Especial Estudar-Fora Historias.compressed

7/25/2019 Especial Estudar-Fora Historias.compressed

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HISTRIASPARA TEINSPIRARConhea 10 brasileiros que enfrentaram

situaes adversas e foram aprovados

nas melhores universidades do mundo.


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Sonho de muitos brasileiros, fazer uma graduao ou ps

no exterior um projeto que exige esforo e determinao.

Primeiro, para enfrentar o processo de application

(candidatura) que, apesar de no ser necessariamente

difcil, complexo e envolve diferentes etapas: prova

padronizada, teste de procincia em ingls, anlise de currculo,

envio de redaes e de cartas de recomendao, e realizao de

entrevista. Depois, o desao econmico j que no nada barato

estudar nas melhores universidades do mundo.

A mensalidade de um curso de graduao em uma universidademdia dos Estados Unidos pode chegar a US$ 30 mil por ano. Em

Harvard, a 'top' dos rankings, a anuidade sobe para US$ 43 mil.

Quando o assunto ps-graduao, os preos so ainda mais

elevados. O mestrado executivo na Booth School of Business, a

escola de negcios da Universidade de Chicago, por exemplo, sai

por US$ 168 mil.

As barreiras para estudar fora so grandes, mas nunca

intransponveis. E isso o que mostram os personagens deste

especial. Eles so pessoas como voc, de diferentes lugares doBrasil, de escolas pblicas e privadas, e que tm em comum o

desejo de ir alm.

Neste guia voc ira conhecer histrias como a de Alexandre

Miranda, de 24 anos, que saiu do interior de Pernambuco e

conseguiu um estgio no hospital de Harvard. Outro exemplo

inspirador o da baiana Georgia dos Santos, de 19 anos, que em

2015 foi aprovada em 9 universidades dos EUA. Negra, da famlia

de classe mdia baixa, ela conseguiu chegar l: "No gosto deme ver como exceo, ainda que eu seja. No conheo outra

nordestina, negra que tenha sido aprovada nessas universidades.Mas h muita gente que capaz e que precisa de oportunidade e,principalmente, de acreditar que pode".

E voc, acredita que pode?

Inspire-se na histria desses 10 de brasileiros que conseguiram

estudar fora mesmo quando muitos diziam que era impossvel!

No site estudarfora.

org.br/especiaisvoc

tem acesso a guias

exclusivos e gratuitos.


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ESPECIAL HISTRIAS PARA TE INSPIRAR

"VOC NO PODEPERMITIR QUE ASCIRCUNSTNCIASTE DEEM LIMITES


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Georgia Gabriela Sampaio. Guarde este

nome. Esta brasileira de 19 anos prometefazer histria: nordestina nascida e

criada em Feira de Santana, na Bahia

negra, de classe mdia baixa (lha de umacabeleireira e de um comerciante) ser a primeirade sua famlia a entrar na universidade. Ela s no

sabe qual ainda, pois foi aprovada em Stanford,

Columbia, Dartmouth, Yale e Duke universidades

norte-americanas que esto entre as melhores e

mais seletivas do mundo. Em Stanford, por exemplo,

somente 5,1% dos candidatos que tentaram uma

vaga em 2015 foram aceitos.

Georgia tambm disputada por Middlebury,

Northeastern, Barnard e a inovadora Universidade

Minerva. Em Duke, conseguiu uma bolsa de estudos

que cobre integralmente o valor da mensalidade

de US$ 47.488 por ano, gastos com alimentao e

moradia e ainda prev um auxlio anual de US$ 7 milpara a realizao de pesquisas. A instituio estrealmente determinada a t-la. Meu Deus, muito

difcil escolher. Estou entre Stanford e Duke, masimagina s: como eu vou dizer no, obrigada para

Yale ou Columbia?, ri, nervosa. Ser que eu possofazer um semestre em cada?, brinca.

Antes de poder dizer no, no entanto, Georgia ouviu

muitos nos': em 2014, foi rejeitada pelas sete

universidades nas quais tentou vaga, foi reprovada

Em 2014, a baiana Georgia Sampaio foirecusada pelas escolas nas quais tentouvaga. Neste ano, conquistou nomes comoColumbia, Yale e Stanford

em programas de preparao para a graduao fora,

e viu sua pesquisa cientca ser ignorada.

Como foi a reviravolta? Conhea a histria dela:

INFNCIA E INCENTIVO AOS ESTUDOSDurante ainfncia, Georgia sempre foi incentivada pelos

pais a estudar. Sua me, Sidney, ciente da baixa

qualidade, em geral, das escolas pblicas de seu

bairro, batia na porta de escolas particulares em

busca de bolsa de estudos para a lha. Cabia Georgia se destacar para justicar o investimentodas instituies. Participava de vrias olimpadascientcas para poder apresentar um currculo legal

para as escolas e assim ganhar as bolsas. Lembro

que era das poucas meninas que participava dessas

competies e a nica negra, diz.

Foi com essa ttica de pedir bolsas de estudo queela cursou o ensino mdio de graa no colgio

Helyos, um dos mais prestigiados e caros de

Feira de Santana.

1 TENTATIVA DE ESTUDAR FORANo nal de 2012,Georgia descobriu que havia a possibilidade de estudar

fora. Mas, para isso, precisaria enfrentar o processo

de application(candidatura), que envolve provas

padronizadas (SAT ou ACT), exame de procincia em

ingls (TOEFL ou IELTS), anlise de currculo escolar,

envio de cartas de recomendao e redaes.

ESPECIAL HISTRIAS PARA TE INSPIRAR GEORGIA GABRIELA SAMPAIO


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Em junho de 2013, z o SAT pela 1 vez e fui

pssima, tirei 1.560 pontos, conta. A provavale 2.400 pontos e as melhores universidades

costumam avaliar candidatos que conseguem acima

de 2.000. Meu ingls no era muito bom, ento,eu dava aulas de ingls bsico para poder pagar asminhas prprias aulas, explica.

O processo todo foi permeado de contratempos:

Como tive que trabalhar para pagar as taxas das

provas, no pude me dedicar como gostaria aos

estudos. No m daquele ano, quei doente e passei15 dias internada. Quando z o TOEFL e o SAT 2

ainda estava mal. A diretora da minha escola fez

uma carta de recomendao generalista Em

resumo, deu tudo errado. Ela foi rejeitada nas sete

universidades que prestou, incluindo Yale, Duke e

Columbia, que agora a disputam.

Foi reprovada tambm nos cursos preparatrios

gratuitos para graduao no exterior oferecidos pelaEducationUSA e a Fundao Estudar.

TENTAR DE NOVO?Como havia sido aprovada novestibular da Universidade Federal do Rio de Janeiro

(UFRJ) e tinha uma graduao garantida, Georgia

convenceu os seus pais de que deveria tentar de

novo uma vaga em uma universidade fora.

Em 2014, no gap year, dedicou-se integralmente a

tornar seu perl mais competitivo. O primeiro passofoi melhorar as notas no TOEFL e no SAT: Estudeio livro inteiro do TOEFL e acho que isso me ajudou

muito. Tambm imprimi 10 simulados do SAT.

Primeiro, treinei responder s questes no tempoexigido. Depois, rez tudo para responder certo,diz. Em janeiro deste ano, em sua terceira e ltima

tentativa, ela obteve 2.070 pontos no SAT.

Paralelamente aos estudos, Georgia se dedicou a

atividades extracurriculares trabalho voluntrio,

simulaes da ONU, grupos de discusses polticas

e feministas e sua pesquisa sobre endometriose.

O desejo por estudar um tema to especco ligado

sade da mulher surgiu aps uma tia maternater que retirar o tero, no m de 2012, por conta dadoena. O diagnstico da endometriose, descobriu

a jovem, caro e feito com base em exames de

ultrassonograa e ressonncia magntica, fazendocom que muitas mulheres a exemplo de sua tia

descubram a doena quando j tarde demais.

Meu objetivo encontrar formas de tornar o

diagnstico da endometriose mais simples a

barato por meio de exames laboratoriais (como o

de sangue) e no de imagem, diz. Georgia conta

"COMECEI A ACHAR QUE ERAPOSSVEL FAZER O APPLICATION

PORQUE J TINHA CONSEGUIDOOUTRAS COISAS IMPOSSVEIS'"Georgia Sampaio


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que procurou diversos mdicos, laboratrios e

universidades brasileiras, mas sua pesquisa s

recebeu ateno depois que ela foi selecionada pelo

programa Village to Raise a Child, criado por alunos

de Harvard para identicar empreendedores queestivessem fazendo a diferena na comunidade em

que vivem. No nal de 2014, ela viajou aos EUA comtodas as despesas pagas para palestrar na mais

conceituada universidade do mundo. O episdio foi

um divisor de guas: Foi fundamental para validar

minha pesquisa e, depois de tantas negativas,

mostrar que o assunto importante sim e que devo

continuar investindo nisso.

FIM OU COMEO?O resultado dos esforos de 2014veio em maro, com as cartas de aprovao das

nove universidades. Quando questionada como

enxerga o prprio feito, Georgia no titubeia: Nogosto de me ver como exceo, ainda que eu seja.

No conheo outra nordestina, negra que tenha

sido aprovada nessas universidades. Mas h muitagente que capaz e que precisa de oportunidade e,

principalmente, de acreditar que pode.

Durante minha vida, sempre fui conquistando

coisas bacanas. Por exemplo: estudar no Helyos era

algo inacreditvel para algum do meu contexto,

passar na UFRJ tambm. Ento, comecei a achar

que era possvel fazer o applicationporque j tinha

conseguido outras coisas impossveis', arma.

Segundo ela, o que fez a diferena foi tentar sempre

ir alm do seu limite, ainda que este alm sejadiferente para cada pessoa: para alguns, pode ser a

aprovao em um vestibular local, a conquista de um

estgio ou o aprendizado de uma nova lngua. Fcilno , mas acho que voc no pode permitir que ascircunstncias te deem limites. Leia a redaoque

ajudou Georgia a ser aprovada em 9 universidades.
http://www.estudarfora.org.br/leia-a-redacao-que-ajudou-jovem-a-ser-aprovada-em-9-universidades-dos-eua/http://www.estudarfora.org.br/leia-a-redacao-que-ajudou-jovem-a-ser-aprovada-em-9-universidades-dos-eua/


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PRECISO SER BOBOO SUFICIENTE PARA

ACREDITAR NAQUILOQUE TODO MUNDOFALA QUE LOUCURA


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ESPECIAL HISTRIAS PARA TE INSPIRAR GUSTAVO TORRES

G

ustavo Torres nasceu e cresceu no

Capo Redondo, bairro da periferia da

cidade de So Paulo. Assim como seus

amigos, estudou em escola pblica especicamente na Escola Estadual Miguel

Munhoz Filho. Mas sua trajetria difere da maioria

dos jovens de baixa renda de sua regio: hoje, aos

17 anos, Gustavo foi aprovado em cinco das mais

prestigiadas universidades do mundo: Columbia,

Duke, Harvard, Stanford e MIT

Apesar do feito, ele recusa a ideia de genialidade e

diz que a aprovao tem muito mais ligao com

determinao e esforo: "No impossvel, nosou nenhum gnio, sou um cara normal, do CapoRedondo", ri. No meu 1 SAT(prova padronizadautilizada para admisso nas faculdades) tirei uma

nota horrvel. Tive que estudar muito", diz.

Ao longo do processo, Gustavo conta que passou

noites em claro escrevendo e revisando essays

(redaes). Quando dormia duas ou trs horas pornoite, meus pais falavam: Gu, voc est fazendo malpra voc. Mas voc tem que acreditar. Se voc tem

um objetivo xo, voc tem que acreditar e criar umaestratgia para chegar l.

Ser aprovado no MIT teve um gosto especial para

Gustavo j que foi por causa da universidade que

nasceu o interesse dele de estudar fora. Em 2010,

seu colega Marco Antnio Pedroso, bolsista do

Ismart (instituto que apoia jovens talentosos de

Conhea a histria de Gustavo Torres,estudante da periferia de So Pauloque foi aprovado em Columbia, Duke,Harvard, Stanford e MIT

baixa renda e que Gustavo tambm integrou), foi

aprovado no MIT. "Foi a 1 vez que ouvi a histria de

algum que tinha passado em uma faculdade norte-

americana. Hoje, surreal eu estar nesta situao."

Alm do apoio do Ismart, que concedeu-lhe bolsa de

estudos integral em um colgio particular da capital

paulista, Gustavo teve o apoio do Prep Scholars,

o programa da Fundao Estudar de preparao

gratuita para a graduao fora. "Fazer parte doScholars me permitiu ter informaes rpidas otempo todo, tanto com os consultores como com os

prprios alunos. O tempo todo eles tiravam minhas

dvidas sobre o processo de applicatione sobre

estudos para provas. Toda essa ajuda foi essencial

para os bons resultados", diz.

Para quem tambm sonha em estudar fora, a

primeira dica dele melhorar o ingls: "Sei que o

da escola pblica, pelo menos o da maioria, no

bom. Ento, voc tem que dar um jeito de estudar.Outra coisa importante, e no s para estudar fora,

mas para a vida buscar aquilo que faz sentido

para voc, que voc realmente gosta. A gente no

faz isso, s segue o senso comum", diz. Outro pontofundamental no desanimar diante dos percalos:

" preciso ser bobo o suciente para acreditarnaquilo que todo mundo fala que loucura." Quersaber mais sobre a histria do Gustavo? Assista aum bate-papo com ele no Estudar Fora.
http://www.estudarfora.org.br/conheca-o-sat/http://www.estudarfora.org.br/a-mecanica-de-essay/http://www.estudarfora.org.br/regulamento-personal-prep-scholars/http://www.estudarfora.org.br/bate-papo-com-estudante-aprovado-em-stanford/http://www.estudarfora.org.br/bate-papo-com-estudante-aprovado-em-stanford/http://www.estudarfora.org.br/bate-papo-com-estudante-aprovado-em-stanford/http://www.estudarfora.org.br/bate-papo-com-estudante-aprovado-em-stanford/http://www.estudarfora.org.br/regulamento-personal-prep-scholars/http://www.estudarfora.org.br/a-mecanica-de-essay/http://www.estudarfora.org.br/conheca-o-sat/


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No importa da onde voc vem, mas aondequer chegar, uma das frases preferidasdo carioca Gerson Saldanha, de 24 anos,

estudante de relaes internacionais.

Autointitulado um jovem da nova classeC, ex-barbeiro, lho de um porteiro e uma cuidadorade idosos, ele j realizou dois intercmbios e est

planejando o terceiro. Depois de conhecer Seattle,

nos Estados Unidos, e Londres, na Inglaterra, seu

objetivo agora ir para o Japo. E ele quer tambm

inspirar outros jovens a seguir o mesmo caminho:

em 2014, comeou a visitar escolas da rede pblica

na Baixada Fluminense, no Rio de Janeiro, para

contar sua histria e mostrar que, mesmo no sendo

rico, d para sonhar grande.

A histria de Gerson comeou a mudar numa manhcinzenta de maio de 2013. Como de costume,

pegou um exemplar do jornal O Globo para levar

barbearia onde trabalhava e dar para os clientes

lerem enquanto cortava-lhes os cabelos. Naquele dia,

no entanto, resolveu folhear a pgina de esportes e

deparou-se com o anncio de um concurso que daria

ao vencedor uma intercmbio de um ms nos EUA.

"NO

IMPORTADA ONDEVOC VEM,

MAS AONDEQUERCHEGAR"


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ESPECIAL HISTRIAS PARA TE INSPIRAR GERSON SALDANHA

Aps viajar para os EstadosUnidos e a Inglaterra, o ex-barbeiro Gerson Saldanhacriou um projeto paraincentivar jovens pobres aestudarem fora!

Para participar, era preciso responder perguntaQual conexo geek voc traz de bagagem para o seucaminho?. Gerson, que no costumava participar de

competio alguma, fez uma bela redao vejaaqui, na pgina 17 e ganhou o prmio.

At tinha esquecido que tinha participado. Da, umdia, seguindo o mesmo ritual de pegar o jornal e

levar barbearia, vi meu nome estampado. Nemacreditei, quei 'felizo', conta. Ele diz que, mais doque uma viagem, ganhou uma nova viso de mundo:

Embarquei para os EUA no dia do meu aniversrio.L, conheci gente de vrios pases, vrias classessociais, e percebi que temos mais em comum do que

imaginamos. Todo mundo quer mudar o mundo sua maneira.

Durante um ms, pela manh, Gerson tinha aulasde ingls na Universidade de Ever Green e tardeparticipava de atividades (passeios, seminrios, etc)

com os alunos. Das vrias palestras que assistiu,no vai se esquecer to cedo da de Matt Groening, o

criador dos Simpsons. O cara demais, sou f.

De volta ao Brasil, sua histria de barbeiro, bom deredao e que havia conhecido Seattle, chamoua ateno de uma agncia de intercmbio, que oconvidou para realizar um intercmbio de duas

semanas em Londres, com tudo pago. Em troca, ele

s teve que aproveitar muito, conhecer vrios lugares

diferentes e tirar dezenas de fotos, marcando sempre

a escola e a agncia a m de divulg-los.

Agora, Gerson est juntando dinheiro e buscando

bolsas de estudo e outras oportunidades que o

levem a Tkio. Este o passo imediato o de longo

prazo fazer uma ps-graduao em relaesinternacionais, sua rea, no exterior. Paralelamente,

ele visita escolas para contar sua histria e motivar

adolescentes a partir da 8 srie a irem atrs daquiloque desejam.

No comeo, difcil, a sala ca na maior baguna,acham que algum que vai vender coisa ou falar

bobeira. Mas, quando comeo a contar a minha

histria, eles logo se identicam. Sou pobre, daBaixada como eles, estudei a vida toda em escola

pblica e, na poca em que ganhei o concurso, meu

pai era pedreiro e minha me estava desempregava.

Eles tambm esto acostumados a trabalhar desde

cedo como mecnico, em casa de famlia E eu

trabalhei anos como barbeiro para ajudar em casa,

diz ele, que depois de quatro anos de tentativas

conseguiu a pontuao necessria no Enem paraconseguir uma bolsa integral na universidade pelo

Prouni (programa federal que concede bolsas de

estudo a jovens de baixa renda).

S quero mostrar que possvel ir alm. Na pocaem que eu estava no ensino mdio, no tinha acesso

a essas informaes e no sabia que era possvel

fazer uma graduao fora do pas. Hoje, sei que , e

quero incentiv-los a tentar, conta. Quer saber mais?

Acesse aqui uma cartilha com dicas do Gerson.
http://www.estudarfora.org.br/wp-content/uploads/2015/01/O-Que-Eu-Trouxe-Na-Bagagem-Gerson-Saldanha.compressed.pdf%3F3ffaf9http://www.estudarfora.org.br/wp-content/uploads/2015/01/O-Que-Eu-Trouxe-Na-Bagagem-Gerson-Saldanha.compressed.pdf%3F3ffaf9http://www.estudarfora.org.br/wp-content/uploads/2015/01/O-Que-Eu-Trouxe-Na-Bagagem-Gerson-Saldanha.compressed.pdf%3F3ffaf9http://www.estudarfora.org.br/wp-content/uploads/2015/01/O-Que-Eu-Trouxe-Na-Bagagem-Gerson-Saldanha.compressed.pdf%3F3ffaf9http://www.estudarfora.org.br/wp-content/uploads/2015/01/O-Que-Eu-Trouxe-Na-Bagagem-Gerson-Saldanha.compressed.pdf%3F3ffaf9http://www.estudarfora.org.br/wp-content/uploads/2015/01/O-Que-Eu-Trouxe-Na-Bagagem-Gerson-Saldanha.compressed.pdf%3F3ffaf9


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"OS SONHOS S SE

REALIZAM QUANDO AGENTE SE RECUSA ADESISTIR DELES"


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ESPECIAL HISTRIAS PARA TE INSPIRAR LARISSA MARANHO

E

m 29 de maro de 2012, a alagoana Larissa

Maranho recebeu um e-mail que mudaria

para sempre sua vida. Finalmente, chegara a

resposta da Universidade Harvard, nos EUA,

para onde havia aplicado no ano anterior.

Um sonho que estava sendo construdo h oito anos

foi massacrado em apenas dois segundos quando

vi que no havia sido aceita, diz. Fiquei lendo e

relendo o e-mail, passei dia e noite olhando para a

parede. Foi como se minha vida tivesse perdido o

sentido: O que eu vou fazer agora?'.

Desde o ensino fundamental, Larissa sonhava em

ingressar na melhor universidade do mundo, e no

poupou esforos para isso. Tirava notas excelentesna escola e, no 3 ano do ensino mdio, conta queacordava s 3h15 todos os dias para estudar parao TOEFLe o SATantes de ir para as aulas. Isto, no

entanto, no foi suciente.

Com a negao, s conseguia pensar onde foi que

eu havia errado e se tivesse uma nova chance o que

Rejeitada em Harvard na1 tentativa, a alagoanaLarissa Maranho nodesistiu, tentou mais umavez e hoje estuda economiana instituio

faria de diferente, conta. Ela j estava matriculadaem economia na Universidade Federal do Rio de

Janeiro (UFRJ) quando decidiu largar o curso para

se dedicar integralmente a um novo processo de

application(candidatura) para Harvard, dar-se uma

nova e ltima chance. O resultado saiu em 28 de

maro de 2013 e, desta vez, Larissa foi aprovada!

Se eu tivesse me acomodado com aquele primeirono e cado na UFRJ lugar dos sonhos de muitos,

mas no do meu sonho no teria as oportunidades

incrveis que tenho hoje, arma. A lio que tiro que no podemos deixar os desaos que temos, olugar da onde viemos e os nos que recebemos

contaminarem nosso futuro, porque os sonhos s serealizam quando a gente se recusa a desistir deles.

Hoje, Larissa tem emolduradas na parede tanto a

carta de rejeio como a de aceitao em Harvard

porque acredita que as duas foram igualmente

importantes. Fracasso oportunidade de aprender.
http://www.estudarfora.org.br/toefl-x-ielts/http://www.estudarfora.org.br/conheca-o-sat/http://www.estudarfora.org.br/conheca-o-sat/http://www.estudarfora.org.br/toefl-x-ielts/


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"MUITA GENTE DISSE

QUE ERA IMPOSSVEL EUESTUDAR EM HARVARD,PROVEI QUE NO"


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ESPECIAL HISTRIAS PARA TE INSPIRAR ALEXANDRE MIRANDA

Mais de 6.500 km separam a cidade

de Petrolina, no interior do Estado de

Pernambuco, onde ca um dos campida Universidade Federal do Vale do

So Francisco (Univasf), da cidade de

Boston, nos Estados Unidos, onde est localizadaa Harvard Medical School a melhor faculdade de

medicina do mundo, segundo os principais rankings

internacionais. Essa distncia geogrca foi apenasuma das barreiras, e provavelmente a mais fcil, queAlexandre Miranda, de 24 anos, estudante do 4 anode medicina da Univasf, transps para ir atrs deseu sonho. Diziam que estudar fora s serviria para

atrasar a minha formatura. Ouvi de muitas pessoas,

inclusive de professor, que era impossvel conseguir

um estgio em Harvard, conta. Provei que no.

Impossvel, certamente, no . Mas o caminho

tortuoso e exige muita determinao para percorr-lo. Aos 15 anos, Alexandre decidiu que queria estudar

no exterior e, desde ento, comeou a se preparar.Alm de obter boas notas no colgio, investiu

em pesquisas e atividades extracurriculares. Fiztrabalho voluntrio e, j na faculdade, participei desete congressos e de ligas acadmicas. Um curso

que me ajudou bastante foi o de Fundamentals of

Clinical Trailsno edX(plataforma de cursos online e

grtis de Harvard e MIT).

Estudante de medicina dointerior de Pernambuco contacomo conseguiu um estgiono hospital da mais famosauniversidade do mundo

A chance de ir para os Estados Unidos veio em

2013 por meio do programa Cincia sem Fronteiras(CsF), do governo federal. Mas havia outro obstculo

importante no caminho: o ingls. Mesmo tendo

estudado no Brasil, Alexandre no conseguiu umanota satisfatria no TOELF(exame que mede

procincia em lngua inglesa) e foi enviado Universidade do Arizona para ganhar fluncia noidioma antes de poder assistir s aulas do cursode medicina, propriamente. Cheguei aos EUA emagosto de 2013 e quei quatro meses s estudandoingls. Em janeiro, ingressei em um bridge programe,em que continuei tendo aulas de ingls, mas pudecursar algumas disciplinas da minha rea, explica.

Nesse perodo, porm, chegou concluso de queseria mais vantajoso realizar um internship(estgio

no remunerado) em um hospital de ponta do pas

do que assistir a aulas tericas na universidade.

Mandei e-mails com meu currculo e uma carta deapresentao para mais de 200 pesquisadores e fui

chamado para algumas entrevistas", conta. Um belodia, durante a aula, acessei meu e-mail pelo celular

e vi que havia um comunicado da Harvard Medical

School: tinha sido aceito como pesquisador visitante!

Sa da sala correndo, chorando e fui ligar para os

meu pais, lembra, emocionado.

Com a aprovao, Alexandre conseguiu junto

Coordenao de Aperfeioamento de Pessoal de

Nvel Superior (Capes) extenso de sua bolsa de

estudos. Durante 9 meses, trabalhou no hospital de

Harvard, pesquisando sobre sade cardiovascular.

A grande mensagem que cou que, apesar de serdifcil, no impossvel. Muitos colegas acham que

precisam ser um Albert Einstein ou ter descoberto acura do cncer para ir Harvard. Mas no por a: preciso ter competncia, determinao e tentar. Agente s sabe tentando, arma.
https://www.edx.org/http://www.estudarfora.org.br/toefl-x-ielts/http://www.estudarfora.org.br/toefl-x-ielts/https://www.edx.org/


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Cassiano dos Santos, de 20 anos, estuda

business(negcios) em uma da melhores

escolas do mundo: a Babson College, nos

EUA. Sua histria poderia ser s mais

uma de sucesso dentre tantas outras que

existem por a. Mas no . Filho de nordestinos muito

humildes, ele precisou superar barreiras que pareciam

intransponveis para chegar aonde est hoje.

Natural de Lagarto, uma cidade de apenas 100

mil habitantes que ca a pouco mais de 60 km

de Aracaju (SE), Cassiano conta que o primeiro

obstculo surgiu dentro de casa: "Meu pais cavamreceosos, com medo de que eu me frustrasse. A vida

no proporcionou a eles as mesmas oportunidades".O jovem a primeira gerao de universitrios da

famlia, o que por si s j um grande feito. Mas elequeria mais.

Ainda no ensino mdio, participou do programa

Jovens Embaixadores, que permitiu que passasse

um trs semanas nos EUA com todas as despesas

pagas. No ano seguinte, conseguiu outra bolsa de

estudos, e foi passar um ano em Chicago, desta vez,

pelo programa Global Citizens of Tomorrow.

"ABRACE

SEUSSONHOS ENO SOLTE

DELES ATCHEGAR L"
http://www.jovensembaixadores.org/perguntas.htmhttp://www.afsbolsasusa.org.br/http://www.afsbolsasusa.org.br/http://www.jovensembaixadores.org/perguntas.htm


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ESPECIAL HISTRIAS PARA TE INSPIRAR CASSIANO DOS SANTOS

Cassiano dos Santos saiu do

interior de Sergipe e foi parar

em uma das melhores escolas

de negcios do mundo!

Cassiano conta que estudou no antigo CEFET,

hoje chamado de Instituto Federal. "A escola deua estrutura necessria para que eu conseguisse

explorar meus talentos. Participei de pesquisascientcas com bolsa do CNPq, tive professores no

ensino mdio que tambm eram do ensino superior.

Na verdade, a escola, embora pblica, fazia tudo o

que podia pelos seus alunos. Um dos meus colegas,

por exemplo, participou de olimpadas internacionais;

outro conseguiu passar um ano na Europa num

intercmbio super competitivo", elogia.

Ao nal do terceiro ano, depois de ter conseguidoprmios, viagens e de ter aparecido na mdia, o

jovem decidiu prestar vestibular para Direito na UnB,

uma das universidades mais concorridas do Brasil.

Passou. Antes de abraar metas mais ousadas, diz

que precisava "garantir seu espao no Brasil".

Seu sonho era fazer graduao nos Estados Unidos

- algo que considerava impossvel. "Eu at poderiaser aceito, mas onde iria conseguir US$ 65mil por

ano para custear meus estudos?", diz, citando o valormdio cobrado de mensalidade pelas universidades

norte-americanas. Foi ento que seus pais,antes receosos, comearam a incentiv-lo: "Vocconseguiu tudo o que almejou at agora. Sabemos

que impossvel, mas voc vai dar um jeito."

Cassiano decidiu buscar ajuda. Foi atrs da

Education USA e participou do Prep Scholars,

programa da Fundao Estudar que prepara

gratuitamente jovens para a graduao no exterior.

"Foram os consultores do Scholars que me falaramde uma bolsa de estudos especca para a Babson",

explica. Ele aplicou, foi aceito e conquistou a bolsa.

Cassiano conta que a felicidade que sentiu s no foimaior que o sentimento de dever cumprido: Foi umaconrmao que meus esforos valeram a pena.Cheguei aonde queria chegar. No foi uma coisa de

um ano, mas de anos de preparao. Ento, foi um

marco muito grande na minha vida!"

Atualmente, ele est terminando seu primeiro ano

de faculdade nos EUA (o chamado freshman year) e

revela seus sonhos para o futuro: "Vou passar umms no Peru em um programa voluntrio, ensinando

ingls para as crianas enquanto eu aprendoespanhol. O programa custeado pela universidade.

Depois, vou passar dois meses e meio como

estagirio da Falconi Consultoria, em So Paulo."

Quanto vida nos EUA, ele conta: "Aqui, a maioriados alunos veio das melhores escolas de ensino

mdio do mundo. Mas a verdade que estamos

todos no mesmo patamar. Nunca me senti diferente,

os meus professores me elogiam e estou dentre os

20% melhores".

Ainda que hoje todos estejam no "mesmo ponto", atrajetria que cada um trilhou - e as diculdades queenfrentou - so bem diferentes: "Sou reconhecidopelo meu esforo", diz. Para quem tambm quer

estudar fora, mas acha que impossvel, assim

como Cassiano acreditava, ele tem uma dica: "Abraceseus sonhos e no solte deles at que chegue l.Ambio no algo negativo; um sentimento que

te tira da sua zona de conforto."


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A

ps ser aprovado em seis universidades

norte-americanas em 2015, o amazonense

Henrique Mello, de 17 anos, virou

celebridade em sua regio: "J dei vrias

entrevistas, apareci em sites e jornais. Os

meus amigos brincam que eu estou famoso, mas

no me importo com isso", diz. Aqui em Manaus no

nada comum ver estudantes aprovados nessas

universidades. Ento, s conto a minha histria

porque se ela puder inspirar outros jovens a tentarem

estudar fora, carei feliz.

Henrique foi aprovado na Universidade de Nova York,

Universidade de Virginia, Middlebury College, FloridaTech, Columbia e Universidade da Pensilvnia.

Est em dvida entre as duas ltimas, pois ambasconcederam-lhe bolsa de estudos integral, que cobre

todo o valor da mensalidade (acima de US$ 40 mil

por ano) e ajuda de custo para viver nos EUA.

uma deciso muito difcil. As duas universidades

so igualmente excelentes. Estou levando em

"SE A MINHAHISTRIAINSPIRARALGUM

A TENTARESTUDAR FORA,FICAREI FELIZ"


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ESPECIAL HISTRIAS PARA TE INSPIRAR HENRIQUE MELLO

O amazonense HenriqueMello, de 17 anos, viroucelebridade em sua regioaps ser aceito em seisuniversidades dos EUA

um animal marcante aqui da Amaznia. A arara

um animal bastante independente e eu justiqueinossa semelhana pela minha independnciaintelectual de sempre buscar caminhos alternativos

de aprendizado.

Para quem tambm sonha em chegar l, ele tem trsconselhos principais: traar uma meta clara; dedicar-

se a ela; e no desistir.

Henrique conta que chegava a estudar at cinco

horas por dia somente para o SAT. "O estudo quem

determina a pessoa, que tem que procurar saber

o que funciona melhor para ela. S no deixem

que digam que impossvel ou, se disserem, no

acredite. S voc pode determinar isso porque

depende do seu esforo e trabalho".

considerao, principalmente, as cidades (Columbia

ca em Nova York e a Universidade da Pensilvnia,na Filadla) e o ambiente empreendedor de cadauma, diz ele, que almeja sair da graduao comalguma empresa criada.

Enquanto isso, ele se dedica a escrever um livro

digital com dicas para o processo de application

(candidatura). A parte mais difcil, na opinio dele, foi

escrever as essays(redaes) e opersonal statement

(espcie de ensaio pessoal em que o candidato

conta quem ele ). Comecei a pensar nos textosem julho de 2014 para entregar a verso nal s emdezembro. Escrevi e reescrevi dezenas de vezes.

Neste processo, ele diz que o apoio da Fundao

Estudar por meio do Prep Scholars, programa

gratuito de preparao para a graduao fora, foi

importantssimo: Alm da ajuda nanceira paraviajar at Braslia e realizar o SAT, j que em Manaus

a prova no aplicada, o Prep Scholars me ajudoumuito com as redaes. Se no zesse parte doprograma teria enviado textos chatos e com erros

gramaticais, arma.

No m, ele acredita que o seupersonal statementousado foi fundamental para as aprovaes: Fiz

uma comparao doida entre mim e a arara, que


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"FRUSTRAESSO INEVITVEIS,

PRINCIPALMENTESE VOC TEMSONHOS GRANDES"


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ESPECIAL HISTRIAS PARA TE INSPIRAR ANDRIA SALES

Desde criana, Andria Sales, de 18 anos,

fascinada por descobertas e pelo cu.Enquanto suas amigas brincavam de

boneca, ela cava horas aprendendo osnomes das luas de Jpiter e de naves

que foram enviadas ao espao. Outro de seus

passatempos favoritos era caar insetos para poder

analis-los com seu microscpio de brinquedo."Passava horas observando o cu e me perguntandoo que acontecia l em cima. Minha me costumadizer que a minha fase dos porqus nunca passou."

J na adolescncia, estimulada por vitrias emolimpadas de astronomia, robtica e astronutica,

decidiu que iria perseguir seu sonho de infncia.

Estava resolvido: iria ser astronauta. E na jornada

rumo ao espao, Andreia j obteve sua primeira

conquista: em 2014, foi aprovada no curso de

Engenharia Aeroespacial e Fsica da Universidade

do Colorado at Boulder, nos Estados Unidos.

A instituio est listada entre as 10 melhoresuniversidades americanas nos setores aeronutico e

espacial e possui 18 ex-alunos astronautas, alm de11 ganhadores do Prmio Nobel.

J no primeiro semestre em Boulder, Andria teve

a oportunidade de se envolver com uma iniciativa

da NASA chamada Space Grant, por meio da qual

teve a chance de conhecer astronautas como

Buzz Aldrin e Joe Tanner e construir e lanar um

Andria Sales, de 18 anos,est levando a srio osonho de ser astronauta.Sua 1 parada no curso deEngenharia Aeroespacial naUniversidade do Colorado

BalloonSat (um satlite que vai at a estratosfera

atravs de um lanamento de balo). Seu sonho,a longo prazo, contribuir com o crescimento da

indstria aeroespacial brasileira. "Queria despertarem mais pessoas esse interesse para que possamos

aumentar exponencialmente nossa participao no

setor aeroespacial, que to fundamental para um

pas", diz.

E, se puder ser inspirao para outras mulheres,

melhor ainda. "Gostaria de dizer para outrasmeninas que nuncadesistam de seus objetivos, por

mais desencorajadas que elas sejam, e que jamais

duvidem de suas habilidades. Para mim, a grande

razo pela qual h poucas mulheres nas carreiras de

exatas a falta de estmulo para que continuem na

rea. Infelizmente, ainda h um grande preconceito

quanto capacidade das mulheres com as cincias e

esta uma situao que precisa muito ser mudada".

Nesse processo de tentar ser astronauta e de

inspirar outras pessoas a seguirem seus sonhos

tambm, Andria, apesar de muito nova, j tirou umalio: "Frustraes so inevitveis, principalmente, sevoc tem sonhos grandes e ambiciosos. Acho queo segredo manter a mente aberta e a experinciavaler a pena, mesmo que no saia exatamentecomo voc quer".


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Filho de pequenos pecuaristas, Duval

Guimares, de 30 anos, nasceu na pequena

cidade de Rio Branco, de apenas 5 mil

habitantes, localizada a 350 quilmetros deCuiab (MT). Logo percebeu, porm, que no

tinha o dom de criar gado, tirar leite e produzir queijo

atividades que vinham sustentando sua famlia por

tantos anos. Buscando melhor educao, mudou-se

de cidade trs vezes at chegar a Timteo, no interiorde Minas, onde concluiu o ensino mdio. Nesse

processo, acabou perdendo um ano de escola. Meuspais nunca me cobraram para ser um bom aluno,

pois essa no era a realidade deles, explica.

Sua famlia tambm no imaginava a importncia

que o ingls teria para a sua vida, mas Duval

convenceu os pais a o matricularem em um curso do

idioma. Foi uma professora de ingls, inclusive, quelhe deu o primeiro incentivo a estudar fora. Ela me

entregou um panfleto de divulgao de um curso de

"O CAMINHOPERCORRIDOVALE TANTO

QUANDO ASCONQUISTASTANGVEIS"


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ESPECIAL HISTRIAS PARA TE INSPIRAR DUVAL GUIMARES

Conhea a inspiradoratrajetria de DuvalGuimares, que nasceu emuma cidade 5 mil habitantesno interior do Mato Grosso efez mestrado em Harvard

idioma nos Estados Unidos. Eu me interessei e vendialguns bezerros que tinha ganhado aos 10 anos para

completar o oramento, diz.

Em dezembro de 2001 pisou pela primeira vez

em territrio americano e permaneceu l por trsmeses. De volta a Timteo, deu aulas de inglscom um material diferenciado, que trouxe dos

EUA. Aos poucos, foi aprimorando seus prprios

conhecimentos do idioma, at que decidiu voltar para

os Estados Unidos e ingressou na Santa Barbara

City College um dos chamados community colleges

norte-americanos que oferecem cursos de dois

anos de durao (ao trmino os alunos recebem o

chamado associate degree) "Nesse perodo, trabalhei

no que foi possvel para me sustentar: pizzaiolo,

ajudante de garom, operador de telemarketing,

taxista e at de bab", conta.

Depois, Duval conseguiu ser transferido para a

American University, em Washington, onde se

formou em Relaes Internacionais. No ltimosemestre do curso fez um estgio no remuneradona Organizao dos Estados Americanos (OEA)

e logo depois foi selecionado no concorridssimo

programa de traineesdo Banco Mundial. A conquista,

diz ele, foi um divisor de guas. "Foi o processo maisseletivo do qual j participei. Isso me fez acreditar

que era possvel seguir um caminho diferente dos

meus pais e ter uma carreira bacana."

A HISTRIA NO PARA POR A Em 2011, Duvalcandidatou-se ao mestrado em Polticas Pblicas

em Harvard. Apesar do currculo notvel, obteveuma nota bastante baixa na prova que compe a

candidatura, o GMAT (540 pontos, enquanto a mdia

dos alunos das melhores escolas costuma ser acima

de 700), e achou que no seria selecionado: "Fiquei

na lista de espera de Harvard e fui pessoalmente

conversar com a diretora do programa. Coincidnciaou no, no mesmo dia, recebei um e-mail dizendo

que minha vaga tinha sido aberta. Ele aindaconquistou uma bolsa estudos da Fundao Lemann

pelo programa Lemann Fellowhip.

Do mestrado, concludo em 2013, destaca o acesso

que teve a uma poderosa rede de contatos: "Estudeicom pessoas muito interessantes de vrios lugaresdo mundo, que tinham em comum a vontade de

causar impacto social para seu pas. At hoje a gente

se consulta e se ajuda", diz. De volta ao Brasil, ele

atuou por pouco mais de um ano como assessor

especial da Secretaria Municipal de Planejamento,

Oramento e Informao de Belo Horizonte. Hoje,

gerente de relaes governamentais de uma

empresa de minerao. Na prtica, faz a interlocuo

da companhia com os governos estadual e federal.

Se mudou a vontade dele de causar impacto? Deforma alguma. "Aqui descobri muita coisa bacana

que pode ser feita em prol da sociedade tambm viasetor privado. No setor minerativo h transfernciade responsabilidade e as grandes empresas

precisam implementar polticas pblicas nas regies

em que vo atuar", diz. "No deixei de acreditar no

setor pblico, mas isso no quer dizer que no seja

possvel fazer mudanas em outras reas. Na minhaexperincia, aprendi que o caminho percorrido valetanto quando as conquistas tangveis".


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Raiam dos Santos, de 25 anos, nunca

se contentou com pouco. E est indo

longe em razo de sua obstinao.

Ainda adolescente, conta que via

seus colegas de escola viajarem para

passar 15 dias de frias na Disney, mas achava

que isso no seria suciente para ele. "Euqueria mesmo era fazer high school nos EUA".

Assim, passou meses e meses pesquisandosobre agncias de intercmbio, esteve emdiversas feiras no Rio de Janeiro e em So

Paulo e se inscreveu em muitos concursos de

bolsas. At que deu certo: Fui o 3o lugar do

Brasil no concurso da World Study e recebi uma

bolsa para fazer um intercmbio de um ano na

Califrnia, revela.

"ASOPORTUNIDADESNO VO BATER

NA SUA PORTA.V ATRS!"


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ESPECIAL HISTRIAS PARA TE INSPIRAR RAIAM DOS SANTOS

Raiam dos Santos, de 25anos, foi aprovado na UPenncom bolsa de US$ 200 mile tornou-se uma estrelado time universitrio defutebol americano!

Quando embarcou para San Diego, seu objetivo era

simples: queria aprender ingls, voltar para o Brasil

e tentar uma vaga em uma universidade pblica.

Mas a vida tinha outros planos para ele. NosEUA, comecei a me destacar como kickerdo time

de futebol americano da escola e vi que esportes

universitrios so muito valorizados por l.

Raiam tambm descobriu que todos aqueles

jogadores que apareciam nos jogos da NCAA

recebiam bolsa de estudos para representar a

universidade dentro de campo. Um tcnico da minhaescola, inclusive, havia jogado futebol americano por

uma grande universidade da NCAA. Um dia, ele me

puxou e falou: se tem algum nesse time que tem

potencial para jogar na TV aos sbados, esse algum voc . Pronto. Foi a partir da que a vida de Raiam

comeou a mudar.

Achei aquilo o mximo e, ento, entrei em college

mode. Sabia que meus pais no podiam pagar uma

faculdade norte-americana e pensei que o esporte

seria a sada, relembra. Raiam passou a se dedicarmuito mais ao esporte. Alm dos treinos de agilidade

e tcnica, o jovem fazia musculao e yoga. Notempo livre, pesquisava tudo o que podia sobre o

processo de admisso das universidades de l.

De volta ao Brasil, com o pai desempregado, o dlar

alto e sem nenhuma proposta de bolsa de estudos,

os sonhos de Raiam comearam a trincar. Eu ouviacoisas do tipo: Esquece, Raiam! Voc no tem nota

nem dinheiro para isso. Fazer faculdade fora s

para lho de bacana', conta.

Em uma situao assim, a maioria das pessoas

desistiria do sonho e se concentraria no vestibular

brasileiro, certo? No ele. A sada que encontrou foi

aplicar para universidades que estivessem dispostas

a oferecer bolsas integrais. S que, nos EUA, asuniversidades que do bolsas integrais so tambm

as mais concorridas. Eram faculdades do naipe deStanford, MIT e Harvard. No seria fcil entrar mas,antes de jogar a toalha, tinha que esgotar todas as

minhas possibilidades.

De todas as universidades que aplicou, a que

ele mais queria era justamente a University of

Pennsylvania. Eu estava determinado a estudarbusiness, e a UPenn a casa da Wharton School,

uma das melhores faculdades de economia eadministrao do mundo. Alm disso, a UPenn

tinha um programa acadmico concorridssimochamado Huntsman Program, diz. Neste programa,os estudantes precisam ser fluentes em, no

mnimo, 3 lnguas. Fora isso, saem da faculdade

depois de 4 anos com 2 diplomas: um em Relaes

Internacionais e um em Business.

Corri atrs de cartas de recomendao deprofessores e do diretor da minha escola, mandei

bem no TOEFL, terminei o high schoolcomo o

primeiro da turma, z o SAT 5 vezes para ter umapontuao mais adequada quelas universidadestops, preenchi os applications, escrevi vrios essayse z algumas entrevistas com ex-alunos dasuniversidades que apliquei.

Entre maro e abril, Raiam comeou a receber

os resultados: rejeitado em Harvard. Rejeitado

em Stanford. Rejeitado em Yale. Rejeitado em

Princeton. Rejeitado no MIT. Rejeitado em Columbiae Aceito com bolsa integral de 200 mil dlares na

Universidade da Pensilvnia, onde tornou-se a estrela

do time de futebol americano.

Aos que pensam em estudar fora, ele direto:

"As oportunidades no vo bater sua porta aquino Brasil. Voc tem que pesquisar, correr atrs emostrar para as universidades que voc existe!".


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Textos

Carolina Campose Lecticia Maggi

Reviso

Lecticia MaggiDesignDanilo de Paulo , 2015

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