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Estágio de docência Mestrado em Educação Disciplina Obrigatória Francielle de Camargo Ghellere E-mail: [email protected]

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Estágio de docência

Mestrado em Educação

Disciplina Obrigatória

Francielle de Camargo Ghellere

E-mail: [email protected]

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GANDIN, Danilo. A Posição do planejamento participativo entre as ferramentas de intervenção na realidade. Currículo sem Fronteiras, v.1, n.1, p.81-95, jan/jun 2001. Disponível em: <www.curriculosemfronteiras.org/vol1iss1articles/gandin.pdf>. Acesso em: 11 set. 2006.

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Prof. Ms. Danilo Gandin  Graduado em Filosofia, pela Universidade Federal do Rio Grande

do Sul e em Português e Literaturas de Língua Portuguesa, pela mesma Universidade, especialista em Planejamento da Educação pela SUDESUL-UFRGS e em Planejamento no Campo Social, Equipe Latino-Americana de Planejamento e mestre em Educação (Concentração: Planejamento), pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Atualmente atua como conferencista, escritor, coordenador de cursos de Planejamento para instituições sem fim lucrativo, órgãos governamentais e movimentos sociais, coordenador de cursos com temas ligados à educação, assessor de processos de planejamento de instituições, grupos e movimentos, especialmente escolas nos vários níveis de ensino, secretarias municipais de educação, províncias religiosas, paróquias, universidades e professor convidado para cursos de planejamento da educação em universidades e institutos isolados de ensino superior

Sobre o autor

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PLANEJAMENTO PLANEJAMENTO PARTICIPATIVOPARTICIPATIVO

““A POSIÇÃO DO PLANEJAMENTO A POSIÇÃO DO PLANEJAMENTO PARTICIPATIVO ENTRE AS PARTICIPATIVO ENTRE AS

FERRAMENTAS DE INTERVENÇÃO FERRAMENTAS DE INTERVENÇÃO NA REALIDADE”NA REALIDADE”

Danilo Gandin

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Planejamento ParticipativoPlanejamento Participativo como uma escola diferenciada dentro das possíveis alternativas na área do planejamento

situações onde o planejamento mostra-se necessário

Analisar diferentes perspectivas do campo, tais como; *Gestão da Qualidade Total *Planejamento Estratégico

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GESTÃO DEMOCRÁTICAGESTÃO DEMOCRÁTICA

Estudo das categorias: descentralização, participação e autonomia;

Definição do papel do Estado: manutenção das escolas públicas.

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Conceito de Gestão Conceito de Gestão DemocráticaDemocrática

Quando pensamos em gestão democrática, consideramo-la, enquanto um elemento da organicidade de um sistema descentralizado, no qual, a instituição tenha autonomia de decisão financeira, pedagógica e administrativa e conte com a participação de seus membros para tomar decisões coletivas.

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Gestão Compartilhada Gestão Compartilhada

(SEED)(SEED) Gestão Compartilhada, que tem como objetivos centrais: a

divisão da responsabilidade de gerir a escola com a comunidade, a conquista da excelência na educação através da modernização das estratégias de organização e a adequação às reformas que vêm sendo feitas no papel do Estado.

A análise desta concepção de gestão escolar permite-nos perceber a ênfase na democratização e autonomia das unidades escolares a partir de uma administração que se assemelha a utilizada em empresas supostamente modernas, eficientes e prósperas de nossa sociedade capitalista.

Esta concepção de gestão estaria pautada numa moderna concepção de administração, cujo fim principal seria "desburocratizar" o espaço escolar, assumindo um gerenciamento mais flexível, capaz de reduzir custos e alcançar resultados mais imediatos que estivessem respondendo de modo satisfatório às exigências de uma "sociedade globalizada."

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A ambigüidade destes termos tem contribuído para criar um consenso em torno de uma "gestão democrática" reduzida à "gestão compartilhada" que possibilite a privatização do Ensino, pois em nome da descentralização, da participação e da autonomia, o Estado vem se desobrigando de seu papel de mantenedor das escolas públicas.

O Estado se transformou em um dos eixos principais de debate na área educacional, tendo em vista que justifica os males educacionais traduzidos no fracasso escolar com argumentos como estrutura "morosa", "gigantesca", "ineficiente" e "ineficaz". Decorre daí, a onda que prevalece em nível nacional e que torna necessário a redefinição do seu papel; e é aqui que reside o perigo da privatização

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A cultura descentralizante Constituição da República Federativa do

Brasil de 1988

VI - gestão democrática do ensino público, na forma da lei;

CAPÍTULO IIIDA EDUCAÇÃO, DA CULTURA E DO

DESPORTOSeção I

DA EDUCAÇÃO

Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:

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A cultura descentralizante A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional

(BRASIL, 1996).

TÍTULO IIDos Princípios e Fins da Educação Nacional

Art. 2º A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo

para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.

VIII - gestão democrática do ensino público, na forma desta Lei e da

legislação dos sistemas de ensino;

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A cultura descentralizante Plano Nacional de educação

Estabelece como pilar da gestão democrática a autonomia escolar, mediante a descentralização do financiamento da educação.

Recomendação de rende mínima para a melhoria da qualidade do ensino.

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Plano Nacional de educação

2. OBJETIVOS E PRIORIDADES

“Considerando que os recursos financeiros são limitados e que a capacidade para responder ao desafio de oferecer uma educação compatível(...)” (BRASIL, 2001).

“Desenvolvimento de sistemas de informação e de avaliação em todos os níveis e modalidades de ensino (..).

Projeto Político Pedagógico da escola (Inciso I, Art. 3).

Promover a participação da comunidade na gestão das escolas, universalizando, em dois anos,

a instituição de conselhos escolares ou órgãos equivalentes (BRASIL, 2001, p. 20).

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PARTICIPAÇÃOPARTICIPAÇÃO Distribuição do Poder e a possibilidade de decidir

na construção não apenas do “como” ou do “com quê” fazer, mas também “o quêo quê” e do “para quêpara quê” fazer;

Busca interferir na realidade social, para transformá-la e para construí-la numa direção estabelecida em conjunto por todos os que participam da instituição, grupo ou movimento.

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PLANEJAMENTO PLANEJAMENTO PARTICIPATIVOPARTICIPATIVO

Participação das pessoas; Ferramentas para intervir na realidade; Tem uma filosofia própria, conceitos,

modelos, técnicas e instrumentos específicos.

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Características Distintivas do Características Distintivas do Planejamento ParticipativoPlanejamento Participativo

Foi desenvolvido para instituições, grupos e Foi desenvolvido para instituições, grupos e movimentos cuja missão primeira movimentos cuja missão primeira NÃONÃO é o lucro, é o lucro, a competitividade e a sobrevivência a competitividade e a sobrevivência Visa a Visa a construção da Realidade Social;construção da Realidade Social;

Parte da Verificação de que não existe Parte da Verificação de que não existe Participação Real em nossa sociedade; as Participação Real em nossa sociedade; as pessoas não dispõem dos recursos mínimos pessoas não dispõem dos recursos mínimos necessários aos seus bem-estares necessários aos seus bem-estares que tais que tais aspectos carenciais e alienadores são aspectos carenciais e alienadores são conseqüência da organização estrutural injusta conseqüência da organização estrutural injusta destas mesmas sociedades;destas mesmas sociedades;

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Características Distintivas do Características Distintivas do Planejamento Participativo:Planejamento Participativo:

Apresenta-se como ferramenta para as Apresenta-se como ferramenta para as instituições, grupos e movimentos para a instituições, grupos e movimentos para a ocorrência de uma ação e direcionamento com ocorrência de uma ação e direcionamento com vistas à construção externa da realidade;vistas à construção externa da realidade;

Constrói conceitos, modelos, técnicas e Constrói conceitos, modelos, técnicas e instrumentos com processos científicos e instrumentos com processos científicos e ideológicos para organizar a participação e ideológicos para organizar a participação e intervir na realidade, em uma direção intervir na realidade, em uma direção conjuntamente estabelecida.conjuntamente estabelecida.

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Situações de Situações de PlanejamentoPlanejamento

Há várias teorias e enfoques sobre o planejamento segundo Há várias teorias e enfoques sobre o planejamento segundo a natureza dos problemas e casos;a natureza dos problemas e casos;

Há níveis nas correntes que constroem paradigmas Há níveis nas correntes que constroem paradigmas Cautela com determinadas ferramentas e suas limitações / Cautela com determinadas ferramentas e suas limitações / abrangências / delimitações.abrangências / delimitações.

As pessoas possuem uma estrutura básica que a leva a As pessoas possuem uma estrutura básica que a leva a divisar o futuro, a analisar a realidade e a propor ações e divisar o futuro, a analisar a realidade e a propor ações e atitudes para transformá-la: atitudes para transformá-la:

5 Exemplos a seguir:5 Exemplos a seguir:

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I - Consertar Máquinas: I - Consertar Máquinas: (3 (3 passos)passos)

A) Compreensão do padrão de funcionamento da A) Compreensão do padrão de funcionamento da máquina;máquina;

B) Diagnóstico B) Diagnóstico Diferença entre o Padrão e o Diferença entre o Padrão e o real funcionamento real funcionamento Problemas Problemas Avaliação de Avaliação de recursos e possibilidades; erecursos e possibilidades; e

C) Decisão do que se vai fazer C) Decisão do que se vai fazer ações diretas de ações diretas de solução do problema e/ou orientações (propostas solução do problema e/ou orientações (propostas como estratégias) do uso da máquina.como estratégias) do uso da máquina.

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II - Administrar Serviços II - Administrar Serviços PúblicosPúblicos

Surge além dos padrões esperados, idéias de segurança, bem-Surge além dos padrões esperados, idéias de segurança, bem-estar, bom atendimento, rapidez, etc. estar, bom atendimento, rapidez, etc. Geram critérios Geram critérios (indicadores) para o serviço:(indicadores) para o serviço:

1- Compreensão do padrão + complementação no sentido de 1- Compreensão do padrão + complementação no sentido de buscar mais satisfação dos usuários;buscar mais satisfação dos usuários;

2- Diagnóstico 2- Diagnóstico identificar problemas + existência e extensão identificar problemas + existência e extensão dos mesmos (graus de satisfação);dos mesmos (graus de satisfação);

3- Decisão mais abrangente em função dos acréscimos 3- Decisão mais abrangente em função dos acréscimos estratégias focadas no comportamento e na qualidade dos estratégias focadas no comportamento e na qualidade dos serviços.serviços.

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III – Posições III – Posições EstratégicasEstratégicas

Aumento da análise da realidade social;

“Alargamento” da missão;

Inclui noção de bem-estar de pessoas e grupos;

Requer a construção de estratégias mais claras.

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IV- Órgãos IV- Órgãos Governamentais:Governamentais: Precisam estabelecer seus horizontes;Precisam estabelecer seus horizontes;

Precisam ser inteiramente públicos;Precisam ser inteiramente públicos;

Adoção de técnicas e instrumentos de participação que Adoção de técnicas e instrumentos de participação que permitam a construção conjunta de rumos e caminhos;permitam a construção conjunta de rumos e caminhos;

Precisam definir o tipo de sociedade que querem como Precisam definir o tipo de sociedade que querem como horizonte de suas práticas;horizonte de suas práticas;

Deve ser feito pelos Administradores Públicos e pelo povo Deve ser feito pelos Administradores Públicos e pelo povo todo representado;todo representado;

Compete ao Administrador abrir esta possibilidade e Compete ao Administrador abrir esta possibilidade e coordenar sua prática.coordenar sua prática.

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V – O sonho e a prática da escola, V – O sonho e a prática da escola, do partido político, do sindicato, do partido político, do sindicato, etc.etc. Muitos escritos sobre o Planejamento Governamental Muitos escritos sobre o Planejamento Governamental

assemelhando-o ao Gerenciamento Empresarial;assemelhando-o ao Gerenciamento Empresarial;

Poucos escritos sobre Planejamento de instituições cuja finalidade Poucos escritos sobre Planejamento de instituições cuja finalidade é a geração de riqueza não-material (capital social);é a geração de riqueza não-material (capital social);

Pensa-se que planejar é administrar Pensa-se que planejar é administrar uso de ferramentas uso de ferramentas empresariais em instituições cuja finalidade deveria ser contribuir empresariais em instituições cuja finalidade deveria ser contribuir para a construção do ser humano;para a construção do ser humano;

Muitos escritos sobre a participação das pessoas no planejamento, Muitos escritos sobre a participação das pessoas no planejamento, mas SEM a operacionalidade necessária à prática;mas SEM a operacionalidade necessária à prática;

O modelo de planejamento é o mesmo, o que há de novo é a O modelo de planejamento é o mesmo, o que há de novo é a Abrangência SocialAbrangência Social Planejamento Participativo oferece a Planejamento Participativo oferece a ferramenta para a prática.ferramenta para a prática.

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Os Caminhos do Os Caminhos do PlanejamentoPlanejamento

O Planejamento Participativo pretende ser mais que uma O Planejamento Participativo pretende ser mais que uma ferramenta para a Administração;ferramenta para a Administração;

Busca através da organização, definir que resultados Busca através da organização, definir que resultados alcançar;alcançar;

NÃO busca transformar tudo em gerência;NÃO busca transformar tudo em gerência;

Deseja ser o Planejamento de decidir quais as coisas certas Deseja ser o Planejamento de decidir quais as coisas certas a fazer e quais os motivos que nos levam a fazê-las;a fazer e quais os motivos que nos levam a fazê-las;

Não renuncia aos instrumentos e às técnicas que permitam Não renuncia aos instrumentos e às técnicas que permitam “fazê-las bem”.“fazê-las bem”.

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Visão do Planejamento Visão do Planejamento ParticipativoParticipativo O Planejamento Participativo nasce a partir da

Análise Situacional que vê uma sociedade organizada de forma Injusta;

Injustiça que se caracteriza pela falta de participação;

Participação enquanto possibilidade de todos usufruírem dos bens (naturais e produzidos).

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Visão do Planejamento Visão do Planejamento ParticipativoParticipativo O Gerenciamento da Qualidade Total (GQT) e o Planejamento O Gerenciamento da Qualidade Total (GQT) e o Planejamento

Estratégico (PE) não podem ter a mesma proposta para a questão Estratégico (PE) não podem ter a mesma proposta para a questão da Participação;da Participação;

Ambas tendências servem às empresas Ambas tendências servem às empresas concepção capitalista concepção capitalista elemento de poder = Dinheiro nas mãos de alguns elemento de poder = Dinheiro nas mãos de alguns dificulta a dificulta a participação;participação;

Estratégias Neoliberais buscam criar a aceitação pacífica, via Estratégias Neoliberais buscam criar a aceitação pacífica, via senso comum, da atual distribuição de recursos e poder.senso comum, da atual distribuição de recursos e poder.

Necessidade de mudanças na cosmovisão pronta e determinada Necessidade de mudanças na cosmovisão pronta e determinada necessidade de construir a cada momento uma visão de necessidade de construir a cada momento uma visão de mundo;mundo;

Todos temos esta sabedoria para descobrir caminhos e esse Todos temos esta sabedoria para descobrir caminhos e esse direito não pode ser subtraído das pessoas.direito não pode ser subtraído das pessoas.

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3 Desastres graves na 3 Desastres graves na participação nos dias de hoje:participação nos dias de hoje:

1) Manipulação das Pessoas pelas “autoridades”, 1) Manipulação das Pessoas pelas “autoridades”, via simulacro de Participação;via simulacro de Participação;

2) Uso de Metodologias inadequadas 2) Uso de Metodologias inadequadas Desgaste Desgaste da Idéia; eda Idéia; e

3) Falta de Compreensão abrangente da idéia de 3) Falta de Compreensão abrangente da idéia de participação.participação.

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Níveis de participação que Níveis de participação que podem ser exercidos: (3 podem ser exercidos: (3 níveis)níveis)

1º.) COLABORAÇÃO1º.) COLABORAÇÃO: é a mais freqüente, nível em que a : é a mais freqüente, nível em que a “autoridade” chama as pessoas a a trazerem suas “autoridade” chama as pessoas a a trazerem suas contribuições para o alcance do que esta mesma contribuições para o alcance do que esta mesma “autoridade” decidiu como proposta, sem que haja “autoridade” decidiu como proposta, sem que haja alteração no “alteração no “status quostatus quo”;”;

Pensamento SenhorPensamento SenhorSúdito, ReiSúdito, ReiPovo.Povo.

Pode ser entendido muitas vezes como sendo o único modo Pode ser entendido muitas vezes como sendo o único modo de se fazer participação.de se fazer participação.

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Níveis de participação que Níveis de participação que podem ser exercidos: (3 podem ser exercidos: (3 níveis)níveis)

2º. NÍVEL DE DECISÃO2º. NÍVEL DE DECISÃO: Vai além da colaboração, : Vai além da colaboração, o “chefe” decide que todos vão “decidir”;o “chefe” decide que todos vão “decidir”;

Em geral, são tratados aspectos menores, Em geral, são tratados aspectos menores, desconectados de uma proposta mais ampla;desconectados de uma proposta mais ampla;

Satisfazer-se com este nível de participação Satisfazer-se com este nível de participação diminui a força transformadora e adia a diminui a força transformadora e adia a verdadeira participação.verdadeira participação.

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Níveis de participação que Níveis de participação que podem ser exercidos: (3 podem ser exercidos: (3 níveis)níveis)

3º. CONSTRUÇÃO EM CONJUNTO3º. CONSTRUÇÃO EM CONJUNTO: Muito pouco freqüente em : Muito pouco freqüente em função de que todo o sistema social está construído sobre função de que todo o sistema social está construído sobre outras premissas;outras premissas;

O próprio pensamento das pessoas não está orientado para O próprio pensamento das pessoas não está orientado para esse modo de convivência;esse modo de convivência;

As pessoas, em geral, não acreditam na igualdade As pessoas, em geral, não acreditam na igualdade fundamental que têm entre si;fundamental que têm entre si;

Crêem no mais sábio, no mais rico, no mais poderoso;Crêem no mais sábio, no mais rico, no mais poderoso;

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A construção em A construção em conjuntoconjunto

Acontece quando o poder está com as pessoas, independente de diferenças;

Neste momento, pode-se construir um processo de planejamento em que todos com seu saber próprio, com sua consciência, com sua adesão específica, organizam seus problemas, suas idéias, seus ideais, seu conhecimento da realidade, suas propostas e suas ações;

Todos crescem juntos, transformam a realidade, criam o novo, em proveito de todos e com um trabalho coordenado;

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A construção em A construção em conjuntoconjunto

DIFICULDADES:DIFICULDADES:

Resistência daqueles que perderão Resistência daqueles que perderão privilégios;privilégios;

Falta de metodologias adequadas;Falta de metodologias adequadas; Falta de compreensão e desejo de realizar; Falta de compreensão e desejo de realizar;

e constrangimento exercido pelas e constrangimento exercido pelas estruturas atuais.estruturas atuais.

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Visão estratégica e Visão estratégica e situacionalsituacional

O Planejamento Participativo incorpora a visão O Planejamento Participativo incorpora a visão Estratégica Situacional Estratégica Situacional entende a idéia de entende a idéia de MissãoMissão de forma mais abrangente e situada no de forma mais abrangente e situada no contexto da Globalidade Social;contexto da Globalidade Social;

Oferece às instituições, grupos, movimentos e Oferece às instituições, grupos, movimentos e organismos governamentais, uma ferramenta organismos governamentais, uma ferramenta que incorpora as conquistas do planejamento na que incorpora as conquistas do planejamento na perspectiva Situacional e Estratégicaperspectiva Situacional e Estratégica

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Visão estratégica e Visão estratégica e situacional - situacional - Observações:Observações:

Dois surtos de planejamento:

1º. Pós II guerra mundial URSS; 2º. Década de 80 concebendo e na de 90

realizando crise econômica necessidade de sobrevivência;

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Visão estratégica e Visão estratégica e situacional - situacional - observações:observações:

Questões que ficam:Questões que ficam: É possível planejamento com democracia ?É possível planejamento com democracia ? O planejamento pode organizar a prática O planejamento pode organizar a prática

de modo a interferir na realidade e mudar de modo a interferir na realidade e mudar as idéias nela contidas ?as idéias nela contidas ?

Há possibilidade de que a participação vá Há possibilidade de que a participação vá além do instrumental, alcançando as além do instrumental, alcançando as esferas político-sociais ?esferas político-sociais ?

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Visão estratégica e Visão estratégica e situacional - situacional - observaçõesobservações

Firmam-se 3 tendências ou correntes:Firmam-se 3 tendências ou correntes:1.1. Gerenciamento da Qualidade Total (GQT);Gerenciamento da Qualidade Total (GQT);

2.2. Planejamento Estratégico (PE); ePlanejamento Estratégico (PE); e

3.3. Planejamento Participativo (PP).Planejamento Participativo (PP).

Incorporam as três idéias que são Incorporam as três idéias que são fundamentais no Planejamento:fundamentais no Planejamento:

1.1. Qualidade;Qualidade;

2.2. Missão; eMissão; e

3.3. Participação.Participação.

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Diferenças Técnicas das Três Diferenças Técnicas das Três TendênciasTendências GQT:GQT: Satisfazer o Cliente Satisfazer o Cliente Planejar é solucionar Planejar é solucionar

os problemas que aparecem;os problemas que aparecem;

PE:PE: Firmar-se no mercado, produzir ambiente de Firmar-se no mercado, produzir ambiente de lucro futuro e permanência lucro futuro e permanência Planejar Planejar Análise Análise SWOT;SWOT;

PP:PP: Contribuir para a transformação da sociedade Contribuir para a transformação da sociedade na linha da Justiça Social na linha da Justiça Social Planejar é Planejar é desenvolver um processo técnico para um projeto desenvolver um processo técnico para um projeto político.político.

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3 Momentos de Qualquer 3 Momentos de Qualquer Plano:Plano:

Definição de Horizonte Distância entre a Prática e o Horizonte

Proposta para Alteração da Realidade:

PLANEJAMENTO PARTICIPATIVO:

Marco Referencial: Dimensão Política e Ideológica de opção coletiva.Marco Situacional (realidade global da instituição planejada).Marco Doutrinal: (Proposição de um projeto político-social de sociedade)Marco Operativo: (Processo Técnico ideal para contribuir com a construção desta sociedade).

Intermediação entre a Proposta Ideal, do Sonho e a Prática;O plano não começa no diagnóstico, mas no referencial;O diagnóstico é um juízo continuado sobre a prática, para verificar a distancia em que ela está do ideal estabelecido em seu referencial.

Dupla Dimensão:1. Mudanças no Fazer;2. Mudanças no Ser;Transforma-se a realidade Fazendo

novas coisas e Sendo diferente.

Deriva as quatro categorias de propostas:

Ações; Rotinas; Atitudes e Regras.Aumenta a clareza e a precisão,

permitindo maior força na intervenção da realidade;

Requer um conjunto de Idéias que nascem da Paixão.

PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO:

Denomina este primeiro momento de “Missão”, todavia atrelado aos limites da sobrevivência e do crescimento da empresa.

A idéia de Missão leva a definição de horizontes, mas limitados ao “Negócio” da empresa. O diagnóstico fica com a análise SWOT.

Firmar-se no mercado;Produzir ambiente de lucro futuro e permanência.

GERENCIAMENTO DA QUALIDADE TOTAL:

Não se preocupa com este primeiro ponto porque isto já está definido e resume-se à “Satisfação do Cliente”.

O referencial já está dado e não precisa ser definido;Problemas: Pode-se confundir diagnóstico com levantamento de problemas.

Solucionar os problemas que aparecem.

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Ponto de Vista Ponto de Vista Metodológico:Metodológico:

O Planejamento Participativo desenvolveu um conjunto de O Planejamento Participativo desenvolveu um conjunto de conceitos (Gandin, 2001, p.63), modelos, processos, instrumentos conceitos (Gandin, 2001, p.63), modelos, processos, instrumentos e técnicas para dar importância ao crescimento do coletivo e do e técnicas para dar importância ao crescimento do coletivo e do pessoal pessoal Construção do referencial, analisando a prática, Construção do referencial, analisando a prática, propondo e realizando uma nova prática;propondo e realizando uma nova prática;

Construção Coletiva Construção Coletiva requer processos rigorosos que incluem requer processos rigorosos que incluem Trabalho Individual, Trabalhos em Pequenos Grupos e Plenários Trabalho Individual, Trabalhos em Pequenos Grupos e Plenários para reencaminhamentos;para reencaminhamentos;

Há um conjunto de técnicas e de instrumentos para que se chegue Há um conjunto de técnicas e de instrumentos para que se chegue ao que é o Pensamento Coletivo, evitando polarizações.ao que é o Pensamento Coletivo, evitando polarizações.

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Modelo Básico de Plano Modelo Básico de Plano Global:Global:Aspectos a considerar:Aspectos a considerar: Significado de cada parte:Significado de cada parte: Modelo (esquema) de Plano:Modelo (esquema) de Plano:

AA Realidade Global Existente:Realidade Global Existente: Diz como o grupo percebe a realidade global em seus problemas, desafios e esperanças.

1.1 Marco Situacional.1.1 Marco Situacional.

BB Realidade Global Desejada:Realidade Global Desejada: Expressa a utopia social, o “Para que direção nos movemos” do grupo.Expõe opções (em termos ideais) em relação ao campo de ação e à instituição (grupo ou movimento) e fundamenta essas opções em teoria.

1.2 Marco Doutrinal.1.2 Marco Doutrinal.

CC Realidade Desejada do Realidade Desejada do Campo de ação e da Campo de ação e da Instituição (grupo ou Instituição (grupo ou movimento) em processo de movimento) em processo de planejamento.planejamento.

Expressa a utopia instrumental do grupo;Expõe as opções (em termos ideais) em relação ao campo de ação e à instituição(grupo ou movimento) e fundamenta essas opções em teoria.

1.3 Marco Operativo.1.3 Marco Operativo.

Confornto ente C. e D.Confornto ente C. e D. Expressa o ju[izo que o grupo faz da sua realidade, em confronto com o ideal traçado para seu fazer.Deste julgamento (avaliação), ficam claras as necessidades da instituição.

2. Diagnóstico de Necessidades2. Diagnóstico de Necessidades

DD Realidade Institucional Realidade Institucional existente.existente.

É a descrição da realidade e da prática específicas da instituição (grupo ou movimento) que se está planejando.

(Não se inclui no plano, mas é (Não se inclui no plano, mas é necessário conhecê-las para necessário conhecê-las para elaborar o diagnóstico.elaborar o diagnóstico.

EE Propostas concretas p/a Propostas concretas p/a tranformação da realidade tranformação da realidade institucional existente (para institucional existente (para o tempo do plano).o tempo do plano).

Propõe:1- Ações, 2- Comportamentos; 3- Normas e 4- Rotinas para modificar a realidade existente (da instituição, grupo ou movimento, do campo de ação), diminuindo a diferença entre C. e D. e, como conseqüência, influindo na realidade global.

3. Programação:3. Programação:

3.1 Objetivos;3.1 Objetivos;

3.2 Políticas e Estratégias;3.2 Políticas e Estratégias;

3.3 Determinações Gerais;3.3 Determinações Gerais;

3.4 Atividades Permanentes.3.4 Atividades Permanentes.

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Questões fundamentais do Questões fundamentais do planejamento e modelo básico de plano planejamento e modelo básico de plano

de planejamento participativode planejamento participativo

O modelo básico de Plano Global de Médio Prazo O modelo básico de Plano Global de Médio Prazo necessita ser complementado por planos necessita ser complementado por planos setoriais;setoriais;

Desdobrado em Planos de curto-prazo que se Desdobrado em Planos de curto-prazo que se encarreguem de definir:encarreguem de definir: As ações concretas;As ações concretas; As atitudes;As atitudes; As regras; eAs regras; e As rotinas para o período de duração de cada um dos As rotinas para o período de duração de cada um dos

planos.planos.