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ESCOLA ESTADUAL BITUVA DA CAMPINAS ENSINO FUNDAMENTAL PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO FERNANDES PINHEIRO 2010

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ESCOLA ESTADUAL BITUVA DA CAMPINAS

ENSINO FUNDAMENTAL

PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO

FERNANDES PINHEIRO

2010

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SUMÁRIO

1- APRESENTAÇÃO...........................................................................................................04

2 - INTRODUÇÃO...............................................................................................................04

2.1 Caracterização dos diferentes espaços........................................................................04

2.1.1 Aspectos históricos....................................................................................................04

2.1.2 Localização …...........................................................................................................05

2.1.3 Mapa da região..........................................................................................................06

2.1.4 Organização do espaço físico e recursos materiais..................................................07

3 - OBJETIVOS GERAIS....................................................................................................09

4 - MARCO ….....................................................................................................................11

5 - MARCO SITUACIONAL.................................................................................................11

6 - MARCO CONCEITUAL................................................................................................18

Pressupostos filosóficos-sociológicos.................................................................................18

Concepções........................................................................................................................21

Concepção de conteúdos e metodologias de Ensino.........................................................25

Princípios…........................................................................................................................25

Currículo.............................................................................................................................28

Avaliação............................................................................................................................29

Ensino Fundamental...........................................................................................................32

Regime Escolar...................................................................................................................32

Avaliação na escola de campo...........................................................................................34

História e cultura afro-brasileira..........................................................................................37

Enfrentamento à violência na escola..................................................................................37

Prevenção ao uso indevido de drogas................................................................................38

PEP – Prontidão escolar preventiva...................................................................................39

7 - MARCO OPERACIONAL....................................................................................40

Estrutura Pedagógica Administrativa..................................................................................40

Instâncias Colegiadas.........................................................................................................47

Condições físicas, materiais e didáticas da escola.............................................................52

Recursos didáticos pedagógicos........................................................................................54

Caracterização da proposta de gestão, trabalho pedagógico............................................55

8 - AVALIAÇÃO ..........................................................................................................59

9- CONCLUSÃO.........................................................................................................60

10 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS....................................................................63

1 PROPOSTAS PEDAGÓGICAS CURRICULARES................................................66

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Língua Portuguesa.............................................................................................................67

Educação Física.................................................................................................................89

Arte....................................................................................................................................110

L.E.M. Inglês.....................................................................................................................120

História..............................................................................................................................126

Ciências............................................................................................................................142

Ensino Religioso...............................................................................................................154

Geografia..........................................................................................................................160

Matemática.......................................................................................................................174

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1- APRESENTAÇÃO

Um projeto é sempre uma forma de organizar as ações em função de

necessidades e desejos de sujeitos concretos. É sempre o anúncio do que se quer

alcançar.

O princípio norteador de um Projeto Político Pedagógico é sempre sua

intencionalidade, ou seja, algo que se apresenta como desejado e necessário. Por isso, o

projeto pedagógico exige profunda reflexão sobre as finalidades da escola, assim como a

explicitação do seu papel social, a clara definição de caminhos, ações a serem

empreendidas por todos os envolvidos no processo educativo. Seu processo deve reunir

crenças, convicções, conhecimentos da comunidade escolar, do contexto social e

científico, constituindo se em compromisso político e pedagógico coletivo.

O Projeto Político Pedagógico cria significado para nos questionarmos sobre

o que queremos com a escola e os rumos a seguir, dentro de limites e possibilidades. Tem

como meta a preparação e a capacitação política dos cidadãos com a finalidade de criar

seres humanos críticos, criativos, capazes de preparar as condições que tornarão

possíveis novas estruturas sociais pautadas na fraternidade, na solidariedade, na justiça

social e na verdadeira cidadania para todos.

Por meio do projeto pedagógico em ação e, construído na coletividade, a

formação dos alunos é prioridade assim como se fortalecerá cada um dos membros da

escola, todos conscientes dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os

valores que os sustentam.

Desta forma, o Projeto Político Pedagógico constitui se em um instrumento

valioso de mediação entre ansiedades, desejos e intenções dos sujeitos escolares.

Concebido e construído no coletivo poderá vir a ser uma ferramenta por excelência para a

escola construir sua autonomia.

2- INTRODUÇÃO

2.1 CARACTERIZAÇÃO DOS DIFERENTES ESPAÇOS:

2.1.1 ASPECTOS HISTÓRICOS

A Escola Estadual Bituva das Campinas, Ensino Fundamental, localizada na

localidade com o mesmo nome, foi criada e autorizada a funcionar no início do ano letivo

de 1990.A implantação de 5ª a 8ª séries do Ensino Fundamental, teve como principal

objetivo facilitar o acesso e a continuação das atividades escolares para os alunos

moradores do local e localidades vizinhas, pois a única alternativa dos mesmos era se

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deslocarem a 35 km de distância, até Teixeira Soares, no Colégio Estadual João Negrão

Júnior.

No ano de 1989 o prefeito de Teixeira Soares, solicitou à Secretaria do

Estado da Educação, a implantação de 5ª à 8ª séries, de forma gradativa na Escola

Consolidada Francisco Malanski, na localidade de Bituva das Campinas, sendo que a

mesma oferecia ótima estrutura física.

A solicitação foi atendida, com a criação da Escola Estadual Bituva das

Campinas – Ensino de 1º Grau, tendo a sua autorização de funcionamento pela

Resolução 3.268/89 de 21 de dezembro de 1989, e o reconhecimento, bem como do

curso, pela Resolução 2.260/94 de 09 de junho de 1994, estando localizada próxima ao

Distrito de Angaí, município de Teixeira Soares, na época. Com o desmembramento do

município de Fernandes Pinheiro, a escola passou a pertencer a este município, sendo

uma escola da rede pública estadual, mantida pelo poder público e jurisdicionada pelo

Núcleo Regional de Educação e Secretaria de Estado da Educação.

A escola iniciou suas atividades no ano de 1990, no período da noite, com

três turmas de 5ª série com 116 matrículas e com uma turma de 6ª série com 40

matrículas, perfazendo um total de 156 alunos matriculados. Essa média manteve se até

o ano de 1999, porém reduziu pela metade no ano de 2000, devido ao programa de

adequação idade/série, pois a grande maioria dos alunos tinha entre 15 e 35 anos de

idade.

Com a alteração do turno da noite para o turno da manhã, em 2001, o

número de alunos manteve se na média de 110 até hoje, passando a funcionar das

7h10min às 11h35 min.

2.1.2 LOCALIZAÇÃO

A Escola Estadual Bituva das Campinas está localizada a uma distância

aproximada de 26 km da sede do município e distante 28 km, aproximadamente do

Núcleo Regional de Educação de Irati. Fica no centro da comunidade, tendo de um lado a

Capela Boa Jesus, do outro e atrás um terreno particular utilizado para lavoura, e em

frente o Posto de Saúde Municipal. Como fica na zona rural, não há muitas residências

próximas à escola. A uma distância de mais ou menos 50 metros fica o posto de Saúde,

onde fazemos ligações e recebemos recados. Na escola não há linha telefônica, o que, às

vezes dificulta o nosso trabalho. Esperamos a instalação de linha telefônica nos próximos

anos.

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2.1.4 ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO FÍSICO E RECURSOS MATERIAIS

A Escola Estadual Bituva das Campinas – Ensino Fundamental esta situada

na comunidade de Bituva das Campinas, município de Fernandes Pinheiro, onde no

mesmo prédio funcionava a Escola Municipal Francisco Malanski, no período da tarde,

onde no ano (2009) ela foi desmembrada para as comunidades vizinhas de Bituva dos

Machados e Assungui, por motivos de melhoria das estruturas do município naquela

escola, facilitando a locomoção e a melhora dos espaços físicos para os alunos da rede

municipal. Ficando a funcionar somente a Escola Estadual de Bituva das Campinas no

período da manhã. Também no ano de 2009 em nossa escola teve início no período

noturno duas turmas de APEDs, e estão tendo continuidade no ano de 2010.

O quadro de profissionais é composto por: uma Diretora pertencente ao

Quadro Próprio do Magistério, um secretário pertencente ao quadro próprio da Educação,

um Agente Educacional II pertencendo ao Quadro de Funcionários da Educação

Básica(QFEB), oito docentes qualificados nas áreas que atuam, destes, todos do Regime

PSS, três Agentes Educacionais I, sendo 01 pertencente ao Parana educação e 2 PSS.

A escola desde o ano de 2009, também passou a contar com uma pedagoga onde até o

ano anterior não possuía esse profissional.

Atualmente, a Escola possui 04 turmas de 5ª à 8ª séries, com 114 alunos

matriculados, moradores das localidades vizinhas e que dependem do transporte escolar

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municipal para sua locomoção.

O prédio é composto por dois blocos: A e B. O bloco A, contém: 03 (três)

salas de aula, um (1) laboratório de informática, uma (1) Biblioteca, uma (1) sala da

direção conjunta com secretaria, sala de professores, uma cozinha com dispensa,

banheiro masculino e feminino e um hall de estrada. O bloco B é composto por duas salas

de aula e uma sala de aula está vaga.

O espaço físico total da escola é de 1200 m2, sendo suficiente para o

atendimento dos educandos que dela necessitam. No pátio há uma quadra de esportes

utilizada para aulas de Educação Física e para realização de atividades extra classe, e

nesse ano de 2010 foi construído uma quadra coberta e iluminada. Nos fundos há um

espaço cercado que é utilizado para a horta escolar. Em se tratando da horta escolar,

nesse ano de 2010, a professora de Ciências em parceria com a Pedagoga e os demais

professores da escola, elaboraram um projeto de horta para melhorar a merenda escolar,

além de que vale salientar que nossa escola é uma escola do Campo e uma horta faz

parte desse processo.

Recentemente, mais precisamente no ano de 2009, a escola passou por

uma reforma, feita pelo governo do estado do Paraná, onde foram realizados reparos nas

instalações, na iluminação, pintura interna e externa, colocação de alambrados, e a

cobertura da quadra de esportes, colocação de vidros, entre outros.

Nesse ano de 2010, nossa escola está fazendo promoções com o intuito de

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fazer novas melhorias nos espaços físicos e nas estruturas da escola.

A limpeza e a conservação são feitas pelos agentes educacionais I

fornecidos pelo Estado.

A Escola Estadual Bituva das Campinas possui os seguintes materiais

didático pedagógicos: 06 televisores, 02 vídeos cassetes, 03 DVDs, 02 rádios, 01 caixa de

som, 01 retro projetor, 18 computadores, 02 impressoras, 02 máquinas fotográficas, 01

mimeógrafo à álcool, 01 planetário, 02 antenas parabólicas, sendo 01 digital, 01

guilhotina, 02 mesa de ping pong, materiais concretos para todas as disciplinas, materiais

de laboratório de ciências, materiais para Educação Física, entre outros.

3- OBJETIVOS GERAIS

Os objetivos gerais da Escola Estadual Bituva das Campinas, expressam os

interesses da escola como um todo e podem auxiliar os professores na elaboração de

objetivos específicos e conteúdos de ensino dentro de cada disciplina. São os seguintes:

Colocar a educação escolar como prioridade para a obtenção e ampliação do

conhecimento;

Assegurar a todos uma sólida preparação cultural, científica e o desenvolvimento

de suas capacidades, através do ensino das disciplinas;

Formar nos alunos a capacidade crítica e criativa em relação às disciplinas e à

aplicação dos conhecimentos e habilidades em tarefas teóricas e práticas;

Atender a função educativa do ensino, ou seja, a formação de convicções para a

vida coletiva;

Instituir processos participativos, envolvendo todas as pessoas que direta ou

indiretamente se relacionam com a escola: diretor, professores, funcionários,

alunos, pais, APMF, Conselho Escolar, entre outros;

Garantir a permanência e êxito de um maior número de alunos, conscientizando os

sobre a importância da frequência à escola;

Buscar a formação integral dos alunos, atendendo as suas peculiaridades e

necessidades psicofísicas sociais;

Incentivar a formação contínua do professor, garantindo a participação em cursos,

encontros, grupos de estudo, jogos, eventos culturais, reuniões, eventos como

FERA, Com Ciência, entre outros;

Conscientizar os pais da importância da vida escolar do aluno e de sua

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participação na escola para que haja o melhor desenvolvimento da aprendizagem

de seus filhos;

Identificar as causas da evasão escolar na perspectiva de tentar solucioná-las;

Apoiar as ações dos profissionais envolvidos na escola, incentivando-os nas

diversas atividades a serem desenvolvidas, na intenção de que sejam trabalhados

temas relativos à aprendizagem dos educandos;

Promover a integração escola/comunidade para o acompanhamento das ações

desenvolvidas;

Valorizar as formas educativas e culturais existentes na comunidade envolvendo-a

nas questões educacionais, incentivando e oportunizando a participação de todos;

Promover reuniões com pais, professores, funcionários a fim de planejar ações de

interesse coletivo e resolver assuntos de interesse da escola, para que haja um

maior comprometimento de todos;

Trabalhar com atividades que resgatem valores, respeito e amenizem a

indisciplina apresentada pelos alunos;

Realizar momentos de análise e reflexão das fundamentações teóricas e

pedagógicas que norteiam a nossa prática;

Democratizar as relações entre os componentes da escola criando um ambiente

de interação respeito e harmonia entre todos;

Cuidar das instalações, materiais e do espaço físico para que todos tenham um

ambiente agradável de estudo e trabalho;

Redefinir, em conjunto, o Projeto Político Pedagógico, reformulando as diretrizes,

quando houver necessidade de uma reavaliação, considerando que o PPP, deve

ser avaliado constantemente;

Cumprir com as normas do Regimento Escolar, do Projeto Político Pedagógico,

Estatuto da APMF e Diretrizes Curriculares Nacionais;

Cumprir o calendário escolar dentro das normas e leis da educação e da SEED.

Garantir a todos os alunos, sem nenhuma discriminação de classe social,

deficiência, cor, religião ou sexo, a matrícula, transferências, classificação,

reclassificação, adaptações, revalidação e equivalência de estudos no

estabelecimento de ensino;

Cumprir os aspectos legais e sociais da Lei de Diretrizes e Bases da Educação

Nacional, LDB 9394/96;

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Garantir o cumprimento de todos os objetivos da Proposta Pedagógica e das

ações contempladas pela escola no seu Plano de Ação e no Plano de Trabalho dos

profissionais nas áreas.

4- MARCO

O Projeto Político-Pedagógico pode ser organizado através de marcos conceituais,

situacionais e operacionais. Sendo assim podemos definir marco como uma fronteira,

limite daquilo que pretende desenvolver ou realizar no âmbito do conhecimento e de ação,

que deverão estar ligados e interligados para que todo o processo educativo possa

ocorrer em conformidade com os segmentos educacionais. . Os marcos mais frequentes

utilizados nos projetos políticos - pedagógicos e também considerados de suma

importância na constituição do mesmo são :

5- MARCO SITUACIONAL

Realidade Brasileira

O Brasil vem passando por um processo acelerado nas transformações

sociais e econômicas ocasionadas principalmente pela influência dos meios de

comunicação de massa e demais inovações tecnológicas predominante nas últimas

décadas, sendo um dos efeitos da globalização.

Com o avanço da tecnologia prioriza-se uma educação que atenda a todas

as necessidades dos alunos preparando-os para serem sujeitos mais atuantes e

participativos desse processo de transformação.

Tendo em vista a sociedade que vivemos, nos deparamos com uma

desigualdade social muito grande ente as várias camadas sociais que tem seus efeitos

refletidos na construção e consolidação de uma educação de qualidade. Há muitas

formas diferentes de organização da sociedade, devido às ações das políticas públicas

que, agravam o empobrecimento que aflige a maioria da população, o que certamente

influi no rendimento escolar dos alunos na escola. Embora a parcela mais rica da

população continue apropriando-se da maior parte da riqueza produzida no país, nos

últimos anos tem sido perceptível a diminuição das disparidades socioeconômicas. Isso

pode ser observado através da melhoria de alguns indicadores de saúde e educação,

aumento da renda e consumo, diminuição da parcela da população abaixo das linhas da

miséria e pobreza e ampliação da chamada classe média, em grande medida devido às

políticas sociais do governo e estabilização econômica.

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Isso também tem consequências em relação à valores transmitidos a nós, por

nossos pais, e os valores transmitidos a eles, por nossos avós, e assim sucessivamente.

Talvez, por isso, nossa sociedade se encontre hoje com: desigualdades sociais e

econômicas, falta de honestidade, liberdade confundida com libertinagem, excesso de

liberdade, manipulação de fatores legais e/ou políticos a favor de poucos, privilegiando as

altas camadas sociais,onde em sua grande maioria continua a permanência do emprego

precário e desemprego, violência generalizada e, especificamente, contra mulheres,

crianças e idosos; Corrupção no Poder Público e escândalos políticos; Tráfico e consumo

de drogas ilícitas, como maconha e craque, e também consumo excessivo de drogas

lícitas, como álcool; Disseminação de doenças como AIDS/SIDA, dengue e obesidade e a

permanência de outras como tuberculose e hanseníase; Desigualdades sócio-econômicas

e discriminação racial; Desestruturação familiar e gravidez precoce de adolescentes;

Deficiências de moradia, saúde, educação, segurança e transportes.

A escola tem a função de formar indivíduos conscientes de seus deveres e seus

direitos, mas na realidade em que vivemos , a escola também está fazendo o papel que

deveria ser da família. Ela passou a ser a solução para todos os problemas sociais,

embora ainda tenha tentado fazer com que os educandos tenham perspectivas melhores

de futuro, dentro das suas possibilidades.

Realidade Escolar

a) Escola:

Os alunos aprendem na escola aquilo que eles têm oportunidade de

aprender. Porém a escola deve ressaltar e expandir todos os saberes que os alunos

trazem. A cultura e o saber da comunidade fazem parte da vida do estudante a ponto de

constituírem a educação com a qual, ele chega à escola.

À escola cabe a função de efetivar os ideais de educação estabelecidos,

materializando-os. No entanto, historicamente a escola estabeleceu-se como campo de

luta entre as classes dominante e dominada. É na escola que se trava a luta entre os

ideais estabelecidos pela classe dominante, que detém o poder político – logo faz as Leis,

estabelece planos, objetivos, meios – e a classe dominada, consubstanciada na

comunidade escolar, que participa, faz a escola.

As crianças, os adolescentes e os jovens formam se na comunidade. Nela

produzem e desenvolvem hábitos, atitudes, sentidos, conhecimentos e habilidades. Essa

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educação fez com que eles sejam quem são. Eles chegam à escola com a educação

vivenciada na família e na comunidade. O seu saber e patrimônio cultural não podem ser

desrespeitados, nem devem ser apenas o ponto de partida para a educação escolar, mas

devem fazer parte da formação escolar.

De acordo com a realidade de nossa escola, nossos alunos são, na sua

maioria, filhos de boias frias, de pequenos agricultores, acostumados a levar uma vida

com pouco conforto, muitos sem condições adequadas de saneamento, a alimentação é

precária, e que, por consequência, resultam num baixo rendimento escolar. As famílias

são compostas, em sua maioria, por pai, mãe e vários filhos. Existem porém, casos de

famílias desestruturadas, onde os filhos habitam com um dos cônjuges ou são educados

por um responsável. Também, a falta de energia elétrica é um fator que ocasiona o não

acesso às informações, e por isso muitos não têm meios de comunicação tais como:

rádio, televisão, etc.

Existem, também muitos outros fatores que influenciam diretamente a nossa

realidade escolar, como por exemplo, alunos filhos de pais alcoólatras, alunos que têm

problemas de saúde, como a desnutrição, desemprego, violência, entre outros.

Outro fator complicador é a distância das moradias em relação à escola, e

que por isso, os pais comparecem muito pouco na escola, pois também dependem do

transporte escolar. Em dia de reunião eles vêm junto com os alunos nos ônibus, os quais

ficam superlotados.

Apesar da escola ser a única da comunidade atende dentro de suas

limitações e busca atender os anseios de todos, procurando desenvolver o seu papel e

garantindo a todos o acesso e a participação.

Interagindo com essa realidade, a escola contribui, respeitando a história de

vida das crianças, sua sensibilidade, seus valores, produzidos na convivência em sua

comunidade. A escola não existe para treinar ou adaptar as crianças. Ela deve criar

oportunidades para que elas decidam, pensem, tornem-se livres, responsáveis e

emancipadas. A ideia de aprender fazendo está sempre presente, embora os métodos

variem, a escola parte sempre de atividades adequadas ao nosso aluno e às etapas do

seu desenvolvimento.

Por isso, é indispensável que todos os que integram a escola, permaneçam

atentos e vigilantes, para evitar que as condições e práticas ajudem a manter a injustiça e

as desigualdades sociais.

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b) Alunos

Os alunos de nossa escola, como já colocamos anteriormente, são de

famílias extremamente carentes, com condições sócio econômicas precárias, filhos de

agricultores com pouca instrução e, na sua maior parte não apresentam perspectivas de

futuro, não valorizando a oportunidade de estudar, sendo que, esta é uma das saídas

para se ter uma vida melhor e digna para qualquer cidadão.

Muitos deles moram distante da escola, e por isso, são alunos faltantes, pois

quando chove muito, não comparecem porque o ônibus escolar não trafega em certos

lugares, devido às condições ruins de nossas estradas.

Outro fator que deve ser considerado é o horário de funcionamento da

escola, que inicia suas atividades às 7h10 min, sendo que muitos alunos levantam de

madrugada e andam alguns quilômetros até o ponto do ônibus, e muitas vezes vêm sem

o café da manhã. Em consequência disso, a escola tem que preparar sempre uma

merenda reforçada para sanar essa falta. Esses fatores, influenciam interesse pelo estudo

ocasionando um baixo rendimento escolar de alguns. Há, também a necessidade de uma

maior participação dos pais na vida escolar de seus filhos. Agora nesse ano 2010, em sua

maioria dos dias, fornecemos um chá com bolacha durante a 1ª aula, mas infelizmente

nossa escola está com falta de dinheiro para essa complementação, futuramente

estaremos fazendo algumas promoções em nossa escola para arrecadarmos fundos para

oferecer um café da manhã com qualidade para nossos alunos.

Cremos que a transformação da realidade não se dá somente por intermédio

da escola, mas depende também da vontade e da ação das autoridades.

A escola iniciou o ano de 2010 com o seguinte número de alunos:

MATRICULADOS

5ª SÉRIE A 31

6ª SÉRIE A 33

7ª SÉRIE A 26

8ª SÉRIE A 24

TOTAL 114

c) Professores

O professor não é o detentor do saber, mas sim o mediador, que auxilia o

aluno no processo de construção do conhecimento e socialização do saber. Em nossa

escola os professores, na sua maior parte, são do regime PSS, ou seja, não possuem

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contrato efetivo, o que dificulta a realização de projetos efetivos e contínuos. No final do

ano de 2008, teve início o trabalho do Professor pedagogo, e agora em 2010 é que esse

trabalho está sendo iniciado

com mais intensidade. Apenas a diretora pertence ao Quadro Próprio do Magistério.

Nossos professores são dedicados, cumpridores de seus deveres,

conscientes de sua função. Todos têm formação acadêmica com exceção do professor de

matemática que é acadêmico, e defendem a formação continuada, no sentido de

aprofundarem seus conhecimentos, estarem sempre atualizados na perspectiva de

cumprir o seu papel. Realizam atividades diferenciadas envolvendo leitura, datas

comemorativas, higiene, meio ambiente, poesia, qualidade de vida, entre outros. Quando

há falta de professor, aquele que está em hora atividade o substitui, uma vez que todos

precisam repor aulas quando faltam. Depois, aquele que substituiu seu colega cede suas

aulas. Assim, de comum acordo, fazemos essa troca onde ninguém é prejudicado, nem

alunos, nem professores.

Atualmente a escola conta com o seguinte quadro de professores, com as

respectivas disciplinas que lecionam e sua formação:

PROFESSORES

NOME DISCIPLINA QUE ATUA FORMAÇÃO

1. Mayra Andriele

Braganhol

Educação Física Ensino Médio, Graduação em

Educação Física e cursando

complementação em

Bacharelado e Pós-graduação

em Neurociência

2. Anderson José Baital Matemática Acadêmico em Matemática

3.Adalberto Klossowski Geografia Licenciado em Geografia, e Pós

em História e Geografia do

Paraná.

4. Paola Juliana Lascoski Ciências Ensino Médio e Graduação Plena

em Ciências,Cursando Pós em

Neurociência , Bilogia e Química

e Tecnologias da Educação.

5. Sonia Regiane Santos

Stelle

Inglês Magistério e Contabilidade,

Graduação em Letras e Pós-

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graduação em ―Educação Infantil‖

6. Silvana Aparecida

Santos.

Língua Portuguesa Magistério, Graduação em Letras

– Habilitação em

―Psicopedagogia Institucional"

7.Francieli Galvão Ferreira História e Ensino

Religioso

Ensino Médio, Licenciatura Plena

em História e Pós-graduação em

História do Paraná

8-Ediliane Pacondes Arte Licenciatura em Língua

Portuguesa e Pós em

Psicopedagogia Institucional

d) Funcionários

Os funcionários são profissionais que dão suporte à direção, professores e

alunos, a fim de que todos desenvolvam seu trabalho efetivamente. Atuam como agentes

facilitadores da relação professor/aluno influenciando de maneira significativa no processo

ensino-aprendizagem.

Deve se destacar que, em sua grande maioria, atuam muito além de suas

funções normativas, vivenciando quase todos os problemas do cotidiano escolar.

Participam da construção do conhecimento de nossos alunos, pela vivência e observação

de atitudes corretas e respeitosas no cotidiano da escola. Todos têm habilitação para o

exercício de suas funções e têm oportunidades para se atualizar e participar de cursos de

formação, reuniões, encontros pedagógicos.

e) Professor Pedagogo

É de suma importância o trabalho desse profissional, articulando entre

professores e alunos o processo Ensino Aprendizagem, estabelecendo o domínio das

formas de trabalho docente aos profissionais da escola, ocorrendo a mediação do saber

pedagógico com o da especificidade do conteúdo, que possibilita as formas de conversão

do conhecimento ou saber sistematizado em saber escolar.

f) Equipe administrativa:

A escola conta com uma diretora que comanda todos os segmentos,

buscando sempre a democratização e o fortalecimento, propondo ações articuladas entre

todos, organizando estratégias para a implementação dos processos de melhorias da

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escola, em todos os aspectos. Conta também com uma secretária que conhece a fundo

toda a documentação escolar e é comprometida com os interesses de todos, agindo

sempre de forma participativa, competente, contribuindo para a organização e efetivação

dos propósitos da escola., tem também um agente educacional II que organiza toda a

documentação escolar e correspondências da escola.

A equipe administrativa está assim constituída:

EQUIPE ADMINISTRATIVA

NOME FUNÇÃO FORMAÇÃO

1. Josane Aparecida

Alves Pires.

Diretora Magistério, Pedagogia Habilitação :

Educação Especial, Administração Escolar e

Supervisão Escolar, pós-graduação em

Pedagogia do Movimento Humano e Gestão

Escolar com enfase em Psicopedagogia.

2.Antônio Michel

Kuller Meira

Agente

Educacional II

Educação Geral, Licenciatura em Geografia,

cursando Pós Graduação em Educação do

Campo

3. Maria Izabel dos

Santos Viegandt

Pedagoga Magistério e Técnico em Contabilidade,

Graduação em Pedagogia e Pós-graduação

em Psicopedagogia Institucional , cursando

Pós em Neurociência e Filosofia.

g) Agente Educacional I

São profissionais que ajudam e colaboram com a escola preparando a

merenda escolar, fazendo a limpeza das instalações, a manutenção, sendo sempre

coordenadas pela equipe administrativa. Também contribuem dando sugestões para

melhorias da escola e ajudando a orientar os alunos, observando suas atitudes a fim de

que tenham um bom relacionamento com todos. O quadro de agente educacional I está

assim composto:

Agente Educacional I

NOME FUNÇÃO FORMAÇÃO

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1.Gildo Miguel de Lima Agente educacional I Ensino Médio

2.Rosane Aparecida

Carlos

3. Sidenéia Aparecida

de Lima

Agente Educacional I

Agente Educacional I

Ensino Médio

Magistério, Curso Normal Superior.

6- MARCO CONCEITUAL:

Para SAUPE (1992. p 19) teorias, marcos teóricos ou conceituais ―são

concepções ou abstrações que procuram explicar a realidade e apesar de não darem

conta de sua totalidade, contribuem para seu entendimento e subsidiam novas

interpretações e transformações da realidade‖.

Sendo assim, marco conceitual também pode ser interpretado como um

conjunto de definições e conceitos interligados entre diferentes níveis e objetivos .

6.1 PRESSUPOSTOS FILOSÓFICOS-SOCIOLÓGICOS:

Todas as ações da escola estão pautadas nos seguintes itens:

a) Democracia:

A escola pública demanda, no exercício de seu papel na construção da Democracia

social e política, novas relações internas e externas, articula-se com o plano macro e

micro de sua realidade, significa pensar a escola em sua totalidade e em sua

materialidade.

A escola pública é espaço de participação, e gerir a escola democraticamente e

coletivamente significa pensar a escola em sua autonomia, que implica necessariamente,

na sua dependência com o sistema de ensino, marcando sua relação macro, enquanto

que no plano micro implica nas formas de definição, organização, realização, avaliação

das atividades realizadas no interior da escola. A prender a ser cidadão é entre outras

coisas, aprender a agir com respeito, solidariedade, responsabilidade, justiça, não

violência, aprender a usar o diálogo nas mais diferentes situações e comprometer-se com

o que acontece na vida coletiva da comunidade e do país. Esses valores e essas atitudes

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precisam ser apreendido e desenvolvidos pelos alunos e, portanto, podem e devem ser

ensinados na escola.

Através da escola podemos mostrar aos educandos como exercitar a

democracia participativa, na qual os cidadãos lutam pela manutenção dos direitos

adquiridos e pela ampliação de novos direitos, sem deixar de cumprir seus deveres

constitucionais.

b) Ética

As ações de todos devem estar pautadas na autonomia moral, ou seja, na

ética que nos mostra como agir perante os outros. Moral e ética são palavras que nos

remetem à ideia de princípios, costumes e padrões de conduta. A ética e a moral já estão

presentes no cotidiano escolar traduzidas em regras, ordens e proibições. Na sua

presença a escola contribui para que os alunos possam ser livres e autônomos para

pensar, opinar e julgar, pois normas e regras não são definitivamente acabadas. Elas

podem sofrer transformações, sendo claras e conhecidas por todos. É por isso que

podemos afirmar que a nossa prática está iluminada pela ética.

c)Justiça

Os critérios essenciais para se pensar eticamente a justiça são: igualdade e

equidade. A justiça pode ser contemplada pelos cidadãos avaliando se criticamente certas

leis que levam ao privilégio de alguns em detrimento de outros. Por isso, os alunos

devem conhecer os direitos e os deveres de todos os que convivem na escola. A

participação de todos na construção de regras do estabelecimento possibilita a

responsabilidade de cada um e favorece a justiça nas decisões.

d) Respeito Mútuo:

O respeito é o tema central da moralidade. É também complexo, pois nos

remete a várias dimensões de relações entre as pessoas. As pessoas quando agem no

seu dia-a-dia são originais, diferentes. Por isso, todos devem respeitar-se mutuamente

independente de sexo, cultura, cor, etnia, religião, opiniões, enfim, sendo o respeito mútuo

a condição necessária para o convívio social democrático. Então a escola deve utilizar

normas que evitem qualquer forma de preconceito, repudiar toda forma de humilhação,

violência, valorizando o patrimônio cultural zelando pela sua conservação, e o mais

importante tratando a todos com igualdade.

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e) Religião

A questão do Ensino Religioso é uma das mais polêmicas na educação, porque

envolve processos traumáticos e, ao mesmo tempo, nos leva a questionamentos relativos

ao próprio ato de educar: Como conciliar a liberdade de consciência individual, a liberdade

de crença e opinião com o direito e o dever de transmitir crenças e valores às novas

gerações? Os espaços institucionais, para transmissão de tais crenças e valores são

igualmente objeto de debate: a escola pública ou particular, a família ou a igreja – onde o

educando deve aprender valores?

Onde deve e se deve cultivar a espiritualidade? Na disputa pela tomada dos

espaços institucionais e pela possibilidade de formatar as consciências, já se deram

muitos embates históricos, às vezes sangrentos, quase sempre intolerantes.

Nessa perspectiva precisam trabalhar com o ensino religioso, de modo que não

contemple ―esta‖ ou ―aquela‖ religião, mas sim com valores que os ajudem no seu

relacionamento com colegas, escola, família e sociedade em geral.

É um direito do aluno ter acesso ao conhecimento religioso. À escola compete

garantir o acesso a esse conhecimento, a seus conhecimentos epistemológicos,

sociológicos e históricos. Porém, deve servir-se da sua diversidade, sem, contudo, dirigir

uma ou outra forma de religiosidade em objeto de aprendizagem escolar. Na escola,

deve-se evitar quaisquer formas de proselitismo primando sempre pelo conhecimento e

não aos preceitos de uma ou outra religião.

f) Responsabilidade

Em todos os segmentos da escola deve haver um compromisso coletivo,

onde haja a participação efetiva de todos os seus membros, alunos, professores,

funcionários, pais, sempre buscando a qualidade do ensino, todos sensibilizados em torno

dos mesmos objetivos. A responsabilidade aponta a necessidade de pensar em

alternativas para enfrentarmos as adversidades, promovendo as transformações no

sentido do desenvolvimento pessoal e profissional de todos.

g) Solidariedade

Ser solidário é, efetivamente, além do respeito, partilhar de um sentimento

de interdependência, reconhecer os interesses e afetos dos outros, tomar para si

questões comuns. Devem ser estimuladas atitudes que valorizem a prática da

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solidariedade, havendo sempre a relação de cooperação. A solidariedade que se busca

do aluno deve aproximar-se da ideia de generosidade, caracterizando-se na busca da

justiça, da humanidade. Devem aprender a repudiar atitudes desleais, de desrespeito, de

violência e omissão. O exercício da cidadania não se traduz apenas pela defesa dos

próprios interesses e direitos. Passa necessariamente pela solidariedade. A escola deve

realizar atividades que visem o bem-estar de todos, na perspectiva do desenvolvimento

de atitudes solidárias.

h) Diálogo:

O diálogo é expressão fundamental da relação entre os seres humanos. A arte

do diálogo deve ser ensinada e cultivada, e a escola é o lugar privilegiado para isso. Não

é apenas um momento em que o aluno responde ao professor sobre assuntos abordados.

O diálogo também deve ser um ―bate-papo‖ informal a respeito de assuntos variados,

situações cotidianas. Deve integrar as experiências de todos os membros da escola para

que a sistematização da aprendizagem seja significativa. Deve se criar na escola um

ambiente estimulador de discussões coletivas como, reuniões, debates, onde todos

possam colocar sua opinião, possibilitando a participação coletiva na construção da

cidadania.

6.2 CONCEPÇÕES

a) Mundo

Concepções de mundo são as diferentes maneiras que as culturas veem o mundo

e veem a si mesmos neste contexto maior, mas pensado de formas diferentes.

A nossa concepção de mundo, tal como a que temos de nós próprios, muda a

cada dia que passa. Vivemos numa época de transição, contudo, quando se é relegado

para a obscuridade, não podemos ter medo das mudanças e transformações.

Ao interagir com diferentes sociedades particulares o indivíduo é ―disputado‖ por

diferentes concepções de mundo. A concepção de mundo é particular a um indivíduo ou a

um grupo e é a mais abrangente possível.

O mundo está em constante transformação, e o homem é o sujeito da

própria educação, pois vive neste início de milênio com tantas desigualdades e

desencantamentos, gerados por problemas como o desemprego e o fenômeno da

exclusão.

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Embora, uma parte da humanidade seja mais consciente, ainda não existem

meios suficientes para solucionar tais problemas e acumulam se injustiças nos plano

econômico e social.

Num mundo que hoje se tornou uma aldeia pressupõe se que é preciso

aprender a vivermos juntos. Dessa forma refletindo sobre o ambiente e suas relações, o

homem contribui para as mudanças e melhorias, apesar das tecnologias hoje presentes,

com suas idéias e boa vontade de mudar.

O ser humano é sujeito da história, não está colocado no mundo, mas ele é o

mundo, faz o mundo, faz cultura. O homem do campo não é atrasado e submisso, antes

possui um jeito de ser peculiar, pode desenvolver suas atividades pelo controle do relógio

mecânico ou observado no movimento da terra, manifesto no posicionamento do sol. Ele

pode estar organizado em movimentos do sol, Ele pode estar organizado em movimentos

sociais, em associações ou atuar de forma isolada, mas o seu vínculo com a terra é

fecundo. Ele cria alternativas de sobrevivência econômica num mundo de relações

capitalistas selvagens.

b) Homem

O homem é um ser catalisador das transformações sociais, ele pode ser entendido

e compreendido sob diversos aspectos, a saber, o homem é um ser psíquico, é um ser

racional, material, é um ser livre, é um ser social e político, é um ser ético e estético, o

homem é um ser da práxis.

Outro fator a ser considerado na formação do homem é o tempo histórico e o local

em que o homem está inserido.

A educação contemporânea do homem é resultado das necessidades da classe

social dominante, pois antigamente o ideal educacional era transformar súditos em

cidadãos. Para tanto, a educação das massas foi constituída de modo a preparar o

cidadão para o exercício da cidadania. Quando a burguesia estabeleceu-se

definitivamente no poder, deixando de ser revolucionária, o ideal educacional passou a

ser a formação do trabalhador, com objetivo de manter o status quo social e garantir a

formação da mão-de-obra necessária à reprodução do capital.

À escola cabe a função de efetivar os ideais de educação estabelecidos,

materializando-os. No entanto, historicamente a escola estabeleceu-se como campo de

luta entre as classes dominante e dominada. É na escola que se trava a luta entre os

ideais estabelecidos pela classe dominante, que detém o poder político – logo faz as Leis,

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estabelece planos, objetivos, meios – e a classe dominada, consubstanciada na

comunidade escolar, que participa, faz a escola.

A vida na sociedade atual baseada no conhecimento, exige um cidadão cada vez

mais competente e, ao mesmo tempo, mais informado, capaz de expressar sua opinião a

respeito dos mais variados assuntos. Deve ter uma postura crítica, ou seja, um ser em

movimento que busca o crescimento de todas as suas potencialidades e que participe da

transformação da sociedade.

c) Sociedade

A sociedade brasileira vive um momento de rápidas transformações

econômicas e tecnológicas, ao mesmo tempo em que, os avanços da cultura e da

educação transcorrem de forma bastante lenta.

Deseja se uma sociedade informada e esclarecida que possibilite maiores

oportunidades de trabalho, moradia, saúde, educação, transporte e lazer para todos os

seus cidadãos, num contínuo processo de crescimento pessoal e comunitário, imbuída de

caridade e amor fraterno, onde diferenças de cor, raça, sexo, credo e idade, sejam

compreendidas e vivenciadas em unidade.

Numa sociedade assim constituída, o homem é capaz de encontrar o sentido

de seu viver e assim, entender se como único e insubstituível enquanto pessoa, numa

relação comunitária.

d) Educação

Concebe-se Educação Escolar como sendo uma prática que tem a

possibilidade de criar condições para que todos os alunos desenvolvam suas capacidades

e aprendam os conteúdos necessários para construir instrumentos de compreensão da

realidade e de participação em relações sociais, políticas e culturais, diversificadas e cada

vez mais amplas. Tais condições são essenciais para o exercício da cidadania na

construção de uma sociedade mais democrática e não excludente.

e) Escola

A valorização da escola como instrumento de apropriação do saber é o

melhor serviço que se presta aos interesses populares, já que a própria escola pode

contribuir para eliminar a seletividade social e torná-la democrática. Se a escola é parte

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integrante do todo social, agir dentro dela é também agir no rumo da transformação da

sociedade, é garantir a todo um bom ensino, isto é, a apropriação dos conteúdos

escolares básicos que tenham ressonância na vida dos alunos. Entendida nesse sentido,

a educação é uma atividade mediadora no seio da prática social global, ou seja, uma das

mediações pela qual passa o aluno, pela intervenção do professor e, por sua própria

participação ativa, que passa de uma experiência inicialmente confusa e fragmentada a

uma visão sintética, mais organizada e unificada.

A escola também é o local de apropriação de conhecimentos científicos

construídos historicamente pela humanidade e local de produção de conhecimentos em

relações que se dão entre o mundo da ciência e o mundo da vida cotidiana. Os povos do

campo querem que a escola seja o local que possibilite a ampliação dos conhecimentos;

portanto os aspectos da realidade podem ser pontos de partida do processo pedagógico,

mas nunca o ponto de chegada. O desafio é lançado ao professor, a quem compete

definir os conhecimentos locais e aqueles historicamente acumulados que devem ser

trabalhados nos diferentes momentos pedagógicos. Os povos do campo estão inseridos

nas relações sociais do mundo capitalista e elas precisam ser desveladas na escola.

f) Conhecimento

É o conjunto daquilo que se aprende, é o domínio do saber, onde se exerce

a aprendizagem. Na escola temos o compromisso com a construção do conhecimento,

que passa necessariamente pela nossa prática pedagógica. A contribuição da escola é

desenvolver meios que permitam a transformação da realidade, ou seja, o

desenvolvimento de capacidades, despertando o aprendizado nos alunos, a fim de que se

apropriem do conhecimento, e possam refletir e mudar sua própria vida. O conhecimento

não é o simples repasse de informações, ele é construído no cotidiano das pessoas, e

essa construção é impulsionada na relação pedagógica. O conhecimento é a única

realidade que se multiplica quando é dividido.

g) Aprendizagem

A educação pode contribuir para diminuir diferenças e desigualdades, na

medida em que acompanhar os processos de mudança, oferecendo formação adequada

às novas necessidades da vida moderna.

As demandas atuais exigem que a escola ofereça aos alunos sólida

formação cultural, favorecendo o desenvolvimento de conhecimentos, habilidades e que

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permitam aos educandos transformarem se em cidadãos críticos e reflexivos, que possam

exercer sua cidadania ajudando na construção de uma sociedade mais justa, onde tenha

a cooperação, a solidariedade, a tolerância e a igualdade .

É necessário que a humanidade aprenda a conviver com a provisoriedade,

com as incertezas, com o imprevisto, com a novidade em todos os sentidos. Isso

pressupõe o desenvolvimento de competências relacionadas à capacidade de

aprendizagem contínua, ou seja, autonomia na construção e na reconstrução do

conhecimento: capacidade de analisar, refletir, tomar consciência do que já se sabe, ter

disponibilidade para transformar o ―seu‖ conhecimento, processando novas informações e

produzindo conhecimento novo.

A escola tem um importante papel a desempenhar ao contribuir para a

formação de indivíduos ativos e agentes criadores de novas formas culturais. A

concepção de ensino e aprendizagem revela-se na prática de sala de aula e na forma

como professores e alunos utilizam os recursos disponíveis. Os alunos têm acesso a

muitas informações e, a partir delas, espontaneamente constroem seus próprios

conhecimentos, moldando-os de acordo com a sua visão de mundo. Na escola é possível

provocar situações que permitam atribuir outros significados a esses conhecimentos e a

outros saberes a partir deles e, desenvolver atitude crítica frente aos conteúdos

veiculados.

6.3 CONCEPÇÃO DE CONTEÚDOS E METODOLOGIAS DE ENSINO

Conteúdos escolares são selecionados a partir do significado que

apresentam para determinada comunidade escolar. Tal seleção requer procedimentos de

investigação por parte do professor, de forma que possa determinar quais conteúdos

contribuem para os diversos momentos pedagógicos para ampliação dos conhecimentos

dos educandos. Estratégias metodológicas, nas quais, a indagação do professor seja

frequente, muito estudo, preparo das aulas e possibilitam relacionar os conteúdos

científicos aos do mundo da vida que os educandos trazem para a sala de aula.

6.4 PRINCÍPIOS

a) Igualdade de Condições

A desigualdade sempre foi uma constante no meio social, sejam oriundas de

fatores econômicos, sociais ou culturais, tais circunstâncias permitem a formação de

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minorias em direitos, pois não tendo os seus direitos sociais efetivados, são impedidos de

participarem de modo substancial do processo democrático. O indivíduo muitas vezes é

concedido como co-autor das ações e não mais mero destinatário, vez que a democracia

passa a ser participativa, tornando-se imperioso garantir estas minorias em direitos, por

meio de ações afirmativas, o direito de igualdades de oportunidades, no intuito de que as

minorias participem do modo ativo da formação da vontade democrática, tendo assim,

condições de demonstrarem as suas reais convicções, não se prestando como

instrumento para a persecução dos fins das maiorias em direitos.

Cabe a escola, sem distinção de qualquer natureza oferecer uma educação

de qualidade, assegurar tanto a alunos quanto aos profissionais que nela trabalha os

mesmos direitos garantidos em leis, pois ela é um espaço de vivências democráticas,

onde todos seguem as mesmas normas, visando assim um ambiente propício à

aprendizagem e a prática de convivência democrática.

É um direito de todo cidadão, sem distinção de qualquer natureza, o acesso

à educação escolar pública gratuita e de qualidade.

Em se tratando da Diversidade, sabemos que vivemos numa sociedade

complexa, plural, diversa e desigual. A nossa diversidade e pluralidade, não se exibe só

através das diferentes culturas constituintes da população. A nossa diversidade se

expressa na marcante desigualdade social brasileira, seja entre ricos e pobres, entre

brancos, negros ou índios, seja enfim, entre os poucos que usufruem da cidadania plena

e os integrantes de uma significativa parcela da população que tem sido sistemática e

historicamente empurrada para as suas margens.

A nossa diversidade se expressa constantemente na organização popular

para a conquista de direitos. A consciência da necessidade de afirmação é crescente, é o

que nos revela a progressiva organização dos povos indígenas, a luta e as proposições

das entidades e grupos do Movimento Negro. São extensas as reivindicações atuais pelo

respeito à diferença, como as de gênero, de opção sexual e dos portadores de

necessidades especiais. Essas ―diferenças‖ precisam ser respeitadas e bem trabalhadas

com nossos educandos, pois todos precisam exercer seus direitos de igualdade e de

respeito com seus semelhantes.

b) Gestão Democrática

A gestão democrática na escola está pautada no compartilhamento de

decisões e informações, a preocupação com a qualidade da educação e a transparência

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na administração de recursos.

Contribui para a superação de conflitos com vistas à melhoria do trabalho,

das relações estabelecidas na instituição educacional e, principalmente, na qualidade do

ensino.

Discutir propostas e implementar ações conjuntas proporciona grandes

resultados para melhorar a qualidade da escola, no entanto, é preciso lidar com conflitos e

opiniões diferentes. Mas, precisamos sempre dialogar, ouvir as pessoas que pensam

diferente de nós e, juntos, negociar. Compartilhar decisões significa envolver pais, alunos,

professores, funcionários e outras pessoas da comunidade para que haja um bom

aproveitamento na administração escolar. Essa participação proporciona um melhor

conhecimento do funcionamento da escola e das pessoas com ela envolvidas.

Nesse sentido, entendemos que gestão democrática é a garantia de

mecanismos e condições para a participação, partilha e descentralização de todos os

envolvidos na comunidade escolar.

Uma gestão democrática tem como prioridade de trabalho a parceria com as

instâncias colegiadas da escola, como o grêmio estudantil que é a voz dos educandos, a

APMF, que participa da parte financeira e principalmente o Conselho Escolar , que

participa ativamente das tomadas de decisões de todo o processo educativo. Ela precisa

também estar atuante em todo o processo educativo, principalmente no que diz respeito

ao ensino e a aprendizagem, orientando, ouvindo alunos e professores para que a

aprendizagem ocorra da melhor forma possível, assegurando os direitos e deveres de

toda a comunidade escolar.

c) Liberdade

Para que a participação seja real são necessários meios e condições

favoráveis, ou seja, é preciso repensar a cultura escolar e os processos, normalmente

autoritários, de distribuição de poder. É entender a participação como um processo a ser

construído coletivamente. Por isso, todos têm liberdade de participação, liberdade de dar

sugestões, opinar, votar, participar das decisões. No entanto, ressaltamos que, nenhuma

medida ou pratica é imposta, nada se decreta sem o aval e a participação de todos.

Porém, existem normas que já estão regulamentadas, amparadas por lei e

que não podemos mudar. Entendemos que a escola, é um espaço de contradições e

diferenças, mas quando buscamos construí-la tendo como alicerces à liberdade de

expressão, a participação, a cooperação, o trabalho coletivo, a descentralização do poder,

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estaremos exercitando a pedagogia do diálogo, o respeito às diferenças, a convivência

democrática.

d) Valorização dos trabalhadores em educação

Todos os profissionais da escola são importantes para a concretização dos

objetivos do Projeto Político Pedagógico. Cada um tem um papel fundamental no

processo educativo, cujo resultado não depende apenas da sala de aula, mas também da

vivência e da observação de atitudes corretas e respeitosas no cotidiano da escola.

Tamanha responsabilidade, exige boas condições de trabalho, preparo e

equilíbrio. Para tanto, é necessário que se garanta condições, tais como:

1. estabilidade do corpo docente , pois somos todos do quadro de professores do

Regime PSS;

2. ambientes favoráveis de trabalho, no qual todos se sintam bem para trabalhar;

3. adequada relação entre o número de alunos e de professores;

4. salários condizentes com a importância do trabalho;

5. formação continuada a todos os que trabalham na escola;

6. suficiência da equipe escolar;

7. bom aproveitamento dos recursos existentes;

8. condições suficientes para um bom convívio entre todos;

9. respeito ao seu trabalho;

10. plano de cargos, carreira e salários.

6.5 CURRÍCULO

A Escola Estadual de Bituva das Capinas, assim como as demais escolas

brasileiras, atende um número cada vez maior de estudantes oriundos das classes

populares. Nesse sentido , sabemos que o Currículo deve atender as especificidades dos

alunos, se adaptando a realidade da escola e da realidade do aluno. Por isso,

necessitamos estar atentos a essas diferenças , nos adequando as mudanças e

transformações sociais de acordo com nossa realidade. Sabemos que o sujeito é fruto de

seu tempo histórico, das relações sociais em que está inserido, é um ser singular que

atua no mundo a partir do modo como o compreende e como dele lhe é possível

participar. A escola contribui para determinar o tipo de participação que lhes caberá na

sociedade, tendo em sua natureza um forte caráter político.

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O Currículo disciplinar segundo as DCEs, tem como objetivo construir uma

sociedade justa, com oportunidades semelhantes a todos. Dar ênfase à escola, como um

lugar de socialização do conhecimento, por isso os conteúdos disciplinares devem ser

tratados, na escola com contextualização. Estabelecendo entre eles, relações

interdisciplinares e colocando como suspeita tanto a rigidez com que tradicionalmente se

apresentam quanto o estatuto de verdade atemporal dado a eles. Propõe-se que tais

conhecimentos, contribuam para à crítica às contradições sociais, políticas e econômicas

presentes nas estruturas da sociedade contemporânea e propiciem compreender a

produção científica, a reflexão filosófica, a criação artística, nos contextos em que elas se

constituem. Mas acima de qualquer coisa, proporcionem ao educando a aprendizagem

daquilo que é suscetível com o seu propósito de aprendizagem, correspondendo as suas

necessidades e especificidades, oportunizando a sua adequação à sociedade e sua

qualificação para o trabalho, que está garantido na Constituição por direito e na LDB.

a) Matriz teórica e organização dos conteúdos

Esse item encontra se à parte, no bloco das propostas pedagógicas.

b) Critérios de organização de turmas

Os educandos de nossa escola são preferencialmente atendidos no período da

manhã, horário de funcionamento da escola, devido à disponibilidade de transporte

escolar. Atendemos a quatro turmas no ano de 2010, já no ano 2011 está previsto 5

turmas.

6.6 AVALIAÇÃO

a) Instrumentos, registros, recuperação e forma de comunicação dos resultados:

São utilizados, bimestralmente, no mínimo 03 (Três) instrumentos de

diferentes de avaliação. O valor de cada instrumento de avaliação é de no máximo 4,0

(Quatro) pontos. Ao final de cada bimestre, o valor somado dos instrumentos de avaliação

deve totalizar 10,0 (dez) pontos.

O valor da avaliação bimestral do educando é a soma dos resultados obtidos

nos instrumentos de avaliação ofertados.

Aos educandos que não conseguiram atingir a aprendizagem é oferecida a

recuperação de estudos no decorrer do ano letivo. Sendo que na maioria das vezes, essa

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recuperação acontece gradativamente após cada conteúdo explicitado, conforme a

necessidade do educando.

A recuperação de estudos aborda os conteúdos nos qual o educando

apresentou aproveitamento insuficiente e utiliza quantos e quais tipos de instrumentos d

avaliação, o educador julgar necessário, de acordo com as especificidades do educando e

do conteúdo no qual seu aproveitamento foi considerado insatisfatório. Para efeito do

registro escolar, é considerado o maior valor de avaliação obtido pelo educando. A

avaliação também é uma forma de reflexão por parte do professor em relação à sua

prática docente.

A escola também avalia os resultados do processo de ensino-aprendizagem

através de meios internos como o Conselho de Classe e reuniões entre os trabalhadores

em educação. Externos como o Sistema de Avaliação da Educação Básica - SAEB, no

Exame Nacional do Ensino Médio – ENEM e Prova Brasil – AVA, entre outros, embora

estes não permitam avaliar as especificidades da realidade local.

Os processos de avaliação, classificação e promoção seguem as determinações

emitidas pela Secretaria de Estado de Educação e demais órgãos competentes.

b) Instrumentos de avaliação:

Resolução de questionamentos escritos e orais;

Produção ou análise de textos, dramatizações, desenhos, músicas, poemas,

mapas, tabelas, gráficos e outras formas de expressão e representação;

Tradução, compreensão, elaboração de textos e diálogos em língua estrangeira;

c) Avaliação: instrumentos, registros, recuperação e forma de comunicação dos

resultados:

Produção de atividades na sala de aula, na biblioteca, em saídas de campo e em

domicílio;

Pesquisa, produção e apresentação de seminários;

Pesquisa e produção de relatórios de pesquisa;

Participação em palestras, atividades culturais e esportivas;

Participação, comprometimento e atitude em sala de aula;

Outros.

d) Registros: os registros são realizados nos livros de Registro de Classe e no Sistema

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Estadual de Registro Escolar (SERE).

e) Comunicação dos resultados:

A comunicação das avaliações é efetuada através de boletim escolar

entregue bimestralmente em reunião pedagógica com os pais ou responsáveis. A escola,

através da direção, equipe pedagógica e corpo docente, estabelecem contato com os pais

quando os educandos apresentam deficiências de aprendizagem, para determinação e

superação de eventuais problemas. Esses problemas são registrados num livro ata de

cada sala, onde são registradas todas as ocorrências de indisciplina, notas baixas, falta

de atividade resolvida entre outros. Salientamos que a participação dos pais também é de

suma importância em todo o processo educativo, pois precisam saber também quando

seu folho está desenvolvendo bem suas atividades educativas, apresenta bom

comportamento, enfim se tudo está ―OK‖ com o mesmo.

f) Organização da hora/ atividade:

A organização da hora atividade, tem como finalidade principal permitir o

constante desenvolvimento e aprimoramento do processo de ensino-aprendizagem, pois

propicia aos educadores momentos para estudo, preparação e conclusão de aulas;

reflexão sobre o desenvolvimento do processo de ensino e aprendizagem; diálogo com os

demais educadores , direção, pedagoga; atendimento aos pais, atendimento

personalizado aos educandos; desenvolvimento de projetos; entre outros, por isso os

professores contam com o uso da biblioteca e da sala de multimeios para a realização de

suas atividades.

Esse ano os professores também podem contar com a TV Paulo Freire.

Quanto a distribuição do horário da hora atividade, busca-se decidir em

comum acordo com a direção, equipe pedagógica e corpo docente, correspondendo as

necessidades da escola e de modo especial o processo ensino e aprendizagem.

g) Calendário Escolar

A Secretaria de Estado de Educação propõe alternativas de calendário e a

escola, após entendimento com a rede municipal e o Núcleo Regional de Educação,

estabelece o mais apropriado de modo a atender às necessidades da escola.

O Calendário Escolar de 2011 foi homologado pelo Ato Administrativo do

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Núcleo Regional de Educação de Irati, após o Parecer Favorável do Setor de Estrutura e

Funcionamento do NRE.

h) Matriz curricular

A Escola estadual Bituva das Campinas, possui a seguinte matriz curricular.

ENSINO FUNDAMENTAL

Turno Manhã

Disciplina/Série Quinta Sexta Sétima Oitava

Base

Nacional

Comum

Ciências 03 03 04 03

Arte 02 02 02 02

Educação Física 03 03 03 03

Ensino Religioso.* 01 01 00 00

Geografia 03 03 03 03

História 03 03 03 04

Língua Portuguesa 04 04 04 04

Matemática 04 04 04 04

Subtotal 23 23 23 23

P.D. L.E.M. – Inglês** 02 02 02 02

Subtotal 02 02 02 02

Total Geral 25 25 25 25

** Idioma definido pelo Estabelecimento de Ensino.

6.8 REGIME ESCOLAR

a) Organização do tempo escolar

A Escola Estadual Bituva das Campinas, localizada na localidade de Bituva

das Campinas, município de Fernandes Pinheiro, funciona no período da manhã. A Escola

oferta apenas o Ensino Fundamental de 5ª à 8ª séries, com 4 turmas, com o início das

aulas às 7:10 horas e término às 11:40 horas. No período noturno também funciona duas

turmas de APDEs descentralizadas da Escola Estadual de Angaí.

b) Sala de Recursos

No momento, a escola ainda não possui Sala de Recursos, sendo que conta

com espaço físico suficiente e adequado para futuras instalações da mesma.

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Pretendemos para esse ano de 2010, fazer a organização do espaço, alguns alunos já

estão sendo avaliados com psicólogo e neurologista, e assim desta forma solicitar

posteriormente a Sala de Recursos, pois ela é de extrema importância para o

aprimoramento da aprendizagem dos alunos.

c) Forma de matrícula

São seguidas as determinações legais emitidas pela Secretaria Estadual da

Educação e outros órgãos competentes, e passadas conforme orientações do NRE de

Irati.

d) Material Didático

A escola oferece aos educandos os livros do Programa Nacional do Livro

Didático, fornecidos pela União, além do acervo de livros, CDs, DVDs e periódicos

existentes na Biblioteca do estabelecimento de ensino , como também tenta suprir os

materiais didáticos pedagógicos solicitados pelos docentes, de acordo com as

possibilidades da escola.

e) Inclusão Social

Sobre o tema diversidade e inclusão, pensamos que o professor deve ter

como princípio básico em seu trabalho o respeito à diversidade e a preocupação com a

inclusão do aluno. Partimos da premissa de que o professor não deve medir esforços para

que todos os alunos e alunas tenham seus corpos, habilidades e competências

respeitadas e consideradas no momento de serem elaboradas as situações de

aprendizagem, e que haja garantias para que todos participem efetivamente das

atividades. Para que essas idéias se dêem efetivamente na prática, além das mudanças

internas necessárias e que cada membro do grupo classe ou escola deve realizar

consigo, sugiro aos professores realizar adaptações e modificações quanto às atividades,

regras, espaço físico e aos materiais, principalmente no que diz respeito aos alunos com

necessidades especiais. Isso implica também em tomar todos os cuidados necessários

para dissipar as possíveis causas da não participação do aluno, tais como: atitude

discriminatória por parte do grupo.

É preocupação desta escola com o atendimento à diversidade social,

indistintamente, para a inclusão de todos os indivíduos, independente de cor, raça, sexo,

religião, necessidades educacionais especiais, moradores do campo, afro-descendentes,

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imigrantes, indígenas, reconhecendo os direitos sociais de cada um, respeitando sua

cultura. Nesse sentido, buscaremos construir os saberes escolares necessários à

formação do cidadão, buscando continuamente estratégias que ajudem a superar as

dificuldades, eximindo o de qualquer forma de preconceito, discriminação, e garantindo à

todos as condições indispensáveis para que possam manter se na escola e aprender.

6.9 EDUCAÇÃO DO CAMPO

A Educação do Campo é uma política pública que nos últimos anos vem se

concretizando no estado do Paraná, caracterizada como o resgate de uma dívida histórica

do Estado aos sujeitos do Campo, que tiveram negado o direito a uma educação de

qualidade, uma vez que os modelos pedagógicos ora marginalizavam os sujeitos do

campo, ora vinculavam-se ao mundo urbano, ignorando a diversidade sociocultural do

povo brasileiro, especialmente àquela expressa na prática social dos diversos sujeitos do

campo.

Os sujeitos do campo têm direito a uma educação pensada, desde o seu

lugar e com a sua participação, vinculada a sua cultura e as suas necessidades humanas

e sociais, visando uma Educação Pública e gratuita de qualidade, presente e que respeite

e valorize a diversidade humana, contribuindo assim com a construção de uma sociedade

cada vez mais justa e solidária.

O que caracteriza os povos do campo é o jeito peculiar de se relacionarem

com a natureza, o trabalho na terra, a organização das atividades produtivas, mediante

mão-de-obra dos membros da família, cultura e valores que enfatizam as relações

familiares e de vizinhança, que valorizam as festas comunitárias e de celebração da

colheita, o vínculo de uma cultura de trabalho que nem sempre segue o relógio mecânico.

A identidade dos povos do campo comporta categorias sociais como:

Faxinalenses, posseiros, bóias-frias, ribeirinhos, ilhéus, assentados, acampados,

arrendatários, pequenos proprietário, agricultores familiares, camponeses, colonos ou

sitiantes, comunidades negras rurais, quilombolas e também as etnias indígenas entre

outras. A identidade sociocultural é dada pelo conceito de cultura. Cultura como práxis

que pode ser útil à Educação do Campo.

É na práxis que o homem tem condições de superar a sua própria situação

de opressão, mediante a análise de que a divisão do trabalho é característica de uma

determinada formação social e não um fato natural. A práxis passa a ser condição para a

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ação revolucionária, de modo que os homens podem pensar o sentido de suas atividades,

a sua organização política e ações conjuntas na luta contra a opressão. Na Educação do

Campo devem-se valorizar os seguintes meios de aprendizagens sociais:

a) Socialização: Realizar ações que promovam e que revelam a cultura dos educandos, a

manutenção dessa cultura, sua participação no cotidiano, fazendo reflexões sobre quais

traços são mais importantes para a formação dos sujeitos no campo hoje;

b) Construção de uma visão de mundo: serão trabalhados conteúdos dentro da realidade

onde vivem como, por exemplo, pensar sobre o que fazem o que pensam, como se

aprende e como se ensina a tomar posição diante das questões de seu tempo, valores

humanistas, e como se respeita uma organização coletiva;

c) Cultivo de identidades: trabalhar com os processos de percepção e de formação de

identidades, ajudar a pessoa a construir a visão de si mesma, e das identidades coletivas,

sociais: identidade de camponês, de trabalhador, de membro de uma comunidade, de

participante de um movimento social.

d) Auto-estima: para elevar e manter a auto estima dos alunos, provenientes do campo,

os educadores devem ter uma postura voltada para o bem-estar de todos, e conduzindo

bem as atividades escolares, de modo que o educando seja capaz de iniciar e realizar as

atividades por conta própria, e à capacidade de auto avaliação sobre o que consegue

fazer com eficácia, a partir dos critérios que lhe são fornecidos pelo educador.

e) A Escola Estadual de Bituva das Campinas fica numa região agrícola, onde quase a

totalidade de nossos alunos são filhos de agricultores, bóias frias, faxinalenses, sendo

que a maioria é pequenos agricultores camponeses e familiares. Diante disso, a educação

do campo faz o diálogo com a teoria pedagógica e a realidade em que os camponeses

vivem. Ela não deve ser desvinculada dos movimentos sociais, pois eles transformam a

cultura camponesa ajudando a conformar um novo modo do ser humano.

a) Avaliação na escola do campo

Processo contínuo e realizado em função dos objetivos propostos para cada

momento pedagógico, seja bimestral ou anual. Pode ser feita de diversas maneiras,

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trabalhos individuais, atividades em grupos, trabalhos de campo, elaboração de textos,

criação de atividades que possam ser um diagnóstico do processo pedagógico em

desenvolvimento , muito mais que para uma verificação de notas, a avaliação é um

diagnóstico do processo pedagógico, do ponto de vista dos conteúdos trabalhados, dos

objetivos, e da apropriação e produção de conhecimentos. È um diagnóstico que faz

emergir os aspectos que precisam ser modificados na prática pedagógica.

Para a educação, que se quer construir, um procedimento essencial é a

escuta:

Escutar os povos do campo, a sua sabedoria, conhecimentos tradicionais e as suas

críticas e sugestões.

Escutar os educandos e as suas observações, reclamações ou satisfações com

relação à escola e a sua sala de aula.

Escutar as carências expostas pelos professores das escolas do campo, enfim, ouvir

cada um dos sujeitos que fazem o processo educativo: comunidade escolar,

professores e governos, nas esferas municipais, estadual e federal.

Por meio da escuta, será gerado o diálogo e nele serão explicitadas as propostas

políticas e pedagógicas necessárias à escola pública.

Busca-se uma educação que seja crítica, cuja característica central é a

problematização dos conhecimentos. Problematizar implica discutir os conteúdos de

forma a gerar indagações e não de forma enciclopédica e mecânica. Para tanto, na

educação do campo, o tema questão agrária é essencial para compreender os

determinantes que levaram a educação do campo a estar historicamente marginalizada

nas políticas educacionais.

Na prática escolar decorrente dessa concepção, o ato de avaliar permanece

de modo geral centrado na busca de informações qualitativas, a partir das quais são

atribuídos conceitos aos alunos ou tomadas decisões unilaterais sobre suas habilidades,

seus conhecimentos, suas possibilidades de continuar suas aprendizagens.

Ao final de uma etapa ou de uma fase de ensino, durante a qual, se espera

que os alunos tenham concluído suas experiências, são realizadas provas escritas,

geralmente individuais, que buscam cobrir todo conteúdo abordado pelo professor.

A avaliação deve ser democrática. Ela deve compreender dupla função no

processo ensino-aprendizagem: fornecer dados e informações essenciais à tomada de

decisões a respeito das condições de continuidade ou retomada do processo de

aprendizagem, bem como, oferecer elementos para o juízo de valor sobre a

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aprendizagem construída.

Então, exige-se a definição clara e objetiva dos critérios de avaliação, os

quais serão utilizados como referência para análise, acompanhamento, julgamento de

qualidade e atribuição de valor à aprendizagem. Ela tem o objetivo de diagnosticar os

avanços e dificuldades encontradas e redirecionar a prática do professor. Ela não deve

ser descontínua, fragmentada e comparativa, e sim parte integrante da aprendizagem.

Cabe a escola diagnosticar os avanços e dificuldades encontradas e redirecionar a prática

do professor. Ela não deve ser descontínua, fragmentada e comparativa, e sim parte

integrante da aprendizagem. Cabe ao professor valorizar todo o trabalho criativo e de

produção do aluno, seus avanços, sua participação ativa. É preciso avaliar o aluno como

um todo.

6.10 HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA

De acordo com a Lei Nº 10.639, de 09 de janeiro de 2003, os conteúdos

referentes à História e a Cultura Afro Brasileira serão ministrados no âmbito de todo o

currículo escolar, em todas as disciplinas, em especial nas áreas de Artes, Língua

Portuguesa, Geografia e História. O calendário Escolar incluirá o dia 20 de novembro

como ―Dia Nacional da Consciência Negra‖.

Serão considerados e trabalhados aspectos importantes como, justiça e

iguais direitos sociais, civis, culturais e econômicos, bem como valorização da diversidade

entre as pessoas. É importante também a valorização e o respeito às pessoas negras e a

divulgação dos processos históricos de resistência negra desencadeados pelos africanos

escravizados no Brasil e por seus descendentes. A escola trabalhará tentando desfazer a

mentalidade racista e discriminadora reestruturando relações étnicos raciais e sociais,

despertando ente todos a consciência negra.

6.11 ENFRENTAMENTO à VIOLÊNCIA NA ESCOLA

Em nossas escolas, existem múltiplas determinações, culturas diferenciadas,

as influências do ambiente e as diversas interferências no processo educacional nelas

próprias e no seu entorno, criando oportunidades e experiências realizadas.

A comunidade escolar deve pautar suas discussões sobre a violência com

base em percepções mais globais dos mecanismos e dos sujeitos sociais nela envolvidos.

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Precisamos compreender e refletir sobre a violência praticada por alunos na escola ou

partir da escola. Sabemos que a violência é um processo complexo e desafiador, que

requer muitos cuidados por parte dos professores, equipe pedagógica, enfim de toda

comunidade escolar, pois ela é um problema atual, não só escolar, mas de toda

sociedade.

A função da escola além de ensinar também é educar, e não podemos estar

alheios a essa função de educadores, por isso precisamos estabelecer conexões teóricas,

entre saberes e práticas, entre grupos de alunos e qual é o papel e o lugar de cada um.

Precisamos elaborar um ensino onde possa determinar prioridades, pontos de partida e

de chegada. Sabemos que a violência não diz respeito somente à escola, ela está em

toda parte e em diferentes grupos sociais e diferentes classes sociais, ela não é mais

oriunda de pessoas e alunos das classes mais pobres e com menos educação escolar,

hoje ela já é um problema mundial que afeta toda a comunidade, principalmente a escolar,

pois professores sofrem com muitos alunos, assim como certos alunos acabam desistindo

de estudar por agressões sofridas por outros alunos , tanto verbais quanto físicas.

Nossa esperança é encontrarmos solução em nossas escolas, onde

devemos orientar e trabalhar esses problemas, pois não queremos que as escolas se

tornem um grande problema em relação à violência.

6.12 PREVENÇÂO AO USO INDEVIDO DE DROGAS

A escola enquanto espaço de socialização do conhecimento cultural e

científico, não pode se omitir a discussão em relação às drogas nos espaços escolares,

uma vez que o foco dos estudos escolares também é prevenção. Prevenção também

pode ser entendida como um processo complexo e desafiador que requer uma

abordagem desprovida de preconceitos e discriminações.

O grupo de pessoas que precisa maior atenção em relação ao uso de

entorpecentes são os adolescentes, pois os mesmos estão passando por transformações

físicas e emocionais, ficando com seu estado de compreensão do certo e errado muitas

vezes confusos, levando-os a estar em contato a situações em que possam despertar o

interesse e curiosidade em relação ao novo e diferente, é onde em muitos casos isso

acaba levando-os ao uso e muitas vezes tornando-se um viciado e até mesmo levando-os

à morte.

Em relação a mais esse desafio contemporâneo em que passa nossas

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escolas, salientamos que estaremos desenvolvendo em nossa escola no decorrer deste

ano letivo, palestras e orientações em relação a esses conhecimentos e também

passaremos alguns filmes aos alunos, onde os mesmos possam ter orientação e

oportunidade de e que tenham a oportunidade do conhecimento e de reflexões sobre o

assunto, para que não possam um dia culpar a escola pela falta de orientação nesse

período em que passam grande parte de suas vidas, que é a Instituição de ensino em que

os mesmos estão inseridos.

6.13- PEP- PRONTIDÃO ESCOLAR PREVENTIVA

O PEP, é um Programa do Governo do Estado que será desenvolvido em

nossa escola e será trabalhado em todas as disciplinas. Mostraremos uma breve

exposição sobre o assunto.

Programa de brigada de incêndio, tem como objetivo estabelecer as condições mínimas

para a elaboração de um programa de brigada de incêndio, visando proteger a vida e o

patrimônio, bem como reduzir as consequências sociais do sinistro e dos danos ao meio

ambiente.

Esta Norma é aplicável em edificações físicas comerciais e de serviço, bem

como as destinadas à habitação (residenciais ou mistas).

Para a elaboração do programa de brigada de incêndio devem ser atendidos

vários requisitos. No caso da ocorrência de uma situação real ou simulado de

emergência, devendo ser organizada de maneira que possam ser tomadas as devidas

providências em caso de uma situação real, além de que deve ser organizada uma equipe

que gerenciará todas as tomadas de decisões e organizações necessárias. Os brigadistas

são membros que executam as ações e precisam eleger um líder para coordenar a

brigada, executando as ações de emergência em sua área de atuação. Em caso de

ocorrências reais o Corpo de Bombeiros deverá ser acionado, os professores em suas

respectivas disciplinas deverão ter conhecimentos básicos sobre primeiros socorros, caso

haja necessidade.

A ) Primeiros Socorros

Prestar primeiros socorros às possíveis vítimas, mantendo ou

restabelecendo suas funções vitais com SBV (suporte básico da vida) e RCP (reanimação

cardiopulmonar) até que se obtenha o socorro especializado.

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Cortar, quando possível ou necessário, a energia elétrica dos equipamentos,

da área ou geral, também é uma maneira de prevenção em alguns casos.

b) Exercícios Simulados

Devem ser realizados exercícios simulados parciais e completo no

estabelecimento ou local necessário conforme comunicação preestabelecida, removendo

para local seguro. Proceder ao abandono da área parcial ou total, fazendo posterior

esvaziamento da área.

Todas essas medidas de prevenção deverão ser previamente treinadas para

casos de emergências reais, onde os alunos poderão saber o que fazer em caso de

necessidade.

7) MARCO OPERACIONAL:

7.1) ESTRUTURA PEDAGÓGICO-ADMINISTRATIVA:

A Escola Estadual Bituva das Campinas, é jurisdicionada pelo Núcleo

Regional de Educação de Irati e sua estrutura organizacional tem a seguinte composição:

a) Equipe Pedagógica

A Equipe Pedagógica é o órgão responsável pela coordenação, implantação

e implementação, no Estabelecimento de Ensino, das diretrizes pedagógicas emanadas

da Secretaria de Estado da Educação, através do Núcleo Regional de Educação.

Atualmente está composta por: Corpo Docente, Professor Pedagogo e

Direção.

b) O Papel do Pedagogo

O papel do pedagogo durante muito tempo esteve voltado e preso a idéias

funcionalistas e burocráticas, entre suas funções, ele era visto como um supervisor e um

orientador escolar, o qual descaracterizou sua real função. Entretanto o contexto político

pedagógico e histórico da escola pública quando se pretende ser democrática,, percebe o

Professor Pedagogo, como um organizador do trabalho escolar, submetendo cada sujeito

histórico em sua realidade. Nesse sentido, a relação pedagógica em torno de um objetivo

que deve ser comum, contribui com a promoção da aprendizagem e a constante melhoria

da qualidade da educação.

Para Saviani, 2002, cabe ao pedagogo o domínio das formas que possam

garantir às camadas populares o ingresso na cultura letrada, vale dizer, a apropriação dos

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conhecimentos sistematizados. Provendo a de uma organização tal que cada criança,

cada educando, aquele das camadas trabalhadoras, não veja frustrada a sua aspiração

de assimilar os conhecimentos metódicos, incorporando os como instrumentos

irreversíveis a partir do qual seria possível conferir uma nova qualidade às lutas no seio

da sociedade.

b) Atribuições do Professor Pedagogo:

Ao Professor Pedagogo cabe as seguintes atribuições:

Auxiliar os professores na solução de problemas relacionados ao aproveitamento

escolar dos educandos.

Acompanhar e verificar junto aos professores a conferência das aulas dadas, com o

objetivo dos mesmos cumprirem carga horária prevista em calendário.

Receber livros registros de professores, analisando e conferindo se estão

corretamente preenchidos e assinados.

Elaboração, implementação e acompanhamento do Projeto Político Pedagógico da

escola em parceria com todos os funcionários.

Coordenação, implantação e implementação no estabelecimento de ensino das DCEs

estabelecidas no PPP e no Regimento Escolar, em consonância com a Política

Educacional e orientações emanadas da Secretaria de Estado da Educação.

Coordenar a elaboração coletiva e acompanhar a efetivação do PPP e do plano de

Ação do Estabelecimento de Ensino.

Promover e coordenar reuniões pedagógicas e grupos de estudos para reflexão e

aprofundamento de temas relativos aos trabalhos docentes, visando a elaboração de

propostas de intervenção para a qualidade de ensino para todos.

Participar da elaboração de projetos de formação continuada.

Organizar os pré-conselhos e Conselhos de Classe.

Subsidiar o aprimoramento teórico-metodológico do coletivo.

Orientar e acompanhar a distribuição, conservação e utilização dos livros e demais

materiais pedagógicos, assim como, a aquisição, seleção e empréstimos de livro

referente á Biblioteca.

Participar da organização pedagógica da Biblioteca do estabelecimento de Ensino.

Promover a construção de estratégias pedagógicas de superação de todas as formas

de discriminação, preconceito e exclusão social.

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Organizar registros de acompanhamento da vida escolar do aluno e da prática

pedagógica dos profissionais do estabelecimento de ensino.

Acompanhar os aspectos de socialização e aprendizagem dos alunos, realizando

contato com a família.

Acompanhar a frequência escolar.

Zelar pelo sigilo de informações dos acontecimentos da vida escolar dos alunos e

professores (ética profissional).

Elaborar seu Plano de Ação, e outros através das orientações das jornadas

pedagógicas realizadas pelo NRE.

Garantir a promoção da aprendizagem e constante melhoria da qualidade da

educação.

Acompanhamento dos alunos em suas dificuldades, e também de alunos com

necessidades educacionais especiais.

Contribuir com encaminhamentos metodológicos de leitura em torno de uma prática

comum e articulada, orientando docentes e alunos em torno do ato de ensinar e

aprender.

Propiciar espaços de convivência entre docentes, estabelecendo caminhos de

pesquisa, estudos e integração por uma educação democrática.

Assessorar os professores nos procedimentos de avaliação da aprendizagem.

Acompanhar ou orientar o planejamento das aulas dos professores, tendo em vista o

Projeto Político Pedagógico da Escola.

c) Direção

À Equipe de Direção cabe a gestão dos serviços escolares, no sentido de

garantir o alcance dos objetivos educacionais do Estabelecimento de Ensino, definidos no

Projeto Político Pedagógico.

É composta pelo Diretor, sendo a atual diretora da Escola de Bituva das

Campinas a professora Josane Aparecida Alves Pires, resolução 915/10 DOE,

22/03/2010, Diretora indicada pelo NRE, neste ano de 2010.

a) De acordo com o estabelecimento de ensino, compete ao Diretor:

Cumprir todas as metas traçadas no Plano de Ação;

Convocar e presidir reuniões, atendendo a todas as reivindicações, se possível;

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Elaborar os planos de aplicação financeira, a respectiva prestação de contas e

submeter à apreciação e aprovação do Conselho Escolar;

Gerir os recursos financeiros com transparência e honestidade;

Instituir grupos de trabalho ou comissões encarregados de estudar e propor

alternativas de solução, para atender aos problemas de natureza pedagógica,

administrativa e situações emergenciais;

Propor, após aprovação do Conselho Escolar, a implantação de experiências

pedagógicas, projetos ou inovações de gestão administrativa;

Coordenar a implementação das diretrizes emanadas no Projeto Político

Pedagógico;

Fazer cumprir o Calendário Escolar de acordo com a Lei;

Aplicar normas, procedimentos e medidas administrativas baixadas pela

Secretaria de Estado da Educação;

Analisar e aprovar o regulamento da Biblioteca Escolar, e encaminhar ao

Conselho Escolar para aprovação;

Cumprir e fazer cumprir a legislação em vigor, comunicando ao Conselho

Escolar e aos órgãos da administração: reuniões, encontros, grupos de estudo

e outros eventos;

Exercer as demais atribuições decorrentes do Regimento Escolar e no que

concerne à especificidade de sua função;

Identificar interesses, necessidades e recursos da clientela escolar;

Manter o entrosamento entre alunos, pais, professores e funcionários do

estabelecimento, procurando estabelecer o respeito mútuo, assim como bom

ambiente de trabalho.

Fazer cumprir o Regimento Escolar;

Estimular a formação continuada de todos os profissionais da escola;

Elaborar com todos os componentes da escola o Projeto Político Pedagógico;

Orientar o funcionamento da Biblioteca Escolar, garantindo o uso de seu

espaço pedagógico;

Acompanhar o processo de ensino, no sentido de analisar os resultados de

aprendizagem com vistas a sua melhoria;

d)-Corpo Docente:

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Os Docentes incumbir-se-ão de:

Participar da elaboração da Proposta Pedagógica do

Estabelecimento de Ensino contribuindo no seu desenvolvimento;

Elaborar e cumprir plano de trabalho segundo a Proposta Pedagógica do

Estabelecimento de Ensino zelando pelo seu cumprimento, tendo como

norteadores os princípios contidos nas Diretrizes Curriculares Nacionais;

Zelar pela aprendizagem dos alunos;

Realizar avaliação da aprendizagem, de modo a acompanhar o processo de

construção do conhecimento dos alunos, fazendo intervenções pedagógicas

para que possam superar as defasagens de aprendizagem no processo,

estabelecendo estratégias de recuperação a todos os alunos;

Ministrar os dias letivos estabelecidos, além de participar integralmente dos

períodos dedicados ao planejamento, à avaliação e ao desenvolvimento

profissional assumindo compromisso com a sua formação continuada

participando nos programas de capacitação ofertados pela mantenedora e/ou

por outras instituições, mantendo atitude permanente de estudo e pesquisa;

Colaborar com as atividades de articulação da escola com as famílias e a

comunidade;

Participar de reuniões, encontros, e outros eventos sempre que for convocado;

Manter sempre atualizados os Livros de Registro, com as devidas informações;

Ser assíduo, pontual, e manter conduta adequada à sua condição.

e) Equipe Administrativa:

A Equipe Administrativa é o setor que serve de suporte ao funcionamento de

todos os setores do estabelecimento de ensino, proporcionando condições para que os

mesmos cumpram suas reais funções.

É composta por Secretario - Agente Educacional II e Agente Educacional I.

a)Secretário:

O Secretário é o que tem a seu encargo todo o serviço de escrituração

escolar e correspondência do estabelecimento.

Os serviços da secretária são coordenados e supervisionados pela direção,

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ficando a ela subordinados.

O atual Secretário da Escola é Antonio Michel Kuller Meira, nomeado pela

Portaria n.º0340-DOE, de 27 de abril de 2010. Tem formação em Licenciatura Plena em

Geografia, cursando Especialização em Educação do Campo.

Compete ao Secretário:

1. Cumprir e fazer cumprir as determinações dos seus superiores hierárquicos;

2. Distribuir as tarefas decorrentes dos encargos da secretaria aos seus auxiliares;

3. Redigir a correspondência que lhe for confiada;

4. Organizar e manter em dia a coletânea de leis, regulamentos, diretrizes, ordens de

serviço, circulares, resoluções e demais documentos;

5. Rever todo o expediente a ser submetido a despacho do Diretor;

6. Elaborar relatórios e processos a serem encaminhados a autoridades competentes;

7. Apresentar ao Diretor, em tempo hábil, todos os documentos que devam ser

assinados;

8. Organizar e manter em dia o protocolo, o arquivo escolar e o registro de

assentamentos dos alunos, de forma a permitir, em qualquer época, a verificação:

a) Da identidade e da regularidade da vida escolar do aluno;

b) Da autenticidade dos documentos escolares;

9. Coordenar e supervisionar as atividades administrativas referentes à matrícula,

transferência, adaptação e conclusão do curso;

10. Zelar pelo uso adequado e conservação dos bens materiais distribuídos pela

secretaria;

11. Comunicar à Direção toda irregularidade que venha ocorrer na secretaria;

12. Estar atento na rotina da documentação escolar no geral.

b) Auxiliar Administrativo

- Não temos auxiliar administrativo quem desempenha essa função e o Secretário

Antonio Michel Kuller Meira, e suas atribuições são as seguintes:

- Realizar atividades administrativas e de secretaria da instituição escolar onde

trabalha;

- Auxiliar na administração do estabelecimento de ensino, atuando como educador

e gestor dos espaços e ambientes de comunicação e tecnologia;

- Manter em dia a escrituração escolar, boletins estatísticos;

- Redigir e digitar documentos em geral, juntamente com a direção da escola;

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- Redigir e assinar atas;

- Receber e expedir correspondências em geral;

Emitir e assinar juntamente com o Diretor da escola, histórico e transferências

escolares;

Classificar, protocolar e arquivar documentos;

Prestar atendimento ao público, de forma pronta e cordial;

Atender ao telefone, prestar esclarecimentos ao público em relação aos

procedimentos e atividades desenvolvidas na unidade escolar;

Lavrar termos de abertura e encerramento de livros e escrituração;

Manter atualizados dados funcionais de profissionais docentes e não docentes do

estabelecimento de ensino;

Comunicar à direção fatos relevantes do dia-a-dia da escola;

Manter organizado e em lugar acessível o conjunto de legislação atinente ao

estabelecimento de ensino;

Organizar trabalho de mecanografia e de reprografia;

- Acompanhar os alunos, quando solicitado, em atividades extraclasse ou

extracurriculares;

Participar de reuniões escolares sempre que necessário;

Participar de eventos de capacitação sempre que solicitado;

Manter organizado o material de expediente;

Catalogar e registrar livros, fitas, fotos, textos, etc;

Restaurar e conservar livros e outros materiais de leitura;

Atender aos alunos e professores, administrando o acervo e a manutenção

de bancos de dados;

Zelar pelo controle e manutenção dos documentos e equipamentos da

Biblioteca;

Conservar conforme, orientações do fabricante, materiais existentes no

laboratório de informática;

Reproduzir material didático, através de cópias , vídeos, sons, etc

Zelar pela manutenção e bom uso de todos os equipamentos e materiais

didáticos e pedagógico da escola.

c) Agente Educacional I

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Os Agentes Educacionais I, têm em suas atribuições e a seu encargo o

serviço de manutenção de infraestrutura escolar e preservação do meio ambiente, a

segurança do estabelecimento onde atua, cuidar do cardápio da merenda escolar do

Estabelecimento de Ensino, sendo coordenado e supervisionado pela Direção, ficando a

ela subordinado.

Compõem os Agentes Educacionais I: Serventes e Merendeiras, previstos

em ato específico na Secretaria de Estado da Educação.

São competências dos Agentes Educacionais I :

1. Efetuar a limpeza e manter em ordem as instalações escolares, providenciando

o material e produtos necessários;

2. Efetuar tarefas correlatas à sua função.

3. Participar de reuniões, cursos e outros eventos quando solicitado.

Compete à Merendeira:

1. Preparar e servir a merenda escolar controlando a quantitativamente e

qualitativamente;

2. Informar ao Diretor do estabelecimento de ensino de necessidade de reposição

de estoque;

3. Conservar o local de preparação da merenda escolar em boas condições de

trabalho, procedendo à limpeza e arrumação;

4. Efetuar tarefas correlatas à sua função;

5. Participar de reuniões, cursos e outros eventos quando solicitado.

7.2 - Instâncias Colegiadas:

a) APMF - Associação de Pais e Mestres e Funcionários

A Associação de Pais, Mestres e Funcionários é regida por estatuto próprio

aprovado pelo Conselho Escolar, registrada em Cartório de Registro de Títulos e

Documentos, no Núcleo Regional de Educação e órgão competente da Secretaria de

Estado da Educação.

A Associação de Pais, Mestres e Funcionários esta vinculada à Direção do

Estabelecimento.

Recebe diretamente do FNDE verbas do PDDE, Programa Dinheiro Direto

na Escola, destinadas à aquisição de material de expediente e equipamentos necessários

ao bom andamento da Escola. Após a utilização das verbas, a APMF deve apresentar ao

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FNDE a prestação de contas dos gastos. Além da função de adquirir e gerir algumas

verbas destinadas a mesma, também tem o importante papel de acompanhar o processo

de ensino aprendizagem.

b) A APMF está assim composta:

Presidente: Rosicler Aparecida Strochinski Pinto

Vice-Presidente: Ivalmor Pedro Caragnato

1º Secretário: Antonio Michel Kuller Meira

2º Secretário: Ediliane Pacondes de Andrade

1º Tesoureiro: Izaete Aparecida Mattozo

2º Tesoureiro: Roseli Denkuvicz Perek

Diretor sociocultural Esportivo; Sebastião Stanislau dos Santos

Conselho Deliberativo Fiscal. Representante dos Professores;

Anderson José Baital e Paola Juliana Lascoski

Representantes dos Funcionários; Sidnéia Aparecida de Lima e Maria Izabel dos

Santos Viegandt

Representante dos Pais; José Adilson Pabis, Miguel Duda, Marilene Cavalheiro e

Adenir Chaves Cordeiro.

Assessoria Técnica; Josane Aparecida Alves Pires

b) Conselho Escolar:

Um conselho constitui uma assembléia de pessoas, de natureza pública,

para aconselhar, dar parecer, deliberar sobre questões de interesse público, em sentido

amplo ou restrito.

Os conselhos de educação inserem se na estrutura dos sistemas de ensino

como mecanismos de gestão colegiada para tornar presente a expressão da vontade da

sociedade na formulação das políticas e das normas educacionais e nas decisões dos

dirigentes. O Conselho Escolar constitui a própria expressão da escola, como seu

instrumento de tomada de decisão.

O Conselho existe para dizer aos dirigentes o que a comunidade quer da

escola e, no âmbito de sua competência, o que deve ser feito. O conselho é a voz e o

voto dos diferentes representantes da comunidade escolar, internos e externos, desde os

diferentes pontos de vista, deliberando sobre a construção e a gestão de seu Projeto

Político Pedagógico, assim como planejamento de ações e recursos em beneficio da

escola.

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Em resumo, estabelece a divisão de competências em quatro principais

funções:

a) Deliberativa: decidir, deliberar, aprovar, elaborar.

b) Consultiva: opinar, emitir parecer, discutir, participar.

c) Fiscal: fiscalizar, acompanhar, supervisionar, aprovar prestação de

contas.

d) Mobilizadora: apoiar, avaliar, promover, estimular.

A principal função do Conselho Escolar é político pedagógico, ou seja,

comprometida com todo o processo educacional tendo como foco a aprendizagem, qual

seja: no planejamento, na implementação e na avaliação das ações da escola.

As principais atribuições do Conselho Escolar são:

1. Elaborar Regimento Interno do Conselho Escolar;

2. Coordenar discussões, elaboração ou alterações no Regimento;

3. Convocar assembléias gerais da comunidade;

4. Garantir a participação de todos na elaboração do Projeto político

pedagógico da escola;

5. Aprovar o Projeto Político Pedagógico;

6. Promover relações pedagógicas que respeitem o estudante e valorizem sua

cultura;

7. Propor e coordenar alterações curriculares na escola, respeitando a

legislação vigente;

8. Discutir e votar as alterações metodológicas, didáticas e administrativas na

escola, respeitando a legislação vigente;

9. Acompanhar a evolução dos indicadores educacionais, como, abandono,

aprovação, aprendizagem, entre outros, propondo medidas visando

melhorias na qualidade da educação escolar;

10. Aprovar o plano administrativo anual, sobre a programação e aplicação de

recursos financeiros;

11. Fiscalizar a gestão, administrativa, pedagógica e financeira da unidade

escolar.

O Conselho Escolar deste estabelecimento de Ensino, que prioriza e que

representa a comunidade educativa , possibilita a autonomia da unidade escolar e,

consequentemente, a democratização da educação.

O Conselho Escolar foi eleito de forma democrática em 30 de junho de 2010,

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e aprovado pela Chefia do Núcleo de Irati, através do Ato Administrativo nº. 180/2010, e

com validade até 30 de junho de 2012, com os seguintes componentes;

Presidente: Josane Aparecida Alves Pires

Representante Administrativo: Antonio Michel Kuller Meira

Representante Equipe Pedagógica: Maria Izabel dos Santos Viegandt

Representante do Corpo Docente: Anderson José Baital

Representante do Corpo Docente: Francieli Galvão Ferreira

Representante do Corpo Docente: Silvana Aparecida dos Santos

Representante do Corpo Docente: Sonia Regiane Santos Stelle

Representante dos Funcionários: Rosane Aparecida Carlos

Representante dos pais: Adenir Chaves Cordeiro

Representante dos pais: Joraci de Andrade

Representante dos pais: Vanuza Pabis

Representante do Corpo Discente: Jociele Paula de Góes

Representante do Grêmio Estudantil: Andréia Eirik de Almeida

Representante do Grêmio Estudantil: Marcos Júnior de Lara

Representante da APMF: Rosicler Aparecida Strochinski Pinto

Representante da Associação de Moradores e Agricultores: Rosilda Pires de Meira

F) Conselho de Classe:

O Conselho de Classe é um órgão colegiado, de natureza consultiva e

deliberativa para assuntos didáticos pedagógicos. Tem por objetivo avaliar o processo

ensino-aprendizagem na relação professor/ aluno e os procedimentos adequados a serem

tomados em relação a cada aluno.

É um espaço de grande valor, se considerarmos que é neste momento que

se processa a avaliação dos encaminhamentos tomados no período escolar. É neste

momento que se dá o julgamento sobre a realidade do aluno – sua busca de identidade,

seu esforço para a participação, seu novo modo de pensar, fazer e agir, e da realidade do

professor – sua relação interpessoal com a turma, a metodologia utilizada e outros

aspectos significativos. Permitirá que se identifiquem as causas do sucesso ou das falhas

atribuídas à sua atuação e na atuação dos alunos.

O que busca no Conselho de Classe é que o grupo possa identificar o

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porquê da não aprendizagem de determinados conteúdos, das atitudes de apatia,

desinteresse, atos e omissões e outros sintomas demonstrados durante o bimestre. É

neste espaço que os profissionais podem e devem avaliar seu próprio trabalho, a atuação

de sua turma e propor novas ações, atitudes, rotinas e regras para o próximo período.

Toda a discussão e as propostas indicadas devem ser registradas em ata.

O Conselho de Classe, para dar conta de sua função, precisa ser organizado

com tempo suficiente, para isso é que é disposto o pré-conselho, período em que o

professor diagnosticará cada aluno, podendo posteriormente no conselho de classe ter

mais firmeza em suas colocações em relação a determinados alunos e suas reais

dificuldades, e para que os professores tenham condições de sair do Conselho com o

plano praticamente reelaborado. Cada profissional deverá refletir sobre sua postura, em

relação a sua prática pedagógica. Um conselho dentro desta perspectiva, serve de

instrumento de crescimento da consciência crítica de todos que dele participam.

O Conselho de Classe é constituído pelo Diretor, equipe pedagógica e

professores, podendo haver a participação de pais e alunos. É presidido pelo diretor e

deverá ser realizado ordinariamente em cada bimestre, em datas previstas em calendário

escolar.

São atribuições do Conselho de Classe:

1. Emitir parecer sobre assuntos referentes ao processo ensino-aprendizagem;

2. Analisar informações e fazer encaminhamentos sobre processos de

avaliação que afetam o rendimento escolar;

3. Propor medidas para um melhor aproveitamento escolar;

4. Estabelecer planos para recuperação de alunos, respeitando o plano

curricular do estabelecimento;

5. Decidir sobre aprovação ou reprovação do aluno, que porventura, não tenha

atingido a aprendizagem, levando em consideração o seu desenvolvimento.

Assim, no Conselho de Classe, devemos buscar as causas dos problemas e

apresentar soluções para os mesmos, a fim de que tenhamos melhorias no ensino-

aprendizagem.

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g) Grêmio Estudantil:

O Grêmio deve ser resultado da vontade dos próprios alunos. São eles que

devem reconhecer a sua importância e definir o seu perfil. Dentro de uma escola surgem,

quase que naturalmente, diferentes grupos que se articulam informalmente em torno das

mais variadas razões e motivos. A organização do Grêmio é um deles. Por ser

institucionalizado, pode representar melhor a busca de anseios, desejos e aspirações dos

estudantes.

Em nossa escola o Grêmio estudantil teve sua eleição feita em meados do

segundo bimestre e está assim composto:

_ Presidente: Jaine Pabis

Vice Presidente: Karolaine Princival Pires

Secretário Geral: Sara Crevelim

Vice Secretário: Douglas P. Dos Santos.

Tesoureiro Geral: Marcos Júnior de Lara

Vice Tesoureiro: Aurélio Machado de Jesus

Diretor Social: Andréia Eirik de Almeida

Diretor Cultural: Solange Aparecida Carlos

Diretor Esportivo; Mateus de Lara

Diretor do meio Ambiente: Keila Miranda dos Santos

Diretor de Imprensa: Gustavo Penteado

7.3 - CONDIÇÕES FÍSICAS, MATERIAIS E DIDÁTICAS DA ESCOLA:

a) Condições Físicas:

A escola encontra-se em condições boas de conservação. Passou por uma

reforma no ano de 2003, feita pela Prefeitura Municipal, sendo que o prédio estava cedido

para a Prefeitura, e em 2009, o governo do Estado do Paraná fez uma nova reforma.

Foram feitos pequenos reparos nas paredes, consertos nos banheiros, cozinha, calçadas,

fechaduras, torneiras, trocas de lâmpadas, e dos quadros negros, reparos na rede

elétrica, colocação de grades, colocação de alambrados na frente da escola, além de

pintura em todo o prédio.

A escola possui 2 blocos, sendo que no bloco 1, há 3 salas de aula, 01

laboratório de informática, 01 biblioteca, sala dos professores, secretaria em conjunto com

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a Direção, cozinha, banheiros, almoxarifado e hall de entrada. No bloco 2, há 2 salas de

aula. Na parte da frente do pátio há um jardim, atrás há um espaço cercado utilizado para

horta escolar. Em 2010 ocorreu à construção da quadra de esportes coberta é utilizada

para Educação Física e atividades extra classes.

b) Condições Materiais:

a) Salas de aula: as salas de aula são amplas, arejadas, e todas possuem cortinas,

atualmente foram colocadas persianas nas janelas da frente da escola. É o local onde

efetivamente acontece a aprendizagem e merece atenção especial por parte dos

profissionais da escola. Permitem a organização do mobiliário de acordo com atividades

diversas como, rodas, trabalhos em grupos, debates, etc.

b) Biblioteca: constitui-se em espaço pedagógico, cujo acervo está à disposição de

toda comunidade escolar. O acervo bibliográfico é fornecido pela Secretaria do Estado da

Educação, convênios, por doação de terceiros e por aquisições da escola. A Biblioteca da

Escola também é beneficiada pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, o

FNDE, o qual repassa livros, revistas e informativos para o acervo. Possui muitos livros de

literatura infantil, romances, enciclopédias para pesquisa, coleções, Atlas, e outros.

A Biblioteca está a cargo da pedagoga da escola, pois não há profissional

responsável para atuar como bibliotecário. No ano de 2009 foi relevante o número de

alunos que fizeram empréstimos de livros diversos para aperfeiçoamento de sua leitura. E

nesse ano de 2010 a procura por empréstimos continua gradativamente.

c) Sala dos professores: é uma sala média com uma mesa na quais os professores

reúnem-se para lanchar, conversar, fazer reuniões, horas atividades, trabalhos, preparar

aulas, etc. É um ambiente tranqüilo, onde não há acesso de alunos. Possui um armário

para guardar materiais didáticos pedagógicos para facilitar o acesso dos professores. Há

também armário coletivo utilizado por todos os professores.

d) Secretaria: na secretaria há 4 computadores, mesas, escrivaninha, arquivos,

armários com materiais de expediente e escolar. Dividem o espaço a Diretora, Pedagoga

e o Secretário.

e) Quadra de esportes: Nesse ano de 2010 foi construída uma quadra esportiva pelo

governo do Estado, onde melhorou muito a questão esportiva em nossa comunidade

escolar. Ela é utilizada para diversas atividades recreativas, e para as aulas de Educação

Física. É um espaço bem amplo e cercado. Atrás da quadra há um espaço que está

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sendo organizado para ser um campo de futebol suíço e na frente há um grande espaço

para ser arborizado para área de lazer.

f) Banheiros: Este ano passou por reformas, embora o número deles ainda é escasso.

Apenas o que causa transtorno é que não há banheiros para professores e funcionários,

tendo os mesmos que utilizar o banheiro dos alunos.

g) Pátio escolar: O pátio é bonito, seguro e com bastante espaço livre para os alunos

brincarem. Também é utilizado para atividades recreativas e pedagógicas.

h) Horta: A escola possui uma área destinada para horta. Esse espaço é muito

grande, pretendemos futuramente transformar parte dela em campo de atletismo.

7.4 RECURSOS DIDÁTICO-PEDAGÓGICOS:

a) Materiais para uso do professor e dos educandos: a escola possui muitos materiais

didáticos à disposição dos professores e dos educandos como: videocassete, televisores,

antena parabólica, computador, DVDs, impressora, retroprojetor, mimeógrafo à álcool e a

tinta, rádios, planetário, torso humano, microscópio, esqueleto, pirógrafos, dicionários,

papel sulfite, papéis diversos, estêncil, livros de literatura, Atlas, mapas, cartazes, mural,

sólidos geométricos, jogos de frações, material dourado, tangrans, réguas, esquadros,

compassos, mesa de ping-pong, material esportivo, como, bolas, jogos de xadrez,

dominó, dama, fantoches, entre outros.

b) Materiais doados e de uso dos educandos na escola: como nossos educandos são

muito carentes não deixamos faltar materiais básicos como: lápis, borracha, caderno,

apontador, caneta. Também utilizam na escola vários materiais como: cola, régua, lápis de

cor, giz de cera, tinta guache, papéis de todos os tipos, isopor, EVA, canetinha, pincel

atômico, etc.

7.4 .1 MERENDA ESCOLAR

A merenda escolar é mantida pelo Governo do Estado, sendo

diversificada e de excelente qualidade. Todos os alunos têm acesso e percebe-se que os

mesmos apreciam muito. Este ano até sendo servido a chá da manhã, porque os

educandos saem muito cedo de casa, não tomando o café da manhã que é a principal

refeição dia. Durante este ano também pudemos diversificar a merenda, devido ao

dinheiro enviado através do projeto Escola Cidadã do governo do Estado, e também com

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hortaliças fornecidas pela prefeitura municipal, produzidas pelos pais de alunos que

trabalham em parceria com a prefeitura, sendo seus produtos orgânicos, também temos a

complementação da merenda pela APMF.

7.4.2 Material de limpeza

Nesse item a escola também possui disponibilidade de material. Tudo o que é necessário

para limpeza e conservação do prédio é adquirido. Há uma boa organização e bom

aproveitamento de materiais, não havendo desperdício. O controle de gastos é feito pela

diretora.

Tudo que a escola necessita como materiais básicos, busca adquirir

com os recursos vindos da FUNDEPAR, através do Fundo Rotativo e recursos da APMF.

Graças a essa ajuda financeira não deixamos faltar materiais na escola. Este ano foi

adquirido através da APMF 1 (uma) enceradeira elétrica, facilitando o trabalho dos

agentes educacionais e mantendo os espaços principalmente das salas de aula mais

limpos e agradável.

7.5 CARACTERIZAÇÃO DA PROPOSTA DE GESTÃO/TRABALHO PEDAGÓGICO:

a) Linhas gerais do plano de ação da escola:

1. Priorizar a aprendizagem com ações voltadas ao trabalho pedagógico no sentido

de evitar a evasão e repetência, dando ênfase aos educandos com dificuldades de

aprendizagem, procurando ao máximo ajudá-los a superarem a defasagem de

qualquer qualquer conteúdo;

2. Propostas alternativas e sugestões em projetos para que haja entrosamento e um

bom desempenho de todos;

3. Eleger no início do ano letivo, alunos representantes do Grêmio Estudantil,

priorizando a democracia, dando ênfase a direitos e deveres, e fazendo com que

todos tenham conhecimento das normas e leis da escola;

4. Fazer do Conselho de Classe um momento mais agradável, mas com seriedade,

no qual todos possam refletir, opinar, conversar, decidir, refazer planos de trabalho;

5. Montar uma Associação de Apoio à Escola que servirá para planejar as prioridades,

definir pequenas obras e reparos, atividades extra curriculares, entre outras;

6. Elaborar uma Agenda Anual, para programar reuniões, encontros, dias de estudo e

aprofundamento, palestras educativas, depoimentos, projetos, trocas de

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experiências, campanhas de prevenção de saúde, datas comemorativas e

religiosas, participação em eventos, visitas, passeios, jogos, gincanas, olimpíadas,

etc.

7. Fazer uma urna de Sugestões onde todos possam dar sua opinião, mandar

recados, mensagens, fazer reclamações, críticas, enviar textos, etc. para uma

maior integração entre todos;

8. Realizar oficinas, com temas a serem escolhidos na Agenda Anual, para uma maior

motivação e participação dos pais;

9. Fazer a ―Mostra de Artes‖, para professores, alunos, funcionários, pais e pessoas

da comunidade possam mostrar seus talentos e expor seus trabalhos;

10. Analisar, avaliar e reformular coletivamente o Projeto Político Pedagógico

anualmente e cada vez que isso se fizer necessário, redefinindo diretrizes gerais,

revendo avanços e/ou retrocessos procurando intervir para o crescimento da

escola;

11. Fazer reuniões pedagógicas envolvendo os professores e equipe pedagógica para

que juntos possamos superar dificuldades encontradas;

12. Desenvolver atividades diversificadas, durante a hora atividade dos professores,

fazendo com que tenham um melhor aproveitamento desse momento;

13. Desenvolver projetos interdisciplinares, bem como manter os já existentes como:

―Cultivando e Aprendendo‖, Educação Ambiental, Livro Didático para Todos, Projeto

Leitura, Poesia, Dia das Crianças, Cinema, Jogos Escolares, Semana da Pátria,

Semana da Árvore, Mostra de Artes, Festas Juninas, Dia do Professor, contribuindo

para o processo de ensino aprendizagem;

14. Trabalhar com indicadores, fazendo enquetes periódicas para que possamos

analisar o desempenho de todos, no sentido da melhoria na qualidade de ensino

em nossa escola a cada bimestre;

15. Fornecer o boletim escolar, para que alunos e pais estejam cientes da evolução

durante o ano letivo.

16. Cumprir o Calendário Escolar, o Regimento Escolar, o Projeto Político Pedagógico,

Propostas Pedagógicas, Estatuto da Criança e do Adolescente, Estatuto da APMF,

Estatuto do Conselho Escolar, a LDB, sempre atendendo às leis, normas e regras

que nos competem bem como as já estabelecidas;

17. Dar oportunidades de formação continuada a todos os profissionais da escola

participando de eventos que contribuam para isso;

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18. Grupos de Estudos, em horários que não causem prejuízos aos alunos,

estimulando todos os profissionais para que tenham um maior comprometimento

com a escola e crescimento pessoal;

19. Realizar momentos de descontração, para um maior entrosamento entre a

comunidade escolar, como: amigo secreto, jantares comemorativos,

aniversariantes do mês, excursões, etc.

20. Implantar regulamento na Biblioteca e melhorar o seu ambiente;

21. Cuidar dos equipamentos, materiais didáticos pedagógicos, mantendo a sua

conservação e evitando o seu desperdício;

22. Implantar a Olimpíada Cultural Anual, onde todos participem sem meritrocracia, fim

de ampliar e aprofundar conhecimentos;

23. Realizar Feira de Ciências anualmente;

24. Fazer exposições, concursos de poesias, desenhos, redações, etc;

25. Participar do Concurso de Poesia Haicai;

26. Fazer a Semana Cultural com apresentações artísticas, teatros, etc.;

27. Realizar a Festa da Criança com Gincana, atividades recreativas, almoço e bolo;

28. Participar de eventos importantes como FERA COM CIÊNCIA, etc.;

29. Realizar a Semana da Paz, envolvendo a todos com atividades como músicas,

cartazes, poesias, murais, palestras, etc.;

30. Elaborar a Agenda 21, com base no desenvolvimento sustentável, com o objetivo

de melhorias da qualidade de ensino. Desfile Municipal e outros.

31. Implantar programas de prevenção como: combate ao piolho, hábitos de higiene,

drogas, alcoolismo, violência familiar, etc., fazendo palestras e outras atividades.

32. Em colaboração com a Secretaria Municipal de Saúde e demais órgãos

competentes desenvolver palestras sobre prevenção às Drogas, lícitas e ilícitas,

DST‘s, gravidez na adolescência, verminoses, entre outros.

33. Desenvolver ações sobre Educação Ambiental e planejar as já existentes como:

revitalização da mata ciliar às margens do Rio Imbituvão, rio que corta nosso

município; desenvolver atividades como concursos de desenhos, frases e poesias

sobre o tema, teatros e palestras na Semana da Água, atividades diversificadas no Dia

do Rio, visitas à estação de tratamento de água, SANEPAR, IBAMA, etc. Nesses

eventos há a participação da comunidade, de todos os alunos, docentes e o

envolvimento de todas as disciplinas.

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b)O Fera

O Festival de Arte da Rede Estudantil é um grande encontro dos alunos e

professores da Rede Estadual de Ensino, com atividades pedagógicas, artísticas e

culturais diversas, para enriquecer a formação dos participantes, melhorar o uso do

espaço escolar e fortalecer a interação com a comunidade escolar.

O Fera é teatro, música, dança, desenho, escultura, cinema. É a integração

das muitas disciplinas, é a integração da escola com a comunidade, os artistas, os

professores e os alunos da cidade com os alunos do campo, do Ensino Especial com o

Ensino Regular, dos mais jovens com os mais velhos.

No Fera, os nossos alunos encontram o seu espaço de expressão com toda,

a sua riqueza, seu talento, suas adversidades, e com toda a sua arte.

O FERA busca desenvolver a interdisciplinaridade, trabalhar o conhecimento

e a reflexão sobre a arte, cultura e educação. E, ainda, promover o intercâmbio inter-

regional para enriquecer o tempo e o espaço escolares, com o intuito de valorizar a

importância e a influência da arte, e ainda oferece oficinas e atividades culturais para

despertar e aprimorar o conhecimento artístico de professores e alunos.

Pretendemos levar nossos alunos a participarem de outros eventos e

atividades culturais e artísticos promovidas pelo nosso município, como oficinas de teatro.

c) Grupos de estudo:

As horas de estudo serão realizadas de acordo com um cronograma interno da escola,

onde não interfira no horário de aula do professor, sem prejuízo do atendimento do aluno,

onde cada um possa aprimorar seus conhecimentos, trocar experiências com os colegas,

adquirir novos conhecimentos, observar e analisar suas dificuldades e tentar saná-las. A

composição do grupo e a periodicidade das reuniões dependerão do trabalho que se quer

realizar. Muitas atividades serão realizadas durante a hora atividade do professor como,

por exemplo, textos, leituras diversas, conversas individuais e coletivas, trocas de

experiências, críticas, sugestões, entre outros. A escola conscientiza constantemente, a

todos os profissionais, sobre a importância de Grupos de Estudos e demais cursos

propostos e oferecidos pelo Núcleo Regional de Educação e Secretaria de Estado da

Educação e também incentiva a participação na criação e implementação de projetos que

contribuem com o ensinar e aprender, mantendo os que já estão em funcionamento.

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d) Formação continuada:

É urgente que as escolas avaliem o seu papel e função diante do quadro de

mudanças sociais. Em decorrência disso é preciso se buscar uma didática que esteja

embasada na democratização do saber em sua totalidade. Por isso, cada um dos

profissionais da escola tem um papel fundamental. Tamanha responsabilidade exige

preparo e habilitação. Por isso, devem estar em constante atualização, participando de

cursos e eventos que venham a contribuir para a sua efetivação.

Muito recentemente, surgiram recursos modernos que emergiram da mídia

eletrônica permitindo o ensino à distância. Essa é uma questão para grande discussão,

que não deixa de ser uma saída para quem não tem outras oportunidades de se

especializar.

No entanto, sabemos das dificuldades de todos em financiar um novo curso. Então,

apoiamos e incentivamos a todos que desejarem ampliar seus conhecimentos fazendo

cursos, participando de seminários, eventos, conferências, simpósios com o objetivo do

fortalecimento da qualidade do ensino em nossa escola. Sempre que solicitado,

professores e funcionários estarão envolvidos em cursos, reuniões, grupos de estudos,

Formação Continuada, NRE Itinerante e também da hora atividade objetivando a melhorar

sempre o exercício da sua profissão.

e) Reuniões de pais e responsáveis:

A escola busca proporcionar também, atividades de interesse aos pais.

Como os pais moram longe da escola e dependem do ônibus escolar como transporte,

muitas vezes, fica difícil conseguir a boa representatividade de pais e responsáveis em

reuniões. No entanto, apesar de todas as dificuldades, a participação dos pais é bem

significativa em reuniões realizadas.As reuniões são registradas em ata, em livro próprio

e, assinada por todos os presentes.

8 - AVALIAÇÃO:

Avaliação em uma perspectiva transformadora significa situá-la como

elemento dentro de uma escola democrática. Significa reconhecer aluno e professor como

sujeitos socioculturais dotados de identidade própria, com gênero, etnia, classe social,

visões de mundo e padrões culturais próprios a serem levados em consideração em

práticas docentes e avaliativas, tendo em vista uma apropriação efetiva e significativa do

conhecimento.

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Avaliação é parte integrante e fundamental do processo educativo. Por

meio dela, o professor fica sabendo como está a aprendizagem dos alunos e obtém

indícios para refletir e melhorar a sua própria prática educativa, a fim de reestruturá-la.

A avaliação é algo muito mais completo que uma prova. Ela deve ser

um processo, ou seja, deve acontecer durante todo o ano, em vários momentos e de

todas as formas. Mas, a avaliação não deve se deter apenas na aprendizagem do aluno.

Avaliar a escola como um todo e periodicamente é muito importante.

Uma boa avaliação é aquela em que o aluno também aprende. A auto-

avaliação é uma ótima estratégia de aprendizagem e construção da autonomia, facilitando

a tomada de consciência de seus avanços, suas dificuldades e suas possibilidades.

a) Avaliação institucional da escola:

Seus objetivos fundamentais são aprimorar, comparar e fornecer elementos que

possam servir de subsídios para a manutenção ou correção de ações que conduzam à

qualidade da produção e transmissão do conhecimento. Então, para se fazer uma boa

avaliação deve se colher dados de todos os componentes da escola, através de

enquetes, para depois computa e divulga a toda comunidade escolar.

b) Avaliação do ensino-aprendizagem:

Nossa escola busca várias formas de avaliação, tentando compreender e

identificar os padrões culturais dos alunos, buscando uma relação de diálogo no dia-a-dia

das práticas de ensino, não se limitando ao momento final do processo. Essa avaliação

acompanha o educando em sua trajetória de construção cotidiana.

Utilizamos a avaliação contínua, diagnóstica e somativa, ou seja, tudo o que

o educando produz em sala de aula, testes, exercícios, trabalhos individuais e coletivos,

apresentações, tarefas específicas, relatórios, exposição oral, experimentação prática e

outros, como também a sua participação de forma que ofereça subsídios. A somatória

será efetuada em períodos bimestrais, onde serão realizadas, no mínimo 3 avaliações,

sendo 4,0 o valor máximo, ficando a critério do professor que aferirá valores de acordo

com o tipo de avaliação. Esse tipo de avaliação fornece ao professor elementos que

permitem identificar os conhecimentos prévios dos educandos, seus avanços e seu

desempenho no decorrer do ano. É, portanto, vista como um processo de construção

permanente, de acertos, de estratégias para mobilizar a aprendizagem, de auxílio a

educandos e professores, e não de punição ou de prêmios.

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c) Processos de Avaliação:

Os critérios de avaliação obedecem à Lei de Diretrizes e Bases da Educação

Nacional e a Deliberação 007/99. Cabe ao Conselho de Classe acompanhar o processo

de avaliação de cada série, analisando todos os dados na aprendizagem. Os resultados

serão expressos em notas de 0,0 (zero vírgula zero) a 10,0 (Dez vírgula zero), sendo a

média 6,0 (Seis vírgula zero), sendo a comunicação aos pais dos resultados das notas

dos educandos, será efetuada através de boletins informativos e contatos diretos.

A recuperação de estudos será paralela ao período letivo, considerando a

aprendizagem do educando no decorrer do processo e, para aferição de nota bimestral,

prevalecerá sempre a nota maior. Ela aborda os conteúdos onde o educando apresentou

aproveitamento de cem por cento e utiliza quantos e quais tipos de instrumentos de

avaliação o educador julgar necessário, de acordo com as especificidades do educando e

do conteúdo no qual seu aproveitamento foi considerado insuficiente. A recuperação

paralela será oferecida a todos através de atividades complementares, pesquisas,

trabalhos, provas, entre outras. Para efeito do registro escolar, é considerado o maior

valor de avaliação obtido pelo educando.

A promoção é o resultado do rendimento escolar do educando expresso na

forma de notas. Para efeito de aprovação, o educando deverá ter 75% ou mais de

freqüência às 800 horas anuais. Será aprovado o educando que apresentar média anual

igual ou superior a 6,0, somando se as quatro médias bimestrais e dividindo se por 4.

A classificação dos educandos será feita segundo critérios próprios do

Estabelecimento, para posicionar o educando na etapa de estudos compatíveis com a sua

idade, experiência e desempenho, adquiridos por meio formal ou informal. Tem caráter

pedagógico centrado na aprendizagem e pode ser realizada mediante: promoção, por

transferência ou mediante avaliação feita pela escola e que permita sua inscrição na série

adequada.

Podemos concluir, portanto, que avaliação é um processo complexo, porém

indissociável do binômio ensino-aprendizagem. Ela não é uma arma de regulação do

comportamento ou disciplina dos alunos, mas uma forma de aprimorar o planejamento, o

trabalho pedagógico e o Projeto Político Pedagógico da Instituição e, consequentemente,

a aprendizagem ali realizada. Ela precisa ser dinâmica, justa, criativa , coerente,

envolvendo não apenas o eduando, mas todos que transitam na escola.

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9 - CONCLUSÃO

Um dos desafios atuais da Escola Estadual Bituva das Campinas é fazer

com que educandos nela permaneçam e consigam concluir o Ensino Fundamental em

idade adequada.

Pretendemos futuramente, entrar com um processo de solicitação para a

implantação do Ensino Médio, tendo em vista que a escola possui espaço físico adequado

para tal, podendo passar funcionar em período integral e até noturno. Já para o próximo

ano de 2011, estaremos aumentando o número de alunos ingressos na 5ª série, pois os

educandos concluintes da Escola Municipal Presidente Costa e Silva de Assungui estão

com carta matrícula para esta escola.

Devemos realizar sempre nossa tarefa levando em consideração o contexto

social onde se insere a comunidade escolar, porém, não podemos deixar de seguir as

normas inerentes a cada faixa etária educacional. Devemos então seguir a Lei de

Diretrizes e Bases, o Currículo Básico da Escola Pública, as Diretrizes Curriculares

Nacionais, o Estatuto da Criança e do Adolescente, dos Direitos Humanos, o Estatuto da

Associação de Pais, Mestres e Funcionários, Estatuto do Conselho Escolar, as normas e

regras estabelecidas no Regimento Escolar e seguir a Proposta Pedagógica da Escola.

Nós, escola como um todo, temos o dever e obrigação de estarmos atentos

a todos os pormenores do cotidiano escolar, instruindo e corrigindo os alunos e suas

atitudes e, ao mesmo tempo, nos auto educando e nos aprimorando, porque ensinando

também poderemos aprender.

Precisamos sempre lembrar que os administradores da escola, como equipe

pedagógica e administrativa não são ―os donos da escola e do poder‖, são pessoas

responsáveis pelo bom andamento e desenvolvimento da escola de modo geral, tendo

como base de trabalho o educando que tem o papel fundamental na educação, não

esquecendo do principal objetivo que é qualidade de ensino aprendizagem, mas sem

deixar de lado os educandos com dificuldades de apredizagem.

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10 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

CAMPINAS, Escola Estadual Bituva das. Regimento Escolar;

CROCETTI, Zeno. Ética e Cidadania. IESDE Brasil S.A.. 2003. Curitiba. Paraná;

ESTADO DO PARANÁ/CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO. Deliberação

007/99 de 09 de abril de 1999. Delibera sobre as normas gerais para avaliação do

aproveitamento escolar, recuperação de estudos e promoção de alunos do sistema

estadual de ensino em nível do ensino fundamental e médio. Relatores: Marília Pinheiro

Machado de Souza e Orlando Bogo. [Curitiba: s.n., 1999].

ESTADO DO PARANÁ/CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO. Deliberação

014/99 de 08 de outubro de 1999. Delibera sobre indicadores para elaboração da

proposta pedagógica dos estabelecimentos de ensino da Educação Básica em suas

diferentes modalidades. Relatores: Solange Yara Schmidt Manzochi, Clemência Maria

Ferreira Ribas, José Frederico de Mello et all. [Curitiba: s.n., 1999].

- LEI Nº 10.639, Inserção dos Conteúdos de História e Cultura Afro Brasileira

nos Currículos Escolares, Presidência da República, 2003;

- LUCKESI, Cipriano Carlos. Filosofia da Educação. São Paulo: Cortez, 1994;

- MEC. Secretaria Especial dos Direitos humanos. Conselho Escolar e Direitos

Humanos – Brasília, 2008.

- MEC. Programa Nacional do Fortalecimento dos Conselhos Escolares – Conselhos

Escolares: Uma Estratégia de Gestão Democrática da Educação Pública. Secretaria

de Educação Básica. 2004. Brasília. DF;

- NISKIER, Arnaldo. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. 8ª Edição. 1998.

Rio de Janeiro. RJ;

- SAVIANI, Demerval. Escola e Democracia. 35 ed. rev. amp. Campinas: Autores

Associados, 2002;

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- SEED. Departamento da Educação Básica. – Diretrizes Curriculares da Educação

Básica – Governo do Paraná, Paraná, 2008.

- SEED. Departamento da Diversidade – Cadernos Temáticos da Diversidade:

Educação Ambiental – Governo do Paraná, Curitiba, junho/ 2008.

- SEED. Departamento de Ensino Fundamental – Cadernos Temáticos: Educação do

Campo – Governo do Paraná, Curitiba, 2005.

- SEED. Departamento de Ensino Fundamental – Cadernos Temáticos: Educando para

as relações étnico-raciais – Governo do Paraná, Curitiba, 2008.

- SEED. Coordenação de Desafios Educacionais Contemporâneos – Cadernos

Temáticos: Educando para as relações étnico-raciais II – Governo do Paraná, Curitiba,

2008.

- SEED. Departamento de Ensino Fundamental – Cadernos Temáticos: História e

Cultura Afro-Brasileira e Africana – Governo do Paraná, Curitiba, 2008.

- SEED, Secretaria de Estado da Educação – Diretrizes Curriculares da Rede pública

de Educação Básica do Estado do Paraná – Educação do Campo – Governo do

Paraná, Curitiba, 2006.

- SOUZA, Rosa Fátima de. Escola e Currículo. IESDE Brasil S.A. 2003. Curitiba.

Paraná;

- VALLE, Bertha Borja Reis do . Fundamentos Teóricos e Metodológicos do Ensino

Fundamental. IESDE Brasil S.A.. 2003. Curitiba. Paraná;

- VASCONCELLOS, Celso dos Santos. Avaliação: concepção dialética libertadora do

processo de avaliação escolar. 16 ed. São Paulo: Liberdade 2006;

- VEIGA, Ilma Passos Alencastro. Projeto Político Pedagógico da Escola: uma construção

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coletiva. in ___ (org.) Projeto Político Pedagógico da Escola: uma construção

possível. 20 ed.Campinas: Papirus, 2005.p11-35.

- VEIGA, I.P.A., RESENDE, L.M.G. (orgs). Escola: espaço do projeto político-

pedagógico. Campinas, SP: Papirus, 1998, p. 9-32.

- www.proedBRASIL.com.br – Prontidão Escolar Preventiva – Faxinal do Céu, 2010.

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Propostas

Pedagógicas

Curriculares

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1- LÍNGUA PORTUGUESA:

I) Apresentação da disciplina:

A Língua Portuguesa, enquanto disciplina escolar passou a integrar os

currículos escolares brasileiros somente nas últimas décadas do século XIX e manteve a

sua característica elitista até meados do século XX, quando se iniciou no Brasil, a partir

de 1967, ―um processo de democratização‖ do ensino, com a ampliação de vagas,

eliminação dos chamados exames de admissão, entre outros fatores [...]‖ (FREDERICO &

OSAKABE, 2004, p. 61). Com a Lei 5692/71, passou a denominar se, no primeiro grau,

Comunicação e Expressão (nas quatro primeiras séries) e Comunicação em Língua

Portuguesa (nas quatro últimas séries), baseando se, principalmente, nos estudos de

Jakobson, referentes à teoria da comunicação.

Em decorrência disso, a Gramática deixa de ser o enfoque principal do

ensino de língua e a teoria da comunicação torna se o referencial, embora na prática das

salas de aula o normativismo continuasse a ter predominância. Durante a década de 1970

e até os primeiros anos da década de 1980, o ensino de Língua Portuguesa pautava se,

então, em exercícios estruturais, técnicas de redação e treinamento de habilidades de

leitura.

A partir dos anos 80, os estudos linguísticos mobilizaram os professores

para a discussão e o repensar sobre o ensino da língua materna e para a reflexão sobre o

trabalho realizado nas salas de aula.

Essas reflexões e discussões fizeram se presentes nos programas de

reestruturação do Ensino de 2° Grau, de 1988 e do Currículo Básico, de 1990,

documentos que já denunciavam ―o ensino da língua, cristalizado em viciosas e

repetitivas práticas que se centram no repasse de conteúdos gramaticais‖. (PARANÁ,

1988, p.2) e apontavam para o direito à educação linguística.

A proposta do Currículo Básico do Paraná, da década de 1990, fundamentou

se em pressupostos coerentes com a concepção dialógica e social da linguagem,

delineada a partir de Bakhtin e dos integrantes do Círculo de Bakhtin, para fazer frente ao

ensino tradicional.

No caso do Currículo do Paraná, pretendia se uma prática pedagógica que

enfrentasse o normativismo e o estruturalismo e, na literatura, uma perspectiva de análise

mais aprofundada dos textos, bem como a proposição de textos significativos e com

menos ênfase na conotação moralista.

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Nas discussões curriculares sobre o ensino de Língua Portuguesa, os

Parâmetros Curriculares Nacionais, do final da década de 90, também fundamentaram a

proposta para a disciplina de Língua Portuguesa nas concepções interacionistas ou

discursivas, propondo uma reflexão acerca dos usos da linguagem oral e escrita. No

entanto, tendem a diluir a abordagem dessa concepção com a introdução de conceitos

pouco reconhecidos pelos professores.

Nessa perspectiva, os fundamentos teóricos que estão alicerçando a

discussão sobre o ensino de Língua e Literatura requer novos posicionamentos em

relação às práticas de ensino, seja pela discussão crítica dessas práticas, seja pelo

envolvimento direto dos professores na construção de alternativas.

Pensar o ensino da Língua e da Literatura implica pensar também nas

contradições, nas diferenças e nos paradoxos do quadro complexo da

contemporaneidade. A rapidez das mudanças ocorridas no meio social e a percepção das

inúmeras relações de poder presentes nas teias discursivas que atravessam o campo

social, constituindo o e recebendo, concomitantemente, seus influxos, estão a requerer,

dos professores, uma mudança de posicionamento no que se refere a sua própria ação

pedagógica.

Na perspectiva de superação efetiva da postura tradicional ditada pelos

livros didáticos, as Diretrizes Curriculares fundamentam o trabalho pedagógico com a

Língua Portuguesa/Literatura, considerando o processo dinâmico e histórico dos agentes

na interação verbal, tanto na constituição social da linguagem, quanto dos sujeitos que

por meio dela interagem.

A linguagem, nessa concepção, é vista como de ação entre sujeitos histórica

e socialmente situados que se constituem e constituem uns aos outros em suas relações

dialógicas. Como afirma GERALDI (1991, p. 6), ―a linguagem não é o trabalho de um

artesão, mas trabalho social e histórico seu e dos outros e é para os outros e com os

outros que ela se constitui‖.

A Língua Portuguesa constitui modeladores explicativos em contextos

sociais e culturais, devendo assim em conjunto garantir a compreensão do todo para a

construção de uma visão de mundo em toda sua complexidade.

Na linguagem o homem se reconhece humano, interage e troca

experiências, compreende a realidade em que está inserido e o seu papel como

participante da sociedade. Segundo Bakhtin:

A utilização da língua efetua se em forma de enunciados (orais e escritos),

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concretos e únicos que emanam dos integrantes de uma ou outra esfera da atividade

humana.

A definição de gênero em Bakhtin, compreendendo a mobilidade, a

dinâmica, a fluidez, a imprecisão da linguagem, não aprisiona os textos em determinadas

propriedades formais.

O gênero, antes de constituir um conceito, é uma prática social e é esta a

perspectiva que deve orientar a ação pedagógica com a língua, privilegiando o contato

real do estudante com a multiplicidade de textos que são produzidos e circulam

socialmente.

O texto é visto como lugar onde os participantes da interação dialógica se

constroem e são construídos. Todo texto é, assim, articulação de discursos, são vozes

que se materializam, é ato humano, é linguagem em uso efetivo. Acrescente se a isso que

as considerações de Bakhtin sobre o lugar da fala trazem para o âmbito da discursividade

as relações de poder estabelecidas na sociedade.

Texto configura se não apenas como a formalização do discurso oral ou

escrito, mas como evento que tem sua abrangência no antes, as condições de produção,

de elaboração, e no depois da formalização, a leitura ou, segundo Bakhtin (1986), a

atitude responsiva ativa, caracterizando o texto como evento que se concretiza realmente

na interação e, por isso mesmo, não é compreendido apenas nos limites formais.

Diante do exposto, pode se entender que as práticas da linguagem,

enquanto fenômeno de uma interlocução viva perpassa todas as áreas do agir humano,

potencializando, na escola, a perspectiva interdisciplinar.

II) Prática da oralidade:

As possibilidades de trabalho com a oralidade são muito ricas e apontam

diferentes caminhos. Esse trabalho precisa pautar se em situações reais de uso da fala,

valorizando se a produção de discursos no qual o aluno realmente se constitua como

sujeito do processo interativo.

O professor deve planejar e desenvolver um trabalho com a oralidade que,

gradativamente, permita ao aluno não só conhecer e usar também a outra variedade

linguística, a padrão, como também entender a necessidade desse uso em determinados

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contextos sociais. Como afirma Soares (1991), é função da escola e do professor

trabalhar com o bidialetalismo, preparando o aluno para o emprego da língua padrão, mas

sabendo que, em situações informais, ele continuará utilizando o dialeto que lhe é

peculiar.

Prática da leitura:

Nas Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná, documento curricular

oficial entende se a leitura como um processo de produção de sentido que se dá a partir

de interações sociais ou relações dialógicas que acontecem entre o texto e o leitor.

Kleiman (2000) destaca a importância, na leitura, das experiências, dos

conhecimentos prévios do leitor, que lhe permitem fazer previsões e inferências sobre o

texto. O leitor, segundo a autora, constrói e não apenas recebe um significado global para

o texto: ele procura pistas formais, formula e reformula hipóteses, aceita ou rejeita

conclusões, utilizando estratégias baseadas no seu conhecimento linguístico e na sua

vivência sociocultural (conhecimento de mundo).

O professor pode planejar uma ação pedagógica que permita ao aluno não

só a leitura de textos para os quais já tenha construído uma competência, como também

a leitura de textos mais difíceis, que impliquem o desenvolvimento de novas estratégias

com a devida mediação do professor.

IV) Prática da escrita:

Em relação à escrita, ressalte se que as condições em que a produção

acontece (quem escreve o que, para quem, para que, por que, quando, onde e como se

escreve) é que determinam o texto. Além disso, cada gênero textual tem suas

peculiaridades: a composição, a estrutura e o estilo do texto variam conforme se produza

uma história, um poema, um bilhete, uma receita, um texto de opinião, ou um outro tipo de

texto. Essas e outras composições precisam circular na sala de aula como experiências

reais de uso e não a partir de conceitos e definições de diferentes modelos de textos.

Por outro lado, é preciso que os alunos se envolvam com os textos que

produzem, assumindo de fato a autoria do que escrevem. Para Kramer (1993, p. 83),

―[...]ser autor significa produzir com e para o outro. Somente sendo autor o aluno interage

e penetra na escrita viva e real, feita na história‖. Ao se perceber como autor, o aluno

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poderá aprimorar sua condição de escritor. A capacidade de escrita, criatividade e outros

fatores comumente relacionados ao ato de escrever, só se aprende na prática da escrita

em suas diferentes modalidades.

O envolvimento do aluno e do professor com a escrita, segundo Pazini

(1998), é um processo que acontece em vários momentos: o da motivação para a

produção do texto; o da reflexão, que deve preceder e acompanhar todo o processo de

produção; o da revisão, reestruturação e rescrita do texto, que acaba se constituindo,

também, em um produtivo momento de reflexão.

V)Análise lingüística e as práticas discursivas:

Quando se assume a língua como interação, em sua dimensão discursiva

textual, o que importa não é o ensino da nomenclatura gramatical, de definições ou regras

(as quais até podem ser construídas pelo aluno, com a mediação do professor, mas só

após ele ter entendido a função das diferentes palavras ou expressões no texto). O mais

importante é criar oportunidades para o aluno refletir, construir, levantar hipóteses, a partir

da leitura e da escrita de diferentes textos, única instância em que o aluno pode chegar à

compreensão de como a língua funciona e à decorrente competência textual.

A Educação Ambiental, assim como as demais diversidades, está inserida na

disciplina através de leituras, produção de textos, relatos (orais ou escritos) de atividades

realizadas em outras disciplinas, discussões e debates.

A Educação do Campo vai falar dos povos que durante muito tempo foram

marginalizados, vistos como sinônimo de atraso, ridicularizados pelo seu modo de vida e

de costumes. Os alunos das escolas públicas recebem educação urbana, não sendo

valorizados os conhecimentos, hábitos e a cultura do campo.

Visando a mudança dessa concepção, as Diretrizes Curriculares orientam a

contemplação da Educação do Campo em todas as disciplinas nas escolas públicas.

Portanto, a cultura, os saberes da experiência, a dinâmica do cotidiano dos povos do

campo serão tomados como referência para o trabalho pedagógico nas escolas públicas

estaduais. Deverão levar em consideração as identidades sociais e políticas dos povos do

campo, fazendo com que os alunos vindos dessas localidades não se sintam excluídos,

vendo que é possível continuar no campo com qualidade de vida, tendo seus direitos

assegurados através de políticas sociais voltadas para o campo.

Em Língua Portuguesa, a Educação do Campo será inserida através de

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estudos e produção de textos; pesquisas sobre costumes, tradições e fatos que

significaram mudanças nas comunidades habitadas pelos alunos vindos do campo;

exposição oral de situações vivenciadas Por essas pessoas.

Sobre a Cultura Afro-brasileira a demanda dessa comunidade, por

reconhecimento, valorização e afirmação de direito, no que diz respeito à educação,

passou a ser particularmente apoiada com a promulgação da Lei 10.639/ 2003, que

estabeleceu-se a obrigatoriedade do ensino de História e Cultura Afro-brasileira e

Africanas, assegurando o direito à igualdade de condições de vida e de cidadania, assim

como garante igual direito às histórias e culturas que compõem a nação brasileira, além

do direito de acesso às diferentes fontes da cultura nacional a todos os brasileiros.

Portanto, a escola estará trabalhando na valorização da História e cultura dos afro-

brasileiros, assim comprometidas com a educação de relações étnico raciais.

A relevância do estudo de temas decorrentes da História e Cultura afro-

brasileira africana não se restringe à população negra, ao contrário, dizem respeito a

todos os brasileiros, uma vez que devem educar se enquanto cidadãos atuantes no seio

de uma sociedade multicultural e pluri-étnica, capazes de construir uma nação

democrática.

Na disciplina de Língua Portuguesa, o trabalho com a cultura afro-brasileira

será através de:

Estudos e pesquisas de países que falam a Língua Portuguesa;

Debates sobre textos propostos;

Leitura, interpretação e análises de textos variados.

Assumindo se a concepção de língua como discurso que se efetiva nas

diferentes práticas sociais, os objetivos a seguir fundamentarão todo o processo de

ensino:

Empregar a língua oral, em diferentes situações de uso, sabendo adequar a cada

contexto e interlocutor, descobrindo as intenções que estão implícitas nos discursos do

cotidiano e posicionando se diante dos mesmos;

Desenvolver o uso da língua escrita em situações discursivas realizadas por meio de

práticas sociais, considerando se os interlocutores, os seus objetivos, o assunto

tratado, os gêneros e suportes textuais e o contexto de produção/leitura;

Refletir sobre os textos produzidos, lidos ou ouvidos, atualizando o gênero e tipo de

texto, assim como os elementos gramaticais empregados na sua organização;

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Aprimorar, pelo contato com os textos literários, a capacidade de pensamento crítico e

a sensibilidade estética dos alunos, propiciando através da Literatura, a constituição

de um espaço dialógico que permita a expansão lúdica do trabalho com as práticas da

oralidade, da leitura e da escrita.

É importante ressaltar que tais objetivos e as práticas deles

decorrentes supõem um processo longitudinal de ensino e

aprendizagem que, por meio da inserção e participação dos alunos

em processos interativos com a língua oral e escrita, inicia-se na

alfabetização, consolida-se no decurso da vida acadêmica do aluno e

não se esgota no período escolar, mas se estende por toda a sua

vida.

A ação pedagógica referente à língua precisa pautar se na interlocução, em

atividades planejadas que possibilitem ao aluno não só a leitura e a expressão oral ou

escrita, mas, também, refletir sobre o uso que faz da linguagem nos diferentes contextos

e situações.

O ensino-aprendizagem de Língua Portuguesa visa aprimorar os

conhecimentos linguísticos e discursivos dos alunos, para que eles possam compreender

os discursos que os cercam e terem condições de interagir com esses discursos. Para

isso, é relevante que a língua seja percebida como uma arena em que diversas vozes

sociais se defrontam, manifestando diferentes opiniões.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE:

Conteúdo estruturante é o conjunto de saberes e conhecimentos de grande

dimensão, os quais identificam e organizam uma disciplina escolar. A partir dele, advêm

os conteúdos a serem trabalhados no dia a dia da sala de aula.

A seleção do Conteúdo Estruturante está relacionada com o momento

histórico-social. Na disciplina de Língua Portuguesa, assume-se a concepção de Língua

Portuguesa linguagem como prática que se efetiva nas diferentes instâncias sociais,

sendo assim, o Conteúdo Estruturante da disciplina que atende a essa perspectiva é o

discurso como prática social.

O discurso é efeito de sentidos entre interlocutores, não é individual, ou seja,

não é um fim em si mesmo, mas tem sua gênese sempre numa atitude responsiva a

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outros textos (BAKHTIN, 1999). Discurso, aqui, é entendido como resultado da interação

– oral ou escrita – entre sujeitos, é ―a língua em sua integridade concreta .

5ª SÉRIE

GÊNEROS DISCURSIVOS: histórias em quadrinhos, poemas, contos, crônicas,

fábulas, receitas, manuais de instrução, documentos, artigos, publicidade, poesias,

causos, adivinhas,bilhetes, cartas, convites,cartum, charges, fotos, telas, sinais,

gestos.

CONTEÚDOS BÁSICOS:

Oralidade:

-Tema do texto;

-Finalidade;

-Papel do locutor e interlocutor;

-Elementos extras linguísticos: entonação, pausas, gestos...;

-Adequação do discurso ao gênero;

-Turnos de fala;

-Relato de histórias vivenciadas ou ouvidas pelo aluno;

-Depoimentos;

-Argumentos;

-Variações linguísticas;

-Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos.

-Uso da linguagem oral para emitir opiniões, justificar, defender, colher e passar

informações.

Leitura

• Contexto de produção;

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

• Informatividade;

• Argumentatividade;

• Discurso direto e indireto;

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• Elementos composicionais do gênero;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;

• Processo de formação de palavras;

• Acentuação gráfica;

• Ortografia;

• Concordância verbal/nominal.

6ª SÉRIE

GÊNEROS DISCURSIVOS: histórias em quadrinhos, poemas, contos, crônicas,

fábulas, receitas, manuais de instrução, documentos, artigos, publicidade, poesias,

causos, adivinhas,bilhetes, cartas, convites,cartum, charges, fotos, telas, sinais,

gestos.

Oralidade:

-Tema do texto;

- Finalidade;

- Papel do locutor e interlocutor;

- Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc;

- Adequação do discurso ao gênero;

- Turnos de fala;

- Variações linguísticas;

- Marcas linguísticas: coesão, coerência,

- Gírias, repetição;

- Semântica.

Leitura:

•Tema do texto;

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

• Argumentos do texto;

•Contexto de produção;

•Intertextualidade;

•Informatividade;

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• Discurso direto e indireto;

• Elementos composicionais do gênero;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;

• Processo de formação de palavras;

• Acentuação gráfica;

• Ortografia;

• Concordância verbal/nominal.

Produção de textos:

-Documentos;

-Diário;

-Telegrama;

-Cartão;

-Lenda;

-Provérbios;

-Aviso;

-Letra de música;

-Cheque.

7ª SÉRIE

GÊNEROS DISCURSIVOS: histórias em quadrinhos, poemas, contos, crônicas,

fábulas, receitas, manuais de instrução, documentos, artigos, publicidade, poesias,

causos, adivinhas,bilhetes, cartas, convites,cartum, charges, fotos, telas, sinais,

gestos.

Oralidade:

• Conteúdo temático;

• Finalidade;

• Argumentos;

• Papel do locutor e interlocutor;

• Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas...;

• Adequação do discurso ao gênero;

• Turnos de fala;

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• Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas);

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;

• Elementos semânticos;

•Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc);

• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.

Leitura:

• Conteúdo temático;

• Interlocutor;

• Intencionalidade do texto;

• Informatividade;

• Contexto de produção;

• Intertextualidade;

• Vozes sociais presentes no texto;

• Elementos composicionais do gênero;

• Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito;

• Concordância verbal e nominal;

Produção de textos:

-Narração: discurso direto e indireto;

-Narração de notícia jornalística;

-Anúncio publicitário;

-Poemas;

-Entrevista;

-Relatório;

-Receita culinária;

-Carta;

-Dissertação;

-E-mail;

-Chat

8ª SÉRIE

GÊNEROS DISCURSIVOS: histórias em quadrinhos, poemas, contos, crônicas, fábulas,

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receitas, manuais de instrução, documentos, artigos, publicidade etc. Linguagem não-

verbal: fotos, telas, sinais, gestos, charges etc.

Oralidade:

• Conteúdo temático;

• Finalidade;

• Argumentos;

• Papel do locutor e interlocutor;

• Elementos extralinguísticos: entonação, expressão facial, corporal e conduza, na

rescrita, a uma reflexão gestual, pausas...;

• Adequação do discurso ao gênero;

• Turnos de fala;

• Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas entre outras);

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, conectivos;

• Semântica;

• Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc.);

• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.

Leitura:

• Conteúdo temático;

• Interlocutor;

• Intencionalidade do texto;

• Informatividade;

• Intertextualidade;

• Vozes sociais presentes no texto;

• Discurso ideológico presente no texto;

• Elementos composicionais do gênero;

• Relação de causa e consequência entre as partes e consequência entre as partes

e elementos do texto;

• Partículas conectivas do texto;

• Progressão referencial no texto;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no

texto, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito, etc.

• Sintaxe de concordância;

• Sintaxe de regência;

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• Processo de formação de palavras;

• Vícios de linguagem;

• Semântica:

- Operadores

- Argumentativos;

- Modalizadores;

- Polissemia.

Produção de textos:

-Paródia e paráfrase;

-Editorial;

-Resumo de textos;

-Resenha de livros e filmes;

-Poemas.

-E-mail;

-Chat

III) METODOLOGIA DA DISCIPLINA

Com os encaminhamentos a seguir não se pretende abarcar todo o trabalho

a ser desenvolvido na escola a respeito da oralidade, da escrita, da leitura e da análise

linguística. É importante destacar que nenhuma prática é desenvolvida em sala de aula

sem que esteja subjacente a ela uma concepção teórica consistente. Para tanto, a

concepção sócio interacionista assumida pretende uma prática diferenciada, uma vez que

considera que a língua só existe em situações de interação e através das práticas

discursivas, que assumem a língua em sua história e funcionamento.

A seleção de conteúdos deve considerar o aluno como sujeito de um

processo histórico, social, detentor de um repertório linguístico que precisa ser

considerado na busca da ampliação de sua competência comunicativa.

Prática da oralidade:

De acordo com Marcuschi (2001), a oralidade é vista como uma ―prática

social interativa‖ utilizada em momentos de comunicação através de vários gêneros e

formas com fundamentação na realidade sonora. Ela parte da informalidade para a

formalidade em situações de uso diversas.

O tratamento dado à oralidade na escola, a qual, muitas vezes,

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desconsidera sua forte influência em nossa história cultural e, assumindo a fala como

conteúdo que implica conhecimentos relativos às variedades linguísticas e às diferentes

construções da língua, inclusive quanto aos aspectos argumentativos do discurso,

precisam ser desenvolvidas em sala de aula atividades que favoreçam o desenvolvimento

das habilidades de falar e ouvir, como as relacionadas a seguir:

• apresentação de temas variados: histórias de família, da comunidade, um filme, um livro

etc;

• depoimentos sobre situações significativas vivenciadas pelo próprio aluno ou pessoas de

seu convívio;

• uso do discurso oral para emitir opiniões, justificar ou defender opções tomadas, colher e

dar informações, fazer e dar entrevistas, apresentar resumos, expor programações, dar

avisos, fazer convites etc;

• confronto entre os mesmos níveis de registros de forma a constatar as similaridades e

diferenças entre as modalidades oral e escrita;

• relato de acontecimentos, mantendo se a unidade temática;

• debates, seminários, júris simulados e outras atividades que possibilitem o

desenvolvimento da argumentação;

• análise de entrevistas televisivas ou radiofônicas a partir de gravações para serem

ouvidas, transcritas e analisadas, observando se as pausas, hesitações, truncamentos,

mudanças de construção textual, descontinuidade do discurso, grau de formalidade,

comparação com outros textos, etc.

Nessas e em outras atividades que envolvem o discurso oral, duas questões devem ser

enfatizadas:

1) Embora a modalidade oral e a modalidade escrita da língua apresentem similaridades e

mútuas influências, têm também diferenças que precisam ser refletidas: a fala é, em geral,

não-planejada, fragmentária, incompleta, pouco elaborada e apresenta comumente frases

curtas, simples ou coordenadas, além do fato de a interação dar se face à face e vir

complementada com recursos extralinguísticos; já a escrita é planejada, não fragmentária,

completa, elaborada e tem predominância de frases complexas e subordinadas (KOCH,

1995),

O saber ouvir, escutar com atenção e respeito os mais diferentes tipos de

interlocutores é fundamental. Se não houver ouvinte, a interação não acontece.

Logo, é preciso desenvolver a sensibilidade de saber ouvir o outro, o que favorece,

inclusive a convivência social,

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Prática da leitura

A leitura precisa ser vista, na escola, como uma prática consistente do leitor

perante a realidade. É necessário saber que no processo de formação de leitores, a

dificuldade advém de questões práticas internas de sala de aula, muitas vezes

conflitantes, tudo isso permeado pela não clareza do significado do ato de ler.

É importante que a leitura, seja vista em função de uma concepção

interacionista de linguagem, segundo a qual busca se formar leitores no âmbito escolar.

Como diz Bakhtin (1986), o texto deve ser entendido como um veículo de intervenção no

mundo, ao mesmo tempo em que está articulado ao modo de produção social.

O que não pode ocorrer é que a leitura seja feita somente a partir dos livros

didáticos. O professor pode propor uma infinidade de textos, porém, a fim de desenvolver

a subjetividade do aluno, deve considerar, também, a preferência e a opinião dele ao

selecioná-los.

Algumas estratégias podem favorecer, na escola, o envolvimento com a

leitura como: cercar os alunos de livros que possam ser folheados, selecionados e

levados para casa; proporcionar um ambiente iluminado e atrativo; organizar exposições

de livros; ler trechos de obras e expô-los em cartazes; produzir, com os alunos, um

quadro de avisos sobre o prazer de ler, ilustrado com seus temas preferidos; leitura oral,

desde poemas até histórias prediletas; o professor pode comentar com os alunos o que

está lendo e vice-versa; trazer convidados para ler e comentar sua história de leitura com

a classe; produzir coletivamente peças de teatro e dramatizações sobre textos lidos;

discutir, antes da leitura, o título e as ilustrações da história; encontrar músicas

apropriadas para o momento da leitura; criar momentos em que alunos exponham suas

idéias, opiniões e experiências de leitura; não vincular a leitura a questionários, trabalhos

puramente escritos e cansativos; organizar um clube do livro para que os alunos se

reúnam para a realização de leitura extra-classe; escolher o autor do mês ou do bimestre

e trabalhar a leitura de suas obras.

Prática da escrita

Pensar a prática da escrita é ter em mente que tanto o professor quanto o

aluno necessitam, primeiramente, planejar o que será produzido; em seguida escrever a

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primeira versão sobre a proposta apresentada e, finalmente, revisar, restruturar e

reescrever esse texto. Havendo necessidade, tais atividades devem ser retomadas,

analisadas e avaliadas durante todo processo de ensino e de aprendizagem. É bom

lembrar que estas etapas são interdependentes e inter complementares.

Por meio deste processo, em que o aluno cria o hábito de planejar, escrever,

revisar e reescrever seus textos, ele perceberá que a reformulação da escrita não é

motivo para constrangimento, não caracteriza que o texto ficou ―errado‖ e, sim, que é

possível produzir textos que reflitam seus pontos de vista, suas fantasias e criatividade,

através da troca de uma palavra por outra, de um sinal de pontuação por outro, do

acréscimo ou da exclusão de uma idéia, etc.

Também vale lembrar que, quando há uma proposta de produção escrita, é

necessário saber quem será o leitor deste texto, quem será o seu destinatário.

Considerando que há o ―outro‖, a interação proposta tende a ser contemplada.

É importante garantir a socialização da produção textual, seja afixando no

mural da escola os textos de alguns alunos (neste caso, convém fazer um rodízio, para

que todos os alunos tenham seus textos no mural), seja reunindo os diversos textos em

uma coletânea, ou publicando os no jornal da escola, por exemplo. Dessa forma, além de

se recuperar o caráter interlocutivo da linguagem, garante se a constituição dos autores

dos diferentes textos e dos seus possíveis leitores em sujeitos do fazer linguístico.

Análise lingüística

O objetivo dessa proposta é formar usuários competentes da língua que,

através da fala, escrita e leitura, exercitem a linguagem de forma consistente e flexível,

adaptando se a diferentes situações de uso.

Dessa forma, quanto mais variado for o contato do aluno com diferentes

tipos e gêneros textuais, mais fácil será assimilar as regularidades que determinam o uso

da norma padrão. Vale lembrar que um texto se faz a partir de elementos como

organização, unidade, coerência, coesão, clareza, dentre outros. A questão aqui não é se

o professor pode ou não trabalhar a gramática normativa com seus alunos, mas, em que

medida dá conta da complexidade do texto, uma vez que se restringe aos limites da

oração. Considerando a interlocução como ponto de partida para todo o trabalho com o

texto, os conteúdos gramaticais devem ser estudados a partir de seus aspectos funcionais

na constituição da unidade de sentido dos enunciados. Daí a importância de se considerar

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não só a gramática normativa, mas também outras, como a descritiva e a internalizada no

processo de ensino de Língua Portuguesa.

Cabe ao professor planejar e desenvolver atividades que possibilitem aos

alunos a reflexão sobre seu próprio texto — tais como atividades de revisão, de

reestruturação ou repetição do texto, de análise coletiva de um texto selecionado e sobre

outros textos, de diversos gêneros, que circulam no contexto escolar e extra escolar,

utilizando- se assim de livros didáticos e literários, fotocópias, jornais, revistas, CD, DVD,

rádio, TV Pendrive. O uso do pendrive possibilita ao professor o complemento e a

dinamização das aulas com a apresentação de slides, documentários, trechos de vídeos,

filmes, músicas, imagens entre outros.

Avaliação

É imprescindível que a avaliação seja contínua e priorize a qualidade e o processo de

aprendizagem, ou seja, o desempenho do aluno ao longo do ano letivo, a Lei 9394/96, de

Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN), dá destaque à chamada avaliação

formativa, vista como mais adequada ao dia-a-dia da sala de aula e como um grande

avanço em relação à avaliação tradicional somativa ou classificatória.

Em lugar de apenas avaliar por meio de provas o professor pode utilizar a

observação diária e instrumentos variados, selecionados de acordo com cada conteúdo

e/ou objetivo bem como:

-Resolução de questionamentos orais e escritos;

-Debates;

-Pesquisas, produções e apresentações de seminários;

-Realização de atividades em sala de aula, na biblioteca, laboratórios e outros;

-Participação em palestras e atividades culturais.

A avaliação precisa dar ao professor pistas concretas do caminho que o aluno está

trilhando para se apropriar, efetivamente, das atividades verbais - a fala, a leitura e a

escrita. Logo, por sua característica diagnóstica, a avaliação formativa é a que mais se

presta ao processo de ensino e aprendizagem da língua.

Nessa perspectiva, a oralidade será avaliada considerando-se a participação

do aluno nos diálogos, relatos e discussões, a clareza que ele mostra ao expor suas

idéias, a fluência da sua fala, o seu desembaraço, a argumentação que ele apresenta ao

defender seus pontos de vista e, de modo especial, a sua capacidade de adequar o

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discurso/ texto aos diferentes interlocutores e situações.

Quanto à leitura o professor pode propor aos alunos questões abertas,

discussões, debates e outras atividades que lhe permitam avaliar as estratégias que eles

empregaram no decorrer da leitura, a compreensão do texto lido e o seu posicionamento

diante do tema, bem como valorizar a reflexão que o aluno faz a partir do texto.

Em relação à escrita, é preciso ver os textos de alunos como uma fase do

processo de produção, nunca como um produto final. É importante ressaltar que, para

Koch e Travaglia (1990), ―só se pode avaliar a qualidade e adequação de um texto

quando ficam muito claras as regras do ‗jogo‘ de sua produção‖. Portanto, é preciso haver

clareza na proposta de produção textual; os parâmetros em relação ao que se vai avaliar

devem estar bem definidos para o professor e para o aluno. Além disso, o aluno precisa

estar em contextos reais de interação comunicativa, para que os critérios de avaliação

que tomam como base as condições de produção tenham alguma validade.

Como é no texto que a língua se manifesta em todos os seus aspectos,

discursivos, textuais, ortográficos e gramaticais, os elementos linguísticos utilizados nas

produções dos alunos precisam ser avaliados em uma prática reflexiva e contextualizada,

que possibilite a eles a compreensão desses elementos no interior do texto. Uma vez

entendidos, os alunos podem utilizar em outras operações linguísticas (de reestrutura do

texto, inclusive).

É utilizando a língua oral e escrita em práticas sociais, sendo avaliados

continuamente em termos desse uso, efetuando operações com a linguagem e refletindo

sobre as diferentes possibilidades de uso da língua, que os alunos, gradativamente,

chegam à almejada proficiência em leitura e escrita, ao letramento.

A prática da avaliação requer um professor que, em primeiro lugar,

compreenda as concepções de linguagem que assumem a língua enquanto interação,

enquanto discurso; um professor que tenha os necessários conhecimentos sobre o

sistema de escrita, para orientar com segurança os alunos no processo de aprendizagem

desse sistema; um professor que respeite as diferenças e promova uma ação pedagógica

de qualidade para todos os alunos, desmistificando padrões preestabelecidos e conceitos

tradicionalmente aceitos.

O professor pode utilizar a observação diária e instrumentos variados,

selecionados de acordo com cada conteúdo e/ou objetivo, em lugar de avaliar apenas por

meio de provas. A avaliação precisa dar ao professor pistas concretas do caminho que o

aluno está trilhando para se apropriar, efetivamente, das atividades verbais — a fala, a

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leitura e a escrita.

LEITURA

Será avaliada a leitura, cujo entendimento será demonstrado pela exposição

oral; a leitura em tom de voz adequado ao ambiente e ao momento da realização. A leitura

de livros, jornais, revistas, histórias em quadrinhos, crônicas, contos e outros serão

avaliadas através da proposição, aos alunos, de questões abertas, de discussões, de

relatos ou outras atividades que permitam ao professor avaliar as estratégias que os

alunos empregaram no decorrer da leitura, a compreensão do texto lido e o seu

posicionamento diante do tema, bem como valorizar a reflexão que o aluno faz a partir do

texto.

ORALIDADE

A oralidade será avaliada considerando se a participação do aluno nos

diálogos, relatos e discussões, apresentação de trabalhos escolares, dramatização de

situações; a clareza que ele mostra ao expor suas ideias, a fluência da sua fala, o seu

desembaraço, a argumentação que ele apresenta ao defender seus pontos de vista e, de

modo especial, a sua capacidade de adequar o discurso/texto aos diferentes

interlocutores e situações.

ESCRITA

A produção escrita dos alunos será avaliada considerando se o emprego da

estrutura adequada ao gênero textual escolhido e/ou solicitado; emprego da norma

padrão ou da variação linguística adequada ao texto em questão; o emprego de

vocabulário persuasivo (no caso de textos argumentativos); a presença da intenção do

escritor em relação aos possíveis interlocutores; a fidelidade ao tema proposto e/ou

escolhido; a disposição dos alunos em revisar, reestruturar e reescrever os textos sempre

que necessário; pelo cuidado ao empregar recursos linguísticos já abordados em outras

produções.

OBSERVAÇÕES

1) A nota será atribuída a partir das três práticas discursivas a cada atividade

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desenvolvida pelo (a) aluno (a), seja oral, escrita ou de leitura; individual ou em grupo.

O valor de cada atividade será estabelecido de acordo com o grau de dificuldade de

cada uma.

2) Caso o (a) aluno (a) não atinja aos objetivos propostos, será ofertada a

RECUPERAÇÃO PARALELA a qual ocorrerá com a retomada dos conteúdo(s)

avaliado(s) naquele momento, Então, o (a) aluno (a) fará uma nova avaliação desse

(s)conteúdo(s), atendimento a dúvidas, exercícios adicionais de compreensão, tarefas

de casa com correção e revisão em sala de aula, e por outros meios de instrumentos

que se façam necessários É importante lembrar que a recuperação paralela não será

bimestral; ela será ofertada após cada avaliação realizada.

3) Os alunos também serão avaliados (individualmente ou em grupos) em palestras; nas

atividades extraclasses; nas apresentações; nos relatos orais; na resolução de

atividades escritas; no cumprimento das normas estabelecidas para o bom andamento

das atividades.

4) Os/As alunos (as) com necessidades especiais terão avaliação diferenciada, não com

prejuízo dos conteúdos, mas com menos questões a respeito do assunto ou com

tempo maior para resolução das atividades ou produção de textos e com explicações

extras para cada questão ou atividade.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

BAKHTIN, Mikhail. Marxismo e filosofia da linguagem. Tradução de : Michel e Yara

Vieira. 6.ed. São Paulo: Hucitec, 1992. In: PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação.

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_____O freudismo. Tradução Paulo Bezerra. São Paulo: Perspectiva, 2004.

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FARACO, Carlos A.; TEZZA, Cristóvão; CASTRO, Gilberto de. Diálogos com Bakhtin.

Curitiba, PR: Editora UFPR, 2000. In: PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação.

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FREDERICO, Enid Yatsuda; OSAKABE, Hakira. PCNEM - Literatura. Análise Crítica. In:

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GERALDI, C.; FIORENTINE, D.; PEREIRA, E. (orgs.). Cartografia do trabalho docente.

Campinas, SP: Mercado das Letras, 1996. In: PARANÁ, Secretaria de Estado da

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KLEIMAN, Ângela. Texto e leitor: aspectos cognitivos da leitura. 7ª ed. Campinas,SP:

Pontes, 2000. In: PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares

Língua Portuguesa, Versão Preliminar. Curitiba, julho/2006;

KOCH. A inter-ação pela linguagem. São Paulo: Contexto, 1995. In: PARANÁ,

Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares Língua Portuguesa, Versão

Preliminar. Curitiba, julho/2006;

KRAMER. Por entre as pedras: arma e sonho na escola. 3ª ed. São Paulo: Ática,

2000. In: PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação;

Diretrizes Curriculares da Língua Portuguesa, Versão Preliminar. Curitiba, julho/2006;

MARCUSCHI, Luiz Antônio. Da fala para a escrita. São Paulo: Cortez, 2001. In:

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares Língua Portuguesa,

Versão Preliminar. Curitiba, julho/2006;

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Língua

Portuguesa, Versão Preliminar. Curitiba, julho/2006;

PAZINI, Maria C. Oficinas de texto: teoria e prática. In: Proleitura, UNESP/UEM/ UEL.

In:

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares Língua Portuguesa,

Versão Preliminar. Curitiba, julho/2006;

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VILLALTA, Luiz Carlos. O que se faz e o que se lê: língua, instrução e leitura. In

SOUZA, Laura de Mello (org.) História da vida privada no Brasil — Cotidiano e vida

privada na América Portuguesa. São Paulo: Companhia das Letras, 1997. In: PARANÁ,

Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares Língua Portuguesa, Versão

Preliminar. Curitiba, julho/2006.

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1. 2 - EDUCAÇÃO FÍSICA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Fazendo um breve levantamento histórico da disciplina pode-se observar

que, as primeiras sistematizações que o conhecimento sobre as práticas corporais recebe

em solo nacional ocorreram a partir de teorias oriundas da Europa. Sob influência dos

conhecimentos médicos e da instrução física militar, a então denominada ginástica surgiu,

principalmente, a partir de uma preocupação com o desenvolvimento da saúde e a

formação moral dos cidadãos brasileiros.

Esse modelo de prática corporal pautava-se em prescrições de exercícios

visando ao aprimoramento de capacidades e habilidades físicas como a força, a destreza,

a agilidade e a resistência, além de visar à formação do caráter, da autodisciplina, de

hábitos higiênicos, do respeito à hierarquia e do sentimento patriótico.

O conhecimento da medicina configurou um outro modelo para a sociedade

brasileira, o que contribuiu para a construção de uma nova ordem econômica, política e

social. ―Nesta nova ordem, na qual os médicos higienistas irão ocupar lugar destacado,

também se coloca a necessidade de construir, para o Brasil, um novo homem, sem o qual

a nova sociedade idealizada não se tornaria realidade‖ (SOARES, 2004, p. 70).

Com todas as transformações ocorridas, a educação física começa a ganhar

espaço na escola, considerando o fato de que na época o físico disciplinado era exigência

da nova ordem em formação. A educação do físico confundia-se com a prática da

ginástica, pois incluía exercícios físicos baseados nos moldes higienistas .

No século XIX começa a difundir a instrução pública e Rui Barbosa foi

influenciado pelas discussões de sua época. Tanto que, empenhado num projeto de

modernização do país, interessou-se pela criação de um sistema nacional de ensino

gratuito, obrigatório e laico, desde o jardim de infância até a universidade. Para

elaboração do seu projeto buscou inspiração em países onde a escola pública estava

sendo difundida, procurando demonstrar os benefícios alcançados com a sua criação.

Para fundamentar sua análise recorreu às estatísticas escolares, livros,

métodos, mostrando que a educação, nesses países, revelava-se alavanca de

desenvolvimento. Suas idéias acerca desta questão estão claramente redigidas nos seus

famosos pareceres sobre educação (MACHADO, 2000, p. 03).

No ano de 1882, Rui Barbosa emitiu o parecer n. 224, sobre a Reforma

Leôncio de Carvalho, decreto nº. 7.247, de 19 de abril de 1879, da Instrução Pública.

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Entre outras conclusões, afirmou a importância da ginástica para a formação de

corpos fortes e cidadãos preparados para defender a Pátria, equiparando-a, em

reconhecimento, às demais disciplinas (SOARES, 2004). Conforme consta no próprio

parecer, ―[...] coma medida proposta, não pretendemos formar nem acrobatas nem

Hércules, mas desenvolver na criança o quantum de vigor físico essencial ao equilíbrio

da vida humana, à felicidade da alma, à preservação da Pátria e à dignidade da espécie‖

(QUEIRÓS apud CASTELLANI FILHO, 1994, p. 53).

No início do século XX, especificamente a partir de 1929, a disciplina de

Educação Física tornou-se obrigatória nas instituições de ensino para crianças a partir

de 6 anos de idade e para ambos os sexos, por meio de um anteprojeto publicado pelo

então Ministro da Guerra, General Nestor Sezefredo Passos. Propõe também a criação

do Conselho Superior de Educação Física com o objetivo de centralizar, coordenar e

fiscalizar as atividades referentes ao Desporto e à Educação Física no país e também a

elaboração do Método Nacional de Educação Física (LEANDRO, 2002, p. 34).

Educação Física no Brasil se confunde em muitos momentos de sua

história com as instituições médicas e militares. Em diferentes momentos, essas

instituições definiram seu caminho, delineando e delimitando seu campo de

conhecimento, tornando-a um valioso instrumento de ação e de intervenção na

realidade educacional e social [...] (SOARES, 2004, p. 69).

Isso representa o quanto a esse período histórico foi marcado pelo esforço de construção

de uma unidade nacional, o que contribuiu sobremaneira para intensificar o forte

componente militar nos métodos de ensino da Educação Física nas escolas brasileiras.

As relações entre a institucionalização da disciplina de Educação Física no

Brasil e a influência da ginástica, explicitam-se em alguns marcos históricos, dentre eles:

a criação do ―Regulamento da Instrução Física Militar‖ (Método Francês), em 1921; a

obrigatoriedade da prática da ginástica nas instituições de ensino, em 1929; a adoção

oficial do método Francês2, em 1931, no ensino secundário; a criação da Escola de

Educação Física do Exército, em 1933, e a criação da Escola Nacional de Educação

Física e Desportos da Universidade do Brasil, em 1939.

O método ginástico francês, que contribuiu para construir e legitimar a

Educação Física nas escolas brasileiras estava fortemente ancorado nos

conhecimentos advindos da anatomia e da fisiologia, cunhados de uma visão positivista

da ciência, isto é, um conhecimento científico e técnico considerado superior a outras

formas de conhecimento, e que deveria ser referência para consolidação de um projeto de

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modernização do país.

Preponderando uma visão mecanicista e instrumental sobre o corpo, o

método ginástico francês priorizava o desenvolvimento da mecânica corporal. Conforme

esse modelo, melhorar o funcionamento do corpo e a eficiência do gasto energético

dependia de técnicas que atribuíam à Educação Física a tarefa de formar corpos

saudáveis e disciplinados, possibilitando a formação de seres humanos aptos para

adaptarem-se ao processo de industrialização que se iniciava no Brasil (SOARES, 2004).

No final da década de 1930, o esporte começou a se popularizar e, não por

acaso, passou a ser um dos principais conteúdos trabalhados nas aulas de Educação

Física. Com o intuito de promover políticas nacionalistas, houve um incentivo às práticas

desportivas como a criação de grandes centros esportivos, a importação de especialistas

que dominavam as técnicas de algumas modalidades esportivas e a criação do Conselho

Nacional dos Desportos, em 1941. No final da década de 1930 e início da década de

1940, ocorreu o que o Conselho denomina como um processo de ―desmilitarização‖

da Educação Física brasileira, isto é, a predominância da instrução física militar

começou a ser sobreposta por outras formas de conhecimento sobre o corpo e, com o

fim da II Guerra Mundial, teve início um intenso processo de difusão do esporte na

sociedade e, consequentemente, nas escolas brasileiras.

O esporte afirma-se paulatinamente em todos os países sob a influência da

cultura européia, como o elemento hegemônico da cultura de movimento. No Brasil as

condições para o desenvolvimento do esporte, quais sejam, o desenvolvimento

industrial com a consequente urbanização da população e dos meios de

comunicação de massa, estavam agora, mais do que antes, presentes. Outro

aspecto importante é a progressiva esportivização de outros elementos da cultura de

movimento, sejam elas vindas do exterior como o judô ou o karatê, ou genuinamente

brasileiras como a capoeira (BRACHT, 1992, p. 22).

No início da década de 1940, o governo brasileiro estabeleceu as bases

da organização desportiva brasileira instituindo o Conselho Nacional de Desportos, com o

intuito de orientar, fiscalizar e incentivar a prática desportiva em todo o país (LEANDRO,

2002, p. 58).

Nesse contexto, as aulas de Educação Física assumiram os códigos

esportivos do rendimento, competição, comparação de recordes, regulamentação rígida e

a racionalização de meios e técnicas. Trata-se não mais do esporte da escola, mas sim do

esporte na escola. Isto é, os professores de Educação Física se encarregaram de

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reproduzir os códigos esportivos nas aulas, sem se preocupar com a reflexão crítica

desse conhecimento. A escola tornou-se um celeiro de atletas, a base da pirâmide

esportiva (BRACHT, 1992, p. 22).

Com a promulgação da Nova Constituição e a instalação efetiva do

Estado Novo, em 10 de novembro de 1937, a prática de exercícios físicos em todos os

estabelecimentos de ensino tornou-se obrigatória. Entre os anos de 1937 e 1945, o então

presidente Getúlio Vargas estruturou o Estado no sentido de incentivar a intervenção

estatal e o nacionalismo econômico. Durante o Estado Novo implantado em 1937, a

Educação Física sofreu grande inquietação. Encarada pelos militares como uma arma

na estruturação humana, entendia que a maneira como o corpo é educado é resultado

direto das normas sociais impostas, que definem consequentemente a estruturação da

sociedade, que através dos seus gestos ou ações motoras revelam a natureza do sistema

social. Os militares fazem então um grande investimento na política esportiva, certos de

que assim teríamos uma nítida melhoria da saúde do povo brasileiro, tendo

consequentemente mais homens aptos ao serviço militar, que nesta época continha uma

grande quantidade de jovens dispensados por incapacidade física (LEANDRO, 2002, p.

43).

No contexto das reformas educacionais sob a atuação do ministro Gustavo

Capanema, a Lei Orgânica do Ensino Secundário, promulgada em 09 de abril de 1942,

demarcou esse cenário ao permitir a entrada das práticas esportivas na escola,

dividindo um espaço até então predominantemente configurado pela instrução militar.

Com tais reformas, a Educação Física tornou-se uma prática educativa obrigatória,

desta vez com carga horária estipulada de três sessões semanais para meninos e duas

para meninas, tanto no ensino secundário quanto no industrial, e com duração de 30 e 45

minutos por sessão (CANTARINO FILHO, 1982).A Lei Orgânica do Ensino Secundário

permaneceu em vigor até a aprovação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação

Nacional n. 4.024/61, em 1961. Com o golpe militar no Brasil, em 1964, o esporte passou

a ser tratado com maior ênfase nas escolas, especialmente durante as aulas de

Educação Física.

De acordo com algumas teorizações da historiografia. Isso teria ocorrido em

parte, porque numa certa perspectiva o esporte codificado, normatizado e

institucionalizado pode responder de forma bastante significativa aos anseios de controle

por parte do poder, uma vez que tende a padronizar a ação dos agentes educacionais,

tanto do professor quanto do aluno; noutra, porque o esporte se afirmava como fenômeno

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cultural de massa contemporâneo e universal, afirmando-se, portanto, como possibilidade

educacional privilegiada. Assim, o conjunto de práticas corporais passíveis de serem

abordadas e desenvolvidas no interior da escola resumiu-se à prática de algumas

modalidades esportivas. As práticas escolares de Educação Física passaram a

ter como fundamento primeiro a técnica esportiva, o gesto técnico, a repetição, enfim, a

redução das possibilidades corporais a algumas poucas técnicas estereotipadas

(OLIVEIRA, 2001, p. 33).

Ocorreram, ainda, outras reformas educacionais no Brasil, em particular

o chamado acordo do Ministério da Educação e Cultura - MEC/United States Agency

International for Development – USAID (MEC-USAID). Esse fato permitiu que muitos

professores dessa área de conhecimento frequentassem, nos Estados Unidos, cursos

de pós-graduação cujos fundamentos teóricos sobre o movimento humano pautavam-se

na visão positivista das ciências naturais, isto é, na prática esportiva e na aptidão física.

Nesse contexto, o esporte consolidou sua hegemonia como objeto principal nas aulas de

Educação Física, em currículos nos quais o enfoque pedagógico estava centrado na

competição e na performance dos alunos.Os chamados esportes olímpicos – vôlei,

basquete, handebol e atletismo, entre outros – foram priorizados para formar atletas

que representassem o país em competições internacionais. Tal preferência sustentava-

se na ―teoria da pirâmide olímpica‖, isto é, a escola deveria funcionar como um celeiro de

atletas, tornar-se a base da pirâmide para seleção e descoberta de talentos nos esportes

de elite nacional.

Predominava o interesse na formação de atletas que apresentassem ―talento

natural‖, de modo que se destacavam, até chegar ao topo da pirâmide, aqueles

considerados de alto nível, prontos para representar o país em competições

nacionais e internacionais. A idéia de talento esportivo substanciava-se num

entendimento naturalizante dos processos sociais que constituem os seres humanos,

como se as características biológicas individuais fossem preponderantes frente às

oportunidades que cada um possui no decorrer de sua história de vida. Na década de 70,

a Lei n. 5692/71, por meio de seu artigo 7º e pelo Decreto n. 69450/71, manteve o

caráter obrigatório da disciplina de Educação Física nas escolas, passando a ter

uma legislação específica e sendo integrada como atividade escolar regular e

obrigatória no currículo de todos os cursos e níveis dos sistemas de ensino.

Conforme consta no Capítulo I, Art. 7º da Lei n. 5692/71, ―será obrigatória a

inclusão de Educação Moral e Cívica, Educação Física, Educação Artística e Programa de

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Saúde nos currículos plenos dos estabelecimentos de 1º e 2º graus, observado quanto à

primeira o disposto no Decreto-lei n. 869, de 12 de setembro de 1969‖ (BRASIL, 1971).

Ainda nesse período, aos olhos do Regime Militar, a Educação Física era um

importante recurso para consolidação do projeto ―Brasil-Grande‖ (BRACHT, 1992).

Através da prática de exercícios físicos visando ao desenvolvimento da

aptidão física dos alunos, seria possível obter melhores resultados nas competições

esportivas e, consequentemente, consolidar o país como uma potência olímpica,

elevando seu status político e econômico. Tal concepção de Educação Física escolar de

caráter esportivo foi duramente criticada pela corrente pedagógica da psicomotricidade

que surgia no mesmo período.

Baseada na interdependência do desenvolvimento cognitivo e motor, (a

abordagem psicomotora) critica o dualismo predominante na Educação Física, e propõe-

se, a partir de jogos de movimento e exercitações, contribuir para a Educação Integral

[...] Com a Psicomotricidade, temos um deslocamento da polarização da Educação do

movimento para a Educação pelo movimento, ficando a primeira nitidamente em segundo

plano (BRACHT, 1992, p. 27).

A perspectiva esportiva da Educação Física escolar recebeu uma forte crítica

da corrente da psicomotricidade cujos fundamentos se contrapunham às perspectivas

teórico-metodológicas baseadas no modelo didático da esportivização. Tais fundamentos

valorizavam a formação integral da criança, acreditando que esta se dá no

desenvolvimento interdependente de aspectos cognitivos, afetivos e motores.

Entretanto, a psicomotricidade não estabeleceu um novo arcabouço de

conhecimento para o ensino da Educação Física, e as práticas corporais, entre elas o

esporte, continuaram a ser tratadas, tão-somente, como meios para a educação e

disciplina dos corpos, e não como conhecimentos a serem sistematizados e

transmitidos no ambiente escolar.

Além disso, a Educação Física ficou, em alguns casos, subordinada a

outras disciplinas escolares, tornando-se um elemento colaborador para o aprendizado de

conteúdos diversos àqueles próprios da disciplina6 (SOARES, 1996, p. 09). Com o

movimento de abertura política e o início de um processo de redemocratização

social, que culminou com o fim da Ditadura Militar em meados dos anos de 1980, o

sistema educacional brasileiro passou por um processo de reformulação.

Nesse período, a comunidade científica da Educação Física se fortaleceu

com a expansão da pós-graduação nessa área no Brasil. Esse movimento possibilitou a

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muitos professores uma formação não mais restrita às ciências naturais e

biológicas. Com a abertura de cursos na área de humanas, principalmente em educação.

Novas tendências ou correntes de ensino da Educação Física, cujos debates

evidenciavam severas críticas ao modelo vigente até então, passaram a subsidiar as

teorizações dessa disciplina escolar (DAÓLIO, 1997, p. 28).

Houve um movimento de renovação do pensamento pedagógico da

Educação Física que trouxe várias proposições e interrogações acerca da legitimidade

dessa disciplina como campo de conhecimento escolar. Tais propostas dirigiram críticas

aos paradigmas da aptidão física e da esportivização (BRACHT, 1999). Entre as

correntes ou tendências progressistas, destacaram-se as seguintes abordagens:

• Desenvolvimentista: defende a ideia de que o movimento é o principal meio e fim

da Educação Física. Constitui o ensino de habilidades motoras de acordo com uma

sequência de desenvolvimento. Sua base teórica é, essencialmente, a psicologia do

desenvolvimento e aprendizagem;

• Construtivista: defende a formação integral sob a perspectiva construtivista-

interacionista. Inclui as dimensões afetivas e cognitivas ao movimento humano. Embora

preocupada com a cultura infantil, essa abordagem se fundamenta também na psicologia

do desenvolvimento.

Vinculadas às discussões da pedagogia crítica brasileira e às análises das

ciências humanas, sobretudo da Filosofia da Educação e Sociologia, estão as

concepções críticas da Educação Física. O que as diferencia daquelas descritas

anteriormente é o fato de que as abordagens crítico-superadora e crítico-emancipatória,

descritas abaixo, operam a crítica da Educação Física a partir de sua contextualização na

sociedade capitalista.

• Crítico-superadora: baseia-se nos pressupostos da pedagogia histórico-critica

e estipula, como objeto da Educação Física, a Cultura Corporal a partir de

conteúdos como: o esporte, a ginástica, os jogos, as lutas e a dança. O conceito de

Cultura Corporal tem como suporte a idéia de seleção, organização e sistematização do

conhecimento acumulado historicamente, acerca do movimento humano, para ser

transformado em saber escolar. Esse conhecimento é sistematizado em ciclos e tratado

de forma historicizada e espiralada. Isto é, partindo do pressuposto de que os

alunos possuem um conhecimento sincrético sobre a realidade, é função da escola, e

neste caso também da Educação Física, garantir o acesso às variadas formas de

conhecimentos produzidos pela humanidade, levando os alunos a estabelecerem

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nexos com a realidade, elevando-os a um grau de conhecimento sintético.

Nesse sentido, o tratamento espiralar representa o retomar, integrar e

dar continuidade ao conhecimento nos diferentes níveis de ensino, ampliando sua

compreensão conforme o grau de complexidade dos conteúdos. Por exemplo: um

mesmo conteúdo específico, como a Ginástica Geral, pode ser abordado em diferentes

níveis de ensino, desde que se garanta sua relação com aquilo que já foi conhecido,

elevando esse conhecimento para um nível mais complexo.

A abordagem metodológica crítico-superadora foi criada no início da década de 90

por um grupo de pesquisadores tradicionalmente denominados por Coletivo de Autores.

São eles: Carmen Lúcia Soares, Celi Taffarel, Elizabeth Varjal, Lino Castellani Filho,

Micheli Ortega Escobar e Valter Bracht.

• Crítico-emancipatória: Nessa perspectiva, o movimento humano em sua

expressão é considerado significativo no processo de ensino/aprendizagem, pois está

presente em todas as vivências e relações expressivas que constituem o ―ser no mundo‖.

Nesse sentido, parte do entendimento de que a expressividade corporal é

uma forma de linguagem pela a qual o ser humano se relaciona com o meio, tornado-se

sujeito a partir do reconhecimento de si no outro. Esse processo comunicativo, também

descrito como dialógico, é um ponto central na abordagem crítico-emancipatória. A

principal corrente teórica que sustenta essa abordagem metodológica é a Fenomenologia,

desenvolvida por Merleau Ponty. A concepção crítico-emancipatória foi criada, na década

de 90, pelo pesquisador Elenor Kunz.

No contexto das teorizações críticas em Educação e Educação Física, no

final da década de 1980 e início de 1990, no Estado do Paraná, tiveram início as

discussões para a elaboração do Currículo Básico. O Currículo Básico para a escola

pública do Estado do Paraná surgiu, na década de 90, como o principal documento oficial

relacionado à educação básica no Estado do Paraná. O documento foi aprovado pelo

Conselho Estadual de Educação do Paraná, através da Deliberação nº 02/90 de 18 de

dezembro de 1990, do processo 384/90. Conforme consta no Currículo Básico, sua

primeira edição, teve uma tiragem de noventa mil exemplares, que foram distribuídos para

maior parte das escolas públicas do Estado do Paraná. Isso demonstra a extensão que

atingiu este documento, que passou a legislar em todas as escolas públicas do Paraná,

com grande influência sobre as práticas escolares (NAVARRO, 2007, p. 48).

O Currículo Básico foi produzido num período de emergência, na educação,

do chamado ―discurso crítico‖. Esse discurso pretendia reformular a educação e,

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consequentemente, a disciplina de Educação Física, a partir de reflexões históricas

e sociais que desvelassem os mecanismos de desigualdade social e econômica,

para então legitimar e concretizar um projeto de transformação social. O objetivo central

da criação do Currículo Básico foi o projeto de reestruturação do currículo das escolas

públicas do Paraná [...] (NAVARRO, 2007, p. 49). É necessário procurar entender a

dialética de desenvolvimento e aperfeiçoamento do corpo na história e na sociedade

brasileira, para que a Educação Física saia de sua condição passiva de coadjuvante do

processo educacional, para ser parte integrante deste, buscando colocá-la em seu

verdadeiro espaço: o de área do conhecimento. Quando discutimos, hoje, a Educação

Física dentro Esse processo envolveu profissionais comprometidos com a Educação

Pública do Paraná, deu-se num contexto nacional de redemocratização do país e resultou

em um documento que pretendia responder a demandas sociais e históricas da educação

brasileira.

Os embates educacionais oriundos desse período, posterior ao Regime

Militar, consolidaram-se nos Documentos Oficiais sobre Educação no Brasil, dentre eles, o

próprio Currículo Básico do Estado do Paraná que, com um viés critico, apresentava um

discurso preocupado com a formação de seres humanos capazes de questionar e

transformar a realidade social em que vivem. O Currículo Básico, para a Educação

Física, fundamentava-se na pedagogia histórico - crítica, identificando-se numa

perspectiva progressista e crítica sob os pressupostos teóricos do materialismo

histórico-dialético. Esse documento caracterizou-se por ser uma proposta avançada em

que o mero exercício físico deveria dar lugar a uma formação humana do aluno em

amplas dimensões.

O reflexo desse contexto para a Educação Física configurou-se em um

projeto escolar que possibilitasse a tomada de consciência dos educandos sobre seus

próprios corpos, não no sentido biológico, mas especialmente em relação ao meio social

em que vivem. Dessa forma No entanto, o Currículo Básico apresentava uma rígida

listagem de conteúdos, os quais eram denominados pressupostos do movimento

(condutas motoras de base ou formas básicas de movimento; condutas neuro-motoras;

esquema corporal; ritmo; aprendizagem objeto-motora), esses enfraqueciam os

pressupostos teórico-metodológicos da pedagogia crítica, pois o enfoque permaneceu

privilegiando abordagens como a desenvolvimentista, construtivista e psicomotora

(FRATTI, 2001; NAVARRO, 2007).

Dentro de um projeto mais amplo de educação do Estado do Paraná,

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entende-se a escola como um espaço que, dentre outras funções, deve garantir o acesso

aos alunos ao conhecimento produzido historicamente pela humanidade.

Sendo assim, a disciplina de Educação Física tem a proposta de humanizar

e diversificar a prática pedagógica, buscando ampliar o trabalho que incorpora as

dimensões afetivas, cognitivas e socioculturais dos alunos.

―A Educação Física enquanto componente curricular da Educação básica

deve assumir então uma outra tarefa: introduzir e integrar o aluno na cultura corporal de

movimento, formando o cidadão que vai produzi-la, reproduzi-la e transformá-la ,

instrumentalizando o para usufruir do jogo, do esporte, das atividades rítmicas e dança,

das ginásticas e práticas de aptidão física, em benefício da qualidade da vida.‖( Betti.

Zuliani ,2002)

―O papel da Educação Física é o de transcender aquilo que se apresenta

como senso comum, desmistificando formas já arraigadas e equivocadas sobre o

entendimento das diversas práticas e manifestações corporais. Priorizar a construção do

conhecimento sistematizado como oportunidade ímpar, de re-elaboração de ideias e

práticas que, por meio de ações pedagógicas, intensifiquem a compreensão do aluno

sobre a gama de conhecimentos produzidos pela humanidade e suas implicações para a

vida. Como exemplo destes conhecimentos, pode se apresentar a discussão sobre a

diversidade cultural em termos corporais, com o intuito de que os alunos possam respeitar

as diferenças identificadas, bem como se posicionarem frente a elas de modo autônomo,

realizando opções, pautadas nos conhecimentos relevantes apresentados pelo professor‖.

(Diretrizes Curriculares 2008).

A Educação Física escolar deve dar oportunidades a todos os alunos através

de jogos e brincadeiras , dança, ginástica, lutas e esportes para que desenvolvam suas

potencialidades de forma democrática e não seletiva, visando seu aprimoramento como

seres humanos para o trabalho e o mundo.

Segundo Barros e Barros ;1972, a Educação Física escolar , consiste no

desenvolvimento orgânico e funcional da criança, procurando, através de atividades

físicas, melhorar os fatores de coordenação e execução de movimentos. Visando atingir

esse objetivos as atividades de correr, saltar, arremessar, pendurar se, equilibrar se,

levantar e transportar, puxar, empurrar, saltitar, girar, pular corda, permitem a descarga da

agressividade, estimulam a auto expressão, concorrem para a manutenção da saúde,

favorecem o crescimento, previnem e corrigem os defeitos de atitudes e boa postura.

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Em busca disso a educação física escolar propõem os seguintes objetivos.

Empregar atividades recreativas, visando brincadeiras como expressões miméticas

privilegiadas na infância, momentos organizados nos quais o mundo tal qual as crianças o

compreendem, é relembrado, contestado, dramatizado,

Participar de atividades corporais, estabelecendo relações equilibradas e construtivas

com os outros, reconhecendo e respeitando características físicas e de desempenho de si

próprio e dos outros, sem discriminar por características pessoais, físicas, sociais e

sexuais;

Realizar atividades que melhorem as suas qualidades físicas: velocidade, resistência,

flexibilidade, força, agilidade, coordenação e equilíbrio;

Repudiar qualquer espécie de violência, adotando atitudes de respeito mútuo, dignidade e

solidariedade nas práticas de cultura corporal de movimento;

Despertar o gosto pela dança, envolvendo o folclore e a cultura afro-brasileira, além da

cultura local;

Reconhecer se como elemento integrante do ambiente, adotando hábitos saudáveis de

higiene, alimentação e atividades corporais, relacionando os com os efeitos sobre a

própria saúde e de melhoria da saúde coletiva;

Conhecer, organizar e interferir no espaço de forma autônoma, reconhecendo as como

uma necessidade do ser humano e um direito do cidadão, em busca de uma melhor

qualidade de vida;

Participar de atividades de natureza relacional, reconhecendo e respeitando suas

características físicas e de desempenho motor, bem como a de seus colegas, sem

discriminar por características pessoais, físicas, sexuais ou sociais; apropriar se de

processos de aperfeiçoamento das capacidades físicas, das habilidades motoras próprias

das situações problema que surjam no cotidiano;

Adotar atitudes de respeito mútuo, dignidade e solidariedade na prática dos jogos, lutas e

dos esportes, buscando encaminhar os conflitos de forma não violenta, pelo diálogo e

prescindindo da figura do árbitro. Saber diferenciar os contextos amadores, recreativos,

escolares e o profissional, reconhecendo e evitando o caráter excessivamente competitivo

em quaisquer desses contextos.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

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ENSINO FUNDAMENTAL: 5ª SÉRIE /6º ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS

Esportes

Coletivos

Individuais

Jogos e

brincadeiras

Jogos e

brincadeiras

populares

Brincadeiras

e cantigas de

roda

Jogos de

Tabuleiro

Jogos

Cooperativos

Dança

Danças

folclóricas

Danças de rua

Danças criativas

Ginástica

Ginástica

Rítmica

Ginástica

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circense

Ginástica

Geral

Lutas

Lutas de

aproximação

Capoeira

ENSINO FUNDAMENTAL: 6ª SÉRIE/ 7º ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS

Esporte

Coletivos

Individuais

Jogos e

Brincadeiras

Jogos e

brincadeiras

populares

Brincadeiras

e cantigas de

roda

Jogos de

Tabuleiro

Jogos

cooperativos

Dança

Danças

Folclóricas

Danças de rua

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Danças criativa

Danças

circulares

Ginástica

Ginástica

Rítmica

Ginástica

Circense

Ginástica geral

Lutas

Lutas de

Aproximação

Capoeira

ENSINO FUNDAMENTAL 7ª SÉRIE/8º ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS

Esporte

Coletivos

Radicais

Jogos e

brincadeiras

Jogos e

brincadeiras

populares

Jogos de

Tabuleiro

Jogos

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Dramáticos

Jogos

cooperativos

Dança

Danças criativa

Danças

circulares

Ginásticas

Ginástica

rítmica

Ginástica

circense

Ginástica geral

Lutas

Lutas com

instrumento

mediador

Capoeira

ENSINO FUNDAMENTAL 8ª SÉRIE/9º ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS

Esporte Coletivos

Radicais

Jogos e

Brincadeiras

Jogos de

tabuleiro

Jogos

dramáticos

Jogos

Cooperativos

Dança

Danças

criativas

Danças

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circulares

Ginástica

Ginástica

Rítmica

Ginástica geral

Lutas

Lutas com

instrumento

mediador

Capoeira

IV ) METODOLOGIA DA DISCIPLINA

Considerando que a metodologia utilizada pelo professor no ensino e

aprendizagem deve garantir a busca do desenvolvimento da autonomia, a cooperação e a

participação social e democrática do aluno.

Os alunos, os alunos serão instigados a manifestar o que sabem a partir de

um assunto apresentado e após o professor fará a explanação do tema.

Os Conteúdos estruturantes propostos – esporte, dança, ginástica, lutas,

jogos e brincadeiras –, a Educação Física tem a função social de contribuir para que os

alunos se tornem sujeitos capazes de reconhecer o próprio corpo, adquirir uma

expressividade corporal consciente e refletir criticamente sobre as práticas corporais.

O professor de Educação Física tem, assim, a responsabilidade de

organizar e sistematizar o conhecimento sobre as práticas corporais, o que

possibilita a comunicação e o diálogo com as diferentes culturas. No processo

pedagógico, o senso de investigação e de pesquisa pode transformar as aulas de

Educação Física e ampliar o conjunto de conhecimentos que não se esgotam nos

conteúdos, nas metodologias, nas práticas e nas reflexões.

É também preocupação da disciplina o atendimento à diversidade social,

indistintamente, para a inclusão de todos os indivíduos, independente de cor, raça, sexo,

religião, necessidades educacionais especiais, moradores do campo, afro-descendentes,

imigrantes, indígenas, reconhecendo os direitos sociais de cada um, respeitando sua

cultura. Nesse sentido, busca-se construir os saberes escolares necessários à formação

do cidadão, buscando continuamente estratégias que ajudem a superar as dificuldades,

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eximindo o de qualquer forma de preconceito, discriminação, e garantindo a todos,

condições indispensáveis para que possam manter se na escola e aprender.

Os conteúdos escolares deverão ser abordados em procedimentos de

organização, sistematização de informações, aperfeiçoamento, entre outros e abranger

interesses que venham de encontro às necessidades e expectativas da realidade escolar.

Incluir o aluno no processo de ensino e aprendizagem, considerando sua realidade social

e pessoal, sua percepção de si e do outro, suas dúvidas e necessidades de compreensão

dessa mesma realidade.

A partir de inclusão, constitui se um ambiente de aprendizagem

significativa, que faça sentido para o aluno, no qual ele tenha a possibilidade de trocar

informações, estabelecer questões e construir hipóteses na tentativa de respondê las.

Trabalhar as práticas corporais no sentido que constituem um espaço de

desenvolvimento e formação de personalidade, na medida em que permitem ao aluno

experimentar e expressar diversas formas de ser e estar no mundo, contribuindo para a

construção de seu estilo pessoal de jogar, lutar, dançar e brincar.

A metodologia utilizada para trabalhar os conteúdos estruturantes será

desenvolvida de diversas formas, que visem facilitar o aprendizado, metodologias estas,

como: exposição de conteúdos utilizando fatos do cotidiano, como, notícias de jornais,

revistas e exemplos do dia-a-dia do aluno,interpretação de textos atuais, interpretação de

figuras e legendas; confecções de cartazes e murais; recursos audio-visuais; práticas

corporais exposições; debates.

Utilizando assim, metodologias que se tornem adequadas a cada conteúdo a

ser trabalhado, respeitando a individualidade e a capacidade de cada turma na produção

do conhecimento.

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V) AVALIAÇÃO

Falar de avaliação em Educação Física significa reconhecer a insuficiência

das discussões e teorizações sobre esse tema no âmbito desta disciplina curricular no

Brasil (COLETIVO DE AUTORES, 1992). No entanto, mesmo diante dessa realidade, é

necessário assumir o compromisso pela busca constante de novas ferramentas e

estratégias metodológicas que sirvam para garantir maior coerência com o par dialético,

objetivos-avaliação. Isto é, pensar formas de avaliar que sejam coerentes com os

objetivos inicialmente definidos.

Se faz necessário entender que a avaliação em Educação Física à luz dos

paradigmas tradicionais, como o da esportivização, desenvolvimento motor,

psicomotricidade e da aptidão física, é insuficiente para a compreensão do fenômeno

educativo em uma perspectiva mais abrangente.

Tradicionalmente, a avaliação em Educação Física tem priorizado os

aspectos quantitativos de mensuração do rendimento do aluno, em gestos técnicos,

destrezas motoras e qualidades físicas, visando principalmente à seleção e à

classificação dos alunos.

Os professores, historicamente, praticam a verificação e não a

avaliação, sobretudo porque a aferição da aprendizagem escolar tem sido feita, na

maioria das vezes, para classificar os alunos em aprovados e reprovados. Chega-se à

conclusão de que, mesmo havendo ocasiões em que se dêem oportunidades para os

alunos se recuperarem, a preocupação recai em rever os conteúdos programáticos para

recuperar a nota (LUCKESI, 1995).

A Educação Física, a partir da referência positivista e da esportivização,

procurou distinguir os melhores, mais habilidosos, daqueles piores, que não

apresentavam a habilidade esperada, tudo isso considerando o entendimento do

professor sobre o que seria certo ou errado. Essa concepção chegou ao ápice

quando alguns professores de Educação Física se apropriaram de testes padronizados

para selecionar estudantes das escolas públicas para comporem um grupo de ―atletas‖.

Nessa perspectiva, a avaliação era, e por muitas vezes continua a ser,

aplicada como verificação físico-motora do rendimento dos alunos-atletas. No que diz

respeito à Educação Física, podemos afirmar que a prática dos professores esteve

frequentemente ligada à educação e à avaliação tradicional por meio da reprodução dos

modelos de ensino vinculados ao desenvolvimento da aptidão física e das habilidades

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desportivas, que se restringiram a comparar, classificar e selecionar o aluno com base no

desempenho motor ou nas medidas biométricas dos alunos (PALLAFOX E TERRA, 1998,

p. 25).

Com as transformações ocorridas no campo das teorizações em Educação

e Educação Física, principalmente a partir dos anos 80 e 90, a função da avaliação

começou a ganhar novos contornos, sendo profundamente criticadas as

metodologias que priorizam testes, materiais e sistemas com critérios e objetivos

classificatórios e seletivos. Esses estudos têm conduzido os professores à reflexão e ao

aprofundamento, buscando novas formas de compreensão dos seus significados no

contexto escolar.

A Educação Física é a partir desse novo referencial teórico e das discussões

até então desenvolvidas novos critérios, ferramentas e estratégias que reflitam a

avaliação no contexto escolar surgiram. O objetivo é favorecer maior coerência entre a

concepção defendida e as práticas avaliativas que integram o processo de ensino e

aprendizagem. Um dos primeiros aspectos que precisa ser garantido é a não exclusão,

isto é, a avaliação deve estar a serviço da aprendizagem de todos os alunos, de modo

que permeie o conjunto das ações pedagógicas e não seja um elemento externo a esse

processo.

Destaca-se que a avaliação deve estar vinculada ao projeto político-

pedagógico da escola, de acordo com os objetivos e a metodologia adotada pelo corpo

docente.

Com efeito, os critérios para a avaliação devem ser estabelecidos, considerando o

comprometimento e envolvimento dos alunos no processo pedagógico:

Os alunos estarão em constante avaliação serão considerados entrega das

atividades propostas pelo professor; se houve assimilação dos conteúdos propostos,

por meio da recriação de jogos e regras; se o aluno consegue resolver, de maneira

criativa, situações problemas sem desconsiderar a opinião do outro, respeitando o

posicionamento do grupo e propondo soluções para as divergências; se o aluno se mostra

envolvido nas atividades, seja através de participação nas atividades práticas ou

realizando relatórios.

Partindo-se desses critérios, a avaliação deve se caracterizar como um

processo contínuo, permanente e cumulativo, tal qual preconiza a LDB nº. 9394/96, em

que o professor organizará e reorganizará o seu trabalho, sustentado nas diversas

práticas corporais, como a ginástica, o esporte, os jogos e brincadeiras, a dança e a luta.

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A avaliação deve, ainda, estar relacionada aos encaminhamentos

metodológicos, constituindo-se na forma de resgatar as experiências e

sistematizações realizadas durante o processo de aprendizagem. Isto é, tanto o professor

quanto os alunos poderão rever o trabalho realizado, identificando avanços e dificuldades

no processo pedagógico, com o objetivo de (re)planejar e propor encaminhamentos que

reconheçam os acertos e ainda superem as dificuldades constatadas.

O professor pode utilizará ainda outros instrumentos avaliativos, como:

dinâmicas em grupo, seminários, debates, júri-simulado, (re)criação de jogos,

pesquisa em grupos, inventário do processo pedagógico, entre outros, em que os

estudantes possam expressar suas opiniões aos demais colegas.

As provas e os trabalhos escritos podem ser utilizados para avaliação das

aulas de Educação Física, desde que a nota não sirva exclusivamente para hierarquizar e

classificar os alunos em melhores ou piores; aprovados e reprovados; mas que sirva,

também, como referência para redimensionar sua ação pedagógica.

Por fim, os professores precisam ter clareza de que a avaliação não deve

ser pensada à parte do processo de ensino/aprendizado da escola. Deve, sim, avançar

dialogando com as discussões sobre as estratégias didático-metodológicas,

compreendendo esse processo como algo contínuo, permanente e cumulativo.Serão

utilizados, bimestralmente, no mínimo 04 (quatro) instrumentos de avaliação diferentes

conforme acima citados . O valor de cada instrumento de avaliação deverá ser de no

máximo 4,0 pontos. Ao final de cada bimestre, o valor somado dos instrumentos de

avaliação deverá totalizar 10,0 (dez) pontos. O valor da avaliação bimestral do educando

será a soma dos resultados obtidos nos instrumentos de avaliação ofertados.

Aos educandos que apresentarem aproveitamento insuficiente será

oferecida a Recuperação de Estudos, no decurso do bimestre no qual o conteúdo foi

desenvolvido. Através de novas avaliações escritas e orais assim como trabalhos

complementares.

Os/As alunos (as) com necessidades especiais terão avaliação diferenciada,

não com prejuízo dos conteúdos, mas com menos questões a respeito do assunto ou com

tempo maior para resolução das atividades ou produção de textos e com explicações

extras para cada questão ou atividade.

Instrumentos de avaliação:

Dramatizações, brincadeiras, danças, etc.

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Realização de atividades na quadra, na sala de aula, na biblioteca e em saídas de

campo e em domicílio;

Resolução de questionamentos escritos e orais;

Pesquisa, produção e apresentação de seminários;

Pesquisa e produção de relatórios de pesquisa;

VI ) REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

- BETTI, M. Zuliani, L. R. Educação Física escolar: uma proposta de diretrizes

pedagógicas. Revista Mackenzie de Educação Física e Esporte - Ano 1, Número 1,

p. 75 2002

- DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇÃO DO CAMPO DO ESTADO DO

PARANÁ, SEED, Curitiba, Paraná;

-GONÇALVES, Maria Cristina, PINTO, Roberto Costacurta, Alves, TEUBER, Silvia

Pessoa, Aprendendo a Educação Física. Ed. Bolsa Nacional do Livro Ltda. 1ª

edição, 1996;

-GOVERNO DO PARANÁ. Diretrizes Curriculares de Educação Física para o

Ensino Fundamental. Curitiba. 2006;

- LEI Nº 10.639, Inserção dos conteúdos de História a Cultura Afro-brasileira

nos currículos escolares, Presidência da república, 2003;

-MEDINA, João Paulo S. A Educação Física Cuida do Corpo... e (Mente).

Papirus Editora, 4ª edição, São Paulo, 1985;

-TAFFAREL, Celi Nelza Zülke, Criatividade nas aulas de Educação Física. Ed.

Ao Livro Técnico, 1ª edição, 1985.

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110

1.3 ARTE

I) Apresentação da disciplina:

A disciplina de Arte no Ensino Fundamental visa construir uma proposta de

ensino para os alunos das escolas públicas levando em conta a necessidade de uma

reflexão a respeito da disciplina, tentando despertar nos alunos o interesse pelas artes

visuais, danças, músicas e teatro para o desenvolvimento da sociedade.

O marco importante para a Arte brasileira foi à semana de Arte Moderna,

onde os modernistas deixam de se inspirar na arte européia enfocando o nacionalismo e

os temas nacionais. Esse movimento dá início à valorização da cultura popular e abre

brechas às inúmeras manifestações artísticas. A arte vai ampliar seus horizontes e

possibilitar novas correntes de expressão.

―... não se restringia apenas à corrente da livre expressão,

acreditava no uso de temas e de historias reais e inventadas, como

forma de integração entre a arte e a vida, entre o conhecimento

especifico e a experiência do aluno, valorizando a reflexão e a critica

no ensino de Arte‖ (CAVALCANTI apud DIRETRIZES

CURRICULARES, 2006).

No decorrer desse processo de desenvolvimento histórico no ensino da arte,

ocorreram muitas transformações, porém essa disciplina exige reflexões que contemplem

a arte como área do conhecimento e não meramente para destacar dons inatos.

Nas diversas teorias sobre a arte são estabelecidas algumas referências

sobre sua função, o que resulta também em diferentes posições: como a arte pode servir

à ética, à política, à religião, à ideologia; ser utilitária ou mágica e transformar se em

mercadoria ou meramente proporcionar prazer.

Na educação, o ensino de Arte amplia o repertório cultural do aluno a partir

dos conhecimentos estético, artístico e contextualizado, aproximando o do universo

cultural da humanidade nas suas diversas representações.

De acordo com as Diretrizes Curriculares, pretende se que os alunos

possam criar formas singulares de pensamento, apreender e expandir suas

potencialidades criativas.

A partir das concepções da arte e de seu ensino, estas diretrizes consideram

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alguns campos conceituais que contribuem para as reflexões a respeito do objeto de

estudo desta disciplina:O conhecimento estético está relacionado à apreensão do objetivo

artístico em seus aspectos sensíveis e cognitivos;

O conhecimento artístico que está relacionado com o fazer e com o processo criativo;

O conhecimento contextualizado que envolve o contexto histórico (político, econômico e

sociocultural) dos objetos artísticos e contribui para a compreensão de seus conteúdos

explícitos e implícitos. A arte é a manifestação do poder criador do homem. Criar é

transformar e nesse processo o sujeito também se recria. A arte, quando cria uma nova

realidade, reflete a essência do real. O sujeito, por meio de suas criações artísticas,

amplia e enriquece a realidade já humanizada pelo trabalho. A prática pedagógica deve

contemplar as Artes Visuais, a Dança, a Música e o Teatro tendo como referência as

relações estabelecidas entre a arte e a sociedade.

O aluno da educação básica terá acesso ao conhecimento presente nas

diferentes formas de relação da arte com a sociedade, de acordo com a proximidade das

mesmas com o seu universo. O professor, por sua vez, ao selecionar os conteúdos

específicos que irá desenvolver enfocará as formas de relação da arte com a sociedade

com maior ou menor ênfase, abordando o objeto de estudo por meio dos conteúdos

estruturastes para formar alunos críticos, com a capacidade de usar sua imaginação para

criar formas e expandir seus conhecimentos.

A disciplina de Educação Artística propõe os seguintes objetivos:

- Reconhecer as produções e manifestações artísticas presentes na comunidade, na

região e nas várias dimensões da cultura, entendendo as como bens culturais

materiais e imateriais;

-Entender as peculiaridades culturais de cada individuo como ponto de partida para a

ampliação dos saberes em arte;

-Produzir formas no espaço bidimensional e tridimensional, desenvolvendo um

percurso de criação individual ou coletivo;

-Saber construir, expressar-se e comunicar se, articulando percepção, imaginação,

memória, sensibilidade e reflexão;

-Desenvolver relações de autoconfiança com a própria produção artística, valorizando

a diversidade estética e artística;

-Reconhecer e usar diversas técnicas; utilizar as técnicas e procedimentos, em

diversos materiais e suporte, sabendo interagir com diferentes materiais e meios

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(computador, vídeo, cinema, som, fotografia,...);

-Saber relacionar e apreciar obras plásticas, musicais, teatrais e corporais, produzidas

por distintos produtores, em diferentes épocas, valorizando as diversas escolhas de

interpretação e de criação, em sala de aula e na sociedade;

-Saber situar e compreender as relações entre corpo, expressão corporal, dança e seu

papel em vários tipos de sociedade;

-Identificar fontes de documentação e manifestações artísticas nacionais e

internacionais;

-Experimentar atividades de observação, composição e técnicas artísticas,

compreendendo critérios culturalmente construídos e embasados, de caráter

fisiológico, históricos, sociológico, psicológico, científico e tecnológico;

-Apropriar se do saber elaborado em diferentes momentos históricos, para enriquecer

a sua produção artística.

II) Conteúdos Estruturantes:

Cada linguagem artística possui um elemento básico por meio do qual ela se

manifesta: o som da música, o movimento e não movimento na dança, a forma e luz em

artes visuais e a dramatização no teatro. Destes elementos básicos derivam os elementos

específicos de cada linguagem e os conteúdos devem estar articulados e organizados,

para permitir ao aluno ler e interpretar o repertório e trabalho artístico.

ARTES VISUAIS

- Forma

- Composição – experimentação (como os elementos da linguagem visual se articula),

suportes (onde está proposta a idéia magnética).

- Especialidade – bidimensional, tridimensional (como está projetada, composta ou

representada no espaço).

- Texturas – acabamento (como as formas se apresentam)

- Movimento – dinâmica, força, fluência e equilíbrio (como se alternam os ritmos).

- Luz – decomposição da luz branca, cor, pigmento, tons e percepção da cor, valores,

classificação, sombras e luzes, contraste.

MÚSICA

- Distribuição dos sons de maneira sucessiva (intervalos melódicos/ melodia).

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- Distribuição dos sons de maneira simultânea (intervalos harmônicos/ harmonia)

- Qualidade do som e suas variações: intensidade (dinâmica), duração (pulsação/ ritmo),

altura (grave/ agudo), timbre (fonte sonora/ instrumentalização).

- Estruturas musicais (organização e articulação dos elementos da s linguagem e formas

musicais).

TEATRO

- Elementos dramáticos – personagem (agente da ação), enredo (desdobramentos dos

acontecimentos), espaço cênico (local onde se desenvolve a ação cênica).

- Signos da representação teatral – personagem:

- Visuais: figurino, adereços, gestos;

- Sonoros: fala e entonação.

- Do espaço cênico: cenário, iluminação, sonoplastia.

- Gêneros teatrais: tragédia e suas características: fatalidade, sofrimento, pesar.

- Comédia e suas características: o riso, a sátira, o grotesco.

- Drama e suas características: o conflito

DANÇA

- Elementos do movimento: corpo (articulações, superfícies, membros do corpo),

- Espaço (amplitude, progressões e tensões espaciais),

- Ações (torcer, gesticular, inclinar, deslocar, rodar, parar expandir, recolher, saltar),

- Dinâmicas (peso, espaço, tempo, fluência).

ENSINO FUNDAMENTAL

5ª Série

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Área Elementos Básicos

das linguagens

artísticas

Produções e

manifestações

artísticas

Elementos

contextualizadores

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

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Artes

Visuais

Ponto, linha,

superfície, textura,

volume, formas, cor.

Figurativa,

bidimensional,

tridimensional,

técnicas.

Arte brasileira,

folclore, arte e

cultura indígena e

afro-brasileira.

Teatro Personagem,

expressão, corporal,

vocal, gestual, facial.

Jogos teatrais,

improvisação, roteiro,

caracterização,

figurino,

dramatização.

Sombras e

fantoches

Música Altura, duração,

intensidade.

Ritmos, gêneros,

improvisação,

paródias.

Folclóricas, e

outras.

Dança Movimento corporal Coreografias,

gêneros,

improvisação.

Folclóricas e

outras

6ª Série

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Área Elementos Básicos

das linguagens

artísticas

Produções e

manifestações

artísticas

Elementos

contextualizadores

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Artes

Visuais

Linha, ponto,

superfície, textura,

volume, cores

terciárias,

complementares, luz

e sombra.

Imagem, ilustração,

composições,

pontilhismo, pintura,

técnicas, figurativo e

abstrato.

Surrealismo e

impressionismo

Teatro Personagem, Jogos teatrais, Mímica e

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expressão, corporal,

vocal, gestual, facial.

improvisação, roteiro,

caracterização,

figurino,

dramatização,

técnica.

pantomima

Música Altura, duração,

intensidade e

densidade.

Ritmos, gêneros,

improvisação.

Música eletrônica e

clássica

Dança Movimento corporal,

tempo.

Coreografias,

gêneros,

improvisação,

técnicas.

Clássica e

moderna

7ª Série

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Área Elementos Básicos

das linguagens

artísticas

Produções e

manifestações

artísticas

Elementos

contextualizadores

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Artes

Visuais

Linha, ponto,

superfície, volume,

luz e cor.

Imagem, ilustração,

composições,

perspectiva, retrato,

desenho e pintura.

Arte paranaense,

medieval,

renascimento.

Teatro Personagem, espaço

cênico.

Jogos teatrais,

improvisação, roteiro,

caracterização,

cenografia e figurino.

Comédia arte,

teatro pobre

Música Altura, duração,

intensidade e

densidade.

Ritmos, gêneros,

improvisação,

sonoplastia.

Rap e cantos

gregorianos

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116

Dança Movimento corporal,

tempo.

Coreografias,

gêneros,

improvisação,

sonoplastia.

Dança

paranaense,

moderna e

contemporânea.

8ª Série

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Área Elementos Básicos

das linguagens

artísticas

Produções e

manifestações

artísticas

Elementos

contextualizadores

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Artes

Visuais

Linha, ponto,

superfície, volume,

luz e cor.

Imagem, ilustração,

composições, figura e

fundo, estilização,

caricaturas, técnicas

e ritmos.

Pop arte, cubismo,

abstracionismo,

arte greco-romana.

Teatro Personagem, espaço

cênico, expressões e

ação.

Jogos teatrais,

improvisação, roteiro,

adereços e

maquiagem.

Tragédia, comédia

e drama.

Música Altura, timbre,

duração, intensidade

e densidade.

Ritmos, gêneros,

improvisação,

iluminação.

Indústria cultural

Dança Movimento corporal,

tempo.

Coreografias,

gêneros,

improvisação,

sonoplastia.

Dança brasileira

A Educação Ambiental será abordada na disciplina através do estudo e

produção de linguagens artísticas relativas ao tema.

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III) Metodologia da disciplina:

O encaminhamento metodológico para a disciplina de Arte no Ensino

Fundamental está fundamentado nas Diretrizes Curriculares com base no conhecimento

em arte e que acontece por meio da inter-relação dos saberes, pela apropriação dos

elementos que compõem o conhecimento estético, artístico e contextualizado. Os

conteúdos estarão interligados aos projetos da escola, incluindo temáticas sobre a

educação do campo, história e cultura afro-brasileira, africana e indígena, além dos

projetos que a escola realizará como: Agenda 21 escolar, projeto FERA.

As atividades propostas na área de arte devem garantir aos alunos, modos

interessantes, imaginativos e criadores de fazer e pensar arte, exercitando modos de

expressão e comunicação que privilegie o aluno da escola pública atingindo uma

consciência crítica sobre a realidade e unidade entre teoria e prática sobre o ensino da

arte. Desenhar, pintar, criar, recortar, ampliar, inventar, colar, relacionar, imaginar, dançar,

escrever, cantar, produzir atividades individuais e coletivamente serão as principais

características das aulas de educação artística. Mas para que o processo de

aprendizagem em arte ocorra, a prática social e cultural vivida pelo aluno na ação

pedagógica, possibilitara o desenrolar das atividades de estudo interligadas com as áreas

de arte plástica, música, dança e teatro, sendo abordados a partir de diferentes produções

artísticas, de acordo com o nível de compreensão dos educadores, sendo gradativamente

ampliados.

IV) Avaliação:

Será desenvolvido um trabalho de avaliação baseado nas seguintes formas de

avaliação:

DIAGNÓSTICA – é aquela realizada durante todo o processo pedagógico para detectar se

os alunos apresentam os requisitos necessários para novas aprendizagens. È uma

constante no dia-a-dia considerando o conjunto (comunidade escolar)

FORMATIVA – realizada durante todo o período, com a função de controle, verificando se

os alunos estão atingindo os objetivos previstos. Através delas os alunos conhecem os

erros e acertos e encontram estímulos para o estudo.

CONTÍNUA E CUMULATIVO – artigo 23 da lei 9394/96, inciso V – a verificação do

rendimento escolar observará os seguintes critérios:

Avaliação contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência

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dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período

sobre os de eventuais provas finais.

Como instrumento e técnica de avaliação serão utilizados: tarefa especifica,

exposição oral, trabalhos de criação individual ou em grupo, como: observação

espontânea ou dirigida, desenhos, maquetes, exercícios de verificação, pesquisas,

participação nas atividades propostas, apresentações artísticas e experimentações

praticas).

A nota do bimestre será resultante da somatória dos valores obtidos em

cada instrumento de avaliação, sendo valores cumulativos em várias aferições, na

seqüência e ordenação de conteúdos, sendo no mínimo 4 (quatro) aferições, Ex.:

1°avaliação+2°avaliação+3°avaliação=10,0(dez pontos).

* RECUPERAÇÃO PARALELA

Na recuperação de estudos (paralela), o professor deverá considerar a

aprendizagem do aluno no decorrer do processo ensino-aprendizagem e após verificação

de conteúdos, proporcionar novas situações de aprendizagem para os alunos de baixo

rendimento e/ou os que queiram melhorar seus resultados.

V) Referências bibliográficas:

BARBOSA, Ana Mãe I. B. A imagem no ensino da arte. São Paulo; Perspectiva, 1991.

BOURO, S. B. Olhos que pintam: a leitura de imagens e o ensino da arte. São Paulo:

Educ/ Fapesp/Cotez, 2002.

CADERNO DE ARTE 1 E 2. Artes Plásticas, teatro e música. Secretaria do estado da

Educação do Paraná. Departamento de Ensino de Primeiro Grau: Curitiba- PR.

CURRÍCULO BÁSICO PARA A ESCOLA PÚBLICA DO ESTADO DO PARANÁ. Curitiba-

PR.

DIRETRIZES CURRICULARES DA REDE PÚBLICA DE EDUCAÇÃO BÁSICA DO

ESTADODO PARANÁ, Curitiba, 2006.

FERRAZ, M.; FUSARI, M. R. Metodologia do ensino da Arte. 2ª ed. São Paulo: Cortez,

1993.

MARCHESI JÚNIOR, Isaías. Atividades de Educação Artística, Volume 1, 2, 3 e 4. São

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119

Paulo, Ática.

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120

1.4 L.E.M -INGLÊS

I) Apresentação da disciplina:

Tendo como princípio de que a Educação Básica deve garantir a formação

básica do cidadão e seu desenvolvimento integral, o qual inclui o desenvolvimento da

capacidade de aprender, tendo como meios, o pleno domínio da leitura e com vistas a

inclusão de todos no processo de aprendizagem no enfrentamento das desigualdades

sociais,com aqueles que, historicamente têm sido marginalizados, faz-se necessário

retomar a dimensão histórica da disciplina de Língua Inglesa.

São vários os motivos pelos quais se implantou no sistema de ensino a

aprendizagem da língua inglesa: como modelo que expressa padrão cultural, após a

Segunda Guerra Mundial, para contribuir na formação da mentalidade do aprendiz e

desenvolver hábitos de observação e reflexão, bem como culturais, para conhecimento da

civilização estrangeira e das tradições daqueles povos – recomendando-se o Método

Direto.

Essa preocupação, pós a Segunda Guerra, deriva da dependência

econômica e cultural do Brasil em Relação aos Estados Unidos. Nos anos 50, com o

desenvolvimento da ciência lingüística e o crescente interesse pela aprendizagem de

línguas, surgem mudanças significativas quanto às abordagens e os métodos de ensino.

Havia a preocupação da necessidade de formar rapidamente pessoas que falassem

outras línguas então se usavam o método estruturalista e o áudio-oral. Depois,

considerado um avanço mais eficiente, o audiovisual. No entanto, a Língua Estrangeira,

assim o Inglês também , tornava o ensino dela como mais um instrumento das classes

favorecidas para manter privilégios. Mesmo assim, ensinar língua e civilização

estrangeiras era apenas como um recurso instrumental.

A partir de 1970, surge na Europa, a Abordagem Comunicativa em

decorrência de uma demanda que exigiu a oferta do ensino de Língua Estrangeira para

imigrantes. Em tal abordagem a língua é concebida como um instrumento de

comunicação ou interação social, concentrando-se nos aspectos semânticos e não mais

no código lingüístico. Nessa conjuntura veio após os postulados de Chomsky (a

Abordagem Comunicativa), prossegue Hymes (1972) aproximando a lingüística da

Sociologia: a Sociolinguística; Savigon(1972) destaca que a capacidade de falar/aprender

está condicionada a elementos como o léxico, sintático e até mesmo a subjetividade. Em

1975 surgem as teorias da Escola Francesa de Pêcheux e Fuchs com a análise do

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121

discurso. Paralelamente, surgiram as teorias da Análise do discurso da Escola Anglosaxã

a qual subsidiou o ensino pautado na Abordagem Comunicativa, cujo objeto era a

conversação cotidiana.

Em 1996, com a nova LDB, há a determinação da oferta obrigatória de

pelo menos uma Língua Estrangeira. Em 1999 os PCNs davam ênfase no ensino da

comunicação oral e escrita de Língua Estrangeira, com vistas ao atendimento das

demandas necessárias à formação pessoal, acadêmica e profissional.

A disciplina de Inglês propõe os seguintes objetivos:

Ensinar e aprender concepções de mundo, constituindo e dando significado aos

espaços construídos; desenvolver consciência crítica a respeito do papel da

língua na sociedade, apresenta-se como objetivo primeiro da aprendizagem de

Língua Inglesa;

Superar a idéia de que o objeto da Língua Inglesa é apenas o lingüístico e de

que os Institutos de Idiomas são parâmetros para definir os objetivos do ensino

da Língua Estrangeira na educação.

Formar basicamente o cidadão, contribuindo para a constituição das

identidades dos alunos, sujeitos como agentes críticos e transformadores do

meio em que vivem;

Comprometer-se com o resgate social e educacional na Educação Básica. A

sua apropriação concilia aquisição de conhecimentos específicos com a

compreensão crítica da sociedade, com vistas à sua transformação, superando

o fim utilitarista e pragmático que tem marcado historicamente o ensino dessa

disciplina;

Oportunizar aos alunos a aprendizagem de conteúdos que ampliem as

possibilidades de ver o mundo, de avaliar os paradigmas existentes e construir

sentido; estabelecer relações entre a Língua Estrangeira e a inclusão social;

Desenvolver o reconhecimento da diversidade cultural e processo de

construção de identidades, esse é o intento nesse objetivo;

Possibilitar a utilização de textos verbais ou não-verbais, produção e

compreensão de textos em situações de comunicação de modo a inserir na

sociedade como participantes ativos, não limitados às suas comunidades locais.

Objetiva, desse modo a inclusão social, fazendo uso da Língua em situações

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122

significativas e contextualizadas;

Alargar as capacidades interpretativas e cognitivas da Língua Inglesa para

entender suas implicações político-ideológicas;

Permitir o sentido de pertença à sociedade, como sujeito integrante, o aluno ao

aprender a Língua Inglesa, construirá a sua identidade e terá condições de

participar ativamente na possível transformação do mundo em que vive;

Mostrar ao aluno que o Inglês tornou-se um dos principais veículos de

comunicação nos meio diplomáticos, no comércio mundial, nas competições

esportivas, no turismo, nos encontros de líderes políticos mundiais, nos

congressos de ciências, na arte e, principalmente na tecnologia;

Levar o aluno a perceber que é importante conhecer o idioma para não se sentir

isolado do mundo globalizado de hoje;

Despertar no aluno o gosto pelo Inglês;

Levar ao aluno à compreensão, à reflexão e o aprendizado de enunciados e

comunicar-se através da Língua Inglesa;

Realizar atividades que envolvam a Educação do Campo, a valorização do

homem do campo, sua cultura, a problemática com o meio ambiente, entre

outros aspectos.

II) Conteúdos estruturantes:

A Educação Ambiental será abordada na disciplina através da utilização e

produção de textos que abordem a temática.

III) Metodologia da disciplina:

As práticas e os objetivos estabelecidos no contexto escolhido pela escola

acolhe a abordagem comunicativa por favorecer o uso da língua pelos alunos, mas não

deixara em hipótese alguma o trabalho com a língua discursiva com diferentes tipos de

textos, sem esvaziar as práticas sociais. A vertente mais crítica da abordagem

comunicativa que a desvincula do plurilinguismo e imperialismo lingüístico, no contexto

histórico, será envolvida no enfoque da língua.

O referencial teórico que embasa os fundamentos da escolha por tal

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123

abordagem, identifica a pedagogia crítica como sustentáculo. Entende-se, com isso, que a

escolarização tem o compromisso de prover aos alunos meios necessários para que não

apenas assimilem o saber enquanto resultado, mas aprendam o processo de sua

produção, bem como as tendências de sua transformação. Assim, propõe-se fazer da aula

de Língua Inglesa um espaço para que o aluno reconheça e compreenda a diversidade

lingüística e cultural, dando oportunidade de engajar-se discursivamente e a perceber

possibilidades de construção de significados em relação ao mundo que vive.

A proposta aqui adotada, baseada na corrente sociológica e nas teorias

do Círculo de Bahktin, bem como de Orlandi (1999) e Foucault (2003), nos pontos e

acepções de tais teóricos convergem, concebe a língua enquanto discurso, enquanto

espaço de produção de sentidos marcado por relações contextuais de poder.

Para atingir os objetivos, a ferramenta para o desenvolvimento da

consciência crítica dos propósitos sociais e a análise das relações, para questionar e

desafiar atitudes, valores e crenças subjacentes a eles, usar-se-á o Letramento Crítico.

Este é concretizado por meio do engajamento crítico com e através de textos e da prática

social crítica, tendo o texto e a leitura como elementos indissociáveis.

As habilidades: ler, falar, escrever, ouvir, será efetivado na metodologia de

trabalho considerando-se sempre o contexto e o momento histórico em que se produziu o

texto, objeto da ação, atribuindo-lhe sentidos. Nessa perspectiva, há o confronto entre o

autor, texto e leitor, passando de uma atitude de passividade para o de participante na

construção de sentidos.

Os temas dos Desafios Contemporâneos como: Educação Ambiental,

Educação Fiscal, Combate ao uso indevido de Drogas, Enfrentamento a Violência na

Escola, Cidadania e Direitos Humanos será abordada na disciplina através da utilização e

produção de textos que abordem a temática.

A língua inglesa tem o discurso e o texto (verbal, escrito ou visual) como

ponto de partida. Esse texto trará problematização em relação à História e Cultura Afro-

brasileira e Africana, sua contribuição na música, religião, alimentação, sua presença na

mídia, o racismo no Brasil e no mundo, o mercado de trabalho, conhecer a contribuição

do negro na literatura universal.

A educação do campo e seus eixos temáticos: trabalho, divisão social e

territorial, cultura e identidade, interdependência campo-cidade, questão agrária e

desenvolvimento sustentável, organização política, movimentos sociais e cidadania.

Também será utilizados os recursos tecnológicos que as escola possuí: laboratório de

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124

informática para pesquisas, TV multimídia para vídeos, letras de músicas entre outras

atividades que no decorrer do processo de ensino-aprendizagem possam complementar

as atividades propostas.

IV) Avaliação:

A avaliação da aprendizagem de Língua Inglesa, nesta escola está

atrelada à concepção de língua definida nas Diretrizes. Neste sentido, ela constitui-se

num instrumento facilitador na busca de orientações e intervenções pedagógicas, não

apenas aos conteúdos desenvolvidos, mas aos vivenciados ao longo do processo.

Ela subsidiará a discussão acerca dos alunos sujeitos, a partir de suas

produções, no processo. O envolvimento dos alunos nas práticas discursivas será a base

para o planejamento das avaliações. Cabe ao professor observar a participação ativa dos

alunos, produzindo sentido no processo de compreensão de textos, sejam eles verbais ou

escritos, na interação dos diferentes sujeitos que fazem a aprendizagem acontecer e o

material didático.

A ferramenta para acompanhamento do aprendizado dos alunos é a

manutenção de um portifólio ou o caderno de anotações. Seja no portifólio ou no caderno

de anotações, o professor orientará seus alunos na sua organização, na escolha dos

assuntos, incentivará a leitura das produções tanto individual como coletiva. Esse

instrumento facilita ao aluno reconhecimento de suas ações e o fornecimento de retorno

de seu desempenho e o entendimento do ―erro‖ como parte integrante da aprendizagem.

Embora o que se expôs aqui evidencia a avaliação processual, considerar-

se-á, na prática pedagógica, avaliações de outra natureza: diagnóstica e formativa. Dentro

desse sistema o professor ficará livre para usar os vários tipos de avaliação propostos no

Regimento escolar, que são os seguintes: prova objetiva (série de perguntas diretas, para

respostas curtas, com apenas uma solução possível); dissertativa (série de perguntas que

exijam capacidade de estabelecer relações, resumir, analisar e julgar); Seminário

(exposição oral utilizando a fala e material de apoio adequado ao assunto); trabalho em

grupo (atividade de natureza diversa – escrita, oral gráfica,etc., realizadas coletivamente);

debates (discussão em que os alunos expõem seus pontos de vista a respeito de assunto

polêmico); relatório individual (texto produzido pelo aluno, depois de atividades práticas,

projetos temáticos ou saída de campo); auto-avaliação (análise oral ou por escrito, em

formato livre que o aluno faz o próprio processo de aprendizagem ); observação (análise

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125

de desempenho do aluno em fatos do cotidiano escolar ou em situações planejadas); co-

avaliação; Conselho de Classe (reunião liderada pela equipe pedagógica de determinada

turma).

Assim ele optará em fazer a acumulação do que foi estabelecido, explicando

no quadro de observações no Livro Registro e no campo das avaliações a quantificação

dos valores mensurados. Serão consideradas no mínimo 4 avaliações, para efeitos de

promoção no bimestre, com valor entre 1,0 e 3,0 pontos, totalizando 10,0 pontos.

A Recuperação Paralela será feita no final de cada período de avaliação da

seguinte maneira: se o resultado médio obtido pelo aluno não atingir a média 6,0; será

assegurado a ele uma nova oportunidade para reaver os conteúdos com metodologia

diferenciada da vista até então, permitindo, assim, a aprendizagem dos conteúdos que

não foram apreendidos. Após essa revisão será aplicado um teste para verificar se o

aluno aprendeu o que foi ensinado. Se a nota da recuperação paralela for superior a

anterior, conserva-se essa em 100% de seu valor. Se a nota da recuperação paralela for

inferior, permanece o valor mensurado na que o mesmo atingiu anteriormente.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

BAKHTIN, M. Marxismo e filosofia da linguagem. São Paulo: Hucitec, 1988;

CORACINI, M. J. O jogo discursivo na aula de leitura: língua materna e língua

estrangeira. Campinas: Pontes, 1995;

PARANÁ. DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇÃO DO CAMPO. Departamento

do Estado do Paraná;

GIMENEZ, T. Inovação educacional e o ensino de línguas estrangeiras modernas: o

caso do Paraná. Signum, v. 2, 1999;

LEI Nº 10.639, Inserção dos conteúdos de História e Cultura Afro-brasileira nos

Currículos Escolares, Presidência da República, Brasília, 2003;

LUCKESI, C. C. Avaliação da aprendizagem escolar. São Paulo: Cortez, 1995;

PARANÁ. SECRETARIA DO ESTADO DA EDUCAÇÃO. Departamento de Educação

Básica. Diretrizes Curriculares da Educação Básica, 2008.

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126

HISTÓRIA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA:

A disciplina tem como principal objetivo despertar reflexões no que se refere

aos aspectos políticos, econômicos, culturais e sociais bem como ampliar as relações

entre o ensino da disciplina e a produção do conhecimento histórico, sendo possível

dessa forma abordar os diversos temas sem a pretensão de esgotá-los.

A disciplina de História passou a ser obrigatória a partir da criação do

Colégio Dom Pedro II, no ano de 1837. Nesse mesmo período, houve a criação do IHGB

(instituto histórico geográfico brasileiro), que instituiu a História como disciplina obrigatória

no âmbito escolar.

A maioria dos intelectuais que elaboravam os programas escolares, os

manuais didáticos, as orientações e os conteúdos a serem ensinados, tinham a influência

da Escola Metódica e da Escola Positivista, com características da linearidade dos fatos,

abordagem política da História, uso exclusivo de documentos oficiais como única fonte de

verdade histórica e também a exacerbada valorização dos heróis.

A História aplicada nas escolas em meados do século XIX era europeizada

com a total abnegação das pessoas comuns nesse contexto histórico, até o início da

República a História terá esse caráter seletista.

A partir do governo Vargas a História do Brasil retorna aos currículos

escolares vinculado ao projeto nacionalista do Estado Novo, posteriormente no ano de

1980 e 1990 cresceram os debates em torno das reformas na área educacional, que

repercutiram nas novas propostas do ensino de História.

O ensino de História vem se modificando ao longo dos anos de acordo com

a sociedade e suas necessidades, a analise histórica da disciplina, bem como as novas

demandas sociais para o ensino de História se apresenta como indicativo para a

elaboração de Diretrizes Curriculares na medida em que há a possibilidade de se refletir a

respeito dos contextos históricos em que há a valorização dos saberes do educando

sendo ele sujeito ativo desse processo.

A história, enquanto disciplina escolar, aliada as outras áreas do

conhecimento, possibilita ampliar estudos sobre as problemáticas contemporâneas

situando-as nas diversas temporalidades, servindo como arcabouço para a reflexão sobre

possibilidades e/ou necessidades de mudanças e/ou continuidades.

A integração da História como as demais disciplinas permitem sedimentar e

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127

aprofundar temas estudados, redimensionando aspectos da vida em sociedade e o papel

do indivíduo nas transformações do processo histórico, completando a compreensão das

relações entre a liberdade e a necessidade.

O papel da disciplina para esse nível de ensino e o momento histórico que

se está vivendo deve ser entendido em sua dimensão mais ampla, envolvendo a

formação de uma cultura educacional. Vive-se hoje em uma sociedade marcada pelo

domínio do mito do consumo e pelas tecnologias com ritmos de transformações

aparentemente muito acelerados e informações provenientes de vários espaços, embora

predominando os meios áudios-visuais, e ainda pela fragmentação do conhecimento

sobre os indivíduos e a vida social.

O ensino da História pode desempenhar um papel importante na

configuração da identidade, ao incorporar a reflexão sobre a atuação do indivíduo nas

relações pessoais com o grupo de convívio, suas afetividades, sua participação no

coletivo e suas atitudes de compromisso com classes, grupos sociais, culturas, valores e

com gerações do passado e do futuro.

A disciplina de História contemplará a Educação do Campo no decorrer do

ano letivo, buscando valorizar o sujeito do campo e mostrando a relação de dependência

que existe entre campo-cidade, relação essa muito presente no cotidiano dos educandos

já que a escola se situa em uma localidade rural. Contudo, o intuito principal da

abordagem é propiciar aos alunos a melhor compreensão do tema, impedindo dessa

forma que se construam conceitos errôneos sobre o espaço físico (campo) e os sujeitos

que nele vivem.

A cultura afro-brasileira, africana e indígena será contemplada na disciplina

de História conforme os conteúdos a serem trabalhados em sala de aula, sendo assim,

possível fazer paralelos entre o tema da aula e a modalidade em questão. O assunto será

de suma importância no decorrer das aulas porque possibilitará um melhor entendimento

do aluno com relação à diversidade cultural encontrada em nosso país.

A história do Paraná também será relacionada a todos os temas que abrirem

espaço a este conteúdo valorizando a situação sócio-econômico-cultural local e regional

que está inserido o educando.

A Educação Ambiental será contemplada na disciplina de História,

abordando a relação homem/ meio ambiente, tendo como principal objetivo a

conscientização do aluno para a preservação do meio ambiente, fazendo com que esse

reflita sobre o comprometimento da sociedade com a questão ambiental despertando seu

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128

senso crítico.

OBJETIVOS DA DISCIPLINA DE HISTÓRIA:

Manifestar disponibilidade e interesse no intercâmbio;

Revelar preocupação com a qualidade de seus registros e na representação

dos trabalhos;

Respeitar as opiniões dos outros e buscar compreender as diferenças;

Fundamentar suas opiniões;

Desenvolver a capacidade de comunicar-se;

Ler e interpretar textos orais, escritos, ideográficos videográficos de caráter

sociocultural;

Interpretar e utilizar diferentes representações (tabelas, gráficos, ícones...)

Exprimir-se oralmente usando corretamente terminologia específica da área;

Produzir textos adequados às pesquisas e trabalhos da área formular

dúvidas e elaborar conclusões;

Saber usar as tecnologias básicas da informação, como computadores,

vídeos, gravadores, como instrumento de apoio à pesquisa e à educação;

Promover a capacidade cognitiva, através do desenvolvimento da

curiosidade e do gosto de aprender, da confiança em si próprio. do

questionamento e da investigação;

Refletir e formular juízos sobre situações socioculturais de interesse

científico ou tecnológico com que se defrontar. Enfrentar com confiança e

disposição situações novas;

Ter iniciativas na busca de informações de que necessite responsabilizar-se

por suas iniciativas;

Manifestar desejo de aprender, despertar, gosto pela pesquisa e apreço

pelo conhecimento;

Aplicar os conhecimentos adquiridos na sociedade, na escola, no trabalho e

em outros contextos relevantes para sua vida;

Entender o impacto das tecnologias associadas às ciências humanas sobre

sua vida pessoal, os processos de produção, o desenvolvimento do

conhecimento e sua vida social;

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129

Traduzir os conhecimentos sobre a pessoa, a Sociedade, a economia, as

práticas sociais e culturais em condutas de indagação, análise,

problematização e protagonismo diante de situações novas, problemas ou

questões da vida pessoal, social, política, econômica e cultural;

Compreender a necessidade de entender as diversas culturas incluindo a

Afro-brasileira e indígena existentes em nosso país como formadora da

nossa sociedade e, portanto, importantes no contexto histórico;

Respeitar essa diversidade cultural e conhecer melhor as culturas africanas

e indígena para minimizar possíveis preconceitos resultado da falta de

conhecimento;

Conhecer a História de estado em que vive, bem como refletir sobre o

processo de formação cultural, social e econômica para melhor

entendimento desses no contexto nacional;

Conhecer o meio em que vive, promovendo dessa maneira um melhor

relacionamento entre o sujeito e comunidade.

No ensino de História é indispensável para o professor criar uma relação

com o conhecimento já adquirido pelo aluno, buscando relacionar esses conhecimentos

com a realidade e com o cotidiano de cada indivíduo.

A História que se pretende resgatar é a história como ciência, com um

método novo que determina um caminho renovado para a produção e a transformação do

conhecimento histórico.

Os procedimentos metodológicos a serem utilizados na disciplina de História

compreendem também a interdisciplinaridade principalmente na área de ciências

humanas. Nessa perspectiva devem ser feitas seleções de conteúdos, o que possibilita

ainda, que o aluno venha a elaborar um raciocínio histórico.

Para melhor satisfazer os objetivos pressupostos pela disciplina faz-se uso

também de debates e seminários. Na prática pedagógica, interdisciplinaridade e

transversalidade alimentam-se mutuamente, pois o tratamento das questões trazidas

pelas temáticas, expõe as inter-relações entre os objetivos de conhecimento. Lembrando

que os conteúdos propostos serão articulados entre si para um maior entendimento da

realidade onde está inserido o aluno.

Os conteúdos estruturantes que organizam o ensino de História nestas

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130

Diretrizes são as relações de trabalho, as relações de poder e as relações culturais. Eles

tratam das ações e relações humanas no tempo, articulando o ensino e a pesquisa em

História. Os conteúdos estruturantes se desdobram em conteúdos básicos/temas

históricos e, por fim, nos específicos. Dessa forma, todos têm a possibilidade de

relacionar-se entre si. Na disciplina de História os conteúdos básicos são os temas

históricos, pois esta é a abordagem que se articula com os fundamentos teórico-

metodológicos expressos neste documento.

Para os anos finais do Ensino Fundamental a escolha dos recortes

temáticos que organizam os conteúdos básicos se deve à opção política e teórico-

metodológica de romper com a narrativa histórica tradicional, linear, eurocêntrica,

homogeneizadora e totalizante da divisão quadripartite (Antiga, Medieval, Moderna e

Contemporânea).

III. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO PARA A DISCIPLINA DE HISTÓRIA

ENSINO FUNDAMENTAL: 5ª SÉRIE/ 6ºANO - Os Diferentes Sujeitos Suas Culturas

Suas Histórias.

CONTEÚDOS

ESTRUTURAN

TES

CONTEÚD

OS

BÁSICOS

ABORDAGEM

TEÓRICO-

METODOLÓGICA

AVALIAÇÃ

O

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131

Relações de

trabalho

Relações de

Poder

Relações

culturais

A experiência

humana no

tempo.

Os sujeitos e

suas relações

com o outro

no tempo.

As culturas

locais e a

cultura

comum

• A abordagem

metodológica dos

conteúdos para o

ensino fundamental

parte da história

local/Brasil para o

mundo;

• deverão ser

considerados os

contextos relativos às

histórias local, da

América Latina, da

África e da Ásia;

• os conteúdos

básicos pretendem

desenvolver a análise

das temporalidades

(mudanças,

permanências,

simultaneidades e

recorrências) e das

periodizações;

• os conteúdos

específicos devem

estar articulados aos

conteúdos básicos e

estruturantes;

• o confronto de

interpretações

historiográficas e

documentos históricos

permitem aos

estudantes

• Esta sugestão de conteúdos

tem como finalidade estudar e

avaliar de modo processual as

estruturas que simultaneamente

inibem e possibilitam as

manifestações culturais que os

sujeitos promovem numa relação

com o outro instituída por um

processo histórico.

• Pretende perceber como os

estudantes compreendem: a

experiência humana, os sujeitos

e suas relações com o outro no

tempo; a cultura local e a cultura

comum.

• Verificar a compreensão do

aluno acerca da utilização do

documento em sala de aula,

propiciando reflexões sobre a

relação passado/presente.

• Cabe ao professor, no decorrer

do processo, elencar diferentes

instrumentos avaliativos capazes

de sistematizar as idéias

históricas produzidas pelos

estudantes.

• No processo avaliativo deve-se

fazer uso: de narrativas e

documentos históricos, inclusive

os produzidos pelos alunos;

verificação e confronto de

documentos de diferentes

naturezas como: os mitos;

Page 132: ESCOLA ESTADUAL BITUVA DA CAMPINAS ENSINO … · Geografia ... Cumprir com as normas do Regimento Escolar, do Projeto Político Pedagógico, Estatuto da APMF e Diretrizes Curriculares

132

formularem idéias

históricas próprias e

expressá-las por meio

de narrativas

históricas.

lendas; cultura popular, festa e

religiosidade; constituição do

pensamento científico; formas de

representação humana; oralidade

e a escrita e formas de narrar a

história etc.

ENSINO FUNDAMENTAL: 6ª SÉRIE/ 7ºANO - A Constituição Histórica do Mundo

Rural e Urbano e a Formação da Propriedade em Diferentes Tempos e Espaços.

CONTEÚDOS

ESTRUTURANT

ES

CONTEÚD

OS

BÁSICOS

ABORDAGEM

TEÓRICO-

METODOLÓGIC

A

AVALIAÇ

ÃO

Relações de

trabalho

Relações de

As relações de

propriedade.

A constituição

histórica do

• A abordagem

metodológica dos

conteúdos para o

ensino fundamental

parte da história

• Esta sugestão de

conteúdos tem como

finalidade avaliar

processualmente como

os mundos do campo e

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133

Poder

Relações

culturais

mundo do

campo e do

mundo da

cidade.

A relações entre

o campo e a

cidade.

Conflitos e

resistências e

produção

cultural

campo/cidade.

loca/Brasil para o

mundo;

• deverão ser

considerados os

contextos relativos às

histórias local, da

América Latina, da

África e da Ásia;

• os conteúdos

básicos pretendem

desenvolver a análise

das temporalidades

(mudanças,

permanências,

simultaneidades e

recorrências) e das

periodizações;

• os conteúdos

específicos devem

estar articulados aos

conteúdos básicos e

estruturantes;

• o confronto de

interpretações

historiográficas e

documentos históricos

permitem aos

estudantes

formularem idéias

históricas próprias e

expressá-las por meio

de narrativas

históricas.

da cidade e suas

relações de propriedade

foram instituídos por um

processo histórico;

• Pretende perceber

como os estudantes

compreendem: a

constituição histórica do

mundo do campo e do

mundo da cidade; as

relações entre o campo e

a cidade; conflitos e

resistências; e produção

cultural campo cidade.

• Cabe ao professor, no

decorrer do processo,

elencar diferentes

instrumentos avaliativos

capazes de sistematizar

as idéias históricas

produzidas pelos

estudantes.

• No processo avaliativo

deve-se fazer uso: de

narrativas e documentos

históricos, inclusive os

produzidos pelos alunos;

verificação e confronto de

documentos de diferentes

naturezas.

Page 134: ESCOLA ESTADUAL BITUVA DA CAMPINAS ENSINO … · Geografia ... Cumprir com as normas do Regimento Escolar, do Projeto Político Pedagógico, Estatuto da APMF e Diretrizes Curriculares

134

ENSINO FUNDAMENTAL: 7ª SÉRIE/ 8º ANO - O Mundo do Trabalho e os

Movimentos de Resistência.

CONTEÚDOS

ESTRUTURANT

ES

CONTEÚD

OS

BÁSICOS

ABORDAGEM

TEÓRICO-

METODOLÓGICA

AVALIAÇ

ÃO

Relações de

trabalho

Relações de

Poder

Relações

culturais

História das

relações da

humanidade com

o trabalho.

O trabalho e a

vida em

sociedade.

O trabalho e as

contradições da

modernidade.

Os trabalhadores

e as conquistas

de direito.

A abordagem

metodológica dos

conteúdos para o

ensino fundamental

parte da história

loca/Brasil para o

mundo;

• deverão ser

considerados os

contextos relativos às

histórias local, da

América Latina, da

África e da Ásia;

• os conteúdos básicos

pretendem desenvolver

a análise das

temporalidades

(mudanças,

permanências,

simultaneidades e

recorrências) e das

periodizações;

• os conteúdos

específicos devem

estar articulados aos

• Esta sugestão de

conteúdos tem como

finalidade avaliar

processualmente os

mundos do trabalho

instituídos por um

processo histórico.

• Pretende perceber

como os estudantes

compreendem: as

relações dos mundos

do trabalho que

estruturam as

diversas sociedades

no tempo

(sociedades

indígenas, trabalho

coletivo, patriarcal,

escravocrata, servil e

assalariado). as

contradições de

classe na sociedade

capitalista; as lutas

pelos direitos

trabalhistas. O

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135

conteúdos básicos e

estruturantes;

• o confronto de

interpretações

historiográficas e

documentos históricos

permitem aos

estudantes formularem

idéias históricas

próprias e expressá-las

por meio de narrativas

históricas.

trabalho e a vida em

sociedade e o

significado do

trabalho em

diferentes

sociedades; as três

ordens do imaginário

feudal; o

entretenimento na

corte e nas feiras; fim

da escravidão, o

nascimento da

fábricas/cortiços;

vilas operárias. O

trabalho na

modernidade, as

classes

trabalhadora/capitalis

ta no campo e na

cidade, a crise da

produção e do

trabalho a partir de

1929; ciência e

tecnologia,

saber/poder; a

indústria do lazer, da

arte (...).

• Cabe ao professor,

no decorrer do

processo, elencar

diferentes

instrumentos

avaliativos capazes

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136

de sistematizar as

idéias históricas

produzidas pelos

estudantes.

• No processo

avaliativo deve-se

fazer uso: de

narrativas e

documentos

históricos, inclusive

os produzidos pelos

alunos; verificação e

confronto de

documentos de

diferentes naturezas.

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137

ENSINO FUNDAMENTAL: 8ª SÉRIE/ 9º ANO - Relações de Dominação e Resistência:

a Formação do Estado e das Instituições Sociais.

CONTEÚDOS

ESTRUTURAN

TES

CONTEÚDOS

BÁSICOS

ABORDAGEM

TEÓRICO-

METODOLÓGICA

AVALIAÇ

ÃO

Relações de

trabalho

Relações de

Poder

Relações

culturais

A constituição

das

instituições

sociais.

A formação

do Estado.

Sujeitos,

Guerras e

revoluções

• A abordagem

metodológica dos

conteúdos para o ensino

fundamental parte da

história locais/Brasil

para o mundo;

• deverão ser

considerados os

contextos relativos às

histórias locais, da

América Latina, da

África e da Ásia;

• os conteúdos básicos

pretendem desenvolver

a análise das

temporalidades

(mudanças,

permanências,

simultaneidades e

recorrências) e das

periodizações;

• os conteúdos

específicos devem estar

articulados aos

conteúdos básicos e

• Esta sugestão de

conteúdos tem como

finalidade estudar e avaliar

de modo processual as

estruturas que

simultaneamente inibem e

possibilitam as ações

políticas que os sujeitos

promovem em relação às

lutas pela participação no

poder que foram

instituídas por um

processo histórico.

• Pretende perceber como

os estudantes

compreendem: a formação

do Estado; das outras

instituições sociais;

guerras e revoluções; dos

movimentos sociais

políticos, culturais e

religiosos; as revoltas e

revoluções sociais

(políticas, econômicas,

culturais e religiosas);

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138

estruturantes;

• o confronto de

interpretações

historiográficas e

documentos históricos

permitem aos

estudantes formularem

idéias históricas próprias

e expressá-las por meio

de narrativas históricas.

guerras locais e guerras

mundiais (...).

• Cabe ao professor, no

decorrer do processo,

elencar diferentes

instrumentos avaliativos

capazes de sistematizar

as idéias históricas

produzidas pelos

estudantes.

• No processo avaliativo

deve-se fazer uso: de

narrativas e documentos

históricos, inclusive os

produzidos pelos alunos;

verificação e confronto de

documentos de diferentes

naturezas.

IV: RECURSOS DIDÁTICOS:

Para os objetivos propostos serem alcançados é de extrema importância o uso de

recursos didáticos alternativos. O uso repetitivo do quadro e giz torna a aula chata e

desgastante, fazendo com que o aluno desvie sua atenção e não tenha gosto pelos temas

estudados. Dessa forma o uso tecnológico do pen-drive possibilita ao professor o

complemento e a dinamização das aulas com a apresentação de slides, documentários,

trechos de vídeos, filmes, músicas, imagens entre outros.

Outros recursos que complementam o saber e a investigação histórica é o uso de

materiais como revistas, jornais, cartas, mapas, livros e objetos.

V: PROPOSTA DE TRABALHO PARA O ALUNO:

Os alunos devem ter a compreensão de como os homens, coletivamente,

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constroem as sociedades ao mesmo tempo em que se constroem homens.

Para esse entendimento, é fundamental que os alunos se situem no seu tempo,

como agentes históricos (sujeitos e objetos da História) e entendam que a História dos

homens é dinâmica, processual e plural.

Procurando recuperar na prática da sala de aula o prazer pela investigação, pela

busca proporcionando diversas leituras, diferentes olhares, evitando a hierarquização de

base geográfica, valorizando a história regional sem cair na armadilha de pensá-la

autônoma, estabelecendo com os alunos uma perspectiva de permanente busca,

investigação aguçando o interesse pela descoberta, pela procura incentivando a criação

de textos criativos, desenvolvendo curiosidades e principalmente a paixão pelo

conhecimento.

Aos alunos com dificuldades educacionais e especiais serão realizadas avaliações

diferenciadas de acordo com o seu grau de dificuldade. Levando em consideração que o

mesmo será conduzido se houver no estabelecimento à sala de apoio. Dessa forma as

avaliações desse aluno serão conduzidas à práticas que ele melhor se destacar. Somente

atividades escritas, ou orais ou em outras formas que ele se encaixar.

VI: INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO:

Educar e avaliar são duas ações que fazem parte de um mesmo processo. A

avaliação é o reflexão transformada em ação, pois subsidia decisões a respeito da

aprendizagem dos educando e educadores, tendo em vista garantir a qualidade do

processo educativo.

São instrumentos de avaliação:

*observações diárias;

*registro de atividades;

*descrição de projetos;

*interação dialógica com o aluno;

*seminários

*trabalhos de pesquisa;

*tarefas diárias;

*provas e testes;

*apresentação oral de trabalhos;

*debates;

*procedimentos de convívio social.

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A avaliação do aluno é feita de forma global, ampla, múltipla e tem por

objetivo verificar o seu desenvolvimento. Este processo emerge do Projeto Político e

Pedagógico (referencial teórico) e pretende viabilizar a competência de todos os alunos

para a participação democrática na vida social a fim de exercer a cidadania. As avaliações

são somativas, isso quer dizer que a soma total resultará na nota 10,0 (dez).

Garantida a conceituação básica do processo de avaliação, cabe a Escola

especificar seus procedimentos levando em conta os diferentes processos da Educação

Fundamental.

VII: PROCEDIMENTOS/RECUPERAÇÃO

Todos os procedimentos de recuperação comprometem-se com os registros dos

mesmos, conforme Instrução 013/99, observados os aspectos abaixo indicados:

a. Retomada do conteúdo anterior

b. Atendimento a dúvidas;

c. Orientações sobre avaliações da disciplina;

d. Aprofundamentos;

e. Exercícios adicionais de compreensão;

f. Tarefas de casa com correção e revisão em sala de aula;

g. Qualquer outro expediente que venha a ser criado pelo professor para esta

finalidade;

h. Informação aos pais sobre a evolução do quadro de dificuldade do aluno, com o

registro do encontro devidamente assinado pela Escola e pela família;

i. Orientações especiais sobre ―como estudar‖;

j. Convocações dos pais e do aluno para orientação especial quando, apesar de

todos os esforços, as dificuldades do aluno persistirem;

k. Conscientização dos alunos da mudança de paradigma no que se refere à

recuperação e da necessidade de estudar desde o início do ano letivo.

A escola auxiliará o aluno em todas as suas dificuldades, não podendo ser:

responsabilizada por todas as deficiências, uma vez que elas podem ser fruto de lacunas

de conteúdos em função de transferência e até de falta de estudo e de interesse por parte

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do aluno.

Na recuperação de estudos, o professor considera a aprendizagem do aluno

no decorrer do processo e, para, aferição do bimestre, entre a nota da Avaliação e da

recuperação, prevalecerá sempre a maior. A recuperação de conteúdo poderá assumir

várias formas como: atividades complementares orientadas.

VIII: REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

ABREU, Marta ; SOIHET , Rachel (orgs.) Ensino de História : conceitos, temáticas e

metodologias. Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2003;

CARDOSO, Ciro Flamarion; VAINFAS, Ronaldo (orgs.) Domínios da História.

Campinas: Campus, 1997COSTA, Maria Cristina Castillo. Sociologia. Introdução a

Ciência da Sociedade. Ed. Moderna. São Paulo. 1987;

COTRIM, Gilberto. Fundamentos da Filosofia - Ser, Saber e Fazer. Ed. Saraiva. São

Paulo. 1993;

COTRIM, Gilberto. História do Brasil. Volume Único 2º Grau. Ed. Saraiva. São Paulo.

1990;

DIRETRIZES CURRICULARES DE HISTÓRIA PARA O ENSINO FUNDAMENTAL, versão

preliminar 2009;

NADAI, Elza. História Geral. Volume Único. 2º Grau. Ed.Saraiva. São Paulo. 1987;

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142

1.6 – CIÊNCIAS

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA:

A história da ciência liga-se não somente ao conhecimento científico, mais as

formas de como este é produzido, as tradições de pesquisa que o produzem e as

instituições que as apóiam (KNELLER, 1980).

Buscamos então, através da análise do passado da ciência, interpretar e

compreender a Natureza, que vem a ser o ―motivo‖ de estudo desta disciplina, para

identificar as diferentes formas de pensar sobre esta nos diversos períodos da história.

Por ser ampla a história da ciência, é a através da reflexão sobre o

desenvolvimento, a articulação e a estruturação do conhecimento científico, que se visa o

seu desenvolvimento.

Assim, diferentes epistemólogos contribuíram com as reflexões que estão

voltadas à produção deste conhecimento científico apontando caminhos para a

compreensão de que, na ciência, rompe-se com modelos científicos anteriormente aceitos

como explicações para determinados fenômenos da natureza. Sendo o conhecimento

científico, de certa forma definido como descontínuo, já que é através desta que foram

superados e substituídos alguns modelos.

Dentro deste desenvolvimento para o conhecimento científico, destacam-se o

estado pré-científico, definido como a busca da superação das explicações míticas, com

base em sucessivas observações empíricas e descrições técnicas de fenômenos da

natureza, além de intenso registro dos conhecimentos científicos desde a Antiguidade até

fins do século XVIII, estes registros buscam a superação dos modelos explicativos que

eram produzidos pela influência do pensamento mítico e teológico, através dos quais o

ser humano se preocupava com a divindade dos acontecimentos e não com as causas

desses fenômenos.

Outra possibilidade de explicação do mundo ocorreu a partir da proposição de

modelos científicos que valorizavam a observação das regularidades dos fenômenos da

Natureza para compreendê-los por meio da razão, em contraposição à simples crença.

Entretanto, esses modelos encontravam-se disseminados em meio a crenças essenciais

da magia e a Natureza era entendida sob o ponto de vista animista, segundo a qual a

alma regula todos os fenômenos da vida.

Afastando assim, através das observações realizadas sobre os fenômenos o

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ser humano dos ―mitos‖, possibilitando a contraposição frente ao que se admitia como

verdade ―pura‖.

O estado científico, no qual um único método científico é constituído para a

compreensão da Natureza. Isto não significa que no período pré-científico os naturalistas

não se utilizavam de métodos para a investigação da Natureza, porém, tal investigação

reduzia-se ao uso de instrumentos e técnicas isolados.

O método científico, como estratégia de investigação, é constituído por

procedimentos experimentais, levantamento e teste de hipóteses, ―transformando‖

sínteses em leis ou teorias. Conseguindo produzir um conhecimento (científico) a respeito

de um determinado recorte da realidade, o que rompe com a forma de construção e

divulgação do conhecimento feita no período pré-científico. Passando o mundo a ser

entendido como mutável e o Universo como infinito.

A partir da aceleração da produção científica e da necessidade de sua

divulgação, configura-se a origem do estado do novo espírito científico, um período no

quais os valores absolutos da mecânica clássica a respeito do espaço, do tempo e da

massa, perderam o caráter de verdade absoluto, revolucionando as ciências físicas e, por

consequência, as demais ciências da natureza.

Assim, a disciplina de Ciências busca através do seu estudo a aquisição de um

conhecimento científico que se origina de uma investigação frente à Natureza, esta, que

seria composta por um conjunto de elementos ligados que formam o Universo em todos

os seus aspectos mais complexos.

Assim, como citado no DCE (p.40) ―ao ser humano cabe interpretar

racionalmente os fenômenos observados na Natureza, resultantes das relações entre

elementos fundamentais como tempo, espaço, matéria, movimento, força, campo, energia

e vida‖, visando à construção deste conhecimento.

A Ciência busca assim, a elaboração e a divulgação do conhecimento, na

medida em que relacionam os seres humanos aos demais seres vivos, em que demonstra

a ativa interferência do homem sobre a Natureza visando compreende-la e se apropriar

dos recursos por ela produzidos, sendo a observação para a compreensão dos

fenômenos decorrentes, a principal maneira de propiciar ao ser humano a construção da

cultura científica.

Considerada como uma atividade complexa (DCE, p.41) ―a ciência não revela a

verdade, mas propõe modelos explicativos construídos a partir da aplicabilidade de

método(s) científico(s)‖, que visa considerá-la como um processo de construção coletiva,

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frente aos diversos contextos históricos.

As ciências e as demais disciplinas constituem-se modeladores explicativos em

contextos sociais e culturais, devendo assim em conjunto garantir a compreensão do todo

para a construção de uma visão de mundo em toda sua complexidade.

Na natureza terrestre, como em todo o Universo, ocorrem permanentemente

numerosas transformações, conhecidas como fenômenos. Os fenômenos podem ser

químicos ou físicos e biológicos, exercendo influência direta em nosso meio estimulando-

nos a buscar soluções.

Toda a ciência tem sempre um começo filosófico. Inicialmente suposições;

depois as tentativas de provar o que se supôs: é a investigação, a experimentação.

A disciplina de Ciências Naturais por sua riqueza de diversidade em conteúdos,

abordagem de temas atuais, desenvolvimento científico, problemas relativos ao meio

ambiente e saúde, tem a sua preocupação de enfatizar conteúdos socialmente relevantes

e processos de discussão coletiva de temas e problemas de significado e importância

reais e que favoreçam aos estudantes o acesso ao conhecimento científico, ―... levando

em consideração que, para tal formação conceitual, há necessidade de se valorizar as

concepções alternativas dos estudantes...‖, conforme consta na abordagem metodológica

dos Conteúdos Básicos de Ciências.

O processo de formação de conceitos científicos pelo estudante está

relacionado à mediação do professor através do resgate das concepções alternativas dos

estudantes e possibilitando diversas reações, objetivando segundo as Diretrizes

Curriculares para a Educação Básica (2009: 61-62).

―Uma superação do que o estudante já possui de conhecimentos alternativos,

rompendo com obstáculos conceituais e adquirindo maiores condições,

interdisciplinares e contextuais, de saber utilizar uma linguagem que permita

comunicar-se com o outro e que possa fazer da aprendizagem dos conceitos

científicos algo significativo em seu cotidiano‖. ―Propõe-se formar sujeitos que

construam sentidos para o mundo, que compreendam criticamente o contexto

social e histórico de que são frutos e que pelo acesso ao conhecimento sejam

capazes de ma inserção cidadã e transformadora da sociedade‖.

A disciplina de Ciências Naturais tem caráter interdisciplinar e de

contextualização sócio-histórica, trazendo em seus conteúdos diversas áreas do

conhecimento, tais como: Astronomia, Geologia, Matemática, Física, Química e Biologia,

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considerando que esses conhecimentos permeiam os conteúdos estruturantes da

Disciplina, e que são abordados de maneira integrada, visando superar uma visão

fragmentada dos conceitos.

Sua essência é o reconhecimento do ambiente nas suas interações e

transformações e o seu objetivo maior é possibilitar aos estudantes uma ―sociedade mais

justa e com oportunidades iguais para todos‖.

O ensino de Ciências constitui assim, um meio importante de preparar o

estudante para enfrentar desafios que surgem de uma sociedade preocupada em integrar,

mais e mais, as descobertas científicas ao bem estar dos indivíduos. Por isso, todos os

educandos, quaisquer que sejam suas aspirações, seus interesses e suas atividades

futuras, devem ter a oportunidade de adquirir um conhecimento básico das ciências

naturais que lhes permita não só compreender e acompanhar as rápidas transformações

tecnológicas, como também participar de forma esclarecida e responsável de decisões

que dizem respeito a toda sociedade.

A disciplina de Ciências propõe os seguintes objetivos:

Os objetivos de Ciências naturais no ensino fundamental são concebidos para

que o aluno desenvolva capacidades que lhe permitam compreender o mundo

e atuar como indivíduo e como cidadão, utilizando conhecimentos de natureza

científica e tecnológica;

- Compreender a natureza como um todo dinâmico e o ser humano, em

sociedade como agente de transformação do mundo em que vive, em relação

essencial com os demais seres vivos e outros componentes do ambiente;

- Compreender a Ciência como um processo de produção de conhecimentos

e uma atividade humana, histórica, associada a aspectos de ordem social,

econômica, política e cultural;

- Identificar relações entre conhecimento científico, produção de tecnologia e

condições de vida, no mundo de hoje e em sua evolução histórica, e

compreender a tecnologia como meio para suprir necessidades humanas,

sabendo elaborar juízos sobre riscos e benefícios das práticas científico-

tecnológicas;

- Compreender saúde pessoal, social e ambiental como bens individuais e

coletivos que devem ser promovidos pela ação de diferentes agentes;

- Formular questões, diagnosticar e propor soluções para problemas reais e

partir de elementos das ciências naturais, colocando em prática conceitos,

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procedimentos e atitudes desenvolvidos no aprendizado escolar;

- Saber utilizar conceitos básicos associados à energia, matéria,

transformação, espaço, tempo, sistema, equilíbrio e vida;

- Saber combinar leituras, observações, experimentações e registros para

coleta, comparação entre explicações, organização, comunicação e discussão

de fatos e informações;

- Valorizar o trabalho em grupo, sendo capaz de ação crítica e cooperativa

para a construção coletiva do conhecimento.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E CONTEÚDOS BÁSICOS

Os conteúdos estruturantes irão indicar o caminho que será seguido para que o

estudo de Ciências alcance seus objetivos, são uma forma ampla de trabalho de todos os

anos do ensino fundamental, o seu desdobramento será realizado a partir dos Conteúdos

Básicos, para cada série/ano os quais deverão ainda ser mais detalhados a partir dos

conteúdos Específicos, estes que serão programados no decorrer do ano respeitando a

individualidade de cada série e a escolha do educador.

Os Conteúdos Estruturantes/Conteúdos Básicos encontram-se organizados por

série/ano, para o seu melhor aproveitamento, de acordo com as Diretrizes Curriculares da

Educação Básica – Ciências.

5ª SÉRIE/6º ANO:

ASTRONOMIA:

Universo;

Sistema Solar;

Movimentos Terrestres;

Movimentos Celestes;

Astros;

MATÉRIA:

Constituição da Matéria;

SISTEMAS BIOLÓGICOS:

Níveis de organização Celular;

ENERGIA:

Formas de Energia;

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Conversão de Energia;

Transmissão de energia;

BIODIVERSIDADE:

Organização dos Seres Vivos;

Ecossistema;

Evolução dos Seres Vivos;

6ª SÉRIE/7º ANO:

ASTRONOMIA:

Astros;

Movimentos Terrestres;

Movimentos Celestes;

MATÉRIA:

Constituição da Matéria;

SISTEMAS BIOLÓGICOS:

Células;

Morfologia e Fisiologia dos Seres Vivos;

ENERGIA:

Formas de Energia;

Transmissão de Energia;

BIODIVERSIDADE:

Origem da Vida;

Organização dos Seres Vivos;

Sistemática;

7ª SÉRIE/8º ANO:

ASTRONOMIA:

Origem e Evolução do Universo;

MATÉRIA:

Constituição da Matéria;

SISTEMAS BIOLÓGICOS:

Célula;

Morfologia e Fisiologia dos Seres Vivos;

ENERGIA:

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Formas de Energia;

BIODIVERSIDADE:

Evolução dos Seres Vivos;

8ª SÉRIE/9ºANO:

ASTRONOMIA:

Astros;

Gravitação Universal;

MATÉRIA:

Propriedades da Matéria;

SISTEMAS BIOLÓGICOS:

Morfologia e Fisiologia dos Seres Vivos;

Mecanismos de Herança Hereditária;

ENERGIA:

Formas de Energia;

Conversão de Energia;

BIODIVERSIDADE:

Interações Ecológicas;

METODOLOGIA DA DISCIPLINA:

O estudo das Ciências necessita apresentar interação direta com os

fenômenos naturais e tecnológicos, para evitar lacunas na formação do educando.

Quanto ao processo de propor atividades, devemos levar em consideração que nem

todos os alunos possuem os mesmos interesses, nem aprendem da mesma maneira.

―o ensino de Ciências deve contribuir para que os alunos compreendam

melhor o mundo e suas transformações, possam agir de forma responsável

em relação ao Meio Ambiente e aos seus semelhantes e reflitam sobre

questões éticas que estão implícitas nas relações entre Ciências e

Sociedade. Nesse processo o papel do educador é fundamental. Sua atitude

é sempre uma referência para os alunos: a consideração das múltiplas

opiniões, a persistência na busca de informações, a valorização da vida e o

respeito as individualidades serão observadas e servirão de exemplo na

formação dos valores dos educandos‖. (BIZZO, 2000)

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Assim, torna-se importante considerar o desenvolvimento cognitivo dos

alunos relacionando as suas experiências, idade, identidade cultural e social e os

diferentes significados e valores que as Ciências podem ter para eles.

O estudo dos conceitos fundamentais e o planejamento das ações

pedagógicas precisam considerar a relação existente entre os conteúdos estruturantes e

específicos e, a Ciência, a tecnologia e a sociedade para que os alunos compreendam

que o objetivo de estudo da disciplina está diretamente relacionado à sua prática social.

Como sabemos, os conteúdos específicos são desdobrados e estabelecem

relações, que podem ser conceituais, interdisciplinares ou contextuais, sendo inúmeras

estas relações, devem ser estabelecidas considerando-se as orientações das Diretrizes

Curriculares, a experiência profissional e a caminhada pedagógica do professor.

A influência cada vez maior da Ciência e da tecnologia em nossa vida e a

rapidez com que surgem as inovações nesse campo vem despertando um intenso debate

acerca do ensino de Ciências.

Nós professores, somos também estudantes, permanentemente aprendendo

sobre as novas descobertas em ciências e sobre as novas maneiras de ensinar, buscando

assim, repassar estas descobertas através de metodologias que despertem nos alunos a

construção do próprio conhecimento.

A metodologia utilizada para trabalhar os conteúdos estruturantes será

desenvolvida de diversas formas, que visem facilitar o aprendizado, metodologias estas,

como: leitura e interpretação de textos atuais, exposição de conteúdos utilizando fatos do

cotidiano, como, notícias de jornais, revistas e exemplos do dia-a-dia do aluno,

interpretação de figuras e legendas; resolução de problemas; elaboração de relatórios de

experimentos e investigações; confecções de cartazes e murais; recursos audio-visuais;

exposições; exposição de material coletado, debates; trabalho de campo como visitas e

excursões.

Visando desenvolver atividades voltadas a Educação do Campo, serão

desenvolvidas ações, na busca da identificação desta identidade rural bem como da

conscientização dos mesmos frentes ao meio ambiente, serão estes, confecção de horta,

que visa desenvolver atividades rurais de plantio, adubação e colheita de verduras e

legumes, e ações voltadas à reciclagem do lixo, pelo qual será realizada a coleta seletiva

do mesmo, buscando a participação dos educandos e principalmente a compreensão da

importância que o meio ambiente tem frente aos seres vivos, os cuidados que devemos

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dispersar a este.

O trabalho desenvolvido frente aos conteúdos estruturantes se torna mais

completo quando inserimos a este os Desafios Educacionais Contemporâneos os quais

serão trabalhados de diversas formas quando da necessidade bem como da possibilidade

em se inserir determinado assunto, pode-se ainda observar que determinados desafios

fazem parte do cotidiano dos educandos, como Educação Ambiental presente nas ações

antes propostas, o enfrentamento à violência na escola, a prevenção ao uso indevido de

drogas e o tema educando para as relações étnico-raciais, que será trabalhado visando à

compreensão da importância dos negros e índios e da igualdade existente entre os povos.

Utilizando assim, metodologias que se tornem adequadas a cada conteúdo a

ser trabalhado, respeitando a individualidade e a capacidade de cada turma na produção

do conhecimento.

AVALIAÇÃO:

A avaliação de ser um processo contínuo, onde diversos fatores possam ser

levados em consideração, já que através desta visamos identificar as deficiências bem

como as conquistas dos alunos.

Para isso, a avaliação se dará ao longo do processo de ensino-

aprendizagem possibilitando ao professor, por meio de uma interação com os alunos,

contribuições importantes para verificar em que medida os alunos se apropriam dos

conteúdos específicos tratados nesse processo.

É necessário que o processo avaliativo se dê de forma sistemática e a partir

de critérios avaliativos, estabelecidos pelo professor, que considerem aspectos como os

conhecimentos que os alunos possuem sobre determinados conteúdos, a prática social

desses alunos, o confronto entre esses conhecimentos e os conteúdos específicos, as

relações e interações estabelecidas por eles no seu progresso cognitivo, ao longo do

processo de ensino e aprendizagem e no seu cotidiano.

Nesse sentido, é imprescindível a coerência entre o planejamento das ações

pedagógicas do professor, o encaminhamento metodológico e o processo avaliativo, a fim

de que os critérios de avaliação estabelecidos estejam diretamente ligados ao propósito

principal do processo de ensino e de aprendizagem, a aquisição dos conteúdos

específicos e a ampliação de seu referencial de análise crítica da realidade, por meio da

abordagem articulada.

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Por meio dos instrumentos avaliativos diversificados, os alunos podem

expressar os avanços na aprendizagem à medida que interpretam, produzem, discutem,

relacionam, refletem, analisam, justificam, se posicionam e argumentam, defendendo o

próprio ponto de vista.

A avaliação se dará ao longo do processo de aprendizagem; e não pode

estar centralizada em uma única atividade ou método avaliativo e, precisa considerar os

alunos como sujeitos históricos nesse processo. Com isso, o professor pode interpretar e

analisar as informações obtidas na avaliação, considerando as concepções de ciência,

tecnologia, sociedade, educação, aluno, processo de ensino e de aprendizagem, escola e

do currículo de Ciências.

O acompanhamento do processo de avaliação será por série e será

analisado, aperfeiçoado e orientado pela equipe pedagógica da escola em conjunto com

os professores.

A avaliação será registrada nos livros de chamada do professor, nos boletins

e no sistema escola.

A recuperação de estudos acontece a partir do entendimento, da importância

que os conteúdos trabalhados possuem para a formação do educando, para isto a

recuperação dos conteúdos devem ser realizadas através da utilização de diferentes

metodologias e estratégias, assegurando ao aluno a possibilidade de aprender. A

recuperação de nota torna-se assim uma consequência da recuperação do conteúdo.

Utilizamos, nesse processo de avaliação, variados tipos de instrumentos,

tais, como: avaliação escrita e oral, pesquisa, trabalho individual ou em grupo, relatório

interpretação, visando observar os diversos processos de conhecimento, estes processos

são os processos de memorização, criatividade, formulação de hipóteses, argumentação,

observação dentre outros.

A avaliação será contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com

prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do

período de recuperação, usando os seguintes critérios:

Os instrumentos deverão ser variados contemplando as diversas formas

de aprendizagem do aluno tendo o professor liberdade em sua disciplina

de atribuir valores aos instrumentos de avaliação que conforme os

critérios previamente estabelecidos e discutidos com os alunos serão

realizados objetivando os dez pontos;

A recuperação de estudos será concomitante ao período letivo e paralelo

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aos conteúdos, procedendo da seguinte forma: em diagnosticando

através da avaliação a não obtenção dos objetivos propostos serão

retomados os conteúdos e proporcionando novas avaliações com

instrumentos diferenciados escolhidos pelo professor dentre os quais o

aluno melhor demonstre seu aprendizado podendo ser orais, escritos,

práticos ou até mesmo prova, prevalecendo a nota maior;

Critérios estes que visam investigar a aprendizagem significativa frente:

- A origem e evolução do universo;

- Constituição e propriedades da matéria;

- Sistemas biológicos de funcionamento dos seres vivos;

- Conservação e transformação de energia;

- Diversidade de espécies em relação dinâmica com o ambiente em que vivem,

bem como os processos evolutivos envolvidos;

Assim, por meio dos instrumentos avaliativos diversificados, os alunos irão

expressar os avanços na aprendizagem, estes instrumentos serão discutidos e

observados pelo coletivo da escola, para que se alcance o objetivo esperado da formação

do estudante.

Para efeito do registro escolar, será considerado o maior valor de avaliação

obtido pelo educando.

Neste processo de avaliação, há os instrumentos de avaliação que são

apresentados e que servirão como formas para diagnosticar as dificuldades, buscando as

mudanças necessárias para uma melhor concretização da aprendizagem:

Instrumentos de avaliação:

Resolução de questionamentos escritos e orais;

Produção e análise de desenhos, tabelas, gráficos e outras formas de

expressão e representação;

Realização de atividades na sala de aula, na biblioteca, em saídas de

campo e em domicílio;

Pesquisa, produção e apresentação de seminários;

Pesquisa e produção de relatórios de pesquisa;

Participação em palestras e atividades culturais;

Dentre as resoluções e produções de questionamentos estes, serão

elaborados de forma clara, oportunizando a todos os alunos o entendimento frente ao que

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está sendo proposto e solicitado.

OBSERVAÇÕES

A nota será atribuída a cada atividade desenvolvida pelo (a) aluno (a), seja

oral ou escrita; podendo estas ser desenvolvidas individualmente ou em grupo. Pelo feitio

dos deveres de casa, nas atividades extraclasses, apresentações e palestras, bem como

pela utilização das atividades experimentais. Sendo seu valor estabelecido de acordo com

o grau de dificuldade de cada uma, proporcionando ao educando condições de somar

pontos (notas), atingindo um máximo de 10,0 (dez) pontos por bimestre.

Caso o (a) aluno (a) não consiga a nota mínima (média seis), ele (a) terá oportunidade de

fazer a RECUPERAÇÃO PARALELA a qual será ofertada de acordo (e com a retomada)

dos conteúdo(s) avaliado(s) naquele momento. Então, o (a) aluno (a) fará uma nova

avaliação desse (s) conteúdo (s). É importante lembrar que a recuperação paralela não

será bimestral; ela será ofertada após cada avaliação realizada, se isso for necessário.

Os/As alunos (as) com necessidades especiais terão avaliação diferenciada, não com

prejuízo dos conteúdos, mas com menos questões a respeito do assunto ou com tempo

maior para resolução das atividades disponibilizando a este a oportunidade em

desenvolver as atividades, assim como quando necessária explicação extra do conteúdo

ou da atividade proposta;

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

ANDERY, M. A. et. al. Para compreender a Ciência. 5ª Edição. Rio de

Janeiro: Espaço e Tempo, 1994;

BREJON, N (Org). Estrutura e funcionamento do Ensino de 1º e 2º

Graus. São Paulo: Pioneira, 1982;

PARANÁ. (SEED) Diretrizes Curriculares da Educação Básica- Ciências,

2008;

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Avaliação, sociedade e

escola: fundamentos para reflexão. 2ª Edição. Curitiba: SEED, 1986;

SAVIANI, D. Escola e Democracia. 29ª Edição. Campinas. São Paulo:

Autores Associados, 1995;

BARROS, Carlos; PAULINO, Wilson. Coleção Ciências. São Paulo: Ática, 2008.

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154

1.8. Ensino Religioso

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A disciplina de Ensino Religioso passou a fazer parte do ensino escolar com

a Constituição de 1934, porém com matrícula facultativa.Na década de 1960 essa

disciplina era ministrada por professores leigos e voluntários. Na prática muitos inverteram

seu objetivo, converteram os educandos para sua própria religião. O Ensino Religioso,

conforme a LDB 4024/61, teve matrícula facultativa.

Durante os anos de 1971 a 1998, aconteceram muitos programas,

elaboração de materiais, cursos, de modo a garantir um novo espaço para a Educação

Religiosa na Legislação Brasileira. De acordo com a nova LDBEN 9394/96 o Ensino

Religioso veda qualquer forma de doutrinação ou proselitismo. Propõem um caráter laico,

que garanta o acesso a conhecimentos que promovam a educação do respeito à

diferentes culturas. O Ensino Religioso é componente curricular da Educação Básica e de

importância para a formação do cidadão e para seu pleno desenvolvimento como pessoa.

Por consequência, parte do dever constitucional do Estado em matéria educativa.

O Ensino Religioso, em conformidade com a legislação brasileira, propõe

promover aos educandos a oportunidade de processo de escolarização fundamental para

se tornarem capazes de entender os movimentos religiosos específicos de cada cultura,

possuir o substrato religioso, de modo a colaborar com a formação da pessoa. Essa

compreensão deve favorecer o respeito, em suas relações éticas e sociais diante da

sociedade, fomentando medidas de repúdio a toda e qualquer forma de preconceito e

discriminação e o reconhecimento de que, todos nós, somos portadores de singularidade.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

O Ensino Religioso é uma disciplina que contribui para o desenvolvimento

humano, e o conhecimento envolve conceitos, teorias e práticas que identificam e

organizam seus campos de estudo. São três os conteúdos estruturantes, a saber:

Paisagem Religiosa, Universo Simbólico Religioso e Textos Sagrados que referem-se

respectivamente:

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Paisagem Religiosa: à materialidade fenomênica do Sagrado, a qual é apreendida através

dos sentidos. É a exterioridade do Sagrado e sua concretude, os espaços Sagrados.

Universo Sagrado Religioso: à apreensão conceitual através da razão, pela qual concebe-

se o Sagrado pelos seus predicados e reconhece-se a sua lógica simbólica. É entendido

como sistema simbólico e projeção cultural.

Texto Sagrado: à tradição e à natureza do Sagrado enquanto fenômeno. Neste sentido é

reconhecido através das Escrituras Sagradas, das Tradições Orais Sagradas e dos Mitos.

CONTEÚDO BÁSICOS

5ª série/ 6° ano:

- Organizações Religiosas

Os fundadores e/ou líderes religiosos e as estruturas hierárquicas das organizações que

compõem os sistemas religiosos.

Ex: o Budismo (Sidarta Gautama); o cristianismo (Cristo); o confucionismo; o taoísmo (Lao

Tsé), etc.

- Lugares Sagrados

Caracterização dos lugares e templos sagrados: lugares de peregrinação, de reverência,

de culto, de identidade, principais práticas de expressão nestes locais.

Lugares na natureza: rios, lagos, montanhas, grutas, cachoeiras, etc.

Lugares construídos: templos, cidades sagradas,etc.

- Textos Orais e Escritos- Sagrados

Ensinamentos sagrados transmitidos de forma oral e escrita pelas diferentes culturas

religiosas.

Literatura oral e escrita (cantos, narrativas, poemas, orações, etc)

Exemplo: Vedas- Hinduísmo, escrituras Bahá‘I, Tradições Orais Africanas, afro-brasileiras

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e Ameríndias, Alcorão-Islamismo,etc.

- Símbolos Religiosos

Os significados simbólicos dos gestos, sons, formas, cores e textos:

Nos ritos, nos mitos, no cotidiano.

Exemplos: arquitetura religiosa, mantras, paramentos, objetos, etc.

6ª SÉRIE/ 7º ANO

- Temporalidade Sagrada

Os calendários e seus tempos Sagrados (nascimento do líder religioso, passagem de ano,

datas de rituais, festas, dias da semana, calendário religiosos)

Ex: o Natal (cristão), Kumba Mela ( hinduísmo), Losar ( passagem do ano tibetano) e

outros.

- Ritos

Ritos de passagem, mortuários, propiciatórios e outros.

Ex: dança (Xire), Candomblé, Kiki (kaingang-ritual fúnebre), via sacra, festejo indígena de

colheita, etc.

- Festas Religiosas

Peregrinações, festas familiares, festas nos templos,datas comemorativa.

Ex: festa do Dente Sagrado (Budismo), Ramada (islâmica), Kuarup (indígena), Festa de

Iemanjá (Afro-brasileira, Pessach (Judaísmo), etc.

- Vida e morte

O sentido da vida nas tradições/manifestações religiosas, reencarnação, ressurreição-ação

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de voltar à vida, além morte, ancestralidade- vida dos antepassados- espíritos dos

antepassados se tornam presentes, outras interpretações.

ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

As tradições e manifestações religiosas serão objeto de estudo ao final de

cada conteúdo tratado de modo que os conhecimentos apreendidos de outras

manifestações religiosas constituem-se em novas referências para se analisar e

aprofundar os conhecimentos a respeito das manifestações já conhecidas e/ou praticadas

pelos alunos ou na comunidade.

Os conteúdos a serem trabalhados nas aulas de Ensino Religioso contribuirá

para: a superação do preconceito à ausência ou à presença de qualquer crença religiosa;

de toda forma de proselitismo, bem como da discriminação de qualquer expressão do

sagrado.Nessa disciplina será realizado trabalho com músicas, filmes, histórias orais com

base no diálogo partindo da experiência religiosa do aluno e de seus conhecimentos

prévios.Os conteúdos do Ensino Religioso devem ser trabalhados enquanto

conhecimento da diversidade sócio-político e cultural. A linguagem a ser utilizada nas

aulas deve ser a científica e não a religiosa, com a finalidade de superar as tradicionais

aulas de religião.

Os desafios educacionais contemporâneos que pairam sobre a ação escolar

também serão trabalhados com as devidas análises e intervenções.Para isso, serão

utilizados recursos didáticos e tecnológicos como: quadro de giz, materiais escolares de

uso diário, tv multimídia, pendrive, dvd, rádio,cd, etc.

AVALIAÇÃO

Para formar sujeitos autônomos, críticos e criativos, criaremos condições

para o aluno atuar também como sujeito avaliador. Não se pode avaliar a aprendizagem

sem avaliar o ensino, a prática do professor e as condições oferecidas pela escola como

partes de um todo que se constitui o processo educativo. Espera-se que o aluno

desenvolva uma cultura de respeito à diversidade religiosa e cultural. Apesar de não haver

aferição de notas ou conceitos que impliquem aprovação ou reprovação do aluno será

atribuída uma nota bimestral que será resultante da somatória dos valores atribuídos em

cada instrumento de avaliação, sendo valores cumulativos em várias aferições, na

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sequência e ordenação de conteúdos.

Quanto aos procedimentos e instrumentos de avaliação, utilizaremos a

observação sistemática ou informal, para conhecer melhor os alunos em todos os

aspectos, analisar seu desempenho nas atividades e compreender seus avanços e

dificuldades, ajudando-o em sua aprendizagem.

Será observado também se o aluno expressa uma relação respeitosa com

os colegas de classe que têm opções religiosas diferentes da sua; se esse aluno aceita as

diferenças de credo ou de expressão de fé e se emprega conceitos adequados para

referir-se às diferentes manifestações do Sagrado.Os trabalhos em grupo como:

pesquisas, jogos, painéis, maquetes, relatórios, entre outros, serão utilizados para

desenvolver e avaliar a formação global do aluno quanto à cooperação, troca de pontos

de vista, confronto e comprometimento dos componentes do grupo. Para que sejam

efetivos serão realizados na escola.

Os alunos que não conseguirem o desempenho esperado em determinada

unidade curricular terão direito à recuperação de conteúdos e esta deve acontecer todas

as vezes em que os métodos empregados não forem suficientes para propiciar a

aprendizagem dos alunos. A recuperação de estudos, de caráter obrigatório, ocorrerá

concomitantemente ao processo educativo, conforme determina a lei. Na avaliação do

aproveitamento escolar, deverão preponderar os aspectos qualitativos da aprendizagem

sobre os dados quantitativos e entre e os resultados obtidos durante o período letivo e os

da recuperação, prevalecerão os melhores resultados.

Os alunos com necessidades educacionais especiais deverão ser avaliados

de acordo com suas especificidades.

Os conteúdos não apropriados pelos alunos serão retomados e haverá novas

oportunidades de avaliação, prevalecendo a maior nota e garantindo que a aprendizagem

se efetive.

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

DIRETRIZES CURRICULARES DE ENSINO RELIGIOSO PARA O ENSINO

FUNDAMENTAL. 2009

HEIDEGGER, Martin. Conferências e Escritos Filosóficos. Coleção os Pensadores,

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159

São Paulo, Nova Cultural, 1989.

NARLOCH, Rogério Francisco. Redescobrindo o universo religioso. Ensino Funda-

mental. V. 5. Petrópolis: Vozes, 2001.

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GEOGRAFIA:

I) APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA:

Desde as primeiras formas de organização humana as relações com a

natureza e com o espaço que passava a ser habitado, fizeram que o homem se

relacionassem com o meio.No período antigo muito se avançou na elaboração dos

saberes empíricos geográficos. Preocupados com as conquistas territoriais, os impérios

ampliaram seus conhecimentos sobre as características físicas e humanas de cada

território.

Nesse sentido, foram desenvolvida noções geográficas básicas, relativas à

elaboração de mapas, distribuição de terras e águas, enfim desenvolveu todo um aparato

técnico descritivo, para se ter conhecimentos fundamentais das organizações humanas.

Na Idade Média, alguns conhecimentos geográficos foram suprimidos, todos os trabalhos

desenvolvidos na antiguidade, principalmente pelos gregos, pois tais conhecimentos não

contribuíam para a visão de mundo imposta pelo poder estabelecido.

A partir de século XVI, os saberes geográficos, passaram a ser evidenciados

nas discussões filosóficas, econômicas e políticas, que buscavam explicar questões

referentes ao espaço e à sociedade.

Contudo, apesar da ampliação dos estudos, esse levantamento de dados sobre aspectos

físicos e humanos, até o século XIX, não havia sistematização da produção geográfica.

Os estudos relativos a este campo do conhecimento estavam dispersos em

obras diversas, desde literárias até relatórios administrativos.

No século XIX, com o imperialismo foram criadas diversas sociedades geográficas, que

tinham apoio dos Estados colonizadores como Inglaterra, França e Prússia que, mais

tarde viria ser a atual Alemanha. Para tais países era fundamental conhecer condições

naturais dos outros continentes e assim catalogar e inventariar criteriosamente as

riquezas que poderiam servir a essas potências que já emergiam.

Nesse contexto, as pesquisas dessas sociedades subsidiaram o surgimento

das escolas nacionais de pensamento geográfico, destacadamente a alemã e a francesa.

Coube a Ratzel o destaque como fundador da geografia sistematizada e considerada

científica. O pensamento geográfico da escola francesa, por sua vez, teve como principal

representante Vidal de La Blache.

A produção teórica destas duas escolas marca a dicotomia sociedade-

natureza e o determinismo geográfico que justificou o avanço neo-colonialista dos

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impérios europeus na conquista de territórios.

Para Ratzel quanto mais culto um povo, x maior o domínio sobre a natureza

o que proporcionaria melhores condições de vida, consequente aumento da população e

necessidade de mais espaço para continuar seu processo evolutivo.

Já, para Vidal de La Blache, a relação sociedade/natureza criava um gênero de vida,

próprio de uma determinada sociedade, para ele o contato entre diferentes gêneros de

vida seria um elemento fundamental para o progresso humano, pois oportunizou

verdadeiras oficinas de civilização.

Enquanto na Europa, principalmente na Alemanha e na França, a ciência

geográfica já se encontrava sistematizada no século XIX, no Brasil isso só aconteceu

mais tarde.

As idéias geográficas foram inseridas no currículo escolar brasileiro no século XIX e

apareciam de forma indireta nas escolas de primeiras letras, no entanto a

institucionalização da geografia no Brasil se consolidou apenas a partir da década de

1930.

Nesse parâmetro as pesquisas desenvolvidas buscavam compreender e

descrever o ambiente físico nacional com o objetivo de servir aos interesses políticos do

Estado na perspectiva do nacionalismo econômico.

Essa forma de abordagem do conhecimento geográfico perpetuou até o século XX, onde

caracterizou na escola a focalização na descrição do espaço.

Com as transformações ocorridas com a Segunda Guerra Mundial,

mudanças políticas, econômicas e sociais intervieram também no pensamento geográfico.

Assim, nesse contexto desencadearam tantas reformulações teóricas na geografia,

quanto o desenvolvimento de novas abordagens para os campos de estudo desta ciência.

A renovação do pensamento geográfico iniciada após a Segunda Guerra, chegou com

força ao Brasil. As discussões teóricas que se sobressaíram, nessa época, centralizaram

em torno do movimento da geografia crítica.

Esse movimento adotou o método do materialismo histórico dialético para os

estudos geográficos e para a abordagem dos conteúdos de ensino da geografia.

No entanto, a incorporação dessa corrente sofreu avanços e retrocessos em função do

contexto histórico e das condições políticas vivenciadas no país.

No âmbito mundial encontros priorizavam a educação como alvo das reformas

necessárias para a formação do novo perfil de trabalho, necessário para o capitalismo no

atual período histórico, ou seja,que fossem de encontro aos interesses necessários as

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mudanças.

Quanto ao objeto de estudo/ensino da disciplina de geografia, as Diretrizes

Curriculares do Paraná, entendem que é o espaço geográfico, entendido como o espaço

produzido e apropriado pela sociedade (LEFEBVRE, 1974), composto pela inter-relação

entre sistemas de objetos naturais, culturais e técnicos – e sistemas de ações – relações

sociais, culturais, políticas e econômicas (SANTOS, 1996).

A disciplina de Geografia propõe os seguintes objetivos:

- Propiciar aos educandos a capacidade de observar, interpretar, analisar e pensar

criticamente o Espaço Geográfico - com suas relações sócio espaciais - para melhor

compreendimento, e identificando e atuando sobre as possibilidades de transformação no

sentido de superar seus conflitos e contradições a partir da construção de suas próprias

interpretações e representações;

- Compreender o ambiente natural e social, o sistema político, a tecnologia e os valores

que fundamentam nossa sociedade;

apropriar de noções geográficas sobre os diferentes recortes territoriais do planeta, tais

como os continentes, os países e os elementos físicos e humanos que os compõem;

- Perceber a relação entre meio natural, meio técnico e sociedade, tendo como elo de

ligação o trabalho social;

- Analisar historicamente a formação das diversas configurações espaciais - localizações,

estruturas e processos - em escalas local, regional, nacional, e global;

- Conceituar os tipos de sociedade, as maneiras e modos como estas apropriam-se da

natureza, a idéia de organização e produção do espaço;

- Abordar o homem como ser biológico – elemento integrante da natureza - e social -

pertencente à sociedade e, dentro desta, à esta ou àquela classe social;

- Apreender o espaço geográfico como uma totalidade que envolve o espaço e a

sociedade, a natureza e a humanidade;

- Compreender a interdependência entre os diversos elementos e os impactos ambientais

provocados pela ação humana;

- Desenvolver, especificamente, as capacidades de leitura, interpretação, análise,

elaboração e produção de produtos cartográficos (mapas e cartas), tabelas e gráficos; e,

de modo geral, as capacidades de observar, localizar, relacionar, compreender, descrever,

expressar e representar.

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- Possibilitar o acesso ao conhecimento científico socialmente construído e historicamente

acumulado;

- Capacitar a posicionar se, manifestar se e atuar frente às diversas e variadas situações,

inclusive no controle democrático da esfera pública.

II) CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:

De acordo com a concepção teórica assumida, serão apontados os

Conteúdos Estruturantes da Geografia para Educação Básica, considerando que seu

objeto de estudo e ensino é o espaço geográfico.

Entende-se por conteúdos estruturantes os saberes e conhecimentos de grande

amplitude que identificam e organizam os campos de estudos de uma disciplina escolar,

considerados fundamentais para a compreensão de seu objeto de estudo e ensino. A

partir deles, deriva-se os conteúdos específicos, a serem trabalhados na relação de

ensino e aprendizagem no cotidiano escolar.

Como constructos atrelados a uma concepção crítica de educação, os

conteúdos estruturantes apresentados nestas Diretrizes passam a ter sua abordagem

teórica reelaborada em função das transformações histórico políticas que modificaram as

relações sócio espaciais em todas as escalas geográficas. Embora ultrapassem o campo

de pesquisa geográfica e perpassem outras áreas do conhecimento, tais conteúdos são

constitutivos da disciplina de Geografia, porque demarcam e articulam o que é próprio do

conhecimento geográfico escolar. Essa especificidade geográfica é alcançada quando os

conteúdos são espacializados.

Nestas Diretrizes Curriculares, os conteúdos estruturantes são:

- Dimensão econômica da produção do espaço geográfico;

- Dimensão política do espaço geográfico;

- Dimensão socioambiental; e

- Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico.

CONTEÚDOS BÁSICOS:

5ª SÉRIE/ 6º ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

-Dimensão econômica do/no espaço geográfico

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-Dimensão política do espaço geográfico

-Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico

-Dimensão socioambiental do espaço geográfico

-Formação e transformação das paisagens naturais e culturais;

-Dinâmica da natureza e suas alterações pelo emprego de tecnologias de

exploração e produção;

-A formação,localização e exploração e utilização dos recursos naturais;

-A distribuição espacial das atividades produtivas, e a (re) organização do espaço

geográfico;

-As relações entre campo e a cidade na sociedade capitalista;

-A mobilidade populacional e as manifestações socioespaciais da diversidade cultural;

-A transformação demográfica, a distribuição espacial da população e os indicadores

estatísticos;

-As diversas regionalizações do espaço geográfico;

6º SÉRIE / 7° ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

-Dimensão econômica do espaço geográfico

-Dimensão política do espaço geográfico

-Dimensão cultural demográfica do espaço geográfico

-Dimensão socioambiental do espaço geográfico

CONTEÚDOS BÁSICOS

-A formação,mobilidade das fronteiras e a reconfiguração do território brasileiro;

-A dinâmica da natureza e suas alterações pelo emprego de tecnologias de Exploração e

produção;

-As diversas regionalizações do espaço brasileiro;

-As manifestações sócio-espaciais da diversidade cultural;

-A transformação demográfica da população,sua distribuição espacial e indicadores

estatísticos;

-Movimentos migratórios e suas motivações;

-O espaço rural e sua modernização da agricultura;

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-A formação,o crescimento das cidades,a dinâmica dos espaços urbanos e a urbanização;

-A distribuição espacial das atividades produtivas,a (re)organização do espaço geográfico;

-A circulação de mão-de-obra,das mercadorias e das informações;

7º SÉRIE / 8º ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

-Dimensão econômica do espaço geográfico

-Dimensão política do espaço geográfico

-Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico

-Dimensão socioambiental do espaço geográfico

CONTEÚDOS BÁSICOS

-As diversas regionalizações do espaço geográfico

-A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios do continente

americano;

-A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado;

-O comércio em suas implicações sócio-espaciais;

-A circulação de mão-de-obra,do capital,das mercadorias e das informações;

-A distribuição espacial das atividades produtivas,a (re)organização do espaço geográfico;

-As relações entre campo e cidade na sociedade capitalista;

-O espaço rural e a modernização da agricultura;

-A transformação demográfica da população, sua distribuição espacial e os indicadores

estatísticos;

-Os movimentos migratórios e suas motivações;

-As manifestações sócio-espaciais da diversidade cultural;

-A formação, a localização, exploração e utilização dos recursos naturais;

8º SÉRIE / 9º ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

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- Dimensão econômica do espaço geográfico

-Dimensão política do espaço geográfico

-Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico

-Dimensão socioambiental do espaço geográfico

CONTEÚDOS BÁSICOS

-As diversas regionalizações do espaço geográfico;

-A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado;

-A revolução técnico-científico-informacional e os novos arranjos no espaço da produção;

-O comércio mundial as implicações sócio-espaciais;

-A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração de territórios;

-A evolução demográfica da população,sua distribuição espacial e os indicadores

estatísticos;

-As manifestações sócio-espaciais da diversidade cultural;

-Os movimentos migratórios mundiais e suas motivações;

-A distribuição das atividades produtivas, a transformação da paisagem e a

(re)organização do espaço geográfico;

-O espaço em rede: produção,transporte e comunicações na atual configuração territorial;

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS PARA O ENSINO FUNDAMENTAL

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

-A DIMENSÃO ECONÔMICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO

-A DIMENSÃO POLÍTICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO

-A DIMENSÃO SOCIOAMBIENTAL DO ESPAÇO GEOGRÁFICO

-A DIMENSÃO CULTURAL E DEMOGRÁFICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO

CONTEÚDOS BÁSICOS

- A formação e transformação das paisagens.

- A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e

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produção.

- A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re)organização do espaço

geográfico.

- A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais.

- A revolução técnico-científica-informacional e os novos arranjos no espaço da produção.

- O espaço rural e a modernização da agricultura.

- O espaço em rede: produção, transporte e comunicação na atual configuração territorial.

- A circulação de mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das informações.

- Formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios.

- As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista.

- A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a

urbanização recente.

- A evolução demográfica, a distribuição espacial da população e os indicadores

estatísticos.

- Os movimentos migratórios e suas motivações.

- As manifestações socioespaciais da diversidade cultural.

- O comércio e as implicações socioespaciais.

- As diversas regionalizações do espaço geográfico.

- As implicações socioespaciais do processo de mundialização.

- A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado.

III) METODOLOGIA DA DISCIPLINA:

Metodologicamente, sabe-se da necessidade de garantir o acesso do

educando ao conhecimento social e historicamente produzido e acumulado. No entanto,

cabe valorizar o saber próprio do educando, expresso na visão do mundo em que está

inserido, pois ―essa percepção [do educando] está visceralmente ligada à experiência

vivida, a um espaço que, de certa forma, a experiência vivida seleciona e ordena‖

(RESENDE, 1994, p.86). Isso implica conhecer e reconhecer os aspectos sociais,

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econômicos e culturais nos quais estão inseridos, como condicionantes de sua leitura e

visão de mundo.

Dentro da concepção histórico- critica,o processo de apropriação e

construção dos conceitos fundamentais do conhecimento geográfico se dá a partir da

intervenção intencional própria do ato docente, mediante um planejamento que articule a

abordagem dos conteúdos com a avaliação (CAVALCANTI, 1998). No ensino de

Geografia, tal abordagem deve considerar o conhecimento espacial prévio dos alunos

para relacionar ao conhecimento científico no sentido de superar o senso comum.

São priorizadas as atividades mental e física – aulas de campo e de observação - como

modo de: estimular a participação do educando no processo de ensino e aprendizagem;

promover sua interação com mundo dos objetos; desenvolver as suas capacidades de

observar, localizar, relacionar, compreender, descrever, expressar e representar

(CAVALCANTI, 2005, p. 145).

Situações de interação - atividades em grupo e coletivas com elementos da

classe, da escola e da comunidade - são proporcionadas para estimular a cooperação

entre os agentes do processo de ensino e aprendizagem. A interação permite também o

estabelecimento de uma relação dialógica entre educandos, educadores e a própria

sociedade, promovendo a auto-reflexão e a sócio-reflexão dos agentes envolvidos.

Os elementos básicos da mediação entre conhecimento, educando e

educador, são o livro didático, utilizado de forma crítica e seletiva, mapas, globos, Atlas,

matérias jornalística de diversos meios (televisão, jornal impresso, revistas, internet etc.),

multimídias/meios, audiovisuais diversos (filmes, documentários, comerciais etc.),

observações e pesquisas in loco, linguagens diversificadas como textos e obras literárias,

poesia, pinturas e outras expressões das artes plásticas, músicas, histórias em

quadrinhos, caricaturas, charges, fotografias, transparências, entre outras.

O processo de ensino e aprendizagem terá momentos diversificados como,

por exemplo: exposição e explicação de conteúdos; diálogos; atividades individuais, em

grupo e coletivas; exercícios de compreensão e fixação, de crítica e reflexão; observação

e reconhecimento do espaço geográfico; observação de audiovisuais; produção de textos,

mapas temáticos, maquetes e outras formas de expressão; dramatizações, jogos e

simulações; avaliações, entre outros.

A temática História e Cultura Afro - Brasileira e Indígena(leis nº 10.639/03 e

nº 11.645/08),será abordada nos estudos sobre a origem e formação da população

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brasileira, a construção do espaço geográfico brasileiro, a África e sua inserção na

economia mundial, a situação dos afro-brasileiros na sociedade contemporânea, ou seja,

de forma contextualizada e relacionada aos conteúdos da disciplina.

A Educação do Campo será abordada nos conteúdos específicos a partir

dos conteúdos estruturantes e, o professor poderá priorizar um ou outro conteúdo

estruturante, dependendo do enfoque pretendido em determinado conteúdo especifico.

A Educação Ambiental será abordada através do conteúdo estruturante, Dimensão Sócio

ambiental na maioria dos conteúdos específicos da disciplina, em entendimento à (Lei no.

9795/99, que institui a Política Nacional de Educação Ambiental).

Com a implantação do programa PEP (Prontidão Escolar Preventiva) será

trabalhado sobre a prevenção de acidentes ;desastres naturais e segurança (vendavais,

terremotos, raios e tempestades) ; primeiros socorros parte teórica e prática ; prevenção e

fuga de incêndio; procedimento em caso de sequestro e artefato explosivo; rotas de fuga

e situações de risco.

A metodologia de ensino deverá permitir que os alunos se apropriem dos

conceitos fundamentais da Geografia e compreendam o processo de produção e

transformação do espaço geográfico. Para isso, os conteúdos da Geografia devem ser

trabalhados de forma crítica e dinâmica, interligados com a realidade próxima e distante

dos alunos.

O conteúdo deverá ser trabalhado estabelecendo propostas a partir de

situações problemas, apresentando uma proposta de ensino, que estimule a investigação

e o despertar para questões que afligem a sociedade, que sejam provocativas e que

possibilitem aos alunos à superação do senso comum. Que permita situar o aluno no

contexto histórico, buscando contextualizar as temáticas selecionadas, havendo nessa

perspectiva significado na aprendizagem.

Dessa maneira, o aluno poderá apropriar-se dos conteúdos estabelecidos,

desenvolvendo autonomia intelectual e tornando-se um agente mobilizador para o

enfrentamento das questões sociais, econômicas, ambientais e políticas que afligem a

sociedade contemporânea. Outro recurso metodológico que deverá ser utilizado é a

atividade interdisciplinar que poderá respaldar o estudo geográfico com conhecimentos e

habilidades de outros campos do saber, garantido uma dimensão multidisciplinar ao

estudo, sem no entanto, ocorrer a perda da especificidade da disciplina de Geografia.

Essa proposta educacional deve conduzir o processo de aprendizagem de

forma dialogada, possibilitando o questionamento e a participação dos alunos para que a

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compreensão dos conteúdos e a aprendizagem crítica aconteçam. Todo esse

procedimento objetivando que o ensino de Geografia contribua para a formação de um

sujeito capaz de interferir na realidade de maneira consciente e crítica. É fundamental o

estudo de diferentes tipos de mapas, Atlas, globo terrestre, atualizados e em situações em

que o aluno possa interagir com esses recursos. O estudo do meio também deve ocorrer,

ou seja, o trabalho com imagens e a representação dos lugares próximos e distantes são

recursos didáticos interessantes, por meio dos quais os alunos poderão construir e

reconstruir as percepções da imagem local e global.

A geografia ao trabalhar com recortes temporais e espaciais, interpreta as

múltiplas relações entre a sociedade e a natureza de um determinado lugar.

Os Desafios Educacionais Contemporâneos tais com: Educação Ambiental, Educação

Fiscal, Combate ao uso indevido de Drogas, Enfrentamento a Violência, Cidadania e

Direitos Humanos, serão abordados na disciplina através da utilização e produção de

textos, discussão em sala, de acordo com a temática em relação à História e Cultura Afro-

brasileira e Africana, sua contribuição na música, religião, alimentação, sua presença na

mídia, o racismo no Brasil e no mundo, o mercado de trabalho, conhecer a contribuição

do negro na construção do espaço geográfico.

A educação do campo e seus eixos temáticos: trabalho, divisão social e

territorial, cultura e identidade, interdependência campo-cidade, questão agrária e

desenvolvimento sustentável, agroecologia, agricultura orgânica, organização política,

movimentos sociais e cidadania.

Serão também utilizados para alguns conteúdos os recursos tecnológicos

como: TV multimídia, laboratório de informática. .

IV) AVALIAÇÃO:

No processo de avaliação deve-se considerar o que o aluno vivenciou e

aprendeu durante o ensino-aprendizagem. Para isso, torna-se necessário elaborar um

conjunto de procedimentos e estratégias que possibilitem um ajuste dessas vivências e

aprendizagem para obtenção de um ensino de melhor qualidade.

A avaliação precisa ocorrer de acordo com sua contextualização e reflexão

dos conhecimentos construídos e a maneira como foram construídos.

Numa perspectiva interacionista da língua deve-se avaliar o domínio da atividade

intelectual complexa de modo mais amplo, temos que ter uma avaliação que nos dê pistas

concretas do caminho que o aluno está fazendo para se apropriar, efetivamente, das

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atividades verbais – a fala, a leitura e a escrita.

Importante é não perder de vista a função diagnóstica da avaliação, a qual deve ser

usada como subsídio para revisão do processo ensino-aprendizagem e como instrumento

de diagnóstico do próprio trabalho.

A avaliação não se restringirá à capacidade de memorização, mas sim na

capacidade de refletir e aplicar os conceitos, conteúdos, procedimentos e atitudes

aprendidos durante o período escolar. Por isso deve seguir o que estabelece a Lei de

Diretrizes Básicas da Educação Nacional que determina que a avaliação do processo de

ensino-aprendizagem deva ser formativa, diagnóstica e processual.

A avaliação formativa é o melhor caminho para garantir a evolução de todos

os alunos, pois dá ênfase ao aprender (a avaliação formativa é aquela que tem a função

de controle e realiza durante todo o ano letivo, para verificar se os alunos estão atingindo

objetivos previstos, isto é, quais os resultados alcançados durante o desenvolvimento das

atividades). É importante destacar que os alunos possuem ritmos e processos de

aprendizagens diferentes e, por ser continua e diagnóstica, aponta as dificuldades,

possibilitando assim que a intervenção pedagógica aconteça a tempo. Informa os sujeitos

do processo (professor e aluno), ajuda-os a refletir. Faz com que o professor procure

caminhos para que todos os alunos aprendam e com que os alunos participem mais das

aulas, envolvendo-se realmente no processo de ensino-aprendizagem.

O objetivo da avaliação é transformar os conhecimentos em conceitos e

valores, que possam e devem ser aplicados dentro da sua realidade para formar

indivíduos críticos e participativos.

Então, deve ser diagnóstica, contínua, somatória, cumulativa, avaliando

todos os aspectos do desenvolvimento do educando, buscando sempre que possível, no

processo de avaliação, valorizar os aspectos e características individuais do educando.

A avaliação tem também a função de orientar os procedimentos de ensino

em sala de aula. É através dela que o professor obtém informações básicas sobre

quantos alunos estão conseguindo realizar as atividades, onde estão concentradas as

dificuldades e de que natureza elas são.

Poderão ser utilizados como instrumentos de avaliação os seguintes itens:

Resolução de questionamentos escritos e orais;

Produção e análise de textos, dramatizações, desenhos, músicas, poemas, mapas,

tabelas, gráficos e outras formas de expressão e representação;

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Pesquisa, produção e apresentação de seminários;

Análise de textos, jornais e revistas, filmes e reportagens;

Pesquisas sobre os assuntos dados e realizados em sala de aula, individuais e/ou

em grupos.

Outros instrumentos.

Serão utilizados, bimestralmente, no mínimo 03 (três) instrumentos de

avaliação diferentes. O valor de cada instrumento de avaliação deverá ser de no máximo

4,0 (quatro) pontos. Ao final de cada bimestre, o valor somado dos instrumentos de

avaliação deverá totalizar 10,0 (dez) pontos.

O valor da avaliação bimestral do educando será a soma dos resultados

obtidos nos instrumentos de avaliação ofertados.

Aos educandos será oferecida a Recuperação de Estudos, no decurso do bimestre no

qual o conteúdo foi desenvolvido.

A Recuperação de Estudos utilizará quantos e quais tipos de instrumentos

de avaliação, o educador julgar necessário, de acordo com as especificidades do

educando e do conteúdo.

Os alunos com necessidades especiais serão avaliados de acordo com suas

especificidades, através de um atendimento individual, avaliação com menor números de

questões, questionamentos, orais, conforme a lei nº9394/96 da LDB; capitulo 5, artigo 58.

Para efeito do registro escolar, será considerado o maior valor de avaliação obtido pelo

educando.

V) REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

AZEVEDO, Guiomar G. de. A organização do espaço e as regiões brasileiras. São

Paulo: Editora Moderna, 2004.

JECOHTI, Hatsue Mlsima; FILIZOLA, Roberto. Geografia. In: GOVERNO DO ESTADO

DO PARANÁ. Currículo Básico para a Escola Pública do Estado do Paraná. Curitiba:

Imprensa Oficial do Estado do Paraná, 1992. p. 98 –122.

MOREIRA, Igor A. G; Construindo o Espaço. São Paulo: Editora Ática, 2006.

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PARANÁ GOVERNO. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino

Médio. IN: Orientações Curriculares de Geografia. Paraná: [s.n.], fev; 2006.

PROJETO ARARIBÁ. Geografia . São Paulo: Editora Moderna, 2006.

DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇÃO BÁSICA DE GEOGRAFIA. Secretaria

do Estado da Educação do Paraná, 2008.

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1.9 - MATEMÁTICA

Apresentação da Disciplina.

Os povos das antigas civilizações desenvolveram os primeiros

conhecimentos que vieram compor a Matemática conhecida hoje. Há menções na história

da Matemática de que os babilônios, por volta de 2000 A.C, acumulavam registros do que

hoje podem ser classificados como álgebra elementar.

Contudo, como campo de conhecimento, a Matemática emergiu somente

mais tarde, em solo grego, nos séculos VI e V a.C. Com a civilização grega, regras,

princípios lógicos e exatidão de resultados foram registrados. Com os pitagóricos

ocorreram as primeiras discussões sobre a importância e o papel da Matemática no

ensino e na formação das pessoas.

No Egito, foi criada a Biblioteca de Alexandria. Grandes sábios da época

eram ligados a esta instituição, dentre eles o grego Euclides.

A obra de Euclides, que apresenta a base do conhecimento matemático por

meio dos axiomas e postulados, contempla a geometria plana, teoria das proporções

aplicadas às grandezas em geral, geometria de figuras semelhantes, a teoria dos

números incomensuráveis e estereometria que estuda as relações métricas da pirâmide,

do prisma, do cone e do cilindro, polígonos regulares, especialmente do triângulo e do

pentágono. Ainda hoje, tais conteúdos continuam presentes e sendo abordados na

Educação Básica.

Entre os séculos VIII e IX, o ensino passou por mudanças significativas com

o surgimento das escolas e a organização dos sistemas de ensino. Embora a ênfase

fosse dada ao estudo do latim, surgiram as primeiras ideias que privilegiavam o aspecto

empírico da Matemática.

Após o século XV, o avanço das navegações e a intensificação das

atividades comerciais e, mais tarde, industriais possibilitaram novas descobertas na

Matemática, cujos conhecimentos e ensino voltaram se às atividades práticas.

O século XVI demarcou um novo período de sistematização deste

conhecimento,denominado de matemáticas de grandezas variáveis. Isso ocorreu pela

forte influência dos estudos referentes à geometria analítica e à projetiva, o cálculo

diferencial e integral, à teoria das séries e a das equações diferenciais (RIBNIKOV,

1987).

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No século XVII, a Matemática desempenhou papel fundamental para a

comprovação e generalização de resultados. Surgiu a concepção de lei quantitativa que

levou ao conceito de função e do cálculo infinitesimal. Esses elementos caracterizaram as

bases da Matemática como se conhece hoje.

O século XVIII foi marcado pelas Revoluções Francesa e Industrial e pelo

início da intervenção estatal na educação. Com a emergente economia e política

capitalista, a pesquisa Matemática voltou se, definitivamente, para as necessidades do

processo da industrialização

O desenvolvimento matemático no século XIX foi denominado por Ribnikov

(1987) como o período das matemáticas contemporâneas. O autor assinala que as

relações que expressam formas e quantidades aumentaram consideravelmente. Essas

mudanças ocorreram nos fundamentos da Matemática, ou seja, no sistema de teorias e

problemas históricos, lógicos e filosóficos. Nesse período,houve uma reconsideração

crítica do sistema de axiomas, dos métodos lógicos e demonstrações matemáticas e,

também, a sistematização e hierarquização das diversas geometrias, entre elas as

geometrias não-euclidianas.

No final do século XIX e início do século XX, o ensino da Matemática foi

discutido em encontros internacionais, nos quais se elaboraram propostas pedagógicas

que contribuíram para legitimar a Matemática como disciplina escolar e para vincular seu

ensino com os ideais e as exigências advindas das transformações sociais e econômicas

dos últimos séculos.

Os estudos e pesquisas da última década em Educação Matemática

sugerem que devemos ter em mente, que a matemática é uma das mais importantes

ferramentas da sociedade moderna, e apropriar-se dos conceitos e procedimentos

básicos matemáticos contribui para a formação do futuro cidadão que se engajará no

mundo do trabalho, das relações sociais, culturais e políticas.

Para exercer plenamente a cidadania é preciso dominar desde os conceitos

mais simples como contar, comparar, medir, calcular até os mais complexos como

organizar, analisar e interpretar criticamente informações e argumentar logicamente.

A aprendizagem da Matemática consiste em criar estratégias que

possibilitam ao aluno atribuir sentido e construir significado às ideias matemáticas de

modo a tornar se capaz de estabelecer relações, justificar, analisar, discutir e criar. Desse

modo, supera o ensino baseado apenas em desenvolver habilidades, como calcular e

resolver problemas ou fixar conceitos pela memorização ou listas de exercícios.

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A matemática vista como uma maneira de pensar, como um processo em

permanente evolução, permite ao aluno a construção e apropriação do conhecimento.

Permite também vê lá no contexto histórico e sócio cultural em que ela foi desenvolvida e

continua se desenvolvendo.

O papel da matemática no ensino fundamental evidencia a importância de o

aluno valoriza - la como instrumental para compreender o mundo à sua volta e vê-la como

área do conhecimento que estimula o interesse, a curiosidade, o espírito de investigação

e o desenvolvimento da capacidade de resolver problemas. Destaca se ainda, a

importância de o aluno desenvolver atitudes de segurança com relação a própria

capacidade de construir conhecimento matemático.

Diante do exposto, justifica se o ensino desta disciplina.

Conteúdos

5ª SÉRIE/6º ANO

NÚMEROS E ÁLGEBRA:

33. Sistemas de numeração;

34. Números naturais;

35. Potenciação e radiciação;

36. Múltiplos e divisores;

37. Números fracionários;

38. Números decimais.

TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO:

6. Dados, Tabelas e gráficos;

7. Porcentagem

GEOMETRIAS:

c) Geometria plana;

d) Geometria Espacial.

GRANDEZAS E MEDIDAS:

12. Medidas de comprimento;

13. Medidas de massa;

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14. Medidas de tempo;

15. Medidas de área;

16. Medidas de ângulos;

17. Sistema Monetário

6ª SÉRIE/ 7º ANO

NÚMEROS E ÁLGEBRA:

13. Números inteiros;

14. Números racionais;

15. Equação e Inequação do 1º grau;

16. Razão e proporção;

17. Regra de três simples.

GRANDEZAS E MEDIDAS:

4. Medidas de Temperatura;

5. Medidas de ângulos.

GEOMETRIAS:

6. Geometria plana;

7. Geometria espacial;

8. Geometrias não-euclidianas.

TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO:

6. Pesquisa estatística;

7. Média aritmética;

8. Moda e mediana;

9. Juro simples.

7ª SÉRIE/ 8º ANO

NÚMEROS E ÁLGEBRA:

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Números Racionais Irracionais;

Potências;

Monômios;

Polinômios

Produtos notáveis;

Sistema de equações do 1°grau.

GRANDEZAS E MEDIDAS:

Medidas de comprimento;

Medidas de área;

Medidas de volume;

Medidas de ângulos.

GEOMETRIA:

Geometria plana;

Geometria espacial:

Geometria analítica;

Geometria não-euclidiana.

TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO:

Gráfico e informação;

População e amostra.

8ª SÉRIE/ 9º ANO

NÚMEROS E ÁLGEBRA:

5) Radicais;

6) Equações do 2º grau.

7) Números Reais;

8) Teorema de Pitágoras;

9) Equações Irracionais;

10) Equações Biquadradas;

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11) Regra de Três Composta.

GRANDEZAS E MEDIDAS:

Relações Métricas no Triângulo Retângulo;

Trigonometria no triangulo Retângulo.

GEOMETRIAS:

Geometria plana.

Geometria Espacial;

Geometria Analítica;

Geometrias não-euclidianas

FUNÇÕES:

11. Noção intuitiva de Função Afim.

12. Noção intuitiva de Função Quadrática.

TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO:

Noções de estatística;

Noções de Probabilidade;

Noções de Análise combinatória;

Juros Compostos.

Encaminhamento metodológico:

Partindo do conhecimento prévio do aluno, incentiva se o mesmo a observar

fatos de seu cotidiano, destacando que a matemática está presente na maioria de suas

experiências diárias. No aprofundamento dos conteúdos matemáticos, sempre que

possível far se à uso de recursos metodológicos como:

Resolução de Problemas - Nesta tendência metodológica o aluno usando de seus

conhecimentos prévios, busca as mais diversas maneiras que chegam a solução

procurada, tornando assim as aulas mais dinâmicas e interessantes.

Modelagem Matemática - A modelagem é uma alternativa para o ensino de

Matemática tanto fundamental como médio. É algo livre, espontâneo que surge da

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necessidade do homem, em compreender os fatos que o cerca para interferir ou

não em seu processo de construção.

Etnomatemática - Entende – se por etnomatemática, a matemática praticada por

grupos diferentes, como comunidades rurais, urbanos, trabalhadores, sociedades

indígenas e tantos outros grupos que se identificam por objetivos comuns.

Mídias Tecnológicas - Trata – se do uso de recursos tecnológicos dentro da

disciplina, o qual apresenta maneiras diferenciadas de se ensinar e aprender,

facilitando e investigando a investigação e a experimentação matemática,

valorizando a produção do conhecimento.

História da Matemática - Associar os conteúdos com a história da matemática, é

dar oportunidade aos alunos entenderem a matemática construída historicamente,

bem como também conhecer a matemática que se encontra em contínua

construção e assim leva – los a observações, levantamento de hipóteses, reflexões

e experimentações, e posteriormente a construção de seus próprios conceitos

matemáticos.

Investigações Matemáticas - A prática pedagógica de investigações matemáticas

tem sido recomendada por diversos estudiosos como forma de contribuir para uma

melhor compreensão da disciplina em questão.

As investigações matemáticas (semelhantes às realizadas pelos matemáticos)

podem ser desencadeadas a partir da resolução de simples exercícios e se relacionam

com a resolução de problemas. Na investigação matemática, o aluno é chamado a agir

como um matemático, não apenas porque é solicitado a propor questões, mas,

principalmente, porque formula idéias a respeito do que está investigando. Diante do

exposto, o encaminhamento metodológico da disciplina será de diferentes estratégias e

articulações das metodologias acima citadas, procurando-se partir de situações em que o

aluno possa se identificar e ampliar seus conhecimentos, desenvolver estratégias

cognitivas como argumentação, expressão de idéias, planejamento. Sempre que possível

será usado o auxílio de recursos didáticos como TV, vídeos, transparências, instrumentos

matemáticos, construção de jogos, calculadora, computador, entre outros.

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Diversidade:

No decorrer do ano letivo serão desenvolvidas na disciplina atividades que

contemplem os desafios educacionais contemporâneos:

1. Educação Ambiental:

Diante da grave situação de degradação do meio ambiente em que o mundo

se encontra, é necessária a conscientização do ser humano quanto a preservação

contínua do Planeta Terra.

A escola é o espaço ideal para se desenvolver tais atividades

conscientizando o cidadão a cuidar do mundo em que vive, preservando a natureza,

evitando maiores catástrofes. É urgente o controle da poluição do meio ambiente, o

incentivo à reciclagem, bem como uso racional da água.

A Educação Ambiental será trabalhada na disciplina de Matemática através de

leituras, vídeos, análise de gráficos e panfletos.

Educando para as relações étnico-raciais:

A demanda da comunidade afro-brasileira por reconhecimento, valorização e

afirmação de direito, no que diz respeito à educação, passou a ser particularmente

apoiada com a promulgação da Lei 10.639/2003, que alterou a Lei 9394/1996,

estabelecendo a obrigatoriedade do ensino de história e cultura afro-brasileiras e

africanas, assegurando o direito à igualdade de condições de vida e de cidadania,

assim como garante igual direito às histórias e culturas que compõem a nação

brasileira, além do direito de acesso às diferentes fontes da cultura nacional a

todos os brasileiros. Portanto a escola estará trabalhando na valorização da

história e cultura dos afro-brasileiros, assim comprometida com a relação de

relações étnico-raciais.

A relevância do estudo de temas decorrentes da história e cultura afro-

brasileira e africana não se restringe à população negra, ao contrário, dizem

respeito a todos os brasileiros uma vez que devem educar-se enquanto cidadãos

atuantes no seio de uma sociedade multicultural e pluri étnica, capazes de construir

uma nação democrática.

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Na disciplina de Matemática cultura afro-brasileira e africana será através do

aproveitamento de situações cotidianas na sala de aula, debates, dados de

reportagens e gráficos.

Educação do Campo:

Os povos do campo durante muito tempo foram marginalizados, vistos como

sinônimos de atraso, ridicularizados pelo seu modo de vida e costumes. Os alunos

das escolas públicas recebem educação urbana, não sendo valorizados os

conhecimentos, hábitos e cultura do campo.

Visando à mudança dessa concepção, as Diretrizes Curriculares do Estado

do Paraná orientam a contemplação da Educação do Campo em todas as

disciplinas nas escolas públicas.

Portanto, a cultura, os saberes da experiência, a dinâmica do cotidiano dos

povos do campo serão tomados como referência para o trabalho pedagógico nas

escolas públicas estaduais. Dever-se-ão levar em consideração as identidades

sociais e políticas dos povos do campo, fazendo com que os alunos vindos dessas

localidades não se sintam excluídos, vendo que é possível continuar no campo

com qualidade de vida, tendo seus direitos assegurados através de políticas

sociais voltadas para o campo.

A educação no campo será abordada nesta disciplina através conversas,

debates, pesquisa de dados a fim de serem analisados.

Enfrentamento a violência na escola:

Vivemos numa sociedade capitalista marcada pela desigualdade e

alicerçada na exploração do ser humano. Como resultado observamos uma

grande distancia entre homens e mulheres, conforme sua classe social. Os fatores

que determinam e condicionam os diferentes tipos de ações e comportamentos

muitas vezes até violentos e corriqueiros em nossa sociedade, estão enraizados

nas desigualdades sociais e na organização econômica que sustenta essa

sociedade.

Compreende-se que a escola deva pautar discussões sobre violência com

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base em percepções globais dos mecanismos e dos sujeitos nela envolvidos.

Sendo assim, esse tema será trabalhado na disciplina de matemática através de

reflexões em cima de situações diárias e comuns de violência na sala de aula e na

escola.

Prevenção do uso indevido de drogas:

A sociedade atual na qual estamos inseridos apresenta algumas

características que favorecem a competição, o consumo desenfreados, a

desvalorização do ser humano e o esquecimento de valores éticos e morais. Sendo

assim a prevenção ao uso indevido de drogas, no âmbito das escolas deve ser

entendido como um processo desafiador e urgente. Na disciplina de matemática

abordar-se-á o tema através de leitura de textos com esclarecimentos dos tipos de

drogas e seus efeitos

Cidadania e direitos humanos:

O tema cidadania e direitos humanos tem na sua essência a busca dos princípios

da dignidade humana, respeitando os diferentes sujeitos de direito e fomentando

maior justiça social. Sendo assim o tema será abordado na disciplina de

matemática, através leituras e discussões em sala de aula.

Educação Fiscal:

A proposta da Educação Fiscal é estimular o cidadão a refletir sobre a função

socieconômica dos tributos, possibilitar aos cidadãos o conhecimento sobre

administração pública, incentivar o acompanhamento pela sociedade, da aplicação

dos recursos públicos e criar condições para uma relação harmoniosa entre o

Estado e o cidadão. Será abordada através da exploração de situações diárias nas

quais os alunos aprenderão a identificar o valor dos impostos incluídos no preço de

produtos e serviços que consomem e da relação dos conteúdos curriculares da

disciplina com os tributos.

Prevenção de Acidentes:

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Com a implantação do programa PEP (Prontidão Escolar Preventiva), os alunos

terão a oportunidade de aprender sobre prevenção de acidentes tanto na escola

quanto em suas casas. Na disciplina de matemática será trabalhado na parte de

estatística com demonstrações de gráficos e tabelas onde envolvem o trabalho dos

agentes na prevenção de acidentes (Bombeiros, Policia...), e situações problema

que envolva matemática e o trabalho dos agentes.

Avaliação:

Conforme as Diretrizes Curriculares, a avaliação dentro da Educação Matemática,

tem papel de mediação no processo pedagógico; ou seja, ensino, aprendizagem e

avaliação integram um mesmo sistema.

Sendo assim a avaliação no ensino de matemática deve contemplar os diferentes

momentos do processo de ensino e aprendizagem, os caminhos percorridos pelos

alunos, as noções que eles trazem, decorrentes de sua vivência, suas tentativas de

soluções das atividades propostas e a partir de suas deficiências procurar ampliar e

melhorar seu conhecimento.

Serão utilizados no mínimo três instrumentos de avaliações de cunho acumulativas

(somatórias). Cada avaliação terá valor de no máximo 4,0 (quatro pontos),

totalizando 10,0 no bimestre.

O valor da média bimestral do educando é a soma dos resultados obtidos nos

instrumentos de avaliação ofertados.

Quando constatado que houveram educandos que não apresentarem

aproveitamento suficiente no desenvolvimento das avaliações será retomado o

conteúdo e ofertada a Recuperação de Estudos a todos os alunos. Sendo

considerado para registro escolar, o maior valor de avaliação obtido pelo educando.

Na Recuperação de Estudos abordam-se os conteúdos nos quais o educando não

apresentou aproveitamento esperado e utilizam-se quantos e quais tipos de

instrumentos de avaliação o educador julgar necessário, de acordo com as

especificidades do educando e do conteúdo necessário para a efetivação da

aprendizagem.

Serão instrumentos de avaliações:

Trabalhos individuais e em grupo

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Pesquisas bibliográficas

Resolução de problemas pelos alunos (individual, duplas ou grupos);

Atividades com justificativas orais ou escritas;

Formulação de questões pelos alunos;

Atividades fora da classe – como tarefas, trabalhos com datas previamente

marcadas;

Testes ou provas;

Debates de questões sociais atuais estabelecendo relações da Matemática com

outras áreas do conhecimento.

Os/as alunos(as) com necessidades especiais terão avaliação diferenciada, não

com prejuízo dos conteúdos, mas com o número de questões reduzidas a respeito

do assunto ou com tempo maior para resolução das atividades e com explicações

extras para cada questão ou atividade.

Referência bibliográfica:

DANTE, Luiz Roberto. Tudo é matemática. Ática, São Paulo, 2010.

GIOVANNI Jr, J.R; CASTRUCI, B. A conquista da Matemática . São Paulo, FTD, 2010.

TOSATTO, Claudia M. Idéias e Relações. Nova Didática, Curitiba, 2002.

Revista Nova Escola.

BIEMBENGUT, Maria Sallet. Modelagem Matemática no Ensino. São Paulo: Contexto,

2005.

D‘AMBRÓSIO, Ubiratan. Etnomatemática: elo entre as tradições e a modernidade. Belo

Horizonte: Autêntica, 2005.

DANTE, Luis Roberto. Didática da resolução de problemas de matemática. São Paulo:

Ática, 2005.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica

– Matemática, Curitiba, SEED, Paraná, 2008.

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186

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos: Desafios

Educacionais Contemporâneos. Curitiba, SEED, Paraná, 2008.

www.diaadia.pr.gov.br

www.portaldoprofessor.com.br