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Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais
Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde
Curso de Ciências Biológicas
Estudo da dieta de duas espécies da Família
Pimelodidae no reservatório de Nova Ponte
Pedro Luis Andrade Gomes
Belo Horizonte
2010
Pedro Luis Andrade Gomes
Estudo da dieta de duas espécies de Pimelodidae no
reservatório de Nova Ponte
Monografia apresentada à Pontifícia
Universidade Católica de Minas Gerais
como atividade de conclusão do
curso de Ciências Biológicas
Orientador
Prof. Dr. Gilmar Bastos Santos
Belo Horizonte
2010
7
Pedro Luis Andrade Gomes
Estudo da dieta de duas espécies de Pimelodidae no
reservatório de Nova Ponte
Monografia apresentada à Pontifícia
Universidade Católica de Minas Gerais
como atividade de conclusão do
curso de Ciências Biológicas
_________________________________________________
Gilmar Bastos Santos (Orientador) PUC Minas
_________________________________________________
Carlos Bernardo Mascarenhas Alves UFMG
_________________________________________________
Daniel de Melo Rosa PUC Minas
_________________________________________________
José Enemir dos Santos PUC Minas
Belo Horizonte
2010
8
LISTA DE SIGLAS IAi = index of alimentary importance (índice de importância alimentar) LISTA DE ABREVIATURAS FEQ. - Frequência VOL. - Volume
9
Resumo
O objetivo deste estudo foi caracterizar e comparar a dieta de duas
espécies de peixes da família Pimelodidae no reservatório de Nova Ponte
(sudeste do Brasil). Os peixes foram capturados em quarenta pontos
distribuídos uniformemente pelo reservatório, durante a estação seca (Abril a
Maio de 2010). Para inferência da dieta de espécies que se alimentam de itens
macroscópicos, o conteúdo estomacal de cada indivíduo foi retirado, analisado
esterioscopio e posteriormente teve o seu volume medido (em ml). Os dados
obtidos para cada espécie em cada unidade amostral foram analisados a partir
dos seguintes métodos: Freqüência de Ocorrência, Índice de Análise
Volumétrica e Índice de Importância. A alimentação da espécie Pimelodus
maculatus se baseou em itens de origem vegetal principalmente sementes e
frutos. Já Iheringichthy labrosus apresentou hábito alimentar bentófago e
iliófago.
Abstract
The aim of this study was to characterize and compare the diet of two
species of the Pimelodidae family in Nova Ponte reservoir (Southeastern
Brazil). The fish were caught in forty points evenly distributed in the reservoir
during the dry season (April to May 2010). For inference of the diet of species
that feed on macroscopic items, the stomach contents of each individual was
removed and subsequently analyzed stereoscopy had its measured volume
(ml). The data obtained for each species in each sample unit were analyzed
from the following methods: Frequency of Occurrence, Volumetric Analysis
Index and Index of Importance. The feeding of the species Pimelodus
maculatus was based on vegetable items mainly seeds and fruits. Already
Iheringichthy labrosus presented food habits and benthophagous iliophagous.
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SUMÁRIO
1 - INTRODUÇÃO...............................................................................................7
2 - OBJETIVOS...................................................................................................8
2.1 - Objetivo geral.............................................................................................8
2.2 - Objetivos específicos................................................................................8
3 - MATERIAL E MÉTODOS...............................................................................9
3.1 - Área de estudo...........................................................................................9
3.2 - Coleta de peixes......................................................................................10
3.3 - Análises....................................................................................................12
3.4 - Definição das Classes de tamanho........................................................13
3.5 - Definição das Áreas do reservatório.....................................................13
3.6 - Procedimentos Estatísticos....................................................................12
4 - RESULTADOS.............................................................................................13
4.1 - Grau de Repleção....................................................................................13
4.2 - Compararão dos Hábitos alimentares...................................................15
4.3 - Variação ontogenética ...........................................................................15
4.4 - Variação de dieta em diferentes áreas do reservatório.......................15
5 - DISCUSSÃO................................................................................................21
5.1 - Grau de Repleção....................................................................................21
5.2 - Hábitos Alimentares................................................................................21
5.3 - Variações Ontogenéticas........................................................................21
5.4 - Variações espaciais ................................................................................22
6 - CONCLUSÕES............................................................................................23
REFERÊNCIAS.................................................................................................24
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1 - INTRODUÇÃO
A construção de hidrelétricas provoca modificações de vazão no rio
barrado e o acúmulo de grandes massas de águas profundas, modificando a
composição da fauna aquática original (SALE, 1985). Entre as comunidades
aquáticas, vários trabalhos destacam os impactos sobre os peixes, como os de
PETRERE (1989), BARTHEM et al. (1991), BAZZOLI et al. (1991) e
AGOSTINHO et al. (1994). Porém, grande parte dos estudos de conservação
de peixes concentram-se na análise das alterações qualitativas e quantitativas
na composição da comunidade, colocando em segundo plano, outros tipos de
alterações ecológicas, como as que ocorrem na dieta.
Grande parte dos peixes tropicais são consumidores facultativos, com
certa facilidade em incluir novos itens em sua dieta de acordo com a
disponibilidade de alimentos no ambiente (LOWE-MCCONNELL, 1973). O
comportamento alimentar e, consequentemente, a dieta, se modificam devido
às mudanças morfológicas sofridas pelo indivíduo ao longo de sua vida
(LUCZKOVICH et al., 1995). Estudos sobre alimentação de peixes, incluindo
dieta e atividade alimentar fornecem importantes subsídios para o
entendimento do funcionamento do ecossistema e dos mecanismos que
permitem a coexistência e exploração dos recursos de um mesmo ambiente
por várias espécies (GOULDING, 1981).
Alguns aspectos da biologia de Iheringichthy labrosus são conhecidos:
tem hábito alimentar carnívoro geralmente se alimentando de insetos,
moluscos e outros peixes (FUEM/ NUPELIA, 1987), não é espécie migradora e
não tem cuidado com a prole (LAMAS, 1983). No reservatório de Itaipu,
registraram-se comprimentos totais dessa espécie variando de 5,0 a 27,0 cm e
tamanho de primeira maturação sexual de 12,0 cm para machos e 14,3 cm
para fêmeas (SUZUKI, 1991).
O mandi-amarelo Pimelodus maculatus é um peixe de couro que habita
o fundo dos ambientes aquáticos e tem ampla distribuição geográfica nas
bacias hidrográficas da América do Sul (FOWLER, 1954; BASILE-MARTINS et
al., 1986b; ALMEIDA et al., 2003). É uma espécie iminentemente onívora
(HAHN et al., 1998; BASILE-MARTINS et al., 1986a; CALLISTO et al., 2002)
que possui uma dieta variada, constituída por larvas de insetos, algas,
12
moluscos, peixes e fragmentos de vegetais (BASILE-MARTINS et al., 1986a;
CALLISTO et al., 2002). A detecção do alimento por esta espécie é auxiliada
pela presença de dois pares de barbilhões maxilares (ALVES & POMPEU,
2001). Seu comprimento total maximo já registrado é de 36 cm (VAZZOLER ,
1996) e atinge sua maturação sexual com o comprimento médio e 15,9 para os
machos e 14,5 nas fêmeas (SUZUKI, 2004). Assim como I. labrosus, não tem
cuidado parental (LAMAS, 1983).
2 - OBJETIVOS:
2.1 - Geral:
Avaliar a dieta natural de duas espécies da família Pimelodidae presentes no
reservatório da Usina Hidrelétrica de Nova Ponte.
2.2 - Específicos
Caracterizar através da análise de conteúdo estomacal os principais
itens alimentares destas espécies;
Caracterizar as guildas tróficas a que pertencem, com base nos itens
alimentares utilizados pelas espécies de peixes;
Comparar a dieta das espécies a fim de avaliar a ocorrência de
sobreposição trófica entre as duas;
Avaliar variações na dieta das espécies em duas classes de tamanho:
maior e menor que o tamanho da primeira maturação (TPM);
Analisar variação na dieta em diferentes macro-regiões do reservatório;
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3 - MATERIAL E MÉTODOS
3.1 - Área de estudo
O reservatório de Nova Ponte (Figura 1), localizado no Estado de Minas
Gerais, Brasil (19º08’06’’S e 47º40’56’’W), foi construído na bacia do Alto
Paraná em um dos afluentes do rio Paranaíba, o rio Araguari, também
conhecido como rio das Velhas. O fechamento das comportas ocorreu em
outubro de 1993, originando uma represa de 299 km2 de área alagada, a maior
do rio Quebra Anzol, e também a que está localizada mais a montante. O clima
predominante na região é o continental, caracterizado por duas estações bem
definidas, um verão quente e úmido e um inverno brando e seco. A
precipitação anual total é de cerca de 1700 mm com chuvas concentradas
entre outubro e março. A temperatura média é superior a 20º C.
Figura 1: Foto aérea da estrutura de barramento do reservatório de nova Ponte.
14
3.2 – Coleta de peixes
O material utilizado no presente estudo tem como origem o Projeto
“Desenvolvimento de índices de integridade biótica para avaliação de qualidade
ambiental e subsídio para restauração de habitats em áreas de soltura de
alevinos”, financiado pela Companhia Energética do Estado de Minas Gerais
(CEMIG) e desenvolvido pela UFMG (NUVELHAS), UFLA e PUCMinas e
CEFET-Mg.
Foram realizadas coletas de peixes em 40 pontos ao longo do perímetro
do reservatório de Nova Ponte. Os pontos de coleta (Figura 1) foram
determinados através do sorteio de um ponto inicial na margem do
reservatório. A partir deste ponto os trinta e nove seguintes foram distribuídos
de forma eqüidistante ao longo do perímetro do reservatório (Macedo, com.
pes.)
Figura 2: Mapa do reservatório de nova ponte com destaque para os pontos de coleta (Autor: Diego Rodrigues Macedo).
15
A coleta foi realizada durante os meses de Abril e Maio de 2010, com o
auxílio de redes de espera de diferentes tamanhos de malha (3 a 8, 10, 12, 14
e 16 cm). Estas foram colocadas sempre em pares ao longo do ponto de coleta
com distância de cinquenta metros entre cada par de redes (Figuras 3 e 4).
Além disso as redes eram colocadas ao anoitecer (entre 17:00 e 19:00) e
recolhidas na manhã seguinte (entre 7:00 e 9:00), totalizando um tempo de
exposição médio de 14 horas.
Figura 3: Captura de peixes e Figura 4: Delimitação da distancia entre as redes. delimitação de um dos locais de amostragens no reservatório de Nova Ponte.
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3.3 - Análises
Os peixes, oriundos dos quarenta pontos de coleta foram fixados em
formol 10% e posteriormente medidos, pesados, sexados, identificados e
dissecados. Os estômagos foram fixados em álcool 70%.
Posteriormente foi estimado o grau de repleção estomacal, atribuindo-se
valores em uma escala de zero a dois:
0 – vazio;
1 – pouco cheio (até 50% preenchido);
2 – cheio (acima de50% preenchido).
Para a análise do conteúdo estomacal, foram utilizados todos os
exemplares de I. labrosus (N=451) e P. maculatus (N=350) capturados em
todos os pontos amostrados.
Os conteúdos estomacais foram examinados sob microscópio
estereoscópico, e quantificados utilizando-se os métodos de ocorrência e
volumétrico (HYSLOP, 1980), sendo os itens identificados ao menor nível
taxonômico possível. O volume de cada item foi obtido pelo deslocamento da
coluna d´água em provetas graduadas. Para pequenos itens utilizou-se placa
de Petri milimetrada, onde era determinada a área ocupada pelo item em
milímetros cúbicos sendo posteriormente convertido em mililitros HELLAWELL
& ABEL (1971). Esses dados foram combinados no Índice de importância
alimentar (IAi) proposto por KAWAKAMI e VAZZOLER (1980), como descrito
pela equação:
Onde,
IAi = índice alimentar;
Fi = frequência de ocorrência (%) do item i;
Vi = volume total do item i encontrado em todos os indivíduos,
Fi x Vi
Σ (Fi x Vi) n
i=1
IAi =
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3.4 - Definição das Classes de tamanho
As classes de tamanho foram definidas com base no comprimento
padrão (CP) no qual da espécie atinge a primeira maturação gônadal. De
acordo com SUZUKI, (2004) estes valores são: 12,0 cm para machos e 14,3
cm para fêmeas de I. labrosus e 15,9 cm para P. maculatus machos e 14,8 cm
para fêmeas. Foi feita uma média entre os comprimentos dos dois sexos
resultando nos valores 13,2 e 15,5 cm respectivamente. Os indivíduos que
tiveram parte do corpo comida enquanto estava na rede, foram
desconsiderados desta análise.
3.5 - Definição das áreas do reservatório
Para determinar as diferentes áreas foi utilizada imagem de satélite
IKONOS do reservatório de Nova Ponte. Através desta foi possível calcular a
maior distância possível entre a estrutura de barramento e a área alagada mais
distante possível. O valor resultante foi de 105 km. Este valor foi dividido em
dois resultando em 52,5 km. Assim, todos os pontos de coleta a menos de 52,5
km do barramento foram incluídos na área lacustre e os pontos localizados na
mais de 52,5 km de distância foram incluídos na área intermediária/fluvial.
3.6 - Procedimentos Estatísticos
Para testar eventuais diferenças na dieta entre as espécies foi realizado
um teste qui-quadrado (X²) de partição (α = 0,05), utilizando-se para isto a
frequência de ocorrência dos 5 itens mais consumidos pelas duas espécies, a
saber: matéria vegetal, insetos, crustáceos, moluscos e detritos. Para as
análises estatísticas foi utilizado o software Biostat 5.0.
18
4 - RESULTADOS
4.1 - Grau de Repleção
Não ocorreram diferenças significatvar no grau de repleção entre as
espécies estudadas. Assim, para I. labrosus e P. maculatus observou-se,
respectivametne, 16 % e 23 % de peixes com estômagos vazio (GR 0), 43 e 45
% com estômagos parcialmente cheios (GR 1) e 34 e 39 % com estômagos
cheios (GR2) (Figura 4).
I. labrosus P. maculatus0
20
40
60
80
100
%
GR 2 GR 1 GR 0
Figura 4 Percentuais do grau de repleção para I. labrosus e P. maculatus capturados no reservatório de Nova Ponte.
19
4.2 - Hábitos alimentares
A tabela 1 mostra os itens ingeridos pelas espécies estudadas. Matéria
vegetal, representado principalmente por sementes, foi o item mais consumido
por P. maculatus, seguido por Crustáceos (IAi = 074 e 012, respectivamente).
Por sua vez, I. labrosus consumiu principalmente Detritos (IAi= 0,55) e Insetos
(IAi= 0,40), notadamente Díptera. Foram encontradas diferenças significativas
para os itens Matéria vegetal e Insetos (X2 = 61,6; p<0,0001; GL = 4) e entre
estes e Detritos (X2 = 37,0; p<0,0001; GL = 4). Os dois últimos foram mais
consumidos por I. labrosus. Matéria vegetal e Crustáceos foram também
utilizados por esta espécie, porem sem relevância para a sua dieta.
4.3 – Variações na dieta entre as duas classes ontogenéticas
Não foram encontradas diferenças significativas para as espécies
estudadas em relação à mudança dos itens consumidos durante o seu
desenvolvimento ontogenético. Matéria vegetal foi o item mais consumido
tanto por peixes jovens (IAi = 0,80) quanto por adultos (IAi =0,64) de P.
maculatus. Por sua vez, Insetos (IAi= 0,48 e 0,39) e Detritos (IAi = 0,45 e
0,56) foram consumidos de modo similar por jovens e adultos de I. labrosus,
sugerindo que esta espécie utiliza no reservatório basicamente os mesmo
itens a partir da fase de alevino (tabelas 2 e 3 ).
4.4 - Variações da dieta em duas áreas diferentes do reservatório
Foram encontradas diferenças significativas na utilização de alguns itens
entre as regiões do reservatório para as duas espécies em questão. Assim,
indivíduos de P. maculatus capturados na região lacustre de Nova Ponte
consumiram significativamente menos crustáceos (X2 = 6,32; p<0,05;GL = 4) e
mais moluscos (X2 = 157,86; p<0,0001; GL = 4) que aqueles capturados na
região intermediária e fluvial do reservatório. Por sua vez, exemplares de I.
20
labrosus situados na região intermediária/fluvial ingeriram significativamente
mais insetos do que aqueles da região lacustre (X2 = 5,25; p<0,05; GL = 4).
Tabela 1. Ocorrência (Freq.), volume (Vol.), e valores do índice de importância alimentar (IAi) dos itens consumidos por P. maculatus e I. labrosus no reservatório de Nova Ponte. Os itens destacados demonstraram maior importância na dieta. Categoria/ Espécies
Itens alimentares
N = 350 P. maculatus
N = 451 I. labrosus
VOL FREQ. IAi VOL FREQ. IAi
Peixes 0,23 4 <0,01 0,01 1 <0,01 Characiformes 0,2 2 <0,01 - - - Peixes NI 0,03 2 <0,01 0,01 1 <0,01 Material Vegetal 41,72 171 0,74 4,47 145 0,04 Algas filamentosas 3,71 12 0,01 1,57 17 0,01 Vegetal superior 5,61 60 0,07 1,5 78 0,02 Sementes 32,4 99 0,66 1,4 50 0,01 Mamífero NI 0,1 2 <0,01 - - - Insetos 6,59 199 0,04 12,16 491 0,40 Diptera 0,76 88 0,01 5,9 350 0,32 Hymenoptera 0,03 4 <0,01 0,03 2 <0,01 Coleoptera 0,57 9 <0,01 0,11 4 <0,01 Ephemeroptera 0,41 13 <0,01 0,06 3 <0,01 Odonata 3,57 46 0,03 4,92 73 0,07 Hemiptera 0,42 16 <0,01 0,3 8 <0,01 Trichoptera 0,39 16 <0,01 0,65 47 0,01 Insetos NI 0,44 7 <0,01 0,19 4 <0,01 Crustáceos 12,98 84 0,12 0,98 109 0,02 Decapoda 12,2 45 0,11 0,11 4 <0,01 Conchostraca 0,68 39 0,01 0,87 105 0,02 Anelídeos 0,06 4 <0,01 0,2 11 <0,01 Moluscos 0,61 18 <0,01 0,26 24 <0,01 Gastropoda 0,51 17 <0,01 0,25 20 <0,01 Bivalvia 0,1 1 <0,01 0,01 4 <0,01 Detritos 6,47 75 0,1 9,71 286 0,55 Total 68,76 557 1 44,7 1780 1
21
Tabela 2. Ocorrência (Freq.), volume (Vol.), e valores do índice de importância alimentar (IAi), por classe de comprimento padrão (CP), dos itens consumidos por P. maculatus no reservatório de Nova Ponte. Os itens destacados demonstraram maior importância na dieta. Categoria/ Comprimento padrão
Itens alimentares
N = 199 CP 3 < 15,5 cm
N = 151 CP => 15,5 cm
VOL FREQ. IAi VOL FREQ. IAi
Peixes - - - 0,23 3 <0,01 Characiformes - - - 0,2 2 <0,01 Peixes NI - - - 0,03 1 <0,01 Material Vegetal 26,2 98 0,80 15,5 73 0,64 Algas filamentosas 3,51 8 0,02 0,2 4 <0,01 Vegetal superior 2,55 35 0,06 3,06 25 0,08 Sementes 20,1 55 0,72 12,3 44 0,56 Mamífero NI - - - 0,1 1 <0,01 Insetos 3,55 121 0,04 3,03 78 0,03 Diptera 0,53 56 0,01 0,23 32 <0,01 Hymenoptera 0,03 3 <0,01 - - - Coleoptera 0,03 3 <0,01 0,54 6 <0,01 Ephemeroptera 0,4 10 <0,01 0,01 3 <0,01 Odonata 1,8 32 0,03 1,76 14 0,03 Hemíptera 0,18 8 <0,01 0,24 8 <0,01 Trichoptera 0,28 8 <0,01 0,11 8 <0,01 Insetos NI 0,3 1 <0,01 0,14 6 <0,01 Crustáceos 3,45 39 0,04 9,46 45 0,27 Decapoda 2,92 17 0,03 9,31 28 0,27 Conchostraca 0,54 22 0,01 0,14 17 <0,01 Anelídeos 0,03 2 <0,01 0,04 2 <0,01 Moluscos 0,28 7 <0,01 0,34 10 <0,01 Gastropoda 0,28 7 <0,01 0,24 9 <0,01 Bivalvia - - - 0,1 1 <0,01 Detritos 4,63 44 0,13 1,84 31 0,06 Total 38,1 313 1 29,1 210 1
22
Tabela 3. Ocorrência (Freq.), volume (Vol.), e valores do índice de importância alimentar (IAi), por classe de comprimento padrão (CP), dos itens consumidos por I. labrosus no reservatório de Nova Ponte. Os itens destacados demonstraram maior importância na dieta. Categoria/ Comprimento padrão
Itens alimentares
N = 77 CP 3 < 12,2 cm
N = 173 CP => 12,3 cm
VOL FREQ. IAi VOL FREQ. IAi
Peixes - - - 0,01 1 <0,01 Characiformes - - - - - - Peixes NI - - - 0,01 1 <0,01 Material Vegetal 0,48 22 0,03 3,97 123 0,05 Algas filamentosas - - - 1,56 16 0,01 Vegetal superior 0,11 13 0,01 1,38 65 0,03 Sementes 0,37 8 0,02 1,03 42 0,01 Mamífero NI - - - - - - Insetos 1,65 79 0,48 10,5 412 0,39 Diptera 1,19 65 0,46 4,71 285 0,29 Hymenoptera - - - 0,03 2 <0,01 Coleoptera - - - 0,11 3 <0,01 Ephemeroptera - - - 0,06 3 <0,01 Odonata 0,26 5 0,01 4,66 68 0,09 Hemiptera 0,05 1 <0,01 0,25 7 <0,01 Trichoptera 0,15 6 0,01 0,5 41 0,01 Insetos NI - - - 0,18 3 <0,01 Crustáceos 0,29 24 0,04 0,69 85 0,01 Decapoda - - - 0,11 3 <0,01 Conchostraca 0,29 23 0,04 0,58 82 0,01 Anelídeos 0,02 3 <0,01 0,18 8 <0,01 Moluscos 0,04 4 <0,01 0,22 20 <0,01 Gastropoda 0,04 4 <0,01 0,21 16 <0,01 Bivalvia - - - 0,01 4 <0,01 Detritos 1,27 53 0,45 8,43 233 0,56 Total 3,72 178 1 21,4 826 1
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Tabela 4. Ocorrência (Freq.), volume (Vol.), e valores do índice de importância alimentar (IAi), por área do reservatório (Lacustre e Intermediária/Fluvial), dos itens consumidos por P. maculatus. Os itens destacados demonstraram maior importância na dieta.
Categoria/ Área do reservatório
Itens alimentares
N = 124 Lacustre
N = 267 Intermediária/Fluvial
VOL FREQ. IAi VOL FREQ. IAi
Peixes 0,20 2 <0,01 0,03 2 <0,01 Characiformes 0,20 2 <0,01 - - <0,01 Peixes NI - - - 0,03 2 <0,01 Material Vegetal 10,36 31 0,43 31,33 140 0.82 Algas filamentosas 0,07 1 <0,01 3,63 11 0.02 Vegetal superior 1,83 13 0,06 3,78 47 0.07 Sementes 8,46 17 0,37 23,92 82 0.74 Mamífero NI - - - 0,1 2 <0,01 Insetos 1,01 42 0,01 3,53 107 0.01 Diptera 0,38 17 <0,01 1,43 41 <0,01 Hymenoptera 0,01 2 <0,01 0,03 2 <0,01 Coleoptera 0,03 3 <0,01 0,53 6 <0,01 Ephemeroptera 0,19 5 <0,01 0,22 8 <0,01 Odonata 0,14 7 <0,01 0,66 25 <0,01 Hemiptera 0,13 4 <0,01 0,29 12 <0,01 Trichoptera 0,01 3 <0,01 0,38 13 <0,01 Insetos NI 0,1 1 <0,01 - - - Crustáceos 7,16 32 0,42 5,75 52 0.05 Decapoda 7,12 23 0,42 5,11 22 0.04 Conchostraca 0,04 9 <0,01 0,64 30 0.01 Anelídeos - - - - - - Moluscos 0.1 1 <0,01 - - - Gastropoda - - - - - - Bivalvia 0.1 1 <0,01 - - - Detritos 1,42 26 0,09 0,03 2 <0,01 Total 31,57 264 1 5,05 49 1
24
Tabela 5. Ocorrência (Freq.), volume (Vol.), e valores do índice de importância alimentar (IAi), por área do reservatório (Lacustre e Intermediária/Fluvial), dos itens consumidos por I. labrosus. Os itens destacados demonstraram maior importância na dieta. Categoria/ Área do reservatório
Itens alimentares
N = 238 Lacustre
N = 181 Intermediária/Fluvial
VOL FREQ. IAi VOL FREQ. IAi
Peixes - - - 0,01 1 <0,01 Characiformes - - - - - - Peixes NI - - - 0,01 1 <0,01 Material Vegetal 1,63 58 0,04 2,84 87 0,05 Algas filamentosas 0,7 6 0,01 0,87 11 <0,01 Vegetal superior 0,32 24 0,01 1,18 54 0,03 Sementes 0,61 28 0,02 0,79 22 0,01 Mamífero NI - - - 0 0 <0,01 Insetos 4,3 183 0,38 7,85 308 0,41 Diptera 1,92 142 0,33 0 3,99 208 0,31 Hymenoptera <0,01 1 <0,01 0,03 1 <0,01 Coleoptera 0,1 3 <0,01 0 1 <0,01 Ephemeroptera 0,01 1 <0,01 0,05 2 <0,01 Odonata 1,89 18 0,05 3,03 55 0,08 Hemiptera 0,29 7 <0,01 0 1 <0,01 Trichoptera 0,07 10 <0,01 0,58 37 0,01 Insetos NI <0,01 1 <0,01 0,18 3 <0,01 Crustáceos 0,47 54 0,03 0,52 55 0,01 Decapoda 0,1 2 0 0,01 2 <0,01 Conchostraca 0,37 52 0,03 0,5 53 0,01 Anelídeos 0,01 2 0 0,18 9 <0,01 Moluscos <0,01 2 <0,01 0,02 6 <0,01 Gastropoda <0,01 1 <0,01 0,01 3 <0,01 Bivalvia <0,01 1 <0,01 0,01 3 <0,01 Detritos 3,39 122 0,56 6,31 164 0,54 Total 9,09 413 1 16,1 591 1
25
5 - DISCUSSÃO 5.1 - Grau de repleção
As espécies estudadas estão em condições semelhantes no que se diz
respeito ao seu grau de repleção, sugerindo que possuam padrões similares no
que diz respeito às taxas se captura e digestão o alimento.
5.1 - Hábito alimentar
A classificação dos peixes em guildas tróficas definidas tem sido um
desafio devido ao amplo espectro de itens alimentares ingeridos e à
flexibilidade observada na dieta de muitas espécies (LARKING 1956,
KEENLEYSIDE 1979, DILL 1983).
O resultado obtido através do IAi para I. labrosus divergem em parte do
estudo de VONO (2002) realizado no mesmo reservatório. Nele, o autor
descreve uma dieta dependente de organismos bentônicos (IAi = 0,93). Outro
estudos como ABES et. al (2001), AGOSTINHO et. al (2006) e FUGI et. al
(1996) também observaram o mesmo padrão na dieta da espécie. No presente
estudo, foi averiguado que o item Detritos também possui grande importância
na dieta desta espécie.
Por outro lado, para P. maculatus foi observada uma dieta herbívora
com pequena participação de crustáceos. No estudo feito por VONO (2002),
itens vegetais são os mais consumidos, porém outros itens como detritos e
peixes também apresentaram grande importância na dieta desta espécie. Em
um estudo realizado por REGO (2009) no reservatório de Capim Branco 1,
também localizado no rio Araguari, constatou-se a relevância não apenas de
Matéria Vegetal, mas também de Bentos e Crustáceos. No estudo de LOLIS e
ANDRIAN (1996), peixes se destacaram consideravelmente na dieta. Segundo
LIMA-JUNIOR e GOITEIN, (2004), no rio Piracicaba, a dieta do P. maculatus
tem com base insetos aquáticos.
Esta ampla variação nos resultados obtidos reafirma o comportamento
generalista das duas espécies. Segundo GERKING (1994), dentre os termos
descritivos referentes ao comportamento alimentar dos organismos, destacam-
se:
26
• Especialistas – Espécies usualmente adaptadas morfologicamente a um
tipo restrito de alimento;
• Generalistas – Espécies sem preferências alimentares nítidas;
• Oportunistas – Espécies que se aproveitam das oportunidades oferecidas
pelo ambiente, ingerindo itens diferentes daqueles presentes em sua dieta
natural.
Baseado nisto, é possível afirmar que I. labrosus mantém um
comportamento especialista uma vez que não apresentou variação expressiva
em sua dieta em diferentes reservatórios estudados. Contudo, P. maculatus
pode ser considerado oportunista, visto que demonstrou a capacidade de
modificar bruscamente sua dieta em diferentes reservatórios.
5.3 – Variações nas duas classes Ontogenêticas No presente estudo não foram detectadas variações significativas na
dieta entre diferentes classes de tamanho para ambas as espécies. Este
padrão poderia ser explicado pelo relatado por ABELHA et al. (2001), o qual
afirma que semelhanças na dieta entre duas diferentes fases de
desenvolvimento são atribuídas à habilidade na tomada do alimento devido ao
aparecimento de adaptações morfológicas já na fase jovem e ao fato de jovens
e adultos terem sido capturados no mesmo local e época do ano, portanto
sujeitos ao mesmo suprimento alimentar.
5.2 - Variações Espaciais
Foi observada variação espacial na dieta de ambas as espécies para
alguns itens. A preferência alimentar de P. maculatus foi dividida entre matéria
vegetal, crustáceos e detritos na região lacustre do reservatório e herbívora na
região Intermediaria/fluvial. LOLIS e ANDRIAN (1996) destacam um
predominante consumo de invertebrados na área fluvial enquanto na área
lacustre a espécie tem preferência de se alimentar de outros peixes.
Estes resultados discrepantes apenas confirmam a elevada capacidade
da espécie de adaptar sua dieta aos itens mais abundantes no ambiente.
Comparando a dieta do I. labrosus nas duas regiões foi possível
constatar um pequeno aumento na ocorrência de crustáceos na região
27
Intermediaria/fluvial em relação à área lacustre. ABES et al. (2001) também
não observaram variação significativa na dieta da espécie em diferentes áreas
do reservatório de Itaipu.
Estes fatos sugerem que I. labrosus mantém o mesmo habito alimentar,
mesmo em ambientes distintos do reservatório.
28
6 – CONCLUSÕES
Embora P. maculatus possua especialização para determinado item no
reservatório de Nova Ponte, o fato da espécie utilizar uma grande variedade de
itens em outros ambientes sugere um comportamento alimentar oportunista.
Já I. labrosus não apresentou alterações marcantes em sua dieta em
diferentes ambientes com diferentes fontes de recursos, sendo caracterizado
como especialista.
Ambas as espécies não mostraram variação significativa na dieta em
diferentes entre as duas fases ontogenéticas.
Para uma mesma espécie, existe preferência na utilização de
determinados itens dependendo da região do reservatório.
29
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