Estrategística - Maximizando o Sucesso da Logística pela Estratégia
Estratégia pela Mudança
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Consultoria Pesquisa Educação Executiva
Mudança EstratégicaPara ser diferente e não apenas ter diferenciais.
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Apesar de o meu foco ser gestão
de riscos, sempre que falo de estratégia
sinto uma fina sintonia entre os dois
temas. Para que a gestão estratégica
gere valor ao negócio ela deve ser anali-
sada com cuidado, buscando sair do
trivial para focar no que realmente faz a
diferença nos negócios.
Quando iniciamos a implementa-
ção da cultura estratégica em uma orga-
nização, normalmente é difícil que o
gestor entenda que a gestão estratégica
pressupõe mudanças (Palavras de Peter
Druker que servem como um lema para
mim). A discussão sobre cenários
(SWOT) é levada muito a sério, tomando
uma proporção muito maior do que sua
real importância para todo o processo, e
a estratégia que deveria ser o foco acaba
caindo na mesmice; Resultado disso:
Acabamos fazendo as mesmas coisas,
com apenas um colorido a mais, sem
mudanças signicativas e levando a em-
presa aos mesmos resultados.
Para ter sucesso na estratégia
devemos fazer diferente e se você não
está preparado para essas mudanças,
nem comece, ou vai investir recursos
econômicos e humanos de sua empresa
para gerar uma falsa expectativa, que na
verdade é apenas movimento. Muitas
vezes movimento não é nada, apenas
confusão que não gera resultado algum,
e sim uma falsa sensação de evolução.
Gestão Estratégica é mudança, ponto!
“Movimento não significa
evolução ou crescimento”.
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Aqui eu falo da velha história da em-
presa que vivia cheia de clientes e pedidos,
mas em pouco tempo fechou, pois não
gerava resultado nenhum, e o que apar-
entemente era crescimento e evolução era
apenas movimento.
Onde estou querendo chegar? Hoje
planejamento é sinônimo de criar “diferen-
ciais” para a empresa, só pensamos nisso e
essa é a grande moda do momento, só que
isso sozinho não faz diferença alguma. O
que eu quero explicar a todos é o porquê os
planejamentos, em sua maioria, não trazem
os resultados esperados para o negócio e
caem no descrédito.
O Diferencial
O discurso hoje das empresas é que,
se quisermos sobreviver no mercado temos
que ter um ou mais diferenciais. Com isso
eu concordo! Se quisermos apenas sobre-
viver, sim. Agora se você quiser crescer, se
tornar uma referência gerando valor ao
cliente, o diferencial apenas não é sufici-
ente. Vamos começar então falando do
diferencial, estratégia comum a 99% das
empresas que se reúnem para elaborar
seus planejamentos.
Diferencial nos faz focar na concor-
rência: O que meus concorrentes estão
fazendo? Como eu posso ser melhor que
eles? O que eu devo agregar ao meu
produto ou serviço que vai gerar um dife-
rencial no mercado?
Como eu falei anteriormente, a
maioria das estratégias da perspectiva
de mercado no planejamento tem seus
olhos voltados a mudar a entrega, pintar
a embalagem, aparecer no jornal e assim
vai. Quero dizer a vocês que isso é impor-
tante sim, mas nem de longe é isso que
irá reposicionar o seu negócio e torna-lo
único, o foco deveria ser “Tornar a con-
corrência irrelevante”.
Se pararmos para fazer uma
reflexão sobre os atributos do negócio e
dos produtos que são oferecidos a
nossos clientes, eles sempre vão querer
mais, e caso não possamos oferecer con-
stantemente novos diferenciais, parece
que perdemos a competitividade, afinal
meus concorrentes entregam em casa,
lavam o carro, levam o cachorro para
passear e tudo isso como um ”brinde”.
Quando falamos que temos de
reduzir custos na empresa e baixar
preços, o empresário acha impossível de
acontecer isso mantendo todos os dife-
renciais tendo então que escolher, ou
reduzo custos ou perco os diferenciais.
A pergunta que devemos nos fazer
é: O cliente pediu isso tudo? Ele quer isso
mesmo? Grande parte dos atributos
inseridos em nossos produtos como
diferenciais, estão relacionados ao que
algumas pessoas da empresa acreditam
ser importante, e não o que o consumi-
dor acredita que vai usar. Tudo que
fazemos é para o cliente e para o mer-
cado, então tem de ser atrativo a eles,
deixando de lado nossas vaidades e
gostos pessoais.
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Fazer Diferente
Vamos fazer um exercício: Tente
retirar do seu negócio tudo o que é ofer-
ecido além de o que o cliente precisa, ou
seja, tudo aquilo que a gente faz apenas
porque o concorrente faz ou o que a
gente acha importante mas para o
cliente não faz diferença. Retire tudo
sem que isso afete a qualidade básica do
nosso produto ou serviço. Depois pense
em quais atributos podem ser melhora-
dos de forma a atender o mesmo mer-
cado de modo diferente ou até um novo
mercado que talvez não esteja sendo
atendido com o seu produto sem
aumentar o custo.
Se focarmos no que importa ao
cliente, e melhorarmos significativa-
mente estes atributos, você verá uma
grande mudança no negócio e nos resul-
tados. Este tipo de ação não é fácil, e sim
complexa, pois mexe com a cultura, com
os processos e a imagem da empresa. E
principalmente, gera uma sensação de
redução do movimento, contudo, o des-
empenho é melhorado.
O Inimigo do Ótimo
Todo esse novo direcionamento
nos faz mudar a forma de ver o negócio e
inclusive de questionar nossos métodos
atuais. Um fator interessante é que esse
tipo de mudança é mais fácil de ser apli-
cada quando a empresa está com prob-
lemas e principalmente com seu fluxo
financeiro afetado, pois ela tem que
mudar para sobreviver. Nesse ponto o
gestor está disposto a tudo para melho-
rar seu resultado.
Quando a empresa está com um
faturamento “bom” com um fluxo de
caixa “bom” ela não entende que buscar
ser ótima é questão de competitividade
também, e que tem que sair da zona de
tranquilidade, pois o mercado anda e o
que hoje é uma situação confortável,
pode não ser amanhã.
Empresas que não enxergam além
do hoje e que não participam da criação
de novos mercados, na sua maioria, não
estão preparadas para competir.
Ainda neste ponto, outro tópico impor-
tante é a questão da Produtividade X
Criatividade. As empresas, principal-
mente indústrias, focam seus esforços
em serem produtivas. Claro que isso é
importante, mas isso não é diferencial
competitivo, é nossa obrigação, vitórias
como reduzir o desperdício fazem parte
do mínimo.
A maior reclamação das empresas
de hoje que perdem mercado e competi-
tividade são:
Comoditização dos produtos;
Guerra de preços muito forte;
O mercado está ruim;
Muita concorrência;
Ninguém sabe de onde virá a
próxima arrancada de crescimento de
seu negócio, pois ela acontece como que
por mágica.
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Bom, se isso é comum a você, saiba
que a concorrência só irá aumentar, e se
o foco das empresas for produtividade e
seu limite é logo à frente, aprenda que os
mercados não crescem na mesma veloci-
dade que a concorrência.
Empresas com o foco apenas em
produtividade estão sempre preocupa-
das com a concorrência e redução de
preços. Temos que sair desta fronteira e
pensar em criatividade e estratégia, pois
isso é que fará nosso negócio ser dife-
rente, pense em fazer surgir uma nova
indústria focada em fazer diferente e ser
diferente.
No meu Negócio
Para buscar resultados acima do
esperado e que efetivamente possam
gerar mudanças, tenha sempre claro
qual é o seu NEGÓCIO. Temos que
pensar no valor gerado ao cliente com
um novo posicionamento no mercado,
algo que atenda o cliente, gere uma sat-
isfação imensa com custo baixo.
Bom, com esse discurso parece
que eu estou falando de mágica, certo?
Não, o segredo todo está em sermos
diferentes e não apenas ter diferenciais.
Os diferenciais são limitantes e focados a
um produto ou serviço, é um novo posic-
ionamento como gestão.
É claro que isso não é fácil, esse
reposicionamento requer mudança cul-
tural, revisão do negócio e foco em des-
empenho e resultados, olhando para o
cliente e para o mercado, retirando da
ponta mais alta do Balanced Score Card a
perspectiva financeira, e colocando ali a
perspectiva de mercado com toda ener-
gia possível para repensar e enxergar
diferente.
Este é um processo de análise fun-
damentado, pois como citou Arthur Sul-
zberger Hays, “O julgamento de um
homem não pode ser melhor do que as
informações no qual ele está se base-
ando”. Então temos que ter paciência e
entender que um processo como esse
leva tempo, mas é necessário.
$
=)
Informação
Feeling
Opinião
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Mais um ponto importante que deve
ser considerado para que as análises
sejam efetivas e conclusivas é que não
existe formula mágica como eu já
comentei. Então não é recomendado
tomar decisões apenas baseadas no fee-
ling ou na opinião de algumas pessoas,
deve-se ter estudo, e muita pesquisa, por
isso aconselho a segurar a ansiedade do
dia-a-dia para ter resultados mais con-
cretos e reais.
Para realizar uma ação de reposicio-
namento e uma análise de mercado que
nos ajude a enxergar estrategicamente,
devemos focar em pesquisas e experi-
mentação, testar a opinião dos clientes,
ouvir o que ele precisa e quais as novas
utilizações para nossos produtos ou ser-
viços ele pode apontar, para assim gerar
as mudanças.
Para finalizar, o reposicionamento
estratégico para ser diferente requer
mudanças significativas na forma de
enxergar o negócio e o mercado. Mu-
danças internas que iniciam na base
estratégica e cultural se estendendo por
todos os processos até a ponta do negó-
cio, lá na entrega ao cliente, pois assim o
cliente pode sentir o que mudou e se o
impacto é direto. Busque o seu posicio-
namento no mercado, existe um lugar
que pode ser melhor explorado e como
disse Gauss no princípio da exclusão
competitiva: duas espécies não podem
ocupar um mesmo nicho por muito
tempo, uma delas irá sempre prevale-
cer, pois é mais adaptada àquele habi-
tat.
Portanto, lembre-se, estratégia significa
criar o nosso novo habitat!
Cliente
Concorrente