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1 ESTUDO TÉCNICO PARA APLICAÇÃO DE LAJES NA CONSTRUÇÃO CIVIL Bruno Guerra Matheus 1 UNITOLEDO Paulo Pires dos Santos Neto 2 UNITOLEDO Agnaldo Vendrame 3 UNITOLEDO RESUMO Este estudo apresenta um relato sobre as técnicas de aplicação de lajes, além do conceito de laje, que tem função fundamental para a estrutura dos edifícios, bem como a apresentação dos tipos de lajes existentes. Desta forma, serão analisadas as características de cada tipo de laje, materiais utilizados, e apresentação das vantagens e desvantagens. Em uma obra as lajes também possuem um nível elevado de consumo de concreto, e por isso, ao longo do tempo foram desenvolvidas várias técnicas e estruturas para viabilizar o custo das lajes, sem perder a qualidade de desempenho. O avanço tecnológico vem sendo trunfo no desenvolvimento de novas soluções em estruturas de lajes, pois tem sido o responsável pela melhoria que as estruturas tiveram ao longo do tempo, dando soluções que influenciam no custo, redução de mão de obra, entre outras melhorias. Palavras-chave: laje, vantagens, estruturas. ABSTRACT This study exhibit a report of the slab application techniques, as well as the slab concept, which has a fundamental function for the structure of buildings, as well as the presentation of the existing slab types. In this way, the characteristics of each type of slab, materials used, and presentation of advantages and disadvantages will be analyzed. In one project the slabs also have a high level of concrete consumption, and for this reason, over time, various techniques and structures have been developed to enable the cost of the slabs without losing performance quality. The technological advance has been an asset in the development of new solutions in slab 1 Graduando Engenharia Civil pelo Centro Universitário Toledo (2016). [email protected] 2 Graduando Engenharia Civil pelo Centro Universitário Toledo (2016). [email protected] 3 Graduação em Engenharia Civil Faculdades Dom Pedro II (2000). Pós-Graduação em Energia, Educação e Gestão Ambiental Unisalesiano (2006). [email protected]

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ESTUDO TÉCNICO PARA APLICAÇÃO DE LAJES NA

CONSTRUÇÃO CIVIL

Bruno Guerra Matheus1 – UNITOLEDO

Paulo Pires dos Santos Neto2 – UNITOLEDO

Agnaldo Vendrame3 – UNITOLEDO

RESUMO

Este estudo apresenta um relato sobre as técnicas de aplicação de lajes,

além do conceito de laje, que tem função fundamental para a estrutura dos edifícios, bem como a apresentação dos tipos de lajes existentes. Desta forma, serão analisadas as características de cada tipo de laje, materiais utilizados, e apresentação das vantagens e desvantagens. Em uma obra as lajes também possuem um nível elevado de consumo de concreto, e por isso, ao longo do tempo foram desenvolvidas várias técnicas e estruturas para viabilizar o custo das lajes, sem perder a qualidade de desempenho. O avanço tecnológico vem sendo trunfo no desenvolvimento de novas soluções em estruturas de lajes, pois tem sido o responsável pela melhoria que as estruturas tiveram ao longo do tempo, dando soluções que influenciam no custo, redução de mão de obra, entre outras melhorias.

Palavras-chave: laje, vantagens, estruturas.

ABSTRACT This study exhibit a report of the slab application techniques, as well as the

slab concept, which has a fundamental function for the structure of buildings, as well as the presentation of the existing slab types. In this way, the characteristics of each type of slab, materials used, and presentation of advantages and disadvantages will be analyzed. In one project the slabs also have a high level of concrete consumption, and for this reason, over time, various techniques and structures have been developed to enable the cost of the slabs without losing performance quality. The technological advance has been an asset in the development of new solutions in slab

1 Graduando Engenharia Civil pelo Centro Universitário Toledo (2016). [email protected]

2 Graduando Engenharia Civil pelo Centro Universitário Toledo (2016). [email protected]

3 Graduação em Engenharia Civil Faculdades Dom Pedro II (2000). Pós-Graduação em Energia, Educação e

Gestão Ambiental Unisalesiano (2006). [email protected]

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structures, since it has been responsible for the improvement that the structures have had over time, giving solutions that influence the cost, reduction of labor, among other improvements.

Keywords: Slab, advantages, structures.

1. INTRODUÇÃO

O atual cenário econômico brasileiro promove uma acirrada concorrência em

todos os setores do comércio, e isto não é diferente na construção civil, em que

mesmo abalada pela crise, possui uma grande procura. E para atuar no mercado

atual, todos buscam redução de custos e novas técnicas que permitam minimizar o

desperdício de materiais e consequentemente influenciar no menor custo total da

obra.

O custo das lajes é um fator extremamente importante na obra, pois o

concreto é um dos itens mais caros na construção, e uma quantidade considerável

de concreto é utilizada nas lajes. Desta forma a redução da espessura de concreto e

da quantidade de pavimentos, poderá ter uma significativa redução de seu custo.

Além de processos que viabilizam melhores custos, há opções que também

proporcionam um método construtivo mais rápido.

Cada obra possui particularidades nas características arquitetônicas, e por

isso, os profissionais devem optar por um determinado tipo, levando em

consideração as condições específicas do empreendimento.

Frente a este desenvolvimento tecnológico e ao alto nível de exigência do

mercado, o presente estudo irá apresentar os tipos de lajes e seus conceitos, além

de um comparativo das vantagens e desvantagens de cada tipo de laje.

2. CONCEITO E EVOLUÇÃO HISTÓRICA DAS LAJES

As lajes são elementos de planos bidimensionais, onde duas dimensões, o

comprimento e a largura, são da mesma ordem de grandeza, muitos maiores que

sua terceira dimensão a espessura. Considerando uma estrutura convencional, as

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lajes transmitem as cargas do piso às vigas, que as transmitem, por sua vez, aos

pilares, através dos quais são as cargas transmitidas às fundações, e daí ao solo.

De acordo com Fusco (1976), o comportamento estrutural primário das lajes é

o de placa, que por definição, é uma estrutura caracterizada por uma superfície

média e uma espessura, com esforços externos aplicados perpendicularmente a

superfície. As lajes possuem um papel importante no esquema resistente para as

ações horizontais, comportando-se como diafragmas rígidos ou chapas,

compatibilizando o deslocamento dos pilares em cada piso (contraventando-os).

As lajes são os elementos planos que se destinam a receber a maior parte das ações aplicadas numa construção, como de pessoas, móveis, pisos, paredes, e os mais variados tipos de carga que podem existir em função da finalidade arquitetônica do espaço físico que a laje faz parte. As ações são comumente perpendiculares ao plano da laje, podendo ser divididas em: distribuídas na área (peso próprio, revestimento de piso, etc.), distribuídas linearmente (paredes) ou forças concentradas (pilar apoiado sobre a laje). As ações são geralmente transmitidas para as vigas de apoio nas bordas da laje, mas eventualmente também podem ser transmitidas diretamente aos pilares (BASTOS, 2005)

Bastos (2005), ainda completa que as lajes destinam-se a receber a maior

parte das ações aplicadas numa construção, normalmente do seu peso próprio,

revestimento de piso e os mais variados tipos de carga que podem existir em função

da finalidade arquitetônica do espaço que a laje faz parte. As ações são comumente

perpendiculares ao plano da laje, podendo ser distribuídas na área, distribuídas

linearmente ou forças concentradas.

2.1 Lajes de Concreto Armado

Uma das principais normas para o projeto de estruturas de concreto armado é

a NBR 6118/80, e após passar por um processo de revisão, foi substituída por uma

nova versão, a NBR 6118/2014, chamado “Projeto de Estruturas de Concreto –

Procedimento”, que incluiu também as estruturas de Concreto Protendido. Já as

recomendações para a execução das estruturas de concreto passaram a fazer parte

da norma NBR 14931/04. Todo o conteúdo desta disciplina e das demais nas áreas

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de concreto armado e protendido seguem as recomendações constantes da NBR

6118/14.

A norma se aplica a estruturas de concretos normais, com massa específica

seca maior que 2.000 kg/m³, não excedendo 2.800 kg/m³, dos grupos I e II de

resistência (C10 a C90).

De acordo com a NBR 6118/14, “No caso de estruturas especiais, tais como

de elementos pré-moldados, pontes e viadutos, obras hidráulicas, arcos, silos,

chaminés, torres, estruturas off-shore, ou em que se utilizam técnicas construtivas

não convencionais, tais como formas deslizantes, balanços sucessivos, lançamentos

progressivos e concreto projetado, as condições da NBR 6118/14 ainda são

aplicáveis, devendo no entanto ser complementadas e eventualmente ajustadas em

pontos localizados, por Normas Brasileiras específicas”.

O concreto é o elemento essencial para construção das lajes, segundo Bastos

(2005), é um material que apresenta alta resistência às tensões de compressão,

porém, apresenta baixa resistência à tração (cerca de 10 % da sua resistência à

compressão). Assim sendo, é imperiosa a necessidade de juntar ao concreto um

material com alta resistência à tração, com o objetivo deste material, disposto

convenientemente, resistir às tensões de tração atuantes. Com esse material

composto (concreto e armadura – barras de aço), surge então o chamado “concreto

armado”, onde as barras da armadura absorvem as tensões de tração e o concreto

absorve as tensões de compressão, no que pode ser auxiliado também por barras

de aço (caso típico de pilares, por exemplo).

Lopes (2012, p.23) afirma que as lajes podem ser classificadas em dois

grandes grupos: as lajes moldadas no local e as lajes pré-moldadas, onde a pré-

fabricação pode ser total ou parcial. As lajes moldadas no local (“in loco”) recebem

essa denominação por serem construídas em toda a sua totalidade na própria obra,

mais precisamente no local em que serão estruturalmente utilizadas. As lajes pré-

moldadas recebem elementos pré-fabricados para a sua construção, normalmente

produzidos fora do canteiro de obras, industrialmente. Tais elementos pré-fabricados

podem ser de concreto armado ou de concreto protendido, independentemente se

pré-fabricados ou moldados no local em que serão utilizados.

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3. TIPOS DE LAJE

Os tipos de lajes podem ser: laje maciça, protendida e nervurada. A laje

maciça é moldada na obra, já as demais podem ser pré ou integralmente fabricadas

fora da obra.

3.1 Maciça ou moldada na obra

Bastos (2015) explica que laje maciça é aquela onde toda a espessura é

composta por concreto, contendo armaduras longitudinais de flexão e eventualmente

armaduras transversais, mostradas na Figura 1, e apoiada em vigas ou paredes ao

longo das bordas. Laje com borda ou bordas livres é um caso particular de laje

apoiada nas bordas. Os tipos de lajes maciças são:

Maciças de concreto armado são placas de espessura uniforme

composta por concreto, contendo armaduras longitudinais de flexão e

eventualmente armaduras transversais, e apoiadas em vigas ou

paredes ao longo das bordas.

Lisa e a laje cogumelo são também lajes maciças de concreto, porém,

nessas lajes as cargas e outras ações são transferidas diretamente aos

pilares, sem intermédio de apoios nas bordas. Por uma questão de

tradição no Brasil é costume chamar a laje apoiada nas bordas como

“laje maciça”.

As lajes maciças podem ser de Concreto Armado ou de Concreto

Protendido; são apresentadas apenas as lajes maciças retangulares ou

quadradas de Concreto Armado.

Nas pontes e edifícios de múltiplos pavimentos e em construções de grande

porte, as lajes maciças são as mais comuns entre os diferentes tipos de laje

existentes.

As lajes maciças de concreto, com espessuras que normalmente variam de 7 cm a 15 cm, são projetadas para os mais variados tipos de construção, como edifícios de múltiplos pavimentos (residenciais, comerciais, etc.), muros de arrimo, escadas, reservatórios, construções de grande porte, como escolas, indústrias, hospitais, pontes de grandes vãos, etc. De modo geral, não são aplicadas em construções residenciais e

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outras construções de pequeno porte, pois nesses tipos de construção as lajes nervuradas pré-fabricadas apresentam vantagens nos aspectos custo e facilidade de construção (BASTOS, 2015, p. 1).

Há uma especificação que determinam as espessuras ideais para as lajes

maciças, a NBR 6118/2014 no item 13.2.4.1 especifica que nas lajes maciças de

concreto armado devem ser respeitados os seguintes limites mínimos para a

espessura:

7 cm para lajes de cobertura não em balanço;

8 cm para lajes de piso ou de cobertura em balanço;

10 cm para lajes em balanço;

10 cm para lajes que suportem veículos de peso total menos ou igual a

30 kN;

12 cm para lajes que suportem veículos de peso total maior que 30 kN;

16 cm para lajes lisas e 14 cm para lajes cogumelo fora do capitel.

Laje Maciça ou moldada na obra

Figura 1 – Laje maciça ou moldada na obra.

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Vantagens Desvantagens

Menos suscetível a fissuras e trincas (depois de seco, o concreto torna-se um monobloco que

dilata e contrai de maneira uniforme).

Gasto maior de madeira para a base e escoramento. É mais pesada e, em geral custo

maior.

Tabela 1 – Laje Maciça ou moldada na obra. Fonte: Lopes (2012) e autores.

3.2 Lajes Nervuradas

De acordo com a NBR 6118/14 as lajes nervuradas são as lajes moldadas no

local ou com nervuras pré-moldadas (Figura 2), cuja zona de tração para momentos

positivos está localizada nas nervuras entre as quais pode ser colocado material

inerte.

Segundo levantamentos históricos, a primeira laje nervurada foi executada por William Boutland Wilkinson em 1854 que patenteou um sistema em concreto armado composto de pequenas vigas espaçadas regularmente, dispondo barras de aço nas regiões tracionadas e preenchendo os vazios entre as nervuras com moldes de gesso (KAEFER, 1998 apud ARAÚJO, 2008).

As lajes nervuradas são constituídas por uma série de vigas solidarizadas

entre si pela mesa, possuem seção transversal em forma de “T” e comportam-se,

estaticamente, de maneira intermediária entre placa e grelha (BOCCHI e GIONGO,

1993 apud ARAÚJO, 2008).

Desta forma, combatem com muita eficiência os esforços de tração, que são absorvidos pela nervura com a devida armadura, e os esforços de compressão que são suportados, em sua maior parte, pela mesa de concreto. Com a linha neutra situada próxima a região da mesa, a parte inferior pouco contribui para a resistência de compressão, servindo apenas para garantir a aderência entre o aço e o concreto. Tal região é considerada inerte e poderá ser preenchida com material mais leve, sem função estrutural, como placas de isopor, elementos cerâmicos, entre outros (ARAÚJO, 2008).

Para Pinheiro e Razente (2003), a principal característica das lajes

nervuradas é a diminuição da quantidade de concreto, na região tracionada,

podendo-se usar um material de enchimento. Além de reduzir o consumo de

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concreto, há um alívio do peso próprio. Portanto, o material de enchimento deve ser

o mais leve possível, mas com resistência suficiente para suportar as operações de

execução. Deve-se ressaltar que a resistência do material de enchimento não é

considerada no cálculo da laje.

Podem ser utilizados vários tipos de materiais de enchimento, entre os quais:

blocos cerâmicos, blocos vazados de concreto e blocos de EPS (poliestireno

expandido), também conhecido como isopor. Esses blocos podem ser substituídos

por vazios, obtidos com fôrmas constituídas por caixotes reaproveitáveis.

A concretagem de uma laje nervurada precisa, sempre que possível, ser

executada de uma única vez, evitando-se as juntas de concretagem. Quando não for

possível, é preciso garantir a solidarização na ligação entre o concreto já endurecido

com o novo e, para isto, é preciso na ligação remover a nata do concreto endurecido

e proceder a limpeza do local antes da nova concretagem, garantindo-se assim a

aderência entre os concretos. As juntas de concretagem devem localizar-se em

regiões onde as tensões de cisalhamento são menores (BOCCHI JR. & GIONGO,

2010).

Segundo BOCCHI JR & GIONGO (2010) as vantagens que as lajes

nervuradas moldadas no local de concreto armado apresentam são:

Permitem vencer grandes vãos, liberando espaços, o que é vantajoso

em locais como garagens, onde os pilares, além de dificultarem as

manobras dos veículos, ocupam regiões que serviriam para vagas de

automóveis;

Podem ser construídas com a mesma tecnologia empregada nas lajes

maciças;

Versatilidade nas aplicações, podendo ser utilizadas em pavimentos de

edificações comerciais, residenciais, educacionais, hospitalares,

garagens, “shoppings centers”, clubes, etc.;

São adequadas aos sistemas de lajes sem vigas, devendo manter-se

regiões maciças apenas nas regiões dos pilares, onde há grande

concentração de esforços;

Em se tratando de grandes vãos, estas lajes apresentam

deslocamentos transversais menores que os apresentados pelas lajes

maciças e por aquelas com nervuras pré-fabricadas.

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Segundo Lopes (2012), os materiais de enchimento são utilizados tanto nas

lajes nervuradas moldadas no local como nas lajes nervuradas com nervuras pré-

moldadas, onde sua função principal é substituir o concreto abaixo da linha neutra

da laje, ou seja, na região tracionada. Eles devem ser o mais leve possível, devendo

resistir apenas às operações de execução, ou seja, não têm a função de colaborar

na resistência à tração, a qual é destinada às nervuras. Obtém-se assim, com a

utilização dos materiais de enchimento, o principal objetivo da utilização das lajes

nervuradas que é a redução do peso próprio da estrutura.

Laje Nervurada

Figura 2 – Laje Nervurada.

Vantagens Desvantagens

- Por apresentar baixo peso específico, o EPS proporciona uma significativa redução do peso próprio da estrutura e consequentemente economia em aço, concreto e na fundação. Essa sua propriedade favorece o seu manuseio, tanto no transporte vertical quanto no horizontal, acarretando economia de mão-de-obra. Tudo isso aumenta a produtividade, diminui o tempo de execução e reduz mão-de-obra; - É produzido em grandes blocos, permitindo recortes nas dimensões desejadas. Os cortes no EPS são muito fáceis de serem feitos (com uso de facas ou de serrotes, por exemplo) e não

- Por apresentar baixo peso específico, o processo de concretagem torna-se mais difícil; - Incorporam carga permanente à laje, quando comparado com fôrmas constituídas e moldes de polipropileno; - O EPS não pode receber diretamente o revestimento. O revestimento da face inferior da laje deve ser feito com chapisco, utilizando-se um aditivo de base acrílica (PVA), que estabeleça a ponte de ligação estável entre o EPS e os materiais de natureza cristalina

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há perda devido a quebras. Há, também, facilidade em executar cortes para passagem de tubulações utilizando-se; - Por ser um material que possui baixa absorção de água, não prejudica a cura do concreto; - Proporciona maior conforto acústico, pois há uma redução de ruídos entre pavimentos; - É um material seguro, pois em caso de incêndio não propaga chamas (classe F), ou seja, tem um comportamento auto extinguível, liberando apenas vapor d’água na queima; - Não apodrece, não mofa e não serve de alimento para microrganismos; - Pode ser estocado naturalmente ao tempo; - Custo acessível.

(chapisco).

Tabela 2 – Laje Nervurada. Fonte: Lopes (2012) e autores.

3.3 Laje Pré-fabricada de painéis treliçados

De acordo com Muniz (1991), a laje treliça surgiu na Europa com o propósito

de ser uma opção mais econômica que as lajes maciças de concreto, sendo

utilizada em vários países do mundo. Possibilitam vencer grandes vãos com menor

peso próprio e redução de mão-de-obra durante sua execução.

Na laje treliça a armadura das nervuras tem a forma de uma treliça espacial.

O banzo inferior é constituído por duas barras e o banzo superior por uma barra. O

banzo inferior e superior são unidos por barras diagonais inclinadas (em sinusóide),

soldadas por eletrofusão. Proporcionam rigidez ao conjunto, melhoram o transporte

e manuseio das vigotas já prontas e aumentam a resistência aos esforços cortantes.

A laje treliça é composta por dois elementos básicos, vigotas de concreto pré-

fabricado com armações treliçadas, sendo que essas armações podem ter de 8,0cm

a 30 cm de altura. Intercalando essas vigas são colocados os elementos de

enchimento, as lajotas, que podem ser de Cerâmica ou EPS.

Os componentes da laje são relativamente leves, o que permite uma fácil

montagem do material. Tem baixo consumo de concreto em obra e proporciona

isolamento termo acústico.

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Figura 3 – Disposição da Laje Treliça. Fonte: http://www.lajesalema.com.br/pdf/Laje_Trelica.pdf (2016).

3.4 Pré-fabricadas de lajotas cerâmicas

De acordo com Lopes (2012), também chamada laje pré-fabricada

convencional aquela laje constituída por nervuras na forma de um T invertido.

Também é formada pelas nervuras (vigotas), capa e material de enchimento.

Atualmente e após o surgimento das lajes treliça, as lajes convencionais têm sido

utilizadas quase que exclusivamente como lajes de forro.

Em geral, esses blocos são usados nas lajes com vigotas pré-moldadas,

devido à facilidade de execução conforme Figura 4. Eles são melhores isolantes

térmicos do que o concreto maciço. Uma de suas restrições é o peso específico

elevado, para um simples material de enchimento.

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Figura 4 – Disposição da Laje Treliça com cerâmica. Fonte: http://www.lajesalema.com.br/pdf/Laje_Trelica.pdf

(2016).

A figura abaixo apresenta a imagem da laje de treliça com cerâmica e o

comparativo das principais vantagens e desvantagens da utilização deste tipo de laje

conforme Tabela 3, fatores esses que devem ser analisamos, quando constatada

qual a estrutura a ser utilizada no projeto, devido ao projeto de utilização do local,

orçamento, etc.

Laje Treliça com Cerâmica

Figura 5 – Laje Treliça com cerâmica.

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Vantagens Desvantagens

- Facilidade de execução; - Melhores isolantes térmicos que o concreto maciço.

- Apresentam peso específico elevado para um simples material de enchimento; - Incorporam carga permanente à laje; - Absorvem água com facilidade, por isso devem ser molhados bastante e constantemente durante a concretagem da laje, a fim de que não absorvam a água de amassamento do concreto; - São produzidos com poucas opções de dimensões e não permitem que sejam cortados, pois se quebrariam; - Riscos de acidentes, devido a baixa resistência do material cerâmico.

Tabela 3– Laje Treliça com cerâmica. Fonte: Lopes (2012) e autores.

3.5 Laje Pré-fabricada de EPS

O EPS é uma matéria-prima revolucionária na área da construção civil. EPS é sigla padronizada pela ISO - Internacional Organization for Standardization para o poliestireno expansível. No Brasil, é mais conhecido como isopor, marca registrada de uma empresa. Descoberto pelos químicos Fritz Stastny e Karl Buchholz em 1949, na Alemanha, este derivado do petróleo é um monômero polimerizado em meio aquoso, que recebe uma adição de gás pentano (inofensivo à natureza) – agente expansor. O EPS é industrializado em “pérolas” milimétricas, capazes de expandir-se até 50 vezes quando expostas ao vapor d’água. O resultado é uma espuma rígida formada por 98% de ar e apenas 2% de poliestireno. Em 1 m³ de EPS há 3 a 6 bilhões de células fechadas e cheias de ar, que impedem a passagem de líquidos como a água (SILVA, 2002).

Pinheiro e Razente (2003) afirmam que os blocos de EPS vêm ganhando

espaço na execução de lajes nervuradas, sendo utilizados principalmente junto com

as vigotas treliçadas pré-moldadas. As principais características desses blocos são:

• Permite execução de teto plano;

• Facilidade de corte com fio quente ou com serra;

• Resiste bem às operações de montagem das armaduras e de

concretagem, com vedação eficiente;

• Coeficiente de absorção muito baixo, o que favorece a cura do

concreto moldado no local;

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• Baixo módulo de elasticidade, permitindo uma adequada

distribuição das cargas;

• Isolante termo-acústico.

A Figura 6 e 7, apresentam distribuição do EPS nas vigotas treliçadas,

armadura transversal e a capa de concreto que constituem a laje. Através das

imagens é possível identificar a como é disposta a estrutura.

Figura 6 – Disposição da Laje Treliça com isopor. Fonte: http://www.lajesalema.com.br/pdf/Laje_Trelica.pdf

(2016).

Laje Pré-fabricada de EPS

Figura 7 – Laje Pré-fabricada de EPS.

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Vantagens Desvantagens

- Leveza, rapidez na montagem, facilidade de instalação de canos e conduítes, preço.

- Necessita de cuidados para que a laje montada com EPS não seja desmontada por ventos; - É preciso passar uma cola especial na face aparente do isopor para que o acabamento (chapisco ou gesso) possa aderir ao material.

Tabela 4 – Laje Pré-fabricada de isopor. Fonte: Lopes (2012) e autores.

4. DIMENSIONAMENTO DAS LAJES

A NBR 8681/03 define ações como causas que provocam esforços ou

deformações nas estruturas. Do ponto de vista prático, as forças e as deformações

impostas pelas ações são consideradas como se fossem as próprias ações. As

deformações impostas são por vezes designadas por ações indiretas e as forças,

por ações diretas.

As tabelas abaixo apresentam um quadro comparativo sobre os tipos de lajes:

treliça unidirecional, treliça com cerâmica e treliça bidirecional com EPS, onde é

possível analisar o peso próprio das lajes, além da sobrecarga suportada por cada

tipo de laje.

Tabela 5 – Laje Treliça Unidirecional com EPS. Fonte: http://www.lajesalema.com.br/pdf/Laje_Trelica.pdf (2016).

Laje Acabada

Capa de Concreto

Altura Treliça

Eixo (ml)

Sobrecarga (kgf/m2) x Vão Livre (m) Peso Próprio (kgf/m2)

Consumo Concreto (m3/m2) 100 200 300

12 04 08 0,43 5,10 4,85 4,45 150 0,052

14 04 10 0,43 6,10 5,60 5,20 164 0,058

16 04 12 0,43 6,90 6,70 6,40 176 0,063

20 04 16 0,43 8,40 8,25 7,80 202 0,073

25 05 20 0,43 10,00 9,70 9,35 252 0,093

30 05 25 0,43 11,50 10,90 10,00 303 0,113

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Tabela 6 – Laje Treliça com Cerâmica. Fonte: http://www.lajesalema.com.br/pdf/Laje_Trelica.pdf (2016).

Tabela 7 – Laje Treliça Bidirecional com EPS. Fonte: http://www.lajesalema.com.br/pdf/Laje_Trelica.pdf (2016).

Para determinação das ações atuantes nas lajes deve-se recorrer às normas NBR 6118/03, NBR 8681/03 e NBR 6120/80, entre outras pertinentes. As ações peculiares das lajes de cada obra também devem ser cuidadosamente avaliadas. Se as normas brasileiras não tratarem de cargas específicas, pode-se recorrer a normas estrangeiras, na bibliografia especializada, com os fabricantes de equipamentos mecânicos, de máquinas, etc. (BASTOS, 2005).

No cálculo estrutural das lajes, também deve ser levado em conta algumas

ações possíveis de prever, de acordo com cada empreendimento que está sendo

projetado, são as ações permanentes, variáveis e excepcionais, que serão

abordadas a seguir.

Laje Acabada

Capa de Concreto

Altura Treliça

Eixo (ml)

Sobrecarga (kgf/m2) x Vão Livre (m) Peso Próprio (kgf/m2)

Consumo Concreto (m3/m2) 100 200 300

12 04 08 0,43 5,00 4,75 4,35 182 0,053

14 04 10 0,43 5,90 5,60 5,10 211 0,059

16 04 12 0,43 6,70 6,50 6,20 233 0,065

20 04 16 0,43 7,80 7,65 7,20 278 0,075

25 05 20 0,43 9,00 8,70 8,35 347 0,096

30 05 25 0,43 10,70 10,20 9,35 416 0,116

Laje Acabada

Capa de Concreto

Altura Treliça

Eixo (ml)

Sobrecarga (kgf/m2) x Vão Livre (m) Peso Próprio (kgf/m2)

Consumo Concreto (m3/m2) 100 200 300

12 04 08 0,49 6,40 6,00 5,70 170 0,061

14 04 10 0,49 7,30 6,90 6,50 185 0,068

16 04 12 0,49 8,20 7,80 7,40 200 0,074

20 04 16 0,49 9,60 9,10 8,65 260 0,097

25 05 20 0,49 11,30 10,70 10,20 295 0,110

30 05 25 0,49 13,10 12,40 11,80 350 0,134

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4.1 Ações Permanentes

A NBR 8681/03 também define ações permanentes como aquelas que

ocorrem com valores constantes ou de pequena variação em torno de sua média,

durante praticamente toda a vida da construção.

As ações permanentes diretas são constituídas pelos pesos próprios dos

elementos da construção, incluindo-se o peso próprio da estrutura e de todos os

elementos construtivos permanentes, os pesos dos equipamentos fixos e os

empuxos devidos ao peso próprio de terras não removíveis e de outras ações

permanentes sobre elas aplicadas.

Já as ações permanentes indiretas são constituídas por deformações

impostas por retração dos materiais, fluência, recalques de apoio, imperfeições

geométricas e protensão.

4.2 Ações Variáveis

O item 4.2.1.2 da NBR 8681/03 considera como ações variáveis as cargas

acidentais das construções, bem como efeitos, tais como forças de frenação, de

impacto e centrífugas, os efeitos do vento, das variações de temperatura, do atrito

nos aparelhos de apoio e, em geral, as pressões hidrostáticas e hidrodinâmicas. Em

função de sua probabilidade de ocorrência durante a vida da construção, as ações

variáveis são classificadas em normais ou especiais.

A ação variável nas lajes é tratada pela NBR 6120/80 no item 2.2 como carga

acidental. Na prática também costumam chamar a ação variável de sobrecarga de

utilização. As cargas verticais que se consideram atuando nos pisos de edificações,

além das que se aplicam em caráter especial, referem-se a carregamentos devidos

a pessoas, móveis, utensílios materiais diversos e veículos, e são supostas

uniformemente distribuídas.

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4.3 Ações Excepcionais

O item 4.2.1.3 da NBR 8681/03 considera como excepcionais as ações decorrentes

de causas tais como explosões, choques de veículos, incêndios, enchentes ou sismos

excepcionais. Os incêndios, ao invés de serem tratados como causas de ações

excepcionais, também podem ser levadas em conta por meio de uma redução da resistência

dos materiais constitutivos da estrutura.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

As lajes possuem funções fundamentais para a estrutura dos edifícios, e também são

responsáveis pelo elevado consumo de concreto utilizado na obra como um todo. Por isso,

para determinar qual o sistema estruturado deste pavimento na edificação, é necessário

analisar todos os aspectos envolvidos, ou seja, fatores econômicos, funcionamento e

execução.

Para projetar a estrutura de laje a ser utilizada é necessário conhecer os sistemas

construtivos existentes com domínio das informações. É imprescindível saber adequar cada

modelo estrutural ou físico ao modelo matemático correspondente, pois cada sistema

estrutural é mais adequado para a necessidade de capacidade e resistência determinada.

O fator econômico tem sido bastante analisado e influência altamente a decisão

sobre a estrutura a ser construída, porém, sempre deve ser analisado além do preço, o

tempo de execução, mão de obra necessária, materiais e equipamentos.

Através do estudo realizado, é possível concluir que as lajes nervuradas possuem

melhor custo-benefício, tornando-se a melhor opção na atualidade para as construções.

Fato este que foi confirmado durante a visita técnica realizada no NY Tower, edifício que

está em fase de construção pela Ferreira Engenharia, e conforme pode ser observado na

Figura 8, foi utilizada a laje nervurada no empreendimento.

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Figura 8 – Laje Nervurada (NY Tower - Ferreira Engenharia,2016).

REFERÊNCIAS

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com lajes nervuradas e lajes convencionais. 150 f. Trabalho de Conclusão de

Curso (Bacharelado em Engenharia Civil) – Universidade Anhembi Morumbi, São

Paulo, 2008.

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concreto – Procedimento, NBR 6118. Rio de Janeiro, ABNT, 2014.

______. NBR 6120 – Cargas para o cálculo das edificações. Rio de Janeiro:

ABNT, 1980.

______. NBR 8681 – Ações e segurança nas estruturas – Procedimento. Rio de

Janeiro: ABNT, 2003.

BASTOS, P. S. S. Lajes de Concreto. Bauru, Faculdade de Engenharia de Bauru –

USP, Departamento de Engenharia Civil, 2005.

BASTOS, P. S. S. Lajes de Concreto. Bauru, Universidade Estadual Paulista –

UNESP, Departamento de Engenharia Civil, 2015.

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Dissertação (Mestrado) – Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade de São

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BOCCHI JR., C. F.; GIONGO, J. S. Concreto armado: projeto e construção de

lajes nervuradas. Universidade de São Carlos, São Carlos, 2010.

FRANCA, A.B.M.; FUSCO, P.B. As lajes nervuradas na moderna construção de

edifícios. São Paulo, AFALA & ABRAPEX, 1997.

FUSCO, P.B. Estruturas de Concreto - Fundamentos do Projeto Estrutural. São

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LAJE SALEMA. Lajes Nervuradas. Disponível em

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LEONHARDT, F.; MÖNNIG, E. Construções de concreto - Princípios básicos

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LOPES, André Felipe de Oliveira. Estudo técnico comparativo entre lajes

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MUNIZ, C.E. Mais competitivas: lajes treliçadas. Revista IBRACON, v.1., n. 1,

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