ESEC, 30 de Abril de 2014 -...
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Plano de negócio
Sumário executivo
A empresa e os seus promotores
A proposta de valor e o modelo de negócio
O Projeto, a Ideia, o Produto
A análise do mercado
O plano de marketing
O plano de operações
O plano económico-financeiro
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José Luís Martinho Poliempreende'14, IPC
Apresentação da ideia/projeto de negócio aos diversos stakeholders (e.g., investidores, credores, …), incluindo a definição e justificação dos objetivos do negócio e o caminho para os concretizar.
Diversidade de formatos dependendo da fase do ciclo de vida do negócio (criação, expansão, reestruturação, …) e dos seus principais destinatários.
Plano económico-financeiro
Demonstração de Resultados
• Ao longo do tempo, a empresa dá lucro ou prejuízo? Quando e quanto?
Plano Financeiro (Demonstração dos fluxos de caixa, Mapa de origem e aplicações de fundos, Mapa de tesouraria)
• Ao longo do tempo, a empresa vai tendo o dinheiro suficiente para pagar os seus compromissos?
• Quais são as suas necessidade de financiamento (sócios, bancos, …)?
Balanço
• Qual é o Património da empresa, em cada momento (Ativos, Passivos e Capital Próprio)?
Indicadores Económico-Financeiros
• O desempenho previsto para a empresa é bom? O investidor é recompensado?
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Plano económico-financeiro
Lucro/Prejuízo = Resultado líquido
• Variação do património (riqueza ≠ dinheiro disponível)
• Diferença entre os rendimentos (vendas/prestações de serviços) e os gastos. Vendas ou Prestação de Serviços
• Na venda de produtos, há sempre um custo/gasto diretamente associado, que só existe se se vender: o preço de custo das mercadorias ou das matérias-primas – CMVMC.
• Na prestação de serviços, os custos associados são diferentes, normalmente associados às pessoas como, por exemplo, os salários: quantas pessoas são necessários para fazer aquele trabalho?
… mas não podemos esquecer que temos muitos gastos…• Gastos com o pessoal, Fornecimentos serviços externos, Amortizações, …• …
Investimento em ativos fixos…
Financiamento…
…
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A folha de cálculo FINICIA/IAPMEI
A folha de cálculo tem vários separadores ou várias folhas de cálculo no mesmo ficheiro, todas ligadas entre si por fórmulas.
• A primeira é a das “Regras de Utilização”, que deve ser lida com atenção.
O utilizador menos experiente não deve alterar a estrutura da folha de cálculo (não inserir linhas nem colunas).
Para que o possa tirar partido de todas as funcionalidades do modelo, deverá confirmar se o nível de segurança das Macros está em Médio.
• Ferramentas - Macro - Segurança e no Nível de Segurança escolher/confirmar se está no Médio.
• File – Options – Trust Center Settings – Disable all macros with notification
• Se não estava na opção indicada, feche o ficheiro e reabra-o. Selecione “Aceitar Macro”.
…José Luís Martinho Poliempreende'14, IPC
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A folha de cálculo FINICIA/IAPMEI Regras de utilização e Pressupostos
Só devem ser inseridos valores nas células com fundo branco.
As células com valores a azul, podem ser alterados, mas dentro dos mesmos parâmetros.
• No separador "Pressupostos“, deve colocar o nome da empresa na célula E1 e o 1º ano de atividade em B11.
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A folha de cálculo FINICIA/IAPMEI Regras de utilização e Pressupostos
• Prazos médios de recebimento, pagamento e armazenagem em B13, B14 e B15. Quantos dias demoram os
clientes a pagar depois da venda? Se pagarem nesse momento é zero
Quantos dias temos os produtos no armazém desde a compra/produção até à venda?
• Quanto ao restante, para a maioria dos projetos, não é importante alterar …
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Previsão de vendas
Como se consegue fazer e sustentar uma previsão de vendas?
• Fontes de informação primária secundária…
A folha de cálculo está construída para 4 diferentes produtos no mercado nacional + 2 na exportação e 4 serviços no mercado nacional + 4 na exportação, o que por vezes parece não ser suficiente
• É necessário fazer um esforço para tipificar os produtos e serviços (e.g., projetos/instalações pequenos, médio e grandes; famílias de produtos/serviços; …).
• Uma das preocupações deve ser o de tornar a informação imediatamente inteligível e credível para quem não conhece o projeto.
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Vendas e Prestação de serviços –Volume de negócios (VN)
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Para cada produto define-se o nome, a quantidade que se espera
vender e o preço de venda.
Pode definir-se apenas para o primeiro ano e depois as taxas de crescimento dos
preços e das quantidades……ou fazer os cálculos ano a
ano numa folha auxiliar e introduzir os
valores/fórmulas para todos os anos
Vendas e Prestação de serviços –Volume de negócios (VN)
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No caso da prestação de serviços não temos a decomposição entre
quantidades e preços, temos apenas o valor das prestações de serviços.
Tal como nas vendas de produtos, deve ser separada a estimativa do VN para o mercado nacional
e para a exportação
Pode definir-se o valor para o primeiro ano e depois as taxas de crescimento anuais……ou fazer os cálculos numa folha auxiliar e
introduzir os valores para todos os anos
O Custo das Mercadorias Vendidas e das Matérias Consumidas - CMVMC
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Deve incluir-se os valores do custo de aquisição das mercadorias que propomos vender ou as matérias-primas gastas na fabricação dos
produtos transformados pela empresa.Se necessário poderá fazer-se os cálculos numa folha de cálculo auxiliar.
Poderá ser mais simples incluir simplesmente a % de margem bruta, i.e., o valor das vendas que sobra depois de tirar o custo com as mercadorias ou com as matérias primas.Por exemplo um produto que é vendido a 10 euros e custa
em média 4 euros, a margem bruta é 60%.
Fornecimentos e Serviços Externos -FSE
Para além das mercadorias e matérias-primas, os fornecimentos e serviços externos (FSE) são fornecidos por entidades externas à empresa no âmbito da sua atividade normal (e.g., energia, seguros, rendas, deslocações, comunicações, consultoria, contabilidade, …).
Define-se um valor mensal (x12) para cada rubrica e a taxa de crescimento anual…
• …ou define-se o valor para todos os anos.
Na coluna D podemos definir em que % devemos considerar cada um dos custos como variáveis ou fixos, o que depois servirá apenas para o cálculo de alguns indicadores.
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Gastos com o Pessoal
Gastos com Pessoal, Salário Bruto, Encargos, Descontos, Salário Líquido.
É necessário definir:
• o quadro de pessoal da empresa ao longo dos anos
• o respetivo salário bruto, por categoria
• e o seu crescimento anual.
Os encargos normais sobre os salários (TSU, Seguro AC, Subsídio de refeição, …) são calculados automaticamente.
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Investimento em Ativos Fixos
Os ativos fixos são os bens duradouros que não se destinam a ser transformados ou vendidos
• Terrenos, edifícios, máquinas, mobiliário, viaturas, sotfware, patentes, ...
• ATT: investimento de substituição
Quando compramos uma máquina ficamos nesse momento mais pobres?
• Pagamento versus Custo
• O desgaste, a obsolescência e a desvalorização dos ativos fixos: gastos de depreciação e amortização.
Deve ser definido o montante de compras de ativos fixos por tipo e por ano.
As amortizações serão calculadas automaticamente.
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Demonstração de Resultados
• Vendas e serviços prestados (volume de negócios)
• Variação nos inventários da produção
• CMVMC
• Fornecimento e serviços externos
• Gastos com o pessoal
EBITDA
• Depreciações/Amortizações
EBIT (Resultado Operacional)
• Juros de empréstimos
Resultado antes de Impostos
• IRC
Resultado Líquido do Período
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ATT empresas industriais
Financiamento
Não esquecer…
Quem analisar as vossas previsões deve, no mínimo, achar que as vossas previsões de vendas e as margens brutas são exequíveis…
Por vezes pensa-se no PVP e esquece-se tudo o que está entre a empresa e o consumidor final.
• É muito importante não esquecer a distribuição, cuja margem é normalmente elevada!
As instalações, compradas ou arrendadas, devem ser adequadas para albergar os trabalhadores e os equipamentos necessários…
… para fazer todo o trabalho necessário para a empresa ter a atividade prevista (volume de negócios).
• É possível demonstrar essa adequação, entre os gastos com colaboradores, equipamentos, instalações e o volume de negócios?
Se os promotores trabalham ativamente no desenvolvimento da empresa devem receber um salário…
…
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Financiamento
Qual o valor necessário?
• Para a empresa não ter dificuldades financeiras e conseguir pagar as suas contas ao longo do tempo.
Que fontes de financiamento?
• Próprias Acionistas (Capital Social, Suprimentos, …) Autofinanciamento
• Alheias (+ ou – estáveis…) Empréstimo bancário de Médio e Longo Prazo Leasing Empréstimo bancário de Curto Prazo …
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Capital Social
O capital social é um pedaço de património (normalmente em dinheiro) que os sócios ou acionistas transferem do seu bolso para o bolso da empresa.
• É uma fonte de financiamento da empresa e portanto serve para a empresa “gastar” no que for necessário.
O que recebem então os acionistas em troca?
• A propriedade da empresa. Dão no presente à empresa um valor certo e conhecido. Recebem em troca um valor incerto, o valor da empresa no futuro
que poderá ser €€€€€€€€€€ ou … 0.
Significa aquilo que os sócios arriscaram na empresa.
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Financiamento
Qual a melhor estrutura de financiamento?
• A teoria financeira não dá uma receita universal e pronta a ser usada.
Quais são as necessidades de financiamento mais estruturais, que devem ser supridas por financiamento estável e quais são as temporárias que podem ser cobertas por um empréstimo de curto prazo que pode ser pago ao fim de 1 ou 2 anos?
• Investimento em ativos fixos, em necessidades em fundo de maneio e os eventuais prejuízos.
Qual a % de financiamento próprio versus alheio?
• Se os sócios não arriscam, porque é que os bancos o farão?
• Quanto os promotores podem e querem arriscar no seu negócio? Friends, Family and Fools…
• Que financiamento bancário é que acham que poderão conseguir? Com que garantias?
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Financiamento de médio e longo prazo
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Estas são as necessidades de financiamento que têm origem no projeto de investimento, mas por vezes é necessário financiar
os prejuízos dos primeiros anos…
O financiamento gerado pela própria empresa no decurso da sua atividade
O capital social inicial e os eventuais aumentos
O financiamento bancário de médio e longo prazo que necessitamos, ano a ano…
… e as respetivas condições, em termos de taxa de juro e prazo de reembolso, para os empréstimos contraídos em cada ano.
Plano Financeiro - Financiamento de curto prazo e o Acerto do modelo
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Sobram sempre algumas necessidades ou disponibilidades
de curto prazo…
… o modelo é acertado gerando os empréstimos
ou as aplicações de tesouraria de curto-prazo, de forma a que se pague tudo a quem se deve…… e que em depósitos à
ordem fique apenas e só o montante mínimo desejado, a reserva de segurança de tesouraria (ver separador
fundo de maneio).
Balanço
Balanço: a fotografia do património da empresa.
Ativo: os elementos patrimoniais positivos.
Passivo: os elementos patrimoniais negativos.
Capital Próprio: a estimativa contabilística do valor do património.
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Principais indicadores
Na folha “Ponto crítico as vendas”, o PCV ou break even point.
Na folha “Indicadores”
• Rentabilidade líquida sobre o rédito ou Rendibilidade das Vendas.
• Return on Investment (ROI), ou rendibilidade do Investimento Total.
• Rendibilidade do Activo.
• Rotação do Activo.
• Rendibilidade dos Capitais Próprios (ROE).
• Autonomia Financeira.
Na folha “Avaliação”
• Valor Atualizado Líquido.
• Taxa Interna de Rentabilidade.
• Pay Back Period ou Prazo de Recuperação do Investimento.José Luís Martinho Poliempreende'14, IPC
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Referências
Finanças para não financeiros
Atrill, P. & McLaney, E. (2006). Accounting and finance for non-specialists. 5th Ed., Prentice Hall.
Brealey, R.; Allen, F. & Myers, S. (2008). Princípios de finanças empresariais. 8ª Ed., Mc GrawHill.
Drury, C. (2000). Management and cost accounting. 5th Ed., Thomson Learning.
Fernandes, C.; Peguinho, C.; Vieira, E. e Neiva, J. (2014). Análise Financeira – Teoria e Prática. 3ª Ed., Sílabo.
Fernandes, R. F. (2008). Contabilidade para não contabilistas. 2ª Ed., Almedina.
Menezes, H. C. (2001). Princípios de gestão financeira. 13ª Ed., Editorial Presença.
Sá, E. e Monteiro, F. (2013). Empreendedorismo e Plano de Negócios. 1ª Ed. Vida Económica.
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