Ética 01

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Estudo do comportamento da sociedade num todo.

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  • Prof. Robsio Teixeira Gomes

    V1jul2011

  • Robsio T. Gomes

    tica Geral

    tica Empresarial

    tica Profissional

    NALINI, Jos Renato. tica Geral e Profissional. 5.ed. So Paulo: RT, 2006.

    524p

    VALLS, lvaro. L. M. O que tica. So Paulo: Brasiliense, 1994. .

  • Robsio T. Gomes

    Pontuao:

    Trabalhos:

    Pesquisa, estudo dirigido e/ou estudo de caso

    Item Descrio Data Pontuao

    Parcial

    Pontuao

    Total

    1 Avaliaes (3)

    1. Avaliao parcial

    2. Avaliao parcial

    3. Avaliao parcial

    31/08

    26/10

    30/11

    25

    25

    25

    75

    2 Trabalhos 25 25

    Total 100

  • Prof. Robsio Teixeira Gomes

    Mdulo I Introduo tica

  • Robsio T. Gomes

    O sc. XX foi muito marcante na histria da humanidade. Os

    fundamentos da religio, poltica, da moral vem sendo

    questionados.

    Conforme Vargas (2005), o passado no determina

    linearmente o futuro [...], somos postos frente a uma infinidade

    de escolhas, tornadas possveis pelo desenvolvimento

    tecnolgico e econmico.

    Introduo tica

  • Robsio T. Gomes

    Cada ato do indivduo encerra um conjunto de decises

    complexas. A escolha de produtos no passa apenas pela

    beleza ou paladar, mas, pelas consequncia desta escolha:

    O indivduo, ento, neste novo contexto, passa

    a ser o ponto central das decises que afetam

    a humanidade, como afirma Vargas (2005).

    Introduo tica

  • Robsio T. Gomes

    Somado a esta situao, v-se hoje, uma maior exigncia pela

    tica e por valores morais em todas as instncias que, como

    sugere Passos (2004), oriundo de:

    uma situao de descaso pelos poderes constitudos; pelo imprio da razo (falta de sentimento e emoo); aceitao cega s leis, ou seja, da manipulao dos seres humanos, etc.

    Entender, portanto, a questo da tica, da Moral e dos Valores

    passa a ser de extrema importncia, pois, so foras invisveis

    (VARGAS, 2005) por trs do comportamento humano.

    Entender e gerir estas foras pode fazer diferenas.

    Introduo tica

  • Robsio T. Gomes

    Todo ser humano dotado de uma conscincia moral que o faz

    distinguir:

    Pode-se dizer que a tica vem a ser os valores, que se tornam

    os deveres, incorporados por cada cultura e que so expressos

    em aes (CAMPOS E DO VALE, 2002).

    Estes autores, consideram a tica como sendo a cincia do

    dever, da obrigatoriedade, a qual rege a conduta humana.

    Certo Errado

    Justo Injusto

    Bom Ruim

    Introduo tica

  • Robsio T. Gomes

    Introduo tica

    Ainda segundo Campos e Do Vale (2002), tica pode ser um

    conjunto de regras, princpios ou maneiras de pensar que

    guiam as aes de um grupo em particular (moralidade), ou

    argumentaes de como se deve agir (filosofia moral, tica).

    A tica no pode deixar de ter como fundamentao a

    concepo filosfica do homem, que nos d uma viso total

    deste, como:

    Filosofia tica

  • Robsio T. Gomes

    Introduo tica

    O conhecimento filosfico importante em virtude dos vrios

    conceitos que a tica envolve, como:

    Dessa maneira, pode-se afirmar que a histria da tica se

    entrelaa com a histria da filosofia, e nesta que ela busca

    fundamentos para regular o desenvolvimento histrico-cultural

    da humanidade

    Moral

    Sociabilidade

    Conscincia

    Valor Liberdade

  • Robsio T. Gomes

    A tica a cincia da verdade; no existe a tica da mentira,

    nem a meia-tica.

    A tica e a Verdade, por habitarem a conscincia, vm de

    dentro, tm haver com o ser.

    (PASSOS , 2004).

    Passos (2004) afirma que, No h possibilidade de vida social sem que haja a observncia de princpios ticos.

    Introduo tica

  • Robsio T. Gomes

    A Filosofia, entendida como uma reflexo crtica a respeito de

    tudo o que se relaciona com a existncia do homem, nasceu

    na Grcia Antiga.

    Surge desde o momento em que o homem comeou a refletir

    sobre o funcionamento da vida e do universo, buscando uma

    soluo para as grandes questes da existncia humana.

    A palavra , inclusive, de origem grega:

    Introduo tica Histria

  • Robsio T. Gomes

    Idade Antiga (Grcia Clssica 500 a 300 a.C.) Nesta poca a tica passa a merecer tratamento sistemtico e de reflexo;

    Os filsofos pr-socrticos (filsofos que antecederam Scrates)

    preocupavam muito com o Universo e com os fenmenos da natureza,

    buscando explicar tudo atravs da razo e do conhecimento cientfico.

    Scrates (469 - 399 a. C.)

    Um dos pensadores mais influentes do mundo ocidental. Considerado o

    Pai da Moral, seu trabalho se centrou no estudo da tica e da moral;

    Acreditava que a felicidade (eudemonista) dependia em levar uma vida baseada na moral e que ela podia ser ensinada.

    Introduo tica Histria

  • Robsio T. Gomes

    Introduo tica Histria

    Conforme Scrates a tica baseia-se na convico pessoal, adquirida

    atravs de um processo de consulta ao seu demnio interior, a fim de entender a justia das leis;

    Buscava a verdade, sem a inteno de ensinar, e sim de aprender. Seu

    pensamento era baseado na formulao de questes, portanto,

    recomendava:

    Ao ser considerado o homem mais sbio, conversou com outros sbios e

    chegou a concluso de que era um deles, pelo fato de que tinha a

    conscincia de que nada sbia:

    Plato (427 - 347 a.C)

    Discpulo de Scrates e mestre de

    Aristteles, fundador da Academia de Atenas, escola de Filosofia em que

    mestre e discpulos viviam debatendo os mais variados temas;

  • Robsio T. Gomes

    Introduo tica Histria

    Para Plato o ideal que a pessoa aja bem e moralmente. O homem deve

    utilizar a inteligncia, vontade e entusiasmo;

    De forma sinttica o idealismo platnico enxerga o mundo e a tica da

    seguinte forma:

    Plato, ao falar em tica, pensa numa idia de racionalizao;

    O homem pode agir eticamente atravs do conhecimento, porm no se

    depende apenas disso para ser tico. Ex.:

    O mundo sensvel uma cpia do mundo real

    Atuar eticamente procurar atingir o ideal

    A inteligncia bem utilizada conduz ao bem

    O autntico sbio procura o ideal e retifica quando erra.

  • Robsio T. Gomes

    Introduo tica Histria

    Passos (2004) considera que, a moral de Plato tambm eudemonista

    (felicidade), porm, com pensamento contrrio a Scrates, Plato,

    considera que a moral a arte de preparar o indivduo para uma felicidade que no est na vida terrena.

    Aristteles (384 - 322 a.C)

    Mais importantes dos discpulos de Plato. Acreditava que o conhecimento

    devia ser procurado no mundo material e real.

    Fundou , o Liceu de Atenas, escola para discusso filosfica;

    A lgica, uma das mais importantes disciplinas filosficas, foi estabelecida

    por ele.

  • Robsio T. Gomes

    Introduo tica Histria

    Aristteles tem como princpio que a tica a cincia de praticar o bem. Diferentemente de Plato, Aristteles avana no campo tico. Segundo ele

    a tica no conquistada somente pela racionalizao do que certo ou

    errado. Ele v a tica como uma dimenso prtica e cotidiana:

    Aristteles determina uma construo de uma racionalidade que

    conseqncia de um hbito. Para ele, a finalidade da tica buscar a

    felicidade.

    O fim ltimo da vida busca da felicidade

  • Robsio T. Gomes

    Introduo tica Histria

    Idade Antiga (Perodo Ps Socrticos) Perodo que vai de 320 a.C. at a Era Crist (trmino da hegemonia da

    Grcia). Dois pensamentos:

    Epicuro (341 - 270 a. C.)

    Defendiam que o bem era originrio da prtica da virtude. O corpo e a alma

    no deveriam sofrer para, desta forma, chegar-se ao prazer.

    A filosofia de Epicuro continha trs partes: cannica, fsica e a principal que

    era a tica. Esta ltima era considerada mais importante pois indicaria o

    caminho da sabedoria e, portanto, da felicidade.

    Epicuro vem questionar se o cidado pode ser tico estando sob o domnio

    de pessoas no ticas.

  • Robsio T. Gomes

    Introduo tica Histria

    Estoicismo

    Os sbios esticos como, por exemplo, Sneca e Marco Aurlio, defendiam

    a razo a qualquer preo.

    Os fenmenos exteriores a vida deviam ser deixados de lado, como a

    emoo, o prazer e o sofrimento. A mxima estica : nada te inquiete, nada te perturbe.

    Para o estico, a vida feliz a vida virtuosa, para tal o homem deveria viver

    conforme a razo.

  • Robsio T. Gomes

    Introduo tica Histria

    Idade Mdia

    Segundo Passos (2004), a Idade Mdia foi o perodo onde o Cristianismo tornou-se a religio oficial e influenciou tudo, inclusive a prtica moral.

    A tica crist tem Deus como o incio e o fim de tudo, o ser humano deve

    seguir as leis divinas e submeter-se a Ele.

    Santo Agostinho (354 - 430)

    Acreditava que a verdade est dentro de cada um de ns, onde a busca da

    mesma faz do homem um ser inquieto e continua a procura.

    Para ele o conhecimento e as idias eram de origem divina. Os valores morais s teriam sentido por sua relao com a vontade de Deus, e o bem

    s seria bem diante da mesma condio.

  • Robsio T. Gomes

    Introduo tica Histria

    Toms de Aquino (1225 - 1274)

    Ele considera a filosofia menos importante do que a f;

    Sua doutrina moral se identifica com a de Aristteles, porm com algumas

    distines. Para ele o fim ltimo Deus, e a felicidade encontra-se Nele.

    Idade Moderna

    Na Modernidade a Igreja Catlica perde a hegemonia que

    desfrutava, ocorre a separao entre a razo e a f.

  • Robsio T. Gomes

    Introduo tica Histria

    Immanuel Kant (1724 - 1804)

    Para ele o que importava era a boa vontade,

    onde a mesma se torna boa quando no h o cumprimento do dever pelo dever.

    O importante para Kant era a busca de uma tica de validade universal,

    onde todos os homens so iguais.

    Procura tambm formas de procedimento universal, pois a boa ao moral

    aquela que possa valer para todos.

    Friedrich Hegel (1770 - 1831) Tinha como ideal tico um Estado de direito, onde os homens tinham

    direitos e deveres, e, a conscincia moral e as leis do direito no estivessem nem separadas e nem em contradio.

  • Robsio T. Gomes

    Introduo tica Histria

    Hegel, discute a questo da liberdade, onde a mesma no pode ser apenas

    interior e nem exterior, mas tem que estar na conscincia.

    Dividia a tica em subjetiva ou pessoal (conscincia do dever) e objetiva ou

    social (costumes, leis e normas de uma sociedade).

    O Estado rene esses dois aspectos em uma totalidade tica.

    Idade Contempornea

    Filsofos de destaques: Karl Marx , Friedrich Nietzsche , Charles Sanders

    Pierce, Jean-Paul Sartre, Adorno e Habermas. Este um perodo de uma tica centrada em valores absolutos.

  • Robsio T. Gomes

    Introduo tica Histria

    Na sociedade em que se vive a tica precisa ser cumprida com conscincia,

    onde haja o cumprimento de leis e normas atravs da vontade prpria e no

    da imposio.

    Um dos pensamentos de Karl Marx, diz que a moral deixa de ser um

    conjunto de valores eternos e imutveis aos quais os seres humanos

    deviam submeter-se, ou seja, so os prprios seres quem a constri, de

    acordo com a sociedade que vive.

    Habermas, um dos expoentes da Escola de Frankfurt, acreditava que os

    trabalhadores deveriam ser agentes de mudana e, a mudana deveria

    ocorrer atravs do dilogo e argumentao, por isso seu princpio era a

    tica do Discurso.

  • Robsio T. Gomes

    Introduo tica Histria

    A tica do Discurso afirma que as argumentaes morais inserem-se nos

    contextos do agir comunicativo. Ou seja, as argumentaes so vlidas

    para desfazer conflitos da prtica vivenciada no dia a dia, onde haja acordo

    entre ambas as partes e que o mesmo seja da vontade comum.

    Hoje

    De acordo com Valls (2003), hoje em dia, os grandes problemas ticos se encontram em trs momentos de eticidade: famlia, sociedade civil, e

    Estado, e uma tica concreta no pode ignor-los.

    Arruda, Whitaker e Ramos (2003) afirmam que, vivemos em um mundo, em

    uma sociedade, onde a tica indispensvel, ela est presente nas nossas

    vidas e fator chave para a sobrevivncia e conscincia.

  • Prof. Robsio Teixeira Gomes

    Mdulo II tica, Moral e Valores

  • Robsio T. Gomes

    tica e Moral

    Toda discusso acerca de tica sempre se inicia pela reviso de suas

    origens etimolgicas e distino com o termo Moral;

    Em relao tica, os gregos tinham duas palavras muito parecidas, na

    grafia e na pronncia, para designar realidades tambm relacionadas. Eles

    usavam:

    pronuncia-se thos =

    Sentido com a inicial hbitos ou costumes

    pronuncia-se thos =

    Sentido com a inicial Morada, carter ou ndole

  • Robsio T. Gomes

    tica e Moral

    A palavra moral tem sua origem do latim:

    As palavras tica e moral possuem origens distintas, mas significados

    idnticos, ento:

    tica do grego ethos, Moral do latim mores, querem dizer costume, conduta, modo de agir.

    Embora a definio seja praticamente a mesma, os conceitos tem bases e

    opinies distintas entre os autores.

    Para alguns a moral, enquanto norma de conduta, refere-se s situaes

    particulares e quotidianas, e a tica, destituda do papel normatizados,

    torna-se examinadora da moral.

  • Robsio T. Gomes

    Considera-se ento:

    Moral normatiza e direciona a prtica das pessoas;

    tica teoriza sobre as condutas, estudando concepes que do suporte moral.

    A Profa. Marilena Chau diz que:

    "tica e moral referem-se ao conjunto de costumes

    tradicionais de uma sociedade e que, como tais, so

    considerados valores e obrigaes para a conduta de seus

    membros".

    tica e Moral

  • Robsio T. Gomes

    Dicionrio Aurlio:

    tica refere-se ao "estudo dos juzos de apreciao referentes conduta humana suscetvel de qualificao do ponto de vista do bem e do

    mal, seja relativamente a determinada sociedade, seja de modo absoluto";

    Moral refere-se ao "conjunto de regras de conduta consideradas como vlidas, quer de modo absoluto para qualquer tempo ou lugar, quer

    para grupo ou pessoa determinada.

    Isto coloca a moral e a tica em dois caminhos que resultam na seguinte posio:

    tica e Moral

    Cincia tica

    Objeto Moral

    Reflexo terica

    Normas de convivncia

    social

  • Robsio T. Gomes

    tica e Moral

    Em um texto escrito por Leonardo Boff, tica e moral so tratados da

    seguinte forma :

    Faz parte da filosofia: princpios e valores que orientam pessoas e sociedades.

    Uma pessoa tica quando se orienta por princpios e convices

    Diz-se ento que, a pessoa tem carter e boa ndole

    Faz parte da vida concreta: prtica real das pessoas que se expressa por contumes, hbitos e valores aceitos

    Uma pessoa de moral quando trabalha conforme os costumes e valores estabelecidos, que podem, eventualmente, ser questionado pela tica.

    Diz-se ento que, uma pessoa pode ter moral (segue os costumes) mas no necessariamente tica (obedece a princpios)

  • Robsio T. Gomes

    Valores

    Ao se falar de tica e moral vem a tona o termo Valor.

    Conforme Vargas (2005), valor pode ser definido como:

    Critrios absolutos de preferncia, habitualmente no questionados pelo indivduo, que orientam as suas decises e aes na vida, indicando o que

    est certo ou errado sob a perspectiva individual.

    Leonardo Boff em um de seus artigos diz que:

    Valores so os critrios que usa uma pessoa para eleger entre muitas possibilidades aquilo que vem a ser a sua forma de pensar, sentir e dos

    interesses que tem.

  • Robsio T. Gomes

    Valores

    Para Monteiro et al (2005), toda atitude tica inclui a necessidade de

    escolher entre vrios atos possveis. Esta escolha deve basear-se, por sua

    vez, em uma preferncia, pois, ao se escolher tomar determinada atitude

    isto feito porque ela se apresenta como mais digna, mais elevada

    moralmente, ou mais valiosa.

    Goergen (2005) considera valores como princpios consensuados, dignos de servirem de orientao para as decises e comportamentos ticos das

    pessoas que buscam uma vida digna, respeitosa e solidria numa

    sociedade justa e democrtica.

  • Robsio T. Gomes

    Valores

    Para Monteiro et al (2005), toda atitude tica inclui a necessidade de

    escolher entre vrios atos possveis. Esta escolha deve basear-se, por sua

    vez, em uma preferncia, pois, ao se escolher tomar determinada atitude

    isto feito porque ela se apresenta como mais digna, mais elevada

    moralmente, ou mais valiosa.

    Goergen (2005) considera valores como princpios consensuados, dignos de servirem de orientao para as decises e comportamentos ticos das

    pessoas que buscam uma vida digna, respeitosa e solidria numa

    sociedade justa e democrtica.

    Certo

    Vargas define valores como critrios absolutos de preferncia,

    habitualmente no questionados pelo

    indivduo, que orientam as suas

    decises e aes na vida, indicando o

    que est certo ou errado sob a

    perspectiva individual.

  • Robsio T. Gomes

    Valores Exemplo

    Escolha de Emprego (Sr. X)

    Anlise Propostas

    (Empresas)

    Critrios prprios

    O que mais

    importante?

    Critrios de

    Preferncia

    Individuais

  • Prof. Robsio Teixeira Gomes

    Mdulo III tica nas Organizaes

  • Robsio T. Gomes

    tica nas Organizaes

    A preocupao com a tica e a moral utilizada nas empresas vem

    crescendo, desde o final do sculo XX;

    Muitas empresas tm se preocupado em divulgar os seus valores e at,

    mais recentemente, vrias empresas esto adotando um cdigo de tica

    interno para nortear as prticas na organizao;

    Fruto das novas exigncias de eficincia, inovao

    e competitividade, a reflexo tica serve de base

    para que se tenha coeso organizacional;

    As decises tomadas dentro das organizaes no

    so neutras, quem decide faz escolhas entre

    diferentes cursos de ao e deflagra

    conseqncias, a entra a reflexo tica;

    As empresas no mais desempenham apenas uma funo econmica, mas

    tambm uma funo tica na sociedade.

  • Robsio T. Gomes

    tica nas organizaes

    A tica dentro das empresas, conforme Bonacina et al (2005), apresenta-se

    em duas vertentes:

    ti

    ca P

    esso

    al Base terica Weber (1959) que

    destaca duas ticas

    - tica da Convico: (Tratado dos deveres)

    Valores e normas previamente estabelecidos

    Mxima: Cumpra suas obrigaes

    Os agentes guiam-se pela conscincia.

    - tica da Responsabilidade (Estudo dos fins humanos)

    Parte do pressuposto de que os eventos desejados s ocorrero se dadas decises forem tomadas

    Somos responsveis por aquilo que fazemos

    Os agentes guiam-se pela anlise dos riscos.

    ti

    ca E

    mp

    resari

    al - Baseia-se, em sentido amplo, na idia

    de um contrato social onde os membros se comportam de maneira harmoniosa, levando-se em conta os interesses dos outros;

    - Reflexes ou indagaes sobre costumes e morais, ou seja, os costumes morais da empresa;

    - Empresas que convencionam valores previamente negociados tm mais a ganhar;

    - Intervm de maneira til no modus operandis da empresa;

    - Contribui para moldar a identidade corporativa.

  • Robsio T. Gomes

    tica nas organizaes

    Moreira (1999 APUD BONACINA ET AL, 2005) considera atualmente que, o

    comportamento tico por parte da empresa esperado e exigido pela

    sociedade.

    De acordo com Srour (2000 APUD BONACINA ET AL, 2005) cada vez

    mais, a imagem que as empresas gostariam de passar a de empresas

    ticas.

    Lucro aceitvel

    Obtido pela tica

    Conforme este mesmo autor, empresas ticas

    seriam aquelas que subordinam as suas

    atividades e estratgias a uma prvia reflexo

    tica e agem de forma socialmente responsvel.

  • Robsio T. Gomes

    tica nas organizaes Significado

    Nash (1993, APUD PASSOS, 2004) define como o estudo da forma pela qual normas morais pessoais se aplicam s atividades e aos objetivos de

    uma empresa comercial

    Nas consideraes de Leisinger & Shmit (200,

    APUD PASSO, 2004) a tica empresarial reflete sobre as normas e valores efetivamente

    dominantes em uma empresa, interroga-se

    pelos fatores qualitativos que fazem com que

    determinado agir seja um bom agir

    Passos (2004), afirma que, como ocorre na tica geral, os valores que

    regulam as relaes e os comportamentos dentro de uma empresa so

    histricos, alteram-se com as mudanas histricos-sociais.

  • Robsio T. Gomes

    tica nas organizaes Trabalhando de forma tica

    Aguilar (1996, APUD PASSOS, 2004) salienta que o custo da conduta antitica pode ir muito alm das penalidades legais, notcias desfavorveis

    na imprensa e prejuzos nas relaes com clientes. Muitas vezes a

    consequncia mais grave o dilaceramento do esprito organizacional

    Giannetti (2000, APUD PONCHIROLLI & LIMA) demonstra que, embora o

    mercado seja notadamente o melhor espao para trocas de bens e

    servios, este no pode prescindir da tica.

    Para este autor, uma concluso de que,

    a riqueza ou pobreza de uma nao deve

    ser buscada na qualidade tica de seus

    , isto , de todos os agentes

    econmicos, sociais e polticos

    envolvidos.

  • Robsio T. Gomes

    tica nas organizaes Empresa tica

    Srour (2000, APUD PASSOS, 2004) afirma que empresas ticas seriam aquelas que subordinam suas atividades e estratgias a uma prvia

    reflexo tica e agem de forma socialmente responsvel

    Conforme Passos (2004) as organizaes ticas buscam ser:

    Democrticas Justas e

    Verdadeiras Honestas

    Princpio

    Convenincia

    Para Aguilar (1996, APUD PASSOS, 2004) a empresa tica aquela que conquistou o respeito e a confiana dos seus empregados, clientes,

    investidores e outros, estabelecendo um equilbrio aceitvel entre os seus

    interesses econmicos e das partes interessadas.

  • Robsio T. Gomes

    tica nas organizaes Empresa tica

    Valores

    O pblico interno vinculam-se s empresas pelos valores apresentados por elas;

    O pblico externo reflete o seu comportamento para com a empresa em virtude da transparncia de suas prticas, produtos de qualidade e ateno dispensada.

    Lealdade

    Considerar os diversos pblicos como algo de mais importantes a elas devendo agir de forma a serem admiradas por eles , no querendo substitu-las;

    Inspira confiana e credibilidade dos indivduos.

    Ambiente de respeito

    Promovem autonomia dos indivduos;

    Utilizam o dilogo e a transparncia como condio bsica;

    Todos devem ter o direito de falar, expor idias e defender seus princpios.

    Compromisso

    Assumir as responsabilidades mais amplas em relao ao ambiente e a sociedade;

    Contribuir com maior sensatez para alcanar metas sociais

  • Robsio T. Gomes

    tica nas organizaes tica e deciso

    Passos (2004) expressa que, a sociedade ainda est em

    um estgio inicial de uma discusso da relao de tica

    e negcios, onde problemas relacionados com o

    consumidor, empregados, concorrentes, fornecedores e

    governo vem ocorrendo recorrentemente.

    Em consequncia do descaso com a tica, as organizaes vem pagando

    um alto preo, com isso, induz uma nova forma de tomar suas decises, ou

    seja, as decises no podem mais apenas serem , mas, tm que ser

    tambm no .

    No mundo de hoje, as empresas esto

    exigindo de seus empregado mais do

    que fora fsica e habilidade manual.

  • Robsio T. Gomes

    tica nas organizaes tica e deciso

    Assim, o princpio definidor de qualquer deciso, seja

    ela na sociedade ou em uma organizao, o

    respeito pessoa.

    Portanto, na os ,

    contudo, em qualquer situao o deve ser

    tomado como e .

    Tomar a deciso correta exige observao,

    reflexo e julgamento, pois, esta deve ser

    analisado de forma articulada, e no

    isoladamente.

  • Robsio T. Gomes

    tica nas organizaes tica e deciso

    Em toda organizao, as relaes que se estabelecem levam em conta,

    naturalmente, o julgamento moral no momento de tomada de deciso.

    Toda organizao tem uma cultura, portanto, possvel encontrar

    situaes distintas entre elas; contudo ainda encontra-se a situao que a

    verdade definida pelo chefe e aceita, sem contestaes, pelos dirigidos.

    Para superar a situao, o primeiro passo a descoberta do valor da

    reflexo tica como orientao segura para que o indivduo possa tomar

    melhores decises, errar menos e at prevenir erros.

    Para estas empresas as questes ticas

    no existem e nem necessrio reflexes

    de ordem moral, fruto de uma falta de

    conscincia ou abertura para tal.

  • Robsio T. Gomes

    tica nas organizaes Instrumentos para a Gesto tica

    Conforme Vargas (2005) a empresa pode desenvolver quatro

    instrumentos para a gesto de sua tica:

    Colaborador

    Centro de tudo.

    Comportamento esperado

    Alinhamento com a

    tica e a cultura

  • Robsio T. Gomes

    tica nas organizaes Instrumentos para a Gesto tica

    Descrio e operacionalizao dos valores que a empresa deseja que formem a sua cultura

    Descreve os comportamentos das atividades cotidianas.

    Referncia para tomada de deciso.

    Formulao dos princpios e normas que estabelecem a ponte entre a carta de valores e a legislao aplicvel do setor.

    Cdigo que rege sua relao com os diferentes stakehorlders.

    Instrumento de regulao da atividade que a empresa assume como lei interna

    Ligadas a gesto de pessoas,, como avaliao de desempenho , promoes, seleo e recrutamento, treinamento , recompensa e remunerao.

    Funciona como mecanismo de execuo da tica empresarial.

    Entidade reguladora de todos os instrumentos e atividades relacionados com a tica da empresa.

    Funciona como um juiz., pois, gere e decide as interrupes, estabelece as sanes no caso de as normas em vigor no serem cumpridas.

    Seus membros devem estar acima de qualquer suspeita em termos de prticas dos valores desejados

  • Robsio T. Gomes

    Lucro

    Estratgias Competitivas

    Responsabilidade Social

    tica nas organizaes Responsabilidade Social

    Dcada de 70 marca o incio de uma nova discusso no mundo do

    trabalho, conforme Passos (2004).

    Os primeiros estudos mostravam que o tema era controvertido:

    Mais recentemente, estes temas, passam a envolver novos conceitos,

    como:

    Incio Dcada 70 Visibilidade Dcada 90

    Obrigao legal

    Comportamento

    tico Filantropia Caridade

  • Robsio T. Gomes

    tica nas organizaes Responsabilidade Social

    Estes termos apresentam os seguintes significados:

    No Brasil, o termo mais comum o de Responsabilidade Social para as aes praticadas pelas empresas, incluindo a, aes filantrpicas

    ou com a comunidade.

    A conscincia hoje desmistifica a ideia que, apenas o setor pblico tem a

    finalidade de trabalhar a responsabilidade social.

    Fil

    an

    tro

    pia

    Rejeio ao termo em virtude deste ser impregnado de significados que o conduzem Ideia religiosa e de caridade

    Cid

    ad

    an

    ia

    Em

    pre

    sari

    al Termo mais amplo;

    Envolvem prticas filantrpicas e de responsabilidade social;

    Aes voltadas para a comunidade pelas empresas por meio de fundaes e institutos.

    Pblico

    Hoje

    Privado Pblico e Privado

    Antes

  • Robsio T. Gomes

    tica nas organizaes Responsabilidade Social

    Responsabilidade Social no pode ser considerada como qualquer ao

    realizada pela empresa que ultrapasse apenas o legal.

    Responsabilidade Social, pressupe conscincia e compromisso das

    empresas com mudanas sociais. uma nova filosofia, uma nova

    ordenao para as organizaes produtivas.

    Responsabilidade Social

    Prope que os seres humanos

    ocupem o destaque

    principal nas relaes

    uma questo tica, portanto, as empresas

    precisam comportar-se de forma justa com

    todos

    Compromisso com a

    humanidade, respeitando os

    direitos humanos e

    responsabilidade com o planeta

    Empresas que visam apenas o lucro e so

    assumidamente negcios

    Empresas que se colocam como organizaes sociais e procuram satisfazer aos interesses de uma rede de

    pessoas

    Empresas socialmente responsveis, que se

    preocupam com o social, com a transformao

    social. Cla

    ssif

    ica

    o

    das E

    mp

    resas

  • Robsio T. Gomes

    tica nas organizaes Cdigo de tica nas Organizaes

    Instrumento que fornece aos profissionais de uma

    empresa orientaes e diretrizes sobre a forma de agir

    em determinadas ocasies minimizando os riscos de

    interpretaes duvidosas em relao moral e tica.

    A empresa ao decidir a sua utilizao depara-se com

    dois problemas:

    O primeiro passo entender a natureza do cdigo e a relao destes com

    os envolvidos, ou seja,

  • Robsio T. Gomes

    tica nas organizaes Cdigo de tica nas Organizaes

    Um cdigo de tica conhecido como um conjunto de critrios e

    convenes formais, muitas vezes de carter proibitivo:

    Alguns cdigos conhecidos:

    Todos estes cdigos exprimem as expectativas em relao ao

    comportamento das pessoas, ou seja, os comportamentos morais.

    Portanto, ao elaborar um cdigo de conduta tica deve-se atentar para os

    diferentes pblicos que a empresa se relaciona.

    No faa isto No faa aquilo

    As dez Mandamentos Leis de um Pas Normas da profisso

  • Robsio T. Gomes

    tica nas organizaes Cdigo de tica nas Organizaes

    Sabe-se que, cada empresa atua dentro de uma determinada atividade,

    apresentando assim particularidades que, devem ser levadas em

    considerao quando da elaborao do Cdigo de tica.

    Outras aspectos a considerar:

    Empresas de

    Transformao Ecologia

    Meio Ambiente

    Fu

    ncio

    nrios

    Contratao

    Desenvolvimento

    Sade

    Segurana

    Demisso

    Con

    sum

    idore

    s

    Prticas de Mkt

    Propaganda

    Comunicao

    Qualidade

    Reparao

    Interao C

    adeia

    Pro

    dutiva

    Fornecedores

    Terceiros

    Melhoria

    Com

    unid

    ade

    Relao c/ sindicatos

    Relao c/ Governos

    Concorrncia

    Trabalho infantil

    Favorecimento ilcito (propina)

  • Robsio T. Gomes

    tica nas organizaes Cdigo de tica nas Organizaes

    Ao implantar tal documento, deve-se entender que,

    o simples fato de que o mesmo contenha princpios

    de conduta no garante que seja seguido por

    todos.

    Implantar efetivamente um Cdigo de tica numa

    empresa implica intervenes em todas as suas

    esferas de relacionamento.

    Portanto, para ser bem sucedido na implantao de

    um Cdigo de tica necessrio desencadear um

    conjunto de aes concretas, relacionadas ao mais

    difcil de todos os terrenos: o comportamento das

    pessoas.

  • Robsio T. Gomes

    tica nas organizaes Cdigo de tica nas Organizaes

    A adoo concreta de um Cdigo de tica inicia-se pela

    Alta Administrao. Contudo, Isto no significa que a

    tarefa de implantar resume-se ao exemplo vindo de

    cima, necessrio o acompanhamento, a

    avaliao, a cobrana, a recompensa e os

    estmulos positivos.

    O acompanhamento requer reunies peridicas de avaliao e feedback,

    evitando-se formas de patrulhamento, delaes ou outras prticas que

    venham a invadir a privacidade dos funcionrios ou disseminar a

    paranoia e a desconfiana.

    A melhor forma de avaliao a percepo das mudanas de

    comportamento de uma pessoa em interao com as demais e em relao

    a elas prprias.

  • Robsio T. Gomes

    tica nas organizaes Cdigo de tica nas Organizaes

    O Cdigo de tica no pode ser uma

    mera promessa ou um documento

    publicitrio da organizao

    Pressupe uma espcie de mapa de

    valores e princpios, conduzindo a empresa ao cenrio de negcios onde

    existem regras significativas de cidadania, eficincia de gesto,

    honestidade no uso dos recursos e

    respeito no tratamento com os seus vrios interlocutores.

  • Robsio T. Gomes

    tica nas organizaes Assdio Moral

    Questo antiga e presente em vrias culturas, contudo, tornou-se visvel

    recentemente e digno de tratamento cientfico.

    Conforme dicionrio da lngua portuguesa:

    Livro:

    Assdio Moral: a violncia perversa no cotidiano. Marie-France Hirigoyen (2000)

    Tese de Mestrado: Barreto (2000);

    Folha de So Paulo 25 novembro 2000

    Recentemente: salas de aula, ambiente de trabalho, palestras e conferncias

    Perseguir por insistncia, importunar e molestar

    Assediar

    Conjunto de regras de conduta consideradas vlidas

    Moral

  • Robsio T. Gomes

    tica nas organizaes Assdio Moral

    Considerando o assdio em relao s pessoas e no trabalho pode-se

    dizer que:

    Tornou-se acentuado em virtude de:

    Qualquer conduta abusiva (gestos, palavras ,

    comportamentos, atitudes) que atende, por sua repetio ou

    sistematizao, contra a dignidade ou integridade psquica

    ou fsica de uma pessoa, ameaando seu emprego ou

    degradando o clima de trabalho (HIROGOYEN, 2002, p. 17)

    Maus tratos submetidos pelas pessoas, principalmente, naquelas organizaes produtivas preocupadas com o lucro em detrimento do bem estar das pessoas

    Ameaa da perda de emprego fazendo com que as pessoas se silenciem devido a sua situao de inferioridade e humilhao

  • Robsio T. Gomes

    tica nas organizaes Assdio Moral

    O assdio moral visa o indivduo, por meio de maltrato, sem o mesmo

    saber o motivo. pois, um ato perverso que visa manipular o outro e

    desaposs-lo de sua liberdade.

    Tipo de assdio:

    Vertical

    Origem na autoridade;

    Agresso profunda e isolamento, pois a pessoa agredida tem medo de reagir;

    Espalha o medo, humilhao e terror, exigindo obedincia cega.

    Horizontal

    Praticado por um colega sobre o outro;

    Ocorre quando existe disputa de poder ou quando um colega ascende a um cargo de chefia, provocando aos invejosos a no homologao da promoo.

  • Robsio T. Gomes

    tica nas organizaes Assdio Moral

    Motivos

    Inveja Medo Inteligncia Preconceito Insegurana

    Homens

    Mulheres

    Homossexuais

    Pessoas combativas

    Sindicalistas

    Velhos

    Ambientes sem critrios claros de avaliao da qualidade do trabalho.

    Empresas sem ou com pouco dilogo

    Empresas desorganizadas

    Empresas muito hierarquizadas

    Locais mais apropriados ao assdio

    P

    e

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  • Robsio T. Gomes

    tica nas organizaes Assdio Moral

  • Robsio T. Gomes

    tica nas organizaes Assdio Moral

    Mudanas na estrutura social onde o respeito pelas diferenas e o ser humano seja centro e finalidade de tudo, em detrimento de raa, classe, gnero, etc.

    No compactuar com aes agressoras, encontrar o foco e agir de forma imediata e firme;

    Instituir uma gesto transparente, respeitosa e inclusiva;

    Estimular lderes ntegros;

    Oferecer um ambiente saudvel, seguro, criativo e alegre;

    Elaborar um cdigo de conduta;

    Criar aes educativas ;

    Ao extrema: Justia

    So

    cie

    dad

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    Em

    pre

    sa

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  • Robsio T. Gomes

    tica Profissional

    Deontologia ou tica Profissional caracteriza-se como um conjunto de

    normas e princpios que tem por fim

    orientar as relaes dos profissionais

    com seus pares, destes com sus clientes,

    com sua equipe de trabalho, com as

    instituies a que servem, dentre outros.

    So normas mais especficas e objetivas.

    O Cdigo de tica Profissional, em

    nossa sociedade, vem sendo usado

    como normas de administrao do

    mercado de trabalho.