilatildeo de modelo

em campo Pesq Agropec Bras Brasilia v 40 p 961-967

NAVA DE PARRA JRP COSTA VA GUERRA TM COcircNSOLI FL (2005b)

Population dynamics of Stenoma catenifer(Lepidoptera Elachistidae) and related

larval parasitoids in Minas Gerais Brazil Florida Entomologistv 88p 441-446

53

NOVAGRIM ndash FRESH FRUITS IMPORTER amp VEGETABLE SUPPLIER SINCE

1999 2001-2013 WORLD AVOCADO PRODUCTION DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwnovagrimcomPages2000_2011_Avocado_statistics_ENaspx gt

OLIVEIRA LA A importacircncia das Normas Internacionais para o Comeacutercio da

Fruticultura Brasileira Piracicaba Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Economia Escola

Superior de Agricultura ldquoLuiz de Queirozrdquo Universidade de Satildeo Paulo Piracicaba

2005

OLIVEIRA M A de et al 2000 Ceras para conservaccedilatildeo poacutes colheita de frutos de

abacateiro cultivar Fuerte armazenados em temperatura ambiente Scientia Agriacutecola

Piracicaba 57 (4) 777-780

PASSONI A D NEVES M C M RODRIGUES B B BOTEON M Anaacutelise dos

principais entraves na exportaccedilatildeo de frutas brasileiras CENTRO DE ESTUDOS

AVANCcedilADOS EM ECONOMIA APLICADA (CEPEAESALQ-USP) XLIV

CONGRESSO DA SOBER ndash ldquoQuestotildees Agraacuterias Educaccedilatildeo no Campo e

Desenvolvimentordquo Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia Rural Fortaleza

2006

PEGG K G COATES L M KORSTEN L HARDING R M Foliar fruit and

soilborne diseases In WHILEY A W SCHAF

PERFIL DA FRUTICULTURA 2014 Base de dados 2012 a 2013 Governo de Minas

Gerais Agricultura Pecuaacuteria e Abastecimento 2014

PICCININ E PASCHOLATI S F ldquoDOENCcedilAS DO ABACATEIRO‟ em MANUAL DE

FITOPATOLOGIA Vol 2 Doenccedilas das Plantas Cultivadas Editora Agronocircmica

Ceres Ltda Satildeo Paulo 1997 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwifcursoscombrsistemaadminarquivos07-33-29-

manualfitopatologiapdfpage=10 gt

54

PUTT F F GOacuteES B C CATANEO P F Anaacutelise econocircmica de oferta e demanda

do abacate na alta paulista X Foacuterum Ambiental da Alta Paulista v 10 n 7 2014

pp 158-169

ROCHA I L Nuacutemeros do abacate HORTIESCOLHA Instituto Brasileiro de

Qualidade em Horticultura DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwhortibrasilorgbrjnwindexphpoption=com_contentampview=articleampid=120

9numeros-do-abacate-ampcatid=50comercializacaoampItemid=82 gt

SANTO N T Manejo da vegetaccedilatildeo intercalar para obtenccedilatildeo de cobertura morta na

cultura do abacateiro visando minimizar os danos causados por Phytophthora

cinnamomi Dissertaccedilatildeo de mestrado em Fitotecnia Piracicaba 2014

SCHAFFER B WOLSTENJOLME B N WHILEY A W The avocado botany

production and uses 560 p 2012 DISPONIacuteVEL EM lt

httpsbooksgooglecombrbooksid=r0hpRJca3zECamppg=PA83amplpg=PA83ampdq=Th

e+Avocado+botany+production+and+uses+hass-

likeampsource=blampots=oqc5OBsbmVampsig=5gDWWPIMYRBW9cH3yYuWh-ldd-8amphl=pt-

BRampsa=Xampved=0ahUKEwj_yPbgsoTKAhUGDpAKHZTrCWEQ6AEIPDADv=onepag

eampqampf=false gt

SCIENCIA I Certificaccedilatildeo GLOBALGAP e impactos ambientais em agroinduacutestrias de

alimentos Dissertaccedilatildeo de Poacutes-Graduaccedilatildeo Araraquara SP 2010 lt

mlthttpwwwecoecoorgbrconteudopublicacoesencontrosvii_envii_enc_ecohtm

gt

SIMAtildeO S Manual de Fruticultura Satildeo Paulo Editora Agronocircmica Ceres 1971

530p p 147-169

SINGER P MASON J Eacutetica da alimentaccedilatildeo como nossos haacutebitos alimentares

influenciam o meio ambiente e o nosso bem estar Rio de Janeiro Elsevier 2007

SOARES H F ITO M K O AacuteCIDO GRAXO MONOINSATURADO DO ABACATE

NO CONTROLE DE DISLIPIDEMIAS Ver Ciecircnc Meacuted Campinas P 47-51 2000

55

DISPONIacuteVEL EM lt httpperiodicospuc-

campinasedubrseerindexphpcienciasmedicasarticleviewFile13301304 gt

TEIXEIRA C G Cultura In ITAL ndash INSTITUTO DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS

(Campinas) Abacate Cultura mateacuteria-prima processamento e aspectos

econocircmicos 2 Ed Campinas Instituto Campineiro de Ensino Agriacutecola 1995 Cap 1

p 1-54 (Frutas Tropicais)

TEIXEIRA C G Cultura do abacate In TEIXEIRA C G et al ABACATE cultura

mateacuteria prima processamento e aspectos econocircmicos 2deg ed Seacuterie Fruas Tropicais

ndeg8 ITAL Campinas 1991 250p

WATANABE H S Caracteriacutesticas de cultivares de abacate CEAGESPS ndash

Companhia de Entrepostos e Armazeacutens Gerais de Satildeo Paulo 2013

WOLFENBARGER D O COLBURN B The Stenoma catenifer a serious Avocado

pest Proceedings of Florida State Horticulture Society v 92 p 315-318 1979

ZEIDAN R SEIXAS P ABRANCHES L COSTA D MEIRELLES F Certificaccedilatildeo

na cadeia produtiva de alimentos e as barreiras teacutecnicas agrave exportaccedilatildeo Simpoacutesio de

excelecircncia e gestatildeo e tecnologia ndash SEGeT 2008 Resende

Page 22: EVOLUÇÃO DA PRODUÇÃO MUNDIAL E NACIONAL …...RESUMO O abacateiro, Persea americana, é uma cultura muito importante em vários países, devido ao volume comercializado da fruta

22

explorado na induacutestria farmacecircutica devido ao elevado teor de vitamina E O

produto possui bom valor comercial apesar de natildeo ser tatildeo produzido mundialmente

A quantidade de oacuteleo encontrada no mesocarpo eacute superior ao teor de oacuteleo

encontrado na semente No mesocarpo os teores de aacutecido oleico variam entre

3177 a 5030 jaacute na semente o teor desse aacutecido graxo monoinsaturado varia de

1169 a 3583 (MASSAFERA 2010)

O abacate eacute um alimento rico em aacutecido graxo monoinsaturado oleico Estudos

realizados com aacutecidos graxos monoinsaturados revelam sua importacircncia na

prevenccedilatildeo e tratamento de dislipidemias que estatildeo relacionadas ao

desenvolvimento de doenccedilas cardiovasculares e coronarianas (SOARES e ITO

2000) Os aacutecidos graxos monoinsaturados representados principalmente pelo aacutecido

oleico presente em oacuteleo de oliva e canola possui efeito significativos na prevenccedilatildeo e

tratamento de doenccedilas crocircnicas (LARSEN et al 1999)

Produtos e subprodutos

O oacuteleo obtido a partir da fruta do abacate possui propriedades fiacutesico-quiacutemicas

semelhantes ao oacuteleo de oliva principalmente pela composiccedilatildeo de seus aacutecidos

graxos salientando o aacutecido oleico O oacuteleo de oliva eacute um produto altamente

consumido no paiacutes poreacutem de origem importada e o oacuteleo de abacate possui forte

potencial para substituiacute-lo (MASSAFERA 2010)

Outra forma de aproveitamento do oacuteleo do abacate eacute para a produccedilatildeo de

biodiesel O professor do departamento de Quiacutemica da UNESP Manoel Lima de

Menezes afirma que o abacate tem o teor de oacuteleo que varia entre 5 a 30

proacuteximo ao encontrado na extraccedilatildeo da soja de 18 Segundo o pesquisador um

dos obstaacuteculos eacute ainda o teor de umidade da semente (BIODIESELBR 2013)

Dentre as vantagens do abacate em comparaccedilatildeo com a soja eacute que da fruta eacute

possiacutevel extrair oacuteleo e etanol dois ingredientes baacutesicos para a produccedilatildeo do

biodiesel Outra vantagem eacute que de acordo com Menezes o abacate pode render

ateacute 2800 litros de oacuteleo por hectare contra 400 da soja aleacutem do fato do abacateiro

ser uma planta perene (GIRARDI 2009)

A madeira tambeacutem eacute um produto explorado na cultura do abacateiro na

produccedilatildeo de energia como combustiacutevel (MAISNATUREZA) Outra forma de

aproveitamento de resiacuteduos da cultura eacute a utilizaccedilatildeo do caroccedilo para a produccedilatildeo de

23

tintas a partir do caroccedilo usado para tingir roupas produzindo uma tinta castanho-

arroxeada (TEIXEIRA 1991)

Melhoramento geneacutetico

O desenvolvimento floral bem como a eacutepoca de floraccedilatildeo e o amadurecimento

da fruta satildeo diretamente influenciados por caracteriacutesticas geneacuteticas Essas

caracteriacutesticas podem ser manipuladas com a utilizaccedilatildeo de enxertos porta enxertos

ou a interaccedilatildeo entre eles Neste sentido podem ser utilizados genoacutetipo Mexicano

que pode antecipar a floraccedilatildeo ou Guatemalenses que manteacutem uma floraccedilatildeo meacutedia

ou porta-enxerto das Iacutendias Ocidentais que promovem floraccedilatildeo tardia Estudos tecircm

comprovado que a utilizaccedilatildeo de porta-enxertos do grupo Mexicano antecipam a

floraccedilatildeo entre 4 a 8 semanas antes de pomares de clones de bdquoHass‟ Contudo a

antecipaccedilatildeo de 8 semanas na eacutepoca de floraccedilatildeo promoveu o a antecipaccedilatildeo de

maturaccedilatildeo dos frutos em apenas 3 semanas Como existe uma alta demanda pelo

abacate ‟Hass‟ em todo mundo o uso de cultivares do abacate bdquoHass-like‟ pode ser

de grande interesse para os paiacuteses produtores uma vez que a cultivar bdquoLamb-Hass‟

por exemplo possui a caracteriacutestica de estender a eacutepoca de colheita aumentando

assim a janela de produccedilatildeo da fruta (SCHAFFER et al 2012)

No final dos anos 80 Carlos Meacutendez observou um abacate diferenciado na

regiatildeo de Urupan estado de Michocaacuten Meacutexico A planta encontrada exibia uma

floraccedilatildeo com um comportamento distinto das demais Este abacate bdquoHass-like‟ foi

nomeado localmente de bdquoHass-Mendez‟ e agora eacute conhecido comercialmente como

bdquoHass Carmen‟ (Illsley-Granich 2011) Uma das cultivares de bdquoHass-like‟ que tem

sido utilizada em programas de melhoramento eacute a ldquoSir Prizerdquo

Outra cultivar bdquoHass-like‟ muito importante eacute a bdquoMaluma‟ na Aacutefrica do Sul

Dentre as vantagens desta cultivar em relaccedilatildeo ao bdquoHass‟ apresentadas por ERNST

amp ERNST (2015) estatildeo rendimento elevado precocidade e possibilidade de

aumento na densidade de plantas no pomar de abacateiro

Programas de melhoramento satildeo criados a fim de se incorporar

caracteriacutesticas de resistecircncia a doenccedilas - como os desenvolvidos na Universidade

da Califoacuternia que deram origem a cultivares como por exemplo bdquoGem‟ e bdquoHarvest‟

que possuem excelentes caracteriacutesticas agronocircmicas Dentre estas caracteriacutesticas

se tem aumento da produtividade e resistecircncia agrave podridatildeo radicular

24

A utilizaccedilatildeo de porta-enxertos eacute de suma importacircncia para se aproveitar

melhor o potencial das diferentes culturas seja por aumentar a produtividade ou por

conferir resistecircncia a doenccedilas No final dos anos 70 a podridatildeo causada por

Phytophthora cinnamomi causou grandes prejuiacutezos para a cultura do abacate na

Aacutefrica do Sul Com isso foi necessaacuterio importar da Califoacuternia porta-enxertos

tolerantes agrave podridatildeo radicular propagados vegetativamente a fim de se ter maior

uniformidade geneacutetica para estabelecer novos pomares de abacateiro Durante

muitos anos a cultivar bdquoDuke 7‟ era o uacutenico porta-enxerto que produzia plantas

uniformes produtivas e razoavelmente produtivas era a cultivar bdquoDuke 7‟ Nos anos

80 foi desenvolvida a cultivar bdquoDusa‟ a partir de plantas sobreviventes em pomares

doentes A cultivar desenvolvida pela WESTFALIA apresentou toleracircncia agrave podridatildeo

superior a bdquoDuke 7‟ (KREMER-KOumlHNE 2007)

Na Floacuterida as cultivares mais utilizadas como porta-enxerto satildeo a bdquoLula‟ e

bdquoWaldin‟ devido ao fato dessas variedades conferirem aos pomares de abacate

uniformidade aumentar o vigor e pela produccedilatildeo de sementes (CRANE et al 2007)

No Brasil os pomares comerciais de abacate satildeo implantados sobre porta-

enxertos oriundos de sementes este fator faz com que o tamanho da copa das

plantas seja desuniforme a produccedilatildeo seja afetada bem como a qualidade dos frutos

e a susceptibilidade aos patoacutegenos do solo no qual se destaca Phytophthora

cinnamomi Contudo outros paiacuteses produtores da fruta utilizam porta-enxertos de

melhor qualidade obtidos a partir de clones que possuem resistecircncia a doenccedilas e

tambeacutem conferem uniformidade ao pomar (MORAES 2014)

Certificaccedilatildeo

Devido agrave exigecircncia cada vez maior feita pelos mercados internacionais natildeo eacute

possiacutevel exportar frutas e outros produtos agropecuaacuterios sem que se tenha a

certificaccedilatildeo Um das finalidades da certificaccedilatildeo eacute proteger o diferencial de qualidade

(AGRIANUAL 2012)

A certificaccedilatildeo eacute uma forma de se adquirir vantagem competitiva sustentaacutevel

para concorrer com os grandes produtores mundiais Tendo em vista a exigecircncia de

produtos de qualidade por consumidores cada vez mais frequente eacute necessaacuterio que

o mercado mundial se atente ao alto padratildeo de qualidade fornecido por seus

produtos Com isso programas de qualidade tecircm sido desenvolvidos visando agrave

aplicaccedilatildeo direta nas cadeias de produccedilatildeo em especial na aacuterea de produtos

25

pereciacuteveis como eacute o caso da fruticultura objetivando a aceitaccedilatildeo internacional

(GUEDES et al 2007)

Vaacuterias pesquisas e estudos recentes vecircm colaborando para compreensatildeo da

formaccedilatildeo organizaccedilatildeo e influecircncia das cadeias produtivas de onde surgem

produtos que seguem os padrotildees de qualidade reconhecidos internacionalmente

onde os sistemas de certificaccedilatildeo tecircm papel fundamental

Tratando-se de qualidade os consumidores atuais buscam produtos que

atentem agraves questotildees eacuteticas que abordem temas como meio ambiente e uso de

agrotoacutexicos considerando que a procura por alimentos seguros e saudaacuteveis uma

questatildeo elementar (SINGER e MASON 2007)

Considerando que a sauacutede dos consumidores de alimentos in natura pode ser

afetada a seguranccedila alimentar bem como a qualidade dos produtos deve receber

atenccedilatildeo especial A qualidade dos produtos estaacute vinculada aos procedimentos que

satildeo conduzidos durante cada etapa de produccedilatildeo como por exemplo plantio

colheita processamento industrializaccedilatildeo e comeacutercio (OLIVEIRA 2005)

METODOLOGIA

Tipo de Estudo

Pesquisa Bibliograacutefica eacute desenvolvida a partir de material jaacute elaborado

constituiacutedo de livros e artigos cientiacuteficos (Gil 2008) Portanto o presente trabalho

utilizou-se das ideias do estudo exploratoacuterio feito a partir de pesquisa bibliograacutefica

Com isso este trabalho desenvolveu-se seguindo

1deg FONTES

Foram utilizados artigos que fornecessem informaccedilotildees sobre a cultura do

abacate bem como dados de produccedilatildeo poacutes-colheita e comercializaccedilatildeo e que

abordassem o tema de exportaccedilatildeo

2deg COLETA DE DADOS

Primeiramente foi feita leitura de trabalhos jaacute disponiacuteveis na literatura que

abordassem aspectos de produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo de forma raacutepida e objetiva a

fim de se selecionar o material a ser incluiacutedo no presente trabalho

26

Em seguida foi feita uma leitura seletiva agrupando as informaccedilotildees dos

artigos preacute-selecionados de acordo com o tema registrando as informaccedilotildees

extraiacutedas das fontes em instrumento especiacutefico

3deg ANAacuteLISE E INTERPRETACcedilAtildeO DOS RESULTADOS

Nesta etapa foi realizada uma leitura analiacutetica com a finalidade de ordenar as

informaccedilotildees contidas na literatura disponiacutevel utilizados como fonte para o

desenvolvimento deste trabalho a fim de se elaborar informaccedilotildees que resumissem

as questotildees abordadas nesta pesquisa

RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

ABACATE NO MUNDO

A figura a seguir apresenta dados de produccedilatildeo mundial de abacate (t) em 21

paiacuteses indo de 2004 a 2013 com base nos dados da FAO ndash Organizaccedilatildeo das

Naccedilotildees Unidas para Alimentaccedilatildeo e Agricultura (Food and Agriculture Organization of

the United Nations para a sigla em inglecircs)

27

Figura 2 Produccedilatildeo mundial do abacate (em t) elaborado pelo autor FONTE NOVAGRIM adaptado com dados da FAO

Os paiacuteses produtores de abacate satildeo representados no mapa abaixo onde a

intensidade da coloraccedilatildeo vermelha representa o volume de abacate produzido no

paiacutes quanto mais intenso maior o volume produzido como estaacute destacado o

Meacutexico maior produtor mundial participando com aproximadamente 31 12 de toda

a produccedilatildeo mundial da fruta

Figura 3 - Paiacuteses produtores de abacate ao redor do mundo FONTE FACTFISH

100000

300000

500000

700000

900000

1100000

1300000

1500000

1700000

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013

PRODUCcedilAtildeO MUNDIAL DE ABACATE

MEacuteXICO

INDONEacuteSIA

REP DOM

COLOcircMBIA

BRASIL

EUA

CHILE

PERU

CHINA

28

Em 2004 o maior produtor mundial de abacate foi o Meacutexico participando com

307 de todo o volume produzido mundialmente com cerca de 987000 t Em

segundo lugar poreacutem muito atraacutes com um volume de 221774 t segue a Indoneacutesia

representando apenas 689 Na terceira posiccedilatildeo Repuacuteblica Dominicana 68 e

218790 t e em quarto produzindo 170985 t estava a Colocircmbia com 53

De acordo com os dados de 2013 o Meacutexico continuou liderando o setor

participando com 3112 do total produzido agora com um volume de 1467837 t

Em segundo lugar a Repuacuteblica Dominicana com 821 Colocircmbia 643 e Peru

611 em ordem decrescente (FAOSTAT) Nos uacuteltimos 10 anos a Repuacuteblica

Dominicana saltou para o segundo lugar graccedilas a um aumento de 771 em sua

produccedilatildeo Neste sentido a Colocircmbia alcanccedila a posiccedilatildeo de 3deg colocado devido ao

aumento similar ao da Repuacuteblica Dominicana (774)

O Peru foi o paiacutes que obteve maior destaque pois saiu da oitava posiccedilatildeo

participando com apenas 337 da produccedilatildeo mundial o que representava um

volume de 108460 t em 2004 para a quarta posiccedilatildeo no ranking mundial em 2013

com 611 quando produziu 288387 t a sua participaccedilatildeo no mercado mundial

quase que dobrou nesse periacuteodo O aumento da produccedilatildeo mundial foi de 467

enquanto que o aumento do volume de abacate produzido no Peru foi de 1659

Segundo CARVALHO (2015) a formaccedilatildeo de associaccedilotildees como a PROHASS que

investe no desenvolvimento de tecnologia e marketing para estimular inclusive o

consumo interno podendo ateacute ser um exportador para o Brasil

Aos poucos a China vem participando do mercado do abacate A populaccedilatildeo

do paiacutes ultrapassa 15 bilhotildees de pessoas em algumas aacutereas metropolitanas a

populaccedilatildeo vai de 12 a 45 milhotildees de habitantes Em 2000 a classe meacutedia da China

representava 4 da populaccedilatildeo e hoje chega a 66 Os gastos com alimentaccedilatildeo

tambeacutem acompanham essa mudanccedila de comportamento pois existe nesta classe a

procura por alimentos mais saudaacuteveis Esses fatores tecircm estimulado uma mudanccedila

no consumo de abacate em toda a China (MILLER et al 2015)

Quanto agrave produccedilatildeo do Brasil no Ranking global ocorreu justamente o

contraacuterio o paiacutes saiu da quinta posiccedilatildeo para a oitava ao reduzir 765 da produccedilatildeo

que era de 170895 t em 2004 para 157428 t em 2013 Em 2011 o abacate ficou na

17deg posiccedilatildeo no ranking da produccedilatildeo nacional da fruta ocupando apenas 03 do

montante da produccedilatildeo de frutas frescas muito atraacutes das principais culturas

29

produzidas como a laranja mais produzida participando com 416 do setor

Banana segunda mais importante com 154 e Melancia com 46 em quarto

(IBGEPAM 2011)

O volume de abacate fresco brasileiro exportado foi de 4313 t em 2013 para

5806 toneladas em 2014 resultando num aumento de mais de 37 na receita com

este setor que em 2014 foi de mais de nove milhotildees e meio de doacutelares

(AGRIANUAL 2015)

O graacutefico abaixo apresenta o comportamento do volume em toneladas de

abacate exportado pelos paiacuteses que participam do setor

Figura 4 Volume de abacate (t) exportado pelos paiacuteses exportadores da fruta Elaborado pelo autor FONTE FAO

Em 2013 Meacutexico liderou o setor de exportaccedilatildeo do abacate com um volume

de 563492 toneladas cerca 463 do total exportado no mundo Em segundo lugar

a Holanda com 99 A Holanda eacute um grande importador contudo o paiacutes reexporta

grande parte do volume comprado O Peru merece destaque pois saiu de um

volume exportado de 2209 t (06) em 2000 para 114515 t em 2013 ocupando

94 do volume de abacate exportado o que lhe conferiu a 3deg posiccedilatildeo no ranking

global Em quarto lugar o Chile com 73

A figura a seguir apresenta o comportamento dos principais importadores de

abacate do mundo em 14 anos

0

100000

200000

300000

400000

500000

600000

20002001200220032004200520062007200820092010201120122013

EVOLUCcedilAtildeO DA EXPORTACcedilAtildeO MUNDIAL EM t

MEacuteXICO

CHILE

ESPANHA

AacuteFRICA DO SUL

ISRAEL

HOLANDA

PERU

30

Figura 5 Evoluccedilatildeo do volume (t) importado pelos principais paiacuteses importadores de abacate ELABORADA PELO AUTOR FONTE FAOSTAT

Os principais importadores de fruta como por exemplo o europeu e o norte

americano exigem um padratildeo de qualidade que observem as demandas impostas

pelos consumidores com relaccedilatildeo agrave seguranccedila alimentar e tambeacutem agraves exigecircncias

para certificaccedilatildeo do produto levando em consideraccedilatildeo aspectos ambientais e

sociais aleacutem do local de produccedilatildeo Desta forma produtores de fruta destinadas agrave

exportaccedilatildeo precisaram adaptar suas lavouras para atender agraves exigecircncias dos mais

importantes selos internacionais como o EureGapR e o TNCR (OLIVEIRA 2005) O

maior importador de abacate do mundo satildeo os Estados Unidos (ROCHA 2014)

O volume de abacate importado ao redor do mundo vem crescendo na uacuteltima

deacutecada Os Estados Unidos lideram o montante desde 2007 mais ainda que toda a

Uniatildeo Europeia o volume importado pelo paiacutes cresceu cerca de sete vezes entre

2000 e 2013 Em segundo lugar a Uniatildeo Europeia importando quase 23 menos

A Holanda tambeacutem cresceu muito e hoje ocupa a terceira colocaccedilatildeo no ranking O

Japatildeo e o Canadaacute tiveram consideraacutevel crescimento contudo mantiveram-se na 5deg

e 6deg posiccedilatildeo durante esse periacuteodo

Nos EUA a demanda cresce mais acelerado do que a oferta segundo

CARVALHO (2015) a demanda cresce 12 ao ano enquanto a produccedilatildeo cresce

apenas 4 O paiacutes possui uma poliacutetica de retornar parte dos lucros oriundos da

-

100000

200000

300000

400000

500000

600000

700000

IMPORTACcedilAtildeO DE ABACATE NO MUNDO EM t

EUA

UE

HOLANDA

FRANCcedilA

CANADAacute

REINO UNIDO

31

comercializaccedilatildeo do Avocado no paiacutes com a elaboraccedilatildeo de marketing e o

desenvolvimento de pesquisas que incentivem o aumento do consumo interno

promovendo alimentos como por exemplo o GUACAMOLE alimento muito popular

no paiacutes

Em 2002 os EUA impunham a Lei do Bioterrorismo exigindo que as

empresas que produzem processem armazenem ou processem alimentos voltados

ao consumo humano ou animal devem cumprir normas para comercializar seus

produtos voltados ao consumo humano ou animal precisam cumprir normas para

comercializar seus produtos nos Estados Unidos Eacute necessaacuterio que essas mesmas

empresas possuam registro junto ao governo norte-americano atualizando estas

informaccedilotildees e comunicarem agraves autoridades a chegada de novos carregamentos

alimentares O natildeo cumprimento dessas exigecircncias acarreta na proibiccedilatildeo do

ingresso da carga e possiacutevel retenccedilatildeo da mercadoria com multa para o responsaacutevel

pelo carregamento (MDIC 2006)

Os principais compradores de abacate ‟Hass‟ satildeo os Estados Unidos (20 a

50) UE AUS e o Meacutexico maior produtor e exportador do Avocado participando

com 20 do mercado de Avocado (CARVALHO 2015)

O Brasil participa com apenas 031 do mercado internacional exportando

para o Canadaacute e Holanda CARVALHO (2015) comenta que o Brasil natildeo aproveita

seu potencial de se tornar grande produtor e exportador de Avocado o paiacutes possui

extensa aacuterea e clima variado entre outros fatores que favorecem a produccedilatildeo de

Avocado contudo a produccedilatildeo ainda eacute muito pequena quando comparado com

outros paiacuteses que participam do mercado internacional da fruta

Quanto agrave contribuiccedilatildeo do desenvolvimento de programas de melhoramento

geneacutetico para a consolidaccedilatildeo do Brasil como grande produtor mundial de abacate a

utilizaccedilatildeo de cultivares de bdquoHass-like‟ representa uma excelente opccedilatildeo para

aumentar a safra da cultura no paiacutes devido agrave caracteriacutestica que esta variedade tem

de antecipar a florada ampliando desta forma a janela de produccedilatildeo e aumentando

a competitividade do paiacutes em relaccedilatildeo a outros paiacuteses exportadores da fruta

O graacutefico a seguir ilustra o comportamento das exportaccedilotildees e importaccedilotildees

Brasileiras em 14 anos

32

Figura 6 - Evoluccedilatildeo da exportaccedilatildeo e importaccedilatildeo do abacate (em t) no Brasil em 14 anos Elaborado pelo autor FONTE FAO

Alguns dos principais concorrentes do Brasil tratando-se da exportaccedilatildeo do

Avocado satildeo Aacutefrica do Sul com 3 das exportaccedilotildees Chile com 7 e Peru

representando 10 do mercado internacional de Avocado A safra do Chile ocorre

em eacutepoca proacutexima a do Brasil comeccedilando em agosto e terminando em fevereiro

(CARVALHO 2015) A Boliacutevia apesar de participar com apenas 012 do volume

exportado tem a vantagem de possibilidade de produccedilatildeo o ano todo

O elevado padratildeo de qualidade dos produtos eacute sem duacutevida um fator que

pode fazer com que o Brasil se estabeleccedila no mercado mundial de abacate Esta

praacutetica tem qualificado a Aacutefrica do Sul como um dos principais fornecedores para

paiacuteses da Europa a partir do intenso trabalho desenvolvido pela empresa sem fins

lucrativos WESTFALIA situada no municiacutepio de Limpopo por meio de investimentos

em tecnologia

A tabela a seguir apresenta o periacuteodo do ano em que cada paiacutes exportador de

abacate embarca seus produtos ao redor do mundo

0

500

1000

1500

2000

2500

3000

3500

4000

4500

5000

EXPORTACcedilAtildeO

IMPORTACcedilAtildeO

33

TABELA 3 - Janela de exportaccedilatildeo dos paiacuteses exportadores de abacate

adaptada FONTE WESTFALIASUBSOLE

CALENDAacuteRIO DE EXPORTACcedilAtildeO DE ABACATE lsquoHASSrsquo

jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

BRASIL X X X X X X X X

ARGENTINA X X X

EUA X X X X X X X X X X X X

CHILE X X X X X X X X X X

AFRICA DO SUL X X X X X X X

REP DOMINICANA X X X X X

ISRAEL X X X X X X

PERU X X X X X X X

NOVA ZELAcircNDIA X X X

MEacuteXICO X X X X X X X X X X X X

ESPANHA X X X X X X X

QUEcircNIA X X X X X

AUSTRAacuteLIA X X X X X X X

Os principais destinos do abacate ‟Hass‟ exportado pelo Brasil satildeo Espanha

Itaacutelia Holanda Alemanha e Dinamarca O material exportado segue de navio do

porto de Santos a uma temperatura de 5degC levando ateacute 16 dias no maacuteximo ateacute os

destinos Esse material exportado pelo Brasil possui os certificados GlobalGapR ndash

BRCR ndash BSCIR ndash SedexR ndash SmetaR

Os graacuteficos a seguir apresentam informaccedilotildees sobre a evoluccedilatildeo do da

exportaccedilatildeo do abacate feitos a partir de informaccedilotildees apresentadas no Anuaacuterio

Brasileiro de fruticultura (2004 a 2015) obtidos a partir de dados do Instituto

Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica

34

Figura 7 - Evoluccedilatildeo do volume de abacate exportado pelo brasil (2003 a 2014) Elaborado pelo autor com dados DO ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE AGRICULTURA DE 2004 a 2015 (IBGE)

Figura 8 - Receita com exportaccedilatildeo brasileira de abacate (2003 a 2014) Elaborado pelo autor com dado do ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE AGRICULTURA DE 2004 a 2015 (IBGE)

O volume de abacate exportado pelo Brasil vem crescendo nos uacuteltimos anos

revelando assim a importacircncia do setor para o paiacutes A variaccedilatildeo do volume

exportado de 2008 para 2009 foi de 6282 jaacute de 2009 para 2010 a exportaccedilatildeo

sofreu uma queda de 793 Em 2014 houve um aumento de 3462 no setor em

relaccedilatildeo ao ano anterior (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE FRUTICULTURA) A receita

-

100000

200000

300000

400000

500000

600000

700000

20

03

20

04

20

05

20

06

20

07

20

08

20

09

20

10

20

11

20

12

20

13

20

14

EVOLUCcedilAtildeO DO VOLUME DE ABACATE EXPORTADO PELO BRASIL (2003 a 2014)

VOLUME EXPORTADO (t)

-

20000000

40000000

60000000

80000000

100000000

120000000

20

03

20

04

20

05

20

06

20

07

20

08

20

09

20

10

20

11

20

12

20

13

20

14

RECEITA COM EXPORTACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ABACATE (2003 a 2014)

RECEITA (em USS FOB)

35

obtida a partir da exportaccedilatildeo do abacate tambeacutem acompanha os iacutendices de

crescimento

A Aacutefrica do Sul um dos principais concorrentes do Brasil no setor de

exportaccedilatildeo do Avocado eacute reconhecida por exportar material de alta qualidade para

Europa onde possui escritoacuterios contudo sua produccedilatildeo estaacute estagnada A Westfalia

eacute uma empresa sem fins lucrativos produtora de Avocado na Aacutefrica do Sul

responsaacutevel por desenvolver o mercado de Avocado no paiacutes e investe fortemente

em tecnologia o que colaborou para a atual situaccedilatildeo da Aacutefrica do Sul no setor de

exportaccedilatildeo de Avocado (CARVALHO 2015)

ABACATE NO BRASIL

O Brasil favorecido quando comparado com outros paiacuteses produtores devido

agrave suas dimensotildees continentais o que lhe possibilita ampla variaccedilatildeo de temperaturas

e solos estes fator unido agraves caracteriacutesticas individuais de cada variedade como por

exemplo sazonalidade e exigecircncias nutricionais e de horas de luz Contudo apesar

da aacuterea destinada agrave produccedilatildeo do abacate no Brasil ter reduzido passando de

11605 ha em 2005 para 9559 ha em 2014 reduccedilatildeo de 176 a produccedilatildeo natildeo foi

tatildeo alterada o que evidencia a possibilidade de um aumento na produtividade destas

aacutereas

Atualmente o Brasil ocupa a oitava posiccedilatildeo no ranking global do setor de

produccedilatildeo de abacate E apesar de possuir crescente produtividade o paiacutes ainda

possui excelente potencial produtor e tambeacutem como exportador da fruta Para

aproveitar melhor esse potencial deveriam ser feitos mais investimentos tanto no

que se refere agrave produccedilatildeo como por exemplo melhoramento geneacutetico e adoccedilatildeo de

protocolos de boas praacuteticas agriacutecolas para a obtenccedilatildeo de certificaccedilatildeo quanto no

setor de comercializaccedilatildeo desenvolvendo elevado padratildeo de qualidade da fruta

A tabela a seguir (TABELA 4) apresenta a aacuterea destinada agrave colheita de todas

as variedades de abacate nos principais produtores de abacate e o Distrito Federal

TABELA 4 - Aacuterea destinada agrave colheita (em ha) Elaborada pelo autor

DADOS (IBGE-SIDRA)

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Brasil 11605 10515 9892 9596 8509 11125 10768 9615 9707 9559

Satildeo Paulo 4266 3688 3583 3437 3267 5530 5642 4192 4374 4337

36

Minas Gerais 2865 2254 2326 2223 1854 2202 2134 2309 2416 2373

Paranaacute 1492 1467 1306 1009 1085 1000 944 922 958 930

Cearaacute 493 475 498 497 490 484 477 480 483 498

Rio Grande do Sul 626 619 613 602 584 575 552 499 470 444

Distrito Federal 119 122 109 124 108 111 - 295 160 134

A tabela 5 abaixo apresenta a produccedilatildeo de todas as variedades de abacate

em toneladas dos uacuteltimos 10 anos para os principais estados produtores e o Distrito

Federal

TABELA 5 - Produccedilatildeo nacional de abacate em 10 anos (em t) Elaborada pelo

autor FONTE (IBGESIDRA)

UFANO 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Brasil 169335 164441 154096 147214 139089 153189 160376 159903 157482 156669 1000

Satildeo Paulo 77107 78085 70812 69904 74193 83002 91909 82780 85101 79316 506

Minas Gerais 38777 32812 33436 28016 24772 28522 30975 36669 36571 41259 263

Paranaacute 22265 22575 20425 16537 15919 15824 17304 16705 16309 15784 101

Rio Grande do Sul

8167 7905 7804 7602 6824 6769 6907 5719 5584 5277 34

Cearaacute 5202 4231 4706 4520 4336 4163 3985 2717 2640 3637 23

Distrito Federal 2596 3081 2690 3019 2666 2415 - 6914 3152 3151 20

Em 2014 a aacuterea destinada agrave colheita do abacate no estado do Cearaacute era

superior agrave aacuterea do Rio Grande do Sul contudo a produccedilatildeo no estado do Cearaacute no

mesmo ano foi de 3637 t enquanto que a produccedilatildeo do Rio Grande do Sul foi de

5277 45 maior reforccedilando assim a ideia de que a produtividade no Sul pode ser

maior em relaccedilatildeo agrave regiatildeo Nordeste Este fator pode ser decorrente do uso de

cultivares inadequadas para as condiccedilotildees climaacuteticas da regiatildeo eou pela falta de

adoccedilatildeo de tecnologias modernas e teacutecnicas avanccediladas de produccedilatildeo

No Distrito Federal a produccedilatildeo cresceu 21 nos uacuteltimos 10 anos e hoje

representa 2 da produccedilatildeo nacional Por outro lado Satildeo Paulo que lidera o ranking

com 506 de toda a produccedilatildeo obteve crescimento de apenas 286 Jaacute a

produccedilatildeo do Paranaacute sofreu uma reduccedilatildeo de -291 neste mesmo periacuteodo poreacutem

manteve-se como quarto produtor nacional de abacate Os estados do Cearaacute e Rio

Grande do Sul tambeacutem reduziram sua produtividade nos uacuteltimos 10 anos

acompanhando a reduccedilatildeo nacional que reduziu -74

37

A variaccedilatildeo da produtividade de todas as variedades de abacate dos principais

estados produtores de abacate do Brasil eacute apresentada na TABELA 6 a seguir

TABELA 6 - Variaccedilatildeo (em) da produtividade (t) no Brasil em 10 anos

Elaborada pelo autor FONTE (IBGESIDRA)

VARIACcedilAtildeO () DA PRODUTIVIDADE (t) EM 10 ANOS

ESTADOANO 2005 2014 VARIACcedilAtildeO

PAIacuteS 146 164 123

SAtildeO PAULO 181 183 11

MINAS GERAIS 135 174 289

PARANAacute 149 17 141

RIO GRANDE DO SUL 13 119 -85

CEARAacute 106 73 -311

DISTRITO FEDERAL 218 235 78

De acordo com os dados do IBGE Satildeo Paulo eacute o maior produtor de abacate

do paiacutes Dentre as variedades mais produzidas no estado de Satildeo Paulo estatildeo

bdquoFortuna‟ bdquoGeada‟ bdquoQuintal‟ e bdquoMargarida‟ (DORIZZOTTO 2011)

Abaixo segue TABELA 11 contendo os nuacutemeros de plantas novas e o

nuacutemero de plantas em produccedilatildeo bem como a produccedilatildeo (caixas de 22Kg) no estado

de Satildeo Paulo ao longo de 15 anos

TABELA 7 - Quantidade de peacutes novos peacutes em produccedilatildeo e produccedilatildeo (cx 22kg)

no estado de Satildeo Paulo entre 2000 e 2015 Elaborada pelo autor FONTE

INSTITUTO DE ECONOMIA AGRIacuteCOLA

ANO PEacuteS

NOVOS PEacuteS EM

PRODUCcedilAtildeO

2000 4859400 66157100

2001 4617700 62883700

2002 4742500 55421300

2003 6095000 49740300

2004 5969500 48339500

2005 5131100 46596200

2006 5325600 45869000

2007 3412800 47668000

2008 5007100 40617400

2009 12068600 49971400

2010 8190000 53239000

38

2011 6904500 54780100

2012 7704100 51341600

2013 7002100 59149400

2014 8419800 60996100

2015 9040200 67073800

O graacutefico abaixo apresenta a curva da produtividade obtida a partir da relaccedilatildeo

feita entre a produccedilatildeo e a quantidade de peacutes em produccedilatildeo no estado de Satildeo Paulo

Figura 9 - Produtividade (kgplanta) no estado de Satildeo Paulo desde 2000 elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE ECONOMIA AGRIacuteCOLA

Os dados foram obtidos a partir da relaccedilatildeo feita entre a quantidade de planta

em produccedilatildeo e a quantidade de caixas de 22 Kg produzidas no estado de Satildeo Paulo

desde 2000 Esses dados revelam crescente aumento da produtividade ateacute o ano de

2010 onde a produtividade ultrapassou 168 Kgplanta Jaacute em relaccedilatildeo ao ano de

2011 a produtividade sofreu uma reduccedilatildeo de 10 Depois disso a curva de

produtividade continuou ascendente

A seguinte tabela apresenta a evoluccedilatildeo do preccedilo do abacate comercializado

na CEAGESP durante o ano no periacuteodo de nove anos

90

110

130

150

170

190

20

00

20

01

20

02

20

03

20

04

20

05

20

06

20

07

20

08

20

09

20

10

20

11

20

12

20

13

20

14

20

15

PRODUTIVIDADE DOS PEacuteS DE ABACATE (Kgplanta) EM SP

PRODUTIVIDADE

39

TABELA 8 - Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio (em R$Kg) do abacate FONTE

CEAGESP 2008

ANOMEcircS JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

2007 105 101 1 118 107 109 129 151 159 181 228 279

2008 119 081 084 097 102 11 122 137 149 208 296 326

2009 169 122 132 133 141 141 152 177 217 213 212 235

2010 17 161 165 154 151 151 164 173 202 262 406 316

2011 185 182 183 203 186 204 231 278 308 317 359 369

2012 207 155 151 141 153 164 192 218 242 268 429 485

2013 263 209 216 215 244 265 258 304 347 403 566 498

2014 228 206 231 239 198 2 256 267 301 305 403 538

2015 406 403 386 349 367 397 394 43 - - - -

O graacutefico a seguir resume o comportamento da quantidade de peacutes novos e

em produccedilatildeo no estado de Satildeo Paulo desde o ano 2000

Figura 10 - Evoluccedilatildeo do nuacutemeros de peacutes novos e em produccedilatildeo ao longo de 15 anos no estado de Satildeo Paulo elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE

ECONOMIA AGRIacuteCOLA

A produccedilatildeo (em caixas de 22 Kg) eacute demonstrada no graacutefico abaixo para esse

mesmo periacuteodo

000

10000000

20000000

30000000

40000000

50000000

60000000

70000000

80000000

20002002200420062008201020122014

EVOLUCcedilAtildeO DOS DADOS DO ABACATE EM SAtildeO PAULO

PEacuteS NOVOS

PEacuteS EM PRODUCcedilAtildeO

40

Figura 11 - Evoluccedilatildeo da produccedilatildeo de abacate em caixas de 22kg no estado de Satildeo Paulo em 15 anos elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE

ECONOMIA AGRIacuteCOLA

A sazonalidade do abacate comercial na CEAGESP em Satildeo Paulo

demonstram que o abacate pode ser comercializado praticamente todas as eacutepocas

do ano como apresentado pela tabela

TABELA 9 - Sazonalidade do abacate FONTE CEAGESP 2008

VARIEDADE JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

GEADA X X X X X

FORTUNA X X X X X X X

QUINTAL X X X X X X X

MARGARIDA X X X X X X X X X X

BREDA X X X X X X X X

HASS X X X X X X X X

O Estado de Minas Gerais eacute o segundo maior produtor nacional de abacate

participando do setor com 229 do total produzido A aacuterea no Estado destinada agrave

produccedilatildeo da fruta foi de 23 mil ha A produtividade do estado de Minas em 2012 foi

de 15881 (hgha) (PERFIL DA FRUTA) A produccedilatildeo de abacate no Distrito Federal

em 2013 foi de 3152 toneladas (IBGE) Em Minas a produccedilatildeo concentra-se nas

regiotildees Sul e Sudeste do estado (ALMEIDA 2013)

200000000

250000000

300000000

350000000

400000000

450000000

500000000

550000000

20002002200420062008201020122014

EVOLUCcedilAtildeO NA PRODUCcedilAtildeO DE ABACATE EM SAtildeO PAULO (22Kgcx)

PRODUCcedilAtildeO CX 22Kg

41

Em 2003 o Paranaacute foi o terceiro maior produtor nacional de abacate com uma

aacuterea de aproximadamente 1600ha onde se produziu 26 mil toneladas gerando uma

receita de cerca de R$ 85 milhotildees (HOHMANN amp MENEGUIM 2005)

De acordo com a relaccedilatildeo feita entre os dados de volume de abacate colhido e

de aacuterea destinada agrave produccedilatildeo do IBGESIDRA em 10 anos (2005 agrave 2014) o estado

que sofreu maior reduccedilatildeo da produtividade foi o estado do CEARAacute reduzindo em

31 aproximadamente enquanto que o estado de minas aumentou 289 sua

produtividade O DF apresentou os melhores niacuteveis de produtividade a partir desses

dados

AVOCADO NO BRASIL

A regiatildeo de Bauru em Satildeo Paulo especializou-se na produccedilatildeo dos abacates

‟Hass‟ e bdquoFuerte‟ conhecidos comercialmente como Avocado e satildeo os mais

apreciados pelo mercado internacional (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA

FRUTICULTURA 2008)

O Avocado variedades ‟Hass‟ e bdquoFuerte‟ possui excelentes caracteriacutesticas

nutricionais como por exemplo seu alto teor de lipiacutedeos Aleacutem disso o fruto possui

tamanho reduzido o que facilita o consumo evitando que parte natildeo consumida seja

armazenada Uma das possibilidades de se estimular o consumo interno seria

promover o produto a partir do uso de marketing setor no qual a empresa

JAGUACYR situada no municiacutepio de Bauru ndash SP tem se destacado fornecendo

informaccedilotildees nutricionais e apresentando o alto padratildeo de qualidade da fruta Outro

fator que reduz a oferta do produto no mercado interno eacute a demanda internacional

apesar de impor barreiras e exigirem alto padratildeo de qualidade o produto de

qualidade recebe os melhores preccedilos este fator tambeacutem limita o consumo interno

porque o preccedilo oferecido pelos importadores reflete no preccedilo interno

Outro ponto que deve ser observado para se manter qualidade elevada dos

frutos eacute a escolha adequada do ponto de colheita pois este fator reflete diretamente

no teor de oacuteleo dos frutos que por sua vez eacute responsaacutevel pela conservaccedilatildeo do

sabor Os melhores teores de oacuteleo encontram-se em frutos tardios como nas

variedades obtidas a partir das raccedilas Guatemalenses e Mexicana sendo maior nas

raccedilas Mexicana e menor em cultivares oriunda de raccedilas Guatemalenses como por

exemplo a bdquoHass‟

42

A exportaccedilatildeo brasileira do abacate bdquoHass‟ variedade mais produzida no

mundo era de 100 toneladas por ha em 2004 para 2186 toneladas em 2010

(DORIZZOTTO 2011) Contudo este dado representa apenas 143 do volume de

todo o abacate produzido no paiacutes nesta mesma data mesmo com seus atributos

nutricionais e comerciais

Quando se trata do segmento do mercado do Avocado brasileiro em acircmbito

global a empresa JAGUACYR situada no municiacutepio de Bauru ndash SP com sede na

Holanda eacute de extrema relevacircncia contribuindo com 90 das exportaccedilotildees brasileiras

deste produto com o qual o Brasil ainda comeccedila a participar poreacutem possui

condiccedilotildees favoraacuteveis para crescer no setor (CARVALHO 2015)

O graacutefico a seguir apresentado na Figura 2 demonstra a evoluccedilatildeo da

participaccedilatildeo do Avocado no setor de fruticultura no estado de Satildeo Paulo

Figura 12 - Elaborado pelo autor FONTE CEAGESPSEDES GABRIEL V BITENCOURT DE ALMEIDA

Como apresentado no graacutefico acima o volume de Avocado comercializado na

CEAGESP tem crescido rapidamente vertiginosamente chegando a quase

quadruplicar seu valor em apenas 7 anos

Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio de atacado (R$Kg) de Avocado na CEAGESP de

Satildeo Paulo durante o ano (SP) (Figura 3)

81 74 90

106 133

208

365 378

0

50

100

150

200

250

300

350

400

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

EVOLUCcedilAtildeO DA QUANTIDADE COMERCIALIZADA (T) DE AVOCADO NA CEAGESP DE SAtildeO PAULO (SP)

QUANTIDADE(toneladas)

43

Figura 13 - Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio do avocado na CEAGESP (R$Kg) Elaborado pelo autor FONTES CEAGESP

O graacutefico a seguir demonstra um comparativo da variaccedilatildeo do preccedilo meacutedio do

abacate em relaccedilatildeo ao Avocado durante o ano com base nos dados de nove anos

da CEAGESP (R$Kg)

Figura 14 - Comparativo do preccedilo meacutedio do abacate e do avocado comercializado na ceagesp durante o ano elaborado pelo autor FONTE

CEAGESP

A partir dos dados de 7 anos com a variaccedilatildeo do preccedilo meacutedio do Avocado por

quilo durante o ano pocircde-se observar que os menores valores encontram-se entre

maio e agosto A variaccedilatildeo de preccedilo meacutedio durante o ano chega a ser de R$ 581 o

quilo mais que o dobro entre o maior e menor valor meacutedio encontrado

O graacutefico com o comparativo do preccedilo do abacate com o Avocado (Figura 11)

revela a discrepacircncia da valorizaccedilatildeo entre os dois grupos O valor miacutenimo do

4

6

8

10

12

jan

fev

mar

abr

mai

jun jul

ago

set

ou

t

no

v

dez

EVOLUCcedilAtildeO DO PRECcedilO MEacuteDIO DO AVOCADO NA CEAGESP (R$Kg)

PRECcedilO MEacuteDIO

0

2

4

6

8

10

12

JAN

FEV

MA

R

AB

R

MA

I

JUN

JUL

AG

O

SET

OU

T

NO

V

DEZ

PRECcedilO AVOCADO

PRECcedilO DO ABACATE

44

Avocado eacute de R$ 554 por quilo enquanto que o maior valor encontrado do abacate

chega a R$ 381 uma diferenccedila de quase 50

O CEASA-DF registrou em 2014 um volume comercializado de 397 toneladas

de Avocado enquanto que no ano anterior o volume registrado natildeo passou de 07

toneladas (CEASA-DF)

Apesar de jaacute haver teacutecnicas eficientes e tecnologias modernas disponiacuteveis

para se aperfeiccediloar a produccedilatildeo do abacate a exploraccedilatildeo de novas regiotildees com

potencial produtor para a implantaccedilatildeo de pomares de abacateiro no Brasil eacute um dos

fatores que podem aumentar mais ainda a produccedilatildeo nacional No DF por exemplo

a aacuterea destinada agrave colheita do abacate sofreu uma reduccedilatildeo de mais da metade de

2012 para 2014 muito diferente da forma como havia se comportando desde 2000

quando a aacuterea passou de 85 ha para 111 em 2010 O DF representa apenas 2 da

produccedilatildeo nacional do abacate contudo sua produtividade vem aumentando e de

acordo com os dados do IBGE o DF possui os melhores iacutendices de produtividade do

paiacutes o que pode representar forte potencial da regiatildeo no setor Este fato corrobora

com a ideia de que o Brasil pode aproveitar melhor sua extensatildeo territorial

explorando regiotildees com potencial produtor como o DF por exemplo

CERTIFICACcedilAtildeO

CARVALHO (2015) afirma que para participar do mercado internacional os

produtores devem se atentar agraves exigecircncias internacionais de qualidade e seguranccedila

garantidas por meio de certificaccedilatildeo como GlobalGapR BRCR BRCIR FAIRDRADER

e SEDEX-SMETAR Outro ponto que deve ser adotado pelo Brasil no comeacutercio do

Avocado eacute manter um mercado com preccedilo linear e contiacutenuo Ainda segundo

CARVALHO (2015) produtores que natildeo possuem certificaccedilatildeo no GlobalgapR

recebem menos 10

PRECcedilO PAGO PELA JAGUACYR AO PRODUTOR COM GLOBALGAPR

TABELA 10 - (CARVALHO 2015)

CAT CALIBRE MAR ABR MAI JUN

1 12 A 24 315 322 205 205

2 26 A 32 131 129 130 130

2 12 A 24 284 350 187 187

45

Para o consumidor final o selo GLOBALGAPR natildeo eacute tatildeo notado pois o uso

desta marca eacute praticado entre empresas Contudo sua em sua elaboraccedilatildeo

considerou-se a reduccedilatildeo dos impactos negativos das operaccedilotildees agriacutecolas no meio

ambiente reduzir o uso de insumos quiacutemicos e garantir que assuntos de sauacutede e

seguranccedila dos empregados e bem estar animal sejam observados (GLOBALGAPR

2008)

A GLOBALGAPR serve como um manual no comeacutercio mundial de produtos

agriacutecolas estabelecendo normas voluntaacuterias para sua certificaccedilatildeo Este conjunto de

normas estabelece serve de molde para a conduccedilatildeo de boas praacuteticas agriacutecolas

(BPA) nas atividades agriacutecolas (GLOBALGAPR 2008)

Um dos pontos positivos em se adotar os protocolos de boas praacuteticas

agriacutecolas eacute a prevenccedilatildeo de perdas Pesquisas feitas no setor da fruticultura

concluem que maior parte do desperdiacutecio ocorre no percurso que vai do manuseio

no campo ateacute as centrais de produccedilatildeo (AGRIANUAL 2012) Os iacutendices de perdas da

abaticultura chegam a 34 ao ano (AGRIANUAL 2015)

Eacute de extrema importacircncia desenvolver soacutelidos e eficientes sistemas de

certificaccedilatildeo a fim de assegurar qualidade que atenda as expectativas dos

consumidores permitindo que as empresas ingressem nos mercados globais com

seus produtos (ZEIDAN et al 2008)

A difusatildeo de praacuteticas recomendadas para a obtenccedilatildeo da certificaccedilatildeo

GLOBALGAPR por parte dos produtores de abacate principalmente as variedades

bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ pode estimular o consumo interno por meio da oferta de produtos

de maior qualidade aleacutem de reduzindo perdas e promover o produto no comeacutercio

internacional da fruta Fazendo com que o potencial produtor seja aproveitado ao

maacuteximo uma vez que seguir os protocolos de boas praacuteticas agriacutecolas represente a

reduccedilatildeo de perdas no processo de produccedilatildeo de colheita e de transporte seja por

meio da reduccedilatildeo da incidecircncia de pragas ou por adoccedilatildeo de teacutecnicas e evitem perdas

na conduccedilatildeo da produccedilatildeo dos pomares de abacate

CONCLUSOtildeES

A produccedilatildeo de Avocado cultivares bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ superiores em vaacuterios

aspectos agraves cultivares mais populares no paiacutes tem condiccedilotildees de se desenvolver

amplamente no Brasil tornando-o grande consumidor e exportador da fruta Essa

46

mudanccedila pode ocorrer por meio de incentivos governamentais que incentivem o

registro de produtos para a cultura do abacateiro favorecendo a obtenccedilatildeo de

certificaccedilatildeo bem como o desenvolvimento de centros de pesquisas que

desenvolvam estudos sobre a cultura do abacateiro que promovam a difusatildeo de

tecnologia e com isso estimule a utilizaccedilatildeo de novas aacutereas com potencial produtivo

A transferecircncia de tecnologia tambeacutem pode ser feita por parte de empresas da aacuterea

privada que possuem domiacutenio de teacutecnicas e tecnologias modernas principalmente

por meio da popularizaccedilatildeo da produccedilatildeo de mudas clonais para porta-enxerto Aleacutem

disso devem ser feitas accedilotildees por parte de instituiccedilotildees privadas como o

desenvolvimento do marketing da fruta a fim de divulgar os benefiacutecios do consumo

e a exposiccedilatildeo de novas formas de consumo de abacate pode ser crucial para a

mudanccedila do comportamento do consumidor nacional uma vez que este se atenta

principalmente aos aspectos visuais do abacate

Na poacutes-colheita o controle sobre os processos de maturaccedilatildeo poderia ser

mais bem aproveitado No Brasil a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas de conservaccedilatildeo no poacutes-

colheita de frutas objetiva na maioria das vezes estender o tempo de prateleira

destes produtos Para se aproveitar os elevados preccedilos ofertados em determinadas

eacutepocas os produtores colhem os frutos antes do recomendado para a fruta do

abacateiro o que reduz sua qualidade pois a eacutepoca da colheita influencia

diretamente no teor de oacuteleo fator altamente relacionado com o sabor da fruta Por

outro lado a aceleraccedilatildeo do processo de maturaccedilatildeo por meio do controle de

maturaccedilatildeo permite fornecimento de frutos maduros prontos para o consumo

estimulando assim o consumo no paiacutes Com a entrega regular de frutos maduros

nos supermercados e restaurantes novas formas de consumo da fruta como patecircs

e em saladas poderiam ser facilmente introduzidas no cardaacutepio nacional

47

BIBLIOGRAFIA

ALMEIDA G V B Mercado Atacadista de Abacate e Avocado (CEAGESP) III

Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado Bauru 2015

ALMEIDA G V B O Abacate no mundo e na CEAGESP Todafruta notiacutecia 2011

DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwtodafrutacombrnoticia28119O+ABACATE+NO+MUNDO+NO+BRASIL

+E+NA+CEAGESP gt

ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA FRUTICULTURA 2004 a 2015 DISPONIacuteVEL EM

httpwwwgrupogazcombrtratadaseo_edicao420150320150301_106c8c2f1pdf

4718_2015fruticulturapdfgt

BIODIESELBR DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwbiodieselbrcomnoticiasmateria-

primaoutrasvideo-unesp-transforma-oleo-abacate-biodiesel-060313htm gt

BONELLA J A Classificaccedilatildeo de abacates na CEAGESP Joseacute Alcides Bonella ME

2013

BRUWER T ROOYEN Z VAN PERFORMANCE AND MARKET ACCEPTIBILITY

OF THE HASS-LIKE CULTIVARS GEM AND HARVEST IN SOUTH AFRICA Vi

World Avocado Congress (Actas VI Confreso Mundial del Aguacate) 2007 Vintildea Del

Mar Chile 12 ndash 16 nov 2007 ISBN n 978-956-17-0413-8 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwAvocadosourcecomWAC6enExtenso1b-36pdf gt

CAMPOS J A Cultura racional do abacateiro Satildeo Paulo Iacutecone 1988 150 p

CANTUAacuteRIAS-AVILEacuteS T SILVA S R La induacutestria del aguacate em el Estado de

Satildeo Paulo Brasil actualidad y perspectivas futuras In CONGRESO MUNDIAL DEL

AGUACATE 7 2011 Caims Resuacutemenes Caims Avocado Australia 2011

48

CORREIA R C ARAUJO J L P MOUCO M A do C BRAGA C A

MENDONCcedilA R F de Abacate preferecircncias e mercado CONGRESSO

BRASILEIRO DE FRUTICULTURA 21 2010 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwalicecnptiaembrapabralicebitstreamdoc8700181Moucopdf gt

CARVALHO L F Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado realizaccedilatildeo Jaguacy

Sindicato Rural de Bauru Serviccedilo Nacional de Aprendizagem Rural - SENAR

Faculdades Integradas de Bauru ndash SP 2015

CHITARRA M I F CHITARA A B 2005 Poacutes colheita de frutos e hortaliccedilas

Fiiologia e Manuseio Lavras ESALFAEPE

CRANE J H BALERDI C F MAGUIRE I Avocado Growing in the Florida Home

Landscape University of Florida Circular 1034 one of a series of the Horticultural

Sciences Department Florida Cooperative Extension Service Institute of Food and

Agricultural Sciences University of Florida 1983 Revised 2007

CRIZEL G R MOURA R S OLIVEIRA I R MENDONCcedilA C R B

Caracteriacutesticas fiacutesicas e quiacutemicas de abacates das variedades bdquoQuintal‟ e bdquoHass‟ In

CONGRESSO DE INICIACcedilAtildeO CIENTIacuteFICA 17 ENCONTRO DE POacuteS-

GRADUACcedilAtildeO 10 2008 Pelotas Resumos Pelotas UFPEL 2008

DAIUTO E R VIEITES R L TREMOCOLDI M A RUSSO V C Taxa

respiratoacuteria de abacate bdquoHass‟ submetido a diferentes tratamentos fiacutesicos Revista

Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha Meacutexico v 10 n 2 p 101-109

2010

DAIUTO E R TREMOCOLDI M A VIEITES R L Conservaccedilatildeo poacutes colheita de

abacate bdquoHass‟ irradiado Revista Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha vol

10 n 2 2010

DONADIO L C Abacate para exportaccedilatildeo aspectos teacutecnicos da produccedilatildeo

Brasiacutelia Frupex MAPA 1995 53 p

49

DONADIO L C FERRARI L AVILEacuteS T C Abacate In DONADIO L C (Ed)

Histoacuteria da Fruticultura Paulista Jaboticabal SBF ndash Sociedade Brasileira de

Fruticultura 2010 P 33-63

DORIZZOTTO C D A SAMPAIO A C ICUMA I M et al Avocado production

chain in the state of Satildeo Paulo (Brazil) In Proceedings VII World Avocado Congress

2011 Cairns Anaishellip Cairns Internacional Avocado Society 2011 DISPONIacuteVEL

EM lt

httpworldAvocadocongress2011comuserfilesfileOsvaldo20Kioshi20Yamanis

hi201400-1420pdf gt

ERNST Z R ERNST A A The strategic role of new cultivars A case study of

bdquoMaluma‟ VIII Congreso Mundial de la Palta 2015 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwavocadosourcecomWAC8Section_02EarnstZander2015pdf gt

FACTFISH Avocados production quantity (tons) ndash for all countries DISPONIacuteVEL

EM lt httpwwwfactfishcomstatisticAvocados20production20quantity gt

FAOSTAT 2000 a 2013 DISPONIacuteVEL EM lt httpfaostat3faoorgbrowseTTPE gt

FER B WOLSTENHOLME B N (Ed) The Avocado botany production and

uses Oxon CABI Publ 2002 chap 12 p 299-338

FRANCISCO V L F dos S BAPTISTELLA C S L CULTURA DO ABACATE NO

ESTADO DE SAtildeO PAULO Informaccedilotildees Econocircmicas SP v 35 n5 2005

DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwieaspgovbroutpublicacoespdftec3-0505pdf gt

GAYET J P et al 1995 Abacate para exportaccedilatildeo procedimentos de colheita e

poacutes-colheita FRUPEX Brasiacutelia 37p

GIRARDI G Abacate uma nova opccedilatildeo de biocombustiacutevel Jornal UNESP Bauru

2009 DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwunespbracijornal248energia_bauruphp gt

50

GUEDES M S B SENA M TOLEDO S Certificaccedilatildeo como estrateacutegia competitiva

internacional dos produtores de frutas no Brasil VII Encontro da Sociedade

Brasileira de Economia Ecoloacutegica (ECO-ECO) 28 a 30 de novembro de 2007

Fortaleza Cearaacute

HODDLE M The Avocado Seed Moth Stenoma cateniver Walsingham (Lepdoptera

Elachistidae) Department of Entomology Applied Biological Control Research

DISPONIacuteVEL EM lt httpbiocontrolucredustenomastenomahtml gt

HOHMANN C L MENEGUIM A M A BROCA-DO-ABACATE (Stenoma catenifer)

Aspectos bioloacutegicos comportamento danos e manejo Instituto Agronocircmico do

Paranaacute ndash Londrina ndashPR Informe da Pesquisa n 147 2005

HOHMANN C L MENEGUIM A M Observaccedilotildees preliminares sobre a ocorrecircncia

da broca-do-abacate Stenoma catenifer Wals no Estado do Paranaacute Anais da

Sociedade Entomoloacutegica do Brasil v 22 p 417-419 1993

ILLSLEY-GRANICH C‟Hass‟Carmenrega precocious flowering avocado tree

Agrovim AS de CV Uruapan Michocan Mexico Rob Brokaw Brokaw Nursery Inc

Saticoy California USA Dr Salvador Ochoa-Ascencio University of Michoacan

Uruapan Michoacan Mexico 2011 DISPONIacuteVEL EM lt

httpworldavocadocongress2011comuserfilesfileCarlos20Illsley201410-

1430pdf gt

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA ESTATIacuteSTICA (IBGE) IBGE CIDADES

DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwcidadesibgegovbrcartogramamapaphplang=ampcoduf=53ampcodmun=53

0010ampidtema=136ampcodv=v01ampsearch=distrito-federal|brasilia|sintese-das-

informacoes-2013 gt

KADER A A 1992 Postharvest technology of horticultural crops Okland Univertisy

of California 292p

51

KADER A A ARPIA M L Avocado Recommendations for Maintaining

Postharvest Quality 2013

KADER A A Biologiacutea y Tecnologiacutea Postcosecha un Panorama In KADER A A

Tecnologiacutea Postcosecha de Cultivos Hortofrutiacutecolas 3 Ed Davis University Of

Califoacuternia 2007 Cap 4 p 43-53

KLUGE R A et al Inibiccedilatildeo do amadurecimento de abacate com 1-

metilciclopropeno Pesquisa Agropecuaacuteria Brasileira 37(7)895-901

KOOLER O C Abacaticultura Porto Alegre UFRGS 1992 138p

KOOLER O C ABACATICULTURA Porto Alegre UFRGS 1984 138p

KOLLER O C Abacate produccedilatildeo de mudas instalaccedilatildeo e manejo de pomares

colheita e poacutes-colheita Porto Alegre Cinco Continentes 2002 145 p

KREMER-KOumlHNE S KOumlHNE J S 25 YEARS OF AVOCADO ROOTSTOCK

DEVELOPMENT IN SOUTH AFRICA VI World Avocado Congress Chile 2007

DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwavocadosourcecomWAC6enExtenso1a-8pdf gt

LIPPERT C ALLAMAND M (WESTFALIASUBSOLE) A hystory of

collaboration Rev Subsole Santiago 2007

MAIS NATUREZA ABACATEIRO DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwmaisnaturezacomplantasarvoresabacateiro gt

MARANCA G Fruticultura comercial Manga e Abacate Satildeo Paulo Nobel 1980

p 81-133

MASSAFERA G COSTA T M B OLIVEIRA J E D COMPOSICcedilAtildeO DE AacuteCIDOS

GRAXOS DO OacuteLEO DO MESOCARPO E DA SEMENTE DE CULTIVARES DE

ABACATE (Persea americana MILL) DA REGIAtildeO DE RIBEIRAtildeO PRETO SP)

52

Alim Nutr Araraquara V 21 n 2 p 325-331 abrjun 2010 DISPONIacuteVEL EM lt

http20014571150seerindexphpalimentosarticleview940a20v21n2pdf gt

MDIC Negociaccedilotildees internacionais DISPONIacuteVEL EM

httpwwwdesenvolvimentogovbrsitiosecexnegInternacionaisMedTerrorismoLei

ph p gt

MICKELBART M V BENDER G S WITNEY G W ADAMS C ARPAIA M L

Effects of clonal rootstocks on bdquoHass‟ avocado yield components alternate bearing

and nutrition Journal of Horticultural Schience amp Biotechnology Ashford v 82

n 3 p 460-466 2007

MILLER B BERTELS R PADILLA T WILEMAN R THOMSEN L China the

new frontier VIII World Avocado Congress 2015

MONTENEGRO H W S A cultura do abacateiro Satildeo Paulo Melhoramentos

1951 102p (Criaccedilatildeo e Lavoura n 11)

MORAES A F G Desenvolvimento produccedilatildeo e qualidade de frutos de abacateiro

cv bdquoHass‟ sobre dois porta-enxertos nas condiccedilotildees edafoclimaacuteticas da regiatildeo central

do Estado de Satildeo Paulo Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Ciecircncias Piracicaba 2014

NAAMANI G Global Trends in main Avocado Markets VII World Avocado

Congress Australia 2011

NAVA DE DE LARA HADDAD M PARRA JRP 2005 Exigecircncias teacutermicas

estimativa do nuacutemero de geroccedilotildees de Stenoma catenifer e comprovaccedilatildeo de modelo

em campo Pesq Agropec Bras Brasilia v 40 p 961-967

NAVA DE PARRA JRP COSTA VA GUERRA TM COcircNSOLI FL (2005b)

Population dynamics of Stenoma catenifer(Lepidoptera Elachistidae) and related

larval parasitoids in Minas Gerais Brazil Florida Entomologistv 88p 441-446

53

NOVAGRIM ndash FRESH FRUITS IMPORTER amp VEGETABLE SUPPLIER SINCE

1999 2001-2013 WORLD AVOCADO PRODUCTION DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwnovagrimcomPages2000_2011_Avocado_statistics_ENaspx gt

OLIVEIRA LA A importacircncia das Normas Internacionais para o Comeacutercio da

Fruticultura Brasileira Piracicaba Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Economia Escola

Superior de Agricultura ldquoLuiz de Queirozrdquo Universidade de Satildeo Paulo Piracicaba

2005

OLIVEIRA M A de et al 2000 Ceras para conservaccedilatildeo poacutes colheita de frutos de

abacateiro cultivar Fuerte armazenados em temperatura ambiente Scientia Agriacutecola

Piracicaba 57 (4) 777-780

PASSONI A D NEVES M C M RODRIGUES B B BOTEON M Anaacutelise dos

principais entraves na exportaccedilatildeo de frutas brasileiras CENTRO DE ESTUDOS

AVANCcedilADOS EM ECONOMIA APLICADA (CEPEAESALQ-USP) XLIV

CONGRESSO DA SOBER ndash ldquoQuestotildees Agraacuterias Educaccedilatildeo no Campo e

Desenvolvimentordquo Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia Rural Fortaleza

2006

PEGG K G COATES L M KORSTEN L HARDING R M Foliar fruit and

soilborne diseases In WHILEY A W SCHAF

PERFIL DA FRUTICULTURA 2014 Base de dados 2012 a 2013 Governo de Minas

Gerais Agricultura Pecuaacuteria e Abastecimento 2014

PICCININ E PASCHOLATI S F ldquoDOENCcedilAS DO ABACATEIRO‟ em MANUAL DE

FITOPATOLOGIA Vol 2 Doenccedilas das Plantas Cultivadas Editora Agronocircmica

Ceres Ltda Satildeo Paulo 1997 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwifcursoscombrsistemaadminarquivos07-33-29-

manualfitopatologiapdfpage=10 gt

54

PUTT F F GOacuteES B C CATANEO P F Anaacutelise econocircmica de oferta e demanda

do abacate na alta paulista X Foacuterum Ambiental da Alta Paulista v 10 n 7 2014

pp 158-169

ROCHA I L Nuacutemeros do abacate HORTIESCOLHA Instituto Brasileiro de

Qualidade em Horticultura DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwhortibrasilorgbrjnwindexphpoption=com_contentampview=articleampid=120

9numeros-do-abacate-ampcatid=50comercializacaoampItemid=82 gt

SANTO N T Manejo da vegetaccedilatildeo intercalar para obtenccedilatildeo de cobertura morta na

cultura do abacateiro visando minimizar os danos causados por Phytophthora

cinnamomi Dissertaccedilatildeo de mestrado em Fitotecnia Piracicaba 2014

SCHAFFER B WOLSTENJOLME B N WHILEY A W The avocado botany

production and uses 560 p 2012 DISPONIacuteVEL EM lt

httpsbooksgooglecombrbooksid=r0hpRJca3zECamppg=PA83amplpg=PA83ampdq=Th

e+Avocado+botany+production+and+uses+hass-

likeampsource=blampots=oqc5OBsbmVampsig=5gDWWPIMYRBW9cH3yYuWh-ldd-8amphl=pt-

BRampsa=Xampved=0ahUKEwj_yPbgsoTKAhUGDpAKHZTrCWEQ6AEIPDADv=onepag

eampqampf=false gt

SCIENCIA I Certificaccedilatildeo GLOBALGAP e impactos ambientais em agroinduacutestrias de

alimentos Dissertaccedilatildeo de Poacutes-Graduaccedilatildeo Araraquara SP 2010 lt

mlthttpwwwecoecoorgbrconteudopublicacoesencontrosvii_envii_enc_ecohtm

gt

SIMAtildeO S Manual de Fruticultura Satildeo Paulo Editora Agronocircmica Ceres 1971

530p p 147-169

SINGER P MASON J Eacutetica da alimentaccedilatildeo como nossos haacutebitos alimentares

influenciam o meio ambiente e o nosso bem estar Rio de Janeiro Elsevier 2007

SOARES H F ITO M K O AacuteCIDO GRAXO MONOINSATURADO DO ABACATE

NO CONTROLE DE DISLIPIDEMIAS Ver Ciecircnc Meacuted Campinas P 47-51 2000

55

DISPONIacuteVEL EM lt httpperiodicospuc-

campinasedubrseerindexphpcienciasmedicasarticleviewFile13301304 gt

TEIXEIRA C G Cultura In ITAL ndash INSTITUTO DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS

(Campinas) Abacate Cultura mateacuteria-prima processamento e aspectos

econocircmicos 2 Ed Campinas Instituto Campineiro de Ensino Agriacutecola 1995 Cap 1

p 1-54 (Frutas Tropicais)

TEIXEIRA C G Cultura do abacate In TEIXEIRA C G et al ABACATE cultura

mateacuteria prima processamento e aspectos econocircmicos 2deg ed Seacuterie Fruas Tropicais

ndeg8 ITAL Campinas 1991 250p

WATANABE H S Caracteriacutesticas de cultivares de abacate CEAGESPS ndash

Companhia de Entrepostos e Armazeacutens Gerais de Satildeo Paulo 2013

WOLFENBARGER D O COLBURN B The Stenoma catenifer a serious Avocado

pest Proceedings of Florida State Horticulture Society v 92 p 315-318 1979

ZEIDAN R SEIXAS P ABRANCHES L COSTA D MEIRELLES F Certificaccedilatildeo

na cadeia produtiva de alimentos e as barreiras teacutecnicas agrave exportaccedilatildeo Simpoacutesio de

excelecircncia e gestatildeo e tecnologia ndash SEGeT 2008 Resende

Page 23: EVOLUÇÃO DA PRODUÇÃO MUNDIAL E NACIONAL …...RESUMO O abacateiro, Persea americana, é uma cultura muito importante em vários países, devido ao volume comercializado da fruta

23

tintas a partir do caroccedilo usado para tingir roupas produzindo uma tinta castanho-

arroxeada (TEIXEIRA 1991)

Melhoramento geneacutetico

O desenvolvimento floral bem como a eacutepoca de floraccedilatildeo e o amadurecimento

da fruta satildeo diretamente influenciados por caracteriacutesticas geneacuteticas Essas

caracteriacutesticas podem ser manipuladas com a utilizaccedilatildeo de enxertos porta enxertos

ou a interaccedilatildeo entre eles Neste sentido podem ser utilizados genoacutetipo Mexicano

que pode antecipar a floraccedilatildeo ou Guatemalenses que manteacutem uma floraccedilatildeo meacutedia

ou porta-enxerto das Iacutendias Ocidentais que promovem floraccedilatildeo tardia Estudos tecircm

comprovado que a utilizaccedilatildeo de porta-enxertos do grupo Mexicano antecipam a

floraccedilatildeo entre 4 a 8 semanas antes de pomares de clones de bdquoHass‟ Contudo a

antecipaccedilatildeo de 8 semanas na eacutepoca de floraccedilatildeo promoveu o a antecipaccedilatildeo de

maturaccedilatildeo dos frutos em apenas 3 semanas Como existe uma alta demanda pelo

abacate ‟Hass‟ em todo mundo o uso de cultivares do abacate bdquoHass-like‟ pode ser

de grande interesse para os paiacuteses produtores uma vez que a cultivar bdquoLamb-Hass‟

por exemplo possui a caracteriacutestica de estender a eacutepoca de colheita aumentando

assim a janela de produccedilatildeo da fruta (SCHAFFER et al 2012)

No final dos anos 80 Carlos Meacutendez observou um abacate diferenciado na

regiatildeo de Urupan estado de Michocaacuten Meacutexico A planta encontrada exibia uma

floraccedilatildeo com um comportamento distinto das demais Este abacate bdquoHass-like‟ foi

nomeado localmente de bdquoHass-Mendez‟ e agora eacute conhecido comercialmente como

bdquoHass Carmen‟ (Illsley-Granich 2011) Uma das cultivares de bdquoHass-like‟ que tem

sido utilizada em programas de melhoramento eacute a ldquoSir Prizerdquo

Outra cultivar bdquoHass-like‟ muito importante eacute a bdquoMaluma‟ na Aacutefrica do Sul

Dentre as vantagens desta cultivar em relaccedilatildeo ao bdquoHass‟ apresentadas por ERNST

amp ERNST (2015) estatildeo rendimento elevado precocidade e possibilidade de

aumento na densidade de plantas no pomar de abacateiro

Programas de melhoramento satildeo criados a fim de se incorporar

caracteriacutesticas de resistecircncia a doenccedilas - como os desenvolvidos na Universidade

da Califoacuternia que deram origem a cultivares como por exemplo bdquoGem‟ e bdquoHarvest‟

que possuem excelentes caracteriacutesticas agronocircmicas Dentre estas caracteriacutesticas

se tem aumento da produtividade e resistecircncia agrave podridatildeo radicular

24

A utilizaccedilatildeo de porta-enxertos eacute de suma importacircncia para se aproveitar

melhor o potencial das diferentes culturas seja por aumentar a produtividade ou por

conferir resistecircncia a doenccedilas No final dos anos 70 a podridatildeo causada por

Phytophthora cinnamomi causou grandes prejuiacutezos para a cultura do abacate na

Aacutefrica do Sul Com isso foi necessaacuterio importar da Califoacuternia porta-enxertos

tolerantes agrave podridatildeo radicular propagados vegetativamente a fim de se ter maior

uniformidade geneacutetica para estabelecer novos pomares de abacateiro Durante

muitos anos a cultivar bdquoDuke 7‟ era o uacutenico porta-enxerto que produzia plantas

uniformes produtivas e razoavelmente produtivas era a cultivar bdquoDuke 7‟ Nos anos

80 foi desenvolvida a cultivar bdquoDusa‟ a partir de plantas sobreviventes em pomares

doentes A cultivar desenvolvida pela WESTFALIA apresentou toleracircncia agrave podridatildeo

superior a bdquoDuke 7‟ (KREMER-KOumlHNE 2007)

Na Floacuterida as cultivares mais utilizadas como porta-enxerto satildeo a bdquoLula‟ e

bdquoWaldin‟ devido ao fato dessas variedades conferirem aos pomares de abacate

uniformidade aumentar o vigor e pela produccedilatildeo de sementes (CRANE et al 2007)

No Brasil os pomares comerciais de abacate satildeo implantados sobre porta-

enxertos oriundos de sementes este fator faz com que o tamanho da copa das

plantas seja desuniforme a produccedilatildeo seja afetada bem como a qualidade dos frutos

e a susceptibilidade aos patoacutegenos do solo no qual se destaca Phytophthora

cinnamomi Contudo outros paiacuteses produtores da fruta utilizam porta-enxertos de

melhor qualidade obtidos a partir de clones que possuem resistecircncia a doenccedilas e

tambeacutem conferem uniformidade ao pomar (MORAES 2014)

Certificaccedilatildeo

Devido agrave exigecircncia cada vez maior feita pelos mercados internacionais natildeo eacute

possiacutevel exportar frutas e outros produtos agropecuaacuterios sem que se tenha a

certificaccedilatildeo Um das finalidades da certificaccedilatildeo eacute proteger o diferencial de qualidade

(AGRIANUAL 2012)

A certificaccedilatildeo eacute uma forma de se adquirir vantagem competitiva sustentaacutevel

para concorrer com os grandes produtores mundiais Tendo em vista a exigecircncia de

produtos de qualidade por consumidores cada vez mais frequente eacute necessaacuterio que

o mercado mundial se atente ao alto padratildeo de qualidade fornecido por seus

produtos Com isso programas de qualidade tecircm sido desenvolvidos visando agrave

aplicaccedilatildeo direta nas cadeias de produccedilatildeo em especial na aacuterea de produtos

25

pereciacuteveis como eacute o caso da fruticultura objetivando a aceitaccedilatildeo internacional

(GUEDES et al 2007)

Vaacuterias pesquisas e estudos recentes vecircm colaborando para compreensatildeo da

formaccedilatildeo organizaccedilatildeo e influecircncia das cadeias produtivas de onde surgem

produtos que seguem os padrotildees de qualidade reconhecidos internacionalmente

onde os sistemas de certificaccedilatildeo tecircm papel fundamental

Tratando-se de qualidade os consumidores atuais buscam produtos que

atentem agraves questotildees eacuteticas que abordem temas como meio ambiente e uso de

agrotoacutexicos considerando que a procura por alimentos seguros e saudaacuteveis uma

questatildeo elementar (SINGER e MASON 2007)

Considerando que a sauacutede dos consumidores de alimentos in natura pode ser

afetada a seguranccedila alimentar bem como a qualidade dos produtos deve receber

atenccedilatildeo especial A qualidade dos produtos estaacute vinculada aos procedimentos que

satildeo conduzidos durante cada etapa de produccedilatildeo como por exemplo plantio

colheita processamento industrializaccedilatildeo e comeacutercio (OLIVEIRA 2005)

METODOLOGIA

Tipo de Estudo

Pesquisa Bibliograacutefica eacute desenvolvida a partir de material jaacute elaborado

constituiacutedo de livros e artigos cientiacuteficos (Gil 2008) Portanto o presente trabalho

utilizou-se das ideias do estudo exploratoacuterio feito a partir de pesquisa bibliograacutefica

Com isso este trabalho desenvolveu-se seguindo

1deg FONTES

Foram utilizados artigos que fornecessem informaccedilotildees sobre a cultura do

abacate bem como dados de produccedilatildeo poacutes-colheita e comercializaccedilatildeo e que

abordassem o tema de exportaccedilatildeo

2deg COLETA DE DADOS

Primeiramente foi feita leitura de trabalhos jaacute disponiacuteveis na literatura que

abordassem aspectos de produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo de forma raacutepida e objetiva a

fim de se selecionar o material a ser incluiacutedo no presente trabalho

26

Em seguida foi feita uma leitura seletiva agrupando as informaccedilotildees dos

artigos preacute-selecionados de acordo com o tema registrando as informaccedilotildees

extraiacutedas das fontes em instrumento especiacutefico

3deg ANAacuteLISE E INTERPRETACcedilAtildeO DOS RESULTADOS

Nesta etapa foi realizada uma leitura analiacutetica com a finalidade de ordenar as

informaccedilotildees contidas na literatura disponiacutevel utilizados como fonte para o

desenvolvimento deste trabalho a fim de se elaborar informaccedilotildees que resumissem

as questotildees abordadas nesta pesquisa

RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

ABACATE NO MUNDO

A figura a seguir apresenta dados de produccedilatildeo mundial de abacate (t) em 21

paiacuteses indo de 2004 a 2013 com base nos dados da FAO ndash Organizaccedilatildeo das

Naccedilotildees Unidas para Alimentaccedilatildeo e Agricultura (Food and Agriculture Organization of

the United Nations para a sigla em inglecircs)

27

Figura 2 Produccedilatildeo mundial do abacate (em t) elaborado pelo autor FONTE NOVAGRIM adaptado com dados da FAO

Os paiacuteses produtores de abacate satildeo representados no mapa abaixo onde a

intensidade da coloraccedilatildeo vermelha representa o volume de abacate produzido no

paiacutes quanto mais intenso maior o volume produzido como estaacute destacado o

Meacutexico maior produtor mundial participando com aproximadamente 31 12 de toda

a produccedilatildeo mundial da fruta

Figura 3 - Paiacuteses produtores de abacate ao redor do mundo FONTE FACTFISH

100000

300000

500000

700000

900000

1100000

1300000

1500000

1700000

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013

PRODUCcedilAtildeO MUNDIAL DE ABACATE

MEacuteXICO

INDONEacuteSIA

REP DOM

COLOcircMBIA

BRASIL

EUA

CHILE

PERU

CHINA

28

Em 2004 o maior produtor mundial de abacate foi o Meacutexico participando com

307 de todo o volume produzido mundialmente com cerca de 987000 t Em

segundo lugar poreacutem muito atraacutes com um volume de 221774 t segue a Indoneacutesia

representando apenas 689 Na terceira posiccedilatildeo Repuacuteblica Dominicana 68 e

218790 t e em quarto produzindo 170985 t estava a Colocircmbia com 53

De acordo com os dados de 2013 o Meacutexico continuou liderando o setor

participando com 3112 do total produzido agora com um volume de 1467837 t

Em segundo lugar a Repuacuteblica Dominicana com 821 Colocircmbia 643 e Peru

611 em ordem decrescente (FAOSTAT) Nos uacuteltimos 10 anos a Repuacuteblica

Dominicana saltou para o segundo lugar graccedilas a um aumento de 771 em sua

produccedilatildeo Neste sentido a Colocircmbia alcanccedila a posiccedilatildeo de 3deg colocado devido ao

aumento similar ao da Repuacuteblica Dominicana (774)

O Peru foi o paiacutes que obteve maior destaque pois saiu da oitava posiccedilatildeo

participando com apenas 337 da produccedilatildeo mundial o que representava um

volume de 108460 t em 2004 para a quarta posiccedilatildeo no ranking mundial em 2013

com 611 quando produziu 288387 t a sua participaccedilatildeo no mercado mundial

quase que dobrou nesse periacuteodo O aumento da produccedilatildeo mundial foi de 467

enquanto que o aumento do volume de abacate produzido no Peru foi de 1659

Segundo CARVALHO (2015) a formaccedilatildeo de associaccedilotildees como a PROHASS que

investe no desenvolvimento de tecnologia e marketing para estimular inclusive o

consumo interno podendo ateacute ser um exportador para o Brasil

Aos poucos a China vem participando do mercado do abacate A populaccedilatildeo

do paiacutes ultrapassa 15 bilhotildees de pessoas em algumas aacutereas metropolitanas a

populaccedilatildeo vai de 12 a 45 milhotildees de habitantes Em 2000 a classe meacutedia da China

representava 4 da populaccedilatildeo e hoje chega a 66 Os gastos com alimentaccedilatildeo

tambeacutem acompanham essa mudanccedila de comportamento pois existe nesta classe a

procura por alimentos mais saudaacuteveis Esses fatores tecircm estimulado uma mudanccedila

no consumo de abacate em toda a China (MILLER et al 2015)

Quanto agrave produccedilatildeo do Brasil no Ranking global ocorreu justamente o

contraacuterio o paiacutes saiu da quinta posiccedilatildeo para a oitava ao reduzir 765 da produccedilatildeo

que era de 170895 t em 2004 para 157428 t em 2013 Em 2011 o abacate ficou na

17deg posiccedilatildeo no ranking da produccedilatildeo nacional da fruta ocupando apenas 03 do

montante da produccedilatildeo de frutas frescas muito atraacutes das principais culturas

29

produzidas como a laranja mais produzida participando com 416 do setor

Banana segunda mais importante com 154 e Melancia com 46 em quarto

(IBGEPAM 2011)

O volume de abacate fresco brasileiro exportado foi de 4313 t em 2013 para

5806 toneladas em 2014 resultando num aumento de mais de 37 na receita com

este setor que em 2014 foi de mais de nove milhotildees e meio de doacutelares

(AGRIANUAL 2015)

O graacutefico abaixo apresenta o comportamento do volume em toneladas de

abacate exportado pelos paiacuteses que participam do setor

Figura 4 Volume de abacate (t) exportado pelos paiacuteses exportadores da fruta Elaborado pelo autor FONTE FAO

Em 2013 Meacutexico liderou o setor de exportaccedilatildeo do abacate com um volume

de 563492 toneladas cerca 463 do total exportado no mundo Em segundo lugar

a Holanda com 99 A Holanda eacute um grande importador contudo o paiacutes reexporta

grande parte do volume comprado O Peru merece destaque pois saiu de um

volume exportado de 2209 t (06) em 2000 para 114515 t em 2013 ocupando

94 do volume de abacate exportado o que lhe conferiu a 3deg posiccedilatildeo no ranking

global Em quarto lugar o Chile com 73

A figura a seguir apresenta o comportamento dos principais importadores de

abacate do mundo em 14 anos

0

100000

200000

300000

400000

500000

600000

20002001200220032004200520062007200820092010201120122013

EVOLUCcedilAtildeO DA EXPORTACcedilAtildeO MUNDIAL EM t

MEacuteXICO

CHILE

ESPANHA

AacuteFRICA DO SUL

ISRAEL

HOLANDA

PERU

30

Figura 5 Evoluccedilatildeo do volume (t) importado pelos principais paiacuteses importadores de abacate ELABORADA PELO AUTOR FONTE FAOSTAT

Os principais importadores de fruta como por exemplo o europeu e o norte

americano exigem um padratildeo de qualidade que observem as demandas impostas

pelos consumidores com relaccedilatildeo agrave seguranccedila alimentar e tambeacutem agraves exigecircncias

para certificaccedilatildeo do produto levando em consideraccedilatildeo aspectos ambientais e

sociais aleacutem do local de produccedilatildeo Desta forma produtores de fruta destinadas agrave

exportaccedilatildeo precisaram adaptar suas lavouras para atender agraves exigecircncias dos mais

importantes selos internacionais como o EureGapR e o TNCR (OLIVEIRA 2005) O

maior importador de abacate do mundo satildeo os Estados Unidos (ROCHA 2014)

O volume de abacate importado ao redor do mundo vem crescendo na uacuteltima

deacutecada Os Estados Unidos lideram o montante desde 2007 mais ainda que toda a

Uniatildeo Europeia o volume importado pelo paiacutes cresceu cerca de sete vezes entre

2000 e 2013 Em segundo lugar a Uniatildeo Europeia importando quase 23 menos

A Holanda tambeacutem cresceu muito e hoje ocupa a terceira colocaccedilatildeo no ranking O

Japatildeo e o Canadaacute tiveram consideraacutevel crescimento contudo mantiveram-se na 5deg

e 6deg posiccedilatildeo durante esse periacuteodo

Nos EUA a demanda cresce mais acelerado do que a oferta segundo

CARVALHO (2015) a demanda cresce 12 ao ano enquanto a produccedilatildeo cresce

apenas 4 O paiacutes possui uma poliacutetica de retornar parte dos lucros oriundos da

-

100000

200000

300000

400000

500000

600000

700000

IMPORTACcedilAtildeO DE ABACATE NO MUNDO EM t

EUA

UE

HOLANDA

FRANCcedilA

CANADAacute

REINO UNIDO

31

comercializaccedilatildeo do Avocado no paiacutes com a elaboraccedilatildeo de marketing e o

desenvolvimento de pesquisas que incentivem o aumento do consumo interno

promovendo alimentos como por exemplo o GUACAMOLE alimento muito popular

no paiacutes

Em 2002 os EUA impunham a Lei do Bioterrorismo exigindo que as

empresas que produzem processem armazenem ou processem alimentos voltados

ao consumo humano ou animal devem cumprir normas para comercializar seus

produtos voltados ao consumo humano ou animal precisam cumprir normas para

comercializar seus produtos nos Estados Unidos Eacute necessaacuterio que essas mesmas

empresas possuam registro junto ao governo norte-americano atualizando estas

informaccedilotildees e comunicarem agraves autoridades a chegada de novos carregamentos

alimentares O natildeo cumprimento dessas exigecircncias acarreta na proibiccedilatildeo do

ingresso da carga e possiacutevel retenccedilatildeo da mercadoria com multa para o responsaacutevel

pelo carregamento (MDIC 2006)

Os principais compradores de abacate ‟Hass‟ satildeo os Estados Unidos (20 a

50) UE AUS e o Meacutexico maior produtor e exportador do Avocado participando

com 20 do mercado de Avocado (CARVALHO 2015)

O Brasil participa com apenas 031 do mercado internacional exportando

para o Canadaacute e Holanda CARVALHO (2015) comenta que o Brasil natildeo aproveita

seu potencial de se tornar grande produtor e exportador de Avocado o paiacutes possui

extensa aacuterea e clima variado entre outros fatores que favorecem a produccedilatildeo de

Avocado contudo a produccedilatildeo ainda eacute muito pequena quando comparado com

outros paiacuteses que participam do mercado internacional da fruta

Quanto agrave contribuiccedilatildeo do desenvolvimento de programas de melhoramento

geneacutetico para a consolidaccedilatildeo do Brasil como grande produtor mundial de abacate a

utilizaccedilatildeo de cultivares de bdquoHass-like‟ representa uma excelente opccedilatildeo para

aumentar a safra da cultura no paiacutes devido agrave caracteriacutestica que esta variedade tem

de antecipar a florada ampliando desta forma a janela de produccedilatildeo e aumentando

a competitividade do paiacutes em relaccedilatildeo a outros paiacuteses exportadores da fruta

O graacutefico a seguir ilustra o comportamento das exportaccedilotildees e importaccedilotildees

Brasileiras em 14 anos

32

Figura 6 - Evoluccedilatildeo da exportaccedilatildeo e importaccedilatildeo do abacate (em t) no Brasil em 14 anos Elaborado pelo autor FONTE FAO

Alguns dos principais concorrentes do Brasil tratando-se da exportaccedilatildeo do

Avocado satildeo Aacutefrica do Sul com 3 das exportaccedilotildees Chile com 7 e Peru

representando 10 do mercado internacional de Avocado A safra do Chile ocorre

em eacutepoca proacutexima a do Brasil comeccedilando em agosto e terminando em fevereiro

(CARVALHO 2015) A Boliacutevia apesar de participar com apenas 012 do volume

exportado tem a vantagem de possibilidade de produccedilatildeo o ano todo

O elevado padratildeo de qualidade dos produtos eacute sem duacutevida um fator que

pode fazer com que o Brasil se estabeleccedila no mercado mundial de abacate Esta

praacutetica tem qualificado a Aacutefrica do Sul como um dos principais fornecedores para

paiacuteses da Europa a partir do intenso trabalho desenvolvido pela empresa sem fins

lucrativos WESTFALIA situada no municiacutepio de Limpopo por meio de investimentos

em tecnologia

A tabela a seguir apresenta o periacuteodo do ano em que cada paiacutes exportador de

abacate embarca seus produtos ao redor do mundo

0

500

1000

1500

2000

2500

3000

3500

4000

4500

5000

EXPORTACcedilAtildeO

IMPORTACcedilAtildeO

33

TABELA 3 - Janela de exportaccedilatildeo dos paiacuteses exportadores de abacate

adaptada FONTE WESTFALIASUBSOLE

CALENDAacuteRIO DE EXPORTACcedilAtildeO DE ABACATE lsquoHASSrsquo

jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

BRASIL X X X X X X X X

ARGENTINA X X X

EUA X X X X X X X X X X X X

CHILE X X X X X X X X X X

AFRICA DO SUL X X X X X X X

REP DOMINICANA X X X X X

ISRAEL X X X X X X

PERU X X X X X X X

NOVA ZELAcircNDIA X X X

MEacuteXICO X X X X X X X X X X X X

ESPANHA X X X X X X X

QUEcircNIA X X X X X

AUSTRAacuteLIA X X X X X X X

Os principais destinos do abacate ‟Hass‟ exportado pelo Brasil satildeo Espanha

Itaacutelia Holanda Alemanha e Dinamarca O material exportado segue de navio do

porto de Santos a uma temperatura de 5degC levando ateacute 16 dias no maacuteximo ateacute os

destinos Esse material exportado pelo Brasil possui os certificados GlobalGapR ndash

BRCR ndash BSCIR ndash SedexR ndash SmetaR

Os graacuteficos a seguir apresentam informaccedilotildees sobre a evoluccedilatildeo do da

exportaccedilatildeo do abacate feitos a partir de informaccedilotildees apresentadas no Anuaacuterio

Brasileiro de fruticultura (2004 a 2015) obtidos a partir de dados do Instituto

Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica

34

Figura 7 - Evoluccedilatildeo do volume de abacate exportado pelo brasil (2003 a 2014) Elaborado pelo autor com dados DO ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE AGRICULTURA DE 2004 a 2015 (IBGE)

Figura 8 - Receita com exportaccedilatildeo brasileira de abacate (2003 a 2014) Elaborado pelo autor com dado do ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE AGRICULTURA DE 2004 a 2015 (IBGE)

O volume de abacate exportado pelo Brasil vem crescendo nos uacuteltimos anos

revelando assim a importacircncia do setor para o paiacutes A variaccedilatildeo do volume

exportado de 2008 para 2009 foi de 6282 jaacute de 2009 para 2010 a exportaccedilatildeo

sofreu uma queda de 793 Em 2014 houve um aumento de 3462 no setor em

relaccedilatildeo ao ano anterior (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE FRUTICULTURA) A receita

-

100000

200000

300000

400000

500000

600000

700000

20

03

20

04

20

05

20

06

20

07

20

08

20

09

20

10

20

11

20

12

20

13

20

14

EVOLUCcedilAtildeO DO VOLUME DE ABACATE EXPORTADO PELO BRASIL (2003 a 2014)

VOLUME EXPORTADO (t)

-

20000000

40000000

60000000

80000000

100000000

120000000

20

03

20

04

20

05

20

06

20

07

20

08

20

09

20

10

20

11

20

12

20

13

20

14

RECEITA COM EXPORTACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ABACATE (2003 a 2014)

RECEITA (em USS FOB)

35

obtida a partir da exportaccedilatildeo do abacate tambeacutem acompanha os iacutendices de

crescimento

A Aacutefrica do Sul um dos principais concorrentes do Brasil no setor de

exportaccedilatildeo do Avocado eacute reconhecida por exportar material de alta qualidade para

Europa onde possui escritoacuterios contudo sua produccedilatildeo estaacute estagnada A Westfalia

eacute uma empresa sem fins lucrativos produtora de Avocado na Aacutefrica do Sul

responsaacutevel por desenvolver o mercado de Avocado no paiacutes e investe fortemente

em tecnologia o que colaborou para a atual situaccedilatildeo da Aacutefrica do Sul no setor de

exportaccedilatildeo de Avocado (CARVALHO 2015)

ABACATE NO BRASIL

O Brasil favorecido quando comparado com outros paiacuteses produtores devido

agrave suas dimensotildees continentais o que lhe possibilita ampla variaccedilatildeo de temperaturas

e solos estes fator unido agraves caracteriacutesticas individuais de cada variedade como por

exemplo sazonalidade e exigecircncias nutricionais e de horas de luz Contudo apesar

da aacuterea destinada agrave produccedilatildeo do abacate no Brasil ter reduzido passando de

11605 ha em 2005 para 9559 ha em 2014 reduccedilatildeo de 176 a produccedilatildeo natildeo foi

tatildeo alterada o que evidencia a possibilidade de um aumento na produtividade destas

aacutereas

Atualmente o Brasil ocupa a oitava posiccedilatildeo no ranking global do setor de

produccedilatildeo de abacate E apesar de possuir crescente produtividade o paiacutes ainda

possui excelente potencial produtor e tambeacutem como exportador da fruta Para

aproveitar melhor esse potencial deveriam ser feitos mais investimentos tanto no

que se refere agrave produccedilatildeo como por exemplo melhoramento geneacutetico e adoccedilatildeo de

protocolos de boas praacuteticas agriacutecolas para a obtenccedilatildeo de certificaccedilatildeo quanto no

setor de comercializaccedilatildeo desenvolvendo elevado padratildeo de qualidade da fruta

A tabela a seguir (TABELA 4) apresenta a aacuterea destinada agrave colheita de todas

as variedades de abacate nos principais produtores de abacate e o Distrito Federal

TABELA 4 - Aacuterea destinada agrave colheita (em ha) Elaborada pelo autor

DADOS (IBGE-SIDRA)

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Brasil 11605 10515 9892 9596 8509 11125 10768 9615 9707 9559

Satildeo Paulo 4266 3688 3583 3437 3267 5530 5642 4192 4374 4337

36

Minas Gerais 2865 2254 2326 2223 1854 2202 2134 2309 2416 2373

Paranaacute 1492 1467 1306 1009 1085 1000 944 922 958 930

Cearaacute 493 475 498 497 490 484 477 480 483 498

Rio Grande do Sul 626 619 613 602 584 575 552 499 470 444

Distrito Federal 119 122 109 124 108 111 - 295 160 134

A tabela 5 abaixo apresenta a produccedilatildeo de todas as variedades de abacate

em toneladas dos uacuteltimos 10 anos para os principais estados produtores e o Distrito

Federal

TABELA 5 - Produccedilatildeo nacional de abacate em 10 anos (em t) Elaborada pelo

autor FONTE (IBGESIDRA)

UFANO 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Brasil 169335 164441 154096 147214 139089 153189 160376 159903 157482 156669 1000

Satildeo Paulo 77107 78085 70812 69904 74193 83002 91909 82780 85101 79316 506

Minas Gerais 38777 32812 33436 28016 24772 28522 30975 36669 36571 41259 263

Paranaacute 22265 22575 20425 16537 15919 15824 17304 16705 16309 15784 101

Rio Grande do Sul

8167 7905 7804 7602 6824 6769 6907 5719 5584 5277 34

Cearaacute 5202 4231 4706 4520 4336 4163 3985 2717 2640 3637 23

Distrito Federal 2596 3081 2690 3019 2666 2415 - 6914 3152 3151 20

Em 2014 a aacuterea destinada agrave colheita do abacate no estado do Cearaacute era

superior agrave aacuterea do Rio Grande do Sul contudo a produccedilatildeo no estado do Cearaacute no

mesmo ano foi de 3637 t enquanto que a produccedilatildeo do Rio Grande do Sul foi de

5277 45 maior reforccedilando assim a ideia de que a produtividade no Sul pode ser

maior em relaccedilatildeo agrave regiatildeo Nordeste Este fator pode ser decorrente do uso de

cultivares inadequadas para as condiccedilotildees climaacuteticas da regiatildeo eou pela falta de

adoccedilatildeo de tecnologias modernas e teacutecnicas avanccediladas de produccedilatildeo

No Distrito Federal a produccedilatildeo cresceu 21 nos uacuteltimos 10 anos e hoje

representa 2 da produccedilatildeo nacional Por outro lado Satildeo Paulo que lidera o ranking

com 506 de toda a produccedilatildeo obteve crescimento de apenas 286 Jaacute a

produccedilatildeo do Paranaacute sofreu uma reduccedilatildeo de -291 neste mesmo periacuteodo poreacutem

manteve-se como quarto produtor nacional de abacate Os estados do Cearaacute e Rio

Grande do Sul tambeacutem reduziram sua produtividade nos uacuteltimos 10 anos

acompanhando a reduccedilatildeo nacional que reduziu -74

37

A variaccedilatildeo da produtividade de todas as variedades de abacate dos principais

estados produtores de abacate do Brasil eacute apresentada na TABELA 6 a seguir

TABELA 6 - Variaccedilatildeo (em) da produtividade (t) no Brasil em 10 anos

Elaborada pelo autor FONTE (IBGESIDRA)

VARIACcedilAtildeO () DA PRODUTIVIDADE (t) EM 10 ANOS

ESTADOANO 2005 2014 VARIACcedilAtildeO

PAIacuteS 146 164 123

SAtildeO PAULO 181 183 11

MINAS GERAIS 135 174 289

PARANAacute 149 17 141

RIO GRANDE DO SUL 13 119 -85

CEARAacute 106 73 -311

DISTRITO FEDERAL 218 235 78

De acordo com os dados do IBGE Satildeo Paulo eacute o maior produtor de abacate

do paiacutes Dentre as variedades mais produzidas no estado de Satildeo Paulo estatildeo

bdquoFortuna‟ bdquoGeada‟ bdquoQuintal‟ e bdquoMargarida‟ (DORIZZOTTO 2011)

Abaixo segue TABELA 11 contendo os nuacutemeros de plantas novas e o

nuacutemero de plantas em produccedilatildeo bem como a produccedilatildeo (caixas de 22Kg) no estado

de Satildeo Paulo ao longo de 15 anos

TABELA 7 - Quantidade de peacutes novos peacutes em produccedilatildeo e produccedilatildeo (cx 22kg)

no estado de Satildeo Paulo entre 2000 e 2015 Elaborada pelo autor FONTE

INSTITUTO DE ECONOMIA AGRIacuteCOLA

ANO PEacuteS

NOVOS PEacuteS EM

PRODUCcedilAtildeO

2000 4859400 66157100

2001 4617700 62883700

2002 4742500 55421300

2003 6095000 49740300

2004 5969500 48339500

2005 5131100 46596200

2006 5325600 45869000

2007 3412800 47668000

2008 5007100 40617400

2009 12068600 49971400

2010 8190000 53239000

38

2011 6904500 54780100

2012 7704100 51341600

2013 7002100 59149400

2014 8419800 60996100

2015 9040200 67073800

O graacutefico abaixo apresenta a curva da produtividade obtida a partir da relaccedilatildeo

feita entre a produccedilatildeo e a quantidade de peacutes em produccedilatildeo no estado de Satildeo Paulo

Figura 9 - Produtividade (kgplanta) no estado de Satildeo Paulo desde 2000 elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE ECONOMIA AGRIacuteCOLA

Os dados foram obtidos a partir da relaccedilatildeo feita entre a quantidade de planta

em produccedilatildeo e a quantidade de caixas de 22 Kg produzidas no estado de Satildeo Paulo

desde 2000 Esses dados revelam crescente aumento da produtividade ateacute o ano de

2010 onde a produtividade ultrapassou 168 Kgplanta Jaacute em relaccedilatildeo ao ano de

2011 a produtividade sofreu uma reduccedilatildeo de 10 Depois disso a curva de

produtividade continuou ascendente

A seguinte tabela apresenta a evoluccedilatildeo do preccedilo do abacate comercializado

na CEAGESP durante o ano no periacuteodo de nove anos

90

110

130

150

170

190

20

00

20

01

20

02

20

03

20

04

20

05

20

06

20

07

20

08

20

09

20

10

20

11

20

12

20

13

20

14

20

15

PRODUTIVIDADE DOS PEacuteS DE ABACATE (Kgplanta) EM SP

PRODUTIVIDADE

39

TABELA 8 - Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio (em R$Kg) do abacate FONTE

CEAGESP 2008

ANOMEcircS JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

2007 105 101 1 118 107 109 129 151 159 181 228 279

2008 119 081 084 097 102 11 122 137 149 208 296 326

2009 169 122 132 133 141 141 152 177 217 213 212 235

2010 17 161 165 154 151 151 164 173 202 262 406 316

2011 185 182 183 203 186 204 231 278 308 317 359 369

2012 207 155 151 141 153 164 192 218 242 268 429 485

2013 263 209 216 215 244 265 258 304 347 403 566 498

2014 228 206 231 239 198 2 256 267 301 305 403 538

2015 406 403 386 349 367 397 394 43 - - - -

O graacutefico a seguir resume o comportamento da quantidade de peacutes novos e

em produccedilatildeo no estado de Satildeo Paulo desde o ano 2000

Figura 10 - Evoluccedilatildeo do nuacutemeros de peacutes novos e em produccedilatildeo ao longo de 15 anos no estado de Satildeo Paulo elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE

ECONOMIA AGRIacuteCOLA

A produccedilatildeo (em caixas de 22 Kg) eacute demonstrada no graacutefico abaixo para esse

mesmo periacuteodo

000

10000000

20000000

30000000

40000000

50000000

60000000

70000000

80000000

20002002200420062008201020122014

EVOLUCcedilAtildeO DOS DADOS DO ABACATE EM SAtildeO PAULO

PEacuteS NOVOS

PEacuteS EM PRODUCcedilAtildeO

40

Figura 11 - Evoluccedilatildeo da produccedilatildeo de abacate em caixas de 22kg no estado de Satildeo Paulo em 15 anos elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE

ECONOMIA AGRIacuteCOLA

A sazonalidade do abacate comercial na CEAGESP em Satildeo Paulo

demonstram que o abacate pode ser comercializado praticamente todas as eacutepocas

do ano como apresentado pela tabela

TABELA 9 - Sazonalidade do abacate FONTE CEAGESP 2008

VARIEDADE JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

GEADA X X X X X

FORTUNA X X X X X X X

QUINTAL X X X X X X X

MARGARIDA X X X X X X X X X X

BREDA X X X X X X X X

HASS X X X X X X X X

O Estado de Minas Gerais eacute o segundo maior produtor nacional de abacate

participando do setor com 229 do total produzido A aacuterea no Estado destinada agrave

produccedilatildeo da fruta foi de 23 mil ha A produtividade do estado de Minas em 2012 foi

de 15881 (hgha) (PERFIL DA FRUTA) A produccedilatildeo de abacate no Distrito Federal

em 2013 foi de 3152 toneladas (IBGE) Em Minas a produccedilatildeo concentra-se nas

regiotildees Sul e Sudeste do estado (ALMEIDA 2013)

200000000

250000000

300000000

350000000

400000000

450000000

500000000

550000000

20002002200420062008201020122014

EVOLUCcedilAtildeO NA PRODUCcedilAtildeO DE ABACATE EM SAtildeO PAULO (22Kgcx)

PRODUCcedilAtildeO CX 22Kg

41

Em 2003 o Paranaacute foi o terceiro maior produtor nacional de abacate com uma

aacuterea de aproximadamente 1600ha onde se produziu 26 mil toneladas gerando uma

receita de cerca de R$ 85 milhotildees (HOHMANN amp MENEGUIM 2005)

De acordo com a relaccedilatildeo feita entre os dados de volume de abacate colhido e

de aacuterea destinada agrave produccedilatildeo do IBGESIDRA em 10 anos (2005 agrave 2014) o estado

que sofreu maior reduccedilatildeo da produtividade foi o estado do CEARAacute reduzindo em

31 aproximadamente enquanto que o estado de minas aumentou 289 sua

produtividade O DF apresentou os melhores niacuteveis de produtividade a partir desses

dados

AVOCADO NO BRASIL

A regiatildeo de Bauru em Satildeo Paulo especializou-se na produccedilatildeo dos abacates

‟Hass‟ e bdquoFuerte‟ conhecidos comercialmente como Avocado e satildeo os mais

apreciados pelo mercado internacional (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA

FRUTICULTURA 2008)

O Avocado variedades ‟Hass‟ e bdquoFuerte‟ possui excelentes caracteriacutesticas

nutricionais como por exemplo seu alto teor de lipiacutedeos Aleacutem disso o fruto possui

tamanho reduzido o que facilita o consumo evitando que parte natildeo consumida seja

armazenada Uma das possibilidades de se estimular o consumo interno seria

promover o produto a partir do uso de marketing setor no qual a empresa

JAGUACYR situada no municiacutepio de Bauru ndash SP tem se destacado fornecendo

informaccedilotildees nutricionais e apresentando o alto padratildeo de qualidade da fruta Outro

fator que reduz a oferta do produto no mercado interno eacute a demanda internacional

apesar de impor barreiras e exigirem alto padratildeo de qualidade o produto de

qualidade recebe os melhores preccedilos este fator tambeacutem limita o consumo interno

porque o preccedilo oferecido pelos importadores reflete no preccedilo interno

Outro ponto que deve ser observado para se manter qualidade elevada dos

frutos eacute a escolha adequada do ponto de colheita pois este fator reflete diretamente

no teor de oacuteleo dos frutos que por sua vez eacute responsaacutevel pela conservaccedilatildeo do

sabor Os melhores teores de oacuteleo encontram-se em frutos tardios como nas

variedades obtidas a partir das raccedilas Guatemalenses e Mexicana sendo maior nas

raccedilas Mexicana e menor em cultivares oriunda de raccedilas Guatemalenses como por

exemplo a bdquoHass‟

42

A exportaccedilatildeo brasileira do abacate bdquoHass‟ variedade mais produzida no

mundo era de 100 toneladas por ha em 2004 para 2186 toneladas em 2010

(DORIZZOTTO 2011) Contudo este dado representa apenas 143 do volume de

todo o abacate produzido no paiacutes nesta mesma data mesmo com seus atributos

nutricionais e comerciais

Quando se trata do segmento do mercado do Avocado brasileiro em acircmbito

global a empresa JAGUACYR situada no municiacutepio de Bauru ndash SP com sede na

Holanda eacute de extrema relevacircncia contribuindo com 90 das exportaccedilotildees brasileiras

deste produto com o qual o Brasil ainda comeccedila a participar poreacutem possui

condiccedilotildees favoraacuteveis para crescer no setor (CARVALHO 2015)

O graacutefico a seguir apresentado na Figura 2 demonstra a evoluccedilatildeo da

participaccedilatildeo do Avocado no setor de fruticultura no estado de Satildeo Paulo

Figura 12 - Elaborado pelo autor FONTE CEAGESPSEDES GABRIEL V BITENCOURT DE ALMEIDA

Como apresentado no graacutefico acima o volume de Avocado comercializado na

CEAGESP tem crescido rapidamente vertiginosamente chegando a quase

quadruplicar seu valor em apenas 7 anos

Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio de atacado (R$Kg) de Avocado na CEAGESP de

Satildeo Paulo durante o ano (SP) (Figura 3)

81 74 90

106 133

208

365 378

0

50

100

150

200

250

300

350

400

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

EVOLUCcedilAtildeO DA QUANTIDADE COMERCIALIZADA (T) DE AVOCADO NA CEAGESP DE SAtildeO PAULO (SP)

QUANTIDADE(toneladas)

43

Figura 13 - Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio do avocado na CEAGESP (R$Kg) Elaborado pelo autor FONTES CEAGESP

O graacutefico a seguir demonstra um comparativo da variaccedilatildeo do preccedilo meacutedio do

abacate em relaccedilatildeo ao Avocado durante o ano com base nos dados de nove anos

da CEAGESP (R$Kg)

Figura 14 - Comparativo do preccedilo meacutedio do abacate e do avocado comercializado na ceagesp durante o ano elaborado pelo autor FONTE

CEAGESP

A partir dos dados de 7 anos com a variaccedilatildeo do preccedilo meacutedio do Avocado por

quilo durante o ano pocircde-se observar que os menores valores encontram-se entre

maio e agosto A variaccedilatildeo de preccedilo meacutedio durante o ano chega a ser de R$ 581 o

quilo mais que o dobro entre o maior e menor valor meacutedio encontrado

O graacutefico com o comparativo do preccedilo do abacate com o Avocado (Figura 11)

revela a discrepacircncia da valorizaccedilatildeo entre os dois grupos O valor miacutenimo do

4

6

8

10

12

jan

fev

mar

abr

mai

jun jul

ago

set

ou

t

no

v

dez

EVOLUCcedilAtildeO DO PRECcedilO MEacuteDIO DO AVOCADO NA CEAGESP (R$Kg)

PRECcedilO MEacuteDIO

0

2

4

6

8

10

12

JAN

FEV

MA

R

AB

R

MA

I

JUN

JUL

AG

O

SET

OU

T

NO

V

DEZ

PRECcedilO AVOCADO

PRECcedilO DO ABACATE

44

Avocado eacute de R$ 554 por quilo enquanto que o maior valor encontrado do abacate

chega a R$ 381 uma diferenccedila de quase 50

O CEASA-DF registrou em 2014 um volume comercializado de 397 toneladas

de Avocado enquanto que no ano anterior o volume registrado natildeo passou de 07

toneladas (CEASA-DF)

Apesar de jaacute haver teacutecnicas eficientes e tecnologias modernas disponiacuteveis

para se aperfeiccediloar a produccedilatildeo do abacate a exploraccedilatildeo de novas regiotildees com

potencial produtor para a implantaccedilatildeo de pomares de abacateiro no Brasil eacute um dos

fatores que podem aumentar mais ainda a produccedilatildeo nacional No DF por exemplo

a aacuterea destinada agrave colheita do abacate sofreu uma reduccedilatildeo de mais da metade de

2012 para 2014 muito diferente da forma como havia se comportando desde 2000

quando a aacuterea passou de 85 ha para 111 em 2010 O DF representa apenas 2 da

produccedilatildeo nacional do abacate contudo sua produtividade vem aumentando e de

acordo com os dados do IBGE o DF possui os melhores iacutendices de produtividade do

paiacutes o que pode representar forte potencial da regiatildeo no setor Este fato corrobora

com a ideia de que o Brasil pode aproveitar melhor sua extensatildeo territorial

explorando regiotildees com potencial produtor como o DF por exemplo

CERTIFICACcedilAtildeO

CARVALHO (2015) afirma que para participar do mercado internacional os

produtores devem se atentar agraves exigecircncias internacionais de qualidade e seguranccedila

garantidas por meio de certificaccedilatildeo como GlobalGapR BRCR BRCIR FAIRDRADER

e SEDEX-SMETAR Outro ponto que deve ser adotado pelo Brasil no comeacutercio do

Avocado eacute manter um mercado com preccedilo linear e contiacutenuo Ainda segundo

CARVALHO (2015) produtores que natildeo possuem certificaccedilatildeo no GlobalgapR

recebem menos 10

PRECcedilO PAGO PELA JAGUACYR AO PRODUTOR COM GLOBALGAPR

TABELA 10 - (CARVALHO 2015)

CAT CALIBRE MAR ABR MAI JUN

1 12 A 24 315 322 205 205

2 26 A 32 131 129 130 130

2 12 A 24 284 350 187 187

45

Para o consumidor final o selo GLOBALGAPR natildeo eacute tatildeo notado pois o uso

desta marca eacute praticado entre empresas Contudo sua em sua elaboraccedilatildeo

considerou-se a reduccedilatildeo dos impactos negativos das operaccedilotildees agriacutecolas no meio

ambiente reduzir o uso de insumos quiacutemicos e garantir que assuntos de sauacutede e

seguranccedila dos empregados e bem estar animal sejam observados (GLOBALGAPR

2008)

A GLOBALGAPR serve como um manual no comeacutercio mundial de produtos

agriacutecolas estabelecendo normas voluntaacuterias para sua certificaccedilatildeo Este conjunto de

normas estabelece serve de molde para a conduccedilatildeo de boas praacuteticas agriacutecolas

(BPA) nas atividades agriacutecolas (GLOBALGAPR 2008)

Um dos pontos positivos em se adotar os protocolos de boas praacuteticas

agriacutecolas eacute a prevenccedilatildeo de perdas Pesquisas feitas no setor da fruticultura

concluem que maior parte do desperdiacutecio ocorre no percurso que vai do manuseio

no campo ateacute as centrais de produccedilatildeo (AGRIANUAL 2012) Os iacutendices de perdas da

abaticultura chegam a 34 ao ano (AGRIANUAL 2015)

Eacute de extrema importacircncia desenvolver soacutelidos e eficientes sistemas de

certificaccedilatildeo a fim de assegurar qualidade que atenda as expectativas dos

consumidores permitindo que as empresas ingressem nos mercados globais com

seus produtos (ZEIDAN et al 2008)

A difusatildeo de praacuteticas recomendadas para a obtenccedilatildeo da certificaccedilatildeo

GLOBALGAPR por parte dos produtores de abacate principalmente as variedades

bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ pode estimular o consumo interno por meio da oferta de produtos

de maior qualidade aleacutem de reduzindo perdas e promover o produto no comeacutercio

internacional da fruta Fazendo com que o potencial produtor seja aproveitado ao

maacuteximo uma vez que seguir os protocolos de boas praacuteticas agriacutecolas represente a

reduccedilatildeo de perdas no processo de produccedilatildeo de colheita e de transporte seja por

meio da reduccedilatildeo da incidecircncia de pragas ou por adoccedilatildeo de teacutecnicas e evitem perdas

na conduccedilatildeo da produccedilatildeo dos pomares de abacate

CONCLUSOtildeES

A produccedilatildeo de Avocado cultivares bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ superiores em vaacuterios

aspectos agraves cultivares mais populares no paiacutes tem condiccedilotildees de se desenvolver

amplamente no Brasil tornando-o grande consumidor e exportador da fruta Essa

46

mudanccedila pode ocorrer por meio de incentivos governamentais que incentivem o

registro de produtos para a cultura do abacateiro favorecendo a obtenccedilatildeo de

certificaccedilatildeo bem como o desenvolvimento de centros de pesquisas que

desenvolvam estudos sobre a cultura do abacateiro que promovam a difusatildeo de

tecnologia e com isso estimule a utilizaccedilatildeo de novas aacutereas com potencial produtivo

A transferecircncia de tecnologia tambeacutem pode ser feita por parte de empresas da aacuterea

privada que possuem domiacutenio de teacutecnicas e tecnologias modernas principalmente

por meio da popularizaccedilatildeo da produccedilatildeo de mudas clonais para porta-enxerto Aleacutem

disso devem ser feitas accedilotildees por parte de instituiccedilotildees privadas como o

desenvolvimento do marketing da fruta a fim de divulgar os benefiacutecios do consumo

e a exposiccedilatildeo de novas formas de consumo de abacate pode ser crucial para a

mudanccedila do comportamento do consumidor nacional uma vez que este se atenta

principalmente aos aspectos visuais do abacate

Na poacutes-colheita o controle sobre os processos de maturaccedilatildeo poderia ser

mais bem aproveitado No Brasil a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas de conservaccedilatildeo no poacutes-

colheita de frutas objetiva na maioria das vezes estender o tempo de prateleira

destes produtos Para se aproveitar os elevados preccedilos ofertados em determinadas

eacutepocas os produtores colhem os frutos antes do recomendado para a fruta do

abacateiro o que reduz sua qualidade pois a eacutepoca da colheita influencia

diretamente no teor de oacuteleo fator altamente relacionado com o sabor da fruta Por

outro lado a aceleraccedilatildeo do processo de maturaccedilatildeo por meio do controle de

maturaccedilatildeo permite fornecimento de frutos maduros prontos para o consumo

estimulando assim o consumo no paiacutes Com a entrega regular de frutos maduros

nos supermercados e restaurantes novas formas de consumo da fruta como patecircs

e em saladas poderiam ser facilmente introduzidas no cardaacutepio nacional

47

BIBLIOGRAFIA

ALMEIDA G V B Mercado Atacadista de Abacate e Avocado (CEAGESP) III

Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado Bauru 2015

ALMEIDA G V B O Abacate no mundo e na CEAGESP Todafruta notiacutecia 2011

DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwtodafrutacombrnoticia28119O+ABACATE+NO+MUNDO+NO+BRASIL

+E+NA+CEAGESP gt

ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA FRUTICULTURA 2004 a 2015 DISPONIacuteVEL EM

httpwwwgrupogazcombrtratadaseo_edicao420150320150301_106c8c2f1pdf

4718_2015fruticulturapdfgt

BIODIESELBR DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwbiodieselbrcomnoticiasmateria-

primaoutrasvideo-unesp-transforma-oleo-abacate-biodiesel-060313htm gt

BONELLA J A Classificaccedilatildeo de abacates na CEAGESP Joseacute Alcides Bonella ME

2013

BRUWER T ROOYEN Z VAN PERFORMANCE AND MARKET ACCEPTIBILITY

OF THE HASS-LIKE CULTIVARS GEM AND HARVEST IN SOUTH AFRICA Vi

World Avocado Congress (Actas VI Confreso Mundial del Aguacate) 2007 Vintildea Del

Mar Chile 12 ndash 16 nov 2007 ISBN n 978-956-17-0413-8 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwAvocadosourcecomWAC6enExtenso1b-36pdf gt

CAMPOS J A Cultura racional do abacateiro Satildeo Paulo Iacutecone 1988 150 p

CANTUAacuteRIAS-AVILEacuteS T SILVA S R La induacutestria del aguacate em el Estado de

Satildeo Paulo Brasil actualidad y perspectivas futuras In CONGRESO MUNDIAL DEL

AGUACATE 7 2011 Caims Resuacutemenes Caims Avocado Australia 2011

48

CORREIA R C ARAUJO J L P MOUCO M A do C BRAGA C A

MENDONCcedilA R F de Abacate preferecircncias e mercado CONGRESSO

BRASILEIRO DE FRUTICULTURA 21 2010 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwalicecnptiaembrapabralicebitstreamdoc8700181Moucopdf gt

CARVALHO L F Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado realizaccedilatildeo Jaguacy

Sindicato Rural de Bauru Serviccedilo Nacional de Aprendizagem Rural - SENAR

Faculdades Integradas de Bauru ndash SP 2015

CHITARRA M I F CHITARA A B 2005 Poacutes colheita de frutos e hortaliccedilas

Fiiologia e Manuseio Lavras ESALFAEPE

CRANE J H BALERDI C F MAGUIRE I Avocado Growing in the Florida Home

Landscape University of Florida Circular 1034 one of a series of the Horticultural

Sciences Department Florida Cooperative Extension Service Institute of Food and

Agricultural Sciences University of Florida 1983 Revised 2007

CRIZEL G R MOURA R S OLIVEIRA I R MENDONCcedilA C R B

Caracteriacutesticas fiacutesicas e quiacutemicas de abacates das variedades bdquoQuintal‟ e bdquoHass‟ In

CONGRESSO DE INICIACcedilAtildeO CIENTIacuteFICA 17 ENCONTRO DE POacuteS-

GRADUACcedilAtildeO 10 2008 Pelotas Resumos Pelotas UFPEL 2008

DAIUTO E R VIEITES R L TREMOCOLDI M A RUSSO V C Taxa

respiratoacuteria de abacate bdquoHass‟ submetido a diferentes tratamentos fiacutesicos Revista

Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha Meacutexico v 10 n 2 p 101-109

2010

DAIUTO E R TREMOCOLDI M A VIEITES R L Conservaccedilatildeo poacutes colheita de

abacate bdquoHass‟ irradiado Revista Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha vol

10 n 2 2010

DONADIO L C Abacate para exportaccedilatildeo aspectos teacutecnicos da produccedilatildeo

Brasiacutelia Frupex MAPA 1995 53 p

49

DONADIO L C FERRARI L AVILEacuteS T C Abacate In DONADIO L C (Ed)

Histoacuteria da Fruticultura Paulista Jaboticabal SBF ndash Sociedade Brasileira de

Fruticultura 2010 P 33-63

DORIZZOTTO C D A SAMPAIO A C ICUMA I M et al Avocado production

chain in the state of Satildeo Paulo (Brazil) In Proceedings VII World Avocado Congress

2011 Cairns Anaishellip Cairns Internacional Avocado Society 2011 DISPONIacuteVEL

EM lt

httpworldAvocadocongress2011comuserfilesfileOsvaldo20Kioshi20Yamanis

hi201400-1420pdf gt

ERNST Z R ERNST A A The strategic role of new cultivars A case study of

bdquoMaluma‟ VIII Congreso Mundial de la Palta 2015 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwavocadosourcecomWAC8Section_02EarnstZander2015pdf gt

FACTFISH Avocados production quantity (tons) ndash for all countries DISPONIacuteVEL

EM lt httpwwwfactfishcomstatisticAvocados20production20quantity gt

FAOSTAT 2000 a 2013 DISPONIacuteVEL EM lt httpfaostat3faoorgbrowseTTPE gt

FER B WOLSTENHOLME B N (Ed) The Avocado botany production and

uses Oxon CABI Publ 2002 chap 12 p 299-338

FRANCISCO V L F dos S BAPTISTELLA C S L CULTURA DO ABACATE NO

ESTADO DE SAtildeO PAULO Informaccedilotildees Econocircmicas SP v 35 n5 2005

DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwieaspgovbroutpublicacoespdftec3-0505pdf gt

GAYET J P et al 1995 Abacate para exportaccedilatildeo procedimentos de colheita e

poacutes-colheita FRUPEX Brasiacutelia 37p

GIRARDI G Abacate uma nova opccedilatildeo de biocombustiacutevel Jornal UNESP Bauru

2009 DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwunespbracijornal248energia_bauruphp gt

50

GUEDES M S B SENA M TOLEDO S Certificaccedilatildeo como estrateacutegia competitiva

internacional dos produtores de frutas no Brasil VII Encontro da Sociedade

Brasileira de Economia Ecoloacutegica (ECO-ECO) 28 a 30 de novembro de 2007

Fortaleza Cearaacute

HODDLE M The Avocado Seed Moth Stenoma cateniver Walsingham (Lepdoptera

Elachistidae) Department of Entomology Applied Biological Control Research

DISPONIacuteVEL EM lt httpbiocontrolucredustenomastenomahtml gt

HOHMANN C L MENEGUIM A M A BROCA-DO-ABACATE (Stenoma catenifer)

Aspectos bioloacutegicos comportamento danos e manejo Instituto Agronocircmico do

Paranaacute ndash Londrina ndashPR Informe da Pesquisa n 147 2005

HOHMANN C L MENEGUIM A M Observaccedilotildees preliminares sobre a ocorrecircncia

da broca-do-abacate Stenoma catenifer Wals no Estado do Paranaacute Anais da

Sociedade Entomoloacutegica do Brasil v 22 p 417-419 1993

ILLSLEY-GRANICH C‟Hass‟Carmenrega precocious flowering avocado tree

Agrovim AS de CV Uruapan Michocan Mexico Rob Brokaw Brokaw Nursery Inc

Saticoy California USA Dr Salvador Ochoa-Ascencio University of Michoacan

Uruapan Michoacan Mexico 2011 DISPONIacuteVEL EM lt

httpworldavocadocongress2011comuserfilesfileCarlos20Illsley201410-

1430pdf gt

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA ESTATIacuteSTICA (IBGE) IBGE CIDADES

DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwcidadesibgegovbrcartogramamapaphplang=ampcoduf=53ampcodmun=53

0010ampidtema=136ampcodv=v01ampsearch=distrito-federal|brasilia|sintese-das-

informacoes-2013 gt

KADER A A 1992 Postharvest technology of horticultural crops Okland Univertisy

of California 292p

51

KADER A A ARPIA M L Avocado Recommendations for Maintaining

Postharvest Quality 2013

KADER A A Biologiacutea y Tecnologiacutea Postcosecha un Panorama In KADER A A

Tecnologiacutea Postcosecha de Cultivos Hortofrutiacutecolas 3 Ed Davis University Of

Califoacuternia 2007 Cap 4 p 43-53

KLUGE R A et al Inibiccedilatildeo do amadurecimento de abacate com 1-

metilciclopropeno Pesquisa Agropecuaacuteria Brasileira 37(7)895-901

KOOLER O C Abacaticultura Porto Alegre UFRGS 1992 138p

KOOLER O C ABACATICULTURA Porto Alegre UFRGS 1984 138p

KOLLER O C Abacate produccedilatildeo de mudas instalaccedilatildeo e manejo de pomares

colheita e poacutes-colheita Porto Alegre Cinco Continentes 2002 145 p

KREMER-KOumlHNE S KOumlHNE J S 25 YEARS OF AVOCADO ROOTSTOCK

DEVELOPMENT IN SOUTH AFRICA VI World Avocado Congress Chile 2007

DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwavocadosourcecomWAC6enExtenso1a-8pdf gt

LIPPERT C ALLAMAND M (WESTFALIASUBSOLE) A hystory of

collaboration Rev Subsole Santiago 2007

MAIS NATUREZA ABACATEIRO DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwmaisnaturezacomplantasarvoresabacateiro gt

MARANCA G Fruticultura comercial Manga e Abacate Satildeo Paulo Nobel 1980

p 81-133

MASSAFERA G COSTA T M B OLIVEIRA J E D COMPOSICcedilAtildeO DE AacuteCIDOS

GRAXOS DO OacuteLEO DO MESOCARPO E DA SEMENTE DE CULTIVARES DE

ABACATE (Persea americana MILL) DA REGIAtildeO DE RIBEIRAtildeO PRETO SP)

52

Alim Nutr Araraquara V 21 n 2 p 325-331 abrjun 2010 DISPONIacuteVEL EM lt

http20014571150seerindexphpalimentosarticleview940a20v21n2pdf gt

MDIC Negociaccedilotildees internacionais DISPONIacuteVEL EM

httpwwwdesenvolvimentogovbrsitiosecexnegInternacionaisMedTerrorismoLei

ph p gt

MICKELBART M V BENDER G S WITNEY G W ADAMS C ARPAIA M L

Effects of clonal rootstocks on bdquoHass‟ avocado yield components alternate bearing

and nutrition Journal of Horticultural Schience amp Biotechnology Ashford v 82

n 3 p 460-466 2007

MILLER B BERTELS R PADILLA T WILEMAN R THOMSEN L China the

new frontier VIII World Avocado Congress 2015

MONTENEGRO H W S A cultura do abacateiro Satildeo Paulo Melhoramentos

1951 102p (Criaccedilatildeo e Lavoura n 11)

MORAES A F G Desenvolvimento produccedilatildeo e qualidade de frutos de abacateiro

cv bdquoHass‟ sobre dois porta-enxertos nas condiccedilotildees edafoclimaacuteticas da regiatildeo central

do Estado de Satildeo Paulo Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Ciecircncias Piracicaba 2014

NAAMANI G Global Trends in main Avocado Markets VII World Avocado

Congress Australia 2011

NAVA DE DE LARA HADDAD M PARRA JRP 2005 Exigecircncias teacutermicas

estimativa do nuacutemero de geroccedilotildees de Stenoma catenifer e comprovaccedilatildeo de modelo

em campo Pesq Agropec Bras Brasilia v 40 p 961-967

NAVA DE PARRA JRP COSTA VA GUERRA TM COcircNSOLI FL (2005b)

Population dynamics of Stenoma catenifer(Lepidoptera Elachistidae) and related

larval parasitoids in Minas Gerais Brazil Florida Entomologistv 88p 441-446

53

NOVAGRIM ndash FRESH FRUITS IMPORTER amp VEGETABLE SUPPLIER SINCE

1999 2001-2013 WORLD AVOCADO PRODUCTION DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwnovagrimcomPages2000_2011_Avocado_statistics_ENaspx gt

OLIVEIRA LA A importacircncia das Normas Internacionais para o Comeacutercio da

Fruticultura Brasileira Piracicaba Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Economia Escola

Superior de Agricultura ldquoLuiz de Queirozrdquo Universidade de Satildeo Paulo Piracicaba

2005

OLIVEIRA M A de et al 2000 Ceras para conservaccedilatildeo poacutes colheita de frutos de

abacateiro cultivar Fuerte armazenados em temperatura ambiente Scientia Agriacutecola

Piracicaba 57 (4) 777-780

PASSONI A D NEVES M C M RODRIGUES B B BOTEON M Anaacutelise dos

principais entraves na exportaccedilatildeo de frutas brasileiras CENTRO DE ESTUDOS

AVANCcedilADOS EM ECONOMIA APLICADA (CEPEAESALQ-USP) XLIV

CONGRESSO DA SOBER ndash ldquoQuestotildees Agraacuterias Educaccedilatildeo no Campo e

Desenvolvimentordquo Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia Rural Fortaleza

2006

PEGG K G COATES L M KORSTEN L HARDING R M Foliar fruit and

soilborne diseases In WHILEY A W SCHAF

PERFIL DA FRUTICULTURA 2014 Base de dados 2012 a 2013 Governo de Minas

Gerais Agricultura Pecuaacuteria e Abastecimento 2014

PICCININ E PASCHOLATI S F ldquoDOENCcedilAS DO ABACATEIRO‟ em MANUAL DE

FITOPATOLOGIA Vol 2 Doenccedilas das Plantas Cultivadas Editora Agronocircmica

Ceres Ltda Satildeo Paulo 1997 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwifcursoscombrsistemaadminarquivos07-33-29-

manualfitopatologiapdfpage=10 gt

54

PUTT F F GOacuteES B C CATANEO P F Anaacutelise econocircmica de oferta e demanda

do abacate na alta paulista X Foacuterum Ambiental da Alta Paulista v 10 n 7 2014

pp 158-169

ROCHA I L Nuacutemeros do abacate HORTIESCOLHA Instituto Brasileiro de

Qualidade em Horticultura DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwhortibrasilorgbrjnwindexphpoption=com_contentampview=articleampid=120

9numeros-do-abacate-ampcatid=50comercializacaoampItemid=82 gt

SANTO N T Manejo da vegetaccedilatildeo intercalar para obtenccedilatildeo de cobertura morta na

cultura do abacateiro visando minimizar os danos causados por Phytophthora

cinnamomi Dissertaccedilatildeo de mestrado em Fitotecnia Piracicaba 2014

SCHAFFER B WOLSTENJOLME B N WHILEY A W The avocado botany

production and uses 560 p 2012 DISPONIacuteVEL EM lt

httpsbooksgooglecombrbooksid=r0hpRJca3zECamppg=PA83amplpg=PA83ampdq=Th

e+Avocado+botany+production+and+uses+hass-

likeampsource=blampots=oqc5OBsbmVampsig=5gDWWPIMYRBW9cH3yYuWh-ldd-8amphl=pt-

BRampsa=Xampved=0ahUKEwj_yPbgsoTKAhUGDpAKHZTrCWEQ6AEIPDADv=onepag

eampqampf=false gt

SCIENCIA I Certificaccedilatildeo GLOBALGAP e impactos ambientais em agroinduacutestrias de

alimentos Dissertaccedilatildeo de Poacutes-Graduaccedilatildeo Araraquara SP 2010 lt

mlthttpwwwecoecoorgbrconteudopublicacoesencontrosvii_envii_enc_ecohtm

gt

SIMAtildeO S Manual de Fruticultura Satildeo Paulo Editora Agronocircmica Ceres 1971

530p p 147-169

SINGER P MASON J Eacutetica da alimentaccedilatildeo como nossos haacutebitos alimentares

influenciam o meio ambiente e o nosso bem estar Rio de Janeiro Elsevier 2007

SOARES H F ITO M K O AacuteCIDO GRAXO MONOINSATURADO DO ABACATE

NO CONTROLE DE DISLIPIDEMIAS Ver Ciecircnc Meacuted Campinas P 47-51 2000

55

DISPONIacuteVEL EM lt httpperiodicospuc-

campinasedubrseerindexphpcienciasmedicasarticleviewFile13301304 gt

TEIXEIRA C G Cultura In ITAL ndash INSTITUTO DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS

(Campinas) Abacate Cultura mateacuteria-prima processamento e aspectos

econocircmicos 2 Ed Campinas Instituto Campineiro de Ensino Agriacutecola 1995 Cap 1

p 1-54 (Frutas Tropicais)

TEIXEIRA C G Cultura do abacate In TEIXEIRA C G et al ABACATE cultura

mateacuteria prima processamento e aspectos econocircmicos 2deg ed Seacuterie Fruas Tropicais

ndeg8 ITAL Campinas 1991 250p

WATANABE H S Caracteriacutesticas de cultivares de abacate CEAGESPS ndash

Companhia de Entrepostos e Armazeacutens Gerais de Satildeo Paulo 2013

WOLFENBARGER D O COLBURN B The Stenoma catenifer a serious Avocado

pest Proceedings of Florida State Horticulture Society v 92 p 315-318 1979

ZEIDAN R SEIXAS P ABRANCHES L COSTA D MEIRELLES F Certificaccedilatildeo

na cadeia produtiva de alimentos e as barreiras teacutecnicas agrave exportaccedilatildeo Simpoacutesio de

excelecircncia e gestatildeo e tecnologia ndash SEGeT 2008 Resende

Page 24: EVOLUÇÃO DA PRODUÇÃO MUNDIAL E NACIONAL …...RESUMO O abacateiro, Persea americana, é uma cultura muito importante em vários países, devido ao volume comercializado da fruta

24

A utilizaccedilatildeo de porta-enxertos eacute de suma importacircncia para se aproveitar

melhor o potencial das diferentes culturas seja por aumentar a produtividade ou por

conferir resistecircncia a doenccedilas No final dos anos 70 a podridatildeo causada por

Phytophthora cinnamomi causou grandes prejuiacutezos para a cultura do abacate na

Aacutefrica do Sul Com isso foi necessaacuterio importar da Califoacuternia porta-enxertos

tolerantes agrave podridatildeo radicular propagados vegetativamente a fim de se ter maior

uniformidade geneacutetica para estabelecer novos pomares de abacateiro Durante

muitos anos a cultivar bdquoDuke 7‟ era o uacutenico porta-enxerto que produzia plantas

uniformes produtivas e razoavelmente produtivas era a cultivar bdquoDuke 7‟ Nos anos

80 foi desenvolvida a cultivar bdquoDusa‟ a partir de plantas sobreviventes em pomares

doentes A cultivar desenvolvida pela WESTFALIA apresentou toleracircncia agrave podridatildeo

superior a bdquoDuke 7‟ (KREMER-KOumlHNE 2007)

Na Floacuterida as cultivares mais utilizadas como porta-enxerto satildeo a bdquoLula‟ e

bdquoWaldin‟ devido ao fato dessas variedades conferirem aos pomares de abacate

uniformidade aumentar o vigor e pela produccedilatildeo de sementes (CRANE et al 2007)

No Brasil os pomares comerciais de abacate satildeo implantados sobre porta-

enxertos oriundos de sementes este fator faz com que o tamanho da copa das

plantas seja desuniforme a produccedilatildeo seja afetada bem como a qualidade dos frutos

e a susceptibilidade aos patoacutegenos do solo no qual se destaca Phytophthora

cinnamomi Contudo outros paiacuteses produtores da fruta utilizam porta-enxertos de

melhor qualidade obtidos a partir de clones que possuem resistecircncia a doenccedilas e

tambeacutem conferem uniformidade ao pomar (MORAES 2014)

Certificaccedilatildeo

Devido agrave exigecircncia cada vez maior feita pelos mercados internacionais natildeo eacute

possiacutevel exportar frutas e outros produtos agropecuaacuterios sem que se tenha a

certificaccedilatildeo Um das finalidades da certificaccedilatildeo eacute proteger o diferencial de qualidade

(AGRIANUAL 2012)

A certificaccedilatildeo eacute uma forma de se adquirir vantagem competitiva sustentaacutevel

para concorrer com os grandes produtores mundiais Tendo em vista a exigecircncia de

produtos de qualidade por consumidores cada vez mais frequente eacute necessaacuterio que

o mercado mundial se atente ao alto padratildeo de qualidade fornecido por seus

produtos Com isso programas de qualidade tecircm sido desenvolvidos visando agrave

aplicaccedilatildeo direta nas cadeias de produccedilatildeo em especial na aacuterea de produtos

25

pereciacuteveis como eacute o caso da fruticultura objetivando a aceitaccedilatildeo internacional

(GUEDES et al 2007)

Vaacuterias pesquisas e estudos recentes vecircm colaborando para compreensatildeo da

formaccedilatildeo organizaccedilatildeo e influecircncia das cadeias produtivas de onde surgem

produtos que seguem os padrotildees de qualidade reconhecidos internacionalmente

onde os sistemas de certificaccedilatildeo tecircm papel fundamental

Tratando-se de qualidade os consumidores atuais buscam produtos que

atentem agraves questotildees eacuteticas que abordem temas como meio ambiente e uso de

agrotoacutexicos considerando que a procura por alimentos seguros e saudaacuteveis uma

questatildeo elementar (SINGER e MASON 2007)

Considerando que a sauacutede dos consumidores de alimentos in natura pode ser

afetada a seguranccedila alimentar bem como a qualidade dos produtos deve receber

atenccedilatildeo especial A qualidade dos produtos estaacute vinculada aos procedimentos que

satildeo conduzidos durante cada etapa de produccedilatildeo como por exemplo plantio

colheita processamento industrializaccedilatildeo e comeacutercio (OLIVEIRA 2005)

METODOLOGIA

Tipo de Estudo

Pesquisa Bibliograacutefica eacute desenvolvida a partir de material jaacute elaborado

constituiacutedo de livros e artigos cientiacuteficos (Gil 2008) Portanto o presente trabalho

utilizou-se das ideias do estudo exploratoacuterio feito a partir de pesquisa bibliograacutefica

Com isso este trabalho desenvolveu-se seguindo

1deg FONTES

Foram utilizados artigos que fornecessem informaccedilotildees sobre a cultura do

abacate bem como dados de produccedilatildeo poacutes-colheita e comercializaccedilatildeo e que

abordassem o tema de exportaccedilatildeo

2deg COLETA DE DADOS

Primeiramente foi feita leitura de trabalhos jaacute disponiacuteveis na literatura que

abordassem aspectos de produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo de forma raacutepida e objetiva a

fim de se selecionar o material a ser incluiacutedo no presente trabalho

26

Em seguida foi feita uma leitura seletiva agrupando as informaccedilotildees dos

artigos preacute-selecionados de acordo com o tema registrando as informaccedilotildees

extraiacutedas das fontes em instrumento especiacutefico

3deg ANAacuteLISE E INTERPRETACcedilAtildeO DOS RESULTADOS

Nesta etapa foi realizada uma leitura analiacutetica com a finalidade de ordenar as

informaccedilotildees contidas na literatura disponiacutevel utilizados como fonte para o

desenvolvimento deste trabalho a fim de se elaborar informaccedilotildees que resumissem

as questotildees abordadas nesta pesquisa

RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

ABACATE NO MUNDO

A figura a seguir apresenta dados de produccedilatildeo mundial de abacate (t) em 21

paiacuteses indo de 2004 a 2013 com base nos dados da FAO ndash Organizaccedilatildeo das

Naccedilotildees Unidas para Alimentaccedilatildeo e Agricultura (Food and Agriculture Organization of

the United Nations para a sigla em inglecircs)

27

Figura 2 Produccedilatildeo mundial do abacate (em t) elaborado pelo autor FONTE NOVAGRIM adaptado com dados da FAO

Os paiacuteses produtores de abacate satildeo representados no mapa abaixo onde a

intensidade da coloraccedilatildeo vermelha representa o volume de abacate produzido no

paiacutes quanto mais intenso maior o volume produzido como estaacute destacado o

Meacutexico maior produtor mundial participando com aproximadamente 31 12 de toda

a produccedilatildeo mundial da fruta

Figura 3 - Paiacuteses produtores de abacate ao redor do mundo FONTE FACTFISH

100000

300000

500000

700000

900000

1100000

1300000

1500000

1700000

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013

PRODUCcedilAtildeO MUNDIAL DE ABACATE

MEacuteXICO

INDONEacuteSIA

REP DOM

COLOcircMBIA

BRASIL

EUA

CHILE

PERU

CHINA

28

Em 2004 o maior produtor mundial de abacate foi o Meacutexico participando com

307 de todo o volume produzido mundialmente com cerca de 987000 t Em

segundo lugar poreacutem muito atraacutes com um volume de 221774 t segue a Indoneacutesia

representando apenas 689 Na terceira posiccedilatildeo Repuacuteblica Dominicana 68 e

218790 t e em quarto produzindo 170985 t estava a Colocircmbia com 53

De acordo com os dados de 2013 o Meacutexico continuou liderando o setor

participando com 3112 do total produzido agora com um volume de 1467837 t

Em segundo lugar a Repuacuteblica Dominicana com 821 Colocircmbia 643 e Peru

611 em ordem decrescente (FAOSTAT) Nos uacuteltimos 10 anos a Repuacuteblica

Dominicana saltou para o segundo lugar graccedilas a um aumento de 771 em sua

produccedilatildeo Neste sentido a Colocircmbia alcanccedila a posiccedilatildeo de 3deg colocado devido ao

aumento similar ao da Repuacuteblica Dominicana (774)

O Peru foi o paiacutes que obteve maior destaque pois saiu da oitava posiccedilatildeo

participando com apenas 337 da produccedilatildeo mundial o que representava um

volume de 108460 t em 2004 para a quarta posiccedilatildeo no ranking mundial em 2013

com 611 quando produziu 288387 t a sua participaccedilatildeo no mercado mundial

quase que dobrou nesse periacuteodo O aumento da produccedilatildeo mundial foi de 467

enquanto que o aumento do volume de abacate produzido no Peru foi de 1659

Segundo CARVALHO (2015) a formaccedilatildeo de associaccedilotildees como a PROHASS que

investe no desenvolvimento de tecnologia e marketing para estimular inclusive o

consumo interno podendo ateacute ser um exportador para o Brasil

Aos poucos a China vem participando do mercado do abacate A populaccedilatildeo

do paiacutes ultrapassa 15 bilhotildees de pessoas em algumas aacutereas metropolitanas a

populaccedilatildeo vai de 12 a 45 milhotildees de habitantes Em 2000 a classe meacutedia da China

representava 4 da populaccedilatildeo e hoje chega a 66 Os gastos com alimentaccedilatildeo

tambeacutem acompanham essa mudanccedila de comportamento pois existe nesta classe a

procura por alimentos mais saudaacuteveis Esses fatores tecircm estimulado uma mudanccedila

no consumo de abacate em toda a China (MILLER et al 2015)

Quanto agrave produccedilatildeo do Brasil no Ranking global ocorreu justamente o

contraacuterio o paiacutes saiu da quinta posiccedilatildeo para a oitava ao reduzir 765 da produccedilatildeo

que era de 170895 t em 2004 para 157428 t em 2013 Em 2011 o abacate ficou na

17deg posiccedilatildeo no ranking da produccedilatildeo nacional da fruta ocupando apenas 03 do

montante da produccedilatildeo de frutas frescas muito atraacutes das principais culturas

29

produzidas como a laranja mais produzida participando com 416 do setor

Banana segunda mais importante com 154 e Melancia com 46 em quarto

(IBGEPAM 2011)

O volume de abacate fresco brasileiro exportado foi de 4313 t em 2013 para

5806 toneladas em 2014 resultando num aumento de mais de 37 na receita com

este setor que em 2014 foi de mais de nove milhotildees e meio de doacutelares

(AGRIANUAL 2015)

O graacutefico abaixo apresenta o comportamento do volume em toneladas de

abacate exportado pelos paiacuteses que participam do setor

Figura 4 Volume de abacate (t) exportado pelos paiacuteses exportadores da fruta Elaborado pelo autor FONTE FAO

Em 2013 Meacutexico liderou o setor de exportaccedilatildeo do abacate com um volume

de 563492 toneladas cerca 463 do total exportado no mundo Em segundo lugar

a Holanda com 99 A Holanda eacute um grande importador contudo o paiacutes reexporta

grande parte do volume comprado O Peru merece destaque pois saiu de um

volume exportado de 2209 t (06) em 2000 para 114515 t em 2013 ocupando

94 do volume de abacate exportado o que lhe conferiu a 3deg posiccedilatildeo no ranking

global Em quarto lugar o Chile com 73

A figura a seguir apresenta o comportamento dos principais importadores de

abacate do mundo em 14 anos

0

100000

200000

300000

400000

500000

600000

20002001200220032004200520062007200820092010201120122013

EVOLUCcedilAtildeO DA EXPORTACcedilAtildeO MUNDIAL EM t

MEacuteXICO

CHILE

ESPANHA

AacuteFRICA DO SUL

ISRAEL

HOLANDA

PERU

30

Figura 5 Evoluccedilatildeo do volume (t) importado pelos principais paiacuteses importadores de abacate ELABORADA PELO AUTOR FONTE FAOSTAT

Os principais importadores de fruta como por exemplo o europeu e o norte

americano exigem um padratildeo de qualidade que observem as demandas impostas

pelos consumidores com relaccedilatildeo agrave seguranccedila alimentar e tambeacutem agraves exigecircncias

para certificaccedilatildeo do produto levando em consideraccedilatildeo aspectos ambientais e

sociais aleacutem do local de produccedilatildeo Desta forma produtores de fruta destinadas agrave

exportaccedilatildeo precisaram adaptar suas lavouras para atender agraves exigecircncias dos mais

importantes selos internacionais como o EureGapR e o TNCR (OLIVEIRA 2005) O

maior importador de abacate do mundo satildeo os Estados Unidos (ROCHA 2014)

O volume de abacate importado ao redor do mundo vem crescendo na uacuteltima

deacutecada Os Estados Unidos lideram o montante desde 2007 mais ainda que toda a

Uniatildeo Europeia o volume importado pelo paiacutes cresceu cerca de sete vezes entre

2000 e 2013 Em segundo lugar a Uniatildeo Europeia importando quase 23 menos

A Holanda tambeacutem cresceu muito e hoje ocupa a terceira colocaccedilatildeo no ranking O

Japatildeo e o Canadaacute tiveram consideraacutevel crescimento contudo mantiveram-se na 5deg

e 6deg posiccedilatildeo durante esse periacuteodo

Nos EUA a demanda cresce mais acelerado do que a oferta segundo

CARVALHO (2015) a demanda cresce 12 ao ano enquanto a produccedilatildeo cresce

apenas 4 O paiacutes possui uma poliacutetica de retornar parte dos lucros oriundos da

-

100000

200000

300000

400000

500000

600000

700000

IMPORTACcedilAtildeO DE ABACATE NO MUNDO EM t

EUA

UE

HOLANDA

FRANCcedilA

CANADAacute

REINO UNIDO

31

comercializaccedilatildeo do Avocado no paiacutes com a elaboraccedilatildeo de marketing e o

desenvolvimento de pesquisas que incentivem o aumento do consumo interno

promovendo alimentos como por exemplo o GUACAMOLE alimento muito popular

no paiacutes

Em 2002 os EUA impunham a Lei do Bioterrorismo exigindo que as

empresas que produzem processem armazenem ou processem alimentos voltados

ao consumo humano ou animal devem cumprir normas para comercializar seus

produtos voltados ao consumo humano ou animal precisam cumprir normas para

comercializar seus produtos nos Estados Unidos Eacute necessaacuterio que essas mesmas

empresas possuam registro junto ao governo norte-americano atualizando estas

informaccedilotildees e comunicarem agraves autoridades a chegada de novos carregamentos

alimentares O natildeo cumprimento dessas exigecircncias acarreta na proibiccedilatildeo do

ingresso da carga e possiacutevel retenccedilatildeo da mercadoria com multa para o responsaacutevel

pelo carregamento (MDIC 2006)

Os principais compradores de abacate ‟Hass‟ satildeo os Estados Unidos (20 a

50) UE AUS e o Meacutexico maior produtor e exportador do Avocado participando

com 20 do mercado de Avocado (CARVALHO 2015)

O Brasil participa com apenas 031 do mercado internacional exportando

para o Canadaacute e Holanda CARVALHO (2015) comenta que o Brasil natildeo aproveita

seu potencial de se tornar grande produtor e exportador de Avocado o paiacutes possui

extensa aacuterea e clima variado entre outros fatores que favorecem a produccedilatildeo de

Avocado contudo a produccedilatildeo ainda eacute muito pequena quando comparado com

outros paiacuteses que participam do mercado internacional da fruta

Quanto agrave contribuiccedilatildeo do desenvolvimento de programas de melhoramento

geneacutetico para a consolidaccedilatildeo do Brasil como grande produtor mundial de abacate a

utilizaccedilatildeo de cultivares de bdquoHass-like‟ representa uma excelente opccedilatildeo para

aumentar a safra da cultura no paiacutes devido agrave caracteriacutestica que esta variedade tem

de antecipar a florada ampliando desta forma a janela de produccedilatildeo e aumentando

a competitividade do paiacutes em relaccedilatildeo a outros paiacuteses exportadores da fruta

O graacutefico a seguir ilustra o comportamento das exportaccedilotildees e importaccedilotildees

Brasileiras em 14 anos

32

Figura 6 - Evoluccedilatildeo da exportaccedilatildeo e importaccedilatildeo do abacate (em t) no Brasil em 14 anos Elaborado pelo autor FONTE FAO

Alguns dos principais concorrentes do Brasil tratando-se da exportaccedilatildeo do

Avocado satildeo Aacutefrica do Sul com 3 das exportaccedilotildees Chile com 7 e Peru

representando 10 do mercado internacional de Avocado A safra do Chile ocorre

em eacutepoca proacutexima a do Brasil comeccedilando em agosto e terminando em fevereiro

(CARVALHO 2015) A Boliacutevia apesar de participar com apenas 012 do volume

exportado tem a vantagem de possibilidade de produccedilatildeo o ano todo

O elevado padratildeo de qualidade dos produtos eacute sem duacutevida um fator que

pode fazer com que o Brasil se estabeleccedila no mercado mundial de abacate Esta

praacutetica tem qualificado a Aacutefrica do Sul como um dos principais fornecedores para

paiacuteses da Europa a partir do intenso trabalho desenvolvido pela empresa sem fins

lucrativos WESTFALIA situada no municiacutepio de Limpopo por meio de investimentos

em tecnologia

A tabela a seguir apresenta o periacuteodo do ano em que cada paiacutes exportador de

abacate embarca seus produtos ao redor do mundo

0

500

1000

1500

2000

2500

3000

3500

4000

4500

5000

EXPORTACcedilAtildeO

IMPORTACcedilAtildeO

33

TABELA 3 - Janela de exportaccedilatildeo dos paiacuteses exportadores de abacate

adaptada FONTE WESTFALIASUBSOLE

CALENDAacuteRIO DE EXPORTACcedilAtildeO DE ABACATE lsquoHASSrsquo

jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

BRASIL X X X X X X X X

ARGENTINA X X X

EUA X X X X X X X X X X X X

CHILE X X X X X X X X X X

AFRICA DO SUL X X X X X X X

REP DOMINICANA X X X X X

ISRAEL X X X X X X

PERU X X X X X X X

NOVA ZELAcircNDIA X X X

MEacuteXICO X X X X X X X X X X X X

ESPANHA X X X X X X X

QUEcircNIA X X X X X

AUSTRAacuteLIA X X X X X X X

Os principais destinos do abacate ‟Hass‟ exportado pelo Brasil satildeo Espanha

Itaacutelia Holanda Alemanha e Dinamarca O material exportado segue de navio do

porto de Santos a uma temperatura de 5degC levando ateacute 16 dias no maacuteximo ateacute os

destinos Esse material exportado pelo Brasil possui os certificados GlobalGapR ndash

BRCR ndash BSCIR ndash SedexR ndash SmetaR

Os graacuteficos a seguir apresentam informaccedilotildees sobre a evoluccedilatildeo do da

exportaccedilatildeo do abacate feitos a partir de informaccedilotildees apresentadas no Anuaacuterio

Brasileiro de fruticultura (2004 a 2015) obtidos a partir de dados do Instituto

Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica

34

Figura 7 - Evoluccedilatildeo do volume de abacate exportado pelo brasil (2003 a 2014) Elaborado pelo autor com dados DO ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE AGRICULTURA DE 2004 a 2015 (IBGE)

Figura 8 - Receita com exportaccedilatildeo brasileira de abacate (2003 a 2014) Elaborado pelo autor com dado do ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE AGRICULTURA DE 2004 a 2015 (IBGE)

O volume de abacate exportado pelo Brasil vem crescendo nos uacuteltimos anos

revelando assim a importacircncia do setor para o paiacutes A variaccedilatildeo do volume

exportado de 2008 para 2009 foi de 6282 jaacute de 2009 para 2010 a exportaccedilatildeo

sofreu uma queda de 793 Em 2014 houve um aumento de 3462 no setor em

relaccedilatildeo ao ano anterior (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE FRUTICULTURA) A receita

-

100000

200000

300000

400000

500000

600000

700000

20

03

20

04

20

05

20

06

20

07

20

08

20

09

20

10

20

11

20

12

20

13

20

14

EVOLUCcedilAtildeO DO VOLUME DE ABACATE EXPORTADO PELO BRASIL (2003 a 2014)

VOLUME EXPORTADO (t)

-

20000000

40000000

60000000

80000000

100000000

120000000

20

03

20

04

20

05

20

06

20

07

20

08

20

09

20

10

20

11

20

12

20

13

20

14

RECEITA COM EXPORTACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ABACATE (2003 a 2014)

RECEITA (em USS FOB)

35

obtida a partir da exportaccedilatildeo do abacate tambeacutem acompanha os iacutendices de

crescimento

A Aacutefrica do Sul um dos principais concorrentes do Brasil no setor de

exportaccedilatildeo do Avocado eacute reconhecida por exportar material de alta qualidade para

Europa onde possui escritoacuterios contudo sua produccedilatildeo estaacute estagnada A Westfalia

eacute uma empresa sem fins lucrativos produtora de Avocado na Aacutefrica do Sul

responsaacutevel por desenvolver o mercado de Avocado no paiacutes e investe fortemente

em tecnologia o que colaborou para a atual situaccedilatildeo da Aacutefrica do Sul no setor de

exportaccedilatildeo de Avocado (CARVALHO 2015)

ABACATE NO BRASIL

O Brasil favorecido quando comparado com outros paiacuteses produtores devido

agrave suas dimensotildees continentais o que lhe possibilita ampla variaccedilatildeo de temperaturas

e solos estes fator unido agraves caracteriacutesticas individuais de cada variedade como por

exemplo sazonalidade e exigecircncias nutricionais e de horas de luz Contudo apesar

da aacuterea destinada agrave produccedilatildeo do abacate no Brasil ter reduzido passando de

11605 ha em 2005 para 9559 ha em 2014 reduccedilatildeo de 176 a produccedilatildeo natildeo foi

tatildeo alterada o que evidencia a possibilidade de um aumento na produtividade destas

aacutereas

Atualmente o Brasil ocupa a oitava posiccedilatildeo no ranking global do setor de

produccedilatildeo de abacate E apesar de possuir crescente produtividade o paiacutes ainda

possui excelente potencial produtor e tambeacutem como exportador da fruta Para

aproveitar melhor esse potencial deveriam ser feitos mais investimentos tanto no

que se refere agrave produccedilatildeo como por exemplo melhoramento geneacutetico e adoccedilatildeo de

protocolos de boas praacuteticas agriacutecolas para a obtenccedilatildeo de certificaccedilatildeo quanto no

setor de comercializaccedilatildeo desenvolvendo elevado padratildeo de qualidade da fruta

A tabela a seguir (TABELA 4) apresenta a aacuterea destinada agrave colheita de todas

as variedades de abacate nos principais produtores de abacate e o Distrito Federal

TABELA 4 - Aacuterea destinada agrave colheita (em ha) Elaborada pelo autor

DADOS (IBGE-SIDRA)

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Brasil 11605 10515 9892 9596 8509 11125 10768 9615 9707 9559

Satildeo Paulo 4266 3688 3583 3437 3267 5530 5642 4192 4374 4337

36

Minas Gerais 2865 2254 2326 2223 1854 2202 2134 2309 2416 2373

Paranaacute 1492 1467 1306 1009 1085 1000 944 922 958 930

Cearaacute 493 475 498 497 490 484 477 480 483 498

Rio Grande do Sul 626 619 613 602 584 575 552 499 470 444

Distrito Federal 119 122 109 124 108 111 - 295 160 134

A tabela 5 abaixo apresenta a produccedilatildeo de todas as variedades de abacate

em toneladas dos uacuteltimos 10 anos para os principais estados produtores e o Distrito

Federal

TABELA 5 - Produccedilatildeo nacional de abacate em 10 anos (em t) Elaborada pelo

autor FONTE (IBGESIDRA)

UFANO 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Brasil 169335 164441 154096 147214 139089 153189 160376 159903 157482 156669 1000

Satildeo Paulo 77107 78085 70812 69904 74193 83002 91909 82780 85101 79316 506

Minas Gerais 38777 32812 33436 28016 24772 28522 30975 36669 36571 41259 263

Paranaacute 22265 22575 20425 16537 15919 15824 17304 16705 16309 15784 101

Rio Grande do Sul

8167 7905 7804 7602 6824 6769 6907 5719 5584 5277 34

Cearaacute 5202 4231 4706 4520 4336 4163 3985 2717 2640 3637 23

Distrito Federal 2596 3081 2690 3019 2666 2415 - 6914 3152 3151 20

Em 2014 a aacuterea destinada agrave colheita do abacate no estado do Cearaacute era

superior agrave aacuterea do Rio Grande do Sul contudo a produccedilatildeo no estado do Cearaacute no

mesmo ano foi de 3637 t enquanto que a produccedilatildeo do Rio Grande do Sul foi de

5277 45 maior reforccedilando assim a ideia de que a produtividade no Sul pode ser

maior em relaccedilatildeo agrave regiatildeo Nordeste Este fator pode ser decorrente do uso de

cultivares inadequadas para as condiccedilotildees climaacuteticas da regiatildeo eou pela falta de

adoccedilatildeo de tecnologias modernas e teacutecnicas avanccediladas de produccedilatildeo

No Distrito Federal a produccedilatildeo cresceu 21 nos uacuteltimos 10 anos e hoje

representa 2 da produccedilatildeo nacional Por outro lado Satildeo Paulo que lidera o ranking

com 506 de toda a produccedilatildeo obteve crescimento de apenas 286 Jaacute a

produccedilatildeo do Paranaacute sofreu uma reduccedilatildeo de -291 neste mesmo periacuteodo poreacutem

manteve-se como quarto produtor nacional de abacate Os estados do Cearaacute e Rio

Grande do Sul tambeacutem reduziram sua produtividade nos uacuteltimos 10 anos

acompanhando a reduccedilatildeo nacional que reduziu -74

37

A variaccedilatildeo da produtividade de todas as variedades de abacate dos principais

estados produtores de abacate do Brasil eacute apresentada na TABELA 6 a seguir

TABELA 6 - Variaccedilatildeo (em) da produtividade (t) no Brasil em 10 anos

Elaborada pelo autor FONTE (IBGESIDRA)

VARIACcedilAtildeO () DA PRODUTIVIDADE (t) EM 10 ANOS

ESTADOANO 2005 2014 VARIACcedilAtildeO

PAIacuteS 146 164 123

SAtildeO PAULO 181 183 11

MINAS GERAIS 135 174 289

PARANAacute 149 17 141

RIO GRANDE DO SUL 13 119 -85

CEARAacute 106 73 -311

DISTRITO FEDERAL 218 235 78

De acordo com os dados do IBGE Satildeo Paulo eacute o maior produtor de abacate

do paiacutes Dentre as variedades mais produzidas no estado de Satildeo Paulo estatildeo

bdquoFortuna‟ bdquoGeada‟ bdquoQuintal‟ e bdquoMargarida‟ (DORIZZOTTO 2011)

Abaixo segue TABELA 11 contendo os nuacutemeros de plantas novas e o

nuacutemero de plantas em produccedilatildeo bem como a produccedilatildeo (caixas de 22Kg) no estado

de Satildeo Paulo ao longo de 15 anos

TABELA 7 - Quantidade de peacutes novos peacutes em produccedilatildeo e produccedilatildeo (cx 22kg)

no estado de Satildeo Paulo entre 2000 e 2015 Elaborada pelo autor FONTE

INSTITUTO DE ECONOMIA AGRIacuteCOLA

ANO PEacuteS

NOVOS PEacuteS EM

PRODUCcedilAtildeO

2000 4859400 66157100

2001 4617700 62883700

2002 4742500 55421300

2003 6095000 49740300

2004 5969500 48339500

2005 5131100 46596200

2006 5325600 45869000

2007 3412800 47668000

2008 5007100 40617400

2009 12068600 49971400

2010 8190000 53239000

38

2011 6904500 54780100

2012 7704100 51341600

2013 7002100 59149400

2014 8419800 60996100

2015 9040200 67073800

O graacutefico abaixo apresenta a curva da produtividade obtida a partir da relaccedilatildeo

feita entre a produccedilatildeo e a quantidade de peacutes em produccedilatildeo no estado de Satildeo Paulo

Figura 9 - Produtividade (kgplanta) no estado de Satildeo Paulo desde 2000 elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE ECONOMIA AGRIacuteCOLA

Os dados foram obtidos a partir da relaccedilatildeo feita entre a quantidade de planta

em produccedilatildeo e a quantidade de caixas de 22 Kg produzidas no estado de Satildeo Paulo

desde 2000 Esses dados revelam crescente aumento da produtividade ateacute o ano de

2010 onde a produtividade ultrapassou 168 Kgplanta Jaacute em relaccedilatildeo ao ano de

2011 a produtividade sofreu uma reduccedilatildeo de 10 Depois disso a curva de

produtividade continuou ascendente

A seguinte tabela apresenta a evoluccedilatildeo do preccedilo do abacate comercializado

na CEAGESP durante o ano no periacuteodo de nove anos

90

110

130

150

170

190

20

00

20

01

20

02

20

03

20

04

20

05

20

06

20

07

20

08

20

09

20

10

20

11

20

12

20

13

20

14

20

15

PRODUTIVIDADE DOS PEacuteS DE ABACATE (Kgplanta) EM SP

PRODUTIVIDADE

39

TABELA 8 - Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio (em R$Kg) do abacate FONTE

CEAGESP 2008

ANOMEcircS JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

2007 105 101 1 118 107 109 129 151 159 181 228 279

2008 119 081 084 097 102 11 122 137 149 208 296 326

2009 169 122 132 133 141 141 152 177 217 213 212 235

2010 17 161 165 154 151 151 164 173 202 262 406 316

2011 185 182 183 203 186 204 231 278 308 317 359 369

2012 207 155 151 141 153 164 192 218 242 268 429 485

2013 263 209 216 215 244 265 258 304 347 403 566 498

2014 228 206 231 239 198 2 256 267 301 305 403 538

2015 406 403 386 349 367 397 394 43 - - - -

O graacutefico a seguir resume o comportamento da quantidade de peacutes novos e

em produccedilatildeo no estado de Satildeo Paulo desde o ano 2000

Figura 10 - Evoluccedilatildeo do nuacutemeros de peacutes novos e em produccedilatildeo ao longo de 15 anos no estado de Satildeo Paulo elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE

ECONOMIA AGRIacuteCOLA

A produccedilatildeo (em caixas de 22 Kg) eacute demonstrada no graacutefico abaixo para esse

mesmo periacuteodo

000

10000000

20000000

30000000

40000000

50000000

60000000

70000000

80000000

20002002200420062008201020122014

EVOLUCcedilAtildeO DOS DADOS DO ABACATE EM SAtildeO PAULO

PEacuteS NOVOS

PEacuteS EM PRODUCcedilAtildeO

40

Figura 11 - Evoluccedilatildeo da produccedilatildeo de abacate em caixas de 22kg no estado de Satildeo Paulo em 15 anos elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE

ECONOMIA AGRIacuteCOLA

A sazonalidade do abacate comercial na CEAGESP em Satildeo Paulo

demonstram que o abacate pode ser comercializado praticamente todas as eacutepocas

do ano como apresentado pela tabela

TABELA 9 - Sazonalidade do abacate FONTE CEAGESP 2008

VARIEDADE JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

GEADA X X X X X

FORTUNA X X X X X X X

QUINTAL X X X X X X X

MARGARIDA X X X X X X X X X X

BREDA X X X X X X X X

HASS X X X X X X X X

O Estado de Minas Gerais eacute o segundo maior produtor nacional de abacate

participando do setor com 229 do total produzido A aacuterea no Estado destinada agrave

produccedilatildeo da fruta foi de 23 mil ha A produtividade do estado de Minas em 2012 foi

de 15881 (hgha) (PERFIL DA FRUTA) A produccedilatildeo de abacate no Distrito Federal

em 2013 foi de 3152 toneladas (IBGE) Em Minas a produccedilatildeo concentra-se nas

regiotildees Sul e Sudeste do estado (ALMEIDA 2013)

200000000

250000000

300000000

350000000

400000000

450000000

500000000

550000000

20002002200420062008201020122014

EVOLUCcedilAtildeO NA PRODUCcedilAtildeO DE ABACATE EM SAtildeO PAULO (22Kgcx)

PRODUCcedilAtildeO CX 22Kg

41

Em 2003 o Paranaacute foi o terceiro maior produtor nacional de abacate com uma

aacuterea de aproximadamente 1600ha onde se produziu 26 mil toneladas gerando uma

receita de cerca de R$ 85 milhotildees (HOHMANN amp MENEGUIM 2005)

De acordo com a relaccedilatildeo feita entre os dados de volume de abacate colhido e

de aacuterea destinada agrave produccedilatildeo do IBGESIDRA em 10 anos (2005 agrave 2014) o estado

que sofreu maior reduccedilatildeo da produtividade foi o estado do CEARAacute reduzindo em

31 aproximadamente enquanto que o estado de minas aumentou 289 sua

produtividade O DF apresentou os melhores niacuteveis de produtividade a partir desses

dados

AVOCADO NO BRASIL

A regiatildeo de Bauru em Satildeo Paulo especializou-se na produccedilatildeo dos abacates

‟Hass‟ e bdquoFuerte‟ conhecidos comercialmente como Avocado e satildeo os mais

apreciados pelo mercado internacional (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA

FRUTICULTURA 2008)

O Avocado variedades ‟Hass‟ e bdquoFuerte‟ possui excelentes caracteriacutesticas

nutricionais como por exemplo seu alto teor de lipiacutedeos Aleacutem disso o fruto possui

tamanho reduzido o que facilita o consumo evitando que parte natildeo consumida seja

armazenada Uma das possibilidades de se estimular o consumo interno seria

promover o produto a partir do uso de marketing setor no qual a empresa

JAGUACYR situada no municiacutepio de Bauru ndash SP tem se destacado fornecendo

informaccedilotildees nutricionais e apresentando o alto padratildeo de qualidade da fruta Outro

fator que reduz a oferta do produto no mercado interno eacute a demanda internacional

apesar de impor barreiras e exigirem alto padratildeo de qualidade o produto de

qualidade recebe os melhores preccedilos este fator tambeacutem limita o consumo interno

porque o preccedilo oferecido pelos importadores reflete no preccedilo interno

Outro ponto que deve ser observado para se manter qualidade elevada dos

frutos eacute a escolha adequada do ponto de colheita pois este fator reflete diretamente

no teor de oacuteleo dos frutos que por sua vez eacute responsaacutevel pela conservaccedilatildeo do

sabor Os melhores teores de oacuteleo encontram-se em frutos tardios como nas

variedades obtidas a partir das raccedilas Guatemalenses e Mexicana sendo maior nas

raccedilas Mexicana e menor em cultivares oriunda de raccedilas Guatemalenses como por

exemplo a bdquoHass‟

42

A exportaccedilatildeo brasileira do abacate bdquoHass‟ variedade mais produzida no

mundo era de 100 toneladas por ha em 2004 para 2186 toneladas em 2010

(DORIZZOTTO 2011) Contudo este dado representa apenas 143 do volume de

todo o abacate produzido no paiacutes nesta mesma data mesmo com seus atributos

nutricionais e comerciais

Quando se trata do segmento do mercado do Avocado brasileiro em acircmbito

global a empresa JAGUACYR situada no municiacutepio de Bauru ndash SP com sede na

Holanda eacute de extrema relevacircncia contribuindo com 90 das exportaccedilotildees brasileiras

deste produto com o qual o Brasil ainda comeccedila a participar poreacutem possui

condiccedilotildees favoraacuteveis para crescer no setor (CARVALHO 2015)

O graacutefico a seguir apresentado na Figura 2 demonstra a evoluccedilatildeo da

participaccedilatildeo do Avocado no setor de fruticultura no estado de Satildeo Paulo

Figura 12 - Elaborado pelo autor FONTE CEAGESPSEDES GABRIEL V BITENCOURT DE ALMEIDA

Como apresentado no graacutefico acima o volume de Avocado comercializado na

CEAGESP tem crescido rapidamente vertiginosamente chegando a quase

quadruplicar seu valor em apenas 7 anos

Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio de atacado (R$Kg) de Avocado na CEAGESP de

Satildeo Paulo durante o ano (SP) (Figura 3)

81 74 90

106 133

208

365 378

0

50

100

150

200

250

300

350

400

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

EVOLUCcedilAtildeO DA QUANTIDADE COMERCIALIZADA (T) DE AVOCADO NA CEAGESP DE SAtildeO PAULO (SP)

QUANTIDADE(toneladas)

43

Figura 13 - Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio do avocado na CEAGESP (R$Kg) Elaborado pelo autor FONTES CEAGESP

O graacutefico a seguir demonstra um comparativo da variaccedilatildeo do preccedilo meacutedio do

abacate em relaccedilatildeo ao Avocado durante o ano com base nos dados de nove anos

da CEAGESP (R$Kg)

Figura 14 - Comparativo do preccedilo meacutedio do abacate e do avocado comercializado na ceagesp durante o ano elaborado pelo autor FONTE

CEAGESP

A partir dos dados de 7 anos com a variaccedilatildeo do preccedilo meacutedio do Avocado por

quilo durante o ano pocircde-se observar que os menores valores encontram-se entre

maio e agosto A variaccedilatildeo de preccedilo meacutedio durante o ano chega a ser de R$ 581 o

quilo mais que o dobro entre o maior e menor valor meacutedio encontrado

O graacutefico com o comparativo do preccedilo do abacate com o Avocado (Figura 11)

revela a discrepacircncia da valorizaccedilatildeo entre os dois grupos O valor miacutenimo do

4

6

8

10

12

jan

fev

mar

abr

mai

jun jul

ago

set

ou

t

no

v

dez

EVOLUCcedilAtildeO DO PRECcedilO MEacuteDIO DO AVOCADO NA CEAGESP (R$Kg)

PRECcedilO MEacuteDIO

0

2

4

6

8

10

12

JAN

FEV

MA

R

AB

R

MA

I

JUN

JUL

AG

O

SET

OU

T

NO

V

DEZ

PRECcedilO AVOCADO

PRECcedilO DO ABACATE

44

Avocado eacute de R$ 554 por quilo enquanto que o maior valor encontrado do abacate

chega a R$ 381 uma diferenccedila de quase 50

O CEASA-DF registrou em 2014 um volume comercializado de 397 toneladas

de Avocado enquanto que no ano anterior o volume registrado natildeo passou de 07

toneladas (CEASA-DF)

Apesar de jaacute haver teacutecnicas eficientes e tecnologias modernas disponiacuteveis

para se aperfeiccediloar a produccedilatildeo do abacate a exploraccedilatildeo de novas regiotildees com

potencial produtor para a implantaccedilatildeo de pomares de abacateiro no Brasil eacute um dos

fatores que podem aumentar mais ainda a produccedilatildeo nacional No DF por exemplo

a aacuterea destinada agrave colheita do abacate sofreu uma reduccedilatildeo de mais da metade de

2012 para 2014 muito diferente da forma como havia se comportando desde 2000

quando a aacuterea passou de 85 ha para 111 em 2010 O DF representa apenas 2 da

produccedilatildeo nacional do abacate contudo sua produtividade vem aumentando e de

acordo com os dados do IBGE o DF possui os melhores iacutendices de produtividade do

paiacutes o que pode representar forte potencial da regiatildeo no setor Este fato corrobora

com a ideia de que o Brasil pode aproveitar melhor sua extensatildeo territorial

explorando regiotildees com potencial produtor como o DF por exemplo

CERTIFICACcedilAtildeO

CARVALHO (2015) afirma que para participar do mercado internacional os

produtores devem se atentar agraves exigecircncias internacionais de qualidade e seguranccedila

garantidas por meio de certificaccedilatildeo como GlobalGapR BRCR BRCIR FAIRDRADER

e SEDEX-SMETAR Outro ponto que deve ser adotado pelo Brasil no comeacutercio do

Avocado eacute manter um mercado com preccedilo linear e contiacutenuo Ainda segundo

CARVALHO (2015) produtores que natildeo possuem certificaccedilatildeo no GlobalgapR

recebem menos 10

PRECcedilO PAGO PELA JAGUACYR AO PRODUTOR COM GLOBALGAPR

TABELA 10 - (CARVALHO 2015)

CAT CALIBRE MAR ABR MAI JUN

1 12 A 24 315 322 205 205

2 26 A 32 131 129 130 130

2 12 A 24 284 350 187 187

45

Para o consumidor final o selo GLOBALGAPR natildeo eacute tatildeo notado pois o uso

desta marca eacute praticado entre empresas Contudo sua em sua elaboraccedilatildeo

considerou-se a reduccedilatildeo dos impactos negativos das operaccedilotildees agriacutecolas no meio

ambiente reduzir o uso de insumos quiacutemicos e garantir que assuntos de sauacutede e

seguranccedila dos empregados e bem estar animal sejam observados (GLOBALGAPR

2008)

A GLOBALGAPR serve como um manual no comeacutercio mundial de produtos

agriacutecolas estabelecendo normas voluntaacuterias para sua certificaccedilatildeo Este conjunto de

normas estabelece serve de molde para a conduccedilatildeo de boas praacuteticas agriacutecolas

(BPA) nas atividades agriacutecolas (GLOBALGAPR 2008)

Um dos pontos positivos em se adotar os protocolos de boas praacuteticas

agriacutecolas eacute a prevenccedilatildeo de perdas Pesquisas feitas no setor da fruticultura

concluem que maior parte do desperdiacutecio ocorre no percurso que vai do manuseio

no campo ateacute as centrais de produccedilatildeo (AGRIANUAL 2012) Os iacutendices de perdas da

abaticultura chegam a 34 ao ano (AGRIANUAL 2015)

Eacute de extrema importacircncia desenvolver soacutelidos e eficientes sistemas de

certificaccedilatildeo a fim de assegurar qualidade que atenda as expectativas dos

consumidores permitindo que as empresas ingressem nos mercados globais com

seus produtos (ZEIDAN et al 2008)

A difusatildeo de praacuteticas recomendadas para a obtenccedilatildeo da certificaccedilatildeo

GLOBALGAPR por parte dos produtores de abacate principalmente as variedades

bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ pode estimular o consumo interno por meio da oferta de produtos

de maior qualidade aleacutem de reduzindo perdas e promover o produto no comeacutercio

internacional da fruta Fazendo com que o potencial produtor seja aproveitado ao

maacuteximo uma vez que seguir os protocolos de boas praacuteticas agriacutecolas represente a

reduccedilatildeo de perdas no processo de produccedilatildeo de colheita e de transporte seja por

meio da reduccedilatildeo da incidecircncia de pragas ou por adoccedilatildeo de teacutecnicas e evitem perdas

na conduccedilatildeo da produccedilatildeo dos pomares de abacate

CONCLUSOtildeES

A produccedilatildeo de Avocado cultivares bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ superiores em vaacuterios

aspectos agraves cultivares mais populares no paiacutes tem condiccedilotildees de se desenvolver

amplamente no Brasil tornando-o grande consumidor e exportador da fruta Essa

46

mudanccedila pode ocorrer por meio de incentivos governamentais que incentivem o

registro de produtos para a cultura do abacateiro favorecendo a obtenccedilatildeo de

certificaccedilatildeo bem como o desenvolvimento de centros de pesquisas que

desenvolvam estudos sobre a cultura do abacateiro que promovam a difusatildeo de

tecnologia e com isso estimule a utilizaccedilatildeo de novas aacutereas com potencial produtivo

A transferecircncia de tecnologia tambeacutem pode ser feita por parte de empresas da aacuterea

privada que possuem domiacutenio de teacutecnicas e tecnologias modernas principalmente

por meio da popularizaccedilatildeo da produccedilatildeo de mudas clonais para porta-enxerto Aleacutem

disso devem ser feitas accedilotildees por parte de instituiccedilotildees privadas como o

desenvolvimento do marketing da fruta a fim de divulgar os benefiacutecios do consumo

e a exposiccedilatildeo de novas formas de consumo de abacate pode ser crucial para a

mudanccedila do comportamento do consumidor nacional uma vez que este se atenta

principalmente aos aspectos visuais do abacate

Na poacutes-colheita o controle sobre os processos de maturaccedilatildeo poderia ser

mais bem aproveitado No Brasil a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas de conservaccedilatildeo no poacutes-

colheita de frutas objetiva na maioria das vezes estender o tempo de prateleira

destes produtos Para se aproveitar os elevados preccedilos ofertados em determinadas

eacutepocas os produtores colhem os frutos antes do recomendado para a fruta do

abacateiro o que reduz sua qualidade pois a eacutepoca da colheita influencia

diretamente no teor de oacuteleo fator altamente relacionado com o sabor da fruta Por

outro lado a aceleraccedilatildeo do processo de maturaccedilatildeo por meio do controle de

maturaccedilatildeo permite fornecimento de frutos maduros prontos para o consumo

estimulando assim o consumo no paiacutes Com a entrega regular de frutos maduros

nos supermercados e restaurantes novas formas de consumo da fruta como patecircs

e em saladas poderiam ser facilmente introduzidas no cardaacutepio nacional

47

BIBLIOGRAFIA

ALMEIDA G V B Mercado Atacadista de Abacate e Avocado (CEAGESP) III

Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado Bauru 2015

ALMEIDA G V B O Abacate no mundo e na CEAGESP Todafruta notiacutecia 2011

DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwtodafrutacombrnoticia28119O+ABACATE+NO+MUNDO+NO+BRASIL

+E+NA+CEAGESP gt

ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA FRUTICULTURA 2004 a 2015 DISPONIacuteVEL EM

httpwwwgrupogazcombrtratadaseo_edicao420150320150301_106c8c2f1pdf

4718_2015fruticulturapdfgt

BIODIESELBR DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwbiodieselbrcomnoticiasmateria-

primaoutrasvideo-unesp-transforma-oleo-abacate-biodiesel-060313htm gt

BONELLA J A Classificaccedilatildeo de abacates na CEAGESP Joseacute Alcides Bonella ME

2013

BRUWER T ROOYEN Z VAN PERFORMANCE AND MARKET ACCEPTIBILITY

OF THE HASS-LIKE CULTIVARS GEM AND HARVEST IN SOUTH AFRICA Vi

World Avocado Congress (Actas VI Confreso Mundial del Aguacate) 2007 Vintildea Del

Mar Chile 12 ndash 16 nov 2007 ISBN n 978-956-17-0413-8 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwAvocadosourcecomWAC6enExtenso1b-36pdf gt

CAMPOS J A Cultura racional do abacateiro Satildeo Paulo Iacutecone 1988 150 p

CANTUAacuteRIAS-AVILEacuteS T SILVA S R La induacutestria del aguacate em el Estado de

Satildeo Paulo Brasil actualidad y perspectivas futuras In CONGRESO MUNDIAL DEL

AGUACATE 7 2011 Caims Resuacutemenes Caims Avocado Australia 2011

48

CORREIA R C ARAUJO J L P MOUCO M A do C BRAGA C A

MENDONCcedilA R F de Abacate preferecircncias e mercado CONGRESSO

BRASILEIRO DE FRUTICULTURA 21 2010 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwalicecnptiaembrapabralicebitstreamdoc8700181Moucopdf gt

CARVALHO L F Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado realizaccedilatildeo Jaguacy

Sindicato Rural de Bauru Serviccedilo Nacional de Aprendizagem Rural - SENAR

Faculdades Integradas de Bauru ndash SP 2015

CHITARRA M I F CHITARA A B 2005 Poacutes colheita de frutos e hortaliccedilas

Fiiologia e Manuseio Lavras ESALFAEPE

CRANE J H BALERDI C F MAGUIRE I Avocado Growing in the Florida Home

Landscape University of Florida Circular 1034 one of a series of the Horticultural

Sciences Department Florida Cooperative Extension Service Institute of Food and

Agricultural Sciences University of Florida 1983 Revised 2007

CRIZEL G R MOURA R S OLIVEIRA I R MENDONCcedilA C R B

Caracteriacutesticas fiacutesicas e quiacutemicas de abacates das variedades bdquoQuintal‟ e bdquoHass‟ In

CONGRESSO DE INICIACcedilAtildeO CIENTIacuteFICA 17 ENCONTRO DE POacuteS-

GRADUACcedilAtildeO 10 2008 Pelotas Resumos Pelotas UFPEL 2008

DAIUTO E R VIEITES R L TREMOCOLDI M A RUSSO V C Taxa

respiratoacuteria de abacate bdquoHass‟ submetido a diferentes tratamentos fiacutesicos Revista

Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha Meacutexico v 10 n 2 p 101-109

2010

DAIUTO E R TREMOCOLDI M A VIEITES R L Conservaccedilatildeo poacutes colheita de

abacate bdquoHass‟ irradiado Revista Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha vol

10 n 2 2010

DONADIO L C Abacate para exportaccedilatildeo aspectos teacutecnicos da produccedilatildeo

Brasiacutelia Frupex MAPA 1995 53 p

49

DONADIO L C FERRARI L AVILEacuteS T C Abacate In DONADIO L C (Ed)

Histoacuteria da Fruticultura Paulista Jaboticabal SBF ndash Sociedade Brasileira de

Fruticultura 2010 P 33-63

DORIZZOTTO C D A SAMPAIO A C ICUMA I M et al Avocado production

chain in the state of Satildeo Paulo (Brazil) In Proceedings VII World Avocado Congress

2011 Cairns Anaishellip Cairns Internacional Avocado Society 2011 DISPONIacuteVEL

EM lt

httpworldAvocadocongress2011comuserfilesfileOsvaldo20Kioshi20Yamanis

hi201400-1420pdf gt

ERNST Z R ERNST A A The strategic role of new cultivars A case study of

bdquoMaluma‟ VIII Congreso Mundial de la Palta 2015 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwavocadosourcecomWAC8Section_02EarnstZander2015pdf gt

FACTFISH Avocados production quantity (tons) ndash for all countries DISPONIacuteVEL

EM lt httpwwwfactfishcomstatisticAvocados20production20quantity gt

FAOSTAT 2000 a 2013 DISPONIacuteVEL EM lt httpfaostat3faoorgbrowseTTPE gt

FER B WOLSTENHOLME B N (Ed) The Avocado botany production and

uses Oxon CABI Publ 2002 chap 12 p 299-338

FRANCISCO V L F dos S BAPTISTELLA C S L CULTURA DO ABACATE NO

ESTADO DE SAtildeO PAULO Informaccedilotildees Econocircmicas SP v 35 n5 2005

DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwieaspgovbroutpublicacoespdftec3-0505pdf gt

GAYET J P et al 1995 Abacate para exportaccedilatildeo procedimentos de colheita e

poacutes-colheita FRUPEX Brasiacutelia 37p

GIRARDI G Abacate uma nova opccedilatildeo de biocombustiacutevel Jornal UNESP Bauru

2009 DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwunespbracijornal248energia_bauruphp gt

50

GUEDES M S B SENA M TOLEDO S Certificaccedilatildeo como estrateacutegia competitiva

internacional dos produtores de frutas no Brasil VII Encontro da Sociedade

Brasileira de Economia Ecoloacutegica (ECO-ECO) 28 a 30 de novembro de 2007

Fortaleza Cearaacute

HODDLE M The Avocado Seed Moth Stenoma cateniver Walsingham (Lepdoptera

Elachistidae) Department of Entomology Applied Biological Control Research

DISPONIacuteVEL EM lt httpbiocontrolucredustenomastenomahtml gt

HOHMANN C L MENEGUIM A M A BROCA-DO-ABACATE (Stenoma catenifer)

Aspectos bioloacutegicos comportamento danos e manejo Instituto Agronocircmico do

Paranaacute ndash Londrina ndashPR Informe da Pesquisa n 147 2005

HOHMANN C L MENEGUIM A M Observaccedilotildees preliminares sobre a ocorrecircncia

da broca-do-abacate Stenoma catenifer Wals no Estado do Paranaacute Anais da

Sociedade Entomoloacutegica do Brasil v 22 p 417-419 1993

ILLSLEY-GRANICH C‟Hass‟Carmenrega precocious flowering avocado tree

Agrovim AS de CV Uruapan Michocan Mexico Rob Brokaw Brokaw Nursery Inc

Saticoy California USA Dr Salvador Ochoa-Ascencio University of Michoacan

Uruapan Michoacan Mexico 2011 DISPONIacuteVEL EM lt

httpworldavocadocongress2011comuserfilesfileCarlos20Illsley201410-

1430pdf gt

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA ESTATIacuteSTICA (IBGE) IBGE CIDADES

DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwcidadesibgegovbrcartogramamapaphplang=ampcoduf=53ampcodmun=53

0010ampidtema=136ampcodv=v01ampsearch=distrito-federal|brasilia|sintese-das-

informacoes-2013 gt

KADER A A 1992 Postharvest technology of horticultural crops Okland Univertisy

of California 292p

51

KADER A A ARPIA M L Avocado Recommendations for Maintaining

Postharvest Quality 2013

KADER A A Biologiacutea y Tecnologiacutea Postcosecha un Panorama In KADER A A

Tecnologiacutea Postcosecha de Cultivos Hortofrutiacutecolas 3 Ed Davis University Of

Califoacuternia 2007 Cap 4 p 43-53

KLUGE R A et al Inibiccedilatildeo do amadurecimento de abacate com 1-

metilciclopropeno Pesquisa Agropecuaacuteria Brasileira 37(7)895-901

KOOLER O C Abacaticultura Porto Alegre UFRGS 1992 138p

KOOLER O C ABACATICULTURA Porto Alegre UFRGS 1984 138p

KOLLER O C Abacate produccedilatildeo de mudas instalaccedilatildeo e manejo de pomares

colheita e poacutes-colheita Porto Alegre Cinco Continentes 2002 145 p

KREMER-KOumlHNE S KOumlHNE J S 25 YEARS OF AVOCADO ROOTSTOCK

DEVELOPMENT IN SOUTH AFRICA VI World Avocado Congress Chile 2007

DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwavocadosourcecomWAC6enExtenso1a-8pdf gt

LIPPERT C ALLAMAND M (WESTFALIASUBSOLE) A hystory of

collaboration Rev Subsole Santiago 2007

MAIS NATUREZA ABACATEIRO DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwmaisnaturezacomplantasarvoresabacateiro gt

MARANCA G Fruticultura comercial Manga e Abacate Satildeo Paulo Nobel 1980

p 81-133

MASSAFERA G COSTA T M B OLIVEIRA J E D COMPOSICcedilAtildeO DE AacuteCIDOS

GRAXOS DO OacuteLEO DO MESOCARPO E DA SEMENTE DE CULTIVARES DE

ABACATE (Persea americana MILL) DA REGIAtildeO DE RIBEIRAtildeO PRETO SP)

52

Alim Nutr Araraquara V 21 n 2 p 325-331 abrjun 2010 DISPONIacuteVEL EM lt

http20014571150seerindexphpalimentosarticleview940a20v21n2pdf gt

MDIC Negociaccedilotildees internacionais DISPONIacuteVEL EM

httpwwwdesenvolvimentogovbrsitiosecexnegInternacionaisMedTerrorismoLei

ph p gt

MICKELBART M V BENDER G S WITNEY G W ADAMS C ARPAIA M L

Effects of clonal rootstocks on bdquoHass‟ avocado yield components alternate bearing

and nutrition Journal of Horticultural Schience amp Biotechnology Ashford v 82

n 3 p 460-466 2007

MILLER B BERTELS R PADILLA T WILEMAN R THOMSEN L China the

new frontier VIII World Avocado Congress 2015

MONTENEGRO H W S A cultura do abacateiro Satildeo Paulo Melhoramentos

1951 102p (Criaccedilatildeo e Lavoura n 11)

MORAES A F G Desenvolvimento produccedilatildeo e qualidade de frutos de abacateiro

cv bdquoHass‟ sobre dois porta-enxertos nas condiccedilotildees edafoclimaacuteticas da regiatildeo central

do Estado de Satildeo Paulo Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Ciecircncias Piracicaba 2014

NAAMANI G Global Trends in main Avocado Markets VII World Avocado

Congress Australia 2011

NAVA DE DE LARA HADDAD M PARRA JRP 2005 Exigecircncias teacutermicas

estimativa do nuacutemero de geroccedilotildees de Stenoma catenifer e comprovaccedilatildeo de modelo

em campo Pesq Agropec Bras Brasilia v 40 p 961-967

NAVA DE PARRA JRP COSTA VA GUERRA TM COcircNSOLI FL (2005b)

Population dynamics of Stenoma catenifer(Lepidoptera Elachistidae) and related

larval parasitoids in Minas Gerais Brazil Florida Entomologistv 88p 441-446

53

NOVAGRIM ndash FRESH FRUITS IMPORTER amp VEGETABLE SUPPLIER SINCE

1999 2001-2013 WORLD AVOCADO PRODUCTION DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwnovagrimcomPages2000_2011_Avocado_statistics_ENaspx gt

OLIVEIRA LA A importacircncia das Normas Internacionais para o Comeacutercio da

Fruticultura Brasileira Piracicaba Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Economia Escola

Superior de Agricultura ldquoLuiz de Queirozrdquo Universidade de Satildeo Paulo Piracicaba

2005

OLIVEIRA M A de et al 2000 Ceras para conservaccedilatildeo poacutes colheita de frutos de

abacateiro cultivar Fuerte armazenados em temperatura ambiente Scientia Agriacutecola

Piracicaba 57 (4) 777-780

PASSONI A D NEVES M C M RODRIGUES B B BOTEON M Anaacutelise dos

principais entraves na exportaccedilatildeo de frutas brasileiras CENTRO DE ESTUDOS

AVANCcedilADOS EM ECONOMIA APLICADA (CEPEAESALQ-USP) XLIV

CONGRESSO DA SOBER ndash ldquoQuestotildees Agraacuterias Educaccedilatildeo no Campo e

Desenvolvimentordquo Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia Rural Fortaleza

2006

PEGG K G COATES L M KORSTEN L HARDING R M Foliar fruit and

soilborne diseases In WHILEY A W SCHAF

PERFIL DA FRUTICULTURA 2014 Base de dados 2012 a 2013 Governo de Minas

Gerais Agricultura Pecuaacuteria e Abastecimento 2014

PICCININ E PASCHOLATI S F ldquoDOENCcedilAS DO ABACATEIRO‟ em MANUAL DE

FITOPATOLOGIA Vol 2 Doenccedilas das Plantas Cultivadas Editora Agronocircmica

Ceres Ltda Satildeo Paulo 1997 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwifcursoscombrsistemaadminarquivos07-33-29-

manualfitopatologiapdfpage=10 gt

54

PUTT F F GOacuteES B C CATANEO P F Anaacutelise econocircmica de oferta e demanda

do abacate na alta paulista X Foacuterum Ambiental da Alta Paulista v 10 n 7 2014

pp 158-169

ROCHA I L Nuacutemeros do abacate HORTIESCOLHA Instituto Brasileiro de

Qualidade em Horticultura DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwhortibrasilorgbrjnwindexphpoption=com_contentampview=articleampid=120

9numeros-do-abacate-ampcatid=50comercializacaoampItemid=82 gt

SANTO N T Manejo da vegetaccedilatildeo intercalar para obtenccedilatildeo de cobertura morta na

cultura do abacateiro visando minimizar os danos causados por Phytophthora

cinnamomi Dissertaccedilatildeo de mestrado em Fitotecnia Piracicaba 2014

SCHAFFER B WOLSTENJOLME B N WHILEY A W The avocado botany

production and uses 560 p 2012 DISPONIacuteVEL EM lt

httpsbooksgooglecombrbooksid=r0hpRJca3zECamppg=PA83amplpg=PA83ampdq=Th

e+Avocado+botany+production+and+uses+hass-

likeampsource=blampots=oqc5OBsbmVampsig=5gDWWPIMYRBW9cH3yYuWh-ldd-8amphl=pt-

BRampsa=Xampved=0ahUKEwj_yPbgsoTKAhUGDpAKHZTrCWEQ6AEIPDADv=onepag

eampqampf=false gt

SCIENCIA I Certificaccedilatildeo GLOBALGAP e impactos ambientais em agroinduacutestrias de

alimentos Dissertaccedilatildeo de Poacutes-Graduaccedilatildeo Araraquara SP 2010 lt

mlthttpwwwecoecoorgbrconteudopublicacoesencontrosvii_envii_enc_ecohtm

gt

SIMAtildeO S Manual de Fruticultura Satildeo Paulo Editora Agronocircmica Ceres 1971

530p p 147-169

SINGER P MASON J Eacutetica da alimentaccedilatildeo como nossos haacutebitos alimentares

influenciam o meio ambiente e o nosso bem estar Rio de Janeiro Elsevier 2007

SOARES H F ITO M K O AacuteCIDO GRAXO MONOINSATURADO DO ABACATE

NO CONTROLE DE DISLIPIDEMIAS Ver Ciecircnc Meacuted Campinas P 47-51 2000

55

DISPONIacuteVEL EM lt httpperiodicospuc-

campinasedubrseerindexphpcienciasmedicasarticleviewFile13301304 gt

TEIXEIRA C G Cultura In ITAL ndash INSTITUTO DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS

(Campinas) Abacate Cultura mateacuteria-prima processamento e aspectos

econocircmicos 2 Ed Campinas Instituto Campineiro de Ensino Agriacutecola 1995 Cap 1

p 1-54 (Frutas Tropicais)

TEIXEIRA C G Cultura do abacate In TEIXEIRA C G et al ABACATE cultura

mateacuteria prima processamento e aspectos econocircmicos 2deg ed Seacuterie Fruas Tropicais

ndeg8 ITAL Campinas 1991 250p

WATANABE H S Caracteriacutesticas de cultivares de abacate CEAGESPS ndash

Companhia de Entrepostos e Armazeacutens Gerais de Satildeo Paulo 2013

WOLFENBARGER D O COLBURN B The Stenoma catenifer a serious Avocado

pest Proceedings of Florida State Horticulture Society v 92 p 315-318 1979

ZEIDAN R SEIXAS P ABRANCHES L COSTA D MEIRELLES F Certificaccedilatildeo

na cadeia produtiva de alimentos e as barreiras teacutecnicas agrave exportaccedilatildeo Simpoacutesio de

excelecircncia e gestatildeo e tecnologia ndash SEGeT 2008 Resende

Page 25: EVOLUÇÃO DA PRODUÇÃO MUNDIAL E NACIONAL …...RESUMO O abacateiro, Persea americana, é uma cultura muito importante em vários países, devido ao volume comercializado da fruta

25

pereciacuteveis como eacute o caso da fruticultura objetivando a aceitaccedilatildeo internacional

(GUEDES et al 2007)

Vaacuterias pesquisas e estudos recentes vecircm colaborando para compreensatildeo da

formaccedilatildeo organizaccedilatildeo e influecircncia das cadeias produtivas de onde surgem

produtos que seguem os padrotildees de qualidade reconhecidos internacionalmente

onde os sistemas de certificaccedilatildeo tecircm papel fundamental

Tratando-se de qualidade os consumidores atuais buscam produtos que

atentem agraves questotildees eacuteticas que abordem temas como meio ambiente e uso de

agrotoacutexicos considerando que a procura por alimentos seguros e saudaacuteveis uma

questatildeo elementar (SINGER e MASON 2007)

Considerando que a sauacutede dos consumidores de alimentos in natura pode ser

afetada a seguranccedila alimentar bem como a qualidade dos produtos deve receber

atenccedilatildeo especial A qualidade dos produtos estaacute vinculada aos procedimentos que

satildeo conduzidos durante cada etapa de produccedilatildeo como por exemplo plantio

colheita processamento industrializaccedilatildeo e comeacutercio (OLIVEIRA 2005)

METODOLOGIA

Tipo de Estudo

Pesquisa Bibliograacutefica eacute desenvolvida a partir de material jaacute elaborado

constituiacutedo de livros e artigos cientiacuteficos (Gil 2008) Portanto o presente trabalho

utilizou-se das ideias do estudo exploratoacuterio feito a partir de pesquisa bibliograacutefica

Com isso este trabalho desenvolveu-se seguindo

1deg FONTES

Foram utilizados artigos que fornecessem informaccedilotildees sobre a cultura do

abacate bem como dados de produccedilatildeo poacutes-colheita e comercializaccedilatildeo e que

abordassem o tema de exportaccedilatildeo

2deg COLETA DE DADOS

Primeiramente foi feita leitura de trabalhos jaacute disponiacuteveis na literatura que

abordassem aspectos de produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo de forma raacutepida e objetiva a

fim de se selecionar o material a ser incluiacutedo no presente trabalho

26

Em seguida foi feita uma leitura seletiva agrupando as informaccedilotildees dos

artigos preacute-selecionados de acordo com o tema registrando as informaccedilotildees

extraiacutedas das fontes em instrumento especiacutefico

3deg ANAacuteLISE E INTERPRETACcedilAtildeO DOS RESULTADOS

Nesta etapa foi realizada uma leitura analiacutetica com a finalidade de ordenar as

informaccedilotildees contidas na literatura disponiacutevel utilizados como fonte para o

desenvolvimento deste trabalho a fim de se elaborar informaccedilotildees que resumissem

as questotildees abordadas nesta pesquisa

RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

ABACATE NO MUNDO

A figura a seguir apresenta dados de produccedilatildeo mundial de abacate (t) em 21

paiacuteses indo de 2004 a 2013 com base nos dados da FAO ndash Organizaccedilatildeo das

Naccedilotildees Unidas para Alimentaccedilatildeo e Agricultura (Food and Agriculture Organization of

the United Nations para a sigla em inglecircs)

27

Figura 2 Produccedilatildeo mundial do abacate (em t) elaborado pelo autor FONTE NOVAGRIM adaptado com dados da FAO

Os paiacuteses produtores de abacate satildeo representados no mapa abaixo onde a

intensidade da coloraccedilatildeo vermelha representa o volume de abacate produzido no

paiacutes quanto mais intenso maior o volume produzido como estaacute destacado o

Meacutexico maior produtor mundial participando com aproximadamente 31 12 de toda

a produccedilatildeo mundial da fruta

Figura 3 - Paiacuteses produtores de abacate ao redor do mundo FONTE FACTFISH

100000

300000

500000

700000

900000

1100000

1300000

1500000

1700000

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013

PRODUCcedilAtildeO MUNDIAL DE ABACATE

MEacuteXICO

INDONEacuteSIA

REP DOM

COLOcircMBIA

BRASIL

EUA

CHILE

PERU

CHINA

28

Em 2004 o maior produtor mundial de abacate foi o Meacutexico participando com

307 de todo o volume produzido mundialmente com cerca de 987000 t Em

segundo lugar poreacutem muito atraacutes com um volume de 221774 t segue a Indoneacutesia

representando apenas 689 Na terceira posiccedilatildeo Repuacuteblica Dominicana 68 e

218790 t e em quarto produzindo 170985 t estava a Colocircmbia com 53

De acordo com os dados de 2013 o Meacutexico continuou liderando o setor

participando com 3112 do total produzido agora com um volume de 1467837 t

Em segundo lugar a Repuacuteblica Dominicana com 821 Colocircmbia 643 e Peru

611 em ordem decrescente (FAOSTAT) Nos uacuteltimos 10 anos a Repuacuteblica

Dominicana saltou para o segundo lugar graccedilas a um aumento de 771 em sua

produccedilatildeo Neste sentido a Colocircmbia alcanccedila a posiccedilatildeo de 3deg colocado devido ao

aumento similar ao da Repuacuteblica Dominicana (774)

O Peru foi o paiacutes que obteve maior destaque pois saiu da oitava posiccedilatildeo

participando com apenas 337 da produccedilatildeo mundial o que representava um

volume de 108460 t em 2004 para a quarta posiccedilatildeo no ranking mundial em 2013

com 611 quando produziu 288387 t a sua participaccedilatildeo no mercado mundial

quase que dobrou nesse periacuteodo O aumento da produccedilatildeo mundial foi de 467

enquanto que o aumento do volume de abacate produzido no Peru foi de 1659

Segundo CARVALHO (2015) a formaccedilatildeo de associaccedilotildees como a PROHASS que

investe no desenvolvimento de tecnologia e marketing para estimular inclusive o

consumo interno podendo ateacute ser um exportador para o Brasil

Aos poucos a China vem participando do mercado do abacate A populaccedilatildeo

do paiacutes ultrapassa 15 bilhotildees de pessoas em algumas aacutereas metropolitanas a

populaccedilatildeo vai de 12 a 45 milhotildees de habitantes Em 2000 a classe meacutedia da China

representava 4 da populaccedilatildeo e hoje chega a 66 Os gastos com alimentaccedilatildeo

tambeacutem acompanham essa mudanccedila de comportamento pois existe nesta classe a

procura por alimentos mais saudaacuteveis Esses fatores tecircm estimulado uma mudanccedila

no consumo de abacate em toda a China (MILLER et al 2015)

Quanto agrave produccedilatildeo do Brasil no Ranking global ocorreu justamente o

contraacuterio o paiacutes saiu da quinta posiccedilatildeo para a oitava ao reduzir 765 da produccedilatildeo

que era de 170895 t em 2004 para 157428 t em 2013 Em 2011 o abacate ficou na

17deg posiccedilatildeo no ranking da produccedilatildeo nacional da fruta ocupando apenas 03 do

montante da produccedilatildeo de frutas frescas muito atraacutes das principais culturas

29

produzidas como a laranja mais produzida participando com 416 do setor

Banana segunda mais importante com 154 e Melancia com 46 em quarto

(IBGEPAM 2011)

O volume de abacate fresco brasileiro exportado foi de 4313 t em 2013 para

5806 toneladas em 2014 resultando num aumento de mais de 37 na receita com

este setor que em 2014 foi de mais de nove milhotildees e meio de doacutelares

(AGRIANUAL 2015)

O graacutefico abaixo apresenta o comportamento do volume em toneladas de

abacate exportado pelos paiacuteses que participam do setor

Figura 4 Volume de abacate (t) exportado pelos paiacuteses exportadores da fruta Elaborado pelo autor FONTE FAO

Em 2013 Meacutexico liderou o setor de exportaccedilatildeo do abacate com um volume

de 563492 toneladas cerca 463 do total exportado no mundo Em segundo lugar

a Holanda com 99 A Holanda eacute um grande importador contudo o paiacutes reexporta

grande parte do volume comprado O Peru merece destaque pois saiu de um

volume exportado de 2209 t (06) em 2000 para 114515 t em 2013 ocupando

94 do volume de abacate exportado o que lhe conferiu a 3deg posiccedilatildeo no ranking

global Em quarto lugar o Chile com 73

A figura a seguir apresenta o comportamento dos principais importadores de

abacate do mundo em 14 anos

0

100000

200000

300000

400000

500000

600000

20002001200220032004200520062007200820092010201120122013

EVOLUCcedilAtildeO DA EXPORTACcedilAtildeO MUNDIAL EM t

MEacuteXICO

CHILE

ESPANHA

AacuteFRICA DO SUL

ISRAEL

HOLANDA

PERU

30

Figura 5 Evoluccedilatildeo do volume (t) importado pelos principais paiacuteses importadores de abacate ELABORADA PELO AUTOR FONTE FAOSTAT

Os principais importadores de fruta como por exemplo o europeu e o norte

americano exigem um padratildeo de qualidade que observem as demandas impostas

pelos consumidores com relaccedilatildeo agrave seguranccedila alimentar e tambeacutem agraves exigecircncias

para certificaccedilatildeo do produto levando em consideraccedilatildeo aspectos ambientais e

sociais aleacutem do local de produccedilatildeo Desta forma produtores de fruta destinadas agrave

exportaccedilatildeo precisaram adaptar suas lavouras para atender agraves exigecircncias dos mais

importantes selos internacionais como o EureGapR e o TNCR (OLIVEIRA 2005) O

maior importador de abacate do mundo satildeo os Estados Unidos (ROCHA 2014)

O volume de abacate importado ao redor do mundo vem crescendo na uacuteltima

deacutecada Os Estados Unidos lideram o montante desde 2007 mais ainda que toda a

Uniatildeo Europeia o volume importado pelo paiacutes cresceu cerca de sete vezes entre

2000 e 2013 Em segundo lugar a Uniatildeo Europeia importando quase 23 menos

A Holanda tambeacutem cresceu muito e hoje ocupa a terceira colocaccedilatildeo no ranking O

Japatildeo e o Canadaacute tiveram consideraacutevel crescimento contudo mantiveram-se na 5deg

e 6deg posiccedilatildeo durante esse periacuteodo

Nos EUA a demanda cresce mais acelerado do que a oferta segundo

CARVALHO (2015) a demanda cresce 12 ao ano enquanto a produccedilatildeo cresce

apenas 4 O paiacutes possui uma poliacutetica de retornar parte dos lucros oriundos da

-

100000

200000

300000

400000

500000

600000

700000

IMPORTACcedilAtildeO DE ABACATE NO MUNDO EM t

EUA

UE

HOLANDA

FRANCcedilA

CANADAacute

REINO UNIDO

31

comercializaccedilatildeo do Avocado no paiacutes com a elaboraccedilatildeo de marketing e o

desenvolvimento de pesquisas que incentivem o aumento do consumo interno

promovendo alimentos como por exemplo o GUACAMOLE alimento muito popular

no paiacutes

Em 2002 os EUA impunham a Lei do Bioterrorismo exigindo que as

empresas que produzem processem armazenem ou processem alimentos voltados

ao consumo humano ou animal devem cumprir normas para comercializar seus

produtos voltados ao consumo humano ou animal precisam cumprir normas para

comercializar seus produtos nos Estados Unidos Eacute necessaacuterio que essas mesmas

empresas possuam registro junto ao governo norte-americano atualizando estas

informaccedilotildees e comunicarem agraves autoridades a chegada de novos carregamentos

alimentares O natildeo cumprimento dessas exigecircncias acarreta na proibiccedilatildeo do

ingresso da carga e possiacutevel retenccedilatildeo da mercadoria com multa para o responsaacutevel

pelo carregamento (MDIC 2006)

Os principais compradores de abacate ‟Hass‟ satildeo os Estados Unidos (20 a

50) UE AUS e o Meacutexico maior produtor e exportador do Avocado participando

com 20 do mercado de Avocado (CARVALHO 2015)

O Brasil participa com apenas 031 do mercado internacional exportando

para o Canadaacute e Holanda CARVALHO (2015) comenta que o Brasil natildeo aproveita

seu potencial de se tornar grande produtor e exportador de Avocado o paiacutes possui

extensa aacuterea e clima variado entre outros fatores que favorecem a produccedilatildeo de

Avocado contudo a produccedilatildeo ainda eacute muito pequena quando comparado com

outros paiacuteses que participam do mercado internacional da fruta

Quanto agrave contribuiccedilatildeo do desenvolvimento de programas de melhoramento

geneacutetico para a consolidaccedilatildeo do Brasil como grande produtor mundial de abacate a

utilizaccedilatildeo de cultivares de bdquoHass-like‟ representa uma excelente opccedilatildeo para

aumentar a safra da cultura no paiacutes devido agrave caracteriacutestica que esta variedade tem

de antecipar a florada ampliando desta forma a janela de produccedilatildeo e aumentando

a competitividade do paiacutes em relaccedilatildeo a outros paiacuteses exportadores da fruta

O graacutefico a seguir ilustra o comportamento das exportaccedilotildees e importaccedilotildees

Brasileiras em 14 anos

32

Figura 6 - Evoluccedilatildeo da exportaccedilatildeo e importaccedilatildeo do abacate (em t) no Brasil em 14 anos Elaborado pelo autor FONTE FAO

Alguns dos principais concorrentes do Brasil tratando-se da exportaccedilatildeo do

Avocado satildeo Aacutefrica do Sul com 3 das exportaccedilotildees Chile com 7 e Peru

representando 10 do mercado internacional de Avocado A safra do Chile ocorre

em eacutepoca proacutexima a do Brasil comeccedilando em agosto e terminando em fevereiro

(CARVALHO 2015) A Boliacutevia apesar de participar com apenas 012 do volume

exportado tem a vantagem de possibilidade de produccedilatildeo o ano todo

O elevado padratildeo de qualidade dos produtos eacute sem duacutevida um fator que

pode fazer com que o Brasil se estabeleccedila no mercado mundial de abacate Esta

praacutetica tem qualificado a Aacutefrica do Sul como um dos principais fornecedores para

paiacuteses da Europa a partir do intenso trabalho desenvolvido pela empresa sem fins

lucrativos WESTFALIA situada no municiacutepio de Limpopo por meio de investimentos

em tecnologia

A tabela a seguir apresenta o periacuteodo do ano em que cada paiacutes exportador de

abacate embarca seus produtos ao redor do mundo

0

500

1000

1500

2000

2500

3000

3500

4000

4500

5000

EXPORTACcedilAtildeO

IMPORTACcedilAtildeO

33

TABELA 3 - Janela de exportaccedilatildeo dos paiacuteses exportadores de abacate

adaptada FONTE WESTFALIASUBSOLE

CALENDAacuteRIO DE EXPORTACcedilAtildeO DE ABACATE lsquoHASSrsquo

jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

BRASIL X X X X X X X X

ARGENTINA X X X

EUA X X X X X X X X X X X X

CHILE X X X X X X X X X X

AFRICA DO SUL X X X X X X X

REP DOMINICANA X X X X X

ISRAEL X X X X X X

PERU X X X X X X X

NOVA ZELAcircNDIA X X X

MEacuteXICO X X X X X X X X X X X X

ESPANHA X X X X X X X

QUEcircNIA X X X X X

AUSTRAacuteLIA X X X X X X X

Os principais destinos do abacate ‟Hass‟ exportado pelo Brasil satildeo Espanha

Itaacutelia Holanda Alemanha e Dinamarca O material exportado segue de navio do

porto de Santos a uma temperatura de 5degC levando ateacute 16 dias no maacuteximo ateacute os

destinos Esse material exportado pelo Brasil possui os certificados GlobalGapR ndash

BRCR ndash BSCIR ndash SedexR ndash SmetaR

Os graacuteficos a seguir apresentam informaccedilotildees sobre a evoluccedilatildeo do da

exportaccedilatildeo do abacate feitos a partir de informaccedilotildees apresentadas no Anuaacuterio

Brasileiro de fruticultura (2004 a 2015) obtidos a partir de dados do Instituto

Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica

34

Figura 7 - Evoluccedilatildeo do volume de abacate exportado pelo brasil (2003 a 2014) Elaborado pelo autor com dados DO ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE AGRICULTURA DE 2004 a 2015 (IBGE)

Figura 8 - Receita com exportaccedilatildeo brasileira de abacate (2003 a 2014) Elaborado pelo autor com dado do ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE AGRICULTURA DE 2004 a 2015 (IBGE)

O volume de abacate exportado pelo Brasil vem crescendo nos uacuteltimos anos

revelando assim a importacircncia do setor para o paiacutes A variaccedilatildeo do volume

exportado de 2008 para 2009 foi de 6282 jaacute de 2009 para 2010 a exportaccedilatildeo

sofreu uma queda de 793 Em 2014 houve um aumento de 3462 no setor em

relaccedilatildeo ao ano anterior (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE FRUTICULTURA) A receita

-

100000

200000

300000

400000

500000

600000

700000

20

03

20

04

20

05

20

06

20

07

20

08

20

09

20

10

20

11

20

12

20

13

20

14

EVOLUCcedilAtildeO DO VOLUME DE ABACATE EXPORTADO PELO BRASIL (2003 a 2014)

VOLUME EXPORTADO (t)

-

20000000

40000000

60000000

80000000

100000000

120000000

20

03

20

04

20

05

20

06

20

07

20

08

20

09

20

10

20

11

20

12

20

13

20

14

RECEITA COM EXPORTACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ABACATE (2003 a 2014)

RECEITA (em USS FOB)

35

obtida a partir da exportaccedilatildeo do abacate tambeacutem acompanha os iacutendices de

crescimento

A Aacutefrica do Sul um dos principais concorrentes do Brasil no setor de

exportaccedilatildeo do Avocado eacute reconhecida por exportar material de alta qualidade para

Europa onde possui escritoacuterios contudo sua produccedilatildeo estaacute estagnada A Westfalia

eacute uma empresa sem fins lucrativos produtora de Avocado na Aacutefrica do Sul

responsaacutevel por desenvolver o mercado de Avocado no paiacutes e investe fortemente

em tecnologia o que colaborou para a atual situaccedilatildeo da Aacutefrica do Sul no setor de

exportaccedilatildeo de Avocado (CARVALHO 2015)

ABACATE NO BRASIL

O Brasil favorecido quando comparado com outros paiacuteses produtores devido

agrave suas dimensotildees continentais o que lhe possibilita ampla variaccedilatildeo de temperaturas

e solos estes fator unido agraves caracteriacutesticas individuais de cada variedade como por

exemplo sazonalidade e exigecircncias nutricionais e de horas de luz Contudo apesar

da aacuterea destinada agrave produccedilatildeo do abacate no Brasil ter reduzido passando de

11605 ha em 2005 para 9559 ha em 2014 reduccedilatildeo de 176 a produccedilatildeo natildeo foi

tatildeo alterada o que evidencia a possibilidade de um aumento na produtividade destas

aacutereas

Atualmente o Brasil ocupa a oitava posiccedilatildeo no ranking global do setor de

produccedilatildeo de abacate E apesar de possuir crescente produtividade o paiacutes ainda

possui excelente potencial produtor e tambeacutem como exportador da fruta Para

aproveitar melhor esse potencial deveriam ser feitos mais investimentos tanto no

que se refere agrave produccedilatildeo como por exemplo melhoramento geneacutetico e adoccedilatildeo de

protocolos de boas praacuteticas agriacutecolas para a obtenccedilatildeo de certificaccedilatildeo quanto no

setor de comercializaccedilatildeo desenvolvendo elevado padratildeo de qualidade da fruta

A tabela a seguir (TABELA 4) apresenta a aacuterea destinada agrave colheita de todas

as variedades de abacate nos principais produtores de abacate e o Distrito Federal

TABELA 4 - Aacuterea destinada agrave colheita (em ha) Elaborada pelo autor

DADOS (IBGE-SIDRA)

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Brasil 11605 10515 9892 9596 8509 11125 10768 9615 9707 9559

Satildeo Paulo 4266 3688 3583 3437 3267 5530 5642 4192 4374 4337

36

Minas Gerais 2865 2254 2326 2223 1854 2202 2134 2309 2416 2373

Paranaacute 1492 1467 1306 1009 1085 1000 944 922 958 930

Cearaacute 493 475 498 497 490 484 477 480 483 498

Rio Grande do Sul 626 619 613 602 584 575 552 499 470 444

Distrito Federal 119 122 109 124 108 111 - 295 160 134

A tabela 5 abaixo apresenta a produccedilatildeo de todas as variedades de abacate

em toneladas dos uacuteltimos 10 anos para os principais estados produtores e o Distrito

Federal

TABELA 5 - Produccedilatildeo nacional de abacate em 10 anos (em t) Elaborada pelo

autor FONTE (IBGESIDRA)

UFANO 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Brasil 169335 164441 154096 147214 139089 153189 160376 159903 157482 156669 1000

Satildeo Paulo 77107 78085 70812 69904 74193 83002 91909 82780 85101 79316 506

Minas Gerais 38777 32812 33436 28016 24772 28522 30975 36669 36571 41259 263

Paranaacute 22265 22575 20425 16537 15919 15824 17304 16705 16309 15784 101

Rio Grande do Sul

8167 7905 7804 7602 6824 6769 6907 5719 5584 5277 34

Cearaacute 5202 4231 4706 4520 4336 4163 3985 2717 2640 3637 23

Distrito Federal 2596 3081 2690 3019 2666 2415 - 6914 3152 3151 20

Em 2014 a aacuterea destinada agrave colheita do abacate no estado do Cearaacute era

superior agrave aacuterea do Rio Grande do Sul contudo a produccedilatildeo no estado do Cearaacute no

mesmo ano foi de 3637 t enquanto que a produccedilatildeo do Rio Grande do Sul foi de

5277 45 maior reforccedilando assim a ideia de que a produtividade no Sul pode ser

maior em relaccedilatildeo agrave regiatildeo Nordeste Este fator pode ser decorrente do uso de

cultivares inadequadas para as condiccedilotildees climaacuteticas da regiatildeo eou pela falta de

adoccedilatildeo de tecnologias modernas e teacutecnicas avanccediladas de produccedilatildeo

No Distrito Federal a produccedilatildeo cresceu 21 nos uacuteltimos 10 anos e hoje

representa 2 da produccedilatildeo nacional Por outro lado Satildeo Paulo que lidera o ranking

com 506 de toda a produccedilatildeo obteve crescimento de apenas 286 Jaacute a

produccedilatildeo do Paranaacute sofreu uma reduccedilatildeo de -291 neste mesmo periacuteodo poreacutem

manteve-se como quarto produtor nacional de abacate Os estados do Cearaacute e Rio

Grande do Sul tambeacutem reduziram sua produtividade nos uacuteltimos 10 anos

acompanhando a reduccedilatildeo nacional que reduziu -74

37

A variaccedilatildeo da produtividade de todas as variedades de abacate dos principais

estados produtores de abacate do Brasil eacute apresentada na TABELA 6 a seguir

TABELA 6 - Variaccedilatildeo (em) da produtividade (t) no Brasil em 10 anos

Elaborada pelo autor FONTE (IBGESIDRA)

VARIACcedilAtildeO () DA PRODUTIVIDADE (t) EM 10 ANOS

ESTADOANO 2005 2014 VARIACcedilAtildeO

PAIacuteS 146 164 123

SAtildeO PAULO 181 183 11

MINAS GERAIS 135 174 289

PARANAacute 149 17 141

RIO GRANDE DO SUL 13 119 -85

CEARAacute 106 73 -311

DISTRITO FEDERAL 218 235 78

De acordo com os dados do IBGE Satildeo Paulo eacute o maior produtor de abacate

do paiacutes Dentre as variedades mais produzidas no estado de Satildeo Paulo estatildeo

bdquoFortuna‟ bdquoGeada‟ bdquoQuintal‟ e bdquoMargarida‟ (DORIZZOTTO 2011)

Abaixo segue TABELA 11 contendo os nuacutemeros de plantas novas e o

nuacutemero de plantas em produccedilatildeo bem como a produccedilatildeo (caixas de 22Kg) no estado

de Satildeo Paulo ao longo de 15 anos

TABELA 7 - Quantidade de peacutes novos peacutes em produccedilatildeo e produccedilatildeo (cx 22kg)

no estado de Satildeo Paulo entre 2000 e 2015 Elaborada pelo autor FONTE

INSTITUTO DE ECONOMIA AGRIacuteCOLA

ANO PEacuteS

NOVOS PEacuteS EM

PRODUCcedilAtildeO

2000 4859400 66157100

2001 4617700 62883700

2002 4742500 55421300

2003 6095000 49740300

2004 5969500 48339500

2005 5131100 46596200

2006 5325600 45869000

2007 3412800 47668000

2008 5007100 40617400

2009 12068600 49971400

2010 8190000 53239000

38

2011 6904500 54780100

2012 7704100 51341600

2013 7002100 59149400

2014 8419800 60996100

2015 9040200 67073800

O graacutefico abaixo apresenta a curva da produtividade obtida a partir da relaccedilatildeo

feita entre a produccedilatildeo e a quantidade de peacutes em produccedilatildeo no estado de Satildeo Paulo

Figura 9 - Produtividade (kgplanta) no estado de Satildeo Paulo desde 2000 elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE ECONOMIA AGRIacuteCOLA

Os dados foram obtidos a partir da relaccedilatildeo feita entre a quantidade de planta

em produccedilatildeo e a quantidade de caixas de 22 Kg produzidas no estado de Satildeo Paulo

desde 2000 Esses dados revelam crescente aumento da produtividade ateacute o ano de

2010 onde a produtividade ultrapassou 168 Kgplanta Jaacute em relaccedilatildeo ao ano de

2011 a produtividade sofreu uma reduccedilatildeo de 10 Depois disso a curva de

produtividade continuou ascendente

A seguinte tabela apresenta a evoluccedilatildeo do preccedilo do abacate comercializado

na CEAGESP durante o ano no periacuteodo de nove anos

90

110

130

150

170

190

20

00

20

01

20

02

20

03

20

04

20

05

20

06

20

07

20

08

20

09

20

10

20

11

20

12

20

13

20

14

20

15

PRODUTIVIDADE DOS PEacuteS DE ABACATE (Kgplanta) EM SP

PRODUTIVIDADE

39

TABELA 8 - Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio (em R$Kg) do abacate FONTE

CEAGESP 2008

ANOMEcircS JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

2007 105 101 1 118 107 109 129 151 159 181 228 279

2008 119 081 084 097 102 11 122 137 149 208 296 326

2009 169 122 132 133 141 141 152 177 217 213 212 235

2010 17 161 165 154 151 151 164 173 202 262 406 316

2011 185 182 183 203 186 204 231 278 308 317 359 369

2012 207 155 151 141 153 164 192 218 242 268 429 485

2013 263 209 216 215 244 265 258 304 347 403 566 498

2014 228 206 231 239 198 2 256 267 301 305 403 538

2015 406 403 386 349 367 397 394 43 - - - -

O graacutefico a seguir resume o comportamento da quantidade de peacutes novos e

em produccedilatildeo no estado de Satildeo Paulo desde o ano 2000

Figura 10 - Evoluccedilatildeo do nuacutemeros de peacutes novos e em produccedilatildeo ao longo de 15 anos no estado de Satildeo Paulo elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE

ECONOMIA AGRIacuteCOLA

A produccedilatildeo (em caixas de 22 Kg) eacute demonstrada no graacutefico abaixo para esse

mesmo periacuteodo

000

10000000

20000000

30000000

40000000

50000000

60000000

70000000

80000000

20002002200420062008201020122014

EVOLUCcedilAtildeO DOS DADOS DO ABACATE EM SAtildeO PAULO

PEacuteS NOVOS

PEacuteS EM PRODUCcedilAtildeO

40

Figura 11 - Evoluccedilatildeo da produccedilatildeo de abacate em caixas de 22kg no estado de Satildeo Paulo em 15 anos elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE

ECONOMIA AGRIacuteCOLA

A sazonalidade do abacate comercial na CEAGESP em Satildeo Paulo

demonstram que o abacate pode ser comercializado praticamente todas as eacutepocas

do ano como apresentado pela tabela

TABELA 9 - Sazonalidade do abacate FONTE CEAGESP 2008

VARIEDADE JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

GEADA X X X X X

FORTUNA X X X X X X X

QUINTAL X X X X X X X

MARGARIDA X X X X X X X X X X

BREDA X X X X X X X X

HASS X X X X X X X X

O Estado de Minas Gerais eacute o segundo maior produtor nacional de abacate

participando do setor com 229 do total produzido A aacuterea no Estado destinada agrave

produccedilatildeo da fruta foi de 23 mil ha A produtividade do estado de Minas em 2012 foi

de 15881 (hgha) (PERFIL DA FRUTA) A produccedilatildeo de abacate no Distrito Federal

em 2013 foi de 3152 toneladas (IBGE) Em Minas a produccedilatildeo concentra-se nas

regiotildees Sul e Sudeste do estado (ALMEIDA 2013)

200000000

250000000

300000000

350000000

400000000

450000000

500000000

550000000

20002002200420062008201020122014

EVOLUCcedilAtildeO NA PRODUCcedilAtildeO DE ABACATE EM SAtildeO PAULO (22Kgcx)

PRODUCcedilAtildeO CX 22Kg

41

Em 2003 o Paranaacute foi o terceiro maior produtor nacional de abacate com uma

aacuterea de aproximadamente 1600ha onde se produziu 26 mil toneladas gerando uma

receita de cerca de R$ 85 milhotildees (HOHMANN amp MENEGUIM 2005)

De acordo com a relaccedilatildeo feita entre os dados de volume de abacate colhido e

de aacuterea destinada agrave produccedilatildeo do IBGESIDRA em 10 anos (2005 agrave 2014) o estado

que sofreu maior reduccedilatildeo da produtividade foi o estado do CEARAacute reduzindo em

31 aproximadamente enquanto que o estado de minas aumentou 289 sua

produtividade O DF apresentou os melhores niacuteveis de produtividade a partir desses

dados

AVOCADO NO BRASIL

A regiatildeo de Bauru em Satildeo Paulo especializou-se na produccedilatildeo dos abacates

‟Hass‟ e bdquoFuerte‟ conhecidos comercialmente como Avocado e satildeo os mais

apreciados pelo mercado internacional (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA

FRUTICULTURA 2008)

O Avocado variedades ‟Hass‟ e bdquoFuerte‟ possui excelentes caracteriacutesticas

nutricionais como por exemplo seu alto teor de lipiacutedeos Aleacutem disso o fruto possui

tamanho reduzido o que facilita o consumo evitando que parte natildeo consumida seja

armazenada Uma das possibilidades de se estimular o consumo interno seria

promover o produto a partir do uso de marketing setor no qual a empresa

JAGUACYR situada no municiacutepio de Bauru ndash SP tem se destacado fornecendo

informaccedilotildees nutricionais e apresentando o alto padratildeo de qualidade da fruta Outro

fator que reduz a oferta do produto no mercado interno eacute a demanda internacional

apesar de impor barreiras e exigirem alto padratildeo de qualidade o produto de

qualidade recebe os melhores preccedilos este fator tambeacutem limita o consumo interno

porque o preccedilo oferecido pelos importadores reflete no preccedilo interno

Outro ponto que deve ser observado para se manter qualidade elevada dos

frutos eacute a escolha adequada do ponto de colheita pois este fator reflete diretamente

no teor de oacuteleo dos frutos que por sua vez eacute responsaacutevel pela conservaccedilatildeo do

sabor Os melhores teores de oacuteleo encontram-se em frutos tardios como nas

variedades obtidas a partir das raccedilas Guatemalenses e Mexicana sendo maior nas

raccedilas Mexicana e menor em cultivares oriunda de raccedilas Guatemalenses como por

exemplo a bdquoHass‟

42

A exportaccedilatildeo brasileira do abacate bdquoHass‟ variedade mais produzida no

mundo era de 100 toneladas por ha em 2004 para 2186 toneladas em 2010

(DORIZZOTTO 2011) Contudo este dado representa apenas 143 do volume de

todo o abacate produzido no paiacutes nesta mesma data mesmo com seus atributos

nutricionais e comerciais

Quando se trata do segmento do mercado do Avocado brasileiro em acircmbito

global a empresa JAGUACYR situada no municiacutepio de Bauru ndash SP com sede na

Holanda eacute de extrema relevacircncia contribuindo com 90 das exportaccedilotildees brasileiras

deste produto com o qual o Brasil ainda comeccedila a participar poreacutem possui

condiccedilotildees favoraacuteveis para crescer no setor (CARVALHO 2015)

O graacutefico a seguir apresentado na Figura 2 demonstra a evoluccedilatildeo da

participaccedilatildeo do Avocado no setor de fruticultura no estado de Satildeo Paulo

Figura 12 - Elaborado pelo autor FONTE CEAGESPSEDES GABRIEL V BITENCOURT DE ALMEIDA

Como apresentado no graacutefico acima o volume de Avocado comercializado na

CEAGESP tem crescido rapidamente vertiginosamente chegando a quase

quadruplicar seu valor em apenas 7 anos

Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio de atacado (R$Kg) de Avocado na CEAGESP de

Satildeo Paulo durante o ano (SP) (Figura 3)

81 74 90

106 133

208

365 378

0

50

100

150

200

250

300

350

400

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

EVOLUCcedilAtildeO DA QUANTIDADE COMERCIALIZADA (T) DE AVOCADO NA CEAGESP DE SAtildeO PAULO (SP)

QUANTIDADE(toneladas)

43

Figura 13 - Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio do avocado na CEAGESP (R$Kg) Elaborado pelo autor FONTES CEAGESP

O graacutefico a seguir demonstra um comparativo da variaccedilatildeo do preccedilo meacutedio do

abacate em relaccedilatildeo ao Avocado durante o ano com base nos dados de nove anos

da CEAGESP (R$Kg)

Figura 14 - Comparativo do preccedilo meacutedio do abacate e do avocado comercializado na ceagesp durante o ano elaborado pelo autor FONTE

CEAGESP

A partir dos dados de 7 anos com a variaccedilatildeo do preccedilo meacutedio do Avocado por

quilo durante o ano pocircde-se observar que os menores valores encontram-se entre

maio e agosto A variaccedilatildeo de preccedilo meacutedio durante o ano chega a ser de R$ 581 o

quilo mais que o dobro entre o maior e menor valor meacutedio encontrado

O graacutefico com o comparativo do preccedilo do abacate com o Avocado (Figura 11)

revela a discrepacircncia da valorizaccedilatildeo entre os dois grupos O valor miacutenimo do

4

6

8

10

12

jan

fev

mar

abr

mai

jun jul

ago

set

ou

t

no

v

dez

EVOLUCcedilAtildeO DO PRECcedilO MEacuteDIO DO AVOCADO NA CEAGESP (R$Kg)

PRECcedilO MEacuteDIO

0

2

4

6

8

10

12

JAN

FEV

MA

R

AB

R

MA

I

JUN

JUL

AG

O

SET

OU

T

NO

V

DEZ

PRECcedilO AVOCADO

PRECcedilO DO ABACATE

44

Avocado eacute de R$ 554 por quilo enquanto que o maior valor encontrado do abacate

chega a R$ 381 uma diferenccedila de quase 50

O CEASA-DF registrou em 2014 um volume comercializado de 397 toneladas

de Avocado enquanto que no ano anterior o volume registrado natildeo passou de 07

toneladas (CEASA-DF)

Apesar de jaacute haver teacutecnicas eficientes e tecnologias modernas disponiacuteveis

para se aperfeiccediloar a produccedilatildeo do abacate a exploraccedilatildeo de novas regiotildees com

potencial produtor para a implantaccedilatildeo de pomares de abacateiro no Brasil eacute um dos

fatores que podem aumentar mais ainda a produccedilatildeo nacional No DF por exemplo

a aacuterea destinada agrave colheita do abacate sofreu uma reduccedilatildeo de mais da metade de

2012 para 2014 muito diferente da forma como havia se comportando desde 2000

quando a aacuterea passou de 85 ha para 111 em 2010 O DF representa apenas 2 da

produccedilatildeo nacional do abacate contudo sua produtividade vem aumentando e de

acordo com os dados do IBGE o DF possui os melhores iacutendices de produtividade do

paiacutes o que pode representar forte potencial da regiatildeo no setor Este fato corrobora

com a ideia de que o Brasil pode aproveitar melhor sua extensatildeo territorial

explorando regiotildees com potencial produtor como o DF por exemplo

CERTIFICACcedilAtildeO

CARVALHO (2015) afirma que para participar do mercado internacional os

produtores devem se atentar agraves exigecircncias internacionais de qualidade e seguranccedila

garantidas por meio de certificaccedilatildeo como GlobalGapR BRCR BRCIR FAIRDRADER

e SEDEX-SMETAR Outro ponto que deve ser adotado pelo Brasil no comeacutercio do

Avocado eacute manter um mercado com preccedilo linear e contiacutenuo Ainda segundo

CARVALHO (2015) produtores que natildeo possuem certificaccedilatildeo no GlobalgapR

recebem menos 10

PRECcedilO PAGO PELA JAGUACYR AO PRODUTOR COM GLOBALGAPR

TABELA 10 - (CARVALHO 2015)

CAT CALIBRE MAR ABR MAI JUN

1 12 A 24 315 322 205 205

2 26 A 32 131 129 130 130

2 12 A 24 284 350 187 187

45

Para o consumidor final o selo GLOBALGAPR natildeo eacute tatildeo notado pois o uso

desta marca eacute praticado entre empresas Contudo sua em sua elaboraccedilatildeo

considerou-se a reduccedilatildeo dos impactos negativos das operaccedilotildees agriacutecolas no meio

ambiente reduzir o uso de insumos quiacutemicos e garantir que assuntos de sauacutede e

seguranccedila dos empregados e bem estar animal sejam observados (GLOBALGAPR

2008)

A GLOBALGAPR serve como um manual no comeacutercio mundial de produtos

agriacutecolas estabelecendo normas voluntaacuterias para sua certificaccedilatildeo Este conjunto de

normas estabelece serve de molde para a conduccedilatildeo de boas praacuteticas agriacutecolas

(BPA) nas atividades agriacutecolas (GLOBALGAPR 2008)

Um dos pontos positivos em se adotar os protocolos de boas praacuteticas

agriacutecolas eacute a prevenccedilatildeo de perdas Pesquisas feitas no setor da fruticultura

concluem que maior parte do desperdiacutecio ocorre no percurso que vai do manuseio

no campo ateacute as centrais de produccedilatildeo (AGRIANUAL 2012) Os iacutendices de perdas da

abaticultura chegam a 34 ao ano (AGRIANUAL 2015)

Eacute de extrema importacircncia desenvolver soacutelidos e eficientes sistemas de

certificaccedilatildeo a fim de assegurar qualidade que atenda as expectativas dos

consumidores permitindo que as empresas ingressem nos mercados globais com

seus produtos (ZEIDAN et al 2008)

A difusatildeo de praacuteticas recomendadas para a obtenccedilatildeo da certificaccedilatildeo

GLOBALGAPR por parte dos produtores de abacate principalmente as variedades

bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ pode estimular o consumo interno por meio da oferta de produtos

de maior qualidade aleacutem de reduzindo perdas e promover o produto no comeacutercio

internacional da fruta Fazendo com que o potencial produtor seja aproveitado ao

maacuteximo uma vez que seguir os protocolos de boas praacuteticas agriacutecolas represente a

reduccedilatildeo de perdas no processo de produccedilatildeo de colheita e de transporte seja por

meio da reduccedilatildeo da incidecircncia de pragas ou por adoccedilatildeo de teacutecnicas e evitem perdas

na conduccedilatildeo da produccedilatildeo dos pomares de abacate

CONCLUSOtildeES

A produccedilatildeo de Avocado cultivares bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ superiores em vaacuterios

aspectos agraves cultivares mais populares no paiacutes tem condiccedilotildees de se desenvolver

amplamente no Brasil tornando-o grande consumidor e exportador da fruta Essa

46

mudanccedila pode ocorrer por meio de incentivos governamentais que incentivem o

registro de produtos para a cultura do abacateiro favorecendo a obtenccedilatildeo de

certificaccedilatildeo bem como o desenvolvimento de centros de pesquisas que

desenvolvam estudos sobre a cultura do abacateiro que promovam a difusatildeo de

tecnologia e com isso estimule a utilizaccedilatildeo de novas aacutereas com potencial produtivo

A transferecircncia de tecnologia tambeacutem pode ser feita por parte de empresas da aacuterea

privada que possuem domiacutenio de teacutecnicas e tecnologias modernas principalmente

por meio da popularizaccedilatildeo da produccedilatildeo de mudas clonais para porta-enxerto Aleacutem

disso devem ser feitas accedilotildees por parte de instituiccedilotildees privadas como o

desenvolvimento do marketing da fruta a fim de divulgar os benefiacutecios do consumo

e a exposiccedilatildeo de novas formas de consumo de abacate pode ser crucial para a

mudanccedila do comportamento do consumidor nacional uma vez que este se atenta

principalmente aos aspectos visuais do abacate

Na poacutes-colheita o controle sobre os processos de maturaccedilatildeo poderia ser

mais bem aproveitado No Brasil a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas de conservaccedilatildeo no poacutes-

colheita de frutas objetiva na maioria das vezes estender o tempo de prateleira

destes produtos Para se aproveitar os elevados preccedilos ofertados em determinadas

eacutepocas os produtores colhem os frutos antes do recomendado para a fruta do

abacateiro o que reduz sua qualidade pois a eacutepoca da colheita influencia

diretamente no teor de oacuteleo fator altamente relacionado com o sabor da fruta Por

outro lado a aceleraccedilatildeo do processo de maturaccedilatildeo por meio do controle de

maturaccedilatildeo permite fornecimento de frutos maduros prontos para o consumo

estimulando assim o consumo no paiacutes Com a entrega regular de frutos maduros

nos supermercados e restaurantes novas formas de consumo da fruta como patecircs

e em saladas poderiam ser facilmente introduzidas no cardaacutepio nacional

47

BIBLIOGRAFIA

ALMEIDA G V B Mercado Atacadista de Abacate e Avocado (CEAGESP) III

Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado Bauru 2015

ALMEIDA G V B O Abacate no mundo e na CEAGESP Todafruta notiacutecia 2011

DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwtodafrutacombrnoticia28119O+ABACATE+NO+MUNDO+NO+BRASIL

+E+NA+CEAGESP gt

ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA FRUTICULTURA 2004 a 2015 DISPONIacuteVEL EM

httpwwwgrupogazcombrtratadaseo_edicao420150320150301_106c8c2f1pdf

4718_2015fruticulturapdfgt

BIODIESELBR DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwbiodieselbrcomnoticiasmateria-

primaoutrasvideo-unesp-transforma-oleo-abacate-biodiesel-060313htm gt

BONELLA J A Classificaccedilatildeo de abacates na CEAGESP Joseacute Alcides Bonella ME

2013

BRUWER T ROOYEN Z VAN PERFORMANCE AND MARKET ACCEPTIBILITY

OF THE HASS-LIKE CULTIVARS GEM AND HARVEST IN SOUTH AFRICA Vi

World Avocado Congress (Actas VI Confreso Mundial del Aguacate) 2007 Vintildea Del

Mar Chile 12 ndash 16 nov 2007 ISBN n 978-956-17-0413-8 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwAvocadosourcecomWAC6enExtenso1b-36pdf gt

CAMPOS J A Cultura racional do abacateiro Satildeo Paulo Iacutecone 1988 150 p

CANTUAacuteRIAS-AVILEacuteS T SILVA S R La induacutestria del aguacate em el Estado de

Satildeo Paulo Brasil actualidad y perspectivas futuras In CONGRESO MUNDIAL DEL

AGUACATE 7 2011 Caims Resuacutemenes Caims Avocado Australia 2011

48

CORREIA R C ARAUJO J L P MOUCO M A do C BRAGA C A

MENDONCcedilA R F de Abacate preferecircncias e mercado CONGRESSO

BRASILEIRO DE FRUTICULTURA 21 2010 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwalicecnptiaembrapabralicebitstreamdoc8700181Moucopdf gt

CARVALHO L F Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado realizaccedilatildeo Jaguacy

Sindicato Rural de Bauru Serviccedilo Nacional de Aprendizagem Rural - SENAR

Faculdades Integradas de Bauru ndash SP 2015

CHITARRA M I F CHITARA A B 2005 Poacutes colheita de frutos e hortaliccedilas

Fiiologia e Manuseio Lavras ESALFAEPE

CRANE J H BALERDI C F MAGUIRE I Avocado Growing in the Florida Home

Landscape University of Florida Circular 1034 one of a series of the Horticultural

Sciences Department Florida Cooperative Extension Service Institute of Food and

Agricultural Sciences University of Florida 1983 Revised 2007

CRIZEL G R MOURA R S OLIVEIRA I R MENDONCcedilA C R B

Caracteriacutesticas fiacutesicas e quiacutemicas de abacates das variedades bdquoQuintal‟ e bdquoHass‟ In

CONGRESSO DE INICIACcedilAtildeO CIENTIacuteFICA 17 ENCONTRO DE POacuteS-

GRADUACcedilAtildeO 10 2008 Pelotas Resumos Pelotas UFPEL 2008

DAIUTO E R VIEITES R L TREMOCOLDI M A RUSSO V C Taxa

respiratoacuteria de abacate bdquoHass‟ submetido a diferentes tratamentos fiacutesicos Revista

Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha Meacutexico v 10 n 2 p 101-109

2010

DAIUTO E R TREMOCOLDI M A VIEITES R L Conservaccedilatildeo poacutes colheita de

abacate bdquoHass‟ irradiado Revista Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha vol

10 n 2 2010

DONADIO L C Abacate para exportaccedilatildeo aspectos teacutecnicos da produccedilatildeo

Brasiacutelia Frupex MAPA 1995 53 p

49

DONADIO L C FERRARI L AVILEacuteS T C Abacate In DONADIO L C (Ed)

Histoacuteria da Fruticultura Paulista Jaboticabal SBF ndash Sociedade Brasileira de

Fruticultura 2010 P 33-63

DORIZZOTTO C D A SAMPAIO A C ICUMA I M et al Avocado production

chain in the state of Satildeo Paulo (Brazil) In Proceedings VII World Avocado Congress

2011 Cairns Anaishellip Cairns Internacional Avocado Society 2011 DISPONIacuteVEL

EM lt

httpworldAvocadocongress2011comuserfilesfileOsvaldo20Kioshi20Yamanis

hi201400-1420pdf gt

ERNST Z R ERNST A A The strategic role of new cultivars A case study of

bdquoMaluma‟ VIII Congreso Mundial de la Palta 2015 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwavocadosourcecomWAC8Section_02EarnstZander2015pdf gt

FACTFISH Avocados production quantity (tons) ndash for all countries DISPONIacuteVEL

EM lt httpwwwfactfishcomstatisticAvocados20production20quantity gt

FAOSTAT 2000 a 2013 DISPONIacuteVEL EM lt httpfaostat3faoorgbrowseTTPE gt

FER B WOLSTENHOLME B N (Ed) The Avocado botany production and

uses Oxon CABI Publ 2002 chap 12 p 299-338

FRANCISCO V L F dos S BAPTISTELLA C S L CULTURA DO ABACATE NO

ESTADO DE SAtildeO PAULO Informaccedilotildees Econocircmicas SP v 35 n5 2005

DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwieaspgovbroutpublicacoespdftec3-0505pdf gt

GAYET J P et al 1995 Abacate para exportaccedilatildeo procedimentos de colheita e

poacutes-colheita FRUPEX Brasiacutelia 37p

GIRARDI G Abacate uma nova opccedilatildeo de biocombustiacutevel Jornal UNESP Bauru

2009 DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwunespbracijornal248energia_bauruphp gt

50

GUEDES M S B SENA M TOLEDO S Certificaccedilatildeo como estrateacutegia competitiva

internacional dos produtores de frutas no Brasil VII Encontro da Sociedade

Brasileira de Economia Ecoloacutegica (ECO-ECO) 28 a 30 de novembro de 2007

Fortaleza Cearaacute

HODDLE M The Avocado Seed Moth Stenoma cateniver Walsingham (Lepdoptera

Elachistidae) Department of Entomology Applied Biological Control Research

DISPONIacuteVEL EM lt httpbiocontrolucredustenomastenomahtml gt

HOHMANN C L MENEGUIM A M A BROCA-DO-ABACATE (Stenoma catenifer)

Aspectos bioloacutegicos comportamento danos e manejo Instituto Agronocircmico do

Paranaacute ndash Londrina ndashPR Informe da Pesquisa n 147 2005

HOHMANN C L MENEGUIM A M Observaccedilotildees preliminares sobre a ocorrecircncia

da broca-do-abacate Stenoma catenifer Wals no Estado do Paranaacute Anais da

Sociedade Entomoloacutegica do Brasil v 22 p 417-419 1993

ILLSLEY-GRANICH C‟Hass‟Carmenrega precocious flowering avocado tree

Agrovim AS de CV Uruapan Michocan Mexico Rob Brokaw Brokaw Nursery Inc

Saticoy California USA Dr Salvador Ochoa-Ascencio University of Michoacan

Uruapan Michoacan Mexico 2011 DISPONIacuteVEL EM lt

httpworldavocadocongress2011comuserfilesfileCarlos20Illsley201410-

1430pdf gt

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA ESTATIacuteSTICA (IBGE) IBGE CIDADES

DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwcidadesibgegovbrcartogramamapaphplang=ampcoduf=53ampcodmun=53

0010ampidtema=136ampcodv=v01ampsearch=distrito-federal|brasilia|sintese-das-

informacoes-2013 gt

KADER A A 1992 Postharvest technology of horticultural crops Okland Univertisy

of California 292p

51

KADER A A ARPIA M L Avocado Recommendations for Maintaining

Postharvest Quality 2013

KADER A A Biologiacutea y Tecnologiacutea Postcosecha un Panorama In KADER A A

Tecnologiacutea Postcosecha de Cultivos Hortofrutiacutecolas 3 Ed Davis University Of

Califoacuternia 2007 Cap 4 p 43-53

KLUGE R A et al Inibiccedilatildeo do amadurecimento de abacate com 1-

metilciclopropeno Pesquisa Agropecuaacuteria Brasileira 37(7)895-901

KOOLER O C Abacaticultura Porto Alegre UFRGS 1992 138p

KOOLER O C ABACATICULTURA Porto Alegre UFRGS 1984 138p

KOLLER O C Abacate produccedilatildeo de mudas instalaccedilatildeo e manejo de pomares

colheita e poacutes-colheita Porto Alegre Cinco Continentes 2002 145 p

KREMER-KOumlHNE S KOumlHNE J S 25 YEARS OF AVOCADO ROOTSTOCK

DEVELOPMENT IN SOUTH AFRICA VI World Avocado Congress Chile 2007

DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwavocadosourcecomWAC6enExtenso1a-8pdf gt

LIPPERT C ALLAMAND M (WESTFALIASUBSOLE) A hystory of

collaboration Rev Subsole Santiago 2007

MAIS NATUREZA ABACATEIRO DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwmaisnaturezacomplantasarvoresabacateiro gt

MARANCA G Fruticultura comercial Manga e Abacate Satildeo Paulo Nobel 1980

p 81-133

MASSAFERA G COSTA T M B OLIVEIRA J E D COMPOSICcedilAtildeO DE AacuteCIDOS

GRAXOS DO OacuteLEO DO MESOCARPO E DA SEMENTE DE CULTIVARES DE

ABACATE (Persea americana MILL) DA REGIAtildeO DE RIBEIRAtildeO PRETO SP)

52

Alim Nutr Araraquara V 21 n 2 p 325-331 abrjun 2010 DISPONIacuteVEL EM lt

http20014571150seerindexphpalimentosarticleview940a20v21n2pdf gt

MDIC Negociaccedilotildees internacionais DISPONIacuteVEL EM

httpwwwdesenvolvimentogovbrsitiosecexnegInternacionaisMedTerrorismoLei

ph p gt

MICKELBART M V BENDER G S WITNEY G W ADAMS C ARPAIA M L

Effects of clonal rootstocks on bdquoHass‟ avocado yield components alternate bearing

and nutrition Journal of Horticultural Schience amp Biotechnology Ashford v 82

n 3 p 460-466 2007

MILLER B BERTELS R PADILLA T WILEMAN R THOMSEN L China the

new frontier VIII World Avocado Congress 2015

MONTENEGRO H W S A cultura do abacateiro Satildeo Paulo Melhoramentos

1951 102p (Criaccedilatildeo e Lavoura n 11)

MORAES A F G Desenvolvimento produccedilatildeo e qualidade de frutos de abacateiro

cv bdquoHass‟ sobre dois porta-enxertos nas condiccedilotildees edafoclimaacuteticas da regiatildeo central

do Estado de Satildeo Paulo Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Ciecircncias Piracicaba 2014

NAAMANI G Global Trends in main Avocado Markets VII World Avocado

Congress Australia 2011

NAVA DE DE LARA HADDAD M PARRA JRP 2005 Exigecircncias teacutermicas

estimativa do nuacutemero de geroccedilotildees de Stenoma catenifer e comprovaccedilatildeo de modelo

em campo Pesq Agropec Bras Brasilia v 40 p 961-967

NAVA DE PARRA JRP COSTA VA GUERRA TM COcircNSOLI FL (2005b)

Population dynamics of Stenoma catenifer(Lepidoptera Elachistidae) and related

larval parasitoids in Minas Gerais Brazil Florida Entomologistv 88p 441-446

53

NOVAGRIM ndash FRESH FRUITS IMPORTER amp VEGETABLE SUPPLIER SINCE

1999 2001-2013 WORLD AVOCADO PRODUCTION DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwnovagrimcomPages2000_2011_Avocado_statistics_ENaspx gt

OLIVEIRA LA A importacircncia das Normas Internacionais para o Comeacutercio da

Fruticultura Brasileira Piracicaba Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Economia Escola

Superior de Agricultura ldquoLuiz de Queirozrdquo Universidade de Satildeo Paulo Piracicaba

2005

OLIVEIRA M A de et al 2000 Ceras para conservaccedilatildeo poacutes colheita de frutos de

abacateiro cultivar Fuerte armazenados em temperatura ambiente Scientia Agriacutecola

Piracicaba 57 (4) 777-780

PASSONI A D NEVES M C M RODRIGUES B B BOTEON M Anaacutelise dos

principais entraves na exportaccedilatildeo de frutas brasileiras CENTRO DE ESTUDOS

AVANCcedilADOS EM ECONOMIA APLICADA (CEPEAESALQ-USP) XLIV

CONGRESSO DA SOBER ndash ldquoQuestotildees Agraacuterias Educaccedilatildeo no Campo e

Desenvolvimentordquo Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia Rural Fortaleza

2006

PEGG K G COATES L M KORSTEN L HARDING R M Foliar fruit and

soilborne diseases In WHILEY A W SCHAF

PERFIL DA FRUTICULTURA 2014 Base de dados 2012 a 2013 Governo de Minas

Gerais Agricultura Pecuaacuteria e Abastecimento 2014

PICCININ E PASCHOLATI S F ldquoDOENCcedilAS DO ABACATEIRO‟ em MANUAL DE

FITOPATOLOGIA Vol 2 Doenccedilas das Plantas Cultivadas Editora Agronocircmica

Ceres Ltda Satildeo Paulo 1997 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwifcursoscombrsistemaadminarquivos07-33-29-

manualfitopatologiapdfpage=10 gt

54

PUTT F F GOacuteES B C CATANEO P F Anaacutelise econocircmica de oferta e demanda

do abacate na alta paulista X Foacuterum Ambiental da Alta Paulista v 10 n 7 2014

pp 158-169

ROCHA I L Nuacutemeros do abacate HORTIESCOLHA Instituto Brasileiro de

Qualidade em Horticultura DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwhortibrasilorgbrjnwindexphpoption=com_contentampview=articleampid=120

9numeros-do-abacate-ampcatid=50comercializacaoampItemid=82 gt

SANTO N T Manejo da vegetaccedilatildeo intercalar para obtenccedilatildeo de cobertura morta na

cultura do abacateiro visando minimizar os danos causados por Phytophthora

cinnamomi Dissertaccedilatildeo de mestrado em Fitotecnia Piracicaba 2014

SCHAFFER B WOLSTENJOLME B N WHILEY A W The avocado botany

production and uses 560 p 2012 DISPONIacuteVEL EM lt

httpsbooksgooglecombrbooksid=r0hpRJca3zECamppg=PA83amplpg=PA83ampdq=Th

e+Avocado+botany+production+and+uses+hass-

likeampsource=blampots=oqc5OBsbmVampsig=5gDWWPIMYRBW9cH3yYuWh-ldd-8amphl=pt-

BRampsa=Xampved=0ahUKEwj_yPbgsoTKAhUGDpAKHZTrCWEQ6AEIPDADv=onepag

eampqampf=false gt

SCIENCIA I Certificaccedilatildeo GLOBALGAP e impactos ambientais em agroinduacutestrias de

alimentos Dissertaccedilatildeo de Poacutes-Graduaccedilatildeo Araraquara SP 2010 lt

mlthttpwwwecoecoorgbrconteudopublicacoesencontrosvii_envii_enc_ecohtm

gt

SIMAtildeO S Manual de Fruticultura Satildeo Paulo Editora Agronocircmica Ceres 1971

530p p 147-169

SINGER P MASON J Eacutetica da alimentaccedilatildeo como nossos haacutebitos alimentares

influenciam o meio ambiente e o nosso bem estar Rio de Janeiro Elsevier 2007

SOARES H F ITO M K O AacuteCIDO GRAXO MONOINSATURADO DO ABACATE

NO CONTROLE DE DISLIPIDEMIAS Ver Ciecircnc Meacuted Campinas P 47-51 2000

55

DISPONIacuteVEL EM lt httpperiodicospuc-

campinasedubrseerindexphpcienciasmedicasarticleviewFile13301304 gt

TEIXEIRA C G Cultura In ITAL ndash INSTITUTO DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS

(Campinas) Abacate Cultura mateacuteria-prima processamento e aspectos

econocircmicos 2 Ed Campinas Instituto Campineiro de Ensino Agriacutecola 1995 Cap 1

p 1-54 (Frutas Tropicais)

TEIXEIRA C G Cultura do abacate In TEIXEIRA C G et al ABACATE cultura

mateacuteria prima processamento e aspectos econocircmicos 2deg ed Seacuterie Fruas Tropicais

ndeg8 ITAL Campinas 1991 250p

WATANABE H S Caracteriacutesticas de cultivares de abacate CEAGESPS ndash

Companhia de Entrepostos e Armazeacutens Gerais de Satildeo Paulo 2013

WOLFENBARGER D O COLBURN B The Stenoma catenifer a serious Avocado

pest Proceedings of Florida State Horticulture Society v 92 p 315-318 1979

ZEIDAN R SEIXAS P ABRANCHES L COSTA D MEIRELLES F Certificaccedilatildeo

na cadeia produtiva de alimentos e as barreiras teacutecnicas agrave exportaccedilatildeo Simpoacutesio de

excelecircncia e gestatildeo e tecnologia ndash SEGeT 2008 Resende

Page 26: EVOLUÇÃO DA PRODUÇÃO MUNDIAL E NACIONAL …...RESUMO O abacateiro, Persea americana, é uma cultura muito importante em vários países, devido ao volume comercializado da fruta

26

Em seguida foi feita uma leitura seletiva agrupando as informaccedilotildees dos

artigos preacute-selecionados de acordo com o tema registrando as informaccedilotildees

extraiacutedas das fontes em instrumento especiacutefico

3deg ANAacuteLISE E INTERPRETACcedilAtildeO DOS RESULTADOS

Nesta etapa foi realizada uma leitura analiacutetica com a finalidade de ordenar as

informaccedilotildees contidas na literatura disponiacutevel utilizados como fonte para o

desenvolvimento deste trabalho a fim de se elaborar informaccedilotildees que resumissem

as questotildees abordadas nesta pesquisa

RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

ABACATE NO MUNDO

A figura a seguir apresenta dados de produccedilatildeo mundial de abacate (t) em 21

paiacuteses indo de 2004 a 2013 com base nos dados da FAO ndash Organizaccedilatildeo das

Naccedilotildees Unidas para Alimentaccedilatildeo e Agricultura (Food and Agriculture Organization of

the United Nations para a sigla em inglecircs)

27

Figura 2 Produccedilatildeo mundial do abacate (em t) elaborado pelo autor FONTE NOVAGRIM adaptado com dados da FAO

Os paiacuteses produtores de abacate satildeo representados no mapa abaixo onde a

intensidade da coloraccedilatildeo vermelha representa o volume de abacate produzido no

paiacutes quanto mais intenso maior o volume produzido como estaacute destacado o

Meacutexico maior produtor mundial participando com aproximadamente 31 12 de toda

a produccedilatildeo mundial da fruta

Figura 3 - Paiacuteses produtores de abacate ao redor do mundo FONTE FACTFISH

100000

300000

500000

700000

900000

1100000

1300000

1500000

1700000

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013

PRODUCcedilAtildeO MUNDIAL DE ABACATE

MEacuteXICO

INDONEacuteSIA

REP DOM

COLOcircMBIA

BRASIL

EUA

CHILE

PERU

CHINA

28

Em 2004 o maior produtor mundial de abacate foi o Meacutexico participando com

307 de todo o volume produzido mundialmente com cerca de 987000 t Em

segundo lugar poreacutem muito atraacutes com um volume de 221774 t segue a Indoneacutesia

representando apenas 689 Na terceira posiccedilatildeo Repuacuteblica Dominicana 68 e

218790 t e em quarto produzindo 170985 t estava a Colocircmbia com 53

De acordo com os dados de 2013 o Meacutexico continuou liderando o setor

participando com 3112 do total produzido agora com um volume de 1467837 t

Em segundo lugar a Repuacuteblica Dominicana com 821 Colocircmbia 643 e Peru

611 em ordem decrescente (FAOSTAT) Nos uacuteltimos 10 anos a Repuacuteblica

Dominicana saltou para o segundo lugar graccedilas a um aumento de 771 em sua

produccedilatildeo Neste sentido a Colocircmbia alcanccedila a posiccedilatildeo de 3deg colocado devido ao

aumento similar ao da Repuacuteblica Dominicana (774)

O Peru foi o paiacutes que obteve maior destaque pois saiu da oitava posiccedilatildeo

participando com apenas 337 da produccedilatildeo mundial o que representava um

volume de 108460 t em 2004 para a quarta posiccedilatildeo no ranking mundial em 2013

com 611 quando produziu 288387 t a sua participaccedilatildeo no mercado mundial

quase que dobrou nesse periacuteodo O aumento da produccedilatildeo mundial foi de 467

enquanto que o aumento do volume de abacate produzido no Peru foi de 1659

Segundo CARVALHO (2015) a formaccedilatildeo de associaccedilotildees como a PROHASS que

investe no desenvolvimento de tecnologia e marketing para estimular inclusive o

consumo interno podendo ateacute ser um exportador para o Brasil

Aos poucos a China vem participando do mercado do abacate A populaccedilatildeo

do paiacutes ultrapassa 15 bilhotildees de pessoas em algumas aacutereas metropolitanas a

populaccedilatildeo vai de 12 a 45 milhotildees de habitantes Em 2000 a classe meacutedia da China

representava 4 da populaccedilatildeo e hoje chega a 66 Os gastos com alimentaccedilatildeo

tambeacutem acompanham essa mudanccedila de comportamento pois existe nesta classe a

procura por alimentos mais saudaacuteveis Esses fatores tecircm estimulado uma mudanccedila

no consumo de abacate em toda a China (MILLER et al 2015)

Quanto agrave produccedilatildeo do Brasil no Ranking global ocorreu justamente o

contraacuterio o paiacutes saiu da quinta posiccedilatildeo para a oitava ao reduzir 765 da produccedilatildeo

que era de 170895 t em 2004 para 157428 t em 2013 Em 2011 o abacate ficou na

17deg posiccedilatildeo no ranking da produccedilatildeo nacional da fruta ocupando apenas 03 do

montante da produccedilatildeo de frutas frescas muito atraacutes das principais culturas

29

produzidas como a laranja mais produzida participando com 416 do setor

Banana segunda mais importante com 154 e Melancia com 46 em quarto

(IBGEPAM 2011)

O volume de abacate fresco brasileiro exportado foi de 4313 t em 2013 para

5806 toneladas em 2014 resultando num aumento de mais de 37 na receita com

este setor que em 2014 foi de mais de nove milhotildees e meio de doacutelares

(AGRIANUAL 2015)

O graacutefico abaixo apresenta o comportamento do volume em toneladas de

abacate exportado pelos paiacuteses que participam do setor

Figura 4 Volume de abacate (t) exportado pelos paiacuteses exportadores da fruta Elaborado pelo autor FONTE FAO

Em 2013 Meacutexico liderou o setor de exportaccedilatildeo do abacate com um volume

de 563492 toneladas cerca 463 do total exportado no mundo Em segundo lugar

a Holanda com 99 A Holanda eacute um grande importador contudo o paiacutes reexporta

grande parte do volume comprado O Peru merece destaque pois saiu de um

volume exportado de 2209 t (06) em 2000 para 114515 t em 2013 ocupando

94 do volume de abacate exportado o que lhe conferiu a 3deg posiccedilatildeo no ranking

global Em quarto lugar o Chile com 73

A figura a seguir apresenta o comportamento dos principais importadores de

abacate do mundo em 14 anos

0

100000

200000

300000

400000

500000

600000

20002001200220032004200520062007200820092010201120122013

EVOLUCcedilAtildeO DA EXPORTACcedilAtildeO MUNDIAL EM t

MEacuteXICO

CHILE

ESPANHA

AacuteFRICA DO SUL

ISRAEL

HOLANDA

PERU

30

Figura 5 Evoluccedilatildeo do volume (t) importado pelos principais paiacuteses importadores de abacate ELABORADA PELO AUTOR FONTE FAOSTAT

Os principais importadores de fruta como por exemplo o europeu e o norte

americano exigem um padratildeo de qualidade que observem as demandas impostas

pelos consumidores com relaccedilatildeo agrave seguranccedila alimentar e tambeacutem agraves exigecircncias

para certificaccedilatildeo do produto levando em consideraccedilatildeo aspectos ambientais e

sociais aleacutem do local de produccedilatildeo Desta forma produtores de fruta destinadas agrave

exportaccedilatildeo precisaram adaptar suas lavouras para atender agraves exigecircncias dos mais

importantes selos internacionais como o EureGapR e o TNCR (OLIVEIRA 2005) O

maior importador de abacate do mundo satildeo os Estados Unidos (ROCHA 2014)

O volume de abacate importado ao redor do mundo vem crescendo na uacuteltima

deacutecada Os Estados Unidos lideram o montante desde 2007 mais ainda que toda a

Uniatildeo Europeia o volume importado pelo paiacutes cresceu cerca de sete vezes entre

2000 e 2013 Em segundo lugar a Uniatildeo Europeia importando quase 23 menos

A Holanda tambeacutem cresceu muito e hoje ocupa a terceira colocaccedilatildeo no ranking O

Japatildeo e o Canadaacute tiveram consideraacutevel crescimento contudo mantiveram-se na 5deg

e 6deg posiccedilatildeo durante esse periacuteodo

Nos EUA a demanda cresce mais acelerado do que a oferta segundo

CARVALHO (2015) a demanda cresce 12 ao ano enquanto a produccedilatildeo cresce

apenas 4 O paiacutes possui uma poliacutetica de retornar parte dos lucros oriundos da

-

100000

200000

300000

400000

500000

600000

700000

IMPORTACcedilAtildeO DE ABACATE NO MUNDO EM t

EUA

UE

HOLANDA

FRANCcedilA

CANADAacute

REINO UNIDO

31

comercializaccedilatildeo do Avocado no paiacutes com a elaboraccedilatildeo de marketing e o

desenvolvimento de pesquisas que incentivem o aumento do consumo interno

promovendo alimentos como por exemplo o GUACAMOLE alimento muito popular

no paiacutes

Em 2002 os EUA impunham a Lei do Bioterrorismo exigindo que as

empresas que produzem processem armazenem ou processem alimentos voltados

ao consumo humano ou animal devem cumprir normas para comercializar seus

produtos voltados ao consumo humano ou animal precisam cumprir normas para

comercializar seus produtos nos Estados Unidos Eacute necessaacuterio que essas mesmas

empresas possuam registro junto ao governo norte-americano atualizando estas

informaccedilotildees e comunicarem agraves autoridades a chegada de novos carregamentos

alimentares O natildeo cumprimento dessas exigecircncias acarreta na proibiccedilatildeo do

ingresso da carga e possiacutevel retenccedilatildeo da mercadoria com multa para o responsaacutevel

pelo carregamento (MDIC 2006)

Os principais compradores de abacate ‟Hass‟ satildeo os Estados Unidos (20 a

50) UE AUS e o Meacutexico maior produtor e exportador do Avocado participando

com 20 do mercado de Avocado (CARVALHO 2015)

O Brasil participa com apenas 031 do mercado internacional exportando

para o Canadaacute e Holanda CARVALHO (2015) comenta que o Brasil natildeo aproveita

seu potencial de se tornar grande produtor e exportador de Avocado o paiacutes possui

extensa aacuterea e clima variado entre outros fatores que favorecem a produccedilatildeo de

Avocado contudo a produccedilatildeo ainda eacute muito pequena quando comparado com

outros paiacuteses que participam do mercado internacional da fruta

Quanto agrave contribuiccedilatildeo do desenvolvimento de programas de melhoramento

geneacutetico para a consolidaccedilatildeo do Brasil como grande produtor mundial de abacate a

utilizaccedilatildeo de cultivares de bdquoHass-like‟ representa uma excelente opccedilatildeo para

aumentar a safra da cultura no paiacutes devido agrave caracteriacutestica que esta variedade tem

de antecipar a florada ampliando desta forma a janela de produccedilatildeo e aumentando

a competitividade do paiacutes em relaccedilatildeo a outros paiacuteses exportadores da fruta

O graacutefico a seguir ilustra o comportamento das exportaccedilotildees e importaccedilotildees

Brasileiras em 14 anos

32

Figura 6 - Evoluccedilatildeo da exportaccedilatildeo e importaccedilatildeo do abacate (em t) no Brasil em 14 anos Elaborado pelo autor FONTE FAO

Alguns dos principais concorrentes do Brasil tratando-se da exportaccedilatildeo do

Avocado satildeo Aacutefrica do Sul com 3 das exportaccedilotildees Chile com 7 e Peru

representando 10 do mercado internacional de Avocado A safra do Chile ocorre

em eacutepoca proacutexima a do Brasil comeccedilando em agosto e terminando em fevereiro

(CARVALHO 2015) A Boliacutevia apesar de participar com apenas 012 do volume

exportado tem a vantagem de possibilidade de produccedilatildeo o ano todo

O elevado padratildeo de qualidade dos produtos eacute sem duacutevida um fator que

pode fazer com que o Brasil se estabeleccedila no mercado mundial de abacate Esta

praacutetica tem qualificado a Aacutefrica do Sul como um dos principais fornecedores para

paiacuteses da Europa a partir do intenso trabalho desenvolvido pela empresa sem fins

lucrativos WESTFALIA situada no municiacutepio de Limpopo por meio de investimentos

em tecnologia

A tabela a seguir apresenta o periacuteodo do ano em que cada paiacutes exportador de

abacate embarca seus produtos ao redor do mundo

0

500

1000

1500

2000

2500

3000

3500

4000

4500

5000

EXPORTACcedilAtildeO

IMPORTACcedilAtildeO

33

TABELA 3 - Janela de exportaccedilatildeo dos paiacuteses exportadores de abacate

adaptada FONTE WESTFALIASUBSOLE

CALENDAacuteRIO DE EXPORTACcedilAtildeO DE ABACATE lsquoHASSrsquo

jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

BRASIL X X X X X X X X

ARGENTINA X X X

EUA X X X X X X X X X X X X

CHILE X X X X X X X X X X

AFRICA DO SUL X X X X X X X

REP DOMINICANA X X X X X

ISRAEL X X X X X X

PERU X X X X X X X

NOVA ZELAcircNDIA X X X

MEacuteXICO X X X X X X X X X X X X

ESPANHA X X X X X X X

QUEcircNIA X X X X X

AUSTRAacuteLIA X X X X X X X

Os principais destinos do abacate ‟Hass‟ exportado pelo Brasil satildeo Espanha

Itaacutelia Holanda Alemanha e Dinamarca O material exportado segue de navio do

porto de Santos a uma temperatura de 5degC levando ateacute 16 dias no maacuteximo ateacute os

destinos Esse material exportado pelo Brasil possui os certificados GlobalGapR ndash

BRCR ndash BSCIR ndash SedexR ndash SmetaR

Os graacuteficos a seguir apresentam informaccedilotildees sobre a evoluccedilatildeo do da

exportaccedilatildeo do abacate feitos a partir de informaccedilotildees apresentadas no Anuaacuterio

Brasileiro de fruticultura (2004 a 2015) obtidos a partir de dados do Instituto

Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica

34

Figura 7 - Evoluccedilatildeo do volume de abacate exportado pelo brasil (2003 a 2014) Elaborado pelo autor com dados DO ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE AGRICULTURA DE 2004 a 2015 (IBGE)

Figura 8 - Receita com exportaccedilatildeo brasileira de abacate (2003 a 2014) Elaborado pelo autor com dado do ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE AGRICULTURA DE 2004 a 2015 (IBGE)

O volume de abacate exportado pelo Brasil vem crescendo nos uacuteltimos anos

revelando assim a importacircncia do setor para o paiacutes A variaccedilatildeo do volume

exportado de 2008 para 2009 foi de 6282 jaacute de 2009 para 2010 a exportaccedilatildeo

sofreu uma queda de 793 Em 2014 houve um aumento de 3462 no setor em

relaccedilatildeo ao ano anterior (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE FRUTICULTURA) A receita

-

100000

200000

300000

400000

500000

600000

700000

20

03

20

04

20

05

20

06

20

07

20

08

20

09

20

10

20

11

20

12

20

13

20

14

EVOLUCcedilAtildeO DO VOLUME DE ABACATE EXPORTADO PELO BRASIL (2003 a 2014)

VOLUME EXPORTADO (t)

-

20000000

40000000

60000000

80000000

100000000

120000000

20

03

20

04

20

05

20

06

20

07

20

08

20

09

20

10

20

11

20

12

20

13

20

14

RECEITA COM EXPORTACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ABACATE (2003 a 2014)

RECEITA (em USS FOB)

35

obtida a partir da exportaccedilatildeo do abacate tambeacutem acompanha os iacutendices de

crescimento

A Aacutefrica do Sul um dos principais concorrentes do Brasil no setor de

exportaccedilatildeo do Avocado eacute reconhecida por exportar material de alta qualidade para

Europa onde possui escritoacuterios contudo sua produccedilatildeo estaacute estagnada A Westfalia

eacute uma empresa sem fins lucrativos produtora de Avocado na Aacutefrica do Sul

responsaacutevel por desenvolver o mercado de Avocado no paiacutes e investe fortemente

em tecnologia o que colaborou para a atual situaccedilatildeo da Aacutefrica do Sul no setor de

exportaccedilatildeo de Avocado (CARVALHO 2015)

ABACATE NO BRASIL

O Brasil favorecido quando comparado com outros paiacuteses produtores devido

agrave suas dimensotildees continentais o que lhe possibilita ampla variaccedilatildeo de temperaturas

e solos estes fator unido agraves caracteriacutesticas individuais de cada variedade como por

exemplo sazonalidade e exigecircncias nutricionais e de horas de luz Contudo apesar

da aacuterea destinada agrave produccedilatildeo do abacate no Brasil ter reduzido passando de

11605 ha em 2005 para 9559 ha em 2014 reduccedilatildeo de 176 a produccedilatildeo natildeo foi

tatildeo alterada o que evidencia a possibilidade de um aumento na produtividade destas

aacutereas

Atualmente o Brasil ocupa a oitava posiccedilatildeo no ranking global do setor de

produccedilatildeo de abacate E apesar de possuir crescente produtividade o paiacutes ainda

possui excelente potencial produtor e tambeacutem como exportador da fruta Para

aproveitar melhor esse potencial deveriam ser feitos mais investimentos tanto no

que se refere agrave produccedilatildeo como por exemplo melhoramento geneacutetico e adoccedilatildeo de

protocolos de boas praacuteticas agriacutecolas para a obtenccedilatildeo de certificaccedilatildeo quanto no

setor de comercializaccedilatildeo desenvolvendo elevado padratildeo de qualidade da fruta

A tabela a seguir (TABELA 4) apresenta a aacuterea destinada agrave colheita de todas

as variedades de abacate nos principais produtores de abacate e o Distrito Federal

TABELA 4 - Aacuterea destinada agrave colheita (em ha) Elaborada pelo autor

DADOS (IBGE-SIDRA)

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Brasil 11605 10515 9892 9596 8509 11125 10768 9615 9707 9559

Satildeo Paulo 4266 3688 3583 3437 3267 5530 5642 4192 4374 4337

36

Minas Gerais 2865 2254 2326 2223 1854 2202 2134 2309 2416 2373

Paranaacute 1492 1467 1306 1009 1085 1000 944 922 958 930

Cearaacute 493 475 498 497 490 484 477 480 483 498

Rio Grande do Sul 626 619 613 602 584 575 552 499 470 444

Distrito Federal 119 122 109 124 108 111 - 295 160 134

A tabela 5 abaixo apresenta a produccedilatildeo de todas as variedades de abacate

em toneladas dos uacuteltimos 10 anos para os principais estados produtores e o Distrito

Federal

TABELA 5 - Produccedilatildeo nacional de abacate em 10 anos (em t) Elaborada pelo

autor FONTE (IBGESIDRA)

UFANO 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Brasil 169335 164441 154096 147214 139089 153189 160376 159903 157482 156669 1000

Satildeo Paulo 77107 78085 70812 69904 74193 83002 91909 82780 85101 79316 506

Minas Gerais 38777 32812 33436 28016 24772 28522 30975 36669 36571 41259 263

Paranaacute 22265 22575 20425 16537 15919 15824 17304 16705 16309 15784 101

Rio Grande do Sul

8167 7905 7804 7602 6824 6769 6907 5719 5584 5277 34

Cearaacute 5202 4231 4706 4520 4336 4163 3985 2717 2640 3637 23

Distrito Federal 2596 3081 2690 3019 2666 2415 - 6914 3152 3151 20

Em 2014 a aacuterea destinada agrave colheita do abacate no estado do Cearaacute era

superior agrave aacuterea do Rio Grande do Sul contudo a produccedilatildeo no estado do Cearaacute no

mesmo ano foi de 3637 t enquanto que a produccedilatildeo do Rio Grande do Sul foi de

5277 45 maior reforccedilando assim a ideia de que a produtividade no Sul pode ser

maior em relaccedilatildeo agrave regiatildeo Nordeste Este fator pode ser decorrente do uso de

cultivares inadequadas para as condiccedilotildees climaacuteticas da regiatildeo eou pela falta de

adoccedilatildeo de tecnologias modernas e teacutecnicas avanccediladas de produccedilatildeo

No Distrito Federal a produccedilatildeo cresceu 21 nos uacuteltimos 10 anos e hoje

representa 2 da produccedilatildeo nacional Por outro lado Satildeo Paulo que lidera o ranking

com 506 de toda a produccedilatildeo obteve crescimento de apenas 286 Jaacute a

produccedilatildeo do Paranaacute sofreu uma reduccedilatildeo de -291 neste mesmo periacuteodo poreacutem

manteve-se como quarto produtor nacional de abacate Os estados do Cearaacute e Rio

Grande do Sul tambeacutem reduziram sua produtividade nos uacuteltimos 10 anos

acompanhando a reduccedilatildeo nacional que reduziu -74

37

A variaccedilatildeo da produtividade de todas as variedades de abacate dos principais

estados produtores de abacate do Brasil eacute apresentada na TABELA 6 a seguir

TABELA 6 - Variaccedilatildeo (em) da produtividade (t) no Brasil em 10 anos

Elaborada pelo autor FONTE (IBGESIDRA)

VARIACcedilAtildeO () DA PRODUTIVIDADE (t) EM 10 ANOS

ESTADOANO 2005 2014 VARIACcedilAtildeO

PAIacuteS 146 164 123

SAtildeO PAULO 181 183 11

MINAS GERAIS 135 174 289

PARANAacute 149 17 141

RIO GRANDE DO SUL 13 119 -85

CEARAacute 106 73 -311

DISTRITO FEDERAL 218 235 78

De acordo com os dados do IBGE Satildeo Paulo eacute o maior produtor de abacate

do paiacutes Dentre as variedades mais produzidas no estado de Satildeo Paulo estatildeo

bdquoFortuna‟ bdquoGeada‟ bdquoQuintal‟ e bdquoMargarida‟ (DORIZZOTTO 2011)

Abaixo segue TABELA 11 contendo os nuacutemeros de plantas novas e o

nuacutemero de plantas em produccedilatildeo bem como a produccedilatildeo (caixas de 22Kg) no estado

de Satildeo Paulo ao longo de 15 anos

TABELA 7 - Quantidade de peacutes novos peacutes em produccedilatildeo e produccedilatildeo (cx 22kg)

no estado de Satildeo Paulo entre 2000 e 2015 Elaborada pelo autor FONTE

INSTITUTO DE ECONOMIA AGRIacuteCOLA

ANO PEacuteS

NOVOS PEacuteS EM

PRODUCcedilAtildeO

2000 4859400 66157100

2001 4617700 62883700

2002 4742500 55421300

2003 6095000 49740300

2004 5969500 48339500

2005 5131100 46596200

2006 5325600 45869000

2007 3412800 47668000

2008 5007100 40617400

2009 12068600 49971400

2010 8190000 53239000

38

2011 6904500 54780100

2012 7704100 51341600

2013 7002100 59149400

2014 8419800 60996100

2015 9040200 67073800

O graacutefico abaixo apresenta a curva da produtividade obtida a partir da relaccedilatildeo

feita entre a produccedilatildeo e a quantidade de peacutes em produccedilatildeo no estado de Satildeo Paulo

Figura 9 - Produtividade (kgplanta) no estado de Satildeo Paulo desde 2000 elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE ECONOMIA AGRIacuteCOLA

Os dados foram obtidos a partir da relaccedilatildeo feita entre a quantidade de planta

em produccedilatildeo e a quantidade de caixas de 22 Kg produzidas no estado de Satildeo Paulo

desde 2000 Esses dados revelam crescente aumento da produtividade ateacute o ano de

2010 onde a produtividade ultrapassou 168 Kgplanta Jaacute em relaccedilatildeo ao ano de

2011 a produtividade sofreu uma reduccedilatildeo de 10 Depois disso a curva de

produtividade continuou ascendente

A seguinte tabela apresenta a evoluccedilatildeo do preccedilo do abacate comercializado

na CEAGESP durante o ano no periacuteodo de nove anos

90

110

130

150

170

190

20

00

20

01

20

02

20

03

20

04

20

05

20

06

20

07

20

08

20

09

20

10

20

11

20

12

20

13

20

14

20

15

PRODUTIVIDADE DOS PEacuteS DE ABACATE (Kgplanta) EM SP

PRODUTIVIDADE

39

TABELA 8 - Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio (em R$Kg) do abacate FONTE

CEAGESP 2008

ANOMEcircS JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

2007 105 101 1 118 107 109 129 151 159 181 228 279

2008 119 081 084 097 102 11 122 137 149 208 296 326

2009 169 122 132 133 141 141 152 177 217 213 212 235

2010 17 161 165 154 151 151 164 173 202 262 406 316

2011 185 182 183 203 186 204 231 278 308 317 359 369

2012 207 155 151 141 153 164 192 218 242 268 429 485

2013 263 209 216 215 244 265 258 304 347 403 566 498

2014 228 206 231 239 198 2 256 267 301 305 403 538

2015 406 403 386 349 367 397 394 43 - - - -

O graacutefico a seguir resume o comportamento da quantidade de peacutes novos e

em produccedilatildeo no estado de Satildeo Paulo desde o ano 2000

Figura 10 - Evoluccedilatildeo do nuacutemeros de peacutes novos e em produccedilatildeo ao longo de 15 anos no estado de Satildeo Paulo elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE

ECONOMIA AGRIacuteCOLA

A produccedilatildeo (em caixas de 22 Kg) eacute demonstrada no graacutefico abaixo para esse

mesmo periacuteodo

000

10000000

20000000

30000000

40000000

50000000

60000000

70000000

80000000

20002002200420062008201020122014

EVOLUCcedilAtildeO DOS DADOS DO ABACATE EM SAtildeO PAULO

PEacuteS NOVOS

PEacuteS EM PRODUCcedilAtildeO

40

Figura 11 - Evoluccedilatildeo da produccedilatildeo de abacate em caixas de 22kg no estado de Satildeo Paulo em 15 anos elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE

ECONOMIA AGRIacuteCOLA

A sazonalidade do abacate comercial na CEAGESP em Satildeo Paulo

demonstram que o abacate pode ser comercializado praticamente todas as eacutepocas

do ano como apresentado pela tabela

TABELA 9 - Sazonalidade do abacate FONTE CEAGESP 2008

VARIEDADE JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

GEADA X X X X X

FORTUNA X X X X X X X

QUINTAL X X X X X X X

MARGARIDA X X X X X X X X X X

BREDA X X X X X X X X

HASS X X X X X X X X

O Estado de Minas Gerais eacute o segundo maior produtor nacional de abacate

participando do setor com 229 do total produzido A aacuterea no Estado destinada agrave

produccedilatildeo da fruta foi de 23 mil ha A produtividade do estado de Minas em 2012 foi

de 15881 (hgha) (PERFIL DA FRUTA) A produccedilatildeo de abacate no Distrito Federal

em 2013 foi de 3152 toneladas (IBGE) Em Minas a produccedilatildeo concentra-se nas

regiotildees Sul e Sudeste do estado (ALMEIDA 2013)

200000000

250000000

300000000

350000000

400000000

450000000

500000000

550000000

20002002200420062008201020122014

EVOLUCcedilAtildeO NA PRODUCcedilAtildeO DE ABACATE EM SAtildeO PAULO (22Kgcx)

PRODUCcedilAtildeO CX 22Kg

41

Em 2003 o Paranaacute foi o terceiro maior produtor nacional de abacate com uma

aacuterea de aproximadamente 1600ha onde se produziu 26 mil toneladas gerando uma

receita de cerca de R$ 85 milhotildees (HOHMANN amp MENEGUIM 2005)

De acordo com a relaccedilatildeo feita entre os dados de volume de abacate colhido e

de aacuterea destinada agrave produccedilatildeo do IBGESIDRA em 10 anos (2005 agrave 2014) o estado

que sofreu maior reduccedilatildeo da produtividade foi o estado do CEARAacute reduzindo em

31 aproximadamente enquanto que o estado de minas aumentou 289 sua

produtividade O DF apresentou os melhores niacuteveis de produtividade a partir desses

dados

AVOCADO NO BRASIL

A regiatildeo de Bauru em Satildeo Paulo especializou-se na produccedilatildeo dos abacates

‟Hass‟ e bdquoFuerte‟ conhecidos comercialmente como Avocado e satildeo os mais

apreciados pelo mercado internacional (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA

FRUTICULTURA 2008)

O Avocado variedades ‟Hass‟ e bdquoFuerte‟ possui excelentes caracteriacutesticas

nutricionais como por exemplo seu alto teor de lipiacutedeos Aleacutem disso o fruto possui

tamanho reduzido o que facilita o consumo evitando que parte natildeo consumida seja

armazenada Uma das possibilidades de se estimular o consumo interno seria

promover o produto a partir do uso de marketing setor no qual a empresa

JAGUACYR situada no municiacutepio de Bauru ndash SP tem se destacado fornecendo

informaccedilotildees nutricionais e apresentando o alto padratildeo de qualidade da fruta Outro

fator que reduz a oferta do produto no mercado interno eacute a demanda internacional

apesar de impor barreiras e exigirem alto padratildeo de qualidade o produto de

qualidade recebe os melhores preccedilos este fator tambeacutem limita o consumo interno

porque o preccedilo oferecido pelos importadores reflete no preccedilo interno

Outro ponto que deve ser observado para se manter qualidade elevada dos

frutos eacute a escolha adequada do ponto de colheita pois este fator reflete diretamente

no teor de oacuteleo dos frutos que por sua vez eacute responsaacutevel pela conservaccedilatildeo do

sabor Os melhores teores de oacuteleo encontram-se em frutos tardios como nas

variedades obtidas a partir das raccedilas Guatemalenses e Mexicana sendo maior nas

raccedilas Mexicana e menor em cultivares oriunda de raccedilas Guatemalenses como por

exemplo a bdquoHass‟

42

A exportaccedilatildeo brasileira do abacate bdquoHass‟ variedade mais produzida no

mundo era de 100 toneladas por ha em 2004 para 2186 toneladas em 2010

(DORIZZOTTO 2011) Contudo este dado representa apenas 143 do volume de

todo o abacate produzido no paiacutes nesta mesma data mesmo com seus atributos

nutricionais e comerciais

Quando se trata do segmento do mercado do Avocado brasileiro em acircmbito

global a empresa JAGUACYR situada no municiacutepio de Bauru ndash SP com sede na

Holanda eacute de extrema relevacircncia contribuindo com 90 das exportaccedilotildees brasileiras

deste produto com o qual o Brasil ainda comeccedila a participar poreacutem possui

condiccedilotildees favoraacuteveis para crescer no setor (CARVALHO 2015)

O graacutefico a seguir apresentado na Figura 2 demonstra a evoluccedilatildeo da

participaccedilatildeo do Avocado no setor de fruticultura no estado de Satildeo Paulo

Figura 12 - Elaborado pelo autor FONTE CEAGESPSEDES GABRIEL V BITENCOURT DE ALMEIDA

Como apresentado no graacutefico acima o volume de Avocado comercializado na

CEAGESP tem crescido rapidamente vertiginosamente chegando a quase

quadruplicar seu valor em apenas 7 anos

Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio de atacado (R$Kg) de Avocado na CEAGESP de

Satildeo Paulo durante o ano (SP) (Figura 3)

81 74 90

106 133

208

365 378

0

50

100

150

200

250

300

350

400

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

EVOLUCcedilAtildeO DA QUANTIDADE COMERCIALIZADA (T) DE AVOCADO NA CEAGESP DE SAtildeO PAULO (SP)

QUANTIDADE(toneladas)

43

Figura 13 - Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio do avocado na CEAGESP (R$Kg) Elaborado pelo autor FONTES CEAGESP

O graacutefico a seguir demonstra um comparativo da variaccedilatildeo do preccedilo meacutedio do

abacate em relaccedilatildeo ao Avocado durante o ano com base nos dados de nove anos

da CEAGESP (R$Kg)

Figura 14 - Comparativo do preccedilo meacutedio do abacate e do avocado comercializado na ceagesp durante o ano elaborado pelo autor FONTE

CEAGESP

A partir dos dados de 7 anos com a variaccedilatildeo do preccedilo meacutedio do Avocado por

quilo durante o ano pocircde-se observar que os menores valores encontram-se entre

maio e agosto A variaccedilatildeo de preccedilo meacutedio durante o ano chega a ser de R$ 581 o

quilo mais que o dobro entre o maior e menor valor meacutedio encontrado

O graacutefico com o comparativo do preccedilo do abacate com o Avocado (Figura 11)

revela a discrepacircncia da valorizaccedilatildeo entre os dois grupos O valor miacutenimo do

4

6

8

10

12

jan

fev

mar

abr

mai

jun jul

ago

set

ou

t

no

v

dez

EVOLUCcedilAtildeO DO PRECcedilO MEacuteDIO DO AVOCADO NA CEAGESP (R$Kg)

PRECcedilO MEacuteDIO

0

2

4

6

8

10

12

JAN

FEV

MA

R

AB

R

MA

I

JUN

JUL

AG

O

SET

OU

T

NO

V

DEZ

PRECcedilO AVOCADO

PRECcedilO DO ABACATE

44

Avocado eacute de R$ 554 por quilo enquanto que o maior valor encontrado do abacate

chega a R$ 381 uma diferenccedila de quase 50

O CEASA-DF registrou em 2014 um volume comercializado de 397 toneladas

de Avocado enquanto que no ano anterior o volume registrado natildeo passou de 07

toneladas (CEASA-DF)

Apesar de jaacute haver teacutecnicas eficientes e tecnologias modernas disponiacuteveis

para se aperfeiccediloar a produccedilatildeo do abacate a exploraccedilatildeo de novas regiotildees com

potencial produtor para a implantaccedilatildeo de pomares de abacateiro no Brasil eacute um dos

fatores que podem aumentar mais ainda a produccedilatildeo nacional No DF por exemplo

a aacuterea destinada agrave colheita do abacate sofreu uma reduccedilatildeo de mais da metade de

2012 para 2014 muito diferente da forma como havia se comportando desde 2000

quando a aacuterea passou de 85 ha para 111 em 2010 O DF representa apenas 2 da

produccedilatildeo nacional do abacate contudo sua produtividade vem aumentando e de

acordo com os dados do IBGE o DF possui os melhores iacutendices de produtividade do

paiacutes o que pode representar forte potencial da regiatildeo no setor Este fato corrobora

com a ideia de que o Brasil pode aproveitar melhor sua extensatildeo territorial

explorando regiotildees com potencial produtor como o DF por exemplo

CERTIFICACcedilAtildeO

CARVALHO (2015) afirma que para participar do mercado internacional os

produtores devem se atentar agraves exigecircncias internacionais de qualidade e seguranccedila

garantidas por meio de certificaccedilatildeo como GlobalGapR BRCR BRCIR FAIRDRADER

e SEDEX-SMETAR Outro ponto que deve ser adotado pelo Brasil no comeacutercio do

Avocado eacute manter um mercado com preccedilo linear e contiacutenuo Ainda segundo

CARVALHO (2015) produtores que natildeo possuem certificaccedilatildeo no GlobalgapR

recebem menos 10

PRECcedilO PAGO PELA JAGUACYR AO PRODUTOR COM GLOBALGAPR

TABELA 10 - (CARVALHO 2015)

CAT CALIBRE MAR ABR MAI JUN

1 12 A 24 315 322 205 205

2 26 A 32 131 129 130 130

2 12 A 24 284 350 187 187

45

Para o consumidor final o selo GLOBALGAPR natildeo eacute tatildeo notado pois o uso

desta marca eacute praticado entre empresas Contudo sua em sua elaboraccedilatildeo

considerou-se a reduccedilatildeo dos impactos negativos das operaccedilotildees agriacutecolas no meio

ambiente reduzir o uso de insumos quiacutemicos e garantir que assuntos de sauacutede e

seguranccedila dos empregados e bem estar animal sejam observados (GLOBALGAPR

2008)

A GLOBALGAPR serve como um manual no comeacutercio mundial de produtos

agriacutecolas estabelecendo normas voluntaacuterias para sua certificaccedilatildeo Este conjunto de

normas estabelece serve de molde para a conduccedilatildeo de boas praacuteticas agriacutecolas

(BPA) nas atividades agriacutecolas (GLOBALGAPR 2008)

Um dos pontos positivos em se adotar os protocolos de boas praacuteticas

agriacutecolas eacute a prevenccedilatildeo de perdas Pesquisas feitas no setor da fruticultura

concluem que maior parte do desperdiacutecio ocorre no percurso que vai do manuseio

no campo ateacute as centrais de produccedilatildeo (AGRIANUAL 2012) Os iacutendices de perdas da

abaticultura chegam a 34 ao ano (AGRIANUAL 2015)

Eacute de extrema importacircncia desenvolver soacutelidos e eficientes sistemas de

certificaccedilatildeo a fim de assegurar qualidade que atenda as expectativas dos

consumidores permitindo que as empresas ingressem nos mercados globais com

seus produtos (ZEIDAN et al 2008)

A difusatildeo de praacuteticas recomendadas para a obtenccedilatildeo da certificaccedilatildeo

GLOBALGAPR por parte dos produtores de abacate principalmente as variedades

bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ pode estimular o consumo interno por meio da oferta de produtos

de maior qualidade aleacutem de reduzindo perdas e promover o produto no comeacutercio

internacional da fruta Fazendo com que o potencial produtor seja aproveitado ao

maacuteximo uma vez que seguir os protocolos de boas praacuteticas agriacutecolas represente a

reduccedilatildeo de perdas no processo de produccedilatildeo de colheita e de transporte seja por

meio da reduccedilatildeo da incidecircncia de pragas ou por adoccedilatildeo de teacutecnicas e evitem perdas

na conduccedilatildeo da produccedilatildeo dos pomares de abacate

CONCLUSOtildeES

A produccedilatildeo de Avocado cultivares bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ superiores em vaacuterios

aspectos agraves cultivares mais populares no paiacutes tem condiccedilotildees de se desenvolver

amplamente no Brasil tornando-o grande consumidor e exportador da fruta Essa

46

mudanccedila pode ocorrer por meio de incentivos governamentais que incentivem o

registro de produtos para a cultura do abacateiro favorecendo a obtenccedilatildeo de

certificaccedilatildeo bem como o desenvolvimento de centros de pesquisas que

desenvolvam estudos sobre a cultura do abacateiro que promovam a difusatildeo de

tecnologia e com isso estimule a utilizaccedilatildeo de novas aacutereas com potencial produtivo

A transferecircncia de tecnologia tambeacutem pode ser feita por parte de empresas da aacuterea

privada que possuem domiacutenio de teacutecnicas e tecnologias modernas principalmente

por meio da popularizaccedilatildeo da produccedilatildeo de mudas clonais para porta-enxerto Aleacutem

disso devem ser feitas accedilotildees por parte de instituiccedilotildees privadas como o

desenvolvimento do marketing da fruta a fim de divulgar os benefiacutecios do consumo

e a exposiccedilatildeo de novas formas de consumo de abacate pode ser crucial para a

mudanccedila do comportamento do consumidor nacional uma vez que este se atenta

principalmente aos aspectos visuais do abacate

Na poacutes-colheita o controle sobre os processos de maturaccedilatildeo poderia ser

mais bem aproveitado No Brasil a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas de conservaccedilatildeo no poacutes-

colheita de frutas objetiva na maioria das vezes estender o tempo de prateleira

destes produtos Para se aproveitar os elevados preccedilos ofertados em determinadas

eacutepocas os produtores colhem os frutos antes do recomendado para a fruta do

abacateiro o que reduz sua qualidade pois a eacutepoca da colheita influencia

diretamente no teor de oacuteleo fator altamente relacionado com o sabor da fruta Por

outro lado a aceleraccedilatildeo do processo de maturaccedilatildeo por meio do controle de

maturaccedilatildeo permite fornecimento de frutos maduros prontos para o consumo

estimulando assim o consumo no paiacutes Com a entrega regular de frutos maduros

nos supermercados e restaurantes novas formas de consumo da fruta como patecircs

e em saladas poderiam ser facilmente introduzidas no cardaacutepio nacional

47

BIBLIOGRAFIA

ALMEIDA G V B Mercado Atacadista de Abacate e Avocado (CEAGESP) III

Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado Bauru 2015

ALMEIDA G V B O Abacate no mundo e na CEAGESP Todafruta notiacutecia 2011

DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwtodafrutacombrnoticia28119O+ABACATE+NO+MUNDO+NO+BRASIL

+E+NA+CEAGESP gt

ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA FRUTICULTURA 2004 a 2015 DISPONIacuteVEL EM

httpwwwgrupogazcombrtratadaseo_edicao420150320150301_106c8c2f1pdf

4718_2015fruticulturapdfgt

BIODIESELBR DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwbiodieselbrcomnoticiasmateria-

primaoutrasvideo-unesp-transforma-oleo-abacate-biodiesel-060313htm gt

BONELLA J A Classificaccedilatildeo de abacates na CEAGESP Joseacute Alcides Bonella ME

2013

BRUWER T ROOYEN Z VAN PERFORMANCE AND MARKET ACCEPTIBILITY

OF THE HASS-LIKE CULTIVARS GEM AND HARVEST IN SOUTH AFRICA Vi

World Avocado Congress (Actas VI Confreso Mundial del Aguacate) 2007 Vintildea Del

Mar Chile 12 ndash 16 nov 2007 ISBN n 978-956-17-0413-8 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwAvocadosourcecomWAC6enExtenso1b-36pdf gt

CAMPOS J A Cultura racional do abacateiro Satildeo Paulo Iacutecone 1988 150 p

CANTUAacuteRIAS-AVILEacuteS T SILVA S R La induacutestria del aguacate em el Estado de

Satildeo Paulo Brasil actualidad y perspectivas futuras In CONGRESO MUNDIAL DEL

AGUACATE 7 2011 Caims Resuacutemenes Caims Avocado Australia 2011

48

CORREIA R C ARAUJO J L P MOUCO M A do C BRAGA C A

MENDONCcedilA R F de Abacate preferecircncias e mercado CONGRESSO

BRASILEIRO DE FRUTICULTURA 21 2010 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwalicecnptiaembrapabralicebitstreamdoc8700181Moucopdf gt

CARVALHO L F Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado realizaccedilatildeo Jaguacy

Sindicato Rural de Bauru Serviccedilo Nacional de Aprendizagem Rural - SENAR

Faculdades Integradas de Bauru ndash SP 2015

CHITARRA M I F CHITARA A B 2005 Poacutes colheita de frutos e hortaliccedilas

Fiiologia e Manuseio Lavras ESALFAEPE

CRANE J H BALERDI C F MAGUIRE I Avocado Growing in the Florida Home

Landscape University of Florida Circular 1034 one of a series of the Horticultural

Sciences Department Florida Cooperative Extension Service Institute of Food and

Agricultural Sciences University of Florida 1983 Revised 2007

CRIZEL G R MOURA R S OLIVEIRA I R MENDONCcedilA C R B

Caracteriacutesticas fiacutesicas e quiacutemicas de abacates das variedades bdquoQuintal‟ e bdquoHass‟ In

CONGRESSO DE INICIACcedilAtildeO CIENTIacuteFICA 17 ENCONTRO DE POacuteS-

GRADUACcedilAtildeO 10 2008 Pelotas Resumos Pelotas UFPEL 2008

DAIUTO E R VIEITES R L TREMOCOLDI M A RUSSO V C Taxa

respiratoacuteria de abacate bdquoHass‟ submetido a diferentes tratamentos fiacutesicos Revista

Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha Meacutexico v 10 n 2 p 101-109

2010

DAIUTO E R TREMOCOLDI M A VIEITES R L Conservaccedilatildeo poacutes colheita de

abacate bdquoHass‟ irradiado Revista Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha vol

10 n 2 2010

DONADIO L C Abacate para exportaccedilatildeo aspectos teacutecnicos da produccedilatildeo

Brasiacutelia Frupex MAPA 1995 53 p

49

DONADIO L C FERRARI L AVILEacuteS T C Abacate In DONADIO L C (Ed)

Histoacuteria da Fruticultura Paulista Jaboticabal SBF ndash Sociedade Brasileira de

Fruticultura 2010 P 33-63

DORIZZOTTO C D A SAMPAIO A C ICUMA I M et al Avocado production

chain in the state of Satildeo Paulo (Brazil) In Proceedings VII World Avocado Congress

2011 Cairns Anaishellip Cairns Internacional Avocado Society 2011 DISPONIacuteVEL

EM lt

httpworldAvocadocongress2011comuserfilesfileOsvaldo20Kioshi20Yamanis

hi201400-1420pdf gt

ERNST Z R ERNST A A The strategic role of new cultivars A case study of

bdquoMaluma‟ VIII Congreso Mundial de la Palta 2015 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwavocadosourcecomWAC8Section_02EarnstZander2015pdf gt

FACTFISH Avocados production quantity (tons) ndash for all countries DISPONIacuteVEL

EM lt httpwwwfactfishcomstatisticAvocados20production20quantity gt

FAOSTAT 2000 a 2013 DISPONIacuteVEL EM lt httpfaostat3faoorgbrowseTTPE gt

FER B WOLSTENHOLME B N (Ed) The Avocado botany production and

uses Oxon CABI Publ 2002 chap 12 p 299-338

FRANCISCO V L F dos S BAPTISTELLA C S L CULTURA DO ABACATE NO

ESTADO DE SAtildeO PAULO Informaccedilotildees Econocircmicas SP v 35 n5 2005

DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwieaspgovbroutpublicacoespdftec3-0505pdf gt

GAYET J P et al 1995 Abacate para exportaccedilatildeo procedimentos de colheita e

poacutes-colheita FRUPEX Brasiacutelia 37p

GIRARDI G Abacate uma nova opccedilatildeo de biocombustiacutevel Jornal UNESP Bauru

2009 DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwunespbracijornal248energia_bauruphp gt

50

GUEDES M S B SENA M TOLEDO S Certificaccedilatildeo como estrateacutegia competitiva

internacional dos produtores de frutas no Brasil VII Encontro da Sociedade

Brasileira de Economia Ecoloacutegica (ECO-ECO) 28 a 30 de novembro de 2007

Fortaleza Cearaacute

HODDLE M The Avocado Seed Moth Stenoma cateniver Walsingham (Lepdoptera

Elachistidae) Department of Entomology Applied Biological Control Research

DISPONIacuteVEL EM lt httpbiocontrolucredustenomastenomahtml gt

HOHMANN C L MENEGUIM A M A BROCA-DO-ABACATE (Stenoma catenifer)

Aspectos bioloacutegicos comportamento danos e manejo Instituto Agronocircmico do

Paranaacute ndash Londrina ndashPR Informe da Pesquisa n 147 2005

HOHMANN C L MENEGUIM A M Observaccedilotildees preliminares sobre a ocorrecircncia

da broca-do-abacate Stenoma catenifer Wals no Estado do Paranaacute Anais da

Sociedade Entomoloacutegica do Brasil v 22 p 417-419 1993

ILLSLEY-GRANICH C‟Hass‟Carmenrega precocious flowering avocado tree

Agrovim AS de CV Uruapan Michocan Mexico Rob Brokaw Brokaw Nursery Inc

Saticoy California USA Dr Salvador Ochoa-Ascencio University of Michoacan

Uruapan Michoacan Mexico 2011 DISPONIacuteVEL EM lt

httpworldavocadocongress2011comuserfilesfileCarlos20Illsley201410-

1430pdf gt

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA ESTATIacuteSTICA (IBGE) IBGE CIDADES

DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwcidadesibgegovbrcartogramamapaphplang=ampcoduf=53ampcodmun=53

0010ampidtema=136ampcodv=v01ampsearch=distrito-federal|brasilia|sintese-das-

informacoes-2013 gt

KADER A A 1992 Postharvest technology of horticultural crops Okland Univertisy

of California 292p

51

KADER A A ARPIA M L Avocado Recommendations for Maintaining

Postharvest Quality 2013

KADER A A Biologiacutea y Tecnologiacutea Postcosecha un Panorama In KADER A A

Tecnologiacutea Postcosecha de Cultivos Hortofrutiacutecolas 3 Ed Davis University Of

Califoacuternia 2007 Cap 4 p 43-53

KLUGE R A et al Inibiccedilatildeo do amadurecimento de abacate com 1-

metilciclopropeno Pesquisa Agropecuaacuteria Brasileira 37(7)895-901

KOOLER O C Abacaticultura Porto Alegre UFRGS 1992 138p

KOOLER O C ABACATICULTURA Porto Alegre UFRGS 1984 138p

KOLLER O C Abacate produccedilatildeo de mudas instalaccedilatildeo e manejo de pomares

colheita e poacutes-colheita Porto Alegre Cinco Continentes 2002 145 p

KREMER-KOumlHNE S KOumlHNE J S 25 YEARS OF AVOCADO ROOTSTOCK

DEVELOPMENT IN SOUTH AFRICA VI World Avocado Congress Chile 2007

DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwavocadosourcecomWAC6enExtenso1a-8pdf gt

LIPPERT C ALLAMAND M (WESTFALIASUBSOLE) A hystory of

collaboration Rev Subsole Santiago 2007

MAIS NATUREZA ABACATEIRO DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwmaisnaturezacomplantasarvoresabacateiro gt

MARANCA G Fruticultura comercial Manga e Abacate Satildeo Paulo Nobel 1980

p 81-133

MASSAFERA G COSTA T M B OLIVEIRA J E D COMPOSICcedilAtildeO DE AacuteCIDOS

GRAXOS DO OacuteLEO DO MESOCARPO E DA SEMENTE DE CULTIVARES DE

ABACATE (Persea americana MILL) DA REGIAtildeO DE RIBEIRAtildeO PRETO SP)

52

Alim Nutr Araraquara V 21 n 2 p 325-331 abrjun 2010 DISPONIacuteVEL EM lt

http20014571150seerindexphpalimentosarticleview940a20v21n2pdf gt

MDIC Negociaccedilotildees internacionais DISPONIacuteVEL EM

httpwwwdesenvolvimentogovbrsitiosecexnegInternacionaisMedTerrorismoLei

ph p gt

MICKELBART M V BENDER G S WITNEY G W ADAMS C ARPAIA M L

Effects of clonal rootstocks on bdquoHass‟ avocado yield components alternate bearing

and nutrition Journal of Horticultural Schience amp Biotechnology Ashford v 82

n 3 p 460-466 2007

MILLER B BERTELS R PADILLA T WILEMAN R THOMSEN L China the

new frontier VIII World Avocado Congress 2015

MONTENEGRO H W S A cultura do abacateiro Satildeo Paulo Melhoramentos

1951 102p (Criaccedilatildeo e Lavoura n 11)

MORAES A F G Desenvolvimento produccedilatildeo e qualidade de frutos de abacateiro

cv bdquoHass‟ sobre dois porta-enxertos nas condiccedilotildees edafoclimaacuteticas da regiatildeo central

do Estado de Satildeo Paulo Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Ciecircncias Piracicaba 2014

NAAMANI G Global Trends in main Avocado Markets VII World Avocado

Congress Australia 2011

NAVA DE DE LARA HADDAD M PARRA JRP 2005 Exigecircncias teacutermicas

estimativa do nuacutemero de geroccedilotildees de Stenoma catenifer e comprovaccedilatildeo de modelo

em campo Pesq Agropec Bras Brasilia v 40 p 961-967

NAVA DE PARRA JRP COSTA VA GUERRA TM COcircNSOLI FL (2005b)

Population dynamics of Stenoma catenifer(Lepidoptera Elachistidae) and related

larval parasitoids in Minas Gerais Brazil Florida Entomologistv 88p 441-446

53

NOVAGRIM ndash FRESH FRUITS IMPORTER amp VEGETABLE SUPPLIER SINCE

1999 2001-2013 WORLD AVOCADO PRODUCTION DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwnovagrimcomPages2000_2011_Avocado_statistics_ENaspx gt

OLIVEIRA LA A importacircncia das Normas Internacionais para o Comeacutercio da

Fruticultura Brasileira Piracicaba Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Economia Escola

Superior de Agricultura ldquoLuiz de Queirozrdquo Universidade de Satildeo Paulo Piracicaba

2005

OLIVEIRA M A de et al 2000 Ceras para conservaccedilatildeo poacutes colheita de frutos de

abacateiro cultivar Fuerte armazenados em temperatura ambiente Scientia Agriacutecola

Piracicaba 57 (4) 777-780

PASSONI A D NEVES M C M RODRIGUES B B BOTEON M Anaacutelise dos

principais entraves na exportaccedilatildeo de frutas brasileiras CENTRO DE ESTUDOS

AVANCcedilADOS EM ECONOMIA APLICADA (CEPEAESALQ-USP) XLIV

CONGRESSO DA SOBER ndash ldquoQuestotildees Agraacuterias Educaccedilatildeo no Campo e

Desenvolvimentordquo Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia Rural Fortaleza

2006

PEGG K G COATES L M KORSTEN L HARDING R M Foliar fruit and

soilborne diseases In WHILEY A W SCHAF

PERFIL DA FRUTICULTURA 2014 Base de dados 2012 a 2013 Governo de Minas

Gerais Agricultura Pecuaacuteria e Abastecimento 2014

PICCININ E PASCHOLATI S F ldquoDOENCcedilAS DO ABACATEIRO‟ em MANUAL DE

FITOPATOLOGIA Vol 2 Doenccedilas das Plantas Cultivadas Editora Agronocircmica

Ceres Ltda Satildeo Paulo 1997 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwifcursoscombrsistemaadminarquivos07-33-29-

manualfitopatologiapdfpage=10 gt

54

PUTT F F GOacuteES B C CATANEO P F Anaacutelise econocircmica de oferta e demanda

do abacate na alta paulista X Foacuterum Ambiental da Alta Paulista v 10 n 7 2014

pp 158-169

ROCHA I L Nuacutemeros do abacate HORTIESCOLHA Instituto Brasileiro de

Qualidade em Horticultura DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwhortibrasilorgbrjnwindexphpoption=com_contentampview=articleampid=120

9numeros-do-abacate-ampcatid=50comercializacaoampItemid=82 gt

SANTO N T Manejo da vegetaccedilatildeo intercalar para obtenccedilatildeo de cobertura morta na

cultura do abacateiro visando minimizar os danos causados por Phytophthora

cinnamomi Dissertaccedilatildeo de mestrado em Fitotecnia Piracicaba 2014

SCHAFFER B WOLSTENJOLME B N WHILEY A W The avocado botany

production and uses 560 p 2012 DISPONIacuteVEL EM lt

httpsbooksgooglecombrbooksid=r0hpRJca3zECamppg=PA83amplpg=PA83ampdq=Th

e+Avocado+botany+production+and+uses+hass-

likeampsource=blampots=oqc5OBsbmVampsig=5gDWWPIMYRBW9cH3yYuWh-ldd-8amphl=pt-

BRampsa=Xampved=0ahUKEwj_yPbgsoTKAhUGDpAKHZTrCWEQ6AEIPDADv=onepag

eampqampf=false gt

SCIENCIA I Certificaccedilatildeo GLOBALGAP e impactos ambientais em agroinduacutestrias de

alimentos Dissertaccedilatildeo de Poacutes-Graduaccedilatildeo Araraquara SP 2010 lt

mlthttpwwwecoecoorgbrconteudopublicacoesencontrosvii_envii_enc_ecohtm

gt

SIMAtildeO S Manual de Fruticultura Satildeo Paulo Editora Agronocircmica Ceres 1971

530p p 147-169

SINGER P MASON J Eacutetica da alimentaccedilatildeo como nossos haacutebitos alimentares

influenciam o meio ambiente e o nosso bem estar Rio de Janeiro Elsevier 2007

SOARES H F ITO M K O AacuteCIDO GRAXO MONOINSATURADO DO ABACATE

NO CONTROLE DE DISLIPIDEMIAS Ver Ciecircnc Meacuted Campinas P 47-51 2000

55

DISPONIacuteVEL EM lt httpperiodicospuc-

campinasedubrseerindexphpcienciasmedicasarticleviewFile13301304 gt

TEIXEIRA C G Cultura In ITAL ndash INSTITUTO DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS

(Campinas) Abacate Cultura mateacuteria-prima processamento e aspectos

econocircmicos 2 Ed Campinas Instituto Campineiro de Ensino Agriacutecola 1995 Cap 1

p 1-54 (Frutas Tropicais)

TEIXEIRA C G Cultura do abacate In TEIXEIRA C G et al ABACATE cultura

mateacuteria prima processamento e aspectos econocircmicos 2deg ed Seacuterie Fruas Tropicais

ndeg8 ITAL Campinas 1991 250p

WATANABE H S Caracteriacutesticas de cultivares de abacate CEAGESPS ndash

Companhia de Entrepostos e Armazeacutens Gerais de Satildeo Paulo 2013

WOLFENBARGER D O COLBURN B The Stenoma catenifer a serious Avocado

pest Proceedings of Florida State Horticulture Society v 92 p 315-318 1979

ZEIDAN R SEIXAS P ABRANCHES L COSTA D MEIRELLES F Certificaccedilatildeo

na cadeia produtiva de alimentos e as barreiras teacutecnicas agrave exportaccedilatildeo Simpoacutesio de

excelecircncia e gestatildeo e tecnologia ndash SEGeT 2008 Resende

Page 27: EVOLUÇÃO DA PRODUÇÃO MUNDIAL E NACIONAL …...RESUMO O abacateiro, Persea americana, é uma cultura muito importante em vários países, devido ao volume comercializado da fruta

27

Figura 2 Produccedilatildeo mundial do abacate (em t) elaborado pelo autor FONTE NOVAGRIM adaptado com dados da FAO

Os paiacuteses produtores de abacate satildeo representados no mapa abaixo onde a

intensidade da coloraccedilatildeo vermelha representa o volume de abacate produzido no

paiacutes quanto mais intenso maior o volume produzido como estaacute destacado o

Meacutexico maior produtor mundial participando com aproximadamente 31 12 de toda

a produccedilatildeo mundial da fruta

Figura 3 - Paiacuteses produtores de abacate ao redor do mundo FONTE FACTFISH

100000

300000

500000

700000

900000

1100000

1300000

1500000

1700000

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013

PRODUCcedilAtildeO MUNDIAL DE ABACATE

MEacuteXICO

INDONEacuteSIA

REP DOM

COLOcircMBIA

BRASIL

EUA

CHILE

PERU

CHINA

28

Em 2004 o maior produtor mundial de abacate foi o Meacutexico participando com

307 de todo o volume produzido mundialmente com cerca de 987000 t Em

segundo lugar poreacutem muito atraacutes com um volume de 221774 t segue a Indoneacutesia

representando apenas 689 Na terceira posiccedilatildeo Repuacuteblica Dominicana 68 e

218790 t e em quarto produzindo 170985 t estava a Colocircmbia com 53

De acordo com os dados de 2013 o Meacutexico continuou liderando o setor

participando com 3112 do total produzido agora com um volume de 1467837 t

Em segundo lugar a Repuacuteblica Dominicana com 821 Colocircmbia 643 e Peru

611 em ordem decrescente (FAOSTAT) Nos uacuteltimos 10 anos a Repuacuteblica

Dominicana saltou para o segundo lugar graccedilas a um aumento de 771 em sua

produccedilatildeo Neste sentido a Colocircmbia alcanccedila a posiccedilatildeo de 3deg colocado devido ao

aumento similar ao da Repuacuteblica Dominicana (774)

O Peru foi o paiacutes que obteve maior destaque pois saiu da oitava posiccedilatildeo

participando com apenas 337 da produccedilatildeo mundial o que representava um

volume de 108460 t em 2004 para a quarta posiccedilatildeo no ranking mundial em 2013

com 611 quando produziu 288387 t a sua participaccedilatildeo no mercado mundial

quase que dobrou nesse periacuteodo O aumento da produccedilatildeo mundial foi de 467

enquanto que o aumento do volume de abacate produzido no Peru foi de 1659

Segundo CARVALHO (2015) a formaccedilatildeo de associaccedilotildees como a PROHASS que

investe no desenvolvimento de tecnologia e marketing para estimular inclusive o

consumo interno podendo ateacute ser um exportador para o Brasil

Aos poucos a China vem participando do mercado do abacate A populaccedilatildeo

do paiacutes ultrapassa 15 bilhotildees de pessoas em algumas aacutereas metropolitanas a

populaccedilatildeo vai de 12 a 45 milhotildees de habitantes Em 2000 a classe meacutedia da China

representava 4 da populaccedilatildeo e hoje chega a 66 Os gastos com alimentaccedilatildeo

tambeacutem acompanham essa mudanccedila de comportamento pois existe nesta classe a

procura por alimentos mais saudaacuteveis Esses fatores tecircm estimulado uma mudanccedila

no consumo de abacate em toda a China (MILLER et al 2015)

Quanto agrave produccedilatildeo do Brasil no Ranking global ocorreu justamente o

contraacuterio o paiacutes saiu da quinta posiccedilatildeo para a oitava ao reduzir 765 da produccedilatildeo

que era de 170895 t em 2004 para 157428 t em 2013 Em 2011 o abacate ficou na

17deg posiccedilatildeo no ranking da produccedilatildeo nacional da fruta ocupando apenas 03 do

montante da produccedilatildeo de frutas frescas muito atraacutes das principais culturas

29

produzidas como a laranja mais produzida participando com 416 do setor

Banana segunda mais importante com 154 e Melancia com 46 em quarto

(IBGEPAM 2011)

O volume de abacate fresco brasileiro exportado foi de 4313 t em 2013 para

5806 toneladas em 2014 resultando num aumento de mais de 37 na receita com

este setor que em 2014 foi de mais de nove milhotildees e meio de doacutelares

(AGRIANUAL 2015)

O graacutefico abaixo apresenta o comportamento do volume em toneladas de

abacate exportado pelos paiacuteses que participam do setor

Figura 4 Volume de abacate (t) exportado pelos paiacuteses exportadores da fruta Elaborado pelo autor FONTE FAO

Em 2013 Meacutexico liderou o setor de exportaccedilatildeo do abacate com um volume

de 563492 toneladas cerca 463 do total exportado no mundo Em segundo lugar

a Holanda com 99 A Holanda eacute um grande importador contudo o paiacutes reexporta

grande parte do volume comprado O Peru merece destaque pois saiu de um

volume exportado de 2209 t (06) em 2000 para 114515 t em 2013 ocupando

94 do volume de abacate exportado o que lhe conferiu a 3deg posiccedilatildeo no ranking

global Em quarto lugar o Chile com 73

A figura a seguir apresenta o comportamento dos principais importadores de

abacate do mundo em 14 anos

0

100000

200000

300000

400000

500000

600000

20002001200220032004200520062007200820092010201120122013

EVOLUCcedilAtildeO DA EXPORTACcedilAtildeO MUNDIAL EM t

MEacuteXICO

CHILE

ESPANHA

AacuteFRICA DO SUL

ISRAEL

HOLANDA

PERU

30

Figura 5 Evoluccedilatildeo do volume (t) importado pelos principais paiacuteses importadores de abacate ELABORADA PELO AUTOR FONTE FAOSTAT

Os principais importadores de fruta como por exemplo o europeu e o norte

americano exigem um padratildeo de qualidade que observem as demandas impostas

pelos consumidores com relaccedilatildeo agrave seguranccedila alimentar e tambeacutem agraves exigecircncias

para certificaccedilatildeo do produto levando em consideraccedilatildeo aspectos ambientais e

sociais aleacutem do local de produccedilatildeo Desta forma produtores de fruta destinadas agrave

exportaccedilatildeo precisaram adaptar suas lavouras para atender agraves exigecircncias dos mais

importantes selos internacionais como o EureGapR e o TNCR (OLIVEIRA 2005) O

maior importador de abacate do mundo satildeo os Estados Unidos (ROCHA 2014)

O volume de abacate importado ao redor do mundo vem crescendo na uacuteltima

deacutecada Os Estados Unidos lideram o montante desde 2007 mais ainda que toda a

Uniatildeo Europeia o volume importado pelo paiacutes cresceu cerca de sete vezes entre

2000 e 2013 Em segundo lugar a Uniatildeo Europeia importando quase 23 menos

A Holanda tambeacutem cresceu muito e hoje ocupa a terceira colocaccedilatildeo no ranking O

Japatildeo e o Canadaacute tiveram consideraacutevel crescimento contudo mantiveram-se na 5deg

e 6deg posiccedilatildeo durante esse periacuteodo

Nos EUA a demanda cresce mais acelerado do que a oferta segundo

CARVALHO (2015) a demanda cresce 12 ao ano enquanto a produccedilatildeo cresce

apenas 4 O paiacutes possui uma poliacutetica de retornar parte dos lucros oriundos da

-

100000

200000

300000

400000

500000

600000

700000

IMPORTACcedilAtildeO DE ABACATE NO MUNDO EM t

EUA

UE

HOLANDA

FRANCcedilA

CANADAacute

REINO UNIDO

31

comercializaccedilatildeo do Avocado no paiacutes com a elaboraccedilatildeo de marketing e o

desenvolvimento de pesquisas que incentivem o aumento do consumo interno

promovendo alimentos como por exemplo o GUACAMOLE alimento muito popular

no paiacutes

Em 2002 os EUA impunham a Lei do Bioterrorismo exigindo que as

empresas que produzem processem armazenem ou processem alimentos voltados

ao consumo humano ou animal devem cumprir normas para comercializar seus

produtos voltados ao consumo humano ou animal precisam cumprir normas para

comercializar seus produtos nos Estados Unidos Eacute necessaacuterio que essas mesmas

empresas possuam registro junto ao governo norte-americano atualizando estas

informaccedilotildees e comunicarem agraves autoridades a chegada de novos carregamentos

alimentares O natildeo cumprimento dessas exigecircncias acarreta na proibiccedilatildeo do

ingresso da carga e possiacutevel retenccedilatildeo da mercadoria com multa para o responsaacutevel

pelo carregamento (MDIC 2006)

Os principais compradores de abacate ‟Hass‟ satildeo os Estados Unidos (20 a

50) UE AUS e o Meacutexico maior produtor e exportador do Avocado participando

com 20 do mercado de Avocado (CARVALHO 2015)

O Brasil participa com apenas 031 do mercado internacional exportando

para o Canadaacute e Holanda CARVALHO (2015) comenta que o Brasil natildeo aproveita

seu potencial de se tornar grande produtor e exportador de Avocado o paiacutes possui

extensa aacuterea e clima variado entre outros fatores que favorecem a produccedilatildeo de

Avocado contudo a produccedilatildeo ainda eacute muito pequena quando comparado com

outros paiacuteses que participam do mercado internacional da fruta

Quanto agrave contribuiccedilatildeo do desenvolvimento de programas de melhoramento

geneacutetico para a consolidaccedilatildeo do Brasil como grande produtor mundial de abacate a

utilizaccedilatildeo de cultivares de bdquoHass-like‟ representa uma excelente opccedilatildeo para

aumentar a safra da cultura no paiacutes devido agrave caracteriacutestica que esta variedade tem

de antecipar a florada ampliando desta forma a janela de produccedilatildeo e aumentando

a competitividade do paiacutes em relaccedilatildeo a outros paiacuteses exportadores da fruta

O graacutefico a seguir ilustra o comportamento das exportaccedilotildees e importaccedilotildees

Brasileiras em 14 anos

32

Figura 6 - Evoluccedilatildeo da exportaccedilatildeo e importaccedilatildeo do abacate (em t) no Brasil em 14 anos Elaborado pelo autor FONTE FAO

Alguns dos principais concorrentes do Brasil tratando-se da exportaccedilatildeo do

Avocado satildeo Aacutefrica do Sul com 3 das exportaccedilotildees Chile com 7 e Peru

representando 10 do mercado internacional de Avocado A safra do Chile ocorre

em eacutepoca proacutexima a do Brasil comeccedilando em agosto e terminando em fevereiro

(CARVALHO 2015) A Boliacutevia apesar de participar com apenas 012 do volume

exportado tem a vantagem de possibilidade de produccedilatildeo o ano todo

O elevado padratildeo de qualidade dos produtos eacute sem duacutevida um fator que

pode fazer com que o Brasil se estabeleccedila no mercado mundial de abacate Esta

praacutetica tem qualificado a Aacutefrica do Sul como um dos principais fornecedores para

paiacuteses da Europa a partir do intenso trabalho desenvolvido pela empresa sem fins

lucrativos WESTFALIA situada no municiacutepio de Limpopo por meio de investimentos

em tecnologia

A tabela a seguir apresenta o periacuteodo do ano em que cada paiacutes exportador de

abacate embarca seus produtos ao redor do mundo

0

500

1000

1500

2000

2500

3000

3500

4000

4500

5000

EXPORTACcedilAtildeO

IMPORTACcedilAtildeO

33

TABELA 3 - Janela de exportaccedilatildeo dos paiacuteses exportadores de abacate

adaptada FONTE WESTFALIASUBSOLE

CALENDAacuteRIO DE EXPORTACcedilAtildeO DE ABACATE lsquoHASSrsquo

jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

BRASIL X X X X X X X X

ARGENTINA X X X

EUA X X X X X X X X X X X X

CHILE X X X X X X X X X X

AFRICA DO SUL X X X X X X X

REP DOMINICANA X X X X X

ISRAEL X X X X X X

PERU X X X X X X X

NOVA ZELAcircNDIA X X X

MEacuteXICO X X X X X X X X X X X X

ESPANHA X X X X X X X

QUEcircNIA X X X X X

AUSTRAacuteLIA X X X X X X X

Os principais destinos do abacate ‟Hass‟ exportado pelo Brasil satildeo Espanha

Itaacutelia Holanda Alemanha e Dinamarca O material exportado segue de navio do

porto de Santos a uma temperatura de 5degC levando ateacute 16 dias no maacuteximo ateacute os

destinos Esse material exportado pelo Brasil possui os certificados GlobalGapR ndash

BRCR ndash BSCIR ndash SedexR ndash SmetaR

Os graacuteficos a seguir apresentam informaccedilotildees sobre a evoluccedilatildeo do da

exportaccedilatildeo do abacate feitos a partir de informaccedilotildees apresentadas no Anuaacuterio

Brasileiro de fruticultura (2004 a 2015) obtidos a partir de dados do Instituto

Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica

34

Figura 7 - Evoluccedilatildeo do volume de abacate exportado pelo brasil (2003 a 2014) Elaborado pelo autor com dados DO ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE AGRICULTURA DE 2004 a 2015 (IBGE)

Figura 8 - Receita com exportaccedilatildeo brasileira de abacate (2003 a 2014) Elaborado pelo autor com dado do ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE AGRICULTURA DE 2004 a 2015 (IBGE)

O volume de abacate exportado pelo Brasil vem crescendo nos uacuteltimos anos

revelando assim a importacircncia do setor para o paiacutes A variaccedilatildeo do volume

exportado de 2008 para 2009 foi de 6282 jaacute de 2009 para 2010 a exportaccedilatildeo

sofreu uma queda de 793 Em 2014 houve um aumento de 3462 no setor em

relaccedilatildeo ao ano anterior (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE FRUTICULTURA) A receita

-

100000

200000

300000

400000

500000

600000

700000

20

03

20

04

20

05

20

06

20

07

20

08

20

09

20

10

20

11

20

12

20

13

20

14

EVOLUCcedilAtildeO DO VOLUME DE ABACATE EXPORTADO PELO BRASIL (2003 a 2014)

VOLUME EXPORTADO (t)

-

20000000

40000000

60000000

80000000

100000000

120000000

20

03

20

04

20

05

20

06

20

07

20

08

20

09

20

10

20

11

20

12

20

13

20

14

RECEITA COM EXPORTACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ABACATE (2003 a 2014)

RECEITA (em USS FOB)

35

obtida a partir da exportaccedilatildeo do abacate tambeacutem acompanha os iacutendices de

crescimento

A Aacutefrica do Sul um dos principais concorrentes do Brasil no setor de

exportaccedilatildeo do Avocado eacute reconhecida por exportar material de alta qualidade para

Europa onde possui escritoacuterios contudo sua produccedilatildeo estaacute estagnada A Westfalia

eacute uma empresa sem fins lucrativos produtora de Avocado na Aacutefrica do Sul

responsaacutevel por desenvolver o mercado de Avocado no paiacutes e investe fortemente

em tecnologia o que colaborou para a atual situaccedilatildeo da Aacutefrica do Sul no setor de

exportaccedilatildeo de Avocado (CARVALHO 2015)

ABACATE NO BRASIL

O Brasil favorecido quando comparado com outros paiacuteses produtores devido

agrave suas dimensotildees continentais o que lhe possibilita ampla variaccedilatildeo de temperaturas

e solos estes fator unido agraves caracteriacutesticas individuais de cada variedade como por

exemplo sazonalidade e exigecircncias nutricionais e de horas de luz Contudo apesar

da aacuterea destinada agrave produccedilatildeo do abacate no Brasil ter reduzido passando de

11605 ha em 2005 para 9559 ha em 2014 reduccedilatildeo de 176 a produccedilatildeo natildeo foi

tatildeo alterada o que evidencia a possibilidade de um aumento na produtividade destas

aacutereas

Atualmente o Brasil ocupa a oitava posiccedilatildeo no ranking global do setor de

produccedilatildeo de abacate E apesar de possuir crescente produtividade o paiacutes ainda

possui excelente potencial produtor e tambeacutem como exportador da fruta Para

aproveitar melhor esse potencial deveriam ser feitos mais investimentos tanto no

que se refere agrave produccedilatildeo como por exemplo melhoramento geneacutetico e adoccedilatildeo de

protocolos de boas praacuteticas agriacutecolas para a obtenccedilatildeo de certificaccedilatildeo quanto no

setor de comercializaccedilatildeo desenvolvendo elevado padratildeo de qualidade da fruta

A tabela a seguir (TABELA 4) apresenta a aacuterea destinada agrave colheita de todas

as variedades de abacate nos principais produtores de abacate e o Distrito Federal

TABELA 4 - Aacuterea destinada agrave colheita (em ha) Elaborada pelo autor

DADOS (IBGE-SIDRA)

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Brasil 11605 10515 9892 9596 8509 11125 10768 9615 9707 9559

Satildeo Paulo 4266 3688 3583 3437 3267 5530 5642 4192 4374 4337

36

Minas Gerais 2865 2254 2326 2223 1854 2202 2134 2309 2416 2373

Paranaacute 1492 1467 1306 1009 1085 1000 944 922 958 930

Cearaacute 493 475 498 497 490 484 477 480 483 498

Rio Grande do Sul 626 619 613 602 584 575 552 499 470 444

Distrito Federal 119 122 109 124 108 111 - 295 160 134

A tabela 5 abaixo apresenta a produccedilatildeo de todas as variedades de abacate

em toneladas dos uacuteltimos 10 anos para os principais estados produtores e o Distrito

Federal

TABELA 5 - Produccedilatildeo nacional de abacate em 10 anos (em t) Elaborada pelo

autor FONTE (IBGESIDRA)

UFANO 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Brasil 169335 164441 154096 147214 139089 153189 160376 159903 157482 156669 1000

Satildeo Paulo 77107 78085 70812 69904 74193 83002 91909 82780 85101 79316 506

Minas Gerais 38777 32812 33436 28016 24772 28522 30975 36669 36571 41259 263

Paranaacute 22265 22575 20425 16537 15919 15824 17304 16705 16309 15784 101

Rio Grande do Sul

8167 7905 7804 7602 6824 6769 6907 5719 5584 5277 34

Cearaacute 5202 4231 4706 4520 4336 4163 3985 2717 2640 3637 23

Distrito Federal 2596 3081 2690 3019 2666 2415 - 6914 3152 3151 20

Em 2014 a aacuterea destinada agrave colheita do abacate no estado do Cearaacute era

superior agrave aacuterea do Rio Grande do Sul contudo a produccedilatildeo no estado do Cearaacute no

mesmo ano foi de 3637 t enquanto que a produccedilatildeo do Rio Grande do Sul foi de

5277 45 maior reforccedilando assim a ideia de que a produtividade no Sul pode ser

maior em relaccedilatildeo agrave regiatildeo Nordeste Este fator pode ser decorrente do uso de

cultivares inadequadas para as condiccedilotildees climaacuteticas da regiatildeo eou pela falta de

adoccedilatildeo de tecnologias modernas e teacutecnicas avanccediladas de produccedilatildeo

No Distrito Federal a produccedilatildeo cresceu 21 nos uacuteltimos 10 anos e hoje

representa 2 da produccedilatildeo nacional Por outro lado Satildeo Paulo que lidera o ranking

com 506 de toda a produccedilatildeo obteve crescimento de apenas 286 Jaacute a

produccedilatildeo do Paranaacute sofreu uma reduccedilatildeo de -291 neste mesmo periacuteodo poreacutem

manteve-se como quarto produtor nacional de abacate Os estados do Cearaacute e Rio

Grande do Sul tambeacutem reduziram sua produtividade nos uacuteltimos 10 anos

acompanhando a reduccedilatildeo nacional que reduziu -74

37

A variaccedilatildeo da produtividade de todas as variedades de abacate dos principais

estados produtores de abacate do Brasil eacute apresentada na TABELA 6 a seguir

TABELA 6 - Variaccedilatildeo (em) da produtividade (t) no Brasil em 10 anos

Elaborada pelo autor FONTE (IBGESIDRA)

VARIACcedilAtildeO () DA PRODUTIVIDADE (t) EM 10 ANOS

ESTADOANO 2005 2014 VARIACcedilAtildeO

PAIacuteS 146 164 123

SAtildeO PAULO 181 183 11

MINAS GERAIS 135 174 289

PARANAacute 149 17 141

RIO GRANDE DO SUL 13 119 -85

CEARAacute 106 73 -311

DISTRITO FEDERAL 218 235 78

De acordo com os dados do IBGE Satildeo Paulo eacute o maior produtor de abacate

do paiacutes Dentre as variedades mais produzidas no estado de Satildeo Paulo estatildeo

bdquoFortuna‟ bdquoGeada‟ bdquoQuintal‟ e bdquoMargarida‟ (DORIZZOTTO 2011)

Abaixo segue TABELA 11 contendo os nuacutemeros de plantas novas e o

nuacutemero de plantas em produccedilatildeo bem como a produccedilatildeo (caixas de 22Kg) no estado

de Satildeo Paulo ao longo de 15 anos

TABELA 7 - Quantidade de peacutes novos peacutes em produccedilatildeo e produccedilatildeo (cx 22kg)

no estado de Satildeo Paulo entre 2000 e 2015 Elaborada pelo autor FONTE

INSTITUTO DE ECONOMIA AGRIacuteCOLA

ANO PEacuteS

NOVOS PEacuteS EM

PRODUCcedilAtildeO

2000 4859400 66157100

2001 4617700 62883700

2002 4742500 55421300

2003 6095000 49740300

2004 5969500 48339500

2005 5131100 46596200

2006 5325600 45869000

2007 3412800 47668000

2008 5007100 40617400

2009 12068600 49971400

2010 8190000 53239000

38

2011 6904500 54780100

2012 7704100 51341600

2013 7002100 59149400

2014 8419800 60996100

2015 9040200 67073800

O graacutefico abaixo apresenta a curva da produtividade obtida a partir da relaccedilatildeo

feita entre a produccedilatildeo e a quantidade de peacutes em produccedilatildeo no estado de Satildeo Paulo

Figura 9 - Produtividade (kgplanta) no estado de Satildeo Paulo desde 2000 elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE ECONOMIA AGRIacuteCOLA

Os dados foram obtidos a partir da relaccedilatildeo feita entre a quantidade de planta

em produccedilatildeo e a quantidade de caixas de 22 Kg produzidas no estado de Satildeo Paulo

desde 2000 Esses dados revelam crescente aumento da produtividade ateacute o ano de

2010 onde a produtividade ultrapassou 168 Kgplanta Jaacute em relaccedilatildeo ao ano de

2011 a produtividade sofreu uma reduccedilatildeo de 10 Depois disso a curva de

produtividade continuou ascendente

A seguinte tabela apresenta a evoluccedilatildeo do preccedilo do abacate comercializado

na CEAGESP durante o ano no periacuteodo de nove anos

90

110

130

150

170

190

20

00

20

01

20

02

20

03

20

04

20

05

20

06

20

07

20

08

20

09

20

10

20

11

20

12

20

13

20

14

20

15

PRODUTIVIDADE DOS PEacuteS DE ABACATE (Kgplanta) EM SP

PRODUTIVIDADE

39

TABELA 8 - Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio (em R$Kg) do abacate FONTE

CEAGESP 2008

ANOMEcircS JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

2007 105 101 1 118 107 109 129 151 159 181 228 279

2008 119 081 084 097 102 11 122 137 149 208 296 326

2009 169 122 132 133 141 141 152 177 217 213 212 235

2010 17 161 165 154 151 151 164 173 202 262 406 316

2011 185 182 183 203 186 204 231 278 308 317 359 369

2012 207 155 151 141 153 164 192 218 242 268 429 485

2013 263 209 216 215 244 265 258 304 347 403 566 498

2014 228 206 231 239 198 2 256 267 301 305 403 538

2015 406 403 386 349 367 397 394 43 - - - -

O graacutefico a seguir resume o comportamento da quantidade de peacutes novos e

em produccedilatildeo no estado de Satildeo Paulo desde o ano 2000

Figura 10 - Evoluccedilatildeo do nuacutemeros de peacutes novos e em produccedilatildeo ao longo de 15 anos no estado de Satildeo Paulo elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE

ECONOMIA AGRIacuteCOLA

A produccedilatildeo (em caixas de 22 Kg) eacute demonstrada no graacutefico abaixo para esse

mesmo periacuteodo

000

10000000

20000000

30000000

40000000

50000000

60000000

70000000

80000000

20002002200420062008201020122014

EVOLUCcedilAtildeO DOS DADOS DO ABACATE EM SAtildeO PAULO

PEacuteS NOVOS

PEacuteS EM PRODUCcedilAtildeO

40

Figura 11 - Evoluccedilatildeo da produccedilatildeo de abacate em caixas de 22kg no estado de Satildeo Paulo em 15 anos elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE

ECONOMIA AGRIacuteCOLA

A sazonalidade do abacate comercial na CEAGESP em Satildeo Paulo

demonstram que o abacate pode ser comercializado praticamente todas as eacutepocas

do ano como apresentado pela tabela

TABELA 9 - Sazonalidade do abacate FONTE CEAGESP 2008

VARIEDADE JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

GEADA X X X X X

FORTUNA X X X X X X X

QUINTAL X X X X X X X

MARGARIDA X X X X X X X X X X

BREDA X X X X X X X X

HASS X X X X X X X X

O Estado de Minas Gerais eacute o segundo maior produtor nacional de abacate

participando do setor com 229 do total produzido A aacuterea no Estado destinada agrave

produccedilatildeo da fruta foi de 23 mil ha A produtividade do estado de Minas em 2012 foi

de 15881 (hgha) (PERFIL DA FRUTA) A produccedilatildeo de abacate no Distrito Federal

em 2013 foi de 3152 toneladas (IBGE) Em Minas a produccedilatildeo concentra-se nas

regiotildees Sul e Sudeste do estado (ALMEIDA 2013)

200000000

250000000

300000000

350000000

400000000

450000000

500000000

550000000

20002002200420062008201020122014

EVOLUCcedilAtildeO NA PRODUCcedilAtildeO DE ABACATE EM SAtildeO PAULO (22Kgcx)

PRODUCcedilAtildeO CX 22Kg

41

Em 2003 o Paranaacute foi o terceiro maior produtor nacional de abacate com uma

aacuterea de aproximadamente 1600ha onde se produziu 26 mil toneladas gerando uma

receita de cerca de R$ 85 milhotildees (HOHMANN amp MENEGUIM 2005)

De acordo com a relaccedilatildeo feita entre os dados de volume de abacate colhido e

de aacuterea destinada agrave produccedilatildeo do IBGESIDRA em 10 anos (2005 agrave 2014) o estado

que sofreu maior reduccedilatildeo da produtividade foi o estado do CEARAacute reduzindo em

31 aproximadamente enquanto que o estado de minas aumentou 289 sua

produtividade O DF apresentou os melhores niacuteveis de produtividade a partir desses

dados

AVOCADO NO BRASIL

A regiatildeo de Bauru em Satildeo Paulo especializou-se na produccedilatildeo dos abacates

‟Hass‟ e bdquoFuerte‟ conhecidos comercialmente como Avocado e satildeo os mais

apreciados pelo mercado internacional (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA

FRUTICULTURA 2008)

O Avocado variedades ‟Hass‟ e bdquoFuerte‟ possui excelentes caracteriacutesticas

nutricionais como por exemplo seu alto teor de lipiacutedeos Aleacutem disso o fruto possui

tamanho reduzido o que facilita o consumo evitando que parte natildeo consumida seja

armazenada Uma das possibilidades de se estimular o consumo interno seria

promover o produto a partir do uso de marketing setor no qual a empresa

JAGUACYR situada no municiacutepio de Bauru ndash SP tem se destacado fornecendo

informaccedilotildees nutricionais e apresentando o alto padratildeo de qualidade da fruta Outro

fator que reduz a oferta do produto no mercado interno eacute a demanda internacional

apesar de impor barreiras e exigirem alto padratildeo de qualidade o produto de

qualidade recebe os melhores preccedilos este fator tambeacutem limita o consumo interno

porque o preccedilo oferecido pelos importadores reflete no preccedilo interno

Outro ponto que deve ser observado para se manter qualidade elevada dos

frutos eacute a escolha adequada do ponto de colheita pois este fator reflete diretamente

no teor de oacuteleo dos frutos que por sua vez eacute responsaacutevel pela conservaccedilatildeo do

sabor Os melhores teores de oacuteleo encontram-se em frutos tardios como nas

variedades obtidas a partir das raccedilas Guatemalenses e Mexicana sendo maior nas

raccedilas Mexicana e menor em cultivares oriunda de raccedilas Guatemalenses como por

exemplo a bdquoHass‟

42

A exportaccedilatildeo brasileira do abacate bdquoHass‟ variedade mais produzida no

mundo era de 100 toneladas por ha em 2004 para 2186 toneladas em 2010

(DORIZZOTTO 2011) Contudo este dado representa apenas 143 do volume de

todo o abacate produzido no paiacutes nesta mesma data mesmo com seus atributos

nutricionais e comerciais

Quando se trata do segmento do mercado do Avocado brasileiro em acircmbito

global a empresa JAGUACYR situada no municiacutepio de Bauru ndash SP com sede na

Holanda eacute de extrema relevacircncia contribuindo com 90 das exportaccedilotildees brasileiras

deste produto com o qual o Brasil ainda comeccedila a participar poreacutem possui

condiccedilotildees favoraacuteveis para crescer no setor (CARVALHO 2015)

O graacutefico a seguir apresentado na Figura 2 demonstra a evoluccedilatildeo da

participaccedilatildeo do Avocado no setor de fruticultura no estado de Satildeo Paulo

Figura 12 - Elaborado pelo autor FONTE CEAGESPSEDES GABRIEL V BITENCOURT DE ALMEIDA

Como apresentado no graacutefico acima o volume de Avocado comercializado na

CEAGESP tem crescido rapidamente vertiginosamente chegando a quase

quadruplicar seu valor em apenas 7 anos

Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio de atacado (R$Kg) de Avocado na CEAGESP de

Satildeo Paulo durante o ano (SP) (Figura 3)

81 74 90

106 133

208

365 378

0

50

100

150

200

250

300

350

400

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

EVOLUCcedilAtildeO DA QUANTIDADE COMERCIALIZADA (T) DE AVOCADO NA CEAGESP DE SAtildeO PAULO (SP)

QUANTIDADE(toneladas)

43

Figura 13 - Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio do avocado na CEAGESP (R$Kg) Elaborado pelo autor FONTES CEAGESP

O graacutefico a seguir demonstra um comparativo da variaccedilatildeo do preccedilo meacutedio do

abacate em relaccedilatildeo ao Avocado durante o ano com base nos dados de nove anos

da CEAGESP (R$Kg)

Figura 14 - Comparativo do preccedilo meacutedio do abacate e do avocado comercializado na ceagesp durante o ano elaborado pelo autor FONTE

CEAGESP

A partir dos dados de 7 anos com a variaccedilatildeo do preccedilo meacutedio do Avocado por

quilo durante o ano pocircde-se observar que os menores valores encontram-se entre

maio e agosto A variaccedilatildeo de preccedilo meacutedio durante o ano chega a ser de R$ 581 o

quilo mais que o dobro entre o maior e menor valor meacutedio encontrado

O graacutefico com o comparativo do preccedilo do abacate com o Avocado (Figura 11)

revela a discrepacircncia da valorizaccedilatildeo entre os dois grupos O valor miacutenimo do

4

6

8

10

12

jan

fev

mar

abr

mai

jun jul

ago

set

ou

t

no

v

dez

EVOLUCcedilAtildeO DO PRECcedilO MEacuteDIO DO AVOCADO NA CEAGESP (R$Kg)

PRECcedilO MEacuteDIO

0

2

4

6

8

10

12

JAN

FEV

MA

R

AB

R

MA

I

JUN

JUL

AG

O

SET

OU

T

NO

V

DEZ

PRECcedilO AVOCADO

PRECcedilO DO ABACATE

44

Avocado eacute de R$ 554 por quilo enquanto que o maior valor encontrado do abacate

chega a R$ 381 uma diferenccedila de quase 50

O CEASA-DF registrou em 2014 um volume comercializado de 397 toneladas

de Avocado enquanto que no ano anterior o volume registrado natildeo passou de 07

toneladas (CEASA-DF)

Apesar de jaacute haver teacutecnicas eficientes e tecnologias modernas disponiacuteveis

para se aperfeiccediloar a produccedilatildeo do abacate a exploraccedilatildeo de novas regiotildees com

potencial produtor para a implantaccedilatildeo de pomares de abacateiro no Brasil eacute um dos

fatores que podem aumentar mais ainda a produccedilatildeo nacional No DF por exemplo

a aacuterea destinada agrave colheita do abacate sofreu uma reduccedilatildeo de mais da metade de

2012 para 2014 muito diferente da forma como havia se comportando desde 2000

quando a aacuterea passou de 85 ha para 111 em 2010 O DF representa apenas 2 da

produccedilatildeo nacional do abacate contudo sua produtividade vem aumentando e de

acordo com os dados do IBGE o DF possui os melhores iacutendices de produtividade do

paiacutes o que pode representar forte potencial da regiatildeo no setor Este fato corrobora

com a ideia de que o Brasil pode aproveitar melhor sua extensatildeo territorial

explorando regiotildees com potencial produtor como o DF por exemplo

CERTIFICACcedilAtildeO

CARVALHO (2015) afirma que para participar do mercado internacional os

produtores devem se atentar agraves exigecircncias internacionais de qualidade e seguranccedila

garantidas por meio de certificaccedilatildeo como GlobalGapR BRCR BRCIR FAIRDRADER

e SEDEX-SMETAR Outro ponto que deve ser adotado pelo Brasil no comeacutercio do

Avocado eacute manter um mercado com preccedilo linear e contiacutenuo Ainda segundo

CARVALHO (2015) produtores que natildeo possuem certificaccedilatildeo no GlobalgapR

recebem menos 10

PRECcedilO PAGO PELA JAGUACYR AO PRODUTOR COM GLOBALGAPR

TABELA 10 - (CARVALHO 2015)

CAT CALIBRE MAR ABR MAI JUN

1 12 A 24 315 322 205 205

2 26 A 32 131 129 130 130

2 12 A 24 284 350 187 187

45

Para o consumidor final o selo GLOBALGAPR natildeo eacute tatildeo notado pois o uso

desta marca eacute praticado entre empresas Contudo sua em sua elaboraccedilatildeo

considerou-se a reduccedilatildeo dos impactos negativos das operaccedilotildees agriacutecolas no meio

ambiente reduzir o uso de insumos quiacutemicos e garantir que assuntos de sauacutede e

seguranccedila dos empregados e bem estar animal sejam observados (GLOBALGAPR

2008)

A GLOBALGAPR serve como um manual no comeacutercio mundial de produtos

agriacutecolas estabelecendo normas voluntaacuterias para sua certificaccedilatildeo Este conjunto de

normas estabelece serve de molde para a conduccedilatildeo de boas praacuteticas agriacutecolas

(BPA) nas atividades agriacutecolas (GLOBALGAPR 2008)

Um dos pontos positivos em se adotar os protocolos de boas praacuteticas

agriacutecolas eacute a prevenccedilatildeo de perdas Pesquisas feitas no setor da fruticultura

concluem que maior parte do desperdiacutecio ocorre no percurso que vai do manuseio

no campo ateacute as centrais de produccedilatildeo (AGRIANUAL 2012) Os iacutendices de perdas da

abaticultura chegam a 34 ao ano (AGRIANUAL 2015)

Eacute de extrema importacircncia desenvolver soacutelidos e eficientes sistemas de

certificaccedilatildeo a fim de assegurar qualidade que atenda as expectativas dos

consumidores permitindo que as empresas ingressem nos mercados globais com

seus produtos (ZEIDAN et al 2008)

A difusatildeo de praacuteticas recomendadas para a obtenccedilatildeo da certificaccedilatildeo

GLOBALGAPR por parte dos produtores de abacate principalmente as variedades

bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ pode estimular o consumo interno por meio da oferta de produtos

de maior qualidade aleacutem de reduzindo perdas e promover o produto no comeacutercio

internacional da fruta Fazendo com que o potencial produtor seja aproveitado ao

maacuteximo uma vez que seguir os protocolos de boas praacuteticas agriacutecolas represente a

reduccedilatildeo de perdas no processo de produccedilatildeo de colheita e de transporte seja por

meio da reduccedilatildeo da incidecircncia de pragas ou por adoccedilatildeo de teacutecnicas e evitem perdas

na conduccedilatildeo da produccedilatildeo dos pomares de abacate

CONCLUSOtildeES

A produccedilatildeo de Avocado cultivares bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ superiores em vaacuterios

aspectos agraves cultivares mais populares no paiacutes tem condiccedilotildees de se desenvolver

amplamente no Brasil tornando-o grande consumidor e exportador da fruta Essa

46

mudanccedila pode ocorrer por meio de incentivos governamentais que incentivem o

registro de produtos para a cultura do abacateiro favorecendo a obtenccedilatildeo de

certificaccedilatildeo bem como o desenvolvimento de centros de pesquisas que

desenvolvam estudos sobre a cultura do abacateiro que promovam a difusatildeo de

tecnologia e com isso estimule a utilizaccedilatildeo de novas aacutereas com potencial produtivo

A transferecircncia de tecnologia tambeacutem pode ser feita por parte de empresas da aacuterea

privada que possuem domiacutenio de teacutecnicas e tecnologias modernas principalmente

por meio da popularizaccedilatildeo da produccedilatildeo de mudas clonais para porta-enxerto Aleacutem

disso devem ser feitas accedilotildees por parte de instituiccedilotildees privadas como o

desenvolvimento do marketing da fruta a fim de divulgar os benefiacutecios do consumo

e a exposiccedilatildeo de novas formas de consumo de abacate pode ser crucial para a

mudanccedila do comportamento do consumidor nacional uma vez que este se atenta

principalmente aos aspectos visuais do abacate

Na poacutes-colheita o controle sobre os processos de maturaccedilatildeo poderia ser

mais bem aproveitado No Brasil a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas de conservaccedilatildeo no poacutes-

colheita de frutas objetiva na maioria das vezes estender o tempo de prateleira

destes produtos Para se aproveitar os elevados preccedilos ofertados em determinadas

eacutepocas os produtores colhem os frutos antes do recomendado para a fruta do

abacateiro o que reduz sua qualidade pois a eacutepoca da colheita influencia

diretamente no teor de oacuteleo fator altamente relacionado com o sabor da fruta Por

outro lado a aceleraccedilatildeo do processo de maturaccedilatildeo por meio do controle de

maturaccedilatildeo permite fornecimento de frutos maduros prontos para o consumo

estimulando assim o consumo no paiacutes Com a entrega regular de frutos maduros

nos supermercados e restaurantes novas formas de consumo da fruta como patecircs

e em saladas poderiam ser facilmente introduzidas no cardaacutepio nacional

47

BIBLIOGRAFIA

ALMEIDA G V B Mercado Atacadista de Abacate e Avocado (CEAGESP) III

Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado Bauru 2015

ALMEIDA G V B O Abacate no mundo e na CEAGESP Todafruta notiacutecia 2011

DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwtodafrutacombrnoticia28119O+ABACATE+NO+MUNDO+NO+BRASIL

+E+NA+CEAGESP gt

ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA FRUTICULTURA 2004 a 2015 DISPONIacuteVEL EM

httpwwwgrupogazcombrtratadaseo_edicao420150320150301_106c8c2f1pdf

4718_2015fruticulturapdfgt

BIODIESELBR DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwbiodieselbrcomnoticiasmateria-

primaoutrasvideo-unesp-transforma-oleo-abacate-biodiesel-060313htm gt

BONELLA J A Classificaccedilatildeo de abacates na CEAGESP Joseacute Alcides Bonella ME

2013

BRUWER T ROOYEN Z VAN PERFORMANCE AND MARKET ACCEPTIBILITY

OF THE HASS-LIKE CULTIVARS GEM AND HARVEST IN SOUTH AFRICA Vi

World Avocado Congress (Actas VI Confreso Mundial del Aguacate) 2007 Vintildea Del

Mar Chile 12 ndash 16 nov 2007 ISBN n 978-956-17-0413-8 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwAvocadosourcecomWAC6enExtenso1b-36pdf gt

CAMPOS J A Cultura racional do abacateiro Satildeo Paulo Iacutecone 1988 150 p

CANTUAacuteRIAS-AVILEacuteS T SILVA S R La induacutestria del aguacate em el Estado de

Satildeo Paulo Brasil actualidad y perspectivas futuras In CONGRESO MUNDIAL DEL

AGUACATE 7 2011 Caims Resuacutemenes Caims Avocado Australia 2011

48

CORREIA R C ARAUJO J L P MOUCO M A do C BRAGA C A

MENDONCcedilA R F de Abacate preferecircncias e mercado CONGRESSO

BRASILEIRO DE FRUTICULTURA 21 2010 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwalicecnptiaembrapabralicebitstreamdoc8700181Moucopdf gt

CARVALHO L F Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado realizaccedilatildeo Jaguacy

Sindicato Rural de Bauru Serviccedilo Nacional de Aprendizagem Rural - SENAR

Faculdades Integradas de Bauru ndash SP 2015

CHITARRA M I F CHITARA A B 2005 Poacutes colheita de frutos e hortaliccedilas

Fiiologia e Manuseio Lavras ESALFAEPE

CRANE J H BALERDI C F MAGUIRE I Avocado Growing in the Florida Home

Landscape University of Florida Circular 1034 one of a series of the Horticultural

Sciences Department Florida Cooperative Extension Service Institute of Food and

Agricultural Sciences University of Florida 1983 Revised 2007

CRIZEL G R MOURA R S OLIVEIRA I R MENDONCcedilA C R B

Caracteriacutesticas fiacutesicas e quiacutemicas de abacates das variedades bdquoQuintal‟ e bdquoHass‟ In

CONGRESSO DE INICIACcedilAtildeO CIENTIacuteFICA 17 ENCONTRO DE POacuteS-

GRADUACcedilAtildeO 10 2008 Pelotas Resumos Pelotas UFPEL 2008

DAIUTO E R VIEITES R L TREMOCOLDI M A RUSSO V C Taxa

respiratoacuteria de abacate bdquoHass‟ submetido a diferentes tratamentos fiacutesicos Revista

Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha Meacutexico v 10 n 2 p 101-109

2010

DAIUTO E R TREMOCOLDI M A VIEITES R L Conservaccedilatildeo poacutes colheita de

abacate bdquoHass‟ irradiado Revista Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha vol

10 n 2 2010

DONADIO L C Abacate para exportaccedilatildeo aspectos teacutecnicos da produccedilatildeo

Brasiacutelia Frupex MAPA 1995 53 p

49

DONADIO L C FERRARI L AVILEacuteS T C Abacate In DONADIO L C (Ed)

Histoacuteria da Fruticultura Paulista Jaboticabal SBF ndash Sociedade Brasileira de

Fruticultura 2010 P 33-63

DORIZZOTTO C D A SAMPAIO A C ICUMA I M et al Avocado production

chain in the state of Satildeo Paulo (Brazil) In Proceedings VII World Avocado Congress

2011 Cairns Anaishellip Cairns Internacional Avocado Society 2011 DISPONIacuteVEL

EM lt

httpworldAvocadocongress2011comuserfilesfileOsvaldo20Kioshi20Yamanis

hi201400-1420pdf gt

ERNST Z R ERNST A A The strategic role of new cultivars A case study of

bdquoMaluma‟ VIII Congreso Mundial de la Palta 2015 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwavocadosourcecomWAC8Section_02EarnstZander2015pdf gt

FACTFISH Avocados production quantity (tons) ndash for all countries DISPONIacuteVEL

EM lt httpwwwfactfishcomstatisticAvocados20production20quantity gt

FAOSTAT 2000 a 2013 DISPONIacuteVEL EM lt httpfaostat3faoorgbrowseTTPE gt

FER B WOLSTENHOLME B N (Ed) The Avocado botany production and

uses Oxon CABI Publ 2002 chap 12 p 299-338

FRANCISCO V L F dos S BAPTISTELLA C S L CULTURA DO ABACATE NO

ESTADO DE SAtildeO PAULO Informaccedilotildees Econocircmicas SP v 35 n5 2005

DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwieaspgovbroutpublicacoespdftec3-0505pdf gt

GAYET J P et al 1995 Abacate para exportaccedilatildeo procedimentos de colheita e

poacutes-colheita FRUPEX Brasiacutelia 37p

GIRARDI G Abacate uma nova opccedilatildeo de biocombustiacutevel Jornal UNESP Bauru

2009 DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwunespbracijornal248energia_bauruphp gt

50

GUEDES M S B SENA M TOLEDO S Certificaccedilatildeo como estrateacutegia competitiva

internacional dos produtores de frutas no Brasil VII Encontro da Sociedade

Brasileira de Economia Ecoloacutegica (ECO-ECO) 28 a 30 de novembro de 2007

Fortaleza Cearaacute

HODDLE M The Avocado Seed Moth Stenoma cateniver Walsingham (Lepdoptera

Elachistidae) Department of Entomology Applied Biological Control Research

DISPONIacuteVEL EM lt httpbiocontrolucredustenomastenomahtml gt

HOHMANN C L MENEGUIM A M A BROCA-DO-ABACATE (Stenoma catenifer)

Aspectos bioloacutegicos comportamento danos e manejo Instituto Agronocircmico do

Paranaacute ndash Londrina ndashPR Informe da Pesquisa n 147 2005

HOHMANN C L MENEGUIM A M Observaccedilotildees preliminares sobre a ocorrecircncia

da broca-do-abacate Stenoma catenifer Wals no Estado do Paranaacute Anais da

Sociedade Entomoloacutegica do Brasil v 22 p 417-419 1993

ILLSLEY-GRANICH C‟Hass‟Carmenrega precocious flowering avocado tree

Agrovim AS de CV Uruapan Michocan Mexico Rob Brokaw Brokaw Nursery Inc

Saticoy California USA Dr Salvador Ochoa-Ascencio University of Michoacan

Uruapan Michoacan Mexico 2011 DISPONIacuteVEL EM lt

httpworldavocadocongress2011comuserfilesfileCarlos20Illsley201410-

1430pdf gt

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA ESTATIacuteSTICA (IBGE) IBGE CIDADES

DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwcidadesibgegovbrcartogramamapaphplang=ampcoduf=53ampcodmun=53

0010ampidtema=136ampcodv=v01ampsearch=distrito-federal|brasilia|sintese-das-

informacoes-2013 gt

KADER A A 1992 Postharvest technology of horticultural crops Okland Univertisy

of California 292p

51

KADER A A ARPIA M L Avocado Recommendations for Maintaining

Postharvest Quality 2013

KADER A A Biologiacutea y Tecnologiacutea Postcosecha un Panorama In KADER A A

Tecnologiacutea Postcosecha de Cultivos Hortofrutiacutecolas 3 Ed Davis University Of

Califoacuternia 2007 Cap 4 p 43-53

KLUGE R A et al Inibiccedilatildeo do amadurecimento de abacate com 1-

metilciclopropeno Pesquisa Agropecuaacuteria Brasileira 37(7)895-901

KOOLER O C Abacaticultura Porto Alegre UFRGS 1992 138p

KOOLER O C ABACATICULTURA Porto Alegre UFRGS 1984 138p

KOLLER O C Abacate produccedilatildeo de mudas instalaccedilatildeo e manejo de pomares

colheita e poacutes-colheita Porto Alegre Cinco Continentes 2002 145 p

KREMER-KOumlHNE S KOumlHNE J S 25 YEARS OF AVOCADO ROOTSTOCK

DEVELOPMENT IN SOUTH AFRICA VI World Avocado Congress Chile 2007

DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwavocadosourcecomWAC6enExtenso1a-8pdf gt

LIPPERT C ALLAMAND M (WESTFALIASUBSOLE) A hystory of

collaboration Rev Subsole Santiago 2007

MAIS NATUREZA ABACATEIRO DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwmaisnaturezacomplantasarvoresabacateiro gt

MARANCA G Fruticultura comercial Manga e Abacate Satildeo Paulo Nobel 1980

p 81-133

MASSAFERA G COSTA T M B OLIVEIRA J E D COMPOSICcedilAtildeO DE AacuteCIDOS

GRAXOS DO OacuteLEO DO MESOCARPO E DA SEMENTE DE CULTIVARES DE

ABACATE (Persea americana MILL) DA REGIAtildeO DE RIBEIRAtildeO PRETO SP)

52

Alim Nutr Araraquara V 21 n 2 p 325-331 abrjun 2010 DISPONIacuteVEL EM lt

http20014571150seerindexphpalimentosarticleview940a20v21n2pdf gt

MDIC Negociaccedilotildees internacionais DISPONIacuteVEL EM

httpwwwdesenvolvimentogovbrsitiosecexnegInternacionaisMedTerrorismoLei

ph p gt

MICKELBART M V BENDER G S WITNEY G W ADAMS C ARPAIA M L

Effects of clonal rootstocks on bdquoHass‟ avocado yield components alternate bearing

and nutrition Journal of Horticultural Schience amp Biotechnology Ashford v 82

n 3 p 460-466 2007

MILLER B BERTELS R PADILLA T WILEMAN R THOMSEN L China the

new frontier VIII World Avocado Congress 2015

MONTENEGRO H W S A cultura do abacateiro Satildeo Paulo Melhoramentos

1951 102p (Criaccedilatildeo e Lavoura n 11)

MORAES A F G Desenvolvimento produccedilatildeo e qualidade de frutos de abacateiro

cv bdquoHass‟ sobre dois porta-enxertos nas condiccedilotildees edafoclimaacuteticas da regiatildeo central

do Estado de Satildeo Paulo Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Ciecircncias Piracicaba 2014

NAAMANI G Global Trends in main Avocado Markets VII World Avocado

Congress Australia 2011

NAVA DE DE LARA HADDAD M PARRA JRP 2005 Exigecircncias teacutermicas

estimativa do nuacutemero de geroccedilotildees de Stenoma catenifer e comprovaccedilatildeo de modelo

em campo Pesq Agropec Bras Brasilia v 40 p 961-967

NAVA DE PARRA JRP COSTA VA GUERRA TM COcircNSOLI FL (2005b)

Population dynamics of Stenoma catenifer(Lepidoptera Elachistidae) and related

larval parasitoids in Minas Gerais Brazil Florida Entomologistv 88p 441-446

53

NOVAGRIM ndash FRESH FRUITS IMPORTER amp VEGETABLE SUPPLIER SINCE

1999 2001-2013 WORLD AVOCADO PRODUCTION DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwnovagrimcomPages2000_2011_Avocado_statistics_ENaspx gt

OLIVEIRA LA A importacircncia das Normas Internacionais para o Comeacutercio da

Fruticultura Brasileira Piracicaba Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Economia Escola

Superior de Agricultura ldquoLuiz de Queirozrdquo Universidade de Satildeo Paulo Piracicaba

2005

OLIVEIRA M A de et al 2000 Ceras para conservaccedilatildeo poacutes colheita de frutos de

abacateiro cultivar Fuerte armazenados em temperatura ambiente Scientia Agriacutecola

Piracicaba 57 (4) 777-780

PASSONI A D NEVES M C M RODRIGUES B B BOTEON M Anaacutelise dos

principais entraves na exportaccedilatildeo de frutas brasileiras CENTRO DE ESTUDOS

AVANCcedilADOS EM ECONOMIA APLICADA (CEPEAESALQ-USP) XLIV

CONGRESSO DA SOBER ndash ldquoQuestotildees Agraacuterias Educaccedilatildeo no Campo e

Desenvolvimentordquo Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia Rural Fortaleza

2006

PEGG K G COATES L M KORSTEN L HARDING R M Foliar fruit and

soilborne diseases In WHILEY A W SCHAF

PERFIL DA FRUTICULTURA 2014 Base de dados 2012 a 2013 Governo de Minas

Gerais Agricultura Pecuaacuteria e Abastecimento 2014

PICCININ E PASCHOLATI S F ldquoDOENCcedilAS DO ABACATEIRO‟ em MANUAL DE

FITOPATOLOGIA Vol 2 Doenccedilas das Plantas Cultivadas Editora Agronocircmica

Ceres Ltda Satildeo Paulo 1997 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwifcursoscombrsistemaadminarquivos07-33-29-

manualfitopatologiapdfpage=10 gt

54

PUTT F F GOacuteES B C CATANEO P F Anaacutelise econocircmica de oferta e demanda

do abacate na alta paulista X Foacuterum Ambiental da Alta Paulista v 10 n 7 2014

pp 158-169

ROCHA I L Nuacutemeros do abacate HORTIESCOLHA Instituto Brasileiro de

Qualidade em Horticultura DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwhortibrasilorgbrjnwindexphpoption=com_contentampview=articleampid=120

9numeros-do-abacate-ampcatid=50comercializacaoampItemid=82 gt

SANTO N T Manejo da vegetaccedilatildeo intercalar para obtenccedilatildeo de cobertura morta na

cultura do abacateiro visando minimizar os danos causados por Phytophthora

cinnamomi Dissertaccedilatildeo de mestrado em Fitotecnia Piracicaba 2014

SCHAFFER B WOLSTENJOLME B N WHILEY A W The avocado botany

production and uses 560 p 2012 DISPONIacuteVEL EM lt

httpsbooksgooglecombrbooksid=r0hpRJca3zECamppg=PA83amplpg=PA83ampdq=Th

e+Avocado+botany+production+and+uses+hass-

likeampsource=blampots=oqc5OBsbmVampsig=5gDWWPIMYRBW9cH3yYuWh-ldd-8amphl=pt-

BRampsa=Xampved=0ahUKEwj_yPbgsoTKAhUGDpAKHZTrCWEQ6AEIPDADv=onepag

eampqampf=false gt

SCIENCIA I Certificaccedilatildeo GLOBALGAP e impactos ambientais em agroinduacutestrias de

alimentos Dissertaccedilatildeo de Poacutes-Graduaccedilatildeo Araraquara SP 2010 lt

mlthttpwwwecoecoorgbrconteudopublicacoesencontrosvii_envii_enc_ecohtm

gt

SIMAtildeO S Manual de Fruticultura Satildeo Paulo Editora Agronocircmica Ceres 1971

530p p 147-169

SINGER P MASON J Eacutetica da alimentaccedilatildeo como nossos haacutebitos alimentares

influenciam o meio ambiente e o nosso bem estar Rio de Janeiro Elsevier 2007

SOARES H F ITO M K O AacuteCIDO GRAXO MONOINSATURADO DO ABACATE

NO CONTROLE DE DISLIPIDEMIAS Ver Ciecircnc Meacuted Campinas P 47-51 2000

55

DISPONIacuteVEL EM lt httpperiodicospuc-

campinasedubrseerindexphpcienciasmedicasarticleviewFile13301304 gt

TEIXEIRA C G Cultura In ITAL ndash INSTITUTO DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS

(Campinas) Abacate Cultura mateacuteria-prima processamento e aspectos

econocircmicos 2 Ed Campinas Instituto Campineiro de Ensino Agriacutecola 1995 Cap 1

p 1-54 (Frutas Tropicais)

TEIXEIRA C G Cultura do abacate In TEIXEIRA C G et al ABACATE cultura

mateacuteria prima processamento e aspectos econocircmicos 2deg ed Seacuterie Fruas Tropicais

ndeg8 ITAL Campinas 1991 250p

WATANABE H S Caracteriacutesticas de cultivares de abacate CEAGESPS ndash

Companhia de Entrepostos e Armazeacutens Gerais de Satildeo Paulo 2013

WOLFENBARGER D O COLBURN B The Stenoma catenifer a serious Avocado

pest Proceedings of Florida State Horticulture Society v 92 p 315-318 1979

ZEIDAN R SEIXAS P ABRANCHES L COSTA D MEIRELLES F Certificaccedilatildeo

na cadeia produtiva de alimentos e as barreiras teacutecnicas agrave exportaccedilatildeo Simpoacutesio de

excelecircncia e gestatildeo e tecnologia ndash SEGeT 2008 Resende

Page 28: EVOLUÇÃO DA PRODUÇÃO MUNDIAL E NACIONAL …...RESUMO O abacateiro, Persea americana, é uma cultura muito importante em vários países, devido ao volume comercializado da fruta

28

Em 2004 o maior produtor mundial de abacate foi o Meacutexico participando com

307 de todo o volume produzido mundialmente com cerca de 987000 t Em

segundo lugar poreacutem muito atraacutes com um volume de 221774 t segue a Indoneacutesia

representando apenas 689 Na terceira posiccedilatildeo Repuacuteblica Dominicana 68 e

218790 t e em quarto produzindo 170985 t estava a Colocircmbia com 53

De acordo com os dados de 2013 o Meacutexico continuou liderando o setor

participando com 3112 do total produzido agora com um volume de 1467837 t

Em segundo lugar a Repuacuteblica Dominicana com 821 Colocircmbia 643 e Peru

611 em ordem decrescente (FAOSTAT) Nos uacuteltimos 10 anos a Repuacuteblica

Dominicana saltou para o segundo lugar graccedilas a um aumento de 771 em sua

produccedilatildeo Neste sentido a Colocircmbia alcanccedila a posiccedilatildeo de 3deg colocado devido ao

aumento similar ao da Repuacuteblica Dominicana (774)

O Peru foi o paiacutes que obteve maior destaque pois saiu da oitava posiccedilatildeo

participando com apenas 337 da produccedilatildeo mundial o que representava um

volume de 108460 t em 2004 para a quarta posiccedilatildeo no ranking mundial em 2013

com 611 quando produziu 288387 t a sua participaccedilatildeo no mercado mundial

quase que dobrou nesse periacuteodo O aumento da produccedilatildeo mundial foi de 467

enquanto que o aumento do volume de abacate produzido no Peru foi de 1659

Segundo CARVALHO (2015) a formaccedilatildeo de associaccedilotildees como a PROHASS que

investe no desenvolvimento de tecnologia e marketing para estimular inclusive o

consumo interno podendo ateacute ser um exportador para o Brasil

Aos poucos a China vem participando do mercado do abacate A populaccedilatildeo

do paiacutes ultrapassa 15 bilhotildees de pessoas em algumas aacutereas metropolitanas a

populaccedilatildeo vai de 12 a 45 milhotildees de habitantes Em 2000 a classe meacutedia da China

representava 4 da populaccedilatildeo e hoje chega a 66 Os gastos com alimentaccedilatildeo

tambeacutem acompanham essa mudanccedila de comportamento pois existe nesta classe a

procura por alimentos mais saudaacuteveis Esses fatores tecircm estimulado uma mudanccedila

no consumo de abacate em toda a China (MILLER et al 2015)

Quanto agrave produccedilatildeo do Brasil no Ranking global ocorreu justamente o

contraacuterio o paiacutes saiu da quinta posiccedilatildeo para a oitava ao reduzir 765 da produccedilatildeo

que era de 170895 t em 2004 para 157428 t em 2013 Em 2011 o abacate ficou na

17deg posiccedilatildeo no ranking da produccedilatildeo nacional da fruta ocupando apenas 03 do

montante da produccedilatildeo de frutas frescas muito atraacutes das principais culturas

29

produzidas como a laranja mais produzida participando com 416 do setor

Banana segunda mais importante com 154 e Melancia com 46 em quarto

(IBGEPAM 2011)

O volume de abacate fresco brasileiro exportado foi de 4313 t em 2013 para

5806 toneladas em 2014 resultando num aumento de mais de 37 na receita com

este setor que em 2014 foi de mais de nove milhotildees e meio de doacutelares

(AGRIANUAL 2015)

O graacutefico abaixo apresenta o comportamento do volume em toneladas de

abacate exportado pelos paiacuteses que participam do setor

Figura 4 Volume de abacate (t) exportado pelos paiacuteses exportadores da fruta Elaborado pelo autor FONTE FAO

Em 2013 Meacutexico liderou o setor de exportaccedilatildeo do abacate com um volume

de 563492 toneladas cerca 463 do total exportado no mundo Em segundo lugar

a Holanda com 99 A Holanda eacute um grande importador contudo o paiacutes reexporta

grande parte do volume comprado O Peru merece destaque pois saiu de um

volume exportado de 2209 t (06) em 2000 para 114515 t em 2013 ocupando

94 do volume de abacate exportado o que lhe conferiu a 3deg posiccedilatildeo no ranking

global Em quarto lugar o Chile com 73

A figura a seguir apresenta o comportamento dos principais importadores de

abacate do mundo em 14 anos

0

100000

200000

300000

400000

500000

600000

20002001200220032004200520062007200820092010201120122013

EVOLUCcedilAtildeO DA EXPORTACcedilAtildeO MUNDIAL EM t

MEacuteXICO

CHILE

ESPANHA

AacuteFRICA DO SUL

ISRAEL

HOLANDA

PERU

30

Figura 5 Evoluccedilatildeo do volume (t) importado pelos principais paiacuteses importadores de abacate ELABORADA PELO AUTOR FONTE FAOSTAT

Os principais importadores de fruta como por exemplo o europeu e o norte

americano exigem um padratildeo de qualidade que observem as demandas impostas

pelos consumidores com relaccedilatildeo agrave seguranccedila alimentar e tambeacutem agraves exigecircncias

para certificaccedilatildeo do produto levando em consideraccedilatildeo aspectos ambientais e

sociais aleacutem do local de produccedilatildeo Desta forma produtores de fruta destinadas agrave

exportaccedilatildeo precisaram adaptar suas lavouras para atender agraves exigecircncias dos mais

importantes selos internacionais como o EureGapR e o TNCR (OLIVEIRA 2005) O

maior importador de abacate do mundo satildeo os Estados Unidos (ROCHA 2014)

O volume de abacate importado ao redor do mundo vem crescendo na uacuteltima

deacutecada Os Estados Unidos lideram o montante desde 2007 mais ainda que toda a

Uniatildeo Europeia o volume importado pelo paiacutes cresceu cerca de sete vezes entre

2000 e 2013 Em segundo lugar a Uniatildeo Europeia importando quase 23 menos

A Holanda tambeacutem cresceu muito e hoje ocupa a terceira colocaccedilatildeo no ranking O

Japatildeo e o Canadaacute tiveram consideraacutevel crescimento contudo mantiveram-se na 5deg

e 6deg posiccedilatildeo durante esse periacuteodo

Nos EUA a demanda cresce mais acelerado do que a oferta segundo

CARVALHO (2015) a demanda cresce 12 ao ano enquanto a produccedilatildeo cresce

apenas 4 O paiacutes possui uma poliacutetica de retornar parte dos lucros oriundos da

-

100000

200000

300000

400000

500000

600000

700000

IMPORTACcedilAtildeO DE ABACATE NO MUNDO EM t

EUA

UE

HOLANDA

FRANCcedilA

CANADAacute

REINO UNIDO

31

comercializaccedilatildeo do Avocado no paiacutes com a elaboraccedilatildeo de marketing e o

desenvolvimento de pesquisas que incentivem o aumento do consumo interno

promovendo alimentos como por exemplo o GUACAMOLE alimento muito popular

no paiacutes

Em 2002 os EUA impunham a Lei do Bioterrorismo exigindo que as

empresas que produzem processem armazenem ou processem alimentos voltados

ao consumo humano ou animal devem cumprir normas para comercializar seus

produtos voltados ao consumo humano ou animal precisam cumprir normas para

comercializar seus produtos nos Estados Unidos Eacute necessaacuterio que essas mesmas

empresas possuam registro junto ao governo norte-americano atualizando estas

informaccedilotildees e comunicarem agraves autoridades a chegada de novos carregamentos

alimentares O natildeo cumprimento dessas exigecircncias acarreta na proibiccedilatildeo do

ingresso da carga e possiacutevel retenccedilatildeo da mercadoria com multa para o responsaacutevel

pelo carregamento (MDIC 2006)

Os principais compradores de abacate ‟Hass‟ satildeo os Estados Unidos (20 a

50) UE AUS e o Meacutexico maior produtor e exportador do Avocado participando

com 20 do mercado de Avocado (CARVALHO 2015)

O Brasil participa com apenas 031 do mercado internacional exportando

para o Canadaacute e Holanda CARVALHO (2015) comenta que o Brasil natildeo aproveita

seu potencial de se tornar grande produtor e exportador de Avocado o paiacutes possui

extensa aacuterea e clima variado entre outros fatores que favorecem a produccedilatildeo de

Avocado contudo a produccedilatildeo ainda eacute muito pequena quando comparado com

outros paiacuteses que participam do mercado internacional da fruta

Quanto agrave contribuiccedilatildeo do desenvolvimento de programas de melhoramento

geneacutetico para a consolidaccedilatildeo do Brasil como grande produtor mundial de abacate a

utilizaccedilatildeo de cultivares de bdquoHass-like‟ representa uma excelente opccedilatildeo para

aumentar a safra da cultura no paiacutes devido agrave caracteriacutestica que esta variedade tem

de antecipar a florada ampliando desta forma a janela de produccedilatildeo e aumentando

a competitividade do paiacutes em relaccedilatildeo a outros paiacuteses exportadores da fruta

O graacutefico a seguir ilustra o comportamento das exportaccedilotildees e importaccedilotildees

Brasileiras em 14 anos

32

Figura 6 - Evoluccedilatildeo da exportaccedilatildeo e importaccedilatildeo do abacate (em t) no Brasil em 14 anos Elaborado pelo autor FONTE FAO

Alguns dos principais concorrentes do Brasil tratando-se da exportaccedilatildeo do

Avocado satildeo Aacutefrica do Sul com 3 das exportaccedilotildees Chile com 7 e Peru

representando 10 do mercado internacional de Avocado A safra do Chile ocorre

em eacutepoca proacutexima a do Brasil comeccedilando em agosto e terminando em fevereiro

(CARVALHO 2015) A Boliacutevia apesar de participar com apenas 012 do volume

exportado tem a vantagem de possibilidade de produccedilatildeo o ano todo

O elevado padratildeo de qualidade dos produtos eacute sem duacutevida um fator que

pode fazer com que o Brasil se estabeleccedila no mercado mundial de abacate Esta

praacutetica tem qualificado a Aacutefrica do Sul como um dos principais fornecedores para

paiacuteses da Europa a partir do intenso trabalho desenvolvido pela empresa sem fins

lucrativos WESTFALIA situada no municiacutepio de Limpopo por meio de investimentos

em tecnologia

A tabela a seguir apresenta o periacuteodo do ano em que cada paiacutes exportador de

abacate embarca seus produtos ao redor do mundo

0

500

1000

1500

2000

2500

3000

3500

4000

4500

5000

EXPORTACcedilAtildeO

IMPORTACcedilAtildeO

33

TABELA 3 - Janela de exportaccedilatildeo dos paiacuteses exportadores de abacate

adaptada FONTE WESTFALIASUBSOLE

CALENDAacuteRIO DE EXPORTACcedilAtildeO DE ABACATE lsquoHASSrsquo

jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

BRASIL X X X X X X X X

ARGENTINA X X X

EUA X X X X X X X X X X X X

CHILE X X X X X X X X X X

AFRICA DO SUL X X X X X X X

REP DOMINICANA X X X X X

ISRAEL X X X X X X

PERU X X X X X X X

NOVA ZELAcircNDIA X X X

MEacuteXICO X X X X X X X X X X X X

ESPANHA X X X X X X X

QUEcircNIA X X X X X

AUSTRAacuteLIA X X X X X X X

Os principais destinos do abacate ‟Hass‟ exportado pelo Brasil satildeo Espanha

Itaacutelia Holanda Alemanha e Dinamarca O material exportado segue de navio do

porto de Santos a uma temperatura de 5degC levando ateacute 16 dias no maacuteximo ateacute os

destinos Esse material exportado pelo Brasil possui os certificados GlobalGapR ndash

BRCR ndash BSCIR ndash SedexR ndash SmetaR

Os graacuteficos a seguir apresentam informaccedilotildees sobre a evoluccedilatildeo do da

exportaccedilatildeo do abacate feitos a partir de informaccedilotildees apresentadas no Anuaacuterio

Brasileiro de fruticultura (2004 a 2015) obtidos a partir de dados do Instituto

Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica

34

Figura 7 - Evoluccedilatildeo do volume de abacate exportado pelo brasil (2003 a 2014) Elaborado pelo autor com dados DO ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE AGRICULTURA DE 2004 a 2015 (IBGE)

Figura 8 - Receita com exportaccedilatildeo brasileira de abacate (2003 a 2014) Elaborado pelo autor com dado do ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE AGRICULTURA DE 2004 a 2015 (IBGE)

O volume de abacate exportado pelo Brasil vem crescendo nos uacuteltimos anos

revelando assim a importacircncia do setor para o paiacutes A variaccedilatildeo do volume

exportado de 2008 para 2009 foi de 6282 jaacute de 2009 para 2010 a exportaccedilatildeo

sofreu uma queda de 793 Em 2014 houve um aumento de 3462 no setor em

relaccedilatildeo ao ano anterior (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE FRUTICULTURA) A receita

-

100000

200000

300000

400000

500000

600000

700000

20

03

20

04

20

05

20

06

20

07

20

08

20

09

20

10

20

11

20

12

20

13

20

14

EVOLUCcedilAtildeO DO VOLUME DE ABACATE EXPORTADO PELO BRASIL (2003 a 2014)

VOLUME EXPORTADO (t)

-

20000000

40000000

60000000

80000000

100000000

120000000

20

03

20

04

20

05

20

06

20

07

20

08

20

09

20

10

20

11

20

12

20

13

20

14

RECEITA COM EXPORTACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ABACATE (2003 a 2014)

RECEITA (em USS FOB)

35

obtida a partir da exportaccedilatildeo do abacate tambeacutem acompanha os iacutendices de

crescimento

A Aacutefrica do Sul um dos principais concorrentes do Brasil no setor de

exportaccedilatildeo do Avocado eacute reconhecida por exportar material de alta qualidade para

Europa onde possui escritoacuterios contudo sua produccedilatildeo estaacute estagnada A Westfalia

eacute uma empresa sem fins lucrativos produtora de Avocado na Aacutefrica do Sul

responsaacutevel por desenvolver o mercado de Avocado no paiacutes e investe fortemente

em tecnologia o que colaborou para a atual situaccedilatildeo da Aacutefrica do Sul no setor de

exportaccedilatildeo de Avocado (CARVALHO 2015)

ABACATE NO BRASIL

O Brasil favorecido quando comparado com outros paiacuteses produtores devido

agrave suas dimensotildees continentais o que lhe possibilita ampla variaccedilatildeo de temperaturas

e solos estes fator unido agraves caracteriacutesticas individuais de cada variedade como por

exemplo sazonalidade e exigecircncias nutricionais e de horas de luz Contudo apesar

da aacuterea destinada agrave produccedilatildeo do abacate no Brasil ter reduzido passando de

11605 ha em 2005 para 9559 ha em 2014 reduccedilatildeo de 176 a produccedilatildeo natildeo foi

tatildeo alterada o que evidencia a possibilidade de um aumento na produtividade destas

aacutereas

Atualmente o Brasil ocupa a oitava posiccedilatildeo no ranking global do setor de

produccedilatildeo de abacate E apesar de possuir crescente produtividade o paiacutes ainda

possui excelente potencial produtor e tambeacutem como exportador da fruta Para

aproveitar melhor esse potencial deveriam ser feitos mais investimentos tanto no

que se refere agrave produccedilatildeo como por exemplo melhoramento geneacutetico e adoccedilatildeo de

protocolos de boas praacuteticas agriacutecolas para a obtenccedilatildeo de certificaccedilatildeo quanto no

setor de comercializaccedilatildeo desenvolvendo elevado padratildeo de qualidade da fruta

A tabela a seguir (TABELA 4) apresenta a aacuterea destinada agrave colheita de todas

as variedades de abacate nos principais produtores de abacate e o Distrito Federal

TABELA 4 - Aacuterea destinada agrave colheita (em ha) Elaborada pelo autor

DADOS (IBGE-SIDRA)

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Brasil 11605 10515 9892 9596 8509 11125 10768 9615 9707 9559

Satildeo Paulo 4266 3688 3583 3437 3267 5530 5642 4192 4374 4337

36

Minas Gerais 2865 2254 2326 2223 1854 2202 2134 2309 2416 2373

Paranaacute 1492 1467 1306 1009 1085 1000 944 922 958 930

Cearaacute 493 475 498 497 490 484 477 480 483 498

Rio Grande do Sul 626 619 613 602 584 575 552 499 470 444

Distrito Federal 119 122 109 124 108 111 - 295 160 134

A tabela 5 abaixo apresenta a produccedilatildeo de todas as variedades de abacate

em toneladas dos uacuteltimos 10 anos para os principais estados produtores e o Distrito

Federal

TABELA 5 - Produccedilatildeo nacional de abacate em 10 anos (em t) Elaborada pelo

autor FONTE (IBGESIDRA)

UFANO 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Brasil 169335 164441 154096 147214 139089 153189 160376 159903 157482 156669 1000

Satildeo Paulo 77107 78085 70812 69904 74193 83002 91909 82780 85101 79316 506

Minas Gerais 38777 32812 33436 28016 24772 28522 30975 36669 36571 41259 263

Paranaacute 22265 22575 20425 16537 15919 15824 17304 16705 16309 15784 101

Rio Grande do Sul

8167 7905 7804 7602 6824 6769 6907 5719 5584 5277 34

Cearaacute 5202 4231 4706 4520 4336 4163 3985 2717 2640 3637 23

Distrito Federal 2596 3081 2690 3019 2666 2415 - 6914 3152 3151 20

Em 2014 a aacuterea destinada agrave colheita do abacate no estado do Cearaacute era

superior agrave aacuterea do Rio Grande do Sul contudo a produccedilatildeo no estado do Cearaacute no

mesmo ano foi de 3637 t enquanto que a produccedilatildeo do Rio Grande do Sul foi de

5277 45 maior reforccedilando assim a ideia de que a produtividade no Sul pode ser

maior em relaccedilatildeo agrave regiatildeo Nordeste Este fator pode ser decorrente do uso de

cultivares inadequadas para as condiccedilotildees climaacuteticas da regiatildeo eou pela falta de

adoccedilatildeo de tecnologias modernas e teacutecnicas avanccediladas de produccedilatildeo

No Distrito Federal a produccedilatildeo cresceu 21 nos uacuteltimos 10 anos e hoje

representa 2 da produccedilatildeo nacional Por outro lado Satildeo Paulo que lidera o ranking

com 506 de toda a produccedilatildeo obteve crescimento de apenas 286 Jaacute a

produccedilatildeo do Paranaacute sofreu uma reduccedilatildeo de -291 neste mesmo periacuteodo poreacutem

manteve-se como quarto produtor nacional de abacate Os estados do Cearaacute e Rio

Grande do Sul tambeacutem reduziram sua produtividade nos uacuteltimos 10 anos

acompanhando a reduccedilatildeo nacional que reduziu -74

37

A variaccedilatildeo da produtividade de todas as variedades de abacate dos principais

estados produtores de abacate do Brasil eacute apresentada na TABELA 6 a seguir

TABELA 6 - Variaccedilatildeo (em) da produtividade (t) no Brasil em 10 anos

Elaborada pelo autor FONTE (IBGESIDRA)

VARIACcedilAtildeO () DA PRODUTIVIDADE (t) EM 10 ANOS

ESTADOANO 2005 2014 VARIACcedilAtildeO

PAIacuteS 146 164 123

SAtildeO PAULO 181 183 11

MINAS GERAIS 135 174 289

PARANAacute 149 17 141

RIO GRANDE DO SUL 13 119 -85

CEARAacute 106 73 -311

DISTRITO FEDERAL 218 235 78

De acordo com os dados do IBGE Satildeo Paulo eacute o maior produtor de abacate

do paiacutes Dentre as variedades mais produzidas no estado de Satildeo Paulo estatildeo

bdquoFortuna‟ bdquoGeada‟ bdquoQuintal‟ e bdquoMargarida‟ (DORIZZOTTO 2011)

Abaixo segue TABELA 11 contendo os nuacutemeros de plantas novas e o

nuacutemero de plantas em produccedilatildeo bem como a produccedilatildeo (caixas de 22Kg) no estado

de Satildeo Paulo ao longo de 15 anos

TABELA 7 - Quantidade de peacutes novos peacutes em produccedilatildeo e produccedilatildeo (cx 22kg)

no estado de Satildeo Paulo entre 2000 e 2015 Elaborada pelo autor FONTE

INSTITUTO DE ECONOMIA AGRIacuteCOLA

ANO PEacuteS

NOVOS PEacuteS EM

PRODUCcedilAtildeO

2000 4859400 66157100

2001 4617700 62883700

2002 4742500 55421300

2003 6095000 49740300

2004 5969500 48339500

2005 5131100 46596200

2006 5325600 45869000

2007 3412800 47668000

2008 5007100 40617400

2009 12068600 49971400

2010 8190000 53239000

38

2011 6904500 54780100

2012 7704100 51341600

2013 7002100 59149400

2014 8419800 60996100

2015 9040200 67073800

O graacutefico abaixo apresenta a curva da produtividade obtida a partir da relaccedilatildeo

feita entre a produccedilatildeo e a quantidade de peacutes em produccedilatildeo no estado de Satildeo Paulo

Figura 9 - Produtividade (kgplanta) no estado de Satildeo Paulo desde 2000 elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE ECONOMIA AGRIacuteCOLA

Os dados foram obtidos a partir da relaccedilatildeo feita entre a quantidade de planta

em produccedilatildeo e a quantidade de caixas de 22 Kg produzidas no estado de Satildeo Paulo

desde 2000 Esses dados revelam crescente aumento da produtividade ateacute o ano de

2010 onde a produtividade ultrapassou 168 Kgplanta Jaacute em relaccedilatildeo ao ano de

2011 a produtividade sofreu uma reduccedilatildeo de 10 Depois disso a curva de

produtividade continuou ascendente

A seguinte tabela apresenta a evoluccedilatildeo do preccedilo do abacate comercializado

na CEAGESP durante o ano no periacuteodo de nove anos

90

110

130

150

170

190

20

00

20

01

20

02

20

03

20

04

20

05

20

06

20

07

20

08

20

09

20

10

20

11

20

12

20

13

20

14

20

15

PRODUTIVIDADE DOS PEacuteS DE ABACATE (Kgplanta) EM SP

PRODUTIVIDADE

39

TABELA 8 - Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio (em R$Kg) do abacate FONTE

CEAGESP 2008

ANOMEcircS JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

2007 105 101 1 118 107 109 129 151 159 181 228 279

2008 119 081 084 097 102 11 122 137 149 208 296 326

2009 169 122 132 133 141 141 152 177 217 213 212 235

2010 17 161 165 154 151 151 164 173 202 262 406 316

2011 185 182 183 203 186 204 231 278 308 317 359 369

2012 207 155 151 141 153 164 192 218 242 268 429 485

2013 263 209 216 215 244 265 258 304 347 403 566 498

2014 228 206 231 239 198 2 256 267 301 305 403 538

2015 406 403 386 349 367 397 394 43 - - - -

O graacutefico a seguir resume o comportamento da quantidade de peacutes novos e

em produccedilatildeo no estado de Satildeo Paulo desde o ano 2000

Figura 10 - Evoluccedilatildeo do nuacutemeros de peacutes novos e em produccedilatildeo ao longo de 15 anos no estado de Satildeo Paulo elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE

ECONOMIA AGRIacuteCOLA

A produccedilatildeo (em caixas de 22 Kg) eacute demonstrada no graacutefico abaixo para esse

mesmo periacuteodo

000

10000000

20000000

30000000

40000000

50000000

60000000

70000000

80000000

20002002200420062008201020122014

EVOLUCcedilAtildeO DOS DADOS DO ABACATE EM SAtildeO PAULO

PEacuteS NOVOS

PEacuteS EM PRODUCcedilAtildeO

40

Figura 11 - Evoluccedilatildeo da produccedilatildeo de abacate em caixas de 22kg no estado de Satildeo Paulo em 15 anos elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE

ECONOMIA AGRIacuteCOLA

A sazonalidade do abacate comercial na CEAGESP em Satildeo Paulo

demonstram que o abacate pode ser comercializado praticamente todas as eacutepocas

do ano como apresentado pela tabela

TABELA 9 - Sazonalidade do abacate FONTE CEAGESP 2008

VARIEDADE JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

GEADA X X X X X

FORTUNA X X X X X X X

QUINTAL X X X X X X X

MARGARIDA X X X X X X X X X X

BREDA X X X X X X X X

HASS X X X X X X X X

O Estado de Minas Gerais eacute o segundo maior produtor nacional de abacate

participando do setor com 229 do total produzido A aacuterea no Estado destinada agrave

produccedilatildeo da fruta foi de 23 mil ha A produtividade do estado de Minas em 2012 foi

de 15881 (hgha) (PERFIL DA FRUTA) A produccedilatildeo de abacate no Distrito Federal

em 2013 foi de 3152 toneladas (IBGE) Em Minas a produccedilatildeo concentra-se nas

regiotildees Sul e Sudeste do estado (ALMEIDA 2013)

200000000

250000000

300000000

350000000

400000000

450000000

500000000

550000000

20002002200420062008201020122014

EVOLUCcedilAtildeO NA PRODUCcedilAtildeO DE ABACATE EM SAtildeO PAULO (22Kgcx)

PRODUCcedilAtildeO CX 22Kg

41

Em 2003 o Paranaacute foi o terceiro maior produtor nacional de abacate com uma

aacuterea de aproximadamente 1600ha onde se produziu 26 mil toneladas gerando uma

receita de cerca de R$ 85 milhotildees (HOHMANN amp MENEGUIM 2005)

De acordo com a relaccedilatildeo feita entre os dados de volume de abacate colhido e

de aacuterea destinada agrave produccedilatildeo do IBGESIDRA em 10 anos (2005 agrave 2014) o estado

que sofreu maior reduccedilatildeo da produtividade foi o estado do CEARAacute reduzindo em

31 aproximadamente enquanto que o estado de minas aumentou 289 sua

produtividade O DF apresentou os melhores niacuteveis de produtividade a partir desses

dados

AVOCADO NO BRASIL

A regiatildeo de Bauru em Satildeo Paulo especializou-se na produccedilatildeo dos abacates

‟Hass‟ e bdquoFuerte‟ conhecidos comercialmente como Avocado e satildeo os mais

apreciados pelo mercado internacional (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA

FRUTICULTURA 2008)

O Avocado variedades ‟Hass‟ e bdquoFuerte‟ possui excelentes caracteriacutesticas

nutricionais como por exemplo seu alto teor de lipiacutedeos Aleacutem disso o fruto possui

tamanho reduzido o que facilita o consumo evitando que parte natildeo consumida seja

armazenada Uma das possibilidades de se estimular o consumo interno seria

promover o produto a partir do uso de marketing setor no qual a empresa

JAGUACYR situada no municiacutepio de Bauru ndash SP tem se destacado fornecendo

informaccedilotildees nutricionais e apresentando o alto padratildeo de qualidade da fruta Outro

fator que reduz a oferta do produto no mercado interno eacute a demanda internacional

apesar de impor barreiras e exigirem alto padratildeo de qualidade o produto de

qualidade recebe os melhores preccedilos este fator tambeacutem limita o consumo interno

porque o preccedilo oferecido pelos importadores reflete no preccedilo interno

Outro ponto que deve ser observado para se manter qualidade elevada dos

frutos eacute a escolha adequada do ponto de colheita pois este fator reflete diretamente

no teor de oacuteleo dos frutos que por sua vez eacute responsaacutevel pela conservaccedilatildeo do

sabor Os melhores teores de oacuteleo encontram-se em frutos tardios como nas

variedades obtidas a partir das raccedilas Guatemalenses e Mexicana sendo maior nas

raccedilas Mexicana e menor em cultivares oriunda de raccedilas Guatemalenses como por

exemplo a bdquoHass‟

42

A exportaccedilatildeo brasileira do abacate bdquoHass‟ variedade mais produzida no

mundo era de 100 toneladas por ha em 2004 para 2186 toneladas em 2010

(DORIZZOTTO 2011) Contudo este dado representa apenas 143 do volume de

todo o abacate produzido no paiacutes nesta mesma data mesmo com seus atributos

nutricionais e comerciais

Quando se trata do segmento do mercado do Avocado brasileiro em acircmbito

global a empresa JAGUACYR situada no municiacutepio de Bauru ndash SP com sede na

Holanda eacute de extrema relevacircncia contribuindo com 90 das exportaccedilotildees brasileiras

deste produto com o qual o Brasil ainda comeccedila a participar poreacutem possui

condiccedilotildees favoraacuteveis para crescer no setor (CARVALHO 2015)

O graacutefico a seguir apresentado na Figura 2 demonstra a evoluccedilatildeo da

participaccedilatildeo do Avocado no setor de fruticultura no estado de Satildeo Paulo

Figura 12 - Elaborado pelo autor FONTE CEAGESPSEDES GABRIEL V BITENCOURT DE ALMEIDA

Como apresentado no graacutefico acima o volume de Avocado comercializado na

CEAGESP tem crescido rapidamente vertiginosamente chegando a quase

quadruplicar seu valor em apenas 7 anos

Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio de atacado (R$Kg) de Avocado na CEAGESP de

Satildeo Paulo durante o ano (SP) (Figura 3)

81 74 90

106 133

208

365 378

0

50

100

150

200

250

300

350

400

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

EVOLUCcedilAtildeO DA QUANTIDADE COMERCIALIZADA (T) DE AVOCADO NA CEAGESP DE SAtildeO PAULO (SP)

QUANTIDADE(toneladas)

43

Figura 13 - Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio do avocado na CEAGESP (R$Kg) Elaborado pelo autor FONTES CEAGESP

O graacutefico a seguir demonstra um comparativo da variaccedilatildeo do preccedilo meacutedio do

abacate em relaccedilatildeo ao Avocado durante o ano com base nos dados de nove anos

da CEAGESP (R$Kg)

Figura 14 - Comparativo do preccedilo meacutedio do abacate e do avocado comercializado na ceagesp durante o ano elaborado pelo autor FONTE

CEAGESP

A partir dos dados de 7 anos com a variaccedilatildeo do preccedilo meacutedio do Avocado por

quilo durante o ano pocircde-se observar que os menores valores encontram-se entre

maio e agosto A variaccedilatildeo de preccedilo meacutedio durante o ano chega a ser de R$ 581 o

quilo mais que o dobro entre o maior e menor valor meacutedio encontrado

O graacutefico com o comparativo do preccedilo do abacate com o Avocado (Figura 11)

revela a discrepacircncia da valorizaccedilatildeo entre os dois grupos O valor miacutenimo do

4

6

8

10

12

jan

fev

mar

abr

mai

jun jul

ago

set

ou

t

no

v

dez

EVOLUCcedilAtildeO DO PRECcedilO MEacuteDIO DO AVOCADO NA CEAGESP (R$Kg)

PRECcedilO MEacuteDIO

0

2

4

6

8

10

12

JAN

FEV

MA

R

AB

R

MA

I

JUN

JUL

AG

O

SET

OU

T

NO

V

DEZ

PRECcedilO AVOCADO

PRECcedilO DO ABACATE

44

Avocado eacute de R$ 554 por quilo enquanto que o maior valor encontrado do abacate

chega a R$ 381 uma diferenccedila de quase 50

O CEASA-DF registrou em 2014 um volume comercializado de 397 toneladas

de Avocado enquanto que no ano anterior o volume registrado natildeo passou de 07

toneladas (CEASA-DF)

Apesar de jaacute haver teacutecnicas eficientes e tecnologias modernas disponiacuteveis

para se aperfeiccediloar a produccedilatildeo do abacate a exploraccedilatildeo de novas regiotildees com

potencial produtor para a implantaccedilatildeo de pomares de abacateiro no Brasil eacute um dos

fatores que podem aumentar mais ainda a produccedilatildeo nacional No DF por exemplo

a aacuterea destinada agrave colheita do abacate sofreu uma reduccedilatildeo de mais da metade de

2012 para 2014 muito diferente da forma como havia se comportando desde 2000

quando a aacuterea passou de 85 ha para 111 em 2010 O DF representa apenas 2 da

produccedilatildeo nacional do abacate contudo sua produtividade vem aumentando e de

acordo com os dados do IBGE o DF possui os melhores iacutendices de produtividade do

paiacutes o que pode representar forte potencial da regiatildeo no setor Este fato corrobora

com a ideia de que o Brasil pode aproveitar melhor sua extensatildeo territorial

explorando regiotildees com potencial produtor como o DF por exemplo

CERTIFICACcedilAtildeO

CARVALHO (2015) afirma que para participar do mercado internacional os

produtores devem se atentar agraves exigecircncias internacionais de qualidade e seguranccedila

garantidas por meio de certificaccedilatildeo como GlobalGapR BRCR BRCIR FAIRDRADER

e SEDEX-SMETAR Outro ponto que deve ser adotado pelo Brasil no comeacutercio do

Avocado eacute manter um mercado com preccedilo linear e contiacutenuo Ainda segundo

CARVALHO (2015) produtores que natildeo possuem certificaccedilatildeo no GlobalgapR

recebem menos 10

PRECcedilO PAGO PELA JAGUACYR AO PRODUTOR COM GLOBALGAPR

TABELA 10 - (CARVALHO 2015)

CAT CALIBRE MAR ABR MAI JUN

1 12 A 24 315 322 205 205

2 26 A 32 131 129 130 130

2 12 A 24 284 350 187 187

45

Para o consumidor final o selo GLOBALGAPR natildeo eacute tatildeo notado pois o uso

desta marca eacute praticado entre empresas Contudo sua em sua elaboraccedilatildeo

considerou-se a reduccedilatildeo dos impactos negativos das operaccedilotildees agriacutecolas no meio

ambiente reduzir o uso de insumos quiacutemicos e garantir que assuntos de sauacutede e

seguranccedila dos empregados e bem estar animal sejam observados (GLOBALGAPR

2008)

A GLOBALGAPR serve como um manual no comeacutercio mundial de produtos

agriacutecolas estabelecendo normas voluntaacuterias para sua certificaccedilatildeo Este conjunto de

normas estabelece serve de molde para a conduccedilatildeo de boas praacuteticas agriacutecolas

(BPA) nas atividades agriacutecolas (GLOBALGAPR 2008)

Um dos pontos positivos em se adotar os protocolos de boas praacuteticas

agriacutecolas eacute a prevenccedilatildeo de perdas Pesquisas feitas no setor da fruticultura

concluem que maior parte do desperdiacutecio ocorre no percurso que vai do manuseio

no campo ateacute as centrais de produccedilatildeo (AGRIANUAL 2012) Os iacutendices de perdas da

abaticultura chegam a 34 ao ano (AGRIANUAL 2015)

Eacute de extrema importacircncia desenvolver soacutelidos e eficientes sistemas de

certificaccedilatildeo a fim de assegurar qualidade que atenda as expectativas dos

consumidores permitindo que as empresas ingressem nos mercados globais com

seus produtos (ZEIDAN et al 2008)

A difusatildeo de praacuteticas recomendadas para a obtenccedilatildeo da certificaccedilatildeo

GLOBALGAPR por parte dos produtores de abacate principalmente as variedades

bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ pode estimular o consumo interno por meio da oferta de produtos

de maior qualidade aleacutem de reduzindo perdas e promover o produto no comeacutercio

internacional da fruta Fazendo com que o potencial produtor seja aproveitado ao

maacuteximo uma vez que seguir os protocolos de boas praacuteticas agriacutecolas represente a

reduccedilatildeo de perdas no processo de produccedilatildeo de colheita e de transporte seja por

meio da reduccedilatildeo da incidecircncia de pragas ou por adoccedilatildeo de teacutecnicas e evitem perdas

na conduccedilatildeo da produccedilatildeo dos pomares de abacate

CONCLUSOtildeES

A produccedilatildeo de Avocado cultivares bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ superiores em vaacuterios

aspectos agraves cultivares mais populares no paiacutes tem condiccedilotildees de se desenvolver

amplamente no Brasil tornando-o grande consumidor e exportador da fruta Essa

46

mudanccedila pode ocorrer por meio de incentivos governamentais que incentivem o

registro de produtos para a cultura do abacateiro favorecendo a obtenccedilatildeo de

certificaccedilatildeo bem como o desenvolvimento de centros de pesquisas que

desenvolvam estudos sobre a cultura do abacateiro que promovam a difusatildeo de

tecnologia e com isso estimule a utilizaccedilatildeo de novas aacutereas com potencial produtivo

A transferecircncia de tecnologia tambeacutem pode ser feita por parte de empresas da aacuterea

privada que possuem domiacutenio de teacutecnicas e tecnologias modernas principalmente

por meio da popularizaccedilatildeo da produccedilatildeo de mudas clonais para porta-enxerto Aleacutem

disso devem ser feitas accedilotildees por parte de instituiccedilotildees privadas como o

desenvolvimento do marketing da fruta a fim de divulgar os benefiacutecios do consumo

e a exposiccedilatildeo de novas formas de consumo de abacate pode ser crucial para a

mudanccedila do comportamento do consumidor nacional uma vez que este se atenta

principalmente aos aspectos visuais do abacate

Na poacutes-colheita o controle sobre os processos de maturaccedilatildeo poderia ser

mais bem aproveitado No Brasil a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas de conservaccedilatildeo no poacutes-

colheita de frutas objetiva na maioria das vezes estender o tempo de prateleira

destes produtos Para se aproveitar os elevados preccedilos ofertados em determinadas

eacutepocas os produtores colhem os frutos antes do recomendado para a fruta do

abacateiro o que reduz sua qualidade pois a eacutepoca da colheita influencia

diretamente no teor de oacuteleo fator altamente relacionado com o sabor da fruta Por

outro lado a aceleraccedilatildeo do processo de maturaccedilatildeo por meio do controle de

maturaccedilatildeo permite fornecimento de frutos maduros prontos para o consumo

estimulando assim o consumo no paiacutes Com a entrega regular de frutos maduros

nos supermercados e restaurantes novas formas de consumo da fruta como patecircs

e em saladas poderiam ser facilmente introduzidas no cardaacutepio nacional

47

BIBLIOGRAFIA

ALMEIDA G V B Mercado Atacadista de Abacate e Avocado (CEAGESP) III

Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado Bauru 2015

ALMEIDA G V B O Abacate no mundo e na CEAGESP Todafruta notiacutecia 2011

DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwtodafrutacombrnoticia28119O+ABACATE+NO+MUNDO+NO+BRASIL

+E+NA+CEAGESP gt

ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA FRUTICULTURA 2004 a 2015 DISPONIacuteVEL EM

httpwwwgrupogazcombrtratadaseo_edicao420150320150301_106c8c2f1pdf

4718_2015fruticulturapdfgt

BIODIESELBR DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwbiodieselbrcomnoticiasmateria-

primaoutrasvideo-unesp-transforma-oleo-abacate-biodiesel-060313htm gt

BONELLA J A Classificaccedilatildeo de abacates na CEAGESP Joseacute Alcides Bonella ME

2013

BRUWER T ROOYEN Z VAN PERFORMANCE AND MARKET ACCEPTIBILITY

OF THE HASS-LIKE CULTIVARS GEM AND HARVEST IN SOUTH AFRICA Vi

World Avocado Congress (Actas VI Confreso Mundial del Aguacate) 2007 Vintildea Del

Mar Chile 12 ndash 16 nov 2007 ISBN n 978-956-17-0413-8 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwAvocadosourcecomWAC6enExtenso1b-36pdf gt

CAMPOS J A Cultura racional do abacateiro Satildeo Paulo Iacutecone 1988 150 p

CANTUAacuteRIAS-AVILEacuteS T SILVA S R La induacutestria del aguacate em el Estado de

Satildeo Paulo Brasil actualidad y perspectivas futuras In CONGRESO MUNDIAL DEL

AGUACATE 7 2011 Caims Resuacutemenes Caims Avocado Australia 2011

48

CORREIA R C ARAUJO J L P MOUCO M A do C BRAGA C A

MENDONCcedilA R F de Abacate preferecircncias e mercado CONGRESSO

BRASILEIRO DE FRUTICULTURA 21 2010 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwalicecnptiaembrapabralicebitstreamdoc8700181Moucopdf gt

CARVALHO L F Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado realizaccedilatildeo Jaguacy

Sindicato Rural de Bauru Serviccedilo Nacional de Aprendizagem Rural - SENAR

Faculdades Integradas de Bauru ndash SP 2015

CHITARRA M I F CHITARA A B 2005 Poacutes colheita de frutos e hortaliccedilas

Fiiologia e Manuseio Lavras ESALFAEPE

CRANE J H BALERDI C F MAGUIRE I Avocado Growing in the Florida Home

Landscape University of Florida Circular 1034 one of a series of the Horticultural

Sciences Department Florida Cooperative Extension Service Institute of Food and

Agricultural Sciences University of Florida 1983 Revised 2007

CRIZEL G R MOURA R S OLIVEIRA I R MENDONCcedilA C R B

Caracteriacutesticas fiacutesicas e quiacutemicas de abacates das variedades bdquoQuintal‟ e bdquoHass‟ In

CONGRESSO DE INICIACcedilAtildeO CIENTIacuteFICA 17 ENCONTRO DE POacuteS-

GRADUACcedilAtildeO 10 2008 Pelotas Resumos Pelotas UFPEL 2008

DAIUTO E R VIEITES R L TREMOCOLDI M A RUSSO V C Taxa

respiratoacuteria de abacate bdquoHass‟ submetido a diferentes tratamentos fiacutesicos Revista

Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha Meacutexico v 10 n 2 p 101-109

2010

DAIUTO E R TREMOCOLDI M A VIEITES R L Conservaccedilatildeo poacutes colheita de

abacate bdquoHass‟ irradiado Revista Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha vol

10 n 2 2010

DONADIO L C Abacate para exportaccedilatildeo aspectos teacutecnicos da produccedilatildeo

Brasiacutelia Frupex MAPA 1995 53 p

49

DONADIO L C FERRARI L AVILEacuteS T C Abacate In DONADIO L C (Ed)

Histoacuteria da Fruticultura Paulista Jaboticabal SBF ndash Sociedade Brasileira de

Fruticultura 2010 P 33-63

DORIZZOTTO C D A SAMPAIO A C ICUMA I M et al Avocado production

chain in the state of Satildeo Paulo (Brazil) In Proceedings VII World Avocado Congress

2011 Cairns Anaishellip Cairns Internacional Avocado Society 2011 DISPONIacuteVEL

EM lt

httpworldAvocadocongress2011comuserfilesfileOsvaldo20Kioshi20Yamanis

hi201400-1420pdf gt

ERNST Z R ERNST A A The strategic role of new cultivars A case study of

bdquoMaluma‟ VIII Congreso Mundial de la Palta 2015 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwavocadosourcecomWAC8Section_02EarnstZander2015pdf gt

FACTFISH Avocados production quantity (tons) ndash for all countries DISPONIacuteVEL

EM lt httpwwwfactfishcomstatisticAvocados20production20quantity gt

FAOSTAT 2000 a 2013 DISPONIacuteVEL EM lt httpfaostat3faoorgbrowseTTPE gt

FER B WOLSTENHOLME B N (Ed) The Avocado botany production and

uses Oxon CABI Publ 2002 chap 12 p 299-338

FRANCISCO V L F dos S BAPTISTELLA C S L CULTURA DO ABACATE NO

ESTADO DE SAtildeO PAULO Informaccedilotildees Econocircmicas SP v 35 n5 2005

DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwieaspgovbroutpublicacoespdftec3-0505pdf gt

GAYET J P et al 1995 Abacate para exportaccedilatildeo procedimentos de colheita e

poacutes-colheita FRUPEX Brasiacutelia 37p

GIRARDI G Abacate uma nova opccedilatildeo de biocombustiacutevel Jornal UNESP Bauru

2009 DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwunespbracijornal248energia_bauruphp gt

50

GUEDES M S B SENA M TOLEDO S Certificaccedilatildeo como estrateacutegia competitiva

internacional dos produtores de frutas no Brasil VII Encontro da Sociedade

Brasileira de Economia Ecoloacutegica (ECO-ECO) 28 a 30 de novembro de 2007

Fortaleza Cearaacute

HODDLE M The Avocado Seed Moth Stenoma cateniver Walsingham (Lepdoptera

Elachistidae) Department of Entomology Applied Biological Control Research

DISPONIacuteVEL EM lt httpbiocontrolucredustenomastenomahtml gt

HOHMANN C L MENEGUIM A M A BROCA-DO-ABACATE (Stenoma catenifer)

Aspectos bioloacutegicos comportamento danos e manejo Instituto Agronocircmico do

Paranaacute ndash Londrina ndashPR Informe da Pesquisa n 147 2005

HOHMANN C L MENEGUIM A M Observaccedilotildees preliminares sobre a ocorrecircncia

da broca-do-abacate Stenoma catenifer Wals no Estado do Paranaacute Anais da

Sociedade Entomoloacutegica do Brasil v 22 p 417-419 1993

ILLSLEY-GRANICH C‟Hass‟Carmenrega precocious flowering avocado tree

Agrovim AS de CV Uruapan Michocan Mexico Rob Brokaw Brokaw Nursery Inc

Saticoy California USA Dr Salvador Ochoa-Ascencio University of Michoacan

Uruapan Michoacan Mexico 2011 DISPONIacuteVEL EM lt

httpworldavocadocongress2011comuserfilesfileCarlos20Illsley201410-

1430pdf gt

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA ESTATIacuteSTICA (IBGE) IBGE CIDADES

DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwcidadesibgegovbrcartogramamapaphplang=ampcoduf=53ampcodmun=53

0010ampidtema=136ampcodv=v01ampsearch=distrito-federal|brasilia|sintese-das-

informacoes-2013 gt

KADER A A 1992 Postharvest technology of horticultural crops Okland Univertisy

of California 292p

51

KADER A A ARPIA M L Avocado Recommendations for Maintaining

Postharvest Quality 2013

KADER A A Biologiacutea y Tecnologiacutea Postcosecha un Panorama In KADER A A

Tecnologiacutea Postcosecha de Cultivos Hortofrutiacutecolas 3 Ed Davis University Of

Califoacuternia 2007 Cap 4 p 43-53

KLUGE R A et al Inibiccedilatildeo do amadurecimento de abacate com 1-

metilciclopropeno Pesquisa Agropecuaacuteria Brasileira 37(7)895-901

KOOLER O C Abacaticultura Porto Alegre UFRGS 1992 138p

KOOLER O C ABACATICULTURA Porto Alegre UFRGS 1984 138p

KOLLER O C Abacate produccedilatildeo de mudas instalaccedilatildeo e manejo de pomares

colheita e poacutes-colheita Porto Alegre Cinco Continentes 2002 145 p

KREMER-KOumlHNE S KOumlHNE J S 25 YEARS OF AVOCADO ROOTSTOCK

DEVELOPMENT IN SOUTH AFRICA VI World Avocado Congress Chile 2007

DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwavocadosourcecomWAC6enExtenso1a-8pdf gt

LIPPERT C ALLAMAND M (WESTFALIASUBSOLE) A hystory of

collaboration Rev Subsole Santiago 2007

MAIS NATUREZA ABACATEIRO DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwmaisnaturezacomplantasarvoresabacateiro gt

MARANCA G Fruticultura comercial Manga e Abacate Satildeo Paulo Nobel 1980

p 81-133

MASSAFERA G COSTA T M B OLIVEIRA J E D COMPOSICcedilAtildeO DE AacuteCIDOS

GRAXOS DO OacuteLEO DO MESOCARPO E DA SEMENTE DE CULTIVARES DE

ABACATE (Persea americana MILL) DA REGIAtildeO DE RIBEIRAtildeO PRETO SP)

52

Alim Nutr Araraquara V 21 n 2 p 325-331 abrjun 2010 DISPONIacuteVEL EM lt

http20014571150seerindexphpalimentosarticleview940a20v21n2pdf gt

MDIC Negociaccedilotildees internacionais DISPONIacuteVEL EM

httpwwwdesenvolvimentogovbrsitiosecexnegInternacionaisMedTerrorismoLei

ph p gt

MICKELBART M V BENDER G S WITNEY G W ADAMS C ARPAIA M L

Effects of clonal rootstocks on bdquoHass‟ avocado yield components alternate bearing

and nutrition Journal of Horticultural Schience amp Biotechnology Ashford v 82

n 3 p 460-466 2007

MILLER B BERTELS R PADILLA T WILEMAN R THOMSEN L China the

new frontier VIII World Avocado Congress 2015

MONTENEGRO H W S A cultura do abacateiro Satildeo Paulo Melhoramentos

1951 102p (Criaccedilatildeo e Lavoura n 11)

MORAES A F G Desenvolvimento produccedilatildeo e qualidade de frutos de abacateiro

cv bdquoHass‟ sobre dois porta-enxertos nas condiccedilotildees edafoclimaacuteticas da regiatildeo central

do Estado de Satildeo Paulo Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Ciecircncias Piracicaba 2014

NAAMANI G Global Trends in main Avocado Markets VII World Avocado

Congress Australia 2011

NAVA DE DE LARA HADDAD M PARRA JRP 2005 Exigecircncias teacutermicas

estimativa do nuacutemero de geroccedilotildees de Stenoma catenifer e comprovaccedilatildeo de modelo

em campo Pesq Agropec Bras Brasilia v 40 p 961-967

NAVA DE PARRA JRP COSTA VA GUERRA TM COcircNSOLI FL (2005b)

Population dynamics of Stenoma catenifer(Lepidoptera Elachistidae) and related

larval parasitoids in Minas Gerais Brazil Florida Entomologistv 88p 441-446

53

NOVAGRIM ndash FRESH FRUITS IMPORTER amp VEGETABLE SUPPLIER SINCE

1999 2001-2013 WORLD AVOCADO PRODUCTION DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwnovagrimcomPages2000_2011_Avocado_statistics_ENaspx gt

OLIVEIRA LA A importacircncia das Normas Internacionais para o Comeacutercio da

Fruticultura Brasileira Piracicaba Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Economia Escola

Superior de Agricultura ldquoLuiz de Queirozrdquo Universidade de Satildeo Paulo Piracicaba

2005

OLIVEIRA M A de et al 2000 Ceras para conservaccedilatildeo poacutes colheita de frutos de

abacateiro cultivar Fuerte armazenados em temperatura ambiente Scientia Agriacutecola

Piracicaba 57 (4) 777-780

PASSONI A D NEVES M C M RODRIGUES B B BOTEON M Anaacutelise dos

principais entraves na exportaccedilatildeo de frutas brasileiras CENTRO DE ESTUDOS

AVANCcedilADOS EM ECONOMIA APLICADA (CEPEAESALQ-USP) XLIV

CONGRESSO DA SOBER ndash ldquoQuestotildees Agraacuterias Educaccedilatildeo no Campo e

Desenvolvimentordquo Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia Rural Fortaleza

2006

PEGG K G COATES L M KORSTEN L HARDING R M Foliar fruit and

soilborne diseases In WHILEY A W SCHAF

PERFIL DA FRUTICULTURA 2014 Base de dados 2012 a 2013 Governo de Minas

Gerais Agricultura Pecuaacuteria e Abastecimento 2014

PICCININ E PASCHOLATI S F ldquoDOENCcedilAS DO ABACATEIRO‟ em MANUAL DE

FITOPATOLOGIA Vol 2 Doenccedilas das Plantas Cultivadas Editora Agronocircmica

Ceres Ltda Satildeo Paulo 1997 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwifcursoscombrsistemaadminarquivos07-33-29-

manualfitopatologiapdfpage=10 gt

54

PUTT F F GOacuteES B C CATANEO P F Anaacutelise econocircmica de oferta e demanda

do abacate na alta paulista X Foacuterum Ambiental da Alta Paulista v 10 n 7 2014

pp 158-169

ROCHA I L Nuacutemeros do abacate HORTIESCOLHA Instituto Brasileiro de

Qualidade em Horticultura DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwhortibrasilorgbrjnwindexphpoption=com_contentampview=articleampid=120

9numeros-do-abacate-ampcatid=50comercializacaoampItemid=82 gt

SANTO N T Manejo da vegetaccedilatildeo intercalar para obtenccedilatildeo de cobertura morta na

cultura do abacateiro visando minimizar os danos causados por Phytophthora

cinnamomi Dissertaccedilatildeo de mestrado em Fitotecnia Piracicaba 2014

SCHAFFER B WOLSTENJOLME B N WHILEY A W The avocado botany

production and uses 560 p 2012 DISPONIacuteVEL EM lt

httpsbooksgooglecombrbooksid=r0hpRJca3zECamppg=PA83amplpg=PA83ampdq=Th

e+Avocado+botany+production+and+uses+hass-

likeampsource=blampots=oqc5OBsbmVampsig=5gDWWPIMYRBW9cH3yYuWh-ldd-8amphl=pt-

BRampsa=Xampved=0ahUKEwj_yPbgsoTKAhUGDpAKHZTrCWEQ6AEIPDADv=onepag

eampqampf=false gt

SCIENCIA I Certificaccedilatildeo GLOBALGAP e impactos ambientais em agroinduacutestrias de

alimentos Dissertaccedilatildeo de Poacutes-Graduaccedilatildeo Araraquara SP 2010 lt

mlthttpwwwecoecoorgbrconteudopublicacoesencontrosvii_envii_enc_ecohtm

gt

SIMAtildeO S Manual de Fruticultura Satildeo Paulo Editora Agronocircmica Ceres 1971

530p p 147-169

SINGER P MASON J Eacutetica da alimentaccedilatildeo como nossos haacutebitos alimentares

influenciam o meio ambiente e o nosso bem estar Rio de Janeiro Elsevier 2007

SOARES H F ITO M K O AacuteCIDO GRAXO MONOINSATURADO DO ABACATE

NO CONTROLE DE DISLIPIDEMIAS Ver Ciecircnc Meacuted Campinas P 47-51 2000

55

DISPONIacuteVEL EM lt httpperiodicospuc-

campinasedubrseerindexphpcienciasmedicasarticleviewFile13301304 gt

TEIXEIRA C G Cultura In ITAL ndash INSTITUTO DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS

(Campinas) Abacate Cultura mateacuteria-prima processamento e aspectos

econocircmicos 2 Ed Campinas Instituto Campineiro de Ensino Agriacutecola 1995 Cap 1

p 1-54 (Frutas Tropicais)

TEIXEIRA C G Cultura do abacate In TEIXEIRA C G et al ABACATE cultura

mateacuteria prima processamento e aspectos econocircmicos 2deg ed Seacuterie Fruas Tropicais

ndeg8 ITAL Campinas 1991 250p

WATANABE H S Caracteriacutesticas de cultivares de abacate CEAGESPS ndash

Companhia de Entrepostos e Armazeacutens Gerais de Satildeo Paulo 2013

WOLFENBARGER D O COLBURN B The Stenoma catenifer a serious Avocado

pest Proceedings of Florida State Horticulture Society v 92 p 315-318 1979

ZEIDAN R SEIXAS P ABRANCHES L COSTA D MEIRELLES F Certificaccedilatildeo

na cadeia produtiva de alimentos e as barreiras teacutecnicas agrave exportaccedilatildeo Simpoacutesio de

excelecircncia e gestatildeo e tecnologia ndash SEGeT 2008 Resende

Page 29: EVOLUÇÃO DA PRODUÇÃO MUNDIAL E NACIONAL …...RESUMO O abacateiro, Persea americana, é uma cultura muito importante em vários países, devido ao volume comercializado da fruta

29

produzidas como a laranja mais produzida participando com 416 do setor

Banana segunda mais importante com 154 e Melancia com 46 em quarto

(IBGEPAM 2011)

O volume de abacate fresco brasileiro exportado foi de 4313 t em 2013 para

5806 toneladas em 2014 resultando num aumento de mais de 37 na receita com

este setor que em 2014 foi de mais de nove milhotildees e meio de doacutelares

(AGRIANUAL 2015)

O graacutefico abaixo apresenta o comportamento do volume em toneladas de

abacate exportado pelos paiacuteses que participam do setor

Figura 4 Volume de abacate (t) exportado pelos paiacuteses exportadores da fruta Elaborado pelo autor FONTE FAO

Em 2013 Meacutexico liderou o setor de exportaccedilatildeo do abacate com um volume

de 563492 toneladas cerca 463 do total exportado no mundo Em segundo lugar

a Holanda com 99 A Holanda eacute um grande importador contudo o paiacutes reexporta

grande parte do volume comprado O Peru merece destaque pois saiu de um

volume exportado de 2209 t (06) em 2000 para 114515 t em 2013 ocupando

94 do volume de abacate exportado o que lhe conferiu a 3deg posiccedilatildeo no ranking

global Em quarto lugar o Chile com 73

A figura a seguir apresenta o comportamento dos principais importadores de

abacate do mundo em 14 anos

0

100000

200000

300000

400000

500000

600000

20002001200220032004200520062007200820092010201120122013

EVOLUCcedilAtildeO DA EXPORTACcedilAtildeO MUNDIAL EM t

MEacuteXICO

CHILE

ESPANHA

AacuteFRICA DO SUL

ISRAEL

HOLANDA

PERU

30

Figura 5 Evoluccedilatildeo do volume (t) importado pelos principais paiacuteses importadores de abacate ELABORADA PELO AUTOR FONTE FAOSTAT

Os principais importadores de fruta como por exemplo o europeu e o norte

americano exigem um padratildeo de qualidade que observem as demandas impostas

pelos consumidores com relaccedilatildeo agrave seguranccedila alimentar e tambeacutem agraves exigecircncias

para certificaccedilatildeo do produto levando em consideraccedilatildeo aspectos ambientais e

sociais aleacutem do local de produccedilatildeo Desta forma produtores de fruta destinadas agrave

exportaccedilatildeo precisaram adaptar suas lavouras para atender agraves exigecircncias dos mais

importantes selos internacionais como o EureGapR e o TNCR (OLIVEIRA 2005) O

maior importador de abacate do mundo satildeo os Estados Unidos (ROCHA 2014)

O volume de abacate importado ao redor do mundo vem crescendo na uacuteltima

deacutecada Os Estados Unidos lideram o montante desde 2007 mais ainda que toda a

Uniatildeo Europeia o volume importado pelo paiacutes cresceu cerca de sete vezes entre

2000 e 2013 Em segundo lugar a Uniatildeo Europeia importando quase 23 menos

A Holanda tambeacutem cresceu muito e hoje ocupa a terceira colocaccedilatildeo no ranking O

Japatildeo e o Canadaacute tiveram consideraacutevel crescimento contudo mantiveram-se na 5deg

e 6deg posiccedilatildeo durante esse periacuteodo

Nos EUA a demanda cresce mais acelerado do que a oferta segundo

CARVALHO (2015) a demanda cresce 12 ao ano enquanto a produccedilatildeo cresce

apenas 4 O paiacutes possui uma poliacutetica de retornar parte dos lucros oriundos da

-

100000

200000

300000

400000

500000

600000

700000

IMPORTACcedilAtildeO DE ABACATE NO MUNDO EM t

EUA

UE

HOLANDA

FRANCcedilA

CANADAacute

REINO UNIDO

31

comercializaccedilatildeo do Avocado no paiacutes com a elaboraccedilatildeo de marketing e o

desenvolvimento de pesquisas que incentivem o aumento do consumo interno

promovendo alimentos como por exemplo o GUACAMOLE alimento muito popular

no paiacutes

Em 2002 os EUA impunham a Lei do Bioterrorismo exigindo que as

empresas que produzem processem armazenem ou processem alimentos voltados

ao consumo humano ou animal devem cumprir normas para comercializar seus

produtos voltados ao consumo humano ou animal precisam cumprir normas para

comercializar seus produtos nos Estados Unidos Eacute necessaacuterio que essas mesmas

empresas possuam registro junto ao governo norte-americano atualizando estas

informaccedilotildees e comunicarem agraves autoridades a chegada de novos carregamentos

alimentares O natildeo cumprimento dessas exigecircncias acarreta na proibiccedilatildeo do

ingresso da carga e possiacutevel retenccedilatildeo da mercadoria com multa para o responsaacutevel

pelo carregamento (MDIC 2006)

Os principais compradores de abacate ‟Hass‟ satildeo os Estados Unidos (20 a

50) UE AUS e o Meacutexico maior produtor e exportador do Avocado participando

com 20 do mercado de Avocado (CARVALHO 2015)

O Brasil participa com apenas 031 do mercado internacional exportando

para o Canadaacute e Holanda CARVALHO (2015) comenta que o Brasil natildeo aproveita

seu potencial de se tornar grande produtor e exportador de Avocado o paiacutes possui

extensa aacuterea e clima variado entre outros fatores que favorecem a produccedilatildeo de

Avocado contudo a produccedilatildeo ainda eacute muito pequena quando comparado com

outros paiacuteses que participam do mercado internacional da fruta

Quanto agrave contribuiccedilatildeo do desenvolvimento de programas de melhoramento

geneacutetico para a consolidaccedilatildeo do Brasil como grande produtor mundial de abacate a

utilizaccedilatildeo de cultivares de bdquoHass-like‟ representa uma excelente opccedilatildeo para

aumentar a safra da cultura no paiacutes devido agrave caracteriacutestica que esta variedade tem

de antecipar a florada ampliando desta forma a janela de produccedilatildeo e aumentando

a competitividade do paiacutes em relaccedilatildeo a outros paiacuteses exportadores da fruta

O graacutefico a seguir ilustra o comportamento das exportaccedilotildees e importaccedilotildees

Brasileiras em 14 anos

32

Figura 6 - Evoluccedilatildeo da exportaccedilatildeo e importaccedilatildeo do abacate (em t) no Brasil em 14 anos Elaborado pelo autor FONTE FAO

Alguns dos principais concorrentes do Brasil tratando-se da exportaccedilatildeo do

Avocado satildeo Aacutefrica do Sul com 3 das exportaccedilotildees Chile com 7 e Peru

representando 10 do mercado internacional de Avocado A safra do Chile ocorre

em eacutepoca proacutexima a do Brasil comeccedilando em agosto e terminando em fevereiro

(CARVALHO 2015) A Boliacutevia apesar de participar com apenas 012 do volume

exportado tem a vantagem de possibilidade de produccedilatildeo o ano todo

O elevado padratildeo de qualidade dos produtos eacute sem duacutevida um fator que

pode fazer com que o Brasil se estabeleccedila no mercado mundial de abacate Esta

praacutetica tem qualificado a Aacutefrica do Sul como um dos principais fornecedores para

paiacuteses da Europa a partir do intenso trabalho desenvolvido pela empresa sem fins

lucrativos WESTFALIA situada no municiacutepio de Limpopo por meio de investimentos

em tecnologia

A tabela a seguir apresenta o periacuteodo do ano em que cada paiacutes exportador de

abacate embarca seus produtos ao redor do mundo

0

500

1000

1500

2000

2500

3000

3500

4000

4500

5000

EXPORTACcedilAtildeO

IMPORTACcedilAtildeO

33

TABELA 3 - Janela de exportaccedilatildeo dos paiacuteses exportadores de abacate

adaptada FONTE WESTFALIASUBSOLE

CALENDAacuteRIO DE EXPORTACcedilAtildeO DE ABACATE lsquoHASSrsquo

jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

BRASIL X X X X X X X X

ARGENTINA X X X

EUA X X X X X X X X X X X X

CHILE X X X X X X X X X X

AFRICA DO SUL X X X X X X X

REP DOMINICANA X X X X X

ISRAEL X X X X X X

PERU X X X X X X X

NOVA ZELAcircNDIA X X X

MEacuteXICO X X X X X X X X X X X X

ESPANHA X X X X X X X

QUEcircNIA X X X X X

AUSTRAacuteLIA X X X X X X X

Os principais destinos do abacate ‟Hass‟ exportado pelo Brasil satildeo Espanha

Itaacutelia Holanda Alemanha e Dinamarca O material exportado segue de navio do

porto de Santos a uma temperatura de 5degC levando ateacute 16 dias no maacuteximo ateacute os

destinos Esse material exportado pelo Brasil possui os certificados GlobalGapR ndash

BRCR ndash BSCIR ndash SedexR ndash SmetaR

Os graacuteficos a seguir apresentam informaccedilotildees sobre a evoluccedilatildeo do da

exportaccedilatildeo do abacate feitos a partir de informaccedilotildees apresentadas no Anuaacuterio

Brasileiro de fruticultura (2004 a 2015) obtidos a partir de dados do Instituto

Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica

34

Figura 7 - Evoluccedilatildeo do volume de abacate exportado pelo brasil (2003 a 2014) Elaborado pelo autor com dados DO ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE AGRICULTURA DE 2004 a 2015 (IBGE)

Figura 8 - Receita com exportaccedilatildeo brasileira de abacate (2003 a 2014) Elaborado pelo autor com dado do ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE AGRICULTURA DE 2004 a 2015 (IBGE)

O volume de abacate exportado pelo Brasil vem crescendo nos uacuteltimos anos

revelando assim a importacircncia do setor para o paiacutes A variaccedilatildeo do volume

exportado de 2008 para 2009 foi de 6282 jaacute de 2009 para 2010 a exportaccedilatildeo

sofreu uma queda de 793 Em 2014 houve um aumento de 3462 no setor em

relaccedilatildeo ao ano anterior (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE FRUTICULTURA) A receita

-

100000

200000

300000

400000

500000

600000

700000

20

03

20

04

20

05

20

06

20

07

20

08

20

09

20

10

20

11

20

12

20

13

20

14

EVOLUCcedilAtildeO DO VOLUME DE ABACATE EXPORTADO PELO BRASIL (2003 a 2014)

VOLUME EXPORTADO (t)

-

20000000

40000000

60000000

80000000

100000000

120000000

20

03

20

04

20

05

20

06

20

07

20

08

20

09

20

10

20

11

20

12

20

13

20

14

RECEITA COM EXPORTACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ABACATE (2003 a 2014)

RECEITA (em USS FOB)

35

obtida a partir da exportaccedilatildeo do abacate tambeacutem acompanha os iacutendices de

crescimento

A Aacutefrica do Sul um dos principais concorrentes do Brasil no setor de

exportaccedilatildeo do Avocado eacute reconhecida por exportar material de alta qualidade para

Europa onde possui escritoacuterios contudo sua produccedilatildeo estaacute estagnada A Westfalia

eacute uma empresa sem fins lucrativos produtora de Avocado na Aacutefrica do Sul

responsaacutevel por desenvolver o mercado de Avocado no paiacutes e investe fortemente

em tecnologia o que colaborou para a atual situaccedilatildeo da Aacutefrica do Sul no setor de

exportaccedilatildeo de Avocado (CARVALHO 2015)

ABACATE NO BRASIL

O Brasil favorecido quando comparado com outros paiacuteses produtores devido

agrave suas dimensotildees continentais o que lhe possibilita ampla variaccedilatildeo de temperaturas

e solos estes fator unido agraves caracteriacutesticas individuais de cada variedade como por

exemplo sazonalidade e exigecircncias nutricionais e de horas de luz Contudo apesar

da aacuterea destinada agrave produccedilatildeo do abacate no Brasil ter reduzido passando de

11605 ha em 2005 para 9559 ha em 2014 reduccedilatildeo de 176 a produccedilatildeo natildeo foi

tatildeo alterada o que evidencia a possibilidade de um aumento na produtividade destas

aacutereas

Atualmente o Brasil ocupa a oitava posiccedilatildeo no ranking global do setor de

produccedilatildeo de abacate E apesar de possuir crescente produtividade o paiacutes ainda

possui excelente potencial produtor e tambeacutem como exportador da fruta Para

aproveitar melhor esse potencial deveriam ser feitos mais investimentos tanto no

que se refere agrave produccedilatildeo como por exemplo melhoramento geneacutetico e adoccedilatildeo de

protocolos de boas praacuteticas agriacutecolas para a obtenccedilatildeo de certificaccedilatildeo quanto no

setor de comercializaccedilatildeo desenvolvendo elevado padratildeo de qualidade da fruta

A tabela a seguir (TABELA 4) apresenta a aacuterea destinada agrave colheita de todas

as variedades de abacate nos principais produtores de abacate e o Distrito Federal

TABELA 4 - Aacuterea destinada agrave colheita (em ha) Elaborada pelo autor

DADOS (IBGE-SIDRA)

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Brasil 11605 10515 9892 9596 8509 11125 10768 9615 9707 9559

Satildeo Paulo 4266 3688 3583 3437 3267 5530 5642 4192 4374 4337

36

Minas Gerais 2865 2254 2326 2223 1854 2202 2134 2309 2416 2373

Paranaacute 1492 1467 1306 1009 1085 1000 944 922 958 930

Cearaacute 493 475 498 497 490 484 477 480 483 498

Rio Grande do Sul 626 619 613 602 584 575 552 499 470 444

Distrito Federal 119 122 109 124 108 111 - 295 160 134

A tabela 5 abaixo apresenta a produccedilatildeo de todas as variedades de abacate

em toneladas dos uacuteltimos 10 anos para os principais estados produtores e o Distrito

Federal

TABELA 5 - Produccedilatildeo nacional de abacate em 10 anos (em t) Elaborada pelo

autor FONTE (IBGESIDRA)

UFANO 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Brasil 169335 164441 154096 147214 139089 153189 160376 159903 157482 156669 1000

Satildeo Paulo 77107 78085 70812 69904 74193 83002 91909 82780 85101 79316 506

Minas Gerais 38777 32812 33436 28016 24772 28522 30975 36669 36571 41259 263

Paranaacute 22265 22575 20425 16537 15919 15824 17304 16705 16309 15784 101

Rio Grande do Sul

8167 7905 7804 7602 6824 6769 6907 5719 5584 5277 34

Cearaacute 5202 4231 4706 4520 4336 4163 3985 2717 2640 3637 23

Distrito Federal 2596 3081 2690 3019 2666 2415 - 6914 3152 3151 20

Em 2014 a aacuterea destinada agrave colheita do abacate no estado do Cearaacute era

superior agrave aacuterea do Rio Grande do Sul contudo a produccedilatildeo no estado do Cearaacute no

mesmo ano foi de 3637 t enquanto que a produccedilatildeo do Rio Grande do Sul foi de

5277 45 maior reforccedilando assim a ideia de que a produtividade no Sul pode ser

maior em relaccedilatildeo agrave regiatildeo Nordeste Este fator pode ser decorrente do uso de

cultivares inadequadas para as condiccedilotildees climaacuteticas da regiatildeo eou pela falta de

adoccedilatildeo de tecnologias modernas e teacutecnicas avanccediladas de produccedilatildeo

No Distrito Federal a produccedilatildeo cresceu 21 nos uacuteltimos 10 anos e hoje

representa 2 da produccedilatildeo nacional Por outro lado Satildeo Paulo que lidera o ranking

com 506 de toda a produccedilatildeo obteve crescimento de apenas 286 Jaacute a

produccedilatildeo do Paranaacute sofreu uma reduccedilatildeo de -291 neste mesmo periacuteodo poreacutem

manteve-se como quarto produtor nacional de abacate Os estados do Cearaacute e Rio

Grande do Sul tambeacutem reduziram sua produtividade nos uacuteltimos 10 anos

acompanhando a reduccedilatildeo nacional que reduziu -74

37

A variaccedilatildeo da produtividade de todas as variedades de abacate dos principais

estados produtores de abacate do Brasil eacute apresentada na TABELA 6 a seguir

TABELA 6 - Variaccedilatildeo (em) da produtividade (t) no Brasil em 10 anos

Elaborada pelo autor FONTE (IBGESIDRA)

VARIACcedilAtildeO () DA PRODUTIVIDADE (t) EM 10 ANOS

ESTADOANO 2005 2014 VARIACcedilAtildeO

PAIacuteS 146 164 123

SAtildeO PAULO 181 183 11

MINAS GERAIS 135 174 289

PARANAacute 149 17 141

RIO GRANDE DO SUL 13 119 -85

CEARAacute 106 73 -311

DISTRITO FEDERAL 218 235 78

De acordo com os dados do IBGE Satildeo Paulo eacute o maior produtor de abacate

do paiacutes Dentre as variedades mais produzidas no estado de Satildeo Paulo estatildeo

bdquoFortuna‟ bdquoGeada‟ bdquoQuintal‟ e bdquoMargarida‟ (DORIZZOTTO 2011)

Abaixo segue TABELA 11 contendo os nuacutemeros de plantas novas e o

nuacutemero de plantas em produccedilatildeo bem como a produccedilatildeo (caixas de 22Kg) no estado

de Satildeo Paulo ao longo de 15 anos

TABELA 7 - Quantidade de peacutes novos peacutes em produccedilatildeo e produccedilatildeo (cx 22kg)

no estado de Satildeo Paulo entre 2000 e 2015 Elaborada pelo autor FONTE

INSTITUTO DE ECONOMIA AGRIacuteCOLA

ANO PEacuteS

NOVOS PEacuteS EM

PRODUCcedilAtildeO

2000 4859400 66157100

2001 4617700 62883700

2002 4742500 55421300

2003 6095000 49740300

2004 5969500 48339500

2005 5131100 46596200

2006 5325600 45869000

2007 3412800 47668000

2008 5007100 40617400

2009 12068600 49971400

2010 8190000 53239000

38

2011 6904500 54780100

2012 7704100 51341600

2013 7002100 59149400

2014 8419800 60996100

2015 9040200 67073800

O graacutefico abaixo apresenta a curva da produtividade obtida a partir da relaccedilatildeo

feita entre a produccedilatildeo e a quantidade de peacutes em produccedilatildeo no estado de Satildeo Paulo

Figura 9 - Produtividade (kgplanta) no estado de Satildeo Paulo desde 2000 elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE ECONOMIA AGRIacuteCOLA

Os dados foram obtidos a partir da relaccedilatildeo feita entre a quantidade de planta

em produccedilatildeo e a quantidade de caixas de 22 Kg produzidas no estado de Satildeo Paulo

desde 2000 Esses dados revelam crescente aumento da produtividade ateacute o ano de

2010 onde a produtividade ultrapassou 168 Kgplanta Jaacute em relaccedilatildeo ao ano de

2011 a produtividade sofreu uma reduccedilatildeo de 10 Depois disso a curva de

produtividade continuou ascendente

A seguinte tabela apresenta a evoluccedilatildeo do preccedilo do abacate comercializado

na CEAGESP durante o ano no periacuteodo de nove anos

90

110

130

150

170

190

20

00

20

01

20

02

20

03

20

04

20

05

20

06

20

07

20

08

20

09

20

10

20

11

20

12

20

13

20

14

20

15

PRODUTIVIDADE DOS PEacuteS DE ABACATE (Kgplanta) EM SP

PRODUTIVIDADE

39

TABELA 8 - Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio (em R$Kg) do abacate FONTE

CEAGESP 2008

ANOMEcircS JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

2007 105 101 1 118 107 109 129 151 159 181 228 279

2008 119 081 084 097 102 11 122 137 149 208 296 326

2009 169 122 132 133 141 141 152 177 217 213 212 235

2010 17 161 165 154 151 151 164 173 202 262 406 316

2011 185 182 183 203 186 204 231 278 308 317 359 369

2012 207 155 151 141 153 164 192 218 242 268 429 485

2013 263 209 216 215 244 265 258 304 347 403 566 498

2014 228 206 231 239 198 2 256 267 301 305 403 538

2015 406 403 386 349 367 397 394 43 - - - -

O graacutefico a seguir resume o comportamento da quantidade de peacutes novos e

em produccedilatildeo no estado de Satildeo Paulo desde o ano 2000

Figura 10 - Evoluccedilatildeo do nuacutemeros de peacutes novos e em produccedilatildeo ao longo de 15 anos no estado de Satildeo Paulo elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE

ECONOMIA AGRIacuteCOLA

A produccedilatildeo (em caixas de 22 Kg) eacute demonstrada no graacutefico abaixo para esse

mesmo periacuteodo

000

10000000

20000000

30000000

40000000

50000000

60000000

70000000

80000000

20002002200420062008201020122014

EVOLUCcedilAtildeO DOS DADOS DO ABACATE EM SAtildeO PAULO

PEacuteS NOVOS

PEacuteS EM PRODUCcedilAtildeO

40

Figura 11 - Evoluccedilatildeo da produccedilatildeo de abacate em caixas de 22kg no estado de Satildeo Paulo em 15 anos elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE

ECONOMIA AGRIacuteCOLA

A sazonalidade do abacate comercial na CEAGESP em Satildeo Paulo

demonstram que o abacate pode ser comercializado praticamente todas as eacutepocas

do ano como apresentado pela tabela

TABELA 9 - Sazonalidade do abacate FONTE CEAGESP 2008

VARIEDADE JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

GEADA X X X X X

FORTUNA X X X X X X X

QUINTAL X X X X X X X

MARGARIDA X X X X X X X X X X

BREDA X X X X X X X X

HASS X X X X X X X X

O Estado de Minas Gerais eacute o segundo maior produtor nacional de abacate

participando do setor com 229 do total produzido A aacuterea no Estado destinada agrave

produccedilatildeo da fruta foi de 23 mil ha A produtividade do estado de Minas em 2012 foi

de 15881 (hgha) (PERFIL DA FRUTA) A produccedilatildeo de abacate no Distrito Federal

em 2013 foi de 3152 toneladas (IBGE) Em Minas a produccedilatildeo concentra-se nas

regiotildees Sul e Sudeste do estado (ALMEIDA 2013)

200000000

250000000

300000000

350000000

400000000

450000000

500000000

550000000

20002002200420062008201020122014

EVOLUCcedilAtildeO NA PRODUCcedilAtildeO DE ABACATE EM SAtildeO PAULO (22Kgcx)

PRODUCcedilAtildeO CX 22Kg

41

Em 2003 o Paranaacute foi o terceiro maior produtor nacional de abacate com uma

aacuterea de aproximadamente 1600ha onde se produziu 26 mil toneladas gerando uma

receita de cerca de R$ 85 milhotildees (HOHMANN amp MENEGUIM 2005)

De acordo com a relaccedilatildeo feita entre os dados de volume de abacate colhido e

de aacuterea destinada agrave produccedilatildeo do IBGESIDRA em 10 anos (2005 agrave 2014) o estado

que sofreu maior reduccedilatildeo da produtividade foi o estado do CEARAacute reduzindo em

31 aproximadamente enquanto que o estado de minas aumentou 289 sua

produtividade O DF apresentou os melhores niacuteveis de produtividade a partir desses

dados

AVOCADO NO BRASIL

A regiatildeo de Bauru em Satildeo Paulo especializou-se na produccedilatildeo dos abacates

‟Hass‟ e bdquoFuerte‟ conhecidos comercialmente como Avocado e satildeo os mais

apreciados pelo mercado internacional (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA

FRUTICULTURA 2008)

O Avocado variedades ‟Hass‟ e bdquoFuerte‟ possui excelentes caracteriacutesticas

nutricionais como por exemplo seu alto teor de lipiacutedeos Aleacutem disso o fruto possui

tamanho reduzido o que facilita o consumo evitando que parte natildeo consumida seja

armazenada Uma das possibilidades de se estimular o consumo interno seria

promover o produto a partir do uso de marketing setor no qual a empresa

JAGUACYR situada no municiacutepio de Bauru ndash SP tem se destacado fornecendo

informaccedilotildees nutricionais e apresentando o alto padratildeo de qualidade da fruta Outro

fator que reduz a oferta do produto no mercado interno eacute a demanda internacional

apesar de impor barreiras e exigirem alto padratildeo de qualidade o produto de

qualidade recebe os melhores preccedilos este fator tambeacutem limita o consumo interno

porque o preccedilo oferecido pelos importadores reflete no preccedilo interno

Outro ponto que deve ser observado para se manter qualidade elevada dos

frutos eacute a escolha adequada do ponto de colheita pois este fator reflete diretamente

no teor de oacuteleo dos frutos que por sua vez eacute responsaacutevel pela conservaccedilatildeo do

sabor Os melhores teores de oacuteleo encontram-se em frutos tardios como nas

variedades obtidas a partir das raccedilas Guatemalenses e Mexicana sendo maior nas

raccedilas Mexicana e menor em cultivares oriunda de raccedilas Guatemalenses como por

exemplo a bdquoHass‟

42

A exportaccedilatildeo brasileira do abacate bdquoHass‟ variedade mais produzida no

mundo era de 100 toneladas por ha em 2004 para 2186 toneladas em 2010

(DORIZZOTTO 2011) Contudo este dado representa apenas 143 do volume de

todo o abacate produzido no paiacutes nesta mesma data mesmo com seus atributos

nutricionais e comerciais

Quando se trata do segmento do mercado do Avocado brasileiro em acircmbito

global a empresa JAGUACYR situada no municiacutepio de Bauru ndash SP com sede na

Holanda eacute de extrema relevacircncia contribuindo com 90 das exportaccedilotildees brasileiras

deste produto com o qual o Brasil ainda comeccedila a participar poreacutem possui

condiccedilotildees favoraacuteveis para crescer no setor (CARVALHO 2015)

O graacutefico a seguir apresentado na Figura 2 demonstra a evoluccedilatildeo da

participaccedilatildeo do Avocado no setor de fruticultura no estado de Satildeo Paulo

Figura 12 - Elaborado pelo autor FONTE CEAGESPSEDES GABRIEL V BITENCOURT DE ALMEIDA

Como apresentado no graacutefico acima o volume de Avocado comercializado na

CEAGESP tem crescido rapidamente vertiginosamente chegando a quase

quadruplicar seu valor em apenas 7 anos

Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio de atacado (R$Kg) de Avocado na CEAGESP de

Satildeo Paulo durante o ano (SP) (Figura 3)

81 74 90

106 133

208

365 378

0

50

100

150

200

250

300

350

400

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

EVOLUCcedilAtildeO DA QUANTIDADE COMERCIALIZADA (T) DE AVOCADO NA CEAGESP DE SAtildeO PAULO (SP)

QUANTIDADE(toneladas)

43

Figura 13 - Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio do avocado na CEAGESP (R$Kg) Elaborado pelo autor FONTES CEAGESP

O graacutefico a seguir demonstra um comparativo da variaccedilatildeo do preccedilo meacutedio do

abacate em relaccedilatildeo ao Avocado durante o ano com base nos dados de nove anos

da CEAGESP (R$Kg)

Figura 14 - Comparativo do preccedilo meacutedio do abacate e do avocado comercializado na ceagesp durante o ano elaborado pelo autor FONTE

CEAGESP

A partir dos dados de 7 anos com a variaccedilatildeo do preccedilo meacutedio do Avocado por

quilo durante o ano pocircde-se observar que os menores valores encontram-se entre

maio e agosto A variaccedilatildeo de preccedilo meacutedio durante o ano chega a ser de R$ 581 o

quilo mais que o dobro entre o maior e menor valor meacutedio encontrado

O graacutefico com o comparativo do preccedilo do abacate com o Avocado (Figura 11)

revela a discrepacircncia da valorizaccedilatildeo entre os dois grupos O valor miacutenimo do

4

6

8

10

12

jan

fev

mar

abr

mai

jun jul

ago

set

ou

t

no

v

dez

EVOLUCcedilAtildeO DO PRECcedilO MEacuteDIO DO AVOCADO NA CEAGESP (R$Kg)

PRECcedilO MEacuteDIO

0

2

4

6

8

10

12

JAN

FEV

MA

R

AB

R

MA

I

JUN

JUL

AG

O

SET

OU

T

NO

V

DEZ

PRECcedilO AVOCADO

PRECcedilO DO ABACATE

44

Avocado eacute de R$ 554 por quilo enquanto que o maior valor encontrado do abacate

chega a R$ 381 uma diferenccedila de quase 50

O CEASA-DF registrou em 2014 um volume comercializado de 397 toneladas

de Avocado enquanto que no ano anterior o volume registrado natildeo passou de 07

toneladas (CEASA-DF)

Apesar de jaacute haver teacutecnicas eficientes e tecnologias modernas disponiacuteveis

para se aperfeiccediloar a produccedilatildeo do abacate a exploraccedilatildeo de novas regiotildees com

potencial produtor para a implantaccedilatildeo de pomares de abacateiro no Brasil eacute um dos

fatores que podem aumentar mais ainda a produccedilatildeo nacional No DF por exemplo

a aacuterea destinada agrave colheita do abacate sofreu uma reduccedilatildeo de mais da metade de

2012 para 2014 muito diferente da forma como havia se comportando desde 2000

quando a aacuterea passou de 85 ha para 111 em 2010 O DF representa apenas 2 da

produccedilatildeo nacional do abacate contudo sua produtividade vem aumentando e de

acordo com os dados do IBGE o DF possui os melhores iacutendices de produtividade do

paiacutes o que pode representar forte potencial da regiatildeo no setor Este fato corrobora

com a ideia de que o Brasil pode aproveitar melhor sua extensatildeo territorial

explorando regiotildees com potencial produtor como o DF por exemplo

CERTIFICACcedilAtildeO

CARVALHO (2015) afirma que para participar do mercado internacional os

produtores devem se atentar agraves exigecircncias internacionais de qualidade e seguranccedila

garantidas por meio de certificaccedilatildeo como GlobalGapR BRCR BRCIR FAIRDRADER

e SEDEX-SMETAR Outro ponto que deve ser adotado pelo Brasil no comeacutercio do

Avocado eacute manter um mercado com preccedilo linear e contiacutenuo Ainda segundo

CARVALHO (2015) produtores que natildeo possuem certificaccedilatildeo no GlobalgapR

recebem menos 10

PRECcedilO PAGO PELA JAGUACYR AO PRODUTOR COM GLOBALGAPR

TABELA 10 - (CARVALHO 2015)

CAT CALIBRE MAR ABR MAI JUN

1 12 A 24 315 322 205 205

2 26 A 32 131 129 130 130

2 12 A 24 284 350 187 187

45

Para o consumidor final o selo GLOBALGAPR natildeo eacute tatildeo notado pois o uso

desta marca eacute praticado entre empresas Contudo sua em sua elaboraccedilatildeo

considerou-se a reduccedilatildeo dos impactos negativos das operaccedilotildees agriacutecolas no meio

ambiente reduzir o uso de insumos quiacutemicos e garantir que assuntos de sauacutede e

seguranccedila dos empregados e bem estar animal sejam observados (GLOBALGAPR

2008)

A GLOBALGAPR serve como um manual no comeacutercio mundial de produtos

agriacutecolas estabelecendo normas voluntaacuterias para sua certificaccedilatildeo Este conjunto de

normas estabelece serve de molde para a conduccedilatildeo de boas praacuteticas agriacutecolas

(BPA) nas atividades agriacutecolas (GLOBALGAPR 2008)

Um dos pontos positivos em se adotar os protocolos de boas praacuteticas

agriacutecolas eacute a prevenccedilatildeo de perdas Pesquisas feitas no setor da fruticultura

concluem que maior parte do desperdiacutecio ocorre no percurso que vai do manuseio

no campo ateacute as centrais de produccedilatildeo (AGRIANUAL 2012) Os iacutendices de perdas da

abaticultura chegam a 34 ao ano (AGRIANUAL 2015)

Eacute de extrema importacircncia desenvolver soacutelidos e eficientes sistemas de

certificaccedilatildeo a fim de assegurar qualidade que atenda as expectativas dos

consumidores permitindo que as empresas ingressem nos mercados globais com

seus produtos (ZEIDAN et al 2008)

A difusatildeo de praacuteticas recomendadas para a obtenccedilatildeo da certificaccedilatildeo

GLOBALGAPR por parte dos produtores de abacate principalmente as variedades

bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ pode estimular o consumo interno por meio da oferta de produtos

de maior qualidade aleacutem de reduzindo perdas e promover o produto no comeacutercio

internacional da fruta Fazendo com que o potencial produtor seja aproveitado ao

maacuteximo uma vez que seguir os protocolos de boas praacuteticas agriacutecolas represente a

reduccedilatildeo de perdas no processo de produccedilatildeo de colheita e de transporte seja por

meio da reduccedilatildeo da incidecircncia de pragas ou por adoccedilatildeo de teacutecnicas e evitem perdas

na conduccedilatildeo da produccedilatildeo dos pomares de abacate

CONCLUSOtildeES

A produccedilatildeo de Avocado cultivares bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ superiores em vaacuterios

aspectos agraves cultivares mais populares no paiacutes tem condiccedilotildees de se desenvolver

amplamente no Brasil tornando-o grande consumidor e exportador da fruta Essa

46

mudanccedila pode ocorrer por meio de incentivos governamentais que incentivem o

registro de produtos para a cultura do abacateiro favorecendo a obtenccedilatildeo de

certificaccedilatildeo bem como o desenvolvimento de centros de pesquisas que

desenvolvam estudos sobre a cultura do abacateiro que promovam a difusatildeo de

tecnologia e com isso estimule a utilizaccedilatildeo de novas aacutereas com potencial produtivo

A transferecircncia de tecnologia tambeacutem pode ser feita por parte de empresas da aacuterea

privada que possuem domiacutenio de teacutecnicas e tecnologias modernas principalmente

por meio da popularizaccedilatildeo da produccedilatildeo de mudas clonais para porta-enxerto Aleacutem

disso devem ser feitas accedilotildees por parte de instituiccedilotildees privadas como o

desenvolvimento do marketing da fruta a fim de divulgar os benefiacutecios do consumo

e a exposiccedilatildeo de novas formas de consumo de abacate pode ser crucial para a

mudanccedila do comportamento do consumidor nacional uma vez que este se atenta

principalmente aos aspectos visuais do abacate

Na poacutes-colheita o controle sobre os processos de maturaccedilatildeo poderia ser

mais bem aproveitado No Brasil a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas de conservaccedilatildeo no poacutes-

colheita de frutas objetiva na maioria das vezes estender o tempo de prateleira

destes produtos Para se aproveitar os elevados preccedilos ofertados em determinadas

eacutepocas os produtores colhem os frutos antes do recomendado para a fruta do

abacateiro o que reduz sua qualidade pois a eacutepoca da colheita influencia

diretamente no teor de oacuteleo fator altamente relacionado com o sabor da fruta Por

outro lado a aceleraccedilatildeo do processo de maturaccedilatildeo por meio do controle de

maturaccedilatildeo permite fornecimento de frutos maduros prontos para o consumo

estimulando assim o consumo no paiacutes Com a entrega regular de frutos maduros

nos supermercados e restaurantes novas formas de consumo da fruta como patecircs

e em saladas poderiam ser facilmente introduzidas no cardaacutepio nacional

47

BIBLIOGRAFIA

ALMEIDA G V B Mercado Atacadista de Abacate e Avocado (CEAGESP) III

Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado Bauru 2015

ALMEIDA G V B O Abacate no mundo e na CEAGESP Todafruta notiacutecia 2011

DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwtodafrutacombrnoticia28119O+ABACATE+NO+MUNDO+NO+BRASIL

+E+NA+CEAGESP gt

ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA FRUTICULTURA 2004 a 2015 DISPONIacuteVEL EM

httpwwwgrupogazcombrtratadaseo_edicao420150320150301_106c8c2f1pdf

4718_2015fruticulturapdfgt

BIODIESELBR DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwbiodieselbrcomnoticiasmateria-

primaoutrasvideo-unesp-transforma-oleo-abacate-biodiesel-060313htm gt

BONELLA J A Classificaccedilatildeo de abacates na CEAGESP Joseacute Alcides Bonella ME

2013

BRUWER T ROOYEN Z VAN PERFORMANCE AND MARKET ACCEPTIBILITY

OF THE HASS-LIKE CULTIVARS GEM AND HARVEST IN SOUTH AFRICA Vi

World Avocado Congress (Actas VI Confreso Mundial del Aguacate) 2007 Vintildea Del

Mar Chile 12 ndash 16 nov 2007 ISBN n 978-956-17-0413-8 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwAvocadosourcecomWAC6enExtenso1b-36pdf gt

CAMPOS J A Cultura racional do abacateiro Satildeo Paulo Iacutecone 1988 150 p

CANTUAacuteRIAS-AVILEacuteS T SILVA S R La induacutestria del aguacate em el Estado de

Satildeo Paulo Brasil actualidad y perspectivas futuras In CONGRESO MUNDIAL DEL

AGUACATE 7 2011 Caims Resuacutemenes Caims Avocado Australia 2011

48

CORREIA R C ARAUJO J L P MOUCO M A do C BRAGA C A

MENDONCcedilA R F de Abacate preferecircncias e mercado CONGRESSO

BRASILEIRO DE FRUTICULTURA 21 2010 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwalicecnptiaembrapabralicebitstreamdoc8700181Moucopdf gt

CARVALHO L F Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado realizaccedilatildeo Jaguacy

Sindicato Rural de Bauru Serviccedilo Nacional de Aprendizagem Rural - SENAR

Faculdades Integradas de Bauru ndash SP 2015

CHITARRA M I F CHITARA A B 2005 Poacutes colheita de frutos e hortaliccedilas

Fiiologia e Manuseio Lavras ESALFAEPE

CRANE J H BALERDI C F MAGUIRE I Avocado Growing in the Florida Home

Landscape University of Florida Circular 1034 one of a series of the Horticultural

Sciences Department Florida Cooperative Extension Service Institute of Food and

Agricultural Sciences University of Florida 1983 Revised 2007

CRIZEL G R MOURA R S OLIVEIRA I R MENDONCcedilA C R B

Caracteriacutesticas fiacutesicas e quiacutemicas de abacates das variedades bdquoQuintal‟ e bdquoHass‟ In

CONGRESSO DE INICIACcedilAtildeO CIENTIacuteFICA 17 ENCONTRO DE POacuteS-

GRADUACcedilAtildeO 10 2008 Pelotas Resumos Pelotas UFPEL 2008

DAIUTO E R VIEITES R L TREMOCOLDI M A RUSSO V C Taxa

respiratoacuteria de abacate bdquoHass‟ submetido a diferentes tratamentos fiacutesicos Revista

Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha Meacutexico v 10 n 2 p 101-109

2010

DAIUTO E R TREMOCOLDI M A VIEITES R L Conservaccedilatildeo poacutes colheita de

abacate bdquoHass‟ irradiado Revista Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha vol

10 n 2 2010

DONADIO L C Abacate para exportaccedilatildeo aspectos teacutecnicos da produccedilatildeo

Brasiacutelia Frupex MAPA 1995 53 p

49

DONADIO L C FERRARI L AVILEacuteS T C Abacate In DONADIO L C (Ed)

Histoacuteria da Fruticultura Paulista Jaboticabal SBF ndash Sociedade Brasileira de

Fruticultura 2010 P 33-63

DORIZZOTTO C D A SAMPAIO A C ICUMA I M et al Avocado production

chain in the state of Satildeo Paulo (Brazil) In Proceedings VII World Avocado Congress

2011 Cairns Anaishellip Cairns Internacional Avocado Society 2011 DISPONIacuteVEL

EM lt

httpworldAvocadocongress2011comuserfilesfileOsvaldo20Kioshi20Yamanis

hi201400-1420pdf gt

ERNST Z R ERNST A A The strategic role of new cultivars A case study of

bdquoMaluma‟ VIII Congreso Mundial de la Palta 2015 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwavocadosourcecomWAC8Section_02EarnstZander2015pdf gt

FACTFISH Avocados production quantity (tons) ndash for all countries DISPONIacuteVEL

EM lt httpwwwfactfishcomstatisticAvocados20production20quantity gt

FAOSTAT 2000 a 2013 DISPONIacuteVEL EM lt httpfaostat3faoorgbrowseTTPE gt

FER B WOLSTENHOLME B N (Ed) The Avocado botany production and

uses Oxon CABI Publ 2002 chap 12 p 299-338

FRANCISCO V L F dos S BAPTISTELLA C S L CULTURA DO ABACATE NO

ESTADO DE SAtildeO PAULO Informaccedilotildees Econocircmicas SP v 35 n5 2005

DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwieaspgovbroutpublicacoespdftec3-0505pdf gt

GAYET J P et al 1995 Abacate para exportaccedilatildeo procedimentos de colheita e

poacutes-colheita FRUPEX Brasiacutelia 37p

GIRARDI G Abacate uma nova opccedilatildeo de biocombustiacutevel Jornal UNESP Bauru

2009 DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwunespbracijornal248energia_bauruphp gt

50

GUEDES M S B SENA M TOLEDO S Certificaccedilatildeo como estrateacutegia competitiva

internacional dos produtores de frutas no Brasil VII Encontro da Sociedade

Brasileira de Economia Ecoloacutegica (ECO-ECO) 28 a 30 de novembro de 2007

Fortaleza Cearaacute

HODDLE M The Avocado Seed Moth Stenoma cateniver Walsingham (Lepdoptera

Elachistidae) Department of Entomology Applied Biological Control Research

DISPONIacuteVEL EM lt httpbiocontrolucredustenomastenomahtml gt

HOHMANN C L MENEGUIM A M A BROCA-DO-ABACATE (Stenoma catenifer)

Aspectos bioloacutegicos comportamento danos e manejo Instituto Agronocircmico do

Paranaacute ndash Londrina ndashPR Informe da Pesquisa n 147 2005

HOHMANN C L MENEGUIM A M Observaccedilotildees preliminares sobre a ocorrecircncia

da broca-do-abacate Stenoma catenifer Wals no Estado do Paranaacute Anais da

Sociedade Entomoloacutegica do Brasil v 22 p 417-419 1993

ILLSLEY-GRANICH C‟Hass‟Carmenrega precocious flowering avocado tree

Agrovim AS de CV Uruapan Michocan Mexico Rob Brokaw Brokaw Nursery Inc

Saticoy California USA Dr Salvador Ochoa-Ascencio University of Michoacan

Uruapan Michoacan Mexico 2011 DISPONIacuteVEL EM lt

httpworldavocadocongress2011comuserfilesfileCarlos20Illsley201410-

1430pdf gt

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA ESTATIacuteSTICA (IBGE) IBGE CIDADES

DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwcidadesibgegovbrcartogramamapaphplang=ampcoduf=53ampcodmun=53

0010ampidtema=136ampcodv=v01ampsearch=distrito-federal|brasilia|sintese-das-

informacoes-2013 gt

KADER A A 1992 Postharvest technology of horticultural crops Okland Univertisy

of California 292p

51

KADER A A ARPIA M L Avocado Recommendations for Maintaining

Postharvest Quality 2013

KADER A A Biologiacutea y Tecnologiacutea Postcosecha un Panorama In KADER A A

Tecnologiacutea Postcosecha de Cultivos Hortofrutiacutecolas 3 Ed Davis University Of

Califoacuternia 2007 Cap 4 p 43-53

KLUGE R A et al Inibiccedilatildeo do amadurecimento de abacate com 1-

metilciclopropeno Pesquisa Agropecuaacuteria Brasileira 37(7)895-901

KOOLER O C Abacaticultura Porto Alegre UFRGS 1992 138p

KOOLER O C ABACATICULTURA Porto Alegre UFRGS 1984 138p

KOLLER O C Abacate produccedilatildeo de mudas instalaccedilatildeo e manejo de pomares

colheita e poacutes-colheita Porto Alegre Cinco Continentes 2002 145 p

KREMER-KOumlHNE S KOumlHNE J S 25 YEARS OF AVOCADO ROOTSTOCK

DEVELOPMENT IN SOUTH AFRICA VI World Avocado Congress Chile 2007

DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwavocadosourcecomWAC6enExtenso1a-8pdf gt

LIPPERT C ALLAMAND M (WESTFALIASUBSOLE) A hystory of

collaboration Rev Subsole Santiago 2007

MAIS NATUREZA ABACATEIRO DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwmaisnaturezacomplantasarvoresabacateiro gt

MARANCA G Fruticultura comercial Manga e Abacate Satildeo Paulo Nobel 1980

p 81-133

MASSAFERA G COSTA T M B OLIVEIRA J E D COMPOSICcedilAtildeO DE AacuteCIDOS

GRAXOS DO OacuteLEO DO MESOCARPO E DA SEMENTE DE CULTIVARES DE

ABACATE (Persea americana MILL) DA REGIAtildeO DE RIBEIRAtildeO PRETO SP)

52

Alim Nutr Araraquara V 21 n 2 p 325-331 abrjun 2010 DISPONIacuteVEL EM lt

http20014571150seerindexphpalimentosarticleview940a20v21n2pdf gt

MDIC Negociaccedilotildees internacionais DISPONIacuteVEL EM

httpwwwdesenvolvimentogovbrsitiosecexnegInternacionaisMedTerrorismoLei

ph p gt

MICKELBART M V BENDER G S WITNEY G W ADAMS C ARPAIA M L

Effects of clonal rootstocks on bdquoHass‟ avocado yield components alternate bearing

and nutrition Journal of Horticultural Schience amp Biotechnology Ashford v 82

n 3 p 460-466 2007

MILLER B BERTELS R PADILLA T WILEMAN R THOMSEN L China the

new frontier VIII World Avocado Congress 2015

MONTENEGRO H W S A cultura do abacateiro Satildeo Paulo Melhoramentos

1951 102p (Criaccedilatildeo e Lavoura n 11)

MORAES A F G Desenvolvimento produccedilatildeo e qualidade de frutos de abacateiro

cv bdquoHass‟ sobre dois porta-enxertos nas condiccedilotildees edafoclimaacuteticas da regiatildeo central

do Estado de Satildeo Paulo Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Ciecircncias Piracicaba 2014

NAAMANI G Global Trends in main Avocado Markets VII World Avocado

Congress Australia 2011

NAVA DE DE LARA HADDAD M PARRA JRP 2005 Exigecircncias teacutermicas

estimativa do nuacutemero de geroccedilotildees de Stenoma catenifer e comprovaccedilatildeo de modelo

em campo Pesq Agropec Bras Brasilia v 40 p 961-967

NAVA DE PARRA JRP COSTA VA GUERRA TM COcircNSOLI FL (2005b)

Population dynamics of Stenoma catenifer(Lepidoptera Elachistidae) and related

larval parasitoids in Minas Gerais Brazil Florida Entomologistv 88p 441-446

53

NOVAGRIM ndash FRESH FRUITS IMPORTER amp VEGETABLE SUPPLIER SINCE

1999 2001-2013 WORLD AVOCADO PRODUCTION DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwnovagrimcomPages2000_2011_Avocado_statistics_ENaspx gt

OLIVEIRA LA A importacircncia das Normas Internacionais para o Comeacutercio da

Fruticultura Brasileira Piracicaba Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Economia Escola

Superior de Agricultura ldquoLuiz de Queirozrdquo Universidade de Satildeo Paulo Piracicaba

2005

OLIVEIRA M A de et al 2000 Ceras para conservaccedilatildeo poacutes colheita de frutos de

abacateiro cultivar Fuerte armazenados em temperatura ambiente Scientia Agriacutecola

Piracicaba 57 (4) 777-780

PASSONI A D NEVES M C M RODRIGUES B B BOTEON M Anaacutelise dos

principais entraves na exportaccedilatildeo de frutas brasileiras CENTRO DE ESTUDOS

AVANCcedilADOS EM ECONOMIA APLICADA (CEPEAESALQ-USP) XLIV

CONGRESSO DA SOBER ndash ldquoQuestotildees Agraacuterias Educaccedilatildeo no Campo e

Desenvolvimentordquo Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia Rural Fortaleza

2006

PEGG K G COATES L M KORSTEN L HARDING R M Foliar fruit and

soilborne diseases In WHILEY A W SCHAF

PERFIL DA FRUTICULTURA 2014 Base de dados 2012 a 2013 Governo de Minas

Gerais Agricultura Pecuaacuteria e Abastecimento 2014

PICCININ E PASCHOLATI S F ldquoDOENCcedilAS DO ABACATEIRO‟ em MANUAL DE

FITOPATOLOGIA Vol 2 Doenccedilas das Plantas Cultivadas Editora Agronocircmica

Ceres Ltda Satildeo Paulo 1997 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwifcursoscombrsistemaadminarquivos07-33-29-

manualfitopatologiapdfpage=10 gt

54

PUTT F F GOacuteES B C CATANEO P F Anaacutelise econocircmica de oferta e demanda

do abacate na alta paulista X Foacuterum Ambiental da Alta Paulista v 10 n 7 2014

pp 158-169

ROCHA I L Nuacutemeros do abacate HORTIESCOLHA Instituto Brasileiro de

Qualidade em Horticultura DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwhortibrasilorgbrjnwindexphpoption=com_contentampview=articleampid=120

9numeros-do-abacate-ampcatid=50comercializacaoampItemid=82 gt

SANTO N T Manejo da vegetaccedilatildeo intercalar para obtenccedilatildeo de cobertura morta na

cultura do abacateiro visando minimizar os danos causados por Phytophthora

cinnamomi Dissertaccedilatildeo de mestrado em Fitotecnia Piracicaba 2014

SCHAFFER B WOLSTENJOLME B N WHILEY A W The avocado botany

production and uses 560 p 2012 DISPONIacuteVEL EM lt

httpsbooksgooglecombrbooksid=r0hpRJca3zECamppg=PA83amplpg=PA83ampdq=Th

e+Avocado+botany+production+and+uses+hass-

likeampsource=blampots=oqc5OBsbmVampsig=5gDWWPIMYRBW9cH3yYuWh-ldd-8amphl=pt-

BRampsa=Xampved=0ahUKEwj_yPbgsoTKAhUGDpAKHZTrCWEQ6AEIPDADv=onepag

eampqampf=false gt

SCIENCIA I Certificaccedilatildeo GLOBALGAP e impactos ambientais em agroinduacutestrias de

alimentos Dissertaccedilatildeo de Poacutes-Graduaccedilatildeo Araraquara SP 2010 lt

mlthttpwwwecoecoorgbrconteudopublicacoesencontrosvii_envii_enc_ecohtm

gt

SIMAtildeO S Manual de Fruticultura Satildeo Paulo Editora Agronocircmica Ceres 1971

530p p 147-169

SINGER P MASON J Eacutetica da alimentaccedilatildeo como nossos haacutebitos alimentares

influenciam o meio ambiente e o nosso bem estar Rio de Janeiro Elsevier 2007

SOARES H F ITO M K O AacuteCIDO GRAXO MONOINSATURADO DO ABACATE

NO CONTROLE DE DISLIPIDEMIAS Ver Ciecircnc Meacuted Campinas P 47-51 2000

55

DISPONIacuteVEL EM lt httpperiodicospuc-

campinasedubrseerindexphpcienciasmedicasarticleviewFile13301304 gt

TEIXEIRA C G Cultura In ITAL ndash INSTITUTO DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS

(Campinas) Abacate Cultura mateacuteria-prima processamento e aspectos

econocircmicos 2 Ed Campinas Instituto Campineiro de Ensino Agriacutecola 1995 Cap 1

p 1-54 (Frutas Tropicais)

TEIXEIRA C G Cultura do abacate In TEIXEIRA C G et al ABACATE cultura

mateacuteria prima processamento e aspectos econocircmicos 2deg ed Seacuterie Fruas Tropicais

ndeg8 ITAL Campinas 1991 250p

WATANABE H S Caracteriacutesticas de cultivares de abacate CEAGESPS ndash

Companhia de Entrepostos e Armazeacutens Gerais de Satildeo Paulo 2013

WOLFENBARGER D O COLBURN B The Stenoma catenifer a serious Avocado

pest Proceedings of Florida State Horticulture Society v 92 p 315-318 1979

ZEIDAN R SEIXAS P ABRANCHES L COSTA D MEIRELLES F Certificaccedilatildeo

na cadeia produtiva de alimentos e as barreiras teacutecnicas agrave exportaccedilatildeo Simpoacutesio de

excelecircncia e gestatildeo e tecnologia ndash SEGeT 2008 Resende

Page 30: EVOLUÇÃO DA PRODUÇÃO MUNDIAL E NACIONAL …...RESUMO O abacateiro, Persea americana, é uma cultura muito importante em vários países, devido ao volume comercializado da fruta

30

Figura 5 Evoluccedilatildeo do volume (t) importado pelos principais paiacuteses importadores de abacate ELABORADA PELO AUTOR FONTE FAOSTAT

Os principais importadores de fruta como por exemplo o europeu e o norte

americano exigem um padratildeo de qualidade que observem as demandas impostas

pelos consumidores com relaccedilatildeo agrave seguranccedila alimentar e tambeacutem agraves exigecircncias

para certificaccedilatildeo do produto levando em consideraccedilatildeo aspectos ambientais e

sociais aleacutem do local de produccedilatildeo Desta forma produtores de fruta destinadas agrave

exportaccedilatildeo precisaram adaptar suas lavouras para atender agraves exigecircncias dos mais

importantes selos internacionais como o EureGapR e o TNCR (OLIVEIRA 2005) O

maior importador de abacate do mundo satildeo os Estados Unidos (ROCHA 2014)

O volume de abacate importado ao redor do mundo vem crescendo na uacuteltima

deacutecada Os Estados Unidos lideram o montante desde 2007 mais ainda que toda a

Uniatildeo Europeia o volume importado pelo paiacutes cresceu cerca de sete vezes entre

2000 e 2013 Em segundo lugar a Uniatildeo Europeia importando quase 23 menos

A Holanda tambeacutem cresceu muito e hoje ocupa a terceira colocaccedilatildeo no ranking O

Japatildeo e o Canadaacute tiveram consideraacutevel crescimento contudo mantiveram-se na 5deg

e 6deg posiccedilatildeo durante esse periacuteodo

Nos EUA a demanda cresce mais acelerado do que a oferta segundo

CARVALHO (2015) a demanda cresce 12 ao ano enquanto a produccedilatildeo cresce

apenas 4 O paiacutes possui uma poliacutetica de retornar parte dos lucros oriundos da

-

100000

200000

300000

400000

500000

600000

700000

IMPORTACcedilAtildeO DE ABACATE NO MUNDO EM t

EUA

UE

HOLANDA

FRANCcedilA

CANADAacute

REINO UNIDO

31

comercializaccedilatildeo do Avocado no paiacutes com a elaboraccedilatildeo de marketing e o

desenvolvimento de pesquisas que incentivem o aumento do consumo interno

promovendo alimentos como por exemplo o GUACAMOLE alimento muito popular

no paiacutes

Em 2002 os EUA impunham a Lei do Bioterrorismo exigindo que as

empresas que produzem processem armazenem ou processem alimentos voltados

ao consumo humano ou animal devem cumprir normas para comercializar seus

produtos voltados ao consumo humano ou animal precisam cumprir normas para

comercializar seus produtos nos Estados Unidos Eacute necessaacuterio que essas mesmas

empresas possuam registro junto ao governo norte-americano atualizando estas

informaccedilotildees e comunicarem agraves autoridades a chegada de novos carregamentos

alimentares O natildeo cumprimento dessas exigecircncias acarreta na proibiccedilatildeo do

ingresso da carga e possiacutevel retenccedilatildeo da mercadoria com multa para o responsaacutevel

pelo carregamento (MDIC 2006)

Os principais compradores de abacate ‟Hass‟ satildeo os Estados Unidos (20 a

50) UE AUS e o Meacutexico maior produtor e exportador do Avocado participando

com 20 do mercado de Avocado (CARVALHO 2015)

O Brasil participa com apenas 031 do mercado internacional exportando

para o Canadaacute e Holanda CARVALHO (2015) comenta que o Brasil natildeo aproveita

seu potencial de se tornar grande produtor e exportador de Avocado o paiacutes possui

extensa aacuterea e clima variado entre outros fatores que favorecem a produccedilatildeo de

Avocado contudo a produccedilatildeo ainda eacute muito pequena quando comparado com

outros paiacuteses que participam do mercado internacional da fruta

Quanto agrave contribuiccedilatildeo do desenvolvimento de programas de melhoramento

geneacutetico para a consolidaccedilatildeo do Brasil como grande produtor mundial de abacate a

utilizaccedilatildeo de cultivares de bdquoHass-like‟ representa uma excelente opccedilatildeo para

aumentar a safra da cultura no paiacutes devido agrave caracteriacutestica que esta variedade tem

de antecipar a florada ampliando desta forma a janela de produccedilatildeo e aumentando

a competitividade do paiacutes em relaccedilatildeo a outros paiacuteses exportadores da fruta

O graacutefico a seguir ilustra o comportamento das exportaccedilotildees e importaccedilotildees

Brasileiras em 14 anos

32

Figura 6 - Evoluccedilatildeo da exportaccedilatildeo e importaccedilatildeo do abacate (em t) no Brasil em 14 anos Elaborado pelo autor FONTE FAO

Alguns dos principais concorrentes do Brasil tratando-se da exportaccedilatildeo do

Avocado satildeo Aacutefrica do Sul com 3 das exportaccedilotildees Chile com 7 e Peru

representando 10 do mercado internacional de Avocado A safra do Chile ocorre

em eacutepoca proacutexima a do Brasil comeccedilando em agosto e terminando em fevereiro

(CARVALHO 2015) A Boliacutevia apesar de participar com apenas 012 do volume

exportado tem a vantagem de possibilidade de produccedilatildeo o ano todo

O elevado padratildeo de qualidade dos produtos eacute sem duacutevida um fator que

pode fazer com que o Brasil se estabeleccedila no mercado mundial de abacate Esta

praacutetica tem qualificado a Aacutefrica do Sul como um dos principais fornecedores para

paiacuteses da Europa a partir do intenso trabalho desenvolvido pela empresa sem fins

lucrativos WESTFALIA situada no municiacutepio de Limpopo por meio de investimentos

em tecnologia

A tabela a seguir apresenta o periacuteodo do ano em que cada paiacutes exportador de

abacate embarca seus produtos ao redor do mundo

0

500

1000

1500

2000

2500

3000

3500

4000

4500

5000

EXPORTACcedilAtildeO

IMPORTACcedilAtildeO

33

TABELA 3 - Janela de exportaccedilatildeo dos paiacuteses exportadores de abacate

adaptada FONTE WESTFALIASUBSOLE

CALENDAacuteRIO DE EXPORTACcedilAtildeO DE ABACATE lsquoHASSrsquo

jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

BRASIL X X X X X X X X

ARGENTINA X X X

EUA X X X X X X X X X X X X

CHILE X X X X X X X X X X

AFRICA DO SUL X X X X X X X

REP DOMINICANA X X X X X

ISRAEL X X X X X X

PERU X X X X X X X

NOVA ZELAcircNDIA X X X

MEacuteXICO X X X X X X X X X X X X

ESPANHA X X X X X X X

QUEcircNIA X X X X X

AUSTRAacuteLIA X X X X X X X

Os principais destinos do abacate ‟Hass‟ exportado pelo Brasil satildeo Espanha

Itaacutelia Holanda Alemanha e Dinamarca O material exportado segue de navio do

porto de Santos a uma temperatura de 5degC levando ateacute 16 dias no maacuteximo ateacute os

destinos Esse material exportado pelo Brasil possui os certificados GlobalGapR ndash

BRCR ndash BSCIR ndash SedexR ndash SmetaR

Os graacuteficos a seguir apresentam informaccedilotildees sobre a evoluccedilatildeo do da

exportaccedilatildeo do abacate feitos a partir de informaccedilotildees apresentadas no Anuaacuterio

Brasileiro de fruticultura (2004 a 2015) obtidos a partir de dados do Instituto

Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica

34

Figura 7 - Evoluccedilatildeo do volume de abacate exportado pelo brasil (2003 a 2014) Elaborado pelo autor com dados DO ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE AGRICULTURA DE 2004 a 2015 (IBGE)

Figura 8 - Receita com exportaccedilatildeo brasileira de abacate (2003 a 2014) Elaborado pelo autor com dado do ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE AGRICULTURA DE 2004 a 2015 (IBGE)

O volume de abacate exportado pelo Brasil vem crescendo nos uacuteltimos anos

revelando assim a importacircncia do setor para o paiacutes A variaccedilatildeo do volume

exportado de 2008 para 2009 foi de 6282 jaacute de 2009 para 2010 a exportaccedilatildeo

sofreu uma queda de 793 Em 2014 houve um aumento de 3462 no setor em

relaccedilatildeo ao ano anterior (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE FRUTICULTURA) A receita

-

100000

200000

300000

400000

500000

600000

700000

20

03

20

04

20

05

20

06

20

07

20

08

20

09

20

10

20

11

20

12

20

13

20

14

EVOLUCcedilAtildeO DO VOLUME DE ABACATE EXPORTADO PELO BRASIL (2003 a 2014)

VOLUME EXPORTADO (t)

-

20000000

40000000

60000000

80000000

100000000

120000000

20

03

20

04

20

05

20

06

20

07

20

08

20

09

20

10

20

11

20

12

20

13

20

14

RECEITA COM EXPORTACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ABACATE (2003 a 2014)

RECEITA (em USS FOB)

35

obtida a partir da exportaccedilatildeo do abacate tambeacutem acompanha os iacutendices de

crescimento

A Aacutefrica do Sul um dos principais concorrentes do Brasil no setor de

exportaccedilatildeo do Avocado eacute reconhecida por exportar material de alta qualidade para

Europa onde possui escritoacuterios contudo sua produccedilatildeo estaacute estagnada A Westfalia

eacute uma empresa sem fins lucrativos produtora de Avocado na Aacutefrica do Sul

responsaacutevel por desenvolver o mercado de Avocado no paiacutes e investe fortemente

em tecnologia o que colaborou para a atual situaccedilatildeo da Aacutefrica do Sul no setor de

exportaccedilatildeo de Avocado (CARVALHO 2015)

ABACATE NO BRASIL

O Brasil favorecido quando comparado com outros paiacuteses produtores devido

agrave suas dimensotildees continentais o que lhe possibilita ampla variaccedilatildeo de temperaturas

e solos estes fator unido agraves caracteriacutesticas individuais de cada variedade como por

exemplo sazonalidade e exigecircncias nutricionais e de horas de luz Contudo apesar

da aacuterea destinada agrave produccedilatildeo do abacate no Brasil ter reduzido passando de

11605 ha em 2005 para 9559 ha em 2014 reduccedilatildeo de 176 a produccedilatildeo natildeo foi

tatildeo alterada o que evidencia a possibilidade de um aumento na produtividade destas

aacutereas

Atualmente o Brasil ocupa a oitava posiccedilatildeo no ranking global do setor de

produccedilatildeo de abacate E apesar de possuir crescente produtividade o paiacutes ainda

possui excelente potencial produtor e tambeacutem como exportador da fruta Para

aproveitar melhor esse potencial deveriam ser feitos mais investimentos tanto no

que se refere agrave produccedilatildeo como por exemplo melhoramento geneacutetico e adoccedilatildeo de

protocolos de boas praacuteticas agriacutecolas para a obtenccedilatildeo de certificaccedilatildeo quanto no

setor de comercializaccedilatildeo desenvolvendo elevado padratildeo de qualidade da fruta

A tabela a seguir (TABELA 4) apresenta a aacuterea destinada agrave colheita de todas

as variedades de abacate nos principais produtores de abacate e o Distrito Federal

TABELA 4 - Aacuterea destinada agrave colheita (em ha) Elaborada pelo autor

DADOS (IBGE-SIDRA)

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Brasil 11605 10515 9892 9596 8509 11125 10768 9615 9707 9559

Satildeo Paulo 4266 3688 3583 3437 3267 5530 5642 4192 4374 4337

36

Minas Gerais 2865 2254 2326 2223 1854 2202 2134 2309 2416 2373

Paranaacute 1492 1467 1306 1009 1085 1000 944 922 958 930

Cearaacute 493 475 498 497 490 484 477 480 483 498

Rio Grande do Sul 626 619 613 602 584 575 552 499 470 444

Distrito Federal 119 122 109 124 108 111 - 295 160 134

A tabela 5 abaixo apresenta a produccedilatildeo de todas as variedades de abacate

em toneladas dos uacuteltimos 10 anos para os principais estados produtores e o Distrito

Federal

TABELA 5 - Produccedilatildeo nacional de abacate em 10 anos (em t) Elaborada pelo

autor FONTE (IBGESIDRA)

UFANO 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Brasil 169335 164441 154096 147214 139089 153189 160376 159903 157482 156669 1000

Satildeo Paulo 77107 78085 70812 69904 74193 83002 91909 82780 85101 79316 506

Minas Gerais 38777 32812 33436 28016 24772 28522 30975 36669 36571 41259 263

Paranaacute 22265 22575 20425 16537 15919 15824 17304 16705 16309 15784 101

Rio Grande do Sul

8167 7905 7804 7602 6824 6769 6907 5719 5584 5277 34

Cearaacute 5202 4231 4706 4520 4336 4163 3985 2717 2640 3637 23

Distrito Federal 2596 3081 2690 3019 2666 2415 - 6914 3152 3151 20

Em 2014 a aacuterea destinada agrave colheita do abacate no estado do Cearaacute era

superior agrave aacuterea do Rio Grande do Sul contudo a produccedilatildeo no estado do Cearaacute no

mesmo ano foi de 3637 t enquanto que a produccedilatildeo do Rio Grande do Sul foi de

5277 45 maior reforccedilando assim a ideia de que a produtividade no Sul pode ser

maior em relaccedilatildeo agrave regiatildeo Nordeste Este fator pode ser decorrente do uso de

cultivares inadequadas para as condiccedilotildees climaacuteticas da regiatildeo eou pela falta de

adoccedilatildeo de tecnologias modernas e teacutecnicas avanccediladas de produccedilatildeo

No Distrito Federal a produccedilatildeo cresceu 21 nos uacuteltimos 10 anos e hoje

representa 2 da produccedilatildeo nacional Por outro lado Satildeo Paulo que lidera o ranking

com 506 de toda a produccedilatildeo obteve crescimento de apenas 286 Jaacute a

produccedilatildeo do Paranaacute sofreu uma reduccedilatildeo de -291 neste mesmo periacuteodo poreacutem

manteve-se como quarto produtor nacional de abacate Os estados do Cearaacute e Rio

Grande do Sul tambeacutem reduziram sua produtividade nos uacuteltimos 10 anos

acompanhando a reduccedilatildeo nacional que reduziu -74

37

A variaccedilatildeo da produtividade de todas as variedades de abacate dos principais

estados produtores de abacate do Brasil eacute apresentada na TABELA 6 a seguir

TABELA 6 - Variaccedilatildeo (em) da produtividade (t) no Brasil em 10 anos

Elaborada pelo autor FONTE (IBGESIDRA)

VARIACcedilAtildeO () DA PRODUTIVIDADE (t) EM 10 ANOS

ESTADOANO 2005 2014 VARIACcedilAtildeO

PAIacuteS 146 164 123

SAtildeO PAULO 181 183 11

MINAS GERAIS 135 174 289

PARANAacute 149 17 141

RIO GRANDE DO SUL 13 119 -85

CEARAacute 106 73 -311

DISTRITO FEDERAL 218 235 78

De acordo com os dados do IBGE Satildeo Paulo eacute o maior produtor de abacate

do paiacutes Dentre as variedades mais produzidas no estado de Satildeo Paulo estatildeo

bdquoFortuna‟ bdquoGeada‟ bdquoQuintal‟ e bdquoMargarida‟ (DORIZZOTTO 2011)

Abaixo segue TABELA 11 contendo os nuacutemeros de plantas novas e o

nuacutemero de plantas em produccedilatildeo bem como a produccedilatildeo (caixas de 22Kg) no estado

de Satildeo Paulo ao longo de 15 anos

TABELA 7 - Quantidade de peacutes novos peacutes em produccedilatildeo e produccedilatildeo (cx 22kg)

no estado de Satildeo Paulo entre 2000 e 2015 Elaborada pelo autor FONTE

INSTITUTO DE ECONOMIA AGRIacuteCOLA

ANO PEacuteS

NOVOS PEacuteS EM

PRODUCcedilAtildeO

2000 4859400 66157100

2001 4617700 62883700

2002 4742500 55421300

2003 6095000 49740300

2004 5969500 48339500

2005 5131100 46596200

2006 5325600 45869000

2007 3412800 47668000

2008 5007100 40617400

2009 12068600 49971400

2010 8190000 53239000

38

2011 6904500 54780100

2012 7704100 51341600

2013 7002100 59149400

2014 8419800 60996100

2015 9040200 67073800

O graacutefico abaixo apresenta a curva da produtividade obtida a partir da relaccedilatildeo

feita entre a produccedilatildeo e a quantidade de peacutes em produccedilatildeo no estado de Satildeo Paulo

Figura 9 - Produtividade (kgplanta) no estado de Satildeo Paulo desde 2000 elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE ECONOMIA AGRIacuteCOLA

Os dados foram obtidos a partir da relaccedilatildeo feita entre a quantidade de planta

em produccedilatildeo e a quantidade de caixas de 22 Kg produzidas no estado de Satildeo Paulo

desde 2000 Esses dados revelam crescente aumento da produtividade ateacute o ano de

2010 onde a produtividade ultrapassou 168 Kgplanta Jaacute em relaccedilatildeo ao ano de

2011 a produtividade sofreu uma reduccedilatildeo de 10 Depois disso a curva de

produtividade continuou ascendente

A seguinte tabela apresenta a evoluccedilatildeo do preccedilo do abacate comercializado

na CEAGESP durante o ano no periacuteodo de nove anos

90

110

130

150

170

190

20

00

20

01

20

02

20

03

20

04

20

05

20

06

20

07

20

08

20

09

20

10

20

11

20

12

20

13

20

14

20

15

PRODUTIVIDADE DOS PEacuteS DE ABACATE (Kgplanta) EM SP

PRODUTIVIDADE

39

TABELA 8 - Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio (em R$Kg) do abacate FONTE

CEAGESP 2008

ANOMEcircS JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

2007 105 101 1 118 107 109 129 151 159 181 228 279

2008 119 081 084 097 102 11 122 137 149 208 296 326

2009 169 122 132 133 141 141 152 177 217 213 212 235

2010 17 161 165 154 151 151 164 173 202 262 406 316

2011 185 182 183 203 186 204 231 278 308 317 359 369

2012 207 155 151 141 153 164 192 218 242 268 429 485

2013 263 209 216 215 244 265 258 304 347 403 566 498

2014 228 206 231 239 198 2 256 267 301 305 403 538

2015 406 403 386 349 367 397 394 43 - - - -

O graacutefico a seguir resume o comportamento da quantidade de peacutes novos e

em produccedilatildeo no estado de Satildeo Paulo desde o ano 2000

Figura 10 - Evoluccedilatildeo do nuacutemeros de peacutes novos e em produccedilatildeo ao longo de 15 anos no estado de Satildeo Paulo elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE

ECONOMIA AGRIacuteCOLA

A produccedilatildeo (em caixas de 22 Kg) eacute demonstrada no graacutefico abaixo para esse

mesmo periacuteodo

000

10000000

20000000

30000000

40000000

50000000

60000000

70000000

80000000

20002002200420062008201020122014

EVOLUCcedilAtildeO DOS DADOS DO ABACATE EM SAtildeO PAULO

PEacuteS NOVOS

PEacuteS EM PRODUCcedilAtildeO

40

Figura 11 - Evoluccedilatildeo da produccedilatildeo de abacate em caixas de 22kg no estado de Satildeo Paulo em 15 anos elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE

ECONOMIA AGRIacuteCOLA

A sazonalidade do abacate comercial na CEAGESP em Satildeo Paulo

demonstram que o abacate pode ser comercializado praticamente todas as eacutepocas

do ano como apresentado pela tabela

TABELA 9 - Sazonalidade do abacate FONTE CEAGESP 2008

VARIEDADE JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

GEADA X X X X X

FORTUNA X X X X X X X

QUINTAL X X X X X X X

MARGARIDA X X X X X X X X X X

BREDA X X X X X X X X

HASS X X X X X X X X

O Estado de Minas Gerais eacute o segundo maior produtor nacional de abacate

participando do setor com 229 do total produzido A aacuterea no Estado destinada agrave

produccedilatildeo da fruta foi de 23 mil ha A produtividade do estado de Minas em 2012 foi

de 15881 (hgha) (PERFIL DA FRUTA) A produccedilatildeo de abacate no Distrito Federal

em 2013 foi de 3152 toneladas (IBGE) Em Minas a produccedilatildeo concentra-se nas

regiotildees Sul e Sudeste do estado (ALMEIDA 2013)

200000000

250000000

300000000

350000000

400000000

450000000

500000000

550000000

20002002200420062008201020122014

EVOLUCcedilAtildeO NA PRODUCcedilAtildeO DE ABACATE EM SAtildeO PAULO (22Kgcx)

PRODUCcedilAtildeO CX 22Kg

41

Em 2003 o Paranaacute foi o terceiro maior produtor nacional de abacate com uma

aacuterea de aproximadamente 1600ha onde se produziu 26 mil toneladas gerando uma

receita de cerca de R$ 85 milhotildees (HOHMANN amp MENEGUIM 2005)

De acordo com a relaccedilatildeo feita entre os dados de volume de abacate colhido e

de aacuterea destinada agrave produccedilatildeo do IBGESIDRA em 10 anos (2005 agrave 2014) o estado

que sofreu maior reduccedilatildeo da produtividade foi o estado do CEARAacute reduzindo em

31 aproximadamente enquanto que o estado de minas aumentou 289 sua

produtividade O DF apresentou os melhores niacuteveis de produtividade a partir desses

dados

AVOCADO NO BRASIL

A regiatildeo de Bauru em Satildeo Paulo especializou-se na produccedilatildeo dos abacates

‟Hass‟ e bdquoFuerte‟ conhecidos comercialmente como Avocado e satildeo os mais

apreciados pelo mercado internacional (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA

FRUTICULTURA 2008)

O Avocado variedades ‟Hass‟ e bdquoFuerte‟ possui excelentes caracteriacutesticas

nutricionais como por exemplo seu alto teor de lipiacutedeos Aleacutem disso o fruto possui

tamanho reduzido o que facilita o consumo evitando que parte natildeo consumida seja

armazenada Uma das possibilidades de se estimular o consumo interno seria

promover o produto a partir do uso de marketing setor no qual a empresa

JAGUACYR situada no municiacutepio de Bauru ndash SP tem se destacado fornecendo

informaccedilotildees nutricionais e apresentando o alto padratildeo de qualidade da fruta Outro

fator que reduz a oferta do produto no mercado interno eacute a demanda internacional

apesar de impor barreiras e exigirem alto padratildeo de qualidade o produto de

qualidade recebe os melhores preccedilos este fator tambeacutem limita o consumo interno

porque o preccedilo oferecido pelos importadores reflete no preccedilo interno

Outro ponto que deve ser observado para se manter qualidade elevada dos

frutos eacute a escolha adequada do ponto de colheita pois este fator reflete diretamente

no teor de oacuteleo dos frutos que por sua vez eacute responsaacutevel pela conservaccedilatildeo do

sabor Os melhores teores de oacuteleo encontram-se em frutos tardios como nas

variedades obtidas a partir das raccedilas Guatemalenses e Mexicana sendo maior nas

raccedilas Mexicana e menor em cultivares oriunda de raccedilas Guatemalenses como por

exemplo a bdquoHass‟

42

A exportaccedilatildeo brasileira do abacate bdquoHass‟ variedade mais produzida no

mundo era de 100 toneladas por ha em 2004 para 2186 toneladas em 2010

(DORIZZOTTO 2011) Contudo este dado representa apenas 143 do volume de

todo o abacate produzido no paiacutes nesta mesma data mesmo com seus atributos

nutricionais e comerciais

Quando se trata do segmento do mercado do Avocado brasileiro em acircmbito

global a empresa JAGUACYR situada no municiacutepio de Bauru ndash SP com sede na

Holanda eacute de extrema relevacircncia contribuindo com 90 das exportaccedilotildees brasileiras

deste produto com o qual o Brasil ainda comeccedila a participar poreacutem possui

condiccedilotildees favoraacuteveis para crescer no setor (CARVALHO 2015)

O graacutefico a seguir apresentado na Figura 2 demonstra a evoluccedilatildeo da

participaccedilatildeo do Avocado no setor de fruticultura no estado de Satildeo Paulo

Figura 12 - Elaborado pelo autor FONTE CEAGESPSEDES GABRIEL V BITENCOURT DE ALMEIDA

Como apresentado no graacutefico acima o volume de Avocado comercializado na

CEAGESP tem crescido rapidamente vertiginosamente chegando a quase

quadruplicar seu valor em apenas 7 anos

Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio de atacado (R$Kg) de Avocado na CEAGESP de

Satildeo Paulo durante o ano (SP) (Figura 3)

81 74 90

106 133

208

365 378

0

50

100

150

200

250

300

350

400

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

EVOLUCcedilAtildeO DA QUANTIDADE COMERCIALIZADA (T) DE AVOCADO NA CEAGESP DE SAtildeO PAULO (SP)

QUANTIDADE(toneladas)

43

Figura 13 - Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio do avocado na CEAGESP (R$Kg) Elaborado pelo autor FONTES CEAGESP

O graacutefico a seguir demonstra um comparativo da variaccedilatildeo do preccedilo meacutedio do

abacate em relaccedilatildeo ao Avocado durante o ano com base nos dados de nove anos

da CEAGESP (R$Kg)

Figura 14 - Comparativo do preccedilo meacutedio do abacate e do avocado comercializado na ceagesp durante o ano elaborado pelo autor FONTE

CEAGESP

A partir dos dados de 7 anos com a variaccedilatildeo do preccedilo meacutedio do Avocado por

quilo durante o ano pocircde-se observar que os menores valores encontram-se entre

maio e agosto A variaccedilatildeo de preccedilo meacutedio durante o ano chega a ser de R$ 581 o

quilo mais que o dobro entre o maior e menor valor meacutedio encontrado

O graacutefico com o comparativo do preccedilo do abacate com o Avocado (Figura 11)

revela a discrepacircncia da valorizaccedilatildeo entre os dois grupos O valor miacutenimo do

4

6

8

10

12

jan

fev

mar

abr

mai

jun jul

ago

set

ou

t

no

v

dez

EVOLUCcedilAtildeO DO PRECcedilO MEacuteDIO DO AVOCADO NA CEAGESP (R$Kg)

PRECcedilO MEacuteDIO

0

2

4

6

8

10

12

JAN

FEV

MA

R

AB

R

MA

I

JUN

JUL

AG

O

SET

OU

T

NO

V

DEZ

PRECcedilO AVOCADO

PRECcedilO DO ABACATE

44

Avocado eacute de R$ 554 por quilo enquanto que o maior valor encontrado do abacate

chega a R$ 381 uma diferenccedila de quase 50

O CEASA-DF registrou em 2014 um volume comercializado de 397 toneladas

de Avocado enquanto que no ano anterior o volume registrado natildeo passou de 07

toneladas (CEASA-DF)

Apesar de jaacute haver teacutecnicas eficientes e tecnologias modernas disponiacuteveis

para se aperfeiccediloar a produccedilatildeo do abacate a exploraccedilatildeo de novas regiotildees com

potencial produtor para a implantaccedilatildeo de pomares de abacateiro no Brasil eacute um dos

fatores que podem aumentar mais ainda a produccedilatildeo nacional No DF por exemplo

a aacuterea destinada agrave colheita do abacate sofreu uma reduccedilatildeo de mais da metade de

2012 para 2014 muito diferente da forma como havia se comportando desde 2000

quando a aacuterea passou de 85 ha para 111 em 2010 O DF representa apenas 2 da

produccedilatildeo nacional do abacate contudo sua produtividade vem aumentando e de

acordo com os dados do IBGE o DF possui os melhores iacutendices de produtividade do

paiacutes o que pode representar forte potencial da regiatildeo no setor Este fato corrobora

com a ideia de que o Brasil pode aproveitar melhor sua extensatildeo territorial

explorando regiotildees com potencial produtor como o DF por exemplo

CERTIFICACcedilAtildeO

CARVALHO (2015) afirma que para participar do mercado internacional os

produtores devem se atentar agraves exigecircncias internacionais de qualidade e seguranccedila

garantidas por meio de certificaccedilatildeo como GlobalGapR BRCR BRCIR FAIRDRADER

e SEDEX-SMETAR Outro ponto que deve ser adotado pelo Brasil no comeacutercio do

Avocado eacute manter um mercado com preccedilo linear e contiacutenuo Ainda segundo

CARVALHO (2015) produtores que natildeo possuem certificaccedilatildeo no GlobalgapR

recebem menos 10

PRECcedilO PAGO PELA JAGUACYR AO PRODUTOR COM GLOBALGAPR

TABELA 10 - (CARVALHO 2015)

CAT CALIBRE MAR ABR MAI JUN

1 12 A 24 315 322 205 205

2 26 A 32 131 129 130 130

2 12 A 24 284 350 187 187

45

Para o consumidor final o selo GLOBALGAPR natildeo eacute tatildeo notado pois o uso

desta marca eacute praticado entre empresas Contudo sua em sua elaboraccedilatildeo

considerou-se a reduccedilatildeo dos impactos negativos das operaccedilotildees agriacutecolas no meio

ambiente reduzir o uso de insumos quiacutemicos e garantir que assuntos de sauacutede e

seguranccedila dos empregados e bem estar animal sejam observados (GLOBALGAPR

2008)

A GLOBALGAPR serve como um manual no comeacutercio mundial de produtos

agriacutecolas estabelecendo normas voluntaacuterias para sua certificaccedilatildeo Este conjunto de

normas estabelece serve de molde para a conduccedilatildeo de boas praacuteticas agriacutecolas

(BPA) nas atividades agriacutecolas (GLOBALGAPR 2008)

Um dos pontos positivos em se adotar os protocolos de boas praacuteticas

agriacutecolas eacute a prevenccedilatildeo de perdas Pesquisas feitas no setor da fruticultura

concluem que maior parte do desperdiacutecio ocorre no percurso que vai do manuseio

no campo ateacute as centrais de produccedilatildeo (AGRIANUAL 2012) Os iacutendices de perdas da

abaticultura chegam a 34 ao ano (AGRIANUAL 2015)

Eacute de extrema importacircncia desenvolver soacutelidos e eficientes sistemas de

certificaccedilatildeo a fim de assegurar qualidade que atenda as expectativas dos

consumidores permitindo que as empresas ingressem nos mercados globais com

seus produtos (ZEIDAN et al 2008)

A difusatildeo de praacuteticas recomendadas para a obtenccedilatildeo da certificaccedilatildeo

GLOBALGAPR por parte dos produtores de abacate principalmente as variedades

bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ pode estimular o consumo interno por meio da oferta de produtos

de maior qualidade aleacutem de reduzindo perdas e promover o produto no comeacutercio

internacional da fruta Fazendo com que o potencial produtor seja aproveitado ao

maacuteximo uma vez que seguir os protocolos de boas praacuteticas agriacutecolas represente a

reduccedilatildeo de perdas no processo de produccedilatildeo de colheita e de transporte seja por

meio da reduccedilatildeo da incidecircncia de pragas ou por adoccedilatildeo de teacutecnicas e evitem perdas

na conduccedilatildeo da produccedilatildeo dos pomares de abacate

CONCLUSOtildeES

A produccedilatildeo de Avocado cultivares bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ superiores em vaacuterios

aspectos agraves cultivares mais populares no paiacutes tem condiccedilotildees de se desenvolver

amplamente no Brasil tornando-o grande consumidor e exportador da fruta Essa

46

mudanccedila pode ocorrer por meio de incentivos governamentais que incentivem o

registro de produtos para a cultura do abacateiro favorecendo a obtenccedilatildeo de

certificaccedilatildeo bem como o desenvolvimento de centros de pesquisas que

desenvolvam estudos sobre a cultura do abacateiro que promovam a difusatildeo de

tecnologia e com isso estimule a utilizaccedilatildeo de novas aacutereas com potencial produtivo

A transferecircncia de tecnologia tambeacutem pode ser feita por parte de empresas da aacuterea

privada que possuem domiacutenio de teacutecnicas e tecnologias modernas principalmente

por meio da popularizaccedilatildeo da produccedilatildeo de mudas clonais para porta-enxerto Aleacutem

disso devem ser feitas accedilotildees por parte de instituiccedilotildees privadas como o

desenvolvimento do marketing da fruta a fim de divulgar os benefiacutecios do consumo

e a exposiccedilatildeo de novas formas de consumo de abacate pode ser crucial para a

mudanccedila do comportamento do consumidor nacional uma vez que este se atenta

principalmente aos aspectos visuais do abacate

Na poacutes-colheita o controle sobre os processos de maturaccedilatildeo poderia ser

mais bem aproveitado No Brasil a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas de conservaccedilatildeo no poacutes-

colheita de frutas objetiva na maioria das vezes estender o tempo de prateleira

destes produtos Para se aproveitar os elevados preccedilos ofertados em determinadas

eacutepocas os produtores colhem os frutos antes do recomendado para a fruta do

abacateiro o que reduz sua qualidade pois a eacutepoca da colheita influencia

diretamente no teor de oacuteleo fator altamente relacionado com o sabor da fruta Por

outro lado a aceleraccedilatildeo do processo de maturaccedilatildeo por meio do controle de

maturaccedilatildeo permite fornecimento de frutos maduros prontos para o consumo

estimulando assim o consumo no paiacutes Com a entrega regular de frutos maduros

nos supermercados e restaurantes novas formas de consumo da fruta como patecircs

e em saladas poderiam ser facilmente introduzidas no cardaacutepio nacional

47

BIBLIOGRAFIA

ALMEIDA G V B Mercado Atacadista de Abacate e Avocado (CEAGESP) III

Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado Bauru 2015

ALMEIDA G V B O Abacate no mundo e na CEAGESP Todafruta notiacutecia 2011

DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwtodafrutacombrnoticia28119O+ABACATE+NO+MUNDO+NO+BRASIL

+E+NA+CEAGESP gt

ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA FRUTICULTURA 2004 a 2015 DISPONIacuteVEL EM

httpwwwgrupogazcombrtratadaseo_edicao420150320150301_106c8c2f1pdf

4718_2015fruticulturapdfgt

BIODIESELBR DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwbiodieselbrcomnoticiasmateria-

primaoutrasvideo-unesp-transforma-oleo-abacate-biodiesel-060313htm gt

BONELLA J A Classificaccedilatildeo de abacates na CEAGESP Joseacute Alcides Bonella ME

2013

BRUWER T ROOYEN Z VAN PERFORMANCE AND MARKET ACCEPTIBILITY

OF THE HASS-LIKE CULTIVARS GEM AND HARVEST IN SOUTH AFRICA Vi

World Avocado Congress (Actas VI Confreso Mundial del Aguacate) 2007 Vintildea Del

Mar Chile 12 ndash 16 nov 2007 ISBN n 978-956-17-0413-8 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwAvocadosourcecomWAC6enExtenso1b-36pdf gt

CAMPOS J A Cultura racional do abacateiro Satildeo Paulo Iacutecone 1988 150 p

CANTUAacuteRIAS-AVILEacuteS T SILVA S R La induacutestria del aguacate em el Estado de

Satildeo Paulo Brasil actualidad y perspectivas futuras In CONGRESO MUNDIAL DEL

AGUACATE 7 2011 Caims Resuacutemenes Caims Avocado Australia 2011

48

CORREIA R C ARAUJO J L P MOUCO M A do C BRAGA C A

MENDONCcedilA R F de Abacate preferecircncias e mercado CONGRESSO

BRASILEIRO DE FRUTICULTURA 21 2010 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwalicecnptiaembrapabralicebitstreamdoc8700181Moucopdf gt

CARVALHO L F Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado realizaccedilatildeo Jaguacy

Sindicato Rural de Bauru Serviccedilo Nacional de Aprendizagem Rural - SENAR

Faculdades Integradas de Bauru ndash SP 2015

CHITARRA M I F CHITARA A B 2005 Poacutes colheita de frutos e hortaliccedilas

Fiiologia e Manuseio Lavras ESALFAEPE

CRANE J H BALERDI C F MAGUIRE I Avocado Growing in the Florida Home

Landscape University of Florida Circular 1034 one of a series of the Horticultural

Sciences Department Florida Cooperative Extension Service Institute of Food and

Agricultural Sciences University of Florida 1983 Revised 2007

CRIZEL G R MOURA R S OLIVEIRA I R MENDONCcedilA C R B

Caracteriacutesticas fiacutesicas e quiacutemicas de abacates das variedades bdquoQuintal‟ e bdquoHass‟ In

CONGRESSO DE INICIACcedilAtildeO CIENTIacuteFICA 17 ENCONTRO DE POacuteS-

GRADUACcedilAtildeO 10 2008 Pelotas Resumos Pelotas UFPEL 2008

DAIUTO E R VIEITES R L TREMOCOLDI M A RUSSO V C Taxa

respiratoacuteria de abacate bdquoHass‟ submetido a diferentes tratamentos fiacutesicos Revista

Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha Meacutexico v 10 n 2 p 101-109

2010

DAIUTO E R TREMOCOLDI M A VIEITES R L Conservaccedilatildeo poacutes colheita de

abacate bdquoHass‟ irradiado Revista Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha vol

10 n 2 2010

DONADIO L C Abacate para exportaccedilatildeo aspectos teacutecnicos da produccedilatildeo

Brasiacutelia Frupex MAPA 1995 53 p

49

DONADIO L C FERRARI L AVILEacuteS T C Abacate In DONADIO L C (Ed)

Histoacuteria da Fruticultura Paulista Jaboticabal SBF ndash Sociedade Brasileira de

Fruticultura 2010 P 33-63

DORIZZOTTO C D A SAMPAIO A C ICUMA I M et al Avocado production

chain in the state of Satildeo Paulo (Brazil) In Proceedings VII World Avocado Congress

2011 Cairns Anaishellip Cairns Internacional Avocado Society 2011 DISPONIacuteVEL

EM lt

httpworldAvocadocongress2011comuserfilesfileOsvaldo20Kioshi20Yamanis

hi201400-1420pdf gt

ERNST Z R ERNST A A The strategic role of new cultivars A case study of

bdquoMaluma‟ VIII Congreso Mundial de la Palta 2015 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwavocadosourcecomWAC8Section_02EarnstZander2015pdf gt

FACTFISH Avocados production quantity (tons) ndash for all countries DISPONIacuteVEL

EM lt httpwwwfactfishcomstatisticAvocados20production20quantity gt

FAOSTAT 2000 a 2013 DISPONIacuteVEL EM lt httpfaostat3faoorgbrowseTTPE gt

FER B WOLSTENHOLME B N (Ed) The Avocado botany production and

uses Oxon CABI Publ 2002 chap 12 p 299-338

FRANCISCO V L F dos S BAPTISTELLA C S L CULTURA DO ABACATE NO

ESTADO DE SAtildeO PAULO Informaccedilotildees Econocircmicas SP v 35 n5 2005

DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwieaspgovbroutpublicacoespdftec3-0505pdf gt

GAYET J P et al 1995 Abacate para exportaccedilatildeo procedimentos de colheita e

poacutes-colheita FRUPEX Brasiacutelia 37p

GIRARDI G Abacate uma nova opccedilatildeo de biocombustiacutevel Jornal UNESP Bauru

2009 DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwunespbracijornal248energia_bauruphp gt

50

GUEDES M S B SENA M TOLEDO S Certificaccedilatildeo como estrateacutegia competitiva

internacional dos produtores de frutas no Brasil VII Encontro da Sociedade

Brasileira de Economia Ecoloacutegica (ECO-ECO) 28 a 30 de novembro de 2007

Fortaleza Cearaacute

HODDLE M The Avocado Seed Moth Stenoma cateniver Walsingham (Lepdoptera

Elachistidae) Department of Entomology Applied Biological Control Research

DISPONIacuteVEL EM lt httpbiocontrolucredustenomastenomahtml gt

HOHMANN C L MENEGUIM A M A BROCA-DO-ABACATE (Stenoma catenifer)

Aspectos bioloacutegicos comportamento danos e manejo Instituto Agronocircmico do

Paranaacute ndash Londrina ndashPR Informe da Pesquisa n 147 2005

HOHMANN C L MENEGUIM A M Observaccedilotildees preliminares sobre a ocorrecircncia

da broca-do-abacate Stenoma catenifer Wals no Estado do Paranaacute Anais da

Sociedade Entomoloacutegica do Brasil v 22 p 417-419 1993

ILLSLEY-GRANICH C‟Hass‟Carmenrega precocious flowering avocado tree

Agrovim AS de CV Uruapan Michocan Mexico Rob Brokaw Brokaw Nursery Inc

Saticoy California USA Dr Salvador Ochoa-Ascencio University of Michoacan

Uruapan Michoacan Mexico 2011 DISPONIacuteVEL EM lt

httpworldavocadocongress2011comuserfilesfileCarlos20Illsley201410-

1430pdf gt

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA ESTATIacuteSTICA (IBGE) IBGE CIDADES

DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwcidadesibgegovbrcartogramamapaphplang=ampcoduf=53ampcodmun=53

0010ampidtema=136ampcodv=v01ampsearch=distrito-federal|brasilia|sintese-das-

informacoes-2013 gt

KADER A A 1992 Postharvest technology of horticultural crops Okland Univertisy

of California 292p

51

KADER A A ARPIA M L Avocado Recommendations for Maintaining

Postharvest Quality 2013

KADER A A Biologiacutea y Tecnologiacutea Postcosecha un Panorama In KADER A A

Tecnologiacutea Postcosecha de Cultivos Hortofrutiacutecolas 3 Ed Davis University Of

Califoacuternia 2007 Cap 4 p 43-53

KLUGE R A et al Inibiccedilatildeo do amadurecimento de abacate com 1-

metilciclopropeno Pesquisa Agropecuaacuteria Brasileira 37(7)895-901

KOOLER O C Abacaticultura Porto Alegre UFRGS 1992 138p

KOOLER O C ABACATICULTURA Porto Alegre UFRGS 1984 138p

KOLLER O C Abacate produccedilatildeo de mudas instalaccedilatildeo e manejo de pomares

colheita e poacutes-colheita Porto Alegre Cinco Continentes 2002 145 p

KREMER-KOumlHNE S KOumlHNE J S 25 YEARS OF AVOCADO ROOTSTOCK

DEVELOPMENT IN SOUTH AFRICA VI World Avocado Congress Chile 2007

DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwavocadosourcecomWAC6enExtenso1a-8pdf gt

LIPPERT C ALLAMAND M (WESTFALIASUBSOLE) A hystory of

collaboration Rev Subsole Santiago 2007

MAIS NATUREZA ABACATEIRO DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwmaisnaturezacomplantasarvoresabacateiro gt

MARANCA G Fruticultura comercial Manga e Abacate Satildeo Paulo Nobel 1980

p 81-133

MASSAFERA G COSTA T M B OLIVEIRA J E D COMPOSICcedilAtildeO DE AacuteCIDOS

GRAXOS DO OacuteLEO DO MESOCARPO E DA SEMENTE DE CULTIVARES DE

ABACATE (Persea americana MILL) DA REGIAtildeO DE RIBEIRAtildeO PRETO SP)

52

Alim Nutr Araraquara V 21 n 2 p 325-331 abrjun 2010 DISPONIacuteVEL EM lt

http20014571150seerindexphpalimentosarticleview940a20v21n2pdf gt

MDIC Negociaccedilotildees internacionais DISPONIacuteVEL EM

httpwwwdesenvolvimentogovbrsitiosecexnegInternacionaisMedTerrorismoLei

ph p gt

MICKELBART M V BENDER G S WITNEY G W ADAMS C ARPAIA M L

Effects of clonal rootstocks on bdquoHass‟ avocado yield components alternate bearing

and nutrition Journal of Horticultural Schience amp Biotechnology Ashford v 82

n 3 p 460-466 2007

MILLER B BERTELS R PADILLA T WILEMAN R THOMSEN L China the

new frontier VIII World Avocado Congress 2015

MONTENEGRO H W S A cultura do abacateiro Satildeo Paulo Melhoramentos

1951 102p (Criaccedilatildeo e Lavoura n 11)

MORAES A F G Desenvolvimento produccedilatildeo e qualidade de frutos de abacateiro

cv bdquoHass‟ sobre dois porta-enxertos nas condiccedilotildees edafoclimaacuteticas da regiatildeo central

do Estado de Satildeo Paulo Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Ciecircncias Piracicaba 2014

NAAMANI G Global Trends in main Avocado Markets VII World Avocado

Congress Australia 2011

NAVA DE DE LARA HADDAD M PARRA JRP 2005 Exigecircncias teacutermicas

estimativa do nuacutemero de geroccedilotildees de Stenoma catenifer e comprovaccedilatildeo de modelo

em campo Pesq Agropec Bras Brasilia v 40 p 961-967

NAVA DE PARRA JRP COSTA VA GUERRA TM COcircNSOLI FL (2005b)

Population dynamics of Stenoma catenifer(Lepidoptera Elachistidae) and related

larval parasitoids in Minas Gerais Brazil Florida Entomologistv 88p 441-446

53

NOVAGRIM ndash FRESH FRUITS IMPORTER amp VEGETABLE SUPPLIER SINCE

1999 2001-2013 WORLD AVOCADO PRODUCTION DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwnovagrimcomPages2000_2011_Avocado_statistics_ENaspx gt

OLIVEIRA LA A importacircncia das Normas Internacionais para o Comeacutercio da

Fruticultura Brasileira Piracicaba Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Economia Escola

Superior de Agricultura ldquoLuiz de Queirozrdquo Universidade de Satildeo Paulo Piracicaba

2005

OLIVEIRA M A de et al 2000 Ceras para conservaccedilatildeo poacutes colheita de frutos de

abacateiro cultivar Fuerte armazenados em temperatura ambiente Scientia Agriacutecola

Piracicaba 57 (4) 777-780

PASSONI A D NEVES M C M RODRIGUES B B BOTEON M Anaacutelise dos

principais entraves na exportaccedilatildeo de frutas brasileiras CENTRO DE ESTUDOS

AVANCcedilADOS EM ECONOMIA APLICADA (CEPEAESALQ-USP) XLIV

CONGRESSO DA SOBER ndash ldquoQuestotildees Agraacuterias Educaccedilatildeo no Campo e

Desenvolvimentordquo Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia Rural Fortaleza

2006

PEGG K G COATES L M KORSTEN L HARDING R M Foliar fruit and

soilborne diseases In WHILEY A W SCHAF

PERFIL DA FRUTICULTURA 2014 Base de dados 2012 a 2013 Governo de Minas

Gerais Agricultura Pecuaacuteria e Abastecimento 2014

PICCININ E PASCHOLATI S F ldquoDOENCcedilAS DO ABACATEIRO‟ em MANUAL DE

FITOPATOLOGIA Vol 2 Doenccedilas das Plantas Cultivadas Editora Agronocircmica

Ceres Ltda Satildeo Paulo 1997 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwifcursoscombrsistemaadminarquivos07-33-29-

manualfitopatologiapdfpage=10 gt

54

PUTT F F GOacuteES B C CATANEO P F Anaacutelise econocircmica de oferta e demanda

do abacate na alta paulista X Foacuterum Ambiental da Alta Paulista v 10 n 7 2014

pp 158-169

ROCHA I L Nuacutemeros do abacate HORTIESCOLHA Instituto Brasileiro de

Qualidade em Horticultura DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwhortibrasilorgbrjnwindexphpoption=com_contentampview=articleampid=120

9numeros-do-abacate-ampcatid=50comercializacaoampItemid=82 gt

SANTO N T Manejo da vegetaccedilatildeo intercalar para obtenccedilatildeo de cobertura morta na

cultura do abacateiro visando minimizar os danos causados por Phytophthora

cinnamomi Dissertaccedilatildeo de mestrado em Fitotecnia Piracicaba 2014

SCHAFFER B WOLSTENJOLME B N WHILEY A W The avocado botany

production and uses 560 p 2012 DISPONIacuteVEL EM lt

httpsbooksgooglecombrbooksid=r0hpRJca3zECamppg=PA83amplpg=PA83ampdq=Th

e+Avocado+botany+production+and+uses+hass-

likeampsource=blampots=oqc5OBsbmVampsig=5gDWWPIMYRBW9cH3yYuWh-ldd-8amphl=pt-

BRampsa=Xampved=0ahUKEwj_yPbgsoTKAhUGDpAKHZTrCWEQ6AEIPDADv=onepag

eampqampf=false gt

SCIENCIA I Certificaccedilatildeo GLOBALGAP e impactos ambientais em agroinduacutestrias de

alimentos Dissertaccedilatildeo de Poacutes-Graduaccedilatildeo Araraquara SP 2010 lt

mlthttpwwwecoecoorgbrconteudopublicacoesencontrosvii_envii_enc_ecohtm

gt

SIMAtildeO S Manual de Fruticultura Satildeo Paulo Editora Agronocircmica Ceres 1971

530p p 147-169

SINGER P MASON J Eacutetica da alimentaccedilatildeo como nossos haacutebitos alimentares

influenciam o meio ambiente e o nosso bem estar Rio de Janeiro Elsevier 2007

SOARES H F ITO M K O AacuteCIDO GRAXO MONOINSATURADO DO ABACATE

NO CONTROLE DE DISLIPIDEMIAS Ver Ciecircnc Meacuted Campinas P 47-51 2000

55

DISPONIacuteVEL EM lt httpperiodicospuc-

campinasedubrseerindexphpcienciasmedicasarticleviewFile13301304 gt

TEIXEIRA C G Cultura In ITAL ndash INSTITUTO DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS

(Campinas) Abacate Cultura mateacuteria-prima processamento e aspectos

econocircmicos 2 Ed Campinas Instituto Campineiro de Ensino Agriacutecola 1995 Cap 1

p 1-54 (Frutas Tropicais)

TEIXEIRA C G Cultura do abacate In TEIXEIRA C G et al ABACATE cultura

mateacuteria prima processamento e aspectos econocircmicos 2deg ed Seacuterie Fruas Tropicais

ndeg8 ITAL Campinas 1991 250p

WATANABE H S Caracteriacutesticas de cultivares de abacate CEAGESPS ndash

Companhia de Entrepostos e Armazeacutens Gerais de Satildeo Paulo 2013

WOLFENBARGER D O COLBURN B The Stenoma catenifer a serious Avocado

pest Proceedings of Florida State Horticulture Society v 92 p 315-318 1979

ZEIDAN R SEIXAS P ABRANCHES L COSTA D MEIRELLES F Certificaccedilatildeo

na cadeia produtiva de alimentos e as barreiras teacutecnicas agrave exportaccedilatildeo Simpoacutesio de

excelecircncia e gestatildeo e tecnologia ndash SEGeT 2008 Resende

Page 31: EVOLUÇÃO DA PRODUÇÃO MUNDIAL E NACIONAL …...RESUMO O abacateiro, Persea americana, é uma cultura muito importante em vários países, devido ao volume comercializado da fruta

31

comercializaccedilatildeo do Avocado no paiacutes com a elaboraccedilatildeo de marketing e o

desenvolvimento de pesquisas que incentivem o aumento do consumo interno

promovendo alimentos como por exemplo o GUACAMOLE alimento muito popular

no paiacutes

Em 2002 os EUA impunham a Lei do Bioterrorismo exigindo que as

empresas que produzem processem armazenem ou processem alimentos voltados

ao consumo humano ou animal devem cumprir normas para comercializar seus

produtos voltados ao consumo humano ou animal precisam cumprir normas para

comercializar seus produtos nos Estados Unidos Eacute necessaacuterio que essas mesmas

empresas possuam registro junto ao governo norte-americano atualizando estas

informaccedilotildees e comunicarem agraves autoridades a chegada de novos carregamentos

alimentares O natildeo cumprimento dessas exigecircncias acarreta na proibiccedilatildeo do

ingresso da carga e possiacutevel retenccedilatildeo da mercadoria com multa para o responsaacutevel

pelo carregamento (MDIC 2006)

Os principais compradores de abacate ‟Hass‟ satildeo os Estados Unidos (20 a

50) UE AUS e o Meacutexico maior produtor e exportador do Avocado participando

com 20 do mercado de Avocado (CARVALHO 2015)

O Brasil participa com apenas 031 do mercado internacional exportando

para o Canadaacute e Holanda CARVALHO (2015) comenta que o Brasil natildeo aproveita

seu potencial de se tornar grande produtor e exportador de Avocado o paiacutes possui

extensa aacuterea e clima variado entre outros fatores que favorecem a produccedilatildeo de

Avocado contudo a produccedilatildeo ainda eacute muito pequena quando comparado com

outros paiacuteses que participam do mercado internacional da fruta

Quanto agrave contribuiccedilatildeo do desenvolvimento de programas de melhoramento

geneacutetico para a consolidaccedilatildeo do Brasil como grande produtor mundial de abacate a

utilizaccedilatildeo de cultivares de bdquoHass-like‟ representa uma excelente opccedilatildeo para

aumentar a safra da cultura no paiacutes devido agrave caracteriacutestica que esta variedade tem

de antecipar a florada ampliando desta forma a janela de produccedilatildeo e aumentando

a competitividade do paiacutes em relaccedilatildeo a outros paiacuteses exportadores da fruta

O graacutefico a seguir ilustra o comportamento das exportaccedilotildees e importaccedilotildees

Brasileiras em 14 anos

32

Figura 6 - Evoluccedilatildeo da exportaccedilatildeo e importaccedilatildeo do abacate (em t) no Brasil em 14 anos Elaborado pelo autor FONTE FAO

Alguns dos principais concorrentes do Brasil tratando-se da exportaccedilatildeo do

Avocado satildeo Aacutefrica do Sul com 3 das exportaccedilotildees Chile com 7 e Peru

representando 10 do mercado internacional de Avocado A safra do Chile ocorre

em eacutepoca proacutexima a do Brasil comeccedilando em agosto e terminando em fevereiro

(CARVALHO 2015) A Boliacutevia apesar de participar com apenas 012 do volume

exportado tem a vantagem de possibilidade de produccedilatildeo o ano todo

O elevado padratildeo de qualidade dos produtos eacute sem duacutevida um fator que

pode fazer com que o Brasil se estabeleccedila no mercado mundial de abacate Esta

praacutetica tem qualificado a Aacutefrica do Sul como um dos principais fornecedores para

paiacuteses da Europa a partir do intenso trabalho desenvolvido pela empresa sem fins

lucrativos WESTFALIA situada no municiacutepio de Limpopo por meio de investimentos

em tecnologia

A tabela a seguir apresenta o periacuteodo do ano em que cada paiacutes exportador de

abacate embarca seus produtos ao redor do mundo

0

500

1000

1500

2000

2500

3000

3500

4000

4500

5000

EXPORTACcedilAtildeO

IMPORTACcedilAtildeO

33

TABELA 3 - Janela de exportaccedilatildeo dos paiacuteses exportadores de abacate

adaptada FONTE WESTFALIASUBSOLE

CALENDAacuteRIO DE EXPORTACcedilAtildeO DE ABACATE lsquoHASSrsquo

jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

BRASIL X X X X X X X X

ARGENTINA X X X

EUA X X X X X X X X X X X X

CHILE X X X X X X X X X X

AFRICA DO SUL X X X X X X X

REP DOMINICANA X X X X X

ISRAEL X X X X X X

PERU X X X X X X X

NOVA ZELAcircNDIA X X X

MEacuteXICO X X X X X X X X X X X X

ESPANHA X X X X X X X

QUEcircNIA X X X X X

AUSTRAacuteLIA X X X X X X X

Os principais destinos do abacate ‟Hass‟ exportado pelo Brasil satildeo Espanha

Itaacutelia Holanda Alemanha e Dinamarca O material exportado segue de navio do

porto de Santos a uma temperatura de 5degC levando ateacute 16 dias no maacuteximo ateacute os

destinos Esse material exportado pelo Brasil possui os certificados GlobalGapR ndash

BRCR ndash BSCIR ndash SedexR ndash SmetaR

Os graacuteficos a seguir apresentam informaccedilotildees sobre a evoluccedilatildeo do da

exportaccedilatildeo do abacate feitos a partir de informaccedilotildees apresentadas no Anuaacuterio

Brasileiro de fruticultura (2004 a 2015) obtidos a partir de dados do Instituto

Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica

34

Figura 7 - Evoluccedilatildeo do volume de abacate exportado pelo brasil (2003 a 2014) Elaborado pelo autor com dados DO ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE AGRICULTURA DE 2004 a 2015 (IBGE)

Figura 8 - Receita com exportaccedilatildeo brasileira de abacate (2003 a 2014) Elaborado pelo autor com dado do ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE AGRICULTURA DE 2004 a 2015 (IBGE)

O volume de abacate exportado pelo Brasil vem crescendo nos uacuteltimos anos

revelando assim a importacircncia do setor para o paiacutes A variaccedilatildeo do volume

exportado de 2008 para 2009 foi de 6282 jaacute de 2009 para 2010 a exportaccedilatildeo

sofreu uma queda de 793 Em 2014 houve um aumento de 3462 no setor em

relaccedilatildeo ao ano anterior (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE FRUTICULTURA) A receita

-

100000

200000

300000

400000

500000

600000

700000

20

03

20

04

20

05

20

06

20

07

20

08

20

09

20

10

20

11

20

12

20

13

20

14

EVOLUCcedilAtildeO DO VOLUME DE ABACATE EXPORTADO PELO BRASIL (2003 a 2014)

VOLUME EXPORTADO (t)

-

20000000

40000000

60000000

80000000

100000000

120000000

20

03

20

04

20

05

20

06

20

07

20

08

20

09

20

10

20

11

20

12

20

13

20

14

RECEITA COM EXPORTACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ABACATE (2003 a 2014)

RECEITA (em USS FOB)

35

obtida a partir da exportaccedilatildeo do abacate tambeacutem acompanha os iacutendices de

crescimento

A Aacutefrica do Sul um dos principais concorrentes do Brasil no setor de

exportaccedilatildeo do Avocado eacute reconhecida por exportar material de alta qualidade para

Europa onde possui escritoacuterios contudo sua produccedilatildeo estaacute estagnada A Westfalia

eacute uma empresa sem fins lucrativos produtora de Avocado na Aacutefrica do Sul

responsaacutevel por desenvolver o mercado de Avocado no paiacutes e investe fortemente

em tecnologia o que colaborou para a atual situaccedilatildeo da Aacutefrica do Sul no setor de

exportaccedilatildeo de Avocado (CARVALHO 2015)

ABACATE NO BRASIL

O Brasil favorecido quando comparado com outros paiacuteses produtores devido

agrave suas dimensotildees continentais o que lhe possibilita ampla variaccedilatildeo de temperaturas

e solos estes fator unido agraves caracteriacutesticas individuais de cada variedade como por

exemplo sazonalidade e exigecircncias nutricionais e de horas de luz Contudo apesar

da aacuterea destinada agrave produccedilatildeo do abacate no Brasil ter reduzido passando de

11605 ha em 2005 para 9559 ha em 2014 reduccedilatildeo de 176 a produccedilatildeo natildeo foi

tatildeo alterada o que evidencia a possibilidade de um aumento na produtividade destas

aacutereas

Atualmente o Brasil ocupa a oitava posiccedilatildeo no ranking global do setor de

produccedilatildeo de abacate E apesar de possuir crescente produtividade o paiacutes ainda

possui excelente potencial produtor e tambeacutem como exportador da fruta Para

aproveitar melhor esse potencial deveriam ser feitos mais investimentos tanto no

que se refere agrave produccedilatildeo como por exemplo melhoramento geneacutetico e adoccedilatildeo de

protocolos de boas praacuteticas agriacutecolas para a obtenccedilatildeo de certificaccedilatildeo quanto no

setor de comercializaccedilatildeo desenvolvendo elevado padratildeo de qualidade da fruta

A tabela a seguir (TABELA 4) apresenta a aacuterea destinada agrave colheita de todas

as variedades de abacate nos principais produtores de abacate e o Distrito Federal

TABELA 4 - Aacuterea destinada agrave colheita (em ha) Elaborada pelo autor

DADOS (IBGE-SIDRA)

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Brasil 11605 10515 9892 9596 8509 11125 10768 9615 9707 9559

Satildeo Paulo 4266 3688 3583 3437 3267 5530 5642 4192 4374 4337

36

Minas Gerais 2865 2254 2326 2223 1854 2202 2134 2309 2416 2373

Paranaacute 1492 1467 1306 1009 1085 1000 944 922 958 930

Cearaacute 493 475 498 497 490 484 477 480 483 498

Rio Grande do Sul 626 619 613 602 584 575 552 499 470 444

Distrito Federal 119 122 109 124 108 111 - 295 160 134

A tabela 5 abaixo apresenta a produccedilatildeo de todas as variedades de abacate

em toneladas dos uacuteltimos 10 anos para os principais estados produtores e o Distrito

Federal

TABELA 5 - Produccedilatildeo nacional de abacate em 10 anos (em t) Elaborada pelo

autor FONTE (IBGESIDRA)

UFANO 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Brasil 169335 164441 154096 147214 139089 153189 160376 159903 157482 156669 1000

Satildeo Paulo 77107 78085 70812 69904 74193 83002 91909 82780 85101 79316 506

Minas Gerais 38777 32812 33436 28016 24772 28522 30975 36669 36571 41259 263

Paranaacute 22265 22575 20425 16537 15919 15824 17304 16705 16309 15784 101

Rio Grande do Sul

8167 7905 7804 7602 6824 6769 6907 5719 5584 5277 34

Cearaacute 5202 4231 4706 4520 4336 4163 3985 2717 2640 3637 23

Distrito Federal 2596 3081 2690 3019 2666 2415 - 6914 3152 3151 20

Em 2014 a aacuterea destinada agrave colheita do abacate no estado do Cearaacute era

superior agrave aacuterea do Rio Grande do Sul contudo a produccedilatildeo no estado do Cearaacute no

mesmo ano foi de 3637 t enquanto que a produccedilatildeo do Rio Grande do Sul foi de

5277 45 maior reforccedilando assim a ideia de que a produtividade no Sul pode ser

maior em relaccedilatildeo agrave regiatildeo Nordeste Este fator pode ser decorrente do uso de

cultivares inadequadas para as condiccedilotildees climaacuteticas da regiatildeo eou pela falta de

adoccedilatildeo de tecnologias modernas e teacutecnicas avanccediladas de produccedilatildeo

No Distrito Federal a produccedilatildeo cresceu 21 nos uacuteltimos 10 anos e hoje

representa 2 da produccedilatildeo nacional Por outro lado Satildeo Paulo que lidera o ranking

com 506 de toda a produccedilatildeo obteve crescimento de apenas 286 Jaacute a

produccedilatildeo do Paranaacute sofreu uma reduccedilatildeo de -291 neste mesmo periacuteodo poreacutem

manteve-se como quarto produtor nacional de abacate Os estados do Cearaacute e Rio

Grande do Sul tambeacutem reduziram sua produtividade nos uacuteltimos 10 anos

acompanhando a reduccedilatildeo nacional que reduziu -74

37

A variaccedilatildeo da produtividade de todas as variedades de abacate dos principais

estados produtores de abacate do Brasil eacute apresentada na TABELA 6 a seguir

TABELA 6 - Variaccedilatildeo (em) da produtividade (t) no Brasil em 10 anos

Elaborada pelo autor FONTE (IBGESIDRA)

VARIACcedilAtildeO () DA PRODUTIVIDADE (t) EM 10 ANOS

ESTADOANO 2005 2014 VARIACcedilAtildeO

PAIacuteS 146 164 123

SAtildeO PAULO 181 183 11

MINAS GERAIS 135 174 289

PARANAacute 149 17 141

RIO GRANDE DO SUL 13 119 -85

CEARAacute 106 73 -311

DISTRITO FEDERAL 218 235 78

De acordo com os dados do IBGE Satildeo Paulo eacute o maior produtor de abacate

do paiacutes Dentre as variedades mais produzidas no estado de Satildeo Paulo estatildeo

bdquoFortuna‟ bdquoGeada‟ bdquoQuintal‟ e bdquoMargarida‟ (DORIZZOTTO 2011)

Abaixo segue TABELA 11 contendo os nuacutemeros de plantas novas e o

nuacutemero de plantas em produccedilatildeo bem como a produccedilatildeo (caixas de 22Kg) no estado

de Satildeo Paulo ao longo de 15 anos

TABELA 7 - Quantidade de peacutes novos peacutes em produccedilatildeo e produccedilatildeo (cx 22kg)

no estado de Satildeo Paulo entre 2000 e 2015 Elaborada pelo autor FONTE

INSTITUTO DE ECONOMIA AGRIacuteCOLA

ANO PEacuteS

NOVOS PEacuteS EM

PRODUCcedilAtildeO

2000 4859400 66157100

2001 4617700 62883700

2002 4742500 55421300

2003 6095000 49740300

2004 5969500 48339500

2005 5131100 46596200

2006 5325600 45869000

2007 3412800 47668000

2008 5007100 40617400

2009 12068600 49971400

2010 8190000 53239000

38

2011 6904500 54780100

2012 7704100 51341600

2013 7002100 59149400

2014 8419800 60996100

2015 9040200 67073800

O graacutefico abaixo apresenta a curva da produtividade obtida a partir da relaccedilatildeo

feita entre a produccedilatildeo e a quantidade de peacutes em produccedilatildeo no estado de Satildeo Paulo

Figura 9 - Produtividade (kgplanta) no estado de Satildeo Paulo desde 2000 elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE ECONOMIA AGRIacuteCOLA

Os dados foram obtidos a partir da relaccedilatildeo feita entre a quantidade de planta

em produccedilatildeo e a quantidade de caixas de 22 Kg produzidas no estado de Satildeo Paulo

desde 2000 Esses dados revelam crescente aumento da produtividade ateacute o ano de

2010 onde a produtividade ultrapassou 168 Kgplanta Jaacute em relaccedilatildeo ao ano de

2011 a produtividade sofreu uma reduccedilatildeo de 10 Depois disso a curva de

produtividade continuou ascendente

A seguinte tabela apresenta a evoluccedilatildeo do preccedilo do abacate comercializado

na CEAGESP durante o ano no periacuteodo de nove anos

90

110

130

150

170

190

20

00

20

01

20

02

20

03

20

04

20

05

20

06

20

07

20

08

20

09

20

10

20

11

20

12

20

13

20

14

20

15

PRODUTIVIDADE DOS PEacuteS DE ABACATE (Kgplanta) EM SP

PRODUTIVIDADE

39

TABELA 8 - Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio (em R$Kg) do abacate FONTE

CEAGESP 2008

ANOMEcircS JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

2007 105 101 1 118 107 109 129 151 159 181 228 279

2008 119 081 084 097 102 11 122 137 149 208 296 326

2009 169 122 132 133 141 141 152 177 217 213 212 235

2010 17 161 165 154 151 151 164 173 202 262 406 316

2011 185 182 183 203 186 204 231 278 308 317 359 369

2012 207 155 151 141 153 164 192 218 242 268 429 485

2013 263 209 216 215 244 265 258 304 347 403 566 498

2014 228 206 231 239 198 2 256 267 301 305 403 538

2015 406 403 386 349 367 397 394 43 - - - -

O graacutefico a seguir resume o comportamento da quantidade de peacutes novos e

em produccedilatildeo no estado de Satildeo Paulo desde o ano 2000

Figura 10 - Evoluccedilatildeo do nuacutemeros de peacutes novos e em produccedilatildeo ao longo de 15 anos no estado de Satildeo Paulo elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE

ECONOMIA AGRIacuteCOLA

A produccedilatildeo (em caixas de 22 Kg) eacute demonstrada no graacutefico abaixo para esse

mesmo periacuteodo

000

10000000

20000000

30000000

40000000

50000000

60000000

70000000

80000000

20002002200420062008201020122014

EVOLUCcedilAtildeO DOS DADOS DO ABACATE EM SAtildeO PAULO

PEacuteS NOVOS

PEacuteS EM PRODUCcedilAtildeO

40

Figura 11 - Evoluccedilatildeo da produccedilatildeo de abacate em caixas de 22kg no estado de Satildeo Paulo em 15 anos elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE

ECONOMIA AGRIacuteCOLA

A sazonalidade do abacate comercial na CEAGESP em Satildeo Paulo

demonstram que o abacate pode ser comercializado praticamente todas as eacutepocas

do ano como apresentado pela tabela

TABELA 9 - Sazonalidade do abacate FONTE CEAGESP 2008

VARIEDADE JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

GEADA X X X X X

FORTUNA X X X X X X X

QUINTAL X X X X X X X

MARGARIDA X X X X X X X X X X

BREDA X X X X X X X X

HASS X X X X X X X X

O Estado de Minas Gerais eacute o segundo maior produtor nacional de abacate

participando do setor com 229 do total produzido A aacuterea no Estado destinada agrave

produccedilatildeo da fruta foi de 23 mil ha A produtividade do estado de Minas em 2012 foi

de 15881 (hgha) (PERFIL DA FRUTA) A produccedilatildeo de abacate no Distrito Federal

em 2013 foi de 3152 toneladas (IBGE) Em Minas a produccedilatildeo concentra-se nas

regiotildees Sul e Sudeste do estado (ALMEIDA 2013)

200000000

250000000

300000000

350000000

400000000

450000000

500000000

550000000

20002002200420062008201020122014

EVOLUCcedilAtildeO NA PRODUCcedilAtildeO DE ABACATE EM SAtildeO PAULO (22Kgcx)

PRODUCcedilAtildeO CX 22Kg

41

Em 2003 o Paranaacute foi o terceiro maior produtor nacional de abacate com uma

aacuterea de aproximadamente 1600ha onde se produziu 26 mil toneladas gerando uma

receita de cerca de R$ 85 milhotildees (HOHMANN amp MENEGUIM 2005)

De acordo com a relaccedilatildeo feita entre os dados de volume de abacate colhido e

de aacuterea destinada agrave produccedilatildeo do IBGESIDRA em 10 anos (2005 agrave 2014) o estado

que sofreu maior reduccedilatildeo da produtividade foi o estado do CEARAacute reduzindo em

31 aproximadamente enquanto que o estado de minas aumentou 289 sua

produtividade O DF apresentou os melhores niacuteveis de produtividade a partir desses

dados

AVOCADO NO BRASIL

A regiatildeo de Bauru em Satildeo Paulo especializou-se na produccedilatildeo dos abacates

‟Hass‟ e bdquoFuerte‟ conhecidos comercialmente como Avocado e satildeo os mais

apreciados pelo mercado internacional (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA

FRUTICULTURA 2008)

O Avocado variedades ‟Hass‟ e bdquoFuerte‟ possui excelentes caracteriacutesticas

nutricionais como por exemplo seu alto teor de lipiacutedeos Aleacutem disso o fruto possui

tamanho reduzido o que facilita o consumo evitando que parte natildeo consumida seja

armazenada Uma das possibilidades de se estimular o consumo interno seria

promover o produto a partir do uso de marketing setor no qual a empresa

JAGUACYR situada no municiacutepio de Bauru ndash SP tem se destacado fornecendo

informaccedilotildees nutricionais e apresentando o alto padratildeo de qualidade da fruta Outro

fator que reduz a oferta do produto no mercado interno eacute a demanda internacional

apesar de impor barreiras e exigirem alto padratildeo de qualidade o produto de

qualidade recebe os melhores preccedilos este fator tambeacutem limita o consumo interno

porque o preccedilo oferecido pelos importadores reflete no preccedilo interno

Outro ponto que deve ser observado para se manter qualidade elevada dos

frutos eacute a escolha adequada do ponto de colheita pois este fator reflete diretamente

no teor de oacuteleo dos frutos que por sua vez eacute responsaacutevel pela conservaccedilatildeo do

sabor Os melhores teores de oacuteleo encontram-se em frutos tardios como nas

variedades obtidas a partir das raccedilas Guatemalenses e Mexicana sendo maior nas

raccedilas Mexicana e menor em cultivares oriunda de raccedilas Guatemalenses como por

exemplo a bdquoHass‟

42

A exportaccedilatildeo brasileira do abacate bdquoHass‟ variedade mais produzida no

mundo era de 100 toneladas por ha em 2004 para 2186 toneladas em 2010

(DORIZZOTTO 2011) Contudo este dado representa apenas 143 do volume de

todo o abacate produzido no paiacutes nesta mesma data mesmo com seus atributos

nutricionais e comerciais

Quando se trata do segmento do mercado do Avocado brasileiro em acircmbito

global a empresa JAGUACYR situada no municiacutepio de Bauru ndash SP com sede na

Holanda eacute de extrema relevacircncia contribuindo com 90 das exportaccedilotildees brasileiras

deste produto com o qual o Brasil ainda comeccedila a participar poreacutem possui

condiccedilotildees favoraacuteveis para crescer no setor (CARVALHO 2015)

O graacutefico a seguir apresentado na Figura 2 demonstra a evoluccedilatildeo da

participaccedilatildeo do Avocado no setor de fruticultura no estado de Satildeo Paulo

Figura 12 - Elaborado pelo autor FONTE CEAGESPSEDES GABRIEL V BITENCOURT DE ALMEIDA

Como apresentado no graacutefico acima o volume de Avocado comercializado na

CEAGESP tem crescido rapidamente vertiginosamente chegando a quase

quadruplicar seu valor em apenas 7 anos

Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio de atacado (R$Kg) de Avocado na CEAGESP de

Satildeo Paulo durante o ano (SP) (Figura 3)

81 74 90

106 133

208

365 378

0

50

100

150

200

250

300

350

400

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

EVOLUCcedilAtildeO DA QUANTIDADE COMERCIALIZADA (T) DE AVOCADO NA CEAGESP DE SAtildeO PAULO (SP)

QUANTIDADE(toneladas)

43

Figura 13 - Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio do avocado na CEAGESP (R$Kg) Elaborado pelo autor FONTES CEAGESP

O graacutefico a seguir demonstra um comparativo da variaccedilatildeo do preccedilo meacutedio do

abacate em relaccedilatildeo ao Avocado durante o ano com base nos dados de nove anos

da CEAGESP (R$Kg)

Figura 14 - Comparativo do preccedilo meacutedio do abacate e do avocado comercializado na ceagesp durante o ano elaborado pelo autor FONTE

CEAGESP

A partir dos dados de 7 anos com a variaccedilatildeo do preccedilo meacutedio do Avocado por

quilo durante o ano pocircde-se observar que os menores valores encontram-se entre

maio e agosto A variaccedilatildeo de preccedilo meacutedio durante o ano chega a ser de R$ 581 o

quilo mais que o dobro entre o maior e menor valor meacutedio encontrado

O graacutefico com o comparativo do preccedilo do abacate com o Avocado (Figura 11)

revela a discrepacircncia da valorizaccedilatildeo entre os dois grupos O valor miacutenimo do

4

6

8

10

12

jan

fev

mar

abr

mai

jun jul

ago

set

ou

t

no

v

dez

EVOLUCcedilAtildeO DO PRECcedilO MEacuteDIO DO AVOCADO NA CEAGESP (R$Kg)

PRECcedilO MEacuteDIO

0

2

4

6

8

10

12

JAN

FEV

MA

R

AB

R

MA

I

JUN

JUL

AG

O

SET

OU

T

NO

V

DEZ

PRECcedilO AVOCADO

PRECcedilO DO ABACATE

44

Avocado eacute de R$ 554 por quilo enquanto que o maior valor encontrado do abacate

chega a R$ 381 uma diferenccedila de quase 50

O CEASA-DF registrou em 2014 um volume comercializado de 397 toneladas

de Avocado enquanto que no ano anterior o volume registrado natildeo passou de 07

toneladas (CEASA-DF)

Apesar de jaacute haver teacutecnicas eficientes e tecnologias modernas disponiacuteveis

para se aperfeiccediloar a produccedilatildeo do abacate a exploraccedilatildeo de novas regiotildees com

potencial produtor para a implantaccedilatildeo de pomares de abacateiro no Brasil eacute um dos

fatores que podem aumentar mais ainda a produccedilatildeo nacional No DF por exemplo

a aacuterea destinada agrave colheita do abacate sofreu uma reduccedilatildeo de mais da metade de

2012 para 2014 muito diferente da forma como havia se comportando desde 2000

quando a aacuterea passou de 85 ha para 111 em 2010 O DF representa apenas 2 da

produccedilatildeo nacional do abacate contudo sua produtividade vem aumentando e de

acordo com os dados do IBGE o DF possui os melhores iacutendices de produtividade do

paiacutes o que pode representar forte potencial da regiatildeo no setor Este fato corrobora

com a ideia de que o Brasil pode aproveitar melhor sua extensatildeo territorial

explorando regiotildees com potencial produtor como o DF por exemplo

CERTIFICACcedilAtildeO

CARVALHO (2015) afirma que para participar do mercado internacional os

produtores devem se atentar agraves exigecircncias internacionais de qualidade e seguranccedila

garantidas por meio de certificaccedilatildeo como GlobalGapR BRCR BRCIR FAIRDRADER

e SEDEX-SMETAR Outro ponto que deve ser adotado pelo Brasil no comeacutercio do

Avocado eacute manter um mercado com preccedilo linear e contiacutenuo Ainda segundo

CARVALHO (2015) produtores que natildeo possuem certificaccedilatildeo no GlobalgapR

recebem menos 10

PRECcedilO PAGO PELA JAGUACYR AO PRODUTOR COM GLOBALGAPR

TABELA 10 - (CARVALHO 2015)

CAT CALIBRE MAR ABR MAI JUN

1 12 A 24 315 322 205 205

2 26 A 32 131 129 130 130

2 12 A 24 284 350 187 187

45

Para o consumidor final o selo GLOBALGAPR natildeo eacute tatildeo notado pois o uso

desta marca eacute praticado entre empresas Contudo sua em sua elaboraccedilatildeo

considerou-se a reduccedilatildeo dos impactos negativos das operaccedilotildees agriacutecolas no meio

ambiente reduzir o uso de insumos quiacutemicos e garantir que assuntos de sauacutede e

seguranccedila dos empregados e bem estar animal sejam observados (GLOBALGAPR

2008)

A GLOBALGAPR serve como um manual no comeacutercio mundial de produtos

agriacutecolas estabelecendo normas voluntaacuterias para sua certificaccedilatildeo Este conjunto de

normas estabelece serve de molde para a conduccedilatildeo de boas praacuteticas agriacutecolas

(BPA) nas atividades agriacutecolas (GLOBALGAPR 2008)

Um dos pontos positivos em se adotar os protocolos de boas praacuteticas

agriacutecolas eacute a prevenccedilatildeo de perdas Pesquisas feitas no setor da fruticultura

concluem que maior parte do desperdiacutecio ocorre no percurso que vai do manuseio

no campo ateacute as centrais de produccedilatildeo (AGRIANUAL 2012) Os iacutendices de perdas da

abaticultura chegam a 34 ao ano (AGRIANUAL 2015)

Eacute de extrema importacircncia desenvolver soacutelidos e eficientes sistemas de

certificaccedilatildeo a fim de assegurar qualidade que atenda as expectativas dos

consumidores permitindo que as empresas ingressem nos mercados globais com

seus produtos (ZEIDAN et al 2008)

A difusatildeo de praacuteticas recomendadas para a obtenccedilatildeo da certificaccedilatildeo

GLOBALGAPR por parte dos produtores de abacate principalmente as variedades

bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ pode estimular o consumo interno por meio da oferta de produtos

de maior qualidade aleacutem de reduzindo perdas e promover o produto no comeacutercio

internacional da fruta Fazendo com que o potencial produtor seja aproveitado ao

maacuteximo uma vez que seguir os protocolos de boas praacuteticas agriacutecolas represente a

reduccedilatildeo de perdas no processo de produccedilatildeo de colheita e de transporte seja por

meio da reduccedilatildeo da incidecircncia de pragas ou por adoccedilatildeo de teacutecnicas e evitem perdas

na conduccedilatildeo da produccedilatildeo dos pomares de abacate

CONCLUSOtildeES

A produccedilatildeo de Avocado cultivares bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ superiores em vaacuterios

aspectos agraves cultivares mais populares no paiacutes tem condiccedilotildees de se desenvolver

amplamente no Brasil tornando-o grande consumidor e exportador da fruta Essa

46

mudanccedila pode ocorrer por meio de incentivos governamentais que incentivem o

registro de produtos para a cultura do abacateiro favorecendo a obtenccedilatildeo de

certificaccedilatildeo bem como o desenvolvimento de centros de pesquisas que

desenvolvam estudos sobre a cultura do abacateiro que promovam a difusatildeo de

tecnologia e com isso estimule a utilizaccedilatildeo de novas aacutereas com potencial produtivo

A transferecircncia de tecnologia tambeacutem pode ser feita por parte de empresas da aacuterea

privada que possuem domiacutenio de teacutecnicas e tecnologias modernas principalmente

por meio da popularizaccedilatildeo da produccedilatildeo de mudas clonais para porta-enxerto Aleacutem

disso devem ser feitas accedilotildees por parte de instituiccedilotildees privadas como o

desenvolvimento do marketing da fruta a fim de divulgar os benefiacutecios do consumo

e a exposiccedilatildeo de novas formas de consumo de abacate pode ser crucial para a

mudanccedila do comportamento do consumidor nacional uma vez que este se atenta

principalmente aos aspectos visuais do abacate

Na poacutes-colheita o controle sobre os processos de maturaccedilatildeo poderia ser

mais bem aproveitado No Brasil a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas de conservaccedilatildeo no poacutes-

colheita de frutas objetiva na maioria das vezes estender o tempo de prateleira

destes produtos Para se aproveitar os elevados preccedilos ofertados em determinadas

eacutepocas os produtores colhem os frutos antes do recomendado para a fruta do

abacateiro o que reduz sua qualidade pois a eacutepoca da colheita influencia

diretamente no teor de oacuteleo fator altamente relacionado com o sabor da fruta Por

outro lado a aceleraccedilatildeo do processo de maturaccedilatildeo por meio do controle de

maturaccedilatildeo permite fornecimento de frutos maduros prontos para o consumo

estimulando assim o consumo no paiacutes Com a entrega regular de frutos maduros

nos supermercados e restaurantes novas formas de consumo da fruta como patecircs

e em saladas poderiam ser facilmente introduzidas no cardaacutepio nacional

47

BIBLIOGRAFIA

ALMEIDA G V B Mercado Atacadista de Abacate e Avocado (CEAGESP) III

Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado Bauru 2015

ALMEIDA G V B O Abacate no mundo e na CEAGESP Todafruta notiacutecia 2011

DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwtodafrutacombrnoticia28119O+ABACATE+NO+MUNDO+NO+BRASIL

+E+NA+CEAGESP gt

ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA FRUTICULTURA 2004 a 2015 DISPONIacuteVEL EM

httpwwwgrupogazcombrtratadaseo_edicao420150320150301_106c8c2f1pdf

4718_2015fruticulturapdfgt

BIODIESELBR DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwbiodieselbrcomnoticiasmateria-

primaoutrasvideo-unesp-transforma-oleo-abacate-biodiesel-060313htm gt

BONELLA J A Classificaccedilatildeo de abacates na CEAGESP Joseacute Alcides Bonella ME

2013

BRUWER T ROOYEN Z VAN PERFORMANCE AND MARKET ACCEPTIBILITY

OF THE HASS-LIKE CULTIVARS GEM AND HARVEST IN SOUTH AFRICA Vi

World Avocado Congress (Actas VI Confreso Mundial del Aguacate) 2007 Vintildea Del

Mar Chile 12 ndash 16 nov 2007 ISBN n 978-956-17-0413-8 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwAvocadosourcecomWAC6enExtenso1b-36pdf gt

CAMPOS J A Cultura racional do abacateiro Satildeo Paulo Iacutecone 1988 150 p

CANTUAacuteRIAS-AVILEacuteS T SILVA S R La induacutestria del aguacate em el Estado de

Satildeo Paulo Brasil actualidad y perspectivas futuras In CONGRESO MUNDIAL DEL

AGUACATE 7 2011 Caims Resuacutemenes Caims Avocado Australia 2011

48

CORREIA R C ARAUJO J L P MOUCO M A do C BRAGA C A

MENDONCcedilA R F de Abacate preferecircncias e mercado CONGRESSO

BRASILEIRO DE FRUTICULTURA 21 2010 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwalicecnptiaembrapabralicebitstreamdoc8700181Moucopdf gt

CARVALHO L F Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado realizaccedilatildeo Jaguacy

Sindicato Rural de Bauru Serviccedilo Nacional de Aprendizagem Rural - SENAR

Faculdades Integradas de Bauru ndash SP 2015

CHITARRA M I F CHITARA A B 2005 Poacutes colheita de frutos e hortaliccedilas

Fiiologia e Manuseio Lavras ESALFAEPE

CRANE J H BALERDI C F MAGUIRE I Avocado Growing in the Florida Home

Landscape University of Florida Circular 1034 one of a series of the Horticultural

Sciences Department Florida Cooperative Extension Service Institute of Food and

Agricultural Sciences University of Florida 1983 Revised 2007

CRIZEL G R MOURA R S OLIVEIRA I R MENDONCcedilA C R B

Caracteriacutesticas fiacutesicas e quiacutemicas de abacates das variedades bdquoQuintal‟ e bdquoHass‟ In

CONGRESSO DE INICIACcedilAtildeO CIENTIacuteFICA 17 ENCONTRO DE POacuteS-

GRADUACcedilAtildeO 10 2008 Pelotas Resumos Pelotas UFPEL 2008

DAIUTO E R VIEITES R L TREMOCOLDI M A RUSSO V C Taxa

respiratoacuteria de abacate bdquoHass‟ submetido a diferentes tratamentos fiacutesicos Revista

Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha Meacutexico v 10 n 2 p 101-109

2010

DAIUTO E R TREMOCOLDI M A VIEITES R L Conservaccedilatildeo poacutes colheita de

abacate bdquoHass‟ irradiado Revista Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha vol

10 n 2 2010

DONADIO L C Abacate para exportaccedilatildeo aspectos teacutecnicos da produccedilatildeo

Brasiacutelia Frupex MAPA 1995 53 p

49

DONADIO L C FERRARI L AVILEacuteS T C Abacate In DONADIO L C (Ed)

Histoacuteria da Fruticultura Paulista Jaboticabal SBF ndash Sociedade Brasileira de

Fruticultura 2010 P 33-63

DORIZZOTTO C D A SAMPAIO A C ICUMA I M et al Avocado production

chain in the state of Satildeo Paulo (Brazil) In Proceedings VII World Avocado Congress

2011 Cairns Anaishellip Cairns Internacional Avocado Society 2011 DISPONIacuteVEL

EM lt

httpworldAvocadocongress2011comuserfilesfileOsvaldo20Kioshi20Yamanis

hi201400-1420pdf gt

ERNST Z R ERNST A A The strategic role of new cultivars A case study of

bdquoMaluma‟ VIII Congreso Mundial de la Palta 2015 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwavocadosourcecomWAC8Section_02EarnstZander2015pdf gt

FACTFISH Avocados production quantity (tons) ndash for all countries DISPONIacuteVEL

EM lt httpwwwfactfishcomstatisticAvocados20production20quantity gt

FAOSTAT 2000 a 2013 DISPONIacuteVEL EM lt httpfaostat3faoorgbrowseTTPE gt

FER B WOLSTENHOLME B N (Ed) The Avocado botany production and

uses Oxon CABI Publ 2002 chap 12 p 299-338

FRANCISCO V L F dos S BAPTISTELLA C S L CULTURA DO ABACATE NO

ESTADO DE SAtildeO PAULO Informaccedilotildees Econocircmicas SP v 35 n5 2005

DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwieaspgovbroutpublicacoespdftec3-0505pdf gt

GAYET J P et al 1995 Abacate para exportaccedilatildeo procedimentos de colheita e

poacutes-colheita FRUPEX Brasiacutelia 37p

GIRARDI G Abacate uma nova opccedilatildeo de biocombustiacutevel Jornal UNESP Bauru

2009 DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwunespbracijornal248energia_bauruphp gt

50

GUEDES M S B SENA M TOLEDO S Certificaccedilatildeo como estrateacutegia competitiva

internacional dos produtores de frutas no Brasil VII Encontro da Sociedade

Brasileira de Economia Ecoloacutegica (ECO-ECO) 28 a 30 de novembro de 2007

Fortaleza Cearaacute

HODDLE M The Avocado Seed Moth Stenoma cateniver Walsingham (Lepdoptera

Elachistidae) Department of Entomology Applied Biological Control Research

DISPONIacuteVEL EM lt httpbiocontrolucredustenomastenomahtml gt

HOHMANN C L MENEGUIM A M A BROCA-DO-ABACATE (Stenoma catenifer)

Aspectos bioloacutegicos comportamento danos e manejo Instituto Agronocircmico do

Paranaacute ndash Londrina ndashPR Informe da Pesquisa n 147 2005

HOHMANN C L MENEGUIM A M Observaccedilotildees preliminares sobre a ocorrecircncia

da broca-do-abacate Stenoma catenifer Wals no Estado do Paranaacute Anais da

Sociedade Entomoloacutegica do Brasil v 22 p 417-419 1993

ILLSLEY-GRANICH C‟Hass‟Carmenrega precocious flowering avocado tree

Agrovim AS de CV Uruapan Michocan Mexico Rob Brokaw Brokaw Nursery Inc

Saticoy California USA Dr Salvador Ochoa-Ascencio University of Michoacan

Uruapan Michoacan Mexico 2011 DISPONIacuteVEL EM lt

httpworldavocadocongress2011comuserfilesfileCarlos20Illsley201410-

1430pdf gt

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA ESTATIacuteSTICA (IBGE) IBGE CIDADES

DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwcidadesibgegovbrcartogramamapaphplang=ampcoduf=53ampcodmun=53

0010ampidtema=136ampcodv=v01ampsearch=distrito-federal|brasilia|sintese-das-

informacoes-2013 gt

KADER A A 1992 Postharvest technology of horticultural crops Okland Univertisy

of California 292p

51

KADER A A ARPIA M L Avocado Recommendations for Maintaining

Postharvest Quality 2013

KADER A A Biologiacutea y Tecnologiacutea Postcosecha un Panorama In KADER A A

Tecnologiacutea Postcosecha de Cultivos Hortofrutiacutecolas 3 Ed Davis University Of

Califoacuternia 2007 Cap 4 p 43-53

KLUGE R A et al Inibiccedilatildeo do amadurecimento de abacate com 1-

metilciclopropeno Pesquisa Agropecuaacuteria Brasileira 37(7)895-901

KOOLER O C Abacaticultura Porto Alegre UFRGS 1992 138p

KOOLER O C ABACATICULTURA Porto Alegre UFRGS 1984 138p

KOLLER O C Abacate produccedilatildeo de mudas instalaccedilatildeo e manejo de pomares

colheita e poacutes-colheita Porto Alegre Cinco Continentes 2002 145 p

KREMER-KOumlHNE S KOumlHNE J S 25 YEARS OF AVOCADO ROOTSTOCK

DEVELOPMENT IN SOUTH AFRICA VI World Avocado Congress Chile 2007

DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwavocadosourcecomWAC6enExtenso1a-8pdf gt

LIPPERT C ALLAMAND M (WESTFALIASUBSOLE) A hystory of

collaboration Rev Subsole Santiago 2007

MAIS NATUREZA ABACATEIRO DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwmaisnaturezacomplantasarvoresabacateiro gt

MARANCA G Fruticultura comercial Manga e Abacate Satildeo Paulo Nobel 1980

p 81-133

MASSAFERA G COSTA T M B OLIVEIRA J E D COMPOSICcedilAtildeO DE AacuteCIDOS

GRAXOS DO OacuteLEO DO MESOCARPO E DA SEMENTE DE CULTIVARES DE

ABACATE (Persea americana MILL) DA REGIAtildeO DE RIBEIRAtildeO PRETO SP)

52

Alim Nutr Araraquara V 21 n 2 p 325-331 abrjun 2010 DISPONIacuteVEL EM lt

http20014571150seerindexphpalimentosarticleview940a20v21n2pdf gt

MDIC Negociaccedilotildees internacionais DISPONIacuteVEL EM

httpwwwdesenvolvimentogovbrsitiosecexnegInternacionaisMedTerrorismoLei

ph p gt

MICKELBART M V BENDER G S WITNEY G W ADAMS C ARPAIA M L

Effects of clonal rootstocks on bdquoHass‟ avocado yield components alternate bearing

and nutrition Journal of Horticultural Schience amp Biotechnology Ashford v 82

n 3 p 460-466 2007

MILLER B BERTELS R PADILLA T WILEMAN R THOMSEN L China the

new frontier VIII World Avocado Congress 2015

MONTENEGRO H W S A cultura do abacateiro Satildeo Paulo Melhoramentos

1951 102p (Criaccedilatildeo e Lavoura n 11)

MORAES A F G Desenvolvimento produccedilatildeo e qualidade de frutos de abacateiro

cv bdquoHass‟ sobre dois porta-enxertos nas condiccedilotildees edafoclimaacuteticas da regiatildeo central

do Estado de Satildeo Paulo Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Ciecircncias Piracicaba 2014

NAAMANI G Global Trends in main Avocado Markets VII World Avocado

Congress Australia 2011

NAVA DE DE LARA HADDAD M PARRA JRP 2005 Exigecircncias teacutermicas

estimativa do nuacutemero de geroccedilotildees de Stenoma catenifer e comprovaccedilatildeo de modelo

em campo Pesq Agropec Bras Brasilia v 40 p 961-967

NAVA DE PARRA JRP COSTA VA GUERRA TM COcircNSOLI FL (2005b)

Population dynamics of Stenoma catenifer(Lepidoptera Elachistidae) and related

larval parasitoids in Minas Gerais Brazil Florida Entomologistv 88p 441-446

53

NOVAGRIM ndash FRESH FRUITS IMPORTER amp VEGETABLE SUPPLIER SINCE

1999 2001-2013 WORLD AVOCADO PRODUCTION DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwnovagrimcomPages2000_2011_Avocado_statistics_ENaspx gt

OLIVEIRA LA A importacircncia das Normas Internacionais para o Comeacutercio da

Fruticultura Brasileira Piracicaba Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Economia Escola

Superior de Agricultura ldquoLuiz de Queirozrdquo Universidade de Satildeo Paulo Piracicaba

2005

OLIVEIRA M A de et al 2000 Ceras para conservaccedilatildeo poacutes colheita de frutos de

abacateiro cultivar Fuerte armazenados em temperatura ambiente Scientia Agriacutecola

Piracicaba 57 (4) 777-780

PASSONI A D NEVES M C M RODRIGUES B B BOTEON M Anaacutelise dos

principais entraves na exportaccedilatildeo de frutas brasileiras CENTRO DE ESTUDOS

AVANCcedilADOS EM ECONOMIA APLICADA (CEPEAESALQ-USP) XLIV

CONGRESSO DA SOBER ndash ldquoQuestotildees Agraacuterias Educaccedilatildeo no Campo e

Desenvolvimentordquo Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia Rural Fortaleza

2006

PEGG K G COATES L M KORSTEN L HARDING R M Foliar fruit and

soilborne diseases In WHILEY A W SCHAF

PERFIL DA FRUTICULTURA 2014 Base de dados 2012 a 2013 Governo de Minas

Gerais Agricultura Pecuaacuteria e Abastecimento 2014

PICCININ E PASCHOLATI S F ldquoDOENCcedilAS DO ABACATEIRO‟ em MANUAL DE

FITOPATOLOGIA Vol 2 Doenccedilas das Plantas Cultivadas Editora Agronocircmica

Ceres Ltda Satildeo Paulo 1997 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwifcursoscombrsistemaadminarquivos07-33-29-

manualfitopatologiapdfpage=10 gt

54

PUTT F F GOacuteES B C CATANEO P F Anaacutelise econocircmica de oferta e demanda

do abacate na alta paulista X Foacuterum Ambiental da Alta Paulista v 10 n 7 2014

pp 158-169

ROCHA I L Nuacutemeros do abacate HORTIESCOLHA Instituto Brasileiro de

Qualidade em Horticultura DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwhortibrasilorgbrjnwindexphpoption=com_contentampview=articleampid=120

9numeros-do-abacate-ampcatid=50comercializacaoampItemid=82 gt

SANTO N T Manejo da vegetaccedilatildeo intercalar para obtenccedilatildeo de cobertura morta na

cultura do abacateiro visando minimizar os danos causados por Phytophthora

cinnamomi Dissertaccedilatildeo de mestrado em Fitotecnia Piracicaba 2014

SCHAFFER B WOLSTENJOLME B N WHILEY A W The avocado botany

production and uses 560 p 2012 DISPONIacuteVEL EM lt

httpsbooksgooglecombrbooksid=r0hpRJca3zECamppg=PA83amplpg=PA83ampdq=Th

e+Avocado+botany+production+and+uses+hass-

likeampsource=blampots=oqc5OBsbmVampsig=5gDWWPIMYRBW9cH3yYuWh-ldd-8amphl=pt-

BRampsa=Xampved=0ahUKEwj_yPbgsoTKAhUGDpAKHZTrCWEQ6AEIPDADv=onepag

eampqampf=false gt

SCIENCIA I Certificaccedilatildeo GLOBALGAP e impactos ambientais em agroinduacutestrias de

alimentos Dissertaccedilatildeo de Poacutes-Graduaccedilatildeo Araraquara SP 2010 lt

mlthttpwwwecoecoorgbrconteudopublicacoesencontrosvii_envii_enc_ecohtm

gt

SIMAtildeO S Manual de Fruticultura Satildeo Paulo Editora Agronocircmica Ceres 1971

530p p 147-169

SINGER P MASON J Eacutetica da alimentaccedilatildeo como nossos haacutebitos alimentares

influenciam o meio ambiente e o nosso bem estar Rio de Janeiro Elsevier 2007

SOARES H F ITO M K O AacuteCIDO GRAXO MONOINSATURADO DO ABACATE

NO CONTROLE DE DISLIPIDEMIAS Ver Ciecircnc Meacuted Campinas P 47-51 2000

55

DISPONIacuteVEL EM lt httpperiodicospuc-

campinasedubrseerindexphpcienciasmedicasarticleviewFile13301304 gt

TEIXEIRA C G Cultura In ITAL ndash INSTITUTO DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS

(Campinas) Abacate Cultura mateacuteria-prima processamento e aspectos

econocircmicos 2 Ed Campinas Instituto Campineiro de Ensino Agriacutecola 1995 Cap 1

p 1-54 (Frutas Tropicais)

TEIXEIRA C G Cultura do abacate In TEIXEIRA C G et al ABACATE cultura

mateacuteria prima processamento e aspectos econocircmicos 2deg ed Seacuterie Fruas Tropicais

ndeg8 ITAL Campinas 1991 250p

WATANABE H S Caracteriacutesticas de cultivares de abacate CEAGESPS ndash

Companhia de Entrepostos e Armazeacutens Gerais de Satildeo Paulo 2013

WOLFENBARGER D O COLBURN B The Stenoma catenifer a serious Avocado

pest Proceedings of Florida State Horticulture Society v 92 p 315-318 1979

ZEIDAN R SEIXAS P ABRANCHES L COSTA D MEIRELLES F Certificaccedilatildeo

na cadeia produtiva de alimentos e as barreiras teacutecnicas agrave exportaccedilatildeo Simpoacutesio de

excelecircncia e gestatildeo e tecnologia ndash SEGeT 2008 Resende

Page 32: EVOLUÇÃO DA PRODUÇÃO MUNDIAL E NACIONAL …...RESUMO O abacateiro, Persea americana, é uma cultura muito importante em vários países, devido ao volume comercializado da fruta

32

Figura 6 - Evoluccedilatildeo da exportaccedilatildeo e importaccedilatildeo do abacate (em t) no Brasil em 14 anos Elaborado pelo autor FONTE FAO

Alguns dos principais concorrentes do Brasil tratando-se da exportaccedilatildeo do

Avocado satildeo Aacutefrica do Sul com 3 das exportaccedilotildees Chile com 7 e Peru

representando 10 do mercado internacional de Avocado A safra do Chile ocorre

em eacutepoca proacutexima a do Brasil comeccedilando em agosto e terminando em fevereiro

(CARVALHO 2015) A Boliacutevia apesar de participar com apenas 012 do volume

exportado tem a vantagem de possibilidade de produccedilatildeo o ano todo

O elevado padratildeo de qualidade dos produtos eacute sem duacutevida um fator que

pode fazer com que o Brasil se estabeleccedila no mercado mundial de abacate Esta

praacutetica tem qualificado a Aacutefrica do Sul como um dos principais fornecedores para

paiacuteses da Europa a partir do intenso trabalho desenvolvido pela empresa sem fins

lucrativos WESTFALIA situada no municiacutepio de Limpopo por meio de investimentos

em tecnologia

A tabela a seguir apresenta o periacuteodo do ano em que cada paiacutes exportador de

abacate embarca seus produtos ao redor do mundo

0

500

1000

1500

2000

2500

3000

3500

4000

4500

5000

EXPORTACcedilAtildeO

IMPORTACcedilAtildeO

33

TABELA 3 - Janela de exportaccedilatildeo dos paiacuteses exportadores de abacate

adaptada FONTE WESTFALIASUBSOLE

CALENDAacuteRIO DE EXPORTACcedilAtildeO DE ABACATE lsquoHASSrsquo

jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

BRASIL X X X X X X X X

ARGENTINA X X X

EUA X X X X X X X X X X X X

CHILE X X X X X X X X X X

AFRICA DO SUL X X X X X X X

REP DOMINICANA X X X X X

ISRAEL X X X X X X

PERU X X X X X X X

NOVA ZELAcircNDIA X X X

MEacuteXICO X X X X X X X X X X X X

ESPANHA X X X X X X X

QUEcircNIA X X X X X

AUSTRAacuteLIA X X X X X X X

Os principais destinos do abacate ‟Hass‟ exportado pelo Brasil satildeo Espanha

Itaacutelia Holanda Alemanha e Dinamarca O material exportado segue de navio do

porto de Santos a uma temperatura de 5degC levando ateacute 16 dias no maacuteximo ateacute os

destinos Esse material exportado pelo Brasil possui os certificados GlobalGapR ndash

BRCR ndash BSCIR ndash SedexR ndash SmetaR

Os graacuteficos a seguir apresentam informaccedilotildees sobre a evoluccedilatildeo do da

exportaccedilatildeo do abacate feitos a partir de informaccedilotildees apresentadas no Anuaacuterio

Brasileiro de fruticultura (2004 a 2015) obtidos a partir de dados do Instituto

Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica

34

Figura 7 - Evoluccedilatildeo do volume de abacate exportado pelo brasil (2003 a 2014) Elaborado pelo autor com dados DO ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE AGRICULTURA DE 2004 a 2015 (IBGE)

Figura 8 - Receita com exportaccedilatildeo brasileira de abacate (2003 a 2014) Elaborado pelo autor com dado do ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE AGRICULTURA DE 2004 a 2015 (IBGE)

O volume de abacate exportado pelo Brasil vem crescendo nos uacuteltimos anos

revelando assim a importacircncia do setor para o paiacutes A variaccedilatildeo do volume

exportado de 2008 para 2009 foi de 6282 jaacute de 2009 para 2010 a exportaccedilatildeo

sofreu uma queda de 793 Em 2014 houve um aumento de 3462 no setor em

relaccedilatildeo ao ano anterior (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE FRUTICULTURA) A receita

-

100000

200000

300000

400000

500000

600000

700000

20

03

20

04

20

05

20

06

20

07

20

08

20

09

20

10

20

11

20

12

20

13

20

14

EVOLUCcedilAtildeO DO VOLUME DE ABACATE EXPORTADO PELO BRASIL (2003 a 2014)

VOLUME EXPORTADO (t)

-

20000000

40000000

60000000

80000000

100000000

120000000

20

03

20

04

20

05

20

06

20

07

20

08

20

09

20

10

20

11

20

12

20

13

20

14

RECEITA COM EXPORTACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ABACATE (2003 a 2014)

RECEITA (em USS FOB)

35

obtida a partir da exportaccedilatildeo do abacate tambeacutem acompanha os iacutendices de

crescimento

A Aacutefrica do Sul um dos principais concorrentes do Brasil no setor de

exportaccedilatildeo do Avocado eacute reconhecida por exportar material de alta qualidade para

Europa onde possui escritoacuterios contudo sua produccedilatildeo estaacute estagnada A Westfalia

eacute uma empresa sem fins lucrativos produtora de Avocado na Aacutefrica do Sul

responsaacutevel por desenvolver o mercado de Avocado no paiacutes e investe fortemente

em tecnologia o que colaborou para a atual situaccedilatildeo da Aacutefrica do Sul no setor de

exportaccedilatildeo de Avocado (CARVALHO 2015)

ABACATE NO BRASIL

O Brasil favorecido quando comparado com outros paiacuteses produtores devido

agrave suas dimensotildees continentais o que lhe possibilita ampla variaccedilatildeo de temperaturas

e solos estes fator unido agraves caracteriacutesticas individuais de cada variedade como por

exemplo sazonalidade e exigecircncias nutricionais e de horas de luz Contudo apesar

da aacuterea destinada agrave produccedilatildeo do abacate no Brasil ter reduzido passando de

11605 ha em 2005 para 9559 ha em 2014 reduccedilatildeo de 176 a produccedilatildeo natildeo foi

tatildeo alterada o que evidencia a possibilidade de um aumento na produtividade destas

aacutereas

Atualmente o Brasil ocupa a oitava posiccedilatildeo no ranking global do setor de

produccedilatildeo de abacate E apesar de possuir crescente produtividade o paiacutes ainda

possui excelente potencial produtor e tambeacutem como exportador da fruta Para

aproveitar melhor esse potencial deveriam ser feitos mais investimentos tanto no

que se refere agrave produccedilatildeo como por exemplo melhoramento geneacutetico e adoccedilatildeo de

protocolos de boas praacuteticas agriacutecolas para a obtenccedilatildeo de certificaccedilatildeo quanto no

setor de comercializaccedilatildeo desenvolvendo elevado padratildeo de qualidade da fruta

A tabela a seguir (TABELA 4) apresenta a aacuterea destinada agrave colheita de todas

as variedades de abacate nos principais produtores de abacate e o Distrito Federal

TABELA 4 - Aacuterea destinada agrave colheita (em ha) Elaborada pelo autor

DADOS (IBGE-SIDRA)

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Brasil 11605 10515 9892 9596 8509 11125 10768 9615 9707 9559

Satildeo Paulo 4266 3688 3583 3437 3267 5530 5642 4192 4374 4337

36

Minas Gerais 2865 2254 2326 2223 1854 2202 2134 2309 2416 2373

Paranaacute 1492 1467 1306 1009 1085 1000 944 922 958 930

Cearaacute 493 475 498 497 490 484 477 480 483 498

Rio Grande do Sul 626 619 613 602 584 575 552 499 470 444

Distrito Federal 119 122 109 124 108 111 - 295 160 134

A tabela 5 abaixo apresenta a produccedilatildeo de todas as variedades de abacate

em toneladas dos uacuteltimos 10 anos para os principais estados produtores e o Distrito

Federal

TABELA 5 - Produccedilatildeo nacional de abacate em 10 anos (em t) Elaborada pelo

autor FONTE (IBGESIDRA)

UFANO 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Brasil 169335 164441 154096 147214 139089 153189 160376 159903 157482 156669 1000

Satildeo Paulo 77107 78085 70812 69904 74193 83002 91909 82780 85101 79316 506

Minas Gerais 38777 32812 33436 28016 24772 28522 30975 36669 36571 41259 263

Paranaacute 22265 22575 20425 16537 15919 15824 17304 16705 16309 15784 101

Rio Grande do Sul

8167 7905 7804 7602 6824 6769 6907 5719 5584 5277 34

Cearaacute 5202 4231 4706 4520 4336 4163 3985 2717 2640 3637 23

Distrito Federal 2596 3081 2690 3019 2666 2415 - 6914 3152 3151 20

Em 2014 a aacuterea destinada agrave colheita do abacate no estado do Cearaacute era

superior agrave aacuterea do Rio Grande do Sul contudo a produccedilatildeo no estado do Cearaacute no

mesmo ano foi de 3637 t enquanto que a produccedilatildeo do Rio Grande do Sul foi de

5277 45 maior reforccedilando assim a ideia de que a produtividade no Sul pode ser

maior em relaccedilatildeo agrave regiatildeo Nordeste Este fator pode ser decorrente do uso de

cultivares inadequadas para as condiccedilotildees climaacuteticas da regiatildeo eou pela falta de

adoccedilatildeo de tecnologias modernas e teacutecnicas avanccediladas de produccedilatildeo

No Distrito Federal a produccedilatildeo cresceu 21 nos uacuteltimos 10 anos e hoje

representa 2 da produccedilatildeo nacional Por outro lado Satildeo Paulo que lidera o ranking

com 506 de toda a produccedilatildeo obteve crescimento de apenas 286 Jaacute a

produccedilatildeo do Paranaacute sofreu uma reduccedilatildeo de -291 neste mesmo periacuteodo poreacutem

manteve-se como quarto produtor nacional de abacate Os estados do Cearaacute e Rio

Grande do Sul tambeacutem reduziram sua produtividade nos uacuteltimos 10 anos

acompanhando a reduccedilatildeo nacional que reduziu -74

37

A variaccedilatildeo da produtividade de todas as variedades de abacate dos principais

estados produtores de abacate do Brasil eacute apresentada na TABELA 6 a seguir

TABELA 6 - Variaccedilatildeo (em) da produtividade (t) no Brasil em 10 anos

Elaborada pelo autor FONTE (IBGESIDRA)

VARIACcedilAtildeO () DA PRODUTIVIDADE (t) EM 10 ANOS

ESTADOANO 2005 2014 VARIACcedilAtildeO

PAIacuteS 146 164 123

SAtildeO PAULO 181 183 11

MINAS GERAIS 135 174 289

PARANAacute 149 17 141

RIO GRANDE DO SUL 13 119 -85

CEARAacute 106 73 -311

DISTRITO FEDERAL 218 235 78

De acordo com os dados do IBGE Satildeo Paulo eacute o maior produtor de abacate

do paiacutes Dentre as variedades mais produzidas no estado de Satildeo Paulo estatildeo

bdquoFortuna‟ bdquoGeada‟ bdquoQuintal‟ e bdquoMargarida‟ (DORIZZOTTO 2011)

Abaixo segue TABELA 11 contendo os nuacutemeros de plantas novas e o

nuacutemero de plantas em produccedilatildeo bem como a produccedilatildeo (caixas de 22Kg) no estado

de Satildeo Paulo ao longo de 15 anos

TABELA 7 - Quantidade de peacutes novos peacutes em produccedilatildeo e produccedilatildeo (cx 22kg)

no estado de Satildeo Paulo entre 2000 e 2015 Elaborada pelo autor FONTE

INSTITUTO DE ECONOMIA AGRIacuteCOLA

ANO PEacuteS

NOVOS PEacuteS EM

PRODUCcedilAtildeO

2000 4859400 66157100

2001 4617700 62883700

2002 4742500 55421300

2003 6095000 49740300

2004 5969500 48339500

2005 5131100 46596200

2006 5325600 45869000

2007 3412800 47668000

2008 5007100 40617400

2009 12068600 49971400

2010 8190000 53239000

38

2011 6904500 54780100

2012 7704100 51341600

2013 7002100 59149400

2014 8419800 60996100

2015 9040200 67073800

O graacutefico abaixo apresenta a curva da produtividade obtida a partir da relaccedilatildeo

feita entre a produccedilatildeo e a quantidade de peacutes em produccedilatildeo no estado de Satildeo Paulo

Figura 9 - Produtividade (kgplanta) no estado de Satildeo Paulo desde 2000 elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE ECONOMIA AGRIacuteCOLA

Os dados foram obtidos a partir da relaccedilatildeo feita entre a quantidade de planta

em produccedilatildeo e a quantidade de caixas de 22 Kg produzidas no estado de Satildeo Paulo

desde 2000 Esses dados revelam crescente aumento da produtividade ateacute o ano de

2010 onde a produtividade ultrapassou 168 Kgplanta Jaacute em relaccedilatildeo ao ano de

2011 a produtividade sofreu uma reduccedilatildeo de 10 Depois disso a curva de

produtividade continuou ascendente

A seguinte tabela apresenta a evoluccedilatildeo do preccedilo do abacate comercializado

na CEAGESP durante o ano no periacuteodo de nove anos

90

110

130

150

170

190

20

00

20

01

20

02

20

03

20

04

20

05

20

06

20

07

20

08

20

09

20

10

20

11

20

12

20

13

20

14

20

15

PRODUTIVIDADE DOS PEacuteS DE ABACATE (Kgplanta) EM SP

PRODUTIVIDADE

39

TABELA 8 - Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio (em R$Kg) do abacate FONTE

CEAGESP 2008

ANOMEcircS JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

2007 105 101 1 118 107 109 129 151 159 181 228 279

2008 119 081 084 097 102 11 122 137 149 208 296 326

2009 169 122 132 133 141 141 152 177 217 213 212 235

2010 17 161 165 154 151 151 164 173 202 262 406 316

2011 185 182 183 203 186 204 231 278 308 317 359 369

2012 207 155 151 141 153 164 192 218 242 268 429 485

2013 263 209 216 215 244 265 258 304 347 403 566 498

2014 228 206 231 239 198 2 256 267 301 305 403 538

2015 406 403 386 349 367 397 394 43 - - - -

O graacutefico a seguir resume o comportamento da quantidade de peacutes novos e

em produccedilatildeo no estado de Satildeo Paulo desde o ano 2000

Figura 10 - Evoluccedilatildeo do nuacutemeros de peacutes novos e em produccedilatildeo ao longo de 15 anos no estado de Satildeo Paulo elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE

ECONOMIA AGRIacuteCOLA

A produccedilatildeo (em caixas de 22 Kg) eacute demonstrada no graacutefico abaixo para esse

mesmo periacuteodo

000

10000000

20000000

30000000

40000000

50000000

60000000

70000000

80000000

20002002200420062008201020122014

EVOLUCcedilAtildeO DOS DADOS DO ABACATE EM SAtildeO PAULO

PEacuteS NOVOS

PEacuteS EM PRODUCcedilAtildeO

40

Figura 11 - Evoluccedilatildeo da produccedilatildeo de abacate em caixas de 22kg no estado de Satildeo Paulo em 15 anos elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE

ECONOMIA AGRIacuteCOLA

A sazonalidade do abacate comercial na CEAGESP em Satildeo Paulo

demonstram que o abacate pode ser comercializado praticamente todas as eacutepocas

do ano como apresentado pela tabela

TABELA 9 - Sazonalidade do abacate FONTE CEAGESP 2008

VARIEDADE JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

GEADA X X X X X

FORTUNA X X X X X X X

QUINTAL X X X X X X X

MARGARIDA X X X X X X X X X X

BREDA X X X X X X X X

HASS X X X X X X X X

O Estado de Minas Gerais eacute o segundo maior produtor nacional de abacate

participando do setor com 229 do total produzido A aacuterea no Estado destinada agrave

produccedilatildeo da fruta foi de 23 mil ha A produtividade do estado de Minas em 2012 foi

de 15881 (hgha) (PERFIL DA FRUTA) A produccedilatildeo de abacate no Distrito Federal

em 2013 foi de 3152 toneladas (IBGE) Em Minas a produccedilatildeo concentra-se nas

regiotildees Sul e Sudeste do estado (ALMEIDA 2013)

200000000

250000000

300000000

350000000

400000000

450000000

500000000

550000000

20002002200420062008201020122014

EVOLUCcedilAtildeO NA PRODUCcedilAtildeO DE ABACATE EM SAtildeO PAULO (22Kgcx)

PRODUCcedilAtildeO CX 22Kg

41

Em 2003 o Paranaacute foi o terceiro maior produtor nacional de abacate com uma

aacuterea de aproximadamente 1600ha onde se produziu 26 mil toneladas gerando uma

receita de cerca de R$ 85 milhotildees (HOHMANN amp MENEGUIM 2005)

De acordo com a relaccedilatildeo feita entre os dados de volume de abacate colhido e

de aacuterea destinada agrave produccedilatildeo do IBGESIDRA em 10 anos (2005 agrave 2014) o estado

que sofreu maior reduccedilatildeo da produtividade foi o estado do CEARAacute reduzindo em

31 aproximadamente enquanto que o estado de minas aumentou 289 sua

produtividade O DF apresentou os melhores niacuteveis de produtividade a partir desses

dados

AVOCADO NO BRASIL

A regiatildeo de Bauru em Satildeo Paulo especializou-se na produccedilatildeo dos abacates

‟Hass‟ e bdquoFuerte‟ conhecidos comercialmente como Avocado e satildeo os mais

apreciados pelo mercado internacional (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA

FRUTICULTURA 2008)

O Avocado variedades ‟Hass‟ e bdquoFuerte‟ possui excelentes caracteriacutesticas

nutricionais como por exemplo seu alto teor de lipiacutedeos Aleacutem disso o fruto possui

tamanho reduzido o que facilita o consumo evitando que parte natildeo consumida seja

armazenada Uma das possibilidades de se estimular o consumo interno seria

promover o produto a partir do uso de marketing setor no qual a empresa

JAGUACYR situada no municiacutepio de Bauru ndash SP tem se destacado fornecendo

informaccedilotildees nutricionais e apresentando o alto padratildeo de qualidade da fruta Outro

fator que reduz a oferta do produto no mercado interno eacute a demanda internacional

apesar de impor barreiras e exigirem alto padratildeo de qualidade o produto de

qualidade recebe os melhores preccedilos este fator tambeacutem limita o consumo interno

porque o preccedilo oferecido pelos importadores reflete no preccedilo interno

Outro ponto que deve ser observado para se manter qualidade elevada dos

frutos eacute a escolha adequada do ponto de colheita pois este fator reflete diretamente

no teor de oacuteleo dos frutos que por sua vez eacute responsaacutevel pela conservaccedilatildeo do

sabor Os melhores teores de oacuteleo encontram-se em frutos tardios como nas

variedades obtidas a partir das raccedilas Guatemalenses e Mexicana sendo maior nas

raccedilas Mexicana e menor em cultivares oriunda de raccedilas Guatemalenses como por

exemplo a bdquoHass‟

42

A exportaccedilatildeo brasileira do abacate bdquoHass‟ variedade mais produzida no

mundo era de 100 toneladas por ha em 2004 para 2186 toneladas em 2010

(DORIZZOTTO 2011) Contudo este dado representa apenas 143 do volume de

todo o abacate produzido no paiacutes nesta mesma data mesmo com seus atributos

nutricionais e comerciais

Quando se trata do segmento do mercado do Avocado brasileiro em acircmbito

global a empresa JAGUACYR situada no municiacutepio de Bauru ndash SP com sede na

Holanda eacute de extrema relevacircncia contribuindo com 90 das exportaccedilotildees brasileiras

deste produto com o qual o Brasil ainda comeccedila a participar poreacutem possui

condiccedilotildees favoraacuteveis para crescer no setor (CARVALHO 2015)

O graacutefico a seguir apresentado na Figura 2 demonstra a evoluccedilatildeo da

participaccedilatildeo do Avocado no setor de fruticultura no estado de Satildeo Paulo

Figura 12 - Elaborado pelo autor FONTE CEAGESPSEDES GABRIEL V BITENCOURT DE ALMEIDA

Como apresentado no graacutefico acima o volume de Avocado comercializado na

CEAGESP tem crescido rapidamente vertiginosamente chegando a quase

quadruplicar seu valor em apenas 7 anos

Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio de atacado (R$Kg) de Avocado na CEAGESP de

Satildeo Paulo durante o ano (SP) (Figura 3)

81 74 90

106 133

208

365 378

0

50

100

150

200

250

300

350

400

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

EVOLUCcedilAtildeO DA QUANTIDADE COMERCIALIZADA (T) DE AVOCADO NA CEAGESP DE SAtildeO PAULO (SP)

QUANTIDADE(toneladas)

43

Figura 13 - Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio do avocado na CEAGESP (R$Kg) Elaborado pelo autor FONTES CEAGESP

O graacutefico a seguir demonstra um comparativo da variaccedilatildeo do preccedilo meacutedio do

abacate em relaccedilatildeo ao Avocado durante o ano com base nos dados de nove anos

da CEAGESP (R$Kg)

Figura 14 - Comparativo do preccedilo meacutedio do abacate e do avocado comercializado na ceagesp durante o ano elaborado pelo autor FONTE

CEAGESP

A partir dos dados de 7 anos com a variaccedilatildeo do preccedilo meacutedio do Avocado por

quilo durante o ano pocircde-se observar que os menores valores encontram-se entre

maio e agosto A variaccedilatildeo de preccedilo meacutedio durante o ano chega a ser de R$ 581 o

quilo mais que o dobro entre o maior e menor valor meacutedio encontrado

O graacutefico com o comparativo do preccedilo do abacate com o Avocado (Figura 11)

revela a discrepacircncia da valorizaccedilatildeo entre os dois grupos O valor miacutenimo do

4

6

8

10

12

jan

fev

mar

abr

mai

jun jul

ago

set

ou

t

no

v

dez

EVOLUCcedilAtildeO DO PRECcedilO MEacuteDIO DO AVOCADO NA CEAGESP (R$Kg)

PRECcedilO MEacuteDIO

0

2

4

6

8

10

12

JAN

FEV

MA

R

AB

R

MA

I

JUN

JUL

AG

O

SET

OU

T

NO

V

DEZ

PRECcedilO AVOCADO

PRECcedilO DO ABACATE

44

Avocado eacute de R$ 554 por quilo enquanto que o maior valor encontrado do abacate

chega a R$ 381 uma diferenccedila de quase 50

O CEASA-DF registrou em 2014 um volume comercializado de 397 toneladas

de Avocado enquanto que no ano anterior o volume registrado natildeo passou de 07

toneladas (CEASA-DF)

Apesar de jaacute haver teacutecnicas eficientes e tecnologias modernas disponiacuteveis

para se aperfeiccediloar a produccedilatildeo do abacate a exploraccedilatildeo de novas regiotildees com

potencial produtor para a implantaccedilatildeo de pomares de abacateiro no Brasil eacute um dos

fatores que podem aumentar mais ainda a produccedilatildeo nacional No DF por exemplo

a aacuterea destinada agrave colheita do abacate sofreu uma reduccedilatildeo de mais da metade de

2012 para 2014 muito diferente da forma como havia se comportando desde 2000

quando a aacuterea passou de 85 ha para 111 em 2010 O DF representa apenas 2 da

produccedilatildeo nacional do abacate contudo sua produtividade vem aumentando e de

acordo com os dados do IBGE o DF possui os melhores iacutendices de produtividade do

paiacutes o que pode representar forte potencial da regiatildeo no setor Este fato corrobora

com a ideia de que o Brasil pode aproveitar melhor sua extensatildeo territorial

explorando regiotildees com potencial produtor como o DF por exemplo

CERTIFICACcedilAtildeO

CARVALHO (2015) afirma que para participar do mercado internacional os

produtores devem se atentar agraves exigecircncias internacionais de qualidade e seguranccedila

garantidas por meio de certificaccedilatildeo como GlobalGapR BRCR BRCIR FAIRDRADER

e SEDEX-SMETAR Outro ponto que deve ser adotado pelo Brasil no comeacutercio do

Avocado eacute manter um mercado com preccedilo linear e contiacutenuo Ainda segundo

CARVALHO (2015) produtores que natildeo possuem certificaccedilatildeo no GlobalgapR

recebem menos 10

PRECcedilO PAGO PELA JAGUACYR AO PRODUTOR COM GLOBALGAPR

TABELA 10 - (CARVALHO 2015)

CAT CALIBRE MAR ABR MAI JUN

1 12 A 24 315 322 205 205

2 26 A 32 131 129 130 130

2 12 A 24 284 350 187 187

45

Para o consumidor final o selo GLOBALGAPR natildeo eacute tatildeo notado pois o uso

desta marca eacute praticado entre empresas Contudo sua em sua elaboraccedilatildeo

considerou-se a reduccedilatildeo dos impactos negativos das operaccedilotildees agriacutecolas no meio

ambiente reduzir o uso de insumos quiacutemicos e garantir que assuntos de sauacutede e

seguranccedila dos empregados e bem estar animal sejam observados (GLOBALGAPR

2008)

A GLOBALGAPR serve como um manual no comeacutercio mundial de produtos

agriacutecolas estabelecendo normas voluntaacuterias para sua certificaccedilatildeo Este conjunto de

normas estabelece serve de molde para a conduccedilatildeo de boas praacuteticas agriacutecolas

(BPA) nas atividades agriacutecolas (GLOBALGAPR 2008)

Um dos pontos positivos em se adotar os protocolos de boas praacuteticas

agriacutecolas eacute a prevenccedilatildeo de perdas Pesquisas feitas no setor da fruticultura

concluem que maior parte do desperdiacutecio ocorre no percurso que vai do manuseio

no campo ateacute as centrais de produccedilatildeo (AGRIANUAL 2012) Os iacutendices de perdas da

abaticultura chegam a 34 ao ano (AGRIANUAL 2015)

Eacute de extrema importacircncia desenvolver soacutelidos e eficientes sistemas de

certificaccedilatildeo a fim de assegurar qualidade que atenda as expectativas dos

consumidores permitindo que as empresas ingressem nos mercados globais com

seus produtos (ZEIDAN et al 2008)

A difusatildeo de praacuteticas recomendadas para a obtenccedilatildeo da certificaccedilatildeo

GLOBALGAPR por parte dos produtores de abacate principalmente as variedades

bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ pode estimular o consumo interno por meio da oferta de produtos

de maior qualidade aleacutem de reduzindo perdas e promover o produto no comeacutercio

internacional da fruta Fazendo com que o potencial produtor seja aproveitado ao

maacuteximo uma vez que seguir os protocolos de boas praacuteticas agriacutecolas represente a

reduccedilatildeo de perdas no processo de produccedilatildeo de colheita e de transporte seja por

meio da reduccedilatildeo da incidecircncia de pragas ou por adoccedilatildeo de teacutecnicas e evitem perdas

na conduccedilatildeo da produccedilatildeo dos pomares de abacate

CONCLUSOtildeES

A produccedilatildeo de Avocado cultivares bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ superiores em vaacuterios

aspectos agraves cultivares mais populares no paiacutes tem condiccedilotildees de se desenvolver

amplamente no Brasil tornando-o grande consumidor e exportador da fruta Essa

46

mudanccedila pode ocorrer por meio de incentivos governamentais que incentivem o

registro de produtos para a cultura do abacateiro favorecendo a obtenccedilatildeo de

certificaccedilatildeo bem como o desenvolvimento de centros de pesquisas que

desenvolvam estudos sobre a cultura do abacateiro que promovam a difusatildeo de

tecnologia e com isso estimule a utilizaccedilatildeo de novas aacutereas com potencial produtivo

A transferecircncia de tecnologia tambeacutem pode ser feita por parte de empresas da aacuterea

privada que possuem domiacutenio de teacutecnicas e tecnologias modernas principalmente

por meio da popularizaccedilatildeo da produccedilatildeo de mudas clonais para porta-enxerto Aleacutem

disso devem ser feitas accedilotildees por parte de instituiccedilotildees privadas como o

desenvolvimento do marketing da fruta a fim de divulgar os benefiacutecios do consumo

e a exposiccedilatildeo de novas formas de consumo de abacate pode ser crucial para a

mudanccedila do comportamento do consumidor nacional uma vez que este se atenta

principalmente aos aspectos visuais do abacate

Na poacutes-colheita o controle sobre os processos de maturaccedilatildeo poderia ser

mais bem aproveitado No Brasil a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas de conservaccedilatildeo no poacutes-

colheita de frutas objetiva na maioria das vezes estender o tempo de prateleira

destes produtos Para se aproveitar os elevados preccedilos ofertados em determinadas

eacutepocas os produtores colhem os frutos antes do recomendado para a fruta do

abacateiro o que reduz sua qualidade pois a eacutepoca da colheita influencia

diretamente no teor de oacuteleo fator altamente relacionado com o sabor da fruta Por

outro lado a aceleraccedilatildeo do processo de maturaccedilatildeo por meio do controle de

maturaccedilatildeo permite fornecimento de frutos maduros prontos para o consumo

estimulando assim o consumo no paiacutes Com a entrega regular de frutos maduros

nos supermercados e restaurantes novas formas de consumo da fruta como patecircs

e em saladas poderiam ser facilmente introduzidas no cardaacutepio nacional

47

BIBLIOGRAFIA

ALMEIDA G V B Mercado Atacadista de Abacate e Avocado (CEAGESP) III

Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado Bauru 2015

ALMEIDA G V B O Abacate no mundo e na CEAGESP Todafruta notiacutecia 2011

DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwtodafrutacombrnoticia28119O+ABACATE+NO+MUNDO+NO+BRASIL

+E+NA+CEAGESP gt

ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA FRUTICULTURA 2004 a 2015 DISPONIacuteVEL EM

httpwwwgrupogazcombrtratadaseo_edicao420150320150301_106c8c2f1pdf

4718_2015fruticulturapdfgt

BIODIESELBR DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwbiodieselbrcomnoticiasmateria-

primaoutrasvideo-unesp-transforma-oleo-abacate-biodiesel-060313htm gt

BONELLA J A Classificaccedilatildeo de abacates na CEAGESP Joseacute Alcides Bonella ME

2013

BRUWER T ROOYEN Z VAN PERFORMANCE AND MARKET ACCEPTIBILITY

OF THE HASS-LIKE CULTIVARS GEM AND HARVEST IN SOUTH AFRICA Vi

World Avocado Congress (Actas VI Confreso Mundial del Aguacate) 2007 Vintildea Del

Mar Chile 12 ndash 16 nov 2007 ISBN n 978-956-17-0413-8 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwAvocadosourcecomWAC6enExtenso1b-36pdf gt

CAMPOS J A Cultura racional do abacateiro Satildeo Paulo Iacutecone 1988 150 p

CANTUAacuteRIAS-AVILEacuteS T SILVA S R La induacutestria del aguacate em el Estado de

Satildeo Paulo Brasil actualidad y perspectivas futuras In CONGRESO MUNDIAL DEL

AGUACATE 7 2011 Caims Resuacutemenes Caims Avocado Australia 2011

48

CORREIA R C ARAUJO J L P MOUCO M A do C BRAGA C A

MENDONCcedilA R F de Abacate preferecircncias e mercado CONGRESSO

BRASILEIRO DE FRUTICULTURA 21 2010 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwalicecnptiaembrapabralicebitstreamdoc8700181Moucopdf gt

CARVALHO L F Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado realizaccedilatildeo Jaguacy

Sindicato Rural de Bauru Serviccedilo Nacional de Aprendizagem Rural - SENAR

Faculdades Integradas de Bauru ndash SP 2015

CHITARRA M I F CHITARA A B 2005 Poacutes colheita de frutos e hortaliccedilas

Fiiologia e Manuseio Lavras ESALFAEPE

CRANE J H BALERDI C F MAGUIRE I Avocado Growing in the Florida Home

Landscape University of Florida Circular 1034 one of a series of the Horticultural

Sciences Department Florida Cooperative Extension Service Institute of Food and

Agricultural Sciences University of Florida 1983 Revised 2007

CRIZEL G R MOURA R S OLIVEIRA I R MENDONCcedilA C R B

Caracteriacutesticas fiacutesicas e quiacutemicas de abacates das variedades bdquoQuintal‟ e bdquoHass‟ In

CONGRESSO DE INICIACcedilAtildeO CIENTIacuteFICA 17 ENCONTRO DE POacuteS-

GRADUACcedilAtildeO 10 2008 Pelotas Resumos Pelotas UFPEL 2008

DAIUTO E R VIEITES R L TREMOCOLDI M A RUSSO V C Taxa

respiratoacuteria de abacate bdquoHass‟ submetido a diferentes tratamentos fiacutesicos Revista

Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha Meacutexico v 10 n 2 p 101-109

2010

DAIUTO E R TREMOCOLDI M A VIEITES R L Conservaccedilatildeo poacutes colheita de

abacate bdquoHass‟ irradiado Revista Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha vol

10 n 2 2010

DONADIO L C Abacate para exportaccedilatildeo aspectos teacutecnicos da produccedilatildeo

Brasiacutelia Frupex MAPA 1995 53 p

49

DONADIO L C FERRARI L AVILEacuteS T C Abacate In DONADIO L C (Ed)

Histoacuteria da Fruticultura Paulista Jaboticabal SBF ndash Sociedade Brasileira de

Fruticultura 2010 P 33-63

DORIZZOTTO C D A SAMPAIO A C ICUMA I M et al Avocado production

chain in the state of Satildeo Paulo (Brazil) In Proceedings VII World Avocado Congress

2011 Cairns Anaishellip Cairns Internacional Avocado Society 2011 DISPONIacuteVEL

EM lt

httpworldAvocadocongress2011comuserfilesfileOsvaldo20Kioshi20Yamanis

hi201400-1420pdf gt

ERNST Z R ERNST A A The strategic role of new cultivars A case study of

bdquoMaluma‟ VIII Congreso Mundial de la Palta 2015 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwavocadosourcecomWAC8Section_02EarnstZander2015pdf gt

FACTFISH Avocados production quantity (tons) ndash for all countries DISPONIacuteVEL

EM lt httpwwwfactfishcomstatisticAvocados20production20quantity gt

FAOSTAT 2000 a 2013 DISPONIacuteVEL EM lt httpfaostat3faoorgbrowseTTPE gt

FER B WOLSTENHOLME B N (Ed) The Avocado botany production and

uses Oxon CABI Publ 2002 chap 12 p 299-338

FRANCISCO V L F dos S BAPTISTELLA C S L CULTURA DO ABACATE NO

ESTADO DE SAtildeO PAULO Informaccedilotildees Econocircmicas SP v 35 n5 2005

DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwieaspgovbroutpublicacoespdftec3-0505pdf gt

GAYET J P et al 1995 Abacate para exportaccedilatildeo procedimentos de colheita e

poacutes-colheita FRUPEX Brasiacutelia 37p

GIRARDI G Abacate uma nova opccedilatildeo de biocombustiacutevel Jornal UNESP Bauru

2009 DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwunespbracijornal248energia_bauruphp gt

50

GUEDES M S B SENA M TOLEDO S Certificaccedilatildeo como estrateacutegia competitiva

internacional dos produtores de frutas no Brasil VII Encontro da Sociedade

Brasileira de Economia Ecoloacutegica (ECO-ECO) 28 a 30 de novembro de 2007

Fortaleza Cearaacute

HODDLE M The Avocado Seed Moth Stenoma cateniver Walsingham (Lepdoptera

Elachistidae) Department of Entomology Applied Biological Control Research

DISPONIacuteVEL EM lt httpbiocontrolucredustenomastenomahtml gt

HOHMANN C L MENEGUIM A M A BROCA-DO-ABACATE (Stenoma catenifer)

Aspectos bioloacutegicos comportamento danos e manejo Instituto Agronocircmico do

Paranaacute ndash Londrina ndashPR Informe da Pesquisa n 147 2005

HOHMANN C L MENEGUIM A M Observaccedilotildees preliminares sobre a ocorrecircncia

da broca-do-abacate Stenoma catenifer Wals no Estado do Paranaacute Anais da

Sociedade Entomoloacutegica do Brasil v 22 p 417-419 1993

ILLSLEY-GRANICH C‟Hass‟Carmenrega precocious flowering avocado tree

Agrovim AS de CV Uruapan Michocan Mexico Rob Brokaw Brokaw Nursery Inc

Saticoy California USA Dr Salvador Ochoa-Ascencio University of Michoacan

Uruapan Michoacan Mexico 2011 DISPONIacuteVEL EM lt

httpworldavocadocongress2011comuserfilesfileCarlos20Illsley201410-

1430pdf gt

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA ESTATIacuteSTICA (IBGE) IBGE CIDADES

DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwcidadesibgegovbrcartogramamapaphplang=ampcoduf=53ampcodmun=53

0010ampidtema=136ampcodv=v01ampsearch=distrito-federal|brasilia|sintese-das-

informacoes-2013 gt

KADER A A 1992 Postharvest technology of horticultural crops Okland Univertisy

of California 292p

51

KADER A A ARPIA M L Avocado Recommendations for Maintaining

Postharvest Quality 2013

KADER A A Biologiacutea y Tecnologiacutea Postcosecha un Panorama In KADER A A

Tecnologiacutea Postcosecha de Cultivos Hortofrutiacutecolas 3 Ed Davis University Of

Califoacuternia 2007 Cap 4 p 43-53

KLUGE R A et al Inibiccedilatildeo do amadurecimento de abacate com 1-

metilciclopropeno Pesquisa Agropecuaacuteria Brasileira 37(7)895-901

KOOLER O C Abacaticultura Porto Alegre UFRGS 1992 138p

KOOLER O C ABACATICULTURA Porto Alegre UFRGS 1984 138p

KOLLER O C Abacate produccedilatildeo de mudas instalaccedilatildeo e manejo de pomares

colheita e poacutes-colheita Porto Alegre Cinco Continentes 2002 145 p

KREMER-KOumlHNE S KOumlHNE J S 25 YEARS OF AVOCADO ROOTSTOCK

DEVELOPMENT IN SOUTH AFRICA VI World Avocado Congress Chile 2007

DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwavocadosourcecomWAC6enExtenso1a-8pdf gt

LIPPERT C ALLAMAND M (WESTFALIASUBSOLE) A hystory of

collaboration Rev Subsole Santiago 2007

MAIS NATUREZA ABACATEIRO DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwmaisnaturezacomplantasarvoresabacateiro gt

MARANCA G Fruticultura comercial Manga e Abacate Satildeo Paulo Nobel 1980

p 81-133

MASSAFERA G COSTA T M B OLIVEIRA J E D COMPOSICcedilAtildeO DE AacuteCIDOS

GRAXOS DO OacuteLEO DO MESOCARPO E DA SEMENTE DE CULTIVARES DE

ABACATE (Persea americana MILL) DA REGIAtildeO DE RIBEIRAtildeO PRETO SP)

52

Alim Nutr Araraquara V 21 n 2 p 325-331 abrjun 2010 DISPONIacuteVEL EM lt

http20014571150seerindexphpalimentosarticleview940a20v21n2pdf gt

MDIC Negociaccedilotildees internacionais DISPONIacuteVEL EM

httpwwwdesenvolvimentogovbrsitiosecexnegInternacionaisMedTerrorismoLei

ph p gt

MICKELBART M V BENDER G S WITNEY G W ADAMS C ARPAIA M L

Effects of clonal rootstocks on bdquoHass‟ avocado yield components alternate bearing

and nutrition Journal of Horticultural Schience amp Biotechnology Ashford v 82

n 3 p 460-466 2007

MILLER B BERTELS R PADILLA T WILEMAN R THOMSEN L China the

new frontier VIII World Avocado Congress 2015

MONTENEGRO H W S A cultura do abacateiro Satildeo Paulo Melhoramentos

1951 102p (Criaccedilatildeo e Lavoura n 11)

MORAES A F G Desenvolvimento produccedilatildeo e qualidade de frutos de abacateiro

cv bdquoHass‟ sobre dois porta-enxertos nas condiccedilotildees edafoclimaacuteticas da regiatildeo central

do Estado de Satildeo Paulo Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Ciecircncias Piracicaba 2014

NAAMANI G Global Trends in main Avocado Markets VII World Avocado

Congress Australia 2011

NAVA DE DE LARA HADDAD M PARRA JRP 2005 Exigecircncias teacutermicas

estimativa do nuacutemero de geroccedilotildees de Stenoma catenifer e comprovaccedilatildeo de modelo

em campo Pesq Agropec Bras Brasilia v 40 p 961-967

NAVA DE PARRA JRP COSTA VA GUERRA TM COcircNSOLI FL (2005b)

Population dynamics of Stenoma catenifer(Lepidoptera Elachistidae) and related

larval parasitoids in Minas Gerais Brazil Florida Entomologistv 88p 441-446

53

NOVAGRIM ndash FRESH FRUITS IMPORTER amp VEGETABLE SUPPLIER SINCE

1999 2001-2013 WORLD AVOCADO PRODUCTION DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwnovagrimcomPages2000_2011_Avocado_statistics_ENaspx gt

OLIVEIRA LA A importacircncia das Normas Internacionais para o Comeacutercio da

Fruticultura Brasileira Piracicaba Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Economia Escola

Superior de Agricultura ldquoLuiz de Queirozrdquo Universidade de Satildeo Paulo Piracicaba

2005

OLIVEIRA M A de et al 2000 Ceras para conservaccedilatildeo poacutes colheita de frutos de

abacateiro cultivar Fuerte armazenados em temperatura ambiente Scientia Agriacutecola

Piracicaba 57 (4) 777-780

PASSONI A D NEVES M C M RODRIGUES B B BOTEON M Anaacutelise dos

principais entraves na exportaccedilatildeo de frutas brasileiras CENTRO DE ESTUDOS

AVANCcedilADOS EM ECONOMIA APLICADA (CEPEAESALQ-USP) XLIV

CONGRESSO DA SOBER ndash ldquoQuestotildees Agraacuterias Educaccedilatildeo no Campo e

Desenvolvimentordquo Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia Rural Fortaleza

2006

PEGG K G COATES L M KORSTEN L HARDING R M Foliar fruit and

soilborne diseases In WHILEY A W SCHAF

PERFIL DA FRUTICULTURA 2014 Base de dados 2012 a 2013 Governo de Minas

Gerais Agricultura Pecuaacuteria e Abastecimento 2014

PICCININ E PASCHOLATI S F ldquoDOENCcedilAS DO ABACATEIRO‟ em MANUAL DE

FITOPATOLOGIA Vol 2 Doenccedilas das Plantas Cultivadas Editora Agronocircmica

Ceres Ltda Satildeo Paulo 1997 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwifcursoscombrsistemaadminarquivos07-33-29-

manualfitopatologiapdfpage=10 gt

54

PUTT F F GOacuteES B C CATANEO P F Anaacutelise econocircmica de oferta e demanda

do abacate na alta paulista X Foacuterum Ambiental da Alta Paulista v 10 n 7 2014

pp 158-169

ROCHA I L Nuacutemeros do abacate HORTIESCOLHA Instituto Brasileiro de

Qualidade em Horticultura DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwhortibrasilorgbrjnwindexphpoption=com_contentampview=articleampid=120

9numeros-do-abacate-ampcatid=50comercializacaoampItemid=82 gt

SANTO N T Manejo da vegetaccedilatildeo intercalar para obtenccedilatildeo de cobertura morta na

cultura do abacateiro visando minimizar os danos causados por Phytophthora

cinnamomi Dissertaccedilatildeo de mestrado em Fitotecnia Piracicaba 2014

SCHAFFER B WOLSTENJOLME B N WHILEY A W The avocado botany

production and uses 560 p 2012 DISPONIacuteVEL EM lt

httpsbooksgooglecombrbooksid=r0hpRJca3zECamppg=PA83amplpg=PA83ampdq=Th

e+Avocado+botany+production+and+uses+hass-

likeampsource=blampots=oqc5OBsbmVampsig=5gDWWPIMYRBW9cH3yYuWh-ldd-8amphl=pt-

BRampsa=Xampved=0ahUKEwj_yPbgsoTKAhUGDpAKHZTrCWEQ6AEIPDADv=onepag

eampqampf=false gt

SCIENCIA I Certificaccedilatildeo GLOBALGAP e impactos ambientais em agroinduacutestrias de

alimentos Dissertaccedilatildeo de Poacutes-Graduaccedilatildeo Araraquara SP 2010 lt

mlthttpwwwecoecoorgbrconteudopublicacoesencontrosvii_envii_enc_ecohtm

gt

SIMAtildeO S Manual de Fruticultura Satildeo Paulo Editora Agronocircmica Ceres 1971

530p p 147-169

SINGER P MASON J Eacutetica da alimentaccedilatildeo como nossos haacutebitos alimentares

influenciam o meio ambiente e o nosso bem estar Rio de Janeiro Elsevier 2007

SOARES H F ITO M K O AacuteCIDO GRAXO MONOINSATURADO DO ABACATE

NO CONTROLE DE DISLIPIDEMIAS Ver Ciecircnc Meacuted Campinas P 47-51 2000

55

DISPONIacuteVEL EM lt httpperiodicospuc-

campinasedubrseerindexphpcienciasmedicasarticleviewFile13301304 gt

TEIXEIRA C G Cultura In ITAL ndash INSTITUTO DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS

(Campinas) Abacate Cultura mateacuteria-prima processamento e aspectos

econocircmicos 2 Ed Campinas Instituto Campineiro de Ensino Agriacutecola 1995 Cap 1

p 1-54 (Frutas Tropicais)

TEIXEIRA C G Cultura do abacate In TEIXEIRA C G et al ABACATE cultura

mateacuteria prima processamento e aspectos econocircmicos 2deg ed Seacuterie Fruas Tropicais

ndeg8 ITAL Campinas 1991 250p

WATANABE H S Caracteriacutesticas de cultivares de abacate CEAGESPS ndash

Companhia de Entrepostos e Armazeacutens Gerais de Satildeo Paulo 2013

WOLFENBARGER D O COLBURN B The Stenoma catenifer a serious Avocado

pest Proceedings of Florida State Horticulture Society v 92 p 315-318 1979

ZEIDAN R SEIXAS P ABRANCHES L COSTA D MEIRELLES F Certificaccedilatildeo

na cadeia produtiva de alimentos e as barreiras teacutecnicas agrave exportaccedilatildeo Simpoacutesio de

excelecircncia e gestatildeo e tecnologia ndash SEGeT 2008 Resende

Page 33: EVOLUÇÃO DA PRODUÇÃO MUNDIAL E NACIONAL …...RESUMO O abacateiro, Persea americana, é uma cultura muito importante em vários países, devido ao volume comercializado da fruta

33

TABELA 3 - Janela de exportaccedilatildeo dos paiacuteses exportadores de abacate

adaptada FONTE WESTFALIASUBSOLE

CALENDAacuteRIO DE EXPORTACcedilAtildeO DE ABACATE lsquoHASSrsquo

jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

BRASIL X X X X X X X X

ARGENTINA X X X

EUA X X X X X X X X X X X X

CHILE X X X X X X X X X X

AFRICA DO SUL X X X X X X X

REP DOMINICANA X X X X X

ISRAEL X X X X X X

PERU X X X X X X X

NOVA ZELAcircNDIA X X X

MEacuteXICO X X X X X X X X X X X X

ESPANHA X X X X X X X

QUEcircNIA X X X X X

AUSTRAacuteLIA X X X X X X X

Os principais destinos do abacate ‟Hass‟ exportado pelo Brasil satildeo Espanha

Itaacutelia Holanda Alemanha e Dinamarca O material exportado segue de navio do

porto de Santos a uma temperatura de 5degC levando ateacute 16 dias no maacuteximo ateacute os

destinos Esse material exportado pelo Brasil possui os certificados GlobalGapR ndash

BRCR ndash BSCIR ndash SedexR ndash SmetaR

Os graacuteficos a seguir apresentam informaccedilotildees sobre a evoluccedilatildeo do da

exportaccedilatildeo do abacate feitos a partir de informaccedilotildees apresentadas no Anuaacuterio

Brasileiro de fruticultura (2004 a 2015) obtidos a partir de dados do Instituto

Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica

34

Figura 7 - Evoluccedilatildeo do volume de abacate exportado pelo brasil (2003 a 2014) Elaborado pelo autor com dados DO ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE AGRICULTURA DE 2004 a 2015 (IBGE)

Figura 8 - Receita com exportaccedilatildeo brasileira de abacate (2003 a 2014) Elaborado pelo autor com dado do ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE AGRICULTURA DE 2004 a 2015 (IBGE)

O volume de abacate exportado pelo Brasil vem crescendo nos uacuteltimos anos

revelando assim a importacircncia do setor para o paiacutes A variaccedilatildeo do volume

exportado de 2008 para 2009 foi de 6282 jaacute de 2009 para 2010 a exportaccedilatildeo

sofreu uma queda de 793 Em 2014 houve um aumento de 3462 no setor em

relaccedilatildeo ao ano anterior (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE FRUTICULTURA) A receita

-

100000

200000

300000

400000

500000

600000

700000

20

03

20

04

20

05

20

06

20

07

20

08

20

09

20

10

20

11

20

12

20

13

20

14

EVOLUCcedilAtildeO DO VOLUME DE ABACATE EXPORTADO PELO BRASIL (2003 a 2014)

VOLUME EXPORTADO (t)

-

20000000

40000000

60000000

80000000

100000000

120000000

20

03

20

04

20

05

20

06

20

07

20

08

20

09

20

10

20

11

20

12

20

13

20

14

RECEITA COM EXPORTACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ABACATE (2003 a 2014)

RECEITA (em USS FOB)

35

obtida a partir da exportaccedilatildeo do abacate tambeacutem acompanha os iacutendices de

crescimento

A Aacutefrica do Sul um dos principais concorrentes do Brasil no setor de

exportaccedilatildeo do Avocado eacute reconhecida por exportar material de alta qualidade para

Europa onde possui escritoacuterios contudo sua produccedilatildeo estaacute estagnada A Westfalia

eacute uma empresa sem fins lucrativos produtora de Avocado na Aacutefrica do Sul

responsaacutevel por desenvolver o mercado de Avocado no paiacutes e investe fortemente

em tecnologia o que colaborou para a atual situaccedilatildeo da Aacutefrica do Sul no setor de

exportaccedilatildeo de Avocado (CARVALHO 2015)

ABACATE NO BRASIL

O Brasil favorecido quando comparado com outros paiacuteses produtores devido

agrave suas dimensotildees continentais o que lhe possibilita ampla variaccedilatildeo de temperaturas

e solos estes fator unido agraves caracteriacutesticas individuais de cada variedade como por

exemplo sazonalidade e exigecircncias nutricionais e de horas de luz Contudo apesar

da aacuterea destinada agrave produccedilatildeo do abacate no Brasil ter reduzido passando de

11605 ha em 2005 para 9559 ha em 2014 reduccedilatildeo de 176 a produccedilatildeo natildeo foi

tatildeo alterada o que evidencia a possibilidade de um aumento na produtividade destas

aacutereas

Atualmente o Brasil ocupa a oitava posiccedilatildeo no ranking global do setor de

produccedilatildeo de abacate E apesar de possuir crescente produtividade o paiacutes ainda

possui excelente potencial produtor e tambeacutem como exportador da fruta Para

aproveitar melhor esse potencial deveriam ser feitos mais investimentos tanto no

que se refere agrave produccedilatildeo como por exemplo melhoramento geneacutetico e adoccedilatildeo de

protocolos de boas praacuteticas agriacutecolas para a obtenccedilatildeo de certificaccedilatildeo quanto no

setor de comercializaccedilatildeo desenvolvendo elevado padratildeo de qualidade da fruta

A tabela a seguir (TABELA 4) apresenta a aacuterea destinada agrave colheita de todas

as variedades de abacate nos principais produtores de abacate e o Distrito Federal

TABELA 4 - Aacuterea destinada agrave colheita (em ha) Elaborada pelo autor

DADOS (IBGE-SIDRA)

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Brasil 11605 10515 9892 9596 8509 11125 10768 9615 9707 9559

Satildeo Paulo 4266 3688 3583 3437 3267 5530 5642 4192 4374 4337

36

Minas Gerais 2865 2254 2326 2223 1854 2202 2134 2309 2416 2373

Paranaacute 1492 1467 1306 1009 1085 1000 944 922 958 930

Cearaacute 493 475 498 497 490 484 477 480 483 498

Rio Grande do Sul 626 619 613 602 584 575 552 499 470 444

Distrito Federal 119 122 109 124 108 111 - 295 160 134

A tabela 5 abaixo apresenta a produccedilatildeo de todas as variedades de abacate

em toneladas dos uacuteltimos 10 anos para os principais estados produtores e o Distrito

Federal

TABELA 5 - Produccedilatildeo nacional de abacate em 10 anos (em t) Elaborada pelo

autor FONTE (IBGESIDRA)

UFANO 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Brasil 169335 164441 154096 147214 139089 153189 160376 159903 157482 156669 1000

Satildeo Paulo 77107 78085 70812 69904 74193 83002 91909 82780 85101 79316 506

Minas Gerais 38777 32812 33436 28016 24772 28522 30975 36669 36571 41259 263

Paranaacute 22265 22575 20425 16537 15919 15824 17304 16705 16309 15784 101

Rio Grande do Sul

8167 7905 7804 7602 6824 6769 6907 5719 5584 5277 34

Cearaacute 5202 4231 4706 4520 4336 4163 3985 2717 2640 3637 23

Distrito Federal 2596 3081 2690 3019 2666 2415 - 6914 3152 3151 20

Em 2014 a aacuterea destinada agrave colheita do abacate no estado do Cearaacute era

superior agrave aacuterea do Rio Grande do Sul contudo a produccedilatildeo no estado do Cearaacute no

mesmo ano foi de 3637 t enquanto que a produccedilatildeo do Rio Grande do Sul foi de

5277 45 maior reforccedilando assim a ideia de que a produtividade no Sul pode ser

maior em relaccedilatildeo agrave regiatildeo Nordeste Este fator pode ser decorrente do uso de

cultivares inadequadas para as condiccedilotildees climaacuteticas da regiatildeo eou pela falta de

adoccedilatildeo de tecnologias modernas e teacutecnicas avanccediladas de produccedilatildeo

No Distrito Federal a produccedilatildeo cresceu 21 nos uacuteltimos 10 anos e hoje

representa 2 da produccedilatildeo nacional Por outro lado Satildeo Paulo que lidera o ranking

com 506 de toda a produccedilatildeo obteve crescimento de apenas 286 Jaacute a

produccedilatildeo do Paranaacute sofreu uma reduccedilatildeo de -291 neste mesmo periacuteodo poreacutem

manteve-se como quarto produtor nacional de abacate Os estados do Cearaacute e Rio

Grande do Sul tambeacutem reduziram sua produtividade nos uacuteltimos 10 anos

acompanhando a reduccedilatildeo nacional que reduziu -74

37

A variaccedilatildeo da produtividade de todas as variedades de abacate dos principais

estados produtores de abacate do Brasil eacute apresentada na TABELA 6 a seguir

TABELA 6 - Variaccedilatildeo (em) da produtividade (t) no Brasil em 10 anos

Elaborada pelo autor FONTE (IBGESIDRA)

VARIACcedilAtildeO () DA PRODUTIVIDADE (t) EM 10 ANOS

ESTADOANO 2005 2014 VARIACcedilAtildeO

PAIacuteS 146 164 123

SAtildeO PAULO 181 183 11

MINAS GERAIS 135 174 289

PARANAacute 149 17 141

RIO GRANDE DO SUL 13 119 -85

CEARAacute 106 73 -311

DISTRITO FEDERAL 218 235 78

De acordo com os dados do IBGE Satildeo Paulo eacute o maior produtor de abacate

do paiacutes Dentre as variedades mais produzidas no estado de Satildeo Paulo estatildeo

bdquoFortuna‟ bdquoGeada‟ bdquoQuintal‟ e bdquoMargarida‟ (DORIZZOTTO 2011)

Abaixo segue TABELA 11 contendo os nuacutemeros de plantas novas e o

nuacutemero de plantas em produccedilatildeo bem como a produccedilatildeo (caixas de 22Kg) no estado

de Satildeo Paulo ao longo de 15 anos

TABELA 7 - Quantidade de peacutes novos peacutes em produccedilatildeo e produccedilatildeo (cx 22kg)

no estado de Satildeo Paulo entre 2000 e 2015 Elaborada pelo autor FONTE

INSTITUTO DE ECONOMIA AGRIacuteCOLA

ANO PEacuteS

NOVOS PEacuteS EM

PRODUCcedilAtildeO

2000 4859400 66157100

2001 4617700 62883700

2002 4742500 55421300

2003 6095000 49740300

2004 5969500 48339500

2005 5131100 46596200

2006 5325600 45869000

2007 3412800 47668000

2008 5007100 40617400

2009 12068600 49971400

2010 8190000 53239000

38

2011 6904500 54780100

2012 7704100 51341600

2013 7002100 59149400

2014 8419800 60996100

2015 9040200 67073800

O graacutefico abaixo apresenta a curva da produtividade obtida a partir da relaccedilatildeo

feita entre a produccedilatildeo e a quantidade de peacutes em produccedilatildeo no estado de Satildeo Paulo

Figura 9 - Produtividade (kgplanta) no estado de Satildeo Paulo desde 2000 elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE ECONOMIA AGRIacuteCOLA

Os dados foram obtidos a partir da relaccedilatildeo feita entre a quantidade de planta

em produccedilatildeo e a quantidade de caixas de 22 Kg produzidas no estado de Satildeo Paulo

desde 2000 Esses dados revelam crescente aumento da produtividade ateacute o ano de

2010 onde a produtividade ultrapassou 168 Kgplanta Jaacute em relaccedilatildeo ao ano de

2011 a produtividade sofreu uma reduccedilatildeo de 10 Depois disso a curva de

produtividade continuou ascendente

A seguinte tabela apresenta a evoluccedilatildeo do preccedilo do abacate comercializado

na CEAGESP durante o ano no periacuteodo de nove anos

90

110

130

150

170

190

20

00

20

01

20

02

20

03

20

04

20

05

20

06

20

07

20

08

20

09

20

10

20

11

20

12

20

13

20

14

20

15

PRODUTIVIDADE DOS PEacuteS DE ABACATE (Kgplanta) EM SP

PRODUTIVIDADE

39

TABELA 8 - Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio (em R$Kg) do abacate FONTE

CEAGESP 2008

ANOMEcircS JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

2007 105 101 1 118 107 109 129 151 159 181 228 279

2008 119 081 084 097 102 11 122 137 149 208 296 326

2009 169 122 132 133 141 141 152 177 217 213 212 235

2010 17 161 165 154 151 151 164 173 202 262 406 316

2011 185 182 183 203 186 204 231 278 308 317 359 369

2012 207 155 151 141 153 164 192 218 242 268 429 485

2013 263 209 216 215 244 265 258 304 347 403 566 498

2014 228 206 231 239 198 2 256 267 301 305 403 538

2015 406 403 386 349 367 397 394 43 - - - -

O graacutefico a seguir resume o comportamento da quantidade de peacutes novos e

em produccedilatildeo no estado de Satildeo Paulo desde o ano 2000

Figura 10 - Evoluccedilatildeo do nuacutemeros de peacutes novos e em produccedilatildeo ao longo de 15 anos no estado de Satildeo Paulo elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE

ECONOMIA AGRIacuteCOLA

A produccedilatildeo (em caixas de 22 Kg) eacute demonstrada no graacutefico abaixo para esse

mesmo periacuteodo

000

10000000

20000000

30000000

40000000

50000000

60000000

70000000

80000000

20002002200420062008201020122014

EVOLUCcedilAtildeO DOS DADOS DO ABACATE EM SAtildeO PAULO

PEacuteS NOVOS

PEacuteS EM PRODUCcedilAtildeO

40

Figura 11 - Evoluccedilatildeo da produccedilatildeo de abacate em caixas de 22kg no estado de Satildeo Paulo em 15 anos elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE

ECONOMIA AGRIacuteCOLA

A sazonalidade do abacate comercial na CEAGESP em Satildeo Paulo

demonstram que o abacate pode ser comercializado praticamente todas as eacutepocas

do ano como apresentado pela tabela

TABELA 9 - Sazonalidade do abacate FONTE CEAGESP 2008

VARIEDADE JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

GEADA X X X X X

FORTUNA X X X X X X X

QUINTAL X X X X X X X

MARGARIDA X X X X X X X X X X

BREDA X X X X X X X X

HASS X X X X X X X X

O Estado de Minas Gerais eacute o segundo maior produtor nacional de abacate

participando do setor com 229 do total produzido A aacuterea no Estado destinada agrave

produccedilatildeo da fruta foi de 23 mil ha A produtividade do estado de Minas em 2012 foi

de 15881 (hgha) (PERFIL DA FRUTA) A produccedilatildeo de abacate no Distrito Federal

em 2013 foi de 3152 toneladas (IBGE) Em Minas a produccedilatildeo concentra-se nas

regiotildees Sul e Sudeste do estado (ALMEIDA 2013)

200000000

250000000

300000000

350000000

400000000

450000000

500000000

550000000

20002002200420062008201020122014

EVOLUCcedilAtildeO NA PRODUCcedilAtildeO DE ABACATE EM SAtildeO PAULO (22Kgcx)

PRODUCcedilAtildeO CX 22Kg

41

Em 2003 o Paranaacute foi o terceiro maior produtor nacional de abacate com uma

aacuterea de aproximadamente 1600ha onde se produziu 26 mil toneladas gerando uma

receita de cerca de R$ 85 milhotildees (HOHMANN amp MENEGUIM 2005)

De acordo com a relaccedilatildeo feita entre os dados de volume de abacate colhido e

de aacuterea destinada agrave produccedilatildeo do IBGESIDRA em 10 anos (2005 agrave 2014) o estado

que sofreu maior reduccedilatildeo da produtividade foi o estado do CEARAacute reduzindo em

31 aproximadamente enquanto que o estado de minas aumentou 289 sua

produtividade O DF apresentou os melhores niacuteveis de produtividade a partir desses

dados

AVOCADO NO BRASIL

A regiatildeo de Bauru em Satildeo Paulo especializou-se na produccedilatildeo dos abacates

‟Hass‟ e bdquoFuerte‟ conhecidos comercialmente como Avocado e satildeo os mais

apreciados pelo mercado internacional (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA

FRUTICULTURA 2008)

O Avocado variedades ‟Hass‟ e bdquoFuerte‟ possui excelentes caracteriacutesticas

nutricionais como por exemplo seu alto teor de lipiacutedeos Aleacutem disso o fruto possui

tamanho reduzido o que facilita o consumo evitando que parte natildeo consumida seja

armazenada Uma das possibilidades de se estimular o consumo interno seria

promover o produto a partir do uso de marketing setor no qual a empresa

JAGUACYR situada no municiacutepio de Bauru ndash SP tem se destacado fornecendo

informaccedilotildees nutricionais e apresentando o alto padratildeo de qualidade da fruta Outro

fator que reduz a oferta do produto no mercado interno eacute a demanda internacional

apesar de impor barreiras e exigirem alto padratildeo de qualidade o produto de

qualidade recebe os melhores preccedilos este fator tambeacutem limita o consumo interno

porque o preccedilo oferecido pelos importadores reflete no preccedilo interno

Outro ponto que deve ser observado para se manter qualidade elevada dos

frutos eacute a escolha adequada do ponto de colheita pois este fator reflete diretamente

no teor de oacuteleo dos frutos que por sua vez eacute responsaacutevel pela conservaccedilatildeo do

sabor Os melhores teores de oacuteleo encontram-se em frutos tardios como nas

variedades obtidas a partir das raccedilas Guatemalenses e Mexicana sendo maior nas

raccedilas Mexicana e menor em cultivares oriunda de raccedilas Guatemalenses como por

exemplo a bdquoHass‟

42

A exportaccedilatildeo brasileira do abacate bdquoHass‟ variedade mais produzida no

mundo era de 100 toneladas por ha em 2004 para 2186 toneladas em 2010

(DORIZZOTTO 2011) Contudo este dado representa apenas 143 do volume de

todo o abacate produzido no paiacutes nesta mesma data mesmo com seus atributos

nutricionais e comerciais

Quando se trata do segmento do mercado do Avocado brasileiro em acircmbito

global a empresa JAGUACYR situada no municiacutepio de Bauru ndash SP com sede na

Holanda eacute de extrema relevacircncia contribuindo com 90 das exportaccedilotildees brasileiras

deste produto com o qual o Brasil ainda comeccedila a participar poreacutem possui

condiccedilotildees favoraacuteveis para crescer no setor (CARVALHO 2015)

O graacutefico a seguir apresentado na Figura 2 demonstra a evoluccedilatildeo da

participaccedilatildeo do Avocado no setor de fruticultura no estado de Satildeo Paulo

Figura 12 - Elaborado pelo autor FONTE CEAGESPSEDES GABRIEL V BITENCOURT DE ALMEIDA

Como apresentado no graacutefico acima o volume de Avocado comercializado na

CEAGESP tem crescido rapidamente vertiginosamente chegando a quase

quadruplicar seu valor em apenas 7 anos

Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio de atacado (R$Kg) de Avocado na CEAGESP de

Satildeo Paulo durante o ano (SP) (Figura 3)

81 74 90

106 133

208

365 378

0

50

100

150

200

250

300

350

400

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

EVOLUCcedilAtildeO DA QUANTIDADE COMERCIALIZADA (T) DE AVOCADO NA CEAGESP DE SAtildeO PAULO (SP)

QUANTIDADE(toneladas)

43

Figura 13 - Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio do avocado na CEAGESP (R$Kg) Elaborado pelo autor FONTES CEAGESP

O graacutefico a seguir demonstra um comparativo da variaccedilatildeo do preccedilo meacutedio do

abacate em relaccedilatildeo ao Avocado durante o ano com base nos dados de nove anos

da CEAGESP (R$Kg)

Figura 14 - Comparativo do preccedilo meacutedio do abacate e do avocado comercializado na ceagesp durante o ano elaborado pelo autor FONTE

CEAGESP

A partir dos dados de 7 anos com a variaccedilatildeo do preccedilo meacutedio do Avocado por

quilo durante o ano pocircde-se observar que os menores valores encontram-se entre

maio e agosto A variaccedilatildeo de preccedilo meacutedio durante o ano chega a ser de R$ 581 o

quilo mais que o dobro entre o maior e menor valor meacutedio encontrado

O graacutefico com o comparativo do preccedilo do abacate com o Avocado (Figura 11)

revela a discrepacircncia da valorizaccedilatildeo entre os dois grupos O valor miacutenimo do

4

6

8

10

12

jan

fev

mar

abr

mai

jun jul

ago

set

ou

t

no

v

dez

EVOLUCcedilAtildeO DO PRECcedilO MEacuteDIO DO AVOCADO NA CEAGESP (R$Kg)

PRECcedilO MEacuteDIO

0

2

4

6

8

10

12

JAN

FEV

MA

R

AB

R

MA

I

JUN

JUL

AG

O

SET

OU

T

NO

V

DEZ

PRECcedilO AVOCADO

PRECcedilO DO ABACATE

44

Avocado eacute de R$ 554 por quilo enquanto que o maior valor encontrado do abacate

chega a R$ 381 uma diferenccedila de quase 50

O CEASA-DF registrou em 2014 um volume comercializado de 397 toneladas

de Avocado enquanto que no ano anterior o volume registrado natildeo passou de 07

toneladas (CEASA-DF)

Apesar de jaacute haver teacutecnicas eficientes e tecnologias modernas disponiacuteveis

para se aperfeiccediloar a produccedilatildeo do abacate a exploraccedilatildeo de novas regiotildees com

potencial produtor para a implantaccedilatildeo de pomares de abacateiro no Brasil eacute um dos

fatores que podem aumentar mais ainda a produccedilatildeo nacional No DF por exemplo

a aacuterea destinada agrave colheita do abacate sofreu uma reduccedilatildeo de mais da metade de

2012 para 2014 muito diferente da forma como havia se comportando desde 2000

quando a aacuterea passou de 85 ha para 111 em 2010 O DF representa apenas 2 da

produccedilatildeo nacional do abacate contudo sua produtividade vem aumentando e de

acordo com os dados do IBGE o DF possui os melhores iacutendices de produtividade do

paiacutes o que pode representar forte potencial da regiatildeo no setor Este fato corrobora

com a ideia de que o Brasil pode aproveitar melhor sua extensatildeo territorial

explorando regiotildees com potencial produtor como o DF por exemplo

CERTIFICACcedilAtildeO

CARVALHO (2015) afirma que para participar do mercado internacional os

produtores devem se atentar agraves exigecircncias internacionais de qualidade e seguranccedila

garantidas por meio de certificaccedilatildeo como GlobalGapR BRCR BRCIR FAIRDRADER

e SEDEX-SMETAR Outro ponto que deve ser adotado pelo Brasil no comeacutercio do

Avocado eacute manter um mercado com preccedilo linear e contiacutenuo Ainda segundo

CARVALHO (2015) produtores que natildeo possuem certificaccedilatildeo no GlobalgapR

recebem menos 10

PRECcedilO PAGO PELA JAGUACYR AO PRODUTOR COM GLOBALGAPR

TABELA 10 - (CARVALHO 2015)

CAT CALIBRE MAR ABR MAI JUN

1 12 A 24 315 322 205 205

2 26 A 32 131 129 130 130

2 12 A 24 284 350 187 187

45

Para o consumidor final o selo GLOBALGAPR natildeo eacute tatildeo notado pois o uso

desta marca eacute praticado entre empresas Contudo sua em sua elaboraccedilatildeo

considerou-se a reduccedilatildeo dos impactos negativos das operaccedilotildees agriacutecolas no meio

ambiente reduzir o uso de insumos quiacutemicos e garantir que assuntos de sauacutede e

seguranccedila dos empregados e bem estar animal sejam observados (GLOBALGAPR

2008)

A GLOBALGAPR serve como um manual no comeacutercio mundial de produtos

agriacutecolas estabelecendo normas voluntaacuterias para sua certificaccedilatildeo Este conjunto de

normas estabelece serve de molde para a conduccedilatildeo de boas praacuteticas agriacutecolas

(BPA) nas atividades agriacutecolas (GLOBALGAPR 2008)

Um dos pontos positivos em se adotar os protocolos de boas praacuteticas

agriacutecolas eacute a prevenccedilatildeo de perdas Pesquisas feitas no setor da fruticultura

concluem que maior parte do desperdiacutecio ocorre no percurso que vai do manuseio

no campo ateacute as centrais de produccedilatildeo (AGRIANUAL 2012) Os iacutendices de perdas da

abaticultura chegam a 34 ao ano (AGRIANUAL 2015)

Eacute de extrema importacircncia desenvolver soacutelidos e eficientes sistemas de

certificaccedilatildeo a fim de assegurar qualidade que atenda as expectativas dos

consumidores permitindo que as empresas ingressem nos mercados globais com

seus produtos (ZEIDAN et al 2008)

A difusatildeo de praacuteticas recomendadas para a obtenccedilatildeo da certificaccedilatildeo

GLOBALGAPR por parte dos produtores de abacate principalmente as variedades

bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ pode estimular o consumo interno por meio da oferta de produtos

de maior qualidade aleacutem de reduzindo perdas e promover o produto no comeacutercio

internacional da fruta Fazendo com que o potencial produtor seja aproveitado ao

maacuteximo uma vez que seguir os protocolos de boas praacuteticas agriacutecolas represente a

reduccedilatildeo de perdas no processo de produccedilatildeo de colheita e de transporte seja por

meio da reduccedilatildeo da incidecircncia de pragas ou por adoccedilatildeo de teacutecnicas e evitem perdas

na conduccedilatildeo da produccedilatildeo dos pomares de abacate

CONCLUSOtildeES

A produccedilatildeo de Avocado cultivares bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ superiores em vaacuterios

aspectos agraves cultivares mais populares no paiacutes tem condiccedilotildees de se desenvolver

amplamente no Brasil tornando-o grande consumidor e exportador da fruta Essa

46

mudanccedila pode ocorrer por meio de incentivos governamentais que incentivem o

registro de produtos para a cultura do abacateiro favorecendo a obtenccedilatildeo de

certificaccedilatildeo bem como o desenvolvimento de centros de pesquisas que

desenvolvam estudos sobre a cultura do abacateiro que promovam a difusatildeo de

tecnologia e com isso estimule a utilizaccedilatildeo de novas aacutereas com potencial produtivo

A transferecircncia de tecnologia tambeacutem pode ser feita por parte de empresas da aacuterea

privada que possuem domiacutenio de teacutecnicas e tecnologias modernas principalmente

por meio da popularizaccedilatildeo da produccedilatildeo de mudas clonais para porta-enxerto Aleacutem

disso devem ser feitas accedilotildees por parte de instituiccedilotildees privadas como o

desenvolvimento do marketing da fruta a fim de divulgar os benefiacutecios do consumo

e a exposiccedilatildeo de novas formas de consumo de abacate pode ser crucial para a

mudanccedila do comportamento do consumidor nacional uma vez que este se atenta

principalmente aos aspectos visuais do abacate

Na poacutes-colheita o controle sobre os processos de maturaccedilatildeo poderia ser

mais bem aproveitado No Brasil a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas de conservaccedilatildeo no poacutes-

colheita de frutas objetiva na maioria das vezes estender o tempo de prateleira

destes produtos Para se aproveitar os elevados preccedilos ofertados em determinadas

eacutepocas os produtores colhem os frutos antes do recomendado para a fruta do

abacateiro o que reduz sua qualidade pois a eacutepoca da colheita influencia

diretamente no teor de oacuteleo fator altamente relacionado com o sabor da fruta Por

outro lado a aceleraccedilatildeo do processo de maturaccedilatildeo por meio do controle de

maturaccedilatildeo permite fornecimento de frutos maduros prontos para o consumo

estimulando assim o consumo no paiacutes Com a entrega regular de frutos maduros

nos supermercados e restaurantes novas formas de consumo da fruta como patecircs

e em saladas poderiam ser facilmente introduzidas no cardaacutepio nacional

47

BIBLIOGRAFIA

ALMEIDA G V B Mercado Atacadista de Abacate e Avocado (CEAGESP) III

Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado Bauru 2015

ALMEIDA G V B O Abacate no mundo e na CEAGESP Todafruta notiacutecia 2011

DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwtodafrutacombrnoticia28119O+ABACATE+NO+MUNDO+NO+BRASIL

+E+NA+CEAGESP gt

ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA FRUTICULTURA 2004 a 2015 DISPONIacuteVEL EM

httpwwwgrupogazcombrtratadaseo_edicao420150320150301_106c8c2f1pdf

4718_2015fruticulturapdfgt

BIODIESELBR DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwbiodieselbrcomnoticiasmateria-

primaoutrasvideo-unesp-transforma-oleo-abacate-biodiesel-060313htm gt

BONELLA J A Classificaccedilatildeo de abacates na CEAGESP Joseacute Alcides Bonella ME

2013

BRUWER T ROOYEN Z VAN PERFORMANCE AND MARKET ACCEPTIBILITY

OF THE HASS-LIKE CULTIVARS GEM AND HARVEST IN SOUTH AFRICA Vi

World Avocado Congress (Actas VI Confreso Mundial del Aguacate) 2007 Vintildea Del

Mar Chile 12 ndash 16 nov 2007 ISBN n 978-956-17-0413-8 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwAvocadosourcecomWAC6enExtenso1b-36pdf gt

CAMPOS J A Cultura racional do abacateiro Satildeo Paulo Iacutecone 1988 150 p

CANTUAacuteRIAS-AVILEacuteS T SILVA S R La induacutestria del aguacate em el Estado de

Satildeo Paulo Brasil actualidad y perspectivas futuras In CONGRESO MUNDIAL DEL

AGUACATE 7 2011 Caims Resuacutemenes Caims Avocado Australia 2011

48

CORREIA R C ARAUJO J L P MOUCO M A do C BRAGA C A

MENDONCcedilA R F de Abacate preferecircncias e mercado CONGRESSO

BRASILEIRO DE FRUTICULTURA 21 2010 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwalicecnptiaembrapabralicebitstreamdoc8700181Moucopdf gt

CARVALHO L F Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado realizaccedilatildeo Jaguacy

Sindicato Rural de Bauru Serviccedilo Nacional de Aprendizagem Rural - SENAR

Faculdades Integradas de Bauru ndash SP 2015

CHITARRA M I F CHITARA A B 2005 Poacutes colheita de frutos e hortaliccedilas

Fiiologia e Manuseio Lavras ESALFAEPE

CRANE J H BALERDI C F MAGUIRE I Avocado Growing in the Florida Home

Landscape University of Florida Circular 1034 one of a series of the Horticultural

Sciences Department Florida Cooperative Extension Service Institute of Food and

Agricultural Sciences University of Florida 1983 Revised 2007

CRIZEL G R MOURA R S OLIVEIRA I R MENDONCcedilA C R B

Caracteriacutesticas fiacutesicas e quiacutemicas de abacates das variedades bdquoQuintal‟ e bdquoHass‟ In

CONGRESSO DE INICIACcedilAtildeO CIENTIacuteFICA 17 ENCONTRO DE POacuteS-

GRADUACcedilAtildeO 10 2008 Pelotas Resumos Pelotas UFPEL 2008

DAIUTO E R VIEITES R L TREMOCOLDI M A RUSSO V C Taxa

respiratoacuteria de abacate bdquoHass‟ submetido a diferentes tratamentos fiacutesicos Revista

Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha Meacutexico v 10 n 2 p 101-109

2010

DAIUTO E R TREMOCOLDI M A VIEITES R L Conservaccedilatildeo poacutes colheita de

abacate bdquoHass‟ irradiado Revista Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha vol

10 n 2 2010

DONADIO L C Abacate para exportaccedilatildeo aspectos teacutecnicos da produccedilatildeo

Brasiacutelia Frupex MAPA 1995 53 p

49

DONADIO L C FERRARI L AVILEacuteS T C Abacate In DONADIO L C (Ed)

Histoacuteria da Fruticultura Paulista Jaboticabal SBF ndash Sociedade Brasileira de

Fruticultura 2010 P 33-63

DORIZZOTTO C D A SAMPAIO A C ICUMA I M et al Avocado production

chain in the state of Satildeo Paulo (Brazil) In Proceedings VII World Avocado Congress

2011 Cairns Anaishellip Cairns Internacional Avocado Society 2011 DISPONIacuteVEL

EM lt

httpworldAvocadocongress2011comuserfilesfileOsvaldo20Kioshi20Yamanis

hi201400-1420pdf gt

ERNST Z R ERNST A A The strategic role of new cultivars A case study of

bdquoMaluma‟ VIII Congreso Mundial de la Palta 2015 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwavocadosourcecomWAC8Section_02EarnstZander2015pdf gt

FACTFISH Avocados production quantity (tons) ndash for all countries DISPONIacuteVEL

EM lt httpwwwfactfishcomstatisticAvocados20production20quantity gt

FAOSTAT 2000 a 2013 DISPONIacuteVEL EM lt httpfaostat3faoorgbrowseTTPE gt

FER B WOLSTENHOLME B N (Ed) The Avocado botany production and

uses Oxon CABI Publ 2002 chap 12 p 299-338

FRANCISCO V L F dos S BAPTISTELLA C S L CULTURA DO ABACATE NO

ESTADO DE SAtildeO PAULO Informaccedilotildees Econocircmicas SP v 35 n5 2005

DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwieaspgovbroutpublicacoespdftec3-0505pdf gt

GAYET J P et al 1995 Abacate para exportaccedilatildeo procedimentos de colheita e

poacutes-colheita FRUPEX Brasiacutelia 37p

GIRARDI G Abacate uma nova opccedilatildeo de biocombustiacutevel Jornal UNESP Bauru

2009 DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwunespbracijornal248energia_bauruphp gt

50

GUEDES M S B SENA M TOLEDO S Certificaccedilatildeo como estrateacutegia competitiva

internacional dos produtores de frutas no Brasil VII Encontro da Sociedade

Brasileira de Economia Ecoloacutegica (ECO-ECO) 28 a 30 de novembro de 2007

Fortaleza Cearaacute

HODDLE M The Avocado Seed Moth Stenoma cateniver Walsingham (Lepdoptera

Elachistidae) Department of Entomology Applied Biological Control Research

DISPONIacuteVEL EM lt httpbiocontrolucredustenomastenomahtml gt

HOHMANN C L MENEGUIM A M A BROCA-DO-ABACATE (Stenoma catenifer)

Aspectos bioloacutegicos comportamento danos e manejo Instituto Agronocircmico do

Paranaacute ndash Londrina ndashPR Informe da Pesquisa n 147 2005

HOHMANN C L MENEGUIM A M Observaccedilotildees preliminares sobre a ocorrecircncia

da broca-do-abacate Stenoma catenifer Wals no Estado do Paranaacute Anais da

Sociedade Entomoloacutegica do Brasil v 22 p 417-419 1993

ILLSLEY-GRANICH C‟Hass‟Carmenrega precocious flowering avocado tree

Agrovim AS de CV Uruapan Michocan Mexico Rob Brokaw Brokaw Nursery Inc

Saticoy California USA Dr Salvador Ochoa-Ascencio University of Michoacan

Uruapan Michoacan Mexico 2011 DISPONIacuteVEL EM lt

httpworldavocadocongress2011comuserfilesfileCarlos20Illsley201410-

1430pdf gt

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA ESTATIacuteSTICA (IBGE) IBGE CIDADES

DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwcidadesibgegovbrcartogramamapaphplang=ampcoduf=53ampcodmun=53

0010ampidtema=136ampcodv=v01ampsearch=distrito-federal|brasilia|sintese-das-

informacoes-2013 gt

KADER A A 1992 Postharvest technology of horticultural crops Okland Univertisy

of California 292p

51

KADER A A ARPIA M L Avocado Recommendations for Maintaining

Postharvest Quality 2013

KADER A A Biologiacutea y Tecnologiacutea Postcosecha un Panorama In KADER A A

Tecnologiacutea Postcosecha de Cultivos Hortofrutiacutecolas 3 Ed Davis University Of

Califoacuternia 2007 Cap 4 p 43-53

KLUGE R A et al Inibiccedilatildeo do amadurecimento de abacate com 1-

metilciclopropeno Pesquisa Agropecuaacuteria Brasileira 37(7)895-901

KOOLER O C Abacaticultura Porto Alegre UFRGS 1992 138p

KOOLER O C ABACATICULTURA Porto Alegre UFRGS 1984 138p

KOLLER O C Abacate produccedilatildeo de mudas instalaccedilatildeo e manejo de pomares

colheita e poacutes-colheita Porto Alegre Cinco Continentes 2002 145 p

KREMER-KOumlHNE S KOumlHNE J S 25 YEARS OF AVOCADO ROOTSTOCK

DEVELOPMENT IN SOUTH AFRICA VI World Avocado Congress Chile 2007

DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwavocadosourcecomWAC6enExtenso1a-8pdf gt

LIPPERT C ALLAMAND M (WESTFALIASUBSOLE) A hystory of

collaboration Rev Subsole Santiago 2007

MAIS NATUREZA ABACATEIRO DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwmaisnaturezacomplantasarvoresabacateiro gt

MARANCA G Fruticultura comercial Manga e Abacate Satildeo Paulo Nobel 1980

p 81-133

MASSAFERA G COSTA T M B OLIVEIRA J E D COMPOSICcedilAtildeO DE AacuteCIDOS

GRAXOS DO OacuteLEO DO MESOCARPO E DA SEMENTE DE CULTIVARES DE

ABACATE (Persea americana MILL) DA REGIAtildeO DE RIBEIRAtildeO PRETO SP)

52

Alim Nutr Araraquara V 21 n 2 p 325-331 abrjun 2010 DISPONIacuteVEL EM lt

http20014571150seerindexphpalimentosarticleview940a20v21n2pdf gt

MDIC Negociaccedilotildees internacionais DISPONIacuteVEL EM

httpwwwdesenvolvimentogovbrsitiosecexnegInternacionaisMedTerrorismoLei

ph p gt

MICKELBART M V BENDER G S WITNEY G W ADAMS C ARPAIA M L

Effects of clonal rootstocks on bdquoHass‟ avocado yield components alternate bearing

and nutrition Journal of Horticultural Schience amp Biotechnology Ashford v 82

n 3 p 460-466 2007

MILLER B BERTELS R PADILLA T WILEMAN R THOMSEN L China the

new frontier VIII World Avocado Congress 2015

MONTENEGRO H W S A cultura do abacateiro Satildeo Paulo Melhoramentos

1951 102p (Criaccedilatildeo e Lavoura n 11)

MORAES A F G Desenvolvimento produccedilatildeo e qualidade de frutos de abacateiro

cv bdquoHass‟ sobre dois porta-enxertos nas condiccedilotildees edafoclimaacuteticas da regiatildeo central

do Estado de Satildeo Paulo Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Ciecircncias Piracicaba 2014

NAAMANI G Global Trends in main Avocado Markets VII World Avocado

Congress Australia 2011

NAVA DE DE LARA HADDAD M PARRA JRP 2005 Exigecircncias teacutermicas

estimativa do nuacutemero de geroccedilotildees de Stenoma catenifer e comprovaccedilatildeo de modelo

em campo Pesq Agropec Bras Brasilia v 40 p 961-967

NAVA DE PARRA JRP COSTA VA GUERRA TM COcircNSOLI FL (2005b)

Population dynamics of Stenoma catenifer(Lepidoptera Elachistidae) and related

larval parasitoids in Minas Gerais Brazil Florida Entomologistv 88p 441-446

53

NOVAGRIM ndash FRESH FRUITS IMPORTER amp VEGETABLE SUPPLIER SINCE

1999 2001-2013 WORLD AVOCADO PRODUCTION DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwnovagrimcomPages2000_2011_Avocado_statistics_ENaspx gt

OLIVEIRA LA A importacircncia das Normas Internacionais para o Comeacutercio da

Fruticultura Brasileira Piracicaba Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Economia Escola

Superior de Agricultura ldquoLuiz de Queirozrdquo Universidade de Satildeo Paulo Piracicaba

2005

OLIVEIRA M A de et al 2000 Ceras para conservaccedilatildeo poacutes colheita de frutos de

abacateiro cultivar Fuerte armazenados em temperatura ambiente Scientia Agriacutecola

Piracicaba 57 (4) 777-780

PASSONI A D NEVES M C M RODRIGUES B B BOTEON M Anaacutelise dos

principais entraves na exportaccedilatildeo de frutas brasileiras CENTRO DE ESTUDOS

AVANCcedilADOS EM ECONOMIA APLICADA (CEPEAESALQ-USP) XLIV

CONGRESSO DA SOBER ndash ldquoQuestotildees Agraacuterias Educaccedilatildeo no Campo e

Desenvolvimentordquo Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia Rural Fortaleza

2006

PEGG K G COATES L M KORSTEN L HARDING R M Foliar fruit and

soilborne diseases In WHILEY A W SCHAF

PERFIL DA FRUTICULTURA 2014 Base de dados 2012 a 2013 Governo de Minas

Gerais Agricultura Pecuaacuteria e Abastecimento 2014

PICCININ E PASCHOLATI S F ldquoDOENCcedilAS DO ABACATEIRO‟ em MANUAL DE

FITOPATOLOGIA Vol 2 Doenccedilas das Plantas Cultivadas Editora Agronocircmica

Ceres Ltda Satildeo Paulo 1997 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwifcursoscombrsistemaadminarquivos07-33-29-

manualfitopatologiapdfpage=10 gt

54

PUTT F F GOacuteES B C CATANEO P F Anaacutelise econocircmica de oferta e demanda

do abacate na alta paulista X Foacuterum Ambiental da Alta Paulista v 10 n 7 2014

pp 158-169

ROCHA I L Nuacutemeros do abacate HORTIESCOLHA Instituto Brasileiro de

Qualidade em Horticultura DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwhortibrasilorgbrjnwindexphpoption=com_contentampview=articleampid=120

9numeros-do-abacate-ampcatid=50comercializacaoampItemid=82 gt

SANTO N T Manejo da vegetaccedilatildeo intercalar para obtenccedilatildeo de cobertura morta na

cultura do abacateiro visando minimizar os danos causados por Phytophthora

cinnamomi Dissertaccedilatildeo de mestrado em Fitotecnia Piracicaba 2014

SCHAFFER B WOLSTENJOLME B N WHILEY A W The avocado botany

production and uses 560 p 2012 DISPONIacuteVEL EM lt

httpsbooksgooglecombrbooksid=r0hpRJca3zECamppg=PA83amplpg=PA83ampdq=Th

e+Avocado+botany+production+and+uses+hass-

likeampsource=blampots=oqc5OBsbmVampsig=5gDWWPIMYRBW9cH3yYuWh-ldd-8amphl=pt-

BRampsa=Xampved=0ahUKEwj_yPbgsoTKAhUGDpAKHZTrCWEQ6AEIPDADv=onepag

eampqampf=false gt

SCIENCIA I Certificaccedilatildeo GLOBALGAP e impactos ambientais em agroinduacutestrias de

alimentos Dissertaccedilatildeo de Poacutes-Graduaccedilatildeo Araraquara SP 2010 lt

mlthttpwwwecoecoorgbrconteudopublicacoesencontrosvii_envii_enc_ecohtm

gt

SIMAtildeO S Manual de Fruticultura Satildeo Paulo Editora Agronocircmica Ceres 1971

530p p 147-169

SINGER P MASON J Eacutetica da alimentaccedilatildeo como nossos haacutebitos alimentares

influenciam o meio ambiente e o nosso bem estar Rio de Janeiro Elsevier 2007

SOARES H F ITO M K O AacuteCIDO GRAXO MONOINSATURADO DO ABACATE

NO CONTROLE DE DISLIPIDEMIAS Ver Ciecircnc Meacuted Campinas P 47-51 2000

55

DISPONIacuteVEL EM lt httpperiodicospuc-

campinasedubrseerindexphpcienciasmedicasarticleviewFile13301304 gt

TEIXEIRA C G Cultura In ITAL ndash INSTITUTO DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS

(Campinas) Abacate Cultura mateacuteria-prima processamento e aspectos

econocircmicos 2 Ed Campinas Instituto Campineiro de Ensino Agriacutecola 1995 Cap 1

p 1-54 (Frutas Tropicais)

TEIXEIRA C G Cultura do abacate In TEIXEIRA C G et al ABACATE cultura

mateacuteria prima processamento e aspectos econocircmicos 2deg ed Seacuterie Fruas Tropicais

ndeg8 ITAL Campinas 1991 250p

WATANABE H S Caracteriacutesticas de cultivares de abacate CEAGESPS ndash

Companhia de Entrepostos e Armazeacutens Gerais de Satildeo Paulo 2013

WOLFENBARGER D O COLBURN B The Stenoma catenifer a serious Avocado

pest Proceedings of Florida State Horticulture Society v 92 p 315-318 1979

ZEIDAN R SEIXAS P ABRANCHES L COSTA D MEIRELLES F Certificaccedilatildeo

na cadeia produtiva de alimentos e as barreiras teacutecnicas agrave exportaccedilatildeo Simpoacutesio de

excelecircncia e gestatildeo e tecnologia ndash SEGeT 2008 Resende

Page 34: EVOLUÇÃO DA PRODUÇÃO MUNDIAL E NACIONAL …...RESUMO O abacateiro, Persea americana, é uma cultura muito importante em vários países, devido ao volume comercializado da fruta

34

Figura 7 - Evoluccedilatildeo do volume de abacate exportado pelo brasil (2003 a 2014) Elaborado pelo autor com dados DO ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE AGRICULTURA DE 2004 a 2015 (IBGE)

Figura 8 - Receita com exportaccedilatildeo brasileira de abacate (2003 a 2014) Elaborado pelo autor com dado do ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE AGRICULTURA DE 2004 a 2015 (IBGE)

O volume de abacate exportado pelo Brasil vem crescendo nos uacuteltimos anos

revelando assim a importacircncia do setor para o paiacutes A variaccedilatildeo do volume

exportado de 2008 para 2009 foi de 6282 jaacute de 2009 para 2010 a exportaccedilatildeo

sofreu uma queda de 793 Em 2014 houve um aumento de 3462 no setor em

relaccedilatildeo ao ano anterior (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE FRUTICULTURA) A receita

-

100000

200000

300000

400000

500000

600000

700000

20

03

20

04

20

05

20

06

20

07

20

08

20

09

20

10

20

11

20

12

20

13

20

14

EVOLUCcedilAtildeO DO VOLUME DE ABACATE EXPORTADO PELO BRASIL (2003 a 2014)

VOLUME EXPORTADO (t)

-

20000000

40000000

60000000

80000000

100000000

120000000

20

03

20

04

20

05

20

06

20

07

20

08

20

09

20

10

20

11

20

12

20

13

20

14

RECEITA COM EXPORTACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ABACATE (2003 a 2014)

RECEITA (em USS FOB)

35

obtida a partir da exportaccedilatildeo do abacate tambeacutem acompanha os iacutendices de

crescimento

A Aacutefrica do Sul um dos principais concorrentes do Brasil no setor de

exportaccedilatildeo do Avocado eacute reconhecida por exportar material de alta qualidade para

Europa onde possui escritoacuterios contudo sua produccedilatildeo estaacute estagnada A Westfalia

eacute uma empresa sem fins lucrativos produtora de Avocado na Aacutefrica do Sul

responsaacutevel por desenvolver o mercado de Avocado no paiacutes e investe fortemente

em tecnologia o que colaborou para a atual situaccedilatildeo da Aacutefrica do Sul no setor de

exportaccedilatildeo de Avocado (CARVALHO 2015)

ABACATE NO BRASIL

O Brasil favorecido quando comparado com outros paiacuteses produtores devido

agrave suas dimensotildees continentais o que lhe possibilita ampla variaccedilatildeo de temperaturas

e solos estes fator unido agraves caracteriacutesticas individuais de cada variedade como por

exemplo sazonalidade e exigecircncias nutricionais e de horas de luz Contudo apesar

da aacuterea destinada agrave produccedilatildeo do abacate no Brasil ter reduzido passando de

11605 ha em 2005 para 9559 ha em 2014 reduccedilatildeo de 176 a produccedilatildeo natildeo foi

tatildeo alterada o que evidencia a possibilidade de um aumento na produtividade destas

aacutereas

Atualmente o Brasil ocupa a oitava posiccedilatildeo no ranking global do setor de

produccedilatildeo de abacate E apesar de possuir crescente produtividade o paiacutes ainda

possui excelente potencial produtor e tambeacutem como exportador da fruta Para

aproveitar melhor esse potencial deveriam ser feitos mais investimentos tanto no

que se refere agrave produccedilatildeo como por exemplo melhoramento geneacutetico e adoccedilatildeo de

protocolos de boas praacuteticas agriacutecolas para a obtenccedilatildeo de certificaccedilatildeo quanto no

setor de comercializaccedilatildeo desenvolvendo elevado padratildeo de qualidade da fruta

A tabela a seguir (TABELA 4) apresenta a aacuterea destinada agrave colheita de todas

as variedades de abacate nos principais produtores de abacate e o Distrito Federal

TABELA 4 - Aacuterea destinada agrave colheita (em ha) Elaborada pelo autor

DADOS (IBGE-SIDRA)

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Brasil 11605 10515 9892 9596 8509 11125 10768 9615 9707 9559

Satildeo Paulo 4266 3688 3583 3437 3267 5530 5642 4192 4374 4337

36

Minas Gerais 2865 2254 2326 2223 1854 2202 2134 2309 2416 2373

Paranaacute 1492 1467 1306 1009 1085 1000 944 922 958 930

Cearaacute 493 475 498 497 490 484 477 480 483 498

Rio Grande do Sul 626 619 613 602 584 575 552 499 470 444

Distrito Federal 119 122 109 124 108 111 - 295 160 134

A tabela 5 abaixo apresenta a produccedilatildeo de todas as variedades de abacate

em toneladas dos uacuteltimos 10 anos para os principais estados produtores e o Distrito

Federal

TABELA 5 - Produccedilatildeo nacional de abacate em 10 anos (em t) Elaborada pelo

autor FONTE (IBGESIDRA)

UFANO 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Brasil 169335 164441 154096 147214 139089 153189 160376 159903 157482 156669 1000

Satildeo Paulo 77107 78085 70812 69904 74193 83002 91909 82780 85101 79316 506

Minas Gerais 38777 32812 33436 28016 24772 28522 30975 36669 36571 41259 263

Paranaacute 22265 22575 20425 16537 15919 15824 17304 16705 16309 15784 101

Rio Grande do Sul

8167 7905 7804 7602 6824 6769 6907 5719 5584 5277 34

Cearaacute 5202 4231 4706 4520 4336 4163 3985 2717 2640 3637 23

Distrito Federal 2596 3081 2690 3019 2666 2415 - 6914 3152 3151 20

Em 2014 a aacuterea destinada agrave colheita do abacate no estado do Cearaacute era

superior agrave aacuterea do Rio Grande do Sul contudo a produccedilatildeo no estado do Cearaacute no

mesmo ano foi de 3637 t enquanto que a produccedilatildeo do Rio Grande do Sul foi de

5277 45 maior reforccedilando assim a ideia de que a produtividade no Sul pode ser

maior em relaccedilatildeo agrave regiatildeo Nordeste Este fator pode ser decorrente do uso de

cultivares inadequadas para as condiccedilotildees climaacuteticas da regiatildeo eou pela falta de

adoccedilatildeo de tecnologias modernas e teacutecnicas avanccediladas de produccedilatildeo

No Distrito Federal a produccedilatildeo cresceu 21 nos uacuteltimos 10 anos e hoje

representa 2 da produccedilatildeo nacional Por outro lado Satildeo Paulo que lidera o ranking

com 506 de toda a produccedilatildeo obteve crescimento de apenas 286 Jaacute a

produccedilatildeo do Paranaacute sofreu uma reduccedilatildeo de -291 neste mesmo periacuteodo poreacutem

manteve-se como quarto produtor nacional de abacate Os estados do Cearaacute e Rio

Grande do Sul tambeacutem reduziram sua produtividade nos uacuteltimos 10 anos

acompanhando a reduccedilatildeo nacional que reduziu -74

37

A variaccedilatildeo da produtividade de todas as variedades de abacate dos principais

estados produtores de abacate do Brasil eacute apresentada na TABELA 6 a seguir

TABELA 6 - Variaccedilatildeo (em) da produtividade (t) no Brasil em 10 anos

Elaborada pelo autor FONTE (IBGESIDRA)

VARIACcedilAtildeO () DA PRODUTIVIDADE (t) EM 10 ANOS

ESTADOANO 2005 2014 VARIACcedilAtildeO

PAIacuteS 146 164 123

SAtildeO PAULO 181 183 11

MINAS GERAIS 135 174 289

PARANAacute 149 17 141

RIO GRANDE DO SUL 13 119 -85

CEARAacute 106 73 -311

DISTRITO FEDERAL 218 235 78

De acordo com os dados do IBGE Satildeo Paulo eacute o maior produtor de abacate

do paiacutes Dentre as variedades mais produzidas no estado de Satildeo Paulo estatildeo

bdquoFortuna‟ bdquoGeada‟ bdquoQuintal‟ e bdquoMargarida‟ (DORIZZOTTO 2011)

Abaixo segue TABELA 11 contendo os nuacutemeros de plantas novas e o

nuacutemero de plantas em produccedilatildeo bem como a produccedilatildeo (caixas de 22Kg) no estado

de Satildeo Paulo ao longo de 15 anos

TABELA 7 - Quantidade de peacutes novos peacutes em produccedilatildeo e produccedilatildeo (cx 22kg)

no estado de Satildeo Paulo entre 2000 e 2015 Elaborada pelo autor FONTE

INSTITUTO DE ECONOMIA AGRIacuteCOLA

ANO PEacuteS

NOVOS PEacuteS EM

PRODUCcedilAtildeO

2000 4859400 66157100

2001 4617700 62883700

2002 4742500 55421300

2003 6095000 49740300

2004 5969500 48339500

2005 5131100 46596200

2006 5325600 45869000

2007 3412800 47668000

2008 5007100 40617400

2009 12068600 49971400

2010 8190000 53239000

38

2011 6904500 54780100

2012 7704100 51341600

2013 7002100 59149400

2014 8419800 60996100

2015 9040200 67073800

O graacutefico abaixo apresenta a curva da produtividade obtida a partir da relaccedilatildeo

feita entre a produccedilatildeo e a quantidade de peacutes em produccedilatildeo no estado de Satildeo Paulo

Figura 9 - Produtividade (kgplanta) no estado de Satildeo Paulo desde 2000 elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE ECONOMIA AGRIacuteCOLA

Os dados foram obtidos a partir da relaccedilatildeo feita entre a quantidade de planta

em produccedilatildeo e a quantidade de caixas de 22 Kg produzidas no estado de Satildeo Paulo

desde 2000 Esses dados revelam crescente aumento da produtividade ateacute o ano de

2010 onde a produtividade ultrapassou 168 Kgplanta Jaacute em relaccedilatildeo ao ano de

2011 a produtividade sofreu uma reduccedilatildeo de 10 Depois disso a curva de

produtividade continuou ascendente

A seguinte tabela apresenta a evoluccedilatildeo do preccedilo do abacate comercializado

na CEAGESP durante o ano no periacuteodo de nove anos

90

110

130

150

170

190

20

00

20

01

20

02

20

03

20

04

20

05

20

06

20

07

20

08

20

09

20

10

20

11

20

12

20

13

20

14

20

15

PRODUTIVIDADE DOS PEacuteS DE ABACATE (Kgplanta) EM SP

PRODUTIVIDADE

39

TABELA 8 - Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio (em R$Kg) do abacate FONTE

CEAGESP 2008

ANOMEcircS JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

2007 105 101 1 118 107 109 129 151 159 181 228 279

2008 119 081 084 097 102 11 122 137 149 208 296 326

2009 169 122 132 133 141 141 152 177 217 213 212 235

2010 17 161 165 154 151 151 164 173 202 262 406 316

2011 185 182 183 203 186 204 231 278 308 317 359 369

2012 207 155 151 141 153 164 192 218 242 268 429 485

2013 263 209 216 215 244 265 258 304 347 403 566 498

2014 228 206 231 239 198 2 256 267 301 305 403 538

2015 406 403 386 349 367 397 394 43 - - - -

O graacutefico a seguir resume o comportamento da quantidade de peacutes novos e

em produccedilatildeo no estado de Satildeo Paulo desde o ano 2000

Figura 10 - Evoluccedilatildeo do nuacutemeros de peacutes novos e em produccedilatildeo ao longo de 15 anos no estado de Satildeo Paulo elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE

ECONOMIA AGRIacuteCOLA

A produccedilatildeo (em caixas de 22 Kg) eacute demonstrada no graacutefico abaixo para esse

mesmo periacuteodo

000

10000000

20000000

30000000

40000000

50000000

60000000

70000000

80000000

20002002200420062008201020122014

EVOLUCcedilAtildeO DOS DADOS DO ABACATE EM SAtildeO PAULO

PEacuteS NOVOS

PEacuteS EM PRODUCcedilAtildeO

40

Figura 11 - Evoluccedilatildeo da produccedilatildeo de abacate em caixas de 22kg no estado de Satildeo Paulo em 15 anos elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE

ECONOMIA AGRIacuteCOLA

A sazonalidade do abacate comercial na CEAGESP em Satildeo Paulo

demonstram que o abacate pode ser comercializado praticamente todas as eacutepocas

do ano como apresentado pela tabela

TABELA 9 - Sazonalidade do abacate FONTE CEAGESP 2008

VARIEDADE JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

GEADA X X X X X

FORTUNA X X X X X X X

QUINTAL X X X X X X X

MARGARIDA X X X X X X X X X X

BREDA X X X X X X X X

HASS X X X X X X X X

O Estado de Minas Gerais eacute o segundo maior produtor nacional de abacate

participando do setor com 229 do total produzido A aacuterea no Estado destinada agrave

produccedilatildeo da fruta foi de 23 mil ha A produtividade do estado de Minas em 2012 foi

de 15881 (hgha) (PERFIL DA FRUTA) A produccedilatildeo de abacate no Distrito Federal

em 2013 foi de 3152 toneladas (IBGE) Em Minas a produccedilatildeo concentra-se nas

regiotildees Sul e Sudeste do estado (ALMEIDA 2013)

200000000

250000000

300000000

350000000

400000000

450000000

500000000

550000000

20002002200420062008201020122014

EVOLUCcedilAtildeO NA PRODUCcedilAtildeO DE ABACATE EM SAtildeO PAULO (22Kgcx)

PRODUCcedilAtildeO CX 22Kg

41

Em 2003 o Paranaacute foi o terceiro maior produtor nacional de abacate com uma

aacuterea de aproximadamente 1600ha onde se produziu 26 mil toneladas gerando uma

receita de cerca de R$ 85 milhotildees (HOHMANN amp MENEGUIM 2005)

De acordo com a relaccedilatildeo feita entre os dados de volume de abacate colhido e

de aacuterea destinada agrave produccedilatildeo do IBGESIDRA em 10 anos (2005 agrave 2014) o estado

que sofreu maior reduccedilatildeo da produtividade foi o estado do CEARAacute reduzindo em

31 aproximadamente enquanto que o estado de minas aumentou 289 sua

produtividade O DF apresentou os melhores niacuteveis de produtividade a partir desses

dados

AVOCADO NO BRASIL

A regiatildeo de Bauru em Satildeo Paulo especializou-se na produccedilatildeo dos abacates

‟Hass‟ e bdquoFuerte‟ conhecidos comercialmente como Avocado e satildeo os mais

apreciados pelo mercado internacional (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA

FRUTICULTURA 2008)

O Avocado variedades ‟Hass‟ e bdquoFuerte‟ possui excelentes caracteriacutesticas

nutricionais como por exemplo seu alto teor de lipiacutedeos Aleacutem disso o fruto possui

tamanho reduzido o que facilita o consumo evitando que parte natildeo consumida seja

armazenada Uma das possibilidades de se estimular o consumo interno seria

promover o produto a partir do uso de marketing setor no qual a empresa

JAGUACYR situada no municiacutepio de Bauru ndash SP tem se destacado fornecendo

informaccedilotildees nutricionais e apresentando o alto padratildeo de qualidade da fruta Outro

fator que reduz a oferta do produto no mercado interno eacute a demanda internacional

apesar de impor barreiras e exigirem alto padratildeo de qualidade o produto de

qualidade recebe os melhores preccedilos este fator tambeacutem limita o consumo interno

porque o preccedilo oferecido pelos importadores reflete no preccedilo interno

Outro ponto que deve ser observado para se manter qualidade elevada dos

frutos eacute a escolha adequada do ponto de colheita pois este fator reflete diretamente

no teor de oacuteleo dos frutos que por sua vez eacute responsaacutevel pela conservaccedilatildeo do

sabor Os melhores teores de oacuteleo encontram-se em frutos tardios como nas

variedades obtidas a partir das raccedilas Guatemalenses e Mexicana sendo maior nas

raccedilas Mexicana e menor em cultivares oriunda de raccedilas Guatemalenses como por

exemplo a bdquoHass‟

42

A exportaccedilatildeo brasileira do abacate bdquoHass‟ variedade mais produzida no

mundo era de 100 toneladas por ha em 2004 para 2186 toneladas em 2010

(DORIZZOTTO 2011) Contudo este dado representa apenas 143 do volume de

todo o abacate produzido no paiacutes nesta mesma data mesmo com seus atributos

nutricionais e comerciais

Quando se trata do segmento do mercado do Avocado brasileiro em acircmbito

global a empresa JAGUACYR situada no municiacutepio de Bauru ndash SP com sede na

Holanda eacute de extrema relevacircncia contribuindo com 90 das exportaccedilotildees brasileiras

deste produto com o qual o Brasil ainda comeccedila a participar poreacutem possui

condiccedilotildees favoraacuteveis para crescer no setor (CARVALHO 2015)

O graacutefico a seguir apresentado na Figura 2 demonstra a evoluccedilatildeo da

participaccedilatildeo do Avocado no setor de fruticultura no estado de Satildeo Paulo

Figura 12 - Elaborado pelo autor FONTE CEAGESPSEDES GABRIEL V BITENCOURT DE ALMEIDA

Como apresentado no graacutefico acima o volume de Avocado comercializado na

CEAGESP tem crescido rapidamente vertiginosamente chegando a quase

quadruplicar seu valor em apenas 7 anos

Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio de atacado (R$Kg) de Avocado na CEAGESP de

Satildeo Paulo durante o ano (SP) (Figura 3)

81 74 90

106 133

208

365 378

0

50

100

150

200

250

300

350

400

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

EVOLUCcedilAtildeO DA QUANTIDADE COMERCIALIZADA (T) DE AVOCADO NA CEAGESP DE SAtildeO PAULO (SP)

QUANTIDADE(toneladas)

43

Figura 13 - Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio do avocado na CEAGESP (R$Kg) Elaborado pelo autor FONTES CEAGESP

O graacutefico a seguir demonstra um comparativo da variaccedilatildeo do preccedilo meacutedio do

abacate em relaccedilatildeo ao Avocado durante o ano com base nos dados de nove anos

da CEAGESP (R$Kg)

Figura 14 - Comparativo do preccedilo meacutedio do abacate e do avocado comercializado na ceagesp durante o ano elaborado pelo autor FONTE

CEAGESP

A partir dos dados de 7 anos com a variaccedilatildeo do preccedilo meacutedio do Avocado por

quilo durante o ano pocircde-se observar que os menores valores encontram-se entre

maio e agosto A variaccedilatildeo de preccedilo meacutedio durante o ano chega a ser de R$ 581 o

quilo mais que o dobro entre o maior e menor valor meacutedio encontrado

O graacutefico com o comparativo do preccedilo do abacate com o Avocado (Figura 11)

revela a discrepacircncia da valorizaccedilatildeo entre os dois grupos O valor miacutenimo do

4

6

8

10

12

jan

fev

mar

abr

mai

jun jul

ago

set

ou

t

no

v

dez

EVOLUCcedilAtildeO DO PRECcedilO MEacuteDIO DO AVOCADO NA CEAGESP (R$Kg)

PRECcedilO MEacuteDIO

0

2

4

6

8

10

12

JAN

FEV

MA

R

AB

R

MA

I

JUN

JUL

AG

O

SET

OU

T

NO

V

DEZ

PRECcedilO AVOCADO

PRECcedilO DO ABACATE

44

Avocado eacute de R$ 554 por quilo enquanto que o maior valor encontrado do abacate

chega a R$ 381 uma diferenccedila de quase 50

O CEASA-DF registrou em 2014 um volume comercializado de 397 toneladas

de Avocado enquanto que no ano anterior o volume registrado natildeo passou de 07

toneladas (CEASA-DF)

Apesar de jaacute haver teacutecnicas eficientes e tecnologias modernas disponiacuteveis

para se aperfeiccediloar a produccedilatildeo do abacate a exploraccedilatildeo de novas regiotildees com

potencial produtor para a implantaccedilatildeo de pomares de abacateiro no Brasil eacute um dos

fatores que podem aumentar mais ainda a produccedilatildeo nacional No DF por exemplo

a aacuterea destinada agrave colheita do abacate sofreu uma reduccedilatildeo de mais da metade de

2012 para 2014 muito diferente da forma como havia se comportando desde 2000

quando a aacuterea passou de 85 ha para 111 em 2010 O DF representa apenas 2 da

produccedilatildeo nacional do abacate contudo sua produtividade vem aumentando e de

acordo com os dados do IBGE o DF possui os melhores iacutendices de produtividade do

paiacutes o que pode representar forte potencial da regiatildeo no setor Este fato corrobora

com a ideia de que o Brasil pode aproveitar melhor sua extensatildeo territorial

explorando regiotildees com potencial produtor como o DF por exemplo

CERTIFICACcedilAtildeO

CARVALHO (2015) afirma que para participar do mercado internacional os

produtores devem se atentar agraves exigecircncias internacionais de qualidade e seguranccedila

garantidas por meio de certificaccedilatildeo como GlobalGapR BRCR BRCIR FAIRDRADER

e SEDEX-SMETAR Outro ponto que deve ser adotado pelo Brasil no comeacutercio do

Avocado eacute manter um mercado com preccedilo linear e contiacutenuo Ainda segundo

CARVALHO (2015) produtores que natildeo possuem certificaccedilatildeo no GlobalgapR

recebem menos 10

PRECcedilO PAGO PELA JAGUACYR AO PRODUTOR COM GLOBALGAPR

TABELA 10 - (CARVALHO 2015)

CAT CALIBRE MAR ABR MAI JUN

1 12 A 24 315 322 205 205

2 26 A 32 131 129 130 130

2 12 A 24 284 350 187 187

45

Para o consumidor final o selo GLOBALGAPR natildeo eacute tatildeo notado pois o uso

desta marca eacute praticado entre empresas Contudo sua em sua elaboraccedilatildeo

considerou-se a reduccedilatildeo dos impactos negativos das operaccedilotildees agriacutecolas no meio

ambiente reduzir o uso de insumos quiacutemicos e garantir que assuntos de sauacutede e

seguranccedila dos empregados e bem estar animal sejam observados (GLOBALGAPR

2008)

A GLOBALGAPR serve como um manual no comeacutercio mundial de produtos

agriacutecolas estabelecendo normas voluntaacuterias para sua certificaccedilatildeo Este conjunto de

normas estabelece serve de molde para a conduccedilatildeo de boas praacuteticas agriacutecolas

(BPA) nas atividades agriacutecolas (GLOBALGAPR 2008)

Um dos pontos positivos em se adotar os protocolos de boas praacuteticas

agriacutecolas eacute a prevenccedilatildeo de perdas Pesquisas feitas no setor da fruticultura

concluem que maior parte do desperdiacutecio ocorre no percurso que vai do manuseio

no campo ateacute as centrais de produccedilatildeo (AGRIANUAL 2012) Os iacutendices de perdas da

abaticultura chegam a 34 ao ano (AGRIANUAL 2015)

Eacute de extrema importacircncia desenvolver soacutelidos e eficientes sistemas de

certificaccedilatildeo a fim de assegurar qualidade que atenda as expectativas dos

consumidores permitindo que as empresas ingressem nos mercados globais com

seus produtos (ZEIDAN et al 2008)

A difusatildeo de praacuteticas recomendadas para a obtenccedilatildeo da certificaccedilatildeo

GLOBALGAPR por parte dos produtores de abacate principalmente as variedades

bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ pode estimular o consumo interno por meio da oferta de produtos

de maior qualidade aleacutem de reduzindo perdas e promover o produto no comeacutercio

internacional da fruta Fazendo com que o potencial produtor seja aproveitado ao

maacuteximo uma vez que seguir os protocolos de boas praacuteticas agriacutecolas represente a

reduccedilatildeo de perdas no processo de produccedilatildeo de colheita e de transporte seja por

meio da reduccedilatildeo da incidecircncia de pragas ou por adoccedilatildeo de teacutecnicas e evitem perdas

na conduccedilatildeo da produccedilatildeo dos pomares de abacate

CONCLUSOtildeES

A produccedilatildeo de Avocado cultivares bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ superiores em vaacuterios

aspectos agraves cultivares mais populares no paiacutes tem condiccedilotildees de se desenvolver

amplamente no Brasil tornando-o grande consumidor e exportador da fruta Essa

46

mudanccedila pode ocorrer por meio de incentivos governamentais que incentivem o

registro de produtos para a cultura do abacateiro favorecendo a obtenccedilatildeo de

certificaccedilatildeo bem como o desenvolvimento de centros de pesquisas que

desenvolvam estudos sobre a cultura do abacateiro que promovam a difusatildeo de

tecnologia e com isso estimule a utilizaccedilatildeo de novas aacutereas com potencial produtivo

A transferecircncia de tecnologia tambeacutem pode ser feita por parte de empresas da aacuterea

privada que possuem domiacutenio de teacutecnicas e tecnologias modernas principalmente

por meio da popularizaccedilatildeo da produccedilatildeo de mudas clonais para porta-enxerto Aleacutem

disso devem ser feitas accedilotildees por parte de instituiccedilotildees privadas como o

desenvolvimento do marketing da fruta a fim de divulgar os benefiacutecios do consumo

e a exposiccedilatildeo de novas formas de consumo de abacate pode ser crucial para a

mudanccedila do comportamento do consumidor nacional uma vez que este se atenta

principalmente aos aspectos visuais do abacate

Na poacutes-colheita o controle sobre os processos de maturaccedilatildeo poderia ser

mais bem aproveitado No Brasil a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas de conservaccedilatildeo no poacutes-

colheita de frutas objetiva na maioria das vezes estender o tempo de prateleira

destes produtos Para se aproveitar os elevados preccedilos ofertados em determinadas

eacutepocas os produtores colhem os frutos antes do recomendado para a fruta do

abacateiro o que reduz sua qualidade pois a eacutepoca da colheita influencia

diretamente no teor de oacuteleo fator altamente relacionado com o sabor da fruta Por

outro lado a aceleraccedilatildeo do processo de maturaccedilatildeo por meio do controle de

maturaccedilatildeo permite fornecimento de frutos maduros prontos para o consumo

estimulando assim o consumo no paiacutes Com a entrega regular de frutos maduros

nos supermercados e restaurantes novas formas de consumo da fruta como patecircs

e em saladas poderiam ser facilmente introduzidas no cardaacutepio nacional

47

BIBLIOGRAFIA

ALMEIDA G V B Mercado Atacadista de Abacate e Avocado (CEAGESP) III

Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado Bauru 2015

ALMEIDA G V B O Abacate no mundo e na CEAGESP Todafruta notiacutecia 2011

DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwtodafrutacombrnoticia28119O+ABACATE+NO+MUNDO+NO+BRASIL

+E+NA+CEAGESP gt

ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA FRUTICULTURA 2004 a 2015 DISPONIacuteVEL EM

httpwwwgrupogazcombrtratadaseo_edicao420150320150301_106c8c2f1pdf

4718_2015fruticulturapdfgt

BIODIESELBR DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwbiodieselbrcomnoticiasmateria-

primaoutrasvideo-unesp-transforma-oleo-abacate-biodiesel-060313htm gt

BONELLA J A Classificaccedilatildeo de abacates na CEAGESP Joseacute Alcides Bonella ME

2013

BRUWER T ROOYEN Z VAN PERFORMANCE AND MARKET ACCEPTIBILITY

OF THE HASS-LIKE CULTIVARS GEM AND HARVEST IN SOUTH AFRICA Vi

World Avocado Congress (Actas VI Confreso Mundial del Aguacate) 2007 Vintildea Del

Mar Chile 12 ndash 16 nov 2007 ISBN n 978-956-17-0413-8 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwAvocadosourcecomWAC6enExtenso1b-36pdf gt

CAMPOS J A Cultura racional do abacateiro Satildeo Paulo Iacutecone 1988 150 p

CANTUAacuteRIAS-AVILEacuteS T SILVA S R La induacutestria del aguacate em el Estado de

Satildeo Paulo Brasil actualidad y perspectivas futuras In CONGRESO MUNDIAL DEL

AGUACATE 7 2011 Caims Resuacutemenes Caims Avocado Australia 2011

48

CORREIA R C ARAUJO J L P MOUCO M A do C BRAGA C A

MENDONCcedilA R F de Abacate preferecircncias e mercado CONGRESSO

BRASILEIRO DE FRUTICULTURA 21 2010 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwalicecnptiaembrapabralicebitstreamdoc8700181Moucopdf gt

CARVALHO L F Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado realizaccedilatildeo Jaguacy

Sindicato Rural de Bauru Serviccedilo Nacional de Aprendizagem Rural - SENAR

Faculdades Integradas de Bauru ndash SP 2015

CHITARRA M I F CHITARA A B 2005 Poacutes colheita de frutos e hortaliccedilas

Fiiologia e Manuseio Lavras ESALFAEPE

CRANE J H BALERDI C F MAGUIRE I Avocado Growing in the Florida Home

Landscape University of Florida Circular 1034 one of a series of the Horticultural

Sciences Department Florida Cooperative Extension Service Institute of Food and

Agricultural Sciences University of Florida 1983 Revised 2007

CRIZEL G R MOURA R S OLIVEIRA I R MENDONCcedilA C R B

Caracteriacutesticas fiacutesicas e quiacutemicas de abacates das variedades bdquoQuintal‟ e bdquoHass‟ In

CONGRESSO DE INICIACcedilAtildeO CIENTIacuteFICA 17 ENCONTRO DE POacuteS-

GRADUACcedilAtildeO 10 2008 Pelotas Resumos Pelotas UFPEL 2008

DAIUTO E R VIEITES R L TREMOCOLDI M A RUSSO V C Taxa

respiratoacuteria de abacate bdquoHass‟ submetido a diferentes tratamentos fiacutesicos Revista

Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha Meacutexico v 10 n 2 p 101-109

2010

DAIUTO E R TREMOCOLDI M A VIEITES R L Conservaccedilatildeo poacutes colheita de

abacate bdquoHass‟ irradiado Revista Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha vol

10 n 2 2010

DONADIO L C Abacate para exportaccedilatildeo aspectos teacutecnicos da produccedilatildeo

Brasiacutelia Frupex MAPA 1995 53 p

49

DONADIO L C FERRARI L AVILEacuteS T C Abacate In DONADIO L C (Ed)

Histoacuteria da Fruticultura Paulista Jaboticabal SBF ndash Sociedade Brasileira de

Fruticultura 2010 P 33-63

DORIZZOTTO C D A SAMPAIO A C ICUMA I M et al Avocado production

chain in the state of Satildeo Paulo (Brazil) In Proceedings VII World Avocado Congress

2011 Cairns Anaishellip Cairns Internacional Avocado Society 2011 DISPONIacuteVEL

EM lt

httpworldAvocadocongress2011comuserfilesfileOsvaldo20Kioshi20Yamanis

hi201400-1420pdf gt

ERNST Z R ERNST A A The strategic role of new cultivars A case study of

bdquoMaluma‟ VIII Congreso Mundial de la Palta 2015 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwavocadosourcecomWAC8Section_02EarnstZander2015pdf gt

FACTFISH Avocados production quantity (tons) ndash for all countries DISPONIacuteVEL

EM lt httpwwwfactfishcomstatisticAvocados20production20quantity gt

FAOSTAT 2000 a 2013 DISPONIacuteVEL EM lt httpfaostat3faoorgbrowseTTPE gt

FER B WOLSTENHOLME B N (Ed) The Avocado botany production and

uses Oxon CABI Publ 2002 chap 12 p 299-338

FRANCISCO V L F dos S BAPTISTELLA C S L CULTURA DO ABACATE NO

ESTADO DE SAtildeO PAULO Informaccedilotildees Econocircmicas SP v 35 n5 2005

DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwieaspgovbroutpublicacoespdftec3-0505pdf gt

GAYET J P et al 1995 Abacate para exportaccedilatildeo procedimentos de colheita e

poacutes-colheita FRUPEX Brasiacutelia 37p

GIRARDI G Abacate uma nova opccedilatildeo de biocombustiacutevel Jornal UNESP Bauru

2009 DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwunespbracijornal248energia_bauruphp gt

50

GUEDES M S B SENA M TOLEDO S Certificaccedilatildeo como estrateacutegia competitiva

internacional dos produtores de frutas no Brasil VII Encontro da Sociedade

Brasileira de Economia Ecoloacutegica (ECO-ECO) 28 a 30 de novembro de 2007

Fortaleza Cearaacute

HODDLE M The Avocado Seed Moth Stenoma cateniver Walsingham (Lepdoptera

Elachistidae) Department of Entomology Applied Biological Control Research

DISPONIacuteVEL EM lt httpbiocontrolucredustenomastenomahtml gt

HOHMANN C L MENEGUIM A M A BROCA-DO-ABACATE (Stenoma catenifer)

Aspectos bioloacutegicos comportamento danos e manejo Instituto Agronocircmico do

Paranaacute ndash Londrina ndashPR Informe da Pesquisa n 147 2005

HOHMANN C L MENEGUIM A M Observaccedilotildees preliminares sobre a ocorrecircncia

da broca-do-abacate Stenoma catenifer Wals no Estado do Paranaacute Anais da

Sociedade Entomoloacutegica do Brasil v 22 p 417-419 1993

ILLSLEY-GRANICH C‟Hass‟Carmenrega precocious flowering avocado tree

Agrovim AS de CV Uruapan Michocan Mexico Rob Brokaw Brokaw Nursery Inc

Saticoy California USA Dr Salvador Ochoa-Ascencio University of Michoacan

Uruapan Michoacan Mexico 2011 DISPONIacuteVEL EM lt

httpworldavocadocongress2011comuserfilesfileCarlos20Illsley201410-

1430pdf gt

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA ESTATIacuteSTICA (IBGE) IBGE CIDADES

DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwcidadesibgegovbrcartogramamapaphplang=ampcoduf=53ampcodmun=53

0010ampidtema=136ampcodv=v01ampsearch=distrito-federal|brasilia|sintese-das-

informacoes-2013 gt

KADER A A 1992 Postharvest technology of horticultural crops Okland Univertisy

of California 292p

51

KADER A A ARPIA M L Avocado Recommendations for Maintaining

Postharvest Quality 2013

KADER A A Biologiacutea y Tecnologiacutea Postcosecha un Panorama In KADER A A

Tecnologiacutea Postcosecha de Cultivos Hortofrutiacutecolas 3 Ed Davis University Of

Califoacuternia 2007 Cap 4 p 43-53

KLUGE R A et al Inibiccedilatildeo do amadurecimento de abacate com 1-

metilciclopropeno Pesquisa Agropecuaacuteria Brasileira 37(7)895-901

KOOLER O C Abacaticultura Porto Alegre UFRGS 1992 138p

KOOLER O C ABACATICULTURA Porto Alegre UFRGS 1984 138p

KOLLER O C Abacate produccedilatildeo de mudas instalaccedilatildeo e manejo de pomares

colheita e poacutes-colheita Porto Alegre Cinco Continentes 2002 145 p

KREMER-KOumlHNE S KOumlHNE J S 25 YEARS OF AVOCADO ROOTSTOCK

DEVELOPMENT IN SOUTH AFRICA VI World Avocado Congress Chile 2007

DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwavocadosourcecomWAC6enExtenso1a-8pdf gt

LIPPERT C ALLAMAND M (WESTFALIASUBSOLE) A hystory of

collaboration Rev Subsole Santiago 2007

MAIS NATUREZA ABACATEIRO DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwmaisnaturezacomplantasarvoresabacateiro gt

MARANCA G Fruticultura comercial Manga e Abacate Satildeo Paulo Nobel 1980

p 81-133

MASSAFERA G COSTA T M B OLIVEIRA J E D COMPOSICcedilAtildeO DE AacuteCIDOS

GRAXOS DO OacuteLEO DO MESOCARPO E DA SEMENTE DE CULTIVARES DE

ABACATE (Persea americana MILL) DA REGIAtildeO DE RIBEIRAtildeO PRETO SP)

52

Alim Nutr Araraquara V 21 n 2 p 325-331 abrjun 2010 DISPONIacuteVEL EM lt

http20014571150seerindexphpalimentosarticleview940a20v21n2pdf gt

MDIC Negociaccedilotildees internacionais DISPONIacuteVEL EM

httpwwwdesenvolvimentogovbrsitiosecexnegInternacionaisMedTerrorismoLei

ph p gt

MICKELBART M V BENDER G S WITNEY G W ADAMS C ARPAIA M L

Effects of clonal rootstocks on bdquoHass‟ avocado yield components alternate bearing

and nutrition Journal of Horticultural Schience amp Biotechnology Ashford v 82

n 3 p 460-466 2007

MILLER B BERTELS R PADILLA T WILEMAN R THOMSEN L China the

new frontier VIII World Avocado Congress 2015

MONTENEGRO H W S A cultura do abacateiro Satildeo Paulo Melhoramentos

1951 102p (Criaccedilatildeo e Lavoura n 11)

MORAES A F G Desenvolvimento produccedilatildeo e qualidade de frutos de abacateiro

cv bdquoHass‟ sobre dois porta-enxertos nas condiccedilotildees edafoclimaacuteticas da regiatildeo central

do Estado de Satildeo Paulo Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Ciecircncias Piracicaba 2014

NAAMANI G Global Trends in main Avocado Markets VII World Avocado

Congress Australia 2011

NAVA DE DE LARA HADDAD M PARRA JRP 2005 Exigecircncias teacutermicas

estimativa do nuacutemero de geroccedilotildees de Stenoma catenifer e comprovaccedilatildeo de modelo

em campo Pesq Agropec Bras Brasilia v 40 p 961-967

NAVA DE PARRA JRP COSTA VA GUERRA TM COcircNSOLI FL (2005b)

Population dynamics of Stenoma catenifer(Lepidoptera Elachistidae) and related

larval parasitoids in Minas Gerais Brazil Florida Entomologistv 88p 441-446

53

NOVAGRIM ndash FRESH FRUITS IMPORTER amp VEGETABLE SUPPLIER SINCE

1999 2001-2013 WORLD AVOCADO PRODUCTION DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwnovagrimcomPages2000_2011_Avocado_statistics_ENaspx gt

OLIVEIRA LA A importacircncia das Normas Internacionais para o Comeacutercio da

Fruticultura Brasileira Piracicaba Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Economia Escola

Superior de Agricultura ldquoLuiz de Queirozrdquo Universidade de Satildeo Paulo Piracicaba

2005

OLIVEIRA M A de et al 2000 Ceras para conservaccedilatildeo poacutes colheita de frutos de

abacateiro cultivar Fuerte armazenados em temperatura ambiente Scientia Agriacutecola

Piracicaba 57 (4) 777-780

PASSONI A D NEVES M C M RODRIGUES B B BOTEON M Anaacutelise dos

principais entraves na exportaccedilatildeo de frutas brasileiras CENTRO DE ESTUDOS

AVANCcedilADOS EM ECONOMIA APLICADA (CEPEAESALQ-USP) XLIV

CONGRESSO DA SOBER ndash ldquoQuestotildees Agraacuterias Educaccedilatildeo no Campo e

Desenvolvimentordquo Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia Rural Fortaleza

2006

PEGG K G COATES L M KORSTEN L HARDING R M Foliar fruit and

soilborne diseases In WHILEY A W SCHAF

PERFIL DA FRUTICULTURA 2014 Base de dados 2012 a 2013 Governo de Minas

Gerais Agricultura Pecuaacuteria e Abastecimento 2014

PICCININ E PASCHOLATI S F ldquoDOENCcedilAS DO ABACATEIRO‟ em MANUAL DE

FITOPATOLOGIA Vol 2 Doenccedilas das Plantas Cultivadas Editora Agronocircmica

Ceres Ltda Satildeo Paulo 1997 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwifcursoscombrsistemaadminarquivos07-33-29-

manualfitopatologiapdfpage=10 gt

54

PUTT F F GOacuteES B C CATANEO P F Anaacutelise econocircmica de oferta e demanda

do abacate na alta paulista X Foacuterum Ambiental da Alta Paulista v 10 n 7 2014

pp 158-169

ROCHA I L Nuacutemeros do abacate HORTIESCOLHA Instituto Brasileiro de

Qualidade em Horticultura DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwhortibrasilorgbrjnwindexphpoption=com_contentampview=articleampid=120

9numeros-do-abacate-ampcatid=50comercializacaoampItemid=82 gt

SANTO N T Manejo da vegetaccedilatildeo intercalar para obtenccedilatildeo de cobertura morta na

cultura do abacateiro visando minimizar os danos causados por Phytophthora

cinnamomi Dissertaccedilatildeo de mestrado em Fitotecnia Piracicaba 2014

SCHAFFER B WOLSTENJOLME B N WHILEY A W The avocado botany

production and uses 560 p 2012 DISPONIacuteVEL EM lt

httpsbooksgooglecombrbooksid=r0hpRJca3zECamppg=PA83amplpg=PA83ampdq=Th

e+Avocado+botany+production+and+uses+hass-

likeampsource=blampots=oqc5OBsbmVampsig=5gDWWPIMYRBW9cH3yYuWh-ldd-8amphl=pt-

BRampsa=Xampved=0ahUKEwj_yPbgsoTKAhUGDpAKHZTrCWEQ6AEIPDADv=onepag

eampqampf=false gt

SCIENCIA I Certificaccedilatildeo GLOBALGAP e impactos ambientais em agroinduacutestrias de

alimentos Dissertaccedilatildeo de Poacutes-Graduaccedilatildeo Araraquara SP 2010 lt

mlthttpwwwecoecoorgbrconteudopublicacoesencontrosvii_envii_enc_ecohtm

gt

SIMAtildeO S Manual de Fruticultura Satildeo Paulo Editora Agronocircmica Ceres 1971

530p p 147-169

SINGER P MASON J Eacutetica da alimentaccedilatildeo como nossos haacutebitos alimentares

influenciam o meio ambiente e o nosso bem estar Rio de Janeiro Elsevier 2007

SOARES H F ITO M K O AacuteCIDO GRAXO MONOINSATURADO DO ABACATE

NO CONTROLE DE DISLIPIDEMIAS Ver Ciecircnc Meacuted Campinas P 47-51 2000

55

DISPONIacuteVEL EM lt httpperiodicospuc-

campinasedubrseerindexphpcienciasmedicasarticleviewFile13301304 gt

TEIXEIRA C G Cultura In ITAL ndash INSTITUTO DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS

(Campinas) Abacate Cultura mateacuteria-prima processamento e aspectos

econocircmicos 2 Ed Campinas Instituto Campineiro de Ensino Agriacutecola 1995 Cap 1

p 1-54 (Frutas Tropicais)

TEIXEIRA C G Cultura do abacate In TEIXEIRA C G et al ABACATE cultura

mateacuteria prima processamento e aspectos econocircmicos 2deg ed Seacuterie Fruas Tropicais

ndeg8 ITAL Campinas 1991 250p

WATANABE H S Caracteriacutesticas de cultivares de abacate CEAGESPS ndash

Companhia de Entrepostos e Armazeacutens Gerais de Satildeo Paulo 2013

WOLFENBARGER D O COLBURN B The Stenoma catenifer a serious Avocado

pest Proceedings of Florida State Horticulture Society v 92 p 315-318 1979

ZEIDAN R SEIXAS P ABRANCHES L COSTA D MEIRELLES F Certificaccedilatildeo

na cadeia produtiva de alimentos e as barreiras teacutecnicas agrave exportaccedilatildeo Simpoacutesio de

excelecircncia e gestatildeo e tecnologia ndash SEGeT 2008 Resende

Page 35: EVOLUÇÃO DA PRODUÇÃO MUNDIAL E NACIONAL …...RESUMO O abacateiro, Persea americana, é uma cultura muito importante em vários países, devido ao volume comercializado da fruta

35

obtida a partir da exportaccedilatildeo do abacate tambeacutem acompanha os iacutendices de

crescimento

A Aacutefrica do Sul um dos principais concorrentes do Brasil no setor de

exportaccedilatildeo do Avocado eacute reconhecida por exportar material de alta qualidade para

Europa onde possui escritoacuterios contudo sua produccedilatildeo estaacute estagnada A Westfalia

eacute uma empresa sem fins lucrativos produtora de Avocado na Aacutefrica do Sul

responsaacutevel por desenvolver o mercado de Avocado no paiacutes e investe fortemente

em tecnologia o que colaborou para a atual situaccedilatildeo da Aacutefrica do Sul no setor de

exportaccedilatildeo de Avocado (CARVALHO 2015)

ABACATE NO BRASIL

O Brasil favorecido quando comparado com outros paiacuteses produtores devido

agrave suas dimensotildees continentais o que lhe possibilita ampla variaccedilatildeo de temperaturas

e solos estes fator unido agraves caracteriacutesticas individuais de cada variedade como por

exemplo sazonalidade e exigecircncias nutricionais e de horas de luz Contudo apesar

da aacuterea destinada agrave produccedilatildeo do abacate no Brasil ter reduzido passando de

11605 ha em 2005 para 9559 ha em 2014 reduccedilatildeo de 176 a produccedilatildeo natildeo foi

tatildeo alterada o que evidencia a possibilidade de um aumento na produtividade destas

aacutereas

Atualmente o Brasil ocupa a oitava posiccedilatildeo no ranking global do setor de

produccedilatildeo de abacate E apesar de possuir crescente produtividade o paiacutes ainda

possui excelente potencial produtor e tambeacutem como exportador da fruta Para

aproveitar melhor esse potencial deveriam ser feitos mais investimentos tanto no

que se refere agrave produccedilatildeo como por exemplo melhoramento geneacutetico e adoccedilatildeo de

protocolos de boas praacuteticas agriacutecolas para a obtenccedilatildeo de certificaccedilatildeo quanto no

setor de comercializaccedilatildeo desenvolvendo elevado padratildeo de qualidade da fruta

A tabela a seguir (TABELA 4) apresenta a aacuterea destinada agrave colheita de todas

as variedades de abacate nos principais produtores de abacate e o Distrito Federal

TABELA 4 - Aacuterea destinada agrave colheita (em ha) Elaborada pelo autor

DADOS (IBGE-SIDRA)

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Brasil 11605 10515 9892 9596 8509 11125 10768 9615 9707 9559

Satildeo Paulo 4266 3688 3583 3437 3267 5530 5642 4192 4374 4337

36

Minas Gerais 2865 2254 2326 2223 1854 2202 2134 2309 2416 2373

Paranaacute 1492 1467 1306 1009 1085 1000 944 922 958 930

Cearaacute 493 475 498 497 490 484 477 480 483 498

Rio Grande do Sul 626 619 613 602 584 575 552 499 470 444

Distrito Federal 119 122 109 124 108 111 - 295 160 134

A tabela 5 abaixo apresenta a produccedilatildeo de todas as variedades de abacate

em toneladas dos uacuteltimos 10 anos para os principais estados produtores e o Distrito

Federal

TABELA 5 - Produccedilatildeo nacional de abacate em 10 anos (em t) Elaborada pelo

autor FONTE (IBGESIDRA)

UFANO 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Brasil 169335 164441 154096 147214 139089 153189 160376 159903 157482 156669 1000

Satildeo Paulo 77107 78085 70812 69904 74193 83002 91909 82780 85101 79316 506

Minas Gerais 38777 32812 33436 28016 24772 28522 30975 36669 36571 41259 263

Paranaacute 22265 22575 20425 16537 15919 15824 17304 16705 16309 15784 101

Rio Grande do Sul

8167 7905 7804 7602 6824 6769 6907 5719 5584 5277 34

Cearaacute 5202 4231 4706 4520 4336 4163 3985 2717 2640 3637 23

Distrito Federal 2596 3081 2690 3019 2666 2415 - 6914 3152 3151 20

Em 2014 a aacuterea destinada agrave colheita do abacate no estado do Cearaacute era

superior agrave aacuterea do Rio Grande do Sul contudo a produccedilatildeo no estado do Cearaacute no

mesmo ano foi de 3637 t enquanto que a produccedilatildeo do Rio Grande do Sul foi de

5277 45 maior reforccedilando assim a ideia de que a produtividade no Sul pode ser

maior em relaccedilatildeo agrave regiatildeo Nordeste Este fator pode ser decorrente do uso de

cultivares inadequadas para as condiccedilotildees climaacuteticas da regiatildeo eou pela falta de

adoccedilatildeo de tecnologias modernas e teacutecnicas avanccediladas de produccedilatildeo

No Distrito Federal a produccedilatildeo cresceu 21 nos uacuteltimos 10 anos e hoje

representa 2 da produccedilatildeo nacional Por outro lado Satildeo Paulo que lidera o ranking

com 506 de toda a produccedilatildeo obteve crescimento de apenas 286 Jaacute a

produccedilatildeo do Paranaacute sofreu uma reduccedilatildeo de -291 neste mesmo periacuteodo poreacutem

manteve-se como quarto produtor nacional de abacate Os estados do Cearaacute e Rio

Grande do Sul tambeacutem reduziram sua produtividade nos uacuteltimos 10 anos

acompanhando a reduccedilatildeo nacional que reduziu -74

37

A variaccedilatildeo da produtividade de todas as variedades de abacate dos principais

estados produtores de abacate do Brasil eacute apresentada na TABELA 6 a seguir

TABELA 6 - Variaccedilatildeo (em) da produtividade (t) no Brasil em 10 anos

Elaborada pelo autor FONTE (IBGESIDRA)

VARIACcedilAtildeO () DA PRODUTIVIDADE (t) EM 10 ANOS

ESTADOANO 2005 2014 VARIACcedilAtildeO

PAIacuteS 146 164 123

SAtildeO PAULO 181 183 11

MINAS GERAIS 135 174 289

PARANAacute 149 17 141

RIO GRANDE DO SUL 13 119 -85

CEARAacute 106 73 -311

DISTRITO FEDERAL 218 235 78

De acordo com os dados do IBGE Satildeo Paulo eacute o maior produtor de abacate

do paiacutes Dentre as variedades mais produzidas no estado de Satildeo Paulo estatildeo

bdquoFortuna‟ bdquoGeada‟ bdquoQuintal‟ e bdquoMargarida‟ (DORIZZOTTO 2011)

Abaixo segue TABELA 11 contendo os nuacutemeros de plantas novas e o

nuacutemero de plantas em produccedilatildeo bem como a produccedilatildeo (caixas de 22Kg) no estado

de Satildeo Paulo ao longo de 15 anos

TABELA 7 - Quantidade de peacutes novos peacutes em produccedilatildeo e produccedilatildeo (cx 22kg)

no estado de Satildeo Paulo entre 2000 e 2015 Elaborada pelo autor FONTE

INSTITUTO DE ECONOMIA AGRIacuteCOLA

ANO PEacuteS

NOVOS PEacuteS EM

PRODUCcedilAtildeO

2000 4859400 66157100

2001 4617700 62883700

2002 4742500 55421300

2003 6095000 49740300

2004 5969500 48339500

2005 5131100 46596200

2006 5325600 45869000

2007 3412800 47668000

2008 5007100 40617400

2009 12068600 49971400

2010 8190000 53239000

38

2011 6904500 54780100

2012 7704100 51341600

2013 7002100 59149400

2014 8419800 60996100

2015 9040200 67073800

O graacutefico abaixo apresenta a curva da produtividade obtida a partir da relaccedilatildeo

feita entre a produccedilatildeo e a quantidade de peacutes em produccedilatildeo no estado de Satildeo Paulo

Figura 9 - Produtividade (kgplanta) no estado de Satildeo Paulo desde 2000 elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE ECONOMIA AGRIacuteCOLA

Os dados foram obtidos a partir da relaccedilatildeo feita entre a quantidade de planta

em produccedilatildeo e a quantidade de caixas de 22 Kg produzidas no estado de Satildeo Paulo

desde 2000 Esses dados revelam crescente aumento da produtividade ateacute o ano de

2010 onde a produtividade ultrapassou 168 Kgplanta Jaacute em relaccedilatildeo ao ano de

2011 a produtividade sofreu uma reduccedilatildeo de 10 Depois disso a curva de

produtividade continuou ascendente

A seguinte tabela apresenta a evoluccedilatildeo do preccedilo do abacate comercializado

na CEAGESP durante o ano no periacuteodo de nove anos

90

110

130

150

170

190

20

00

20

01

20

02

20

03

20

04

20

05

20

06

20

07

20

08

20

09

20

10

20

11

20

12

20

13

20

14

20

15

PRODUTIVIDADE DOS PEacuteS DE ABACATE (Kgplanta) EM SP

PRODUTIVIDADE

39

TABELA 8 - Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio (em R$Kg) do abacate FONTE

CEAGESP 2008

ANOMEcircS JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

2007 105 101 1 118 107 109 129 151 159 181 228 279

2008 119 081 084 097 102 11 122 137 149 208 296 326

2009 169 122 132 133 141 141 152 177 217 213 212 235

2010 17 161 165 154 151 151 164 173 202 262 406 316

2011 185 182 183 203 186 204 231 278 308 317 359 369

2012 207 155 151 141 153 164 192 218 242 268 429 485

2013 263 209 216 215 244 265 258 304 347 403 566 498

2014 228 206 231 239 198 2 256 267 301 305 403 538

2015 406 403 386 349 367 397 394 43 - - - -

O graacutefico a seguir resume o comportamento da quantidade de peacutes novos e

em produccedilatildeo no estado de Satildeo Paulo desde o ano 2000

Figura 10 - Evoluccedilatildeo do nuacutemeros de peacutes novos e em produccedilatildeo ao longo de 15 anos no estado de Satildeo Paulo elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE

ECONOMIA AGRIacuteCOLA

A produccedilatildeo (em caixas de 22 Kg) eacute demonstrada no graacutefico abaixo para esse

mesmo periacuteodo

000

10000000

20000000

30000000

40000000

50000000

60000000

70000000

80000000

20002002200420062008201020122014

EVOLUCcedilAtildeO DOS DADOS DO ABACATE EM SAtildeO PAULO

PEacuteS NOVOS

PEacuteS EM PRODUCcedilAtildeO

40

Figura 11 - Evoluccedilatildeo da produccedilatildeo de abacate em caixas de 22kg no estado de Satildeo Paulo em 15 anos elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE

ECONOMIA AGRIacuteCOLA

A sazonalidade do abacate comercial na CEAGESP em Satildeo Paulo

demonstram que o abacate pode ser comercializado praticamente todas as eacutepocas

do ano como apresentado pela tabela

TABELA 9 - Sazonalidade do abacate FONTE CEAGESP 2008

VARIEDADE JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

GEADA X X X X X

FORTUNA X X X X X X X

QUINTAL X X X X X X X

MARGARIDA X X X X X X X X X X

BREDA X X X X X X X X

HASS X X X X X X X X

O Estado de Minas Gerais eacute o segundo maior produtor nacional de abacate

participando do setor com 229 do total produzido A aacuterea no Estado destinada agrave

produccedilatildeo da fruta foi de 23 mil ha A produtividade do estado de Minas em 2012 foi

de 15881 (hgha) (PERFIL DA FRUTA) A produccedilatildeo de abacate no Distrito Federal

em 2013 foi de 3152 toneladas (IBGE) Em Minas a produccedilatildeo concentra-se nas

regiotildees Sul e Sudeste do estado (ALMEIDA 2013)

200000000

250000000

300000000

350000000

400000000

450000000

500000000

550000000

20002002200420062008201020122014

EVOLUCcedilAtildeO NA PRODUCcedilAtildeO DE ABACATE EM SAtildeO PAULO (22Kgcx)

PRODUCcedilAtildeO CX 22Kg

41

Em 2003 o Paranaacute foi o terceiro maior produtor nacional de abacate com uma

aacuterea de aproximadamente 1600ha onde se produziu 26 mil toneladas gerando uma

receita de cerca de R$ 85 milhotildees (HOHMANN amp MENEGUIM 2005)

De acordo com a relaccedilatildeo feita entre os dados de volume de abacate colhido e

de aacuterea destinada agrave produccedilatildeo do IBGESIDRA em 10 anos (2005 agrave 2014) o estado

que sofreu maior reduccedilatildeo da produtividade foi o estado do CEARAacute reduzindo em

31 aproximadamente enquanto que o estado de minas aumentou 289 sua

produtividade O DF apresentou os melhores niacuteveis de produtividade a partir desses

dados

AVOCADO NO BRASIL

A regiatildeo de Bauru em Satildeo Paulo especializou-se na produccedilatildeo dos abacates

‟Hass‟ e bdquoFuerte‟ conhecidos comercialmente como Avocado e satildeo os mais

apreciados pelo mercado internacional (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA

FRUTICULTURA 2008)

O Avocado variedades ‟Hass‟ e bdquoFuerte‟ possui excelentes caracteriacutesticas

nutricionais como por exemplo seu alto teor de lipiacutedeos Aleacutem disso o fruto possui

tamanho reduzido o que facilita o consumo evitando que parte natildeo consumida seja

armazenada Uma das possibilidades de se estimular o consumo interno seria

promover o produto a partir do uso de marketing setor no qual a empresa

JAGUACYR situada no municiacutepio de Bauru ndash SP tem se destacado fornecendo

informaccedilotildees nutricionais e apresentando o alto padratildeo de qualidade da fruta Outro

fator que reduz a oferta do produto no mercado interno eacute a demanda internacional

apesar de impor barreiras e exigirem alto padratildeo de qualidade o produto de

qualidade recebe os melhores preccedilos este fator tambeacutem limita o consumo interno

porque o preccedilo oferecido pelos importadores reflete no preccedilo interno

Outro ponto que deve ser observado para se manter qualidade elevada dos

frutos eacute a escolha adequada do ponto de colheita pois este fator reflete diretamente

no teor de oacuteleo dos frutos que por sua vez eacute responsaacutevel pela conservaccedilatildeo do

sabor Os melhores teores de oacuteleo encontram-se em frutos tardios como nas

variedades obtidas a partir das raccedilas Guatemalenses e Mexicana sendo maior nas

raccedilas Mexicana e menor em cultivares oriunda de raccedilas Guatemalenses como por

exemplo a bdquoHass‟

42

A exportaccedilatildeo brasileira do abacate bdquoHass‟ variedade mais produzida no

mundo era de 100 toneladas por ha em 2004 para 2186 toneladas em 2010

(DORIZZOTTO 2011) Contudo este dado representa apenas 143 do volume de

todo o abacate produzido no paiacutes nesta mesma data mesmo com seus atributos

nutricionais e comerciais

Quando se trata do segmento do mercado do Avocado brasileiro em acircmbito

global a empresa JAGUACYR situada no municiacutepio de Bauru ndash SP com sede na

Holanda eacute de extrema relevacircncia contribuindo com 90 das exportaccedilotildees brasileiras

deste produto com o qual o Brasil ainda comeccedila a participar poreacutem possui

condiccedilotildees favoraacuteveis para crescer no setor (CARVALHO 2015)

O graacutefico a seguir apresentado na Figura 2 demonstra a evoluccedilatildeo da

participaccedilatildeo do Avocado no setor de fruticultura no estado de Satildeo Paulo

Figura 12 - Elaborado pelo autor FONTE CEAGESPSEDES GABRIEL V BITENCOURT DE ALMEIDA

Como apresentado no graacutefico acima o volume de Avocado comercializado na

CEAGESP tem crescido rapidamente vertiginosamente chegando a quase

quadruplicar seu valor em apenas 7 anos

Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio de atacado (R$Kg) de Avocado na CEAGESP de

Satildeo Paulo durante o ano (SP) (Figura 3)

81 74 90

106 133

208

365 378

0

50

100

150

200

250

300

350

400

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

EVOLUCcedilAtildeO DA QUANTIDADE COMERCIALIZADA (T) DE AVOCADO NA CEAGESP DE SAtildeO PAULO (SP)

QUANTIDADE(toneladas)

43

Figura 13 - Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio do avocado na CEAGESP (R$Kg) Elaborado pelo autor FONTES CEAGESP

O graacutefico a seguir demonstra um comparativo da variaccedilatildeo do preccedilo meacutedio do

abacate em relaccedilatildeo ao Avocado durante o ano com base nos dados de nove anos

da CEAGESP (R$Kg)

Figura 14 - Comparativo do preccedilo meacutedio do abacate e do avocado comercializado na ceagesp durante o ano elaborado pelo autor FONTE

CEAGESP

A partir dos dados de 7 anos com a variaccedilatildeo do preccedilo meacutedio do Avocado por

quilo durante o ano pocircde-se observar que os menores valores encontram-se entre

maio e agosto A variaccedilatildeo de preccedilo meacutedio durante o ano chega a ser de R$ 581 o

quilo mais que o dobro entre o maior e menor valor meacutedio encontrado

O graacutefico com o comparativo do preccedilo do abacate com o Avocado (Figura 11)

revela a discrepacircncia da valorizaccedilatildeo entre os dois grupos O valor miacutenimo do

4

6

8

10

12

jan

fev

mar

abr

mai

jun jul

ago

set

ou

t

no

v

dez

EVOLUCcedilAtildeO DO PRECcedilO MEacuteDIO DO AVOCADO NA CEAGESP (R$Kg)

PRECcedilO MEacuteDIO

0

2

4

6

8

10

12

JAN

FEV

MA

R

AB

R

MA

I

JUN

JUL

AG

O

SET

OU

T

NO

V

DEZ

PRECcedilO AVOCADO

PRECcedilO DO ABACATE

44

Avocado eacute de R$ 554 por quilo enquanto que o maior valor encontrado do abacate

chega a R$ 381 uma diferenccedila de quase 50

O CEASA-DF registrou em 2014 um volume comercializado de 397 toneladas

de Avocado enquanto que no ano anterior o volume registrado natildeo passou de 07

toneladas (CEASA-DF)

Apesar de jaacute haver teacutecnicas eficientes e tecnologias modernas disponiacuteveis

para se aperfeiccediloar a produccedilatildeo do abacate a exploraccedilatildeo de novas regiotildees com

potencial produtor para a implantaccedilatildeo de pomares de abacateiro no Brasil eacute um dos

fatores que podem aumentar mais ainda a produccedilatildeo nacional No DF por exemplo

a aacuterea destinada agrave colheita do abacate sofreu uma reduccedilatildeo de mais da metade de

2012 para 2014 muito diferente da forma como havia se comportando desde 2000

quando a aacuterea passou de 85 ha para 111 em 2010 O DF representa apenas 2 da

produccedilatildeo nacional do abacate contudo sua produtividade vem aumentando e de

acordo com os dados do IBGE o DF possui os melhores iacutendices de produtividade do

paiacutes o que pode representar forte potencial da regiatildeo no setor Este fato corrobora

com a ideia de que o Brasil pode aproveitar melhor sua extensatildeo territorial

explorando regiotildees com potencial produtor como o DF por exemplo

CERTIFICACcedilAtildeO

CARVALHO (2015) afirma que para participar do mercado internacional os

produtores devem se atentar agraves exigecircncias internacionais de qualidade e seguranccedila

garantidas por meio de certificaccedilatildeo como GlobalGapR BRCR BRCIR FAIRDRADER

e SEDEX-SMETAR Outro ponto que deve ser adotado pelo Brasil no comeacutercio do

Avocado eacute manter um mercado com preccedilo linear e contiacutenuo Ainda segundo

CARVALHO (2015) produtores que natildeo possuem certificaccedilatildeo no GlobalgapR

recebem menos 10

PRECcedilO PAGO PELA JAGUACYR AO PRODUTOR COM GLOBALGAPR

TABELA 10 - (CARVALHO 2015)

CAT CALIBRE MAR ABR MAI JUN

1 12 A 24 315 322 205 205

2 26 A 32 131 129 130 130

2 12 A 24 284 350 187 187

45

Para o consumidor final o selo GLOBALGAPR natildeo eacute tatildeo notado pois o uso

desta marca eacute praticado entre empresas Contudo sua em sua elaboraccedilatildeo

considerou-se a reduccedilatildeo dos impactos negativos das operaccedilotildees agriacutecolas no meio

ambiente reduzir o uso de insumos quiacutemicos e garantir que assuntos de sauacutede e

seguranccedila dos empregados e bem estar animal sejam observados (GLOBALGAPR

2008)

A GLOBALGAPR serve como um manual no comeacutercio mundial de produtos

agriacutecolas estabelecendo normas voluntaacuterias para sua certificaccedilatildeo Este conjunto de

normas estabelece serve de molde para a conduccedilatildeo de boas praacuteticas agriacutecolas

(BPA) nas atividades agriacutecolas (GLOBALGAPR 2008)

Um dos pontos positivos em se adotar os protocolos de boas praacuteticas

agriacutecolas eacute a prevenccedilatildeo de perdas Pesquisas feitas no setor da fruticultura

concluem que maior parte do desperdiacutecio ocorre no percurso que vai do manuseio

no campo ateacute as centrais de produccedilatildeo (AGRIANUAL 2012) Os iacutendices de perdas da

abaticultura chegam a 34 ao ano (AGRIANUAL 2015)

Eacute de extrema importacircncia desenvolver soacutelidos e eficientes sistemas de

certificaccedilatildeo a fim de assegurar qualidade que atenda as expectativas dos

consumidores permitindo que as empresas ingressem nos mercados globais com

seus produtos (ZEIDAN et al 2008)

A difusatildeo de praacuteticas recomendadas para a obtenccedilatildeo da certificaccedilatildeo

GLOBALGAPR por parte dos produtores de abacate principalmente as variedades

bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ pode estimular o consumo interno por meio da oferta de produtos

de maior qualidade aleacutem de reduzindo perdas e promover o produto no comeacutercio

internacional da fruta Fazendo com que o potencial produtor seja aproveitado ao

maacuteximo uma vez que seguir os protocolos de boas praacuteticas agriacutecolas represente a

reduccedilatildeo de perdas no processo de produccedilatildeo de colheita e de transporte seja por

meio da reduccedilatildeo da incidecircncia de pragas ou por adoccedilatildeo de teacutecnicas e evitem perdas

na conduccedilatildeo da produccedilatildeo dos pomares de abacate

CONCLUSOtildeES

A produccedilatildeo de Avocado cultivares bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ superiores em vaacuterios

aspectos agraves cultivares mais populares no paiacutes tem condiccedilotildees de se desenvolver

amplamente no Brasil tornando-o grande consumidor e exportador da fruta Essa

46

mudanccedila pode ocorrer por meio de incentivos governamentais que incentivem o

registro de produtos para a cultura do abacateiro favorecendo a obtenccedilatildeo de

certificaccedilatildeo bem como o desenvolvimento de centros de pesquisas que

desenvolvam estudos sobre a cultura do abacateiro que promovam a difusatildeo de

tecnologia e com isso estimule a utilizaccedilatildeo de novas aacutereas com potencial produtivo

A transferecircncia de tecnologia tambeacutem pode ser feita por parte de empresas da aacuterea

privada que possuem domiacutenio de teacutecnicas e tecnologias modernas principalmente

por meio da popularizaccedilatildeo da produccedilatildeo de mudas clonais para porta-enxerto Aleacutem

disso devem ser feitas accedilotildees por parte de instituiccedilotildees privadas como o

desenvolvimento do marketing da fruta a fim de divulgar os benefiacutecios do consumo

e a exposiccedilatildeo de novas formas de consumo de abacate pode ser crucial para a

mudanccedila do comportamento do consumidor nacional uma vez que este se atenta

principalmente aos aspectos visuais do abacate

Na poacutes-colheita o controle sobre os processos de maturaccedilatildeo poderia ser

mais bem aproveitado No Brasil a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas de conservaccedilatildeo no poacutes-

colheita de frutas objetiva na maioria das vezes estender o tempo de prateleira

destes produtos Para se aproveitar os elevados preccedilos ofertados em determinadas

eacutepocas os produtores colhem os frutos antes do recomendado para a fruta do

abacateiro o que reduz sua qualidade pois a eacutepoca da colheita influencia

diretamente no teor de oacuteleo fator altamente relacionado com o sabor da fruta Por

outro lado a aceleraccedilatildeo do processo de maturaccedilatildeo por meio do controle de

maturaccedilatildeo permite fornecimento de frutos maduros prontos para o consumo

estimulando assim o consumo no paiacutes Com a entrega regular de frutos maduros

nos supermercados e restaurantes novas formas de consumo da fruta como patecircs

e em saladas poderiam ser facilmente introduzidas no cardaacutepio nacional

47

BIBLIOGRAFIA

ALMEIDA G V B Mercado Atacadista de Abacate e Avocado (CEAGESP) III

Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado Bauru 2015

ALMEIDA G V B O Abacate no mundo e na CEAGESP Todafruta notiacutecia 2011

DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwtodafrutacombrnoticia28119O+ABACATE+NO+MUNDO+NO+BRASIL

+E+NA+CEAGESP gt

ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA FRUTICULTURA 2004 a 2015 DISPONIacuteVEL EM

httpwwwgrupogazcombrtratadaseo_edicao420150320150301_106c8c2f1pdf

4718_2015fruticulturapdfgt

BIODIESELBR DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwbiodieselbrcomnoticiasmateria-

primaoutrasvideo-unesp-transforma-oleo-abacate-biodiesel-060313htm gt

BONELLA J A Classificaccedilatildeo de abacates na CEAGESP Joseacute Alcides Bonella ME

2013

BRUWER T ROOYEN Z VAN PERFORMANCE AND MARKET ACCEPTIBILITY

OF THE HASS-LIKE CULTIVARS GEM AND HARVEST IN SOUTH AFRICA Vi

World Avocado Congress (Actas VI Confreso Mundial del Aguacate) 2007 Vintildea Del

Mar Chile 12 ndash 16 nov 2007 ISBN n 978-956-17-0413-8 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwAvocadosourcecomWAC6enExtenso1b-36pdf gt

CAMPOS J A Cultura racional do abacateiro Satildeo Paulo Iacutecone 1988 150 p

CANTUAacuteRIAS-AVILEacuteS T SILVA S R La induacutestria del aguacate em el Estado de

Satildeo Paulo Brasil actualidad y perspectivas futuras In CONGRESO MUNDIAL DEL

AGUACATE 7 2011 Caims Resuacutemenes Caims Avocado Australia 2011

48

CORREIA R C ARAUJO J L P MOUCO M A do C BRAGA C A

MENDONCcedilA R F de Abacate preferecircncias e mercado CONGRESSO

BRASILEIRO DE FRUTICULTURA 21 2010 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwalicecnptiaembrapabralicebitstreamdoc8700181Moucopdf gt

CARVALHO L F Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado realizaccedilatildeo Jaguacy

Sindicato Rural de Bauru Serviccedilo Nacional de Aprendizagem Rural - SENAR

Faculdades Integradas de Bauru ndash SP 2015

CHITARRA M I F CHITARA A B 2005 Poacutes colheita de frutos e hortaliccedilas

Fiiologia e Manuseio Lavras ESALFAEPE

CRANE J H BALERDI C F MAGUIRE I Avocado Growing in the Florida Home

Landscape University of Florida Circular 1034 one of a series of the Horticultural

Sciences Department Florida Cooperative Extension Service Institute of Food and

Agricultural Sciences University of Florida 1983 Revised 2007

CRIZEL G R MOURA R S OLIVEIRA I R MENDONCcedilA C R B

Caracteriacutesticas fiacutesicas e quiacutemicas de abacates das variedades bdquoQuintal‟ e bdquoHass‟ In

CONGRESSO DE INICIACcedilAtildeO CIENTIacuteFICA 17 ENCONTRO DE POacuteS-

GRADUACcedilAtildeO 10 2008 Pelotas Resumos Pelotas UFPEL 2008

DAIUTO E R VIEITES R L TREMOCOLDI M A RUSSO V C Taxa

respiratoacuteria de abacate bdquoHass‟ submetido a diferentes tratamentos fiacutesicos Revista

Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha Meacutexico v 10 n 2 p 101-109

2010

DAIUTO E R TREMOCOLDI M A VIEITES R L Conservaccedilatildeo poacutes colheita de

abacate bdquoHass‟ irradiado Revista Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha vol

10 n 2 2010

DONADIO L C Abacate para exportaccedilatildeo aspectos teacutecnicos da produccedilatildeo

Brasiacutelia Frupex MAPA 1995 53 p

49

DONADIO L C FERRARI L AVILEacuteS T C Abacate In DONADIO L C (Ed)

Histoacuteria da Fruticultura Paulista Jaboticabal SBF ndash Sociedade Brasileira de

Fruticultura 2010 P 33-63

DORIZZOTTO C D A SAMPAIO A C ICUMA I M et al Avocado production

chain in the state of Satildeo Paulo (Brazil) In Proceedings VII World Avocado Congress

2011 Cairns Anaishellip Cairns Internacional Avocado Society 2011 DISPONIacuteVEL

EM lt

httpworldAvocadocongress2011comuserfilesfileOsvaldo20Kioshi20Yamanis

hi201400-1420pdf gt

ERNST Z R ERNST A A The strategic role of new cultivars A case study of

bdquoMaluma‟ VIII Congreso Mundial de la Palta 2015 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwavocadosourcecomWAC8Section_02EarnstZander2015pdf gt

FACTFISH Avocados production quantity (tons) ndash for all countries DISPONIacuteVEL

EM lt httpwwwfactfishcomstatisticAvocados20production20quantity gt

FAOSTAT 2000 a 2013 DISPONIacuteVEL EM lt httpfaostat3faoorgbrowseTTPE gt

FER B WOLSTENHOLME B N (Ed) The Avocado botany production and

uses Oxon CABI Publ 2002 chap 12 p 299-338

FRANCISCO V L F dos S BAPTISTELLA C S L CULTURA DO ABACATE NO

ESTADO DE SAtildeO PAULO Informaccedilotildees Econocircmicas SP v 35 n5 2005

DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwieaspgovbroutpublicacoespdftec3-0505pdf gt

GAYET J P et al 1995 Abacate para exportaccedilatildeo procedimentos de colheita e

poacutes-colheita FRUPEX Brasiacutelia 37p

GIRARDI G Abacate uma nova opccedilatildeo de biocombustiacutevel Jornal UNESP Bauru

2009 DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwunespbracijornal248energia_bauruphp gt

50

GUEDES M S B SENA M TOLEDO S Certificaccedilatildeo como estrateacutegia competitiva

internacional dos produtores de frutas no Brasil VII Encontro da Sociedade

Brasileira de Economia Ecoloacutegica (ECO-ECO) 28 a 30 de novembro de 2007

Fortaleza Cearaacute

HODDLE M The Avocado Seed Moth Stenoma cateniver Walsingham (Lepdoptera

Elachistidae) Department of Entomology Applied Biological Control Research

DISPONIacuteVEL EM lt httpbiocontrolucredustenomastenomahtml gt

HOHMANN C L MENEGUIM A M A BROCA-DO-ABACATE (Stenoma catenifer)

Aspectos bioloacutegicos comportamento danos e manejo Instituto Agronocircmico do

Paranaacute ndash Londrina ndashPR Informe da Pesquisa n 147 2005

HOHMANN C L MENEGUIM A M Observaccedilotildees preliminares sobre a ocorrecircncia

da broca-do-abacate Stenoma catenifer Wals no Estado do Paranaacute Anais da

Sociedade Entomoloacutegica do Brasil v 22 p 417-419 1993

ILLSLEY-GRANICH C‟Hass‟Carmenrega precocious flowering avocado tree

Agrovim AS de CV Uruapan Michocan Mexico Rob Brokaw Brokaw Nursery Inc

Saticoy California USA Dr Salvador Ochoa-Ascencio University of Michoacan

Uruapan Michoacan Mexico 2011 DISPONIacuteVEL EM lt

httpworldavocadocongress2011comuserfilesfileCarlos20Illsley201410-

1430pdf gt

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA ESTATIacuteSTICA (IBGE) IBGE CIDADES

DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwcidadesibgegovbrcartogramamapaphplang=ampcoduf=53ampcodmun=53

0010ampidtema=136ampcodv=v01ampsearch=distrito-federal|brasilia|sintese-das-

informacoes-2013 gt

KADER A A 1992 Postharvest technology of horticultural crops Okland Univertisy

of California 292p

51

KADER A A ARPIA M L Avocado Recommendations for Maintaining

Postharvest Quality 2013

KADER A A Biologiacutea y Tecnologiacutea Postcosecha un Panorama In KADER A A

Tecnologiacutea Postcosecha de Cultivos Hortofrutiacutecolas 3 Ed Davis University Of

Califoacuternia 2007 Cap 4 p 43-53

KLUGE R A et al Inibiccedilatildeo do amadurecimento de abacate com 1-

metilciclopropeno Pesquisa Agropecuaacuteria Brasileira 37(7)895-901

KOOLER O C Abacaticultura Porto Alegre UFRGS 1992 138p

KOOLER O C ABACATICULTURA Porto Alegre UFRGS 1984 138p

KOLLER O C Abacate produccedilatildeo de mudas instalaccedilatildeo e manejo de pomares

colheita e poacutes-colheita Porto Alegre Cinco Continentes 2002 145 p

KREMER-KOumlHNE S KOumlHNE J S 25 YEARS OF AVOCADO ROOTSTOCK

DEVELOPMENT IN SOUTH AFRICA VI World Avocado Congress Chile 2007

DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwavocadosourcecomWAC6enExtenso1a-8pdf gt

LIPPERT C ALLAMAND M (WESTFALIASUBSOLE) A hystory of

collaboration Rev Subsole Santiago 2007

MAIS NATUREZA ABACATEIRO DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwmaisnaturezacomplantasarvoresabacateiro gt

MARANCA G Fruticultura comercial Manga e Abacate Satildeo Paulo Nobel 1980

p 81-133

MASSAFERA G COSTA T M B OLIVEIRA J E D COMPOSICcedilAtildeO DE AacuteCIDOS

GRAXOS DO OacuteLEO DO MESOCARPO E DA SEMENTE DE CULTIVARES DE

ABACATE (Persea americana MILL) DA REGIAtildeO DE RIBEIRAtildeO PRETO SP)

52

Alim Nutr Araraquara V 21 n 2 p 325-331 abrjun 2010 DISPONIacuteVEL EM lt

http20014571150seerindexphpalimentosarticleview940a20v21n2pdf gt

MDIC Negociaccedilotildees internacionais DISPONIacuteVEL EM

httpwwwdesenvolvimentogovbrsitiosecexnegInternacionaisMedTerrorismoLei

ph p gt

MICKELBART M V BENDER G S WITNEY G W ADAMS C ARPAIA M L

Effects of clonal rootstocks on bdquoHass‟ avocado yield components alternate bearing

and nutrition Journal of Horticultural Schience amp Biotechnology Ashford v 82

n 3 p 460-466 2007

MILLER B BERTELS R PADILLA T WILEMAN R THOMSEN L China the

new frontier VIII World Avocado Congress 2015

MONTENEGRO H W S A cultura do abacateiro Satildeo Paulo Melhoramentos

1951 102p (Criaccedilatildeo e Lavoura n 11)

MORAES A F G Desenvolvimento produccedilatildeo e qualidade de frutos de abacateiro

cv bdquoHass‟ sobre dois porta-enxertos nas condiccedilotildees edafoclimaacuteticas da regiatildeo central

do Estado de Satildeo Paulo Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Ciecircncias Piracicaba 2014

NAAMANI G Global Trends in main Avocado Markets VII World Avocado

Congress Australia 2011

NAVA DE DE LARA HADDAD M PARRA JRP 2005 Exigecircncias teacutermicas

estimativa do nuacutemero de geroccedilotildees de Stenoma catenifer e comprovaccedilatildeo de modelo

em campo Pesq Agropec Bras Brasilia v 40 p 961-967

NAVA DE PARRA JRP COSTA VA GUERRA TM COcircNSOLI FL (2005b)

Population dynamics of Stenoma catenifer(Lepidoptera Elachistidae) and related

larval parasitoids in Minas Gerais Brazil Florida Entomologistv 88p 441-446

53

NOVAGRIM ndash FRESH FRUITS IMPORTER amp VEGETABLE SUPPLIER SINCE

1999 2001-2013 WORLD AVOCADO PRODUCTION DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwnovagrimcomPages2000_2011_Avocado_statistics_ENaspx gt

OLIVEIRA LA A importacircncia das Normas Internacionais para o Comeacutercio da

Fruticultura Brasileira Piracicaba Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Economia Escola

Superior de Agricultura ldquoLuiz de Queirozrdquo Universidade de Satildeo Paulo Piracicaba

2005

OLIVEIRA M A de et al 2000 Ceras para conservaccedilatildeo poacutes colheita de frutos de

abacateiro cultivar Fuerte armazenados em temperatura ambiente Scientia Agriacutecola

Piracicaba 57 (4) 777-780

PASSONI A D NEVES M C M RODRIGUES B B BOTEON M Anaacutelise dos

principais entraves na exportaccedilatildeo de frutas brasileiras CENTRO DE ESTUDOS

AVANCcedilADOS EM ECONOMIA APLICADA (CEPEAESALQ-USP) XLIV

CONGRESSO DA SOBER ndash ldquoQuestotildees Agraacuterias Educaccedilatildeo no Campo e

Desenvolvimentordquo Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia Rural Fortaleza

2006

PEGG K G COATES L M KORSTEN L HARDING R M Foliar fruit and

soilborne diseases In WHILEY A W SCHAF

PERFIL DA FRUTICULTURA 2014 Base de dados 2012 a 2013 Governo de Minas

Gerais Agricultura Pecuaacuteria e Abastecimento 2014

PICCININ E PASCHOLATI S F ldquoDOENCcedilAS DO ABACATEIRO‟ em MANUAL DE

FITOPATOLOGIA Vol 2 Doenccedilas das Plantas Cultivadas Editora Agronocircmica

Ceres Ltda Satildeo Paulo 1997 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwifcursoscombrsistemaadminarquivos07-33-29-

manualfitopatologiapdfpage=10 gt

54

PUTT F F GOacuteES B C CATANEO P F Anaacutelise econocircmica de oferta e demanda

do abacate na alta paulista X Foacuterum Ambiental da Alta Paulista v 10 n 7 2014

pp 158-169

ROCHA I L Nuacutemeros do abacate HORTIESCOLHA Instituto Brasileiro de

Qualidade em Horticultura DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwhortibrasilorgbrjnwindexphpoption=com_contentampview=articleampid=120

9numeros-do-abacate-ampcatid=50comercializacaoampItemid=82 gt

SANTO N T Manejo da vegetaccedilatildeo intercalar para obtenccedilatildeo de cobertura morta na

cultura do abacateiro visando minimizar os danos causados por Phytophthora

cinnamomi Dissertaccedilatildeo de mestrado em Fitotecnia Piracicaba 2014

SCHAFFER B WOLSTENJOLME B N WHILEY A W The avocado botany

production and uses 560 p 2012 DISPONIacuteVEL EM lt

httpsbooksgooglecombrbooksid=r0hpRJca3zECamppg=PA83amplpg=PA83ampdq=Th

e+Avocado+botany+production+and+uses+hass-

likeampsource=blampots=oqc5OBsbmVampsig=5gDWWPIMYRBW9cH3yYuWh-ldd-8amphl=pt-

BRampsa=Xampved=0ahUKEwj_yPbgsoTKAhUGDpAKHZTrCWEQ6AEIPDADv=onepag

eampqampf=false gt

SCIENCIA I Certificaccedilatildeo GLOBALGAP e impactos ambientais em agroinduacutestrias de

alimentos Dissertaccedilatildeo de Poacutes-Graduaccedilatildeo Araraquara SP 2010 lt

mlthttpwwwecoecoorgbrconteudopublicacoesencontrosvii_envii_enc_ecohtm

gt

SIMAtildeO S Manual de Fruticultura Satildeo Paulo Editora Agronocircmica Ceres 1971

530p p 147-169

SINGER P MASON J Eacutetica da alimentaccedilatildeo como nossos haacutebitos alimentares

influenciam o meio ambiente e o nosso bem estar Rio de Janeiro Elsevier 2007

SOARES H F ITO M K O AacuteCIDO GRAXO MONOINSATURADO DO ABACATE

NO CONTROLE DE DISLIPIDEMIAS Ver Ciecircnc Meacuted Campinas P 47-51 2000

55

DISPONIacuteVEL EM lt httpperiodicospuc-

campinasedubrseerindexphpcienciasmedicasarticleviewFile13301304 gt

TEIXEIRA C G Cultura In ITAL ndash INSTITUTO DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS

(Campinas) Abacate Cultura mateacuteria-prima processamento e aspectos

econocircmicos 2 Ed Campinas Instituto Campineiro de Ensino Agriacutecola 1995 Cap 1

p 1-54 (Frutas Tropicais)

TEIXEIRA C G Cultura do abacate In TEIXEIRA C G et al ABACATE cultura

mateacuteria prima processamento e aspectos econocircmicos 2deg ed Seacuterie Fruas Tropicais

ndeg8 ITAL Campinas 1991 250p

WATANABE H S Caracteriacutesticas de cultivares de abacate CEAGESPS ndash

Companhia de Entrepostos e Armazeacutens Gerais de Satildeo Paulo 2013

WOLFENBARGER D O COLBURN B The Stenoma catenifer a serious Avocado

pest Proceedings of Florida State Horticulture Society v 92 p 315-318 1979

ZEIDAN R SEIXAS P ABRANCHES L COSTA D MEIRELLES F Certificaccedilatildeo

na cadeia produtiva de alimentos e as barreiras teacutecnicas agrave exportaccedilatildeo Simpoacutesio de

excelecircncia e gestatildeo e tecnologia ndash SEGeT 2008 Resende

Page 36: EVOLUÇÃO DA PRODUÇÃO MUNDIAL E NACIONAL …...RESUMO O abacateiro, Persea americana, é uma cultura muito importante em vários países, devido ao volume comercializado da fruta

36

Minas Gerais 2865 2254 2326 2223 1854 2202 2134 2309 2416 2373

Paranaacute 1492 1467 1306 1009 1085 1000 944 922 958 930

Cearaacute 493 475 498 497 490 484 477 480 483 498

Rio Grande do Sul 626 619 613 602 584 575 552 499 470 444

Distrito Federal 119 122 109 124 108 111 - 295 160 134

A tabela 5 abaixo apresenta a produccedilatildeo de todas as variedades de abacate

em toneladas dos uacuteltimos 10 anos para os principais estados produtores e o Distrito

Federal

TABELA 5 - Produccedilatildeo nacional de abacate em 10 anos (em t) Elaborada pelo

autor FONTE (IBGESIDRA)

UFANO 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Brasil 169335 164441 154096 147214 139089 153189 160376 159903 157482 156669 1000

Satildeo Paulo 77107 78085 70812 69904 74193 83002 91909 82780 85101 79316 506

Minas Gerais 38777 32812 33436 28016 24772 28522 30975 36669 36571 41259 263

Paranaacute 22265 22575 20425 16537 15919 15824 17304 16705 16309 15784 101

Rio Grande do Sul

8167 7905 7804 7602 6824 6769 6907 5719 5584 5277 34

Cearaacute 5202 4231 4706 4520 4336 4163 3985 2717 2640 3637 23

Distrito Federal 2596 3081 2690 3019 2666 2415 - 6914 3152 3151 20

Em 2014 a aacuterea destinada agrave colheita do abacate no estado do Cearaacute era

superior agrave aacuterea do Rio Grande do Sul contudo a produccedilatildeo no estado do Cearaacute no

mesmo ano foi de 3637 t enquanto que a produccedilatildeo do Rio Grande do Sul foi de

5277 45 maior reforccedilando assim a ideia de que a produtividade no Sul pode ser

maior em relaccedilatildeo agrave regiatildeo Nordeste Este fator pode ser decorrente do uso de

cultivares inadequadas para as condiccedilotildees climaacuteticas da regiatildeo eou pela falta de

adoccedilatildeo de tecnologias modernas e teacutecnicas avanccediladas de produccedilatildeo

No Distrito Federal a produccedilatildeo cresceu 21 nos uacuteltimos 10 anos e hoje

representa 2 da produccedilatildeo nacional Por outro lado Satildeo Paulo que lidera o ranking

com 506 de toda a produccedilatildeo obteve crescimento de apenas 286 Jaacute a

produccedilatildeo do Paranaacute sofreu uma reduccedilatildeo de -291 neste mesmo periacuteodo poreacutem

manteve-se como quarto produtor nacional de abacate Os estados do Cearaacute e Rio

Grande do Sul tambeacutem reduziram sua produtividade nos uacuteltimos 10 anos

acompanhando a reduccedilatildeo nacional que reduziu -74

37

A variaccedilatildeo da produtividade de todas as variedades de abacate dos principais

estados produtores de abacate do Brasil eacute apresentada na TABELA 6 a seguir

TABELA 6 - Variaccedilatildeo (em) da produtividade (t) no Brasil em 10 anos

Elaborada pelo autor FONTE (IBGESIDRA)

VARIACcedilAtildeO () DA PRODUTIVIDADE (t) EM 10 ANOS

ESTADOANO 2005 2014 VARIACcedilAtildeO

PAIacuteS 146 164 123

SAtildeO PAULO 181 183 11

MINAS GERAIS 135 174 289

PARANAacute 149 17 141

RIO GRANDE DO SUL 13 119 -85

CEARAacute 106 73 -311

DISTRITO FEDERAL 218 235 78

De acordo com os dados do IBGE Satildeo Paulo eacute o maior produtor de abacate

do paiacutes Dentre as variedades mais produzidas no estado de Satildeo Paulo estatildeo

bdquoFortuna‟ bdquoGeada‟ bdquoQuintal‟ e bdquoMargarida‟ (DORIZZOTTO 2011)

Abaixo segue TABELA 11 contendo os nuacutemeros de plantas novas e o

nuacutemero de plantas em produccedilatildeo bem como a produccedilatildeo (caixas de 22Kg) no estado

de Satildeo Paulo ao longo de 15 anos

TABELA 7 - Quantidade de peacutes novos peacutes em produccedilatildeo e produccedilatildeo (cx 22kg)

no estado de Satildeo Paulo entre 2000 e 2015 Elaborada pelo autor FONTE

INSTITUTO DE ECONOMIA AGRIacuteCOLA

ANO PEacuteS

NOVOS PEacuteS EM

PRODUCcedilAtildeO

2000 4859400 66157100

2001 4617700 62883700

2002 4742500 55421300

2003 6095000 49740300

2004 5969500 48339500

2005 5131100 46596200

2006 5325600 45869000

2007 3412800 47668000

2008 5007100 40617400

2009 12068600 49971400

2010 8190000 53239000

38

2011 6904500 54780100

2012 7704100 51341600

2013 7002100 59149400

2014 8419800 60996100

2015 9040200 67073800

O graacutefico abaixo apresenta a curva da produtividade obtida a partir da relaccedilatildeo

feita entre a produccedilatildeo e a quantidade de peacutes em produccedilatildeo no estado de Satildeo Paulo

Figura 9 - Produtividade (kgplanta) no estado de Satildeo Paulo desde 2000 elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE ECONOMIA AGRIacuteCOLA

Os dados foram obtidos a partir da relaccedilatildeo feita entre a quantidade de planta

em produccedilatildeo e a quantidade de caixas de 22 Kg produzidas no estado de Satildeo Paulo

desde 2000 Esses dados revelam crescente aumento da produtividade ateacute o ano de

2010 onde a produtividade ultrapassou 168 Kgplanta Jaacute em relaccedilatildeo ao ano de

2011 a produtividade sofreu uma reduccedilatildeo de 10 Depois disso a curva de

produtividade continuou ascendente

A seguinte tabela apresenta a evoluccedilatildeo do preccedilo do abacate comercializado

na CEAGESP durante o ano no periacuteodo de nove anos

90

110

130

150

170

190

20

00

20

01

20

02

20

03

20

04

20

05

20

06

20

07

20

08

20

09

20

10

20

11

20

12

20

13

20

14

20

15

PRODUTIVIDADE DOS PEacuteS DE ABACATE (Kgplanta) EM SP

PRODUTIVIDADE

39

TABELA 8 - Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio (em R$Kg) do abacate FONTE

CEAGESP 2008

ANOMEcircS JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

2007 105 101 1 118 107 109 129 151 159 181 228 279

2008 119 081 084 097 102 11 122 137 149 208 296 326

2009 169 122 132 133 141 141 152 177 217 213 212 235

2010 17 161 165 154 151 151 164 173 202 262 406 316

2011 185 182 183 203 186 204 231 278 308 317 359 369

2012 207 155 151 141 153 164 192 218 242 268 429 485

2013 263 209 216 215 244 265 258 304 347 403 566 498

2014 228 206 231 239 198 2 256 267 301 305 403 538

2015 406 403 386 349 367 397 394 43 - - - -

O graacutefico a seguir resume o comportamento da quantidade de peacutes novos e

em produccedilatildeo no estado de Satildeo Paulo desde o ano 2000

Figura 10 - Evoluccedilatildeo do nuacutemeros de peacutes novos e em produccedilatildeo ao longo de 15 anos no estado de Satildeo Paulo elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE

ECONOMIA AGRIacuteCOLA

A produccedilatildeo (em caixas de 22 Kg) eacute demonstrada no graacutefico abaixo para esse

mesmo periacuteodo

000

10000000

20000000

30000000

40000000

50000000

60000000

70000000

80000000

20002002200420062008201020122014

EVOLUCcedilAtildeO DOS DADOS DO ABACATE EM SAtildeO PAULO

PEacuteS NOVOS

PEacuteS EM PRODUCcedilAtildeO

40

Figura 11 - Evoluccedilatildeo da produccedilatildeo de abacate em caixas de 22kg no estado de Satildeo Paulo em 15 anos elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE

ECONOMIA AGRIacuteCOLA

A sazonalidade do abacate comercial na CEAGESP em Satildeo Paulo

demonstram que o abacate pode ser comercializado praticamente todas as eacutepocas

do ano como apresentado pela tabela

TABELA 9 - Sazonalidade do abacate FONTE CEAGESP 2008

VARIEDADE JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

GEADA X X X X X

FORTUNA X X X X X X X

QUINTAL X X X X X X X

MARGARIDA X X X X X X X X X X

BREDA X X X X X X X X

HASS X X X X X X X X

O Estado de Minas Gerais eacute o segundo maior produtor nacional de abacate

participando do setor com 229 do total produzido A aacuterea no Estado destinada agrave

produccedilatildeo da fruta foi de 23 mil ha A produtividade do estado de Minas em 2012 foi

de 15881 (hgha) (PERFIL DA FRUTA) A produccedilatildeo de abacate no Distrito Federal

em 2013 foi de 3152 toneladas (IBGE) Em Minas a produccedilatildeo concentra-se nas

regiotildees Sul e Sudeste do estado (ALMEIDA 2013)

200000000

250000000

300000000

350000000

400000000

450000000

500000000

550000000

20002002200420062008201020122014

EVOLUCcedilAtildeO NA PRODUCcedilAtildeO DE ABACATE EM SAtildeO PAULO (22Kgcx)

PRODUCcedilAtildeO CX 22Kg

41

Em 2003 o Paranaacute foi o terceiro maior produtor nacional de abacate com uma

aacuterea de aproximadamente 1600ha onde se produziu 26 mil toneladas gerando uma

receita de cerca de R$ 85 milhotildees (HOHMANN amp MENEGUIM 2005)

De acordo com a relaccedilatildeo feita entre os dados de volume de abacate colhido e

de aacuterea destinada agrave produccedilatildeo do IBGESIDRA em 10 anos (2005 agrave 2014) o estado

que sofreu maior reduccedilatildeo da produtividade foi o estado do CEARAacute reduzindo em

31 aproximadamente enquanto que o estado de minas aumentou 289 sua

produtividade O DF apresentou os melhores niacuteveis de produtividade a partir desses

dados

AVOCADO NO BRASIL

A regiatildeo de Bauru em Satildeo Paulo especializou-se na produccedilatildeo dos abacates

‟Hass‟ e bdquoFuerte‟ conhecidos comercialmente como Avocado e satildeo os mais

apreciados pelo mercado internacional (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA

FRUTICULTURA 2008)

O Avocado variedades ‟Hass‟ e bdquoFuerte‟ possui excelentes caracteriacutesticas

nutricionais como por exemplo seu alto teor de lipiacutedeos Aleacutem disso o fruto possui

tamanho reduzido o que facilita o consumo evitando que parte natildeo consumida seja

armazenada Uma das possibilidades de se estimular o consumo interno seria

promover o produto a partir do uso de marketing setor no qual a empresa

JAGUACYR situada no municiacutepio de Bauru ndash SP tem se destacado fornecendo

informaccedilotildees nutricionais e apresentando o alto padratildeo de qualidade da fruta Outro

fator que reduz a oferta do produto no mercado interno eacute a demanda internacional

apesar de impor barreiras e exigirem alto padratildeo de qualidade o produto de

qualidade recebe os melhores preccedilos este fator tambeacutem limita o consumo interno

porque o preccedilo oferecido pelos importadores reflete no preccedilo interno

Outro ponto que deve ser observado para se manter qualidade elevada dos

frutos eacute a escolha adequada do ponto de colheita pois este fator reflete diretamente

no teor de oacuteleo dos frutos que por sua vez eacute responsaacutevel pela conservaccedilatildeo do

sabor Os melhores teores de oacuteleo encontram-se em frutos tardios como nas

variedades obtidas a partir das raccedilas Guatemalenses e Mexicana sendo maior nas

raccedilas Mexicana e menor em cultivares oriunda de raccedilas Guatemalenses como por

exemplo a bdquoHass‟

42

A exportaccedilatildeo brasileira do abacate bdquoHass‟ variedade mais produzida no

mundo era de 100 toneladas por ha em 2004 para 2186 toneladas em 2010

(DORIZZOTTO 2011) Contudo este dado representa apenas 143 do volume de

todo o abacate produzido no paiacutes nesta mesma data mesmo com seus atributos

nutricionais e comerciais

Quando se trata do segmento do mercado do Avocado brasileiro em acircmbito

global a empresa JAGUACYR situada no municiacutepio de Bauru ndash SP com sede na

Holanda eacute de extrema relevacircncia contribuindo com 90 das exportaccedilotildees brasileiras

deste produto com o qual o Brasil ainda comeccedila a participar poreacutem possui

condiccedilotildees favoraacuteveis para crescer no setor (CARVALHO 2015)

O graacutefico a seguir apresentado na Figura 2 demonstra a evoluccedilatildeo da

participaccedilatildeo do Avocado no setor de fruticultura no estado de Satildeo Paulo

Figura 12 - Elaborado pelo autor FONTE CEAGESPSEDES GABRIEL V BITENCOURT DE ALMEIDA

Como apresentado no graacutefico acima o volume de Avocado comercializado na

CEAGESP tem crescido rapidamente vertiginosamente chegando a quase

quadruplicar seu valor em apenas 7 anos

Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio de atacado (R$Kg) de Avocado na CEAGESP de

Satildeo Paulo durante o ano (SP) (Figura 3)

81 74 90

106 133

208

365 378

0

50

100

150

200

250

300

350

400

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

EVOLUCcedilAtildeO DA QUANTIDADE COMERCIALIZADA (T) DE AVOCADO NA CEAGESP DE SAtildeO PAULO (SP)

QUANTIDADE(toneladas)

43

Figura 13 - Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio do avocado na CEAGESP (R$Kg) Elaborado pelo autor FONTES CEAGESP

O graacutefico a seguir demonstra um comparativo da variaccedilatildeo do preccedilo meacutedio do

abacate em relaccedilatildeo ao Avocado durante o ano com base nos dados de nove anos

da CEAGESP (R$Kg)

Figura 14 - Comparativo do preccedilo meacutedio do abacate e do avocado comercializado na ceagesp durante o ano elaborado pelo autor FONTE

CEAGESP

A partir dos dados de 7 anos com a variaccedilatildeo do preccedilo meacutedio do Avocado por

quilo durante o ano pocircde-se observar que os menores valores encontram-se entre

maio e agosto A variaccedilatildeo de preccedilo meacutedio durante o ano chega a ser de R$ 581 o

quilo mais que o dobro entre o maior e menor valor meacutedio encontrado

O graacutefico com o comparativo do preccedilo do abacate com o Avocado (Figura 11)

revela a discrepacircncia da valorizaccedilatildeo entre os dois grupos O valor miacutenimo do

4

6

8

10

12

jan

fev

mar

abr

mai

jun jul

ago

set

ou

t

no

v

dez

EVOLUCcedilAtildeO DO PRECcedilO MEacuteDIO DO AVOCADO NA CEAGESP (R$Kg)

PRECcedilO MEacuteDIO

0

2

4

6

8

10

12

JAN

FEV

MA

R

AB

R

MA

I

JUN

JUL

AG

O

SET

OU

T

NO

V

DEZ

PRECcedilO AVOCADO

PRECcedilO DO ABACATE

44

Avocado eacute de R$ 554 por quilo enquanto que o maior valor encontrado do abacate

chega a R$ 381 uma diferenccedila de quase 50

O CEASA-DF registrou em 2014 um volume comercializado de 397 toneladas

de Avocado enquanto que no ano anterior o volume registrado natildeo passou de 07

toneladas (CEASA-DF)

Apesar de jaacute haver teacutecnicas eficientes e tecnologias modernas disponiacuteveis

para se aperfeiccediloar a produccedilatildeo do abacate a exploraccedilatildeo de novas regiotildees com

potencial produtor para a implantaccedilatildeo de pomares de abacateiro no Brasil eacute um dos

fatores que podem aumentar mais ainda a produccedilatildeo nacional No DF por exemplo

a aacuterea destinada agrave colheita do abacate sofreu uma reduccedilatildeo de mais da metade de

2012 para 2014 muito diferente da forma como havia se comportando desde 2000

quando a aacuterea passou de 85 ha para 111 em 2010 O DF representa apenas 2 da

produccedilatildeo nacional do abacate contudo sua produtividade vem aumentando e de

acordo com os dados do IBGE o DF possui os melhores iacutendices de produtividade do

paiacutes o que pode representar forte potencial da regiatildeo no setor Este fato corrobora

com a ideia de que o Brasil pode aproveitar melhor sua extensatildeo territorial

explorando regiotildees com potencial produtor como o DF por exemplo

CERTIFICACcedilAtildeO

CARVALHO (2015) afirma que para participar do mercado internacional os

produtores devem se atentar agraves exigecircncias internacionais de qualidade e seguranccedila

garantidas por meio de certificaccedilatildeo como GlobalGapR BRCR BRCIR FAIRDRADER

e SEDEX-SMETAR Outro ponto que deve ser adotado pelo Brasil no comeacutercio do

Avocado eacute manter um mercado com preccedilo linear e contiacutenuo Ainda segundo

CARVALHO (2015) produtores que natildeo possuem certificaccedilatildeo no GlobalgapR

recebem menos 10

PRECcedilO PAGO PELA JAGUACYR AO PRODUTOR COM GLOBALGAPR

TABELA 10 - (CARVALHO 2015)

CAT CALIBRE MAR ABR MAI JUN

1 12 A 24 315 322 205 205

2 26 A 32 131 129 130 130

2 12 A 24 284 350 187 187

45

Para o consumidor final o selo GLOBALGAPR natildeo eacute tatildeo notado pois o uso

desta marca eacute praticado entre empresas Contudo sua em sua elaboraccedilatildeo

considerou-se a reduccedilatildeo dos impactos negativos das operaccedilotildees agriacutecolas no meio

ambiente reduzir o uso de insumos quiacutemicos e garantir que assuntos de sauacutede e

seguranccedila dos empregados e bem estar animal sejam observados (GLOBALGAPR

2008)

A GLOBALGAPR serve como um manual no comeacutercio mundial de produtos

agriacutecolas estabelecendo normas voluntaacuterias para sua certificaccedilatildeo Este conjunto de

normas estabelece serve de molde para a conduccedilatildeo de boas praacuteticas agriacutecolas

(BPA) nas atividades agriacutecolas (GLOBALGAPR 2008)

Um dos pontos positivos em se adotar os protocolos de boas praacuteticas

agriacutecolas eacute a prevenccedilatildeo de perdas Pesquisas feitas no setor da fruticultura

concluem que maior parte do desperdiacutecio ocorre no percurso que vai do manuseio

no campo ateacute as centrais de produccedilatildeo (AGRIANUAL 2012) Os iacutendices de perdas da

abaticultura chegam a 34 ao ano (AGRIANUAL 2015)

Eacute de extrema importacircncia desenvolver soacutelidos e eficientes sistemas de

certificaccedilatildeo a fim de assegurar qualidade que atenda as expectativas dos

consumidores permitindo que as empresas ingressem nos mercados globais com

seus produtos (ZEIDAN et al 2008)

A difusatildeo de praacuteticas recomendadas para a obtenccedilatildeo da certificaccedilatildeo

GLOBALGAPR por parte dos produtores de abacate principalmente as variedades

bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ pode estimular o consumo interno por meio da oferta de produtos

de maior qualidade aleacutem de reduzindo perdas e promover o produto no comeacutercio

internacional da fruta Fazendo com que o potencial produtor seja aproveitado ao

maacuteximo uma vez que seguir os protocolos de boas praacuteticas agriacutecolas represente a

reduccedilatildeo de perdas no processo de produccedilatildeo de colheita e de transporte seja por

meio da reduccedilatildeo da incidecircncia de pragas ou por adoccedilatildeo de teacutecnicas e evitem perdas

na conduccedilatildeo da produccedilatildeo dos pomares de abacate

CONCLUSOtildeES

A produccedilatildeo de Avocado cultivares bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ superiores em vaacuterios

aspectos agraves cultivares mais populares no paiacutes tem condiccedilotildees de se desenvolver

amplamente no Brasil tornando-o grande consumidor e exportador da fruta Essa

46

mudanccedila pode ocorrer por meio de incentivos governamentais que incentivem o

registro de produtos para a cultura do abacateiro favorecendo a obtenccedilatildeo de

certificaccedilatildeo bem como o desenvolvimento de centros de pesquisas que

desenvolvam estudos sobre a cultura do abacateiro que promovam a difusatildeo de

tecnologia e com isso estimule a utilizaccedilatildeo de novas aacutereas com potencial produtivo

A transferecircncia de tecnologia tambeacutem pode ser feita por parte de empresas da aacuterea

privada que possuem domiacutenio de teacutecnicas e tecnologias modernas principalmente

por meio da popularizaccedilatildeo da produccedilatildeo de mudas clonais para porta-enxerto Aleacutem

disso devem ser feitas accedilotildees por parte de instituiccedilotildees privadas como o

desenvolvimento do marketing da fruta a fim de divulgar os benefiacutecios do consumo

e a exposiccedilatildeo de novas formas de consumo de abacate pode ser crucial para a

mudanccedila do comportamento do consumidor nacional uma vez que este se atenta

principalmente aos aspectos visuais do abacate

Na poacutes-colheita o controle sobre os processos de maturaccedilatildeo poderia ser

mais bem aproveitado No Brasil a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas de conservaccedilatildeo no poacutes-

colheita de frutas objetiva na maioria das vezes estender o tempo de prateleira

destes produtos Para se aproveitar os elevados preccedilos ofertados em determinadas

eacutepocas os produtores colhem os frutos antes do recomendado para a fruta do

abacateiro o que reduz sua qualidade pois a eacutepoca da colheita influencia

diretamente no teor de oacuteleo fator altamente relacionado com o sabor da fruta Por

outro lado a aceleraccedilatildeo do processo de maturaccedilatildeo por meio do controle de

maturaccedilatildeo permite fornecimento de frutos maduros prontos para o consumo

estimulando assim o consumo no paiacutes Com a entrega regular de frutos maduros

nos supermercados e restaurantes novas formas de consumo da fruta como patecircs

e em saladas poderiam ser facilmente introduzidas no cardaacutepio nacional

47

BIBLIOGRAFIA

ALMEIDA G V B Mercado Atacadista de Abacate e Avocado (CEAGESP) III

Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado Bauru 2015

ALMEIDA G V B O Abacate no mundo e na CEAGESP Todafruta notiacutecia 2011

DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwtodafrutacombrnoticia28119O+ABACATE+NO+MUNDO+NO+BRASIL

+E+NA+CEAGESP gt

ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA FRUTICULTURA 2004 a 2015 DISPONIacuteVEL EM

httpwwwgrupogazcombrtratadaseo_edicao420150320150301_106c8c2f1pdf

4718_2015fruticulturapdfgt

BIODIESELBR DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwbiodieselbrcomnoticiasmateria-

primaoutrasvideo-unesp-transforma-oleo-abacate-biodiesel-060313htm gt

BONELLA J A Classificaccedilatildeo de abacates na CEAGESP Joseacute Alcides Bonella ME

2013

BRUWER T ROOYEN Z VAN PERFORMANCE AND MARKET ACCEPTIBILITY

OF THE HASS-LIKE CULTIVARS GEM AND HARVEST IN SOUTH AFRICA Vi

World Avocado Congress (Actas VI Confreso Mundial del Aguacate) 2007 Vintildea Del

Mar Chile 12 ndash 16 nov 2007 ISBN n 978-956-17-0413-8 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwAvocadosourcecomWAC6enExtenso1b-36pdf gt

CAMPOS J A Cultura racional do abacateiro Satildeo Paulo Iacutecone 1988 150 p

CANTUAacuteRIAS-AVILEacuteS T SILVA S R La induacutestria del aguacate em el Estado de

Satildeo Paulo Brasil actualidad y perspectivas futuras In CONGRESO MUNDIAL DEL

AGUACATE 7 2011 Caims Resuacutemenes Caims Avocado Australia 2011

48

CORREIA R C ARAUJO J L P MOUCO M A do C BRAGA C A

MENDONCcedilA R F de Abacate preferecircncias e mercado CONGRESSO

BRASILEIRO DE FRUTICULTURA 21 2010 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwalicecnptiaembrapabralicebitstreamdoc8700181Moucopdf gt

CARVALHO L F Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado realizaccedilatildeo Jaguacy

Sindicato Rural de Bauru Serviccedilo Nacional de Aprendizagem Rural - SENAR

Faculdades Integradas de Bauru ndash SP 2015

CHITARRA M I F CHITARA A B 2005 Poacutes colheita de frutos e hortaliccedilas

Fiiologia e Manuseio Lavras ESALFAEPE

CRANE J H BALERDI C F MAGUIRE I Avocado Growing in the Florida Home

Landscape University of Florida Circular 1034 one of a series of the Horticultural

Sciences Department Florida Cooperative Extension Service Institute of Food and

Agricultural Sciences University of Florida 1983 Revised 2007

CRIZEL G R MOURA R S OLIVEIRA I R MENDONCcedilA C R B

Caracteriacutesticas fiacutesicas e quiacutemicas de abacates das variedades bdquoQuintal‟ e bdquoHass‟ In

CONGRESSO DE INICIACcedilAtildeO CIENTIacuteFICA 17 ENCONTRO DE POacuteS-

GRADUACcedilAtildeO 10 2008 Pelotas Resumos Pelotas UFPEL 2008

DAIUTO E R VIEITES R L TREMOCOLDI M A RUSSO V C Taxa

respiratoacuteria de abacate bdquoHass‟ submetido a diferentes tratamentos fiacutesicos Revista

Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha Meacutexico v 10 n 2 p 101-109

2010

DAIUTO E R TREMOCOLDI M A VIEITES R L Conservaccedilatildeo poacutes colheita de

abacate bdquoHass‟ irradiado Revista Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha vol

10 n 2 2010

DONADIO L C Abacate para exportaccedilatildeo aspectos teacutecnicos da produccedilatildeo

Brasiacutelia Frupex MAPA 1995 53 p

49

DONADIO L C FERRARI L AVILEacuteS T C Abacate In DONADIO L C (Ed)

Histoacuteria da Fruticultura Paulista Jaboticabal SBF ndash Sociedade Brasileira de

Fruticultura 2010 P 33-63

DORIZZOTTO C D A SAMPAIO A C ICUMA I M et al Avocado production

chain in the state of Satildeo Paulo (Brazil) In Proceedings VII World Avocado Congress

2011 Cairns Anaishellip Cairns Internacional Avocado Society 2011 DISPONIacuteVEL

EM lt

httpworldAvocadocongress2011comuserfilesfileOsvaldo20Kioshi20Yamanis

hi201400-1420pdf gt

ERNST Z R ERNST A A The strategic role of new cultivars A case study of

bdquoMaluma‟ VIII Congreso Mundial de la Palta 2015 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwavocadosourcecomWAC8Section_02EarnstZander2015pdf gt

FACTFISH Avocados production quantity (tons) ndash for all countries DISPONIacuteVEL

EM lt httpwwwfactfishcomstatisticAvocados20production20quantity gt

FAOSTAT 2000 a 2013 DISPONIacuteVEL EM lt httpfaostat3faoorgbrowseTTPE gt

FER B WOLSTENHOLME B N (Ed) The Avocado botany production and

uses Oxon CABI Publ 2002 chap 12 p 299-338

FRANCISCO V L F dos S BAPTISTELLA C S L CULTURA DO ABACATE NO

ESTADO DE SAtildeO PAULO Informaccedilotildees Econocircmicas SP v 35 n5 2005

DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwieaspgovbroutpublicacoespdftec3-0505pdf gt

GAYET J P et al 1995 Abacate para exportaccedilatildeo procedimentos de colheita e

poacutes-colheita FRUPEX Brasiacutelia 37p

GIRARDI G Abacate uma nova opccedilatildeo de biocombustiacutevel Jornal UNESP Bauru

2009 DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwunespbracijornal248energia_bauruphp gt

50

GUEDES M S B SENA M TOLEDO S Certificaccedilatildeo como estrateacutegia competitiva

internacional dos produtores de frutas no Brasil VII Encontro da Sociedade

Brasileira de Economia Ecoloacutegica (ECO-ECO) 28 a 30 de novembro de 2007

Fortaleza Cearaacute

HODDLE M The Avocado Seed Moth Stenoma cateniver Walsingham (Lepdoptera

Elachistidae) Department of Entomology Applied Biological Control Research

DISPONIacuteVEL EM lt httpbiocontrolucredustenomastenomahtml gt

HOHMANN C L MENEGUIM A M A BROCA-DO-ABACATE (Stenoma catenifer)

Aspectos bioloacutegicos comportamento danos e manejo Instituto Agronocircmico do

Paranaacute ndash Londrina ndashPR Informe da Pesquisa n 147 2005

HOHMANN C L MENEGUIM A M Observaccedilotildees preliminares sobre a ocorrecircncia

da broca-do-abacate Stenoma catenifer Wals no Estado do Paranaacute Anais da

Sociedade Entomoloacutegica do Brasil v 22 p 417-419 1993

ILLSLEY-GRANICH C‟Hass‟Carmenrega precocious flowering avocado tree

Agrovim AS de CV Uruapan Michocan Mexico Rob Brokaw Brokaw Nursery Inc

Saticoy California USA Dr Salvador Ochoa-Ascencio University of Michoacan

Uruapan Michoacan Mexico 2011 DISPONIacuteVEL EM lt

httpworldavocadocongress2011comuserfilesfileCarlos20Illsley201410-

1430pdf gt

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA ESTATIacuteSTICA (IBGE) IBGE CIDADES

DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwcidadesibgegovbrcartogramamapaphplang=ampcoduf=53ampcodmun=53

0010ampidtema=136ampcodv=v01ampsearch=distrito-federal|brasilia|sintese-das-

informacoes-2013 gt

KADER A A 1992 Postharvest technology of horticultural crops Okland Univertisy

of California 292p

51

KADER A A ARPIA M L Avocado Recommendations for Maintaining

Postharvest Quality 2013

KADER A A Biologiacutea y Tecnologiacutea Postcosecha un Panorama In KADER A A

Tecnologiacutea Postcosecha de Cultivos Hortofrutiacutecolas 3 Ed Davis University Of

Califoacuternia 2007 Cap 4 p 43-53

KLUGE R A et al Inibiccedilatildeo do amadurecimento de abacate com 1-

metilciclopropeno Pesquisa Agropecuaacuteria Brasileira 37(7)895-901

KOOLER O C Abacaticultura Porto Alegre UFRGS 1992 138p

KOOLER O C ABACATICULTURA Porto Alegre UFRGS 1984 138p

KOLLER O C Abacate produccedilatildeo de mudas instalaccedilatildeo e manejo de pomares

colheita e poacutes-colheita Porto Alegre Cinco Continentes 2002 145 p

KREMER-KOumlHNE S KOumlHNE J S 25 YEARS OF AVOCADO ROOTSTOCK

DEVELOPMENT IN SOUTH AFRICA VI World Avocado Congress Chile 2007

DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwavocadosourcecomWAC6enExtenso1a-8pdf gt

LIPPERT C ALLAMAND M (WESTFALIASUBSOLE) A hystory of

collaboration Rev Subsole Santiago 2007

MAIS NATUREZA ABACATEIRO DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwmaisnaturezacomplantasarvoresabacateiro gt

MARANCA G Fruticultura comercial Manga e Abacate Satildeo Paulo Nobel 1980

p 81-133

MASSAFERA G COSTA T M B OLIVEIRA J E D COMPOSICcedilAtildeO DE AacuteCIDOS

GRAXOS DO OacuteLEO DO MESOCARPO E DA SEMENTE DE CULTIVARES DE

ABACATE (Persea americana MILL) DA REGIAtildeO DE RIBEIRAtildeO PRETO SP)

52

Alim Nutr Araraquara V 21 n 2 p 325-331 abrjun 2010 DISPONIacuteVEL EM lt

http20014571150seerindexphpalimentosarticleview940a20v21n2pdf gt

MDIC Negociaccedilotildees internacionais DISPONIacuteVEL EM

httpwwwdesenvolvimentogovbrsitiosecexnegInternacionaisMedTerrorismoLei

ph p gt

MICKELBART M V BENDER G S WITNEY G W ADAMS C ARPAIA M L

Effects of clonal rootstocks on bdquoHass‟ avocado yield components alternate bearing

and nutrition Journal of Horticultural Schience amp Biotechnology Ashford v 82

n 3 p 460-466 2007

MILLER B BERTELS R PADILLA T WILEMAN R THOMSEN L China the

new frontier VIII World Avocado Congress 2015

MONTENEGRO H W S A cultura do abacateiro Satildeo Paulo Melhoramentos

1951 102p (Criaccedilatildeo e Lavoura n 11)

MORAES A F G Desenvolvimento produccedilatildeo e qualidade de frutos de abacateiro

cv bdquoHass‟ sobre dois porta-enxertos nas condiccedilotildees edafoclimaacuteticas da regiatildeo central

do Estado de Satildeo Paulo Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Ciecircncias Piracicaba 2014

NAAMANI G Global Trends in main Avocado Markets VII World Avocado

Congress Australia 2011

NAVA DE DE LARA HADDAD M PARRA JRP 2005 Exigecircncias teacutermicas

estimativa do nuacutemero de geroccedilotildees de Stenoma catenifer e comprovaccedilatildeo de modelo

em campo Pesq Agropec Bras Brasilia v 40 p 961-967

NAVA DE PARRA JRP COSTA VA GUERRA TM COcircNSOLI FL (2005b)

Population dynamics of Stenoma catenifer(Lepidoptera Elachistidae) and related

larval parasitoids in Minas Gerais Brazil Florida Entomologistv 88p 441-446

53

NOVAGRIM ndash FRESH FRUITS IMPORTER amp VEGETABLE SUPPLIER SINCE

1999 2001-2013 WORLD AVOCADO PRODUCTION DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwnovagrimcomPages2000_2011_Avocado_statistics_ENaspx gt

OLIVEIRA LA A importacircncia das Normas Internacionais para o Comeacutercio da

Fruticultura Brasileira Piracicaba Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Economia Escola

Superior de Agricultura ldquoLuiz de Queirozrdquo Universidade de Satildeo Paulo Piracicaba

2005

OLIVEIRA M A de et al 2000 Ceras para conservaccedilatildeo poacutes colheita de frutos de

abacateiro cultivar Fuerte armazenados em temperatura ambiente Scientia Agriacutecola

Piracicaba 57 (4) 777-780

PASSONI A D NEVES M C M RODRIGUES B B BOTEON M Anaacutelise dos

principais entraves na exportaccedilatildeo de frutas brasileiras CENTRO DE ESTUDOS

AVANCcedilADOS EM ECONOMIA APLICADA (CEPEAESALQ-USP) XLIV

CONGRESSO DA SOBER ndash ldquoQuestotildees Agraacuterias Educaccedilatildeo no Campo e

Desenvolvimentordquo Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia Rural Fortaleza

2006

PEGG K G COATES L M KORSTEN L HARDING R M Foliar fruit and

soilborne diseases In WHILEY A W SCHAF

PERFIL DA FRUTICULTURA 2014 Base de dados 2012 a 2013 Governo de Minas

Gerais Agricultura Pecuaacuteria e Abastecimento 2014

PICCININ E PASCHOLATI S F ldquoDOENCcedilAS DO ABACATEIRO‟ em MANUAL DE

FITOPATOLOGIA Vol 2 Doenccedilas das Plantas Cultivadas Editora Agronocircmica

Ceres Ltda Satildeo Paulo 1997 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwifcursoscombrsistemaadminarquivos07-33-29-

manualfitopatologiapdfpage=10 gt

54

PUTT F F GOacuteES B C CATANEO P F Anaacutelise econocircmica de oferta e demanda

do abacate na alta paulista X Foacuterum Ambiental da Alta Paulista v 10 n 7 2014

pp 158-169

ROCHA I L Nuacutemeros do abacate HORTIESCOLHA Instituto Brasileiro de

Qualidade em Horticultura DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwhortibrasilorgbrjnwindexphpoption=com_contentampview=articleampid=120

9numeros-do-abacate-ampcatid=50comercializacaoampItemid=82 gt

SANTO N T Manejo da vegetaccedilatildeo intercalar para obtenccedilatildeo de cobertura morta na

cultura do abacateiro visando minimizar os danos causados por Phytophthora

cinnamomi Dissertaccedilatildeo de mestrado em Fitotecnia Piracicaba 2014

SCHAFFER B WOLSTENJOLME B N WHILEY A W The avocado botany

production and uses 560 p 2012 DISPONIacuteVEL EM lt

httpsbooksgooglecombrbooksid=r0hpRJca3zECamppg=PA83amplpg=PA83ampdq=Th

e+Avocado+botany+production+and+uses+hass-

likeampsource=blampots=oqc5OBsbmVampsig=5gDWWPIMYRBW9cH3yYuWh-ldd-8amphl=pt-

BRampsa=Xampved=0ahUKEwj_yPbgsoTKAhUGDpAKHZTrCWEQ6AEIPDADv=onepag

eampqampf=false gt

SCIENCIA I Certificaccedilatildeo GLOBALGAP e impactos ambientais em agroinduacutestrias de

alimentos Dissertaccedilatildeo de Poacutes-Graduaccedilatildeo Araraquara SP 2010 lt

mlthttpwwwecoecoorgbrconteudopublicacoesencontrosvii_envii_enc_ecohtm

gt

SIMAtildeO S Manual de Fruticultura Satildeo Paulo Editora Agronocircmica Ceres 1971

530p p 147-169

SINGER P MASON J Eacutetica da alimentaccedilatildeo como nossos haacutebitos alimentares

influenciam o meio ambiente e o nosso bem estar Rio de Janeiro Elsevier 2007

SOARES H F ITO M K O AacuteCIDO GRAXO MONOINSATURADO DO ABACATE

NO CONTROLE DE DISLIPIDEMIAS Ver Ciecircnc Meacuted Campinas P 47-51 2000

55

DISPONIacuteVEL EM lt httpperiodicospuc-

campinasedubrseerindexphpcienciasmedicasarticleviewFile13301304 gt

TEIXEIRA C G Cultura In ITAL ndash INSTITUTO DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS

(Campinas) Abacate Cultura mateacuteria-prima processamento e aspectos

econocircmicos 2 Ed Campinas Instituto Campineiro de Ensino Agriacutecola 1995 Cap 1

p 1-54 (Frutas Tropicais)

TEIXEIRA C G Cultura do abacate In TEIXEIRA C G et al ABACATE cultura

mateacuteria prima processamento e aspectos econocircmicos 2deg ed Seacuterie Fruas Tropicais

ndeg8 ITAL Campinas 1991 250p

WATANABE H S Caracteriacutesticas de cultivares de abacate CEAGESPS ndash

Companhia de Entrepostos e Armazeacutens Gerais de Satildeo Paulo 2013

WOLFENBARGER D O COLBURN B The Stenoma catenifer a serious Avocado

pest Proceedings of Florida State Horticulture Society v 92 p 315-318 1979

ZEIDAN R SEIXAS P ABRANCHES L COSTA D MEIRELLES F Certificaccedilatildeo

na cadeia produtiva de alimentos e as barreiras teacutecnicas agrave exportaccedilatildeo Simpoacutesio de

excelecircncia e gestatildeo e tecnologia ndash SEGeT 2008 Resende

Page 37: EVOLUÇÃO DA PRODUÇÃO MUNDIAL E NACIONAL …...RESUMO O abacateiro, Persea americana, é uma cultura muito importante em vários países, devido ao volume comercializado da fruta

37

A variaccedilatildeo da produtividade de todas as variedades de abacate dos principais

estados produtores de abacate do Brasil eacute apresentada na TABELA 6 a seguir

TABELA 6 - Variaccedilatildeo (em) da produtividade (t) no Brasil em 10 anos

Elaborada pelo autor FONTE (IBGESIDRA)

VARIACcedilAtildeO () DA PRODUTIVIDADE (t) EM 10 ANOS

ESTADOANO 2005 2014 VARIACcedilAtildeO

PAIacuteS 146 164 123

SAtildeO PAULO 181 183 11

MINAS GERAIS 135 174 289

PARANAacute 149 17 141

RIO GRANDE DO SUL 13 119 -85

CEARAacute 106 73 -311

DISTRITO FEDERAL 218 235 78

De acordo com os dados do IBGE Satildeo Paulo eacute o maior produtor de abacate

do paiacutes Dentre as variedades mais produzidas no estado de Satildeo Paulo estatildeo

bdquoFortuna‟ bdquoGeada‟ bdquoQuintal‟ e bdquoMargarida‟ (DORIZZOTTO 2011)

Abaixo segue TABELA 11 contendo os nuacutemeros de plantas novas e o

nuacutemero de plantas em produccedilatildeo bem como a produccedilatildeo (caixas de 22Kg) no estado

de Satildeo Paulo ao longo de 15 anos

TABELA 7 - Quantidade de peacutes novos peacutes em produccedilatildeo e produccedilatildeo (cx 22kg)

no estado de Satildeo Paulo entre 2000 e 2015 Elaborada pelo autor FONTE

INSTITUTO DE ECONOMIA AGRIacuteCOLA

ANO PEacuteS

NOVOS PEacuteS EM

PRODUCcedilAtildeO

2000 4859400 66157100

2001 4617700 62883700

2002 4742500 55421300

2003 6095000 49740300

2004 5969500 48339500

2005 5131100 46596200

2006 5325600 45869000

2007 3412800 47668000

2008 5007100 40617400

2009 12068600 49971400

2010 8190000 53239000

38

2011 6904500 54780100

2012 7704100 51341600

2013 7002100 59149400

2014 8419800 60996100

2015 9040200 67073800

O graacutefico abaixo apresenta a curva da produtividade obtida a partir da relaccedilatildeo

feita entre a produccedilatildeo e a quantidade de peacutes em produccedilatildeo no estado de Satildeo Paulo

Figura 9 - Produtividade (kgplanta) no estado de Satildeo Paulo desde 2000 elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE ECONOMIA AGRIacuteCOLA

Os dados foram obtidos a partir da relaccedilatildeo feita entre a quantidade de planta

em produccedilatildeo e a quantidade de caixas de 22 Kg produzidas no estado de Satildeo Paulo

desde 2000 Esses dados revelam crescente aumento da produtividade ateacute o ano de

2010 onde a produtividade ultrapassou 168 Kgplanta Jaacute em relaccedilatildeo ao ano de

2011 a produtividade sofreu uma reduccedilatildeo de 10 Depois disso a curva de

produtividade continuou ascendente

A seguinte tabela apresenta a evoluccedilatildeo do preccedilo do abacate comercializado

na CEAGESP durante o ano no periacuteodo de nove anos

90

110

130

150

170

190

20

00

20

01

20

02

20

03

20

04

20

05

20

06

20

07

20

08

20

09

20

10

20

11

20

12

20

13

20

14

20

15

PRODUTIVIDADE DOS PEacuteS DE ABACATE (Kgplanta) EM SP

PRODUTIVIDADE

39

TABELA 8 - Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio (em R$Kg) do abacate FONTE

CEAGESP 2008

ANOMEcircS JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

2007 105 101 1 118 107 109 129 151 159 181 228 279

2008 119 081 084 097 102 11 122 137 149 208 296 326

2009 169 122 132 133 141 141 152 177 217 213 212 235

2010 17 161 165 154 151 151 164 173 202 262 406 316

2011 185 182 183 203 186 204 231 278 308 317 359 369

2012 207 155 151 141 153 164 192 218 242 268 429 485

2013 263 209 216 215 244 265 258 304 347 403 566 498

2014 228 206 231 239 198 2 256 267 301 305 403 538

2015 406 403 386 349 367 397 394 43 - - - -

O graacutefico a seguir resume o comportamento da quantidade de peacutes novos e

em produccedilatildeo no estado de Satildeo Paulo desde o ano 2000

Figura 10 - Evoluccedilatildeo do nuacutemeros de peacutes novos e em produccedilatildeo ao longo de 15 anos no estado de Satildeo Paulo elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE

ECONOMIA AGRIacuteCOLA

A produccedilatildeo (em caixas de 22 Kg) eacute demonstrada no graacutefico abaixo para esse

mesmo periacuteodo

000

10000000

20000000

30000000

40000000

50000000

60000000

70000000

80000000

20002002200420062008201020122014

EVOLUCcedilAtildeO DOS DADOS DO ABACATE EM SAtildeO PAULO

PEacuteS NOVOS

PEacuteS EM PRODUCcedilAtildeO

40

Figura 11 - Evoluccedilatildeo da produccedilatildeo de abacate em caixas de 22kg no estado de Satildeo Paulo em 15 anos elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE

ECONOMIA AGRIacuteCOLA

A sazonalidade do abacate comercial na CEAGESP em Satildeo Paulo

demonstram que o abacate pode ser comercializado praticamente todas as eacutepocas

do ano como apresentado pela tabela

TABELA 9 - Sazonalidade do abacate FONTE CEAGESP 2008

VARIEDADE JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

GEADA X X X X X

FORTUNA X X X X X X X

QUINTAL X X X X X X X

MARGARIDA X X X X X X X X X X

BREDA X X X X X X X X

HASS X X X X X X X X

O Estado de Minas Gerais eacute o segundo maior produtor nacional de abacate

participando do setor com 229 do total produzido A aacuterea no Estado destinada agrave

produccedilatildeo da fruta foi de 23 mil ha A produtividade do estado de Minas em 2012 foi

de 15881 (hgha) (PERFIL DA FRUTA) A produccedilatildeo de abacate no Distrito Federal

em 2013 foi de 3152 toneladas (IBGE) Em Minas a produccedilatildeo concentra-se nas

regiotildees Sul e Sudeste do estado (ALMEIDA 2013)

200000000

250000000

300000000

350000000

400000000

450000000

500000000

550000000

20002002200420062008201020122014

EVOLUCcedilAtildeO NA PRODUCcedilAtildeO DE ABACATE EM SAtildeO PAULO (22Kgcx)

PRODUCcedilAtildeO CX 22Kg

41

Em 2003 o Paranaacute foi o terceiro maior produtor nacional de abacate com uma

aacuterea de aproximadamente 1600ha onde se produziu 26 mil toneladas gerando uma

receita de cerca de R$ 85 milhotildees (HOHMANN amp MENEGUIM 2005)

De acordo com a relaccedilatildeo feita entre os dados de volume de abacate colhido e

de aacuterea destinada agrave produccedilatildeo do IBGESIDRA em 10 anos (2005 agrave 2014) o estado

que sofreu maior reduccedilatildeo da produtividade foi o estado do CEARAacute reduzindo em

31 aproximadamente enquanto que o estado de minas aumentou 289 sua

produtividade O DF apresentou os melhores niacuteveis de produtividade a partir desses

dados

AVOCADO NO BRASIL

A regiatildeo de Bauru em Satildeo Paulo especializou-se na produccedilatildeo dos abacates

‟Hass‟ e bdquoFuerte‟ conhecidos comercialmente como Avocado e satildeo os mais

apreciados pelo mercado internacional (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA

FRUTICULTURA 2008)

O Avocado variedades ‟Hass‟ e bdquoFuerte‟ possui excelentes caracteriacutesticas

nutricionais como por exemplo seu alto teor de lipiacutedeos Aleacutem disso o fruto possui

tamanho reduzido o que facilita o consumo evitando que parte natildeo consumida seja

armazenada Uma das possibilidades de se estimular o consumo interno seria

promover o produto a partir do uso de marketing setor no qual a empresa

JAGUACYR situada no municiacutepio de Bauru ndash SP tem se destacado fornecendo

informaccedilotildees nutricionais e apresentando o alto padratildeo de qualidade da fruta Outro

fator que reduz a oferta do produto no mercado interno eacute a demanda internacional

apesar de impor barreiras e exigirem alto padratildeo de qualidade o produto de

qualidade recebe os melhores preccedilos este fator tambeacutem limita o consumo interno

porque o preccedilo oferecido pelos importadores reflete no preccedilo interno

Outro ponto que deve ser observado para se manter qualidade elevada dos

frutos eacute a escolha adequada do ponto de colheita pois este fator reflete diretamente

no teor de oacuteleo dos frutos que por sua vez eacute responsaacutevel pela conservaccedilatildeo do

sabor Os melhores teores de oacuteleo encontram-se em frutos tardios como nas

variedades obtidas a partir das raccedilas Guatemalenses e Mexicana sendo maior nas

raccedilas Mexicana e menor em cultivares oriunda de raccedilas Guatemalenses como por

exemplo a bdquoHass‟

42

A exportaccedilatildeo brasileira do abacate bdquoHass‟ variedade mais produzida no

mundo era de 100 toneladas por ha em 2004 para 2186 toneladas em 2010

(DORIZZOTTO 2011) Contudo este dado representa apenas 143 do volume de

todo o abacate produzido no paiacutes nesta mesma data mesmo com seus atributos

nutricionais e comerciais

Quando se trata do segmento do mercado do Avocado brasileiro em acircmbito

global a empresa JAGUACYR situada no municiacutepio de Bauru ndash SP com sede na

Holanda eacute de extrema relevacircncia contribuindo com 90 das exportaccedilotildees brasileiras

deste produto com o qual o Brasil ainda comeccedila a participar poreacutem possui

condiccedilotildees favoraacuteveis para crescer no setor (CARVALHO 2015)

O graacutefico a seguir apresentado na Figura 2 demonstra a evoluccedilatildeo da

participaccedilatildeo do Avocado no setor de fruticultura no estado de Satildeo Paulo

Figura 12 - Elaborado pelo autor FONTE CEAGESPSEDES GABRIEL V BITENCOURT DE ALMEIDA

Como apresentado no graacutefico acima o volume de Avocado comercializado na

CEAGESP tem crescido rapidamente vertiginosamente chegando a quase

quadruplicar seu valor em apenas 7 anos

Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio de atacado (R$Kg) de Avocado na CEAGESP de

Satildeo Paulo durante o ano (SP) (Figura 3)

81 74 90

106 133

208

365 378

0

50

100

150

200

250

300

350

400

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

EVOLUCcedilAtildeO DA QUANTIDADE COMERCIALIZADA (T) DE AVOCADO NA CEAGESP DE SAtildeO PAULO (SP)

QUANTIDADE(toneladas)

43

Figura 13 - Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio do avocado na CEAGESP (R$Kg) Elaborado pelo autor FONTES CEAGESP

O graacutefico a seguir demonstra um comparativo da variaccedilatildeo do preccedilo meacutedio do

abacate em relaccedilatildeo ao Avocado durante o ano com base nos dados de nove anos

da CEAGESP (R$Kg)

Figura 14 - Comparativo do preccedilo meacutedio do abacate e do avocado comercializado na ceagesp durante o ano elaborado pelo autor FONTE

CEAGESP

A partir dos dados de 7 anos com a variaccedilatildeo do preccedilo meacutedio do Avocado por

quilo durante o ano pocircde-se observar que os menores valores encontram-se entre

maio e agosto A variaccedilatildeo de preccedilo meacutedio durante o ano chega a ser de R$ 581 o

quilo mais que o dobro entre o maior e menor valor meacutedio encontrado

O graacutefico com o comparativo do preccedilo do abacate com o Avocado (Figura 11)

revela a discrepacircncia da valorizaccedilatildeo entre os dois grupos O valor miacutenimo do

4

6

8

10

12

jan

fev

mar

abr

mai

jun jul

ago

set

ou

t

no

v

dez

EVOLUCcedilAtildeO DO PRECcedilO MEacuteDIO DO AVOCADO NA CEAGESP (R$Kg)

PRECcedilO MEacuteDIO

0

2

4

6

8

10

12

JAN

FEV

MA

R

AB

R

MA

I

JUN

JUL

AG

O

SET

OU

T

NO

V

DEZ

PRECcedilO AVOCADO

PRECcedilO DO ABACATE

44

Avocado eacute de R$ 554 por quilo enquanto que o maior valor encontrado do abacate

chega a R$ 381 uma diferenccedila de quase 50

O CEASA-DF registrou em 2014 um volume comercializado de 397 toneladas

de Avocado enquanto que no ano anterior o volume registrado natildeo passou de 07

toneladas (CEASA-DF)

Apesar de jaacute haver teacutecnicas eficientes e tecnologias modernas disponiacuteveis

para se aperfeiccediloar a produccedilatildeo do abacate a exploraccedilatildeo de novas regiotildees com

potencial produtor para a implantaccedilatildeo de pomares de abacateiro no Brasil eacute um dos

fatores que podem aumentar mais ainda a produccedilatildeo nacional No DF por exemplo

a aacuterea destinada agrave colheita do abacate sofreu uma reduccedilatildeo de mais da metade de

2012 para 2014 muito diferente da forma como havia se comportando desde 2000

quando a aacuterea passou de 85 ha para 111 em 2010 O DF representa apenas 2 da

produccedilatildeo nacional do abacate contudo sua produtividade vem aumentando e de

acordo com os dados do IBGE o DF possui os melhores iacutendices de produtividade do

paiacutes o que pode representar forte potencial da regiatildeo no setor Este fato corrobora

com a ideia de que o Brasil pode aproveitar melhor sua extensatildeo territorial

explorando regiotildees com potencial produtor como o DF por exemplo

CERTIFICACcedilAtildeO

CARVALHO (2015) afirma que para participar do mercado internacional os

produtores devem se atentar agraves exigecircncias internacionais de qualidade e seguranccedila

garantidas por meio de certificaccedilatildeo como GlobalGapR BRCR BRCIR FAIRDRADER

e SEDEX-SMETAR Outro ponto que deve ser adotado pelo Brasil no comeacutercio do

Avocado eacute manter um mercado com preccedilo linear e contiacutenuo Ainda segundo

CARVALHO (2015) produtores que natildeo possuem certificaccedilatildeo no GlobalgapR

recebem menos 10

PRECcedilO PAGO PELA JAGUACYR AO PRODUTOR COM GLOBALGAPR

TABELA 10 - (CARVALHO 2015)

CAT CALIBRE MAR ABR MAI JUN

1 12 A 24 315 322 205 205

2 26 A 32 131 129 130 130

2 12 A 24 284 350 187 187

45

Para o consumidor final o selo GLOBALGAPR natildeo eacute tatildeo notado pois o uso

desta marca eacute praticado entre empresas Contudo sua em sua elaboraccedilatildeo

considerou-se a reduccedilatildeo dos impactos negativos das operaccedilotildees agriacutecolas no meio

ambiente reduzir o uso de insumos quiacutemicos e garantir que assuntos de sauacutede e

seguranccedila dos empregados e bem estar animal sejam observados (GLOBALGAPR

2008)

A GLOBALGAPR serve como um manual no comeacutercio mundial de produtos

agriacutecolas estabelecendo normas voluntaacuterias para sua certificaccedilatildeo Este conjunto de

normas estabelece serve de molde para a conduccedilatildeo de boas praacuteticas agriacutecolas

(BPA) nas atividades agriacutecolas (GLOBALGAPR 2008)

Um dos pontos positivos em se adotar os protocolos de boas praacuteticas

agriacutecolas eacute a prevenccedilatildeo de perdas Pesquisas feitas no setor da fruticultura

concluem que maior parte do desperdiacutecio ocorre no percurso que vai do manuseio

no campo ateacute as centrais de produccedilatildeo (AGRIANUAL 2012) Os iacutendices de perdas da

abaticultura chegam a 34 ao ano (AGRIANUAL 2015)

Eacute de extrema importacircncia desenvolver soacutelidos e eficientes sistemas de

certificaccedilatildeo a fim de assegurar qualidade que atenda as expectativas dos

consumidores permitindo que as empresas ingressem nos mercados globais com

seus produtos (ZEIDAN et al 2008)

A difusatildeo de praacuteticas recomendadas para a obtenccedilatildeo da certificaccedilatildeo

GLOBALGAPR por parte dos produtores de abacate principalmente as variedades

bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ pode estimular o consumo interno por meio da oferta de produtos

de maior qualidade aleacutem de reduzindo perdas e promover o produto no comeacutercio

internacional da fruta Fazendo com que o potencial produtor seja aproveitado ao

maacuteximo uma vez que seguir os protocolos de boas praacuteticas agriacutecolas represente a

reduccedilatildeo de perdas no processo de produccedilatildeo de colheita e de transporte seja por

meio da reduccedilatildeo da incidecircncia de pragas ou por adoccedilatildeo de teacutecnicas e evitem perdas

na conduccedilatildeo da produccedilatildeo dos pomares de abacate

CONCLUSOtildeES

A produccedilatildeo de Avocado cultivares bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ superiores em vaacuterios

aspectos agraves cultivares mais populares no paiacutes tem condiccedilotildees de se desenvolver

amplamente no Brasil tornando-o grande consumidor e exportador da fruta Essa

46

mudanccedila pode ocorrer por meio de incentivos governamentais que incentivem o

registro de produtos para a cultura do abacateiro favorecendo a obtenccedilatildeo de

certificaccedilatildeo bem como o desenvolvimento de centros de pesquisas que

desenvolvam estudos sobre a cultura do abacateiro que promovam a difusatildeo de

tecnologia e com isso estimule a utilizaccedilatildeo de novas aacutereas com potencial produtivo

A transferecircncia de tecnologia tambeacutem pode ser feita por parte de empresas da aacuterea

privada que possuem domiacutenio de teacutecnicas e tecnologias modernas principalmente

por meio da popularizaccedilatildeo da produccedilatildeo de mudas clonais para porta-enxerto Aleacutem

disso devem ser feitas accedilotildees por parte de instituiccedilotildees privadas como o

desenvolvimento do marketing da fruta a fim de divulgar os benefiacutecios do consumo

e a exposiccedilatildeo de novas formas de consumo de abacate pode ser crucial para a

mudanccedila do comportamento do consumidor nacional uma vez que este se atenta

principalmente aos aspectos visuais do abacate

Na poacutes-colheita o controle sobre os processos de maturaccedilatildeo poderia ser

mais bem aproveitado No Brasil a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas de conservaccedilatildeo no poacutes-

colheita de frutas objetiva na maioria das vezes estender o tempo de prateleira

destes produtos Para se aproveitar os elevados preccedilos ofertados em determinadas

eacutepocas os produtores colhem os frutos antes do recomendado para a fruta do

abacateiro o que reduz sua qualidade pois a eacutepoca da colheita influencia

diretamente no teor de oacuteleo fator altamente relacionado com o sabor da fruta Por

outro lado a aceleraccedilatildeo do processo de maturaccedilatildeo por meio do controle de

maturaccedilatildeo permite fornecimento de frutos maduros prontos para o consumo

estimulando assim o consumo no paiacutes Com a entrega regular de frutos maduros

nos supermercados e restaurantes novas formas de consumo da fruta como patecircs

e em saladas poderiam ser facilmente introduzidas no cardaacutepio nacional

47

BIBLIOGRAFIA

ALMEIDA G V B Mercado Atacadista de Abacate e Avocado (CEAGESP) III

Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado Bauru 2015

ALMEIDA G V B O Abacate no mundo e na CEAGESP Todafruta notiacutecia 2011

DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwtodafrutacombrnoticia28119O+ABACATE+NO+MUNDO+NO+BRASIL

+E+NA+CEAGESP gt

ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA FRUTICULTURA 2004 a 2015 DISPONIacuteVEL EM

httpwwwgrupogazcombrtratadaseo_edicao420150320150301_106c8c2f1pdf

4718_2015fruticulturapdfgt

BIODIESELBR DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwbiodieselbrcomnoticiasmateria-

primaoutrasvideo-unesp-transforma-oleo-abacate-biodiesel-060313htm gt

BONELLA J A Classificaccedilatildeo de abacates na CEAGESP Joseacute Alcides Bonella ME

2013

BRUWER T ROOYEN Z VAN PERFORMANCE AND MARKET ACCEPTIBILITY

OF THE HASS-LIKE CULTIVARS GEM AND HARVEST IN SOUTH AFRICA Vi

World Avocado Congress (Actas VI Confreso Mundial del Aguacate) 2007 Vintildea Del

Mar Chile 12 ndash 16 nov 2007 ISBN n 978-956-17-0413-8 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwAvocadosourcecomWAC6enExtenso1b-36pdf gt

CAMPOS J A Cultura racional do abacateiro Satildeo Paulo Iacutecone 1988 150 p

CANTUAacuteRIAS-AVILEacuteS T SILVA S R La induacutestria del aguacate em el Estado de

Satildeo Paulo Brasil actualidad y perspectivas futuras In CONGRESO MUNDIAL DEL

AGUACATE 7 2011 Caims Resuacutemenes Caims Avocado Australia 2011

48

CORREIA R C ARAUJO J L P MOUCO M A do C BRAGA C A

MENDONCcedilA R F de Abacate preferecircncias e mercado CONGRESSO

BRASILEIRO DE FRUTICULTURA 21 2010 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwalicecnptiaembrapabralicebitstreamdoc8700181Moucopdf gt

CARVALHO L F Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado realizaccedilatildeo Jaguacy

Sindicato Rural de Bauru Serviccedilo Nacional de Aprendizagem Rural - SENAR

Faculdades Integradas de Bauru ndash SP 2015

CHITARRA M I F CHITARA A B 2005 Poacutes colheita de frutos e hortaliccedilas

Fiiologia e Manuseio Lavras ESALFAEPE

CRANE J H BALERDI C F MAGUIRE I Avocado Growing in the Florida Home

Landscape University of Florida Circular 1034 one of a series of the Horticultural

Sciences Department Florida Cooperative Extension Service Institute of Food and

Agricultural Sciences University of Florida 1983 Revised 2007

CRIZEL G R MOURA R S OLIVEIRA I R MENDONCcedilA C R B

Caracteriacutesticas fiacutesicas e quiacutemicas de abacates das variedades bdquoQuintal‟ e bdquoHass‟ In

CONGRESSO DE INICIACcedilAtildeO CIENTIacuteFICA 17 ENCONTRO DE POacuteS-

GRADUACcedilAtildeO 10 2008 Pelotas Resumos Pelotas UFPEL 2008

DAIUTO E R VIEITES R L TREMOCOLDI M A RUSSO V C Taxa

respiratoacuteria de abacate bdquoHass‟ submetido a diferentes tratamentos fiacutesicos Revista

Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha Meacutexico v 10 n 2 p 101-109

2010

DAIUTO E R TREMOCOLDI M A VIEITES R L Conservaccedilatildeo poacutes colheita de

abacate bdquoHass‟ irradiado Revista Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha vol

10 n 2 2010

DONADIO L C Abacate para exportaccedilatildeo aspectos teacutecnicos da produccedilatildeo

Brasiacutelia Frupex MAPA 1995 53 p

49

DONADIO L C FERRARI L AVILEacuteS T C Abacate In DONADIO L C (Ed)

Histoacuteria da Fruticultura Paulista Jaboticabal SBF ndash Sociedade Brasileira de

Fruticultura 2010 P 33-63

DORIZZOTTO C D A SAMPAIO A C ICUMA I M et al Avocado production

chain in the state of Satildeo Paulo (Brazil) In Proceedings VII World Avocado Congress

2011 Cairns Anaishellip Cairns Internacional Avocado Society 2011 DISPONIacuteVEL

EM lt

httpworldAvocadocongress2011comuserfilesfileOsvaldo20Kioshi20Yamanis

hi201400-1420pdf gt

ERNST Z R ERNST A A The strategic role of new cultivars A case study of

bdquoMaluma‟ VIII Congreso Mundial de la Palta 2015 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwavocadosourcecomWAC8Section_02EarnstZander2015pdf gt

FACTFISH Avocados production quantity (tons) ndash for all countries DISPONIacuteVEL

EM lt httpwwwfactfishcomstatisticAvocados20production20quantity gt

FAOSTAT 2000 a 2013 DISPONIacuteVEL EM lt httpfaostat3faoorgbrowseTTPE gt

FER B WOLSTENHOLME B N (Ed) The Avocado botany production and

uses Oxon CABI Publ 2002 chap 12 p 299-338

FRANCISCO V L F dos S BAPTISTELLA C S L CULTURA DO ABACATE NO

ESTADO DE SAtildeO PAULO Informaccedilotildees Econocircmicas SP v 35 n5 2005

DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwieaspgovbroutpublicacoespdftec3-0505pdf gt

GAYET J P et al 1995 Abacate para exportaccedilatildeo procedimentos de colheita e

poacutes-colheita FRUPEX Brasiacutelia 37p

GIRARDI G Abacate uma nova opccedilatildeo de biocombustiacutevel Jornal UNESP Bauru

2009 DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwunespbracijornal248energia_bauruphp gt

50

GUEDES M S B SENA M TOLEDO S Certificaccedilatildeo como estrateacutegia competitiva

internacional dos produtores de frutas no Brasil VII Encontro da Sociedade

Brasileira de Economia Ecoloacutegica (ECO-ECO) 28 a 30 de novembro de 2007

Fortaleza Cearaacute

HODDLE M The Avocado Seed Moth Stenoma cateniver Walsingham (Lepdoptera

Elachistidae) Department of Entomology Applied Biological Control Research

DISPONIacuteVEL EM lt httpbiocontrolucredustenomastenomahtml gt

HOHMANN C L MENEGUIM A M A BROCA-DO-ABACATE (Stenoma catenifer)

Aspectos bioloacutegicos comportamento danos e manejo Instituto Agronocircmico do

Paranaacute ndash Londrina ndashPR Informe da Pesquisa n 147 2005

HOHMANN C L MENEGUIM A M Observaccedilotildees preliminares sobre a ocorrecircncia

da broca-do-abacate Stenoma catenifer Wals no Estado do Paranaacute Anais da

Sociedade Entomoloacutegica do Brasil v 22 p 417-419 1993

ILLSLEY-GRANICH C‟Hass‟Carmenrega precocious flowering avocado tree

Agrovim AS de CV Uruapan Michocan Mexico Rob Brokaw Brokaw Nursery Inc

Saticoy California USA Dr Salvador Ochoa-Ascencio University of Michoacan

Uruapan Michoacan Mexico 2011 DISPONIacuteVEL EM lt

httpworldavocadocongress2011comuserfilesfileCarlos20Illsley201410-

1430pdf gt

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA ESTATIacuteSTICA (IBGE) IBGE CIDADES

DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwcidadesibgegovbrcartogramamapaphplang=ampcoduf=53ampcodmun=53

0010ampidtema=136ampcodv=v01ampsearch=distrito-federal|brasilia|sintese-das-

informacoes-2013 gt

KADER A A 1992 Postharvest technology of horticultural crops Okland Univertisy

of California 292p

51

KADER A A ARPIA M L Avocado Recommendations for Maintaining

Postharvest Quality 2013

KADER A A Biologiacutea y Tecnologiacutea Postcosecha un Panorama In KADER A A

Tecnologiacutea Postcosecha de Cultivos Hortofrutiacutecolas 3 Ed Davis University Of

Califoacuternia 2007 Cap 4 p 43-53

KLUGE R A et al Inibiccedilatildeo do amadurecimento de abacate com 1-

metilciclopropeno Pesquisa Agropecuaacuteria Brasileira 37(7)895-901

KOOLER O C Abacaticultura Porto Alegre UFRGS 1992 138p

KOOLER O C ABACATICULTURA Porto Alegre UFRGS 1984 138p

KOLLER O C Abacate produccedilatildeo de mudas instalaccedilatildeo e manejo de pomares

colheita e poacutes-colheita Porto Alegre Cinco Continentes 2002 145 p

KREMER-KOumlHNE S KOumlHNE J S 25 YEARS OF AVOCADO ROOTSTOCK

DEVELOPMENT IN SOUTH AFRICA VI World Avocado Congress Chile 2007

DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwavocadosourcecomWAC6enExtenso1a-8pdf gt

LIPPERT C ALLAMAND M (WESTFALIASUBSOLE) A hystory of

collaboration Rev Subsole Santiago 2007

MAIS NATUREZA ABACATEIRO DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwmaisnaturezacomplantasarvoresabacateiro gt

MARANCA G Fruticultura comercial Manga e Abacate Satildeo Paulo Nobel 1980

p 81-133

MASSAFERA G COSTA T M B OLIVEIRA J E D COMPOSICcedilAtildeO DE AacuteCIDOS

GRAXOS DO OacuteLEO DO MESOCARPO E DA SEMENTE DE CULTIVARES DE

ABACATE (Persea americana MILL) DA REGIAtildeO DE RIBEIRAtildeO PRETO SP)

52

Alim Nutr Araraquara V 21 n 2 p 325-331 abrjun 2010 DISPONIacuteVEL EM lt

http20014571150seerindexphpalimentosarticleview940a20v21n2pdf gt

MDIC Negociaccedilotildees internacionais DISPONIacuteVEL EM

httpwwwdesenvolvimentogovbrsitiosecexnegInternacionaisMedTerrorismoLei

ph p gt

MICKELBART M V BENDER G S WITNEY G W ADAMS C ARPAIA M L

Effects of clonal rootstocks on bdquoHass‟ avocado yield components alternate bearing

and nutrition Journal of Horticultural Schience amp Biotechnology Ashford v 82

n 3 p 460-466 2007

MILLER B BERTELS R PADILLA T WILEMAN R THOMSEN L China the

new frontier VIII World Avocado Congress 2015

MONTENEGRO H W S A cultura do abacateiro Satildeo Paulo Melhoramentos

1951 102p (Criaccedilatildeo e Lavoura n 11)

MORAES A F G Desenvolvimento produccedilatildeo e qualidade de frutos de abacateiro

cv bdquoHass‟ sobre dois porta-enxertos nas condiccedilotildees edafoclimaacuteticas da regiatildeo central

do Estado de Satildeo Paulo Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Ciecircncias Piracicaba 2014

NAAMANI G Global Trends in main Avocado Markets VII World Avocado

Congress Australia 2011

NAVA DE DE LARA HADDAD M PARRA JRP 2005 Exigecircncias teacutermicas

estimativa do nuacutemero de geroccedilotildees de Stenoma catenifer e comprovaccedilatildeo de modelo

em campo Pesq Agropec Bras Brasilia v 40 p 961-967

NAVA DE PARRA JRP COSTA VA GUERRA TM COcircNSOLI FL (2005b)

Population dynamics of Stenoma catenifer(Lepidoptera Elachistidae) and related

larval parasitoids in Minas Gerais Brazil Florida Entomologistv 88p 441-446

53

NOVAGRIM ndash FRESH FRUITS IMPORTER amp VEGETABLE SUPPLIER SINCE

1999 2001-2013 WORLD AVOCADO PRODUCTION DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwnovagrimcomPages2000_2011_Avocado_statistics_ENaspx gt

OLIVEIRA LA A importacircncia das Normas Internacionais para o Comeacutercio da

Fruticultura Brasileira Piracicaba Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Economia Escola

Superior de Agricultura ldquoLuiz de Queirozrdquo Universidade de Satildeo Paulo Piracicaba

2005

OLIVEIRA M A de et al 2000 Ceras para conservaccedilatildeo poacutes colheita de frutos de

abacateiro cultivar Fuerte armazenados em temperatura ambiente Scientia Agriacutecola

Piracicaba 57 (4) 777-780

PASSONI A D NEVES M C M RODRIGUES B B BOTEON M Anaacutelise dos

principais entraves na exportaccedilatildeo de frutas brasileiras CENTRO DE ESTUDOS

AVANCcedilADOS EM ECONOMIA APLICADA (CEPEAESALQ-USP) XLIV

CONGRESSO DA SOBER ndash ldquoQuestotildees Agraacuterias Educaccedilatildeo no Campo e

Desenvolvimentordquo Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia Rural Fortaleza

2006

PEGG K G COATES L M KORSTEN L HARDING R M Foliar fruit and

soilborne diseases In WHILEY A W SCHAF

PERFIL DA FRUTICULTURA 2014 Base de dados 2012 a 2013 Governo de Minas

Gerais Agricultura Pecuaacuteria e Abastecimento 2014

PICCININ E PASCHOLATI S F ldquoDOENCcedilAS DO ABACATEIRO‟ em MANUAL DE

FITOPATOLOGIA Vol 2 Doenccedilas das Plantas Cultivadas Editora Agronocircmica

Ceres Ltda Satildeo Paulo 1997 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwifcursoscombrsistemaadminarquivos07-33-29-

manualfitopatologiapdfpage=10 gt

54

PUTT F F GOacuteES B C CATANEO P F Anaacutelise econocircmica de oferta e demanda

do abacate na alta paulista X Foacuterum Ambiental da Alta Paulista v 10 n 7 2014

pp 158-169

ROCHA I L Nuacutemeros do abacate HORTIESCOLHA Instituto Brasileiro de

Qualidade em Horticultura DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwhortibrasilorgbrjnwindexphpoption=com_contentampview=articleampid=120

9numeros-do-abacate-ampcatid=50comercializacaoampItemid=82 gt

SANTO N T Manejo da vegetaccedilatildeo intercalar para obtenccedilatildeo de cobertura morta na

cultura do abacateiro visando minimizar os danos causados por Phytophthora

cinnamomi Dissertaccedilatildeo de mestrado em Fitotecnia Piracicaba 2014

SCHAFFER B WOLSTENJOLME B N WHILEY A W The avocado botany

production and uses 560 p 2012 DISPONIacuteVEL EM lt

httpsbooksgooglecombrbooksid=r0hpRJca3zECamppg=PA83amplpg=PA83ampdq=Th

e+Avocado+botany+production+and+uses+hass-

likeampsource=blampots=oqc5OBsbmVampsig=5gDWWPIMYRBW9cH3yYuWh-ldd-8amphl=pt-

BRampsa=Xampved=0ahUKEwj_yPbgsoTKAhUGDpAKHZTrCWEQ6AEIPDADv=onepag

eampqampf=false gt

SCIENCIA I Certificaccedilatildeo GLOBALGAP e impactos ambientais em agroinduacutestrias de

alimentos Dissertaccedilatildeo de Poacutes-Graduaccedilatildeo Araraquara SP 2010 lt

mlthttpwwwecoecoorgbrconteudopublicacoesencontrosvii_envii_enc_ecohtm

gt

SIMAtildeO S Manual de Fruticultura Satildeo Paulo Editora Agronocircmica Ceres 1971

530p p 147-169

SINGER P MASON J Eacutetica da alimentaccedilatildeo como nossos haacutebitos alimentares

influenciam o meio ambiente e o nosso bem estar Rio de Janeiro Elsevier 2007

SOARES H F ITO M K O AacuteCIDO GRAXO MONOINSATURADO DO ABACATE

NO CONTROLE DE DISLIPIDEMIAS Ver Ciecircnc Meacuted Campinas P 47-51 2000

55

DISPONIacuteVEL EM lt httpperiodicospuc-

campinasedubrseerindexphpcienciasmedicasarticleviewFile13301304 gt

TEIXEIRA C G Cultura In ITAL ndash INSTITUTO DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS

(Campinas) Abacate Cultura mateacuteria-prima processamento e aspectos

econocircmicos 2 Ed Campinas Instituto Campineiro de Ensino Agriacutecola 1995 Cap 1

p 1-54 (Frutas Tropicais)

TEIXEIRA C G Cultura do abacate In TEIXEIRA C G et al ABACATE cultura

mateacuteria prima processamento e aspectos econocircmicos 2deg ed Seacuterie Fruas Tropicais

ndeg8 ITAL Campinas 1991 250p

WATANABE H S Caracteriacutesticas de cultivares de abacate CEAGESPS ndash

Companhia de Entrepostos e Armazeacutens Gerais de Satildeo Paulo 2013

WOLFENBARGER D O COLBURN B The Stenoma catenifer a serious Avocado

pest Proceedings of Florida State Horticulture Society v 92 p 315-318 1979

ZEIDAN R SEIXAS P ABRANCHES L COSTA D MEIRELLES F Certificaccedilatildeo

na cadeia produtiva de alimentos e as barreiras teacutecnicas agrave exportaccedilatildeo Simpoacutesio de

excelecircncia e gestatildeo e tecnologia ndash SEGeT 2008 Resende

Page 38: EVOLUÇÃO DA PRODUÇÃO MUNDIAL E NACIONAL …...RESUMO O abacateiro, Persea americana, é uma cultura muito importante em vários países, devido ao volume comercializado da fruta

38

2011 6904500 54780100

2012 7704100 51341600

2013 7002100 59149400

2014 8419800 60996100

2015 9040200 67073800

O graacutefico abaixo apresenta a curva da produtividade obtida a partir da relaccedilatildeo

feita entre a produccedilatildeo e a quantidade de peacutes em produccedilatildeo no estado de Satildeo Paulo

Figura 9 - Produtividade (kgplanta) no estado de Satildeo Paulo desde 2000 elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE ECONOMIA AGRIacuteCOLA

Os dados foram obtidos a partir da relaccedilatildeo feita entre a quantidade de planta

em produccedilatildeo e a quantidade de caixas de 22 Kg produzidas no estado de Satildeo Paulo

desde 2000 Esses dados revelam crescente aumento da produtividade ateacute o ano de

2010 onde a produtividade ultrapassou 168 Kgplanta Jaacute em relaccedilatildeo ao ano de

2011 a produtividade sofreu uma reduccedilatildeo de 10 Depois disso a curva de

produtividade continuou ascendente

A seguinte tabela apresenta a evoluccedilatildeo do preccedilo do abacate comercializado

na CEAGESP durante o ano no periacuteodo de nove anos

90

110

130

150

170

190

20

00

20

01

20

02

20

03

20

04

20

05

20

06

20

07

20

08

20

09

20

10

20

11

20

12

20

13

20

14

20

15

PRODUTIVIDADE DOS PEacuteS DE ABACATE (Kgplanta) EM SP

PRODUTIVIDADE

39

TABELA 8 - Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio (em R$Kg) do abacate FONTE

CEAGESP 2008

ANOMEcircS JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

2007 105 101 1 118 107 109 129 151 159 181 228 279

2008 119 081 084 097 102 11 122 137 149 208 296 326

2009 169 122 132 133 141 141 152 177 217 213 212 235

2010 17 161 165 154 151 151 164 173 202 262 406 316

2011 185 182 183 203 186 204 231 278 308 317 359 369

2012 207 155 151 141 153 164 192 218 242 268 429 485

2013 263 209 216 215 244 265 258 304 347 403 566 498

2014 228 206 231 239 198 2 256 267 301 305 403 538

2015 406 403 386 349 367 397 394 43 - - - -

O graacutefico a seguir resume o comportamento da quantidade de peacutes novos e

em produccedilatildeo no estado de Satildeo Paulo desde o ano 2000

Figura 10 - Evoluccedilatildeo do nuacutemeros de peacutes novos e em produccedilatildeo ao longo de 15 anos no estado de Satildeo Paulo elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE

ECONOMIA AGRIacuteCOLA

A produccedilatildeo (em caixas de 22 Kg) eacute demonstrada no graacutefico abaixo para esse

mesmo periacuteodo

000

10000000

20000000

30000000

40000000

50000000

60000000

70000000

80000000

20002002200420062008201020122014

EVOLUCcedilAtildeO DOS DADOS DO ABACATE EM SAtildeO PAULO

PEacuteS NOVOS

PEacuteS EM PRODUCcedilAtildeO

40

Figura 11 - Evoluccedilatildeo da produccedilatildeo de abacate em caixas de 22kg no estado de Satildeo Paulo em 15 anos elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE

ECONOMIA AGRIacuteCOLA

A sazonalidade do abacate comercial na CEAGESP em Satildeo Paulo

demonstram que o abacate pode ser comercializado praticamente todas as eacutepocas

do ano como apresentado pela tabela

TABELA 9 - Sazonalidade do abacate FONTE CEAGESP 2008

VARIEDADE JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

GEADA X X X X X

FORTUNA X X X X X X X

QUINTAL X X X X X X X

MARGARIDA X X X X X X X X X X

BREDA X X X X X X X X

HASS X X X X X X X X

O Estado de Minas Gerais eacute o segundo maior produtor nacional de abacate

participando do setor com 229 do total produzido A aacuterea no Estado destinada agrave

produccedilatildeo da fruta foi de 23 mil ha A produtividade do estado de Minas em 2012 foi

de 15881 (hgha) (PERFIL DA FRUTA) A produccedilatildeo de abacate no Distrito Federal

em 2013 foi de 3152 toneladas (IBGE) Em Minas a produccedilatildeo concentra-se nas

regiotildees Sul e Sudeste do estado (ALMEIDA 2013)

200000000

250000000

300000000

350000000

400000000

450000000

500000000

550000000

20002002200420062008201020122014

EVOLUCcedilAtildeO NA PRODUCcedilAtildeO DE ABACATE EM SAtildeO PAULO (22Kgcx)

PRODUCcedilAtildeO CX 22Kg

41

Em 2003 o Paranaacute foi o terceiro maior produtor nacional de abacate com uma

aacuterea de aproximadamente 1600ha onde se produziu 26 mil toneladas gerando uma

receita de cerca de R$ 85 milhotildees (HOHMANN amp MENEGUIM 2005)

De acordo com a relaccedilatildeo feita entre os dados de volume de abacate colhido e

de aacuterea destinada agrave produccedilatildeo do IBGESIDRA em 10 anos (2005 agrave 2014) o estado

que sofreu maior reduccedilatildeo da produtividade foi o estado do CEARAacute reduzindo em

31 aproximadamente enquanto que o estado de minas aumentou 289 sua

produtividade O DF apresentou os melhores niacuteveis de produtividade a partir desses

dados

AVOCADO NO BRASIL

A regiatildeo de Bauru em Satildeo Paulo especializou-se na produccedilatildeo dos abacates

‟Hass‟ e bdquoFuerte‟ conhecidos comercialmente como Avocado e satildeo os mais

apreciados pelo mercado internacional (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA

FRUTICULTURA 2008)

O Avocado variedades ‟Hass‟ e bdquoFuerte‟ possui excelentes caracteriacutesticas

nutricionais como por exemplo seu alto teor de lipiacutedeos Aleacutem disso o fruto possui

tamanho reduzido o que facilita o consumo evitando que parte natildeo consumida seja

armazenada Uma das possibilidades de se estimular o consumo interno seria

promover o produto a partir do uso de marketing setor no qual a empresa

JAGUACYR situada no municiacutepio de Bauru ndash SP tem se destacado fornecendo

informaccedilotildees nutricionais e apresentando o alto padratildeo de qualidade da fruta Outro

fator que reduz a oferta do produto no mercado interno eacute a demanda internacional

apesar de impor barreiras e exigirem alto padratildeo de qualidade o produto de

qualidade recebe os melhores preccedilos este fator tambeacutem limita o consumo interno

porque o preccedilo oferecido pelos importadores reflete no preccedilo interno

Outro ponto que deve ser observado para se manter qualidade elevada dos

frutos eacute a escolha adequada do ponto de colheita pois este fator reflete diretamente

no teor de oacuteleo dos frutos que por sua vez eacute responsaacutevel pela conservaccedilatildeo do

sabor Os melhores teores de oacuteleo encontram-se em frutos tardios como nas

variedades obtidas a partir das raccedilas Guatemalenses e Mexicana sendo maior nas

raccedilas Mexicana e menor em cultivares oriunda de raccedilas Guatemalenses como por

exemplo a bdquoHass‟

42

A exportaccedilatildeo brasileira do abacate bdquoHass‟ variedade mais produzida no

mundo era de 100 toneladas por ha em 2004 para 2186 toneladas em 2010

(DORIZZOTTO 2011) Contudo este dado representa apenas 143 do volume de

todo o abacate produzido no paiacutes nesta mesma data mesmo com seus atributos

nutricionais e comerciais

Quando se trata do segmento do mercado do Avocado brasileiro em acircmbito

global a empresa JAGUACYR situada no municiacutepio de Bauru ndash SP com sede na

Holanda eacute de extrema relevacircncia contribuindo com 90 das exportaccedilotildees brasileiras

deste produto com o qual o Brasil ainda comeccedila a participar poreacutem possui

condiccedilotildees favoraacuteveis para crescer no setor (CARVALHO 2015)

O graacutefico a seguir apresentado na Figura 2 demonstra a evoluccedilatildeo da

participaccedilatildeo do Avocado no setor de fruticultura no estado de Satildeo Paulo

Figura 12 - Elaborado pelo autor FONTE CEAGESPSEDES GABRIEL V BITENCOURT DE ALMEIDA

Como apresentado no graacutefico acima o volume de Avocado comercializado na

CEAGESP tem crescido rapidamente vertiginosamente chegando a quase

quadruplicar seu valor em apenas 7 anos

Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio de atacado (R$Kg) de Avocado na CEAGESP de

Satildeo Paulo durante o ano (SP) (Figura 3)

81 74 90

106 133

208

365 378

0

50

100

150

200

250

300

350

400

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

EVOLUCcedilAtildeO DA QUANTIDADE COMERCIALIZADA (T) DE AVOCADO NA CEAGESP DE SAtildeO PAULO (SP)

QUANTIDADE(toneladas)

43

Figura 13 - Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio do avocado na CEAGESP (R$Kg) Elaborado pelo autor FONTES CEAGESP

O graacutefico a seguir demonstra um comparativo da variaccedilatildeo do preccedilo meacutedio do

abacate em relaccedilatildeo ao Avocado durante o ano com base nos dados de nove anos

da CEAGESP (R$Kg)

Figura 14 - Comparativo do preccedilo meacutedio do abacate e do avocado comercializado na ceagesp durante o ano elaborado pelo autor FONTE

CEAGESP

A partir dos dados de 7 anos com a variaccedilatildeo do preccedilo meacutedio do Avocado por

quilo durante o ano pocircde-se observar que os menores valores encontram-se entre

maio e agosto A variaccedilatildeo de preccedilo meacutedio durante o ano chega a ser de R$ 581 o

quilo mais que o dobro entre o maior e menor valor meacutedio encontrado

O graacutefico com o comparativo do preccedilo do abacate com o Avocado (Figura 11)

revela a discrepacircncia da valorizaccedilatildeo entre os dois grupos O valor miacutenimo do

4

6

8

10

12

jan

fev

mar

abr

mai

jun jul

ago

set

ou

t

no

v

dez

EVOLUCcedilAtildeO DO PRECcedilO MEacuteDIO DO AVOCADO NA CEAGESP (R$Kg)

PRECcedilO MEacuteDIO

0

2

4

6

8

10

12

JAN

FEV

MA

R

AB

R

MA

I

JUN

JUL

AG

O

SET

OU

T

NO

V

DEZ

PRECcedilO AVOCADO

PRECcedilO DO ABACATE

44

Avocado eacute de R$ 554 por quilo enquanto que o maior valor encontrado do abacate

chega a R$ 381 uma diferenccedila de quase 50

O CEASA-DF registrou em 2014 um volume comercializado de 397 toneladas

de Avocado enquanto que no ano anterior o volume registrado natildeo passou de 07

toneladas (CEASA-DF)

Apesar de jaacute haver teacutecnicas eficientes e tecnologias modernas disponiacuteveis

para se aperfeiccediloar a produccedilatildeo do abacate a exploraccedilatildeo de novas regiotildees com

potencial produtor para a implantaccedilatildeo de pomares de abacateiro no Brasil eacute um dos

fatores que podem aumentar mais ainda a produccedilatildeo nacional No DF por exemplo

a aacuterea destinada agrave colheita do abacate sofreu uma reduccedilatildeo de mais da metade de

2012 para 2014 muito diferente da forma como havia se comportando desde 2000

quando a aacuterea passou de 85 ha para 111 em 2010 O DF representa apenas 2 da

produccedilatildeo nacional do abacate contudo sua produtividade vem aumentando e de

acordo com os dados do IBGE o DF possui os melhores iacutendices de produtividade do

paiacutes o que pode representar forte potencial da regiatildeo no setor Este fato corrobora

com a ideia de que o Brasil pode aproveitar melhor sua extensatildeo territorial

explorando regiotildees com potencial produtor como o DF por exemplo

CERTIFICACcedilAtildeO

CARVALHO (2015) afirma que para participar do mercado internacional os

produtores devem se atentar agraves exigecircncias internacionais de qualidade e seguranccedila

garantidas por meio de certificaccedilatildeo como GlobalGapR BRCR BRCIR FAIRDRADER

e SEDEX-SMETAR Outro ponto que deve ser adotado pelo Brasil no comeacutercio do

Avocado eacute manter um mercado com preccedilo linear e contiacutenuo Ainda segundo

CARVALHO (2015) produtores que natildeo possuem certificaccedilatildeo no GlobalgapR

recebem menos 10

PRECcedilO PAGO PELA JAGUACYR AO PRODUTOR COM GLOBALGAPR

TABELA 10 - (CARVALHO 2015)

CAT CALIBRE MAR ABR MAI JUN

1 12 A 24 315 322 205 205

2 26 A 32 131 129 130 130

2 12 A 24 284 350 187 187

45

Para o consumidor final o selo GLOBALGAPR natildeo eacute tatildeo notado pois o uso

desta marca eacute praticado entre empresas Contudo sua em sua elaboraccedilatildeo

considerou-se a reduccedilatildeo dos impactos negativos das operaccedilotildees agriacutecolas no meio

ambiente reduzir o uso de insumos quiacutemicos e garantir que assuntos de sauacutede e

seguranccedila dos empregados e bem estar animal sejam observados (GLOBALGAPR

2008)

A GLOBALGAPR serve como um manual no comeacutercio mundial de produtos

agriacutecolas estabelecendo normas voluntaacuterias para sua certificaccedilatildeo Este conjunto de

normas estabelece serve de molde para a conduccedilatildeo de boas praacuteticas agriacutecolas

(BPA) nas atividades agriacutecolas (GLOBALGAPR 2008)

Um dos pontos positivos em se adotar os protocolos de boas praacuteticas

agriacutecolas eacute a prevenccedilatildeo de perdas Pesquisas feitas no setor da fruticultura

concluem que maior parte do desperdiacutecio ocorre no percurso que vai do manuseio

no campo ateacute as centrais de produccedilatildeo (AGRIANUAL 2012) Os iacutendices de perdas da

abaticultura chegam a 34 ao ano (AGRIANUAL 2015)

Eacute de extrema importacircncia desenvolver soacutelidos e eficientes sistemas de

certificaccedilatildeo a fim de assegurar qualidade que atenda as expectativas dos

consumidores permitindo que as empresas ingressem nos mercados globais com

seus produtos (ZEIDAN et al 2008)

A difusatildeo de praacuteticas recomendadas para a obtenccedilatildeo da certificaccedilatildeo

GLOBALGAPR por parte dos produtores de abacate principalmente as variedades

bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ pode estimular o consumo interno por meio da oferta de produtos

de maior qualidade aleacutem de reduzindo perdas e promover o produto no comeacutercio

internacional da fruta Fazendo com que o potencial produtor seja aproveitado ao

maacuteximo uma vez que seguir os protocolos de boas praacuteticas agriacutecolas represente a

reduccedilatildeo de perdas no processo de produccedilatildeo de colheita e de transporte seja por

meio da reduccedilatildeo da incidecircncia de pragas ou por adoccedilatildeo de teacutecnicas e evitem perdas

na conduccedilatildeo da produccedilatildeo dos pomares de abacate

CONCLUSOtildeES

A produccedilatildeo de Avocado cultivares bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ superiores em vaacuterios

aspectos agraves cultivares mais populares no paiacutes tem condiccedilotildees de se desenvolver

amplamente no Brasil tornando-o grande consumidor e exportador da fruta Essa

46

mudanccedila pode ocorrer por meio de incentivos governamentais que incentivem o

registro de produtos para a cultura do abacateiro favorecendo a obtenccedilatildeo de

certificaccedilatildeo bem como o desenvolvimento de centros de pesquisas que

desenvolvam estudos sobre a cultura do abacateiro que promovam a difusatildeo de

tecnologia e com isso estimule a utilizaccedilatildeo de novas aacutereas com potencial produtivo

A transferecircncia de tecnologia tambeacutem pode ser feita por parte de empresas da aacuterea

privada que possuem domiacutenio de teacutecnicas e tecnologias modernas principalmente

por meio da popularizaccedilatildeo da produccedilatildeo de mudas clonais para porta-enxerto Aleacutem

disso devem ser feitas accedilotildees por parte de instituiccedilotildees privadas como o

desenvolvimento do marketing da fruta a fim de divulgar os benefiacutecios do consumo

e a exposiccedilatildeo de novas formas de consumo de abacate pode ser crucial para a

mudanccedila do comportamento do consumidor nacional uma vez que este se atenta

principalmente aos aspectos visuais do abacate

Na poacutes-colheita o controle sobre os processos de maturaccedilatildeo poderia ser

mais bem aproveitado No Brasil a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas de conservaccedilatildeo no poacutes-

colheita de frutas objetiva na maioria das vezes estender o tempo de prateleira

destes produtos Para se aproveitar os elevados preccedilos ofertados em determinadas

eacutepocas os produtores colhem os frutos antes do recomendado para a fruta do

abacateiro o que reduz sua qualidade pois a eacutepoca da colheita influencia

diretamente no teor de oacuteleo fator altamente relacionado com o sabor da fruta Por

outro lado a aceleraccedilatildeo do processo de maturaccedilatildeo por meio do controle de

maturaccedilatildeo permite fornecimento de frutos maduros prontos para o consumo

estimulando assim o consumo no paiacutes Com a entrega regular de frutos maduros

nos supermercados e restaurantes novas formas de consumo da fruta como patecircs

e em saladas poderiam ser facilmente introduzidas no cardaacutepio nacional

47

BIBLIOGRAFIA

ALMEIDA G V B Mercado Atacadista de Abacate e Avocado (CEAGESP) III

Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado Bauru 2015

ALMEIDA G V B O Abacate no mundo e na CEAGESP Todafruta notiacutecia 2011

DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwtodafrutacombrnoticia28119O+ABACATE+NO+MUNDO+NO+BRASIL

+E+NA+CEAGESP gt

ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA FRUTICULTURA 2004 a 2015 DISPONIacuteVEL EM

httpwwwgrupogazcombrtratadaseo_edicao420150320150301_106c8c2f1pdf

4718_2015fruticulturapdfgt

BIODIESELBR DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwbiodieselbrcomnoticiasmateria-

primaoutrasvideo-unesp-transforma-oleo-abacate-biodiesel-060313htm gt

BONELLA J A Classificaccedilatildeo de abacates na CEAGESP Joseacute Alcides Bonella ME

2013

BRUWER T ROOYEN Z VAN PERFORMANCE AND MARKET ACCEPTIBILITY

OF THE HASS-LIKE CULTIVARS GEM AND HARVEST IN SOUTH AFRICA Vi

World Avocado Congress (Actas VI Confreso Mundial del Aguacate) 2007 Vintildea Del

Mar Chile 12 ndash 16 nov 2007 ISBN n 978-956-17-0413-8 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwAvocadosourcecomWAC6enExtenso1b-36pdf gt

CAMPOS J A Cultura racional do abacateiro Satildeo Paulo Iacutecone 1988 150 p

CANTUAacuteRIAS-AVILEacuteS T SILVA S R La induacutestria del aguacate em el Estado de

Satildeo Paulo Brasil actualidad y perspectivas futuras In CONGRESO MUNDIAL DEL

AGUACATE 7 2011 Caims Resuacutemenes Caims Avocado Australia 2011

48

CORREIA R C ARAUJO J L P MOUCO M A do C BRAGA C A

MENDONCcedilA R F de Abacate preferecircncias e mercado CONGRESSO

BRASILEIRO DE FRUTICULTURA 21 2010 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwalicecnptiaembrapabralicebitstreamdoc8700181Moucopdf gt

CARVALHO L F Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado realizaccedilatildeo Jaguacy

Sindicato Rural de Bauru Serviccedilo Nacional de Aprendizagem Rural - SENAR

Faculdades Integradas de Bauru ndash SP 2015

CHITARRA M I F CHITARA A B 2005 Poacutes colheita de frutos e hortaliccedilas

Fiiologia e Manuseio Lavras ESALFAEPE

CRANE J H BALERDI C F MAGUIRE I Avocado Growing in the Florida Home

Landscape University of Florida Circular 1034 one of a series of the Horticultural

Sciences Department Florida Cooperative Extension Service Institute of Food and

Agricultural Sciences University of Florida 1983 Revised 2007

CRIZEL G R MOURA R S OLIVEIRA I R MENDONCcedilA C R B

Caracteriacutesticas fiacutesicas e quiacutemicas de abacates das variedades bdquoQuintal‟ e bdquoHass‟ In

CONGRESSO DE INICIACcedilAtildeO CIENTIacuteFICA 17 ENCONTRO DE POacuteS-

GRADUACcedilAtildeO 10 2008 Pelotas Resumos Pelotas UFPEL 2008

DAIUTO E R VIEITES R L TREMOCOLDI M A RUSSO V C Taxa

respiratoacuteria de abacate bdquoHass‟ submetido a diferentes tratamentos fiacutesicos Revista

Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha Meacutexico v 10 n 2 p 101-109

2010

DAIUTO E R TREMOCOLDI M A VIEITES R L Conservaccedilatildeo poacutes colheita de

abacate bdquoHass‟ irradiado Revista Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha vol

10 n 2 2010

DONADIO L C Abacate para exportaccedilatildeo aspectos teacutecnicos da produccedilatildeo

Brasiacutelia Frupex MAPA 1995 53 p

49

DONADIO L C FERRARI L AVILEacuteS T C Abacate In DONADIO L C (Ed)

Histoacuteria da Fruticultura Paulista Jaboticabal SBF ndash Sociedade Brasileira de

Fruticultura 2010 P 33-63

DORIZZOTTO C D A SAMPAIO A C ICUMA I M et al Avocado production

chain in the state of Satildeo Paulo (Brazil) In Proceedings VII World Avocado Congress

2011 Cairns Anaishellip Cairns Internacional Avocado Society 2011 DISPONIacuteVEL

EM lt

httpworldAvocadocongress2011comuserfilesfileOsvaldo20Kioshi20Yamanis

hi201400-1420pdf gt

ERNST Z R ERNST A A The strategic role of new cultivars A case study of

bdquoMaluma‟ VIII Congreso Mundial de la Palta 2015 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwavocadosourcecomWAC8Section_02EarnstZander2015pdf gt

FACTFISH Avocados production quantity (tons) ndash for all countries DISPONIacuteVEL

EM lt httpwwwfactfishcomstatisticAvocados20production20quantity gt

FAOSTAT 2000 a 2013 DISPONIacuteVEL EM lt httpfaostat3faoorgbrowseTTPE gt

FER B WOLSTENHOLME B N (Ed) The Avocado botany production and

uses Oxon CABI Publ 2002 chap 12 p 299-338

FRANCISCO V L F dos S BAPTISTELLA C S L CULTURA DO ABACATE NO

ESTADO DE SAtildeO PAULO Informaccedilotildees Econocircmicas SP v 35 n5 2005

DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwieaspgovbroutpublicacoespdftec3-0505pdf gt

GAYET J P et al 1995 Abacate para exportaccedilatildeo procedimentos de colheita e

poacutes-colheita FRUPEX Brasiacutelia 37p

GIRARDI G Abacate uma nova opccedilatildeo de biocombustiacutevel Jornal UNESP Bauru

2009 DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwunespbracijornal248energia_bauruphp gt

50

GUEDES M S B SENA M TOLEDO S Certificaccedilatildeo como estrateacutegia competitiva

internacional dos produtores de frutas no Brasil VII Encontro da Sociedade

Brasileira de Economia Ecoloacutegica (ECO-ECO) 28 a 30 de novembro de 2007

Fortaleza Cearaacute

HODDLE M The Avocado Seed Moth Stenoma cateniver Walsingham (Lepdoptera

Elachistidae) Department of Entomology Applied Biological Control Research

DISPONIacuteVEL EM lt httpbiocontrolucredustenomastenomahtml gt

HOHMANN C L MENEGUIM A M A BROCA-DO-ABACATE (Stenoma catenifer)

Aspectos bioloacutegicos comportamento danos e manejo Instituto Agronocircmico do

Paranaacute ndash Londrina ndashPR Informe da Pesquisa n 147 2005

HOHMANN C L MENEGUIM A M Observaccedilotildees preliminares sobre a ocorrecircncia

da broca-do-abacate Stenoma catenifer Wals no Estado do Paranaacute Anais da

Sociedade Entomoloacutegica do Brasil v 22 p 417-419 1993

ILLSLEY-GRANICH C‟Hass‟Carmenrega precocious flowering avocado tree

Agrovim AS de CV Uruapan Michocan Mexico Rob Brokaw Brokaw Nursery Inc

Saticoy California USA Dr Salvador Ochoa-Ascencio University of Michoacan

Uruapan Michoacan Mexico 2011 DISPONIacuteVEL EM lt

httpworldavocadocongress2011comuserfilesfileCarlos20Illsley201410-

1430pdf gt

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA ESTATIacuteSTICA (IBGE) IBGE CIDADES

DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwcidadesibgegovbrcartogramamapaphplang=ampcoduf=53ampcodmun=53

0010ampidtema=136ampcodv=v01ampsearch=distrito-federal|brasilia|sintese-das-

informacoes-2013 gt

KADER A A 1992 Postharvest technology of horticultural crops Okland Univertisy

of California 292p

51

KADER A A ARPIA M L Avocado Recommendations for Maintaining

Postharvest Quality 2013

KADER A A Biologiacutea y Tecnologiacutea Postcosecha un Panorama In KADER A A

Tecnologiacutea Postcosecha de Cultivos Hortofrutiacutecolas 3 Ed Davis University Of

Califoacuternia 2007 Cap 4 p 43-53

KLUGE R A et al Inibiccedilatildeo do amadurecimento de abacate com 1-

metilciclopropeno Pesquisa Agropecuaacuteria Brasileira 37(7)895-901

KOOLER O C Abacaticultura Porto Alegre UFRGS 1992 138p

KOOLER O C ABACATICULTURA Porto Alegre UFRGS 1984 138p

KOLLER O C Abacate produccedilatildeo de mudas instalaccedilatildeo e manejo de pomares

colheita e poacutes-colheita Porto Alegre Cinco Continentes 2002 145 p

KREMER-KOumlHNE S KOumlHNE J S 25 YEARS OF AVOCADO ROOTSTOCK

DEVELOPMENT IN SOUTH AFRICA VI World Avocado Congress Chile 2007

DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwavocadosourcecomWAC6enExtenso1a-8pdf gt

LIPPERT C ALLAMAND M (WESTFALIASUBSOLE) A hystory of

collaboration Rev Subsole Santiago 2007

MAIS NATUREZA ABACATEIRO DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwmaisnaturezacomplantasarvoresabacateiro gt

MARANCA G Fruticultura comercial Manga e Abacate Satildeo Paulo Nobel 1980

p 81-133

MASSAFERA G COSTA T M B OLIVEIRA J E D COMPOSICcedilAtildeO DE AacuteCIDOS

GRAXOS DO OacuteLEO DO MESOCARPO E DA SEMENTE DE CULTIVARES DE

ABACATE (Persea americana MILL) DA REGIAtildeO DE RIBEIRAtildeO PRETO SP)

52

Alim Nutr Araraquara V 21 n 2 p 325-331 abrjun 2010 DISPONIacuteVEL EM lt

http20014571150seerindexphpalimentosarticleview940a20v21n2pdf gt

MDIC Negociaccedilotildees internacionais DISPONIacuteVEL EM

httpwwwdesenvolvimentogovbrsitiosecexnegInternacionaisMedTerrorismoLei

ph p gt

MICKELBART M V BENDER G S WITNEY G W ADAMS C ARPAIA M L

Effects of clonal rootstocks on bdquoHass‟ avocado yield components alternate bearing

and nutrition Journal of Horticultural Schience amp Biotechnology Ashford v 82

n 3 p 460-466 2007

MILLER B BERTELS R PADILLA T WILEMAN R THOMSEN L China the

new frontier VIII World Avocado Congress 2015

MONTENEGRO H W S A cultura do abacateiro Satildeo Paulo Melhoramentos

1951 102p (Criaccedilatildeo e Lavoura n 11)

MORAES A F G Desenvolvimento produccedilatildeo e qualidade de frutos de abacateiro

cv bdquoHass‟ sobre dois porta-enxertos nas condiccedilotildees edafoclimaacuteticas da regiatildeo central

do Estado de Satildeo Paulo Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Ciecircncias Piracicaba 2014

NAAMANI G Global Trends in main Avocado Markets VII World Avocado

Congress Australia 2011

NAVA DE DE LARA HADDAD M PARRA JRP 2005 Exigecircncias teacutermicas

estimativa do nuacutemero de geroccedilotildees de Stenoma catenifer e comprovaccedilatildeo de modelo

em campo Pesq Agropec Bras Brasilia v 40 p 961-967

NAVA DE PARRA JRP COSTA VA GUERRA TM COcircNSOLI FL (2005b)

Population dynamics of Stenoma catenifer(Lepidoptera Elachistidae) and related

larval parasitoids in Minas Gerais Brazil Florida Entomologistv 88p 441-446

53

NOVAGRIM ndash FRESH FRUITS IMPORTER amp VEGETABLE SUPPLIER SINCE

1999 2001-2013 WORLD AVOCADO PRODUCTION DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwnovagrimcomPages2000_2011_Avocado_statistics_ENaspx gt

OLIVEIRA LA A importacircncia das Normas Internacionais para o Comeacutercio da

Fruticultura Brasileira Piracicaba Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Economia Escola

Superior de Agricultura ldquoLuiz de Queirozrdquo Universidade de Satildeo Paulo Piracicaba

2005

OLIVEIRA M A de et al 2000 Ceras para conservaccedilatildeo poacutes colheita de frutos de

abacateiro cultivar Fuerte armazenados em temperatura ambiente Scientia Agriacutecola

Piracicaba 57 (4) 777-780

PASSONI A D NEVES M C M RODRIGUES B B BOTEON M Anaacutelise dos

principais entraves na exportaccedilatildeo de frutas brasileiras CENTRO DE ESTUDOS

AVANCcedilADOS EM ECONOMIA APLICADA (CEPEAESALQ-USP) XLIV

CONGRESSO DA SOBER ndash ldquoQuestotildees Agraacuterias Educaccedilatildeo no Campo e

Desenvolvimentordquo Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia Rural Fortaleza

2006

PEGG K G COATES L M KORSTEN L HARDING R M Foliar fruit and

soilborne diseases In WHILEY A W SCHAF

PERFIL DA FRUTICULTURA 2014 Base de dados 2012 a 2013 Governo de Minas

Gerais Agricultura Pecuaacuteria e Abastecimento 2014

PICCININ E PASCHOLATI S F ldquoDOENCcedilAS DO ABACATEIRO‟ em MANUAL DE

FITOPATOLOGIA Vol 2 Doenccedilas das Plantas Cultivadas Editora Agronocircmica

Ceres Ltda Satildeo Paulo 1997 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwifcursoscombrsistemaadminarquivos07-33-29-

manualfitopatologiapdfpage=10 gt

54

PUTT F F GOacuteES B C CATANEO P F Anaacutelise econocircmica de oferta e demanda

do abacate na alta paulista X Foacuterum Ambiental da Alta Paulista v 10 n 7 2014

pp 158-169

ROCHA I L Nuacutemeros do abacate HORTIESCOLHA Instituto Brasileiro de

Qualidade em Horticultura DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwhortibrasilorgbrjnwindexphpoption=com_contentampview=articleampid=120

9numeros-do-abacate-ampcatid=50comercializacaoampItemid=82 gt

SANTO N T Manejo da vegetaccedilatildeo intercalar para obtenccedilatildeo de cobertura morta na

cultura do abacateiro visando minimizar os danos causados por Phytophthora

cinnamomi Dissertaccedilatildeo de mestrado em Fitotecnia Piracicaba 2014

SCHAFFER B WOLSTENJOLME B N WHILEY A W The avocado botany

production and uses 560 p 2012 DISPONIacuteVEL EM lt

httpsbooksgooglecombrbooksid=r0hpRJca3zECamppg=PA83amplpg=PA83ampdq=Th

e+Avocado+botany+production+and+uses+hass-

likeampsource=blampots=oqc5OBsbmVampsig=5gDWWPIMYRBW9cH3yYuWh-ldd-8amphl=pt-

BRampsa=Xampved=0ahUKEwj_yPbgsoTKAhUGDpAKHZTrCWEQ6AEIPDADv=onepag

eampqampf=false gt

SCIENCIA I Certificaccedilatildeo GLOBALGAP e impactos ambientais em agroinduacutestrias de

alimentos Dissertaccedilatildeo de Poacutes-Graduaccedilatildeo Araraquara SP 2010 lt

mlthttpwwwecoecoorgbrconteudopublicacoesencontrosvii_envii_enc_ecohtm

gt

SIMAtildeO S Manual de Fruticultura Satildeo Paulo Editora Agronocircmica Ceres 1971

530p p 147-169

SINGER P MASON J Eacutetica da alimentaccedilatildeo como nossos haacutebitos alimentares

influenciam o meio ambiente e o nosso bem estar Rio de Janeiro Elsevier 2007

SOARES H F ITO M K O AacuteCIDO GRAXO MONOINSATURADO DO ABACATE

NO CONTROLE DE DISLIPIDEMIAS Ver Ciecircnc Meacuted Campinas P 47-51 2000

55

DISPONIacuteVEL EM lt httpperiodicospuc-

campinasedubrseerindexphpcienciasmedicasarticleviewFile13301304 gt

TEIXEIRA C G Cultura In ITAL ndash INSTITUTO DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS

(Campinas) Abacate Cultura mateacuteria-prima processamento e aspectos

econocircmicos 2 Ed Campinas Instituto Campineiro de Ensino Agriacutecola 1995 Cap 1

p 1-54 (Frutas Tropicais)

TEIXEIRA C G Cultura do abacate In TEIXEIRA C G et al ABACATE cultura

mateacuteria prima processamento e aspectos econocircmicos 2deg ed Seacuterie Fruas Tropicais

ndeg8 ITAL Campinas 1991 250p

WATANABE H S Caracteriacutesticas de cultivares de abacate CEAGESPS ndash

Companhia de Entrepostos e Armazeacutens Gerais de Satildeo Paulo 2013

WOLFENBARGER D O COLBURN B The Stenoma catenifer a serious Avocado

pest Proceedings of Florida State Horticulture Society v 92 p 315-318 1979

ZEIDAN R SEIXAS P ABRANCHES L COSTA D MEIRELLES F Certificaccedilatildeo

na cadeia produtiva de alimentos e as barreiras teacutecnicas agrave exportaccedilatildeo Simpoacutesio de

excelecircncia e gestatildeo e tecnologia ndash SEGeT 2008 Resende

Page 39: EVOLUÇÃO DA PRODUÇÃO MUNDIAL E NACIONAL …...RESUMO O abacateiro, Persea americana, é uma cultura muito importante em vários países, devido ao volume comercializado da fruta

39

TABELA 8 - Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio (em R$Kg) do abacate FONTE

CEAGESP 2008

ANOMEcircS JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

2007 105 101 1 118 107 109 129 151 159 181 228 279

2008 119 081 084 097 102 11 122 137 149 208 296 326

2009 169 122 132 133 141 141 152 177 217 213 212 235

2010 17 161 165 154 151 151 164 173 202 262 406 316

2011 185 182 183 203 186 204 231 278 308 317 359 369

2012 207 155 151 141 153 164 192 218 242 268 429 485

2013 263 209 216 215 244 265 258 304 347 403 566 498

2014 228 206 231 239 198 2 256 267 301 305 403 538

2015 406 403 386 349 367 397 394 43 - - - -

O graacutefico a seguir resume o comportamento da quantidade de peacutes novos e

em produccedilatildeo no estado de Satildeo Paulo desde o ano 2000

Figura 10 - Evoluccedilatildeo do nuacutemeros de peacutes novos e em produccedilatildeo ao longo de 15 anos no estado de Satildeo Paulo elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE

ECONOMIA AGRIacuteCOLA

A produccedilatildeo (em caixas de 22 Kg) eacute demonstrada no graacutefico abaixo para esse

mesmo periacuteodo

000

10000000

20000000

30000000

40000000

50000000

60000000

70000000

80000000

20002002200420062008201020122014

EVOLUCcedilAtildeO DOS DADOS DO ABACATE EM SAtildeO PAULO

PEacuteS NOVOS

PEacuteS EM PRODUCcedilAtildeO

40

Figura 11 - Evoluccedilatildeo da produccedilatildeo de abacate em caixas de 22kg no estado de Satildeo Paulo em 15 anos elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE

ECONOMIA AGRIacuteCOLA

A sazonalidade do abacate comercial na CEAGESP em Satildeo Paulo

demonstram que o abacate pode ser comercializado praticamente todas as eacutepocas

do ano como apresentado pela tabela

TABELA 9 - Sazonalidade do abacate FONTE CEAGESP 2008

VARIEDADE JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

GEADA X X X X X

FORTUNA X X X X X X X

QUINTAL X X X X X X X

MARGARIDA X X X X X X X X X X

BREDA X X X X X X X X

HASS X X X X X X X X

O Estado de Minas Gerais eacute o segundo maior produtor nacional de abacate

participando do setor com 229 do total produzido A aacuterea no Estado destinada agrave

produccedilatildeo da fruta foi de 23 mil ha A produtividade do estado de Minas em 2012 foi

de 15881 (hgha) (PERFIL DA FRUTA) A produccedilatildeo de abacate no Distrito Federal

em 2013 foi de 3152 toneladas (IBGE) Em Minas a produccedilatildeo concentra-se nas

regiotildees Sul e Sudeste do estado (ALMEIDA 2013)

200000000

250000000

300000000

350000000

400000000

450000000

500000000

550000000

20002002200420062008201020122014

EVOLUCcedilAtildeO NA PRODUCcedilAtildeO DE ABACATE EM SAtildeO PAULO (22Kgcx)

PRODUCcedilAtildeO CX 22Kg

41

Em 2003 o Paranaacute foi o terceiro maior produtor nacional de abacate com uma

aacuterea de aproximadamente 1600ha onde se produziu 26 mil toneladas gerando uma

receita de cerca de R$ 85 milhotildees (HOHMANN amp MENEGUIM 2005)

De acordo com a relaccedilatildeo feita entre os dados de volume de abacate colhido e

de aacuterea destinada agrave produccedilatildeo do IBGESIDRA em 10 anos (2005 agrave 2014) o estado

que sofreu maior reduccedilatildeo da produtividade foi o estado do CEARAacute reduzindo em

31 aproximadamente enquanto que o estado de minas aumentou 289 sua

produtividade O DF apresentou os melhores niacuteveis de produtividade a partir desses

dados

AVOCADO NO BRASIL

A regiatildeo de Bauru em Satildeo Paulo especializou-se na produccedilatildeo dos abacates

‟Hass‟ e bdquoFuerte‟ conhecidos comercialmente como Avocado e satildeo os mais

apreciados pelo mercado internacional (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA

FRUTICULTURA 2008)

O Avocado variedades ‟Hass‟ e bdquoFuerte‟ possui excelentes caracteriacutesticas

nutricionais como por exemplo seu alto teor de lipiacutedeos Aleacutem disso o fruto possui

tamanho reduzido o que facilita o consumo evitando que parte natildeo consumida seja

armazenada Uma das possibilidades de se estimular o consumo interno seria

promover o produto a partir do uso de marketing setor no qual a empresa

JAGUACYR situada no municiacutepio de Bauru ndash SP tem se destacado fornecendo

informaccedilotildees nutricionais e apresentando o alto padratildeo de qualidade da fruta Outro

fator que reduz a oferta do produto no mercado interno eacute a demanda internacional

apesar de impor barreiras e exigirem alto padratildeo de qualidade o produto de

qualidade recebe os melhores preccedilos este fator tambeacutem limita o consumo interno

porque o preccedilo oferecido pelos importadores reflete no preccedilo interno

Outro ponto que deve ser observado para se manter qualidade elevada dos

frutos eacute a escolha adequada do ponto de colheita pois este fator reflete diretamente

no teor de oacuteleo dos frutos que por sua vez eacute responsaacutevel pela conservaccedilatildeo do

sabor Os melhores teores de oacuteleo encontram-se em frutos tardios como nas

variedades obtidas a partir das raccedilas Guatemalenses e Mexicana sendo maior nas

raccedilas Mexicana e menor em cultivares oriunda de raccedilas Guatemalenses como por

exemplo a bdquoHass‟

42

A exportaccedilatildeo brasileira do abacate bdquoHass‟ variedade mais produzida no

mundo era de 100 toneladas por ha em 2004 para 2186 toneladas em 2010

(DORIZZOTTO 2011) Contudo este dado representa apenas 143 do volume de

todo o abacate produzido no paiacutes nesta mesma data mesmo com seus atributos

nutricionais e comerciais

Quando se trata do segmento do mercado do Avocado brasileiro em acircmbito

global a empresa JAGUACYR situada no municiacutepio de Bauru ndash SP com sede na

Holanda eacute de extrema relevacircncia contribuindo com 90 das exportaccedilotildees brasileiras

deste produto com o qual o Brasil ainda comeccedila a participar poreacutem possui

condiccedilotildees favoraacuteveis para crescer no setor (CARVALHO 2015)

O graacutefico a seguir apresentado na Figura 2 demonstra a evoluccedilatildeo da

participaccedilatildeo do Avocado no setor de fruticultura no estado de Satildeo Paulo

Figura 12 - Elaborado pelo autor FONTE CEAGESPSEDES GABRIEL V BITENCOURT DE ALMEIDA

Como apresentado no graacutefico acima o volume de Avocado comercializado na

CEAGESP tem crescido rapidamente vertiginosamente chegando a quase

quadruplicar seu valor em apenas 7 anos

Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio de atacado (R$Kg) de Avocado na CEAGESP de

Satildeo Paulo durante o ano (SP) (Figura 3)

81 74 90

106 133

208

365 378

0

50

100

150

200

250

300

350

400

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

EVOLUCcedilAtildeO DA QUANTIDADE COMERCIALIZADA (T) DE AVOCADO NA CEAGESP DE SAtildeO PAULO (SP)

QUANTIDADE(toneladas)

43

Figura 13 - Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio do avocado na CEAGESP (R$Kg) Elaborado pelo autor FONTES CEAGESP

O graacutefico a seguir demonstra um comparativo da variaccedilatildeo do preccedilo meacutedio do

abacate em relaccedilatildeo ao Avocado durante o ano com base nos dados de nove anos

da CEAGESP (R$Kg)

Figura 14 - Comparativo do preccedilo meacutedio do abacate e do avocado comercializado na ceagesp durante o ano elaborado pelo autor FONTE

CEAGESP

A partir dos dados de 7 anos com a variaccedilatildeo do preccedilo meacutedio do Avocado por

quilo durante o ano pocircde-se observar que os menores valores encontram-se entre

maio e agosto A variaccedilatildeo de preccedilo meacutedio durante o ano chega a ser de R$ 581 o

quilo mais que o dobro entre o maior e menor valor meacutedio encontrado

O graacutefico com o comparativo do preccedilo do abacate com o Avocado (Figura 11)

revela a discrepacircncia da valorizaccedilatildeo entre os dois grupos O valor miacutenimo do

4

6

8

10

12

jan

fev

mar

abr

mai

jun jul

ago

set

ou

t

no

v

dez

EVOLUCcedilAtildeO DO PRECcedilO MEacuteDIO DO AVOCADO NA CEAGESP (R$Kg)

PRECcedilO MEacuteDIO

0

2

4

6

8

10

12

JAN

FEV

MA

R

AB

R

MA

I

JUN

JUL

AG

O

SET

OU

T

NO

V

DEZ

PRECcedilO AVOCADO

PRECcedilO DO ABACATE

44

Avocado eacute de R$ 554 por quilo enquanto que o maior valor encontrado do abacate

chega a R$ 381 uma diferenccedila de quase 50

O CEASA-DF registrou em 2014 um volume comercializado de 397 toneladas

de Avocado enquanto que no ano anterior o volume registrado natildeo passou de 07

toneladas (CEASA-DF)

Apesar de jaacute haver teacutecnicas eficientes e tecnologias modernas disponiacuteveis

para se aperfeiccediloar a produccedilatildeo do abacate a exploraccedilatildeo de novas regiotildees com

potencial produtor para a implantaccedilatildeo de pomares de abacateiro no Brasil eacute um dos

fatores que podem aumentar mais ainda a produccedilatildeo nacional No DF por exemplo

a aacuterea destinada agrave colheita do abacate sofreu uma reduccedilatildeo de mais da metade de

2012 para 2014 muito diferente da forma como havia se comportando desde 2000

quando a aacuterea passou de 85 ha para 111 em 2010 O DF representa apenas 2 da

produccedilatildeo nacional do abacate contudo sua produtividade vem aumentando e de

acordo com os dados do IBGE o DF possui os melhores iacutendices de produtividade do

paiacutes o que pode representar forte potencial da regiatildeo no setor Este fato corrobora

com a ideia de que o Brasil pode aproveitar melhor sua extensatildeo territorial

explorando regiotildees com potencial produtor como o DF por exemplo

CERTIFICACcedilAtildeO

CARVALHO (2015) afirma que para participar do mercado internacional os

produtores devem se atentar agraves exigecircncias internacionais de qualidade e seguranccedila

garantidas por meio de certificaccedilatildeo como GlobalGapR BRCR BRCIR FAIRDRADER

e SEDEX-SMETAR Outro ponto que deve ser adotado pelo Brasil no comeacutercio do

Avocado eacute manter um mercado com preccedilo linear e contiacutenuo Ainda segundo

CARVALHO (2015) produtores que natildeo possuem certificaccedilatildeo no GlobalgapR

recebem menos 10

PRECcedilO PAGO PELA JAGUACYR AO PRODUTOR COM GLOBALGAPR

TABELA 10 - (CARVALHO 2015)

CAT CALIBRE MAR ABR MAI JUN

1 12 A 24 315 322 205 205

2 26 A 32 131 129 130 130

2 12 A 24 284 350 187 187

45

Para o consumidor final o selo GLOBALGAPR natildeo eacute tatildeo notado pois o uso

desta marca eacute praticado entre empresas Contudo sua em sua elaboraccedilatildeo

considerou-se a reduccedilatildeo dos impactos negativos das operaccedilotildees agriacutecolas no meio

ambiente reduzir o uso de insumos quiacutemicos e garantir que assuntos de sauacutede e

seguranccedila dos empregados e bem estar animal sejam observados (GLOBALGAPR

2008)

A GLOBALGAPR serve como um manual no comeacutercio mundial de produtos

agriacutecolas estabelecendo normas voluntaacuterias para sua certificaccedilatildeo Este conjunto de

normas estabelece serve de molde para a conduccedilatildeo de boas praacuteticas agriacutecolas

(BPA) nas atividades agriacutecolas (GLOBALGAPR 2008)

Um dos pontos positivos em se adotar os protocolos de boas praacuteticas

agriacutecolas eacute a prevenccedilatildeo de perdas Pesquisas feitas no setor da fruticultura

concluem que maior parte do desperdiacutecio ocorre no percurso que vai do manuseio

no campo ateacute as centrais de produccedilatildeo (AGRIANUAL 2012) Os iacutendices de perdas da

abaticultura chegam a 34 ao ano (AGRIANUAL 2015)

Eacute de extrema importacircncia desenvolver soacutelidos e eficientes sistemas de

certificaccedilatildeo a fim de assegurar qualidade que atenda as expectativas dos

consumidores permitindo que as empresas ingressem nos mercados globais com

seus produtos (ZEIDAN et al 2008)

A difusatildeo de praacuteticas recomendadas para a obtenccedilatildeo da certificaccedilatildeo

GLOBALGAPR por parte dos produtores de abacate principalmente as variedades

bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ pode estimular o consumo interno por meio da oferta de produtos

de maior qualidade aleacutem de reduzindo perdas e promover o produto no comeacutercio

internacional da fruta Fazendo com que o potencial produtor seja aproveitado ao

maacuteximo uma vez que seguir os protocolos de boas praacuteticas agriacutecolas represente a

reduccedilatildeo de perdas no processo de produccedilatildeo de colheita e de transporte seja por

meio da reduccedilatildeo da incidecircncia de pragas ou por adoccedilatildeo de teacutecnicas e evitem perdas

na conduccedilatildeo da produccedilatildeo dos pomares de abacate

CONCLUSOtildeES

A produccedilatildeo de Avocado cultivares bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ superiores em vaacuterios

aspectos agraves cultivares mais populares no paiacutes tem condiccedilotildees de se desenvolver

amplamente no Brasil tornando-o grande consumidor e exportador da fruta Essa

46

mudanccedila pode ocorrer por meio de incentivos governamentais que incentivem o

registro de produtos para a cultura do abacateiro favorecendo a obtenccedilatildeo de

certificaccedilatildeo bem como o desenvolvimento de centros de pesquisas que

desenvolvam estudos sobre a cultura do abacateiro que promovam a difusatildeo de

tecnologia e com isso estimule a utilizaccedilatildeo de novas aacutereas com potencial produtivo

A transferecircncia de tecnologia tambeacutem pode ser feita por parte de empresas da aacuterea

privada que possuem domiacutenio de teacutecnicas e tecnologias modernas principalmente

por meio da popularizaccedilatildeo da produccedilatildeo de mudas clonais para porta-enxerto Aleacutem

disso devem ser feitas accedilotildees por parte de instituiccedilotildees privadas como o

desenvolvimento do marketing da fruta a fim de divulgar os benefiacutecios do consumo

e a exposiccedilatildeo de novas formas de consumo de abacate pode ser crucial para a

mudanccedila do comportamento do consumidor nacional uma vez que este se atenta

principalmente aos aspectos visuais do abacate

Na poacutes-colheita o controle sobre os processos de maturaccedilatildeo poderia ser

mais bem aproveitado No Brasil a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas de conservaccedilatildeo no poacutes-

colheita de frutas objetiva na maioria das vezes estender o tempo de prateleira

destes produtos Para se aproveitar os elevados preccedilos ofertados em determinadas

eacutepocas os produtores colhem os frutos antes do recomendado para a fruta do

abacateiro o que reduz sua qualidade pois a eacutepoca da colheita influencia

diretamente no teor de oacuteleo fator altamente relacionado com o sabor da fruta Por

outro lado a aceleraccedilatildeo do processo de maturaccedilatildeo por meio do controle de

maturaccedilatildeo permite fornecimento de frutos maduros prontos para o consumo

estimulando assim o consumo no paiacutes Com a entrega regular de frutos maduros

nos supermercados e restaurantes novas formas de consumo da fruta como patecircs

e em saladas poderiam ser facilmente introduzidas no cardaacutepio nacional

47

BIBLIOGRAFIA

ALMEIDA G V B Mercado Atacadista de Abacate e Avocado (CEAGESP) III

Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado Bauru 2015

ALMEIDA G V B O Abacate no mundo e na CEAGESP Todafruta notiacutecia 2011

DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwtodafrutacombrnoticia28119O+ABACATE+NO+MUNDO+NO+BRASIL

+E+NA+CEAGESP gt

ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA FRUTICULTURA 2004 a 2015 DISPONIacuteVEL EM

httpwwwgrupogazcombrtratadaseo_edicao420150320150301_106c8c2f1pdf

4718_2015fruticulturapdfgt

BIODIESELBR DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwbiodieselbrcomnoticiasmateria-

primaoutrasvideo-unesp-transforma-oleo-abacate-biodiesel-060313htm gt

BONELLA J A Classificaccedilatildeo de abacates na CEAGESP Joseacute Alcides Bonella ME

2013

BRUWER T ROOYEN Z VAN PERFORMANCE AND MARKET ACCEPTIBILITY

OF THE HASS-LIKE CULTIVARS GEM AND HARVEST IN SOUTH AFRICA Vi

World Avocado Congress (Actas VI Confreso Mundial del Aguacate) 2007 Vintildea Del

Mar Chile 12 ndash 16 nov 2007 ISBN n 978-956-17-0413-8 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwAvocadosourcecomWAC6enExtenso1b-36pdf gt

CAMPOS J A Cultura racional do abacateiro Satildeo Paulo Iacutecone 1988 150 p

CANTUAacuteRIAS-AVILEacuteS T SILVA S R La induacutestria del aguacate em el Estado de

Satildeo Paulo Brasil actualidad y perspectivas futuras In CONGRESO MUNDIAL DEL

AGUACATE 7 2011 Caims Resuacutemenes Caims Avocado Australia 2011

48

CORREIA R C ARAUJO J L P MOUCO M A do C BRAGA C A

MENDONCcedilA R F de Abacate preferecircncias e mercado CONGRESSO

BRASILEIRO DE FRUTICULTURA 21 2010 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwalicecnptiaembrapabralicebitstreamdoc8700181Moucopdf gt

CARVALHO L F Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado realizaccedilatildeo Jaguacy

Sindicato Rural de Bauru Serviccedilo Nacional de Aprendizagem Rural - SENAR

Faculdades Integradas de Bauru ndash SP 2015

CHITARRA M I F CHITARA A B 2005 Poacutes colheita de frutos e hortaliccedilas

Fiiologia e Manuseio Lavras ESALFAEPE

CRANE J H BALERDI C F MAGUIRE I Avocado Growing in the Florida Home

Landscape University of Florida Circular 1034 one of a series of the Horticultural

Sciences Department Florida Cooperative Extension Service Institute of Food and

Agricultural Sciences University of Florida 1983 Revised 2007

CRIZEL G R MOURA R S OLIVEIRA I R MENDONCcedilA C R B

Caracteriacutesticas fiacutesicas e quiacutemicas de abacates das variedades bdquoQuintal‟ e bdquoHass‟ In

CONGRESSO DE INICIACcedilAtildeO CIENTIacuteFICA 17 ENCONTRO DE POacuteS-

GRADUACcedilAtildeO 10 2008 Pelotas Resumos Pelotas UFPEL 2008

DAIUTO E R VIEITES R L TREMOCOLDI M A RUSSO V C Taxa

respiratoacuteria de abacate bdquoHass‟ submetido a diferentes tratamentos fiacutesicos Revista

Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha Meacutexico v 10 n 2 p 101-109

2010

DAIUTO E R TREMOCOLDI M A VIEITES R L Conservaccedilatildeo poacutes colheita de

abacate bdquoHass‟ irradiado Revista Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha vol

10 n 2 2010

DONADIO L C Abacate para exportaccedilatildeo aspectos teacutecnicos da produccedilatildeo

Brasiacutelia Frupex MAPA 1995 53 p

49

DONADIO L C FERRARI L AVILEacuteS T C Abacate In DONADIO L C (Ed)

Histoacuteria da Fruticultura Paulista Jaboticabal SBF ndash Sociedade Brasileira de

Fruticultura 2010 P 33-63

DORIZZOTTO C D A SAMPAIO A C ICUMA I M et al Avocado production

chain in the state of Satildeo Paulo (Brazil) In Proceedings VII World Avocado Congress

2011 Cairns Anaishellip Cairns Internacional Avocado Society 2011 DISPONIacuteVEL

EM lt

httpworldAvocadocongress2011comuserfilesfileOsvaldo20Kioshi20Yamanis

hi201400-1420pdf gt

ERNST Z R ERNST A A The strategic role of new cultivars A case study of

bdquoMaluma‟ VIII Congreso Mundial de la Palta 2015 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwavocadosourcecomWAC8Section_02EarnstZander2015pdf gt

FACTFISH Avocados production quantity (tons) ndash for all countries DISPONIacuteVEL

EM lt httpwwwfactfishcomstatisticAvocados20production20quantity gt

FAOSTAT 2000 a 2013 DISPONIacuteVEL EM lt httpfaostat3faoorgbrowseTTPE gt

FER B WOLSTENHOLME B N (Ed) The Avocado botany production and

uses Oxon CABI Publ 2002 chap 12 p 299-338

FRANCISCO V L F dos S BAPTISTELLA C S L CULTURA DO ABACATE NO

ESTADO DE SAtildeO PAULO Informaccedilotildees Econocircmicas SP v 35 n5 2005

DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwieaspgovbroutpublicacoespdftec3-0505pdf gt

GAYET J P et al 1995 Abacate para exportaccedilatildeo procedimentos de colheita e

poacutes-colheita FRUPEX Brasiacutelia 37p

GIRARDI G Abacate uma nova opccedilatildeo de biocombustiacutevel Jornal UNESP Bauru

2009 DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwunespbracijornal248energia_bauruphp gt

50

GUEDES M S B SENA M TOLEDO S Certificaccedilatildeo como estrateacutegia competitiva

internacional dos produtores de frutas no Brasil VII Encontro da Sociedade

Brasileira de Economia Ecoloacutegica (ECO-ECO) 28 a 30 de novembro de 2007

Fortaleza Cearaacute

HODDLE M The Avocado Seed Moth Stenoma cateniver Walsingham (Lepdoptera

Elachistidae) Department of Entomology Applied Biological Control Research

DISPONIacuteVEL EM lt httpbiocontrolucredustenomastenomahtml gt

HOHMANN C L MENEGUIM A M A BROCA-DO-ABACATE (Stenoma catenifer)

Aspectos bioloacutegicos comportamento danos e manejo Instituto Agronocircmico do

Paranaacute ndash Londrina ndashPR Informe da Pesquisa n 147 2005

HOHMANN C L MENEGUIM A M Observaccedilotildees preliminares sobre a ocorrecircncia

da broca-do-abacate Stenoma catenifer Wals no Estado do Paranaacute Anais da

Sociedade Entomoloacutegica do Brasil v 22 p 417-419 1993

ILLSLEY-GRANICH C‟Hass‟Carmenrega precocious flowering avocado tree

Agrovim AS de CV Uruapan Michocan Mexico Rob Brokaw Brokaw Nursery Inc

Saticoy California USA Dr Salvador Ochoa-Ascencio University of Michoacan

Uruapan Michoacan Mexico 2011 DISPONIacuteVEL EM lt

httpworldavocadocongress2011comuserfilesfileCarlos20Illsley201410-

1430pdf gt

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA ESTATIacuteSTICA (IBGE) IBGE CIDADES

DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwcidadesibgegovbrcartogramamapaphplang=ampcoduf=53ampcodmun=53

0010ampidtema=136ampcodv=v01ampsearch=distrito-federal|brasilia|sintese-das-

informacoes-2013 gt

KADER A A 1992 Postharvest technology of horticultural crops Okland Univertisy

of California 292p

51

KADER A A ARPIA M L Avocado Recommendations for Maintaining

Postharvest Quality 2013

KADER A A Biologiacutea y Tecnologiacutea Postcosecha un Panorama In KADER A A

Tecnologiacutea Postcosecha de Cultivos Hortofrutiacutecolas 3 Ed Davis University Of

Califoacuternia 2007 Cap 4 p 43-53

KLUGE R A et al Inibiccedilatildeo do amadurecimento de abacate com 1-

metilciclopropeno Pesquisa Agropecuaacuteria Brasileira 37(7)895-901

KOOLER O C Abacaticultura Porto Alegre UFRGS 1992 138p

KOOLER O C ABACATICULTURA Porto Alegre UFRGS 1984 138p

KOLLER O C Abacate produccedilatildeo de mudas instalaccedilatildeo e manejo de pomares

colheita e poacutes-colheita Porto Alegre Cinco Continentes 2002 145 p

KREMER-KOumlHNE S KOumlHNE J S 25 YEARS OF AVOCADO ROOTSTOCK

DEVELOPMENT IN SOUTH AFRICA VI World Avocado Congress Chile 2007

DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwavocadosourcecomWAC6enExtenso1a-8pdf gt

LIPPERT C ALLAMAND M (WESTFALIASUBSOLE) A hystory of

collaboration Rev Subsole Santiago 2007

MAIS NATUREZA ABACATEIRO DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwmaisnaturezacomplantasarvoresabacateiro gt

MARANCA G Fruticultura comercial Manga e Abacate Satildeo Paulo Nobel 1980

p 81-133

MASSAFERA G COSTA T M B OLIVEIRA J E D COMPOSICcedilAtildeO DE AacuteCIDOS

GRAXOS DO OacuteLEO DO MESOCARPO E DA SEMENTE DE CULTIVARES DE

ABACATE (Persea americana MILL) DA REGIAtildeO DE RIBEIRAtildeO PRETO SP)

52

Alim Nutr Araraquara V 21 n 2 p 325-331 abrjun 2010 DISPONIacuteVEL EM lt

http20014571150seerindexphpalimentosarticleview940a20v21n2pdf gt

MDIC Negociaccedilotildees internacionais DISPONIacuteVEL EM

httpwwwdesenvolvimentogovbrsitiosecexnegInternacionaisMedTerrorismoLei

ph p gt

MICKELBART M V BENDER G S WITNEY G W ADAMS C ARPAIA M L

Effects of clonal rootstocks on bdquoHass‟ avocado yield components alternate bearing

and nutrition Journal of Horticultural Schience amp Biotechnology Ashford v 82

n 3 p 460-466 2007

MILLER B BERTELS R PADILLA T WILEMAN R THOMSEN L China the

new frontier VIII World Avocado Congress 2015

MONTENEGRO H W S A cultura do abacateiro Satildeo Paulo Melhoramentos

1951 102p (Criaccedilatildeo e Lavoura n 11)

MORAES A F G Desenvolvimento produccedilatildeo e qualidade de frutos de abacateiro

cv bdquoHass‟ sobre dois porta-enxertos nas condiccedilotildees edafoclimaacuteticas da regiatildeo central

do Estado de Satildeo Paulo Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Ciecircncias Piracicaba 2014

NAAMANI G Global Trends in main Avocado Markets VII World Avocado

Congress Australia 2011

NAVA DE DE LARA HADDAD M PARRA JRP 2005 Exigecircncias teacutermicas

estimativa do nuacutemero de geroccedilotildees de Stenoma catenifer e comprovaccedilatildeo de modelo

em campo Pesq Agropec Bras Brasilia v 40 p 961-967

NAVA DE PARRA JRP COSTA VA GUERRA TM COcircNSOLI FL (2005b)

Population dynamics of Stenoma catenifer(Lepidoptera Elachistidae) and related

larval parasitoids in Minas Gerais Brazil Florida Entomologistv 88p 441-446

53

NOVAGRIM ndash FRESH FRUITS IMPORTER amp VEGETABLE SUPPLIER SINCE

1999 2001-2013 WORLD AVOCADO PRODUCTION DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwnovagrimcomPages2000_2011_Avocado_statistics_ENaspx gt

OLIVEIRA LA A importacircncia das Normas Internacionais para o Comeacutercio da

Fruticultura Brasileira Piracicaba Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Economia Escola

Superior de Agricultura ldquoLuiz de Queirozrdquo Universidade de Satildeo Paulo Piracicaba

2005

OLIVEIRA M A de et al 2000 Ceras para conservaccedilatildeo poacutes colheita de frutos de

abacateiro cultivar Fuerte armazenados em temperatura ambiente Scientia Agriacutecola

Piracicaba 57 (4) 777-780

PASSONI A D NEVES M C M RODRIGUES B B BOTEON M Anaacutelise dos

principais entraves na exportaccedilatildeo de frutas brasileiras CENTRO DE ESTUDOS

AVANCcedilADOS EM ECONOMIA APLICADA (CEPEAESALQ-USP) XLIV

CONGRESSO DA SOBER ndash ldquoQuestotildees Agraacuterias Educaccedilatildeo no Campo e

Desenvolvimentordquo Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia Rural Fortaleza

2006

PEGG K G COATES L M KORSTEN L HARDING R M Foliar fruit and

soilborne diseases In WHILEY A W SCHAF

PERFIL DA FRUTICULTURA 2014 Base de dados 2012 a 2013 Governo de Minas

Gerais Agricultura Pecuaacuteria e Abastecimento 2014

PICCININ E PASCHOLATI S F ldquoDOENCcedilAS DO ABACATEIRO‟ em MANUAL DE

FITOPATOLOGIA Vol 2 Doenccedilas das Plantas Cultivadas Editora Agronocircmica

Ceres Ltda Satildeo Paulo 1997 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwifcursoscombrsistemaadminarquivos07-33-29-

manualfitopatologiapdfpage=10 gt

54

PUTT F F GOacuteES B C CATANEO P F Anaacutelise econocircmica de oferta e demanda

do abacate na alta paulista X Foacuterum Ambiental da Alta Paulista v 10 n 7 2014

pp 158-169

ROCHA I L Nuacutemeros do abacate HORTIESCOLHA Instituto Brasileiro de

Qualidade em Horticultura DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwhortibrasilorgbrjnwindexphpoption=com_contentampview=articleampid=120

9numeros-do-abacate-ampcatid=50comercializacaoampItemid=82 gt

SANTO N T Manejo da vegetaccedilatildeo intercalar para obtenccedilatildeo de cobertura morta na

cultura do abacateiro visando minimizar os danos causados por Phytophthora

cinnamomi Dissertaccedilatildeo de mestrado em Fitotecnia Piracicaba 2014

SCHAFFER B WOLSTENJOLME B N WHILEY A W The avocado botany

production and uses 560 p 2012 DISPONIacuteVEL EM lt

httpsbooksgooglecombrbooksid=r0hpRJca3zECamppg=PA83amplpg=PA83ampdq=Th

e+Avocado+botany+production+and+uses+hass-

likeampsource=blampots=oqc5OBsbmVampsig=5gDWWPIMYRBW9cH3yYuWh-ldd-8amphl=pt-

BRampsa=Xampved=0ahUKEwj_yPbgsoTKAhUGDpAKHZTrCWEQ6AEIPDADv=onepag

eampqampf=false gt

SCIENCIA I Certificaccedilatildeo GLOBALGAP e impactos ambientais em agroinduacutestrias de

alimentos Dissertaccedilatildeo de Poacutes-Graduaccedilatildeo Araraquara SP 2010 lt

mlthttpwwwecoecoorgbrconteudopublicacoesencontrosvii_envii_enc_ecohtm

gt

SIMAtildeO S Manual de Fruticultura Satildeo Paulo Editora Agronocircmica Ceres 1971

530p p 147-169

SINGER P MASON J Eacutetica da alimentaccedilatildeo como nossos haacutebitos alimentares

influenciam o meio ambiente e o nosso bem estar Rio de Janeiro Elsevier 2007

SOARES H F ITO M K O AacuteCIDO GRAXO MONOINSATURADO DO ABACATE

NO CONTROLE DE DISLIPIDEMIAS Ver Ciecircnc Meacuted Campinas P 47-51 2000

55

DISPONIacuteVEL EM lt httpperiodicospuc-

campinasedubrseerindexphpcienciasmedicasarticleviewFile13301304 gt

TEIXEIRA C G Cultura In ITAL ndash INSTITUTO DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS

(Campinas) Abacate Cultura mateacuteria-prima processamento e aspectos

econocircmicos 2 Ed Campinas Instituto Campineiro de Ensino Agriacutecola 1995 Cap 1

p 1-54 (Frutas Tropicais)

TEIXEIRA C G Cultura do abacate In TEIXEIRA C G et al ABACATE cultura

mateacuteria prima processamento e aspectos econocircmicos 2deg ed Seacuterie Fruas Tropicais

ndeg8 ITAL Campinas 1991 250p

WATANABE H S Caracteriacutesticas de cultivares de abacate CEAGESPS ndash

Companhia de Entrepostos e Armazeacutens Gerais de Satildeo Paulo 2013

WOLFENBARGER D O COLBURN B The Stenoma catenifer a serious Avocado

pest Proceedings of Florida State Horticulture Society v 92 p 315-318 1979

ZEIDAN R SEIXAS P ABRANCHES L COSTA D MEIRELLES F Certificaccedilatildeo

na cadeia produtiva de alimentos e as barreiras teacutecnicas agrave exportaccedilatildeo Simpoacutesio de

excelecircncia e gestatildeo e tecnologia ndash SEGeT 2008 Resende

Page 40: EVOLUÇÃO DA PRODUÇÃO MUNDIAL E NACIONAL …...RESUMO O abacateiro, Persea americana, é uma cultura muito importante em vários países, devido ao volume comercializado da fruta

40

Figura 11 - Evoluccedilatildeo da produccedilatildeo de abacate em caixas de 22kg no estado de Satildeo Paulo em 15 anos elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE

ECONOMIA AGRIacuteCOLA

A sazonalidade do abacate comercial na CEAGESP em Satildeo Paulo

demonstram que o abacate pode ser comercializado praticamente todas as eacutepocas

do ano como apresentado pela tabela

TABELA 9 - Sazonalidade do abacate FONTE CEAGESP 2008

VARIEDADE JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

GEADA X X X X X

FORTUNA X X X X X X X

QUINTAL X X X X X X X

MARGARIDA X X X X X X X X X X

BREDA X X X X X X X X

HASS X X X X X X X X

O Estado de Minas Gerais eacute o segundo maior produtor nacional de abacate

participando do setor com 229 do total produzido A aacuterea no Estado destinada agrave

produccedilatildeo da fruta foi de 23 mil ha A produtividade do estado de Minas em 2012 foi

de 15881 (hgha) (PERFIL DA FRUTA) A produccedilatildeo de abacate no Distrito Federal

em 2013 foi de 3152 toneladas (IBGE) Em Minas a produccedilatildeo concentra-se nas

regiotildees Sul e Sudeste do estado (ALMEIDA 2013)

200000000

250000000

300000000

350000000

400000000

450000000

500000000

550000000

20002002200420062008201020122014

EVOLUCcedilAtildeO NA PRODUCcedilAtildeO DE ABACATE EM SAtildeO PAULO (22Kgcx)

PRODUCcedilAtildeO CX 22Kg

41

Em 2003 o Paranaacute foi o terceiro maior produtor nacional de abacate com uma

aacuterea de aproximadamente 1600ha onde se produziu 26 mil toneladas gerando uma

receita de cerca de R$ 85 milhotildees (HOHMANN amp MENEGUIM 2005)

De acordo com a relaccedilatildeo feita entre os dados de volume de abacate colhido e

de aacuterea destinada agrave produccedilatildeo do IBGESIDRA em 10 anos (2005 agrave 2014) o estado

que sofreu maior reduccedilatildeo da produtividade foi o estado do CEARAacute reduzindo em

31 aproximadamente enquanto que o estado de minas aumentou 289 sua

produtividade O DF apresentou os melhores niacuteveis de produtividade a partir desses

dados

AVOCADO NO BRASIL

A regiatildeo de Bauru em Satildeo Paulo especializou-se na produccedilatildeo dos abacates

‟Hass‟ e bdquoFuerte‟ conhecidos comercialmente como Avocado e satildeo os mais

apreciados pelo mercado internacional (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA

FRUTICULTURA 2008)

O Avocado variedades ‟Hass‟ e bdquoFuerte‟ possui excelentes caracteriacutesticas

nutricionais como por exemplo seu alto teor de lipiacutedeos Aleacutem disso o fruto possui

tamanho reduzido o que facilita o consumo evitando que parte natildeo consumida seja

armazenada Uma das possibilidades de se estimular o consumo interno seria

promover o produto a partir do uso de marketing setor no qual a empresa

JAGUACYR situada no municiacutepio de Bauru ndash SP tem se destacado fornecendo

informaccedilotildees nutricionais e apresentando o alto padratildeo de qualidade da fruta Outro

fator que reduz a oferta do produto no mercado interno eacute a demanda internacional

apesar de impor barreiras e exigirem alto padratildeo de qualidade o produto de

qualidade recebe os melhores preccedilos este fator tambeacutem limita o consumo interno

porque o preccedilo oferecido pelos importadores reflete no preccedilo interno

Outro ponto que deve ser observado para se manter qualidade elevada dos

frutos eacute a escolha adequada do ponto de colheita pois este fator reflete diretamente

no teor de oacuteleo dos frutos que por sua vez eacute responsaacutevel pela conservaccedilatildeo do

sabor Os melhores teores de oacuteleo encontram-se em frutos tardios como nas

variedades obtidas a partir das raccedilas Guatemalenses e Mexicana sendo maior nas

raccedilas Mexicana e menor em cultivares oriunda de raccedilas Guatemalenses como por

exemplo a bdquoHass‟

42

A exportaccedilatildeo brasileira do abacate bdquoHass‟ variedade mais produzida no

mundo era de 100 toneladas por ha em 2004 para 2186 toneladas em 2010

(DORIZZOTTO 2011) Contudo este dado representa apenas 143 do volume de

todo o abacate produzido no paiacutes nesta mesma data mesmo com seus atributos

nutricionais e comerciais

Quando se trata do segmento do mercado do Avocado brasileiro em acircmbito

global a empresa JAGUACYR situada no municiacutepio de Bauru ndash SP com sede na

Holanda eacute de extrema relevacircncia contribuindo com 90 das exportaccedilotildees brasileiras

deste produto com o qual o Brasil ainda comeccedila a participar poreacutem possui

condiccedilotildees favoraacuteveis para crescer no setor (CARVALHO 2015)

O graacutefico a seguir apresentado na Figura 2 demonstra a evoluccedilatildeo da

participaccedilatildeo do Avocado no setor de fruticultura no estado de Satildeo Paulo

Figura 12 - Elaborado pelo autor FONTE CEAGESPSEDES GABRIEL V BITENCOURT DE ALMEIDA

Como apresentado no graacutefico acima o volume de Avocado comercializado na

CEAGESP tem crescido rapidamente vertiginosamente chegando a quase

quadruplicar seu valor em apenas 7 anos

Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio de atacado (R$Kg) de Avocado na CEAGESP de

Satildeo Paulo durante o ano (SP) (Figura 3)

81 74 90

106 133

208

365 378

0

50

100

150

200

250

300

350

400

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

EVOLUCcedilAtildeO DA QUANTIDADE COMERCIALIZADA (T) DE AVOCADO NA CEAGESP DE SAtildeO PAULO (SP)

QUANTIDADE(toneladas)

43

Figura 13 - Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio do avocado na CEAGESP (R$Kg) Elaborado pelo autor FONTES CEAGESP

O graacutefico a seguir demonstra um comparativo da variaccedilatildeo do preccedilo meacutedio do

abacate em relaccedilatildeo ao Avocado durante o ano com base nos dados de nove anos

da CEAGESP (R$Kg)

Figura 14 - Comparativo do preccedilo meacutedio do abacate e do avocado comercializado na ceagesp durante o ano elaborado pelo autor FONTE

CEAGESP

A partir dos dados de 7 anos com a variaccedilatildeo do preccedilo meacutedio do Avocado por

quilo durante o ano pocircde-se observar que os menores valores encontram-se entre

maio e agosto A variaccedilatildeo de preccedilo meacutedio durante o ano chega a ser de R$ 581 o

quilo mais que o dobro entre o maior e menor valor meacutedio encontrado

O graacutefico com o comparativo do preccedilo do abacate com o Avocado (Figura 11)

revela a discrepacircncia da valorizaccedilatildeo entre os dois grupos O valor miacutenimo do

4

6

8

10

12

jan

fev

mar

abr

mai

jun jul

ago

set

ou

t

no

v

dez

EVOLUCcedilAtildeO DO PRECcedilO MEacuteDIO DO AVOCADO NA CEAGESP (R$Kg)

PRECcedilO MEacuteDIO

0

2

4

6

8

10

12

JAN

FEV

MA

R

AB

R

MA

I

JUN

JUL

AG

O

SET

OU

T

NO

V

DEZ

PRECcedilO AVOCADO

PRECcedilO DO ABACATE

44

Avocado eacute de R$ 554 por quilo enquanto que o maior valor encontrado do abacate

chega a R$ 381 uma diferenccedila de quase 50

O CEASA-DF registrou em 2014 um volume comercializado de 397 toneladas

de Avocado enquanto que no ano anterior o volume registrado natildeo passou de 07

toneladas (CEASA-DF)

Apesar de jaacute haver teacutecnicas eficientes e tecnologias modernas disponiacuteveis

para se aperfeiccediloar a produccedilatildeo do abacate a exploraccedilatildeo de novas regiotildees com

potencial produtor para a implantaccedilatildeo de pomares de abacateiro no Brasil eacute um dos

fatores que podem aumentar mais ainda a produccedilatildeo nacional No DF por exemplo

a aacuterea destinada agrave colheita do abacate sofreu uma reduccedilatildeo de mais da metade de

2012 para 2014 muito diferente da forma como havia se comportando desde 2000

quando a aacuterea passou de 85 ha para 111 em 2010 O DF representa apenas 2 da

produccedilatildeo nacional do abacate contudo sua produtividade vem aumentando e de

acordo com os dados do IBGE o DF possui os melhores iacutendices de produtividade do

paiacutes o que pode representar forte potencial da regiatildeo no setor Este fato corrobora

com a ideia de que o Brasil pode aproveitar melhor sua extensatildeo territorial

explorando regiotildees com potencial produtor como o DF por exemplo

CERTIFICACcedilAtildeO

CARVALHO (2015) afirma que para participar do mercado internacional os

produtores devem se atentar agraves exigecircncias internacionais de qualidade e seguranccedila

garantidas por meio de certificaccedilatildeo como GlobalGapR BRCR BRCIR FAIRDRADER

e SEDEX-SMETAR Outro ponto que deve ser adotado pelo Brasil no comeacutercio do

Avocado eacute manter um mercado com preccedilo linear e contiacutenuo Ainda segundo

CARVALHO (2015) produtores que natildeo possuem certificaccedilatildeo no GlobalgapR

recebem menos 10

PRECcedilO PAGO PELA JAGUACYR AO PRODUTOR COM GLOBALGAPR

TABELA 10 - (CARVALHO 2015)

CAT CALIBRE MAR ABR MAI JUN

1 12 A 24 315 322 205 205

2 26 A 32 131 129 130 130

2 12 A 24 284 350 187 187

45

Para o consumidor final o selo GLOBALGAPR natildeo eacute tatildeo notado pois o uso

desta marca eacute praticado entre empresas Contudo sua em sua elaboraccedilatildeo

considerou-se a reduccedilatildeo dos impactos negativos das operaccedilotildees agriacutecolas no meio

ambiente reduzir o uso de insumos quiacutemicos e garantir que assuntos de sauacutede e

seguranccedila dos empregados e bem estar animal sejam observados (GLOBALGAPR

2008)

A GLOBALGAPR serve como um manual no comeacutercio mundial de produtos

agriacutecolas estabelecendo normas voluntaacuterias para sua certificaccedilatildeo Este conjunto de

normas estabelece serve de molde para a conduccedilatildeo de boas praacuteticas agriacutecolas

(BPA) nas atividades agriacutecolas (GLOBALGAPR 2008)

Um dos pontos positivos em se adotar os protocolos de boas praacuteticas

agriacutecolas eacute a prevenccedilatildeo de perdas Pesquisas feitas no setor da fruticultura

concluem que maior parte do desperdiacutecio ocorre no percurso que vai do manuseio

no campo ateacute as centrais de produccedilatildeo (AGRIANUAL 2012) Os iacutendices de perdas da

abaticultura chegam a 34 ao ano (AGRIANUAL 2015)

Eacute de extrema importacircncia desenvolver soacutelidos e eficientes sistemas de

certificaccedilatildeo a fim de assegurar qualidade que atenda as expectativas dos

consumidores permitindo que as empresas ingressem nos mercados globais com

seus produtos (ZEIDAN et al 2008)

A difusatildeo de praacuteticas recomendadas para a obtenccedilatildeo da certificaccedilatildeo

GLOBALGAPR por parte dos produtores de abacate principalmente as variedades

bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ pode estimular o consumo interno por meio da oferta de produtos

de maior qualidade aleacutem de reduzindo perdas e promover o produto no comeacutercio

internacional da fruta Fazendo com que o potencial produtor seja aproveitado ao

maacuteximo uma vez que seguir os protocolos de boas praacuteticas agriacutecolas represente a

reduccedilatildeo de perdas no processo de produccedilatildeo de colheita e de transporte seja por

meio da reduccedilatildeo da incidecircncia de pragas ou por adoccedilatildeo de teacutecnicas e evitem perdas

na conduccedilatildeo da produccedilatildeo dos pomares de abacate

CONCLUSOtildeES

A produccedilatildeo de Avocado cultivares bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ superiores em vaacuterios

aspectos agraves cultivares mais populares no paiacutes tem condiccedilotildees de se desenvolver

amplamente no Brasil tornando-o grande consumidor e exportador da fruta Essa

46

mudanccedila pode ocorrer por meio de incentivos governamentais que incentivem o

registro de produtos para a cultura do abacateiro favorecendo a obtenccedilatildeo de

certificaccedilatildeo bem como o desenvolvimento de centros de pesquisas que

desenvolvam estudos sobre a cultura do abacateiro que promovam a difusatildeo de

tecnologia e com isso estimule a utilizaccedilatildeo de novas aacutereas com potencial produtivo

A transferecircncia de tecnologia tambeacutem pode ser feita por parte de empresas da aacuterea

privada que possuem domiacutenio de teacutecnicas e tecnologias modernas principalmente

por meio da popularizaccedilatildeo da produccedilatildeo de mudas clonais para porta-enxerto Aleacutem

disso devem ser feitas accedilotildees por parte de instituiccedilotildees privadas como o

desenvolvimento do marketing da fruta a fim de divulgar os benefiacutecios do consumo

e a exposiccedilatildeo de novas formas de consumo de abacate pode ser crucial para a

mudanccedila do comportamento do consumidor nacional uma vez que este se atenta

principalmente aos aspectos visuais do abacate

Na poacutes-colheita o controle sobre os processos de maturaccedilatildeo poderia ser

mais bem aproveitado No Brasil a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas de conservaccedilatildeo no poacutes-

colheita de frutas objetiva na maioria das vezes estender o tempo de prateleira

destes produtos Para se aproveitar os elevados preccedilos ofertados em determinadas

eacutepocas os produtores colhem os frutos antes do recomendado para a fruta do

abacateiro o que reduz sua qualidade pois a eacutepoca da colheita influencia

diretamente no teor de oacuteleo fator altamente relacionado com o sabor da fruta Por

outro lado a aceleraccedilatildeo do processo de maturaccedilatildeo por meio do controle de

maturaccedilatildeo permite fornecimento de frutos maduros prontos para o consumo

estimulando assim o consumo no paiacutes Com a entrega regular de frutos maduros

nos supermercados e restaurantes novas formas de consumo da fruta como patecircs

e em saladas poderiam ser facilmente introduzidas no cardaacutepio nacional

47

BIBLIOGRAFIA

ALMEIDA G V B Mercado Atacadista de Abacate e Avocado (CEAGESP) III

Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado Bauru 2015

ALMEIDA G V B O Abacate no mundo e na CEAGESP Todafruta notiacutecia 2011

DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwtodafrutacombrnoticia28119O+ABACATE+NO+MUNDO+NO+BRASIL

+E+NA+CEAGESP gt

ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA FRUTICULTURA 2004 a 2015 DISPONIacuteVEL EM

httpwwwgrupogazcombrtratadaseo_edicao420150320150301_106c8c2f1pdf

4718_2015fruticulturapdfgt

BIODIESELBR DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwbiodieselbrcomnoticiasmateria-

primaoutrasvideo-unesp-transforma-oleo-abacate-biodiesel-060313htm gt

BONELLA J A Classificaccedilatildeo de abacates na CEAGESP Joseacute Alcides Bonella ME

2013

BRUWER T ROOYEN Z VAN PERFORMANCE AND MARKET ACCEPTIBILITY

OF THE HASS-LIKE CULTIVARS GEM AND HARVEST IN SOUTH AFRICA Vi

World Avocado Congress (Actas VI Confreso Mundial del Aguacate) 2007 Vintildea Del

Mar Chile 12 ndash 16 nov 2007 ISBN n 978-956-17-0413-8 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwAvocadosourcecomWAC6enExtenso1b-36pdf gt

CAMPOS J A Cultura racional do abacateiro Satildeo Paulo Iacutecone 1988 150 p

CANTUAacuteRIAS-AVILEacuteS T SILVA S R La induacutestria del aguacate em el Estado de

Satildeo Paulo Brasil actualidad y perspectivas futuras In CONGRESO MUNDIAL DEL

AGUACATE 7 2011 Caims Resuacutemenes Caims Avocado Australia 2011

48

CORREIA R C ARAUJO J L P MOUCO M A do C BRAGA C A

MENDONCcedilA R F de Abacate preferecircncias e mercado CONGRESSO

BRASILEIRO DE FRUTICULTURA 21 2010 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwalicecnptiaembrapabralicebitstreamdoc8700181Moucopdf gt

CARVALHO L F Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado realizaccedilatildeo Jaguacy

Sindicato Rural de Bauru Serviccedilo Nacional de Aprendizagem Rural - SENAR

Faculdades Integradas de Bauru ndash SP 2015

CHITARRA M I F CHITARA A B 2005 Poacutes colheita de frutos e hortaliccedilas

Fiiologia e Manuseio Lavras ESALFAEPE

CRANE J H BALERDI C F MAGUIRE I Avocado Growing in the Florida Home

Landscape University of Florida Circular 1034 one of a series of the Horticultural

Sciences Department Florida Cooperative Extension Service Institute of Food and

Agricultural Sciences University of Florida 1983 Revised 2007

CRIZEL G R MOURA R S OLIVEIRA I R MENDONCcedilA C R B

Caracteriacutesticas fiacutesicas e quiacutemicas de abacates das variedades bdquoQuintal‟ e bdquoHass‟ In

CONGRESSO DE INICIACcedilAtildeO CIENTIacuteFICA 17 ENCONTRO DE POacuteS-

GRADUACcedilAtildeO 10 2008 Pelotas Resumos Pelotas UFPEL 2008

DAIUTO E R VIEITES R L TREMOCOLDI M A RUSSO V C Taxa

respiratoacuteria de abacate bdquoHass‟ submetido a diferentes tratamentos fiacutesicos Revista

Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha Meacutexico v 10 n 2 p 101-109

2010

DAIUTO E R TREMOCOLDI M A VIEITES R L Conservaccedilatildeo poacutes colheita de

abacate bdquoHass‟ irradiado Revista Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha vol

10 n 2 2010

DONADIO L C Abacate para exportaccedilatildeo aspectos teacutecnicos da produccedilatildeo

Brasiacutelia Frupex MAPA 1995 53 p

49

DONADIO L C FERRARI L AVILEacuteS T C Abacate In DONADIO L C (Ed)

Histoacuteria da Fruticultura Paulista Jaboticabal SBF ndash Sociedade Brasileira de

Fruticultura 2010 P 33-63

DORIZZOTTO C D A SAMPAIO A C ICUMA I M et al Avocado production

chain in the state of Satildeo Paulo (Brazil) In Proceedings VII World Avocado Congress

2011 Cairns Anaishellip Cairns Internacional Avocado Society 2011 DISPONIacuteVEL

EM lt

httpworldAvocadocongress2011comuserfilesfileOsvaldo20Kioshi20Yamanis

hi201400-1420pdf gt

ERNST Z R ERNST A A The strategic role of new cultivars A case study of

bdquoMaluma‟ VIII Congreso Mundial de la Palta 2015 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwavocadosourcecomWAC8Section_02EarnstZander2015pdf gt

FACTFISH Avocados production quantity (tons) ndash for all countries DISPONIacuteVEL

EM lt httpwwwfactfishcomstatisticAvocados20production20quantity gt

FAOSTAT 2000 a 2013 DISPONIacuteVEL EM lt httpfaostat3faoorgbrowseTTPE gt

FER B WOLSTENHOLME B N (Ed) The Avocado botany production and

uses Oxon CABI Publ 2002 chap 12 p 299-338

FRANCISCO V L F dos S BAPTISTELLA C S L CULTURA DO ABACATE NO

ESTADO DE SAtildeO PAULO Informaccedilotildees Econocircmicas SP v 35 n5 2005

DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwieaspgovbroutpublicacoespdftec3-0505pdf gt

GAYET J P et al 1995 Abacate para exportaccedilatildeo procedimentos de colheita e

poacutes-colheita FRUPEX Brasiacutelia 37p

GIRARDI G Abacate uma nova opccedilatildeo de biocombustiacutevel Jornal UNESP Bauru

2009 DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwunespbracijornal248energia_bauruphp gt

50

GUEDES M S B SENA M TOLEDO S Certificaccedilatildeo como estrateacutegia competitiva

internacional dos produtores de frutas no Brasil VII Encontro da Sociedade

Brasileira de Economia Ecoloacutegica (ECO-ECO) 28 a 30 de novembro de 2007

Fortaleza Cearaacute

HODDLE M The Avocado Seed Moth Stenoma cateniver Walsingham (Lepdoptera

Elachistidae) Department of Entomology Applied Biological Control Research

DISPONIacuteVEL EM lt httpbiocontrolucredustenomastenomahtml gt

HOHMANN C L MENEGUIM A M A BROCA-DO-ABACATE (Stenoma catenifer)

Aspectos bioloacutegicos comportamento danos e manejo Instituto Agronocircmico do

Paranaacute ndash Londrina ndashPR Informe da Pesquisa n 147 2005

HOHMANN C L MENEGUIM A M Observaccedilotildees preliminares sobre a ocorrecircncia

da broca-do-abacate Stenoma catenifer Wals no Estado do Paranaacute Anais da

Sociedade Entomoloacutegica do Brasil v 22 p 417-419 1993

ILLSLEY-GRANICH C‟Hass‟Carmenrega precocious flowering avocado tree

Agrovim AS de CV Uruapan Michocan Mexico Rob Brokaw Brokaw Nursery Inc

Saticoy California USA Dr Salvador Ochoa-Ascencio University of Michoacan

Uruapan Michoacan Mexico 2011 DISPONIacuteVEL EM lt

httpworldavocadocongress2011comuserfilesfileCarlos20Illsley201410-

1430pdf gt

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA ESTATIacuteSTICA (IBGE) IBGE CIDADES

DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwcidadesibgegovbrcartogramamapaphplang=ampcoduf=53ampcodmun=53

0010ampidtema=136ampcodv=v01ampsearch=distrito-federal|brasilia|sintese-das-

informacoes-2013 gt

KADER A A 1992 Postharvest technology of horticultural crops Okland Univertisy

of California 292p

51

KADER A A ARPIA M L Avocado Recommendations for Maintaining

Postharvest Quality 2013

KADER A A Biologiacutea y Tecnologiacutea Postcosecha un Panorama In KADER A A

Tecnologiacutea Postcosecha de Cultivos Hortofrutiacutecolas 3 Ed Davis University Of

Califoacuternia 2007 Cap 4 p 43-53

KLUGE R A et al Inibiccedilatildeo do amadurecimento de abacate com 1-

metilciclopropeno Pesquisa Agropecuaacuteria Brasileira 37(7)895-901

KOOLER O C Abacaticultura Porto Alegre UFRGS 1992 138p

KOOLER O C ABACATICULTURA Porto Alegre UFRGS 1984 138p

KOLLER O C Abacate produccedilatildeo de mudas instalaccedilatildeo e manejo de pomares

colheita e poacutes-colheita Porto Alegre Cinco Continentes 2002 145 p

KREMER-KOumlHNE S KOumlHNE J S 25 YEARS OF AVOCADO ROOTSTOCK

DEVELOPMENT IN SOUTH AFRICA VI World Avocado Congress Chile 2007

DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwavocadosourcecomWAC6enExtenso1a-8pdf gt

LIPPERT C ALLAMAND M (WESTFALIASUBSOLE) A hystory of

collaboration Rev Subsole Santiago 2007

MAIS NATUREZA ABACATEIRO DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwmaisnaturezacomplantasarvoresabacateiro gt

MARANCA G Fruticultura comercial Manga e Abacate Satildeo Paulo Nobel 1980

p 81-133

MASSAFERA G COSTA T M B OLIVEIRA J E D COMPOSICcedilAtildeO DE AacuteCIDOS

GRAXOS DO OacuteLEO DO MESOCARPO E DA SEMENTE DE CULTIVARES DE

ABACATE (Persea americana MILL) DA REGIAtildeO DE RIBEIRAtildeO PRETO SP)

52

Alim Nutr Araraquara V 21 n 2 p 325-331 abrjun 2010 DISPONIacuteVEL EM lt

http20014571150seerindexphpalimentosarticleview940a20v21n2pdf gt

MDIC Negociaccedilotildees internacionais DISPONIacuteVEL EM

httpwwwdesenvolvimentogovbrsitiosecexnegInternacionaisMedTerrorismoLei

ph p gt

MICKELBART M V BENDER G S WITNEY G W ADAMS C ARPAIA M L

Effects of clonal rootstocks on bdquoHass‟ avocado yield components alternate bearing

and nutrition Journal of Horticultural Schience amp Biotechnology Ashford v 82

n 3 p 460-466 2007

MILLER B BERTELS R PADILLA T WILEMAN R THOMSEN L China the

new frontier VIII World Avocado Congress 2015

MONTENEGRO H W S A cultura do abacateiro Satildeo Paulo Melhoramentos

1951 102p (Criaccedilatildeo e Lavoura n 11)

MORAES A F G Desenvolvimento produccedilatildeo e qualidade de frutos de abacateiro

cv bdquoHass‟ sobre dois porta-enxertos nas condiccedilotildees edafoclimaacuteticas da regiatildeo central

do Estado de Satildeo Paulo Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Ciecircncias Piracicaba 2014

NAAMANI G Global Trends in main Avocado Markets VII World Avocado

Congress Australia 2011

NAVA DE DE LARA HADDAD M PARRA JRP 2005 Exigecircncias teacutermicas

estimativa do nuacutemero de geroccedilotildees de Stenoma catenifer e comprovaccedilatildeo de modelo

em campo Pesq Agropec Bras Brasilia v 40 p 961-967

NAVA DE PARRA JRP COSTA VA GUERRA TM COcircNSOLI FL (2005b)

Population dynamics of Stenoma catenifer(Lepidoptera Elachistidae) and related

larval parasitoids in Minas Gerais Brazil Florida Entomologistv 88p 441-446

53

NOVAGRIM ndash FRESH FRUITS IMPORTER amp VEGETABLE SUPPLIER SINCE

1999 2001-2013 WORLD AVOCADO PRODUCTION DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwnovagrimcomPages2000_2011_Avocado_statistics_ENaspx gt

OLIVEIRA LA A importacircncia das Normas Internacionais para o Comeacutercio da

Fruticultura Brasileira Piracicaba Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Economia Escola

Superior de Agricultura ldquoLuiz de Queirozrdquo Universidade de Satildeo Paulo Piracicaba

2005

OLIVEIRA M A de et al 2000 Ceras para conservaccedilatildeo poacutes colheita de frutos de

abacateiro cultivar Fuerte armazenados em temperatura ambiente Scientia Agriacutecola

Piracicaba 57 (4) 777-780

PASSONI A D NEVES M C M RODRIGUES B B BOTEON M Anaacutelise dos

principais entraves na exportaccedilatildeo de frutas brasileiras CENTRO DE ESTUDOS

AVANCcedilADOS EM ECONOMIA APLICADA (CEPEAESALQ-USP) XLIV

CONGRESSO DA SOBER ndash ldquoQuestotildees Agraacuterias Educaccedilatildeo no Campo e

Desenvolvimentordquo Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia Rural Fortaleza

2006

PEGG K G COATES L M KORSTEN L HARDING R M Foliar fruit and

soilborne diseases In WHILEY A W SCHAF

PERFIL DA FRUTICULTURA 2014 Base de dados 2012 a 2013 Governo de Minas

Gerais Agricultura Pecuaacuteria e Abastecimento 2014

PICCININ E PASCHOLATI S F ldquoDOENCcedilAS DO ABACATEIRO‟ em MANUAL DE

FITOPATOLOGIA Vol 2 Doenccedilas das Plantas Cultivadas Editora Agronocircmica

Ceres Ltda Satildeo Paulo 1997 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwifcursoscombrsistemaadminarquivos07-33-29-

manualfitopatologiapdfpage=10 gt

54

PUTT F F GOacuteES B C CATANEO P F Anaacutelise econocircmica de oferta e demanda

do abacate na alta paulista X Foacuterum Ambiental da Alta Paulista v 10 n 7 2014

pp 158-169

ROCHA I L Nuacutemeros do abacate HORTIESCOLHA Instituto Brasileiro de

Qualidade em Horticultura DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwhortibrasilorgbrjnwindexphpoption=com_contentampview=articleampid=120

9numeros-do-abacate-ampcatid=50comercializacaoampItemid=82 gt

SANTO N T Manejo da vegetaccedilatildeo intercalar para obtenccedilatildeo de cobertura morta na

cultura do abacateiro visando minimizar os danos causados por Phytophthora

cinnamomi Dissertaccedilatildeo de mestrado em Fitotecnia Piracicaba 2014

SCHAFFER B WOLSTENJOLME B N WHILEY A W The avocado botany

production and uses 560 p 2012 DISPONIacuteVEL EM lt

httpsbooksgooglecombrbooksid=r0hpRJca3zECamppg=PA83amplpg=PA83ampdq=Th

e+Avocado+botany+production+and+uses+hass-

likeampsource=blampots=oqc5OBsbmVampsig=5gDWWPIMYRBW9cH3yYuWh-ldd-8amphl=pt-

BRampsa=Xampved=0ahUKEwj_yPbgsoTKAhUGDpAKHZTrCWEQ6AEIPDADv=onepag

eampqampf=false gt

SCIENCIA I Certificaccedilatildeo GLOBALGAP e impactos ambientais em agroinduacutestrias de

alimentos Dissertaccedilatildeo de Poacutes-Graduaccedilatildeo Araraquara SP 2010 lt

mlthttpwwwecoecoorgbrconteudopublicacoesencontrosvii_envii_enc_ecohtm

gt

SIMAtildeO S Manual de Fruticultura Satildeo Paulo Editora Agronocircmica Ceres 1971

530p p 147-169

SINGER P MASON J Eacutetica da alimentaccedilatildeo como nossos haacutebitos alimentares

influenciam o meio ambiente e o nosso bem estar Rio de Janeiro Elsevier 2007

SOARES H F ITO M K O AacuteCIDO GRAXO MONOINSATURADO DO ABACATE

NO CONTROLE DE DISLIPIDEMIAS Ver Ciecircnc Meacuted Campinas P 47-51 2000

55

DISPONIacuteVEL EM lt httpperiodicospuc-

campinasedubrseerindexphpcienciasmedicasarticleviewFile13301304 gt

TEIXEIRA C G Cultura In ITAL ndash INSTITUTO DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS

(Campinas) Abacate Cultura mateacuteria-prima processamento e aspectos

econocircmicos 2 Ed Campinas Instituto Campineiro de Ensino Agriacutecola 1995 Cap 1

p 1-54 (Frutas Tropicais)

TEIXEIRA C G Cultura do abacate In TEIXEIRA C G et al ABACATE cultura

mateacuteria prima processamento e aspectos econocircmicos 2deg ed Seacuterie Fruas Tropicais

ndeg8 ITAL Campinas 1991 250p

WATANABE H S Caracteriacutesticas de cultivares de abacate CEAGESPS ndash

Companhia de Entrepostos e Armazeacutens Gerais de Satildeo Paulo 2013

WOLFENBARGER D O COLBURN B The Stenoma catenifer a serious Avocado

pest Proceedings of Florida State Horticulture Society v 92 p 315-318 1979

ZEIDAN R SEIXAS P ABRANCHES L COSTA D MEIRELLES F Certificaccedilatildeo

na cadeia produtiva de alimentos e as barreiras teacutecnicas agrave exportaccedilatildeo Simpoacutesio de

excelecircncia e gestatildeo e tecnologia ndash SEGeT 2008 Resende

Page 41: EVOLUÇÃO DA PRODUÇÃO MUNDIAL E NACIONAL …...RESUMO O abacateiro, Persea americana, é uma cultura muito importante em vários países, devido ao volume comercializado da fruta

41

Em 2003 o Paranaacute foi o terceiro maior produtor nacional de abacate com uma

aacuterea de aproximadamente 1600ha onde se produziu 26 mil toneladas gerando uma

receita de cerca de R$ 85 milhotildees (HOHMANN amp MENEGUIM 2005)

De acordo com a relaccedilatildeo feita entre os dados de volume de abacate colhido e

de aacuterea destinada agrave produccedilatildeo do IBGESIDRA em 10 anos (2005 agrave 2014) o estado

que sofreu maior reduccedilatildeo da produtividade foi o estado do CEARAacute reduzindo em

31 aproximadamente enquanto que o estado de minas aumentou 289 sua

produtividade O DF apresentou os melhores niacuteveis de produtividade a partir desses

dados

AVOCADO NO BRASIL

A regiatildeo de Bauru em Satildeo Paulo especializou-se na produccedilatildeo dos abacates

‟Hass‟ e bdquoFuerte‟ conhecidos comercialmente como Avocado e satildeo os mais

apreciados pelo mercado internacional (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA

FRUTICULTURA 2008)

O Avocado variedades ‟Hass‟ e bdquoFuerte‟ possui excelentes caracteriacutesticas

nutricionais como por exemplo seu alto teor de lipiacutedeos Aleacutem disso o fruto possui

tamanho reduzido o que facilita o consumo evitando que parte natildeo consumida seja

armazenada Uma das possibilidades de se estimular o consumo interno seria

promover o produto a partir do uso de marketing setor no qual a empresa

JAGUACYR situada no municiacutepio de Bauru ndash SP tem se destacado fornecendo

informaccedilotildees nutricionais e apresentando o alto padratildeo de qualidade da fruta Outro

fator que reduz a oferta do produto no mercado interno eacute a demanda internacional

apesar de impor barreiras e exigirem alto padratildeo de qualidade o produto de

qualidade recebe os melhores preccedilos este fator tambeacutem limita o consumo interno

porque o preccedilo oferecido pelos importadores reflete no preccedilo interno

Outro ponto que deve ser observado para se manter qualidade elevada dos

frutos eacute a escolha adequada do ponto de colheita pois este fator reflete diretamente

no teor de oacuteleo dos frutos que por sua vez eacute responsaacutevel pela conservaccedilatildeo do

sabor Os melhores teores de oacuteleo encontram-se em frutos tardios como nas

variedades obtidas a partir das raccedilas Guatemalenses e Mexicana sendo maior nas

raccedilas Mexicana e menor em cultivares oriunda de raccedilas Guatemalenses como por

exemplo a bdquoHass‟

42

A exportaccedilatildeo brasileira do abacate bdquoHass‟ variedade mais produzida no

mundo era de 100 toneladas por ha em 2004 para 2186 toneladas em 2010

(DORIZZOTTO 2011) Contudo este dado representa apenas 143 do volume de

todo o abacate produzido no paiacutes nesta mesma data mesmo com seus atributos

nutricionais e comerciais

Quando se trata do segmento do mercado do Avocado brasileiro em acircmbito

global a empresa JAGUACYR situada no municiacutepio de Bauru ndash SP com sede na

Holanda eacute de extrema relevacircncia contribuindo com 90 das exportaccedilotildees brasileiras

deste produto com o qual o Brasil ainda comeccedila a participar poreacutem possui

condiccedilotildees favoraacuteveis para crescer no setor (CARVALHO 2015)

O graacutefico a seguir apresentado na Figura 2 demonstra a evoluccedilatildeo da

participaccedilatildeo do Avocado no setor de fruticultura no estado de Satildeo Paulo

Figura 12 - Elaborado pelo autor FONTE CEAGESPSEDES GABRIEL V BITENCOURT DE ALMEIDA

Como apresentado no graacutefico acima o volume de Avocado comercializado na

CEAGESP tem crescido rapidamente vertiginosamente chegando a quase

quadruplicar seu valor em apenas 7 anos

Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio de atacado (R$Kg) de Avocado na CEAGESP de

Satildeo Paulo durante o ano (SP) (Figura 3)

81 74 90

106 133

208

365 378

0

50

100

150

200

250

300

350

400

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

EVOLUCcedilAtildeO DA QUANTIDADE COMERCIALIZADA (T) DE AVOCADO NA CEAGESP DE SAtildeO PAULO (SP)

QUANTIDADE(toneladas)

43

Figura 13 - Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio do avocado na CEAGESP (R$Kg) Elaborado pelo autor FONTES CEAGESP

O graacutefico a seguir demonstra um comparativo da variaccedilatildeo do preccedilo meacutedio do

abacate em relaccedilatildeo ao Avocado durante o ano com base nos dados de nove anos

da CEAGESP (R$Kg)

Figura 14 - Comparativo do preccedilo meacutedio do abacate e do avocado comercializado na ceagesp durante o ano elaborado pelo autor FONTE

CEAGESP

A partir dos dados de 7 anos com a variaccedilatildeo do preccedilo meacutedio do Avocado por

quilo durante o ano pocircde-se observar que os menores valores encontram-se entre

maio e agosto A variaccedilatildeo de preccedilo meacutedio durante o ano chega a ser de R$ 581 o

quilo mais que o dobro entre o maior e menor valor meacutedio encontrado

O graacutefico com o comparativo do preccedilo do abacate com o Avocado (Figura 11)

revela a discrepacircncia da valorizaccedilatildeo entre os dois grupos O valor miacutenimo do

4

6

8

10

12

jan

fev

mar

abr

mai

jun jul

ago

set

ou

t

no

v

dez

EVOLUCcedilAtildeO DO PRECcedilO MEacuteDIO DO AVOCADO NA CEAGESP (R$Kg)

PRECcedilO MEacuteDIO

0

2

4

6

8

10

12

JAN

FEV

MA

R

AB

R

MA

I

JUN

JUL

AG

O

SET

OU

T

NO

V

DEZ

PRECcedilO AVOCADO

PRECcedilO DO ABACATE

44

Avocado eacute de R$ 554 por quilo enquanto que o maior valor encontrado do abacate

chega a R$ 381 uma diferenccedila de quase 50

O CEASA-DF registrou em 2014 um volume comercializado de 397 toneladas

de Avocado enquanto que no ano anterior o volume registrado natildeo passou de 07

toneladas (CEASA-DF)

Apesar de jaacute haver teacutecnicas eficientes e tecnologias modernas disponiacuteveis

para se aperfeiccediloar a produccedilatildeo do abacate a exploraccedilatildeo de novas regiotildees com

potencial produtor para a implantaccedilatildeo de pomares de abacateiro no Brasil eacute um dos

fatores que podem aumentar mais ainda a produccedilatildeo nacional No DF por exemplo

a aacuterea destinada agrave colheita do abacate sofreu uma reduccedilatildeo de mais da metade de

2012 para 2014 muito diferente da forma como havia se comportando desde 2000

quando a aacuterea passou de 85 ha para 111 em 2010 O DF representa apenas 2 da

produccedilatildeo nacional do abacate contudo sua produtividade vem aumentando e de

acordo com os dados do IBGE o DF possui os melhores iacutendices de produtividade do

paiacutes o que pode representar forte potencial da regiatildeo no setor Este fato corrobora

com a ideia de que o Brasil pode aproveitar melhor sua extensatildeo territorial

explorando regiotildees com potencial produtor como o DF por exemplo

CERTIFICACcedilAtildeO

CARVALHO (2015) afirma que para participar do mercado internacional os

produtores devem se atentar agraves exigecircncias internacionais de qualidade e seguranccedila

garantidas por meio de certificaccedilatildeo como GlobalGapR BRCR BRCIR FAIRDRADER

e SEDEX-SMETAR Outro ponto que deve ser adotado pelo Brasil no comeacutercio do

Avocado eacute manter um mercado com preccedilo linear e contiacutenuo Ainda segundo

CARVALHO (2015) produtores que natildeo possuem certificaccedilatildeo no GlobalgapR

recebem menos 10

PRECcedilO PAGO PELA JAGUACYR AO PRODUTOR COM GLOBALGAPR

TABELA 10 - (CARVALHO 2015)

CAT CALIBRE MAR ABR MAI JUN

1 12 A 24 315 322 205 205

2 26 A 32 131 129 130 130

2 12 A 24 284 350 187 187

45

Para o consumidor final o selo GLOBALGAPR natildeo eacute tatildeo notado pois o uso

desta marca eacute praticado entre empresas Contudo sua em sua elaboraccedilatildeo

considerou-se a reduccedilatildeo dos impactos negativos das operaccedilotildees agriacutecolas no meio

ambiente reduzir o uso de insumos quiacutemicos e garantir que assuntos de sauacutede e

seguranccedila dos empregados e bem estar animal sejam observados (GLOBALGAPR

2008)

A GLOBALGAPR serve como um manual no comeacutercio mundial de produtos

agriacutecolas estabelecendo normas voluntaacuterias para sua certificaccedilatildeo Este conjunto de

normas estabelece serve de molde para a conduccedilatildeo de boas praacuteticas agriacutecolas

(BPA) nas atividades agriacutecolas (GLOBALGAPR 2008)

Um dos pontos positivos em se adotar os protocolos de boas praacuteticas

agriacutecolas eacute a prevenccedilatildeo de perdas Pesquisas feitas no setor da fruticultura

concluem que maior parte do desperdiacutecio ocorre no percurso que vai do manuseio

no campo ateacute as centrais de produccedilatildeo (AGRIANUAL 2012) Os iacutendices de perdas da

abaticultura chegam a 34 ao ano (AGRIANUAL 2015)

Eacute de extrema importacircncia desenvolver soacutelidos e eficientes sistemas de

certificaccedilatildeo a fim de assegurar qualidade que atenda as expectativas dos

consumidores permitindo que as empresas ingressem nos mercados globais com

seus produtos (ZEIDAN et al 2008)

A difusatildeo de praacuteticas recomendadas para a obtenccedilatildeo da certificaccedilatildeo

GLOBALGAPR por parte dos produtores de abacate principalmente as variedades

bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ pode estimular o consumo interno por meio da oferta de produtos

de maior qualidade aleacutem de reduzindo perdas e promover o produto no comeacutercio

internacional da fruta Fazendo com que o potencial produtor seja aproveitado ao

maacuteximo uma vez que seguir os protocolos de boas praacuteticas agriacutecolas represente a

reduccedilatildeo de perdas no processo de produccedilatildeo de colheita e de transporte seja por

meio da reduccedilatildeo da incidecircncia de pragas ou por adoccedilatildeo de teacutecnicas e evitem perdas

na conduccedilatildeo da produccedilatildeo dos pomares de abacate

CONCLUSOtildeES

A produccedilatildeo de Avocado cultivares bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ superiores em vaacuterios

aspectos agraves cultivares mais populares no paiacutes tem condiccedilotildees de se desenvolver

amplamente no Brasil tornando-o grande consumidor e exportador da fruta Essa

46

mudanccedila pode ocorrer por meio de incentivos governamentais que incentivem o

registro de produtos para a cultura do abacateiro favorecendo a obtenccedilatildeo de

certificaccedilatildeo bem como o desenvolvimento de centros de pesquisas que

desenvolvam estudos sobre a cultura do abacateiro que promovam a difusatildeo de

tecnologia e com isso estimule a utilizaccedilatildeo de novas aacutereas com potencial produtivo

A transferecircncia de tecnologia tambeacutem pode ser feita por parte de empresas da aacuterea

privada que possuem domiacutenio de teacutecnicas e tecnologias modernas principalmente

por meio da popularizaccedilatildeo da produccedilatildeo de mudas clonais para porta-enxerto Aleacutem

disso devem ser feitas accedilotildees por parte de instituiccedilotildees privadas como o

desenvolvimento do marketing da fruta a fim de divulgar os benefiacutecios do consumo

e a exposiccedilatildeo de novas formas de consumo de abacate pode ser crucial para a

mudanccedila do comportamento do consumidor nacional uma vez que este se atenta

principalmente aos aspectos visuais do abacate

Na poacutes-colheita o controle sobre os processos de maturaccedilatildeo poderia ser

mais bem aproveitado No Brasil a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas de conservaccedilatildeo no poacutes-

colheita de frutas objetiva na maioria das vezes estender o tempo de prateleira

destes produtos Para se aproveitar os elevados preccedilos ofertados em determinadas

eacutepocas os produtores colhem os frutos antes do recomendado para a fruta do

abacateiro o que reduz sua qualidade pois a eacutepoca da colheita influencia

diretamente no teor de oacuteleo fator altamente relacionado com o sabor da fruta Por

outro lado a aceleraccedilatildeo do processo de maturaccedilatildeo por meio do controle de

maturaccedilatildeo permite fornecimento de frutos maduros prontos para o consumo

estimulando assim o consumo no paiacutes Com a entrega regular de frutos maduros

nos supermercados e restaurantes novas formas de consumo da fruta como patecircs

e em saladas poderiam ser facilmente introduzidas no cardaacutepio nacional

47

BIBLIOGRAFIA

ALMEIDA G V B Mercado Atacadista de Abacate e Avocado (CEAGESP) III

Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado Bauru 2015

ALMEIDA G V B O Abacate no mundo e na CEAGESP Todafruta notiacutecia 2011

DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwtodafrutacombrnoticia28119O+ABACATE+NO+MUNDO+NO+BRASIL

+E+NA+CEAGESP gt

ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA FRUTICULTURA 2004 a 2015 DISPONIacuteVEL EM

httpwwwgrupogazcombrtratadaseo_edicao420150320150301_106c8c2f1pdf

4718_2015fruticulturapdfgt

BIODIESELBR DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwbiodieselbrcomnoticiasmateria-

primaoutrasvideo-unesp-transforma-oleo-abacate-biodiesel-060313htm gt

BONELLA J A Classificaccedilatildeo de abacates na CEAGESP Joseacute Alcides Bonella ME

2013

BRUWER T ROOYEN Z VAN PERFORMANCE AND MARKET ACCEPTIBILITY

OF THE HASS-LIKE CULTIVARS GEM AND HARVEST IN SOUTH AFRICA Vi

World Avocado Congress (Actas VI Confreso Mundial del Aguacate) 2007 Vintildea Del

Mar Chile 12 ndash 16 nov 2007 ISBN n 978-956-17-0413-8 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwAvocadosourcecomWAC6enExtenso1b-36pdf gt

CAMPOS J A Cultura racional do abacateiro Satildeo Paulo Iacutecone 1988 150 p

CANTUAacuteRIAS-AVILEacuteS T SILVA S R La induacutestria del aguacate em el Estado de

Satildeo Paulo Brasil actualidad y perspectivas futuras In CONGRESO MUNDIAL DEL

AGUACATE 7 2011 Caims Resuacutemenes Caims Avocado Australia 2011

48

CORREIA R C ARAUJO J L P MOUCO M A do C BRAGA C A

MENDONCcedilA R F de Abacate preferecircncias e mercado CONGRESSO

BRASILEIRO DE FRUTICULTURA 21 2010 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwalicecnptiaembrapabralicebitstreamdoc8700181Moucopdf gt

CARVALHO L F Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado realizaccedilatildeo Jaguacy

Sindicato Rural de Bauru Serviccedilo Nacional de Aprendizagem Rural - SENAR

Faculdades Integradas de Bauru ndash SP 2015

CHITARRA M I F CHITARA A B 2005 Poacutes colheita de frutos e hortaliccedilas

Fiiologia e Manuseio Lavras ESALFAEPE

CRANE J H BALERDI C F MAGUIRE I Avocado Growing in the Florida Home

Landscape University of Florida Circular 1034 one of a series of the Horticultural

Sciences Department Florida Cooperative Extension Service Institute of Food and

Agricultural Sciences University of Florida 1983 Revised 2007

CRIZEL G R MOURA R S OLIVEIRA I R MENDONCcedilA C R B

Caracteriacutesticas fiacutesicas e quiacutemicas de abacates das variedades bdquoQuintal‟ e bdquoHass‟ In

CONGRESSO DE INICIACcedilAtildeO CIENTIacuteFICA 17 ENCONTRO DE POacuteS-

GRADUACcedilAtildeO 10 2008 Pelotas Resumos Pelotas UFPEL 2008

DAIUTO E R VIEITES R L TREMOCOLDI M A RUSSO V C Taxa

respiratoacuteria de abacate bdquoHass‟ submetido a diferentes tratamentos fiacutesicos Revista

Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha Meacutexico v 10 n 2 p 101-109

2010

DAIUTO E R TREMOCOLDI M A VIEITES R L Conservaccedilatildeo poacutes colheita de

abacate bdquoHass‟ irradiado Revista Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha vol

10 n 2 2010

DONADIO L C Abacate para exportaccedilatildeo aspectos teacutecnicos da produccedilatildeo

Brasiacutelia Frupex MAPA 1995 53 p

49

DONADIO L C FERRARI L AVILEacuteS T C Abacate In DONADIO L C (Ed)

Histoacuteria da Fruticultura Paulista Jaboticabal SBF ndash Sociedade Brasileira de

Fruticultura 2010 P 33-63

DORIZZOTTO C D A SAMPAIO A C ICUMA I M et al Avocado production

chain in the state of Satildeo Paulo (Brazil) In Proceedings VII World Avocado Congress

2011 Cairns Anaishellip Cairns Internacional Avocado Society 2011 DISPONIacuteVEL

EM lt

httpworldAvocadocongress2011comuserfilesfileOsvaldo20Kioshi20Yamanis

hi201400-1420pdf gt

ERNST Z R ERNST A A The strategic role of new cultivars A case study of

bdquoMaluma‟ VIII Congreso Mundial de la Palta 2015 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwavocadosourcecomWAC8Section_02EarnstZander2015pdf gt

FACTFISH Avocados production quantity (tons) ndash for all countries DISPONIacuteVEL

EM lt httpwwwfactfishcomstatisticAvocados20production20quantity gt

FAOSTAT 2000 a 2013 DISPONIacuteVEL EM lt httpfaostat3faoorgbrowseTTPE gt

FER B WOLSTENHOLME B N (Ed) The Avocado botany production and

uses Oxon CABI Publ 2002 chap 12 p 299-338

FRANCISCO V L F dos S BAPTISTELLA C S L CULTURA DO ABACATE NO

ESTADO DE SAtildeO PAULO Informaccedilotildees Econocircmicas SP v 35 n5 2005

DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwieaspgovbroutpublicacoespdftec3-0505pdf gt

GAYET J P et al 1995 Abacate para exportaccedilatildeo procedimentos de colheita e

poacutes-colheita FRUPEX Brasiacutelia 37p

GIRARDI G Abacate uma nova opccedilatildeo de biocombustiacutevel Jornal UNESP Bauru

2009 DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwunespbracijornal248energia_bauruphp gt

50

GUEDES M S B SENA M TOLEDO S Certificaccedilatildeo como estrateacutegia competitiva

internacional dos produtores de frutas no Brasil VII Encontro da Sociedade

Brasileira de Economia Ecoloacutegica (ECO-ECO) 28 a 30 de novembro de 2007

Fortaleza Cearaacute

HODDLE M The Avocado Seed Moth Stenoma cateniver Walsingham (Lepdoptera

Elachistidae) Department of Entomology Applied Biological Control Research

DISPONIacuteVEL EM lt httpbiocontrolucredustenomastenomahtml gt

HOHMANN C L MENEGUIM A M A BROCA-DO-ABACATE (Stenoma catenifer)

Aspectos bioloacutegicos comportamento danos e manejo Instituto Agronocircmico do

Paranaacute ndash Londrina ndashPR Informe da Pesquisa n 147 2005

HOHMANN C L MENEGUIM A M Observaccedilotildees preliminares sobre a ocorrecircncia

da broca-do-abacate Stenoma catenifer Wals no Estado do Paranaacute Anais da

Sociedade Entomoloacutegica do Brasil v 22 p 417-419 1993

ILLSLEY-GRANICH C‟Hass‟Carmenrega precocious flowering avocado tree

Agrovim AS de CV Uruapan Michocan Mexico Rob Brokaw Brokaw Nursery Inc

Saticoy California USA Dr Salvador Ochoa-Ascencio University of Michoacan

Uruapan Michoacan Mexico 2011 DISPONIacuteVEL EM lt

httpworldavocadocongress2011comuserfilesfileCarlos20Illsley201410-

1430pdf gt

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA ESTATIacuteSTICA (IBGE) IBGE CIDADES

DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwcidadesibgegovbrcartogramamapaphplang=ampcoduf=53ampcodmun=53

0010ampidtema=136ampcodv=v01ampsearch=distrito-federal|brasilia|sintese-das-

informacoes-2013 gt

KADER A A 1992 Postharvest technology of horticultural crops Okland Univertisy

of California 292p

51

KADER A A ARPIA M L Avocado Recommendations for Maintaining

Postharvest Quality 2013

KADER A A Biologiacutea y Tecnologiacutea Postcosecha un Panorama In KADER A A

Tecnologiacutea Postcosecha de Cultivos Hortofrutiacutecolas 3 Ed Davis University Of

Califoacuternia 2007 Cap 4 p 43-53

KLUGE R A et al Inibiccedilatildeo do amadurecimento de abacate com 1-

metilciclopropeno Pesquisa Agropecuaacuteria Brasileira 37(7)895-901

KOOLER O C Abacaticultura Porto Alegre UFRGS 1992 138p

KOOLER O C ABACATICULTURA Porto Alegre UFRGS 1984 138p

KOLLER O C Abacate produccedilatildeo de mudas instalaccedilatildeo e manejo de pomares

colheita e poacutes-colheita Porto Alegre Cinco Continentes 2002 145 p

KREMER-KOumlHNE S KOumlHNE J S 25 YEARS OF AVOCADO ROOTSTOCK

DEVELOPMENT IN SOUTH AFRICA VI World Avocado Congress Chile 2007

DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwavocadosourcecomWAC6enExtenso1a-8pdf gt

LIPPERT C ALLAMAND M (WESTFALIASUBSOLE) A hystory of

collaboration Rev Subsole Santiago 2007

MAIS NATUREZA ABACATEIRO DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwmaisnaturezacomplantasarvoresabacateiro gt

MARANCA G Fruticultura comercial Manga e Abacate Satildeo Paulo Nobel 1980

p 81-133

MASSAFERA G COSTA T M B OLIVEIRA J E D COMPOSICcedilAtildeO DE AacuteCIDOS

GRAXOS DO OacuteLEO DO MESOCARPO E DA SEMENTE DE CULTIVARES DE

ABACATE (Persea americana MILL) DA REGIAtildeO DE RIBEIRAtildeO PRETO SP)

52

Alim Nutr Araraquara V 21 n 2 p 325-331 abrjun 2010 DISPONIacuteVEL EM lt

http20014571150seerindexphpalimentosarticleview940a20v21n2pdf gt

MDIC Negociaccedilotildees internacionais DISPONIacuteVEL EM

httpwwwdesenvolvimentogovbrsitiosecexnegInternacionaisMedTerrorismoLei

ph p gt

MICKELBART M V BENDER G S WITNEY G W ADAMS C ARPAIA M L

Effects of clonal rootstocks on bdquoHass‟ avocado yield components alternate bearing

and nutrition Journal of Horticultural Schience amp Biotechnology Ashford v 82

n 3 p 460-466 2007

MILLER B BERTELS R PADILLA T WILEMAN R THOMSEN L China the

new frontier VIII World Avocado Congress 2015

MONTENEGRO H W S A cultura do abacateiro Satildeo Paulo Melhoramentos

1951 102p (Criaccedilatildeo e Lavoura n 11)

MORAES A F G Desenvolvimento produccedilatildeo e qualidade de frutos de abacateiro

cv bdquoHass‟ sobre dois porta-enxertos nas condiccedilotildees edafoclimaacuteticas da regiatildeo central

do Estado de Satildeo Paulo Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Ciecircncias Piracicaba 2014

NAAMANI G Global Trends in main Avocado Markets VII World Avocado

Congress Australia 2011

NAVA DE DE LARA HADDAD M PARRA JRP 2005 Exigecircncias teacutermicas

estimativa do nuacutemero de geroccedilotildees de Stenoma catenifer e comprovaccedilatildeo de modelo

em campo Pesq Agropec Bras Brasilia v 40 p 961-967

NAVA DE PARRA JRP COSTA VA GUERRA TM COcircNSOLI FL (2005b)

Population dynamics of Stenoma catenifer(Lepidoptera Elachistidae) and related

larval parasitoids in Minas Gerais Brazil Florida Entomologistv 88p 441-446

53

NOVAGRIM ndash FRESH FRUITS IMPORTER amp VEGETABLE SUPPLIER SINCE

1999 2001-2013 WORLD AVOCADO PRODUCTION DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwnovagrimcomPages2000_2011_Avocado_statistics_ENaspx gt

OLIVEIRA LA A importacircncia das Normas Internacionais para o Comeacutercio da

Fruticultura Brasileira Piracicaba Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Economia Escola

Superior de Agricultura ldquoLuiz de Queirozrdquo Universidade de Satildeo Paulo Piracicaba

2005

OLIVEIRA M A de et al 2000 Ceras para conservaccedilatildeo poacutes colheita de frutos de

abacateiro cultivar Fuerte armazenados em temperatura ambiente Scientia Agriacutecola

Piracicaba 57 (4) 777-780

PASSONI A D NEVES M C M RODRIGUES B B BOTEON M Anaacutelise dos

principais entraves na exportaccedilatildeo de frutas brasileiras CENTRO DE ESTUDOS

AVANCcedilADOS EM ECONOMIA APLICADA (CEPEAESALQ-USP) XLIV

CONGRESSO DA SOBER ndash ldquoQuestotildees Agraacuterias Educaccedilatildeo no Campo e

Desenvolvimentordquo Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia Rural Fortaleza

2006

PEGG K G COATES L M KORSTEN L HARDING R M Foliar fruit and

soilborne diseases In WHILEY A W SCHAF

PERFIL DA FRUTICULTURA 2014 Base de dados 2012 a 2013 Governo de Minas

Gerais Agricultura Pecuaacuteria e Abastecimento 2014

PICCININ E PASCHOLATI S F ldquoDOENCcedilAS DO ABACATEIRO‟ em MANUAL DE

FITOPATOLOGIA Vol 2 Doenccedilas das Plantas Cultivadas Editora Agronocircmica

Ceres Ltda Satildeo Paulo 1997 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwifcursoscombrsistemaadminarquivos07-33-29-

manualfitopatologiapdfpage=10 gt

54

PUTT F F GOacuteES B C CATANEO P F Anaacutelise econocircmica de oferta e demanda

do abacate na alta paulista X Foacuterum Ambiental da Alta Paulista v 10 n 7 2014

pp 158-169

ROCHA I L Nuacutemeros do abacate HORTIESCOLHA Instituto Brasileiro de

Qualidade em Horticultura DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwhortibrasilorgbrjnwindexphpoption=com_contentampview=articleampid=120

9numeros-do-abacate-ampcatid=50comercializacaoampItemid=82 gt

SANTO N T Manejo da vegetaccedilatildeo intercalar para obtenccedilatildeo de cobertura morta na

cultura do abacateiro visando minimizar os danos causados por Phytophthora

cinnamomi Dissertaccedilatildeo de mestrado em Fitotecnia Piracicaba 2014

SCHAFFER B WOLSTENJOLME B N WHILEY A W The avocado botany

production and uses 560 p 2012 DISPONIacuteVEL EM lt

httpsbooksgooglecombrbooksid=r0hpRJca3zECamppg=PA83amplpg=PA83ampdq=Th

e+Avocado+botany+production+and+uses+hass-

likeampsource=blampots=oqc5OBsbmVampsig=5gDWWPIMYRBW9cH3yYuWh-ldd-8amphl=pt-

BRampsa=Xampved=0ahUKEwj_yPbgsoTKAhUGDpAKHZTrCWEQ6AEIPDADv=onepag

eampqampf=false gt

SCIENCIA I Certificaccedilatildeo GLOBALGAP e impactos ambientais em agroinduacutestrias de

alimentos Dissertaccedilatildeo de Poacutes-Graduaccedilatildeo Araraquara SP 2010 lt

mlthttpwwwecoecoorgbrconteudopublicacoesencontrosvii_envii_enc_ecohtm

gt

SIMAtildeO S Manual de Fruticultura Satildeo Paulo Editora Agronocircmica Ceres 1971

530p p 147-169

SINGER P MASON J Eacutetica da alimentaccedilatildeo como nossos haacutebitos alimentares

influenciam o meio ambiente e o nosso bem estar Rio de Janeiro Elsevier 2007

SOARES H F ITO M K O AacuteCIDO GRAXO MONOINSATURADO DO ABACATE

NO CONTROLE DE DISLIPIDEMIAS Ver Ciecircnc Meacuted Campinas P 47-51 2000

55

DISPONIacuteVEL EM lt httpperiodicospuc-

campinasedubrseerindexphpcienciasmedicasarticleviewFile13301304 gt

TEIXEIRA C G Cultura In ITAL ndash INSTITUTO DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS

(Campinas) Abacate Cultura mateacuteria-prima processamento e aspectos

econocircmicos 2 Ed Campinas Instituto Campineiro de Ensino Agriacutecola 1995 Cap 1

p 1-54 (Frutas Tropicais)

TEIXEIRA C G Cultura do abacate In TEIXEIRA C G et al ABACATE cultura

mateacuteria prima processamento e aspectos econocircmicos 2deg ed Seacuterie Fruas Tropicais

ndeg8 ITAL Campinas 1991 250p

WATANABE H S Caracteriacutesticas de cultivares de abacate CEAGESPS ndash

Companhia de Entrepostos e Armazeacutens Gerais de Satildeo Paulo 2013

WOLFENBARGER D O COLBURN B The Stenoma catenifer a serious Avocado

pest Proceedings of Florida State Horticulture Society v 92 p 315-318 1979

ZEIDAN R SEIXAS P ABRANCHES L COSTA D MEIRELLES F Certificaccedilatildeo

na cadeia produtiva de alimentos e as barreiras teacutecnicas agrave exportaccedilatildeo Simpoacutesio de

excelecircncia e gestatildeo e tecnologia ndash SEGeT 2008 Resende

Page 42: EVOLUÇÃO DA PRODUÇÃO MUNDIAL E NACIONAL …...RESUMO O abacateiro, Persea americana, é uma cultura muito importante em vários países, devido ao volume comercializado da fruta

42

A exportaccedilatildeo brasileira do abacate bdquoHass‟ variedade mais produzida no

mundo era de 100 toneladas por ha em 2004 para 2186 toneladas em 2010

(DORIZZOTTO 2011) Contudo este dado representa apenas 143 do volume de

todo o abacate produzido no paiacutes nesta mesma data mesmo com seus atributos

nutricionais e comerciais

Quando se trata do segmento do mercado do Avocado brasileiro em acircmbito

global a empresa JAGUACYR situada no municiacutepio de Bauru ndash SP com sede na

Holanda eacute de extrema relevacircncia contribuindo com 90 das exportaccedilotildees brasileiras

deste produto com o qual o Brasil ainda comeccedila a participar poreacutem possui

condiccedilotildees favoraacuteveis para crescer no setor (CARVALHO 2015)

O graacutefico a seguir apresentado na Figura 2 demonstra a evoluccedilatildeo da

participaccedilatildeo do Avocado no setor de fruticultura no estado de Satildeo Paulo

Figura 12 - Elaborado pelo autor FONTE CEAGESPSEDES GABRIEL V BITENCOURT DE ALMEIDA

Como apresentado no graacutefico acima o volume de Avocado comercializado na

CEAGESP tem crescido rapidamente vertiginosamente chegando a quase

quadruplicar seu valor em apenas 7 anos

Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio de atacado (R$Kg) de Avocado na CEAGESP de

Satildeo Paulo durante o ano (SP) (Figura 3)

81 74 90

106 133

208

365 378

0

50

100

150

200

250

300

350

400

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

EVOLUCcedilAtildeO DA QUANTIDADE COMERCIALIZADA (T) DE AVOCADO NA CEAGESP DE SAtildeO PAULO (SP)

QUANTIDADE(toneladas)

43

Figura 13 - Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio do avocado na CEAGESP (R$Kg) Elaborado pelo autor FONTES CEAGESP

O graacutefico a seguir demonstra um comparativo da variaccedilatildeo do preccedilo meacutedio do

abacate em relaccedilatildeo ao Avocado durante o ano com base nos dados de nove anos

da CEAGESP (R$Kg)

Figura 14 - Comparativo do preccedilo meacutedio do abacate e do avocado comercializado na ceagesp durante o ano elaborado pelo autor FONTE

CEAGESP

A partir dos dados de 7 anos com a variaccedilatildeo do preccedilo meacutedio do Avocado por

quilo durante o ano pocircde-se observar que os menores valores encontram-se entre

maio e agosto A variaccedilatildeo de preccedilo meacutedio durante o ano chega a ser de R$ 581 o

quilo mais que o dobro entre o maior e menor valor meacutedio encontrado

O graacutefico com o comparativo do preccedilo do abacate com o Avocado (Figura 11)

revela a discrepacircncia da valorizaccedilatildeo entre os dois grupos O valor miacutenimo do

4

6

8

10

12

jan

fev

mar

abr

mai

jun jul

ago

set

ou

t

no

v

dez

EVOLUCcedilAtildeO DO PRECcedilO MEacuteDIO DO AVOCADO NA CEAGESP (R$Kg)

PRECcedilO MEacuteDIO

0

2

4

6

8

10

12

JAN

FEV

MA

R

AB

R

MA

I

JUN

JUL

AG

O

SET

OU

T

NO

V

DEZ

PRECcedilO AVOCADO

PRECcedilO DO ABACATE

44

Avocado eacute de R$ 554 por quilo enquanto que o maior valor encontrado do abacate

chega a R$ 381 uma diferenccedila de quase 50

O CEASA-DF registrou em 2014 um volume comercializado de 397 toneladas

de Avocado enquanto que no ano anterior o volume registrado natildeo passou de 07

toneladas (CEASA-DF)

Apesar de jaacute haver teacutecnicas eficientes e tecnologias modernas disponiacuteveis

para se aperfeiccediloar a produccedilatildeo do abacate a exploraccedilatildeo de novas regiotildees com

potencial produtor para a implantaccedilatildeo de pomares de abacateiro no Brasil eacute um dos

fatores que podem aumentar mais ainda a produccedilatildeo nacional No DF por exemplo

a aacuterea destinada agrave colheita do abacate sofreu uma reduccedilatildeo de mais da metade de

2012 para 2014 muito diferente da forma como havia se comportando desde 2000

quando a aacuterea passou de 85 ha para 111 em 2010 O DF representa apenas 2 da

produccedilatildeo nacional do abacate contudo sua produtividade vem aumentando e de

acordo com os dados do IBGE o DF possui os melhores iacutendices de produtividade do

paiacutes o que pode representar forte potencial da regiatildeo no setor Este fato corrobora

com a ideia de que o Brasil pode aproveitar melhor sua extensatildeo territorial

explorando regiotildees com potencial produtor como o DF por exemplo

CERTIFICACcedilAtildeO

CARVALHO (2015) afirma que para participar do mercado internacional os

produtores devem se atentar agraves exigecircncias internacionais de qualidade e seguranccedila

garantidas por meio de certificaccedilatildeo como GlobalGapR BRCR BRCIR FAIRDRADER

e SEDEX-SMETAR Outro ponto que deve ser adotado pelo Brasil no comeacutercio do

Avocado eacute manter um mercado com preccedilo linear e contiacutenuo Ainda segundo

CARVALHO (2015) produtores que natildeo possuem certificaccedilatildeo no GlobalgapR

recebem menos 10

PRECcedilO PAGO PELA JAGUACYR AO PRODUTOR COM GLOBALGAPR

TABELA 10 - (CARVALHO 2015)

CAT CALIBRE MAR ABR MAI JUN

1 12 A 24 315 322 205 205

2 26 A 32 131 129 130 130

2 12 A 24 284 350 187 187

45

Para o consumidor final o selo GLOBALGAPR natildeo eacute tatildeo notado pois o uso

desta marca eacute praticado entre empresas Contudo sua em sua elaboraccedilatildeo

considerou-se a reduccedilatildeo dos impactos negativos das operaccedilotildees agriacutecolas no meio

ambiente reduzir o uso de insumos quiacutemicos e garantir que assuntos de sauacutede e

seguranccedila dos empregados e bem estar animal sejam observados (GLOBALGAPR

2008)

A GLOBALGAPR serve como um manual no comeacutercio mundial de produtos

agriacutecolas estabelecendo normas voluntaacuterias para sua certificaccedilatildeo Este conjunto de

normas estabelece serve de molde para a conduccedilatildeo de boas praacuteticas agriacutecolas

(BPA) nas atividades agriacutecolas (GLOBALGAPR 2008)

Um dos pontos positivos em se adotar os protocolos de boas praacuteticas

agriacutecolas eacute a prevenccedilatildeo de perdas Pesquisas feitas no setor da fruticultura

concluem que maior parte do desperdiacutecio ocorre no percurso que vai do manuseio

no campo ateacute as centrais de produccedilatildeo (AGRIANUAL 2012) Os iacutendices de perdas da

abaticultura chegam a 34 ao ano (AGRIANUAL 2015)

Eacute de extrema importacircncia desenvolver soacutelidos e eficientes sistemas de

certificaccedilatildeo a fim de assegurar qualidade que atenda as expectativas dos

consumidores permitindo que as empresas ingressem nos mercados globais com

seus produtos (ZEIDAN et al 2008)

A difusatildeo de praacuteticas recomendadas para a obtenccedilatildeo da certificaccedilatildeo

GLOBALGAPR por parte dos produtores de abacate principalmente as variedades

bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ pode estimular o consumo interno por meio da oferta de produtos

de maior qualidade aleacutem de reduzindo perdas e promover o produto no comeacutercio

internacional da fruta Fazendo com que o potencial produtor seja aproveitado ao

maacuteximo uma vez que seguir os protocolos de boas praacuteticas agriacutecolas represente a

reduccedilatildeo de perdas no processo de produccedilatildeo de colheita e de transporte seja por

meio da reduccedilatildeo da incidecircncia de pragas ou por adoccedilatildeo de teacutecnicas e evitem perdas

na conduccedilatildeo da produccedilatildeo dos pomares de abacate

CONCLUSOtildeES

A produccedilatildeo de Avocado cultivares bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ superiores em vaacuterios

aspectos agraves cultivares mais populares no paiacutes tem condiccedilotildees de se desenvolver

amplamente no Brasil tornando-o grande consumidor e exportador da fruta Essa

46

mudanccedila pode ocorrer por meio de incentivos governamentais que incentivem o

registro de produtos para a cultura do abacateiro favorecendo a obtenccedilatildeo de

certificaccedilatildeo bem como o desenvolvimento de centros de pesquisas que

desenvolvam estudos sobre a cultura do abacateiro que promovam a difusatildeo de

tecnologia e com isso estimule a utilizaccedilatildeo de novas aacutereas com potencial produtivo

A transferecircncia de tecnologia tambeacutem pode ser feita por parte de empresas da aacuterea

privada que possuem domiacutenio de teacutecnicas e tecnologias modernas principalmente

por meio da popularizaccedilatildeo da produccedilatildeo de mudas clonais para porta-enxerto Aleacutem

disso devem ser feitas accedilotildees por parte de instituiccedilotildees privadas como o

desenvolvimento do marketing da fruta a fim de divulgar os benefiacutecios do consumo

e a exposiccedilatildeo de novas formas de consumo de abacate pode ser crucial para a

mudanccedila do comportamento do consumidor nacional uma vez que este se atenta

principalmente aos aspectos visuais do abacate

Na poacutes-colheita o controle sobre os processos de maturaccedilatildeo poderia ser

mais bem aproveitado No Brasil a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas de conservaccedilatildeo no poacutes-

colheita de frutas objetiva na maioria das vezes estender o tempo de prateleira

destes produtos Para se aproveitar os elevados preccedilos ofertados em determinadas

eacutepocas os produtores colhem os frutos antes do recomendado para a fruta do

abacateiro o que reduz sua qualidade pois a eacutepoca da colheita influencia

diretamente no teor de oacuteleo fator altamente relacionado com o sabor da fruta Por

outro lado a aceleraccedilatildeo do processo de maturaccedilatildeo por meio do controle de

maturaccedilatildeo permite fornecimento de frutos maduros prontos para o consumo

estimulando assim o consumo no paiacutes Com a entrega regular de frutos maduros

nos supermercados e restaurantes novas formas de consumo da fruta como patecircs

e em saladas poderiam ser facilmente introduzidas no cardaacutepio nacional

47

BIBLIOGRAFIA

ALMEIDA G V B Mercado Atacadista de Abacate e Avocado (CEAGESP) III

Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado Bauru 2015

ALMEIDA G V B O Abacate no mundo e na CEAGESP Todafruta notiacutecia 2011

DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwtodafrutacombrnoticia28119O+ABACATE+NO+MUNDO+NO+BRASIL

+E+NA+CEAGESP gt

ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA FRUTICULTURA 2004 a 2015 DISPONIacuteVEL EM

httpwwwgrupogazcombrtratadaseo_edicao420150320150301_106c8c2f1pdf

4718_2015fruticulturapdfgt

BIODIESELBR DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwbiodieselbrcomnoticiasmateria-

primaoutrasvideo-unesp-transforma-oleo-abacate-biodiesel-060313htm gt

BONELLA J A Classificaccedilatildeo de abacates na CEAGESP Joseacute Alcides Bonella ME

2013

BRUWER T ROOYEN Z VAN PERFORMANCE AND MARKET ACCEPTIBILITY

OF THE HASS-LIKE CULTIVARS GEM AND HARVEST IN SOUTH AFRICA Vi

World Avocado Congress (Actas VI Confreso Mundial del Aguacate) 2007 Vintildea Del

Mar Chile 12 ndash 16 nov 2007 ISBN n 978-956-17-0413-8 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwAvocadosourcecomWAC6enExtenso1b-36pdf gt

CAMPOS J A Cultura racional do abacateiro Satildeo Paulo Iacutecone 1988 150 p

CANTUAacuteRIAS-AVILEacuteS T SILVA S R La induacutestria del aguacate em el Estado de

Satildeo Paulo Brasil actualidad y perspectivas futuras In CONGRESO MUNDIAL DEL

AGUACATE 7 2011 Caims Resuacutemenes Caims Avocado Australia 2011

48

CORREIA R C ARAUJO J L P MOUCO M A do C BRAGA C A

MENDONCcedilA R F de Abacate preferecircncias e mercado CONGRESSO

BRASILEIRO DE FRUTICULTURA 21 2010 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwalicecnptiaembrapabralicebitstreamdoc8700181Moucopdf gt

CARVALHO L F Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado realizaccedilatildeo Jaguacy

Sindicato Rural de Bauru Serviccedilo Nacional de Aprendizagem Rural - SENAR

Faculdades Integradas de Bauru ndash SP 2015

CHITARRA M I F CHITARA A B 2005 Poacutes colheita de frutos e hortaliccedilas

Fiiologia e Manuseio Lavras ESALFAEPE

CRANE J H BALERDI C F MAGUIRE I Avocado Growing in the Florida Home

Landscape University of Florida Circular 1034 one of a series of the Horticultural

Sciences Department Florida Cooperative Extension Service Institute of Food and

Agricultural Sciences University of Florida 1983 Revised 2007

CRIZEL G R MOURA R S OLIVEIRA I R MENDONCcedilA C R B

Caracteriacutesticas fiacutesicas e quiacutemicas de abacates das variedades bdquoQuintal‟ e bdquoHass‟ In

CONGRESSO DE INICIACcedilAtildeO CIENTIacuteFICA 17 ENCONTRO DE POacuteS-

GRADUACcedilAtildeO 10 2008 Pelotas Resumos Pelotas UFPEL 2008

DAIUTO E R VIEITES R L TREMOCOLDI M A RUSSO V C Taxa

respiratoacuteria de abacate bdquoHass‟ submetido a diferentes tratamentos fiacutesicos Revista

Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha Meacutexico v 10 n 2 p 101-109

2010

DAIUTO E R TREMOCOLDI M A VIEITES R L Conservaccedilatildeo poacutes colheita de

abacate bdquoHass‟ irradiado Revista Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha vol

10 n 2 2010

DONADIO L C Abacate para exportaccedilatildeo aspectos teacutecnicos da produccedilatildeo

Brasiacutelia Frupex MAPA 1995 53 p

49

DONADIO L C FERRARI L AVILEacuteS T C Abacate In DONADIO L C (Ed)

Histoacuteria da Fruticultura Paulista Jaboticabal SBF ndash Sociedade Brasileira de

Fruticultura 2010 P 33-63

DORIZZOTTO C D A SAMPAIO A C ICUMA I M et al Avocado production

chain in the state of Satildeo Paulo (Brazil) In Proceedings VII World Avocado Congress

2011 Cairns Anaishellip Cairns Internacional Avocado Society 2011 DISPONIacuteVEL

EM lt

httpworldAvocadocongress2011comuserfilesfileOsvaldo20Kioshi20Yamanis

hi201400-1420pdf gt

ERNST Z R ERNST A A The strategic role of new cultivars A case study of

bdquoMaluma‟ VIII Congreso Mundial de la Palta 2015 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwavocadosourcecomWAC8Section_02EarnstZander2015pdf gt

FACTFISH Avocados production quantity (tons) ndash for all countries DISPONIacuteVEL

EM lt httpwwwfactfishcomstatisticAvocados20production20quantity gt

FAOSTAT 2000 a 2013 DISPONIacuteVEL EM lt httpfaostat3faoorgbrowseTTPE gt

FER B WOLSTENHOLME B N (Ed) The Avocado botany production and

uses Oxon CABI Publ 2002 chap 12 p 299-338

FRANCISCO V L F dos S BAPTISTELLA C S L CULTURA DO ABACATE NO

ESTADO DE SAtildeO PAULO Informaccedilotildees Econocircmicas SP v 35 n5 2005

DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwieaspgovbroutpublicacoespdftec3-0505pdf gt

GAYET J P et al 1995 Abacate para exportaccedilatildeo procedimentos de colheita e

poacutes-colheita FRUPEX Brasiacutelia 37p

GIRARDI G Abacate uma nova opccedilatildeo de biocombustiacutevel Jornal UNESP Bauru

2009 DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwunespbracijornal248energia_bauruphp gt

50

GUEDES M S B SENA M TOLEDO S Certificaccedilatildeo como estrateacutegia competitiva

internacional dos produtores de frutas no Brasil VII Encontro da Sociedade

Brasileira de Economia Ecoloacutegica (ECO-ECO) 28 a 30 de novembro de 2007

Fortaleza Cearaacute

HODDLE M The Avocado Seed Moth Stenoma cateniver Walsingham (Lepdoptera

Elachistidae) Department of Entomology Applied Biological Control Research

DISPONIacuteVEL EM lt httpbiocontrolucredustenomastenomahtml gt

HOHMANN C L MENEGUIM A M A BROCA-DO-ABACATE (Stenoma catenifer)

Aspectos bioloacutegicos comportamento danos e manejo Instituto Agronocircmico do

Paranaacute ndash Londrina ndashPR Informe da Pesquisa n 147 2005

HOHMANN C L MENEGUIM A M Observaccedilotildees preliminares sobre a ocorrecircncia

da broca-do-abacate Stenoma catenifer Wals no Estado do Paranaacute Anais da

Sociedade Entomoloacutegica do Brasil v 22 p 417-419 1993

ILLSLEY-GRANICH C‟Hass‟Carmenrega precocious flowering avocado tree

Agrovim AS de CV Uruapan Michocan Mexico Rob Brokaw Brokaw Nursery Inc

Saticoy California USA Dr Salvador Ochoa-Ascencio University of Michoacan

Uruapan Michoacan Mexico 2011 DISPONIacuteVEL EM lt

httpworldavocadocongress2011comuserfilesfileCarlos20Illsley201410-

1430pdf gt

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA ESTATIacuteSTICA (IBGE) IBGE CIDADES

DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwcidadesibgegovbrcartogramamapaphplang=ampcoduf=53ampcodmun=53

0010ampidtema=136ampcodv=v01ampsearch=distrito-federal|brasilia|sintese-das-

informacoes-2013 gt

KADER A A 1992 Postharvest technology of horticultural crops Okland Univertisy

of California 292p

51

KADER A A ARPIA M L Avocado Recommendations for Maintaining

Postharvest Quality 2013

KADER A A Biologiacutea y Tecnologiacutea Postcosecha un Panorama In KADER A A

Tecnologiacutea Postcosecha de Cultivos Hortofrutiacutecolas 3 Ed Davis University Of

Califoacuternia 2007 Cap 4 p 43-53

KLUGE R A et al Inibiccedilatildeo do amadurecimento de abacate com 1-

metilciclopropeno Pesquisa Agropecuaacuteria Brasileira 37(7)895-901

KOOLER O C Abacaticultura Porto Alegre UFRGS 1992 138p

KOOLER O C ABACATICULTURA Porto Alegre UFRGS 1984 138p

KOLLER O C Abacate produccedilatildeo de mudas instalaccedilatildeo e manejo de pomares

colheita e poacutes-colheita Porto Alegre Cinco Continentes 2002 145 p

KREMER-KOumlHNE S KOumlHNE J S 25 YEARS OF AVOCADO ROOTSTOCK

DEVELOPMENT IN SOUTH AFRICA VI World Avocado Congress Chile 2007

DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwavocadosourcecomWAC6enExtenso1a-8pdf gt

LIPPERT C ALLAMAND M (WESTFALIASUBSOLE) A hystory of

collaboration Rev Subsole Santiago 2007

MAIS NATUREZA ABACATEIRO DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwmaisnaturezacomplantasarvoresabacateiro gt

MARANCA G Fruticultura comercial Manga e Abacate Satildeo Paulo Nobel 1980

p 81-133

MASSAFERA G COSTA T M B OLIVEIRA J E D COMPOSICcedilAtildeO DE AacuteCIDOS

GRAXOS DO OacuteLEO DO MESOCARPO E DA SEMENTE DE CULTIVARES DE

ABACATE (Persea americana MILL) DA REGIAtildeO DE RIBEIRAtildeO PRETO SP)

52

Alim Nutr Araraquara V 21 n 2 p 325-331 abrjun 2010 DISPONIacuteVEL EM lt

http20014571150seerindexphpalimentosarticleview940a20v21n2pdf gt

MDIC Negociaccedilotildees internacionais DISPONIacuteVEL EM

httpwwwdesenvolvimentogovbrsitiosecexnegInternacionaisMedTerrorismoLei

ph p gt

MICKELBART M V BENDER G S WITNEY G W ADAMS C ARPAIA M L

Effects of clonal rootstocks on bdquoHass‟ avocado yield components alternate bearing

and nutrition Journal of Horticultural Schience amp Biotechnology Ashford v 82

n 3 p 460-466 2007

MILLER B BERTELS R PADILLA T WILEMAN R THOMSEN L China the

new frontier VIII World Avocado Congress 2015

MONTENEGRO H W S A cultura do abacateiro Satildeo Paulo Melhoramentos

1951 102p (Criaccedilatildeo e Lavoura n 11)

MORAES A F G Desenvolvimento produccedilatildeo e qualidade de frutos de abacateiro

cv bdquoHass‟ sobre dois porta-enxertos nas condiccedilotildees edafoclimaacuteticas da regiatildeo central

do Estado de Satildeo Paulo Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Ciecircncias Piracicaba 2014

NAAMANI G Global Trends in main Avocado Markets VII World Avocado

Congress Australia 2011

NAVA DE DE LARA HADDAD M PARRA JRP 2005 Exigecircncias teacutermicas

estimativa do nuacutemero de geroccedilotildees de Stenoma catenifer e comprovaccedilatildeo de modelo

em campo Pesq Agropec Bras Brasilia v 40 p 961-967

NAVA DE PARRA JRP COSTA VA GUERRA TM COcircNSOLI FL (2005b)

Population dynamics of Stenoma catenifer(Lepidoptera Elachistidae) and related

larval parasitoids in Minas Gerais Brazil Florida Entomologistv 88p 441-446

53

NOVAGRIM ndash FRESH FRUITS IMPORTER amp VEGETABLE SUPPLIER SINCE

1999 2001-2013 WORLD AVOCADO PRODUCTION DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwnovagrimcomPages2000_2011_Avocado_statistics_ENaspx gt

OLIVEIRA LA A importacircncia das Normas Internacionais para o Comeacutercio da

Fruticultura Brasileira Piracicaba Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Economia Escola

Superior de Agricultura ldquoLuiz de Queirozrdquo Universidade de Satildeo Paulo Piracicaba

2005

OLIVEIRA M A de et al 2000 Ceras para conservaccedilatildeo poacutes colheita de frutos de

abacateiro cultivar Fuerte armazenados em temperatura ambiente Scientia Agriacutecola

Piracicaba 57 (4) 777-780

PASSONI A D NEVES M C M RODRIGUES B B BOTEON M Anaacutelise dos

principais entraves na exportaccedilatildeo de frutas brasileiras CENTRO DE ESTUDOS

AVANCcedilADOS EM ECONOMIA APLICADA (CEPEAESALQ-USP) XLIV

CONGRESSO DA SOBER ndash ldquoQuestotildees Agraacuterias Educaccedilatildeo no Campo e

Desenvolvimentordquo Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia Rural Fortaleza

2006

PEGG K G COATES L M KORSTEN L HARDING R M Foliar fruit and

soilborne diseases In WHILEY A W SCHAF

PERFIL DA FRUTICULTURA 2014 Base de dados 2012 a 2013 Governo de Minas

Gerais Agricultura Pecuaacuteria e Abastecimento 2014

PICCININ E PASCHOLATI S F ldquoDOENCcedilAS DO ABACATEIRO‟ em MANUAL DE

FITOPATOLOGIA Vol 2 Doenccedilas das Plantas Cultivadas Editora Agronocircmica

Ceres Ltda Satildeo Paulo 1997 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwifcursoscombrsistemaadminarquivos07-33-29-

manualfitopatologiapdfpage=10 gt

54

PUTT F F GOacuteES B C CATANEO P F Anaacutelise econocircmica de oferta e demanda

do abacate na alta paulista X Foacuterum Ambiental da Alta Paulista v 10 n 7 2014

pp 158-169

ROCHA I L Nuacutemeros do abacate HORTIESCOLHA Instituto Brasileiro de

Qualidade em Horticultura DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwhortibrasilorgbrjnwindexphpoption=com_contentampview=articleampid=120

9numeros-do-abacate-ampcatid=50comercializacaoampItemid=82 gt

SANTO N T Manejo da vegetaccedilatildeo intercalar para obtenccedilatildeo de cobertura morta na

cultura do abacateiro visando minimizar os danos causados por Phytophthora

cinnamomi Dissertaccedilatildeo de mestrado em Fitotecnia Piracicaba 2014

SCHAFFER B WOLSTENJOLME B N WHILEY A W The avocado botany

production and uses 560 p 2012 DISPONIacuteVEL EM lt

httpsbooksgooglecombrbooksid=r0hpRJca3zECamppg=PA83amplpg=PA83ampdq=Th

e+Avocado+botany+production+and+uses+hass-

likeampsource=blampots=oqc5OBsbmVampsig=5gDWWPIMYRBW9cH3yYuWh-ldd-8amphl=pt-

BRampsa=Xampved=0ahUKEwj_yPbgsoTKAhUGDpAKHZTrCWEQ6AEIPDADv=onepag

eampqampf=false gt

SCIENCIA I Certificaccedilatildeo GLOBALGAP e impactos ambientais em agroinduacutestrias de

alimentos Dissertaccedilatildeo de Poacutes-Graduaccedilatildeo Araraquara SP 2010 lt

mlthttpwwwecoecoorgbrconteudopublicacoesencontrosvii_envii_enc_ecohtm

gt

SIMAtildeO S Manual de Fruticultura Satildeo Paulo Editora Agronocircmica Ceres 1971

530p p 147-169

SINGER P MASON J Eacutetica da alimentaccedilatildeo como nossos haacutebitos alimentares

influenciam o meio ambiente e o nosso bem estar Rio de Janeiro Elsevier 2007

SOARES H F ITO M K O AacuteCIDO GRAXO MONOINSATURADO DO ABACATE

NO CONTROLE DE DISLIPIDEMIAS Ver Ciecircnc Meacuted Campinas P 47-51 2000

55

DISPONIacuteVEL EM lt httpperiodicospuc-

campinasedubrseerindexphpcienciasmedicasarticleviewFile13301304 gt

TEIXEIRA C G Cultura In ITAL ndash INSTITUTO DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS

(Campinas) Abacate Cultura mateacuteria-prima processamento e aspectos

econocircmicos 2 Ed Campinas Instituto Campineiro de Ensino Agriacutecola 1995 Cap 1

p 1-54 (Frutas Tropicais)

TEIXEIRA C G Cultura do abacate In TEIXEIRA C G et al ABACATE cultura

mateacuteria prima processamento e aspectos econocircmicos 2deg ed Seacuterie Fruas Tropicais

ndeg8 ITAL Campinas 1991 250p

WATANABE H S Caracteriacutesticas de cultivares de abacate CEAGESPS ndash

Companhia de Entrepostos e Armazeacutens Gerais de Satildeo Paulo 2013

WOLFENBARGER D O COLBURN B The Stenoma catenifer a serious Avocado

pest Proceedings of Florida State Horticulture Society v 92 p 315-318 1979

ZEIDAN R SEIXAS P ABRANCHES L COSTA D MEIRELLES F Certificaccedilatildeo

na cadeia produtiva de alimentos e as barreiras teacutecnicas agrave exportaccedilatildeo Simpoacutesio de

excelecircncia e gestatildeo e tecnologia ndash SEGeT 2008 Resende

Page 43: EVOLUÇÃO DA PRODUÇÃO MUNDIAL E NACIONAL …...RESUMO O abacateiro, Persea americana, é uma cultura muito importante em vários países, devido ao volume comercializado da fruta

43

Figura 13 - Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio do avocado na CEAGESP (R$Kg) Elaborado pelo autor FONTES CEAGESP

O graacutefico a seguir demonstra um comparativo da variaccedilatildeo do preccedilo meacutedio do

abacate em relaccedilatildeo ao Avocado durante o ano com base nos dados de nove anos

da CEAGESP (R$Kg)

Figura 14 - Comparativo do preccedilo meacutedio do abacate e do avocado comercializado na ceagesp durante o ano elaborado pelo autor FONTE

CEAGESP

A partir dos dados de 7 anos com a variaccedilatildeo do preccedilo meacutedio do Avocado por

quilo durante o ano pocircde-se observar que os menores valores encontram-se entre

maio e agosto A variaccedilatildeo de preccedilo meacutedio durante o ano chega a ser de R$ 581 o

quilo mais que o dobro entre o maior e menor valor meacutedio encontrado

O graacutefico com o comparativo do preccedilo do abacate com o Avocado (Figura 11)

revela a discrepacircncia da valorizaccedilatildeo entre os dois grupos O valor miacutenimo do

4

6

8

10

12

jan

fev

mar

abr

mai

jun jul

ago

set

ou

t

no

v

dez

EVOLUCcedilAtildeO DO PRECcedilO MEacuteDIO DO AVOCADO NA CEAGESP (R$Kg)

PRECcedilO MEacuteDIO

0

2

4

6

8

10

12

JAN

FEV

MA

R

AB

R

MA

I

JUN

JUL

AG

O

SET

OU

T

NO

V

DEZ

PRECcedilO AVOCADO

PRECcedilO DO ABACATE

44

Avocado eacute de R$ 554 por quilo enquanto que o maior valor encontrado do abacate

chega a R$ 381 uma diferenccedila de quase 50

O CEASA-DF registrou em 2014 um volume comercializado de 397 toneladas

de Avocado enquanto que no ano anterior o volume registrado natildeo passou de 07

toneladas (CEASA-DF)

Apesar de jaacute haver teacutecnicas eficientes e tecnologias modernas disponiacuteveis

para se aperfeiccediloar a produccedilatildeo do abacate a exploraccedilatildeo de novas regiotildees com

potencial produtor para a implantaccedilatildeo de pomares de abacateiro no Brasil eacute um dos

fatores que podem aumentar mais ainda a produccedilatildeo nacional No DF por exemplo

a aacuterea destinada agrave colheita do abacate sofreu uma reduccedilatildeo de mais da metade de

2012 para 2014 muito diferente da forma como havia se comportando desde 2000

quando a aacuterea passou de 85 ha para 111 em 2010 O DF representa apenas 2 da

produccedilatildeo nacional do abacate contudo sua produtividade vem aumentando e de

acordo com os dados do IBGE o DF possui os melhores iacutendices de produtividade do

paiacutes o que pode representar forte potencial da regiatildeo no setor Este fato corrobora

com a ideia de que o Brasil pode aproveitar melhor sua extensatildeo territorial

explorando regiotildees com potencial produtor como o DF por exemplo

CERTIFICACcedilAtildeO

CARVALHO (2015) afirma que para participar do mercado internacional os

produtores devem se atentar agraves exigecircncias internacionais de qualidade e seguranccedila

garantidas por meio de certificaccedilatildeo como GlobalGapR BRCR BRCIR FAIRDRADER

e SEDEX-SMETAR Outro ponto que deve ser adotado pelo Brasil no comeacutercio do

Avocado eacute manter um mercado com preccedilo linear e contiacutenuo Ainda segundo

CARVALHO (2015) produtores que natildeo possuem certificaccedilatildeo no GlobalgapR

recebem menos 10

PRECcedilO PAGO PELA JAGUACYR AO PRODUTOR COM GLOBALGAPR

TABELA 10 - (CARVALHO 2015)

CAT CALIBRE MAR ABR MAI JUN

1 12 A 24 315 322 205 205

2 26 A 32 131 129 130 130

2 12 A 24 284 350 187 187

45

Para o consumidor final o selo GLOBALGAPR natildeo eacute tatildeo notado pois o uso

desta marca eacute praticado entre empresas Contudo sua em sua elaboraccedilatildeo

considerou-se a reduccedilatildeo dos impactos negativos das operaccedilotildees agriacutecolas no meio

ambiente reduzir o uso de insumos quiacutemicos e garantir que assuntos de sauacutede e

seguranccedila dos empregados e bem estar animal sejam observados (GLOBALGAPR

2008)

A GLOBALGAPR serve como um manual no comeacutercio mundial de produtos

agriacutecolas estabelecendo normas voluntaacuterias para sua certificaccedilatildeo Este conjunto de

normas estabelece serve de molde para a conduccedilatildeo de boas praacuteticas agriacutecolas

(BPA) nas atividades agriacutecolas (GLOBALGAPR 2008)

Um dos pontos positivos em se adotar os protocolos de boas praacuteticas

agriacutecolas eacute a prevenccedilatildeo de perdas Pesquisas feitas no setor da fruticultura

concluem que maior parte do desperdiacutecio ocorre no percurso que vai do manuseio

no campo ateacute as centrais de produccedilatildeo (AGRIANUAL 2012) Os iacutendices de perdas da

abaticultura chegam a 34 ao ano (AGRIANUAL 2015)

Eacute de extrema importacircncia desenvolver soacutelidos e eficientes sistemas de

certificaccedilatildeo a fim de assegurar qualidade que atenda as expectativas dos

consumidores permitindo que as empresas ingressem nos mercados globais com

seus produtos (ZEIDAN et al 2008)

A difusatildeo de praacuteticas recomendadas para a obtenccedilatildeo da certificaccedilatildeo

GLOBALGAPR por parte dos produtores de abacate principalmente as variedades

bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ pode estimular o consumo interno por meio da oferta de produtos

de maior qualidade aleacutem de reduzindo perdas e promover o produto no comeacutercio

internacional da fruta Fazendo com que o potencial produtor seja aproveitado ao

maacuteximo uma vez que seguir os protocolos de boas praacuteticas agriacutecolas represente a

reduccedilatildeo de perdas no processo de produccedilatildeo de colheita e de transporte seja por

meio da reduccedilatildeo da incidecircncia de pragas ou por adoccedilatildeo de teacutecnicas e evitem perdas

na conduccedilatildeo da produccedilatildeo dos pomares de abacate

CONCLUSOtildeES

A produccedilatildeo de Avocado cultivares bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ superiores em vaacuterios

aspectos agraves cultivares mais populares no paiacutes tem condiccedilotildees de se desenvolver

amplamente no Brasil tornando-o grande consumidor e exportador da fruta Essa

46

mudanccedila pode ocorrer por meio de incentivos governamentais que incentivem o

registro de produtos para a cultura do abacateiro favorecendo a obtenccedilatildeo de

certificaccedilatildeo bem como o desenvolvimento de centros de pesquisas que

desenvolvam estudos sobre a cultura do abacateiro que promovam a difusatildeo de

tecnologia e com isso estimule a utilizaccedilatildeo de novas aacutereas com potencial produtivo

A transferecircncia de tecnologia tambeacutem pode ser feita por parte de empresas da aacuterea

privada que possuem domiacutenio de teacutecnicas e tecnologias modernas principalmente

por meio da popularizaccedilatildeo da produccedilatildeo de mudas clonais para porta-enxerto Aleacutem

disso devem ser feitas accedilotildees por parte de instituiccedilotildees privadas como o

desenvolvimento do marketing da fruta a fim de divulgar os benefiacutecios do consumo

e a exposiccedilatildeo de novas formas de consumo de abacate pode ser crucial para a

mudanccedila do comportamento do consumidor nacional uma vez que este se atenta

principalmente aos aspectos visuais do abacate

Na poacutes-colheita o controle sobre os processos de maturaccedilatildeo poderia ser

mais bem aproveitado No Brasil a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas de conservaccedilatildeo no poacutes-

colheita de frutas objetiva na maioria das vezes estender o tempo de prateleira

destes produtos Para se aproveitar os elevados preccedilos ofertados em determinadas

eacutepocas os produtores colhem os frutos antes do recomendado para a fruta do

abacateiro o que reduz sua qualidade pois a eacutepoca da colheita influencia

diretamente no teor de oacuteleo fator altamente relacionado com o sabor da fruta Por

outro lado a aceleraccedilatildeo do processo de maturaccedilatildeo por meio do controle de

maturaccedilatildeo permite fornecimento de frutos maduros prontos para o consumo

estimulando assim o consumo no paiacutes Com a entrega regular de frutos maduros

nos supermercados e restaurantes novas formas de consumo da fruta como patecircs

e em saladas poderiam ser facilmente introduzidas no cardaacutepio nacional

47

BIBLIOGRAFIA

ALMEIDA G V B Mercado Atacadista de Abacate e Avocado (CEAGESP) III

Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado Bauru 2015

ALMEIDA G V B O Abacate no mundo e na CEAGESP Todafruta notiacutecia 2011

DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwtodafrutacombrnoticia28119O+ABACATE+NO+MUNDO+NO+BRASIL

+E+NA+CEAGESP gt

ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA FRUTICULTURA 2004 a 2015 DISPONIacuteVEL EM

httpwwwgrupogazcombrtratadaseo_edicao420150320150301_106c8c2f1pdf

4718_2015fruticulturapdfgt

BIODIESELBR DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwbiodieselbrcomnoticiasmateria-

primaoutrasvideo-unesp-transforma-oleo-abacate-biodiesel-060313htm gt

BONELLA J A Classificaccedilatildeo de abacates na CEAGESP Joseacute Alcides Bonella ME

2013

BRUWER T ROOYEN Z VAN PERFORMANCE AND MARKET ACCEPTIBILITY

OF THE HASS-LIKE CULTIVARS GEM AND HARVEST IN SOUTH AFRICA Vi

World Avocado Congress (Actas VI Confreso Mundial del Aguacate) 2007 Vintildea Del

Mar Chile 12 ndash 16 nov 2007 ISBN n 978-956-17-0413-8 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwAvocadosourcecomWAC6enExtenso1b-36pdf gt

CAMPOS J A Cultura racional do abacateiro Satildeo Paulo Iacutecone 1988 150 p

CANTUAacuteRIAS-AVILEacuteS T SILVA S R La induacutestria del aguacate em el Estado de

Satildeo Paulo Brasil actualidad y perspectivas futuras In CONGRESO MUNDIAL DEL

AGUACATE 7 2011 Caims Resuacutemenes Caims Avocado Australia 2011

48

CORREIA R C ARAUJO J L P MOUCO M A do C BRAGA C A

MENDONCcedilA R F de Abacate preferecircncias e mercado CONGRESSO

BRASILEIRO DE FRUTICULTURA 21 2010 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwalicecnptiaembrapabralicebitstreamdoc8700181Moucopdf gt

CARVALHO L F Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado realizaccedilatildeo Jaguacy

Sindicato Rural de Bauru Serviccedilo Nacional de Aprendizagem Rural - SENAR

Faculdades Integradas de Bauru ndash SP 2015

CHITARRA M I F CHITARA A B 2005 Poacutes colheita de frutos e hortaliccedilas

Fiiologia e Manuseio Lavras ESALFAEPE

CRANE J H BALERDI C F MAGUIRE I Avocado Growing in the Florida Home

Landscape University of Florida Circular 1034 one of a series of the Horticultural

Sciences Department Florida Cooperative Extension Service Institute of Food and

Agricultural Sciences University of Florida 1983 Revised 2007

CRIZEL G R MOURA R S OLIVEIRA I R MENDONCcedilA C R B

Caracteriacutesticas fiacutesicas e quiacutemicas de abacates das variedades bdquoQuintal‟ e bdquoHass‟ In

CONGRESSO DE INICIACcedilAtildeO CIENTIacuteFICA 17 ENCONTRO DE POacuteS-

GRADUACcedilAtildeO 10 2008 Pelotas Resumos Pelotas UFPEL 2008

DAIUTO E R VIEITES R L TREMOCOLDI M A RUSSO V C Taxa

respiratoacuteria de abacate bdquoHass‟ submetido a diferentes tratamentos fiacutesicos Revista

Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha Meacutexico v 10 n 2 p 101-109

2010

DAIUTO E R TREMOCOLDI M A VIEITES R L Conservaccedilatildeo poacutes colheita de

abacate bdquoHass‟ irradiado Revista Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha vol

10 n 2 2010

DONADIO L C Abacate para exportaccedilatildeo aspectos teacutecnicos da produccedilatildeo

Brasiacutelia Frupex MAPA 1995 53 p

49

DONADIO L C FERRARI L AVILEacuteS T C Abacate In DONADIO L C (Ed)

Histoacuteria da Fruticultura Paulista Jaboticabal SBF ndash Sociedade Brasileira de

Fruticultura 2010 P 33-63

DORIZZOTTO C D A SAMPAIO A C ICUMA I M et al Avocado production

chain in the state of Satildeo Paulo (Brazil) In Proceedings VII World Avocado Congress

2011 Cairns Anaishellip Cairns Internacional Avocado Society 2011 DISPONIacuteVEL

EM lt

httpworldAvocadocongress2011comuserfilesfileOsvaldo20Kioshi20Yamanis

hi201400-1420pdf gt

ERNST Z R ERNST A A The strategic role of new cultivars A case study of

bdquoMaluma‟ VIII Congreso Mundial de la Palta 2015 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwavocadosourcecomWAC8Section_02EarnstZander2015pdf gt

FACTFISH Avocados production quantity (tons) ndash for all countries DISPONIacuteVEL

EM lt httpwwwfactfishcomstatisticAvocados20production20quantity gt

FAOSTAT 2000 a 2013 DISPONIacuteVEL EM lt httpfaostat3faoorgbrowseTTPE gt

FER B WOLSTENHOLME B N (Ed) The Avocado botany production and

uses Oxon CABI Publ 2002 chap 12 p 299-338

FRANCISCO V L F dos S BAPTISTELLA C S L CULTURA DO ABACATE NO

ESTADO DE SAtildeO PAULO Informaccedilotildees Econocircmicas SP v 35 n5 2005

DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwieaspgovbroutpublicacoespdftec3-0505pdf gt

GAYET J P et al 1995 Abacate para exportaccedilatildeo procedimentos de colheita e

poacutes-colheita FRUPEX Brasiacutelia 37p

GIRARDI G Abacate uma nova opccedilatildeo de biocombustiacutevel Jornal UNESP Bauru

2009 DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwunespbracijornal248energia_bauruphp gt

50

GUEDES M S B SENA M TOLEDO S Certificaccedilatildeo como estrateacutegia competitiva

internacional dos produtores de frutas no Brasil VII Encontro da Sociedade

Brasileira de Economia Ecoloacutegica (ECO-ECO) 28 a 30 de novembro de 2007

Fortaleza Cearaacute

HODDLE M The Avocado Seed Moth Stenoma cateniver Walsingham (Lepdoptera

Elachistidae) Department of Entomology Applied Biological Control Research

DISPONIacuteVEL EM lt httpbiocontrolucredustenomastenomahtml gt

HOHMANN C L MENEGUIM A M A BROCA-DO-ABACATE (Stenoma catenifer)

Aspectos bioloacutegicos comportamento danos e manejo Instituto Agronocircmico do

Paranaacute ndash Londrina ndashPR Informe da Pesquisa n 147 2005

HOHMANN C L MENEGUIM A M Observaccedilotildees preliminares sobre a ocorrecircncia

da broca-do-abacate Stenoma catenifer Wals no Estado do Paranaacute Anais da

Sociedade Entomoloacutegica do Brasil v 22 p 417-419 1993

ILLSLEY-GRANICH C‟Hass‟Carmenrega precocious flowering avocado tree

Agrovim AS de CV Uruapan Michocan Mexico Rob Brokaw Brokaw Nursery Inc

Saticoy California USA Dr Salvador Ochoa-Ascencio University of Michoacan

Uruapan Michoacan Mexico 2011 DISPONIacuteVEL EM lt

httpworldavocadocongress2011comuserfilesfileCarlos20Illsley201410-

1430pdf gt

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA ESTATIacuteSTICA (IBGE) IBGE CIDADES

DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwcidadesibgegovbrcartogramamapaphplang=ampcoduf=53ampcodmun=53

0010ampidtema=136ampcodv=v01ampsearch=distrito-federal|brasilia|sintese-das-

informacoes-2013 gt

KADER A A 1992 Postharvest technology of horticultural crops Okland Univertisy

of California 292p

51

KADER A A ARPIA M L Avocado Recommendations for Maintaining

Postharvest Quality 2013

KADER A A Biologiacutea y Tecnologiacutea Postcosecha un Panorama In KADER A A

Tecnologiacutea Postcosecha de Cultivos Hortofrutiacutecolas 3 Ed Davis University Of

Califoacuternia 2007 Cap 4 p 43-53

KLUGE R A et al Inibiccedilatildeo do amadurecimento de abacate com 1-

metilciclopropeno Pesquisa Agropecuaacuteria Brasileira 37(7)895-901

KOOLER O C Abacaticultura Porto Alegre UFRGS 1992 138p

KOOLER O C ABACATICULTURA Porto Alegre UFRGS 1984 138p

KOLLER O C Abacate produccedilatildeo de mudas instalaccedilatildeo e manejo de pomares

colheita e poacutes-colheita Porto Alegre Cinco Continentes 2002 145 p

KREMER-KOumlHNE S KOumlHNE J S 25 YEARS OF AVOCADO ROOTSTOCK

DEVELOPMENT IN SOUTH AFRICA VI World Avocado Congress Chile 2007

DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwavocadosourcecomWAC6enExtenso1a-8pdf gt

LIPPERT C ALLAMAND M (WESTFALIASUBSOLE) A hystory of

collaboration Rev Subsole Santiago 2007

MAIS NATUREZA ABACATEIRO DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwmaisnaturezacomplantasarvoresabacateiro gt

MARANCA G Fruticultura comercial Manga e Abacate Satildeo Paulo Nobel 1980

p 81-133

MASSAFERA G COSTA T M B OLIVEIRA J E D COMPOSICcedilAtildeO DE AacuteCIDOS

GRAXOS DO OacuteLEO DO MESOCARPO E DA SEMENTE DE CULTIVARES DE

ABACATE (Persea americana MILL) DA REGIAtildeO DE RIBEIRAtildeO PRETO SP)

52

Alim Nutr Araraquara V 21 n 2 p 325-331 abrjun 2010 DISPONIacuteVEL EM lt

http20014571150seerindexphpalimentosarticleview940a20v21n2pdf gt

MDIC Negociaccedilotildees internacionais DISPONIacuteVEL EM

httpwwwdesenvolvimentogovbrsitiosecexnegInternacionaisMedTerrorismoLei

ph p gt

MICKELBART M V BENDER G S WITNEY G W ADAMS C ARPAIA M L

Effects of clonal rootstocks on bdquoHass‟ avocado yield components alternate bearing

and nutrition Journal of Horticultural Schience amp Biotechnology Ashford v 82

n 3 p 460-466 2007

MILLER B BERTELS R PADILLA T WILEMAN R THOMSEN L China the

new frontier VIII World Avocado Congress 2015

MONTENEGRO H W S A cultura do abacateiro Satildeo Paulo Melhoramentos

1951 102p (Criaccedilatildeo e Lavoura n 11)

MORAES A F G Desenvolvimento produccedilatildeo e qualidade de frutos de abacateiro

cv bdquoHass‟ sobre dois porta-enxertos nas condiccedilotildees edafoclimaacuteticas da regiatildeo central

do Estado de Satildeo Paulo Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Ciecircncias Piracicaba 2014

NAAMANI G Global Trends in main Avocado Markets VII World Avocado

Congress Australia 2011

NAVA DE DE LARA HADDAD M PARRA JRP 2005 Exigecircncias teacutermicas

estimativa do nuacutemero de geroccedilotildees de Stenoma catenifer e comprovaccedilatildeo de modelo

em campo Pesq Agropec Bras Brasilia v 40 p 961-967

NAVA DE PARRA JRP COSTA VA GUERRA TM COcircNSOLI FL (2005b)

Population dynamics of Stenoma catenifer(Lepidoptera Elachistidae) and related

larval parasitoids in Minas Gerais Brazil Florida Entomologistv 88p 441-446

53

NOVAGRIM ndash FRESH FRUITS IMPORTER amp VEGETABLE SUPPLIER SINCE

1999 2001-2013 WORLD AVOCADO PRODUCTION DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwnovagrimcomPages2000_2011_Avocado_statistics_ENaspx gt

OLIVEIRA LA A importacircncia das Normas Internacionais para o Comeacutercio da

Fruticultura Brasileira Piracicaba Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Economia Escola

Superior de Agricultura ldquoLuiz de Queirozrdquo Universidade de Satildeo Paulo Piracicaba

2005

OLIVEIRA M A de et al 2000 Ceras para conservaccedilatildeo poacutes colheita de frutos de

abacateiro cultivar Fuerte armazenados em temperatura ambiente Scientia Agriacutecola

Piracicaba 57 (4) 777-780

PASSONI A D NEVES M C M RODRIGUES B B BOTEON M Anaacutelise dos

principais entraves na exportaccedilatildeo de frutas brasileiras CENTRO DE ESTUDOS

AVANCcedilADOS EM ECONOMIA APLICADA (CEPEAESALQ-USP) XLIV

CONGRESSO DA SOBER ndash ldquoQuestotildees Agraacuterias Educaccedilatildeo no Campo e

Desenvolvimentordquo Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia Rural Fortaleza

2006

PEGG K G COATES L M KORSTEN L HARDING R M Foliar fruit and

soilborne diseases In WHILEY A W SCHAF

PERFIL DA FRUTICULTURA 2014 Base de dados 2012 a 2013 Governo de Minas

Gerais Agricultura Pecuaacuteria e Abastecimento 2014

PICCININ E PASCHOLATI S F ldquoDOENCcedilAS DO ABACATEIRO‟ em MANUAL DE

FITOPATOLOGIA Vol 2 Doenccedilas das Plantas Cultivadas Editora Agronocircmica

Ceres Ltda Satildeo Paulo 1997 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwifcursoscombrsistemaadminarquivos07-33-29-

manualfitopatologiapdfpage=10 gt

54

PUTT F F GOacuteES B C CATANEO P F Anaacutelise econocircmica de oferta e demanda

do abacate na alta paulista X Foacuterum Ambiental da Alta Paulista v 10 n 7 2014

pp 158-169

ROCHA I L Nuacutemeros do abacate HORTIESCOLHA Instituto Brasileiro de

Qualidade em Horticultura DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwhortibrasilorgbrjnwindexphpoption=com_contentampview=articleampid=120

9numeros-do-abacate-ampcatid=50comercializacaoampItemid=82 gt

SANTO N T Manejo da vegetaccedilatildeo intercalar para obtenccedilatildeo de cobertura morta na

cultura do abacateiro visando minimizar os danos causados por Phytophthora

cinnamomi Dissertaccedilatildeo de mestrado em Fitotecnia Piracicaba 2014

SCHAFFER B WOLSTENJOLME B N WHILEY A W The avocado botany

production and uses 560 p 2012 DISPONIacuteVEL EM lt

httpsbooksgooglecombrbooksid=r0hpRJca3zECamppg=PA83amplpg=PA83ampdq=Th

e+Avocado+botany+production+and+uses+hass-

likeampsource=blampots=oqc5OBsbmVampsig=5gDWWPIMYRBW9cH3yYuWh-ldd-8amphl=pt-

BRampsa=Xampved=0ahUKEwj_yPbgsoTKAhUGDpAKHZTrCWEQ6AEIPDADv=onepag

eampqampf=false gt

SCIENCIA I Certificaccedilatildeo GLOBALGAP e impactos ambientais em agroinduacutestrias de

alimentos Dissertaccedilatildeo de Poacutes-Graduaccedilatildeo Araraquara SP 2010 lt

mlthttpwwwecoecoorgbrconteudopublicacoesencontrosvii_envii_enc_ecohtm

gt

SIMAtildeO S Manual de Fruticultura Satildeo Paulo Editora Agronocircmica Ceres 1971

530p p 147-169

SINGER P MASON J Eacutetica da alimentaccedilatildeo como nossos haacutebitos alimentares

influenciam o meio ambiente e o nosso bem estar Rio de Janeiro Elsevier 2007

SOARES H F ITO M K O AacuteCIDO GRAXO MONOINSATURADO DO ABACATE

NO CONTROLE DE DISLIPIDEMIAS Ver Ciecircnc Meacuted Campinas P 47-51 2000

55

DISPONIacuteVEL EM lt httpperiodicospuc-

campinasedubrseerindexphpcienciasmedicasarticleviewFile13301304 gt

TEIXEIRA C G Cultura In ITAL ndash INSTITUTO DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS

(Campinas) Abacate Cultura mateacuteria-prima processamento e aspectos

econocircmicos 2 Ed Campinas Instituto Campineiro de Ensino Agriacutecola 1995 Cap 1

p 1-54 (Frutas Tropicais)

TEIXEIRA C G Cultura do abacate In TEIXEIRA C G et al ABACATE cultura

mateacuteria prima processamento e aspectos econocircmicos 2deg ed Seacuterie Fruas Tropicais

ndeg8 ITAL Campinas 1991 250p

WATANABE H S Caracteriacutesticas de cultivares de abacate CEAGESPS ndash

Companhia de Entrepostos e Armazeacutens Gerais de Satildeo Paulo 2013

WOLFENBARGER D O COLBURN B The Stenoma catenifer a serious Avocado

pest Proceedings of Florida State Horticulture Society v 92 p 315-318 1979

ZEIDAN R SEIXAS P ABRANCHES L COSTA D MEIRELLES F Certificaccedilatildeo

na cadeia produtiva de alimentos e as barreiras teacutecnicas agrave exportaccedilatildeo Simpoacutesio de

excelecircncia e gestatildeo e tecnologia ndash SEGeT 2008 Resende

Page 44: EVOLUÇÃO DA PRODUÇÃO MUNDIAL E NACIONAL …...RESUMO O abacateiro, Persea americana, é uma cultura muito importante em vários países, devido ao volume comercializado da fruta

44

Avocado eacute de R$ 554 por quilo enquanto que o maior valor encontrado do abacate

chega a R$ 381 uma diferenccedila de quase 50

O CEASA-DF registrou em 2014 um volume comercializado de 397 toneladas

de Avocado enquanto que no ano anterior o volume registrado natildeo passou de 07

toneladas (CEASA-DF)

Apesar de jaacute haver teacutecnicas eficientes e tecnologias modernas disponiacuteveis

para se aperfeiccediloar a produccedilatildeo do abacate a exploraccedilatildeo de novas regiotildees com

potencial produtor para a implantaccedilatildeo de pomares de abacateiro no Brasil eacute um dos

fatores que podem aumentar mais ainda a produccedilatildeo nacional No DF por exemplo

a aacuterea destinada agrave colheita do abacate sofreu uma reduccedilatildeo de mais da metade de

2012 para 2014 muito diferente da forma como havia se comportando desde 2000

quando a aacuterea passou de 85 ha para 111 em 2010 O DF representa apenas 2 da

produccedilatildeo nacional do abacate contudo sua produtividade vem aumentando e de

acordo com os dados do IBGE o DF possui os melhores iacutendices de produtividade do

paiacutes o que pode representar forte potencial da regiatildeo no setor Este fato corrobora

com a ideia de que o Brasil pode aproveitar melhor sua extensatildeo territorial

explorando regiotildees com potencial produtor como o DF por exemplo

CERTIFICACcedilAtildeO

CARVALHO (2015) afirma que para participar do mercado internacional os

produtores devem se atentar agraves exigecircncias internacionais de qualidade e seguranccedila

garantidas por meio de certificaccedilatildeo como GlobalGapR BRCR BRCIR FAIRDRADER

e SEDEX-SMETAR Outro ponto que deve ser adotado pelo Brasil no comeacutercio do

Avocado eacute manter um mercado com preccedilo linear e contiacutenuo Ainda segundo

CARVALHO (2015) produtores que natildeo possuem certificaccedilatildeo no GlobalgapR

recebem menos 10

PRECcedilO PAGO PELA JAGUACYR AO PRODUTOR COM GLOBALGAPR

TABELA 10 - (CARVALHO 2015)

CAT CALIBRE MAR ABR MAI JUN

1 12 A 24 315 322 205 205

2 26 A 32 131 129 130 130

2 12 A 24 284 350 187 187

45

Para o consumidor final o selo GLOBALGAPR natildeo eacute tatildeo notado pois o uso

desta marca eacute praticado entre empresas Contudo sua em sua elaboraccedilatildeo

considerou-se a reduccedilatildeo dos impactos negativos das operaccedilotildees agriacutecolas no meio

ambiente reduzir o uso de insumos quiacutemicos e garantir que assuntos de sauacutede e

seguranccedila dos empregados e bem estar animal sejam observados (GLOBALGAPR

2008)

A GLOBALGAPR serve como um manual no comeacutercio mundial de produtos

agriacutecolas estabelecendo normas voluntaacuterias para sua certificaccedilatildeo Este conjunto de

normas estabelece serve de molde para a conduccedilatildeo de boas praacuteticas agriacutecolas

(BPA) nas atividades agriacutecolas (GLOBALGAPR 2008)

Um dos pontos positivos em se adotar os protocolos de boas praacuteticas

agriacutecolas eacute a prevenccedilatildeo de perdas Pesquisas feitas no setor da fruticultura

concluem que maior parte do desperdiacutecio ocorre no percurso que vai do manuseio

no campo ateacute as centrais de produccedilatildeo (AGRIANUAL 2012) Os iacutendices de perdas da

abaticultura chegam a 34 ao ano (AGRIANUAL 2015)

Eacute de extrema importacircncia desenvolver soacutelidos e eficientes sistemas de

certificaccedilatildeo a fim de assegurar qualidade que atenda as expectativas dos

consumidores permitindo que as empresas ingressem nos mercados globais com

seus produtos (ZEIDAN et al 2008)

A difusatildeo de praacuteticas recomendadas para a obtenccedilatildeo da certificaccedilatildeo

GLOBALGAPR por parte dos produtores de abacate principalmente as variedades

bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ pode estimular o consumo interno por meio da oferta de produtos

de maior qualidade aleacutem de reduzindo perdas e promover o produto no comeacutercio

internacional da fruta Fazendo com que o potencial produtor seja aproveitado ao

maacuteximo uma vez que seguir os protocolos de boas praacuteticas agriacutecolas represente a

reduccedilatildeo de perdas no processo de produccedilatildeo de colheita e de transporte seja por

meio da reduccedilatildeo da incidecircncia de pragas ou por adoccedilatildeo de teacutecnicas e evitem perdas

na conduccedilatildeo da produccedilatildeo dos pomares de abacate

CONCLUSOtildeES

A produccedilatildeo de Avocado cultivares bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ superiores em vaacuterios

aspectos agraves cultivares mais populares no paiacutes tem condiccedilotildees de se desenvolver

amplamente no Brasil tornando-o grande consumidor e exportador da fruta Essa

46

mudanccedila pode ocorrer por meio de incentivos governamentais que incentivem o

registro de produtos para a cultura do abacateiro favorecendo a obtenccedilatildeo de

certificaccedilatildeo bem como o desenvolvimento de centros de pesquisas que

desenvolvam estudos sobre a cultura do abacateiro que promovam a difusatildeo de

tecnologia e com isso estimule a utilizaccedilatildeo de novas aacutereas com potencial produtivo

A transferecircncia de tecnologia tambeacutem pode ser feita por parte de empresas da aacuterea

privada que possuem domiacutenio de teacutecnicas e tecnologias modernas principalmente

por meio da popularizaccedilatildeo da produccedilatildeo de mudas clonais para porta-enxerto Aleacutem

disso devem ser feitas accedilotildees por parte de instituiccedilotildees privadas como o

desenvolvimento do marketing da fruta a fim de divulgar os benefiacutecios do consumo

e a exposiccedilatildeo de novas formas de consumo de abacate pode ser crucial para a

mudanccedila do comportamento do consumidor nacional uma vez que este se atenta

principalmente aos aspectos visuais do abacate

Na poacutes-colheita o controle sobre os processos de maturaccedilatildeo poderia ser

mais bem aproveitado No Brasil a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas de conservaccedilatildeo no poacutes-

colheita de frutas objetiva na maioria das vezes estender o tempo de prateleira

destes produtos Para se aproveitar os elevados preccedilos ofertados em determinadas

eacutepocas os produtores colhem os frutos antes do recomendado para a fruta do

abacateiro o que reduz sua qualidade pois a eacutepoca da colheita influencia

diretamente no teor de oacuteleo fator altamente relacionado com o sabor da fruta Por

outro lado a aceleraccedilatildeo do processo de maturaccedilatildeo por meio do controle de

maturaccedilatildeo permite fornecimento de frutos maduros prontos para o consumo

estimulando assim o consumo no paiacutes Com a entrega regular de frutos maduros

nos supermercados e restaurantes novas formas de consumo da fruta como patecircs

e em saladas poderiam ser facilmente introduzidas no cardaacutepio nacional

47

BIBLIOGRAFIA

ALMEIDA G V B Mercado Atacadista de Abacate e Avocado (CEAGESP) III

Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado Bauru 2015

ALMEIDA G V B O Abacate no mundo e na CEAGESP Todafruta notiacutecia 2011

DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwtodafrutacombrnoticia28119O+ABACATE+NO+MUNDO+NO+BRASIL

+E+NA+CEAGESP gt

ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA FRUTICULTURA 2004 a 2015 DISPONIacuteVEL EM

httpwwwgrupogazcombrtratadaseo_edicao420150320150301_106c8c2f1pdf

4718_2015fruticulturapdfgt

BIODIESELBR DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwbiodieselbrcomnoticiasmateria-

primaoutrasvideo-unesp-transforma-oleo-abacate-biodiesel-060313htm gt

BONELLA J A Classificaccedilatildeo de abacates na CEAGESP Joseacute Alcides Bonella ME

2013

BRUWER T ROOYEN Z VAN PERFORMANCE AND MARKET ACCEPTIBILITY

OF THE HASS-LIKE CULTIVARS GEM AND HARVEST IN SOUTH AFRICA Vi

World Avocado Congress (Actas VI Confreso Mundial del Aguacate) 2007 Vintildea Del

Mar Chile 12 ndash 16 nov 2007 ISBN n 978-956-17-0413-8 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwAvocadosourcecomWAC6enExtenso1b-36pdf gt

CAMPOS J A Cultura racional do abacateiro Satildeo Paulo Iacutecone 1988 150 p

CANTUAacuteRIAS-AVILEacuteS T SILVA S R La induacutestria del aguacate em el Estado de

Satildeo Paulo Brasil actualidad y perspectivas futuras In CONGRESO MUNDIAL DEL

AGUACATE 7 2011 Caims Resuacutemenes Caims Avocado Australia 2011

48

CORREIA R C ARAUJO J L P MOUCO M A do C BRAGA C A

MENDONCcedilA R F de Abacate preferecircncias e mercado CONGRESSO

BRASILEIRO DE FRUTICULTURA 21 2010 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwalicecnptiaembrapabralicebitstreamdoc8700181Moucopdf gt

CARVALHO L F Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado realizaccedilatildeo Jaguacy

Sindicato Rural de Bauru Serviccedilo Nacional de Aprendizagem Rural - SENAR

Faculdades Integradas de Bauru ndash SP 2015

CHITARRA M I F CHITARA A B 2005 Poacutes colheita de frutos e hortaliccedilas

Fiiologia e Manuseio Lavras ESALFAEPE

CRANE J H BALERDI C F MAGUIRE I Avocado Growing in the Florida Home

Landscape University of Florida Circular 1034 one of a series of the Horticultural

Sciences Department Florida Cooperative Extension Service Institute of Food and

Agricultural Sciences University of Florida 1983 Revised 2007

CRIZEL G R MOURA R S OLIVEIRA I R MENDONCcedilA C R B

Caracteriacutesticas fiacutesicas e quiacutemicas de abacates das variedades bdquoQuintal‟ e bdquoHass‟ In

CONGRESSO DE INICIACcedilAtildeO CIENTIacuteFICA 17 ENCONTRO DE POacuteS-

GRADUACcedilAtildeO 10 2008 Pelotas Resumos Pelotas UFPEL 2008

DAIUTO E R VIEITES R L TREMOCOLDI M A RUSSO V C Taxa

respiratoacuteria de abacate bdquoHass‟ submetido a diferentes tratamentos fiacutesicos Revista

Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha Meacutexico v 10 n 2 p 101-109

2010

DAIUTO E R TREMOCOLDI M A VIEITES R L Conservaccedilatildeo poacutes colheita de

abacate bdquoHass‟ irradiado Revista Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha vol

10 n 2 2010

DONADIO L C Abacate para exportaccedilatildeo aspectos teacutecnicos da produccedilatildeo

Brasiacutelia Frupex MAPA 1995 53 p

49

DONADIO L C FERRARI L AVILEacuteS T C Abacate In DONADIO L C (Ed)

Histoacuteria da Fruticultura Paulista Jaboticabal SBF ndash Sociedade Brasileira de

Fruticultura 2010 P 33-63

DORIZZOTTO C D A SAMPAIO A C ICUMA I M et al Avocado production

chain in the state of Satildeo Paulo (Brazil) In Proceedings VII World Avocado Congress

2011 Cairns Anaishellip Cairns Internacional Avocado Society 2011 DISPONIacuteVEL

EM lt

httpworldAvocadocongress2011comuserfilesfileOsvaldo20Kioshi20Yamanis

hi201400-1420pdf gt

ERNST Z R ERNST A A The strategic role of new cultivars A case study of

bdquoMaluma‟ VIII Congreso Mundial de la Palta 2015 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwavocadosourcecomWAC8Section_02EarnstZander2015pdf gt

FACTFISH Avocados production quantity (tons) ndash for all countries DISPONIacuteVEL

EM lt httpwwwfactfishcomstatisticAvocados20production20quantity gt

FAOSTAT 2000 a 2013 DISPONIacuteVEL EM lt httpfaostat3faoorgbrowseTTPE gt

FER B WOLSTENHOLME B N (Ed) The Avocado botany production and

uses Oxon CABI Publ 2002 chap 12 p 299-338

FRANCISCO V L F dos S BAPTISTELLA C S L CULTURA DO ABACATE NO

ESTADO DE SAtildeO PAULO Informaccedilotildees Econocircmicas SP v 35 n5 2005

DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwieaspgovbroutpublicacoespdftec3-0505pdf gt

GAYET J P et al 1995 Abacate para exportaccedilatildeo procedimentos de colheita e

poacutes-colheita FRUPEX Brasiacutelia 37p

GIRARDI G Abacate uma nova opccedilatildeo de biocombustiacutevel Jornal UNESP Bauru

2009 DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwunespbracijornal248energia_bauruphp gt

50

GUEDES M S B SENA M TOLEDO S Certificaccedilatildeo como estrateacutegia competitiva

internacional dos produtores de frutas no Brasil VII Encontro da Sociedade

Brasileira de Economia Ecoloacutegica (ECO-ECO) 28 a 30 de novembro de 2007

Fortaleza Cearaacute

HODDLE M The Avocado Seed Moth Stenoma cateniver Walsingham (Lepdoptera

Elachistidae) Department of Entomology Applied Biological Control Research

DISPONIacuteVEL EM lt httpbiocontrolucredustenomastenomahtml gt

HOHMANN C L MENEGUIM A M A BROCA-DO-ABACATE (Stenoma catenifer)

Aspectos bioloacutegicos comportamento danos e manejo Instituto Agronocircmico do

Paranaacute ndash Londrina ndashPR Informe da Pesquisa n 147 2005

HOHMANN C L MENEGUIM A M Observaccedilotildees preliminares sobre a ocorrecircncia

da broca-do-abacate Stenoma catenifer Wals no Estado do Paranaacute Anais da

Sociedade Entomoloacutegica do Brasil v 22 p 417-419 1993

ILLSLEY-GRANICH C‟Hass‟Carmenrega precocious flowering avocado tree

Agrovim AS de CV Uruapan Michocan Mexico Rob Brokaw Brokaw Nursery Inc

Saticoy California USA Dr Salvador Ochoa-Ascencio University of Michoacan

Uruapan Michoacan Mexico 2011 DISPONIacuteVEL EM lt

httpworldavocadocongress2011comuserfilesfileCarlos20Illsley201410-

1430pdf gt

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA ESTATIacuteSTICA (IBGE) IBGE CIDADES

DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwcidadesibgegovbrcartogramamapaphplang=ampcoduf=53ampcodmun=53

0010ampidtema=136ampcodv=v01ampsearch=distrito-federal|brasilia|sintese-das-

informacoes-2013 gt

KADER A A 1992 Postharvest technology of horticultural crops Okland Univertisy

of California 292p

51

KADER A A ARPIA M L Avocado Recommendations for Maintaining

Postharvest Quality 2013

KADER A A Biologiacutea y Tecnologiacutea Postcosecha un Panorama In KADER A A

Tecnologiacutea Postcosecha de Cultivos Hortofrutiacutecolas 3 Ed Davis University Of

Califoacuternia 2007 Cap 4 p 43-53

KLUGE R A et al Inibiccedilatildeo do amadurecimento de abacate com 1-

metilciclopropeno Pesquisa Agropecuaacuteria Brasileira 37(7)895-901

KOOLER O C Abacaticultura Porto Alegre UFRGS 1992 138p

KOOLER O C ABACATICULTURA Porto Alegre UFRGS 1984 138p

KOLLER O C Abacate produccedilatildeo de mudas instalaccedilatildeo e manejo de pomares

colheita e poacutes-colheita Porto Alegre Cinco Continentes 2002 145 p

KREMER-KOumlHNE S KOumlHNE J S 25 YEARS OF AVOCADO ROOTSTOCK

DEVELOPMENT IN SOUTH AFRICA VI World Avocado Congress Chile 2007

DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwavocadosourcecomWAC6enExtenso1a-8pdf gt

LIPPERT C ALLAMAND M (WESTFALIASUBSOLE) A hystory of

collaboration Rev Subsole Santiago 2007

MAIS NATUREZA ABACATEIRO DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwmaisnaturezacomplantasarvoresabacateiro gt

MARANCA G Fruticultura comercial Manga e Abacate Satildeo Paulo Nobel 1980

p 81-133

MASSAFERA G COSTA T M B OLIVEIRA J E D COMPOSICcedilAtildeO DE AacuteCIDOS

GRAXOS DO OacuteLEO DO MESOCARPO E DA SEMENTE DE CULTIVARES DE

ABACATE (Persea americana MILL) DA REGIAtildeO DE RIBEIRAtildeO PRETO SP)

52

Alim Nutr Araraquara V 21 n 2 p 325-331 abrjun 2010 DISPONIacuteVEL EM lt

http20014571150seerindexphpalimentosarticleview940a20v21n2pdf gt

MDIC Negociaccedilotildees internacionais DISPONIacuteVEL EM

httpwwwdesenvolvimentogovbrsitiosecexnegInternacionaisMedTerrorismoLei

ph p gt

MICKELBART M V BENDER G S WITNEY G W ADAMS C ARPAIA M L

Effects of clonal rootstocks on bdquoHass‟ avocado yield components alternate bearing

and nutrition Journal of Horticultural Schience amp Biotechnology Ashford v 82

n 3 p 460-466 2007

MILLER B BERTELS R PADILLA T WILEMAN R THOMSEN L China the

new frontier VIII World Avocado Congress 2015

MONTENEGRO H W S A cultura do abacateiro Satildeo Paulo Melhoramentos

1951 102p (Criaccedilatildeo e Lavoura n 11)

MORAES A F G Desenvolvimento produccedilatildeo e qualidade de frutos de abacateiro

cv bdquoHass‟ sobre dois porta-enxertos nas condiccedilotildees edafoclimaacuteticas da regiatildeo central

do Estado de Satildeo Paulo Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Ciecircncias Piracicaba 2014

NAAMANI G Global Trends in main Avocado Markets VII World Avocado

Congress Australia 2011

NAVA DE DE LARA HADDAD M PARRA JRP 2005 Exigecircncias teacutermicas

estimativa do nuacutemero de geroccedilotildees de Stenoma catenifer e comprovaccedilatildeo de modelo

em campo Pesq Agropec Bras Brasilia v 40 p 961-967

NAVA DE PARRA JRP COSTA VA GUERRA TM COcircNSOLI FL (2005b)

Population dynamics of Stenoma catenifer(Lepidoptera Elachistidae) and related

larval parasitoids in Minas Gerais Brazil Florida Entomologistv 88p 441-446

53

NOVAGRIM ndash FRESH FRUITS IMPORTER amp VEGETABLE SUPPLIER SINCE

1999 2001-2013 WORLD AVOCADO PRODUCTION DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwnovagrimcomPages2000_2011_Avocado_statistics_ENaspx gt

OLIVEIRA LA A importacircncia das Normas Internacionais para o Comeacutercio da

Fruticultura Brasileira Piracicaba Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Economia Escola

Superior de Agricultura ldquoLuiz de Queirozrdquo Universidade de Satildeo Paulo Piracicaba

2005

OLIVEIRA M A de et al 2000 Ceras para conservaccedilatildeo poacutes colheita de frutos de

abacateiro cultivar Fuerte armazenados em temperatura ambiente Scientia Agriacutecola

Piracicaba 57 (4) 777-780

PASSONI A D NEVES M C M RODRIGUES B B BOTEON M Anaacutelise dos

principais entraves na exportaccedilatildeo de frutas brasileiras CENTRO DE ESTUDOS

AVANCcedilADOS EM ECONOMIA APLICADA (CEPEAESALQ-USP) XLIV

CONGRESSO DA SOBER ndash ldquoQuestotildees Agraacuterias Educaccedilatildeo no Campo e

Desenvolvimentordquo Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia Rural Fortaleza

2006

PEGG K G COATES L M KORSTEN L HARDING R M Foliar fruit and

soilborne diseases In WHILEY A W SCHAF

PERFIL DA FRUTICULTURA 2014 Base de dados 2012 a 2013 Governo de Minas

Gerais Agricultura Pecuaacuteria e Abastecimento 2014

PICCININ E PASCHOLATI S F ldquoDOENCcedilAS DO ABACATEIRO‟ em MANUAL DE

FITOPATOLOGIA Vol 2 Doenccedilas das Plantas Cultivadas Editora Agronocircmica

Ceres Ltda Satildeo Paulo 1997 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwifcursoscombrsistemaadminarquivos07-33-29-

manualfitopatologiapdfpage=10 gt

54

PUTT F F GOacuteES B C CATANEO P F Anaacutelise econocircmica de oferta e demanda

do abacate na alta paulista X Foacuterum Ambiental da Alta Paulista v 10 n 7 2014

pp 158-169

ROCHA I L Nuacutemeros do abacate HORTIESCOLHA Instituto Brasileiro de

Qualidade em Horticultura DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwhortibrasilorgbrjnwindexphpoption=com_contentampview=articleampid=120

9numeros-do-abacate-ampcatid=50comercializacaoampItemid=82 gt

SANTO N T Manejo da vegetaccedilatildeo intercalar para obtenccedilatildeo de cobertura morta na

cultura do abacateiro visando minimizar os danos causados por Phytophthora

cinnamomi Dissertaccedilatildeo de mestrado em Fitotecnia Piracicaba 2014

SCHAFFER B WOLSTENJOLME B N WHILEY A W The avocado botany

production and uses 560 p 2012 DISPONIacuteVEL EM lt

httpsbooksgooglecombrbooksid=r0hpRJca3zECamppg=PA83amplpg=PA83ampdq=Th

e+Avocado+botany+production+and+uses+hass-

likeampsource=blampots=oqc5OBsbmVampsig=5gDWWPIMYRBW9cH3yYuWh-ldd-8amphl=pt-

BRampsa=Xampved=0ahUKEwj_yPbgsoTKAhUGDpAKHZTrCWEQ6AEIPDADv=onepag

eampqampf=false gt

SCIENCIA I Certificaccedilatildeo GLOBALGAP e impactos ambientais em agroinduacutestrias de

alimentos Dissertaccedilatildeo de Poacutes-Graduaccedilatildeo Araraquara SP 2010 lt

mlthttpwwwecoecoorgbrconteudopublicacoesencontrosvii_envii_enc_ecohtm

gt

SIMAtildeO S Manual de Fruticultura Satildeo Paulo Editora Agronocircmica Ceres 1971

530p p 147-169

SINGER P MASON J Eacutetica da alimentaccedilatildeo como nossos haacutebitos alimentares

influenciam o meio ambiente e o nosso bem estar Rio de Janeiro Elsevier 2007

SOARES H F ITO M K O AacuteCIDO GRAXO MONOINSATURADO DO ABACATE

NO CONTROLE DE DISLIPIDEMIAS Ver Ciecircnc Meacuted Campinas P 47-51 2000

55

DISPONIacuteVEL EM lt httpperiodicospuc-

campinasedubrseerindexphpcienciasmedicasarticleviewFile13301304 gt

TEIXEIRA C G Cultura In ITAL ndash INSTITUTO DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS

(Campinas) Abacate Cultura mateacuteria-prima processamento e aspectos

econocircmicos 2 Ed Campinas Instituto Campineiro de Ensino Agriacutecola 1995 Cap 1

p 1-54 (Frutas Tropicais)

TEIXEIRA C G Cultura do abacate In TEIXEIRA C G et al ABACATE cultura

mateacuteria prima processamento e aspectos econocircmicos 2deg ed Seacuterie Fruas Tropicais

ndeg8 ITAL Campinas 1991 250p

WATANABE H S Caracteriacutesticas de cultivares de abacate CEAGESPS ndash

Companhia de Entrepostos e Armazeacutens Gerais de Satildeo Paulo 2013

WOLFENBARGER D O COLBURN B The Stenoma catenifer a serious Avocado

pest Proceedings of Florida State Horticulture Society v 92 p 315-318 1979

ZEIDAN R SEIXAS P ABRANCHES L COSTA D MEIRELLES F Certificaccedilatildeo

na cadeia produtiva de alimentos e as barreiras teacutecnicas agrave exportaccedilatildeo Simpoacutesio de

excelecircncia e gestatildeo e tecnologia ndash SEGeT 2008 Resende

Page 45: EVOLUÇÃO DA PRODUÇÃO MUNDIAL E NACIONAL …...RESUMO O abacateiro, Persea americana, é uma cultura muito importante em vários países, devido ao volume comercializado da fruta

45

Para o consumidor final o selo GLOBALGAPR natildeo eacute tatildeo notado pois o uso

desta marca eacute praticado entre empresas Contudo sua em sua elaboraccedilatildeo

considerou-se a reduccedilatildeo dos impactos negativos das operaccedilotildees agriacutecolas no meio

ambiente reduzir o uso de insumos quiacutemicos e garantir que assuntos de sauacutede e

seguranccedila dos empregados e bem estar animal sejam observados (GLOBALGAPR

2008)

A GLOBALGAPR serve como um manual no comeacutercio mundial de produtos

agriacutecolas estabelecendo normas voluntaacuterias para sua certificaccedilatildeo Este conjunto de

normas estabelece serve de molde para a conduccedilatildeo de boas praacuteticas agriacutecolas

(BPA) nas atividades agriacutecolas (GLOBALGAPR 2008)

Um dos pontos positivos em se adotar os protocolos de boas praacuteticas

agriacutecolas eacute a prevenccedilatildeo de perdas Pesquisas feitas no setor da fruticultura

concluem que maior parte do desperdiacutecio ocorre no percurso que vai do manuseio

no campo ateacute as centrais de produccedilatildeo (AGRIANUAL 2012) Os iacutendices de perdas da

abaticultura chegam a 34 ao ano (AGRIANUAL 2015)

Eacute de extrema importacircncia desenvolver soacutelidos e eficientes sistemas de

certificaccedilatildeo a fim de assegurar qualidade que atenda as expectativas dos

consumidores permitindo que as empresas ingressem nos mercados globais com

seus produtos (ZEIDAN et al 2008)

A difusatildeo de praacuteticas recomendadas para a obtenccedilatildeo da certificaccedilatildeo

GLOBALGAPR por parte dos produtores de abacate principalmente as variedades

bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ pode estimular o consumo interno por meio da oferta de produtos

de maior qualidade aleacutem de reduzindo perdas e promover o produto no comeacutercio

internacional da fruta Fazendo com que o potencial produtor seja aproveitado ao

maacuteximo uma vez que seguir os protocolos de boas praacuteticas agriacutecolas represente a

reduccedilatildeo de perdas no processo de produccedilatildeo de colheita e de transporte seja por

meio da reduccedilatildeo da incidecircncia de pragas ou por adoccedilatildeo de teacutecnicas e evitem perdas

na conduccedilatildeo da produccedilatildeo dos pomares de abacate

CONCLUSOtildeES

A produccedilatildeo de Avocado cultivares bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ superiores em vaacuterios

aspectos agraves cultivares mais populares no paiacutes tem condiccedilotildees de se desenvolver

amplamente no Brasil tornando-o grande consumidor e exportador da fruta Essa

46

mudanccedila pode ocorrer por meio de incentivos governamentais que incentivem o

registro de produtos para a cultura do abacateiro favorecendo a obtenccedilatildeo de

certificaccedilatildeo bem como o desenvolvimento de centros de pesquisas que

desenvolvam estudos sobre a cultura do abacateiro que promovam a difusatildeo de

tecnologia e com isso estimule a utilizaccedilatildeo de novas aacutereas com potencial produtivo

A transferecircncia de tecnologia tambeacutem pode ser feita por parte de empresas da aacuterea

privada que possuem domiacutenio de teacutecnicas e tecnologias modernas principalmente

por meio da popularizaccedilatildeo da produccedilatildeo de mudas clonais para porta-enxerto Aleacutem

disso devem ser feitas accedilotildees por parte de instituiccedilotildees privadas como o

desenvolvimento do marketing da fruta a fim de divulgar os benefiacutecios do consumo

e a exposiccedilatildeo de novas formas de consumo de abacate pode ser crucial para a

mudanccedila do comportamento do consumidor nacional uma vez que este se atenta

principalmente aos aspectos visuais do abacate

Na poacutes-colheita o controle sobre os processos de maturaccedilatildeo poderia ser

mais bem aproveitado No Brasil a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas de conservaccedilatildeo no poacutes-

colheita de frutas objetiva na maioria das vezes estender o tempo de prateleira

destes produtos Para se aproveitar os elevados preccedilos ofertados em determinadas

eacutepocas os produtores colhem os frutos antes do recomendado para a fruta do

abacateiro o que reduz sua qualidade pois a eacutepoca da colheita influencia

diretamente no teor de oacuteleo fator altamente relacionado com o sabor da fruta Por

outro lado a aceleraccedilatildeo do processo de maturaccedilatildeo por meio do controle de

maturaccedilatildeo permite fornecimento de frutos maduros prontos para o consumo

estimulando assim o consumo no paiacutes Com a entrega regular de frutos maduros

nos supermercados e restaurantes novas formas de consumo da fruta como patecircs

e em saladas poderiam ser facilmente introduzidas no cardaacutepio nacional

47

BIBLIOGRAFIA

ALMEIDA G V B Mercado Atacadista de Abacate e Avocado (CEAGESP) III

Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado Bauru 2015

ALMEIDA G V B O Abacate no mundo e na CEAGESP Todafruta notiacutecia 2011

DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwtodafrutacombrnoticia28119O+ABACATE+NO+MUNDO+NO+BRASIL

+E+NA+CEAGESP gt

ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA FRUTICULTURA 2004 a 2015 DISPONIacuteVEL EM

httpwwwgrupogazcombrtratadaseo_edicao420150320150301_106c8c2f1pdf

4718_2015fruticulturapdfgt

BIODIESELBR DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwbiodieselbrcomnoticiasmateria-

primaoutrasvideo-unesp-transforma-oleo-abacate-biodiesel-060313htm gt

BONELLA J A Classificaccedilatildeo de abacates na CEAGESP Joseacute Alcides Bonella ME

2013

BRUWER T ROOYEN Z VAN PERFORMANCE AND MARKET ACCEPTIBILITY

OF THE HASS-LIKE CULTIVARS GEM AND HARVEST IN SOUTH AFRICA Vi

World Avocado Congress (Actas VI Confreso Mundial del Aguacate) 2007 Vintildea Del

Mar Chile 12 ndash 16 nov 2007 ISBN n 978-956-17-0413-8 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwAvocadosourcecomWAC6enExtenso1b-36pdf gt

CAMPOS J A Cultura racional do abacateiro Satildeo Paulo Iacutecone 1988 150 p

CANTUAacuteRIAS-AVILEacuteS T SILVA S R La induacutestria del aguacate em el Estado de

Satildeo Paulo Brasil actualidad y perspectivas futuras In CONGRESO MUNDIAL DEL

AGUACATE 7 2011 Caims Resuacutemenes Caims Avocado Australia 2011

48

CORREIA R C ARAUJO J L P MOUCO M A do C BRAGA C A

MENDONCcedilA R F de Abacate preferecircncias e mercado CONGRESSO

BRASILEIRO DE FRUTICULTURA 21 2010 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwalicecnptiaembrapabralicebitstreamdoc8700181Moucopdf gt

CARVALHO L F Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado realizaccedilatildeo Jaguacy

Sindicato Rural de Bauru Serviccedilo Nacional de Aprendizagem Rural - SENAR

Faculdades Integradas de Bauru ndash SP 2015

CHITARRA M I F CHITARA A B 2005 Poacutes colheita de frutos e hortaliccedilas

Fiiologia e Manuseio Lavras ESALFAEPE

CRANE J H BALERDI C F MAGUIRE I Avocado Growing in the Florida Home

Landscape University of Florida Circular 1034 one of a series of the Horticultural

Sciences Department Florida Cooperative Extension Service Institute of Food and

Agricultural Sciences University of Florida 1983 Revised 2007

CRIZEL G R MOURA R S OLIVEIRA I R MENDONCcedilA C R B

Caracteriacutesticas fiacutesicas e quiacutemicas de abacates das variedades bdquoQuintal‟ e bdquoHass‟ In

CONGRESSO DE INICIACcedilAtildeO CIENTIacuteFICA 17 ENCONTRO DE POacuteS-

GRADUACcedilAtildeO 10 2008 Pelotas Resumos Pelotas UFPEL 2008

DAIUTO E R VIEITES R L TREMOCOLDI M A RUSSO V C Taxa

respiratoacuteria de abacate bdquoHass‟ submetido a diferentes tratamentos fiacutesicos Revista

Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha Meacutexico v 10 n 2 p 101-109

2010

DAIUTO E R TREMOCOLDI M A VIEITES R L Conservaccedilatildeo poacutes colheita de

abacate bdquoHass‟ irradiado Revista Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha vol

10 n 2 2010

DONADIO L C Abacate para exportaccedilatildeo aspectos teacutecnicos da produccedilatildeo

Brasiacutelia Frupex MAPA 1995 53 p

49

DONADIO L C FERRARI L AVILEacuteS T C Abacate In DONADIO L C (Ed)

Histoacuteria da Fruticultura Paulista Jaboticabal SBF ndash Sociedade Brasileira de

Fruticultura 2010 P 33-63

DORIZZOTTO C D A SAMPAIO A C ICUMA I M et al Avocado production

chain in the state of Satildeo Paulo (Brazil) In Proceedings VII World Avocado Congress

2011 Cairns Anaishellip Cairns Internacional Avocado Society 2011 DISPONIacuteVEL

EM lt

httpworldAvocadocongress2011comuserfilesfileOsvaldo20Kioshi20Yamanis

hi201400-1420pdf gt

ERNST Z R ERNST A A The strategic role of new cultivars A case study of

bdquoMaluma‟ VIII Congreso Mundial de la Palta 2015 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwavocadosourcecomWAC8Section_02EarnstZander2015pdf gt

FACTFISH Avocados production quantity (tons) ndash for all countries DISPONIacuteVEL

EM lt httpwwwfactfishcomstatisticAvocados20production20quantity gt

FAOSTAT 2000 a 2013 DISPONIacuteVEL EM lt httpfaostat3faoorgbrowseTTPE gt

FER B WOLSTENHOLME B N (Ed) The Avocado botany production and

uses Oxon CABI Publ 2002 chap 12 p 299-338

FRANCISCO V L F dos S BAPTISTELLA C S L CULTURA DO ABACATE NO

ESTADO DE SAtildeO PAULO Informaccedilotildees Econocircmicas SP v 35 n5 2005

DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwieaspgovbroutpublicacoespdftec3-0505pdf gt

GAYET J P et al 1995 Abacate para exportaccedilatildeo procedimentos de colheita e

poacutes-colheita FRUPEX Brasiacutelia 37p

GIRARDI G Abacate uma nova opccedilatildeo de biocombustiacutevel Jornal UNESP Bauru

2009 DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwunespbracijornal248energia_bauruphp gt

50

GUEDES M S B SENA M TOLEDO S Certificaccedilatildeo como estrateacutegia competitiva

internacional dos produtores de frutas no Brasil VII Encontro da Sociedade

Brasileira de Economia Ecoloacutegica (ECO-ECO) 28 a 30 de novembro de 2007

Fortaleza Cearaacute

HODDLE M The Avocado Seed Moth Stenoma cateniver Walsingham (Lepdoptera

Elachistidae) Department of Entomology Applied Biological Control Research

DISPONIacuteVEL EM lt httpbiocontrolucredustenomastenomahtml gt

HOHMANN C L MENEGUIM A M A BROCA-DO-ABACATE (Stenoma catenifer)

Aspectos bioloacutegicos comportamento danos e manejo Instituto Agronocircmico do

Paranaacute ndash Londrina ndashPR Informe da Pesquisa n 147 2005

HOHMANN C L MENEGUIM A M Observaccedilotildees preliminares sobre a ocorrecircncia

da broca-do-abacate Stenoma catenifer Wals no Estado do Paranaacute Anais da

Sociedade Entomoloacutegica do Brasil v 22 p 417-419 1993

ILLSLEY-GRANICH C‟Hass‟Carmenrega precocious flowering avocado tree

Agrovim AS de CV Uruapan Michocan Mexico Rob Brokaw Brokaw Nursery Inc

Saticoy California USA Dr Salvador Ochoa-Ascencio University of Michoacan

Uruapan Michoacan Mexico 2011 DISPONIacuteVEL EM lt

httpworldavocadocongress2011comuserfilesfileCarlos20Illsley201410-

1430pdf gt

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA ESTATIacuteSTICA (IBGE) IBGE CIDADES

DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwcidadesibgegovbrcartogramamapaphplang=ampcoduf=53ampcodmun=53

0010ampidtema=136ampcodv=v01ampsearch=distrito-federal|brasilia|sintese-das-

informacoes-2013 gt

KADER A A 1992 Postharvest technology of horticultural crops Okland Univertisy

of California 292p

51

KADER A A ARPIA M L Avocado Recommendations for Maintaining

Postharvest Quality 2013

KADER A A Biologiacutea y Tecnologiacutea Postcosecha un Panorama In KADER A A

Tecnologiacutea Postcosecha de Cultivos Hortofrutiacutecolas 3 Ed Davis University Of

Califoacuternia 2007 Cap 4 p 43-53

KLUGE R A et al Inibiccedilatildeo do amadurecimento de abacate com 1-

metilciclopropeno Pesquisa Agropecuaacuteria Brasileira 37(7)895-901

KOOLER O C Abacaticultura Porto Alegre UFRGS 1992 138p

KOOLER O C ABACATICULTURA Porto Alegre UFRGS 1984 138p

KOLLER O C Abacate produccedilatildeo de mudas instalaccedilatildeo e manejo de pomares

colheita e poacutes-colheita Porto Alegre Cinco Continentes 2002 145 p

KREMER-KOumlHNE S KOumlHNE J S 25 YEARS OF AVOCADO ROOTSTOCK

DEVELOPMENT IN SOUTH AFRICA VI World Avocado Congress Chile 2007

DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwavocadosourcecomWAC6enExtenso1a-8pdf gt

LIPPERT C ALLAMAND M (WESTFALIASUBSOLE) A hystory of

collaboration Rev Subsole Santiago 2007

MAIS NATUREZA ABACATEIRO DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwmaisnaturezacomplantasarvoresabacateiro gt

MARANCA G Fruticultura comercial Manga e Abacate Satildeo Paulo Nobel 1980

p 81-133

MASSAFERA G COSTA T M B OLIVEIRA J E D COMPOSICcedilAtildeO DE AacuteCIDOS

GRAXOS DO OacuteLEO DO MESOCARPO E DA SEMENTE DE CULTIVARES DE

ABACATE (Persea americana MILL) DA REGIAtildeO DE RIBEIRAtildeO PRETO SP)

52

Alim Nutr Araraquara V 21 n 2 p 325-331 abrjun 2010 DISPONIacuteVEL EM lt

http20014571150seerindexphpalimentosarticleview940a20v21n2pdf gt

MDIC Negociaccedilotildees internacionais DISPONIacuteVEL EM

httpwwwdesenvolvimentogovbrsitiosecexnegInternacionaisMedTerrorismoLei

ph p gt

MICKELBART M V BENDER G S WITNEY G W ADAMS C ARPAIA M L

Effects of clonal rootstocks on bdquoHass‟ avocado yield components alternate bearing

and nutrition Journal of Horticultural Schience amp Biotechnology Ashford v 82

n 3 p 460-466 2007

MILLER B BERTELS R PADILLA T WILEMAN R THOMSEN L China the

new frontier VIII World Avocado Congress 2015

MONTENEGRO H W S A cultura do abacateiro Satildeo Paulo Melhoramentos

1951 102p (Criaccedilatildeo e Lavoura n 11)

MORAES A F G Desenvolvimento produccedilatildeo e qualidade de frutos de abacateiro

cv bdquoHass‟ sobre dois porta-enxertos nas condiccedilotildees edafoclimaacuteticas da regiatildeo central

do Estado de Satildeo Paulo Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Ciecircncias Piracicaba 2014

NAAMANI G Global Trends in main Avocado Markets VII World Avocado

Congress Australia 2011

NAVA DE DE LARA HADDAD M PARRA JRP 2005 Exigecircncias teacutermicas

estimativa do nuacutemero de geroccedilotildees de Stenoma catenifer e comprovaccedilatildeo de modelo

em campo Pesq Agropec Bras Brasilia v 40 p 961-967

NAVA DE PARRA JRP COSTA VA GUERRA TM COcircNSOLI FL (2005b)

Population dynamics of Stenoma catenifer(Lepidoptera Elachistidae) and related

larval parasitoids in Minas Gerais Brazil Florida Entomologistv 88p 441-446

53

NOVAGRIM ndash FRESH FRUITS IMPORTER amp VEGETABLE SUPPLIER SINCE

1999 2001-2013 WORLD AVOCADO PRODUCTION DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwnovagrimcomPages2000_2011_Avocado_statistics_ENaspx gt

OLIVEIRA LA A importacircncia das Normas Internacionais para o Comeacutercio da

Fruticultura Brasileira Piracicaba Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Economia Escola

Superior de Agricultura ldquoLuiz de Queirozrdquo Universidade de Satildeo Paulo Piracicaba

2005

OLIVEIRA M A de et al 2000 Ceras para conservaccedilatildeo poacutes colheita de frutos de

abacateiro cultivar Fuerte armazenados em temperatura ambiente Scientia Agriacutecola

Piracicaba 57 (4) 777-780

PASSONI A D NEVES M C M RODRIGUES B B BOTEON M Anaacutelise dos

principais entraves na exportaccedilatildeo de frutas brasileiras CENTRO DE ESTUDOS

AVANCcedilADOS EM ECONOMIA APLICADA (CEPEAESALQ-USP) XLIV

CONGRESSO DA SOBER ndash ldquoQuestotildees Agraacuterias Educaccedilatildeo no Campo e

Desenvolvimentordquo Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia Rural Fortaleza

2006

PEGG K G COATES L M KORSTEN L HARDING R M Foliar fruit and

soilborne diseases In WHILEY A W SCHAF

PERFIL DA FRUTICULTURA 2014 Base de dados 2012 a 2013 Governo de Minas

Gerais Agricultura Pecuaacuteria e Abastecimento 2014

PICCININ E PASCHOLATI S F ldquoDOENCcedilAS DO ABACATEIRO‟ em MANUAL DE

FITOPATOLOGIA Vol 2 Doenccedilas das Plantas Cultivadas Editora Agronocircmica

Ceres Ltda Satildeo Paulo 1997 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwifcursoscombrsistemaadminarquivos07-33-29-

manualfitopatologiapdfpage=10 gt

54

PUTT F F GOacuteES B C CATANEO P F Anaacutelise econocircmica de oferta e demanda

do abacate na alta paulista X Foacuterum Ambiental da Alta Paulista v 10 n 7 2014

pp 158-169

ROCHA I L Nuacutemeros do abacate HORTIESCOLHA Instituto Brasileiro de

Qualidade em Horticultura DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwhortibrasilorgbrjnwindexphpoption=com_contentampview=articleampid=120

9numeros-do-abacate-ampcatid=50comercializacaoampItemid=82 gt

SANTO N T Manejo da vegetaccedilatildeo intercalar para obtenccedilatildeo de cobertura morta na

cultura do abacateiro visando minimizar os danos causados por Phytophthora

cinnamomi Dissertaccedilatildeo de mestrado em Fitotecnia Piracicaba 2014

SCHAFFER B WOLSTENJOLME B N WHILEY A W The avocado botany

production and uses 560 p 2012 DISPONIacuteVEL EM lt

httpsbooksgooglecombrbooksid=r0hpRJca3zECamppg=PA83amplpg=PA83ampdq=Th

e+Avocado+botany+production+and+uses+hass-

likeampsource=blampots=oqc5OBsbmVampsig=5gDWWPIMYRBW9cH3yYuWh-ldd-8amphl=pt-

BRampsa=Xampved=0ahUKEwj_yPbgsoTKAhUGDpAKHZTrCWEQ6AEIPDADv=onepag

eampqampf=false gt

SCIENCIA I Certificaccedilatildeo GLOBALGAP e impactos ambientais em agroinduacutestrias de

alimentos Dissertaccedilatildeo de Poacutes-Graduaccedilatildeo Araraquara SP 2010 lt

mlthttpwwwecoecoorgbrconteudopublicacoesencontrosvii_envii_enc_ecohtm

gt

SIMAtildeO S Manual de Fruticultura Satildeo Paulo Editora Agronocircmica Ceres 1971

530p p 147-169

SINGER P MASON J Eacutetica da alimentaccedilatildeo como nossos haacutebitos alimentares

influenciam o meio ambiente e o nosso bem estar Rio de Janeiro Elsevier 2007

SOARES H F ITO M K O AacuteCIDO GRAXO MONOINSATURADO DO ABACATE

NO CONTROLE DE DISLIPIDEMIAS Ver Ciecircnc Meacuted Campinas P 47-51 2000

55

DISPONIacuteVEL EM lt httpperiodicospuc-

campinasedubrseerindexphpcienciasmedicasarticleviewFile13301304 gt

TEIXEIRA C G Cultura In ITAL ndash INSTITUTO DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS

(Campinas) Abacate Cultura mateacuteria-prima processamento e aspectos

econocircmicos 2 Ed Campinas Instituto Campineiro de Ensino Agriacutecola 1995 Cap 1

p 1-54 (Frutas Tropicais)

TEIXEIRA C G Cultura do abacate In TEIXEIRA C G et al ABACATE cultura

mateacuteria prima processamento e aspectos econocircmicos 2deg ed Seacuterie Fruas Tropicais

ndeg8 ITAL Campinas 1991 250p

WATANABE H S Caracteriacutesticas de cultivares de abacate CEAGESPS ndash

Companhia de Entrepostos e Armazeacutens Gerais de Satildeo Paulo 2013

WOLFENBARGER D O COLBURN B The Stenoma catenifer a serious Avocado

pest Proceedings of Florida State Horticulture Society v 92 p 315-318 1979

ZEIDAN R SEIXAS P ABRANCHES L COSTA D MEIRELLES F Certificaccedilatildeo

na cadeia produtiva de alimentos e as barreiras teacutecnicas agrave exportaccedilatildeo Simpoacutesio de

excelecircncia e gestatildeo e tecnologia ndash SEGeT 2008 Resende

Page 46: EVOLUÇÃO DA PRODUÇÃO MUNDIAL E NACIONAL …...RESUMO O abacateiro, Persea americana, é uma cultura muito importante em vários países, devido ao volume comercializado da fruta

46

mudanccedila pode ocorrer por meio de incentivos governamentais que incentivem o

registro de produtos para a cultura do abacateiro favorecendo a obtenccedilatildeo de

certificaccedilatildeo bem como o desenvolvimento de centros de pesquisas que

desenvolvam estudos sobre a cultura do abacateiro que promovam a difusatildeo de

tecnologia e com isso estimule a utilizaccedilatildeo de novas aacutereas com potencial produtivo

A transferecircncia de tecnologia tambeacutem pode ser feita por parte de empresas da aacuterea

privada que possuem domiacutenio de teacutecnicas e tecnologias modernas principalmente

por meio da popularizaccedilatildeo da produccedilatildeo de mudas clonais para porta-enxerto Aleacutem

disso devem ser feitas accedilotildees por parte de instituiccedilotildees privadas como o

desenvolvimento do marketing da fruta a fim de divulgar os benefiacutecios do consumo

e a exposiccedilatildeo de novas formas de consumo de abacate pode ser crucial para a

mudanccedila do comportamento do consumidor nacional uma vez que este se atenta

principalmente aos aspectos visuais do abacate

Na poacutes-colheita o controle sobre os processos de maturaccedilatildeo poderia ser

mais bem aproveitado No Brasil a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas de conservaccedilatildeo no poacutes-

colheita de frutas objetiva na maioria das vezes estender o tempo de prateleira

destes produtos Para se aproveitar os elevados preccedilos ofertados em determinadas

eacutepocas os produtores colhem os frutos antes do recomendado para a fruta do

abacateiro o que reduz sua qualidade pois a eacutepoca da colheita influencia

diretamente no teor de oacuteleo fator altamente relacionado com o sabor da fruta Por

outro lado a aceleraccedilatildeo do processo de maturaccedilatildeo por meio do controle de

maturaccedilatildeo permite fornecimento de frutos maduros prontos para o consumo

estimulando assim o consumo no paiacutes Com a entrega regular de frutos maduros

nos supermercados e restaurantes novas formas de consumo da fruta como patecircs

e em saladas poderiam ser facilmente introduzidas no cardaacutepio nacional

47

BIBLIOGRAFIA

ALMEIDA G V B Mercado Atacadista de Abacate e Avocado (CEAGESP) III

Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado Bauru 2015

ALMEIDA G V B O Abacate no mundo e na CEAGESP Todafruta notiacutecia 2011

DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwtodafrutacombrnoticia28119O+ABACATE+NO+MUNDO+NO+BRASIL

+E+NA+CEAGESP gt

ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA FRUTICULTURA 2004 a 2015 DISPONIacuteVEL EM

httpwwwgrupogazcombrtratadaseo_edicao420150320150301_106c8c2f1pdf

4718_2015fruticulturapdfgt

BIODIESELBR DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwbiodieselbrcomnoticiasmateria-

primaoutrasvideo-unesp-transforma-oleo-abacate-biodiesel-060313htm gt

BONELLA J A Classificaccedilatildeo de abacates na CEAGESP Joseacute Alcides Bonella ME

2013

BRUWER T ROOYEN Z VAN PERFORMANCE AND MARKET ACCEPTIBILITY

OF THE HASS-LIKE CULTIVARS GEM AND HARVEST IN SOUTH AFRICA Vi

World Avocado Congress (Actas VI Confreso Mundial del Aguacate) 2007 Vintildea Del

Mar Chile 12 ndash 16 nov 2007 ISBN n 978-956-17-0413-8 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwAvocadosourcecomWAC6enExtenso1b-36pdf gt

CAMPOS J A Cultura racional do abacateiro Satildeo Paulo Iacutecone 1988 150 p

CANTUAacuteRIAS-AVILEacuteS T SILVA S R La induacutestria del aguacate em el Estado de

Satildeo Paulo Brasil actualidad y perspectivas futuras In CONGRESO MUNDIAL DEL

AGUACATE 7 2011 Caims Resuacutemenes Caims Avocado Australia 2011

48

CORREIA R C ARAUJO J L P MOUCO M A do C BRAGA C A

MENDONCcedilA R F de Abacate preferecircncias e mercado CONGRESSO

BRASILEIRO DE FRUTICULTURA 21 2010 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwalicecnptiaembrapabralicebitstreamdoc8700181Moucopdf gt

CARVALHO L F Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado realizaccedilatildeo Jaguacy

Sindicato Rural de Bauru Serviccedilo Nacional de Aprendizagem Rural - SENAR

Faculdades Integradas de Bauru ndash SP 2015

CHITARRA M I F CHITARA A B 2005 Poacutes colheita de frutos e hortaliccedilas

Fiiologia e Manuseio Lavras ESALFAEPE

CRANE J H BALERDI C F MAGUIRE I Avocado Growing in the Florida Home

Landscape University of Florida Circular 1034 one of a series of the Horticultural

Sciences Department Florida Cooperative Extension Service Institute of Food and

Agricultural Sciences University of Florida 1983 Revised 2007

CRIZEL G R MOURA R S OLIVEIRA I R MENDONCcedilA C R B

Caracteriacutesticas fiacutesicas e quiacutemicas de abacates das variedades bdquoQuintal‟ e bdquoHass‟ In

CONGRESSO DE INICIACcedilAtildeO CIENTIacuteFICA 17 ENCONTRO DE POacuteS-

GRADUACcedilAtildeO 10 2008 Pelotas Resumos Pelotas UFPEL 2008

DAIUTO E R VIEITES R L TREMOCOLDI M A RUSSO V C Taxa

respiratoacuteria de abacate bdquoHass‟ submetido a diferentes tratamentos fiacutesicos Revista

Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha Meacutexico v 10 n 2 p 101-109

2010

DAIUTO E R TREMOCOLDI M A VIEITES R L Conservaccedilatildeo poacutes colheita de

abacate bdquoHass‟ irradiado Revista Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha vol

10 n 2 2010

DONADIO L C Abacate para exportaccedilatildeo aspectos teacutecnicos da produccedilatildeo

Brasiacutelia Frupex MAPA 1995 53 p

49

DONADIO L C FERRARI L AVILEacuteS T C Abacate In DONADIO L C (Ed)

Histoacuteria da Fruticultura Paulista Jaboticabal SBF ndash Sociedade Brasileira de

Fruticultura 2010 P 33-63

DORIZZOTTO C D A SAMPAIO A C ICUMA I M et al Avocado production

chain in the state of Satildeo Paulo (Brazil) In Proceedings VII World Avocado Congress

2011 Cairns Anaishellip Cairns Internacional Avocado Society 2011 DISPONIacuteVEL

EM lt

httpworldAvocadocongress2011comuserfilesfileOsvaldo20Kioshi20Yamanis

hi201400-1420pdf gt

ERNST Z R ERNST A A The strategic role of new cultivars A case study of

bdquoMaluma‟ VIII Congreso Mundial de la Palta 2015 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwavocadosourcecomWAC8Section_02EarnstZander2015pdf gt

FACTFISH Avocados production quantity (tons) ndash for all countries DISPONIacuteVEL

EM lt httpwwwfactfishcomstatisticAvocados20production20quantity gt

FAOSTAT 2000 a 2013 DISPONIacuteVEL EM lt httpfaostat3faoorgbrowseTTPE gt

FER B WOLSTENHOLME B N (Ed) The Avocado botany production and

uses Oxon CABI Publ 2002 chap 12 p 299-338

FRANCISCO V L F dos S BAPTISTELLA C S L CULTURA DO ABACATE NO

ESTADO DE SAtildeO PAULO Informaccedilotildees Econocircmicas SP v 35 n5 2005

DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwieaspgovbroutpublicacoespdftec3-0505pdf gt

GAYET J P et al 1995 Abacate para exportaccedilatildeo procedimentos de colheita e

poacutes-colheita FRUPEX Brasiacutelia 37p

GIRARDI G Abacate uma nova opccedilatildeo de biocombustiacutevel Jornal UNESP Bauru

2009 DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwunespbracijornal248energia_bauruphp gt

50

GUEDES M S B SENA M TOLEDO S Certificaccedilatildeo como estrateacutegia competitiva

internacional dos produtores de frutas no Brasil VII Encontro da Sociedade

Brasileira de Economia Ecoloacutegica (ECO-ECO) 28 a 30 de novembro de 2007

Fortaleza Cearaacute

HODDLE M The Avocado Seed Moth Stenoma cateniver Walsingham (Lepdoptera

Elachistidae) Department of Entomology Applied Biological Control Research

DISPONIacuteVEL EM lt httpbiocontrolucredustenomastenomahtml gt

HOHMANN C L MENEGUIM A M A BROCA-DO-ABACATE (Stenoma catenifer)

Aspectos bioloacutegicos comportamento danos e manejo Instituto Agronocircmico do

Paranaacute ndash Londrina ndashPR Informe da Pesquisa n 147 2005

HOHMANN C L MENEGUIM A M Observaccedilotildees preliminares sobre a ocorrecircncia

da broca-do-abacate Stenoma catenifer Wals no Estado do Paranaacute Anais da

Sociedade Entomoloacutegica do Brasil v 22 p 417-419 1993

ILLSLEY-GRANICH C‟Hass‟Carmenrega precocious flowering avocado tree

Agrovim AS de CV Uruapan Michocan Mexico Rob Brokaw Brokaw Nursery Inc

Saticoy California USA Dr Salvador Ochoa-Ascencio University of Michoacan

Uruapan Michoacan Mexico 2011 DISPONIacuteVEL EM lt

httpworldavocadocongress2011comuserfilesfileCarlos20Illsley201410-

1430pdf gt

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA ESTATIacuteSTICA (IBGE) IBGE CIDADES

DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwcidadesibgegovbrcartogramamapaphplang=ampcoduf=53ampcodmun=53

0010ampidtema=136ampcodv=v01ampsearch=distrito-federal|brasilia|sintese-das-

informacoes-2013 gt

KADER A A 1992 Postharvest technology of horticultural crops Okland Univertisy

of California 292p

51

KADER A A ARPIA M L Avocado Recommendations for Maintaining

Postharvest Quality 2013

KADER A A Biologiacutea y Tecnologiacutea Postcosecha un Panorama In KADER A A

Tecnologiacutea Postcosecha de Cultivos Hortofrutiacutecolas 3 Ed Davis University Of

Califoacuternia 2007 Cap 4 p 43-53

KLUGE R A et al Inibiccedilatildeo do amadurecimento de abacate com 1-

metilciclopropeno Pesquisa Agropecuaacuteria Brasileira 37(7)895-901

KOOLER O C Abacaticultura Porto Alegre UFRGS 1992 138p

KOOLER O C ABACATICULTURA Porto Alegre UFRGS 1984 138p

KOLLER O C Abacate produccedilatildeo de mudas instalaccedilatildeo e manejo de pomares

colheita e poacutes-colheita Porto Alegre Cinco Continentes 2002 145 p

KREMER-KOumlHNE S KOumlHNE J S 25 YEARS OF AVOCADO ROOTSTOCK

DEVELOPMENT IN SOUTH AFRICA VI World Avocado Congress Chile 2007

DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwavocadosourcecomWAC6enExtenso1a-8pdf gt

LIPPERT C ALLAMAND M (WESTFALIASUBSOLE) A hystory of

collaboration Rev Subsole Santiago 2007

MAIS NATUREZA ABACATEIRO DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwmaisnaturezacomplantasarvoresabacateiro gt

MARANCA G Fruticultura comercial Manga e Abacate Satildeo Paulo Nobel 1980

p 81-133

MASSAFERA G COSTA T M B OLIVEIRA J E D COMPOSICcedilAtildeO DE AacuteCIDOS

GRAXOS DO OacuteLEO DO MESOCARPO E DA SEMENTE DE CULTIVARES DE

ABACATE (Persea americana MILL) DA REGIAtildeO DE RIBEIRAtildeO PRETO SP)

52

Alim Nutr Araraquara V 21 n 2 p 325-331 abrjun 2010 DISPONIacuteVEL EM lt

http20014571150seerindexphpalimentosarticleview940a20v21n2pdf gt

MDIC Negociaccedilotildees internacionais DISPONIacuteVEL EM

httpwwwdesenvolvimentogovbrsitiosecexnegInternacionaisMedTerrorismoLei

ph p gt

MICKELBART M V BENDER G S WITNEY G W ADAMS C ARPAIA M L

Effects of clonal rootstocks on bdquoHass‟ avocado yield components alternate bearing

and nutrition Journal of Horticultural Schience amp Biotechnology Ashford v 82

n 3 p 460-466 2007

MILLER B BERTELS R PADILLA T WILEMAN R THOMSEN L China the

new frontier VIII World Avocado Congress 2015

MONTENEGRO H W S A cultura do abacateiro Satildeo Paulo Melhoramentos

1951 102p (Criaccedilatildeo e Lavoura n 11)

MORAES A F G Desenvolvimento produccedilatildeo e qualidade de frutos de abacateiro

cv bdquoHass‟ sobre dois porta-enxertos nas condiccedilotildees edafoclimaacuteticas da regiatildeo central

do Estado de Satildeo Paulo Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Ciecircncias Piracicaba 2014

NAAMANI G Global Trends in main Avocado Markets VII World Avocado

Congress Australia 2011

NAVA DE DE LARA HADDAD M PARRA JRP 2005 Exigecircncias teacutermicas

estimativa do nuacutemero de geroccedilotildees de Stenoma catenifer e comprovaccedilatildeo de modelo

em campo Pesq Agropec Bras Brasilia v 40 p 961-967

NAVA DE PARRA JRP COSTA VA GUERRA TM COcircNSOLI FL (2005b)

Population dynamics of Stenoma catenifer(Lepidoptera Elachistidae) and related

larval parasitoids in Minas Gerais Brazil Florida Entomologistv 88p 441-446

53

NOVAGRIM ndash FRESH FRUITS IMPORTER amp VEGETABLE SUPPLIER SINCE

1999 2001-2013 WORLD AVOCADO PRODUCTION DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwnovagrimcomPages2000_2011_Avocado_statistics_ENaspx gt

OLIVEIRA LA A importacircncia das Normas Internacionais para o Comeacutercio da

Fruticultura Brasileira Piracicaba Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Economia Escola

Superior de Agricultura ldquoLuiz de Queirozrdquo Universidade de Satildeo Paulo Piracicaba

2005

OLIVEIRA M A de et al 2000 Ceras para conservaccedilatildeo poacutes colheita de frutos de

abacateiro cultivar Fuerte armazenados em temperatura ambiente Scientia Agriacutecola

Piracicaba 57 (4) 777-780

PASSONI A D NEVES M C M RODRIGUES B B BOTEON M Anaacutelise dos

principais entraves na exportaccedilatildeo de frutas brasileiras CENTRO DE ESTUDOS

AVANCcedilADOS EM ECONOMIA APLICADA (CEPEAESALQ-USP) XLIV

CONGRESSO DA SOBER ndash ldquoQuestotildees Agraacuterias Educaccedilatildeo no Campo e

Desenvolvimentordquo Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia Rural Fortaleza

2006

PEGG K G COATES L M KORSTEN L HARDING R M Foliar fruit and

soilborne diseases In WHILEY A W SCHAF

PERFIL DA FRUTICULTURA 2014 Base de dados 2012 a 2013 Governo de Minas

Gerais Agricultura Pecuaacuteria e Abastecimento 2014

PICCININ E PASCHOLATI S F ldquoDOENCcedilAS DO ABACATEIRO‟ em MANUAL DE

FITOPATOLOGIA Vol 2 Doenccedilas das Plantas Cultivadas Editora Agronocircmica

Ceres Ltda Satildeo Paulo 1997 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwifcursoscombrsistemaadminarquivos07-33-29-

manualfitopatologiapdfpage=10 gt

54

PUTT F F GOacuteES B C CATANEO P F Anaacutelise econocircmica de oferta e demanda

do abacate na alta paulista X Foacuterum Ambiental da Alta Paulista v 10 n 7 2014

pp 158-169

ROCHA I L Nuacutemeros do abacate HORTIESCOLHA Instituto Brasileiro de

Qualidade em Horticultura DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwhortibrasilorgbrjnwindexphpoption=com_contentampview=articleampid=120

9numeros-do-abacate-ampcatid=50comercializacaoampItemid=82 gt

SANTO N T Manejo da vegetaccedilatildeo intercalar para obtenccedilatildeo de cobertura morta na

cultura do abacateiro visando minimizar os danos causados por Phytophthora

cinnamomi Dissertaccedilatildeo de mestrado em Fitotecnia Piracicaba 2014

SCHAFFER B WOLSTENJOLME B N WHILEY A W The avocado botany

production and uses 560 p 2012 DISPONIacuteVEL EM lt

httpsbooksgooglecombrbooksid=r0hpRJca3zECamppg=PA83amplpg=PA83ampdq=Th

e+Avocado+botany+production+and+uses+hass-

likeampsource=blampots=oqc5OBsbmVampsig=5gDWWPIMYRBW9cH3yYuWh-ldd-8amphl=pt-

BRampsa=Xampved=0ahUKEwj_yPbgsoTKAhUGDpAKHZTrCWEQ6AEIPDADv=onepag

eampqampf=false gt

SCIENCIA I Certificaccedilatildeo GLOBALGAP e impactos ambientais em agroinduacutestrias de

alimentos Dissertaccedilatildeo de Poacutes-Graduaccedilatildeo Araraquara SP 2010 lt

mlthttpwwwecoecoorgbrconteudopublicacoesencontrosvii_envii_enc_ecohtm

gt

SIMAtildeO S Manual de Fruticultura Satildeo Paulo Editora Agronocircmica Ceres 1971

530p p 147-169

SINGER P MASON J Eacutetica da alimentaccedilatildeo como nossos haacutebitos alimentares

influenciam o meio ambiente e o nosso bem estar Rio de Janeiro Elsevier 2007

SOARES H F ITO M K O AacuteCIDO GRAXO MONOINSATURADO DO ABACATE

NO CONTROLE DE DISLIPIDEMIAS Ver Ciecircnc Meacuted Campinas P 47-51 2000

55

DISPONIacuteVEL EM lt httpperiodicospuc-

campinasedubrseerindexphpcienciasmedicasarticleviewFile13301304 gt

TEIXEIRA C G Cultura In ITAL ndash INSTITUTO DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS

(Campinas) Abacate Cultura mateacuteria-prima processamento e aspectos

econocircmicos 2 Ed Campinas Instituto Campineiro de Ensino Agriacutecola 1995 Cap 1

p 1-54 (Frutas Tropicais)

TEIXEIRA C G Cultura do abacate In TEIXEIRA C G et al ABACATE cultura

mateacuteria prima processamento e aspectos econocircmicos 2deg ed Seacuterie Fruas Tropicais

ndeg8 ITAL Campinas 1991 250p

WATANABE H S Caracteriacutesticas de cultivares de abacate CEAGESPS ndash

Companhia de Entrepostos e Armazeacutens Gerais de Satildeo Paulo 2013

WOLFENBARGER D O COLBURN B The Stenoma catenifer a serious Avocado

pest Proceedings of Florida State Horticulture Society v 92 p 315-318 1979

ZEIDAN R SEIXAS P ABRANCHES L COSTA D MEIRELLES F Certificaccedilatildeo

na cadeia produtiva de alimentos e as barreiras teacutecnicas agrave exportaccedilatildeo Simpoacutesio de

excelecircncia e gestatildeo e tecnologia ndash SEGeT 2008 Resende

Page 47: EVOLUÇÃO DA PRODUÇÃO MUNDIAL E NACIONAL …...RESUMO O abacateiro, Persea americana, é uma cultura muito importante em vários países, devido ao volume comercializado da fruta

47

BIBLIOGRAFIA

ALMEIDA G V B Mercado Atacadista de Abacate e Avocado (CEAGESP) III

Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado Bauru 2015

ALMEIDA G V B O Abacate no mundo e na CEAGESP Todafruta notiacutecia 2011

DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwtodafrutacombrnoticia28119O+ABACATE+NO+MUNDO+NO+BRASIL

+E+NA+CEAGESP gt

ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA FRUTICULTURA 2004 a 2015 DISPONIacuteVEL EM

httpwwwgrupogazcombrtratadaseo_edicao420150320150301_106c8c2f1pdf

4718_2015fruticulturapdfgt

BIODIESELBR DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwbiodieselbrcomnoticiasmateria-

primaoutrasvideo-unesp-transforma-oleo-abacate-biodiesel-060313htm gt

BONELLA J A Classificaccedilatildeo de abacates na CEAGESP Joseacute Alcides Bonella ME

2013

BRUWER T ROOYEN Z VAN PERFORMANCE AND MARKET ACCEPTIBILITY

OF THE HASS-LIKE CULTIVARS GEM AND HARVEST IN SOUTH AFRICA Vi

World Avocado Congress (Actas VI Confreso Mundial del Aguacate) 2007 Vintildea Del

Mar Chile 12 ndash 16 nov 2007 ISBN n 978-956-17-0413-8 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwAvocadosourcecomWAC6enExtenso1b-36pdf gt

CAMPOS J A Cultura racional do abacateiro Satildeo Paulo Iacutecone 1988 150 p

CANTUAacuteRIAS-AVILEacuteS T SILVA S R La induacutestria del aguacate em el Estado de

Satildeo Paulo Brasil actualidad y perspectivas futuras In CONGRESO MUNDIAL DEL

AGUACATE 7 2011 Caims Resuacutemenes Caims Avocado Australia 2011

48

CORREIA R C ARAUJO J L P MOUCO M A do C BRAGA C A

MENDONCcedilA R F de Abacate preferecircncias e mercado CONGRESSO

BRASILEIRO DE FRUTICULTURA 21 2010 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwalicecnptiaembrapabralicebitstreamdoc8700181Moucopdf gt

CARVALHO L F Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado realizaccedilatildeo Jaguacy

Sindicato Rural de Bauru Serviccedilo Nacional de Aprendizagem Rural - SENAR

Faculdades Integradas de Bauru ndash SP 2015

CHITARRA M I F CHITARA A B 2005 Poacutes colheita de frutos e hortaliccedilas

Fiiologia e Manuseio Lavras ESALFAEPE

CRANE J H BALERDI C F MAGUIRE I Avocado Growing in the Florida Home

Landscape University of Florida Circular 1034 one of a series of the Horticultural

Sciences Department Florida Cooperative Extension Service Institute of Food and

Agricultural Sciences University of Florida 1983 Revised 2007

CRIZEL G R MOURA R S OLIVEIRA I R MENDONCcedilA C R B

Caracteriacutesticas fiacutesicas e quiacutemicas de abacates das variedades bdquoQuintal‟ e bdquoHass‟ In

CONGRESSO DE INICIACcedilAtildeO CIENTIacuteFICA 17 ENCONTRO DE POacuteS-

GRADUACcedilAtildeO 10 2008 Pelotas Resumos Pelotas UFPEL 2008

DAIUTO E R VIEITES R L TREMOCOLDI M A RUSSO V C Taxa

respiratoacuteria de abacate bdquoHass‟ submetido a diferentes tratamentos fiacutesicos Revista

Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha Meacutexico v 10 n 2 p 101-109

2010

DAIUTO E R TREMOCOLDI M A VIEITES R L Conservaccedilatildeo poacutes colheita de

abacate bdquoHass‟ irradiado Revista Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha vol

10 n 2 2010

DONADIO L C Abacate para exportaccedilatildeo aspectos teacutecnicos da produccedilatildeo

Brasiacutelia Frupex MAPA 1995 53 p

49

DONADIO L C FERRARI L AVILEacuteS T C Abacate In DONADIO L C (Ed)

Histoacuteria da Fruticultura Paulista Jaboticabal SBF ndash Sociedade Brasileira de

Fruticultura 2010 P 33-63

DORIZZOTTO C D A SAMPAIO A C ICUMA I M et al Avocado production

chain in the state of Satildeo Paulo (Brazil) In Proceedings VII World Avocado Congress

2011 Cairns Anaishellip Cairns Internacional Avocado Society 2011 DISPONIacuteVEL

EM lt

httpworldAvocadocongress2011comuserfilesfileOsvaldo20Kioshi20Yamanis

hi201400-1420pdf gt

ERNST Z R ERNST A A The strategic role of new cultivars A case study of

bdquoMaluma‟ VIII Congreso Mundial de la Palta 2015 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwavocadosourcecomWAC8Section_02EarnstZander2015pdf gt

FACTFISH Avocados production quantity (tons) ndash for all countries DISPONIacuteVEL

EM lt httpwwwfactfishcomstatisticAvocados20production20quantity gt

FAOSTAT 2000 a 2013 DISPONIacuteVEL EM lt httpfaostat3faoorgbrowseTTPE gt

FER B WOLSTENHOLME B N (Ed) The Avocado botany production and

uses Oxon CABI Publ 2002 chap 12 p 299-338

FRANCISCO V L F dos S BAPTISTELLA C S L CULTURA DO ABACATE NO

ESTADO DE SAtildeO PAULO Informaccedilotildees Econocircmicas SP v 35 n5 2005

DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwieaspgovbroutpublicacoespdftec3-0505pdf gt

GAYET J P et al 1995 Abacate para exportaccedilatildeo procedimentos de colheita e

poacutes-colheita FRUPEX Brasiacutelia 37p

GIRARDI G Abacate uma nova opccedilatildeo de biocombustiacutevel Jornal UNESP Bauru

2009 DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwunespbracijornal248energia_bauruphp gt

50

GUEDES M S B SENA M TOLEDO S Certificaccedilatildeo como estrateacutegia competitiva

internacional dos produtores de frutas no Brasil VII Encontro da Sociedade

Brasileira de Economia Ecoloacutegica (ECO-ECO) 28 a 30 de novembro de 2007

Fortaleza Cearaacute

HODDLE M The Avocado Seed Moth Stenoma cateniver Walsingham (Lepdoptera

Elachistidae) Department of Entomology Applied Biological Control Research

DISPONIacuteVEL EM lt httpbiocontrolucredustenomastenomahtml gt

HOHMANN C L MENEGUIM A M A BROCA-DO-ABACATE (Stenoma catenifer)

Aspectos bioloacutegicos comportamento danos e manejo Instituto Agronocircmico do

Paranaacute ndash Londrina ndashPR Informe da Pesquisa n 147 2005

HOHMANN C L MENEGUIM A M Observaccedilotildees preliminares sobre a ocorrecircncia

da broca-do-abacate Stenoma catenifer Wals no Estado do Paranaacute Anais da

Sociedade Entomoloacutegica do Brasil v 22 p 417-419 1993

ILLSLEY-GRANICH C‟Hass‟Carmenrega precocious flowering avocado tree

Agrovim AS de CV Uruapan Michocan Mexico Rob Brokaw Brokaw Nursery Inc

Saticoy California USA Dr Salvador Ochoa-Ascencio University of Michoacan

Uruapan Michoacan Mexico 2011 DISPONIacuteVEL EM lt

httpworldavocadocongress2011comuserfilesfileCarlos20Illsley201410-

1430pdf gt

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA ESTATIacuteSTICA (IBGE) IBGE CIDADES

DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwcidadesibgegovbrcartogramamapaphplang=ampcoduf=53ampcodmun=53

0010ampidtema=136ampcodv=v01ampsearch=distrito-federal|brasilia|sintese-das-

informacoes-2013 gt

KADER A A 1992 Postharvest technology of horticultural crops Okland Univertisy

of California 292p

51

KADER A A ARPIA M L Avocado Recommendations for Maintaining

Postharvest Quality 2013

KADER A A Biologiacutea y Tecnologiacutea Postcosecha un Panorama In KADER A A

Tecnologiacutea Postcosecha de Cultivos Hortofrutiacutecolas 3 Ed Davis University Of

Califoacuternia 2007 Cap 4 p 43-53

KLUGE R A et al Inibiccedilatildeo do amadurecimento de abacate com 1-

metilciclopropeno Pesquisa Agropecuaacuteria Brasileira 37(7)895-901

KOOLER O C Abacaticultura Porto Alegre UFRGS 1992 138p

KOOLER O C ABACATICULTURA Porto Alegre UFRGS 1984 138p

KOLLER O C Abacate produccedilatildeo de mudas instalaccedilatildeo e manejo de pomares

colheita e poacutes-colheita Porto Alegre Cinco Continentes 2002 145 p

KREMER-KOumlHNE S KOumlHNE J S 25 YEARS OF AVOCADO ROOTSTOCK

DEVELOPMENT IN SOUTH AFRICA VI World Avocado Congress Chile 2007

DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwavocadosourcecomWAC6enExtenso1a-8pdf gt

LIPPERT C ALLAMAND M (WESTFALIASUBSOLE) A hystory of

collaboration Rev Subsole Santiago 2007

MAIS NATUREZA ABACATEIRO DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwmaisnaturezacomplantasarvoresabacateiro gt

MARANCA G Fruticultura comercial Manga e Abacate Satildeo Paulo Nobel 1980

p 81-133

MASSAFERA G COSTA T M B OLIVEIRA J E D COMPOSICcedilAtildeO DE AacuteCIDOS

GRAXOS DO OacuteLEO DO MESOCARPO E DA SEMENTE DE CULTIVARES DE

ABACATE (Persea americana MILL) DA REGIAtildeO DE RIBEIRAtildeO PRETO SP)

52

Alim Nutr Araraquara V 21 n 2 p 325-331 abrjun 2010 DISPONIacuteVEL EM lt

http20014571150seerindexphpalimentosarticleview940a20v21n2pdf gt

MDIC Negociaccedilotildees internacionais DISPONIacuteVEL EM

httpwwwdesenvolvimentogovbrsitiosecexnegInternacionaisMedTerrorismoLei

ph p gt

MICKELBART M V BENDER G S WITNEY G W ADAMS C ARPAIA M L

Effects of clonal rootstocks on bdquoHass‟ avocado yield components alternate bearing

and nutrition Journal of Horticultural Schience amp Biotechnology Ashford v 82

n 3 p 460-466 2007

MILLER B BERTELS R PADILLA T WILEMAN R THOMSEN L China the

new frontier VIII World Avocado Congress 2015

MONTENEGRO H W S A cultura do abacateiro Satildeo Paulo Melhoramentos

1951 102p (Criaccedilatildeo e Lavoura n 11)

MORAES A F G Desenvolvimento produccedilatildeo e qualidade de frutos de abacateiro

cv bdquoHass‟ sobre dois porta-enxertos nas condiccedilotildees edafoclimaacuteticas da regiatildeo central

do Estado de Satildeo Paulo Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Ciecircncias Piracicaba 2014

NAAMANI G Global Trends in main Avocado Markets VII World Avocado

Congress Australia 2011

NAVA DE DE LARA HADDAD M PARRA JRP 2005 Exigecircncias teacutermicas

estimativa do nuacutemero de geroccedilotildees de Stenoma catenifer e comprovaccedilatildeo de modelo

em campo Pesq Agropec Bras Brasilia v 40 p 961-967

NAVA DE PARRA JRP COSTA VA GUERRA TM COcircNSOLI FL (2005b)

Population dynamics of Stenoma catenifer(Lepidoptera Elachistidae) and related

larval parasitoids in Minas Gerais Brazil Florida Entomologistv 88p 441-446

53

NOVAGRIM ndash FRESH FRUITS IMPORTER amp VEGETABLE SUPPLIER SINCE

1999 2001-2013 WORLD AVOCADO PRODUCTION DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwnovagrimcomPages2000_2011_Avocado_statistics_ENaspx gt

OLIVEIRA LA A importacircncia das Normas Internacionais para o Comeacutercio da

Fruticultura Brasileira Piracicaba Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Economia Escola

Superior de Agricultura ldquoLuiz de Queirozrdquo Universidade de Satildeo Paulo Piracicaba

2005

OLIVEIRA M A de et al 2000 Ceras para conservaccedilatildeo poacutes colheita de frutos de

abacateiro cultivar Fuerte armazenados em temperatura ambiente Scientia Agriacutecola

Piracicaba 57 (4) 777-780

PASSONI A D NEVES M C M RODRIGUES B B BOTEON M Anaacutelise dos

principais entraves na exportaccedilatildeo de frutas brasileiras CENTRO DE ESTUDOS

AVANCcedilADOS EM ECONOMIA APLICADA (CEPEAESALQ-USP) XLIV

CONGRESSO DA SOBER ndash ldquoQuestotildees Agraacuterias Educaccedilatildeo no Campo e

Desenvolvimentordquo Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia Rural Fortaleza

2006

PEGG K G COATES L M KORSTEN L HARDING R M Foliar fruit and

soilborne diseases In WHILEY A W SCHAF

PERFIL DA FRUTICULTURA 2014 Base de dados 2012 a 2013 Governo de Minas

Gerais Agricultura Pecuaacuteria e Abastecimento 2014

PICCININ E PASCHOLATI S F ldquoDOENCcedilAS DO ABACATEIRO‟ em MANUAL DE

FITOPATOLOGIA Vol 2 Doenccedilas das Plantas Cultivadas Editora Agronocircmica

Ceres Ltda Satildeo Paulo 1997 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwifcursoscombrsistemaadminarquivos07-33-29-

manualfitopatologiapdfpage=10 gt

54

PUTT F F GOacuteES B C CATANEO P F Anaacutelise econocircmica de oferta e demanda

do abacate na alta paulista X Foacuterum Ambiental da Alta Paulista v 10 n 7 2014

pp 158-169

ROCHA I L Nuacutemeros do abacate HORTIESCOLHA Instituto Brasileiro de

Qualidade em Horticultura DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwhortibrasilorgbrjnwindexphpoption=com_contentampview=articleampid=120

9numeros-do-abacate-ampcatid=50comercializacaoampItemid=82 gt

SANTO N T Manejo da vegetaccedilatildeo intercalar para obtenccedilatildeo de cobertura morta na

cultura do abacateiro visando minimizar os danos causados por Phytophthora

cinnamomi Dissertaccedilatildeo de mestrado em Fitotecnia Piracicaba 2014

SCHAFFER B WOLSTENJOLME B N WHILEY A W The avocado botany

production and uses 560 p 2012 DISPONIacuteVEL EM lt

httpsbooksgooglecombrbooksid=r0hpRJca3zECamppg=PA83amplpg=PA83ampdq=Th

e+Avocado+botany+production+and+uses+hass-

likeampsource=blampots=oqc5OBsbmVampsig=5gDWWPIMYRBW9cH3yYuWh-ldd-8amphl=pt-

BRampsa=Xampved=0ahUKEwj_yPbgsoTKAhUGDpAKHZTrCWEQ6AEIPDADv=onepag

eampqampf=false gt

SCIENCIA I Certificaccedilatildeo GLOBALGAP e impactos ambientais em agroinduacutestrias de

alimentos Dissertaccedilatildeo de Poacutes-Graduaccedilatildeo Araraquara SP 2010 lt

mlthttpwwwecoecoorgbrconteudopublicacoesencontrosvii_envii_enc_ecohtm

gt

SIMAtildeO S Manual de Fruticultura Satildeo Paulo Editora Agronocircmica Ceres 1971

530p p 147-169

SINGER P MASON J Eacutetica da alimentaccedilatildeo como nossos haacutebitos alimentares

influenciam o meio ambiente e o nosso bem estar Rio de Janeiro Elsevier 2007

SOARES H F ITO M K O AacuteCIDO GRAXO MONOINSATURADO DO ABACATE

NO CONTROLE DE DISLIPIDEMIAS Ver Ciecircnc Meacuted Campinas P 47-51 2000

55

DISPONIacuteVEL EM lt httpperiodicospuc-

campinasedubrseerindexphpcienciasmedicasarticleviewFile13301304 gt

TEIXEIRA C G Cultura In ITAL ndash INSTITUTO DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS

(Campinas) Abacate Cultura mateacuteria-prima processamento e aspectos

econocircmicos 2 Ed Campinas Instituto Campineiro de Ensino Agriacutecola 1995 Cap 1

p 1-54 (Frutas Tropicais)

TEIXEIRA C G Cultura do abacate In TEIXEIRA C G et al ABACATE cultura

mateacuteria prima processamento e aspectos econocircmicos 2deg ed Seacuterie Fruas Tropicais

ndeg8 ITAL Campinas 1991 250p

WATANABE H S Caracteriacutesticas de cultivares de abacate CEAGESPS ndash

Companhia de Entrepostos e Armazeacutens Gerais de Satildeo Paulo 2013

WOLFENBARGER D O COLBURN B The Stenoma catenifer a serious Avocado

pest Proceedings of Florida State Horticulture Society v 92 p 315-318 1979

ZEIDAN R SEIXAS P ABRANCHES L COSTA D MEIRELLES F Certificaccedilatildeo

na cadeia produtiva de alimentos e as barreiras teacutecnicas agrave exportaccedilatildeo Simpoacutesio de

excelecircncia e gestatildeo e tecnologia ndash SEGeT 2008 Resende

Page 48: EVOLUÇÃO DA PRODUÇÃO MUNDIAL E NACIONAL …...RESUMO O abacateiro, Persea americana, é uma cultura muito importante em vários países, devido ao volume comercializado da fruta

48

CORREIA R C ARAUJO J L P MOUCO M A do C BRAGA C A

MENDONCcedilA R F de Abacate preferecircncias e mercado CONGRESSO

BRASILEIRO DE FRUTICULTURA 21 2010 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwalicecnptiaembrapabralicebitstreamdoc8700181Moucopdf gt

CARVALHO L F Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado realizaccedilatildeo Jaguacy

Sindicato Rural de Bauru Serviccedilo Nacional de Aprendizagem Rural - SENAR

Faculdades Integradas de Bauru ndash SP 2015

CHITARRA M I F CHITARA A B 2005 Poacutes colheita de frutos e hortaliccedilas

Fiiologia e Manuseio Lavras ESALFAEPE

CRANE J H BALERDI C F MAGUIRE I Avocado Growing in the Florida Home

Landscape University of Florida Circular 1034 one of a series of the Horticultural

Sciences Department Florida Cooperative Extension Service Institute of Food and

Agricultural Sciences University of Florida 1983 Revised 2007

CRIZEL G R MOURA R S OLIVEIRA I R MENDONCcedilA C R B

Caracteriacutesticas fiacutesicas e quiacutemicas de abacates das variedades bdquoQuintal‟ e bdquoHass‟ In

CONGRESSO DE INICIACcedilAtildeO CIENTIacuteFICA 17 ENCONTRO DE POacuteS-

GRADUACcedilAtildeO 10 2008 Pelotas Resumos Pelotas UFPEL 2008

DAIUTO E R VIEITES R L TREMOCOLDI M A RUSSO V C Taxa

respiratoacuteria de abacate bdquoHass‟ submetido a diferentes tratamentos fiacutesicos Revista

Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha Meacutexico v 10 n 2 p 101-109

2010

DAIUTO E R TREMOCOLDI M A VIEITES R L Conservaccedilatildeo poacutes colheita de

abacate bdquoHass‟ irradiado Revista Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha vol

10 n 2 2010

DONADIO L C Abacate para exportaccedilatildeo aspectos teacutecnicos da produccedilatildeo

Brasiacutelia Frupex MAPA 1995 53 p

49

DONADIO L C FERRARI L AVILEacuteS T C Abacate In DONADIO L C (Ed)

Histoacuteria da Fruticultura Paulista Jaboticabal SBF ndash Sociedade Brasileira de

Fruticultura 2010 P 33-63

DORIZZOTTO C D A SAMPAIO A C ICUMA I M et al Avocado production

chain in the state of Satildeo Paulo (Brazil) In Proceedings VII World Avocado Congress

2011 Cairns Anaishellip Cairns Internacional Avocado Society 2011 DISPONIacuteVEL

EM lt

httpworldAvocadocongress2011comuserfilesfileOsvaldo20Kioshi20Yamanis

hi201400-1420pdf gt

ERNST Z R ERNST A A The strategic role of new cultivars A case study of

bdquoMaluma‟ VIII Congreso Mundial de la Palta 2015 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwavocadosourcecomWAC8Section_02EarnstZander2015pdf gt

FACTFISH Avocados production quantity (tons) ndash for all countries DISPONIacuteVEL

EM lt httpwwwfactfishcomstatisticAvocados20production20quantity gt

FAOSTAT 2000 a 2013 DISPONIacuteVEL EM lt httpfaostat3faoorgbrowseTTPE gt

FER B WOLSTENHOLME B N (Ed) The Avocado botany production and

uses Oxon CABI Publ 2002 chap 12 p 299-338

FRANCISCO V L F dos S BAPTISTELLA C S L CULTURA DO ABACATE NO

ESTADO DE SAtildeO PAULO Informaccedilotildees Econocircmicas SP v 35 n5 2005

DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwieaspgovbroutpublicacoespdftec3-0505pdf gt

GAYET J P et al 1995 Abacate para exportaccedilatildeo procedimentos de colheita e

poacutes-colheita FRUPEX Brasiacutelia 37p

GIRARDI G Abacate uma nova opccedilatildeo de biocombustiacutevel Jornal UNESP Bauru

2009 DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwunespbracijornal248energia_bauruphp gt

50

GUEDES M S B SENA M TOLEDO S Certificaccedilatildeo como estrateacutegia competitiva

internacional dos produtores de frutas no Brasil VII Encontro da Sociedade

Brasileira de Economia Ecoloacutegica (ECO-ECO) 28 a 30 de novembro de 2007

Fortaleza Cearaacute

HODDLE M The Avocado Seed Moth Stenoma cateniver Walsingham (Lepdoptera

Elachistidae) Department of Entomology Applied Biological Control Research

DISPONIacuteVEL EM lt httpbiocontrolucredustenomastenomahtml gt

HOHMANN C L MENEGUIM A M A BROCA-DO-ABACATE (Stenoma catenifer)

Aspectos bioloacutegicos comportamento danos e manejo Instituto Agronocircmico do

Paranaacute ndash Londrina ndashPR Informe da Pesquisa n 147 2005

HOHMANN C L MENEGUIM A M Observaccedilotildees preliminares sobre a ocorrecircncia

da broca-do-abacate Stenoma catenifer Wals no Estado do Paranaacute Anais da

Sociedade Entomoloacutegica do Brasil v 22 p 417-419 1993

ILLSLEY-GRANICH C‟Hass‟Carmenrega precocious flowering avocado tree

Agrovim AS de CV Uruapan Michocan Mexico Rob Brokaw Brokaw Nursery Inc

Saticoy California USA Dr Salvador Ochoa-Ascencio University of Michoacan

Uruapan Michoacan Mexico 2011 DISPONIacuteVEL EM lt

httpworldavocadocongress2011comuserfilesfileCarlos20Illsley201410-

1430pdf gt

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA ESTATIacuteSTICA (IBGE) IBGE CIDADES

DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwcidadesibgegovbrcartogramamapaphplang=ampcoduf=53ampcodmun=53

0010ampidtema=136ampcodv=v01ampsearch=distrito-federal|brasilia|sintese-das-

informacoes-2013 gt

KADER A A 1992 Postharvest technology of horticultural crops Okland Univertisy

of California 292p

51

KADER A A ARPIA M L Avocado Recommendations for Maintaining

Postharvest Quality 2013

KADER A A Biologiacutea y Tecnologiacutea Postcosecha un Panorama In KADER A A

Tecnologiacutea Postcosecha de Cultivos Hortofrutiacutecolas 3 Ed Davis University Of

Califoacuternia 2007 Cap 4 p 43-53

KLUGE R A et al Inibiccedilatildeo do amadurecimento de abacate com 1-

metilciclopropeno Pesquisa Agropecuaacuteria Brasileira 37(7)895-901

KOOLER O C Abacaticultura Porto Alegre UFRGS 1992 138p

KOOLER O C ABACATICULTURA Porto Alegre UFRGS 1984 138p

KOLLER O C Abacate produccedilatildeo de mudas instalaccedilatildeo e manejo de pomares

colheita e poacutes-colheita Porto Alegre Cinco Continentes 2002 145 p

KREMER-KOumlHNE S KOumlHNE J S 25 YEARS OF AVOCADO ROOTSTOCK

DEVELOPMENT IN SOUTH AFRICA VI World Avocado Congress Chile 2007

DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwavocadosourcecomWAC6enExtenso1a-8pdf gt

LIPPERT C ALLAMAND M (WESTFALIASUBSOLE) A hystory of

collaboration Rev Subsole Santiago 2007

MAIS NATUREZA ABACATEIRO DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwmaisnaturezacomplantasarvoresabacateiro gt

MARANCA G Fruticultura comercial Manga e Abacate Satildeo Paulo Nobel 1980

p 81-133

MASSAFERA G COSTA T M B OLIVEIRA J E D COMPOSICcedilAtildeO DE AacuteCIDOS

GRAXOS DO OacuteLEO DO MESOCARPO E DA SEMENTE DE CULTIVARES DE

ABACATE (Persea americana MILL) DA REGIAtildeO DE RIBEIRAtildeO PRETO SP)

52

Alim Nutr Araraquara V 21 n 2 p 325-331 abrjun 2010 DISPONIacuteVEL EM lt

http20014571150seerindexphpalimentosarticleview940a20v21n2pdf gt

MDIC Negociaccedilotildees internacionais DISPONIacuteVEL EM

httpwwwdesenvolvimentogovbrsitiosecexnegInternacionaisMedTerrorismoLei

ph p gt

MICKELBART M V BENDER G S WITNEY G W ADAMS C ARPAIA M L

Effects of clonal rootstocks on bdquoHass‟ avocado yield components alternate bearing

and nutrition Journal of Horticultural Schience amp Biotechnology Ashford v 82

n 3 p 460-466 2007

MILLER B BERTELS R PADILLA T WILEMAN R THOMSEN L China the

new frontier VIII World Avocado Congress 2015

MONTENEGRO H W S A cultura do abacateiro Satildeo Paulo Melhoramentos

1951 102p (Criaccedilatildeo e Lavoura n 11)

MORAES A F G Desenvolvimento produccedilatildeo e qualidade de frutos de abacateiro

cv bdquoHass‟ sobre dois porta-enxertos nas condiccedilotildees edafoclimaacuteticas da regiatildeo central

do Estado de Satildeo Paulo Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Ciecircncias Piracicaba 2014

NAAMANI G Global Trends in main Avocado Markets VII World Avocado

Congress Australia 2011

NAVA DE DE LARA HADDAD M PARRA JRP 2005 Exigecircncias teacutermicas

estimativa do nuacutemero de geroccedilotildees de Stenoma catenifer e comprovaccedilatildeo de modelo

em campo Pesq Agropec Bras Brasilia v 40 p 961-967

NAVA DE PARRA JRP COSTA VA GUERRA TM COcircNSOLI FL (2005b)

Population dynamics of Stenoma catenifer(Lepidoptera Elachistidae) and related

larval parasitoids in Minas Gerais Brazil Florida Entomologistv 88p 441-446

53

NOVAGRIM ndash FRESH FRUITS IMPORTER amp VEGETABLE SUPPLIER SINCE

1999 2001-2013 WORLD AVOCADO PRODUCTION DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwnovagrimcomPages2000_2011_Avocado_statistics_ENaspx gt

OLIVEIRA LA A importacircncia das Normas Internacionais para o Comeacutercio da

Fruticultura Brasileira Piracicaba Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Economia Escola

Superior de Agricultura ldquoLuiz de Queirozrdquo Universidade de Satildeo Paulo Piracicaba

2005

OLIVEIRA M A de et al 2000 Ceras para conservaccedilatildeo poacutes colheita de frutos de

abacateiro cultivar Fuerte armazenados em temperatura ambiente Scientia Agriacutecola

Piracicaba 57 (4) 777-780

PASSONI A D NEVES M C M RODRIGUES B B BOTEON M Anaacutelise dos

principais entraves na exportaccedilatildeo de frutas brasileiras CENTRO DE ESTUDOS

AVANCcedilADOS EM ECONOMIA APLICADA (CEPEAESALQ-USP) XLIV

CONGRESSO DA SOBER ndash ldquoQuestotildees Agraacuterias Educaccedilatildeo no Campo e

Desenvolvimentordquo Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia Rural Fortaleza

2006

PEGG K G COATES L M KORSTEN L HARDING R M Foliar fruit and

soilborne diseases In WHILEY A W SCHAF

PERFIL DA FRUTICULTURA 2014 Base de dados 2012 a 2013 Governo de Minas

Gerais Agricultura Pecuaacuteria e Abastecimento 2014

PICCININ E PASCHOLATI S F ldquoDOENCcedilAS DO ABACATEIRO‟ em MANUAL DE

FITOPATOLOGIA Vol 2 Doenccedilas das Plantas Cultivadas Editora Agronocircmica

Ceres Ltda Satildeo Paulo 1997 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwifcursoscombrsistemaadminarquivos07-33-29-

manualfitopatologiapdfpage=10 gt

54

PUTT F F GOacuteES B C CATANEO P F Anaacutelise econocircmica de oferta e demanda

do abacate na alta paulista X Foacuterum Ambiental da Alta Paulista v 10 n 7 2014

pp 158-169

ROCHA I L Nuacutemeros do abacate HORTIESCOLHA Instituto Brasileiro de

Qualidade em Horticultura DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwhortibrasilorgbrjnwindexphpoption=com_contentampview=articleampid=120

9numeros-do-abacate-ampcatid=50comercializacaoampItemid=82 gt

SANTO N T Manejo da vegetaccedilatildeo intercalar para obtenccedilatildeo de cobertura morta na

cultura do abacateiro visando minimizar os danos causados por Phytophthora

cinnamomi Dissertaccedilatildeo de mestrado em Fitotecnia Piracicaba 2014

SCHAFFER B WOLSTENJOLME B N WHILEY A W The avocado botany

production and uses 560 p 2012 DISPONIacuteVEL EM lt

httpsbooksgooglecombrbooksid=r0hpRJca3zECamppg=PA83amplpg=PA83ampdq=Th

e+Avocado+botany+production+and+uses+hass-

likeampsource=blampots=oqc5OBsbmVampsig=5gDWWPIMYRBW9cH3yYuWh-ldd-8amphl=pt-

BRampsa=Xampved=0ahUKEwj_yPbgsoTKAhUGDpAKHZTrCWEQ6AEIPDADv=onepag

eampqampf=false gt

SCIENCIA I Certificaccedilatildeo GLOBALGAP e impactos ambientais em agroinduacutestrias de

alimentos Dissertaccedilatildeo de Poacutes-Graduaccedilatildeo Araraquara SP 2010 lt

mlthttpwwwecoecoorgbrconteudopublicacoesencontrosvii_envii_enc_ecohtm

gt

SIMAtildeO S Manual de Fruticultura Satildeo Paulo Editora Agronocircmica Ceres 1971

530p p 147-169

SINGER P MASON J Eacutetica da alimentaccedilatildeo como nossos haacutebitos alimentares

influenciam o meio ambiente e o nosso bem estar Rio de Janeiro Elsevier 2007

SOARES H F ITO M K O AacuteCIDO GRAXO MONOINSATURADO DO ABACATE

NO CONTROLE DE DISLIPIDEMIAS Ver Ciecircnc Meacuted Campinas P 47-51 2000

55

DISPONIacuteVEL EM lt httpperiodicospuc-

campinasedubrseerindexphpcienciasmedicasarticleviewFile13301304 gt

TEIXEIRA C G Cultura In ITAL ndash INSTITUTO DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS

(Campinas) Abacate Cultura mateacuteria-prima processamento e aspectos

econocircmicos 2 Ed Campinas Instituto Campineiro de Ensino Agriacutecola 1995 Cap 1

p 1-54 (Frutas Tropicais)

TEIXEIRA C G Cultura do abacate In TEIXEIRA C G et al ABACATE cultura

mateacuteria prima processamento e aspectos econocircmicos 2deg ed Seacuterie Fruas Tropicais

ndeg8 ITAL Campinas 1991 250p

WATANABE H S Caracteriacutesticas de cultivares de abacate CEAGESPS ndash

Companhia de Entrepostos e Armazeacutens Gerais de Satildeo Paulo 2013

WOLFENBARGER D O COLBURN B The Stenoma catenifer a serious Avocado

pest Proceedings of Florida State Horticulture Society v 92 p 315-318 1979

ZEIDAN R SEIXAS P ABRANCHES L COSTA D MEIRELLES F Certificaccedilatildeo

na cadeia produtiva de alimentos e as barreiras teacutecnicas agrave exportaccedilatildeo Simpoacutesio de

excelecircncia e gestatildeo e tecnologia ndash SEGeT 2008 Resende

Page 49: EVOLUÇÃO DA PRODUÇÃO MUNDIAL E NACIONAL …...RESUMO O abacateiro, Persea americana, é uma cultura muito importante em vários países, devido ao volume comercializado da fruta

49

DONADIO L C FERRARI L AVILEacuteS T C Abacate In DONADIO L C (Ed)

Histoacuteria da Fruticultura Paulista Jaboticabal SBF ndash Sociedade Brasileira de

Fruticultura 2010 P 33-63

DORIZZOTTO C D A SAMPAIO A C ICUMA I M et al Avocado production

chain in the state of Satildeo Paulo (Brazil) In Proceedings VII World Avocado Congress

2011 Cairns Anaishellip Cairns Internacional Avocado Society 2011 DISPONIacuteVEL

EM lt

httpworldAvocadocongress2011comuserfilesfileOsvaldo20Kioshi20Yamanis

hi201400-1420pdf gt

ERNST Z R ERNST A A The strategic role of new cultivars A case study of

bdquoMaluma‟ VIII Congreso Mundial de la Palta 2015 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwavocadosourcecomWAC8Section_02EarnstZander2015pdf gt

FACTFISH Avocados production quantity (tons) ndash for all countries DISPONIacuteVEL

EM lt httpwwwfactfishcomstatisticAvocados20production20quantity gt

FAOSTAT 2000 a 2013 DISPONIacuteVEL EM lt httpfaostat3faoorgbrowseTTPE gt

FER B WOLSTENHOLME B N (Ed) The Avocado botany production and

uses Oxon CABI Publ 2002 chap 12 p 299-338

FRANCISCO V L F dos S BAPTISTELLA C S L CULTURA DO ABACATE NO

ESTADO DE SAtildeO PAULO Informaccedilotildees Econocircmicas SP v 35 n5 2005

DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwieaspgovbroutpublicacoespdftec3-0505pdf gt

GAYET J P et al 1995 Abacate para exportaccedilatildeo procedimentos de colheita e

poacutes-colheita FRUPEX Brasiacutelia 37p

GIRARDI G Abacate uma nova opccedilatildeo de biocombustiacutevel Jornal UNESP Bauru

2009 DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwunespbracijornal248energia_bauruphp gt

50

GUEDES M S B SENA M TOLEDO S Certificaccedilatildeo como estrateacutegia competitiva

internacional dos produtores de frutas no Brasil VII Encontro da Sociedade

Brasileira de Economia Ecoloacutegica (ECO-ECO) 28 a 30 de novembro de 2007

Fortaleza Cearaacute

HODDLE M The Avocado Seed Moth Stenoma cateniver Walsingham (Lepdoptera

Elachistidae) Department of Entomology Applied Biological Control Research

DISPONIacuteVEL EM lt httpbiocontrolucredustenomastenomahtml gt

HOHMANN C L MENEGUIM A M A BROCA-DO-ABACATE (Stenoma catenifer)

Aspectos bioloacutegicos comportamento danos e manejo Instituto Agronocircmico do

Paranaacute ndash Londrina ndashPR Informe da Pesquisa n 147 2005

HOHMANN C L MENEGUIM A M Observaccedilotildees preliminares sobre a ocorrecircncia

da broca-do-abacate Stenoma catenifer Wals no Estado do Paranaacute Anais da

Sociedade Entomoloacutegica do Brasil v 22 p 417-419 1993

ILLSLEY-GRANICH C‟Hass‟Carmenrega precocious flowering avocado tree

Agrovim AS de CV Uruapan Michocan Mexico Rob Brokaw Brokaw Nursery Inc

Saticoy California USA Dr Salvador Ochoa-Ascencio University of Michoacan

Uruapan Michoacan Mexico 2011 DISPONIacuteVEL EM lt

httpworldavocadocongress2011comuserfilesfileCarlos20Illsley201410-

1430pdf gt

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA ESTATIacuteSTICA (IBGE) IBGE CIDADES

DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwcidadesibgegovbrcartogramamapaphplang=ampcoduf=53ampcodmun=53

0010ampidtema=136ampcodv=v01ampsearch=distrito-federal|brasilia|sintese-das-

informacoes-2013 gt

KADER A A 1992 Postharvest technology of horticultural crops Okland Univertisy

of California 292p

51

KADER A A ARPIA M L Avocado Recommendations for Maintaining

Postharvest Quality 2013

KADER A A Biologiacutea y Tecnologiacutea Postcosecha un Panorama In KADER A A

Tecnologiacutea Postcosecha de Cultivos Hortofrutiacutecolas 3 Ed Davis University Of

Califoacuternia 2007 Cap 4 p 43-53

KLUGE R A et al Inibiccedilatildeo do amadurecimento de abacate com 1-

metilciclopropeno Pesquisa Agropecuaacuteria Brasileira 37(7)895-901

KOOLER O C Abacaticultura Porto Alegre UFRGS 1992 138p

KOOLER O C ABACATICULTURA Porto Alegre UFRGS 1984 138p

KOLLER O C Abacate produccedilatildeo de mudas instalaccedilatildeo e manejo de pomares

colheita e poacutes-colheita Porto Alegre Cinco Continentes 2002 145 p

KREMER-KOumlHNE S KOumlHNE J S 25 YEARS OF AVOCADO ROOTSTOCK

DEVELOPMENT IN SOUTH AFRICA VI World Avocado Congress Chile 2007

DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwavocadosourcecomWAC6enExtenso1a-8pdf gt

LIPPERT C ALLAMAND M (WESTFALIASUBSOLE) A hystory of

collaboration Rev Subsole Santiago 2007

MAIS NATUREZA ABACATEIRO DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwmaisnaturezacomplantasarvoresabacateiro gt

MARANCA G Fruticultura comercial Manga e Abacate Satildeo Paulo Nobel 1980

p 81-133

MASSAFERA G COSTA T M B OLIVEIRA J E D COMPOSICcedilAtildeO DE AacuteCIDOS

GRAXOS DO OacuteLEO DO MESOCARPO E DA SEMENTE DE CULTIVARES DE

ABACATE (Persea americana MILL) DA REGIAtildeO DE RIBEIRAtildeO PRETO SP)

52

Alim Nutr Araraquara V 21 n 2 p 325-331 abrjun 2010 DISPONIacuteVEL EM lt

http20014571150seerindexphpalimentosarticleview940a20v21n2pdf gt

MDIC Negociaccedilotildees internacionais DISPONIacuteVEL EM

httpwwwdesenvolvimentogovbrsitiosecexnegInternacionaisMedTerrorismoLei

ph p gt

MICKELBART M V BENDER G S WITNEY G W ADAMS C ARPAIA M L

Effects of clonal rootstocks on bdquoHass‟ avocado yield components alternate bearing

and nutrition Journal of Horticultural Schience amp Biotechnology Ashford v 82

n 3 p 460-466 2007

MILLER B BERTELS R PADILLA T WILEMAN R THOMSEN L China the

new frontier VIII World Avocado Congress 2015

MONTENEGRO H W S A cultura do abacateiro Satildeo Paulo Melhoramentos

1951 102p (Criaccedilatildeo e Lavoura n 11)

MORAES A F G Desenvolvimento produccedilatildeo e qualidade de frutos de abacateiro

cv bdquoHass‟ sobre dois porta-enxertos nas condiccedilotildees edafoclimaacuteticas da regiatildeo central

do Estado de Satildeo Paulo Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Ciecircncias Piracicaba 2014

NAAMANI G Global Trends in main Avocado Markets VII World Avocado

Congress Australia 2011

NAVA DE DE LARA HADDAD M PARRA JRP 2005 Exigecircncias teacutermicas

estimativa do nuacutemero de geroccedilotildees de Stenoma catenifer e comprovaccedilatildeo de modelo

em campo Pesq Agropec Bras Brasilia v 40 p 961-967

NAVA DE PARRA JRP COSTA VA GUERRA TM COcircNSOLI FL (2005b)

Population dynamics of Stenoma catenifer(Lepidoptera Elachistidae) and related

larval parasitoids in Minas Gerais Brazil Florida Entomologistv 88p 441-446

53

NOVAGRIM ndash FRESH FRUITS IMPORTER amp VEGETABLE SUPPLIER SINCE

1999 2001-2013 WORLD AVOCADO PRODUCTION DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwnovagrimcomPages2000_2011_Avocado_statistics_ENaspx gt

OLIVEIRA LA A importacircncia das Normas Internacionais para o Comeacutercio da

Fruticultura Brasileira Piracicaba Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Economia Escola

Superior de Agricultura ldquoLuiz de Queirozrdquo Universidade de Satildeo Paulo Piracicaba

2005

OLIVEIRA M A de et al 2000 Ceras para conservaccedilatildeo poacutes colheita de frutos de

abacateiro cultivar Fuerte armazenados em temperatura ambiente Scientia Agriacutecola

Piracicaba 57 (4) 777-780

PASSONI A D NEVES M C M RODRIGUES B B BOTEON M Anaacutelise dos

principais entraves na exportaccedilatildeo de frutas brasileiras CENTRO DE ESTUDOS

AVANCcedilADOS EM ECONOMIA APLICADA (CEPEAESALQ-USP) XLIV

CONGRESSO DA SOBER ndash ldquoQuestotildees Agraacuterias Educaccedilatildeo no Campo e

Desenvolvimentordquo Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia Rural Fortaleza

2006

PEGG K G COATES L M KORSTEN L HARDING R M Foliar fruit and

soilborne diseases In WHILEY A W SCHAF

PERFIL DA FRUTICULTURA 2014 Base de dados 2012 a 2013 Governo de Minas

Gerais Agricultura Pecuaacuteria e Abastecimento 2014

PICCININ E PASCHOLATI S F ldquoDOENCcedilAS DO ABACATEIRO‟ em MANUAL DE

FITOPATOLOGIA Vol 2 Doenccedilas das Plantas Cultivadas Editora Agronocircmica

Ceres Ltda Satildeo Paulo 1997 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwifcursoscombrsistemaadminarquivos07-33-29-

manualfitopatologiapdfpage=10 gt

54

PUTT F F GOacuteES B C CATANEO P F Anaacutelise econocircmica de oferta e demanda

do abacate na alta paulista X Foacuterum Ambiental da Alta Paulista v 10 n 7 2014

pp 158-169

ROCHA I L Nuacutemeros do abacate HORTIESCOLHA Instituto Brasileiro de

Qualidade em Horticultura DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwhortibrasilorgbrjnwindexphpoption=com_contentampview=articleampid=120

9numeros-do-abacate-ampcatid=50comercializacaoampItemid=82 gt

SANTO N T Manejo da vegetaccedilatildeo intercalar para obtenccedilatildeo de cobertura morta na

cultura do abacateiro visando minimizar os danos causados por Phytophthora

cinnamomi Dissertaccedilatildeo de mestrado em Fitotecnia Piracicaba 2014

SCHAFFER B WOLSTENJOLME B N WHILEY A W The avocado botany

production and uses 560 p 2012 DISPONIacuteVEL EM lt

httpsbooksgooglecombrbooksid=r0hpRJca3zECamppg=PA83amplpg=PA83ampdq=Th

e+Avocado+botany+production+and+uses+hass-

likeampsource=blampots=oqc5OBsbmVampsig=5gDWWPIMYRBW9cH3yYuWh-ldd-8amphl=pt-

BRampsa=Xampved=0ahUKEwj_yPbgsoTKAhUGDpAKHZTrCWEQ6AEIPDADv=onepag

eampqampf=false gt

SCIENCIA I Certificaccedilatildeo GLOBALGAP e impactos ambientais em agroinduacutestrias de

alimentos Dissertaccedilatildeo de Poacutes-Graduaccedilatildeo Araraquara SP 2010 lt

mlthttpwwwecoecoorgbrconteudopublicacoesencontrosvii_envii_enc_ecohtm

gt

SIMAtildeO S Manual de Fruticultura Satildeo Paulo Editora Agronocircmica Ceres 1971

530p p 147-169

SINGER P MASON J Eacutetica da alimentaccedilatildeo como nossos haacutebitos alimentares

influenciam o meio ambiente e o nosso bem estar Rio de Janeiro Elsevier 2007

SOARES H F ITO M K O AacuteCIDO GRAXO MONOINSATURADO DO ABACATE

NO CONTROLE DE DISLIPIDEMIAS Ver Ciecircnc Meacuted Campinas P 47-51 2000

55

DISPONIacuteVEL EM lt httpperiodicospuc-

campinasedubrseerindexphpcienciasmedicasarticleviewFile13301304 gt

TEIXEIRA C G Cultura In ITAL ndash INSTITUTO DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS

(Campinas) Abacate Cultura mateacuteria-prima processamento e aspectos

econocircmicos 2 Ed Campinas Instituto Campineiro de Ensino Agriacutecola 1995 Cap 1

p 1-54 (Frutas Tropicais)

TEIXEIRA C G Cultura do abacate In TEIXEIRA C G et al ABACATE cultura

mateacuteria prima processamento e aspectos econocircmicos 2deg ed Seacuterie Fruas Tropicais

ndeg8 ITAL Campinas 1991 250p

WATANABE H S Caracteriacutesticas de cultivares de abacate CEAGESPS ndash

Companhia de Entrepostos e Armazeacutens Gerais de Satildeo Paulo 2013

WOLFENBARGER D O COLBURN B The Stenoma catenifer a serious Avocado

pest Proceedings of Florida State Horticulture Society v 92 p 315-318 1979

ZEIDAN R SEIXAS P ABRANCHES L COSTA D MEIRELLES F Certificaccedilatildeo

na cadeia produtiva de alimentos e as barreiras teacutecnicas agrave exportaccedilatildeo Simpoacutesio de

excelecircncia e gestatildeo e tecnologia ndash SEGeT 2008 Resende

Page 50: EVOLUÇÃO DA PRODUÇÃO MUNDIAL E NACIONAL …...RESUMO O abacateiro, Persea americana, é uma cultura muito importante em vários países, devido ao volume comercializado da fruta

50

GUEDES M S B SENA M TOLEDO S Certificaccedilatildeo como estrateacutegia competitiva

internacional dos produtores de frutas no Brasil VII Encontro da Sociedade

Brasileira de Economia Ecoloacutegica (ECO-ECO) 28 a 30 de novembro de 2007

Fortaleza Cearaacute

HODDLE M The Avocado Seed Moth Stenoma cateniver Walsingham (Lepdoptera

Elachistidae) Department of Entomology Applied Biological Control Research

DISPONIacuteVEL EM lt httpbiocontrolucredustenomastenomahtml gt

HOHMANN C L MENEGUIM A M A BROCA-DO-ABACATE (Stenoma catenifer)

Aspectos bioloacutegicos comportamento danos e manejo Instituto Agronocircmico do

Paranaacute ndash Londrina ndashPR Informe da Pesquisa n 147 2005

HOHMANN C L MENEGUIM A M Observaccedilotildees preliminares sobre a ocorrecircncia

da broca-do-abacate Stenoma catenifer Wals no Estado do Paranaacute Anais da

Sociedade Entomoloacutegica do Brasil v 22 p 417-419 1993

ILLSLEY-GRANICH C‟Hass‟Carmenrega precocious flowering avocado tree

Agrovim AS de CV Uruapan Michocan Mexico Rob Brokaw Brokaw Nursery Inc

Saticoy California USA Dr Salvador Ochoa-Ascencio University of Michoacan

Uruapan Michoacan Mexico 2011 DISPONIacuteVEL EM lt

httpworldavocadocongress2011comuserfilesfileCarlos20Illsley201410-

1430pdf gt

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA ESTATIacuteSTICA (IBGE) IBGE CIDADES

DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwcidadesibgegovbrcartogramamapaphplang=ampcoduf=53ampcodmun=53

0010ampidtema=136ampcodv=v01ampsearch=distrito-federal|brasilia|sintese-das-

informacoes-2013 gt

KADER A A 1992 Postharvest technology of horticultural crops Okland Univertisy

of California 292p

51

KADER A A ARPIA M L Avocado Recommendations for Maintaining

Postharvest Quality 2013

KADER A A Biologiacutea y Tecnologiacutea Postcosecha un Panorama In KADER A A

Tecnologiacutea Postcosecha de Cultivos Hortofrutiacutecolas 3 Ed Davis University Of

Califoacuternia 2007 Cap 4 p 43-53

KLUGE R A et al Inibiccedilatildeo do amadurecimento de abacate com 1-

metilciclopropeno Pesquisa Agropecuaacuteria Brasileira 37(7)895-901

KOOLER O C Abacaticultura Porto Alegre UFRGS 1992 138p

KOOLER O C ABACATICULTURA Porto Alegre UFRGS 1984 138p

KOLLER O C Abacate produccedilatildeo de mudas instalaccedilatildeo e manejo de pomares

colheita e poacutes-colheita Porto Alegre Cinco Continentes 2002 145 p

KREMER-KOumlHNE S KOumlHNE J S 25 YEARS OF AVOCADO ROOTSTOCK

DEVELOPMENT IN SOUTH AFRICA VI World Avocado Congress Chile 2007

DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwavocadosourcecomWAC6enExtenso1a-8pdf gt

LIPPERT C ALLAMAND M (WESTFALIASUBSOLE) A hystory of

collaboration Rev Subsole Santiago 2007

MAIS NATUREZA ABACATEIRO DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwmaisnaturezacomplantasarvoresabacateiro gt

MARANCA G Fruticultura comercial Manga e Abacate Satildeo Paulo Nobel 1980

p 81-133

MASSAFERA G COSTA T M B OLIVEIRA J E D COMPOSICcedilAtildeO DE AacuteCIDOS

GRAXOS DO OacuteLEO DO MESOCARPO E DA SEMENTE DE CULTIVARES DE

ABACATE (Persea americana MILL) DA REGIAtildeO DE RIBEIRAtildeO PRETO SP)

52

Alim Nutr Araraquara V 21 n 2 p 325-331 abrjun 2010 DISPONIacuteVEL EM lt

http20014571150seerindexphpalimentosarticleview940a20v21n2pdf gt

MDIC Negociaccedilotildees internacionais DISPONIacuteVEL EM

httpwwwdesenvolvimentogovbrsitiosecexnegInternacionaisMedTerrorismoLei

ph p gt

MICKELBART M V BENDER G S WITNEY G W ADAMS C ARPAIA M L

Effects of clonal rootstocks on bdquoHass‟ avocado yield components alternate bearing

and nutrition Journal of Horticultural Schience amp Biotechnology Ashford v 82

n 3 p 460-466 2007

MILLER B BERTELS R PADILLA T WILEMAN R THOMSEN L China the

new frontier VIII World Avocado Congress 2015

MONTENEGRO H W S A cultura do abacateiro Satildeo Paulo Melhoramentos

1951 102p (Criaccedilatildeo e Lavoura n 11)

MORAES A F G Desenvolvimento produccedilatildeo e qualidade de frutos de abacateiro

cv bdquoHass‟ sobre dois porta-enxertos nas condiccedilotildees edafoclimaacuteticas da regiatildeo central

do Estado de Satildeo Paulo Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Ciecircncias Piracicaba 2014

NAAMANI G Global Trends in main Avocado Markets VII World Avocado

Congress Australia 2011

NAVA DE DE LARA HADDAD M PARRA JRP 2005 Exigecircncias teacutermicas

estimativa do nuacutemero de geroccedilotildees de Stenoma catenifer e comprovaccedilatildeo de modelo

em campo Pesq Agropec Bras Brasilia v 40 p 961-967

NAVA DE PARRA JRP COSTA VA GUERRA TM COcircNSOLI FL (2005b)

Population dynamics of Stenoma catenifer(Lepidoptera Elachistidae) and related

larval parasitoids in Minas Gerais Brazil Florida Entomologistv 88p 441-446

53

NOVAGRIM ndash FRESH FRUITS IMPORTER amp VEGETABLE SUPPLIER SINCE

1999 2001-2013 WORLD AVOCADO PRODUCTION DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwnovagrimcomPages2000_2011_Avocado_statistics_ENaspx gt

OLIVEIRA LA A importacircncia das Normas Internacionais para o Comeacutercio da

Fruticultura Brasileira Piracicaba Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Economia Escola

Superior de Agricultura ldquoLuiz de Queirozrdquo Universidade de Satildeo Paulo Piracicaba

2005

OLIVEIRA M A de et al 2000 Ceras para conservaccedilatildeo poacutes colheita de frutos de

abacateiro cultivar Fuerte armazenados em temperatura ambiente Scientia Agriacutecola

Piracicaba 57 (4) 777-780

PASSONI A D NEVES M C M RODRIGUES B B BOTEON M Anaacutelise dos

principais entraves na exportaccedilatildeo de frutas brasileiras CENTRO DE ESTUDOS

AVANCcedilADOS EM ECONOMIA APLICADA (CEPEAESALQ-USP) XLIV

CONGRESSO DA SOBER ndash ldquoQuestotildees Agraacuterias Educaccedilatildeo no Campo e

Desenvolvimentordquo Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia Rural Fortaleza

2006

PEGG K G COATES L M KORSTEN L HARDING R M Foliar fruit and

soilborne diseases In WHILEY A W SCHAF

PERFIL DA FRUTICULTURA 2014 Base de dados 2012 a 2013 Governo de Minas

Gerais Agricultura Pecuaacuteria e Abastecimento 2014

PICCININ E PASCHOLATI S F ldquoDOENCcedilAS DO ABACATEIRO‟ em MANUAL DE

FITOPATOLOGIA Vol 2 Doenccedilas das Plantas Cultivadas Editora Agronocircmica

Ceres Ltda Satildeo Paulo 1997 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwifcursoscombrsistemaadminarquivos07-33-29-

manualfitopatologiapdfpage=10 gt

54

PUTT F F GOacuteES B C CATANEO P F Anaacutelise econocircmica de oferta e demanda

do abacate na alta paulista X Foacuterum Ambiental da Alta Paulista v 10 n 7 2014

pp 158-169

ROCHA I L Nuacutemeros do abacate HORTIESCOLHA Instituto Brasileiro de

Qualidade em Horticultura DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwhortibrasilorgbrjnwindexphpoption=com_contentampview=articleampid=120

9numeros-do-abacate-ampcatid=50comercializacaoampItemid=82 gt

SANTO N T Manejo da vegetaccedilatildeo intercalar para obtenccedilatildeo de cobertura morta na

cultura do abacateiro visando minimizar os danos causados por Phytophthora

cinnamomi Dissertaccedilatildeo de mestrado em Fitotecnia Piracicaba 2014

SCHAFFER B WOLSTENJOLME B N WHILEY A W The avocado botany

production and uses 560 p 2012 DISPONIacuteVEL EM lt

httpsbooksgooglecombrbooksid=r0hpRJca3zECamppg=PA83amplpg=PA83ampdq=Th

e+Avocado+botany+production+and+uses+hass-

likeampsource=blampots=oqc5OBsbmVampsig=5gDWWPIMYRBW9cH3yYuWh-ldd-8amphl=pt-

BRampsa=Xampved=0ahUKEwj_yPbgsoTKAhUGDpAKHZTrCWEQ6AEIPDADv=onepag

eampqampf=false gt

SCIENCIA I Certificaccedilatildeo GLOBALGAP e impactos ambientais em agroinduacutestrias de

alimentos Dissertaccedilatildeo de Poacutes-Graduaccedilatildeo Araraquara SP 2010 lt

mlthttpwwwecoecoorgbrconteudopublicacoesencontrosvii_envii_enc_ecohtm

gt

SIMAtildeO S Manual de Fruticultura Satildeo Paulo Editora Agronocircmica Ceres 1971

530p p 147-169

SINGER P MASON J Eacutetica da alimentaccedilatildeo como nossos haacutebitos alimentares

influenciam o meio ambiente e o nosso bem estar Rio de Janeiro Elsevier 2007

SOARES H F ITO M K O AacuteCIDO GRAXO MONOINSATURADO DO ABACATE

NO CONTROLE DE DISLIPIDEMIAS Ver Ciecircnc Meacuted Campinas P 47-51 2000

55

DISPONIacuteVEL EM lt httpperiodicospuc-

campinasedubrseerindexphpcienciasmedicasarticleviewFile13301304 gt

TEIXEIRA C G Cultura In ITAL ndash INSTITUTO DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS

(Campinas) Abacate Cultura mateacuteria-prima processamento e aspectos

econocircmicos 2 Ed Campinas Instituto Campineiro de Ensino Agriacutecola 1995 Cap 1

p 1-54 (Frutas Tropicais)

TEIXEIRA C G Cultura do abacate In TEIXEIRA C G et al ABACATE cultura

mateacuteria prima processamento e aspectos econocircmicos 2deg ed Seacuterie Fruas Tropicais

ndeg8 ITAL Campinas 1991 250p

WATANABE H S Caracteriacutesticas de cultivares de abacate CEAGESPS ndash

Companhia de Entrepostos e Armazeacutens Gerais de Satildeo Paulo 2013

WOLFENBARGER D O COLBURN B The Stenoma catenifer a serious Avocado

pest Proceedings of Florida State Horticulture Society v 92 p 315-318 1979

ZEIDAN R SEIXAS P ABRANCHES L COSTA D MEIRELLES F Certificaccedilatildeo

na cadeia produtiva de alimentos e as barreiras teacutecnicas agrave exportaccedilatildeo Simpoacutesio de

excelecircncia e gestatildeo e tecnologia ndash SEGeT 2008 Resende

Page 51: EVOLUÇÃO DA PRODUÇÃO MUNDIAL E NACIONAL …...RESUMO O abacateiro, Persea americana, é uma cultura muito importante em vários países, devido ao volume comercializado da fruta

51

KADER A A ARPIA M L Avocado Recommendations for Maintaining

Postharvest Quality 2013

KADER A A Biologiacutea y Tecnologiacutea Postcosecha un Panorama In KADER A A

Tecnologiacutea Postcosecha de Cultivos Hortofrutiacutecolas 3 Ed Davis University Of

Califoacuternia 2007 Cap 4 p 43-53

KLUGE R A et al Inibiccedilatildeo do amadurecimento de abacate com 1-

metilciclopropeno Pesquisa Agropecuaacuteria Brasileira 37(7)895-901

KOOLER O C Abacaticultura Porto Alegre UFRGS 1992 138p

KOOLER O C ABACATICULTURA Porto Alegre UFRGS 1984 138p

KOLLER O C Abacate produccedilatildeo de mudas instalaccedilatildeo e manejo de pomares

colheita e poacutes-colheita Porto Alegre Cinco Continentes 2002 145 p

KREMER-KOumlHNE S KOumlHNE J S 25 YEARS OF AVOCADO ROOTSTOCK

DEVELOPMENT IN SOUTH AFRICA VI World Avocado Congress Chile 2007

DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwavocadosourcecomWAC6enExtenso1a-8pdf gt

LIPPERT C ALLAMAND M (WESTFALIASUBSOLE) A hystory of

collaboration Rev Subsole Santiago 2007

MAIS NATUREZA ABACATEIRO DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwmaisnaturezacomplantasarvoresabacateiro gt

MARANCA G Fruticultura comercial Manga e Abacate Satildeo Paulo Nobel 1980

p 81-133

MASSAFERA G COSTA T M B OLIVEIRA J E D COMPOSICcedilAtildeO DE AacuteCIDOS

GRAXOS DO OacuteLEO DO MESOCARPO E DA SEMENTE DE CULTIVARES DE

ABACATE (Persea americana MILL) DA REGIAtildeO DE RIBEIRAtildeO PRETO SP)

52

Alim Nutr Araraquara V 21 n 2 p 325-331 abrjun 2010 DISPONIacuteVEL EM lt

http20014571150seerindexphpalimentosarticleview940a20v21n2pdf gt

MDIC Negociaccedilotildees internacionais DISPONIacuteVEL EM

httpwwwdesenvolvimentogovbrsitiosecexnegInternacionaisMedTerrorismoLei

ph p gt

MICKELBART M V BENDER G S WITNEY G W ADAMS C ARPAIA M L

Effects of clonal rootstocks on bdquoHass‟ avocado yield components alternate bearing

and nutrition Journal of Horticultural Schience amp Biotechnology Ashford v 82

n 3 p 460-466 2007

MILLER B BERTELS R PADILLA T WILEMAN R THOMSEN L China the

new frontier VIII World Avocado Congress 2015

MONTENEGRO H W S A cultura do abacateiro Satildeo Paulo Melhoramentos

1951 102p (Criaccedilatildeo e Lavoura n 11)

MORAES A F G Desenvolvimento produccedilatildeo e qualidade de frutos de abacateiro

cv bdquoHass‟ sobre dois porta-enxertos nas condiccedilotildees edafoclimaacuteticas da regiatildeo central

do Estado de Satildeo Paulo Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Ciecircncias Piracicaba 2014

NAAMANI G Global Trends in main Avocado Markets VII World Avocado

Congress Australia 2011

NAVA DE DE LARA HADDAD M PARRA JRP 2005 Exigecircncias teacutermicas

estimativa do nuacutemero de geroccedilotildees de Stenoma catenifer e comprovaccedilatildeo de modelo

em campo Pesq Agropec Bras Brasilia v 40 p 961-967

NAVA DE PARRA JRP COSTA VA GUERRA TM COcircNSOLI FL (2005b)

Population dynamics of Stenoma catenifer(Lepidoptera Elachistidae) and related

larval parasitoids in Minas Gerais Brazil Florida Entomologistv 88p 441-446

53

NOVAGRIM ndash FRESH FRUITS IMPORTER amp VEGETABLE SUPPLIER SINCE

1999 2001-2013 WORLD AVOCADO PRODUCTION DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwnovagrimcomPages2000_2011_Avocado_statistics_ENaspx gt

OLIVEIRA LA A importacircncia das Normas Internacionais para o Comeacutercio da

Fruticultura Brasileira Piracicaba Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Economia Escola

Superior de Agricultura ldquoLuiz de Queirozrdquo Universidade de Satildeo Paulo Piracicaba

2005

OLIVEIRA M A de et al 2000 Ceras para conservaccedilatildeo poacutes colheita de frutos de

abacateiro cultivar Fuerte armazenados em temperatura ambiente Scientia Agriacutecola

Piracicaba 57 (4) 777-780

PASSONI A D NEVES M C M RODRIGUES B B BOTEON M Anaacutelise dos

principais entraves na exportaccedilatildeo de frutas brasileiras CENTRO DE ESTUDOS

AVANCcedilADOS EM ECONOMIA APLICADA (CEPEAESALQ-USP) XLIV

CONGRESSO DA SOBER ndash ldquoQuestotildees Agraacuterias Educaccedilatildeo no Campo e

Desenvolvimentordquo Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia Rural Fortaleza

2006

PEGG K G COATES L M KORSTEN L HARDING R M Foliar fruit and

soilborne diseases In WHILEY A W SCHAF

PERFIL DA FRUTICULTURA 2014 Base de dados 2012 a 2013 Governo de Minas

Gerais Agricultura Pecuaacuteria e Abastecimento 2014

PICCININ E PASCHOLATI S F ldquoDOENCcedilAS DO ABACATEIRO‟ em MANUAL DE

FITOPATOLOGIA Vol 2 Doenccedilas das Plantas Cultivadas Editora Agronocircmica

Ceres Ltda Satildeo Paulo 1997 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwifcursoscombrsistemaadminarquivos07-33-29-

manualfitopatologiapdfpage=10 gt

54

PUTT F F GOacuteES B C CATANEO P F Anaacutelise econocircmica de oferta e demanda

do abacate na alta paulista X Foacuterum Ambiental da Alta Paulista v 10 n 7 2014

pp 158-169

ROCHA I L Nuacutemeros do abacate HORTIESCOLHA Instituto Brasileiro de

Qualidade em Horticultura DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwhortibrasilorgbrjnwindexphpoption=com_contentampview=articleampid=120

9numeros-do-abacate-ampcatid=50comercializacaoampItemid=82 gt

SANTO N T Manejo da vegetaccedilatildeo intercalar para obtenccedilatildeo de cobertura morta na

cultura do abacateiro visando minimizar os danos causados por Phytophthora

cinnamomi Dissertaccedilatildeo de mestrado em Fitotecnia Piracicaba 2014

SCHAFFER B WOLSTENJOLME B N WHILEY A W The avocado botany

production and uses 560 p 2012 DISPONIacuteVEL EM lt

httpsbooksgooglecombrbooksid=r0hpRJca3zECamppg=PA83amplpg=PA83ampdq=Th

e+Avocado+botany+production+and+uses+hass-

likeampsource=blampots=oqc5OBsbmVampsig=5gDWWPIMYRBW9cH3yYuWh-ldd-8amphl=pt-

BRampsa=Xampved=0ahUKEwj_yPbgsoTKAhUGDpAKHZTrCWEQ6AEIPDADv=onepag

eampqampf=false gt

SCIENCIA I Certificaccedilatildeo GLOBALGAP e impactos ambientais em agroinduacutestrias de

alimentos Dissertaccedilatildeo de Poacutes-Graduaccedilatildeo Araraquara SP 2010 lt

mlthttpwwwecoecoorgbrconteudopublicacoesencontrosvii_envii_enc_ecohtm

gt

SIMAtildeO S Manual de Fruticultura Satildeo Paulo Editora Agronocircmica Ceres 1971

530p p 147-169

SINGER P MASON J Eacutetica da alimentaccedilatildeo como nossos haacutebitos alimentares

influenciam o meio ambiente e o nosso bem estar Rio de Janeiro Elsevier 2007

SOARES H F ITO M K O AacuteCIDO GRAXO MONOINSATURADO DO ABACATE

NO CONTROLE DE DISLIPIDEMIAS Ver Ciecircnc Meacuted Campinas P 47-51 2000

55

DISPONIacuteVEL EM lt httpperiodicospuc-

campinasedubrseerindexphpcienciasmedicasarticleviewFile13301304 gt

TEIXEIRA C G Cultura In ITAL ndash INSTITUTO DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS

(Campinas) Abacate Cultura mateacuteria-prima processamento e aspectos

econocircmicos 2 Ed Campinas Instituto Campineiro de Ensino Agriacutecola 1995 Cap 1

p 1-54 (Frutas Tropicais)

TEIXEIRA C G Cultura do abacate In TEIXEIRA C G et al ABACATE cultura

mateacuteria prima processamento e aspectos econocircmicos 2deg ed Seacuterie Fruas Tropicais

ndeg8 ITAL Campinas 1991 250p

WATANABE H S Caracteriacutesticas de cultivares de abacate CEAGESPS ndash

Companhia de Entrepostos e Armazeacutens Gerais de Satildeo Paulo 2013

WOLFENBARGER D O COLBURN B The Stenoma catenifer a serious Avocado

pest Proceedings of Florida State Horticulture Society v 92 p 315-318 1979

ZEIDAN R SEIXAS P ABRANCHES L COSTA D MEIRELLES F Certificaccedilatildeo

na cadeia produtiva de alimentos e as barreiras teacutecnicas agrave exportaccedilatildeo Simpoacutesio de

excelecircncia e gestatildeo e tecnologia ndash SEGeT 2008 Resende

Page 52: EVOLUÇÃO DA PRODUÇÃO MUNDIAL E NACIONAL …...RESUMO O abacateiro, Persea americana, é uma cultura muito importante em vários países, devido ao volume comercializado da fruta

52

Alim Nutr Araraquara V 21 n 2 p 325-331 abrjun 2010 DISPONIacuteVEL EM lt

http20014571150seerindexphpalimentosarticleview940a20v21n2pdf gt

MDIC Negociaccedilotildees internacionais DISPONIacuteVEL EM

httpwwwdesenvolvimentogovbrsitiosecexnegInternacionaisMedTerrorismoLei

ph p gt

MICKELBART M V BENDER G S WITNEY G W ADAMS C ARPAIA M L

Effects of clonal rootstocks on bdquoHass‟ avocado yield components alternate bearing

and nutrition Journal of Horticultural Schience amp Biotechnology Ashford v 82

n 3 p 460-466 2007

MILLER B BERTELS R PADILLA T WILEMAN R THOMSEN L China the

new frontier VIII World Avocado Congress 2015

MONTENEGRO H W S A cultura do abacateiro Satildeo Paulo Melhoramentos

1951 102p (Criaccedilatildeo e Lavoura n 11)

MORAES A F G Desenvolvimento produccedilatildeo e qualidade de frutos de abacateiro

cv bdquoHass‟ sobre dois porta-enxertos nas condiccedilotildees edafoclimaacuteticas da regiatildeo central

do Estado de Satildeo Paulo Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Ciecircncias Piracicaba 2014

NAAMANI G Global Trends in main Avocado Markets VII World Avocado

Congress Australia 2011

NAVA DE DE LARA HADDAD M PARRA JRP 2005 Exigecircncias teacutermicas

estimativa do nuacutemero de geroccedilotildees de Stenoma catenifer e comprovaccedilatildeo de modelo

em campo Pesq Agropec Bras Brasilia v 40 p 961-967

NAVA DE PARRA JRP COSTA VA GUERRA TM COcircNSOLI FL (2005b)

Population dynamics of Stenoma catenifer(Lepidoptera Elachistidae) and related

larval parasitoids in Minas Gerais Brazil Florida Entomologistv 88p 441-446

53

NOVAGRIM ndash FRESH FRUITS IMPORTER amp VEGETABLE SUPPLIER SINCE

1999 2001-2013 WORLD AVOCADO PRODUCTION DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwnovagrimcomPages2000_2011_Avocado_statistics_ENaspx gt

OLIVEIRA LA A importacircncia das Normas Internacionais para o Comeacutercio da

Fruticultura Brasileira Piracicaba Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Economia Escola

Superior de Agricultura ldquoLuiz de Queirozrdquo Universidade de Satildeo Paulo Piracicaba

2005

OLIVEIRA M A de et al 2000 Ceras para conservaccedilatildeo poacutes colheita de frutos de

abacateiro cultivar Fuerte armazenados em temperatura ambiente Scientia Agriacutecola

Piracicaba 57 (4) 777-780

PASSONI A D NEVES M C M RODRIGUES B B BOTEON M Anaacutelise dos

principais entraves na exportaccedilatildeo de frutas brasileiras CENTRO DE ESTUDOS

AVANCcedilADOS EM ECONOMIA APLICADA (CEPEAESALQ-USP) XLIV

CONGRESSO DA SOBER ndash ldquoQuestotildees Agraacuterias Educaccedilatildeo no Campo e

Desenvolvimentordquo Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia Rural Fortaleza

2006

PEGG K G COATES L M KORSTEN L HARDING R M Foliar fruit and

soilborne diseases In WHILEY A W SCHAF

PERFIL DA FRUTICULTURA 2014 Base de dados 2012 a 2013 Governo de Minas

Gerais Agricultura Pecuaacuteria e Abastecimento 2014

PICCININ E PASCHOLATI S F ldquoDOENCcedilAS DO ABACATEIRO‟ em MANUAL DE

FITOPATOLOGIA Vol 2 Doenccedilas das Plantas Cultivadas Editora Agronocircmica

Ceres Ltda Satildeo Paulo 1997 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwifcursoscombrsistemaadminarquivos07-33-29-

manualfitopatologiapdfpage=10 gt

54

PUTT F F GOacuteES B C CATANEO P F Anaacutelise econocircmica de oferta e demanda

do abacate na alta paulista X Foacuterum Ambiental da Alta Paulista v 10 n 7 2014

pp 158-169

ROCHA I L Nuacutemeros do abacate HORTIESCOLHA Instituto Brasileiro de

Qualidade em Horticultura DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwhortibrasilorgbrjnwindexphpoption=com_contentampview=articleampid=120

9numeros-do-abacate-ampcatid=50comercializacaoampItemid=82 gt

SANTO N T Manejo da vegetaccedilatildeo intercalar para obtenccedilatildeo de cobertura morta na

cultura do abacateiro visando minimizar os danos causados por Phytophthora

cinnamomi Dissertaccedilatildeo de mestrado em Fitotecnia Piracicaba 2014

SCHAFFER B WOLSTENJOLME B N WHILEY A W The avocado botany

production and uses 560 p 2012 DISPONIacuteVEL EM lt

httpsbooksgooglecombrbooksid=r0hpRJca3zECamppg=PA83amplpg=PA83ampdq=Th

e+Avocado+botany+production+and+uses+hass-

likeampsource=blampots=oqc5OBsbmVampsig=5gDWWPIMYRBW9cH3yYuWh-ldd-8amphl=pt-

BRampsa=Xampved=0ahUKEwj_yPbgsoTKAhUGDpAKHZTrCWEQ6AEIPDADv=onepag

eampqampf=false gt

SCIENCIA I Certificaccedilatildeo GLOBALGAP e impactos ambientais em agroinduacutestrias de

alimentos Dissertaccedilatildeo de Poacutes-Graduaccedilatildeo Araraquara SP 2010 lt

mlthttpwwwecoecoorgbrconteudopublicacoesencontrosvii_envii_enc_ecohtm

gt

SIMAtildeO S Manual de Fruticultura Satildeo Paulo Editora Agronocircmica Ceres 1971

530p p 147-169

SINGER P MASON J Eacutetica da alimentaccedilatildeo como nossos haacutebitos alimentares

influenciam o meio ambiente e o nosso bem estar Rio de Janeiro Elsevier 2007

SOARES H F ITO M K O AacuteCIDO GRAXO MONOINSATURADO DO ABACATE

NO CONTROLE DE DISLIPIDEMIAS Ver Ciecircnc Meacuted Campinas P 47-51 2000

55

DISPONIacuteVEL EM lt httpperiodicospuc-

campinasedubrseerindexphpcienciasmedicasarticleviewFile13301304 gt

TEIXEIRA C G Cultura In ITAL ndash INSTITUTO DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS

(Campinas) Abacate Cultura mateacuteria-prima processamento e aspectos

econocircmicos 2 Ed Campinas Instituto Campineiro de Ensino Agriacutecola 1995 Cap 1

p 1-54 (Frutas Tropicais)

TEIXEIRA C G Cultura do abacate In TEIXEIRA C G et al ABACATE cultura

mateacuteria prima processamento e aspectos econocircmicos 2deg ed Seacuterie Fruas Tropicais

ndeg8 ITAL Campinas 1991 250p

WATANABE H S Caracteriacutesticas de cultivares de abacate CEAGESPS ndash

Companhia de Entrepostos e Armazeacutens Gerais de Satildeo Paulo 2013

WOLFENBARGER D O COLBURN B The Stenoma catenifer a serious Avocado

pest Proceedings of Florida State Horticulture Society v 92 p 315-318 1979

ZEIDAN R SEIXAS P ABRANCHES L COSTA D MEIRELLES F Certificaccedilatildeo

na cadeia produtiva de alimentos e as barreiras teacutecnicas agrave exportaccedilatildeo Simpoacutesio de

excelecircncia e gestatildeo e tecnologia ndash SEGeT 2008 Resende

Page 53: EVOLUÇÃO DA PRODUÇÃO MUNDIAL E NACIONAL …...RESUMO O abacateiro, Persea americana, é uma cultura muito importante em vários países, devido ao volume comercializado da fruta

53

NOVAGRIM ndash FRESH FRUITS IMPORTER amp VEGETABLE SUPPLIER SINCE

1999 2001-2013 WORLD AVOCADO PRODUCTION DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwnovagrimcomPages2000_2011_Avocado_statistics_ENaspx gt

OLIVEIRA LA A importacircncia das Normas Internacionais para o Comeacutercio da

Fruticultura Brasileira Piracicaba Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Economia Escola

Superior de Agricultura ldquoLuiz de Queirozrdquo Universidade de Satildeo Paulo Piracicaba

2005

OLIVEIRA M A de et al 2000 Ceras para conservaccedilatildeo poacutes colheita de frutos de

abacateiro cultivar Fuerte armazenados em temperatura ambiente Scientia Agriacutecola

Piracicaba 57 (4) 777-780

PASSONI A D NEVES M C M RODRIGUES B B BOTEON M Anaacutelise dos

principais entraves na exportaccedilatildeo de frutas brasileiras CENTRO DE ESTUDOS

AVANCcedilADOS EM ECONOMIA APLICADA (CEPEAESALQ-USP) XLIV

CONGRESSO DA SOBER ndash ldquoQuestotildees Agraacuterias Educaccedilatildeo no Campo e

Desenvolvimentordquo Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia Rural Fortaleza

2006

PEGG K G COATES L M KORSTEN L HARDING R M Foliar fruit and

soilborne diseases In WHILEY A W SCHAF

PERFIL DA FRUTICULTURA 2014 Base de dados 2012 a 2013 Governo de Minas

Gerais Agricultura Pecuaacuteria e Abastecimento 2014

PICCININ E PASCHOLATI S F ldquoDOENCcedilAS DO ABACATEIRO‟ em MANUAL DE

FITOPATOLOGIA Vol 2 Doenccedilas das Plantas Cultivadas Editora Agronocircmica

Ceres Ltda Satildeo Paulo 1997 DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwifcursoscombrsistemaadminarquivos07-33-29-

manualfitopatologiapdfpage=10 gt

54

PUTT F F GOacuteES B C CATANEO P F Anaacutelise econocircmica de oferta e demanda

do abacate na alta paulista X Foacuterum Ambiental da Alta Paulista v 10 n 7 2014

pp 158-169

ROCHA I L Nuacutemeros do abacate HORTIESCOLHA Instituto Brasileiro de

Qualidade em Horticultura DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwhortibrasilorgbrjnwindexphpoption=com_contentampview=articleampid=120

9numeros-do-abacate-ampcatid=50comercializacaoampItemid=82 gt

SANTO N T Manejo da vegetaccedilatildeo intercalar para obtenccedilatildeo de cobertura morta na

cultura do abacateiro visando minimizar os danos causados por Phytophthora

cinnamomi Dissertaccedilatildeo de mestrado em Fitotecnia Piracicaba 2014

SCHAFFER B WOLSTENJOLME B N WHILEY A W The avocado botany

production and uses 560 p 2012 DISPONIacuteVEL EM lt

httpsbooksgooglecombrbooksid=r0hpRJca3zECamppg=PA83amplpg=PA83ampdq=Th

e+Avocado+botany+production+and+uses+hass-

likeampsource=blampots=oqc5OBsbmVampsig=5gDWWPIMYRBW9cH3yYuWh-ldd-8amphl=pt-

BRampsa=Xampved=0ahUKEwj_yPbgsoTKAhUGDpAKHZTrCWEQ6AEIPDADv=onepag

eampqampf=false gt

SCIENCIA I Certificaccedilatildeo GLOBALGAP e impactos ambientais em agroinduacutestrias de

alimentos Dissertaccedilatildeo de Poacutes-Graduaccedilatildeo Araraquara SP 2010 lt

mlthttpwwwecoecoorgbrconteudopublicacoesencontrosvii_envii_enc_ecohtm

gt

SIMAtildeO S Manual de Fruticultura Satildeo Paulo Editora Agronocircmica Ceres 1971

530p p 147-169

SINGER P MASON J Eacutetica da alimentaccedilatildeo como nossos haacutebitos alimentares

influenciam o meio ambiente e o nosso bem estar Rio de Janeiro Elsevier 2007

SOARES H F ITO M K O AacuteCIDO GRAXO MONOINSATURADO DO ABACATE

NO CONTROLE DE DISLIPIDEMIAS Ver Ciecircnc Meacuted Campinas P 47-51 2000

55

DISPONIacuteVEL EM lt httpperiodicospuc-

campinasedubrseerindexphpcienciasmedicasarticleviewFile13301304 gt

TEIXEIRA C G Cultura In ITAL ndash INSTITUTO DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS

(Campinas) Abacate Cultura mateacuteria-prima processamento e aspectos

econocircmicos 2 Ed Campinas Instituto Campineiro de Ensino Agriacutecola 1995 Cap 1

p 1-54 (Frutas Tropicais)

TEIXEIRA C G Cultura do abacate In TEIXEIRA C G et al ABACATE cultura

mateacuteria prima processamento e aspectos econocircmicos 2deg ed Seacuterie Fruas Tropicais

ndeg8 ITAL Campinas 1991 250p

WATANABE H S Caracteriacutesticas de cultivares de abacate CEAGESPS ndash

Companhia de Entrepostos e Armazeacutens Gerais de Satildeo Paulo 2013

WOLFENBARGER D O COLBURN B The Stenoma catenifer a serious Avocado

pest Proceedings of Florida State Horticulture Society v 92 p 315-318 1979

ZEIDAN R SEIXAS P ABRANCHES L COSTA D MEIRELLES F Certificaccedilatildeo

na cadeia produtiva de alimentos e as barreiras teacutecnicas agrave exportaccedilatildeo Simpoacutesio de

excelecircncia e gestatildeo e tecnologia ndash SEGeT 2008 Resende

Page 54: EVOLUÇÃO DA PRODUÇÃO MUNDIAL E NACIONAL …...RESUMO O abacateiro, Persea americana, é uma cultura muito importante em vários países, devido ao volume comercializado da fruta

54

PUTT F F GOacuteES B C CATANEO P F Anaacutelise econocircmica de oferta e demanda

do abacate na alta paulista X Foacuterum Ambiental da Alta Paulista v 10 n 7 2014

pp 158-169

ROCHA I L Nuacutemeros do abacate HORTIESCOLHA Instituto Brasileiro de

Qualidade em Horticultura DISPONIacuteVEL EM lt

httpwwwhortibrasilorgbrjnwindexphpoption=com_contentampview=articleampid=120

9numeros-do-abacate-ampcatid=50comercializacaoampItemid=82 gt

SANTO N T Manejo da vegetaccedilatildeo intercalar para obtenccedilatildeo de cobertura morta na

cultura do abacateiro visando minimizar os danos causados por Phytophthora

cinnamomi Dissertaccedilatildeo de mestrado em Fitotecnia Piracicaba 2014

SCHAFFER B WOLSTENJOLME B N WHILEY A W The avocado botany

production and uses 560 p 2012 DISPONIacuteVEL EM lt

httpsbooksgooglecombrbooksid=r0hpRJca3zECamppg=PA83amplpg=PA83ampdq=Th

e+Avocado+botany+production+and+uses+hass-

likeampsource=blampots=oqc5OBsbmVampsig=5gDWWPIMYRBW9cH3yYuWh-ldd-8amphl=pt-

BRampsa=Xampved=0ahUKEwj_yPbgsoTKAhUGDpAKHZTrCWEQ6AEIPDADv=onepag

eampqampf=false gt

SCIENCIA I Certificaccedilatildeo GLOBALGAP e impactos ambientais em agroinduacutestrias de

alimentos Dissertaccedilatildeo de Poacutes-Graduaccedilatildeo Araraquara SP 2010 lt

mlthttpwwwecoecoorgbrconteudopublicacoesencontrosvii_envii_enc_ecohtm

gt

SIMAtildeO S Manual de Fruticultura Satildeo Paulo Editora Agronocircmica Ceres 1971

530p p 147-169

SINGER P MASON J Eacutetica da alimentaccedilatildeo como nossos haacutebitos alimentares

influenciam o meio ambiente e o nosso bem estar Rio de Janeiro Elsevier 2007

SOARES H F ITO M K O AacuteCIDO GRAXO MONOINSATURADO DO ABACATE

NO CONTROLE DE DISLIPIDEMIAS Ver Ciecircnc Meacuted Campinas P 47-51 2000

55

DISPONIacuteVEL EM lt httpperiodicospuc-

campinasedubrseerindexphpcienciasmedicasarticleviewFile13301304 gt

TEIXEIRA C G Cultura In ITAL ndash INSTITUTO DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS

(Campinas) Abacate Cultura mateacuteria-prima processamento e aspectos

econocircmicos 2 Ed Campinas Instituto Campineiro de Ensino Agriacutecola 1995 Cap 1

p 1-54 (Frutas Tropicais)

TEIXEIRA C G Cultura do abacate In TEIXEIRA C G et al ABACATE cultura

mateacuteria prima processamento e aspectos econocircmicos 2deg ed Seacuterie Fruas Tropicais

ndeg8 ITAL Campinas 1991 250p

WATANABE H S Caracteriacutesticas de cultivares de abacate CEAGESPS ndash

Companhia de Entrepostos e Armazeacutens Gerais de Satildeo Paulo 2013

WOLFENBARGER D O COLBURN B The Stenoma catenifer a serious Avocado

pest Proceedings of Florida State Horticulture Society v 92 p 315-318 1979

ZEIDAN R SEIXAS P ABRANCHES L COSTA D MEIRELLES F Certificaccedilatildeo

na cadeia produtiva de alimentos e as barreiras teacutecnicas agrave exportaccedilatildeo Simpoacutesio de

excelecircncia e gestatildeo e tecnologia ndash SEGeT 2008 Resende

Page 55: EVOLUÇÃO DA PRODUÇÃO MUNDIAL E NACIONAL …...RESUMO O abacateiro, Persea americana, é uma cultura muito importante em vários países, devido ao volume comercializado da fruta

55

DISPONIacuteVEL EM lt httpperiodicospuc-

campinasedubrseerindexphpcienciasmedicasarticleviewFile13301304 gt

TEIXEIRA C G Cultura In ITAL ndash INSTITUTO DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS

(Campinas) Abacate Cultura mateacuteria-prima processamento e aspectos

econocircmicos 2 Ed Campinas Instituto Campineiro de Ensino Agriacutecola 1995 Cap 1

p 1-54 (Frutas Tropicais)

TEIXEIRA C G Cultura do abacate In TEIXEIRA C G et al ABACATE cultura

mateacuteria prima processamento e aspectos econocircmicos 2deg ed Seacuterie Fruas Tropicais

ndeg8 ITAL Campinas 1991 250p

WATANABE H S Caracteriacutesticas de cultivares de abacate CEAGESPS ndash

Companhia de Entrepostos e Armazeacutens Gerais de Satildeo Paulo 2013

WOLFENBARGER D O COLBURN B The Stenoma catenifer a serious Avocado

pest Proceedings of Florida State Horticulture Society v 92 p 315-318 1979

ZEIDAN R SEIXAS P ABRANCHES L COSTA D MEIRELLES F Certificaccedilatildeo

na cadeia produtiva de alimentos e as barreiras teacutecnicas agrave exportaccedilatildeo Simpoacutesio de

excelecircncia e gestatildeo e tecnologia ndash SEGeT 2008 Resende