ESCOLA ESTADUAL IPÊ – ENSINO FUNDAMENTAL · Caracterização da comunidade A escola Estadual...
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MARÇO/2010
SUMÁRIO
I – APRESENTAÇÃO
II – IDENTIFICAÇÃO
III - OBJETIVOS GERAIS
IV - MARCO SITUACIONAL
V - MARCO CONCEITUAL
VI – MARCO OPERACIONAL
VII – AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
VIII – PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR
IX – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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I – APRESENTAÇÃO
Com a construção deste projeto estaremos planejando o que temos a intenção
de fazer e realizar, lançamos-nos para diante, com base no que temos e buscaremos
o impossível. Desta forma, contribuir com toda a organização de uma escola
comprometida com toda a comunidade escolar com constantes discussões e
reflexões sobre diversos problemas da Escola, na expectativa de alternativas viáveis
e também propiciar a participação de todos os membros da comunidade, exercitando
assim a cidadania.7
Ressaltamos que o Projeto Político Pedagógico não visa apenas a organização
do trabalho pedagógico, mas a qualidade em todo o processo, descentralizando
ações em busca de sua verdadeira autonomia, que está intimamente ligada à
concepção emancipadora de educação. Essa autonomia é relevante para a criação
da identidade da escola, e envolve quatro dimensões básicas, relacionadas e
articuladas entre si: administrativa, jurídica, financeira e pedagógica. Dimensões
essas que implicam direitos e deveres e, principalmente, alto grau de compromisso e
responsabilidade de todos os segmentos da comunidade escolar (VEIGA,1998, p.16-
18).
O professor é um elemento fundamental no processo ensino aprendizagem,
pois exerce uma influência contínua e sistemática na vida escolar de seus alunos e
privilegia uma atitude positiva, construtiva, criativa e crítica . Exige que o professor
conheça e seja interessado em conhecer a realidade do aluno e suas redes de
relações. Caberá também ao docente proporcionar um clima de solidariedade e
participação, ou seja, olhar seus alunos de maneira que estes se sintam acolhidos,
entendidos e motivados levando em consideração suas necessidades e seus
interesses.
Com intuito de “educar para a vida” (LDB Art. 3º), é que a Escola Ipê pretende
ensinar, não se atendo apenas no intelecto, mas também enfatizando os aspectos
emocionais e morais relacionado-os com as experiências de vida, formando cidadãos.
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II – IDENTIFICAÇÃO
A Escola
A Escola Ipê -Ensino Fundamental e Médio está localizada à rua Ieda Solange
Ribeiro nº 800, no Jardim Alegria, no município de São José dos Pinhais, no Estado
do Paraná. Pertence ao Núcleo Regional da Educação da Área Metropolitana Sul,
tem como entidade mantenedora a Secretaria do Estado de Educação do Paraná.
A Instituição de Ensino tem o código 01686, o ato de autorização do
funcionamento número 31/1992 DOE 11/02/92, ato de reconhecimento número
51/2008 DOE 22/01/2008.
Este Estabelecimento está situado na região urbana do município de São José
dos Pinhais e distância do NRE-AM Sul aproximadamente 20 km.
Histórico
A Escola Estadual Ipê – Ensino Fundamental e Médio iniciou suas atividades
no ano de 1992, sob a autorização nº 312, teve seu reconhecimento em 07/01/2008.
Funcionava no prédio da Escola Municipal Irmã Maria Eufrásia Torres, à rua Pedro
Ribaski nº186 no Jardim Ipê, com ensino fundamental apenas, no período noturno. A
partir do ano 2000 houve a separação das Escolas, para atender a demanda foi
implantado os turnos da manhã, intermediário e tarde, com 5 salas de aulas,
secretaria, sala de direção, biblioteca e banheiros femininos e masculinos.
Em 2009 é implantado o Ensino Médio noturno, com 4 turmas de 1º ano.
Atualmente a Escola conta com um novo prédio, situado à rua Ieda Solange Ribeiro
nº 800 no Jardim Alegria, a Instituição conta com 24 salas de aulas e demais
dependências, com possibilidade de comportar um número de até 2000 alunos.
Caracterização do município
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O Município de São José dos Pinhais, situa-se aproximadamente 14,5 Km de
Curitiba, faz parte da Região Metropolitana, porém tem autonomia política e
econômica. Isto se deve a sua superfície que é de 952,86 Km2, com altitude média de
900m, tendo variações de altitude no Município limítrofes, Curitiba, Pinhais,
Piraquara, Tijucas do Sul, Morretes, Guaratuba e Fazenda Rio Grande, a população é
de aproximadamente de 206.663 habitantes. A área urbana fica a Noroeste, mais
próxima de Curitiba.
O crescimento demográfico está calculado em 5,9 anos. No ponto de
hidrográfico do Município, o maior rio em volume de água é o Rio Iguaçu que faz
divisa em toda sua extensão entre o Município de São José dos Pinhais e Curitiba. A
economia do Município gira em torno da agricultura, na produção Oleicultura,
Pecuária, destacando a criação de aves, gado leiteiro, suínos, ovinos, peixes,
equinos, etc.
Conta também com extrativismo vegetal: madeira, erva-mate, e carvão; e
extrativismo mineral: areia, pedra para construção civil, saibro e argila.
Há indústrias extrativas e de beneficiamento: olarias, erva-mate, papel,
laticínio, plástico, alimentos, óleos, têxteis, perfumes, cosméticos, eletrodomésticos,
cerâmicas, equipamentos rodoviários e agrícolas, metalúrgica, bebidas e outros. Além
das indústrias, conta com um vasto comércio e unidades de prestação de serviços.
Destaca-se em nosso Município o Aeroporto Internacional Afonso Pena, que
atende a capital e região metropolitana, estabelecendo ligações entre outros
municípios, estados e países. Um setor que está em grande expansão é o
automobilístico, fazendo parte deste as empresas Audi, Renault e outros congêneres.
A fundação e evolução de São José dos Pinhais tem raízes longínquas com o
descobrimento do Brasil, através de expedições por volta de 1600, com a construção
da primeira Capela de Bom Jesus dos Perdões, em 1960. Em 1785, a povoação
elevada para freguesia, em 1831 criou-se a primeira escola primária.
Em 1852, com a Lei Provincial nº 10 de 1606 a freguesia foi elevada a
condição de vila e município, sendo o mesmo instalado em 8 de janeiro de 1853. Em
5 de abril de 1877, foi criada a comarca de São José dos Pinhais. Em 27 de
dezembro de 1897 a vila foi elevada à categoria de cidade.
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Caracterização da comunidade
A escola Estadual Ipê atende alunos da faixa etária de 11 a 20 anos em média,
sendo estes moradores do Jardim Ipê, Jardim Ipê II, Jardim Alegria e Jardim Araguari.
A renda familiar varia de um a quatro salários mínimos, caracterizando assim uma
comunidade com baixo nível sócio-econômico. A religião predominante é a
evangélica.
As atividades econômicas estão embasadas nas profissões braçais, tais como:
pedreiros, carpinteiros, pintores, eletricistas, auxiliares de produção, alguns se
dedicam a pequenos comércios ou como vendedores autônomos. Um percentual
significativo de mães exerce atividades remuneradas como: diaristas, domésticas,
serviços gerais, balconistas e cozinheiras.
Há aproximadamente 20 anos a região era de “invasão”, com a regularização
dos lotes, os moradores passaram a ser proprietários deste, com isso quase na
totalidade das casas são próprias e de alvenaria ou mistas.
A escolarização da grande maioria dos pais situa-se entre a 1ª à 4ª série do
ensino fundamental, com pequeno número de pais analfabetos.
Muitos alunos vivem sob responsabilidade dos pais, destes considerável
parcela tem apenas a tutela do pai, da mãe ou dos avós. Apesar das grandes
dificuldades apresentadas na comunidade os pais estão satisfeitos com os serviços
oferecidos pela Escola, apenas se preocupam com a questão de segurança de seus
filhos, pois o bairro apresenta alto índice de violência.
Trata-se de uma comunidade que tem a escola como única
alternativa que possa oferecer alguma perspectiva para reverter esse processo e
quebrar o ciclo de dificuldades que procede várias gerações.
Equipamentos pedagógicos
6 Tvs pendrive 4 DVDs com karaokê 4 mini system
2 tvs 2 mimeógrafos 6 instrumentos musicais
1 caixa acústica 1 microscópio 1 protótipo corpo humano
6
4 computadores 2 impressoras 1 máquina de plastificar
1 protótipo esqueleto humano
3 globos (múndi, hidro, pol.)
1 antena parabólica
2 retroprojetores 1 projetor slides 1 microscópio
Relação do Corpo Docente, Técnico Administrativo e Pedagógico
Nome Função Formação
Abelino Pereira de Souza Professor Licenciatura Plena
Adriana de Souza Coelho Professora Licenciatura Plena
Amanda G. Edmundo Professora Licenciatura Plena
Ana ferreira Professora Licenciatura Plena
Ana Mery S. de Oliveira Professora Licenciatura Plena
Anderson S. Dembichi Professor Licenciatura Plena
Claudia M. Amadio Professora Licenciatura Plena
Claudineia Mª S. Calixto Professora Licenciatura Plena
Damares R. Tuponi Professora Licenciatura Plena
Denis dos S. Machado Professor Licenciatura Plena
Divair J. T. Soares Araujo Professora Licenciatura Plena
Edméa do R. O. Freitag Professora Licenciatura Plena
Eliane P. Dos Santos Professora Licenciatura Plena
Eliete Souza Freire Professora Licenciatua Plena
Emanuel Menim Professor Não Licenciado
Fábio Glauber da Silveira Professor Licenciatura Plena
Fellipe Roberto Dias Professor Licenciatura Plena
Gabriel Schleder Negrão Jr Professor Licenciatura Plena
Helen Regina Costa Professora Licenciatura Plena
Ivonete Linhares Professora Não Licenciada
Joelma Ap. Oliveira Professora Licenciatura Plena
Josefa de Lima Professora Licenciatura Plena
Kelen Ribeiro Coutinho Professora Licenciatura Plena
Kelly P. de Almeira Kotkoski Professora Licenciatura Plena
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Luceli Ap. De Paula Professora Licenciatura Plena
Lúcia dos Santos Magalhães Professora Licenciatura Plena
Luiz G. G. Nascimento Filho Professor Licenciatura Plena
Mara Lúcia Anunciação Silva Professora Não Licenciada
Mariane A. da Rocha Professora Não Licenciada
Marilene da Cruz Oliveira Professora Licenciatura Plena
Mariza do R.F. S. Davanço Professora Licenciatura Plena
Marli Sobriel Batista Professora Licenciatura Plena
Michelle C. Ricetti Mendes Professora Licenciatura Plena
Mônica da Silveira N. Rocha Professora Licenciatura Plena
Monica Stroparo Professora Licenciatura Plena
Najara Ap. Dalla Barba Professora Licenciatura Plena
Neiva Constante Professora Licenciatura Plena
Patricia Dorneles Dantas Professora Licenciatura Plena
Paulo Gomes da Silva Peofessor Licenciatura Plena
Petter Pablo Hubner Professor Licenciatura Plena
Raphaela D. De Macedo Professora Licenciatura Plena
Rejane Alves Schaner Professora Licenciatura Plena
Rosana Ribeiro Coutinho Professora Licenciatura Plena
Roseli Ap. Vieira Professora Licenciatura Plena
Sergio Rodrigues de Souza Professor Licenciatura Plena
Silvestre Costa Professor Licenciatura Plena
Silvestre Demko Professor Licenciatura Plena
Simone Bogusch Professora Licenciatura Plena
Sônia Mara Fernandes Professora Licenciatura Plena
Susana Furukawa Professora Licenciatura Plena
Tatielli Farias Lino Professora Licenciatura Plena
Thiago Luiz Filipe Professor Licenciatura Plena
Willian da Veiga Professor Licenciatura Plena
Alessandra Borges da Silva Pedagoga Licenciatura Plena
Ângela Izabel Giraldele Pedagoga Licenciatura Plena
Aparecida Soares de Souza Técnico Administrativo Ensino Superior Inc.
Doroti Morais de Medeiros Aux. Serviços Gerais Ensino Médio
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Eliana Soares Pedagoga Licenciatura Plena
Elio Moreira Santos Técnico Administrativo Ensino Superior
Eva Pereira Aux. Serviços Gerais Ensino Médio
Fernanda B. S. Pelizzoni Técnico Administrativo Ensino Superior Inc.
Izabel José da Costa Aux.Serviços Gerais Ensino Médio
Kellyn América Baldan Secretária Licenciatura Plena
Laudiceia Costa de Souza Aux. Serviços Gerais Fundamental
Maria Manoela F. S. Santos Aux. Serviços Gerais Ensino Médio
Marília Straube M. Saldanha Pedagoga Licenciatura Plena
Mônica S. N. Da Rocha Diretora Auxiliar Licenciatura Plena
Murilo Cesar Erhig Diretor Auxiliar Licenciatura Plena
Regina da Costa Santos Diretora Licenciatura Plena
Rosangela de S. Fernandes Aux. Serviços Gerais Fundamental
Vanessa da Silva de Oliveira Técnico Administrativo Superior Incompleto
Espaço físico
Secretaria, Sala de Professores, Sala de Direção, Sala de Coordenação
Pedagógica, Sala de Pedagogo, 2 Banheiros Administrativo, Depósito, Sala Multiuso,
Biblioteca, Laboratório de Química/Física, Depósito do Laboratório de Química/Física,
Laboratório de Informática, Depósito do Laboratório de Informática, 24 Salas de Aula,
10 Banheiros de Alunos, Depósito de Merenda, Cozinha, Refeitório, Quadra Coberta.
Matriz Curricular
NRE: 03 – AREA METROP. SUL MUNICÍPIO: 2570 São José dos Pinhais
ESTABELECIMENTO: 01687 ESCOLA ESTADULA IPÊ
ENT MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
CURSO: 4000 – ENSINO FUNDAMENTAL TURNO: MANHÃ
ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2010 MÓDULO: 40 SEMANAS
FORMA: SIMULTÂNEA
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BASE
NACIONAL
COMUM
AREAS DISCIPLINA / SÉRIE 5
ARTE 2
CIÊNCIAS 3
EDUCAÇÃO FISICA 3
ENSINO RELIGIOSO 1
GEOGRAFIA 3
HISTÓRIA 3
LÍNGUA PORTUGUESA 4
MATEMÁTICA 4
SUB-TOTAL 23
P
DL.E.M - INGLÊS
2
SUB-TOTAL 2
TOTAL GERAL 25
NRE: 03 – AREA METROPOLITANA SUL Município: 2570 – São
José dos Pinhais
Estabelecimento: 01687 – ESCOLA ESTADUAL IPÊ
Entidade Mantenedora: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
Curso: 0009 – Ensino Médio Turno: Noite
Ano de Implantação: 2009 Módulo: 40 horas Semanais
Forma: Simultânea
ÁREAS DISCIPLINA / SÉRIE 1 2 3
10
BASE
NACIONAL
COMUM
ARTE 2 2 2
BIOLOGIA 2 2 2
EDUCAÇÃO FÍSICA 2 2 2
FILOSOFIA 2 2 2
FÍSICA 2 2 2
GEOGRAFIA 2 2 2
HISTÓRIA 2 2 2
LÍNGUA PORTUGUESA 4 3 3
MATEMÁTICA 3 2 2
QUÍMICA 2 2 2
SOCIOLOGIA 2 2 2
SUB – TOTAL 23 23 23
PD
L.E.M. - INGLÊS 2 2 2
SUB – TOTAL 2 2 2
TOTAL GERAL 25 25 25
Nota: Matriz Curricular de acordo com a LDB nº 9394/96
Caracterização do Atendimento
Município: SÃO JOSÉ DOS PINHAIS
Estabelecimento de Ensino: COL. EST. IPÊ – ENS. FUND. E MÉDIO
Ensino Atual – 2009 Sugestão para 2010 Salas de
ApoioContra Turno5ª S.
Fund. Salas Manhã Interm. Tarde Noite Salas
Manhã Tarde Noite
5ª 6 - 6 - - 24 2 8 -
6ª 6 2 - 3 - 24 2 4 -
7ª 6 2 - 2 1 24 3 3 - 4
11
8ª 6 2 - 1 1 24 2 2 1 Salas PDE
Escola +Educ
.Ensino
Médio Salas Manhã Interm. Tarde Noite Salas
Manhã Tarde Noite 2
1ª 6 - - - 4 24 4 - 6 Sala de
Artes2ª - - - - - 24 2 - 4
3ª - - - - - 24 - - - 1
III – OBJETIVOS GERAIS
O presente Projeto visa a qualidade do Ensino para o sucesso na tarefa de
formar cidadãos capazes de participar da vida sócio-econômica, política e cultural do
país. Sendo assim, estimular para a formação inicial e continuada de todos os
profissionais da escola.
Buscar a gestão democrática, a qual contemplará a participação dos
representantes dos segmentos da escola nas decisões, ações administrativo-
pedagógicas que serão desenvolvidas.
O Projeto Político Pedagógico é uma construção coletiva, segundo PARO
“...se falarmos em Gestão Democrática na Escola parece-me já estar
necessariamente implícita a participação da população em tal processo”. (2000, p.15)
De acordo com a LDB. Art. 3º, o Ensino deverá ser voltado a “Educar para a
vida”, despertando no aluno para uma educação de respeito mútuo, de criatividade,
de visão, que ele seja capaz de relacionar os conhecimentos adquiridos através de
sua experiência de vida, com os aprendidos na escola. Estas são as metas a serem
alcançadas neste projeto, através de reformulação das Diretrizes do Ensino.
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IV – MARCO SITUACIONAL
Contradições e Conflitos presentes na prática Docente
Grande tempo do trabalho escolar é destinado ao atendimento de adolescentes
que ou estudam em outros turnos e até em outras Escolas e que fazem desta o ponto
de encontro e local de diversão que não encontram na comunidade. Isto desgasta os
profissionais da educação, pois prejudicam o bom andamento das atividades
realizadas, dispersando a atenção dos alunos, quebrando toda a motivação para os
estudos.
É um atendimento que requer urgência, pois precisamos garantir a segurança
dos alunos deste turno, proteger o patrimônio público bem como, preservar a imagem
da Escola na comunidade.
A maior dificuldade encontrada pela Equipe Pedagógica é o próprio corpo
docente cuja mobilidade causa entraves, não só para a continuidade da ação
desenvolvida quanto para o bom desempenho da proposta curricular.
Sentimos que muitas vezes os alunos não contam com o apoio dos pais no
incentivo necessário aos estudos. A situação sócia econômica dos pais contribui para
a ausência deles na vida estudantil dos filhos, e também por que os mesmos carecem
dos conhecimentos básicos.
Quanto à evasão escolar que é o alvo de todo o nosso trabalho, todos os
esforços são realizados no sentido de diminuir estas estatísticas, cuja causa não
conseguimos eliminar apenas com o trabalho pedagógico, pois se trata da
insegurança nas imediações pelo elevado índice de violência da comunidade que
foram apontados como fatores preponderantes numa pesquisa realizada por órgão
autorizado por nossa mantenedora.
Embora sintamos necessidade premente de estudos por parte de toda
comunidade escolar para o enfrentamento destes problemas, o processo é dificultado
pela situação de cada profissional que ministra aula nesta Escola. São poucos os
professores efetivos, outros que vêm completar o quadro acabam ficando com
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poucas aulas e assumindo também em outras escolas e não dispõe de horário para
as reuniões.
Também já se apresentam para o trabalho após a realização da semana inicial
de estudos. O próprio momento da capacitação é prejudicado pela urgência da última
hora, sem tempo hábil para melhor preparação das atividades e sem os recursos para
um bom desempenho. Carecemos de um profissional preparado para assumir esta
capacitação.
O trabalho escolar é desenvolvido sem muito entusiasmo, pois todos os
esforços empreendidos sempre trazem pouco retorno como resultado, sendo
necessária uma atuação mais energética para que as coisas aconteçam. A
participação da comunidade escolar, no caso dos pais, se resume ao
comparecimento em algumas reuniões de entrega de avaliação, ainda em número
bastante reduzido, necessitando um trabalho intensivo para atrair e envolver os
mesmos na vida estudantil dos filhos. Iniciamos um processo de conscientização das
responsabilidades inerentes a cada parte para que possamos alcançar de fato alguns
de nossos objetivos.
Considerando tratar-se de um trabalho delicado que envolve sutilezas que
tememos afrontar, daremos passos pequenos em direção a mudança que precisamos
realizar.
Todos os funcionários trabalham de forma cooperativa, ou seja, mesmo cada
um com sua função específica, quando surge algum problema, todos se envolvem
para resolver.
Funcionamento da escola
Manhã: 5as ,6as, 7as ,8as Séries e 1º ano do Ensino médio, tem início às 7h30 e término
às 11h55h.
Tarde: 5as, 6as, 7ase 8as– São alunos na faixa etária de 10 a 15 anos. Tem início às
12h45 e término às 17h10.
Noite: 8as Séries do Ensino Fundamental, 1º e 2º anos do Ensino Médio. Tem início
às 18h45h até 23h os alunos, deste período estão na faixa etária 14 à 21 anos.
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Vivemos um modelo de sociedade em transição, cada vez mais conturbada,
onde a competição se faz presente todo momento. Diante desta realidade, a
preocupação enquanto escola é encontrar respostas para tais questões: Que
cidadãos queremos formar? A escola está atendendo as necessidades desta
sociedade?
Precisamos refletir sobre estas questões, rever o ato pedagógico, tentar
acompanhar as exigências da sociedade, desta forma oferecer uma educação
eficiente e efetiva.
A avaliação tem sido uma ação individual na prática escolar. O professor
elabora seus instrumentos e decide. Não se trata de um ato coletivo, realizado por
uma equipe, sendo assim, se estabelece uma ligação equivocada entre nota e
avaliação, reduzindo esta ao seu aspecto mais técnico, que é como muitos entendem
a avaliação.
Na comunidade escolar podemos detectar vários problemas, os quais têm
refletido na escola: a desestruturação da família, crianças criadas pelos avós
(abandonadas pelos pais), falta de autoridade dos pais, baixa auto-estima familiar, e
outros.
Durante a hora-atividade os professores organizam os planos supracitados,
além de executarem a correção de diversas atividades do dia-a-dia e preparo de
aulas.
Fica latente a necessidade de otimizar mais ainda as relações que envolvem
alunos, outros elementos da comunidade e educadores, porem as ações até aqui
realizadas buscam valer o verdadeiro intuito de uma escola publica: formar cidadãos
e prestar-se à qualidade social.
V – MARCO CONCEITUAL
Filosofia
A Escola deverá preocupar-se com o indivíduo na sua totalidade, tornando-se
consciente de seu papel transformador na sociedade e no mundo, visto que este tem
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seu horizonte de possibilidades de aquisições de bens materiais e profissionais
limitado pelo modo como se articula a sociedade “...portanto, de construir uma escola
publica universal- igual para todos, unificada- mas que respeite as diferenças locais
regionais, enfim, a multiculturalidade...”(GADOTTI, 1995, p.55).
Caberá a instituição conferir a autonomia na medida em que propõe a
descentralização e desburocratização de ações no interior da mesma, garantindo
espaços de atuação coletiva para que a democratização se efetive. Em razão disso, a
escola e a todos os profissionais compete buscar meios para fortalecer e tornar eficaz
essa representatividade, conquanto assumir essa responsabilidade educativo-social
constitui-se numa forma de revitalizar o seu sentido, ou seja, o compromisso com o
conhecimento e com a aprendizagem.
O aluno é concreto, filho de classe trabalhadora que contribui para a produção
de bens materiais, dos quais é apropriado em favor de classe dominante. A sua
origem e seu conteúdo deverão servir de base para que a escola parta do saber
fragmentado para o saber sistematizado. Pretende-se instrumentalizar o aluno
transmitindo conhecimento elaborado, tornando-o capaz de analisar, interpretar e
interferir na realidade cotidiana, construindo sua cidadania. O ensino pretende tornar
evidente ao aluno as contradições existentes na sociedade oferecendo-lhe um ensino
de qualidade, baseado nos interesses da classe trabalhadora.
O papel da escola, portanto, deverá ser a formação do homem crítico,
participativo, capaz de perceber a realidade de ser elemento de mudança de
transformações dessa realidade, para que possa tornar a sociedade mais justa.
Princípios Legais
Nosso educando precisa de uma formação humana que desenvolva suas
múltiplas dimensões como ser humano, com necessidades materiais, culturais,
afetivas e lúdicas. Para haver transformação social preocupada com o bem comum,
além da ciência, a educação deverá estar baseada nos princípios éticos de
responsabilidade, solidariedade e respeito.
A LDB 9394/96 em seu Art. 22 remete-se ao desenvolvimento do educando na
busca de lhe assegurar a formação comum indispensável ao exercício da cidadania.
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E no Art. 32, considera a formação básica do cidadão mediante o domínio da leitura,
da escrita e do cálculo, a compreensão do ambiente natural e social, do sistema
político, da tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade,
desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, do fortalecimento dos vínculos de
família, dos laços de solidariedade humana e de tolerância, situados no horizonte da
igualdade (D.C.N).
As Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental, ressaltam a
valorização da experiência extraescolar dos alunos e a vinculação como sendo o fim
maior da educação.
A socialização do saber existente pressupõe analisar o dinamismo da produção
e elaboração do conhecimento, e que depende, de algum modo, do domínio desse
saber para que os agentes sociais se percebam como agentes históricos, elevando o
grau de compreensão da realidade, para poder pensar em formas práticas de
transformação.
Preocupada com a evasão, reprovação e exclusão, a Escola deve visar a
garantia de acesso aos alunos em idade escolar e para aqueles que não tiveram
acesso ao Ensino Fundamental em idade própria. (D.C.E.)
De acordo com a Constituição Federal – Art. 205, a educação é direito de todos
e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da
sociedade, visando o pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício
da cidadania e sua qualificação para o trabalho.
O ensino da cultura Afro-brasileira envolverá articulações entre passado,
presente e futuro, no âmbito de experiências, construções e pensamentos produzidos
em diferentes circunstâncias e realidades do povo negro (Lei 10.639/2003). É um
meio privilegiado para a educação das relações étnico-raciais e tem por objetivos o
reconhecimento e valorização da identidade, história e cultura dos afro-brasileiros,
garantia de seus direitos de cidadãos.
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Concepções
Mundo
O mundo é o local onde ocorrem as interações homem-homem, homem-meio
social e homem-meio ambiente, caracterizadas pelas diversas culturas e pelo
conhecimento. Devido à rapidez do processo de assimilação das informações e pela
globalização torna-se necessário proporcionar ao homem o alcance dos objetivos
materiais, políticos, culturais e espirituais para que sejam superadas as injustiças,
diferenças, distinções e divisões na tentativa de se formar o ser humano que se
imagina. Isto será possível se a escola for um espaço que contribua para a efetiva
mudança social.
Sociedade
Somos uma sociedade capitalista, competitiva baseada nas ações e
resultados, por isso precisamos construir uma sociedade libertadora, crítica, reflexiva,
igualitária, democrática e integradora, fruto das relações entre as pessoas,
caracterizadas pela interação de diversas culturas em que cada cidadão constrói a
sua existência e a do coletivo.
Homem
O homem, na atualidade, é um ser competitivo e individualista, resultado das
relações impostas pelo modelo de sociedade em vigor. No entanto, a luta deve ser
por um homem social, voltado para o seu bem próprio, mas, acima de tudo, para o
bem estar do grupo do qual faz parte. O homem, que modifica a si mesmo pela
apropriação dos conhecimentos, modifica também a sociedade por meio do
movimento dialético “do social para o individual para o social”. Destarte, torna-se
sujeito da história.
Educação
A educação deve contemplar um processo de ensino e aprendizagem que
ultrapasse a mera reprodução de saberes “cristalizado” e desemboque em um
processo de produção e de apropriação de conhecimento.
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Conhecimento
O conhecimento pode ainda ser aprendido como um processo ou como um
produto. Quando nos referimos a uma acumulação de teorias, ideias e conceitos, o
conhecimento surge como um produto resultante dessas aprendizagens, mas como
todo produto é indissociável de um processo, podemos então olhar o conhecimento
como uma atividade intelectual através da qual é feita a apreensão de algo exterior à
pessoa.
Aprendizagem
O processo de aprendizagem pode ser definido de forma sintética como o
modo como os seres adquirem novos conhecimentos, desenvolvem competências e
mudam o comportamento. Contudo, a complexidade desse processo dificilmente
pode ser explicada apenas através de recortes do todo. Por outro lado, qualquer
definição está, invariavelmente, impregnada de pressupostos políticos-ideológicos,
relacionados com a visão de homem, sociedade e saber.
Escola
Local de tomada de decisões, pautadas em princípios, não apenas
acadêmicos, mas também políticos e culturais, com base nos sujeitos que dela
participam, com estudo, debate e crítica sempre levando em conta a sociedade em
que vivemos, o mundo globalizado, as culturas, as desigualdades e as diferenças
culturais, etc. A escola é uma instituição que temos procurado, com muito esforço,
construir, e que precisamos preservar, atualizar e aperfeiçoar, ainda que não mude o
mundo, a escola pode ajudar o estudante a melhor entender como o mundo opera.
Avaliação
A avaliação merece um destaque a parte, pois diz respeito a um processo mais
amplo e abrangente que abarca todas as ações desenvolvidas na ação pedagógica,
assim como todos os sujeitos nele envolvidos. Portanto, deve estar claro para aquele
que avalia que ele também é parte integrante do processo avaliativo um vez que foi o
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responsável pela mediação no processo de ensino-aprendizagem. Logo, quando se
lança o olhar para avaliar alguém ou alguma ação no âmbito da instituição escolar,
lança-se também o olhar sobre si próprio.
Ao avaliar deve-se ter em mente o processo como um todo, bem como aquele
a quem se está avaliando. Compreendemos que a avaliação deve permear todas as
atividades da sala, principalmente na relação professor com o aluno e no tratamento
dos conhecimentos trabalhados neste espaço.
Portanto, a intervenção do professor ajuda a construir as mediações
necessárias para a construção do conhecimento.
Gestão Democrática
Em consonância com a LDB nº 9394/96 Art. 14: os sistemas de Ensino
definirão normas da gestão democrática do Ensino Público na educação básica de
acordo com suas peculiaridades, para isso faze necessária a participação dos
profissionais da educação na elaboração do Projeto Pedagógico da escola e
participação das comunidades em conselhos escolares ou equivalentes.
A democratização da escola pública é o que confere a autonomia na medida
em que propõe a descentralização e desburocratização de ações no interior da
mesma. É preciso garantir espaços de atuação coletiva, para que esse processo de
democratização se efetive. Os mecanismos de gestão, conselho de escola, APMF e
outros, devem estar continuamente envolvidos na organização e decisões que diz
respeito à escola.
A gestão escolar deve defender os princípios democráticos, incentivar a
participação, a autonomia e a liberdade, possibilitando assim a formação de cidadãos
conscientes e atuantes na sociedade. Uma gestão colegiada se faz com a
participação efetiva de todos os segmentos da escola, para que se tenha claro a
concepção a ser trabalhada, e que se execute e avalie de acordo com a proposta
pedagógica na escola. Cabe a todos os profissionais envolvidos, buscar meios para
fortalecer e tornar eficaz essa representatividade, e o compromisso com o
conhecimento e com a aprendizagem de todos os alunos.
20
A autonomia da escola é, pois, um exercício de democratização de um espaço
público: é delegar ao diretor e aos demais agentes pedagógicos a possibilidade de
dar respostas ao cidadão (aluno e responsável) a quem servem. A autonomia coloca
na escola a responsabilidade de prestar contas do que faz ou deixa de fazer, sem
repassar para outro setor essa tarefa e, ao aproximar escola e família, é capaz de
permitir uma participação realmente efetiva da comunidade, o que caracteriza como
uma categoria eminentemente democrática.
Nessa perspectiva, a autonomia apresenta-se como um norte a ser perseguido,
no sentido de construir uma escola que esteja centrada numa postura democrática.
Assim sendo, a figura de gestores que descentralizam as ações no âmbito escolar,
constitui o elemento que fará a diferença na construção de um ensino competente e
inovador.
Nesse processo, a escola atua como um espaço de construção coletiva no qual
o poder de decisão é compartilhado, objetivando difundir no contexto escolar a nova
postura pertinente a um ensino de qualidade que dará, por conseguinte, as
ferramentas necessárias ao educando para atuar em pé de igualdade no mercado
competitivo que temos na atualidade, pois, Gestão Democrática só se faz com
interação e ação coletiva.
Assim sendo, entende-se que a escola que tem como parâmetro melhorar a
qualidade do ensino fará dessa parceria e co-responsabilidade o seu diferencial, para
tanto, é essencial que se crie um espaço no qual o coletivo possa opinar, elencar
prioridades e deliberar ações no sentido de contribuir eficazmente para o sucesso do
ensino ministrado. Nesse contexto, acredita-se que esses fatores serão, certamente,
os elementos facilitadores na construção de uma escola que se intitula democrática e
cidadã.
Currículo
O currículo extrapola o “fazer” pedagógico abrangendo elementos como grade
curricular, disciplinas, conteúdos e conhecimento. É necessário resgatar os saberes
que o aluno traz de seu cotidiano. Elencado o objeto do conhecimento, este não deve
ser trabalhado de forma superficial e desvinculada da realidade. Está enraizada, em
21
nossa ação pedagógica diária, uma metodologia tradicional que entende o
conhecimento como um produto pronto para apenas ser repassado, considerando
somente a interação unilateral entre professor e aluno. Todavia, é preciso que o
objeto do conhecimento seja tratado por meio de um processo que considere a
interação/mediação entre educador – educando como uma via de “mão dupla” em
que as relações de ensino-aprendizagem ocorram dialeticamente.
Construir o currículo exige uma compreensão de totalidade e profundidade
sobre a função social da escola, revendo sua forma de organização e de gestão.
Os professores têm o compromisso com a universalização dos bens materiais
e simbólicos, o que exige a ampliação do seu campo de atuação para além dos
conteúdos. Nessa perspectiva, será necessário desenvolver a observação e a
reflexão acerca da realidade e, consequentemente, trazer para o espaço da sala de
aula as demandas sociais para serem discutidas a partir de conhecimentos
específicos, com vistas a propiciar aos alunos chaves conceituais que permitam uma
compreensão crítica da realidade, assim como, permita-lhes buscar alternativas para
superarem a idéia de que o modelo neoliberal, que amplia a exclusão de boa parte da
sociedade de uma condição básica da existência.
É preciso trabalhar, em cada área do conhecimento, com conteúdos
engajados, que expliquem o mundo físico e social, que recuperem a memória
histórica para construção de um projeto de futuro, que problematizem o presente e,
com posicionamento teórico e político, recoloquem a escola lado a lado das lutas
sociais. Frente a esse desafio, é necessário cada professor se torne pesquisador do
conteúdo que ensina e da prática que desenvolve, centrando seu trabalho de ensino
na pesquisa, deste modo aperfeiçoando seu desempenho profissional. Ao assumir
essa postura diante dos conhecimentos e da realidade, o professor terá também
melhores condições de subsidiar os alunos com saberes que lhes permitam realizar
uma leitura crítica do mundo, bem como terá a certeza de que é, essencial investir
esforços na utilização mais efetiva da pesquisa em sala de aula, de diferentes
linguagens e procedimentos metodológicos, para que os alunos, durante o seu
processo de escolarização, compreendam que o presente não é dado, mas
historicamente construído e, possível de mudanças.
22
No âmbito escolar, frente as desigualdades sociais, é necessário viabilizar a
articulação entre as propostas educacionais e a realidade social, de forma a atender
à diversidade dos alunos, com vistas a inclusão de todos no processo de ensino e de
aprendizagem.
Organização Curricular
As disciplinas da Base Nacional Comum e Língua Estrangeira apresentam uma
organização que privilegia o tratamento disciplinar dos conteúdos, organizados a
partir de “conteúdos estruturantes” que são saberes, conhecimentos de grande
amplitude, conceitos ou práticas que identificam e organizam os diferentes campos de
estudo das disciplinas escolares. Os conteúdos estruturantes são fundamentais para
a compreensão do objeto de estudo e ou de suas áreas, selecionados a partir de uma
análise histórica da ciência de referência e ou disciplina escolar.
Com o processo de redemocratização do Brasil, particularmente do ensino, a
escola tem sido desafiada a considerar no currículo as questões sociais (drogas,
violência, doenças sexualmente transmissíveis, meio-ambiente, etc), caberá
diagnosticar quais são as questões mais próximas de sua realidade, bem como
analisar em medida estão sendo problematizadas e podem ser tratadas nas
diferentes disciplinas de tradição curricular. Essas temáticas deverão ser abordadas
na escola, em articulação aos conteúdos disciplinares, contribuindo assim para que
os alunos possam entendê-las em sua complexidade.
De acordo com as normas estabelecidas pela SEED, ficou estabelecido que: a
carga mínima de duas e de no máximo quatro aulas semanais por série e disciplina
da Base Nacional Comum; a obrigatoriedade da oferta de todas as disciplinas da
Base Nacional Comum em todos os anos finais do Ensino Fundamental; da oferta
obrigatória do Ensino Religioso na 5ª e 6ª séries e em todas as escolas em caráter
facultativo para os alunos; apenas a disciplina de Língua Estrangeira será ofertada na
Parte Diversificada, sendo o idioma de escolha da escola, observando-se a
disponibilidade do professor e as características da comunidade atendida.
Na busca de um maior equilíbrio na distribuição da carga horária entre os
diferentes componentes curriculares e uma maior aproximação entre as matrizes
23
curriculares das escolas que ofertam a educação fundamental, promoveu-se esta
reorganização das matrizes curriculares de todas as escolas públicas estaduais.
Tempo Escolar
O tempo é um elemento constitutivo da organização do trabalho pedagógico. O
calendário escolar ordena o tempo: determina o início e o fim do ano, prevendo os
dias letivos, as férias, os períodos escolares em que o ano se divide, os feriados
cívicos e religiosos, as datas reservadas à avaliação, os períodos para reuniões
técnicas, cursos, etc. (anexo 1).
O horário escolar, fixa o número de horas por semana e que varia em razão
das disciplinas constantes na grade curricular, estipula também o número de aulas
por professor. Visando a qualidade do trabalho pedagógico, cabe a escola reformular
seu tempo, estabelecendo períodos de estudo e reflexão de equipes de educadores,
fortalecendo a escola como instância de educação continuada.
Também é preciso tempo para acompanhar e avaliar o Projeto Político
Pedagógico em ação.
A escola é seriada, realizando os planejamentos e avaliações trimestralmente,
onde podemos analisar os rendimentos obtidos neste período. As recuperações
acontecem paralelas a cada avaliação realizada.
Educação Inclusiva
De acordo com a LDB 9394/96 a sua regulamentação pelas Diretrizes
Nacionais da Educação Especial (Res. nº 02/01), a Educação Especial é conceituada
e praticada, na atualidade, como uma modalidade educacional, cuja finalidade é
oferecer recursos e serviços educacionais especializados aos alunos que apresentam
necessidades educacionais, em todo fluxo educacional.
As necessidades especiais, não se referem as limitações apresentadas pelas
pessoas, mas às exigências de ampla acessibilidade que oportunize as condições
necessárias à independência e autonomia dos sujeitos. Evidencia-se a
responsabilidade social de prever e prover meios de satisfazer essas necessidades,
ao invés, de destacar o sujeito que a apresenta. São considerados alunos com
24
aprendizagem ou limitações no processo de desenvolvimento (D.M.), dificuldades de
comunicação e sinalização; super dotação ou altas habilidades.
Para oferecer respostas educativas às necessidades especiais dos alunos, a
escola fará adaptações curriculares, ou seja, de estratégia de planejamento e de
atuação docente, fundamentado em critérios para guiar a tomada de decisões com
respeito ao que é, ao que o aluno deve aprender, como e quando e qual é a melhor
forma de organizar o Ensino para que todos saiam beneficiados. A flexibilização
curricular pode configurar poucas ou variadas modificações no fazer pedagógico,
visando remover as barreiras que impedem a aprendizagem e a participação dos
alunos que apresentam dificuldades em seu processo de escolarização.
O conhecimento sistematizado pela educação escolar deve oportunizar aos
alunos idênticas possibilidades e direitos, ainda que apresentem diferenças sociais,
culturais e pessoais, efetivando-se a igualdade de oportunidades, principalmente, em
condições semelhantes aos demais. Todas as ações pedagógicas que tenham a
intenção de flexibilizar o currículo para oferecer respostas educativas às
necessidades especiais dos alunos, no contexto escolar, são denominadas
“adaptações curriculares”.
As dificuldades de aprendizagem dos alunos que apresentam deficiências, ou
outros transtornos manifestam-se como um contínuo, incluindo desde situações
graves e transitórias que podem ser passíveis de intervenções pedagógicas por meio
do desenvolvimento das estratégias metodológicas utilizadas, cotidianamente, até
situações mais graves e permanentes que sugerem a utilização de recursos e
serviços especializados para sua recuperação.
O atendimento desse contínuo de dificuldades requer respostas educacionais
adequadas, envolvendo a flexibilização curricular que pode configurar poucas ou
variadas modificações no fazer pedagógico, visando remover as barreiras que
impedem a aprendizagem e a participação dos alunos que apresentam dificuldades
em seu processo de escolarização.
As decisões sobre as adequações a serem realizadas nos componentes
curriculares (objetivos, conteúdos, critérios de avaliação) devem estar baseadas nos
25
interesses e possibilidades do aluno concreto que se encontra em sala de aula, ou
seja, deve haver o equilíbrio harmônico entre o que é comum e o que é individual.
Mesmo os alunos atendidos em instituições especializadas, não constituem um
grupo homogêneo, deverão ser respeitadas, por meio de execução de propostas
diversificadas, desenvolvendo um plano individual de ensino. O aluno que apresenta
necessidades educacionais especiais pode apresentar respostas surpreendentes
frente à aprendizagem. A avaliação destes alunos deve ser voltada ao individual,
partir dos interesses e possibilidades do aluno concreto.
Cultura Afro-brasileira
Este Parecer visa a atender os propósitos expressos na Indicação CNE/CP
06/2002, bem como regulamentar a alteração trazida à Lei 9394/96 de Diretrizes e
Bases da Educação Nacional, pela Lei 10639/2003 que estabelece a obrigatoriedade
do ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana na Educação Básica.
Desta forma, busca cumprir o estabelecido na Constituição Federal nos seus Art. 5º,
I, Art. 210, Art. 206, I, § 1° do Art. 242, Art. 215 e Art. 216, bem como nos Art. 26, 26
A e 79 B na Lei 9.394/96 de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, que
asseguram o direito à igualdade de condições de vida e de cidadania, assim como
garantem igual direito às histórias e culturas que compõem a nação brasileira, além
do direito de acesso às diferentes fontes da cultura nacional a todos brasileiros.
O sucesso das políticas públicas de Estado, institucionais e pedagógicas,
visando as reparações, reconhecimento e valorização da identidade, da cultura e da
história dos negros brasileiros depende necessariamente de condições físicas,
materiais, intelectuais e afetivas favoráveis para o ensino e para aprendizagens; em
outras palavras, todos os alunos negros e não negros, bem como seus professores,
precisam sentir-se valorizados e apoiados. Depende também, de maneira decisiva,
da reeducação das relações entre negros e brancos, o que aqui estamos designando
como relações étnico-raciais. Depende, ainda, de trabalho conjunto, de articulação
entre processos educativos escolares, políticas públicas, movimentos sociais, visto
que as mudanças éticas, culturais, pedagógicas e políticas nas relações étnico-raciais
não se limitam à escola.
26
O ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana, a educação das
relações étnico-raciais, se desenvolverá no cotidiano da escola, nos diferentes níveis
e modalidades de ensino, como conteúdo de disciplinas, Educação Artística, História
do Brasil, Ensino Religioso, em atividades curriculares ou não, trabalhos em salas de
aula, nos laboratórios de ciências e de informática, biblioteca, áreas de recreação,
quadra de esportes e outros ambientes escolares.
VI – MARCO OPERACIONAL
Com o presente projeto, buscar-se-á um melhor desempenho dos alunos e
uma postura mais produtiva do professor com metodologias motivadoras que
valorizem a criatividade e o esforço individual e coletivo. Será o momento decisivo
sobre o que fazer, um momento de definição política e científica da ação pedagógica.
O Estabelecimento de Ensino oferece aos alunos serviços educacionais com
base nos seguintes princípios:
a) Igualdade de condições para o acesso e permanência na escola (vedada qualquer forma
de discriminação e segregação;
b) Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento,
a arte e o saber;
c) Pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas;
d) Respeito à liberdade;
e) Gratuidade o ensino público em estabelecimentos oficiais;
f) Valorização do profissional da Educação Escolar;
g) Gestão democrática e colegiada do Ensino Público na formação desta lei e da
Legislação do Sistema de Ensino;
h) Garantia de padrão de qualidade;
i) Valorização da experiência extra-escolar;
j) Vinculação entre a educação escolar, ao trabalho e as práticas sociais.
27
De acordo com princípios pedagógicos e filosóficos que norteiam a sua ação
educativa, o Colégio se propõe as seguintes metas:
a) Instruir um sistema de vida escolar em que haja interação e participação democrática de
todos os seus componentes;
b) Efetivar a ação educacional valorizando a ética, a formação de atitudes, a
solidariedade, o sentido de liberdade com responsabilidade;
c) Associar as atividades docentes no sentido de manter um bom desempenho e
a correção de possíveis desvios.
d) Promover a intervenção escola comunidade;
e) Avaliar constantemente o processo ensino-aprendizagem, enfocando a
formação de indivíduos críticos capazes de analisar a realidade, de buscar
soluções, interagindo com o meio educativo e formal.
A educação, dever da família e do Estado, inspirado nos princípios de liberdade
e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do
educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o
trabalho.
Diante desta visão, estratégias serão organizadas, tendo em vista a realidade
global e as relações sócio-culturais, considerando assim, alguns tópicos:
a) Partir da realidade imediata, levantando a caracterização da clientela escolar,
diagnosticando e fazendo um levantamento de dados;
b) Problematizar coletivamente os reflexos apresentados no diagnostico;
c) Instrumentalizar através de ações educativas compartilhadas dentro de uma
visão estratégica global, onde as atividades deverão ser definidas a curto,
médio e longo prazo;
d) Apropriação efetiva dos conhecimentos construídos e reconstruídos
historicamente e mediado professor;
e) Avaliação do processo e dos resultados ação-reflexão-ação;
f) Efetivar o conhecimento.
28
Neste contexto, partindo da realidade escolar, para uma visão nacional e
mundial, deveremos pensar numa organização de programas educativos onde os
conhecimentos e processos têm de responder as necessidades gerais e históricas
dos educandos no seu todo.
Diante do projeto, nossa proposta é ousada, de transformar a realidade, com
programas que possibilitem aos alunos a elaboração e valorização dos seus próprios
conhecimentos, apropriando-se de forma ordenada e progressiva do conhecimento
científico para impulsionar ações até sua transformação.
A concepção metodológica dialética é a que nos possibilita articular o ir e vir,
isto é, modificada pela consciência científica ao orientar e dar unidade a todos os
elementos do processo educativo com base no processo do conhecimento, nos
permite:
a) Tomar conhecimento das contradições da realidade;
b) Adquirir a capacidade de teorizar, de interpretar cientificamente a realidade;
c) Apropriar dos conhecimentos teóricos que gerenciam as ações nas
transformações da realidade.
Estrutura Organizacional
A estrutura organizacional do Estabelecimento tem a seguinte composição:
A) Conselho de Escolar;
B) Equipe de Direção;
a) Direção
b) Direção Auxiliar
C) Equipe Pedagógica;
a) Pedagogos
b) Corpo Docente
c) Conselho de Classe
D) Equipe Administrativa;
a) Secretária
b) Agente Educacional II
c) Agente Educacional I
29
E) Órgãos Complementares;
a) A.P.M.F
b) Grêmio Estudantil
c) Professor Conselheiro
d) Aluno Representante
Conselho Escolar
O Estado de Direito, prevê a “Gestão Democrática no Ensino Público, na forma
da lei”(Art. 206). A Lei Federal nº 9394/96 em seu Art. 14, estabelece que a gestão
democrática nas escolas é exercida pela atuação de um “Conselho Escolar” ou
equivalente, constituído de representantes da comunidade escolar, ao qual cabem as
decisões administrativas, pedagógicas e financeiras da escola.
O diretor é seu membro nato, mas as decisões do Conselho só valem se forem
aprovadas pela maioria de seus membros: professores, funcionários, alunos e pais.
É atribuição do Conselho Escolar
(1) Deliberar sobre questões político-pedagógicas, administrativas e financeiras;
(2) Representar a comunidade escolar e local.
Nessa perspectiva, é papel da comunidade local participar nas decisões
relativas aos rumos, diretrizes e organização da escola, como forma de garantir uma
educação de qualidade. Assim sendo, esta instância é de suma importância para a
escola que é através desse espaço de discussão democrática que ideias, sugestões,
princípios e ações são discutidas, consensualizadas e realizadas de forma conjunta e
participativa.
Nos itens acima mostra as atribuições e objetivos do Conselho Escolar, a
escola tem buscado melhorias tanto no espaço físico como pedagógico, com um
conselho que nem todos os membros são atuantes. Existe a preocupação com a
educação mas, ainda falta compromisso e trabalho por parte de todos os membros do
conselho Escolar
.
Equipe de Direção
30
O serviço de Direção Escolar está intimamente ligado ao trabalho dos professores,
às atividades dos alunos e às relações da Comunidade escolar com a vida exterior.
O ato de estar em função no cargo de Diretor implica na obrigação de cumprir e
de fazer cumprir as disposições do Regimento Escolar, bem como acompanhar o
desenrolar do processo de aprendizagem.
Compete ao Diretor(a):
(1) Cumprir e fazer cumprir a legislação em vigor
(2) Responsabilizar-se pelo patrimônio público escolar recebido no ato da posse;
(3) Coordenar a elaboração e acompanhar a implementação do Projeto Político-
Pedagógico da escola, construído coletivamente e aprovado pelo Conselho
Escolar;
(4) Coordenar e incentivar a qualificação permanente dos profissionais da
educação;
(5) Implementar a proposta pedagógica do estabelecimento de ensino, em
observância às Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais;
(6) Coordenar a elaboração do Plano de Ação do estabelecimento de ensino e
submetê-lo à aprovação do Conselho Escolar;
(7) Convocar e presidir as reuniões do Conselho Escolar, dando
encaminhamento às decisões tomadas coletivamente;
(8) Elaborar os planos de aplicação financeira sob sua responsabilidade,
consultando a comunidade escolar e colocando-os em edital público;
(9) Prestar contas dos recursos recebidos, submetendo-os à aprovação do
Conselho Escolar e fixando-os em edital público;
(10) Coordenar a construção coletiva do Regimento Escolar, em
consonância com a legislação em vigor, submetendo-o à apreciação do
Conselho Escolar e, após, encaminhá-lo ao NRE para a devida aprovação;
(11) Garantir o fluxo de informações no estabelecimento de ensino e deste
com os órgãos da administração estadual;
(12) Encaminhar aos órgãos competentes as propostas de modificações no
ambiente escolar, quando necessárias, aprovadas pelo Conselho Escolar;
31
(13) Deferir os requerimentos de matrícula;
(14) Elaborar, juntamente com a equipe pedagógica, o calendário escolar, de
acordo com as orientações da SEED, submetê-lo à apreciação do Conselho
Escolar e encaminhá-lo ao NRE para homologação;
(15) Acompanhar, juntamente com a equipe pedagógica, o trabalho docente
e o cumprimento das reposições de dias letivos, carga horária e de conteúdo
aos discentes;
(16) Assegurar o cumprimento dos dias letivos, horas-aula e horas-atividade
estabelecidos;-Promover grupos de trabalho e estudos ou comissões
encarregadas de estudar e propor alternativas para atender aos problemas de
natureza pedagógico-administrativa no âmbito escolar;
(17) Propor à Secretaria de Estado da Educação, via Núcleo Regional de
Educação, após aprovação do Conselho Escolar, alterações na oferta de
ensino e abertura ou fechamento de cursos;
(18) Participar e analisar da elaboração dos Regulamentos Internos e
encaminhá-los ao Conselho Escolar para aprovação;
(19) Supervisionar a cantina comercial e o preparo da merenda escolar,
quanto ao cumprimento das normas estabelecidas na legislação vigente
relativamente a exigências sanitárias e padrões de qualidade nutricional;
(20) Presidir o Conselho de Casse, dando encaminhamento às decisões
tomadas coletivamente;
(21) Definir horário e escalas de trabalho da equipe técnico-administrativa e
equipe auxiliar operacional;
(22) Articular processos de integração da escola com a comunidade;
(23) Solicitar ao NRE suprimento e cancelamento de demanda de
funcionários e professores do estabelecimento, observando as instruções
emanadas da SEED;
(24) Organizar horário adequado para a realização da Prática Profissional
Supervisionada do funcionário cursista do Programa Nacional de Valorização
dos Trabalhadores em Educação – Pro-funcionário, no horário de trabalho,
correspondente a 50% (cinquenta por cento) da carga horária da Prática
32
Profissional Supervisionada, conforme orientação da SEED, contida no Plano
de Curso;
(25) Participar, com a equipe pedagógica, da análise e definição de projetos
a serem inseridos no Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de
ensino, juntamente com a comunidade escolar;
(26) Cooperar com o cumprimento das orientações técnicas de vigilância
sanitária e epidemiológica;
(27) Disponibilizar espaço físico adequado quando da oferta de Serviços e
Apoios Pedagógicos Especializados, nas diferentes áreas da Educação
Especial;
(28) Assegurar a realização do processo de avaliação institucional do
estabelecimento de ensino;
(29) Zela pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores,
funcionários e famílias;
(30) .Manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus
colegas, com alunos, pais e com os demais segmentos da comunidade
escolar;
(31) .Assegurar o cumprimento dos programas mantidos e implantados pelo
Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação/MEC – FNDE;
(32) Cumprir e fazer cumprir o disposto no Regimento Escolar.
Compete ao Diretor Auxiliar
(1) Assessorar o(a) diretor(a) em todas as suas atribuições e substituí-lo(a) na sua falta ou
por algum impedimento.
Equipe Pedagógica
A Equipe Pedagógica é responsável pelo bom desempenho do Corpo docente
e discente visando o alcance dos objetivos a que a escola se propõe. Tem a grande
responsabilidade de orientar e acompanhar o desenvolvimento das atividades
escolares, desde o planejamento até a avaliação, para que os objetivos estabelecidos
pelo sistema sejam de fato alcançados. Bem como orientar de forma contínua e
33
preventiva o processo educacional, buscando caminhos possíveis para uma
transformação.
Realiza um trabalho de mediação entre a organização da escola e o trabalho
docente de modo a garantir as condições favoráveis à consecução dos objetivos
pedagógicos da educação.
Seu propósito é construtivo. Estabelece uma unidade de esforços através da
Escola, a fim de que a educação se processe da melhor maneira possível. Sua meta
principal é a constante atualização visando a melhoria e atuação do professor para
melhorar o produto de seu trabalho, que vai refletir diretamente no comportamento do
educando.
São atribuições da Equipe Pedagógica
(1) Elaborar o plano de ação integrado com a Direção e demais setores do Colégio;
(2) Assistir a Direção Escolar em assuntos de ordem pedagógica;
(3) Coordenar as atividades de elaboração do planejamento e avaliação do
currículo, juntamente com a Administração Escolar, e todo corpo do Colégio;
(4) Estabelecer os objetivos gerais que deverão ser cumpridos durante o ano
letivo;
(5) Elaboração de critérios relacionados às prioridades a serem desenvolvidas no
Colégio;
(6) Decidir as medidas administrativas e pedagógicas a serem adotadas por
organização e funcionamento do estabelecimento;
(7) Manter o entrosamento entre alunos, pais, professores e funcionários,
procurando estabelecer respeito mútuo, assim como bom ambiente de
trabalho;
(8) Incentivar, orientar, acompanhar, controlar e avaliar o desempenho
profissional do professor;
(9) Promover a articulação entre o Ensino Fundamental e o Ensino Médio;
(10) Impulsionar o Colégio para o desenvolvimento da cidadania;
34
(11) Propiciar um permanente processo de discussão das práticas
(individuais e coletivas) e dos obstáculos aos propósitos do Colégio e da
Educação;
(12) Resolução de problemas de ordem burocrática do Colégio;
(13) Verificação e despacho de ofício, agradecimentos e informações;
(14) Informar aos professores, convocação de reuniões com o máximo de
antecedência;
(15) Inteirar-se nas atividades cotidianas do Corpo Docente;
(16) Atender ao bom entrosamento entre professores, alunos e comunidade;
(17) Atendimento aos pais dos alunos;
(18) Participação ativa em reuniões: Escolar e Secretaria de Educação;
(19) Acompanhamento de planos e projetos elaborados pela Orientação e
Supervisão;
(20) Planejamento de reuniões: A.P.M e Reunião Pedagógica;
(21) Contato com o fichário de professores;
(22) Avaliação do funcionamento da Escola;
(23) Levantamento de informações vindas de órgãos superiores;
(24) Atendimento às solicitações do Pessoal Técnico e Pedagógico, como
também do Corpo Docente e demais funcionários do Colégio;
(25) Estar em contato com atividades desenvolvidas pelo Corpo Técnico e
Pedagógico;
(26) Acompanhamentos e controle da Assiduidade dos professores e demais
funcionários;
(27) Resolver de caráter preciso e imediato, possíveis problemas que
possam surgir na escola;
(28) Participar de atividades sociais e escolares, as quais haja a
necessidade da presença do Diretor;
(29) Assessoramento às serventes e cozinheiras;
(30) Acompanhamento e integração do trabalho relacionado à A.P.M.;
(31) Executar, acompanhar e avaliar, de forma contínua, as ações
programadas;
35
(32) Propiciar um permanente processo de discussão das práticas
(individuais e coletivas) e dos obstáculos aos propósitos do Colégio e da
Educação;
(33) Realimentar o Projeto Pedagógico de acordo com as necessidades da
Comunidade Escolar;
(34) Organizar o horário das aulas e hora atividade;
(35) Implementar e implantar diferentes projetos de aprendizagem;
(36) Acompanhar e avaliar o desenvolvimento do currículo no decorrer do
ano;
(37) Orientar o Corpo Docente quanto:
a) Ao planejamento das atividades a serem desenvolvidas no bimestre;
b) À elaboração de planos de recuperação paralela;
c) À atualização dos procedimentos pedagógicos;
d) À dinamização de recursos didáticos;
e) Ao sistema de avaliação em vigor.
(38) Dinamizar atividades que propiciem o contínuo aperfeiçoamento e
atualização dos professores;
(39) Organizar atividades comemorativas;
(40) Organizar um arquivo atualizado com dados referentes a estrutura e
funcionamento do Estabelecimento;
(41) Organizar reuniões pedagógicas com o objetivo de discutir e solucionar
problemas;
(42) Coletar e transmitir informações a respeito do trabalho desenvolvido no
Colégio;
(43) Acompanhar o trabalho do docente, avaliando o seu rendimento e
interesse na busca de novos conhecimentos para a eficácia do processo
educacional, juntamente com o corpo administrativo da escola;
(44) Orientar professores novos, integrando-os no grupo;
(45) Coordenação de períodos de atualização dos professores;
(46) Participação nos Conselhos de Classe, com os objetivos de:
a) Conhecer os alunos;
36
b) Colaborar com o corpo docente a fim de ajudá-los a recuperar os alunos
com problemas na aprendizagem
(47) Verificação do trabalho do professor;
(48) Acompanhar o desenvolvimento das aulas;
(49) Acompanhamento dos Registros de Classe do professor;
(50) Elaboração de apostilas contendo atividades com objetivo de enriquecer
o processo educacional;
(51) Realizar, continuamente uma auto-avaliação de seu plano de ação
como pedagoga, com vistas ao aperfeiçoamento;
(52) Prestar assistência pedagógica aos professores;
(53) Elaborar cronograma para recuperação, reposição de aulas;
(54) Opinar quanto à aquisição de material técnico pedagógico;
(55) Dar assistência às atividades extra-classe realizadas no Colégio;
(56) Controlar o rendimento escolar dos alunos, pesquisando sobre as
causas de aproveitamento insuficientes;
(57) Organizar reuniões pedagógicas com o objetivo de discutir e solucionar
problemas de aprendizagem e disciplinares;
(58) Organizar palestras para trabalhar técnicas de estudo e administração
do tempo de estudos de uma forma eficaz;
(59) Organizar as eleições de Representante de turma e Professor
Conselheiro, bem como acompanhamento do trabalho;
(60) Realizar campanhas de conscientização: valores, higiene pessoal,
educação sexual, conservação e combate a destruição do patrimônio escolar;
(61) Realizar campanhas de prevenção ao uso de drogas, tabagismo, etc;
(62) Auxiliar na resolução de conflitos entre pais e filhos e entre os próprios
alunos;
(63) Divulgar entre os alunos assuntos que despertem a Vocação
Profissional;
(64) Incentivar maior participação da família na vida estudantil de seus filhos;
(65) Observar os alunos em conversas informais para diagnóstico de
possíveis problemas.
37
São atribuições do Corpo Docente
(1) Contribuir para o desenvolvimento da proposta pedagógica do estabelecimentos de
ensino;
(2) Elaborar o planejamento anual de sua disciplina e trabalhar pelo seu
cumprimento em consonância com a Proposta Pedagógica da Escola, com
princípios norteadores das políticas educacionais da SEED e com a legislação
vigente para a Educação Nacional;
(3) Realizar a transposição didática dos conhecimentos selecionados, respeitando
as especificidades dos alunos;
(4) Conduzir sua ação escolar contemplando as dimensões teóricas e práticas
dos saberes e atividades escolares;
(5) Realizar a avaliação da aprendizagem de modo a acompanhar o processo de
construção do conhecimento dos alunos;
(6) Intervir para que os alunos possam superar eventuais defasagens e/ou
dificuldades;
(7) Assumir compromisso com a formação continuada, participando dos
programas de capacitação ofertados pela mantenedora e/ou por outras
instituições, mantendo atitudes permanentes de estudo, pesquisa e produção;
(8) Desenvolver procedimentos metodológicos variados que facilitem e
qualifiquem o trabalho pedagógico;
(9) Organizar a rotina de sala de aula, observando e registrando dados que
possibilitem intervenções adequadas, sobretudo nos momentos de dificuldade
no processo-aprendizagem e situações conflituosas;
(10) Utilizar o espaço e o tempo em sala de aula e demais ambientes
escolares;
(11) Procurar identificar e respeitar as diferenças entre os alunos;
(12) Conhecer e utilizar técnicas e recursos tecnológicos, como instrumentos
de apoio pedagógico;
(13) Exprimir-se com clareza na correção das atividades propostas aos
alunos;
38
(14) Conduzir os procedimentos em sala de aula de maneira
emocionalmente equilibrada e ter a capacidade para mediar situações de
conflito;
(15) Desenvolver aulas que proporcionem a interação aluno-professor e
aluno-aluno, favorecendo a atitude dialógica;
(16) Adotar uma postura reflexiva, crítica, questionadora, orientando os
alunos a formular e expressar juízos sobre temas, conceitos, posições e
situações;
(17) Expressar-se por meio de várias linguagens, visando o enriquecimento
e a inteligibilidade de suas aluas bem como dos materiais produzidos para
apoio pedagógico;
(18) Expressar-se verbalmente de maneira objetiva e compreensível, com
dicção clara;
(19) Desenvolver as aulas de forma dinâmica, versátil e coerente com a
disciplina e especificidade dos educandos;
(20) Obedecer aos preceitos vigentes na Constituição Federal, na LDB,
ECA, Legislação Estadual e demonstrar, em situações prática, as atividades
propostas aos educandos, utilizando-se como referência os estímulos visuais,
auditivos e motores;
(21) Trabalhar, demonstrativa e conceitualmente, com materiais específicos
de sua área;
(22) Participar e/ou elaborar com atividades lúdicas, culturais e desportivas
dinamizadas dentro do contexto escolar.
(23) Interpretar os dados com a finalidade de acompanhar e aperfeiçoar o
trabalho do professor e o processo de aprendizagem dos alunos, bem como
diagnosticar seus resultados e atribuir-lhe valor;
(24) Incindir sobre o desempenho do aluno em diferentes situações de
aprendizagem;
(25) Utilizar técnicas e instrumentos diversificados tais como: provas, testes
orais e escritos, trabalhos, pesquisas, observações espontâneas ou dirigidas,
debates, relatórios e outros.
39
(26) Oferecer mais de uma oportunidade de aferição;
(27) Utilizar procedimentos que assegurem a comparação com os
parâmetros indicados pelos conteúdos de ensino, evitando-se a comparação
dos alunos entre si;
(28) Enfatizar a atividade crítica, a capacidade de síntese e a elaboração
pessoal, sobre a memorização;
(29) Ofertar um a avaliação contínua, permanente e cumulativa em períodos
trimestrais;
(30) O acompanhamento do Conselho de Classe que deverá debater e
analisar todos o dados inerentes a aprendizagem;
(31) Considerar a individualidade do aluno;
(32) Levar em consideração a capacidade individual, o desempenho do
aluno e sua participação nas atividades realizadas;
(33) Expressar o resultado através de notas numa escala de 0 (zero) a 10
(dez).
Do Conselho de Classe
É um órgão colegiado de natureza consultiva em assuntos didáticos, tendo por
finalidade avaliar o processo ensino-aprendizagem na relação professor-educando e
procedimentos adequados a cada caso.
O Conselho de Classe tem a finalidade de:
(1) Estudar e interpretar os dados da aprendizagem na sua relação com o trabalho do
professor;
(2) Analisar os resultados da aprendizagem na relação com o desempenho da
turma, com a organização de conteúdos e o encaminhamento metodológico;
(3) Utilizar procedimentos que assegurem a avaliação do ensino evitando a
comparação dos educandos entre si.
40
O Conselho de Classe tem as atribuições de:
(1) Emitir parecer sobre assuntos referentes ao processo ensino – aprendizagem, responde
a consultas feitas pelo Diretor e Equipe Pedagógica;
(2) Analisar as informações sobre os conteúdos curriculares, encaminhamentos
metodológicos e processos de avaliação que afetem o rendimento escolar;
(3) Propor medidas para a melhoria do aproveitamento escolar, integração e
relacionamento dos educandos na classe;
(4) Estabelecer planos viáveis de recuperação dos alunos em consonância com o
plano curricular;
(5) Colaborar com a equipe pedagógica na elaboração e execução dos planos de
adaptação dos educandos transferidos, quando se fizer necessária;
(6) Decidir sobre a aprovação ou reprovação de educandos que após a apuração
dos resultados finais não atinja o mínimo solicitado, levando em consideração
o desenvolvimento do educando, até então.
O Conselho de Classe está sendo realizado a cada dois meses, em virtude do
Sistema Escola, a partir deste ano ser trimestral. É a preocupação do “novo” acabar
atribuindo responsabilidade apenas para o educando, fica a cargo então do Conselho
de Classe analisar cada situação, onde a aprendizagem não está se concretizando e
problemas disciplinares, têm atrapalhado o andamento das aulas e outros problemas
que houver, para que juntos possamos chegar num consenso, onde o aluno seja
reintegrado ao aprendizado.
Todas as reuniões realizadas pelo Conselho de Classe serão lavradas ata em
livro próprio para registro.
Equipe Administrativa – Secretaria
A Secretaria, é o órgão que terá o seu encargo todo o serviço de escrituração e
documentação escolar e correspondência do estabelecimento. O cargo de Secretária
41
será exercido por pessoa devidamente capacitada ao exercício dessa função de
acordo com as normas legais vigentes.
Os serviços de Secretaria são coordenados e supervisionados pela Direção,
ficando a ela subordinados.
São atribuições da Secretária(o)
(1) Cumprir e fazer cumprir as determinações dos seus superiores hierárquicos;
(2) Distribuir as tarefas decorrentes dos encargos da secretaria aos seus
auxiliares;
(3) Redigir a correspondência que lhe for confiada: ofícios, circulares,
memorandos e outros;
(4) Organizar e manter em dia a coletânea de leis, regulamentos, diretrizes,
ordens de serviço, circulares, resoluções e demais documentos;
(5) Rever todo o expediente a ser submetido a despacho do Diretor;
(6) Elaborar relatórios e processos a serem encaminhados a autoridades
superiores sob a orientação do Diretor;
(7) Apresentar ao Diretor, em tempo hábil, todos os documentos que devem ser
assinados;
(8) Organizar e manter em dia o protocolo, o arquivo escolar e o registro de
assentamentos do pessoal discente, de forma a permitir, em qualquer época, a
verificação:
a) Da identidade e da regularidade da vida escolar do aluno;
b) Da autenticidade dos documentos escolares.
(9) Participar de reuniões e conselho de classe;
(10) Coordenar e supervisionar as atividades administrativas referentes à
matrícula, transferência e conclusão de curso;
(11) Zelar pelo uso adequado e conservação dos bens materiais distribuídos
à secretaria;
(12) Comunicar ao Diretor toda e qualquer irregularidade que venha a
ocorrer na secretaria;
(13) Substituir o Diretor em suas faltas ou impedimentos.
42
Órgãos Complementares
Associação de Pais e Mestres e Funcionários – APMF
Associação de Pais e Mestres e Funcionários – APMF tem por objetivo
principal a integração entre família, educadores e escola.
A escola deve ter como preocupação maior buscar a participação de toda a
comunidade escolar, num exercício de administração compartilhada, pois todos
desejam alcançar o mesmo objetivo: ensino de qualidade e gratuita.
O espaço da escola deve ser democrático, onde todas as vozes possam ser
ouvidas, e a APMF é o veículo que integra todos os representantes desta
comunidade.
Compete a APMF:
(1) Acompanhar o desenvolvimento da proposta pedagógica, sugerindo as alterações que
julgar necessárias ao Conselho Escolar do estabelecimento de ensino, para deferimento
ou não;
(2) Observar as disposições legais e regulamentares vigentes, inclusive
Resoluções emanadas da Secretaria de Estado da Educação, no que
concerne à utilização das dependências da Unidade Escolar para realização
de eventos próprios do Estabelecimento de Ensino;
(3) Estimular a criação de atividades para pais, alunos, professores, funcionários,
assim como para a comunidade, após análise do Conselho Escolar;
(4) Promover palestras, conferências e grupos de estudos, envolvendo pais,
professores, alunos, funcionários e comunidade, a partir de necessidades
apontadas por esse segmento;
(5) Colaborar, de acordo com as possibilidades financeiras da entidade, com as
necessidades dos alunos comprovadamente carentes;
(6) Reunir-se com o Conselho Escolar para definir o destino dos recursos
advindos de convênios públicos, bem como, reunir-se para prestação de
contas desses recursos, com registro em ata;
43
(7) Apresentar balancete semestral aos integrantes da comunidade escolar;
(8) Registrar em livro próprio a prestação de contas de valores e inventários de
bens (patrimônio) da associação, sempre que uma nova Diretoria e Conselho
Deliberativo e Fiscal tomarem posse;
(9) Aplicar as receitas oriundas de qualquer contribuição voluntária ou doação,
comunicando irregularidades;
(10) Celebrar convênios com o Poder Público para o desenvolvimento de
atividades curriculares, implantação e implementação de projetos.
A Contribuição Social Voluntária é o recurso arrecadado, o qual não poderá
ultrapassar anualmente 10% do salário mínimo vigente, será utilizado na melhoria da
qualidade do ensino e atendimento do aluno carente.
Os integrantes da Associação de Pais, Mestres e Funcionários são: todos os
pais ou responsáveis legais, mestres e funcionários da escola.
A Contribuição Social voluntária será: os recursos arrecadados serão utilizados
para melhoria da qualidade do ensino e atendimento do aluno carente, ouvido o
Conselho Escolar, em consonância com a proposta pedagógica do Estabelecimento
de Ensino
Grêmio Estudantil
O Grêmio Estudantil é o órgão representativo do corpo discente de cada unidade
escolar e tem por objetivo favorecer o desenvolvimento da consciência crítica, da
prática democrática, da criatividade e da iniciativa.
Formação do Grêmio: inicia-se com a aglutinação de alunos com interesses em
comum, prossegue-se com a formação de chapas e a mobilização de outros alunos
em torno de projetos que pretendam implementar após as eleições.
Atribuições do Grêmio Estudantil
(1) Torneios;
(2) Campeonatos de diferentes modalidades esportivas (vôlei, basquete, futebol,
skate, xadrez);
44
(3) Manifestações artísticas (mostra de arte, festival de música, apresentações
teatrais, concursos de bandas, mostra de poesias);
(4) Festas comemorativas;
(5) Gincanas;
(6) Excursões (pontos turísticos, programa de tv);
(7) Mutirão de limpeza;
(8) Estacionamento de bicicletas;
(9) Direito de entrar na segunda aula;
(10) Confeccionar recursos de comunicação (quadro de avisos, jornal,
mural).
O exercício da cidadania não se extingue no dia das eleições. É preciso
prosseguir, ampliar o debate, manter viva a participação dos alunos nos rumos do
Grêmio e da escola. O Grêmio tem seu espaço garantido por lei nos âmbitos federal
( Lei 7398/85 art. 1º) Estadual e Municipal.
O Grêmio é um espaço coletivo, social e político de aprendizagem da cidadania,
de construção de novas relações de poder dentro da escola, ultrapassando as
questões administrativas e interferindo no pedagógico. Fazem parte desta equipe
os seguintes membros:
a) Presidente;
b) Vice-Presidente;
c) 1º Secretário;
d) 2º Secretário;
e) 1º Tesoureiro;
f) 2º Tesoureiro.
Professor Conselheiro
Com intuito de melhorar e organizar o ambiente escolar, é realizada a escola do
professor conselheiro de turma, este é indicado pelos alunos das diferentes séries e
classes, conforme a afinidade da turma com o mesmo.
A eleição do professor que representa alunos ocorre na mesma época que se
escolhe o aluno representante, ou seja, no segundo mês de aula.
45
O Professor Conselheiro tem as seguintes atribuições junto a sua turma, a qual
representa:
(1) Ser, juntamente com o aluno Representante, o porta voz da sua turma
(2) Facilitar o entrosamento da turma com outros setores da Escola;
(3) Analisar, com a turma, problemas de aprendizagem da mesma, ou de alguns
alunos e quais estratégias poderão ajudá-los;
(4) Repassar à turma, as decisões do Conselho de Classe;
(5) Fazer um trabalho de análise junto aos colegas, professores da turma, com o
fim de prevenir ou minimizar possíveis problemas;
(6) Incentivar a participação da turma nos eventos promovidos pela Escola;
(7) Lembrar sempre que o aluno é observador e o professor é um exemplo onde
ele pode se espelhar;
(8) Esclarecer à sua turma quanto ao Sistema de Avaliação da Escola;
a) O que é avaliar?
b) O que é avaliar?
c) Quais os critérios de avaliação da Escola?
d) O que é Recuperação Paralela?
e) Quais os objetivos do Conselho de Classe?
f) Como se desenvolve o Conselho de Classe?
Aluno Representante
No início do ano, é realizada a escolha do aluno representante de turma, pelos
professores.
O aluno Representante terá as seguintes atribuições
(1) Representar a sua turma em diferentes situações;
(2) Corresponder à confiança que a turma depositou na sua atuação;
(3) Estar à disposição da turma sempre que alguma situação assim exigir;
46
(4) Ser um agente crítico e incentivador das atividades desenvolvidas pelo
coletivo;
(5) Estar atento ao desempenho dos colegas e pronto a sugerir soluções para as
dificuldades que possam acontecer;
(6) Ser acima de tudo amigo fiel aos seus colegas;
(7) Estar preocupado com o crescimento pedagógico de sua turma.
Observa-se também que o aluno representante de turma não é um substituto do
professor ou de funcionário, carregador de materiais, agente disciplinar ou
representante da administração.
A questão disciplinar deve envolver todos os membros da turma, e em se
criando situações que venham a fugir das normas estabelecidas pelo Regimento
Escolar da Escola, a responsabilidade fica a cargo da Direção, inspetora de alunos,
Professores e demais funcionários da Escola.
Formação Continuada dos Professores
Na busca da qualidade do ensino através do aperfeiçoamento de professores e
funcionários da escola, a SEED junto ao Núcleo de Educação promovem estudos no
início de cada período letivo, onde profissionais da escola juntos, refletem assuntos
do cotidiano escolar, relatos de experiências, angústias, objetivos.
A formação continuada se concretiza também, na participação dos docentes em
reuniões pedagógicas, onde problemas, situações e informações são repassadas e
refletidas, contribuindo para a qualificação da ação docente no sentido de garantir
uma aprendizagem efetiva e uma escola de qualidade para todos. Nesta proposta, a
escola incentiva a participação dos professores nos Projetos: Folhas, Fera, Com
Ciência, Grupo de Estudos e Jogos Escolares.
Outro espaço importante que contribui para formação continuada é a hora
atividade, onde acontece a busca de informações e aprofundamento da articulação
dos componentes curriculares. É o tempo reservado ao professor em exercício de
docência, para estudos, avaliação, planejamento e atendimento a alunos e pais. O
47
atendimento ao professor em hora atividade se dá individualmente e ou por área,
conforme necessidade do professor e ou da escola.
Ações Pedagógicas
Embora as avaliações aconteçam quase que diariamente e as recuperações
sejam paralelas ao desenvolvimento dessa avaliação, ainda assim alguns alunos não
correspondem ao mínimo de aprendizagem necessária. Estes alunos que deixam de
realizar as tarefas, não demonstram interesse, apresentam dificuldade de qualquer
ordem, tem seu problema comunicado aos pais, não só para ciência, mas para que
tome alguma atitude para reverter o quadro. Enfatizamos que este procedimento
ocorre 40 dias antes do fechamento final da nota do trimestre, isto é, com tempo hábil
para o aluno apresentar melhorias.
Preocupados com alto índice de desistentes e reprovados nos anos anteriores,
professores e pedagogos estão procurando trabalhar alguns assuntos através de
ações, envolvendo o aluno, inclusive a comunidade. O objetivo é reintegrar e
favorecer o desenvolvimento psico-social e intelectual do educando. Dessa forma
projetos estão sendo desenvolvidos na expectativa de melhorar a qualidade da
escola como um todo, tanto do aprendizado como a preservação do prédio. Os
alunos participarão dos projetos “Mais Educação”, “Sala de Apoio” e “Celem” no
contra turno, evitando a ociosidade e tendo o tempo ocupados com atividades
culturais e intelectuais, diminuindo a violência do bairro, tornando assim, uma
comunidade melhor e mais integrada, beneficiando a escola, já que esta é o único
espaço de lazer e encontro desses alunos.
Preocupar-se com as dificuldades dos alunos mais do que com o conteúdo do
quadro o que poderá ser a diferença que motivará o aluno a frequentar a escola ou
preferir viver fora dela.
Incentivar o comentário, críticas, dúvidas, sugestões e relatos de experiências,
propostas envolvendo os alunos, levantar questões, reflexos e compartilhar
conquistas, algo que aborde valores que façam os alunos refletirem sobre sua
realidade e lhes ensine o caminho da participação coletiva na transformação da
realidade.
48
Sabemos que o jovem como também o adulto só se envolve verdadeiramente
quando é considerado sujeito, quando é estimulado criar e assumir responsabilidade.
Cabe-lhe, portanto uma participação ativa e crítica. Assim o aluno sente-se num
ambiente acolhedor que lhe permite desenvolver e avançar.
Processo de Avaliação, Recuperação, Classificação, Reclassificação, Promoção
e Adaptação
Avaliação
É concebida como um instrumento para ajudar o aluno a aprender e faz parte
integrante do trabalho realizado em sala de aula. Devemos valorizar a avaliação
diagnóstica dando importância para o conhecimento que o aluno trás do cotidiano,
podendo assim prepará-los melhor para a sociedade em que vive, nem todos os
alunos conseguem acompanhar os conteúdos ao mesmo tempo, portanto devemos
dar oportunidades para o aluno conseguir recuperar-se paralelamente, no decorrer do
ano letivo.
Para avaliar o aluno o professor deve utilizar práticas pedagógicas eficazes e
avaliações diversificadas – trabalhos em grupo, debates, seminários, pesquisas, etc,
respeitando e valorizando a capacidade que cada um tem em mostrar o seu
desenvolvimento. É importante registrar os avanços que o aluno conseguiu,
valorizando sempre e elogiando as suas conquistas do dia a dia. Os pais devem
acompanhar atentos os avanços e as dificuldades dos filhos, podendo assim intervir
quando necessário.
A avaliação não pode ser instrumento de exclusão dos alunos, portanto deve
ser democrática, contínua e processual, deve favorecer o desenvolvimento da
capacidade do aluno de apropriar-se de conhecimentos científicos, sociais e
tecnológicos produzidos historicamente.
No processo de avaliação será considerado aprovado o aluno que obtiver
frequência igual ou superior a 75% e média igual ou superior a 6,0(seis) . Será retido
49
na série o aluno que obtiver frequência igual a 75% e média inferior a 6,0(seis),
frequência abaixo de 75% com qualquer média.
O resultado da avaliação será expresso através de notas numa escala de
0(zero) a 10(dez). O rendimento mínimo exigido pelo estabelecimento é a nota
6,0(seis), por disciplina.
A revisão dos resultados pode ser requerida no prazo de 48 horas, a partir da
comunicação dos mesmos aos pais, responsáveis ou alunos maiores de idade ou
emancipados.
É considerado aprovado o aluno que apresenta frequência do total da carga
horária anual e média igual ou superior a 6,0(seis).
Será considerado reprovado o aluno que apresentar:
a) Frequência igual ou superior a 75% e média inferior a 6,0(seis), ou seja, no total de
800 horas ou 200 dias letivos;
b) Frequência inferior a 75% do total de 800 horas, ou seja, 200 dias letivos
com qualquer média anual.
Alunos com frequência igual ou superior a 75% do total de 800 horas, ou seja
200 dias letivos e média inferior a 6,0(seis) será analisado pelo Conselho de Classe
que definirá a situação de aprovação ou não.
Na escola não é ofertada a promoção por dependência.
Em caso de recebimento de transferência de alunos com progressão parcial, a
avaliação será feita em forma de adaptação.
A média anual dos alunos, é calculada conforme a seguinte fórmula:
MA = 1º TRIM + 2º TRIM + 3º TRIM = 6,0 (SEIS)
3
Recuperação Paralela
50
É um dos aspectos da aprendizagem no seu desenvolvimento contínuo, pelo
qual o educando, com aproveitamento insuficiente, dispõe de condições que lhe
possibilitem a apreensão dos conteúdos básicos. A cada objetivo não atingido será
feita a recuperação paralela, valendo 10,0 (dez) pontos na somatória dos mesmos,
envolvendo todos os alunos. Ela acontecerá a partir da avaliação diagnóstica de cada
professor ao término de cada conteúdo trabalhado.
O professor deverá trabalhar os assuntos que os educandos não aprenderam,
com metodologia diferenciada visando com esta estratégia o êxito dos educando. A
coordenação e acompanhamento do projeto de recuperação paralela ficarão a cargo
da equipe pedagógica.
Classificação
Em casos que seja necessário posicionar o aluno na etapa de estudos
compatível com a idade, experiência e desempenho, será realizado o processo de
classificação:
I. Por promoção: para alunos que cursaram com aproveitamento, a série
anterior na escola;
II. Por transferência: para alunos que vieram de outras escolas;
III. Independente de escolarização anterior: mediante avaliação, para definir o
grau de aprendizado, que permita sua inscrição na próxima etapa.
Reclassificação
Consiste no processo pelo qual a escola avaliará o grau de experiência do
aluno matriculado, levando em conta as normas curriculares, a fim de encaminhá-lo à
etapa de estudos compatível com sua experiência e desempenho,
independentemente do que registre o seu histórico escolar. Depois de efetuado o
processo de reclassificação, a escola encaminhará todos os documentos à SEED,
para registro.
51
Promoção
Serão considerados aprovados os educandos que obtiverem frequência igual
ou superior a 75% da carga horária anual e média anual igual ou superior a 6,0 (seis)
pontos. A promoção é o resultado da combinação dos dados obtidos no
aproveitamento escolar, aliado a apuração da assiduidade. Caberá ao Conselho de
Classe decidir quanto a aprovação de educandos que apresentem situações
especiais.
Adaptações
Adaptação de estudos é o conjunto de atividades didático-pedagógicas
desenvolvidas, sem prejuízo das atividades normais da série ou período, em que o
aluno se matricular para que possa seguir, com proveito, o novo currículo:
a) A adaptação far-se-á pela Base Nacional Comum;
b) A adaptação de estudos poderá ser realizada durante os períodos letivos
ou entre eles.
Para efetivação do processo de adaptação, a equipe pedagógica e da
secretaria deverá comparar o currículo, especificar as adaptações a que o educando
estará sujeito, elaborará um plano, flexível e adequado a cada caso e ao final do
processo, elaborará a ata de resultados as quais serão registrados no Histórico
Escolar e no Relatório Final encaminhado à SEED.
Normas da Biblioteca
A leitura e empréstimo de livros, pelos alunos, serão feitas durante o horário de
leitura da turma, na biblioteca.
a) O horário de funcionamento da biblioteca (leitura, empréstimo, consultas
bibliográficas, etc...) será fixado em local visível de acesso a todos os alunos,
professores e funcionários da Escola;
b) O horário de leitura é elaborado sempre que necessário, de comum acordo
entre professores de Português e bibliotecária;
52
c) Durante as aulas de leitura o professor permanecerá na biblioteca, na ocasião
deverá facilitar aos alunos o acesso aos livros, registrar os empréstimos e
recolher os cartões;
d) Deverá ser mantido absoluto silêncio durante a permanência na biblioteca;
e) Não é permitido comer doces, chocolates, pipocas, etc... ou mascar chicletes
dentro da biblioteca;
f) Na biblioteca deve ser usado apenas papel, lápis e borracha;
g) Ao sair da biblioteca o aluno deve deixar o seu lugar em ordem e limpo como
encontrou;
h) O prazo de devolução da obra emprestada será determinado pela bibliotecária
e anotado no cartão do livro;
i) Somente as obras de conteúdo extenso, e a critério da bibliotecária, é que
terão o empréstimo renovado;
j) O atraso da devolução da obra implicará no cancelamento da próxima retirada;
k) Com três atrasos na devolução, seqüentes ou alternados o leitor perderá o
direito de empréstimo durante o ano corrente;
l) O leitor responderá por perdas da obra a ele confiados. No caso de perda da
publicação deverá repor a obra ou pagar o equivalente a seu preço;
m) O empréstimo de obras ou leitura, no local (biblioteca), estão abertas, também,
a professores e funcionários incorrendo os mesmos no preenchimento do
cartão a prazo de devolução;
n) São excluídos de empréstimos as obras de referências, isto é, dicionários,
enciclopédias, atlas, etc... cuja consulta se fará apenas no recinto;
o) Todas presenças e atividades serão registradas no livro de registro da
biblioteca;
p) As obras de consulta serão entregues ao interessado pela bibliotecária. A
mesma deve ser usada com o máximo cuidado, evitar danos;
q) Ao término do trabalho deixar a obra sobre a mesa;
r) A biblioteca só funcionará para atendimento dentro do horário exposto e com a
presença da bibliotecária;
53
s) Todas as devoluções deverão ser feitas à bibliotecária, no local. Em caso de
alunos pelo monitor da turma;
t) Os casos omissos pela bibliotecária ou direção da escola.
VII – AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
O Projeto Político Pedagógico tem como principal intenção nortear o trabalho
da escola, especificamente no que se refere ao Ensino Fundamental e Médio, ainda
estruturar para a comunidade escolar possibilidades de realizar um trabalho
qualitativo que gradualmente possa ascender, visando atingir melhores e mais
abrangentes possibilidades teóricas e metodológicas no âmbito educacional.
Realizar um Projeto Político Pedagógico coletivo da escola, com possibilidades
de avançar, e que não será toda a sua história de construção apenas de um projeto
escrito, mas sim o escrito de um projeto discutido e elaborado consciente das
contradições pedagógicas e culturais, levantado e sugerido com e pelo grupo de
técnicos pedagógicos.
Todo projeto está concebido dentro das perspectivas de curto, médio e longos
prazos, para que não caia no erro de mudar, sem educar toda uma comunidade,
onde nos incluímos.
Entendemos que, para mudar é necessário tempo, método e acompanhamento, para
que todos possam funcionar e cumprir as tarefas na escola.
A avaliação dos trabalhos dar-se-á no decorrer do tempo, sendo que os
critérios deverão estar estabelecidos pelo coletivo e bem esclarecidos à comunidade
(avaliação institucional).
Este projeto pretende evoluir gradativamente, neste sentido sendo
constantemente avaliado e readequado na intensão de oportunizar a comunidade à
qual queremos atingir a saber construído coletivamente.
Plano de Avaliação Institucional
54
SETORES OU
ASPECTOS A SEREM
AVALIADOS
INDICADORES PARA
AVALIAÇÃO
PERIODICIDADE
Condições físicas e
materiais
Qualidade
Quantidade
Utilidade
Trimestralmente
Órgãos Constituídos:
APMF, Conselho Escolar
e
Grêmio Estudantil
Relação com os demais
envolvidos
Cumprir objetivos propostos nos
planos de ação
Trimestralmente
Professores Resultados Educacionais
Funções descritas no regimento
Formação continuada
Relação com os demais
envolvidos
Trimestralmente
Funcionários Funções descritas no regimento
Relação com os demais
envolvidos
Trimestralmente
Equipe Pedagógica Resultados Educacionais
Funções descritas no regimento
Relação com os demais
envolvidos
Trimestralmente
55
VIII – PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR
Língua Portuguesa
1 Apresentação Geral da Disciplina
A língua portuguesa passou a integrar os currículos escolares brasileiros
somente nas últimas décadas do século XIX, com a formação do professor dessa
disciplina iniciando nos anos 30 do século XX.
Em meados do século XVIII, o Marquês de Pombal torna obrigatório o ensino da
língua portuguesa em Portugal e no Brasil, em 1837, o estudo da língua portuguesa
foi incluído no currículo sob as formas das disciplinas: gramática, retórica e poética
(abrangendo a leitura). Somente no século XIX, o conteúdo gramatical ganhou a
denominação de Português e em 1871 foi criado, no Brasil, por decreto imperial, o
cargo de Professor de Português.
O ensino de Língua Portuguesa manteve a sua característica elitista até
nomeados do século XX, quando iniciou-se no Brasil a partir de 1967, “um processo
de democratização” do ensino (eliminação dos chamados exames de admissão).
A disciplina de Português com a lei 5692/71, passou a denominar-se, no
primeiro grau, Comunicação e Expressão (nas quatro primeiras séries), e
Comunicação em Língua Portuguesa (nas quatro últimas séries), baseando-se
principalmente nos estudos de Jakobson, referentes à teoria da comunicação. Em
decorrência disso, a gramática deixa de ser o enfoque principal do ensino de Língua
e a Teoria da Comunicação torna-se o referencial, embora na prática de sala de aula
o normativismo continuasse a ter predominância. Durante a década de 1970 até os
56
primeiros anos da década de 1980, o ensino de Língua Portuguesa pautava-se,
então, em exercícios estruturais, técnicas de redação e treinamento de habilidades de
leitura.
1.1 Objetivos
No processo de ensino-aprendizagem dos diferentes ciclos do ensino
fundamental, espera-se que o aluno amplie o domínio ativo do discurso nas diversas
situações comunicativas, sobretudo no uso da linguagem, de modo a possibilitar sua
inserção efetiva no mundo da escrita, ampliando suas possibilidades de participação
social no exercício da cidadania.
Para isso, a escola deverá organizar um conjunto de atividades que,
progressivamente, possibilite ao aluno:
(1) Utilizar a linguagem na escrita e produção de textos orais, na leitura e na produção de
textos grafados de modo a atender as múltiplas demandas sociais, responder a
diferentes propósitos comunicativos e expressivos e considerar as diferentes condições
de produção do discurso.
(2) Utilizar a linguagem para estruturar a experiência e ampliar a realidade,
operando sobre representações construídas em várias áreas de conhecimento.
(3) Sabendo como proceder para ter acesso, compreender e fazer uso de
informações contidas nos textos, reconstruindo o modo pelo qual se organizam
em sistemas coerentes.
(4) Sendo capaz de operar sobre o conteúdo representacional dos textos
identificando aspectos relevantes, organizando notas, elaborando roteiros,
resumos, índices, esquemas, etc.
(5) Aumentando e aprofundando seus esquemas cognitivos pela ampliação de
léxito e de suas respectivas redes semânticas.
(6) Analisar criticamente os diferentes discursos, inclusive o próprio,
desenvolvendo a capacidade de avaliação de textos.
(7) Contrapondo sua interpretação da realidade a diferentes opiniões.
(8) Inferindo as possíveis intenções do autor marcados nos textos.
(9) Identificando referências intertextuais presentes no texto.
57
(10) Percebendo os processos de convencimento utilizados para atuar sobre
o interlocutor / leitor.
(11) Identificando e repensando juízos de valor tanto sócio-ideológico
(preconceitos ou não) quanto históricos – culturais (inclusive estético)
associados à linguagem e a língua.
(12) Reafirmando sua identidade pessoal e social.
(13) Conhecer e valorizar a linguagem de seu grupo social como instrumento
adequado eficiente na comunicação cotidiana, na elaboração artística e
mesmo nas interações com pessoas de outros grupos sociais que se
expressam por meio de outras variedades.
(14) Usar os conhecimentos adquiridos por meio da prática da análise
lingüística para expandir sua capacidade de monitoração de uso de linguagem,
ampliando a capacidade de análise artística e crítica.
1.2 Conteúdos Estruturantes
Todos os conteúdos aqui propostos, serão trabalhados em todas as séries, com
grau de complexidade inerente a cada uma delas, pois os pressupostos teórico-
metodológicos que embasam o ensino da língua portuguesa, não admitem, de forma
alguma, a fragmentação de conteúdos por etapas, séries ou bimestres, visto que a
língua é usada e, portanto, estudada, enquanto unidade de significação. Na prática
da língua, usamos todos os conteúdos simultaneamente. Os fatos da língua não
acontecem um de cada vez.
Ao selecionar o texto, o professor observará a complexidade do mesmo, o que
definirá o aprofundamento dos conteúdos, a fim de atingir os critérios de avaliação
estabelecidos em cada série, priorizando os três eixos básicos (oralidade, leitura e
escrita).
1.3 Conteúdos Específicos do Ensino Fundamental
5ª Série
(1) Empregar, fixar e ampliar estruturas linguísticas em diversas situações
fonemas, letras, encontros consonantal e vocálicos;
58
(2) Relatar experiências pessoais, históricas, familiares, brincadeiras,
acontecimentos, eventos, textos lidos, programas de TV, entrevistas e outros;
(3) Debate sobre assuntos lidos, acontecimentos e filmes;
(4) Falar com clareza, sequências de ideias, objetividade argumentatividade e
adequação vocabular;
(5) Empregar corretamente na fala e na escrita elementos indicativos de
substituição, elementos indicativos de circunstâncias e elementos de ligação
(pronomes, advérbios, conjunção, preposição, interjeição e numerais);
(6) Praticar a leitura de textos informativos e lúdicos (fábulas) curtos e longos;
(7) Identificar as ideias básicas contidas no texto;
(8) Relacionar verbos e pessoas gramaticais observando a concordância (artigos
numerais, substantivos, verbos e adjetivos);
(9) Reconhecer ações, estados e fenômenos da natureza em diferentes contextos
frasais;
(10) Produzir textos descritivos, narrativos e informativos com clareza,
coerência e argumentação;
(11) Empregar, fixar e ampliar estruturas lingüísticas em diversas situações
da comunicação oral e escrita;
(12) Dominar e fixar ortografia de palavras que representam certas
dificuldades (palavras extraídas dos textos, ortografia e acentuação).
(13) Ler com fluência, entonação ritmo percebendo o valor expressivo do
texto e sua relação com sinais de pontuação;
(14) Diferenciar o código verbal do código não verbal;
(15) Avaliar textos lidos na perspectiva a unidade estrutural (paragrafação) e
recursos coesivos;
(16) Comparar textos lidos no que se refere a espaço, tempo, personagens,
foco narrativo, discurso;
(17) Discutir com os alunos a importância das informações obtidas nos textos
para clareza e compreensão dos mesmos, promovendo assim a reestruturação
dos textos;
(18) Analisar os textos poéticos e elaborar seus próprios textos;
59
(19) Diálogos: discurso direto e indireto;
(20) Análise literário;
(21) Produzir cartas e aviso bilhetes;
(22) Termos essenciais da oração;
(23) Modo indicativo do verbo;
(24) Leitura e dramatização de fábulas;
(25) Projeto meio ambiente.
6ª Série
(1) Revisão das classes de palavras;
(2) Revisão das classes de palavras;
(3) Acentuação;
(4) Pontuação;
(5) Narração – fábulas, lendas;
(6) Descrição;
(7) Sujeitos;
(8) Predicados – verbal / nominal;
(9) Preposição;
(10) Carta;
(11) Crônica / conto;
(12) Transitividade verbal;
(13) Adjuntos adnominais e adverbiais;
(14) Ortografia;
(15) Plural dos substantivos e adjetivos compostos;
(16) Leitura, interpretação e produção de textos.
60
7ª Série
(1) Textos literários, textos publicitários, de imprensa, textos de divulgação científica,
informativo, narrativo e descritivo;
(2) Técnicas de composição, níveis de linguagem, poesia e prosa,
desenvolvimento de períodos compostos, criação de personagens, exploração
de tempo, dissertação, narração em 1ª pessoa, descrição;
(3) Revisão das classes de palavras;
(4) Emprego do hífen;
(5) Oração, frase e período;
(6) Sujeito e predicado;
(7) Pontuação e elementos coesivos;
(8) Vozes do verbo, problemas gerais da língua culta;
(9) Complemento nominal;
(10) Concordância verbal e nominal;
(11) Figuras da linguagem;
(12) Acentuação gráfica e emprego de crase.
8ª Série
(1) Leituras de textos variados;
(2) Interpretação e análise lingüística;
(3) Verbal e não verbal;
(4) Gêneros literários, debates;
(5) Descrição, comparação, dissertação, texto poético, narração (seqüência
lógica / foco narrativo (paragrafação), paródia, redação comercial, síntese e
resumo);
61
(6) Revisão de classe de palavras;
(7) Sujeito e predicado;
(8) Período simples e composto;
(9) Homônimos e parônimos;
(10) Regras gerais da norma culta;
(11) Denotação e conotação;
(12) Período composto por coordenação;
(13) Acentuação gráfica, emprego do hífen;
(14) Preposições e conjunções;
(15) Período composto por subordinação;
(16) Figuras de pensamento e linguagem.
1.4 Conteúdos básicos: Ensino Médio
Leitura:
Interpretação textual, observando:
• conteúdo temático
• interlocutores
• fonte
Intencionalidade:
• ideologia
• informatividade
• situacionalidade
• marcas lingüísticas
Identificação do argumento principal e dos argumentos secundários.
Inferências
As particularidades (lexicais, sintáticas e composicionais) do texto em registro
formal e informal
62
As vozes sociais presentes no texto
Relações dialógicas entre textos
Textos verbais, não-verbais, midiáticos, etc.
Estética do texto literário
Contexto de produção da obra literária
Diálogo da literatura com outras áreas
Oralidade:
Adequação ao gênero:
• conteúdo temático
• elementos composicionais:marcas linguísticas,
Variedades linguísticas:
• Intencionalidade do texto
• Papel do locutor e do interlocutor:
• participação e cooperação
• turnos de fala
Particularidades de pronúncia de algumas palavras
Procedimentos e marcas linguísticas típicas da conversação
(entonação,repetições, pausas...)
Finalidade do texto oral
Materialidade fônica dos textos poéticos.
Escrita:
Adequação ao gênero:
• conteúdo temático
• elementos composicionais
• marcas linguísticas
Argumentação
Coesão e coerência textual
Finalidade do texto
Paragrafação
63
Paráfrase de textos
Resumos
Diálogos textuais
Refacção textual
Análise Linguística:
Perpassando as práticas de leitura, escrita e oralidade:
Conotação e denotação
Figuras de pensamento e linguagem
Vícios de linguagem
Operadores argumentativos e os efeitos de sentido
Expressões modalizadoras (que revelam a posição do falante em relação ao
que diz, como: felizmente, comovedoramente...)
Semântica
Discurso direto, indireto e indireto livre na manifestação das vozes que falam
no texto
Expressividade dos substantivos e sua função referencial no texto
Progressão referencial no texto
Função do adjetivo, advérbio, pronome, artigo e de outras categorias como
elementos do texto
Função das conjunções e preposições na conexão das partes do texto
Coordenação e subordinação nas orações do texto
A pontuação e seus efeitos de sentido no texto
Recursos gráficos: aspas, travessão, negrito, hífen, itálico
Acentuação gráfica
Gírias, neologismos, estrangeirismos
Procedimentos de concordância verbal e nominal
Particularidades de grafia de algumas palavras
1.5 Metodologia
Leitura silenciosa;
64
Leitura oral do professor e do aluno, com ênfase na entonação correta;
Prática de leitura individual e em grupo;
Leitura de comentários de textos poéticos e textos com fundo moral, leitura,
comentários e análise de textos publicitários e notícia de jornal, leitura de livros
paradidáticos e atividade oral;
Leitura dramatizada, dramatização, produção oral do texto resposta às
questões relacionadas ao texto, criação de diálogos entre personagem, jornal,
comentários sobre semelhança e diferença entre os textos apresentados,
análise das características dos personagens;
Interpretação de texto (leitura e interpretação do texto, resolução de
questionários, discussão do tema apresentado, estudo das idéias do texto);
Produção de texto;
Atividades de pontuação, exercícios de fixação das estruturas lingüísticas e
estatísticas significativas do texto principal;
Criação de textos ligeiros ou seqüência de palavras;
Produção de textos: crônicas, narração, bilhetes, descrições, recriação
de história, criação de novos diálogos entre as personagens de uma
história, criação de continuidade, por histórias, produção de textos
criativos para cartões, produção de poemas, relatos de anedotas,
criação de jornal mural, frases criativas;
Gramática;
Jogos didáticos, trabalho de pesquisa em jornais e revistas;
Consultas a gramáticas e a dicionários;
Trabalhos de grupos atividade escritas e orais, aulas expositivas.
1.6 Avaliação
Espera-se que o aluno:
65
Identifique o tema e a finalidade do texto
Estabeleça relações intertextuais entre diferentes textos
Reconheça diferentes formas de tratar uma informação na comparação de
textos que tratam do mesmo tema, considerando as condições de produção e
recepção
Interprete textos com o auxílio de material gráfico diverso(propaganda,
gráficos,mapas, infográficos,fotos...)
Identifique informações implícitas nos textos
Identifique informações em textos com alta complexidade linguística
Espera-se que o aluno:
Utilize seu discurso de acordo com a situação de produção (formal, informal)
Reconheça a intenção do discurso do outro
Elabore argumentos convincentes para defender suas idéias
Identifique as marcas lingüísticas que evidenciam o locutor e o interlocutor de
um texto oral
Espera-se que o aluno:
Produza textos atendendo as circunstâncias de produção proposta
(gênero, interlocutor, finalidade...)
Adeque a linguagem de acordo com o contexto exigido: formal ou informal
Elabore argumentos consistentes
Produza textos respeitando o tema
Estabeleça relações entre partes dos textos, identificando repetições
ou substituições
Estabeleça relação entre a tese e os argumentos elaborados para sustentá-la
Espera-se que o aluno:
Distingua o sentido metafórico do literal nos textos orais e escritos
Utilize adequadamente, recursos lingüísticos, como o uso da pontuação, do
artigo, dos pronomes...
Identifique marcas de coloquialidade em textos que usam a variação linguística
como recurso estilístico
66
Estabeleça relações semânticas entre as partes do texto (de causa, de tempo,
de comparação...)
Reconheça a relação lógico-discursiva estabelecida por conjunções e
preposições argumentativas
Amplie o horizonte de expectativas.
1.7 Referências
ANDRADE, Carlos Drummond de. Contos plausíveis. Rio de Janeiro; José Olympio,
1981.
BAKTHIN, Mikhail M. Marxismo e filosfia da linguagem – estética da criação
verbal.
CAMPEDELII, Yousseff Samira & SOUZA, Barbosa Jesus. Editora Saraiva.
DIRETRIZES CURRICULARES, 2008 – Secretaria de Estado da Educação,
Superintendência da Educação.
KLEIMAN, Ângela. Texto e leitor: aspectos cognitivos da leitura. 7ª ed. Campinas,
SP: Pontes, 2000.
MORENO, Cláudio & GUEDES, Paulo. Curso básico de redação. 2ª ed. São Paulo:
Ática, 1984.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Currículo básico para a escola
pública do estado do Paraná. 3ª ed. Curitiba, 1997.
PERRENOUD, Philippe. Dez novas competências para ensinar. Porto alegre.
Artemed, 2000.
FERREIRA, Aurélio B. de H. Novo dicionário básico da língua portuguesa. Rio de
Janeiro: Nova Fronteira, 1995.
67
Língua Estrangeira Moderna – Inglês
1 Apresentação Geral da Disciplina
A Língua Portuguesa é importante, porque é um vínculo fundamental na
comunicação entre os homens. Pelo seu caráter de sistema simbólico, como qualquer
linguaje, funciona como meio para ter acesso ao conhecimento e não só a
estrangeira, mas também e sobretudo a língua materna, como um elemento básico
da vida social, sem a qual não haveria transmissão e acúmulo de conhecimento. A
língua esta permanentemente em evolução, ela precisa respirar, viver, se transformar,
se multifacetar. Durante o aprendizado da língua estrangeira, mas também para a
língua do outro, do estrangeiro, o professor fazendo o uso de vários tipos de textos
em língua estrangeira, não só se restringindo ao discurso pedagógico, sistemático, do
livro didático utilizado. Nessa proposta, tentaremos colocar os pontos que nos
parecem essenciais no ensino de uma língua estrangeira para que ela possa se
68
tornar uma base real de conhecimentos para o aluno e não uma prática inútil de
algumas frases num outro idioma.
Gostaríamos ainda de acrescentar que este trabalho pedagógico será norteado
por um pensamento maior: acreditamos que a língua estrangeira terá uma
importância crucial na formação do aluno, sobretudo do aluno de ensino público por
ter menos noção de seu lugar no mundo, por ter menos acesso à informação.
Acreditamos que através do conforto com o novo, com a língua do outro, e vale
dizer, com a cultura do outro, esse aluno terá mais facilidade em se posicionar,
reconhecendo a situação geográfica, econômica e cultural de seu próprio país ao
enxergar e respeitar as diferenças entre duas culturas.
1.1 Objetivos
(1) Utilizar a Língua Inglesa como meio de comunicação escrita e oral;
(2) Reconhecer a importância do uso da Língua Inglesa;
(3) Valorizar os costumes e valores de outras culturas;
(4) Ser capaz de ler e compreender textos.
1.2 Conteúdos Estruturantes
O ensino da língua estrangeira, de acordo com as diretrizes curriculares, será
pautado no conteúdo estruturante, ou seja, no discurso como prática social, e nas
formas como se revela nas práticas de leitura, escrita e oralidade. O discurso, nesse
caso, é visto como uma prática social que envolve falantes que têm algo a dizer para
alguém, por algum motivo, em uma determinada situação e em um contexto histórico
e sócio-cultural definido.
O conteúdo estruturante deve sempre ser veiculado por um texto (oral, visual,
auditivo ou escrito), com abordagem das questões lingüísticas (vocabulário, fonética,
fonologia e regras gramaticais), sócio-pragmáticas (ideologias, valores sociais e
verbais do contexto em que se realiza o discurso), culturais (como sente, pensa e age
o grupo social em que o discurso se materializa) e discursivas (os diferentes gêneros
em que o discurso se realiza). O texto enquanto uma unidade de significação será o
69
ponto de partida para a aula, buscando levar o aluno a refletir sobre um determinado
problema ou uma determinada questão que está posta no mundo, levando-se sempre
em conta o contexto de produção (quem fala o que, para quem, como, por que, onde
e quando). O professor, ao trabalhar o texto em seu contexto social de produção,
deve selecionar os itens gramaticais que revelam a construção da língua, fazendo
com que outros textos sejam produzidos a partir do que foi trabalhado. Isso significa
que o texto não deve ser usado como um pretexto para se ensinar a gramática, com a
tradicional concentração nos exercícios pautados na estrutura lingüística, mas sim,
como um meio de entender a construção de significados e, a partir daí, possibilitar a
construção de outros textos.
O professor deve, então, trabalhar com os textos buscando fazer atividades em
que se possam: comparar as unidades temáticas, lingüísticas e composicionais de
um texto com outros; interpretar a estrutura de um texto tendo as reflexões da sala de
aula como ponto de partida; ler e analisar textos de países que falam o idioma
ensinado na escola e dos aspectos que veiculam; ter contato com textos que
abordem os mesmos temas e sejam publicados nacional e internacionalmente,
analisando as abordagens de tais publicações; comparar estruturas fonéticas,
sintáticas e morfológicas da língua em estudo com a língua materna. As atividades
devem levar em conta o conhecimento de mundo e as experiências do aluno. Ao
professor cabe fazer com que os alunos possam analisar os textos e o conteúdo que
veiculam, explorando pressupostos, formulando hipóteses e ajudando a construir
expectativas quanto aos sentidos possíveis, lembrando de estimular os alunos a que
se posicionem em relação ao texto.
1.3 Conteúdos Específicos do Ensino Fundamental
5ª Série
(1) The Alphabet;
(2) Greetings;
(3) Personal Pronouns;
(4) Articles;
(5) Number 1/100;
70
(6) Verb To Be;
(7) Colors;
(8) Comands;
(9) Imperative;
(10) Interrogative Words;
(11) Month of the year;
(12) Animals;
(13) Texts;
(14) National;
(15) Prepositions from e to;
(16) Possessive;
(17) Adjectives;
(18) How many e How much;
(19) Time;
(20) Fruits and vegetables
6ª Série
(1) Verb To Be;
(2) Ordinal Numbers;
(3) Cardinal Numbers;
(4) Days of the week;
(5) Months of the year;
(6) Verb to be (post tense);
(7) Prepositions;
(8) Can and Could;
(9) Simple Present;
(10) Occupation;
(11) Personal Promo us;
(12) Possessive Adjectives;
(13) Vocabulary;
(14) Texts.
71
7ª Série
(1) Verb To Be post tense;
(2) Simple Present;
(3) Possessive Pronouns;
(4) Prepositions;
(5) Why…? – Because…;
(6) Past tense – regular and irregular;
(7) Indefinite pronouns.
(8) Genitive case;
(9) Reflexive Pronouns;
(10) Vocabulary;
(11) Texts.
8ª Série
(1) Simple Present;
(2) Simple past;
(3) Adverbs;
(4) Indefinites;
(5) Comparative degree;
(6) Superlative;
(7) Present Perfect;
(8) Future Tense;
(9) Conditional Tense;
(10) Passive Voice;
(11) Relative Pronouns;
(12) Vocabulary;
(13) Texts
Ensino Médio
1º ANO
72
TEMA: A Influência do Inglês na Língua Portuguesa
Sub-temas: Relações de poder no uso da língua / Colonização / História da Língua
Portuguesa / Estrangeirismos / Influências de Línguas Indígenas, Africanas
e Européias / Língua e pluralidade cultural.
Análise Linguística: vocabulário / verbo to be e there to be / tempos verbais utilizados
nos textos (presente, presente contínuo/ passado simples e passado
contínuo e outros que se apresentarem) / marcadores de ordem dentro do
texto (first, second, third, etc.) / categorias de palavras.
TEMA: Variedades da Língua Inglesa: Old English x Modern English, gírias e
pluralidade cultural
Sub-temas: relações afetivas / relações de gênero / literatura de Língua Inglesa
(Shakespeare) / adaptações da literatura para o cinema / a linguagem dos
adolescentes / Estrutura do ensino e relações educacionais no Brasil e
nos EUA.
Análise lingüística: vocabulário / tempos verbais: presente, presente contínuo e
passado simples / wh-questions / adjetivos / comparativos.
TEMA: Variedades da Língua Inglesa: variações lingüísticas em canções através dos
tempos.
Sub-temas: a música dos negros nos EUA e no Brasil / Diferentes formas de pensar
através da música / Música e ideologia / utopia e realidade / história da
música / música e política / injustiça social / drogas / anos rebeldes /
música eletrônica / new wave / festas Rave / Hip Hop.
73
Análise linguística: tempos verbais: presente, passado e presente perfeito / Why e
Because / palavras e expressões que mostram concordância ou
discordância.
2º ANO
TEMA: A Correspondência Escrita: do papiro e da pena ao computador
Sub-temas: A importância da escrita em nossas vidas / a história da escrita /
linguagem formal e informal / cartas pessoais / cartas comerciais / escrita e
a linguagem da internet / cidadania / direitos humanos / estatuto da criança
e do adolescente / organizações não governamentais.
Análise linguística: tempos verbais: presente, passado, presente perfeito / palavras e
expressões características de correspondência pessoal e comercial, da
propaganda, da linguagem de legislação e da internet.
TEMA: Alimentação
Sub-temas: pluralidade cultural e hábitos alimentares / obesidade / alimentação e
saúde .
Análise lingüística: palavras transparentes / vocabulário / substantivos e adjetivos /
tempos verbais: presente, presente perfeito / caso genitivo / comparativo /
previsibilidade lingüística e adequação em textos / estrutura lingüística de
receitas.
TEMA: Sociedade e meio ambiente
Sub-temas: coesão e coerência textuais / modernização e meio ambiente /
aquecimento global / o índio e a natureza / população indígena no Brasil /
consciência ambiental e proteção à natureza.
74
Análise lingüística: recursos de coerência e coesão (relatores e palavras que indicam
contraste, adição, tempo, causa e conseqüência, exemplos, objetivos,
conclusão e concordância) / tempos verbais: presente, passado/
comparativo e superlativo / verbos modais.
3º ANO
TEMA: Literatura: as fábulas e a moral da história
Sub-temas: provérbios / relações afetivas / preconceito / autenticidade / amizade /
trabalho e ócio / perseverança / desejo e posse.
Análise lingüística: vocabulário / tempos verbais: presente, passado / verbos modais /
condicionais / advérbios de freqüência / imperativo.
TEMA: O inglês através do mundo e do tempo.
Sub-temas: Inglês americano e inglês britânico (pluralidade cultural) / língua e
relações de poder / história da língua inglesa / influências na construção da
língua inglesa / globalização e transformações da língua / o inglês como
língua internacional.
Análise lingüística: vocabulário / tempos verbais: presente e passado / superlativo /
quantificadores para contáveis e incontáveis (How many, how much, many,
much).
TEMA: Tecnologia e trabalho
Sub-temas: capitalismo / revolução industrial e revolução tecnológica / revolução
tecnológica e suas conseqüências no cotidiano / desenvolvimento
tecnológico e sociedade / tecnologia e problemas sociais / tecnologia e
profissões / capacitação e empregabilidade / exclusão e inclusão digital /
distribuição de renda no Brasil / dificuldades para lidar com as novas
tecnologias / blogs e escrita.
75
Análise lingüística: vocabulário / tempos verbais: presente, passado / how many, how
much / verbos modais / superlativo.
Os conteúdos específicos serão abordados a partir de um texto de acordo com
sua estrutura, contemplando seus elementos lingüísticos-discursivos, levando em
conta o princípio da continuidade entre as séries.
1.4 Encaminhamento Metodológico
O trabalho será desenvolvido através do estudo de textos, textos estes que
versem sobre diversas disciplinas desenvolvendo a interdisciplinariedade que
compõem o ensino fundamental e médio e tratem de temas atuais que favoreçam o
debate e confiem o horizonte cultural do aluno.
A questão linguística será tratada com atividades propostas e necessárias para
o entendimento do texto, surgindo de forma contextualizada e significativa.
A prática oral será trabalhada em pares, em equipe com diálogo que refletem
situações reais de comunicação relacionadas do texto em questão.
1.5 Metodologia
(1) Aulas expositivas;
(2) Textos com temas referentes as questões sociais;
(3) Conversação professor/aluno – aluno/aluno;
(4) Dinâmica de entendimento (jogos, músicas, etc);
(5) Utilização de recursos visuais;
(6) Dramatizações
1.6 Avaliação
A avaliação no ensino da Língua Estrangeira Moderna é vista com um
processo de coleta e análise de dados para o acompanhamento dos avanços e as
dificuldades. Acreditamos que o conceito de avaliação da aprendizagem deve estar
76
ligado a uma concepção pedagógica mais ampla, isto é, uma visão de educação, de
acompanhamento e a reorganização do processo ensino – aprendizagem com
possibilidade de conhecer o quanto o aluno se aproxima ou não da expectativa da
apropriação dos conhecimentos. Um profissional sério e responsável, seguro de sua
prática docente, que orienta as atividades dos educandos colaborando com eles na
construção do conhecimento, percebe a avaliação como um todo com vistas no
qualitativo, buscando uma postura crítica com função diagnóstica, verificando a
passagem do senso comum para sistematização dos conteúdos, uma nova ação
pedagógica em procura de soluções adequadas para o sucesso do aluno.
Sendo a avaliação u processo contínuo e sistemático, ela não é um fim em si
mesma, mas sempre um meio, um recurso e como tal, usada de maneira criativa, não
podendo, jamais, ser esporádica ou improvisada, deve ser planejada, ocorrendo com
naturalidade ao longo de todo o processo, pra reorientá-la e aperfeiçoá-la.
1.7 Referências
Língua Estrangeira Moderna: Diretrizes Curriculares da Rede Pública de
Educação Básica do Estado do Paraná. Curitiba: SEED-PR, 2006.
Vários autores. Livro Didático Publico: Língua Estrangeira Moderna – Espanhol e
Inglês. Curitiba: SEED-PR, 2006.
Projeto Político-Pedagógico das Escolas Estaduais do Município de São José dos
Pinhais, 2006.
Proposta Pedagógica Curricular das Escolas Estaduais do Município de São José dos
Pinhais, 2006.
Língua Estrangeira Moderna – Espanhol
1 Apresentação da Disciplina
77
O cenário do ensino de Línguas Estrangeiras e a estrutura do currículo escolar
sofreram constantes mudanças em decorrência da organização social, política e
econômica ao longo da história. As propostas curriculares e as metodologias de
ensino são instigadas a atender às expectativas e demandas sociais contemporâneas
e a propiciar às novas gerações a aprendizagem dos conhecimentos historicamente
produzidos.
Com a criação do Mercosul e o estreitamento das relações entre países da
América Latina, um novo painel vem se apresentando nos últimos anos, abrindo
novas perspectivas para o ensino do Espanhol, o que permitirá aos alunos terem
contato com uma outra língua estrangeira além da língua inglesa e, por isso, com
uma maior pluralidade cultural.
A língua estrangeira na sala de aula deve ser um espaço de análise de
construções discursivas portadoras de diferentes culturas e ideologias, associadas
aos seus contextos de produção e às comunidades que as interpretam, constroem e
são por elas construídas. O contato do aluno com essa perspectiva de ensino,
possibilitará que, ele ou ela perceba os diferentes usos, convenções e valores da
comunidade que usa a língua em estudo, bem como trará subsídios para que reflita
sobre as formas e o modo de ser de sua própria língua e da língua do outro. Além de
possibilitar o entendimento da língua como um construto humano em constante
transformação, a aula de Língua Estrangeira é também um espaço em que o aluno
pode ampliar o seu contato com outras formas de conhecer e interpretar diferentes
construções da realidade.
Entender a língua como um construto humano, dinâmico e revelador das
transformações pelas quais o homem tem passado, oferece aos alunos novas
possibilidades de leitura e um maior entendimento de construções da realidade
diferentes da sua, o que, em larga escala, pode contribuir para uma convivência
mundial menos agressiva e mais harmoniosa. O professor, ao trabalhar essa
dinamicidade da língua, deve apresentar aos alunos os mais diferentes e variados
gêneros textuais, buscando sempre levantar a finalidade do texto, para quem é
78
dirigido e o contexto de sua produção, assim como apresentar temas da história e
cultura afro-brasileira e africana contribuindo para a formação de cidadão atuantes no
seio de uma sociedade multicultural e pluriétnica em prol de uma nação democrática
(Lei 10.639/03).
Mais especificamente, o espaço da aula de Língua Estrangeira é um momento
que pode contribuir para a construção de identidades nas interações aluno-professor
e nas representações e ideologias que se revelam no cotidiano. Daí ser de suma
importância, que sejam analisadas questões pertinentes à nova ordem global como
um caminho para o desenvolvimento da consciência crítica.
A Proposta Curricular está, como as Diretrizes Curriculares, comprometida com
o resgate da função social e educacional da Língua Estrangeira, esperando que ao
término do Ensino, o aluno possa, dentro das suas possibilidades: usar a língua em
situações de comunicação oral e escrita; vivenciar na aula de Língua Estrangeira
práticas que lhe possibilitem estabelecer relações entre ações individuais e coletivas;
compreender que os significados são construídos e, portanto, podem ser
transformados pela prática social; ter uma maior consciência do papel das línguas na
sociedade; reconhecer e compreender a diversidade, como também os benefícios
que ela traz.
É claro, que sempre que se tenta aprender uma língua diferente da nossa, as
tentativas de aprendê-la, e apreendê-la, são, a princípio, confusas e repletas de
inadequações. Contudo, essas tentativas, muitas vezes frustradas e
incompreensíveis, fazem parte da construção do sistema linguístico que está sendo
aprendido. Por isso, o erro na aprendizagem da Língua Estrangeira deve ser
encarado como parte do processo de construção do conhecimento. Desse ponto de
vista, faz parte das tentativas de acerto e deve ser encarado pelo professor e pelo
aluno como tal, orientando-os para as modificações que devem ser feitas, para que o
processo de ensino-aprendizagem realmente aconteça.
O espanhol é a terceira língua mais difundida no mundo (depois do chinês e do
inglês). Há perto de trezentos milhões de pessoas que tem o espanhol como língua
79
materna, e outros cinquenta milhões que falam no seu dia a dia. É a língua oficial da
Argentina, Bolívia, Colômbia, Costa Rica, Cuba, Chile, Equador, El Salvador,
Espanha, Guatemala, Guiné, Equatorial, Honduras, México, Nicarágua, Panamá,
Paraguai, Peru, Porto Rico, República Dominicana, Uruguai e Venezuela, e também é
falada por muitos nos Estados Unidos e Filipinas. É a língua falada por todos os
nossos vizinhos latino-americanos, o que inclui os nossos sócios no Mercosul. Sendo
o Brasil um membro importante deste mercado comum sul-americano, o
conhecimento da língua espanhola é indispensável aos brasileiros da aurora do
século XXI.
Além disso, é o fato mais do que reconhecido que aprender um segundo ou
terceiro idioma, amplia consideravelmente os horizontes culturais de uma pessoa e
sua capacidade de processar informações. Uma vez que o idioma espanhol é falado
por uma parte tão próxima e tão importante da humanidade, aprendê-lo equivale a
aprender como viver melhor num mundo onde as informações são essenciais à
própria sobrevivência de empresas e indivíduos. Mesmo que ainda possa ser
considerado caótico e embrionário em muitos aspectos, o processo de globalização
do planeta em pleno curso, mostra-se cada vez mais inevitável. Neste processo,
tornar claras e facilmente inteligíveis as comunicações entre os povos e países, é
muito mais do que apenas desejável e absolutamente necessário. Deve-se ter em
mente que o bom aprendizado de um novo idioma é bem precioso, que se adquire
para toda a vida através do qual muitas coisas boas podem ser conquistadas.
Segundo Gimenez (2005), a língua se constitui como um espaço de
comunicação intercultural, exercendo “o papel de mediadora das relações entre
pessoas de diferentes línguas maternas”, tendo em vista que existe,
aproximadamente, mais de 300 milhões de falantes nativos e mais de 1 bilhão de
usuários no mundo todo, sendo a língua usual em: livros, jornais, aeroportos e
controle de tráfego aéreo, negócios internacionais e conferências acadêmicas,
ciência, tecnologia, medicina, diplomacia, esportes, competições internacionais,
música pop e propaganda.
1.1 Objetivos gerais
80
O ensino da disciplina de língua espanhola justifica-se pelo fato de que a
aprendizagem de Língua Estrangeira (LEM) contribui para que o aluno:
Colabore na ampliação da visão de mundo do aluno, tornando-o mais
crítico e reflexivo;
Priorize a competência para a leitura e a compreensão de textos
escritos, acompanhando o aluno na construção do vocabulário e leitura;
Possibillte ao aluno maior percepção de sua própria cultura, por meio do
conhecimento e da cultura de outros povos;
Tenha maior consciência sobre o papel das línguas na sociedade;
Reconheça e compreenda a diversidade linguística e cultural, bem como
seus benefícios para o desenvolvimento cultural do país;
Use a língua em situações de comunicação oral e escrita;
Compreenda que os significados são sociais e historicamente
construídos e, portanto, passíveis de transformação na prática social.
Na seleção de textos, propõe-se analisar os elementos linguístico-discursivos
neles presentes, mas de forma que não sejam levados em conta apenas objetivos de
natureza linguística, mas sobretudo, fins educativos. É importante também que os
textos abordem os diversos gêneros discursivos e que apresentem diferentes graus
de complexidade da estrutura da linguística.
1.2 Conteúdos
Conteúdo Estruturante
Discurso como prática social
Oralidade (Oralidad)
• Compreensão e expressão oral sobre os textos estudados nas aulas;
• Variedades linguísticas;
• Atos da fala (imagens, poemas e charges);
• Declamação de poema;
81
• Narração de experiências pessoais;
• Inferência de significados das palavras a partir de um contexto (cognatos
etc..);
• Argumentação com temas polêmicos;
• Música (pronúncia, vocabulário, análise linguística e questão racial);
• Exemplos de pronúncias e de vocabulários da língua estudada em diversos
países.
Leitura (Lectura)
• Apresentação de textos de diversos gêneros discursivos: tiras, charges,
música, artigos de jornal, filmes, desenhos animados, sinopse,
comentários, blog, texto de opinião, rótulos, dentre outros;
• Interpretação de tema do argumento principal e dos secundários;
• Estudo de vocabulário específico presente nos textos;
• Diferenciação dos textos publicitários, informativos e argumentativos.
Escrita (Escrita)
• Produção e re-estruturação de pequenos textos, descritivos e informativos;
• Pesquisa sobre os assuntos em estudo para ampliação de vocabulário e
construção argumentativa;
• Coesão e coerência;
• Produção de diálogos com temas atualizados;
• Adequação ao gênero: elementos composicionais e elementos formais.
Análise Linguística
• El alfabeto español;
• El diccionário (Monolingue, Bilingue)
• Verbos llamarse;
• Estudiar/Estar/Ser;
• Presente del Indicativo;
• Numerales Cardinales;
82
• Días de la semana;
• Horas;
• Interrogativos
• Cuerpo Humano;
• Sílaba tónica;
• Utiles de la casa;
• Alimentos;
• Dónde/De Dónde/Adónde;
• Los Artículos;
• El Gerúndio;
• Muy o Mucho.
Ouvir (Oír)
• Compreensão de diálogos, entrevistas, canção, poema e diário;
• Filmes, observando as características importantes do cenário, personagem e
época;
• Músicas diversificadas.
1.3 Metodologia da Disciplina
As aulas de língua espanhola serão desenvolvidas a partir do estudo de texto
(verbal e não-verbal), concebido enquanto uma unidade de sentido, conforme o
encaminhamento metodológico que segue:
Leitura de textos verbais e não verbais (compreensão e
interpretação, processo que não se restringe à leitura oral em voz alta ou tradução
dos textos, mas à produção de sentidos);
Análise textual (tipo de texto dentro da diversidade de gêneros);
Análise temática (tema do texto);
Análise linguística (recursos linguísticos);
83
Atividades para uso da língua (exercícios escritos de leitura,
compreensão, interpretação e análise linguística de textos);
Produção de textos (verbal ou não-verbal);
Re-estruturação textual (re-escrita);
Exposição e troca de textos produzidos entre alunos da escola e de
outras escolas.
1.4 Avaliação
Ao propor reflexões sobre as práticas avaliativas, objetiva-se favorecer o
processo de ensino e de aprendizagem, ou seja, nortear o trabalho do professor,
bem como, proporcionar que o aluno tenha uma dimensão do ponto em que se
encontra no recurso pedagógico.
A avaliação, nesta perspectiva, visa contribuir para a compreensão das
dificuldades dos alunos e proporcionar ao professor subsídios para uma prática
pedagógica diferenciada que vise solucionar tais dificuldades contribuindo para a
formação do aluno de maneira que este tenha através da avaliação, uma
aprendizagem continuada.
A avaliação servirá, além de aferir a aprendizagem do aluno, para que o
professor repense a sua metodologia e planeje as suas aulas de acordo com as
necessidades de seus alunos.
Analisando os seguintes critérios:
Leitura (Lectura)
- Apresentar clareza nas ideias;
- Argumentar a respeito do que leu;
- Estabelecer diálogos coerentes, utilizando pronúncia e a entonação do idioma
em estudo;
- Identificar diferentes gêneros textuais, tais como: informativos, narrações,
descrições, poesias,
84
tiras, correspondência, receitas, bulas de remédios, folders, outdoors, placas de
sinalização, rótulos e embalagens e etc.;
Oralidade (Oralidad)
- Identificar informações expressas em diferentes formas de linguagem (verbal
e não verbal); - Identificação da ideia principal de textos;
- Responder e comentar a respeito dos textos;
- Ler em voz alta, utilizando a pronúncia e entonação correta do idioma em
estudo para ser compreendida.
Escrita (Escrita)
- Escrever textos com o objetivo de ser bem compreendido no processo de
interlocução;
- Re-escrever o próprio texto, fazendo as adequações necessárias de
acordo com o gênero textual, a linguagem e o interlocutor com o auxílio do professor
e colegas;
- Inferir significados a partir de um contexto;
- Compreender e expressar oralmente sobre os textos estudados nas
aulas.
Ouvir (Oír)
• Usar o vocabulário e as estruturas textuais, empregando-os em outros
contextos;
• Realizar tarefas;
• Identificar a ideia global e informações sobre o que ouve.
Os alunos deverão ser avaliados através de múltiplas atividades diferenciadas
dentro e fora do espaço da sala de aula. Atividades que não vise somente à
memorização de conteúdo específico, mas atividades que sejam reflexivas e
compreensíveis, não sendo um mecanismo para classificar, excluir ou promover o
85
aluno, mas sim um recurso pedagógico para se repensar e planejar uma nova práxis
pedagógica tais como:
• Trabalhos em duplas e individuais;
• Apresentações orais de trabalhos em equipe realizados em sala;
• Participação das atividades e exercícios propostos em sala;
• Atividades de interpretação de textos, individuais e em duplas;
• Produção de mini texto;
• Atividades orais (leitura e apresentação de trabalhos), buscando atender às
necessidades de cada aluno.
1.5 Referências
GIMENEZ, Telma. Diretrizes Curriculares para o Ensino Fundamental da Rede de
Educação Básica do Estado do Paraná: Língua Estrangeira Moderna.
GARCIA, Maria de Los Angeles, HERNÁNDES, Josephine Sánchez. Español sin
Fronteras. Editora Scipione.
SOUZA, Jair de Oliveira. Español para Brasileño. Editora FTD.
Vários autores. Livro Didático Publico: Língua Estrangeira Moderna – Espanhol e
Inglês. Curitiba: SEED-PR, 2006.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação . Superintendência de Educação.
Departamento de Ensino Fundamental.
Cadernos temáticos: Inserção dos conteúdos de história e cultural afro-brasileira e
africana nos currículos escolares/Paraná. Curitiba: SEED-PR, 2005.
86
Geografia
1 Apresentação Geral da Disciplina
Para pensar em ensino de Geografia, hoje, nos remete a compreensão do
movimento de renovação desta ciência nos últimos anos. Não há como negar que a
tradição geográfica sustentava-se no conhecimento resultante do trabalho empírico,
onde a observação e descrição das paisagens eram os principais pontos de partida
para os seus desenvolvimentos enquanto ciência.
Por outro lado, a principal busca dos geógrafos nas últimas décadas, tem sido a
construção de um corpo teórico metodológico, capaz de romper com as dicotomias
produzidas pelo conhecimento tradicional (geografia humana ou geografia
geral/regional), caminhando no sentido de recuperar a totalidade de forma mais
dinâmica.
As relações com a natureza e com o espaço geográfico fazem parte das
estratégias de sobrevivência dos grupos humanos deste suas primeiras formas de
organização.
Portanto, torna-se importante que os alunos possam perceber-se como autores
na construção de paisagens e lugares, que possam compreender que essas
paisagens e lugares resultam de múltiplas interações entre o trabalho social e a
natureza, e que estão plenos de significados simbólicos decorrentes da afetividade
nascida com eles.
É importante destacar que uma das grandes contribuições dadas pelas novas
correntes fenomenológicas da geografia foi a de buscar, explicar, e compreender o
87
espaço geográfico, não somente como produto de força econômica ou de formas de
adaptações entre o homem e a natureza, mas também dos fatores culturais.
O aluno através do estudo de geografia, ao observar, descrever, indagar e
representar a multiplicidade de paisagens e lugares; com isso estará compreendendo
seu papel como atores coadjuvantes dos processos que estão constantemente
transformando essas paisagens e lugares, transcendendo a dimensão local na
procura do mundo.
Cabe salientar que os conteúdos estruturantes se inter-relacionam e reúnem
seus conteúdos específicos, os grandes conceitos geográficos (sociedade, natureza,
território, região, paisagem, lugar, entre outros), que somente inter-relacionados
tornam-se significativos e contribuem para a compreensão do espaço geográfico,
onde os alunos possam realizar uma leitura da realidade de forma não fragmentada,
para que seus estudos tenham um sentido e significado no seu cotidiano, a sua vida
no lugar possa ser compreendida, interagindo com as pluralidades dos lugares, num
processo de globalização, fortalecendo o espírito de solidariedade como cidadão do
mundo.
1.1 Objetivos
(1) Pensar o homem por inteiro em sua dimensão, humana, natural e social;
(2) Ter flexibilidade e abertura para o novo, o imprevisto e o inusitado;
(3) Ter disponibilidade para resistir e para inferir na construção do espaço
geográfico;
(4) Compreender a formação de novos blocos e das relações de poder com o
término do estado nação;
(5) Compreender as transformações que o conceito de religião sofrem através da
história e da geografia;
(6) Compreender a redefinição do conceito de lugar quando a geografia amplia a
sua ótica para além da economia;
(7) Compreender o significado do conceito de paisagem como síntese de múltiplos
de determinação da natureza, das relações sociais, da cultura, da economia e
da política.
88
(8) Buscar explicar e compreender o espaço geográfico não somente como
produto de forma econômica ou de formas de adaptações entre o homem e a
natureza, mas também dos fatores culturais.
(9) Procurar valorizar as atitudes e procedimentos que os alunos podem adquirir
estudando seu cotidiano como a geografia, onde estarão compreendendo o
seu papel como atores coadjuvantes dos processos que estão constantemente
em transformação;
(10) Tem como objetivo também, oferecer ao aluno inúmeras oportunidades
para a interpretação do modo como o saber científico se inter-relaciona com o
discurso ideológico e com as relações de poder e da informação;
(11) Possibilitar ao aluno a compreensão do espaço com em que está
inserido, a partir do entendimento da constituição e das relações estabelecidas
entre os territórios institucionais, bem como entre os territórios que a eles se
sobrepõem como campos de forças sociais e políticas.
1.2 Conteúdos Estruturantes
(1) A Geografia e a compreensão do mundo;
(2) O Planeta Terra;
(3) Os Continentes, as Ilhas e os Oceanos;
(4) Relevo e Hidrografia;
(5) Clima e Vegetação;
(6) O Campo e a Cidade;
(7) Atividades econômicas – extrativismo e agropecuária;
(8) Atividades Econômicas – Indústrias, comércio e prestação de serviços;
(9) Para entender o Brasil;
a) A identidade brasileira;
b) A construção e a formação do território brasileiro;
c) As origens culturais do povo brasileiro.
(10) O estudo do Brasil e de sua população pelas linguagens gráficas e
cartográficas;
a) A localização do Brasil e a Cartografia;
89
b) A dinâmica populacional brasileira;
c) Migrações.
(11) As regiões brasileiras;
a) A identidade das regiões;
b) Amazônia;
c) Nordeste;
d) Centro – Sul
(12) O Território Americano;
a) A Cartografia e o Continente Americano;
b) A organização do espaço americano;
c) As diversas paisagens da América.
(13) Os recursos minerais, a agricultura, a indústria e o trabalho;
a) A estrutura geográfica da América;
b) Os minerais e a produção industrial: uma das formas de denominação;
c) O processo de industrialização e o trabalho;
d) As mudanças territoriais provocadas pela indústria;
e) As políticas agrícolas e a agroindústria;
(14) Regionalizado o Continente Americano;
a) Os critérios para classificar os países;
b) Países da América.
(15) Europa;
a) Europa Ocidental – Aspectos Gerais;
b) Europa Ocidental – Aspectos Regionais;
c) Europa Oriental – O Leste Europeu atual;
d) Europa Oriental – Antiga Iugoslávia e os novos Países;
e) Comunidade de Estados Independentes – Aspectos Gerais;
f) Comunidade dos Estados Independente – Aspectos Regionais.
(16) Estados Unidos e Canadá;
(17) Japão;
(18) China;
(19) Oceania e Austrália.
90
1.3 Conteúdos Específicos do Ensino Fundamental
5ª Série
(1) A descoberta do tempo e do espaço;
(2) A sociedade moderna e o espaço;
(3) A Terra, um Astro do Universo;
(4) Orientando-se na Terra;
(5) Representação do espaço;
(6) Cartografia;
(7) A superfície terrestre;
(8) Litosfera;
(9) Atmosfera;
(10) Hidrografia;
(11) Biosfera;
(12) A Terra, Planeta vivo.
6ª Série
(1) O território brasileiro;
(2) Brasil: População;
(3) Brasil: Campo e Cidade;
(4) Região Norte;
(5) Região Nordeste;
(6) Região Sudeste;
(7) Região Sul;
(8) Região Centro – Oeste.
7ª Série
(1) Geografia e regionalização do espaço;
(2) Economia Global;
(3) O Continente Americano;
(4) A população e a economia da América;
91
(5) A América do Norte;
(6) América Central, América Andina e Guianas;
(7) América Platina;
(8) O Brasil.
8ª Série
(1) Globalização
(2) A bipolaridade do século XX
(3) A nova ordem mundial do início do século XXI
(4) Regionalização mundial ( blocos econômicos).
(5) Conflitos mundiais
(6) Órgãos internacionais
(7) Neoliberalismo
(8) Terrorismo
(9) Políticas econômicas culturais e ambientais.
(10) Novo papel das organizações políticas, internacionais e regionais.
(11) Redefinições de fronteiras: conflitos étnicos, culturais, políticos, econômicos, de base territorial.
(12) Circulação da poluição atmosférica
(13) Quadro natural e problemas ambientais
(14) Formação étnica e religiosa
(15) Estrutura etária e etnia da população
(16) Fatores e tipos de migração e imigração e suas influências no espaço geográfico
(17) Localização geográfica dos países e continentes
(18) Representações gráficas
92
(19) Atividades produtivas, transformação da paisagem
(20) Formação, localização, exploração dos recursos naturais.
1.4 Conteúdos Específicos do Ensino Médio
1º ANO
(1) Coordenadas geográficas;
(2) O movimento de rotação da Terra e os fusos horários;
(3) O movimento de translação da Terra e as estações do ano;
(4) Cartografia: construindo mapas;
(5) Cartografia: a leitura dos mapas;
(6) O tempo geológico e as placas tectônicas;
(7) A estrutura da Terra;
(8) A dinâmica interna do relevo;
(9) A dinâmica externa do relevo;
(10) As várias fisionomias da superfície terrestre;
(11) A atmosfera e os fenômenos meteorológicos;
(12) Os fatores que influenciam o clima;
(13) Tipos de clima;
(14) Os grandes biomas terrestres;
(15) O planeta pede água;
(16) Nas ondas dos oceanos e mares;
(17) As águas continentais;
(18) A população da Terra: fatores do crescimento e teorias demográficas;
(19) A população da Terra e suas diversidades;
(20) As atividades agropecuárias e os sistemas agrários;
(21) A atividade industrial no mundo;
(22) Energia: o motor da vida moderna;
(23) Cidades: a urbanização da humanidade;
(24) Redes urbanas. A hierarquia das cidades;
(25) A destruição da natureza: atividades humanas e impactas ambientais;
93
(26) A destruição da natureza: erosão e poluição do solo por agrotóxicos;
(27) O lixo urbano e os impactos ambientais causados pela poluição;
(28) A poluição do ar: inversão térmica, “ilhas de calor” e chuva ácida;
(29) A poluição do ar: efeito estufa e destruição da camada de ozônio;
(30) Em busca do desenvolvimento sustentável.
2º ANO
(1) A formação e a expansão do território brasileiro;
(2) Caracterização do espaço brasileiro;
(3) Brasil: estrutura geológica e relevo;
(4) O clima do Brasil;
(5) Ecossistemas brasileiros;
(6) A hidrografia brasileira;
(7) A organização política – administrativa e a divisão regional do Brasil;
(8) Os complexo regionais brasileiros;
(9) Brasil: de agro exportador a país industrializado subdesenvolvido;
(10) O comércio exterior brasileiro;
(11) O espaço agropecuário brasileiro;
(12) A estrutura fundiária e os conflitos de terra no Brasil;
(13) Recursos mineiros do Brasil;
(14) A industrialização no Brasil;
(15) Distribuição espacial da industria brasileira;
(16) Os transportes no Brasil;
(17) A população brasileira: crescimento e formação étnica;
(18) A população brasileira: distribuição e estrutura;
(19) Movimentos da população no Brasil;
(20) Urbanização e regiões metropolitanas brasileiras;
(21) Impactos ambientais em ecossistema brasileiros.
3º ANO
(1) Os principais conceitos da geografia;
94
(2) Os Continentes;
(3) O Capitalismo e a construção do espaço geográfico;
(4) O Socialismo;
(5) Capitalismo x Socialismo: A Guerra Fria;
(6) O mundo pós – guerra fria;
(7) A internacionalização do capital;
(8) O subdesenvolvimento;
(9) Novos países industrializados: substituição de importações;
(10) Novos países industrializados: plataformas de exportações;
(11) O comercio mundial;
(12) União Europeia;
(13) Outros Blocos Econômicos;
(14) As novas migrações internacionais e a xenofobia;
(15) Nacionalismo – minorias étnicas e separatismo;
(16) O Islã – entre a paz e terrorismo;
(17) O mundo sem a URSS;
(18) O novo Leste Europeu;
(19) A Comunidade de Estados Independentes;
(20) China, um país, dois sistemas;
(21) Coreia do Norte, Cuba e Vietnã;
(22) América Latina;
(23) Africa;
(24) Reino Unido e França;
(25) Itália e Alemanha;
(26) Canadá e Japão;
(27) Austrália e Nova Zelândia, os rios do sul;
(28) Estados Unidos, potência mundial.
1.5 Metodologia
A discussão acerca do ensino da Geografia inicia-se pelas reflexões
epistemológicas do seu objeto de estudo, que tem como proposta aprofundar a
95
discussão com os professores da rede estadual de ensino no sentido de buscar a
superação da dicotomia geográfica física e humana, que faz parte da construção
histórica do pensamento geográfico.
Assim, para a formação de um aluno consciente das relações sócio-especiais de
seu tempo, assume-se o quadro conceitual das teorias críticas da geografia, que
incorporam, em suas construções conceituais, os conflitos e as contradições sociais,
econômicas, culturais e políticas que constituem i espaço geográfico.
1.6 Avaliação
A avaliação é parte do processo de ensino-aprendizagem e, por isso, deve servir
não apenas para acompanhar aprendizagem dos alunos, mas também o trabalho
pedagógico do professor.
É imprescindível que a avaliação seja contínua e produza a qualidade e o
processo de aprendizagem, ou seja, o desempenho do aluno ao longo do ano letivo,
a avaliação deve ser diagnóstica e continuada, pois, dá ênfase ao aprender, usando
vários instrumentos de avaliação que contemplem várias formas de expressão dos
alunos, como: leitura e interpretação de textos, produção de textos, leitura e
interpretação de fotos, imagens, gráficos, tabelas e mapas, pesquisas bibliográficas,
relatórios de aula de campo, apresentação de seminários, construção e analise de
maquetes, entre outros.
Em geografia, os principais critérios a serem observados são a formação dos
conceitos geográficos básicos e o entendimento das relações sócio – espaciais.
1.7 Referências
BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais para ensino Médio. Brasília : MEC, 1996.
MARINA, L. TÉRCIO. Geografia: Novo Ensino Médio. São Paulo: Ática, 2005.
PARANÁ. Diretrizes Curriculares de Geografia para o Ensino Médio – Versão Preliminar, 2006.
POPKEWITZ, T.S. História do Currículo, Regulação Social e Poder. In SILVA, T.T. da O Sujeito da Educação Estudos Foucaltianos. Petrópolis: Vozes, 1994.
96
SANTOS, M. Por uma outra Globalização. Rio de Janeiro: Record, 2000.
__________ Técnica, Espaço, Tempo – Globalização e Meio Técnico-Científico Informacional. São Paulo: Hucitec, 1996a.
__________ A Natureza do Espaço Técnica e Tempo Razão e Emoção. São Paulo: Hucitec, 1996b.-
__________ Por Uma Geografia Nova . São Paulo: Hucitec, 1986.
História
1 Apresentação Geral da Disciplina
O ensino de História tem como interesse os aspectos políticos, econômicos,
culturais e sociais. Breve histórico da trajetória do ensino de história no Brasil, tem
como objetivo suscitar reflexões entre o ensino e a produção do conhecimento:
(1) 1970 – ensino tradicional com aulas expositivas com memorização e repetição de forma
factual e linear;
(2) 1889 – o ensino é o mesmo: História da organização Social Brasileira;
(3) 1882 à 1954 – ensino para elite brasileira;
(4) 1930 – debate sobre a implantação dos estudos sociais com experiências
norte-americanas;
97
(5) 1950 – instituído o programa de assistência brasileiro-americano ao ensino
elementar (PABAEE). Posteriormente vem no ensino de 1º grau a lei 5692 em
1971;
(6) 1964 – é narrado apenas do ponto de vista factual;
(7) 1971 – criada a lei 5692, instituía 1º grau em 8 anos (história, geografia e
educação moral e cívica) e o 2º grau curso profissionalizante ( com a disciplina
de OSPB);
(8) 1990 – os PCNS apresentam inovações para o ensino de história,
proporcionando autonomia aos professores e o elencamento de temas
transversais;
(9) 2003 – a lei 13.381/01: torna obrigatório o ensino de História do Paraná no
ensino fundamental e médio. Inclui também a obrigatoriedade da temática a
cultura Afro-Brasileira nos currículos escolares.
1.1 Objetivos
Objetiva-se propiciar aos alunos, ao longo da Educação Básica, a formação da
consciência histórica. A História tem como objeto de estudos os processos históricos
relativos as ações e as relações humanas praticadas no tempo: sociais, políticas e
culturais.
1.2 Conteúdos Específicos do Ensino Fundamental
5ª Série
(1) Os historiadores e a produção do conhecimento;
(2) Tempo;
(3) Fontes e documentos;
(4) Ciências auxiliares da história;
(5) Arqueologia no Brasil;
(6) O surgimento da terra e do homem;
(7) Povos indígenas no Brasil e no Paraná;
(8) As primeiras civilizações na América, África, Europa e Ásia;
(9) Os europeus na América;
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(10) A formação da Península Ibérica
6ª Série
(1) As missões;
(2) Bandeira;
(3) Colonização do território paranaense;
(4) Movimentos de contestação: quilombos (BR e PR); revoltas nazivistas e
nacionalistas (inconfidência mineira, conjuração baiana, guerra dos mascates);
(5) A chegada da família real no Brasil;
(6) O processo de independência no Brasil
7ª Série
(1) A construção da Nação – o Governo de D. Pedro II;
(2) Movimentos abolicionistas e emancipacionista;
(3) Emancipação política do Paraná ( 1853);
(4) Guerra do Paraguai – a tríplice aliança;
(5) O processo de abolição: leis abolicionistas;
(6) Os primeiros anos de República: o coronelismo e clientelismo;
(7) A guerra do contestado;
(8) A primeira guerra mundial;
(9) Revolução Russa
8ª Série
(1) A semana de 1922 e o repensar da nacionalidade;
(2) A crise mundial de 1929;
(3) A Revolução de 30 e o período Vargas (1930 à 1945);
(4) Leis trabalhistas;
(5) O populismo no Brasil e na América Latina;
(6) Construção do Paraná moderno: governos;
(7) A guerra fria;
(8) O regime militar no Paraná e no Brasil;
(9) Os regimes militares na América Latina.
99
1.3 Conteúdos Estruturante do Ensino Médio
(1) O processo de sedentarização na antiguidade ocidental;
(2) Sociedade e trabalho na antiguidade clássica;
(3) A Europa Feudal;
(4) Terra conquista e poder nas sociedades americanas;
(5) Movimentos revolucionários europeus e questões relacionadas ao uso e à
posse da terra;
(6) Dinâmica e funcionamento das sociedades industriais contemporâneas;
(7) Urbanização e trabalho no século XX;
(8) Economia e sociedade no pós – guerra;
(9) Cidadania, movimentos sociais e questões étnicas a partir de 1960;
(10) Militarismo e autoritarismo na América Latina;
(11) Tensões que envolvem o uso e a posse da terra na História do Brasil.
1.4 Conteúdos Específicos do Ensino Médio
1º ANO
(1) A construção da História;
(2) O mundo antigo (*Afro);
(3) A Idade Média;
(4) O Renascimento Cultural e Científico;
(5) A Reforma Protestantes e a Reforma Católica;
(6) Paraná: A ocupação do território paranaense.
2º ANO
(1) Os diferentes Povos da América;
(2) Os diferentes;
(3) A Colonização da América Portuguesa e Espanhola;
(4) A era das revoluções;
100
(5) O processo de Independência da América: Portuguesa, Espanhola e Anglo-
Saxônica;
(6) Unificação da Itália e da Alemanha;
(7) O Imperialismo na África e na Ásia;
(8) Os ciclos econômicos no Paraná.
3º ANO
(1) O Brasil na República Velha;
(2) A Primeira Guerra Mundial e a Revolução Russa;
(3) O período entre guerras;
(4) A Segunda Guerra Mundial;
(5) A Era Vargas;
(6) A Guerra Fria;
(7) A Nova Ordem Mundial;
(8) O Paraná industrializado.
1.5 Metodologia
A produção do conhecimento histórico está baseada na explicação e
interpretação de fatos passados. A problematização produz uma narrativa histórica
que tem como desafio contemplar as diversidades das experiências sociais, culturais
e políticas dos sujeitos e suas relações. Assim, ao confrontar ou comparar
documentos entre si e com o contexto social e teórico de sua produção abre
perspectivas para validar, refutar ou contemplar a produção historiográfica existente.
Cabe ao professor explorar novos métodos de produção de conhecimento
histórico e ampliar possibilidades: de recortes temporais, do conceito de documentos,
de sujeitos e de suas experiências, de problematização em relação ao passado
(museus, bibliotecas, acervos públicos ou privados de fotografias). Implica também a
busca de outros referenciais que possam complementar o conteúdo tratado em sala
de aula, isto é, ir além do livro didático.
1.6 Avaliação
101
A avaliação se dará de forma contínua, processual e diversificada, permitindo
uma análise crítica das práticas que podem ser constantemente retomadas e
reorganizadas pelo professor e pelos alunos, isto permite ainda situá-los como parte
do coletivo, onde a responsabilidade pelo e com grupo seja assumida com vistas à
aprendizagem de todos. Cabe ao professor planejar situações diferenciadas de
avaliação.
1.7 Referências
BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais para ensino Médio. Brasília : MEC, 1996.
MARINA, L. TÉRCIO. Geografia: Novo Ensino Médio. São Paulo: Ática, 2005.
PARANÁ. Diretrizes Curriculares de Geografia para o Ensino Médio – Versão Preliminar, 2006.
POPKEWITZ, T.S. História do Currículo, Regulação Social e Poder. In SILVA, T.T. da O Sujeito da Educação Estudos Foucaltianos. Petrópolis: Vozes, 1994.
SANTOS, M. Por uma outra Globalização. Rio de Janeiro: Record, 2000.
__________ Técnica, Espaço, Tempo – Globalização e Meio Técnico-Científico Informacional. São Paulo: Hucitec, 1996a.
__________ A Natureza do Espaço Técnica e Tempo Razão e Emoção. São Paulo: Hucitec, 1996b.-
__________ Por Uma Geografia Nova . São Paulo: Hucitec, 1986.
Ensino Religioso
1 Apresentação Geral da Disciplina
O Ensino Religioso tem suas normas instituídas na Deliberação 01/06 do CEE
para o Sistema Estadual de Ensino no Paraná.
A disciplina de Ensino Religioso pretende contribuir para o reconhecimento e
respeito às diferentes expressões religiosas advindas da elaboração cultural dos
102
povos, bem como possibilitar o acesso as diferentes fontes da cultura sobre o
fenômeno religioso, bem como contribuir para superar a desigualdade étnica
religiosa, garantir o direito constitucional de liberdade, crença e expressão conforme
art. 5º inciso VI da Constituição Brasileira.
1.1 Objetivos
Propiciar aos educandos a oportunidade de identificação, de entendimento, de
conhecimento, de aprendizagem em relação as diferentes manifestações religiosas
presentes na sociedade, de tal forma que tenham a amplitude da própria cultura em
que se ensina.
Essa compreensão deve favorecer o respeito à diversidade cultural religiosa, em
suas relações éticas e sociais, diante da sociedade, formando medida de repúdio a
todo e qualquer forma de preconceito e discriminação e o reconhecimento de que
todos nós, somos portadores de irregularidade.
1.2 Conteúdos Estruturantes
(1) Texto Sagrado;
(2) Símbolo;
(3) Paisagem Religiosa.
1.3 Conteúdos Específicos
5ª Série
(1) Respeito a diversidade religiosa;
(2) Lugares sagrados;
(3) Organizações religiosas.
6ª Série
(1) Universo simbólico religioso;
(2) Ritos;
(3) Festas religiosas;
(4) Vida e morte.
103
1.4 Metodologia
A globalização dos meios de comunicação atinge todos os domínios da vida
humana repercutindo também nas manifestações religiosas, nas crenças e na própria
forma de interpretar o sagrado. Pode-se dizer que:
Aquilo que para as igrejas é objeto de fé, para escola é objeto de estudo.
Isto supõe a distinção entre fé, crença e religião, entre o ato subjetiva de crer e o
fato objetivo que o expressa.
Propor o encaminhamento metodológico da disciplina de Ensino Religioso não
se reduz a determinar formas, métodos, conteúdos ou materiais a serem utilizados
em sala de aula, mas pressupõe um constante repensar das ações que subsidiarão
este trabalho. Logo as práticas pedagógicas desenvolvidas pelo professor da
disciplina.
A linguagem a ser utilizada nas aulas de Ensino Religioso é a pedagógica e não
a religiosa, referente a cada expressão do sagrado, adequado ao universo escolar.
1.5 Avaliação
A avaliação na disciplina de Ensino Religioso não ocorre como na maioria das
disciplinas. O Ensino Religioso não constitui objeto de aprovação ou reprovação nem
terá registro de notas ou conceitos na documentação escolar, por seu caráter
facultativo de matrícula na disciplina.
Mesmo com essas particularidades, a avaliação não deixa de ser um
elemento integrante do processo educativo na disciplina do Ensino Religioso.
Cabe ao professor implementar práticas avaliativas que permitam acompanhar o
processo de apropriação de conhecimentos pelo aluno e pela classe, cujo parâmetro
são os conteúdos tratados e os seus objetivos.
Para atender a este propósito, o professor elaborará instrumentos que o
auxiliem a registrar quanto o aluno e a turma se apropriaram ou têm se apropriado
dos conteúdos tratados nas aulas de Ensino Religioso. Significa dizer que o que se
busca com o processo avaliativo é identificar em que medida os conteúdos passam a
ser referenciais para a compreensão das manifestações do sagrado pelos alunos.
104
De fato, a apropriação do conteúdo trabalhado pode ser observada pelo
professor em diferentes situações de ensino e aprendizagem. Eis algumas sugestões
de observação por parte do professor:
- em que medida o aluno expressa uma relação respeitosa com os colegas de
classe que têm opções religiosas diferentes da sua?
- o aluno aceita as diferenças de credo ou de expressão de fé?
- o aluno reconhece que o fenômeno religioso é um dado de cultura e de
identidade de cada grupo social?
- o aluno emprega conceitos adequados para referir-se às diferentes
manifestações do sagrado?
Diante da sistematização das informações obtidas da avaliação, o
professor terá elementos para planejar as necessárias intervenções no processo
pedagógico, para retomar as lacunas identificadas na aprendizagem do aluno, e terá
elementos para dimensionar os níveis de aprofundamento a serem adotados em
relação aos conteúdos que desenvolverá posteriormente.
Depois da avaliação, o professor de Ensino Religioso terá, também, indicativos
para a própria avaliação pedagógica ou a imediata reorganização do que já tenha
trabalhado, cuja referência são estas Diretrizes.
Por estar em processo de implementação nas escolas, a disciplina de Ensino
Religioso requer um trabalho comprometido, de modo que a avaliação se torna um
fator que pode contribuir para sua legitimação como componente curricular.
Apesar de não haver aferição de notas ou conceitos que impliquem
aprovação ou reprovação do aluno, recomenda-se que o professor registre o
processo avaliativo por meio de instrumentos que permitam à escola, ao aluno, aos
seus pais ou responsáveis a identificação dos progressos obtidos na disciplina.
Por meio desta prática, o aluno terá oportunidade de retomar conteúdos e
conhecimentos que o auxiliam a compreender melhor a diversidade cultural, da qual a
religiosidade é parte integrante. Finalmente, o aluno poderá articular o Ensino
Religioso aos demais componentes curriculares que abordam aspectos relativos à
cultura.
105
1.6 Referências
BLACKBURN, S. Dicionário Oxford de filosofia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar,
1997.
CISALPIANO, M. Religiões. São Paulo: Scipione, 1994.
COSGROVE, D. A geografia está em toda parte: cultura e simbolismo nas
paisagens humanas. In: CORRÊA, R. L.; ROSENDAHl, Z. Paisagem, tempo e
cultura. Rio de Janeiro: Eduerj, 1998. p. 92-123.
COSTELLA, D. O fundamento epistemológico do ensino religioso. In:
JUNQUEIRA,
S.; WAGNER, R. (Orgs.) O ensino religioso no Brasil. Curitiba: Champagnat,
2004.
CUNHA, A. G. da. Dicionário etimológico Nova Fronteira da língua
portuguesa. 2. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1997.
DURKHEIM, É. As formas elementares de vida religiosa. São Paulo: Edições
Paulinas, 1989.
ELIADE, M. O sagrado e o profano: a essência das religiões. São Paulo: Martins
Fontes, 1992.
______. Tratado de história das religiões. 2 edição, São Paulo: Martins Fontes,
1998.
FEUERBACH, Ludwig. A essência do Cristianismo. 2ª edição, Lisboa: Fundação
Calouste Gulbenkian, 2002.
GIL FILHO, S. F. Espaço de representação e territorialidade do sagrado: notas
para
uma teoria do fato religioso. Ra’e Ga O Espaço Geográfico em Análise:
Curitiba, v. 3 n. 3, p. 91-120, 1999.
GIL FILHO, S. F.; GIL, A. H. C. F. Identidade religiosa e territorialidade do
sagrado:notas para uma teoria do fato religioso. In ROSENDAHL, Z. & CORREA,
R. L.(org.).
Religião, identidade e território. Rio de Janeiro: EDUERJ, 2001.
GIL FILHO, Sylvio F; GIL, A. H. C. F. Por uma geografia do sagrado. In:
MENDONÇA,
106
F.; KOEZEL, S. (org.). Elementos de Epistemologia da Geografia
Contemporâneo. Curitiba: UFPR, 2002.
HEIDEGGER, M. Conferências e escritos filosóficos. São Paulo: Nova Cultural,
1989. (Coleção Os Pensadores)
HINNELS, J. R. Dicionário das religiões. São Paulo: Cultrix, 1989.
HOUAISS, A.; VILLAR, M. de S. Dicionário Houaiss da língua portuguesa. Rio
de Janeiro: Objetiva, 2001.
HUSSERL, E. Investigações lógicas: sexta investigação - elementos de uma
elucidação fenomenológica do conhecimento. São Paulo: Nova Cultural, 1988.
(Coleção Os Pensadores)
JUNQUEIRA, S. R. A. (Orgs.) Conhecimento local e conhecimento universal:
pesquisa, didática e ação docente. Curitiba, Champagnat, 2004.
MACEDO, C. C. Imagem do eterno: religiões no Brasil. São Paulo: Moderna,
1989.
MENDONÇA, F.; KOZEL, S. (orgs.). Elementos de epistemologia da geografia
contemporânea. Curitiba: UFPR, 2002
NIETZSCHE, Friedrich Wilhelm. O anticristo. São Paulo: Martin Claret, 2002.
OLIVEIRA, M. A. A. de. Componente Curricular. In: JUNQUEIRA, S. R. A.;
WAGNER,
R. Ensino Religioso no Brasil. Curitiba: Champagnat, 2004.p. 119.
OTTO, R. O sagrado. Lisboa: Edições 70, 1992.
PEDRO, A. de. Dicionário de termos religiosos e afins. Aparecida: Santuário,
1993.
ROHMANN, C.. O livro das idéias: pensadores, teorias e conceitos que
formam nossa visão de mundo. Rio de Janeiro: Campus, 2000.
SACHS, W. Dicionário do desenvolvimento: guia para o conhecimento como
poder. Petrópolis: Vozes, 2000.
WITTGENSTEIN, L. Investigações filosóficas. Petrópolis: Vozes, 1994.
107
Ciências
1 Apresentação Geral da Disciplina
Há vários anos atrás o homem começou a interessar-se pela ciência,
procurando satisfazer suas necessidades diárias, uma grande descoberta foi a do
fogo.
Com a resolução Industrial a Renovação e vários outros acontecimentos
históricos a ciência foi se desenvolvendo e muitas teorias foram sendo elaboradas.
Com isso grande pensadores contribuíram significativamente para o desenvolvimento
científico como Nicoulau Copérnico, Galileu Galilei, René Descartes, Isaac Newton,
Antoine Laurent Lavoisier, Charles Darwin, entre outros.
A disciplina de Ciências foi inserida no currículo a partir da reforma Francisco
Campos. Era passado aos alunos temas como: ar e solo, água, botânica, zoologia,
corpo humano, química e física.
A lei de diretrizes e bases da Educação Nacional nº 4.024/61 teve o objetivo de
preparar o cidadão para o pensamento lógico.
Com a lei nº 5692/71, alterou a estrutura geral de ensino primário e médio, nos
anos 70 as implicações sociais desse desenvolvimento científico e tecnológico
tornam-se objetivos de estudo na escola, principalmente a partir da abertura política,
o ensino de ciências, dentre eles a educação ambiental, a saúde, as relações entre a
indústria e agricultura e entre a ciências e a tecnologia no ensino de ciências a
integração de conteúdos a partir de três eixos norteadores: noções de astronomia,
transformação e interação da matéria e energia, saúde e melhoria de qualidade de
vida.
Portanto, encaminhamentos como os grupos de estudo, seminários estaduais,
simpósios, os cadernos pedagógicos, Portal Dia a Dia Educação, o festival de artes
da rede estudantil – FERA, o projeto com ciências e os jogos escolares.
1.1 Objetivos
108
(1) Conteúdos estruturais: conhecimentos físicos – em relação aos diversos fenômenos
naturais e tecnológicos, abordando conteúdos como: movimentos, sons, luz,
eletricidade, magnetismo, calor e ondas, dentre outras;
(2) Conhecimentos químicos: as noções e conceitos científicos, sobre os matérias
e as substâncias: sua constituindo no entendimento dos ambientes e da
manutenção da vida;
(3) Corpo humano e saúde: conhecer e compreender as transformações suas
funções de nutrição, coordenação, relação, regulação e reprodução nesta
mesma abordagem, se faz necessário contemplar as condições existentes na
sociedade atual, a miséria, fome, desnutrição, subnutrição e o desperdício se
contrapõem a produção e oferta de alimentos no Brasil e no mundo;
(4) Ambiente: sabendo que existem vários e diferentes ambientes da terra, sua
diversidade, localização, caracterização, transformações ao longo há história,
os seres vivos e do homem aos ambientes aquáticos, gelados, temperados,
quentes e secos, quentes e úmidos, cavernas e ao ambiente espacial;
(5) Tecnologia: portanto, pode compreender que mau ou bom uso que se faz
delas depende, muitas vezes, de interesses políticos, militares e empresarias
que apoderam de seus resultados e os utilizam em benefício de uma elite,
visando lucro, dominação e guerra.
1.2 Conteúdos Estruturantes
5ª Série
(1) Sistema solar, galáxias, origem da terra, espaço, ecossistema, movimentos da terra,
rocha e solo, preparação do solo, água na natureza, poluição das águas, tratamento da
água, flutuação e pressão na água, existência do ar e pressão atmosférica.
6ª Série
(1) Seres vivos, ecossistema, vírus, nomenclatura, seres unicelulares, fungos, poríferos,
anidarios, platelmintos, nematelmintos, moluscos, anelídeos, insetos, aracnídeos,
crustáceos, diplópodes, equinodermos, peixes anfíbios, répteis, aves, mamíferos,
criptogramas, fonerogamas e reprodução das plantas.
109
7ª Série
(1) Espécie humana, célula, aparelho locomotor, tecidos, sistema sensorial, alimentos,
digestão, sistema, respiratório, circulação, excreção, reprodução e genética.
8ª Série
(1) Estudo da matéria, fenômenos químicos e físicos, átomos, separação de misturas, tabela
periódica, ligações químicas, funções químicas, mudanças de estado físico, reações
químicas, conceitos básicos de física, cinemática, dinâmica, força e trabalho, energia
térmica, energia elétrica, energia magnética, ondas eletromagnéticas.
1.3 Metodologia
O encaminhamento metodológico do ensino das ciências tem como objetivo a
investigação, a comunicação e o debate de fatos e ideias. A observação, a
experimentação, a comparação, o estabelecimento de relações entre fatos e/ou
fenômenos e ideias, a leitura e a escrita de textos informativos, a organização de
informações por meio de desenhos, tabelas, gráficos, esquemas, o confronto entre
suposições e entre elas e os dados obtidos por investigação a proposição e a solução
de problemas, são diferentes procedimentos que possibilitarão a aprendizagem.
1.4 Avaliação
A avaliação no ensino de ciências será efetivamente realizada na satisfação do
aluno que interprete situações determinadas, cujo entendimento demanda os
conceitos que estão sendo apropriados. Entendemos que o ato de avaliar é um
processo contínuo e sistemático, portanto deve ser constante e planejado,
fornecendo assim para o professor o retorno para possibilitar a recuperação dos
objetivos que não foram contemplados.
A avaliação irá considerar o desenvolvimento das capacidades dos estudos com
relação a aprendizagem, não só de conceitos, mas também de procedimentos e
atitudes.
110
Os alunos serão avaliados de forma contínua, diagnóstica, à partir da
observação sistemática durante as aulas sobre questões elaboradas pelo aluno,
respostas dadas, registro de debates, entrevistas, pesquisas, filmes, experiências,
observações, assim como avaliações de múltiplas escolha.
1.5 Referências
ANDERY, M. A (et al). Para compreender a ciência. São Paulo: EDUC, 1988.
APPLE, M. W. Ideologia e currículo. Porto Alegre: Artmed, 2006.
ASTOLFI, J. P. A didática das ciências. Campinas/SP: Papirus, 1991.
BASTOS, F. História da Ciência e pesquisa em ensino de ciências.
CARVALHO, A. M. P. (et al). Formação de professores de ciências: tendências e inovações. São Paulo: Cortez, 2001.
FEIJÓ, R. Metodologia e filosofia da ciência. São Paulo: Atlas, 2003.
LOPES, A Conhecimento escolar: ciência e cotidiano. Rio de Janeiro: EDUERJ, 1999.
LOPES, A Contribuições de Gaston Bachelard ao ensino de ciências. Ensenanza de Las Ciencias, 1993, 11 (3), p. 324-330.
LOSSE, J. Introdução histórica à filosofia da ciência. Belo Horizonte: Itatiaia, 2000.
NARDI, R (org). Questões atuais no Ensino de Ciências. São Paulo: Escrituras Editora, 2002.
PARANÁ. Diretrizes Curriculares de Ciências para o Ensino Fundamental – Versão Preliminar – 2008
PRETTO, N. D. L. A ciência nos livros didáticos. Campinas: Editora Unicamp, 1985.
SAVIANI, D. Pedagogia histórico-crítica: Primeiras aproximações. Campinas/SP: Autores associados, 1997.
LEITE, L. S. (Coord). Tecnologia Educacional: Descubra suas possibilidades na sala de aula. Petrópolis: Vozes, 2003.
111
CANIVEZ, P. Educar o cidadão? Campinas: Papirus, 1991.
LUCKESI, Cipriano C. Verificação ou Avaliação: o que pratica a escola? In: Avaliação da Aprendizagem Escolar: estudos e proposições. 15ª. Ed. São Paulo: Cortez, 2003.
Educação Física
1 Apresentação Geral da Disciplina
O currículo de Educação Física está embasado na pedagogia histórico-crítica da
Educação, um modelo de superação das contradições e injustiças sociais.
Vislumbrava-se a perspectiva de mudança e transformação de uma sociedade
fundamentada em valores individuais para uma sociedade mais igualitária. Com isso
possibilitou-se a consolidação de um novo entendimento em relação ao movimento
humano como expressão da identidade corporal, apontando a cultura dos povos,
relativos à ginástica, à dança, ao esporte, aos jogos e as atividades que
correspondem as características regionais.
A Educação Física na educação básica pretende refletir sobre as necessidades
atuais de ensino, superando uma visão fragmentada de homem. Destaca-se que as
aulas de Educação Física não podem ser um apêndice das demais disciplinas e
atividades escolares, devemos considerar a disciplina de forma mais abrangente,
propiciando uma educação voltado para uma consciência crítica, onde o trabalho, é
um dos princípios fundantes das reflexões acerca da disciplina de Educação Física
nestas diretrizes curriculares.
1.1 Objetivos
Dar um novo significado as aulas é um exercício necessário que requer uma
amplitude das possibilidades de intervenção, superando a dimensão matriz por uma
dimensão histórica, cultural, social, rompendo com a idéia de que o corpo se restringe
somente ao biológico, ao mensurável. O papel da Educação Física será o de
112
transcender aquilo que se apresenta como senso comum, desmistificando formas já
equivocadas sobre o entendimento das práticas e manifestações corporais.
1.2 Conteúdos Estruturantes
(1) Manifestações Esportivas;
(2) Origem dos Esportes;
(3) Origem da Ginástica;
(4) Prática Esportiva;
(5) Lutas;
(6) Jogos Esportivos;
(7) Prática de Jogos;
(8) Benefícios da atividade física para o corpo;
(9) Jogos Recreativos;
(10) Trabalhar a dança com os aspectos culturais da comunidade, (teoria e
prática).
1.3 Conteúdos Específicos do Ensino Fundamental
5ª e 6ª Série
(1) Benefícios da atividade física para a saúde;
(2) Noções básicas de higiene;
(3) Introdução aos jogos coletivos e esportes individuais;
(4) Handebol – Histórico e Noções básicas de regras e fundamentos;
(5) Atletismo e suas modalidades – Histórico;
(6) Xadrez – Histórico e Noções básicas do jogo de xadrez;
(7) Basquetebol – Histórico – Noções básicas de regras e fundamentos;
(8) Tênis de mesa – Noções de jogo;
(9) Voleibol – Histórico e Noções básicas de regras e fundamentos;
(10) Futsal – Histórico e Noções básicas de regras e fundamentos;
(11) Jogos recreativos e intelectivos
113
7ª e 8ª Série
(1) Handebol – Revisão das regras e fundamentos e jogo;
(2) Atletismo – Revisão das modalidades;
(3) Xadrez – Revisão das regras e jogo;
(4) Atividades rítmicas;
(5) Basquetebol – Revisão das regras e jogo;
(6) Jogos intelectuais e recreativos;
(7) Voleibol – Revisão das regras e fundamentos e jogo;
(8) Futsal – Revisão das regras e fundamentos e jogo;
(9) Tênis de Mesa – Jogo propriamente dito;
(10) Nutrição – Hábitos alimentares.
1.4 Conteúdos Específicos do Ensino Médio
1º ANO
(1) Handebol;
Histórico do Handebol
Evolução do Handebol no Brasil
Regras do Handebol
Fundamentos do Handebol
Atividades Recreativas
Jogos intelectivos
Qualidade de vida
Jogos propriamente ditos;
Jogos coletivos mistos.
(2) Voleibol;
Histórico do Voleibol
Histórico do Voleibol
Evolução do Voleibol no Brasil
Regras do Voleibol
Fundamentos do Voleibol
Atividades Recreativas
114
Dicas para uma alimentação ideal
Jogos propriamente ditos
Jogos coletivos mistos
Valores calóricos dos alimentos.
(3) Futsal;
Histórico do Futsal
Histórico do Futsal
Evolução do Futsal no Brasil
Regras do Futsal
Fundamentos do Futsal
Atividades Recreativas
Stress
Causas do Stress
Jogos propriamente ditos
Jogos coletivos mistos.
2º ANO
(1) Promover ao aluno o conhecimento de seu próprio corpo e suas respostas fisiológicas ;
(2) Promover a prática esportiva despertando o gosto pela atividade física;
(3) Proporcionar a atuação e conhecimento nas noções básicas de primeiros
socorros;
a) Conhecimento
b) Conhecimento do corpo (fisiológicos)
c) Massagem e toque
d) Praticas esportivas
e) Primeiros socorros.
(4) Promover ao aluno o despertar a sua expressividade corporal quanto indivíduo;
(5) Propiciar a atividade física por meio da prática esportiva;
a) Expressão Corporal
b) Expressão corporal
c) Relaxamento corporal e mental
115
d) Representação (imitação e mímica)
e) Prática Esportiva
(6) Promover uma discussão entre as diferenças de classes sociais encontradas
no esporte;
(7) Desenvolver atividades entre as diferenças fisiológicas em homens e mulheres
no esporte;
a) Esporte de rico e pobre
b) Técnicas de respiração e yoga
c) Diferença fisiológicas entre homens e mulheres
d) Modismo no esporte.
3º ANO
(1) Promover ao aluno o senso crico sobre o lazer, seus benefícios e suas oportunidades de
mercado e os direitos do cidadão no lazer.
Lazer ativo
Lazer e o lúdico
Lazer e esporte
Práticas de atividades de lazer
Práticas de esprotes.
(2) Promover no aluno a discussão sobre a dança e suas manifestações, discutir
sobre o preconceito e suas manifestações na sociedade;
História da Dança
História da dança
Prática da dança de salão
Brincar e dançar
Prática esportiva
Manifestação corporal através da dança
Preconceito x Dança.
1.4 Metodologia
116
O principal enfoque da Educação Física refere-se aos conhecimentos e
aprendizagem que subsidiam o aluno para o auto-gerenciamento das atividades
corporais, para levá-lo a adquirir hábitos saudáveis.
Para tanto, há necessidade de inserir conhecimentos de Anatomia, Fisiologia e
Biologia.
O estudo dos temas deve preparar o aluno para compreender o funcionamento
do organismo humano, para que assuma uma postura ativa na prática das atividades
físicas, e conscientes da importância delas na vida do cidadão, reconheça e valorize
as diferenças de desempenho, linguagem e expressão.
Para desenvolvimento desta proposta pedagógica, a ginástica assumirá um
caráter individualizado com finalidades diver sas: preparação para outras
modalidades, para recuperação ou manutenção da saúde, forma recreativa,
competitiva e de convívio social.
1.5 Avaliação
A avaliação na disciplina de Educação Física é proposta que a mesma seja do
aproveitamento escolar praticado como uma atribuição de qualidade aos resultados
da aprendizagem dos alunos, tendo como base seus aspectos essenciais e, como
objetivo final, uma tomada de decisão que direcione o aprendizado e,
consequentemente, o desenvolvimento do educando.
Com isso, deixaremos o aspecto classificação que sob a forma de verificação,
tem atravessado a aferição do aproveitamento escolar. Nesse sentido ao avaliarmos
o aluno estaremos coletando, analisando e sintetizando, da forma mais objetiva
possível, as manifestações das condutas cognitivas, afetivas, psico-motoras dos
alunos, produzindo uma configuração do efetivamente aprendido. Atribuir uma
qualidade a essa configuração da aprendizagem, a partir de um padrão (nível de
expectativa) preestabelecido e admito como válida pelos professores e os conteúdos
que estejam sendo trabalhados; a partir dessa qualificação, tomar uma decisão sobre
as condutas dos alunos e nos professores a serem seguidos, tendo em vista:
I. A reorientação imediata da aprendizagem, caso qualidade se mostre
insatisfatória e caso o conteúdo, habilidade ou hábito, que esteja sendo
117
ensinado e aprendido, seja efetivamente essencial para a formação do aluno
como um todo.
II. O encaminhamento dos alunos para passos subsequentes da
aprendizagem, caso se considere que, qualitativamente, atingiram um nível
satisfatório no que estava sendo trabalhado.
Assim, o objetivo primeiro da aferição do aproveitamento escolar não será a
aprovação ou reprovação do aluno, mas o direcionamento da aprendizagem e seu
consequente desenvolvimento.
Dessa maneira estaremos atendendo as especificidades da disciplina de
Educação Física, com critérios estabelecidos de forma clara, a fim de priorizar a
qualidade e o processo de ensino e aprendizagem, sendo contínua, identificando,
dessa forma os progressos do aluno durante o ano letivo, tomando por base a Lei de
Diretrizes e Bases pela chamada avaliação formativa em comparação à avaliação
tradicional, qual seja, somativa ou classificatória, com vistas a diminuição das
desigualdades sociais e com luta por uma sociedade justa e mais humana.
1.6 Referências
CAMPOS, Wagner de; BRUM, Vilma P. da Cruz. Criança no esporte, Curitiba. Os
autores. 2004.
Coletivo de Autores, Metodologia do Ensino de Educação Física. São Paulo. Editora
Cortez, 1992.
FREIRE, João Batista. Educação de Corpo Inteiro. São Paulo. Editora Scipione, 1996.
CASTELLANI, Lino Filho. Educação Física no Brasil: A história que não se conta. 2ª
Edição. Campinas. Editora Papirus, 1991.
Brasil, Ministério da Educação e do Desporto. Secretária de Educação Fundaental.
Parâmetros Curriculares Nacionais: Educação Física. Brasília: MEC/SEF, 1998.
Coletivo de autores – Metodologia do Ensino de Educação Física. São Paulo. Cortez.
1992.
DARIDO, S.C.e Rangel, I.C.A. – Educação Física na Escola: Implicações para a
pratica pedagógica .R.S. Guanabara Koogan, 2005.
118
LUCKESI, C.C. – Avaliação da Aprendizagem Escolar. 2ª Edição. São Paulo. Cortez.
1995.
OLIVEIRA, Marcus Aurélio Taborda de – Existe Espaço Para o Ensino da Educação
Física na Escola Básica? Pensar a Pratica. Goiânia, 2:1 – 23. JUN/JUL 1998.
SOARES, Carmen Lucia – Educação Física: Raízes Européias e Brasil. 2ª Edição.
Campinas. Autores Associados. 2001.
119
Artes
1 Apresentação Geral da Disciplina
A arte é criação e manifestação do poder criador do homem.
Criar é transformar e nesse processo o sujeito também se recria.
A arte, quando cria uma nova realidade, reflete a essência do real. O sujeito, por
meio de suas criações artísticas, amplia e enriquece a realidade já humanizada pelo
trabalhar.
Nas sociedades capitalistas, o sujeito se identifica com o produto de seu
trabalho, pois separa-se o trabalho da criação, transformando-o em trabalho alienado.
No ensino de Arte, contraponde-se a essa alienação, há possibilidades de resgatar o
processo de criação, permitindo que os alunos reconheçam a importância de criar.
1.1 Objetivos
Está relacionado à apreensão do objetivo artístico em seus aspectos sensíveis e
cognitivos. O pensamento, a sensibilidade e a percepção articulam-se numa
organização que expressa esses pensamentos e sentimentos, sob a forma de
representações artísticas como, por exemplo palavras na poesia; sons melódicos na
música; expressões corporais na dança ou no teatro; cores; linhas e formas nas artes
visuais.
1.2 Conteúdos Estruturantes do Ensino Fundamental
5ª Série
(1) História da Arte (arte rupestre, arte egípcia, arte grega, arte romana);
(2) Artes plásticas (ponto, pontilhismo, linha, cores (principais e secundárias e
terciárias);
(3) Folclore (resgate de brincadeiras, cantigas e lendas);
(4) Música (história da música, experimental e composição);
(5) Teatro (improvisação, mitologia grega, utilização – mascara);
(6) Dança (memorização e reprodução de seqüências de movimentos criados
pelos alunos e relaxamento).
120
6ª Série
(1) História da arte (arte na idade média, Românica, gótica, renascimento, barroco);
(2) Artes plásticas (cores, quentes, frias, mono, poli e isócrona, complementares);
(3) Folclore (folclore do Paraná);
(4) Música (história da música, qualidades sonoras, expressão vocal);
(5) Teatro (história do teatro, pesquisa e criação com elementos e recursos da
linguagem teatral);
(6) Dança (exploração do espaço, através da dança e história da dança).
7ª Série
(1) História da arte (arte indígena, arte africana, arte realista e arte impressionista);
(2) Artes plásticas (forma, volume, textura);
(3) Folclore (folclore as etnias);
(4) Música (história da música clássica, instrumentos musicais e poluição sonora);
(5) Teatro (construção de roteiros e cenas, leitura dramática, teatro no Brasil);
(6) Dança (percepção corporal, relaxamento, improvisação).
8ª Série
(1) História da arte (movimentos modernistas, semana de 22);
(2) Artes plásticas (perspectiva e publicidade);
(3) Folclore (folclore Brasileiro);
(4) Música (história da música brasileira, criação e interpretação de jingles, trilhas
sonoras);
(5) Teatro (pesquisa e criação dos meios de divulgação do espetáculo teatral,
adaptação e encenação de roteiros e peças teatrais e o teatro hoje);
(6) Dança (criação de coreografia, a dança no Brasil, reflexão sobre o papel do
corpo na dança).
1.3 Conteúdos Estruturantes do Ensino Médio
(1) História da Arte;
121
Influência da história na arte e da arte na história;
Analise social, política, econômica e estética dos períodos artísticos e
sua relação com os padrões estéticos atuais;
Idade Contemporânea: expressionismo; cubismo; foguismo;
abstracionismo; Dadaísmo; Pop Arte; Semana da Arte Moderna; novas
tendências.
(2) Artes Visuais;
Elementos Visuais (ponto, linha, planos, superfície, cor, luz, textura,
volume, forma) e suas relações compositivas;
Relação entre forma e conteúdo;
Meios de expressão e artes visuais (desenho, pintura, colagem,
escultura, fotografia, grafite, etc.
(3) Música;
Gêneros e formas de composição musical;
Instrumentos musicais;
Canto e composição mundial: improvisação, arranjos, sonoplastia e
jingles.
(4) Teatro;
Identificação e exploração dos elementos teatrais: personagem, papéis,
cenário, roteiro, enredo, estruturas dramatúrgicas;
Experimentação pesquisa e criação com elementos e recursos da
linguagem teatral como: maquiagem, máscaras, figurinos, adereços,
música, cenografia, iluminação, etc.
Compreensão e distinção das diferentes formas de construção das
narrativas e estilos: tragédia, drama, comédia, farsa, melodrama, circo e
teatro épico.
(5) Dança;
Gêneros de dança;
Dança como linguagem (relação, movimento e conteúdo – dança x
grupos sociais);
Expressão corporal. Improvisação e coreografia.
122
1.4 Metodologia
É através da criatividade criar maneiras e formas de transformar suas atividades
recreativas tornando-se mais interessantes e que qualquer material pode-se tornar
um instrumento desta atividade. Que permitirá ao aluno a leitura e a interpretação das
produções / manifestações, a elaboração de trabalhos artísticos e o estabelecimento
de relações entre esses conhecimentos e o seu dia-a-dia, a fim de investigar
experiências vividas.
1.5 Avaliação
A avaliação se dará na observação e registro dos caminhos percorridos pelo
aluno em seu processo de aprendizagem, acompanhando os avanços e dificuldades
percebidas em suas criações / produções. O professor observará como o aluno
soluciona as problematizações apresentadas e como se relaciona com o colega nas
discussões e consensos de grupo. O aluno como o sujeito desse processo também
irá elaborar seus registros de forma sistematizada. As propostas podem ser
socializadas em sala, possibilitando oportunidades para o aluno apresentar, refletir e
discutir a sua produção e dos colegas, sem perder de vista a dimensão sensível
contida no processo de aprendizagem dos conteúdos das linguagens artísticas.
Obs.: O objetivo da arte no Ensino Fundamental é propiciar ao aluno o acesso
aos conhecimentos presentes nos bens culturais, por meio de um conjunto de
saberes em arte que lhe permitam utilizar-se desses conhecimentos na compreensão
das realidades e amplie o seu modo de vê-las.
1.6 Referências
CANTELE, Bruna Renata; LEONARDI, Ângela Cantele. Arte Linguagem Visual, V.01
e 02. Ed. IBEP
BERTELLO, Maria Augusta. Minimanual de Pesquisa Arte, junho/2004.
123
WISNIK, José Miguel. O Som e o Sentido Uma outra História das Musicas. Ed.
Companhia das Letras.
SOARES, Carmem. Imagens da Educação no Corpo. Editora Autores Associados,
Campinas – SP, 2005.
Dança... Ensino, Sentidos e possibilidades na Escola. Editora Autores Associados.
A Arte de Fazer Arte, V. 05, 06, 07 e 08. Editora Saraiva.
Arte – Linguagem Visual, V. 01 e 02. Editora IBEP.
Explicando a Arte . Editora Ediouro
Arte Comentada (da pré-história ao pós-moderno). Editora Ediouro
PROENÇA, Graça. História da Arte. São Paulo: aplicada, 2002.
FISCHER, Ernest. A necessidade da Arte. 9ª edição. Editora Koogan. Rio de Janeiro.
Arte Para Que? A Preocupação Social na Arte Brasileira (1930-1970). Studio Nobel.
3ªEdição, 2003.
VIGOTSKI, Lev Semionovitch. Psicologia da Arte. Martins Fontes, São Paulo, 2001.
124
Física
1 Apresentação Geral da Disciplina
O ensino da Física deve partir do conhecimento prévio trazido pelos alunos,
como fruto de suas experiências de vida em seu contexto social, o aprendizado
contribui como parte de um conjunto mais amplo de qualidades humanas, para a
compreensão do mundo natural e transformado para o desenvolvimento. Saber
interpretar os fenômenos naturais e tecnológicos que transcendem as barreiras entre
as disciplinas.
Para que o aprendizado aconteça é essencial trabalhar com problemas reais,
porém, sem perda da consistência teórica. O aluno deve compreender a Física como
uma ciência em processo de construção que auxilia em seu desenvolvimento pessoal
e social.
1.1 Objetivos
(1) Compreender enunciados que envolvam códigos e símbolos físicos. Utilizar
representação simbólica. Comunicar-se com a linguagem física adequada;
(2) Utilizar e compreender tabelas, gráficos e relações matemáticas. Ser capaz de
diferenciar e traduzir as linguagens matemáticas, discursivas e gráficas;
(3) Expressar-se corretamente;
(4) Conhecer fontes de informações e formas de obter informações relevantes;
(5) Analisar notícias científicas e interpretá-las;
(6) Compreender manuais de utilização;
(7) Apresentar de forma clara e objetiva o conhecimento aprendido;
(8) Elaborar relatórios estruturados, elaborando sínteses;
(9) Conhecer e utilizar conceitos físicos. Relacionar grandezas, quantificar,
identificar parâmetros relevantes;
(10) Compreender e utilizar leis e teorias físicas;
(11) Desenvolver a capacidade de investigação. Classificar, organizar,
sistematizar e observar;
125
(12) Estimular ordens de grandeza. Compreender o conceito de medir. Fazer
hipóteses, testas, identificar regularidades. Descobrir o “como funciona” de
aparelhos;
(13) Investigar situações problemas: identificar a situação, utilizar modelos
físicos, generalizar de uma a outra situação, prever, avaliar e analisar
previsões;
(14) Compreender a física presente no mundo vivencial e nos equipamentos
e procedimentos tecnológicos;
(15) Articular o conhecimento físico com conhecimento de outras áreas do
saber científico;
(16) Reconhecer a Física enquanto construção humana, aspectos de sua
história em relações com contexto cultural, social, político e econômico;
(17) Estabelecer relações entre o conhecimento físico e outras formas de
expressão da cultura humana;
(18) Reconhecer o papel da Física no sistema produtivo, compreendendo a
evolução dos meios tecnológicos e sua relação dinâmica com a evolução do
conhecimento científico;
(19) Dimensionar a capacidade crescente do homem, propiciada pela
tecnologia, em termos de possibilidades de deslocamentos, velocidades,
capacidade para armazenar informações, produzir energia, etc., assim como o
impacto da ação humana, fruto dos avanços tecnológicos, sobre o meio em
transformação;
(20) Ser capaz de emitir juízos de valor em relação a situações sociais que
envolvam aspectos físicos e/ou tecnológicos relevantes (uso de energia,
impactos, uso de tecnologia específica, etc.).
1.3 Conteúdos Estruturantes
(1) Mecânica;
(2) Termodinâmica;
(3) Ótica;
(4) Eletromagnetismo.
126
1.4 Conteúdos Específicos
1º ANO
Movimento
(1) Cinemática
movimento de um corpo;
trajetória de um corpo;
posição escalar (s);
deslocamento escalas;
intervalo de tempo;
velocidade escalar média;
movimento retilíneo uniforme;
aceleração média;
movimento retilíneo uniformemente variado;
(2) Dinâmica
forças;
primeira lei de Newton ou Princípio da Inércia;
segunda lei de Newton ou Princípio Fundamental da Dinâmica;
terceira lei de Newton – Ação ou Reação;
energia;
trabalho;
energia potencial;
energia cinética;
energia mecânica;
gravitação universal;
127
(3) Hidrostática
pressão e massa
princípio de Arquimedes e conservação de energia
2º ANO
Termodinâmica
(1) Termometria
calor e temperatura;
as escalas termométricas;
calorimetria;
calor sensível e calor latente;
trocas de calor e conservação de energia;
dilatação linear, superficial e volumétrica;
(2) Óptica
princípios fundamentais;
reflexão da luz;
refração da luz;
a óptica da visão
3º ANO
Movimento
(1) Ondulatória
ondas;
acústica;
(2) Eletricidade
eletrostática
eletrodinâmica
128
eletromagnetismo;
1.5 Metodologia
O processo de ensino aprendizagem da Física deve partir do conhecimento
prévio dos estudantes, o principal enfoque deve ser a aplicação da ciência como
instrumento de compreensão e transformação do mundo. O estudo dos temas deve
ampliar as explicações sobre fenômenos naturais preparando o aluno para
compreender os modos adequados de intervir no meio ambiente e usar recursos.
Para o desenvolvimento desta proposta será trabalhada com aulas expositivas,
pesquisa, trabalhos individual e em grupos, seminários, debates, realização de
experiência (quando possível).
1.6 Avaliação
A avaliação deve levar em conta o progresso do estudante, levando em
consideração a compreensão dos conceitos físicos, a capacidade de análise de um
texto e a resolução de situações problemas, a avaliação deve intervir no processo de
aprendizagem dos alunos, visando seu crescimento intelectual e pessoal.
No processo de avaliação serão usadas: atividades resolvidas em sala e em
casa, trabalhos individuais e em grupo, relatórios, etc.
1.7 Referências
SEED – PR. DCE Diretrizes Curriculares de Física para o Ensino Médio, 2008.
ALVARENGA, Beatriz & MÁXIMO, Antônio. Física. Volume completo. São Paulo,
1997. Ed. Scipione.
BONJORNO, Regina. Física Completa. Volume único. 2 ed. São Paulo: FTD, 2001.
BRASIL/MEC. Parâmetros Curriculares Nacionais: PCN+ Ensino Médio. Ciências
da natureza, matemática e suas tecnologias. Brasília: MEC/SENTEC, 2002.
CHAVES, Affonso & Reichmann. Física: Mecânica. Volume 1. Rio de Janeiro, 2002.
LOPES, A. R. C. Conhecimento Escolar: ciência e cotidiano. Rio de Janeiro:
EDURG, 1999.
129
Química
1 Apresentação Geral da Disciplina
A Química é considerada como a ciência que estuda os materiais que
constituem a natureza, sua composição e preparação, as transformações que sofrem,
as energias envolvidas nesses processos e a produção de novos materiais. Ela está
presente em todos as atividades da humanidade. Muitas vezes informações
imprecisas, como “este alimento não contém química”, ou alarmistas, como “a energia
nuclear mata”, levam o homem a ter uma visão distorcida da Química.
É necessário, portanto, fazer uma análise dos benefícios e malefícios que esta
ciência traz.
É impossível imaginarmos um mundo privado de combustível, medicamentos,
fertilizantes, pigmentos, alimentos, plásticos, etc., produtos fabricados em indústrias
químicas.
Os problemas que podem surgir dependem da forma de produção e aplicação
desses produtos, e o homem, como articulador, deve estar consciente de seus atos.
Vamos então buscar conhecimentos no ensino da Química e escolher e pensar para
o melhor aproveitamento.
1.1 Objetivos
Resgatar as especialidades da disciplina, deixar de lado o modo simples da
disciplina para dar ênfase para que o aluno veja a química como uma área de
conhecimento para seu saber social em sua vida diária desenvolvendo a química que
esta no seu meio.
130
1.2 Conteúdos Estruturantes
(1) Matéria e sua Natureza;
Histórico da Química;
Matéria;
Matéria, corpos e objetos;
Constituição da matéria;
Transformação da matéria;
Estrutura atômica;
Modelos atômicos;
Evolução dos modelos atômicos;
Conceitos (números atômicos, número de massa, número de elétrons
de nêutrons, elementos químico, isótopos, isóbaros e isótopos);
Configuração eletrônica (distribuição de Linus Pauling juntamente com
número quânticos);
Dissociação e Ionização de substâncias;
Através de condutividade elétrica de soluções; acidas e salinas,
abordara teoria de Ácidos e Bases (trabalhar nomenclatura, elementos
que fazem parte da molécula, cátions e ânions, metal, não – metal,
semimetal, gases nobres), características e propriedades metálicas e
ametálicas, ligações iônicas, moleculares e metálicas, medidas de PH;
Reações químicas;
Introdução;
Classificação das Reações Químicas.
1.3 Conteúdos Específicos
(1) Biogeoquímica;
Balanceamento de reações químicas (método de tentativa e por oxi-
redução);
Leis das reações químicas;
Cálculos químicos;
131
Soluções;
Concentrações, diluição, mistura e titulação de soluções;
Cinética química;
Velocidade das reações;
Influência da energia concentração e catalisadores na velocidade das
reações químicas;
Equilíbrio químico;
Deslocamento do equilíbrio;
Equilíbrio iônico;
Equilíbrio iônico da água (pH e Poh);
Hidrolise dos sais;
Aplicação da lei da ação das massas aos equilíbrios heterogêneos;
Reconhecer os limites éticos e morais que podem estar envolvidos no
desenvolvimento da química e da tecnologia.
(2) Química Sintética;
O carbono sua química e estrutura;
Classificação das cadeias carbônicas;
Funções orgânicas:
Hidro Carbonetas;
Oxigenadas;
Nitrogenadas;
Halogenadas;
Isometria;
Reações Orgânicas;
Polímeros;
Bioquímica.
1º ANO
(1) Matéria e sua natureza
Introdução à Química ( passado – presente – futuro)
132
A matéria e suas aplicações
Evolução dos modelos atômicos
Processos radioativos
Organização e aplicação dos elementos químicos
Ligação química – formação e caracterização das substâncias
2º ANO
(1) Biogeoquímica
Reações Químicas
Grandezas físico-químicas
Transformações gasosas
Soluções
Termoquímica
Cinética química
Equilíbrio químico
Eletroquímica
3º ANO
(1) Química Sintética
Características do átomo de carbono
Classes de compostos orgânicos e suas aplicações
Isomeria
Bioquímica
1.4 Metodologia
A metodologia no ensino da Química é prioridade à construção ativa de
conceitos (conceitualização) através de operações tais como: ordenação,
comparação, relações de causa e efeito, de implicação, de incompatibilidade,
elaboração de hipóteses, etc.
133
Propomos também atividades teóricas e práticas, usando a imagem como
recurso para observação, análise e reflexo, diálogo, atividades coletivas e individuais.
Operacionalização de uso do conhecimento como instrumento de compreensão
da realidade e de qualificação do nível de vida.
Atividades desenvolvidas no laboratório.
1.5 Avaliação
Numa perspectiva de transformação a prática na avaliação no ensino da
Química, não se dá de forma isolada, pois está ligada a outros fatores como:
participação, envolvimento no laboratório, pesquisa, realização de experiências,
comprovação de hipóteses, avaliação coletiva e/ou avaliação individual, trabalhos,
apresentação das pesquisas, etc.
É nesta ótica que a avaliação deixa de ser um processo de medida de retenção
de informações e passa a ser um processo de identificação de suportes e apoios a
serem organizados, ao longo do processo de ensino aprendizagem, para que esse
possa ocorrer da maneira proposta, enquanto tal próprio processo de avaliação e os
resumos nele utilizados constituem-se em outras oportunidades de aprendizagem,
além daquelas que se poderá vislumbrar a partir dele, um processo avaliativo do uso
do conhecimento como instrumento de resolução de problemas teóricos vivenciais.
1.6 Referências
CHASSOT, A . Alfabetização científica : questões e desafios para a educação. Ijui: Editora Unijui, 2003
HALL, N. Neoquímica. A Química moderna e suas aplicações. Porto Alegre: Bookman, 2004
PARANÁ. Diretrizes Curriculares de Química para o Ensino Médio. Paraná, SEED, julho 2006.
SANTOS, W. L.P. & SCHNETZIER. Educação em Química: compromisso com a
cidadania. Ijui. Unijui
134
Biologia
1 Apresentação Geral da Disciplina
Entendemos que a Biologia como ciência dinâmica, uma realidade em constante
transformação, nos últimos anos, esta disciplina avançou muito o conhecimento sobre
o mundo invisível das células e das moléculas, o que refletiu na melhor compreensão
das diversidade da vida e das relações evolutivas entre os organismos.
Esta proposta tem como objetivo enriquecer os conteúdos tornando-os atrativos,
interessantes e motivador permitindo que os alunos percebam o crescente dinamismo
que ocorre na área biológica e que possam desenvolver a independência de
pensamento, capacidade crítica dentro da sociedade em que vive e sobretudo o
discernimento de sobre escolher de forma consciente. Escolher em nosso cotidiano
não significa apenas tomar decisões pessoais, mas deliberar sobre aquelas que
envolvem o futuro de seu bairro, sua cidade e seu estado e do nosso planeta.
Temos certeza que por meio do conhecimento dos vários ramos da Biologia, os
alunos terão condições de adquirir as noções básicas e necessárias às exigências do
mundo que os cerca. Embora fascinante, o aprendizado desta disciplina, não deixa
de ser um desafio para nós professores e aluno; pois são muitos os conceitos e
processos a serem apropriados e significativos, pois permitem o acompanhamento
das rápidas e profundas modificações verificadas nos processos tecnológicos e
sociais estabelecendo uma articulação entre a ciência, a cultura e o trabalho.
Desse modo, acreditamos estar contribuindo para o desenvolvimento ético e
social do aluno, preparando-o para enfrentar os desafios do cotidiano.
1.1 Objetivos
(1) Reconhecer a Biologia como um fazer humano, e portanto, histórico, frente da
conjunção de fatores sociais, políticos, econômicos, culturais, religiosos e tecnológicos;
(2) Identificar a interferência de aspectos místicos e culturais nos conhecimentos
de senso comum relacionados a aspectos biológicos;
(3) Julgar ações de intervenção identificando aquelas que visam, a preservação e
implementação da saúde individual, coletiva e do ambiente;
135
(4) Identificar as relações entre conhecimento científico e o desenvolvimento
tecnológico, considerando a preservação da vida, as considerações de vida e
as concepções de desenvolvimento sustentável;
(5) Conhecer diferentes formas de obter informações (observação, experimento,
leitura de textos e imagem, entrevista), selecionando aquelas pertinentes ao
tema biológico em estudo;
(6) Expressar dúvidas, ideias e conclusões acerca dos fenômenos biológicos;
(7) Investigação e compreensão
(8) Utilizar critérios científicos para realizar classificações de animais, vegetais,
etc.;
(9) Relacionar diversos conteúdos conceituais de Biologia;
(10) Compreensão de fenômenos;
(11) Estabelecer relações entre parte e todo de um fenômeno ou processo
biológico;
(12) Selecionar e utilizar, metodologias cientificas adequadas para a
resolução de problemas, fazendo uso, quando o caso, de tratamento
estatístico na analise de dados coletados;
(13) Formular questões, diagnósticos e propor soluções para problemas
apresentados, utilizando elementos da Biologia;
(14) Utilizar noções e conceitos da Biologia em novas situações de
aprendizado (existencial ou escolar).
1.2 Conteúdos Estruturantes
(1) Organização da vida;
(2) Unidade dos seres vivos: a Célula;
(3) Diversidade e diferenciação celular;
(4) Diferentes formas de vida;
(5) Biologia dos vírus, bactérias, protistas e fungos;
(6) Biologia das plantas;
(7) Biologia dos animais;
(8) Biologia humana;
136
(9) Organização funcional dos ecossistemas;
(10) Distribuição da vida na Terra;
(11) Desenvolvimento e meio ambiente;
(12) Fundamentos da hereditariedade;
(13) Evolução;
(14) Fundamentos da evolução biológica;
(15) Patrimônio genético as populações;
(16) Origem da vida e grandes linhas da evolução.
1.3 Conteúdos Específicos
1º ANO
(1) Mecanismos Biológicos;
Origem da vida e grandes linhas de evolução;
Ciclo da vida (características dos seres vivos);
Unidades dos seres vivos: a célula;
Diversidade e diferenciação celular.
2º ANO
(1) Organização dos Seres Vivos;
(2) Taxonomia;
(3) Vírus;
(4) Reinos;
Bactérias;
Protistas;
Fungi;
Animal;4.5 Vegetal.
3ªº ANO
137
(1) Implicações dos Avanços Biológicos no fenômeno vida e biodiversidade;
Biologia Humana (reprodução, embriologia);
Características hereditárias;
Variabilidade Genética;
Biotecnologia;
Evolução;
Relações Ecológicas.
1.4 Metodologia
A metodologia na disciplina de Biologia deve proporcionar aos alunos a
constituição de pensamento cientifica acerca dos fenômenos do mundo atual, em
diferentes espaços de tempos e a compreensão das transformações que o ser
humano impõe a natureza. São os conhecimentos das diferentes disciplinas que
podem proporcionar aos estudante a cultura cientifica básica e, ao mesmo tempo, a
cultura cientifica básica, como também desenvolver a observação, a analise a
interpretação e a compreensão do mundo em que vive e do qual faz parte.
1.5 Avaliação
O ato de avaliar no ensino de Biologia compreende:
(1) Acompanhamento e a organização do processo do ensino aprendizagem;
(2) Instrumentalizar o professor para que possa por em prática o planejamento de
forma adequada às necessidades dos alunos;
(3) Informar sobre o que o aluno já sabe determinando conteúdo para a partir daí,
estruturar sua programação, definindo os conteúdos e o nível de profundidade
em que deve ser abordados;
(4) Obtenção de informação necessárias para propor atividades e gerar novos
conhecimentos;
(5) Como acontecimento contínuo e sistemático, por meio da interpretação
qualitativa do conhecimento construído pelo aluno.
1.6 Referências
138
Biologia – Volume único – Sérgio Linhares
Fernando Gewandsznajder
Biologia – Volume 1, 2, 3 – Wilson Roberto Paulino
Filosofia
1. Apresentação Geral da Disciplina
O ensino de Filosofia tem por objetivo possibilitar a reflexão crítica sobre a
realidade que nos cercam.
Para que esta reflexão seja efetuada, é necessário interpretarmos o mundo não
verbal e verbal em que vivemos e emitirmos juízos dentro deste mundo.
A articulação do pensar e agir na dialética humana faz da Filosofia, não só o
estudo ou tradução da vida, mas antes interprete do mendo vivida e também reflexão
e esclarecimento de nossa cultura sobre si mesma. Isto sem ceder o lugar, que no
dizer de Habermas é o de “guardião da racionalidade”.
A Filosofia é sempre um saber instituinte, nunca pronta ou acabada, ela é
sempre um saber que emerge do próprio filosofar. Assim sendo esta disciplina se
confunde com a própria mancha do pensamento humano, pois só o ser humano
pensa e aprende a pensar, não só pensa, mas pensa melhor, com excelência,
determinações, com fundamentação e esta disciplina estimula o aluno para
desenvolver estas habilidades, habilidades cognitivas para relacionar com os demais
e ampliar sua capacidade de pensar por si mesmo o caráter sempre desafiante da
existência do conhecimento e da capacidade de construção e transformação humana.
Assim, a disciplina da Filosofia contribui para o aluno pensar também nas demais
disciplinas, oportunizando o ato de filosofar, de questionar, de retornar questões
abandonadas ou dados como resolvidas. O objetivo do ensino envolve, esta
perspectiva, não só a apropriação dos conhecimentos específicos das ciências, mas
como também a criação e sustentação de atividades e valores, a construção da
autonomia do fazer, do pensar e do ser.
1.1 Objetivos
(1) Ler textos filosóficos de modo significativo;
139
(2) Ler e interpretar de modo filosófico, textos de diferentes estruturas e registros;
(3) Elaborar por escrito o que foi apropriado de modo reflexivo;
(4) Debater, tomado posição, defendendo-a argumentando e mudando de posição
face a argumentos mais consistentes;
(5) Apresentar instrumentos teórico que possibilite o aluno compreender melhor a
realidade em que vive perceber-se nela como agente ativo, receptivo e
transformador;
(6) Possibilitar ao aluno elementos para desenvolvimento do processo crítico.
1.2 Conteúdos
(1) Questões dos valores;
(2) Mito e Filosofia;
(3) Descobrir o sentido da Filosofia;
(4) Definição geral, conhecimento ingênuo, científico, filosófico;
(5) Questão da liberdade;
(6) Ética;
(7) Filosofia Política;
(8) Filosofia da Ciência;
(9) Estética.
1.3 Conteúdos Estruturantes
(1) MITO E FILOSOFIA
A palavra filosofia
O nascimento da filosofia
A filosofia grega
O mito e a filosofia
O filosofar
Atitudes filosóficas.
(2) TEORIA DO CONHECIMENTO:
140
Questão do conhecimento
Condições do conhecimento verdadeiro
Sujeito e objeto: processo do conhecimento
As possibilidades do conhecimento
A capacidade humana de conhecer
Ceticismo absoluto – tudo é ilusório e passageiro
Ceticismo relativo: domínio do aparente e do provável
Dogmatismo – a certeza da verdade
Os fundamentos do conhecimento:
Empirismo – valorização dos sentidos como fonte primordial
Racionalismo – confiança no real e exclusiva na razão
Realismo critico e materialismo – experiência do trabalho da razão
Ideologias e a dominação social
Alienação.
(3) ÉTICA:
A busca do conhecimento do ser para construir aquilo que deve ser
Consciência moral e liberdade
Virtude: o uso da liberdade com responsabilidade
Os valores morais – o relativismo moral e os defensores de uma ética
objetiva
Relativismo ético – a tolerância como virtude
Ética objetiva
(1) FILOSOFIA POLITICA:
Política e poder.
As formas de poder (tipologia)
O estado: a instituição e a sociedade
Origem do estado
141
Função do estado
Relações entre sociedade civil e o estado
Democracia – participação política da sociedade
Ditadura – concentração de poder
Filósofos que trataram da organização da sociedade – Aristóteles, Thomas
Hobbes, Rousseau, Marx...
(2) FILOSOFIA DA CIÊNCIA:
A ciência e o filosofo
A transitoriedade das teorias cientificas
A filosofia da ciência – o sentido e o valor das investigações
O caminho da ciência – o reordenamento do mundo da razão cientifica
As coisas, o tempo e lugar
Classificação das ciências.
(3) ESTÉTICA :
Estética e a filosofia da arte
O conhecimento do belo
O bem e o belo – estética na educação
A arte e o encontro com a eternidade
A arte e a sociedade
O fascínio do eterno e do universal
1.4 Metodologia
A metodologia da disciplina de filosofia busca sempre, a partir do próprio
exemplo do professor regente de classe, assumir uma postura eminentemente
reflexiva e critica dos processos sociais.
Isso implica abordar de forma não-dogmática os temas tratados a partir de
problematizações, levantando questões e evitando certezas pré-estabelecidas. O
142
professor de filosofia não vai para a sala de aula a fim de transmitir saberes ou
simplesmente responder perguntas, mas, antes, vai trabalhar no sentido de construir,
junto com o aluno, indagações pertinentes e dotadas de sentido sobre determinados
temas importantes para a vida em comunidade.
Na medida do possível, deve-se trabalhar a partir de dinâmicas de
sensibilização relativas ao assunto abordado, no intuito de despertar o interesse do
aluno para o tema proposto pelo docente. Isso torna as temáticas/conteúdos mais
facilmente assimiláveis pelos alunos, que deverão pensar essas questões levantadas,
por sua vez, a partir de suas próprias experiências vividas em sala de aula e em sua
vida particular.
A metodologia se caracterizará também pela ênfase na cobrança da expressão
escrita e oral, no sentido de instrumentalizar o aluno não só na reflexão, mas também
na capacidade facilidade de expressar suas opiniões e argumentos de forma
equilibrada e bem elaborada. Também existe uma grande preocupação em relação à
qualidade da argumentação, na capacidade de argüição e na autonomia, por parte do
aluno, de colocar e responder questões e problemas, bem como na capacidade de
raciocínio em contextualizar tais questões a partir de situações contemporâneas
vividas pelo aluno, bem como nas expostas pela mídia em geral.
Exige-se, portanto, do docente, uma postura de não passividade, tanto em
termos de “incomodar” o aluno discutir seu papel e lugar na sociedade, sua ação
enquanto ser político responsável pela sua própria cidadania, quanto em termos de
não admitir a facilidade das respostas prontas de um saber enciclopédico ou
conteudista, muitas vezes mais fácil de ser trabalhado, mas que não acrescenta ao
educando nada mais do que informações históricas destituídas do que se busca
atingir, que é a capacidade do aluno de se colocar como ser político, como cidadão,
como construtor de um mundo melhor.
“A própria da filosofia leva consigo o seu produto e não é possível fazer filosofia
sem filosofar, nem filosofar sem filosofia, porque a filosofia não é um sistema acabado
nem o filosofar apenas uma investigação dos princípios universais propostos pelos
filósofos”.
143
O ensino de filosofia deve propiciar ao aluno a própria descoberta, dando-o
autonomia para sua criação. A problematização criada pelo aluno, deve ser mediada
pelo professor, não como solução, mas como meio investigativo possibilitando-o
através de sua experiência, a busca da compreensão, imaginação e criação de
conceitos sólidos e claros. O professor deve provocar no aluno, a curiosidade, na
tentativa de ampliar seu campo cognitivo, possibilitando-o a argumentar com atitude
critica, reflexiva e coerente seu pensamento.
“ A aula de filosofia, deve estar na perspectiva de quem dialoga com a vida, por
isso, é importante que a busca da solução do problema se preocupe também com
uma análise atual, fazendo uma abordagem contemporânea que remete o aluno a
sua própria realidade”.
A prática de filosofia deve ser trabalhada pelo educador de forma a intrigar os
alunos, provocando-os para a dúvida, a produção de inferências e a articulação de
teoria e experiências, é um procedimento pedagógico sempre necessário – tanto
quanto o de gerar as condições de constituição da retórica, do discursos necessário
para falar sobre algum assunto. A crítica não se estabelece como organização e
sistematização imediata da realidade, como se houvesse uma passagem contínua da
experiência, dos fatos, acontecimentos e idéias ao saber, apoiada em atividades de
pesquisas elaboradas.
Esta posição implica a exploração do contato da filosofia com as demais
disciplinas do currículo, para entender a experiência do conhecimento, suas
articulações metodológicas e históricas.
O professor deve construir um espaço de problematização, ler, escrever e
investigar filosóficamente, criando saídas ao problema gerado. O professor deve
organizar de um modo que ele seja um mediador e não a solução. Evita-se com isso
que as aulas sejam apenas discursos vazios, mas sim, estimula no aluno a busca da
verdade, do justo, do ético, do estético, do político e da própria ciência.
A busca pela verdade, do cognitivo, não só traz a relação entre objeto e sujeito,
mas uma visão crítica, que permite reconhecer e apreender a totalidade do real,
através de sua própria experiência.
144
Já diante do excesso de informações e desvalores, buscamos fundamentar as
ações humanas, enfatizando o sujeito com as normas, com as criações de valores e a
trans-valoração do outro, para com o exercício da cidadania.
Por outro lado percebe-se que o homem não é um ser solitário, e, essa
necessidade o faz viver politicamente, busca-se então nesse período a criação da
linguagem capaz de alimentar as ações cidadãs do aluno e os direitos humanos
Quanto a estética, percebemos que o belo é visto somente em âmbito
comercial, por isso, tomamos a frase de Marcuse “a uma esfera que preserva a
verdade dos sentidos e reconcilia, na realidade da liberdade, as faculdades inferiores
e superiores do homem, sensibilidade e intelecto, pratica e razão” (ibdem,13)
Com o desenvolvimento das ciências a filosofia ocupa-se em investigar
cientificamente, elucidando e sistematizando conceitos. È o estudo crítico dos
princípios e dos resultados da ciência.
Nesse processo de ensino-aprendizagem, deve-se obrigatoriamente haver uma
interseção entre professor e aluno, caso contrário, comprometerá o resultado final.
Por essa razão, concordamos com Maria L. Aranha que afirma: “a verdadeira
educação deve dissolver a assimetria entre o educador e o educando, pois, se há
inicialmente uma desigualdade, esta deve desaparecer à medida que se torna eficaz
a ação do agente da educação. O bom educador é portanto, aquele que vai morrendo
durante o processo” de ensino-aprendizagem. (Aranha, 1989,p.51)
1.5 Avaliação
A partir dos encaminhamentos metodológicos desenvolvidos pelo professor, a
avaliação deverá ser contínua, para perceber as dificuldades dos alunos no processo
da apropriação do conhecimento, acompanhando a realização das tarefas de seus
alunos, através de relatos, pesquisas e outros. O professor deverá estar atento ao
relato dos alunos e as atividades propostas aos mesmos, para buscar a superação
das dificuldades apresentadas.
O aluno deverá saber absorver os problemas, discutir e relacioná-los com seus
conhecimentos e pesquisas, como cidadão autônomo, capaz de intervir no mundo, na
transformação crítica, reflexiva e construtiva. O aluno em sua avaliação deverá ter a
145
capacidade ler textos filosóficos de modo significativo de diferentes estruturas,
elaborar textos escritos, forma reflexiva, debater e argumentar de modo significativo
seu conhecimento, articular conhecimentos filosóficos envolvendo a
interdisciplinaridade, contextualizar textos filosóficos, que envolva os aspectos
pessoal-biográfico, sócio-político, histórico-cultural da humanidade, técnico –
científico - informacional, auxiliando-o na construção da identidade como cidadão e
como pessoa, proporcionando sua autonomia e desalienação.
A avaliação portando deve estar inserida no contexto, mas de modo diagnóstico,
respeitando a construção de conceitos tendo como função subsidiar e redirecionar o
processo de ensino-aprendizagem, respeitando a posição de cada sujeito na sua
construção cognitiva.
1.6 Referências
ARANHA, Maria L. , Filosofando. 1989.
ARANHA,Maria L., Temas de Filosofia. Sem Data.
CORDI – Para filosofar, SP,. Sciopione, 2000
CHAUÍ, Marilena. Filosofia, SP, 2004
CHAUI, Marilena. Convite à filosofia. SP, 1995.
SOUZA, Sonia Maria Ribeiro. Um outro olhar, SP.
COTRIN, Gilberto. Fundamentos da filosofia, SP, 1993.
PCNEM, 1999
DEM, Filosofia, 07/2005
146
Sociologia
1 Apresentação geral da disciplina
A Sociologia contribui em uma leitura de mundo, de forma mais crítica,
colaborando para que o aluno reconstruída e desnaturalize conceitos tomados
historicamente como irrefutáveis, melhorando seu senso crítico e podendo
transformar a realidade, conquistando uma participação mais ativa na sociedade. É
claro que a leitura de mundo não é exclusividade da Sociologia. Contudo, cada
disciplina e cada ciência têm a sua especificidade. E a especificidade da Sociologia é
justamente lançar uma visão crítica sobre o seu objeto de estudo, que são as
sociedades e as formas de interação que aí se dão. Por olhar crítico da Sociologia
devemos entender um esforço de compreensão das causas e efeitos que levam a
determinados estados, a desnaturalização das relações, em suma, ver a sociedade e
os fatos como resultados de um jogo de poder, de interesses, de conflitos ou de
cooperação.
A Sociologia propicia, então, uma crítica radical da sociedade. Radical no
sentido colocado por Marx: ser radical é tomar as coisas pela raiz, e não ficar restrito
à superficialidade das coisas.
Apesar de sua importância, a disciplina de Sociologia passou e passa por grandes
dificuldades em firmar-se como área do conhecimento fundamental para a formação
humana, devido a seu atrelamento a interesses e vontades políticas. Assim, a
disciplina está marcada por constantes aparecimentos e desaparecimentos nos
currículos escolares.
A primeira vez que foi adotada como disciplina nos cursos secundários, foi em
1891, início da República no Brasil. Nesse período não existiam cursos de formação
de professores, e essa disciplina foi retirada em 1901. Seu retorno seria apenas em
1925.
A partir de 1930, a Sociologia sentiu-se valorizada: foram criados cursos de
Ciências Sociais, permitindo o desenvolvimento da pesquisa no campo sociológico e
de professores para o ensino secundário no país. Muitos escritores publicaram suas
pesquisas para o público.
147
A Sociologia teve momentos em que se transformou em disciplina para ajudar
na manutenção da ordem social, fugindo totalmente de seus reais objetivos e em
1942, acabou novamente desaparecendo das escolas.
Apenas a partir de 1950 é que a Sociologia vai novamente ressurgir e agora
fazer parte dos cursos de graduação, não só de Ciências Sociais, mas de outros
cursos na área de Ciências Humanas. Na Ditadura Militar ela continuou fora dos
cursos secundários. Com a Lei 5692/71, algumas disciplinas foram criadas com o
objetivo de “moralizar” e “disciplinar” nosso país, entre elas Educação Moral e Cívica,
Ensino Religioso e Organização Social e Política Brasileira. A Sociologia, por ser
considerada perigosa, foi deixada de lado neste período.
A luta para que a Sociologia voltasse aos currículos escolares sempre ocorreu,
apesar de muitas vezes não se conseguirem resultados positivos. Apenas com a
Lei 9394/96 é que a Sociologia viu amparo legal para retornar. Apesar de
promulgada, algumas interpretações foram feitas da lei e apenas recentemente foi
dado maior atenção à disciplina.
O histórico da disciplina de Sociologia no Brasil e no Ensino Médio é marcada
por avanços e recuos. As últimas conquistas dos profissionais de Sociologia referem-
se à obrigatoriedade da disciplina no Ensino Médio e à sua inserção no concurso
vestibular da Universidade Federal do Paraná, por exemplo. Tendo como pano de
fundo a obrigatoriedade da disciplina na grade curricular do Ensino Médio, outros
desdobramentos que são apontados aparecem como avanços, como a confecção do
Livro Didático Público do Estado do Paraná, que inclui um volume da disciplina de
Sociologia; a realização de concurso para professores da disciplina e o
estabelecimento de uma grade curricular com conteúdos estruturantes para o Estado
do Paraná.
A Sociologia surge como uma disciplina que procura o resgate da cidadania
que em algumas situações vem sendo deixada em segundo plano, ou até mesmo
esquecida, enfatizando um cidadão com direitos e deveres, que consiga perceber a
realidade que o cerca, bem como interferir nessa realidade, sendo um cidadão ativo e
não passivo.
148
1.1 Objetivos
Objetivo geral
COMPREENDER as relações sociais e as diferentes formas de
agrupamentos, assim como as diversidades culturais e as relações de poder
existentes na sociedade.
Objetivos Específicos
LEVAR o aluno a se perceber como integrante de um coletivo, e como membro
ativo e participante do meio que o cerca.
FUNDAMENTAR o aluno com conceitos e teorias sociológicas para que
com a ação embasada na ciência sociológica haja transformação social.
CONHECER a situação histórica e social de seu país.
ASSIMILAR o método científico da disciplina para promover pesquisas de
campo.
PROPOCIONAR o aluno a exercer sua cidadania de forma autônoma e
consciente.
1.2 Conteúdos Estruturantes
- RELAÇOES DE TRABALHOS;
- RELAÇÕES DE PODER;
- RELAÇÕES CULTURAIS;
- INTRODUÇÃO À SOCIOLOGIA
O surgimento da Sociologia e Teorias Sociológicas
Teorias sociológicas na compreensão do presente
A produção sociológica brasileira.
149
- O PROCESSO DE SOCIALIZAÇÃO E AS INSTITUIÇÕES SOCIAIS
Introdução
Conceitos básicos para a compreensão da vida social
Instituições sociais;
Instituição Escolar
Instituição Religiosa
Instituição Familiar
O que são classes sociais;
Mobilidade das classes sociais;
Noção de pirâmide social;
- CULTURA E INDÚSTRIA CULTURAL
Introdução
Cultura ou culturas: uma contribuição antropológica.
Diversidade Cultural Brasileira
Cultura: criação ou apropriação?
Cultura e cultura de massa;
Símbolos e valores sociais;
Arte como resistência;
Contracultura;
- TRABALHO, PRODUÇÃO E CLASSES SOCIAIS
Introdução
(1) O mundo do trabalho – a vida profissional;
(2) Organização do trabalho na sociedade capitalista;
(3) O sentido do trabalho humano;
(4) Processos de produção;
(5) Meios de produção;
Direitos e deveres do trabalhador
O processo de trabalho e desigualdade social
Globalização
150
Classe e estratificação
O gênero e as desigualdades no trabalho
Desemprego.
- PODER, POLÍTICA E IDEOLOGIA
Introdução
Ideologia
Formação do Estado Moderno
Sistemas Partidários
Formas de governo: democracia X tirania
Formas de governo (presidencialismo, parlamentarismo),
Sistemas de governo (monarquia, república);
- DIREITO, CIDADANIA E MOVIMENTOS SOCIAIS
Introdução
Questão das Minorias: a luta por reconhecimento e respeito.
Movimentos sociais
Movimentos agrários no Brasil
Movimento Estudantil
1.3 Metodologia
Para uma melhor apreensão dos conceitos e teorias e a utilização destas no
meio social é necessário utilizar diversos instrumentos metodológicos tais como:
(1) Leitura e análise de textos clássicos e contemporâneos da área sociológica.
(2) Discussão fundamentada em textos.
(3) Pesquisa de campo e bibliográfica.
(4) Atividades relacionadas com as linguagens visuais, musicais e literárias.
(5) Uso de materiais produzidos pelos Movimentos Sociais.
151
1.4 Avaliação
A avaliação acompanha as práticas de ensino e de aprendizagem da disciplina.
Dessa forma, podem ser realizadas com os alunos diferentes formas de
sistematização dos conteúdos:
Análise de textos temáticos, audiovisuais, jornalísticos, entre outros;
Reflexão crítica em debates que acompanham textos, músicas, filmes, entre
outros.
Participação e desempenho nas pesquisas de campo.
Produção de textos que demonstrem a capacidade de articulação ente teoria e
prática.
Apresentação oral e avaliação escrita.
1.5 Referências
AZEVEDO, F. Princípios de Sociologia: pequena introdução ao estudo da
sociologia geral. São Paulo: Duas Cidades, 1973.
BOTTOMORE, T. B. Introdução à Sociologia. Rio de Janeiro, Zahar Editores, 1967.
CHAUÍ, M.S. O que é Ideologia. São Paulo: Brasiliense, 1980.
COMTE, A. Sociologia. São Paulo: Ática, 1978.
DURKHEIM, É. Sociologia. São Paulo: Ática, 1978.
DURKHEIM, É. As regras do método sociológico. São Paulo: Nacional, 1974.
FORACHI, M.M.; MARTINS, J. de S. (orgs.) Sociologia e Sociedade. Rio de Janeiro:
LTC, 2004.
FOUCAULT, Michel. Vigiar e punir. Petrópolis: Vozes, 1987.
FREYRE, Gylberto. Casa-grande & Senzala: introdução à história da sociedade
patriarcal no Brasil. Rio de Janeiro: Record, 2001.
GEERTZ, Clifford. A interpretação das culturas. São Paulo: LTC, 1989.
GIDDENS, A. Sociologia. Porto Alegre: Artmed, 2005.
KUENZER, Acácia (org.) Ensino Médio: construindo uma proposta para os que
vivem do trabalho. São Paulo: Cortez, 2005.
152
MARX, K. e ENGELS, F. O Manifesto do partido comunista. Rio de Janeiro: Paz e
Terra, 1998.
MARTINS, Carlos Benedito. O que é Sociologia. São Paulo: Brasiliense, 1994.
OLIVEIRA, Pérsio Santos de. Introdução à sociologia. São Paulo Ática, 2001.
PEREIRA e FORACHI. Educação e sociedade. São Paulo: Nacional, 1976.
SEED. Sociologia – Ensino Médio. Curitiba – PR: SEED, 2006.
WEBER, M. Ciência e Política: duas vocações. São Paulo: Martin Claret, 2005.
IX – REFERÊNCIAS
Brasil: Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei nº 9394/96.
Brasil: Ministério da Educação – Conselho Nacional de Educação – Diretrizes
Nacionais para a Educação Básica. Parecer CNE/CEB nº 017/2001.
Brasil: Ministério da Educação – Conselho Nacional de Educação Especial –
Educação Inclusiva – Direito à Diversidade – Curso de Formação de Gestores e
Educadores.Brasília: MEC/SEESP, 2004.
Luckesi, Cipriano C.: Avaliação da Aprendizagem Escolar: estudos e proposições.
15º ed. – SP: Cortez
Paraná – Conselho Estadual de Educação. Deliberação nº 09/01. Processo nº
744/01.
Paraná. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Educação Básica.
Diretrizes Curriculares para a Educação Básica. Versão Preliminar: Curitiba:
SEED/DEB, 2007
PARO, Vitor Henrique. Gestão Democrática da Escola Pública. São Paulo - SP: Ática,
1997;
153
Saviani, Dermeval. Escola e Democracia. 8ª Ed. São Paulo, Cortez / Autores
Associados, 1985.
Saviani, Dermeval. Pedagogia Histórico – Crítica: Primeira Aproximações 1.ed. São
Paulo, Cortez / Autores Associados, 1991.
VEIGA, Ilma Passo A. (Org). Projeto Político Pedagógico da Escola, Uma Construção
Possível. Campinas - SP: Papirus, 1995.
154