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Avaliação Interna/Observatório – Relatório Anual Página 1
Escola Secundária c/ 3.º Ciclo Henrique Medina
Esposende – Ano Lectivo 2009/2010
Avaliação Interna/Observatório – Relatório Anual Página 2
I – INTRODUÇÃO
A avaliação interna é uma modalidade de auto-regulação necessária para a Escola
procurar a qualidade, embora precise do enfoque externo para lhe conferir credibilidade.
A avaliação externa, por sua vez, necessita de ser complementada pela auto-avaliação
porque só esta introduz significado aos processos e evita a descontextualização. A
primeira proporciona informação sobre os recursos e os resultados escolares,
comparando-os com os de outras escolas; a segunda providencia feedback para a melhoria.
Um dos objectivos da avaliação externa é incentivar as escolas a desenvolver
dispositivos de auto-avaliação, sendo esta uma condição prioritária para que aquela
contribua de facto para a melhoria da Escola. A auto-avaliação tem carácter obrigatório,
definido na Lei nº 31/2002 de 20 de Dezembro, designada por “Lei do Sistema de
Avaliação da Educação e do Ensino Não Superior”.
O objectivo deste Relatório é divulgar os resultados da avaliação interna
2009/2010 tendo em conta o previsto, já que, durante o ano lectivo, para além da sua
presença e formação em diversos colóquios, a equipa apresentou os relatos detalhados de
actividade, para efeitos da avaliação do seu P.A.A, bem como dois relatórios intermédios e
um relatório semestral de cujo teor aqui se dá por divulgado na Página da Escola, sem
prejuízo da sua breve referência.
Actividades Desenvolvidas:
Primeira fase:
1 - Representação gráfica dos resultados das provas de aferição do 6.º ANO, 2008/2009,
Língua Portuguesa e Matemática – mediante dados fornecidos pela Escola E.B. 2,3 António
Correia de Oliveira - a fim de se efectuar o levantamento das competências dos alunos
que ingressam no 7.º ano na Escola Secundária com 3º Ciclo Henrique Medina e, deste
modo, contribuir para a respectiva diagnose a efectuar no início do próximo ano lectivo –
tarefa executada pela professora Conceição Couto coadjuvada pela professora Teresa
Rego;
2 - Tratamento dos dados e representação gráfica do número de alunos inscritos e os que
completaram o 12º ano, bem como dos que, concorrendo, foram colocados no Ensino
Superior tendo em conta as suas opções, Faculdades/Institutos - tarefa executada pela
professora Conceição Couto, coadjuvada pela professora Teresa Rego, com a colaboração
do Assistente Administrativo, Eurico Santos;
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3 - Tratamento dos dados e representação gráfica do número de alunos inscritos, no ano
de 2006, que completaram o 3º ano do Curso Profissional de Técnico de Contabilidade e
que se encontram colocados no mercado de trabalho ou que se candidataram ao Ensino
superior e ficaram colocados - tarefa executada pelas professoras Conceição Couto e
Teresa Rego com a colaboração do Assistente Administrativo, Eurico Santos;
4 - Tratamento dos dados e representação gráfica do resultado do primeiro momento de
avaliação sumativa - tarefa realizada pelo professor Rafael Maranhão, coadjuvado pelo
professor, representante da equipa PTE, Paulo Dias;
5 - Tratamento dos dados referentes aos resultados dos exames realizados a nível
nacional no ano lectivo transacto - professor Rafael Maranhão com a colaboração do
Assistente Administrativo Eurico Santos;
6 -Tratamento dos dados recolhidos e análise compreensiva tendo em conta o inscrito de
1 a 5 – professores Catarina de Brito, Margarida Santos, Rafael Maranhão e Teresa
Helena Ferreira, coadjuvados pelas professoras Conceição Couto e Teresa Rego;
7 - Relatório apresentado ao Director, pelas professoras Margarida Santos e Teresa
Helena Ferreira que, em representação da Escola, estiveram presentes, na qualidade de
membros do Observatório e da Comissão de Avaliação Interna, entre os dias 14 a 16 de
Janeiro de 2010, no Instituto de Educação e Psicologia da Universidade do Minho onde
decorreu o 22.º Colóquio Internacional ADMEE – Europe subordinado ao tema Avaliação e
Currículo: Papel das políticas, Efeitos dos Dispositivos e dos Programas, Relações com as
Aprendizagens;
8 - Relatório entregue ao Director sobre as tarefas efectuadas - professoras Margarida
Santos e Teresa Helena Ferreira.
Segunda fase:
1 - Representação gráfica e análise dos resultados relativos ao 9º ano - ano lectivo
2008/2009 - professora Conceição Couto, coadjuvada pela professora Teresa Rego,
sendo a análise compreensiva realizada pelas professoras Margarida Santos, Teresa
Helena Ferreira e Catarina de Brito;
2- Tratamento dos dados, representação gráfica e análise descritiva do resultado do
segundo momento de avaliação sumativa – professor Rafael Maranhão;
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3 - Relatório Semestral apresentado ao Conselho Pedagógico - conclusão de actividades já
em parte divulgadas, pelo seu decurso, no Relatório Intermédio de Avaliação do P.A.A. -
professoras Margarida Santos, Teresa Helena Ferreira e Catarina de Brito;
4 - Informação ao Conselho Pedagógico do colhido, pela Comissão, no 4.º encontro
temático PAR, “Avaliação de Escola: um percurso imPAR”, que se realizou no dia 17 de
Abril de 2010, na Universidade do Minho - professoras Margarida Santos e Teresa
Helena Ferreira;
5 - Primeira análise e reflexão comparativa, com o ano lectivo anterior, sobre a
indisciplina na Escola - com a colaboração do N.A.E. – professoras Margarida Santos,
Teresa Helena Ferreira e Catarina de Brito;
6 – Questionários aos discentes para recolha da sua apreciação/interpretação da
Indisciplina, Violência, P.A.A. e Actividades Extra-Curriculares – para resposta,
deslocação dos discentes seleccionados, acompanhados por um membro da equipa ou
docente convidado, à sala destinada ao preenchimento dos inquéritos; contagem e início do
tratamento dos dados colhidos nos questionários, respondidos pelos alunos – Equipa;
7 - 2008/2009 - 2009/2010: utilização de metodologia comparativa entre os dados de
sucesso/insucesso do 9º e 12º anos, a cada ano escolar e por ciclo – professor Rafael
Maranhão;
8 - Análise da representação do clima de disciplina/indisciplina bem como da eventual
violência e por apreciação/interpretação efectuada pelos alunos mediante questionários a
um universo de 20% de todas as turmas – professoras Margarida Santos, Teresa Helena
Ferreira e Catarina de Brito, coadjuvadas pelos restantes membros da Equipa;
9 – Análise das apreciações e grau de satisfação dos alunos - 20% de todas as turmas -
relativamente ao PAA, por questionário de respostas orientadas e abertas - professoras
Margarida Santos, Teresa Helena Ferreira e Catarina de Brito, coadjuvadas pelos
restantes membros da Equipa;
10 – Recolha e tratamento dos dados dos questionários destinados aos Professores,
elaborado pela Direcção, bem como a sua representação gráfica e análises descritiva e
compreensiva – professoras Conceição Couto, Margarida Santos e Teresa Helena
Ferreira;
11 – Avaliação do P.A.A. – professoras Margarida Santos, Teresa Ferreira e Catarina de
Brito, com a colaboração do representante da Equipa PTE, professor Paulo Dias, que, para
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o efeito, procedeu ao levantamento, tratamento e representação gráfica dos respectivos
dados;
12- Tratamento dos dados e representação gráfica do resultado e análise descritiva do
terceiro momento de avaliação sumativa - professor Rafael Maranhão;
13 – Elaboração da apresentação do Relatório em PowerPoint – professora Teresa Rego;
14 - Reflexão sobre a implementação dos planos de melhoria constantes no PEE no
relatório anual de Avaliação Interna da Escola, incluindo-se, aqui, o desempenho
organizacional - Equipa.
A metodologia utilizada, na aplicação dos questionários foi a seguinte:
a) Sessões formais e informais de trabalho da Equipa;
b) Reuniões informais, nas tarefas referentes aos questionários, para a definição do modo
de aplicação dos inquéritos;
c) Levantamento das estratégias a encetar - professora Teresa Rego;
d) Elaboração dos questionários – Equipa – e construção da grelha de recolha de dados em
Excel – professora Conceição Couto;
d) Deslocação de um elemento da Equipa - coadjuvada pelos professores Paulo Dias,
Fernando Lopes, Domingos, Rosa Caldas e Filomena Faria, a quem muito se agradece o
contributo prestado - conforme aviso afixado no placard, na sala dos Senhores
Professores, às salas de aula, encaminhando os alunos ao local de preenchimento dos
questionários;
e) Reunião formal da Equipa para definição de grupos de trabalho: introdução e análise de
dados;
f) Tratamento dos dados, em Excel, e representação gráfica dos resultados dos
questionários relativos ao P.A.A., Indisciplina e Violência, em valores absolutos e relativos
- professora Conceição Couto;
g) Lançamento dos dados constantes nos questionários destinados aos Senhores
Professores - professoras Conceição Couto, Teresa Rego e Catarina de Brito, coadjuvadas
pelo professor Fernando Lopes;
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h) Tratamento dos dados e representação gráfica daqueles questionários – professora
Conceição Couto – e análise compreensiva - professoras Margarida Santos, Teresa Helena
Ferreira e Catarina de Brito;
i) Reunião informal para a análise reflexiva dos resultados da Avaliação Interna;
j) Análise conclusiva e elaboração do Relatório Anual - professoras Margarida Santos,
Teresa Helena Ferreira e Catarina de Brito, coadjuvadas pela restante Equipa;
l) Divulgação geral dos resultados na sessão do Conselho Pedagógico realizada em 14 de
Julho de 2010.
m) Entrega do Relatório Anual ao Senhor Director.
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II - CLIMA E AMBIENTE EDUCATIVO
1- Comportamento e Disciplina
O Projecto Educativo valoriza, nos seus princípios orientadores, o desenvolvimento de
competências de Cidadania. Os dados que se seguem, fornecidos pelo Coordenador do
N.A.E., reportam-se ao período de 2008/2009 e 2009/2010.
1. a) Ordem de saída da Sala de Aula: 2008/2009 83 Casos
2009/2010 70 Casos
Quadro 1 – Ordem de saída da sala de aula
1. b) - Procedimentos Disciplinares 2008/2009 *
8º C c)d)i)e)k) Repreensão registada
5 dias de serviço comunitário e pedido de desculpas.
8º CEF d)g)i)o) Realização de tarefas e actividades escolares de integração (6
dias)
11º/2º
T.C.Q.A. i)d)g)
Realização de tarefas e actividades escolares de integração (5
dias)
8º D c)d) f)p)i) Repreensão registada e 2 dias de serviço comunitário.
8º D b) Não participar em visitas de estudo.
2 dias de serviço comunitário e pedido de desculpas.
8º D c)d)f)i)p)
Não participar em visitas de estudo.
Realização de tarefas e actividades de integração escolares.
Pedido de desculpas.
9º C b) nº 2 artigo 27 Repreensão registada.
3 dias de serviço comunitário e Pedido de desculpas.
1º T.G.S.I. d)g)i)o) Repreensão registada
6 dias de serviço comunitário e Pedido de desculpas.
1º T.G.S.I. d)i)o) Suspensão 3 dias.
Pedido de desculpas.
Quadro 2 - * De acordo com o R.I. e a Lei nº 30/2002 de 20 de Dezembro com a redacção que lhe foi dada pela Lei
nº 3/2008 de 18 de Janeiro.
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1. c) Procedimentos Disciplinares: 2009/2010
Nº Ano/Turma Motivo* Pena aplicada
1
** 2º CL Alíneas d), i), o)
Repreensão registada + 5 dias de actividades de
integração escolar
2 3ºQCA Alíneas d), i), o) Transferência de Escola – pena não aplicada (A.M.)
3 1º TAP Alíneas d), i), o) Suspensão de 5 dias (suspensa)
4 10º A Alíneas o), p) Repreensão registada + 1 dia de actividades de
integração escolar
5 9º B Alíneas d), e), o) Repreensão registada + 4 dias de actividades de
integração escolar
6 9º B Alíneas d) e), o) Repreensão registada + 4 dias de actividades de
integração escolar
7 9º B Alíneas d), e), o) Repreensão registada + 4 dias de actividades de
integração escolar
8 2º CL Alíneas d), e), o) Repreensão registada + 5 dias de actividades de
integração escolar
9 2º CL Alíneas d), e), o) Repreensão registada + 5 dias de actividades de
integração escolar
10 2º CL Alíneas d), e), o) Repreensão registada + 5 dias de actividades de
integração escolar
11 1º TAP
Alíneas d), f), i),
o)
Repreensão registada + 3 dias de actividades de
integração escolar
12 2º TAP
Alíneas d), f), i),
o)
Repreensão registada + 1 dia de actividades de
integração escolar (Suspensa)
13
** 9º B
Alíneas c), d),
f), i), o)
Repreensão registada + 2 dias de actividades de
integração escolar
14 2º TAP Alíneas d), f), i),
o)
Repreensão registada + 3 dias de actividades de
integração escolar (Suspensa)
Quadro 3 - * De acordo com o RI e a Lei nº 30/2002 de 20 de Dezembro com a redacção que lhe foi dada
pela Lei nº 3/2008 de 18 de Janeiro.
** Acumulação de infracções: ordem de saída da sala de aula.
Avaliação Interna/Observatório – Relatório Anual Página 9
1. d) Relação - Nº de ocorrências/ Violação de alíneas do D.L. nº30/2002 Alíneas D.L.
nº30/2002 Deveres violados
c) Seguir as orientações dos professores relativas ao seu processo de ensino e
aprendizagem.
d) Tratar com respeito e correcção qualquer membro da comunidade educativa.
e) Guardar lealdade para com todos os membros da comunidade educativa;
f) Respeitar as instruções dos professores e do pessoal não docente.
i) Respeitar a integridade física e moral de todos os membros da comunidade
educativa.
o) Conhecer e cumprir o estatuto do aluno, as normas de funcionamento dos serviços da
escola e o regulamento interno da mesma;
p) Não possuir e não consumir substâncias aditivas, em especial drogas, tabaco e
bebidas alcoólicas, nem promover qualquer forma de tráfico, facilitação e consumo
das mesmas. Quadro 4 – Relação Ocorrências/Violação de Deveres
2 – Análise:
a) Principais tendências registadas:
- Redução do número global de ocorrências por aluno (ordem de saída da sala de aula:
70 contra 83 do ano anterior; procedimentos disciplinares: 5 contra 6 do ano lectivo
anterior);
- Concentração de ocorrências em grupo no início ou final dos períodos lectivos
(Processos nºs: 5, 6 e7; 8, 9 e 10; 11, 12 e 14 – correspondentes a “retirar faltas do livro
de ponto”, “saltar a vedação/muro frontal da Escola” e agressões na cantina”, contra uma
do ano homólogo);
- Diminuição de registos de violência física (assinalando-se, apenas, os processos nºs 2,
no início do ano lectivo, e nºs 11, 12 e 14, estes últimos relativos à mesma ocorrência, no
final do ano lectivo);
- Predominância da aplicação da sanção disciplinar sancionatória mais leve, repreensão
registada, embora cumulada com a medida correctiva que contempla a realização de
tarefas e actividades escolares de integração;
Avaliação Interna/Observatório – Relatório Anual Página 10
- Acumulação de infracções por aluno (dois casos: ordem de saída da sala de aula e
procedimento disciplinar);
- Registo de uma ocorrência, um aluno, no ensino regular/secundário (10º A);
- Predominância de infracções por turma:
i) Ordem de saída da sala de aula: 7º A e D, 8º D, 9º B e 2º CL (Ensino Básico e
Carpinteiro de Limpos);
ii) Procedimentos disciplinares: 9º B, 2º CL, 1º e 2º TAP (Ensino Básico e Cursos
Qualificantes);
- Acumulação de infracções por turma: 9º B e 2º CL (Ensino Básico e Curso
Qualificante);
- Maior uniformidade de procedimentos: NAE e processos disciplinares.
b) Conclusões:
Da análise efectuada com base nos dados fornecidos pelo N.A.E. e dos questionários
respondidos, pelos alunos, conclui-se o seguinte:
- Existência de diálogo, prévio, com o aluno e a família, assumindo o Director de Turma e,
também, em alguns casos, a Direcção, o papel central na mediação e na dinamização da
comunicação entre os elementos envolventes, logo, há presença, contributo e
responsabilidade dos Pais/E.E.;
- Recurso ao EAENS e ao Regulamento Interno, nomeadamente aos mecanismos de
resposta aí previstos, ou seja, ao Núcleo de Apoio Educativo (N.A.E.) e, só quando assim se
justifica, aos processos disciplinares;
- Existência , por parte da Escola, de procedimentos uniformes, resposta célere e
eficiente, nos processos disciplinares – propostas dos Instrutores e/ou decisões do
Director;
- A Indisciplina e a violência são situações de registo ocasional – análise que se remete
para as representações gráficas dos resultados dos questionários realizados aos alunos;
- Inexistência de razões que justifiquem afirmar que o bullying é prática digna de registo
nesta Escola;
Avaliação Interna/Observatório – Relatório Anual Página 11
3) - Recomendações
3. a) A Nível das Estruturas
- Caracterização social, cultural e económica (a cargo dos Directores de Turma);
- Construção de diagnósticos cognitivos e processuais (pelos professores das diversas
disciplinas);
- Divulgação das observações/registos atitudinais (a realizar nos Conselhos de Turma);
- Eventual avaliação especializada (a cargo dos Serviços de Orientação e Psicologia);
- N.A.E. (manter o exercício de funções conforme o previsto no R.I.).
- Divulgação, aos alunos, das funções do N.A.E. (a cargo dos Directores de Turma).
3. b) Na Formação para os Alunos
“Educação para a Cidadania”:
Nas Área de Projecto ou Formação Cívica;
“Educação para a Saúde”:
“Todos os anos, a Direcção-Geral de Inovação e de Desenvolvimento Curricular lança um
edital para que as escolas apresentem projectos na área da Educação para a Saúde, que
inclui o tema da violência em meio escolar. Mais de 90% das escolas desenvolve projectos
sobre saúde mental/violência em meio escolar” – in Portal da Educação.
3. c) Na Formação de Assistentes Operacionais
Formação na área comportamental:
“O Gabinete Coordenador da Segurança Escolar organiza, em parceria com o Instituto
Nacional de Administração e com o Instituto de Estudos da Criança da Universidade do
Minho, uma formação na área do chamado bullying. Esta iniciativa destina-se a formar
assistentes operacionais acerca das questões relativas a esta problemática e habilitá-los
para uma detecção precoce de eventuais situações de bullying nos espaços exteriores à
sala de aula. As acções de formação terão início no ano lectivo de 2010/2011”- in Portal da
Educação.
Avaliação Interna/Observatório – Relatório Anual Página 12
3.d) “Medidas destinados a garantir ou reforçar a Disciplina e Segurança na
Escola:
- EAENS e Regulamento Interno da Escola: “Publicitado no estabelecimento de ensino,
em lugar visível, e fornecido gratuitamente ao aluno (Pais e E.E.) quando ingressa na escola
e sempre que o regulamento seja actualizado, com a informação que este último
documento poderá ser consultado online na Página desta Instituição; Videovigilância;
Cartão do aluno (M.E.) – controlo de entrada e saídas” – in portal da educação;
- Acção de sensibilização aos Senhores Pais/Encarregados de Educação, a cargo dos
Directores de Turma, no início do ano lectivo, de modo a enfatizarem as consequências da
indisciplina.
4) Avaliação/Apreciação realizada pelos alunos.
Para recolha e sistematização de informações, identificando-se pontos fracos e
pontos fortes, e para estabelecimento das estratégias para a superação dos problemas, a
fim de conhecer melhor as condições que possam aumentar o sucesso educativo,
continuando a promover uma cultura de qualidade, de exigência e de responsabilidade na
Escola, procurou-se conhecer as interpretações dos discentes de modo mais objectivo.
Com este propósito, construíram-se questionários de respostas fechadas e abertas,
simples, anónimos e definiu-se uma amostra considerada significativa do universo em
causa. Estes questionários aos discentes, para recolha da sua apreciação/interpretação,
versaram a indisciplina e a segurança e eventuais problemas de violência, mas, também as
actividades do P.A.A. e as Extra-Curriculares.
Para obter a sua participação procedeu-se à deslocação de 20% dos discentes,
seleccionados aleatoriamente de todas as turmas, acompanhados por um membro da
equipa de Avaliação Interna da Escola/Observatório ou docente convidado, à sala
destinada ao preenchimento dos inquéritos, procurando ocupar a última semana de aulas e
os tempos lectivos das disciplinas sem exames nacionais, para que houvesse o mínimo de
alteração das actividades curriculares.
Avaliação Interna/Observatório – Relatório Anual Página 13
4.- a)- Caracterização da amostra de alunos que responderam ao questionário
A escolha dos alunos para realizar o questionário foi previamente planeada pela equipa
de forma a abranger 20% dos alunos da escola. No 7º e 10º Ano seleccionaram-se os
alunos nº 1 e os alunos com números múltiplos de cinco de cada turma. No 8º e 11º ano
seleccionaram-se os alunos da turma nº 2 e os alunos com números múltiplos de 5+1 de
cada turma. No 9º e 12º ano seleccionaram-se os alunos nº 3 e os alunos com números
múltiplos de 5 +2 de cada turma.
4.b)- 1. - Total dos alunos que responderam ao questionário
Quadros 5 A e B – Identificação da Amostra que respondeu
aos Questionários por ano de Escolaridade e por sexo
Esta distribuição mostra a participação de todos, em função dos alunos que
frequentam cada ano escolar e a constituição da amostra significativa de modo coerente
para abarcar uma recolha aleatória mas universal. A maior participação de alunas deve-se,
como é lógico, a uma predominância destas na população discente da Escola Secundária
Henrique Medina.
7º Ano 9% 8ª ano
9%
9º Ano 11%
10º Ano 27%
11ª Ano
27%
12º Ano 17%
ANOS DE ESCOLARIDADE DOS
RESPONDENTES
Feminino
54%
Masculino
46%
RAPAZES/RAPARIGAS
Ano de Escolaridade Respondentes
7º 23
8º 21
9º 27
10º 65
11º 67
12º 42
Total dos respondentes 245
Não responderam 3
Total 248
Sexo
Feminino 132
Masculino 112
Não responderam 4
Total 248
Avaliação Interna/Observatório – Relatório Anual Página 14
4. c)- A indisciplina na sala de aula – resultados dos Questionários.
Quadro 6 – A indisciplina na sala de aula – resultados dos Questionários.
A contagem e o tratamento dos dados colhidos foram elaborados. As conclusões que se
inferiram permitem-nos afirmar que:
a) A larga maioria dos alunos reconhece os comportamentos inadequados e atribui-os
como uma constante atitudinal a alguns discentes;
b) A falta de pontualidade e a de material necessário às actividades em sala de aula, a
execução de outras tarefas que não as que foram indicadas pelo docente em exercício no
momento, a intervenção inoportuna, a conversação e a movimentação inadequadas, a
utilização do telemóvel para comunicar e/ou ouvir música e, ainda, a aproveitamento de
outros meios que não o seu próprio trabalho para apresentar concluídas as tarefas
indicadas para a sala de aula ou para casa são declarados por mais de 70% dos alunos como
comportamentos manifestos por “alguns”;
c) Salienta-se, ainda, que, numa média de quase 18% dos respondentes, estes
comportamentos foram atribuídos à maioria dos alunos, com particular destaque para a
utilização de meios inadequados, como, por exemplo, copiar os trabalhos realizados por
outro(s) (neste caso, 36,7% dos respondentes), e para a utilização do telemóvel para
comunicar (31,2%). Há também a sublinhar que também 20% dos respondentes considerou
que os alunos, em maioria, conversam entre si desobedecendo às orientações dos
docentes.
0,0
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
60,0
70,0
80,0
90,0
Não são pontuais. Apresentam-se
sem o material
necessário.
Executam tarefas
diferentes das
solicitadas pelo
professor.
Intervêm de
forma inoportuna.
Movimentam-se
sem autorização.
Utilizam meios
ilícitos (ex: copiar)
na execução das
tarefas pedidas.
Ouvem música. Comunicam por
telemóvel.
Comunicam, entre
si, desobedecendo
às orientações do
professor.
VALORES R
ELATIVOS
A INDISCIPLINA NA SALA DE AULA Nenhuns Alguns A maioria Todos
Avaliação Interna/Observatório – Relatório Anual Página 15
4. d) A violência na Escola - resultados dos Questionários.
Quadro 7 – A violência na Escola – resultados dos Questionários.
a)- Os locais onde é mais reconhecida a inexistência de “violência inter-pares” são a
Biblioteca e a Papelaria.
b)- O Campo de Jogos, o Balneário e o Polivalente são, pelo contrário, aqueles que os
alunos indicam como pontos onde a “violência” é mais frequente, leitura que se inferiu
somando as respostas assinaladas como “Frequente” e “Muito Frequente”.
c)- Numa média de 30% de respostas lê-se que a “violência”, apesar de “pouco
frequente”, existe, também, na Cantina no Bufete e nos Quartos de Banho
(provavelmente, a falta de respeito das filas de espera será o mais reconhecido), e, ainda,
na Sala de Aula, o que poderá explicar-se mais adiante com o que é considerado o tipo
mais frequente de violência na Escola: a violência verbal.
Para melhor conhecimento desta realidade procedemos a um estudo mais elaborado.
0,0
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
60,0
70,0
80,0
Balneários Cantina Quartos debanho
Biblioteca Ginásio Sala de aula Bufete Papelaria Campo dejogos
Polivalente
VALORES R
ELATIVOS
LOCAIS DA ESCOLA - VIOLÊNCIA GERAL Inexistente
Pouco frequente
Frequente
Muito frequente
Avaliação Interna/Observatório – Relatório Anual Página 16
4. e)-Análise aos três locais mais indicados «Onde pode ocorrer
violência?» - resultados dos Questionários.
Quadro de Valores Absolutos e Gráfico de Valores Relativos
A VIOLÊNCIA NOS BALNEÁRIOS
DISCRIMINAÇÃO
VIOLÊNCIA
FÍSICA
VIOLÊNCIA
VERBAL
FALTA DE
RESPEITO PELAS
REGRAS SOCIAIS
80 97 32 69 Inexistente
78 92 77 85 Pouco frequente
52 42 92 53 Frequente
30 10 37 27 Muito frequente
240 241 238 234 Total de alunos que
responderam
Quadro 8 A – A violência nos Balneários – resultados dos Questionários
Quadro 8 B – A violência nos Balneários – resultados dos Questionários
O tipo de agressão mais frequente é a verbal, seguido da falta de respeito pelas
regras sociais, da violência física e dos actos de discriminação. Se contabilizarmos os
dados da resposta Inexistente com o da Pouco Frequente, relativamente aos dois
primeiros tipos, Discriminação e Violência Física, poderemos afirmar que estas
acontecerão, provavelmente, de modo esporádico, nestes locais de grande proximidade
física do grande grupo-turma, o qual poderá funcionar como barreira de defesa.
0,0
5,0
10,0
15,0
20,0
25,0
30,0
35,0
40,0
45,0
DISCRIMINAÇÃO VIOLÊNCIA FÍSICA VIOLÊNCIA VERBAL FALTA DE RESPEITO
PELAS REGRAS
SOCIAIS
VALORES R
ELATIVOS
A VIOLÊNCIA NOS BALNEÁRIOS
Inexistente
Pouco frequente
Frequente
Muito frequente
Avaliação Interna/Observatório – Relatório Anual Página 17
Quadro de Valores Absolutos e Gráfico de Valores Relativos – Campo de Jogos
A VIOLÊNCIA NO CAMPO DE JOGOS
DISCRIMINAÇÃO VIOLÊNCIA
FÍSICA
VIOLÊNCIA
VERBAL
FALTA DE
RESPEITO PELAS
REGRAS SOCIAIS
72 40 25 50 Inexistente
74 98 62 73 Pouco frequente
55 75 93 70 Frequente
25 26 57 35 Muito frequente
226 239 237 228 Total de alunos que responderam
Quadro 9 A– A violência no Campo de Jogos – resultados dos Questionários
Quadro 9 B – A violência no Campo de Jogos – resultados dos Questionários
O tipo de agressão mais frequente, neste local, continua a ser a verbal, seguido da
falta de respeito pelas regras sociais, da violência física e dos actos de discriminação.
Contudo, verificamos que a resposta Inexistente diminuiu significativamente neste
gráfico, relativamente ao anterior, quanto à violência física e à falta de respeito pelas
regras sociais. Poderemos, então, inferir que durante o tempo em que os alunos usufruem
daquele espaço, sem a presença de um professor, aqueles que o frequentam nem sempre
são tratados segundo os valores de companheirismo desejável, por parte dos seus colegas.
A confirmar-se, poderá ser alvo de uma acção de sensibilização mais direccionada para a
aprendizagem dos valores dos comportamentos desportivos, acção essa que é, com toda a
certeza, uma constante na formação nas aulas de Educação Física, mas que, atendendo a
estas vivências aqui espelhadas, poder-se-á reforçar mais amiúde, na tentativa de
erradicar ou diminuir estes acontecimentos inadequados.
0,0
5,0
10,0
15,0
20,0
25,0
30,0
35,0
40,0
45,0
DISCRIMINAÇÃO VIOLÊNCIA FÍSICA VIOLÊNCIA VERBAL FALTA DE RESPEITO
PELAS REGRAS SOCIAIS
VALORES R
ELATIVOS
A VIOLÊNCIA NO CAMPO DE JOGOS
Inexistente
Pouco frequente
Frequente
Muito frequente
Avaliação Interna/Observatório – Relatório Anual Página 18
Quadro de Valores Absolutos e Gráfico de Valores Relativos – Polivalente
A VIOLÊNCIA NO POLIVALENTE
DISCRIMINAÇÃO VIOLÊNCIA
FÍSICA
VIOLÊNCIA
VERBAL
FALTA DE RESPEITO PELAS
REGRAS SOCIAIS
93 67 34 56 Inexistente
76 109 80 90 Pouco frequente
40 52 79 58 Frequente
19 11 39 23 Muito frequente
228 239 232 227 Total de alunos que
responderam
Quadro 10 A – A violência no Polivalente – resultados dos Questionários
Quadro 10 B – A violência no Polivalente – resultados dos Questionários
O tipo de agressão mais frequente, neste local, continua a ser a verbal, seguido da
falta de respeito pelas regras sociais e dos actos de discriminação. Mas, também aqui,
podemos fazer uma outra leitura: a resposta Inexistente é, para todos estes actos,
excepto a Discriminação, abaixo dos 30% (Violência Física), dos 25% (Falta de respeito
pelas regras sociais) ou 15% (Violência Verbal). Então, claramente, mais de dois terços dos
respondentes reconheceram que não deixam de existir, entre pares, comportamentos que
são indesejáveis e prejudiciais ao são desenvolvimento dos jovens alunos, particularmente,
crê-se dos mais frágeis. Assim, devem ser incentivados, de modo contínuo, por parte de
todos os docentes e assistentes operacionais uma acção formadora e uma atitude
vigilante, bem como, o alerta de todos os alunos, em geral, e dos delegados e subdelegados
das turmas, para uma postura mais atenta e mais protectora das eventuais vítimas e mais
activa e denunciadora dos possíveis agressores. Por último, incentivar a Associação de
Estudantes para uma acção mais colaborativa.
0,0
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
DISCRIMINAÇÃO VIOLÊNCIA FÍSICA VIOLÊNCIA VERBAL FALTA DE RESPEITO
PELAS REGRAS SOCIAIS
VALORES R
ELATIVOS
A VIOLÊNCIA NO POLIVALENTE
Inexistente
Pouco frequente
Frequente
Muito frequente
Avaliação Interna/Observatório – Relatório Anual Página 19
Sim
76%
Não
24%
4. f)- Confiança para denunciar situações de violência
CONFIANÇA PARA DENUNCIAR SITUAÇÕES DE
VIOLÊNCIA
184 Sim
59 Não
243 Total de alunos que responderam
Quadros 11 A e 11 B –A confiança para denunciar as situações de violência
Grau de confiança para denunciar as situações de violência
Colega Delegado
de Turma
Direcção
da Escola
Gabinete
NAE Professor
Assistentes
Operacionais
7 29 102 116 30 81 Sem confiança
49 73 71 65 93 100 Alguma confiança
75 84 40 34 74 49 Com confiança
112 56 27 21 45 6 Muita confiança
243 242 240 236 242 236 Total de alunos que responderam
Quadro 12 A – O grau de confiança para denunciar situações de violência – resultados dos Questionários
Quadro 12 B – O grau de confiança para denunciar situações de violência – resultados dos Questionários
Assim, estas respostas evidenciam a necessidade de um grande trabalho dos
Professores e dos Directores de Turma junto dos alunos para esclarecer:
1. que o sigilo será mantido, que a defesa da vítima será eficaz e que a segurança
será restabelecida de modo célere;
2. que, também para receber alertas para estas situações, existem o N.A.E., o
Delegado de Turma e os Assistentes Operacionais, para além, como é evidente,
da Direcção da Escola.
0,010,020,030,040,050,060,0
Colega Delegado de
Turma
Direcção da
Escola
Gabinete
NAE
Professor Assistentes
Operacionais
Valore
s re
lativo
s
GRAU DE CONFIANÇA PARA DENUNCIAR AS SITUAÇÕES
Sem confiança
Alguma confiança
Com confiança
Muita confiança
Avaliação Interna/Observatório – Relatório Anual Página 20
Sim
92%
Não
8%
Sim
6%
Não
94%
4. g) – O sentimento de Segurança na Escola
SENTIMENTO DE SEGURANÇA NA ESCOLA
227 Sim
21 Não
248 Total de alunos que responderam
Quadros 13 A e 13 B – O sentimento de segurança na Escola - Resultados dos Questionários
Estes quadros permitem-nos alguma satisfação, embora não o descanso, pois a
preocupação da instituição centra-se, perante isto, nos que não se sentem seguros e que,
não podendo ser identificados, nem, infelizmente, alvo de um trabalho pessoalizado para
resolução do problema e correspondente apoio para superação deste sentimento de
desconfiança, requerem o trabalho generalizado, metódico e atento ao menor indício e,
por isso mesmo, preventivo.
4. h) – Vivência de Violência inter-pares
AUTO-IDENTIFICAÇÃO COMO ALVO DE
VIOLÊNCIA DOS COLEGAS
16 Sim
231 Não
247 Total de alunos que responderam
Quadros 14 A e 14 B – A vivência da violência inter-pares - Resultados dos Questionários
A vivência da violência entre colegas é, mesmo quando não denunciada e alvo de
sanção, completamente destruidora da auto-estima dos mais susceptíveis, dos mais
frágeis do ponto de vista da estruturação da sua personalidade. E, nestes casos em que a
pessoalidade é mais vulnerável, a representação de si-mesmo como vítima começou muito
antes da situação presente. Por isto, infelizmente, acontece, com frequência, a auto-
imposição do silêncio porque a vítima se culpabiliza pela sua “suposta” inferioridade.
Face à previsibilidade de se verificar situações de violência entre colegas a Equipa
decidiu incluir algumas perguntas que permitissem um maior conhecimento desta
realidade. Assim, colocou-se a questão “Se já foste vítima de alguma agressão indica o tipo de violência sofrida” e dezasseis alunos que confirmaram esta situação.
Avaliação Interna/Observatório – Relatório Anual Página 21
TIPO DE VIOLÊNCIA SOFRIDA
Violência
Verbal Discriminação Falta Respeito pelas Regras Sociais Violência Física
66 16 42 24 Sim
182 232 206 224 Nada assinalaram
26.6 6.5 16.9 9.7 Percentagem
Quadro 15 A – Identificação do tipo de violência inter-pares – resultados dos Questionários
Quadro 15 B – Identificação do tipo de violência inter-pares – resultados dos Questionários
Em conclusão, apesar da larga maioria dos alunos (92%) dizer que sente segurança,
na Escola, não podemos, de modo algum, menorizar os 8% que nos transmitem que isso,
com eles, não acontece. Estes foram, ou são, ou sentem-se alvo de violência pelos seus
pares e, mesmo que esta seja principalmente verbal, não deixa de ser marcante e
destruidora da auto-estima que é essencial ao sucesso. Para mais, de facto, não é apenas
verbal. A falta de respeito pelas regras de convivencialidade que se desejam numa Escola
é, infelizmente, comum, mas não deve, nem pode deixar de ser factor de trabalho
contínuo de todos os educadores, incluindo nestes, os assistentes operacionais. À
discriminação, comummente devido às particularidades físicas, é necessário estar atento,
pelas suas consequências, particularmente no caso das alunas.
A pessoa, principalmente quando muito jovem, como o são os adolescentes alunos da
Escola, constrói a sua identidade nos relacionamentos quotidianos, nas interacções sociais.
Assim, se sujeita a constrangimentos que não os da estrutura escola (R.I., currículo
escolar e relações sociais com respeito pelas regras da cidadania) pode ser limitada no
seu desenvolvimento. Por outro lado, não sabemos se aquela maioria não aceita
comportamentos de alguma agressividade como natural e/ou normal, apenas porque esta é
comum e se vulgarizou admitir que «há sempre essas “brincadeiras” entre rapazes» ou
“existe sempre qualquer coisa desse tipo entre jovens”! É, então, necessário, realizar um
trabalho de consciencialização para fenómenos de exclusão e/ou discriminação e para
diferentes formas de violência (física, moral e sexual), para o crescente individualismo
que promove o egoísmo, a indiferença e a passividade face aos que, por suposição, estão
incapacitados de exercer o seu direito ou estão mais vulneráveis e se tornam vítimas. A
valorização da solidariedade é um passo que pode ser dado em cada aula.
9,7
26,6
6,5
16,9
Violência Física Violência Verbal Discriminação Falta Respeito pelasRegras Sociais
PERCENTAGENS
RELATIVAS A
O T
OTAL
DE R
ESPONDENTES
(248
ALUNOS)
TIPO DE VIOLÊNCIA SOFRIDA
Avaliação Interna/Observatório – Relatório Anual Página 22
III – Avaliação do Plano Anual de Actividades - 2009-2010
1. Avaliação realizada pelos Alunos.
a)- Resultados do Questionário lançado aos Alunos.
a-1)- A apreciação do grau de importância das actividades inscritas no P.A.A. e actividades extra-curriculares
Quadro 16 A - Apreciação do Grau de importância das actividades inscritas no P.A.A. e Actividades Extra-curriculares –
Valores Absolutos - Resultados dos Questionários
Quadro 16 B - Apreciação do Grau de importância das actividades inscritas no P.A.A. e Actividades Extra-curriculares –
Valores Relativos - Resultados dos Questionários
Aulas no
exterior da
escola
Actividades
desportivas
Visitas de
estudo
Actividades
culturais
extra-
curriculares
Actividades
nos
laboratórios
extra-curriculares
Festa de
Natal
Sarau
culturalExposições Outras
Inexistente 26 4 0 10 23 10 15 6 26
Pouco importante 36 10 7 43 58 76 79 65 24
Importante 107 94 71 120 107 101 106 113 14
Muito importante 78 139 168 71 55 58 44 62 17
0
20
40
60
80
100
120
140
160
180
Valore
s Abso
luto
s
APRECIAÇÃO DO GRAU DE IMPORTÂNCIA DAS ACTIVIDADES
INSCRITAS NO P.A.A. E ACTIVIDADES EXTRA-CURRICULARES
25,1
5,7 2,8
21,7 33,3 35,1 38,5
28,9
61,7 74,9
94,3 97,2
78,3 66,7 64,9 61,5
71,1
38,3
Aulas no exteriorda escola
Actividadesdesportivas
Visitas de estudo Actividadesculturais extra-
curriculares
Actividades noslaboratórios extra-
curriculares
Festa de Natal Sarau cultural Exposições Outras
GRAU DE IMPORTÂNCIA QUE OS ALUNOS ATRIBUEM ÀS ACTIVIDADES
Somatório de respostas negativas Somatório de respostas positivas
Avaliação Interna/Observatório – Relatório Anual Página 23
Prestou-se atenção à distância ou ao equilíbrio entre respostas com carácter
positivo e negativo e só se considerou significativo o que estava acima de 70%, numa
primeira leitura. Nas visitas de estudo e nas actividades desportivas quase não existem
respostas negativas, logo, as positivas são quase 100%.
Outras actividades existem em que os alunos, em número acima de 25%, atribuem
um maior valor menos positivo, sinal que deve ser trabalhada pela Escola, a sua
implicação/participação e estes dados mereceram estes dados maior reflexão:
As aulas no exterior da Escola, e as visitas a exposições devem ser mais
incentivadas em todos os cursos e níveis de escolaridade, pois que foram
particularmente valorizadas, dando-nos, os questionários, a conhecer o interesse
que despertam; aquelas, quando realizadas, são-no, provavelmente, nos Cursos
Profissionais onde são planificadas, normalmente, pelas Equipas Pedagógicas e não
foram, na maioria dos casos, apresentadas como actividades para o P.A.A.. Os
outros alunos, que não as terão tido, poderão ser os que, aqui, as valorizam menos?
Quanto às outras actividades, parece evidente a necessidade de incentivar o
seu acesso para que se naturalize o seu uso como meio e modo de formação. Então,
inferiremos que os alunos nos dão um sinal claro da importância atribuída à
diversificação das aulas e ao enriquecimento destas com meios exteriores
complementares - a saída dos muros fixos da sala de aula.
A valorização foi pensada, pelos alunos, provavelmente, não em função da
sua formação global como pessoas, mas, antes, e só, como contributo para a sua
formação curricular disciplinar. Se equacionarmos, deste modo, a leitura das suas
respostas, estas parecer-nos-ão mais compreensíveis. As actividades lidas como
comemorações de final de período foram interpretadas, então, como menos
importantes, pois que se tratariam de acontecimentos de divertimento, de convívio,
de manifestação de talentos, etc. Se verificarmos o modo como valoram as realizações culturais da Escola e as
actividades extra-curriculares já não interpretamos como uma secundarização;
antes pelo contrário, poderemos inferir que se referem à reduzida oferta (ou
escassa oportunidade de escolha) que lhes é dada como possibilidade na Escola.
Avaliação Interna/Observatório – Relatório Anual Página 24
a)- 2- A avaliação da divulgação das actividades do P.A.A..
Quadro 17 A - A avaliação da divulgação das actividades do P.A.A. – valores absolutos - Resultados dos Questionários
Quadro 17 B - A avaliação da divulgação das actividades do P.A.A.. – valores relativos
Nestes gráficos é possível constatar que as actividades desportivas e a Festa de
Natal, seguidas da realização do Sarau Cultural, foram consideradas como melhor
divulgadas. As Visitas de Estudo são claramente conhecidas dada a necessidade de
autorização dos Encarregados de Educação. Quanto às actividades com menor divulgação,
sê-lo-ão em consequência, talvez, do menor interesse que despertam aos seus
destinatários, pois que foram aquelas que os alunos consideraram menos apelativas: as
aulas no exterior da Escola; as actividades extra-curriculares nos Laboratórios e as
“outras” que não se encaixaram nestas designações. Ou, para aqueles respondentes, estas
não aconteceram de todo e, como tal, não as valoraram por posição deliberada?
Aulas noexterior da
escola
Actividadesdesportivas
Visitas deestudo
Actividadesculturais
extra-curriculares
Actividadesnos
laboratóriosextra-
curriculares
Festa de Natal Sarau cultural Exposições Outras
Inexistente 82 7 25 29 58 12 14 36 14
Pouco importante 59 31 50 67 62 33 52 60 3
Importante 52 86 82 87 59 75 74 77 6
Muito importante 21 101 73 26 23 87 63 44 9
0
20
40
60
80
100
120
Valore
s Abso
luto
s
AVALIAÇÃO DA DIVULGAÇÃO DAS ACTIVIDADES DO P.A.A.
65,9
16,9
32,6
45,9
59,4
21,7 32,5
44,2 53,1
34,1
83,1
67,4
54,1
40,6
78,3 67,5
55,8 46,9
Aulas no exteriorda escola
Actividadesdesportivas
Visitas de estudo Actividadesculturais extra-
curriculares
Actividades noslaboratórios extra-
curriculares
Festa de Natal Sarau cultural Exposições Outras
O QUE PENSAM DA DIVULGAÇÃO DAS ACTIVIDADES
Somatório de respostas negativas Somatório de respostas positivas
Avaliação Interna/Observatório – Relatório Anual Página 25
a) – 3- A avaliação do acesso à participação nas actividades do P.A.A..
Quadro 18 A– A avaliação da divulgação das actividades do P.A.A.. – valores relativos
Quadro 18 B – A avaliação da divulgação das actividades do P.A.A. - valores absolutos - Resultados dos Questionários
Quanto ao acesso de participação, os alunos demonstram inequivocamente a sua
apreciação de cada uma, em função dos seus gostos. Deste modo, ajuízam que é-lhes
facultada a participação com mais facilidade e mais democraticidade nas actividades
desportivas e nas visitas de estudo; por um lado, nas visitas de estudo, a participação é,
quase sempre, de 100%; por outro, nas actividades desportivas colectivas, não há,
normalmente, entraves de número ou de pré-requisitos quanto a talentos. As respostas
negativas serão as dos alunos das turmas em que as actividades mais enumeradas (visitas
de estudo e/ou a exposições, aulas no exterior da Escola) não aconteceram, ou que não se
sentiram suficientemente “chamados” a participar nas actividades extra-curriculares, nas
festas e competições de “fim” dos períodos lectivos?
Aulas no
exterior da
escola
Actividades
desportivas
Visitas de
estudo
Actividades
culturais
extra-
curriculares
Actividades
nos
laboratórios
extra-
curriculares
Festa de
Natal
Sarau
culturalExposições Outras
Inexistente 56 7 25 27 43 21 26 22 18
Pouco importante 51 29 39 63 64 45 43 59 5
Importante 77 81 71 83 62 68 78 84 4
Muito importante 32 110 96 36 31 71 55 49 10
0
20
40
60
80
100
120
VALORES A
BSOLUTOS
AVALIAÇÃO DO ACESSO À PARTICIPAÇÃO NAS ACTIVIDADES DO P.A.A
49,5
15,9
27,7
43,1
53,5
32,2 34,2 37,9
62,2
50,5
84,1
72,3
56,9
46,5
67,8 65,8 62,1
37,8
Aulas no exteriorda escola
Actividadesdesportivas
Visitas de estudo Actividadesculturais extra-
curriculares
Actividades noslaboratórios extra-
curriculares
Festa de Natal Sarau cultural Exposições Outras
AVALIAÇÃO DO ACESSO À PARTICIPAÇÃO
Somatório de respostas negativas Somatório de respostas positivas
Avaliação Interna/Observatório – Relatório Anual Página 26
a) – 4- A avaliação do tempo despendido na preparação.
Quadro 19 A – A avaliação do tempo despendido na preparação das actividades do P.A.A. - valores absolutos
Quadro 19 B – A avaliação do tempo despendido na preparação das actividades do P.A.A. - valores relativos
A apreciação que é feita denota que os alunos reconhecem a importância da
preparação de cada actividade e compreendem o tempo que é necessário disponibilizar
para a sua concretização. É significativo que atribuam o maior dispêndio de tempo à
organização das actividades desportivas e visitas de estudo, mostrando-se conscientes da
complexidade de meios técnicos, materiais e humanos que é necessário reunir para um
mesmo fim. Nas outras, na maioria dos casos, admitem que o tempo “consumido” na sua
organização é o do(s) docente(s) responsável(s) e, como tal, não o consideram trabalho
seu.
Aulas no
exterior da
escola
Actividades
desportivas
Visitas de
estudo
Actividades
culturais
extra-
curriculares
Actividades
nos
laboratórios
extra-
curriculares
Festa de Natal Sarau cultural Exposições Outras
Inexistente 59 10 27 29 47 20 20 26 11
Pouco importante 62 41 29 59 56 37 38 50 6
Importante 82 105 85 86 72 87 97 103 4
Muito importante 13 69 88 33 26 63 46 37 10
0
20
40
60
80
100
120
VALORES A
BSOLUTOS
AVALIAÇÃO DO TEMPO DESPENDIDO NA PREPARAÇÃO
56,0
22,7 24,5
42,5 51,2
27,5 28,9 35,2
54,8
44,0
77,3 75,5
57,5 48,8
72,5 71,1 64,8
45,2
Aulas no exterior da
escola
Actividades
desportivas
Visitas de estudo Actividades culturais
extra-curriculares
Actividades nos
laboratórios extra-
curriculares
Festa de Natal Sarau cultural Exposições Outras
AVALIAÇÃO DO DESPENDIDO TEMPO NA PREPARAÇÃO
Somatório de respostas negativas Somatório de respostas positivas
Avaliação Interna/Observatório – Relatório Anual Página 27
a)– 5- A avaliação do tempo despendido na execução.
Quadro 20 A– A avaliação do tempo gasto na execução das actividades do P.A.A. - valores absolutos
Quadro 20 B – A avaliação do tempo gasto na execução das actividades do P.A.A. - valores relativos
Numa situação em que se pede para avaliarem relação “custo/benefício” quanto ao
dispêndio de tempo de preparação e dos “ganhos”/satisfação com cada actividade, os
alunos fazem uma leitura claramente “carregada” (dos seus interesses/preferências, do
“conhecido”) da larga maioria. Valorizam inferiormente o que menos acontece, aquilo em
que participam mais esporadicamente ou nunca; o que menos os motiva. Claramente, pode
inferir-se que, em geral, dão apreço a todas as dinamizações que a Escola oferece. Então,
o tempo que é ocupado na preparação das actividades desportivas, da Festa de Natal, do
Sarau Cultural, das exposições dos seus trabalhos, etc … não lhes parece “pesado”,
“muito” ou “mal empregue”.
Aulas no
exterior da
escola
Actividades
desportivas
Visitas de
estudo
Actividades
culturais
extra-
curriculares
Actividades
nos
laboratórios
extra-curriculares
Festa de
NatalSarau cultural Exposições Outras
Inexistente 61 14 24 26 43 18 20 25 11
Pouco importante 56 36 36 61 58 42 43 48 6
Importante 74 110 99 94 71 91 93 95 5
Muito importante 22 69 72 27 30 55 48 48 10
0
20
40
60
80
100
120
VALORES A
BSOLUTOS
AVALIAÇÃO DO TEMPO GASTO NA EXECUÇÃO
54,9
21,8 26,0
41,8 50,0
29,1 30,9 33,8
53,1 45,1
78,2 74,0
58,2 50,0
70,9 69,1 66,2
46,9
Aulas no exterior da
escola
Actividades
desportivas
Visitas de estudo Actividades culturais
extra-curriculares
Actividades nos
laboratórios extra-
curriculares
Festa de Natal Sarau cultural Exposições Outras
AVALIAÇÃO DO TEMPO GASTO NA EXECUÇÃO Somatório de respostas negativas Somatório de respostas positivas
Avaliação Interna/Observatório – Relatório Anual Página 28
a)– 6- A avaliação quanto ao interesse suscitado pelas actividades do P.A.A..
Quadro 21 A – A avaliação do interesse das actividades do P.A.A.- valores absolutos
Quadro 21 B – A avaliação do interesse das actividades do P.A.A. - valores relativos
Quando chamados, contudo, a pronunciar-se sobre o interesse que lhes suscita
cada uma das actividades, para além daquelas que já anteriormente se tinha assinalado
como muito valorizadas ─ as actividades desportivas e as visitas de estudo ─ reconhecem
que seriam particularmente motivadoras as aulas no exterior da Escola e as actividades
extra-curriculares, nos Laboratórios ou fora deles, a par com as que já o são, neste
momento, conforme acima designado. Parece, então, legítimo inferir que os alunos que
tanto as valorizam, aqui, estarão privados delas e, por isso mesmo, classificaram-nas
negativamente nas questões anteriores tomando como referência, apenas, o seu acesso a
estas.
Aulas no
exterior da
escola
Actividades
desportivas
Visitas de
estudo
Actividades
culturais
extra-
curriculares
Actividades
nos
laboratórios
extra-curriculares
Festa de
NatalSarau cultural Exposições Outras
Inexistente 45 5 11 18 39 24 27 18 13
Pouco importante 25 19 14 52 54 40 46 49 3
Importante 75 70 62 92 66 82 77 87 3
Muito importante 69 132 143 49 45 61 52 61 12
0
20
40
60
80
100
120
140
160
VALORES A
BSOLUTOS
AVALIAÇÃO QUANTO AO INTERESSE DAS ACTIVIDADES DO P.A.A.
10,6 10,9
33,2 45,6
30,9 36,1 31,2
51,6
89,4 89,1
66,8 54,4
69,1 63,9 68,8
48,4
Aulas no exterior da
escola
Actividades desportivas Visitas de estudo Actividades culturais
extra-curriculares
Actividades nos
laboratórios extra-
curriculares
Festa de Natal Sarau cultural Exposições
AVALIAÇÃO DAS ACTIVIDADES QUANTO AO INTERESSE
Somatório de respostas negativas Somatório de respostas positivas
Avaliação Interna/Observatório – Relatório Anual Página 29
a)– 7- A avaliação quanto à influência das actividades do P.A.A. no sucesso escolar.
Quadro 22 A– A avaliação da influência das actividades do P.A.A. no sucesso educativo - valores absolutos
Quadro 22 B– A avaliação da influência das actividades do P.A.A. no sucesso educativo. Valores Relativos
Neste quadro é constatável o reconhecimento da importância das actividades
desportivas no sucesso escolar, não só no que diz respeito à disciplina de Educação Física,
pelo que se infere o reconhecimento da importância da prática desportiva para o seu
equilíbrio global. Destacam, contudo, também, de modo inequívoco, as visitas de estudo,
porque é o que mais apreciam e os faz saírem dos muros da Escola e do concelho na
maioria das vezes. Sublinhe-se, ainda, os níveis da valorização como Importante/Muito
importante claramente superior em quase todas. A sua avaliação expressa uma visão do
sucesso como o que é alvo de classificação pelos docentes no final de cada período/ano
lectivo. Assim, para eles, a sua participação na Festa de Natal não é, normalmente, tomada
em consideração para ponderação da classificação, logo, não tem tanta importância.
Aulas no exterior
da escola
Actividades
desportivasVisitas de estudo
Actividades
culturais extra-
curriculares
Actividades nos
laboratórios
extra-
curriculares
Festa de Natal Sarau cultural Exposições Outras
Inexistente 52 10 14 20 39 40 33 24 13
Pouco importante 32 30 26 53 43 63 50 44 5
Importante 67 95 71 84 67 65 80 83 3
Muito importante 64 93 122 51 53 35 40 61 10
0
20
40
60
80
100
120
140
VA
LOR
ES A
BSO
LUTO
S
À INFLUÊNCIA NO SUCESSO ESCOLAR
39,1
17,5 17,2
35,1 40,6
50,7
40,9
32,1
58,1 60,9
82,5 82,8
64,9 59,4
49,3
59,1
67,9
41,9
Aulas no exteriorda escola
Actividadesdesportivas
Visitas de estudo Actividadesculturais extra-
curriculares
Actividades noslaboratórios extra-
curriculares
Festa de Natal Sarau cultural Exposições Outras
À INFLUÊNCIA NO SUCESSO ESCOLAR
Somatório de respostas negativas Somatório de respostas positivas
Avaliação Interna/Observatório – Relatório Anual Página 30
2. Avaliação pela Equipa de A.I.E. – Observatório da Escola.
2. a) - Actividades do PAA propostas/realizadas ao longo do ano e
relatórios entregues
Quadro 23 – Actividades do PAA propostas/realizadas ao longo do ano e relatórios entregues
Actividades Propostas ano lectivo 2009/2010: 232; Actividades Realizadas: 209.
O diferencial entre as actividades propostas e as actividades realizadas teve em
conta a não entrega de relatório de execução. Apesar de se ter decidido não avaliar as
actividades que não se concretizaram devido a razões exteriores à Escola, neste gráfico
foram contabilizadas dado que este facto não nos foi dado a conhecer.
O que se infere, desde logo, é o aumento, a diversidade e a multiplicidade das
actividades concretizadas. Destacam-se pela quantidade as que foram implementadas pela
Biblioteca Escolar (B.E.) e/ou em colaboração dos grupos disciplinares. Seguem-se a Área
de Projecto (A.P.) e o Grupo de Educação Física (E.F), neste caso, sendo uma em
colaboração com o Grupo de História e outra com o grupo do Projecto de Educação para a
Saúde. Na leitura horizontal do gráfico, evidencia-se que aqueles níveis se destacam
muito acima da média.
6 8
3 4
6 4
11
3
7
2
10
2 3
2
19
22
33
0 0 1
10
13
1
15
7
1 1
0
5
10
15
20
25
30
35
EMR
C
Po
rtu
guês
Fran
cês
Ingl
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His
tóri
a
Filo
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Geo
graf
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form
átic
a
Obs
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t.
O.C
iên
cia
Propostas
Realizadas
Relatórios
Avaliação Interna/Observatório – Relatório Anual Página 31
2.b)- avaliação das actividades de 12 Fevereiro – 10 de Junho de 2010
7º e 8º anos
Quadro 24 A e 24 B – Actividades do PAA realizadas nos 7º e 8º Anos.
9ºano
Quadro 25 – Actividades do PAA realizadas no 9º Ano.
No 7º Ano de Escolaridade houve uniformidade de actividades implementadas em
todas as turmas. Já no 8º Ano houve predomínio da turma D. No 9º Ano o número de
actividades é mais ou menos uniforme, entre as 6 e as 8.
10ºano e 11º ano
Quadro 26 A e 26 B – Actividades do PAA realizadas nos 10º e 11º Anos.
Esta distribuição das actividades não foi uniforme, pois que, nos 10º Anos há três
grupos de três turmas: com 4, 3 e 2 actividades, enquanto as duas turmas de Cursos
Profissionais tiveram apenas 1. No entanto, estes Cursos T.A.P. têm já uma carga horária
muito sobrecarregada, o que dificulta a ocupação do seu tempo não-lectivo.
0
1
2
3
4
7ºA 7ºB 7ºC 7ºD
Série1
5
6
7
8ºA 8ºB 8ºC 8ºD
Série1
012345678
9ºA 9ºB 9ºC 9ºD 9ºE
0
1
2
3
4
5
10ºA
10ºB
10ºC
10ºD
10º
E
10ºF
10º
G
10ºH
10
ºI
10ºT
IG
10º
TAP
01234567
11º
A
11ºB
11º
C1
1ºD
11º
E11
ºF
11ºG
11ºH
11ºT
M
11ºT
S
11º
QA
11ºG
PSI
11º
TAP
Avaliação Interna/Observatório – Relatório Anual Página 32
Os Cursos Profissionais, pela sua especificidade, têm muitas actividades que
decorrem da diversidade da sua organização curricular e, por isto, não se inscrevem no
P.A.A., respeitando as orientações no Conselho Pedagógico.
Nos 11º Anos, há uma turma que se destaca com 6 actividades, seguida de um grupo
de seis turmas com 5 e de outros dois, um com 4 e outro com 3. Depois, encontramos uma
turma só com 2 e outra com 1 única. A estas duas últimas aplica-se o que acima foi dito
para os Cursos Profissionais. Estas Turmas têm muitas aulas no exterior, visitas a
instituições, Formação em Contexto de Trabalho, etc. ao longo de todo o ano lectivo. Como
se inscrevem na planificação/concretização das actividades lectivas semanais organizada
pelas Equipas Pedagógicas não foram consideradas no âmbito do P.A.A..
12º Ano
Quadro 27 – Actividades do PAA realizadas nos 12º Anos.
Também no 12º Ano não houve uniformidade na distribuição das actividades, pois
verificam-se quatro grupos de duas turmas com 5, 4, 3, 2 e uma turma com 1 única. Esta
destaca-se pois, sendo de Artes pressupor-se-ia uma actividade alargada dentro e fora da
Escola. A Turma 12º TPQA tem muitas actividades inscritas no P.A.A. mas, na larga
maioria, eram específicas da área técnica do Curso, decorrentes do próprio currículo,
como tal, não são propriamente actividades a inscrever no P.A.A. de acordo com o decidido
em Conselho Pedagógico em anos anteriores: implementar a multidisciplinaridade. Assim,
será de renovar esta informação sobre as características que devem revestir as
actividades a inscrever no próximo Plano Anual de Actividades.
Dever-se-á, ainda, solicitar um único Relatório de execução da actividade, entregue
pelo(s) Professor(es) responsável, que resulte de uma avaliação conjunta com todos os
docentes envolvidos e que proceda a uma avaliação consequente do Projecto.
0
1
2
3
4
5
12ºA 12ªB 12ºC 12ºD 12ºE 12ºF 12ºG 12ºTC 12ºQA
Avaliação Interna/Observatório – Relatório Anual Página 33
3. Número de professores por actividade concretizada
Quadro 28 – Número de Professores participantes em actividades do P.A.A. realizadas.
Quanto às participações dos docentes, a moda é de 3 professores por actividade. As que
envolveram mais de 20 professores foram as desportivas e as de finais de períodos.
4. Número de alunos por actividade concretizada
Quadro 29 – Número de Alunos participantes em actividades do P,A.A.
As actividades com participação massiva foram as desportivas, porque abertas à
participação de toda a comunidade discente (e/ou escolar), e algumas visitas de estudo
que movimentaram quase todas as turmas de um ano lectivo.
5. Dias da semana por actividade concretizada
Quadro 30 – Distribuição das actividades do PAA realizadas pelos dias da semana.
Verificamos que a maioria das actividades acontece predominantemente à quarta-
feira, pela interrupção da maioria das actividades lectivas no período da tarde, e à sexta-
feira para aproveitar o seu prolongamento no sábado ou em todo o fim-de-semana.
0
5
10
15
20
2 3 5 6 1 4 >20
Número de participações por Professor
nºvezes
0
10
20
<30 30-50 50-70 70-90 >90
Activ.
0 10 20 30 40
2ª
3ª
4ª
5ª
6ª
Série1
Nº Prof.
Número de alunos
Número de actividade
actiActividades
Actividades
Actividades
Número de alunos
Número de Actividades
Avaliação Interna/Observatório – Relatório Anual Página 34
6. Tipo de actividades concluídas
Quadro 31 – Distribuição das actividades do PAA entre disciplinares e multidisciplinares.
Apesar de se ter ambicionado a implementação preferencial das actividades
interdisciplinares como característica dominante para o P.A.A. deste ano lectivo, estas
não foram, ainda, as mais frequentes, pois que a especificidade desejada figurou em
menos de metade, relativamente àquelas que apenas envolveram uma disciplina.
Mais uma vez, sugere-se que:
1- As actividades que decorram da planificação curricular lectiva estrita, isto é,
das actividades de realização da aula da disciplina, não deverão constituir-se como
conteúdo do Plano Anual de Actividades;
E, agora, propõe-se que:
2- Os projectos das actividades devem incluir, sempre que possível, as aulas de
outras disciplinas que serão ocupadas, de modo a que, atempadamente, possam ser
organizadas as permutas possíveis e/ou reorganização das planificações disciplinares
necessárias;
3- Nos projectos multidisciplinares, que devem ser incentivados, dever-se-á
construir um único Relatório de execução, entregue pelo(s) Professor(es) responsável, que
resulte de uma avaliação conjunta com todos os docentes envolvidos e que proceda a uma
avaliação consequente do Projecto;
4 - Para melhor leitura do gráfico, propõe-se que, no futuro, cada actividade que
resulte de uma parceria de grupos disciplinares e/ou em colaboração com a B.E., P.E.S.,
figure numa coluna à parte, e uma só vez, sob pena de não serem fiáveis os dados.
68
28
0
20
40
60
80
Disciplinares Interdisciplinares
Série1
Linear (Série1)
Avaliação Interna/Observatório – Relatório Anual Página 35
IV – Acções de Melhoria Implementadas (P.E.E.)
1 – Desempenho Organizacional
No Projecto Educativo da Escola, no Ponto 5.2. Medidas com o Objectivo de
Melhorar a Eficácia da Escola, na dimensão Gestão Administrativa e Financeira,
encontram-se definidas as estratégias seguintes:
4. Criar condições para que os Coordenadores de Departamento tenham um tempo
coincidente no horário, para poderem coordenar estratégias comuns de actuação nas suas
funções de preparação das reuniões;
5. Conceder horas comuns aos membros dos departamentos, de forma a permitir o
debate e a discussão dos problemas ligados à prática pedagógica, bem como de estratégias e
experiências educacionais, e também a coordenação das substituições e a partilha de
informações num âmbito mais institucional;
No sentido de cumprir as metas definidas, constantes no Projecto Educativo, a
Escola organizou-se segundo determinadas estratégias de optimização de recursos que
cumpria avaliar. Na preparação e organização do ano lectivo que termina, tendo em vista o
sucesso escolar dos alunos, foram implementadas medidas relacionadas com o
funcionamento da Sala de Estudo, das equipas da Avaliação Interna (A.I.E.- O.Q.E.), do
Núcleo de Apoio Educativo (N.A.E.), Biblioteca Escolar (B.E.), de acompanhamento de
novos programas, do C.N.O., bem como das estruturas de coordenação de departamento
curricular (D.C.) e grupos disciplinares.
Os resultados foram sujeitos à apreciação pelo corpo docente, através de
questionários individuais e anónimos, elaborados pela Direcção da Escola, com o intuito de
proceder à preparação mais consequente do próximo ano lectivo. Deste modo, solicitou-se
a colaboração de todos os Colegas no sentido de contribuírem para a avaliação das
medidas implementadas.
Os cento e treze questionários recebidos, dos quais três encontravam-se em
branco, foram entregues à Equipa de Avaliação Interna que procedeu ao seu tratamento e
análise descritiva e compreensiva sendo o apurado entregue à Direcção.
Avaliação Interna/Observatório – Relatório Anual Página 36
Quadro 32 – Questionário lançado aos Docentes para avaliação de alguns Planos de Melhoria.
Nas três primeiras questões dirigidas para a organização dos horários dos
docentes (tempos de trabalho não-lectivo): Simultaneidade, no horário semanal dos
coordenadores de departamento; destes com os respectivos coordenadores de
secção; dos elementos que integram as diferentes equipas de trabalho (O.Q.E, C.N.O.,
P.E.S., implementação e acompanhamento de novos programas), embora com alguma
variação, foi reconhecida a necessidade de ser mantida esta organização do trabalho na
Escola. Infere-se que tem sido apreciada como muito positiva e muito produtiva ao nível
das condições de cooperação.
1.
Simultane
idade no
horário
semanal
dos
coordena
dores de
departam
ento
2.
Simultane
idade no
horário
semanal
dos
coordena
dores de
departam
ento com
os
respectiv
os
coordena
dores de
secção
3.
Simultane
idade no
horário
semanal
dos
elementos
que
integram
as
diferente
s equipas
de
trabalho
(O.Q.E,
CNO,
Promoção
e
Educação
para a
Saúde,
implement
ação e
acompanh
amento de
novos
programa
s).
4.
Simultane
idade, na
sala de
estudo, no
horário
semanal
de
professor
es que
leccionam
a mesma
disciplina/
nível.
5.
Permanên
cia de um
professor
na
Biblioteca
Escolar,
cobrindo
todo o
horário
de
funcionam
ento das
actividade
s lectivas
diurnas e
nocturnas
.
6.
Permanên
cia de um
professor
no N.A.E.,
cobrindo
todo o
horário
de
funcionam
ento das
actividade
s lectivas
diurnas.
7.
Predominâ
ncia da
sala de
estudo no
turno da
tarde.
8.
Existênci
a de Sala
de Estudo
específica
, no 12º
ano de
escolarida
de, para a
disciplina
de
Matemáti
ca.
9.
Existênci
a de Sala
de Estudo
específica
, no 12º
ano de
escolarida
de, para a
disciplina
de
História.
10.
Existênci
a de Sala
de Estudo
específica
, no 10º
ano de
escolarida
de, para a
disciplina
de
Matemáti
ca. (A
responder
apenas
pelos
docentes
do grupo
de
recrutam
ento 500)
11.
Existênci
a de Sala
de Estudo
específica
, no 10º
ano de
escolarida
de, para a
disciplina
de
História.
(A
responder
apenas
pelos
docentes
do grupo
de
recrutam
ento 400)
12.
Articulaç
ão e
sequencial
idade
entre
ciclos e
conciliaçã
o
disciplinar
interdepa
rtamental
.
13.
Criação
de uma
Comissão
de
Acompanh
amento
dos
Alunos
(relativam
ente ao
aproveita
mento
escolar),
conforme
previsto
no P.E.E.
14.
Análise
dos PCT,
pelos D.T.
e
conselhos
de turma,
visando
apurar o
grau de
exequibili
dade das
propostas
assumidas
.
Não é importante 16 10 22 50 29 8 21 18 39 9 24 10 14 18
É importante 36 37 31 21 39 35 27 32 40 48 35 36 43 52
É muito importante 19 19 25 14 24 31 26 31 16 17 29 40 27 19
É fundamental 29 34 22 16 7 26 25 19 5 26 12 14 16 11
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
V
A
L
O
R
E
S
R
e
l
a
t
i
v
o
s
RESULTADOS DO QUESTIONÁRIO - ORGANIZAÇÃO DO ANO LECTIVO
Avaliação Interna/Observatório – Relatório Anual Página 37
Já no que se refere à quarta questão: Simultaneidade, na Sala de Estudo, no
horário semanal de professores que leccionam a mesma disciplina/nível, o mesmo não
se verificou claramente, pois metade considerou-a de um modo e a outra metade
expressou o oposto. Poder-se-á cogitar as razões desta avaliação oposta: durante estes
tempos, quando não existem alunos a quem proporcionar apoio, os docentes aproveitam
para resolver, em conjunto, assuntos ligados à organização de planificações e/ou materiais
disciplinares e, neste caso, estes momentos têm-se revelado fundamentais e
indispensáveis. Outros, partindo do princípio que estes tempos se destinam apenas ao que
é estabelecido ─ disponibilização de apoio permanente e quotidiano aos alunos em todas as
áreas de estudo, não consideraram fundamental a simultaneidade da permanência dos
colegas de grupo disciplinar.
As questões 5 e 6 diziam respeito à Permanência de um professor no N.A.E.,
cobrindo todo o horário de funcionamento lectivo diurno, e na B.E., para o diurno e
nocturno e as respostas, nos questionários, mostraram a valorização superior da primeira
relativamente à segunda. Consideraram, porventura, os docentes, que o apoio a ser
prestado na B.E. poderia ser feito, em caso de necessidade, pelos professores destacados
para a Sala de Estudo, enquanto aquele que é disponibilizado pelos colegas destacados no
N.A.E. só por estes poderia ser dado e a sua “urgência” ocorre a qualquer momento do dia.
Para mais, com a ocupação plena dos tempos escolares, através das Aulas de Substituição,
na maioria dos casos, os alunos deslocam-se à B.E. acompanhados pelo docente responsável
por aquele tempo lectivo. Se a Sala de Estudo funcionar, predominantemente, na parte de
tarde, haverá aí, supõe-se, um docente que disponibilize o correspondente apoio. Em
qualquer caso, esta é, apenas, uma hipótese explicativa para a diferença de opinião acima
descrita, procurando, também, integrá-la na leitura das respostas à questão que se segue.
Na questão 7, Predominância da Sala de Estudo no turno da tarde, as respostas
evidenciaram a necessidade de rentabilização eficiente deste recurso disponibilizando-o
fora do horário lectivo dos alunos. Esta questão foi debatida em conselhos de D. C. e em
C.P. tendo resultado numa recomendação que a Escola cumpre há já algum tempo. No
entanto, não deixou de existir algum apoio específico noutros horários até, porque nem
todas as turmas têm o período da manhã completamente ocupado.
Também no Projecto Educativo da Escola, no Ponto 5.2. Medidas com o Objectivo
de Melhorar a Eficácia da Escola, na dimensão Gestão Pedagógica e Curricular,
encontram-se definidas, entre outras, as estratégias seguintes:
Avaliação Interna/Observatório – Relatório Anual Página 38
6. Decidir do funcionamento de projectos nas disciplinas de menor sucesso, com o
objectivo de optimizar o desempenho dos alunos nas mesmas;
15. Manter a participação no Plano de Matemática do 3º Ciclo e noutros
Planos/Projectos organizados e desenvolvidos pelo Ministério da Educação ou por outras
entidades que visem promover a qualidade do ensino e combater o insucesso e a exclusão;
Por isto, nas questões oito e nove, os docentes foram chamados a pronunciar-se
sobre a importância da Existência de Sala de Estudo específica, no 12º ano de
escolaridade, para as disciplinas de Matemática e História, sendo que, nestes casos,
recorde-se, estes tempos vêm determinados nos horários do professor e da turma
correspondente. Pelas respostas infere-se que a larga maioria reconheceu como muito
positiva a experiência deste ano que agora termina, logo, deve manter-se esta estratégia
particular.
Nas questões 10 e 11, questionavam-se os docentes dos respectivos grupos de
recrutamento sobre a existência de Sala de Estudo específica, no 10º ano de
escolaridade, para as mesmas disciplinas acima citadas, pelo insucesso manifesto. Pelo
número de respostas obtidas, conclui-se que nem só os docentes dos grupos em causa se
pronunciaram. Assim, embora seja clara a valorização desta proposta de inovação na
organização dos apoios, por uma larga maioria, há um certo equilíbrio nas diferentes
apreciações, que poderá decorrer do facto acima enunciado.
O objectivo desta avaliação prende-se com a ideia de tentar agir no momento da
transição mais difícil para os alunos que não vêm suficientemente preparados do Ensino
Obrigatório para o ingresso o Ensino Secundário, o qual apresenta níveis de exigência mais
elevados. Sendo o décimo ano de escolaridade um dos momentos de maior insucesso
escolar, procurou-se conhecer o modo como os docentes interpretavam esta medida de
programar a actuação logo que os problemas fossem detectados ao nível das competências
essenciais, fossem estas nos domínios cognitivo, atitudinal ou procedimental face aos
objectivos disciplinares.
Conjuntamente, no Projecto Educativo da Escola, e, de igual modo, no Ponto 5.2.
Medidas com o Objectivo de Melhorar a Eficácia da Escola, na dimensão Gestão
Pedagógica e Curricular, encontram-se definidas outras estratégias dentro dos Planos de
Melhoria, a propósito e a destacar aqui:
Avaliação Interna/Observatório – Relatório Anual Página 39
4. Acompanhar o funcionamento das turmas, através da definição clara dos
objectivos a atingir, e da monitorização e avaliação anual dos resultados obtidos, a
efectuar por uma Comissão de Acompanhamento dos Alunos;
11. Organizar a monitorização do trabalho desenvolvido pelos Directores de Turma
e conselhos de turma, através da análise dos PCT/PT, visando apurar o grau de
exequibilidade das propostas assumidas;
13. Promover, com o objectivo de fomentar o sucesso dos alunos, a orientação
Escolar e o acompanhamento educativo dos discentes da Escola;
As questões seguintes, 12, 13 e 14, pretenderam presentificar estas propostas e,
eventualmente, mobilizar vontades no corpo docente para a sua concretização no próximo
ano lectivo, ou, no caso oposto, conduzir à sua reformulação em função da avaliação
realizada nestes questionários.
Deste modo, a questão 12 apresentava a hipótese da criação das condições de:
Articulação e Sequencialidade entre Ciclos e Conciliação Disciplinar
Interdepartamental. Apenas dez por cento dos docentes subvalorizaram este trabalho,
embora também que a parte que o considerou realmente fundamental tenha sido de
catorze por cento. A maior parte classificou-o como importante (36%) ou muito
importante (40%) o que é manifestamente significativo da relevância deste tema.
A questão seguinte, 13, lembrava a Criação de uma Comissão de Acompanhamento
dos Alunos (relativamente ao aproveitamento escolar), conforme previsto no P.E.E.
Neste caso, a percentagem dos que não valorizam esta estratégia foi de catorze por
cento. Depois, há um equilíbrio entre os que a classificaram de importante (43%) e os que
destacaram o seu interesse (27%: muito importante + 16%: fundamental).
Por último, a questão 14 aventava a proposta de Análise dos PCT, pelos D.T. e
conselhos de turma, visando apurar o grau de exequibilidade das propostas
assumidas. Mais de metade dos respondentes (56 docentes) apreciaram esta ideia como
importante. Valorizaram-na significativamente trinta por cento (21: muito importante +12:
fundamental).
A valoração destas três últimas questões deverá ser apresentada nos próximos
conselhos de Departamento, de Secção e de Directores de Turma.
2. Planos de Melhoria - P.E.E.
Avaliação Interna/Observatório – Relatório Anual Página 40
2- a)- Avaliação das medidas implementadas
A avaliação do estado de desenvolvimento de todos os planos de melhoria que a
seguir se enumeram, previstos no Projecto Educativo de Escola 2009-2011, foi realizada,
numa primeira fase, com a recolha de indicadores por observação, pela Equipa de
Avaliação Interna da Escola em estreita colaboração com o Observatório. Depois, tudo foi
objecto de uma ponderação, pesando o valor de cada indicador encontrado, e reunião das
duas equipas.
Posteriormente, decidiu-se levar todos os quadros descritivos dos Planos de
Melhoria inscritos no Projecto Educativo de Escola 2009-2011 ao Conselho Pedagógico de
14 de Julho, sem dar a conhecer aquela avaliação, anteriormente feita, nem, tão pouco, os
indicadores que tinham sido recolhidos, por observação e por questionamento de docentes
e funcionários, de modo aleatório, sem pré-aviso do fim em causa, para suscitar uma
avaliação desinteressada.
A actuação da Equipa, em Conselho Pedagógico, foi orientada por colocação de
perguntas simples e directas, de questões que suscitaram mais controvérsia, por
simulação de dúvidas face aos indicadores enunciados pelos docentes presentes,
procedimentos que implicaram respostas longas e algum diálogo interno fundamentador.
Os membros do Conselho Pedagógico responderam sempre, apresentando as suas
interpretações/valorações, do que se constituíram evidências da concretização. Foram
realizadas a análise e a reflexão, individual e colectiva, na qual, metódica e
sistematicamente, cada quadro e cada medida foram reforçados na sua avaliação cuidada,
com a apresentação dos indicadores favoráveis ou desfavoráveis que cada membro
daquele Conselho considerou legítimo apresentar.
Da súmula das duas visões, que coincidiram, fez-se uma síntese integradora e
globalizante.
Assim, aconteceu a confirmação da avaliação anteriormente efectuada pela Equipa.
P.E.E.: Medidas com o objectivo de melhorar a eficácia da escola:
Avaliação Interna/Observatório – Relatório Anual Página 41
I - Gestão Pedagógica e Curricular
Medidas Coordenação
1. Definir a oferta formativa e educacional, num contexto de orientação
estratégica inter e intra municipal; (A aumentar e a reforçar)
Órgãos de gestão de topo e Órgãos
Intermédios
2. Reforçar e adequar, anualmente, os Cursos de Educação e Formação e
Cursos Profissionais; (Realizado em parte e a reforçar)
Órgãos de gestão; Directores de
Turma
3. Organizar a Gestão Curricular; definir os critérios de elaboração de
turmas/horários e regular as junções de alunos/disciplinas; (Realizado, mas a
reforçar)
Director; Conselho Pedagógico
4. Acompanhar o funcionamento das turmas, através da definição clara dos objectivos a
atingir, e da monitorização e avaliação anual dos resultados obtidos, a efectuar por uma
Comissão de Acompanhamento dos Alunos; (Em início de realização)
Conselho pedagógico; Directores de
Turma; Comissão de Acompanhamento
dos Alunos (a criar).
5. Gerir o crédito horário global; (Realizado e a reforçar) Director
6. Optimizar o funcionamento de projectos nas disciplinas de menor sucesso, com o
objectivo de melhorar o desempenho dos alunos (Plano da Matemática e Plantando
Sementes da Palavra); (Realizado e a reforçar)
Órgãos de gestão de topo e intermédio
7. Seleccionar e contratar o pessoal docente necessário para suprir as necessidades
supervenientes; (Realizado e a prosseguir conforme as necessidades da Escola) Director; Conselho Pedagógico
8. Permitir que os Departamentos se organizem de modo a que, em caso de necessidade,
possam ser adaptados e desenvolvidos modelos pedagógicos alternativos e inovadores;
(Realizado e a reforçar)
Departamentos; Conselho Pedagógico
9. Organizar a Formação para os docentes e os não docentes, de acordo com os
interesses e necessidades da Escola e dos seus membros; (Não depende, actualmente,
da Escola, mas do M.E. e do C. Formação)
Conselho Pedagógico; Director do Centro
de Formação
10. Reforçar as funções de coordenação e gestão intermédia, designadamente, de D.T.:
a) – O incremento da interacção entre a Escola e os Pais/E.E. b) - A dinamização dos
conselhos de turma; c) – O reforço do papel das estruturas de gestão intermédia na
orientação vocacional. (Realizado e a reforçar)
Órgãos de gestão;
Conselho de Directores de Turma;
Conselhos de Turma;
Pais e Encarregados de Educação;
Departamentos;
11. Organizar a monitorização do trabalho desenvolvido pelos D.T. e C.T., através da
análise dos PCT, apurando a exequibilidade das propostas assumidas; (A concretizar)
Coordenadores dos Directores de Turma;
Alunos;
12. Co-responsabilizar os Pais/E.E. pelo processo de formação e educação dos seus
filhos/educandos, através da sua participação nos C.T.; (A concretizar)
A. de Pais e E. E. Encarregados de
Educação; Directores de Turma.
13. Promover, com o objectivo de fomentar o sucesso dos alunos, a orientação escolar e o
acompanhamento educativo dos discentes da Escola; (Realizado e a reforçar)
Órgãos de gestão de topo e intermédio;
D.T; N.A.E., Professores Tutores
Avaliação Interna/Observatório – Relatório Anual Página 42
14. Apostar no sucesso educativo, através do reforço dos projectos existentes e que
venham a ser criados, e na organização de modelos alternativos; (Realizado e a
reforçar)
Comunidade escolar e local.
15. Manter a participação no Plano de Matemática do 3º Ciclo e noutros Planos/Projectos
organizados e desenvolvidos pelo M. E. ou por outras entidades que visem promover a
qualidade do ensino e combater o insucesso e a exclusão; (Realizado e a reforçar)
Departamentos; Grupos de Docência;
Director.
16. Reforçar, no Ensino Secundário, a aposta na diversificação das ofertas formativas e
educacionais; (Realizado e a reforçar)
C. P.; Director; Departamentos; Serviços
Administrativos
Quadro 13 no P.E.E. - Medidas de Melhoria - Gestão Pedagógica e Curricular.
II - Gestão Administrativa e Financeira
Medidas Coordenação
1. Organizar e gerir modalidades de apoio económico e social; (Realizado e a reforçar) Director;
2. Atribuir um cargo, por nomeação, a cada docente, podendo haver excepção apenas no que se
refere ao cargo de direcção de turma; (Realizado na medida das necessidades da Escola) Director
3. Reorganizar os Órgãos de Gestão e Administração, e respectivas competências, em termos a
definir no Regulamento Interno, mediante aprovação do Conselho Geral; (Concretizado)
Director; Conselho
Pedagógico
4. Criar condições para que os Coordenadores de Departamento tenham um tempo coincidente no
horário, para poderem coordenar estratégias comuns; (Concretizado) Director
5. Conceder a coordenação das substituições e a partilha de informações num âmbito mais
institucional; (Concretizado na medida das possibilidades de organização da Escola) Director
6. Promover e n c o n t r o s r e g u l a r e s e n t r e os professores d a s diferentes áreas
disciplinares, com vista à partilha de experiências e práticas educativas; (Realizado e a reforçar) Coordenadores de
Departamento
7. Garantir, na atribuição dos horários dos professores, a sequência pedagógica da Escola, a fim de
facilitar o acompanhamento dos alunos e, assim, tornar-se num elemento de promoção do sucesso
escolar; (Observado em parte, de acordo com as necessidades da Escola).
Director
8. Ceder e arrendar instalações da Escola, para o desenvolvimento de actividades nas áreas da
Cultura e do Desporto, desde que as mesmas não provoquem constrangimentos à Escola;
(Concretizado na medida dos condicionalismos da Escola)
Director
9. Participar na construção de infra-estruturas da escola no âmbito das acções de modernização
das Escolas Secundárias, de acordo com a respectiva calendarização a estabelecer pela Direcção
Regional do Norte. (Não existem, de momentos, estas condições)
Director
10. Candidatar-se a Projectos Financeiros como forma de melhorar as condições de trabalho e a
qualidade do ensino. (Concretizado) Director
Quadro 14 no P.E.E.- Medidas de Melhoria - Gestão Administrativa e Financeira.
Avaliação Interna/Observatório – Relatório Anual Página 43
III - Articulação com o Meio
Medidas Coordenação 1. Continuar a aposta no esclarecimento e na divulgação da oferta do Ensino Superior para
os alunos do Ensino Secundário da região; (Realizado e a reforçar)
Director;
Coordenador dos Directores de
Turma.
2. Celebrar protocolos com entidades Públicas e Privadas, com o objectivo de assegurar a
orientação e o acompanhamento educativo dos alunos da Escola; (Realizado e a reforçar) Director
3. Reforçar a cooperação, o apoio e a informação aos Encarregados de Educação, sobre a
escola e respectivos educandos; (Realizado e a reforçar)
Director; Director de Turma /
Associação de Pais e E. E. /
Representantes dos Pais e E.E.
4. Reforçar a ligação da escola ao meio, através da divulgação regular de informação para
os órgãos locais de comunicação social; (Realizado e a reforçar) Coordenadora da BE; Director
5. Criar um bom clima interno e ambiente profissional e partilha e cordialidade entre as
escolas do concelho e dos concelhos limítrofes; (Realizado e a reforçar) Comunidade escolar
6. Dinamizar, através de convites comuns, reuniões/encontros, seminários e workshops
sectoriais/departamentais/disciplinares (Ciclos); (Realizado e a reforçar) Director; Centro de Formação;
Departamentos
7. Promover a articulação dos Planos de Actividades das Escolas, possibilitando uma
interacção que reforce o sucesso educativo; (A concretizar) Comunidade escolar
8. Estabelecer protocolos, parcerias, acordos de intercâmbio e geminações com
instituições públicas e privadas nacionais e estrangeiras. (Realizado e a reforçar) Director
Quadro 15 no P.E.E.- Medidas de Melhoria - Articulação com o Meio.
IV - Formação
Coordenação
1. Promover e dinamizar a formação dos membros da ESHM nas áreas científico-
didácticas/departamentais, no quadro das suas competências estratégico-pedagógicas; -
(Observado, pelo menos, em algumas secções)
Director;
Coordenador da
Formação;
Coordenadores e
Subcoordenadores de
Departamento;
Centro de Formação;
Coordenador do
PTE;
Coordenadora da
B.E.
2. Contribuir p a r a que os Departamentos c o o p e r e m , c a d a vez mais, e partilhem experiências e
metodologias de trabalho; (Realizado e a reforçar)
2. Promover a realização de sessões de trabalho/acções s o b r e estratégias que motivem os alunos
para o seu processo de ensino - aprendizagem, com o objectivo de adaptar as práticas educativas
aos interesses e expectativas dos alunos; (Realizado e a reforçar)
3. 4. Promover a rea l i z ação d e a c ç õ e s , s e m i n á r i o s e w o rk s h op s sobre supervisão
p e d a g ó g i c a p a r a os docentes que não tenham formação especializada e exerçam funções
nessa área; (Realizado e a reforçar)
5. Promover a realização de sessões de trabalho/acções sobre a motivação para a prática docente,
estimulando a receptividade à mudança; (Realizado e a reforçar)
6. Promover sessões de trabalho/ acções sobre o uso das tecnologias em geral e da Plataforma Moodle,
em particular; (Realizado e a reforçar)
7. Promover a formação do pessoal não docente, nomeadamente nas áreas específicas das suas funções e
nas relações interpessoais; (Realizado e a reforçar)
Centro de Formação;
Quadro 16 no P.E.E. - Medidas de Melhoria – Formação.
Avaliação Interna/Observatório – Relatório Anual Página 44
V - Auto-regulação da Escola
Coordenação 1. Realizar a auto-avaliação anual; (Realizado)
2. )
Equipa da Auto-Avaliação
2. Divulgar anualmente, no site da escola, os resultados de desempenho da escola com
destaque para os resultados do sucesso dos alunos; (Realizado e a reforçar)
Equipa TIC
3. Promover o bem -e sta r da c o m u n i d a d e escolar, i m p l e m e n t a n d o as acções de
melhoria definidas no relatório do CAF; (No verificado e registado acima)
Toda a comunidade escolar
4. Promover a Qualidade e a Melhoria Contínua de todos os processos e actividades da
escola, através da reflexão. (Realizado e a reforçar)
Quadro 17 no P.E.E. - Medidas de Melhoria - Auto-Regulação da Escola.
3 - Conclusão:
A Equipa avaliou muito positivamente a concretização atempada e organizada dos
Planos de Acção de Melhoria previstos no Projecto Educativo de Escola, tendo em conta
não só o facto de este ser o primeiro ano após a aprovação daquele documento como
também o cômputo do implementado. A apresentação desta sua leitura será corroborada,
de modo detalhado, pelos membros de Conselho Pedagógico.
4 – Estudo descritivo e comparativo dos Resultados Escolares. A finalizar quando todos os dados dos Exames Nacionais e das colocações nas Instituições
do Ensino Superior forem conhecidos. Este estudo será anexado a este Relatório.
Avaliação Interna/Observatório – Relatório Anual Página 45
V - Balanço da concretização do Plano de Acção da Equipa
Avaliação Interna da Escola - Observatório 2009/2010
1.- Os Objectivos Gerais:
Os objectivos gerais e essenciais de auto-avaliação a prosseguir na Escola foram:
a)- Promover a melhoria da qualidade da Escola, da sua organização e dos seus
níveis de eficiência e eficácia, apoiar a formulação e o desenvolvimento das metas para as
práticas de educação e assegurar a disponibilidade de informação;
b)- Conhecer as condições que garantem o sucesso educativo, continuando a
promover uma cultura de qualidade, de exigência e de responsabilidade na Escola;
c)- Incentivar as acções e os processos de melhoria da qualidade;
d)- Sensibilizar os vários membros da comunidade educativa, valorizando o seu
papel neste processo;
e)- Garantir a credibilidade do desempenho da Escola;
f)- Promover uma cultura de melhoria, segundo as metas do P.E.E.;
g)- Procurar certificar o(s) padrão(s) de qualidade da Escola.
2.- O Plano de Acção da Equipa:
Segundo a Lei nº 31/2002, deve analisar-se:
a)- O grau de concretização dos P.E.E., P.C.E e P.A.A;
b)- O nível de execução de actividades proporcionadoras de climas e de ambientes
educativos capazes de gerarem as condições afectivas e emocionais de desenvolvimento
integral dos alunos;
c)- O desempenho da Direcção da Escola, abrangendo, também o funcionamento
das estruturas de gestão e de orientação educativa, o funcionamento administrativo, a
gestão de recursos;
Avaliação Interna/Observatório – Relatório Anual Página 46
d)- O sucesso escolar, avaliado através da capacidade de promoção da frequência
escolar e dos resultados do desenvolvimento das aprendizagens escolares dos alunos, em
particular dos resultados;
e)- A prática de uma cultura de colaboração entre os membros da comunidade
educativa.
Em estreita colaboração com a equipa do Observatório propusemo-nos para este
ano lectivo, analisar a monitorização dos resultados do combate ao insucesso e ao
abandono escolar e os resultados dos planos de melhoria e de eficácia para conhecer o
desempenho organizacional, do seguinte modo:
A curto prazo:
Analisar o Ambiente e o Clima Educativos (disciplina; ambiente de aprendizagem) e
os resultados da Escola para o Público-Alvo;
A médio prazo:
Reflectir sobre os resultados dos Projectos e da Mudança; mapear os resultados
da gestão das Pessoas e Planeamento e analisar e reconstruir Estratégias e Parcerias.
Todo este projecto implicou um trabalho em absoluta sintonia com a comissão do
Observatório da Escola.
3. Concretização do Plano de Acção da Equipa da Avaliação Interna da
Escola.
Os objectivos foram cumpridos com a salvaguarda dos que dependem dos
resultados obtidos nos exames nacionais da 1ª e 2ª Fases o que só é, pois, possível, de
concretizar durante o primeiro período do próximo ano lectivo, seguindo, em anexo, os
Relatórios de Avaliação e Acompanhamento seguintes (por ordem de entrega à Equipa):
1. Biblioteca Escolar;
2. Sala de Estudo;
3. Plano da Matemática;
4. Plantando Sementes do Sucesso.
Avaliação Interna/Observatório – Relatório Anual Página 47
VI – CONCLUSÃO
A avaliação interna é condição essencial da vida das instituições havendo a
necessidade, ainda, de constituir estruturas ou processos de actuação susceptíveis de
garantir a sua contínua promoção, oferecendo sistematicidade e regularidade das
práticas, às actividades de auto-avaliação, de modo a tornar-se um aspecto enraizado na
nossa consciência e, consequentemente, na nossa cultura.
A seriedade na participação numa avaliação interna é imprescindível a fim de não
desvirtuar os objectivos e finalidades de toda e qualquer auto-avaliação.
Apesar de ter sido feito um trabalho rigoroso e moroso, sugere-se, ao próximo
grupo de trabalho, uma maior divulgação das vantagens da avaliação e das conclusões
obtidas para validar este processo enquanto instrumento de melhoria da organização.
Agradecimentos à Comunidade.
A Equipa
Avaliação Interna: professoras Catarina de Brito, Conceição Couto, Teresa Helena
Ferreira e Teresa Rego.
Observatório: professores Mª Margarida Santos e Rafael Maranhão;
Em 14 de Julho de 2010,
P/la Equipa de Avaliação Interna/Observatório
_____________________________________
Avaliação Interna/Observatório – Relatório Anual Página 48
Anexo 1
Relatório de Auto-Avaliação da Biblioteca Escolar
Avaliação Interna/Observatório – Relatório Anual Página 49
______________________________________________________
Resumo/Síntese do Relatório de Auto-Avaliação apresentado pela
B.E. da Escola Secundária c/ 3º Ciclo Henrique Medina
Ano lectivo 2009/2010
Domínio de Auto-Avaliação seleccionado:
C. Projectos, Parcerias e Actividades Livres e de Abertura à Comunidade
Motivo da escolha deste domínio:
Nos últimos anos, a Biblioteca Escolar tem vindo a assumir-se como pólo
dinamizador de um número significativo de actividades culturais, envolvendo toda a
comunidade escolar. A par disso, as taxas de utilização da B.E. têm aumentado
consideravelmente, registando um elevado índice de ocupação nos tempos livres dos
alunos, nomeadamente, à hora de almoço. Consciente desta realidade, a equipa da B.E.
propôs-se avaliar com exactidão o domínio C - Projectos, Parcerias e Actividades Livres e
de Abertura à Comunidade – de forma a medir a eficácia e a reorientar o trabalho até
então desenvolvido nesta área. Para tal, recolheu um conjunto de evidências que elencou
sequencialmente.
Avaliação Interna/Observatório – Relatório Anual Página 50
Domínio C - Projectos, Parcerias e Actividades Livres e de Abertura à Comunidade
C.1. Apoio a actividades livres, extra-curriculares e de enriquecimento curricular
A B.E. assume-se como um pólo dinamizador de um conjunto variado de actividades
livres, de carácter lúdico e cultural, que correspondem, de uma forma geral, aos
interesses e às necessidades dos alunos e que promovem a iniciativa e intervenção livre
dos mesmos.
Diariamente, um número apreciável de alunos acede livremente à B.E., quer
individualmente, quer em pequenos grupos, utilizando-a como espaço de lazer e livre
fruição de recursos, num clima de liberdade, respeito e descontracção.
O horário da B.E. é contínuo e coincidente com a permanência dos alunos na Escola,
sendo adequado aos seus interesses e necessidades. O horário da equipa da B.E. encontra-
se distribuído de forma a garantir, na medida do possível, a permanência de um docente,
assegurando sempre a hora de almoço, período de maior afluência.
O ambiente, o espaço, os equipamentos e os recursos documentais disponibilizados
pela B.E. são favoráveis à aquisição e ao desenvolvimento de métodos de trabalho e de
estudo autónomos, sendo que a maioria dos alunos demonstra autonomia na pesquisa da
informação nos diferentes suportes e na execução das tarefas a que se propõe.
Assim, e confrontando o atrás exposto com os níveis de desempenho apresentados
no Modelo de Auto-avaliação da Biblioteca Escolar, proposto pela Rede de Bibliotecas
Escolares, a B.E. desta escola incluir-se-á, no que ao subdomínio C.1. diz respeito, no nível
3 de desempenho.
Avaliação Interna/Observatório – Relatório Anual Página 51
Níveis C.2 Projectos e parcerias
4
• A BE estabelece fortes parcerias com outras entidades (CM/BM, e outros.) e é
envolvida nos diferentes projectos da escola/agrupamento.
• A BE realiza um trabalho colaborativo permanente com outras escolas,
agrupamentos e BE.
• A BE participa regularmente com outras escolas/agrupamentos, com o SABE e
outras entidades num grupo de trabalho concelhio.
• A BE mobiliza e conta com a participação dos pais/EE em actividades conjuntas (Só
para o Ensino Básico).
• A BE está aberta ao exterior, sendo os seus recursos utilizados pela comunidade
educativa em horário e períodos extra-lectivos.
3
• A BE tem algumas parcerias pontuais e é envolvida nos projectos da
escola/agrupamento.
• A BE desenvolve algum trabalho colaborativo com outras escolas do agrupamento ou
BE.
• A BE participa regularmente em reuniões de trabalho no âmbito da BM/SABE ou
com outras escolas/agrupamentos.
• A BE conta com a participação dos pais/EE em algumas actividades conjuntas (Só
para o Ensino Básico).
• A BE viabiliza a utilização dos seus recursos pela comunidade educativa, sobretudo
antigos alunos.
2
• A BE está esporadicamente envolvida em parcerias e em certos projectos da
escola/agrupamento.
• A BE desenvolve pontualmente algum trabalho colaborativo com outras escolas do
agrupamento ou BE.
• A BE participa de vez em quando em reuniões de trabalho concelhio com outras
bibliotecas.
• A BE conta com a presença de alguns pais/EE em certas actividades que organiza
(Só para o Ensino Básico).
• A BE permite a utilização por elementos da comunidade educativa e local, embora
esta tenha uma expressão bastante incipiente.
1 (a precisar de ser
desenvolvido
de modo
urgente)
• A BE não estabelece parcerias externas e é pouco envolvida nos projectos da
escola/agrupamento.
• A BE não desenvolve trabalho colaborativo com outras escolas, agrupamentos ou
BE.
• A BE não participa em quaisquer reuniões de bibliotecas a nível concelhio ou
interconcelhio.
• A BE não conta geralmente com a presença dos pais/EE nas actividades que
organiza (Só para o Ensino Básico).
• A BE não está aberta à comunidade educativa e local.
Avaliação Interna/Observatório – Relatório Anual Página 52
C.2. Projectos e Parcerias
A BE estabelece algumas parcerias e é envolvida nos projectos existentes na
escola (P.E.S., Oficina de Ciência, Clube de Artes Performativas, projecto “Plantando
Sementes de Sucesso…); desenvolve actividades em parceria com os diferentes
departamentos Curriculares, embora o trabalho colaborativo seja mais recorrente com os
departamentos de Línguas e de Ciências Humanas e Sociais.
A B.E. colabora também com outras B.E.s/Agrupamentos de Escolas na
concretização de algumas iniciativas.
A professora Bibliotecária participa activa e regularmente nas reuniões do S.A.B.E.
(Serviço de Apoio às Bibliotecas Escolares), em que o grupo de trabalho concelhio
programa e desenvolve acções com vista à implementação de uma prática de cooperação
entre as bibliotecas. Nesta perspectiva, foi este grupo de trabalho responsável pela
elaboração do Protocolo de colaboração para a criação da Rede de Bibliotecas do Concelho
de Esposende, recentemente assinado pelos Agrupamentos/Escola do Concelho. Este
protocolo pretende uma mais efectiva e contínua colaboração, com facilidades de
permissão de consulta de acervo de Livros e Documentos.
Na avaliação objectivamente construída, o ponto mais vulnerável identificado no
sub-domínio C.2., Projectos em Parcerias, diz respeito à reduzida participação dos
Pais/E.E., em particular e da restante comunidade educativa, em geral, nas actividades
dinamizadas pela B.E.
É, então, apenas a existência deste ponto que impede a B.E. de obter o nível 3,
seguindo o Modelo de Auto-avaliação da Biblioteca Escolar proposto pela Rede de
Bibliotecas Escolares. Situa-se, tão só por isto, e por enquanto, num perfil de
desempenho correspondente ao nível 2. É, por conseguinte, neste aspecto que incidirá a
área prioritária de actuação da BE, neste domínio.
Avaliação Interna/Observatório – Relatório Anual Página 53
Níveis C.2 Projectos e parcerias
4
A BE estabelece fortes parcerias com outras entidades (CM/BM, e outros.) e é
envolvida nos diferentes projectos da escola/agrupamento.
A BE realiza um trabalho colaborativo permanente com outras escolas, agrupamentos e
BE.
A BE participa regularmente com outras escolas/agrupamentos, com o SABE e outras
entidades num grupo de trabalho concelhio.
A BE mobiliza e conta com a participação dos pais/EE em actividades conjuntas (Só
para o Ensino Básico).
A BE está aberta ao exterior, sendo os seus recursos utilizados pela comunidade
educativa em horário e períodos extra-lectivos.
3
• A BE tem algumas parcerias pontuais e é envolvida nos projectos da
escola/agrupamento.
• A BE desenvolve algum trabalho colaborativo com outras escolas do agrupamento ou BE.
• A BE participa regularmente em reuniões de trabalho no âmbito da BM/SABE ou com
outras escolas/agrupamentos.
• A BE conta com a participação dos pais/EE em algumas actividades conjuntas (Só para o
Ensino Básico).
• A BE viabiliza a utilização dos seus recursos pela comunidade educativa, sobretudo
antigos alunos.
2
A BE está esporadicamente envolvida em parcerias e em certos projectos da
escola/agrupamento.
A BE desenvolve pontualmente algum trabalho colaborativo com outras escolas do
agrupamento ou BE.
A BE participa de vez em quando em reuniões de trabalho concelhio com outras
bibliotecas.
A BE conta com a presença de alguns pais/EE em certas actividades que organiza (Só
para o Ensino Básico).
A BE permite a utilização por elementos da comunidade educativa e local, embora esta
tenha uma expressão bastante incipiente.
1 (a precisar
de ser
desenvolvido
de modo
urgente)
A BE não estabelece parcerias externas e é pouco envolvida nos projectos da
escola/agrupamento.
A BE não desenvolve trabalho colaborativo com outras escolas, agrupamentos ou BE.
A BE não participa em quaisquer reuniões de bibliotecas a nível concelhio ou
interconcelhio.
A BE não conta geralmente com a presença dos pais/EE nas actividades que organiza
(Só para o Ensino Básico).
A BE não está aberta à comunidade educativa e local.
Avaliação Interna/Observatório – Relatório Anual Página 54
Principais acções de melhoria:
Domínio C - Projectos, Parcerias e Actividades Livres e de Abertura à
Comunidade
Reforçar a participação dos pais/E.E. e da comunidade educativa, em geral,
nas actividades promovidas pela B.E.;
Promover a utilização da BE pela comunidade educativa.
Outras acções para melhoria:
Domínio A – Apoio ao desenvolvimento curricular
Reforçar e formalizar a articulação com todos os departamentos
curriculares e com as Área Curriculares não Disciplinares, sobretudo ao nível das
áreas de Projecto;
Estabelecer um plano articulado e progressivo (ao longo dos vários anos e
ciclos de escolaridade) para o desenvolvimento das competências da informação,
em articulação com as ACND e com o apoio da equipa PTE;
Apoiar os docentes responsáveis pelos Serviços de Apoio Educativo;
Domínio B – Leitura e literacia A
Definir, em articulação com os docentes, um plano integrado de
actividades que melhorem os índices de leitura;
IMPORTANTE:
Note-se que, na maioria dos casos, as áreas de intervenção e os níveis de
desempenho da B.E. não dependem exclusivamente da acção isolada da B.E.,
estando envolvidos outros actores, como os órgãos de administração e de gestão e
os docentes, em geral, pelo que a avaliação da BE acaba, de facto, por implicar o
envolvimento e compromisso de toda a escola.
A docente Bibliotecária
___________________________
Esposende, 14 de Julho de 2010
Avaliação Interna/Observatório – Relatório Anual Página 55
Anexo 2
Relatórios de Avaliação da Sala de Estudo
Avaliação Interna/Observatório – Relatório Anual Página 56
RELATÓRIO DA FREQUÊNCIA DA SALA DE ESTUDO
Ano lectivo 2009/2010 - 1º Período
Serve o presente para dar cumprimento ao disposto na alínea b) do ponto 3 do
artigo 84º do Regulamento Interno da Escola que prevê a apresentação trimestral de um
relatório de frequência da Sala de Estudo. A Sala de Estudo constitui um espaço agregado
à Biblioteca-C.R.E. que se destina a alunos que:
Manifestem dificuldades estruturais a uma ou mais disciplinas e que, tendo revelado vontade
de as superar, sejam encaminhados para este espaço;
Tenham dúvidas pontuais a uma ou mais disciplinas e se dirijam a este espaço para as resolver
junto do professor.
O horário da Sala de Estudo distribui-se de forma mais ou menos equitativa por
todos os dias da semana, com excepção da 4ª feira, cujo período da tarde é reservado às
reuniões das diferentes estruturas educativas. Com o objectivo de responder mais
facilmente às solicitações dos alunos, fazendo-o coincidir com os seus tempos livres, este
horário concentra-se sobretudo no período da tarde.
A oferta, em termos de disciplinas (gráfico1), é bastante diversificada. No
entanto, a ênfase é posta nas disciplinas comumente consideradas nucleares (Português e
Matemática). Note-se, no mesmo gráfico, que o elevado número de tempos de apoio
previstos, para estas como para outras disciplinas, se deve à frequente permanência
simultânea, na Sala de Estudo, de mais do que um professor da mesma disciplina.
Gráfico 1
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45')
SALA DE ESTUDO - OFERTA
Avaliação Interna/Observatório – Relatório Anual Página 57
Quanto ao apoio efectivamente prestado (gráfico 2), é de destacar o nível de
procura registado na disciplina de Matemática. Note-se que estes números de afluência
encontram-se abaixo dos números reais, dado que os professores nem sempre
mencionaram, no livro de registo existente para o efeito, o número de alunos a quem
prestaram apoio. Nestas situações, considerámos apenas a comparência de um aluno.
Gráfico 2
Ao longo do período em análise, os níveis de afluência à Sala de Estudo (gráfico 3)
vão crescendo, atingindo o seu valor máximo na nona semana de aulas. Apesar de
corresponderem a níveis inferiores, verificam-se outros dois picos, na sétima e décima
primeira semanas, respectivamente, que se supõe coincidirem com fases de concentração
de testes de avaliação.
Gráfico 3
No que respeita ao público frequentador da Sala de Estudo (gráfico 4), é de
evidenciar a exígua frequência registada pelos alunos dos Cursos Profissionais. Por
oposição, os alunos do 11º ano de escolaridade dos Cursos Científico-Humanísticos são
aqueles que revelam níveis de frequência mais elevados, seguidos dos alunos do 12º ano e
0255075
100125150175200225250
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SALA DE ESTUDO - APOIO EFECTUADO
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150
1ª 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª 7ª 8ª 9ª 10ª 11ª 12ª 13ª 14ª
SALA DE ESTUDO - AFLUÊNCIA
TOTAL ( nº
alunos/
semana)
Avaliação Interna/Observatório – Relatório Anual Página 58
do 9º ano. O facto de os referidos anos de escolaridade estarem sujeitos a Exames
Nacionais não será alheio a estes dados. Concretamente, registam valores mais elevados
de assiduidade as turmas C do 11º, 9º e 8º anos de escolaridade, seguidas da turma B do
12º ano.
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
50
A B C D E F G H I CEF IG APS QA TM TS GPSI TC
SALA DE ESTUDO - FREQUÊNCIA POR ANO/TURMA
7º ano 8º ano 9º ano 1º/10º ano 2º/11º ano 3º/12º ano
Nº Alunos
Gráfico 4
Para que os dados relativos à frequência da Sala de Estudo sejam mais claros,
objectivos e fiáveis, sugerimos que cada professor registe, no Livro de Ponto, a
designação da disciplina em que foi prestado o apoio e, no espaço destinado ao sumário, a
identificação do ano, da turma e do número de alunos aos quais foi prestado o apoio.
No sentido de rentabilizar este espaço de apoio às aprendizagens, consideramos
importante o papel dos Directores de Turma e dos professores das várias disciplinas na
motivação dos alunos para recorrerem com mais frequência à Sala de Estudo. Este será,
na nossa opinião, um dos caminhos para atingir um dos mais importantes objectivos
definidos no Projecto Educativo de Escola (PEE) - a melhoria dos resultados escolares dos
alunos.
A Equipa da BE
Avaliação Interna/Observatório – Relatório Anual Página 59
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Disciplinas
SALA DE ESTUDO - APOIO EFECTUADO
Ano lectivo 2009/2010 - 2º Período
Na sequência do relatório apresentado no final do 1º período e, de acordo com o
disposto na alínea b) do ponto 3 do artigo 84º do Regulamento Interno da Escola,
apresentamos o relatório de frequência da Sala de Estudo relativo ao 2º período.
Não pretendemos, nesta fase, realizar um estudo comparativo, entre o 1º e 2º
períodos, da frequência da Sala de Estudo, uma vez que os dados disponíveis no 1º período
careciam de um registo efectivo e sistemático do apoio prestado, lacuna que, no período
em análise, foi devidamente colmatada. Assim, os números agora apresentados revestem-
se de um grau de fiabilidade consideravelmente mais satisfatório, dado que se verificou
uma preocupação, por parte dos professores, em mencionarem, no livro de ponto existente
para o efeito, a identificação dos alunos a quem prestaram apoio.
Ao longo do 2º período, foram, na Sala de Estudo, prestados aos alunos 1623
apoios, continuando a verificar-se um elevado nível de procura nas disciplinas de
Matemática (480 apoios), Português (354 apoios) e de Física e Química (285 apoios). (Ver
gráfico 1)
Gráfico 1
Durante o período em análise, os níveis de afluência à Sala de Estudo (gráfico 2)
variam, observando-se dois momentos de intensificação desse apoio: o primeiro, entre as
Avaliação Interna/Observatório – Relatório Anual Página 60
3ª e 5ª semanas; o segundo, entre as 8ª e 10ª semanas, sendo que nesta última se atingem
os níveis mais altos registados neste período. Tal como no período passado, supomos que
estes dois picos de afluência correspondam a momentos de avaliação escrita. A quebra
acentuada que se verifica na 7ª semana estará directamente relacionada com a
interrupção das actividades lectivas do Carnaval.
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SALA DE ESTUDO - AFLUÊNCIA
Gráfico 2
No que respeita ao público frequentador da Sala de Estudo (gráfico 3),
continuamos a verificar uma reduzida afluência por parte dos Cursos Profissionais. Por
oposição, os alunos do 11º ano de escolaridade dos Cursos Científico-Humanísticos são
aqueles que revelam níveis de frequência mais elevados, seguidos dos alunos do 12º ano.
No Ensino Básico, salientam-se os alunos do 9º ano. Não será alheio a estes dados o facto
de os referidos anos de escolaridade estarem sujeitos a Exames Nacionais.
Concretamente, registam valores mais elevados de assiduidade as turmas 7ºA e 9ºB.
Registe-se também um aumento significativo, face ao primeiro período, da frequência da
sala de estudo por parte dos alunos do 7º ano de escolaridade.
Avaliação Interna/Observatório – Relatório Anual Página 61
Gráfico 3
Em jeito de conclusão, pensamos que o trabalho de sensibilização para a frequência
da Sala de Estudo, quer da parte dos Directores de Turma, quer da parte dos
professores, em geral, tem surtido efeitos positivos, sendo visíveis nos níveis de
assiduidade registados neste período. No entanto, consideramos que, ao nível do Ensino
Básico, esse trabalho deve ser reforçado dado que continua a existir um défice de
frequência, aspecto a melhorar no futuro.
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7º ano 8º ano 9º ano 1º/10º ano 2º/11º ano 3º/12º ano
Avaliação Interna/Observatório – Relatório Anual Página 62
Ano lectivo 2009/2010 - 3º Período
Serve o presente relatório para dar cumprimento ao disposto na alínea b) do ponto
3 do artigo 84º do Regulamento Interno da Escola, que prevê a apresentação trimestral
de um relatório de frequência da Sala de Estudo, sendo que este se reporta ao 3º período.
Ao longo do último período, na Sala de Estudo, foi registada uma afluência de 1106
alunos, continuando a verificar-se um elevado nível de procura nas disciplinas de
Matemática (298 apoios) e de Português (281 apoios). O apoio à disciplina de Física e
Química, que, no período passado, estava entre as mais procuradas, registou uma redução
de afluência, passando de 285 para 119 apoios prestados, no período em análise. (Gráfico 1)
Gráfico 1
Observando o gráfico relativo variação dos níveis de afluência à Sala de Estudo,
ao longo do 3º período (gráfico 2), continuamos a verificar dois momentos de
intensificação do apoio efectuado: o primeiro, entre as 3ª e 4ª semanas; o segundo, entre
as 6ª e 7ª semanas. Tal como no período passado, supomos que estes dois picos de
afluência correspondam a momentos de avaliação.
Gráfico 2
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SALA DE ESTUDO - AFLUÊNCIA
Avaliação Interna/Observatório – Relatório Anual Página 63
No que respeita ao público frequentador da Sala de Estudo (gráfico 3), mantém-se
a reduzida afluência por parte dos Cursos Profissionais. Contrariamente, no que diz
respeito ao Ensino Secundário, os alunos do 11º ano dos Cursos Científico-Humanísticos
são aqueles que revelam níveis de frequência mais elevados, seguidos dos alunos do 12º
ano. No Ensino Básico, salientam-se os alunos do 7º ano que, à semelhança do ocorrido do
1º para o 2º período, registaram um novo aumento da afluência à sala de estudo. Os alunos
do 9º ano continuam a revelar também um grande interesse pelas aulas de apoio.
Analisando turma a turma, ao 7ºA e ao 9ºB que, no 2º período registavam os valores mais
elevados de assiduidade, juntaram-se as turmas do 7ºD e 9ºC, facto que, no nosso
entender, é resultante do trabalho de sensibilização levado a cabo pelos docentes do
Ensino Básico.
Gráfico 3
Para concluir, consideramos que o trabalho de sensibilização levado a cabo pelos
docentes para a frequência da sala de estudo tem surtido efeitos positivos, notando-se,
da parte dos alunos, a aquisição de uma cultura de responsabilidade em matéria dos apoios
oferecidos pela escola, situação de que têm tirado partido para o seu percurso escolar de
sucesso. Julgamos que este é um dos caminhos a seguir na concretização de uma das
grandes metas do nosso Projecto Educativo: melhorar os resultados escolares com vista
ao sucesso. A Equipa da BE
Esposende, 14 de Julho de 2010
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SALA DE ESTUDO - FREQUÊNCIA POR ANO/TURMA
7º ano 8º ano 9º ano 1º/10º ano 2º/11º ano 3º/12º ano
Avaliação Interna/Observatório – Relatório Anual Página 64
Anexo 3
Relatório de Avaliação do Plano da Matemática
Avaliação Interna/Observatório – Relatório Anual Página 65
Relatório Final – Plano da Matemática II – 2009/2010
1. Áreas curriculares, alunos envolvidos e recursos mobilizados
1.1. Áreas curriculares, alunos e docentes envolvidos.
TABELA 1. ALUNOS E ÁREAS CURRICULARES EM 2009/2010
Ano de Escolaridade
Número de alunos e de turmas
Alunos
no P.M. II
Total
de
alunos
da Escola
Turmas
no P.M. II
Total de Turmas
Turmas com
Estudo
Acompanhado
(E.A.)
atribuído ao P.M. II
Turmas
com Área
de
Projecto
(A.P.)
atribuída ao P.M. II
Turmas
com
outras
áreas
atribuídas ao P.M. II
7.º Ano 105 105 4 4 1 0 0
8.º Ano 42 85 2 4 2 0 0
9.º Ano 72 120 3 5 3 0 0
TABELA 2. PROFESSORES ENVOLVIDOS NO PLANO DA MATEMÁTICA II NO 3.º CICLO
Escola
Número de Professores de
Matemática do 3.º/Sec. envolvidos no PM II
Número de Professores de
outras disciplinas do 3.º/Sec. envolvidos no PM II
Em actividades de sala de aula
3 0
Em actividades de Estudo Acompanhado
4 0
Em actividades de Área de Projecto
0 0
Em actividades extra-curriculares
5 0
Avaliação Interna/Observatório – Relatório Anual Página 66
2. Descrição do trabalho desenvolvido
2.1. Actividades/Estratégias desenvolvidas
A. Distribuição de serviço docente
TABELA 3. ACTIVIDADES/ESTRATÉGIAS DESENVOLVIDAS, POR CONTEXTO DE
TRABALHO, QUE MELHOR CARACTERIZAM O TRABALHOM DESENVOLVIDO NO ÂMBITO
DO P.M. II E DO N.P.M.E.B.
Contexto de trabalho Assessorias Tarefas Método
de trabalho
Recursos Práticas avaliativas
Na aula de Matemática X X X X
No Estudo Acompanhado
X X
Noutras actividades de apoio aos alunos
X X
As assessorias foram implementadas na aula de matemática, ao longo do ano
lectivo, às 4 turmas do 7º ano. Nessas turmas, num bloco de 90 minutos, o professor de
matemática foi assessorado por um outro professor do mesmo grupo. Esta opção prendeu-
se com o facto de no 7º ano de escolaridade ir ser implementado o Novo Programa de
Matemática do Ensino Básico (NPMEB) com base em tarefas/cadeia de tarefas, não tendo
o suporte do manual escolar, exigindo uma forma de trabalho à qual os alunos não estavam
habituados. Dos professores, exigia-se um trabalho cooperativo/colaborativo muito forte
a vários níveis: na pesquisa e adaptação/criação de materiais, preparação de aulas e
actividades/estratégias a adoptar, discussão/reflexão das tarefas apresentadas, análise
das reacções dos alunos ao formato de aula… A presença de outro professor na sala de
aula revelava-se fundamental para o desenvolvimento e eficiência/eficácia deste tipo de
aula. A equipa pedagógica era constituída por três professoras: uma titular de três
turmas, uma titular de uma turma e assessora de duas e a terceira assessora de duas
turmas.
Avaliação Interna/Observatório – Relatório Anual Página 67
O espaço Estudo Acompanhado foi leccionado por um professor de matemática na
maioria das turmas do 9º ano e em algumas do 8º ano. A opção de ser um professor de
matemática a leccionar esta área, principalmente no 9º ano, deveu-se ao facto de os
alunos terem avaliação externa no final de ciclo. A leccionação daquela área foi atribuída a
quatro professores.
Noutras actividades de apoio aos alunos, nomeadamente Sala de Estudo, estavam
envolvidos cinco professores que proporcionavam, aos alunos do 3º Ciclo, um estudo
dirigido/orientado; foram realizadas tarefas para esclarecer dúvidas e resolvidos
exercícios de preparação para as provas escritas.
B. Ao nível de práticas lectivas
Diferenciação pedagógica:
- Trabalho estruturado com uma finalidade precisa;
- Trabalho prático em grupo, em pares e/ou individual;
- Ensino/aprendizagem mútuo/colaborativo: os alunos interagiam e apoiavam-se
entre si na resolução das tarefas propostas;
- Os professores tentavam minimizar as suas intervenções.
A assessoria em aula de Matemática permitiu flexibilizar modos de ensinar, gerir
diferentemente as diversas solicitações dos alunos; dispor de recursos diversificados
adequados à natureza das tarefas e aos diferentes ritmos de aprendizagem.
2.2. Ambiente de trabalho
A cooperação/colaboração de trabalho entre os professores titulares de turma, os
professores assessores e os professores destacados para a Sala de Estudo foi intensa, o
que permitiu uma maior diversidade de tarefas e de actividades, um reforço
individualizado aos alunos com dificuldades de aprendizagem, um levantamento prévio de
Avaliação Interna/Observatório – Relatório Anual Página 68
conhecimentos de forma a planificar tarefas adequadas ao desenvolvimento dos saberes e
a permitir aos alunos descobrir novos.
Ao nível da implementação das assessorias, no sétimo ano de escolaridade, a adesão
dos professores foi total ultrapassando os constrangimentos das metodologias adoptadas
e o formato de aula, bem como, o da ausência de manual. Os alunos foram receptivos ao
trabalho colaborativo entre si e com os professores.
Todos os professores envolvidos no PM II se empenharam em desenvolver um clima
de trabalho favorável à aplicação das actividades/estratégias delineadas.
2.3. Efeitos
A. Na prática lectiva
A produção de trabalhos didácticos/pedagógicos e a sua aplicação possibilitaram
novas e diferentes abordagens em contexto de sala de aula, tornaram mais acessível a
informação a alguns alunos, estimulando e reforçando a sua participação no processo
autónomo de ensino/aprendizagem, desenvolvendo a auto-estima e as atitudes positivas na
disciplina, embora tenhamos consciência de que, muitas vezes, foi necessário ultrapassar
barreiras como a motivação, o empenho, a capacidade de trabalho e as regras de
comportamento.
Em termos de práticas avaliativas, intensificou-se a reflexão do aluno sobre o seu
desempenho na disciplina, procedendo-se a uma autoavaliação do trabalho realizado e à
heteroavaliação crítica.
B. Na aprendizagem dos alunos
Houve evolução positiva relativamente à participação dos alunos nas
actividades propostas e desenvolvidas na sala de aula, bem como, no empenho e interesse
demonstrado. Houve progresso ao nível do domínio de pré-requisitos e de aplicação de
Avaliação Interna/Observatório – Relatório Anual Página 69
conhecimentos, o que permitiu uma evolução (mesmo que mínima) na
aprendizagem/classificação obtida.
3. Dificuldades enfrentadas e respostas dadas
O trabalho desenvolveu-se, semanalmente, durante as tardes de Terça-feira, não
se mostrando suficiente, tendo, por isso, de se recorrer a conversa informal via telefone
e de e-mail e a reuniões/encontros informais extra-horário.
Ao nível do 7º ano de escolaridade os alunos não estarem habituados a trabalharem
em ambientes tecnológicos. A escola apoiou um projecto, elaborado pelas professoras que
leccionavam este nível de ensino, disponibilizando uma sala com quadro interactivo, sete
computadores do CRIE, exclusivos, para o trabalho com os alunos, quer na aula de
Matemática quer no espaço Estudo Acompanhado. No final do 2º período e durante o 3º
período, em parceria com os professores de Estudo Acompanhado destas turmas, uma das
professoras de matemática fez assessoria nesta área o que permitiu aos alunos
familiarizarem-se, concretamente, com o programa de geometria dinâmica Geogebra e a
uma melhor eficácia e eficiência na resolução das tarefas propostas na aula de
Matemática.
A falta de motivação, empenho e hábitos de trabalho manifestada pelos alunos.
Para lidar com esta situação os professores dialogavam com os alunos sobre a importância
de tudo o que a Escola lhes pode proporcionar numa vida social e laboral futura;
incentivavam à participação nas actividades constantes no PAA e revelavam
disponibilidade em os apoiar em horário extra aula.
Tendo em conta o balanço realizado, estamos em crer que seria pertinente dar
continuidade às estratégias adoptadas no âmbito deste projecto.
As professoras
Cristina Abreu
Delfina Dantas
Luísa Pedroso
Avaliação Interna/Observatório – Relatório Anual Página 70
Anexo 4
Relatório de Avaliação do Plano «Plantando Sementes de Sucesso»
Avaliação Interna/Observatório – Relatório Anual Página 71
Anexo 5
Relatório de Avaliação da Sala de Estudo de Matemática
integrada no Horário
Avaliação Interna/Observatório – Relatório Anual Página 72
SALA DE ESTUDO – 12º Ano Matemática A
A sala de estudo do 12º ano de escolaridade da disciplina de Matemática A,
integrada no horário dos alunos, apresenta diversas vantagens para estes, bem como para
os professores. Uma vez que possibilita a resolução de um maior número de exercícios,
esclarecimento de dúvidas ou resolução de exames, entre outros, a sala de estudo
oferece ao professor mais tempo para leccionar a matéria, mas também uma maior
facilidade no cumprimento do programa, imprimindo um ritmo mais adequado para os
alunos.
Por outro lado, os alunos têm mais oportunidade de estudar, resolver mais
exercícios, de ter um acompanhamento mais individualizado e esclarecer dúvidas também
entre colegas através do estudo em grupo, permitindo-lhes trocar opiniões e ideias. Neste
sentido, favorece o estudo do aluno e a preparação atempada para o exame nacional visto
que foram resolvidos exames de anos anteriores e fichas de trabalho propostas pelos
professores. Estes factos são comprovados pela comparência da maioria dos alunos no
exame da 1ª fase.
Durante este ano lectivo, o 12ºB foi a turma que mais soube tirar proveito da sala
de estudo, talvez pela melhor compatibilidade de horários, tal como mostram os relatórios
da biblioteca, uma vez que foi a turma do 12º ano que teve um maior número de presenças.
Deste modo, os resultados finais foram muito bons, pois a média de exame nacional foi de
14,9, bem como a classificação interna de frequência de 14 valores.
Concluindo, embora esta iniciativa seja bastante proveitosa para ambos os lados,
ainda há algo mais a fazer por parte dos professores e Director de Turma no âmbito da
sensibilização para a importância e vantagens desta sala de estudo.
As professoras do 12º ano
Paula Campos
Conceição Torres
Avaliação Interna/Observatório – Relatório Anual Página 73
Anexo 6
Relatório de Avaliação da Sala de Estudo de História
integrada no Horário
Avaliação Interna/Observatório – Relatório Anual Página 74
SALA DE ESTUDO
HISTÓRIA A
A frequência da sala de estudo revelou-se muito importante para o sucesso dos
alunos do 12º ano na disciplina de História A. O facto de haver sala de estudo específica
para esta disciplina, permite que os alunos, em grupos mais reduzidos, possam tirar todas
as dúvidas que lhes surjam. Foram essencialmente os alunos da turma F do décimo segundo
ano que frequentaram mais assiduamente a sala de estudo, o que lhes permitiu melhorar
significativamente as classificações do primeiro para o segundo período e mantê-las no
terceiro.
A professora de História
Isilda Lopes
Avaliação Interna/Observatório – Relatório Anual Página 75
Anexo 7
Relatório de Avaliação do Projecto “Plantando Sementes de
Sucesso”
Avaliação Interna/Observatório – Relatório Anual Página 76
Entre o seu início – trinta de Novembro de 2009 – e a primeira avaliação intercalar - 27
de Janeiro de 2010 -, o projecto desenvolveu-se tal como planificado no texto
apresentado a aprovação do CP. Na primeira avaliação intercalar constatou-se que tinham
estado envolvidos doze alunos do sétimo A, sete do sétimo B, quatro do sétimo C e três do
sétimo D; tinham sido trabalhados os tempos e os modos verbais, uma vez que, numa
primeira fase, se tinha concluído da necessidade de rever este conteúdo, ainda não
consolidado nos alunos em causa. Face às opiniões manifestadas pelos diferentes
professores intervenientes, procedeu-se aos ajustamentos considerados necessários, a
saber: uma unidade foi planificada em conjunto pelos professores envolvidos no projecto e
a coordenadora, de forma a ser possível identificar diferentes formas de diferenciação
pedagógica, de acordo com as necessidades de cada aluno. Ficou decidido quem, antes do
final da referida unidade, seria feito, junto dos pais e Encarregados de Educação, um
balanço da experiência. Foi também definido que, sempre que as actividades programadas
o sugerissem, as colegas dos grupos de nível acompanhariam os professores das turmas,
na própria sala de aula.
No final do 2º Período lectivo auscultaram-se todos os envolvidos – professores titulares
das turmas, professores dos grupos de nível, alunos e Encarregados de Educação. Tinham,
entretanto, sido apoiados vinte e cinco alunos. Vinte e quatro destes responderam ao
questionário elaborado para o efeito, tendo dois manifestaram o seu desagrado pela
experiência, considerando ser mais vantajoso permanecerem na sala de aula com o grande
grupo. A partir daquele momento deixaram de ser indicados para o apoio no grupo de nível.
Onze alunos referiram total satisfação com a experiência. No entanto, outros onze
fizeram referências de desagrado que, por serem coerentes com as impressões
apresentadas pelos docentes, e também com as respostas apresentadas pelos
Encarregados de Educação, conduziram a nova adaptação do projecto.
No final do ano lectivo, com a análise das avaliações sumativas de terceiro período, fez-se
a avaliação final desta experiência, tendo sido possível constatar que, apesar de muito
positivamente avaliada pelos alunos, EE e docentes dos grupos de nível, a implementação
Avaliação Interna/Observatório – Relatório Anual Página 77
deste projecto teve reacções opostas nos dois docentes titulares das turmas de sétimo
ano:
A docente titular dos 7ºs A e B considerou que o projecto tinha sido de primordial
importância, uma vez que tinha permitido que os alunos tivessem oportunidade de
colmatar algumas dificuldades oriundas de ciclos anteriores, ao mesmo tempo que
aprendiam os conteúdos previstos na planificação, o que conduziu ao desenvolvimento da
sua auto-confiança. Na verdade, nos grupos de nível, tinha sido possível proceder a um
trabalho de diferenciação pedagógica que não podia ser assegurado de forma eficaz nas
turmas numerosas e com ritmos muito diferentes de aprendizagem. No 7º B ressaltou o
caso de um aluno repetente, com problemas de dislexia, fraca auto-estima e dificuldade
de integração na turma, no qual se notou uma evolução notável ao nível da caligrafia, da
auto-estima e da construção de frases, assim como da expressão de ideias. Em termos de
avaliação sumativa final, no 7º A houve duas negativas a LP; no 7ºB nenhuma.
Pelo contrário, o docente titular dos 7ºs C e D referiu no seu relatório final, tal como
havia feito nos relatórios intercalares, a sua insatisfação relativamente ao projecto: “dos
quatros alunos que frequentaram mais assiduamente o projecto, este último período, não
se registou melhoria que levasse os discentes à obtenção de níveis positivos no fim deste
ano lectivo (…) dificilmente o projecto poderá levar a que os discentes colmatem as
lacunas apresentadas. Os alunos nunca poderão ser separados da turma”.
Assim sendo, e face à falta de consenso verificada, quer na avaliação do produto, quer no
desenvolvimento do processo (que acompanhei na íntegra e que está registado em
relatórios parcelares), na qualidade de coordenadora da secção – e apesar de continuar a
acreditar nas vantagens da organização de grupos de nível como estratégia de
diferenciação pedagógica válida e eficaz -, considero que, de momento, a Escola deverá
interromper esta experiência.