Estruturas e Propriedades Das Ceramicas

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  • 7/21/2019 Estruturas e Propriedades Das Ceramicas

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    Estruturas e Propriedadesdos Materiais Cermicos

    2 semestre / 2015

    Universidade Estadual de Ponta GrossaDepartamento de Engenharia de MateriaisDisciplina: Cincia dos Materiais

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    Estruturas e propriedades dos MateriaisCermicos

    Assuntos abordados

    Como as estruturas cristalinas dos materiais

    cermicos diferem daquelas dos metais?

    Como os defeitos pontuais em cermicas diferemdaqueles defeitos encontrados em metais?

    Como as impurezas se acomadam na rede da cermica?

    Como as propriedades das cermicas so medidas e

    como elas diferem daquelas para metais?

    Quais as diferenas entre os diagramas de fases cermicos

    e os diagramas de fases para metais?

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    Materiais constitudos de elementosmetlicose no-metlicos

    Ligaes:-- Podem ser de carter inico e/ou covalente-- % carter inico aumenta com a diferena de eletronegatividade

    entre os tomos

    Adapted from Fig. 2.7, Callister & Rethwisch 8e. (Fig. 2.7 is adapted from Linus Pauling, The Nature of theChemical Bond, 3rd edition, Copyright 1939 and 1940, 3rd edition. Copyright 1960 byCornell University.)

    Grau de carter inico pode ser grande ou pequeno:

    Ligaes qumicas em cermicas

    SiC: pequeno

    CaF2: grande

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    Algumas caractersticas das cermicas Os materiais cermicos apresentam alto ponto de fuso.

    So geralmente isolantes eltricos, embora possam existir materiais cermicossemicondutores, condutores e at mesmo supercondutores (estes dois ltimos,em faixas especficas de temperatura).

    So comumente quimicamente estveissob condies ambientais severas.

    Os materiais cermicos so geralmente duros e frgeis.

    Os principais materiais cermicos so: Materiais Cermicos Tradicionais: cermicas estruturais, louas, refratrios

    (provenientes principalmente de matrias-primas argilosas e de outrostipos de silicatos).

    Vidros e Vitro-Cermicas.

    Abrasivos. Cimentos.

    Cermicas Avanadas: aplicaes eletro-eletrnicas, trmicas,mecnicas, pticas, qumicas, biomdicas.

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    Estruturas cristalinas de cermicas

    Estruturas de xidos nions (oxignio) maiores que os ctions metlicos

    empacotamento de oxignio em uma rede (CFC, por

    exemplo) ctions ocupam stios intersticiais entre os ons deoxignio

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    Fatores que determinam a estrutura cristalina1.Tamanho relativo dos onsFormao de estruturas estveis:

    --maximizar a coordenao de ons vizinhos de cargas opostas.

    Adapted from Fig. 12.1,Callister & Rethwisch 8e.

    - -

    - -+

    instvel

    - -

    - -+

    estvel

    - -

    - -+

    estvel2.Manuteno daneutralidade de carga:

    --Carga total na cermica

    deve ser zero.--Reflexo na frmula

    qumica:

    CaF2:Ca2+ction

    F-

    F-

    nions+

    AmXp

    m, p valores para atingir a neutralidade de carga

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    Coordenao aumenta com

    Coordenao e Raios Inicos

    Adapted from Table 12.2,

    Callister & Rethwisch 8e.

    2

    rcationr

    anion

    Coord#

    < 0.155

    0.155 - 0.225

    0.225 - 0.414

    0.414 - 0.732

    0.732 - 1.0

    3

    4

    6

    8

    linear

    triangular

    tetradrica

    octadrica

    cbica

    Adapted from Fig. 12.2,

    Callister & Rethwisch 8e.

    Adapted from Fig. 12.3,Callister & Rethwisch 8e.

    Adapted from Fig. 12.4,Callister & Rethwisch 8e.

    ZnS(zinco blenda)

    NaCl(cloreto desdio)

    CsCl(cloreto decsio)

    rction

    rnionPara formar uma estrutra estvel, quantos nions podecircundar um ction?

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    Clculo da razo mnima Ction-nion

    Determine rcation/ranionmnimo para um stio octradrico for(NC = 6)

    a=2ranion

    2ranion 2rcation= 2 2ranion

    ranion rcation= 2ranion rcation= ( 21)ranion

    arr 222 cationanion =

    414012

    anion

    cation,==

    r

    r

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    Estruturas cristalinas do Tipo AX

    rNa= 0,102 nm

    rNa/rCl= 0,564

    ctions (Na+) preferem stiosoctadricos

    Adapted from Fig. 12.2,Callister & Rethwisch 8e.

    rCl= 0,181 nm

    Estrutura do sal-gema

    Cloreto de sdio (NaCl) Nmero de coordenao = 6

    Outros compostos com mesma estrutura: MgO, MnS, LiF

    e FeO

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    Estruturas cristalinas do Tipo AX

    O2- rO= 0,140 nm

    Mg2+ rMg= 0,072 nm

    rMg/rO= 0,514

    ctions preferem stios octadricos

    Cada Mg2+tem 6 tomos de oxignio vizinhos

    Adapted from Fig. 12.2,Callister & Rethwisch 8e.

    Estrutura do MgO

    Mesma estrutura do NaCl

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    Estruturas Cristalinas do Tipo AX Estrutura do cloreto de csio (CsCl)

    nions ocupam os vrtices de um cubo, enquanto um nicoction ocupa o centro do cubo

    93901810

    1700

    Cl

    Cs,

    ,

    ,

    ==

    r

    r

    Adapted from Fig. 12.3,Callister & Rethwisch 8e.

    como 0,732 < 0,939 < 1,0,

    stios cbicos so preferidos

    Cada Cs+tem 8 vizinhos Cl-

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    Estruturas Cristalinas do Tipo AX Estrutura da blenda de zinco (Zinc blend, ZnS)

    Nmero de coordenao = 4 nions esto num arranjo CFC e os ctions ocupam

    posies tetradricas no interior da clula

    Outros compostos com mesma estrutura: ZnTe, SiC

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    Estruturas Cristalinas do Tipo AmXp

    Cargas diferentes entre nions e ctions

    m e/ou p 1

    Exemplos: UO2,ThO2, ZrO2, CeO2

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    Estruturas Cristalinas do Tipo AmXp

    Fluorita (CaF2)

    Ctions em stios cbicos

    nions nos vrtices

    Outros compostos commesma estrutura: UO2,

    ThO2, ZrO2, CeO2

    Estrutura antifluorita

    posies de ctions

    nions invertida

    AdaptedfromF

    ig.

    12.5,

    Callister&

    Rethwisch8e.

    Fluorita(Composto AX2)

    rc =0,100 nm; ra =0,133 nmrc/r

    a= 0,751

    NC = 8

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    Estruturas Cristalinas do Tipo AmBnXp

    Compostos cermicos com mais de um tipo de ction,representados por A e B

    Estrutura da Perovskita

    Exemplo: BaTiO3(titanato de brio) estrutura do tipo ABX3

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    Adapted from Fig. 12.6,Callister & Rethwisch 8e.

    Estrutura do BaTiO3

    Estruturas Cristalinas do Tipo AmBnXp

    Ctions Ba2+e Ti4+

    Estrutura cristalina da perovskita Ba2+nos 8 vrtices do cubo

    nico Ti4+no centro do cubo

    O2- localizados nos centros

    das 6 faces do cubo

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    Em funo dos raios inicos, qual seria a estrutura cristalina

    prevista para o FeO?

    Resposta:

    55001400

    0770

    anion

    cation

    ,

    ,

    ,

    =

    =

    r

    r

    em funo desta razo,

    -- NC = 60,414 < 0,550 < 0,732

    -- estrutura cristalina do NaCl

    Data from Table 12.3,Callister & Rethwisch 8e.

    Exemplo: Prever a estrutura cristalina do FeO

    Raio inico (nm)

    0,053

    0,0770,069

    0,100

    0,140

    0,181

    0,133

    Ction

    nion

    Al3+

    Fe2+Fe3+

    Ca2+

    O2-

    Cl-

    F-

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    Estrutura cristalina do FeO

    O2-

    Fe2+

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    Quadro-resumo com algumasestruturas cermicas comuns

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    Estruturas Cristalinas da compactaodensa de nions

    Em metais, o empilhamento de planos de tomosdensamente compactos gera estruturas CFC ou HC

    Vrias estruturas cermicas tambm podem ser

    consideradas em termos de planos de ons densamentecompactados

    Planos compactos, normalmente formados pelos nions

    Durante empilhamento dos planos compactos, criao de

    pequenos stios intersticiais, onde os ctions podem seralojados

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    Estruturas Compactas: CFCEmpilhamento ABCABC...

    Plano compacto formado por esferas

    rgidas (A ). Observam-se dois tipos

    de interstcios, que so assinalados

    como Be C.

    (111)

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    Estruturas Compactas: HCPEmpilhamento ABAB...Plano compacto formado por esferas rgidas (A ).

    Observam-se dois tipos de interstcios, que so

    assinalados como Be C.

    A...B...A...B...

    A C

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    Estruturas Cristalinas da compactaodensa de nions

    Empilhamento de planos densos de nions, mostrando asposies intersticiais tetradricas e octadricas

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    Interstcios na estrutura CFC

    Padilha, A.F. Materiais de Engenharia

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    Clculo da densidade terica dacermica

    A

    AC )(

    NV

    AAn

    C

    =

    Nmero de unidades de frmula dentro de cada clula unitria

    Volume da clula unitriaNmero de Avogadro6,023 x 1023unidades de frmula/mol

    AA

    AC = soma dos pesos atmicos de todos os ctions na unidade de frmula

    = soma dos pesos atmicos de todos os nions na unidade de frmula

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    ExemploCom base na estrutura cristalina, calcule a densidade terica

    para o cloreto de sdio. Comparar o valor terico com o valorda densidade obtido atravs de medies experimentais

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    Cermicas base de silicato Elementos mais comuns na terra so Si e O

    Maior parte dos solos, rochas, argilas e areia seenquadram na classificao de silicatos

    Caracterizao em termos de vrios arranjos de umtetraedro composto por SiO44-

    Si4+

    O2-

    Adapted from Figs.12.9-10, Callister &Rethwisch 8e cristobalita

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    Cermicas base de silicato

    Forma polimrficas da silica(SiO2)so: quartzo

    cristobalita

    tridimita

    As fortes ligaes Si-O levam aelevadas temperaturas de fuso(1710C) pare este material

    Adapted from Figs.12. 10, Callister &Rethwisch 8e

    cristobalita

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    Quartzo cristalinoSiO2:

    Unidade bsica Vidro no cristalino (amorfo) Slica fundida SiO2sem adio

    de impurezas Outros vidros comuns contm ons

    de impurezas como Na+, Ca2+,Al3+e B3+

    (vidrosoda-cal)

    Adapted from Fig.

    12.11, Callister &Rethwisch 8e.

    Estrutura do vidro

    Si04tetraedro4-

    Si4+

    O2-

    Si4+Na

    +

    O2-

    xidos que podem formar estruturas vtreas so chamados deformadores de rede.

    Exemplos: SiO2, B2O3e GeO2 Vidros inorgnicos comuns so base de slica

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    Ligaes de SiO44-

    completadas pelo compartilhamento devrtices, arestas ou faces comuns

    Silicatos

    Mg2SiO4 Ca2MgSi2O7

    Adapted from Fig.12.12, Callister &Rethwisch 8e.

    Presena of ctions como Ca2+, Mg2+e Al3+1. mantm neutralidade de carga2. liga ionicamente um SiO44-a outro

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    Silicatos em camadas Silicatos em camadas (ex. argilas,

    mica, talco) Tetraedros de SiO4 conectadospara formar uma estruturabidimensional

    Frmula que se repete representadapor (Si2O5)2-

    Uma carga negativa est associadacom cada unidade (Si2O5)2-

    A carga negativa balanceada por um

    plano adjacent rico em ctionscarregados postivamente

    Adapted from Fig.12.13, Callister &Rethwisch 8e.

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    Argila caolinita

    Alterna camada de (Si2O5)2-

    com camada de Al2(OH)42+

    Silicatos em camadas

    Lminas adjacentes deste tipo so fracamente ligadasumas as outras por ligaes de van der Waals

    Adapted from Fig. 12.14,Callister & Rethwisch 8e.

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    Formas polimrficas do carbono

    Diamante Ligaes tetraedrais de carbono

    Material mais duro conhecido Condutividade trmica anormal para

    um material no metlico

    Estrutura cristalina umavariao do ZnS (blenda) Grande cristais simplespedras

    preciosas Pequenos cristaisusados para

    polir/cortar Filmes finos de diamante

    Revestimentos superficiais de altadurezausados para ferramentasde corte, dispositivos mdicos, etc.

    Adapted from Fig. 12.15,Callister & Rethwisch 8e.

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    Formas polimrficas do carbono Grafita

    Estrutura composta por camadas de tomos de carbonoem um arranjo hexagonalCada tomo de carbono estligado a 3 vizinhos por ligaescovalentes fortes

    O quarto eltron da ligaoparticipa de uma ligao entreas camadas do tipo van derWaals

    Clivagem interplanar facilitada

    Condutividade eltrica alta emdirees cristalogrficas paralelass lminas hexagonais

    Adapted from Fig.

    12.17, Callister &Rethwisch 8e.

    Formas polimrficas do carbono

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    Formas polimrficas do carbonoFulerenos e nanotubos

    Fulerenoaglomerado esfrico oco de 60 tomos de

    carbono, C60 Como uma bola de futebol

    Nanotubos de carbonolmina de grafita enrolada como umtubo

    Extremidades fechads com hemisfrios de fulerenos

    Adapted from Figs.12.18 & 12.19, Callister& Rethwisch 8e.

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    Lacunas

    -- Podem ocorrer para cada espcie de on Intersticiais

    -- intersticiais existem para ctions-- intersticiais no so normalmente observados para nions porque

    nions so grandes em relao aos stios intersticiais

    Adapted from Fig. 12.20, Callister& Rethwisch 8e. (Fig. 12.20 isfrom W.G. Moffatt, G.W. Pearsall,and J. Wulff, The Structure andProperties of Materials, Vol. 1,Structure, John Wiley and Sons,Inc., p. 78.)

    Defeitos pontuais em cermicas

    Cationintersticial

    lacuna

    catinica

    lacunaaninica

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    Defeito de Frenkel

    -- um par lacuna catinica-ction intersticial. Defeito Shottky

    -- um par formado por uma lacuna de ction e uma lacuna de nion.

    Concentrao de defeitos em equilbrio

    Adapted from Fig.12.21, Callister& Rethwisch 8e.(Fig. 12.21 isfrom W.G. Moffatt, G.W. Pearsall,and J. Wulff, The Structure andProperties of Materials, Vol. 1,Structure, John Wiley and Sons,Inc., p. 78.)

    Defeitos pontuais em cermicas

    Shottky

    Defeito

    Frenkel

    /kTQDe

    Defeito

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    Concentrao de defeitos em equilbrio Nmero de defeitos de Frenkel e temperatura

    Nfr= nmero de pares lacuna-ction/ction-intersticial

    Qfr = energia de ativao para formao de cada defeito

    Frenkel N = nmero total de pontos de rede

    Nmero de defeitos Schottky e temperatura

    Vlida para compostos AX

    Ns= nmero de defeitos Schottky

    Qs= energia de formao de defeito SchottkyObs.: No tem no Callister 5 ed. Item 12.5 do Callister 8 ed.

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    Exemplo

    Calcular o nmero de defeitos Schottky pormetro cbico em cloreto de potssio (KCl) a

    500C. A energia requerida para formar cadadefeito 2,6 eV. A densidade do KCl a 500C 1,955 g/cm3.

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    Imperfeies em cermicas

    Estequiometria Estado do composto cermico onde existe a razo exata entrections e nions prevista pela frmula qumica

    No-estequiometria

    Existe um desvio desta razo exata

    Pode ocorrer em materiais cermicos onde existem doisestados de valncia para um on

    I f i i

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    Imperfeies em cermicas No-estequiometria

    Exemplo: xido de ferro (wustita, FeO, Fe1-xO) Ferro: Fe2+, Fe3+

    Formao de Fe3+causa excesso de carga, compensada pela formaode uma lacuna de Fe2+ para cada dois Fe3+que so formados

    Cristal deixa de ser estequiomtrico

    Existncia de um on O a mais que ons Fe

    Eletroneutralidade mantida

    Adapted from Fig.12.22, Callister& Rethwisch 8e.

    Lacuna deFe2+

    2 ctionsFe3+

  • 7/21/2019 Estruturas e Propriedades Das Ceramicas

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    Difuso em materiais inicos Movimentao de dois tipos de ons com cargas eltricas

    opostas Mecanismos: normalmente difuso de lacunas

    Obs.: No tem no Callister 5 ed. Item 12.6 do Callister 8 ed.

    Mobilidade de um tomo darede ou substitucional

    Lacuna

    Lacuna

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    Imperfeies em cermicas Difuso materiais inicos

    Difuso de lacunas Lacunas de ons ocorrem em pares (Schottky)

    Formam em compostos no estequiomtricos

    Criadas por impurezas substitucionais com carga diferente

    da rede hospedeira

    Para manter a neutralidade de carga localizada outraespcie com carga eltrica igual e oposta deve

    acompanhar a mobilidade difusiva do on. Outra lacuna

    tomo de impureza

    Portador de carga

    Obs.: No tem no Callister 5 ed. Item 12.6 do Callister 8 ed.

  • 7/21/2019 Estruturas e Propriedades Das Ceramicas

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    Diagramas de fases cermicos

    Converso de composies

    Converso de % mol para % massa

    Converso de % massa para % mol

    Diagramas de fases cermicos

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    Diagramas de fases cermicos Sistema Al2O3-Cr2O3

    Mesma forma do diagrama

    isomorfo cobre-nquel

    Regies de fases

    nico lquido

    nico slido Regio bifsica slido-lquido

    Soluo slida substitucional de

    Al2O3-Cr2O3

    Al3+substitui Cr3+e vice-versa

    possuem mesma carga

    Raios inicos semelhantes (Al3+= 0,053 nm; Cr3+ = 0,062 nm

    Al2O3e Cr2O3possuem a mesma estrutura

    Diagramas de fases cermicos

  • 7/21/2019 Estruturas e Propriedades Das Ceramicas

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    Diagramas de fases cermicos Sistema MgO-Al2O3

    Fase intermediria

    Espinlio (MgAl2O4)

    Composio equivalente a

    50%Al2O3-50%MgO (%mol)

    Baixa solubilidade do Al2O3 em

    MgO abaixo de 1400C

    Diferena nas cargas nos ons:

    Mg2+e Al3+

    Diferena nos raios inicos(0,072 e 0,053 nm)

    MgO virtualmente insolvel em

    Al2O3

    Diagramas de fases cermicos

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    Diagramas de fases cermicosSistema ZrO2-CaO

    Eixo horizontal at 31%p CaO

    Formao de CaZrO3

    Trs fases de ZrO2

    Tetragonal, monoclnica, cbica

    1150C

    Tetragonal Monoclnica

    Grande variao de volume com

    possibilidade de trincas

    Diagramas de fases cermicos

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    Diagramas de fases cermicos Sistema ZrO2-CaO

    Estabilizao da zircnia

    Adio de 3 a 7%p CaO Acima de 1000C presena de fases

    cbica e tetragonal

    Condies normais de resfriamento

    no h formao das fases

    monoclnica e CaZr4O9

    Fases cbica e tetragonal so

    mantidas

    Formao de trincas contornada

    Zircnia parcialmente estabilizada ou

    PSZ (Partially Stabilized Zirconia)

    Diagramas de fases cermicos

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    Diagramas de fases cermicos Sistema SiO2-Al2O3

    Sistema comercialmente importante

    Componentes de cermicas refratrias

    Falta de solubilidade

    Mulita

    Composto intermedirio

    3Al2O3-2SiO

    Propriedades mecnicas

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    Propriedades mecnicasde materiais cermicos

    Por que materiais cermicos so mais frgeis que metais?

    Mecanismo de deformao Em metais, movimentao de discordncias

    Em slidos altamente inicaos, movimentao de discordncias difcil

    poucos sistemas de deslizamento

    resistncia movimentao de ons de mesma carga

    Propriedades mecnicas

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    Propriedades mecnicasde materiais cermicos

    Em resposta aplicao de uma carga de trao as cermicas cristalinas

    e no-cristalinas geralmente apresentam fratura frgil temperaturaambiente

    Fraturam sem deformao plstica aprecivel

    Propriedades mecnicas

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    Propriedades mecnicasde materiais cermicos

    Processo de fratura frgil

    Formao de trincas

    Propagao de trincas atravs da seo reta

    Resistncia fratura para materiais cermicos

    Inferiores aos valores previstos teoricamente

    Presena de defeitosna estrutura do material

    concentradores de tenso: microtrincas, poros

    internos e arestas de gro

    Propriedades mecnicas

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    Propriedades mecnicasde materiais cermicos

    Normalmente encontra-se uma grande disperso nos resultados deresistncia mecnica obtidos para cermicas e vidros, mesmo quando

    so testados corpos de prova de mesma composio.

    Essa variao existe devido presena de um grande nmero de

    defeitos em escala microestrutural nos corpos cermicos (em especial,

    trincas) e porque a resistncia mecnica de materiais cermicos - e

    materiais frgeis em geral - depende da probabilidade de se encontraruma trinca (ou outro defeito) que exceda um certo tamanho crtico.

    A resistncia em materiais frgeis (brittle materials)como o caso

    dos materiais cermicos, portanto, varia consideravelmente.

    Propriedades mecnicas

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    Propriedades mecnicas Distribuio de Weibull

    Por causa disso, ao invs de apresentar-se os resultados obtidos numa

    srie de ensaios de resistncia mecnica de materiais frgeis, na

    forma apenas de uma mdia aritmtica dos resultados obtidos,

    recomendvel apresent-los utilizando-se uma ferramenta matemtica

    prpria: a distribuio de Weibull.

    Propriedades mecnicas

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    Propriedades mecnicas Distribuio de Weibull

    Uma distribuio matemtica que apresenta a probabilidade

    de falha ou de sobrevivnciade um material em funo da

    tenso qual esse material submetido

    Indica a variabilidade dos resultados de resistncia mecnica

    para um material, variabilidade essa devido a umadistribuio de tamanhos de trincas a falha devido ao

    elo mais fraco da corrente(maior defeito presente no corpo

    de prova)

    Propriedades mecnicas

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    Propriedades mecnicas Distribuio de Weibull

    Estatstica de Weibull. Probabilidade de falha versusresistncia

    Comportamento tenso-deformao

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    Comportamento tenso deformao Resistncia flexo

    Comportamento deformao de cermicas frgeis avaliado por ensaio

    de flexo e no por ensaio de trao

    Difcil preparar amostras com a geometria exigida para ensaios de trao

    Difcil fixar amostras sem fraturar

    Cermicas falham aps uma deformao de apenas

    aproximadamente 0,1%

    Corpo de prova para ensaio de trao

    Ensaio de trao

    Comportamento

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    Comportamentotenso-deformao

    Resistncia flexo

    Para cermicas, na maioria das vezes utiliza-se um ensaio de flexo

    transversal

    Norma ASTM C1161, StandardTest Method for Flexural Strength of Advanced

    Ceramics at Ambient Temperature.

    Carregamento em 3 pontosCarregamento em 4 pontos

    Configuraes: L = 20 mmL = 40 mmL = 80 mm

    Fonte: ASTM C1161

    Comportamento

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    Comportamentotenso-deformao

    Resistncia flexo

    Onde:M momento fletor mximoc distncia do centro do

    corpo de prova at asfibras mais externas

    I momento de inrcia daseo reta

    F carga aplicada

    Carregamento em 3 pontos

    OBS: A norma ASTM C1161 s apresenta corpo de prova de seo retangular

    Comportamento

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    Comportamentotenso-deformao

    Resistncia flexo (fs,rf)

    A tenso no momento da fratura conhecida por

    Resistncia flexo

    Mdulo de ruptura

    Resistncia fratura

    Resistncia dobra

    Carregamento em 3 pontos

    Ff= carga no momento da fraturaL

    = distncia entre os pontos de suporteR= raio do corpo de prova

    Carregamento em 4 pontos

    =3

    42

    Ff= carga no momento da fraturaL= distncia entre os pontos de suporte

    Comportamento

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    ptenso-deformao

    Comportamento elstico

    Mdulo de elasticidade para cermicos: faixa de 70 a 500 GPa

    Comportamento tpico tenso-deformao de fratura para xido dealumnio e vidro

    Comportamento tenso-deformao

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    p

    Mecanismos de deformao plstica

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    pCermicas Cristalinas

    Movimento de discordncias

    Cermicas inicas

    Poucos sistemas de escorregamento

    Escorregamento restrito devido repulso eletrosttica

    ons de mesma carga so colocados prximos uns aos outros

    Cermicas covalentes

    Ligaes covalentes so fortes

    Poucos sistemas de escorregamento

    Estruturas de discordncias so complexas

    Mecanismos de deformao plstica

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    pCermicas No-cristalinas

    Escoamento viscoso

    Mecanismo de deformao dos lquidos

    Taxa de deformao proporcional tenso aplicada

    ons deslizam uns sobre os outros atravs da quebra e da

    reconstruo de ligaes interatmicas

    Ao contrrio da movimentao de discordncias, escoamento

    viscoso no ocorre em uma direo predeterminada.

    Mecanismos de deformao plstica

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    pCermicas No-cristalinas

    Escoamento viscoso

    Viscosidade

    Medida da resistncia deformao de um material no cristalino

    Para escoamento viscoso de

    um lquido entre placas planas

    paralelas

    Onde:

    viscosidade poise (P); Pa.s

    tenso de cisalhamento aplicada

    d/dy variao da velocidade em funo da

    distncia

    Mecanismos de deformao plstica

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    pCermicas No-cristalinas

    Escoamento viscoso

    Viscosidade da gua na temperatura ambiente: 10-3Pa.s

    Vidros possuem viscosidades elevadas temperatura ambiente

    devido s fortes ligaes interatmicas

    Viscosidade diminui com o aumento de temperatura

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    Porosidade

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    PMT 2100 Introduo Cincia dos Materiais para Engenharia EPUSP - 2009

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    As tcnicas de fabricao sousualmente a partir da matria-prima em p. Aps a compactao econformao ainda existiro porosou espaos vazios entre aspartculas. A porosidaderesidual temum efeito negativo sobre aspropriedades elsticas e deresistncia do material cermico.

    E = mdulo de elasticidade do material poroso

    Eo = mdulo de elasticidade de material semporosidade

    P= frao volumtrica da porosidade

    = resistncia a flexo do material poroso

    n= cte experimental

    o= resistncia a flexo do material semporosidade.

    A porosidade reduz a seo reta efetiva sobre a qual

    aplicada a carga e atua como ponto de concentrao de

    tenso.

    RESUMO

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    RESUMO Ligao interatmica em cermicas inica e/ou covalente.

    Estruturas de cristais cermicos so baseadas em:-- manuteno da neutralidade de carga eltrica-- razes entre os raios dos ctions e dos nions.

    Imperfeies:

    -- Defeitos pontuais: lacunas, intersticiais (ction), Frenkel,Schottky

    -- Impurezas: substitucional, intersticial-- Manuteno da neutralidade de carga

    Comportamento mecnico em temperatura ambienteensaio deflexo-- elstico-linear; medida do mdulo elstico-- fratura frgil; medida do mdulo de ruptura

    Bibli fi d l

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    Core Problems:

    Self-help Problems:

    Bibliografia da aulaReading:

    Callister 5 edio Captulo 13

    Callister 8 edio Captulo 12

    Askeland, D.R. Fulay, P.P; Wright, W.J. The Science

    and Engineering of Materials. 6. ed. Stamford:Cengage Learning, 2006. Item 7.5