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PROVÍNCIA FRANCISCANA DA IMACULADA CONCEIÇÃO DO BRASIL | NOVEMBRO - 2015 | ANO LXII • N o 11 | São Francisco de Assis Especial: As festas na Província

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Província Franciscana da imaculada conceição do Brasil | NOVEMBRO - 2015 | ANO LXII • No 11 |

São Francisco de AssisEspecial: As festas na Província

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Província Franciscana da imaculada conceição do BrasilRua Borges Lagoa, 1209 - 04038-033 | Caixa Postal 57.073 - 04089-970 | São Paulo - SP www.franciscanos.org.br | [email protected]

Sumário

MensageM do Ministro Provincial “Desafios em terras de Missão” .........................................................................................................................................603

ForMaÇÃo PerManente “Frente da Educação: eventos em Curitiba e tempo forte na USF”, de Frei Nilo Agostini ...605 Comissão Preparatória se reúne em São Paulo....................................................................................................608

ForMaÇÃo e estUdos 2º Novinter tem retiro no Eremitério ............................................................................................................................609 Entrevista: Frei Jean Ajluni Oliveira vai ser ordenado presbítero no dia 21 de novembro ......................................................................................................610

esPecial sÃo Francisco de assis Missa Nordestina abre festejos no Convento São Francisco .....................................................................612 Vila Clementino: Igreja cheia para celebrar o Padroeiro ................................................................................623 Valongo: São Francisco ganha procissão no bonde ........................................................................................626 Angola: Família Franciscana celebra São Francisco ..........................................................................................627 Rondinha: São Francisco, o grande missionário de Cristo ...........................................................................628 FAE: Frades de Rondinha celebram a paz e São Francisco ..........................................................................629 Pato Branco celebra o Dia da Paz e de São Francisco .....................................................................................630 Petrópolis: Tempo solene na Fraternidade ..............................................................................................................631

Fraternidades Encontro do Regional do Leste Catarinense .........................................................................................................632 “Animais no Altar”, novo livro de Frei Clarêncio Neotti ...................................................................................633 Vila Velha: Festa para a Padroeira da cidade ..........................................................................................................634 Capítulo e retiro no Regional Espírito Santo...........................................................................................................636 Florianópolis: Ano Jubilar na Paróquia Santo Antônio ...................................................................................637 Criada a Fraternidade OFS de Curitibanos ...............................................................................................................638 Fraternidade de Lages convida para celebrar os 100 anos do “Conventinho”.............................639 Comendador Frei José Alamiro ........................................................................................................................................640 Finados na poesia de Frei Walter Hugo ......................................................................................................................640

evangeliZaÇÃo Canarinhos: Congresso Regional dos Meninos Cantores ............................................................................641 Frei Nilo Agostinho apresenta trabalho em nível nacional ........................................................................642 Como ajudar a comunicar o projeto do Papa Francisco ..............................................................................643 Poema de Frei Carlos: “Preces ao Deus autor .........................................................................................................643 Sefras: Entrevista com Frei José Francisco de C. dos Santos ......................................................................644 Sefras: um ano no Peri Alto ..................................................................................................................................................645

FiMda Missão de Angola: Gratidão e alegria ..........................................................................................................................646 Frei Luiz Iakovaz escreve sobre o encontro de missionários (as) ............................................................648 deFinitÓrio Provincial Encontro realizado em São Paulo nos dias 20 e 21 de outubro .............................................................649 cFFB Franciscanas de Ingolstadt têm novo governo ...................................................................................................654

notÍcias e inForMaÇÕes Livro homenageia D. Paulo Evaristo Arns .................................................................................................................655 Falece a mãe de Frei Clauzemir Makximovitz ........................................................................................................655

agenda .................................................................................................................................................................................656

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Mensagem

Caros Confrades e demais irmãs e irmãos,Que o Senhor nos dê a paz e todo o bem!

a tarde do dia 14 de se-tembro, acompanhando nosso Visitador Geral,

Frei Nestor I. Schwerz, embarca-

ouvir e sentir no nosso coração o pulsar do coração da Missão em Angola, particularmente a vida fraterna, a formação, as atividades paroquiais, os rela-tos das missões nas aldeias, as exigências e os desafios na edu-cação (escola do Seminário de Malanje e o tempo da Filosofia),

(‘cacimba’). Na minha missão e peregrinação de ministro, pro-curei estar atento a tudo: seja no alegre cantar e no fervor do povo angolano cujo país tam-bém passa por uma forte reces-são econômica, seja na gran-deza e na audácia missionária dos nossos confrades, bem

dA PrESEnçA FrAnciScAnA Em

AngolAAnoS

mos num voo da TAAG de São Paulo, chegando a Luanda na madruga-da do dia 15, para ini-ciar a visita canônica e fraterna à nossa Funda-ção Franciscana Ima-culada Mãe de Deus de Angola. Descansamos naquele dia na Frater-nidade Franciscana São Francisco (Bairro do Palanca) e já no dia seguinte, conduzidos por Frei José Antônio dos Santos, chegamos a Malanje, Bairro do Katepa, por onde Frei Nestor iniciou a visita Canônica à FIMDA. Enquanto Frei Nestor cumpria sua missão de Visitador, da minha parte pro-curei estar atento e fazer-me presente na vida de cada um dos confrades e compreendê-los, a partir de cada fraternidade, nas diversas atividades evangeliza-doras e missionárias. Portanto, conduzidos de fraternidade em fraternidade, procuramos ver,

os projetos sociais e a assistência junto às religiosas, em especial as Irmãs Clarissas.

Com muita alegria e com a graça de Deus, mais uma vez percorri por 15 dias as estradas angolanas, ainda em tempo de ‘Cacimbo’ (estação da seca), com a famosa névoa e fumaça

como na disponibilida-de e no empenho dos confrades de profissão temporária em Viana e no Palanca, na alegria jovial e na expectati-va dos postulantes de Quibala e, não podia se diferente, na ansieda-de e inquietações pró-prias da juventude dos nossos seminaristas de Malanje.

Pude constatar o quanto Angola passa por grandes transforma-ções: parques industriais, grandes supermercados, inícios de modernos agronegócios, cresci-mento urbano e o conse-quente estrangulamento

das vias vicinais, comunicação e telefonia por toda a parte, etc. Contudo, resta muita coisa a ser feita na infraestrutura, em espe-cial o saneamento básico como condição para qualificar a saúde do povo, a manutenção das vias públicas, a conscientização ecoló-gica, etc.

dESAFioS Em TErrAS dE miSSÃo

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Mensagem

São tantos os desafios que, de diferentes modos nos provocam como Irmãos e Menores em ter-ras de missão. Junto às virtudes que enobrecem os irmãos em missão, coexistem também as fragilidades humanas que nos acompanham nas carências e nos desafios próprios desta mis-são. Oxalá pudéssemos contar urgentemente com cinco ou seis frades a mais lá em Angola! Não para assumir novas frentes, mas para qualificar e fortalecer nos-sas presenças onde já atuamos (formação, evangelização paro-quial/aldeias, santuário, assis-tência espiritual, etc.). A missão de Angola deve inquietar-nos profundamente aqui no Brasil, deve interpelar-nos no nosso testemunho de minoridade e pobreza, deve questionar-nos no que se refere à autenticidade do nosso testemunho profético--missionário de uma Igreja que realmente está em ‘saída’ e que rompe todas as fronteiras do comodismo e do bem-estar. Ainda temos medo de sermos mais generosos na partilha! In-comoda-me por vezes a dispu-ta pelo ‘poder’ da acomodação, pela ostentação de ‘poder’ que paira nos nossos palácios de vi-dro, quando lá, frente ao suado adobe e coberturas de zinco, reina mais alegria e solidarieda-de. Basta contemplar a alegria e gratidão expressa no peito do povo angolano quando se inicia o ofertório: “tambula... tambu-

la, é entoada festivamente! Sim, toca o coração da gente quando se observa que na pobreza há muita alegria e generosidade em dar e compartilhar, enquanto na riqueza há mais tristeza e dor no partilhar.

Pois bem, em Malange vi-sitamos as duas fraternida-des: São Francisco, no Katepa (Missão, Paróquia, Seminário, Clarissas e a quase-paróquia de Cangandala) e Fraternidade Monte Alverne (Fraternidade e Seminário). De Malange fomos a Quibala, Fraternidade Santo Antônio (Postulantado e Mis-são). Lugar lindo e que muito promete! De Quibala nos di-rigimos a Viana, Fraternidade Franciscana da Porciúncula, numa viagem cansativa, via li-toral. E concluímos nossa jor-nada em Luanda, Palanca, na Fraternidade São Francisco de Assis e Sede da FIMDA. No Pa-lanca (Kimbo São Francisco) foi celebrada a solene missa de Ação de Graças pelos 25 anos da Missão e a Profissão dos Vo-tos Solenes de Frei João Baptis-ta Canjenjenga.

Esta celebração foi o mo-mento da graça e da bênção para fortalecer a FIMDA. O Es-pírito Santo de Deus congregou todos os Confrades numa digna e bela celebração que fortaleceu a unidade entre Frades, Claris-sas, OFS/JUFRA, Paróquia São Lucas, Povo e o ‘Coral Vozes no Deserto’. Sem dúvida alguma,

mesmo na tristeza da interna-ção do Frei José Zanchet, que não pode participar, esta Ação de graças demonstrou, como no Magnificat, que o Todo--Poderoso demostrou coisas grandiosas e dignas na simpli-cidade, alegria e grandeza de alma do povo angolano. Creio que a pequena mensagem de Frei José Zanchet, enviada do hospital da ilha de Luanda (Clí-nica Sagrada Esperança) e lida ainda no ofertório, foi a expres-são mais feliz de todos quantos construíram esta história de 25 anos de presença em Angola: “Estou triste porque não posso estar presente nesta festa. Mas estou contente porque vocês es-tão felizes”.

No final da celebração, após todos os agradecimentos, acon-teceu o grande milagre da pa-tilha onde ninguém saiu com fome. Foi oferecido um grande almoço: uma parte preparada pelas Clarissas (doces e bolos) e outra parte por um grupo de Mamás da OFS, bem do jeito angolano: três pedras, carvão, panelas enormes e variedade de pratos. Todos comeram à sacie-dade e ainda sobrou. Quase ina-creditável! Mas onde a pobreza é compartilhada, há a alegria da fartura.

Que o Senhor nos abençoe e nos fortaleça na vocação mis-sionária!

Frei Fidêncio Vanboemmel, OfMMinistro Provincial

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texto da Frente de Evange-lização da Educação que irá ao Capítulo Provincial rece-

beu importantes sugestões vindas de diversas fraternidades da Provín-cia. Foi possível, assim, enriquecê--lo, sendo expressão de uma busca comum ao traçarmos juntos a nossa presença evangelizadora no campo da educação. Em breve, todos terão em mãos este texto junto com os demais documentos do Capítulo; isso se fará ao menos um mês antes do início dos trabalhos capitulares. Vale destacar o trabalho prévio, mais intenso e participativo, reali-zado pelos frades mais diretamente envolvidos na educação.

Chegamos ao final do triênio com alguns destaques, notada-mente a realização, em Curitiba,

do V Encontro de Centros de Estudos Franciscanos Superiores Ibero-americanos e do I Congres-so Nacional de Educadores Fran-ciscanos. Vale igualmente des-tacar a realização do “Capítulo Universitário” na USF e a abertu-ra do “Ano Franciscano” também na USF.

1. EvEnToS Em curiTibANeste ano, a nossa Província

será a anfitriã do V Encontro de Centros Franciscanos Superiores Ibero-americanos, um evento em nível de Ordem, que se realizará nos dias 30 de novembro a 03 de dezembro do corrente ano, nas dependências da FAE/Bom Je-sus em Curitiba. Conjuntamente, realizar-se-á o I Congresso Nacio-nal de Educadores Franciscanos. A programação conjunta destes

FrEnTE dA EducAçÃo: EvEnToS Em curiTibA E TEmPo ForTE nA uSF

Frei Nilo AgostiNi

Formação Permanente

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Formação Permanente

dois eventos já foi divulgada e está disponível no site http://www.con-gressofranciscano.com.br/index.vm.

O tema geral destes eventos é o seguinte: “Educação Franciscana: Esperança de uma Nova Humani-dade”, refletindo os seguintes eixos temáticos: 1. A educação, hoje, é missão central; 2. Transmitir co-nhecimento; 3. Transmitir modos de fazer as coisas; 4. Transmitir va-lores. Estes eixos temáticos buscam refletir indicações que nos vem do Papa Francisco, a partir de suas falas, sobretudo quando se encon-trou com os Superiores Gerais, no dia 27 de novembro de 2012.

Todos os frades interessados e leigos que compartilham nossa missão na educação estão convi-dados a participar destes eventos, bastando para isso acessar o site acima indicado e fazer a sua inscri-ção. Os frades que compõem mais diretamente a Frente de Evangeli-zação da Educação estão convoca-

dos para estes eventos em Curitiba, já que dizem respeito diretamente ao campo da educação. Na ocasião, teremos a oportunidade de nos en-contramos para uma reunião da Frente.

2. TEmPo ForTE nA uSFEm maio de 1976, os primei-

ros frades chegaram em Bragança Paulista, dando início à presença no que eram as Faculdades Bra-gantinas. No dia 8 de outubro de 1985, o Conselho Federal da Edu-cação dava o parecer positivo para a criação da Universidade São Francisco. Portanto, no mês de outubro do presente ano, come-moramos os 30 anos do status de Universidade e, em maio de 2016, estaremos celebrando os 40 anos da chegada dos frades em Bragan-ça. O período que vai de outubro deste ano até maio do próximo está merecendo uma atenção es-pecial, sendo marcado com dois eventos, ou seja, a realização do “Capítulo Universitário” e a aber-tura do “Ano Franciscano”.

No dia 23 de setembro, foi lança-da a semente do “Capítulo Univer-sitário”. Com o apoio da Reitoria da USF, Frei Raimundo J. de Oliveira Castro, Frei Thiago A. Hayakawa e

Frei Nilo Agostini convocaram os coordenadores de cursos e núcleos de toda a Universidade, bem como todos os encarregados de setores para vivenciarem as datas come-morativas dos 40 anos da presença dos frades e os 30 anos de Univer-sidade.

Na ocasião, explicamos o sen-tido de “capítulo” (Frei Raimun-do), explanamos a centralidade da “evangelização” como processo na Ordem (Frei Nilo) e incorporamos todos nas atividades de pensar/as-sumir juntos a missão da Univer-sidade (Frei Thiago). Deste modo, Comunidade Acadêmica e Admi-nistrativa assumiram o compro-misso de estudar o texto da Frente de Evangelização da Educação que irá ao Capítulo de 2016.

Em todos os campi da USF, este tratou-se de um tempo especial de estudo e reflexão, seguindo a meto-dologia do nosso Capítulo Provin-cial: o texto foi entregue para leitu-ra e discussão, com três questões norteadoras. As respostas foram apresentadas no Fórum de cada Campus e a síntese será partilhada na celebração do Capítulo Univer-sitário, no dia 24 de outubro. Para este dia celebrativo, as coordena-ções e lideranças da USF foram no-vamente convidadas, juntamente com os Frades, marcando a abertu-ra do “Ano Franciscano”.

3. o “Ano FrAnciScAno” nA uSFConforme dito acima, outubro

de 1985 e maio de 1976 são datas memoráveis para a história da Uni-versidade São Francisco e, conse-quentemente, para a nossa presen-ça franciscana no Ensino Superior do Brasil. Desta forma, a celebração histórica do Capítulo Universitário quer ser um marco de abertura do “Ano Franciscano”, que se estende-rá durante o ano de 2016.

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Formação Permanente

Para tanto, foi criado um selo especial que será impresso em todo material produzido para os eventos da USF. Desejamos, desta maneira, marcar estas comemorações com o selo franciscano, de modo que a nossa Comunidade Acadêmica e Ex-terna celebre conosco a mística fran-ciscana presente na missão de nossa Instituição de Ensino Superior.

4. A EducAçÃo, cEnTro dE noSSAS ATEnçõESO espírito que nos anima é o de

assumir a educação, na perspecti-

va já traçada pela Ordem dos Fra-des Menores, ou seja, “como uma plataforma fundamental e privi-legiada de evangelização” (Ide e ensinai, apresentação). Em comu-nhão com a Igreja, sentimos soar forte o convite de sermos portado-res de esperança em uma nova hu-manidade, para a qual a educação franciscana é instada a dar a sua colaboração.

Este é o momento oportuno para redimensionar a nossa vida e missão, ressignificando e revitali-zando nossa presença e atuação na

Frei Nilo Agostini Animador da Frente de

Evangelização da Educação Colaboraram nesta matéria Frei Frei Thiago A. Hayakawa e Frei Raimundo J. de Oliveira Castro

educação. A educação é um ato de amor. Para isso, os frades e todos os docentes envolvidos nessa missão devem despertar a paixão, utilizan-do-se dos melhores recursos e ain-da colocar-se a caminho junto aos jovens, com muita paciência. É um caminho árduo que exige compro-metimento e dedicação.

É a hora de refletir sobre o futu-ro da Universidade. Deve-se cons-tantemente buscar respostas para uma pergunta fundamental: Por que educamos? Educamos em bus-ca de um mundo melhor, na espe-rança em uma humanidade nova. “É a esperança que brota da sabe-doria cristã, que no Ressuscitado nos revela a estatura à qual somos chamados” – Papa Francisco.

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Formação Permanente

endo em vista o grande volu-me de trabalho e a aproxima-ção do Capitulo Provincial, a

comissão preparatória se reuniu, em caráter extraordinário, nos dias 21 e 22 de outubro, no Convento São Francisco, em São Paulo. O encontro serviu para sistematizar em maior profundidade as contri-buições vindas das fraternidades através de consultas realizadas du-rante este ano. Foi mais um passo na construção do instrumento de trabalho que, em breve, será dispo-nibilizado. Outra tarefa realizada foi uma nova revisão das diretrizes das Frentes de Evangelização, tam-bém trabalhadas a partir da contri-buição das bases.

No segundo dia, a reunião

contou com a presença do Visita-dor Geral, Frei Nestor Schwertz, que também deu sugestões em re-lação à dinâmica do Capítulo. Frei Nestor relatou que, até agora, tem notado entre os frades um grande interesse em relação ao Capítulo, expresso no grande número de confrades inscritos, em torno de 170. Da parte da comissão, tam-bém, se percebe um espírito de compromisso em qualificar a vida e a missão dos frades, notado a partir das oportunas contribui-ções e sugestões enviadas pelas fraternidades e regionais.

Elementos mais pontuais, como a elaboração do programa, a esco-lha dos moderadores e designação dos demais serviços serão enca-

minhados na próxima reunião, a se realizar nos dias 26 e 27 de no-vembro. As orações pelo Capítulo já foram aprovadas e logo serão enviadas às fraternidades para que todos comecemos a pedir a ilumi-nação divina para este importan-te momento de nossa caminhada provincial.

O Capítulo 2016 será realizado no Seminário Santo Antônio, em Agudos, SP, entre os dias 18 e 26 de janeiro de 2016. O tema é Evangeli-zar como Irmãos e Menores e, como lema, “Dei-vos o exemplo para que façais como eu vos fiz” (Jo 13,15).

Frei César Külkamp

Secretário da Comissão Preparatória do CP 2016

cAPÍTulo 2016: ProSSEguEm oS TrAbAlHoS dE PrEPArAçÃo

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as idas e vindas da vida, o Senhor nos surpreende e, assim, acabamos por reen-

contrar pessoas que vão se tornan-do mais familiares e, naturalmente, somam na construção da nossa história. E não foi diferente no se-gundo encontro Novinter 2015, que aconteceu entre os dias 20 a 24 de setembro deste ano no Novicia-do Franciscano de Rodeio.

Novamente, o encontro contou com a participação de quatro con-gregações: a Ordem dos Frades Me-nores (OFM), com 17 noviços; os Dehonianos (SCJ), com 4 noviços; os Irmãos Maristas (FMS), também com 4 noviços e a Terceira Ordem

Regular (TOR), com 3 noviços. O encontro foi assessorado pelo

Pe. Aroldo Kohler, que abordou o tema Sagrada Escritura, dando-nos a possibilidade de mergulharmos mais a fundo naquilo que é o fun-damento da nossa fé. Atravessando o Antigo Testamento, fizemos um intenso estudo analisando o con-texto histórico - social, econômico e político - e a ação de Deus na formação de seu povo. Culminan-do no Novo Testamento, pudemos entender que a trajetória do povo alcançou a sua plenitude em Cris-to e tem sua continuidade em cada um de nós, discípulos do tempo presente.

As reflexões propostas nos au-xiliaram de modo muito concre-

to. Através das partilhas, da con-vivência e das dinâmicas fomos conduzidos ao amadurecimento da nossa consciência, abrindo os nossos olhos para uma atualiza-ção da mensagem bíblica. Tivemos contato com a Lectio Divina e com vários subsídios teóricos, que nos introduziram no estudo exegético de alguns pontos marcantes da his-tória daqueles que nos antecede-ram na fé.

O ápice deste encontro foi a manhã de retiro no Eremitério Be-ato Frei Egídio, onde dividimos o nosso tempo entre boas conversas, momentos de aventura, reflexões e deserto, findando com a celebração eucarística, onde ofertamos juntos tudo aquilo que somos.

rETiro no ErEmiTÉrio mArcA 2º novinTErFrei Vitor AmâNcio

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Formação e Estudos

iz um ditado popular que “mineiro não fala, proseia”. Frei Carlos Ajluni Olivei-

ra deu-nos a honra de uma “prosa”, onde falou um pouco de sua vida, de sua caminhada vocacional e de suas expectativas como sacerdote de Cris-to. Isso porque Frei Jean será orde-nado presbítero pela imposição das mãos do bispo diocesano de Bauru, Dom Caetano Ferrari, no dia 21 de novembro, às 17 horas, no Ginásio Poliesportivo de São José da Barra (MG).

Nesta cidade, mora a família de Frei Jean, mas ele nasceu em Passos (MG), no dia 8 de julho de 1979. Vestiu o hábito de São Francisco de Assis no dia 15 de novembro de 2009 e professou solenemente Ordem dos Frades Menores no dia 6 de dezem-bro de 2014.

Frei Jean vai celebrar a sua Pri-meira Missa no dia 22 de novembro, às 9 horas, na Igreja Matriz de São José.

comunicAçõES - Como se deu seu discernimento vocacional?

Frei Jean - Desde muito cedo me interessei pela vida na Igreja, participando de diversas ativida-des em minha Paróquia no inte-rior de Minas Gerais. Aos poucos fui me sentindo chamado à vida religiosa e, conhecendo a história de São Francisco de Assis, pensa-va em ser Franciscano, apesar de não conhecer nenhum franciscano pessoalmente. No entanto, o pro-cesso de discernimento foi mais longo e complexo do que parecia no início. Comecei a caminhada na Província, a qual foi interrompida

por alguns anos, até que num certo momento o chamado à vida reli-giosa franciscana falou mais forte, quando retomei a caminhada e es-tou muito feliz.

comunicAçõES - Quando resolveu ingressar no seminário?

Frei Jean - Eu tenho alguns ami-gos em Santos (SP) que sabiam do meu desejo de ser franciscano. Num primeiro momento me levaram à Igreja dos Capuchinhos do Embaré, mas lá não me senti acolhido, en-tão me levaram ao Convento Santo Antônio do Valongo. Quem estava lá naquele ano era Frei Rozânti-mo, que nos acolheu muito bem, eu, minha mãe e meus amigos, nos convidou para tomar café, nos deu

atenção. Foi então que percebi que era “daqueles franciscanos” que eu queria ser. Por indicação dos fra-des, escrevi a Frei Severino Clasen, então procurador vocacional, que me mandou um cartão postal, que guardo até hoje, com a data do está-gio em Agudos. Lembro que fui ver no mapa da escola onde ficava Agu-dos... Meu padrinho pagou a pas-sagem e fiz minha primeira viagem sozinho. No ano seguinte entrei no Seminário Santo Antônio e iniciei a caminhada na Província.

comunicAçõES - Como foi sua caminhada formativa?

Frei Jean - Como já acenei an-tes, não foi muito linear. Entrei em Agudos em 1995 e fui até o último

Por moAcir Beggo

EnTrEviSTA: FrEi cArloS Ajluni olivEirA

“SEr FrAdE FrAnciScAno É umA grAndE AlEgriA!”

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Formação e Estudos

ano de Filosofia em 2002, quando em conversa com o Mestre achou--se por bem que eu interrompesse o processo formativo para melhor discernimento vocacional. Fui pra Minas Gerais, e ainda no final da-quele ano consegui emprego em São Paulo, primeiro numa loja de um sí-rio no Brás, e em dezembro de 2002 entrei na Volkswagen do Brasil. Tra-balhei lá por alguns anos, como tam-bém na Câmara de Comércio Árabe Brasileira. Neste tempo “fora” pude amadurecer como pessoa e também como cristão. Me lembro que fre-quentava sempre as Missas, princi-palmente aos domingos, nas igrejas próximas de onde morava. Durante este tempo, o desejo de ser frade con-tinuou até que, após algumas viagens ao Exterior, quis fazer uma experiên-cia vocacional na Custódia da Terra Santa, experiência esta que foi deci-siva para que eu retomasse o contato com a Província da Imaculada, com a qual me identificava mais e onde já havia passado alguns anos na for-mação. Desde o primeiro momento, a Província foi muito acolhedora na pessoa de seus frades e eu retomei o processo formativo em 2009, fazen-do a profissão solene 2014.

comunicAçõES - Como você se define como pessoa?

Frei Jean - Uma pergunta difícil de responder, não é fácil se definir. Digamos que sou bem mineiro, num primeiro momento tímido e mais reservado, mas após um tempo de convivência, ou como dizemos em Minas, ‘depois de pegar confiança’ a timidez dá lugar à conversa e ao riso, gosto muito de contar histórias, uma herança de família?! É comum as pessoas me acharem um tanto quan-to sisudo, mas também atribuo isso à timidez e à herança da família ma-terna, mas a convivência faz mudar esta primeira impressão. De modo

geral tento ser muito prático no trato diário, uma das marcas que os anos de trabalho me deixaram. Discursos prolixos me incomodam, apesar de, por vezes, serem necessários. No dia a dia procuro ser discreto e comedi-do e acredito possuir uma autocrítica bastante acentuada.

comunicAçõES - Fale um pouco de sua vida e sua família.

Frei Jean - Sou filho do Sr. João e de D. Catarina. Meu pai faleceu no final de 2008 após lutar alguns anos contra o câncer. Tenho um irmão mais velho que se chama Jairo e uma irmã gêmea chamada Jeane. Tenho dois lindos sobrinhos, João e Davi, um de cada irmão. Fui criado numa família muito unida, não somente pais e irmãos, mas também tios, tias e primos. A família de um modo ge-ral sempre foi e ainda é uma forte re-ferência para todos nós. O que atinge positivamente ou negativamente um primo, por exemplo, repercute forte-mente em toda família. A família de minha mãe tem um jeito mais quieto e muito amoroso, já a do meu pai é igualmente amorosa, mas ao mesmo tempo festeira e falante. Sou muito grato a Deus pela minha família.

comunicAçõES - Como você define o ministério sacerdotal?

Frei Jean - Não pretendo desen-volver aqui uma teologia do sacra-mento da Ordem. De forma breve, acredito que a própria expressão “ministério sacerdotal” já define a sua natureza. O presbítero, o qual recebeu pela prece da Igreja e a im-posição das mãos do seu pastor o segundo grau do sacramento da Or-dem, é aquele que a comunidade de fé elegeu e ordenou para servir, em todas as dimensões que são exigidas por este serviço. Será um bom sacer-dote quem for um servo bom e fiel, a exemplo de Cristo.

comunicAçõES - Quais as suas expectativas como presbítero na Igreja do Papa Francisco?

Frei Jean - Particularmente não gosto da expressão “Igreja do Papa”, a Igreja é de Cristo e dos fiéis cristãos, sejam eles leigos ou clérigos. Tive a graça de nascer no início do Ponti-ficado de João Paulo II, passar por Bento XVI e agora o Papa Francisco. Tenho uma admiração especial por cada um deles por diversos moti-vos. O Papa é chamado a presidir a Igreja Universal na caridade, a ser o mais Servo entre os servos, a cons-truir pontes (pontífice), a ser vigário de Cristo, ou seja, ser sinal de Cristo no mundo, vocação de todo batiza-do. Será um bom Papa quem conse-guir em sua vida testemunhar tudo isso. Nesta ótica, acredito que o Papa Francisco certamente será marcante na história da Igreja e contribuirá ainda mais para com a Igreja de Cris-to do que já contribuiu nestes pou-cos anos. O importante é não definir a Igreja ou o ser cristão a partir do Papa, mas juntamente com ele, que está num serviço de grande respon-sabilidade, procurarmos todos nós viver em plenitude o nosso batismo, sempre a partir do Evangelho. Como presbítero, minha expectativa é essa: ser acima de tudo um cristão autên-tico e evangélico.

comunicAçõES - O que diria para um jovem que procura a vida religiosa franciscana?

Frei Jean - Se um jovem procura a vida franciscana é porque recebeu de Deus um dom muito precioso. Eu diria a este jovem que, em espí-rito de gratidão a Deus por um dom tão bonito, o faça multiplicar e resti-tua estes dons para tudo e todos. No esforço, constância, determinação, perseverança, fidelidade ao chamado e na disposição ao serviço. Ser frade franciscano é uma grande alegria!

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A festa do Pai Seráfico no brasil e em Angola

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Pelo segundo ano consecutivo o Santuário e Con-vento São Francisco, no centro de São Paulo, fez a abertura dos festejos do padroeiro em grande esti-lo. As cores e sons do Nordeste do Brasil saudaram

foi lembrada como um bom sinal. “A chuva quando cai no Nordeste é sinal de bênção!” Em sua homilia, o fra-de destacou a proximidade dos nordestinos com Jesus Cristo, e consequentemente com São Francisco das

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MISSA NORDESTINA ABRE FESTEJOS

São Francisco das Chagas. A Missa Nordestina aconte-ceu ao meio-dia do sábado, dia 26 de setembro.

Animada pela Pastoral do Migrante, a missa foi presidida por Frei Gustavo Medella, e concelebrada por Frei Alvaci Mendes da Luz e por Pe. Valdiran Fer-reira dos Santos e contou ainda com a presença de Frei Walter de Carvalho Júnior.

Frei Gustavo destacou que era a “festa da sauda-de”, momento onde os nordestinos podiam celebrar São Francisco das Chagas, mesmo à distância. A chuva que caiu durante a manhã e início da tarde em São Paulo

Chagas. “Nas chagas de Cristo e de São Francis-co, o nordestino enxerga as próprias chagas”, afir-mou.

E não são poucas as chagas deste povo. A seca, o descaso, a explo-ração, sair de sua terra para tentar a vida em ou-tro lugar, começar a vida do zero. Por isso, para o nordestino, as feridas não são o ponto final, mas um

obstáculo a ser vencido. “O povo nordestino olha além, para eles é muito claro que a história de Jesus não ter-mina na cruz. Jesus caminha com eles, muito próximo”, acrescentou o frade.

SÃo PAulo - convEnTo SÃo FrAnciSco

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numa manhã agradável de 1º de outubro, Frei Gustavo Medella conduziu a bênção no Zooló-gico de São Paulo, que foi acompanhada por dezenas de funcionários, entre eles o diretor-

-presidente, Paulo Magalhães Bressan e Fátima Va-lente Roberti, diretora administrativa, além de frades e do grupo de vocacionados do Convento São Fran-cisco.

A bênção aconteceu no chamado Lago dos Cisnes, onde existe uma imagem de São Francisco de Assis, doada pela Província Franciscana em 1975. Frei Gusta-vo acolheu os presentes com muita alegria, afirmando que São Francisco de Assis se sentiria bem em estar ali no Zoológico. Ele acrescentou que aquele é um lugar de cuidado com as criaturas e também de estudo. O frade afirmou ainda o importante papel social que o Zoológico exerce: “As causas sociais e ambientais caminham de maneira integrada. O trabalho que vocês realizam é téc-nico, mas é também social”, disse.

Frei Gustavo chamou a atenção dos presentes para o que o Papa Francisco pede na Encíclica Laudato Sí: uma vida em equilíbrio. “Não podemos deixar que a ga-nância e os interesses econômicos tomem o lugar do cuidado com o meio ambiente”. O frade lembrou ainda o drama que vivem milhares de pessoas refugiadas, no Brasil e no mundo, e destacou a urgência da situação.

Para Paulo Bressan, a bênção ao Zoológico é um momento muito esperado por toda a equipe. Ele afir-

mou que os quase 400 funcionários da fundação ficam ansiosos para a data. “A figura de São Francisco está sempre presente, não importa a denominação religio-sa. Isso sentimos aqui, entre os funcionários. Mesmo os que não são católicos esperam por esta data.”

BÊNÇÃO NO ZOOLÓGICO

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A nossa sociedade está em ruínas, exatamente como estava na época de São Francisco de As-sis. A constatação partiu do Ministro Provincial Frei Gílson Nunes, da Província São Francisco

de Assis dos Frades Menores Conventuais (OFMConv),

tender que, se Deus é o nosso Pai, se Deus é o nosso criador, que nos entrega o seu Filho, que nos comunica o seu Espírito, nós somos a família de Deus”.

Além de Frei Gílson, a celebração foi presidida pelo Ministro Provincial dos Capuchinhos (OFMCap), Frei

1º diA do TrÍduo

CHAMADO PARA A RECONSTRUÇÃO

durante a homilia na celebração eu-carística do primeiro dia do Tríduo de São Francisco de Assis, que reu-niu, pelo segundo ano consecutivo, os três ramos da Ordem Francisca-na – os Frades Menores, os Frades Menores Capuchinhos, os Frades Menores Conventuais – no histórico convento do Largo São Francisco. Para o pregador, é preciso redesco-brir a fraternidade universal. “É pre-ciso voltar a esse amor que invadiu o coração de Francisco e o fez en-

Carlos Silva, da Província Imaculada Conceição de São Paulo, e concele-brada pelo Visitador Geral da Ordem dos Frades Menores (OFM), Frei Nes-tor Inácio Schwerz, que está em visita canônica na Província da Imaculada, e o Ministro Provincial da Imaculada, Frei Fidêncio Vanboemmel.

O guardião do tricentenário con-vento do Largo São Francisco, Frei Luiz Henrique Aquino, deu as boas vindas à família franciscana e aos fi-éis. No 1º dia de outubro, mês dedica-

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do às missões, teve início o Tríduo da Festa de São Francisco. Neste ano, como explicou o comentarista Frei Al-vaci Mendes da Luz, um dos frades que está à frente das festividades, o tema geral é: “Vai Francisco e recons-trói a minha igreja” e o tema do dia foi “Francisco e a sociedade”.

Partindo da leitura da “Carta aos Fiéis” de São Francisco e do Evan-gelho, Frei Gílson foi claro ao abordar o tema geral e o do dia. “Francisco começa a reconstruir a ermida do seu próprio coração e, a partir da re-

As pessoas se tornaram números. Importam enquanto contribuem para um sistema político e econômico, enquanto dão lucro, enquanto ser-vem ao deus do capital, à idolatria do dinheiro. Esqueceu-se da dignidade da pessoa humana, da sacralidade da vida”, lamentou.

Frei Gílson insistiu: “Nós somos ir-mãos. Basta de indiferença! Chega de morte, chega de exploração, chega de tratar a vida humana com descaso! Che-ga desta cultura de morte, de extermí-nio, de desvalorização da vida”, pediu.

construção da sua interioridade, dos seus valores, da sua visão, da sua relação com Deus, ele também, como perfume de bom odor que se espalha, vai reconstruindo na ternura, no vigor, na força do Evangelho, a Igreja do Senhor”, explicou o pregador.

O caminho é um só, segundo o pregador: “Para o seu mundo e para o mundo de hoje, essa reconstrução signi-fica voltar à origem de tudo. Reconhecermo-nos criaturas e submetermo-nos à vontade de Deus, não como senho-res e opressores do mundo, mas como parte integrante de uma imensa vida que nos foi dada por Deus”.

“Nós perdemos a capacidade de reconhecer no olhar e no rosto de nossos semelhantes a imagem de Deus.

“Precisamos, como irmãos, reconstruir em nós a confiança e o abandono à vontade em Deus. Recons-truir a nossa fé e, a partir dela, da alegria de viver, re-construir nossas relações, com esta nossa casa, com este planeta. Desarmarmos nossos corações, tornarmo--nos também homens e mulheres de paz”, conclamou.

No meio de tantas ruínas, de tanta indiferença, exis-te um olhar de esperança, um olhar de amor, um olhar de ternura, segundo Frei Gílson. “Somos chamados a reconstruir a vida, somos chamados a reconstruir, no amor e na piedade, a Igreja do Senhor. Somos chama-dos a cuidar”, disse o pregador, lembrando o protago-nismo dos franciscanos.

FREI FIDÊNCIO ABRE EXPOSIÇÃO DO JUBILEU DE ANGOLAA bênção final da celebração foi dada no corredor do Convento, onde o Ministro Provincial, Frei Fidên-cio Vanboemmel, abriu a Exposição dos 25 anos da presença franciscana em Angola. Na presença dos frades angolanos, Frei João Alberto Bunga e Frei Er-melindo Bambi, o Ministro Provincial fez uma peque-na síntese do início da Missão, quando os primeiros frades missionários encontraram um país em guerra, e falou com alegria da celebração do dia 27 de se-tembro em Luanda, onde o povo angolano deu uma grande demonstração de fé e esperança. Os frades angolanos, com Frei Odorico Decker tocando a gai-ta, cantaram “Mamma Muxima” no final da bênção.

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Três Ordens distintas, os Fran-ciscanos, os Dominicanos e os Beneditinos têm muito em comum e, na sexta-feira, 2

de outubro, reuniram-se às 15 ho-ras no Convento São Francisco, no centro de São Paulo, para celebrar o segundo dia do Tríduo em home-nagem a São Francisco de Assis, o Padroeiro da Ecologia e o Protetor dos animais.

Essas três Ordens têm muitos laços afetivos como explicou Frei

servidores dos irmãos, de todos os irmãos”, disse Frei Márcio.

O religioso dominicano lembrou que Francisco é apresentado pelos biógrafos como fácil, alegre, poético: é o trovador que salta, canta… “Os seus escritos revelam, ao contrário, uma atitude sofrida, assinalada pela experiência da cruz: ‘Quem não car-rega sua cruz e não vem após mim, não pode ser meu discípulo’ (Lc 14,27). Parece evidente que o hori-zonte humano, como o vê Francisco,

2º diA do TrÍduoMENDICANTES E BENEDITINOS JUNTOS

Alvaci Mendes da Luz, que fez o convite a essas três tradicionais Ordens religiosas presentes em São Paulo.

A Celebração foi presidida por Frei Gustavo Medella, tendo como concelebrantes Frei Alvaci e Frei Miguel da Cruz. Mas a homilia foi lida por Frei André, já que o Prior dos Dominicanos, Frei Márcio A. Couto, OP, teve um im-previsto e não pôde comparecer.

O pregador, partindo do Evangelho, lembrou que os pequenos que acolhem o convite de Jesus para seguir o seu exemplo de mansidão e humildade fazem a expe-riência do amor divino. “Francisco de Assis respondeu a esse chamado: fez-se ‘pequeno’, menor, humilde e po-bre, contentando-se apenas com Deus. Descobriu que o Evangelho vivido integralmente torna a criatura nova, uma pessoa ressuscitada, participante da verdadeira humanidade do Filho de Deus, e, portanto, autênticos

está assinalado pelo sofrimento ao qual ninguém pode fugir e que o fiel, seguindo o Senhor crucificado, deve saber assumir”, observou Frei Márcio.

Com paciência e humildade, São Francisco soube dar a reposta a esse chamado. “À paciência e à humil-dade ocorre acrescentar a alegria. A felicidade, que as bem-aventuranças evangélicas projetam para um futu-ro escatológico, Francisco a colhe como já presente, à mão daqueles que aceitam as exigências e as promes-sas do Evangelho”, acrescentou o frade dominicano.

“As difíceis exigências do morrer para si mesmo, da abertura e do serviço aos irmãos, se transformam, paradoxalmente, na alegria das bem-aventuranças e no pacífico reino das virtudes: pobreza, pureza de coração, paz e, sobretudo, sabedoria, experiência e gosto de Deus. Esta é a antropologia que Francis-co propõe”, explicou.

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no sábado, 3 de outubro, os leigos franciscanos se uniram para celebrar o encerramen-to do Tríduo em honra a São

Francisco. A OFS – Ordem Francis-cana Secular e a Jufra – Juventude Franciscana, animaram o 3º dia do Tríduo no Largo São Francisco, no centro de São Paulo.

A celebração foi presidida por outro Francisco – Pe. Francisco das Chagas, da Paróquia São José Operário, no Grajaú, na Diocese de

um homem do Evangelho, esta foi a sua revolução”, afirmou.

O jovem disse ainda que os leigos franciscanos são parte deste projeto, que busca o resgate dos valores per-didos, assim como São Francisco em sua época.

Para concluir e motivar os presen-tes, Vinícius apresentou a simbologia da mão, em 3 aspectos, para que os presentes pudessem se comprome-ter naquilo que ele chamou de “revo-lução franciscana”.

3º diA do TrÍduo

OS LEIGOS E SÃO FRANCISCO DE ASSIS

Santo Amaro. No início da celebração, Pe. Francisco agradeceu o convite e disse de sua proximidade com os franciscanos e também com São Francisco de Assis, e brincou: “Eu me chamo Francisco das Chagas. É ou não é uma feliz coincidência?”

Vinícius Fabreau, da Jubra, fez a homilia, que teve como tema “Francisco e a natureza”. E o jovem lembrou aos presentes a missão de São Francisco de Assis e o nosso compromisso hoje com esta mis-são.

“São Francisco procurou fazer de sua vida um gran-de testamento de Paz e de Bem. Entretanto nossa ge-ração não conheceu São Francisco de Assis. Somos aqueles que ouviram falar de um homem que, com tan-ta simplicidade, soube revolucionar. São Francisco foi

São elas: mãos abertas, simbolizando o cultivo da terra, a reciclagem dos resíduos, o cuidado com o meio ambiente, e agradecimento a Deus por todo o dom da criação; mãos fechadas, simbolizando a negativa para as atitudes de indiferença, a poluição de ruas, rios e mares, a destruição de áreas verdes, o desperdiço dos recursos naturais. E as mãos entrelaçadas, que simbo-lizam a união para a defesa da Casa Comum, celebran-do a fraternidade, a partilha do pão e do conhecimento, a comunidade, acompanhando as políticas públicas a favor do meio ambiente.

Para encerrar, Vinícius lembrou um dito popular que diz: “Cristo está sem mãos”. E convocou os presentes a serem hoje as mãos de Cristo, realizando assim a Sua obra no mundo e na sociedade.

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TrÂnSiTo

A bonita Igreja de São Francisco das Chagas re-cebeu na noite deste sábado mais uma edição do Trânsito de São Francisco. É um costume celebrar na noite do dia 3 de outubro a morte do

santo de Assis.Neste ano os jovens vocacionados e a Jufra das

Chagas foram os encarregados da preparação da ce-lebração, que contou com a adesão de muitos fiéis. Os frades das 3 fraternidades de São Paulo estavam pre-sentes (Vila Clementino, Pari e São Francisco).

As Irmãs Franciscanas de Ingolstadt conduziram a celebração, que foi animada por alguns cantos e refle-xões. A homilia foi proclamada pela Ir. Inês dos Santos Nascimento, que partilhou com os presentes um texto muito poético, escrito em forma de carta, como se fosse ditada por Clara de Assis.

A homilia termina com uma frase que convida a to-dos a continuar o ideal do santo de Assis. “Mostra-nos que ainda é possível viver a tua pobreza, a tua mística, a fraternidade universal.”

Em seguida todos foram convidados a se sentarem para assistir ao momento mais aguardado da noite, a en-cenação do trânsito. Os jovens vocacionados entraram

na igreja carregando Gabriel Nogueira, que foi o escolhi-do para representar São Francisco de Assis neste ano.

A encenação transcorreu em clima de oração. Frei Alvaci Mendes da Luz narrou os momentos principais, onde Francisco de Assis pede para estar com seus pri-meiros companheiros para se despedir e deixar seus últimos pedidos para a Ordem.

Tudo encenado com muita simplicidade, mas com muita comoção. Os cantos ajudaram os presentes a en-trarem no clima de oração. Ao final da celebração todos se saudaram com muita alegria, desejando uma feliz festa de São Francisco de Assis.

OS ÚLTIMOS MOMENTOS DO PAI SERÁFICO

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Esta frase categórica foi dita por Dom Cláudio Hummes, arcebispo emérito da Arquidiocese de São Paulo, na celebração das 10h30, neste do-mingo, dia de São Francisco de Assis. A pequena

igreja no centro da cidade estava pequena para tantos devotos do santo. Muitos traziam no colo, na coleira, em caixas, os seus bichinhos de estimação.

A celebração foi concelebrada pelo pároco, Frei Luiz Henrique de Aquino, por Frei Marcos Hollmann, por Frei José Francisco e por Dom Camilo de Jesus Dantas, OSB, prior do Mosteiro de São Bento, e outros monges beneditinos.

Em sua homilia, Dom Cláudio destacou o seguimen-to de São Francisco de Assis a Jesus Cristo. “De tem-pos em tempos surgem santos que obedecem fielmente ao Evangelho, Francisco era um destes”. O arcebispo recordou as chagas recebidas por São Francisco, e dis-se que as chagas são a prova da proximidade do santo com Jesus Cristo.

Ele recordou também que, mesmo tantos séculos depois, São Francisco de Assis continua atual, e des-tacou a eleição do Cardeal Mario Bergoglio e a esco-lha do nome do novo Papa. Dom Cláudio afirmou que a escolha se deu por 3 razões: pelos pobres, pela paz e pela criação. E discorreu a respeito da postura do Papa Francisco em seu papado, e seus gestos que confir-mam as razões da escolha de seu nome. “A Igreja não pode continuar como está, precisamos levar este modo

“SÃO FRANCISCO É UMA CONVOCAÇÃO, NÃO UMA DEVOÇÃO”

diA do PAdroEiro - lArgo SÃo FrAnciSco

de vida ao mundo, assim como faz o Papa Francisco”, exclamou.

Dom Cláudio convidou os presentes a assumirem um novo modelo de vida. “São Francisco não pode ser apenas uma devoção. São Francisco é uma convoca-ção, uma interpelação. Somos os herdeiros primeiros”, disse aos confrades e aos presentes.

O arcebispo emérito também exaltou a ida às pe-riferias, geográficas e existenciais. E recordou o Ano da Misericórdia, proclamado pelo Santo Padre, e pediu uma Igreja mais misericordiosa, que esteja ao lado dos pobres e das pessoas sofridas, e que deixe de lado os códigos e as leis. “Somos mais legalistas que misericor-diosos, acreditamos mais nos códigos que na misericór-dia, não entendemos a pessoa em sua situação, não nos identificamos com ela”, afirmou.

Ele encerrou sua homilia afirmando que o cuidado com a natureza é um chamado urgente, e destacou a importância da encíclica Laudato Sí para os cristãos e não cristãos. Dom Cláudio criticou sobretudo a lógica de lucros em que o mundo vive. “É preciso distribuir e cuidar, não acumular”, concluiu.

vÁriAS “TriboS” no lArgo O que chamou a atenção neste ano na Festa de S.

Francisco foi a quantidade de atividades realizadas, e a diversidade de pessoas e carismas. Devotos de São Francisco, mas também ativistas de ONGs de cuida-

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do animal, grupos de ciclistas, vegetarianos, cristãos e não-cristãos. Todos unidos por uma causa: a atenção ao meio ambiente.

O Largo foi o ponto de largada do 1º Passeio Ciclísti-co pelos Animais, organizado pelo Surya Solidária. Frei David Raimundo Santos deu a bênção aos presentes, e falou sobre a importância da bicicleta como atividade fí-sica, mas também como meio de locomoção na cidade, evitando assim a poluição dos carros. O frade ressaltou a importância do respeito na relação entre ciclistas, pe-destres e motoristas. Os presentes ouviram a oração atribuída a São Francisco antes de partirem rumo à Casa das Caldeiras, na Barra Funda, onde aconteceria um grande evento pelo Dia Mundial do Animal, celebra-do também neste dia 4, além do lançamento do calen-dário da ONG Celebridade Vira-Lata.

Outro grupo que reafirmou a parceria com a Festa de São Francisco foi a ONG Clube dos Vira-Latas. Pelo

é o primeiro ano em que Puppy vem receber a bênção de São Francisco.

A última missa aconteceu às 15h e foi presidida por Frei Gustavo Medella. A celebração contou ainda com a presença da Pastoral dos Surdos e a missa foi tradu-zida em libras por Frei Alvaci Mendes da Luz e outros voluntários.

Em sua homilia, Frei Gustavo fez memória do Papa Francisco, e do pedido que o Santo Padre faz para a Igreja. “A Igreja como hospital de campanha, a Igreja do sorriso, do abraço, da acolhida, das portas abertas. A Igreja sonhada por Francisco de Assis, a Igreja deseja-da pelo Papa Francisco, o Francisco de Roma”, afirmou.

Frei Gustavo pediu as orações dos presentes para que os franciscanos possam ser fiéis no seguimento a Jesus Cristo e Francisco de Assis, não somente os Fra-des Menores, mas também os leigos, os Franciscanos Seculares.

2º ano consecutivo o grupo esteve presente na festa, trazendo seu stand com cães para a adoção.

Além das adoções, mui-tos devotos trouxeram seus bichinhos para receber a bênção e participar da ce-lebração e da festa. Foi o caso da Janete, do Jardim Paulista. Ela, sua filha e o Puppy, um yorkshire, esta-vam participando da festa. Janete conta que em anos anteriores já havia participa-do da festa, mas com outro cãozinho, que faleceu. Emo-cionada, ela conta que este

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nas igrejas franciscanas, espalhadas pelo mundo inteiro, hoje é dia solene. O Domingo do Senhor passa por São Francisco de Assis, um dos san-tos mais queridos pela humanidade e o escolhi-

do pelo Cardeal Jorge Bergoglio para o seu Pontificado. Em São Paulo, a festa começa cedo na Paróquia São Francisco de Assis, na Vila Clementino; no Convento São Francisco, na região central de São Paulo; e na Igreja Santo Antônio do Pari, todas atendidas pelos fra-des desta Província Franciscana da Imaculada.

Os devotos formam filas e filas para receber a bên-

vida a cuidar do próximo e da criação, pois neles se ma-nifestam o amor e o carinho de Deus”.

Foi com esse cuidado e carinho que o celebrante, Frei Roberto Ishara, tomou no colo uma criança para carregar a relíquia de São Francisco na procissão de entrada. O frade, muito querido na região pela pastoral que desenvolve nos hospitais e centros de apoios, cobre de atenção as pessoas antes e durante a celebração.

Frei Roberto, de forma didática, falou um pouco da vida de São Francisco antes de deixar a sua mensa-gem. Segundo o frade, na pessoa de Francisco temos

SÃo PAulo - vilA clEmEnTino

IGREJA CHEIA PARA CELEBRAR O PADROEIRO

ção dos frades, especial-mente os seus animais.

Com a igreja lota-da na Vila Clementino, na Missa das 9 horas, o comentarista deu o tom franciscano da celebra-ção: “Francisco nos con-

o “homem no seu devido lugar”. “O homem que se mantém numa distância respeitosa, em reverên-cia a Deus, ao próximo e à natureza”, frisou. “O coração humano, no mundo de hoje, está fora

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do lugar, achando-se acima de Deus, acima do próxi-mo e acima da natureza. Está fora do lugar. Por isso é que o homem avança sobre Deus, avança sobre o seu próximo, e avança sobre a natureza”, lamentou o frade.

“Francisco é o homem no seu devido lugar, uma pessoa de paz e bem. Que o mundo possa conhecer Francisco de Assis e se colocar no seu devido lugar, considerando Deus como Pai, o próximo como um filho e a natureza como irmã”, convidou. Na Oração da Paz, o celebrante desceu para o meio do povo e, de mãos dadas, pediu que rezassem com ele pela paz.

No final da celebração, o celebrante chamou todas as pessoas com seus animais para ficarem juntas a ele

em tratamento contra um câncer no Hospital das Clínicas. “Gosto de animais e do santo que gosta deles”, dis-

se Gustavo, que também assumiu a promessa feita por sua avó. Maria Inês conta que residem na cidade Ouro Preto d’Oeste, em Rondônia. “A gente vai e volta uma vez a cada seis. E fica o tempo que precisar”, diz a mãe, lembrando que a comunidade que frequentam em Ron-dônia é dedicada a São Francisco de Assis.

A AACC fica na rua Borges Lagoa, 1603, e foi criada em 1984, para dar suporte às famílias. Oferece próte-ses para pacientes que perderam membros devido à doença, alojamento, alimentação, suporte educacional e tratamento psicológico.

e receberem a bênção final. “E Viva São Francisco! Batam pal-mas para agitar os animais, assim eles também dão viva a São Fran-cisco”, pediu.

dEvoçÃoUm exemplo de carinho foi o

testemunho de Gustavo, filho de Inês Gomes da Silva, que veio participar da celebração. “Conhe-cemos Frei Roberto na Casa de Apoio (Associação de Apoio à Criança com Câncer - AACC), pró-xima desta Paróquia. Ele sempre visita os doentes e, como somos devotos de São Francisco, viemos também prestar a nossa homena-gem ao santo”, disse Maria Inês, que desde 2006 acompanha o filho

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A grande festa para celebrar o Padroeiro da Paró-quia teve início na terça-feira, dia 29 de setembro, com a quermesse na frente da igreja, com salgados e o tra-dicional bolo de São Francisco, com as medalhinhas abençoadas. Nos dias 1º, 2 e 3 de outubro, foi marcante a presença dos paroquianos nas missas do tríduo pre-paratório para o dia de São Francisco, que teve como tema “Louvado sejas, meu Senhor, com todas as tuas criaturas! – Casa comum, nossa responsabilidade”.

No dia 4, as já tradicionais missas ecológicas aconte-ceram nos horários de 11h30 e 19h. O pároco Frei Djalmo Fuck, na primeira Missa ecológica, fez um apelo: “Cuidem da criação em todas as suas formas! Cuidem dos animais. Cuidem da irmã água, que faz tanta falta. Cuidem da ci-dade! Não poluam nossa cidade, não joguem lixo pelas ruas, pelas calçadas. Cuidem do ser humano! Cuidem das pessoas que passam necessidade! Sejam solidários,

A FESTA NA VILA

promovam a vida em todas as suas dimensões!”.

Às 15h a Cele-bração Eucarística contou com a par-ticipação das crian-ças da catequese

da paróquia, seus pais e catequistas, sendo presidida por Frei Euclydes Pezzamiglio, que também refletiu so-bre a importância do cuidado com a criação, recordando a Encíclica “Laudado si”, do Papa Francisco, com suas propostas de conscientização e mudanças na relação do ser humano com o meio ambiente, aspecto tão im-portante frente às questões climáticas, ambientais, so-ciais, econômicas e políticas que a humanidade vive hoje.

Durante todo o dia, centenas de pessoas estiveram na igreja para receber a bênção dada pelos frades, par-ticipar da quermesse e visitar a feira de adoção de ani-mais, e, assim, com muita alegria, a grande celebração da festa do padroeiro se estendeu até a noite.

Que São Francisco nos inspire na adesão à vocação de autênticos cuidadores da criação em todas as suas formas!

Cobertura em São Paulo: Cristy Azevedo, Érika Augusto e Moacir Beggo

Inês Gomes da Silva com o

filho Gustavo

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com o tema “Louvado sejas, meu Senhor”, a Co-munidade do Santuário Santo Antônio do Va-longo, em Santos, celebrou com muita alegria a festa de São Francisco de Assis, no dia 4 de

outubro. O nosso tema foi inspirado na Carta Encíclica do Papa Francisco “Laudato Sí”.

Iniciamos com a missa das 8 horas com a 1ª Euca-ristia dos Adultos. Ao término da missa tivemos a aber-tura da VIII Feira Ecológica com artesanatos em maté-rias reciclados e praça de alimentação.

Às 10 horas foi lançado o livro “Passos do Amor”- a peregrinação de Francisco de Assis a Santiago de Com-

postela, do jornalista Luiz Carlos Ferraz (foto ao lado).

A tradicional bênção dos animais aconteceu de hora em hora.

Como tínhamos pro-gramado uma procissão com São Francisco no bonde turístico da ci-dade, apesar da chuva prevalecer, não desani-mamos. São Francisco, num belo andor decora-do, foi colocado no bon-

SAnToS -SAnTuÁrio do vAlongoSÃO FRANCISCO GANHA PROCISSÃO NO BONDE

VAlDelice Dos sANtos silVA

de e muitos fiéis, com seus animaizinhos, fizeram um passeio pelas ruas do centro histórico de Santos, com muitos cantos e muita alegria, palmas e um forte: “Viva São Francisco”, repetido várias vezes.

Por fim, a imagem foi carregada para dentro do San-tuário, para o encerramento das festividades, onde os fiéis puderam participar da Santa Missa em honra e louvor ao Santo, com seus animais de estimação, pre-sidida por Frei André Becker, reitor do Santuário, con-celebrada por Frei Hipólito Martendal e Frei Rozântimo Antunes Costa.

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Este ano, o dia de São Francisco Assis foi celebra-do pela Família Franciscana de Angola com Mis-sa solene e tarde recreativa na Paróquia de Santo Antônio da Cuca, no município do Cazenga, em

Luanda.As atividades em prol do dia do Padroeiro da Eco-

logia começaram com as trezenas, novenas e tríduos, realizados em cada fraternidade até ao dia do Trânsito. Nas reflexões feitas e nos momentos fortes que cada comunidade realizou não faltaram considerações em torno da paz, do cuidado da casa comum e do relativis-mo de que a sociedade atual está munida.

Várias foram as atividades que marcaram esse dia. Primeiramente, além da acolhida calorosa, tudo come-çou com a solene e santa Missa, que, a convite da Fa-mília Franciscana de Angola, cujo coordenador é o Frei

Afonso Teca, OFMCap, foi presidida pelo conselheiro geral dos Frades Capuchinos e animada pela Juven-tude Franciscana (Jufra) daquela paróquia. Durante a celebração, quinze jovens, depois da caminhada, per-cebendo que Deus revela grandes coisas aos fracos e pequeninos, foram admitidos à fraternidade da Jufra. O presidente da celebração não deixou de lembrar que ser franciscano, principalmente nos nossos dias, tem um preço.

Frades Menores, Frades Menores Capuchinhos, Ordem Terceira Secular e Regular, todos fizeram-se re-presentar. As Irmãs Clarissas ou as Damas Pobres não participaram. E como família reunida ninguém precisou usar crachá.

Após a missa, seguiu-se o momento de saciar o ir-mão corpo, mas antes foi cantado os parabéns pelos dezoito anos de presença da Jufra na Paróquia de Santo Antônio. Cada um com o seu farnel (lanche) de

casa, todos sentaram-se e comeram à mesma mesa, como forma típica de viver e acolher a palavra de Deus. Em seguida vivenciou-se uma tarde diferente da de todos os dias. Música, dança, animação, karaokê, teatro, poesia e muito mais con-tribuíram para que todos se alegrassem e sentissem que estavam realmente em festa. Quem também estava de Festa foi a Diocese de Viana (Luanda), cujo padro-eiro é São Francisco de Assis, e nesse dia contou com duas ordenações sacer-dotais na Catedral.

FAMÍLIA FRANCISCANA CELEBRA SÃO FRANCISCOFrei crisÓstomo PiNto ÑgAlA

AngolA

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As festividades de nosso Seráfico pai São Fran-cisco de Assis foram celebradas com a Confe-rência da Família Franciscana do Brasil (CFFB) do Regional Curitiba. O primeiro dia do tríduo

(01/10) aconteceu na Paróquia Bom Jesus dos Per-dões, da Ordem dos Frades Menores. A Missa foi pre-sidida pelo Frei Dalvino Munaretto, tendo a graça de celebrar neste dia também o seu aniversário. Lembrou--nos da missionariedade da nossa identidade de vida, recordando Santa Teresinha do Menino Jesus, cuja fes-ta celebrava-se naquele dia.

No segundo dia do tríduo (02/10), a CFFB-Curitiba se encontrou na Paróquia Nossa Senhora da Luz, dos Frades Menores Capuchinhos. No último dia do tríduo (03/10), foi celebrada a memória da morte de Francisco, na Comunidade São Francisco de Assis, da Paróquia São João Batista, dos Frades Menores Conventuais. Em sua homilia, Frei Jean, OFMConv, salientou que precisamos de “novos Franciscos e Claras”, pois eles são exemplo de missionários, evangelizadores através da paz, e essa paz é semeada nas pequenas coisas.

No dia 4 de outubro, cada família franciscana cele-brou o dia de São Francisco em sua fraternidade. Em nosso Convento São Boaventura, os louvores matinais

rondinHA - FrATErnidAdE SÃo boAvEnTurASÃO FRANCISCO, O GRANDE MISSIONÁRIO DE CRISTO

Frei JosemBerg c. ArANHA foram entoados com a oração solene das laudes. Às 9h00, deu-se início à Santa Missa, presidida pelo guar-dião da fraternidade Frei João Mannes. Abrindo o mês de oração pelas missões, Frei João disse que “Jesus Cristo é o missionário por excelência, o enviado do Pai, e São Francisco, é o grande missionário anunciador deste Enviado, pois durante toda a sua vida colocou Cristo no centro de sua existência. Não podemos es-quecer que comemorarmos São Francisco dentro do mês missionário é relembrar que todos nós somos dis-cípulos e missionários de Jesus Cristo”, acrescentou. Prosseguiu dizendo: “Nosso seráfico pai São Francisco é modelo desse deixar-se modelar pelo Evangelho co-locado em prática”.

Após a missa nos confraternizamos num clima muito festivo!

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Na sexta-feira (09/10), os alunos e professores do Colégio da Divina Providência, localizado no bairro Ahú em Curitiba, acolheram a presen-ça dos frades de Rondinha num en-

contro fraterno, simples e acolhedor.De forma bastante espontânea, os

jovens puderam trocar e compartilhar suas experiências e esperanças: Tam-bém neste encontro, os frades puderam

explicar e responder a inúmeros ques-tionamentos sobre a forma de vida dos Frades Menores, em referência ao nosso pai São Francisco e de seu legado espi-ritual que se perpetua até os dias atuais.

ENCONTRO COM OS JOVENS DO COLÉGIO DIVINA PROVIDÊNCIA

na terça-feira (06/10), os frades estudantes de Ro-dinha animaram a Missa Solene de São Francis-co, juntamente com à comunidade universitária da FAE- Centro Universitário. A Missa presidida

por Frei Nelson Hillesheim teve um caráter festivo e ale-gre, marcado pela simplicidade tão querida pelo santo de Assis.

Frei Nelson destacou que a experiência de Deus em Francisco constitui-se no norte de inspiração para a ins-tituição e agradeceu aos frades estudantes ali presentes por serem a atualização dessa presença e inspiração de Francisco no dia a dia da universidade. Ressaltou a importância do testemunho e da simplicidade dos fra-des no meio universitário e pediu que nunca deixem de ser essa presença do carisma franciscano.

Encerrada a Missa, os frades se dirigiram para o ou-tro campus da FAE, onde estudam os tecnólogos, para animarem o evento “Sou + Paz” promovido todo ano pela FAE, tendo em vista a promoção e cultivo da paz no meio acadêmico bem como social. No evento, Frei Nelson destacou que o intuito primordial deste evento é abrir um espaço de reflexão para os alunos sobre como a comunidade acadêmica tem contribuído e cultivado es-

FRADES DE RONDINHA CELEBRAM A PAZ E SÃO FRANCISCOFrei AlAN leAl De mAttos FAE

ses momentos de paz. Convocou todos os estudantes a pensarem como, no seu dia-a-dia, poderiam ser instru-mentos de paz no âmbito acadêmico, familiar e social.

Após rezarem a Oração pela Paz, atribuída a São Francisco, e a Oração do Pai Nosso, Frei Nelson deu a bênção da paz a todos os presentes e, por fim, os frades estudantes cantaram os parabéns aos estudan-tes, pois era o dia do Tecnólogo.

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uma série de atividades na praça Getúlio Vargas mar-cou o Dia de São Francisco de Assis, em ações denomi-

nadas de “O Dia da Paz em Pato Branco”. São Francisco de Assis é uma das personalidades mais admiradas pelos fiéis da Igreja Ca-tólica, considerado o padroeiro dos animais e da natureza, também co-nhecido como o “Santo dos pobres”. O santo nasceu em Assis, na Itália em 1182, filho de pais ricos, o jo-vem Francisco desfrutou da riqueza durante a infância e adolescência, transformando sua vida a partir da juventude, abandonando a riqueza e, como diz a história, “desposando a Senhora Pobreza”.

O exemplo de vida de São Fran-cisco foi lembrado nas atividades voltadas para a Paz Social, amor à natureza e aos animais, ao melhor estilo franciscano. Diversas entida-des participaram do “Dia da Paz”, com a programação alinhavada com diversas entidades parceiras. A programação que começou às oito horas da manhã, com a cami-nhada celebrando os dez anos de transformação da UTFPR- Universi-dade Tecnológica Federal - em Pato Branco. Um dos pontos altos do domingo na praça foi a benção dos

PATO BRANCO CELEBROU O DIA DA PAZ E DE SÃO FRANCISCO DE ASSIS

animais, feita pelo pároco Frei Olivo Marafon, e com a presença dos fra-des franciscanos da Paróquia São Pedro. Em seguida, as pessoas e seus animais de estimação saíram para a “cãominhada”, assim bati-zada por ser uma caminhada com os proprietários de animais e seus “pets”, com organização da ONG – Anjos Protetores.

A programação ocupou todo o domingo na praça, e na parte da tarde foi também realizada uma apresentação do canil do 3º BPM com animais altamente treinados

para busca e salvamento de pesso-as. A realização do “Dia da Paz” foi uma iniciativa da Fundação Cultural Celinauta e da Paróquia São Pedro, através dos frades franciscanos, com a adesão de várias entidades parceiras. Frei Olivo Marafon, pá-roco da Igreja São Pedro, afirmou que “foi um dia de celebração pela paz, para lembrar as pessoas que nos dias atuais é preciso promover a cultura da paz, do amor e respeito à natureza, aos animais e ao próxi-mo, bem na linha da mensagem de São Francisco De Assis”.

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Foi com muita alegria que comemoramos a sole-nidade de nosso Pai São Francisco de Assis, em Petrópolis, na Paróquia e no Convento do Sagra-do Coração de Jesus.

As festividades em preparação do grande dia do Se-ráfico Pai se iniciaram no dia 2, sexta-feira, com as vés-peras. Podíamos sentir o clima de oração e solenidade no ar e no rosto dos frades. Sempre quando se está chegando perto do dia importante, o “Natal” franciscano, onde, a irmã morte se une a São Francisco e ele nasce eternamente para o Pai, hábitos são usados, sorrisos soltos mais que o normal e os confrades que não são muito hábeis no uso da “veste marrom”, se unem aos demais pela solenidade.

Neste dia entoamos os salmos, cântico, hino, pre-ces, em honra de Santa Teresinha do Menino Jesus, grande devota de São Francisco de Assis, chegando a afirmar: “Eis um verdadeiro seguidor de Cristo”.

Na véspera da solenidade, dia 3, celebramos o trân-sito de São Francisco de Assis. Os frades cantavam, juntamente com uma especial participação do povo. O coral dos Canarinhos de Petrópolis embelezaram os cânticos com uma afinação única, própria de um coral de alto nível. Logo depois, desfrutamos de um saboroso coquetel servido na fraternidade da Ordem Terceira, Sa-grado Coração de Jesus. Estavam presentes os frades, nossos irmãos da OFS e várias irmãs de congregações franciscanas.

No grande dia, 4 de outubro, celebramos São Fran-cisco na Missa das dez horas, com a participação sig-nificativa do povo e dos frades da fraternidade. Cantos franciscanos, leituras, preces, tudo convergia para o tom de fraternidade. Terminamos as festividades saboreando um delicioso almoço regado a muita alegria e conversa.

Que o pai Seráfico, São Francisco de Assis, nos ani-me sempre mais a viver a fraternidade por ele almeja-da, fruto de penitência e amor ao Cristo, àquele que se entregou por amor.

Na proximidade do dia de nosso Pai Seráfico, São Francisco de Assis, os frades estudantes de Teologia pa-raram um momento, três dias, para refletirem sobre a vida franciscana e fraterna, ajudados por um irmão mais expe-riente, Frei Neylor Tonin.

O retiro teve início na sexta-feira à tarde, dia 25 de se-tembro. Frei Neylor, com seu jeito sereno e calmo de falar, nos motivou muito. Suas palavras de experiência nos da-vam luz para percebermos a identidade do frade francisca-

RETIRO DOS FRADES ESTUDANTESFrei JuliANo FAcHiNi

no e sua vocação religiosa. O término do retiro se deu no domingo, dia 27 de setembro, com o almoço.

O curto espaço de tempo que tivemos foi-nos de gran-de valia. Oportunidade de pararmos um pouco, esfriar a cabeça dos afazeres acadêmicos e pastorais e aquecer o coração com orações especiais em vista da grande festa franciscana.

Queremos agradecer a Frei Neylor pela ajuda fra-terna em nos animar em nossa realidade religiosa, res-ponder às provocações desde nosso irmão mais ex-periente nos leva a trabalharmos por um amor puro e verdadeiro diante do leproso, com o qual Francisco se identificou.

PETrÓPoliS - PArÓQuiA E convEnTo do SAgrAdo

TEMPO SOLENE NA FRATERNIDADEFrei JuliANo FAcHiNi

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Fraternidades

nosso encontro foi realizado nos dias 14 e 15 de setembro. A Fraternidade Franciscana

de Santo Amaro acolheu as demais fraternidades com o almoço no Ho-

tel Caldas da Imperatriz. Frei Nilton Decker, coordenador do Regional, propôs que iniciássemos o encontro às 14h, com a oração e invocação à Santíssima Trindade, e fizéssemos a reflexão do Evangelho do dia da So-lenidade da Santa Cruz.

E prosseguimos com a leitura e discussão da ata, fizemos a partilha das fraternidades, compartilhando nossa fé, preocupações e êxitos da nossa evangelização, como também nossa convivência fraterna. Foram também comunicadas as ausências. Encerramos o primeiro dia do nosso Encontro do Regional com um jan-tar, às 19h.

No dia seguinte, o café da manhã e oração e a reflexão do Evangelho da Solenidade de Nossa Senhora das Dores.

Para este segundo dia de encon-tro, Frei Germano Guesser, Defi-nidor do nosso Regional, fez-nos a proposta de discussão sobre o texto da Comissão Preparatória do Capí-tulo Provincial 2016. Devido à im-portância da discussão deste texto, procuramos responder às duas ques-tões propostas:1. Na linha da Missão, atendendo

aos apelos do Papa Francisco para uma Província “em saída”, qual deve ser o grande objetivo (prio-ridade) da fraternidade provincial no próximo sexênio?

2. Para atingir este objetivo, quais as linhas de ação a serem implanta-das? Atendendo à nossa vocação de

Frades Menores, a serviço da Igreja e da Província, decidimos trabalhar este texto procurando ter ousadia nas nossas decisões. Frei Nilton Dekcer acolheu as contribuições e propostas que surgiram no encontro. Cada fraternidade ficou responsável por enviar um texto com propostas concretas para ser elaborado um texto único, com o intuito de engra-decer a nossa missão e presença nas diversas frentes de evangelização da Província. Às 11h50, Frei Nilton De-cker nos deu a bênção final

EnconTro do rEgionAl do lESTE cATArinEnSEFrei mArcos PrADo Dos sANtos

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Fraternidades

iconografia e simbologia dos animais presentes nas religi-ões são objetos de um estudo

minucioso de Frei Clarêncio Neotti, que originou o livro “Animais no Al-tar”, que será lançado no dia 12 de no-vembro, às 19h30, no Salão do Centro de Formação, ao lado do Santuário do Divino Espírito Santo, em Vila Velha (ES).

Segundo Frei Clarêncio, este es-tudo nasceu de um interesse pessoal quando trabalhou durante nove anos na Cúria Geral da Ordem dos Frades Menores, em Roma. Nesse período, de janeiro de 1995 a outubro de 2003, fundou o Departamento de Comuni-cação e Informação da Ordem.

“Nesse tempo tinha os sábados e domingos livres. Eram os dias em que eu visitava prolongadamente as Basí-licas trabalhadas por famosos artistas e as velhas igrejas carregadas de histó-ria. Para não entrar como turista, pen-sei em me obrigar a um tipo de estudo que me despertasse a curiosidade”.

Entre a flora e da fauna, Frei Cla-rêncio tirou par ou ímpar e acabou tendo que ficar com a fauna. “Dei-me conta de que os animais simbólicos no Cristianismo eram bem mais nu-merosos do que pensava”, contou.

Não demorou muito, Frei Clarên-cio já estava imerso num universo complexo. “Passei a procurar animais nos altares, nos ambões, nos capitéis,

prezaram o símbolo foram pobres em humanidade e socialmente desequili-bradas, como o foram o iluminismo e o racionalismo”, observa.

Frei Clarêncio explica que li-mitou sua pesquisa a igrejas, mos-teiros e claustros. “O simbolismo dos animais não entrou apenas nas igrejas e na literatura cristã. Entrou também na heráldica, que teve tan-ta importância na Idade Média, no adorno dos castelos e salas e quartos de dormir, nas armas e brasões, nas bandeiras e não em último lugar nos sobrenomes”, acrescenta o escritor, lembrando que não se ateve somente à iconografia, mas entrou nos textos dos Mestres de espiritualidade, so-bretudo dos Santos Padres.

O ainda recente interesse pela Ecologia é um retorno a uma lingua-

gem de respeito ao mundo animal, vegetal e mineral, que a sociedade perdeu à medida que dispensou os símbolos.

“Se o mundo pós-moderno acor-dou para a ecologia é porque estava dormindo no sono do seu egocen-trismo, que ele pensou onipotente. O equilíbrio humano pressupõe o mun-do animal. Não só o homem domes-tica e adestra o animal, mas o animal domestica e adestra o homem em sua religião, em sua vida social, em sua trajetória do seio de Deus à terra e da terra ao seio de Deus. Que o confir-mem a serpente enroscada na Árvore do Bem e do Mal na primeira página do Gênesis e o cordeiro triunfante so-bre o dragão acorrentado no abismo na última página do Apocalipse”.

Frei Clarêncio ingressou na Or-

“AnimAiS no AlTAr”: novo livro dE FrEi clArÊncio

no teto e no chão, nos vitrais e portas. Comecei a estudar os mestres daquelas obras e com isso fui forçado a frequentar bibliotecas especializadas em simbologia e linguagem não verbal”, explicou.

Segundo o frade, que é jornalista e escritor, nenhu-ma religião dispensa o sím-bolo. “A melhor linguagem para expressar o religioso é o símbolo. As gerações que des-

dem Franciscana quando vestiu o hábito de São Fran-cisco de Assis em dezembro de 1954. Ordenou-se padre em 6 de janeiro de 1961. Foi professor de Comunicação e Teologia Pastoral no Institu-to Teológico Franciscano de Petrópolis e trabalhou duran-te 20 anos na Editora Vozes. Atualmente reside e trabalha no Santuário do Divino Espí-rito Santo, em Vila Velha.

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Fraternidades

o dia 7 de outubro de 2015, nossa cidade e nossa paró-quia estivem em grande festa.

Já é tradição a paróquia Nossa Se-nhora do Rosário celebrar com uma grande festa religiosa sua padroei-ra. Porém neste ano, por iniciativa do vereador Joel Rangel, tendo por objetivo valorizar a história de Vila Velha e destacar o grande significado da Igreja Nossa Senhora do Rosário para a cidade de Vila velha e para o estado do Espírito Santo, nossa Se-nhora do Rosário passou a ser tam-bém a Padroeira da Cidade.

A nova lei foi assinada no dia 24 de novembro pelo prefeito Rodney Miranda, na Igreja Nossa Senhora do Rosário, na Prainha, presentes autori-dades municipais e religiosas, além de

grande número de devotos. A Lei da Padroeira, que é de autoria do verea-dor Joel Rangel, teve o objetivo de va-lorizar a história de Vila Velha e des-tacar a necessidade do cuidado para com o patrimônio histórico da cidade.

A partir da assinatura, todos nos

preparamos para celebrar nossa pa-droeira. Foram cinco dias de festa a partir de 2 de outubro. Além das missas, aconteceram um recital de cordas, sarau literário, exposições, barraquinhas com comidas típicas, shows, entre outros.

FESTA PArA A PAdroEirA dA cidAdEFrei JAmes F. gomes Neto

vilA vElHA

Fraternidades

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| Comunicações | Novembro 2015 | 635

Fraternidades

No dia da grande festa, todos nos concentra-mos à frente da gruta de Frei Pedro Palácios e se-guimos numa procissão luminosa pelas ruas do centro histórico de Vila Velha até a praça à frente da Igreja do Rosário. O número de fiéis superou as expectativas. O andor com a imagem da santa foi solenemente carregado por marinheiros da Escola de Aprendizes de Marinheiros do Espírito Santo, tendo à frente o seu capelão. A banda de crianças do Colégio São José também teve parti-cipação. Ao final, uma missa solene foi celebrada na frente da Igreja, estando presentes também o prefeito Municipal, vereadores, secretários muni-cipais e deputados estaduais.

Seguiu-se uma animada festa de barraquinhas e a apresentação da banda do 38º Batalhão de In-fantaria do Exército. Sem dúvidas uma festa que o povo de Vila Velha não esquecerá.

A Igreja de Nossa Senhora do Rosário, na Prainha de Vila Velha, é tombada pelo Institu-to do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Sua construção data de 1535. É consi-derada a Igreja mais antiga do Brasil sempre em atividade. Foi ali que teve início a colonização do Estado do Espírito Santo.

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| Comunicações | Novembro 2015 |636

Fraternidades

Diálogo, 7) Sem nostalgia do passa-do, 8) Cheirar a ovelha, Igreja alegre e jovem e 10) Casa e Povo de Deus. E a conclusão de que a Vida Religiosa e a Igreja precisam ir a Lampedusa mostra que é preciso maior ousadia e que o Evangelho seja maior do que a indiferença que mata pela incapa-cidade de chorar a morte de tantos irmãos e irmãs.

Na terça-feira (29/09), pela Fra-ternidade Divino Espírito Santo, Frei Clarêncio Neotti falou sobre o Ano da Vida Consagrada e para isso par-tiu do versículo “Médico, cura-te a ti mesmo” (Lc 4,23). Pois retiro espiritu-al é justamente isso, cada um buscar conhecer suas mazelas para poder en-contrar a cura e a fortaleza.

E continuou sua conferência di-zendo que Vida Consagrada é muito mais do que emitir votos e usou uma frase de Frei Bruno Linden que em 1941 assim respondeu a uma religio-sa: “Uma irmã devotada (com votos) não é mais irmã do que uma irmã que não pronunciou os votos, mas tem seu

coração dentro do coração de Jesus e de dentro do coração de Jesus sai para a catequese, a escola, a família”. Quan-do nos apegamos a algo, esse apego mata nossa consagração e assim não renunciamos a nós mesmos e temos dificuldade de assumir nossa cruz.

Para auxiliar na reflexão pessoal, Frei Clarêncio distribuiu o texto da “Carta Apostólica pelo Ano de Vida Consagrada”, de 21 de novembro de 2014 – Festa da Apresentação de Ma-ria, do Papa Francisco.

No período da tarde, em grupos, foi refletido o texto “A Vida Religiosa na Igreja de Francsico” e este dia do retiro terminou com a partilha do texto que havia sido proposto na noite anterior e refletido à tarde.

Aproveitando a ocasião do retiro e já refletindo o texto que foi enviado às fraternidades como estudo em pre-paração ao Capítulo Provincial, foram respondidas pelo Regional as duas perguntas da Comissão Preparatória: 1) Na linha da missão, atendendo aos apelos do Papa para uma Província

cAPÍTulo E rETiro no rEgionAl do ESa segunda-feira (28/09), os frades do Regional do Espírito Santo se reuniram na casa de

retiro Santa Clara, na Ponta da Fru-ta, em Vila Velha-ES, para realizar o Capítulo Regional, que foi o encontro para celebrar a fraternidade e tam-bém o aniversário natalício de Frei Valdecir Schwambach. Foi feito um bom churrasco para que todos pu-dessem melhor partilhar as alegrias da vida franciscana e os afazeres na evangelização.

No mesmo dia, às 20h, o Defini-dor Provincial Frei Mário Luiz Taglia-ri abriu o retiro com uma breve expla-nação sobre o texto do jesuíta Victor Codina: “A vida religiosa na Igreja de Francisco”, que faz uma leitura dos primeiros passos do Papa Francisco e os compara com a Vida Religiosa.

Desse modo, ele aborda a Vida Re-ligiosa que sempre passou pelo perigo de fechar-se em si mesma, de bastar--se. E desde o Concílio Vaticano II a Vida Religiosa busca exercer sua fun-ção profética em comunhão com toda a Igreja que quer com o Papa Francis-co reformar-se evangelicamente, im-pulsionada pelo Espírito Santo.

O papa não iniciou nenhuma nova Teologia na Igreja, simplesmente pro-moveu um novo modo de enxergá-la. Pede uma nova sensibilidade pastoral, uma volta ao Evangelho sem acrésci-mos, uma nova Igreja. Para isso ele centraliza tudo em Cristo. Buscar uma volta ao Evangelho, exortação à sinceridade e à transparência do Evangelho de Jesus Cristo.

Para conseguirmos esse novo olhar sobre a Igreja e a fé, o Papa Francisco nos lança dez passos para buscarmos a conversão necessária: 1) Portas abertas, 2) Cheirar a Evan-gelho, 3) Hospital de campanha, 4) Igreja dos pobres, 5) Sair à rua, 6)

Frei gÍlsoN KAmmer

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| Comunicações | Novembro 2015 |

Fraternidades

“em saída”, qual deve ser o grande ob-jetivo (prioridade) da Fraternidade Provincial no próximo sexênio? e 2) Para atingir este objetivo, quais as li-nhas de ação a serem implementadas?

Na quarta-feira (30/09), pela Fraternidade Nossa Senhora da Pe-nha, Frei Jeâ Paulo Andrade falou sobre a Misericórdia e para isso par-tiu da Bula Misericordiae Vultus, so-bre a Proclamação do Jubileu Extra-ordinário da Misericórdia, do Papa Francisco.

Depois de refletir individualmente sobre o tema da misericórdia, às 15h, houve a partilha das reflexões. Foi vis-ta a etimologia da palavra misericór-dia (dar o coração ao necessitado de algo) e somente a partir desta ação de oferecer, ofertar o coração àqueles que

necessitam é poderemos ter compai-xão e ter a coragem de confessar-nos junto com a pessoa que confessa.

Sobre este tema da misericórdia foi lembrada a “Carta a um Ministro” de São Francisco de Assis: “E nisto que-ro reconhecer se tu amas o Senhor e a mim, servo dele e teu, se fizeres isto: não haja no mundo irmão que pecar, o quanto puder pecar, que, após ter visto teus olhos, nunca se afaste sem a tua misericórdia, caso buscar mise-ricórdia. Se não buscar misericórdia, pergunta-lhe se quer (obter) miseri-córdia” (9-10). Isso mostra que este tema do Papa Francisco também não é novidade, mas que é uma atitude desejada por muitos e há muito tem-po e que atualmente anda um pouco esquecida por todos, especialmente

pela Igreja. Este dia do retiro termi-nou com uma simples mas bonita e devota celebração penitencial.

No último dia do retiro (01/10), pela Fraternidade Santo Antônio de Santana Galvão, Frei Pedro do Nas-cimento Viana expôs brevemente a Encíclica Laudato Sí, do Papa Fran-cisco, e distribuiu um pequeno texto para auxiliar no entendimento e me-ditação.

Após um momento de reflexão pessoal, às 11h, dentro da oração de conclusão do retiro anual, todos par-tilharam seus pensamentos. E para continuar a reflexão nas fraternidades foi distribuído o texto do jornalista Mauro Lopes: “Até onde vai o Papa?”

O almoço deste dia marcou o en-cerramento.

Com o decreto de 30 de agosto de 1966, de Dom Afonso Niehues, foi criada a Paróquia Santo Antô-nio de Florianópolis, desmembrada da Paróquia da Catedral. Em pre-paração ao jubileu áureo, abrimos solenemente no dia 30 de agosto de 2015, na missa das 10h, o Ano Jubi-lar de nossa Paróquia.

Após a solene liturgia, tivemos o nosso Almoço Franciscano. Antes da bênção final, foram apresentados alguns slides mostrando as “raízes profundas” de nossa história fran-ciscana na Grande Florianópolis até os dados coletados no primeiro ano após a criação da paróquia. Este trabalho de resgate histórico vem sendo continuado a cada informati-vo semanal, apresentando persona-gens e fatos que marcaram a história deste convento e da paróquia; o que pode ser acompanhado também

através do especial sobre o Ano Ju-bilar no site da paróquia.

A programação elaborada pelo Conselho Pastoral Paroquial con-templou no mês de setembro um ci-clo de formação bíblica e a Semana Franciscana até a data de nosso Pai Seráfico; em outubro e novembro, o tríduo e a novena de Santo Antônio de Sant’Ana Galvão e de Santa Ca-tarina de Alexandria; em fevereiro e março, um ciclo de formação mis-sionária e a Celebração Penitencial; em abril, no domingo da Misericór-dia, o envio dos missionários, que deverão visitar os condomínios e prédios que compõem o território da paróquia, preparando assim a Trezena de Santo Antônio de 2016, momento central dos festejos jubi-lares, juntamente com a missa sole-ne do jubileu no dia 30 de agosto de 2016.

Ano jubilAr dA PArÓQuiA SAnTo AnTônio FloriAnÓPoliS

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| Comunicações | Novembro 2015 |638

Fraternidades

O Coral Arautos do Grande Rei foi fundado em 1972, por Frei Afonso Vicente Vogel. A primeira apresentação foi na Missa de Natal. Desde então, o Coral não parou mais de fazer apresentações na cidade, no Estado e no país. O Visitador Geral Frei Nestor Inácio Schwerz esteve na sede do Arautos do Grande Rei no dia 7 de outubro último, que fica no lado esquerdo da matriz de Xaxim, SC. A sede foi inaugurada em 1981 e depois foi ampliada.

o dia 4 de outubro, festa de São Francisco de Assis, na Igreja Matriz da Paróquia Imaculada Conceição de

Curitibanos (SC), foi erigida a Fra-ternidade Nossa Senhora dos Anjos (ou Santa Maria dos Anjos) durante a Missa da manhã.

O pároco Frei Valdir Nunes Ri-beiro foi nomeado delegado do Ministro Provincial, Frei Fidêncio

Vanboemmel para esta celebração, que contou ainda com o Ministro Regional da OFS, Ademir Freitas, e as irmãs Marina Ferrari e Janete P. Freitas, testemunhas. Frei Valdir também dará assistência à nova fra-ternidade.

Na oportunidade renovaram a profissão quatro membros da Frater-nidade e fizeram a profissão doze ir-mãos. Na mesma manhã, nas depen-dências do Colégio Santa Teresinha, realizou-se o Capítulo Eletivo, onde

foi eleito Ministro da Fraternidade Fábio Augusto Fogaça. Para o Con-selho local foram eleitos os irmãos: Victor Hugo Ferretti Cheffer (vice--ministro), Leila Denise Juttel Hack (secretária), Mônica Medeiros Gat-ner (tesouraria) e Raquel Stanguerlin Fogaça (formação). Após o Capítulo, o almoço de confraternização reuniu no mesmo Colégio os franciscanos da comunidade (frades, freiras e ir-mãos) e os refugiados haitianos que residem na cidade.

criAdA A FrATErnidAdE oFS dE curiTibAnoSleilA DeNise Juttel HAcK

viSiTAdor gErAl conHEcE A obrA dE FrEi AFonSo

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Fraternidades

Prezados confrades, Paz e Bem!

ela presente estamos convi-dando a todos os frades, de um modo especial aos que

exerceram parte do seu ministério aqui na fraternidade Patrocínio de São José, em Lages, para participa-rem da comemoração dos 100 anos do nosso convento.

No dia 21 de dezembro de 1915 foi lançada a “pedra fundamental”... E no dia 20 de dezembro deste ano acontecerá a festa jubilar com mis-sa às 9h30 na igreja do Convento Franciscano. Ao meio dia, almoço no salão paroquial da Paróquia N. Sra. Aparecida do Navio. A festa será precedida por uma novena de preparação, a iniciar-se no dia 11 de dezembro do corrente ano.

Outra boa oportunidade... O Senhor Raimundo Colombo, nos-so governador, nascido em Lages, já contatou as firmas Concrejato (obras especiais) e Ornato Arqui-tetura Ltda, para executarem a res-tauração de nosso convento, que é o nosso sonho, bem como dos frades que por aqui passaram nos últimos anos.

Desde 2013 vínhamos enviando ofícios ao Sr. Governador e outras autoridades.

A Concrejato é a mesma em-presa que está fazendo o restauro da igreja São Francisco, de Floria-nópolis. Duas profissionais da em-presa estiveram aqui fazendo uma avaliação e ficaram encantadas com o bom estado de conserva-ção do prédio. Estiveram também

conosco outros dois arquitetos fa-zendo medições e cálculos, enfim, uma avaliação geral do prédio. Os mesmos também fizeram uma ava-liação altamente positiva sobre a beleza e boa conservação de nosso “Conventinho”, como gostam de chamar nosso convento, agora cen-tenário e patrimônio do Estado.

Reconhecemos que a data da festa do Jubileu não é apropria-da devido ao tempo do Advento e próximo ao Natal. Entretanto fica-ríamos honrados e felizes com sua presença. Pedimos confirmar sua presença até 12 de dezembro.

Atenciosamente, Paz e Bem!

Frei José Lino, Frei Tarcísio, Frei José Boeing, Frei Vilmar

e Frei Ervino

FrATErnidAdE dE lAgES convidA PArA cElEbrAr 100 AnoS do “convEnTinHo”

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Fraternidades

o dia 9 de outubro, em so-lenidade presidida pelo ve-reador Reimont Luiz Otoni,

na Câmara Municipal do Rio de Janeiro, Frei José Alamiro Andra-de Silva foi condecorado com a medalha e o diploma São Francis-co de Assis, em reconhecimento pelo seu trabalho de divulgação da Carta Encíclica Laudato Sí do Papa Francisco, levando ao conhe-cimento dos leigos a importância do cuidado com a nossa casa co-mum. Tal importância dessa di-vulgação gerou um evento sediado no Convento de Santo Antônio, onde aconteceram palestras e de-bates mediados por Frei José Ala-miro sobre a Laudato Sí. Durante seu discurso, Frei José Alamiro convidou os demais agraciados e convidados a rezarem, de mãos dadas, a Oração da Paz, atribuída a São Francisco de Assis.

Hoje é o Dia dos que Vivem lá na glória,Daqui se foram a levar as suas flores,Flores que nunca murcham, têm a sua história,Feita de amor, e aliviaram muitas dores...

Aqui no amor, o Além se planta, que beleza!...O Além feliz que Deus dará aos filhos seus,Aqui se vive o que será no Céu, certeza,Oferta santa pra o louvor do nosso Deus!...

A partir desse Dia dos que Vivem, então,Nós aprendemos cada dia essa lição:- Planta-se agora o Prêmio do nosso amanhã!...

Assim, eu vivo meu “Finados”: - Não morrer!...Com amor, plantando o que amanhã eu vou colher,Creio em Jesus que prometeu a mim um dia!...

Frei Walter Hugo de Almeida

nÃo morrEr

comEndAdor FrEi joSÉ AlAmiro

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| Comunicações | Novembro 2015 |

Evangelização

urante quatro dias (15 a 18/10), Petró-polis foi cenário do

XIV Congresso Regional dos Meninos Cantores do Brasil. Graças ao sucesso alcança-do, o evento já é considerado um marco no movimento do Canto Coral. Ensaios, con-certos gratuitos e muita troca de experiências fizeram par-te da rotina de 275 meninos e meninas, vindos de quatro Estados.

De acordo com o presi-dente da Federação Nacional de Meninos Cantores e ma-estro do Coral dos Canari-nhos, Marco Aurélio Lischt, o resultado foi melhor que o esperado. “O evento foi um grande sucesso. Os coros

congrESSo rEgionAl dE mEninoS cAnTorES

altíssimo nível e vieram com muita vontade de cantar”, disse.

A alegria também foi sentida pe-los coralistas, como foi o caso de Ana Clara Drumond, do Coral Mostei-ro de São Bento (DF). “O evento foi muito legal! Conheci pessoas novas, vozes novas... O Congresso me per-mitiu ampliar os horizontes e a minha visão, ainda mais sendo realizado em uma cidade histórica, como Petrópo-lis”, disse. O Congresso Regional dos Meninos Cantores contou com três

apresentações. A abertura foi realiza-da na quinta-feira (15), com um con-certo dos anfitriões – os Corais dos meninos e das meninas dos Canari-nhos. Na sexta-feira (16), o Concerto de Gala reuniu todos os Corais, que fizeram apresentações individuais e depois se uniram. O encerramento foi no sábado (17), com uma missa na Catedral São Pedro de Alcântara, celebrada pelo bispo diocesano Dom Gregório Paixão, que reuniu todas as vozes.

O Coral das Meninas dos Canari-nhos de Petrópolis completou, no dia 21 de outubro, 27 anos de fundação. Em quase três décadas, o grupo atua no fortalecimento do movimento do Canto Coral na cidade. A data será co-memorada com uma missa no próximo domingo (25), às 10h, na Igreja do Sa-grado Coração de Jesus.

“É uma honra participar desta his-tória e estar à frente do Coral das Me-

ninas do Canarinhos”, afirma o maestro Marcelo Vizani. “As meninas atingiram uma maturidade musical muito grande, se saindo bem mesmo em obras muito complexas. Os exemplos mais latentes foram o lançamento do CD Memorare, em 2014, e a apresentação de abertura do Congresso Regional dos Meninos Cantores, na última quinta-feira”, afir-mou o maestro e ex-Canarinho, que está à frente do grupo desde 1998.

corAl dAS mEninAS comPlETA 27 AnoS

vieram com uma garra, uma vontade de cantar que foram impressionan-tes. Além disso, todos os depoimen-tos dos coralistas, maestros e outros integrantes dos Corais foram muito positivos. Esperamos que este evento fortaleça a Federação e que possamos realizar outros Congressos tão bem sucedidos quanto este”, destacou.

O público lotou os dois concertos realizados na Igreja do Sagrado Co-ração de Jesus e no Theatro D. Pedro, e a missa de encerramento, realizada na Catedral São Pedro de Alcântara. A organização do evento foi elogia-da pelo maestro Eric Lana, do Coral dos Canarinhos de Itabirito (MG). “O Congresso teve o nível de excelência do Coral dos Canarinhos de Petrópo-lis, que é uma inspiração para o nosso trabalho”, ressaltou.

Para a maestrina do Coral dos Meninos Cantores de Campinas (SP), Natália Larangeira, a participação no Congresso foi a realização de um sonho – para ela e para os demais in-tegrantes. “Todos os coros estão com

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Evangelização

comitê científico da ANPED (Associação Na-cional de Pós-Graduação e

Pesquisa em Educação) selecionou um trabalho de Frei Nilo Agostini para ser apresentado na 37ª Reu-nião Nacional, realizada entre os dias 4 e 8 de outubro na Univer-sidade Federal de Santa Catarina (UFSC) em Florianópolis. Partici-param cerca de 2.200 inscritos. A pesquisa produzida por Frei Nilo e selecionada para ser apresentada tem como título: “Prática da liber-dade e ação libertadora: A arte de educar em Paulo Freire”. Esta pes-quisa é fruto de seu trabalho junto ao Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Educação da USF

(Universidade São Francisco). As-sociado da Anped, Frei Nilo inte-gra o Grupo de Trabalho “Filosofia da Educação” (GT 17) desta enti-dade nacional.

A pesquisa apresentada inves-tigou a arte de educar em Paulo Freire a partir das suas publica-ções Educação como prática da li-berdade, Pedagogia do Oprimido e Conscientização: Teoria e prática da libertação, alicerces de seu pensa-mento, tendo em conta igualmente estudos sobre a obra e outros escri-tos deste educador brasileiro. Na primeira fase do pensamento frei-reano, é forte a incidência dos pen-sadores católicos franceses como Jacques Maritain e Emmanuel

FrEi nilo AgoSTini APrESEnTA TrAbAlHo Em nÍvEl nAcionAl

Mounier. O trabalho identificou em Paulo Freire a capacidade de buscar, em meio a receituários tradi-cionais, uma nova pedagogia, buscan-do vencer os desafios do analfabetismo. O pedagogo brasileiro abriu caminhos para a educação ora como prática da liberdade, ora como ação liber-tadora. Eixo central de suas concepções, a conscientização apresenta-se, por sua vez, como práxis, processo de ação e re-flexão da mulher e do homem na história, no despertar de sua consciência crítica, na afirmação como su-

jeitos comprometidos com a trans-formação desta mesma história.

Nos dias desta Reunião Nacio-nal, Florianópolis transformou-se na Casa da Educação brasileira, abrindo as portas para mais de 2 mil inscritos, vindos dos quatro cantos do país, com seus sotaques os mais diversos. Os espaços da UFSC receberam sessões de con-versas, minicursos e sessões espe-ciais, com mais de 600 trabalhos apresentados e 270 convidados en-tre pesquisadores nacionais e inter-nacionais, de países como Argenti-na, Chile, Peru, Inglaterra e França. Este é um areópago desafiador no qual também vale a pena fazer-se presente.

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| Comunicações | Novembro 2015 |

Evangelização

como AjudAr A comunicAr o ProjETo do PAPA FrAnciSco?

3º Encontro Provincial da Frente de Evangelização da Comunicação, de 10 a 11

de novembro, em Rondinha, terá a assessoria do jornalista Mauro Lopes, que vai abordar a comu-nicação e o Pontificado do Papa Francisco.

Lopes é jornalista de formação e se destacou durante a cobertura da Assembleia Constituinte (1987/88) pelo jornal “Folha de S. Paulo”, onde trabalhou por sete anos como repórter especial, redator e secre-tário da Redação em Brasília. Ele também é conhecido pelo seu tra-balho de comentarista na TV Ga-zeta e na Rádio Eldorado.

No seu terceiro encontro anual, a Frente de Comunicação vem pro-movendo a aproximação e o espíri-to de comunhão e interajuda entre as diferentes frentes no campo da comunicação. Ninguém melhor do que o jornalista Mauro para dar

esta ajuda. Ele é católico, ministro extraordinário da Comunhão e da Palavra em Comunidade de Parai-sópolis, em São Paulo, e acredita que a comunicação e o relaciona-mento podem mudar as pessoas e as organizações.

No dia 10, às 8h30, ele abor-dará o tema “Até onde irá o Papa Francisco?” e, às 13h30, voltará ao tema: “Como podemos colaborar para comunicar o projeto do Papa Francisco”, tendo na sequência per-guntas e troca de ideias.

Segundo o coordenador da Frente, Frei Gustavo Medella, Mauro Lopes reúne características importantes que podem ajudar a Província em sua caminhada na Comunicação. “Trata-se de alguém que tem grande experiência pro-fissional da área, aliada a uma fé atuante e engajada na Igreja, além de ser um entusiasta do Papa Fran-cisco. Tenho certeza de que ele vai

Eu te agradeço, meu bom Senhor,E me coloco em tua presençaAs criaturas todas nos falam de TiO sol, o mar, as estrelas,A terra, o fogo e o ventoÉs louvado em cada pensamentoNas maravilhas da criação

Eu te agradeço, meu bom Senhor,E me coloco em tua presençaHoje vemos um mundo descrenteOnde a morte atinge a tudoO irmão pobre e sofrido quer vida,A Mãe terra, de tanto ferida,Suplica por paz, proteção

Eu te agradeço, meu bom Senhor,E me coloco em tua presençaPedimos pela natureza esquecidaPela paz entre todos os cantosProtege-nos com a graça benfazejaEgoísta o humano assim não sejaO apelo a todos: conversão

Eu te agradeço, meu bom Senhor,E me coloco em tua presençaIluminaste Francisco e ClaraQue em santa pobreza viveramQue na bela natureza tão vistaEncontraram os vestígios do ArtistaTestemunhas de alta Vocação

Eu te agradeço, meu bom Senhor,E me coloco em tua presençaSe queremos viver uma vidaRenovada na fé e no amorQue aconteça na Casa o cuidadoE nosso Irmão, o universo criado,Seja o começo de nova Nação

Eu te agradeço, meu bom Senhor,E me coloco em tua presençaHoje e sempre, amém.

Frei Carlos Nunes Corrêa

PrEcE Ao dEuS AuTor

nos provocar com propriedade a tornarmos nossa comunicação mais cristã e franciscana”, aposta Frei Gustavo.

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| Comunicações | Novembro 2015 |644

Evangelização

ara entender melhor a con-juntura em que se deu o surgi-mento do Serviço Franciscano

de Solidariedade (Sefras), o diretor--presidente da instituição, Frei José Francisco de Cássia dos Santos, fala um pouco dessa história neste ano em que se comemoram os 15 anos da rede de solidariedade franciscana.

comunicAçõES - O sr. sempre des-taca o papel da Constituição de 1988 na dinâmica entre a sociedade e o trabalho social para explicar o surgimento do Sefras. Como se dá esse processo?

Frei José Francisco: A Constitui-ção de 1988 trouxe a questão social como política pública, coisa que não era realidade na sociedade brasileira até então. Nessa relação, a Igreja foi mudada de lugar, porque não foi ela que decidiu por idealização própria a pensar a nova configuração social. Mas, foi a sociedade, através da nova Constituição que pensou sobre si própria e a Igreja teve de se adaptar, passando a ser menos relevante, já que anteriormente, as Igrejas eram grandes protagonistas no socor-ro dos pobres e no trabalho social. Então, quando o Estado assume a questão da política pública, a Igreja mudou de lugar na sociedade. E essa relação entre instituição religiosa e política pública começa a criar uma necessidade, sobretudo, na igreja, de perceber quem ela é, onde ela está e

qual o seu novo papel nessa configu-ração.

comunicAçõES - Em que medida essa mudança de lugar da Igreja, sua reflexão e análise dos novos tempos, desdobrou-se na criação do Sefras?

Frei José Francisco: O Sefras não nasce em uma assembleia dos frades onde se poderia ter pensado: ‘Agora vamos organizar o trabalho social, com tudo aquilo que é possível e fa-zê-lo profissionalmente”. Não! Foi a política pública que forçou o trabalho dos frades a se adequar à nova reali-dade. E então, os serviços já existen-tes, foram se organizando, criando uma rede e se adequando.

comunicAçõES - Que planos de trabalhos, a partir de 2006, pude-ram ser agregados na instituição?

Frei José Francisco: Em 2009, fizemos a proposta de um novo pla-no de trabalho do Sefras. O primeiro (plano de trabalho) foi construído em 2006 e contemplava apenas o triênio

por vir – porque a Província, enquan-to instituição religiosa, construía seu plano de trabalho para cada três anos. Só que em 2009, foi feita a proposta que esse plano fosse construído para seis anos.

Então, em 2009, foi discutida a apresentação institucional e as várias demandas de organização. Chegamos à conclusão de que ad-ministrar uma instituição religiosa e ao mesmo tempo toda a demanda do trabalho social estava ficando in-viável. Ou seja, todos eram registra-dos no mesmo CNPJ da Província Franciscana. A instituição religiosa que mantinha a nossa vida de frade também mantinha os trabalhos so-ciais. O problema é que a prestação de contas ficava muito complexa. Toda a nossa vida pessoal ia para a prestação de contas junto do traba-lho social, afinal, você presta contas de toda a instituição e isso pode-ria gerar uma contradição: “Vocês prestam trabalho social, filantropia, mas, e esse tanto de gente que vive dentro dessa instituição?” Então, na

EnTrEviSTA: FrEi joSÉ FrAnciSco dE c. doS SAnToS

oS 15 AnoS do SEFrAS E A novA ‘cArA’ dA EnTidAdEFABiANo ViANA e rAPHAel sANz

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Evangelização

Assembleia de 2009, encaminhou--se que o Sefras deveria ter uma personalidade jurídica própria.

comunicAçõES - E como foi o de-senrolar desta construção? Quais foram os principais desafios?

Frei José Francisco: Quando a nova diretoria do Sefras foi nomea-da, no começo de 2010, veio com a missão de construir uma nova ins-tituição e fazer o desmembramento institucional em relação à Provín-cia. Assim, começamos o processo de construção institucional. Foi um desafio porque os trabalhos não pa-ravam de funcionar enquanto fazía-mos esse processo. O trabalho social ia caminhando no mesmo ritmo, e, paralelamente, íamos formatando uma nova instituição. A forma de en-tender a administração do trabalho, diminuir a relação hierarquizada e deixá-la mais socializada e mais hu-manizada, foi e está sendo o desafio destes últimos anos do Sefras. For-matar essa instituição e dar a ela uma identidade.

Quando transferimos o trabalho todo para a nova instituição jurídica do Sefras, veio tudo vinculado à Pro-víncia, mas, não vieram as certifica-ções, que são muito importantes. A Província tinha todas as certificações, que davam toda a proteção, credibili-dade e respaldo legal para o trabalho

social. Com o CNPJ novo, o Estado não transfere as certificações de um CNPJ para outro. Então, nós come-çamos a “peregrinação” de construir todas as certificações do zero.

comunicAçõES - Qual é o principal dilema do Sefras e dos seus traba-lhadores?

Frei José Francisco: Uma refle-xão que tem muito a ver com o traba-lho é a questão de vivermos no mun-do capitalista, sem sermos “profetas do capitalismo”. É um desafio muito grande. Temos diversas críticas a respeito do sistema. Diagnosticamos que a sociedade capitalista é a gera-dora dos problemas com os quais tra-balhamos. Por outro lado, vivemos numa estrutura capitalista e temos que saber administrar a instituição dentro dessa contradição, porque não temos uma legislação fora do ca-pitalismo, nem uma economia, nem a política, vivem fora do capitalismo. É preciso aprender a conviver nessa contradição.

comunicAçõES - Desde 2014, o Se-fras passa por um processo de redi-mensionamento. Como se concreti-za isso?

Frei José Francisco: A nossa Or-dem Franciscana, desde 2011, co-meçou a convocar os frades a pensar sobre o mundo. A palavra tirada des-

sa questão foi “redimensionamen-to”. A primeira ação no Sefras dessa “convocação” foi de descentralizar os recursos financeiros, vindos da fra-ternidade provincial dos frades que financia o trabalho social, para serem distribuídos em outras cidades, onde o Sefras está presente, e não só em São Paulo.

A segunda descentralização é a da presença do Sefras, não só em São Paulo. Colocamos como objetivo in-vestir em outros locais, como o Rio de Janeiro e Curitiba, que são gran-des cidades e possuem demandas e também onde não temos visibilidade nenhuma.

Um terceiro momento de des-centralização foi o de tirar o foco da região central de São Paulo. Quando fomos para o Jardim Peri Alto, em 2014, extremo da Zona Norte, ou para o novo serviço no bairro do Ja-çanã, foram ações que fazem parte do nosso projeto de estarmos mais pre-sentes nas periferias da cidade.

comunicAçõES - Que tipo de cená-rio atual desafia o trabalho social de uma instituição franciscana?

Frei José Francisco: Em nosso ce-nário, com a redução das garantias de direitos diante da crise econômica, da redução da maioridade penal, o en-carceramento em massa, a criminali-zação dos grupos de minoria – só ci-tando as questões –, a crise política, a Lava-jato, toda a questão do processo de corrupção, a baixa compreensão do que é a república, o esvaziamen-to do princípio de cidadania, esses movimentos fortes de reação da so-ciedade de consumo, além do avanço do Estado Islâmico, a crise política na Europa, sobretudo, na Grécia, a forte polarização fundamentalista… le-vando em consideração tudo isso, me pergunto: o que nos desafia hoje em dia enquanto trabalho social? E o que nós podemos fazer?

um Ano no PEri AlTo Dentre as celebrações que es-tão marcando os 15 anos do Sefras, uma delas é o 1º aniversário da pre-sença da Solidariedade Franciscana no bairro do Jardim Peri Alto, Zona Norte de São Paulo. Inaugurado no final de julho de 2014, o Centro de Convivência para Crianças e Ado-lescentes – CCA Sefras Peri obje-tivou descentralizar – literalmente – a presença do Sefras na cidade de São Paulo, expandindo-a do centro para a periferia.

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FIMDA

ma histórica Celebração Eu-carística no dia 27 de setem-bro, às 9h30, marcou as fes-

tividades pelos 25 anos da presença da Ordem dos Frades Menores em Angola, Palanca, sede da missão. O Ministro Provincial da Província Franciscana da Imaculada Concei-ção do Brasil, Frei Fidêncio Vanbo-emmel, presidiu a celebração, tendo como concelebrantes o presidente da Fundação Imaculada Mãe de Deus de Angola, Frei José Antônio dos Santos, o Visitador Geral, Frei Nestor Inácio Schwerz. Concelebraram também vá-rios confrades, residentes em Angola e outros vindos do Brasil; Frades Me-nores Capuchinhos; Padres Salesia-nos e Verbitas.

Além dos consagrados e consagra-das de diversas instituições religiosas, fizeram-se presentes também pos-tulantes, seminaristas, membros da OFS, Jufra, simpatizantes do carisma, peregrinos (romeiros) do Quimbo São Francisco, entre tanta outra gente que vibra com o carisma franciscano, de diversos pontos do país e de fora.

O povo angolano deu uma de-monstração de fé e alegria em quase

três horas de celebração. “Liturgica-mente, foi uma das mais belas cele-brações de que participei”, confessou o Ministro Provincial, elogiando espe-cialmente o Coral Masculino “Vozes do Deserto”.

O ponto central da celebração foi a profissão solene de Frei João Baptista Canjenjenga, o terceiro frade angola-no da Fundação. Foi emocionante ver o povo cantando “Senhor, que queres que eu faça”, quando o professando entrou no Quimbo de São Francisco acompanhado pelo irmão e pela irmã para dar, aos 29 anos, o seu ‘sim’ defi-nitivo a Deus na Ordem Franciscana. Ele é o penúltimo filho de treze do ca-sal José Pedro Canjenjenga (de saudo-sa memória) e Ana Maria Chitula, que não pôde participar deste momento do filho por questão de doença.

Segundo Frei Fidêncio, foi um mo-mento expressivo para a Província da Imaculada, mas principalmente para a Fundação e para o povo angolano pelo tom vocacional ao longo da cele-bração. “Isso nos encheu de esperança e gratidão. Estamos colhendo os frutos que semeamos quando respondemos afirmativamente ao Ministro Geral, Frei John Vaughn, através de sua carta ‘A África nos chama’. E estamos tam-

bém, de certa forma, resgatando a pre-sença da Ordem dos Frades Menores, que no passado já esteve em Angola, tanto é que o primeiro bispo angolano foi um franciscano”, contou o Ministro Provincial.

O Ministro Provincial, dirigindo--se a Frei João Batista, manifestou sua gratidão por ele definitivamente dar resposta àquela ansiedade de viver o carisma franciscano e lembrou as pa-lavras do nosso Seráfico Pai quando chegava um irmão: “Você é homem de valor, companheiro importante e irmão necessário”.

O Ministro ainda advertiu que as mãos do consagrado a Deus devem ser mãos que ajudam a construir o Reino de Deus, que se estendem, que abençoam e santificam; os seus pés devem ser de profeta que caminha ao encontro das pessoas; enfim, se Deus nos deu olhos é também para ter olhar de misericórdia, um olhar da bonda-de, da alegria e compaixão.

Foi um domingo sem preceden-tes na história da Igreja em Angola, pois Deus, a partir de uma sementi-nha lançada em setembro de 1990, por três frades, fez crescer o que é hoje esse carisma na terra da Palanca Negra. Como disse Frei José Antônio

AngolA: 25 AnoSgrATidÃo E AlEgriA

Frei crisÓstomo ÑgAlA

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FIMDA

dades da Missão e retornou ao Brasil cheio de esperança. “Podemos olhar com muita esperança para um futuro promissor da Fundação Imaculada Mãe de Deus com as vocações abun-dantes. De nossa parte, em contrapar-tida, exige-se mais atenção, cuidado e responsabilidade. Como Ministro Provincial, agradeço a Deus pelos confrades, mas suplico também pela presença generosa de mais missioná-rios em Angola”, pediu Frei Fidêncio.

Na ação de graças, foi lida a mensa-gem do Ministro Geral, Frei Michael Anthony Perry, dizendo que se unia com alegria e gratidão à celebração dos 25 anos da Fundação Missionária em Angola. “Esperamos que todo o empenho dos missionários continue produzindo frutos para o Reino de Deus e que o povo angolano tenha sempre mais vida em abundância. Que a reconstrução depois da guerra seja principalmente de uma sociedade mais justa, fraterna e solidária”, escre-veu o Ministro Geral.

Frei Nestor disse que pode cons-tatar nessa visita o quanto o esforço empreendido pela Província Ima-culada está produzindo seus frutos. “Como é claro, nós queremos agrade-cer sobretudo a Deus porque toda essa obra sua, a nossa vocação franciscana e cristã são dons de Deus. Eu que-ro reforçar também que a Província Franciscana da Imaculada respondeu generosamente ao convite do Minis-tro Geral da época, John Vaughn, fez com a carta “a África nos chama”. En-tão, essa Província decidiu escolher Angola para ser o lugar de resposta ao convite do Ministro Geral. Já se pas-saram vinte e cinco anos, por isso em nome da Ordem quero aqui agradecer por todos os esforços dessa Província da Imaculada. Eu sei o que significa sacrifício de recursos materiais e hu-manos. Por isso, agradeço a todos os frades que aqui já passaram e os que aqui estão fazendo tudo para o bem

dessa missão”, disse Frei Nestor.“Também pude constatar que há

fragilidade, mas isso também faz par-te da lógica da encarnação do filho de Deus que passou pela fragilidade hu-mana. Deus é capaz de fazer grandes coisas no meio da nossa pequenez e fragilidade.

E esta profissão solene, hoje, de Frei João Baptista é muito simbólica porque a essa altura a Fundação está num momento decisivo. Um grupo grande, muitos jovens angolanos es-tão no caminho da formação. Agora já são três com votos perpétuos. Vá-rios já são professos temporários, ou-tros estão no noviciado, postulantado e aspirantado. Então é um momento decisivo para reforçar bem o proces-so formativo e também as presenças de evangelização que também estão acontecendo nesta terra. Agradeço a todo povo angolano que é generoso, aberto, que acolhe a todos e à palavra de Deus e dá também todo apoio à presença franciscana”, completou Frei Nestor.

No uso da palavra, o presiden-te da FIMDA preveniu: “Temos a consciência de que isso significa um comprometimento a mais a todos nós que aqui estamos e que fazemos parte desses vinte e cinco anos. Per-cebemos, portanto, que é um forte dever de todos os atores que fazem, historicamente, parte dessa fundação no lapso do tempo de sua existência que deem testemunho eficaz no pro-jeto de Cristo. Agradecemos a todos que de variadas formas contribuíram para a organização desse evento. Peço a Deus que abençoe a todos ligados a essa FIMDA, que Deus os fortaleça, os estimule a continuarem na nossa luta diária”.

Bem no final da celebração, o neoprofesso agradeceu à Ordem, à Província, à FIMDA e aos seus fami-liares por terem acreditado, apostado e investido na sua formação.

dos Santos, ao longo dos tempos “bus-camos amadurecer isso e amadurecer um pouco mais. Isso quer dizer que os compromissos assu-midos com a evan-gelização, a forma-ção e a promoção da dignidade humana estão firmemente ar-raigados àquilo que somos e que quere-mos ser. Hoje, nossa

presença quer ajudar, através do caris-ma deixado por São Francisco de As-sis, as pessoas que nos procuram a se encontrarem com elas mesmas, com Cristo e assim, transcenderem e en-contrarem sentido para suas próprias vidas”. O que conseguimos – conti-nuou - até hoje é fruto de um esforço conjunto, de todos os confrades, ben-feitores e demais apaixonados pelo modo franciscano de viver o Evange-lho.”

Frei Fidêncio visitou, em compa-nhia de Frei Nestor, todas as Fraterni-

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| Comunicações | Novembro 2015 |648

o dia 12 de outubro, no feria-do de Nossa Senhora Apare-cida, os brasileiros que estão

na Diocese de Malanje (Angola), reuniram-se para uma celebração e confraternização. Rezamos muito pelo Brasil para que supere esta ne-fasta turbulência política e econô-mica; sentimo-nos solidários com os desabrigados das enchentes, dos desempregados.

Durante a confraternização, o Bra-sil esteve presente no coração de cada um de nós e, juntos, fizemos a roda da saudade, nos cantos e fatos pitorescos. São 23 os missionários que trabalham nesta Diocese, sendo a maioria mu-lheres, como mostra a foto.

Chegando em casa, por curiosi-dade e por ser o Mês Missionário, fui buscar, na internet, números. Surpre-endeu-me, não só por aquilo que bus-cava (números), mas também pelos questionamentos.

Em 2013, o Centro de Estudos do Cristianismo Global, com sede nos Estados Unidos, publicou o resultado de uma pesquisa, iniciada em 2010.

O Brasil é o segundo país que tem maior número de missionários (34.000), superado, apenas e com muita folga, pelos Estados Unidos com 127.000. Seguem, depois, Es-panha e França com 21.000 cada, e Itália, 20.000. A soma total, assim diz a pesquisa, chega ao significativo nú-mero de 400.000, dos quais a maioria é de mulheres.

Por outro lado, se os Estados Uni-dos é o país que mais “exporta” mis-sionários, é, também, aquele que mais recebe. São 32.400, inclusive, grande parte de brasileiros, dentre eles, bom número dos 2.329 missionários cató-licos.

Nos comentários que a internet

exibe, um leitor questionou: o que significa “ser missionário no país mais rico do mundo e o que mais envia?! O que fazem lá?! Onde e com que grupo operam”?! Sem dúvida, são perguntas pertinentes.

O teólogo brasileiro Roberto Zwetsch é professor das Faculdades EST – instituição vinculada à Rede Sinodal de Educação de São Leopol-do (RS) e ao MEC – e diz, expressa-mente, que se deve acompanhar essa “onda missionária”, refletindo sobre “quem os envia, com que objetivos e qual é a teologia que fundamenta suas ações”.

Por fim, não pode faltar o Evan-gelho! Jesus, ao enviar os apóstolos, orienta-os a colocarem toda sua se-gurança unicamente em Deus, e de-sapegados de tudo o que é material (cf. Lc 10,1-12). Só assim, o missioná-rio assumirá, com mais serenidade, o “duro e paciente trabalho de inserção na cultura local”, condição indispen-sável para a implantação e expansão do Reino de Deus.

miSSionÁriAS E miSSionÁrioS brASilEiroSFrei luiz iAKoVAcz

noTÍciAS dE mAlAnjEA festa de São Francisco teve,

como ponto alto, o “Trânsito”, canta-do em latim e a vozes, pelos semina-ristas. O agrado foi geral. No dia 04, houve celebrações próprias sobre a data e confraternizações.

O ano escolar está terminando em todas as escolas angolanas. Até o final de novembro, provas e exames deverão estar prontos e entregues à Secretaria. Os primeiros dias de de-zembro são reservados às avaliações e conselho de classe. A Escola do Semi-nário tem alunos internos e externos. Iniciamos o ano com 65 seminaristas e 58 perseveraram até o fim.

Sete (07) frades compõem as duas fraternidades de Malanje (Seminário e Paróquia). Quatro (04) deles têm direito a férias, no Brasil: Laurindo, Jefferson, Alisson e Cristiano que, após seu ano de estágio, retornará ao Brasil para os estudos teológicos, em Petrópolis. Boas férias, feliz regresso! Ao Frei Cristiano, obrigado pelo seu eficiente trabalho e bons estudos!

FIMDA Artigo

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| Comunicações | Novembro 2015 | 649

Definitório

a manhã do dia 20 de ou-tubro, às 8 horas, na cape-la da Fraternidade Imacu-

lada Conceição, em São Paulo, os Definidores celebraram a missa de abertura de mais um Defi-nitório Provincial. Frei Fidêncio lembrou tratar-se da penúltima reunião do sexênio e destacou a atitude de vigilância para aco-lher o Senhor que sempre quer celebrar conosco seu banquete, a vigilância e espera para acolher o Senhor que sempre passa pela nossa vida e pelos nossos traba-lhos. Desta vez, Frei Germano foi o moderador das sessões do Defi-nitório, cujos assuntos tratados são os que seguem abaixo. 1) Capítulo Provincial – frades

inscritos (até 22/10)Nos próximos dias, Frei Nes-tor enviará carta de convo-cação aos frades inscritos ao Capítulo. Se, por algum moti-vo, alguém entre os convoca-dos não puder participar do Capítulo deverá justificar a ausência ao Visitador Geral e Presidente do Capítulo até o dia 20 de novembro.

Por dever de ofício

1. Adriano Freixo Pinto

2. Alex Sandro Ciarnoscki

3. Alexandre Magno C. da Silva

4. André Becker

5. Antônio Michels

6. Carlos José Körber

7. Carlos Pierezan

8. César Külkamp

9. Cláudio César B. de Siqueira

10. Diego Atalino de Melo

11. Djalmo Fuck

12. Estêvão Ottenbreit

13. Evandro Balestrin

14. Evaristo Pascoal Spengler

15. Fábio Cesar Gomes

16. Fernando de Araújo Lima

17. Fidêncio Vanboemmel

18. Gentil de Lima Branco

19. Germano Guesser

20. Gilberto Marcos S. Piscitelli

21. Gilmar José da Silva

22. Gilson Kammer

23. Ivo Müller

24. Jacir Antonio Zolet

25. James Ferreira Gomes Neto

26. James Luiz Girardi

27. João Fernandes Reinert

28. João Francisco da Silva

29. João Mannes

30. João Pereira da Silva

31. João Pereira Lopes

32. Jorge Lazaro de Souza

33. Jorge Luiz Maoski

34. Jorge Paulo Schiavini

35. José Antonio dos Santos

36. José Francisco de C. Santos

37. José Idair Ferreira Augusto

38. José Lino Lückmann

39. José Pereira

40. Ladí Antoniazzi

41. Leonir Ansolin

42. Luiz Carlos Peloso

43. Luiz Colossi

44. Luiz Henrique F. Aquino

45. Marcos Antonio de Andrade

46. Marcos Estevam de Melo

47. Mário Luiz Tagliari

48. Nelson José Hillesheim

49. Nestor Schwerz

50. Nilton Decker

51. Nolvi Dalla Costa

52. Olivo Marafon

53. Pascoal Fusinato

54. Paulo Roberto Pereira

São Paulo, 20 e 21 de outubro de 2015

Notícias DoDefiNitório ProviNcial

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| Comunicações | Novembro 2015 |650

Definitório

55. Paulo Roberto S. Santana56. Pedro da Silva 57. Roberto Carlos Nunes 58. Rubens Luiz de Carvalho59. Samuel Ferreira de Lima60. Sandro Roberto da Costa61. Sílvio Trindade Werlingue62. Valdecir Schwambach 63. Valdir Laurentino 64. Valdir Nunes Ribeiro 65. Vanderley Grassi 66. Vilmar Alves da Silva 67. Walter de Carvalho Júnior68. Walter Ferreira Junior 69. Wilson Batista Simão70. Marx Rodrigues dos Reis

Outros confrades professos solenes inscritos71. Alexandre Rohling72. Ademir Sanquetti 73. Adriano Dias do Nascimento 74. Airton da Rosa Oliveira75. Alan Maia de França Victor76. Albino Francisco Gabriel77. Aldeci de Arcízio Miranda78. Alessandro D. Nascimento79. Alex César Rodrigues80. Alex Ferreira da Silva 81. Alisson Luís Zanetti 82. Almir Ribeiro Guimarães83. Aloísio Bernardo Hellmann84. Aloísio P. Agost. dos Santos85. Alvaci Mendes da Luz 86. Anacleto Luiz Gapski 87. André Gurzynski 88. Angelo José Luiz 89. Angelo Vanazzi 90. Antonio Joaquim Pinto 91. Antônio Marcos Koneski

92. Antônio Moser 93. Arlindo Oliveira Campos94. Benedito G. G. Gonçalves95. Camilo Donizeti Evaristo Martins96. Carlos Alberto Branco Araújo97. Cássio Vieira de Lima 98. Celso Francisco de Faria99. Clarêncio Neotti 100. Claudino Gilz 101. Clauzemir Makximovitz102. Conrado Lindmeier 103. Daniel Dellandrea 104. David Raimundo Santos105. Douglas Paulo Machado106. Edvaldo Batista Soares107. Elói Dionísio Piva 108. Fabiano Kessin 109. Fabio José Gomes110. Felipe Gabriel Alves 111. Florival Mariano de Toledo112. Francisco Morás 113. Gabriel Vargas Dias Alves114. Gaudêncio Sens 115. Genildo Provin 116. Guido Moacir Scheidt 117. Guido Scottini 118. Gustavo Wayand Medella119. Hans Heinrich Stapel 120. Hipólito Martendal 121. Ivair Bueno de Carvalho122. Jairo Ferrandin 123. Jeâ Paulo Andrade 124. Jean Carlos Ajluni Oliveira125. Jeferson Palandi Broca126. João Maria dos Santos127. Joarez Foresti128. José Ariovaldo da Silva129. José Henrique Rosa 130. José Luiz Alves 131. Laerte de Farias dos Santos

132. Lauro Both

133. Lauro Formigoni

134. Leandro Costa Santos

135. Leonardo Pinto dos Santos

136. Ludovico Garmus

137. Luiz Flavio Adami Loureiro

138. Marco Antonio dos Santos

139. Marcos Vinícius Motta Lopes

140. Mário José Knapik

141. Mário Stein

142. Miguel da Cruz

143. Moacir Antonio Longo

144. Moiséis Beserra de Lima

145. Neuri Francisco Reinisch

146. Neylor José Tonin

147. Nilo Agostini

148. Paulijacson P. de Moura

149. Paulo Cesar M. Borges

150. Pedro de Oliveira Rodrigues

151. Pedro do Nascimento Viana

152. Pedro Engel

153. Rafael Teixeira do Nascimento

154. Raimundo J. de O. Castro

155. Reinaldo Meneses da Silva

156. René Zarpelon

157. Robson Luiz Scudela

158. Ronaldo Fiuza Lima

159. Rozântimo Antunes Costa

160. Sérgio Calixto

161. Sérgio Silas Damasceno

162. Thiago Alexandre Hayakawa

163. Valdevino Negherbon

164. Vanderlei da Silva Neves

165. Virgílio Pereira de Souza

166. Vitalino Piaia

167. Vitorio Mazzuco Filho

168. Volney José Berkenbrock

169. Vunibaldo Vogel

170. Walter Hugo de Almeida

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| Comunicações | Novembro 2015 | 651

Definitório171.

2) Estágio missionárioOs confrades que terminam o curso de Filosofia em Rondi-nha neste ano e que farão o estágio missionário no próxi-mo ano, são: Frei Jhones Lucas Martins, Frei Jefferson Max Nunes Maciel e Frei Junior Mendes (na FIMDA, em Ango-la); Frei Josemberg C. Aranha e Frei Roger Strapazzon (no Sefras); Frei Alan Leal de Ma-ttos (em Vila Velha – Penha e Colatina).

3) Ordenação diaconal - aprovaçãoLidos diversos pareceres, o Definitório aprovou que se-jam ordenados diáconos: Frei Edvaldo Batista Soares e Frei Robson Luiz Scudela, ambos concluindo o quarto ano de Teologia. Frei Edval-do pertence à Fraternidade do Sagrado, em Petrópolis, e Frei Robson, à Fraternidade de Campos Elíseos, Duque de Caxias.

4) Renovação de votos - aprovação

Foram aprovados para renovar os votos os confrades:De Rondinha1. Alan Leal de Mattos2. Angelo Fernandes Baratella3. Augusto Luiz Gabriel4. David Belineli5. Douglas da Silva6. Erick de Araújo Lazaro7. Gabriel Dellandrea8. Heberti Senra Inácio9. Hugo Câmara dos Santos

10. Jefferson Max Nunes Maciel

11. Jhones Lucas Martins

12. Josemberg Cardozo Aranha

13. Junior Mendes

14. Leandro Ferreira Silva

15. Marcos Schwengber

16. Raoni Freitas da Silva

17. Roger Strapazzon

18. Samuel Santos Soares

19. Zilmar Augusto Moreira de Oliveira

(Obs.: Frei Eduardo Augus-to Schiehl, do 3º ano de Fi-losofia, pediu para deixar a Província. Ele pretende continuar na Ordem e fará contato com a Custódia do Sagrado Coração de Jesus, à qual gostaria de incorporar-se).

Do Tempo da Teologia

1. José Raimundo de Souza

2. Ermelindo Francisco Bambi (FIMDA)

3. João Alberto Bunga (FIMDA)

4. Roberto Aparecido Pereira

5. Gaudêncio C. C. Numa (FIM-DA)

6. José Morais Cambolo (FIM-DA)

(Obs.: Frei Juliano Fachini Fernandes deixará a Ordem)

A renovação dos votos em Pe-trópolis será no dia 6 de de-zembro, às 10h00, durante a primeira Celebração Eucarísti-ca na capela do ITF, após a re-cém-concluída reforma. Já em Rondinha, a renovação será na Missa dos Jubileus, no dia 8 de dezembro.

5) Confrades enfermos1. Frei Anselmo J. München,

que pertence à Fraternidade do Seminário de Ituporanga, e que se encontra em Curi-tiba, sob cuidados médicos, apresenta problemas respira-tórios e faz uso de cilindro de oxigênio. Ele irá para Bragan-ça Paulista para continuação do tratamento, uma vez que necessita de cuidados mais intensos.

2. Frei José Zanchet, após bem sucedida cirurgia para retira-da de um tumor no cérebro, encontra-se no Convento São Francisco, em São Paulo, e passará por sessões de radio-terapia. Mostra-se disposto e animado.

6) FIMDA – relatório de viagem Frei Fidêncio apresentou ao Definitório um detalhado re-latório sobre sua visita - jun-tamente com Frei Nestor Schwerz, Frei João Baptista Canjenjenga, Frei Plínio Gan-de, Frei João Mannes e Frei José Francisco -, aos confra-des de Angola, no mês de setembro, por ocasião do ju-bileu de 25 anos de presença franciscana (OFM) naquele país. Descreveu como encon-trou os confrades e cada fra-ternidade da FIMDA. Expôs o que encanta e o que é motivo de preocupação. Elencou in-clusive alguns desafios e di-ficuldades que precisam ser enfrentadas. Estas referem-se sobretudo a questões ligadas à vida fraterna, à administra-ção, ao excesso de trabalho, ao quadro deficiente de for-

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Definitório

madores, ao trabalho pasto-ral, entre outras. Por fim, Frei Fidêncio relatou a impressio-nante e comovente celebra-ção do Jubileu, no dia 27 de setembro. Já antes do Capítulo Provin-cial, os Definidores têm con-versado com confrades que se dispõem a ir para a missão. Frei Valdemiro Wastchuk co-meçará a encaminhar a docu-mentação necessária.

7) Retorno ao processo forma-tivo – Renan Nilson BaccaO Definitório acatou a orien-tação do Conselho de Forma-ção e Estudos da Província, e aprovou que Renan Nilson Bacca, de 25 anos, natural de Gaspar, e que por alguns me-ses fez o Noviciado em 2013, retorne ao Postulantado em 2016.

8) Licenças – términoFrei João Maria dos Santos e Frei Antônio Marcos Koneski, licenciados, se dispõem a re-tornar para a vida provincial a partir do Congresso Capitu-lar.

9) Cuidados aos frades enfermosAumenta o número de frades idosos e doentes que passam a necessitar de cuidados per-manentes de cuidadores e en-fermeiros. O Definitório pensa que o assunto deverá ser tra-tado no Capítulo Provincial. Pensa-se em adequar outra casa da Província, provavel-mente mais ao Sul, para a aco-lhida dos frades enfermos. O

Economato fará uma avaliação mais técnica para apresentar aos capitulares.

10) FAVs e Aspirantado em 2016 - mudançaTambém seguindo o parecer do Conselho de Formação e Estudos, o Definitório apro-vou que o tempo de Aspi-rantado seja realizado no primeiro semestre de 2016, e que no segundo semestre haja a experiência das FAVs. Isso porque, sendo o Capí-tulo Provincial em janeiro próximo, as fraternidades da Província estarão devida-mente recompostas, com o cumprimento das transferên-cias, somente em fevereiro ou março, realidade que en-curtaria demais o tempo de convivência nas FAVs.

11) Seminário de Ituporanga – questão do Ensino MédioO Definitório deu aval para que se leve adiante o que foi estudado e sugerido pelo Conselho de Formação e Estudos quanto ao Seminá-rio de Ituporanga. Dada a perspectiva de um número muito reduzido de semina-ristas para o próximo ano, a Província não manterá mais a escola própria de Ensino Médio. Este encaminhamen-to se faz urgente devido ao prazo mínimo para entrega de documento que pede o fe-chamento de uma escola (90 dias). Frei Fidêncio, Frei César Külkamp e os formadores de Ituporanga se reuniram e já traçaram um plano para o fe-

chamento. Uma especialista em legislação de ensino, da Associação Franciscana de Ensino Senhor Bom Jesus, está auxiliando no processo, juntamente com a Dra. Lua-na Giosa, da Sede Provincial. Os seminaristas, seus pais e os professores já foram no-tificados. Isto é necessário para encaminhar o pedido de fechamento. Os frades têm esclarecido à comunidade lo-cal que o Seminário não está sendo fechado, nem a mo-dalidade de Ensino Médio. Os seminaristas que já estão no Seminário (2º e 3º anos) e os que pretendem nele in-gressar no próximo ano, se-rão matriculados em escola pública de Ituporanga, a ser escolhida. Será importante manter no Seminário profes-sores para aulas de reforço em língua portuguesa e de música.

12) Formação e Estudos – indi-cação de fradesO Definitório apreciou a in-dicação, feita pelo Conselho de Formação e Estudos -, de frades para serem formado-res e para fazerem estudos de especialização. As indica-ções deverão ser levadas em conta pelo próximo corpo de Definidores, por ocasião do Congresso Capitular.

13) Estágio em CaballocochaFrei Roberto Aparecido Pe-reira, do 2º ano de Teologia, em Petrópolis, fará experiên-cia missionária em Caballo-cocha, na Amazônia peruana,

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Definitório

no mês de janeiro próximo, conforme programação já di-vulgada na Província.

14) Encontro com Frei Atílio Dalla Costa BattistuzNo dia 21, às 16h00, os De-finidores encontraram-se com Frei Atílio. Ele explicou que atualmente reside em Caballococha, no Peru, jun-tamente com um irmão lei-go colombiano, que é agrô-nomo e psicólogo. A cidade, que fica a 2 horas da frontei-ra do Brasil, pertence ao Vi-cariato São José do Amazo-nas, cuja extensão é de 150 mil km2. Há 16 paróquias ou postos de missão, dos quais 6 estão sem sacerdotes. Há cerca de 15 etnias dife-rentes de indígenas. Só na paróquia de Caballococha há 65 comunidades ribeiri-nhas. A Igreja encontra-se bastante abandonada, pela ausência de assistência. As comunidades passam mui-tos anos sem a visita de mis-sionários. Há religiosas que ajudam na pastoral e outros trabalhos. Os desafios são muito grandes. Há tudo por fazer: catequese, formação de ministros, etc. Há falta de missionários. Em termos sociais, há o problema do tráfico de pessoas, cultivo de coca, economia informal e ilegal, a prostituição, pro-blemas comuns a regiões de fronteira. Quanto ao projeto do mês missionário em janeiro, Frei Atílio lembrou que em 2016 trata-se da 4ª edição. O pri-

meiro foi em Requena, com 13 frades (da Argentina, Chile, Equador, Brasil). O segundo foi em Aucaio, aberto tam-bém para leigos: participaram 26 pessoas. O terceiro foi em Orellana, com a participação de 29 missionários/as. Em 2016, será em Caballococha. A avaliação da experiência missionária foi sempre muito positiva. Quando vem ao Bra-sil, Frei Atílio entra em contato com escolas e diversas insti-tuições, procurando conscien-tizar sobre a questão ambien-tal que envolve não somente o presente da Amazônia, mas também o presente e o futuro das várias regiões do planeta que dependem do equilíbrio climático amazônico.

15) Frei Alexandre Rohling – tér-mino de pós-graduaçãoEm carta de 15 de setembro, Frei Alexandre agradece o apoio e incentivo recebido para concluir o curso de pós-graduação lato sensu em Co-municação, no SEPAC – Pauli-nas, em São Paulo. No dia 28 de agosto, recebeu a aprova-ção. Na monografia, Frei Ale-xandre fez um estudo sobre a recepção do programa de rádio “Sala Franciscana”.

16) Frei Alberto Eckel Junior – término de pós-graduaçãoEm e-mail de 20 de outubro, Frei Alberto agradece a Frei Fidêncio e ao Definitório pela autorização e pela confiança que lhe possibilitaram fazer o curso de pós-graduação lato sensu em Liturgia, em Goiânia.

17) Frei Renato Pezenti - licençaFrei Renato recebeu licen-ça para morar fora da Fra-ternidade Provincial por um ano.

18) OFS Curitibanos - assistenteNo dia 4 de outubro foi erigida a Fraternidade OFS Nossa Se-nhora dos Anjos, em Curitiba-nos. Frei Valdir Nunes ribeiro foi nomeado assistente espiri-tual.

19) Estatuto civil da Província – “finalmentes”Frei Mário informou que es-tão sendo feito os últimos “retoques” na confecção do novo Estatuto civil da Provín-cia. Espera-se poder registrá-lo até o Capítulo Provincial, em janeiro próximo.

20) Autorizações de viagem Por motivos diversos, recebe-ram autorização para viajar ao Exterior: Frei Thiago Ale-xandre Hayakawa, Frei Sérgio Pagan, Frei David R. Santos e Frei Nilo Agostini.

EncerramentoÀs 18h00 do dia 21 de outu-bro, Frei Fidêncio, encerran-do a última sessão do Defini-tório, agradeceu a presença do Visitador Geral Frei Nestor Schwerz, convidou os confra-des a rezar uma Ave-Maria, e, por fim, invocou a bênção de Deus sobre todos.

Frei Walter de Carvalho JúniorSecretário

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| Comunicações | Novembro 2015 |654

CFFb

Congregação das Irmãs Fran-ciscanas de Ingolstadt no Brasil têm um novo governo.

Reunidas em Capítulo Regional, de 10 a 14 de outubro, no Centro de Forma-ção Nossa Senhora da Paz, em Ponta Grossa (PR), elegeram Irmã Romana Rossetto como Superiora Regional e Irmã Benilde Müller como Assistente Regional. Como Conselheiras Regio-nais foram eleitas: Ir. Glorinha Lucia Leandro, Ir. Inês dos Santos Nasci-mento e Ir. Priscilla Rossetto. O Capí-tulo Regional traçou as prioridades da Congregação, no Brasil e na África/Angola, para o triênio 2015-2018.

Catarinense, natural de Concór-dia, Irmã Romana foi reeleita para o segundo triênio à frente da Congre-gação, que no Brasil tem 71 irmãs e 16 comunidades, sendo a sede em São Paulo. Uma comunidade, dependente do Regional brasileiro, está em Luan-da, Angola, com três irmãs. Segundo Ir. Romana, a Congregação comunga os anseios que foram apontados na XIX Assembleia Geral da Conferên-cia Latino Americana e do Caribe (CLAR), em junho último: por uma vida religiosa consagrada mais hu-mana e humanizadora; especialistas numa sociedade extremamente vio-lenta e desintegradora; cuidadoras da criação como parte integrante da vo-cação; inserção e solidariedade entre

os mais pobres; diálogo e circularida-de como único caminho viável para a paz e evangelização; compartilhar a missão com os leigos e leigas; acolher a vitalidade e a contribuição das no-vas gerações; assumir uma espirituali-dade “trinitária profunda e autêntica”.

Segundo Ir. Romana, um desafio para o novo triênio é o trabalho voca-cional. No momento, a Congregação tem quatro postulantes.

No Brasil, a Congregação está presente nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Paraná e Pará. Cada país é um regional e o governo ge-ral tem sede na cidade de Ingolstadt, na Baviera, Alemanha, onde nasceu a Congregação cerca de cinquenta anos após a morte de São Francisco

de Assis. “Nascemos e éramos co-nhecidas como ‘Irmãs Beguinas’ (Ir-mãs das Almas), tendo um trabalho evangelizador voltado para os mais necessitados, os idosos e moribun-dos. Mas em obediênci ao Papa, nos tornamos monjas a partir dos anos 1627”, explica Ir. Romana.

O trabalho com a educação, hoje tão associado ao carisma das Irmãs, só entrou na vida religiosa da congre-gação a partir de 1829, sob imposição do governo. Mas tudo volta a mudar durante um dos momentos mais di-fíceis da história mundial, quando na Segunda Guerra mundial o Governo Nazista de Hitler proibiu as irmãs de lecionar. “Nesse tempo prestávamos serviço em hospitais militares, con-sertávamos roupas de soldados e abri-gávamos pessoas sem família e sem teto”, acrescenta a Superiora do Brasil, informando que terminada a Guerra elas retomam o trabalho na educação.

Esse trabalho social, voltado para os mais necessitados, e a educação são os pilares da Congregação, que tem como Superiora Geral a Ir. Paula Krindges. Coincidentemente, no dia 12 de outubro de 1938, exatamente no dia da Padroeira do Brasil, Nossa Se-nhora Aparecida, as irmãs chegam ao Brasil para iniciar uma nova missão.

Na foto, as Irmãs: Glorinha Lúcia Leandro, Priscilla Rossetto, Romana Rossetto, Benilde Müller e Inês dos Santos Nascimento

FrAnciScAnAS dE ingolSTAdT TÊm novo govErno

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| Comunicações | Novembro 2015 | 655

Notícias e Informações

Aos 94 anos de vida, comemora-dos em setembro de 2015, Dom Pau-lo Evaristo Arns ganha uma home-nagem justa: foi lançado, por ocasião da festa de São Francisco de Assis, o livro “Dom Paulo Evaristo Cardeal Arns - Pastor das Periferias, dos Po-bres e da Justiça”, uma obra que re-úne 55 depoimentos de pessoas que tiveram a oportunidade de conviver com Dom Paulo ou foram, de algum modo, tocadas por seus ensinamen-tos e foi organizada pelo Professor Waldir Augusti e Padre Ticão.

O lançamento da obra, no dia 4 de outubro, foi na Paróquia de São Francisco de Assis, em Ermelino Matarazzo, zona leste de São Paulo, ocasião que reuniu o governador Geraldo Alckmin, o secretário mu-nicipal dos Direitos Humanos de São Paulo, Eduardo Suplicy, e o prefeito Fernando Haddad, durante a Missa.

“Prestar uma homenagem a Dom Paulo Evaristo Arns, independente

Comunico o falecimento de minha mãe, Regina Zap Makxi-movitz, em Caxias do Sul, RS, no dia 07 de outubro de 2015. Com seus 57 anos, minha mãe sofria já há algum tempo com complica-ções na saúde, a mais grave delas um efisema pulmonar já compro-metia bastante sua capacidade respiratória. Há alguns anos ela necessitava da ajuda de oxigênio concentrado para respirar. Viúva antes dos trinta anos, não se casou novamente, dedicando-se à cria-ção dos filhos - quatro: três ho-mens e uma mulher. Eu sou o ca-çula. Vivia com minha irmã, que

apesar de trabalhar fora, se dedi-cava plenamente ao seu cuidado. No dia 02 de outubro foi interna-da com complicações e imediata-mente sedada e entubada. Daí em diante, seu estado foi piorando até resultar em seu falecimento, às 21 horas do dia 07. Talvez nunca a Festa do Trânsito de Nosso Pai São Francisco tenha sido tão sig-nificativa quanto nesse momento familiar, em que acompanháva-mos o seu trânsito no hospital. Que ela agora, nos precedendo no encontro face a face com Deus, nosso Pai, continue intercedendo por todos nós. Obrigado a todos

+ rEginA ZAP mAkximoviTZ

A mãe e a irmã na ordenação presbiteral de Frei Clauzemir em Pato Branco

que permaneceram unidos com minha família em oração. Que Deus continue sendo nossa força e nossa esperança!

Frei Clauzemir Makximovitz

livro HomEnAgEiA d. PAulo EvAriSTo ArnSda dimensão que ela possua, jamais estará à altura deste verdadeiro sím-bolo de liberdade e de luta em defesa dos pobres e desvalidos. Seja como pai espiritual de milhares de pesso-as, como bispo, arcebispo ou cardeal, Dom Paulo será sempre lembrado como o ‘Pastor das Periferias, dos Pobres e da Justiça’. Sua trajetória atesta isto”, justificam os autores.

Segundo os autores, com os bis-pos de São Paulo, que a seu lado caminharam desde o início de sua jornada como 5º arcebispo e 3º car-deal da Arquidiocese, Dom Paulo era presença constante em meio ao povo de Deus reunido nesta grande metrópole. “Seu profetismo jamais será esquecido. Fosse em meio às fa-velas nas mais longínquas periferias ou entre autoridades religiosas, civis ou militares, Dom Paulo era sempre o mesmo profeta amoroso capaz de extrair do mais doloroso sofrimento algum ensinamento positivo e trans-

formá-lo, muitas vezes, em gritos de denúncias e protestos contra os po-deres opressores constituídos”, recor-dam.

FAlEcimEnTo

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AGENDA 2015Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil(*) As alterações e acréscimos estão destacados

2016janeiro 05 Primeira Profissão dos Noviços (Rodeio)14 a 17 Missões de Férias da Juventude (Chopinzinho)15 Vestição dos Noviços (Rodeio)18 a 26 Capítulo Provincial

aBriL25 a 29 Reunião da UCLAF (Cochabamba, Bolívia)

juLho25 a 01 JMJ (Itália e Polônia)

Novembro

05 a 08 Estágio Vocacional (Ituporanga)09 a 11 Encontro Provincial da Frente de Comunicação

da Evangelização (Rondinha (PR)09 a 10 Encontro do Regional do Vale do Paraíba - (São

Sebastião)11 e 12 Reunião do Conselho Gestor das Entidades da

Província (Rondinha)16 Encontro do Regional do Espírito Santo -

recreativo - local a definir18 e 19 Encontro do Regional de Pato Branco

(Recreativo)20 Encontro do Regional da Baixada e Serra

Fluminense23 Encontro do Regional de São Paulo (Bragança

Paulista)23 Encontro do Regional Rio-Baixada - Recreativo

- local a definir23 e 24 Encontro do Regional do Leste Catarinense -

Recreativo (Florianópolis)26 e 27 Reunião da Comissão Preparatória do Capítulo

Provincial30 Encontro do Regional de Agudos - Recreativo

- 50 anos de vida religiosa de Dom Caetano (Bauru)

30 Encontro do Regional do Vale do Itajaí (Blumenau)

30 e 01 Encontro do Regional do Contestado (Piratuba)

30 a 03 1º Congresso de Educadores Franciscanos (Curitiba)

Dezembro

06 Renovação dos votos em Petrópolis (Capela restaurada do ITF)

07 Encontro do Regional de Curitiba - Recreativo (Caiobá)

07 e 08 Jubileus (Rondinha)08 Renovação dos votos em Rondinha14 e 15 Encontro do Regional do Planalto Catarinense

e Alto Vale do Itajaí (Piratuba)14 a 17 Reunião do Definitório Provincial

rondinHA, 07 E 08 dE dEZEmbrojubilAndoS 2015