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Paul Richard Ugo e sua estréia literária que merece a saudação: “Incrível! Fantástico! Extraordinário!”Pág. 06

BRASILAlda Inácio......................................................................................................17Antônio Guedes Alcoforado ........................................................................22Carol Bonacim..............................................................................................27Claúdia Isadora F. de Oliveira.........................................................................33Giovane Santos................................................................................................38Jack Michel......................................................................................................43José Carlos Sibila............................................................................................48Luiz Amato.....................................................................................................51Mary Angela...................................................................................................54Paulo Marsal...................................................................................................58Pedroom Lanne..............................................................................................61Rijarda Giandini.............................................................................................65Silvia Ligabue..................................................................................................70T. S. Duque......................................................................................................73Uiara Melo.......................................................................................................77Valéria Guerra.................................................................................................81Vanessa Arruda...............................................................................................85

PORTUGALManuel Amaro................................................................................................89

capa

A Vida em Partes – Francisco Mellão Laraya.............15Mercado Literário – Léo Vieira..............................26Solar de Poetas – José Sepúlveda..................69Poetas Povoeiros – Amy Dine..................................93

Entr

evist

as

Colunas

Amilton Costa..................................................................21Fabiana Juvêncio....................................................................31Ramalho Leite.........................................................................36Noka......................................................................................41Dilercy Adler......................................................................47Margarida Lorena Zago....................................................53Nell Morato..........................................................................57Onã Silva..............................................................................60Marta Maria Niemeyer.....................................................76Anchieta Antunes..............................................................84Helena Santos.......................................................................88

Participação Especial

Alameda – autora Astrid Cabral..............94

Resenha Profissional

Francisco Evandro....97Lola Prata...................99Lúcia Gonçalves......100Neyd Montingelli....101Valéria Guerra.........102

Livros em Foco

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Revista Divulga EscritorRevista Literária da Lusofonia

Ano IVNº 19

abr/mai 2016

Publicação:Bimestral

Editora Responsável: Shirley M. Cavalcante

DRT: 2664

Projeto gráficoe Diagramação

EstampaPB

Para [email protected]

55 – 83 – 9121-4094

Para ler ediçõesanteriores acesse

www.divulgaescritor.com

Os artigos de opinião são de inteira responsabilidade dos colunistas

que os assinam, não expressando necessariamente o pensamento da

Divulga Escritor.

ISSN 2358-0119

Shirley M. Cavalcante (SMC)Editora e Coordenadora do projeto Divulga Escritorwww.divulgaescritor.com

Com enorme orgulho e satisfação, apresentamos a segunda edição Divulga Escritor: Revista Literária da Lusofonia, 2016.

Nesta edição encontraremos alguns textos em homenagem ao dia das Mães.Tantos sonhos juntos, repletos de esperanças, pequenas conquistas, VIDA.Vamos juntos ler, divulgar, a Revista Literária da Lusofonia, a Revista

esta composta com entrevistas e matérias exclusivas de escritores e escritoras contemporâneas.

Muito obrigada equipe Divulga Escritor, administradores dos grupos:Obrigada, Jose Sepulveda, apoio em Portugal.Obrigada Amy Dine, apoio em Portugal.Obrigada, Helena Santos, apoio em Portugal.Obrigada, Francisco Mellão Laraya, apoio Brasil.Obrigada, Mirian Menezes de Oliveira, apoio Brasil.Obrigada, José Lopes da Nave, apoio Portugal.Obrigada, Mário de Méroe, apoio Brasil.Obrigada, Giuliano de Méroe, apoio Brasil.Obrigada, Ilka Cristina, apoio BrasilObrigada, a cada um dos escritores que participam contribuindo com suas

maravilhosas trajetórias literárias, apresentadas em entrevistas.Obrigada, colunistas, que mantém o projeto vivo!MUITO OBRIGADA, por juntos estarmos Divulgando LITERATURA. por

juntos estarmos dizendo ao mundo, EU SOU ESCRITOR, EU ESTOU AQUI.Divulga Escritor: Revista Literária da Lusofonia, uma Revista elaborada

por escritores, com distribuição gratuita para leitores de todo o mundo.

Boa Leitura!

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Paul Richard Ugo e sua estreia literária que merece a saudação: “Incrível! Fantástico! Extraordinário!”

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Por Shirley M. Cavalcante (SMC)

Publicitário, redator e professor, desde criança criando roteiros de filmes imaginários, e depois roteiros de filmes de treinamento, publicidades em TV, textos para anúncios impressos e, em casa, criando histórias e colecionando ideias. Amante dos livros e filmes de mistério e de autores como Edgard Alan Poe, H.P. Lovecraft, Stephen King e Humberto de Campos, teve influência da série americana de Rod Serling - Twilight Zone, e das produções da inglesa Hammer Films além

dos incríveis filmes de Hitchcock. Este é Paul Richard Ugo, contista de mistério que descreve, além da história, o ambiente onde as tramas acontecem fazendo com que cada lugar se transforme também em um personagem.

“A leitura pode ser feita com dois pontos de vista. O do simples entretenimento para quem gosta do estilo, e o da crítica ao comportamento humano.”

Boa Leitura!

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Escritor Paul Richard Ugo é um prazer contarmos com a sua parti-cipação no projeto Divulga Escri-tor, conte-nos o que mais o atrai nos contos?Paul Richard Ugo - Contos são his-tórias curtas, de leitura rápida e que trazem para dentro de um mesmo livro, diversas histórias dentro de um mesmo estilo. É como se lêsse-mos um seriado como Tales From The Crypt ou Além da Imaginação (Twiligth Zone). Gosto do estilo pois não cansa o leitor. E isso não invali-da que alguns contos de um mesmo livro possam ter conexões e ainda serem histórias independentes. E isso acontece em meu livro. Acho que escrevo contos por influência de excelentes professores que tive na es-cola e no curso superior pois sempre me estimularam a escrever redações. E isso acabou me dando um sentido de síntese para expor uma história complexa e atraente em poucas pá-ginas. Para mim, é uma sensação de prazer imenso quando termino um conto. É como terminar de escrever um livro. Então, imagine um livro com mais de vinte e dois contos: é este prazer multiplicado por 20!

Costumas escrever em outros esti-los literários? Paul Richard Ugo - Na verdade, gostaria de escrever mais. Gosto do estilo novela (no sentido literário, e não do folhetim). Tenho algumas sinopses de romances que ainda não foram desenvolvidas. Gosto de escrever crônicas sobre assuntos variados. Mas elas devem ser lidas e consumidas de imediato para não perderem o sabor da contempo-raneidade. E para isso, devem ser publicadas de imediato para man-terem seu frescor. E isso está cada vez mais difícil e se limitando a pe-quenas análises e comentários nos posts de redes sociais.

Conte-nos um pouco sobre o seu livro Contos de Alguns Lugares.Paul Richard Ugo - Comecei a escrever os Contos de Alguns Lu-

gares como conteúdo de um blog de textos que tenho. Neste estilo, somei 13 contos que me parece-ram interessantes para formarem um livro. Mas, acabei me entusias-mando pela opinião de algumas pessoas ligadas ao meio literário para as quais eu enviava pedindo opinião, e ao chegar ao vigésimo segundo conto, que me foi ditado pela intuição, dei por concluída a obra. Hoje o livro está seguindo um caminho muito bom, com crí-ticas positivas por parte de leito-res especializados no tema apesar de toda a dificuldade que tenho como escritor desconhecido e es-treante. Em dezembro de 2015, três meses depois do lançamento, o livro entrou para a lista dos me-

lhores livros de terror do ano de 2015, segundo o blog Biblioteca do Terror. O livro rendeu um con-vite para ser um dos roteiristas do Canal Medologia do Youtube, que produz vídeos de terror de cur-ta duração. Esta experiência tem sido muito boa.

Em que momento pensou em es-crever o seu livro “Contos de Al-guns Lugares”?Paul Richard Ugo - Sempre sen-ti necessidade de escrever. Desde pequeno escrevia roteiros de fil-mes que nunca foram produzidos, de histórias que nunca viraram livros, até que profissionalmente esta bagagem acabou por me aju-dar quando escrevi colunas para

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jornais, roteiros para filmes pu-blicitários e textos para anúncios em mídia impressa. Mas o sobre-natural sempre me fascinou. Desde meus primeiros filmes em super-8 até as gravações de novelas de co-médias de terror com amigos em fitas K-7 gravadas em toscos gra-vadores portáteis, que o tema ter-ror me acompanha. Foi como um pote que foi enchendo até que de-cidi dividir minhas histórias com o público. Gosto de pesquisas e o livro me permitiu isso. E já estou a caminho da continuação do livro, desenvolvendo alguns textos. Mas, como sou detalhista e tento conci-liar os problemas do cotidiano com a arte de escrever, este projeto de-verá tomar um bom tempo.

Como foi a construção dos contos que compõe o livro?Paul Richard Ugo - Não posso ne-gar que tenho forte influência da-quilo que vi e ouvi quando criança. Havia um programa de rádio no Rio de Janeiro chamado “Eu Acre-dito no Incrível” que eu ouvia com a empregada doméstica que traba-lhava em minha casa. Eram assusta-dores. Depois, não perdia nenhum filme da Hammer Films com Peter Cushing, Vincent Price, Bela Lugo-si, Christopher Lee, dentre outros ícones da produtora. Depois disso, a série americana Twilight Zone, ain-da na TV em preto e branco (depois houve um remake produzido por Steven Spielberg), me deixava sem dormir. Tive várias experiências so-

brenaturais reais que uso em meus contos. Todos eles contêm elemen-tos de experiências vivenciadas por mim sejam pelos lugares por onde passei ou por coisas que realmente aconteceram.

O livro tem seu diferencial, por ter em seu contexto acontecimentos bizarros e inexplicáveis em forma de contos, pode nos dar um breve exemplo de temas abordados na obra?Paul Richard Ugo - A leitura pode ser feita com dois pontos de vista. O do simples entretenimento para quem gosta do estilo, e o da crítica ao comportamento humano. Nos contos, pessoas normais relatam seus sofrimentos, suas fraquezas, suas taras, suas perversões, suas maldades, bondades. Sofrem discri-minações, bulling, inveja, ganância, poder e vários contos se basearam em fatos acontecidos nos lugares apresentados. Passeio por várias ci-dades do Estado de Maryland, pelo Maine, por Nova York dos anos 80, pelos bairros de Lisboa de 1959, pela região do Azeitão, por Londres e pela Escócia. Sempre detalhando diversos fatos e curiosidades his-tóricas e geográficas sobre cada lu-gar. O bizarro descrito em minhas histórias não é mais forte do que vemos todos os dias. Só intrigam o leitor pois as motivações são sobre-naturais.

Que tipo de textos gostas de ler?Paul Richard Ugo - Gosto de curio-sidades sobrenaturais, estudos dos mistérios da alma, do espírito, da relação entre o bem e o mal, dos monstros que habitam nossa fan-tasia e como eles acabam por se tornarem reais. Gosto de estudos místicos e religiosos, ufológicos, pesquisar sobre tudo à minha volta (o que já fez com que os mais pró-ximos me chamem de Mister Goo-gle). Não me considero um intelec-tual pois estes formam conceitos. Me considero um estudioso com boa informação enciclopédica. Fui

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criado numa família de educadores, cercado de livros científicos, artísti-cos e de ciências naturais. Sou um curioso e me aprofundo nos temas que me agucem a curiosidade. Pas-

sei por algumas experiências mís-ticas na infância que me levaram a estudar seus motivos e consequ-ências. Em síntese, sou um ser em busca de explicações.

Em que local gostas de escrever?Paul Richard Ugo - Gosto de escre-ver em minha casa, sempre depois que todos vão dormir. Sou notíva-go. Muitas vezes, no trabalho, du-rante o dia, tenho “insights” e os anoto. Depois desenvolvo a ideia e vou lapidando até dar por completo e acabado o texto.

Onde podemos comprar o seu li-vro? Paul Richard Ugo - Meu livro está disponível na rede da Livraria da Travessa, onde foi o lançamento em outubro de 2015, para o livro físi-co. No site da editora Autografia, o leitor pode encontrar o livro físico e o formato e-book. Na Amazon, a versão e-book já está disponível. É só acessar os links a seguir:http://www.travessa.com.br/contos-de--alguns-lugares/artigo/94a3da37-12c2-4c00-b0c6-a629d08748c3 -http://www.amazon.com.br/Con-tos-alguns-lugares-Paul-Richard--ebook/dp/B019NMRFV2/ref=sr_1_1?ie=UTF8&qid=1451083046&sr=8-1&keywords=contos+de+alguns+lugares http://www.autografia.com.br/loja/contos-de-alguns-lu-gares/detalhes

Quais os seus principais objetivos como escritor?Paul Richard Ugo - Fantasio muitas coisas e dentre elas, a possibilidade de ver meus contos serem transfor-mados em roteiros de cinema. Já estou feliz de ser roteirista colabo-rador do Canal Medologia do You-tube, que produz vídeos de terror de curta duração. Estou adaptando algumas ideias para este formato com sucesso.

Quais os principais hobbies do es-critor Paul Richard Ugo?Paul Richard Ugo - Ler, pesquisar, pescar. Recentemente, encontrei um hobbie que tem me encantado e me levado aos tempos em que es-tudei teatro, que vivi em estúdios, e criei personagens. O meu canal no Youtube. É muito divertido fazer os

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vídeos que tenho postado e feito so-zinho, sem ajuda de ninguém. Pre-paro meu cenário em casa mesmo, meu figurino, faço meu pequeno roteiro para não fugir do tema, edi-to, coloco trilhas, efeitos sonoros, visuais, etc. É muito divertido e me tira da realidade por uns instantes. Volto ao meu tempo de adolescente. E, sem dúvida nenhuma, o melhor hobbie é escrever. Às vezes os tex-tos saem “a prima pena” tão pron-tos que até desconfio se não foram intuídos por algum escritor morto. Quem sabe? Quem quiser visitar o canal, é só acessar o link https://www.youtube.com/channel/UCLYgRcOjRrgvDYC7m2zvGog

Como você vê a literatura no mer-cado publicitário?Paul Richard Ugo - Não tenho acompanhado muito o mercado li-terário mas percebo que apesar da

crise que vivemos, os novos meios permitiram um crescimento no nú-mero de escritores que encontram cada vez mais facilidades em editar suas obras. Vejo o fenômeno dos Vlogs e Blogs como um manancial usado por editoras para encontrar valores que sejam comercialmente interessantes. Já o mercado publici-tário vive olhando para seu próprio umbigo como produtor de entrete-nimento literário, mas se alimenta cada vez mais destes expoentes es-critores pois eles são a renovação das tendências, as vozes das tribos com hábitos muito próprios que acabam formando segmentos mer-cadológicos bem definidos e inte-ressantes.

Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom co-nhecer melhor o escritor, publi-citário e professor Paul Richard

Ugo. Agradecemos sua participa-ção no projeto Divulga Escritor. Que mensagem você deixa para nossos leitores?Paul Richard Ugo - Não se limitem a ler os best sellers ou os escritores da moda. Busquem novos textos, novos caminhos literários. Não caiam nas armadilhas das editoras e de escritores que caminham nas sombras de sucessos muitas vezes de qualidade duvidosa, mas que acabam sendo consumidos com a sofreguidão da rápida obsolescên-cia. Busquem textos que fiquem gravados em suas almas, que sejam mais profundos e que possam cons-truir com seus pedacinhos de papel recheados de palavras, seres hu-manos mais ricos de informações, mais cheios de cultura, mais cheios de arte. Mesmo aqueles que falam sobre as mais mórbidas sombras que habitam nossas almas!

Vamos as rapidinhasNome: Paul.Apelido: Não tenho.Autor: Gabriel Garcia Marques.Autora: Maria Clara Machado.Livro: Minha Vida – de Charles Chaplin.Ator: Vincent Price.Atriz: Beth Davis.Filme: Dracula de Bram Stockler.Música: Clássica – todas.Ídolo: Deus. Prato preferido: Cheio.Signo: Leão.Cidade: Barcelona.Curiosidade: Meus personagens é que dizem o que eu devo escre-ver sobre eles. Parece loucura, mas quem é são?Frase: A palavra escrita o vento não leva. A palavra dita se esgota no fim do sopro que a provoca. A palavra escrita é firme. A palavra dita é som. (Paul Richard Ugo)

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Inesquecível VisitaPaul Richard Ugo

Sentado na sala, na mesma poltrona onde durantes vários anos contemplei livros, bebi destilados, vinhos e licores e aspirei as mais doces fumaças de meus cachimbos, ouvi baterem em minha porta: toc, toc, toc.A madrugada alta não me fez pensar em nada além de quem poderia ser. Pensei ser o som do vento, talvez um galho seco ba-tendo na porta, ou algum delírio ou ilusão provocados pelo álcool.Toc, toc, toc.A batida não parecia coisa do acaso. Era racional, cadenciada, humana.Toc, toc, toc.Quem ousaria interromper a paz de quem vive tão distante da vila e não possui ami-gos nem parentes?Toc, toc, toc.A insistência das batidas não aumentou seu volume nem demonstrou pressa ou de-sespero. Pensei em deixar bater até desistir. Não me interessava naquele momento, ver, ouvir ou falar com quem quer que fosse.Toc, toc, toc.Enchi meu copo com um pouco mais do caro Bordeaux e tentei voltar a minha leitura sob a fraca luz do candelabro. As páginas naquele momento me pareciam confusas, sem sentido, me fazendo reler várias vezes o mesmo parágrafo em vão.Toc, toc, toc.A insistência começou a me incomodar. _ Quem bate à minha porta a esta hora? – gritei irritado.Toc, toc, toc.Porque não responde? Porque não bate mais forte, com raiva de não ser atendido? Porque não grita para se fazer presente? Resolvi levantar de meu torpor e iniciar minha caminhada até a porta que parecia distante.Toc, toc, toc._O que quer de mim, seja lá quem for? Porque raios não se irrita e bate mais forte? Porque tamanha e assustadora constância? – gritei mais uma vez, enquanto caminha-

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va claudicante por conta das dores que o reumatismo me provocava.Toc, toc, toc.Minha mão fria alcançou a pesada maçaneta e antes de abrir a porta, hesitei por alguns instantes esperan-do em vão ouvir meu martírio sonoro. Nada aconte-ceu. Desisti da vontade de abrir a porta e voltei a pas-sos lentos para a minha poltrona de onde não deveria sair. Ao sentar, acomodando meu corpo às mossas anatômicas criadas ao longo de décadas, peguei meu livro e reiniciei minha leitura.Toc, toc, toc._ Ah, o diabo resolveu rir de mim esta noite! – pensei alto. Levantei decidido desta vez em abrir a porta e colocar-me frente a frente com esta irritante presença. Cheguei mais uma vez à porta e a abri rapidamente, fazendo com que o vento gelado apagar todas as velas que se esforçavam em iluminar a sala com suas tristes e trêmulas chamas. A escuridão não me permitiu ver nada. Apenas senti algo passando por mim, como um véu de fina seda atravessando meu rosto na direção da sala. _Quem é você? – perguntei em voz alta. Não obtive resposta mas tive a clara impressão que era al-guém e que talvez estivesse buscando abrigo. As cha-mas da lareira já haviam sido extintas pelas brancas cinzas que abafavam as brasas vermelhas. Mas podia--se sentir ainda, o terno calor das incineradas lenhas. Talvez o estranho estivesse neste momento ali, procu-rando aquecer-se, seguindo por seus sentidos, o calor da lareira. Tateei até alcançar um candelabro, antes aceso, que ficava em um aparador próximo à porta. Com meus trêmulos dedos, procurei no bolso de meu robe de chambre, fósforos que pudessem aliviar mi-nha curiosidade e meu medo. Acendi a primeira vela, já olhando em seguida, na direção de onde deveria estar o misterioso e calado intruso. Nada vi. Acendi a segunda, a terceira, a quarta e antes de completar as sete velas do candelabro, já caminhei pela sala na direção do vulto que agora ia sendo descortinado pela fraca luz. O terror tomou conta de mim ao deparar--me com ninguém menos do que ela, a morte, em sua negra e etérea túnica preta, com seu cajado encimado por uma foice e seu capuz, ocultando sua cadavérica face. Tomei coragem e perguntei se minha hora havia chegado, mas ela, imóvel, nada respondeu. Insisti na pergunta sem conseguir qualquer reação. Com uma até então desconhecida coragem, me aproximei de sua face até quase encostar meu rosto no dela, sentin-do a aura gelada que a circundava. Tentei toca-la com minhas mãos, porém estas atravessavam seu corpo

me fazendo sentir apenas um frio indescritível onde deveria ser seu corpo físico. Ela continuou ali, imóvel. Sem uma solução para tamanho impasse, voltei para o sofá não sem antes acender mais algumas velas. Queria certificar-me de que aquilo era real, mas aquela imagem não saia dali, pairando a poucos centímetros do chão. Pensei que talvez fosse melhor esperar o dia raiar, ou o efeito do álcool terminar.Toc, toc, toc.Seria ela novamente? Não. Ela permanecia impávida no mesmo lugar com sua funesta e etérea imagem.Toc, toc, toc.Quem poderia ser? Teria a morte algum ajudante? Seria matar-me uma tarefa para a qual necessitasse de ajuda? Havendo somente uma maneira de saber e acabar de uma vez com esta angústia, voltei até a porta e abri. Era um pobre homem, faminto e trêmulo de frio. Em seu rosto haviam marcas da lepra que já havia tomado alguns dedos de ambas as mãos, enfaixadas por trapos pútridos. O vento gelado que passava por seu corpo trazia consigo um forte mau cheiro de quem não fazia a higiene havia muito tempo. Num impulso, mesmo antes que eu perguntasse a que viera, o maltra-pilho lançou-se sobre mim, empurrando meu corpo contra a parede, abrindo caminho como um bárbaro invasor. Alcançou minha garrafa e grunhindo como um selvagem sorveu meu caro vinho em um só gole. Voltou-se para mim, puxando uma faca da cintura gri-tando que queria roupas, dinheiro, joias, ouro e comi-da. Tentei acalma-lo, porém quase me entregando na certeza de que a morte estava ali somente esperando o meu fim. Pedi calma ao larápio e ofereci mais uma garrafa de vinho, dizendo que ficaria tudo bem pois eu tinha joias, ouro e dinheiro. O que ele desconhecia era que a garrafa que lhe ofereci era uma mistura fatal de venenos usados para o controle da praga de ratos que assolava a pequena vila e seus silos de cereais. Sofrega-mente e sem se dar conta, o infeliz bebeu vários goles antes de perceber o engodo. Num grito de dor seguido de um farto vômito de sangue, ainda tentou alcançar--me com sua faca, caindo aos meus pés se contorcen-do aos gritos, vertendo sangue pela boca e por suas narinas. Neste momento vi a figura da morte fazer um sobrevoo pela sala, pousando sobre o corpo moribun-do, levantando sua foice e ceifando de uma vez sua vida. Como quem arranca uma fronha de um traves-seiro, com suas garras arrancou a alma do desgraçado, levando-a consigo pela porta, ainda entreaberta. Antes de sair, a morte virou-se para mim e acenou com sua cabeça.

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Em nome do pai eu escrevo es-tas linhas, minha intenção ao come-çar escrevê-las era traçar mais uma forma plena de amor. Fiquei em dú-vida e resolvi contar uma estória!

Um dia sonhei que meus textos haviam se transformado em filme. E antes que isto acontecesse houve uma extensa discussão sobre a for-ma que haveriam de tomar.

Primeiro, o cinema pretendido era de baixo orçamento, que ao in-vés de longa metragem fez-se um de curta duração.

Por Francisco Mellão Laraya, advogado, músico e escritor, [email protected]

A VIDA EM PARTES

A VIDA EM ARTESOs atores não eram profissio-

nais, pois a importância eram as idéias, e não quem as representas-se, logo não haveria estrelas, apenas uma: a ilusão das pessoas se encon-trarem com as palavras.

Como não eram profissionais, não haveria diálogos, apenas um monólogo ao fundo, onde se expu-sesse o que estava escrito.

E ao invés de praias e paisagens idílicas, seria em aldeias, onde a be-leza está na humanidade de quem lá vive.

Pensei um pouco e conclui, mas isto sou eu! Um homem comum, que fala do quotidiano com pessoas simples, sem gran-des paisagens, falando de sua vida nas ruas em que vive.

E, por ser tão simples, e ser comum, todos tem um universo igual, e as idéias brotam da ima-ginação de uma pessoa qualquer, em qualquer lugar, em qualquer idioma, de qualquer raça desde que habite no mesmo planeta, como eu!

E meu pai queria que eu fosse real...

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ENTREVISTA

Escritora Alda InácioAlda Inácio é uma vovó de 63 anos apaixonada pela escrita; nasceu no rio Grande do sul, morou 12 anos na Bélgica. Publicou o livro A vida na Bélgica, relatando o que é viver ilegal fora do Brasil. Foi professora, diretora de escola, e hoje vive e trabalha em Goiânia, Goiás. Tem vários trabalhos publicados em antologias. Seu último livro acaba de ser lançado e tem um nome intrigante: Poema Tríptico Equacional.

Boa leitura! Como dica eu diria: pensem numa forma dialética da poesia. Juntem assuntos diferentes no mesmo tema. Misturem tudo isto e joguem com o resultado.”

Por Shirley M. Cavalcante (SMC)

Escritora Alda Inácio é um prazer contarmos com a sua participação no projeto Divulga Escritor. Você vem inovando os textos poéticos através da Poesia Triptica Equa-

cional, conte-nos como surgiu o conceito deste estilo poético?Alda Inácio - O prazer é todo meu em participar e sou grata pela opor-tunidade de divulgar meu trabalho que é o livro recém lançado Poema Tríptico Equacional. O trabalho nasceu de uma insatisfação com o

rumo que a poesia tradicional to-mou, passando a ser apenas um desabafo do poeta. Ela, como obra literária perdeu a força e o interes-se das pessoas. Caiu na mesmice eterna, sem renovação consistente e com isto abriu a porta para a entra-da do concretismo. Este não deixa

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de ser uma arte bem válida e admi-rável, no entanto chamar uma gra-vura de poesia é algo inquietante e partindo disto eu comecei a cogitar novas formas de escrita que pudes-sem valorizar o texto. Assim sur-giu esta forma estranha de poetizar chamada Equacional.

Qual o diferencial deste estilo de poesia literária?Alda Inácio - O diferencial é astro-nômico. Chega a despertar em al-guns leitores o espanto, em outros o desprezo total e ainda em outros, admiração. Eu sinto que estes sen-timentos são típicos de tudo que é novo, principalmente novo em poe-sia e a princípio causou um choque nos poetas, porque ninguém mais esperava nada de novo na área. O diferencial na verdade é a constru-ção do poema que junta três blocos de poemas distintos, unidos pelo título, e os três juntos formam um poema. A construção de um poema equacional é feita em três modelos diferentes, que dão ideia de uma equação. Fórmula número um: (a+b+c). Fórmula número dois: a sobre b+c. Fórmula número três: a+b sobre c. Acrescenta-se a isto o aspecto lúdico que é a brincadeira

possível com o texto. Você pode trocar de lugar os blocos de poemas sem abandonar o tema. Tudo se en-caixa e o resultado é divertido.

Que dicas você dá a quem esta querendo escrever poemas Tripti-cos Equacionais?Alda Inácio - É um prazer muito grande pensar que novos poetas es-creverão poemas equacionais. Isto me emociona e o que tenho a dizer a eles é que primam pela erudição máxima, melhorem o conteúdo, porque eu dei apenas algumas pin-celadas iniciais. Como dica eu diria: pensem numa forma dialética da poesia. Juntem assuntos diferentes no mesmo tema. Misturem tudo isto e joguem com o resultado. É delicioso.

Além de “Poema Tríptico Equa-cional” você tem publicado o livro “A Vida na Bélgica” este livro é uma autobiografia? Conte-nos um pouco sobre esta obra literária?Alda Inácio - A vida na Bélgica foi publicação única. Inicialmente eu criei o site com o mesmo nome, que é referência na Internet para quem pretende viver na Europa, princi-palmente na Bélgica. Ali eu vivi 12

anos e 5 meses. Deixei um cargo de diretora de escola no Brasil e fui me aventurar em busca de uma nova cultura, nova língua, no caso a lín-gua francesa e fui ganhar dinheiro. Só que eu não contava com as mil e uma dificuldade que iria passar naquele país. O resultado está no li-vro autobiográfico que fala de tudo que se passa na Bélgica com os ile-gais que moram no país. Falo de deportação, minha filha foi depor-tada, falo de casamento de brasilei-ros com belgas. Outra filha minha casou com belga. O livro traz um texto light, engraçado; eu optei por deixar as dores nas entrelinhas, só para leitores sensíveis compreende-rem. Não deixou de ser um desafio que eu superei, fui, vi, lutei, venci e quero morrer no Brasil, onde moro hoje.

Onde podemos comprar os seus livros? Alda Inácio - Para comprar meus livros e ler alguns capítulos visite o site da Perse Editora, os links mos-tro: Link do livro A vida na Bélgica: http://www.perse.com.br/novo-projetoperse/WF2_BookDetails.aspx?filesFolder=N1358540379046Link do livro Poema Tríptico Equa-cional: http://www.perse.com.br/no-

Podes nos apresentar um exemplo desta inovadora escrita literária?

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voprojetoperse/WF2_BookDetails.aspx?filesFolder=N1453092203917Meu e-mail: [email protected]

Quais os seus principais objetivos como escritora?Alda Inácio - Como objetivo, eu pretendo fazer palestras nas uni-versidades, a começar pela minha cidade, logo após o carnaval/2016, mostrando o que é Poema Equacio-nal. Estarei também onde me cha-marem. Coloco-me à disposição. Outros objetivos é continuar crian-do, talvez nesta área equacional. Quem sabe um livro infantil, mas ainda está no esboço inicial. Minha dedicação a 4 sites ocupa um tempo enorme. Divido os interesse criati-vos no site da Bélgica, onde publico notícias daquele país, é meu site de maior número de visitantes. Outro de grande movimento, criei e escre-vo quase diariamente nele é o Fu-turo do livro, onde publico concur-sos de literatura e agora o site novo Poesia Equacional que é num portal de literatura.

Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom co-nhecer melhor “Poema Tríptico Equacional” da autora Alda Iná-cio. Agradecemos sua participa-ção no projeto Divulga Escritor. Que mensagem você deixa para nossos leitores?Alda Inácio - Tudo vale a pena se alma não é pequena, já dizia Pessoa. Aos leitores, obrigada pela paciên-cia de ler estas linhas, aos escritores: venham participar deste site Divul-ga Escritor que traz uma proposta muito boa, unindo Brasil e Portu-gal. Contatos da autora: Página do livro – www.poesia-equacional.comBlog – http://o-futuro-do-livro.blo-gspot.com.br log – http://a-vida--na-belgica.blogspot.com.br

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Muitas pessoas vivem cercadas por muros, sejam eles imaginários ou não, trancafiadas em conceitos e preconceitos. Criam, dessa forma, um mundo restrito, e as mudanças sempre ficam de lado, esbarram no muro da incompatibilidade. Esta-cionam, não aceitam o novo, não questionam, não trabalham para que o muro imaginário caia.

Uma família procurou-me para que visitasse seu filho de 22 anos que há dois anos vivia trancado, isolado num quarto. O motivo? Ele sente vergonha de mostrar a boca, vergonha de sorrir, alega ter uma grande cicatriz no rosto. A mãe acredita que ele esteja com câncer, mas nunca se dispôs a examinar a boca do filho, acomodou-se diante de tais circunstâncias, após algum tempo, resolveu procurar ajuda.

Numa tarde, fui visitar a famí-lia, confesso que já esperava pelo pior, pois o relato da mãe do jovem não era nada animador. Chegando lá, encontrei a humilde família à minha espera na sala; fui conduzido até o final de um corredor onde en-contrei um quarto no qual descan-sava um jovem enfermo. Fui apre-sentado pela mãe, que nos deixou a sós a conversarmos informalmente, tentei levar uma conversa amigável, lutei para conquistar a sua confian-ça em tão pouco tempo.

Escritor Amilton Costa

Participação especial

Ele não me encarava. De lado, com a mão no rosto, como se algo pavoroso estivesse na sua boca. Conversando, explicou-me que não gostava do rosto, se achava magro, feio, que o rosto crescera muito. -”Tenho vergonha do meu rosto”, disse ele repetidas vezes.

Ouvi tudo em silêncio. Expli-quei-lhe que estava ali como amigo, para ajudá-lo, mas só conseguiria ajudá-lo se ele me mostrasse o ros-to, e a boca. Perguntei se poderia ir ao consultório, a resposta veio rápi-do, um “não” enfático e explicado pela vergonha de se expor.

Contou-me que só saía de casa à noite, depois que todos estivessem dormindo, e as ruas vazias. Sim-plesmente um solitário trancafiado num mundo cheio de bloqueios, que precisa de apoio, de amigos, de ajuda.

Depois de muito conversar, concordou em mostrar-me a boca. Eu já ansioso, procurava mostrar calma, já esperava realmente en-contrar um rosto deformado.

Ele levantou, acendeu a luz do quarto, virou-se, retirou a mão da boca e ficou na minha frente. Abso-lutamente normal, nenhuma lesão, nada fisicamente. Psicologicamente ele precisa de ajuda, precisa de tra-tamento.

Como na equipe da qual traba-

lho não dispõe de psicólogo, o rapaz foi referenciado para atendimento com psicólogo noutra equipe.

A família também precisa de orientação, daí a importância de um trabalho interdisciplinar onde entram Assistente Social, Psicólo-go etc.

Os pacientes devem ser trata-dos como pessoas, seres humanos, que têm sonhos, medos, tristezas, alegrias, e não por números, senhas ou tipo de doença.

Tenho vergonha do meu rosto

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ENTREVISTA

Escritor Antônio Guedes AlcoforadoAntônio Guedes Alcoforado nasceu em Oeiras, Piauí, Brasil, em 1968. Bacharel em Direito, atua como bancário. Em 2015 iniciou escrita em contos literários. É vencedor do Primeiro Concurso Machado de Assis da Academia Bauruense de Letras em 2015, com o conto Natal com a Escrava Esperança Garcia. O conto A Casa da Mãe Joana é destaque no Panorama Literário Brasileiro com uma das melhores obras do ano editorial 2014/2015 registrado pelo 1º Colegiado de Escritores Brasileiros, órgão executivo da Litteraria Academiae Lima Barreto, no Rio de Janeiro. Participa emantologias de contos no Chile, Uruguai, Argentina, Portugal e Brasil.

Boa leitura!

Cada palavra que saia vinha pranto. Na realidade todo o livro é uma homenagem ao meu filho Marco Antônio.”

Fonte: Assessoria do autor Antônio Guedes Alcoforado

Autor Antônio Guedes Alcofora-do é um prazer contarmos com sua participação em nossas pá-ginas conte-nos o que levou a ter gosto pela escrita literária? AGA - Desde jovem tenha o lado

leitor aflorado, eclético na leitu-ra. Revistas, biografias, romances, enfim um leque variado. Os livros marcantes: Meu Destino é Pecar de Nelson Rodrigues e 1968 - O ano que não terminou de Zuenir Ventu-ra. Biografias que agradaram: Quase Tudo de Danusa Leão e Garrincha, A Estrela Solitária de Ruy Castro.

Em que momento pensou em es-crever “Um Marco em Minha Vida”? AGA - A minha escrita sempre foi intimista. Sou Bacharel em Direito e desde os dezoito anos de idade trabalho como bancário. Adoeci em 2013. Ninguém adoece por que quer. É devastador o desânimo e a

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desesperança. Ainda presentes pela Síndrome de Burnout, algo como estresse crônico. Em 2014 meu filho faleceu trágica e precocemente aos dezessete anos. (pausa) Toda minha história literária se iniciou em 2015, final do ano. Por sugestão de duas sobrinhas, no segundo semestre de 2015, comecei a escrever e a parti-cipar de antologias no Brasil. Não parei mais. Escrevo para amenizar os efeitos da Síndrome e do luto que sei ser eterno. Hoje são 21 partici-pações em antologias no Uruguai,

Chile, Argentina, Portugal e Brasil. Reuni os contos de várias partici-pações e lancei o livro Um Marco em Minha Vida onde acrescentei os contos premiados.

Quais prêmios? AGA - O conto Natal com a Es-crava Esperança Garcia, que abre o livro Um Marco em Minha Vida é baseado livremente na história real de uma petição encontrada em Lisboa onde uma escrava do sécu-lo XVIII escreve ao Presidente da

Província do Piauí (provavelmente único documento escrito e registra-do por uma escrava). É Ganhador do Primeiro Prêmio Machado de Assis da Academia de Letras Bau-ruense de Letras. O conto A Casa da Mãe Joana é destaque no Pano-rama Literário Brasileiro com uma das melhores obras do ano editorial 2014/2015 pelo 1º Colegiado de Es-critores Brasileiros, órgão executivo da Litteraria Academiae Lima Bar-reto, no Rio de Janeiro. Obra fictícia escrita com expressões populares.

Quais os desafios para escrever “Um Marco em Minha Vida”? AGA - O principal desafio foi reler as histórias. O conto Dezessete por exemplo. Não consigo reler. Emo-ciona muito. O choro vem compul-sivamente. E assim também foi a escrita. Cada palavra que saia vinha pranto. Na realidade todo o livro é uma homenagem ao meu filho Marco Antônio.

Você é idealizador da antologia Deitado em Berço Esplêndido. Conte-nos um pouco sobre objeti-vos e temas abordados nos textos que a compõem? AGA - Deitado eternamente em berço esplêndido é o trecho do Hino Nacional do Brasil e expressão popular para designar os corruptos que, de geração em geração (eterna-mente) dispõe do seu país (berço) para enriquecer-se desavergonha-damente. O objetivo foi reunir ta-lentos da Literatura Lusófona, sobre o tema corrupção. Somos o povo da revolta pacífica e silenciosa. Nessa obra temos o encontro das cidades homônimas, Oeiras, separadas pelo Oceano Atlântico e unidas pela lu-sofonia. Textos escritos com quali-dade, integridade, transparência e respeito que o tema requer.

Também escreveu o livro Morcego em Exibição. De que se trata? AGA - Também de contos. É um li-vro de bolso. Histórias com mesmo

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personagem, o serial killer que mata suas vítimas em veículos sobre ro-das. Cada história com um veículo diferente: moto, quadriciclo, carros, etc. E como um psicopata, ao final, ele se exibe. É morcego porque ele mata/atua na noite.

Quem desejar adquirir seus livros como deve proceder? AGA - Todos os meus livros são escritos de forma independente. Assim como os artistas da música que hoje gravam e lançam na inter-net de forma independente. Eu sou o autor e também editor, diagra-mador, etc. Depois publico no site www.clubedeautores.com.br, que os imprime por encomenda. Tem tam-bém o canal alternativo que é fazer a encomenda direto a mim por e--mail [email protected]

Quais seus principais objetivos como autor? AGA - É continuar a me expressar através da escrita. É escrever. Tam-bém unir-nos, autores brasileiros e os demais lusófonos.

O que mais lhe encanta na área li-terária? AGA - É o processo de criação. Criar a situação e surpreender o lei-tor com um final único.

Quais as melhorias que você cita-ria no mercado literário no Brasil? AGA - Apesar de tudo que dizem contra, eu acredito nesse mercado. Há poucos concursos literários. Há poucas editoras fazendo anto-logias. Nichos a serem explorados. Há oportunidade de crescimento. Apesar de poucas, as livrarias vivem

cheias de gente. Então há mercado.

Chegamos ao final da entrevista. Foi bom conhecer melhor o autor Antônio Guedes Alcoforado. Dei-xe uma mensagem aos autores e aos seus leitores. AGA - Aos autores e leitores, leiam muito. Se interessem. Busquem e enfrentem os desafios da escrita. Há mercado para todos os gostos. Criem. Mais informações no site: http://antoniogalcoforado.wix.com/aga-autor

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Leo Vieira é escritor acadêmico em várias Academias e Associações Literárias; ator; professor; Comendador; Capelão e Doutor em Teologia e Literatura. [email protected]

O Escritor no Marketing

MERCADO LITERÁRIO

Promoções, ofertas, sorteios, contatos, pesquisa de mercado, negociação com livrarias, ne-gociação com gráficas, tramita-ções a fim de evitar terceirização (onde se acaba gastando mais), tudo isso é essencial para que as despesas sejam reduzidas, além de desenvolver mais o rumo da

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carreira do escritor e blogueiro. Inclusive, muitas propostas de trabalho surgem aos profissio-nais que “saem da toca”. Nunca em uma época de inclusão digital se pudesse aprender tanto através da praticidade de um smartfone ou do conforto a casa, em frente a um computador.

Entendemos que pode apare-cer alguma indisposição em ter que aprender mais e fazer coisas que não nos competiria, mas devemos sempre pensar que “quem quer dá um jeito e quem não quer, dá uma desculpa”.

O conselho desta vez é: use o que tem e faça a diferença.

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ENTREVISTA

Carol Bonacim é formada em Direito pela Universidade de Ribeirão Preto, e há dois anos, iniciou sua carreira como escritora, ao redigir a primeira obra “Operação Arcádia”, um romance-policial narrado em quatro etapas, e que promete surpreender o leitor com a similitude da atual realidade política, social e econômica brasileira, sem, contudo, perder o encanto e o charme de um lindo conto de amor vivenciado pelos protagonistas.Casada e amante da prática de esportes, ela divide o tempo entre se dedicar à escrita e à leitura de obras literárias, assim como à corrida de rua e ao boxe. Redigida de forma ímpar, “Operação Arcádia” promete arrancar o fôlego de quem aprecia uma eletrizante trama de ação, uma hilariante comédia, e uma inesquecível história de amor.

Boa leitura!

É costume no Brasil que toda operação das policias judiciárias seja agraciada com um nome específico, algo que se amolde aos fatos e aos personagens investigados.”

Escritora Carol Bonacim

Por Shirley M. Cavalcante (SMC)

Escritora Carol Bonacim, é um prazer contarmos com a sua par-ticipação no projeto Divulga Es-critor, conte-nos em que momen-to pensou em escrever o seu livro “Operação Arcádia”?Carol Bonacim - A priori gostaria de salientar que sempre fui apaixona-da pela sexta arte; ler e escrever faz

parte da minha rotina desde a ado-lescência, contudo, a falta de oportu-nidade (leia-se dinheiro e tempo) me impediu, por alguns anos, de seguir adiante e concretizar um sonho de menina: publicar um livro. Operação Arcádia surgiu numa época bastante conturbada para mim, pois passava por uma profunda crise profissional e pessoal. Naquele tempo também, (2013), fiquei bastante indignada

com a situação social do Brasil (e ain-da continuo), devido à atitude deso-nesta e corrupta de uma parcela dos governantes, pelo descaso com a lei, e pela presença maciça do fantasma da impunidade. Diante deste quadro, encontrei na escrita um jeito de ex-travasar todos os meus sentimentos, sensações e impressões sobre o atual drama nacional vivido e presenciado por todos nós, brasileiros.

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Quais os fatores determinantes para construção do enredo que compõe a obra?Carol Bonacim - Os fatores são muitos, incluindo experiências pessoais, vivências profissionais, o olhar crítico sobre a sociedade a qual pertenço, os costumes e valo-res adotados por uma nação. Quan-do comecei a redigir o livro 1 (o pu-blicado), presenciei o Brasil acordar de um sono profundo; a população despertou para questionar os man-dos e desmandos da atual políti-ca de governo. Alguns integrantes dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário foram tomados pelo senso de imoralidade e ilegalidade (não estou generalizando!), o que culminou numa nação decadente, corrupta e leviana. Assim, os cida-dãos começaram a ir para as ruas protestar, reivindicar seus direitos e exigir melhorias sociais das nossas autoridades; foi neste contexto que meu ego guerreiro aflorou, e resol-vi “botar a boca no trombone”, e o fiz escrevendo: montei uma história fictícia, porém, bastante coerente com a nossa realidade, e imbuí nela uma roupagem romântica, bem como aproveitei para desbravar, por meio de palavras, a ira de toda na-ção brasileira.

Por que estes fatores foram deter-minantes?Carol Bonacim - Porque senti ne-cessidade de agir; vi que precisa-va fazer algo de aproveitável para ajudar a alertar o que acontece no nosso país, mesmo que tal alarde se manifestasse por meio de um romance-policial. Infelizmente, no Brasil, são poucos os cidadãos que têm acesso a um ensino de quali-dade, e que chegam a cursar uma universidade. Dá para contar nos dedos, (sentido figurado) as pessoas que possuem opinião própria, que são críticas quanto aos seus direi-tos e deveres, que possuem visão de mundo, e busquem soluções para dirimir os problemas que afligem o país. A intenção desta autora é cha-

mar os leitores para um debate, um dedo de prosa, e comparti-lhar com eles uma área do saber que é pouco divulgada e difundi-da em nosso território: a noção de política, economia, legislação, política social, instituições demo-cráticas e governabilidade, tudo isso de uma forma bem simplis-ta, sendo, contudo, o suficiente para ensejar questionamentos tais como: Será que meu voto va-leu a pena? Onde estão usando o dinheiro dos impostos que eu pago? A lei está sendo aplicada para todos?

O livro esta dividido em quatro etapas, podes nos contar um pouco sobre esta divisão?Carol Bonacim - A narrativa é bastante extensa; relato a saga da delegada federal Diana Tole-do na condução de um inquéri-to que apura o envolvimento de pessoas muito influentes, endi-nheiradas e detentoras de poder, numa organização internacional de tráfico de drogas e armas. No decorrer da ação, a delegada faz descobertas reveladoras do maior esquema criminoso e corrupto conhecido no Brasil; ela toma ci-ência de como é feito o transpor-te dos ilícitos, rastreia o caminho do dinheiro, identifica os envolvi-dos, ou seja, toda a estrutura desta mega quadrilha de criminosos é desarticulada ao longo dos quatro volumes, e durante esta eletrizante trama policial, Diana acaba se en-volvendo com um rico empresário espanhol que, indiretamente, acaba mudando o curso da maior opera-ção policial já deflagrada no Brasil.

Como foi a escolha do Título?Carol Bonacim - É costume no Bra-sil que toda operação das policias judiciárias seja agraciada com um nome específico, algo que se amolde aos fatos e aos personagens investi-gados. Como o desenrolar da nar-rativa acontece em virtude de uma investigação, pensei ser genuíno

intitular a obra com um nome que remetesse à articulação investigati-va em comento. Daí surgiu a ideia de acrescentar à grafia “Operação” a palavra “Arcádia”, vocábulo este que nos remete a uma região situ-ada na península do Peloponeso, ao sul da Grécia. O nome dado a esta cidade-antiga se refere ao semideus Arcas, filho de Zeus e da ninfa Ca-listo. Na mitologia grega, Arcádia era a morada do deus Pã, deus da natureza e padroeiro dos pastores. O mito desta lendária pólis está im-presso na literatura, como uma área de paisagem idílica e fértil, povoada de pastores, donzelas ingênuas, de poesia e de música, onde a forma simples de viver a vida é praticada

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pelos habitantes. No livro de minha autoria há a descrição de uma vila de pescadores si-tuada ao sul do Estado do Rio de Janeiro, onde se pratica essa mesma forma singela de exis-tência. Além disso, é nesta paradisíaca ilha que os protagonistas descobrem o verdadei-ro sentimento que os unem, em meio a fortes emoções e revelações que serão colocadas à prova.

O que mais a encanta em “Operação Arcá-dia”?Carol Bonacim - Mo-déstia à parte, penso que toda a trama se mostra envolvente; prende a atenção dos leitores e os leva para uma viagem única e inesquecível. O tex-to foi elaborado com uma linguagem de fá-cil compreensão, car-regado de expressões idiomáticas e trejei-tos criados no dia a

dia. Abuso de anedotas regionais e até uso sentenças com palavras de baixo calão, tudo com o fim de aproximar o contexto vivido pelos personagens ao nosso cotidiano. A leitura cativa as pessoas, as fazem correlacionar a obra de ficção com a realidade mostrada na TV, nos jor-nais e rádios; todos se surpreendem com a similitude de acontecimen-tos, e acabam compreendendo, com bastante facilidade, um tema com-plexo que inclui procedimento de investigação policial, o universo do crime e a legislação vigente, e ainda perdem o fôlego com um romance incandescente e apaixonante viven-ciado pelos protagonistas da série.

Onde podemos comprar o seu li-vro?Carol Bonacim - Os exemplares poderão ser adquiridos através do site da Editora Chiado Internacio-nal (www.chiadoeditora.com), da Livraria Cultura (www.livrariacul-tura.com.br), através do meu e-mail ([email protected]), pelo meu perfil no Facebook (www.face-book.com/caroline.oliveirasouza) e por intermédio do Blog (carolbona-cim.blogpost.com.br ). O valor de venda é de R$ 44,00, e a comercialização dos livros dá-se no Brasil, Portugal, Cabo Verde e Angola. Gostaria de informar aos leitores e amigos que os livros ad-quiridos através do e-mail, da pági-na no Facebook e pelo Blog sairão com autógrafos exclusivos.

Quais os principais objetivos da autora Carol Bonacim?Carol Bonacim - Digo que sou fissurada em ler e escrever; meu cotidiano é pautado em meio às le-tras e frases. Sou viciada em livros, dos mais diversos tipos e gêneros, porque levo comigo uma máxima: “Conhecimento nunca é demais.”. Pretendo expandir minha singela e humilde área do saber, e continuar divulgando minhas ideias e ideais; compartilhar uma circunstância vi-vida, trocar receitas de como apro-veitar a vida, praticar a ideologia “fazer o bem sem olhar a quem”, pesquisar muito, estudar bastante, enfim, meu sonho é continuar es-crevendo, e escrevendo com vee-mência, se Deus me permitir. Acredito que tenho um dom, o dom da escrita, e tal privilégio não pode ficar restrito tão somente à minha persona, mas sim deve ser difundi-do e compartilhado com todos os leitores e amigos que possuo, como também àqueles, que um dia, terei o prazer e a honra de conquistar.

Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom co-nhecer melhor a escritora Carol Bonacim. Agradecemos sua par-

ticipação no projeto Divulga Es-critor. Que mensagem você deixa para nossos leitores?Carol Bonacim - Gostaria de fazer minha parte no tocante ao incenti-vo à leitura, fomentar a educação, a diversificação cultural e a busca pelo saber. A ideia é fazer com que meus textos cheguem a todas as pessoas, de todos os graus e níveis de instrução. A obra Operação Arcádia, assim como todas as outras de minha au-toria são construídas com uma lin-guagem simples, rotineira e de alta percepção, justamente porque, o intuito desta autora é levar a prática da leitura e a busca pela cultura ao maior número possível de pessoas, e dizer que a leitura pode mudar uma vida, uma forma de pensar, de compreender os fatos, e pode trans-formar a visão sobre o mundo.Aproveito o momento para agrade-cer pela oportunidade de participar desta renomada revista literária, bem como gostaria de parabenizar a equipe SMC pelo fomento à leitura e à educação. Aos amigos que qui-serem bater um papo, trocar uma ideia ou experiências, deixo aqui meus contatos: e-mail: [email protected], Facebook: www.fa-cebook.com/caroline.oliveirasouza, e o endereço do meu Blog: carol-bonacim.blogpost.com.br. Muito obrigada a todos e tenham um ano eivado de boas leituras e ideias!!

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A mulher contemporânea apesar da evolução femi-nina e de várias conquis-tas alcançadas, mesmo

assim, ainda, na atualidade conti-nua sendo considerada um objeto por alguns segmentos da sociedade que, em algumas das vezes, passí-vel de várias formas de violência e, condicionada ao silêncio extrema-do para não se expor ou excluir-se de um determinado grupo social.

A violência contra a mulher é qualquer ação ou omissão de modo discriminatório, agressivo e coer-citivo pela vítima ser mulher, cau-sando-lhe dano, morte, constrangi-mento, limitação, sofrimento físico, sexual, moral, psicológico, social, político ou econômico, bem como perda patrimonial. Essa violência pode acontecer tanto em espaços públicos ou privados (AURÉLIO, 2005).

No ano de 1916, o Código Ci-vil Brasileiro considerou a mulher casada como, um ser, relativamen-te incapaz, determinando à esposa a obrigação de solicitar do marido autorização à prática dos atos na vida civil, como trabalhar, gerir e dispor dos seus bens. Apenas em 1961 foi modificada a legislação que igualava as mulheres aos ín-

Escritora Fabiana Juvêncio

Participação especial

A violência feminina: ação ou omissão discriminatória

dios, crianças e doentes mentais. Em 1962, com a edição do Estatuto da Mulher Casada, ela deixou de ser considerada incapaz e dependente do marido. Apesar da nova legis-lação permitir às mulheres dispor livremente de seus bens, na prática o homem ainda mantinha um rígi-do poder sobre as propriedades em comum (Oliveira, 2015). Ademais no início do século XXI que pode ser observado um tímido avanço na legislação brasileira com a promul-gação das primeiras leis que coíbem a violência doméstica contra a mu-lher, diante de uma discreta mani-festação da sociedade pelo descon-tentamento com o atual quadro de violência conforme o mesmo autor.

Já Morgado que descreve o comportamento e o sofrimento da mulher:

“A mulher é sucessivamente violentada desde cedo pela imposição dos papéis sociais; desde a mais tenra idade é treinada para submeter-se a padrões impostos no decorrer dos séculos por uma autorida-de machista; violenta a si mes-ma assumindo estes padrões sem exercer o direito de criti-car e sem se conceder o direito de ser pessoa, com igualdade

de direitos e oportunidades concedidas ao macho da es-pécie” (MORGADO, Op. cit. p.13).Há uma inquietação men-surável quanto ao índice de violência na mulher praticada pelo homem, dos seus agen-tes causadores e contra quem ele comete, contra o homem, o meio ambiente. No entanto, não há uma preocupação pela violência contra a mulher: a violência dos usos e costu-mes, da imposição dos papéis sociais rígidos, a violência da mulher contra a mulher mais frágil, a violência da mulher contra si, fazendo com que ela aceite sem criticar o que lhe é imposto, relegando seus direi-tos e deveres de pessoa ainda conforme Morgado.

Instituída a Lei 11.340/2006, Lei Maria da Penha surgiu no an-seio de revelar este problema, tirou dos moldes da violência comum, a praticada contra a mulher no seu ambiente doméstico, familiar ou de intimidade, um estatuto para socorrer essas vítimas, não somen-te de caráter repressivo, sobretudo, preventivo e assistencial, na pro-

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moção de mecanismos para coibir esta agressão (CUNHA, p.20). A Lei Maria da Penha veio para coibir e prevenir essa violência. Protege mulher, independe da orientação sexual dos envolvidos, tanto numa relação heterossexual, contra o ho-mem agressor, o filho, o irmão, po-dendo a mulher na qualidade de companheira de outra figurar tam-bém como sujeito ativo. Surge uma nova concepção de família que se define pelo vínculo de afetividade, como manifesta Eliana J. M. Ferrei-ra: “a família modernamente conce-bida tem origem plural e se revela como núcleo de afeto no qual o ci-dadão se realiza e vive em busca da própria felicidade” (SOUZA, p.13).

Concomitantemente, com o surgimento de novos direitos, no-vas relações e novas realidades re-portam a interpretação sociológica da norma “com esse espírito, de-sarmado, despido de preconceitos, livre de fetichismos e atento à rea-lidade que o cerca, que deve o in-térprete, em nosso entendimento, enfrentar os desafios propostos pela lei” (http://www.saraivajur.com.br). Com o mesmo propósito Cunha e Pinto argumentam o conhecimento do Ministro Silvio de Figueiredo do Superior Tribunal de Justiça expres-so na jurisprudência RSTJ, 129/364, que a vida é mais rica que nossas teorias. Destacou-se as palavras do De Page, que o juiz não pode que-dar-se surdo às exigências do real e da vida. Sendo o direito uma norma essencialmente viva, destinado a re-ger homens e termina firmando que a interpretação das leis não deve ser formal, mas sim, real, humana, so-cialmente útil (Idem, ibidem, p.27).

Vários doutrinadores como Rogério Sanches Cunha, Ronaldo Batista Pinto, Sérgio Ricardo de

Souza, Alexandre de Matos Guedes, Vitor Frederico Kümpel, norteiam--se nessa corrente e Maria Berenice Dias conclui com:

“Justificativas não faltam para que as mulheres recebam atenção diferenciada. O modelo conserva-dor da sociedade coloca a mulher em situação de inferioridade e sub-missão tornando-a vítima de vio-lência masculina. Ainda que os ho-mens também possam ser vítimas de violência doméstica, tais fatos não decorrem de razões de ordem social e cultural. Por isso se fazem necessárias equalizações para meio de discriminações positivas, medi-das compensatórias que visam re-mediar as desvantagens históricas, consequências de um passado dis-criminatório. ” (DIAS, p.56).

Vislumbramos que, a Lei Maria da Penha foi instituída como um fundamento protetivo para todas as mulheres brasileiras, independente de fatores socioeconômico, aten-dendo aos princípios da igualdade, da dignidade da pessoa humana, da proteção e da proporcionalida-de. Sabemos que, para sua eficácia se faz essencial a participação total da sociedade. Quanto Poder judici-ário, entendemos a necessidade de investimento na fundação efetiva em redes de atendimento as mulhe-res vítimas de violência, quanto ao atendimento proporcionado acre-ditamos que o mesmo deverá ser ofertado de uma maneira eficaz e; por profissionais capacitados, sa-pientes do ordenamento jurídico, ou na mais das vezes por operado-res do Direito ou futuro bacharéis, desta feita, por entendedores do âmbito jurídico para proporcionar um acolhimento favorável a mulher vitimada e um amparo legal a dor em questão.

REFERÊNCIASCUNHA, Rogério Sanches, PINTO, Ronaldo Batista. Violência Doméstica, p.20.DIAS, Maria Berenice. A Lei Maria da Penha na justiça, p.56DIAS, Maria Berenice. Vio-lência Doméstica e União Homossexual. Disponível em: <http://www.saraivajur.com.br>. Idem, ibidem, p.27.MORGADO, Belkis. Op. cit. p.13.OLIVEIRA, M.B. Especia-lista em Direito e Processo do Trabalho. Graduado em Direito pela UFMS.SOUZA, Sérgio Ricardo de. Comentários à Lei de Com-bate a Violência Contra a Mulher, p.13.

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Escritora Claudia Isadora Fer-nandes de Oliveira é um prazer contarmos com a sua participação no projeto Divulga Escritor. Você atua na área literária e teatral, conte-nos de que forma estas duas artes se apresentam em sua vida?Claúdia Oliveira - Elas se apresen-

ENTREVISTA

Sou gaúcha, nascida em Dom Pedrito, Rio Grande do Sul. Aos 23 anos vim para Guarulhos, pois tomei posse num cargo público em um órgão aqui da cidade. Me formei em Letras Português/Inglês. Fiz pós graduação em Língua Portuguesa. Frequentei diversos cursos na área das artes: escrita criativa, roteiro audiovisual, curso de formação cinematográfica, desenho de moda básico e atualmente sou aluna do curso de teatro. Além de escritora, sou cineasta e roteirista, trabalhei como diretora e roteirista, em parceira com outros colegas, no curta-metragem Necessidade Básica? (que fala sobre a saúde pública no Brasil). Atualmente ele está percorrendo os circuitos de Festivais e Mostras de Curta-Metragens nacionais. Recentemente, publiquei o livro A Verdade em Marcha pelo site PerSe. Mais duas obras literárias serão divulgadas em breve: Eu Fui um Soldado Nazista na Reencarnação Passada e Alatina, a genia moderna.

Boa leitura!

Me sensibilizou o fato e aguçou em mim a vontade de escrevê-lo romanceado, de acordo com o que eu acredito que deveria ter acontecido com ela.”

Escritora Claúdia Isadora F. de Oliveira

Por Shirley M. Cavalcante (SMC)tam de forma harmônica e com-plementar. Para um ator, escrever ajuda a alimentar a sua criatividade, que poderá ser usada em cena para criar personagens e aprofundá-los. Para um escritor, o teatro propicia uma libertação de suas amarras, pois é uma arte livre, sem precon-ceitos nem regras absolutas. Para

mim, essas duas artes são vitais.

Em que momento pensou em es-crever o seu livro “A Verdade em Marcha”? Claúdia Oliveira - Em 2013, ao saber da notícia de uma juíza que havia sido assassinada por uma quadrilha de policiais militares

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corruptos. Me sensibilizou o fato e aguçou em mim a vontade de escrevê-lo romanceado, de acordo com o que eu acredito que deveria ter acontecido com ela. Foi de uma certa forma uma catarse, o grito de uma catarse por uma sociedade jus-ta e evoluída.

Que temas você aborda nesta obra? Claúdia Oliveira - Corrupção, Jul-gamento, Questão social, violência, revolta, injustiça, esperança, fé e amor.

Como foi a escolha do Título? Claúdia Oliveira - Foi baseado no livro de Emile Zola: J’Accuse...! – A Verdade em Marcha. Devido os fa-tos no meu livro se desenrolarem de forma cadenciada, achei apropriado por esse titulo.

O que mais a encanta nesta obra? Claúdia Oliveira - A luta de uma mulher forte num ambiente inóspito.

Onde podemos comprar o seu li-vro? Claúdia Oliveira - Por enquanto, poderá ser encontrado nos sites: www.perse.com.br e www.clubedo-sautores.com.br

Soube que já temos novos livros a serem lançados, conte-nos um pouco sobre os seus novos proje-tos literários.Claúdia Oliveira - São dois títulos: 1- Eu fui um Soldado Nazista Na Reencarnação Passada, que trata de um grupo de amigos que marcam um encontro por meio de um even-to no Facebook para falar de suas lembranças de outra vida como soldado nazista. Num galpão aban-donado, vão se conhecendo e con-tando os insights que tiveram. Há um barulho de helicóptero se apro-ximando do local. Um integrante se desespera e acha que é a policia federal atrás dele, porque ele con-tinua nazista... 2- Alatina, a genia

moderna. Trata-se de um conto de uma família que sente a necessidade de chamar o gênio da lâmpada para responder a suas indagações. O ge-nio que sai do bule é, na verdade, uma genia, Alatina, e com ela vem junto seu criado Sheraspin. Surpre-sos, uma reviravolta acontece no lar com a chegada da esperta genia.

Com relação a peça de teatro da Escola Viva de Artes Cênicas de Guarulhos, conte-nos um pou-co sobre a peça, já tens os dias de apresentação? Quem desejar como deve fazer para assistir?Claúdia Oliveira - Trata-se de uma peça criada pelo diretor Clei-ton Pereira em colaboração com os alunos da V turma de teatro da Escola. Numa pós guerra, a ques-tão feminina é abordada: o corpo da mulher como campo de batalha, a mulher que não consegue enter-rar seu filho, a mulher oráculo, a mulher considerada puta pela so-ciedade, a mulher supostamente santa, entre tantos outros tópicos serão encenados nessa peça que terá sua estreia no dia 25 de mar-ço de 2016 no teatro Padre Bento. A peça será apresentada no sábado às 20 h e domingo às 19h. Para sa-ber mais informações, só acessar o link: https://www.facebook.com/groups/300352190011739/?fref=ts Como você vê o mercado literário Nacional? Claúdia Oliveira - Acredito que ele esteja passando por uma fase de cri-se, assim como os demais setores, devido a economia brasileira no momento atual estar cambaleante. Porém, é um mercado perene: a ne-cessidade de ler, do saber, de adqui-rir conhecimento, o prazer que isso acarreta é algo que suplanta qual-quer contratempo econômico.

Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom co-nhecer melhor a escritora Claudia Isadora Fernandes de Oliveira.

Agradecemos sua participação no projeto Divulga Escritor. Que mensagem você deixa para nossos leitores?Claúdia Oliveira - Eu gostaria que cada vez mais crescesse este desejo em seus corações: o de prestigiar a rica literatura nacional. Contatos da autora: https://www.facebook.com/claudinhaisadora/?fref=tsemail: [email protected]

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Escritor Ramalho Leite

UMA “VELHA SENHORA” JOVIAL

Participação especial

Era uma quinta-feira, 2 de fevereiro do ano de 1893, quando o Partido Republi-cano do Estado da Parahy-

ba fez circular a primeira edição de A União. Na capa, os editores pe-diam aos seus leitores, “o obsequio de devolvel-o á respectiva typogra-phia” no prazo de três dias. Não explicaram o motivo para essa res-tituição, mas o Walter Galvão, hoje diretor desta folha, acredita que se tratava de uma pesquisa para avaliar o alcance do periódico.

Na edição inaugural, o novo órgão de imprensa traçava o seu perfil, e se identificava como veí-culo político-partidário, disposto a defender a agremiação e seus inte-grantes. O jornal e o partido eram um só corpo e um só espírito. Por isso, se dirigiu ao publico leitor “não para anunciar qualquer nova trans-formação mas para configurar os motivos de sua origem, as formulas que condensaram os seus primeiros

pensamentos,suas aspirações, no começo vagas,depois francamente definidas e encorpadas aos carac-teres que dirigiam o movimento.A única modificação que lhe anun-ciamos, é a creação d´esta folha, poderoso meio externo da cohesão e disciplina partidária.Iremos á luz da imprensa, visitar os arrayaes de nossos amigos, e crear-lhes um cen-tro de intelligencia, e de conselho. Iremos a mesma luz prestar nossa decidida cooperação ao illustre ad-ministrador do estado, o exm.sr.dr. Alvaro Lopes Machado. O nosso apoio igualmente ilimitado, e sem nenhuma reserva extenderemos ao benemérito governo da União, e ao glorioso chefe da Republica, Sr. ma-rechal Floriano Peixoto”.

Da pia batismal aos dias de hoje, a linha editorial deste jornal perma-nece a mesma. Mudam os governos, mas sua fidelidade, jamais. A única mudança foi a oficialização dessa lealdade. Em determinado momen-

to, o jornal do Partido tornou-se o jornal do Governo. A União publi-caria além do noticiário palaciano, os atos emanados da administração pública. O Diário Oficial, em sepa-rado, é obra mais recente. O mode-lo serviu até para enriquecer nosso folclore político. Zé Américo, no Piancó, definiu o político Antonio Montenegro: “é mais fiel ao Gover-no que o chumbo do diário oficial”. Na minha irreverência já conhecida, prefiro dizer que A União “é o órgão mais independente que conheço: é do governo e não nega”.

No primeiro número do perió-dico, temos conhecimento de que, naquele ano de 1893 era Chefe de Polícia da Paraíba o dr. Antonio Ferreira Baltar; seu irmão, de nome Abílio Ferreira Baltar, nomeado Fis-cal, realiza a primeira extração da Loteria, à época, uma concessão particular entregue a um felizardo chamado Bernardino Lopes Alhei-ros. O primeiro delegado da Capital

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Escritor Ramalho Leite

UMA “VELHA SENHORA” JOVIAL

era Francisco Chateaubriand Ban-deira de Mello. O Assis, do mesmo sobrenome e criador dos Diários Associados, tinha, então, um ano de idade. Naqueles dias, por emissão de notas falsas, foram presos dois diretores de bancos nacionais; “as notas falsas do Banco Emissor de Pernambuco se distinguem pela im-perfeição do mau papel”; o ministro da Fazenda manda que se recebam as notas do Banco Emissor, tidas como verdadeiras, até que sejam substituídas pelo Banco da Repúbli-ca; é nomeado um novo diretor para o Banco da República, o Sr. Tomaz Coelho; o governador do Rio de Janeiro sanciona lei que transfere a sua Capital para a cidade de There-sópolis; morre a esposa do ministro da Guerra.

A denominação do jornal deve--se à união dos próceres dos velhos partidos, ao novo Partido Republi-cano comandado por Álvaro Ma-chado. “No intuito de justificar o

nome desta folha” foi relatada com detalhes a reunião de criação do novo partido realizada no Palácio do Governo, quando “duas ordens de cadeiras foram insuficientes para acomodar os convidados”. Foi desig-nada uma comissão provisória para comandá-lo, eleita, democratica-mente, entre os presentes ao evento.

O governador Álvaro Macha-do asseverou “que não tinha vindo a Paraíba se não para reconstruir o que fora demolido e por em or-dem o que fora desorganizado”. No campo partidário desejava juntar os bons elementos de outros partidos e “fundi-los em um só, compacto e disciplinado”. A votação, apurada entre outros por Artur Aquiles e Tomaz Mindelo, proclamou como escolhidos para a primeira diretoria do Partido Republicano os srs Diogo Sobrinho,Eugenio Toscano,Gama e Melo,Moreira Lima e José Evaristo, os mais votados.Os srs Targino Ne-ves e Cunha Lima, de Bananeiras e

Areia, respectivamente, ficaram na suplência juntamente com outros nomes de rua menos votados.

E encerra sua narrativa o jor-nal A União: “Servido em segui-da um agradável copo de cerveja, retiraram-se os convidados plena-mente satisfeitos, não só quanto ao cavalheirismo de trato do honrado governador, como em relação à pha-se de verdadeira actividade política, iniciada por tão solene reunião”. Es-tava fundado o Partido Republicano do Estado da Parahyba e o seu por-ta-voz, A União.

Esta semana A União entrou na era de informática, inaugurou sítio e um sistema on-line de envio de matéria para a publicação no Diário Oficial. A Velha Senhora de 123 anos está cada dia mais jovem e dinâmi-ca, sob o comando de uma equipe que se desdobra para oferecer seus melhores serviços à Parahyba do Norte. Parabéns !( Nas transcrições mantive a grafia da época)

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Escritor Giovane Santos é um pra-zer contarmos com a sua partici-pação no projeto Divulga Escritor, conte-nos em que momento pen-sou em escrever “Sua vida pode ser um Musical”?

ENTREVISTA

Escritor Giovane SantosGiovane da Silva Santos é mestre em Ciências da Literatura pela UFRJ. Romancista, roteirista e contista, leciona Literatura há 18 anos na rede estadual do Rio de Janeiro. Tem artigos na revista on-line Garrafas e cursou a Oficina de Roteiro para TV do roteirista Luiz Carlos Maciel nos anos 90. Escreveu matérias jornalísticas sobre comportamento e cultura na Folha Universitária da Universidade Castelo Branco. Possui cinco romances, ainda não publicados: Papo de Amigo, No rastro das estrelas, Os cinco sentidos do amor, Labo B, Clarear e duas obras publicadas: o romance “Sua vida pode ser um musical”, lançado na XVII Bienal Internacional do Livro no Rio e o livro de contos “Em que esquina se esconde essa tal felicidade?” pela editora Multifoco. Administra o blog Oceano de Histórias.

Boa leitura!

Temas como regressão de memória, sensitividade e as novas chances que nos damos, a partir da auto superação que a dança proporciona, se entrelaçam numa narrativa veloz como a coreografia de uma peça musical.”

Por Shirley M. Cavalcante (SMC) Giovane Santos - Cada um de nós tem uma trilha sonora, um ritmo próprio de caminhar no mundo. Alguns se reduzem a uma existên-cia puramente orgânica, onde nada mais resta que satisfazer necessi-dades instintivas. Outros almejam fazer a diferença para diminuir o cinza acentuado com que pintamos

a história humana. “Sua vida pode ser um Musical” desenhou-se a par-tir do desejo de contar como as pes-soas mais díspares, loucas e opostas possíveis podem revitalizar suas existências e daqueles a sua volta com a magia de seus pés alados. Daí surgiu a história de Caíque Montei-ro, a celebridade dos musicais, que

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se escondeu no anonimato do fun-cionalismo público e num golpe do destino se vê intimado a transfor-mar a vida de desconhecidos num musical.

Quais os principais temas aborda-dos nesta obra?Giovane Santos - “Sua vida pode ser um musical” é uma comédia romântica. Com uma abordagem bem-humorada, trata do questio-namento de qual é nosso papel num mundo veloz e fragmentado,

onde podemos sempre nos doar mais do que pensamos. Uma apos-ta entre uma sexagenária bailarina cadeirante e Caíque, seu sobrinho desistente da ribalta, detona todas as loucuras possíveis para nosso protagonista provar que ainda tem ‘pés frenéticos’. Só que para isto ele precisa descobrir a origem de seu trauma com os palcos em vidas passadas. Temas como regressão de memória, sensitividade e as novas chances que nos damos, a partir da auto superação que a dança propor-

ciona, se entrelaçam numa narrati-va veloz como a coreografia de uma peça musical.

O que mais o encanta no livro “Sua vida pode ser um musical”?Giovane Santos - A leveza no trata-mento de temas que facilmente po-deriam descambar para um drama meloso. Todas as personagens apre-sentam uma complexidade de dra-mas que poderiam apontar como solução a tragédia piegas. Porém construí-los com uma dose extra de humor torna suas trajetórias e desa-fios mais encantadores. Um bom-beiro prestes a ser abandonado pela esposa, um ogro ambulante carente de cavalheirismo, uma faxineira que sonha brilhar nas danceterias, uma maratonista judeu embromador, quatro jovens professores idealis-tas engajados em um projeto social e um aposentado ator de musicais cutucado em seus brios. Essa mis-tura explosiva é palco de conflitos e soluções inusitadas.

Quais os principais desafios para escrita desta obra literária? De que forma estes desafios foram su-perados? Giovane Santos - Conhecer mais sobre o universo dos musicais na-cionais e hollywoodianos do qual só sabia superficialmente. Pesquisar os temas que fogem de nossa zona de conforto é imprescindível para dar veracidade a escrita. A terminologia dos passos da dança, por exemplo, era fundamental para pensar com a cabeça de um dançarino. Assistir aos filmes musicais mais popula-res para citar com precisão o delí-rio que o protagonista vivencia em determinado momento do enredo. Compreender o desenho de uma família judaica ortodoxa mesmo que esse tema não seja aprofunda-do. Mergulhar na história dos mo-vimentos culturais que perpassam um século de existência do clã do protagonista da narrativa, assim como os principais fatos históricos para sua viagem no tempo para as

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décadas de 20 e 60 do século XX. Somente esmiuçando esses tópicos, podemos dar o colorido necessário ao esqueleto de uma trama.

Escritor Giovane Santos, nos con-te, como sua vida pode ser um musical?Giovane Santos - Fazer da vida um musical é optar por não se acomo-dar aquele sofázinho ensebado em que nosso corpo se amolda te tanto frequentar. É sair da zona de con-forto e entre o derrotismo fácil e o mergulho em nosso lado solar, es-colher a segunda opção. Na atual crise de valores em que vivemos, cercado pela lama de desastres po-líticos e sociais, muitos dirão que isto é uma quimera. Lógico que não sairemos sapateando pelas ruas ala-gadas pelo descaso governamental durante as chuvas de verão, muito menos dançaremos sobre os táxis e carros de passeio como os hippies de Miloš Forman em Hair. Pode-ríamos ser confundidos com black blocs nos dias atuais. Mas acreditar que podemos ser o diferencial em nossas áreas de atuação é uma for-ma de bailar com a vida também.

Onde podemos comprar o seu li-vro? Giovane Santos - http://www.per-se.com.br/novoprojetoperse/Livraria Maju no Parque Shopping Sulacap, zona oeste do Rio de Janei-ro - Blog http://oceanodehistorias.com/

Quais os seus principais objetivos como escritor?Giovane Santos - Falar do lado so-lar da existência humana, das no-vas chances que nos damos mes-mo imersos num mundo às vezes cinzento e dromológico. Tratar das nossas pequenas e grandes neuras modernas e também dos mistérios milenares que nos movem em nos-sas caminhadas: vida/morte, di-mensões paralelas, vidas passadas, poderes mediúnicos. Filosofar e

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prosear sobre nosso estar no mun-do. Tudo, porém, com o abordagem do humor que retira nossas másca-ras e nos desnuda diante do mundo como um espelho, que assusta, mas nos permite o passo adiante.

Como vê o mercado literário Na-cional?Giovane Santos - O mercado literá-rio, ao mesmo tempo que aposta em novos talentos, tateia com prudên-cia para abarcar os diversos nichos de públicos-leitores da atualidade, acostumados a uma perspectiva de vida veloz, dromológica, onde as te-máticas ventiladas pela estética do cinema e da tevê norteiam o inte-resse de leitura. Muitas editoras só apostam em autores indicados por agentes literários, com algum nome de peso relativo. Outras abrem pro-postas alternativas de divulgação de jovens autores. Contudo como o próprio nome diz é um mercado e o lucro fácil pesa, muitas vezes, mais do que a qualidade de uma obra. Um exemplo são as Bienais do Li-vro. Um equilíbrio entre a demanda financeira e a qualidade literária se-ria o ideal.

Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom co-nhecer melhor “Sua vida pode ser um musical” do autor Giovane Santos. Agradecemos sua partici-pação no projeto Divulga Escritor. Que mensagem você deixa para nossos leitores?Giovane Santos - As pessoas são como frascos musicais de estilos va-riados. Dependendo da frequência podem vibrar em harmonia conos-co ou provocar um ruído ensurde-cedor. É como se cada indivíduo tivesse uma trilha sonora interna, que regesse seu comportamento, seu jeito de ser e estar no mundo. Suingada como um reggae nos mais descolados, tempestivas nos de compasso heavy metal, delicadas naqueles de natureza clássica, quase valsas personificadas. O importan-

te é que nossos ruídos internos não desafinem o grande concerto do mundo. Contatos com o autorEmail: [email protected] http://oceanodehistorias.com/https://www.facebook.com/giova-ne.santos.16718

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QUEM SOU EU?Sou…Eu sei quem sou!...Mulher de afectos, a bem amada,uma faceta de mim,versátil, persuasiva e optimista,coração de criança, sim!

Feição dinâmica e empreendedora,não só pela recompensa do trabalho, que é arte,mas por aquilo em que ela me transforma.Na esperança que penhorei à felicidade,abraço os sonhos que figuram realidade.

Quem sou eu?Sou…Eu sei quem sou!...

No erro e na adversidade,granjeio as soluções,partilho as alegrias e vivo as emoções.Na defesa dos valores, encontro todo o meu ser,são os anos que me ensinam tantas coisas a vencer!...

Quem sou eu?Sou…Eu sei quem sou!...

É na senda dos sentimentos vivosE no mar da tranquilidade,Que retenho o mais distintos dos saberes,Cada lágrima me ensina uma verdade!O mais sublime dos feitos, eu sei, eu sei, eu sei bem!o presente inteligente, que a Inês me confere…sou mãe!

Escritora Noka

Participação especial

SIM, ÉS TU ZINHA!Trouxeste-me a ti, com todo o amor que tinhasEnsinaste-me e ensinas-me a engrandecer o meu euE a estender a bondade e o carinho aos demais, com quem me cruzoAfinal, dizes que tudo deve ser feito com amorE por isso acredito ser a representação viva do melhor que há em tiSei que sou o teu sol, porque assim me fazes sentir…e tu…Zinha, és o meu universo…onde vivo e sou feliz…porque tu me fazes ser!

Poema e arte por Zinha Oliveira e Sousa,Dezembro 2007

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ENTREVISTA

JackMichel é o nome artístico de duas escritoras: Jaqueline e Micheline Ramos. São irmãs e nasceram respectivamente em 20 de fevereiro e em 30 de novembro, na cidade de Belém, Estado do Pará (Brasil). Sua obra é ampla e pode ser descrita entre romances, contos e poesias. O estilo de escrita de JackMichel foi influenciado por autores mundiais clássicos de diversos gêneros literários como Oscar Wilde, Hans Christian Andersen, Lewis Carrol, Edgar Allan Poe, Eça de Queirós, Machado de Assis, dentre outros. JackMichel professa o lema “ESCREVER É VIVER”.

Boa leitura!

...quem deu o xeque-mate foi mesmo a inspiração que nos surgiu no cérebro, como uma centelha brilhante que risca o céu dos pensamentos.”

EscritoraJackMichel

Por Shirley M. Cavalcante (SMC)Irmãs se unem, inovam e oferecem uma escrita harmoniosa e criativa, em livro produzido em parceria.

Escritora JackMichel é um prazer contarmos com a sua participação no projeto Divulga Escritor, con-te-nos em que momento pensou em escrever o livro “Arco-Jesus--Íris”?

JackMichel - No mesmo instante em que tive o título nas mãos. As-sim que vi o título, apaixonei-me por ele. Mas somente depois de pi-lheriar um tanto com o trocadilho original da palavra arco-íris com o nome de Jesus, foi que pude analisar a profundidade da junção de ambos

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e perceber que dali realmente se po-dia tirar algo mágico como um coe-lho de uma cartola.

Como foi a escrita desta obra es-crita em parceria entre duas ir-mãs?JackMichel - Foi uma escrita que fluiu fácil no sentido da concepção geral da narrativa, porém, foi mais demorada no que concerne às fon-tes de pesquisa; pois, mesclar ficção com dados históricos, dando coe-rência à estrutura formal do texto, é um paradoxo descomunal: algo como se colocar um velho e um moço frente a frente. Mais ou me-nos isso.

Quais os principais desafios para escrita desta obra?JackMichel - Creio que tenham sido os medos de correr riscos, visto que o livro traz à tona casos arquivados que causaram polêmicas, reações apaixonadas e controvérsias em muitas partes do mundo e nas mais diversas épocas. A obra aborda te-mas eternos como o Assassinato de Sharon Tate, a Revolução Cultural chinesa, o extermínio nos campos de concentração nazistas, a catás-trofe da Talidomida, a morte pre-matura de Jim Morrison, a tragédia particular de Oscar Wilde, o aten-tado à bomba numa Igreja Batista da Rua 16 e enfoca personagens no-tórios como Charles Manson, Mao Tsé-Tung, Heinrich Himmler e Ku Klux Klan.

De que forma estes desafios foram superados?JackMichel - À medida que o livro foi sendo escrito e eu e Jack fomos dando forma a uma escultura não modelada; quero dizer que, qual-quer receio de exumar antigos fatos públicos tão controversos, foi supe-rado com o surgimento de um texto tão maravilhoso e emocionante. Fo-mos escrevendo de maneira muito coesa cada parte do todo e, no final das contas, quem deu o xeque-mate

foi mesmo a inspiração que nos sur-giu no cérebro, como uma centelha brilhante que risca o céu dos pensa-mentos.

O que mais a encanta em “Arco--Jesus-Íris”? JackMichel - Sem dúvida alguma é a aura benfazeja de perdão, miseri-córdia, paz e amor que envolve as vítimas e os seus algozes, como um véu diáfano de proporções subli-

mes. Nos sete círculos coloridos do arco-íris psicodélico de Jesus Cris-to, todos os ofendidos concedem a remissão aqueles que os ofenderam, aqueles que ceifaram suas vidas, aqueles que obstaram suas liber-dades, aqueles que traficaram seus sentimentos, aqueles que destruí-ram seus sonhos, etc. De qualquer forma... eu acho que não é fácil ten-tar dar bons exemplos para as pes-soas, principalmente neste mundo

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atual, onde a violência grassa e todo escândalo sorri um riso de escárnio no canto da boca.

Como foi a escolha do Título?JackMichel - Não foi uma escolha, quero dizer, não foi uma ideia tra-balhada, foi simplesmente o estro de Jack que aflorou num momento muito especial.

Onde podemos comprar o seu li-vro? JackMichel - Em Portugal, além do site da Chiado Editora, o livro tam-bém pode adquirido em papel (sob encomenda) nos seguintes locais: Fnac, Sonae, ECI, Bertrand, Alme-dina, Auchan, Bulhosa, entre ou-tros. Em e-book ele está disponível na Apple iBookstore, Barnes & No-ble, Sony, Kobo, Diesel ebook Store e Baker & Taylor. No Brasil ele está à venda na Livraria Cultura (http://www.livrariacultura.com.br/p/arco--jesus-iris-46098023). O book trai-ler de “Arco-Jesus-Íris” estará bre-vemente no Youtube, na página da Chiado Editora e em minha fanpage, no facebook., para todos conferirem.

Soube que já temos novo livro a ser publicado, conte-nos sobre este novo projeto literário ele esta sendo escrito em parceria com a sua irmã?JackMichel - Sim, é verdade. Jack-Michel já fechou contrato com a Drago Editorial e em breve estará lançando “LSD Lua”. Sem nenhuma falsa modéstia, arrisco dizer que é uma história fascinante, por trazer à tona a figura polêmica do LSD e também por homenagear um gran-de feito histórico para toda a huma-nidade: a chegada do homem a lua. Este livro também foi escrito junto com Jack, minha parceira literária; e foi aliando o senso crítico-analítico de uma e a inventividade de outra que conseguimos chegar ao produ-to final de um texto nostalgicamen-te romântico que apaixona o leitor a primeira vista.

Quais os seus principais objetivos como escritora?JackMichel - Bem... eu pretendo assumir estágios de popularidade cada vez maiores (no bom senti-do!). Pretendo que a obra de Jack-Michel seja, num breve tempo, re-conhecida em todo mundo; visto que tenho espalhado meus originais por editoras de inúmeros países e já tenho vários acenos positivos. Hoje em dia, a globalização é uma reali-dade que já está incorporada ao so-nho. Sonhar não é mais impossível numa época em que até os controles remotos são inteligentes.

Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom co-nhecer melhor o livro “Arco-Je-sus-Íris das autoras JackMichel. Agradecemos sua participação no projeto Divulga Escritor. Que mensagem vocês deixam para nossos leitores?JackMichel - Tenho a ousadia de pedir a todos aqueles que leem este editorial fantástico, que é o Divul-ga Escritor, que valorizem cada vez mais os escritores contemporâne-os que criam suas obras com tanto amor e carinho para oferecê-las ao público em geral; pois o escritor é um instrumento delicado que só toca com harmonia quando ganha o aplauso dos ouvintes. O link da fanpage de JackMichel no facebook: https://www.facebook.com/Escri-torasJackMichel/

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Escritora Dilercy Adler

Participação especial

LIBERTAÇÃO Aprisiono o verbo devoro a “carne” –pecado humano- cerne do desejo tresloucado do fruto proibido insaciavelmente insano!...

aprisiono a dor em amargas palavras algemadas –cárcere privado- esvaziada da linguagem erótica ... recrio liturgias procissões santos e rezas que se pretendem assépticos e no entanto mostram-se contagiam com os seus próprios venenos exoticamente tóxicos! aprisiono o amor no papel A4

que jaz na impressora do meu computador e digito tácita e indolentemente cada letra cada sílaba cada sentença cada cicatriz intensa da vida que se expõe e ao se mostrar completamente nua sem qualquer reserva se ergue se levanta alça vôo ...se liberta... e me liberta também!!!

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ENTREVISTA

Escritor José Carlos SibilaJosé Carlos Sibila é mestre em Ciências da comunicação pela universidade de São Paulo; Dramaturgo, com dez pecas escritas e três encenadas nos teatros brasileiro. As peças já montadas são “Teto de Lona”; “A eleição da mãe de Jesus/doida”. Roteirista de diretor de vários filmes, entre eles os curtas “O grito da terra e Apesar de você”.

Boa leitura! É a estória de um jovem com dupla personalidade que se vê aprisionado em um lugar que não consegue identificar. Sua única possibilidade de descoberta e liberdade é viajar para o passado.”

Por Shirley M. Cavalcante (SMC)

Escritor José Carlos Sibila, é um prazer contarmos com a sua parti-cipação no projeto Divulga Escri-tor, conte-nos o que o encanta no estilo de escrita do “Realismo Má-

gico”, também conhecido como “Realismo Fantástico”?J. C. Sibila - O que me atrai no rea-lismo mágico é a viabilidade de in-terferência de acontecimentos fan-tásticos em uma narrativa realista.Quando não encontro possibilida-des narrativas no realismo, procuro

me auxiliar da magia para estabe-lecer a minha estrutura narrativa. É um gênero associado em geral à ficção latino-americana, mas que ocorre também em romances de outras procedências. Na América--Latina encontram-se exemplos na obra de Gabriel Garcia Márquez. Na

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Europa autores como Milan Kun-dera, Fay Weldon, Angela Carter, Jeanette Wisterson introduziram o fantástico na literatura com grande entusiasmo. Particularmente, acho fundamental que o fantástico não perca o vínculo com a realidade.

Em que momento pensou em es-crever “Criaturas”? J. C. Sibila - No início de 2001 edi-tei o meu primeiro livro de contos pela editora Nativa, com uma série de dez contos que inseriam numa narrativa ficcional os elementos do realismo mágico que me permitiam fazer uma leitura fantástica da reali-dade. Em todos os contos as descri-ções e diálogos fixam-se de forma obsessiva a superfície do universo narrado, mas sempre há elementos que fogem à realidade, como se fos-se um olhar além dela.

Após a publicação desta obra, dando sequência ao acervo literá-rio do autor José Carlos Sibila foi publicado “Uma alma a procura de um corpo” conte-nos o que o inspirou a escrever o enredo que compõe o livro.J. C. Sibila - A situação fantástica do personagem levou-me a desen-volver este romance. É a estória de um jovem com dupla personalidade que se vê aprisionado em um lugar

que não consegue identificar. Sua única possibilidade de descoberta e liberdade é viajar para o passado.

Qual a mensagem que você quer levar ao leitor através da leitura desta obra literária?J. C. Sibila - Quero apenas lembrar que existem atitudes que perma-necem eternamente conosco e não basta escondê-las. Às vezes preci-samos viajar para outros tempos e espaços para revisitar os aconte-cimentos. Magicamente vamos ao encontro de alguma realidade es-condida. Mas é sempre bom lem-brar que essa viagem não precisa ri-gorosamente de um tom dramático. Muitos dos meus textos caminham pela comédia.

Soube que temos livro novo no prelo, pode nos contar um pouco sobre o que vamos ter em breve para leitura?J. C. Sibila - Trata-se de um roman-ce, também na linha do realismo mágico e o título é “O homem sem passado”. o personagem, após viver muitos anos em um manicômio, é solto e não consegue se lembrar de nada além do presente. um grupo de pessoas procura então lhe dar outro passado que lhes convém, para que ele assuma algumas dívi-das sociais cometidas pelo grupo.

O que é referência no romance “O Homem sem passado”?J. C. Sibila - O fantástico e a hipó-tese provável de que cada um preci-sa do passado para seguir a vida no presente.

Além de escritor você trabalha com direção de peças teatrais e Cinema, qual a principal diferença de um texto adaptado para o cinema de um texto adaptado para o teatro?J. C. Sibila - Penso que a pureza de gêneros, estilos e suportes está um tanto superada. Nas especificida-des das estruturas narrativas tenho a impressão que o texto teatral é para estórias a serem vividas e só ganham corpo quando a vida lhes é dada pelos atores. Já o cinema e o romance têm características pre-dominantemente narrativas. Mas há que se ter cautela quanto a estas afirmações para que não se tornem regras duras e imutáveis.

Com tantas atividades artísticas, conte-nos o que mais chama a sua atenção em um texto?J. C. Sibila - A verossimilhança é o elemento fundamental no texto fic-cional.

Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom conhecer melhor o escritor José Carlos Sibila. Agradecemos sua participação no projeto Divulga Escritor. Que mensagem você dei-xa para nossos leitores?J. C. Sibila - Procurem ler, assistir, presenciar e ouvir obras que levem o receptor à seguinte reflexão; “em que isso me modificou”? Serviços:Email do autor: [email protected] - Link para compra do li-vro UMA ALMA A PROCURA DE UM CORPO - https://lp-books.com/loja/literatura/uma-alma-a--procura-de-um-corpo/

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ENTREVISTA

Luiz Amato, nascido em abril de 1956, paulista, casado, tem formação na área de exatas. Seu interesse por literatura vem desde muito jovem. É atuante no comércio filatélico. Gosta de destacar sua paixão por rock pesado, heavy metal e blues. Guitarrista nas horas vagas.No universo literário, destaca-se como autor da Série A Grande Aventura, S.A.G.A.É também autor de vários contos: Psicos - Fronteira Final - Deus é mesmo Brasileiro - Louco? Quem? Eu? - Herói Urbano - Felicidade, um conto de Amor - O Plantonista – Amor, somente Amor e outros mais, publicados no livro Lua Cheia, pela plataforma Create Space da Amazon.com (USA).

Boa leitura!

Escritor Luiz Amato

Fonte: Blog Gettub.com.brPor Carlos Barros

O que é o FLAL?Luiz Amato - Festival de Literatu-ra e Artes Literárias. É um even-to 100% online, gratuito, que tem como metas principais, divulgar a literatura e aproximar o público lei-tor, do escritor.

Como surgiu o festival?Luiz Amato - Eu participei de um outro evento, o qual eu considero muito bom, de nome; projeto um dia a R$ 0,00 da Ge Benjamim, onde os autores disponibilizam seus escritos a custo zero para os partici-pantes. A partir dele, desenvolvi o FLAL.

Qual a maior dificuldade em criar um evento desse nível?Luiz Amato - Para a criação, pra-ticamente nenhuma. Agora para gerir, muitas. Um exemplo: A co-municação com os participantes. Foi criado, em janeiro de 2016, um grupo exclusivo para isso, onde são postadas todas as informações

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para o desenvolvimento das ações necessárias. Estamos a duas sema-nas do início do Festival, mas ainda recebo perguntas do tipo: Para que serve a entrevista?

O que o público poderá encontrar no festival?Luiz Amato - Nesta edição, somos 161 escritores (as) dos mais variados estilos, onde 72 deles, participarão de bate-papos, sextas e sábados, em tempo real. O público poderá per-guntar o que quiser. Temos também as entrevistas publicadas durante os dias da semana, no período do evento, onde os autores respondem às perguntas enviadas pelo público. Adicionamos nesta 2ª edição, entre-vistas com profissionais da área li-terária, e um evento que chamamos de pré FLAL, onde os participantes inscritos enviam textos, que são pu-blicados anonimamente. O público pode comentar e avaliar.

Como é a interação entre o públi-co e os autores?Luiz Amato - Ela ocorre, principal-mente, durante os bate-papos, onde o público, em um sistema de per-guntas e respostas em tempo real, obtém informações sobre os mais variados quesitos, do autor partici-pante.

Qualquer um pode participar?Luiz Amato - Sim, tanto como au-

tor, como público ou como membro da coordenação do evento (traba-lho voluntário).

Quem fornece os prêmios dos sor-teios?Luiz Amato - Os autores. Nós pedi-mos aos mesmos, dentro da medida do possível (não existe obrigatorie-dade), que doem brindes (livros, marcadores, botons, etc), para sor-tearmos ao público participante. Em escala bem menor, também direcionado ao público, recebemos doações de terceiros.

Como enxerga a literatura nacio-nal atual?Luiz Amato - Eu sempre gosto de usar esse termo: Somos um vul-cão prestes a entrar em erupção. A quantidade de obras, com qualida-de excelente, é muito grande. Te-mos escritores (as) com nível para sucesso mundial.

O que pensa do trabalho das edi-toras quanto a obras nacionais?Luiz Amato - Sem generalizar, resu-mo em duas palavras: Faturamento e Rotina: A editora é uma empresa, e como todo negócio visa faturamen-to. O mesmo tem à plena garantia ao se editar uma obra estrangeira, já consagrada, de venda fácil. Aconte-ce que esse procedimento, acaba se tornando uma rotina. Para que per-dermos tempo e arriscarmos inves-

timentos com textos (mesmo com qualidade excepcional) de ilustres desconhecidos, se podemos faturar com títulos e autores (as) conheci-dos do púbico.

De onde pensa que vem a resis-tência de alguns leitores quanto a obras nacionais?Luiz Amato - Com certeza do to-tal desconhecimento do que é, e, da qualidade da literatura nacional. Já li um comentário que dizia “Nossa, que ruim este livro, tinha que ser um autor nacional”. Quem teceu esse comentário, esquece que gene-ralizar é errado. Se um não presta, não significa que todos não pres-tam. Um outro detalhe. Os estran-geiros que aqui chegam, já foram insistentemente preparados, para ter excelência em sua qualidade.

Haverá o FLAL 3?Luiz Amato - Eu penso que sim, pois, mesmo o festival sendo recen-te, está na 2ª edição, já atingiu pa-tamares para figurar no calendário nacional de eventos culturais. Pode ser que eu não faça mais parte da organização coordenação, mas con-tinuará divulgando e mostrando que a cultura é o maior tesouro de um ser humano._________________Participe do projeto Divulga Escritor www.divulgaescritor.com

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Escritora Margarida Lorena Zago

A Sublimidade do Amor

Participação especial

Onde há ternura se manifestando,Um ato de coragem em meio às trevas,Um gesto de amor lhe abençoando,Um sorriso em meio às lágrimas, Uma mão estendendo carinho, Um colo, um seio, acolhendo,Onde a sublimidade se faz mister,E a alegria expande-se em Luz,Na escuridão ou no esplendor de um dia,Onde o impossível se torna possível,Haverá sempre uma grande mulher,Acalentando em seu coração,A mais brilhante dádiva do Amor,Que se desvela em nobreza e carinhoFaça sol, chuva, frio ou calor,Nada impedirá esta guerreira do amor,Abdicar de sua doação,À criatura que ela gerou,Dando sentido à vida,E completude ao Amor,Então preste Atenção:É com certeza a sua Mãe!

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ENTREVISTA

Entrevista sobre Direitos Autorais com Doutora Mary Angela MARY ÂNGELA MARQUES BRUNO, nascida aos 04 de junho, na cidade de São Paulo- Capital – SP, mais precisamente no Bairro de Santo Amaro, onde vive até os dias atuais. Graduou-se em Biomedicina e pós Graduou-se em Patologia Clínica, pela OSEC – Organização Santamarense de Educação e Cultura. Atualmente é ADVOGADA e Sócia do Escritório Marques Bruno Advogados Associados. É Membro Efetiva da Comissão da Mulher Advogada e da Comissão de Direito Eletrônico e Crimes de Alta Tecnologia da OAB/SP. Coordenadora Adjunta da Comissão da Mulher Advogada da OAB Santo Amaro. Membro da Comissão de Direitos e Defesa dos Animais da OAB Santo Amaro. Membro do Conselho Diretor da ACSP Distrital Sul, Integrante do Conselho Diretor IASA (Instituto Advogados Santo Amaro) e da AASP (Associação dos Advogados de São Paulo).

Boa leitura!

Fonte: Revista Acadêmica OnlinePor Giuliano de Méroe

Qual a definição de direitos auto-rais? E o que todo autor deveria sa-ber ou nunca esquecer em relação à proteção de sua Obra?Dra. Mary Bruno: Direito autoral é um conjunto de prerrogativas confe-ridas por lei à pessoa física ou jurídica criadora da obra intelectual, para que ela possa gozar dos benefícios morais

e patrimoniais resultantes da explora-ção de suas criações. O direito autoral está regulamentado pela Lei de Direi-tos Autorais (Lei 9.610/98) e protege as relações entre o criador e quem utiliza suas criações artísticas, literá-rias ou científicas, tais como textos, livros, pinturas, esculturas, músicas, fotografias etc. Os direitos autorais são divididos, para efeitos legais, em direitos morais e patrimoniais.

Embora a lei não determine obri-gatoriamente o registro, todo au-tor não deveria esquecer nunca de registrar a sua obra, pois adotando essa postura ficará muito mais fácil a defesa dos direitos do autor. O au-tor deve ter muito cuidado ao apre-sentar essa obra, até para possíveis patrocinadores. Antes, ele deve re-gistrar na Biblioteca Nacional. Por-que o que acontece, às vezes, é de

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uma pessoa ficar interessada pelo projeto, ter uma ideia do que aque-le autor escreveu e depois montar com outra equipe. O registro de uma obra na Biblio-teca Nacional não é obrigatório para seu uso ou publicação. Sen-do facultativo, quais as vantagens desse registro?Dra. Mary Bruno: A vantagem é que no caso da existência de um con-flito ou dúvida sobre autoria da obra , o registro facilita muito a defesa. Quando determinada obra não for registrada, o que seria necessário para comprovação de sua autoria?Dra. Mary Bruno: Em princípio seria necessário um termo de res-ponsabilidade, aonde todos os que vierem a ter acesso àquela obra, de-verão assiná-lo. Em casos onde determinadas pes-soas tiverem acesso à uma obra sem autorização e está não estiver registrada, como poderíamos pro-var a autoria?Dra. Mary Bruno: Em uma situ-ação dessa a autoria será provada através de uma medida judicial, com apresentação de testemunhas e outros manuscritos anteriores ou até mesmo os próprios arquivos de computadores. E se eventualmente não houver o registro serão admiti-dos qualquer meio de prova permi-tido em direito, tais como: emails, documentos entre outros. Até que ponto podemos classificar uma obra como similar a outra? E o que caracteriza o plágio?Dra. Mary Bruno: Nesses casos adota-se o critério da subjetividade, pois se apresenta fora de um con-texto, sendo impossível sabermos se houve ou não o plágio. E, para dirimir esta questão necessária se faz a figura de um perito para fazer tal aferição. Revista Academica On Line: É pos-

sível realizar a transferência dos di-reitos de um autor para outro?Dra. Mary Bruno: Os direitos mo-rais não são negociáveis, autor é o senhor possuidor e detentor desses direitos que impedem essa trans-ferência. Mas em contrapartida, é possível a cessão de direitos patri-moniais que vão lhe garantir o rece-bimento de uma remuneração. É possível que uma obra de autor vivo, seja administrada por tercei-ros, sem prévia consulta ao autor?Dra. Mary Bruno: Como disse an-teriormente o autor é sempre o se-nhor possuidor da obra, logo sem a prévia autorização do autor não é possível que haja a administração. Porém, ocorrendo a morte do au-tor, caberia aos herdeiros autorizar o não esse posicionamento. Se porventura uma obra for re-vendida, objetivando a obtenção de lucro, o autor deverá ser remu-nerado?Dra. Mary Bruno: Logicamente que sim, pois essa situação pode-mos definir como sendo o chamado direito de sequencia. Exemplifican-do: Se uma novela for vendida para outro país , o autor tem o direito le-gal de remuneração. Sabemos que uma mesma obra pode ser utilizada em diferentes mídias, dessa forma como conci-liar a utilização dela?Dra. Mary Bruno: Sabemos que um contrato firmado para uma mí-dia específica pode restringir novos contratos para suportes diferentes. Por esse motivo, tais contratos de-verão ser interpretados de forma restritiva. Por exemplo, se estiver estipulado que determinada obra só é liberada para ser prensada em forma de livro, para que eventual-mente se torne um e-book, será ne-cessária a elaboração de um novo contrato com clausulas específicas. Quando um contrato previr a uti-

lização específica numa mídia e for utilizado em outra, como o au-tor deverá agir?Dra. Mary Bruno: Comprovada essa situação o autor terá o direito de fazer cessar esse uso indevido e consequentemente será indenizado por perdas e danos. Qual seria o foro competente para dirimir questões que envolvam di-reitos autorais?Dra. Mary Bruno: Depende da si-tuação, mas em regra geral o Códi-go de Processo Civil dita às regras de competência, que é a Justiça Es-tadual. Porém se estivermos dis-cutindo o título da obra, se even-tualmente alguém registrou como marca no INPI, aí a competência será na esfera Federal. Com o surgimento da rede mun-dial de computadores (internet), qual seria o impacto, sofrido nas questões que envolvam direitos autorais?Dra. Mary Bruno: Pois bem, ouso dizer que o impacto foi avassalador, pois as pessoas passaram a ter aces-so a todo e qualquer conteúdo que antes não tinham. Porém ainda não existe a consciência plena de que o autor, deva ser retribuído.

Como se regulamenta o direito autoral na internet hoje no Brasil?Dra. Mary Bruno: Essa é uma questão de grande relevância ! Com advento do Marco Civil da Internet, que nada mais é do que a lei que regulamenta o uso da Internet no Brasil, deliberadamente excluiu de seu âmbito de aplicação às questões relativas ao direito autoral e aca-bou limitando-se a dispor que, até a entrada em vigor de lei específica, ficaria valendo as regras de direito autoral vigente de 1998. Portanto, não há ainda, regulamentação espe-cifica para o direito autoral na inter-net. É importante dizer que na oca-sião da elaboração do Marco Civil da Internet houve certa polêmica

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sobre o tema, entretanto acabou-se deixando passar uma oportunidade ímpar de esclarecer está questão. A aplicação por analogia, das normas de 1998 ao âmbito da internet pode resultar em enrijecimento injustifi-cado da proteção autoral. Dessa for-ma, atos aparentemente ingênuos e, em tese, inofensivos do nosso coti-diano podem acabar configurando ato ilícito. Como podemos falar sobre direito autoral na internet , se nesse am-biente virtual, o conhecimento, informação, conteúdo são com-partilhados, reaproveitados e uti-lizados sem precedentes e em uma velocidade assustadora?Dra Mary Bruno: Como podemos perceber estamos diante de uma si-tuação delicada, e por esse motivo é que as leis sobre direitos autorais devem buscar um equilíbrio. Sem sombras de dúvida que a proteção dos direitos autorais é de suma im-portância, mesmo no âmbito da internet. Tanto é fato que a Cons-tituição Federal garante expressa-mente tais direitos. Mas em contra-partida, importante se faz elucidar , que tais direitos não são absolutos, tanto que a própria Lei de Direitos Autorais traz algumas hipóteses (restritas) de uso de obras intelec-tuais independente de autorização prévia. Além disso, a Constituição também protege (no mesmo artigo, inclusive), o direito à liberdade de expressão e de informação. Logo, há que se balancear a tutela do direito autoral na internet com as liberda-des conferidas ao usuário.

Poderíamos dizer que existem pa-íses com legislação mais avançada e menos avançada sobre o tema?Dra Mary Bruno: Primeiramente precisamos definir o que se entende por legislação avançada! Vários pa-íses possuem legislações específicas, e que regulamentam de forma am-pla os direitos autorais na internet, mas nem sempre as leis represen-tam um avanço. Nos Estados Uni-dos, por exemplo, vigora um rígido sistema de notificação e retirada do conteúdo, pelo qual um determina-do provedor de acesso é incentiva-do a remover o conteúdo de tercei-ros, a partir de uma comunicação extrajudicial de um suposto ilícito.Em compensação na França, exis-te uma lei específica para tentar bloquear a livre disseminação de conteúdo via sistema de comparti-lhamento peer to peer. No Canadá, a regra diz, em um primeiro mo-mento, ser necessária a ocorrência de uma notificação ao suposto in-frator, e não a imediata remoção extrajudicial do conteúdo suposta-mente ilícito. Enfim, podemos per-ceber que o rigor das leis de direitos autorais varia de acordo com o país, sendo que em muitos já há regula-mentação - ainda que seja contro-versa - sobre o assunto. Poderíamos dizer que existe uma tendência no enrijecimento das leis que regulamentam o direito autoral na internet ou um afrou-xamento delas?Dra. Mary Bruno: No âmbito aca-dêmico, inúmeras são as criticas no tocante ao enrijecimento das leis de direitos autorais, até mesmo em vir-tude do atual contexto sócio cultural do avanço tecnológico na sociedade da informação. Em que pesem essas pertinentes críticas, as leis regula-doras dos direitos autorais na in-ternet, caminham claramente para o enrijecimento, principalmente no Brasil. Por esse motivo necessário se faz, um rigoroso acompanhamento do contexto legislativo do país, pois

existe um polemico esboço de pro-posta de atualização da lei autoral, engavetado há muito tempo. E sen-do assim, acredito que seria neces-sário um adequado balanceamento entre a proteção autoral e as liber-dades do usuário de internet. No universo cibernético se even-tualmente uma pessoa pegar uma foto de um desconhecido do Face-book, imprimir e vender, estaria ela violando um direito autoral?Dra. Mary Bruno: Sim. Pois quan-do uma pessoa cria um trabalho, por exemplo, ao tirar uma fotogra-fia, tem o direito de autor automá-tico. Quando faz upload para uma plataforma como Facebook ou Ins-tagram, muitas vezes aceita sem ler ou sem entender completamente termos de uso escrito em uma lin-guagem rebuscada que querem di-zer: que você cede o uso, embora a propriedade continue sendo sua. Desta forma, se terceiros não auto-rizados comercializarem essa foto, caracteriza-se a violação do direito autoral.

Sobre os portais de internet , po-deríamos dizer que na prática são “depósitos” de links de outros meios ou publicações?Dra. Mary Bruno: Eu diria que sim, porque geram tráfego de visi-tas com conteúdos que não foram criados por eles, mas fazer o link de outros conteúdos com um vín-culo é completamente legal. Assim concluo que inevitavelmente a lei sempre correrá atrás da realidade da internet e os usuários devem aprender a se proteger e a proteger suas obras, porque é impossível que a legislação avance na mesma velo-cidade que a tecnologia.

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Escritora Nell Morato

Amor sem limite

Participação especial

Amor. Pode-se mensurar o amor? Quantificar o sentimento? E quando que você percebe que é verdadeiramente amado? Ou que retribui o amor que recebe? Acre-dito não ser na mesma proporção que o amor da maternidade. Os la-ços que unem uma mãe a seu filho são imensuráveis. Naturalmente que existem exceções na natureza humana. Vou falar do amor ver-dadeiro.

Eu aprontei muito na infância. Cresci livre envolvida pela natureza rústica e os animais da fazenda. E assim, eu passava os dias sem te-mer absolutamente nada. Existiam regras, muitas regras, não pode isso por causa daquilo, e assim por dian-te. Meus pais diziam o que não se podia fazer e o motivo... a escolha, quase sempre era nossa, minha e de minhas irmãs. Minha não, eu era uma guria de três anos e não podia fazer nada. Para quase tudo eu era muito pequena e poderia me ma-chucar.

Todos os dias pela manhã eu saia de casa com meu pai para o “galpão”, tipo um escritório com de-pósito anexo. Eu tinha uma ligação de extrema adoração pelo meu pai. Tão forte, que desde “bebê” eu vivia atrás dele pela casa e por determi-nação da minha mãe eu ia, com cer-cadinho e fraldas, para o tal galpão

com o meu pai. Eu ia trabalhar... Um dia pela manhã, meu pai

foi chamado pelo “seu” Onofre para ir à plantação, que precisavam dele por lá. “Seu” Onofre era um em-pregado da fazenda e me chamava de guriazinha. Eu não tinha au-torização para ir à plantação, nem acompanhada de meu pai. Ele dizia que era perigoso para uma guria tão pequena.

Saímos os três do galpão e meu pai disse que eu deveria ir para casa. Reclamei que queria ir junto com ele, mas não adiantou. Fiquei ali parada olhando meu pai e o seu Onofre. Que droga! Não podia ir à plantação... Estava zangada, sen-tei no chão, bati os pés na grama e minhas pequeninas mãos arranca-vam tufos do gramado... Olhei na direção que eles seguiram e não os avistei. Então eu decidi desobede-cer ao meu pai e segui rumo a tal plantação... E acabei internada no hospital da cidade...

Quando meu pai entrou em casa comigo em seus braços, minha mãe ficou muito assustada. Decidi-ram que eu precisava de um banho e depois seguiríamos, de charrete até a casa do meu tio, que morava à beira da estrada e tinha uma ca-mionete, para que nos levasse até o hospital.

Eu estava intoxicada com o ve-

neno das plantas. Pareciam mar-garidas e na verdade era piretro. A flor era usada para a fabricação de inseticidas e medicamentos veteri-nários. Fiquei internada dois dias. Meu pai voltou para a fazenda e a minha mãe ficou ali comigo.

Era uma situação nova para mim. Minha cabeça doía muito e a pele delicada que esteve em con-tato com as flores, estava vermelha e ardia muito. Minha mão estava ligada num soro, que descia lenta-mente. Eu dormia, acordava e via o rosto da minha mãe sorrindo para mim. Estava sempre ali, bastava eu abrir os olhos e lá estava ela, velan-do por mim. O semblante sereno e afetuoso, as mãos carinhosas afa-gando meus cabelos ou acarinhan-do meu rosto. Eu sentia o amor dela por mim. Como se estivesse ainda dentro dela, de tão protegida eu me sentia. E pela primeira vez eu percebia que era parte dela. Que eu a amava e precisava dela.

Ao final dos dois dias, meu pai retornou para nos levar para casa. Fez menção de me tomar em seus braços e eu apenas o beijei no ros-to e o abracei com meus pequeni-nos braços. Disse-lhe que iria no “colinho” da minha mãe. Eles me amavam e não existia disputa pelo meu carinho. Sequer passava pela cabeça deles tamanha desfaçatez. E eu sempre preteri a minha querida mãe, pela forte ligação que tinha com meu pai.

E não se pode mensurar o amor de uma mãe pelo seu filho. É um amor que ultrapassa todas as bar-reiras e supera todas as dificulda-des. Mãe é um amor sem limite.

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ENTREVISTA

Escritor Paulo MarsalPaulo Marsal, 32, é casado com a Assistente Social Viviane Marsal, viveu em Winnipeg, Canadá, onde frequentou a Universidade de Manitoba, possui os títulos de MBA Internacional em Gestão Estratégica de Negócios e de Bacharel em Administração de Empresas.Não obstante, apesar da sólida formação na área de negócios, o escritor sempre demonstrou afeição por história e filosofia.Hoje é Diretor de Operações (COO), docente para o nível superior, além de ser estudioso da área de negócios. Participou de diversos livros como consultor técnico e produtor intelectual de prefácios e posfácios.Desde jovem é aficionado por Mitológica Nórdica, quadrinhos, animações e filmes, principalmente os de ação, artes marciais e épicos. Certamente, tal fascínio atrelado à leitura e muitas pesquisas, o gabaritaram para dar vida ao livro Oluap: O Guerreiro, leitura obrigatória aos que esperam uma literatura leve, de qualidade e ação.

Boa leitura!

Outra coisa que valoriza a obra são as ilustrações, as quais foram muito bem concebidas pelo meu amigo Emílio Yamazaki do Estúdio Escola Modelo Design.”

Por Shirley M. Cavalcante (SMC)

Escritor Paulo Marsal, é um pra-zer contarmos com a sua partici-pação no projeto Divulga Escri-tor, conte-nos o que o motivou a ter gosto pela Literatura Épica?Paulo Marsal - Desde pequenino sou fanático por mitológica nórdi-

ca e contos que versam sobre a ida-de média, principalmente a respeito dos vikings, por outro lado, além dos textos, sou fascinado pelos fil-mes, séries e animes do gênero. Por-tanto, não havia outro caminho que não o de escrever um épico, no caso sobre os escandinavos do Século IX (risos).

Em que momento pensou em es-crever “Oluap: O Guerreiro”?Paulo Marsal - Sempre quis es-crever um livro, principalmente depois que ingressei no meio aca-dêmico como docente, todavia, apesar de ser Mestre em Adminis-tração de Negócios (MBA), não me via escrevendo sobre o assunto. A

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ideia do Oluap surgiu após um con-vite de um amigo Professor Dr. em Filosofia, quem também é diretor na Dialógica Editora e escreveu meu Prefácio, Wagner Guedes. Após al-gumas negociações, dei vida à obra, que foi aceita em primeira instância pelo Conselho Editorial e precisou de poucos ajustes para ser publicada.

Quais os principais desafios para escrita da obra?Paulo Marsal - Por se tratar de um épico, os maiores desafios foram as pesquisas de ambientação e voca-bulário, pois há bastantes palavras oriundas dos vikings ou de portu-guês arcaico que foram inseridas, além de cidades e costumes, tudo isso mesclado com a maneira con-temporânea de escrever.

De que forma estes desafios foram superados?Paulo Marsal - Com muito foco, determinação, estudo e carinho, não há outra forma de fazê-lo.

O que mais o encanta em “Oluap: O Guerreiro”?Paulo Marsal - A forma cativante e direta da narrativa, sem muito pre-ciosismo ou escassez de detalhes re-levantes ao enredo. Rápido e direto! (risos) São 232 páginas que podem ser lidas em poucas horas. Outra coisa que valoriza a obra são as ilus-trações, as quais foram muito bem concebidas pelo meu amigo Emílio Yamazaki do Estúdio Escola Mode-lo Design.

Como foi a escolha do título, quem é o Guerreiro Oluap?Paulo Marsal - É uma história en-graçada, pois todos os nomes “vi-kings” que passavam pela minha cabeça já haviam sido usados por outros autores ou historiadores, a exemplo Ragnar e Erik, que no fi-nal entraram no livro, porém como personagens coadjuvantes. Eu pre-cisava de um nome inédito, que se-não “viking”, que ao menos soasse

como um, então depois de tanto pesquisar e “matutar”, resolvi inver-ter o meu nome, daí Oluap. Oluap de Nordvestland é um jo-vem de família humilde, que caiu nas graças do Rei Ragnar (olha o Ragnar aqui! [risos]) e por conta disso, passou por treinamentos não só militares, como também intelec-tuais e filosóficos, neste contexto, a personagem se tornou um feroz ba-talhador que busca seus ideais com astúcia e coragem.

Onde podemos comprar o seu li-vro? Paulo Marsal - No momento Olu-ap: O Guerreiro está disponível para encomendas nas Livrarias Nobel e Cultura, pronta entrega na Dialó-gica Editora e na unidade do Sho-pping Santana da Livraria Nobel, seguem os links para compra on-li-ne: http://www.livrariacultura.com.br/p/oluap-o-guerreiro-46124756http://www.dialogicaeditora.com.br/#!product/prd1/4314622645/oluap%3A-o-guerreiro Em breve estará nas Livrarias Cia. dos Livros, Martins Fontes Paulista, Leitura e Curitiba, todas para compra a pron-ta entrega ou on-line.

Quais os seus principais objetivos como autor?Paulo Marsal - Quero que meus li-

vros sejam uma boa fonte de entre-tenimento aos leitores, pois se trata de um texto leve e de qualidade, modéstia à parte (risos).

Você que já morou no Canadá, como você vê o mercado literário brasileiro?Paulo Marsal - Na minha singela opinião, há preconceito contra os autores brasileiros da nova geração, valorizamos apenas aqueles “mons-tros sagrados”, como Machado de Assis, um dos meus preferidos, in-clusive, e esquecemos de nossos contemporâneos, contudo, super valorizamos os escritores estran-geiros, alguns com toda a razão, mas em via de regra, nem todos são melhores que os brasileiros, assim como acontece no cinema ou nos quadrinhos. Como agravante, o brasileiro não é muito acostumado a ler, acredito que 2 a cada 10 fa-zem da leitura um hábito, tanto que nossas principais livrarias têm dei-xado de lado os livros e optado por outras formas de entretenimento como música, games e filmes, ainda há aquelas que em suas lojas físicas nem mais livros têm.

Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom co-nhecer melhor “Oluap: O Guer-reiro” do autor Paulo Marsal. Agradecemos sua participação no projeto Divulga Escritor. Que mensagem você deixa para nossos leitores?Paulo Marsal - Que continuem len-do, divulgando e participando do Projeto Divulga Escritor, que é uma fantástica iniciativa, e que se divir-tam lendo o meu livro (risos).Serviços: [email protected] - www.facebook.com/paulo-marsalautor - www.oluapolivro.com.br

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Escritora Onã Silva

Participação especial

Onã Silva, a Poetisa do Cui-dar, Colunista do site DIVULGA ESCRITOR, tem um currículo de atuação na área de enfermagem,

Capa do livro Anjinho Minho... Mãezinha Minha...

A poesia “Anjinho, anjinho meu... Anjinho Minho” publicada no livro Anjinho Minho... Mãezinha Minha...

educação, cultura, saúde; sendo autora de vários li-vros e ganhadora de pre-miações. Mas, é o seu cur-rículo de mãe que a renova, diariamente, com poesias e poeticamente ao lado do seu lindo nino cachos de ouro. Anjinho Minho... Mãezinha Minha... é um livro mas também uma ex-pressão de amor mútua de-mostrada por ambos: a ma-mãe escritora e o nino (o anjinho) como ilustrador.

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Escritora Onã Silva

Escritor Pedroom Lanne é um pra-zer contarmos com a sua partici-pação no projeto Divulga Escritor, conte-nos em que momento pen-sou em escrever o seu livro “Adu-ção, o Dossiê Alienígena”?

ENTREVISTA

Pedroom Lanne é webwriter, mestre em Comunicação Social e especialista em novas mídias, mas, sobretudo, Doom player, dinossauro da era dos BBS e amante fervoroso de ficção-científica de um modo geral, fã e apaixonado pela literatura do fantástico. É esta justa paixão que guia Pedroom em sua obra de estreia como escritor romancista através da ficção-científica – o título “Adução” –, uma narrativa que ultrapassa as fronteiras de seu entusiasmo pelo conhecimento e aflora em palavras sua linha de pensamento que converge na busca de um mundo onde sabedoria, fé e utopia convivem harmonicamente. Como inspiração, Pedroom é leitor e aficcionado por autores póstumos como Poe, Wells, Verne e Monteiro Lobato, e contemporâneos como S. King, J. Anson e Érico Veríssimo. Diz que seus livros prediletos são “Histórias Extraordinárias”, “Christiane F.”, “1984” e “Laranja Mecânica”, e o melhor filme que já viu, pois, além de leitor e escritor é também cinéfilo, foi “Rapa Nui”.

Boa leitura!

Que o leitor atual consiga tirar vantagem de algo que há pouco tempo era impossível: manter contato com o escritor via Internet, sobretudo os novos escritores.”

Escritor Pedroom Lanne

Por Shirley M. Cavalcante (SMC) Pedroom Lanne - A trama desse li-vro me veio à cabeça no dia 22 de Dezembro de 2012 quando estive visitando a cidade São Thomé das Letras em Minas Gerais (Brasil), por ocasião daquela que deveria ser a data do “fim do mundo” previsto no calendário maia. Em outras pa-

lavras, a inspiração para escrever “Adução” veio no primeiro dia do reinício da conta longa do calendá-rio maia. Costumo dizer que essa história foi plantada na minha men-te por algum alienígena, não só pela ocasião em que a imaginei, também pelo fato da cidade de São Thomé

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Revista Divulgar Escritor | www.divulgaescritor.com | out/nov | 2015

ser um ponto turístico conhecido por supostas visitações e contatos de seres extraterrestres. Verdade é que estive lá de férias com minha esposa, ela que não conhecia o lo-cal, pois, se o mundo fosse mesmo acabar, talvez lá fosse um bom lugar para se estar caso algum alienígena se dispusesse a nos salvar. É claro que digo isso de brincadeira, verda-de é que o mundo não acabou e eu tive essa súbita inspiração quando lá estive, se isso teve alguma influ-ência do além, não existe nenhuma prova material ou consciente do fato, eu prefiro acreditar que o lugar me inspirou, apenas isso.

Quais os principais desafios para escrita do enredo que compõe a obra?Pedroom Lanne - O grande desafio foi abordar temas que estão com-pletamente fora da minha área de conhecimento, especialmente para desenvolver o universo imaginário no qual vivem os alienígenas da história que desenvolvi, o mundo quântico, habitado pela espécie que denominei Quanticus-sapiens, pois tive que me basear nas mais recen-tes teorias da física quântica para desenvolvê-lo. Um desafio para um mero comunicólogo cuja afinidade com a matemática é praticamente nula.

De que forma estes desafios foram superados?Pedroom Lanne - Imaginação e intuição são as palavras-chave para a superação desse desafio, mas não só. Tive que pesquisar muitos sítios e buscar várias referências sobre física quântica, matemática e as-tronomia para compor uma histó-ria que fosse coerente com as teo-rias atuais. Hoje, a Internet facilita bastante esse trabalho, de forma que consegui superar essas dúvidas sem precisar recorrer a entrevistas com professores e pesquisadores do assunto. Consegui reunir as in-formações que precisava sozinho,

somente consultei um especialis-ta, um professor de física, que me ajudou a confirmar a coerência dos assuntos da forma como os abordei. O mesmo vale para os campos das biomédicas e da psicologia, outras duas áreas de grande apelo dentro da história que escrevi, das quais obtive muitas informações junto a especialistas de ambas.

O que mais o encanta em “Adução, o Dossiê Alienígena”?Pedroom Lanne - É difícil, como autor, dizer o que mais encanta em minha obra. Talvez o forte da obra seja o que mais “desencanta”, pois, em grande parte, a história se trata de uma crítica ou sátira dos nossos conceitos de vida e sociedade. A partir de uma perspectiva conscien-te mais evoluída que a nossa, tento expor o que os alienígenas pensa-riam de nossa existência atual aqui na Terra. Da mesma forma, eu ques-tiono nossas utopias de um mundo mais desenvolvido, de modo que o universo alienígena que imaginei também tem suas falhas e os seus limites, difere-se do nosso apenas por praticar uma ética diferenciada e mais refinada que a nossa, e, claro, pela tecnologia, que é super, hiper, ultra-avançada.

Que temas são abordados nesta obra?Pedroom Lanne - Embora pareça que não, o tema mais forte da obra é a evolução das espécies, pois a aventura não se resume ao drama dos personagens humanos (terrá-queos) que utilizei para compor o enredo da história, se trata de como e o quanto uma espécie precisa evoluir em termos tecnológicos e genéticos para conseguir habitar o espaço. Nesse sentido, os protago-nistas humanos formam um elo de nossa civilização atual com a civi-lização alienígena futurista (tendo como pano de fundo uma história sobre viagem no tempo), enquanto a história que narro, aquela que me

veio a mente quando estava em São Thomé das Letras, é a história dos alienígenas, de como eles evoluíram como espécie até um dia conquista-rem e habitarem o espaço.

Qual a mensagem que você quer transmitir ao leitor através do en-redo que compõe a obra, nos apre-sente os principais personagens e sua missão?Pedroom Lanne - Não posso dar detalhes sobre os protagonistas humanos da história, pois tiraria a graça da leitura já no princípio do livro. Posso apenas dizer que eles foram escolhidos e modelados con-forme o tema que queria abordar que é, como enfatizei anteriormen-te, a história dos alienígenas, inclu-sive a data de partida da história e as características dos mesmos fo-ram delineadas com esse objetivo, por isso, posso dizer, eles são norte--americanos que vivem no ano de 1978 – não porque quis escrever uma história “americanófila” ou criar algo que tivesse apelo para o mercado dos EUA, o próprio desen-volvimento da história vai desmen-tir essa aparência inicial, poderia dizer, até, que a história não tem nada de norte-americana, se trata de uma “armadilha” para os norte--americanos. Quanto a mensagem que quero transmitir, muito sim-ples, mostrar que muitos de nos-sos valores, que as dores de nossa sociedade atual são mesquinhas e ultrapassadas, que uma existência em nível cósmico implica em dei-xarmos tudo isso para trás.

Como você vê o mercado literário Nacional?Pedroom Lanne - No Brasil, pés-simo. Embora exista um boom de novas publicações e autores, muito em função das facilidades que se tem para publicar um livro hoje em dia, ou mesmo se publicar na Inter-net, em termos de mercado, a coisa continua ruim por aqui. Digo que continua em função do que ouço de

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outros escritores que já estão nessa estrada há décadas sem conseguir um mínimo espaço de destaque. Aqui no Brasil, e temo que em Por-tugal o cenário não seja muito di-ferente segundo alguns relatos que testemunhei em blogs lusos, só há espaço para os best-sellers, sobre-tudo os livros estrangeiros. Aposto que nas livrarias de Portugal o es-tande de maior destaque no mo-mento seja dos livros de Star Wars e da Marvel, ou seja, exatamente como acontece por aqui.

Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom co-nhecer melhor o escritor Pedroom Lanne. Agradecemos sua partici-pação no projeto Divulga Escritor. Que mensagem você deixa para nossos leitores?Pedroom Lanne - Que prestigiem os novos autores, tem muita coi-sa boa e substancial surgindo mas ainda carente de pessoas que se in-teressem. Que o leitor atual consiga tirar vantagem de algo que há pouco tempo era impossível: manter con-tato com o escritor via Internet, so-bretudo os novos escritores. Pensem que, como o amor, um bom livro pode surgir onde menos se espera. Quanto ao meu livro, peço ao leitor que venha se aventurar por minhas palavras, que tenha perseverança na leitura, pois retratar a inteligência alienígena não é simples, e qualquer dificuldade que criei foi proposital para ilustrar exatamente isso, ainda assim, passível de ser compreendi-da ao longo do texto. Somente no final o entendimento será comple-to, pois é justamente o que quero expressar com a palavra que deno-mina a obra: adução. Faço um apelo ao publico feminino, pois essa obra é uma obra universal que perpassa por temas que, creio, a sensibilidade da mulher irá saber apreciar melhor que os homens. Vou deixar o link de meu site pessoal, a raiz de tudo, de onde qualquer surfista virtual po-derá conhecer melhor o meu perfil

como escritor, navegar por todas minhas páginas na web e nas mídias sociais que participo:http://www.pedroom.com.br Site da Amazon, sítio de melhor oferta para compra do livro ou do ebook “Adução, o Dossiê Alieníge-na”: E a fanpage do livro no Face-book: - http://www.facebook.com/aducao.livro

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Escritora Rijarda Giandini, é um prazer contarmos com a sua parti-cipação no projeto Divulga Escri-tor, conte-nos o que a motivou a se encantar por Lisboa?Rijarda Giandini - O prazer é meu

ENTREVISTA

Rijarda Giandini, brasileira de Fortaleza, casada com Giovanni e mãe de Artur. Historiadora e Internacionalista, mora no Restelo, em Lisboa, desde 2014, para um doutorado em História Contemporânea. É diretora do Instituto da Cidade, em Fortaleza e membro do Conselho da Camera di Commércio Italo-Brasiliana do Nordest. Traduziu adaptou o conto infantil “Il Principe Felice”, de Oscar Wilde, para o português e realidade brasileira. Escreveu o livro de Poesia “Inquietude”, ambos inéditos. Possui capítulos de livros e artigos em revistas sobre Cidades Sustentáveis.

Boa leitura!

As impressões que relato são reais. Direitos e deveres, em todos os momentos, observados com o espírito desarmado. Viver Lisboa não é nenhum sacrifício. Ao contrário. Amar é uma consequência.”

Escritora Rijarda Giandini

Por Shirley M. Cavalcante (SMC) em fazer parte, agora como escrito-ra, de um projeto que acompanho já algum tempo. Parabéns à equipe pelo “Divulga Escritor”. O meu en-cantamento pela cidade é algo sem-pre em estado latente, às vezes “des-coberto” nas entrelinhas de alguns escritores que muito prezo como

Camões, Eça, Pessoa, Saramago, Sophia, Cecília, dentre alguns. Con-fesso que sou uma amante do Rio Tejo. O Tejo me é fascinante pelo que tem de história, de conquistas, de rebuliços e por sua calma cortan-do uma cidade que existe indissoci-ável do seu rio. Para mim Lisboa é

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a moldura do Tejo. As cores refle-tidas em suas águas acompanham as idiossincrasias do tempo. Talvez seja o meu primeiro encantamento. Depois tem a própria cidade. E por ela tornei-me uma flaneur diurna. Lisboa é solar, com cores espetacu-lares; a conformação urbana é insti-gante. As ruelas, becos e escadarias, geralmente nos surpreendem. Por outro lado, tivemos uma boa re-cepção dos lisboetas. Especialmente da Universidade por onde faço um doutorado em História Contempo-rânea. Acredito que foram as jun-ções ou confluências de uma cidade que por não ser perfeita, limpa, é real e preserva ainda alguns modus vivendi muito fascinantes.

Em que momento pensou em es-crever “Viver e Amar Lisboa”?Rijarda Giandini - Acredito que foi na primeira vez que vi o Rio Tejo da minha janela. Senti uma emoção forte e indescritível, como se hou-vesse ancestralidade. Apropriei--me deste canto do Tejo. Contudo, demorei a encontra-lo fisicamente. Mantive com ele uma relação ceri-moniosa. “Um resguardo de meni-na faceira”. O mais forte, porém, foi o desejo em compartilhar este meu momen-to com outras pessoas. Pensei em contar, em primeira pessoa, a mi-nha experiência de brasileira, classe média, com filho pequeno, marido músico. Talvez muitas pessoas pu-dessem inspirar-se ou beneficiar-se com algumas situações que viven-ciamos. Outro sentimento que ma-chuca é a questão da saudade que bate forte, principalmente, dos ami-gos mais próximos e da família. Daí o processo de escrita servir como uma espécie de catarse. Comecei a passear com os amigos como se aqui estivessem. Levei-os comigo em várias locais. Por exemplo: se ví-amos uma corrida, em que Lisboa é pródiga, pensávamos no Marcos, nosso amigo brasileiro, morador de Florença, na Itália. Era como se ali

ele estivesse em competição. Fo-mos ver uma apresentação de fado e uma amiga, professora de Direito Internacional, a Renata em dueto de fado...digo que este livro é uma grande celebração à amizade.

Como é viver e amar Lisboa?Rijarda Giandini - Viver e Amar Lisboa não é difícil por nenhuma situação. Ressalto sempre que a ci-dade, seja ela qual for, é acolhedo-ra na proporção da nossa relação respeitosa com ela. Neste livro eu apresento um jeito de chegar e per-manecer como parte do todo. Fiz valer meus direitos, inclusive para a bolsa de estudos, reclamei quando necessário, sugeri quando assim foi possível. Participei como voluntária de ações da minha Junta de Fregue-sia. O livro foi escrito sem que nin-guém soubesse de sua existência. As impressões que relato são reais. Direitos e deveres, em todos os mo-mentos, observados com o espíri-to desarmado. Viver Lisboa não é nenhum sacrifício. Ao contrário. Amar é uma consequência.

Rijarda, que temas são abordados em nesta obra literária?Rijarda Giandini - Dividi o livro em dois grandes capítulos. O pri-meiro é o “Viver Lisboa” no qual eu relato as principais situações prová-veis, como as questões de Educação, Saúde, moradia, supermercados, transportes, diversão e entreteni-mento sem custos, etc. Este é um livro para quem tem um orçamento controlável. Procurei apresentar al-ternativas de viver bem sem gastar além. As palavras diferentes, as im-prescindíveis, a gentiliza e a rude-za dos portugueses, dentre outros temas. O outro Capítulo é o “Amar Lisboa”. Nele apresento uma Lis-boa margeada pelo Tejo. Adentrei os bairros, as freguesias, buscando os espaços ainda pouco explora-dos pelo turismo tradicional. Visi-tei capelas, monumentos, parques, jardins. Descobri preciosidades. Vi

também muitos descuidos urbanos, lixo nas ruas, um quê de desconfor-to, que foram fascinantes porque são reais. Perdi-me nesta cidade, como nos perdemos nas grandes paixões. Fiz um sem número de fo-tografias que ajudaram a captar al-gumas emoções, deslumbramentos, encantamento e algumas tristezas geradas por maus tratos urbanos. E com elas fiz a escrita interpretando este meu olhar. Resultou em uma obra agradável que se lê rápido e que faz sonhar. As fotografias assim como fragmentos e noticias do livro estão no blog www.rijardagiandini.wordpress.com

Quais os principais desafios para escrita do livro?Rijarda Giandini - O desafio maior é sempre começar. Não só a escri-ta. Dar o primeiro passo. Concreti-zar as ideias, as intenções. Não há receita porque é um processo in-dividual e absolutamente pessoal, único. Escrevi o livro entre os me-ses de Agosto de 2014 e Setembro de 2015. Propositadamente, optei por fazer com as primeiras impres-sões, os primeiros olhares, virgens olhares, sem conceitos preestabe-lecidos. Andei durante 9 meses a pé ou em meios públicos, que são bons. Tive a companhia quase sem-pre do Giovanni e do Artur, o que tornou o processo mais real, lúdico e compartilhado. Porém, o maior desafio foi conciliar o primeiro ano do doutorado com o processo literário. Não por este último, mas porque foi um ano em que mudei o foco da minha investigação duas vezes. E cada vez pressupõe novas pesquisas, encontrar orientadores, além das aulas curriculares. Tive, também, uma boa dose de sorte. Todos os orientadores tanto do Bra-sil quanto de Portugal apoiaram--me nas decisões. E a Universidade sempre esteve presente quando as-sim necessitei. Enfim, depois de um ano, havia já a definição da Tese, to-das as cadeiras cumpridas com boas

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notas e o livro na editora. As noites insones, o desleixo emocional com os amigos, o cansaço e uma tendini-te forte, tornaram-se troféu de um ano rico em desafios.

De que forma estes desafios foram superados?Rijarda Giandini - Não havia pen-sado nesta pergunta. Muito interes-sante. Foram muitos papeis desem-penhados simultaneamente. Penso que somente o ser Mulher tem esta capacidade intrínseca de fazer mui-tas coisas ao mesmo tempo. Sou uma fã incondicional do Femini-no. E não tenho nenhum discur-so sexista. Acho que temos nossos papeis sociais e temporais, que vão exercidos. Eu sou muito determi-nada e rápida. Fui e sou produto da minha história. Além das questões propriamente da produção cientí-fica e literária, há a lida doméstica. Há o filho de 8 anos, suas necessida-des e expectativas. Todos os percur-sos estão relatados no livro.Talvez o meu melhor recurso hu-mano seja o meu marido por sua generosidade conjugal importante neste meu tempo. E a nossa fé na Providência que nos acalma e nos faz crer no melhor caminho.

Onde podemos comprar o seu li-vro? Rijarda Giandini - O livro encon-tra-se disponível em livrarias e para todos em língua portuguesa através dos sites Chiado Editora; Wook;Bertrand.

Quais os seus principais objetivos como escritora?Rijarda Giandini - Conversar com mais gente. Acho que é quase uma necessidade atávica de falar, de tro-car, compartilhar. Gosto de gente. Continuo acreditando que é a maior invenção da Natureza. E se possível falar coisas interessantes, leves, gen-tis. Exercitar um lado de literatura aprazível que faça viagens de olhos abertos. Lembro-me que na minha

infância, quando privada dos bens essenciais, eu lia. Eram tempos de quase absoluta escassez no Nordes-te do Brasil. E estas viagens através da leitura, foram fundamentais para sedimentar ou pavimentar o meu caminho. Sem as leituras, prova-velmente, meu destino construído seria outro. Gostaria de ser uma viagem prazerosa para as pessoas. O livro Viver e Amar Lisboa, é leve, é gentil. Não há teses ou discussões aprofundadas. Claro que sou histo-

riadora e vou costurando a narrati-va com as informações abalizadas e dentro do contexto.

Em seu perfil vimos que é apaixo-nada por Itália e Lisboa, em sua visão, conte-nos quais os encantos que os diferenciam?Rijarda Giandini - A Itália é minha primeira paixão fora do Brasil. Sou encantada com suas cidades peque-nas, iguais, de gente que carrega o seu peso. Gosto do sul da Itália, do

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mar, das pedras... foi para o sul que fui para um sabático que se prolon-gou por quatro anos! Ali aprendi a colher uvas e fazer a sagrada trans-formação em vinho; azeitonas, em pés seculares, colheras para o azei-te de oliva. Fazer a salsa de pomo-doro (molho de tomate) plantados por mim. É um amor maduro este pelas pequenas cidades italianas. Faço meu percurso ao menos uma vez por ano. Giovanni é italiano, do Norte, e é a síntese da minha rela-ção calma, arrebatadora e perene com o País. Com Lisboa, foi algo mais contemporâneo, acho, por conta do meu olhar de hoje. Ela, a cidade, de repente apresentou-se como uma conformação dos meus anseios. Um amor à primeira vis-ta, talvez. Lembro-me que quando chegamos para o primeiro encontro com a direção da minha Univer-sidade, o aeroporto surpreendeu--nos pela beleza, grandiosidade do shopping internacional e pelo me-trô dentro do aeroporto. Ali fomos recebidos, em pintura em azulejos, por grandes personagens portugue-ses, nos dando às boas vindas. O primeiro encantamento. Em nos-so segundo dia de morada, fomos a um supermercado e um senhor com não menos de 80 anos, nos deu uma “boleia”(carona) sem que eu pedisse...vejo a cidade gentil. Como demonstro no livro Lisboa é uma alternativa muito interessante para quem quer ter uma experiên-cia de moradia. Em termos de custo da vida é relativamente menor do que a Itália e do que o Brasil. Como qualidade de vida é superior nos dois casos. Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom co-nhecer melhor a autora Rijarda Giandini. Agradecemos sua par-ticipação no projeto Divulga Es-critor. Que mensagem você deixa para nossos leitores?Rijarda Giandini - Fico sempre contente quando entre no site do

Projeto e vejo mais e mais livros e au-tores em nossa língua. Tenho muito orgulho de pertencer a esta grande Pátria chamada Língua Portuguesa. Somos um. Divulguem a boa litera-tura, este é o critério. Ler, escrever, ler. Incentivar o nosso cérebro à lei-tura. Quanto ao meu livro “Viver e Amar Lisboa” gostaria que fosse útil para provocar um belo sorriso, para sonhar, para planejar seu estudo nas terras de Camões, e para viajar de olhos bem abertos ou fechados em noites de sonhos. Contatos da auto-ra - [email protected]: Rijarda Giandini / Viver e Amar Lisboa - www.rijardagian-dini.wordpress.com

Fragmentos do Livro

Rio Tejo:“De frente para a Torre de Belém, sem aproxi-mar-me, deixo voar as gaivotas. Vejo as naus saindo em busca do ouro, das terras, das gentes, das especiarias. Sempre a eterna busca que nos faz levantar dia a dia. Os homens por-tugueses, deixam suas mulheres, seus meninos, suas fomes para saciar em outras paragens. ““Andando! Assim come-ço a conhecer a cidade. Sem pressa ou pré--conceitos concebidos e cheios de pecados. Como o corpo da pessoa amada, percorro sem juízos. Simplesmente, admirando as curvas, as dobras, os montes. Não há o certo ou o menos.” “Adentrei nos meandros da vida em Lisboa, suas dificuldades, institui-ções, supermercados, lojas e mercados. Como estudante de doutorado, esposa e mãe vivenciei e fiz valer meus direitos de bolsa de estudo, de subsídios, de cidadã e, os correspondentes, deve-res. Viver Lisboa é uma face da moeda. A outra, Amar Lisboa, é quase uma consequência.”

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Por José Sepúlveda

Era frequente reunirmo-nos naquela salinha, primariamente concebida para escritório do ministro do Evangelho que deveria servir na nossa pequenina Igreja da Rua do Pinhal.

Mas o espaço só raramente foi utilizado para esse fim, sendo frequentemente usado como arquivo ou sala de apoio e fortuitamente para usar o sanitário ali exis-tente.

Havia ali dois sofás individuais, uma cadeira de apoio e a cadeira que servia à robusta secretaria de ma-deira ali existente. Uma estante era usada para alojar alguns livros e pastas de arquivo da secretaria da Igreja. Num canto, uma porta de acesso ao tal lavabo de apoio à sala.

E era ali que por norma nos reuníamos para cava-quear um pouco antes de cada reunião.

Entre os frequentadores do espaço estava o Né Pin-to, um invisual, membro assíduo e dedicado da Igreja e que duas vezes por semana - fora os dias em que andava a calcorrear por todos os recantos da cidade - se deslo-cava a pé de sua casa situada a uns dois bons quilóme-tros, fizesse chuva ou fizesse sol. Percorria as ruas com uma ligeireza tal que surpreendia qualquer passante que quase sempre o saudava com carinho:

- Bom dia, Né… - Bom dia - respondia, chamando sempre pelo

nome os seus interlocutores.- Vais até a Igreja?- Vou por aí. É preciso alimentar a alma…O Né era operário numa fiação onde exercia com

grande profissionalismo a função de revisor de tecidos. Deliciávamo-nos a ouvir as suas histórias às vezes ro-cambolescas e experiências de vida interessantíssimas.

Quando abríamos a gaveta, saltava-nos à vista uma

A Gaveta

SOLAR DE POETAS

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perfuração no fundo da mesma. Nos convívios que na-quela salinha iam acontecendo quase sempre a história da gaveta da secretaria vinha a tema de conversa e ami-úde gracejávamos com o “descuido “ de certo operário que de forma pouco profissional tinha deixado a gaveta com esse buraco inusitado no interior e que a atravessa-va em toda a sua largura. Como foi possível ter passado despercebido?

Ó Joaquim, tira lá una minutos para - arranjar isso, pá! – gracejavam os presentes para o homem tapa-furos lá do sítio.

Durante muito tempo, negligentemente, a gaveta permaneceu assim, sem que vivalma tivesse o descorri-mento de a mandar consertar. E os comentários iam-se sucedendo sem que ninguém tomasse qualquer inicia-tiva para colmatar o problema.

Um dia calhou ao Né Pinto sentar-se na cadeira da secretária. Chegou um pouco mais atrasado e o seu lu-gar habitual estava ocupado. Alguém, gentilmente, lhe ofereceu a cadeira da secretária.

No meio daquela cavaqueira reparamos a dado mo-mento que a mão do Né , sorrateiramente, se infiltrava na gaveta até que atingiu o famigerado buraco. Um pe-sado silêncio se fez sentir na sala e todos os olhares se dirigiram espantados para ele.

Abriu-a, tateou o forro e detetou o orifício. Silente, estendeu a mão direita por debaixo da gaveta até chegar mesmo lá ao fundo. Tateou de novo, agarrou na ponta do forro e com um brilho nos olhos, empurrou-o em direção a si, recolocando-o no seu devido lugar:

- Já está. - desabafou.Abriu-a com um sorriso nos lábios e, perante a es-

tupefação dos presentes, desabafou: -Temos gaveta!

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ENTREVISTA

Escritora Silvia LigabueFormada em Psicologia desde 1989, possui Certificação Internacional Wellness Coaching pelo National Wellness Institute. Especializada em Promoção da Saúde pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP e Pós-graduada em Terapia Cognitiva com base construtivista pela Universidade Paulista com curso de extensão na Universidade do Minho-Braga-Portugal (1996) e Co-fundadora da Sociedade Brasileira de Terapia Cognitiva. Além de autora do livro “Faça Escolhas, não terceirize sua vida”, lançado pela editora Autografia em 2015. Colaboradora do capítulo 10, Depressão, do livro, “A poderosa, a vida da mulher pode ser melhor a cada dia” Paulo Cezar Fernandes David, editora Olivier – 2003 colaboradora do artigo, Pressão para ser bem-sucedido pode destruir seus planos de felicidade, e textos mensais em qualidade de vida, autoconhecimento entre outros temas na UOL. Boa leitura!

Que as escolhas nos concedem uma sensação de liberdade e de resgatar nosso próprio poder.”

Por Shirley M. Cavalcante (SMC)

Escritora Silvia Ligabue, é um prazer contarmos com a sua par-ticipação no projeto Divulga Es-critor, conte-nos o que a motivou a escrever o seu livro “Faça esco-lhas, não terceirize sua vida”?

Silvia Ligabue - Gostaria desde já agradecer minha participação neste projeto que venho acompanhando a algum tempo e que tenho muito res-peito. Sou psicóloga clinica a mais de 25 anos , tenho uma consultoria em Qualidade de vida no trabalho e sou Coaching em bem estar.

Acredito muito na prevenção e tra-tamento, em viver uma vida com qualidade, com mais leveza e então resolvi falar de tudo isso, de plantar uma semente em cada leitor com esta leitura e é claro que as escolhas cabem a cada um sobre o carinho que querem seguir.

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Amo escrever desde sempre e além de textos que escrevo para sites es-tou com dois trabalhos em anda-mento, onde um é um e-book de frases e pensamentos para reflexões que deve ficar pronto neste primei-ro semestre e outro ainda uma sur-presa para os meus leitores.

Quais os principais desafios para escrita do livro?Silvia Ligabue - O que foi mais complicado foi decidir sobre que editora trabalhar, se ficaria tentan-do muito tempo uma maior edito-ra ou se começaria por algo menor e após o termino do meu contrato buscaria outra possibilidade.E tudo fluiu muito bem, pois sabia que era um sonho que realizaria.

De que forma estes desafios foram superados?Silvia Ligabue - Analisei varias

propostas e busquei a se-riedade e indicação da melhor editora até que es-colhi a minha. Conversei com algumas pessoas do meio até que decidi.

Qual a mensagem que você quer transmitir ao leitor através de “Faça escolhas, não terceirize sua vida”?Silvia Ligabue - Que as escolhas nos concedem uma sensação de liber-dade e de resgatar nosso próprio poder. Nos dá a opção de qual a direção que queremos seguir, por nossa própria vontade e por isso nos responsabili-zamos por elas. Deixamos assim de sermos meras vi-timas da vida para sermos autores.

Onde podemos comprar o seu livro? Silvia Ligabue - Editora Autografia

http://www.autografia.com.br/loja/faca-escolhas,-nao-tercerize-sua--vida/detalhes E-book Amazonh t t p : / / w w w . a m a z o n . c o m .b r / F a % C 3 % A 7 a - e s c o l h a s --n%C3%A3o-terceir ize-vida--ebook/dp/B011SD3NKQ/ Livraria cultura - http://www.ama-zon.com.br/Fa%C3%A7a-esco-lhas-n%C3%A3o-terceirize-vida--ebook/dp/B011SD3NKQ/

Como psicoterapeuta, conte-nos quais os principais objetivos da Terapia Cognitiva?Silvia Ligabue - A terapia cogniti-va é baseada no modelo cognitivo o qual acredita que o que determina as emoções e o comportamento de uma pessoa é o modo como ela in-terpreta as situações vividas, ou me-lhor, como ela estrutura o mundo.Tem como objetivo levantar hi-póteses de como cada indivíduo

construiu sua realidade e com isto analisar padrões de pensamentos geradores de crenças que, se dis-funcionais ou inadequadas, causam conflitos para a pessoa gerando so-frimento.

Você realiza palestras sobre quais temas?Silvia Ligabue - Minhas palestras são comportamentais e motivacio-nais. Alguns temas: - Qualidade de Vida e Bem estar “um dos maiores anseios do ser humano na atualida-de” - Faça escolhas, não terceirize sua vida.( baseada no meu livro) - Como tornar os filhos vencedores?- Estamos sempre ganhando tem-po. O que isso influencia na vida de nossos filhos?

Quem desejar como deve fazer para contratar a palestrante Silvia Ligabue?Silvia Ligabue - Enviar um email para [email protected] ou pelos tels. 11 2865-4845 ou 99129-6351. Ou ainda acessar www.psicorposp.com.br, que terão mais informações.

Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom co-nhecer melhor a escritora e pales-trante Silvia Ligabue. Agradece-mos sua participação no projeto Divulga Escritor. Que mensagem você deixa para nossos leitores?Silvia Ligabue - Que é um grande prazer fazer parte deste trabalho e poder mostrar um pouco do meu , que é sem duvida uma grande pai-xão e um grande presente da vida. E ainda que acredito que os pro-blemas sempre existirão, o ideal é não darmos o alimento para que ele cresça, afinal, nossa única obriga-ção nesta vida é ser feliz.

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ENTREVISTA

T.S.Duque nasceu em São Paulo, onde mora atualmente com a esposa e os dois filhos. É formado em Engenharia Logística e trabalha como tal na maior parte do tempo. Começou a escrever aos 22 anos de idade com o primeiro volume da série Tânton e as fortalezas de Asmodeus em 2012, título que o lançou no universo literário fantástico brasileiro. Sempre foi apaixonado pelo mundo das letras e a entrada na literatura ocorreu de forma natural, através do gosto pela leitura e as ideias que sempre borbulhavam em sua cabeça. Dessa paixão literária e dessas ideias nasceu Tânton, seu principal personagem e mestre, que vem ensinando grandes lições a este autor que está apenas começando e evoluindo.

Boa leitura!

É muito difícil lutar contra isso, contra um inimigo que se parece tanto com você. Esse é um desafio histórico.”

Escritor T. S. Duque

Por Shirley M. Cavalcante (SMC)

Escritor T. S. Duque é um prazer contarmos com a sua participação no projeto Divulga Escritor, conte--nos o que o motivou a ter gosto pela escrita literária?

T. S. Duque - Olá, o prazer é todo meu. Quero deixar primeiramente um enorme abraço a todos do Pro-jeto Divulga Escritor e também a você que está lendo essa entrevista. Creio que o gosto por escrever nas-ce depois do gosto por leitura e é por isso que estou aqui. Sempre gostei

muito de ler, desde muito pequeno, e meu sonho sempre foi fazer parte desse universo literário, sobretudo, em um gênero que é pouco difun-dido por aqui: a ficção fantástica. Sempre li muito autores de livros infanto-juvenil e ficção e via, com pesar, que todos eram estrangeiros,

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então pensei: por que não? Depois disso comecei a pesquisar e desco-bri que existem outros autores bra-sileiros nesse gênero e são fantásti-cos. Meu sonho é fazer parte disso a cada dia mais.

Em que momento pensou em es-crever “Tânton”?T. S. Duque - Foi quando estava dormindo (risos). Tive um sonho espetacular de uma cena que está no livro e dali comecei a imaginar todo o universo, a trama, os per-sonagens, foi um processo de pelo menos três anos até ter a base para o primeiro livro concretizada.

Quando iniciou a escrita do livro, já sabia que iria ser uma série?T. S. Duque - Sim, por um moti-vo simples: sou fã de séries, tanto de livros quanto cinematográficas. Gosto de histórias longas, que ter-minam parcialmente em um livro

ou temporada e se inicia em outra da mesma maneira que terminou a anterior, sempre achei isso fantás-tico. É como se a história fosse tão boa ao ponto de você não querer que acabe, pois você acaba crian-do um mundo todo seu, parece que você faz parte dele e, o fim disso, em nossa cabeça, parece ser o fim de muitas outras coisas. É como na vida, gosto de imaginar, um desafio sempre vem seguido de outro e a ba-talha nunca termina até que chegue ao real fim. O segredo é não deixar acabar de qualquer jeito ou até que esteja realmente pronto para partir. Tenho certeza que muitos passam por isso.

Conte-nos um pouco sobre o pri-meiro volume “Tânton e as forta-lezas de Asmodeus”?T. S. Duque - O livro narra a tra-jetória de Tânton, um jovem que carrega uma arma poderosa, no

reino das trevas, que vai em bus-ca dos príncipes do inferno para subjuga-los e prendê-los no tempo, afim de livrar a humanidade de suas influencias demoníacas, além de li-bertar seus irmãos das garras desses poderosos habitantes do reino das trevas. O primeiro livro fala sobre Asmodeus que representa, na histó-ria, o demônio responsável pela lu-

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xuria e prostituição. Tânton precisa ir até seus domínios e resgatar sua irmã que está presa com ele, mas durante a história ele descobre que a luta é muito maior do que essa.

De que forma o enredo continua em “Tânton nas forjas da ira”?T. S. Duque - Nas forjas da ira a história continua exatamente onde

parou e Tânton, agora mais madu-ro e entendendo melhor o que está acontecendo no mundo, vai em busca de Azazel, demônio respon-sável pela ira na história. O objeti-vo é prendê-lo no tempo e destruir seus domínios no reino das trevas, fazendo com que seus objetivos no mundo real também desapareçam. A maior diferença entre os dois li-vros é que, diferentemente do pri-meiro volume que trata bastante de explicar a história, a origem de Tânton e sua família além de criar o pano de fundo principal, sem dei-xar faltar muita aventura, é claro, o segundo volume é mais eletrizante no que diz respeito aos desafios en-frentados por ele e também ao psi-cológico envolvido, sobretudo pelo encontro com um velho conhecido.

Com relação ao enredo, qual a mensagem que você quer transmi-tir ao leitor?T. S. Duque - A mensagem mais poderosa desta série é o poder que temos de fazer todas as coisas acon-tecerem e, acima de tudo, o papel importantíssimo que o amor tem nisso tudo. É um sentimento que não pode nos faltar, jamais. A his-tória foca principalmente nisso, no amor, na esperança e na fé e o que pode estar em jogo se isso tudo vier a acabar no mundo. Além disso, por ser uma história de ficção, muitos podem identificar mensagens mui-to diretas a si mesmos, fato que faz parte de qualquer leitura e aí é que está o prazer da literatura.

O que mais o encanta em “Tânton”?T. S. Duque - O que me encan-ta muito é a dinâmica entre nosso mundo e o reino das trevas que, no livro, são os dois cenários princi-pais. É incrível como se parecem e também a influência, boa e ruim, que um exerce sobre o outro e vice--e-versa. É muito difícil lutar con-tra isso, contra um inimigo que se parece tanto com você. Esse é um desafio histórico.

Onde podemos comprar o seu li-vro?T. S. Duque - O livro pode ser ad-quirido no meu site www.tsduque-oficial.com, ou no site da editora www.editoraapmc.com.br ou atra-vés do e-mail [email protected]. O envio é feito para todo o Brasil.

Quais os seus principais objetivos como escritor?T. S. Duque - Meu principal ob-jetivo é ser lido, realmente não há maior prazer. É um hobby que quero levar para a vida toda. Além de contribuir para um cenário na-cional que tem pouca visibilidade, infelizmente, mas que possui seus diferenciais históricos para uma so-ciedade se desenvolver.

Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom co-nhecer melhor a série “Tânton” do autor T. S. Duque. Agradecemos sua participação no projeto Divul-ga Escritor. Que mensagem você deixa para nossos leitores?T. S. Duque - Quero agradecer imensamente esta oportunidade e quero convidar você, leitor (a) a visitar meu site e/ou minhas redes sociais para bater um papo, saber mais sobre mim e sobre as histórias e também ficar por dentro do meu próximo lançamento que está em fase de edição chamado: Senhor dos Ossos. Um grande abraço!Serviços:h t t p s : / / w w w. f a c e b o o k . c o m /T.S.Duque/ Twitter - @[email protected]

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Janeiro: Tempo de férias, viajar de Leste a Oeste, Nor-te Sul. Banho de mar e céu azul. Fevereiro: Cair na folia com alegria samba, frevo e marchinha na festa da carochinha.

Março: Estudar e trabalhar com foco e emoção para garantir o futuro da nação.

Abril: Uma pausa para oração e ga-rantir o predão.

Maio: Mês das noivas animadas pre-parando o casório, o vestido majestoso pro-vando na confecção.

Junho: Muitos festejos encantados ce-lebram Santo Antônio e S. João. O forró no arrasta pé ponto alto na comemoração.

Julho: O pescador com dois peixes e três pães cinco mil pessoas alimentou. Ele é pescador de homens, tem a chave do segredo.

Agosto: Metade do mundo fazendo aniversário, balas, bolas e bolos, alegrando da criançada. Assoprar a velinha já está no imaginário.

Setembro: A primavera che-gando um bailar de revoada, a ale-gria de pássaros e borboletas en-feitando a natureza. Flores, cores e perfumes com brilhos de vaga -lumes. Outubro: O camponês fervoroso e espe-rançoso iniciando sua plantação, arroz, milho e feijão...

Novembro: O décimo terceiro sai ou não sai? O ano já acabou, vou planejar mi-nhas férias. Ufa! Cansado de trabalhar nem consigo imaginar...

Dezembro: O foco é Natal, comida, bebida, luz, brilho e presente... Alguém lembrando do aniversariante ?

Escritora Marta Maria Niemeyer

Participação especial

Calendário

Na infância brinca-se de faz de conta, o imaginário ul-trapassa o limite do cenário... Criança brinca com bola, água e lama. Faz cabana embaixo do lençol da cama. O guri sobe em árvore, pedala na bicicleta, mergulha na piscina ou na praia. Faz castelo na areia e constrói delícias com barro e anda descalço. Criança gosta de ler e escrever histórias. Desenha e pinta com pincel e tinta. Pinta um, dois, três e também pinta o sete... Na descoberta do mundo ao seu redor vai de Sul ao Norte, sobe nos montes e viaja na linha do horizonte. Criança constrói seu brinquedo sem fazer segredo... Criança feliz corre, pula cai e rala o nariz. Sacode a poeira e dá volta por cima, sai sorrindo bailando e sambando sem cicatriz. Criança conten-te sorri sem dente, o dente está mole não se enrole, chama o irmão doutor pra tirar sem dor. A infância é inocente diz o que sente, gosta de chocolate e presente. Pipoca e paçoca. Seu me-lhor amigo é uma foca. Criança com tempo e espaço livre cria, inventa, raciocina, age e interage. Comunica e não se trumbica. Cresce aprende e escina, ao tornar adulta é tranquila e serena, confiante e produtiva.

Infância

Mulher foi escolhida por DEUS para ser a mãe de seu filho. Mulher recebeu o dom de gerar e amar, a delicadeza de criar ternura para educar. Mulher tem capacidade de concluir várias coisas ao mesmo tempo. Mulher pode ser mãe, cozi-nheira, lavadeira, arrumadeira, passadeira. MULHER pode ser professora, médica, cantora e escritora. Mulher pode ser arquiteta, motorista ou maquinista. MULHER pode ser o que quiser. A mulher é sempre bela não depende de que a vela. MULHER deve sentir-se sempre bela. Seu olhar que fascina o sorriso que ilumina, sua palavra que ensina. Majestosa e poderosa o mundo para ti inclina.

Mulher

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Divulga Escritor - Escritora Uiara Melo é um prazer contarmos com a sua participação no projeto Di-vulga Escritor, conte-nos o que a motivou a participar do Festival de Literatura organizado pelo es-critor Luiz Amato?

Escritora Marta Maria NiemeyerENTREVISTA

Aos 33 anos Uiara Melo é uma escritora que gosta de desafios! Residente em Macaé – RJ, publicou a obra “As várias fases de um amor” (Livro de poesias), participou de vários concursos literários, tendo em seu currículo alguns textos publicados nas seguintes obras: Antologias de Poetas Brasileiros Contemporâneos (CBJE), volumes 39 com a poesia “Você”, 40 “Falta”, 41 “Má Companhia” e Eldorado Coletânea de Poemas, Crônicas e Contos 2008(SP), com a poesia “Paixão Avassaladora”. Seu mais recente trabalho é o romance-drama “Zafhira – Quando o amor acontece”, publicado e distribuído de forma independente.

Boa leitura!

Não tenho objetivos fixos, eu só quero tocar no íntimo do leitor, escrevo o que gosto, então espero que as pessoas gostem do que eu escrevo”

Escritora Uiara Melo

Por Shirley M. Cavalcante (SMC) Uiara Melo - Foi o Luiz quem me convidou e na hora aceitei. Gosto de contribuir para coisas boas.

Divulga Escritor - O que mais a encanta no evento?Uiara Melo - A oportunidade de visibilidade, e também por estar co-nhecendo outros escritores.

Divulga Escritor - Em que mo-mento se sentiu preparada para publicar o seu primeiro livro de poesia “As várias fases de um amor”?Uiara Melo - Quando eu perce-bi que havia produzido textos em quantidade suficiente para publica-ção, então resolvi fazê-lo.

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Divulga Escritor - Que temas você aborda nesta obra?Uiara Melo - O amor em vários as-pectos.

Divulga Escritor - Escritora Uiara, o que a inspirou a escrever o seu romance “Zafhira”?Uiara Melo - Tudo começou com um diálogo e depois foi tomando forma e eis que já tinham 10 pági-nas, então respirei fundo e dei vida a imaginação. As pessoas me inspi-

ram, o cotidiano a rotina também.

Divulga Escritor - Como foi a construção dos personagens que compõe a obra?Uiara Melo - Foi tranquilo, comecei com duas e depois durante o desen-volver da história foram entrando os outros, no último ano de escrita (três anos depois), eu fui realmente estruturar a história e fazer a linha do tempo. Foi nesse momento que parei de brincar e tomei coragem

para dividir com os leitores a minha história.

Divulga Escritor - Conte-nos so-bre o seu mais recente lançamento “Sem Sombra”?Uiara Melo - Escrevi Sem Sombra Será tudo verdade? no ano passa-do 2014 na plataforma do Wattpad, como teve muitos acessos e likes, ti-rei-o de lá e fui estruturá-lo melhor. Antes de me focar em algum gênero eu quero passear por outros, então estou me possibilitando a escrever outras coisas e ainda vem novida-des por aí. Voltando a falar do Sem Sombra, eu o escrevi diante de esse furacão literário de lobos e vampi-ros, que acredito que em 2016 serão anjos e demônios não vou escrever sobre anoje e demônios porque te-nho outros textos para finalizar rsr-srs. Sem Sombra conta a história de Fernanda Navarro nascida em Crostford uma cidade fictícia na Europa. Ela é uma adolescente em transição para a fase adulta, passa por incertezas como qualquer outra adolescente. Depois de um acon-tecimento ela se vê entre o céu e o inferno ao lado do Rafael um es-tranho que será a sua única opção. Nenhum dos dois escolheram estar juntos, mas o destino escolheu por eles, nada como as coincidências. Eu como sempre quero trazer os meus personagens para mais pró-ximo a nossa realidade, então eu tento de alguma forma humanizá--los, dá-los sentimentos reais, não são super-heróis. E nessa história de vampiros, lobisomem, mestiços e humanos, eu abordo a essência de cada personagem, a luta deles para serem normais em plena década de 80. É um romance-fantasia diferen-te, que traz drama, incertezas, deci-sões, paixões e amor. Não é porque eu escrevi este livro não, mas ele está lindo. Uma leitura gostosa, fá-cil e rápida.

Divulga Escritor - Por que adqui-rir o “Sem Sombra”?

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Uiara Melo - Por que adquirir o Sem Sombra? Oras, porque sim. Posso escrever páginas e mais pá-gina em defesa dele para vender o meu peixe. Mas a única coisa que digo é que a leitura nos faz viajar, e nessa viagem onde conduzirei o lei-tor, ele poderá conhecer um pouco da cidade de Marvão em Portugal junto com a Fernanda, e ainda ser cúmplice de suas decisões e ações. Tenho certeza que o leitor não irá se arrepender, o livro foi produzin-

do com muito amor, carinho e suor dessa escritora independente que vos escreve.

Divulga Escritor - Onde podemos comprar os seus livros? Uiara Melo - A várias fases de um amor – Esgotado, pretendo lan-çar novamente em 2016 Zafhira- Quando o amor acontece – Comigo [email protected] site da Letra e Versos http://www.letraseversos.com.br/livraria-virtu-

al/zafhira.html / Ebook na Amazon / PDF na Saraiva Ebook.

Divulga Escritor - Quais os seus principais objetivos como escri-tora?Uiara Melo - Não tenho objetivos fixos, eu só quero tocar no íntimo do leitor, escrevo o que gosto, então espero que as pessoas gostem do que eu escrevo (rsrsrs).

Divulga Escritor - Como você vê o mercado literário brasileiro?Uiara Melo - Muito injusto, e com custo muito fora do normal. Não concordo na questão de o escritor ter pouca remuneração já que ele foi a peça principal do produto final.

Divulga Escritor - Pois bem, esta-mos chegando ao fim da entrevis-ta. Muito bom conhecer melhor a escritora Uiara Melo. Agradece-mos sua participação no projeto Divulga Escritor. Que mensagem você deixa para nossos leitores?Uiara Melo - Tenho, agradeço des-de já a oportunidade de me deixa-rem fazer parte da sua biblioteca pessoal. Espero que goste da leitura, e vem comigo! Ainda iremos dar muitas gargalhadas e dividir muitas lágrimas. Beijos.

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ENTREVISTA

Valéria Guerra Reiter : atriz, escritora, cantora, historiadora, autora dos livros: Eu preciso de um Hulk, Expectativas e contos, Lágrimas e trópicos sonetos e confetti, todos lançados em bienais do livro de São Paulo, de 2010 a 2014. Ganhou o prêmio Clarice Lispector, por sua arte literária (em 2015 – pela editora comunicação) e o prêmio de melhor contista em 2014, reconhecida pela editora Mágico de OZ. Artilheira da cultura do Forte de Copacabana... atualmente ministra aulas de teatro na Agência BR Sete em Petrópolis, dirige a GGG Empreendimentos Artísticos.

Boa leitura!

E realmente se refletirmos um pouquinho veremos que o mistério expectante de uma narrativa que conta algo nos oferta um golpe a cada parágrafo, o que nos desperta para a vida.”

Escritora Valéria Guerra

Por Shirley M. Cavalcante (SMC)

Escritora Valéria Guerra Reiter, é um prazer contarmos com a sua participação no projeto Divulga Escritor, conte-nos o que a moti-vou a ter gosto por contos?Valéria Reiter - O gosto por contos

advém da fé no cotidiano, no sobre-natural, na ficção, e na vida. Contar uma história é algo maravilhoso, seja ela baseada em fatos, ou não; a tradição oral que reunia os povos antigos em torno de uma fogueira para ouvir as trajetórias aventurei-ras de antepassados legou ao Ho-

mem moderno este gosto. Acho que criar é algo excepcional, e criar con-tos é divino.

O que mais a encanta neste estilo de escrita literária?Valéria Reiter - Compútus (latim) que significa conta, gênero literá-

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rio que pode ser breve e fictício, e que pode trazer à tona personagens que se entrelaçam, e quase se trans-formar em uma novela. Como diz um ator amigo meu: A poesia é um abraço, e o conto é um soco. E real-mente se refletirmos um pouquinho veremos que o mistério expectante de uma narrativa que conta algo nos oferta um golpe a cada parágra-fo, o que nos desperta para a vida.

Em que momento se sentiu prepa-rada para publicar o seu livro “Ex-pectativas e Contos”? Valéria Reiter - Depois que lancei “Eu preciso de um Hulk” na Bienal do Livro de 2010, em São Paulo, livro que se constitui de uma mis-celânea de contos, poesias, sonetos, e outros gêneros, eu pensei que o próximo seria constituído por con-tos, e contos que expressassem o in-quietante mundo das expectativas – Aí nasceu “Expectativas e Con-tos” livro que narra as mudanças, as surpresas e as angústias de pessoas e rotinas alteradas ou não...

Que temas são abordados nos tex-tos que compõem a obra? Valéria Reiter - Por exemplo, Char-les é um fisiculturista natural, não usa sintéticos para ficar forte, pelo contrário ele é alguém que não tem vícios, e tem um objetivo : Criar músculos à la Atlas; fã do ator Lou Ferrigno (Incrível Hulk dos anos 1980) este herói brasileiro não gosta nem um pouco de ser interrompi-do quando está na Academia...Já a pintora e educadora física Ângela desiste de casar com Ricardo – um bom vivant e burguês às portas do matrimônio, e troca uma vida de carioca da Barra da Tijuca por um confim nordestino, onde poderá através de um projeto social fazer o bem; E Carlos Sá que expecta seus

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cem anos que estão chegando, ama seus filhos, netos e bisnetos, porém diz que ser velho ou ser novo, é só uma questão de alma...

A quem você indica a leitura de “Expectativas e Contos”?Valéria Reiter - Indicar uma leitu-ra como o livro de contos “Expec-tativas e Contos” é viajar no tempo, pois os vinte e um contos delinea-dos neste compêndio merecem ser lidos por um público variado: Des-de pré-adolescentes até seres huma-nos com mais de cem anos.

Como foi a escolha do Titulo?Valéria Reiter - Foi sob forte expec-tativa de sucesso.

Onde podemos comprar o seu li-vro? Valéria Reiter - O livro foi lançado na Bienal de São Paulo, em 2012, e foi para os sites: www.lpbooks.com e www.livrariacultura.com , assim como existem exemplares com o autor, basta entrar em contato com [email protected], [email protected] ou pelo blog www.guerrahulk.blogs-pot.com.br

Quais os seus principais objetivos como escritora? Valéria Reiter - Revolucionar o Brasil, trazer novos horizontes para uma geração que está à deriva no barco embriagado da mesmice cul-tural, ou seja, tornar o hábito mile-nar da leitura um direito sagrado, uma norma, e não uma exceção no underground da Cultura.

Quais os principais hobbies da au-tora Valéria Guerra Reiter? Valéria Reiter - Escrever, atuar, viajar, e sobretudo socializar com o próximo aquilo que a experiên-

cia de viver me ofereceu através da jornada da existência; ah já ia me esquecendo de mais um hobbies: Cantar.

Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom co-nhecer melhor o livro “Expecta-tivas e Contos” da autora Valéria Guerra Reiter. Agradecemos sua participação no projeto Divulga Escritor. Que mensagem você dei-xa para nossos leitores?Valéria Reiter - Deixo três pen-samentos meus que estão no site: www.pensador.uol.com.br “A vida é um desenho, não morra como um rascunho”“A fé é a razão de quem espera mais da vida...” “...Tempo é documento...”Contatos com a autora: [email protected] - [email protected] - [email protected] - https://www.facebook.com/ExpectativasEContos/?fref=ts

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...para amar minha mãe um pouquinho mais... para fazer-lhe carinhos, passar a mão em seus cabelos brancos, beijar suas bochechas.

Queria um pouco mais de tempo em sua companhia para aprender a ser um homem de bem, com atitudes retas, com o caráter formado.

Queria me embevecer com seu sorriso santo, beijar suas mãos gordinhas e sentir o carinho de seus cuidados; beber na sua fonte de tolerância, sentir o cheiro do círio de sua esperança, que nunca se apagou.

Queria só mais uma semana para dedicar todo o meu amor à minha santa mãezinha, minha mãe que tanto me amou, me cuidou, pensou minhas feridas de corpo e alma, velou meu sono agitado por pesadelos de estripulias juvenis.

Queria poder dizer que nunca lhe esqueci, que rezo por ela todas as noites, que peço a Deus que a tenha sob seus cuidados, que não a deixe sofrer, que seja sempre amada por todos os anjos. Queria pedir a Deus o perdão de minha saudade, contra a qual não tenho forças para lutar.

Queria só mais um segundo para presentear-lhe um grande beijo

Escritor Anchieta Antunes

Participação especial

...queria só mais uma semanana fronte coroada de atenções, de sensibilidade, cuidados, de zelo pela família; queria dar-lhe um grande abraço filial e receber o troco em abraço maternal. Queria acariciar seus braços gordinhos e dar um carinhoso beliscão nas suas papadas. Queria vê-la sorrir novamente, a gargalhada do prazer da vida na companhia dos filhos criados e educados, prontos para encarar a selva de pedras.

Queria vê-la sorrir a certeza do dever cumprido, da tarefa realizada com louvor. Queria ir com ela fazer a feira do sábado, provendo o lar de suas necessidades praticas. Ela que “arengava” com todos os fregueses por um preço melhor, presa aos cuidados de um orçamento domestico compatível com os ganhos dos filhos que trabalhavam de sol a sol.

Queria sair com ela, de mãos dadas, para passear na praça e escutar a “retreta” da Banda de Musica da Policia Militar, quando se apresentava no coreto aos domingos. Momentos em que ela cobria sua fisionomia de candura e deleite com o ritmo dos acordes marciais. Não saía daquela posição até que o ultimo som invadisse seu momento de puro prazer, e já começava a beber na taça da

expectativa do próximo domingo. Queria com ela desfrutar da

alegria de comer algodão doce e brindar nossos olfatos com a fragrância dos canteiros de rosas daquela praça encantada. Aquelas tardes tinham o néctar do enlevo da cumplicidade de mãe e filho glabro.

Para mim, aqueles momentos, eram sempre melhores que uma tarde no circo. A saudade é opaca porque não tem textura.

Queria só mais uma semana para amar, “desesperadamente” a minha mãe que está, desde os meus 17 anos, na companhia de Deus.

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Escritor Anchieta Antunes ENTREVISTA

Vanessa Arruda é compositora e escritora, escreve artigos. Estudou em Itupeva e na faculdade de pedagogia em Indaiatuba.

Boa leitura!

Escritora Vanessa Arruda

Por Shirley M. Cavalcante (SMC)

Escritora Vanessa Arruda é um prazer contarmos com a sua par-ticipação no projeto Divulga Es-critor, conte-nos em que momen-to pensou em escrever o seu livro

“Eu x Eu O Pensamento Inimigo”?Vanessa Arruda - Olá, igualmente, eu nunca pensei em escrever um li-vro, mas um dia me veio um email marketing de uma famosa livraria dizendo se eu já havia pensado em fazer um ebook a partir daí eu pensei e comecei o livro.

Que temas são abordados nesta obra?Vanessa Arruda - Os temas abor-dados são os pensamentos e as emoções das pessoas em forma de poesia.

Qual a mensagem que você quer

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transmitir ao leitor através dos textos poéticos apresentados em “Eu x Eu O Pensamento Inimigo”?Vanessa Arruda - O que eu mais quero mostrar é que em tudo há so-lução e pode ser resolvido, os nos-sos problemas, os nossos medos, as nossas incertezas.

Como foi a escolha do Título?Vanessa Arruda - Escolhi este ti-tulo por que sei que deixamos de fazer muitas coisas por causa dos nossos pensamentos negativos, ele bloqueia nossas ações e tudo come-ça a partir dos pensamento e se eles forem ruins eles se tornam nosso inimigo.

O que mais a encanta nesta obra literária?Vanessa Arruda - O encantar deste livro é que ele diz sobre o que to-dos sentem e que ele possa ajudar as pessoas de alguma forma e que eles possam gostar das poesias tirar algum proveito delas.

Onde podemos comprar o seu li-vro? Vanessa Arruda - Ele está dispo-nível em várias livrarias, Cultura, Perse, Travessa ,Saraiva, Folha e outras. http://www.livrariacultura.com.br/p/eu-x-eu-o-pensamento--inimigo-42962608

Quais seus objetivos como escri-tora? Vanessa Arruda - Eu quero escre-ver outro livros e quero que ele seja vendido mundialmente.

Quais os principais hobbies a au-tora Vanessa Arruda?Vanessa Arruda - Adoro estar com minha família, gosto muito de ouvir música e claro ler livros.

Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom co-nhecer melhor a escritora Vanessa Arruda. Agradecemos sua partici-pação no projeto Divulga Escritor.

Que mensagem você deixa para nossos leitores?Vanessa Arruda - Muito obrigada e felicidades, que leiam o livro e que ele ajude vocês em algum mo-mento de turbulência. Site do livro: http://jogolegal22.wix.com/euxeu http://www.livrariacultura.com.br/p/eu-x-eu-o-pensamento-inimi-go-42962608

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Mãe…Sou euÉs tuSomos nósNão é quem pariu e sentiu dor…É quem aconchega e dá calorÉ quem acolhe o que não geroue por ele morre, por amorÉ quem por mais que se sinta perdi-da, do filho não abre mãoÉ sentimento, emoçãonão é sangue, direito, nem posseÉ quem tem coraçãopronto para qualquer situaçãomesmo que doa, mesmo que perca o chãoMas o amor, esse, não perde, não!Mãe…Sou euÉs tuSomos nósQue amamos os filhos de prontidãosem precisar razãoÉ quem para além de dar vidadá a vida pelo filho, sem se questio-narSer Mãe, é simplesmente Amar!

Escritora Helena Santos

Participação especial

MÃE

Uma lua de algodãoNum sonho de magiaVeio cair na minha mãoE engravidou-me de alegriaTal era a boa energiaPerdida em tamanha euforiaNem me lembrei que elaEra mensageira da paixãoEnviada pelo meu amorE foi por pouco que não perdiO beijo louco que para mim traziaPresente do dono do meu coração!

SURPRESA

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ENTREVISTA

Manuel Amaro Mendonça é licenciado em Engenharia de Sistemas Multimédia pelo Instituto Superior de Línguas e Administração de Gaia e trabalha como técnico especialista numa empresa de serviços informáticos com cobertura mundial. Nasceu em Portugal, na cidade de São Mamede de Infesta em Janeiro de 1965, é casado e reside no concelho de Matosinhos. É o autor do livro “Terras de Xisto e Outras Histórias” publicado pela CreateSpace e distribuído pela Amazon.Tem participações com contos de sua autoria em várias coletâneas:“Luís e Isabel” selecionado para “Quando o Amor é Cego” da Papel D’Arroz Editora“Tudo por Amor” selecionado para a coletânea “A Bíblia dos Pecadores”, da Editora Suigeneris“Prioridades” selecionado para a coletânea “Obsessões” da Editora Lua de MarfimFoi agraciado com o terceiro prémio no 6º Concurso Literário Papel D’Arroz Editora com o conto “Tudo em Jogo” que será também incluído na coletânea “O Poder do Vicio”

Boa leitura!

Os eventos que esperam o leitor, naquela aldeia nas margens do rio Douro, sem dúvida que farão verter muitas “Lágrimas no Rio.”

Escritor Manuel Amaro

Por Shirley M. Cavalcante (SMC)

Escritora Helena Santos

Escritor Manuel Amaro Mendon-ça, é um prazer contarmos com a sua participação no projeto Divul-ga Escritor, conte-nos o que o mo-tivou a ter gosto por contos?Manuel Amaro - É um prazer e

uma honra fazer parte deste proje-to que traz visibilidade aos autores e escritores menos conhecidos e faz a homenagem aos livros e à palavra escrita, tantas vezes desprezados.Os contos são histórias curtas mas cheias de intensidade. Muitas vezes não é mais do que uma cena intensa

de um romance; caímos diretamen-te sobre a ação sem ter que estar a contar todos os meandros que le-varam o protagonista àquele ponto. Tudo se passa muito depressa e, a maior parte das vezes, num curto espaço de tempo. São essas duas coisas que me dão muito prazer na

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sua escrita, a velocidade e a intensidade. Desde o inicio de 2015 já partici-pei em diversas coletâneas onde os meus contos têm sido sempre selecionados.

Em que momento pen-sou em publicar o seu livro “Terras de Xistos e Outras Histórias”?Manuel Amaro - Já escre-vo há alguns anos, embora de forma desorganizada, ou seja, não guardava os escritos, eram basicamen-te poemas dispersos e uma ou outra história escrita a pensar em situações reais. Andavam espalhados por todos os lados, até que acabava por os deitar fora. Um disparate. Foi nos úl-timos meses de 2014 que me decidi a dedicar uma atenção mais séria à escri-ta e comecei a ler o que di-ziam os escritores, autores e entusiastas sobre a maté-ria. Em janeiro decidi-me; vou publicar um livro! Comecei a reunir alguns dos trabalhos antigos (o conto mais antigo de “Terras de Xisto e Outras Histórias” intitula-se “Ciúme” e é de 2005) fiz-lhes umas revisões e co-mecei a produzir novos trabalhos. No dia 31 de julho de 2015, premi a tecla “publique-se” e três sema-nas mais tarde tinha os primeiros exemplares nas mãos.

Como foi a escolha do Título?Manuel Amaro - O título vem do primeiro conto; “Terras de Xisto”. É o meu preferido, gosto de todos os outros, como é óbvio, de outra forma não os escreveria, mas aque-la história foi a “menina dos meus olhos”. Durante semanas os meus olhos e os meus sonhos estiveram inundados das paisagens transmon-tanas, das aldeias e das gentes, que eu tanto aprecio. E aquela história

desenrolou-se na minha cabeça como se de um filme se tratasse e eu apreciei-o como tal. Não havia por-tanto muito que escolher, o livro ti-nha que ter o nome do conto que eu mais gostava, o problema é que os outros não tinham nada a ver com o tema nem com o ambiente e tive que lhe acrescentar “Outras Histó-rias” e, modéstia à parte, acho que ficou bem.

Qual a mensagem que o autor quer transmitir ao leitor através dos textos que compõe a obra?Manuel Amaro - Não há apenas uma mensagem neste livro. Ele é composto por várias histórias que cada uma delas é uma narrativa de eventos traumáticos onde os per-sonagens tiveram que “dobrar para não quebrar” e servir-se de todas as

suas armas, psicológicas ou não, para ultrapassar as situações. Se em “Terras de Xisto”, uma submissa mulher criada e educada para servir, vê-se vítima das arbitrariedades de um fidalgo e tem as rédeas dos acontecimentos que a su-focam. Em “Traição I” um homem que ama “demais” uma mulher (se é que isso é possível) sabe que ela o trai mas finge não ver, por-que ela era feliz. Digamos que cada uma das treze histórias que compõem este livro são uma lição, ou um espelho, onde os leitores poderão reconhe-cer algumas das suas pró-prias histórias. Não posso deixar de parafrasear par-cialmente o comentário de um leitor, que muito prezo e que me emocionou bas-tante; “Sente-se uma ideia transversal a todos os con-tos, que se traduz no facto de não existirem verdades absolutas mas muitas ver-dades: uma (ou mais) para

cada individuo. Faz-nos recordar que entre o preto e branco há uma variedade infinita de cinzentos. E tu descreves muito bem esses cinzen-tos a que normalmente não se dá tanta atenção. “

O que mais o encanta em “Terras de Xistos e Outras Histórias”?Manuel Amaro - Este livro vai ser sempre “o meu livro”, não há amor como o primeiro, não é o que di-zem? Foi um projeto totalmente “amador”, da escrita, à revisão pas-sando pela capa e a distribuição. Não quer dizer que o próximo tam-bém não o seja, mas será um ama-dor com novos “truques” e sempre com os olhos cheios do brilho de novas histórias. Rever os contos an-tigos que incluí neste livro e reviver os sentimentos que estavam asso-

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ciados a algumas dessas histórias foi uma experiência poderosa. As-sim como foi poderoso o apoio dos meus amigos e familiares que leram muitos destes contos e da minha inestimável amiga Alcídia Amorim que fez o trabalho de revisão de es-crita e me ajudou a corrigir tantos dos meus erros.

Onde podemos comprar o seu li-vro? Manuel Amaro - A distribuição do livro está a ser feita pela Ama-zon através dos seus sites no mundo inteiro http://www.amazon.com ou http://www.amazon.eu ou eu mes-mo posso entregar por correio com portes gratuitos para todo o territó-rio português através de encomen-das em http://manuelamaro.wix.com/terrasdexisto#!encomenda/j4ko6 ou diretamente para o mail mailto:[email protected]ão deixem de vistar o site do livro em http://manuelamaro.wix.com/terrasdexisto e ver o vídeo promo-cional em https://www.youtube.com/watch?v=2PobBq2HNRw

Soube que temos livro no prelo, conte-nos um pouco sobre seu novo livro.Manuel Amaro - O título será “Lá-grimas no Rio”. Uma vez mais, vou levar o leitor a ver pelos meus olhos as terras transmontanas e a sofrer com os seus protagonistas. Aveli-no Montenegro é o personagem principal desta história e é um rico proprietário mas, ao contrário do André Samões de “Terras de Xisto”, não é um déspota. Os eventos que esperam o leitor, naquela aldeia nas margens do rio Douro, sem dúvida que farão verter muitas “Lágrimas no Rio”. Terão que ter paciência e esperar mais um pouco… talvez no final de março já esteja à venda. En-tretanto, como “aperitivo” podem ir seguindo a sequência de slides que está a ser publicada semanalmente no Facebook em https://www.face-book.com/LagrimasNoRio/ façam

“Gosto” ou “Curtir” na página para serem notificados das novidades que entretanto irão aparecer.

Quais os principais hobbies do au-tor Manuel Amaro Mendonça?Manuel Amaro - Para além de es-crever? A escrita e todo o trabalho associado de consulta e planeamen-to já me tomam muito tempo, mas gosto também de fotografia, de for-ma completamente livre, claro, sem essas coisas de máquinas “xpto” e regulações de luz e isso. Gosto também de caminhar na natureza e infelizmente não o faço com a fre-quencia que gostaria.

Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom co-nhecer melhor o escritor Manuel Amaro Mendonça. Agradecemos sua participação no projeto Divul-ga Escritor. Que mensagem você deixa para nossos leitores?Manuel Amaro - Desejo que não deixem de ler, nunca! Que conti-nuem a maravilhar-se com as histó-rias que eu e todos os autores lusó-fonos escrevemos. Comprem livros! Ler na internet é bom para uma ou outra pequena história, para ima-gens e revistas, mas ter um livro nas mãos é uma experiência única que nos permite mergulhar em mundos criados propositadamente para nós. Comprem livros escritos em portu-guês, leiam muito e não deixem de criticar e dar a vossa opinião, boa ou má, é ela que nos faz crescer. Contatos do autor: http://manue-lamaro.wix.com/autor (Inclui blog com contos) mailto:[email protected]

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Por Amy Dine

POETAS POVEIROS

...e chegou enfim o tão ansiado dia 19 de Março! A casa estava cheia e o programa do Mar à Tona decorreu lindamente. Uma vez mais foi um verdadeiro exito. Deixo-vos um artigo e algumas fotos de um Jornal da Póvoa que em algumas linhas descreve o evento.

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Resenha Divulga Escritor

Por Alexandra Vieira de Almeida Doutora em Literatura Comparada

Livro: AlamedaAutor: Astrid Cabral

A morte e seus mistérios com a autora Astrid Cabrals

Tenho um livro de contos à mão ou seria melhor uma obra de cantos? Os textos de Alameda constroem o rico jogo textual com a morte. A face do ser percorren-do os labirintos da vegetação, suas emoções, medos, receios, frente aos limites do mundo à sua volta ou às próprias desditas do homem, que corta como lâmina o brilho da natureza. Cultura e natureza, ser e vegetação, os mundos que se inter-calam, sem se saber quem ou o quê fala, a humanidade ou a natura. A simbiose homem/natureza nos ser-ve para adentrar o universo dos li-mites. Emily Dickinson era mestra na arte de discursar sobre a mor-

te, que como deusa destruía tudo o que nos era amado e conhecido. Aqui, em Astrid a memória vegetal da morte, suas reminiscências vis-lumbram o que era pleno e habita-do pelos cantos líricos das plantas, de seu mundo belo e poetizado, um Paraíso longínquo a servir de mora-da para este reino vegetal: “Muda-ria em definitivo para o jardim do VERDE ETERNO, onde encontra-ria, na alameda condigna à sua es-pécie, um canteiro perpétuo”.

O canto dos vegetais é um per-curso, um diário de suas lamenta-ções, que mescla a voz do narrador ao da natureza, é uma tentativa de

ultrapassar a morte, seu limite or-gânico e necessário. O objetivo aqui é essencializar a vida, já que esta é obscurecida pela morte. Os cantos ou contos deste livro espetacular são forças vegetais que buscam o con-solo da perenidade que a literatura pode proporcionar. Nos versos de Dickinson, temos: “Não nos atraem os Enigmas/Que pouco nos escon-dem - /Nenhuma coisa está mais morta/Que a surpresa de Ontem –“ As plantas querem sobrepujar o inelutável destino que lhes compe-te através desta memória de outras eras, que está inscrita nas suas for-mas. É triste o canto destas espécies

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A morte e seus mistérios com a autora Astrid Cabrals

como é triste a dor do ser em despir--se da vida para conquistar a morte – seu medo mais apavorante. Um vaso que cai com a planta ou a en-xurrada das águas ou o vento, a pi-sada dos homens levam os vegetais para este limite que é uma agressivi-dade à sua memória do futuro, um devir para a perenidade, que por estar além, apresenta-se aqui como uma utopia vegetal como são todas as utopias do homem, fadadas ao fracasso. Esta palavra, fracasso é o que define este universo frondoso das flores, árvores, plantas e todas as espécies do mundo vegetal.

O título “Alameda” se oferece

como caminho para a eternidade, um percurso para a imagem salví-fica de algo que enfraquece as bor-das e círculos do vazio, a morte. A literatura serve como desafio a esta vida eterna. É pela linguagem, por seu canto lírico que o universo dos vegetais aqui em Astrid percebe que esta perenidade não é necessária e é só uma utopia desmentida pelos lindos cantos em prosa desta mo-numental obra de louvor à nature-za, Alameda. No magnífico livro “De Orfeu e de Perséfone – Morte e Literatura”, organizado por Lélia Parreira Duarte, temos no texto de apresentação da organizadora uma reflexão sobre a morte e a literatu-ra, como se aquela fosse necessária para a construção do imaginário poético: “Sendo realização do que é impossível experienciar, ela se localiza num espaço que é como o do rumor que precede as palavras e que se encontra em seus interstí-cios: é deserto e exílio fora da terra prometida, errância, algo sempre por vir.”

Percorrer os labirintos do uni-verso vegetal parece-nos a sabe-doria de uma voz que não se quer calar. Apesar da imobilidade e inér-cia deste mundo, como a escritora várias vezes salienta, é a mobilidade do mundo que o cerca que lhe dá o dinamismo necessário para suas re-voluções, transformações e altera-ções, conduzindo a todos aos ciclos da vida e da morte. O homem altera o fluxo da natureza a partir de sua cultura, mas a natura responde com sua beleza e cânticos não trans-cendentais, mas mais do que ima-nentes. Aqui, neste livro de contos excepcional, temos o universo da vegetação como resposta à agressi-vidade do homem, a delicadeza do vegetal se mostra como chuva, lágri-ma que percorre os olhos dos seres, a compreensão, dor e sofrimento de seu limite e da morte, que certeira transmuta tudo em vida artística, o belo no homem e na natureza, que aqui é transcrito a partir de belíssi-mos contos de Astrid Cabral, cantos

à vegetação sempre presente na es-crita, os papéis acorrentados de luto e introspecção.

A malha fina e sensorial deste livro fenomenal percorre as veias líricas das plantas e seu univer-so particular, criando a unidade e semelhança entre ser e natureza, os mesmos ciclos de vida, morte e renovação: “No prato, as sementes velam pela laranja desaparecida e se prometem em vão repeti-la dentro em breve”. Resta aos homens e aos vegetais se aqueceram neste fogo do renascimento, que retarda a morte e a memória, o limite que a própria vida em sua multiplicidade impõe. A escrita é uma forma de salvação, de renovação que a excelente As-trid Cabral nos ensina, nós leitores e apreciadores de uma das obras de contos mais belas que este Brasil já viu. Um livro que pertence ao canto órfico da superação da morte a par-tir da linguagem e da necessidade daquela ao seu esvaziamento e sen-tido. Nesta terceira edição de 2014 pela Ibis Libris, o livro Alameda, que foi lançado originalmente em 1963, ganha novo corpo com uma capa belíssima, orelha de Fausto Cunha, apresentação da prima da autora, Leyla Leong, que é tocante e bela, e análise crítica do saudoso Antônio Paulo Graça. Este corpo teórico maravilhoso percorre os fios das palavras de Astrid e insti-gam à leitura desta obra fascinante pelo corpo dilacerado dos vegetais.

Link para compra do livro:http://ibislibris.loja2.com.br/4757639-ALAMEDA

Mais informações sobre a autora:http://malabarismospoeticos.blo-gspot.com.br/2016/03/a-brilhante--escritora-do-brasil-astrid.html

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LIVROS EM FOCO | AUTOR FRANCISCO EVANDRO |

O AutorFrancisco Evandro é Oficial da

reserva do Exército, professor de Matemática e Física com Pós - gra-duação em Instrumentação para o ensino da matemática, Pós-Gradua-ção em Psicopedagogia, Especializa-do em Planejamento Educacional e especializado em Medidas de Acele-ração de Aprendizado.

Autor dos livros: Momentos Poéticos / Reflexões do Amanhã /A Voz do Coração / Costumeira Ca-minhada – Contos e Poesias /Mãe Ana, a filha de Xangô / Convivên-cias / O galo de Bombaim / Conver-sas de Botequim/ Pérolas Nascentes / Destinos que se Tocam / O Canto da Mãe da Lua / A Valsa dos Versos / Folhas ao Vento/ L’amores Dècalé.

Recebeu várias premiações e condecorações, das quais pode-mos citar: Medalha e diploma Luiz Vaz de Camões, autor destaque da Literarte, membro da Associação Internacional de Escritores e Artis-

tas, da Academia de Letras e artes de Fortaleza-CE ( ALAF ), Prêmio Daimants Arts And Education–Vi-êna Áustria.

Recebeu medalha D’argeant ofertada pela Academie Du Mérite et Dévolumente de Paris – França.2, Diploma e medalha ofertada pela Divine Academie Française des Arts Lettres et Culture sendo eleva-do a membro D’Honneur, recebeu também, medalha do Mérito Cul-tural “Austragésimo de Athaíde”, a qual lhe foi ofertada pela Academia de Letras e Artes de Paranapuan--RJ, por sua contribuição a cultura nacional. Recebeu em Itabira-MG, em 4 de Agosto de 2012, o Troféu Carlos Drumond de Andrade, por ter sido destaque literário nacional.

O autor esta desenvolvendo no-vos trabalhos literários, que serão apresentados ao público leitor de acordo com as publicações realizadas.

Site do autor http://www.fran-ciscofarick.com/

O Galo de Bombaim um belíssimo livro, uma das pérolas escri-ta, é um livro infanto-juvenil embasado em parábolas de linguagem lúdica e inventiva, apresentando contos imaginativos destinados ao público interessado em histórias de paladar atraente.

O livro através de suas páginas nos leva a caminho do devaneio com extraordinária propriedade e adequação. Um livro agradável à todos os gostos e idades e quem o ler mergulhará em um mar de qui-meras e ilusões e principalmente ficará maravilhada com as gravuras não longo de suas páginas.

O diferencial deste livro são as gravuras e os ensinamentos através de suas belíssimas histórias e ao final de cada conto, o leitor terá um glossário sobre as principais palavras e ao término do livro uma ques-tionário sobre todos os contos.

O Galo de Bombaim surpreende leitor com questionários sobre os contos ao término do livro

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Lisa Mara Desiré acorda no dia de sua 16ª primavera e segui-damente fatos irão acontecendo desde um simples copo de suco de uva cair em sua calça jeans, nova, a chegada de seus dias de verão, e sua primeira viagem à Capella contra sua vontade e os fatos vão se sucedendo continuadamente sem que ela possa intervir a seu favor. Torna-se uma pessoa especial em Capella, porque o líder máximo a deseja como consorte, enquanto na Terra ela se torna obrigada a depor na Polícia Federal, por conta do desaparecimento de jovens es-colhidas para renovar a povoação

Do autor Francisco Evandro, “Destinos que se tocam”, é premiado, e se torna referência Internacional

Livro premiado pela Accademia Interzionali II Convivio Sicilia--Itália, como melhor livro de romance estrangeiro de 2009 em concur-so realizado por aquela academia. O livro é um divisor de água, por que o leitor mergulhará em inúmeras histórias de personagens que cruzam a vida dos protagonistas. A construção de cada um deles e suas experiências vivenciadas demandam sua atenção ao não-linear e sensibilidade para a percepção das metáforas (a linguagem figurada utilizada para narrar o ato sexual). A mensagem é transmitida através do relato de cada história como uma obra ficcional ou realista e cabe o leitor descobrir.

“A escolhida” do autor Francisco Evandro

de Capella e por causa disso, a Po-lícia Federal entra em ação e tem também seu delegado abduzido, porque ele zombou das ordens da-das pelo dirigente máximo de Ca-pella, e em sua volta à Terra é dado como louco. Em Capella Lisa Mara vem a conhecer uma Matemática brilhante de nome Nadjane, a qual também fora forçada a ir para Ca-pella por outros motivos, ela estava em fase de término de projeto so-bre supercondutores e tal fato veio a despertar a cobiça dos poderosos da máfia japonesa e eles desejavam roubar esse projeto e matá-la e a se-gue o drama...

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Sobre a autoraLóla Prata, nome literário de MARIA

DE LOURDES PRATA GARCIA, santis-ta, mora em Bragança Paulista SP desde

1974 e, na Cidade Poesia, dedica-se à literatura. Fundadora da ASES –Associa-ção de Escritores- Presidenta da seção da

União Brasileira de Trovadores -UBT-, correspondente da Academia Feminina

de Letras de Jundiaí SP, da Academia Feminina de Ciências, Letras e Artes de Santos SP, Academia Pontagrossense de

Letras de Ponta Grossa PR, Academia de Letras e Artes de Caldas Novas GO,

entre outras agremiações literárias. Dezoito livros publicados em papel,

sendo 1 Dicionário de Rimas ARRIMO (cadeira 35 da Academia Internacional

de Lexicografia) e E EU SEI FAZER VERSOS?, ensino de estruturas poéti-

cas. Comendadora Municipal por serviços

prestados à Cultura. Homenagem da Câmara Municipal em

2008. Consulesa Honorífica pela Real Acade-

mia de Letras de Porto Alegre RS.Três livros impressos e comercializados

com a LiteraCidade, editora de Belém PA.

Quinze dos livros, são e-books no for-mato Kindle, autopublicados na loja da Amazon para serem lidos em qualquer

suporte eletrônico.Site da autora:

http://www.lolaprata.com.br/novo/E--EU-SEI-FAZER-VERSOS-.php

Email contato:[email protected]

LIVROS EM FOCO | AUTORA LOLA PRATA |

Em livro, Curso de Técnicas Poéticas com a autora Lóla Prata

E EU SEI FAZER VERSOS? Curso de esquemas poéticos, apresentando pouco mais de 70

técnicas clássicas, medievais, modernas e pós-modernas, brasilei-ras e estrangeiras, de elaboração de poemas.

Na 2ª parte, vocabulário relativo às peculiaridades gramaticais que orientam a perfeita contagem métrica dos versos, assim como definem estruturas (Acróstico, Diacróstico, Teléstico, Breve, Lime-rique, Leonino, Parlenda, Nênia, Soneto, Ex-Libris, Trevo, Triver-sos, Xácara, etc.) para confecção de trabalhos literários tanto em verso como em prosa.

Tem por objetivo o aprimoramento dos poetas na nobre arte de versejar.

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LIVROS EM FOCO |

Livro “O Monte das Tílias”

AUTORA LÚCIA GONÇALVES |

Sobre a autoraLúcia Mª Lopes Gonçalves, nascida em Luanda,

vem viver com a família para Portalegre (Portugal) em 1981. Formou-se como Professora do 1º Ci-

clo do Ensino Básico em 1994 na Escola Superior de Educação de Portalegre. Completou a forma-ção académica ao frequentar o Complemento de Formação com especialização em Língua Portu-

guesa em 2006 na Universidade Aberta. Em 2010 especializa-se com o grau de Mestre na Universida-

de de Évora no Curso de Administração e Gestão Escolar. Antes de iniciar os seus estudos superiores trabalhou como jornalista do Jornal / Rádio Fonte Nova e na Rádio Portalegre. Atualmente concilia a profissão docente com a de Presidente da Direção

da Associação Juvenil para o Desenvolvimento Co-munitário da Ribeira de Nisa, secretária da Assem-

bleia de Freguesia de Carreiras e Ribeira de Nisa, membro do Conselho Municipal da Juventude e do Conselho Municipal da Educação da Câmara Municipal de Portalegre, colaboradora do Jornal

Alto Alentejo e de Juíza Social. Na área da escrita o que mais ambiciona é deleitar os leitores com a sua escrita. Que ela proporcione momentos aprazíveis

nos quatro cantos do mundo.Página da colunista no Facebook

https://www.facebook.com/lucia.papafinaBlog - http://prazeres-do-livro.blogspot.pt/

“O Monte das Tílias” é a verdadeira história de amor, com os enleios e encruzilhadas que marcam a vida quotidiana. Onde a esperança de que a felici-dade pode ser alcançada se torna o objetivo basilar do enredo.

Ao leitor é exigido ler com os cinco sentidos, “arquitetando” os aromas, as cores, os cheiros, o pa-ladar, os cenários de um Alentejo verdadeiramente sedutor, devido à forma emotiva como cada detalhe é descrito.

Os momentos íntimos, não chocando, são ou-sados e arrebatadores. A descoberta da intimidade é romântica, detalhada e muito, muito feminina.

A narrativa surge como uma ousada combina-ção entre a veracidade do contexto e a ficção do en-redo, enriquecida pelo suspense dos mistérios que rodeiam a vida das personagens de Amélia e João Morgado e a luta para punir os vilões.

Uma história de amor, uma viagem no tempo, um policial, um roteiro pelas tradições alentejanas.

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LIVROS EM FOCO |

Livro: “A culpa da paixão”

AUTORA NEYD MONTINGELLI |

A autoraNeyd Montingelli, nasceu em Curitiba

é casada e tem 4 filhas. Tem Formação em Psicologia, Nutrição, Processamento de

alimentos e Laticínios. É aposentada pela Caixa Econômica Federal. Tem 12 livros publicados e participa em 62 antologias. Foi premiada em concursos literários de

contos, crônicas e poesias. Membro da ALUBRA e ALB/Araraquara, do Núcleo de Letras e Artes de Buenos Aires e de Lisboa,

da Academia ALMAS de Salvador/Ba, do Centro de Letras do Paraná e da Embaixada

da Poesia. Recebeu troféu Cecília Meireles e Federico Garcia Lorca; Medalha Monteiro

Lobato; Medalha Melhores Poetas da Magico de Oz, Troféu Melhores Cronistas, Certificado de Responsabilidade Cultural

Semeador de Livros e Amigos da Juruá Editora e o Certificado de Responsabilidade

Cultural do Instituto Memória Piá Bom de História. O livro Cavalos e contos recebeu

o prêmio de melhor livro de contos pela Literarte.

Escreve todos os dias e em seus textos e poesias, gosta de inserir episódios divertidos,

dramáticos, reais ou não, e principalmente inusitados. A família é o seu tema preferido

e mesmo nos contos fictícios, coloca acontecimentos que lembram os episódios

vividos pelos familiares.

Em Barretos/SP, uma jovem apaixona-se por um ban-dido procurado. A família tradicional da cidade e seu pai policial fazem de tudo para separá-los, mas não conseguem. A paixão da moça e a obsessão do meliante, fazem com que todo o esforço da família seja em vão. Pensando em prote-ger sua família, Anely some e resolve tratar dos seus pro-blemas amorosos em Curitiba/Pr, longe de todos, inclusive do namorado. Quase um ano depois, o seu retorno culmina em um confronto com bandidos e policiais dentro da sala de parto onde a sua irmã está dando à luz. Muitas mortes e feridos e a jovem acaba presa. A vida de um dos bebês que nasceram naquela sala será marcada por surpresas impres-sionantes. Depois de 30 anos será que os erros serão repa-rados? Quem pode matar o passado?

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Sinopse

Sobre a autoraValéria Guerra Reiter : atriz, escritora, cantora, his-

toriadora, autora dos livros: Eu preciso de um Hulk, Expectativas e contos, Lágrimas e trópicos sonetos

e confetti, todos lançados em bienais do livro de São Paulo, de 2010 a 2014. Ganhou o prêmio Clari-

ce Lispector, por sua arte literária (em 2015 – pela editora comunicação) e o prêmio de melhor con-

tista em 2014, reconhecida pela editora Mágico de OZ. Artilheira da cultura do Forte de Copacabana...

atualmente ministra aulas de teatro na Agência BR Sete em Petrópolis, dirige a GGG Empreendimen-

tos Artísticos.Contato para compra do livro:

[email protected] da autora:

[email protected] [email protected]

https://www.facebook.com/ExpectativasEContos/?fref=ts

Os vinte e um contos aqui desenvolvidos trazem a tona um insigth sobre a vida, numa releitura ro-manceada em sentimentos e palavras. Há vivências e energias bem soltas neste compêndio que se ba-seia também em fatos reais desenrolados em contos – este gênero literário tão necessário ao leitor desde sempre. A autora conta histórias com expectativas e remete o leitor no tempo, sem cronologia.

LIVROS EM FOCO | AUTORAVALÉRIA GUERRA |

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