ESCOLA ESTADUAL IPÊ – ENSINO FUNDAMENTAL · Caracterização da comunidade A escola Estadual...

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COLÉGIO ESTADUAL IPÊ ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO SÃO JOSÉ DOS PINHAIS 1

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COLÉGIO ESTADUAL IPÊENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

SÃO JOSÉ DOS PINHAIS

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MARÇO/2010

SUMÁRIO

I – APRESENTAÇÃO

II – IDENTIFICAÇÃO

III - OBJETIVOS GERAIS

IV - MARCO SITUACIONAL

V - MARCO CONCEITUAL

VI – MARCO OPERACIONAL

VII – AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

VIII – PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR

IX – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

2

I – APRESENTAÇÃO

Com a construção deste projeto estaremos planejando o que temos a intenção

de fazer e realizar, lançamos-nos para diante, com base no que temos e buscaremos

o impossível. Desta forma, contribuir com toda a organização de uma escola

comprometida com toda a comunidade escolar com constantes discussões e

reflexões sobre diversos problemas da Escola, na expectativa de alternativas viáveis

e também propiciar a participação de todos os membros da comunidade, exercitando

assim a cidadania.7

Ressaltamos que o Projeto Político Pedagógico não visa apenas a organização

do trabalho pedagógico, mas a qualidade em todo o processo, descentralizando

ações em busca de sua verdadeira autonomia, que está intimamente ligada à

concepção emancipadora de educação. Essa autonomia é relevante para a criação

da identidade da escola, e envolve quatro dimensões básicas, relacionadas e

articuladas entre si: administrativa, jurídica, financeira e pedagógica. Dimensões

essas que implicam direitos e deveres e, principalmente, alto grau de compromisso e

responsabilidade de todos os segmentos da comunidade escolar (VEIGA,1998, p.16-

18).

O professor é um elemento fundamental no processo ensino aprendizagem,

pois exerce uma influência contínua e sistemática na vida escolar de seus alunos e

privilegia uma atitude positiva, construtiva, criativa e crítica . Exige que o professor

conheça e seja interessado em conhecer a realidade do aluno e suas redes de

relações. Caberá também ao docente proporcionar um clima de solidariedade e

participação, ou seja, olhar seus alunos de maneira que estes se sintam acolhidos,

entendidos e motivados levando em consideração suas necessidades e seus

interesses.

Com intuito de “educar para a vida” (LDB Art. 3º), é que a Escola Ipê pretende

ensinar, não se atendo apenas no intelecto, mas também enfatizando os aspectos

emocionais e morais relacionado-os com as experiências de vida, formando cidadãos.

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II – IDENTIFICAÇÃO

A Escola

A Escola Ipê -Ensino Fundamental e Médio está localizada à rua Ieda Solange

Ribeiro nº 800, no Jardim Alegria, no município de São José dos Pinhais, no Estado

do Paraná. Pertence ao Núcleo Regional da Educação da Área Metropolitana Sul,

tem como entidade mantenedora a Secretaria do Estado de Educação do Paraná.

A Instituição de Ensino tem o código 01686, o ato de autorização do

funcionamento número 31/1992 DOE 11/02/92, ato de reconhecimento número

51/2008 DOE 22/01/2008.

Este Estabelecimento está situado na região urbana do município de São José

dos Pinhais e distância do NRE-AM Sul aproximadamente 20 km.

Histórico

A Escola Estadual Ipê – Ensino Fundamental e Médio iniciou suas atividades

no ano de 1992, sob a autorização nº 312, teve seu reconhecimento em 07/01/2008.

Funcionava no prédio da Escola Municipal Irmã Maria Eufrásia Torres, à rua Pedro

Ribaski nº186 no Jardim Ipê, com ensino fundamental apenas, no período noturno. A

partir do ano 2000 houve a separação das Escolas, para atender a demanda foi

implantado os turnos da manhã, intermediário e tarde, com 5 salas de aulas,

secretaria, sala de direção, biblioteca e banheiros femininos e masculinos.

Em 2009 é implantado o Ensino Médio noturno, com 4 turmas de 1º ano.

Atualmente a Escola conta com um novo prédio, situado à rua Ieda Solange Ribeiro

nº 800 no Jardim Alegria, a Instituição conta com 24 salas de aulas e demais

dependências, com possibilidade de comportar um número de até 2000 alunos.

Caracterização do município

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O Município de São José dos Pinhais, situa-se aproximadamente 14,5 Km de

Curitiba, faz parte da Região Metropolitana, porém tem autonomia política e

econômica. Isto se deve a sua superfície que é de 952,86 Km2, com altitude média de

900m, tendo variações de altitude no Município limítrofes, Curitiba, Pinhais,

Piraquara, Tijucas do Sul, Morretes, Guaratuba e Fazenda Rio Grande, a população é

de aproximadamente de 206.663 habitantes. A área urbana fica a Noroeste, mais

próxima de Curitiba.

O crescimento demográfico está calculado em 5,9 anos. No ponto de

hidrográfico do Município, o maior rio em volume de água é o Rio Iguaçu que faz

divisa em toda sua extensão entre o Município de São José dos Pinhais e Curitiba. A

economia do Município gira em torno da agricultura, na produção Oleicultura,

Pecuária, destacando a criação de aves, gado leiteiro, suínos, ovinos, peixes,

equinos, etc.

Conta também com extrativismo vegetal: madeira, erva-mate, e carvão; e

extrativismo mineral: areia, pedra para construção civil, saibro e argila.

Há indústrias extrativas e de beneficiamento: olarias, erva-mate, papel,

laticínio, plástico, alimentos, óleos, têxteis, perfumes, cosméticos, eletrodomésticos,

cerâmicas, equipamentos rodoviários e agrícolas, metalúrgica, bebidas e outros. Além

das indústrias, conta com um vasto comércio e unidades de prestação de serviços.

Destaca-se em nosso Município o Aeroporto Internacional Afonso Pena, que

atende a capital e região metropolitana, estabelecendo ligações entre outros

municípios, estados e países. Um setor que está em grande expansão é o

automobilístico, fazendo parte deste as empresas Audi, Renault e outros congêneres.

A fundação e evolução de São José dos Pinhais tem raízes longínquas com o

descobrimento do Brasil, através de expedições por volta de 1600, com a construção

da primeira Capela de Bom Jesus dos Perdões, em 1960. Em 1785, a povoação

elevada para freguesia, em 1831 criou-se a primeira escola primária.

Em 1852, com a Lei Provincial nº 10 de 1606 a freguesia foi elevada a

condição de vila e município, sendo o mesmo instalado em 8 de janeiro de 1853. Em

5 de abril de 1877, foi criada a comarca de São José dos Pinhais. Em 27 de

dezembro de 1897 a vila foi elevada à categoria de cidade.

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Caracterização da comunidade

A escola Estadual Ipê atende alunos da faixa etária de 11 a 20 anos em média,

sendo estes moradores do Jardim Ipê, Jardim Ipê II, Jardim Alegria e Jardim Araguari.

A renda familiar varia de um a quatro salários mínimos, caracterizando assim uma

comunidade com baixo nível sócio-econômico. A religião predominante é a

evangélica.

As atividades econômicas estão embasadas nas profissões braçais, tais como:

pedreiros, carpinteiros, pintores, eletricistas, auxiliares de produção, alguns se

dedicam a pequenos comércios ou como vendedores autônomos. Um percentual

significativo de mães exerce atividades remuneradas como: diaristas, domésticas,

serviços gerais, balconistas e cozinheiras.

Há aproximadamente 20 anos a região era de “invasão”, com a regularização

dos lotes, os moradores passaram a ser proprietários deste, com isso quase na

totalidade das casas são próprias e de alvenaria ou mistas.

A escolarização da grande maioria dos pais situa-se entre a 1ª à 4ª série do

ensino fundamental, com pequeno número de pais analfabetos.

Muitos alunos vivem sob responsabilidade dos pais, destes considerável

parcela tem apenas a tutela do pai, da mãe ou dos avós. Apesar das grandes

dificuldades apresentadas na comunidade os pais estão satisfeitos com os serviços

oferecidos pela Escola, apenas se preocupam com a questão de segurança de seus

filhos, pois o bairro apresenta alto índice de violência.

Trata-se de uma comunidade que tem a escola como única

alternativa que possa oferecer alguma perspectiva para reverter esse processo e

quebrar o ciclo de dificuldades que procede várias gerações.

Equipamentos pedagógicos

6 Tvs pendrive 4 DVDs com karaokê 4 mini system

2 tvs 2 mimeógrafos 6 instrumentos musicais

1 caixa acústica 1 microscópio 1 protótipo corpo humano

6

4 computadores 2 impressoras 1 máquina de plastificar

1 protótipo esqueleto humano

3 globos (múndi, hidro, pol.)

1 antena parabólica

2 retroprojetores 1 projetor slides 1 microscópio

Relação do Corpo Docente, Técnico Administrativo e Pedagógico

Nome Função Formação

Abelino Pereira de Souza Professor Licenciatura Plena

Adriana de Souza Coelho Professora Licenciatura Plena

Amanda G. Edmundo Professora Licenciatura Plena

Ana ferreira Professora Licenciatura Plena

Ana Mery S. de Oliveira Professora Licenciatura Plena

Anderson S. Dembichi Professor Licenciatura Plena

Claudia M. Amadio Professora Licenciatura Plena

Claudineia Mª S. Calixto Professora Licenciatura Plena

Damares R. Tuponi Professora Licenciatura Plena

Denis dos S. Machado Professor Licenciatura Plena

Divair J. T. Soares Araujo Professora Licenciatura Plena

Edméa do R. O. Freitag Professora Licenciatura Plena

Eliane P. Dos Santos Professora Licenciatura Plena

Eliete Souza Freire Professora Licenciatua Plena

Emanuel Menim Professor Não Licenciado

Fábio Glauber da Silveira Professor Licenciatura Plena

Fellipe Roberto Dias Professor Licenciatura Plena

Gabriel Schleder Negrão Jr Professor Licenciatura Plena

Helen Regina Costa Professora Licenciatura Plena

Ivonete Linhares Professora Não Licenciada

Joelma Ap. Oliveira Professora Licenciatura Plena

Josefa de Lima Professora Licenciatura Plena

Kelen Ribeiro Coutinho Professora Licenciatura Plena

Kelly P. de Almeira Kotkoski Professora Licenciatura Plena

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Luceli Ap. De Paula Professora Licenciatura Plena

Lúcia dos Santos Magalhães Professora Licenciatura Plena

Luiz G. G. Nascimento Filho Professor Licenciatura Plena

Mara Lúcia Anunciação Silva Professora Não Licenciada

Mariane A. da Rocha Professora Não Licenciada

Marilene da Cruz Oliveira Professora Licenciatura Plena

Mariza do R.F. S. Davanço Professora Licenciatura Plena

Marli Sobriel Batista Professora Licenciatura Plena

Michelle C. Ricetti Mendes Professora Licenciatura Plena

Mônica da Silveira N. Rocha Professora Licenciatura Plena

Monica Stroparo Professora Licenciatura Plena

Najara Ap. Dalla Barba Professora Licenciatura Plena

Neiva Constante Professora Licenciatura Plena

Patricia Dorneles Dantas Professora Licenciatura Plena

Paulo Gomes da Silva Peofessor Licenciatura Plena

Petter Pablo Hubner Professor Licenciatura Plena

Raphaela D. De Macedo Professora Licenciatura Plena

Rejane Alves Schaner Professora Licenciatura Plena

Rosana Ribeiro Coutinho Professora Licenciatura Plena

Roseli Ap. Vieira Professora Licenciatura Plena

Sergio Rodrigues de Souza Professor Licenciatura Plena

Silvestre Costa Professor Licenciatura Plena

Silvestre Demko Professor Licenciatura Plena

Simone Bogusch Professora Licenciatura Plena

Sônia Mara Fernandes Professora Licenciatura Plena

Susana Furukawa Professora Licenciatura Plena

Tatielli Farias Lino Professora Licenciatura Plena

Thiago Luiz Filipe Professor Licenciatura Plena

Willian da Veiga Professor Licenciatura Plena

Alessandra Borges da Silva Pedagoga Licenciatura Plena

Ângela Izabel Giraldele Pedagoga Licenciatura Plena

Aparecida Soares de Souza Técnico Administrativo Ensino Superior Inc.

Doroti Morais de Medeiros Aux. Serviços Gerais Ensino Médio

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Eliana Soares Pedagoga Licenciatura Plena

Elio Moreira Santos Técnico Administrativo Ensino Superior

Eva Pereira Aux. Serviços Gerais Ensino Médio

Fernanda B. S. Pelizzoni Técnico Administrativo Ensino Superior Inc.

Izabel José da Costa Aux.Serviços Gerais Ensino Médio

Kellyn América Baldan Secretária Licenciatura Plena

Laudiceia Costa de Souza Aux. Serviços Gerais Fundamental

Maria Manoela F. S. Santos Aux. Serviços Gerais Ensino Médio

Marília Straube M. Saldanha Pedagoga Licenciatura Plena

Mônica S. N. Da Rocha Diretora Auxiliar Licenciatura Plena

Murilo Cesar Erhig Diretor Auxiliar Licenciatura Plena

Regina da Costa Santos Diretora Licenciatura Plena

Rosangela de S. Fernandes Aux. Serviços Gerais Fundamental

Vanessa da Silva de Oliveira Técnico Administrativo Superior Incompleto

Espaço físico

Secretaria, Sala de Professores, Sala de Direção, Sala de Coordenação

Pedagógica, Sala de Pedagogo, 2 Banheiros Administrativo, Depósito, Sala Multiuso,

Biblioteca, Laboratório de Química/Física, Depósito do Laboratório de Química/Física,

Laboratório de Informática, Depósito do Laboratório de Informática, 24 Salas de Aula,

10 Banheiros de Alunos, Depósito de Merenda, Cozinha, Refeitório, Quadra Coberta.

Matriz Curricular

NRE: 03 – AREA METROP. SUL MUNICÍPIO: 2570 São José dos Pinhais

ESTABELECIMENTO: 01687 ESCOLA ESTADULA IPÊ

ENT MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ

CURSO: 4000 – ENSINO FUNDAMENTAL TURNO: MANHÃ

ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2010 MÓDULO: 40 SEMANAS

FORMA: SIMULTÂNEA

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BASE

NACIONAL

COMUM

AREAS DISCIPLINA / SÉRIE 5

ARTE 2

CIÊNCIAS 3

EDUCAÇÃO FISICA 3

ENSINO RELIGIOSO 1

GEOGRAFIA 3

HISTÓRIA 3

LÍNGUA PORTUGUESA 4

MATEMÁTICA 4

SUB-TOTAL 23

P

DL.E.M - INGLÊS

2

SUB-TOTAL 2

TOTAL GERAL 25

NRE: 03 – AREA METROPOLITANA SUL Município: 2570 – São

José dos Pinhais

Estabelecimento: 01687 – ESCOLA ESTADUAL IPÊ

Entidade Mantenedora: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ

Curso: 0009 – Ensino Médio Turno: Noite

Ano de Implantação: 2009 Módulo: 40 horas Semanais

Forma: Simultânea

ÁREAS DISCIPLINA / SÉRIE 1 2 3

10

BASE

NACIONAL

COMUM

ARTE 2 2 2

BIOLOGIA 2 2 2

EDUCAÇÃO FÍSICA 2 2 2

FILOSOFIA 2 2 2

FÍSICA 2 2 2

GEOGRAFIA 2 2 2

HISTÓRIA 2 2 2

LÍNGUA PORTUGUESA 4 3 3

MATEMÁTICA 3 2 2

QUÍMICA 2 2 2

SOCIOLOGIA 2 2 2

SUB – TOTAL 23 23 23

PD

L.E.M. - INGLÊS 2 2 2

SUB – TOTAL 2 2 2

TOTAL GERAL 25 25 25

Nota: Matriz Curricular de acordo com a LDB nº 9394/96

Caracterização do Atendimento

Município: SÃO JOSÉ DOS PINHAIS

Estabelecimento de Ensino: COL. EST. IPÊ – ENS. FUND. E MÉDIO

Ensino Atual – 2009 Sugestão para 2010 Salas de

ApoioContra Turno5ª S.

Fund. Salas Manhã Interm. Tarde Noite Salas

Manhã Tarde Noite

5ª 6 - 6 - - 24 2 8 -

6ª 6 2 - 3 - 24 2 4 -

7ª 6 2 - 2 1 24 3 3 - 4

11

8ª 6 2 - 1 1 24 2 2 1 Salas PDE

Escola +Educ

.Ensino

Médio Salas Manhã Interm. Tarde Noite Salas

Manhã Tarde Noite 2

1ª 6 - - - 4 24 4 - 6 Sala de

Artes2ª - - - - - 24 2 - 4

3ª - - - - - 24 - - - 1

III – OBJETIVOS GERAIS

O presente Projeto visa a qualidade do Ensino para o sucesso na tarefa de

formar cidadãos capazes de participar da vida sócio-econômica, política e cultural do

país. Sendo assim, estimular para a formação inicial e continuada de todos os

profissionais da escola.

Buscar a gestão democrática, a qual contemplará a participação dos

representantes dos segmentos da escola nas decisões, ações administrativo-

pedagógicas que serão desenvolvidas.

O Projeto Político Pedagógico é uma construção coletiva, segundo PARO

“...se falarmos em Gestão Democrática na Escola parece-me já estar

necessariamente implícita a participação da população em tal processo”. (2000, p.15)

De acordo com a LDB. Art. 3º, o Ensino deverá ser voltado a “Educar para a

vida”, despertando no aluno para uma educação de respeito mútuo, de criatividade,

de visão, que ele seja capaz de relacionar os conhecimentos adquiridos através de

sua experiência de vida, com os aprendidos na escola. Estas são as metas a serem

alcançadas neste projeto, através de reformulação das Diretrizes do Ensino.

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IV – MARCO SITUACIONAL

Contradições e Conflitos presentes na prática Docente

Grande tempo do trabalho escolar é destinado ao atendimento de adolescentes

que ou estudam em outros turnos e até em outras Escolas e que fazem desta o ponto

de encontro e local de diversão que não encontram na comunidade. Isto desgasta os

profissionais da educação, pois prejudicam o bom andamento das atividades

realizadas, dispersando a atenção dos alunos, quebrando toda a motivação para os

estudos.

É um atendimento que requer urgência, pois precisamos garantir a segurança

dos alunos deste turno, proteger o patrimônio público bem como, preservar a imagem

da Escola na comunidade.

A maior dificuldade encontrada pela Equipe Pedagógica é o próprio corpo

docente cuja mobilidade causa entraves, não só para a continuidade da ação

desenvolvida quanto para o bom desempenho da proposta curricular.

Sentimos que muitas vezes os alunos não contam com o apoio dos pais no

incentivo necessário aos estudos. A situação sócia econômica dos pais contribui para

a ausência deles na vida estudantil dos filhos, e também por que os mesmos carecem

dos conhecimentos básicos.

Quanto à evasão escolar que é o alvo de todo o nosso trabalho, todos os

esforços são realizados no sentido de diminuir estas estatísticas, cuja causa não

conseguimos eliminar apenas com o trabalho pedagógico, pois se trata da

insegurança nas imediações pelo elevado índice de violência da comunidade que

foram apontados como fatores preponderantes numa pesquisa realizada por órgão

autorizado por nossa mantenedora.

Embora sintamos necessidade premente de estudos por parte de toda

comunidade escolar para o enfrentamento destes problemas, o processo é dificultado

pela situação de cada profissional que ministra aula nesta Escola. São poucos os

professores efetivos, outros que vêm completar o quadro acabam ficando com

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poucas aulas e assumindo também em outras escolas e não dispõe de horário para

as reuniões.

Também já se apresentam para o trabalho após a realização da semana inicial

de estudos. O próprio momento da capacitação é prejudicado pela urgência da última

hora, sem tempo hábil para melhor preparação das atividades e sem os recursos para

um bom desempenho. Carecemos de um profissional preparado para assumir esta

capacitação.

O trabalho escolar é desenvolvido sem muito entusiasmo, pois todos os

esforços empreendidos sempre trazem pouco retorno como resultado, sendo

necessária uma atuação mais energética para que as coisas aconteçam. A

participação da comunidade escolar, no caso dos pais, se resume ao

comparecimento em algumas reuniões de entrega de avaliação, ainda em número

bastante reduzido, necessitando um trabalho intensivo para atrair e envolver os

mesmos na vida estudantil dos filhos. Iniciamos um processo de conscientização das

responsabilidades inerentes a cada parte para que possamos alcançar de fato alguns

de nossos objetivos.

Considerando tratar-se de um trabalho delicado que envolve sutilezas que

tememos afrontar, daremos passos pequenos em direção a mudança que precisamos

realizar.

Todos os funcionários trabalham de forma cooperativa, ou seja, mesmo cada

um com sua função específica, quando surge algum problema, todos se envolvem

para resolver.

Funcionamento da escola

Manhã: 5as ,6as, 7as ,8as Séries e 1º ano do Ensino médio, tem início às 7h30 e término

às 11h55h.

Tarde: 5as, 6as, 7ase 8as– São alunos na faixa etária de 10 a 15 anos. Tem início às

12h45 e término às 17h10.

Noite: 8as Séries do Ensino Fundamental, 1º e 2º anos do Ensino Médio. Tem início

às 18h45h até 23h os alunos, deste período estão na faixa etária 14 à 21 anos.

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Vivemos um modelo de sociedade em transição, cada vez mais conturbada,

onde a competição se faz presente todo momento. Diante desta realidade, a

preocupação enquanto escola é encontrar respostas para tais questões: Que

cidadãos queremos formar? A escola está atendendo as necessidades desta

sociedade?

Precisamos refletir sobre estas questões, rever o ato pedagógico, tentar

acompanhar as exigências da sociedade, desta forma oferecer uma educação

eficiente e efetiva.

A avaliação tem sido uma ação individual na prática escolar. O professor

elabora seus instrumentos e decide. Não se trata de um ato coletivo, realizado por

uma equipe, sendo assim, se estabelece uma ligação equivocada entre nota e

avaliação, reduzindo esta ao seu aspecto mais técnico, que é como muitos entendem

a avaliação.

Na comunidade escolar podemos detectar vários problemas, os quais têm

refletido na escola: a desestruturação da família, crianças criadas pelos avós

(abandonadas pelos pais), falta de autoridade dos pais, baixa auto-estima familiar, e

outros.

Durante a hora-atividade os professores organizam os planos supracitados,

além de executarem a correção de diversas atividades do dia-a-dia e preparo de

aulas.

Fica latente a necessidade de otimizar mais ainda as relações que envolvem

alunos, outros elementos da comunidade e educadores, porem as ações até aqui

realizadas buscam valer o verdadeiro intuito de uma escola publica: formar cidadãos

e prestar-se à qualidade social.

V – MARCO CONCEITUAL

Filosofia

A Escola deverá preocupar-se com o indivíduo na sua totalidade, tornando-se

consciente de seu papel transformador na sociedade e no mundo, visto que este tem

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seu horizonte de possibilidades de aquisições de bens materiais e profissionais

limitado pelo modo como se articula a sociedade “...portanto, de construir uma escola

publica universal- igual para todos, unificada- mas que respeite as diferenças locais

regionais, enfim, a multiculturalidade...”(GADOTTI, 1995, p.55).

Caberá a instituição conferir a autonomia na medida em que propõe a

descentralização e desburocratização de ações no interior da mesma, garantindo

espaços de atuação coletiva para que a democratização se efetive. Em razão disso, a

escola e a todos os profissionais compete buscar meios para fortalecer e tornar eficaz

essa representatividade, conquanto assumir essa responsabilidade educativo-social

constitui-se numa forma de revitalizar o seu sentido, ou seja, o compromisso com o

conhecimento e com a aprendizagem.

O aluno é concreto, filho de classe trabalhadora que contribui para a produção

de bens materiais, dos quais é apropriado em favor de classe dominante. A sua

origem e seu conteúdo deverão servir de base para que a escola parta do saber

fragmentado para o saber sistematizado. Pretende-se instrumentalizar o aluno

transmitindo conhecimento elaborado, tornando-o capaz de analisar, interpretar e

interferir na realidade cotidiana, construindo sua cidadania. O ensino pretende tornar

evidente ao aluno as contradições existentes na sociedade oferecendo-lhe um ensino

de qualidade, baseado nos interesses da classe trabalhadora.

O papel da escola, portanto, deverá ser a formação do homem crítico,

participativo, capaz de perceber a realidade de ser elemento de mudança de

transformações dessa realidade, para que possa tornar a sociedade mais justa.

Princípios Legais

Nosso educando precisa de uma formação humana que desenvolva suas

múltiplas dimensões como ser humano, com necessidades materiais, culturais,

afetivas e lúdicas. Para haver transformação social preocupada com o bem comum,

além da ciência, a educação deverá estar baseada nos princípios éticos de

responsabilidade, solidariedade e respeito.

A LDB 9394/96 em seu Art. 22 remete-se ao desenvolvimento do educando na

busca de lhe assegurar a formação comum indispensável ao exercício da cidadania.

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E no Art. 32, considera a formação básica do cidadão mediante o domínio da leitura,

da escrita e do cálculo, a compreensão do ambiente natural e social, do sistema

político, da tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade,

desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, do fortalecimento dos vínculos de

família, dos laços de solidariedade humana e de tolerância, situados no horizonte da

igualdade (D.C.N).

As Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental, ressaltam a

valorização da experiência extraescolar dos alunos e a vinculação como sendo o fim

maior da educação.

A socialização do saber existente pressupõe analisar o dinamismo da produção

e elaboração do conhecimento, e que depende, de algum modo, do domínio desse

saber para que os agentes sociais se percebam como agentes históricos, elevando o

grau de compreensão da realidade, para poder pensar em formas práticas de

transformação.

Preocupada com a evasão, reprovação e exclusão, a Escola deve visar a

garantia de acesso aos alunos em idade escolar e para aqueles que não tiveram

acesso ao Ensino Fundamental em idade própria. (D.C.E.)

De acordo com a Constituição Federal – Art. 205, a educação é direito de todos

e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da

sociedade, visando o pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício

da cidadania e sua qualificação para o trabalho.

O ensino da cultura Afro-brasileira envolverá articulações entre passado,

presente e futuro, no âmbito de experiências, construções e pensamentos produzidos

em diferentes circunstâncias e realidades do povo negro (Lei 10.639/2003). É um

meio privilegiado para a educação das relações étnico-raciais e tem por objetivos o

reconhecimento e valorização da identidade, história e cultura dos afro-brasileiros,

garantia de seus direitos de cidadãos.

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Concepções

Mundo

O mundo é o local onde ocorrem as interações homem-homem, homem-meio

social e homem-meio ambiente, caracterizadas pelas diversas culturas e pelo

conhecimento. Devido à rapidez do processo de assimilação das informações e pela

globalização torna-se necessário proporcionar ao homem o alcance dos objetivos

materiais, políticos, culturais e espirituais para que sejam superadas as injustiças,

diferenças, distinções e divisões na tentativa de se formar o ser humano que se

imagina. Isto será possível se a escola for um espaço que contribua para a efetiva

mudança social.

Sociedade

Somos uma sociedade capitalista, competitiva baseada nas ações e

resultados, por isso precisamos construir uma sociedade libertadora, crítica, reflexiva,

igualitária, democrática e integradora, fruto das relações entre as pessoas,

caracterizadas pela interação de diversas culturas em que cada cidadão constrói a

sua existência e a do coletivo.

Homem

O homem, na atualidade, é um ser competitivo e individualista, resultado das

relações impostas pelo modelo de sociedade em vigor. No entanto, a luta deve ser

por um homem social, voltado para o seu bem próprio, mas, acima de tudo, para o

bem estar do grupo do qual faz parte. O homem, que modifica a si mesmo pela

apropriação dos conhecimentos, modifica também a sociedade por meio do

movimento dialético “do social para o individual para o social”. Destarte, torna-se

sujeito da história.

Educação

A educação deve contemplar um processo de ensino e aprendizagem que

ultrapasse a mera reprodução de saberes “cristalizado” e desemboque em um

processo de produção e de apropriação de conhecimento.

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Conhecimento

O conhecimento pode ainda ser aprendido como um processo ou como um

produto. Quando nos referimos a uma acumulação de teorias, ideias e conceitos, o

conhecimento surge como um produto resultante dessas aprendizagens, mas como

todo produto é indissociável de um processo, podemos então olhar o conhecimento

como uma atividade intelectual através da qual é feita a apreensão de algo exterior à

pessoa.

Aprendizagem

O processo de aprendizagem pode ser definido de forma sintética como o

modo como os seres adquirem novos conhecimentos, desenvolvem competências e

mudam o comportamento. Contudo, a complexidade desse processo dificilmente

pode ser explicada apenas através de recortes do todo. Por outro lado, qualquer

definição está, invariavelmente, impregnada de pressupostos políticos-ideológicos,

relacionados com a visão de homem, sociedade e saber.

Escola

Local de tomada de decisões, pautadas em princípios, não apenas

acadêmicos, mas também políticos e culturais, com base nos sujeitos que dela

participam, com estudo, debate e crítica sempre levando em conta a sociedade em

que vivemos, o mundo globalizado, as culturas, as desigualdades e as diferenças

culturais, etc. A escola é uma instituição que temos procurado, com muito esforço,

construir, e que precisamos preservar, atualizar e aperfeiçoar, ainda que não mude o

mundo, a escola pode ajudar o estudante a melhor entender como o mundo opera.

Avaliação

A avaliação merece um destaque a parte, pois diz respeito a um processo mais

amplo e abrangente que abarca todas as ações desenvolvidas na ação pedagógica,

assim como todos os sujeitos nele envolvidos. Portanto, deve estar claro para aquele

que avalia que ele também é parte integrante do processo avaliativo um vez que foi o

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responsável pela mediação no processo de ensino-aprendizagem. Logo, quando se

lança o olhar para avaliar alguém ou alguma ação no âmbito da instituição escolar,

lança-se também o olhar sobre si próprio.

Ao avaliar deve-se ter em mente o processo como um todo, bem como aquele

a quem se está avaliando. Compreendemos que a avaliação deve permear todas as

atividades da sala, principalmente na relação professor com o aluno e no tratamento

dos conhecimentos trabalhados neste espaço.

Portanto, a intervenção do professor ajuda a construir as mediações

necessárias para a construção do conhecimento.

Gestão Democrática

Em consonância com a LDB nº 9394/96 Art. 14: os sistemas de Ensino

definirão normas da gestão democrática do Ensino Público na educação básica de

acordo com suas peculiaridades, para isso faze necessária a participação dos

profissionais da educação na elaboração do Projeto Pedagógico da escola e

participação das comunidades em conselhos escolares ou equivalentes.

A democratização da escola pública é o que confere a autonomia na medida

em que propõe a descentralização e desburocratização de ações no interior da

mesma. É preciso garantir espaços de atuação coletiva, para que esse processo de

democratização se efetive. Os mecanismos de gestão, conselho de escola, APMF e

outros, devem estar continuamente envolvidos na organização e decisões que diz

respeito à escola.

A gestão escolar deve defender os princípios democráticos, incentivar a

participação, a autonomia e a liberdade, possibilitando assim a formação de cidadãos

conscientes e atuantes na sociedade. Uma gestão colegiada se faz com a

participação efetiva de todos os segmentos da escola, para que se tenha claro a

concepção a ser trabalhada, e que se execute e avalie de acordo com a proposta

pedagógica na escola. Cabe a todos os profissionais envolvidos, buscar meios para

fortalecer e tornar eficaz essa representatividade, e o compromisso com o

conhecimento e com a aprendizagem de todos os alunos.

20

A autonomia da escola é, pois, um exercício de democratização de um espaço

público: é delegar ao diretor e aos demais agentes pedagógicos a possibilidade de

dar respostas ao cidadão (aluno e responsável) a quem servem. A autonomia coloca

na escola a responsabilidade de prestar contas do que faz ou deixa de fazer, sem

repassar para outro setor essa tarefa e, ao aproximar escola e família, é capaz de

permitir uma participação realmente efetiva da comunidade, o que caracteriza como

uma categoria eminentemente democrática.

Nessa perspectiva, a autonomia apresenta-se como um norte a ser perseguido,

no sentido de construir uma escola que esteja centrada numa postura democrática.

Assim sendo, a figura de gestores que descentralizam as ações no âmbito escolar,

constitui o elemento que fará a diferença na construção de um ensino competente e

inovador.

Nesse processo, a escola atua como um espaço de construção coletiva no qual

o poder de decisão é compartilhado, objetivando difundir no contexto escolar a nova

postura pertinente a um ensino de qualidade que dará, por conseguinte, as

ferramentas necessárias ao educando para atuar em pé de igualdade no mercado

competitivo que temos na atualidade, pois, Gestão Democrática só se faz com

interação e ação coletiva.

Assim sendo, entende-se que a escola que tem como parâmetro melhorar a

qualidade do ensino fará dessa parceria e co-responsabilidade o seu diferencial, para

tanto, é essencial que se crie um espaço no qual o coletivo possa opinar, elencar

prioridades e deliberar ações no sentido de contribuir eficazmente para o sucesso do

ensino ministrado. Nesse contexto, acredita-se que esses fatores serão, certamente,

os elementos facilitadores na construção de uma escola que se intitula democrática e

cidadã.

Currículo

O currículo extrapola o “fazer” pedagógico abrangendo elementos como grade

curricular, disciplinas, conteúdos e conhecimento. É necessário resgatar os saberes

que o aluno traz de seu cotidiano. Elencado o objeto do conhecimento, este não deve

ser trabalhado de forma superficial e desvinculada da realidade. Está enraizada, em

21

nossa ação pedagógica diária, uma metodologia tradicional que entende o

conhecimento como um produto pronto para apenas ser repassado, considerando

somente a interação unilateral entre professor e aluno. Todavia, é preciso que o

objeto do conhecimento seja tratado por meio de um processo que considere a

interação/mediação entre educador – educando como uma via de “mão dupla” em

que as relações de ensino-aprendizagem ocorram dialeticamente.

Construir o currículo exige uma compreensão de totalidade e profundidade

sobre a função social da escola, revendo sua forma de organização e de gestão.

Os professores têm o compromisso com a universalização dos bens materiais

e simbólicos, o que exige a ampliação do seu campo de atuação para além dos

conteúdos. Nessa perspectiva, será necessário desenvolver a observação e a

reflexão acerca da realidade e, consequentemente, trazer para o espaço da sala de

aula as demandas sociais para serem discutidas a partir de conhecimentos

específicos, com vistas a propiciar aos alunos chaves conceituais que permitam uma

compreensão crítica da realidade, assim como, permita-lhes buscar alternativas para

superarem a idéia de que o modelo neoliberal, que amplia a exclusão de boa parte da

sociedade de uma condição básica da existência.

É preciso trabalhar, em cada área do conhecimento, com conteúdos

engajados, que expliquem o mundo físico e social, que recuperem a memória

histórica para construção de um projeto de futuro, que problematizem o presente e,

com posicionamento teórico e político, recoloquem a escola lado a lado das lutas

sociais. Frente a esse desafio, é necessário cada professor se torne pesquisador do

conteúdo que ensina e da prática que desenvolve, centrando seu trabalho de ensino

na pesquisa, deste modo aperfeiçoando seu desempenho profissional. Ao assumir

essa postura diante dos conhecimentos e da realidade, o professor terá também

melhores condições de subsidiar os alunos com saberes que lhes permitam realizar

uma leitura crítica do mundo, bem como terá a certeza de que é, essencial investir

esforços na utilização mais efetiva da pesquisa em sala de aula, de diferentes

linguagens e procedimentos metodológicos, para que os alunos, durante o seu

processo de escolarização, compreendam que o presente não é dado, mas

historicamente construído e, possível de mudanças.

22

No âmbito escolar, frente as desigualdades sociais, é necessário viabilizar a

articulação entre as propostas educacionais e a realidade social, de forma a atender

à diversidade dos alunos, com vistas a inclusão de todos no processo de ensino e de

aprendizagem.

Organização Curricular

As disciplinas da Base Nacional Comum e Língua Estrangeira apresentam uma

organização que privilegia o tratamento disciplinar dos conteúdos, organizados a

partir de “conteúdos estruturantes” que são saberes, conhecimentos de grande

amplitude, conceitos ou práticas que identificam e organizam os diferentes campos de

estudo das disciplinas escolares. Os conteúdos estruturantes são fundamentais para

a compreensão do objeto de estudo e ou de suas áreas, selecionados a partir de uma

análise histórica da ciência de referência e ou disciplina escolar.

Com o processo de redemocratização do Brasil, particularmente do ensino, a

escola tem sido desafiada a considerar no currículo as questões sociais (drogas,

violência, doenças sexualmente transmissíveis, meio-ambiente, etc), caberá

diagnosticar quais são as questões mais próximas de sua realidade, bem como

analisar em medida estão sendo problematizadas e podem ser tratadas nas

diferentes disciplinas de tradição curricular. Essas temáticas deverão ser abordadas

na escola, em articulação aos conteúdos disciplinares, contribuindo assim para que

os alunos possam entendê-las em sua complexidade.

De acordo com as normas estabelecidas pela SEED, ficou estabelecido que: a

carga mínima de duas e de no máximo quatro aulas semanais por série e disciplina

da Base Nacional Comum; a obrigatoriedade da oferta de todas as disciplinas da

Base Nacional Comum em todos os anos finais do Ensino Fundamental; da oferta

obrigatória do Ensino Religioso na 5ª e 6ª séries e em todas as escolas em caráter

facultativo para os alunos; apenas a disciplina de Língua Estrangeira será ofertada na

Parte Diversificada, sendo o idioma de escolha da escola, observando-se a

disponibilidade do professor e as características da comunidade atendida.

Na busca de um maior equilíbrio na distribuição da carga horária entre os

diferentes componentes curriculares e uma maior aproximação entre as matrizes

23

curriculares das escolas que ofertam a educação fundamental, promoveu-se esta

reorganização das matrizes curriculares de todas as escolas públicas estaduais.

Tempo Escolar

O tempo é um elemento constitutivo da organização do trabalho pedagógico. O

calendário escolar ordena o tempo: determina o início e o fim do ano, prevendo os

dias letivos, as férias, os períodos escolares em que o ano se divide, os feriados

cívicos e religiosos, as datas reservadas à avaliação, os períodos para reuniões

técnicas, cursos, etc. (anexo 1).

O horário escolar, fixa o número de horas por semana e que varia em razão

das disciplinas constantes na grade curricular, estipula também o número de aulas

por professor. Visando a qualidade do trabalho pedagógico, cabe a escola reformular

seu tempo, estabelecendo períodos de estudo e reflexão de equipes de educadores,

fortalecendo a escola como instância de educação continuada.

Também é preciso tempo para acompanhar e avaliar o Projeto Político

Pedagógico em ação.

A escola é seriada, realizando os planejamentos e avaliações trimestralmente,

onde podemos analisar os rendimentos obtidos neste período. As recuperações

acontecem paralelas a cada avaliação realizada.

Educação Inclusiva

De acordo com a LDB 9394/96 a sua regulamentação pelas Diretrizes

Nacionais da Educação Especial (Res. nº 02/01), a Educação Especial é conceituada

e praticada, na atualidade, como uma modalidade educacional, cuja finalidade é

oferecer recursos e serviços educacionais especializados aos alunos que apresentam

necessidades educacionais, em todo fluxo educacional.

As necessidades especiais, não se referem as limitações apresentadas pelas

pessoas, mas às exigências de ampla acessibilidade que oportunize as condições

necessárias à independência e autonomia dos sujeitos. Evidencia-se a

responsabilidade social de prever e prover meios de satisfazer essas necessidades,

ao invés, de destacar o sujeito que a apresenta. São considerados alunos com

24

aprendizagem ou limitações no processo de desenvolvimento (D.M.), dificuldades de

comunicação e sinalização; super dotação ou altas habilidades.

Para oferecer respostas educativas às necessidades especiais dos alunos, a

escola fará adaptações curriculares, ou seja, de estratégia de planejamento e de

atuação docente, fundamentado em critérios para guiar a tomada de decisões com

respeito ao que é, ao que o aluno deve aprender, como e quando e qual é a melhor

forma de organizar o Ensino para que todos saiam beneficiados. A flexibilização

curricular pode configurar poucas ou variadas modificações no fazer pedagógico,

visando remover as barreiras que impedem a aprendizagem e a participação dos

alunos que apresentam dificuldades em seu processo de escolarização.

O conhecimento sistematizado pela educação escolar deve oportunizar aos

alunos idênticas possibilidades e direitos, ainda que apresentem diferenças sociais,

culturais e pessoais, efetivando-se a igualdade de oportunidades, principalmente, em

condições semelhantes aos demais. Todas as ações pedagógicas que tenham a

intenção de flexibilizar o currículo para oferecer respostas educativas às

necessidades especiais dos alunos, no contexto escolar, são denominadas

“adaptações curriculares”.

As dificuldades de aprendizagem dos alunos que apresentam deficiências, ou

outros transtornos manifestam-se como um contínuo, incluindo desde situações

graves e transitórias que podem ser passíveis de intervenções pedagógicas por meio

do desenvolvimento das estratégias metodológicas utilizadas, cotidianamente, até

situações mais graves e permanentes que sugerem a utilização de recursos e

serviços especializados para sua recuperação.

O atendimento desse contínuo de dificuldades requer respostas educacionais

adequadas, envolvendo a flexibilização curricular que pode configurar poucas ou

variadas modificações no fazer pedagógico, visando remover as barreiras que

impedem a aprendizagem e a participação dos alunos que apresentam dificuldades

em seu processo de escolarização.

As decisões sobre as adequações a serem realizadas nos componentes

curriculares (objetivos, conteúdos, critérios de avaliação) devem estar baseadas nos

25

interesses e possibilidades do aluno concreto que se encontra em sala de aula, ou

seja, deve haver o equilíbrio harmônico entre o que é comum e o que é individual.

Mesmo os alunos atendidos em instituições especializadas, não constituem um

grupo homogêneo, deverão ser respeitadas, por meio de execução de propostas

diversificadas, desenvolvendo um plano individual de ensino. O aluno que apresenta

necessidades educacionais especiais pode apresentar respostas surpreendentes

frente à aprendizagem. A avaliação destes alunos deve ser voltada ao individual,

partir dos interesses e possibilidades do aluno concreto.

Cultura Afro-brasileira

Este Parecer visa a atender os propósitos expressos na Indicação CNE/CP

06/2002, bem como regulamentar a alteração trazida à Lei 9394/96 de Diretrizes e

Bases da Educação Nacional, pela Lei 10639/2003 que estabelece a obrigatoriedade

do ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana na Educação Básica.

Desta forma, busca cumprir o estabelecido na Constituição Federal nos seus Art. 5º,

I, Art. 210, Art. 206, I, § 1° do Art. 242, Art. 215 e Art. 216, bem como nos Art. 26, 26

A e 79 B na Lei 9.394/96 de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, que

asseguram o direito à igualdade de condições de vida e de cidadania, assim como

garantem igual direito às histórias e culturas que compõem a nação brasileira, além

do direito de acesso às diferentes fontes da cultura nacional a todos brasileiros.

O sucesso das políticas públicas de Estado, institucionais e pedagógicas,

visando as reparações, reconhecimento e valorização da identidade, da cultura e da

história dos negros brasileiros depende necessariamente de condições físicas,

materiais, intelectuais e afetivas favoráveis para o ensino e para aprendizagens; em

outras palavras, todos os alunos negros e não negros, bem como seus professores,

precisam sentir-se valorizados e apoiados. Depende também, de maneira decisiva,

da reeducação das relações entre negros e brancos, o que aqui estamos designando

como relações étnico-raciais. Depende, ainda, de trabalho conjunto, de articulação

entre processos educativos escolares, políticas públicas, movimentos sociais, visto

que as mudanças éticas, culturais, pedagógicas e políticas nas relações étnico-raciais

não se limitam à escola.

26

O ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana, a educação das

relações étnico-raciais, se desenvolverá no cotidiano da escola, nos diferentes níveis

e modalidades de ensino, como conteúdo de disciplinas, Educação Artística, História

do Brasil, Ensino Religioso, em atividades curriculares ou não, trabalhos em salas de

aula, nos laboratórios de ciências e de informática, biblioteca, áreas de recreação,

quadra de esportes e outros ambientes escolares.

VI – MARCO OPERACIONAL

Com o presente projeto, buscar-se-á um melhor desempenho dos alunos e

uma postura mais produtiva do professor com metodologias motivadoras que

valorizem a criatividade e o esforço individual e coletivo. Será o momento decisivo

sobre o que fazer, um momento de definição política e científica da ação pedagógica.

O Estabelecimento de Ensino oferece aos alunos serviços educacionais com

base nos seguintes princípios:

a) Igualdade de condições para o acesso e permanência na escola (vedada qualquer forma

de discriminação e segregação;

b) Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento,

a arte e o saber;

c) Pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas;

d) Respeito à liberdade;

e) Gratuidade o ensino público em estabelecimentos oficiais;

f) Valorização do profissional da Educação Escolar;

g) Gestão democrática e colegiada do Ensino Público na formação desta lei e da

Legislação do Sistema de Ensino;

h) Garantia de padrão de qualidade;

i) Valorização da experiência extra-escolar;

j) Vinculação entre a educação escolar, ao trabalho e as práticas sociais.

27

De acordo com princípios pedagógicos e filosóficos que norteiam a sua ação

educativa, o Colégio se propõe as seguintes metas:

a) Instruir um sistema de vida escolar em que haja interação e participação democrática de

todos os seus componentes;

b) Efetivar a ação educacional valorizando a ética, a formação de atitudes, a

solidariedade, o sentido de liberdade com responsabilidade;

c) Associar as atividades docentes no sentido de manter um bom desempenho e

a correção de possíveis desvios.

d) Promover a intervenção escola comunidade;

e) Avaliar constantemente o processo ensino-aprendizagem, enfocando a

formação de indivíduos críticos capazes de analisar a realidade, de buscar

soluções, interagindo com o meio educativo e formal.

A educação, dever da família e do Estado, inspirado nos princípios de liberdade

e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do

educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o

trabalho.

Diante desta visão, estratégias serão organizadas, tendo em vista a realidade

global e as relações sócio-culturais, considerando assim, alguns tópicos:

a) Partir da realidade imediata, levantando a caracterização da clientela escolar,

diagnosticando e fazendo um levantamento de dados;

b) Problematizar coletivamente os reflexos apresentados no diagnostico;

c) Instrumentalizar através de ações educativas compartilhadas dentro de uma

visão estratégica global, onde as atividades deverão ser definidas a curto,

médio e longo prazo;

d) Apropriação efetiva dos conhecimentos construídos e reconstruídos

historicamente e mediado professor;

e) Avaliação do processo e dos resultados ação-reflexão-ação;

f) Efetivar o conhecimento.

28

Neste contexto, partindo da realidade escolar, para uma visão nacional e

mundial, deveremos pensar numa organização de programas educativos onde os

conhecimentos e processos têm de responder as necessidades gerais e históricas

dos educandos no seu todo.

Diante do projeto, nossa proposta é ousada, de transformar a realidade, com

programas que possibilitem aos alunos a elaboração e valorização dos seus próprios

conhecimentos, apropriando-se de forma ordenada e progressiva do conhecimento

científico para impulsionar ações até sua transformação.

A concepção metodológica dialética é a que nos possibilita articular o ir e vir,

isto é, modificada pela consciência científica ao orientar e dar unidade a todos os

elementos do processo educativo com base no processo do conhecimento, nos

permite:

a) Tomar conhecimento das contradições da realidade;

b) Adquirir a capacidade de teorizar, de interpretar cientificamente a realidade;

c) Apropriar dos conhecimentos teóricos que gerenciam as ações nas

transformações da realidade.

Estrutura Organizacional

A estrutura organizacional do Estabelecimento tem a seguinte composição:

A) Conselho de Escolar;

B) Equipe de Direção;

a) Direção

b) Direção Auxiliar

C) Equipe Pedagógica;

a) Pedagogos

b) Corpo Docente

c) Conselho de Classe

D) Equipe Administrativa;

a) Secretária

b) Agente Educacional II

c) Agente Educacional I

29

E) Órgãos Complementares;

a) A.P.M.F

b) Grêmio Estudantil

c) Professor Conselheiro

d) Aluno Representante

Conselho Escolar

O Estado de Direito, prevê a “Gestão Democrática no Ensino Público, na forma

da lei”(Art. 206). A Lei Federal nº 9394/96 em seu Art. 14, estabelece que a gestão

democrática nas escolas é exercida pela atuação de um “Conselho Escolar” ou

equivalente, constituído de representantes da comunidade escolar, ao qual cabem as

decisões administrativas, pedagógicas e financeiras da escola.

O diretor é seu membro nato, mas as decisões do Conselho só valem se forem

aprovadas pela maioria de seus membros: professores, funcionários, alunos e pais.

É atribuição do Conselho Escolar

(1) Deliberar sobre questões político-pedagógicas, administrativas e financeiras;

(2) Representar a comunidade escolar e local.

Nessa perspectiva, é papel da comunidade local participar nas decisões

relativas aos rumos, diretrizes e organização da escola, como forma de garantir uma

educação de qualidade. Assim sendo, esta instância é de suma importância para a

escola que é através desse espaço de discussão democrática que ideias, sugestões,

princípios e ações são discutidas, consensualizadas e realizadas de forma conjunta e

participativa.

Nos itens acima mostra as atribuições e objetivos do Conselho Escolar, a

escola tem buscado melhorias tanto no espaço físico como pedagógico, com um

conselho que nem todos os membros são atuantes. Existe a preocupação com a

educação mas, ainda falta compromisso e trabalho por parte de todos os membros do

conselho Escolar

.

Equipe de Direção

30

O serviço de Direção Escolar está intimamente ligado ao trabalho dos professores,

às atividades dos alunos e às relações da Comunidade escolar com a vida exterior.

O ato de estar em função no cargo de Diretor implica na obrigação de cumprir e

de fazer cumprir as disposições do Regimento Escolar, bem como acompanhar o

desenrolar do processo de aprendizagem.

Compete ao Diretor(a):

(1) Cumprir e fazer cumprir a legislação em vigor

(2) Responsabilizar-se pelo patrimônio público escolar recebido no ato da posse;

(3) Coordenar a elaboração e acompanhar a implementação do Projeto Político-

Pedagógico da escola, construído coletivamente e aprovado pelo Conselho

Escolar;

(4) Coordenar e incentivar a qualificação permanente dos profissionais da

educação;

(5) Implementar a proposta pedagógica do estabelecimento de ensino, em

observância às Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais;

(6) Coordenar a elaboração do Plano de Ação do estabelecimento de ensino e

submetê-lo à aprovação do Conselho Escolar;

(7) Convocar e presidir as reuniões do Conselho Escolar, dando

encaminhamento às decisões tomadas coletivamente;

(8) Elaborar os planos de aplicação financeira sob sua responsabilidade,

consultando a comunidade escolar e colocando-os em edital público;

(9) Prestar contas dos recursos recebidos, submetendo-os à aprovação do

Conselho Escolar e fixando-os em edital público;

(10) Coordenar a construção coletiva do Regimento Escolar, em

consonância com a legislação em vigor, submetendo-o à apreciação do

Conselho Escolar e, após, encaminhá-lo ao NRE para a devida aprovação;

(11) Garantir o fluxo de informações no estabelecimento de ensino e deste

com os órgãos da administração estadual;

(12) Encaminhar aos órgãos competentes as propostas de modificações no

ambiente escolar, quando necessárias, aprovadas pelo Conselho Escolar;

31

(13) Deferir os requerimentos de matrícula;

(14) Elaborar, juntamente com a equipe pedagógica, o calendário escolar, de

acordo com as orientações da SEED, submetê-lo à apreciação do Conselho

Escolar e encaminhá-lo ao NRE para homologação;

(15) Acompanhar, juntamente com a equipe pedagógica, o trabalho docente

e o cumprimento das reposições de dias letivos, carga horária e de conteúdo

aos discentes;

(16) Assegurar o cumprimento dos dias letivos, horas-aula e horas-atividade

estabelecidos;-Promover grupos de trabalho e estudos ou comissões

encarregadas de estudar e propor alternativas para atender aos problemas de

natureza pedagógico-administrativa no âmbito escolar;

(17) Propor à Secretaria de Estado da Educação, via Núcleo Regional de

Educação, após aprovação do Conselho Escolar, alterações na oferta de

ensino e abertura ou fechamento de cursos;

(18) Participar e analisar da elaboração dos Regulamentos Internos e

encaminhá-los ao Conselho Escolar para aprovação;

(19) Supervisionar a cantina comercial e o preparo da merenda escolar,

quanto ao cumprimento das normas estabelecidas na legislação vigente

relativamente a exigências sanitárias e padrões de qualidade nutricional;

(20) Presidir o Conselho de Casse, dando encaminhamento às decisões

tomadas coletivamente;

(21) Definir horário e escalas de trabalho da equipe técnico-administrativa e

equipe auxiliar operacional;

(22) Articular processos de integração da escola com a comunidade;

(23) Solicitar ao NRE suprimento e cancelamento de demanda de

funcionários e professores do estabelecimento, observando as instruções

emanadas da SEED;

(24) Organizar horário adequado para a realização da Prática Profissional

Supervisionada do funcionário cursista do Programa Nacional de Valorização

dos Trabalhadores em Educação – Pro-funcionário, no horário de trabalho,

correspondente a 50% (cinquenta por cento) da carga horária da Prática

32

Profissional Supervisionada, conforme orientação da SEED, contida no Plano

de Curso;

(25) Participar, com a equipe pedagógica, da análise e definição de projetos

a serem inseridos no Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de

ensino, juntamente com a comunidade escolar;

(26) Cooperar com o cumprimento das orientações técnicas de vigilância

sanitária e epidemiológica;

(27) Disponibilizar espaço físico adequado quando da oferta de Serviços e

Apoios Pedagógicos Especializados, nas diferentes áreas da Educação

Especial;

(28) Assegurar a realização do processo de avaliação institucional do

estabelecimento de ensino;

(29) Zela pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores,

funcionários e famílias;

(30) .Manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus

colegas, com alunos, pais e com os demais segmentos da comunidade

escolar;

(31) .Assegurar o cumprimento dos programas mantidos e implantados pelo

Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação/MEC – FNDE;

(32) Cumprir e fazer cumprir o disposto no Regimento Escolar.

Compete ao Diretor Auxiliar

(1) Assessorar o(a) diretor(a) em todas as suas atribuições e substituí-lo(a) na sua falta ou

por algum impedimento.

Equipe Pedagógica

A Equipe Pedagógica é responsável pelo bom desempenho do Corpo docente

e discente visando o alcance dos objetivos a que a escola se propõe. Tem a grande

responsabilidade de orientar e acompanhar o desenvolvimento das atividades

escolares, desde o planejamento até a avaliação, para que os objetivos estabelecidos

pelo sistema sejam de fato alcançados. Bem como orientar de forma contínua e

33

preventiva o processo educacional, buscando caminhos possíveis para uma

transformação.

Realiza um trabalho de mediação entre a organização da escola e o trabalho

docente de modo a garantir as condições favoráveis à consecução dos objetivos

pedagógicos da educação.

Seu propósito é construtivo. Estabelece uma unidade de esforços através da

Escola, a fim de que a educação se processe da melhor maneira possível. Sua meta

principal é a constante atualização visando a melhoria e atuação do professor para

melhorar o produto de seu trabalho, que vai refletir diretamente no comportamento do

educando.

São atribuições da Equipe Pedagógica

(1) Elaborar o plano de ação integrado com a Direção e demais setores do Colégio;

(2) Assistir a Direção Escolar em assuntos de ordem pedagógica;

(3) Coordenar as atividades de elaboração do planejamento e avaliação do

currículo, juntamente com a Administração Escolar, e todo corpo do Colégio;

(4) Estabelecer os objetivos gerais que deverão ser cumpridos durante o ano

letivo;

(5) Elaboração de critérios relacionados às prioridades a serem desenvolvidas no

Colégio;

(6) Decidir as medidas administrativas e pedagógicas a serem adotadas por

organização e funcionamento do estabelecimento;

(7) Manter o entrosamento entre alunos, pais, professores e funcionários,

procurando estabelecer respeito mútuo, assim como bom ambiente de

trabalho;

(8) Incentivar, orientar, acompanhar, controlar e avaliar o desempenho

profissional do professor;

(9) Promover a articulação entre o Ensino Fundamental e o Ensino Médio;

(10) Impulsionar o Colégio para o desenvolvimento da cidadania;

34

(11) Propiciar um permanente processo de discussão das práticas

(individuais e coletivas) e dos obstáculos aos propósitos do Colégio e da

Educação;

(12) Resolução de problemas de ordem burocrática do Colégio;

(13) Verificação e despacho de ofício, agradecimentos e informações;

(14) Informar aos professores, convocação de reuniões com o máximo de

antecedência;

(15) Inteirar-se nas atividades cotidianas do Corpo Docente;

(16) Atender ao bom entrosamento entre professores, alunos e comunidade;

(17) Atendimento aos pais dos alunos;

(18) Participação ativa em reuniões: Escolar e Secretaria de Educação;

(19) Acompanhamento de planos e projetos elaborados pela Orientação e

Supervisão;

(20) Planejamento de reuniões: A.P.M e Reunião Pedagógica;

(21) Contato com o fichário de professores;

(22) Avaliação do funcionamento da Escola;

(23) Levantamento de informações vindas de órgãos superiores;

(24) Atendimento às solicitações do Pessoal Técnico e Pedagógico, como

também do Corpo Docente e demais funcionários do Colégio;

(25) Estar em contato com atividades desenvolvidas pelo Corpo Técnico e

Pedagógico;

(26) Acompanhamentos e controle da Assiduidade dos professores e demais

funcionários;

(27) Resolver de caráter preciso e imediato, possíveis problemas que

possam surgir na escola;

(28) Participar de atividades sociais e escolares, as quais haja a

necessidade da presença do Diretor;

(29) Assessoramento às serventes e cozinheiras;

(30) Acompanhamento e integração do trabalho relacionado à A.P.M.;

(31) Executar, acompanhar e avaliar, de forma contínua, as ações

programadas;

35

(32) Propiciar um permanente processo de discussão das práticas

(individuais e coletivas) e dos obstáculos aos propósitos do Colégio e da

Educação;

(33) Realimentar o Projeto Pedagógico de acordo com as necessidades da

Comunidade Escolar;

(34) Organizar o horário das aulas e hora atividade;

(35) Implementar e implantar diferentes projetos de aprendizagem;

(36) Acompanhar e avaliar o desenvolvimento do currículo no decorrer do

ano;

(37) Orientar o Corpo Docente quanto:

a) Ao planejamento das atividades a serem desenvolvidas no bimestre;

b) À elaboração de planos de recuperação paralela;

c) À atualização dos procedimentos pedagógicos;

d) À dinamização de recursos didáticos;

e) Ao sistema de avaliação em vigor.

(38) Dinamizar atividades que propiciem o contínuo aperfeiçoamento e

atualização dos professores;

(39) Organizar atividades comemorativas;

(40) Organizar um arquivo atualizado com dados referentes a estrutura e

funcionamento do Estabelecimento;

(41) Organizar reuniões pedagógicas com o objetivo de discutir e solucionar

problemas;

(42) Coletar e transmitir informações a respeito do trabalho desenvolvido no

Colégio;

(43) Acompanhar o trabalho do docente, avaliando o seu rendimento e

interesse na busca de novos conhecimentos para a eficácia do processo

educacional, juntamente com o corpo administrativo da escola;

(44) Orientar professores novos, integrando-os no grupo;

(45) Coordenação de períodos de atualização dos professores;

(46) Participação nos Conselhos de Classe, com os objetivos de:

a) Conhecer os alunos;

36

b) Colaborar com o corpo docente a fim de ajudá-los a recuperar os alunos

com problemas na aprendizagem

(47) Verificação do trabalho do professor;

(48) Acompanhar o desenvolvimento das aulas;

(49) Acompanhamento dos Registros de Classe do professor;

(50) Elaboração de apostilas contendo atividades com objetivo de enriquecer

o processo educacional;

(51) Realizar, continuamente uma auto-avaliação de seu plano de ação

como pedagoga, com vistas ao aperfeiçoamento;

(52) Prestar assistência pedagógica aos professores;

(53) Elaborar cronograma para recuperação, reposição de aulas;

(54) Opinar quanto à aquisição de material técnico pedagógico;

(55) Dar assistência às atividades extra-classe realizadas no Colégio;

(56) Controlar o rendimento escolar dos alunos, pesquisando sobre as

causas de aproveitamento insuficientes;

(57) Organizar reuniões pedagógicas com o objetivo de discutir e solucionar

problemas de aprendizagem e disciplinares;

(58) Organizar palestras para trabalhar técnicas de estudo e administração

do tempo de estudos de uma forma eficaz;

(59) Organizar as eleições de Representante de turma e Professor

Conselheiro, bem como acompanhamento do trabalho;

(60) Realizar campanhas de conscientização: valores, higiene pessoal,

educação sexual, conservação e combate a destruição do patrimônio escolar;

(61) Realizar campanhas de prevenção ao uso de drogas, tabagismo, etc;

(62) Auxiliar na resolução de conflitos entre pais e filhos e entre os próprios

alunos;

(63) Divulgar entre os alunos assuntos que despertem a Vocação

Profissional;

(64) Incentivar maior participação da família na vida estudantil de seus filhos;

(65) Observar os alunos em conversas informais para diagnóstico de

possíveis problemas.

37

São atribuições do Corpo Docente

(1) Contribuir para o desenvolvimento da proposta pedagógica do estabelecimentos de

ensino;

(2) Elaborar o planejamento anual de sua disciplina e trabalhar pelo seu

cumprimento em consonância com a Proposta Pedagógica da Escola, com

princípios norteadores das políticas educacionais da SEED e com a legislação

vigente para a Educação Nacional;

(3) Realizar a transposição didática dos conhecimentos selecionados, respeitando

as especificidades dos alunos;

(4) Conduzir sua ação escolar contemplando as dimensões teóricas e práticas

dos saberes e atividades escolares;

(5) Realizar a avaliação da aprendizagem de modo a acompanhar o processo de

construção do conhecimento dos alunos;

(6) Intervir para que os alunos possam superar eventuais defasagens e/ou

dificuldades;

(7) Assumir compromisso com a formação continuada, participando dos

programas de capacitação ofertados pela mantenedora e/ou por outras

instituições, mantendo atitudes permanentes de estudo, pesquisa e produção;

(8) Desenvolver procedimentos metodológicos variados que facilitem e

qualifiquem o trabalho pedagógico;

(9) Organizar a rotina de sala de aula, observando e registrando dados que

possibilitem intervenções adequadas, sobretudo nos momentos de dificuldade

no processo-aprendizagem e situações conflituosas;

(10) Utilizar o espaço e o tempo em sala de aula e demais ambientes

escolares;

(11) Procurar identificar e respeitar as diferenças entre os alunos;

(12) Conhecer e utilizar técnicas e recursos tecnológicos, como instrumentos

de apoio pedagógico;

(13) Exprimir-se com clareza na correção das atividades propostas aos

alunos;

38

(14) Conduzir os procedimentos em sala de aula de maneira

emocionalmente equilibrada e ter a capacidade para mediar situações de

conflito;

(15) Desenvolver aulas que proporcionem a interação aluno-professor e

aluno-aluno, favorecendo a atitude dialógica;

(16) Adotar uma postura reflexiva, crítica, questionadora, orientando os

alunos a formular e expressar juízos sobre temas, conceitos, posições e

situações;

(17) Expressar-se por meio de várias linguagens, visando o enriquecimento

e a inteligibilidade de suas aluas bem como dos materiais produzidos para

apoio pedagógico;

(18) Expressar-se verbalmente de maneira objetiva e compreensível, com

dicção clara;

(19) Desenvolver as aulas de forma dinâmica, versátil e coerente com a

disciplina e especificidade dos educandos;

(20) Obedecer aos preceitos vigentes na Constituição Federal, na LDB,

ECA, Legislação Estadual e demonstrar, em situações prática, as atividades

propostas aos educandos, utilizando-se como referência os estímulos visuais,

auditivos e motores;

(21) Trabalhar, demonstrativa e conceitualmente, com materiais específicos

de sua área;

(22) Participar e/ou elaborar com atividades lúdicas, culturais e desportivas

dinamizadas dentro do contexto escolar.

(23) Interpretar os dados com a finalidade de acompanhar e aperfeiçoar o

trabalho do professor e o processo de aprendizagem dos alunos, bem como

diagnosticar seus resultados e atribuir-lhe valor;

(24) Incindir sobre o desempenho do aluno em diferentes situações de

aprendizagem;

(25) Utilizar técnicas e instrumentos diversificados tais como: provas, testes

orais e escritos, trabalhos, pesquisas, observações espontâneas ou dirigidas,

debates, relatórios e outros.

39

(26) Oferecer mais de uma oportunidade de aferição;

(27) Utilizar procedimentos que assegurem a comparação com os

parâmetros indicados pelos conteúdos de ensino, evitando-se a comparação

dos alunos entre si;

(28) Enfatizar a atividade crítica, a capacidade de síntese e a elaboração

pessoal, sobre a memorização;

(29) Ofertar um a avaliação contínua, permanente e cumulativa em períodos

trimestrais;

(30) O acompanhamento do Conselho de Classe que deverá debater e

analisar todos o dados inerentes a aprendizagem;

(31) Considerar a individualidade do aluno;

(32) Levar em consideração a capacidade individual, o desempenho do

aluno e sua participação nas atividades realizadas;

(33) Expressar o resultado através de notas numa escala de 0 (zero) a 10

(dez).

Do Conselho de Classe

É um órgão colegiado de natureza consultiva em assuntos didáticos, tendo por

finalidade avaliar o processo ensino-aprendizagem na relação professor-educando e

procedimentos adequados a cada caso.

O Conselho de Classe tem a finalidade de:

(1) Estudar e interpretar os dados da aprendizagem na sua relação com o trabalho do

professor;

(2) Analisar os resultados da aprendizagem na relação com o desempenho da

turma, com a organização de conteúdos e o encaminhamento metodológico;

(3) Utilizar procedimentos que assegurem a avaliação do ensino evitando a

comparação dos educandos entre si.

40

O Conselho de Classe tem as atribuições de:

(1) Emitir parecer sobre assuntos referentes ao processo ensino – aprendizagem, responde

a consultas feitas pelo Diretor e Equipe Pedagógica;

(2) Analisar as informações sobre os conteúdos curriculares, encaminhamentos

metodológicos e processos de avaliação que afetem o rendimento escolar;

(3) Propor medidas para a melhoria do aproveitamento escolar, integração e

relacionamento dos educandos na classe;

(4) Estabelecer planos viáveis de recuperação dos alunos em consonância com o

plano curricular;

(5) Colaborar com a equipe pedagógica na elaboração e execução dos planos de

adaptação dos educandos transferidos, quando se fizer necessária;

(6) Decidir sobre a aprovação ou reprovação de educandos que após a apuração

dos resultados finais não atinja o mínimo solicitado, levando em consideração

o desenvolvimento do educando, até então.

O Conselho de Classe está sendo realizado a cada dois meses, em virtude do

Sistema Escola, a partir deste ano ser trimestral. É a preocupação do “novo” acabar

atribuindo responsabilidade apenas para o educando, fica a cargo então do Conselho

de Classe analisar cada situação, onde a aprendizagem não está se concretizando e

problemas disciplinares, têm atrapalhado o andamento das aulas e outros problemas

que houver, para que juntos possamos chegar num consenso, onde o aluno seja

reintegrado ao aprendizado.

Todas as reuniões realizadas pelo Conselho de Classe serão lavradas ata em

livro próprio para registro.

Equipe Administrativa – Secretaria

A Secretaria, é o órgão que terá o seu encargo todo o serviço de escrituração e

documentação escolar e correspondência do estabelecimento. O cargo de Secretária

41

será exercido por pessoa devidamente capacitada ao exercício dessa função de

acordo com as normas legais vigentes.

Os serviços de Secretaria são coordenados e supervisionados pela Direção,

ficando a ela subordinados.

São atribuições da Secretária(o)

(1) Cumprir e fazer cumprir as determinações dos seus superiores hierárquicos;

(2) Distribuir as tarefas decorrentes dos encargos da secretaria aos seus

auxiliares;

(3) Redigir a correspondência que lhe for confiada: ofícios, circulares,

memorandos e outros;

(4) Organizar e manter em dia a coletânea de leis, regulamentos, diretrizes,

ordens de serviço, circulares, resoluções e demais documentos;

(5) Rever todo o expediente a ser submetido a despacho do Diretor;

(6) Elaborar relatórios e processos a serem encaminhados a autoridades

superiores sob a orientação do Diretor;

(7) Apresentar ao Diretor, em tempo hábil, todos os documentos que devem ser

assinados;

(8) Organizar e manter em dia o protocolo, o arquivo escolar e o registro de

assentamentos do pessoal discente, de forma a permitir, em qualquer época, a

verificação:

a) Da identidade e da regularidade da vida escolar do aluno;

b) Da autenticidade dos documentos escolares.

(9) Participar de reuniões e conselho de classe;

(10) Coordenar e supervisionar as atividades administrativas referentes à

matrícula, transferência e conclusão de curso;

(11) Zelar pelo uso adequado e conservação dos bens materiais distribuídos

à secretaria;

(12) Comunicar ao Diretor toda e qualquer irregularidade que venha a

ocorrer na secretaria;

(13) Substituir o Diretor em suas faltas ou impedimentos.

42

Órgãos Complementares

Associação de Pais e Mestres e Funcionários – APMF

Associação de Pais e Mestres e Funcionários – APMF tem por objetivo

principal a integração entre família, educadores e escola.

A escola deve ter como preocupação maior buscar a participação de toda a

comunidade escolar, num exercício de administração compartilhada, pois todos

desejam alcançar o mesmo objetivo: ensino de qualidade e gratuita.

O espaço da escola deve ser democrático, onde todas as vozes possam ser

ouvidas, e a APMF é o veículo que integra todos os representantes desta

comunidade.

Compete a APMF:

(1) Acompanhar o desenvolvimento da proposta pedagógica, sugerindo as alterações que

julgar necessárias ao Conselho Escolar do estabelecimento de ensino, para deferimento

ou não;

(2) Observar as disposições legais e regulamentares vigentes, inclusive

Resoluções emanadas da Secretaria de Estado da Educação, no que

concerne à utilização das dependências da Unidade Escolar para realização

de eventos próprios do Estabelecimento de Ensino;

(3) Estimular a criação de atividades para pais, alunos, professores, funcionários,

assim como para a comunidade, após análise do Conselho Escolar;

(4) Promover palestras, conferências e grupos de estudos, envolvendo pais,

professores, alunos, funcionários e comunidade, a partir de necessidades

apontadas por esse segmento;

(5) Colaborar, de acordo com as possibilidades financeiras da entidade, com as

necessidades dos alunos comprovadamente carentes;

(6) Reunir-se com o Conselho Escolar para definir o destino dos recursos

advindos de convênios públicos, bem como, reunir-se para prestação de

contas desses recursos, com registro em ata;

43

(7) Apresentar balancete semestral aos integrantes da comunidade escolar;

(8) Registrar em livro próprio a prestação de contas de valores e inventários de

bens (patrimônio) da associação, sempre que uma nova Diretoria e Conselho

Deliberativo e Fiscal tomarem posse;

(9) Aplicar as receitas oriundas de qualquer contribuição voluntária ou doação,

comunicando irregularidades;

(10) Celebrar convênios com o Poder Público para o desenvolvimento de

atividades curriculares, implantação e implementação de projetos.

A Contribuição Social Voluntária é o recurso arrecadado, o qual não poderá

ultrapassar anualmente 10% do salário mínimo vigente, será utilizado na melhoria da

qualidade do ensino e atendimento do aluno carente.

Os integrantes da Associação de Pais, Mestres e Funcionários são: todos os

pais ou responsáveis legais, mestres e funcionários da escola.

A Contribuição Social voluntária será: os recursos arrecadados serão utilizados

para melhoria da qualidade do ensino e atendimento do aluno carente, ouvido o

Conselho Escolar, em consonância com a proposta pedagógica do Estabelecimento

de Ensino

Grêmio Estudantil

O Grêmio Estudantil é o órgão representativo do corpo discente de cada unidade

escolar e tem por objetivo favorecer o desenvolvimento da consciência crítica, da

prática democrática, da criatividade e da iniciativa.

Formação do Grêmio: inicia-se com a aglutinação de alunos com interesses em

comum, prossegue-se com a formação de chapas e a mobilização de outros alunos

em torno de projetos que pretendam implementar após as eleições.

Atribuições do Grêmio Estudantil

(1) Torneios;

(2) Campeonatos de diferentes modalidades esportivas (vôlei, basquete, futebol,

skate, xadrez);

44

(3) Manifestações artísticas (mostra de arte, festival de música, apresentações

teatrais, concursos de bandas, mostra de poesias);

(4) Festas comemorativas;

(5) Gincanas;

(6) Excursões (pontos turísticos, programa de tv);

(7) Mutirão de limpeza;

(8) Estacionamento de bicicletas;

(9) Direito de entrar na segunda aula;

(10) Confeccionar recursos de comunicação (quadro de avisos, jornal,

mural).

O exercício da cidadania não se extingue no dia das eleições. É preciso

prosseguir, ampliar o debate, manter viva a participação dos alunos nos rumos do

Grêmio e da escola. O Grêmio tem seu espaço garantido por lei nos âmbitos federal

( Lei 7398/85 art. 1º) Estadual e Municipal.

O Grêmio é um espaço coletivo, social e político de aprendizagem da cidadania,

de construção de novas relações de poder dentro da escola, ultrapassando as

questões administrativas e interferindo no pedagógico. Fazem parte desta equipe

os seguintes membros:

a) Presidente;

b) Vice-Presidente;

c) 1º Secretário;

d) 2º Secretário;

e) 1º Tesoureiro;

f) 2º Tesoureiro.

Professor Conselheiro

Com intuito de melhorar e organizar o ambiente escolar, é realizada a escola do

professor conselheiro de turma, este é indicado pelos alunos das diferentes séries e

classes, conforme a afinidade da turma com o mesmo.

A eleição do professor que representa alunos ocorre na mesma época que se

escolhe o aluno representante, ou seja, no segundo mês de aula.

45

O Professor Conselheiro tem as seguintes atribuições junto a sua turma, a qual

representa:

(1) Ser, juntamente com o aluno Representante, o porta voz da sua turma

(2) Facilitar o entrosamento da turma com outros setores da Escola;

(3) Analisar, com a turma, problemas de aprendizagem da mesma, ou de alguns

alunos e quais estratégias poderão ajudá-los;

(4) Repassar à turma, as decisões do Conselho de Classe;

(5) Fazer um trabalho de análise junto aos colegas, professores da turma, com o

fim de prevenir ou minimizar possíveis problemas;

(6) Incentivar a participação da turma nos eventos promovidos pela Escola;

(7) Lembrar sempre que o aluno é observador e o professor é um exemplo onde

ele pode se espelhar;

(8) Esclarecer à sua turma quanto ao Sistema de Avaliação da Escola;

a) O que é avaliar?

b) O que é avaliar?

c) Quais os critérios de avaliação da Escola?

d) O que é Recuperação Paralela?

e) Quais os objetivos do Conselho de Classe?

f) Como se desenvolve o Conselho de Classe?

Aluno Representante

No início do ano, é realizada a escolha do aluno representante de turma, pelos

professores.

O aluno Representante terá as seguintes atribuições

(1) Representar a sua turma em diferentes situações;

(2) Corresponder à confiança que a turma depositou na sua atuação;

(3) Estar à disposição da turma sempre que alguma situação assim exigir;

46

(4) Ser um agente crítico e incentivador das atividades desenvolvidas pelo

coletivo;

(5) Estar atento ao desempenho dos colegas e pronto a sugerir soluções para as

dificuldades que possam acontecer;

(6) Ser acima de tudo amigo fiel aos seus colegas;

(7) Estar preocupado com o crescimento pedagógico de sua turma.

Observa-se também que o aluno representante de turma não é um substituto do

professor ou de funcionário, carregador de materiais, agente disciplinar ou

representante da administração.

A questão disciplinar deve envolver todos os membros da turma, e em se

criando situações que venham a fugir das normas estabelecidas pelo Regimento

Escolar da Escola, a responsabilidade fica a cargo da Direção, inspetora de alunos,

Professores e demais funcionários da Escola.

Formação Continuada dos Professores

Na busca da qualidade do ensino através do aperfeiçoamento de professores e

funcionários da escola, a SEED junto ao Núcleo de Educação promovem estudos no

início de cada período letivo, onde profissionais da escola juntos, refletem assuntos

do cotidiano escolar, relatos de experiências, angústias, objetivos.

A formação continuada se concretiza também, na participação dos docentes em

reuniões pedagógicas, onde problemas, situações e informações são repassadas e

refletidas, contribuindo para a qualificação da ação docente no sentido de garantir

uma aprendizagem efetiva e uma escola de qualidade para todos. Nesta proposta, a

escola incentiva a participação dos professores nos Projetos: Folhas, Fera, Com

Ciência, Grupo de Estudos e Jogos Escolares.

Outro espaço importante que contribui para formação continuada é a hora

atividade, onde acontece a busca de informações e aprofundamento da articulação

dos componentes curriculares. É o tempo reservado ao professor em exercício de

docência, para estudos, avaliação, planejamento e atendimento a alunos e pais. O

47

atendimento ao professor em hora atividade se dá individualmente e ou por área,

conforme necessidade do professor e ou da escola.

Ações Pedagógicas

Embora as avaliações aconteçam quase que diariamente e as recuperações

sejam paralelas ao desenvolvimento dessa avaliação, ainda assim alguns alunos não

correspondem ao mínimo de aprendizagem necessária. Estes alunos que deixam de

realizar as tarefas, não demonstram interesse, apresentam dificuldade de qualquer

ordem, tem seu problema comunicado aos pais, não só para ciência, mas para que

tome alguma atitude para reverter o quadro. Enfatizamos que este procedimento

ocorre 40 dias antes do fechamento final da nota do trimestre, isto é, com tempo hábil

para o aluno apresentar melhorias.

Preocupados com alto índice de desistentes e reprovados nos anos anteriores,

professores e pedagogos estão procurando trabalhar alguns assuntos através de

ações, envolvendo o aluno, inclusive a comunidade. O objetivo é reintegrar e

favorecer o desenvolvimento psico-social e intelectual do educando. Dessa forma

projetos estão sendo desenvolvidos na expectativa de melhorar a qualidade da

escola como um todo, tanto do aprendizado como a preservação do prédio. Os

alunos participarão dos projetos “Mais Educação”, “Sala de Apoio” e “Celem” no

contra turno, evitando a ociosidade e tendo o tempo ocupados com atividades

culturais e intelectuais, diminuindo a violência do bairro, tornando assim, uma

comunidade melhor e mais integrada, beneficiando a escola, já que esta é o único

espaço de lazer e encontro desses alunos.

Preocupar-se com as dificuldades dos alunos mais do que com o conteúdo do

quadro o que poderá ser a diferença que motivará o aluno a frequentar a escola ou

preferir viver fora dela.

Incentivar o comentário, críticas, dúvidas, sugestões e relatos de experiências,

propostas envolvendo os alunos, levantar questões, reflexos e compartilhar

conquistas, algo que aborde valores que façam os alunos refletirem sobre sua

realidade e lhes ensine o caminho da participação coletiva na transformação da

realidade.

48

Sabemos que o jovem como também o adulto só se envolve verdadeiramente

quando é considerado sujeito, quando é estimulado criar e assumir responsabilidade.

Cabe-lhe, portanto uma participação ativa e crítica. Assim o aluno sente-se num

ambiente acolhedor que lhe permite desenvolver e avançar.

Processo de Avaliação, Recuperação, Classificação, Reclassificação, Promoção

e Adaptação

Avaliação

É concebida como um instrumento para ajudar o aluno a aprender e faz parte

integrante do trabalho realizado em sala de aula. Devemos valorizar a avaliação

diagnóstica dando importância para o conhecimento que o aluno trás do cotidiano,

podendo assim prepará-los melhor para a sociedade em que vive, nem todos os

alunos conseguem acompanhar os conteúdos ao mesmo tempo, portanto devemos

dar oportunidades para o aluno conseguir recuperar-se paralelamente, no decorrer do

ano letivo.

Para avaliar o aluno o professor deve utilizar práticas pedagógicas eficazes e

avaliações diversificadas – trabalhos em grupo, debates, seminários, pesquisas, etc,

respeitando e valorizando a capacidade que cada um tem em mostrar o seu

desenvolvimento. É importante registrar os avanços que o aluno conseguiu,

valorizando sempre e elogiando as suas conquistas do dia a dia. Os pais devem

acompanhar atentos os avanços e as dificuldades dos filhos, podendo assim intervir

quando necessário.

A avaliação não pode ser instrumento de exclusão dos alunos, portanto deve

ser democrática, contínua e processual, deve favorecer o desenvolvimento da

capacidade do aluno de apropriar-se de conhecimentos científicos, sociais e

tecnológicos produzidos historicamente.

No processo de avaliação será considerado aprovado o aluno que obtiver

frequência igual ou superior a 75% e média igual ou superior a 6,0(seis) . Será retido

49

na série o aluno que obtiver frequência igual a 75% e média inferior a 6,0(seis),

frequência abaixo de 75% com qualquer média.

O resultado da avaliação será expresso através de notas numa escala de

0(zero) a 10(dez). O rendimento mínimo exigido pelo estabelecimento é a nota

6,0(seis), por disciplina.

A revisão dos resultados pode ser requerida no prazo de 48 horas, a partir da

comunicação dos mesmos aos pais, responsáveis ou alunos maiores de idade ou

emancipados.

É considerado aprovado o aluno que apresenta frequência do total da carga

horária anual e média igual ou superior a 6,0(seis).

Será considerado reprovado o aluno que apresentar:

a) Frequência igual ou superior a 75% e média inferior a 6,0(seis), ou seja, no total de

800 horas ou 200 dias letivos;

b) Frequência inferior a 75% do total de 800 horas, ou seja, 200 dias letivos

com qualquer média anual.

Alunos com frequência igual ou superior a 75% do total de 800 horas, ou seja

200 dias letivos e média inferior a 6,0(seis) será analisado pelo Conselho de Classe

que definirá a situação de aprovação ou não.

Na escola não é ofertada a promoção por dependência.

Em caso de recebimento de transferência de alunos com progressão parcial, a

avaliação será feita em forma de adaptação.

A média anual dos alunos, é calculada conforme a seguinte fórmula:

MA = 1º TRIM + 2º TRIM + 3º TRIM = 6,0 (SEIS)

3

Recuperação Paralela

50

É um dos aspectos da aprendizagem no seu desenvolvimento contínuo, pelo

qual o educando, com aproveitamento insuficiente, dispõe de condições que lhe

possibilitem a apreensão dos conteúdos básicos. A cada objetivo não atingido será

feita a recuperação paralela, valendo 10,0 (dez) pontos na somatória dos mesmos,

envolvendo todos os alunos. Ela acontecerá a partir da avaliação diagnóstica de cada

professor ao término de cada conteúdo trabalhado.

O professor deverá trabalhar os assuntos que os educandos não aprenderam,

com metodologia diferenciada visando com esta estratégia o êxito dos educando. A

coordenação e acompanhamento do projeto de recuperação paralela ficarão a cargo

da equipe pedagógica.

Classificação

Em casos que seja necessário posicionar o aluno na etapa de estudos

compatível com a idade, experiência e desempenho, será realizado o processo de

classificação:

I. Por promoção: para alunos que cursaram com aproveitamento, a série

anterior na escola;

II. Por transferência: para alunos que vieram de outras escolas;

III. Independente de escolarização anterior: mediante avaliação, para definir o

grau de aprendizado, que permita sua inscrição na próxima etapa.

Reclassificação

Consiste no processo pelo qual a escola avaliará o grau de experiência do

aluno matriculado, levando em conta as normas curriculares, a fim de encaminhá-lo à

etapa de estudos compatível com sua experiência e desempenho,

independentemente do que registre o seu histórico escolar. Depois de efetuado o

processo de reclassificação, a escola encaminhará todos os documentos à SEED,

para registro.

51

Promoção

Serão considerados aprovados os educandos que obtiverem frequência igual

ou superior a 75% da carga horária anual e média anual igual ou superior a 6,0 (seis)

pontos. A promoção é o resultado da combinação dos dados obtidos no

aproveitamento escolar, aliado a apuração da assiduidade. Caberá ao Conselho de

Classe decidir quanto a aprovação de educandos que apresentem situações

especiais.

Adaptações

Adaptação de estudos é o conjunto de atividades didático-pedagógicas

desenvolvidas, sem prejuízo das atividades normais da série ou período, em que o

aluno se matricular para que possa seguir, com proveito, o novo currículo:

a) A adaptação far-se-á pela Base Nacional Comum;

b) A adaptação de estudos poderá ser realizada durante os períodos letivos

ou entre eles.

Para efetivação do processo de adaptação, a equipe pedagógica e da

secretaria deverá comparar o currículo, especificar as adaptações a que o educando

estará sujeito, elaborará um plano, flexível e adequado a cada caso e ao final do

processo, elaborará a ata de resultados as quais serão registrados no Histórico

Escolar e no Relatório Final encaminhado à SEED.

Normas da Biblioteca

A leitura e empréstimo de livros, pelos alunos, serão feitas durante o horário de

leitura da turma, na biblioteca.

a) O horário de funcionamento da biblioteca (leitura, empréstimo, consultas

bibliográficas, etc...) será fixado em local visível de acesso a todos os alunos,

professores e funcionários da Escola;

b) O horário de leitura é elaborado sempre que necessário, de comum acordo

entre professores de Português e bibliotecária;

52

c) Durante as aulas de leitura o professor permanecerá na biblioteca, na ocasião

deverá facilitar aos alunos o acesso aos livros, registrar os empréstimos e

recolher os cartões;

d) Deverá ser mantido absoluto silêncio durante a permanência na biblioteca;

e) Não é permitido comer doces, chocolates, pipocas, etc... ou mascar chicletes

dentro da biblioteca;

f) Na biblioteca deve ser usado apenas papel, lápis e borracha;

g) Ao sair da biblioteca o aluno deve deixar o seu lugar em ordem e limpo como

encontrou;

h) O prazo de devolução da obra emprestada será determinado pela bibliotecária

e anotado no cartão do livro;

i) Somente as obras de conteúdo extenso, e a critério da bibliotecária, é que

terão o empréstimo renovado;

j) O atraso da devolução da obra implicará no cancelamento da próxima retirada;

k) Com três atrasos na devolução, seqüentes ou alternados o leitor perderá o

direito de empréstimo durante o ano corrente;

l) O leitor responderá por perdas da obra a ele confiados. No caso de perda da

publicação deverá repor a obra ou pagar o equivalente a seu preço;

m) O empréstimo de obras ou leitura, no local (biblioteca), estão abertas, também,

a professores e funcionários incorrendo os mesmos no preenchimento do

cartão a prazo de devolução;

n) São excluídos de empréstimos as obras de referências, isto é, dicionários,

enciclopédias, atlas, etc... cuja consulta se fará apenas no recinto;

o) Todas presenças e atividades serão registradas no livro de registro da

biblioteca;

p) As obras de consulta serão entregues ao interessado pela bibliotecária. A

mesma deve ser usada com o máximo cuidado, evitar danos;

q) Ao término do trabalho deixar a obra sobre a mesa;

r) A biblioteca só funcionará para atendimento dentro do horário exposto e com a

presença da bibliotecária;

53

s) Todas as devoluções deverão ser feitas à bibliotecária, no local. Em caso de

alunos pelo monitor da turma;

t) Os casos omissos pela bibliotecária ou direção da escola.

VII – AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

O Projeto Político Pedagógico tem como principal intenção nortear o trabalho

da escola, especificamente no que se refere ao Ensino Fundamental e Médio, ainda

estruturar para a comunidade escolar possibilidades de realizar um trabalho

qualitativo que gradualmente possa ascender, visando atingir melhores e mais

abrangentes possibilidades teóricas e metodológicas no âmbito educacional.

Realizar um Projeto Político Pedagógico coletivo da escola, com possibilidades

de avançar, e que não será toda a sua história de construção apenas de um projeto

escrito, mas sim o escrito de um projeto discutido e elaborado consciente das

contradições pedagógicas e culturais, levantado e sugerido com e pelo grupo de

técnicos pedagógicos.

Todo projeto está concebido dentro das perspectivas de curto, médio e longos

prazos, para que não caia no erro de mudar, sem educar toda uma comunidade,

onde nos incluímos.

Entendemos que, para mudar é necessário tempo, método e acompanhamento, para

que todos possam funcionar e cumprir as tarefas na escola.

A avaliação dos trabalhos dar-se-á no decorrer do tempo, sendo que os

critérios deverão estar estabelecidos pelo coletivo e bem esclarecidos à comunidade

(avaliação institucional).

Este projeto pretende evoluir gradativamente, neste sentido sendo

constantemente avaliado e readequado na intensão de oportunizar a comunidade à

qual queremos atingir a saber construído coletivamente.

Plano de Avaliação Institucional

54

SETORES OU

ASPECTOS A SEREM

AVALIADOS

INDICADORES PARA

AVALIAÇÃO

PERIODICIDADE

Condições físicas e

materiais

Qualidade

Quantidade

Utilidade

Trimestralmente

Órgãos Constituídos:

APMF, Conselho Escolar

e

Grêmio Estudantil

Relação com os demais

envolvidos

Cumprir objetivos propostos nos

planos de ação

Trimestralmente

Professores Resultados Educacionais

Funções descritas no regimento

Formação continuada

Relação com os demais

envolvidos

Trimestralmente

Funcionários Funções descritas no regimento

Relação com os demais

envolvidos

Trimestralmente

Equipe Pedagógica Resultados Educacionais

Funções descritas no regimento

Relação com os demais

envolvidos

Trimestralmente

55

VIII – PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR

Língua Portuguesa

1 Apresentação Geral da Disciplina

A língua portuguesa passou a integrar os currículos escolares brasileiros

somente nas últimas décadas do século XIX, com a formação do professor dessa

disciplina iniciando nos anos 30 do século XX.

Em meados do século XVIII, o Marquês de Pombal torna obrigatório o ensino da

língua portuguesa em Portugal e no Brasil, em 1837, o estudo da língua portuguesa

foi incluído no currículo sob as formas das disciplinas: gramática, retórica e poética

(abrangendo a leitura). Somente no século XIX, o conteúdo gramatical ganhou a

denominação de Português e em 1871 foi criado, no Brasil, por decreto imperial, o

cargo de Professor de Português.

O ensino de Língua Portuguesa manteve a sua característica elitista até

nomeados do século XX, quando iniciou-se no Brasil a partir de 1967, “um processo

de democratização” do ensino (eliminação dos chamados exames de admissão).

A disciplina de Português com a lei 5692/71, passou a denominar-se, no

primeiro grau, Comunicação e Expressão (nas quatro primeiras séries), e

Comunicação em Língua Portuguesa (nas quatro últimas séries), baseando-se

principalmente nos estudos de Jakobson, referentes à teoria da comunicação. Em

decorrência disso, a gramática deixa de ser o enfoque principal do ensino de Língua

e a Teoria da Comunicação torna-se o referencial, embora na prática de sala de aula

o normativismo continuasse a ter predominância. Durante a década de 1970 até os

56

primeiros anos da década de 1980, o ensino de Língua Portuguesa pautava-se,

então, em exercícios estruturais, técnicas de redação e treinamento de habilidades de

leitura.

1.1 Objetivos

No processo de ensino-aprendizagem dos diferentes ciclos do ensino

fundamental, espera-se que o aluno amplie o domínio ativo do discurso nas diversas

situações comunicativas, sobretudo no uso da linguagem, de modo a possibilitar sua

inserção efetiva no mundo da escrita, ampliando suas possibilidades de participação

social no exercício da cidadania.

Para isso, a escola deverá organizar um conjunto de atividades que,

progressivamente, possibilite ao aluno:

(1) Utilizar a linguagem na escrita e produção de textos orais, na leitura e na produção de

textos grafados de modo a atender as múltiplas demandas sociais, responder a

diferentes propósitos comunicativos e expressivos e considerar as diferentes condições

de produção do discurso.

(2) Utilizar a linguagem para estruturar a experiência e ampliar a realidade,

operando sobre representações construídas em várias áreas de conhecimento.

(3) Sabendo como proceder para ter acesso, compreender e fazer uso de

informações contidas nos textos, reconstruindo o modo pelo qual se organizam

em sistemas coerentes.

(4) Sendo capaz de operar sobre o conteúdo representacional dos textos

identificando aspectos relevantes, organizando notas, elaborando roteiros,

resumos, índices, esquemas, etc.

(5) Aumentando e aprofundando seus esquemas cognitivos pela ampliação de

léxito e de suas respectivas redes semânticas.

(6) Analisar criticamente os diferentes discursos, inclusive o próprio,

desenvolvendo a capacidade de avaliação de textos.

(7) Contrapondo sua interpretação da realidade a diferentes opiniões.

(8) Inferindo as possíveis intenções do autor marcados nos textos.

(9) Identificando referências intertextuais presentes no texto.

57

(10) Percebendo os processos de convencimento utilizados para atuar sobre

o interlocutor / leitor.

(11) Identificando e repensando juízos de valor tanto sócio-ideológico

(preconceitos ou não) quanto históricos – culturais (inclusive estético)

associados à linguagem e a língua.

(12) Reafirmando sua identidade pessoal e social.

(13) Conhecer e valorizar a linguagem de seu grupo social como instrumento

adequado eficiente na comunicação cotidiana, na elaboração artística e

mesmo nas interações com pessoas de outros grupos sociais que se

expressam por meio de outras variedades.

(14) Usar os conhecimentos adquiridos por meio da prática da análise

lingüística para expandir sua capacidade de monitoração de uso de linguagem,

ampliando a capacidade de análise artística e crítica.

1.2 Conteúdos Estruturantes

Todos os conteúdos aqui propostos, serão trabalhados em todas as séries, com

grau de complexidade inerente a cada uma delas, pois os pressupostos teórico-

metodológicos que embasam o ensino da língua portuguesa, não admitem, de forma

alguma, a fragmentação de conteúdos por etapas, séries ou bimestres, visto que a

língua é usada e, portanto, estudada, enquanto unidade de significação. Na prática

da língua, usamos todos os conteúdos simultaneamente. Os fatos da língua não

acontecem um de cada vez.

Ao selecionar o texto, o professor observará a complexidade do mesmo, o que

definirá o aprofundamento dos conteúdos, a fim de atingir os critérios de avaliação

estabelecidos em cada série, priorizando os três eixos básicos (oralidade, leitura e

escrita).

1.3 Conteúdos Específicos do Ensino Fundamental

5ª Série

(1) Empregar, fixar e ampliar estruturas linguísticas em diversas situações

fonemas, letras, encontros consonantal e vocálicos;

58

(2) Relatar experiências pessoais, históricas, familiares, brincadeiras,

acontecimentos, eventos, textos lidos, programas de TV, entrevistas e outros;

(3) Debate sobre assuntos lidos, acontecimentos e filmes;

(4) Falar com clareza, sequências de ideias, objetividade argumentatividade e

adequação vocabular;

(5) Empregar corretamente na fala e na escrita elementos indicativos de

substituição, elementos indicativos de circunstâncias e elementos de ligação

(pronomes, advérbios, conjunção, preposição, interjeição e numerais);

(6) Praticar a leitura de textos informativos e lúdicos (fábulas) curtos e longos;

(7) Identificar as ideias básicas contidas no texto;

(8) Relacionar verbos e pessoas gramaticais observando a concordância (artigos

numerais, substantivos, verbos e adjetivos);

(9) Reconhecer ações, estados e fenômenos da natureza em diferentes contextos

frasais;

(10) Produzir textos descritivos, narrativos e informativos com clareza,

coerência e argumentação;

(11) Empregar, fixar e ampliar estruturas lingüísticas em diversas situações

da comunicação oral e escrita;

(12) Dominar e fixar ortografia de palavras que representam certas

dificuldades (palavras extraídas dos textos, ortografia e acentuação).

(13) Ler com fluência, entonação ritmo percebendo o valor expressivo do

texto e sua relação com sinais de pontuação;

(14) Diferenciar o código verbal do código não verbal;

(15) Avaliar textos lidos na perspectiva a unidade estrutural (paragrafação) e

recursos coesivos;

(16) Comparar textos lidos no que se refere a espaço, tempo, personagens,

foco narrativo, discurso;

(17) Discutir com os alunos a importância das informações obtidas nos textos

para clareza e compreensão dos mesmos, promovendo assim a reestruturação

dos textos;

(18) Analisar os textos poéticos e elaborar seus próprios textos;

59

(19) Diálogos: discurso direto e indireto;

(20) Análise literário;

(21) Produzir cartas e aviso bilhetes;

(22) Termos essenciais da oração;

(23) Modo indicativo do verbo;

(24) Leitura e dramatização de fábulas;

(25) Projeto meio ambiente.

6ª Série

(1) Revisão das classes de palavras;

(2) Revisão das classes de palavras;

(3) Acentuação;

(4) Pontuação;

(5) Narração – fábulas, lendas;

(6) Descrição;

(7) Sujeitos;

(8) Predicados – verbal / nominal;

(9) Preposição;

(10) Carta;

(11) Crônica / conto;

(12) Transitividade verbal;

(13) Adjuntos adnominais e adverbiais;

(14) Ortografia;

(15) Plural dos substantivos e adjetivos compostos;

(16) Leitura, interpretação e produção de textos.

60

7ª Série

(1) Textos literários, textos publicitários, de imprensa, textos de divulgação científica,

informativo, narrativo e descritivo;

(2) Técnicas de composição, níveis de linguagem, poesia e prosa,

desenvolvimento de períodos compostos, criação de personagens, exploração

de tempo, dissertação, narração em 1ª pessoa, descrição;

(3) Revisão das classes de palavras;

(4) Emprego do hífen;

(5) Oração, frase e período;

(6) Sujeito e predicado;

(7) Pontuação e elementos coesivos;

(8) Vozes do verbo, problemas gerais da língua culta;

(9) Complemento nominal;

(10) Concordância verbal e nominal;

(11) Figuras da linguagem;

(12) Acentuação gráfica e emprego de crase.

8ª Série

(1) Leituras de textos variados;

(2) Interpretação e análise lingüística;

(3) Verbal e não verbal;

(4) Gêneros literários, debates;

(5) Descrição, comparação, dissertação, texto poético, narração (seqüência

lógica / foco narrativo (paragrafação), paródia, redação comercial, síntese e

resumo);

61

(6) Revisão de classe de palavras;

(7) Sujeito e predicado;

(8) Período simples e composto;

(9) Homônimos e parônimos;

(10) Regras gerais da norma culta;

(11) Denotação e conotação;

(12) Período composto por coordenação;

(13) Acentuação gráfica, emprego do hífen;

(14) Preposições e conjunções;

(15) Período composto por subordinação;

(16) Figuras de pensamento e linguagem.

1.4 Conteúdos básicos: Ensino Médio

Leitura:

Interpretação textual, observando:

• conteúdo temático

• interlocutores

• fonte

Intencionalidade:

• ideologia

• informatividade

• situacionalidade

• marcas lingüísticas

Identificação do argumento principal e dos argumentos secundários.

Inferências

As particularidades (lexicais, sintáticas e composicionais) do texto em registro

formal e informal

62

As vozes sociais presentes no texto

Relações dialógicas entre textos

Textos verbais, não-verbais, midiáticos, etc.

Estética do texto literário

Contexto de produção da obra literária

Diálogo da literatura com outras áreas

Oralidade:

Adequação ao gênero:

• conteúdo temático

• elementos composicionais:marcas linguísticas,

Variedades linguísticas:

• Intencionalidade do texto

• Papel do locutor e do interlocutor:

• participação e cooperação

• turnos de fala

Particularidades de pronúncia de algumas palavras

Procedimentos e marcas linguísticas típicas da conversação

(entonação,repetições, pausas...)

Finalidade do texto oral

Materialidade fônica dos textos poéticos.

Escrita:

Adequação ao gênero:

• conteúdo temático

• elementos composicionais

• marcas linguísticas

Argumentação

Coesão e coerência textual

Finalidade do texto

Paragrafação

63

Paráfrase de textos

Resumos

Diálogos textuais

Refacção textual

Análise Linguística:

Perpassando as práticas de leitura, escrita e oralidade:

Conotação e denotação

Figuras de pensamento e linguagem

Vícios de linguagem

Operadores argumentativos e os efeitos de sentido

Expressões modalizadoras (que revelam a posição do falante em relação ao

que diz, como: felizmente, comovedoramente...)

Semântica

Discurso direto, indireto e indireto livre na manifestação das vozes que falam

no texto

Expressividade dos substantivos e sua função referencial no texto

Progressão referencial no texto

Função do adjetivo, advérbio, pronome, artigo e de outras categorias como

elementos do texto

Função das conjunções e preposições na conexão das partes do texto

Coordenação e subordinação nas orações do texto

A pontuação e seus efeitos de sentido no texto

Recursos gráficos: aspas, travessão, negrito, hífen, itálico

Acentuação gráfica

Gírias, neologismos, estrangeirismos

Procedimentos de concordância verbal e nominal

Particularidades de grafia de algumas palavras

1.5 Metodologia

Leitura silenciosa;

64

Leitura oral do professor e do aluno, com ênfase na entonação correta;

Prática de leitura individual e em grupo;

Leitura de comentários de textos poéticos e textos com fundo moral, leitura,

comentários e análise de textos publicitários e notícia de jornal, leitura de livros

paradidáticos e atividade oral;

Leitura dramatizada, dramatização, produção oral do texto resposta às

questões relacionadas ao texto, criação de diálogos entre personagem, jornal,

comentários sobre semelhança e diferença entre os textos apresentados,

análise das características dos personagens;

Interpretação de texto (leitura e interpretação do texto, resolução de

questionários, discussão do tema apresentado, estudo das idéias do texto);

Produção de texto;

Atividades de pontuação, exercícios de fixação das estruturas lingüísticas e

estatísticas significativas do texto principal;

Criação de textos ligeiros ou seqüência de palavras;

Produção de textos: crônicas, narração, bilhetes, descrições, recriação

de história, criação de novos diálogos entre as personagens de uma

história, criação de continuidade, por histórias, produção de textos

criativos para cartões, produção de poemas, relatos de anedotas,

criação de jornal mural, frases criativas;

Gramática;

Jogos didáticos, trabalho de pesquisa em jornais e revistas;

Consultas a gramáticas e a dicionários;

Trabalhos de grupos atividade escritas e orais, aulas expositivas.

1.6 Avaliação

Espera-se que o aluno:

65

Identifique o tema e a finalidade do texto

Estabeleça relações intertextuais entre diferentes textos

Reconheça diferentes formas de tratar uma informação na comparação de

textos que tratam do mesmo tema, considerando as condições de produção e

recepção

Interprete textos com o auxílio de material gráfico diverso(propaganda,

gráficos,mapas, infográficos,fotos...)

Identifique informações implícitas nos textos

Identifique informações em textos com alta complexidade linguística

Espera-se que o aluno:

Utilize seu discurso de acordo com a situação de produção (formal, informal)

Reconheça a intenção do discurso do outro

Elabore argumentos convincentes para defender suas idéias

Identifique as marcas lingüísticas que evidenciam o locutor e o interlocutor de

um texto oral

Espera-se que o aluno:

Produza textos atendendo as circunstâncias de produção proposta

(gênero, interlocutor, finalidade...)

Adeque a linguagem de acordo com o contexto exigido: formal ou informal

Elabore argumentos consistentes

Produza textos respeitando o tema

Estabeleça relações entre partes dos textos, identificando repetições

ou substituições

Estabeleça relação entre a tese e os argumentos elaborados para sustentá-la

Espera-se que o aluno:

Distingua o sentido metafórico do literal nos textos orais e escritos

Utilize adequadamente, recursos lingüísticos, como o uso da pontuação, do

artigo, dos pronomes...

Identifique marcas de coloquialidade em textos que usam a variação linguística

como recurso estilístico

66

Estabeleça relações semânticas entre as partes do texto (de causa, de tempo,

de comparação...)

Reconheça a relação lógico-discursiva estabelecida por conjunções e

preposições argumentativas

Amplie o horizonte de expectativas.

1.7 Referências

ANDRADE, Carlos Drummond de. Contos plausíveis. Rio de Janeiro; José Olympio,

1981.

BAKTHIN, Mikhail M. Marxismo e filosfia da linguagem – estética da criação

verbal.

CAMPEDELII, Yousseff Samira & SOUZA, Barbosa Jesus. Editora Saraiva.

DIRETRIZES CURRICULARES, 2008 – Secretaria de Estado da Educação,

Superintendência da Educação.

KLEIMAN, Ângela. Texto e leitor: aspectos cognitivos da leitura. 7ª ed. Campinas,

SP: Pontes, 2000.

MORENO, Cláudio & GUEDES, Paulo. Curso básico de redação. 2ª ed. São Paulo:

Ática, 1984.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Currículo básico para a escola

pública do estado do Paraná. 3ª ed. Curitiba, 1997.

PERRENOUD, Philippe. Dez novas competências para ensinar. Porto alegre.

Artemed, 2000.

FERREIRA, Aurélio B. de H. Novo dicionário básico da língua portuguesa. Rio de

Janeiro: Nova Fronteira, 1995.

67

Língua Estrangeira Moderna – Inglês

1 Apresentação Geral da Disciplina

A Língua Portuguesa é importante, porque é um vínculo fundamental na

comunicação entre os homens. Pelo seu caráter de sistema simbólico, como qualquer

linguaje, funciona como meio para ter acesso ao conhecimento e não só a

estrangeira, mas também e sobretudo a língua materna, como um elemento básico

da vida social, sem a qual não haveria transmissão e acúmulo de conhecimento. A

língua esta permanentemente em evolução, ela precisa respirar, viver, se transformar,

se multifacetar. Durante o aprendizado da língua estrangeira, mas também para a

língua do outro, do estrangeiro, o professor fazendo o uso de vários tipos de textos

em língua estrangeira, não só se restringindo ao discurso pedagógico, sistemático, do

livro didático utilizado. Nessa proposta, tentaremos colocar os pontos que nos

parecem essenciais no ensino de uma língua estrangeira para que ela possa se

68

tornar uma base real de conhecimentos para o aluno e não uma prática inútil de

algumas frases num outro idioma.

Gostaríamos ainda de acrescentar que este trabalho pedagógico será norteado

por um pensamento maior: acreditamos que a língua estrangeira terá uma

importância crucial na formação do aluno, sobretudo do aluno de ensino público por

ter menos noção de seu lugar no mundo, por ter menos acesso à informação.

Acreditamos que através do conforto com o novo, com a língua do outro, e vale

dizer, com a cultura do outro, esse aluno terá mais facilidade em se posicionar,

reconhecendo a situação geográfica, econômica e cultural de seu próprio país ao

enxergar e respeitar as diferenças entre duas culturas.

1.1 Objetivos

(1) Utilizar a Língua Inglesa como meio de comunicação escrita e oral;

(2) Reconhecer a importância do uso da Língua Inglesa;

(3) Valorizar os costumes e valores de outras culturas;

(4) Ser capaz de ler e compreender textos.

1.2 Conteúdos Estruturantes

O ensino da língua estrangeira, de acordo com as diretrizes curriculares, será

pautado no conteúdo estruturante, ou seja, no discurso como prática social, e nas

formas como se revela nas práticas de leitura, escrita e oralidade. O discurso, nesse

caso, é visto como uma prática social que envolve falantes que têm algo a dizer para

alguém, por algum motivo, em uma determinada situação e em um contexto histórico

e sócio-cultural definido.

O conteúdo estruturante deve sempre ser veiculado por um texto (oral, visual,

auditivo ou escrito), com abordagem das questões lingüísticas (vocabulário, fonética,

fonologia e regras gramaticais), sócio-pragmáticas (ideologias, valores sociais e

verbais do contexto em que se realiza o discurso), culturais (como sente, pensa e age

o grupo social em que o discurso se materializa) e discursivas (os diferentes gêneros

em que o discurso se realiza). O texto enquanto uma unidade de significação será o

69

ponto de partida para a aula, buscando levar o aluno a refletir sobre um determinado

problema ou uma determinada questão que está posta no mundo, levando-se sempre

em conta o contexto de produção (quem fala o que, para quem, como, por que, onde

e quando). O professor, ao trabalhar o texto em seu contexto social de produção,

deve selecionar os itens gramaticais que revelam a construção da língua, fazendo

com que outros textos sejam produzidos a partir do que foi trabalhado. Isso significa

que o texto não deve ser usado como um pretexto para se ensinar a gramática, com a

tradicional concentração nos exercícios pautados na estrutura lingüística, mas sim,

como um meio de entender a construção de significados e, a partir daí, possibilitar a

construção de outros textos.

O professor deve, então, trabalhar com os textos buscando fazer atividades em

que se possam: comparar as unidades temáticas, lingüísticas e composicionais de

um texto com outros; interpretar a estrutura de um texto tendo as reflexões da sala de

aula como ponto de partida; ler e analisar textos de países que falam o idioma

ensinado na escola e dos aspectos que veiculam; ter contato com textos que

abordem os mesmos temas e sejam publicados nacional e internacionalmente,

analisando as abordagens de tais publicações; comparar estruturas fonéticas,

sintáticas e morfológicas da língua em estudo com a língua materna. As atividades

devem levar em conta o conhecimento de mundo e as experiências do aluno. Ao

professor cabe fazer com que os alunos possam analisar os textos e o conteúdo que

veiculam, explorando pressupostos, formulando hipóteses e ajudando a construir

expectativas quanto aos sentidos possíveis, lembrando de estimular os alunos a que

se posicionem em relação ao texto.

1.3 Conteúdos Específicos do Ensino Fundamental

5ª Série

(1) The Alphabet;

(2) Greetings;

(3) Personal Pronouns;

(4) Articles;

(5) Number 1/100;

70

(6) Verb To Be;

(7) Colors;

(8) Comands;

(9) Imperative;

(10) Interrogative Words;

(11) Month of the year;

(12) Animals;

(13) Texts;

(14) National;

(15) Prepositions from e to;

(16) Possessive;

(17) Adjectives;

(18) How many e How much;

(19) Time;

(20) Fruits and vegetables

6ª Série

(1) Verb To Be;

(2) Ordinal Numbers;

(3) Cardinal Numbers;

(4) Days of the week;

(5) Months of the year;

(6) Verb to be (post tense);

(7) Prepositions;

(8) Can and Could;

(9) Simple Present;

(10) Occupation;

(11) Personal Promo us;

(12) Possessive Adjectives;

(13) Vocabulary;

(14) Texts.

71

7ª Série

(1) Verb To Be post tense;

(2) Simple Present;

(3) Possessive Pronouns;

(4) Prepositions;

(5) Why…? – Because…;

(6) Past tense – regular and irregular;

(7) Indefinite pronouns.

(8) Genitive case;

(9) Reflexive Pronouns;

(10) Vocabulary;

(11) Texts.

8ª Série

(1) Simple Present;

(2) Simple past;

(3) Adverbs;

(4) Indefinites;

(5) Comparative degree;

(6) Superlative;

(7) Present Perfect;

(8) Future Tense;

(9) Conditional Tense;

(10) Passive Voice;

(11) Relative Pronouns;

(12) Vocabulary;

(13) Texts

Ensino Médio

1º ANO

72

TEMA: A Influência do Inglês na Língua Portuguesa

Sub-temas: Relações de poder no uso da língua / Colonização / História da Língua

Portuguesa / Estrangeirismos / Influências de Línguas Indígenas, Africanas

e Européias / Língua e pluralidade cultural.

Análise Linguística: vocabulário / verbo to be e there to be / tempos verbais utilizados

nos textos (presente, presente contínuo/ passado simples e passado

contínuo e outros que se apresentarem) / marcadores de ordem dentro do

texto (first, second, third, etc.) / categorias de palavras.

TEMA: Variedades da Língua Inglesa: Old English x Modern English, gírias e

pluralidade cultural

Sub-temas: relações afetivas / relações de gênero / literatura de Língua Inglesa

(Shakespeare) / adaptações da literatura para o cinema / a linguagem dos

adolescentes / Estrutura do ensino e relações educacionais no Brasil e

nos EUA.

Análise lingüística: vocabulário / tempos verbais: presente, presente contínuo e

passado simples / wh-questions / adjetivos / comparativos.

TEMA: Variedades da Língua Inglesa: variações lingüísticas em canções através dos

tempos.

Sub-temas: a música dos negros nos EUA e no Brasil / Diferentes formas de pensar

através da música / Música e ideologia / utopia e realidade / história da

música / música e política / injustiça social / drogas / anos rebeldes /

música eletrônica / new wave / festas Rave / Hip Hop.

73

Análise linguística: tempos verbais: presente, passado e presente perfeito / Why e

Because / palavras e expressões que mostram concordância ou

discordância.

2º ANO

TEMA: A Correspondência Escrita: do papiro e da pena ao computador

Sub-temas: A importância da escrita em nossas vidas / a história da escrita /

linguagem formal e informal / cartas pessoais / cartas comerciais / escrita e

a linguagem da internet / cidadania / direitos humanos / estatuto da criança

e do adolescente / organizações não governamentais.

Análise linguística: tempos verbais: presente, passado, presente perfeito / palavras e

expressões características de correspondência pessoal e comercial, da

propaganda, da linguagem de legislação e da internet.

TEMA: Alimentação

Sub-temas: pluralidade cultural e hábitos alimentares / obesidade / alimentação e

saúde .

Análise lingüística: palavras transparentes / vocabulário / substantivos e adjetivos /

tempos verbais: presente, presente perfeito / caso genitivo / comparativo /

previsibilidade lingüística e adequação em textos / estrutura lingüística de

receitas.

TEMA: Sociedade e meio ambiente

Sub-temas: coesão e coerência textuais / modernização e meio ambiente /

aquecimento global / o índio e a natureza / população indígena no Brasil /

consciência ambiental e proteção à natureza.

74

Análise lingüística: recursos de coerência e coesão (relatores e palavras que indicam

contraste, adição, tempo, causa e conseqüência, exemplos, objetivos,

conclusão e concordância) / tempos verbais: presente, passado/

comparativo e superlativo / verbos modais.

3º ANO

TEMA: Literatura: as fábulas e a moral da história

Sub-temas: provérbios / relações afetivas / preconceito / autenticidade / amizade /

trabalho e ócio / perseverança / desejo e posse.

Análise lingüística: vocabulário / tempos verbais: presente, passado / verbos modais /

condicionais / advérbios de freqüência / imperativo.

TEMA: O inglês através do mundo e do tempo.

Sub-temas: Inglês americano e inglês britânico (pluralidade cultural) / língua e

relações de poder / história da língua inglesa / influências na construção da

língua inglesa / globalização e transformações da língua / o inglês como

língua internacional.

Análise lingüística: vocabulário / tempos verbais: presente e passado / superlativo /

quantificadores para contáveis e incontáveis (How many, how much, many,

much).

TEMA: Tecnologia e trabalho

Sub-temas: capitalismo / revolução industrial e revolução tecnológica / revolução

tecnológica e suas conseqüências no cotidiano / desenvolvimento

tecnológico e sociedade / tecnologia e problemas sociais / tecnologia e

profissões / capacitação e empregabilidade / exclusão e inclusão digital /

distribuição de renda no Brasil / dificuldades para lidar com as novas

tecnologias / blogs e escrita.

75

Análise lingüística: vocabulário / tempos verbais: presente, passado / how many, how

much / verbos modais / superlativo.

Os conteúdos específicos serão abordados a partir de um texto de acordo com

sua estrutura, contemplando seus elementos lingüísticos-discursivos, levando em

conta o princípio da continuidade entre as séries.

1.4 Encaminhamento Metodológico

O trabalho será desenvolvido através do estudo de textos, textos estes que

versem sobre diversas disciplinas desenvolvendo a interdisciplinariedade que

compõem o ensino fundamental e médio e tratem de temas atuais que favoreçam o

debate e confiem o horizonte cultural do aluno.

A questão linguística será tratada com atividades propostas e necessárias para

o entendimento do texto, surgindo de forma contextualizada e significativa.

A prática oral será trabalhada em pares, em equipe com diálogo que refletem

situações reais de comunicação relacionadas do texto em questão.

1.5 Metodologia

(1) Aulas expositivas;

(2) Textos com temas referentes as questões sociais;

(3) Conversação professor/aluno – aluno/aluno;

(4) Dinâmica de entendimento (jogos, músicas, etc);

(5) Utilização de recursos visuais;

(6) Dramatizações

1.6 Avaliação

A avaliação no ensino da Língua Estrangeira Moderna é vista com um

processo de coleta e análise de dados para o acompanhamento dos avanços e as

dificuldades. Acreditamos que o conceito de avaliação da aprendizagem deve estar

76

ligado a uma concepção pedagógica mais ampla, isto é, uma visão de educação, de

acompanhamento e a reorganização do processo ensino – aprendizagem com

possibilidade de conhecer o quanto o aluno se aproxima ou não da expectativa da

apropriação dos conhecimentos. Um profissional sério e responsável, seguro de sua

prática docente, que orienta as atividades dos educandos colaborando com eles na

construção do conhecimento, percebe a avaliação como um todo com vistas no

qualitativo, buscando uma postura crítica com função diagnóstica, verificando a

passagem do senso comum para sistematização dos conteúdos, uma nova ação

pedagógica em procura de soluções adequadas para o sucesso do aluno.

Sendo a avaliação u processo contínuo e sistemático, ela não é um fim em si

mesma, mas sempre um meio, um recurso e como tal, usada de maneira criativa, não

podendo, jamais, ser esporádica ou improvisada, deve ser planejada, ocorrendo com

naturalidade ao longo de todo o processo, pra reorientá-la e aperfeiçoá-la.

1.7 Referências

Língua Estrangeira Moderna: Diretrizes Curriculares da Rede Pública de

Educação Básica do Estado do Paraná. Curitiba: SEED-PR, 2006.

Vários autores. Livro Didático Publico: Língua Estrangeira Moderna – Espanhol e

Inglês. Curitiba: SEED-PR, 2006.

Projeto Político-Pedagógico das Escolas Estaduais do Município de São José dos

Pinhais, 2006.

Proposta Pedagógica Curricular das Escolas Estaduais do Município de São José dos

Pinhais, 2006.

Língua Estrangeira Moderna – Espanhol

1 Apresentação da Disciplina

77

O cenário do ensino de Línguas Estrangeiras e a estrutura do currículo escolar

sofreram constantes mudanças em decorrência da organização social, política e

econômica ao longo da história. As propostas curriculares e as metodologias de

ensino são instigadas a atender às expectativas e demandas sociais contemporâneas

e a propiciar às novas gerações a aprendizagem dos conhecimentos historicamente

produzidos.

Com a criação do Mercosul e o estreitamento das relações entre países da

América Latina, um novo painel vem se apresentando nos últimos anos, abrindo

novas perspectivas para o ensino do Espanhol, o que permitirá aos alunos terem

contato com uma outra língua estrangeira além da língua inglesa e, por isso, com

uma maior pluralidade cultural.

A língua estrangeira na sala de aula deve ser um espaço de análise de

construções discursivas portadoras de diferentes culturas e ideologias, associadas

aos seus contextos de produção e às comunidades que as interpretam, constroem e

são por elas construídas. O contato do aluno com essa perspectiva de ensino,

possibilitará que, ele ou ela perceba os diferentes usos, convenções e valores da

comunidade que usa a língua em estudo, bem como trará subsídios para que reflita

sobre as formas e o modo de ser de sua própria língua e da língua do outro. Além de

possibilitar o entendimento da língua como um construto humano em constante

transformação, a aula de Língua Estrangeira é também um espaço em que o aluno

pode ampliar o seu contato com outras formas de conhecer e interpretar diferentes

construções da realidade.

Entender a língua como um construto humano, dinâmico e revelador das

transformações pelas quais o homem tem passado, oferece aos alunos novas

possibilidades de leitura e um maior entendimento de construções da realidade

diferentes da sua, o que, em larga escala, pode contribuir para uma convivência

mundial menos agressiva e mais harmoniosa. O professor, ao trabalhar essa

dinamicidade da língua, deve apresentar aos alunos os mais diferentes e variados

gêneros textuais, buscando sempre levantar a finalidade do texto, para quem é

78

dirigido e o contexto de sua produção, assim como apresentar temas da história e

cultura afro-brasileira e africana contribuindo para a formação de cidadão atuantes no

seio de uma sociedade multicultural e pluriétnica em prol de uma nação democrática

(Lei 10.639/03).

Mais especificamente, o espaço da aula de Língua Estrangeira é um momento

que pode contribuir para a construção de identidades nas interações aluno-professor

e nas representações e ideologias que se revelam no cotidiano. Daí ser de suma

importância, que sejam analisadas questões pertinentes à nova ordem global como

um caminho para o desenvolvimento da consciência crítica.

A Proposta Curricular está, como as Diretrizes Curriculares, comprometida com

o resgate da função social e educacional da Língua Estrangeira, esperando que ao

término do Ensino, o aluno possa, dentro das suas possibilidades: usar a língua em

situações de comunicação oral e escrita; vivenciar na aula de Língua Estrangeira

práticas que lhe possibilitem estabelecer relações entre ações individuais e coletivas;

compreender que os significados são construídos e, portanto, podem ser

transformados pela prática social; ter uma maior consciência do papel das línguas na

sociedade; reconhecer e compreender a diversidade, como também os benefícios

que ela traz.

É claro, que sempre que se tenta aprender uma língua diferente da nossa, as

tentativas de aprendê-la, e apreendê-la, são, a princípio, confusas e repletas de

inadequações. Contudo, essas tentativas, muitas vezes frustradas e

incompreensíveis, fazem parte da construção do sistema linguístico que está sendo

aprendido. Por isso, o erro na aprendizagem da Língua Estrangeira deve ser

encarado como parte do processo de construção do conhecimento. Desse ponto de

vista, faz parte das tentativas de acerto e deve ser encarado pelo professor e pelo

aluno como tal, orientando-os para as modificações que devem ser feitas, para que o

processo de ensino-aprendizagem realmente aconteça.

O espanhol é a terceira língua mais difundida no mundo (depois do chinês e do

inglês). Há perto de trezentos milhões de pessoas que tem o espanhol como língua

79

materna, e outros cinquenta milhões que falam no seu dia a dia. É a língua oficial da

Argentina, Bolívia, Colômbia, Costa Rica, Cuba, Chile, Equador, El Salvador,

Espanha, Guatemala, Guiné, Equatorial, Honduras, México, Nicarágua, Panamá,

Paraguai, Peru, Porto Rico, República Dominicana, Uruguai e Venezuela, e também é

falada por muitos nos Estados Unidos e Filipinas. É a língua falada por todos os

nossos vizinhos latino-americanos, o que inclui os nossos sócios no Mercosul. Sendo

o Brasil um membro importante deste mercado comum sul-americano, o

conhecimento da língua espanhola é indispensável aos brasileiros da aurora do

século XXI.

Além disso, é o fato mais do que reconhecido que aprender um segundo ou

terceiro idioma, amplia consideravelmente os horizontes culturais de uma pessoa e

sua capacidade de processar informações. Uma vez que o idioma espanhol é falado

por uma parte tão próxima e tão importante da humanidade, aprendê-lo equivale a

aprender como viver melhor num mundo onde as informações são essenciais à

própria sobrevivência de empresas e indivíduos. Mesmo que ainda possa ser

considerado caótico e embrionário em muitos aspectos, o processo de globalização

do planeta em pleno curso, mostra-se cada vez mais inevitável. Neste processo,

tornar claras e facilmente inteligíveis as comunicações entre os povos e países, é

muito mais do que apenas desejável e absolutamente necessário. Deve-se ter em

mente que o bom aprendizado de um novo idioma é bem precioso, que se adquire

para toda a vida através do qual muitas coisas boas podem ser conquistadas.

Segundo Gimenez (2005), a língua se constitui como um espaço de

comunicação intercultural, exercendo “o papel de mediadora das relações entre

pessoas de diferentes línguas maternas”, tendo em vista que existe,

aproximadamente, mais de 300 milhões de falantes nativos e mais de 1 bilhão de

usuários no mundo todo, sendo a língua usual em: livros, jornais, aeroportos e

controle de tráfego aéreo, negócios internacionais e conferências acadêmicas,

ciência, tecnologia, medicina, diplomacia, esportes, competições internacionais,

música pop e propaganda.

1.1 Objetivos gerais

80

O ensino da disciplina de língua espanhola justifica-se pelo fato de que a

aprendizagem de Língua Estrangeira (LEM) contribui para que o aluno:

Colabore na ampliação da visão de mundo do aluno, tornando-o mais

crítico e reflexivo;

Priorize a competência para a leitura e a compreensão de textos

escritos, acompanhando o aluno na construção do vocabulário e leitura;

Possibillte ao aluno maior percepção de sua própria cultura, por meio do

conhecimento e da cultura de outros povos;

Tenha maior consciência sobre o papel das línguas na sociedade;

Reconheça e compreenda a diversidade linguística e cultural, bem como

seus benefícios para o desenvolvimento cultural do país;

Use a língua em situações de comunicação oral e escrita;

Compreenda que os significados são sociais e historicamente

construídos e, portanto, passíveis de transformação na prática social.

Na seleção de textos, propõe-se analisar os elementos linguístico-discursivos

neles presentes, mas de forma que não sejam levados em conta apenas objetivos de

natureza linguística, mas sobretudo, fins educativos. É importante também que os

textos abordem os diversos gêneros discursivos e que apresentem diferentes graus

de complexidade da estrutura da linguística.

1.2 Conteúdos

Conteúdo Estruturante

Discurso como prática social

Oralidade (Oralidad)

• Compreensão e expressão oral sobre os textos estudados nas aulas;

• Variedades linguísticas;

• Atos da fala (imagens, poemas e charges);

• Declamação de poema;

81

• Narração de experiências pessoais;

• Inferência de significados das palavras a partir de um contexto (cognatos

etc..);

• Argumentação com temas polêmicos;

• Música (pronúncia, vocabulário, análise linguística e questão racial);

• Exemplos de pronúncias e de vocabulários da língua estudada em diversos

países.

Leitura (Lectura)

• Apresentação de textos de diversos gêneros discursivos: tiras, charges,

música, artigos de jornal, filmes, desenhos animados, sinopse,

comentários, blog, texto de opinião, rótulos, dentre outros;

• Interpretação de tema do argumento principal e dos secundários;

• Estudo de vocabulário específico presente nos textos;

• Diferenciação dos textos publicitários, informativos e argumentativos.

Escrita (Escrita)

• Produção e re-estruturação de pequenos textos, descritivos e informativos;

• Pesquisa sobre os assuntos em estudo para ampliação de vocabulário e

construção argumentativa;

• Coesão e coerência;

• Produção de diálogos com temas atualizados;

• Adequação ao gênero: elementos composicionais e elementos formais.

Análise Linguística

• El alfabeto español;

• El diccionário (Monolingue, Bilingue)

• Verbos llamarse;

• Estudiar/Estar/Ser;

• Presente del Indicativo;

• Numerales Cardinales;

82

• Días de la semana;

• Horas;

• Interrogativos

• Cuerpo Humano;

• Sílaba tónica;

• Utiles de la casa;

• Alimentos;

• Dónde/De Dónde/Adónde;

• Los Artículos;

• El Gerúndio;

• Muy o Mucho.

Ouvir (Oír)

• Compreensão de diálogos, entrevistas, canção, poema e diário;

• Filmes, observando as características importantes do cenário, personagem e

época;

• Músicas diversificadas.

1.3 Metodologia da Disciplina

As aulas de língua espanhola serão desenvolvidas a partir do estudo de texto

(verbal e não-verbal), concebido enquanto uma unidade de sentido, conforme o

encaminhamento metodológico que segue:

Leitura de textos verbais e não verbais (compreensão e

interpretação, processo que não se restringe à leitura oral em voz alta ou tradução

dos textos, mas à produção de sentidos);

Análise textual (tipo de texto dentro da diversidade de gêneros);

Análise temática (tema do texto);

Análise linguística (recursos linguísticos);

83

Atividades para uso da língua (exercícios escritos de leitura,

compreensão, interpretação e análise linguística de textos);

Produção de textos (verbal ou não-verbal);

Re-estruturação textual (re-escrita);

Exposição e troca de textos produzidos entre alunos da escola e de

outras escolas.

1.4 Avaliação

Ao propor reflexões sobre as práticas avaliativas, objetiva-se favorecer o

processo de ensino e de aprendizagem, ou seja, nortear o trabalho do professor,

bem como, proporcionar que o aluno tenha uma dimensão do ponto em que se

encontra no recurso pedagógico.

A avaliação, nesta perspectiva, visa contribuir para a compreensão das

dificuldades dos alunos e proporcionar ao professor subsídios para uma prática

pedagógica diferenciada que vise solucionar tais dificuldades contribuindo para a

formação do aluno de maneira que este tenha através da avaliação, uma

aprendizagem continuada.

A avaliação servirá, além de aferir a aprendizagem do aluno, para que o

professor repense a sua metodologia e planeje as suas aulas de acordo com as

necessidades de seus alunos.

Analisando os seguintes critérios:

Leitura (Lectura)

- Apresentar clareza nas ideias;

- Argumentar a respeito do que leu;

- Estabelecer diálogos coerentes, utilizando pronúncia e a entonação do idioma

em estudo;

- Identificar diferentes gêneros textuais, tais como: informativos, narrações,

descrições, poesias,

84

tiras, correspondência, receitas, bulas de remédios, folders, outdoors, placas de

sinalização, rótulos e embalagens e etc.;

Oralidade (Oralidad)

- Identificar informações expressas em diferentes formas de linguagem (verbal

e não verbal); - Identificação da ideia principal de textos;

- Responder e comentar a respeito dos textos;

- Ler em voz alta, utilizando a pronúncia e entonação correta do idioma em

estudo para ser compreendida.

Escrita (Escrita)

- Escrever textos com o objetivo de ser bem compreendido no processo de

interlocução;

- Re-escrever o próprio texto, fazendo as adequações necessárias de

acordo com o gênero textual, a linguagem e o interlocutor com o auxílio do professor

e colegas;

- Inferir significados a partir de um contexto;

- Compreender e expressar oralmente sobre os textos estudados nas

aulas.

Ouvir (Oír)

• Usar o vocabulário e as estruturas textuais, empregando-os em outros

contextos;

• Realizar tarefas;

• Identificar a ideia global e informações sobre o que ouve.

Os alunos deverão ser avaliados através de múltiplas atividades diferenciadas

dentro e fora do espaço da sala de aula. Atividades que não vise somente à

memorização de conteúdo específico, mas atividades que sejam reflexivas e

compreensíveis, não sendo um mecanismo para classificar, excluir ou promover o

85

aluno, mas sim um recurso pedagógico para se repensar e planejar uma nova práxis

pedagógica tais como:

• Trabalhos em duplas e individuais;

• Apresentações orais de trabalhos em equipe realizados em sala;

• Participação das atividades e exercícios propostos em sala;

• Atividades de interpretação de textos, individuais e em duplas;

• Produção de mini texto;

• Atividades orais (leitura e apresentação de trabalhos), buscando atender às

necessidades de cada aluno.

1.5 Referências

GIMENEZ, Telma. Diretrizes Curriculares para o Ensino Fundamental da Rede de

Educação Básica do Estado do Paraná: Língua Estrangeira Moderna.

GARCIA, Maria de Los Angeles, HERNÁNDES, Josephine Sánchez. Español sin

Fronteras. Editora Scipione.

SOUZA, Jair de Oliveira. Español para Brasileño. Editora FTD.

Vários autores. Livro Didático Publico: Língua Estrangeira Moderna – Espanhol e

Inglês. Curitiba: SEED-PR, 2006.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação . Superintendência de Educação.

Departamento de Ensino Fundamental.

Cadernos temáticos: Inserção dos conteúdos de história e cultural afro-brasileira e

africana nos currículos escolares/Paraná. Curitiba: SEED-PR, 2005.

86

Geografia

1 Apresentação Geral da Disciplina

Para pensar em ensino de Geografia, hoje, nos remete a compreensão do

movimento de renovação desta ciência nos últimos anos. Não há como negar que a

tradição geográfica sustentava-se no conhecimento resultante do trabalho empírico,

onde a observação e descrição das paisagens eram os principais pontos de partida

para os seus desenvolvimentos enquanto ciência.

Por outro lado, a principal busca dos geógrafos nas últimas décadas, tem sido a

construção de um corpo teórico metodológico, capaz de romper com as dicotomias

produzidas pelo conhecimento tradicional (geografia humana ou geografia

geral/regional), caminhando no sentido de recuperar a totalidade de forma mais

dinâmica.

As relações com a natureza e com o espaço geográfico fazem parte das

estratégias de sobrevivência dos grupos humanos deste suas primeiras formas de

organização.

Portanto, torna-se importante que os alunos possam perceber-se como autores

na construção de paisagens e lugares, que possam compreender que essas

paisagens e lugares resultam de múltiplas interações entre o trabalho social e a

natureza, e que estão plenos de significados simbólicos decorrentes da afetividade

nascida com eles.

É importante destacar que uma das grandes contribuições dadas pelas novas

correntes fenomenológicas da geografia foi a de buscar, explicar, e compreender o

87

espaço geográfico, não somente como produto de força econômica ou de formas de

adaptações entre o homem e a natureza, mas também dos fatores culturais.

O aluno através do estudo de geografia, ao observar, descrever, indagar e

representar a multiplicidade de paisagens e lugares; com isso estará compreendendo

seu papel como atores coadjuvantes dos processos que estão constantemente

transformando essas paisagens e lugares, transcendendo a dimensão local na

procura do mundo.

Cabe salientar que os conteúdos estruturantes se inter-relacionam e reúnem

seus conteúdos específicos, os grandes conceitos geográficos (sociedade, natureza,

território, região, paisagem, lugar, entre outros), que somente inter-relacionados

tornam-se significativos e contribuem para a compreensão do espaço geográfico,

onde os alunos possam realizar uma leitura da realidade de forma não fragmentada,

para que seus estudos tenham um sentido e significado no seu cotidiano, a sua vida

no lugar possa ser compreendida, interagindo com as pluralidades dos lugares, num

processo de globalização, fortalecendo o espírito de solidariedade como cidadão do

mundo.

1.1 Objetivos

(1) Pensar o homem por inteiro em sua dimensão, humana, natural e social;

(2) Ter flexibilidade e abertura para o novo, o imprevisto e o inusitado;

(3) Ter disponibilidade para resistir e para inferir na construção do espaço

geográfico;

(4) Compreender a formação de novos blocos e das relações de poder com o

término do estado nação;

(5) Compreender as transformações que o conceito de religião sofrem através da

história e da geografia;

(6) Compreender a redefinição do conceito de lugar quando a geografia amplia a

sua ótica para além da economia;

(7) Compreender o significado do conceito de paisagem como síntese de múltiplos

de determinação da natureza, das relações sociais, da cultura, da economia e

da política.

88

(8) Buscar explicar e compreender o espaço geográfico não somente como

produto de forma econômica ou de formas de adaptações entre o homem e a

natureza, mas também dos fatores culturais.

(9) Procurar valorizar as atitudes e procedimentos que os alunos podem adquirir

estudando seu cotidiano como a geografia, onde estarão compreendendo o

seu papel como atores coadjuvantes dos processos que estão constantemente

em transformação;

(10) Tem como objetivo também, oferecer ao aluno inúmeras oportunidades

para a interpretação do modo como o saber científico se inter-relaciona com o

discurso ideológico e com as relações de poder e da informação;

(11) Possibilitar ao aluno a compreensão do espaço com em que está

inserido, a partir do entendimento da constituição e das relações estabelecidas

entre os territórios institucionais, bem como entre os territórios que a eles se

sobrepõem como campos de forças sociais e políticas.

1.2 Conteúdos Estruturantes

(1) A Geografia e a compreensão do mundo;

(2) O Planeta Terra;

(3) Os Continentes, as Ilhas e os Oceanos;

(4) Relevo e Hidrografia;

(5) Clima e Vegetação;

(6) O Campo e a Cidade;

(7) Atividades econômicas – extrativismo e agropecuária;

(8) Atividades Econômicas – Indústrias, comércio e prestação de serviços;

(9) Para entender o Brasil;

a) A identidade brasileira;

b) A construção e a formação do território brasileiro;

c) As origens culturais do povo brasileiro.

(10) O estudo do Brasil e de sua população pelas linguagens gráficas e

cartográficas;

a) A localização do Brasil e a Cartografia;

89

b) A dinâmica populacional brasileira;

c) Migrações.

(11) As regiões brasileiras;

a) A identidade das regiões;

b) Amazônia;

c) Nordeste;

d) Centro – Sul

(12) O Território Americano;

a) A Cartografia e o Continente Americano;

b) A organização do espaço americano;

c) As diversas paisagens da América.

(13) Os recursos minerais, a agricultura, a indústria e o trabalho;

a) A estrutura geográfica da América;

b) Os minerais e a produção industrial: uma das formas de denominação;

c) O processo de industrialização e o trabalho;

d) As mudanças territoriais provocadas pela indústria;

e) As políticas agrícolas e a agroindústria;

(14) Regionalizado o Continente Americano;

a) Os critérios para classificar os países;

b) Países da América.

(15) Europa;

a) Europa Ocidental – Aspectos Gerais;

b) Europa Ocidental – Aspectos Regionais;

c) Europa Oriental – O Leste Europeu atual;

d) Europa Oriental – Antiga Iugoslávia e os novos Países;

e) Comunidade de Estados Independentes – Aspectos Gerais;

f) Comunidade dos Estados Independente – Aspectos Regionais.

(16) Estados Unidos e Canadá;

(17) Japão;

(18) China;

(19) Oceania e Austrália.

90

1.3 Conteúdos Específicos do Ensino Fundamental

5ª Série

(1) A descoberta do tempo e do espaço;

(2) A sociedade moderna e o espaço;

(3) A Terra, um Astro do Universo;

(4) Orientando-se na Terra;

(5) Representação do espaço;

(6) Cartografia;

(7) A superfície terrestre;

(8) Litosfera;

(9) Atmosfera;

(10) Hidrografia;

(11) Biosfera;

(12) A Terra, Planeta vivo.

6ª Série

(1) O território brasileiro;

(2) Brasil: População;

(3) Brasil: Campo e Cidade;

(4) Região Norte;

(5) Região Nordeste;

(6) Região Sudeste;

(7) Região Sul;

(8) Região Centro – Oeste.

7ª Série

(1) Geografia e regionalização do espaço;

(2) Economia Global;

(3) O Continente Americano;

(4) A população e a economia da América;

91

(5) A América do Norte;

(6) América Central, América Andina e Guianas;

(7) América Platina;

(8) O Brasil.

8ª Série

(1) Globalização

(2) A bipolaridade do século XX

(3) A nova ordem mundial do início do século XXI

(4) Regionalização mundial ( blocos econômicos).

(5) Conflitos mundiais

(6) Órgãos internacionais

(7) Neoliberalismo

(8) Terrorismo

(9) Políticas econômicas culturais e ambientais.

(10) Novo papel das organizações políticas, internacionais e regionais.

(11) Redefinições de fronteiras: conflitos étnicos, culturais, políticos, econômicos, de base territorial.

(12) Circulação da poluição atmosférica

(13) Quadro natural e problemas ambientais

(14) Formação étnica e religiosa

(15) Estrutura etária e etnia da população

(16) Fatores e tipos de migração e imigração e suas influências no espaço geográfico

(17) Localização geográfica dos países e continentes

(18) Representações gráficas

92

(19) Atividades produtivas, transformação da paisagem

(20) Formação, localização, exploração dos recursos naturais.

1.4 Conteúdos Específicos do Ensino Médio

1º ANO

(1) Coordenadas geográficas;

(2) O movimento de rotação da Terra e os fusos horários;

(3) O movimento de translação da Terra e as estações do ano;

(4) Cartografia: construindo mapas;

(5) Cartografia: a leitura dos mapas;

(6) O tempo geológico e as placas tectônicas;

(7) A estrutura da Terra;

(8) A dinâmica interna do relevo;

(9) A dinâmica externa do relevo;

(10) As várias fisionomias da superfície terrestre;

(11) A atmosfera e os fenômenos meteorológicos;

(12) Os fatores que influenciam o clima;

(13) Tipos de clima;

(14) Os grandes biomas terrestres;

(15) O planeta pede água;

(16) Nas ondas dos oceanos e mares;

(17) As águas continentais;

(18) A população da Terra: fatores do crescimento e teorias demográficas;

(19) A população da Terra e suas diversidades;

(20) As atividades agropecuárias e os sistemas agrários;

(21) A atividade industrial no mundo;

(22) Energia: o motor da vida moderna;

(23) Cidades: a urbanização da humanidade;

(24) Redes urbanas. A hierarquia das cidades;

(25) A destruição da natureza: atividades humanas e impactas ambientais;

93

(26) A destruição da natureza: erosão e poluição do solo por agrotóxicos;

(27) O lixo urbano e os impactos ambientais causados pela poluição;

(28) A poluição do ar: inversão térmica, “ilhas de calor” e chuva ácida;

(29) A poluição do ar: efeito estufa e destruição da camada de ozônio;

(30) Em busca do desenvolvimento sustentável.

2º ANO

(1) A formação e a expansão do território brasileiro;

(2) Caracterização do espaço brasileiro;

(3) Brasil: estrutura geológica e relevo;

(4) O clima do Brasil;

(5) Ecossistemas brasileiros;

(6) A hidrografia brasileira;

(7) A organização política – administrativa e a divisão regional do Brasil;

(8) Os complexo regionais brasileiros;

(9) Brasil: de agro exportador a país industrializado subdesenvolvido;

(10) O comércio exterior brasileiro;

(11) O espaço agropecuário brasileiro;

(12) A estrutura fundiária e os conflitos de terra no Brasil;

(13) Recursos mineiros do Brasil;

(14) A industrialização no Brasil;

(15) Distribuição espacial da industria brasileira;

(16) Os transportes no Brasil;

(17) A população brasileira: crescimento e formação étnica;

(18) A população brasileira: distribuição e estrutura;

(19) Movimentos da população no Brasil;

(20) Urbanização e regiões metropolitanas brasileiras;

(21) Impactos ambientais em ecossistema brasileiros.

3º ANO

(1) Os principais conceitos da geografia;

94

(2) Os Continentes;

(3) O Capitalismo e a construção do espaço geográfico;

(4) O Socialismo;

(5) Capitalismo x Socialismo: A Guerra Fria;

(6) O mundo pós – guerra fria;

(7) A internacionalização do capital;

(8) O subdesenvolvimento;

(9) Novos países industrializados: substituição de importações;

(10) Novos países industrializados: plataformas de exportações;

(11) O comercio mundial;

(12) União Europeia;

(13) Outros Blocos Econômicos;

(14) As novas migrações internacionais e a xenofobia;

(15) Nacionalismo – minorias étnicas e separatismo;

(16) O Islã – entre a paz e terrorismo;

(17) O mundo sem a URSS;

(18) O novo Leste Europeu;

(19) A Comunidade de Estados Independentes;

(20) China, um país, dois sistemas;

(21) Coreia do Norte, Cuba e Vietnã;

(22) América Latina;

(23) Africa;

(24) Reino Unido e França;

(25) Itália e Alemanha;

(26) Canadá e Japão;

(27) Austrália e Nova Zelândia, os rios do sul;

(28) Estados Unidos, potência mundial.

1.5 Metodologia

A discussão acerca do ensino da Geografia inicia-se pelas reflexões

epistemológicas do seu objeto de estudo, que tem como proposta aprofundar a

95

discussão com os professores da rede estadual de ensino no sentido de buscar a

superação da dicotomia geográfica física e humana, que faz parte da construção

histórica do pensamento geográfico.

Assim, para a formação de um aluno consciente das relações sócio-especiais de

seu tempo, assume-se o quadro conceitual das teorias críticas da geografia, que

incorporam, em suas construções conceituais, os conflitos e as contradições sociais,

econômicas, culturais e políticas que constituem i espaço geográfico.

1.6 Avaliação

A avaliação é parte do processo de ensino-aprendizagem e, por isso, deve servir

não apenas para acompanhar aprendizagem dos alunos, mas também o trabalho

pedagógico do professor.

É imprescindível que a avaliação seja contínua e produza a qualidade e o

processo de aprendizagem, ou seja, o desempenho do aluno ao longo do ano letivo,

a avaliação deve ser diagnóstica e continuada, pois, dá ênfase ao aprender, usando

vários instrumentos de avaliação que contemplem várias formas de expressão dos

alunos, como: leitura e interpretação de textos, produção de textos, leitura e

interpretação de fotos, imagens, gráficos, tabelas e mapas, pesquisas bibliográficas,

relatórios de aula de campo, apresentação de seminários, construção e analise de

maquetes, entre outros.

Em geografia, os principais critérios a serem observados são a formação dos

conceitos geográficos básicos e o entendimento das relações sócio – espaciais.

1.7 Referências

BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais para ensino Médio. Brasília : MEC, 1996.

MARINA, L. TÉRCIO. Geografia: Novo Ensino Médio. São Paulo: Ática, 2005.

PARANÁ. Diretrizes Curriculares de Geografia para o Ensino Médio – Versão Preliminar, 2006.

POPKEWITZ, T.S. História do Currículo, Regulação Social e Poder. In SILVA, T.T. da O Sujeito da Educação Estudos Foucaltianos. Petrópolis: Vozes, 1994.

96

SANTOS, M. Por uma outra Globalização. Rio de Janeiro: Record, 2000.

__________ Técnica, Espaço, Tempo – Globalização e Meio Técnico-Científico Informacional. São Paulo: Hucitec, 1996a.

__________ A Natureza do Espaço Técnica e Tempo Razão e Emoção. São Paulo: Hucitec, 1996b.-

__________ Por Uma Geografia Nova . São Paulo: Hucitec, 1986.

História

1 Apresentação Geral da Disciplina

O ensino de História tem como interesse os aspectos políticos, econômicos,

culturais e sociais. Breve histórico da trajetória do ensino de história no Brasil, tem

como objetivo suscitar reflexões entre o ensino e a produção do conhecimento:

(1) 1970 – ensino tradicional com aulas expositivas com memorização e repetição de forma

factual e linear;

(2) 1889 – o ensino é o mesmo: História da organização Social Brasileira;

(3) 1882 à 1954 – ensino para elite brasileira;

(4) 1930 – debate sobre a implantação dos estudos sociais com experiências

norte-americanas;

97

(5) 1950 – instituído o programa de assistência brasileiro-americano ao ensino

elementar (PABAEE). Posteriormente vem no ensino de 1º grau a lei 5692 em

1971;

(6) 1964 – é narrado apenas do ponto de vista factual;

(7) 1971 – criada a lei 5692, instituía 1º grau em 8 anos (história, geografia e

educação moral e cívica) e o 2º grau curso profissionalizante ( com a disciplina

de OSPB);

(8) 1990 – os PCNS apresentam inovações para o ensino de história,

proporcionando autonomia aos professores e o elencamento de temas

transversais;

(9) 2003 – a lei 13.381/01: torna obrigatório o ensino de História do Paraná no

ensino fundamental e médio. Inclui também a obrigatoriedade da temática a

cultura Afro-Brasileira nos currículos escolares.

1.1 Objetivos

Objetiva-se propiciar aos alunos, ao longo da Educação Básica, a formação da

consciência histórica. A História tem como objeto de estudos os processos históricos

relativos as ações e as relações humanas praticadas no tempo: sociais, políticas e

culturais.

1.2 Conteúdos Específicos do Ensino Fundamental

5ª Série

(1) Os historiadores e a produção do conhecimento;

(2) Tempo;

(3) Fontes e documentos;

(4) Ciências auxiliares da história;

(5) Arqueologia no Brasil;

(6) O surgimento da terra e do homem;

(7) Povos indígenas no Brasil e no Paraná;

(8) As primeiras civilizações na América, África, Europa e Ásia;

(9) Os europeus na América;

98

(10) A formação da Península Ibérica

6ª Série

(1) As missões;

(2) Bandeira;

(3) Colonização do território paranaense;

(4) Movimentos de contestação: quilombos (BR e PR); revoltas nazivistas e

nacionalistas (inconfidência mineira, conjuração baiana, guerra dos mascates);

(5) A chegada da família real no Brasil;

(6) O processo de independência no Brasil

7ª Série

(1) A construção da Nação – o Governo de D. Pedro II;

(2) Movimentos abolicionistas e emancipacionista;

(3) Emancipação política do Paraná ( 1853);

(4) Guerra do Paraguai – a tríplice aliança;

(5) O processo de abolição: leis abolicionistas;

(6) Os primeiros anos de República: o coronelismo e clientelismo;

(7) A guerra do contestado;

(8) A primeira guerra mundial;

(9) Revolução Russa

8ª Série

(1) A semana de 1922 e o repensar da nacionalidade;

(2) A crise mundial de 1929;

(3) A Revolução de 30 e o período Vargas (1930 à 1945);

(4) Leis trabalhistas;

(5) O populismo no Brasil e na América Latina;

(6) Construção do Paraná moderno: governos;

(7) A guerra fria;

(8) O regime militar no Paraná e no Brasil;

(9) Os regimes militares na América Latina.

99

1.3 Conteúdos Estruturante do Ensino Médio

(1) O processo de sedentarização na antiguidade ocidental;

(2) Sociedade e trabalho na antiguidade clássica;

(3) A Europa Feudal;

(4) Terra conquista e poder nas sociedades americanas;

(5) Movimentos revolucionários europeus e questões relacionadas ao uso e à

posse da terra;

(6) Dinâmica e funcionamento das sociedades industriais contemporâneas;

(7) Urbanização e trabalho no século XX;

(8) Economia e sociedade no pós – guerra;

(9) Cidadania, movimentos sociais e questões étnicas a partir de 1960;

(10) Militarismo e autoritarismo na América Latina;

(11) Tensões que envolvem o uso e a posse da terra na História do Brasil.

1.4 Conteúdos Específicos do Ensino Médio

1º ANO

(1) A construção da História;

(2) O mundo antigo (*Afro);

(3) A Idade Média;

(4) O Renascimento Cultural e Científico;

(5) A Reforma Protestantes e a Reforma Católica;

(6) Paraná: A ocupação do território paranaense.

2º ANO

(1) Os diferentes Povos da América;

(2) Os diferentes;

(3) A Colonização da América Portuguesa e Espanhola;

(4) A era das revoluções;

100

(5) O processo de Independência da América: Portuguesa, Espanhola e Anglo-

Saxônica;

(6) Unificação da Itália e da Alemanha;

(7) O Imperialismo na África e na Ásia;

(8) Os ciclos econômicos no Paraná.

3º ANO

(1) O Brasil na República Velha;

(2) A Primeira Guerra Mundial e a Revolução Russa;

(3) O período entre guerras;

(4) A Segunda Guerra Mundial;

(5) A Era Vargas;

(6) A Guerra Fria;

(7) A Nova Ordem Mundial;

(8) O Paraná industrializado.

1.5 Metodologia

A produção do conhecimento histórico está baseada na explicação e

interpretação de fatos passados. A problematização produz uma narrativa histórica

que tem como desafio contemplar as diversidades das experiências sociais, culturais

e políticas dos sujeitos e suas relações. Assim, ao confrontar ou comparar

documentos entre si e com o contexto social e teórico de sua produção abre

perspectivas para validar, refutar ou contemplar a produção historiográfica existente.

Cabe ao professor explorar novos métodos de produção de conhecimento

histórico e ampliar possibilidades: de recortes temporais, do conceito de documentos,

de sujeitos e de suas experiências, de problematização em relação ao passado

(museus, bibliotecas, acervos públicos ou privados de fotografias). Implica também a

busca de outros referenciais que possam complementar o conteúdo tratado em sala

de aula, isto é, ir além do livro didático.

1.6 Avaliação

101

A avaliação se dará de forma contínua, processual e diversificada, permitindo

uma análise crítica das práticas que podem ser constantemente retomadas e

reorganizadas pelo professor e pelos alunos, isto permite ainda situá-los como parte

do coletivo, onde a responsabilidade pelo e com grupo seja assumida com vistas à

aprendizagem de todos. Cabe ao professor planejar situações diferenciadas de

avaliação.

1.7 Referências

BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais para ensino Médio. Brasília : MEC, 1996.

MARINA, L. TÉRCIO. Geografia: Novo Ensino Médio. São Paulo: Ática, 2005.

PARANÁ. Diretrizes Curriculares de Geografia para o Ensino Médio – Versão Preliminar, 2006.

POPKEWITZ, T.S. História do Currículo, Regulação Social e Poder. In SILVA, T.T. da O Sujeito da Educação Estudos Foucaltianos. Petrópolis: Vozes, 1994.

SANTOS, M. Por uma outra Globalização. Rio de Janeiro: Record, 2000.

__________ Técnica, Espaço, Tempo – Globalização e Meio Técnico-Científico Informacional. São Paulo: Hucitec, 1996a.

__________ A Natureza do Espaço Técnica e Tempo Razão e Emoção. São Paulo: Hucitec, 1996b.-

__________ Por Uma Geografia Nova . São Paulo: Hucitec, 1986.

Ensino Religioso

1 Apresentação Geral da Disciplina

O Ensino Religioso tem suas normas instituídas na Deliberação 01/06 do CEE

para o Sistema Estadual de Ensino no Paraná.

A disciplina de Ensino Religioso pretende contribuir para o reconhecimento e

respeito às diferentes expressões religiosas advindas da elaboração cultural dos

102

povos, bem como possibilitar o acesso as diferentes fontes da cultura sobre o

fenômeno religioso, bem como contribuir para superar a desigualdade étnica

religiosa, garantir o direito constitucional de liberdade, crença e expressão conforme

art. 5º inciso VI da Constituição Brasileira.

1.1 Objetivos

Propiciar aos educandos a oportunidade de identificação, de entendimento, de

conhecimento, de aprendizagem em relação as diferentes manifestações religiosas

presentes na sociedade, de tal forma que tenham a amplitude da própria cultura em

que se ensina.

Essa compreensão deve favorecer o respeito à diversidade cultural religiosa, em

suas relações éticas e sociais, diante da sociedade, formando medida de repúdio a

todo e qualquer forma de preconceito e discriminação e o reconhecimento de que

todos nós, somos portadores de irregularidade.

1.2 Conteúdos Estruturantes

(1) Texto Sagrado;

(2) Símbolo;

(3) Paisagem Religiosa.

1.3 Conteúdos Específicos

5ª Série

(1) Respeito a diversidade religiosa;

(2) Lugares sagrados;

(3) Organizações religiosas.

6ª Série

(1) Universo simbólico religioso;

(2) Ritos;

(3) Festas religiosas;

(4) Vida e morte.

103

1.4 Metodologia

A globalização dos meios de comunicação atinge todos os domínios da vida

humana repercutindo também nas manifestações religiosas, nas crenças e na própria

forma de interpretar o sagrado. Pode-se dizer que:

Aquilo que para as igrejas é objeto de fé, para escola é objeto de estudo.

Isto supõe a distinção entre fé, crença e religião, entre o ato subjetiva de crer e o

fato objetivo que o expressa.

Propor o encaminhamento metodológico da disciplina de Ensino Religioso não

se reduz a determinar formas, métodos, conteúdos ou materiais a serem utilizados

em sala de aula, mas pressupõe um constante repensar das ações que subsidiarão

este trabalho. Logo as práticas pedagógicas desenvolvidas pelo professor da

disciplina.

A linguagem a ser utilizada nas aulas de Ensino Religioso é a pedagógica e não

a religiosa, referente a cada expressão do sagrado, adequado ao universo escolar.

1.5 Avaliação

A avaliação na disciplina de Ensino Religioso não ocorre como na maioria das

disciplinas. O Ensino Religioso não constitui objeto de aprovação ou reprovação nem

terá registro de notas ou conceitos na documentação escolar, por seu caráter

facultativo de matrícula na disciplina.

Mesmo com essas particularidades, a avaliação não deixa de ser um

elemento integrante do processo educativo na disciplina do Ensino Religioso.

Cabe ao professor implementar práticas avaliativas que permitam acompanhar o

processo de apropriação de conhecimentos pelo aluno e pela classe, cujo parâmetro

são os conteúdos tratados e os seus objetivos.

Para atender a este propósito, o professor elaborará instrumentos que o

auxiliem a registrar quanto o aluno e a turma se apropriaram ou têm se apropriado

dos conteúdos tratados nas aulas de Ensino Religioso. Significa dizer que o que se

busca com o processo avaliativo é identificar em que medida os conteúdos passam a

ser referenciais para a compreensão das manifestações do sagrado pelos alunos.

104

De fato, a apropriação do conteúdo trabalhado pode ser observada pelo

professor em diferentes situações de ensino e aprendizagem. Eis algumas sugestões

de observação por parte do professor:

- em que medida o aluno expressa uma relação respeitosa com os colegas de

classe que têm opções religiosas diferentes da sua?

- o aluno aceita as diferenças de credo ou de expressão de fé?

- o aluno reconhece que o fenômeno religioso é um dado de cultura e de

identidade de cada grupo social?

- o aluno emprega conceitos adequados para referir-se às diferentes

manifestações do sagrado?

Diante da sistematização das informações obtidas da avaliação, o

professor terá elementos para planejar as necessárias intervenções no processo

pedagógico, para retomar as lacunas identificadas na aprendizagem do aluno, e terá

elementos para dimensionar os níveis de aprofundamento a serem adotados em

relação aos conteúdos que desenvolverá posteriormente.

Depois da avaliação, o professor de Ensino Religioso terá, também, indicativos

para a própria avaliação pedagógica ou a imediata reorganização do que já tenha

trabalhado, cuja referência são estas Diretrizes.

Por estar em processo de implementação nas escolas, a disciplina de Ensino

Religioso requer um trabalho comprometido, de modo que a avaliação se torna um

fator que pode contribuir para sua legitimação como componente curricular.

Apesar de não haver aferição de notas ou conceitos que impliquem

aprovação ou reprovação do aluno, recomenda-se que o professor registre o

processo avaliativo por meio de instrumentos que permitam à escola, ao aluno, aos

seus pais ou responsáveis a identificação dos progressos obtidos na disciplina.

Por meio desta prática, o aluno terá oportunidade de retomar conteúdos e

conhecimentos que o auxiliam a compreender melhor a diversidade cultural, da qual a

religiosidade é parte integrante. Finalmente, o aluno poderá articular o Ensino

Religioso aos demais componentes curriculares que abordam aspectos relativos à

cultura.

105

1.6 Referências

BLACKBURN, S. Dicionário Oxford de filosofia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar,

1997.

CISALPIANO, M. Religiões. São Paulo: Scipione, 1994.

COSGROVE, D. A geografia está em toda parte: cultura e simbolismo nas

paisagens humanas. In: CORRÊA, R. L.; ROSENDAHl, Z. Paisagem, tempo e

cultura. Rio de Janeiro: Eduerj, 1998. p. 92-123.

COSTELLA, D. O fundamento epistemológico do ensino religioso. In:

JUNQUEIRA,

S.; WAGNER, R. (Orgs.) O ensino religioso no Brasil. Curitiba: Champagnat,

2004.

CUNHA, A. G. da. Dicionário etimológico Nova Fronteira da língua

portuguesa. 2. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1997.

DURKHEIM, É. As formas elementares de vida religiosa. São Paulo: Edições

Paulinas, 1989.

ELIADE, M. O sagrado e o profano: a essência das religiões. São Paulo: Martins

Fontes, 1992.

______. Tratado de história das religiões. 2 edição, São Paulo: Martins Fontes,

1998.

FEUERBACH, Ludwig. A essência do Cristianismo. 2ª edição, Lisboa: Fundação

Calouste Gulbenkian, 2002.

GIL FILHO, S. F. Espaço de representação e territorialidade do sagrado: notas

para

uma teoria do fato religioso. Ra’e Ga O Espaço Geográfico em Análise:

Curitiba, v. 3 n. 3, p. 91-120, 1999.

GIL FILHO, S. F.; GIL, A. H. C. F. Identidade religiosa e territorialidade do

sagrado:notas para uma teoria do fato religioso. In ROSENDAHL, Z. & CORREA,

R. L.(org.).

Religião, identidade e território. Rio de Janeiro: EDUERJ, 2001.

GIL FILHO, Sylvio F; GIL, A. H. C. F. Por uma geografia do sagrado. In:

MENDONÇA,

106

F.; KOEZEL, S. (org.). Elementos de Epistemologia da Geografia

Contemporâneo. Curitiba: UFPR, 2002.

HEIDEGGER, M. Conferências e escritos filosóficos. São Paulo: Nova Cultural,

1989. (Coleção Os Pensadores)

HINNELS, J. R. Dicionário das religiões. São Paulo: Cultrix, 1989.

HOUAISS, A.; VILLAR, M. de S. Dicionário Houaiss da língua portuguesa. Rio

de Janeiro: Objetiva, 2001.

HUSSERL, E. Investigações lógicas: sexta investigação - elementos de uma

elucidação fenomenológica do conhecimento. São Paulo: Nova Cultural, 1988.

(Coleção Os Pensadores)

JUNQUEIRA, S. R. A. (Orgs.) Conhecimento local e conhecimento universal:

pesquisa, didática e ação docente. Curitiba, Champagnat, 2004.

MACEDO, C. C. Imagem do eterno: religiões no Brasil. São Paulo: Moderna,

1989.

MENDONÇA, F.; KOZEL, S. (orgs.). Elementos de epistemologia da geografia

contemporânea. Curitiba: UFPR, 2002

NIETZSCHE, Friedrich Wilhelm. O anticristo. São Paulo: Martin Claret, 2002.

OLIVEIRA, M. A. A. de. Componente Curricular. In: JUNQUEIRA, S. R. A.;

WAGNER,

R. Ensino Religioso no Brasil. Curitiba: Champagnat, 2004.p. 119.

OTTO, R. O sagrado. Lisboa: Edições 70, 1992.

PEDRO, A. de. Dicionário de termos religiosos e afins. Aparecida: Santuário,

1993.

ROHMANN, C.. O livro das idéias: pensadores, teorias e conceitos que

formam nossa visão de mundo. Rio de Janeiro: Campus, 2000.

SACHS, W. Dicionário do desenvolvimento: guia para o conhecimento como

poder. Petrópolis: Vozes, 2000.

WITTGENSTEIN, L. Investigações filosóficas. Petrópolis: Vozes, 1994.

107

Ciências

1 Apresentação Geral da Disciplina

Há vários anos atrás o homem começou a interessar-se pela ciência,

procurando satisfazer suas necessidades diárias, uma grande descoberta foi a do

fogo.

Com a resolução Industrial a Renovação e vários outros acontecimentos

históricos a ciência foi se desenvolvendo e muitas teorias foram sendo elaboradas.

Com isso grande pensadores contribuíram significativamente para o desenvolvimento

científico como Nicoulau Copérnico, Galileu Galilei, René Descartes, Isaac Newton,

Antoine Laurent Lavoisier, Charles Darwin, entre outros.

A disciplina de Ciências foi inserida no currículo a partir da reforma Francisco

Campos. Era passado aos alunos temas como: ar e solo, água, botânica, zoologia,

corpo humano, química e física.

A lei de diretrizes e bases da Educação Nacional nº 4.024/61 teve o objetivo de

preparar o cidadão para o pensamento lógico.

Com a lei nº 5692/71, alterou a estrutura geral de ensino primário e médio, nos

anos 70 as implicações sociais desse desenvolvimento científico e tecnológico

tornam-se objetivos de estudo na escola, principalmente a partir da abertura política,

o ensino de ciências, dentre eles a educação ambiental, a saúde, as relações entre a

indústria e agricultura e entre a ciências e a tecnologia no ensino de ciências a

integração de conteúdos a partir de três eixos norteadores: noções de astronomia,

transformação e interação da matéria e energia, saúde e melhoria de qualidade de

vida.

Portanto, encaminhamentos como os grupos de estudo, seminários estaduais,

simpósios, os cadernos pedagógicos, Portal Dia a Dia Educação, o festival de artes

da rede estudantil – FERA, o projeto com ciências e os jogos escolares.

1.1 Objetivos

108

(1) Conteúdos estruturais: conhecimentos físicos – em relação aos diversos fenômenos

naturais e tecnológicos, abordando conteúdos como: movimentos, sons, luz,

eletricidade, magnetismo, calor e ondas, dentre outras;

(2) Conhecimentos químicos: as noções e conceitos científicos, sobre os matérias

e as substâncias: sua constituindo no entendimento dos ambientes e da

manutenção da vida;

(3) Corpo humano e saúde: conhecer e compreender as transformações suas

funções de nutrição, coordenação, relação, regulação e reprodução nesta

mesma abordagem, se faz necessário contemplar as condições existentes na

sociedade atual, a miséria, fome, desnutrição, subnutrição e o desperdício se

contrapõem a produção e oferta de alimentos no Brasil e no mundo;

(4) Ambiente: sabendo que existem vários e diferentes ambientes da terra, sua

diversidade, localização, caracterização, transformações ao longo há história,

os seres vivos e do homem aos ambientes aquáticos, gelados, temperados,

quentes e secos, quentes e úmidos, cavernas e ao ambiente espacial;

(5) Tecnologia: portanto, pode compreender que mau ou bom uso que se faz

delas depende, muitas vezes, de interesses políticos, militares e empresarias

que apoderam de seus resultados e os utilizam em benefício de uma elite,

visando lucro, dominação e guerra.

1.2 Conteúdos Estruturantes

5ª Série

(1) Sistema solar, galáxias, origem da terra, espaço, ecossistema, movimentos da terra,

rocha e solo, preparação do solo, água na natureza, poluição das águas, tratamento da

água, flutuação e pressão na água, existência do ar e pressão atmosférica.

6ª Série

(1) Seres vivos, ecossistema, vírus, nomenclatura, seres unicelulares, fungos, poríferos,

anidarios, platelmintos, nematelmintos, moluscos, anelídeos, insetos, aracnídeos,

crustáceos, diplópodes, equinodermos, peixes anfíbios, répteis, aves, mamíferos,

criptogramas, fonerogamas e reprodução das plantas.

109

7ª Série

(1) Espécie humana, célula, aparelho locomotor, tecidos, sistema sensorial, alimentos,

digestão, sistema, respiratório, circulação, excreção, reprodução e genética.

8ª Série

(1) Estudo da matéria, fenômenos químicos e físicos, átomos, separação de misturas, tabela

periódica, ligações químicas, funções químicas, mudanças de estado físico, reações

químicas, conceitos básicos de física, cinemática, dinâmica, força e trabalho, energia

térmica, energia elétrica, energia magnética, ondas eletromagnéticas.

1.3 Metodologia

O encaminhamento metodológico do ensino das ciências tem como objetivo a

investigação, a comunicação e o debate de fatos e ideias. A observação, a

experimentação, a comparação, o estabelecimento de relações entre fatos e/ou

fenômenos e ideias, a leitura e a escrita de textos informativos, a organização de

informações por meio de desenhos, tabelas, gráficos, esquemas, o confronto entre

suposições e entre elas e os dados obtidos por investigação a proposição e a solução

de problemas, são diferentes procedimentos que possibilitarão a aprendizagem.

1.4 Avaliação

A avaliação no ensino de ciências será efetivamente realizada na satisfação do

aluno que interprete situações determinadas, cujo entendimento demanda os

conceitos que estão sendo apropriados. Entendemos que o ato de avaliar é um

processo contínuo e sistemático, portanto deve ser constante e planejado,

fornecendo assim para o professor o retorno para possibilitar a recuperação dos

objetivos que não foram contemplados.

A avaliação irá considerar o desenvolvimento das capacidades dos estudos com

relação a aprendizagem, não só de conceitos, mas também de procedimentos e

atitudes.

110

Os alunos serão avaliados de forma contínua, diagnóstica, à partir da

observação sistemática durante as aulas sobre questões elaboradas pelo aluno,

respostas dadas, registro de debates, entrevistas, pesquisas, filmes, experiências,

observações, assim como avaliações de múltiplas escolha.

1.5 Referências

ANDERY, M. A (et al). Para compreender a ciência. São Paulo: EDUC, 1988.

APPLE, M. W. Ideologia e currículo. Porto Alegre: Artmed, 2006.

ASTOLFI, J. P. A didática das ciências. Campinas/SP: Papirus, 1991.

BASTOS, F. História da Ciência e pesquisa em ensino de ciências.

CARVALHO, A. M. P. (et al). Formação de professores de ciências: tendências e inovações. São Paulo: Cortez, 2001.

FEIJÓ, R. Metodologia e filosofia da ciência. São Paulo: Atlas, 2003.

LOPES, A Conhecimento escolar: ciência e cotidiano. Rio de Janeiro: EDUERJ, 1999.

LOPES, A Contribuições de Gaston Bachelard ao ensino de ciências. Ensenanza de Las Ciencias, 1993, 11 (3), p. 324-330.

LOSSE, J. Introdução histórica à filosofia da ciência. Belo Horizonte: Itatiaia, 2000.

NARDI, R (org). Questões atuais no Ensino de Ciências. São Paulo: Escrituras Editora, 2002.

PARANÁ. Diretrizes Curriculares de Ciências para o Ensino Fundamental – Versão Preliminar – 2008

PRETTO, N. D. L. A ciência nos livros didáticos. Campinas: Editora Unicamp, 1985.

SAVIANI, D. Pedagogia histórico-crítica: Primeiras aproximações. Campinas/SP: Autores associados, 1997.

LEITE, L. S. (Coord). Tecnologia Educacional: Descubra suas possibilidades na sala de aula. Petrópolis: Vozes, 2003.

111

CANIVEZ, P. Educar o cidadão? Campinas: Papirus, 1991.

LUCKESI, Cipriano C. Verificação ou Avaliação: o que pratica a escola? In: Avaliação da Aprendizagem Escolar: estudos e proposições. 15ª. Ed. São Paulo: Cortez, 2003.

Educação Física

1 Apresentação Geral da Disciplina

O currículo de Educação Física está embasado na pedagogia histórico-crítica da

Educação, um modelo de superação das contradições e injustiças sociais.

Vislumbrava-se a perspectiva de mudança e transformação de uma sociedade

fundamentada em valores individuais para uma sociedade mais igualitária. Com isso

possibilitou-se a consolidação de um novo entendimento em relação ao movimento

humano como expressão da identidade corporal, apontando a cultura dos povos,

relativos à ginástica, à dança, ao esporte, aos jogos e as atividades que

correspondem as características regionais.

A Educação Física na educação básica pretende refletir sobre as necessidades

atuais de ensino, superando uma visão fragmentada de homem. Destaca-se que as

aulas de Educação Física não podem ser um apêndice das demais disciplinas e

atividades escolares, devemos considerar a disciplina de forma mais abrangente,

propiciando uma educação voltado para uma consciência crítica, onde o trabalho, é

um dos princípios fundantes das reflexões acerca da disciplina de Educação Física

nestas diretrizes curriculares.

1.1 Objetivos

Dar um novo significado as aulas é um exercício necessário que requer uma

amplitude das possibilidades de intervenção, superando a dimensão matriz por uma

dimensão histórica, cultural, social, rompendo com a idéia de que o corpo se restringe

somente ao biológico, ao mensurável. O papel da Educação Física será o de

112

transcender aquilo que se apresenta como senso comum, desmistificando formas já

equivocadas sobre o entendimento das práticas e manifestações corporais.

1.2 Conteúdos Estruturantes

(1) Manifestações Esportivas;

(2) Origem dos Esportes;

(3) Origem da Ginástica;

(4) Prática Esportiva;

(5) Lutas;

(6) Jogos Esportivos;

(7) Prática de Jogos;

(8) Benefícios da atividade física para o corpo;

(9) Jogos Recreativos;

(10) Trabalhar a dança com os aspectos culturais da comunidade, (teoria e

prática).

1.3 Conteúdos Específicos do Ensino Fundamental

5ª e 6ª Série

(1) Benefícios da atividade física para a saúde;

(2) Noções básicas de higiene;

(3) Introdução aos jogos coletivos e esportes individuais;

(4) Handebol – Histórico e Noções básicas de regras e fundamentos;

(5) Atletismo e suas modalidades – Histórico;

(6) Xadrez – Histórico e Noções básicas do jogo de xadrez;

(7) Basquetebol – Histórico – Noções básicas de regras e fundamentos;

(8) Tênis de mesa – Noções de jogo;

(9) Voleibol – Histórico e Noções básicas de regras e fundamentos;

(10) Futsal – Histórico e Noções básicas de regras e fundamentos;

(11) Jogos recreativos e intelectivos

113

7ª e 8ª Série

(1) Handebol – Revisão das regras e fundamentos e jogo;

(2) Atletismo – Revisão das modalidades;

(3) Xadrez – Revisão das regras e jogo;

(4) Atividades rítmicas;

(5) Basquetebol – Revisão das regras e jogo;

(6) Jogos intelectuais e recreativos;

(7) Voleibol – Revisão das regras e fundamentos e jogo;

(8) Futsal – Revisão das regras e fundamentos e jogo;

(9) Tênis de Mesa – Jogo propriamente dito;

(10) Nutrição – Hábitos alimentares.

1.4 Conteúdos Específicos do Ensino Médio

1º ANO

(1) Handebol;

Histórico do Handebol

Evolução do Handebol no Brasil

Regras do Handebol

Fundamentos do Handebol

Atividades Recreativas

Jogos intelectivos

Qualidade de vida

Jogos propriamente ditos;

Jogos coletivos mistos.

(2) Voleibol;

Histórico do Voleibol

Histórico do Voleibol

Evolução do Voleibol no Brasil

Regras do Voleibol

Fundamentos do Voleibol

Atividades Recreativas

114

Dicas para uma alimentação ideal

Jogos propriamente ditos

Jogos coletivos mistos

Valores calóricos dos alimentos.

(3) Futsal;

Histórico do Futsal

Histórico do Futsal

Evolução do Futsal no Brasil

Regras do Futsal

Fundamentos do Futsal

Atividades Recreativas

Stress

Causas do Stress

Jogos propriamente ditos

Jogos coletivos mistos.

2º ANO

(1) Promover ao aluno o conhecimento de seu próprio corpo e suas respostas fisiológicas ;

(2) Promover a prática esportiva despertando o gosto pela atividade física;

(3) Proporcionar a atuação e conhecimento nas noções básicas de primeiros

socorros;

a) Conhecimento

b) Conhecimento do corpo (fisiológicos)

c) Massagem e toque

d) Praticas esportivas

e) Primeiros socorros.

(4) Promover ao aluno o despertar a sua expressividade corporal quanto indivíduo;

(5) Propiciar a atividade física por meio da prática esportiva;

a) Expressão Corporal

b) Expressão corporal

c) Relaxamento corporal e mental

115

d) Representação (imitação e mímica)

e) Prática Esportiva

(6) Promover uma discussão entre as diferenças de classes sociais encontradas

no esporte;

(7) Desenvolver atividades entre as diferenças fisiológicas em homens e mulheres

no esporte;

a) Esporte de rico e pobre

b) Técnicas de respiração e yoga

c) Diferença fisiológicas entre homens e mulheres

d) Modismo no esporte.

3º ANO

(1) Promover ao aluno o senso crico sobre o lazer, seus benefícios e suas oportunidades de

mercado e os direitos do cidadão no lazer.

Lazer ativo

Lazer e o lúdico

Lazer e esporte

Práticas de atividades de lazer

Práticas de esprotes.

(2) Promover no aluno a discussão sobre a dança e suas manifestações, discutir

sobre o preconceito e suas manifestações na sociedade;

História da Dança

História da dança

Prática da dança de salão

Brincar e dançar

Prática esportiva

Manifestação corporal através da dança

Preconceito x Dança.

1.4 Metodologia

116

O principal enfoque da Educação Física refere-se aos conhecimentos e

aprendizagem que subsidiam o aluno para o auto-gerenciamento das atividades

corporais, para levá-lo a adquirir hábitos saudáveis.

Para tanto, há necessidade de inserir conhecimentos de Anatomia, Fisiologia e

Biologia.

O estudo dos temas deve preparar o aluno para compreender o funcionamento

do organismo humano, para que assuma uma postura ativa na prática das atividades

físicas, e conscientes da importância delas na vida do cidadão, reconheça e valorize

as diferenças de desempenho, linguagem e expressão.

Para desenvolvimento desta proposta pedagógica, a ginástica assumirá um

caráter individualizado com finalidades diver sas: preparação para outras

modalidades, para recuperação ou manutenção da saúde, forma recreativa,

competitiva e de convívio social.

1.5 Avaliação

A avaliação na disciplina de Educação Física é proposta que a mesma seja do

aproveitamento escolar praticado como uma atribuição de qualidade aos resultados

da aprendizagem dos alunos, tendo como base seus aspectos essenciais e, como

objetivo final, uma tomada de decisão que direcione o aprendizado e,

consequentemente, o desenvolvimento do educando.

Com isso, deixaremos o aspecto classificação que sob a forma de verificação,

tem atravessado a aferição do aproveitamento escolar. Nesse sentido ao avaliarmos

o aluno estaremos coletando, analisando e sintetizando, da forma mais objetiva

possível, as manifestações das condutas cognitivas, afetivas, psico-motoras dos

alunos, produzindo uma configuração do efetivamente aprendido. Atribuir uma

qualidade a essa configuração da aprendizagem, a partir de um padrão (nível de

expectativa) preestabelecido e admito como válida pelos professores e os conteúdos

que estejam sendo trabalhados; a partir dessa qualificação, tomar uma decisão sobre

as condutas dos alunos e nos professores a serem seguidos, tendo em vista:

I. A reorientação imediata da aprendizagem, caso qualidade se mostre

insatisfatória e caso o conteúdo, habilidade ou hábito, que esteja sendo

117

ensinado e aprendido, seja efetivamente essencial para a formação do aluno

como um todo.

II. O encaminhamento dos alunos para passos subsequentes da

aprendizagem, caso se considere que, qualitativamente, atingiram um nível

satisfatório no que estava sendo trabalhado.

Assim, o objetivo primeiro da aferição do aproveitamento escolar não será a

aprovação ou reprovação do aluno, mas o direcionamento da aprendizagem e seu

consequente desenvolvimento.

Dessa maneira estaremos atendendo as especificidades da disciplina de

Educação Física, com critérios estabelecidos de forma clara, a fim de priorizar a

qualidade e o processo de ensino e aprendizagem, sendo contínua, identificando,

dessa forma os progressos do aluno durante o ano letivo, tomando por base a Lei de

Diretrizes e Bases pela chamada avaliação formativa em comparação à avaliação

tradicional, qual seja, somativa ou classificatória, com vistas a diminuição das

desigualdades sociais e com luta por uma sociedade justa e mais humana.

1.6 Referências

CAMPOS, Wagner de; BRUM, Vilma P. da Cruz. Criança no esporte, Curitiba. Os

autores. 2004.

Coletivo de Autores, Metodologia do Ensino de Educação Física. São Paulo. Editora

Cortez, 1992.

FREIRE, João Batista. Educação de Corpo Inteiro. São Paulo. Editora Scipione, 1996.

CASTELLANI, Lino Filho. Educação Física no Brasil: A história que não se conta. 2ª

Edição. Campinas. Editora Papirus, 1991.

Brasil, Ministério da Educação e do Desporto. Secretária de Educação Fundaental.

Parâmetros Curriculares Nacionais: Educação Física. Brasília: MEC/SEF, 1998.

Coletivo de autores – Metodologia do Ensino de Educação Física. São Paulo. Cortez.

1992.

DARIDO, S.C.e Rangel, I.C.A. – Educação Física na Escola: Implicações para a

pratica pedagógica .R.S. Guanabara Koogan, 2005.

118

LUCKESI, C.C. – Avaliação da Aprendizagem Escolar. 2ª Edição. São Paulo. Cortez.

1995.

OLIVEIRA, Marcus Aurélio Taborda de – Existe Espaço Para o Ensino da Educação

Física na Escola Básica? Pensar a Pratica. Goiânia, 2:1 – 23. JUN/JUL 1998.

SOARES, Carmen Lucia – Educação Física: Raízes Européias e Brasil. 2ª Edição.

Campinas. Autores Associados. 2001.

119

Artes

1 Apresentação Geral da Disciplina

A arte é criação e manifestação do poder criador do homem.

Criar é transformar e nesse processo o sujeito também se recria.

A arte, quando cria uma nova realidade, reflete a essência do real. O sujeito, por

meio de suas criações artísticas, amplia e enriquece a realidade já humanizada pelo

trabalhar.

Nas sociedades capitalistas, o sujeito se identifica com o produto de seu

trabalho, pois separa-se o trabalho da criação, transformando-o em trabalho alienado.

No ensino de Arte, contraponde-se a essa alienação, há possibilidades de resgatar o

processo de criação, permitindo que os alunos reconheçam a importância de criar.

1.1 Objetivos

Está relacionado à apreensão do objetivo artístico em seus aspectos sensíveis e

cognitivos. O pensamento, a sensibilidade e a percepção articulam-se numa

organização que expressa esses pensamentos e sentimentos, sob a forma de

representações artísticas como, por exemplo palavras na poesia; sons melódicos na

música; expressões corporais na dança ou no teatro; cores; linhas e formas nas artes

visuais.

1.2 Conteúdos Estruturantes do Ensino Fundamental

5ª Série

(1) História da Arte (arte rupestre, arte egípcia, arte grega, arte romana);

(2) Artes plásticas (ponto, pontilhismo, linha, cores (principais e secundárias e

terciárias);

(3) Folclore (resgate de brincadeiras, cantigas e lendas);

(4) Música (história da música, experimental e composição);

(5) Teatro (improvisação, mitologia grega, utilização – mascara);

(6) Dança (memorização e reprodução de seqüências de movimentos criados

pelos alunos e relaxamento).

120

6ª Série

(1) História da arte (arte na idade média, Românica, gótica, renascimento, barroco);

(2) Artes plásticas (cores, quentes, frias, mono, poli e isócrona, complementares);

(3) Folclore (folclore do Paraná);

(4) Música (história da música, qualidades sonoras, expressão vocal);

(5) Teatro (história do teatro, pesquisa e criação com elementos e recursos da

linguagem teatral);

(6) Dança (exploração do espaço, através da dança e história da dança).

7ª Série

(1) História da arte (arte indígena, arte africana, arte realista e arte impressionista);

(2) Artes plásticas (forma, volume, textura);

(3) Folclore (folclore as etnias);

(4) Música (história da música clássica, instrumentos musicais e poluição sonora);

(5) Teatro (construção de roteiros e cenas, leitura dramática, teatro no Brasil);

(6) Dança (percepção corporal, relaxamento, improvisação).

8ª Série

(1) História da arte (movimentos modernistas, semana de 22);

(2) Artes plásticas (perspectiva e publicidade);

(3) Folclore (folclore Brasileiro);

(4) Música (história da música brasileira, criação e interpretação de jingles, trilhas

sonoras);

(5) Teatro (pesquisa e criação dos meios de divulgação do espetáculo teatral,

adaptação e encenação de roteiros e peças teatrais e o teatro hoje);

(6) Dança (criação de coreografia, a dança no Brasil, reflexão sobre o papel do

corpo na dança).

1.3 Conteúdos Estruturantes do Ensino Médio

(1) História da Arte;

121

Influência da história na arte e da arte na história;

Analise social, política, econômica e estética dos períodos artísticos e

sua relação com os padrões estéticos atuais;

Idade Contemporânea: expressionismo; cubismo; foguismo;

abstracionismo; Dadaísmo; Pop Arte; Semana da Arte Moderna; novas

tendências.

(2) Artes Visuais;

Elementos Visuais (ponto, linha, planos, superfície, cor, luz, textura,

volume, forma) e suas relações compositivas;

Relação entre forma e conteúdo;

Meios de expressão e artes visuais (desenho, pintura, colagem,

escultura, fotografia, grafite, etc.

(3) Música;

Gêneros e formas de composição musical;

Instrumentos musicais;

Canto e composição mundial: improvisação, arranjos, sonoplastia e

jingles.

(4) Teatro;

Identificação e exploração dos elementos teatrais: personagem, papéis,

cenário, roteiro, enredo, estruturas dramatúrgicas;

Experimentação pesquisa e criação com elementos e recursos da

linguagem teatral como: maquiagem, máscaras, figurinos, adereços,

música, cenografia, iluminação, etc.

Compreensão e distinção das diferentes formas de construção das

narrativas e estilos: tragédia, drama, comédia, farsa, melodrama, circo e

teatro épico.

(5) Dança;

Gêneros de dança;

Dança como linguagem (relação, movimento e conteúdo – dança x

grupos sociais);

Expressão corporal. Improvisação e coreografia.

122

1.4 Metodologia

É através da criatividade criar maneiras e formas de transformar suas atividades

recreativas tornando-se mais interessantes e que qualquer material pode-se tornar

um instrumento desta atividade. Que permitirá ao aluno a leitura e a interpretação das

produções / manifestações, a elaboração de trabalhos artísticos e o estabelecimento

de relações entre esses conhecimentos e o seu dia-a-dia, a fim de investigar

experiências vividas.

1.5 Avaliação

A avaliação se dará na observação e registro dos caminhos percorridos pelo

aluno em seu processo de aprendizagem, acompanhando os avanços e dificuldades

percebidas em suas criações / produções. O professor observará como o aluno

soluciona as problematizações apresentadas e como se relaciona com o colega nas

discussões e consensos de grupo. O aluno como o sujeito desse processo também

irá elaborar seus registros de forma sistematizada. As propostas podem ser

socializadas em sala, possibilitando oportunidades para o aluno apresentar, refletir e

discutir a sua produção e dos colegas, sem perder de vista a dimensão sensível

contida no processo de aprendizagem dos conteúdos das linguagens artísticas.

Obs.: O objetivo da arte no Ensino Fundamental é propiciar ao aluno o acesso

aos conhecimentos presentes nos bens culturais, por meio de um conjunto de

saberes em arte que lhe permitam utilizar-se desses conhecimentos na compreensão

das realidades e amplie o seu modo de vê-las.

1.6 Referências

CANTELE, Bruna Renata; LEONARDI, Ângela Cantele. Arte Linguagem Visual, V.01

e 02. Ed. IBEP

BERTELLO, Maria Augusta. Minimanual de Pesquisa Arte, junho/2004.

123

WISNIK, José Miguel. O Som e o Sentido Uma outra História das Musicas. Ed.

Companhia das Letras.

SOARES, Carmem. Imagens da Educação no Corpo. Editora Autores Associados,

Campinas – SP, 2005.

Dança... Ensino, Sentidos e possibilidades na Escola. Editora Autores Associados.

A Arte de Fazer Arte, V. 05, 06, 07 e 08. Editora Saraiva.

Arte – Linguagem Visual, V. 01 e 02. Editora IBEP.

Explicando a Arte . Editora Ediouro

Arte Comentada (da pré-história ao pós-moderno). Editora Ediouro

PROENÇA, Graça. História da Arte. São Paulo: aplicada, 2002.

FISCHER, Ernest. A necessidade da Arte. 9ª edição. Editora Koogan. Rio de Janeiro.

Arte Para Que? A Preocupação Social na Arte Brasileira (1930-1970). Studio Nobel.

3ªEdição, 2003.

VIGOTSKI, Lev Semionovitch. Psicologia da Arte. Martins Fontes, São Paulo, 2001.

124

Física

1 Apresentação Geral da Disciplina

O ensino da Física deve partir do conhecimento prévio trazido pelos alunos,

como fruto de suas experiências de vida em seu contexto social, o aprendizado

contribui como parte de um conjunto mais amplo de qualidades humanas, para a

compreensão do mundo natural e transformado para o desenvolvimento. Saber

interpretar os fenômenos naturais e tecnológicos que transcendem as barreiras entre

as disciplinas.

Para que o aprendizado aconteça é essencial trabalhar com problemas reais,

porém, sem perda da consistência teórica. O aluno deve compreender a Física como

uma ciência em processo de construção que auxilia em seu desenvolvimento pessoal

e social.

1.1 Objetivos

(1) Compreender enunciados que envolvam códigos e símbolos físicos. Utilizar

representação simbólica. Comunicar-se com a linguagem física adequada;

(2) Utilizar e compreender tabelas, gráficos e relações matemáticas. Ser capaz de

diferenciar e traduzir as linguagens matemáticas, discursivas e gráficas;

(3) Expressar-se corretamente;

(4) Conhecer fontes de informações e formas de obter informações relevantes;

(5) Analisar notícias científicas e interpretá-las;

(6) Compreender manuais de utilização;

(7) Apresentar de forma clara e objetiva o conhecimento aprendido;

(8) Elaborar relatórios estruturados, elaborando sínteses;

(9) Conhecer e utilizar conceitos físicos. Relacionar grandezas, quantificar,

identificar parâmetros relevantes;

(10) Compreender e utilizar leis e teorias físicas;

(11) Desenvolver a capacidade de investigação. Classificar, organizar,

sistematizar e observar;

125

(12) Estimular ordens de grandeza. Compreender o conceito de medir. Fazer

hipóteses, testas, identificar regularidades. Descobrir o “como funciona” de

aparelhos;

(13) Investigar situações problemas: identificar a situação, utilizar modelos

físicos, generalizar de uma a outra situação, prever, avaliar e analisar

previsões;

(14) Compreender a física presente no mundo vivencial e nos equipamentos

e procedimentos tecnológicos;

(15) Articular o conhecimento físico com conhecimento de outras áreas do

saber científico;

(16) Reconhecer a Física enquanto construção humana, aspectos de sua

história em relações com contexto cultural, social, político e econômico;

(17) Estabelecer relações entre o conhecimento físico e outras formas de

expressão da cultura humana;

(18) Reconhecer o papel da Física no sistema produtivo, compreendendo a

evolução dos meios tecnológicos e sua relação dinâmica com a evolução do

conhecimento científico;

(19) Dimensionar a capacidade crescente do homem, propiciada pela

tecnologia, em termos de possibilidades de deslocamentos, velocidades,

capacidade para armazenar informações, produzir energia, etc., assim como o

impacto da ação humana, fruto dos avanços tecnológicos, sobre o meio em

transformação;

(20) Ser capaz de emitir juízos de valor em relação a situações sociais que

envolvam aspectos físicos e/ou tecnológicos relevantes (uso de energia,

impactos, uso de tecnologia específica, etc.).

1.3 Conteúdos Estruturantes

(1) Mecânica;

(2) Termodinâmica;

(3) Ótica;

(4) Eletromagnetismo.

126

1.4 Conteúdos Específicos

1º ANO

Movimento

(1) Cinemática

movimento de um corpo;

trajetória de um corpo;

posição escalar (s);

deslocamento escalas;

intervalo de tempo;

velocidade escalar média;

movimento retilíneo uniforme;

aceleração média;

movimento retilíneo uniformemente variado;

(2) Dinâmica

forças;

primeira lei de Newton ou Princípio da Inércia;

segunda lei de Newton ou Princípio Fundamental da Dinâmica;

terceira lei de Newton – Ação ou Reação;

energia;

trabalho;

energia potencial;

energia cinética;

energia mecânica;

gravitação universal;

127

(3) Hidrostática

pressão e massa

princípio de Arquimedes e conservação de energia

2º ANO

Termodinâmica

(1) Termometria

calor e temperatura;

as escalas termométricas;

calorimetria;

calor sensível e calor latente;

trocas de calor e conservação de energia;

dilatação linear, superficial e volumétrica;

(2) Óptica

princípios fundamentais;

reflexão da luz;

refração da luz;

a óptica da visão

3º ANO

Movimento

(1) Ondulatória

ondas;

acústica;

(2) Eletricidade

eletrostática

eletrodinâmica

128

eletromagnetismo;

1.5 Metodologia

O processo de ensino aprendizagem da Física deve partir do conhecimento

prévio dos estudantes, o principal enfoque deve ser a aplicação da ciência como

instrumento de compreensão e transformação do mundo. O estudo dos temas deve

ampliar as explicações sobre fenômenos naturais preparando o aluno para

compreender os modos adequados de intervir no meio ambiente e usar recursos.

Para o desenvolvimento desta proposta será trabalhada com aulas expositivas,

pesquisa, trabalhos individual e em grupos, seminários, debates, realização de

experiência (quando possível).

1.6 Avaliação

A avaliação deve levar em conta o progresso do estudante, levando em

consideração a compreensão dos conceitos físicos, a capacidade de análise de um

texto e a resolução de situações problemas, a avaliação deve intervir no processo de

aprendizagem dos alunos, visando seu crescimento intelectual e pessoal.

No processo de avaliação serão usadas: atividades resolvidas em sala e em

casa, trabalhos individuais e em grupo, relatórios, etc.

1.7 Referências

SEED – PR. DCE Diretrizes Curriculares de Física para o Ensino Médio, 2008.

ALVARENGA, Beatriz & MÁXIMO, Antônio. Física. Volume completo. São Paulo,

1997. Ed. Scipione.

BONJORNO, Regina. Física Completa. Volume único. 2 ed. São Paulo: FTD, 2001.

BRASIL/MEC. Parâmetros Curriculares Nacionais: PCN+ Ensino Médio. Ciências

da natureza, matemática e suas tecnologias. Brasília: MEC/SENTEC, 2002.

CHAVES, Affonso & Reichmann. Física: Mecânica. Volume 1. Rio de Janeiro, 2002.

LOPES, A. R. C. Conhecimento Escolar: ciência e cotidiano. Rio de Janeiro:

EDURG, 1999.

129

Química

1 Apresentação Geral da Disciplina

A Química é considerada como a ciência que estuda os materiais que

constituem a natureza, sua composição e preparação, as transformações que sofrem,

as energias envolvidas nesses processos e a produção de novos materiais. Ela está

presente em todos as atividades da humanidade. Muitas vezes informações

imprecisas, como “este alimento não contém química”, ou alarmistas, como “a energia

nuclear mata”, levam o homem a ter uma visão distorcida da Química.

É necessário, portanto, fazer uma análise dos benefícios e malefícios que esta

ciência traz.

É impossível imaginarmos um mundo privado de combustível, medicamentos,

fertilizantes, pigmentos, alimentos, plásticos, etc., produtos fabricados em indústrias

químicas.

Os problemas que podem surgir dependem da forma de produção e aplicação

desses produtos, e o homem, como articulador, deve estar consciente de seus atos.

Vamos então buscar conhecimentos no ensino da Química e escolher e pensar para

o melhor aproveitamento.

1.1 Objetivos

Resgatar as especialidades da disciplina, deixar de lado o modo simples da

disciplina para dar ênfase para que o aluno veja a química como uma área de

conhecimento para seu saber social em sua vida diária desenvolvendo a química que

esta no seu meio.

130

1.2 Conteúdos Estruturantes

(1) Matéria e sua Natureza;

Histórico da Química;

Matéria;

Matéria, corpos e objetos;

Constituição da matéria;

Transformação da matéria;

Estrutura atômica;

Modelos atômicos;

Evolução dos modelos atômicos;

Conceitos (números atômicos, número de massa, número de elétrons

de nêutrons, elementos químico, isótopos, isóbaros e isótopos);

Configuração eletrônica (distribuição de Linus Pauling juntamente com

número quânticos);

Dissociação e Ionização de substâncias;

Através de condutividade elétrica de soluções; acidas e salinas,

abordara teoria de Ácidos e Bases (trabalhar nomenclatura, elementos

que fazem parte da molécula, cátions e ânions, metal, não – metal,

semimetal, gases nobres), características e propriedades metálicas e

ametálicas, ligações iônicas, moleculares e metálicas, medidas de PH;

Reações químicas;

Introdução;

Classificação das Reações Químicas.

1.3 Conteúdos Específicos

(1) Biogeoquímica;

Balanceamento de reações químicas (método de tentativa e por oxi-

redução);

Leis das reações químicas;

Cálculos químicos;

131

Soluções;

Concentrações, diluição, mistura e titulação de soluções;

Cinética química;

Velocidade das reações;

Influência da energia concentração e catalisadores na velocidade das

reações químicas;

Equilíbrio químico;

Deslocamento do equilíbrio;

Equilíbrio iônico;

Equilíbrio iônico da água (pH e Poh);

Hidrolise dos sais;

Aplicação da lei da ação das massas aos equilíbrios heterogêneos;

Reconhecer os limites éticos e morais que podem estar envolvidos no

desenvolvimento da química e da tecnologia.

(2) Química Sintética;

O carbono sua química e estrutura;

Classificação das cadeias carbônicas;

Funções orgânicas:

Hidro Carbonetas;

Oxigenadas;

Nitrogenadas;

Halogenadas;

Isometria;

Reações Orgânicas;

Polímeros;

Bioquímica.

1º ANO

(1) Matéria e sua natureza

Introdução à Química ( passado – presente – futuro)

132

A matéria e suas aplicações

Evolução dos modelos atômicos

Processos radioativos

Organização e aplicação dos elementos químicos

Ligação química – formação e caracterização das substâncias

2º ANO

(1) Biogeoquímica

Reações Químicas

Grandezas físico-químicas

Transformações gasosas

Soluções

Termoquímica

Cinética química

Equilíbrio químico

Eletroquímica

3º ANO

(1) Química Sintética

Características do átomo de carbono

Classes de compostos orgânicos e suas aplicações

Isomeria

Bioquímica

1.4 Metodologia

A metodologia no ensino da Química é prioridade à construção ativa de

conceitos (conceitualização) através de operações tais como: ordenação,

comparação, relações de causa e efeito, de implicação, de incompatibilidade,

elaboração de hipóteses, etc.

133

Propomos também atividades teóricas e práticas, usando a imagem como

recurso para observação, análise e reflexo, diálogo, atividades coletivas e individuais.

Operacionalização de uso do conhecimento como instrumento de compreensão

da realidade e de qualificação do nível de vida.

Atividades desenvolvidas no laboratório.

1.5 Avaliação

Numa perspectiva de transformação a prática na avaliação no ensino da

Química, não se dá de forma isolada, pois está ligada a outros fatores como:

participação, envolvimento no laboratório, pesquisa, realização de experiências,

comprovação de hipóteses, avaliação coletiva e/ou avaliação individual, trabalhos,

apresentação das pesquisas, etc.

É nesta ótica que a avaliação deixa de ser um processo de medida de retenção

de informações e passa a ser um processo de identificação de suportes e apoios a

serem organizados, ao longo do processo de ensino aprendizagem, para que esse

possa ocorrer da maneira proposta, enquanto tal próprio processo de avaliação e os

resumos nele utilizados constituem-se em outras oportunidades de aprendizagem,

além daquelas que se poderá vislumbrar a partir dele, um processo avaliativo do uso

do conhecimento como instrumento de resolução de problemas teóricos vivenciais.

1.6 Referências

CHASSOT, A . Alfabetização científica : questões e desafios para a educação. Ijui: Editora Unijui, 2003

HALL, N. Neoquímica. A Química moderna e suas aplicações. Porto Alegre: Bookman, 2004

PARANÁ. Diretrizes Curriculares de Química para o Ensino Médio. Paraná, SEED, julho 2006.

SANTOS, W. L.P. & SCHNETZIER. Educação em Química: compromisso com a

cidadania. Ijui. Unijui

134

Biologia

1 Apresentação Geral da Disciplina

Entendemos que a Biologia como ciência dinâmica, uma realidade em constante

transformação, nos últimos anos, esta disciplina avançou muito o conhecimento sobre

o mundo invisível das células e das moléculas, o que refletiu na melhor compreensão

das diversidade da vida e das relações evolutivas entre os organismos.

Esta proposta tem como objetivo enriquecer os conteúdos tornando-os atrativos,

interessantes e motivador permitindo que os alunos percebam o crescente dinamismo

que ocorre na área biológica e que possam desenvolver a independência de

pensamento, capacidade crítica dentro da sociedade em que vive e sobretudo o

discernimento de sobre escolher de forma consciente. Escolher em nosso cotidiano

não significa apenas tomar decisões pessoais, mas deliberar sobre aquelas que

envolvem o futuro de seu bairro, sua cidade e seu estado e do nosso planeta.

Temos certeza que por meio do conhecimento dos vários ramos da Biologia, os

alunos terão condições de adquirir as noções básicas e necessárias às exigências do

mundo que os cerca. Embora fascinante, o aprendizado desta disciplina, não deixa

de ser um desafio para nós professores e aluno; pois são muitos os conceitos e

processos a serem apropriados e significativos, pois permitem o acompanhamento

das rápidas e profundas modificações verificadas nos processos tecnológicos e

sociais estabelecendo uma articulação entre a ciência, a cultura e o trabalho.

Desse modo, acreditamos estar contribuindo para o desenvolvimento ético e

social do aluno, preparando-o para enfrentar os desafios do cotidiano.

1.1 Objetivos

(1) Reconhecer a Biologia como um fazer humano, e portanto, histórico, frente da

conjunção de fatores sociais, políticos, econômicos, culturais, religiosos e tecnológicos;

(2) Identificar a interferência de aspectos místicos e culturais nos conhecimentos

de senso comum relacionados a aspectos biológicos;

(3) Julgar ações de intervenção identificando aquelas que visam, a preservação e

implementação da saúde individual, coletiva e do ambiente;

135

(4) Identificar as relações entre conhecimento científico e o desenvolvimento

tecnológico, considerando a preservação da vida, as considerações de vida e

as concepções de desenvolvimento sustentável;

(5) Conhecer diferentes formas de obter informações (observação, experimento,

leitura de textos e imagem, entrevista), selecionando aquelas pertinentes ao

tema biológico em estudo;

(6) Expressar dúvidas, ideias e conclusões acerca dos fenômenos biológicos;

(7) Investigação e compreensão

(8) Utilizar critérios científicos para realizar classificações de animais, vegetais,

etc.;

(9) Relacionar diversos conteúdos conceituais de Biologia;

(10) Compreensão de fenômenos;

(11) Estabelecer relações entre parte e todo de um fenômeno ou processo

biológico;

(12) Selecionar e utilizar, metodologias cientificas adequadas para a

resolução de problemas, fazendo uso, quando o caso, de tratamento

estatístico na analise de dados coletados;

(13) Formular questões, diagnósticos e propor soluções para problemas

apresentados, utilizando elementos da Biologia;

(14) Utilizar noções e conceitos da Biologia em novas situações de

aprendizado (existencial ou escolar).

1.2 Conteúdos Estruturantes

(1) Organização da vida;

(2) Unidade dos seres vivos: a Célula;

(3) Diversidade e diferenciação celular;

(4) Diferentes formas de vida;

(5) Biologia dos vírus, bactérias, protistas e fungos;

(6) Biologia das plantas;

(7) Biologia dos animais;

(8) Biologia humana;

136

(9) Organização funcional dos ecossistemas;

(10) Distribuição da vida na Terra;

(11) Desenvolvimento e meio ambiente;

(12) Fundamentos da hereditariedade;

(13) Evolução;

(14) Fundamentos da evolução biológica;

(15) Patrimônio genético as populações;

(16) Origem da vida e grandes linhas da evolução.

1.3 Conteúdos Específicos

1º ANO

(1) Mecanismos Biológicos;

Origem da vida e grandes linhas de evolução;

Ciclo da vida (características dos seres vivos);

Unidades dos seres vivos: a célula;

Diversidade e diferenciação celular.

2º ANO

(1) Organização dos Seres Vivos;

(2) Taxonomia;

(3) Vírus;

(4) Reinos;

Bactérias;

Protistas;

Fungi;

Animal;4.5 Vegetal.

3ªº ANO

137

(1) Implicações dos Avanços Biológicos no fenômeno vida e biodiversidade;

Biologia Humana (reprodução, embriologia);

Características hereditárias;

Variabilidade Genética;

Biotecnologia;

Evolução;

Relações Ecológicas.

1.4 Metodologia

A metodologia na disciplina de Biologia deve proporcionar aos alunos a

constituição de pensamento cientifica acerca dos fenômenos do mundo atual, em

diferentes espaços de tempos e a compreensão das transformações que o ser

humano impõe a natureza. São os conhecimentos das diferentes disciplinas que

podem proporcionar aos estudante a cultura cientifica básica e, ao mesmo tempo, a

cultura cientifica básica, como também desenvolver a observação, a analise a

interpretação e a compreensão do mundo em que vive e do qual faz parte.

1.5 Avaliação

O ato de avaliar no ensino de Biologia compreende:

(1) Acompanhamento e a organização do processo do ensino aprendizagem;

(2) Instrumentalizar o professor para que possa por em prática o planejamento de

forma adequada às necessidades dos alunos;

(3) Informar sobre o que o aluno já sabe determinando conteúdo para a partir daí,

estruturar sua programação, definindo os conteúdos e o nível de profundidade

em que deve ser abordados;

(4) Obtenção de informação necessárias para propor atividades e gerar novos

conhecimentos;

(5) Como acontecimento contínuo e sistemático, por meio da interpretação

qualitativa do conhecimento construído pelo aluno.

1.6 Referências

138

Biologia – Volume único – Sérgio Linhares

Fernando Gewandsznajder

Biologia – Volume 1, 2, 3 – Wilson Roberto Paulino

Filosofia

1. Apresentação Geral da Disciplina

O ensino de Filosofia tem por objetivo possibilitar a reflexão crítica sobre a

realidade que nos cercam.

Para que esta reflexão seja efetuada, é necessário interpretarmos o mundo não

verbal e verbal em que vivemos e emitirmos juízos dentro deste mundo.

A articulação do pensar e agir na dialética humana faz da Filosofia, não só o

estudo ou tradução da vida, mas antes interprete do mendo vivida e também reflexão

e esclarecimento de nossa cultura sobre si mesma. Isto sem ceder o lugar, que no

dizer de Habermas é o de “guardião da racionalidade”.

A Filosofia é sempre um saber instituinte, nunca pronta ou acabada, ela é

sempre um saber que emerge do próprio filosofar. Assim sendo esta disciplina se

confunde com a própria mancha do pensamento humano, pois só o ser humano

pensa e aprende a pensar, não só pensa, mas pensa melhor, com excelência,

determinações, com fundamentação e esta disciplina estimula o aluno para

desenvolver estas habilidades, habilidades cognitivas para relacionar com os demais

e ampliar sua capacidade de pensar por si mesmo o caráter sempre desafiante da

existência do conhecimento e da capacidade de construção e transformação humana.

Assim, a disciplina da Filosofia contribui para o aluno pensar também nas demais

disciplinas, oportunizando o ato de filosofar, de questionar, de retornar questões

abandonadas ou dados como resolvidas. O objetivo do ensino envolve, esta

perspectiva, não só a apropriação dos conhecimentos específicos das ciências, mas

como também a criação e sustentação de atividades e valores, a construção da

autonomia do fazer, do pensar e do ser.

1.1 Objetivos

(1) Ler textos filosóficos de modo significativo;

139

(2) Ler e interpretar de modo filosófico, textos de diferentes estruturas e registros;

(3) Elaborar por escrito o que foi apropriado de modo reflexivo;

(4) Debater, tomado posição, defendendo-a argumentando e mudando de posição

face a argumentos mais consistentes;

(5) Apresentar instrumentos teórico que possibilite o aluno compreender melhor a

realidade em que vive perceber-se nela como agente ativo, receptivo e

transformador;

(6) Possibilitar ao aluno elementos para desenvolvimento do processo crítico.

1.2 Conteúdos

(1) Questões dos valores;

(2) Mito e Filosofia;

(3) Descobrir o sentido da Filosofia;

(4) Definição geral, conhecimento ingênuo, científico, filosófico;

(5) Questão da liberdade;

(6) Ética;

(7) Filosofia Política;

(8) Filosofia da Ciência;

(9) Estética.

1.3 Conteúdos Estruturantes

(1) MITO E FILOSOFIA

A palavra filosofia

O nascimento da filosofia

A filosofia grega

O mito e a filosofia

O filosofar

Atitudes filosóficas.

(2) TEORIA DO CONHECIMENTO:

140

Questão do conhecimento

Condições do conhecimento verdadeiro

Sujeito e objeto: processo do conhecimento

As possibilidades do conhecimento

A capacidade humana de conhecer

Ceticismo absoluto – tudo é ilusório e passageiro

Ceticismo relativo: domínio do aparente e do provável

Dogmatismo – a certeza da verdade

Os fundamentos do conhecimento:

Empirismo – valorização dos sentidos como fonte primordial

Racionalismo – confiança no real e exclusiva na razão

Realismo critico e materialismo – experiência do trabalho da razão

Ideologias e a dominação social

Alienação.

(3) ÉTICA:

A busca do conhecimento do ser para construir aquilo que deve ser

Consciência moral e liberdade

Virtude: o uso da liberdade com responsabilidade

Os valores morais – o relativismo moral e os defensores de uma ética

objetiva

Relativismo ético – a tolerância como virtude

Ética objetiva

(1) FILOSOFIA POLITICA:

Política e poder.

As formas de poder (tipologia)

O estado: a instituição e a sociedade

Origem do estado

141

Função do estado

Relações entre sociedade civil e o estado

Democracia – participação política da sociedade

Ditadura – concentração de poder

Filósofos que trataram da organização da sociedade – Aristóteles, Thomas

Hobbes, Rousseau, Marx...

(2) FILOSOFIA DA CIÊNCIA:

A ciência e o filosofo

A transitoriedade das teorias cientificas

A filosofia da ciência – o sentido e o valor das investigações

O caminho da ciência – o reordenamento do mundo da razão cientifica

As coisas, o tempo e lugar

Classificação das ciências.

(3) ESTÉTICA :

Estética e a filosofia da arte

O conhecimento do belo

O bem e o belo – estética na educação

A arte e o encontro com a eternidade

A arte e a sociedade

O fascínio do eterno e do universal

1.4 Metodologia

A metodologia da disciplina de filosofia busca sempre, a partir do próprio

exemplo do professor regente de classe, assumir uma postura eminentemente

reflexiva e critica dos processos sociais.

Isso implica abordar de forma não-dogmática os temas tratados a partir de

problematizações, levantando questões e evitando certezas pré-estabelecidas. O

142

professor de filosofia não vai para a sala de aula a fim de transmitir saberes ou

simplesmente responder perguntas, mas, antes, vai trabalhar no sentido de construir,

junto com o aluno, indagações pertinentes e dotadas de sentido sobre determinados

temas importantes para a vida em comunidade.

Na medida do possível, deve-se trabalhar a partir de dinâmicas de

sensibilização relativas ao assunto abordado, no intuito de despertar o interesse do

aluno para o tema proposto pelo docente. Isso torna as temáticas/conteúdos mais

facilmente assimiláveis pelos alunos, que deverão pensar essas questões levantadas,

por sua vez, a partir de suas próprias experiências vividas em sala de aula e em sua

vida particular.

A metodologia se caracterizará também pela ênfase na cobrança da expressão

escrita e oral, no sentido de instrumentalizar o aluno não só na reflexão, mas também

na capacidade facilidade de expressar suas opiniões e argumentos de forma

equilibrada e bem elaborada. Também existe uma grande preocupação em relação à

qualidade da argumentação, na capacidade de argüição e na autonomia, por parte do

aluno, de colocar e responder questões e problemas, bem como na capacidade de

raciocínio em contextualizar tais questões a partir de situações contemporâneas

vividas pelo aluno, bem como nas expostas pela mídia em geral.

Exige-se, portanto, do docente, uma postura de não passividade, tanto em

termos de “incomodar” o aluno discutir seu papel e lugar na sociedade, sua ação

enquanto ser político responsável pela sua própria cidadania, quanto em termos de

não admitir a facilidade das respostas prontas de um saber enciclopédico ou

conteudista, muitas vezes mais fácil de ser trabalhado, mas que não acrescenta ao

educando nada mais do que informações históricas destituídas do que se busca

atingir, que é a capacidade do aluno de se colocar como ser político, como cidadão,

como construtor de um mundo melhor.

“A própria da filosofia leva consigo o seu produto e não é possível fazer filosofia

sem filosofar, nem filosofar sem filosofia, porque a filosofia não é um sistema acabado

nem o filosofar apenas uma investigação dos princípios universais propostos pelos

filósofos”.

143

O ensino de filosofia deve propiciar ao aluno a própria descoberta, dando-o

autonomia para sua criação. A problematização criada pelo aluno, deve ser mediada

pelo professor, não como solução, mas como meio investigativo possibilitando-o

através de sua experiência, a busca da compreensão, imaginação e criação de

conceitos sólidos e claros. O professor deve provocar no aluno, a curiosidade, na

tentativa de ampliar seu campo cognitivo, possibilitando-o a argumentar com atitude

critica, reflexiva e coerente seu pensamento.

“ A aula de filosofia, deve estar na perspectiva de quem dialoga com a vida, por

isso, é importante que a busca da solução do problema se preocupe também com

uma análise atual, fazendo uma abordagem contemporânea que remete o aluno a

sua própria realidade”.

A prática de filosofia deve ser trabalhada pelo educador de forma a intrigar os

alunos, provocando-os para a dúvida, a produção de inferências e a articulação de

teoria e experiências, é um procedimento pedagógico sempre necessário – tanto

quanto o de gerar as condições de constituição da retórica, do discursos necessário

para falar sobre algum assunto. A crítica não se estabelece como organização e

sistematização imediata da realidade, como se houvesse uma passagem contínua da

experiência, dos fatos, acontecimentos e idéias ao saber, apoiada em atividades de

pesquisas elaboradas.

Esta posição implica a exploração do contato da filosofia com as demais

disciplinas do currículo, para entender a experiência do conhecimento, suas

articulações metodológicas e históricas.

O professor deve construir um espaço de problematização, ler, escrever e

investigar filosóficamente, criando saídas ao problema gerado. O professor deve

organizar de um modo que ele seja um mediador e não a solução. Evita-se com isso

que as aulas sejam apenas discursos vazios, mas sim, estimula no aluno a busca da

verdade, do justo, do ético, do estético, do político e da própria ciência.

A busca pela verdade, do cognitivo, não só traz a relação entre objeto e sujeito,

mas uma visão crítica, que permite reconhecer e apreender a totalidade do real,

através de sua própria experiência.

144

Já diante do excesso de informações e desvalores, buscamos fundamentar as

ações humanas, enfatizando o sujeito com as normas, com as criações de valores e a

trans-valoração do outro, para com o exercício da cidadania.

Por outro lado percebe-se que o homem não é um ser solitário, e, essa

necessidade o faz viver politicamente, busca-se então nesse período a criação da

linguagem capaz de alimentar as ações cidadãs do aluno e os direitos humanos

Quanto a estética, percebemos que o belo é visto somente em âmbito

comercial, por isso, tomamos a frase de Marcuse “a uma esfera que preserva a

verdade dos sentidos e reconcilia, na realidade da liberdade, as faculdades inferiores

e superiores do homem, sensibilidade e intelecto, pratica e razão” (ibdem,13)

Com o desenvolvimento das ciências a filosofia ocupa-se em investigar

cientificamente, elucidando e sistematizando conceitos. È o estudo crítico dos

princípios e dos resultados da ciência.

Nesse processo de ensino-aprendizagem, deve-se obrigatoriamente haver uma

interseção entre professor e aluno, caso contrário, comprometerá o resultado final.

Por essa razão, concordamos com Maria L. Aranha que afirma: “a verdadeira

educação deve dissolver a assimetria entre o educador e o educando, pois, se há

inicialmente uma desigualdade, esta deve desaparecer à medida que se torna eficaz

a ação do agente da educação. O bom educador é portanto, aquele que vai morrendo

durante o processo” de ensino-aprendizagem. (Aranha, 1989,p.51)

1.5 Avaliação

A partir dos encaminhamentos metodológicos desenvolvidos pelo professor, a

avaliação deverá ser contínua, para perceber as dificuldades dos alunos no processo

da apropriação do conhecimento, acompanhando a realização das tarefas de seus

alunos, através de relatos, pesquisas e outros. O professor deverá estar atento ao

relato dos alunos e as atividades propostas aos mesmos, para buscar a superação

das dificuldades apresentadas.

O aluno deverá saber absorver os problemas, discutir e relacioná-los com seus

conhecimentos e pesquisas, como cidadão autônomo, capaz de intervir no mundo, na

transformação crítica, reflexiva e construtiva. O aluno em sua avaliação deverá ter a

145

capacidade ler textos filosóficos de modo significativo de diferentes estruturas,

elaborar textos escritos, forma reflexiva, debater e argumentar de modo significativo

seu conhecimento, articular conhecimentos filosóficos envolvendo a

interdisciplinaridade, contextualizar textos filosóficos, que envolva os aspectos

pessoal-biográfico, sócio-político, histórico-cultural da humanidade, técnico –

científico - informacional, auxiliando-o na construção da identidade como cidadão e

como pessoa, proporcionando sua autonomia e desalienação.

A avaliação portando deve estar inserida no contexto, mas de modo diagnóstico,

respeitando a construção de conceitos tendo como função subsidiar e redirecionar o

processo de ensino-aprendizagem, respeitando a posição de cada sujeito na sua

construção cognitiva.

1.6 Referências

ARANHA, Maria L. , Filosofando. 1989.

ARANHA,Maria L., Temas de Filosofia. Sem Data.

CORDI – Para filosofar, SP,. Sciopione, 2000

CHAUÍ, Marilena. Filosofia, SP, 2004

CHAUI, Marilena. Convite à filosofia. SP, 1995.

SOUZA, Sonia Maria Ribeiro. Um outro olhar, SP.

COTRIN, Gilberto. Fundamentos da filosofia, SP, 1993.

PCNEM, 1999

DEM, Filosofia, 07/2005

146

Sociologia

1 Apresentação geral da disciplina

A Sociologia contribui em uma leitura de mundo, de forma mais crítica,

colaborando para que o aluno reconstruída e desnaturalize conceitos tomados

historicamente como irrefutáveis, melhorando seu senso crítico e podendo

transformar a realidade, conquistando uma participação mais ativa na sociedade. É

claro que a leitura de mundo não é exclusividade da Sociologia. Contudo, cada

disciplina e cada ciência têm a sua especificidade. E a especificidade da Sociologia é

justamente lançar uma visão crítica sobre o seu objeto de estudo, que são as

sociedades e as formas de interação que aí se dão. Por olhar crítico da Sociologia

devemos entender um esforço de compreensão das causas e efeitos que levam a

determinados estados, a desnaturalização das relações, em suma, ver a sociedade e

os fatos como resultados de um jogo de poder, de interesses, de conflitos ou de

cooperação.

A Sociologia propicia, então, uma crítica radical da sociedade. Radical no

sentido colocado por Marx: ser radical é tomar as coisas pela raiz, e não ficar restrito

à superficialidade das coisas.

Apesar de sua importância, a disciplina de Sociologia passou e passa por grandes

dificuldades em firmar-se como área do conhecimento fundamental para a formação

humana, devido a seu atrelamento a interesses e vontades políticas. Assim, a

disciplina está marcada por constantes aparecimentos e desaparecimentos nos

currículos escolares.

A primeira vez que foi adotada como disciplina nos cursos secundários, foi em

1891, início da República no Brasil. Nesse período não existiam cursos de formação

de professores, e essa disciplina foi retirada em 1901. Seu retorno seria apenas em

1925.

A partir de 1930, a Sociologia sentiu-se valorizada: foram criados cursos de

Ciências Sociais, permitindo o desenvolvimento da pesquisa no campo sociológico e

de professores para o ensino secundário no país. Muitos escritores publicaram suas

pesquisas para o público.

147

A Sociologia teve momentos em que se transformou em disciplina para ajudar

na manutenção da ordem social, fugindo totalmente de seus reais objetivos e em

1942, acabou novamente desaparecendo das escolas.

Apenas a partir de 1950 é que a Sociologia vai novamente ressurgir e agora

fazer parte dos cursos de graduação, não só de Ciências Sociais, mas de outros

cursos na área de Ciências Humanas. Na Ditadura Militar ela continuou fora dos

cursos secundários. Com a Lei 5692/71, algumas disciplinas foram criadas com o

objetivo de “moralizar” e “disciplinar” nosso país, entre elas Educação Moral e Cívica,

Ensino Religioso e Organização Social e Política Brasileira. A Sociologia, por ser

considerada perigosa, foi deixada de lado neste período.

A luta para que a Sociologia voltasse aos currículos escolares sempre ocorreu,

apesar de muitas vezes não se conseguirem resultados positivos. Apenas com a

Lei 9394/96 é que a Sociologia viu amparo legal para retornar. Apesar de

promulgada, algumas interpretações foram feitas da lei e apenas recentemente foi

dado maior atenção à disciplina.

O histórico da disciplina de Sociologia no Brasil e no Ensino Médio é marcada

por avanços e recuos. As últimas conquistas dos profissionais de Sociologia referem-

se à obrigatoriedade da disciplina no Ensino Médio e à sua inserção no concurso

vestibular da Universidade Federal do Paraná, por exemplo. Tendo como pano de

fundo a obrigatoriedade da disciplina na grade curricular do Ensino Médio, outros

desdobramentos que são apontados aparecem como avanços, como a confecção do

Livro Didático Público do Estado do Paraná, que inclui um volume da disciplina de

Sociologia; a realização de concurso para professores da disciplina e o

estabelecimento de uma grade curricular com conteúdos estruturantes para o Estado

do Paraná.

A Sociologia surge como uma disciplina que procura o resgate da cidadania

que em algumas situações vem sendo deixada em segundo plano, ou até mesmo

esquecida, enfatizando um cidadão com direitos e deveres, que consiga perceber a

realidade que o cerca, bem como interferir nessa realidade, sendo um cidadão ativo e

não passivo.

148

1.1 Objetivos

Objetivo geral

COMPREENDER as relações sociais e as diferentes formas de

agrupamentos, assim como as diversidades culturais e as relações de poder

existentes na sociedade.

Objetivos Específicos

LEVAR o aluno a se perceber como integrante de um coletivo, e como membro

ativo e participante do meio que o cerca.

FUNDAMENTAR o aluno com conceitos e teorias sociológicas para que

com a ação embasada na ciência sociológica haja transformação social.

CONHECER a situação histórica e social de seu país.

ASSIMILAR o método científico da disciplina para promover pesquisas de

campo.

PROPOCIONAR o aluno a exercer sua cidadania de forma autônoma e

consciente.

1.2 Conteúdos Estruturantes

- RELAÇOES DE TRABALHOS;

- RELAÇÕES DE PODER;

- RELAÇÕES CULTURAIS;

- INTRODUÇÃO À SOCIOLOGIA

O surgimento da Sociologia e Teorias Sociológicas

Teorias sociológicas na compreensão do presente

A produção sociológica brasileira.

149

- O PROCESSO DE SOCIALIZAÇÃO E AS INSTITUIÇÕES SOCIAIS

Introdução

Conceitos básicos para a compreensão da vida social

Instituições sociais;

Instituição Escolar

Instituição Religiosa

Instituição Familiar

O que são classes sociais;

Mobilidade das classes sociais;

Noção de pirâmide social;

- CULTURA E INDÚSTRIA CULTURAL

Introdução

Cultura ou culturas: uma contribuição antropológica.

Diversidade Cultural Brasileira

Cultura: criação ou apropriação?

Cultura e cultura de massa;

Símbolos e valores sociais;

Arte como resistência;

Contracultura;

- TRABALHO, PRODUÇÃO E CLASSES SOCIAIS

Introdução

(1) O mundo do trabalho – a vida profissional;

(2) Organização do trabalho na sociedade capitalista;

(3) O sentido do trabalho humano;

(4) Processos de produção;

(5) Meios de produção;

Direitos e deveres do trabalhador

O processo de trabalho e desigualdade social

Globalização

150

Classe e estratificação

O gênero e as desigualdades no trabalho

Desemprego.

- PODER, POLÍTICA E IDEOLOGIA

Introdução

Ideologia

Formação do Estado Moderno

Sistemas Partidários

Formas de governo: democracia X tirania

Formas de governo (presidencialismo, parlamentarismo),

Sistemas de governo (monarquia, república);

- DIREITO, CIDADANIA E MOVIMENTOS SOCIAIS

Introdução

Questão das Minorias: a luta por reconhecimento e respeito.

Movimentos sociais

Movimentos agrários no Brasil

Movimento Estudantil

1.3 Metodologia

Para uma melhor apreensão dos conceitos e teorias e a utilização destas no

meio social é necessário utilizar diversos instrumentos metodológicos tais como:

(1) Leitura e análise de textos clássicos e contemporâneos da área sociológica.

(2) Discussão fundamentada em textos.

(3) Pesquisa de campo e bibliográfica.

(4) Atividades relacionadas com as linguagens visuais, musicais e literárias.

(5) Uso de materiais produzidos pelos Movimentos Sociais.

151

1.4 Avaliação

A avaliação acompanha as práticas de ensino e de aprendizagem da disciplina.

Dessa forma, podem ser realizadas com os alunos diferentes formas de

sistematização dos conteúdos:

Análise de textos temáticos, audiovisuais, jornalísticos, entre outros;

Reflexão crítica em debates que acompanham textos, músicas, filmes, entre

outros.

Participação e desempenho nas pesquisas de campo.

Produção de textos que demonstrem a capacidade de articulação ente teoria e

prática.

Apresentação oral e avaliação escrita.

1.5 Referências

AZEVEDO, F. Princípios de Sociologia: pequena introdução ao estudo da

sociologia geral. São Paulo: Duas Cidades, 1973.

BOTTOMORE, T. B. Introdução à Sociologia. Rio de Janeiro, Zahar Editores, 1967.

CHAUÍ, M.S. O que é Ideologia. São Paulo: Brasiliense, 1980.

COMTE, A. Sociologia. São Paulo: Ática, 1978.

DURKHEIM, É. Sociologia. São Paulo: Ática, 1978.

DURKHEIM, É. As regras do método sociológico. São Paulo: Nacional, 1974.

FORACHI, M.M.; MARTINS, J. de S. (orgs.) Sociologia e Sociedade. Rio de Janeiro:

LTC, 2004.

FOUCAULT, Michel. Vigiar e punir. Petrópolis: Vozes, 1987.

FREYRE, Gylberto. Casa-grande & Senzala: introdução à história da sociedade

patriarcal no Brasil. Rio de Janeiro: Record, 2001.

GEERTZ, Clifford. A interpretação das culturas. São Paulo: LTC, 1989.

GIDDENS, A. Sociologia. Porto Alegre: Artmed, 2005.

KUENZER, Acácia (org.) Ensino Médio: construindo uma proposta para os que

vivem do trabalho. São Paulo: Cortez, 2005.

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MARX, K. e ENGELS, F. O Manifesto do partido comunista. Rio de Janeiro: Paz e

Terra, 1998.

MARTINS, Carlos Benedito. O que é Sociologia. São Paulo: Brasiliense, 1994.

OLIVEIRA, Pérsio Santos de. Introdução à sociologia. São Paulo Ática, 2001.

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WEBER, M. Ciência e Política: duas vocações. São Paulo: Martin Claret, 2005.

IX – REFERÊNCIAS

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Brasil: Ministério da Educação – Conselho Nacional de Educação – Diretrizes

Nacionais para a Educação Básica. Parecer CNE/CEB nº 017/2001.

Brasil: Ministério da Educação – Conselho Nacional de Educação Especial –

Educação Inclusiva – Direito à Diversidade – Curso de Formação de Gestores e

Educadores.Brasília: MEC/SEESP, 2004.

Luckesi, Cipriano C.: Avaliação da Aprendizagem Escolar: estudos e proposições.

15º ed. – SP: Cortez

Paraná – Conselho Estadual de Educação. Deliberação nº 09/01. Processo nº

744/01.

Paraná. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Educação Básica.

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SEED/DEB, 2007

PARO, Vitor Henrique. Gestão Democrática da Escola Pública. São Paulo - SP: Ática,

1997;

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Saviani, Dermeval. Escola e Democracia. 8ª Ed. São Paulo, Cortez / Autores

Associados, 1985.

Saviani, Dermeval. Pedagogia Histórico – Crítica: Primeira Aproximações 1.ed. São

Paulo, Cortez / Autores Associados, 1991.

VEIGA, Ilma Passo A. (Org). Projeto Político Pedagógico da Escola, Uma Construção

Possível. Campinas - SP: Papirus, 1995.

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