Estrutura organizacional empresa

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Introdução à Gestão 1º Ano - 1º Semestre - 2014/2015 TP2 – Grupo 5 Ana Silva – 2014207350 Ana Rita Alcobia – 2014210928 Cátia Antunes - 2014204608

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Trabalho realizado para a cadeira Introdução à Gestão

Transcript of Estrutura organizacional empresa

  • Introduo Gesto 1 Ano - 1 Semestre - 2014/2015

    TP2 Grupo 5

    Ana Silva 2014207350

    Ana Rita Alcobia 2014210928

    Ctia Antunes - 2014204608

  • 2

    ndice

    Introduo .......................................................................................................... 3

    1. Apresentao da Organizao .................................................................... 4

    2. Caracterizao e Evoluo da Atividade ..................................................... 4

    2.1 Evoluo da Atividade ............................................................................... 6

    A. Atividade e Volume de negcios ........................................................... 6

    B. Os Custos ............................................................................................. 6

    C. Ativo e Passivo ...................................................................................... 7

    3. Estrutura da Organizao ............................................................................ 8

    3.1 Formalizao ......................................................................................... 9

    4. Estratgia da Organizao .......................................................................... 9

    4.1 Anlise de SWOT ................................................................................ 10

    4.2 Matriz de SWOT .................................................................................. 11

    Concluso ........................................................................................................ 12

    Bibliografia........................................................................................................ 13

  • 3

    Introduo

    Numa poca de mudana acelerada, marcada pela evoluo contnua das

    organizaes e do meio envolvente, necessria, por parte das empresas, uma

    conscincia de competitividade e dinmica que existem no ambiente interno e

    externo. Assim, importante a definio concreta da estratgia da organizao,

    ainda que esta seja, muitas vezes, formulada de forma emprica.

    A estrutura organizacional est muitas vezes associada estabilidade da

    empresa. , por isso, importante a performance desta, ligada sua flexibilidade

    e sua adaptabilidade, para que a organizao seja capaz de acompanhar o

    ritmo cada vez mais acelerado do contexto empresarial. As organizaes so

    um produto social e s fazem sentido na medida em que as pessoas considerem

    que a sua existncia encerra qualquer utilidade1. Prossupem a existncia de

    recursos humanos, uma varivel central do sucesso organizacional1.

    Assim, no mbito da unidade curricular de Introduo Gesto foi-nos

    proposta a realizao de um trabalho de grupo no qual estudamos uma

    organizao PVS 2 Fast Toolling, SA.

    Para a realizao do trabalho, deslocamo-nos uma vez empresa, onde

    contactamos com Dr. Sousa Silva, e com Dra. Cristina do departamento

    financeiro.

    1 Lisboa, Joo; Coelho, Arnaldo; Coelho, Filipe; Almeida, Filipe; Introduo Gesto das Organizaes; Grupo Editorial Vida Econmica, 2004; pp.127 - 325

  • 4

    1. Apresentao da Organizao

    A organizao pertence a um grupo que est dividido em trs empresas,

    PVS Concept e Enginnering, PVS 2 - Fast Toolling e MRS Plastic Injection.

    A primeira preocupa-se com o conceito e engenharia dos produtos, a segunda,

    aquela que iremos abordar, dedica-se produo e, por fim, a ltima finaliza o

    produto atravs da injeo de plsticos.

    A PVS 2 - Fast Toolling, SA uma sociedade annima constituda a 27

    de Novembro de 1985. O seu objeto social fabricao de moldes para matrias

    plsticas, CAE (Cdigo de Atividade Econmica) principal 25734 R3, atividade

    que se dedica desde a sua constituio at presente data.

    A sua sede atual situa-se na Rua da Barreirinha, 11, no lugar de Pocilges,

    freguesia de Martingana, concelho de Alcobaa. No entanto a atividade

    produtiva exercida na sede da empresa em regime de contrato de

    arrendamento e tambm nas instalaes situadas na Rua de Frana, Lote 28,

    Zona Industrial, Casa da Lebre, freguesia de Marinha Grande, instalaes estas

    em regime de locao financeira.

    Usa uma equipa dedicada e profissional de fabricantes de moldes e

    tecnologia de ponta. E supervisiona, constantemente, a produo de acordo com

    as necessidades do cliente e especificaes, a fim de atender o prazo de entrega

    acordado e garantir a satisfao total do cliente.

    2. Caracterizao e Evoluo da Atividade

    A sociedade PVS 2 Fast Toolling, SA foi constituda em 1985 com a

    denominao social de Somoplex Fabricao de Moldes, Lda. e com um

    capital social inicial de 200.000 euros. Tendo iniciado a sua atividade apenas

    com 3 pessoas.

    Efetuou diversos investimentos2 em ativos fixos tangveis desde o ano de

    2009, no mbito do projeto n4435 QREN SI Inovao, investimentos

    2 Anexo 1 e Anexo 2

  • 5

    necessrios prossecuo de atividade, sujeito a apoios do Estado, e para fazer

    face s exigncias do mercado.

    Fruto dos investimentos realizados, o volume de faturao nos anos de

    2010 e 2011 atinge, aproximadamente, 3,5 milhes de euros.

    A sua atividade exercida exclusivamente para o mercado externo, ou

    seja, 100% de exportao, sendo que os produtos so em mais de 50%

    dedicados ao setor automvel. Os restantes, cerca de 30%, dividem-se pela

    eletrnica e comunicaes, utilidades domsticas, embalagem,

    eletrodomsticos, sade e outros3.

    No ano de 2011, com a crise na Europa e a nvel mundial, a reduo do

    consumo privado e a contrao do mercado do setor automvel veio reduzir as

    margens de comercializao, situao que teve o seu agravamento no ano de

    2012.

    A administrao da sociedade iniciou a procura de novos clientes noutros

    setores de atividade, reduzindo a sua dependncia do mercado automvel, o

    que tem conseguido mas de forma lenta. Esta foi a forma de aumentar as

    margens lquidas que permitam obter maior rentabilidade.

    Devido s dificuldades no ano de 2012, a sociedade apresentou-se ao

    Processo Especial de Revitalizao (PER), conforme dispe o CIRE (Cdigo de

    Insolvncia e Recuperao de Empresas). No referido processo PER, foi

    aprovado o plano de recuperao da empresa pela maioria dos credores.

    Atualmente, a sociedade encontra-se a cumprir o plano de recuperao.

    Os seus principais clientes so os pases da Unio Europeia, Rssia e

    Amrica Latina4.

    Atualmente, empregam cerca de 46 trabalhadores, sendo maioritariamente

    do sexo Masculino5 e a maioria destes tm como habilitaes o terceiro ciclo do

    ensino bsico ou o ensino secundrio6

    3 Anexo 3 4 Anexo 4 5 Anexo 5 6 Anexo 6

  • 6

    2.1 Evoluo da Atividade

    No perodo considerado, de 2009 a 2013, podemos verificar uma grande

    irregularidade no balano da empresa. Este facto deve-se ao PER, iniciado em

    2012.

    A. Atividade e Volume de negcios7

    No exerccio de 2013, o volume de faturao atingiu o montante de

    2.784.306,57 euros, uma reduo face ao ano anterior, que apresentava um

    volume de negcios de 3.153.903,81 euros, consequncia de uma poltica de

    clientes mais restritiva como forma de reduo de risco de incobrabilidade.

    B. Os Custos2

    A rubrica Custos das Mercadorias Vendidas e das Matrias Consumidas

    representa 14,73%8 do volume de negcios, em 2013, uma melhoria face ao ano

    de 2012, no qual o rcio representava 22%7.

    Em relao aos restantes custos, de realar o nvel da rubrica

    Fornecimentos e Servios Externo, que no exerccio de 2013 apresenta um valor

    absoluto de 496.113,69 euros, uma reduo de aproximadamente 141 mil euros

    face ao ano anterior. Este facto, reflete a poltica de custos implementada pela

    administrao da empresa, que em termos relativos corresponde a uma reduo

    de 28% face ao ano anterior.

    Quanto aos gastos com pessoal, que apresenta um saldo de 993.845,46

    euros, no apresentou variaes significativas face ao ano anterior, sendo este

    um setor muito dependente de mo-de-obra qualificada e com salrios acima da

    mdia nacional.

    Durante 2013, o nmero de trabalhadores mdio da sociedade ascendeu

    as 46 pessoas, pelo que o custo anual por pessoa ascende a 21.145,65 euros.

    7 Anexo 2 8 Anexo 7

  • 7

    Importante tambm referir a rbrica de Outros Gastos e perdas que

    apresenta uma saldo devedor de 785.490,78 euros, que resulta dos

    ajustamentos e regularizaes no cumprimento do plano de recuperao

    transitado e julgado no mbito do PER.

    C. Ativo e Passivo9

    O ativo no corrente apresenta um saldo lquido devedor no montante de

    1.479.909,10, sendo que o total do ativo ascende a 2.674.476,24 euros. Dentro

    desta rubrica destaca-se os ativos fixos tangveis. Esta rubrica entre 2009 e 2012

    apresenta uma tendncia de aumento, no entanto de 2012 para 2013, esse facto

    altera-se, por consequncia da diminuio de aquisio de mquinas e pelas

    amortizaes feitas.

    Da estrutura de balano, verifica-se uma variao significativa entre o valor

    do ativo do ano de 2012 e 2013, que advm da rbrica do ativo corrente. A

    variao de 2.403.991,68 euros entre o ano de 2012 e 2013 resulta das

    imparidades de clientes que se apresentaram a Processo Especial de

    Revitalizao, em particular a associada PVS Moldes, SA.

    No que se refere ao passivo, a variao verificada entre o exerccio de 2012

    (4.537.009,65 euros) e o exerccio de 2013 (3.065.251,47 euros), resulta dos

    ajustamentos das medidas implementadas no plano de recuperao, no mbito

    do processo especial de revitalizao. Nesta rubrica destaca-se as dvidas ao

    Estado e Outros Entes Pblicos, que so dvidas, essencialmente, Segurana

    Social, que se encontram em plano prestacional. Tambm os valores relativos

    aos Adiantamentos a Clientes so elevados. Este facto muito comum em

    empresas de moldes, pois a contratualizao tem uma poltica de crdito em que

    30% a 40% resultante de adiantamentos antes da produo do molde.

    9 Anexo 1

  • 8

    3. Estrutura da Organizao

    Na PVS 2 Fast Toolling encontramos uma departamentalizao funcional,

    isto , uma agregao de tarefas de acordo com a funo ou atividade e, que se

    integram.

    Como podemos observar atravs do organograma10, a forma estrutural

    est dividida em dois departamentos mais uma Direo de Produo. Os

    primeiros so o Departamento Administrativo responsvel pela rea financeira e

    o Departamento Comercial responsvel pelo contacto cliente/empresa, onde se

    encontram cinco trabalhadores, em que cada um fala uma lngua (Russo, Ingls,

    Espanhol, Francs e Alemo). A Direo de Produo responsvel pelo

    processo de produo.

    Podemos tambm concluir que existe uma departamentalizao por rea

    geogrfica, a partir da Direo de Produo, ou seja, uma agregao de tarefas

    que permitem concretizar as atividades da organizao em que cada uma das

    zonas de atuao11, onde existem quatro reas: Compras/Acessrios, o

    Responsvel do Serrote, a Ligao PVS Moldes/Planeamento e, por fim, o

    Responsvel pela produo. O Responsvel pela Produo aquele que

    controla todo o processo de produo do molde, desde o acompanhamento da

    programao das mquinas at aos pormenores de aperfeioamento do mesmo.

    Na empresa, a tomada de deciso feita de forma centralizada, uma vez

    que todas as decises passam pela administrao, presidida por Vtor Sousa. A

    Administrao aquela que aprova todos os projetos e contacta com cliente

    aps e durante a realizao do molde. Apenas a trabalhadora Neusa Rosa,

    pertencente rea Compras/Acessrios, tem poder total para a aquisio de

    acessrios necessrios produo. Os departamentos tm algum poder deciso

    de investimentos at quantias de, aproximadamente, 10.000 euros.

    10 Anexo 8

    11 Lisboa, Joo; Coelho, Arnaldo; Coelho, Filipe; Almeida, Filipe; Introduo Gesto das

    Organizaes; Grupo Editorial Vida Econmica, 2004; p.237

  • 9

    3.1 Formalizao

    O nico procedimento formalizado est conectado com o processo de

    iniciao do projeto do produto at finalizao da produo deste.

    Em primeiro lugar, o cliente envia um modelo em 3D12, o departamento de

    desenho efetua um estudo, desenha13 e projeta em 2D14. enviado para o

    cliente, onde este faz os seus comentrios10, que sero tidos em conta pela

    empresa para a melhoria e satisfao do cliente. A partir do momento que o

    cliente d autorizao para o corte de aos, o molde comea a ser produzido15.

    Todas as sextas-feiras o cliente atualizado sobre a produo do molde em ao,

    at sua execuo.

    Uma vez o molde terminado, o cliente convidado a assistir ao primeiro

    teste do molde. O molde prossegue para uma mquina de injees de plsticos.

    No final novamente testado. Ao todo fazem cerca de trs testes, para poderem

    certificarem-se que no tem defeitos. No final, o molde enviado ao cliente. Se

    tudo estiver de acordo com as exigncias do cliente, a empresa produz o nmero

    de peas que o cliente pretende.

    4. Estratgia da Organizao

    A organizao tem como misso promover o desenvolvimento de moldes

    para a injeo de plsticos, disponibilizando a mais avanada tecnologia e

    otimizando a rentabilidade dos clientes.

    Para cumprir esta misso, a PVS aposta numa Poltica da Qualidade com

    trs orientaes estratgicas. A primeira, relativa aos clientes, que visa promover

    o desenvolvimento e fornecimento de produtos de elevada qualidade com vista

    satisfao do mercado em geral, garantindo uma mais-valia econmica

    atividade dos clientes. A segunda, relativa aos colaboradores, visa proporcionar

    as condies de trabalho dignas, seguras e adequadas ao melhor

    12 Anexo 9 13 Anexo 10 14 Anexo 11 15 Anexo 12

  • 10

    desenvolvimento da sua atividade profissional e intelectual e prestar formao e

    apoio nas diversas reas, garantindo assim a qualidade dos produtos. Por fim,

    visa, relativamente aos fornecedores, manter relacionamentos mutuamente

    benficos com os fornecedores, promovendo a aplicao dos princpios da

    empresa.

    4.1 Anlise de SWOT

    Pontos Fortes Pontos Fracos

    Boas Infraestruturas

    Sistema de gesto de

    qualidade

    Inovao dos produtos

    Clientes satisfeitos

    Equipa de produo

    experiente

    Grande aposta na

    exportao

    Excessiva centralizao

    Oportunidades Ameaas

    Melhoria na qualidade dos

    produtos

    Situao econmica atual

    Dimenso dos

    concorrentes

  • 11

    4.2 Matriz de SWOT

    PONTOS FORTES PONTOS FRACOS

    O P O R T U N I D A D E S

    A centralizao pode traduzir-se numa maior especializao e, consequentemente, na melhoria da qualidade dos produtos

    A inovao dos produtos poder levar melhoria da qualidade e maior satisfao dos clientes

    Maior inovao em relao aos concorrentes

    A M E A A S

    Excessiva centralizao conduz a uma processo de tomada de deciso mais demorada, que se pode traduzir numa menor capacidade de resposta ao mercado

    Ultrapassar a situao econmica atual atravs da inovao e da satisfao dos clientes

  • 12

    Concluso

    Atravs da anlise cuidada dos dados obtidos e do contacto com

    colaboradores podemos concluir que PVS 2 Fast Toolling uma empresa que

    aposta na melhoria da qualidade dos produtos e, consequentemente, na

    satisfao total dos seus clientes.

    Com o estudo da estrutura organizacional da evoluo da empresa

    observmos que, apesar dos obstculos que esta enfrenta, como por exemplo a

    crise econmica, esta conseguiu transp-los encontrando-se atualmente, a

    seguir o plano de recuperao com uma perspetiva positiva para o futuro.

    Quando visitmos a empresa apercebemo-nos como todos os

    departamentos esto interligados e a relao que o empresrio tem com todos

    os seus trabalhadores, fruto da centralizao e do envolvimento do dono da

    empresa. Assim, conclumos que tambm um bom ambiente interno importante

    para o desenvolvimento positivo da organizao.

    Foi, por isso, muito interessante para ns, futuros empresrios, o estudo

    prtico desta organizao, j que esta se encontra a seguir um PER, mostrando-

    nos uma perspetiva positiva para o futuro e que os obstculos podem ser

    transpostos apesar de muitas dificuldades.

    Este trabalho no teria sido possvel sem a colaborao de todos os

    trabalhadores da empresa, em especial o Dr. Vtor Sousa e o Dr. Sousa e Silva.

  • 13

    Bibliografia

    http://www.pvsmoldes.eu/fast-tooling

    http://www.pvsmoldes.eu/fast-tooling

    Lisboa, Joo; Coelho, Arnaldo; Coelho, Filipe; Almeida, Filipe; Introduo

    Gesto das Organizaes; Grupo Editorial Vida Econmica, 2004