Estudo de Caso Armazenagem

download Estudo de Caso Armazenagem

of 8

Transcript of Estudo de Caso Armazenagem

  • 8/7/2019 Estudo de Caso Armazenagem

    1/8

    XXV Encontro Nac. de Eng. de Produo Porto Alegre, RS, Brasil, 29 out a 01 de nov de 2005

    ENEGEP 2005 ABEPRO 707

    A importncia do planejamento fsico na otimizao do processo de

    armazenagem: um estudo de caso

    Reidson Pereira Gouvinhas (UFRN) [email protected]

    Luciana de Medeiros Dantas (UFRN) [email protected] de Souza Almeida (UFRN) [email protected]

    Tatiana Silva de Queiroz (UFRN) [email protected] Xavier dos Santos (UFRN) [email protected]

    Wattson Perales (UFRN) [email protected]

    Resumo

    O trabalho aborda questes referentes a operaes logsticas em uma distribuidora dealimentos da cidade do Natal/RN, enfatizando as atividades relacionadas ao sistema de

    movimentao interna de materiais e armazenagem. O objetivo corresponde a uma proposta

    de alteraes neste setor, ocasionando o aumento da rea disponvel para armazenagem,como tambm, melhoria no fluxo de movimentao interna. A metodologia do trabalho

    envolve uma pesquisa bibliogrfica sobre melhorias neste processo, sendo seguida por visitasna empresa para aplicaes, visto que, o sistema atual no utiliza nenhum mtodo cientfico

    para alocao dos estoques. Desta forma, o estudo tem como proposta a insero de um novoconceito de layout, possibilitando a reduo das distncias de movimentao das operaes

    logsticas da empresa.

    Palavras chave: Planejamento fsico, armazenagem, competitividade.

    1. Introduo

    Ao longo de toda a cadeia produtiva, o objetivo final e supremo do processo o consumidor.Na nova conceituao de cadeia varejista, todos os processos logsticos, que envolve da

    matria-prima at o consumidor final, hoje considerado uma entidade nica, sistmica, em

    que cada parte do processo depende das demais e deve ser ajustada visando o todo.

    (NOVAES, 2001)

    Diante dessa realidade, a funo armazenagem relevante para a eficincia do processo

    logstico, pois acarreta desperdcios quando mal administrada. Assim, decorrente da falta de

    informao, muitas empresas no enfocam a armazenagem como um causador de custo,

    tornando-se uma rea esquecida, visto as oportunidades de obteno de lucros encontrarem-

    se, na esfera da administrao de materiais.

    O desenvolvimento de um projeto em um armazm exige o estudo de numerosos problemasinter-relacionados abordados neste trabalho, onde envolve um estudo de caso em uma

    distribuidora e atacadista, sediada na cidade de Natal/RN. A escolha desta empresa foi feita

    decorrente da perspectiva de seu crescimento no setor, como tambm, ao efeito potencial que

    as mudanas propostas trariam para a mesma.

    2. Estratgias de armazenagem na logstica

    A utilizao de um planejamento nas questes de logstica interna na empresa correponde a

    um diferencial na atual competitividade das empresas, visto que, esta atividade est

    diretamente relacionada com custos.

    Desta forma, a armazenagem e o manuseio de mercadorias so componentes essenciais doconjunto de atividades logsticas. (BALLOU, 1993, p. 152). De acordo com Kaibara (1998),

  • 8/7/2019 Estudo de Caso Armazenagem

    2/8

    XXV Encontro Nac. de Eng. de Produo Porto Alegre, RS, Brasil, 29 out a 01 de nov de 2005

    ENEGEP 2005 ABEPRO 708

    os custos associados em manter os produtos armazenados giram em torno de 25 a 30% do

    valor do produto por ano. Considerando tal aspecto, deve-se enfocar a armazenagem de forma

    sistemtica e no como um problema isolado.

    Segundo Moura (2003), a armazenagem a denominao genrica e ampla que inclui todas as

    atividades de um ponto destinado guarda temporria e distribuio de materiais (depsitos,

    almoxarifados, centros de distribuio, etc.) As atividades bsicas da armazenagem consistem

    em receber materiais de um fornecedor, estoc-los at que sejam solicitados por um usurio,

    retir-los do estoque quando solicitados e expedi-los ao usurio.

    Sob o ponto de vista estritamente logstico, a armazenagem de produtos pode ter funes

    diversas, dependendo dos objetivos da empresa e do papel desempenhado pela instalao

    (armazm, depsito, centro de distribuio) no sistema. Suas principais funes so as

    seguintes: (ALVARENGA, 2000, p.121)

    Armazenagem propriamente dita: esta a funo mais bvia, com sua durao dependendodo papel logstico da instalao no sistema. Nos casos em que h necessidade ou

    convenincia de estocar os produtos por um tempo relativamente grande, o armazm ou

    depsito deve apresentar layout e equipamentos de movimentao adequados a esse tipo de

    funo. No entanto, em situaes que a armazenagem apenas de passagem, como ocorre

    nos depsitos de triagem e distribuio, a soluo tcnica diferente. H tambm situaes

    mistas. (ALVARENGA, 2000, p.121)

    Consolidao: o processo de reunir cargas parciais provenientes de origens diversas paraformar carregamentos maiores. Isso ocorre porque mais barato transportar lotaes

    completas e maiores para mdias e longas distncias, do que enviar a carga em lotes

    pequenos, diretamente a partir das vrias origens. (ALVARENGA, 2000)

    Desconsolidao: o processo inverso da consolidao, em que carregamentos maiores sodesmembrados em pequenos lotes para serem encaminhados a destinos diferentes.

    (ALVARENGA, 2000, p.121).

    Nem sempre um depsito ou armazm apresenta apenas uma das funes indicadas acima.

    Pode desempenhar todas ao mesmo tempo ou parte delas. H tambm situaes combinadas.

    (ALVARENGA, 2000, p.121)

    Contudo, o armazenamento no representa apenas unio ou seleo de cargas, onde uma

    sistematizao insuficiente dos locais de armazenagem constitue uma das causas bsica do

    aparecimento e do agravamento de uma ampla srie de inconvenientes, como: o

    congestionamento do trfego, dificuldade na rotatividade de materiais, excesso de

    movimentos e deslocamentos, m utilizao dos meios e do pessoal, etc.

    Desta forma, Moura (2003, p. 105) conceitua o planejamento sistemtico da estocagem (PSE)como um mtodo seqencial, que envolve anlises, planejamentos e otimizao da estocagem

    de qualquer mercadoria, material, pea ou produto, como: uma estruturao de fases, um

    modelo de procedimentos, um conjunto de convenes e dados-chave de entrada

    Assim, evidencia-se a importncia da utilizao tcnicas de planejamento no processos

    logsticos na armazenagem para garantir seu cumprimento, conforme Moura (2003, p. 109)

    enfatiza em sua teoria da chave PQRST (Figura 1). A aplicao do conceito da chave PQRST

    consiste em responder cinco perguntas chaves na elaborao do layout de estocagem do

    armazm.

  • 8/7/2019 Estudo de Caso Armazenagem

    3/8

    XXV Encontro Nac. de Eng. de Produo Porto Alegre, RS, Brasil, 29 out a 01 de nov de 2005

    ENEGEP 2005 ABEPRO 709

    Figura 1 A chave PQRST para abrir as solues da armazenagem de materiais (MOURA, 2003, p. 109)

    A abordagem PQRST questiona aspectos relativos s caractersticas do produto, quantidadede material, roteirizao, servios de apoio armazenagem e tempos, com o objetivo de

    encontrar solues para os problemas da armazenagem de materiais. Com base nessa

    metodologia, objetiva-se a construo de um plano de gerenciamento para a armazenagem

    que interrelacione todos esses aspectos.

    3 . Layout como um diferencial

    Um grande fator na determinao de quais sero os custos para produzir o nvel desejado de

    trabalho o Layout do Armazm, que deve prover um bom fluxo de material, custos de

    operao baixos para estocagem e coleta e eficiente utilizao do espao de estocagem e do

    equipamento (MOURA, 2003).

    Os projetos de depsitos devem tambm permitir a movimentao de produtos em linha reta,

    quer eles estejam armazenados, quer no, para que esta atividade ocorra de maneira rpida e

    fcil. Isso significa que os produtos devem ser recebidos numa ponta do edifcio, armazenados

    no meio e despachados pela outra ponta (BOWERSOX e CLOSS, 2001).

    Uma vez que se tenha localizado as reas de recebimento e expedio no layout, preciso

    analisar as reas de estocagem do material. Os tipos de reas e equipamentos de estocagem a

    serem usados iro determinar, at certo ponto, a configurao do layout e as necessidades de

    corredores. Finalmente, cada alternativa de layout do armazm deve ser avaliada, para

    determinar se ela atinge os objetivos desejados.

    4. Aplicao da Curva ABC no fluxo logsticoNas empresas comum o emprego da classificao ABC no controle de estoques, pois com

    seu auxlio, possvel selecionar em ordem de importncia, os procedimentos mais adequados

    para cada categoria de produtos. Para a armazenagem de materiais e seu planejamento, pode-

    se aplicar a curva ABC na anlise de estoques do armazm para classificar os materiais

    quanto a localizao, segundo sua freqncia de retirada, em que geralmente a coleta feita

    em quantidades menores do que a entrada.

    Segundo Tubino (2000), a classificao ABC um mtodo de diferenciao dos estoques

    segundo sua maior ou menor abrangncia em relao determinado fator, consistindo em

    separar os itens por classes de acordo com sua importncia relativa, como fazer outras

    classificaes dos itens por qualquer parmetro que se deseje avaliar.Os produtos de alta rotatividade devem ser armazenados em locais onde as distncias a serem

  • 8/7/2019 Estudo de Caso Armazenagem

    4/8

    XXV Encontro Nac. de Eng. de Produo Porto Alegre, RS, Brasil, 29 out a 01 de nov de 2005

    ENEGEP 2005 ABEPRO 710

    percorridas so menores, como perto das docas de expedio, diminuindo as distncias dos

    percursos. Por outro lado, produtos de baixa rotatividade podem ser colocados em lugares

    distantes de sadas (BOWERSOX e CLOSS, 2001).

    Dois princpios que devem ser seguidos para assegurar um bom fluxo de material so:

    minimizar o retrocesso (todo movimento de um item deve ser em direo doca de

    expedio) e localizar as atividades relacionadas prximas (isto reduz a distncia de

    movimentao entre duas operaes).

    3. Caractersticas da empresa

    O estudo de caso foi realizado em uma Distribuidora, localizada em Natal-RN. A empresa

    dispe de uma variedade de aproximadamente 250 itens (produtos alimentcios perecveis e

    no-perecveis, produtos de limpeza e bebidas destiladas) dos quais, 40 itens so beneficiados

    pela empresa e recebem a marca prpria. Fundada em 1999, trata-se de uma empresa familiar

    e conta com 120 funcionrios, sendo 65 na rea administrativa e de vendas e 55 no

    beneficiamento e armazenamento.

    A empresa trabalha com os seguintes servios: o beneficiamento, a distribuio e oarmazenamento dos produtos. O beneficiamento dos gros compreende a limpeza, seleo,

    classificao vegetal quanto ao tipo e empacotamento, segundo as normas do Ministrio da

    Agricultura, Pecuria e Abastecimento. Os fornecedores de gros geralmente so pequenos

    produtores e cooperativas. Para os produtos de limpeza foi firmada uma parceria de forma

    que, os produtos so embalados pelo prprio fornecedor com a marca do distribuidor.

    Atualmente, a empresa tem cerca de 2.500 clientes cadastrados, efetuando compras

    periodicamente, sendo estes: supermercados, mercearias e mercadinhos (principal cliente). Os

    pedidos so realizados atravs de pr-venda pelos vendedores.

    A frota composta por 10 caminhes prprios, havendo terceirizao do transporte no

    perodo de incremento das vendas. Por no possuir software de roteirizao, as rotas a serem

    seguidas so feitas manualmente. So 10 (dez) rotas pr-estabelecidas pelo setor de logstica,

    as quais englobam o Rio Grande do Norte e a Paraba, capital e interior.

    O controle de materiais realizado por um sistema prprio desenvolvido para as necessidades

    da empresa, no qual so processado as vendas e atualizado o estoque.

    4. Instalaes e arranjo fsico do armazm

    O galpo onde a empresa est instalada conta com uma infra-estrutura adequada. Apresenta

    prateleira metlica em dois nveis (armazenamento de materiais de limpeza) nos cantos das

    paredes e possui duas portas exclusivas para ventilao, o que deixa o ambiente bastante

    arejado e adequado para o armazenamento de alimentos. Para a estocagem de materiais so

    destinados 76% da rea do armazm, obtendo trs divises conforme Figura 2 (matria-prima,produto acabado e cmara fria). Os corredores medem 1,5m de largura e os paletes 1m, sendo

    organizados em blocos de 12 X 2 m.

  • 8/7/2019 Estudo de Caso Armazenagem

    5/8

    XXV Encontro Nac. de Eng. de Produo Porto Alegre, RS, Brasil, 29 out a 01 de nov de 2005

    ENEGEP 2005 ABEPRO 711

    Figura 2 - Layout das reas de armazenagem

    Decorrente do estudo obter seu foco no planejamento fsico do armazm, as reas que seroevidenciadas so: rea de armazenagem 1 (um) para matria-prima, rea de armazenagem 2

    (dois) para produto acabado e a cmara fria. No entanto, estas esto inter-relacionadas com

    outros setores que no sero descartados pela sua importncia para uma boa anlise. Para um

    melhor visualizao da alteraes desenvolvidas na empresa, tem-se o arranjo fsico atual,

    conforme mostra a Figura 3.

    Figura 3 Layout atual da movimentao interna de mercadorias

    Observando a Figura 4 verifica-se o fluxo da movimentao interna de mercadorias na

    empresa. Os produtos so encaminhados rea de recebimento de matria-prima (rea 1) para

    serem limpos, classificados e embalados individualmente. Em seguida, os pacotes j

    embalados individualmente so unitizados em fardos e dispostos na rea 2. O beneficiamento

    dos produtos feito conforme a diminuio do nvel de estoque de produto acabado, sem

    planejamento com estoque de segurana. Os produtos de terceiros, que no passam pelo

    beneficiamento, so encaminhados diretamente para a rea de estoque de produto acabado,

    onde so armazenados os que passaram pelo processo de beneficiamento e os que no

    necessitaram desse processo. Na cmara fria so alocados os produtos perecveis quenecessitam de refrigerao.

  • 8/7/2019 Estudo de Caso Armazenagem

    6/8

    XXV Encontro Nac. de Eng. de Produo Porto Alegre, RS, Brasil, 29 out a 01 de nov de 2005

    ENEGEP 2005 ABEPRO 712

    Prevenindo-se das incertezas dos fornecedores, a empresa investe em um estoque de

    segurana de matria-prima, em sacos de 50kg, para eventuais problemas, garantindo e

    protegendo a organizao.

    Figura 4 - Diagrama de fluxo da movimentao interna de mercadorias

    Outra questo analisada foi a movimentao interna que no mecanizada, utilizando-se de

    carro-de-mo, escadas, elevadores manuais e paletes de duas entradas. Os produtos so

    estocados em paletes, em estocagem do tipo esttica, horizontal, manual e interna. Em

    relao a localizao de materiais, a estocagem dividida em fixa, para material de limpeza e

    aleatria, para os produtos alimentcios.

    5. Anlise e proposta de melhorias

    Este processo de anlise das melhorias proposta para a empresa desevolveu-se atravs de

    pesquisa em campo, onde possibilitou uma ampliao do conhecimento sobre aplicaes de

    conceitos cientficos, em estruturas organizacionais, visando uma maior competitividadeatravs da reduo de custo na logstica.

    5.1. Reorganizao do layout do armazm

    Em relao ao layout da empresa, verificou-se que seu arranjo fsico no viabiliza uma correta

    localizao do setor de beneficiamento, ocasionando um retrocesso no fluxo dos materiais,

    como tambm um excesso de movimentao de mercadorias, devido a disposio dos blocos

    de paletes nos corredores.

    Baseado na realidade da empresa, o arranjo fsico proposto na Figura 5 tem a finalidade de

    melhorar a movimentao das mercadorias no armazm, reduzir o tempo de carregamento e

    aumentar a rea de paletes disponveis para armazenagem. Os corredores devem ser retos elargos, onde os principais levam at as portas.

    Utilizando procedimentos bsicos de clculo, verificou-se um ganho de espao no armazm.

    Na situao atual, a rea total disponvel para armazenagem ocupa 1.104 m, sendo 594 m

    ocupados pela rea de armazenagem de produto acabado (rea 2).

  • 8/7/2019 Estudo de Caso Armazenagem

    7/8

    XXV Encontro Nac. de Eng. de Produo Porto Alegre, RS, Brasil, 29 out a 01 de nov de 2005

    ENEGEP 2005 ABEPRO 713

    Figura 5 Layout proposto para a movimentao interna de mercadorias

    Baseado no levantamento bibliogrfico se sugere um novo layout no qual a rea total de

    armazenagem passa a dispor de 1.284 m, sendo 714 m destinados rea 2. Dessa forma, o

    ganho de espao 180 m e 120 m para a rea total e rea 2, respectivamente.

    Atravs de um Planejamento Fsico da Armazenagem, verificou-se uma distribuio

    equilibrada das reas e instalaes, permitindo uma reduo de custo, como tambm evitou

    um retrocesso no fluxo dos materiais beneficiados.

    5.2. Estocagem dos produtos atravs da curva ABC

    Decorrente da empresa no possuir um mtodo de endereamento de estoque, e buscando uma

    maior organizao no fluxo de mercadorias, utilizou-se da tcnica da curva ABC para

    identificar os itens de maior rotatividade da empresa, visando alocar os produtos com maior

    rotatividade prximo da doca de sada, e os com menor rotatividade nos espaos de difcil

    acesso, visto que a empresa no possui nenhum mtodo de endereamento de estoque.

    Acredita-se que esta melhoria proporcionou uma maior movimentao das mercadorias,

    reduzindo o tempo total que envolve a separao e expedio dos pedidos.

    5.3. Altura da doca compatvel com o tipo de veculo

    Devido flexibilidade da empresa em realizar a distribuio dos produtos a clientes em seus

    veculos prprios, como tambm haver na empresa dois formatos de caminhes, onde um

    deles no compatvel a doca existente, propem-se uma doca mvel, possibilitando uma

    maior adequao e agilidade ao processo.

    5.4. Aumento da rea de pedidos

    Conforme o layout atual tem-se uma reduzida rea destinada para ao recebimento de pedidos,

    sendo insuficiente para atender a demanda, com isso, os pedidos so coletados no armazm e

    enviados diretamente para o caminho sem tempo suficiente para realizar uma conferncia. A

    criao de reas de separao de pedidos tende a minimizar o tempo de rota e de servio no

    local de estoque. Assim o novo layout proposto contempla a expanso dessa rea,

    possibilitando uma organizada conferncia e expedio dos produtos.

    5.5. Trabalhar com um estoque de segurana de produto acabado, fazendo umainterface com as vendas

    Certas vezes, os pedidos realizados pelos clientes deixam de serem atendidos por falta de

  • 8/7/2019 Estudo de Caso Armazenagem

    8/8

    XXV Encontro Nac. de Eng. de Produo Porto Alegre, RS, Brasil, 29 out a 01 de nov de 2005

    ENEGEP 2005 ABEPRO 714

    estoque dos produtos beneficiados na rea 2 , enquanto que h matria prima disponvel para

    o beneficiamento na rea 1. Realizando um planejamento adequado em funo de uma

    previso de vendas pode-se determinar qual o nvel de estoque mdio e o estoque de

    segurana adequado na rea de estocagem 2.

    6. Concluso

    Atravs da anlise do estudo de caso foi possvel perceber que o projeto de um armazm deve

    avaliar muitos fatores em sua inter-relao com o desempenho e os custos da empresa, a fim

    de encontrar o sistema que otimiza as operaes. A empresa estudada mostrou falhas de

    organizao de layout, ocasionadas, simplesmente, pelo mau planejamento da alta

    administrao.

    A reestruturao fsica foi fundamental para o melhor desempenho da armazenagem pois

    disponibilizou uma rea maior para armazenamento do que a atualmente em vigor e

    apresentou reduo das distncias percorridas, contribuindo para a reduo dos custos

    variveis do processo e do tempo mdio de trnsito dos materiais. Apesar disso, o nvel do

    servio ao cliente no foi comprometido pela reestruturao do sistema.

    Os princpios logsticos utilizados para a reestruturao do layout foram de carter simples e

    demonstraram que, mesmo assim, foi possvel sugerir uma srie de benefcios empresa.

    Referncias

    ALVARENGA, A. C. & NOVAES, A.G. N. (2000) - Logstica aplicada: suprimento e distribuio fsica.Editora Edgar Blucher Ltda. 3 Edio. So Paulo.

    BALLOU, H. (1993) - Logstica empresarial: transportes, administrao de materiais e distribuio fsica.Editora Atlas. So Paulo.

    BOWERSOX, D. J. & CLOSS, D. J. (2001) Logstica Empresarial. Editora Atlas. So Paulo.

    KAIBARA, M. M. (2005) - A evoluo do relacionamento entre clientes e fornecedores um estudo de suas

    principais caractersticas e contribuies para a implantao da filosofia JIT. Florianpolis/SC. 1998.Dissertao (Mestrado em Engenharia de Produo). Departamento de Engenharia de Produo e Sistemas.Universidade Federal de Santa Catarina. Disponvel em: . Acesso em: 10 mai 2005.

    MOURA, Reinaldo A. Srie Manual de Logstica. Volume 2. So Paulo: IMAM,1997.

    NOVAES, A. G. (2001) - Logstica e Gerenciamento da Cadeia de Distribuio. Editora Campus. Rio deJaneiro.

    TUBINO, D.F. (2000) Manual de Planejamento e Controle da Produo. Editora Atlas S.A. 2 Edio. SoPaulo.