ESTADO NUTRICIONAL E ASSOCIAÇÃO COM O RISCO PARA … · intestinal microbiota have importante...
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Beatriz dos Santos Caldeira e Jéssica Cristina Coelho Ferreira
ESTADO NUTRICIONAL E ASSOCIAÇÃO COM O RISCO PARA
DISBIOSE
Centro Universitário Toledo
Araçatuba
2018
Beatriz dos Santos Caldeira e Jéssica Cristina Coelho Ferreira
ESTADO NUTRICIONAL E ASSOCIAÇÃO COM O RISCO PARA
DISBIOSE
Centro Universitário Toledo
Araçatuba
2018
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao
Centro Universitário Toledo como requisito
parcial para obtenção do título de bacharel em
Nutrição sob orientação da Profª Mª Gabriela da
Silva Ferreira Donha.
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................. 5
2. METODOLOGIA ......................................................................................................................... 7
3. RESULTADOS .............................................................................................................................. 8
4. DISCUSSÃO ................................................................................................................................ 13
5. CONCLUSÃO ............................................................................................................................. 15
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS ..................................................................................................... 15
7. REFERÊNCIAS .......................................................................................................................... 16
ANEXOS .............................................................................................................................................. 19
APÊNDICE .......................................................................................................................................... 24
ESTADO NUTRICIONAL E ASSOCIAÇÃO COM A MICROBIOTA
INTESTINAL
Beatriz dos Santos Caldeira¹
Jéssica Cristina Coelho Ferreira¹
Gabriela da Silva Ferreira²
RESUMO
Introdução: A microbiota intestinal saudável propicia um desempenho adequado das funções
fisiológicas do hospedeiro, assegurando a melhoria na qualidade de vida do mesmo. O estilo de
vida e o estado de nutrição em contraponto a presença de certas doenças, apresentam diferentes
mecanismos de funcionamento da microbiota intestinal entre os indivíduos. Uma vez que os
microrganismos intestinais têm importante associação no estado nutricional, desde eutrofia à
obesidade, devido a uma desordem das bactérias intestinais, a disbiose, tem sido associado não
só a obesidade, mas também a estados de subnutrição e outras doenças. Objetivos: O objetivo
deste trabalho foi analisar a prevalência de disbiose em um grupo de indivíduos obesos e
eutróficos. Metodologia: Trata-se de um estudo de caráter transversal, exploratório e
descritivo, onde se aplicou questionários com universitários, apresentando questões objetivas
com a finalidade de observar possíveis alterações do funcionamento da microbiota intestinal,
assim sendo associado ao estado nutricional. Resultados/Discussão: Não foram encontradas
diferenças discrepantes quanto as pontuações do questionário de hiperpermeabilidade intestinal
em relação ao IMC. Conclusão: Apesar das pontuações em relação ao IMC não terem sido tão
discrepantes, o grupo em excesso de peso e obesidade merece atenção, uma vez que foram
classificados em prioridade leve e moderada de tratamento para hipermeabilidade intestinal, o
que sugere maior risco da ocorrência de disbiose, sendo importante a aplicação de terapêutica
que utilize prebióticos e probióticos que irão modular a microbiota intestinal.
Palavras-chave: Microbiota intestinal, estado nutricional, disbiose.
1
1 Graduandas de Nutrição no Centro Universitário Toledo. 2 Mestre e Doutoranda em ciência animal pela FMVA – UNESP Araçatuba/SP. Especialização em Terapia
Nutricional Clínico – Hospitalar pela UNIRP de São José do Rio Preto/SP e Nutrição Esportiva pelo Centro
Universitário Toledo de Araçatuba/SP.
ABSTRACT
Introduction: The healthy ineditinal microbiota provides an adequate performance of the
host’s functions, assuring the improvement. The lifestyle, the nutritional state in counterpoint
to the presence of certain diseases, presente diferente mechanisms of functioning of the
intestinal microbiota between individuals. Since the functioning microorganisms of the
intestinal microbiota have importante association in nutritional status, from eutrophy to
obesity, due to a disorder of the intestinal bactéria to dysbiosis, has been associated not only
with obesity but also with malnutrition and other diseases. Goals: The objective of this study
will be to analyze the prevalence of dysbiosis in a group of eutrophic na obese individuals.
Methodology: It is a cross-sectional, exploratory and descriptive study, where questionnaires
with adults will be applied, presenting objective questions for the purpose to observe possible
changes in the functioning of the intestinal microbiota, thus being associated with nutrition
status. Results / Discussion: No differences were found regarding the scores of the intestinal
hyperpermeability questionnaire in relation to BMI. Conclusion: Although the BMI scores
were not as discrepant, the overweight and obesity group deserves attention, since they were
classified into mild and moderate treatment priority for intestinal hyperpermeability, which
suggests a higher risk of occurrence of dysbiosis, and it is important to use prebiotics and
probiotics that will modulate the intestinal microbiota.
Key words: Intestinal microbiota, nutritional status, dysbiosis.
5
1. INTRODUÇÃO
O termo microbiota intestinal refere-se a uma variedade de microorganismos vivos
principalmente bactérias anaeróbias, que colonizam o intestino logo após o nascimento, sendo
constituída por microbiota nativa e de transição temporária. Seu estabelecimento é influenciado
por múltiplos fatores e chega ao ápice por volta dos dois anos de idade (GUARNER, 2007;
BARBOSA et al., 2010).
A microbiota intestinal saudável e microbiologicamente equilibrada propicia um
desempenho adequado das funções fisiológicas do hospedeiro, o que assegura a melhoria na
qualidade de vida deste (SAAD, 2006; STEFE et al., 2008).
Conforme aponta Cani, Remely e Halsberge (2016), o estilo de vida, o estado de
nutrição em contraponto a presença de certas doenças, apresentam diferentes mecanismos de
funcionamento da microbiota intestinal entre os indivíduos.
Evidências sugerem que a dieta desempenha um papel importante na alteração do
mecanismo da microbiota intestinal, uma vez que alteram a quantidade e tipo de bactérias
presentes (WALKER et al., 2011).
Os microorganismos intestinais têm importante associação no estado nutricional, desde
eutrofia à obesidade (MILLION et al., 2013a, 2013b; STENMAN et al., 2015). Segundo Clarke
et al (2012), isso tem sido investigado, buscando entender a ligação entre a obesidade,
composição e funcionalidade da microbiota intestinal.
O equilíbrio e estabilidade da microbiota é um processo mantido pelas inter-relações
das bactérias entre si e entre o hospedeiro (BRANDT et al., 2006). Existe uma gama de fatores
que afeta a população de microorganismos intestinais do nascimento até a idade adulta, todavia,
grandes variações foram observadas sugerindo interação da dieta hospedeira em nível
individual. As intervenções nutricionais, restrição calórica e probióticos, pode ser um possível
alvo para intervenção (SOUSA; LIMA, s.d).
Processos de disbiose, tem sido associado não só a obesidade, mas também a estados de
subnutrição, doença inflamatória intestinal, desordens neurológicas e
câncer (LOZUPONE et al., 2012). O termo trata-se de uma desordem na microbiota
caracterizada por um desajuste da colonização bacteriana, onde ocorre o predomínio de
bactérias nocivas sobre as benéficas (MEIRELLES; AZEVEDO, 2007; SANTOS, 2010).
A ocorrência da disbiose intestinal pode se dar por alterações na absorção e também
pela permeabilidade da mucosa intestinal, sendo que as populações bacterianas, a saúde da
6
mucosa intestinal e nutrição desequilibrada são fatores influenciadores do quadro (PÓVOA,
2002; PASCHOAL et al., 2007).
Segundo Almeida et al (2009), a disbiose é uma disfunção temporária, relacionada a
fatores externos, como má alimentação, uso indiscriminado de antibióticos, que matam
bactérias úteis e as nocivas, uso de antiinflamatórios hormonais e não-hormonais, o abuso de
laxantes, consumo excessivo de alimentos processados em detrimento de alimentos crus,
excessiva exposição a toxinas ambientais, as doenças como câncer e síndrome da
imunodeficiência adquirida (AIDS), as disfunções hepatopancreáticas, ao estresse, a
diverticulose, uso de bebidas alcoólicas e cigarros e outros como a idade, o tempo de trânsito e
pH intestinal, a disponibilidade de material fermentável e o estado imunológico do hospedeiro.
Devido ao cenário mundial crescente de obesidade e suas consequências à saúde, bem
como às evidências de que a composição da microbiota intestinal possa diferir entre os
indivíduos obesos e eutróficos, medidas de controle e prevenção que possam auxiliar no
combate dessa patologia se fazem necessárias e coerentes (OLIVEIRA et al., 2017).
A obesidade é uma doença crônica não transmissível que leva o indivíduo a uma série
de complicações, inclusive à disbiose intestinal. Uma vez observada tal relação, faz-se
necessário analisar essa ocorrência, comparando diferenças entre os grupos de indivíduos e a
relação da microbiota intestinal dos mesmos.
Diante dos fatos, a pesquisa em questão teve como objetivo analisar a prevalência do
risco de disbiose em um grupo de indivíduos obesos e eutróficos, realizando a associação entre
o estado nutricional e a frequência da doença.
7
2. METODOLOGIA
O trabalho realizado tratou-se de um estudo de caráter transversal, exploratório e
descritivo, realizado em uma universidade privada do município de Araçatuba/SP, com a
participação de 45 alunos regularmente matriculados no curso de gastronomia, finalizando a
pesquisa com 38 indivíduos, devido a devolutiva de questionários incompletos,
impossibilitando assim a participação na pesquisa. A coleta de dados foi realizada em dois dias
da semana durante o período de aulas no mês de agosto.
Foram incluídos no estudo alunos de 18 a 59 anos de idade de ambos os sexos, que
voluntariamente aceitaram responder ao questionário aplicado mediante a assinatura do termo
de consentimento livre e esclarecido (ANEXO 1).
Não foram incluídos no estudo alunos que não aceitaram assinar o termo de
consentimento livre e esclarecido, alunos que devolveram os questionários respondidos de
maneira incompleta, alunos não matriculados no curso de gastronomia, gestantes e idosos.
A coleta de dados foi realizada mediante a aplicação de 3 questionários referentes a
caracterização da amostra e avaliação do funcionamento da microbiota intestinal. A amostra foi
caracterizada segundo o protocolo de pesquisa com questões objetivas. Os questionários
utilizados (questionários validados) foram: Hipermeabilidade Intestinal (Centro Brasileiro de
Nutrição Funcional, 2000) e Escala Fecal de Bristol (Ken Heaton, 1997).
O protocolo de caracterização da amostra foi elaborado pelas pesquisadoras, contou
com: identificação pessoal, dados socioeconômicos, histórico de doenças e consumo de
vegetais e frutas; se pratica exercícios físicos regularmente; a quantificação da ingestão hídrica;
o número de refeições diárias; o conhecimento e o consumo de prebióticos, probióticos e fibras
na dieta (APÊNDICE 1).
Por intermédio dos dados peso e estatura, foi calculado o IMC (Índice de massa
corporal) de cada indivíduo, cuja classificação do estado nutricional foi determinada pela tabela
do IMC (kg/m2) da Organização Mundial da Saúde (OMS, 1995 e 1997): < 16 (abaixo do peso),
18,5 a 24,9 (eutrofia), 25,0 a 29,9 (sobrepeso) e > 30 (obesidade).
O questionário de Hipermeabilidade Intestinal, contou com questões objetivas a respeito
de sinais e sintomas gastrointestinais, respiratórios, neurológicos, dermatológicos e consumo
medicamentoso e alcoólico que acontecem no organismo. Os indivíduos pontuaram cada
sintoma com valor de 0 a 3 pontos (0 = sintoma/raramente presente; 1 = sintoma leve/ocasional;
2 = sintoma moderado/frequente; 3 = sintoma severo/ muito frequente) e em seguida esses
8
pontos foram somados e classificados servindo como parâmetro para iniciar o rastreamento de
possíveis hipersensibilidades.
Os resultados do questionário foram interpretados por uma escala de pontuação de 1 a
5 pontos (tratamento de hipermeabilidade intestinal provavelmente tem baixa prioridade), 6 a
10 pontos (possivelmente trata-se de um paciente com leve hipermeabilidade intestinal), 11 a
19 pontos (tratamento da hipermeabilidade intestinal deve ter prioridade moderada neste
paciente) e > 20 pontos (tratamento da hipermeabilidade intestinal deve ter alta prioridade neste
paciente) (ANEXO 2).
Por intermédio da Escala Fecal de Bristol, foi realizada a análise do tipo/características
de fezes mais eliminadas pelos indivíduos em estudo, a escala foi utilizada por conter imagens
ilustrativas de sete tipos de fezes. Além das imagens, continha descrições precisas quanto à
forma e à consistência, recorrendo a exemplos facilmente reconhecíveis: tipo 1 (grumos duros
separados, como nozes, difíceis de eliminar), tipo 2 (formato de salsicha, porém grumosa), tipo
3 (similar a salsicha, com rachaduras na superfície), tipo 4 (similar a salsicha ou cobra, lisa e
macia), tipo 5 (manchas macias com bordas definidas), tipo 6 (peças disformes com bordas) e
tipo 7 (aquosa, sem material sólido) (ANEXO 3).
Após coleta, os dados foram tabulados em planilhas no Microsoft Office Excel versão
2016, realizado média (do percentual) e frequência dos resultados (número e percentual) em
relação ao total de indivíduos e também aos gêneros.
3. RESULTADOS
Tabela 1. Características socioeconômicas, estado nutricional, histórico de doenças, consumo
de vegetais e frutas, prática de atividade física, ingestão hídrica, número de refeições diárias e
conhecimento sobre prebióticos, probióticos e fibras dos alunos do curso de Gastronomia,
Araçatuba – SP, 2018.
Renda Masculino Feminino Médi
a
Total
n % n % % %
> R$1500,00 3 23,68 8 21,05 22,36 44,73
R$1500,00 a R$2000,00 6 15,78 5 13,15 14,46 28,93
R$2000,00 a R$2500,00 1 2,63 1 2,63 2,63 5,26
>R$2500,00 5 13,15 9 23,68 18,41 36,83
IMC
Abaixo do peso 0 0 3 1,14 0,57 1,14
Eutrofia 8 21,05 9 23,68 22,36 44,73
Excesso de peso 4 10,52 7 18,42 14,47 28,94
9
Obesidade 3 7,89 4 10,52 9,2 18,41
Doenças crônicas não transmissíveis
Diabetes Melitus 0 0 0 0 0 0
Dislipidemias 0 0 0 0 0 0
Hipertensão 0 0 0 0 0 0
Doenças Autoimunes 0 0 0 0 0 0
Não é portador 15 39,47 23 60,53 50 100
Consumo de vegetais e frutas
Diário 8 21,05 15 39,47 30,26 60,52
3x na semana 5 13,15 3 7,89 10,52 21,04
< 3x na semana 2 5,26 4 10,52 7,89 15,78
Não consome 0 0 1 2,63 1,31 2,63
Pratica atividade física
Diário 3 7,89 2 5,26 6,57 13,15
3x a 4x na semana 3 7,89 3 7,89 7,89 15,78
2x na semana 5 13,16 1 2,63 7,89 15,79
Não realiza 4 10,52 17 44,73 27,62 55,25
Ingestão Hídrica
< 8 copos/dia 5 13,16 9 23,68 18,42 36,84
8 copos/dia 3 7,89 5 13,16 10,52 21,05
>8 copos/dia 7 18,42 9 23,68 21,05 42,1
Número de refeições diárias
< 3 refeições 2 5,26 4 10,52 7,89 15,78
3 a 4 refeições 13 34,21 17 44,73 39,47 78,94
6 refeições 0 0 0 0 0 0
>6 refeições 0 0 2 5,26 2,63 5,26
Conhece a importância dos prébioticos,
probióticos e fibras na dieta usual?
Sim 5 13,15 10 26,31 19,73 39,46
Não 10 26,31 13 34,21 30,26 60,52
Dos indivíduos pesquisados, 44,73% (n = 11) enquadram-se na categoria de renda <
R$1500,00 onde, 23,68% (n = 3) pertencem ao sexo masculino e 21,05% (n = 8) ao sexo
feminino, sendo a média 22,36%. Enquanto isso, 5,26% (n = 2) enquadram-se na categoria de
renda que vai de R$2000,00 a R$2500,00 onde, 2,63% (n = 1) pertencem ao sexo masculino e
2,63% (n = 1) ao sexo feminino, sendo a média 2,63%.
No quesito diagnóstico nutricional 44,73% (n = 17) dos indivíduos em questão
encontraram-se com IMC em eutrofia, sendo 21,05% (n = 8) do sexo masculino e 23,68% (n =
9) do sexo feminino, onde a média corresponde a 22,36%, enquanto que 18,42% encontraram-
10
se com IMC em obesidade, sendo 7,89% (n = 3) do sexo masculino e 10,52% (n = 4) do sexo
feminino, onde a média corresponde a 9,2%.
Observou-se que da amostra total, nenhum indivíduo avaliado apresenta doença crônica
não transmissível.
Em relação ao consumo de vegetais e frutas, 60,52% (n = 23) da amostra apresentaram
consumo diário, sendo 21,05% (n = 8) do sexo masculino e 39,47% (n = 15) do sexo feminino,
resultando na média de 30,26%. Enquanto isso, 2,63% (n = 1) dessa amostra relatou não
consumir os alimentos apresentados no questionário.
Observou-se que 55,25% (n = 21) da amostra, sendo 10,52% (n = 4) do sexo masculino
e 44,73% (n = 17) do sexo feminino, relatou não praticar nenhuma atividade física, resultando
em média de 27,62%. Em relação a prática diária de atividade física observou-se que 13,15%
(n = 5) da amostra enquadrou-se nesse padrão, sendo 7,89% (n = 3) do sexo masculino e 5,26%
(n = 2) do sexo feminino, onde a média corresponde a 6,57%.
Quanto a ingestão hídrica, 42,1% (n = 16) dos indivíduos em questão fazem ingestão
diária superior a 8 copos/dia, onde 18,42% (n = 7) pertencem ao sexo masculino e 23,68% (n =
9) ao sexo feminino, resultando em uma média de 21,05. Observou-se que uma minoria, tem
ingestão de oito copos/dia, o que corresponde a 21,05% (n = 8) dos indivíduos, onde 7,89% (n
= 3) são do sexo masculino e 13,16% (n = 5) do sexo feminino, resultando na média de 10,52%.
A maior parte da amostra correspondente a 78,94% (n = 30) relatou realizar de três a
quatro refeições diárias, onde 34,21% (n = 13) desse total pertencem ao sexo masculino e
44,73% (n = 17) ao feminino, sendo a média 39,47. Enquanto isso, 5,26% (n = 2) da amostra
relatou realizar mais de seis refeições diárias, sendo esta do sexo feminino, o que corresponde
a média de 2,63%.
Um percentual de 60,52% (n = 23) da amostra relatou não saber a importância dos
prebióticos, probióticos e fibras na dieta usual, onde 26,31% (n = 10) pertencem ao sexo
masculino e 34,21% (n = 13) ao sexo feminino, resultando na média de 30,26%.
11
Figura 1. Frequência relativa do estado nutricional e classificação da forma das fezes
segundo a Escala Fecal de Bristol, dos universitários, Araçatuba – SP, 2018.
Com base nos dados analisados pela escala fecal de Bristol em associação as
classificações do IMC, observou-se que dos indivíduos eutróficos, 15,78% (n = 6) assinalaram
o tipo 3 (similar a salsicha com rachaduras na superfície) na escala fecal, percentual
representado apenas pelo gênero feminino, resultando na média de 7,89%. Enquanto isso, uma
minoria, 2,63% (n = 1) representada apenas pelo sexo feminino, assinalaram o tipo 1 (grumos
duros separados, como nozes, difíceis de eliminar) na escala fecal, resultando na média de
1,31%.
Da amostra classificada com excesso de peso, notou-se que a maior parte dela, 21,04%
(n = 8), sendo 7,89% (n = 3) do sexo masculino e 13,15% (n = 5) do gênero feminino
assinalaram o tipo 3 (similar a salsicha com rachaduras na superfície) na escala fecal, resultando
na média de 10,52. O tipo fecal 1 (grumos duros separados, como nozes, difíceis de eliminar)
foi representado apenas pelo sexo feminino correspondendo a 2,63% (n = 1) da amostra,
resultando na média de 1,31%.
Na classificação do IMC de obesidade, destacou-se que 15,78% (n = 6), sendo 7,89%
(n = 3) do sexo masculino e 7,89% (n = 3) do sexo feminino, assinalaram a opção tipo 3 (similar
0,00%
5,00%
10,00%
15,00%
20,00%
25,00%
30,00%
35,00%
40,00%
45,00%
TIPO 1 TIPO 3 TIPO 3 TIPO 1 TIPO 2 TIPO 3 TIPO 4 TIPO 5 TIPO 1 TIPO 2 TIPO 3 TIPO 3 TIPO 5
ABAIXO DO PESO EUTROFIA EXCESSO DE PESO OBESIDADE
FEMININO MASCULINO TOTAL
12
a salsicha com rachaduras na superfície) na escala fecal, resultando na média de 7,89%. Em
contrapartida, 2,63% (n = 1) da amostra, representada pelo sexo feminino, assinalou o tipo 5
(manchas macias com bordas definidas) na escala fecal, resultando na média de 1,31%.
Figura 2. Frequência relativa da pontuação do Questionário de Hipermeabilidade
Intestinal associado ao estado nutricional dos universitários, Araçatuba – SP, 2018.
Em relação ao questionário de hipermeabilidade intestinal observou-se que, da amostra
classificada com IMC de eutrofia, 26,3% (n = 10) dos indivíduos apresentaram pontuação de 1
a 5 pontos (tratamento da hipermeabilidade intestinal provavelmente tem baixa prioridade),
onde 10,52% (n = 4) pertencem ao sexo masculino e 15,78% (n = 6) ao sexo feminino,
resultando na média de 13,15%. Enquanto isso, apenas 2,63% (n = 1) dos indivíduos, o que
corresponde ao sexo feminino apresentaram pontuação de 11 a 19 pontos (tratamento de
hipermealidade intestinal deve ter prioridade moderada neste paciente).
Da amostra classificada com IMC de excesso de peso, 13,15% (n = 5) apresentaram
pontuação de 6 a 10 pontos (possivelmente trata-se de um paciente com leve hipermeabilidade
intestinal), onde 2,63% (n = 1) pertencem ao sexo masculino e 10,52% (n = 4) ao sexo feminino,
resultando na média de 6,57%. Em relação a pontuação de 1 a 5 pontos (tratamento da
hipermeabilidade intestinal provavelmente tem baixa prioridade) e a de 11 a 19 pontos
(tratamento de hipermealidade intestinal deve ter prioridade moderada neste paciente), 7,89%
(n = 3) da amostra apresentaram esta classificação, sendo respectivamente 5,26% (n = 2) do
0,00%
10,00%
20,00%
30,00%
40,00%
50,00%
60,00%
ABAIXO DO PESO EUTROFIA EXCESSO DE PESO OBESIDADE
FEMININO MASCULINO TOTAL
13
sexo masculino e 2,63% (n = 1) do sexo feminino e 2,63% (n = 1) do sexo masculino e 5,26%
(n = 2) do feminino, resultando na média de 3,94% para ambas.
Já na amostra classificada com IMC de obesidade, 7,89% (n = 3) dela, apresentou
pontuação de 1 a 5 pontos e 11 a 19 pontos, sendo na primeira 5,26% (n = 2) do sexo masculino
e 2,63% (n = 1) do feminino e na segunda pontuação 7,89% (n = 3) correspondente apenas ao
sexo feminino, resultando na média de 3,94% para ambas.
4. DISCUSSÃO
A expressão gênica em células da microbiota intestinal pode ser alterada pelos
microorganismos que colonizam o intestino, em geral essa composição consta de
microorganismos não patogênicos e promotores de saúde e em sua minoria pelos
potencialmente patogênicos (MORAES et al, 2014).
Em relação ao IMC, a maior parte da amostra apresentou eutrofia, enquanto que o outro
percentual mais expresso foi o de obesidade (com prevalência do gênero feminino). Acredita-
se que a obesidade não é apenas uma doença física, mas também social, sendo o nível
socioeconômico um fator importante em sua prevalência, visto que interfere diretamente no
acesso a informações, na disponibilidade de alimentos mais saudáveis e a determinados padrões
de atividade física, possibilitando assim dizer que, o cotidiano pode moldar os hábitos
alimentares dos indivíduos (FERREIRA; MAGALHÃES, 2005).
A obesidade é uma forma de agravo a saúde relacionada principalmente ao gênero
feminino, enquanto que o sobrepeso costuma ser mais comum nos indivíduos do gênero
masculino (BRASIL, 2014).
A dieta é um dos fatores determinantes das características da colonização intestinal,
sendo a microbiota altamente influenciada pelos hábitos alimentares de longo prazo do
indivíduo, o que pode levar a mudanças permanentes (WU et al, 2011; ZHANG et al, 2010).
Conforme cita Martinez e Azevedo (2012), a análise do hábito intestinal e o tipo de
fezes podem ser utilizados para a caracterização de aspectos fisiológicos dos pacientes,
diagnóstico e acompanhamento de doenças que envolvam alteração do trânsito intestinal.
Os resultados encontrados quanto ao tipo fecal dos indivíduos, que em sua maioria
relataram fezes do tipo 3 (similar a salsicha, com rachaduras na superfície) na escala de Bristol,
confirmam que o estado nutricional afeta sim a microbiota intestinal. Dos classificados em
eutrofia, até os que estão em excesso de peso e obesidade, pode-se notar prevalência de
indivíduos que se classifica neste tipo na escala fecal, o que demonstra ocorrência de
14
constipação. Além disso, nota-se que dos eutróficos existe um percentual de indivíduos na
escala fecal número 4 que é a situação não encontrada entre os com excesso de peso e obesidade.
Estudos sobre as relações da microbiota intestinal com a obesidade sugerem a
ocorrência de mudanças na composição e função metabólica intestinal em indivíduos obesos,
sendo que essa microbiota poderia influenciar no ganho de peso e deposição de gordura, na
captação de nutrientes e na produção de mais energia a partir da dieta (DUNCAN et al., 2008).
Almeida et al (2009) discute que a relação entre o acréscimo da permeabilidade da
membrana da mucosa intestinal, e instalação de microbiota anormal, caracteriza a disbiose, o
que irá promover uma quebra irregular de peptídeos e reabsorção de toxinas, as quais causam
reações indesejáveis, ao atingirem a circulação, como o “efeito exorfina”, que promove o
aumento da permeabilidade intestinal fazendo com que substâncias estranhas sejam absorvidas.
Conforme demonstrado por Jackson e Pollock (1978), as fezes se correlacionam bem
com o tempo de transito intestinal total de maneira que os tipos 1, 2 e 3 se correlacionam com
tempos de transito lento e o tipo 6 e 7 com tempo de transito rápido, o que leva a possível
conclusão de que a amostra em questão em sua maioria apresenta transito lento.
Os substratos energéticos das bactérias do trato gastrointestinal, são materiais
fermentáveis tais como as fibras, portanto uma baixa disponibilidade desse material resulta em
diminuição das bactérias benéficas, afetando o equilíbrio intestinal, deixando-o suscetível a
agentes patógenos (ALMEIDA et al., 2009; SANTOS, 2010).
Observou-se que apesar da maioria dos indivíduos eutróficos estarem classificados na
pontuação de 1 a 5 pontos (tratamento da hipermeabilidade intestinal provavelmente tem baixa
prioridade), o grupo classificado em excesso de peso teve prevalência na pontuação de 6 a 10
pontos (possivelmente trata-se de um paciente com leve hipermeabilidade intestinal), enquanto
que o grupo classificado em obesidade teve uma situação similar entre a pontuação de 1 a 5
pontos (tratamento da hipermeabilidade intestinal provavelmente tem baixa prioridade) e a de
11 a 19 pontos (tratamento de hipermealidade intestinal deve ter prioridade moderada neste
paciente), o que sugere a possível relação entre alteração do estado nutricional e da microbiota
intestinal. Nota-se ainda, que em relação ao grau de importância de tratamento da
hipermeabilidade o gênero com maior percentual para atenção em ambas as pontuações é o
gênero feminino.
A integridade intestinal está relacionada ao equilíbrio das bactérias intestinais
e à nutrição saudável dos enterócitos e colonócitos e uma vez comprometida, a permeabilidade
intestinal pode ser alterada, permitindo que as bactérias intestinais, os alimentos não digeridos
ou as toxinas cruzem a barreira intestinal (MATHAI, 2005).
15
Conforme o estudo de Ley et al (2005), camundongos obesos tinham microbiota com
50% menos Bacterioidetes (bactérias encontradas no intestino delgado e grosso, estão
associadas a organismos magros) e maior proporção de Firmicutes (bactérias encontradas no
intestino delgado e grosso que convertem carboidratos complexos que não seriam digeridos em
glicose, estão associadas ao aumento do peso) quando comparados a 11 camundongos magros.
Devido à prevalência mundial de obesidade e as elevadas taxas de mortalidade
relacionadas ao sobrepeso/obesidade, os efeitos benéficos da modulação da microbiota
intestinal pela administração de probióticos torna-se relevante como uma opção terapêutica aos
efeitos dessa condição clínica, uma vez que estimulam seletivamente o crescimento e a
atividade de certas espécies benéficas ao organismo (CANI; DELZENNE, 2009).
5. CONCLUSÃO
Conclui-se que a maior parte da amostra do estudo encontra-se eutrófica, enquanto que
uma minoria se classifica em excesso de peso e obesidade, sugerindo baixa prioridade de
tratamento para hipermeabilidade intestinal. Todavia, pôde-se observar que há uma crescente
desde a eutrofia, passando pelo excesso de peso até a obesidade, de indivíduos classificados no
tipo 3, que sugere constipação, fator associado a um maior risco de desenvolvimento de
disbiose, permitindo concluir a associação proposta entre estado nutricional e microbiota
intestinal.
Apesar da baixa prevalência de indivíduos com excesso de peso e obesidade, observou-
se que no caso destes, o tratamento de hipermeabilidade intestinal deve ser respectivamente de
leve prioridade e moderada prioridade, o que também sugere a relação mostrada por outros
estudos, entre a ocorrência de disbiose e o estado nutricional do indivíduo.
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Devido ao apresentado no parágrafo acima, faz-se importante a utilização de prebióticos
e probióticos como forma terapêutica, uma vez que estes poderão modular a microbiota
intestinal, fazendo com que haja proliferação dos microorganismos benéficos sobre os
patogênicos, o que exercerá efeito positivo nos quadros de disbiose e outros problemas
intestinais.
16
7. REFERÊNCIAS
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19
ANEXOS
20
ANEXO 1 – TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
Prezado(a) Senhor(a):
Gostaríamos de convidá-lo (a) a participar da pesquisa “Estado Nutricional e Associação com a
Microbiota Intestinal de adultos graduandos do curso de gastronomia de uma instituição privada da
cidade de Araçatuba – SP”, que se refere a um projeto de Trabalho de Conclusão de Curso das alunas
Beatriz dos Santos Caldeira portadora do RG: 45.527.347-9 e Jéssica Cristina Coelho Ferreira
portadora do RG: 48.909.859-9 da graduação do curso de nutrição do Centro Universitário Toledo,
localizada no município de Araçatuba.
O objetivo da pesquisa é avaliar a prevalência de disbiose em indivíduos eutróficos e obesos
de acordo com o estado nutricional de adultos.
A sua participação é muito importante e se dará através do ato de responder à aplicação de 4
questionários referente a caracterização da amostra e avaliação do funcionamento da microbiota
intestinal. A amostra será caracterizada segundo o protocolo de pesquisa com questões pessoais e
objetivas, os questionários serão: Hiperpermeabilidade Intestinal, Escala Fecal de Bristol, Critérios de
Roma III os quais contem questões de múltipla escolha e discursivas. Gostaríamos de esclarecer que
sua participação é totalmente voluntária, podendo você: recusar-se a participar, ou mesmo desistir a
qualquer momento sem que isto acarrete qualquer ônus ou prejuízo à sua pessoa. Informamos ainda
que as informações serão utilizadas somente para os fins desta pesquisa e serão tratadas com o mais
absoluto sigilo e confidencialidade, de modo a preservar a sua identidade.
Os benefícios esperados são conhecer o estado nutricional associados a microbiota intestinal do
indivíduo, podendo assim futuramente traçar meios de intervenção eficazes, para promoção da saúde
destes indivíduos.
Informamos que o(a) senhor(a) não pagará nem será remunerado por sua participação.
Caso você tenha dúvidas ou necessite de maiores esclarecimentos pode nos contatar: Gabriela da Silva
Ferreira Donha., endereço: Antônio Afonso de Toledo n°595, Araçatuba – SP, telefone: (18) 3636 –
7055 email: [email protected]
Araçatuba, ___ de agosto de 2018.
______________________________________________
Beatriz dos Santos Caldeira – Pesquisador Participante
______________________________________________
Jéssica Cristina Coelho Ferreira – Pesquisador Participante
______________________________________________
Gabriela da Silva Ferreira Donha – Pesquisador Principal
_______________________________________________________, tendo sido devidamente
esclarecido sobre os procedimentos da pesquisa, concordo em participar voluntariamente da pesquisa
descrita acima.
____________________________
(Assinatura do sujeito da pesquisa)
21
ANEXO 2 – QUESTIONÁRIO DE HIPERPERMEABILIDADE INTESTINAL
22
23
ANEXO 3 – ESCALA FECAL DE BRISTOL
Escala fecal de Bristol
Assinale
24
APÊNDICE
25
APÊNDICE 1 – PROTOCOLO DE PESQUISA
Protocolo de pesquisa
Nome:
Sexo: ( ) Feminino ( ) Masculino
Idade:
Renda mensal:
( ) < R$1500,00
( ) R$1500,00 a R$2000,00
( ) R$2000,00 a R$2500,00
( ) > R$2500,00
Peso:
Estatura:
Doenças crônicas não transmissíveis:
( ) Diabetes mellitus
( ) Dislipidemias
( ) Hipertensão
( ) Doenças Autoimunes
( ) Não é portador
Consumo de vegetais e frutas:
( ) Diário
( ) 3x na semana
( ) < 3x na semana
( ) Não consome
Pratica de atividades físicas
( ) Diário
( ) 3x a 4x na semana
26
( ) 2x na semana
( ) Não realiza
Ingestão hídrica
( ) < de 8 copos/dia
( ) 8 copos/dia
( ) > de 8 copos/dia
Número de refeições diárias:
( ) < 3 refeições
( ) 3 a 4 refeições
( ) 6 refeições
( ) > 6 refeições
Conhece a importância dos prebióticos, probióticos e fibras na dieta usual?
( ) Sim ( ) Não
Se sim, explique brevemente com suas palavras:
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
____________________________________________________________