Estado e Sociedade no Brasil:

notas sobre os laços entre a casa

e a rua

UNAFISCO

São Paulo, agosto de 2018

• Como descobrimos quem somos?

• Por meio de comparação e contrastes (eu sou o que

você não é; nós somos os que os outros não são ou

jamais poderiam ser: povo eleito, país sem corrupção...

• Um ponto básico: como atuamos no mundo —

Sociologia e Teatro: o axioma de Shakespeare “o

mundo é um palco...”

• Papéis sociais “atribuídos”: sexo, idade, local de

nascimento, casa e família, cor da pele...

• Papéis sociais adquiridos ou “escolhidos”: médico,

deputado, professor, FISCAL etc… • * Mais individualismo, mais escolhas. Text

Ética e Identidade

Temos claramente duas éticas:

Como Estado-Nacional

Constituição escrita e promulgada ‚ leis, partidos,

•Território soberano (MAPA)

•Política e Economia: moeda,

Bandeira, hino…

•Sistemas juridico-legal, cidadania: direitos (deveres)

•Crime. Culpado ou inocente

Como Sociedade e Cultura

• Valores e hábitos do coração

Família, honra, carinho, amor

• Religiosidades

• Moralidades inscritas, não escritas

Moralidade: vergonha. Mais ou menos.

CASA/RUA

• Cidadão ou Parente, Compadre, Amigo, Companheiro, Conhecido

• Universalidade e impessoalidade na RUA em contraste com Particularismos tipo, “ele é o mais velho...” “eles são meninos e podem chegar tarde.” na CASA.

• Ser servido e cuidado ou servir e cuidar

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IMPOSTOS! • Imposições ou deveres como cidadãos em

contraste com o que chega “de graca” em casa.

• Imposto de renda e obediência compulsiva aos desconhecidos no espaço público!

• Imposições diante das quais regrismos negativamente: sinais de trânsito e filas.

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Em vez de receber pessoalmente

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Comida do leão — o símbolo diz tudo!

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Esta é base aristocratic do ser “alguém” ou “ninguém”

“Ser alguém” = ter capital relacional

“Ser ninguém” = estar só, individualizado Ser uma “pessoa“ ou “gente” ou ser “cidadão”?

A individualização como valor é a base da

igualdade – o cidadão não é um elo, mas um individuo – sujeito da lei e dos im[ostos

A dinâmica da casa e da rua

• Em casa recebemos, , ganhamos, somos servidos dentro de uma numa hierarquia natural (mais velho/ mais novo; pais /filhos, homem/ mulher- reciprocidade longa.

Não pagamos aos nossos pais...

• Na rua os ciclo de reciprocidades são curtos pagamos na hora, quando recebemos.

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• EM CASA: confiança, gratidão, respeito, amor

Sangue e carne /////////// Ordem legal ou moral

• NA RUA: imposições e obrigações

• EM CASA DEVERES IMPLICITOS — NA RUA OBRIGAÇOES EXPLICITAS: ESCRITAS

PECADO/CRIME

VERGONHA E CULPA

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Como saber quem é quem? Quem é

doutor ? Atendimento e reconhecimento

Anonimato, desconfirto e inferioridade

social – Uma ética igualitária nos

desconserta! – Espera e fila - Trânsito

Esperar e ser atemdido— a fila

do Rei — Ordem, mimpeza

O tempo passa, o gesto fica

Casa colonial ser servido

Mudamos?

Comportamento no espaço público = anonimato e

impessoalidade.

O desconforto da igualdade em contraste com hierarquia –

com uma ética relacional do saber com quem se fala.

A Rua aberta e impessoal a Casa fecha - protegida

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Todas as interpretações do Brasil passam pela dualidade entre o cidadão-individuo e pessoa. a) Um Brasil-repúblicano, feito de indivíduos e cidadãossujeitos de leis universais; b) Um Brasil-monárquico, feito de pessoas ligadas a amigos, parentes e grupos. Éitva do favor No Brasil como nação ou país: política e conomia – impostos e mobilidade. No Brasil como sociedade: casas = famílias + criados. Imobilidade Igualdade/Hierarquia:: Mobilidade/Imobilidade

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• Sair do circulo de relações causa insegurança.

• Sair de casa, “ir para a rua" é um risco?

• Rituais de sair de casa: documentos

• Como situar o outro neste sistema? Quem é o outro?

É um igual ou um inferior? Vida urbana e classificação tradicional – igualdade e paternalismo.

Uma questão básica:

• Que ética temos para os da casa e os outros, os da rua?

ONDE FICA O GOVERNO E O ESTADO?

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Como articular o Brasil dos imostos impessoais com os dos favoress pessoais?

Entendo que esse contraste é uma fonte de

paradoxos, tais como: visão dualista; baixa auto-estima; complexo de vira-lata; narcisismo às

avessas; amor ao de fora e horror ao de dentro; Ligações entre essas éticas = CORRUPAÇÃO

O que o “Você sabe com quem está falando?” diz do Brasil?

• Aristocracia e igualdade: as transições por meio do estado, mas sem a sociedade. A igualdade perante a lei levam a tensão, ameaça a hierarquia? O conforto de saber quem é outro… — Falta educação, sim. Mas uma educação para

a igualdade! —

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Como contruimos o espaço público

no Brasil?

Esta é a questão para uma

Sociedade democrática

Como criar estruturas que tragam

segurança para todos?

Como viver em cidades nas quais

predomina a igualdade e não o

“você sabe com quem está

falando?”

MAS…se escolhemos tanto a aristocracia quanto a igualdade

temos que inventar as “blindagens”, os embargos e o

jeitinho. Estar e Ser no papel de cidadão é

negativo. É preciso ter turma, partido e família.

ARREMATES

Vivências negativas da igualdade e o dilema brasileiro

A questão é eliminar a desigualdade ou criar igualdade?

Mudar por decretos e leis ou por critica e reflexão sobre os limites.

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Obrigado!

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