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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
ESTATÍSTICA, UM CAMINHO A PERSEGUIR.
Por: Adilson Nazaré França
Orientador
Professor Pablo Santos
Rio de Janeiro
2012
2
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
ESTATÍSTICA, UM CAMINHO A PERSEGUIR.
Apresentação de monografia a AVM Faculdade
Integrada como requisito parcial para obtenção do
grau de especialista em Docência do Ensino
Superior
Por: Adilson Nazaré França.
AGRADECIMENTOS
3
Aos novos amigos, especialmente que
conheci no curso AVM.
“Ó Deus nosso Pai, eu vos agradeço
pelo exemplo de humildade e caridade
que destes a Santo Expedito...”.
4
DEDICATÓRIA
A minha família e ao meu grande
amigo Egnaldo Pinto que me incentivou
a fazer esta pós.
5
RESUMO
Esta pesquisa vem retratando um pouco da história da Estatística, a
necessidade do seu surgimento no mundo e no Brasil, retratando o elo entre
alguns fatos históricos e alguns dos principais estudiosos e pesquisadores.
Sua utilização na vida do ser humano e principalmente na Educação
Superior. Baseando-se na necessidade do graduado em acompanhar tais
evoluções, onde temos que acreditar, interpretar, identificar, desenvolver,
questionar e analisar focando a confiabilidade dos dados estatísticos e seus
resultados para uma tomada de decisão.
6
METODOLOGIA
Este trabalho foi desenvolvido através da pergunta central, a qual
veio ser respondida pela leitura de algumas pesquisas publicadas e estudos
em vários artigos publicados na Internet, minha vivência e a leitura de alguns
livros. Onde, o primeiro capitulo retrata parte da evolução da história com fatos
interessantes e narrando a interação da teoria com a pesquisa. O segundo
capitulo foi desenvolvido com objetivo de esclarecer a evolução do ensino no
Brasil. O terceiro capitulo demonstra a importância da aplicação e o uso na
graduação sob a orientação de alguns autores. Esclarecendo o motivo os
alunos de graduação não aprendem e aplicam estatísticas no cotidiano
profissional.
7
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I - Parte da Evolução Histórica 10
1.1 – Os Fatos 10
1.2 – As Interações das Teorias 11
1.3 – Composição Técnica e Científica 12
CAPÍTULO II - Parte da Evolução no Brasil 15
2.1 – O Ensino da Estatística No Brasil 16
CAPÍTULO III - O Ensino da Estatística no Brasil 21
3.1 – A Importância 21
3.2 – O Uso na Graduação 27
CONCLUSÃO 35
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 39
ÍNDICE 41
INTRODUÇÃO
8
A Estatística é uma parte da matemática aplicada que fornece métodos
para coleta, organização, descrição, análise e interpretação de dados e para a
utilização dos mesmos na tomada de decisões. A Estatística possui dois
grandes ramos: I – Estatística Descritiva: compreende a coleta, a organização,
a descrição dos dados, o cálculo, de forma a apresentar coeficientes de forma
conveniente e comunicativa. II – Estatística Indutiva ou Inferencial:
compreende procedimentos empregados na análise e na interpretação dos
dados para chegar a grandes conclusões ou inferências sobre populações com
base em dados amostrais, associados a uma margem de incerteza.
Fundamentam ainda as medidas de incerteza que resultam na teoria da
probabilidade, conforme Lopes.
Sendo a Estatística uma ciência multidisciplinar, seu objetivo é a tomada
de decisão em relação à incerteza. Através do “pensamento estatístico” e o
uso das ferramentas que a Estatística proporciona, os graduados podem
alcançar o objetivo de aprender e aplicar no seu cotidiano.
Podemos aplicar os seus conteúdos na vida real, hoje a nossa vida são
“praticamente” números, temos que estar sempre comparando. Desde da
infância fazemos isso, só que sem o “pensamento estatístico” embutido.
Construímos estatísticas em relação ao desempenho escolar, isto é, temos
que somar notas para poder ter uma média, temos que estar na “antenados”,
para estar na moda. Isto tudo é pura estatística descritiva.
A Estatística na educação superior é uma disciplina que deve ser
analisada de forma meticulosa, com muita atenção, pois faz parte da vida do
graduado desde o inicio de seu estudo, digo desde do Fundamental. Portanto,
assim seria despertado o senso crítico com base no seu o universo estatístico,
nas informações e dados que nos acompanham.
Quando o assunto é a confiabilidade do graduado diante de dados estatísticos
na educação nos defrontamos com determinados fatores que acarretam esse
efeito crítico, porque queremos confiar, acreditar e conhecer de onde surgem
os dados apresentados e suas fontes originadas. É da natureza humana
querer saber de onde vem à informação, sua veracidade, sua confiabilidade,
9
sua importância e discutir sobre determinados assuntos que não possuem um
fator visível e consciente a que se refere. Com isso, os inúmeros
questionamentos indagados que a estatística oferece seriam contornados e
acatados.
O senso crítico do graduado seria atuante se trabalhássemos a
aprendizagem da estatística desde do ensino fundamental. Isto é deveríamos
ensinar a compreensão e assimilação de dados estatísticos desde do inicio do
aprendizado, Digo, conceituar a aprendizagem estatística.
Para Gracio e Garrutti ( 2005.p.01 ) mediante esta realidade, o ensino de Estatística deve tratar de questões da realidade dos alunos, de forma a instigá-los na percepção de como as quantificações estão inseridas nos diversos cotidianos. È por meio da visualização da utilidade prática da Estatística, que os alunos perceberão sua importância no mundo real, ambiente do qual fazem parte.
O problema da pesquisa proposto é por qual motivo os alunos de
graduação não aprendem e aplicam estatísticas no cotidiano profissional.
Para elucidação desse problema foram utilizados a pesquisa bibliográfica
baseada em livros, textos, site e artigos disponibilizados na Internet.
CAPÍTULO I
I. A CIÊNCIA E A ESTATÍSTICA.
10
As Ciências têm suas origens na história do homem, conforme Jair
Croce Filho.
A Estatística, que é considerada “uma ciência que se dedica à coleta,
análise e interpretação de dados. Preocupa-se com os métodos de recolha,
organização, resumo, apresentação e interpretação dos dados, assim como
tirar conclusões sobre as características das fontes donde estes foram
retirados, para melhor compreender as situações”, originou-se da necessidade
do Estado, do convívio social, das trocas, da contagem com caráter prático,
utilitário, vantajoso e empírico.
A Estatística, ramo da Matemática Aplicada, teve sua origem a partir de:
1.1– Os Fatos
Abrangência da Idade Antiga, Idade Média e parte da Idade
Contemporânea com o objetivo principal os registros estatísticos.
- O Confúcio Chouking Vedas – sábio Chinês escreve o Livro Sacro,
aproximadamente 2.230 a.C. e o Rei Yao realiza os censos de 2.275 e 2.238
a. C.
- Egito e a China começam a registrar o número de habitantes,
nascimentos e óbitos para realizarem estimativas.
- Os povos registravam contando os números de habitantes, de
nascimentos, de óbitos e faziam estimativas das riquezas individual e social, e
as terras eram distribuídas eqüitativamente ao povo, cobrança de impostos e
realizavam pesquisas e inquéritos qualitativos por processos que hoje
chamamos de “estatísticas”.
- O 6º rei de Roma – Sérvio Túlio realiza “Census Romanus” – 556 a. C.
- César Augusto convoca os Judeus para o recenseamento, segundo a
Bíblia.
11
- Naqueles tempos apareceu um decreto de César Augusto, ordenando
o recenseamento de toda a Terra. Este recenseamento foi feito antes do
governo de Quirino, na Síria. Todos iam alistar-se, cada um na sua cidade,
segundo a Bíblia.
- As informações eram geradas com finalidades tributárias e bélicas.
Controle de terras, contagem de números de pessoas, cidades, fábricas e
alimentos. Análises sistemáticas dos fatos sociais: casamentos, batizados e
óbitos. Apareceram as tabelas com os números relativos.
- O Rei dos Francos, Carlos Magno administra a parte financeira do
Estado – 800 d.C.
- O Conquistador Guilherme da Inglaterra – 1083 d.C. – registrou as
informações sistematicamente com o objetivo de cadastrar o povo para o
Estado com fins bélico e fiscal. Ordenou a divisão de terras de acordo com a
classe social com objetivo de arrecadação de impostos.
1.2- As Interações das Teorias
Século XVI – as informações foram se aperfeiçoando e adquirindo
notação cientifica. Tabelas mais completas. Surgiram as representações
gráficas e os cálculos de probabilidades. O conceito de chegar a conclusões
do todo, a partir das observações de amostras, ou parte desse todo deixou de
ser apenas um estudo.
O alemão Hermann Conring (1600-1681)d.C. distingue estatística e
Estado. O Estado parte do território e a estatística parte da matemática usada
na administração.
O inglês Willian Petty (1623-1662)d.C. começou a fazer suposições com
base nas tabelas e números relativos através das informações estatísticas.
Criou o termo “aritmética política – fixar os fenômenos sociais por meio dos
números e pelas relações numéricas entre os mesmos, dando-lhes
características de precisão matemática com fundamentação teórica”.
O Francês Blaise Pascal (1623-1662)d.C. cria e estuda os primeiros
cálculos de probabilidade.(Chevalier de Mére).
12
O astrônomo e geômetra Edmund Halley (1656-1742)d.C. criou a tábua
de mortalidade, estudou a mortalidade média em cada região.
No século XVII, na Inglaterra a estatística era chamada de “Aritmética do
Estado” - trabalhando basicamente a análise de nascimentos e óbitos, com
isso gerando as primeiras tábuas de mortalidade.
O pastor e aritmético político John Peter Sussmilch (1707-1767)d.C. em
sua obra “A ordem divina nas mutações do gênero humano” -1741, classificou
cientificamente à estatística, demonstrando as relações entre causa e efeito.
Como por exemplo, a ordem divina regular entre nascimentos e óbitos.
O alemão Godofredo Achenwall (1719-1772)d.C. batizou o novo método
e cientifico – Estatística, determinando as suas relações com as ciências e o
seu objetivo. O primeiro a usar a palavra Estatística.
O belga Lamber Adolph Jacques Quetelet (1796-1874)d.C. aproximou a
estatística à matemática aplicada, confirmando a regularidade manifestada
entre os fatos sociais, morais e demográficos. Criou a obra “Físico Social”.
Os matemáticos Fermat e Pascal iniciaram seus estudos de probabilidades.
1.3 - Composição Técnica e Cientifica
Em 1853 realizou-se o “Primeiro Congresso de Estatística” e então a
Estatística começa ser reconhecida como ciência.
Iniciasse a ligação entre os conhecimentos estatísticos com o cálculo de
probabilidade, nascendo a Inferência Estatística. Surgindo a palavra
“estatística” e o desenvolvimento da demografia. A palavra Estatística é
originária do termo latino “status”, que significa estado e do vocábulo latino
“sticas” que significa contagem. Portando podemos afirmar que “estatísticas”
em sua origem conceitual seria contagem do estado. A Estatística é
considerada um segmento da Matemática Aplicada surgida nas questões de
Estado e Governos, isto é, questões com números sempre foi prioridade. O
Estado tinha como prioridade de saber a proporção de números de habitantes,
quantidade de nascimentos e óbitos, quantidades produzidas e quantidade de
riquezas, enfim medir ou estimar a proporção de dados numéricos relativos aos
13
fenômenos naturais e sociais. E com isso verificar a importância das relações
desses fenômenos. Também servia de apoio, pelo aspecto quantitativo, para
uma administração e geração consciente, sem ocultar ou ministrar informações
importantes para o Estado.
Segundo Godofredo Achenwall, inicialmente, no século XVI, pensada pelos ingleses como ciência política, destinava-se a descrever características de um país, tais como população, área, riqueza e recursos naturais. Desde papel histórico, origina-se a sua função de caracterização numérica de uma série de informações populacionais. Com esta abordagem, o termo é utilizado no plural, como as “estatísticas de saúde”, as “estatísticas de mortalidade”, as “estatísticas do registro civil”, entre outras.
A partir do século XVII, começaram a surgir às primeiras análises de
fatos sociais , como nascimentos, batizados, casamentos, funerais por causa
das necessidades dos Estados. E com isso aprimoraram-se as tábuas e
tabelas, números relativos, digo positivos e ou negativos demonstrando o
significado das “estatísticas”.Na metade do século XVII, o Intelectual alemão
Hermann Conring declarou a Estatística como uma disciplina autônoma, com
objetivo de descrever e analisar o desenvolvimento do Estado. Daí então, a
ciência estatística continua sendo aplicada em todos e diversos campos das
outras “ciências” com os mais aperfeiçoados e pesquisados métodos. Hoje
necessitamos de um intercâmbio de informações e idéias e através da
pesquisa, solidificamos a relação causa e efeito ou efeito e causa. Onde, os
métodos estatísticos são usados para obtermos êxito. A estatística faz parte do
cotidiano do ser humano.
Matemáticos como Pascal, Fermat, Jacob Bernouli estruturaram finalmente o
Cálculo das Probabilidades.
No inicio do século XIX, Laplace estruturou o cálculo de probabilidade. E
as disciplinas de Estatística e calculo das probabilidades foram unificadas.
Galton e Pearson desenvolveram suas teorias e deram partida ao alto grau de
investigações. Criando a “teoria de regressão” e a “teoria de correlação” e
desenvolvendo a maior aplicabilidade dentro da inferência estatística.
14
Durante o século XX, Karl Pearson teve muitos seguidores, dentre eles
Ronald A. Fisher que desenvolveu a ‘teoria das pequenas amostras e
estimativas” e também a “teoria da aplicação do índice Fisher”. Onde o estudo
de uma variável explicava as outras através da estimativa correlacionada.
Com isso desenvolveu uma das mais poderosas e precisa técnica usada até
hoje – “ Análise de Variação”“.
Ainda nos meados do século XX, surgia os “números índices” que tem a
facilidade de interpretar a relação entre uma variável ou mais. E Stanley
Jovens empregou e desenvolveu toda análise teórica. Baseando-se o individuo
e suas necessidades.
Hoje os números índices são usados em diversos campos de
conhecimento do ser humano e sua aplicabilidade.
CAPÍTULO II
I. A EVOLUÇÃO NO BRASIL
15
A Coroa Portuguesa (1750-1872) realizava com precariedade a contagem
da população afim de “conhecer a população livre e adulta apta a ser usada na
defesa do território”.
Ao longo da metade do século XIX, os juízes de paz e chefes de policia
dos municípios realizavam os levantamentos de contagem da população com
objetivos eleitorais, através das informações das paróquias.
A diretoria Geral de Estatística criada em 1872 realizou o “primeiro
Recenseamento Geral do Império do Brasil”.
Com chegada da República, os levantamentos estatísticos dispersaram-se
para os âmbitos Federal, Estadual e Municipal e assim os dificultando a
análises dos dados e com isso impossibilitando as conclusões unificadas.
Em 1936, foi criado o Instituto Nacional de Estatística, finalmente em 1938 foi
mudado o nome para Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE e
vinculou-se também as informações e os estudos geográficos.
A história da Estatística no Brasil está associada à história do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística-IBGE.
O IBGE, hoje é chamado de Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística, faz parte da Administração Federal, subordinado diretamente à
Secretaria de Planejamento e Coordenação Geral da Presidência da
República.
Na área acadêmica. Em 1947, no Brasil foi criado o primeiro curso de
Inferência, que é um ramo da Estatística cujo objetivo é fazer afirmações a
partir de um conjunto de valores representativo (amostra) sobre um universo.
Tal tipo de afirmação deve sempre vir acompanhada de uma medida de
precisão sobre sua veracidade. Para realizar este trabalho, o estatístico, coleta
informações de dois tipos, experimentais (as amostras) e aquelas que obtém
na literatura.
O IBGE cria em 1953 duas Escolas de ensino regular a Escola Nacional de
Ciências Estatísticas – ENCE e a Escola de Estatística da Bahia, mantida pela
Fundação Visconde de Cairú.
Em 1970, o Instituto de Matemática Pura e Aplicada–IMPA / RJ, a
Universidade Federal do Rio de Janeiro e a Universidade Estadual de
16
Campinas iniciaram a formação de grupos de pesquisa em probabilidades e
assim gerando a criação de outros cursos de grupos de pesquisa nessa área.
Em 1972, a Universidade de São Paulo criou o Departamento de Estatística e
o Curso de Bacharelado em Estatística, formando-se a primeira turma em
1975. O objetivo de formar o profissional de Bacharel em Estatística era de
atuar junto às empresas públicas, empresas privadas e para prosseguir em
estudos acadêmicos nos curso de pós-graduação da área e afins.
Hoje, no âmbito Nacional segundo o MEC existem 17 Instituições
Federais, 6 Instituições Estaduais e 4 Instituições Particulares de Cursos de
Graduação de Bacharelado em Estatística e também 1 Instituição com Curso
de Licenciatura em Estatística. Algumas dessas instituições oferecem e
desenvolvem cursos de Pós-graduação, cursos de Especialização, Mestrado e
Doutorado, com isso dispondo de grupos de pesquisa de equiparação ao
padrão internacional.
2.1 – O Ensino da Estatística no Brasil.
A Estatística é uma ciência de conteúdo multidisciplinar, seu
desenvolvimento é tendência natural da atualidade, da realidade do mundo
moderno e tecnológico.
Onde temos que incentivar o aluno graduado a desenvolver habilidades
conforme o avanço da humanidade. Hoje sua utilização está cada vez mais
acentuada em qualquer campo de atuação, com o avanço tecnológico a cada
dia que passa somos mais um “número” e o porquê dessa significância. Temos
que usar o “pensamento estatístico” para estimular e capacitar o graduado
para o mundo moderno, desde o Ensino Fundamental, onde poderia
desenvolver maneiras e técnicas até a graduação aonde venha se sentir
estimulado a aprender e analisar a sua vida de modo geral.
O ensino da Estatística está associado ao Cálculo de Probabilidades
para formação de engenheiros militares, conforme a Associação Brasileira de
Estatística - ABE.
17
Na Educação Básica ensinamos as disciplinas associadas à Estatística
na parte da disciplina de Matemática Aplicada. E antes dos Parâmetros
Curriculares Nacionais – PCNs, estas disciplinas eram os últimos tópicos e
quase nunca ensinados. Hoje houve uma mudança. Com base em Cazorla
(2002), os PCNs enfatizam a necessidade dos sujeitos serem capazes de
comunicar-se, solucionar problemas, tomar decisões, fazer inferências, para
agir como consumidores prudentes ou para tomar suas decisões sociais e
pessoais. Devem-se tomar atitudes em relação à Estatística, para que
possamos “compreender a importância da Estatística na atividade humana e
de que ela pode induzir a erros de julgamento, pela manipulação de dados e
pela apresentação incorreta das informações (ausência da freqüência relativa,
gráficos, escalas inadequadas)”.
Os PCNs sugerem que se inicie o trabalho “Bloco de Tratamento da
Informação” desde a Educação Infantil. Isto é, Hoje vivemos no mundo
apresentado por dados estatísticos, é indispensável à interpretação de tais
dados, temos que ensinar os conteúdos conceituais, procedimentais para o
ensino da Matemática, com isso incluindo os tópicos de leitura e interpretação
de dados estatísticos. Desde da coleta de dados até a sua interpretação com
desenvolvimento a capacidade de análise.
Todo este movimento só foi chegar ao Brasil muitos anos depois, em
1997 com o estabelecimento dos novos Parâmetros Curriculares Nacionais
(PCN's). De acordo com os PCN's o ensino da estatística na escola vem ao
encontro de uma sociedade que, muitas vezes, se comunica através de
gráficos, tabelas e estatísticas descritivas, são estatísticas do trânsito,
estatísticas da saúde, estatísticas do jogo de futebol, etc. Para que o cidadão
sobreviva e assimile este "mar de estatísticas" é necessário que alguns
conceitos sejam trabalhados desde a escola. Destacam-se as seguintes
habilidades, relacionadas à Estatística, a serem desenvolvidas nos alunos:
Primeiro Ciclo:
1. Utilizar instrumentos de medida, usuais ou não, estimar resultados e
expressá-los por meio de representações não necessariamente convencionais;
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2. Identificar o uso de tabelas e gráficos para facilitar a leitura e interpretação
de informações e construir formas pessoais de registro para comunicar as
informações coletadas;
3. Elaborar e interpretar listas, tabelas simples, de dupla entrada e gráficos de
barra para comunicar a informação obtida;
4. Produzir textos escritos a partir da interpretação de gráficos e tabelas.
Segundo Ciclo:
1. Recolher dados e informações, elaborar formas para organizá-los e
expressá-los, interpretar dados apresentados sob forma de tabelas e gráficos e
valorizar essa linguagem como forma de comunicação;
2. Utilizar diferentes registros gráficos - desenhos, esquemas, escritas
numéricas - como recurso para expressar idéias, ajudar a descobrir formas de
resolução e comunicar estratégias e resultados;
3. Identificar características de acontecimentos previsíveis ou aleatórios a partir
de situações problemas, utilizando recursos estatísticos e probabilísticos.
Existem pesquisas realizadas com o Ensino Fundamental II onde mostram que
o desenvolvimento desse “Bloco de Tratamento da Informação” ainda é
precário. Os resultados das atividades de interpretação de dados estatísticos
ainda não estão sendo bem explorados e desenvolvidos. Isto é, ainda não
conseguimos ter um censo crítico baseado nas informações estatísticas.
Embora nos PCNs salientam que o ensino da matemática deve visar o desenvolvimento do raciocínio combinatório, estatístico e probabilístico, por meio da exploração de situações de aprendizagem que levem o aluno a: coletar, organizar e analisar informações, construir e interpretar tabelas e gráficos, formular argumentos convincentes, tendo por base a análise de dados organizados em representações matemáticas diversas.(PCN, 1998, p.65).
Esta pesquisa mostra que ainda há bastante resistência, embora os
PCNs solicitem a inclusão de noções estatísticas em alguns períodos do
Ensino Fundamental.
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Já quando aplicada no Ensino Superior, não necessariamente nas Ciências
Exatas, seu uso tem um certo grau de dificuldade. Porém, identificamos a
necessidade do uso das técnicas e ferramentas da disciplina Estatística em
função da inclusão do graduado.
Os cursos de Graduação de Agronomia, Ciências Sociais, Medicina e
outros incorporaram aos poucos as disciplinas de Estatística com o objetivo de
facilitar o uso adequado dos instrumentos estatísticos.
O primeiro curso de Bacharelado em Estatística credenciado pelo MEC foi
criado em 1946 na Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ.
A Estatística para a graduação é de mera importância, pois com ela o
graduado tem a capacidade de um entendimento global. Hoje todos assuntos e
campos de atuação estão voltados para uma análise de conhecimento e senso
crítico.
O mundo está muito rápido e lógico. E se tivermos o “pensamento
estatístico”, ele será mais pródigo e evolutivo.
Neste sentido existe um grande esforço por parte dos educadores e
pesquisadores na área de educação estatística em fornecer suporte teórico e
didático para que os professores de matemática possam trabalhar em suas
aulas conteúdos de estatística. Sabe-se que existe uma grande lacuna na
formação destes professores no que se refere à estatística, sabe-se, ainda,
que a maioria destes professores não se sente preparada nem teoricamente
nem didaticamente para este trabalho, o que faz com que, muitas vezes, a
estatística seja colocada em "segundo plano" nos programas de matemática e
que, até mesmo, seja "esquecida" de ser trabalhada com os alunos.
Com isto, a preocupação principal neste momento e para o futuro é a
preparação de professores das escolas de ensino fundamental e médio para o
ensino de estatística. Temos no Brasil "focos" de pesquisas nesta área que
devem, com certeza, nos próximos anos expandir-se. Torna-se necessário,
neste momento, a criação de um grupo de pesquisadores que sejam capazes
de disseminar a importância da alfabetização estatística de nossos alunos,
promovendo debates, palestras, minicursos com o objetivo de construir uma
forte base metodológica para os professores de matemática, com relação aos
conteúdos de estatística.
20
CAPÍTULO III
I. APLICAÇÃO DA ESTATÍSTICA
A importância da utilização da Estatística, a sua necessidade às
múltiplas aplicações na atividade moderna é cada vez mais acentuada com
21
diferenciados e diversificados ramos de atuação. Tal que, estão cada dia mais
intensos e expostos. Claro com mais ou menos intensidade, de acordo com a
necessidade.
3.1- A Importância
A afirmativa “Estatística é capaz de provar qualquer coisa”. Implica
em dizer que a Estatística não prova coisa alguma. Temos que se posicionar
em dois extremos divergentes e igualmente errôneos quanto à veracidade e
validade das análises estatísticas. É indispensável ter um raciocínio claro para
interpretação de dados estatísticos. Não podemos simplesmente confiar ou
não. Por isso, que temos que ter o censo crítico e receptivo.
Para o estatístico Ronald Snee, o conteúdo da educação estatística “ deve-se afastar da abordagem matemática e probabilística e colocar mais ênfase na coleta de dados, na compreensão e modelação da variação, na apresentação gráfica dos dados e na concepção de experiências, surveys, resolução de problemas e melhoria de processos” (SNEE, 1953, p 151).
Hoje, temos a necessidade de cuidados especiais aos dados
estatísticos. A sua interpretação não é só de quem entende e quem faz, digo o
monopólio das informações não é só dos “estatísticos”. Sendo que a partir do
momento que possuímos um conhecimento das técnicas estatísticas a análise
e a interpretação dos dados ficariam mais claras e entendidas. Sabendo que
os dados estatísticos não falam por si mesmos. Temos que coletá-los, criticá-
los, interpretá-los e analisá-los para serem úteis. Não podemos deixar nos
influenciar pelas más Estatísticas e o seu emprego indevido, e com isso gerar
a “a falsa impressão de que Estatística é, raras vezes ou nunca, digna de
confiança”.
Como já foi colocado, existem muitas idéias errôneas acerca da
natureza da disciplina de Estatística. A informação de um leigo e a de um
profissional da área. Os leigos formam conceitos distorcidos dos dados
estatísticos e com isso não compreende e dificulta a aprendizagem, achando
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que tais dados são manipulados. Há estudantes que entendem, mas acham
que o profissional de estatística com sua potente calculadora manipula e
controla os dados estatísticos, tornando a pesquisa em um foco científico. Isso
tudo cria uma expectativa em torno da disciplina de Estatística. Provoca uma
apreensão quanto à dificuldade de aprendizado, quanto à absorção do
conteúdo e as ferramentas e instrumentos de auxilio a aprendizado da ciência
de estatística e a facilidade de compreensão e análise de outras ciências.
A Estatística é aplicada em diversas áreas, por exemplo: na área
industrial, área da saúde, financeira, geográfica e demográfica e
mercadológica entre outras. Utilizada também em Universidades e Instituições
de Pesquisa.
As Universidades e Instituições de Pesquisas usam a estatística
voltada para a pesquisa e desenvolvimento. Abrangendo e solucionado os
mais variados problemas, isto é usando a teoria cientifica com análise da
estatística para tomadas de decisões.
Existem dois grupos de formação para lecionar estatística: o de Ensino
Superior e de Educação Básica.
Do Ensino Superior se distingui do ensino de Estatística para a
formação do profissional de estatística, digo o Estatístico. Este segundo as
Diretrizes Curriculares para os cursos de Estatística (Brasil, 1999) “deve ser
capaz de abordar com proficiência os problemas usuais de sua aérea de
atuação: coleta, organização e síntese de dados, ajuste de modelos - e ter a
capacidade de buscar informação para a solução de problemas novos e,
encontrando-as, ser capaz de entendê-las e implementá-las”.
Da Educação Básica se distingui dois segmentos, a Educação
Fundamental I e Educação Fundamental II englobando o Ensino Médio.
Na Educação Básica não existem professores de Estatística, pois esta
disciplina não existe para este nível de ensino. Os professores que lecionam
esta disciplina são graduados em Ciências Exatas / Matemática, sendo para as
séries finais do Ensino Fundamental e Ensino Médio e os que formam em
Pedagogia e Magistério Superior, sendo para Educação Infantil e parte do
Ensino Fundamental.
23
Analisando a grade curricular desses cursos observa-se que alguns
oferecem a disciplina de estatística e outros cursos não oferecem. Com base
nestas informações é percebido uma resistência, pelos próprios professores
formados, pois não tem a especificidade de atuar com a estatística e
conseqüentemente não atuaram de forma expressiva.
Para a grade curricular de Matemática a disciplina oferecida é
Estatística e Probabilidade, porém dependo da ênfase que é dada. Mas
também num contexto do ensino superior. Trabalhasse com a Teoria de
Probabilidades ou a Inferência Estatística. Porém também tem um grau de
resistência, pois dali estão saindo formandos em Matemática e não Estatística.
Hoje, com todos os meios de comunicação, jornais, revistas, mídia
cada vez mais atualizado e acelerado os dados estatísticos estão mais
variados e temos que saber decifrá-los, entendendo é claro a sua
contextualização, isto é, temos a necessidade de compreender o que
representam, selecionam, qualificam e por fim analisar, interpretar e
principalmente entender. E ficaria muito mais fácil se o sistema de ensino
brasileiro acatasse realmente o que prevê os Parâmetros Curriculares
Nacionais (PCN), incluir o ensino estatístico e combinatório para o terceiro e
quarto ciclos do Ensino Fundamental. Assim, começaria a despertar o
“pensamento estatístico”, a noção de estatística seria aprendida gradualmente,
levando ao aluno o despertar para o sentido da análise.
Para Ramos (2007), os métodos estatísticos modernos formam uma mistura de ciência, tecnologia lógica pra que os problemas de várias áreas do conhecimento humano sejam investigados e solucionados. Ela é reconhecida como um campo da ciência e é uma tecnologia quantitativa para a ciência experimental e observacional em que se pode avaliar e estudar as incertezas e os efeitos de algum planejamento e observações de fenômenos da natureza e principalmente os da sociedade.
Podemos estudar todas as variáveis do nosso cotidiano e também
todas as variáveis que nos rodeiam, digamos no mundo onde vivemos. Com a
24
certeza de que os métodos estatísticos ligados à ciência e a tecnologia serão
investigados e resolvidos de acordo com a suas necessidades e
confiabilidades.
A aplicação da Estatística como controle de qualidade e diminuição de
custos sempre foram aceitos na sociedade do homem moderno.
Para Romero e Salgado ( 2007 ), os programas de qualidade adotados nas organizações depende em grande parte por modelos estatísticos. A implantação de um programa de qualidade pode eliminar desperdícios, reduzir os índices de defeitos, diminuir as constantes inspeções e aumentar satisfação do consumidor final. As técnicas de controle antigas como a inspeção de qualidade no produto acabado, vão sendo deixadas de lado, e passam a ser substituídas pelo conceito de prevenção, baseada no controle do processo produtivo.
Ainda para Romero e Salgado ( 2007 ), dentro dos setor de balas não dois produtos ou características exatamente iguais entre si porque os processos contêm muitas fontes de variação. As diferentes entre os produtos podem ser enormes ou quase imperceptíveis, mas sempre estarão presentes. As balas fabricadas têm de estar dentro do limite aceitável e não podem estar fora, pois serão descartadas. Todas as origens da causa devem ser analisadas e estudadas e quando for colocado sob o controle estatístico, o processo deverá ser medido para verificar seu potencial sob as especificações.
Na política social a Estatística veio sendo de grande influencia, onde a
sua utilização estava associada ao desenvolvimento de cidades e países. E
com isso o desenvolvimento social e político demonstrava uma visão
socioeconômica da população estudada.
De acordo com Paris21 (2007), a redução da pobreza e o desenvolvimento mundial estão diretamente ligados com a Estatística. Sua utilização está associada desde a elaboração até a implementação de políticas sociais. A Estatística também serve para avaliar o desempenho destas políticas junto à sociedade. Números confiáveis demonstram de forma clara a realidade socioeconômica da população. Onde estão os mais pobres e também mostram porque razão são mais pobres.
25
Ajudando assim o governo a concentrar esforços em determinados lugares. E ainda, de acordo com Paris21 (2007) a Estatística de boa qualidade na prestação de contas junto à população. Números claros e bem definidos ajudam o povo a entender onde os recursos estão sendo aplicados e se essa política está realmente trazendo resultados.
A Estatística é parte integrante de todo o mundo a nossa volta e
frequentemente utilizamos nas nossas falas corriqueiras conceitos estatísticos.
Por exemplo, quando um torcedor do Time A diz que o seu time tem uma
chance 10 a 1 de ganhar do Time B, poderíamos traduzir isto para o Time A
tem uma probabilidade de ganhar de 91% (10/11), ou seja, que em 11 jogos, o
Time A ganharia 10 jogos (claro que a opinião de um de outro torcedor pode
ser diferente).
Exemplo 2: Quando alguém diz que a “vida está cara”, implícita está a
comparação de um conjunto de produtos (com seus preços e quantidades) em
dois momentos do tempo. Isto é, estamos falando de salário, custo de vida,
plano de saúde e etc.
Exemplo 3: Em grandes shows, os organizadores usualmente têm que
fazer uma estimativa do público que estará presente: “qual é a maior galera?
Rock? Funk? Pagode? Samba? E então, uma análise estatística de várias
formas mais comuns dessas estimativas incluem análise de experiências
passadas (outros shows), resposta à mídia (efeito de propaganda)”.
Palavras que divulgam os “pensamentos estatísticos” nas nossas falas
são: provavelmente, possibilidade, chance, freqüente, avaliação, análise,
probabilidade entre outras.
A Estatística não é uma ferramenta matemática que nos informa sobre
o quanto de erro nossas observações apresentam sobre a realidade
pesquisada. A estatística baseia-se na medição do erro que existe entre a
estimativa de quanto uma amostra representa adequadamente a população da
qual foi extraída. Assim, o conhecimento da teoria de conjuntos, análise
combinatória e cálculo são indispensáveis para compreender como o erro se
comporta e a magnitude do mesmo. É o erro que define a qualidade da
observação e do delineamento experimental. A faceta dessa ferramenta
26
mais palpável é a Estatística Descritiva. A descrição dos dados coletados é
comumente apresentada em gráficos ou relatórios e serve tanto a prospecção
de uma ou mais variáveis para posterior aplicação ou não de testes estatísticos
bem como a apresentação de resultados de delineamentos experimentais.
Ela é uma ciência multidisciplinar: um mesmo programa de
computador que permite a análise estatística de dados de um físico poderia
também ser usado por um economista, agrônomo, químico, geólogo,
matemático, biólogo, sociólogo psicólogo e cientista político. Mesmo que as
interpretações dessas análises sejam diferentes por causa das diferenças
entre as áreas do conhecimento, os conceitos empregados, as limitações das
técnicas e as conseqüências dessas interpretações são essencialmente as
mesmas.
A estatística tem basicamente duas finalidades: descrever os
fenômenos e suas características e fazer predições sobre as ocorrências
futuras de certo fenômeno em condições semelhantes àquela sem que ele
ocorreu no passado. A sua aplicação prática, nas mais diversas
áreas comprovam sua importância principalmente nos ramos da medicina e
engenharia e em destaque a chamada Ciência Atuarial, que pesquisa os
fenômenos aleatórios (causais, incertos e esporádicos) e cuida da aplicação de
seus resultados às atividades securitárias em geral, e a Demografia, que
estuda as populações e suas movimentações e/ou composições.
A aplicação da estatística é ampliada aos campos micro e
macroeconômicos, ou seja, tanto as empresas tomando suas decisões, quanto
ao governo utilizando-se de um conjunto de informações mais sof isticado e
menos preciso que a primeira. A variação de um para o outro é a
qualidade, p r e c i s ã o e s o f i s t i c a ç ã o d a i n f o r m a ç ã o
u t i l i z a d a . Outro ponto importante refere-se ao
modelo matemático aplicável ao fenômeno em estudo. Em termos gerais, vale
dizer que o modelo ideal é aquele que considera o maior número possível de
variáveis significativas do fenômeno. A dificuldade é que nem sempre é
operacionalmente viável assim, deve-se priorizar a qualidade e as dificuldades
devem ser enfrentadas com criatividade e utilizando-se o máximo possível dos
recursos disponíveis.
27
3.2 – O Uso na Graduação
Entendemos que os profissionais que lecionam a disciplina de
Estatística e os demais envolvidos deveriam apreender a importância de ter um
pensamento estatístico desde o inicio da escolarização, digo, desde da
Educação Básica, temos que despertar a natureza dos seres humanos que é
investigativa, a habilidade de interpretar os dados e sua confiabilidade. Se isto
fosse feito com clareza na Educação Infantil, os alunos seriam mais
independentes e esclarecidos. E como já foi colocado, o pensamento
estatístico estaria acontecendo naturalmente.
Poderíamos aplicar a estatística desde cedo aos graduados, isto é,
toda faculdade deveria ter como disciplina básica e curricular. Com isso, os
graduados poderiam desenvolver a capacidade de interferir, analisar e decifrar
resultados. Valorizando os métodos, estratégias, controles e resoluções. Visto
que a Estatística está em todos os campos do ser humano. Temos a
necessidade de conhecer as populações por seus efetivos, por sexo, por
idade, por raça, por cor, por classe social e por diferentes variáveis.
A Sociedade Brasileira de Educação em Matemática – SBEM
apresenta seu parecer sobre as universidades que não tem o curso de
graduação em Estatística, os professores que lecionam essa matéria estão
alocados nos departamentos de Ciências Exatas ou Matemática, sendo que a
maioria não é graduado em Estatística e possui mestrado e ou doutorado em
curso onde a estatística é bastante utilizada como economia, engenharia,
agronomia.
E ainda analisando a grade curricular do curso de bacharelado em
Estatística, Mestrado e Doutorado, verifica-se que quase todas as disciplinas
estão voltadas para a formação do estatístico, enquanto o domínio do
conteúdo. São raros os cursos que possuem disciplinas ou programas
orientados para a formação pedagógica desses professores. Dominar o
conteúdo é uma condição necessária para ensinar, mas se o professor não
28
conseguir trabalhar esse conteúdo de forma significativa com os alunos, o seu
ensino será um fracasso.
A SBEM diz que houve uma taxa de evasão muito alarmante dos cursos de graduação em Estatística e para reverter esse quadro foram implementados Laboratórios de Estatística, monitorias, participação de alunos em projetos. O avanço da informática tem ajudado nesse sentido, pois muitos cursos utilizam e desenvolvem softwares, aplicativos, criaram sites na Internet, onde os alunos podem encontrar materiais e suporte para aprendizagem, além da reforma curricular do curso (Brasil, 1999).
Por fim, em relação às universidades e instituições de pesquisas como
também nas escolas, a aplicação da estatística pode estar voltada à pesquisa
e desenvolvimento de novas metodologias de análise estatística para os mais
variados problemas práticos e teóricos assessorando pesquisadores de outras
áreas, dando-lhes suporte cientifico para que se consigam tomar decisões
acertadas dentro da variabilidade de cada problema, auxiliando-os na escolha
da metodologia cientifica a ser adotada, no planejamento da pesquisa, a
escolha qualificada dos dados, na analise das respostas e etc.
Também observa sérios problemas, os cursos mais atingidos são de ciências humanas, sociais e aplicados e os problemas apontados são: a base matemática precária dos alunos, atitudes negativas em relação à Estatística e Matemática, ênfase excessiva nos cálculos, linguagem e aspectos matemáticos dos métodos estatísticos, falta de laboratórios de informática dentre outros (Gracio e Oliveira, 2005).
Atualmente, a Estatística é aplicada em diversas áreas, destacando-se
principalmente nas áreas: da industria, do recurso humanos, na demografia, na
saúde, no marketing e na análise de mercado, bem como na área financeira.
Gracio e Oliveira (2005) apresentam uma experiência de ensino de Estatística para os cursos de Biblioteconomia, Pedagogia e Ciências Sociais, utilizando a metodologia de projetos, que recorrem a práticas da investigação e da pesquisa quantitativa, observando que quando os
29
procedimentos estatísticos estão associados a pratica da pesquisa da área do conhecimento do aluno, o ensino torna-se significativo para o aluno. Mantovani e Viana (2004) mostram uma experiência num curso de administração, utilizando ambientes virtuais com a tecnologia ScreenCam, onde foram desenvolvidos filmes explicativos sobre como aplicar as ferramentas estatísticas, utilizando um software e interpretando os resultados. Os alunos desafiados a resolver problemas da área perceberam a utilidade da Estatística na sua formação. Experiência similar é relatada por Alves, Montebello, Lacerda e Santore (2004).
No ensino de Estatística para graduados é comum observar que a
maioria deles tem uma visão parcial da ferramenta “estatística”. Há uma
restrição a sua aplicação. Entretanto, é uma visão muito restrita em função que
a mesma é aplicada em todas as áreas.
Segundo Pereira(1997), a Estatística pode ser considerada a tecnologia da ciência, auxiliando a pesquisa desde o seu planejamento até a interpretação dos dados. Segundo esse autor, a Estatística, alem de ser uma técnica de coleta e apresentação de dados ( análise exploratória e descrição, gráficos e tabelas ) é também a modelagem ( probabilidade e processos estocásticos), análise indutiva ( inferência: testes e estimação ) e previsão e controle ( verificação ).
Aos graduados a Estatística ensinada tem o enfoque da estatística
descritiva, que é um ramo da estatística que aplica várias técnicas para
descrever e sumariar um conjunto de dados. E alguns graduados conseguem
aprender a estatística inferencial que é o conjunto de técnicas utilizadas para
identificar relações entre variáveis que representem ou não relações de causa
e efeito, porém com muita Teoria de Probabilidade.
Acreditamos que iniciar o ensino com problemas do dia-a-dia pode
facilitar o entendimento dos conceitos, familiarizar o aluno com a situação e
prepará-los então para a introdução dos modelos estatísticos.
Portanto, o graduado já deveria estar motivado para compreender e
aprender a analisar seus dados. E ainda conforme Stuart, desta forma, pode-
se partir de sua realidade e introduzir os conceitos estatísticos necessários
30
para que ele faça uma análise com qualidade. E também, deve-se iniciar este
ensino facilitando a linguagem e priorizando a visualização gráfica, para que o
aluno possa, então, comparar sua intuição, sua habilidade visual e o conceito
estatístico.
Os Parâmetros Curriculares Nacionais para a disciplina Matemática no
Ensino Médio no Brasil sugere os desenvolvimento de atitudes positivas nos
alunos, de forma a proporcionar a curiosidade e o gosto para aprender.
“Essencial é atenção que devemos dar ao desenvolvimento de habilidades e atitudes desses alunos em relação ao conhecimento e às relações entre colegas e professores (...) são habilidades e atitudes que facilitam ou impossibilitam a aprendizagem independentemente dos conteúdos e das metodologias de trabalho”. (Brasil, 1997, p.81).
Com base nessas considerações, verificamos as atitudes dos
graduados em relação à Estatística, despertando o senso crítico com base no
seu o universo estatístico, nas informações e dados que nos acompanham.
Não esquecendo da sua confiabilidade e credibilidade. Isto é, estabelecendo a
relação entre o aspecto afetivo e cognitivo, tendo em vista que alunos
graduados são alunos que estudam e desenvolvem projetos de pesquisa e
naturalmente precisam do conhecimento estatístico.
Ao realizar uma pesquisa estatística o graduado faz um trabalho de
identificação, coleta, critica, tratamento, análise e apresentação de
informações de dados para satisfazer a necessidade de um evento.
Pesquisas estatísticas são realizadas com os mais diversos objetivos e
necessidades.
Para Ramos (2007), a Estatística é uma ciência multidisciplinar que abrange praticamente todas as áreas do conhecimento humano. Podem fazer análises e utilizar resultados estatísticos um economista, um agrônomo, químico, geólogo, matemático, biólogo, sociólogo, psicólogo e cientista político. Neste sentido a estatística tem sido utilizada para a otimização de recursos econômicos, aumento da qualidade e produtividade, na analise de decisões políticas e judiciais e tantas outras.
31
Desmistificar as pesquisas, estimulando a capacidade de leitura e
interpretação dos fatos, é função do trabalho escolar na busca da formação de
um cidadão pleno. Assim, o ensino e o uso dos modelos estatísticos /
matemáticos em sala devem estar em consonância com as necessidades, os
interesses e as experiências de vida dos alunos. As ininteligíveis fórmulas
prontas e os modelos acabados, com poucos atrativos para os educandos,
devem ceder lugar aos modelos construídos a partir de suas vivências, na
busca de soluções dos problemas que fazem parte de suas relações na
sociedade.
Dessa maneira, o ensino de estatística deve ser disseminado em toda
a nossa estrutura escolar, em todos os níveis de ensino, buscando levar aos
jovens uma compreensão mais completa de suas realidades.
As comunicações corporativas e as publicações cientificas e
tecnológicas optam pela significativa objetividade que a utilidade desses
modelos estatísticos e ou matemáticos proporcionam para implementar as
informações, compactando textos e condensando frases. Essa linguagem
exata passa a demandar das pessoas o entendimento e o domínio dos novos
códigos mais refinados, exigindo habilidades e competências quantitativas.
Assim, o mundo do trabalho evolui, em sintonia com as necessidades das
organizações empresariais.
Antigamente, o cidadão completamente alfabetizado precisava apenas
de saber ler e escrever. Hoje, a alfabetização plena passa pela leitura e escrita,
adicionada às noções de informática tecnológica e conhecimentos de
Estatística.
A Estatística, no contexto escolar, como noutros segmentos da
sociedade, também se torna uma ferramenta importante, tanto curricular, com
o conhecimento que o aluno adquire sobre a sua aplicação, como na gestão
escolar, onde a Estatística fornece dados para a tomada de decisões quanto
aos rumos que devem ser seguidos a fim de melhorar o processo escolar
como um todo.
Dentro de sala de aula o Professor trabalha com a Estatística
referenciando; pesquisas, tabelas, índices, gráficos, porcentagens, etc.
32
A Estatística é utilizada na organização das turmas, através de
técnicas estatísticas que o professor utiliza no gerenciamento de suas turmas,
como, por exemplo; cálculo das médias, percentual de freqüência aprovação e
reprovação, etc.
Administrativamente a Estatística é usada na gestão escolar, pelo
diretor, coordenador, assistentes administrativos, através de tópicos
estatísticos como: índices de repetência e evasão, densidade escolar, média
geral das turmas.
Serão apresentados a seguir dois tópicos exemplificando a aplicação
da Estatística no contexto escolar. O primeiro visa demonstrar a sua aplicação
no campo de uma disciplina especifica. O segundo exemplo destaca a
importância do ensino da Estatística na escola.
Os dados estatísticos são importantes fontes de informação da
realidade, o dia a dia é mensurável. Os dados estatísticos, no entanto, são
construções físicas e objetivas, a significação é uma informação.
Neste sentido, a qualidade da informação depende diretamente da
significação dessa informação, que pode ser ao mesmo tempo delicada, frágil
e perigosa.
Sendo assim, saber interpretar estes dados estatísticos é essencial
para o pleno exercício da cidadania.
Ela é uma ciência multidisciplinar: um mesmo programa de
computador que permite a análise estatística de dados de um físico poderia
também ser usado por um economista, agrônomo, químico, geólogo,
matemático, biólogo, sociólogo psicólogo e cientista político. Mesmo que as
interpretações dessas análises sejam diferentes por causa das diferenças
entre as áreas do conhecimento, os conceitos empregados, as limitações das
técnicas e as conseqüências dessas interpretações são essencialmente as
mesmas.
Não basta ao cidadão entender as porcentagens expostas em índices
estatísticos como o crescimento populacional, taxas de inflação, desemprego.
É preciso analisar e relacionar criticamente os dados apresentados,
questionando e ponderando até mesmo sua veracidade. Assim como não é
suficiente ao aluno desenvolver a capacidade de organizar e representar uma
33
coleção de dados, faz-se necessário interpretar e comparar esses dados para
tirar conclusões.
Um graduado crítico. Este tem sido um dos objetivos de toda
instituição escolar. Nesse sentido, temos de refletir e nos posicionar diante de
nossa parcela de contribuição para atingir tal objetivo. Se formos pensar em
termos de conteúdo, sabemos que nem tudo tem uma utilidade prática
imediata no cotidiano das pessoas, ainda mais num contexto multicultural em
que vivemos.
No entanto, acreditamos que o estudo da estatística e da probabilidade
possibilita certas discussões, que, com outros conteúdos, não seria tão
evidente. Mas um trabalho que envolve o estudo da estatística e da
probabilidade exige de nós uma mudança de postura. Não diria uma mudança
radical, mas um abrir os olhos para enxergar e tentar entender o intermediário
que talvez exista entre o certo e errado, ou possibilitar a discussão para
entender cada um desses extremos.
Somos os frutos de um estilo de ensino herdado de movimentos em
que o certo e o errado são pólos que se retraem. Um modelo de ensino
estruturalista como esse não permite ao professor a possibilidade de expandir
para uma discussão dos porquês do certo e do errado fora do contexto escolar.
34
CONCLUSÃO
Atualmente, a Estatística é fundamental na vida do graduado, ela é
praticamente a ciência que estimula a criar o “pensamento estatístico”, pois
vivemos em um mundo altamente informatizado, tecnológico e que evolui
rapidamente.
O graduado desde criança é levado a construir dados estatísticos, seja
na educação e no lazer. Na educação “nota média”, no lazer “os pontos de seu
clube favorito” e assim por diante. Com a graduação surgem as exigências e
concorrências do mundo e do trabalho.
Hoje com o avanço tecnológico, temos que entender o que é
apresentado em uma revista ou jornal, por exemplo: os gráficos representando
textos são muitos comuns, o que torna a leitura mais atrativa e objetiva.
Vivemos com os números, seja orçamento familiar, reajuste salarial,
valores de mercado, venda, compra, consumo, imposto e etc...
A Estatística é utilizada nos mais diversos campos profissionais.
É possível observar que embora as noções estatísticas não são
abordadas como deveriam ser, digo deste no Ensino Fundamental, há alguns
cursos de graduação que abordam, mas existe uma deficiência. E também
uma resistência dos graduados.
A Estatística para o graduado não é apenas relevante, temos que criar
a habilidade de interpretar, identificar, desenvolver, questionar, explorar e
analisar os dados estatísticos. Ela se tornou de grande importância para o
entendimento global. A Estatística estimula o pensamento reflexivo,
35
valorizando a confiabilidade nos resultados e questionamentos da evolução
humana.
Os alunos que estão inseridos em um curso de graduação, já tem uma
predisposição, isto é, já é diferenciado e tem um objetivo maior que é um bom
desempenho acadêmico. Na maioria das vezes estão fazendo o curso
voluntariamente, fazendo o curso de sua escolha ou sua aptidão. Para esses
alunos a Estatística é mais uma ferramenta confiável para explicar fatos que
vem sendo desenvolvidos, questionados, explorados e analisados no seu dia-
a-dia.
Com a Estatística o graduado tem mais uma aliada a confrontar
naturalmente os problemas que se apresentam no cotidiano, temos a
capacidade de entender porquê de uma taxa, o porquê do rebaixamento de um
time, o porquê de uma tendência climática, o porquê da colocação de um
político, o porquê de uma aprovação, o porquê de uma vacina e vários outros
“porquês”. As ciências estão sendo usadas e confrontadas a todo instante. As
tecnologias nos permitem a acompanhar e entender as suas naturezas. Não
basta dizer que “entendo”, temos que saber dar a interpretação a este
“entendo”. Temos que saber resolver os problemas com confiança e
credibilidade nos critérios usados.
Por isso esta pesquisa vem demonstrar a necessidade natural da
disciplina Estatística para os cursos de graduação. Com ela, o graduado pode
e vai desenvolver habilidades especificas e abrangentes. Não só usando a
Estatística como meio matemático, mas sim como meio de interpretação de
dados estatísticos ou não, sua veracidade, sua confiabilidade e análise de
resultados para a grande tomada de decisão.
O mundo evolui assim...com muita rapidez, as antigas calculadoras, as
câmeras fotográficas já estão em aparelhos celulares. Imagine as
informações que temos a cada instante, será que são confiáveis?
Então, podemos observar a grande importância da aplicação da
Estatística como ferramenta de auxilio à tomada rápida e segura de decisão.
Conseqüentemente, a necessidade de compreender “o pensamento
estatístico”. O graduado tem sua formação e desenvoltura para conviver com
36
seus reais fatos estatísticos. Podendo usá-lo de uma forma precisa e concisa
para se adequar as suas necessidades na sociedade em que vivemos.
Com os avanços na tecnologia computacional a Estatística é mais uma
ferramenta operacional. Ela contribuiu e vem contribuindo sem margens de
dúvida, para o desenvolvimento e crescimento do mundo ao longo dos
séculos. Seus campos de atuação estão com maior abrangência. Isto quer
dizer que toda a graduação tem mais um aliado.
O graduado tem que saber avaliar os dados e não ser manipulado por
eles, isto ter o conhecimento da confiabilidade da informação.
Deduzimos que a Estatística veio a consolidar a viabilização dos
saberes produzidos pelos graduados acrescentando mais confiabilidade,
responsabilidade, dedicação e clareza nas suas resoluções.
Podemos concluir que a importância da Estatística vai além dos
números, não é mais um dado. Hoje ao assistir um programa de TV, um
telejornal, ao ler uma revista, ao ler o jornal nos deparamos com percentagens,
projeções, tabelas, gráficos, figuras pictogramas, pesquisas de opinião e
previsões e ainda muito mais. O graduado por ter o “pensamento estatístico”
sabe avaliar a confiabilidade e qualidade das informações. Isto faz com ele
tenha o poder da “tomada de decisão” e garantir os seus interesses.
A Estatística no cotidiano do graduado é uma ferramenta indispensável
para traçar de forma objetiva os rumos que serão tomados.
As informações estatísticas são concisas, especificas e eficazes,
fornecendo assim subsídios imprescindíveis para as tomadas racionais de
decisão. Neste sentido, a Estatística fornece ferramentas importantes para que
o graduado possa definir melhor sua meta, avaliar sua performance, identificar
seus pontos fracos e atuar na melhoria contínua de seus processos, assim
sendo os investimentos terão o menor risco possível.
Grande parte das informações divulgadas pelos meios de comunicação
atuais provém de pesquisas e estudos estatísticos. Os índices da inflação, de
emprego e desemprego, divulgados e analisados pela mídia, são um exemplo
da aplicação da Estatística no nosso dia a dia.
Como já foi dito, o graduado pode usar a Estatística como uma
ferramenta multidisciplinar, pois os conceitos estatísticos têm exercido
37
profunda influência na maioria dos campos do conhecimento humano.
Métodos estatísticos vêm sendo utilizados no aprimoramento de produtos
agrícolas, no desenvolvimento de equipamentos espaciais, no controle do
tráfego, na previsão de surtos epidêmicos bem como no aprimoramento de
processos de gerenciamento, tanto na área governamental como na iniciativa
privada.
Na prática, a Estatística pode ser empregada como ferramenta
fundamental em várias outras ciências. Na área médica, por exemplo, a
Estatística fornece metodologia adequada que possibilita decidir sobre a
eficiência de um novo tratamento no combate à determinada doença.
Na área tecnológica, o advento da era espacial suscitou diversos problemas
relacionados ao cálculo de posição de uma astronave, cuja solução depende
fundamentalmente de conceitos e teorias estatísticas mais elaboradas.
O crescente uso da Estatística vem ao encontro da necessidade de
realizar análises e avaliações objetivas, fundamentadas em conhecimentos
científicos. As organizações modernas estão se tornando cada vez mais
dependentes de dados estatísticos para obter informações essenciais sobre
seus processos de trabalho e principalmente sobre a conjuntura econômica e
social.
A Estatística está presente na vida do homem desde a antiguidade, no
entanto tem se mostrada cada vez mais próxima nos últimos tempos. Os
conteúdos de estatística a cada dia estão mais presentes nas necessidades de
conhecimento de cada indivíduo.
Nós educadores devemos estar preparados para dar apoio no sentido
de que a escola possa suprir as necessidades impostas aos seus educandos.
Por esta razão devemos discutir e refletir como melhor trazer estes conteúdos
para dentro do currículo escolar, procurando mostrar a sua importância e
abordar os conteúdos de estatística com o suporte metodológico mais
adequado possível.
A Estatística e a Educação Estatística devem estar na pauta das
discussões e fazer parte dos debates referentes à educação matemática para
que esta área cresça, propiciando a construção de uma metodologia própria e
38
conseqüentemente de uma didática que sirva de alicerce para os professores
na área.
39
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
BIBLIA, Português. (1999). Bíblia Sagrada. Tradução Editora Vozes. 26 ed
São Paulo.
CARZOLA, I.M. e Santana, E.R. dos S. (2006). TRATAMENTO DA
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Matemática, estatística e Científica. Itabuna-BA: Via Litterarum
GRACIO, M.C.C. e Oliveira, E.F.T. (2005). O ensino de Estatística na
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GRACIOSO, L. S. (2004). Artigo. Produção de disseminação da informação
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LOPES, P. A. (2007). Entendendo a importancia da Estatística sem ser
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MANTOVANI, D.M.N. e Viana, A. B. N. (2004). Ensino de Estatística para
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Trabalho Apresentado no VII Seminário de Administração FEA-USP.
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PEREIRA, B.B. (1997). Estatística: A tecnologia da Ciência. Boletim da
Associação Brasileira de Estatística, ano XIII, no. 37, 2º Quadrimestre.
RAMOS (2007). Estatística: Poderosa ciência ao alcance de todos.
40
ROMERO e SALGADO ( 2007). Utilização de ferramentas estatísticas da
qualidade em uma fabrica de balas e confeitos.
STUART, M. (1995). . The Statistician, Changing the teaching of Statistics
44 (1), 45-54.
41
WEBGRAFIA
www. webartigos.com
www.thefreelibrary.com
www.ufpa.br
SBEM (2005): www.sbem.com.br
www.simpep.feb.unesp.br
42
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 2
AGRADECIMENTO 3
DEDICATÓRIA 4
RESUMO 5
METODOLOGIA 6
SUMÁRIO 7
INTRODUÇÃO 8
CAPÍTULO I
PARTE DA EVOLUÇÃO HISTÓRICA 10
1.1 – Os Fatos 10
1.2 – As Interações das Teorias 11
1.3 – Composição Técnica e Científica 12
CAPÍTULO II
PARTE DA EVOLUÇÃO NO BRASIL 15
CAPÍTULO III
O ENSINO DA ESTATÍSTICA NO BRASIL 21
1.1- A Importância 21
1.2 – O Uso na Graduação 27
CONCLUSÃO 35
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 39
WEBGRAFIA 41
ÍNDICE 42
FOLHA DE AVALIAÇÃO 43