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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA – MEC SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA – SETEC INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO PARÁ. IFPA - CAMPUS CASTANHAL GRADUAÇÃO EM AGRONÔMIA Resenha do texto: “A etnoecologia uma ciência pós-normal que estuda as sabedorias tradicionais” Trabalho entregue ao Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia, para obtenção de média parcial referente à disciplina Ecologia, ministrada pelo Prof. Dr. Romier Paixão no curso de Agronomia. Discente: Amanda Corrêa

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA – MECSECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA – SETEC

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO PARÁ.IFPA - CAMPUS CASTANHAL

GRADUAÇÃO EM AGRONÔMIA

Resenha do texto: “A etnoecologia uma ciência pós-normal que estuda as sabedorias tradicionais”

Trabalho entregue ao Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia, para obtenção de média parcial referente à disciplina Ecologia, ministrada pelo Prof. Dr. Romier Paixão no curso de Agronomia.

Discente: Amanda Corrêa

CASTANHAL – PAAbril de 2014

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A etnoecologia: uma ciência pós-normal que estuda as sabedorias tradicionais

Victor Manoel TOLEDO

Narciso BARRERA-BASSOLS

O artigo nos mostra que durante muito empo nos centros acadêmicos, as pessoas aprendiam técnicas, muitas vezes elaboradas fora de um contexto, criar e melhorar espécies, criar insumos, sistemas de produção eficientes, fontes de energia e ferramentas para a apropriação da natureza.

Entretanto, é raro o reconhecimento de que muito antes da invenção de todas essas tecnologias, os processos produtivos já eram realizados, com base no saber e experiências de muitas populações tradicionais, mostrando a existência de duas tradições intelectuais, a ocidental e a de experiências tradicionais, que possuem maneiras diferentes de se relacionarem com a natureza, existindo assim mais de uma ecologia.

E diante dessas diferenças de relação com a natureza, observamos que a agricultura passou de um sistema com baixos investimentos, poucos insumos e tecnologias para uma agricultura modernizada altamente dependente de insumos externos e baseada em tecnologias, ocasionando mudanças bruscas nas paisagens naturais e afetando diretamente o meio ambiente com seus resíduos, principalmente após a Revolução Verde. Porém a partir da década de 80, as preocupações com o meio ambiente, o uso irracional dos recursos naturais pelos sistemas produtivos modernos, começou a ganhar espaço, gerando a necessidade de mudanças nesses sistemas, que levou a busca de novas formas de uso e manejo dos recursos naturais.

Uma alternativa é a melhor compreensão das comunidades tradicionais, pois as mesmas possuem uma relação diferente de lidar com a natureza, fazendo um uso mais racional dos recursos, tendo uma relação de respeito, baseados em conhecimentos adquiridos por experiências próprias ou repassadas entre gerações, o que é muito comum, o repasse oral dos conhecimentos, ficando gravados na memoria dessas pessoas, gerando um ciclo, no qual ocorre o acumulo e transmissão de informações, que dizem respeito a estruturas ou elementos da natureza, a relação que se estabelece entre eles, seus processos e dinâmicas e seu potencial utilitário.

E é justamente para compreender mais sobre esses povos tradicionais e suas relações com a natureza, que surge a etnoecologia, mostrando que esses conhecimentos fazem parte de uma sabedoria tradicional e local, que é baseada em crenças, conhecimentos e praticas.

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Resumidamente a etnoecologia estuda de forma holística o sistema de crenças (Kosmos), o conjunto de conhecimentos (Corpus) e de praticas produtivas (Praxis) e como a interação desses fatores irá influenciar no uso e/ou manejo dos recursos naturais.

Atualmente é fundamental a utilização da etnoecologia para construção de modelos produtivos agroecológicos, pois a partir dela que vamos compreender a relação desses povos que utilizam geração após geração, os recursos sem esgotar os mesmos, além do fator ambiental é indispensável comentar sobre a valorização desses povos tradicionais, dos seus conhecimentos, valores, crenças e costumes tendo respeito por todos esses elementos.

E com esse artigo observamos que a ciência moderna dominante, desconsiderando os demais tipos de conhecimentos, trouxe grandes avanços tecnológicos para o meio de produção, mas esses avanços vieram acompanhados de problemas, e ironicamente a solução para os mesmos esta sendo buscada nas populações “atrasadas”, ignoradas, exploradas e até mesmo marginalizadas.