Especial Cooperativismo ZH 2015

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Presidente do Sistema Ocergs-Sescoop/RS avalia o panorama do cooperativismo Como as cooperativas podem auxiliar no desenvolvimento do Rio Grande do Sul 3 7

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Presidente do Sistema Ocergs-Sescoop/RS

avalia o panorama do cooperativismo

Como as cooperativas podem auxiliar no desenvolvimento

do Rio Grande do Sul

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2 INFORME COMERCIAL Porto Alegre sábado 4 de julho de 2015

EXPEDIENTE:Encartado regionalmente em ZERO HORA, com distribuição em todo o Estado do Rio Grande do Sul. Produzido por Diretoria Comercial.Planejamento de produto: Letícia [email protected] de planejamento: Luana MarquesJornalista colaborador: Leonardo Fister – RMT 16.853/RSProjeto gráfico colaborador:Renan Sampaio – RMT 17.092/RS

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APRESENTAÇÃO

Para construir um mundo melhor

O movimento cooperativista é uma realidade no mun-do inteiro. Fruto da união

das pessoas em torno de objetivos comuns, as cooperativas incenti-vam o empreendedorismo, criam oportunidades de negócio e promo-vem o crescimento dos cidadãos e das regiões onde estão presentes. Ao todo, o setor reúne mais de 1 bilhão de pessoas e é responsá-vel pela produção de 100 milhões de empregos, 20% a mais que as empresas multinacionais. Tudo isso, levou a Organização das Nações Unidas a declarar que as coopera-tivas constroem um mundo melhor. Além disso, a ONU abraçou a causa e aumentou a consciência pública sobre os benefícios desse modelo de negócio mundo a fora.

As estatísticas mostram que a es-tratégia está funcionando. No Cana-dá, por exemplo, uma em cada três pessoas faz parte de uma coopera-tiva. Enquanto que na França, 73% das agências bancárias pertencem aos grupos cooperativos. Além disso, o número total de clientes (pessoas singulares e coletivas) dos grupos

bancários é superior ao número de habitantes do país.

No Brasil, o setor também mos-tra força. No total, são mais de 10 milhões de brasileiros associados a uma cooperativa. No cenário nacio-nal, o Rio Grande do Sul tem lugar de destaque com 2,6 milhões de associados e 440 cooperativas que geram quase 60 mil empregos.

Para ilustrar ainda mais o assun-to, lançamos o Especial Cooperati-vismo. Neste dia 4 de julho, data em que se celebra o Dia Internacional do Cooperativismo, apresentamos entrevistas e matérias especiais que reforçam a importância do setor, que promove o desenvolvimento pen-sando primeiro nas pessoas. Gostou? Então, vire a página e leia mais. Ahhhh...quando ter-minar, coo-pere e passe a adiante. Boa leitura.

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3INFORME COMERCIAL Porto Alegre sábado 4 de julho de 2015

CENÁRIO COOPERATIVISTA

Desafios e novos rumosPresidente do Sistema Ocergs-Sescoop, Vergilio Frederico Perius, destaca o panorama do setor no estado

Nós crescemos muito de 2012 para cá.No Rio Grande do Sul, a ascensão do número de associados foi muito forte. Hoje são 2,6 milhões.

É preciso melhorar a infraestrutura de transporte de produtos. As linhas de navegação seriam uma boa saída, mas para isso é preciso limpar os rios e deixá-los navegáveis.

O atual panorama do coo-perativismo no Brasil e no Rio Grande do Sul é muito

favorável. O número de associados cresce ano a ano e as receitas gera-das pelas cooperativas são cada vez maiores. Contudo, o setor também enfrenta desafios que exigem ade-quações nas suas áreas por meio de estratégias customizadas, pre-cisas e sustentáveis. Para abordar de uma maneira mais completa o atual cenário das cooperativas, en-trevistamos Vergilio Frederico Pe-rius, presidente do Sistema Ocergs – Sescoop/RS. Na conversa, Vergilio ressalta os benefícios do cooperati-vismo, as reivindicações do setor e as ações da entidade para o desen-volvimento das cooperativas.

A ONU declarou 2012 como o Ano Internacional das Cooperati-vas. Na sua opinião, houve uma mudança no cenário do coopera-tivismo desde então?

Nós crescemos muito de lá para cá, especialmente no número de sócios. A ONU deixou visível ao mundo que existe uma terceira via entre as economias capitalista e so-cialista, no caso, o cooperativismo. Assim, as pessoas refletiram e se organizaram para esta via. O coo-perativismo não condena nenhum dos dois sistemas, pois ela fica exa-tamente no meio, buscando o que ambos tem de melhor. No caso do Rio Grande do Sul, a ascensão do número de associados foi mui-to forte. Hoje são 2,6 milhões. Em 2012, a ONU e a imprensa deixaram o tema visível para a população, principalmente a urbana. Isso fez com que as cooperativas pudessem desenvolver maiores projetos.

Quais os benefícios do coope-rativismo para as pessoas e para o estado?

O cooperativismo exerce dois objetivos básicos: inclusão social e econômica. A inclusão social é muito importante, pois atinge os ramos menos expressivos. Uma co-operativa de habitação, por exem-plo, faz com que os indivíduos que pagavam aluguéis ou não tinham uma boa moradia, consigam um imóvel bom e barato. A inclusão econômica é fundamental também. Por exemplo, a agropecuária gera R$ 20 bilhões do nosso faturamento e ainda é responsável pelo maior nú-mero de empregos, ICMS e impostos produzidos. No ramo de saúde, o co-operativismo construiu sete hospitais próprios e seis Hospitais Dia no es-tado, que totalizam 1.200 leitos. No

segmento de infraestrutura, temos um projeto no qual construímos 30 PCHs (Pequenas Bacias Hidrelétricas), que fazem a ligação da luz trifásica para os produtores rurais que têm somente luz monofásica.

Quais as reivindicações do setor cooperativista junto ao go-verno do estado?

Os governos, seja qual for a instância, devem olhar as coopera-tivas como instrumento de desen-volvimento local e sustentável. Mas nós temos coisas pontuais que se acumularam nos últimos anos. Uma delas é no setor de crédito, onde as cooperativas estão organizadas de tal modo que também possam re-ceber os depósitos do pagamento de ICMS dos seus sócios. Há uma resistência a esta questão. Não sei por qual motivo. No setor agrope-cuário, queremos que o estado nos ajude a custear a assistência técnica que as cooperativas desenvolvem. Para se ter uma ideia, temos 1.500 técnicos a nível de campo, que dão assistência técnica 24 horas por dia, e o nosso investimento é de R$ 80 milhões. Então, desejamos comple-mentar esse serviço da Emater por meio de uma compensação de cré-dito fiscal. Na eletrificação, solicita-mos maior agilidade da Fepam, pois ela demora demais nas decisões e isso gera prejuízos aos projetos coo-perativos. Além disso, é preciso me-lhorar a infraestrutura de transporte de produtos. As linhas de navegação seriam uma boa saída, mas para isso é preciso limpar os rios e deixá-los navegáveis. Hoje, levar uma carga

de soja de Cachoeira do Sul, que se-gue pelo Rio Jacuí, até o porto de Rio Grande, teria o custo de R$ 0,54 por saco. Mas quando vai por cami-nhão, esse custo é mais elevado.

Como o sistema Ocergs-Ses-coop/RS tem contribuído para o desenvolvimento do setor?

Nós temos três focos. O pri-meiro é monitorar e ajudar as co-operativas a se desenvolverem por meio de um projeto de autogestão. Também estamos investindo na for-mação profissional com a criação da Faculdade de Cooperativismo, a Escoop, que vai preparar, a nível de graduação, os gestores em coo-perativas. O Ministério da Educação deu nota máxima à nossa proposta pedagógica. O terceiro programa é o de promoção social, que visa desenvolver a questão da sustenta-bilidade, do respeito ao meio am-biente, da inclusão da mulher e dos jovens e de uma cultura geral da

cooperação. Para isso, realizamos ações como o “O Rio Grande Canta o Cooperativismo”, o “Aprendiz Co-operativo” e o “Dia C”, que vamos festejar neste sábado (04), com ati-vidades voluntárias a favor da co-munidade.

O que o senhor prevê para o cenário cooperativismo nos pró-ximos anos?

O número de sócios tende a crescer, principalmente em alguns setores. O setor de crédito terá uma maior demanda de crescimento, na medida que a crise de juro alto faz com que as pessoas reflitam sobre o uso do dinheiro. Acredito que todos conversarão e pensarão mais a respeito das cooperativas. Portanto, temos muita esperança de crescimento em número de só-cios e projetos agroindustriais. Isso desenvolverá mais matéria-prima para o estado e ajudará no seu crescimento.

De acordo com VERGILIO PERIUS, os governos devem olhar as cooperativas como instrumento de desenvolvimento local e sustentável

LUANA TREVISOL, DIVULGAÇÃO

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4 ed julho.Dia Internacional do Cooperativismo. Ecocredi

ecocredi.com.br/ecocredi

Sicoob Ecocredi: Três Coroas – Igrejinha – Novo Hamburgo – São Francisco de Paula – Gramado – Ivoti

4 INFORME COMERCIAL Porto Alegre sábado 4 de julho de 2015

INFORME PUBLICITÁRIO

INSTITUIÇÃO FINANCEIRA COOPERATIVA

Contribuindo para a saúde financeira

I nstituição financeira formada por profissionais graduados da área da saúde, a Unicred sur-

giu na cidade de Casca (RS) no ano de 1989. Organizada sob forma de sociedade cooperativa, a entidade não possui fins lucrativos e teve a sua gênese e desenvolvimento den-tro da Unimed. Atualmente, é um dos principais sistemas cooperati-vos de crédito no país. Somente no Rio Grande do Sul, são 11 coope-rativas e 56 unidades de negócios, que atendem aproximadamente 39 mil cooperados.

A Unicred funcionalmente pos-sui muitas semelhanças com as instituições financeiras tradicionais, contudo, o sistema apresenta dife-renças que são fundamentais.

– Por sermos uma cooperativa, o resultado que se apura ao final do exercício social retorna ao sócio nas proporções de suas operações. Além disso, a filosofia do coopera-tivismo nos permite trabalhar com preços mais justos. Nossas linhas de financiamento e empréstimo, por exemplo, possuem taxas mais

atrativas que as praticadas pelos bancos tradicionais – explica o mé-dico Paulo Abreu Barcellos, diretor-presidente da Unicred Central RS.

A Unicred também se diferencia de outras instituições financeiras cooperativas em virtude de seu nú-cleo ser formado por profissionais da saúde, seus familiares e pessoas jurídicas com atividades correlatas ao setor. Recentemente, algumas cooperativas ampliaram o seu qua-dro social para outras profissões habilitadas, como engenheiros, ar-quitetos, empresários entre outros.

– O fato de termos um merca-do de nicho, nos permite conhecer melhor o associado e realizar um atendimento personalizado. Assim, há uma boa relação de reciprocida-de e fidelização – destaca o diretor-presidente.

A carteira de crédito do Sistema Unicred RS cresceu 27% em 2014, ultrapassando a marca de R$ 1 bi-lhão e, até maio desse ano, já evo-luiu 8%. As aplicações financeiras aumentaram 22% em 2014, e, até maio de 2015, cresceram aproxima-

damente 10%. Mas apesar dos bons resultados alcançados, a Unicred RS mantém os pés no chão com rela-ção ao futuro e se mostra prepara-da para enfrentar cenários adversos na economia nacional.

- Por fim, acreditamos no coope-rativismo como uma das vias de solu-ção para os tantos problemas socio-econômicos que o mundo enfrenta e somos otimistas com o futuro do Sistema Unicred – finaliza Barcellos.

Há mais de 25 anos no mercado, o Sistema Unicred RS conta com aproximadamente 39 mil cooperados no estado

Segundo PAULO BARCELLOS, o fato da Unicred ser uma cooperativa de nicho permite a realização de um atendimento mais personalizado ao cliente.

JONATHAN HECKLER, DIVULGAÇÃO

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unicred.com.br/centralrs

4 de Julho. Dia Internacional do Cooperativismo. Uma data para você celebrar, construir e realizar todos os seus sonhos.

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5INFORME COMERCIAL Porto Alegre sábado 4 de julho de 2015

EDUCAÇÃO

Cooperativismo

A necessidade de investir na gestão qualificada das cooperativas levou

a criação da Escoop, a Faculda-de de Tecnologia do Coopera-tivismo. Essa é a primeira ins-tituição de ensino superior do Brasil voltada, exclusivamente, ao ensino, pesquisa e extensão no ramo cooperativo. O objeti-vo da escola é preparar e formar profissionais capazes de absor-ver, propor e aplicar tecnologias de gestão na identificação e re-solução de problemas organiza-cionais das sociedades do setor.

Atualmente, a ESCOOP oferece cursos de gradua-ção, pós-graduação e ex-tensão, em consonância com o Plano de Desen-volvimento Institucional (2010-2014), que foi o nor-teador de seu credenciamento perante o Ministério da Educa-ção e da atuação da Instituição nesse período. Na graduação, há o Curso de Tecnologia em Gestão de Cooperativas, que possui carga horária de 1.620 horas, com matriz curricular dividida em cinco semestres. O processo seletivo de ingresso é anual, ocorrendo desde o ano de 2012. Contudo, ao longo dos anos, foi a pós-graduação ga-nhou uma atenção especial da instituição.

– Hoje, o nosso grande foco é atuar na pós-graduação, pois o nosso aluno é aquele profis-sional que tem curso su-perior em outra área, mas viu pouco ou qua-se nada de cooperativa em sua graduação. As-sim, quando vai trabalhar em uma cooperativa, ele pre-cisa entender como o setor fun-ciona – afirma Mário De Conto, Coordenador de Ensino, Pesqui-sa e Extensão da Escoop.

O ideia dos cursos da Escoop é mesclar teoria e prática desde o primeiro semestre. Junto com a doutrina, os alunos participam de atividades que simulam o cotidiano de uma cooperativa. Além disso, realizam visitas a unidades e tem palestras com presidentes e executivos que

A Escoop tem como objetivo preparar profissionais para as diversas áreas de atuação dentro das cooperativas

atuam no ramo. – Estamos muito ligados

dentro do que uma instituição de ensino deve preconizar, que é essa ligação da teoria com a prática. Portanto, as atividades desenvolvidas na Escoop estão perfeitamente adequadas com o que o setor espera. Tanto que a maioria de nossos alunos já estão vinculados a uma coope-rativa – destaca De Conto.

Para o futuro, a instituição planeja ter um curso de mes-trado profissional. Neste ano,

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Hoje, o nosso grande foco é atuar na pós-graduação, pois o nosso aluno viu pouco ou quase nada desta área em sua graduação. Assim, quando vai trabalhar em uma cooperativa, ele precisa entender como o setor funcionaAs atividades

desenvolvidas na Escoop estão perfeitamente adequadas com o que o setor espera.

unicred.com.br/centralrs

4 de Julho. Dia Internacional do Cooperativismo. Uma data para você celebrar, construir e realizar todos os seus sonhos.

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em sala de aula

a Escoop teve aprovada pelo Fundecoop (Fundo Solidário de Desenvolvimento Cooperativo) um projeto para a criação de um núcleo de pesquisa na Faculda-de. A expectativa é de que o pla-no seja criado ainda neste ano e suas atividades ocorram entre 2016 e 2018.

– Isso vai melhorar muito a nossa questão da pesquisa e da visibilidade e colaborar para o desenvolvimento da institui-ção como um todo – finaliza De Conto.

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RESULTADOS

Os números do cooperativismo no RS

• A renda gerada ao estado foi de R$ 1,7 bilhão em 2014, um valor 17,4% superior ao arrecadado em 2013.

• O Rio Grande do Sul conta com 2,6 milhões de associados.

• 68, 2% da população gaúcha está envolvida com o cooperativismo.

• O cooperativismo gera 58,4 mil empregos diretos.

• 65% das 440 cooperativas do estado estão concentradas nos ramos da agropecuária, crédito e saúde.

• O faturamento do cooperativismo gaúcho subiu 82% em seis anos, de R$ 17,1 bilhões, em 2008, para R$ 31,2 bilhões, em 2014.

• O salário médio dos profissionais do ramo, R$ 2.161, é 30, 3% maior do que é praticado no setor privado, R$ 1.658.

O Cooperativismo gaúcho segue apresentando resultados ex-pressivos ano após ano. Na última sexta-feira (03), o Sistema Ocergs – Sescoop divulgou os dados da Expressão do Coope-

rativismo Gaúcho 2014. Os números reforçam a força das cooperati-vas no estado e o engajamento, cada vez maior da população gaúcha com o setor. Confira algumas estatísticas:

INFORME PUBLICITÁRIO

MÓVEIS E DECORAÇÃO

Especialistas no bem-estarC om quase oito anos de histó-

ria, a Casabem é uma rede de lojas de móveis e decoração

formada por empresários do varejo moveleiro, com pontos de venda loca-lizados em várias cidades do Rio Gran-de do Sul. O grande objetivo de seus empreendedores é oferecer melhores produtos e condições de pagamento para seus clientes.

No decorrer dos anos, os lojistas perceberam a força da rede e, junto a isso, novas necessidades e possibi-lidades de aprimorar outros pontos relacionados ao negócio, tais como a capacitação de gestores, equipes de venda e colaboradores. Para isso, a rede realiza o Fórum dos Gesto-res – com temáticas direcionadas a melhores técnicas de gestão e novas tendências do varejo –, as Convenções de Vendas, o Fóruns de Vendedores e Montadores, além de visitas técnicas a fornecedores e cursos de qualificação.

A Casabem também percebeu que seus clientes haviam se tornado mais exigentes e informados em rela-ção aos diferenciais dos produtos, de

modo que era preciso aprimorar a re-lação com o seu público-alvo. Por este motivo, a rede está em processo de introdução do novo posicionamento, que é ser “especialistas no seu bem-estar”. A instituição está investindo em um novo formato de apresenta-ção dos produtos e atendimento nas lojas, transformando o ato de compra pelos clientes, em uma experiência gratificante.

Junto com isso, há a vontade de ajudar a comunidade de alguma for-ma. Assim nasceu o Natal Solidário, uma ação onde a rede, com envolvi-mento de seus gestores e colabora-dores, organiza e distribui brinquedos para as crianças das comunidades ca-rentes próximas as lojas. Até hoje, fo-ram distribuídos mais de 25 mil brin-quedos em 17 cidades gaúchas.

O espírito do cooperativismo, que no início era um tanto novo e desco-nhecido para estes empresários, hoje é sinônimo de crescimento, não só do faturamento, mas do conhecimento conquistado pela troca de experiên-cias, que só é possível neste formato

de associação. Atualmente, a Rede Casabem conta com 34 lojas padro-nizadas e 3 lojas afiliadas, somando, ao todo, 37 pontos de venda. Todos estão alinhados a um mix de produtos selecionados entre os principais forne-cedores de móveis do mercado.

A Rede Casabem conta com 34 lojas padronizadas e 3 lojas afiliadas, somando ao todo 37 pontos de venda

A padronização das lojas é uma das características da REDE CASABEM

Rede promove a capacitação

dos associados no FÓRUM DE

GESTORES

FOTOS REDE CASABEM, DIVULGAÇÃO

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CRESCIMENTO ECONÔMICO

RESULTADOS

Uma alternativa para desenvolver o estadoSetor cooperativista gaúcho se apresenta como uma solução para combater a crise e ajudar o Rio Grande do Sul a crescer

O cooperativismo é um estilo de vida desvinculado de qualquer sistema político e religioso, or-

ganizado através da união das pessoas em torno de um objetivo comum. Esse modelo ajudou as cooperativas a en-frentarem a crise econômica mundial sem maiores problemas e fez a ONU levantar a bandeira do setor em todo o mundo. Segundo a organização, as co-operativas ajudam a construir a capaci-dade de resiliência em todas as regiões e setores econômicos. No caso do Rio Grande do Sul, por estar presente em importantes áreas, o cooperativismo surge como uma ferramenta positiva para movimentar e desenvolver a eco-nomia estadual.

De acordo com Mário De Conto, coordenador de ensino, pesquisa e ex-tensão da Escoop, o fato dos incentivos dados às cooperativas permanecerem na comunidade é uma característica que, por si só, auxilia no desenvolvi-mento do estado.

– As empresas privadas, muitas ve-zes visando benefícios fiscais, acabam se mudando para outros estados. Já a cooperativa não tem essa mobilidade, pois os sócios delas estão aqui. Ou seja, o desenvolvimento e os excedentes que que as cooperativas geram ficam na comunidade – destaca De Conto.

O presidente do Sistema Ocergs – Sescoop/RS, Vergilio Perius, chama a atenção para outra questão: a crise tributária do Rio Grande do Sul. Se-gundo ele, somente com a Lei Kandir (de 1996) o Rio Grande do Sul deixou de arrecadar mais de R$ 30 bilhões de ICMS. Para amenizar esse vácuo, ele de-fende o investimento nas cooperativas agroindustriais, pois elas são um braço importante na geração fiscal e de ou-tros benefícios.

– Quando deixamos de industriali-zar matérias-primas em nosso estado, diminuímos a absorção de mão de obra. Se investirmos na agroindústria, poderemos gerar uma fatia maior de fisco, além de mais empregos e va-

lor agregado aos produtos rurais. Em consequência, isso resultaria no maior desenvolvimento em uma comunidade – afirma Perius.

Paulo Pires, presidente da FECOA-GRO/RS, também reforça que as coo-perativas agropecuárias do estado têm cumprido um papel fundamental nas comunidades do interior. Para ele, esse papel não se limita ao fato delas serem, na maioria das vezes, as maiores em-pregadoras, mas sim pela assistência que elas prestam aos associados.

– Além da questão econômica, as cooperativas levam diariamente assis-tência técnica para seus associados, na sua grande maioria pequenos produto-res, que só têm viabilidade econômica na sua atividade, por causa desse apoio que recebem. Por isso, este tipo de or-

ganização societária tem crescido tanto no Rio Grande do Sul, apesar do cená-rio econômico adverso – enfatiza Pires.

O ramo de infraestrutura também tem uma participação importante. Con-forme Jânio Vital Stefanello, presidente da Coprel Cooperativa de Energia, o agricultor atendido por uma coopera-tiva conta com um serviço diferenciado e a oportunidade de participar do pla-nejamento e dos investimentos.

– As cooperativas estão mais pró-ximas das comunidades, e buscam prioritariamente melhorar a vida e a renda dos seus cooperados, através de investimentos que proporcionem mais condições para o desenvolvimento do campo, da cidade e das indústrias. En-

fim, de todos que estão ligados a uma cooperativa de energia ¬– atesta Ste-fanello.

Outro setor de destaque é o da saúde. Nilson Luiz May, presidente da Federação Unimed/RS, elogia o traba-lho desenvolvido pelo ramo e ressalta que o sistema tem trabalhado no en-caminhamento de reivindicações ao poder público.

– O Sistema Unimed-RS tem sob sua responsabilidade cuidar da saúde de 2 milhões de gaúchos, atendidos por 15 mil médicos cooperados, que atuam de forma integrada em todos os municípios do estado. Temos, também, desenvolvido incessante ação política visando à moralização no mercado de órteses e próteses e, no plano estraté-gico, contribuindo no debate e no en-

caminhamento de sugestões concretas aos poderes públicos – destaca May.

O crédito, por sua vez, pode con-tribuir de uma maneira indireta, porém bastante significativa. O presidente da Unicred RS, Paulo Abreu Barcellos, ex-plica que o segmento ajuda no finan-ciamento de projetos, além de trabalhar com taxas de empréstimos mais justas.

– As pessoas precisam de insumos e as cooperativas de crédito podem providenciar isso. Financiamos proje-tos, equipamentos e, por que não dizer, sonhos. Além disso, por não visarmos o lucro, oferecemos linhas de financia-mento e empréstimos mais atrativas do que as praticadas pelo mercado. De tal maneira, acabamos contribuindo, mes-mo que indiretamente, para o estado – justifica Barcellos.

Atualmente, o Rio Grande do Sul possui 440 cooperativas e 2,6 milhões de associados no setor. Em 2014, o fa-turamento foi de R$ 31,2 bilhões, o que representa um crescimento de 10,7% em relação a 2013. Além disso, as co-operativas geraram uma receita de R$ 1,7 bilhões ao estado.

Os investimentos em cooperativismo se mostram

uma BOA SOLUÇÃO para movimentar e desenvolver a

economia gaúcha

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