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ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS E OPERACIONAIS: um estudo de caso baseado em alvenaria estrutural. Filipe Araújo Lopes 1 Guilherme Ricco de Araújo Teodoro 2 Prof. Pedro Alcântara Mattos Júnior 3 RESUMO O presente artigo abordou a importância das Especificações Técnicas e Operacionais no processo construtivo em alvenaria estrutural com bloco de concreto de função estrutural. Tomou-se como questão norteadora para este estudo, a seguinte: quais os principais parâmetros estabelecidos na execução da alvenaria estrutural nas obras de habitação? O objetivo desse artigo foi descrever, com base nem um estudo de caso, os principais pontos da Especificação Técnica da empresa para execução de uma obra utilizando Alvenaria Estrutural com bloco de concreto com função estrutural. Conclui-se que as Especificações Técnicas e Operacionais se mostram como instrumento que padroniza a execução de serviços, de materiais, de procedimentos relacionados ás atividades da construção civil, no caso deste artigo, para a execução de Alvenaria Estrutural, com blocos de concreto de Função Estrutural. Palavras-chave: Alvenaria Estrutural. Bloco de Concreto. Construtora. Especificações Técnicas. Operacionais. TECHNICAL AND OPERATIONAL: a case study based on structural masonry. ABSTRACT This article covered the importance of Technical Specifications and Operating in the construction process in structural masonry block with concrete structural function . Taken as guiding question for this study , the following : what are the main parameters established in the implementation of structural masonry works in housing ? The aim of this article was to describe the basis or a case study , the main points of the Technical Specification company to perform a work using structural Masonry with concrete block with structural function . We conclude that the Technical Specifications and Operating show themselves as a tool that standardizes the execution of services , materials , procedures related to the activities of construction , in the case of this article , to implement Structural Masonry with concrete blocks Function structural . Keyword: Technical Specifications; Operating ; Structural Masonry , Concrete Block , Construction . 1 Graduado em Engenharia Civil pela Faculdade Kennedy. 2 Graduado em Engenharia Civil pela Faculdade Kennedy. 3 Engenheiro Civil, Eletricista. Pós Graduado em Avaliações e Perícias. Pós-Graduado em Engenharia de Segurança do Trabalho e Mestre em engenharia mecânica. Professor em Instalações Elétricas, Rede de Telecomunicações e Sistemas de Segurança na Faculdade Kennedy.

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ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS E OPERACIONAIS: um estudo de caso baseado em

alvenaria estrutural.

Filipe Araújo Lopes1

Guilherme Ricco de Araújo Teodoro2

Prof. Pedro Alcântara Mattos Júnior3

RESUMO O presente artigo abordou a importância das Especificações Técnicas e Operacionais no processo construtivo em alvenaria estrutural com bloco de concreto de função estrutural. Tomou-se como questão norteadora para este estudo, a seguinte: quais os principais parâmetros estabelecidos na execução da alvenaria estrutural nas obras de habitação? O objetivo desse artigo foi descrever, com base nem um estudo de caso, os principais pontos da Especificação Técnica da empresa para execução de uma obra utilizando Alvenaria Estrutural com bloco de concreto com função estrutural. Conclui-se que as Especificações Técnicas e Operacionais se mostram como instrumento que padroniza a execução de serviços, de materiais, de procedimentos relacionados ás atividades da construção civil, no caso deste artigo, para a execução de Alvenaria Estrutural, com blocos de concreto de Função Estrutural.

Palavras-chave: Alvenaria Estrutural. Bloco de Concreto. Construtora. Especificações Técnicas. Operacionais.

TECHNICAL AND OPERATIONAL: a case study based on structural masonry.

ABSTRACT This article covered the importance of Technical Specifications and Operating in the construction process in structural masonry block with concrete structural function . Taken as guiding question for this study , the following : what are the main parameters established in the implementation of structural masonry works in housing ? The aim of this article was to describe the basis or a case study , the main points of the Technical Specification company to perform a work using structural Masonry with concrete block with structural function . We conclude that the Technical Specifications and Operating show themselves as a tool that standardizes the execution of services , materials , procedures related to the activities of construction , in the case of this article , to implement Structural Masonry with concrete blocks Function structural .

Keyword: Technical Specifications; Operating ; Structural Masonry ,

Concrete Block , Construction .

1 Graduado em Engenharia Civil pela Faculdade Kennedy.

2 Graduado em Engenharia Civil pela Faculdade Kennedy.

3 Engenheiro Civil, Eletricista. Pós Graduado em Avaliações e Perícias. Pós-Graduado em Engenharia de Segurança

do Trabalho e Mestre em engenharia mecânica. Professor em Instalações Elétricas, Rede de Telecomunicações e

Sistemas de Segurança na Faculdade Kennedy.

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1 INTRODUÇÃO

O cenário atual revela que é grande a responsabilidade do engenheiro que

se propõe a atuar no setor da Construção Civil, especialmente quando esse profissional

se investe do seu papel de cumprir com atenção o que se estabelece nas

Especificações Técnicas voltadas à Engenharia Civil. O tema deste artigo é a

importância da Especificação Técnica e Operacional na Engenharia Civil,

especificamente para a Alvenaria Estrutural, em habitações diversas.

Existem orientações técnicas e operacionais padrões, dadas pela

Associação Brasileira de Normas Técnicas, a ABNT, e muitas construtoras estabelecem

especificações e procedimentos complementares. Tais exigências de uma

padronização de procedimentos ocorrem para as diferentes atividades da construção

civil: as instalações elétricas, hidráulicas, de impermeabilização e, dentre tantas outras,

a alvenaria estrutural (ÁVILA, JUNGLES, 2006).

Nas obras da construtora Tenda, empresa que foi o universo de pesquisa

deste artigo, os desafios para garantir a qualidade dos empreendimentos passam por

um gerenciamento e um controle de qualidade da obra, em que os desafios centram-se

em vencer os diferentes modos executivos regionais e os distintos níveis de formação

de uma ampla equipe de trabalhadores, fortalecendo a cultura da empresa.

Para aprimorar a gestão desse contingente expressivo de pessoas, em

2006, a empresa em questão iniciou seu trabalho de padronização do processo

executivo de diversas etapas construtivas de empreendimentos habitacionais. A

alvenaria estrutural é uma delas e a criação das especificações técnicas com as

principais informações necessárias à execução dessa etapa é o foco deste estudo. Tais

especificações são a base para o desenvolvimento de documentos internos, cartilhas e

treinamentos constantes voltados às equipes internas e de terceiros (fornecedores)

espalhados em todos os canteiros do País.

Considerando as observações acima, tomou-se como questão norteadora

para este estudo, a seguinte: quais os principais parâmetros estabelecidos na execução

da alvenaria estrutural nas obras de habitação?

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O objetivo geral deste artigo é descrever, com base num estudo de caso,

os principais pontos da Especificação Técnica da empresa para execução de uma obra

utilizando a Alvenaria Estrutural, a fim de garantir a qualidade na obra, diminuindo os

custos com materiais e mão de obra, além de reduzir o tempo de execução,

contribuindo, assim, para a execução mais rápida, garantindo o retorno financeiro para

a construtor.

Foram estruturados os seguintes objetivos específicos: estudar os

principais aspectos da alvenaria estrutural, considerando o histórico desse método e

sua contextualização no cenário da construção Brasileira; abordar os pontos de maior

impacto nas especificações técnicas voltadas a Engenharia Civil; e descrever os

aspectos de maior impacto da Especificação Técnica e Operacional para a Alvenaria

Estrutural da Tenda para obras de habitação voltadas à garantia da qualidade do

empreendimento.

Este estudo se justifica na possibilidade de se compreender a importância

das Especificações Técnicas e Operacionais na Engenharia Civil, especialmente no que

se refere a uma obra utilizando Alvenaria Estrutural. Esse tema está relacionado a

procedimentos que podem reduzir custos com materiais e mão de obra, não se

esquecendo do tempo de execução, contribuindo, assim, para a execução mais

acelerada, garantindo o retorno financeiro para as construtoras.

É importante conhecer os parâmetros associados à realização da

execução da Alvenaria Estrutural, de forma a se identificar os pontos críticos de cada

etapa, conhecendo as orientações de maior relevância para minimizar os contratempos

existentes em cada etapa.

O estudo elucidado neste artigo contou com uma revisão teórica sobre o

tema em pauta, abordando de forma breve os conceitos relacionados à alvenaria de

estrutura com ênfase nas especificações técnicas e padronização de operações

relacionadas à execução da alvenaria estrutural. Foi analisada a elaboração de uma

Especificação Técnica e Operacional na construtora Tenda e nos padrões exigidos para

alvenaria estrutural com blocos de concreto com função estrutural.

Assim como ensina Jung (2010), a revisão bibliográfica se refere à busca

sistemática de conhecimento sobre o assunto, do que já existe e o que os diferentes

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autores já discutiram, propuseram ou realizaram. Posteriormente, procedeu-se com a

apresentação de um estudo de caso relacionado ao conceito e ao tema posto sob

análise, o padrão e as orientações sobre a execução adequada da alvenaria estrutural

em uma construtora considerada como objeto deste estudo.

2. DESENVOLVIMENTO

2.1 Alvenaria Estrutural

2.1.1 Principais definições e conceitos

Baseado nas publicações de Bauer e Alfredo (2010), Parsekian (2012)

observa que, em termos conceituais, a alvenaria estrutural é um tipo de estrutura na

qual as paredes são elementos compostos por unidade de alvenaria, unidos por juntas

de argamassa capazes de resistirem a outras cargas além do seu peso próprio e devem

apresentar basicamente as seguintes funções: resistência às forças do vento;

resistência a cargas verticais; apresentar bom desempenho contra a ação do fogo;

isolar acústica e termicamente o ambiente e proporcionar estanqueidade à água da

chuva e ao ar.

É necessário frisar que a alvenaria estrutural não pode ser considerada

somente pelo seu comportamento; a modulação e a racionalização do projeto são

essenciais em uma obra feita em alvenaria estrutural. É a presença da integração entre

os projetos arquitetônico, estrutural, elétrico e hidráulico das edificações que resultam

na economia em torno de 25% a 30% no custo total da obra (SABATINNI et. al 2006).

Os componentes utilizados na execução de um projeto em alvenaria

estrutural são as unidades, compostas por tijolos cerâmicos ou blocos de concreto, a

argamassa, o graute e as armaduras, necessários, de acordo com o cálculo feito para o

projeto.

. Além desses componentes principais, devem ser mencionadas as juntas

verticais e horizontais, vergas e contravergas, os acessórios, entre outros. Nas palavras

de Ramalho e Corrêa (2003, p.6), “um componente da alvenaria é uma entidade básica,

ou seja, algo que compõe os elementos que, por sua vez, comporão a estrutura”.

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2.1.2 Parâmetros considerados na estrutura

Lourenço (2007) descreve que as estruturas são submetidas a diversas

ações sejam elas induzidas pela gravidade. Isto significa dizer que ocorrem no sentido

vertical de cima para baixo. Dessa maneira o autor assevera que elas compreendem o

peso próprio da estrutura, das alvenarias, dos revestimentos e as cargas decorrentes

do uso da construção como os pesos dos veículos, circulação das pessoas, entre

outros. Além disso, existem também as ações produzidas pelos elementos da

natureza, como o vento, a terra e a água, difusas e atuantes em várias direções.

Em síntese, Bauer (2008) aponta que no projeto de uma estrutura são

consideradas as seguintes ações: ações diretas - cargas permanentes: peso próprio,

paredes, revestimentos, etc.; e cargas acidentais - sobrecargas, cargas móveis, vento,

etc. - ações indiretas: variação de temperatura, retração, recalques de apoio, etc. e

ações excepcionais: incêndios, terremotos, furacões, maremotos, etc.

Segundo os ensinamentos publicados por Oliveira (2012), a alvenaria

estrutural se mostra mais indicada e adequada a edifícios residenciais de padrão médio

a baixo, pois nesses casos os ambientes e os vãos são pequenos. A utilização de

alvenaria estrutural em edifícios comerciais é desaconselhável. Nesse último, é comum

se ter a necessidade de modificação das paredes internas para melhor acomodar

empresas de diferentes portes. Com a utilização da alvenaria estrutural não existe tal

flexibilidade.

2.2 Blocos de Concreto

O bloco de concreto se trata de um componente industrializado, produzido

em máquinas que vibram e prensam, podendo também ser fabricados com uma gama

de composições. Por serem moldados em fôrmas de aço, possuem precisão

dimensional que implica na facilidade na execução da alvenaria (ÁVILA; JUNGLES,

2006).

As características e o desempenho dos blocos de concreto dependem do

equipamento, da qualidade dos materiais empregados e da sua proporção adequada.

Os blocos de concreto normalizados possuem formato e dimensões padronizadas, que

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proporcionam um sistema construtivo limpo, prático, rápido, econômico e eficiente.

Além disso, o material concreto possui um módulo de elasticidade similar ao da junta de

argamassa, aproximando a resistência da alvenaria à do bloco (MANZIONE, 2004).

Os blocos de concreto apresentam baixíssima variação de dimensões,

que são modulares, evitando desperdícios por quebras em obra e diminuindo

substancialmente as espessuras dos revestimentos aplicados.

Oliveira (2012) destaca que a família de blocos se refere ao conjunto de

componentes de alvenaria que interagem modularmente entre si e com outros

elementos construtivos. Os blocos que compõem uma família, segundo suas

dimensões, são designados como: bloco inteiro (bloco predominante), meio bloco,

blocos de amarração L e T (blocos para encontros de paredes), blocos compensadores

A e B (blocos para ajustes de modulação) e blocos tipo canaleta (NBR 6136 / 2007).

Com relação à alvenaria estrutural, o Quadro 1 mostra as duas famílias de blocos que

são comumente utilizadas:

14x19x29

14x19x44

14x19x14 4x19x39 4x19x19 4x19x34

14x19x54

Bloco 29: É o bloco mais usado dessa família. Com ele construímos quase 90% das paredes.

Bloco 39: É o bloco mais usado dessa família. Com ele construímos quase 90% das paredes.

Bloco 14: Também conhecido como meio bloco

Bloco 19: Também conhecido como meio bloco.

Bloco 44: Usado nos encontros de paredes em forma de “T” junto com o bloco 29.

Bloco 34: Usado nos cantos de paredes junto com o bloco 39 para fazer a amarração das fiadas.

Os cantos (encontros tipo “L”) são executados com dois blocos 29.

Bloco 54: Usado nos encontros de paredes em forma de “T” junto com o bloco 34.

Blocos especiais: blocos tipo canaleta e tipo “J”.

São utilizados na construção das cintas, vergas e contravergas.

Quadro 1 – Famílias de blocos utilizadas na Alvenaria Estrutural

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Fonte: (OLIVEIRA, 2012).

Lourenço (2007) ressalta que as normas NBR 12118 e NBR 6136 definem as

características exigidas dos blocos de concreto, por exemplo, resistência, dimensões,

absorção, umidade e retração. Para auxiliar na identificação dos blocos conformes, a

Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP) realiza os ensaios e concede o Selo

de Qualidade às empresas que fabricam os blocos dentro das normas.

2.3 As Especificações Técnicas na Construção Civil

Baseando-se nos estudos de Ferreira (2004), observa-se que as

Especificações Técnicas e Operacionais têm se tornado uma exigência no cotidiano

das construtoras e têm avançado para se tornar uma prática comum de se ver. Os

autores concordam que as Especificações devem ser encaradas como mais do que um

documento que vai auxiliar na elaboração do projeto, por se tratar de materiais que

possivelmente devem compor o mesmo.

Ao se pensar em um empreendimento, Moreira (2009) esclarece que é

necessário se basear na matéria-prima empregada na obra, existe no mercado uma

variedade enorme de componentes que podem atender a diversas situações, mas nem

sempre qualquer uma dessas pode ser a melhor. As características técnicas de um

material podem ser diferenciadas por uma palavra a mais que pode levar um projeto a

ser bem sucedido. Muitas equipes de projeto deixam o material para segundo plano, no

final do projeto, gerando um retrabalho desnecessário.

Na mesma linha de pensamento, Oliveira (2012) explica que, quando se

tem uma descrição bem feita de um material, de um serviço, dos procedimentos

operacionais na hora de por em prática determinada etapa construtiva do projeto, se,

por exemplo, se for percebido que o material empregado não era o ideal ou quando a

descrição se mostra deficiente em seus detalhes, tal fato irá provocar problemas na

obra, porque vai dar a opção para o departamento de compras de cotar o mais barato e

com características técnicas inferiores.

Moreira (2009) revela que as Especificações Técnicas para Alvenaria

Estrutural devem fundamentar-se em um planejamento que pode ser definido como

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uma sequência de atividades ou eventos, com início e fim, definidos e dirigidos por

pessoas que se destinam a alcançar um dado objetivo dentro de parâmetros de custo,

tempo, recursos e qualidade. Porém é único, mesmo que haja alguma similaridade com

um empreendimento executado, há características específicas e diferenciadoras.

3 APRESENTAÇÃO DE RESULTADOS 3.1 Especificações Técnicas e Operacionais - Alvenaria Estrutural

O objeto de estudo deste artigo se refere à Especificação Técnica que

determina as características mínimas exigíveis para a execução de Alvenaria Estrutural,

com blocos de concreto de Função Estrutural. Trata-se de uma descrição sucinta da

referência técnica dos serviços requeridos pela Construtora Tenda, dos procedimentos

operacionais para atingi-los e a maneira de como recebê-los.

Sobre os materiais a serem utilizados, a orientação dada na especificação

analisada é utilizar somente materiais homologados pela empresa analisada,

notadamente os Blocos Estruturais e as Argamassas (os componentes para moldagem

“in loco”). As composições desses materiais devem atender às especificações do

Projeto.

As exigências mínimas para argamassa e graute (NBR 15961 -2011):

todos os traços são fornecidos pelos projetistas em seus projetos. Com base no que

pode ser observado na Construtora, esta desenvolveu um projeto específico de

Alvenaria Estrutural para todos os pavimentos necessários e que os gestores das obras

devem seguir com rigor.

Para os vãos de portas e janelas devem ser usados gabaritos metálicos,

conforme medidas de projeto especifico (Obras em Alvenaria Estrutural). Já nas

passagens de tubulações Hidráulicas Verticais (Shafts), a orientação é para utilizar

Gabarito Hidráulico conforme Referência Técnica. Com relação às passagens de

tubulações Elétricas e Telecom, utilizadas para subida de eletrodutos, deve-se utilizar

Gabarito de Elétrica, conforme Referência Técnica disponibilizada pela empresa.

Antes do início dos serviços, deverá ser desenvolvido um

apartamento/pavimento, que servirá de referência de qualidade para os demais. O

referido apartamento/pavimento deve ser aprovado em uma reunião, com a presença

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da equipe técnica da empresa, equipe do fornecedor (Alvenaria e Instalações),

funcionário responsável pela gestão de qualidade da obra, o Projetista de Alvenaria

Estrutural, o Projetista de Instalações e outros que sejam necessários.

Os serviços devem ser executados conforme os procedimentos operacionais

(PO) descritos mais adiante, neste artigo, e somente serão liberados após a aprovação

do apartamento/pavimento de referência de qualidade.

3.2 Controle logístico

No que tange à logística de fornecimento, vale relembrar que os blocos

estruturais são divididos em categorias: Família 39, Família 29 e Blocos

Compensadores (¼, 1/8). O correto manuseio, recebimento, preservação e

armazenamento do material inerente à execução do serviço explicitado devem ser

concebidos como parte integrante da expertise do fornecedor e que os mesmos devem

atender às necessidades das atividades correspondentes. Ressalta-se que todo bloco

contratado deve obrigatoriamente ter o selo ABC.

Na Figura 1 tem-se um exemplo de armazenamento dos blocos de forma

adequada e de forma incorreta, sendo demonstrado, também, o armazenamento sobre

lajes de forma inadequada, bem como a correta proteção dada contra a chuva. Os

blocos devem ser protegidos de intempéries (chuvas) evitando o saturamento e os

consequentes atrasos. Para casos de armazenamentos sobre lajes, considerar a laje

rescorada com 1 escora/pallet em todos os níveis até o solo.

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Figura 1 - Armazenamenor correto de blocos e proteção contra chuva (esq.) Armazenamento incorreto

(dir.) Fonte: (da pesquisa, 2013).

Ressalta-se que cada pallet com blocos dever ser mapeado quanto ao

pavimento de aplicação.

3.3 Padrões de recebimento

O procedimento operacional trata as características esperadas ao final da

etapa de alvenaria estrutural, separando os itens críticos e os itens não críticos,

conforme abaixo:

Itens críticos - São aqueles requisitos que podem impactar na qualidade

percebida pelo cliente. Esses itens serão incluídos em FVP (Ficha de Verificação de

Produto) correspondente e devem ser atendidos pelas equipes de produção próprias ou

subcontratados.

Itens não críticos - São aqueles que fazem parte do processo, devem ser de

conhecimento do fornecedor, mas não serão tratados em FVP (Ficha de Verificação de

Produto).

Desse modo, como parte do objetivo proposto neste estudo, discriminou-

se itens críticos e não críticos após a execução da alvenaria estrutural.

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3.3.1 Itens críticos

Resistência à compressão: refere-se à resistência à compressão axial do

Bloco (aos 28 dias): fbk e resistência à compressão axial do graute (aos 28 dias): fgk =

2 x fbk dimensionado em projeto.

Esquadro de Áreas Frias: o esquadro entre parede estrutural x parede

estrutural em cozinhas, áreas de serviço e banheiros devem ter tolerância igual a +/-

2mm (se houverem paredes nesta situação).

Marcação da referência de nível: todos os vãos de portas e janelas deverão

estar marcados com o RN, referência de nível, padrão (=90 cm do contra piso

acabado).

Elevação: seguir a modulação de projeto, buscando assentar sempre a

melhor face do bloco, na parede que receberá o revestimento cerâmico. Prumo de +/-

2mm em relação ao pé direito e planicidade de +/- 2mm.

Aspecto visual: a alvenaria deve apresentar-se isenta de fissuras ou

trincas e juntas verticais e horizontais totalmente preenchidas como mostra a Figura 2 à

esquerda, sendo mostrado, também, o aspecto indesejável como está sendo ilustrado à

direita.

Figura 2 - Aspecto visual desejável (esq.) e não desejável (dir.)

Fonte: (da pesquisa, 2013).

3.3.2 Itens não críticos

Janela de grauteamento inferior e superior: garantir a posição e abertura das

janelas de grauteamento, conforme posição da armação em projeto na 1ª e 6ª ou 7ª

fiada.

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A Figura 3 mostra ausência de segregação de nata de concreto em

parede, à esquerda, e a ausência de arames de amarração nas “janelas de

grauteamento” em que se orienta utilizar fitas de náilon, a fim de evitar corrosão.

Figura 3 - Ausência da nada do concreto (esq.) e do arame de amarração (dir.)

Fonte: (da pesquisa, 2013)

Os Itens Não Críticos referem-se às janelas de grauteamento, que devem

ser cortadas com serra blocos, não se admitindo sua abertura com marretas ou outro

equipamento que abale a estruturação do bloco. Não obstante, o grauteamento superior

ocorre somente após a colocação dos cimbramentos e formas da Laje.

Juntas verticais e horizontes: devem ser totalmente preenchidas, na

espessura entre 10 a 15 mm, ou conforme orientação de Projeto. A marcação, na

locação das paredes pelos eixos, admite uma tolerância de +/- 2mm em relação à face

da linha. Orienta-se que a primeira fiada de alvenaria nivelada e modulada tenha

tolerância = 5mm, e os esquadros, tolerância = +/- 2mm. Para a primeira fiada, esta

deve ser colocada com no mínimo de 1cm no ponto crítico da laje.

Passagem de tubulações hidráulicas e elétricas: tem-se que, nas

hidráulicas, a passagem de tubos Guia ou Blocos Guia não deve admitir blocos com

corte posterior ou com corte inadequado (corte com Marretas). Já as passagens

elétricas precisam conter eletrodutos passados conforme o projeto de Alvenaria

Estrutural, “em espera”, não se admitindo blocos com corte posterior ou com corte

inadequado (abertura com Marretas). A figura 4 mostra uma passagem feita de

tubulação correta, à esquerda, e o que seria uma passagem feita de modo incorreto, à

direita.

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Figura 4 - Passagem hidráulica correta

Fonte: (da pesquisa, 2013). Amarração: no encontro de paredes de alvenaria estrutural, a colocação

da tela deve ser feita durante a elevação ou conforme a orientação do projetista. No

caso do esquecimento da colocação da tela, pode ser colocada posteriormente através

de finca-pinos. O encontro entre alvenaria estrutural e alvenaria de vedação deve

receber a aplicação de chapisco rolado (utiliza-se chapisco rolado, respeitando o prazo

técnico de 72 hs). É preciso considerar a potência da pistola, pois a falta de calibração

pode danificar o bloco.

Deve-se garantir a continuidade da ferragem dos para-raios e os vãos de

portas e esquadrias devem ser requadrados, conforme altura e dimensões assinaladas

no projeto.

3.3.2 Características mínimas exigidas

Como padrão de qualidade, a Construtora definiu as características mínimas a serem

exigidas durante a marcação e elevação da alvenaria estrutural, de acordo com os

Quadros 2 e 3:

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Quadro 2 – Dados para Inspeção da Marcação

Fonte: (TENDA, 2012).

Quadro 3 – Inspeção da Elevação

Fonte: (TENDA, 2013).

3.4 Procedimentos de recebimento

Como critério de recebimento, é preciso proceder com a definição de

conclusão e aceite dos serviços tais como se descreve:

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1ª Etapa – Serviço Concluído: considera-se serviço concluído, quando o

supervisor do fornecedor atender às duas premissas básicas: quando o supervisor do

fornecedor verificar e checar junto a seus oficiais que os serviços executados estão de

acordo com a Referência Técnica e quando o pavimento estiver sem arremates, limpo e

desmobilizado, ou seja, sem qualquer material proveniente da atividade, comunicando o

fato ao supervisor da Construtora para que o mesmo proceda a uma verificação “in

loco”.

2ª Etapa – Aceite do serviço: o supervisor da Construtora, de posse da

FVP, Ficha de Verificação de Produto, confere a qualificação do serviço, seguindo o

método de conferência, melhor descrita adiante. Caracteriza-se então, o seu aceite,

quando os resultados obtidos atenderem aos requisitos mínimos estabelecidos na

própria FVP. A chamada Ficha de Verificação de Produto é o documento utilizado para

comparar a qualidade dos serviços executados com aquela definida na Referência

Técnica e deve contemplar os itens críticos da Referência Técnica.

Caso seja Reprovado, o supervisor da Construtora estabelece as

disposições na própria FVP, entregando-a ao supervisor do fornecedor para que se

inicie a correção das áreas e as novas tentativas de entrega, devendo ainda, seguir as

orientações de “correção de anomalias”.

A Planta Guia é uma planta baixa do pavimento, na qual as paredes, pisos e

tetos são enumerados, a fim de facilitar a conferência, como mostrado na Figura 5.

Deve ser elaborada pela gerência da obra, seguindo as orientações do Método de

Conferência, que necessita dispor de: planta de arquitetura em formato A3; desenho

limpo, sem cotas, somente com nome do ambiente e nº do apartamento e os símbolos

e as posições de conferência. A planta do pavimento tipo poderá ser plastificada.

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Figura 5: Planta Guia de Alvenaria

Fonte: (TENDA, 2012).

3.5 Controle tecnológico

Sobre o controle tecnológico para a aceitação da parede, este deve ser

feito através da moldagem e do ensaio de prismas ocos e cheios com as argamassas e

os grautes utilizados na produção. Indiretamente, essa moldagem também avaliará a

uniformidade nas características mecânicas desses materiais.

Sobre o plano de amostragem (mínimo) por pavimento, segue conforme

NBR 15961-2 ou a critério do projetista estrutural. No Relatório de Ensaios deve conter:

data do ensaio; data do assentamento; data do grauteamento; condições da cura;

indicação do local de aplicação; secção de trabalho considerada no cálculo da tensão

de ruptura em mm²; tensão de ruptura em MPA e descrição do modo de ruptura,

podendo-se usar fotografias ou desenhos, conforme necessário.

O resultado positivo se refere à continuação dos serviços e para o

resultado negativo devem ser seguidas as orientações de correção de anomalias. Com

relação ao Método de Conferência, observou-se que o Supervisor da Construtora e o

Supervisor do Fornecedor devem seguir as orientações abaixo, para verificar o

atendimento aos itens críticos descritos na referência técnicas, constante na

Especificação Técnica da empresa observada. Na marcação (ITENS TRATADOS EM

FVS) tem-se as descrições do Quadro 2., já apresentado no itrm 3.3.2 Características

mínimas exigidas deste estudo.

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4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O presente estudo abordou a importância das Especificações Técnicas e

Operacionais voltadas à Construção Civil, deixando evidente que estas se mostram

como instrumentos de rigor e controle necessários para padronizar os materiais e as

técnicas executivas de determinada etapa da obra.

O estudo de caso descreveu um exemplo singular de Especificações

Técnicas e Operacionais no processo construtivo em alvenaria estrutural com bloco de

concreto de função estrutural, como uma medida que pode garantir a qualidade dos

empreendimentos, sendo também uma forma de gerenciamento e controle de

qualidade da obra. As especificações técnicas se revelaram como as principais

informações necessárias à execução desta etapa da obra.

Verificou-se neste artigo a importância da utilização de materiais

homologados pela Construtora, bem como das argamassas e dos blocos. Na execução

é primordial a disponibilidade de todos os equipamentos e utensílios necessários à

execução das etapas da alvenaria estrutural.

Conclui-se que as Especificações Técnicas e Operacionais se mostram

como um instrumento que padroniza a execução de serviços, materiais e

procedimentos relacionados às atividades da construção civil de modo a trazer

benefícios notórios ao gerenciamento de uma obra, tais como o evitar desperdício e

criar a sintonia entre os elementos envolvidos, fixando as características mínimas

exigíveis, e, no caso deste artigo, para a execução de Alvenaria Estrutural, com blocos

de concreto de Função Estrutural.

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