ESCOLA MUNICIPAL JOSÉ BEZERRA DA SILVA PPP 2

93
E. M. E. F. JOSÉ BEZERRA DA SILVA RUA JOANA ANGÉLICA, S/N. BAIRRO PEDRA VELHA PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

Transcript of ESCOLA MUNICIPAL JOSÉ BEZERRA DA SILVA PPP 2

Page 1: ESCOLA MUNICIPAL JOSÉ BEZERRA DA SILVA PPP 2

E. M. E. F. JOSÉ BEZERRA DA SILVARUA JOANA ANGÉLICA, S/N.

BAIRRO PEDRA VELHA

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

DELMIRO GOUVEIA – ALAGOSTO/2008

Page 2: ESCOLA MUNICIPAL JOSÉ BEZERRA DA SILVA PPP 2

IDENTIFICAÇÃO DA INSTITUIÇÃO

NOME: Escola Municipal de Ensino Fundamental José Bezerra da Silva

ENDEREÇO: Rua: Joana Angélica S/N

Bairro: Pedra Velha

Delmiro Gouveia – Alagoas

Fone: (82) 3641-5346

REDE: Pública Municipal

NÍVEIS DE ENSINO: Fundamental (1º ao 9º ano)

Organizado em Sistema de Ciclos

TURNOS: Matutino, Vespertino e Noturno.

Page 3: ESCOLA MUNICIPAL JOSÉ BEZERRA DA SILVA PPP 2

EQUIPE TÉCNICO-PEDAGÓGICA:

PROFISSIONAL CARGO FUNÇÃO QUALIFICAÇÃO

Maria Vânia de Araújo Silva Oliveira

Professora Atividade (1a a 4a série)

Diretora Geral Graduada em Pedagogia e Especializanda em Gestão do Trabalho Pedagógico.

Maria de Fátima S. Aragão

Professora Atividade (1ª a 4ª série)

Diretora Adjunto Graduada em Pedagogia e especializanda em Gestão do Trabalho Pedagógico.

Luzânia Maria Pereira Professora Atividade (1a a 4a serie)

Coordenadora Pedagógica

Graduada em Pedagogia, Especializanda em Gestão do Trabalho Pedagógico.

Jociene Gomes Professora Atividade (1a a 4a serie)

Coordenadora Pedagógica

Graduada em Pedagogia e especializanda em Gestão do Trabalho Pedagógico.

Cleide Ramalho Lima Ângelo

Professora Atividade (1a a 4a serie)

Coordenadora Pedagógica

Graduada em Pedagogia.

Page 4: ESCOLA MUNICIPAL JOSÉ BEZERRA DA SILVA PPP 2

SUMÁRIO

JUSTIFICATIVA.............................................................................................................6

OBJETIVOS...................................................................................................................9

1. MARCO SITUACIONAL.............................................................................................11

1.1 História do Município / Bairro...................................................................................11

1.1.1 Dados demográficos.............................................................................................11

1.1.2 Dados Políticos.....................................................................................................12

1.1.3 Dados sócio-econômico-cultural-educacionais.....................................................13

1.1.4 Problemas do município........................................................................................16

1.2 Conhecimento da realidade escolar.........................................................................18

1.3 Recursos humanos: Perfil dos profissionais da escola............................................23

1.4 Estrutura da escola..................................................................................................28

1.4.1 Organograma........................................................................................................28

1.4.2 Fluxograma...........................................................................................................29

1.4.3 Formas e tipos de gestão administrativa e pedagógica........................................30

1.4.4 Relação entre o pedagógico e o administrativo no processo de gestão...............31

1.4.5 Associação de pais...............................................................................................31

1.4.6 Caixa escolar........................................................................................................32

1.4.7 Merenda escolar...................................................................................................34

1.4.8 Grêmio estudantil..................................................................................................34

1.4.9 Comunicação........................................................................................................35

1.4.10 Articulação Escola X Família X Comunidade X SEMED.....................................35

1.4.11 Calendário Escolar..............................................................................................37

1.5 Investimentos...........................................................................................................38

1.6 Organização do Ensino............................................................................................40

1.6.1 Relação entre teoria e prática...............................................................................40

1.6.2 Combinação metodologia entre processo de ensino e capacitação.....................40

Page 5: ESCOLA MUNICIPAL JOSÉ BEZERRA DA SILVA PPP 2

1.6.3 A realidade como base de produção do conhecimento........................................41

1.6.4 Educação para o trabalho e pelo trabalho............................................................42

1.6.5 Critérios para a formação de classes....................................................................42

1.6.6 Relatórios finais....................................................................................................44

1.6.7 Problemas de oferta – demanda e fluxo escolar...................................................46

1.6.8 Organização do ensino.........................................................................................47

1.7 Metodologia.............................................................................................................49

2. MARCO CONCEITUAL..............................................................................................50

3. MARCO OPERATIVO................................................................................................54

3.1 Diagnóstico e análise da situação da escola...........................................................54

3.2 Currículo / Avaliação da Aprendizagem...................................................................58

3.2.1 Avaliação Institucional...........................................................................................63

3.2.2 avaliação e atualização do Projeto Político Pedagógico.......................................64

Page 6: ESCOLA MUNICIPAL JOSÉ BEZERRA DA SILVA PPP 2

JUSTIFICATIVA

A Escola Municipal de Ensino Fundamental José Bezerra da Silva fundada em 1991,

tem buscado atender à população dos bairros Pedra Velha, Desvio e Ponto Chique,

superando as dificuldades ao longo dos anos, respeitando os direitos de igualdade

social e lutando pela melhoria da qualidade de ensino. Ultimamente a idéia da escola

cidadã, da escola como instrumento da formação da cidadania vem sendo bastante

discutida. A cidadania começa pelo auto-respeito e pelos ideais de solidariedade, já que

a escola é uma família. A partir daí, cada escola precisa definir suas metas de trabalho

e estas estão voltadas para a qualidade do ensino. Assim a qualidade decorre da

construção coletiva do Projeto Político Pedagógico. É esse projeto que dá a escola a

marca de sua identidade.

De acordo com o Art. 14, da LDB nº. 9.394/96 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação

Nacional):

Os sistemas de ensino definirão as normas de gestão democrática do ensino público na educação básica de acordo com suas peculiaridades e conforme os seguintes princípios: I-participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto pedagógico da escola; II-participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou equivalentes.

Page 7: ESCOLA MUNICIPAL JOSÉ BEZERRA DA SILVA PPP 2

É importante, também, que toda a comunidade escolar saiba que, segundo o Art. 5º da

Resolução n° 51/2002 do Conselho Estadual de Educação “a apresentação da

proposta pedagógico-curricular é requisito indispensável para o Credenciamento

e Autorização iniciais da instituição escolar”.

Diante do disposto, a escola tem a missão de reunir todos os segmentos que a compõe,

para elaboração e discussão de sua proposta pedagógica.

O Parágrafo Único, Art. 53, do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), enfatiza o

direito da família do educando: “É direito dos pais ou responsáveis ter ciência do

processo pedagógico, bem como participar da definição das propostas

educacionais”.

Dessa maneira professores, pais, alunos e demais funcionários da instituição, unem-se

na elaboração de uma proposta que atinja os seus anseios sociais, baseados nos

pilares da educação: aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a conviver e

aprender a ser.

A escola precisa estimular a busca do conhecimento, utilizar o conhecimento em

situações práticas, promover relações inter-pessoais e ser instrumento de

transformação.

Portanto, o PPP da Escola Municipal de Ensino Fundamental José Bezerra da Silva,

proporcionará avanços no âmbito administrativo e pedagógico, que contribuirão no

Page 8: ESCOLA MUNICIPAL JOSÉ BEZERRA DA SILVA PPP 2

processo educacional, provocando em profissionais, pais e alunos uma mudança de

atitudes e valores através da consciência de que somos responsáveis pela melhoria

educacional do nosso município.

Como a Arte de Ensinar se constitui toda vida em uma obra inacabada, o referido

projeto foi pensado e elaborado dentro de uma consciência de que a escola está

inserida num contexto social que é totalmente vulnerável às mais variadas

transformações. Nesse sentido, não se trata de um Projeto Pedagógico estático, pronto

e definido, mas, trata-se de um projeto que tem a clareza de que o seu papel é ser

norteador, um referencial para as atividades pedagógicas da Escola aberto a aceitar,

sempre que necessário novas sugestões que ajudem a enriquecer e aperfeiçoar mais e

mais o processo de ensino-aprendizagem.

Page 9: ESCOLA MUNICIPAL JOSÉ BEZERRA DA SILVA PPP 2

OBJETIVOS

GERAL:

Conduzir o processo ensino-aprendizagem para o desenvolvimento integral do

aluno, garantindo as condições necessárias para o desenvolvimento das competências

e habilidades que o credenciem ao exercício pleno de sua cidadania, a partir de

experiências que permitam relacionar os conhecimentos assimilados à sua realidade

cultural, se apercebendo, da mesma forma, de outras realidades.

ESPECÍFICOS:

Aprimorar a qualidade do serviço educacional que é propiciado à população que

freqüenta os cursos oferecidos pela escola;

Criar oportunidades de integração com a família, a fim de formar parceria na

educação dos filhos;

Propiciar o desenvolvimento das múltiplas inteligências, respeitando a identidade

de cada aluno na convivência social;

Oportunizar aos alunos a vivência de valores éticos, cristãos, cívicos e o respeito

entre si e a outras culturas para que se auto-realizem e participem construtivamente da

sociedade;

Resgatar e preservar a cultura da sociedade em que vivemos;

Dar continuidade ao trabalho com a pedagogia de projetos;

Page 10: ESCOLA MUNICIPAL JOSÉ BEZERRA DA SILVA PPP 2

Zelar pela gestão democrática e participativa do ensino;

Garantir a atuação de acordo com o que estabelecem os quatro pilares da

educação.

Page 11: ESCOLA MUNICIPAL JOSÉ BEZERRA DA SILVA PPP 2

1. MARCO SITUACIONAL

1.1- História do Município / Bairro:

1.1.1 - Dados Demográficos:

O Município de Delmiro Gouveia localiza-se na Região Alagoana dos Lagos, na grande

Bacia do São Francisco, no extremo Oeste do Estado de Alagoas, no Semi-Árido, no

pediplano entre o maciço de Água Branca e o Rio São Francisco, tendo como limites:

ao Norte o município de Água Branca e Pariconha, ao Sul, com os Estados de Bahia e

Sergipe, a Oeste com Petrolândia (PE), a Leste com o município de Olho D´ Água do

Casado, no paralelo 9º07´06´´ e meridiano 37º44´04´´ com uma área de 606,8 Km2 ,

com um número de aproximadamente 45.000 habitantes que convivem com o clima

semi-árido.

De acordo com Lei Censitária que foi aprovada e sancionada através da Prefeitura

Municipal de Delmiro Gouveia no governo de José Bandeira de Medeiros em

24/04/1990, a delimitação da zona urbana ficou estabelecida em aproximadamente

18.984 Km2, conforme transcrição abaixo:

Art. 1º - A Zona Urbana da cidade de Delmiro Gouveia – AL, fica assim delimitada:

Pontos Extremos: Ao Norte – Haras Bom Sossego, Ao Sul – estação de tratamento de

Page 12: ESCOLA MUNICIPAL JOSÉ BEZERRA DA SILVA PPP 2

água (CASAL), Ao Leste – Rodovia AL – 225 que liga Delmiro Gouveia a Olho D’água

do Casado, A Oeste – campo de pouso da Fábrica da Pedra.

A Zona Rural ocupa uma área de 590,19 Km² aproximadamente.

O bairro em que a escola está situada foi o que deu origem à cidade que antes se

chamava Pedra onde hoje residem 785 famílias, com uma população de 3.501

habitantes. Sendo considerado o maior bairro da cidade, o que o faz se tornar um bairro

com diversos problemas sociais e ambientais.

O mesmo recebeu este nome de Pedra Velha devido a um morro existente no local que

hoje se encontra imerso por águas de um açude particular.

1.1.2 - Dados Políticos:

O primeiro nome dado à cidade foi Pedra e o povoado constituiu-se a partir da estação

de ferro da então Great-Western. A denominação Pedra veio de grandes rochas que

existiam junto à estação.

Em 1903 chegou à região, vindo de Recife (PE), o cearense Delmiro Augusto da Cruz

Gouveia, que se estabeleceu vendendo couros de bovinos e peles de caprinos. Em

1914, ele instalou uma fábrica de linhas com o nome de Companhia Agro Fabril

Mercantil, atraindo para a região muitos moradores e trazendo o desenvolvimento.

Delmiro conseguiu dotar o lugar de água canalizada e energia elétrica, provenientes da

Page 13: ESCOLA MUNICIPAL JOSÉ BEZERRA DA SILVA PPP 2

Cachoeira de Paulo Afonso. A vila operária recebeu o nome de Pedra, a Pedra de

Delmiro.

O cearense Delmiro foi assassinado no dia 10 de outubro de 1917 e este trágico

acontecimento prejudicou bastante o desenvolvimento local.

O Distrito Pedra foi criado no dia 1º de novembro de 1938, através do Decreto – Lei 846

e em 14 de fevereiro de 1954, foi emancipado, desmembrando-se de Água Branca,

onde finalmente recebeu a denominação de Delmiro Gouveia, em homenagem

ao seu fundador.

1.1.3 - Dados sócio-econômico-cultural-educacionais:

A cidade de Delmiro Gouveia é razoavelmente desenvolvida.

Possui duas agências bancárias, casa lotérica, alguns postos de saúde, clínicas

médicas e odontológicas, um hospital público, associações sindicais e desportivas, uma

delegacia da Polícia Civil e um Batalhão da Polícia Militar. A grande maioria da

população segue a religião Católica, mas há na cidade seguidores das Igrejas: Batista,

Pentecostal, Assembléia de Deus, Adventista do 7º Dia, além de seguidores da

Doutrina Espírita Kardecista.

A população costuma festejar a emancipação política do município, as festas juninas, o

carnaval, o natal, a chegada do ano novo, porém é a Festa de Nossa Senhora do

Page 14: ESCOLA MUNICIPAL JOSÉ BEZERRA DA SILVA PPP 2

Rosário, padroeira do município, a principal manifestação popular da cidade. A festa é

realizada no mês de outubro e atrai milhares de turistas de várias regiões do país.

Apesar de razoável desenvolvimento, Delmiro Gouveia não dispõe ainda de transporte

coletivo de ônibus, circulando por seus bairros. As empresas de viação que atuam na

cidade, realizam apenas o transporte intermunicipal e interestadual, através da BR-423,

BR-110, AL-225 e AL-145. Nas ruas da cidade circulam automóveis, motocicletas,

bicicletas e as tradicionais carroças de tração animal.

Muitos moradores possuem telefones fixos ou móveis e outros utilizam telefones

públicos. As rádios comunitárias e comerciais são grandes fontes de informação da

população local, além delas, o PRPC (Ponto Regional de Propagandas Comerciais),

uma difusora instalada no centro da cidade há mais de 35 anos, se encarrega de

transmitir diversos anúncios durante todo o dia.

A Secretaria Municipal de Meio Ambiente faz um trabalho de arborização em todo o

perímetro urbano e campanhas de conscientização junto à comunidade.

Na zona rural a agricultura e a pecuária ainda são as grandes fontes de sobrevivência

da população. A agricultura tem avançado especialmente na produção de frutas e

verduras, já que é grande a quantidade de chácaras na região, e também no cultivo de

milho, feijão e algodão. Na pecuária destaca-se a criação de caprinos e bovinos, que

têm a pele e a carne comercializadas e o aproveitamento do leite por uma fábrica local,

Page 15: ESCOLA MUNICIPAL JOSÉ BEZERRA DA SILVA PPP 2

além disso, a criação de aves também tem alcançado grandes resultados para vários

criadores.

Pequenas fábricas de queijo, panelas de alumínio, produtos de limpeza e artigos de

artesanato, também movimentam a economia, mas a indústria têxtil criada por Delmiro,

continua sendo a maior empresa local, exportando tecidos para diversos estados

brasileiros e alguns países.

O comércio é bem diversificado. Possui lojas de confecções, materiais de construções,

móveis e eletrodomésticos, calçados, motos, carros, cosméticos, bijuterias, decorações

e gêneros alimentícios. Várias empresas também prestam outros tipos de serviços ao

município, e, além delas, os profissionais liberais também aquecem a economia local

indiretamente.

A cidade conta também com um Centro de Arte e Cultura, onde estão expostas

diversas peças artesanais produzidas por artistas da terra.

A criação da Biblioteca Pública Municipal Ieda Damasceno, também tem contribuído na

formação de cidadãos delmirenses.

Boa parte da história do Município ainda é relatada por moradores antigos ou

estudiosos do assunto, ou pode ser pesquisada no Museu Delmiro Gouveia.

Page 16: ESCOLA MUNICIPAL JOSÉ BEZERRA DA SILVA PPP 2

A população se diverte nos clubes recreativos existentes no centro da cidade, no

banho de rio no cânion do São Francisco ou nos diversos barzinhos espalhados por

todo o município, inclusive nos povoados.

Nos últimos anos, a educação no município tem avançado bastante, especialmente na

diminuição dos números de repetência e evasão. Êxito alcançado graças a qualificação

profissional, pois muitos professores fizeram cursos de graduação ou participaram de

cursos de formação continuada. Atualmente os alunos são assistidos em 37 escolas

municipais, 5 escolas estaduais, 5 particulares e 2 escolas filantrópicas.

1.1.4 - Problemas do Município:

Situado a 309 km da capital alagoana, Delmiro Gouveia, como qualquer outro município

interiorano, enfrenta sérios problemas sociais, tais como: o desemprego, a falta de

saneamento básico, à assistência à saúde e à educação.

Grande parte da população é formada por funcionários públicos, comerciários e

operários da Fábrica da Pedra, além de agricultores e pecuaristas, o restante procura

alternativas de rendas indiretas para sobreviver ao desemprego.

Muitas casas localizadas nos bairros periféricos da cidade, necessitam de saneamento

básico e a população precisa de um outro hospital, de mais médicos e de atendimento

especializado. Na maioria das vezes, os doentes são encaminhados para outros

Page 17: ESCOLA MUNICIPAL JOSÉ BEZERRA DA SILVA PPP 2

municípios, para a capital alagoana ou para a capital sergipana, porque os recursos

locais são insuficientes para atender às necessidades.

As escolas existentes também são insuficientes para atender à demanda. Professores e

alunos são obrigados a conviver com salas superlotadas e escassez de materiais. Além

disso, não há na cidade nenhuma Instituição de Formação Superior. Assim, somente os

jovens que dispõem de grande poder aquisitivo, têm condições de sair da cidade e

prestar vestibular nas faculdades e universidades de Maceió, ou de outros municípios e

capitais nordestinas, ou fazem Curso Superior através da modalidade à distância, nas

extensões universitárias, que funcionam no município, através de vídeos-aula.

Page 18: ESCOLA MUNICIPAL JOSÉ BEZERRA DA SILVA PPP 2

1.2 - Conhecimento da Realidade Escolar:

A Escola Municipal de Ensino Fundamental José Bezerra da Silva foi construída em

1991 e o nome originou-se de um pequeno engano: O nome da escola deveria ser o

mesmo do dono do terreno que o doou para a construção da mesma, o senhor Olavo

Faustino, mas por ''engano'', colocaram o nome do senhor José Bezerra da Silva, na

época vereador, mais conhecido como Zé de Olavo.

O município por não ter o seu sistema próprio de ensino funciona agregado a Secretaria

da Educação do Estado, que autorizou o funcionamento da mesma de acordo com a

portaria de Nº. 1.549/99 publicada no Diário Oficial conforme cita o referido artigo 1º:

Conceder a autorização para o funcionamento do Curso de Ensino Fundamental (1ª a 8ª série), regimento escolar e currículos Plenos, a escola José Bezerra da Silva, mantida pela Prefeitura Municipal de Delmiro Gouveia, com sede no município de Delmiro Gouveia, neste Estado.

A escola está situada em um complexo de bairros periféricos onde aproximadamente

90 % dos seus moradores desenvolvem atividades rurais (agricultura de subsistência),

sendo assim este ofício seguido pela maioria dos filhos, tendo no preenchimento das

suas fichas de matrículas constando à expressão de “filhos de agricultores” mesmo com

uma residência própria ou não, de origem urbana permanecendo em situação de

invisibilidade decorrente dessa visão estereotipada que tem dificultado a compreensão

Page 19: ESCOLA MUNICIPAL JOSÉ BEZERRA DA SILVA PPP 2

da sua complexa inserção num mundo urbano, causando assim, um aumento na sua

idade escolar e um nível de rendimento muito baixo.

Em entrevista realizada com 60 alunos, do turno noturno, constatou-se que 56 são

filhos de agricultores e os 60 são netos de agricultores.

Esta Instituição de Ensino participa do Censo Escolar realizado pelo Ministério da

Educação todos os anos, no qual está cadastrada sob o Nº. de Registro 27.003.558.

A Escola funciona em três turnos, distribuídos da seguinte forma: matutino – 07h00min

às 11h20min, vespertino – 13h00min às 18h15min e noturno – 18h40min às 22h50min.

A escola conta com:

09 salas de aula contendo em cada uma delas: um birô, 50 carteiras, 02

ventiladores de parede e 01 quadro negro grande;

01 sala para direção com banheiro, despensa, 01 birô, 01 armário, 01 prateleira,

01 rack com computador e impressora e um ventilador de parede;

01 sala para secretaria contendo: 02 birôs, 04 cadeiras, 04 arquivos e um

ventilador de parede;

01 sala para os docentes com banheiro, 02 estantes, 01 mesa, 02 armários (12

portas), 01 armário (2 portas), 01 bebedouro, 01 ventilador de parede,01 máquina de

escrever, 02 mimeógrafos;

Page 20: ESCOLA MUNICIPAL JOSÉ BEZERRA DA SILVA PPP 2

01 cantina com 01 geladeira, 01 ventilador de parede, 01 armário (9 portas), 01

fogão industrial de 04 bocas, 01 liquidificador, balcão com pia e uma mesa com 04

cadeiras;

01 banheiro feminino com 03 divisórias;

01 banheiro masculino com 03 divisórias;

02 pátios internos cobertos com 01 bebedouro grande de 02 torneiras, 01

escovódromo com 04 torneiras;

01 almoxarifado para os instrumentos da banda fanfarra, livros, além de uma

divisória contendo 06 prateleiras para o armazenamento da merenda e um freezer;

01 pequeno depósito para o material de limpeza;

01 sala de leitura contendo 10 pranchas em madeira, 03 armários de aço, 01

armário de madeira, 02 mesas com 05 cadeiras cada, 01 birô com uma cadeira, 02

retroprojetores, 05 caixas decoradas para depósito de livros, 01 globo iluminado, 01

esqueleto humano, 01 torso humano, jogos em madeira variados, placas de trânsito em

madeira, mapas variados, além de livros de vários gêneros.

Na sala de leitura, contamos com um acervo de 142 livros juvenis da literatura

brasileira, da literatura infanto-juvenil e infantil são 170, 25 dicionários da língua

portuguesa, 10 dicionários da língua inglesa, 04 Atlas, 20 revistas para consulta, 200

livros didáticos (língua portuguesa, matemática, história, ciências, geografia), da

alfabetização ao 9º ano.

Alguns equipamentos eletrônicos estão sem funcionar porque estão quebrados e outros

estão desgastados por uso excessivo como é o caso do mimeógrafo; quanto ao

Page 21: ESCOLA MUNICIPAL JOSÉ BEZERRA DA SILVA PPP 2

mobiliário, a cada inicio de ano letivo, as carteiras quebradas são consertadas e as que

faltam são solicitadas à Secretaria de Educação imediatamente. Contudo, nem sempre

somos atendidos, o que causa muitos transtornos.

A iluminação não causa transtorno, uma vez que as lâmpadas queimadas são trocadas

imediatamente para que não venham a atrapalhar o andamento das aulas, já que estas

precisam ficar acesas durante quase todos os turnos devido à fraca iluminação natural

das salas e demais compartimentos.

A ventilação natural é inadequada, pois as salas são um pouco fechadas, fazendo com

que no verão o calor se torne insuportável, a ponto de atrapalhar o desenvolvimento

das atividades. São instalados em cada sala dois ventiladores de parede, porém não

são suficientes para a resolução dos problemas.

A merenda escolar servida é de boa qualidade. O cardápio è constituído de sopas,

risotos, cuscuz, macarronada, achocolatado, sucos, biscoitos, frango, charque,

almôndega, carne moída e mel. Ocorre de às vezes chegar atrasada e os alunos

reclamarem muito, chegando os mesmos a não freqüentarem a escola nos dias em que

ela não é servida.

Os materiais didáticos comprados com o dinheiro da Caixa Escolar são insuficientes,

justamente pelo grande número de alunos atendidos pela escola. O mesmo ocorre com

os livros didáticos, que no terceiro ano de uso atendem a 1/3 dos alunos, dependendo

do ano e da disciplina. A Caixa Escolar chega a ser insuficiente para tantas

Page 22: ESCOLA MUNICIPAL JOSÉ BEZERRA DA SILVA PPP 2

necessidades que a escola apresenta, mesmo com o planejamento que é feito antes da

realização das compras.

A escola é limpa a cada fim de turno, os banheiros são lavados, bem como os copos

dos bebedouros.

O prédio tem a pintura retocada todos os anos, inclusive tendo que ser toda rebocada

devido à salinização existente no terreno que faz com que a mesma vá desmoronando,

devido ao alto índice de infiltração nas paredes por conta dessa presença inevitável do

sal.

Page 23: ESCOLA MUNICIPAL JOSÉ BEZERRA DA SILVA PPP 2

1.3 - Recursos Humanos:

Perfil dos profissionais da escola:

Corpo Técnico de Apoio:

PROFISSIONAL FUNÇÃO QUALIFICAÇÃO

Cláudio Melo Secretário escolar Nível Médio

Elza da Rocha Silva Aux. Serv. Adm. Educ. MagistérioGerson Xavier Pereira Segurança Escolar Fundamental incompletoIone Varlene Malta de Sá Auxiliar de Secretaria MagistérioJosé Carlos S. Rodrigues Aux. De Serv, Adm.

EducacionaisPedagogia

Lindaura Joana da Silva Aux. Serv. Adm. Educ. Fundamental IncompletoMaria das Neves Pereira Aux. Serv. Adm. Educ. Fundamental IncompletoMaria de Lourdes dos Santos Secretária Normal /MédioMaria do Carmo Clemente Aux. Serv. Adm. Educ. Fundamental IncompletoMaria José da Silva Aux. Serv. Adm. Educ. Fundamental IncompletoOrni H. G. Monteiro Segurança escolar Superior incompletoMaria Neide F. B. de Oliveira Aux. Serv. Adm. Educ. Fundamental IncompletoMaria Nilza da S. Rodrigues Aux. Serv. Adm. Educ. Fundamental IncompletoThábata Carneiro Aux. Serv. Adm.

EducacionaisMagistério

Tereza Costa dos Santos Aux. Serv. Adm. Educ. Fundamental Incompleto

Page 24: ESCOLA MUNICIPAL JOSÉ BEZERRA DA SILVA PPP 2

Corpo Docente:

Docente Formação Carga Horária

Série que leciona

Turno Tempo de Serviço

Tempo de Trabalho na escola.

Cleiton S. Bezerra Letras 20 horas 6º ao 9º ano

Noturno 8 anos 5 anos

Danúbia M. Silva Ciênc. da Religião 25 horas 3o ano Matutino 10 anos 10 anos

Edivani Ribeiro dos s. Brandão

Pedagogia 25 horas 6º ao 9º

anoVespertino

10 anos 10 anos

Edjane Bezerra Lisboa

Ciências da Religião

25 horas 4o ano Matutino 10 anos 10 anos

Elúzia F. S. Correia Ciências da Religião

20 horas 6º ao 9º ano

Vespertino

20 anos

18 anos

Estefânia Gomes dos Santos

Biologia incompleto

25 horas 6º ao 9º ano

Noturno 4 anos 3 anos

Jair A. da cunha Magistério 25 horas EJA II Noturno 1 ano

Jeane Costa GóesMatemática incompleto

25 horas 6o ao 9o

anoNoturno 17 anos 4 anos

Jeuédne E. A. de Queiroz

História 20 horas 6º ao 9º ano

Vespertino

2 anos

José Londe da Silva

Magistério 25 horas EJA II Noturno 1 ano

Luciana Carvalho Rufino

Superior incompleto

25 horas 6º ao 9º ano

Vespertino

2 anos

Maria Cristina de A. Gomes

Letras 25 horas 6o ao 9o

anoNoturno 10 anos 10 anos

Maria do Rosário B. da Silva

Letras 25 horas 6o ao 9o

anovespertino

10 anos 10 anos

Maria Historia 25 horas 6o ao 9o Noturno 10 anos 10 anos

Page 25: ESCOLA MUNICIPAL JOSÉ BEZERRA DA SILVA PPP 2

Geraldina da Silva ano

Maria Jeaneide dos Santos

Pedagogia incompleto

25 horas 6o ao 9o

anonoturno 10 anos 6 anos

Maria José dos Santos

Pedagogia

25 horas 1º ano Matutino 10 anos 10 anos

Maria Noêmia da Silva

Letras 25 horas 6o ao 9o

anoNoturno 10 anos 10 anos

Marina Vidal Barbosa

Letras 25 horas 6o ao 9o

anoVespertino

10 anos 10 anos

Neila Ma F. Silva Pedagogia

50 horas 3o e 4º ano

Mat. e vespertino

10 anos 10 anos

Rosangela de Souza Barros

Pedagogia 25 horas 2o ano Matutino 10 anos 7 anos

Rúbia Afrânia B. de Souza

Pedagogia

25 horas 2º ano matutino 10 anos 10 anos

Silandia D. O. Gomes

Pedagogia

25 horas 1o ano Matutino 10 anos 7 anos

Silevagno D. O. Gomes

Biologia 45 horas 3º e 6º ao 9º ano

Matutino e vespertino

6 anos 6 anos

Severina Margarida da S. Vieira

Pedagogia

25 horas 6º ao 9º ano

noturno 10 anos 10 anos

Solange F. dos Santos

Magistério 25 horas 5º ano vespertino

25 anos 25 anos

A gestão é democrática, Lei nº. 0005/2006 do município de Delmiro Gouveia, levando o

corpo administrativo a ser escolhido pela comunidade através do voto, além disso, o

conselho Escolar também é eleito pela comunidade, o qual traz representações de

Page 26: ESCOLA MUNICIPAL JOSÉ BEZERRA DA SILVA PPP 2

pais/mães, alunos, funcionários e professores. Quase todos os funcionários pertencem

ao quadro efetivo do município, pois se submeteram ao concurso público, alguns são

contratos temporários. Quase todos possuem licenciatura plena ou estão cursando.

A cada ano os professores participam de cursos de formação continuada promovidos

pela SEMED, realizam o planejamento escolar em todos os bimestres e se reúnem

semanalmente nas reuniões de departamento e em outras reuniões convocadas pela

direção, como para a escolha do livro didático, elaboração de projetos didáticos, entre

outras. Assim, há um bom entrosamento na relação professor-direção e todo o corpo

docente participou da elaboração e discussão do Projeto Político Pedagógico.

Os alunos são em sua maioria, filhos de funcionários públicos, agricultores, operários e

profissionais liberais de classe baixa. Não possuem condições financeiras que

possibilitem uma dedicação maior aos estudos e têm muitas dificuldades em dispor de

um material mínimo necessário às aulas. Alguns necessitam usar óculos, de tratamento

odontológico ou mesmo de uma alimentação adequada que lhes possibilite uma

aprendizagem melhor. Dessa forma, não têm recursos para adquirir livros, revistas,

jornais ou outros meios de comunicação mais avançados para seu enriquecimento

cultural. Além disso, os pais nem sempre dispõem de tempo para ajudar os filhos nas

tarefas escolares, do mesmo modo, os alunos maiores, por necessitarem trabalhar não

dispõem de tempo para dedicar aos estudos e o município não oferece muito incentivo

no que diz respeito às práticas esportivas, culturais e profissionais, prejudicando, muitas

vezes, os rumos do processo educacional. Pois, lá fora, os alunos se deparam com

Page 27: ESCOLA MUNICIPAL JOSÉ BEZERRA DA SILVA PPP 2

uma sociedade violenta e cheia de desafios, e que muitas vezes não estão preparados

para enfrentar.

A grande maioria dos pais não tem instrução suficiente para acompanhar os filhos nos

estudos, apesar disso, muitos incentivam os projetos realizados pela escola, dentro de

suas possibilidades, participando dos eventos ou dando através dos seus filhos, algum

tipo de ajuda para aquisição ou confecção de materiais utilizados e freqüentando as

reuniões de pais e mestres, realizadas periodicamente.

Como os pais, os alunos não têm hábitos de leitura. Mesmo assim, há uma boa relação

entre professor-aluno e professor-pai.

Page 28: ESCOLA MUNICIPAL JOSÉ BEZERRA DA SILVA PPP 2

1.4 – Estrutura da escola:

1.4.1 – Organograma:

ALUNOS

COORDENAÇÃO

PROFESSORES

SECRETÁRIOAUXILIARES DE SECRETARIA

DIREÇÃO GERAL

AUXILIAR DE VIGILANTE ESCOLAR

DIRETORA ADJUNTO

SEGURANÇA ESCOLAR

AUXILIAR DE SERVIÇOS

ADMINISTRATIVOS

EDUCACIONAIS

GUARDA MUNICIPAL

Page 29: ESCOLA MUNICIPAL JOSÉ BEZERRA DA SILVA PPP 2

1.4.2 – Fluxograma: (Ano Letivo de 2007).

.

TU

RN

O

TU

RM

AS

A

LU

NO

S

1º A

NO

2º A

NO

3º A

NO

4º A

NO

5º A

NO

PR

OG

RE

SS

ÃO

I

PR

OG

RE

SS

ÃO

II

6º A

NO

7º A

NO

8º A

NO

9º A

NO

EJA

I

MA

TU

TIN

O Nº

D

E

TU

RM

AS

02 02 01 02 01 01

D

E

AL

UN

OS

57 68 36 71 33 33

VE

SP

ER

TIN

O

D

E

TU

RM

AS

01 03 04 01

D

E

AL

UN

OS

33 103 180 50

NO

TU

RN

O Nº

D

E

TU

RM

AS

02 02 02 02 01

D

E

AL

UN

OS

49 85 105 76

TO

TA

L

D

E

TU

RM

AS

02 02 01 02 01 02 03 06 03 02 02 01

D

E

AL

UN

OS 57 68 36 71 33 66 103 229 135 105 76 25

1.4.3 – Formas e tipos de gestão administrativa e pedagógica:

Page 30: ESCOLA MUNICIPAL JOSÉ BEZERRA DA SILVA PPP 2

As escolas municipais de Delmiro Gouveia vivenciam uma nova lei, a da Gestão

democrática. Porém, os profissionais da referida escola ainda não foram

conscientizados da importância da implantação dessa forma de gestão e da

constituição do Conselho Escolar como prevê a LDB, no seu art. 14, (op. Cit.). Pois,

sabemos que a existência desse colegiado contribui consideravelmente para a melhoria

do ensino, já que os problemas que atingem a escola serão discutidos e decididos por

um grupo de pessoas representadas pelos vários segmentos da comunidade escolar.

Assim profissionais, pais e alunos têm uma participação direta em todas as decisões e

construindo efetivamente uma educação de qualidade social, com as funções:

deliberativa, consultiva, fiscal e mobilizadora.

O Conselho Escolar deverá apontar novos horizontes para toda a comunidade escolar.

A autonomia da escola deverá estar acima de tudo, pois segundo a LDB em seu art. 15:

Os sistemas de ensino assegurarão às unidades escolares públicas de educação básica que os integram progressivos graus de autonomia pedagógica e administrativa e de gestão financeira, observadas as normas gerais de direito financeiro e público.

1.4.4 – Relação entre o pedagógico e o administrativo no processo de gestão:

Page 31: ESCOLA MUNICIPAL JOSÉ BEZERRA DA SILVA PPP 2

Para atender às necessidades da escola, a equipe técnica pedagógico-administrativa

costuma se reunir no início do ano letivo para traçar um plano de desenvolvimento da

escola (PDE), com atividades do âmbito administrativo, relacional e pedagógico que

deverão ser realizadas no decorrer de todo o ano letivo. E periodicamente novos

encontros são realizados para discussão das metas alcançadas e re-planejamento de

ações.

1.4.5 – Associação de Pais:

O segmento pai necessita de orientação para sua organização na defesa dos direitos

dos seus filhos, porém infelizmente a comunidade é desarticulada e desinteressada,

especificamente quando se trata da educação dos seus próprios filhos. Fato constatado

no número de pais participativos com relação ao número total dos pais dos alunos.

Mesmo assim, os participativos estão presentes nas reuniões convocadas pela escola,

nas assembléias, nos eventos e nas festividades realizadas pela escola. E estes são

críticos, opinantes, auxiliares nesse processo educacional. A escola convida, reclama

sua omissão, dialoga com os mesmos a respeito da importância da sua participação,

pois o Estatuto da Criança e do Adolescente, no seu art. 53, parágrafo único assegura:

“É direito dos pais ou responsáveis ter ciência do processo pedagógico, bem

como participar da definição das propostas educacionais”, mas os resultados não

são suficientes e diante desses índices é que a escola continuará cumprindo o seu

papel na busca pela formação de parceria com os mesmos na formação dos seus

filhos.

Page 32: ESCOLA MUNICIPAL JOSÉ BEZERRA DA SILVA PPP 2

1.4.6 – Caixa escolar:

A Caixa Escolar denominada de Caixa Escolar da Escola de 1º Grau José Bezerra da

Silva, foi fundada em 21 de fevereiro de 1997, constituindo uma associação sem fins

lucrativos, com atuação junto a referida escola, buscando interagir junto a mesma

objetivando melhorias em todos os âmbitos, como prevê o artigo 2º do seu estatuto de

criação:

A Caixa Escolar da Escola de 1º grau José Bezerra da Silva tem por finalidade geral colaborar na assistência e formação do educando, por meio da aproximação entre pais, alunos e professores, promovendo a integração: poder público, comunidade, escola e família.

A mesma compõe-se de Assembléia Geral, Diretoria e Conselho Fiscal, deliberando

assuntos de interesse da entidade, como: promoção do bem-estar da comunidade do

ponto de vista educativo, social e cultural; contribuição para a solução dos problemas

inerentes à vista escolar; cooperação na conservação do prédio da unidade escolar;

administração de acordo com as normas legais que regem a atuação da referida Caixa

e incentivo à criação do grêmio estudantil.

Tanto a Diretoria quanto o Conselho Fiscal são eleitos em Assembléia Geral Ordinária e

têm um mandato de 02 (dois) anos, permitida a reeleição por uma vez.

Os membros da atual Diretoria e Conselho Fiscal eleitos em 2006, com um mandato de

dois anos estão distribuídos da seguinte forma:

Page 33: ESCOLA MUNICIPAL JOSÉ BEZERRA DA SILVA PPP 2

Diretoria:

Presidente: Maria Vânia de Araújo Silva Oliveira (Diretora geral);

1º Tesoureiro: Ione Varlene Malta de Sá (Professora auxiliar);

2º Tesoureiro: Luzânia Maria Pereira (Coordenadora)

1º Secretário: Maria de Lourdes dos Santos (Assistente de Serviços Administrativos);

2º Secretário: Jociene Gomes de Oliveira (Coordenadora);

Conselho Fiscal:

1º Fiscal: Maria do Carmo Clemente Moreira (Auxiliar de Serviços Administrativos)

2º Fiscal: Rogélia Gomes Correia (Mãe)

3º Fiscal: Valdenice Alves da Conceição (Mãe)

Suplentes do Conselho fiscal:

1º Suplente: Maria Edna Cardeal dos Santos (Mãe)

2º Suplente: Silândia D’Oliveira Gomes (Professora)

3º Suplente: Neila Maria Faustina Silva (Professora)

1.4.7 – Merenda Escolar:

Page 34: ESCOLA MUNICIPAL JOSÉ BEZERRA DA SILVA PPP 2

A Merenda Escolar é repassada à escola através da SEMED. A cada entrega de

merenda, o nutricionista elabora um cardápio específico que é seguido corretamente

pelas merendeiras. Estas por sua vez recebem formação do nutricionista sobre a

conservação, o armazenamento e o preparo da merenda, respeitando as normas de

higiene, garantindo aos alunos uma alimentação saudável.

1.4.8 – Grêmio Estudantil:

O Estatuto da Caixa Escolar da Escola, Art. 3º, alínea f, diz que uma das finalidades da

Caixa Escolar é: “incentivar a criação do grêmio estudantil e trabalhar

cooperativamente com o mesmo”. Apesar de ser um anseio da direção juntamente

com o corpo docente, ainda não há escola um grêmio legalmente constituído. Porém,

todas as turmas da Escola, possuem líderes e vice-líderes, que representam os alunos

nas assembléias estudantis, em decisões da Caixa Escolar, nos conselhos de classes,

fazendo valer a Lei Federal nº. 7.398/1985 e o Art.53, inciso IV do Estatuto da Criança e

do Adolescente, que afirma:

A criança e o Adolescente têm direito à educação, visando ao pleno desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho, assegurando-se-lhes: direito de organização e participação em entidades estudantis.

Atualmente há um departamento na SEMED voltado para a criação do Grêmio

Estudantil nas Escolas Públicas do Município. Aguardamos responsável por tal função

para nortear a implantação, assim como a implementação desse colegiado em nossa

escola.

Page 35: ESCOLA MUNICIPAL JOSÉ BEZERRA DA SILVA PPP 2

Necessitamos de parceiros que opinem, colaborem; e nada melhor do que a

representação do segmento que detém o maior interesse na construção do processo

educacional. Diante disso, o empenho será ainda maior na formação desse grupo, que

é tão importante no cumprimento dos deveres e na defesa dos seus direitos.

1.4.9 – Comunicação:

A forma de comunicação mais utilizada na escola é a de convites escritos entregues

aos alunos, pais ou funcionários. Também afixamos informativos e convites nos murais

do pátio da escola, da sala dos professores e na secretaria da escola e ainda utilizamos

faixas, carros de som e emissoras de rádio local para divulgar os eventos e atividades

realizadas pela instituição.

1.4.10– Articulação Escola X Família X Comunidade X SEMED:

A Escola tem buscado trazer a família do aluno para o convívio educacional através dos

eventos promovidos e ultimamente tem reunido com bastante freqüência os pais dos

alunos, de todos os anos, separados por turma ou coletivamente na tentativa de

encontrar apoio para os alunos que apresentam baixa freqüência, baixo rendimento e

indisciplina, além de realizações de assembléias para o direcionamento da verba da

caixa escolar, divulgação do PDE (Plano de Desenvolvimento da Escola), eventos

comemorativos (homenagem às mães, aos pais, arraiá junino, gincana do estudante),

além de prestigiarem a culminância dos projetos didáticos realizados nos bimestres.

Page 36: ESCOLA MUNICIPAL JOSÉ BEZERRA DA SILVA PPP 2

Contamos com o apoio do PETI (Programa de Erradicação do Trabalho Infantil), do

Programa Sentinela e do Programa AABB Comunidade.

Precisamos elevar a auto-estima dos alunos, conscientizando-lhes que não basta estar

matriculado na escola, mas sim fazer cumprir direitos e deveres.

Segundo o Art. 53, Parágrafo Único, do Estatuto da Criança e do Adolescente, op. Cit.:

“É direito dos pais ou responsáveis ter ciência do processo pedagógico, bem

como participar da definição das propostas educacionais”.

Os coordenadores do Programa Sentinela também visitam a escola e bimestralmente é

encaminhado um relatório de freqüência ao PETI, tudo visando à assiduidade e

conseqüente desenvolvimento intelectual do aluno.

Todas essas parcerias são indispensáveis para a promoção do aluno e seu

engajamento social.

A assistência da SEMED é, sem dúvida, a mais presente, pois o funcionamento das

escolas municipais é de competência da mesma.

1. 4.11 – Calendário Escolar:

Page 37: ESCOLA MUNICIPAL JOSÉ BEZERRA DA SILVA PPP 2

O Calendário Escolar é elaborado pelos técnicos da SEMED após analisar as

sugestões enviadas pelas escolas. O mesmo é aprovado em assembléia de forma

participativa e democrática pelos professores, tendo o direito de escolher entre três ou

quatro propostas, opinar e modificar o mesmo adequando-o a melhor realidade de

acordo com o que estabelece o art. 23, inciso 2º da LDBEN nº. 9.394/96.

A escola ao recebê-lo planeja as suas atividades, de acordo com o que ele

estabelece, obedecendo ao número de dias letivos, carga horária e sua distribuição em

bimestres. Diante do exposto, o Art. 24, parágrafo 1º da LDB, em vigor determina que:

”A carga horária mínima anual será de no mínimo oitocentas horas, distribuídas

por um mínimo de duzentos dias de efetivo trabalho escolar, excluído o tempo

reservado aos exames finais, quando houver”.

1.5 – Investimentos/Financiamentos:

Page 38: ESCOLA MUNICIPAL JOSÉ BEZERRA DA SILVA PPP 2

Como toda escola pública municipal, recebe recursos da Prefeitura do Município,

através da SEMED. Mas estes recursos surgem através de reformas, materiais,

mobiliário, sem que a escola tenha contato com dinheiro.

Já os recursos do PDDE (Programa Dinheiro Direto na Escola), são administrados

através da Caixa Escolar, onde os membros da diretoria da mesma discutem com a

comunidade escolar quais são as necessidades da instituição, fazem cotações de

preços entre diversas empresas e prestadores de serviço para depois aplicarem esses

recursos, onde na conclusão dos trabalhos realizam a prestação de contas de todo o

dinheiro investido, por meio de notas fiscais e recibos, além da exposição realizada,

através de cartazes, nos murais da escola para facilitar o acesso a essas informações.

Os recursos do PDDE são distribuídos em dois valores: o capital que é destinado à

compra de bens permanentes e o custeio que dá assistência ao material de expediente,

material de limpeza e tudo o que for necessário para a limpeza da estrutura física da

escola (pintura das paredes, portas, portões e quadros de giz, rebocos das paredes,

retelhamento, reparos no piso e no forro, limpeza e manutenção das caixas d’água,

limpeza dos terrenos baldios, etc.).

Além desse recurso, devido a baixa média no IDEB, a escola também recebeu o

recurso do PDDEF para assim implementar os seus recursos didáticos e pedagógicos

com o objetivo de melhorar os índices da mesma. O mesmo é gerido pela unidade

executora da escola (Caixa Escolar), e tem no seu quantitativo 40% para capital e 60%

para custeio.

Page 39: ESCOLA MUNICIPAL JOSÉ BEZERRA DA SILVA PPP 2

1.6 – Organização do Ensino:

Page 40: ESCOLA MUNICIPAL JOSÉ BEZERRA DA SILVA PPP 2

1.6.1 – Relação entre teoria e prática:

O homem possui uma potencialidade natural para a aprendizagem, tem uma

curiosidade inata pelas coisas que o cercam, sente uma necessidade de aprender e

evoluir. Cada indivíduo desenvolve sua própria inteligência e constrói seu próprio

conhecimento. O conhecimento é a aquisição interna, processada a partir de

sucessivas e organizadas operações realizadas pelo indivíduo.

Na Escola, o conhecimento a ser construído e transmitido tem uma dimensão histórica,

não estática e de reconstrução contínua, tendo no aluno o construtor do conhecimento

e o professor o mediador deste processo de construção.

Os professores buscam através de seu programa curricular, aplicar os conteúdos

objetivamente, incluindo situações do cotidiano do aluno, como forma de incentivar o

educando na absorção de conhecimentos.

1.6.2 – Combinação metodologia entre processo de ensino e capacitação:

São muitas as dificuldades encontradas para o uso de metodologias diversificadas por

dois motivos: os recursos da escola são insuficientes e os que existem pouco são

utilizados, devido à acomodação dos professores, o que acarreta grandes prejuízos ao

processo, pois sabemos da eficácia dessa diversidade.

Page 41: ESCOLA MUNICIPAL JOSÉ BEZERRA DA SILVA PPP 2

O maior problema desse comodismo está associado à falta de uma formação

continuada para os profissionais da educação, principalmente no que se refere ao uso

das novas tecnologias e isso torna o cotidiano escolar frustrante e desmotivado.

A escola precisa promover a interação social e intelectual entre as crianças e os jovens

e enfatizar as relações grupais, diminuindo a concentração das atividades individuais,

sem, entretanto esquecer o indivíduo em sua singularidade, fazendo com que cada um

venha a refletir sobre sua prática, sobre seu papel. É necessário conhecer

cientificamente o mundo, como as crianças e os jovens aprendem a reinventar sua

própria maneira de planejar e agir.

1.6.3 – A realidade como base de produção do conhecimento:

O desenvolvimento das atividades voltadas para a realidade do nosso educando faz

parte do objetivo de valorizar seus conhecimentos prévios, aproveitando sua bagagem

cultural no âmbito formal. Diante disso a Lei de Diretrizes e Bases da Educação, (LDB),

nº. 9.394/96, só vem confirmar no seu Art. 32, no inciso III, op.cit. que: “ O Ensino

Fundamental, ...terá por objetivo a formação básica do cidadão, mediante: o

desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista à aquisição de

conhecimentos e habilidades e à formação de atitudes e valores.”

1.6.4 – Educação para o trabalho e pelo trabalho:

Page 42: ESCOLA MUNICIPAL JOSÉ BEZERRA DA SILVA PPP 2

O aluno deve ser orientado para o prosseguimento dos estudos, tendo em vista a sua

preparação para o mercado de trabalho, baseando-se no Art. 39, da LDB, nº 9.394/96

que afirma: “A educação profissional, integrada as diferentes formas de educação,

ao trabalho, à ciência e à tecnologia, conduz ao permanente desenvolvimento de

aptidões para a vida produtiva”. Assim, o fiel cumprimento deste disposto far-se-á

mediante o esforço do professor ao promover aulas de qualidade, que possibilitem ao

aluno um conhecimento vasto sobre os diversos campos do meio em que estamos

inseridos.

1.6.5 – Critérios para a formação de classes:

Com a conclusão do ano letivo e término do processo de apuração dos resultados, a

direção, os coordenadores e agentes administrativos separam os documentos dos

alunos desistentes, transferidos e que não renovaram a matrícula, enviando-lhes ao

arquivo passivo; enquanto os dos aprovados e reprovados que renovaram a matrícula,

são distribuídos nas turmas, de acordo com a idade. A partir daí têm-se o

levantamento da quantidade de vagas existentes para alunos novatos e alunos que não

renovaram a matrícula no período regular.

As classes estão organizadas por ano (1º ao 9º) ou em turmas de progressão I (alunos

do 1º ciclo) e II (alunos do 2º ciclo).

No turno matutino estão às classes do Ensino fundamental menor (1º, 2º, 3º, 4º, 5º ano

e Progressão I), o vespertino é distribuído com turmas de Progressão II, 5º, 6º, 7º, 8º e

9º ano. No noturno ficam turmas do 6º ao 9º ano, além das turmas de EJA do 1º e 2º

Page 43: ESCOLA MUNICIPAL JOSÉ BEZERRA DA SILVA PPP 2

segmentos. O sistema é em formado por ciclos. 1º ao 3º ano compõem o 1º ciclo, 4º ao

6º o 2º ciclo e do 7º ao 9º ano o 3º ciclo.

Mediante a Resolução de Nº. 08/2007 CEB/CEE-AL que regulamenta a implantação do

Ensino Fundamental de 09 anos no Sistema de Ciclos a escola que já iniciara a sua

adaptação ao mesmo continuará a adequar-se para assim cumprir o que determina a

lei.

1.6.6 – Relatórios Finais

Ano Letivo: 2006

Page 44: ESCOLA MUNICIPAL JOSÉ BEZERRA DA SILVA PPP 2

Sér

ies

N

º d

e tu

rma

M

atrí

cu

la in

icia

l

Mat

ríc

ula

fin

al D

esi

ste

nte

s

T

ran

sf

erid

os A

pro

vad

os

Re

pro

vad

os

1ª 03 149 107 38 04 52 55

2ª 03 148 128 18 02 94 34

3ª 03 132 104 19 09 70 34

4ª 02 107 84 17 06 37 47

5ª 04 204 116 86 02 72 44

6ª 04 188 139 44 05 111 28

7ª 03 137 99 33 05 91 08

8ª 02 92 77 10 05 73 04

Total 24 1157 854 265 38 600 254

Ano Letivo: 2007

Page 45: ESCOLA MUNICIPAL JOSÉ BEZERRA DA SILVA PPP 2

Sér

ies

de

tu

rmas

Mat

ríc

ula

in

icia

l

Mat

ríc

ula

fin

al

De

sist

en

tes

Tra

ns

feri

do

s

Ap

rova

do

s

Re

pro

vad

os

1º 0

2

5

7

5

4

0

2

01

5

1

0

3

2º 0

2

6

8

6

8

-

-

-

-

6

8

-

-

3º 0

1

3

6

3

3

0

3

-

-

1

8

1

5

4º 0

2

7

1

6

7

0

1

0

2

4

9

1

9

5º 0

1

3

3

3

3

-

-

-

-

2

6

0

7

PROG. I 0

2

6

6

6

2

0

1

0

3

4

2

2

0

PROG. II 0

3

1

03

8

9

1

3

0

1

7

8

1

1

6º 0

6

2

29

1

77

5

0

0

2

1

29

4

8

7º 0

3

1

35

1

09

2

4

0

2

7

0

3

9

8º 0

2

1

05

8

2

2

2

0

1

4

8

3

4

Page 46: ESCOLA MUNICIPAL JOSÉ BEZERRA DA SILVA PPP 2

9º 0

2

7

6

5

7

1

9

-

-

3

6

2

1

TOTAL 2

6

9

79

8

31

1

35

1

2

6

15

2

17

1.6.7 – Problemas de oferta – demanda e fluxo escolar (inclusão e exclusão):

Temos consciência do direito à educação previsto na Constituição Federal (1998), na

LDB (1996) e no Estatuto da Criança e do Adolescente, mas enfrentamos sérios

problemas, ocasionados pela falta de espaço físico, material e recursos humanos, e,

para fazer valer esse direito somos obrigados a conviver com algumas salas de aula

superlotadas. Contrariando o que diz o Art. 14, inciso II, das Resoluções Nº 51/2002 e

N.º 55/2002, do Conselho Estadual de Educação do Estado de Alagoas:

O documento de autorização dos cursos do Sistema Estadual de Ensino designará o número máximo de vagas que a instituição escolar pode oferecer, com base nas instalações e equipamentos existentes no prédio escolar e no seu limite máximo de vagas por turma: Ensino Fundamental Regular: a) 1º e 2º anos - máximo de 25 crianças por turma; b) 3º e 4º anos - máximo de 30 alunos por turma; c) 5º e 6º anos - máximo de 40 alunos por turma; d) 7º e 8º anos - máximo de 45 alunos por turma.

Page 47: ESCOLA MUNICIPAL JOSÉ BEZERRA DA SILVA PPP 2

Há também uma grande preocupação em vencer as barreiras do preconceito étnico e

cultural, como também a indiferença aos portadores de necessidades especiais. Mas

lutamos para superar esses desafios e conscientizar nossos alunos quanto ao respeito

à pessoa humana, independente de cor, raça, sexo, religião, condição social ou

necessidade especial. Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais (1997:21):

Tratar da diversidade cultural, reconhecendo-a e valorizando-a, e da superação das discriminações é atuar sobre um dos mecanismos de exclusão – tarefa necessária, ainda que insuficiente, para caminhar na direção de uma sociedade mais plenamente democrática.

Precisamos ter sensibilidade para encarar o mundo e superar as nossas dificuldades,

estimulando os nossos semelhantes a vencer suas limitações, reconhecendo a

capacidade que cada um tem dentro de si. Apesar de termos esse pensamento nos

deparamos com professores que não têm curso para atuar com portadores de

necessidades especiais, como reza o Art. 4º, inciso III, da LDB, op. Cit.: “O dever do

Estado com educação escolar pública será efetivado mediante a garantia de:

atendimento educacional especializado gratuito aos educandos com

necessidades especiais, preferencialmente na rede regular de ensino". Assim,

atendemos alunos com tais necessidades, mas não dispomos de profissionais

qualificados para que os mesmos possam se desenvolver melhor.

A Secretaria de Educação promove atualmente uma formação continuada aos

professores que atuam com essas crianças e adolescentes, porém a eficácia é mínima,

devido os mesmos estarem distribuídos em todos os anos e a participação se restringir

Page 48: ESCOLA MUNICIPAL JOSÉ BEZERRA DA SILVA PPP 2

a professores dos anos iniciais, além do mesmo ser ministrado aos sábados e esses

profissionais se encontrarem em outros cursos de formação.

1.6.8 – Organização do ensino:

A organização do ensino até o ano letivo de 2004 era feita através de séries anuais

distribuídas em oito anos. Em 2005, fazendo valer o disposto no Art. 32, inciso 1º, da

LDB, op. Cit. : “É facultado aos sistemas de ensino desdobrar o ensino

fundamental em ciclos”, a SEMED, através da portaria nº. 001/2005, ampliou o

Ensino Fundamental de oito para nove anos:

A ampliação do Ensino fundamental de 8 (oito) para 9 (nove) anos, fundamenta-se na LDB, Lei nº. 9.394/96, como também é meta estabelecida no PNE (Plano Nacional de Educação), Lei nº. 10.172/01 e tem como objetivos “ oferecer maiores oportunidades de aprendizagem no período da escolarização obrigatória e assegurar que, ingressando mais cedo no sistema de ensino, as crianças prossigam nos estudos, alcançando maior nível de escolaridade.

A Portaria N.º. 001/2005, sofreu algumas alterações através da Portaria N.º. 001/2006,

que restabelece o Ensino Fundamental de nove anos, redistribuindo os ciclos. Segundo

seu Art. 1º:

...os ciclos de formação têm como eixo norteador as fases do desenvolvimento humano, ficando assim constituído: a. 1º Ciclo - 1º, 2º e 3º anos: Infância (dos 06 aos 08 anos de idade); b. 2º Ciclo - 4º, 5º e 6º anos: Pré-adolescência (dos 09 aos 11 anos de idade); c. 3º Ciclo – 7º, 8º e 9º anos: Adolescência (dos 12 aos 14 anos de idade).

Page 49: ESCOLA MUNICIPAL JOSÉ BEZERRA DA SILVA PPP 2

No ano de 2007, O Conselho Estadual de Educação de Alagoas, através da Resolução

Nº. 08/2007 regulamenta a implantação do Ensino Fundamental de 09 anos no sistema

de ciclos, o que veio diferenciar o sistema de ciclos implantado anteriormente levando-

nos a nova organização e distribuição de turmas e ciclos. A escola que por deficiência

de recursos humanos, físicos e materiais está ainda em fase de transição, porém se

adequará até o final deste ano letivo (2008), iniciando 2009 com todo o sistema

regulamentado.

1.7 – Metodologia:

Cada professor possui a sua dinâmica própria de trabalho e essas atitudes levam o

professor a estar aprofundando suas observações e pesquisando caminhos para

vencer os desafios que prejudicam a aprendizagem cotidianamente, promovendo

mudanças de atitudes didáticas e pessoais como dos seus alunos, levando-os à auto-

avaliação, onde surgirão as críticas e as possíveis necessidades de mudança.

Quando se pretende que o aluno construa conhecimento, a questão não é apenas qual informação deve ser oferecida, mas principalmente, que tipo de tratamento deve ser dado a informação que se oferece. A questão é de natureza didática. Nesse sentido a intervenção pedagógica do professor tem valor decisivo no processo de aprendizagem e, por isso, é preciso avaliar sistematicamente se ela está adequada, se está contribuindo para as aprendizagens que se espera alcançar. (PCN, 1997:48).

Apesar das atividades tradicionais em sala de aula, através do uso do livro didático, do

tradicional quadro-negro, do retro-projetor, de vídeos e músicas, jogos matemáticos,

dinâmicas de grupo, entre outras, é comum a realização de pesquisas e apresentação

Page 50: ESCOLA MUNICIPAL JOSÉ BEZERRA DA SILVA PPP 2

de seminários, gincanas, com utilização de cartazes e painéis, como também a

discussão de temas transversais através de projetos didáticos que estimulam a

pesquisa e o debate, trazendo à escola pessoas de outros segmentos da sociedade,

promovendo uma grande conscientização. Segundo o Art. 26, da LDB, nº. 9.394/96:

Os currículos do ensino fundamental devem ter uma base nacional comum, a ser complementada, em cada sistema de ensino e estabelecimento escolar, por uma parte diversificada, exigida pelas características regionais e locais da sociedade, da cultura, da economia e da clientela.

2. MARCO CONCEITUAL:

Formar pessoas é, sem dúvida, a mais importante das tarefas educativas dentro e fora

da escola. “Se é verdade que a educação não pode fazer sozinha a transformação

social, também é verdade que a transformação não se efetivará e não se

consolidará sem a educação”. (GADOTTI, 1995:76).

Formá-las para o exercício da autonomia – intelectual, moral e social – é uma opção,

uma escolha de educadores comprometidos com um projeto democrático de sociedade,

envolvidos com a possibilidade da emancipação social, considerando que democratizar

a sociedade requer cidadãos e grupos sociais autônomos. Isso significa dizer que é

preciso construir um trabalho pedagógico que contribua para o desvendamento de

mecanismos de dominação e para o desenvolvimento de processos de constituição

identitária que possam levar ao inconformismo com a dominação social e à conquista

da autonomia.

Page 51: ESCOLA MUNICIPAL JOSÉ BEZERRA DA SILVA PPP 2

Entre a sociedade em que vivemos e a que aspiramos, a educação assume o papel de

transformação democrática, mesmo sabendo desse compromisso, nos deparamos com

uma cruel realidade, pois observamos diariamente o crescimento dos problemas sociais

e conseqüente descaso em relação à dignidade da pessoa humana. O interesse ditado

por uma sociedade capitalista, acaba esmagando os ideais de democracia, diminuindo

o princípio de solidariedade. Com a educação não é diferente, pois constatamos

infelizmente a falta de organização, como forma de não propagar o bem-comum,

considerável avanço e melhoria da qualidade de ensino.

Para superar todos esses obstáculos precisamos incentivar nossos alunos na busca

dos seus direitos e ideais enquanto cidadão, preservando a cultura, mantendo o

respeito à pessoa humana e cumprindo com seus deveres.

Para a mudança de perfil na oferta de um ensino que atenda as necessidades dos

usuários, implica mudar seu perfil de funcionamento e seus métodos de gestão. As

mudanças no sentido de melhorar a qualidade de ensino passam, necessariamente,

pelo sistema administrativo. E diante dessa afirmativa, a gestão democrática do ensino,

de acordo com o art. 3º, inciso VIII da LDBEN em vigor é indispensável para a

autonomia das instituições de ensino, já que esta descentraliza o poder levando o

professor a participar ao lado do diretor da escola, interferindo e influenciando na

gestão e será a partir dessa práxis que a escola poderá automaticamente melhorar a

qualidade do seu próprio trabalho docente, uma vez que estará assumindo

responsabilidades, exercendo direitos e praticando a cidadania ativa na escola.

Page 52: ESCOLA MUNICIPAL JOSÉ BEZERRA DA SILVA PPP 2

Essa mudança também passa pela valorização do professor, fator essencial ao

desenvolvimento de um bom trabalho, além da formação continuada que traz o mesmo

à atualidade, subsidiando ao acompanhamento da sociedade moderna e a evolução

dos caminhos que a educação vem percorrendo a passos ainda lentos.

O PPP (Projeto Político Pedagógico) como prática coletiva é a proposta da organização

pedagógica e administrativa da escola, construída através da participação de todos os

segmentos que compõem a comunidade escolar, visando a melhoria da qualidade de

ensino em um processo democrático de forma organizada.

A Escola acredita que o conhecimento só tem sentido quando possibilita o

compreender, o usufruir e o transformar da realidade. Neste sentido, o sujeito da

aprendizagem, como sujeito do conhecimento, requer um meio cada vez mais alargado

que lhe possibilite informações que possam ser, por ele, ressignificadas. Sem

atribuição de significado não há produção de conhecimento, nem aprendizagem,

porque não há congruência entre os esquemas de assimilação (parte do sujeito) e as

pressões externas (parte do objeto). Segundo Gadotti:

Todo projeto supõe rupturas com o presente e promessas para o futuro. Projetar significa tentar quebrar um estado confortável para ariscar-se, atravessar um período de instabilidade e buscar uma nova estabilidade em função da promessa que cada projeto contém.

Page 53: ESCOLA MUNICIPAL JOSÉ BEZERRA DA SILVA PPP 2

Baseado nos objetivos do presente trabalho, a Educação deve estar voltada para as

várias dimensões da pessoa humana, respeitando-se qualquer tipo de manifestação

cultural, religiosa, ético-racial, sexual, partidária, etc.

O Art. 2º, da Lei de Diretrizes e bases da Educação, nº. 9.394/96 assegura:

A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.

O fortalecimento do posicionamento do educando enquanto cidadão fica assegurado,

também, no Art. 22, da LDB, nº. 9.394/96, Lei de Diretrizes e bases da educação: “A

educação básica tem por finalidade desenvolver o educando, assegurando-lhe a

formação comum indispensável para o exercício da cidadania e fornecer-lhe

meios para progredir no trabalho e em seus estudos posteriores”. Não diferente

do Art. 32, que afirma que: “O ensino fundamental, terá por objetivo a formação

básica do cidadão”.

Page 54: ESCOLA MUNICIPAL JOSÉ BEZERRA DA SILVA PPP 2

3. MARCO OPERATIVO:

3.1 - Diagnóstico e análise da situação da escola:

Diante da necessidade e urgência, fundamentada em lei, que no prazo de dez anos,

professores em exercício deveriam pelo menos ter ingressado na universidade, tivemos

um aumento considerável, especialmente no tocante à nossa região, do número de

professores formados/formandos. E no que diz respeito à Escola Municipal de Ensino

Fundamental José Bezerra da Silva, esse número merece destaque no município.

Desses profissionais em exercício de docência, dezoito deles são licenciados: Letras,

História, Biologia, Ciências da Religião e Pedagogia. Quatro deles estão cursando e

apenas três têm o Curso Normal / Magistério.

Nos cargos técnico-administrativos: cinco profissionais são licenciados e quatro desses

estão se especializando numa área educacional. O Secretário Escolar está cursando o

nível superior, um Assistente Administrativo tem curso superior, um está cursando e os

outros têm Curso Normal. Então, diante desse quadro a instituição está bem assistida

Page 55: ESCOLA MUNICIPAL JOSÉ BEZERRA DA SILVA PPP 2

no que diz respeito à formação profissional. E todos estão organizados de forma a não

atrasar o processo letivo, sempre buscando contribuir no que diz respeito à prática do

que foi e está sendo estudado nos cursos específicos de cada funcionário.

Com a aprovação do Projeto-Lei Municipal de Nº. 0005/2006 relacionado à implantação

da Gestão Democrática, que promove a constituição dos Conselhos Escolares e

realização de eleições diretas para diretor e vice-diretor em todas as escolas da rede

municipal de ensino de Delmiro Gouveia, ocorreu a validação da luta da nossa classe

em prol da efetivação de nossa autonomia através da vivenciação de nossa cidadania.

A Gestão Democrática do Ensino Público, na forma da lei, está prevista no Art. 206,

inciso VI, da Constituição Federal. Para que ela se concretize, cumpre a escola e a

comunidade não permitir que se restrinja apenas a uma eleição para dirigentes

escolares, mas a capacitação para a participação efetiva dos representantes dos

segmentos escolares e da comunidade nos destinos da escola. Porém, é importante

acrescentar que quando se fala em gestão não se trata apenas de controlar recursos,

coordenar funcionários e assegurar o cumprimento dos dias letivos e horas-aula. É um

novo modelo de administração totalmente integrado à esfera pedagógica. E dentro

dessa ótica, o que deve ser visado é o produto final: a educação. E o importante é ter

uma visão mais global, preocupando-se com os recursos, os processos, as pessoas, o

currículo, a metodologia, a disciplina, tudo de maneira interligada. Ressaltando a

imensurável importância do papel de todos os representantes desta comunidade

Page 56: ESCOLA MUNICIPAL JOSÉ BEZERRA DA SILVA PPP 2

escolar em atuar como parceiros ativos exercendo a função de gerir juntamente com os

eleitos, com respeito e responsabilidade, embora hierarquicamente seja necessário

haver divisões de atribuições.

A construção dessa proposta se constitui num desafio constante mediante o fato de que

para o seu sucesso será de extrema urgência minimizar a evasão escolar,

especialmente no tocante ao turno noturno, que se dá pela necessidade dos alunos

trabalharem para a sua subsistência, o que os torna cansados, sonolentos e

desestimulados. É um problema não só da escola citada, mas a nível nacional. Além

dessa problemática, será preciso inovar cada vez mais na metodologia utilizada,

desenvolvendo-a de forma contextualizada para que não se torne desinteressante e

enfadonha para os alunos. Um outro agravante é a reprovação nas disciplinas

consideradas críticas, como é o caso da matemática, da Língua Portuguesa e da

Língua Estrangeira.

E será com base nos planos de ações do PDE (Plano de Desenvolvimento Escolar),

que esperamos amenizar as taxas para um efetivo sucesso dos trabalhos realizados no

decorrer do ano letivo. São elas:

Fazer visita a domicílio dos alunos evadidos;

Implantar sistemática de acompanhamento;

Realizar reuniões quinzenais com coordenadores e secretária para

acompanhamento da meta;

Acompanhar os resultados dos alunos;

Page 57: ESCOLA MUNICIPAL JOSÉ BEZERRA DA SILVA PPP 2

Implantar sistemática de acompanhamento;

Elaborar programa de capacitação para os professores do 1º ao 9º ano;

Capacitar os professores do 1º ao 9º ano;

Realizar formação para o pessoal de nível técnico;

Implantar sistemática de recuperação paralela para os alunos que apresentarem

dificuldades durante o processo de ensino;

Realizar reuniões mensais com os professores para discussão das dificuldades

encontradas e formalizar propostas de soluções;

Realizar gincana de matemática a cada semestre para o desenvolvimento da

capacidade de raciocínio;

Promover concursos em todas as áreas incentivando à produção e valorizando

os diversos talentos, habilidades e competências do alunado;

Organizar um espaço para leitura e pesquisa incentivando os alunos à pratica

das mesmas;

Montar o laboratório de Informática, inclusive com acesso à Internet, para

inserção de alunos e funcionários no mundo da tecnologia e informação avançada;

Promover viagens culturais e educativas para os alunos e funcionários;

Realizar oficinas, periodicamente, para os professores das turmas de

progressão;

Elaborar documento com os padrões de aprendizagem com base nas

competências e habilidades necessárias para cada ano do Ensino Fundamental;

Desenvolver um sistema de acompanhamento e avaliação dos alunos nos três

ciclos do Ensino Fundamental;

Page 58: ESCOLA MUNICIPAL JOSÉ BEZERRA DA SILVA PPP 2

A atuação da família na escola agrava ainda mais os resultados negativos que a

mesma apresenta, já que esta só se torna presente quando solicitada, porém mesmo

assim, algumas nem comparecem. E é diante desse agravante que a escola inclui no

seu PDE, ações que mobilizem a família a fazer-se presente na construção da

educação dos seus próprios filhos:

Adotar estratégias dinâmicas e diferenciadas para a realização de reuniões e

eventos promovidos para pais e mães na escola;

Desenvolver oficinas de formação para pais e mães de alunos da escola;

Dinamizar o cotidiano escolar, tendo os pais como instrutores.

Diante desses indicadores é relevante o papel de todos os segmentos nessa proposta

para a garantia do sucesso escolar desejado, porém é preciso considerar alguns eixos

norteadores definidos por Gadotti, em perspectivas atuais da educação:

A integração entre educação e cultura, escola e comunidade (educação multicultural e comunitária), a democratização das relações de poder dentro da escola, o enfrentamento da questão da repetência e avaliação , a visão interdisciplinar e transdisciplinar e a formação permanente dos educadores”. (2000:39).

3.2 – Currículo / Avaliação da aprendizagem:

É no currículo que a escola deverá assegurar ao alunado o direito a igualdade de

acesso a uma base nacional comum, legitimando a unidade e a qualidade da ação

pedagógica na diversidade nacional.

Page 59: ESCOLA MUNICIPAL JOSÉ BEZERRA DA SILVA PPP 2

O que está colocado em questão é a capacidade do Ensino Fundamental de

proporcionar aos alunos a bagagem de competências, conhecimentos, habilidades,

atitudes e valores necessários para se incorporar à sociedade de hoje e de amanhã. E

é justamente essa bagagem que é preciso identificar e concretizar para, então, a partir

dela, tomar as decisões curriculares sobre os conteúdos – no sentido amplo do termo e,

portanto, incluindo conhecimentos, procedimentos, atitudes e valores – e as

competências em que devem centrar-se o ensino e a aprendizagem.

As Diretrizes Curriculares Nacionais, para o Ensino Fundamental, no seu Art. 3º,

parágrafo V, estabelece que:

As escolas deverão explicitar nas suas propostas curriculares processos de ensino voltados para as relações com sua comunidade local, regional e planetária, visando à interação entre a educação fundamental e a vida cidadã; os alunos ao aprenderem os conhecimentos e valores da base nacional comum e da parte diversificada, estarão também constituindo sua identidade como cidadãos, capazes de serem protagonistas de ações responsáveis, solidárias e autônomas em relação a si próprios, às suas famílias e às comunidades.

Diante do exposto a escola adapta as suas atividades à realidade da clientela,

diversificando e inovando os métodos a fim de facilitar a construção da aprendizagem,

de forma significativa, através da contextualização, estimulando-os à busca do

conhecimento a partir da pesquisa.

Conteúdos significativos com base no conhecimento comum e na realidade local são a

base para o sucesso e alcance dos objetivos. O trabalho com os temas transversais:

drogas, sexualidade, preservação ambiental, preconceito e discriminação, violência

urbana e familiar, desestruturação familiar, desemprego, entre outros, desenvolvidos

Page 60: ESCOLA MUNICIPAL JOSÉ BEZERRA DA SILVA PPP 2

através de projetos didáticos, surtem efeitos positivos, sendo de suma importância a

continuidade dos mesmos. Além disso, é um trabalho que envolve todos os segmentos

da comunidade, inclusive elevando os índices de interesse, participação e

aprendizagem.

O trabalho com esses projetos tem apresentado várias vantagens:

1- Tem levado a uma reflexão diagnóstica sobre o que se pretende fazer dentro da

demanda solicitada pelos/as alunos/as;

2- Planejamento que vem favorecer a construção da autonomia e da

interdisciplinaridade devido às situações criadas em sala de aula;

3- Construção de cronograma para execução das atividades desenvolvidas de acordo

com a realidade da comunidade;

4 – Tem trazido os alunos à reflexão dos problemas de forma global e contextualizada,

despertando o desejo de conquista, iniciativas, investigação, criação e

responsabilidades mediante as ações propostas;

5 – A participação e o envolvimento da comunidade na realização dos projetos e nas

suas culminâncias tem se dado de forma ativa;

6 – A participação dos pais nas pesquisas, entrevistas e estudos de meios realizados

pelos/as filhos/as tem sido motivo de orgulho para os mesmos;

7 – Alguns professores/as se tornaram pesquisadores/as dos problemas sócio-

ambiental das comunidades e do Município.

Page 61: ESCOLA MUNICIPAL JOSÉ BEZERRA DA SILVA PPP 2

Sendo assim é necessário que haja no cotidiano escolar mais momentos de estudo e

planejamento na superação de muitos problemas, inclusive a falta de integração entre

os segmentos.

É necessário, porém, que haja uma mudança no tocante aos componentes curriculares

que elevam o índice de reprovação. Na área da Matemática os conteúdos precisam ser

contextualizados e dinamizados, aproveitando o conhecimento que o aluno já traz do

seu cotidiano. Os conteúdos de Língua Portuguesa precisam ser acrescidos de técnicas

de leitura e produção de texto, levando em consideração aqueles utilizados no dia-a-dia

e a interpretação dos mesmos se faz necessária, muitas vezes por questões de saúde

e sobrevivência.

Nesse processo, o educador tem um papel fundamental de valorizar o trabalho formal

dos alunos e auxiliá-los no processo informal através de projetos, na participação ativa

e desenvolvimento das habilidades básicas e necessárias para cada um.

Para a garantia da eficácia escolar, o educador precisa tomar consciência de que a

avaliação precisa se fazer presente continuamente. De acordo com o art. 24, inciso V,

alínea “a”, da Lei Magna da Educação em vigor, ela deve ser constituída de

instrumentos de diagnósticos que o leve a intervenções, visando à melhoria da

aprendizagem. É preciso que o aluno seja classificado por ter adquirido as habilidades

básicas necessárias para a sua promoção. Ela precisa ser inclusiva e não

classificatória. Porém, em alguns casos, essa promoção só acontece na totalidade de

uma somatória, que na realidade é a simbolização de todo processo que deverá ser

Page 62: ESCOLA MUNICIPAL JOSÉ BEZERRA DA SILVA PPP 2

observado pelo professor. Isso não implica dizer que o educador avalie somente desta

forma, mas de tantas outras que tem uma relação com os conteúdos programáticos

abordados. Lembrando que a cada instrumento avaliativo utilizado devem-se

estabelecer critérios de análise e conhecimento do aluno e suas individualidades.

Diante da realidade da escola em questão (algumas salas superlotadas), a avaliação

diagnóstica e formativa se torna um fardo muito pesado, porém, cabe ao professor o

melhor empenho na eficácia da mesma. Nessa temática é necessário citar o Art. 24,

alínea a, parágrafo V, da LDB, Nº. 9.394/96: “A avaliação se dará de forma contínua

e cumulativa, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e

dos resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas finais”.

Um inevitável momento para a realização da avaliação diagnóstica é na participação

ativa dos Conselhos de Classe, inclusive com a presença de representantes do corpo

discente, onde é possível a reflexão da prática pedagógica e das mudanças a serem

implantadas no re-planejamento das atividades.

Com a regulamentação da Resolução Nº. 08/2007 a escola se adequará ao novo

modelo onde na primeira fase, que compreende os três primeiros anos, haverá a

progressão continuada entre os anos letivos, com avaliação formativa periódica e ao

final da mesma haverá uma avaliação de caráter formativo e somativo para aferir a

promoção da criança para a etapa seguinte. Na segunda fase que compreende os

quartos e quintos anos, também haverá a progressão continuada entre os mesmos e ao

Page 63: ESCOLA MUNICIPAL JOSÉ BEZERRA DA SILVA PPP 2

final dela haverá a avaliação de caráter formativo e somativo para a promoção da

criança.

Nas primeira e segunda fases de Alfabetização e Letramento do Ensino Fundamental, a

avaliação somativa considerará globalmente todos os componentes curriculares da

matriz curricular praticada para estabelecer o resultado final sobre a promoção dos

alunos.

Na organização da etapa final do Ensino Fundamental a estruturação ocorrerá em duas

sub-etapas, com progressão continuada com base na avaliação formativa e promoção

bianual com avaliação formativa e somativa.

Para reforçar o aluno em dificuldade de aprendizagem a escola oferecerá laboratórios

de aprendizagem com aulas de reforço para que venham a sanar as mesmas.

A Lei de Diretrizes e Bases, Nº. 9.394/96 assegura aos alunos, no seu Artigo 24,

parágrafo V, alínea “e”, os estudos de recuperação, conforme se segue:

“obrigatoriedade de estudos de recuperação, de preferência paralelos ao período

letivo, para os casos de baixo rendimento escolar, a serem disciplinados pelas

instituições de ensino em seus regimentos”. Inclusive no que diz respeito ao

cumprimento de no mínimo 5%, no total da carga horária de cada componente

curricular, visto que é legal, para as recuperações finais.

3.2.1 – Avaliação Institucional:

Page 64: ESCOLA MUNICIPAL JOSÉ BEZERRA DA SILVA PPP 2

Temos consciência do nosso papel social na formação de tantos cidadãos que

compõem o nosso meio. Assim precisamos atualizar nossos conhecimentos a cada dia

e nos auto-avaliarmos constantemente. Para o nosso crescimento profissional, torna-se

indispensável à participação em uma avaliação para que nosso desempenho seja

analisado. Assim, a cada semestre, os representantes de todos os segmentos se

reunirão para analisar os pontos positivos e negativos da escola, discutir os fatores de

sucesso e fracasso e propor possíveis soluções para que os objetivos da comunidade

escolar sejam alcançados com eficácia.

3.2.2 – Avaliação e atualização do Projeto Político Pedagógico:

Todos os segmentos que participaram da construção desse documento serão

responsáveis pela sua avaliação no início de cada ano letivo, observando os avanços e

as dificuldades a serem vencidas e incluindo novas metas de trabalho.

Portanto, este documento se manterá aberto às eventuais alterações que visem o

sucesso desta Unidade de Ensino, dos seus profissionais e dos alunos que a

escolheram, garantindo o fiel cumprimento de todos os objetivos educacionais da

instituição.

Page 65: ESCOLA MUNICIPAL JOSÉ BEZERRA DA SILVA PPP 2

REFERÊNCIAS

DIÁRIO OFICIAL DE ALAGOAS DE 14.02.2003. Resolução nº 51/2002 – CEE/AL. Maceió, 2003; MEC. Conselhos Escolares: democratização da escola e construção da cidadania. Secretaria de Educação Básica. Brasília, 2004;

MEC. Estatuto da Criança e do Adolescente. Assessoria de Comunicação Social. Brasília, 2004;

CARNEIRO, Moacir Alves LDB Fácil: Leitura crítico-compreensiva artigo a artigo. Editora Vozes 11ª edição, 1998;

MEC. Parâmetros Curriculares Nacionais. Secretaria de Educação Fundamental. Brasília, 1997;

VEIGA, Ilma Passos. Projeto Político pedagógico da Escola. 12ª edição, Editora Papirus. 1995;

VIEIRA, Sofia Lerche. Gestão da Escola- desafios a enfrentar. DP e A editora. Rio de Janeiro, 2002.

Page 66: ESCOLA MUNICIPAL JOSÉ BEZERRA DA SILVA PPP 2

Data e assinatura dos responsáveis

Assinatura do Participante Seguimento representado

Page 67: ESCOLA MUNICIPAL JOSÉ BEZERRA DA SILVA PPP 2

Delmiro Gouveia, 20 de setembro de 2008.

Anexos:

Projetos didáticos

Foto das amostra e desfiles e festividas

Rol de conteúdos

Calendário ETC...