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2012 Especialização em Tecnologias aplicadas ao ensino de Biologia Volume 1 2ª Edição

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2012

Especialização em

Tecnologias aplicadasao ensino de Biologia

Volume 1 2ª Edição

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ESPECIALIZAÇÃO EM

TECNOLOGIAS APLICADAS AO ENSINO

DE BIOLOGIA

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Governo Federal

República Federativa do Brasil

Ministério da Educação

Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior

Universidade Federal de Goiás

ESPECIALIZAÇÃO EM

TECNOLOGIAS APLICADAS AO ENSINO

DE BIOLOGIA

Goiânia, 2012

UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

CENTRO INTEGRADO D EAPRENDIZAGEM EM REDE

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R EITORIAEdward Madureira Brasil

PRÓ-R EITORIA DE GRADUAÇÃOSandramara Matias Chaves

COORDENAÇÃO GERAL DO CURSO ESPECIALIZAÇÃO EM TECNOLOGIAS APLICADAS AO ENSINO DE BIOLOGIA / EADPaulo Cesar Moreira

AUTOR ES Danilo Rabelo Gilda Aquino de A. Mendonça Mara Analu Freitas BuenoMirian Pacheco Simone M. T. Sabóia Morais COORDENAÇÃO DE TUTORIA E TCC Joana Cristina Neves de Menezes Faria

COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA DO CURSO ESPECIALIZAÇÃO EM TECNOLOGIAS APLICADAS AO ENSINO DE BIOLOGIA / EAD Edson José Benetti

DIR ETORIA DO CENTRO INTEGRADO DE APR ENDIZAGEM EM R EDE (CIAR)Leonardo Barra Santana de Souza

COORDENAÇÃO DE PRODUÇAO E COMUNICAÇÃO IMPR ESSAAna Bandeira

R EVISÃO PEDAGÓGICAIris Oliveira de Carvalho

R EVISÃO DE CONTEÚDO Renata Mazaro e Costa

DESIGN GR ÁFICO - PROJETO EDITORIALEquipe de Publicação Ciar

EDITORAÇÃO Lara Carolina da Silva

Dados Internacionais de Catalogação-na-Publicação (CIP)(GPT/BC/UFG)

Brasil. Ministério da Educação. Coordenação de Aperfeiçoamento

de Pessoal de Nível Superior. Universidade Federal de Goiás.

Especialização em tecnologias aplicadas ao ensino de biologia / Danilo Rabelo ... [et al.] ;

Universidade Federal de Goiás. – 2. ed. – Goiânia : UFG/Ciar ; FUNAPE, 2012.

93 p. : il.

Inclui bibliografia.

ISBN: 978-85-8083-054-5

1.Biologia – Ensino – Tecnologia aplicada. 2. Ensino a

distância – Especialização. I. Rabelo, Danilo. II. Título.

CDU: 573.6:37.018.43

B823e

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO AOS CONCEITOS DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

Ementa .........................................................................................................................Apresentação ..............................................................................................................Unidade I - Conceitos de Educação .......................................................................

O que é EAD? ...................................................................................................................Porque se utiliza o AVA? .................................................................................................Temática I - Características da EAD .............................................................................Motivos de evasão ............................................................................................................

Unidade 2 - Panorama da EAD no Brasil ..............................................................Temática I - Histórico da EAD ......................................................................................Temática 2 - Gerações da EAD ......................................................................................

Unidade 3 - Foco legal da EAD ...............................................................................Leitura Complementar .............................................................................................Referências ..................................................................................................................

2. DIVERSIDADE CULTURAL E INCLUSÃO SOCIAL

Ementa .........................................................................................................................Apresentação ..............................................................................................................Objetivos .....................................................................................................................Orientações para o estudo da disciplina ...............................................................Introdução ...................................................................................................................Unidade 1 - Diversidade Cultural ...........................................................................

Temática I - Diversidade Cultural .................................................................................Momento de aproximação com a temática .................................................................Quem são eles? (Índios do Brasil) ................................................................................Tecendo o conhecimento: A diversidade cultural conceitos básicos .....................O que significa dizer que a cultura é um conjunto de códigos simbólicos? .........Resumindo .........................................................................................................................

Livros, Sites e Artigos ...............................................................................................Referências ..................................................................................................................

Temática 2 - Direitos Humanos .....................................................................................Aproximação com a temática .........................................................................................Tecendo o conhecimento: Os direitos humanos .......................................................

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Referências ..................................................................................................................Livros, Sites e Artigos ...............................................................................................Unidade 2 - Educação Inclusiva ..............................................................................

Objetivos da unidade .......................................................................................................Temática 1 - A história e as políticas públicas do atendimento Educacional .......O que é educação inclusiva? ...........................................................................................

Referências ..................................................................................................................Temática 2 - Novos horizontes da Educação Inclusiva: Avaliação como Instrumento de Inclusão Social .....................................................................................

Referências ..................................................................................................................

3. FUNDAMENTOS DA CIÊNCIA, CIDADANIA E TECNOLOGIA

Ementa .........................................................................................................................Apresentação ..............................................................................................................Unidade 1 - Os conceitos de mídias e informática para melhoria dos processos de ensino e pesquisa em Biologia ........................................................Unidade 2 - O avanço das tecnologias de ensino no Brasil e no mundo ........Unidade 3 - O cidadão incluído e o cidadão excluído ........................................Referências ..................................................................................................................

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1INTRODUÇÃO AOS CONCEITOS DE EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA

MSc. Gilda Aquino de Araújo Mendonça

Graduada em Administração de Empresas pela Universidade Ca-tólica de Goiás (1979); graduada em Formação de Docente para Ensino de 1º e 2º graus pelo Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (1990); especialista em Informática na Educação pelo CEFET--MG/UNICAMP (1992) e mestre em Engenharia de Produção pela Universidade Federal de Santa Catarina (2003). AtualmenInte é profes-sora do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás. Tem experiência na área de Administração, com ênfase em Administra-ção de Empresas, atuando principalmente nos seguintes temas: informá-tica, educação, administração, metodologia científica, gestão de TI nas empresas, empreendedorismo e educação a distância.

Ementa

Discutir sobre os Fundamentos da Educação a Distância enfatizando os aspectos teóricos, históricos, evolução, conceitos, características, vanta-gens e desvantagens, Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVA), legisla-ção, qualidade, avaliação e utilização em diversos contextos educacionais, corporativos e na educação continuada.

Apresentação

Nesta disciplina você discutirá os fundamentos teóricos da EaD e re-fletirá sobre sua trajetória histórica. Conhecerá a evolução conceitual que a Educação a Distância vem sofrendo ao longo de sua caminhada e ainda as condições básicas para seu desenvolvimento, como a qualidade e a avaliação. Será muito importante, nesta disciplina, que você saiba e discuta a legislação brasileira para a EaD. Não deixe acumular atividades; seja comunicativo

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8 Introdução aos Conceitos de Educação à Distância

(se tiver dúvidas, procure sempre seu tutor, orientador e professor). Nessa disciplina veremos os seguintes conteúdos:

Unidade 1 - Conceitos de Educação.Unidade 2 - Panorama da EaD no Brasil.Unidade 3 - Foco Legal da EaD.

UNIDADE 1 - CONCEITOS DE EDUCAÇÃO

Bem-vindo(a) à unidade sobre Conceitos de EaD.

Nesta unidade, você compreenderá os conceitos de EaD e apresen-tará o seu próprio conceito. E ainda reconhecerá as vantagens e desvanta-gens do uso dos ambientes virtual de aprendizagem.

Educação a Distância (EaD) é a formação em que as atividades de ensino-aprendizagem ocorrem independentemente de alunos e professores estarem juntos em um mesmo lugar e/ou tempo. Existem diversos concei-tos que definem a EaD e a maioria deles menciona as tecnologias utilizadas para auxiliar o processo de educação.

Veja alguns conceitos:

O que é EaD?

Autor Conceito

Moore (1993)

“A educação a distância é um conceito pedagógico que descreve o universo de relações pro-fessor-aluno que se dão quando esses estão separados no espaço e/ou tempo. Esse universo de relações pode ser ordenado segundo uma tipologia construída em torno dos componentes mais elementares deste campo – o saber, a estrutura dos programas educacionais, a interação entre alunos e professores, a natureza e o grau de autonomia do aluno.”

Moran (2002)

“Educação a distância é o processo de ensino–aprendizagem, mediado por tecnologias, no qual professores e alunos estão separados espacial e/ou temporalmente. Apesar de não estarem juntos, de maneira presencial, eles podem estar conectados e interligados por tecnologias, principalmente as telemáticas, como a internet. Mas também podem ser utilizados o correio, o rádio, a televisão, o vídeo, o CD-ROM, o telefone, o fax e tecnologias semelhantes.”

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Ballalai (1991)“O termo “educação a distância” tem sido objeto de várias interpretações. Pode-se, de uma maneira geral, defini-la como um tipo de educação não formal que se realiza através dos mais variados instrumentos de aprendizagem: material impresso (módulos instrucionais, por exem-plo), rádio, televisão, telefone e outros recursos.”

Silva (2003) “Pode-se definir educação on-line como o conjunto de ações de ensino-aprendizagem desenvol-vidas através de meios telemáticos como a internet, a video-conferência e a tele-conferência.”

Gonzales (2005)

“A educação a distância (EAD) é uma estratégia desenvolvida por sistemas educativos para oferecer educação a setores ou grupos da população que, por razões diversas, têm dificuldade de acesso a serviços educacionais.”

Na EaD,• Professor e aluno estão separados no espaço e/ou tempo;• O controle do aprendizado é realizado mais intensamente pelo aluno do que pelo instrutor distante;• A comunicação entre alunos e professores é mediada por documentos impressos ou alguma forma de tecnologia.

Barbosa (2005) “Consiste em utilizar as tecnologias da internet para propiciar um amplo conjunto de soluções que objetivam servir de suporte para que a aprendizagem ocorra.”

Artigo 84, inciso IV da Constituição Federal, de acordo com o disposto na Lei n° 9.394, de 20 de dezembro de 1996

“Educação a distância é caracterizada pela realização de um processo de ensino–aprendizagem com mediação docente e de recursos didáticos sistematicamente organizados, apresentados em diferentes suportes tecnológicos de informação e comunicação, utilizados isoladamente ou combinados, dispensados os requisitos de frequência obrigatória vigentes na educação presencial.”

Decreto nº 5.622, de 19 de dezembro de 2005

“Caracteriza-se a educação a distância como modalidade educacional na qual a mediação didático-pedagógica nos processos de ensino e aprendizagem ocorre com a utilização de meios e tecnologias de informação e comunicação, com estudantes e professores desenvolvendo atividades educativas em lugares ou tempos diversos.”

Litto (2009, p 14) “Vários termos para “educação a distância”, aprendizagem a distância, aprendizagem aberta, aprendizagem flexível, aprendizagem autônoma, aprendizagem online, estudo por corresponden-cia, estudos independentes, entre outros.”

Santos (2010, p. 44) “É uma modalidade educacional historicamente mediada por mídias de massa (impressos, audiovisuais em geral) que não liberam o polo da emissão.”

Trimer (2012, p. 317)

“É uma área em que se enco-ntra uma conjunção rara de tecnologia, conhecimento e cria-tividade e alcançou êxitos formidáveis no desenvolvimento de estratégias e ferramentas de aprendizagem, utilizando todo o espectro de meios a sua disposição.”

Figura 1 - Conceitos de Educação a Distância / Fonte: Elaborado pelo autor

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10 Introdução aos Conceitos de Educação à Distância

O que é EAD?

Podemos definir EaD como uma forma de educação em que o apren-dizado é realizado a distância física e temporal, mediada por uma ferramen-ta da tecnologia responsável por permitir a comunicação e a interação entre os participantes. A tecnologia possibilita a comunicação entre estudantes e professores, já que eles não se encontram juntos em uma sala como acon-tece na educação convencional. A maior parte dos cursos oferecidos a dis-tância, apesar de utilizarem tecnologias avançadas e modernas, continuam pautados em práticas pedagógicas ultrapassadas, enfocam os aspectos infor-mativos e instrutivos, quando deveriam abordar os aspectos construtivos, criativos e reflexivos relacionados ao processo de aprendizagem e às ques-tões que envolvem o desenvolvimento do conhecimento.

Agora que já foram apresentados alguns conceitos de EaD, que tal elaborar o seu próprio conceito?

As práticas pedagógicas utilizadas a distância precisam levar em con-ta as tecnologias existentes e oferecer as práticas de educação mais adequa-das para o aprendizado.

Os mais recentes desenvolvimentos no campo da EAD têm nos le-vado, grosso modo, a duas modalidades: uma de perfil notadamente auto-instrucional, desenvolvida no contexto da sociedade industrial e perfeitamente adaptada às exigências desta sociedade, e outra de perfil mais colaborativo ou sócio-interacionista, desenvolvida no contexto de surgimento da chamada “sociedade pós-industrial” ou da “informação”, em resposta a novas demandas desta nova socieda-de. (AZEVEDO, 2006, p. 25).

A modalidade de perfil autoinstrucional utiliza principalmente mate-rial didático impresso e serviço postal, e, eventualmente e de forma comple-mentar, recursos de áudio e vídeo. Essa modalidade aplica de modo intensi-vo a autoinstrução. Em essência, o processo de ensino-aprendizagem ocorre fundamentalmente por meio da interação do aluno com um conteúdo es-truturado e organizado em material impresso. Quando precisar esclarecer dúvidas ou desejar orientação, o aluno conta com um suporte pedagógico em forma de tutoria.

As duas modalidades de EaD, a autoinstrucional e a colaborativa, continuam sendo utilizadas, porém, considero como mais adequada para

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o desenvolvimento da aprendizagem a distância a segunda, que enfoca o aprendizado coletivo.

Em vez da transmissão unidirecional de informação, valoriza-se cada vez mais a interação e a troca de informação entre professor e aluno. No lugar da reprodução passiva de informações já existen-tes, deseja-se cada vez mais o estímulo à criatividade dos estudantes (SILVA, 2003, p. 25).

Moraes (2002) diz que a EaD passa por uma fase de transição, em que muitas organizações estão se limitando a transpor para o virtual adapta-ções do ensino presencial.

Para estimular o trabalho colaborativo/cooperativo, é preciso que os sistemas de ensino a distância utilizem as vantagens das tecnologias existen-tes de maneira apropriada e objetiva, observando as metodologias de edu-cação definidas para o modelo colaborativo.

Porque se utiliza o AVA?

Para uma efetiva prática de utilização da internet para fins de Edu-cação a Distância, usa-se os Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVA) como ferramenta de apoio no processo de aprendizagem.

Os AVA’s geralmente são desenvolvidos por instituições acadêmicas ou privadas. Eles fornecem aos participantes (professor e aluno) ferramen-tas a serem utilizadas durante um curso para facilitar o compartilhamento de materiais de estudo, manter discussões, coletar e revisar tarefas, registrar notas, promover a interação, entre outras funcionalidades.

Os AVA’s são softwares educacionais, via Internet, destinados a apoiar as atividades de EaD. Estes softwares oferecem um conjunto de tecnologias de informação e comunicação que permitem desenvolver as atividades no tempo, espaço e ritmo de cada participante.

Um ambiente virtual é um espaço fecundo de significação onde se-res humanos e objetos técnicos interagem, potencializando assim a construção de conhecimentos, logo a aprendizagem. Entendemos por aprendizagem todo processo sociotécnico em que os sujeitos interagem na e pela cultura, sendo esta um campo de luta, poder,

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12 Introdução aos Conceitos de Educação à Distância

diferença e significação, espaço para construção de saberes e conhe-cimento. As tecnologias digitais podem potencializar e estruturar novas sociabilidades e conseqüentemente novas aprendizagens (SILVA, 2003, p. 223).

A utilização dos Ambientes Virtuais de Aprendizagem na EaD ofe-rece subsídios para que os participantes possam se comunicar e trocar co-nhecimentos, desenvolvendo, portanto, esforços cooperativos durante a aprendizagem. A interação que se estabelece nos AVAs propicia o aprendi-zado colaborativo dos participantes, influenciado pelas articulações que se estabelecem nas experiências sociais. O ambiente se modifica à medida que estas se desenvolvem e os significados são construídos coletiva e indi-vidualmente, tornando o diálogo, que então se estabelece, o centro organi-zador da atividade.

A possibilidade de diálogos a distância entre indivíduos geografi-camente dispersos favorece a criação coletiva, fazendo com que o ciberespaço seja muito mais que um meio de informação-TV, rádio etc. A comunicação assíncrona proporciona não só a criação de te-mas de discussões entre estudantes e professores, mas, sobretudo, a troca de sentidos construídos por cada singularidade. Cada sujeito na sua diferença pode expressar e produzir saberes, desenvolver suas competências comunicativas, contribuindo para e construindo a co-municação e o conhecimento coletivamente. (SILVA, 2003, p. 223)

Os Ambientes Virtuais de Aprendizagem podem ser utilizados em: atividades presenciais, possibilitando aumentar as interações para além da sala de aula; em atividades semipresenciais, por meio dos encontros presen-ciais e das atividades desenvolvidas a distância, oferecendo suporte para a comunicação, troca de informações e interação entre os participantes.

Em qualquer situação de aprendizagem, a interação entre os partici-pantes é de extrema importância. É por meio dessas interações que se torna possível a troca de experiências, o estabelecimento de parcerias e a coopera-ção (MORAES, 2002, p. 203).

Veja as vantagens no uso do AVA:

• Interação interpessoal; • Possibilidade de acompanhar e orientar o estudante;• Possibilidade do aluno controlar seu próprio ritmo de aprendiza-

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gem, assim como a sequência e o tempo;• Apresentação dos materiais de estudo de modo criativo, atrativo e

integrado, estimulando e motivando a aprendizagem;• Possibilidade de ser usada para avaliar o aluno.

Os Ambientes Virtuais de Aprendizagem agregam várias tecnologias encontradas na web para prover a comunicação, disponibilização de mate-riais e administração do curso. O conjunto de funcionalidades que cada am-biente possui é estabelecido pelos requisitos definidos em cada ambiente.

As funcionalidades dos AVAs podem ser organizadas em quatro gru-pos de ferramentas: coordenação, comunicação, produção dos alunos ou cooperação e administração (GONZALES, 2005).

Temática 1 - Características da Ead

As novas tecnologias de comunicação surgidas nos últimos tempos contribuíram para o desenvolvimento da educação.

Há vários anos o computador está sendo utilizado como ferramenta de apoio ao ensino. O uso da informática na educação é cada vez maior, pois proporciona um melhor desempenho das aulas ministradas por professores e aprendizado dos alunos.

Com base na literatura relativa à EaD disponível, é possível destacar algumas características do ensino a distância independente da abordagem pedagógica adotada:

a)Separação espacial e temporal entre professor, aluno e instituição;

b)Utilização sistemática de meios e recursos tecnológicos nos pro-cessos de comunicação;

c)Autoaprendizagem individual e/ou coletiva;

d)Formas de acompanhamento e apoio ao aluno de caráter tutorial;

e)Formas de comunicação bidirecional e/ou interativa;

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14 Introdução aos Conceitos de Educação à Distância

f)Propostas de democratização da educação ampliando formas de acesso das minorias, dos trabalhadores, pessoas isoladas à formação conti-nuada e qualificação profissional (RODRIGUES, 2006).

A utilização das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) na EaD implica mudanças de comportamento dos:

• Professores Têm que aprender a articular-se simultaneamente em diferentes ní-

veis de ensino, através dos materiais didáticos que são construídos em redes de aprendizagem significativas.

• Alunos Cabe a eles tomar decisões sobre o desenvolvimento de seus estudos,

terem iniciativa em construir suas estratégias de aprendizagem, utilizando os diferentes meios midiáticos que contribuem para a interatividade.

• Gestores Devem considerar a especificidade da dimensão espaço-temporal,

organização do trabalho docente em um projeto de EaD, que não pode pau-tar-se na forma de gestão do ensino presencial.

As características da EaD definidas pelos referenciais de qualidade do Ministério da Educação (MEC) apontam que, na estrutura e dinâmica de cursos a distância, rompe-se com as abordagens pedagógicas cristaliza-das no ensino presencial, uma vez que exploram as potencialidades, a espe-cificidade dos recursos tecnológicos, as linguagens midiáticas, e estabelece processos de interação e de redes institucionais e acadêmicas.

Motivos de evasão

Os alunos podem sentir-se isolados por realizar seus estudos sozi-nhos. Isso exige uma grande motivação para continuar o curso desejado, visto que, caso contrário, possivelmente desistirão do curso. Esse é um dos maiores motivos da evasão no decorrer dos cursos a distância. Os meios telemáticos necessários ao ensino ainda não estão ao alcance de todos. A entidade formadora tem que disponibilizar um bom suporte para os alunos. Além disso, o estudo pode se tornar muito teórico.

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A Educação a Distância caracteriza-se pelo não compartilhamento do espaço entre o aluno e o professor. Sendo assim, torna-se imprescindível o uso de um meio de comunicação entre os dois, que é feito por uma tecnologia.

Além disso, a EaD é usada na capacitação profissional em empresas; na capacitação e atualização de professores; na Educação a Distância aberta e continuada; na aprendizagem de adultos.

O elemento mais característico dos sistemas a distância é que, nas definições oferecidas, a ação tutorial pode ser entendida como modelo ideal da comunicação bidirecional. E ainda dizem que não é de todo correto con-siderar que o traço mais definidor dos sistemas seja a falta de contato direto, professor-aluno, pois nas provas presenciais, nas convivências organizadas em centros regionais, nos encontros tutoriais, o aluno tem oportunidade de contatar pessoalmente com o docente, seja este orientador acadêmico ou tutor. Tudo isso contribui para reduzir os sentimentos de solidão que podem levar com demasiada frequência ao abandono do estudo (LOBO NETO, 2000, p. 29).

A Unidade 1 – Conceitos de EaD está finalizando. Tivemos o obje-tivo de conhecer os conceitos, refletir sobre as vantagens e desvantagens do uso do AVA e reconhecer as características da EaD.

UNIDADE 2 – PANORAMA DA EAD NO BRASIL

Seja bem-vindo(a) à segunda unidade: Panorama da EaD no Brasil.

Esta unidade está dividida em alguns momentos importantes. São mo-mentos de estudos sobre o histórico da Educação a Distância, aprofundamen-to e de análise dos conteúdos necessários à compreensão de sua evolução.

Nesta unidade, você refletirá sobre a trajetória histórica da Educação a Distância (EaD) e da sua evolução.

Atualmente, a Educação a Distância é uma das nossas maiores armas para se alcançar o objetivo desejado de levar educação a uma grande parcela da população que, por algum motivo, não conseguiu participar de uma sala de aula presencial. A EaD possui a grande vantagem de estar ao alcance das pes-soas em qualquer lugar, seja no trabalho ou em casa. Em alguns casos, pode-se

Para Refletir

E para você, o que é Educação a Distância???

Você já foi aluno ou professor de algum curso a distância? Utilizava am-biente virtual ou era via material impresso com encontros periódicos?

Tente elencar outras características da EaD. É possível encontrar autores com outros conceitos que acrescentam mais caracte-rísticas, mas socialize com o grupo suas percepções iniciais e sua visão desta forma de fazer educação e suas expectativas.

Saiba Mais

A importância dos ambientes virtuais de aprendizagem na ead

Gilda Aquino de Araújo Mendonça, Elvia Nunes Ribeiro e Alzino Furta-do de Mendonça. http://aveb.univap.br/opencms/opencms/sites/ve2007neo/pt-BR/imagens/27-06-07/Cognitivas/trabalho_115_al-zino_anais.pdf

Utilização de ambien-tes virtuais no apoio ao aprendiz na ead

Gilda Aquino de Araújo Mendonça e Alzino Furtado de Mendonça.

http://www.abed.org.br/congresso2010/cd/1942010094738.pdf

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16 Introdução aos Conceitos de Educação à Distância

aprender até mesmo enquanto se faz o percurso entre a casa e o trabalho, visto que só é necessário algum tipo de mídia para que ele se concretize.

A evolução e disseminação de novas tecnologias trouxeram avanços em vários campos da ação humana, inclusive na educação. A revolução tec-nológica provocou uma mudança visível no ensino e, consequentemente, no conhecimento. A perda de barreiras, trazida pela globalização, fez com que o ensino e o conhecimento sofressem alterações consideráveis. A formação educacional de uma pessoa está cada vez mais sendo valorizada. No entanto, o tempo que se tem para se dedicar ao estudo tem sido cada vez menor por vários fatores.

As transformações produzidas durante estes últimos anos no Brasil são os reflexos da aceleração no ritmo das mudanças que vêm ocor-rendo, sobretudo a partir da década de 50, nos países do chamado primeiro mundo, e que estão gerando um modelo de sociedade em que a formação é posta como fator estratégico do desenvolvimento, da produtividade e da competitividade (PRETI,1996).

Temática 1 - Histórico da Ead

A Educação a Distância surgiu no Brasil em 1904, utilizando o texto escrito (correspondências) para a troca das informações. As primeiras ini-ciativas foram de instituições privadas com ofertas de iniciação profissional em áreas técnicas. O Instituto Rádio Monitor, em 1939, o Instituto Univer-sal Brasileiro, em 1941, e outras organizações similares atenderam vários es-tudantes em cursos abertos de iniciação profissionalizante pela modalidade de ensino por correspondência.

Uma das primeiras instituições a oferecer cursos de formação reali-zados pelo ensino a distância foi o Instituto de Radiodifusão Educativa na Bahia (IRDEB), que durou oito anos, de 1969 a 1977. Em 1973, foi criado o Projeto “Logos”, com o qual se pretendia formar professores leigos com recursos do MEC e de prefeituras municipais. Utilizava-se de material im-presso. Os alunos eram atendidos em Núcleos Regionais, mantidos pelas Secretarias de Educação.

No Estado de Goiás, as experiências realizadas de formação de ma-gistério, de nível de 1º e 2º grau a distância, ocorreram na década de 1970, com dois projetos: o primeiro de capacitação de professores leigos que não

Leituras complementares

MORAN, José Manuel. O que é educação a dis-tância. 2002. Disponível

em < http://www.eca.usp.br/prof/moran/dist.htm>. Acesso em: 27/06/2012.

MOORE, Michael; KEARS-LEY, Greg. Educação a

distância: uma visão inte-grada. São Paulo: Thomson

Learning, 2007.

MAIA, Carmem; MATTAR, João. ABC da EAD. São

Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007.

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Especialização em Tecnologias Aplicadas ao Ensino de Biologia 17

haviam concluído o ensino fundamental e o segundo de habilitação de pro-fessores leigos de 2º grau (curso normal), denominado Projeto LUMEM. Este foi desenvolvido de 1973 a 2002, ofertado para todo o Estado; era es-truturado em três etapas e realizado num período de cinco meses com apli-cação de exames avaliativos e encontros presenciais.

Outro projeto MAGISTER (I, II e III) foi ofertado em mais de cem municípios do Estado, de 1978 a1986. Distinguia-se do Projeto LUMEM quanto à estrutura e organização do acompanhamento dos cursistas nas atividades presenciais e a distância e os processos avaliativos teóricos e prá-ticos. Tais projetos recorriam a material impresso, encontros presenciais al-ternados e avaliação presencial, contribuindo para habilitação de cerca de seis mil professores no estado de Goiás, com a oferta de curso na modalida-de a distância.

Em 1995, a Internet começou a se expandir no ambiente universi-tário, juntamente com as novas tecnologias da educação ligadas a ela, con-tribuindo para o grande impulso do crescimento da EaD. A partir de 1998, com a aprovação da Lei de Diretrizes e Bases, de 1996, que em seu artigo 80 insere a EaD como um sistema de ensino em todos os níveis, observa-se um crescente envolvimento de Instituições de Ensino Superior com cursos de educação a distância. Em Goiás, por exemplo, registra-se, em 1998, a im-plantação pela Universidade Católica de Goiás de ações na área da gradu-ação, no sistema de educação a distância, com o Programa de Graduação Itinerante. Este programa tem como objetivo a interiorização desta universi-dade, por meio da oferta de cursos de graduação, coordenados pelo Centro de Educação Aberta e a Distância (CEAD).

A história da Educação a Distância pode ser dividida em antes e de-pois da Internet. Segundo Azevedo (2006), antes da Internet utilizava-se apenas tecnologias que o autor denomina de um-para-um, como o ensino por correspondência, ou um-para-muitos, como o rádio ou a TV. Depois do advento da Internet na Educação a Distância, pode ser utilizado em uma só mídia as três possibilidades de comunicação denominadas pelo autor como sendo: um-para-muitos, um-para-um e muitos-para-muitos.

Histórico do uso das tecnologias de EaD no Brasil. Veja o quadro histórico e faça suas considerações.

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18 Introdução aos Conceitos de Educação à Distância

Ano Acontecimento Histórico

1904 A educação a distância teve início com o uso da midia impressa e por correios. As escolas internacionais ofereciam os cursos, que eram pagos, por correspondência.

1916/ 1918 Venerando da Graça realiza experiências com cinema educativo e publica artigos na revista A escola primária.

1922 Criação do Prontel – coordenação e apoio à TelEducação no Brasil (MEC).

1923 Foi criada a Rádio Educativa Comunitária que passou a oferecer cursos em seus programas diários.

1923 Fundação Roquete Pinto – Radiodifusão.

1926 Na revista Electron, feita pela radio do Rio de Janeiro, Roquete Pinto publica o primeiro plano nacional de rádio educativa.

1934Edgard Roquete-Pinto instalou a Radio-Escola Municipal no Rio, onde os alunos tinham acesso prévio a folhetos e esquemas de aulas e para fazer contato com os alunos ele fazia uso dos correios. Dois anos depois ele doou a radio ao MEC.

1936 Fundação do Instituto Rádio Técnico Monitor com programas voltados ao ramo da eletrônica.

1939 Aumento da demanda dos cursos a distância surgindo assim o Instituto Universal Brasileiro, em São Paulo.

1939 Cursos por correspondência para a Marinha e para o Exército.

1941 1ª Universidade do Ar que durou dois anos de 1941 a 1943.

1941 Instituto Universal Brasileiro ampliou os cursos de formação profissional de nível elementar e médio utilizando mídia postal e material impresso.

1947 Abriu-se uma nova Universidade do Ar sendo que o SENAC, o SESC e Emissoras Associadas eram seus patrocinadores. Atingiu 318 localidades e oitenta mil alunos.

1950 Curso de alfabetização pelo rádio, emissora ZYM-7, em Marquês de Valença, Estado do Rio de Janeiro, dirigido por Geraldo Januzzi.

1960 São ministrados os primeiros cursos sobre análise experimental do comportamento e condicionamento operante, por Fred Skinner Keller, difundindo assim a instrução programada.

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Especialização em Tecnologias Aplicadas ao Ensino de Biologia 19

1961/ 1965Entre os anos de 1961/1965 foram criados os Movimentos de Educação de Base (MEB) – Igreja Católica e Governo Federal – que utilizava um sistema rádio-educativo: educação, conscientização, politização, educação sindicalista. Este projeto foi dissolvido pela ação do governo pós-1964.

1969 Criadas as TVs educativas pelo poder público: TVE do Maranhão – cursos de 5a a 8a séries, com material televisivo impresso e monitores.

1970 O Projeto Minerva, criado com um convênio entre a Fundação Padre Landell de Moura e a Fundação Padre Anchieta para produção de textos e programas.

1972O Governo Federal enviou à Inglaterra um grupo de educadores tendo à frente o conselheiro Newton Sucupira: o relatório final marcou uma posição reacionária às mudanças no sistema educacional brasilei-ro, colocando um grande obstáculo à implantação da Universidade Aberta e à EaD no Brasil.

1970 Criada a Fundação Roberto Marinho – que incluía um programa de educação supletiva a distância, para 1º e 2º graus.

1974Criação do projeto Satélite Avançado de Comunicação (SACI) no formato de telenovela. Atendia às quatro primeiras series do 1o grau e era associado ao Inpe. Tinha material de rádio e impressão para o treinamento de professores e para o ensino fundamental.

1979 UnB – Cursos veiculados por jornais e revistas que dez anos depois se transforma no CEAD.

1979 Centro Educacional de Niterói – módulos instrucionais com tutoria e momentos presenciais, cursos de 1o e 2o graus para jovens e adultos, qualificação de técnicos.

1979 Colegio Anglo Americano no Rio de Janeiro que atuava em 28 países com cursos de correspondência para brasileiros em nível de 1o e 2o graus.

1980 Houve abertura de ofertas de supletivos via telecursos (televisão e materiais impressos), para fundações sem fins lucrativos.

1985 Inicio do uso de computador nas aulas de educação a distância com o uso de mídia de armazenamento (vídeo aulas, disquetes, CD-ROM) como meios complementares.

1989 Uso de Internet na educação a distância, com a criação da Rede Nacional de Pesquisa (uso de BBS, Bionet e e-mail).

1990 Já se usava teleconferências (cursos via satélite) em programas de capacitação a distância.

Ano Acontecimento Histórico

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20 Introdução aos Conceitos de Educação à Distância

Ano Acontecimento Histórico

1991 Fundação Roquete Pinto lança o programa Um salto para o futuro, para formação continuada de profes-sores do ensino fundamental.

1992 Foi criada a Universidade Aberta de Brasília (Lei 403/92), podendo atingir três campos distintos que veio seguida pelo oferecimento de cursos superiores para mídia impressa.

1992 UFMT/ FAE / Nead – programa em nível de licenciatura em educação para o exercício do magistério no ensino fundamental.

1992 Projeto Acesso da PETROBRAS com a suplementação de 1o e 2o graus no próprio ambiente de trabalho.

1993Senai/ RJ - Centro de EaD desenvolve cursos de noções básicas em qualidade total. Elaboração de material didático impresso para 16 mil alunos, oferece cursos a distância para empresas da Argentina e Venezuela.

1993 Implantação de programas de capacitação de docentes do ensino fundamental e médio das escolas públicas do estado de Minas Gerais, pela Universidade Federal de Uberlândia.

1995 Disseminação de cursos pela Internet nas instituições de ensino superior via RNP.

1995 Multi-Rio – o Rio de Janeiro oferece cursos em nível de 5a a 8a séries por intermédio de programas televisivos e materiais impresso.

1995 Programa TV escola.

1995 Laboratório de educação a distância do Programa de Pós-graduação em Engenharia de Produção da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

1996 Foram criadas Redes de vídeo conferência – início de oferta de mestrado por universidades públicas em parceria com empresas privadas.

1996 Aprovação da nova lei de diretrizes e bases da Educação Nacional (Lei n.9.394, de 20/12/96) – legalida-de da educação a distância como modalidade integrante de ensino.

1996 Projeto de Educação Continuada e a distância em medicina e saúde – DIM / LAMPADA, Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), incluindo Home Page.

1997 Com a criação de ambientes virtuais de aprendizagem em 1997 teve início a oferta de especialização via Internet, em universidades públicas e particulares.

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Especialização em Tecnologias Aplicadas ao Ensino de Biologia 21

1998 UNIVIR-CO (Rede Virtual do Centro-Oeste que trabalhava com a capacitação de professores para atuar em EaD).

1998 Criação do Decreto 2.494, de 10 de fevereiro de 1998, que regulamenta o art. 80 da LDB (Lei 9.394/96).

1998 Portaria 301, de 7 de abril de 1998 que normatiza os procedimentos de credenciamento de insti- tuições para a oferta de cursos de graduação e educação profissional tecnológica a distância.

1999/01 Criação de redes públicas, privadas e confessionais para cooperação em tecnologia e metodologia para uso das NTIC em EaD.

1999/02 Credenciamento oficial para que as instituições universitárias possam atuar em EaD.

2000 Projeto VEREDAS - iniciativa da Secretaria de Educação do Estado de Minas Gerais com IES públicas, comunitárias e privadas, com o objetivo de formar professores leigos para atuar no ensino fundamental.

Ano Acontecimento Histórico

2000

Cederj – Consórcio que reúne universidades estaduais e federais, conta com o apoio e recursos do governo estadual para instalação de unidades de apoio e de infra-estrutura adequada de tutoria e equi-pamentos para o oferecimento de cursos e programas na área de licenciatura em pedagogia, ciências biológicas, matemática e física.

2001RICESU – Rede de instituições Católicas de Ensino Superior (CAV – RICESU) que pretende organizar e implementar produtos em EaD, com foco na interação entre os agentes de aprendizagem e em busca de inovação educacional.

2001 Criação da Portaria 2.253, de 18 de outubro de 2001 que regulamenta o art. 81 da LDB (Lei 9.394/96).

2002 Mais de 23 cursos de graduação em EaD já haviam solicitado sua certificação junto ao MEC.

2003A Associação Brasileira de Educação a Distância (ABED) instituiu o Dia Nacional de EAD: 27 de novem-bro, como um dos veículos para informar a sociedade a grande importância da educação a distância para inclusão social no Brasil.

2004O secretário nacional de Educação a Distância, João Teatini, defende a ampliação do ensino virtual como estratégia mais eficiente e apropriada para diminuir a exclusão social nas universidades do País, para elevar a média de escolaridade dos brasileiros, bem como para estimular a inclusão digital.

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22 Introdução aos Conceitos de Educação à Distância

Fazendo uma análise do histórico da EaD no Brasil, observa-se que o desenvolvimento deste sistema de ensino ampliou o conhecimento cultural do País através da organização de cursos específicos de acesso a todos e a criação de cursos que englobam tanto a graduação quanto a pós-graduação. Além disso, proporcionou a reciclagem profissional a diversas categorias de trabalhadores e também para pessoas que já passaram pela universidade.

A EAD antes era vista como um tipo de ensino que deveria ser oferecido somente a quem não teve acesso à escola presencial, isso geralmente ocorria com faixas muito pobres da população. Com a vinda da Internet a educação a distância mudou seu foco e passou a ser vista como uma forma de ensino independente do ensino pre-sencial e como conseqüência tomou forma própria e cresceu bastan-te. Atualmente congressos de EAD são lotados por pessoas interes-sadas em aprender novidades sobre essa forma de ensino pra poder adotá-la ou simplesmente repassar o conhecimento adquirido a seus alunos que optaram por estudar a distância (AZEVEDO, 2006).

2004Permanece válida, e com eficácia, a Portaria n. 4.059, de l0 de dezembro de 2004, que permite o uso de EaD em disciplinas ou conteúdos que correspondam a 20% da carga horária dos cursos de graduação, devidamente reconhecidos, no ensino superior federal e privado.

2005 Decreto 5.622 de 19 de dezembro de 2005. Regulamenta o art. 80 da Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional.

2006Congresso Internacional de EaD discute a EaD no Rio de Janeiro. Portaria n.º 873 de 7 de abril de 2006. (DOU de 11/4/06, seção 1, p. 15), (autoriza em caráter experimental, as Instituições Federais de Ensino Superior para a oferta de cursos superiores a distância)

2007

Portaria Normativa n. 2 de 10 de janeiro de 2007. Dispõe sobre os procedimentos de regulamentação e avaliação da educação superior na modalidade a distância (credenciamento de instituições para oferta de educação na modalidade a distância) Publicado no Diário Oficial da União, em 13/12/2007, o Decreto nº 6.301, que institui o Sistema Escola Técnica Aberta do Brasil.

2008 Segundo Alves (2008). São 175 Instituições credenciadas pelo governo federal para ministrar cursos de graduação e pós-graduação lato sensu.

2010De acordo com o Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), os graduados em EaD tiveram, em média, 6,7 pontos a mais em comparação aos resultados dos alunos oriundos dos cursos presenciais. (Fonte: http://revistaensinosuperior.uol.com.br/textos.asp?codigo=12743. Acesso em: 6 fev. 12)

Ano Acontecimento Histórico

Figura 2 - Quadro resumo do histórico da EaD: Barreto, Lina Sandra Fonte: Educação a distância: perspectiva histórica. Revista Estudos n. 26. 2006. adaptado pela autora.

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Especialização em Tecnologias Aplicadas ao Ensino de Biologia 23

Ao observar o histórico da EaD, percebe-se que sua evolução foi re-almente maior com o advento da Internet porque tanto alunos quanto pro-fessores, apesar de não estarem no mesmo ambiente, passaram a não ter a distância como barreira para impedir que o conhecimento chegasse a vários lugares ao mesmo tempo. Hoje o professor pode colocar um tema para dis-cussão e cada aluno, em seu tempo, poderá escrever seu comentário sobre aquele texto, gerando uma discussão que pode durar semanas sem perder o foco. A tecnologia ajuda muito nesse sentido porque uma discussão feita por carta iria durar tanto tempo que não se saberia mais como e quando ela teve início.

Temática 2 - Gerações da EAD

A Educação a Distância (EaD) está crescendo e tomando espaço com o propósito de suprir parte das deficiências existentes hoje na educação.

Entre as várias soluções imaginadas e propostas, a EaD é, frequente-mente, lembrada para aumentar a capacidade do sistema de educação supe-rior, mantendo a qualidade do ensino e da formação profissional. Existem vários meios que são utilizados na educação a distância: material impresso, rádio, TV, computador e outros (AZEVEDO, 2000).

A Educação a Distância possui algumas divisões que permitem uma melhor compreensão de seu crescimento.

Podemos, então, apresentar a evolução da EaD por meio de uma di-visão em gerações.

A Educação a Distância no Brasil é recente, em comparação com o resto do mundo. Os correios, o rádio e a TV foram, e ainda continuam sen-do, utilizados em alguns casos como forma de promover a comunicação. Hoje, na Educação a Distância predomina a utilização das diversas opções que os meios telemáticos oferecem para promover a comunicação e intera-ção entre os participantes.

Os recursos tecnológicos disponíveis diminuem as dificuldades existentes pela distância física entre alunos e professores. A tecnologia da informática permite criar um ambiente virtual em que alunos e profes-sores sintam-se próximos, contribuindo para o aprendizado colaborativo.

Ver figura 3, página 24.

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1.

2.

3.

Introdução aos Conceitos de Educação à Distância

Diversidade Cultural e Inclusão Social

Fundamentos da Ciência, Cidadania e Tecnologia

CENTRO INTEGRADO DEAPRENDIZAGEM EM REDE